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O Código do Apocalipse - Leo Tillman & Heather

1. como se voc n o respeitasse um toureiro que deixou um touro em agonia em vez de acabar com ele Claro Porque isso seria desumano Exatamente Ou em uma briga de galos se voc est com seu galo todo empolgado para a luta e ent o Ser que Kennedy perguntou a gente pode parar com as compara es com animais Izzy rolou por cima dela e em seguida sentou se sorrindo para ela montada sobre sua cintura Mas eu nem cheguei ao cavalo xucro Kennedy levantou o telefone como um advogado apresentando provas no tribunal Estou trabalhando disse N o n o Izzy balan ou a cabe a ainda brincalhona Quando eu estou ao telefone estou trabalhando Quando voc est ao telefone est fazendo outras pessoas trabalharem para voc Assim como voc faz outras pessoas gozarem para voc disse Kennedy Uma vez dita a frase soou muito mais fria do que soara dentro de sua cabe a Bom este o nome do jogo amor Izzy tentou salv las do clima ruim uma ltima vez Quer me ajudar a bater o meu recorde Kennedy sentiu se claustrof bica presa n o pelo peso de Izzy em cima dela o qual poderia sustentar muito facilmente e v rias vezes ficara feliz em sustentar mas com o convite para fingir uma intimidade f cil que no momento n o conseguia sentir Ela hesitou Palavras reuniram se em sua l ngua no entanto sua mente recusou se a analis las E
2. Eu concordo Tillman disse Com as mesmas ressalvas Vamos unir nossos recursos at termos terminado o que precisamos fazer Depois disso n o prometemos nem presumimos nada Eu tenho direito a um voto Rush perguntou Kennedy analisou a express o do rapaz por um longo segundo Podia adivinhar algo do que ele estava sentindo deveria coincidir pelo menos um pouco com o que ela sentira quando estivera indefesa nas m os de Samal e Aby dos A diferen a era que ningu m havia sugerido que ela deveria beijar e fazer as pazes com Samale Aby dos Se n o houvesse tanto em jogo ela estaria pronta a dar ao rapaz o direito de vetar a decis o Mas como as coisas eram Meu voto sim ele disse antes que ela pudesse responder Estou de boa com isso Caso algu m estivesse querendo saber Ele se serviu de um copo da gua que ningu m havia tocado e o bebeu de uma vez Houve uma sensa o de que todos no recinto estavam recuando diante de um confronto cujos termos e regras de combate nunca haviam sido formalmente definidos Diema relaxou a postura deixando escapar um longo suspiro Rush esticou o bra o em dire o sica em cima da mesa para olh la mais de perto A m o de Diema se fechou no pulso dele Com a outra m o ela tirou a adaga do alcance dele e a devolveu bainha dentro da camiseta A l mina est envenenada ela disse em tom indiferente Se voc a pegar da maneira errad
3. timo Rush voc vai ficar bem Estamos indo agora mesmo Ela n o vai te machucar Voc acha A voz dele estalou com sarcasmo sombrio Ela me amarrou a uma porcaria de O telefone ficou mudo Kennedy voltou se para Tillman Ele j estava indo para a cabine do caminh o Eu dirijo disse por cima do ombro CAP TULO 42 Quando Ben Rush pensava em fazendas o que reconhecidamente n o era muito frequente ele tendia a imaginar uma grande casa com uma por o de celeiros e est bulos ao redor dela galinhas ciscando na terra e um cavalo parado atr s de uma cerca Todavia a Fazenda do Pombal era basicamente s uma ru na Devia ter havido uma verdadeira casa de campo ali mas parecia ter sido queimada deixando apenas um enorme trecho de terra chamuscada onde nada crescia Os celeiros e est bulos ainda existiam mas havia buracos nas paredes onde t buas haviam sido arrancadas ou chutadas para dentro e os telhados mutilados e fl cidos pareciam pr ximos da ren ncia final Insetos zumbiam e chilreavam no mato e nas taboas entre as constru es externas contudo nada grande o suficiente para ser visto se movia ali De seu ponto de vista privilegiado no segundo piso de um dos celeiros com as portas do palheiro abertas sua frente Rush podia ver todo o terreno arruinado at a estrada e por sua vez ser visto a partir dela o que provavelmente era a raz o de ele estar ali Estava
4. N o creio que Deus jogue esse tal jogo da galinha ela disse sombriamente Irm zinha Kuutma volveu Ele com certeza joga Mas n o dirige o carro pessoalmente Escolhe representantes A esta altura que n o haja engano Ele escolheu voc Voc me escolheu Tannanu verdade Mas quais foram as circunst ncias que a tornaram a escolha certa N o fui eu quem as causou nem voc A Provid ncia atua sobre n s em sua pr pria dire o e o fazem tamanho desacordo com nossas decis es que para o bem ou para o mal sua passagem pode nos ferir al m de qualquer possibilidade de salva o Podemos apenas esperar que estejamos inteiros quando Sua vontade estiver cumprida N o podemos pedir compreens o Ele observava Diema atenta e pensativamente Voc realizou grandes coisas em um per odo relativamente curto Obrigada Tannanu Mas uma das coisas que voc fez n o me alegra irm zinha Ela me enche de temor Diema manteve a express o impass vel embora seu est mago se apertasse N o fiz nada que comprometesse seu plano Tannanu disse Uma defesa nfima claro que n o fez ele concordou Mas em certos momentos de suas viagens voc se afastou de sua tarefa para dedicar se a uma quest o irrelevante Diema baixou a cabe a em parte para esconder o rosto e n o deixar que ele lesse a culpa estampada nele em parte por genu na vergonha N o aco
5. O Soldado descrente o Thomas Fairfax Kennedy disse Um dos generais da Guerra Civil Inglesa Ele sim patizou com os pentamonarquistas por um tempo mas depois desistiu deles Do ponto de vista deles foi um traidor Ainda parece hist ria antiga Tillman disse secamente Parece n Kennedy concordou Mas algumas semanas atr s a mans o do Fairfax no campo Nunappleton Hall foi destru da em um inc ndio As chamas do inferno se voc quiser ser melodram tico na casa do Soldado descrente E com a Igreja de Miinster foia mesma coisa O Toller falou de uma igreja espec fica a Uberwasserkirche que foi cen rio de uma revolta famosa No dia seguinte ao inc ndio em Nunappleton algu m plantou e detonou uma bomba na Uberwasserkirche Uma bomba incendi ria Os dois homens olhavam para ela em um sil ncio sinistro perturbado tentando entender o que isso poderia significar Mas eles ainda n o conheciam nem metade da hist ria e Kennedy n o podia poup los Est o me acompanhando Beleza Leiam a profecia n mero dois O Anjo de Deus estar sobre Si o e em sua m o estar uma Espada flamejante pronta para a Execu o Um dos anjos de Deus se chamava Azrael acho que deve ter sido o anjo da morte mas n o tenho certeza Quando voltei para casa quatro noites atr s liguei a TV e ouvi falar de um incidente no qual um m ssil terra ar Azrael foi lan ado sobre Jerusal m O go
6. O tempo disse Kuutma muito escasso Fa a o por favor O m dico virou se para as prateleiras e bandejas junto parede e come ou a escolher alguns dos frascos nelas Que riscos Kennedy perguntou Montando a inje o o m dico respondeu por sobre o ombro Provavelmente n o havia percebido que estava sendo questionado por uma adamita Hemorragia dentro do cora o poss vel mas n o muito prov vel O principal risco o tamponamento card aco a vasoconstri o total e descontrolada que privar o organismo dele de oxig nio Manterei uma inje o de benzamina pronta para o caso de isso acontecer N o fa a isso Kennedy disse Estava falando com Diema Prendam na Nahir mandou Ela pode atrapalhar o procedimento Dois Elohim seguraram os bra os de Kennedy Os outros dois se aproximaram de Rush que agora estava sentado no ch o mas ainda n o conseguira se levantar Prossiga Kuutma disse O m dico usou uma agulha epidural que mais parecia uma espada de duelo Kennedy obrigou se a n o desviar o olhar quando o doutor sem pre mbulos inseriu a ponta entre a quarta e a quinta costelas de Tillman e empurrou a inje o lenta e suavemente a uma profundidade de aproximadamente sete centimetros Ele pressionou o mbolo na extremidade da seringa e o pist o dentro dela deslizou instantaneamente como um olho que se fecha Por meia fra o de segundo a mais o
7. E por que isso importante Kennedy quis saber Porque o nico solo sagrado Ginat Dania Diema respondeu Houve uma sensa o mais do que um som dos Elohim reunidos prendendo a respira o da tens o no ar subindo a um novo grau e talvez mais um grau depois deste Diema cruzou olhares com Kennedy O garoto nada entenderia mas a rhaka saberia qu o fina era a corda bamba na qual eles andavam t o fina quando o fio de uma adaga N o se falava aos filhos de Ad o sobre Ginat Dania Entre tudo o que n o se podia fazer essa era talvez a coisa mais proibida Em uma sociedade que vivia no v rtice de uma curva de cat strofe o instinto de autopreserva o era profundamente enraizado e apoiado por outros instintos Apesar da liberdade de a o que lhe foi concedida murmurou Nahir suavemente voc vai ter que tomar cuidado com o que diz Diema olhou o nos olhos sem vacilar Este era um momento pelo qual ela deveria caminhar como quem caminha sobre o fogo A mulher Heather Kennedy ela disse e o homem Benjamin Rush j sabem que Ginat Dania existe Mais que isso sabem que antigamente ela existia aqui Foi necess rio contar essas coisas a eles para rastrear Ber Lusim at onde conseguimos rastre lo o que voc Nahir com todos os seus recursos n o foi capaz de fazer Eu tenho uma adaga uma mulher em uma das ltimas fileiras de Mensageiros bradou E uma consc
8. Diema apareceu junto do ombro dela sem fazer nenhum som sobressaltando a violentamente Merda ela exclamou A garota n o perdeu tempo pedindo desculpa Descobriram o que havia no primeiro carregamento Desembucha pediu Kennedy Era um explosivo convencional Dez mil toneladas de octanitrocubano e cinco quilos de per xido de acetona Kennedy pensou nas quantidades O per xido um explosivo prim rio Diema assentiu Ent o qual seria o tamanho dessa explos o N o grande o bastante para matar um milh o de pessoas n Grande o bastante para derrubar a maior parte de um quarteir o Dependendo de onde coloque o explosivo voc poderia causar facilmente 10 ou 20 mil baixas Estava claro que a garota queria voltar ao ve culo Ela fez um movimento naquela dire o olhando para Kennedy com expectativa mas Kennedy explorava a ideia anterior a respeito dos caminh es Algo se encaixava e o explosivo era a pe a que fazia com que todas as outras tivessem sentido Terra e ar ela murmurou Diema entendeu a refer ncia O livro de Toller disse ela Ele falar em fogo e gua e por ltimo em terra e ar Fizemos besteira Kennedy disse Acho que fizemos uma baita besteira Como O que n o percebemos Est vamos achando que o Ber Lusim tinha que liberar a ricina no ar Ele tem Diema insistiu o nico meio de causar mortes n
9. H uma boa not cia O lugar onde achei os dados foi o museu Scriptorial em Avranches no norte da Fran a Eles n o t m uma verdadeira c pia do livro mas uma transcri o completa E eles podem envi la para mim Isso o m ximo Calma a ex sargento Eles se recusam absolutam ente a disponibilizar a transcri o on line ou envi la em forma de arquivo porque j n o possuem o texto original para compar la com ele Costumavam ter um exemplar do verdadeiro livro mas foi arruinado em um acidente alguns anos atr s N o h meio de verificar a autenticidade da transcri o e os curadores n o querem ser respons veis por m pr tica acad mica Mas deixam que voc examine a transcri o se for at l pessoalmente O encarregado do departamento de preserva o do museu um homem chamado Gilles Bouchard amigo de um amigo de um amigo de algu m que j foi muito minha amiga em tempos remotos Por ela ele deixar as regras de lado para voc Ser que acabei de ouvir uma hist ria subliminar de amor John Kennedy perguntou N o eu sei um cavalheiro nunca conta detalhes Olha isso timo De verdade Se eu j te devia um drinque antes agora te devo uma cervejaria inteira Destilaria por favor Meu veneno preferido usquebaugh Malte puro ou misto Surpreenda me Mas n o t o ao norte Os invernos e a artrite s o minha ru na Kennedy desligou e fez mais a
10. N o esquenta com isso Mano O que voc conseguiu est bom Muito bom Mas fique dispon vel Posso precisar que voc fa a mais uma coisa pra mim Est dentro do pre o Trabalho pra voc por mais tr s dias Voc j me deu tudo o que pedi Se topar mais essa vou te pagar um b nus Mas tudo bem se voc disser n o porque o n vel de risco da miss o acabou de mudar radicalmente Eu nunca disse que queria seguran a Leo O nico jeito de evitar todos os riscos estar morto O que quer que eu fa a Por enquanto nada Tillman disse A Heather disse que foi atacada na noite passada e essa garota foi quem tirou o dela da reta Quero investigar isso Talvez encontre algo que a gente possa usar Porque o que eu realmente quero fazer no momento encontrar essa menina e perguntar que raios ela pensa que est fazendo Manolis deu de ombros Estou aqui quando voc precisar disse Mas s uma coisa Leo Se voc precisar falar com sua amiga de novo melhor que seja em outro lugar Tillman ficou surpreso Por que isso Mano Eu achava que a Heather fosse exatamente o seu tipo Sim exatamente Manolis concordou A Caitlin tamb m acha CAP TULO 22 Matthew cedeu bem r pido assim que o dinheiro foi oferecido mas a lista de arquivos de Alex Wales que ele entregou furtivamente a Rush no canto que abrigava a m quina de caf tinha mais de 50 p ginas e os nome
11. Sim Depois que eu sair Por enquanto Manolis voltou a ficar em sil ncio concentrando se na abertura de novas telas e nos fluxos de informa o que estava conseguindo controlar e mesclar momento a momento em uma nica reserva de dados Tillman nada disse s o deixou trabalhar Pronto Manolis disse afinal Quase pronto Leo tire aquele flash drive da m quina quando eu disser O flash drive era amarelo berrante e tinha o desenho de um pato sorridente N o era uma ironia era s parte de um lote que Manolis havia comprado mais barato de um atacadista A capacidade de armazenamento lhe interessava mais do que a est tica Tillman manteve a pequena pe a de pl stico entre o indicador e o polegar e esperou at que Manolis dissesse Agora Ele retirou o drive Na mesma hora Manolis espalmou ambas as m os sobre o teclado e pressionou quatro ou cinco teclas simultaneamente Manteve a pose enquanto as janelas remanescentes estouravam feito bolhas de sab o uma por uma at restar apenas uma Nesta o falecido ator Wilfrid Brambell movia os l bios sem emitir som contra um fundo de estruturas met licas e pneus descartados Manolis ergueu as m os do teclado e flexionou os dedos Pronto disse Morte aos tiranos Morte ecoou Tillman Manolis deu bruscamente de ombros Bom n o exatamente morte Depende da sua opini o a respeito de sitcoms inglesas cl ssicas Pessoalmente eu con
12. Mas Shekolni que tinha voz no conselho n o concordou Ele disse que Deus nunca jamais quis que simplesmente esper ssemos Que fazer nada era a ltima coisa que Ele desejava de n s Depois de tr s mil anos nossa hora chegaria Mas era exatamente isto nossa hora Cabia a n s agir E Deus j havia nos dito o que fazer Atrav s de Johann Toller Kennedy disse Diema deu de ombros bruscamente O que voc acha o que eles est o fazendo Kennedy sentiu uma vertigem aguda Est o for ando a coisa acontecer ao fazer com que todos os sinais e portentos aconte am antes Est o anunciando a Segunda Vinda E os sinais e portentos s se tornar o maiores e mais sangrentos Diema disse A n o ser que voc s os detenham A n o ser que n s fa amos isso Rush estourou Por que isso cabe a n s Diema apontou para Kennedy e depois para Tillman Eu me refiro a eles disse N o a voc garoto N o h planos para voc E para n s h Kennedy disse trope ando nas palavras Estava certa Tinha de estar O garoto levantou uma quest o importante Tillman grunhiu ficando de p N o parecia ter registrado as palavras de Kennedy Isso assunto seu e n o nosso Algo que voc e sua gente vomitaram no mundo Por que em nome do que quer que usem como juramento voc s viriam at as mesmas pessoas que desprezam e odeiam e pediriam a elas que limpassem
13. Voc tem Nahir deu de ombros Muito provavelmente Um dos Elohim foi em busca da subst ncia O resto deles foi sumariamente expulso da sala para que o doutor pudesse preparar Tillman para uma ECMoLISI ge emerg ncia Se necess rio mandariam oxig nio para o sangue dele for a usando c nulas e osciladores de alta frequ ncia Kennedy ainda estava presa entre os dois Elohim que Nahir havia mandado det la No entanto parara de lutar contra eles que agora a seguravam mais frouxamente Se Leo morresse ela pretendia tentar soltar se deles mas n o havia decidido se atacaria Nahir Kuutma ou Diema Apenas sentia que deixar uma marca em um dos tr s seria um tributo devido a Tillman mesmo que ela morresse tentando Seu olhar continuava voltando a Diema que estava ali de bra os cruzados com uma express o taciturna e resguardada Tudo o que estava acontecendo aqui era conduzido por ela Diema ainda podia det los mas n o disse nem fez nada S deixou que tudo flu sse ao seu redor enquanto ficava parada pensando A nitroglicerina foi trazida Kennedy esperava algo como um bloco g lido embrulhado em papel prova de leo como um pacote de C4 Mas veio em um frasco parecendo muito mais um medicamento que um explosivo Os Elohim o levaram para dentro da sala e fecharam a porta Sabe qual a nica coisa de que me arrependo nisso tudo Rush perguntou Estava falando com Diema que se voltou para olhar para el
14. a verdade ela repetiu Bem Aby dos disse E meneou a cabe a para Samal Kennedy se preparou mas conhecia o suficiente sobre tortura para ter certeza de que qualquer preparativo que fizesse seria in til assim que a dor come asse Imaginou que o homem precisaria de alguns instantes para reunir coragem mas ele simplesmente enfiou a adaga no lado esquerdo do corpo dela fundo at chegar a uma costela e ranger contra o osso Kennedy abriu a boca para gritar Aby dos que estivera esperando por isso empurrou um peda o de pano um len o talvez para dentro da garganta dela O grito tornou se um falsete embotado mais vibrante que sonoro O homem a observou de perto clinicamente enquanto ela lutava e gorgolejava contra a morda a Outra vez disse ele Samal baixou a l mina e Kennedy entrou em in teis espasmos o p nico e o terror expulsando dela toda a capacidade de raciocinar Entretanto a adaga n o a tocou pois ambos os homens ficaram paralisados ao escutar um ru do s bito absurdo e invasivo vindo de fora do quarto Houve quatro batidas secas e sucessivas no ritmo de uma melodia popular Izzy Era uma voz feminina jovem e um tanto impertinente vindo do outro canto do apartamento da porta de entrada Amor Voc est a CAP TULO 14 Aby dos reagiu um pouco mais r pido que Kennedy e essa min scula diferen a foi crucial Quando ela retesou o corpo no in cio de
15. perguntou a Kennedy Faz la no momento certo Certo Ent o acho que n o sou bom nisso Ela s teve tempo para embarcar na Linha Piccadilly em Leicester Square e depois fazer a baldea o para Pimlico no ltimo trem rumo ao sul Os p s de Kennedy pareciam pesados e por todo o caminho escada acima ela se sentiu indecisa quanto a onde dormiria Na noite anterior estar na cama de Izzy sem Izzy lhe dera a sensa o de pisar em um planeta alien gena Mas ela suspeitava de que sua pr pria cama pareceria uma cripta No fim foi para o quarto de Izzy Pelo menos a cama estava arrumada e ela podia simplesmente cair deitada nela Se dormiria ou n o era uma quest o que responderia a simesma em alguns instantes Abriu a porta e entrou imaginando por um momento por que o mecanismo da fechadura parecera um pouco mais frouxo que o habitual Um pino chacoalhara levemente dentro dela Ao passar pela soleira viu a porta da sala de estar diante dela escancarada Tinha certeza de que a deixara fechada de manh Ent o agora sabia por que a fechadura estava frouxa Ficar ou correr De todo modo um profissional n o daria a ela a chance de fugir E se fosse um assaltante comum por favor Deus ela provavelmente poderia enfrent lo Enfiou a m o na bolsa em busca do spray de pimenta Bra os vieram de tr s e fecharam se ao redor do corpo dela prendendo suas m os dos lados Algo foi pressionado contra seu
16. A equipe local dos Elohim de Nahir leais ao Povo e ao juramento que fizeram tirou Tillman do Monte Gell rt em plena luz do dia no interior de uma maca adaptada para simular um carrinho de sorvete Diema e Kennedy caminharam ao lado deles os rostos abatidos escondidos sob m scaras com o rosto de Polichinelo o espancador de esposas e assassino de crian as c mico da commedia dell arte italiana Os corpos dos Elohim que haviam morrido na colina tamb m foram removidos por outros meios que Diema e Kennedy n o estavam em condi o de questionar No esconderijo mais pr ximo atr s da fachada selada com t buas de uma antiga floricultura na Stoll r B la Utca Diema foi examinada por m dicos Elohim Sua concuss o era leve e j estava passando mas ela tinha duas costelas partidas que eles enfaixaram e um dedo quebrado que ela nem se lembrava de como havia acontecido Recusou impacientemente as drogas analg sicas que lhe foram oferecidas e assim que conseguiu pensar com clareza perguntou como estava a sa de de sua equipe Os prisioneiros Nahir disse a ela estavam em seguran a O ingl s provavelmente morreria mas os outros estavam em condi es relativamente est veis prontos para serem interrogados quando ela desejasse Diema ficou na ponta dos p s para deixar seu rosto t o perto quanto poss vel do de Nahir e disse a ele que seria inconveniente se o ingl s morresse T o inconveniente na verdade que se isso a
17. Muito bem Ele passou por Rush caminhando at a mesa e apanhou o livro que estava ali Ergueu o e mostrou Era um livro muito velho de cantos t o mofados e enrolados e capa t o grosseiramente arranhada que parecia ter sido jogado em uma banheira Na capa em uma fonte simples e irregular liam se as palavras Uma Trombeta Profere o Julgamento ou O Plano de Deus Revelado em Diversos Sinais Conhece isto Ber Lusim perguntou Rush pensou em mentir mas s por un momento Por que mais estaria aqui Sim Ber Lusim sorriu calorosamente como se tivesse extra do uma confiss o que faria bem alma de Rush Quero lhe agradecer disse ele O tom s rio casual amistoso chocou e assustou Rush Ele nada disse apenas fitou o outro homem enquanto ele folheava as p ginas do livro e depois o entregava a Rush que o aceitou e viu que estava aberto na ltima p gina O papel centen rio seco e quebradi o fez um ru do ao ser tocado Esse par grafo me intrigou Ber Lusim disse Especificamente quando Toller diz que o filho e o esp rito estar o presentes quando o fim chegar Remete liturgia insignificante da igreja romana A divis o de Deus em tr s como se Deus fosse um peda o de p o Ele um peda o de p o Rush disse Voc ainda n o entendeu aquela coisa toda da Eucaristia Ele ouviu a pr pria voz ao dizer isso e se impressionou com ela Por acaso estava querend
18. N o isso Rush disse que eu Ele pareceu lutar com a pr xima palavra por um longo tempo Kennedy percebeu que Nahir os observava do outro lado do espa o estreito e moveu se para bloquear o campo de vis o dele O ru do do tr fego e o roncar do motor a diesel do caminh o afogariam qualquer som que eles fizessem O que foi ela perguntou Ela est encrencada com o povo dela Rush disse A Diema E eu acho que por minha causa Nem havia ocorrido a Kennedy que ele poderia estar preocupado com a garota e a ideia a pegou completamente desprevenida O qu perguntou estupidamente Foi uma coisa que aconteceu no esconderijo Eu acho que ela deve estar sob ordem de pris o ou algo assim Esse babaca a o Nahir estava gritando com ela e depois veio aquele careca medonho e fez o mesmo e depois ele disse que faria um julgamento Um julgamento do qu Tem alguma ideia do que seja Ele balan ou a cabe a negativamente Eu queria n o ter vindo aqui murmurou sombrio N o fiza menor diferen a N o sei por que achei que poderia ajudar Tudo o que eu fiz foi estragar tudo Isto o que n s estamos fazendo agora n o sua especialidade Kennedy disse gentilmente Nem a minha Ele ergueu o rosto e encontrou o olhar preocupado dela Heather eu n o tenho especialidade Kennedy tirou da bolsa a fotoc pia da vers o datilografada do
19. Rush j havia gritado e depois berrado e agora gemido Eu n o sei eu n o sei eu n o sei eu nunca ouvi falar Ah meu Deus Por favor A noite foi um fosso de medo impregnado de vergonha por m a maior parte podia ser dissolvida em um foco suave J aquele momento se destacava muito claro e n tido Rush o revirava em sua mente como se fosse um cubo de Rubike ele o estivesse girando at encontrar a combina o certa Por isso que seu voto fora sim embora n o estivesse se enganando com a ideia de que sua opini o contava Precisava provar que n o tinha medo dela Odi la tudo bem mas tem la n o A diferen a importava muito E eles ainda estavam falando Kennedy agora discutia com que tipo de opera o haviam concordado O Leo um soldado e voc o que Mas isso n o o que eu fa o Eu matei exatamente duas vezes uma em uma a o policial e outra em leg tima defesa N o posso participar de ataques emboscadas ou execu es Provavelmente n o aguento nem ver essas coisas Eu estudei voc Diema disse bruscamente e acho que est errada Mas n o cabe a mim dizer o que pode e o que n o pode fazer De todo modo irrelevante Eles s o numerosos demais para ser combatidos dessa forma Precisamos agir de outro modo E a falaram sobre os dois homens o guerreiro Ber Lusim e o sacerdote Shekolni Suas for as e fraquezas de acordo com Kuutma e conforme as observa es da
20. Rush quis saber Existe um jeito de n s sabermos Talvez Jukes gesticulou para que ele deixasse a cadeira e tomou seu lugar Por alguns minutos abriu janelas na tela e observou enquanto um texto branco em fundo negro passava por elas As vezes digitava sequ ncias de letras em resposta a solicita es feitas pela m quina Acabou chegando a mais um conjunto de s mbolos aleat rios mas balan ou a cabe a como se aquilo fizesse sentido A est disse apontando A ponta de seu dedo tocou a palavra USU RIOS seguida de mais ou menos uma d zia de n meros Rush p de ver que a palavra reaparecia por toda a tela pelo menos uma veza cada duas ou tr s linhas Usu rios de qu perguntou Jukes digitou mais um pouco inclinando se para perto do monitor como se tivesse mais chance de decifrar seus segredos se diminu sse a dist ncia N o sei admitiu afinal Espere N o Sim eu sei Estes s o dados antigos Tipo totalmente defuntos N o me admira que o Alex tenha conseguido acess los t o f cil Foi f cil Tente acessar os dados atuais e voc vai ver Isto aqui sim uma parte do banco de dados da Biblioteca Brit nica O cora o de Rush fez alguma coisa surpreendente e alarmante dentro do peito Que parte Jukes lan ou lhe um olhar curioso Est ficando animado agora Qual parte Jukes Tecla Tecla Tecla Usu rios el
21. o suficiente para voc pensar que ela era an mica ou estava se recuperando de uma doen a recente Ou que cresceu no subsolo Tillman pensou em uma cidade que nunca se abriu para o sol e nunca viu nada de antinatural nessa priva o Ent o o que pensa do mundo exterior princesa N o muita coisa provavelmente j que s te deixam sair para ca ar Ele voltou o v deo e observou de novo mas foi longe demais passando do ponto em que a garota entrava na loja Do lado de fora da janela pegos na grava o mas quase invis veis borr es horizontais foram sucedidos por borr es verticais Ent o a porta se abriu e a garota entrou r pida met dica correndo contra o tempo a caminho de salvar a vida de Kennedy O que ele havia acabado de ver Voltou o v deo mais uma vez e considerou os borr es Algo que se movia na cal ada ou na rua Vindo de lado para o campo de vis o Depois um salto ou um mergulho a sensa o de um movimento r pido para baixo que acabou t o rapidamente quanto come ara E a porta se abrindo De novo Ele ainda n o conseguia entender De novo Ligou o som esperando por outra pista contextual e ouviu um estrondo como o de uma britadeira em baixa velocidade Parou antes de a garota entrar na loja Na verdade parou logo antes daquele r pido salto Claro que parou Tillman voltou se para o balconista Ela estava em uma motocicleta quando chegou disse Certo O rosto do h
22. s uma hip tese Os fatos sugerem que eles estejam lutando uns contra os outros Nisso podemos concordar As raz es bom de um Jeito ou de outro nunca vamos saber n Se voc perguntasse e eles respondessem teriam que matar voc em seguida Ele disse isso em tom de brincadeira mas Kennedy n o riu e Tillman n o estava mesmo fazendo gra a Ele ficou de p e olhou para ela em sil ncio Que foi Kennedy perguntou O que voc quer de mim Heather Neste momento Nada S estou avisando voc pois para mim parece que se eles estiverem mesmo cuidando de assuntos inacabados e isso for mais do que mera coincid ncia ent o vir o atr s de voc em seguida E agora parece que j vieram Aposto que s o eles que andam te vigiando N o Tillman disse Como assim n o A nica pessoa que eles odeiam mais do que a mim s pode ser voc ent o meio que inevit Quero dizer que voc n o veio aqui pra me avisar N o vim Bom n o s pra isso Conte o resto Quer que eu te d cobertura Kennedy ficou estarrecida N o disse ela Leo n o Jesus depois do que voc passou N o estou tentando te envolver nisso N o N o para combat los ela queria dizer N o para matar mais nem um deles Mas se seguisse essa linha de pensamento com Tillman bem ali na sua frente n o havia Jeito de prever o que sua express o entregaria Ele ainda n
23. um grito sem palavras de repulsa e protesto Deu um passo na dire o de Diema as m os erguidas como se pretendesse agredi la Ela mesma assumiu uma posi o de combate pronta para defender se O que isso Kuutma perguntou friamente O que que voc est dizendo Voc uma Elohim n o uma Kelim Agora sou ambas ela respondeu Voc uma meretriz Nahir berrou Uma meretriz imunda Ela lan ou a ele um olhar de frio esc rnio Voc precisa aprender novas palavras ofensivas Desh Nahir Variar seu repert rio Seria terr vel se voc se tornasse tedioso A suposi o de Desh Nahir razo vel Kuutma interveio esmerilando as palavras Se ele estiver errado conte me por qu Como isso aconteceu Diema olhou nos olhos dele Aconteceu Tannanu desta forma ela disse Eu me entreguei ao garoto a fim de ganhar a confian a dele e por meio dele a confian a de Heather Kennedy Foi parte de minha miss o e n o senti prazer algum mas tamb m n o hesitei Outros Elohim fizeram esse tipo de coisa muitas vezes Mas eu me enganei ao calcular meu ciclo e me vi gr vida E disso obviamente sou culpada Culpada Nahir quase gritou Esta obscenidade Kuutma o silenciou com um gesto breve Prossiga ele disse a Diema E assim ela disse fui defrontada com uma escolha Eu poderia ter encerrado a gesta o N o teria sido
24. Ela n o precisa se despedir de voc J se conciliou com a sua morte Tillman fez um gesto exausto e derrotado com a m o Se voc diz Eu sei que a sua gente n o pode mentir N o Kuutma pensou olhando do alto para o homem ferido N o podemos Exceto para n s mesmos CAP TULO 70 O voo de volta a Londres foi f nebre E o fato de que estavam na classe executiva s fez com que fosse tamb m surreal A cada vez que Rush conseguia pensar em algo a dizer Kennedy respondia com monossilabos E ele n o a culpava pois as coisas que pensava em dizer eram todas erradas Conversa fiada Desvios verbais desesperados para afast los tanto quanto poss vel do nico assunto que n o podiam discutir Por que n s os deixamos fazer aquilo com ele Por que n o fizeram comigo A comiss ria de bordo veio oferecer lhes champanhe Kennedy nem mesmo pareceu ouvir Rush balan ou a cabe a enfaticamente recusando N o estamos bem mentiu Estamos timos Obrigado CAP TULO 71 Kennedy n o telefonou antes para avisar Izzy de sua vinda O fato que teve medo de faz lo Medo das palavras mais que tudo a essa altura pois a primeira coisa que ela faria quando finalmente pousasse em Heathrow seria se atualizar com uma semana inteira de mensagens de texto de Izzy at o momento n o lidas Ela nunca havia sido uma arque loga mas conhecera alguns Esta parecia uma tarefa arqueol gica Desenterrar as provas
25. Meu Deus do c u Rush exclamou Kennedy voltou se para os quatro Elohim que os haviam trazido sala Soltem o Leo ela disse Teve de for ar as palavras a sair O sangue martelava suas t mporas e ela se sentia como se estivesse se afogando em uma f ria quase p nico que vinha crescendo desde a primeira vez que pisaram neste lugar Os Mensageiros fingiram n o ouvi la Claramente n o aceitavam ordens de gente como ela Kennedy voltou sua aten o para Nahir que estava parado no canto da sala observando os em sil ncio Ele n o havia se movido desde que chegaram e por isso ela n o o vira at agora A express o do homem era menos indiferente que a do m dico e a dos guardas mas o que transparecia em seu rosto era mais que tudo curiosidade um interesse pelo que eles fariam a seguir O que foi Kennedy disse Est o com medo de que ele decida brigar com algu m Soltem o Leo N o Nahir disse um ser humano que est preso a mesmo Kennedy foi at a cama e come ou a desatar Tillman pessoalmente Quando os Mensageiros se moveram para det la ela girou e esmurrou o mais pr ximo bem no meio da cara Eles a imobilizaram antes que pudesse piscar Na verdade o homem que ela acabara de esmurrar foi quem a prendeu em uma chave de bra o dentro de um segundo e sem a ajuda de seus tr s colegas Rush aproximou se para ajud la e deu de cara com uma barricada humana
26. No meio do ch o um grande tambor verde de a o chamejava labaredas azuis e brilhantes com um nevoeiro ondulante de calor elevando se dela feito um g nio que paira no ar E logo abaixo deles Shud sabia para n o mencionar o caminh o estacionado do outro lado do amplo sal o havia caixas e barris de sust ncias explosivas tanto est veis quanto inst veis cubano nitrocelulose meia d zia de variedades de pl sticos e toluenos Apaguem o fogo Hifela sibilou O erro n o foi esse Dois homens adiantaram se rapidamente os outros vindo a seguir para lhe dar cobertura Um dos dois arrancou uma manta antichamas de um posto de emerg ncia sem titubear Mas quando se aproximaram do tambor flamejante seus passos vacilaram Um deles caiu de joelhos O outro cambaleou agarrando a garganta Shud subitamente entendeu algo que deveria ter percebido antes a cor das chamas N o se aproximem berrou na l ngua do Povo Fiquem longe do fogo paracianog nio H g s cianeto no Uma sombra ocultou a luz diretamente acima de sua cabe a Ele mergulhou e rolou no ch o antes mesmo de pensar nela Por isso salvou se Algo ca ra do nada com um estrondo como o de uma porta que se fecha e os dois homens sua esquerda n o estavam mais l Mantendo se abaixado Shud avaliou o cen rio ao redor com uma s rie de olhares r pidos A caixa estilha ada cheia de esferas de a o para rolamentos que agora rolavam livrem
27. es Kennedy resumiu Tudo o que ele previu eles est o recriando tomando o maior cuidado para acertar em cada detalhe e garantir que os desastres aconte am na sequ ncia certa a mesma sequ ncia na qual o livro os descreve Algo ocorreu tardiamente a Kennedy talvez por causa do lugar onde estava e do que havia acontecido do que ela havia presenciado da ltima vez que estivera ali Ela foi at a porta do palheiro e olhou para baixo Depois de um momento quando os dois homens vieram se juntar a ela apontou para o lado do caminh o Exibia o nome da empresa propriet ria do dep sito a High Energy Haulage com as letras iniciais destacadas em vermelho e o logotipo que tinha a forma de um d lmen dois blocos verticais sustentando um horizontal H E H Kennedy soletrou Heh Ela pronunciou como hei a quinta letra do alfabeto aramaico E eles usavam as letras como n meros tamb m Ent o aquele sinal bem ali um cinco Como em quinta monarquia Mas por qu Rush quis saber embora a pergunta soasse mais como uma s plica Por que que algu m faria profecias se tornarem reais com tr s s culos de atraso N o faz nenhum sentido No sil ncio que se seguiu Kennedy anunciou Talvez seja hora de chamarmos nossa testemunha especialista CAP TULO 46 Era uma vez um homem de grande virtude Diema disse para quem todas as recompensas e honras terrenas chegaram cedo e fa
28. grotesco Ber Lusim disse Ent o Toller fica sabendo da hist ria toda Do traidor sagrado Da cidade secreta Do fim do mundo uma revela o N o um livro inteiro de revela es E tem que ser verdade pois se n o fosse quem gastaria suas ltimas horas de vida contando uma hist ria t o maluca como se Deus tivesse colocado esse homem justamente ali no lugar certo na hora certa para que Toller pudesse abrir os olhos E quando acabou e o hmem morreu Toller voltou para a Inglaterra e retomou a vida dele S que agora ele era um profeta Um homem com uma mensagem E ele queria dar mensagem tanta autoridade quanto poss vel ent o inventou a visita do anjo Ou talvez essa fosse mesmo a maneira como ele se lembrava da ocasi o quela altura n o sei Talvez ele realmente tenha achado que o seu homem era um anjo Por que isso deveria ser verdade Ber Lusim exigiu saber Onde est sua prova Diema havia erguido uns sete centimetros da barra do jeans sobre o tornozelo expondo o coldre A arma estava pronta em sua m o Mas agora um novo problema se apresentava Dois problemas na verdade Como que ela pegaria Ber Lusim mais desprevenido do que antes agora que usava a m o mais fraca e mais lenta E como sacaria e dispararia sem acertar Rush que estava diretamente no caminho Ela viu Kennedy observando a pronta para agir quando ela agisse N o tem a ver com provas Rush disse
29. o robusta e vestido de maneira muito casual com um su ter cinza de gola alta e cal a jeans imaculadamente branca Os cabelos eram longos finos e loiros O rosto estreito bronzeado como o de um astro de cinema Ela apertou a m o dele Sim sou Heather Kennedy E o senhor o Dr Bouchard Gilles Gilles Obrigada por concordar em falar comigo assim de ltima hora O prazer meu Acredito estar retribuindo um favor por meios um tanto bizantinos Kennedy sorriu Sim foi o que me deram a entender Tamb m me disseram que a senhorita talvez n o tivesse muito tempo Estou aqui dentro dos seus termos Mas se o livro j estiver m o eu adoraria dar uma olhada nele O livro Bouchard disse Deu palavra um tom ligeiramente sat rico Sim Bem vou lhe mostrar o que temos e explicar como o obtivemos Por favor venha comigo Ele a guiou da rea da cronologia e dos n veis mais baixos da mostra at uma porta que se abria para uma escadaria com paredes pintadas de vermelho Os degraus eram de a o e retiniam sob seus p s O Scriptorial dentro do Scriptorial Bouchard disse Segue no sentido hor rio enquanto as salas abertas ao p blico v o no sentido anti hor rio ou widdershins para usar essa encantadora palavra inglesa Chamamos este lugar de le filetage administratif a rosca administrativa Entende a met fora Como a rosca de um parafuso Ele gesticulou
30. Agora ele est querendo janelas Alus disse Por que n o posso ter janelas ele pergunta Est ficando maluco por n o ter uma vista Est 120 metros abaixo do solo e quer uma vista Ent o Kuutma em vez de mand lo enfiar essa ideia no rabo diz Que vista gostaria de ter Sr Tillman Para o qu gostaria de olhar E Leo responde N o sei talvez um lago ou coisa assim E quando eu chego Kuutma j mandou instalar um v deo em tempo real do Lago Michigan E sabe o que Leo responde Ele diz N o tem som Taria interrompeu pegando o gancho de Alus Ele diz que gosta da gua mas n o real se n o houver som Ent o Kuutma se vira para Alus e diz Ligue para Michigan Veja se h uma forma de instalarem um microfone As duas mulheres riam escandalosamente Esse era seu tipo favorito de hist ria sobre Tillman o tipo em que ele fazia algo ultrajante ou rabugento ou inexplic vel O tipo em que ele parecia um animal de estima o ex tico com necessidades igualmente ex ticas e h bitos neur ticos e car ssimos Em Ginat Dania em geral Diema sabia que seu pai era visto de maneira muito diferente Era o prisioneiro na torre o monstro enjaulado o trof u que Kuutma trouxera ap s derrotar Ber Lusim e salvar a cidade E mais era o antigo inimigo for ado a trabalhar arduamente a labutar para o Povo embora este tivesse partido seu cora o orgulhoso e atormentado seu
31. Ah sim por toda parte Rush garantiu Mas se est procurando as c meras n o vai encontr las Est o embutidas nos cantos esquinas molduras e coisas assim Usamos um sistema chamado cprepISI sargento Kennedy Preven o de Crimes Atrav s do Design Ambiental E assim voc mostra s pessoas onde est o as c meras quando quer regular o comportamento delas em um grande espa o p blico certo Num shopping center por exemplo ou num estacionamento Uma coisa meio o Grande Irm o olha por voc Mas n s camuflamos nossas c meras porque este um local fechado Ningu m consegue entrar aqui sem autoriza o a n o ser que seja um invasor Ent o o circuito interno serve para pegar criminosos no flagra Inclusive seus pr prios funcion rios pensou Kennedy Pois c meras vis veis podiam fazer as duas coisas intimidar criminosos e registrar transgress es O que n o podiam fazer era regular o comportamento das pessoas que trabalhavam com o acervo diariamente Este era um sistema que se antecipava a surpresas desagrad veis ao tratar todo mundo como inimigo O que Rush deixou de mencionar foi que no meio de todas essas maravilhas tecnol gicas estava o acervo em si mas enquanto passavam de uma sala a outra Kennedy n o p de evitar que seu olhar se desviasse atra do por imensas esculturas totens de ind genas norte americanos canoas de casca de rvore armaduras Os itens menores como ela esperava estavam seg
32. CAP TULO 41 De ambos os lados do canal onde quer que pudesse ter acesso internet Kennedy continuava a trabalhar nas profecias de Toller tentando capturar uma ideia que lhe surgira enquanto falara com Bouchard Quando terminou estava a poucos minutos de St Pancras e sentindo um atordoamento um tanto surreal Ela havia pensado que depois de conhecer a tribo de Judas nada mais poderia surpreend la Estivera totalmente enganada Seu telefone tocou enquanto o trem chegava plataforma Ela olhou de esguelha para o identificador de chamadas Ben Rush Quando estava prestes a atender Leo Tillman foi surgindo lentamente em seu campo de vis o Estava apoiado a um pilar l fora na plataforma m os nos bolsos claramente esperando por ela O trem desacelerou at parar deixando o bem no centro da janela de Kennedy Com o mau humor que sentia agora esse efeito era um tanto espalhafatoso para o gosto dela Escolheu a op o IGNORAR CHAMADA no telefone Falaria com Rush mais tarde Tillman acompanhou o passo de Kennedy quando ela desceu do vag o e caminhou em dire o cancela Bem vinda de volta disse ele Kennedy olhou ao redor primeiro esquerda depois direita N o tem fanfarra Nem desfile Que boas vindas mixurucas Heather qualquer que seja o segredo n o sobre literatura antiga Nunca pensei que fosse ela respondeu Na verdade Leo acho que sobre o fim do mundo Ele lan
33. Reprimindo um arrepio Rush estendeu a m o e enfiou os dedos na densa gosma Correu os da direita para a esquerda e de volta tateando em busca de uma brecha uma falha na estrutura N o havia nada do tipo Mas havia outra coisa Mais ou menos na altura de seu peito havia um ponto saliente redondo e com quase 4 centimetros de di metro Uma protuber ncia ou a cabe a de um rebite talvez Rush raspou a meleca oleosa e descobriu uma chapa circular feita de algum metal opaco e envelhecido Estava pregada no topo de forma que pudesse ser girada para o lado Rush fez isso Filho da puta sussurrou Estava olhando para um buraco de fechadura Kennedy saiu do caminh o e andou at a esquina da rua A conversa de Diema com Kuutma n o parecia propensa a terminar t o cedo e j que falavam em sua pr pria l ngua ela n o ganharia nada tentando escut los Havia tr fego intenso na rodovia principal mas ningu m andando a p A loja da esquina havia sido uma Blockbuster mas estava fechada fazia um bom tempo Na janela havia cartazes das pr ximas sensa es cinematogr ficas de alguns anos atr s Motoqueiros Selvagens 300 Zodiaco Um p ster oferecia o aluguel de dois filmes mais pipoca e uma garrafa grande de Coca Cola por US 12 99 Sob o p ster havia um p ssaro morto algo pequeno e indistinto como um pardal ou uma ferreirinha que havia entrado ali e nunca mais conseguira sair Faltavam duas horas e alguns pou
34. Voc conseguiu as provas Presumo que tenha um plano quanto a como us las Acho que estamos prontos para falar com o suspeito Kennedy respondeu Vamos precisar usar a sala de reuni es outra vez A sala de reuni es Gassan franziu o cenho Meu escrit rio n o seria mais discreto Seria Kennedy concordou Mas n o vejo mal nenhum em ter um pouco de choque e espanto ao nosso lado CAP TULO 11 Voc come ou a trabalhar aqui seis meses atr s Kennedy disse Ela posicionara Alex Wales para que ele sentisse todo o efeito opressivo de um tribunal sua cadeira de frente para a dela e as duas separadas pelo baluarte intim idador que era a mesa de reuni es A pr pria Kennedy Emil Gassan e o chefe de seguran a Thornedy ke sentavam se lado a lado mais ou menos ao centro da longa mesa Sob ordens de Kennedy Rush ficara do outro lado perto do ombro de Wales para enfatizar qu o s ria e oficial era a situa o N o havia nada nas maneiras dele que sugerisse que tinha algo a esconder Estava de p ereto ignorando a cadeira os bra os ao lado do corpo e a cabe a ligeiramente abaixada como um ator em um teste Sim ele confirmou E anteriormente voc trabalhava na Biblioteca Brit nica Rush achou que anteriormente fora uma bela escolha Kennedy havia adotado um estilo forense Sim Wales respondeu novamente Mas n o disse isso ao se candidatar a
35. es e atrocidades Os personagens a bruxa m Caroline o marido submisso Simon Hayley e Ben coestrelando como as crian as perdidas no bosque eram maiores do que a vida mas retratados com verdadeira convic o Era melhor que um teatrinho de Natal Ou teria sido se o subtexto n o tivesse sido t o alto e claro Sou sua namorada me tira daqui E ela n o podia fazer isso Depois do que havia acontecido no apartamento na noite anterior nem sequer se atrevia a responder s mensagens N o havia como prever que partes de sua vida o Povo de Judas estaria rastreando Izzy j havia quase morrido uma vez Coloc la novamente na linha de fogo neste momento era algo em que Kennedy n o ousava pensar Ent o voltou se para o e mail restante que era de Ralph Prentice Ele dizia Olha eu disse que talvez tivesse algo para te contar sobre ferimentos a faca N o quis dizer mais nada at verificar pessoalmente pois parece que estamos em uma esta o meio doida Muitos acidentes horrorosos mas alguns mais desconcertantes que horrorosos Quem que tem tempo para cortar a cabe a de mil ratos E onde arranjar tanto rato ali s Mas estou divagando Voc deve lembrar que conversamos sobre um inc ndio em Yorkshire n o Era um edif cio tombado como patrim nio hist rico Nunappleton Hall J tinha sido um convento depois uma mans o depois foi esvaziado e supostamente abandonado Estava vazio at o momento do inc ndio na ve
36. realmente a sua pergunta vou responder Depois vou cortar a sua garganta no estacionamento do aeroporto Ferihegy A decis o sua garoto Rush digeriu a amea a em um sil ncio pensativo T legal disse por fim Esquece isso ent o Que tal esta O Robert Blackborne fala sobre o sinal esquisito que o Toller costumava fazer como b n o mas ningu m mais menciona isso Ent o estou me perguntando qu o diferente ele do sinal da cruz Posso ver Diema fezuma careta Voc quer que eu o aben oe Quero ver voc fazer o sinal s isso Lidar com ele era como tentar acalmar um beb Descontente ela reproduziu o sinal do n corredi o v rias vezes e ele a observou com certo fasc nio A n o ser que fosse apenas um ardil para que pudesse ficar olhando para os seios dela de novo Posso tentar ele finalmente perguntou Ou seria blasf mia Diema deu de ombros despreocupada V em frente Ele moveu a m o como se estivesse sofrendo de dor de est mago e tentasse alivi la Divertindo se apesar de simesma e feliz por ter uma distra o dos sentimentos persistentes deixados pelo filme Diema o instruiu N o com a m o inteira com a palma aberta Assim sai errado O dedo indicador deve ficar esticado apontando para o seu peito N o fa a t o r pido E fa a uma vez s N o de novo e de novo e de novo Imagine um rel gio no seu peito Imagine os pont
37. respondeu permitindo que a exaspera o se mostrasse em sua voz Essa gente entrou na caverna do Aladim e roubou um nico livro Ou talvez n o tenham roubado Talvez tenham entrado e queimado um livro Voc consegue imaginar uma explica o plaus vel para isso Porque eu n o consigo E isso ainda vem antes de a gente chegar parte em que deixei o Emil Gassan a quem considero um amigo ser esfaqueado talvez fatalmente bem diante dos meus olhos Ent o sim eu ainda estou em atividade Ainda tenho um trabalho a fazer Mas o seu tipo de trabalho um pouco diferente do meu Eu n o quis dizer nada disso Rush afirmou N o Ent o quis dizer o qu O que eu quis dizer foi por que o Wales ainda estava l Ele roubou t roubou ou ent o destruiu aquele livro tr s semanas atr s Se ele terminou o servi o deveria ter dado no p E da Da que ele n o terminou o servi o Voltou porque ainda tinha alguma tarefa a cumprir e o que quer que seja era algo que valia o risco de ficar alino meio de uma investiga o policial Kennedy havia chegado mesma conclus o mas n o queria ter essa conversa com Rush S queria que ele entendesse qu o pr ximo estava da borda de um precip cio e que tivesse o bom senso de caminhar na dire o oposta Voc vai ter algum dia de folga em breve Folga Rush quase riu Eu nem terminei meu per odo de experi ncia Ainda sou
38. 0 1 2 3 4 5 a la SUM RIO CAP TULO 19 CAP TULO 20 CAP TULO 21 CAP TULO 22 CAP TULO 23 CAP TULO 24 CAP TULO 25 CAP TULO 27 CAP TULO 28 CAP TULO 30 CAP TULO 31 CAP TULO 32 CAP TULO 33 CAP TULO 34 CAP TULO 35 CAP TULO 36 CAP TULO 41 CAP TULO 42 CAP TULO 43 CAP TULO 44 CAP TULO 46 CAP TULO 47 CAP TULO 49 CAP TULO 60 CAP TULO 61 CAP TULO 62 CAP TULO 63 PARTE 6 CAP TULO 70 CAP TULO 71 CAP TULO 72 NOTAS ADAM BLAKE Publicado originalmente na Gr Bretanha em 2011 por Sphere T tulo original The demon code Copyright O 2011 by Adam Blake Copyright O 2014 Editora Novo Conceito Todos os direitos reservados Esta uma obra de fic o Nomes personagens lugares e acontecimentos descritos s o produto da imagina o do autor Qualquer semelhan a com nomes datas e acontecimentos reais mera coincid ncia Vers o digital 2014 Produ o Editorial e Adapta o da Capa Equipe Novo Conceito Este livro segue as regras da Nova Ortografia da Lingua Portuguesa Dados Internacionais de Cataloga o na Publica o CIP C mara Brasileira do Livro SP Brasil Blake Adam O c digo do Apocalipse Adam Blake tradu o Camila Fernandes Ribeir o Preto SP Novo Conceito Editora 2014 T tulo original The demon code ISBN XXX XX XXXX XXX X 1 Fic o policial e de mist rio Literatura inglesa
39. A ideia era atrairmos um dos Mensageiros de Ber Lusim para que tentasse capturar Heather Kennedy como j haviam tentado fazer na Inglaterra ao fazermos parecer que sab amos onde ficava a base deles Ela olhou de uma face grave para outra Essa parte funcionou S que eles n o vieram apenas atr s de Heather Kennedy vieram atr s de todos n s E n o mandaram um Mensageiro Mandaram v rios Mandaram s um atr s de mim Rush disse Acabou sendo um erro Considerando o estado de seu rosto e o fato de que sua voz abafada e distorcida s sa a de um dos lados da mand bula horrivelm ente inchada ele pretendera fazer uma piada certamente Quarenta Elohim desprovidos de qualquer senso de humor no que se referia a seu chamado sagrado fitaram no em sinistro sil ncio Havia mais de uma d zia ao todo Diema disse apressadamente chamando a aten o deles de volta para si N o sabemos dizer exatamente quantos eram pois eles esperaram at que nos separ ssemos e nos atacaram em grupos menores O ltimo a cair foi Hifela a quem todos voc s conhecem ou ao menos j ouviram falar dele De repente a sala tornou se sibilante com dezenas de conversas sussurradas Diema esperou que cessassem Usara aquelas frases deliberadamente e queria que seus compatriotas refletissem por um momento sobre o que significavam que doze Elohim haviam sido enviados contra tr s adamitas dois dos quais estavam sentados dia
40. Ela conhecera pessoas que consideravam uma ninharia matar por um livro E n o queria de jeito nenhum encontr las novamente O calor era opressivo Kennedy voltou sala e preparou um drinque depois se sentou diante da janela para sentir a brisa Uma espessa camada de nuvens escondia a Lua mas havia umas poucas estrelas vis veis perto do z nite do c u Ela se imaginou no lugar delas olhando para baixo uma t cnica que um psic logo especialista em traumas lhe ensinara depois do incidente que lhe custara seu porte de arma O objetivo do exerc cio era encorajar um saud vel alheamento de forma que se enxergassem os problemas em outra perspectiva Nesse aspecto Kennedy a considerava in til Mas aplic la lhe dava uma vaga e agrad vel sensa o de vertigem Enquanto continuava sentada ali tentando perder se entre pensamentos inconsequentes para se defender dos aflitivos uma ponta da camada de nuvens se dispersou lenta e teatral revelando a face da Lua No s bito clar o Kennedy viu algo se mover no topo do pr dio oposto Foi s por um segundo Provavelmente um gato ou coisa nenhuma um peda o de lixo leve o suficiente para ser deslocado pela brisa O problema era que estava se movendo contra o vento T o casualmente quanto poss vel Kennedy tomou outro gole da sua bebida p s o copo de lado e saiu de perto da janela passando pela porta e chegando ao corredor do apartamento de Izzy Assim que ficou fora do poss vel camp
41. Eles n o estiveram acredito eu presentes no dep sito com Tillman ele observou N o Mas ambos pesquisaram sobre Johann Toller e suas profecias Novamente o caso de usarmos todos os recursos dispon veis Se qualquer um deles tiver uma ideia que possamos usar precisamos arranc la deles agora Muito bem Kuutma disse Nahir por favor mande traz los Nahir fez o sinal do n corredi o ao qual Kuutma respondeu e depois saiu Diema percebeu extrema tens o nas costas e nos ombros de Nahir Ele n o a perdoaria pelas indignidades s quais ela o expusera hoje Mas de certa forma isso tornava mais f cil o que Diema precisava fazer ele estava t o implacavelmente concentrado nos pr prios sentimentos feridos que ela n o precisava dedicar a eles nenhum pensamento Sozinho com Diema pela primeira vez Kuutma deu lhe um breve mas caloroso abra o Estou satisfeito com o que voc realizou disse a ela Satisfeito e orgulhoso A opera o aqui foi brilhantemente manobrada Obrigada Tannanu Diema retomou o mesmo tom de humildade que havia usado ao falar com ele em Ginat Dania e seu cora o dilatou se como sempre acontecia quando ele a louvava Mas havia outras emo es presentes agora e ela escolheu as pr ximas palavras com cuidado Mas acho que eu poderia ter feito mais e mais rapidamente E em todo caso o plano foi seu Sim Kuutma concordou O plano foi meu Eu di
42. I T tulo 14 00228 CDD 823 0872 ndices para cat logo sistem tico 1 Fic o policial e de mist rio Literatura inglesa 823 0872 Novo Conceito Rua Dr Hugo Fortes 1885 Parque Industrial Lagoinha 14095 260 Ribeir o Preto SP www grupoeditorialnovoconceito com br Para A J Lake com todo o meu amor PR LOGO Os participantes haviam sido preparados Seus captores haviam amarrado suas m os e p s alinhando os na ordem determinada e for ando os a se ajoelhar no ch o de pedra fria no pequeno quarto nos fundos do pr dio antigo O c modo era realmente estreito demais para o ritual que deveria acontecer ali Havia outros que teriam sido muito mais adequados mas este fora escolhido pelo profeta por motivos esot ricos que poucos entre eles entenderam Era uma noite quente com o sol escondido logo abaixo do horizonte no entanto as pedras da pavimenta o ainda estavam frias Talvez por isso ou por outras raz es igualmente v lidas os homens e as mulheres tremessem enquanto esperavam ajoelhados Ber Lusim enviou um dos seus homens para dizer ao profeta que eles estavam prontos para prosseguir O homem voltou quase imediatamente caminhando respeitoso atr s do santo Shekolni havia envergado vestes vermelhas com bainhas pretas vermelho para o sangue preto para o luto Tran as vermelhas foram entrela adas no preto de sua barba e sobre as delgadas palmas de suas m os que eram como as de u
43. O lado direito de seu rosto estava inchado o olho quase fechado Quero falar sobre o que aconteceu disse a ela Hoje Hoje N o d pra esperar Rush deu de ombros um gesto que abarcava os ferimentos dele os dela o hospital e toda aquela situa o doida Bom me diga voc Kennedy hesitou De todas as perguntas que ele poderia fazer havia bem poucas que ela ficaria feliz em responder Entretanto precisava admitir que havia muitas mais que ele tinha o direito de fazer Ela olhou o pr prio rel gio eram 21h30 A noite ainda era grotesca e im possivelmente uma crian a T bom respondeu Vamos conversar Pegaram um t xi para voltar ao centro da cidade Kennedy pediu ao motorista que os deixasse diante de um pub na Upper St Martin s Lane o Salisbury Poderiam ter caminhado mas a presen a do taxista limitou a conversa e deu a Kennedy tempo para pensar no que diria a Rush O rapaz tentou pagar a rodada Em vez disso Kennedy mandou o encontrar um lugar para os dois sentarem pegou pessoalmente os drinques uma cerveja lager para ele um Jack Daniel s com gelo para ela e foi juntar se a ele Rush escolhera uma mesa de canto e estava sentado fitando a porta Seu rosto maltratado atra a muitos olhares curiosos ou incomodados das pessoas ao redor Ent o como est se sentindo ela perguntou Rush apenas balan ou a cabe a Ela interpretou isso como uma resp
44. Por que voc n o me ligou simplesmente O Manolis est me ajudando numa coisa ele respondeu Um projeto em andamento Ligar pra voc seria a pr xima coisa que eu faria Heather Assim que eu terminasse com isso O tom dele era moderado calmante A verdade era que a raiva de Kennedy n o tinha nada que ver com ele Sentira se desamparada na noite anterior amarrada de pernas abertas na cama enquanto dois homens a amea avam e agrediam Era verdade que depois ela vira ambos serem socados at virarem pur mas isso n o ajudara a reconcili la com a dor e a humilha o Estou tendo uma semana ruim disse a Tillman Desculpe bom te ver tamb m Ela sentou ao lado dele reprimindo o impulso inquieto que a impelia a permanecer de p e em movimento Ele n o tentou toc la N o era homem de ficar muito aos abra os e beijos Quando estivera procurando por sua fam lia vivera como um monge por tempo suficiente para transformar a solid o em seu estado natural Voc n o abandona esse tipo de h bito de forma leviana n o depois de deixar que ele o impregne at o miolo como Leo fizera Ele tamb m n o tentou persuadi la a falar Apenas esperou sabendo que ela o faria a seu pr prio tempo Ent o o que voc estava fazendo l no caf ela perguntou novamente O John Partridge disse que voc estava com um trabalho O que trabalho significa para voc hoje em dia Tillman riu levement
45. Seu bem estar importa para mim Eu sei Ela baixou o olhar Bem Kuutma disse J tenho minha resposta E na verdade eu nem deveria ter precisado perguntar Foi sugest o sua acordar Tillman e falar com ele apesar da severidade dos ferimentos Voc obviamente n o est preocupada com a possibilidade de comprometer a recupera o dele ou de acidentalmente mat lo As drogas a serem usadas s o muito potentes Ent o exigiremos um grande esfor o do cora o dele que j est fraco Diema engoliu em seco Desde que ele viva o bastante para falar conosco disse ela t o descuidadam ente quanto p de E aqui estamos n s Kuutma anunciou Haviam chegado a uma porta que era id ntica a todas as outras pelas quais passaram Como ele sabia Diema se perguntou Teria estudado a planta da casa antes de chegar Teria chegado mais cedo e se mantido parte durante a incurs o s cavernas Haveria algum sistema de sinaliza o nos esconderijos que ele conhecia e ela n o Seria a express o dela igualmente f cil de desvendar Diema sabia que o uso prolongado da kelalit poderia induzir psicose por metanfetaminas A paranoia era o principal sintoma Ela esticou o bra o e abriu a porta curvando se para Kuutma e convidando o a entrar antes dela Nem mesmo olhou al m do batente Tannanu murmurou Obrigado Diema Ele entrou e ela o seguiu preparando se Matar quando era obrigad
46. Tannanu Se precisar de informa es dos adamitas fale com eles por telefone ou dirija suas solicita es a mim e eu falarei com eles por voc N o h necessidade de eles o acompanharem Seria at melhor assim j que Tillman provavelmente est fraco demais para se deslocar Voc arriscaria mat lo no trajeto o que Diema Beit Evrom certamente n o desejaria se ele um recurso assim t o valioso N o podemos prever o que encontraremos e do que precisaremos Diema contrap s Pode ser que precisemos de Tillman ao nosso lado fraco como est para usarmos suas ideias N o tem a ver com salvaguardar sua sa de Tem a ver com mant lo onde ele possa ser mais til E o mesmo vale para Kennedy Kuutma perguntou Sim Exatamente E o garoto Diema n o respondeu O que era por si s uma resposta Muito bem Kuutma disse Levaremos a rhaka E Tillman tamb m embora eu ache dificil acreditar que n s o usaremos como voc sugere Mas o garoto fica Quando tivermos partido Nahir poder dispor dele como achar melhor Diema ficou visivelmente tensa como se estivesse se preparando para um intenso esfor o fisico Benjamin Rush o pai do meu beb ela disse que ainda n o nasceu O choque de Kuutma ao ouvir isso foi t o grande quanto o de Nahir mas diferentemente de Nahir ele foi capaz de n o demonstr lo nem em sua express o nem em a es Nahir em contraste gritou
47. alforjes e pneus Pirelli Scorpion Trail na frente e atr s Tillman ouvira a absoluta certeza na voz de Kevin bem como o desejo e a avidez e apostaria sua vida na exatid o do que ele descrevera Mesmo nessa configura o b sica a Multistrada era um brinquedo caro A m quina que causara tamanha impress o em Kevin devia ter sido encomendada n o fabricada em massa Essa era a nica coisa que dava a eles uma chance de vit ria nesse caso Havia 4 2 milh es de c meras de vigil ncia funcionando nas ruas da Gr Bretanha e outras tantas sendo instaladas o tempo todo E uma imensa propor o delas usava algum tipo de sistema de reconhecimento tico de placas de ve culos Ent o em teoria se eles agrupassem todas as listas de registro das redes de c meras que Manolis pudesse invadir terminariam com cinco linhas pontilhadas espalhadas por tempo e espa o cada uma representando o caminho percorrido por uma das cinco motocicletas S uma das cinco linhas passaria pela revistaria e tabacaria Smoker s Paradise na Fynes Street Pimlico E essa seria o alvo Manolis voltou se para Tillman com uma express o ligeiramente tensa Pronto Como assim pronto Tudo o que tenho a fazer ficar parado aqui Mano Comece quando sentir em sua alma que o momento Manolis pressionou uma tecla Sou ateu murmurou Mas um ateu p ssimo Vamos esperar que Deus leve isso em conta As janelas na tela agora pareciam estar se
48. desprezivelmente fraca quase suplicante claro Kuutma concordou ainda gentil Est na sua natureza Aonde quer que v e o que quer que fa a voc encontrar uma forma de ser til Mas h lugares onde mais necess ria do que aqui Por favor Ent o decidi que voc se tornar uma de meus Elohim Quase A garota estremeceu O al vio a inundou Depois a alegria Ela fora convocada e para seguir uma voca o pela qual ela se entregaria sem reservas As Kelim serviam o Povo somente com o ventre e no processo eram depreciadas embora todo mundo fingisse que n o Os Elohim serviam com cora es mentes e m os Uma adaga ou arma de fogo ela imaginou era exatamente como qualquer outra ferramenta como os pinc is que usava ao pintar s que estes estavam limitados a um nico efeito a uma cor por vez Ela n o temia a viol ncia Pintar j era uma viol ncia Ela estava repleta de viol ncia at onde sabia N o era necess rio que aceitasse ela estava sendo informada de uma decis o n o uma oferta Ainda assim disse Aceito Kuutma Aceito com alegria Fico feliz Kuutma respondeu solenemente Estes n o s o tempos de alegria Estamos inseguros e divididos Mas pode ser irm zinha que voc se torne aquela que nos reerguer Apenas me diga o que devo fazer a garota disse Kuutma sorriu diante da urg ncia do tom dela N o era um sorriso condescendente mas
49. e miraram Para chegar estrada principal o caminh o teria de ficar virado na dire o deles por um espa o de 45 metros fazendo do motorista um alvo relativamente f cil Diema atirou Os dois primeiros disparos erraram mas o terceiro acertou o joelho de um dos atiradores Ele caiu agarrando a perna e um segundo depois seu grito passou por ela levado pela brisa leve Uma profus o de tiros for ou Hifela e o outro homem a retroceder para tr s da borda da parede do armaz m ambos carregando o homem ferido Reagiram atirando em nome de sua dignidade mas ali na escurid o do terreno inculto Diema era um alvo imposs vel Quando o caminh o sumiu de vista ela deslizou para fora de seu esconderijo e voltou rapidamente para junto da cerca que separava a propriedade de outra Estava prestes a deitar se de barriga e escorregar por um buraco na base da cerca quando a noite se transformou em meio dia A explos o foi um ataque contra cada um dos seus sentidos um por vez Depois do jorro de fogo a onda de choque a atingiu como uma bola de demoli o e a arremessou no solo O som um rugido alto prolongado malhou a enquanto estava l atordoada e depois um miasma qu mico e escaldante invadiu seus pulm es junto com sua respira o s bita e tr mula arranhando a por dentro V rios minutos se passaram antes que ela pudesse se mover outra vez Sentia se como se cada mil metro de sua pele tivesse sido espremido e socado O
50. embora tenha se esquivado de explicar o que isso poderia significar Queremos informa es sobre Ber Lusim e o trabalho que voc s fizeram para ele O homem franziu o cenho Os m sculos de sua mand bula se contorceram e sua face p lida ficou repentinamente vermelha Diema n o percebeu o que ele estava fazendo at ser tarde demais para det lo Ela lutou brevemente com a boca dele mas ao mesmo tempo que a for ava a se abrir um tremor percorreu o homem Ele se enrijeceu de olhos arregalados e todos os seus m sculos se travaram em um ricto do corpo inteiro A ideia da c psula suicida para algu m do Povo era t o obscena para ela quanto a ideia de o Povo matar sua pr pria gente Precioso aos olhos do Senhor o sangue de Seus servos Suas vidas eram caras porque eram poucas o bastante para ser contadas Mas Ber Lusim havia ensinado a eles novas formas de pensar De rosto sombrio lutando contra as l grimas Diema usou o polegar e o indicador para for ar as p lpebras do homem a se fechar sobre os olhos esbugalhados Quando ela fez isso algo frio e duro tocou a base de seu pesco o Akhot ha aktana Hifela disse suavemente erguendo a Sig Sauer para que a boca do cano tocasse a bochecha dela Irm zinha Kennedy andou diante do Mensageiro mas quando os dois chegaram ao fim do corredor ele passou por ela para abrir a porta A brilhante luz solar inundou suas vistas fazendo a piscar e ape
51. indo ou quando ela estiver no sagu o ou antes que ela entre no pr dio N o gosto disso Tillman disse Vai ter guardas armados l dentro Se o pessoal do Ber Lusim vier atr s dela a Heather pode ser pega no fogo cruzado A Heather est nesta conversa Kennedy disse no r dio Sem dor sem ganho Entendi o racioc nio Diema e estou dentro Mas Tillman continuava ruminando o assunto e ainda tinha perguntas Quantas sa das esse lugar tem Mais de uma d zia Diema reconheceu Mas quanto a isso eu tive uma ideia Meu pessoal vai deixar uma coisa pra n s Algo que nos d uma certa vantagem Que tipo de coisa Kennedy perguntou Um chip de GPS Tem mais ou menos o tamanho de uma cabe a de alfinete e pode ser implantado debaixo da sua pele Depois disso podemos estabelecer a sua localiza o com uma precis o de meio metro O que significa que se a perdermos por alguma raz o ainda poderemos rastre la Eles v o me trazer o chip dentro dos pr ximos minutos Vou precisar lev lo at voc A maneira mais f cil de fazer isso eu entrar no hotel como se estivesse visitando algu m ou fazendo uma entrega Deixe sua porta destrancada O canal ficou mudo Mas s por alguns segundos Tillman Rush disse Moleque use as porcarias das garrafas ou aguente at n s N o isso sobre essa coisa toda Levar o show da Heather Kennedy para a estrada Sim
52. inform lo Quando Kennedy saiu de Ryegate House tr s pessoas a observaram As duas primeiras estavam no interior de um Ford Mondeo prata a cor mais popular no mais popular dos carros a uns 45 metros da entrada frontal do edif cio Estavam vestidas de forma discreta at mesmo mon tona mas havia nelas uma intensidade calma que compelia a uma segunda olhada Esperaram enquanto Kennedy fazia sinal para um t xi e enquanto o t xi acelerava passando por eles de volta para o centro da cidade Ent o o homem no banco do motorista ligou o motor e seguiu atr s do t xi com uma casualidade calculada O homem ao lado dele espiava a rua com olhos experientes para ver se eles haviam sido vistos Haviam mas ele n o percebeu A uma longa dist ncia Diema olhava do topo de um estacionamento fechado atrav s da folhagem que a escondia de olhares dispersos mas dava lhe uma vis o mais ou menos desimpedida da parte da rua que lhe interessava Ela n o os seguiu Por enquanto estava l apenas para acompanhar e para avaliar o risco Sua avalia o atual era de que havia muito pouco Nem a pr pria Kennedy nem as pessoas que a vigiavam estavam cientes da presen a de Diema ou do fato de que a sua pr pria vigil ncia fazia parte de algo muito maior Quando chegasse a hora de agir Diema agiria E aqueles sobre os quais atuaria n o a veriam chegar CAP TULO 5 Quando Kennedy voltou ao apartamento de Izzy abriu a porta
53. m sica sem empunhadura A forma perturbadora e assim trica das l minas povoava seus pesadelos Thornedy ke ela gritou Agora N o significava nada era apenas uma distra o Thornedy ke ergueu se cambaleando e afastou se da mesa completamente apavorado O professor Gassan com mais presen a de esp rito lan ou se ao telefone Rush atirou se sobre Wales e a rapidez dos reflexos dele foi o que salvou Kennedy de morrer naquele momento Ele atacou o homem por tr s tentando prender os bra os dele junto ao corpo Por um momento conseguiu mas Wales dobrou os joelhos escorregando para fora do aperto de Rush depois jogou o bra o esquerdo para cima e para tr s Seu cotovelo chocou se contra a virilha de Rush e este se dobrou ao meio perdendo o ar numa lufada de agonia Wales ergueu se quando ele caiu o cotovelo ainda estendido para acertar o rosto de Rush com uma for a s lida doentia A essa altura Gassan estava com o bocal do telefone junto ao rosto e a m o no teclado Enquanto apertava 1 para fazer uma liga o externa o bra o de Wales esticou se feito um chicote e de repente a adaga que estivera em sua m o estava no peito de Gassan O professor caiu sentado de olhos arregalados as m os agitando se em um protesto descoordenado Kennedy jogou se para a frente antes que Wales pudesse recuperar o equil brio e engalfinhou se com ele N o era um ataque era mais um tipo de abra o Ela esperava prender os b
54. m da abertura irregular na rocha De momento a momento quando a fuma a turvava os olhos eles entravam e sa am do campo de vis o de Diema Fique perto de mim ela disse a Kennedy Ent o olhou de relance para Rush Ele ainda parecia abalado e desorientado pela explos o mas acenou com a lanterna em uma demonstra o sat rica de prontid o Voc tamb m ela disse secamente Foi em frente e depois de um momento os dois a seguiram Tiveram de escalar a imensa porta ca da e os pedregulhos que a cercavam Ela passara pela explos o miraculosamente intacta embora a chapa de a o com v rios centimetros de espessura tivesse arrebentado soltando se em alguns pontos do n cleo de concreto Era como se algum animal tivesse arranhado o metal mas precisaria ter sido uma das bestas do Apocalipse Essa era uma compara o desagrad vel Diema desceu e apressou se a continuar Um curto corredor levou a uma sala mais ou menos circular Era menor do que a galeria de onde haviam acabado de sair mas com um teto t o alto que desaparecia nas sombras acima N o uma sala Diema pensou mais provavelmente era um t nel vertical de pedra que j estava no cora o do Monte Gell rt desde que ele se erguera da terra e recebera o Povo de Judas quando este chegara aqui pela primeira vez para construir Junto das paredes curvas jaziam duas d zias de Elohim Todos eram homens Nenhum usava os equipamentos de vis o noturna e prote
55. mas em geral af veis Hayley e Richard Viviam em um pr spero sub rbio de Leicester criavam coelhos e considerados em conjunto tinham uma esp cie de serenidade provinciana que Kennedy observava com perplexidade e leve desconfian a Caroline era conhecida na cidade mas s de longe ganhando uma grana preta trancada em uma sala no topo da casa que continha apenas uma mesa um computador e tr s telefones Simon cuidava dos filhos dos coelhos da casa e praticamente de todo o resto Fora ideia de Kennedy que Izzy passasse um tempo com seu nico irm o e a fam lia dele ou pelo menos que ela mantivesse certa dist ncia de Kennedy at que esta fosse capaz de estabelecer qual parte de sua vida pregressa havia voltado para persegui la agora S podia ser isso Era simplesmente inconceb vel que o ataque pudesse ter algo a ver com seu trabalho em Ryegate House que mal havia come ado Fora s aquele momento e o perturbador eco visual do homem de traje negro t o parecido com o que ela vira na grava o da c mera de seguran a Mas mesmo que o intruso de Ry egate fosse louco o suficiente e desesperado o bastante para cometer um assassinato a fim de esconder o roubo de jeito nenhum Kennedy representava uma amea a cr vel o suficiente para motivar um ataque como aquele Ela n o sabia nada n o tinha pistas nem ideias Izzy demonstrara toda a sua indigna o e seu esc rnio com a sugest o de que precisava de prote o mas achara d
56. mas para que pudessem sentir qu o pr ximo est o mundo eterno qu o t nue e fr gil a barreira atr s da qual Ele espera por voc s Mas hoje meu prop sito se perdeu Hoje voc s atravessar o o v u e ver o por si mesmos o que estava oculto E por sua coragem sua f seu amor uns pelos outros e pela luz da verdade em breve o v u se abrir para sempre Vejam curvo minha cabe a diante de voc s O tolo acredita em seu cora o que n o h Deus Mas eu olho para voc s e sei que h Nenhum demiurgo ou esp rito inferior poderia ter criado algo t o belo t o perfeito quanto voc s Deem me sua b n o meus filhos meus anjos Sua b n o e depois se eu puder pedir tanto se eu for digno sua vida Alguns deles enxugaram l grimas dos olhos enquanto o profeta caminhava entre eles e alguns as deixavam rolar pelas bochechas sem se envergonharem Alguns esticavam as m os para tocar as dele ou a bainha de seu manto Todos se preparavam mentalmente para o evento vindouro Ber Lusim aproximou se de Shekolni e os dois se abra aram por um momento N o deveria acontecer assim Ber Lusim disse N o explicou se estava se referindo invas o morte de Hifela ou ao que ainda viria O que acontece a vontade de Deus Ber Lusim N o preciso ensinar lhe sobre predestina o Voc um agente da predestina o Isto n o uma trag dia e na verdade parece me que j tivemos esta conv
57. n o Fique perto de mim Pra qu ele resmungou Para voc me tratar como crian a um pouco mais Por que voc o nico que n o vai ficar tentado a cortar minha garganta na escurid o Kennedy respondeu Podemos vigiar a retaguarda um do outro O port o estava aberto agora o pesado quadro de madeira inteiramente afastado para o lado revelando um amplo corredor que se inclinava levemente para baixo entrando no solo Os primeiros metros eram pavimentados com ladrilhos azuis que brilhavam com um lustro suave luzturva do por o Depois disso era granito nu Diema ergueu a m o em um sinal previamente combinado Seis Elohim lan aram se escurid o em passos r pidos quase um trote Diema deu a eles 30 segundos Ent o sinalizou outra vez Mais assassinos destacaram se da massa e passaram pelo port o Rush ficou de lado e os observou A vis o fez sua pele arrepiar e quando ele tentou engolir descobriu que sua boca estava seca O que havia de t o assustador neles Ou melhor o que havia de mais assustador neles agora do que quando ele estivera naquela sala cercado por eles que o olharam como se estivessem tentando decidir se mat lo valeria o inc modo de limpar o sangue do ch o depois Talvez fossem os culos de vis o noturna que os faziam parecer corujas de armadura Mas n o ele percebeu era algo mais Era porque se esperava que os predadores dominantes em qualquer ecossistema ca assem soz
58. o O asno n o tem ideia do que o peso em suas costas realmente significa da raz o pela qual trabalha Apenas cumpre sua parte controlado por chibata e palavras e depois deixado no pasto Diema havia passado toda a vida entre o Povo os pais e m es de sua alma Embora seu genitor fosse um pag o e sua m e tivesse morrido quando ela era jovem demais at mesmo para prante la habitara entre os escolhidos e fazia parte de suas fileiras A menor das fileiras era verdade e trataram de garantir que ela soubesse disso Mas ainda assim essa verdade superava todas as outras verdades Era sua funda o e seu prop sito a pr pria carne de seu corpo Ent o n o que sentisse algum parentesco com Tillman por causa de uma tarefa animalesca que ele havia realizado adequadamente 19 anos antes Quando muito a contempla o do papel dele em sua concep o a enchia de asco e algo parecido com vergonha a sensa o de ter tocado indiretamente algo ran oso Contudo ela n o podia evitar Estava surpresa e at um tanto abalada pelo que ele havia conseguido fazer Ele havia percebido que ela o estava seguindo e de alguma forma havia descoberto o suficiente sobre ela para segui la tamb m S que por sorte ela n o havia voltado a seu esconderijo nem uma s vez nos ltimos tr s dias Havia dividido seu tempo entre seguir Tillman e a rakha e vigiar este lugar que ela tinha quase certeza pertencia a Ber Lusim Ent o a
59. o ao lado dele Voc n o poderia esperar triunfar contra eles sozinha Considere como estaria em desvantagem em tal encontro Considere qu o pouco conseguiria realizar Ent o me d companheiros fortes o bastante para a tarefa a garota disse Nem lhe ocorreu duvidar que ela seria a l der de tal time ela n o subestimava as pr prias habilidades e de todo modo Kuutma n o conversaria dessa forma com um simples soldado raso Sim Kuutma respondeu o que farei E enquanto ele explicava seu plano ela come ou a entender por que ele havia lhe oferecido a op o de rejeitar a incumb ncia Mas n o tinha a menor inten o de faz lo Sabia que os escr pulos de Kuutma pelo bem dela estavam errados e que as coisas que ele considerava dif ceis para ela seriam mais f ceis do que ele jamais imaginara Ele terminou de falar e esperou em sil ncio que ela respondesse Preciso de um novo nome ela disse afinal Kuutma ficou surpreso com o coment rio aparentemente aleat rio Nada disso funcionar se eu contar a eles quem sou a garota explicou sustentando o olhar dele para mostrar que os detalhes de sua miss o n o a haviam abalado ou confundido nem um pouco Kuutma pareceu pensar N o concordou Talvez voc esteja certa Ent o serei Diema a garota disse Significava semente de sic moro algo leve que viaja por longas dist ncias no vento Ela queria tanto o sentido l
60. o corporal do pessoal de Diema Sangue se acumulava visivelmente ao redor da cabe a e do pesco o da maioria e alguns haviam ca do de costas ou de lado Assim ela p de ver que todo aquele sangue vinha de suas gargantas cortadas Haviam mantido as adagas nas m os quando ca ram Os Elohim de Diema recuaram as armas apontadas para o homem sentado no centro da sala Tinha vestes negras p s descal os e cabe a calva Tamb m trazia uma sica nas m os pressionada ao peito como se ele estivesse rezando A ponta da l mina mirava sua garganta nua Seu rosto exibia uma express o de calma beat fica Avra Shekolni Diema disse Ergueu o punho fechado sinalizando para que seus Elohim mantivessem a posi o e nada fizessem sem sua ordem Onde est Ber Lusim Eu receio Shekolni disse que essa n o seja uma pergunta qual eu possa responder Ele foi decretar a gl ria das eras e o fim do tempo O quinto e ltimo rei est chegando e governar para sempre Mas Ele espera ser convidado e Ber Lusim deve abrir caminho para Ele Eu quero estar l tamb m Diema disse Eu quero presenciar esse evento Por favor Tannanu Diga me onde acontecer Shekolni a fitou por um longo tempo Ent o fitou a adaga em torno da qual ambas as m os se fechavam Meia noite sussurrou Domingo Hora de Greenwich Ele se inclinou um pouco para a frente e cravou a sica at o cabo em sua garganta Soltando um
61. o dela E nenhuma chance dados tempo e paci ncia suficientes de eles n o a descobrirem ali no alto da rvore e se posicionarem para abat la A bolsa estava dist ncia de um bra o com todo o kit em seu interior a n o ser pela nove mil metros e pelo radiotransmissor ainda preso ao cinto de Diema Era o mesmo que ter deixado as armas no lado escuro da Lua Ela esticou as pernas inclinou se para a frente e deixou se cair do galho Disparos de rifle rasgaram a folhagem acima dela e reduziram seu antigo poleiro a farrapos Diema usou a copa da rvore para amenizar sua queda transformando o movimento em um giro completo do corpo e viu se sobre outro galho 3 metros abaixo Conseguira calcular a dire o dos disparos mais ou menos e dirigira sua queda para a esquerda longe do flanco da colina Agora ela subiu um ou dois metros para cima ainda que isso significasse rastejar em dire o parte mais fina do galho onde estava O galho foi caindo precariamente sob seu peso mas o tronco da rvore ficou entre ela e os atiradores Por enquanto Ela pegou o r dio mas antes que pudesse fazer uma chamada muito menos falar mais tiros estalaram contra a casca da rvore logo acima de sua cabe a Era atacada de pelo menos duas dire es E eles podiam v la Tillman viu a sica primeiro j no ar e o sic rio meio segundo depois J era tarde demais e apesar de ele ter girado e se abaixado por reflexo sublimi
62. os Elohim de Ber Lusim O tiroteio se abrandou e ent o parou Sim Diema pensou Uma garota da sua cidade Agora voc s sabem Em algum lugar perto dali uma voz se ergueu estridente e gritou uma ordem em aramaico adulterado Y tuh gemae le Net ya neiu O comando era uma blasf mia absoluta esque am quem ela completem a miss o Por um momento ou dois nada aconteceu Mas o falante havia pronunciado a senten a de morte de Diema O galho no qual ela estava agachada mal era capaz de suportar seu peso mas o galho logo acima que ela agarrava com as m os era mais longo e mais grosso Assim que o tiroteio recome ou ela se i ou para ele encontrou seu equil brio e come ou a se deslocar Talvez ainda estivesse a 3 metros do solo claramente vis vel l de baixo j que agora sa ra da densa copa da rvore para um espa o semiaberto Todavia estas rvores eram antigas s culos atr s haviam resistido juntas s incurs es contra a cidade atando suas extremidades em la os como amantes No fim do galho Diema pulou N o mirava nenhuma parte espec fica da rvore vizinha apenas usando sua folhagem para amenizar o impacto e depois seus galhos para ajud la a completar a queda controlada no ch o Ela pousou em p o que foi um milagre muito bem vindo Havia um homem bem sua frente j se voltando com um rifle nas m os Diema o baleou em ambas as pernas ent o quando ele desabou em sua dire o
63. que era quase um hangar sete no total trancou as que podiam ser trancadas com as chaves do guarda e memorizou a localiza o das outras Uma levava a um escrit rio interno cuja janela que ia do ch o ao teto fora projetada para permitir que quem sentasse l supervisionasse tudo o que acontecia no armaz m Agora estava escuro e vazio Tillman verificou tamb m a porta de rolar da rea de carga e descarga N o era um espa o separado mas uma rea dentro da sala maior com uma plataforma embutida ao lado e uma rampa de descarga para itens maiores Um guindaste de ponte pendia sobre ela Em silhueta parecia a cabe a curvada de um tiranossauro adormecido Ent o por que nossa garota passaria as noites aqui ele se perguntou E por que n o est aqui agora Mas talvez uma pergunta mais importante fosse Que lugar este Ele seguiu para as prateleiras mais pr ximas e deu uma olhada no conte do Os itens volumosos e embalados pareciam componentes de m quinas entretanto n o era f cil adivinhar que m quinas seriam Abriu algumas das caixas com seu canivete alem o de paraquedista que trazia em uma bainha na bota Continham moldes parafusos e juntas de metal o mais b sico denominador comum entre garagens e oficinas do mundo inteiro Mas em uma garagem ou oficina algumas das caixas estariam abertas e em uso Mesmo em um armaz m atacadista era de se esperar que algumas delas tivessem sido retiradas de suas embalage
64. repudiado todo contato com o Povo e com Ginat Dania A exist ncia deles deve ser intoleravelmente solit ria Mas de alguma forma como eu disse Avra Shekolni encontrou Ber Lusim A princ pio foi apenas um palpite Shekolni desapareceu t o completamente que especulamos que ele devia ter recebido ajuda Ent o Ber Lusim nos contatou pessoalmente e disse que Shekolni havia sido enviado a ele e a seus seguidores por Deus e nos agradeceu por termos contribu do para que esse presente fosse entregue Ele nos avisou que n o dever amos procurar por Shekolni e nos disse cito as palavras exatas que nos prepar ssemos para o julgamento Kuutma parou por un momento e tomou um gole de gua Ele a rodopiou dentro da boca como se estivesse tentando se livrar de um sabor amargo Depois engoliu Eu mandei uma resposta a Ber Lusim disse ele em voz baixa Ou pelo menos enviei um de meus Elohim para um momento e um lugar nos quais imaginei corretamente que Ber Lusim certamente o interceptaria Avisei a Lusim que Shekolni era um herege E o instei a voltar para Ginat Dania para junto do Povo onde seu lugar Ele ignorou o chamado a garota adivinhou Sim ignorou Mas h mais Isto ir angusti la irm Lembre se de que Deus estabelece as coisas e faz com que o bem surja do mal Ber Lusim maculou o rosto de meu emiss rio com l minas e ferros quentes tornando o t o medonho que todos os que o viam re
65. responder a mim e eu responderei diretamente tanto diretoria do museu como Validus Meu relacionamento com eles quase como o de um agente no que toca ao assunto e o museu est muito confort vel com isso No que se refere a poderes acredito que o que estou propondo fazer que voc aja em meu nome Ent o poder fazer tudo o que eu posso fazer Falar com toda a equipe Ter passagem liberada por todo o edif cio Acesso completo a arquivos e informa es Consultar pessoas de fora do museu Os l bios do professor se apertaram ligeiramente Quando apropriado E desde que seja mantida absoluta discri o Creio que essa seja uma condi o razo vel Inteiramente Aceito o trabalho Fico feliz em ouvir isso Gassan jogou os bra os para o ar e pareceu quase a ponto de se inclinar e abra la T bom disse Kennedy prevenindo se contra essa possibilidade alarmante Quer me mostrar a cena do crime Mas claro O professor se levantou e indicou com um movimento de bra o que Kennedy deveria acompanh lo CAP TULO 3 A imagem dos dep sitos do museu que Kennedy tinha em mente era muito rom ntica ela agora percebia Imaginara vastos sal es subterr neos com tetos em arcos g ticos mas portas de a o ultramodernas como as de um cofre de banco Ou isso ou o colossal armaz m do primeiro filme de Indiana Jones com maravilhas infind veis seladas empilhadas e embaladas em cai
66. s Izzy se virou para v la passar Voc veio mais cedo pra casa comentou O que foi est me vigiando agora N o respondeu Kennedy Por qu eu deveria estar N o T bom ent o Elas pareciam ter chegado ao fim daquela conversa Kennedy entrou na sala e dirigiu se cozinha para colocar um pouco de gelo em um copo Mas quando abriu o arm rio de bebidas e viu se encarando seu pr prio olhar invertido no espelho perdeu um pouco do seu entusiasmo J havia tomado um drinque hoje Ficar de porre s 11 da manh seria praticamente um grito de socorro Izzy a havia seguido para o quarto Algum problema perguntou ela N o era pra voc estar hoje na Sandbosta Valentina Sandhurst Ballanty ne Isso Eles Eu estava Kennedy voltou se para encar la garrafa na m o E voc entregou seu relat rio Eu tentei Izzy inclinou a cabe a para um lado e pareceu intrigada de um jeito c mico Em outro estado de esp rito Kennedy teria achado isso atraente Agora isso s conseguia irrit la O cliente recusou se a ser informado Ele me pediu para n o apresentar o relat rio E se ofereceu para me pagar um b nus por bom desempenho se eu abafasse o caso e desse porcaria do departam entozinho dele um atestado de sa de N o entendi disse Izzy Kennedy colocou a garrafa de u sque de volta no arm rio depois a tirou novamente e p
67. s previamente Livres para matar sim Ou para mutilar Ou para torturar Para roubar quando necess rio Para danificar ou destruir o que quer que precise ser danificado ou destru do se isso ajudar o Povo Mas n o para fazer qualquer uma dessas coisas por prazer ou em benef cio pr prio E n o para mentir Ent o afirmo novamente que n o estou aqui para matar voc s Deus quis que voc s ficassem vivos por todo este tempo para que pudessem ser teis Para que fossem o a oite que castigar os inimigos Dele Quando seu trabalho estiver terminado ent o voc s estar o livres para morrer Ela desceu a escada sem produzir nenhum som Um momento depois eles a viram cruzar o terreno em dire o ao caminh o e subir na cabine onde se sentou de bra os cruzados no banco do passageiro Por onde come amos Kennedy perguntou Come amos procurando por escutas Tillman respondeu rapidamente CAP TULO 44 Diema lembrava muito pouco a respeito do pai de sua carne A m e a havia levado para junto do Povo antes de seu terceiro anivers rio e claro que ela nunca mais o vira depois dessa volta ao lar Tr s anos eram tempo suficiente para que algumas mem rias se formassem mas pertencendo a outro mundo a outra vida houvera cada vez menos espa o em sua mente para abrigar tais mem rias Ent o elas haviam esmorecido de forma lenta no come o depois veloz e ent o definitivamente No entanto havia uns poucos mo
68. sentado de costas para eles depois novamente para Diema Ela ergueu as sobrancelhas Prova n mero 1 Diema sustentou o olhar dela sem piscar Eu estava fazendo meu melhor para ajudar voc disse Foi a ordem que recebi a raz o de eu estar aqui Mas depois conversei com o garoto e agora acho que talvez precise reinterpretar minhas ordens Ela continuou a encarar Kennedy com uma intensidade calma por m feroz Algum tempo atr s disse um segredo passou a ser de seu conhecimento Um segredo imenso Quando falei com o garoto seu olhar relanceou momentaneamente na dire o de Rush descobri que voc havia revelado o segredo para ele Antes que digamos qualquer coisa sobre qualquer outro assunto preciso saber por qu Eu havia presumido que voc tinha algum senso de honra alguma ideia do que a honra significa Tudo isso foi endere ado diretamente a Kennedy parecendo excluir Tillman de prop sito e foi dito de forma t o solene que Kennedy ficou um tanto perplexa Se essa garota j tinha feito 20 anos fora um evento recente Voc amarrou o Ben a uma cadeira e colocou um colete suicida nele para poder ver se ramos honrados disse ela tentando manter o tom neutro E isso que est dizendo N o A garota fez um gesto impaciente sua boca dobrando se em uma careta antes de voltar a se endireitar na impassibilidade que parecia ser sua express o padr o Isso o que v
69. seu rosto bem pr ximo ao de Diema Como uma garotinha repreendida na escola a garota manteve a cabe a e os olhos baixos Voc s n o podem matar seu pr prio povo n Kennedy disse Puseram a gente nessa porque n o podem fazer isso pessoalmente Eis um mandamento que voc s n o podem quebrar N o t m permiss o para derramar o sangue dos santos Todos se mantiveram im veis e silenciosos por alguns segundos Responda Kennedy gritou Diema finalmente ergueu o olhar Voc est certa disse em uma voz tensa H dois mandamentos que n o devem ser violados ato para o qual a puni o o ex lio eterno E um deles o que voc disse N o podemos fazer isso sem voc s Podemos encontrar Ber Lusim e podemos ajudar voc s a det lo mas O sil ncio se prolongou Mas precisa que a gente puxe o gatilho Tillman disse Diema ergueu se em toda a sua estatura que era uma cabe a mais baixa que a dele Ela o encarou bra os ao lado do corpo t o inflex vel quanto uma cruz Deveria ser natural para voc disse Voc fala sobre como n s matamos facilmente Mas matamos para sobreviver Voc matou por coisas muito menos importantes como dinheiro por exemplo Tillman pareceu desconcertado pela f ria mal contida no tom dela Abriu a boca para responder mas Diema n o havia terminado A nica quest o ela rosnou se voc s querem trabalhar comigo e usar o q
70. A cal a Tire a cal a Ele se levantou Isso piada n perguntou Porque eu realmente n o estou no clima A ma Beleza a ma foi engra ada mas isso Ent o um pensamento lhe ocorreu e ele parou no meio da frase N o era piada N o era piada de jeito nenhum era Veneno em um torr o de a car Um rel gio de bolso na m o de um hipnotizador para l e para c Uma armadilha Algu m lhe pedindo que contasse at dez para distra lo e n o deixar que sentisse a agulha espetada no seu bra o ao contar sete Olha disse ele a voz um tanto tt mula N o vamos fazer isso t Eu juro que n o vou contar a ningu m sobre voc s Se eu contasse ningu m acreditaria mesmo Voc n o precisa Diema bufou uma lufada de exaspera o e inspirou o ar de novo lentamente No mesmo instante extraiu de algum lugar uma adaga uma daquelas sicas aquelas coisas ruins e encostou a no est mago de Rush Ai merda ele balbuciou Com um nico golpe da l mina ela cortou o cinto e a braguilha dele Ent o empurrou o outra vez enroscando o pr prio p nos dele de um jeito complicado que o fez cair de uma vez na cama Diema tirou as pr prias botas aos chutes e despiu se da cintura para baixo Com a adaga ainda na m o ela montou nele Encostou a l mina da sica no peito dele O rosto da garota enquanto o contemplava era solene at severo Temos dez minutos
71. A estrada levou Kennedy direto para a cidade e o edif cio estava bem ali na frente dela Um canto da antiga muralha da cidade o envolvia em dois lados e uma antiga torre quadrada erguia se atr s dele mas o Scriptorial em si era um t mulo triangular de cantos arredondados como um formigueiro constru do pelo homem No interior daquele espa o Kennedy sabia havia uma mostra permanente dedicada hist ria dos livros e da encaderna o A gl ria que literalmente a coroava no ltimo andar do edif cio era uma sele o dos livros resgatados da livraria de La Merveille na poca em que o governo revolucion rio decidira que b blias davam um bom combust vel para lareiras Kennedy apresentou se na recep o e enquanto esperava deixou o olhar passear pelas pe as em exibi o Havia maquetes de La Merveille mostrando os est gios de sua constru o ao logo de um punhado de s culos esculturas de pedra e entalhes em madeira furtados de sua capela e mapas da rea em diferentes momentos hist ricos Mas ela estava cansada da viagem e agitada demais para absorver muito do que estava vendo Srta Kennedy A vozera culta e com um mero resqu cio de sotaque apenas o suficiente para acentuar o ri de senhorita Kennedy voltou se e Gilles Bouchard estendeu lhe a m o A longa conviv ncia com Emil Gassan a havia condicionado a esperar algu m mais murcho e empertigado Todavia Bouchard era jovem talvez da idade dela de complei
72. A ricina era extremamente dif cil de utilizar como arma Tinha alta toxicidade por m era mais efetiva em estado s lido ou como pastilha ou como revestimento venenoso de algum tipo de muni o A quantidade necess ria para matar um milh o de pessoas teria de ser medida em toneladas e cada uma das v timas precisaria ser diretamente exposta toxina seus efeitos n o podiam ser transmitidos de uma pessoa a outra Todos esses fatores operavam a favor do Povo No entanto Ber Lusim tamb m sabia de tudo isso e ainda assim havia escolhido a ricina entre uma ampla gama de outros agentes t xicos como sarin toxina botul nica var ola ou antraz que poderiam ter sido mais convenientes ou mais eficazes Certamente ele tinha um plano para espalhar o veneno pela cidade ou ao menos por uma parte dela suficiente para matar um milh o de seus habitantes Ele atacaria a pr pria Ginat Dania Tal pensamento era terr vel mas tinha sua pr pria l gica monstruosa Shekolni acreditara completa e fervorosamente na divina inspira o de Toller e Toller em seu livro havia descrito Deus escolhendo aqueles que seriam salvos Quem mais Ele escolheria sen o o Povo de Judas E portanto onde mais a atrocidade final se desencadearia Ent o Ginat Dania estava sitiada com todos os seus cidad os enclausurados todas as suas entradas e sa das fortificadas e vigiadas todos os seus Mensageiros respondendo diretamente ao pr prio Kuutma que enviava um fl
73. Ber Lusim Kennedy j tinha quase certeza de que n o fora sua respira o que as delatara Ela havia descoberto que a arma de Tillman a Beretta reformada tinha uma trava de seguran a diferente daquela qual ela estava mais acostumada E escolhera um momento no qual Ber Lusim estivesse falando para apertar a frente da trava e armar a pistola O clique fora baixo quase inaud vel para ela que o imaginara completamente oculto sob o som da voz de Lusim mas algo na maneira como ele parara imediatamente depois fez com que Kennedy pensasse que ela o havia alertado Ent o ele as convidou a juntarem se a ele e n o houve mais nenhuma d vida Kennedy gesticulou para Diema juntando as m os e depois as afastando Vamos nos separar e dar a ele dois alvos Diema assentiu Desceram a escada Diema na frente e Kennedy esperando s um pouco antes de segui la Ber Lusim observou as com total aten o quando entraram em seu campo de vis o Eu estava interpretando as escrituras com seu amigo disse a elas O que divertido Nunca pensei em mim mesmo como um pregador Talvez voc s devam baixar essas armas caso se sintam tentadas a us las Em uma sala cheia de explosivos Kennedy disse Isso seria um tanto idiota n o Ber Lusim olhou para as muralhas de sacos ao redor deles N o se pode acionar octanitrocubano com uma bala disse E o detonante est atr s de mim na mesa Voc s teriam que dis
74. Blackborne Blackborne era o primeiro secret rio do almirantado ali s Os sucessores deles nos tempos de hoje podem ser malucos e marginais mas eles eram homens s rios s lidos com vida p blica e influ ncia pol tica T bom Kennedy disse Olhe eu provavelmente j tomei mais do seu tempo do que deveria Fico feliz em ajudar Bouchard disse Ela se levantou da mesa e empurrou o documento datilografado na dire o dele decidida a aproveitar Ent o ser que voc pode me explicar algumas dessas profecias Os nomes pelo menos Bouchard ergueu as sobrancelhas Havia um monte de p ginas Era pedir demais Talvez eu possa acrescentar alguns coment rios disse ele sem muito entusiasmo Notas de rodap Aqui e ali Foi a vez de Kennedy ficar surpresa Notas de rodap Na nica c pia existente de um livro perdido N o bvio que n o A que a senhorita esteve lendo n o a nica c pia uma c pia da c pia que eu fiz para que pudesse lev la consigo Ele ergueu uma m o prevendo e evitando a gratid o dela Agrade a ao John Partridge Ele intercedeu pela senhorita com muita eloqu ncia Queime as p ginas quando terminar E por favor nunca conte a ningu m quem lhe deu isso Temos uma reputa o pela qual zelar Kennedy entendeu perfeitamente Antigamente ela mesma tivera uma reputa o J que n o havia uma segunda cadeira nem espa o no cub culo est
75. CAP TULO 56 Se Tillman estivesse atirando com a m o direita se sua m o direita ainda funcionasse ele teria tentado um disparo mortal ainda que Diema e o matador cadav rico estivessem t o pr ximos que praticamente se tocassem Ele se aproximara dos dois subindo a encosta vindo do hotel Tivera o sinal de GPS para seguir Diema havia mantido o chip em seu bolso depois de dar a ele o rastreador mas mesmo sem isso a folhagem retalhada os troncos marcados de balas e o sangue derramado teriam proporcionado um rastro que qualquer idiota poderia seguir Por duas vezes ele encontrara Mensageiros seriamente feridos aleijados por balas nas pernas mas ainda em condi es de lutar e duas vezes tivera de trocar tiros com eles deixando os mortos Ao chegar perto o bastante ele rastreara Diema pelo som de sua voz e da outra voz que falava com ela Tillman aprendera a ser furtivo nas selvas de tr s continentes Al m disso Diema e o homem p lido estavam inteiramente absortos naquela conversa N o ouviram sua aproxima o Mas ele trazia na m o esquerda uma arma que nunca havia usado S um lun tico teria confiado em uma arma como aquela quando aliada e inimigo estavam t o pr ximos um do outro Ent o chegou t o perto quanto p de sem alertar o homem da cara de caveira quanto sua presen a atirou no ar e jogou se de cabe a para a frente O disparo fez o que deveria fazer Informou ao assassino que havia um p
76. Eu quero falar com Leo Tillman S Seguindo as breves instru es de Kuutma seus mensageiros viraram um dos tanques de pl stico derramando a pasta rala que havia no fundo e o rolaram at um canto distante da sala longe dos outros Tillman foi meio arrastado meio carregado at l onde ficou apoiado no tanque No devido tempo Kuutma juntou se a ele Tillman ainda sentia muita dor mas as habilidades m dicas de Alus novamente haviam sido empregadas Ela preparara um coquetel de drogas destinado a ajud lo a suportar a dor e ao mesmo tempo manter se consciente Suas pupilas completamente dilatadas e a m rbida tens o de sua postura sugeriam que a medica o come ava a funcionar Kuutma baixou o olhar para o adamita com o cenho franzido e intrigado de um matem tico que avalia um problema na l gica formal Eu tinha um plano disse ele que incluia sua morte A sua e a da mulher Tillman assentiu verdade que a sua morte era apenas um detalhe Kuutma continuou Era uma forma de lidar com uma situa o que meu antecessor permitiu que ocorresse A linha principal do plano relacionava se a perigos muito mais bvios e muito mais presentes Ele hesitou por um momento Depois sentou se ao lado do adamita Isso permitiu que baixasse ainda mais o tom de voz os Mensageiros presentes haviam recentemente tomado doses prodigiosas de kelalit que agu ava os sentidos ent o havia uma possibilidade apesar da c
77. High Energy Haulage estava em cada p gina o endere o da sede constando cada vez em uma cidade diferente todas elas muito distantes de Hay es Middlesex Tillman abriu a pr xima gaveta e a seguinte Encontrou mais do mesmo Nada incriminador nada relacionado de maneira alguma ao verdadeiro neg cio conduzido neste lugar Mas por que haveria Ele examinou mais e mais daquela papelada tentando extrair uma impress o sobre qual seria o prop sito desta opera o a partir dos itens que foram enviados e recebidos e os lugares para onde foram Contudo n o havia explica o A maior parte dos destinos eram as grandes cidades mas alguns eram cidadezinhas das quais ele mal ouvira falar San Gimignano Bardwell Kentucky Darling Africa do Sul La Orotava Ele olhou para a mesa do escrit rio Havia dois computadores nela lado a lado Talvez fossem a melhor aposta Mas enquanto cruzava o recinto e se debru ava para ligar a m quina mais pr xima ouviu um ru do alto e met lico atr s de si o badalar nada musical de latas vazias de tinta e lubrificante Ele havia colocado essas pequenas armadilhas em todas as portas at ali no entanto a dire o do som sugeria que vinha das portas duplas pelas quais ele entrara Seu tempo havia acabado CAP TULO 34 Diema esperou e observou N o havia nada mais que pudesse fazer Viu Hifela e seu esquadr o entrar no armaz m pela porta dos fundos Viu a maior parte deles voltar para fora e co
78. Kennedy depois que Gassan passou N o que isso seja muito til confidenciou a ela num murm rio Ela olhou para ele Como assim Bom para come ar o sistema operado manualmente N o est ligado aos sensores de movimento ou s c meras N o h uma trava autom tica Em sotto voce ou n o o professor Gassan os ouvira por causa do risco de ferir o invasor disse ele lan ando a Rush um olhar professoral de reprova o antes de voltar sua aten o para Kennedy Temos responsabilidades legais e ticas O alarme est ligado a um posto policial local senhor Rush explicou E o tempo m dio de resposta de 12 minutos A responsabilidade ainda seria nossa respondeu Gassan Rush voltou a caminhar frente deles Sabia quando era derrotado Ele finalizou a excurs o levando os ao topo do edif cio Mostrou os alarmes de press o e movimento o equipamento do circuito interno de TV e a cerca de arame farpado com um metro e meio de altura voltada para o lado de fora e em torno de todo o espa o acima do pr dio Isto tudo novo Rush disse a Kennedy Aqui em cima costumava ser um ponto muito vulner vel Agora De ltima gera o ela arriscou Sim isso timo Kennedy perambulou por ali procurando poss veis entradas Havia dutos de ar condicionado suficientemente grandes para comportar um corpo humano mas as sa das eram cobertas po
79. Mas n o se quiser se esconder de n s Temos mapas da cidade que datam do tempo em que era habitada e podemos organizar uma busca que os trar s nossas m os Pensei que suas m os tivessem que ficar vazias Ben Rush encolheu os ombros em um pedido zombeteiro de desculpa quando todos os assassinos santos se voltaram mais uma vez para olhar malignamente para ele Quero dizer achei que a quest o fosse essa Vidas humanas s o descart veis mas voc s n o matam sua pr pria gente E voc n o tem mais o Tillman para fazer o trabalho sujo Ent o como fica Voc for ou uma mudan a nas regras Agora tem licen a para matar Diema ignorou a entona o sarc stica a z2mbaria do garoto era um gancho t o bom para o assunto quanto qualquer coisa que ela pudesse ter ensaiado A mentalidade adamita disse ela aos Elohim sorrindo e convidando todos a sorrir da estupidez de Rush Percebem qu o pouco eles s o capazes de entender mesmo quando colocamos as respostas ao seu alcance por isso que n o precisamos temer o que eles sabem No fim o que sabem sempre o mesmo que nada O que eu sei Rush come ou mas Kennedy agarrou com for a seu bra o fazendo o parar por ali N o h uma licen a para matar Diema disse abrindo uma das caixas que tinha diante de si As regras aquelas que realmente significam alguma coisa n o mudam Mas quando uma nova situa o surge aplicamos as
80. Na behiena se ve rach hierarquia Diema disse a ele Seu tom foi brando mas seus olhos se estreitaram Nahir sustentou o olhar dela por um ou dois segundos depois se uniu busca Isso deixou Diema a s s com os tr s Ela se voltou para Tillman Voc j viu um lugar como este perguntou a ele Duas vezes Ele ergueu dois dedos e usou os para contar Da primeira vez foi no Afeganist o Da segunda aqui na Am rica No Texas Instala es de pequena escala em ambas as ocasi es E at onde pudemos perceber nenhuma das duas processava ricina suficiente para prejudicar algu m A n o ser elas mesmas talvez Esta parece ser uma opera o bem mais ambiciosa Ele apontou para alguns pacotes de produtos qu micos empilhados perto dos tanques Sulfato de s dio Tetracloreto de carbono Um monte dos dois E sete tanques significam que eles tinham fornadas refinando e secando o tempo todo Uma verdadeira linha de produ o Ele ergueu uma m o para co ar o peito mas foi impedido pelas grossas camadas de ataduras e desistiu depois de alguns momentos sempre o sistema de distribui o ele murmurou O qu Diema perguntou Tillman olhou para ela e encolheu um ombro s o outro sustentava a maior parte de seu peso O problema da ricina um neg cio horr vel mesmo Ela te mata se voc inalar engolir ou deixar que entre no seu organismo de alguma outra forma Mas precisa de mais que u
81. Parminter esperou por mais e quando nada veio ela despej ou seus sentimentos feridos no sil ncio acusador Para sua informa o disse acidamente eu sugeri uma revis o de seguran a completa nove meses atr s O Dr Leopold disse que consideraria a ideia O que naturalmente significava que ele a varreria para debaixo do tapete e a esqueceria A senhora tinha d vidas quanto adequa o das medidas de seguran a Kennedy resumiu rabiscando notas enquanto falava Parminter se ajeitou na cadeira Sim Mas s as mencionou nessa ocasi o Uma pena considerando o que aconteceu depois Fui ignorada H um limite para quantas vezes voc pode dar murro em ponta de faca Kennedy apertou os l bios E essas preocupa es A senhora as expressou em um e mail Um memorando N o Em uma reuni o com ata ent o N o Parminter parecia exasperada Foi uma conversa particular Que o Dr Leopold vai corroborar A mulher mais velha riu at nita indignada falsamente deliciada mas com uma ponta de nervosismo sob tudo isso O Dr Leopold sofreu um derrame Ele n o pode nem falar Mas eu n o estou em Julgamento aqui A seguran a da al ada do diretor Claro Kennedy concordou Ningu m aqui est em julgamento s que me pediram que apresentasse um relat rio sobre o n vel de aten o e efici ncia da equipe al m do inqu rito sobre este caso e
82. Rush estava fazendo o sinal exatamente como Robert Blackborne dissera que Toller o fazia E p de perceber pela forma como os olhos de Ber Lusim se arregalaram que ele entendera ao contr rio Rush disse Como se Toller tivesse aprendido a fazer olhando em um espelho E acho que foi mais ou menos isso que ele fez N o Ber Lusim disse N o estava discordando estava avisando Sim Rush insistiu N o um espelho de verdade obviamente Mas ele viu outra pessoa fazendo o sinal e o copiou exatamente do jeito que viu S esqueceu de inverter os lados N o Ber Lusim repetiu at engra ado de um jeito doentio Rush disse Bruscamente Brutalmente Voc ter tido esse trabalho todo quero dizer Ele soltou uma risada levemente desvairada Pena o Avra Shekolni estar morto Aposto que ele teria adorado isso Talvez tenha sido a risada que fez Ber Lusim perder as estribeiras Ele se lan ou para a frente a m o procurando agarrar a garganta de Rush Era o nico momento que teriam Agora Diema berrou Fa a agora Kennedy ficou de p arma na m o Ber Lusim se virou E Diema atirou Ber Lusim aspirou o ar em um hausto tr mulo Olhou para o pr prio peito para o pequeno buraco redondo que aparecera ali como um misterioso sinal de pontua o Um ponto final inscrito diretamente em seu cora o De negro ficou vermelho e o sangue verteu dele Ber Lusi
83. Todos os corpos haviam sido identificados ou pelo DNA ou pela denti o Kennedy observou os nomes rapidamente mas nada significavam para ela ou no m nimo significavam menos que a imagem terr vel e indel vel das 12 pessoas esperando em sil ncio for adas aterrorizadas enquanto o algoz passava de uma para outra Kennedy fechou o e mail Estaria isso de alguma forma relacionado ao roubo do livro de Toller Haveria um nico fio de l gica insana conectando a invas o a Ryegate House a essa chacina que acontecera a mais de 300 quil metros dali Roubar um livro e depois massacrar uma sala cheia de mulheres e homens Para a maioria das pessoas esses crimes n o seguiam o mesmo paradigma Mas para os Mensageiros da tribo de Judas que vinha matando havia s culos para proteger a santidade de seu evangelho seria facilmente poss vel Uma terr vel suspeita lhe ocorreu Ela enfiou a m o no bolso outra vez e pegou a lista de Ben Rush os nomes dos usu rios da Biblioteca Brit nica que haviam solicitado o livro de Toller e depois desaparecido Comparou os aos das baixas em Nunappleton Hall A lista de desaparecidos de Toller era id ntica lista de mortos de Ralph Prentice Kennedy tinha est mago forte Era sua cabe a que se rebelava contra essa atrocidade N o era sequestro ent o Era mesmo assassinato em massa E executado com cuidado e precis o medonhos O Povo de Judas que via seus assassinatos como sagrados em vez de pecaminoso
84. Torceu o pesco o para olhar se de cima a baixo registrando o que haviam feito com ela Seus pulsos estavam presos com um nico par de algemas que atravessava a cabeceira de ferro fundido da cama Algemas cor de rosa e peludas equipam ento de bondage As pernas estavam presas afastadas uma da outra por algum tipo de barra de conten o Mas ela estava completamente vestida Eles nem haviam tirado sua jaqueta Os sinais misturados a confundiam Por que deix la pronta para um estupro e parar no meio do caminho N o sei do que voc est falando Kennedy balbuciou Sua boca e a parte inferior do rosto ainda estavam anestesiadas por causa da droga Era dif cil formar as palavras Mas em todo caso parecia uma boa ideia deixar que flu ssem naturalmente para ela O homem maior soltou um xingamento que ela n o entendeu Ele enfiou a m o dentro do casaco e tirou uma adaga O cora o de Kennedy martelou o peito quando ela viu a forma assim trica da arma a ponta curva onde se afilava e a parte sem fio r stica exatamente do mesmo metal que a l mina que servia como cabo Era a sica novamente Esses homens eram Mensageiros os assassinos profissionais da tribo de Judas O maior deles pressionou a bochecha de Kennedy com a l mina Ou a me imunda disse ele entre dentes cerrados A cada vez que mentir para n s cortarei voc A cada vez que n o responder r pido o bastante cortarei voc A cada v
85. XVII confirmou ele Mil seiscentos e cinquenta e dois de acordo com a lista Kennedy voltou para a caixa e pescou a pr xima obra Outro panfleto muito similar ao primeiro tanto na apar ncia quanto nas condi es gerais 4 Lei da Liberdade em uma Plataforma Rush leu por cima do ombro dela Kennedy guardou o e retirou outro livro devidam ente encadernado e obviamente muito mais moderno intitulado Extremismo Pol tico e Religioso no Interregno Ela virou o volume de lado para ler o n mero catalogr fico na lombada Talvez estejamos com sorte disse como se os livros tivessem sido colocados na caixa na ordem do cat logo Agora que temos a lista para fazer a refer ncia cruzada temos uma boa chance de descobrir se algo foi roubado Ent o vamos continuar Gassan disse E pegou a lista das m os de Rush reclamando para sia tarefa Kennedy ficou com a caixa enquanto Gassan lia a lista Rush Price e Sturdy observavam em um sil ncio solene e John Partridge retirava se para um canto da sala para acender um cigarro rigorosamente ilegal Levaram apenas dez minutos para descobrir o primeiro item desaparecido T tulo Uma Trombeta Profere o Julgamento ou O Plano de Deus Revelado em Diversos Sinais Autor Johann Toller N mero catalogr fico 174583 762 Data 1658 Na verdade era o nico item desaparecido Da at o fim da caixa tudo estava na mais perfeita ordem Rush estava impressionado Principalm
86. a a mudan a pode chegar a n s queiramos ou n o Nem tenho certeza de que isso seria ruim A estagna o provavelmente nosso pior inimigo neste momento A estagna o e a decad ncia Ele fez um esfor o vis vel para afugentar de si o humor sombrio olhou para a garota e ergueu o copo um pouco mais em um brinde Eu n o deveria falar dessa maneira disse neste dia do seu triunfo Eu a observei durante todo o seu treinamento N o sei se voc est ciente disso Ela estava muit ssimo ciente claro mas negou o com certa mod stia Sim Kuutma disse Eu a observei e fiquei satisfeito Orgulhoso Deliciado Voc sofreu tudo o que h de pior em n s e incorporou tudo o que h de melhor Espero viver para v la elevar se tanto quanto voc merece A garota sentiu se desconfort vel com tantos elogios O que devo fazer perguntou tanto para mudar de assunto como porque estava desesperada por saber Enviarei voc contra Avra Shekolni e Ber Lusim Kuutma disse simplesmente Quero que descubra quantos seguidores possuem agora onde est o e o que est o fazendo E que os traga para c para serem julgados N o Kuutma balan ou a cabe a Havia um brilho de suor em sua testa calva que fazia com que reluzisse mesmo luz turva da sala Ou pelo menos n o imediatamente Ber Lusim um oponente formid vel por si s e n o sabemos com certeza quantos outros est
87. a o causaria a morte dela N o havia nada mais que pudesse fazer Mas havia precisava haver algo que ele pudesse fazer Se ao menos houvesse mais tempo E se ao menos ele pudesse encontrar as palavras Espere disse Na verdade n o disse gritou alto demais e agudo demais E ergueu o livro o livro de Toller na m o como se estivesse prestes a fazer uma prega o Ber Lusim voltou se para olh lo e ele brandiu o livro diante do rosto do Mensageiro Eu estou aqui n balbuciou Voc disse isso Eu sou parte do quadro maior Deus me mandou para te trazer uma mensagem Foi o que voc disse Sim Ber Lusim concordou em uma voz cuja calma e firmeza faziam os ganidos de p nico de Rush parecer ainda mais absurdos do que foram Eu disse isso T legal Rush continuou lutando contra o tremor nas pernas nos bra os e na voz Ent o aqui e agora pelo tempo que o mundo ainda durar eu sou o que voc Sou um dos mensageiros de Deus N o sou s um idiota adamita dando um passo maior que a perna Ber Lusim franziu o cenho E disse ele Aonde quer chegar Vou te dizer aonde quero chegar Se eu sou um mensageiro Ber Lusim minha mensagem para voc Est disposto a ouvi la Ber Lusim fez um gesto com as palmas de ambas as m os viradas para cima V em frente T legal Rush engoliu em seco At aqui tudo bem Ele se arriscou a olhar por c
88. a Rennes via Le Mans e Laval em um trem da SNCF era como Kennedy havia dito a Ben Rush uma longa viagem Ela pretendera manter se ocupada com o resumo do livro de Toller fornecido pelo Scriptorial d Avranches via John Partridge Contudo quando finalmente abriu o arquivo no pequeno notebook que ele lhe emprestara viu que era uma leitura muito mais r pida do que esperava Ainda no t nel hermeticamente fechado que cruzava o Canal da Mancha a cem metros sob o fundo do oceano em uma velocidade de mais de 300 quil metros por hora ela leu isto O autor declara como seu tema o fim da hist ria humana e o in cio do reinado de Cristo na Terra Afirma que este iminente com base em observa es extra das da hist ria recente Depois Toller passa previs o dos eventos que ocorrer o medida que se aproxima o ano de 1666 ao qual segundo ele o Apocalipse de Jo o se refere Os diversos sinais do t tulo s o esses eventos futuros que anunciam e pressagiam o retorno de Cristo Terra Havia mais mas tudo no mesmo n vel abstrato Previs es sobre coisas que haviam ou diziam os entendidos n o acontecido tr s s culos e meio atr s Se voc estivesse procurando pela defini o de inutilidade certamente a encontraria ali Assim que saiu do t nel pelo lado franc s Kennedy verificou seus e mails Com a exce o de um todos eram de Izzy Lidos em sequ ncia formavam uma saga fascinante de frustra es humilha
89. a legenda ALTO EXPLOSIVO C8 NO2 8 em letras de est ncil nas laterais Do outro lado da sala diante dele um laptop estava diante de uma mesa sobre cavaletes Dois longos cabos conectavam no a uma escultura modernista bizarra que consistia em um punhado de varetas de a o e v rias d zias de pacotes volumosos embrulhados em papel prova de leo Apesar do estado abomin vel dos degraus a sala estava razoavelmente limpa Uma vassoura estava apoiada incongruentem ente em alguns sacos de altos explosivos Depois que Rush percebeu isso notou um grande n mero de toques dom sticos em r pida sucess o uma chaleira e uma caixa de leite sobre um caixote virado de ponta cabe a Um par de alto falantes com um iPod aninhado entre eles Uma l mpada para leitura sobre uma mesa e um livro aberto ao lado dela Ber Lusim estava esperando o fim do mundo em meio a todos os confortos do lar Ele surgiu ao lado de Rush e colocou uma m o no ombro dele para gui lo rumo mesa Lembrando se do que as m os de Ber Lusim j haviam feito Rush estremeceu e recuou apressadamente virando se para encarar o Mensageiro Ber Lusim olhava para ele com um interesse zombeteiro Olha Rush disse Eu n o sei o que voc quer de mim Eu nem deveria estar aqui Sim Ber Lusim disse Deveria claro que deveria Voc n o teve escolha Por favor sente se N o vou feri lo Estou bem aqui Rush volveu Ber Lusim assentiu
90. arremessar seu confete envenenado Nahir e Tillman come aram a discutir velocidade e eleva o do vento Rush os deixou entregues a isso certo de que n o precisavam dele e n o o veriam afastar se Desceu os degraus pelos quais haviam subido entrando na grande sala com os tanques Encontrou um trecho de luz solar vindo de um buraco no teto e sentou se para ler o livro de Toller uma ltima vez Diema deixou Kennedy dirigir pois confiava em seus pr prios instintos e capacidade de observa o mais do que nos de qualquer outra pessoa Mas o desespero da tarefa come ou a assentar dentro dela antes que tivessem percorrido um quil metro Os pontos poss veis para um lan amento a reo da ricina em p eram praticamente infinitos e a n o ser que acontecesse de verem Ber Lusim parado em uma janela ou olhando de cima de um telhado n o havia quase nada capaz de distinguir um desses pontos dos outros Quanto mais alto melhor Ficar contra o vento era essencial Estavam revistando um vasto cone de espa o tridimensional com o extremo norte da ilha de Manhattan como base e o revistavam a partir do ch o S que Kennedy n o estava participando Ela parara o caminh o e olhava para o sul Diema seguiu seu olhar Haviam chegado ao fim de uma rua transversal a placa informou que era a 225th A estrada Highway 9 estava frente dela com um trecho de trilhos ferrovi rios suspensos parecendo um baluarte acima da rua Al m de
91. batalha contra o mais forte desses inimigos o pai externo Leo Tillman e a rhaka a loba Heather Kennedy Fora por causa dessas falhas que o Povo tivera de se mudar em uma caravana de caminh es fechados de seu lar sob a Cidade do M xico para a atual Ginat Dania milhares de quil metros ao norte e ao leste daquele lugar O novo Kuutma ficara alheio a essas alega es atento dignidade de seu cargo Mas o estrondo do protesto crescera e finalmente rompera o pr prio Sima Um dos tr s anci os do conselho expressara a mais terr vel das heresias a abomina o das abomina es Seus pares n o tiveram escolha sen o expuls lo da c mara Mais tarde nesse dia soube se que ele deixara a cidade partira para o mundo desautorizado desacompanhado sem nome b n o ou miss o Com isso a cidade se sacudira loucamente como um barco que algu m abandona ao pisar na praia deixando o leve demais alto demais na gua O Povo estava paralisado e sem f lego ouvindo os ecos de um som que ningu m jamais ouvira E ent o inexplicavelmente muito depois de ela ter deixado de pensar que algo assim seria poss vel a garota fora convocada N o pelo conselho dos anci os mas pelo pr prio Kuutma conhecido como o Brand a Marca o l der e comandante dos Elohim que tinha toda a verdade em seu cora o e toda a vingan a em sua m o A convoca o veio no momento em que ela estava menos preparada para acat la Vinha t
92. bolsa e olhou para ele como se esperando que tocasse ou desafiando o a fazer isso N o tocou mas ela notou outra mensagem de texto que n o havia visto ao ler a de Partridge Era de Ralph Prentice Talvez eu tenha algo para voc Sobre ferimentos a faca Estou verificando agora Provavelmente te ligo amanh Ela teclou o n mero de Izzy Deixou seu polegar pairar sobre o bot o que completaria a liga o por um bom tempo Mas no fim apenas recolocou o aparelho no bolso A noite foi um horror Kennedy tentou numa r pida e in til sucess o ver TV ler um livro e arrumar a casa Sua mente recusou se a se concentrar em qualquer coisa Ela jantou uma lasanha congelada e duas doses de u sque puro depois se deitou na cama sem mudar de roupa fitando a ros cea de gesso no teto Os loucos eventos da noite anterior ainda estavam por digerir em sua mente Agora que ela vira as coisas de perto a semelhan a entre o traje utilizado pelo assaltante de Ryegate House e aquele usado pelo homem que a atacara era ainda maior do que ela pensara de in cio Roupa preta roupa preta mas o desenho da balaclava era id ntico ao daquela que Kennedy segurara nas m os depois do ataque a ela e Izzy Precisava encarar a possibilidade de que algu m quisera deter sua investiga o num momento em que ela mal tivera uma E quisera isso o bastante para tentar mat la Esse pensamento despertou nela uma lembran a muito perturbadora
93. cadeia derrubou o tambor de paracianog nio em chamas e uma onda de fogo azul se espalhou pela sala iluminando uma cena de caos e destrui o homens em fuga caixas em queda e torres de prateleiras em ru nas Ent o o caminh o trocou de marcha e partiu sobre Shud e a seguir veio a escurid o CAP TULO 38 O ve culo abriu caminho pela porta da rea de carga sem desacelerar derrubando a de sua moldura na alvenaria e arrancando com ela uma viga de a o Destro os choveram sobre o caminh o que j estava fazendo uma curva e seguindo para a estrada de acesso Houve um momento em que a luz de uma das l mpadas de seguran a reluziu diretamente na cabine revelando que o motorista sem a menor possibilidade de d vida era Leo Tillman O assombro que Diema sentiu tinha uma pontada de admira o Dez Mensageiros um homem adamita Era como um koan do zen budismo n o havia um sentido que a mente dela pudesse compreender O caminh o percorreu a estrada secund ria ganhando velocidade Quando chegou ao carro que havia sido deixado ali como um bloqueio Tillman deu uma s bita guinada para a esquerda para acert lo em um canto varrendo o da estrada e virando o de um lado de ponta cabe a e do outro lado Foi um impacto terr vel e danoso mas o caminh o sacudindo se como um barco na tempestade seguiu em frente Tr s homens Hifela e dois outros sa ram correndo pela porta arruinada da rea de carga de arma na m o
94. cat logo Est ocupado Rush Kennedy perguntou Eu O rapaz voltou a cabe a para ela Voc Eu n o Estou toa O que voc quer V me arranjar um cat logo Kennedy disse CAP TULO 10 Levou tr s horas Ningu m na Biblioteca Brit nica parecia ter a menor ideia do que Rush estava dizendo quando mencionou o acervo de rel quias em Ryegate House Ou ent o tinha mas n o via raz o nenhuma para se envolver com o problema dele Finalmente um assistente entediado encontrou uma fotoc pia velh ssima de algumas p ginas das quais a primeira vinha com um rabisco a m o de uma nica palavra CAIXAS Pode ser isto ele disse Parecia ser mesmo pois estava organizada por ordem de sala e as salas iam de 34 a 41 Tamb m parecia ser de p ssima qualidade por estar organizada apenas por ordem de sala n o por corredor ou caixa Mas era o melhor que Rush conseguiria ali ent o ele aceitou a lista e voltou a Ryegate House Encontrou Partridge e os estudantes ainda examinando a Sala 37 enquanto Kennedy caminhava ao longo dos corredores pregando Post its no ch o ou nas estantes marcando os lugares onde a sonda de Kelvin j havia encontrado impress es digitais compat veis O professor Gassan parecia estar presente na qualidade de supervisor parado em um canto e assistindo a tudo com um misto de fasc nio e preocupa o Rush entregou a lista a Kennedy e esperou que ela tive
95. certo a respeito dos motivos dela Estava mandando que ele fizesse um trabalho secund rio enquanto ela prosseguia com a investiga o Esse era o plano afinal CAP TULO 27 Na internet Johann Toller era um enigma Contudo em meio ao entulho exibido pelo motor de busca Rush encontrou alguns peda os da verdade Um deles era um verbete de enciclop dia que n o parava de aparecer infinitamente reciclado de um site para outro e sem nenhuma cita o ao autor original Johann Toller 2222 1660 tornou se proeminente como membro do movimento dos pentamonarquistas um grupo de dissidentes pol ticos e religiosos da Inglaterra no s culo XVII vinculado a grupos similares espalhados pela Europa continental Pouco se sabe sobre sua vida pregressa Toller escreveu diversos livros e panfletos criticando o governo p s revolucion rio de Oliver Cromwell por n o elaborar leis em prol da total liberdade religiosa Foi executado em 1660 ap s falhar em seu atentado contra a vida de Sir Gilbert Gerard ex tesoureiro do Ex rcito do Parlamento Onde quer que Rush procurasse o mesmo resumo ex guo acenava para ele Ningu m havia se importado em listar as diversas obras de Toller ou em dizer algo mais sobre como o homem havia vivido e morrido Mudando a busca para IMAGENS descobriu que uma nica figura predominava N o era um retrato de Toller mas uma reprodu o do frontisp cio de seu livro Abaixo do t tulo havia um entalhe ou gravura de uma
96. como foi acima Deus at prometeu que assim seria Mateus 6 10 A gua do Ister fluir vermelha como Sangue um grande Portento e um que todos testemunhar o Aqueles que a tocarem estar o maculados Aqueles que a beberem ser o amaldi oados Kennedy empurrou o magro ma o de p ginas datilografadas para longe de sie massageou os olhos com as costas das m os Aprendera muito sobre Johann Toller nas ltimas tr s horas mas estava come ando a se perguntar quanto mais aguentaria Toller descrevia a fonte de suas revela es como um anjo todo feito de fogo com seis asas e m ltiplos pares de olhos sob cada asa Apocalipse 4 8 ele acrescentara prestativamente O anjo havia aparecido a ele quando estivera perto da morte e lhe contara as profecias E estas eram profundamente estranhas Elevavam se e despencavam do sublime e c smico para o s rdido e mesquinho Deus mandaria a vingan a sobre as na es que O negavam mas tamb m sobre pessoas espec ficas e nomeadas subalternos no Pequeno Parlamento de Cromwell e seus sucessores intendentes do Ex rcito Novo e at mesmo funcion rios dos minist rios do governo Mas por tr s dos detalhes locais havia um fervor religioso que extrapolava os limites da sanidade cotidiana Toller acreditava que Cristo estava a caminho pronto para cumprir o compromisso que firmara com os fi is muito tempo atr s E j estava atrasado J estava sendo procurado Se voc segurasse a respira o
97. daquele grupo haviam sido desencadeadas por algo t o banal e insignificante quanto a tradu o de um evangelho perdido Ent o para que ela Gassan Thornedy ke e o pobre coitado do Rush sobrevivessem aos pr ximos segundos Kennedy teria de tirar algo da cartola bem r pido Nesse nterim ela continuou falando Pois se Wales quisesse mesmo mat los de uma vez eles j estariam mortos Certamente havia mais alguma coisa que ele desejava No come o eu fui adivinhando Kennedy disse improvisando descuidadam ente Em rela o ao alvo O livro O que havia de t o especial nele Por que voc teria todo esse trabalho para ach lo e tomar posse dele Identidades falsas Invas es Dormir numa caixa Ent o percebi que talvez n o tivesse nada a ver com o livro em si Wales franziu o cenho em c mera lenta Obviamente aquele palpite tinha ido longe demais Claro que tinha a ver com o livro Mas Wales ainda estava ouvindo Voc quer saber o que n s sabemos Kennedy pensou Quer ter certeza absoluta de que ainda estamos tateando s cegas antes de acabar conosco Ou ent o quer saber quem mais al m de n s precisa ser eliminado E talvez eu possa retardar o seu avan o se voc come ar a achar que a lista de pessoas pode ser longa Ent o a essa altura ela disse empurrando a cadeira para tr s e levantando se comecei a cobrar alguns favores De pessoas que eu ainda conhecia na pol cia Acad micos Colegas n
98. de lugar nenhum apenas asfalto fresco despejado sobre a grama e as ervas daninhas e alisado com rolos de jardim enquanto esfriava Os p s deles quando caminhavam at o avi o haviam grudado na superf cie ainda mida e sa do com ru dos aud veis de descolamento No avi o eles haviam arrancado uma fileira de assentos e adaptado a fileira atr s dela na forma de uma padiola improvisada para Tillman amarrando o a ela com cintos de seguran a e fita isolante por toda a extens o de seu corpo Ele deslizava para a consci ncia e depois de volta inconsci ncia o m dico Elohim parecera preferir um sistema de controle da dor que era basicamente uma marreta qu mica Mas em um de seus breves per odos de lucidez Kennedy conseguira perguntar como ele estava se sentindo Bem fora tudo o que ele dissera Estou bem Heather S d i quando eu rio Ela nos traiu Leo Kennedy contara inclinando se para perto dele para murmurar as palavras a seu ouvido Assim que voc desmaiou no Monte Gell rt ela chamou a fam lia dela para nos pegar Eles est o controlando a a o agora Controlando a gente Tillman havia sorrido um sorriso um tanto torto pois seu organismo ainda n o havia expurgado os sedativos Eu sou da fam lia dela disse ele O que assustou e estarreceu Kennedy pois pensou que ela pr pria havia denunciado isso sem querer Voc sabia disso Sim Eu sabia Por isso que segui
99. de n s est em condi es de tomar decis es de vida ou morte Rush soltou uma risada oca Voc acha que vai caber a n s decidir S rio Kennedy ficou de p Acho que temos que esperar para ver disse ela Se tivermos sorte a coisa acaba aqui Mas n o seria assim claro que n o Fora por isso que ela pedira a Izzy para n o voltar para casa ainda E por isso contara a Rush o suficiente para deix lo alerta N o havia acabado N o poderia acabar assim Ela e Emil Gassan N o era coincid ncia Ela havia sido tragada para dentro de algo por uma for a que n o podia enxergar ou definir Estava naquela situa o por um motivo e com certeza n o por suas pr prias raz es A gente conversa amanh ela disse a Rush Preciso dormir T bom Voc vai ficar Preciso de outro drinque S se certifique de que ainda consiga caminhar at em casa ela disse Te vejo amanh No entanto enquanto ela se voltava para sair ele chamou seu nome outra vez Ela olhou para tr s por cima do ombro Ben disse ele A vozj estava pastosa o bastante para que a princ pio ela n o o entendesse o qu perguntou Benjamin Ben Meu primeiro nome Fui batizado sabe T bom Ela fez um gesto com a m o cedendo Desculpa tarde demais pra isso Pra mim voc o Rush Ele suspirou profundamente Qual o segredo de uma boa piada
100. de perigo Diema esta reuni o foi ideia sua O que voc quer A garota cruzou o piso at as portas do palheiro e trouxe a cadeira que estava l Colocou a diante de si mas n o sentou Quero que n s compartilhemos informa es disse E depois quero discutir estrat gias Vou precisar ser convencido Tillman disse de que isso uma boa ideia Diema n o pareceu t lo ouvido Estava se dirigindo a Kennedy novamente Esta era minha miss o muito antes de ser a sua ela disse Mas n o posso obrigar voc a confiar em mim ou cooperar comigo Sugiro que conte o que sabe a seus parceiros Agora que leu o livro de Johann Toller provavelmente sabe muita coisa Quando quiser falar comigo me chame Contarei o que me foi dito e o que descobri por mim mesma e responderei a quaisquer perguntas que voc fa a Farei isso sem pedir que fa a o mesmo N o consigo pensar em mais nada que possa oferecer Esperarei no caminh o Que est cheio de Tillman come ou Na cabine Voc s v o poder me ver daqui Acenem e eu volto Agora ela havia se voltado para ele e a profundidade de seu dio estava ali em seu rosto vista de todos Sabe qual o limite imposto aos Elohim Tillman Kuutma que chamado de Brand ou a Marca algum dia lhe explicou isso Voc s n o s o limitados por nada Tillman respondeu S o livres para matar quem quiserem Seus sacerdotes absolvem voc
101. de ponta oca e baixa penetra o na outra Exceto pelo fato de estar deitado de costas estava t o preparado quanto poss vel Quando as portas se escancararam ele j se erguera at ficar agachado O inimigo encararia agora um fogo de enfiada cruel e s bito ele teria de se mover ou morrer e qualquer movimento para afastar se desse novo ataque o levaria na dire o de Shud O gemido das semiautom ticas era o seu sinal Shud ficou de p e saiu correndo Hifela correu tamb m do outro lado das estantes vigiando o espa o entre eles sem necessidade de discuss o ou sina Shud chegou a ver o homem s por um momento encravado no canto da rea de carga sem ter para onde correr Ele ergueu o bra o e disparou um tiro sem nem mesmo desacelerar e sentiu uma onda de satisfa o quando o intruso sofreu um espasmo fazendo um semigiro com a for a da bala Ele havia recebido o tiro no ombro ou no alto do peito Em seguida as luzes de n on fraquejaram e se apagaram e a sala foi mergulhada em total escurid o Agindo pelo instinto afiado Shud deslocou se para a esquerda e diminuiu a velocidade quebrando o ritmo Balas zuniram contra o concreto a seu lado onde ele estivera Ent o o inimigo estava ferido mas n o abatido e ainda usufruindo de todas as vantagens que possu a No entanto a escurid o ajudou Shud tanto quanto ao seu alvo Sabendo que Hifela estava perfeitamente posicionado para atirar se o homem se afastasse da p
102. dele Diema olhou pensativa para ele por um ou dois segundos Pareceu estar decidindo se responder s perguntas de um ex ref m poderia afetar sua dignidade ou n o Sim disse ela Achamos que foi ideia de Shekolni Eles n o roubaram s aquela c pia do livro n Kennedy quis saber Havia cinzas na caixa em Ryegate House Diema voltou se para encarar Kennedy A intensidade de sua aten o era perturbadora Era como se quando olhava para voc o resto da sala o resto do mundo desaparecesse Tephra disse ela O qu As cinzas de um sacrif cio s o chamadas de tephra Que seja Kennedy n o conseguiu disfar ar a impaci ncia em sua voz Eles roubaram cada c pia do livro que puderam encontrar Queimaram todas exceto uma Eles estavam tirando a palavra sagrada das m os dos infi is Sim Mas por que esse livro a palavra sagrada Foi escrito s alguns s culos atr s por como que voc s o chamariam Um herege Um vira casaca Um fugitivo N o o seu evangelho S o not cias velhas de um lun tico religioso Diema assentiu As palavras de Toller perderam se porque n o achamos que fossem dignas de ser guardadas ela concordou Demorou muito tempo at que algu m percebesse que ele poderia ter sido membro do Povo Um dos nossos Mensageiros se desencaminhou naquela poca e foi procurado mas nunca encontrado Foi no meu tempo que um estud
103. dele Faz lo sentir que havia algo mais que ele deveria fazer Sabemos mais alguma coisa sobre ele Kennedy perguntou a Rush Ele deu de ombros Sabemos quando ele morreu E sabemos que tinha um jeito esquisito de fazer o sinal da cruz que mais parecia que ele estava esfregando o est mago O n corredi o Kennedy disse O Povo de Judas usa o sinal do n corredi o assim como os crist os usam o sinal da cruz Significa a mesma coisa para eles Porque alguns dos primeiros relatos sobre a vida de Judas dizem que ele morreu enforcado uma prova circunstancial Tillman disse Mas o Toller tamb m diz que tr s mil anos foram dados aos reinos dos homens antes de Cristo retornar Isso bate com a cren a da tribo de Judas de que eles v o herdar o mundo depois que os filhos de Ad o o governarem por tr s mil nios T legal Leo voc perguntou por que o livro do Toller importante Por que importa agora para n s e para o Povo de Judas E aqui que chegamos resposta Leiam as profecias na primeira p gina do livro Desta vez foi Rush quem leu em voz mon tona sem express o Os Infi is que maculam o Mundo Sagrado lamentar o sua Cegueira e se arrepender o Mesmo na Casa do Soldado descrente eles se arrepender o E na Igreja de Miinster assim e da mesma maneira eles se arrepender o Mas tal arrependimento vir demasiado tarde e eles ser o consumidos pelas Chamas do Inferno
104. deles n o deixava que isso transparecesse em sua express o ou postura o que quando Rush parou para pensar era uma coisa assustadora Nestes momentos finais da velha ordem Ber Lusim disse a eles ainda poss vel que os homens morram Mas depois desta ltima grande mortandade a morte desaparecer para sempre Havia agora uma qualidade hipn tica em sua voz Eu sinto portanto que seria presun oso da minha parte se eu os matasse Arrogante Como se eu reivindicasse minha cidadania neste tempo neste mundo ao mesmo tempo que prenuncio o novo mundo o mundo imorredouro N o tenho desejo de fazer isso Assim se voc s desejam morrer devem expressar uma prefer ncia expl cita ou se oferecer morte por meio de uma a o inequ voca Nahir cruzou as m os diante do peito e de repente tinha duas sicas entre os dedos Ber Lusim riu como se aquela fosse uma piada que ele apreciasse vivamente Sim ele disse Algo desse tipo CAP TULO 67 As m os de Nahir lampejaram para a frente e para cima em um movimento t o fluido e gracioso que para Rush por um momento insano ele pareceu um bailarino de flamenco assumindo a posi o que inicia a dan a As duas facas deixando os dedos dele ao mesmo tempo desenharam linhas paralelas no ar Em resposta Ber Lusim mal pareceu mover se mas agora havia uma adaga em sua m o tamb m e ela encontrou as l minas arremessadas por Nahir ao longo de suas tra
105. disse Amor n s duas sabemos exatamente onde aqui Kennedy ficou de p Nenhuma das duas havia acabado seu drinque mas a ideia de ter de continuar com aquela conversa s para terminar de beber pareceu subitamente intoler vel Vou dormir no andar de baixo hoje disse ela como quem diz hora da morte 23h43 Amanh eu subo pra pegar minhas coisas Ou ent o a gente volta agora mesmo Izzy disse e eu trepo com voc at seu c rebro derreter e voc n o lembrar mais nem por que estava t o brava comigo Eu Kennedy n o conseguia encontrar as palavras Izzy N o Izzy disse erguendo as m os como quem se rende N o precisa Sem problema Eu s achei que isso precisava ser dito Fa a o que quiser Heather E continue assim bem no topo do seu pedestal de moral t Voc vai ficar bem enquanto houver oxig nio a em cima As ltimas palavras foram dif ceis de entender pois ela estava chorando demais Izzy virou se e foi rapidamente at a porta fazendo uma cadeira vazia ricochetear e atropelando um cara cujos gestos expansivos puseram quase todo o seu corpanzil no caminho dela O bra o do hmem balan ou e a cerveja inclinada caiu no ch o Piranha desastrada ele gritou depois Se n o aguenta n o bebe droga Era o tipo de insulto grosseiro que Kennedy normalmente achava f cil ignorar Normalmente mas n o esta noite Ela segurou o topo do copo
106. dos conceitos desagrad veis que elas cobriam acho que voc vai ficar mais segura comigo do que se eu a deixar aqui O olhar fixo de Kennedy estava repleto de surpresa e desconfian a Talvez tamb m houvesse uma acusa o ali N o estou lhe pedindo pra matar ningu m Diema disse Voc j me disse que isso n o algo que acredita poder fazer A essa altura ela j vira os relat rios policiais do Hotel Gell rt e sabia o que Kennedy havia feito com um assassino treinado usando uma sica Mas sentia que era melhor deixar essa conversa para outra ocasi o E pelas suas habilidades Preciso de voc como detetive Kennedy foi implac vel e amarga Para encontrar o qu Uma coisa que voc afirma j ter encontrado Acha que eu nasci ontem menina Acha que n o sei como voc nos teve na palma da m o o tempo todo Voc deixou o Leo rastrear sua moto para que ele te seguisse at aquele dep sito Deixou que encontr ssemos o livro do Toller sozinhos e depois veio nos dizer o que havia nele Voc s precisava do Leo para cortar umas gargantas E s precisava de mim para trazer o Leo O que Deus me perdoe eu fiz Mas pra mim j chega V em frente jogue o seu jogo Mas foi voc quem nos trouxe at aqui Diema disse Voc e o garoto Voc s juntaram as coisas que sabiam e extra ram um sentido delas Deram me uma dire o Quero que estejam comigo quando eu entrar na casa de Ber Lusim c
107. duas coisas dif cil explicar ela respondeu Meu povo s vezes tem uma maneira bem estranha de encarar as coisas Rush retraiu se quando algum movimento aleat rio causou uma onda de dor no m sculo rasgado de seu ombro Voc n o vai dizer Bom obrigado pelo sacrif cio heroico que voc fez de todo modo Diema nada disse fingindo examinar o corpo acinzentado de Ber Lusim em busca de sinais de vida N o havia acabado Voc acha que consegue se mover ela perguntou a Rush Ele tentou se levantar mas cada movimento lhe do a Foi preciso um esfor o dos dois por fim com Diema suportando o peso do garoto sempre que uma pontada de agonia paralisava os m sculos dele Ela o ergueu como um estandarte uma bandeira de rendi o pois a sensa o era exatamente essa A de que ela cedia subitamente mas tarde demais l gica de um argumento que lhe havia sido apresentado tr s anos antes quando suas m os estiveram em torno da garganta de Ronald Stephen Pinkus e a luz desaparecera dos olhos dele Pronto perguntou a Rush Pronto pra qu ele arfou Voc quer dan ar Preciso que voc ande T bom Levaram uma eternidade para subir os degraus No topo encontraram Kennedy de rosto sombrio O Leo est mais ou menos acordado ela disse a Diema Mas acho que algumas das feridas no peito dele reabriram Estou com medo de tir lo daqui N o temos
108. e dentro de uma cabine telefonou Izzy n o atendeu e Kennedy come ou a entrar em p nico Mas em meio ao processo de digitar novamente os n meros e deixar uma mensagem seu telefone recebeu uma chamada Desculpa amor Izzy disse Por pouco n o atendi Tudo bem com voc N o estava tudo bem Contudo Kennedy sentiu a l ngua subitamente presa Izzy ainda estaria mais segura onde estava E contar a ela o que havia acontecido significaria uma briga pois ela ia querer voltar e cuidar de Kennedy ficar ao lado dela e essa era a ltima coisa que Kennedy queria no momento Os assassinos do Povo de Judas n o trabalhavam sozinhos Operavam em duplas ou trios O homem que se chamara de Alex Wales estava morto e n o se levantaria mas poderia haver certamente haveria outros Por alguns minutos Kennedy balbuciou mentiras bobas sobre como tudo estava bem e como nadinha de nada bom ou ruim havia acontecido com ela Bom Deus sabe que eu sei como voc se sente Izzy disse mal humorada Jogar Jogos de detetive com o Hayley e o Richard tem sido o ponto alto da minha estada aqui E eles t m Trivial Pursuit na edi o familiar amor ent o me fizeram perder muita grana Voc j ouviu falar do Frankie Cocozza N o Kennedy respondeu Amor preciso ir Algu m acabou de entrar T bom Mas o que esse eco Parece que voc est no banheiro Se estiver no banheiro e algu m entrou pode pro
109. e a uma curta caminhada do Parlamento H ngaro Ela se registrou no hotel usando o pr prio nome e em resposta educada pergunta do recepcionista novamente disse com grande nfase que estava em Budapeste porque tinha um trabalho a fazer ali Poderia levar um dia ou quem sabe dois ou tr s mas ela ficaria at terminar Ent o pegou outro t xi e foi at o edif cio do quartel general da pol cia o Pal cio da Pol cia que era uma torre baixa cheia de degraus feita de vidro e a o bem de frente para ponta norte da Ilha Margarida Ela solicitou uma licen a tempor ria para usar equipamento de vigil ncia legalizado por m controlado fornecendo uma longa e sistem tica lista e informando sua profiss o como investigadora particular Caminhou pela margem do rio conhecida como Peste Aqui o brutalismo gasto da era sovi tica parecia inclinado dissolu o convidando os turistas a fantasiar que estavam penetrando um territ rio selvagem Mas os donos de restaurantes e hot is mantinham suas fachadas em um estado precisamente calculado de decad ncia decorativa o que tornava claro que o territ rio era apenas t o selvagem quanto o gosto do fregu s Kennedy almo ou panquecas hortobagy e um espeto de frutas a ucaradas num caf em uma pra a saindo da B thori Utca sombra cara do edif cio da Magyar Televizi Ela observou as pessoas passando por m n o tentou interagir com elas Esta era a parte mais a
110. e atir la para longe de si A essa altura a garota havia atravessado o quarto de novo pegando o abajur de cabeceira de Izzy en passant Ela nem havia desacelerado o passo para olhar para o abajur pensou Kennedy mas com a base de a o inoxid vel o peso e o formato a pe a supria suas necessidades com perfei o Ela o mandou para tr s de si sem solt lo como uma bola de boliche tomou impulso e o lan ou para a frente e para cima usando o peso do pr prio corpo e acertando com for a espantosa o queixo de Samal O golpe ergueu o a alguns centimetros do ch o e ele se estatelou de costas no piso do quarto que tremeu sob seu peso A garota o rodeou cautelosa O grandalh o ainda estava consciente Ele rolou de lado tentando levantar se mais uma vez Sem pressa mas com precis o cl nica ela desferiu tr s golpes devastadores na parte de tr s da cabe a dele Isso o enfiou no tapete felpudo de Izzy como um martelo enfia um prego em uma t bua Depois de uma ltima avalia o ela o acertou mais uma vez Ent o finalmente soltou o abajur e flexionou as m os como se t lo segurado com tanta for a as tivesse ferido Em algum momento durante aqueles ltimos segundos aterrorizantes Kennedy em p nico havia inspirado t o profunda e subitamente que engolira parte do len o de Aby dos Agora sufocava se com ele Ela se contorcia na cama tentando inalar um ar que n o estava l A garota observava os dois corpos inertes com
111. e entrou na sala de estar foi ao som destas palavras Ai eu quero Quero voc dentro de mim agora j Voc gostaria disso querido Gostaria de ficar dentro de mim Aposto que aguento voc inteirinho Isso teria sido alarmante se Izzy n o estivesse sentada bem ali na frente dela sozinha assistindo telenovela Coronation Street com o som desligado Ela segurava o celular em uma m o e uma x cara de ch Yorkshire forte na outra e embora seu rosto estivesse travado em uma careta de excita o e urg ncia ela estava largada sobre a poltrona em uma pose muito descontra da Em outras palavras ela estava trabalhando Conduzindo um estranho rumo ao precip cio do orgasmo pela pechincha de 80 centavos por minuto mais impostos Uma vez que suas duas m os estavam ocupadas ela acenou para Kennedy com a perna esquerda Tem ch no bule murmurou sem voz erguendo a x cara e indicando a com um gesto Kennedy n o sentia vontade de tomar ch Serviu para si um u sque com gua da maneira mais furtiva poss vel sem fazer nenhum som que o telefone pudesse captar Levou o copo para o quarto deixou a bolsa deslizar do ombro e cair sobre a cama Ela desabou ao lado dela tirou os sapatos e esticou o corpo inteiro descansando a cabe a nos irritantes arabescos de ferro fundido da cabeceira de Izzy No quarto tamb m havia uma TV Automaticamente ela a ligou s pelo conforto proporcionado pelo som Mas estava na ITV c
112. e fechasse os olhos seria capaz de ouvir os passos dele Uma convic o cresceu dentro de Kennedy medida que ela lia Os termos da ret rica de Toller eram t o semelhantes aos do Evangelho de Judas conforme Emil Gassan o havia lido para ela que soube em algum ponto al m da pr pria raz o que esses ecos significavam algo Como Toller o Povo de Judas era obcecado com pontualidade e assombrado pelo medo de que o Senhor pudesse ter dado as costas a eles que sua preciosa alian a no final poderia n o dar em nada As similaridades eram pr ximas demais para serem acidentais Toller at mencionava o mesmo per odo de tr s mil anos que era central na teologia da tribo de Judas mas fazia muito pouco sentido para crist os comuns Um ciclo de tr s mil nios estava prestes a ser conclu do Toller dizia e uma vez completo todos poderiam enxergar o prop sito final de Deus Que era exatamente o que Kennedy havia lido tr s anos antes nas p ginas proibidas do Evangelho de Judas Enquanto tentava encontrar algum sentido nessa descoberta a porta atr s dela se abriu Gilles Bouchard entrou e contornou a pequena mesa para olhar para ela movendo se com o sil ncio de um monge em um claustro Ela o cumprimentou com um meneio de cabe a e viu Bouchard medir com olhar de especialista o n mero de p ginas que ela havia virado Deveria pular direto para o cl max Srta Kennedy disse ele sorrindo H eu lhe garanto uma
113. e havia sido uma daquelas mulheres Era isso que a motivava ou havia mais Kennedy lembrou se da garota em a o enfrentando os dois Elohim no quarto de Izzy derrotando os e deixando os para morrer Deixando os para morrer N o os matando Desde quando os Elohim n o terminavam o trabalho Uma resposta a essa pergunta surgiu lhe subitamente e quanto mais pensava nisso mais sentia que devia estar certa Explicava tantas coisas Explicava a improv vel miseric rdia Explicava por que Diema havia interrompido sua hist ria t o abruptamente naquele ponto E mais que tudo explicava a s rie impossivelmente t nue de acasos ou o destino que havia primeiro arrastado Emil Gassan depois ela e ent o Tillman para essa confus o cada vez mais profunda mais densa Tillman havia dito que ou ela cedia coincid ncia ou se rendia megalomania que n o havia terceira op o Mas havia E ela ficou sem ar com sua pura simplicidade sua clareza quase indecente O inimigo que encaramos Diema disse solenemente s o esses Elohim renegados comandados por Ber Lusim H outro homem Avra Shekolni que se juntou a eles recentemente e se tornou seu professor e l der espiritual Achamos que Shekolni fortaleceu o extremismo de Ber Lusim Que o tornou ainda menos propenso que antes a aceitar acordos Pera Rush disse Se esse Shekolni novo na rea por causa dele que esses caras foram atr s do livro Foi ideia
114. e quase o matei s que quando tive chance de fazer isso n o fui capaz N o tinha a mentalidade certa acho Alguma dessas coisas foi mencionada na sua entrevista de emprego Kennedy perguntou laconicam ente Ele deu de ombros Foi h muito tempo Ela suspirou T entendi Voc est dizendo que j conhece essas coisas sinistras de adulto Bom talvez conhe a mesmo Se tem certeza de que quer a verdade vou cont la a voc Quero ele disse de uma vez Ent o ela revelou a hist ria toda ou pelo menos tudo quanto p de Come ou com a morte de Chris Harper parceiro de Kennedy que sangrara nos bra os dela depois de ser ferido por uma das adagas envenenadas dos Mensageiros Foi dif cil manter a voz firme Mesmo ap s tr s anos ainda lhe do a lembrar Ela falou sobre o Povo de Judas pelo que deve ter sido uma hora ou mais Contou a Rush como eles viviam em uma tribo separada do resto da humanidade Como se escondiam nas cidades da Terra escolhendo lugares onde houvesse densidade populacional suficiente para ocult los e como haviam aperfei oado as artes da camuflagem a ponto de n o deixar suas pegadas na hist ria nenhum registro de suas idas e vindas Rush ficou em sil ncio na maior parte do tempo deixando a falar E eles acreditam mesmo que s o descendentes da serpente do den perguntou depois que ela terminou Sim via Caim e Judas Kennedy respondeu Ma
115. ela dera a Kennedy e as modifica es eram absolutamente aterradoras Essas armas estavam configuradas para disparos em repeti o cuspiam m ltiplos dardos como uma escopeta Diema tamb m havia levado em conta quanto tempo o Mensageiro atingido por Kennedy levara para cair ordenara que os dardos fossem carregados com quatro vezes a dosagem mais alta legalmente dispon vel Experimentos em volunt rios entre seu pr prio povo haviam estabelecido que um nico disparo derrubaria a maior parte dos oponentes instantaneamente Quem levasse mais de tr s ou quatro estaria em s rio risco de morte por hipoventila o Ent o m dicos vinham atr s dos soldados verificando a condi o dos vencidos e aplicando ampaquina intravenosa quando necess rio A segunda escaramu a durou mais que a primeira mas teve o mesmo resultado Encurralados e superados tanto em armamento quanto em t tica os Elohim de Ber Lusim lutaram da melhor forma que puderam Contudo embora tenham tentado vender a vida por um alto pre o a miseric rdia p trea de Diema garantiu que n o encontrassem um comprador Outros esquadr es passaram a se reencontrar com o deles medida que progrediam tendo vasculhado as reas a eles designadas encontrando as vazias ou quando ocupadas eliminando a oposi o O terceiro confronto foi uma batalha tumultuada que durou ao todo 20 minutos Rush e Kennedy mantiveram se bem na retaguarda mas quando a luta acabou atravessaram o sal
116. ela tivera aos 7 anos Ela havia enfiado cartas de baralho entre os raios da roda traseira e quando pedalara o som fora exatamente igual percebia agora ao som dos pombos assustados levantando voo No centro do recinto obviamente muito mais novos que qualquer outra coisa no local mas j manchados de guano havia sete tanques cil ndricos Eram de pl stico amarelo e chegavam altura dos ombros de Kennedy Em cada um havia dois ou tr s centimetros de uma pasta ou gosma espessa e verde Peguem um pouco disso a Tillman disse Mas n o toquem nele com as m os Taria achou uma ripa de madeira e a usou como colher pegando um pouco daquela porcaria Mostrou o que colhera para Tillman que apoiou o peso do corpo em uma coluna de cimento antes de pegar a ripa e cheirar a meleca pegajosa Isso a a toxina Kennedy perguntou a ele N o mido demais Tillman respondeu s uma massa O pessoal do Ber Lusim deve ter mo do as sementes aqui extra do o leo e depois filtrado o res duo v rias e v rias vezes Mas ainda precisavam precipitar a ricina um processo em dois est gios O que estamos procurando uma sala com um monte de bandejas largas e rasas Por que estamos procurando isso Nahir perguntou com uma nfase sarc stica Ignorando o Diema rosnou uma ordem concisa Raziel e os anjos fizeram o sinal do n corredi o e agiram na mesma hora Nahir ficou onde estava
117. embora eu tenha uma Umazinha pelo menos Mas pense Minha vers o n o faz mais sentido Na sua hist ria um Mensageiro decide do nada que vai trair os votos sagrados e sair pelo mundo pregando aos pag os Na minha ele s fala por saber que est morrendo Ele n o simplesmente decidiu Ber Lusim disse Voc est esquecendo a parte em que ele recebe uma visita de Deus E essa visita de alguma forma deu a ele um quem quem completo na pol tica inglesa E o fez pensar que a pol tica inglesa tinha alguma import ncia Porque ele passou o resto da vida l Ber Lusim E foi executado por tentar matar algum tipo de funcion rio do governo Que diabo foi isso Ber Lusim deu um passo na dire o de Rush mas este recuou Segurou o livro nas duas m os pronto para rasg lo de alto a baixo melhor voc se afastar ele avisou Ber Lusim Ou vou cometer uma blasf mia bem s ria Ber Lusim ergueu a arma novamente e a apontou para Rush O livro ser destru do na explos o de todo jeito disse Sua integridade f sica n o de primordial import ncia para mim agora Eu s gostaria de morrer segurando o Em todo caso eu o ouvi e n o vacilei nem por um instante Se sua tarefa era me testar garoto eu passei no teste Mas eu tenho uma prova Rush apressou se em dizer Eu disse que tinha uma prova n o disse Bom aqui est Esque a o anjo e o acidente e todo o resto Esque
118. es ou ag ncias oficiais Kennedy teve de sorrir Da voc pensou em mim Ele correspondeu ao sorriso A pessoa menos oficial que eu conhe o T bom ela disse Vou precisar tocar no assunto do dinheiro porque claro Gassan exclamou Pe o desculpas por n o ter mencionado isso antes Ele enfiou a m o no bolso de onde tirou um peda o de papel que passou a ela por cima da mesa Era um cheque j com o nome dela da conta banc ria da Funda o Validus A quantia que estava impressa e n o escrita a m o era de 20 mil libras Kennedy olhou para os quatro zeros id nticos O fato de que havia outro n mero na frente deles imediatamente diferenciava este trabalho do que ela fizera antes aceit vel Gassan perguntou Sim ela respondeu secam ente Muito Mas eu gostaria de uma carta definindo os termos do meu contrato Sem ofensa mas o item tr s encontrar o intruso pode acabar dando um trabalh o se eu n o conseguir outras pistas sobre ele N o quero ficar trabalhando neste caso para sempre Nem ter que devolver o dinheiro Isso perfeitamente justo Marilyn indicou que este seria o pagamento por quatro semanas do seu tempo dedicado exclusivamente a n s caso isso seja poss vel Mas se voc tiver outros casos N o tenho nenhum caso Aquilo foi um blefe Ah Bem voc blefa muito bem Obrigada A quem devo responder Voc
119. esp rito Tillman era o brilhante t tico adamita que uma vez encontrara Ginat Dania e a for ara a fugir dele Mas agora seus conhecimentos arrancados dele pelo interrogat rio inclem ente de Kuutma serviam aos prop sitos de Kuutma e do Povo Haviam sido fundamentais na tarefa de tirar as principais atividades dos Elohim do segredo e lan las em meio ao ru do branco e desinforma o Era uma nova era e Leo Tillman era um recurso precioso Entre os Elohim era sabido que ele era tamb m um ref m para garantir o bom comportamento da rhaka Heather Kennedy E do assassino de Ber Lusim Benjamin Rush Esses dois haviam salvado a cidade em sua hora de maior necessidade e assim fora lhes permitido continuar a viver entre as Na es um ato de sublime miseric rdia da parte de Kuutma sob a condi o do profundo e eterno sil ncio Se dissessem uma nica palavra sobre o que haviam feito ou visto Tillman morreria no mesmo instante Com o tempo Kuutma disse a Diema ajustaremos a nfase pouco a pouco Diremos que a luz da verdade o poder da palavra pode romper at mesmo uma escurid o t o profunda quanto a de Leo Tillman Diremos que ele trabalha para n s de bom grado enxergando o valor do que constr i aqui e o erro de seus antigos modos Diremos que ele quer ser lembrado pelo bem n o pelo mal e espera obter um pequeno grau de reden o ao servir a algo maior que ele mesmo Diema entendeu a estrat gia mas
120. estar em paz Sabia que Rebecca estava morta Sabia como ela havia morrido e por qu Sabia que meus filhos estavam bem que estavam felizes mesmo que estivessem com aqueles man acos Pensei que isso fosse suficiente Mas ultimamente tem me incomodado Tipo como que eu fiquei sabendo que eles est o pelo mundo e n o sa para procur los Mesmo que eu os visse s de longe significaria tanto Voc vir aqui me ver estranho mas estranho de um jeito bom como se tudo o que eu pensei que tiv ssemos deixado morto e enterrado estivesse voltando Nem tudo Kennedy pensou N o Ezei Nem Cephas Era por isso que ela morria de medo de deix lo aproximar se demais Amplificava o risco de ele descobrir o que havia feito e ela tinha certeza sem sombra de d vida de que saber disso o mataria Leo disse tentando intercept lo n s achamos o lar deles uma veze eles o arrancaram pela raiz e o mudaram de lugar N o h a menor chance de deixarem que voc o encontre de novo Acho que voc deveria enfiar isso na cabe a E acredite em mim por favor eu realmente n o vim aqui para te arrastar para o meio da minha bagun a Vim avisar que melhor voc se cuidar e N o s isso S se cuide Se tiver a op o de se esconder em algum lugar fa a isso Quando tudo tiver acabado deixo uma mensagem naquele caf ou seja l onde for A eu venho te contar o que aconteceu Talvez talvez eu tenha novidades pra te co
121. eu sou outra pessoa mas n o sou ningu m Me pegaram no meio da rua e tipo eu n o sei N o sei o que eles querem A garota voltou se novamente para Ushana Mate o disse a professora A garota curvou se para ela aquiescendo mas n o saiu do lugar Queria ter certeza Por qual crime perguntou O rapaz n o tinha ideia do que estava sendo dito Olhava dela para Ushana e desta para ela Talvez pensasse que ela estava explicando mulher o que ele dissera Por crime nenhum Mate o porque eu mandei E ela o fez Com as pr prias m os pois nenhuma arma fora especificada Depois embora tenha chorado chorou em sil ncio e ningu m no dormit rio teve a menor suspeita disso Ronald Stephen Pinkus n o era do Povo Era errado chorar por ele E vergonhoso Ela prometeu a si mesma que da pr xima vez faria melhor E assim no devido tempo ela foi enviada de volta para Kuutma com um bilhete de seus professores que era not vel pela brevidade Ela est pronta Ele a recebeu com um abra o paternal expressando grande satisfa o pelas conquistas dela A garota agradeceu graciosamente Nenhum dos dois mencionou a nota que Rithuel dera a ela em psicologia ent o ela foi poupada da necessidade de criticar um de seus professores Kuutma serviu lhe frutas frescas e gua temperada com cravo e canela Ofereceu vinho tamb m mas a garota n o gostava da bebida O lcool interferia na absor o da k
122. ex namorada Siobhan a que havia se matado Ent o Kuutma havia jogado uma luz sobre toda aquela situa o louca mas plaus vel Diema havia feito aquilo com ele seduzido estuprado ou ricocheteado em cima dele porque por alguma raz o quisera engravidar Talvez fosse algo parecido com aquela merda toda que voc ouve sobre m es solteiras e apartamentos cedidos pelo governo para os desfavorecidos Garotas tendo beb s s para poderem furar a fila Talvez Ginat Dania tivesse um d ficit habitacional Mas quando pensou nisso e tentou imaginar Diema em quem ele pensava como uma bomba em forma humana tricotando sapatinhos de l amamentando e empurrando um carrinho de beb foi como tentar pintar os dois lados de uma fita de Moebius com cores diferentes Se fosse s isso se ela s precisasse de um sistema de entrega a jato de DNA ele ainda se sentiria um idiota contudo poderia deixar passar O duro era n o saber a sensa o de ter sido roubado de alguma forma enquanto prestava aten o em outra coisa e de que n o conseguia descobrir o que havia sido furtado Entretanto quanto mais Diema evitava falar com ele mais certeza ele tinha de que havia algo importante a saber Assim que o grupo sumiu de vista Tillman voltou se para Nahir E a ela est certa perguntou Voc vai seguir suas ordens e trabalhar comigo Ou a gente vai ter que resolver isso brigando Sei que voc s n o mentem ent
123. examinando a mais cedo ent o tinha quase certeza de que n o haveria nada para ver aqui Mas entrou mesmo assim A fossa estava imunda Provavelmente havia sido deixada assim pelos propriet rios anteriores As paredes e o fundo estavam tomados de um res duo industrial que poderia ser de leo alcatr o tinta ou mais provavelmente todos os anteriores Havia po as de gua com um brilho doentio e nacarino e um fedor de betume cozido desprendia se de tudo como o ar que percorre uma autoestrada em uma manh de ver o Olhou para o teto N o havia nenhum buraco bvio nele mas isso n o significava nada A gua sempre encontra um caminho A chuva poderia ter entrado por algum outro lugar e acabado na fossa porque esta era o ponto mais baixo do piso N o havia jeito de descer at ali sem arruinar as roupas Se ele sentasse e baixasse o corpo para dentro o traseiro ficaria coberto daquela gosma oleosa Se pulasse ela espirraria para todo lado Em vez disso ele andou ao redor da fossa sentindo se um idiota e ao mesmo tempo aliviado por n o haver nada a enxergar S que havia No meio do caminho ao redor da borda ele pisou em um feixe de luz solar que entrava por uma claraboia quebrada logo acima dele e acertava uma das paredes da fossa Parte da parede parecia um tanto saliente em rela o rea sua volta pois havia uma sombra perfeitamente quadrada e com cerca de 1 50 metro de um lado Parecia haver um al ap o na p
124. experimentou a crueldade ou a discrimina o em raz o de suas origens A garota o fitou titubeando por causa da s bita mudan a de assunto s vezes ela respondeu por fim E em seguida Isso foi h muito tempo As outras crian as a chamavam por nomes feios A garota procurou lembrar se Sim claro que fizeram isso mas havia significado muito pouco As amas educadoras que a haviam magoado com sua frieza e desd m At que ela aprendera a encontrar o local dentro de si que elas n o eram capazes de tocar e a amar a cor o tom a textura e o padr o mais do que amava pessoas Do que a chamavam Kuutma perguntou Isso foi h muito tempo a garota repetiu Mas voc se lembra tenho certeza ele a incentivou Eles me chamavam de bastarda E de mesti a ileg tima p stula aborto acidente coisa h brida peido de Kelim pomo de Ad o Uma centena de coisas todas varia es da mesma ideia Sua m e saiu para o mundo e abriu as pernas esperou que um qualquer a engravidasse e agora aqui est voc Ber Lusim tamb m filho de uma mulher Kelim Talvez o abuso que ele sofreu por isso tenha sido o que endureceu seu cora o contra as Kelim Kuutma ergueu seu copo como se para tomar outro gole de gua mas ent o meramente o fitou e por um longo tempo nada disse Talvez Shekolni estivesse certo a respeito de uma coisa murmurou por fim A mudan
125. express o em seu rosto um observador desavisado pensaria que Rush havia acabado de atropelar o cachorro dela e n o que os dois haviam acabado de compartilhar um momento de intimidade f sica A porta bateu atr s de Diema Ele se afundou na cama novamente e fechou os olhos tomado por uma sensa o de desamparo e desespero Talvez todo condenado sentisse isso depois de sua ltima refei o Diema sentia se oprimida pela sensa o de que o tempo se esgotava s que a imagem em sua mente n o era a da areia que se esva a na ampulheta Era a de um pavio aceso como o pavio de uma bomba em um cartum de Tex Avery queimando at o ltimo e irrevog vel CABUM Ela encontrou Nahir sentado atr s da mesa em sua sala de comando em intensa discuss o com Kuutma Junto porta esperou que a notassem preparada para ir embora se Kuutma a ignorasse Mas ele a chamou a entrar monitorando canais de informa o em tempo real dos esc neres em aeroportos e postos de fronteira Nahir dizia quando ela entrou Mas ainda n o temos nada Estamos rastreando o paradeiro de todos os pseud nimos de Ber Lusim mas claro que n o presumimos conhecer todas as identidades falsas que ele possu a J que fechamos os aeroportos foram instalados postos de inspe o e seguran a ao longo de todas as principais vias que entram e saem da cidade N o podemos dizer com certeza que detivemos Ber Lusim mas confio que conseguimos at
126. falta de nada Mas a quest o que estamos falando de centenas de milhares de itens talvez at milh es e alguns deles s o realmente muito pequenos Alguma coisa poderia sumir e demorar amos muito para perceber Os funcion rios garantiram que todas as caixas ainda estavam l e que nenhum dos lacres das coisas importantes havia sido rompido Tudo est lacrado N o S as pe as pequenas mais valiosas Talvez 10 ou 15 por cento do acervo Fizemos a verifica o visual de todas essas coisas Mas ainda assim poss vel que n o tenhamos percebido alguma coisa E mais do que poss vel Kennedy caminhou pela sala olhando das estantes para o teto e do teto para as estantes Quantas c meras h aqui perguntou Duas Fixas Todas as c meras s o fixas sargento Heather Se estivessem em bases girat rias teriam que ser vis veis Ela sabia que estava deixando de perceber alguma coisa alguma anomalia que se aninhava margem de sua aten o Decidiu deix la onde estava por enquanto e permitir que ela se revelasse quando bem quisesse em vez de arriscar afugent la no susto ao dar lhe um bote Mais alguma coisa aconteceu na segunda ou na ter a perguntou Nada de relevante Esque a a relev ncia O que mais estava em sua cabe a naquele dia Rush pensou na quest o por alguns instantes Mark Silver respondeu por fim Quem Um dos caras da seguran a
127. garantiu Na verdade at onde sabemos nada est faltando N o descobrimos isso muitas horas depois de o fato acontecer de uma forma inquietante O intruso deixou para tr s uma adaga Um dos guardas a encontrou na manh seguinte simplesmente largada no ch o E parecia ter sido usada Pelo menos havia sangue na l mina Depois disso realizaram uma busca completa por evid ncias e perceberam que uma c mera do circuito interno de TV havia registrado o invasor escalando um dos pain is de um teto falso ao ir embora Espere Kennedy disse Deixe me ver se entendi Voc s tiveram uma invas o sem que nada tenha sido roubado e uma faca suja de sangue sem que ningu m tenha sido ferido Bem presumimos que algu m deve ter sido ferido Mas verdade que n o havia nenhum corpo na cena gra as a Deus e n o temos meios de saber quem foi ferido ou como profundamente perturbador E tivemos grande dificuldade para impedir que a hist ria chegasse aos jornais Algo assim geraria o tipo de mat ria mais sensacionalista Imagino que sim Kennedy concordou Mas voc disse que tem uma grava o do circuito interno desse invasor Sim mas ele usava uma m scara e dif cil perceber qualquer coisa sobre ele al m do fato de que homem e saiu de m os vazias Se olharmos para a imagem bem de perto ele parece estar carregando uma pequena bolsa mas ela n o poderia conter nada mais que alguns poucos itens E u
128. girou a arma para acert lo golpeando com o cabo a lateral da cabe a dele O homem j estava inconsciente antes de atingir o ch o Ela tomou dele o rifle e retrocedeu para a colina dardejando olhares r pidos s rvores ao seu redor Houve movimento ali e outro grito Be hin etadom Sim Diema pensou Ela est no ch o Talvez voc s fiquem um pouco menos livres e tranquilos neste tiroteio ao perceber que podem acertar um dos seus Enquanto isso os disparos do rifle dela soariam como os deles e tornariam mais dif cil encontr la Ele tamb m se prestava muito bem sua nova t tica Ela estourou os joelhos de um homem com uma r pida rajada de balas e deixou o gritando no ch o Ent o esperou at que um dos companheiros dele viesse verificar o estrago e atirou nele tamb m Ficaria felizem continuar fazendo isso at que n o restasse a Ber Lusim nem um nico Mensageiro capaz de andar Continuou se movendo sempre para cima o que ela esperava servir para trazer os Elohim consigo afastando os dos outros O plano era discut vel agora mas eles ainda precisavam de um Mensageiro vivo para interrogar Kennedy ficara com o rifle de dardos tranquilizantes portanto era quem tinha mais chance de fisgar esse peixe claro que agora as encostas do Monte Gell rt estavam repletas de Elohim sem a menor condi o de fugir andando mas os comparsas destes os recolheriam assim que tivessem liquidado Diema E apesar d
129. havia decorado e para surpresa de Kennedy recitou o E a pedra ser removida do t mulo assim como na vez anterior E ent o uma voz se far ouvir gritando A hora a hora est pr xima e todos os homens ver o o que outrora esteve escondido O traidor condenar uma grande multid o com um nico suspiro Na ilha que foi dada por uma Ilha na presen a do filho e do esp rito ele dir os nomes dos mil milhares que ser o sacrificados E de Seu trono nos c us o Senhor Jesus que a nossa gl ria e nossa vida dir os nomes dos poucos que ser o salvos As palavras foram recebidas pelos outros Elohim com um sil ncio levemente admirado Kennedy apenas assentiu O Avra Shekolni usou as ltimas palavras para informar um hor rio A meia noite do domingo hor rio de Greenwich Ele estava sendo a voz realizando a profecia do Toller E nos prendeu a ela tamb m Quando explodimos aquela porta n s nos tornamos parte da encena o Removemos a pedra do t mulo Essa foi a nica raz o pela qual ele esperou por n s Aquele local n o um t mulo Nahir disse raivoso Foi usado como armaz m Kennedy virou se para olhar para ele Ai nossa voc me pegou A n o ser que tenha virado um t mulo quando ele fez aqueles caras todos cortar as pr prias gargantas l dentro O que voc acha Ea porta era de a o N o de pedra A o preenchido com concreto Vai discutir sem ntica com um p
130. lado de Rush a m o repousando nas costas da cadeira Sua express o era calma e fria Kennedy e Tillman deram um passo em sua dire o mas ela meneou a cabe a em um gesto de aviso e eles pararam H algo que precisam ouvir antes de dar mais um passo ela bradou do alto Ergueu a m o Algo pequeno e branco repousava na palma Ela apertou o objeto com o polegar e as notas digitalizadas do Big Ben flutuaram at eles At onde Kennedy podia perceber estavam vindo de Rush Este apenas o dispositivo de uma campainha sem fio Diema disse a eles Mas quero que voc d uma boa olhada no seu amigo Kennedy o fez Rush estava vestindo algo volumoso por cima da camiseta uma pe a sem mangas como um colete salva vidas Era preta e brilhante e o que quer que houvesse dentro se mostrava em formas retangulares na superf cie Um colete suicida coberto de explosivos E o dispositivo de uma campainha proporcionaria um detonador perfeito quela dist ncia Diema havia acabado de armar os explosivos Se apertasse o bot o novamente eles detonariam Agora j nos entendemos a garota disse baixando a m o ao lado do corpo Subam N o vou pedir que deixem de lado nenhuma arma que estejam carregando S saibam que qualquer mau comportamento da sua parte levar a uma distribui o mais uniforme das partes deste garoto pela paisagem Ent o talvez devamos conversar aqui embaixo Tillman respondeu bruscament
131. lhe viera sem o benef cio de nenhuma dessas coisas como uma mar de revela o Se eu os deixar morrer disse vou me tornar menos do que eles s o Menos do que eu pensei que fossem quando n o os conhecia O rosto de Kuutma exibia a mesma express o de desgosto e sofrimento Eu poderia desarm la disse Possivelmente Mas n o conseguiria me manter desarmada Ela afastou a adaga para refor ar o coment rio N o tenho que morrer nem aqui nem agora Tannanu Tenho todo o tempo do mundo Se eu decidir me matar a nica maneira de me deter ser me matar antes O sil ncio caiu sobre eles Encararam um ao outro intransigentes im veis Sem outro som sen o o farfalhar do tecido Alus e Taria apareceram uma a cada lado de Diema Desh Nahir viver Alus disse E ele retirou a execra o Taria acrescentou Ele n o deseja mala Diema Beit Evrom Kuutma assentiu Obrigado disse Detenham Diema Beit Evrom e confisquem suas armas As duas mulheres fizeram o que ele mandara Diema n o protestou e n o lutou quando Alus prendeu suas m os s costas e Taria metodicamente a revistou em busca de armas Os olhos da mulher alta encontraram os dela e ela p de ver quanto desgostavam de tratar algu m de seu povo dessa forma Vigiem na Kuutma disse Taria assentiu Sim Kuutma E quanto rhaka e aos outros Devemos N o fa am nada ele respondeu
132. luz revelou uma vastid o abafada e inexpressiva de uns poucos centimetros de altura mas pelo que ela podia perceber id ntica nas dimens es laterais sala abaixo N o havia aberturas dutos buracos ou grades por meio dos quais o intruso poderia ter escapado Estou deixando passar alguma coisa Kennedy perguntou a Rush em vozalta Pra mim n o parece haver nenhuma sa da aqui em cima Tamb m n o encontramos nenhuma ele gritou de volta As paredes s o s lidas O teto s lido Se ele achou algum buraco a em cima deve t lo fechado depois que saiu Kennedy deu mais uma boa olhada por ali com a lanterna agora procurando n o a rota de fuga do intruso mas qualquer coisa ligeiramente fora de lugar N o havia nada Ela se inclinou para a frente para olhar mais de perto a parede mais pr xima que estava logo ao alcance da m o Bateu nela com os n s dos dedos S lida tudo de tijolo perguntou a Rush Nada de reboco Nada de reboco Nenhum espa o vazio Nenhum painel escondido Nada al m do que voc est vendo sargento Ela olhou para baixo atrav s do buraco encontrando o olhar curioso e levemente apreensivo de Rush N o sou sargento disse N o mais Ah Certo Pode me chamar de Heather T bom N o parecia haver mais nenhum sinal digno de averigua o no espa o acima do forro ent o ela desceu De volta ao ch o pediu a Rush que l
133. mas viu se fitando o homem registrando o instantaneamente como algu m de sua pr pria tribo Ent o quando ele tirou a sica da parte de tr s do cinto ela percebeu tardiamente que a m o esquerda dele havia acabado de tra ar uma elipse por sobre o tecido claro do palet Ele parecera estar apenas alisando um vinco na roupa mas era o sinal do n corredi o A dist ncia era de cerca de 200 metros muito grande para a 9 mil metros mas a 9 mil metros estava em sua m o enquanto a semiautom tica chinesa estava na bolsa apoiada no galho ao seu lado Tinha certeza de que poderia enfiar uma bala no homem a essa dist ncia mas n o tinha a menor confian a para calcular onde acertaria e ele era um dos escolhidos ent o ela n o podia se arriscar a mat lo Encontrando a ideia perfeita disparou cinco balas em r pida sucess o mirando baixo Tr s pedestres ca ram alvejados no joelho tornozelo ou p Gritos e berros ergueram se da rua e a consterna o germinou visivelmente a partir das sementes de dor e p nico que ela acabara de criar Foi uma solu o dura e ligeira mas fez as pessoas fugirem ao longo do caminho do sic rio Tamb m poderia fazer com que Rush olhasse na dire o certa e percebesse o inimigo Foi o melhor que Diema p de fazer e durou um segundo a mais do que ela teria desejado Pois tinha certeza de que havia sido comprometida Agora n o havia a menor chance de os Elohim de Ber Lusim irem atr s de Rush e n
134. misturando como cartas de baralho a pilha remodelando se em ondula es perist lticas a cada atualiza o de tela Entramos Tillman perguntou Tem alguma resist ncia Mas sim basicamente n s entramos E espere espere acho que j temos uma ganhadora Temos Manolis arrastou uma das janelas para fora da pilha Estes s o registros do centro de Londres disse E esta moto TC62 BGZ est por toda parte aqui Ela esteve em Pimlico ontem noite Eu te digo assim que souber Mas estava em Clerkenwell no dia anterior ela Leo Sinto na minha alma Na sua alma ateia Voc acha que os crist os t m o monop lio Sim minha alma ateia Manolis ficou em sil ncio por um momento Depois xingou Puta merda Qual o problema Tillman quis saber mas percebeu que o tempo estava acabando J me viram aqui Seguran a boa Boa demais para se deixar enganar Nem est o tentando me rastrear s est o finalizando e reiniciando os sistemas para romper a conex o Ent o Ent o O arrombamento vira roubo de carro Os dedos longos e elegantes do grego dedilharam o teclado com uma delicadeza et rea O volante meu Agora sou o controlador de tr fego de toda a rea da Grande Londres Me d os parab ns Leo Voc o cara Tillman respondeu concisam ente Mas isso n o nos torna mais f ceis de encontrar
135. muito inferior ao que teria por direito Mas como seu antecessor ele era um homem de gostos simples Era al m disso um guerreiro que sobrevivera nas fileiras dos Elohim por mais tempo do que a maioria e tinha as cicatrizes para provar isso N o no corpo embora este Kuutma tivesse sido designado para matar muitos no mundo exterior ele nunca at onde todos sabiam fora ferido de forma alguma As cicatrizes estavam em sua alma E a garota p de v las no momento em que olhou nos olhos dele pela primeira vez Era um homem firme compacto um pouco abaixo da estatura m dia mas de ombros largos e com um qu de solidez que como as feridas n o era puramente nem mesmo primariamente f sico Na verdade suas m os eram enormes e seus antebra os eram cobertos de m sculos Mas seu rosto largo e achatado incomum entre o Povo sugerindo talvez um pai externo eslavo em algum ponto de sua linhagem denotava a quietude da profunda medita o Ele era calvo como o ltimo Kuutma havia sido mas o que parecera marcial em seu antecessor neste homem era como a ascese de um monge ou eremita um rebaixamento do orgulho f sico uma redu o ao essencial Obrigado por vir ele disse garota Sua voz tinha um sotaque curioso com vogais adiantadas e alongadas provavelmente uma reminisc ncia do ltimo local onde tivera seu posto que em breve desapareceria agora que ele estava de volta ao lar em meio ao Povo Claro a
136. nenhuma vergonha Mas o ventre das filhas do Povo o portal pelo qual os Aben oados v m ao mundo Decidi que hei de parir a crian a se puder levar a gravidez a cabo E uma vez que tomei essa decis o tornei me Kelim e Ben Rush meu parceiro o homem com cuja semente eu devo ser semeada Tr s vezes dizem as leis As leis n o cobrem isso Nahir vociferou As leis mant m sil ncio quanto a isso Isso sem precedentes Kuutma disse imund cie e abomina o Diema havia dito o que precisava dizer Permaneceu ali levemente cabisbaixa esperando o veredito de Kuutma E pela primeira vez desde que ele aceitara o manto da lideran a seu pr prio sant ssimo posto Kuutma sentiu se perdido Tragam me o garoto disse por fim Nahir voltou se para o mais pr ximo de seus Elohim mas Alus e Taria as mulheres que serviam Kuutma como guarda costas j haviam se separado dele para cumprir a ordem N o diga nada a ele Kuutma avisou Diema Eu mesmo devo interrog lo As mulheres voltaram alguns segundos depois trazendo Ben Rush entre elas Rush olhou ansiosamente para Diema que nitidamente desviou o olhar pousando o depois em Nahir que fitava ferozmente o rapaz como um ogro em uma pantomima Olhe para mim Kuutma ordenou rispidamente Assustado Rush obedeceu Se algo se passou entre voc e nossa irm Kuutma disse conte nos agora Somente a honestidade o
137. no quarto dela leve feito uma pluma Isso fez Tillman retrair se um pouco tanto porque a garota devia ter metade da sua idade como porque ele j vira pelas evid ncias sangrentas o que ela era capaz de fazer em um quarto Eu me contento com a porta da frente respondeu E vou chegar fazendo barulho pra ela saber que estou l N o estou a fim de cometer suic dio O telefone tocou e Manolis atendeu Ele disse sim duas vezes depois entregou o aparelho a Tillman Sua amiga disse Qual amiga Tillman quis saber Aquela que a minha esposa n o aprova Tillman apanhou o telefone Oi Heather Voc pediu para eu te avisar se fosse para outro lugar Ent o para onde vai mudar Avranches Na Normandia uma viagem de um dia T bom Avise quando voltar Pode deixar Leo Tillman desligou e devolveu o telefone a Manolis A Caitlin n o tem com o que se preocupar disse a ele A Heather tem um gosto refinado O grego balan ou a cabe a tristemente Que pena A gente teria se divertido Preste aten o no seu trabalho Tillman sugeriu seriamente Manolis o fez E Tillman jogou paci ncia com aquele baralho de 51 cartas por tr s horas enquanto seu antigo sargento de comunica es operava entre fluxos intermin veis de dados eliminando e comparando Aqui disse ele por fim Acho que consegui Leo Este o lugar onde a garota fi
138. o Samal corte um dedo O grandalh o inclinou se sobre ela Express es contradit rias avidez repulsa medo dio sucediam umas s outras na face dele Eu falo Kennedy disse depressa N o precisa me cortar Eu conto o que voc s querem saber Abydos gesticulou para Samal que se deteve outra vez Ele nem mesmo a tocara e parecia aliviado por n o ter de faz lo mesmo considerando qu o facilmente manejava a adaga Ela tinha certeza de que ele j matara Tamb m tinha certeza de que a tortura n o representava exatamente um terror para ele N o havia nada parecido com compaix o no rosto do homem e o que ele parecia sentir por ela era um asco visceral Em um impulso ela lutou contra as algemas e deixou que seu antebra o ro asse como por acidente nas costas da m o de Samal O homem pulou como se tivesse tomado uma ferroada Mulheres Kennedy pensou Voc tem medo de mulheres Muito bem Aby dos disse Vamos come ar por esta tarde Voc convocou uma reuni o na Ryegate House O que aconteceu l Kennedy lambeu novamente os l bios secos e tentou ao m ximo manter a voz firme Eu acusei um homem Alex Wales de roubo Roubo do qu De um livro Diga o nome do livro A nfase de Aby dos foi t o precisa que Kennedy hesitou de sobreaviso Ela sabia qu o importante a palavra escrita era para o Povo de Judas Na verdade j lhe haviam contado nos semin rios antite
139. o que tinha ar condicionado mas n o suspens o Kennedy segurou se firme a um cano e a seus rins e tentou n o pensar na situa o na qual todos eles estavam Rush afundara em uma tristeza introspectiva As duas mulheres Elohim Alus e Taria estavam sentadas perfeitamente paradas parecendo indiferentes ao que as cercava mas Kennedy tinha certeza supremamente conscientes de tudo Tillman estava acordado por m muito fraco e amarrado a um assento na frente do caminh o para que os saltos e solavancos constantes n o o atirassem no ch o Ainda havia o perigo de suas feridas se abrirem e Kennedy podia ver pela express o concentrada no rosto dele brilhante de suor quanto lhe custava evitar um desmaio a cada vez que percorriam um trecho acidentado da estrada Diema estava a alguns passos dele apoiada em um canto olhando para o pai com um ar de profunda reflex o Nahir observava todos eles como o gato observa o buraco do rato O trajeto desde a Hungria n o havia dado a Kennedy nenhum momento para conversar com Tillman ou Rush Havia sido um calv rio ca tico e aparentemente intermin vel envolvendo uma corrida perigosamente veloz para sair de Budapeste por ruas estreitas e apinhadas de gente passando pela fronteira eslovaca e entrando na periferia industrial de Levice E depois um voo noturno saindo de um aeroporto particular perto de Podluzany que no fim n o era nada de aeroporto mas uma pista rec m instalada no meio
140. o tinha ideia de que os dois Mensageiros que havia matado na Fazenda do Pombal haviam sido seus pr prios filhos Ela estava determinada a nunca deixar que ele descobrisse Na verdade havia apenas um contrapeso para essa determina o e esta era a verdadeira raz o pela qual ela viera mais importante que os filhos mortos era a filha viva Tabe Talvez fosse imposs vel ao olhar para o rosto da garota e escut la falar n o ver as semelhan as ouvir os ecos Mas ela estivera com Diema t o rapidamente em um momento no qual seus pensamentos eram um tumulto Poderia facilmente estar enganada A idade estava certa mas que diabo isso significava Todos os Mensageiros eram jovens As drogas que consumiam para aumentar sua for a e velocidade os matavam antes que ficassem velhos Tem mais uma coisa ela admitiu Algo que preciso te contar mas ainda n o posso N o sei se estou certa e se eu estiver errada vai ser Ela parou de falar O assunto havia entrado num terreno muito perigoso muito r pido Eu juro Leo disse ciente da reverbera o oca em suas palavras evasivas assim que eu tiver certeza conto pra voc E a bom a sim vou querer que voc se envolva A voc vai ter que se envolver E at l tenho que simplesmente confiar nos seus instintos Beleza disse Tillman Porque eu confio Soltou o ar em um longo suspiro Engra ado Por muito tempo eu pensei
141. onda de choque rompesse timpanos mas se a boca estivesse aberta as tubas auditivas deveriam equalizar a press o e impedir que isso acontecesse Ele ofereceu o detonador a Diema por m ela o rejeitou balan ando a cabe a Voc o especialista disse V em frente Shraga fez a contagem regressiva come ando por dez tanto em vozalta quanto com os dedos Ent o apertou o bot o Mesmo com os tamp es e a dist ncia para Diema o som da explos o foi como um golpe f sico como um lutador com dois punhos cheios de an is socando suas t mporas Ent o a onda de choque os atingiu em dois est gios fazendo o ch o ondular e o ar estalar como um chicote Ela nem percebeu que havia ca do at sentir a rocha fria nas costas Recomp s se e gritou a ordem para entrar Sabia que ningu m poderia ouvi la mas podiam ver sua boca formando as palavras e sua m o apontando Os homens de Nahir correram para dentro da c mara al m da porta da qual a fuma a flu a feito um rio Levavam cordas e polias mas Shraga havia instalado os explosivos com a precis o de um maestro A porta j havia ca do Destacando se da rocha s lida com as duas detona es perfeitamente calculadas ela desabara sob o pr prio peso Nahir voltou atr s abanando a fuma a para longe do rosto e deu o sinal de podem vir Diema o retransmitiu Os Mensageiros avan aram cobrindo os flancos e os pontos cegos uns dos outros alertas a qualquer movimento al
142. ou uma chapa de raio X Como se ela pertencesse a outro mundo que era a imagem invertida do dele O que voc disse ele murmurou sobre o Shekolni ser obcecado pelo Johann Toller e sobre como a sua gente sempre segue a tradi o E se at m ao que conhece Sim Diema disse O que t m essas coisas Foi um choque para Rush perceber que ele era o nico que sabia disso Folheou as p ginas que Kennedy trouxera at encontrar a figura da montanha e da cidade no sop E a frase em latim com suas letras pesadas e desiguais De agoni ventro veni atque de austio terrae patente Ele a mostrou aos outros o Monte Gell rt em Budapeste Ele apontou para a pequena aglomera o de constru es Quem quer que tenha feito a legenda pensou que fosse pelo menos E esta cidade aqui Buda eu acho a margem do rio que j foi Buda de todo jeito J estive l uma vez nas f rias Notou nesse momento que n o estava totalmente seguro do que dizia mas prosseguiu mesmo assim O Toller colocou esta gravura no frontisp cio do livro dele Ent o talvez o eu no latim aqui Do ventre da besta eu vim e tudo mais seja realmente ele E ele dizendo foi daqui que eu vim esta a minha origem secreta Budapeste Tillman refletiu Mas o que isso quer dizer Diema estava im vel Seu olhar baixara para as m os que ela mantinha no colo com as palmas para cima N o
143. para monitoramento da ordem em espa os p blicos A pol cia o ex rcito o MI5 o MI6 e o Nacrso 8i todos fazem pedidos de busca nesses sistemas o tempo todo e s o atendidos Mas eles seguem protocolos usam os canais certos e esperam O que estamos fazendo diferente O que estamos fazendo interrogar todos os sistemas simultaneamente E voc pode fazer isso funcionar Tillman perguntou Manolis soltou a respira o em uma lufada aud vel Com certeza posso Mas n o por muito tempo Assim que eu tiver entrado cada sistema vai reportar uma viola o e cada operador vai primeiro tentar me bloquear e depois rastrear a origem dessa viola o para me encontrar E v o conseguir com certeza se dermos a eles tempo suficiente Servidores proxy at mesmo os melhores n o foram projetados para resistir a esse n vel de interrogat rio Ent o antes que descubram nossa localiza o no mundo real a gente pega o que quer e cai fora Os n meros por favor Tillman entregou a ele uma folha de papel dobrada na qual havia escrito cinco n meros de registro Manolis digitou cada um deles em uma pequena janela de busca no canto inferior direito da tela Fez isso com um cuidado escrupuloso conferindo o papel ap s cada toque no teclado Todos os n meros pertenciam a motocicletas compradas no Reino Unido nos ltimos seis meses especificamente todos pertenciam a motos Ducati Multistrada Sport com pintura vermelha e prata
144. parar com isso Kennedy disse Sabia que Diema conseguiria mirar e disparar mais r pida e certeiramente do que ela ent o raciocinou que cabia a ela criar uma distra o Pessoas demais j morreram O olhar de Ber Lusim relanceou para ela mas voltou a Diema Ele parecia ter feito uma avalia o acurada dos perigos relativos Todo aquele que j viveu morreu Ber Lusim disse A n o ser pelos poucos que ainda vivem agora Mas hoje tudo mudar Por causa de umas poucas linhas em um livro de 300 anos Kennedy perguntou N o vejo isso acontecendo N o preciso que veja E esta dan a absurda deve parar agora Fiquem onde est o Larguem as armas ou coloquem nas aos seus p s N o quero derramar seu sangue aqui N o vejo necessidade Mas n o deixarei que isso me impe a se estiverem determinadas a for ar minhas a es Kennedy desacelerou e parou T legal disse Voc venceu Ela virou a arma para cima apontando para o teto e abaixou se muito lentamente at ficar de joelhos para coloc la no ch o Diema aproveitou o momento e atirou CAP TULO 68 Novamente como na luta ao lado da fossa de gordura a a o acelerou se ao ponto em que Rush teve dificuldade de enxergar coisas cruciais como causa e efeito Ele viu o bra o de Diema se mover e ouviu disparos tr s deles seguidos t o altos que o som pareceu mais uma press o f sica contra sua pele Ent o al
145. pequena cidade aninhada na base de um rochedo Parecia vagamente familiar A figura era legendada com algumas palavras em uma tipografia muito ornamentada quase ileg vel De agoni ventro veni atque de austio terrae patente Rush avaliou as como estrangeiras e quase desistiu de entend las mas inseriu a frase em um site de tradu o autom tica para ver no que dava Do ventre da besta eu vim e da boca escancarada da Terra Deu uma busca por pentamonarquistas e descobriu que eles eram apenas um entre uma centena de movimentos religiosos radicais na Inglaterra do s culo XVII rotineiramente perseguidos e marginalizados por suas cren as Para Rush n o pareciam assim t o radicais mas ele se perdeu entre os detalhes Em geral s pareciam estar dizendo que a segunda vinda de Cristo aconteceria s 14 horas na ter a feira Ou talvez s tr s da manh na quinta Ou entre esses dois dias Mas todas as pocas tiveram seus malucos do Apocalipse n o Ou isso era algo que acontecia ciclicamente como nuvens de gafanhotos Nesse ponto ele chegou a um fil o mais rico de informa es a respeito de um homem chamado Robert Blackborne outro membro dos pentamonarquistas Blackborne contava todo tipo de anedotas a respeito de Toller Por exemplo que alegava ter nascido na escurid o e sido entregue luz e tinha conversas habituais com anjos E apesar de seu sotaque e seu modo de falar Blackborne parecia ter certeza de que Toller nascera e
146. pol cia estivesse investigando o outro homem respondeu Ser contrariado n o parecia ter ajudado a melhorar seu humor tm a investigadora particular Responde diretamente ao professor Rush responsabilizou se por ela e a levou consigo Se bem que seria complicado fazer isso agora resmungou severamente Alguma not cia dele Kennedy perguntou Estava envergonhada por n o ter ligado pessoalmente para o hospital mas sobreviver teve de ser o primeiro item na sua programa o do dia Nenhuma boa A Lorraine j ligou para l umas dez vezes N o quiseram contar muita coisa porque ela n o parente do professor mas parece que est o tendo dificuldade para mant lo est vel Tem um monte de policiais no hospital mas eles n o informam nem as horas O Sr Thornedy ke ainda est sedado e a Valerie Parminter est fora fazendo um curso Ent o n o tem ningu m tomando decis es sobre coisa alguma s a pol cia e um monte de gente correndo que nem barata tonta A Lorraine vai te dar um cart o de entrada di rio e depois a gente pode trabalhar Ele conduziu Kennedy por um labirinto de corredores e escadarias e finalmente por uma porta dupla chegando recep o Lorraine estava de p atr s da mesa com os punhos cerrados dos lados do corpo e solu ando com tanta for a que seu corpo inteiro se sacudia A recepcionista pareceu incapaz de formular uma frase completa mas dos fragmentos que conseguiu em
147. pol cia por cima Kennedy for ou se a pensar de maneira pr tica E o computador dele Foia primeira coisa que levaram O arm rio Ah sim Eles est o muito nossa frente Teria sido surpreendente e at ligeiramente escandaloso se n o estivessem Os policiais tiveram a noite toda para trabalhar naquilo afinal e era o trabalho deles Kennedy precisava lembrar se de que n o era o dela N o mais N o agora que havia se tornado um caso de assassinato A nica coisa sensata a fazer era afastar se E passar o resto da vida vendo Gassan levar uma facada no peito em uma reprise infinita Voc ainda quer fazer parte disso ela perguntou a Rush N o importa o que eu quero respondeu ele Eu estou nisso Kennedy n o podia discutir l gica especialmente agora Com a morte de Gassan as apostas pareciam muito mais altas hoje do que na noite anterior Os Mensageiros estavam mesmo tentando mat la e viriam atr s de Rush assim que descobrissem que ele estava envolvido T bom disse ela Voc conhece algu m do departamento de TI aqui O rapaz pensou longamente Eu meio que conhe o o Matthew Jukes Quero dizer a gente j saiu pra beber uma vez ou outra Kennedy pegou a carteira tirou dela duas notas de 50 libras e estendeu as para ele Se a rede de computadores deste lugar tiver algum tipo de back up armazenado talvez a gente possa chegar aos arquivos do Wal
148. que s vezes usava o nome de Michael Brand Os anjos a olhavam carrancudos de olhos estreitos Provavelmente era algum tipo de crime de J se majest H31 olhar Michael Brand nos olhos mas eles que se danassem Kennedy n o faria uma rever ncia a esse homem N o devia ao desgra ado nada al m de uns palavr es Kuutma voltou a aten o a sua pr pria gente Com um gesto brusco indicou que todos se levantassem Lamento ter chegado tarde demais para participar de sua a o recente ele disse Tamb m lamento que as consequ ncias tenham sido mistas Voc s parecem ter atrapalhado consideravelmente as opera es de Ber Lusim e isso foi muito benfeito mas entendo que o homem em si lhes escapou Ele caminhou at a mesa onde instantaneamente e sem uma palavra Nahir lhe cedeu seu lugar cabeceira Por favor atualize me quanto ao que est acontecendo agora Kuutma disse O que est sendo feito para encontrar Ber Lusim Nahir parecia profundamente nervoso mas falou claramente Kuutma havia seguido o exemplo de Diema e falado ingl s ent o ele fez o mesmo Fechamos o aeroporto de Ferihegy plantando um pequeno dispositivo explosivo l e avisando os por telefone Outras amea as telef nicas foram feitas para Debrecen S rmell k Gy r P r e P cs Pog ny ent o estamos supondo que os voos tenham sido detidos nesses lugares tamb m Ainda estamos vigiando as principais esta es de trem e as e
149. regras de diferentes maneiras Ela mostrou a todos um rifle de dardos o irm o maior e mais cruel do aparato que Kennedy usara e como funcionava Disse que ele derrubaria os Elohim de Ber Lusim sem nenhum risco de mat los Mas deixou de mencionar o fato de que as balas que haviam assassinado Hifela haviam sido disparadas por ela n o por Leo Tillman que ela j havia quebrado aquele ltimo tabu Quando o Povo descobrisse isso seria o fim da vida de Diema CAP TULO 59 Ber Lusim estava de luto sozinho em seu quarto uma cela mon stica esculpida em s lido granito sem janelas e com apenas uma fissura natural na rocha guisa de porta Seus Elohim haviam se ausentado durante seu luto reconhecendo que n o pertencia a eles n o era parte do eu p blico do l der mas uma efus o do mais profundo de sua alma Avra Shekolni demonstrou menos escr pulo Chegou porta da cela e sentou se ali de costas para a parede tamborilando na rocha com sua m o cheia de an is de prata em um ritmo simples e repetitivo Depois de algum tempo Ber Lusim saiu para v lo Avra ele disse sou m companhia agora Por favor leve sua m sica e sua consola o a outro lugar por enquanto e eu estarei com voc quando puder Shekolni ergueu o olhar para ele por baixo das sobrancelhas cerradas austero e sem humor Eu lhe ofereci consola o Ber Lusim perguntou N o Aben oado Eu presumi que veio aqui po
150. respondeu Rush melancolicamente Alguma coisa espec fica para a qual eu deva ficar atento O que aconteceu com os olhos do Wales parece ser algo frequente com esses caras Quando matam Quando est o pensando em matar Ou s vezes s uma resposta ao estresse ou emo o Chama se hemolacria Eles choram sangue Jesus por causa da droga que usam t xica e no fim ela os mata Mas antes torna os mais r pidos mais fortes e mais resistentes dor Acredite em mim jogo duro tentar derrubar um desses caras Como voc disse ele a lembrou eu estava na sala Ele ponderou fitando o interior vazio de seu copo Mas ent o por que ele simplesmente n o matou todos n s O Wales quero dizer N o teria sido muito dif cil Kennedy sentiu o peso da culpa e da inquieta o descer sobre ela Ele poderia ter feito isso se quisesse Mas acho que ele n o queria ser interrogado Eles se escondem dos holofotes Eu disse aquele monte de coisas na esperan a de que ele fugisse N o me ocorreu que ele se mataria para evitar ter que responder a perguntas constrangedoras Ela apanhou a bolsa endireitou a jaqueta e de forma geral fez as coisas que indicam que uma pessoa est prestes a ir embora Rush ignorou os sinais O que fazemos agora perguntou a ela Kennedy franziu o cenho N o fazemos coisa nenhuma ela respondeu Vamos para nossas camas e dormimos Nenhum
151. resto da revista onde havia ca do ou sido jogada atr s de um gaveteiro Bush League Amazonas em a o Mandy e Celeste aprontam todas com brinquedos e meninos N o havia etiqueta de pre o nada que desse uma pista da origem da revista Ele recuou para o corredor apontando a lanterna para o ch o ao redor Depois de alguns instantes encontrou os restos de uma embalagem de pl stico rasgada Em um canto havia uma etiqueta verde impressa com as palavras Porn pesado s 3 99 Valia ouro Por assim dizer Era um produto local trazido para suprir as necessidades da ocasi o Tillman virando a esquina encontrou a loja na Fynes Street Supostamente era uma revistaria tabacaria e loja de conveni ncia mas tamb m era uma esp cie de armaz m geral meio desanimado exibindo uma nica estante com latas de feij o cozido milho em conserva Green Giant molhos curry Vesta biscoitos digestivos e embalagens pl sticas de detergente l quido velhas o suficiente para terem vertido l grimas verdes fluorescentes pelos lados Uma parede atr s do balc o tinha prateleiras de cigarros at o topo A parede oposta continha uma estante de revistas cujas ltimas duas prateleiras no topo eram uma cornuc pia de sacanagem Uma c mera de vigil ncia em um suporte articulado de a o inclinava se do teto em um ngulo absurdo O ngulo devia se ao fato de o suporte estar solto e metade do dispositivo supostam ente inviol vel havia escorrega
152. rosto e embora ela tenha lutado para n o inalar a consci ncia desvaneceu se antes que ela pudesse ao menos registrar o cheiro da droga CAP TULO 13 O mundo voltou a existir fragmentado muito mais lentamente do que desaparecera Kennedy tomou consci ncia dos sons primeiro lentos discretos em um tom muito grave Por m n o eram palavras e continuaram n o sendo n o importava quanto ela focasse nelas Ent o um azedume que era metade cheiro metade sabor surgiu de toda parte e de parte alguma ao redor e dentro dela Ela se encolheu rejeitando o Mistakh he He met e ver Ne riveh te zi et Hu vihel veh le tzadeh M os agarraram lhe a cabe a e os ombros Kennedy tentou se desvencilhar delas mas elas a viraram de lado O est mago se apertou enviando uma onda perist ltica corpo acima Ela vomitou debilm ente sentindo o l quido quente transbordar pelos l bios e pela l ngua Havia tecido sob sua bochecha Sob o corpo Macio e fresco Deslocara se levemente quando ela se movera Estava em uma cama Um ponto de luz difusa apareceu mais ou menos centralizado em seu campo de vis o Expandiu se Ent o houve movimentos transversais diante da luz Consegue me ouvir Consegue ouvir o que estou dizendo Era a voz de um homem profunda e mel flua Kennedy fingiu se de morta enquanto reagrupava laboriosamente suas mem rias recentes montando um tipo de sequ ncia As escadas A porta A cama N o esta
153. s dele respirando Junto de sua pele Ser que Ber Lusim ou o Obi Wan dele Avra Shekolni n o havia percebido essa refer ncia Eles haviam levado tudo mais no livro como um evangelho ao p da letra Ent o fazia sentido acreditarem que o livro os havia guiado at este lugar Que estava vazio N o havia ningu m aqui e nenhum lugar onde pudessem se esconder Os Mensageiros de Kuutma haviam revistado todo o pr dio e nada encontraram Mas Rush sentiu que o sil ncio ao seu redor havia mudado de alguma forma e n o teve vontade de voltar a sentar Era apenas um sil ncio condicional de todo modo Assim como em toda a Nova York o ar carregava o rugido do tr fego a m dia dist ncia Este vazio ficava no cora o de uma grande cidade Rush estava no centro im vel de um mundo em torvelinho Ele saiu do trecho ensolarado e percorreu lentamente a sala com o livro enrolado na m o Moveu se silenciosamente pois os ecos de seus passos soavam desconcertantemente altos Onde quer que parasse apurava os ouvidos Mas nada se movia entre ele e o tr fego distante Quando saiu do piso principal da f brica e foi para as salas menores ao redor Rush admitiu para si mesmo que estava em uma busca Ainda n o sabia o que procurava mas a inquieta o o devorava por dentro e ele queria ter certeza absoluta de que n o havia nada aqui Viu se finalmente diante das portas duplas que levavam para a fossa de gordura Ele vira Kennedy e Tillman
154. s tropas alem s em retirada havia reduzido a maior parte de Buda a cacos O guich do qual Kennedy lentamente se aproximava era flanqueado por dois enormes quadros de aviso em madeira um em h ngaro e o outro em um ingl s muito ruim anunciando uma lista de tratamentos e servi os Al m das principais piscinas e termas acess veis ao p blico havia saunas secas e a vapor cabines de massagem manicure e pedicure tratamentos est ticos com lama banheiras de cido carb nico banhos que prometiam perda de peso e alongamento e piscinas frias para mergulho E um bar que ela n o p de deixar de notar Tentando n o esquadrinhar os rostos ao seu redor nem cruzar olhares com ningu m por mais de um segundo Kennedy comprou o passe livre para o dia todo Com ele poderia entrar nas piscinas e saunas servi os especializados envolvendo pesos pesados lama ou corrosivos suaves teriam custo extra Ela recebeu uma toalha uma pulseira de identifica o e um conjunto de instru es dadas em r pido h ngaro que ela n o entendeu mas com as quais assentiu Havia entradas separadas para homens e mulheres o h ngaro de Kennedy era capaz apenas de faz la seguir as placas com setas e a palavra N k at uma reluzente catraca de a o instalada de forma incongruente sob um arco decorativo cujos entalhes em madeira ecoavam as videiras da colina l fora Uma mulher de rosto p treo com o logotipo do hotel bordado em vermelho sobre sua camis
155. salvar Uma mentira o condenar e arruinar Diema Ent o fale O garoto levou um longo tempo para conseguir formar uma palavra E j que era um adamita quando o fez mentiu N o toquei nela ele disse Seu olhar relanceou novamente at Diema Para mim Kuutma rosnou Olhe s para mim Ent o n o houve contato f sico Ela est pura Livre da sua profana o O garoto estava claramente aterrorizado agora Talvez tivesse uma vaga ideia do que estava em jogo ali de qu o pr ximo estava da morte Eu eu obviamente dei em cima dela gaguej ou Eu pensei sabe que talvez tivesse uma chance Ent o se sim O que quer que tenha acontecido foi iniciativa minha Mas n o foi muita coisa Ela Diema n o estava interessada Ela me deu um soco e pronto foi s isso Kuutma ergueu o bra o e agarrou o rosto do garoto em sua m o enorme Est dizendo que n o se deitou com ela N o Rush murmurou Quero dizer sim isso que estou dizendo Ent o se ela est gr vida a crian a n o pode ser sua A express o do garoto deu a ele a nica resposta de que precisava O espanto o terror e a absoluta perplexidade que ali guerreavam n o poderiam ser fingidos Tannanu eu lhe imploro Nahir disse a voz embargada Mate os adamitas aqui e agora e termine com isso Os tr s Nada se ganha com esta esta alian a humilhante Kuutma soltou o garoto e fez um
156. seguir e o acolhia Muito perto admitiu Muito perto mesmo Havia algo errado Kennedy interrogara dezenas de suspeitos durante seus anos na pol cia e acompanhara de perto muitos outros interrogat rios Ela aperfei oara suas habilidades tanto em exercer press o sobre os suspeitos como em ler a linguagem corporal do homem ou da mulher que estivesse interrogando pois praticamente tudo em um bom interrogat rio resume se exatid o dessa leitura e a como voc a permite moldar suas perguntas A express o corporal de Alex Wales era totalmente equivoca Medo ou arrog ncia teriam sido aceit veis e havia toda uma gama entre ambos que Kennedy teria reconhecido e com a qual saberia lidar Mas o que Wales irradiava apesar dos pr prios esfor os para disfar ar o sentimento era algo inteiramente diferente Era expectativa De vez em quando ele se erguia apoiado muito ligeiramente sobre os calcanhares s por um momento ou dois e havia uma tens o residual em sua postura at mesmo quando ele fingia descaso ou resigna o Mostrava se tenso e excitado em rela o a algo que estava por vir algo que ele sabia que aconteceria em breve Mas Kennedy n o tivera ideia do que seria isso at o ponto em que mencionara a morte de Mark Silver Ent o algo ocorrera nos olhos de Alex Wales E Kennedy sentira um golpe de puro choque percorr la do centro para as extremidades como se algu m tivesse acabado de ligar o cor
157. sentado em uma cadeira de ripas de madeira os tornozelos amarrados s pernas da cadeira na frente e os bra os algemados juntos atr s do encosto A cadeira era bamba cada vez que ele se ajeitava ela cambaleava para a frente e para a esquerda ou para tr s e para a direita Ele temia caso se inclinasse para adiante muito de repente cair de uma vez fora do palheiro e quebrar o pesco o Ou talvez n o quebrasse o pesco o mas os explosivos ou o que quer que estivesse no pacote que a garota havia amarrado ao seu peito seriam detonados e o partiriam em peda os A garota estava sentada a alguma dist ncia atr s dele as costas apoiadas em uma viga Tinha os bra os dobrados no colo e olhava para a estrada Quaisquer que fossem os pensamentos que passassem por sua cabe a n o deixavam pegadas seu rosto estava completamente inexpressivo Os dois j estavam assim havia algum tempo e era claro que a garota seria capaz de permanecer em sil ncio tanto quanto precisasse Ent o se algu m ia falar teria de ser ele Reuniu coragem e tentou Voc gosta do Coragem o C o Covarde perguntou a ela A garota n o se moveu mas seu olhar relanceou e se focou nele N o foi tudo o que disse Tinha a nfase de um aviso como se o assunto fosse considerado agressivo no lugar de onde ela viera Voc estava assistindo Nenhuma resposta Eu prefiro os desenhos cl ssicos Rush disse Os Flintstones Os Jetsons A Turm
158. seu cabelo desbotara at um tom de loiro avermelhado Isso o teria tornado maravilhosamente ex tico em Ginat Dania Entregaram a Diema outro conjunto de documentos Um novo nome um passaporte h ngaro uma carteira de habilita o uma conta banc ria da qual fazer saques e armas Nahir presumira corretamente que ela teria deixado suas adagas armas de fogo e medicamentos em Londres e que precisaria se reabastecer na primeira oportunidade Kuutma transmitiu sua mensagem ele disse enquanto ela examinava as armas que haviam trazido desmontando as e remontando as testando o cartucho e o gatilho pesando as nas m os Era uma coisa ligeiramente arriscada a fazer bem ali no estacionamento mas eles estavam protegidos pela tampa erguida do porta malas e Diema queria terminar tudo e sair dalio mais r pido poss vel Ele nos disse para oferecer a voc toda assist ncia e nos prometeu duas d zias de Mensageiros al m daqueles que j temos Alguns j chegaram Voc quer orient los pessoalmente N o Diema respondeu Ainda n o Tenho outros deveres a cumprir Imagino que voc s tenham se certificado de que ningu m os seguiu at aqui Mas n o vou correr esse risco novamente nem com voc s nem com mais ningu m Se houver novidades conte me por telefone ou por meio de canais seguros Se n o houver novidades n o me procure Nahir a encarou insultado e perturbado N s entendemos disse rigidamente que
159. simplesmente Budapeste Rush respondeu Seu dedo indicador ainda repousava na figura borrada da fotoc pia algum lugar por aqui na base do Monte Gell rt Sei sobre esse lugar porque acompanhei a turn do Dan bio Azul quando estava de f rias l Tem uma caverna enorme dentro da montanha que a cidade usa como reservat rio Eu acho que pode ter sido um local onde o seu Povo de Judas viveu na d cada de 1660 Nessa poca Budapeste era parte do Imp rio Otomano ent o entrar e sair deve ter sido meio que um desafio mas talvez isso s tenha tornado mais f cil para o Toller fugir do seu povo e n o ser seguido Isso verdade Kennedy perguntou a Diema Era l que seu povo vivia tr s s culos atr s Diema continuou a olhar para as m os Eu disse que havia dois mandamentos que n o podem ser violados respondeu em voz baixa Agora voc s conhecem ambos Faz sentido Kennedy disse Ent o se o Shekolni acha que o Toller o grande profeta ele pode querer voltar fonte Tillman finalizou Mas isso ainda nos d uma cidade inteira para vasculhar Vai levar muito tempo se formos de casa em casa Nossos Elohim poderiam fazer isso Diema afirmou Era claro que n o estavam mais na zona do tabu e ela voltara a poder falar livremente Podemos acessar sat lites e c meras de vigil ncia para mapear os movimentos de quaisquer caminh es com o logotipo e as cores
160. sticas N o movimente o corpo recomendou a si mesma E as implica es desse pensamento desceram sobre ela como uma onda O corpo Ah merda Ah merda Ela verificou a pulsa o e encontrou a embora parecesse fraca Procurou feridas e n o achou nada Izzy ela balbuciou Amor o que aconteceu Estava esfregando a m o de Izzy entre as dela tentando acord la O que aconteceu com voc zzy n o se moveu nem falou Estava profundamente inconsciente Kennedy sacou o telefone Estava discando 999 quando o andaime atr s de sua cabe a chacoalhou produzindo a mesma m sica met lica que os trilhos do metr vibrando ao lado da plataforma faziam ao anunciar a chegada iminente de um trem Ela olhou para cima Sobre sua cabe a uma silhueta negra e angulosa foi crescendo eclipsando o sinistro brilho do poste de rua contra o qual ficara definida Houve um instante no qual agir n o tempo suficiente na verdade s que Kennedy de repente percebeu o que era aquilo e viu a piada de humor negro da bigorna caindo em mil desenhos animados da Warner Bros Ela se jogou em cima de Izzy agarrou as lapelas da jaqueta de couro dela r stica chique tipo Marc Jacob e rolou de lado com ela em um esfor o simult neo e furioso de todos os m sculos que p de alistar Elas fizeram um giro completo Izzy em cima dela ao lado dela ent o sob ela novamente Logo ao seu lado algo se chocou contra a cal ada como um punho colossa
161. stico refor ado Perto dele outro guarda surgiu quando a porta escancarada bateu na parede O que foi disse ele Ent o notou a cal a camuflada de Tillman ou talvez apenas sua face dura e fria Arregalou os olhos Tillman o acertou na mand bula com o cabo de seu Unica derrubando o de costas contra a estante mais pr xima Era solidamente constru da e nem se sacudiu O guarda conseguiu manter se de p mas cometeu o erro de tentar pegar a arma ao lado do corpo Tillman chutou as pernas dele passando lhe uma rasteira N o houve necessidade de outro soco Tillman prendeu o guarda em uma chave de pesco o sua m o livre segurando o bra o do sujeito junto do corpo para que ele n o pudesse erguer a arma e aplicou uma press o firme Depois de 30 segundos o guarda n o se movia mais Depois de 40 Tillman o soltou amarrou e amorda ou como fizera com o outro Colocou o fora do caminho deitado em uma das prateleiras no n vel do ch o Sem chance de esses caras serem Elohim eram gente contratada e nem trabalhavam muito bem Agora tardiamente Tillman fez o reconhecimento que em um mundo perfeito teria feito antes de entrar Primeiro de tudo ele verificou se havia c meras de vigil ncia ou cabeamento de alarmes sens veis a press o ou contato N o havia nada disso o que n o o surpreendia agora que J tinha visto o padr o do pessoal de seguran a Em seguida encontrou as outras portas fora deste enorme sal o
162. t o quieto que a imagem poderia ser tomada por um quadro paralisado no filme exceto pelos n meros que corriam no canto esquerdo mostrando os segundos D pra ampliar isso Kennedy pediu Rush dedilhou nos menus retr teis mas nada aconteceu Desculpe N o conhe o o sistema t o bem assim Uma figura surgiu abruptamente na tela Vestida de preto da cabe a aos p s com uma balaclava tamb m preta era o estere tipo do agente de opera es especiais de cinema A estranha incongru ncia causou um leve formigamento no couro cabeludo de Kennedy Apesar do que Gassan havia dito anteriormente era im poss vel dizer se ela estava olhando para um homem ou uma mulher mas quem quer que fosse certamente era jovem e forte A figura escalou a estante como se fosse uma escada empurrou algo que estava fora da tela e em seguida arrastou se para cima sumindo de vista A sequ ncia completa n o cobria mais do que vinte segundos Rush fez o v deo voltar ao momento em que a silhueta desaparecia no topo da tela e congelou a imagem Um painel no teto disse ele tocando no monitor Ele entrou no forro rebaixado E depois Nem fa o ideia Olhamos l em cima mas n o havia nada Nenhum tra o dele E algu m foi autorizado a entrar na sala desde a invas o perguntou Kennedy Bom n s entramos A equipe de seguran a quero dizer Logo depois de termos visto as imagens da c mera Em seguida a
163. tamb m n o foi acidente Algu m se infiltrou na instala o militar israelense e matou quatro soldados antes de lan ar o Azrael Nada disso foi acidente Rush E mais importante ainda n o foi o destino inexor vel Esses eventos est o todos sendo armados muito cuidadosamente e muito decididamente Rush pareceu mais confuso que convencido Mas se est o acontecendo no mundo todo e se s o s algumas horas de dist ncia Ele deixou que a frase fosse sumindo Kennedy voltou se para Tillman Conte a ele o que voc encontrou pediu ela Tillman nada disse Leo ele sabe sobre os Mensageiros E a garota o considera meu c mplice ent o pode apostar que os Elohim sabem tudo sobre ele Conte sobre o armaz m ou eu mesma conto Tillman fez um gesto apaziguador mas ainda levou alguns momentos para come ar a falar Parece haver um grupo disse lan ando a Rush um olhar l gubre que est estocando armas e explosivos em quantidades muito muito grandes Eles est o despachando as armas para um monte de lugares diferentes Descobri o que espero que seja o esconderijo principal deles e encerrei as atividades l Mas tenho quase certeza de que eles t m uma por o desses kits letais J posicionados em v rios lugares Talvez com sorte eu tenha conseguido desaceler los um pouco Ah meu Deus Rush disse Seu rosto estava p lido Algu m est usando o livro do Toller como um manual de instru
164. tentando entender Kennedy estava decepcionada com o acesso de f ria que tivera e muito surpresa Normalmente se o cliente tivesse feito algum coment rio sexista tentado tirar uma casquinha dela ou mesmo contestado sua integridade profissional ela teria lidado com a situa o de modo h bil e calmo permanecendo imperturb vel De forma alguma e sob nenhuma circunst ncia ela teria dado um murro na cara dele No entanto n o conseguia se lembrar da ltima vez que se sentira normal Massageando cuidadosamente a m o machucada ela embarcou no fluxo constante de trabalhadores e turistas Queria ir para casa e colocar a m o na gua fria Em seguida queria tomar um bom drinque bem forte seguido por um mais forte ainda O nico problema desse plano todo era Izzy Kennedy n o tinha certeza de qu o pior seu dia poderia ficar sem chegar ao fundo do po o Ou de quais seriam as consequ ncias de topar com Izzy bem no meio de sua jornada de trabalho sem aviso pr vio Da ltima vez que isso havia acontecido Kennedy afastou na marra esses pensamentos mas n o antes de mais uma vez encarar a imagem mental que estivera tentando evitar e de ser atingida pelos mesmos sentimentos que essa vis o sempre inspirava uma raiva amarga sobreposta a um terr vel vazio como u sque barato servido com gelo Ent o ela n o foi para casa Foi para um bar um desses estabelecimentos de rede sem a menor personalidade com um nome falso e ex
165. tirou algumas horas para dormir um sono leve na estreita cama de solteiro por m a dor da ferida no lado do corpo a acordava a cada vez que ela mudava de posi o Por fim desistiu Ficou simplesmente deitada de costas olhando para o gesso manchado do teto e tentando entender como que as coisas haviam dado t o errado t o r pido N o por acidente N o por serendipidade l Nem por mero acaso O raio n o acertava o mesmo lugar duas vezes sem uma porcaria de boa raz o A tribo de Judas havia mandado seus Mensageiros seus Elohim para mat la Mas a garota que a salvara tamb m havia se identificado como uma Mensageira Era estranheza ap s estranheza e tudo indecifr vel Quando a alvorada penetrou pelas cortinas de estampa paisley ela levantou e tomou uma ducha S havia gua morna mas foi o suficiente para fazer com que a ferida superficial em seu flanco sangrasse novamente criando veios vermelhos na gua a seus p s Kennedy experimentou uma incongruente sensa o de al vio O corte havia criado uma crosta e s estava sangrando porque ela o fizera abrir se novamente Fora sorte os Mensageiros usarem adagas diferentes para tortura As que eles usavam para assassinatos normalmente eram untadas com um poderoso anticoagulante que tornava at mesmo ferimentos rasos potencialmente fatais Ela se enxugou arruinando a toalha no processo depois desinfetou e enfaixou a ferida Era hora de enfrentar o dia E de voltar a ficar bem al
166. treinamento n o durou o bastante de forma alguma contudo ela sabia que n o havia tempo Percebia isso pelo modo como os professores conduziam os alunos e pelo fato de que s vezes quando erguia o olhar dos exerc cios na arena ou na sala de aula via ou o pr prio Kuutma ou um de seus dois anjos observando a de perto com express o solene e absorta Os professores n o se incomodavam com os altos n veis de desgaste Um por um os alunos ficaram para tr s ap s falhar nesta ou naquela prova ou ent o simplesmente pararam de frequentar as aulas por alguma raz o que a garota desconhecia medida que o terceiro ano passava come aram a consumir a droga kelalit Da primeira vez que a garota a tomou deixando apenas uma gota do l quido cair do conta gotas para sua l ngua foi como ter o c rebro banhado em nitrog nio l quido Tudo se tornou incrivelmente n tido incrivelmente claro e incrivelmente lento Sentiu se forte e morta ao mesmo tempo como se aquilo que fora seu corpo tivesse sido preenchido com metal fundido que agora resfriara e endurecera criando uma terr vel m quina na forma exata da garota Levaram na para a arena e enviaram tr s oponentes para enfrent la de uma s vez todos Elohim como ela pr pria mas sem o benef cio do f rmaco A luta durou 19 segundos Mais tarde a garota vomitou tudo o que havia em seu est mago Depois passou a maior parte da noite acordada tremendo e suando um venen
167. um escrit rio onde possa fazer os interrogat rios E algu m para trazer as pessoas at mim N o conhe o o rosto de ningu m nem onde cada um trabalha N o posso lhe dar uma sala Thornedy ke respondeu em tom lamentoso As salas s o agendadas na recep o E se pegar algu m da minha equipe vou ficar com um rombo na escala Bom e se eu pegar o Ben Rush Kennedy perguntou O estagi rio Sim Ele Seria um rombo aceit vel para o senhor Thornedy ke pensou um pouco Suponho que sim Sim Desde que seja s por um dia timo Ele vem pegar os arquivos com o senhor assim que eu estiver pronta O coordenador de seguran a ainda n o parecia nada feliz mas Kennedy saiu antes que ele pudesse fazer mais alguma obje o O professor Gassan ansios ssimo para ajudar e talvez para demonstrar o tamanho de seu novo imp rio deu a ela a principal sala de reuni o O lugar era quase do tamanho de um campo de futebol com uma mesa de reuni es t o longa e larga que obviamente precisara ser trazida para l aos peda os e depois montada feito um quebra cabe a Era uma mesa vaidosa projetada para fazer os executivos do museu sentirem que estavam transitando e negociando em um mundo corporativo s rio O tapete espesso e felpudo e as cortinas plissadas tinham o mesmo tom de aveia Gassan tamb m aprovara que Kennedy pegasse Rush emprestado por todo o dia e o rapaz desengon ado apareceu cerc
168. um filme Contudo isso seria rid culo Ela n o estava matando aula estava desempregada e n o havia nenhum sentido em adiar suas decis es Endireitou os ombros e se dirigiu para casa Sua casa ficava em Pimlico era uma curta viagem de metr mas em seguida uma caminhada razoavelmente longa at a Vauxhall Bridge Road Longa o suficiente de todo jeito para que at o momento em que chegasse porta da frente do seu apartamento Kennedy tivesse revisto aquela pergunta ret rica anterior Onde exatamente era o fundo do po o hoje em dia E ser que ela queria mesmo saber Fez muito barulho com a chave na fechadura arrastou os p s no ch o e fechou a porta com um baque alto demais Quando estava na metade do corredor Izzy saiu para cumpriment la da sala de estar e n o do quarto para al vio de Kennedy Mais baixa e mais morena do que Kennedy Izzy era ao mesmo tempo muito mais intensa lasciva e gil dotada de um apelo sexual que seus largos quadris n o faziam nada para diminuir Irradiando surpresa e ao mesmo tempo desconfian a enquanto encarava Kennedy no outro extremo do corredor ela retirou uma mecha de cabelo de seus olhos cor de chocolate Oi disse ela E a Kennedy replicou Eu n o ganho um beijo Era uma boa pergunta mas Kennedy n o tinha uma boa resposta nem uma boa evas o Sentindo se culpada avan ou pelo corredor beijou Izzy na bochecha e em seguida deixou a para tr
169. um homem e uma mulher Elohim ombro a ombro desafiando o a erguer a m o contra eles Ele aceitou o desafio mas diferente de Kennedy n o teve a vantagem da surpresa Um dos dois o derrubou com um soco que ele nem viu chegar e que n o poderia nem reconstituir depois que o atingiu Foi deixado em posi o fetal no ch o lutando para voltar a respirar atrav s de uma s lida parede de agonia melhor n o vacilar comigo ou vai ver s Kennedy arfou N o farei isso seu captor prometeu soando quase divertido Um ser humano Nahir disse refletindo Voc reivindicaria esse status para si mesma eu me pergunto Imagino que sim E que faria isso sem o menor senso de ironia Voc quer ironia Kennedy rosnou Vou te dizer o que ir nico Que voc s sejam t o cheios de frescura quanto a matar uns aos outros e matar seja a nica coisa que fa am direito Nahir sinalizou ao Mensageiro que deveria solt la um gesto indolente de m o Kennedy p de ver pela express o e pela postura que o homem esperava que ela o atacasse e estava pronto caso ela o fizesse Isso pessoal para voc n ela perguntou aninhando o bra o entorpecido junto ao peito A boca de Nahir se torceu por um instante Nem um pouco S estou tentando descobrir por qu Kennedy disse porque encontramos sua Ginat Dania D para entender porque isso d i Nada que voc possa faz
170. um passo Ao menos colocou um p adiante contudo seu corpo ficou onde estava na soleira da porta paralisado Minha m e sabe que estou aqui disse ela mas fez isso em um tom ascendente como o de uma pergunta ou s plica Tudo bem Aby dos respondeu Est tudo bem Feche a porta No entanto a garota parecia ter perdido a motiva o Eu s queria disse Eu s ia devolver os livros da Izzy Ela ergueu uma coisa que Kennedy n o vira at ent o cores vivas at espalhafatosas com um forte lustro no qual a luz da l mpada momentaneamente pareceu piscar em c digo Morse Era uma revista pornogr fica Bush League Duas mulheres seminuas enroscavam se na capa p lvis ro ando p lvis o corpo de uma ridiculamente retorcido para exibir os seios gigantes e causar a melhor forma poss vel Voc quer ver a garota disse mostrando a revista Samal retraiu se diante da imagem como se tivesse visto uma cobra Ent o uma s rie de coisas imposs veis aconteceu em r pida sequ ncia Sob a revista que se inclinou subitamente na m o da garota dois fios brilhantes partiram para acertar Samal bem no meio do peito Houve um som como o tique taque de um rel gio mas r pido demais alto demais Samal dan ou desajeitadamente movendo se para tr s pelo quarto em tr s passos bruscos e vacilantes at seus ombros acertarem a parede Nela ele escorregou soltando o ar em um gemido de agonia Ness
171. vazia Ele amou voc s mais do que tudo na vida N o conseguiu viver sem voc s Ent o continuou procurando Por voc pela Rebecca e pelos seus irm os mesmo depois de tanto tempo e mesmo que ningu m mais acreditasse que voc s poderiam ao menos estar vivos N s n o est vamos vivos Diema gritou Minha m e j estava morta nessa poca Meus irm os estavam mortos porque ele os havia matado na Inglaterra Fui a nica a sobreviver Ele n o sabia disso Ainda n o sabe Ah ele sabe sobre a Rebecca O Michael Brand contou a ele como ela morreu Mas n o sabe sobre o Ezei e o Cephas Descobrir isso partiria o cora o dele em peda os Diema inclinou se e enfiou o rosto diante do de Kennedy agarrando com for a as lapelas do casaco da mulher Ent o quando isso acabar ela rosnou vou destruir o cora o dele A f ria passou pela garota quase como uma onda vis vel deixando a fraca e enojada Ela se afastou de Kennedy com um gesto de rendi o n o rendi o a seus argumentos s desejo de encerrar toda aquela conversa todos aqueles pensamentos Implante o chip dentro da sua bochecha rhaka ela disse asperamente depois de um momento Quero sair daqui Fique com ele Kennedy disse N s precisamos que voc Sei o que precisam que eu fa a Mas falando com voc agora pensei melhor Acho que pode ser uma p ssima ideia implantar no meu corpo algo que permita
172. vazio O homem estirado ao lado dele estava morto Uma d zia de buracos de bala cada um uma esfera negra rodeada de uma crosta marrom avermelhada se destacavam como flores murchas na pele branca e morta E havia outro homem tamb m morto contudo sem feridas aparentes a n o ser pela m o danificada e Diema tentando se levantar e falhando A frente da camiseta da garota estava encharcada de v mito e seus olhos injetados de sangue pareciam incapazes de focar Kennedy amparou o peso dela e a ajudou a sentar de costas para uma rvore Voc est em choque disse N o tente se mexer O olhar de Kennedy continuava a relancear de volta a Tillman o rosto p lido e a camisa arruinada Ela precisava fazer alguma coisa Provavelmente era tarde demais mas tinha de tentar Sacou o telefone e come ou a digitar o n mero da emerg ncia Se a Hungria fosse parte da Uni o Europeia teria de ser 112 Se n o ela tentaria falar com uma telefonista e pediria que a transferisse A m o de Diema se fechou sobre o pulso de Kennedy e o arrastou para baixo Canal zero Diema balbuciou Vou chamar uma ambul ncia disse Kennedy livrando a m o Tente ficar acordada Canal zero A garota tateou em busca do radiotransm issor e o desenganchou do cinto na terceira tentativa Mas ent o ficou apenas olhando para ele incapaz de ver as teclas com clareza suficiente para apert las Kennedy tomou o r dio de Di
173. viva que ele realmente amava Ela balan ou a cabe a para clarear os pensamentos Tillman esperou pacientemente que Kennedy falasse mas antes que ela o fizesse o celular voltou a tocar Grata pela interrup o ela o tirou do bolso Era Rush novamente Tenho que atender mentiu ela T bom Tillman disse Ainda vou estar aqui depois que voc desligar Trazendo o telefone ao ouvido Kennedy afastou se um pouco dele n o tanto para ter privacidade mas porque ainda sentia o impulso de se esconder e o celular lhe dava a desculpa perfeita Fale Rush ela disse Kennedy A voz dele estava tensa Como foi sua viagem Foi produtiva Voc descobriu alguma coisa til sobre o Toller Bom eu ia estudar um pouco em casa Rush come ou Mas uma segunda voz no fundo o fez parar Eu n o posso falar sobre isso murmurou Ela diz que o assunto pode esperar Ela diz Quem diz Rush Desculpe Kennedy Eu tenho que seguir o roteiro Escuta O tremor na voz dele estava muito mais evidente agora tornando dif cil entender o que dizia Este um convite de Diema Beit Yudas Ela quer que voc s dois venham encontr la N s dois Kennedy repetiu estupidamente Tillman parecia prestes a falar por isso ela ergueu a m o detendo o ao mesmo tempo que punha o telefone em viva voz Leo provavelmente deveria ouvir isso em primeira m o E ela n o deixou de not
174. voc lideraria esta miss o A informa o correta Diema respondeu ainda absorta em sua triagem das armas Al m de seis sicas e do rifle projetor de dardos tranquilizantes modificado que ela escolhera e encomendara para Kennedy selecionou uma semiautom tica chinesa modelo militar e uma pistola nove mil metros pequena o suficiente para ser carregada no coldre de seu tornozelo Colocou ambas as armas de fogo em uma bolsa esportiva que Shraga lhe entregou Depois de pensar por um instante pegou tamb m um rifle Ruger 44 Sigam as instru es que Kuutma lhes deu ela orientou os dois homens servindo se de algumas caixas de muni o Procurem poss veis endere os ou reas a partir das quais Ber Lusim possa estar trabalhando Fa am circular retratos dos Elohim traidores entre seus parceiros e treinem todos para que memorizem rostos e nomes Procurem tamb m caminh es vans ou carros que tenham o nome High Energy Haulage e qualquer pessoa que viaje sob seus ausp cios ou adquira deles bens ou servi os Se encontrarem qualquer coisa que pare a positiva ou mesmo esperan osa passem a informa o a mim imediatamente A voc Nahir perguntou Diema assentiu A mim E depois esperem Eu vou decidir que atitudes voc s devem tomar ou n o Aqueles homens ali perto dos elevadores s o minha equipe principal por enquanto assim como a rhaka Heather Kennedy Tenho certeza de que Kuutma n o a omit
175. voc n o tem uma arma O que por sua vez para lembr lo de que n o est aqui para lutar Se voc se vir ansioso para entrar em uma luta olhe para a ma e ela refrescar sua mem ria E depois V se esconder at a vontade passar Quando Diema lhe deu as costas Rush viu Kennedy verificando o mecanismo de a o da M26 a arma que Diema havia usado durante o ataque no hotel Mas Diema agora trazia uma das novas armas S Kennedy entre todos eles tinha a tiracolo uma arma comum e a permiss o de Diema sob circunst ncias muito estritamente definidas para us la Ficou bem em voc ele murmurou Kennedy sorriu sem o menor vest gio de humor Vamos lutar em uma caverna Rush disse ela Contra gente que viveu em cavernas a vida inteira e provavelmente teve anos para fortificar esta caverna em especial contra qualquer coisa que possamos usar para atacar Ent o bem n o exatamente a palavra que eu usaria Ela colocou um par de pentes extras de balas no cinto e a arma no coldre dentro da jaqueta Mas a Diema est certa disse Sobre o qu Rush quis saber Sobre esta luta N o sua Nem minha Nossa hora vai chegar e muito em breve mas acho que n o vai ser hoje Ent o n s dois dever amos ficar bem para tr s e deixar que eles fa am o que precisam fazer Ent o como que voc ganhou uma arma e eu uma ma Porque eu sei atirar e voc
176. voc se n o souber Se n o se envolver nisso mais do que j se envolveu O que isso significa Rush perguntou Kennedy tentou escolher as palavras cuidadosamente mas sentiu se est pida e travada o tipo de coisa que depois que voc conhece n o pode simplesmente se afastar H consegu ncias Foi a coisa errada a dizer Ela p de perceber pela express o dele Aceito o risco o rapaz disse N o ela disse Olhe eu sinto mesmo que te devo alguma coisa Rush Mas n o uma explica o um aviso Voc me perguntou se eu sabia quem o Alex Wales era E sabe Eu conhe o a fam lia dele J os encontrei antes e sei como s o Eles v o querer se vingar pelo que aconteceu com ele De todo mundo que estava naquela sala assim que descobrirem quem estava l Ent o sua melhor aposta ficar longe da Ryegate House por um tempo e deixar a poeira baixar E voc acha que se quiserem mesmo me encontrar eles n o continuar o procurando Droga tima pergunta N o ela admitiu V o continuar procurando Exatamente E voc vai direto para l amanh de manh reassumir a investiga o certo N o sou burro Heather N o t o burro quanto pare o pelo menos Sei que h coisas que voc ainda n o descobriu Perguntas para as quais ainda precisa de respostas O cora o de Kennedy afundou Rush perguntas s o praticamente tudo o que eu tenho
177. volta as Granadinas Ent o d para dizer que deram uma ilha por uma ilha E tem outras N o consigo lembrar os detalhes mas Aruba se encaixa E a Tasm nia tamb m O Abel Tasman que descobriu a ilha reabastecia o navio dele em Budapeste em uma poca em que o Toller ainda poderia estar aqui Rush balan ou a cabe a A verdade disse ele que voc poderia pegar praticamente qualquer ilha que quisesse As grandes pot ncias europeias da poca faziam a festa com essa coisa de trocar col nias entre si N o assim que vamos chegar l Os outros absorveram isso em sil ncio Diema deixou os bra os cair dos lados do corpo Ent o fechou os punhos Uma imagem surgiu na mente de Kennedy s bita e poderosamente Alex Wales na sala de reuni es de Ryegate House no momento antes de a viol ncia nele explodir Manhattan Tillman disse Uma mudan a ocorreu em todos os Elohim na sala Eles tentaram escond la e ela desapareceu t o rapidamente quanto veio o feroz autocontrole dos Mensageiros se reafirmou velozmente Mas por un momento eles adotaram as mesmas express es que haviam exibido quando Diema fizera aquele coment rio sobre for ar a m o de Deus Por qu Kuutma disse com urg ncia Tillman o fitou os olhos entrando e saindo do foco Porque a High Energy Haulage mandou coisas pra l N s obtivemos essa informa o Nahir disse Dos computadores que Ber Lusim deix
178. 0 minutos este edif cio ser uma cratera E depois disso toda a contagem do tempo cessar Deixe o Quero lhe mostrar uma coisa Ele indicou a porta O qu Rush disse Entre Ber Lusim ordenou Eu O que tem a dentro Por que eu entraria Rush n o tivera medo do escuro desde os sete anos mas agora aquela abertura quadrada parecia cheia de promessas hostis Voc percorreu um longo caminho para me encontrar Ber Lusim disse E teve xito quando todos os outros fracassaram Isso foi algo impressionante e excepcional e obviamente era para ser como todas as outras coisas O profeta me ensinou isso quando eu j havia esquecido ou aprendido a agir como se n o fosse verdade Eu voltarei para dentro Ben Rush E n o posso deix lo para tr s de p e livre para partir Se insistir em ficar aqui respeitarei sua vontade Mas ele ergueu a m o e a adaga cortou o ar enquanto ele a girava entre os dedos com terr vel destreza terei de garantir que n o seja capaz de se mover A maneira mais r pida e f cil de fazer isso seria partir sua coluna vertebral e o tronco nervoso que passa por ela A decis o sua Eu lhe darei alguns minutos para consider la N o eu estou de boa Quero dizer vou entrar Escolho isso Ber Lusim assentiu e indicou com um gesto de m o que Rush deveria passar na frente Sufocando em meio ao medo e humilha o Rush penetrou no escuro S C
179. 24 horas Est na placa Bom na noite passada voc vendeu para uma mulher Uma mulher jovem O homem piscou e seu pomo de ad o saltou um pouco Ah disse Ela T bom sim Agora eu lembro Do que se lembra Tillman perguntou Uma mocinha bem antip tica ela V em frente Bom eu tentei fazer alguma piada com ela N o lembro o que disse mas foi alguma coisa inofensiva sabe Uma coisa leve E ela olhou pra mim como se eu fosse merda debaixo do sapato dela Essa molecada de hoje hein Tillman disse com express o p trea E aquilo ali funciona Ele indicou a c mera com um gesto de cabe a e o balconista seguiu seu olhar Sim funciona E estava funcionando ontem noite Fica ligada o tempo todo Direto Eu gostaria de dar uma olhada na fita O homem pareceu escandalizado N o posso deixar Meus clientes valorizam a privacidade por isso que eles compram revista porn em loja de doces E se eu te disser que ela era menor de idade Uma fagulha de inseguran a passou pelo rosto do homem mas ele se recuperou rapidamente Eu pedi para ver a identidade dela disse Para mim pareceu correta Ti E isso tamb m est na fita certo Tillman perguntou mh eu sim Eu acho que pode ter sido em outra ocasi o quando ela o homem gaguejou procurando um porto seguro onde atracar sua mentira N o so
180. 4 46 o ltimo DECLERKIJO 2 9 98 Existe algum jeito de conseguirmos o endere o e o n mero de telefone dessa gente Rush perguntou Ah sim Jukes disse Dois jeitos na verdade Rush esperou E perguntou Quais s o eles Uma lista telef nica ou mais cem libras Seu cr dito comigo acabou de expirar cara CAP TULO 23 A porta da rua do n mero 276 da Vincent Square em Pimlico era controlada por um sistema de interfone mas algu m supostamente os dois assassinos que haviam passado por ali na noite anterior inutilizara o painel de forma que agora ele pendia quase tr s centimetros para fora da moldura recusando se a trancar Voc devia ter reparado nisso Heather Tillman pensou Que vacilo O apartamento de Isabella Haynes ele sabia era o n mero 11 e ficava no terceiro andar A fechadura havia sido cutucada at abrir n o for ada e Tillman estava preparado para usar sua pr pria gazua para isso por m n o precisou Encontrou uma chave extra debaixo de um vaso de palmeira que ficava junto janela perto da porta o terceiro lugar mais prov vel depois do tapete e do batente da porta L dentro sil ncio quietude e penumbra O hall do apartamento n o tinha janelas e n o permitia ver o mundo exterior sob nenhum ngulo Tillman pegou uma lanterna e ligou a lan ando o facho de luz pelo espa o fechado Nada se movia e n o havia nada para ver que n o fosse agrad vel
181. ADAM BLAKE O FIM DO MUNDO SE APROXIMA a VOC CAPAZ DE QUEBRAR O C DIGO DADOS DE COPYRIGHT Sobre a obra A presente obra disponibilizada pela equipe Le Livros e seus diversos parceiros com o objetivo de oferecer conte do para uso parcial em pesquisas e estudos acad micos bem como o simples teste da qualidade da obra com o fim exclusivo de compra futura expressamente proibida e totalmente repud avel a venda aluguel ou quaisquer uso comercial do presente conte do Sobre n s O Le Livros e seus parceiros disponibilizam conte do de dominio publico e propriedade intelectual de forma totalmente gratuita por acreditar que o conhecimento e a educa o devem ser acess veis e livres a toda e qualquer pessoa Voc pode encontrar mais obras em nosso site LeLivros us ou em qualquer um dos sites parceiros apresentados neste link Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento e n o mais lutando por dinheiro e poder ent o nossa sociedade poder enfim evoluir a um novo n vel ELiVTOS apa Sum rio Folha de Folha de Rosto Cr ditos Dedicat ria PR LOGO PARTE 1 P TULO 1 P TULO 2 P TULO 3 P TULO 4 P TULO 5 P TULO 6 CA CA CA CA CA CA CA P TULO 7 P TULO 8 P TULO 9 CA CA CA P TULO P TULO 1 CA CA CA CA P TULO P TULO P TULO P TULO 15 CA PARTE P TULO P TULO P TULO CA CA CA 2 PARTE 3
182. Brixton Perto demais f cil demais Kennedy respondera sem rodeios E voc ainda estaria vendo todas as pessoas que normalmente v Qualquer um que tentasse poderia encontrar voc sem muito esfor o dentro de um dia Mas e quanto ao meu trabalho Kennedy pegara o telefone de Izzy que estava no bra o do sof e o acenara brevemente diante do rosto dela antes de jog lo na bolsa Este o seu trabalho Voc pode faz lo a 200 milhas de dist ncia t o bem quanto aqui Melhor ainda n o vai ficar tentada a convidar um cliente regular para um encontro cara a cara Fora deliberadamente cruel um lance preventivo para acabar com a discuss o E funcionara muito bem ali s Izzy absorvera o golpe baixo sem uma palavra e come ara a fazer as malas Quando ela saiu uma hora depois as duas se abra aram mas de forma desajeitada e hesitante Assim como a conversa agora Eu pensei em uma coisa Izzy disse No qu Em transar com algu m Izy Escute amor Eu estava pensando que eu poderia arranjar para voc um encontro com algu m Algu m bem bonita E a voc poderia sabe se vingar sendo infiel tamb m E tirar isso da cabe a Voc nem precisaria curtir Seria s para aliviar a tens o sabe Para que a gente pudesse voltar a ser como era antes Izzy essa a coisa mais besta que eu j ouvi T bom Izzy abandonou a ideia rapidamente ganhando dist nc
183. Cada um desses incidentes era uma experi ncia de aprendizado Ela nunca havia imaginado quanto o sexo era importante como moeda social entre as Na es qu o imensa era a parte das intera es di rias baseadas nele Essa parte da tarefa de Diema que Kuutma chamara de aclimata o n o tinha uma dura o definida Cabia pr pria garota decidir quando estaria pronta para o pr ximo passo Levou tr s meses Parte dela se rebelava contra a perda de tempo e impulso mas ela aprendera com seus professores qu o crucial essa fase seria ao lutar para firmar se em um ambiente Se voc se inclinasse para fora de seu centro de gravidade at um advers rio fraco poderia fazer com que tombasse Ela n o cometeria esse erro b sico Ou talvez estivesse apenas protelando Algumas das coisas que ela descobrira aqui na terra devastada que eram as Na es a afetaram de forma completamente inesperada A televis o por exemplo A primeira vez que ligou um televisor em um quarto de hotel sentindo necessidade de algum ru do de fundo e viu se olhando para um gato estilizado que perseguia um rato estilizado em uma casa que era magicamente infinita ela ficou l por cinco minutos hipnotizada Como essas pequenas obras de arte insanas e an rquicas poderiam existir Quem eram os idiots savantsl6l que as criavam Desenhos animados tornaram se o nico v cio de Diema Sempre que precisava matar o tempo em um lugar onde houvesse uma TV ela passava rap
184. Continue Bom estou falando das pessoas que pegaram o livro nos anos 40 ou 50 Seria meio surpreendente se ainda estivessem vivas Mas tem uma coisa estranha Alguns dos nomes continuaram aparecendo em reportagens arquivadas No come o eu ignorei isso pensei que provavelmente fosse s coincid ncia Mas comecei a notar que todas as not cias eram sobre gente desaparecida Umas doze pessoas que estavam na lista do Wales desapareceram E est vendo as datas S o todas deste ano separadas por um ou dois meses N o parece coincid ncia N o mesmo Parece uma conspira o Mas sequestro em massa Um minuto atr s voc parecia pronta a acreditar em assassinato em massa Rush disse Qual a diferen a Kennedy deu de ombros Assassinato em massa j parte do modus operandi do Povo de Judas respondeu Mas normalmente eles disfar am as evid ncias e fazem com que pare a acidente Se pessoas desapareceram significa que algu m est procurando por elas Rush lan ou lhe um olhar perplexo e um tanto escandalizado Est dizendo que eles matariam pessoas s porque aconteceu de elas terem lido um determinado livro justo dizer mesmo com a minha experi ncia limitada que esse o cerne das compet ncias deles Kennedy respondeu S rio S rio Rush eu disse a voc no que estava se metendo Se quiser cair fora agora o momento perfeito Vieram atr s de mim ontem no
185. Ela os encontrou Veio acampar bem diante da porta deles ent o obviamente sabe que eles est o aqui Uma vez que aceite isso a ideia de ela n o estar fazendo nada muito mais sinistra do que a de fazer alguma coisa que eles possam identificar e impedir Est tica no r dio T bom Rush disse lentamente Ent o Mais cedo ou mais tarde v o mandar algu m contra ela N s vamos interceptar e interrogar essa pessoa E descobrir de onde veio T bom Acho que entendi Obrigado N o tem de qu Diema rosnou Agora cale a boca e vigie a porta O que o garoto por fim fez E longamente A noite se esvaiu e o sol se ergueu Diema viu Kennedy afastar as cortinas do quarto e abrir s uma brecha da janela para deixar entrar o ar Captou o olhar de Diema brevemente enquanto bocejava e se espregui ava O anzol ainda pendia ali na gua Mas nenhum peixe mordia CAP TULO 51 N o creio que seja o caso de tomarmos uma atitude Ber Lusim disse Avra Shekolni espalmou as m os Voc o Convocador Eu me curvo ao seu conhecimento da profiss o e dos rituais que a acompanham disse ele educada e humildemente Nenhum dos Mensageiros de Deus t o poderoso quanto Ber Lusim nem t o perspicaz Ele parou como se relutasse em expressar o que diria a seguir Ainda assim eu penso que Estavam em uma c mara ampla e espa osa no espa o labir ntico que Ber Lusim havia escolh
186. Eu tenho que discordar Rush disse E no sil ncio que se seguiu ele atacou Acho que voc est certo quando diz que Deus me mandou aqui Ber Lusim Acho que Ele queria que voc ouvisse o que eu tenho a dizer Porque voc cometeu um baita erro Matou um monte de gente e est prestes a matar muito mais e tudo baseado em uma coisa est pida Voc fez besteira Fez uma besteira enorme Ber Lusim o encarou em sil ncio total Rush viu sua pr pria morte pesada e medida naquele olhar A nica coisa que tinha a seu favor era uma carta de apresenta o acidental de Johann Toller e ele n o tinha ideia de quanto tempo esse passe livre duraria Tem uma coisa que voc n o sabe disse ele a voz oscilando um pouco na ltima palavra Sobre o Toller Algo que voc entendeu errado Algo que entendi errado Ber Lusim repetiu o tom perigosamente brando Mesmo Mesmo E o que seria Quem ele era Ber Lusim apertou os l bios Farei vista grossa sua irrever ncia ele disse para Rush Ainda acredito que deva haver uma raz o para voc estar aqui Um motivo para voc ter sido colocado no meu caminho neste momento t o solene e auspicioso Mas deve tomar muito cuidado com o que diz Johann Toller era inspirado pelo divino Maldiz lo blasfemar contra Deus Rush manteve o olhar fixo na arma que Ber Lusim tinha na m o embora provavelmente se Lusim decidisse que ele deveria m
187. Homem Sensato Assim ponho me sobre a Montanha das Musas rogando a elas Inspira o embora minha verdadeira musa seja Deus o Alt ssimo E aqui Ele entrega atrav s de mim indigno que sou Seu Julgam ento final Pois veio a n s o Reino de Cristo e em verdade veio mais tarde do que alguns s bios esperavam E agora pois Ele ama Seus servos Ele permite que eu veja Suas pegadas onde quer que eu olhe Ele caminhar entre almas inglesas e comer do p o ingl s e v s que me ledes tudo vereis quer observeis do topo de Miinster ou dos caixilhos escuros de Westminster N o podeis escolher pois primeiro ele falar em Fogo e gua e por ltimo em Terra e Ar As palavras do salmista 114 4 provar se o corretas N o menos certas h o de ser as de Jo o 1 12 e 5 6 Atentai e escutai como tamb m aconselhou Jo o quele que tem ouvidos para ouvir Deus ordenou que ou a N o importa nem um pouco que ele o deseje ou n o Kennedy olhou mais adiante A ltima p gina da pilha tinha o n mero 86 Seria uma noite longa e p ssima CAP TULO 31 Tillman aproximou se usando um caminho que o levava entre os campos de vis o das c meras de seguran a Talvez n o houvesse ningu m observando o monitor de nenhuma delas ou o monitor poderia estar programado para alternar se ciclicamente entre uma c mera e outra mas ele evitaria riscos o quanto pudesse Foi at um lugar que j havia escolhido a dist ncia o canto de uma pa
188. Kennedy sentou se num dos tr s caf s do p tio e come ou a contar os losangos enquanto esperava por Gassan Conhecendo o ela se vestira de maneira formal com um terninho azul claro e botas cinza e havia prendido os teimosos cabelos louros atr s da cabe a o mais forte que p de Formalidade e ordem estavam no topo da lista de virtudes cardinais de Emil Gassan Ela o viu muito a dist ncia cruzando apressadamente o espa o enorme com a dignidade intencional de um ma tre Entretanto estava muito mais bem vestido do que um ma tre seu terno azul de tr s pe as com a inconfund vel costura em zigue zague de Enzo Tovare no bolso do peito parecia novo e desavergonhadamente caro Gassan estendeu a m o antes mesmo de chegar mesa e a manteve no ar de forma que o precedesse Heather muita bondade sua ter vindo Estou encantado de ver voc novamente Ele realmente parecia estar e ela foi desarmada por seu sorriso radiante Ofereceu lhe a m o que ele agarrou envolveu e apertou efusivamente Professor ela disse e depois cedendo Emil Faz muito tempo Eu nem tinha ideia de que voc estava trabalhando em Londres Ele abriu os bra os num gesto de n o sei de nada Nem eu At a semana passada eu n o estava Ainda estava em St Andrews dando aulas de Hist ria da Alta Idade M dia Mas fui descoberto por um ca a talentos No espa o de uma semana Kennedy ficou t o incr dula quanto ele parecia qu
189. Na costa oeste da ndia eu acho Foram dadas Inglaterra na d cada de 1660 a poca do Toller mas n o houve uma troca Quero dizer n o foram dadas em troca de outra ilha Eram parte de um dote Quando Catarina de Bragan a casou com Carlos II Ent o provavelmente n o servem disse Diema Que mais Rush pensou mais um pouco Os A ores trocaram de dono v rias vezes entre Espanha e Portugal durante todo o s culo XVI e o s culo XVII O Arquip lago da Madeira tamb m Tinha um monte de tratados quanto eles tomavam o controle de uma ilha ou outra abandonavam fortes arrendavam terra esse tipo de coisa Provavelmente a gente poderia dizer que qualquer uma dessas ilhas foi dada por outra ilha em algum momento N o tem gente suficiente nesses lugares Kennedy disse lembrando se das anota es de Gilles Bouchard Mesmo hoje em dia Madeira n o tem nem 250 mil habitantes E nos A ores h ainda menos gente T legal Rush disse Bom tem Pulau Run na Indon sia A Inglaterra deu essa ilha aos holandeses em 1667 e ganhou Manhattan e foi nessa poca que Nova Amsterd virou Nova York A Martinica poss vel Foi francesa depois brit nica depois francesa de novo tudo na poca em que o Toller escreveu Granada no Caribe Os franceses tiraram a popula o ind gena de l na d cada de 1640 o que tamb m coincide com a vida do Toller e mandaram todo mundo para as ilhas menores em
190. Nahir que ainda estava incerto quanto ao que ela estava lhe pedindo para fazer Teria de discutir com ele E com o garoto que precisaria simplesmente obedecer O garoto Ronald Stephen Pinkus que mais uma vez se erguera do t mulo para assombr la e atorment la N s armamos uma emboscada mas n o funcionou Na verdade n s que acabamos emboscados A voz de Diema ressoou quase alta demais na sala pequena e lotada Al m de Nahir havia mais de 40 Mensageiros muitos dos quais haviam chegado recentemente Estavam sentados em cadeiras dobr veis coisas fr geis de a o inoxid vel e pl stico preto silenciosos e vestidos no linho tecido a m o de sua p tria Eram vetores de uma terr vel viol ncia misteriosamente suspensa Aves de rapina de alguma forma trazidas terra e persuadidas a posar para uma foto em grupo Em meio a eles estavam Kennedy e Rush cercados de assentos vazios Ningu m queria ficar perto da rhaka a loba e receber a m cula de sua proximidade Diema parou alarmada e limpou a garganta Houvera uma nota elevada e estridente em sua voz Ela soara como uma idiota Pior soara como uma crian a As palmas de suas m os estavam quentes e midas Entre todas as coisas que havia feito e as que haviam sido feitas a ela nos ltimos tr s anos ela nunca havia sido chamada a falar em p blico Temia agora que tal coisa estivesse al m do seu conjunto de habilidades Tentou novamente
191. Ningu m respondeu Todos os assassinos olharam para ela com uma mistura de anseio e dio Por que ela est aqui conosco Nahir perguntou a Diema Mas falou em ingl s permitindo que Kennedy captasse o desprezo que sentia por ela em toda a sua dimens o Por que devemos tolerar isso outra vez Diema olhou o com ar superior Pela raz o que ela acaba de lhe dar disse Ela esteve envolvida nos est gios anteriores desta ca ada O conhecimento que tem relevante Considerei sensato mant la por perto Nahir ergueu as sobrancelhas educadamente c tico Se ela tem conhecimento posso pedir que meu pessoal a interrogue Ela trabalhou como detetive Seu discernimento j foi til para mim Sim Nahir disse Voc contou E eu espero encantado ver essa mente prodigiosa em a o Mas isso n o significa que eu queira me sentar mesma mesa que ela ou aceitar que fale comigo como se f ssemos iguais Diema voltou se para Kennedy N o fale a n o ser que falem com voc ordenou E n o vou usar o idioma imundo dela s para que possa nos acompanhar aos trope os Tendo expressado sua opini o Nahir voltou ao aramaico e continuou a falar com Diema em um tom alto e prepotente por mais um minuto Quando ele terminou Diema relanceou um olhar para Kennedy e aparentemente de m vontade meneou a cabe a Dois Elohim se ergueram e se aproximaram de Kennedy Eles v o l
192. O que que tem Ben Acho que eu talvez tenha uma ideia melhor Kennedy fez como Diema havia dito destrancou a porta e deixou a apenas encostada para que pudesse ser empurrada pelo lado de fora Por alguns minutos depois disso ela andou para l e para c no quarto incapaz de ficar quieta Finalmente voltou janela e olhou para as ca ambas tentando identificar onde exatamente Tillman havia se enfiado Onde quer que fosse estava bem escondido Mas ele podia v la ent o ela deveria conseguir v lo De qualquer maneira era interessante continuar procurando como quem joga uma partida de xadrez em um nico movimento A porta guinchou momentaneamente contra o carpete espesso e uma lufada de ar tocou as costas de Kennedy Ela se virou e viu Diema fechar e trancar a porta Tudo bem a garota disse Ao trabalho Ela trazia uma bolsa pendurada no ombro Tirou dela algo parecido com um isqueiro Bic e jogou a bolsa na cama isso Kennedy perguntou Isto o aplicador E isto ela ergueu a outra m o na qual estava segurando um tubo pequeno sem r tulo similar a um tubo de pasta de dente um anest sico t pico com agente antibacteriano Voc precisa esfreg lo na regi o e deix lo operar por meio minuto Tire a cal a e sente na cama Tirar o qu Diema respondeu em tom prosaico O implante vai deixar uma marca pequena mas percept vel Se tiv ssemos tempo para
193. O tiro na cabe a devia ter sido uma chance em 1 milh o mas a arma fora um presente e ela o aceitara De fato j que restavam 11 balas no pente ela o acertou 11 vezes Hifela desabou de joelhos na terra depois seu corpo inteiro veio abaixo Tillman caiu ao lado dele incapaz de manter se de p por mais um segundo Acabou encarando o rosto frouxo e assombrado do assassino Bilo b eyet ha yehuani Hifela chiou Siruta muot dil kasyeh shoh As palavras soaram liquefeitas mas muito distintas Sa ram dele for a assim como seu esp rito CAP TULO 57 Kennedy os encontrou primeiro seguindo a mesma trilha que Tillman seguira mas sabia que n o poderia ter tido muito mais xito que o resto do grupo A pol cia local era o evik kuvvet o esquadr o antiterrorista havia ido diretamente ao hotel pois dezenas de testemunhas haviam presenciado tiros e havia cad veres um deitado de bru os perto da piscina externa e outro no estacionamento dos funcion rios Mas tiros e explos es haviam sido ouvidos tamb m no parque do Monte Gell rt ent o este seria a pr xima parada da pol cia Tillman estava inconsciente e quase certamente morrendo O ch o ao redor de seu corpo estava t o saturado de sangue que os sapatos de Kennedy afundaram nele O sangue ainda brotava de feridas profundas em seu ombro e ao longo do peito mas de forma fraca e intermitente como as ltimas gotas extra das de um barril quase
194. O tom de Tillman era mais brando que o de Nahir mas por tr s dele estavam as mesmas suposi es Merda gritou Rush Eu n o estou inventando isso e n o sou burro Sei o que vi Agora ser que d pra voc s descerem de uma vez e darem uma olhada Depois Nahir respondeu arrogantemente N o temos tempo para isso agora Rush olhou para seu rel gio de pulso que mostrava faltarem 45 minutos para a zero hora Depois ele repetiu Os dois homens haviam voltado discuss o de antes e nenhum dos dois respondeu Nahir evidentemente retransmitia o que quer que eles estivessem dizendo aos Elohim espalhados pela cidade Tinha o telefone junto da boca e estava se revezando entre murm rios em ingl s e aramaico Desculpe Rush disse Depois n o serve pra mim Ele arrancou o telefone da m o de Nahir e o jogou por cima do parapeito O olhar de surpresa e f ria no rosto do Mensageiro foi bem satisfat rio mas s por cerca de meio segundo Foi o tempo que levou para Nahir explodir em uma a o violenta e derrubar Rush no ch o completamente imobilizado e agonizante Est louco ele sibilou Quer morrer Ningu m vai matar ningu m Tillman disse com calma calma bastante para que o clique quando ele destravou a Beretta soasse indecentemente alto Era timo que ele tomasse as r deas da conversa pois a traqueia de Rush estava espremida debaixo do que parecia ser o coto
195. a claro que isso nos preocupa Mas h uma par bola sobre um viajante que cercado por ladr es ao sentar se diante da fogueira noite Ele tira um graveto do fogo para os afastar Ent o quando os inimigos s o derrotados ele joga a tocha de volta s chamas e deixa que seja consumida E n s somos o graveto Kennedy disse Que fofo E est muito mais perto da verdade Mas voc se entregou menina quando estava falando da morte da mulher e dos filhos dela e de repente teve que ir at a janela e respirar um pouco de ar fresco Ent o por que t o dif cil pra voc dizer Dizer o qu Tillman perguntou O que que eu n o estou entendendo Diema olhou de relance para ele por un momento Depois baixou o olhar para o ch o Voc viu como eles lutam Leo Kennedy disse Sua voz soou spera e odiosa at para seus ouvidos porque ela realmente odiava isso A grande mentira impl cita o pecado da omiss o Odiava tudo que havia por tr s disso Voc os viu matar como se n o fosse nada Vi bem de perto Tillman concordou Assim como voc Mas quando a Diema aqui arrasou com aqueles dois Mensageiros que estavam prestes a me torturar ela deixou ambos vivos Espancados sangrando amassados at virar pur mas vivos E voc disse que no dep sito Ela deixou a frase por terminar Mesma coisa Tillman confirmou Kennedy inclinou se para a frente
196. a o dela a uma tomada Os olhos de Wales tornaram se avermelhados Ficaram raiados de sangue t o subitamente que era quase surreal Como se o sangue estivesse brotando neles como l grimas esperando para ser derramadas Ela vira isso antes Hemolacria Era um efeito colateral da kelalit uma droga muito potente da fam lia das metanfetaminas Tr s anos antes quando ainda era policial Kennedy havia esbarrado em um grupo de pessoas que consumiam essa droga e todas exibiam essa inquietante caracter stica Chamavam se os Elohim ou Mensageiros e eram os assassinos santos de uma tribo secreta o Povo de Judas Agora ocorria a Kennedy que quando Wales vira as cinzas na caixa quando murmurara algo inaud vel a express o dele havia mudado tornando se por um momento muito mais s ria at mesmo solene Ele se parecera com um homem na igreja ajoelhado diante do altar para a sagrada comunh o E ela tinha certeza de que o que quer que ele houvesse dito fora dirigido s cinzas n o a alguma pessoa na sala Se Alex estava sob os efeitos da kelalit o avermelhamento dos olhos indicava que o organismo dele estava se preparando para uma a o s bita e violenta A droga lhe daria a velocidade e a for a para matar feito um dem nio liberto do inferno Kennedy sabia disso porque j vira acontecer Vira seu pr prio parceiro ser abatido por um desses monstros ela mesma o enfrentara em um caso no qual as atrocidades inescrupulosas
197. a qual ela se dedicou com entusiasmo e sem culpa As exig ncias f sicas do treinamento eram outra quest o A garota teve de suportar 17 horas di rias de treino e pr tica de gin stica e s ries de exerc cios de aulas de sabotagem uso e manuten o de armas infiltra o sistemas de combate desarmado sobreviv ncia no campo de batalha rastreio e vigil ncia Ent o essas li es terminaram e outra sequ ncia come ou hist ria do mundo pol tica idiomas psicologia sociologia comunica o n o verbal at moda A garota sabia qual era o prop sito dessas disciplinas suaves e aparentemente triviais Portanto n o se queixava Quando outro estudante fazia um coment rio desdenhoso a treinadora Ushana o fazia levantar se e diante de todos os recrutas repreendia o im piedosam ente Voc pode viver at dez anos entre os n o escolhidos Ushana dizia e matar uma nica vez Ent o diga me crian a de que forma distribuiria seu tempo entre combate e infiltra o A garota mantinha se cabisbaixa e dedicava se assiduamente ao aprendizado de coisas que pareciam tolas e impenetr veis as s labas absurdas de uma l ngua estrangeira E gradualmente o espa o vazio entre os fatos discrepantes era preenchido por mais fatos Caminhos de l gica abriam se entre os sert es loucos e ela come ava a vislumbrar o mundo maior o mundo adamita fora de Ginat Dania como ele realmente era um reflexo horrivelmente dist
198. a N o haveria a menor chance de voc s n o manterem a vigil ncia do seu pr prio quintal Ele est perto demais e vis vel demais Talvez agrade o ego dele fazer esse jogo conosco Kennedy tamborilou no volante com as pontas dos polegares pensando Talvez Mas ele era assim quando era Mensageiro Gostava de ficar olhando ou fazia o servi o de uma vez Geralmente Diema admitiu ele fazia o servi o Ent o acho que estamos deixando de ver alguma coisa Temos que estar Do contr rio O telefone de Diema tocou e embora a rhaka parecesse disposta a continuar falando ela a silenciou erguendo a m o Aquele toque significava Kuutma E se Kuutma telefonava tinha algo importante para contar ou perguntar a ela Rush j estava enjoado da profecia final Eles j a haviam examinado aos peda os e n o parecera haver nenhuma nova ideia a extrair dela Ent o ele folheou o livro de volta primeira p gina e recome ou do zero Ocorreu lhe novamente qu o rid culo era ler aquela porcaria como se contivesse verdades sagradas Toller n o era apenas doido era doido e chato t o agarrado s min cias de sua pr pria poca que n o conseguia nem falar sobre o eterno sem fazer seis ou sete refer ncias veladas ao que era estritamente contempor neo O que se voc parasse para pensar era estranho para algu m do Povo de Judas Ser t o engajado na pol tica local a pol tica adamita parecia
199. a o de pano e o esfregou em torno do pulso Eu j falei demais murmurou Ela estava armada e disse que ia me matar Desculpe Kennedy Esquece isso ela respondeu Considerando que havia sido a boca grande dela que o colocara naquela situa o era ela quem deveria estar pedindo perd o Caminharam at a mesa Diema os encarou do outro lado como uma austera professora Foi depois que o Alex Wales morreu disse Kennedy Eu contei ao Rush o que ele era Alex Wales O Mensageiro em Ryegate House O que estava infiltrado l O Rush viu o Wales matar um homem com uma sica envenenada E viu o Wales chorar l grimas de sangue Ele me perguntou o que isso significava e eu contei o suficiente para que ele entendesse Contei sobre a sua tribo e sobre a Ginat Dania onde voc s viviam antes da sua ltima mudan a N o fiz isso de forma leviana A quem mais voc contou Diema exigiu saber A ningu m Nem mesmo sua amante A garota olhava para ela com um ceticismo desdenhoso Kennedy a encarou sem vacilar Principalmente para a Izzy Pela minha experi ncia qualquer um que saiba demais sobre a sua gente acaba se dando mal Eu n o faria isso com algu m que eu amo A garota voltou se para Tillman E voc perguntou Ele balan ou a cabe a negativamente A ningu m Jure Minha palavra vale ouro menina Sua palavra vale nada Jure Jure por algo
200. a provavelmente morrer Olhando para o regato vermelho na face da garota ocorreu a Kennedy que aquela afirma o valia tanto para a adaga quanto para a dona do objeto CAP TULO 47 A conversa fluiu e escorreu em torno de Rush Ele tentou prestar aten o mas os rigores dos ltimos dois dias tudo o que acontecera desde sua luta com o Alex Wales e o ferimento do professor Gassan at seu interrogat rio e sequestro pela garota assustadora e a vinda at aqui de m os e p s amarrados no bagageiro do que parecia ser uma van de entrega postal estavam finalmente o alcan ando Ele se percebeu flutuando entrando e saindo de um cochilo pesado perdendo as conex es entre as frases e as ideias ou recebendo as como um emaranhado imag tico Continuava revisitando o momento em que a garota realmente o havia machucado Era uma interrogadora habilidosa e como h bito foi falando at arrancar dele a verdade J parecia conhecer a maior parte ent o tudo o que ele precisou fazer para salvar a pr pria vida foi concordar com uma ou duas coisas que ela dizia concordar que sabia quem ela era e quem eram seus amigos e o que ela fazia Mas quando ela perguntou a ele de onde ela era e ele disse que n o sabia pegou a m o dele entre as suas e dobrou seu pulso para tr s de um jeito complicado Foi agonizante Ele ficou aterrorizado com a ideia de que o pulso se quebraria Ginat Dania ela disse Onde fica Eu n o sei
201. a a faz lo havia sido muito mais dif cil do que ela esperara Mas o que estava prestes a fazer agora seria ainda mais dif cil Precisava tirar os tr s adamitas dali vivos CAP TULO 63 Quando Kennedy olhou para Leo Tillman precisou lutar para sufocar um grito de desgosto Ela vira os ferimentos dele quando eram recentes ent o pensara estar preparada para tudo o que pudesse encontrar quando os Mensageiros a empurraram com Rush pela porta da sala m dica e lhe disseram bruscamente que esperassem ali Mas ela n o contara com os caprichos da psicologia Elohim Os ferimentos de Tillman haviam sido enfaixados e ele havia recebido a transfus o de sangue da qual precisava desesperadamente Na verdade parecia ter recebido intensos cuidados M quinas de diagn stico haviam sido trazidas de algum lugar e ligadas ao corpo dele onde quer que houvesse espa o entre tubos de soro e cateteres As ataduras estavam limpas assim como os len is Contudo algu m havia lembrado em meio a todos aqueles procedimentos cl nicos que estavam lidando com um inimigo Nesse momento haviam agrilhoado as m os e os p s de Tillmann cama com correias t o esticadas que o corpo dele estava quase suspenso sobre a cama Um m dico aferia a press o sangu nea de Tillman com um medidor sua express o branda e calma como se tudo aquilo fosse trabalho rotineiro Os dois anjos de Kuutma tamb m estavam ali frios e indiferentes observando o trabalhar
202. a a fazer sen o esperar Kennedy ligou a TV e ficou navegando pelos menus dos filmes pay on demand Tentou ver dois mas a com dia n o era engra ada e o thriller de conspira o a deprimiu ao mostrar se mais plaus vel do que sua pr pria vida se tornara Ligou para o servi o de quarto e pediu uma salada caesar Quando a comida veio ela sentiu que a ltima coisa que queria fazer no mundo era comer O telefone do quarto tocou em torno das nove horas da noite assim que a escurid o caiu tr s toques depois sil ncio Dez minutos depois Kennedy desceu ao t rreo e saiu pela porta dos fundos do hotel onde havia uma fila de cinco ca ambas de lixo pintadas de verde Entre a terceira e a quarta havia um grande saco pl stico com o logotipo do Europeum Mall Ela pegou o saco e voltou ao quarto Levou algum tempo para se familiarizar com o conte do Em sua poca na pol cia Kennedy havia usado uma Glock27 uma verdadeira arma de policial com cabo inclinado para a frente de modo que parecia pular para dentro da sua m o ao ser sacada e tinha um recuo em linha reta Ela a havia perdido em circunst ncias que ainda a assombravam e nos anos que se seguiram s uma vez havia disparado outra arma Certamente nunca usara nada parecido com a monstruosidade que tirou do saco O rifle de dardos havia sido sugest o de Tillman e Diema concordara Kennedy apagou a luz cedo mas n o foi dormir Sentou se na cama e pensou em Izzy Mais e
203. a comunidade de intelig ncia Dividi informa es com amigos e contei a eles a hist ria toda Seu nome O nome de Silver O t tulo do livro e meus palpites a respeito de quem voc s realmente s o por tr s desses pseud nimos Gassan arfou audivelmente Olhava horrorizado para Kennedy Heather ele protestou fragilmente N s especificamos discri o Sim ela disse Voc s especificaram Ela estava se movimentando agora ao redor da mesa e Wales virava a cabe a para n o perd la de vista Voc n o tem ideia de quem somos disse ele Sua voz havia mudado A humildade se desvanecera A borda nua de algo completamente diverso estava mostra Eis o que eu sei Kennedy disse ainda caminhando em dire o cabeceira da mesa mas nem sequer olhando para a porta embora estivesse em seu caminho Sei que voc e o Mark Silver n o consideram nada do que fizeram como um crime e que voc n o sente nenhuma culpa por isso Mesmo que precisasse matar algu m o que voc meio que esperava ter que fazer estaria pronto para Ela s foi at esse ponto Wales percebeu aonde Kennedy queria chegar ou ent o adivinhou como ela adivinhara que algo n o estava saindo conforme o planejado Ele se colocou subitamente na frente dela e quando os bra os se descruzaram tinha uma adaga em cada uma das m os O segundo choque foi t o doloroso quanto o primeiro Kennedy conhecia aquelas armas tamb
204. a de 15 minutos depois com uma bra ada de pastas de papel manilha Ele as despejou em cima da mesa e enxugou a testa fingindo exaust o Obrigada Rush Olhe voc hoje foi destacado para trabalhar comigo Espero que esteja tudo bem um trabalho de escrit rio sem servi o pesado Rush assentiu A mudan a t o boa quanto o descanso T bom ent o Vou levar mais ou menos uma hora para ver todos estes arquivos e fazer anota es Depois disso vou pedir que voc traga as pessoas para c uma de cada vez e atue como acompanhante enquanto eu estiver fazendo os interrogat rios Enquanto isso j tomou caf da manh Rush deu de ombros Uma x cara de ch E duas torradas a refei o mais importante do dia Rush Tem algum lugar aqui onde sirvam caf e bagels Rush assentiu Tem o Sam Widge s na Gerrard Road Salm o defumado com cream cheese e um espresso duplo para mim Para voc escolha o que quiser Ela lhe entregou uma nota de 20 libras e ele saiu Os arquivos do pessoal eram t o simples e banais quanto ela esperara que fossem e Kennedy foi capaz de verificar todos eles dentro da hora que havia estipulado O caf ajudou O fl cido p ozinho de massa fina acabaram os bagels lamento nem tanto Toda a equipe de Ryegate House tanto a que trabalhava o dia todo como a que fazia meio per odo tinha um hist rico profissional impec vel Ningu m ali tinha ficha crimi
205. a de o homem ficar longe dele Kennedy conseguiu firmar os p s e se levantar Mas mesmo cego e ferido o homem a ouviu dar um passo para tr s Ele avan ou em uma marcha de p s arrastados para o espa o que ela desocupara pressionando a at que a parede ficasse bem contra suas omoplatas Ent o ele a chutou e ela atravessou a parede O p dele acertou o peito de Kennedy com tanta for a que provavelmente teria arrebentado suas costelas se ela estivesse encostada a tijolos Mas estava escorada contra gesso fino velho e quebradi o colado sobre ripas muito finas Ela foi cambaleando para a sala ao lado caiu estatelada de costas e rolou de lado esperando que ele a seguisse No entanto nada mais atravessou a parede Ela se levantou e caminhou vacilante at o buraco de bordas desiguais as m os embalando o peito tentando inspirar um pouco de ar O homem se fora Aos trope os Kennedy fez seu caminho de volta at o quarto onde haviam lutado Algo jazia no ch o uma massa escura e disforme Kennedy foi at ela e a pegou Ent o fez uma careta e afastou a do rosto Encharcada fl cida e exalando um fedor azedo de oleorresina era a m scara do homem e ele havia reduzido metade dela a tiras rasgadas em sua pressa de arranc la do rosto Na rua os inocentes espectadores em sua maioria haviam se dispersado como fantasmas ao raiar do dia tendo cumprido seu dever c vico e satisfeito sua curiosidade Mas o pequeno grupo
206. a disse sim Sonda de Kelvin e operador S um dia Amanh Ela pegou os arquivos de Gassan N o precisa acreditar em mim disse a ele S me deixe prosseguir com o plano Vamos saber muito mais amanh Porque amanh n s vamos ser capazes de ir aonde eles foram Ver o que eles viram e o que tocaram Descobrir o que levaram se que levaram algo Gassan olhou para Kennedy com um ar de ceticismo muito aristocr tico como se ela tivesse acabado de lhe propor um neg cio il cito E como que vamos fazer isso Por m gica Quase isso respondeu Kennedy CAP TULO 8 Isabella e Heather n o podem atender no momento mas se quiser deixe uma mensagem ap s o bipe A gente liga pra voc Ningu m deixara uma mensagem N o havia a luz vermelha na base da secret ria eletr nica Kennedy s acionou o correio de voz para poder ouvir a voz de Izzy O apartamento era assombrado pela aus ncia dela uma quietude nada fantasmag rica mas hostil Ela perambulou da sala para o quarto depois de volta ao hall Nenhum desses lugares parecia confort vel Desde o momento em que descobrira quem eram os ciganos quando tinha sete anos Kennedy acalentara uma fantasia secreta que envolvia abandonar tudo o que possu a exceto a roupa do corpo e pegar a estrada Quando estava deprimida tendia a encarar espa os fechados como pris es O sentimento lhe voltava agora mais forte do que nunca Ela tirou o telefone da
207. a do Z Colmeia J que a garota n o reagia ele seguiu listando velhos cartuns como um exerc cio mental Pelo menos ajudava a passar o tempo Dom Pixote Hector Heathcote Fantasminha Legal O Urso do Cabelo Duro Josie e as Gatinhas Deputy Dawg Manda Chuva Frangolino Tom e Jerry Ainda nenhuma rea o da garota Bem talvezum lampejo de interesse por Tom e Jerry mas nada garantido Quer jogar um jogo ele perguntou N o Vamos vai Aposto que consigo ouvir sua mente Ela olhou para ele por um longo tempo Finalmente disse Fique quieto Acha que n o consigo ouvir sua mente Rush insistiu Dessa vez ela nem se incomodou em responder Pense em um n mero de um a dez ele disse Depois subtraia cinco A testa da garota se franziu em uma careta Um elefante colorido da Dinamarca Essa velha e idiota Agora fique quieto Ou quer que eu machuque voc De repente ela tinha uma adaga na m o Era uma coisa estranha e assim trica com uma extens o achatada em forma de gancho ou colchete de um lado da l mina Rush olhou para a arma e depois para o rosto da garota Ap s um instante ela feza adaga deslizar para dentro da camiseta Devia haver uma bainha l presa com uma correia ao ombro dela a correia passaria entre os seios e ela estava olhando para ele enquanto ele olhava para os seios dela o que talvez n o fosse uma ideia l muito boa Se voc me m
208. a ela A morte em batalha o que os soldados esperam Pela minha experi ncia Tillman disse a cabe a e os ombros erguendo se do al ap o enquanto falava soldados esperam isso para todo mundo menos para si mesmos Ele manteve as m os vazias vista enquanto subia para aquele piso Ainda assim a garota lan ou lhe um olhar repleto de desconfian a Sente se disse a ele Tillman obedeceu mas puxou a cadeira afastando a um pouco da mesa e deixando a de frente para a garota Queria estar livre para agir se a necessidade surgisse Kennedy imaginou Se Diema entendeu o que ele estava fazendo n o demonstrou estar nem um pouco incomodada com isso Tudo o que voc tirou do dep sito ainda est no caminh o ela perguntou Tillman assentiu Todas as evid ncias incriminat rias disse juntas em um s lugar esse o assunto Voc a equipe de limpeza da cena Diema considerou seriamente a pergunta Sim respondeu Acho que sou Mas voc n o tem ideia do que que estou limpando ent o n o sabe o que est dizendo por isso que est aqui na verdade Para ser instru do Ela parou por um momento como se esperasse uma pergunta Quando nem Kennedy nem Tillman falaram continuou Se eu pretendesse ferir voc s se pretendesse fazer isso agora hoje eu os teria abordado de outra forma Voc s percebem isso n o Kennedy olhou de Diema para Ben Rush
209. a escala que a profecia exige Mas ultraleves Pulverizadores Este o espa o a reo mais ferozmente defendido do mundo Ele nunca poderia ter certeza de que conseguiria E a minha ideia sobre terra os e telhados se o vento mudasse n o daria em nada Ele n o pode esperar Disso n s sabemos O Shekolni nos disse uma hora exata n o uma estimativa vaga A mente de Diema corria paralelamente dela agora Se terra e ar s o uma coisa n o duas isso Kennedy concordou Voc lembra do 11 de setembro Voc ainda era crian a mas N s lembramos Diema disse com vozapertada Quando as torres ca ram houve uma nuvem de p sem igual na terra Milhares e milhares de toneladas de p correndo pelas ruas com a onda de choque cobrindo os quatro cantos de Manhattan As pessoas ficaram doentes s por causa do p Algumas ainda est o Berukhot Ele usa o explosivo para derrubar um pr dio Para pulverizar um pr dio Reduzi lo a tomos Da voc tem uma enorme onda de choque e uma enorme nuvem de p E a ricina est dentro do pr dio ent o a nuvem de p se torna um vetor Ela se espalha daqui para as ruas Terra e ar tudo junto em um coquetel venenoso Quem inalar morre Mas onde Diema quis saber Que pr dio ele escolheria Os caminh es s vieram naquelas duas vezes Diema Nunca mais voltaram A garota a fitou aturdida E da Da q
210. a multid o se aglutinou em uma nica massa em luta Kennedy n o conseguia nadar contra essa mar tentou manter se no lugar e deixar que passasse por ela entretanto mesmo isso era exigir demais Foi arrastada pela onda Homens e mulheres com o logotipo vermelho do hotel no peito salva vidas presumivelmente tentavam dirigir a multid o e impedir que as pessoas fossem esmagadas contra as paredes Um deles foi empurrado por um homem em fuga e caiu na piscina Provavelmente o lugar mais seguro para estar agora Kennedy pensou Mas precisava descobrir o que estava acontecendo e r pido Deixou que a massa a carregasse Quando chegasse ao andar de baixo na rea dos vesti rios seria mais f cil desvencilhar se e seguir seu pr prio caminho Itt os salva vidas gritavam Aqui Por aqui Dois deles um homem e uma mulher seguravam uma porta aberta contra a turbul ncia tr pega e cambaleante da multid o Kennedy a atravessou e desceu a escada al m Cada degrau era uma luta para permanecer de p e evitar ser pisoteada pela press o humana No fim da escada que levava ao espa o mais amplo dos vesti rios a massa se dispersou um pouco e o aperto se reduziu Aqui tamb m no entanto homens e mulheres os conduziam com urg ncia para a frente Itt Itt E os empurravam se parassem Um homem entrou no caminho deles e gritou na cara de Kennedy Itt kell mennem asszony itt Ela seguiu pelo caminh
211. a no ch o e Tillman ca a de joelhos Eles pelo menos tinham armas Voc n o tem nada Mas se o que deseja venha Tillman tateava o ch o em busca da pistola ca da Ber Lusim chutou o rosto dele com for a brutal derrubando o de lado dentro da fossa de gordura Houve um momento em que Rush poderia ter se esquivado da faca e atacado Entretanto n o conseguiu fazer com que seu corpo se movesse enraizado de horror ele olhou para o corpo im vel de Tillman l embaixo Leo estava de rosto virado contra a gosma e o lodo que cobriam o piso da fossa Se n o estivesse j morto provavelmente estava prestes a se afogar ou sufocar Rush for ou se a agir Deu as costas a Ber Lusim enquanto seu rombenc falo gritava que ele deveria se jogar no ch o e se encolher em posi o fetal e saltou para a fossa Desta vez n o conseguiu manter se de p Caiu de costas no leo ran oso e patinou grotescamente por um ou dois segundos antes de conseguir rolar e se endireitar Rastejou at Tillman tateou o com m os agora cobertas de gordura e finalmente conseguiu vir lo de rosto para cima O grandalh o estava profundamente inconsciente mas ainda respirava Rush colocou as m os sob as axilas de Tillman e o puxou O homem era um peso morto todavia o rapaz conseguiu mov lo um cent metro por vez at a parede da fossa Ele o escorou nela em um canto para que n o escorregasse facilmente de volta ao ch o Rush estava consciente da pre
212. a o que Toller sabia e como descobriu Lembre se da nica coisa que ele fazia que o marcava como um membro do Povo de Judas Ele usava o sinal do n corredi o Diema tinha o cabo da M26 na m o e havia tirado metade da arma do coldre Entretanto Rush ainda estava na pior posi o poss vel bloqueando a maior parte de sua linha de fogo mas quase nada do campo de vis o de Ber Lusim Toller usava o sinal do n corredi o como uma b n o Rush disse Os seguidores dele n o sabiam o que era e ele nunca explicou a eles Mas o usava mesmo assim Sei disso Ber Lusim retrucou Voc n o sabe tudo Toller nunca usou o sinal do n corredi o Nem uma vez Os olhos de Ber Lusim se estreitaram O qu Rush deu de ombros mostrando as m os vazias T eu sei Eu tamb m pensei assim da primeira vez que li Mas da eu via Diema fazer o sinal e alguma coisa n o pareceu certa Eu pedi para ela me ensinar a fazer Ent o voltei e li de novo e ali estava Ele levava a m o sua garganta depois ao seu cora o ent o ao seu est mago e depois disso fazia um c rculo voltando para o ponto onde havia come ado Eu li essa passagem Ber Lusim rosnou Voc me toma por um tolo Ent o se voc tivesse um rel gio no peito Rush disse roubando a met fora que Diema havia usado no avi o para Budapeste assim que os ponteiros girariam Olhe Assim Diema p de ver que
213. a praga Diema correu em sua dire o enquanto ele desabava e lutou para arrancar a faca de suas m os mas nada havia a fazer Shekolni j se afogava no pr prio sangue com suas vias respirat rias assim como a jugular completamente rompidas Sua m o direita se ergueu tremendo violentamente e tocou o bra o dela Foi como se estivesse tentando consol la CAP TULO 61 Pelo amor de Deus ser que d para voc s falarem em ingl s Kennedy j havia dito isso tr s vezes mas essa foi a primeira vez que a torrente aparentemente infinita de aramaico se interrompeu e as outras pessoas na sala cada uma delas Elohim dignaram se a olhar para ela Nem mesmo Diema pareceu amistosa Ela e Rush haviam sido completamente esquecidos durante a r pida retirada do Monte Gell rt Os assassinos haviam se tornado funcion rios de remo o pegando tudo o que puderam encontrar incluindo os vencidos os poucos mortos e os muitos feridos de ambos os lados e correndo a toda a velocidade com seus fardos pesados de volta velha oficina de impress o pela qual haviam entrado De l com a evacua o ainda em progresso e o som de sirenes erguendo se de todos os lados Diema fizera com que os dois fossem levados de volta ao esconderijo em uma das falanges de ambul ncias se verdadeiras ou falsas Kennedy n o p de decidir que partiam com suas pr prias sirenes ativadas contra os enxames de ve culos de emerg ncia que conve
214. a qu mica Este processo tem que produzir uma massa polpuda e depois que ela seca a ricina se acumula na superf cie e raspada Voc a despeja em uma bandeja rasa porque precisa de uma superf cie ampla Se o Ber Lusim n o fez isso aqui ent o ele levou a polpa refinada para secar e ser raspada em outro lugar Uma segunda instala o de processamento Kennedy disse Talvez dentro da pr pria Manhattan Haveria algum jeito de identific la Tillman balan ou a cabe a relutante N o uma opera o muito simples Essa a maior e mais dif cil parte do trabalho Prensar as sementes extrair o leo e processar a polpa Isso exige tempo m o de obra e um monte de solventes qu micos poderosos Mas na hora de raspar voc s precisa de uma l mina E luvas disse Diema Presumivelmente Bom voc com certeza n o ia querer tocar no material Ou inal lo Seus funcion rios usariam macac es de prote o com suprimento de ar Mas a n o ser que eles saiam para fumar um cigarro e esque am de mudar de roupa n o vejo como isso pode nos ajudar Em todo caso a raspagem n o estaria mais acontecendo agora Kennedy argumentou O que quer que o Ber Lusim pretenda fazer temos que supor que ele j colocou tudo no lugar e est pronto para come ar Os caminh es que deixaram as sementes e os produtos qu micos aqui Taria disse Para onde foram depois Kennedy nunca ouvira T
215. a que da sua Santo E n o tenho certeza de que concordo Quando se usa uma bala como voc diz todo pensamento e todo cuidado s o levados em considera o antes que ela seja disparada Depois disso s se pode observar o que acontece Ent o N o isso o que estamos fazendo Perdoe me Santo mas o que fazemos est mais para tortura Uma s rie de interven es cuidadosas e esmeradas para obter um efeito cumulativo Shekolni sorriu E isso que est vincando sua testa Est reconsiderando De forma alguma Ber Lusim ficou chocado com a insinua o Tortura algo em que sou muito versado N o estou me opondo ao plano apenas tentando entend lo Ber Lusim fitou Shekolni ali na escurid o da cela que era absoluta a n o ser pelas chamas de tr s velas que queimavam em um nicho ao lado da cama As sombras cobriam a face do profeta como um v u Sua express o era insond vel Voc s vezes pensa em nossa inf ncia ele quis saber por fim Quando voc era apenas um homem foi o que quis dizer Quando ainda havia mist rios que n o podia compreender Mas n o disse tais coisas Tato e humildade eram importantes ao lidar com o divino encarnado O profeta riu Eu nem mesmo estava vivo naquela poca N o me lembro de coisa alguma Minha vida come ou no dia em que tive minha primeira vis o Nada que tenha ocorrido antes disso tem significado para mim Ber Lusim assentiu como se
216. a sua bagun a Diema ficou em sil ncio Com os olhos dos tr s sobre ela voltou a dar de ombros Desta vez o gesto parecia afirmar que ela j expusera o caso e a eles cabia pegar ou largar verdade que queremos a rede de apoio a Ber Lusim encerrada disse ela As cren as dele s o heresias abomina es E al m disso o que ele est fazendo nos coloca em risco vis vel demais Leva as pessoas a fazer perguntas e procurar padr es Foi por isso que fui enviada por isso que estou aqui agora falando com voc s Mas eu diria que a perda seria maior para voc s do que para n s Muitas pessoas j morreram Mas se Ber Lusim chegar ltima profecia muitas muitas mais morrer o O olhar de Diema encontrou o de Kennedy Voc leu o livro Toller fala de mil milhares que ser o sacrificados Um milh o de pessoas N o acredito que voc s gostariam de ver isso acontecer Mas n o foi por isso que voc veio at n s disse Kennedy Voc n o d a m nima para quantas pessoas morrem desde que sejam da nossa gente e n o da sua Para voc s n o somos melhores do que gado Qualquer coisa que ameace o grande segredo voc s exterminam E quer que a gente acredite que esses man acos que est o solta fazendo todo esse barulho n o s o grande coisa para voc s Diema franziu os l bios Seus olhos se estreitaram um pouco Eu me expressei mal disse ela com imperturb vel paci nci
217. a tentando fazer uma lista de todo mundo que j preencheu um formul rio pedindo para ver o livro Essas pessoas n o necessariamente o leram Certo Voc est certo T ent o agora me diga se ele conseguiu A lista completa est por aqui em algum lugar Jukes piscou mais um pouco N o sei disse Acho que poder amos entrar com alguns desses nomes de usu rios e dar uma busca pelo resto dos arquivos do Wales para ver se eles aparecem em mais algum lugar Fa a isso Jukes fez N o Nada Talvez ele tenha anotado a m o Ou talvez espere Vou dar uma olhada nos arquivos deletados dele Voc consegue fazer isso Jukes soltou uma risadinha diab lica Ah sim A n o ser que voc use um programa como o Eraser apertar a tecla Delete o mesmo que salvar para ver mais tarde E ningu m aqui pode instalar softwares n o autorizados nas m quinas ent o normalmente tudo acaba sendo T bom Aqui Uma profus o de janelas se abriu na tela Jukes foi fechando todas metodicamente at restar apenas uma Aqui est sua lista disse ele Rush percebeu uma coisa s ao primeiro olhar Uma Trombeta Profere o Julgamento nunca havia sido um best seller Havia s cerca de 20 nomes na lista e se as datas junto deles eram as datas em que os usu rios haviam pedido o livro o per odo para o qual ele estava olhando cobria mais de 50 anos O primeiro nome FOSSMANH vinha com a data 17
218. acabar com a gente l em Budapeste Ele um cara razo vel Aposto que ele nunca nem sonhou em meter uma faca nos rins do Leo Diema estava r gida de impaci ncia apoiada nos calcanhares Ele vai seguir as ordens que recebeu disse ela tensa Kuutma disse que faria um pronunciamento Voc s est o a salvo at que ele decida o contr rio Isso o que voc diz Se o Leo ficar eu fico tamb m E vou vigiar o seu amigo ao mesmo tempo que ele nos vigia Ele a encarou parecendo beira das l grimas e ela sustentou o olhar com um rosto que parecia um punho fechado Se fosse uma competi o para ver quem desviava o olhar primeiro Rush perderia Ele ergueu o livro como um escudo diante dos olhos De todo jeito a Kennedy disse que a resposta est aqui e eu acredito nela Ent o fa am o que quiserem Eu vou ficar por aqui e atualizar minha leitura Como quiser Diema disse simplesmente Faremos isso durante uma hora depois nos reuniremos aqui E ficaremos em contato por telefone Os que pretendem vir venham Assim como Alus Taria Kennedy e Raziel ela saiu Diema e Kennedy pegaram o caminh o J que algu m precisava faz lo Os outros ganharam as ruas a p CAP TULO 66 Um sentimento de desespero brotou dentro de Rush quando ele viu Diema se afastar Embora breve seu momento de intimidade com ela o deixara mais magoado e exaurido do que se sentira em qualquer ocasi o desde a morte de sua
219. achucar n o vai mais ter um ref m ele disse Quase n o foi capaz de manter a firmeza da voz N o garoto ela disse pacientemente Se eu matar voc n o terei mais um ref m Mas ainda posso machuc lo Isso o manteve calado por uns bons 10 minutos Mas ele havia lido um thriller uma vez no qual o detetive dizia que psicopatas achavam mais f cil matar se n o tivessem de encarar a v tima como um ser humano Ent o ele tentou mais uma vez Meu nome Ben disse Qual o seu Era uma pergunta boba pois a garota j o informara Em vez de responder ela vasculhou a sacola esportiva que carregava tirou um estreito peda o de tecido cor de palha e come ou a torc lo Olhou para Rush com expectativa Ele pesou os pr s e os contras Era um bom sinal na verdade que ela tivesse decidido amorda lo em vez de usar a adaga S que ele realmente n o queria ser amorda ado Mas talvez se ela se aproximasse o bastante para colocar a morda a sobre sua boca ele pudesse fazer alguma coisa Mover se na cadeira em um momento crucial quem sabe e empurr la de cima do palheiro Sabia que isso n o ia rolar Mesmo que ele tivesse ambas as m os livres a garota poderia dobr lo at virar um origami Mas que diabo era ele afinal Ela o chamara de garoto e ele com certeza era pelo menos um ano mais velho que ela muito provavelmente dois anos E n o havia feito nada at aqui al m de ser empur
220. ade sem san o ou permiss o mas ele certamente o fez Procuramos incansavelmente por ele desde ent o mas n o encontramos nenhum rastro A garota assentiu mas nada disse S faria perguntas se fosse convidada a faz las Embora isso j seja ruim Kuutma prosseguiu sabemos que h algo pior Shekolni fez contato entre as Na es com um Mensageiro ou melhor um Convocador comandante de Mensageiros que parece compartilhar das vis es n o autorizadas dele O comandante em quest o Ber Lusim foi um grande homem em sua poca t o formid vel e eu me atreveria a dizer t o cruel que algumas vezes foi chamado por aqueles que o conheceram de Dem nio O Kuutma anterior confiava inteiramente nele Mas ent o cerca de dez anos atr s Lusim caiu em desgra a Ele falhou em seus deveres sagrados Houve mortes de nossa gente n o dos adamitas que poderiam ter sido evitadas O antigo Kuutma chamou Ber Lusim de volta para que pudesse ser punido mas ele se recusou a vir Quando Mensageiros foram enviados para abord lo ele desapareceu S ent o percebemos qu o forte havia se tornado o culto personalidade dele pois muitos Mensageiros que o conheceram e haviam atuado ao lado dele entre as Na es agora o seguiam no ex lio Eles sumiram de nosso radar tornaram se nativos pensamos na poca embora na verdade o oposto disso que parece ter acontecido Eles ainda se mant m distantes dos adamitas apesar de terem
221. alcance ele contra atacou com for a e rapidez Uma tempestade de chutes socos e outros golpes atropelou Tillman em um instante e ele cambaleou para tr s deixando cair sua arma e sofrendo danos ao mesmo tempo que se defendia Hifela o seguiu mantendo a press o Tillman soube na mesma hora que estava em desvantagem N o venceria essa luta e a n o ser pela interfer ncia de fatores externos n o seria capaz nem de aguentar muito mais tempo Um desses fatores externos movia se pelo terreno atr s de Hifela Tillman tentou deslocar se na dire o oposta for ando o assassino a ficar de costas para Diema mas mal conseguia manter se de p A garota agiu mas Hifela p de v la pelo canto do olho Ele saltou quando ela mergulhou virou se ao pousar e plantou um chute no diafragma de Tillman pegando o desprevenido e for ando o a virar se e receber o chute na coxa sua nica defesa poss vel N o havia abertura n o havia brecha no virtuosismo aterrador da viol ncia de Hifela Diema tentou novamente Seus movimentos estavam vagarosos o golpe na cabe a a deixara ferida e atordoada mas ela se for ou a apoiar se nas m os e nos joelhos e preparou se para outra investida Sem nem mesmo olhar para ela Hifela raspou o calcanhar no ch o mandando poeira e cascalho contra o rosto dela Depois girou no lugar e a chutou exatamente no mesmo ponto a lateral da cabe a Enquanto ela ca a ele trocou de p e repetiu o golpe D
222. algo foi Se a resposta for nada queremos saber o que o intruso esteve fazendo durante o tempo que ele ou ela passou no local Se algo tiver sido vandalizado ou danificado isso pode ser t o s rio quanto um roubo Ah e gostar amos de saber quem foi ferido claro ele acrescentou como um pensamento tardio Ea terceira Queremos que voc encontre nosso intruso E se for apropriado que o prenda N o sou mais policial Emil Sei disso E tamb m sei claro o porqu S lhe pedimos que re na todos os fatos o arquivo as provas tudo o que for encontrado E depois deixe o resto conosco Se considerarmos necess rio e desej vel levaremos o assunto pol cia Posso fazer uma pergunta idiota Sempre Por que a pol cia n o est no caso agora Gassan brincou com o que restava de sua fatia de bolo Esta uma situa o que eu herdei obviamente disse com cuidado Houve uma investiga o policial mas n o foi considerada muito produtiva Invadir uma propriedade n o um crime a n o ser que envolva um dano real e esse foi o nico crime que pudemos provar A investiga o gradualmente se esgotou e o museu permitiu isso J haviam decidido que seria melhor conduzir a quest o de maneira mais discreta Marilyn Milton insistiu que os curadores do museu queriam que eu cuidasse do assunto pessoalmente e que eles preferiam que isso fosse feito sem recorrer novamente s institui
223. algum movimento violento o suficiente para precaver a rec m chegada as m os dele agarraram seus pulsos com for a e ele sussurrou uma nica palavra para Samal Rishkert A essa altura as pernas de Kennedy haviam se levantado da cama mas Samal segurou os tornozelos dela no ar e os for ou outra vez para baixo lenta e inexoravelmente Ela n o conseguiu fazer nenhum barulho al m do que veio da tor o de seu corpo contra os len is Izzy Voc est a A voz pareceu um pouco desconfiada e infeliz A porta n o estava trancada Abydos lan ou um olhar fumegante a Samal e este voltou o rosto como se tivesse levado um tapa Ouviram passos na sala aproximando se Izy A essa hora quem quer que fosse j deveria ter visto o facho de luz sob a porta do quarto Mas ningu m simplesmente entraria no quarto fechado de outra pessoa sem convite Ningu m seria insano descarado ou grosseiro o suficiente para isso a menos que tivesse certeza de que havia um convite impl cito A ma aneta girou e a porta se abriu alguns centimetros T legaaal A voz havia mudado de hesitante para provocativa embora ainda houvesse um subtom de incerteza Se estiver com algu m a dentro eu te dou dez segundos para entrar debaixo das cobertas Nove oito sete Ah pro inferno com isso A porta foi escancarada e uma mulher jovem muito jovem deu um passo para dentro do quarto N o poderia ter ma
224. amente onde procurar Bem exceto pelos livros claro Os livros A cole o herdada da antiga Biblioteca Brit nica disso que a Sala 37 est cheia n o O interesse de Kennedy se vivificou apesar de todo o serm o da mulher Gassan havia dito que a Biblioteca Brit nica e o Museu Brit nico costumavam compartilhar as mesmas instala es Na poca ela se perguntara de onde sa ra aquele factoide aleat rio Por qu perguntou ela O que torna os livros diferentes Bem n o dispomos de um cat logo dessas obras disse Parminter como se afirmasse algo estupidamente bvio O cat logo e todos os c digos de acesso foram para o novo edif cio da biblioteca na Euston Road Se eles quiserem encontrar um livro espec fico precisam nos informar um local f sico sala prateleira posi o n mero da caixa A nica alternativa seria procurar dentro de cada caixa at encontr lo A mulher mais velha sorriu ir nico na verdade mesmo perguntou Kennedy Por qu Bem a falta de um endere o f sico significa que obtivemos para os livros um n vel de seguran a muito melhor do que qualquer coisa que temos para os outros artefatos E ainda assim os livros pelo menos os que ficaram conosco depois da mudan a s o a parte menos importante do acervo Eu n o tenho certeza de que isso conta exatamente como ironia disse Kennedy Mas entendo o seu arg
225. an n o tinha uma resposta para isso os dois se separaram sem maior troca de amabilidades Rush ficou onde estava na cal ada diante da entrada principal do hotel com o mercado a c u aberto logo s suas costas Tillman entrou no sagu o e subiu sacada no interior do domo circular Novamente tudo o que podiam fazer era esperar E Tillman come ava a sentir que se esperassem muito mais o dito plano naufragaria nos recifes dos interesses divergentes Tamb m imaginava se acontecesse de terem xito em localizar e neutralizar Ber Lusim por quanto tempo depois disso o Povo de Judas permitiria que eles vivessem Sentado sob a c pula rotunda no centro do sagu o do Hotel Gell rt com uma camisa vistosa e uma c mera pendurada no pesco o Hifela observou Kennedy passar pela catraca e considerou suas instru es Se ela fizer algo que o preocupe seu comandante havia dito Ele poderia consultar Ber Lusim mas o presente momento parecia encaixar se muito bem naquela defini o O fato de a rhaka chegar assim t o perto da base de opera es deles ainda era um ato amb guo mas admitia muito poucas interpreta es e em todas elas a mulher ou um de seus comparsas havia de alguma forma conseguido localiz los Era poss vel que ela estivesse planejando algum tipo de ataque mas parecia improv vel que fizesse isso durante o dia Era muito plaus vel no entanto que estivesse explorando o territ rio para uma incurs o mais
226. anolis havia rastreado a moto contudo n o havia sinal dela aqui nem da garota ali s Havia uma margem de erro claro e Mano fizera quest o de frisar que esse era apenas seu melhor palpite As c meras n o haviam registrado o local onde a moto passava a noite O armaz m era apenas o nexo das ltimas posi es da moto registradas em cada dia s vezes a garota chegara do oeste mas geralmente vinha do norte ou do leste O importante por m era que ela viera aqui todos os dias em torno da meia noite ou um pouco ap s e a moto n o havia aparecido na c mera em lugar nenhum depois disso at as 6 ou 7 horas da manh seguinte Se ela n o estava no armaz m estava em algum lugar pr ximo o bastante para que o edif cio em si valesse mais do que um olhar de relance No papel o armaz m pertencia a uma empresa de transporte de cargas a High Energy Haulage O nome e o logotipo eram exibidos sobre as portas da frente e de tr s do edif cio O logotipo parecia um dos tr litos em Stonehenge uma ampla barra horizontal com duas barras verticais mais ou menos do mesmo comprimento abaixo A barra direita tocava o in cio do tra o superior mas havia um intervalo estreito entre este e o topo da barra esquerda Tillman n o sabia o que aquilo deveria ser entretanto a coisa cutucava sua mem ria de forma irritante J vira isso antes ou algo parecido e na poca tamb m n o havia gostado Na verdade n o havia muito de que gost
227. ar ao hospital fora posto sob efeito de sedativos Emil Gassan fora levado UTI e talvez n o sobrevivesse A per cia tamb m apoiava a hip tese de suic dio O ngulo do talho na garganta de Alex Wales era compat vel com uma ferida autoinfligida E embora ningu m tivesse dito isso a Kennedy a essa altura obviamente haviam procurado impress es digitais no cabo da adaga e encontrado apenas as do pr prio Wales Mas a equipe do pronto socorro relutava ainda mais que a pol cia em liberar Kennedy Primeiro estavam convencidos de que parte do sangue que havia secado e criado crostas sobre ela era o seu pr prio sangue Depois ela devia estar em estado de choque E talvez estivesse na verdade todavia tomar um ch quente e doce n o a ajudaria em nada Precisava escapar daqueles espectadores sol citos e policiais profissionalmente neutros e descobrir por si s o que tudo aquilo significava O Povo de Judas O Povo de Judas investindo diretamente contra ela e Emil Gassan Como que algo assim poderia acontecer Que tipo de mecanismo poderia ao menos come ar a explicar isso Precisava telefonar para Izzy Ter certeza de que ela estava bem Certo talvez isso n o fizesse muito sentido quando se olhava mais de perto por que ela n o estaria bem no entanto o instinto era forte demais Incapaz de conseguir alta do hospital ou de persuadir os detetives amig veis e curiosos a lhe dizer que podia ir embora ela foi ao banheiro
228. ar neste lugar O fato de estar cheio de gente atarefada mas com quase nada entrando ou saindo cheirava muito mal Ele ansiava por descobrir o que estavam aprontando e sabia que sua nica chance seria esta noite Era por isso que ainda estava aqui no meio da grama alta com c ibras nas pernas e com seixos pontudos sob o corpo pressionando lhe o peito Tillman havia direcionado os bin culos porta dos fundos e se o de carga e descarga s janelas ao telhado Havia c meras de seguran a por m ele conseguia visualizar dois caminhos por onde poderia passar sem ser registrado por elas Havia um sistema de alarme mas n o parecia nada capaz de lhe dar muito trabalho O painel externo mostrava as palavras WESTMAN SECURITY SYSTEMS Tillman tinha uma no o muito boa do que havia dentro daquela caixa do que ela faria e do que n o faria Se n o tivesse passado por ajustes em suas especifica es b sicas seria s um c o de guarda que n o late Contudo provavelmente tamb m haveria c es de verdade E guardas Poderia at haver um turno da noite e nesse caso ele precisaria rever seu plano Mas medida que o c u escurecia e os funcion rios do armaz m um a um seguiam para seus carros vestiam jaquetas e casacos longos e partiam Tillman ficava mais otimista em rela o s suas chances O p tio estava vazio agora mesmo assim ele esperou um pouco mais Depois de 15 minutos um homem de uniforme preto saiu pela porta de
229. ar que a garota estava usando um sobrenome diferente daquele da falecida esposa de Tillman Rebecca Beit Evrom N s dois temos que nos encontrar com ela Pergunte a ela de quem ela est falando Ben A voz de Rush soou apagada fraca e comprimida Ela quer falar com voc s mas quer que seja nos termos dela Diz que acha que agora voc s provavelmente sabem o bastante sobre ela para n o fazer nada idiota mas caso ela esteja errada quanto a isso quer que voc s saibam que qualquer a o sua contra ela vai significar que eu vou morrer Entendido Entendido Kennedy disse ouvindo os pr prios batimentos card acos muito altos Rush n o entre em p nico N s vamos at a pegar voc Me d o endere o N o espera Tem mais Ela diz que voc deve trazer o livro e que o Tillman deve trazer o caminh o E que apenas voc s dois devem vir Mais ningu m Posso falar com ela Kennedy pediu Com a Diema Tillman nada disse mas as sobrancelhas dele se ergueram e os l bios se apertaram A outra voz murmurou no fundo Sim Ent o coloque a na Voc pode falar com ela aqui Ela quer que voc s venham aqui da voc s tr s podem conversar Kennedy soltou o ar lentamente encontrando uma camada de calma E onde a Ben Uma fazenda Fazenda do Pombal O endere o N s temos o endere o Kennedy disse Estamos indo Logo estaremos a
230. arede s que era apenas o contorno de uma porta As cores e as texturas daquele trecho da parede eram exatamente as mesmas de todas as outras paredes Devia ser um truque da luz mas era desconcertante e depois de t lo visto Rush n o conseguia se obrigar a n o v lo de novo Ficou parado irresoluto beira da fossa Isso era rid culo Se houvesse algo ali a esta altura outra pessoa algu m que soubesse o que estava fazendo j teria percebido O sol foi escondido por uma nuvem o raio luminoso desapareceu e a porta imagin ria se foi com ele Rush se virou Mas no ltimo momento antes de sair da sala lembrou se das palavras de Diema no Pombal N o a voc garoto N o h planos para voc Que se foda Rush lan ou se dentro da fossa com um salto desajeitado pousando pesadamente e levantando exatamente como temia uma chuva da maior imund cie Quase perdeu o equil brio mas salvou se ao segurar se na parede Um passo de cada vez temendo tanto aquilo em que estava pisando quanto o que estava inalando ele atravessou a fossa at a parede onde a sombra delatora estivera Nada havia l Nem sinal de dobradi a ou ma aneta nem de uma brecha f sica na parede onde uma porta poderia come ar ou terminar Por m o res duo oleoso que havia escorrido por cima de tudo dava uma camuflagem bem eficiente Era muito recente tamb m e formava uma camada mais espessa aqui do que em qualquer outro ponto da parede
231. arede e denunciasse sua posi o em espa o aberto avan ou mais tr s metros abaixou se e rolou at ficar contra uma roda traseira do caminh o A essa dist ncia mesmo que se guiasse somente pela audi o dificilmente erraria Esperou que o inimigo se movesse Mas nada se mexeu E agora Shud estava preso no mesmo dilema temendo denunciar a pr pria posi o com sons ou gestos incautos Ele pensou O homem devia estar muito pr ximo Se tivesse corrido na dire o de Hifela ou dos outros a esta altura teriam ocorrido tiros ou sons de luta Certamente ele continuava na rea de carga t o perfeitamente parado quanto Shud esperando por este momento O homem tinha pouqu ssimas op es agora Poderia rodear o caminh o at a frente entre os para choques e as portas ou contorn lo por tr s entrando em espa o aberto e no campo de vis o de Hifela ou ir para baixo do caminh o para cima para dentro Ocorreu a Shud que ao apagar as luzes o inimigo j havia entregado a pr pria decis o No escuro estava se movendo para fora neste instante rente ao ch o da sala Estava em espa o aberto avan ando t o silenciosamente quanto podia entre seus atacantes agarrando a nica chance que tinha de escapar da cilada que armara para si mesmo e alcan ar a porta Shud ficou de p A dez passos de dist ncia bem porta da rea de carga estava o painel principal de interruptores de luz Ele cobriu esses passos lentamente sile
232. aria falar e ficou surpresa com o fato de que a voz da mulher era baixa e suave em vez de sonora N o sei Diema admitiu E uma boa pergunta Nahir descubra Nahir sacou um telefone celular e digitou n meros sem queixa nem argumenta o 4 conversa de antes sobre hierarquia deve ter acertado no alvo Kennedy pensou Enquanto ele falava ou com Kuutma ou mais provavelmente com algum subordinado Tillman fez sua pr pria busca lenta e dolorosa pela f brica Kennedy foi com ele sustentando uma parte de seu peso N o havia nada no recinto principal que chamasse a aten o dele mas nos fundos no extremo oposto porta pela qual entraram havia uma porta dupla que j estivera fechada com um cadeado Um peda o de corrente ainda pendia de uma das ma anetas e a madeira das pr prias portas estava lascada nos cantos A princ pio Kennedy pensou que os Elohim de Kuutma deviam ter for ado a porta ao examinar o lugar Depois percebeu que a corrente partida estava colada superf cie de madeira por camadas imemoriais de merda de pombo J estava l havia muito tempo No espa o al m da porta encontraram uma fossa de gordura Tillman a examinou atentamente ainda que para isso precisasse se ajoelhar Era um espa o enorme de aproximadamente 6 metros de comprimento tr s de largura e 1 50 de profundidade com duas barras paralelas de ferro enferrujado e corro do atravessadas no fundo Deve ter havido algum tipo d
233. aria sentido Essa ideia quando trazida luz e analisada era a mais assustadora de todas CAP TULO 29 Tillman estava em meio ao grosso mato observando o armaz m atrav s de bin culos Estava deitado de barriga para baixo e mantinha se t o im vel quanto poss vel As manchas de cor em seu traje camuflado o esconderiam de um olhar casual mas at que o c u escurecesse completamente qualquer movimento ainda poderia trai lo O armaz m n o estava exatamente fervilhando de atividade no entanto havia pessoas se deslocando l dentro Duas vezes durante o dia um caminh o havia chegado e recebido permiss o para entrar atrav s de um compartimento de carga logo esquerda do centro no campo de vis o de Tillman Um dos dois voltara a sair com um homem diferente ao volante e partira pela estrada secund ria passando a uns tr s metros dele O outro ve culo continuava l dentro Presumivelmente estava sendo ou carregado ou descarregado por m a porta do compartimento fora puxada para baixo e fechada de modo que era imposs vel saber Ao longo do dia as pessoas movimentavam se por tr s das janelas r pidas e determinadas No p tio sete carros todos razoavelmente novos mas comuns estavam lado a lado Deviam pertencer a funcion rios do armaz m ou gerentes uma vez que ficaram l por todo o tempo que Tillman passara observando e ningu m havia se aproximado deles em nenhum momento Este era o lugar at o qual M
234. as cobriria com o dinheiro que j havia recebido Vamos entrar sugeriu Vou mandar trazer um caf para voc s e depois explicar do que preciso Podemos perfeitamente pular o caf Partridge sugeriu enquanto os dois estudantes levantavam a caixa de a o pelas al as espa adas de maneira uniforme e a erguiam entre eles como quem carrega um caix o e ir direto ao que interessa Mas n o podiam fazer isso sem antes explicar a Gassan e ele ficou novam ente alvoro ado quando percebeu com o qu deveria concordar Tem certeza de que isso legal Heather perguntou puxando Kennedy de lado Soa como algo que pode tocar em quest es de privacidade e liberdade de informa o Este seu local de trabalho ela explicou Tudo o que vamos fazer examin lo em busca de evid ncias de acesso n o autorizado N o estamos presumindo que houve um crime apenas uma invas o Vamos dar uma olhada na Sala 37 e descobrir o que foi feito ali Depois quando confrontarmos nosso suspeito vamos ter alguma base para isso A invas o foi trabalho profissional Emil O cara n o vai ceder vai resistir at o fim Se voc quer ter alguma chance de descobrir o que aconteceu naquela noite precisa conhecer boa parte da resposta antes mesmo de fazer a pergunta Ela esperou que Gassan pensasse a respeito daquilo mas sabia que estava certa e n o tinha d vida quanto decis o que ele tomaria Est bem d
235. as congelou a entre quadros e a garota pareceu oscilar entre dentro e fora da loja o p passando a soleira da porta e voltando depois passando outra vez O garoto resmungou um palavr o apertando PLAY e PAUSE alternadamente at que pudesse estabilizar a imagem No entanto a resolu o era t o ruim que o congelamento da imagem s fezremover uma camada de informa o Tillman passou na frente de Kevin e apertou PLAY novamente observando toda a sequ ncia do come o ao fim Podia se ver melhor a garota quando estava em movimento Havia cuidado e economia em seus gestos a rigidez de uma mola helicoidal ou de uma bailarina esperando sua deixa Ele fez o v deo voltar ao come o e observou de novo enquanto a garota entrava na loja pegava a revista depois de uma olhada r pida e desinteressada na prateleira superior e a trazia para o homem atr s do balc o Ent o ela o homem perguntou a Tillman A garota que voc est procurando D pra dar um zoom Tillman perguntou a Kevin ignorando a pergunta Um pouco o garoto murmurou Ele apertou um bot o e a parte central da imagem se ampliou at que o rosto da garota visto de cima e de lado enchesse a tela Era um rosto razoavelmente atraente at onde Tillman podia perceber naquela sopa de pixels Tinha forma de cora o com olhos grandes e escuros emoldurado por um emaranhado de cabelos curtos e espetados feito arame farpado Mas era muito p lida
236. as de madeira de um tipo que ele imediatamente reconheceu de sua poca como mercen rio Eram as embalagens nas quais pistolas rev lveres e rifles s vezes eram transportados envoltos em lubrificante e pl stico para mant los a salvo da ferrugem caso ficassem guardados por muito tempo Ele abriu uma das caixas rompeu o selo interno e retirou de l um fuzil de assalto FN Mark 16 Havia seis na caixa Uma caixa menor na pilha adjacente continha lan a granadas de 40 mil metros Pareciam encaixar se perfeitamente nos FNs Tirar aquela caixa da frente fez com que ele desse de cara com outra cujas laterais exibiam em letras militares CBU 94 B TMD LEVE O TMD no meio desse monte de abreviaturas era Tactical Munitions Dispenser ou dispersor t tico de submuni es Em outras palavras bombas de fragmenta o com seus pr prios lan adores Bombas Armas Muni es port teis Tudo o que algu m poderia precisar para come ar uma guerra Tillman retrocedeu Os trabalhadores muito ocupados que haviam enchido aqueles caminh es com alta tecnologia mortal durante a maior parte da tarde provavelmente n o estavam levando as caixas e caixotes muito longe Com algumas dessas coisas o contato humano era minimizado ao m ximo sob a alega o de que se a m o de algu m escorregasse de repente n o haveria mais humanos s fil triturado pingando sangue Ent o em algum lugar pr ximo provavelmente dentro desta sala havia um esconderijo Sabe
237. as e suprimentos de onde quer que desejassem os ingredientes b sicos do f rmaco letal e indispens vel eram muito dif ceis de encontrar Diema considerou uma quantidade de comerciantes que Ber Lusim provavelmente conhecia e escolheu um conhecido por sua discri o e usado pelo Kuutma que se foi na poca em que Ber Lusim ainda estava entre os escolhidos Essa primeira escolha n o deu frutos Nem a segunda Por m a magia do n mero tr s operou a seu favor Na terceira casa em Paris n o fazia nem uma semana que estava espiando quando viu o mensageiro de Ber Lusim um homem que ela reconheceu dos arquivos de Kuutma vir coletar uma compra Seguindo o a dist ncia descobriu o canteiro de obras cujas cabanas simples tempor rias eram a resid ncia do Dem nio na Fran a Ela se aproximou cautelosa e lentamente N o superestimaria suas chances Observou calculou e esperou o momento certo Era um soldado agora e seu cora o rejubilava se na tarefa que lhe fora confiada Ao longo de muitos meses ela montou uma imagem da rede de contatos de Ber Lusim Era muito menor do que a de Kuutma claro S podia ser j que era constitu da sobretudo pelos membros da pr pria equipe de Lusim que haviam se separado do Povo ao mesmo tempo que ele Diema soube desse cisma ao ouvir as conversas deles Possu a um amplificador direcional ScopeNet do Ex rcito dos Estados Unidos equipado com camada ap s camada de filtros de ru do intel
238. aso isso seja necess rio outra vez O que quer que esteja l o que quer que ele tenha planejado seria de grande ajuda para mim se eu pudesse enxergar com seus olhos uma pena Porque meus olhos v o ficar bem aqui com o resto de mim Com o Leo A impaci ncia de Diema tornou a impetuosa Ela estapeou o rosto de Kennedy com for a A rea o de Kennedy antes mesmo de registrar a dor do tapa foi plantar um soco na mand bula de Diema Esta recebeu o golpe sem nenhum som sem nem mesmo se retrair Sua dor Diema disse sentindo o estreito filete de sangue escorrer do canto da boca e a minha dor S o a mesma dor Kennedy havia recuado bra os erguidos preparando se para uma briga N o pareceu incomod la o fato de que provavelmente seria uma luta bem r pida que ela perderia Mas a pergunta a perturbou Ela baixou as m os perplexa Ent o ap s um momento descartou a fazendo um gesto de desgosto e rejei o Por favor saia daqui ela disse a Diema Me deixe ver o Leo ou ent o saia N o tenho nada pra voc Responda pergunta Sua dor Como que eu vou saber se a mesma dor Kennedy gritou N o vivo dentro da sua mente n N o sei o que voc sente Nem se voc sente alguma coisa N o sei nada sobre voc a n o ser o seu nome e at isso meio discut vel Mas somos todos iguais Diema disse Por dentro nisso que voc acredita n o Kenne
239. asse anunciando o fim da batalha do dia Assim que teve permiss o para se mover encontrou o l der de sua equipe despindo se no vesti rio e atracou se com ele N o empurrou nem chutou nem bateu nele apenas pressionou o corpo contra o do garoto deixando o uniforme dele saturado da tinta vermelha e obrigando o a compartilhar da desonra que por direito era dele n o dela Mas o tumulto dos sentimentos dela ainda que dominado por raiva e frustra o tinha tamb m outros componentes A press o de seu corpo contra o de Nahir come ou a incitar sentimentos que n o eram inteiramente desagrad veis Quando ele a beijou hesitante temendo que a garota o censurasse ela correspondeu ao gesto O relacionamento durou cinco semanas Tempo suficiente para a garota decidir que estivera certa em sua opini o os inc modos e provoca es causados por deixar que algu m chegasse t o perto excediam quaisquer prazeres poss veis Ela disse a Nahir que estava tudo acabado para grande desgosto do rapaz e quando ele chegou ao extremo de abandonar a pr pria dignidade e implorar por ela ela se afastou Houve outra aventura com uma garota quatro anos mais velha que ela Ela concordou em tentar s para ter certeza de que da primeira vez n o havia simplesmente escolhido a pessoa errada Os resultados foram quase os mesmos embora este relacionamento tenha durado um pouco mais e tido um fim um pouco mais turbulento A garota treinou por tr s anos O
240. avelmente Tillman ergueu o r dio j em movimento De repente ele tinha todo o espa o do mundo para se mover Os banhistas fugiam dele por todos os lados e t o rapidamente quando podiam Onde voc est gritou ele Ouviu uma nica palavra Soou como monte Ou talvez morte Esperou que o garoto sobrevivesse Esperou que todos eles o fizessem Mas fez o que precisava fazer Kennedy ouviu os tiros primeiro as marteladas precisas e certeiras da arma de Diema seguidas pelo rugido apavorante de um rifle autom tico que soava como uma britadeira Um momento depois e muito mais perto uma janela se quebrou De onde ela estava o lado de um toldo escondia os corpos em queda de Tillman e do Mensageiro e os primeiros gritos engoliram o som que fizeram ao chegar ao ch o Soube apenas que a viol ncia irrompia ao seu redor e com isso que o plano havia sido ao mesmo tempo um sucesso e um fracasso Os Elohim haviam mordido a isca contudo de alguma forma erraram o alvo Ou ent o haviam escolhido elimin la por meios que envolviam muitos danos colaterais Ela deu tr s passos em dire o aos sons mas s chegou at esse ponto As pessoas mais pr ximas recuaram contra ela viraram se e come aram a correr infectadas pelo p nico das que estavam no epicentro do tumulto S que n o foi realmente uma corrida Dentro de segundos enquanto centenas de pessoas partiam para as poucas sa das dispon veis
241. bemos uma anomalia para ser honesto Provavelmente n s a ter amos jogado fora s que perdemos nosso nico exemplar do livro o livro verdadeiro em circunst ncias bizarras e n o conseguimos substitu lo J que isso tudo o que temos n s o mantivemos E j que lhe falta at mesmo a mais b sica autentica o n o anunciamos que existe Ele pediu licen a cordialmente ciente da tens o e da urg ncia dela mas educado demais para comentar sobre isso e deixou a com a transcri o Kennedy tirou o prendedor e virou a p gina ou melhor ergueu a p gina j que as folhas n o estavam encadernadas Ficou surpresa ao descobrir que a segunda p gina era uma fotoc pia turva do que devia ter sido o frontisp cio do livro original Era um desenho feito apenas com contornos e uma habilidade indiferente de um pared o rochoso com uma cidade na base Sob a figura havia um epigrama em latim De agoni ventro veni atque de austio terrae patente O latim de Kennedy s era bom o suficiente para entender sa dam te aqueles que morrer o e de todo modo ela nunca havia gostado muito dessa frase Retirou a folha para ver a pr xima p gina de n mero 1 Uma vez que este Novo Mundo prove ser t o semelhante ao Velho e dado que os nossos rec m cunhados Governantes sejam de um metal ordin rio que um homem poderia morder e ver a marca dos seus Dentes na moeda digo vos agora cansei me deles por ora e para sempre Eu e cada
242. bulo atr s delas e espiou as por alguns momentos em um sil ncio p treo como a esposa de L quando se virou para olhar as cidades da plan cie Depois ela sumiu novamente Eu dei mancada Kennedy disse quando Izzy finalmente permitiu que ela usasse a boca para falar Mas eu te amo Iz N o consigo imaginar minha vida sem voc Se me der mais uma chance nunca mais vou te afastar Eu sabia Izzy murmurou ao ouvido de Kennedy Sabia do qu Que se eu ficasse firme voc acabaria de alguma forma descobrindo que foi culpa sua eu ter transado com aquele cara Voc um g nio amor Por isso que preciso de voc Beijaram se mais um pouco mas depois Izzy afastou o rosto do n de l bios para olhar a rua atr s dela Voc deixou um t xi esperando Ah Kennedy disse Gra as a Deus Vamos embora CAP TULO 72 Que os olhos estivessem vermelhos era um tipo de licen a po tica Era uma maneira de dizer algo que precisava ser dito mesmo que n o fosse o que ela via Contudo havia um problema com o preto Diema decidiu Ambas as mulheres tinham cabelos t o lustrosos que ela n o conseguia captar tanta riqueza tanta fartura com os pigmentos e t cnicas que conhecia guisa de solu o parcial ela as desenhou de maneira estilizada com os cabelos na forma de um s lido negro com barras igualmente s lidas de branco fazendo os reflexos Os m sculos foram delineados co
243. causar uma guerra de tamanho m dio e acho que provavelmente para isso mesmo Kennedy balan ou a cabe a N o para isso Tillman a encarou aturdido Como que voc sabe algo que voc descobriu na Fran a Algo a ver com Kennedy o cortou Ainda n o Leo Viemos aqui pra voc me mostrar o que tem Como que essas coisas est o ligadas aos Mensageiros que me encontraram E a garota Voc disse que foi procurar por ela Explique Kennedy p de perceber pela express o dele quando a olhou que seu tom a havia denunciado Ele sabia que ela estava escondendo alguma coisa e sabia que era importante Qu o duro seria para ele juntar as pe as e finalmente entender quem estivera perseguindo Me conte ela pediu novamente com mais urg ncia Ela tem uma moto Tillman disse em uma voz calma quase inexpressiva em contraste com a dela O Manolis conseguiu achar o n mero da placa depois invadiu as redes de c meras de vigil ncia de tr nsito para ver por onde ela tinha passado Est vamos procurando um lugar que se repetisse Pensamos que daria para ter uma ideia de onde ficava a base dela Mas ela me viu Viu voc Kennedy voltou a ficar estarrecida Quer dizer que voc se encontrou com ela Voc realmente N o N o foi isso que eu quis dizer Ela adivinhou o que far amos e virou a mesa Pelo menos o que eu acho Ela queria que eu encontrasse o armaz m Uso
244. cessar essa pessoa por ass dio sabia Eu estou num corredor A mente de Kennedy continuava a disparar ao acaso e ela percebeu de repente que os jornais do dia seguinte estariam repletos do violento suic dio na Ryegate House N o havia maneira de impedir que Izzy soubesse disso Ent o ela trocou de t tica com um tom casual abriu o jogo e contou a Izzy uma vers o imensamente editada dos recentes eventos que culminavam com algu m morreu Bem na sua frente Izzy quis saber Algu m simplesmente morreu onde voc estava N o entendo Foi dif cil de explicar Izzy Mas eu estou bem Totalmente bem Ele se matou Ele o qu Ele se matou Foi o cara que invadiu o dep sito do museu N s o pegamos Mas ele se suicidou Ai meu Deus O longo sil ncio do outro lado da linha indicava qu o perplexa Izzy estava o sil ncio n o era seu estado normal Ent o acabou Essa parte do caso acabou Ent o seguro eu fazer as malas e N o N o n o Me d s mais uns dias S rio S rio S mais uns dias o tempo que eu vou durar Heather com a bruxa malvada me olhando torto toda vez que eu falo um palavr o Tudo bem Voc sabe que eu digo muito palavr o Tudo bem Izzy N o amor N o est tudo bem Voc me diz que est bem mas n o soa como se estivesse e eu sei que voc tem mania de se fechar D
245. chamou Heather E Como nos velhos tempos disse ele As palavras exatas do Gassan Kennedy pensou Na poca havia discordado la se voltou respondeu tristemente Bem por a CAP TULO 20 De Coram s Kennedy seguiu para Ryegate House J passava das 9h30 agora mas o edif cio ainda estava fechado para o mundo com placas de a o selando as portas deslizantes da entrada frontal e tr s carros de pol cia estacionados em fila logo adiante Ela tocou a campainha algumas vezes sem obter nenhuma resposta Ent o contornou o pr dio at a parte de tr s encontrou a entrada de servi o que Rush havia mencionado e martelou a porta de a o t o alto quanto p de Finalmente a algazarra gerou um resultado Houve um chocalhar de chaves do outro lado da porta Esta se abriu e um guarda uniformizado apareceu por ela olhando inexpressivamente para Kennedy Aqui a entrada de servi o disse ele friamente Ela passou por ele sem lhe dar tempo para reagir Estou em servi o ela disse Trabalho para o professor Gassan Um documento por favor o guarda pediu com atraso Kennedy mostrou sua carteira de habilita o Eu quis dizer um documento interno Voc est registrada aqui Se n o Eu confirmo que est Ben Rush disse surgindo para juntar se a eles no estreito corredor de servi o Est tudo bem Cobbett Ela est investigando o caso Pensei que a
246. cilmente Todos o amavam Todos acreditavam nele Todos desejavam seu xito Mas infelizmente embora ningu m sua volta pudesse ver ele estava possu do por um dem nio Ela contou a hist ria exatamente assim como se fosse um conto de fadas ou talvez uma par bola por m de qualquer modo como se fosse uma narrativa j afastada de todos eles dela pr pria e de seus ouvintes e transportada para outro n vel de realidade ainda que tenha deixado claro que o homem do qual falava continuava bem vivo Seu nome era Ber Lusim e talvez afinal ele n o fosse mais que o ponto mais distante em uma curva de sino Os Elohim sempre eram selecionados na juventude A pr pria Diema escolhida aos 16 anos atendera a seu chamado tardiamente pelos padr es do Povo A maioria dos Mensageiros j estava aprendendo a usar as ferramentas e os m todos de seu of cio antes de completar 13 anos Ber Lusim apresentou se a Kuutma antecipando o processo aos 9 Suas palavras de acordo com a hist ria foram Eu quero servir E que servi o pode oferecer Kuutma divertido perguntou ao menininho Ber Lusim abriu as m os Em cada uma delas havia um p ssaro morto uma coisa pequenina com menos de 10 cent metros do bico at a cauda Os p ssaros tinham flancos verdes e gargantas rubras As plumas de suas barrigas por contraste eram de um cinza mon tono Calypte anna uma esp cie de colibri uma das criaturas mais r pidas
247. cobriu alguma coisa Rush perguntou a ela quase timidamente Sua f na capacidade dos detetives era comovente Ainda n o Kennedy disse Mas eu gostaria de ver a grava o feita na Sala 37 o trecho onde o intruso aparece diante da c mera E depois eu gostaria de voltar e dar uma boa olhada na pr pria sala Eles foram at a sala de vigil ncia que tinha mais ou menos o tamanho de um quartinho de limpeza Rush destrancou um arm rio de a o e selecionou um disco entre mais ou menos uma centena deles que estava guardada l Havia apenas uma cadeira onde Gassan insistiu que Kennedy sentasse ainda que isso significasse que Rush precisaria se agachar para operar o aparelho de DVD Ele inseriu o disco em um leitor que era uma placa lisa de a o sem nenhum bot o de controle abriu uma janela de interface no computador logo ao lado dela e digitou uma data e um hor rio Uma segunda janela se abriu na tela a grava o da c mera mostrando uma rea min scula mais ou menos do tamanho de um cart o de cr dito Enquanto a imagem era exibida Kennedy viu se observando um espa o que poderia ter sido qualquer uma das dezenas de salas pelas quais ela acabara de passar Sala 37 anunciou Rush com apenas uma ponta de melodrama Noite de segunda feira dia 24 O ponto de vista era de cima quase do teto Uma estante dividia o campo de vis o em dois de forma que o que eles viam eram duas alas paralelas Tudo estava
248. com o dedo indicador movendo o em espiral Entendo a met fora ela confirmou aqui que mantemos a maior parte de nosso acervo ele disse bem como instala es dedicadas preserva o e ao restauro dos itens Muitos de nossos livros vieram da abadia como a senhorita provavelmente sabe e nossa inclina o talvez por isso lidar com obras religiosas Aqui Separei esta sala para seu uso Ele destrancou a porta e indicou que ela entrasse em uma sala que n o era mais que um cub culo A mesa e a cadeira de costas retas que ali estavam preenchiam a quase totalidade do espa o Atr s da mesa havia uma estante embutida na parede Paredes e teto estavam pintados de um verde hospitalar desolador A sala era t o estreita que se Bouchard a tivesse seguido os dois teriam ficado desconfortavelmente pr ximos Ent o ele permaneceu na soleira da porta m os nos bolsos e indicou com um gesto de cabe a o magro documento deixado bem no centro da mesa O livro disse com a mesma inflex o levemente zombeteira de antes Kennedy sentou se e puxou a obra para si Era um feixe de folhas A4 um tanto gastas e carcomidas nos cantos unidas por um prendedor no canto superior esquerdo O t tulo Uma Trombeta Profere o Julgamento estava grosseiramente centralizado na p gina datilografado em letra Courier corpo 12 E esta uma transcri o completa ela perguntou Sim o que achamos Mas n o sa
249. com que a miss o fosse bem sucedida era palp vel Ele quase morrera tentando e ainda n o havia terminado O que restava O que passara despercebido O que ainda poderiam esperar fazer no tempo estupidamente curto que sobrara Voc disse que seu pessoal j verificou as vias aqu ticas ela perguntou a Diema Sim a garota respondeu N o h nada que n o deva estar l E h Elohim posicionados na conflu ncia dos rios Se alguma coisa inesperada tentar entrar neste territ rio eles estar o vigiando e abrir o fogo se necess rio Na conflu ncia dos rios Isso significava o extremo norte de Manhattan bem na margem oposta quela onde estavam agora Kennedy se perguntou se Diema sabia quanto se denunciava aqui e decidiu que a resposta era quase certamente sim A garota era tudo menos tola O grand finale de Ber Lusim tamb m era sua volta ao lar Onde mais se esperaria que um dos escolhidos aguardasse a vinda do Messias Ent o agora Kennedy havia encontrado Ginat Dania duas vezes e desta vez nem estivera procurando Era mais um problema que precisaria enfrentar em algum momento se havia alguma forma de ela Tillman e Rush sa rem desta vivos sabendo o que agora sabiam T legal disse E voc s tamb m est o de olho no tr fego nas ruas Dispers o a rea parece ser a melhor aposta talvez a nica mas n o tem jeito de ele se aproximar desviando um voo comercial O 11 de setembro eliminou
250. congelados Ao mesmo tempo os ngulos e localiza es mudavam Manolis passara ao lado da garota e continuara a tirar fotos enquanto isso A foto inclinou se mais ainda mas o foco manteve se agudo mesmo quando ele deu um zoom a ponto de a cabe a dela preencher a tela inteira A cabe a mas n o o rosto Como se tivesse pressentido a c mera ela se virara para o outro lado e Manolis conseguira registrar apenas sua nuca e a curva da bochecha Eu teria dado mais uma volta disse ele a Tillman em tom de desculpa Mas n o achei que conseguiria escapar Sabe s vezes voc simplesmente percebe se algu m est de olhos e ouvidos ligados e ela pareceu estar Eu n o queria afugent la Mas para mim parece ser a mesma garota A mesma Tillman disse Definitivamente E ela tamb m n o me deixou ver direito o rosto dela Ent o me vigiava e agora vigia a Heather Voc conseguiu segui la para ver aonde foi Manolis fechou e abriu os punhos e baixou a cabe a obstinada Desculpe Leo Eu a perdi N o acho que ela tenha me visto s acho que bem malandra Ela fica andando em zigue zague e eu estava no meio do tr nsito Ela desceu a Onslow Street Tem uns degraus que saem da pista principal S o altos N o d pra enfiar a moto l Se eu descesse da moto e a seguisse ela me veria e saberia por que eu estava l Tive que deix la ir Tentei dar a volta pela Saffron Hill mas nem sinal Ela j tinha sumido
251. contecesse ela cuidaria para que Nahir passasse os pr ximos anos na principal fossa de Ginat Dania limpando canos de esgoto com a l ngua Ainda sou a emiss ria de Kuutma ela lembrou a ele com uma calma feroz E enquanto eu estiver aqui na sua cidade voc responde a mim M dicos foram convocados e orientados A condi o de Leo Tillman foi avaliada e abordada Depois Diema os mandou encontrar e trazer Ben Rush Ele estava no Hospital Uzcoci servindo como campo de testes de costura para uma enfermeira com bra os bem musculosos v rios metros de sutura e uma robusta tica profissional Exaustivamente atingido por punhos botas e muitos utens lios ad hoc o garoto estava irreconhec vel J recebera 73 pontos nos v rios ferimentos do rosto couro cabeludo ombro e lados do corpo A enfermeira estava otimista em rela o vista do seu olho esquerdo mas s a longo prazo Por enquanto o olho estava fechado inchado e rodeado por 35 daqueles pontos Quando os dois estranhos apareceram junto cama de Rush e disseram a ele que Diema os enviara ele sup s que estavam l para mat lo e recusou se terminantemente a ir com eles lutando para manter o controle de sua bexiga Ela disse Shraga acrescentou entregando a mensagem de Diema com um cuidado escrupuloso que ningu m al m de voc jamais reclamou dos seios dela e que um garotinho que gosta de seios grandes provavelmente tem uma fixa o sexual doentia
252. corpo de Tillman continuou calmo e im vel Ent o ele estremeceu sacudido por um choque interior massivo Uma poderosa contra o muscular passou por ele esticando ainda mais as correias e fazendo seu corpo arquear erguendo se da cama e depois desabar com for a suficiente para balan la Segurem no o m dico disse aos dois anjos e estes se colocaram um de cada lado do leito para envolver Tillman em um abra o r gido Houve uma segunda contra o depois uma terceira n o t o severas quanto a primeira mas mais prolongadas Os olhos e a boca de Tillman se abriram Sua garganta se moveu e tamb m o peito mas n o houve som de respira o Rapidamente o doutor deu lhe uma segunda inje o na lateral do pesco o Borbulhas e engasgos vieram da garganta de Tillman como se ele estivesse fazendo uma p ssima imita o dos sons de um coador de caf Atingiram um pico e se esva ram O m dico voltou se para olhar para Kuutma tenso em busca de instru o ou permiss o Ele mal est respirando Preciso de outro antagonista qu mico para combater a adrenalina Mas n o h nenhum aqui Esta casa n o est t o bem abastecida quando minha pr pria sala de cirurgia Eu n o pensei em trazer Trinitrato de glicerina um dos anjos disse O m dico piscou de boca aberta Mas isso a composi o qu mica da nitroglicerina um explosivo E tamb m um vasodilatador A mulher olhou para Nahir
253. cortante em sua voz como se isso fosse uma distra o diante de coisas mais importantes Qu o alto ele tem que subir para jogar essa coisa no vento Kennedy perguntou Algu m j fezas contas N o uma quest o de altura Nahir respondeu Com um ultraleve ele poderia cobrir uma rea de N o estou pensando em um avi o Estou pensando em parapeitos de janela Telhados Varandas E se ele tiver decidido simplesmente confiar no vento A ricina espalha se melhor na forma de p Se ele a tiver refinado at essa forma pode ter toneladas da coisa prontas para ser Jogadas no ar Voc est pensando em pulverizadores e avi es mas talvez ele adote uma solu o de baixa tecnologia Diema j havia pegado o telefone Um segundo depois conversava ou com Kuutma ou com outra pessoa na hierarquia Exclu da novamente Kennedy devolveu a c pia do livro a Rush Acho que estamos prestes a cair na estrada disse ela Esteja pronto Diema baixou o telefone Os ventos predominantes est o vindo do oeste disse Mas s nas ltimas duas horas A previs o de que venham do norte que de onde t m soprado pela maior parte dos ltimos tr s dias Kuutma est mandando sentinelas para o topo dos edif cios mais altos Eles v o procurar movimentos suspeitos Mas estamos falando de milhares de janelas e centenas de telhados Ele Ela hesitou escolhendo as palavras com cuidado Ele va
254. cos minutos e eles n o haviam obtido progresso No entanto ela n o conseguia pensar em mais nada que pudessem fazer Em um jogo de esconde esconde que se estendia cidade toda e quem se escondia tinha toda vantagem sobre quem procurava Mas ela estava certa quanto localiza o Sabia que havia algo ali Se ao menos conseguisse imaginar o que era Ber Lusim havia extra do e purificado sua toxina em um lugar que aumentava enormemente o risco de ele ser descoberto Por que algu m que supostamente era um mestre da estrat gia faria algo t o est pido Talveza resposta fosse algo realmente banal Quando havia se tornado um Mensageiro Ber Lusim possivelmente sa ra para patrulhar estas ruas Poderia ter encontrado as velhas estruturas nessa poca e mantido aquilo em mente S que na poca ele ainda era s o e devia se supor n o estivera considerando assassinato em massa nem como uma possibilidade remota Ent o fa a uma diferente suposi o Ele escolhera o local mais tarde mais perto do presente momento Estivera procurando por uma caracter stica espec fica e este lugar a possu a E o que quer que fosse valia o risco de mandar seus caminh es vermelho berrantes at aqui duas vezes e talvez passar algum tempo aqui pessoalmente dist ncia de uma caminhada daquela p tria da qual era um foragido Duas vezes Os caminh es vieram duas vezes E o veneno fora o segundo carregamento n o o primeiro Mas nesse caso
255. costumava ser Tabe que costumava ser Grace sabia muito bem disso Que ela havia escolhido este lugar onde seus irm os lutaram e morreram porque de alguma forma ele se encaixava em seus planos para hoje E agora enquanto Tillman parava o caminh o naquele mesmo peda o de terra chamuscada Kennedy viu se presa de um medo genu no de quais seriam esses planos Tillman interrogou a com o olhar Pronta Ela assentiu brevemente virou a ma aneta da porta e desceu da cabine segurando a c pia do livro de Toller debaixo do bra o O solo enegrecido sob seus p s mesmo depois de tr s anos provavelmente havia tanto carv o quanto terra rangeu quando ela p s seu peso sobre ele Olhou ao redor e enquanto Tillman contornava a cabine apontou sem nada dizer Rush estava completamente vista Quando a casa de campo ainda estava de p o celeiro que Diema havia escolhido teria estado oculto por tr s dela agora encarava os ao longo de 30 metros de n o muita coisa As portas do palheiro haviam sido escancaradas ou mais provavelmente arrancadas e Rush estava sentado no que parecia ser uma cadeira de cozinha comum perto da beirada olhando do alto para eles Suas m os estavam s costas presumivelmente amarradas ou algemadas Kennedy perguntou se por um momento por que ele n o havia gritado por eles Ent o viu a morda a em sua boca A garota n o estava vis vel a princ pio mas depois surgiu do fundo do palheiro e ficou parada ao
256. cou a maior parte do tempo nos ltimos tr s dias o tempo que ela passou enquanto vigiava voc e sua loira refinada Onde fica Tillman perguntou deixando as cartas de lado Onde ela mora Em um dep sito aparentemente Manolis disse com muito menos confian a Em uma propriedade industrial em Hayes Ele lan ou um olhar duvidoso a Tillman Talvez seja o ganha p o dela CAP TULO 26 Kennedy achou muito mais dif cil do que esperava desencavar uma c pia do livro de Johann Toller para ler Usando um computador da Biblioteca de Charing Cross e tentando n o incomodar os b bados que usavam a sala de leitura como albergue ela conseguiu encontrar 23 c pias de Uma Trombeta Profere o Julgamento que haviam sido listadas ao longo do tempo nos cat logos das bibliotecas do mundo Isso tornava o livro s um pouco menos raro do que a B blia de Gutenberg Mas no fim era ainda mais raro Porque assim que come ou a fazer telefonemas para toda parte Kennedy descobriu que cada uma daquelas c pias havia sido comprada queimada roubada ou simplesmente extraviada durante os ltimos anos N o havia nenhum exemplar do livro de Toller que pudesse ser obtido por favor ou por dinheiro Bom talvez por dinheiro Ela ligou para John Partridge que resmungou que Kennedy estava pedindo a ele que procurasse uma agulha no palheiro e que ele cuidaria disso quando tivesse tempo mas ligou para ela menos de uma hora depo
257. crian a esperasse por isso Este soldado n o fez o mesmo quando se matou Hifela perguntou a ela A vida e a morte dele n o valiam tanto quanto a sua Diema enxergou a falha nesse racioc nio mas com a mente em um turbilh o n o conseguiu articular as palavras Nem Hifela pareceu precisar de uma resposta Ao amadurecer disse ele como se tivesse lido a mente dela eu me tornei impaciente quanto bagagem excessiva O sagrado o solene o v nculo tais coisas s o fardos terr veis Viajo mais leve agora Ent o sim eu mataria voc sem pensar Sou um matador afinal Por que estabelecer limites para algo que t o claro e simples Agora sua ltima chance de fazer sua pergunta Eu retiro minha pergunta ela murmurou mesmo Pela primeira vez houve algo similar a interesse na voz do homem Ent o diga me garotinha apenas por curiosidade qual teria sido ela Teria sido esta por que voc o segue Por que partiu com Ber Lusim quando ele cuspiu sobre seu dever e abandonou seu povo Voc realmente achou que a consci ncia dele importava mais que toda a Ginat Dania Mas acho que voc j me respondeu Se nada sagrado o que o impediria de fazer essas coisas Ah mas eu n o disse que nada sagrado Hifela deu uma pancadinha leve na nuca dela com o cano da arma como se fosse um professor repreendendo uma crian a imprudente Disse Diema virou a cabe a para
258. cuavam e desviavam o olhar Marcar meu servidor dessa forma foi um insulto dirigido a mim O rosto desse homem inocente foi apenas o papel no qual Lusim escolheu escrever sua mensagem A garota estava habituada viol ncia mas ainda assim isso a chocou profundamente Seu est mago se contorceu e a bile ergueu se amarga em sua garganta Ela perdeu algumas das palavras de Kuutma enquanto lutava para recuperar a serenidade claramente imposs vel agora que esse homem saia novamente para o mundo Ele foi for ado a abandonar sua voca o E al m disso a vergonha imensa Ele solicitou permiss o para tirar a pr pria vida mas eu lhe pedi que refletisse um pouco e passasse algum tempo com sua fam lia e amigos Espero que isso baste para devolver a ele o ritmo normal da vida que tem em si um enorme poder de cura Esse Ber Lusim um monstro a garota disse sua garganta ainda apertada e ferida pelo cido que ela for ara a retroceder Talvez Kuutma suspirou pesadamente Depois dessa atrocidade proferimos a hrach bishat a execra o contra ele Como voc sabe essa maldi o outrora esteve reservada queles que consider vamos possu dos Significa que Ber Lusim passou a ser considerado desse momento em diante um dem nio em vez de um homem Finalmente conquistou o t tulo que j lhe havia sido conferido Kuutma pareceu hesitar Diga me irm zinha enquanto voc crescia no orfanato alguma vez
259. da HEH Qualquer endere o aonde um desses caminh es v n s saberemos Devemos ser capazes de filtrar os resultados em uma quest o de horas ou dias Mas eles n o estariam entregando armas sede deles Tillman objetou Isto o que estamos procurando o gabinete de estrat gias deles E onde as decis es s o tomadas Os arsenais muito provavelmente ficam em outros lugares Faremos a pesquisa de todo modo Diema disse Se n o obtivermos resultados n o teremos perdido nada Al m disso vamos monitorar as comunica es Temos uma longa lista de n meros que vinculamos gente de Ber Lusim alguns com toda certeza outros apenas provavelmente Telefonemas feitos para a cidade a partir de qualquer um desses n meros ser o rastreados E isso tudo timo disse Tillman Mas o importante ainda o tempo Eles est o percorrendo a lista do Toller Quando chegarem ao fim bem prov vel que um milh o de pessoas morram Temos que encontr los antes que isso aconte a Kennedy foi contando nos dedos da m o enquanto pensava Se eles continuarem trabalhando no ritmo atual eu diria que isso nos d quase quatro dias no m ximo disse ela Todos ficaram em sil ncio por alguns segundos enquanto as implica es dessa afirma o assentavam em suas mentes Budapeste era um imenso palheiro onde procurar aquela agulha e quatro dias n o eram suficientes Kennedy levara quase o mesmo t
260. da contra a garganta de Kennedy Ela sentiu a dor aguda quando a l mina rompeu sua pele e algo semelhante a calor quando algumas gotas de seu sangue escorreram at a cavidade de seu peito N o tem jeito de sair Alex Ent o n o importa o que fa a ou n o conosco voc n o vai escapar desta O homem estava curvado sobre ela com o rosto quase no mesmo n vel do de Kennedy e a n o mais que uns poucos centimetros de dist ncia Os olhos arregalados dele ex ticos e inescrut veis olharam na de soslaio A mar vermelha transbordava por tr s deles amea ando derramar se pelo rosto O tempo m dio de resposta de 12 minutos Kennedy arquejou lutando contra o impulso de se afastar da l mina como se o homem fosse um gato e qualquer movimento de sua presa pudesse provocar instintos mais fortes que o pensamento consciente Rush ainda estava ca do ou novamente ca do dobrado em torno de sua virilha dolorida Emil Gassan tinha ca do na cadeira as m os sobre o peito em um gesto incongruente de devo o Thornedy ke havia retrocedido at chegar parede e estava petrificado observando sua mand bula inferior pendendo em mudo horror e desalento E ainda tem Kennedy disse for ando as palavras a sair dos pulm es que ela sentia como se fossem cuias vazias seis ou sete portas entre voc e a sa da isso Voc bom com fechaduras Era imposs vel dizer o que se passava por tr s daquelas feridas abertas
261. das Kennedy disse Acho que ele saiu da cidade escondida para o mundo e criou ou se uniu a uma seita conhecida como pentamonarquistas Eles pregavam uma vers o apocal ptica do cristianismo Estavam esperando pelo in cio do quinto e ltimo imp rio o de Cristo que provocaria o fim da hist ria o fim dos reis e das fronteiras terrenas o fim do mundo como o conhecemos Pera Rush disse Isso o que todos do Povo de Judas pensam ou s o Toller Todos eles acham que isso vai acontecer ela respondeu Mas o Toller pensava que aconteceria naquela poca no fim no s culo XVII E ele saiu espalhando a palavra entre os pag os o que n o de jeito nenhum parte do modus operandi da tribo de Judas Ent o o Toller era tipo um herege do Povo de Judas uma boa palavra para o que ele era Kennedy disse Mas o que importa para n s que o cara apareceu do nada no meio do s culo XVII e come ou a pregar e escrever Depois de um acidente Rush disse Kennedy e Tillman olharam para ele Rush pareceu um tanto desconfort vel com a aten o mas prosseguiu O Toller caiu em uma ravina nos Alpes su os Da um anjo come ou a falar com ele sobre a hora que chegaria Foi depois que voltou Inglaterra que ele come ou a fazer profecias Algum tipo de experi ncia de quase morte Tillman refletiu sombriamente D para imaginar como isso poderia mudar o curso da vida
262. de estudantes aos quais Kennedy dera ordens sum rias continuava a formar um anel defensivo levemente acanhado em torno de Izzy que ainda estava inconsciente Kennedy agradeceu a eles e os liberou de volta vida civil Agora n o havia mais nada a fazer sen o esperar at que a ambul ncia chegasse Izzy despertou antes disso Depois de alguns segundos sem saber onde estava ou que diabos acontecia ali ela se sentou ignorando as tentativas de Kennedy de det la esfregou os olhos e olhou em volta Tossiu lambeu os l bios e fez uma careta ao provar o gosto do p de cimento que havia aderido a eles Se voc est tentando me matar pelo dinheiro do seguro amor disse ela em uma voz rouca desista N o tem seguro E dif cil de acreditar mas eu valho mais viva Kennedy a estreitou em um abra o Cala a boca murmurou Ficaram assim por um longo tempo sentadas na beira da cal ada Izzy desajeitadam ente inclinada no abra o de Kennedy enquanto a poeira assentava ao seu redor Uma sirene distante gritou e depois voltou a silenciar Talvez fosse a ambul ncia delas a caminho Eu gosto disso Izzy sussurrou a cabe a apertada contra o peito machucado e dolorido de Kennedy Gosto mesmo Eu devia ter dado um jeito de tomar essa porrada h muito tempo CAP TULO 6 Glyn Thornedy ke o coordenador de seguran a de Ryegate House era um tipo de espectro corpulento muito acima do peso mas p li
263. de para ignorar a raiva que cresceu dentro dela O fato de que Nahir estava certo n o ajudou Talvez devamos esquecer os mapas por enquanto ela sugeriu E fazer o qu A polidez de Nahir chegava a ser mais contundente que seu desprezo E voltar ao livro Rush pode ler a ltima profecia para n s de novo Rush olhou para ela assentiu e virou as p ginas at a ltima Ela se perguntou que p gina ele estivera lendo at ent o se n o fora essa Ele come ou a ler em vozalta E a pedra ser removida do t mulo assim como na vez anterior J sabemos o que a profecia diz Diema afirmou Seu tom era tenso cansado Todos estavam chegando ao limite Claro Kennedy concordou Mas j consideramos todas as vari veis A pedra o t mulo e a voz gritando sim Tudo isso aconteceu quando o Shekolni morreu E presumivelmente a vez anterior quando a pedra foi removida pela primeira vez foi o momento da ressurrei o de Cristo O Toller parece estar dizendo que pelo menos algumas das circunst ncias da segunda vinda de Cristo ser o como as da primeira Obviamente Nahir disse E tem o suspiro O traidor condenar uma grande multid o com um nico suspiro Se o Ber Lusim estiver sendo t o literal com essa profecia quanto foi com as outras ele deve ter transformado a ricina em algum tipo de g s o que estamos supondo Diema disse Ainda havia um tom
264. de seu sistema nervoso Na contagem regressiva faltavam sete minutos Ber Lusim agora apontava a arma contra a t mpora de Rush Este estava inclinado de lado tentando desviar se dela o corpo inteiro curvado como um arco tensionado pelo arqueiro mas n o se atrevia a recuar um passo ou tentar empurrar a arma Eu vejo sua morte Ber Lusim disse ao garoto Sem o benef cio da profecia N o escute Rush trinou Me escute Eu posso te fazer acreditar Eu j acredito Ent o eu posso te fazer duvidar Por que Deus me mandou Para me testar Para p r minha f prova Ent o ent o voc tem que passar no teste n Voc tem que ouvir Estourar os meus miolos s vai irritar Deus Nenhum dos dois se moveu por alguns momentos Ent o Ber Lusim baixou a arma muito gradualmente at o lado do corpo Isso um disparate disse pesadamente Mas diga o que quiser Disparates n o podem me ferir T olhe para a prova documental Rush disse come ando a gaguejar novamente Na sua vers o da hist ria o seu homem sai de Ginat Dania e vai para o oeste Ent o muito tempo depois Johann Toller chega Inglaterra e come a a pregar E voc sabe que ele o cara por causa de todas as coisas que diz Ele sabe sobre Ginat Dania Ele sabe sobre o ciclo de tr s mil anos E de que outra forma ele poderia ter descoberto essas coisas Mas o que aconteceu nesse meio t
265. de sua compostura Ber Lusim alegou que as mortes foram acidentais Que ocorrera uma luta com o marido e este estava armado A mulher e as crian as se viram em meio ao fogo cruzado e foram mortas por balas perdidas antes que qualquer um percebesse sua presen a Os homens de Ber Lusim apoiaram sua hist ria em cada detalhe Mas curiosamente usaram linguagem quase id ntica em suas descri es como se tivessem sido ensinados ou pelo menos tivessem discutido a quest o uns com os outros com grande dose de detalhes circunstanciais Era uma coisa terr vel Diferentemente dos espancamentos n o podia passar sem puni o Nenhum verniz de dec ncia poderia ser aplicado O melhor que Ber Lusim poderia esperar era ser destitu do do posto de Convocador Se fosse descoberto que ele matara Orim deliberada e intencionalmente jamais poderia sair novamente de Ginat Dania Sua vida seria dentro de uma cela sem janelas s 30 centimetros mais longa e mais larga do que sua pr pria altura Entretanto quando foi convocado a julgamento ele desapareceu E seus Mensageiros foram com ele Ent o com esses caras que estamos lidando Tillman disse quando Diema terminou sua hist ria O rosto dele estava frio e inexpressivo mas os punhos ainda estavam cerrados e pressionavam a mesa com for a Kennedy sabia qu o profundamente aquele relato devia ter penetrado nele e quanto sangue havia extra do E quanto a Diema Sua pr pria m
266. de um disque sexo Bancar a gatinha manhosa para que outros se masturbassem era um trabalho leve que ela poderia fazer praticamente de qualquer lugar Tudo de que precisava como equipamento era um telefone celular e uma mente suja e possu a ambos O processo por meio do qual as duas se tornaram amantes havia sido simplesmente inevit vel Come ara mais ou menos na poca em que Kennedy havia sido demitida de supet o da pol cia o que significava que ela passara a ficar muito mais tempo no apartamento enquanto Izzy estava l O relacionamento evolu ra ao longo dos meses seguintes e ap s Peter finalmente morrer parecia at natural que Kennedy fosse morar com Izzy O apartamento que ela dividia com o pai parecia uma pe a de museu impregnado com as mem rias associadas a ele Sair dele ainda que s mudasse para o andar de cima havia sido para ela como uma fuga de pelo menos algumas dessas mem rias No entanto a fuga dependia de uma por o de coisas e tinha suas pr prias regras Uma delas era que voc n o pode fugir de coisas que ainda carrega consigo Por mais apelativo e degradante que fosse o trabalho de Izzy ela nunca pensara em deix lo Gostava muito de sexo e quando n o estava fazendo gostava de falar a respeito E no final das contas gostava de fazer sexo mesmo quando Kennedy n o estava por perto A vida conjunta delas estagnara tornara se um retrato vivo do adult rio com Izzy correndo para se cobrir u
267. de um modo de vida desaparecido O tom de Izzy indo de casual para amargo para resignado para uma despedida E a idade das trevas que ocupava a ter a e a quarta feira e o dia de hoje quando n o houve mensagens nenhum sinal de vida Ela tomou o trem para Leicester N o confiava em si para dirigir Um t xi a levou da esta o at Knighton com o motorista enchendo o ouvido dela com uma coisa ou outra por todo o caminho S que ela n o ouviu uma palavra ent o tecnicamente os ouvidos dela continuaram vazios Ela pediu a ele que esperasse Talvez n o ficasse muito por aqui Caroline atendeu a porta no terceiro toque da campanhia Ficou surpresa ao ver Kennedy e a julgar pela finura que seus l bios adquiriram n o foi o tipo de surpresa que faria uma pessoa gritar de alegria Ol Heather Oi Caroline Kennedy considerou e abandonou v rios artif cios conversacionais fr geis A Izzy est Eu eu queria falar com ela S por um minuto Caroline assentiu e se retirou Kennedy ficou parada na soleira da porta sob uma garoa leve de ver o ouvindo os passos ecoarem pela grande casa at sumir Ela n o ouviu os passos de Izzy se aproximando pois Izzy estava de meias De repente ela estava ali A porta abriu se de uma veze ela surgiu De repente estava no rosto de Kennedy nos bra os de Kennedy beijando a com uma ferocidade que deixaria marcas Ficaram assim por um bom tempo Caroline apareceu no vest
268. deix la cicatrizar poderia ser em qualquer ponto do seu corpo Mas n o temos A melhor op o implantar o chip internamente de forma que n o deixe uma marca vis vel O fornecedor disse que poderia ser o lado de dentro da sua bochecha mas tamb m disse que poderia haver um incha o no seu rosto o que levantaria suspeitas Ent o acho que devemos usar a outra sugest o dele que implantar o chip na sua parede vaginal Kennedy cruzou os bra os e ficou exatamente onde estava Acho que melhor a gente ficar com a bochecha disse impass vel Diema lan ou lhe um olhar duro claramente surpresa e um pouco impaciente Sabemos que os homens de Ber Lusim t m avers o s mulheres ela disse em tom de eu vou continuar dizendo isso at voc entender Se nosso plano der errado e eles conseguirem capturar voc podem revist la Mas os dois Elohim invasores que voc conheceu em Londres relutaram at mesmo em despi la completamente Ent o acho seguro supormos que eles n o revistariam seus orif cios Esperou que a raz o prevalecesse e a mulher fizesse o que ela dizia Sente menina Kennedy disse Diema pareceu confusa com a sugest o N o h tempo disse bruscamente Se voc insiste que seja na bochecha ent o vamos Sente Kennedy repetiu Precisamos conversar N o Diema volveu Nem se incomodou em ocultar seu desprezo pela mulher mais velha N o precisamo
269. depois de uma pausa de genu na admira o Mas isso s o come o Kennedy lembrou a ele e aos estudantes Vai haver muitas impress es por aqui Estamos procurando um conjunto em particular e vamos dar uma amostra dele a voc s Rush Ah Certo Rush relutantemente desviou seu olhar de Sturdy Enfiou a m o no bolso e tirou uma caneta tinteiro de a o inoxid vel dentro de um saco pl stico para provas Kennedy o havia mandado trazer um objeto met lico se houvesse Quanto maior a condutividade el trica em uma superf cie melhor a sonda de Kelvin a leria Ela pegou o saco e o entregou a Sturdy Como funciona essa parte Rush perguntou estudante Achamos uma impress o na caneta ela respondeu segurando cuidadosamente o saco por uma extremidade e a inserimos no sofiware de reconhecimento Ent o ajustamos o leitor para ignorar qualquer coisa que n o combine com ela Espero que possamos tirar uma impress o completa da caneta pois a teremos uma gama maior de partes identific veis Kennedy voltou se para o professor Gassan Ea partir da disse a ele fazemos um mapa das a es que aconteceram dentro da sala Descobrimos exatamente por onde seu intruso andou e no que tocou Embora isso ainda n o nos diga se alguma coisa foi roubada Gassan redarguiu duvidoso Como j conversamos Heather essa sala cont m sobras do acervo da Biblioteca Brit nica E n o temos um
270. destino Foi planejado Voc disse exatamente isso agora h pouco Algu m nos colocou aqui feito pe as de domin Algu m antecipou cada um dos nossos atos e o dinheiro da Funda o Validus foi a primeira pe a Todo o resto fluiu a partir dela Diema n o confirmou nem negou a hip tese e ningu m mais falou Estavam todos fitando a garota Me diga que n o foi isso que aconteceu Diema Kennedy disse Diga que n o fomos recrutados Eles s o chamados de Nagodim Diema respondeu finalmente E trabalham exatamente da maneira que voc descreveu Kennedy balan ou a cabe a lentamente A certeza absoluta de que havia sido manipulada a encheu de emo es conflitantes afronta e al vio Afronta porque ela estava sendo deslocada pelo tabuleiro feito um pe o em um jogo complexo Al vio porque estava sendo deslocada por algum homem ou mulher comum n o por N mesis Destino ou Deus Mesmo assim dois homens haviam morrido por causa dessas manipula es Jesus eles provavelmente haviam estado por tr s daquele fortuito derrame que tirara o antecessor de Emil Gassan do caminho Mais cedo ou mais tarde precisaria haver um acerto de contas Kennedy informou isso garota com um olhar Depois em vozalta rompendo o pesado sil ncio ela disse Voc n o merece minha confian a Nem chega perto Ainda acho que sua gente um tipo de veneno insidioso mas isso tem que parar Ent o aceito trabalhar com voc
271. dir o que faria em rela o a Izzy Ent o quem seu atual empregador professor Ele contou e as sobrancelhas dela se ergueram Definitivamente aquilo era maior que um esc ndalo pol tico Vou para a agora mesmo Kennedy disse CAP TULO 2 O Grande P tio do Museu Brit nico era como uma galeria sussurrante ampliando todos os sons ao redor de Kennedy fazendo a sentir se cercada e envolvida pelas conversas de outras pessoas Ao mesmo tempo sons mais pr ximos pareciam chegar abafados e distorcidos a seus ouvidos uma ac stica perfeitamente disfuncional Ou talvez ela apenas odiasse o Grande P tio porque quando viera aqui com seu pai quando menina o local havia sido um p tio de verdade a c u aberto Lembrava se de agarrar com for a a sua m o enquanto ele a levava pela pra a iluminada pelo sol para dentro da catedral do passado um lugar onde ele havia se sentido animado feliz e vontade e onde s por uma vez houvera algo que ele realmente quisera compartilhar com ela Agora o Grande P tio tinha um teto de vidra as em forma de losango irradiando se para fora a partir de onde j havia sido a sala de leitura A luz no interior desse espa o imenso por m fechado era cinzenta como uma tarde de inverno com possibilidade de garoa Era uma impressionante fa anha da engenharia mas ela n o conseguia impedir se de pensar que havia algo de perverso nisso Por que esconder o c u e depois imit lo
272. disse ela Consegue chegar l em dez minutos Rush Se eu con Porque se n o conseguir eu n o vou ser respons vel pelas consequ ncias Mas posso garantir com toda a certeza que vai haver muito sangue Ela enfiou a m o embaixo do pr prio corpo encontrou o e o esfregou com muito mais vigor do que ternura Quando ficou duro o bastante ela o guiou para dentro De muitas formas aquilo relembrava a Fazenda do Pombal S que apanhar dela na Fazenda do Pombal n o envolvera expectativas quanto performance dele Levou muito tempo para ele conseguir engatar qualquer tipo de ritmo Em alguns momentos quase perdeu a ere o Diema empurrava se contra ele bruscamente mas n o havia sinal de prazer no rosto dela Assim que ele atingiu o cl max Diema se afastou e guardou a adaga Come ou a se vestir sem uma palavra Foi foi bom pra voc ele perguntou desorientado Diema bufou de desprezo N o Ele se ergueu alguns centimetros para olhar para ela Ent o por que fizemos isso perguntou Ela puxou a cal a sobre os quadris cal ou as botas e se ajoelhou para amarrar os cadar os Por qu Rush insistiu Tinha medo da poss vel resposta mas realmente precisava saber Diema j se dirigia porta abrindo a entretanto parou por um momento no batente e virou se para olhar para ele Porque n o confio que voc saiba mentir respondeu friamente Pelo tom de sua voz e pela
273. do N o havia nenhum espa o denunciador nas prateleiras nenhuma caixa fora de lugar O p poderia ter registrado impress es digitais ou indicado onde um objeto havia sido movimentado mas n o havia p Depois de semanas trancado o lugar ainda estava impec vel Ela voltou para perto de Rush que estava armando a escada port til Ali ele disse Foi ali que ele subiu O Cobbet e eu subimos depois para verificar enquanto esper vamos que a pol cia chegasse aqui Da eles mesmos subiram ent o n o d para dizer que ningu m mexeu em nada Ele passou a Kennedy uma lanterna el trica que trouxera consigo da sala de vigil ncia e segurou firmemente a escada enquanto ela subia Cuidado a em cima o rapaz pediu Embora Kennedy estivesse usando cal a percebeu que ele desviara o rosto modestamente do traseiro dela exceto por um olhar de esguelha quando ela passou bem no n vel dos olhos dele Maneiras impec veis Ou mais provavelmente ela era apenas velha demais para ele O forro rebaixado era feito de pain is de poliestireno expandido encaixados numa r gida grade de metal Ela colocou as m os contra o painel que Rush havia indicado empurrando o para cima e depois para o lado Do alto da escada conseguiu enfiar a cabe a e os ombros no estreito espa o logo acima Podia ver agora que havia uma brecha de cerca de 90 cent metros separando o forro rebaixado do verdadeiro teto acima dele Ligou a lanterna A
274. do N o se podia culp lo por isso Enquanto seu olhar vagava pela p gina Kennedy viu se atingida por uma leve sensa o de d j vu Era algo recente Dragando o solo da mem ria ela comparou o arquivo de Silver com um dos outros que havia pouco estivera olhando N o era uma correspond ncia perfeita mas pr xima o bastante Por ordem de data de in cio Rush havia dito Kennedy ergueu o olhar para ele que a fitava ligeiramente confuso observando as express es sucederem umas s outras no rosto dela Aquelas invas es disse ela Invas o voc quer dizer No singular N o As outras As tentativas que n o deram certo Rush franziu o cenho Ah t Essas J faz um tempinho Acrescentamos algumas c meras externas no telhado Voc viu ontem Quem quer que fosse n o voltou Certo Ela havia entendido quase tudo agora Uma parte pelo menos Mude a perspectiva e o imposs vel se torna trivial Isso era coisa de Columbo ou de Sherlock Holmes V preparando suas chaves ela pediu a Rush Quero dar mais uma olhada naquela sala CAP TULO 7 Oito corredores paralelos de caixas Nenhum espa o vazio nas prateleiras embora Gassan houvesse dito que estavam usando apenas um ter o da capacidade da sala Essa foi a primeira coisa Ent o algumas dessas caixas n o t m nada dentro n Kennedy perguntou a Rush Todas as que est o do fim do corredor C em diante ele con
275. do capacete Em uma ponta do dispositivo a nica interrup o em sua superf cie lisa havia um pequeno c rculo de vidro a lente da minic mera Manolis retirou da placa a pastilha ainda menor que era o cart o de mem ria Ligou o computador no canto da pequena sala e fez o cart o deslizar para dentro de um leitor na parte da frente da m quina Uma janela se abriu e come ou a se encher de imagens em miniatura Manolis inclinou se para junto da tela mirando as imagens com olhos apertados e uma concentra o furiosa Aqui disse ele por fim A um clique do mouse uma das imagens se expandiu Mostrava a parte da Hunter Street que ficava atr s de Coram s Fields A foto estava levemente inclinada o que n o surpreendia j que havia sido tirada de uma motocicleta em movimento O que surpreendia era a aus ncia de qualquer desfoque de movimento s uma leve distor o do tipo olho de peixe por causa da curvatura da lente Manolis conhecia seu equipamento e do que ele era capaz Ele ampliou um canto da imagem Uma mulher Heather Kennedy andava para longe da c mera o rosto virado de perfil Uns 45 metros atr s dela havia uma figura mais baixa uma garota de complei o muito leve vestindo jeans preto e camiseta branca Estava de costas para a c mera o rosto imposs vel de ver Manolis clicou novamente e a tela piscou uma imagem substituindo outra fazendo com que as figuras se movessem espasmodicamente em quadros
276. do dele Contudo a c mera s parecia estar vitimada por um impulso voy eur stico inclinada daquele jeito para apreciar a pornografia Entre os cigarros e as revistas estava um homem aborrecido e fl cido com culos grossos pele esburacada e olhos vidrados Estava afundado em si mesmo como se estivesse encolhido de medo da pr pria caixa registradora Ent o Tillman percebeu que tanto a express o quanto a postura do homem tinham a mesma explica o Ele estava assistindo a uma pequena TV port til um modelo antigo na forma de um telesc pio retangular A TV falava em ondas de est tica sussurrada mas supostamente havia palavras ou m sica por baixo do ru do Voc vende isto Tillman perguntou ao homem Ergueu a revista e o balconista inclinou se para a frente para espi la Continuou olhando por muito mais tem po do que pareceu necess rio primeiro fitando a imagem da capa e depois a julgar pelos movimentos dos olhos lendo n o s o t tulo mas tamb m o resto do texto Pode ser disse afinal Vendemos muito disso a Mas a maior parte para homens Tillman disse Certo O homem passou do olhar das amazonas apaixonadamente entrela adas para o rosto de Tillman Claro que para homens ele disse N o vendo para crian a n Voc do conselho comunit rio N o n o sou Voc estava trabalhando aqui ontem noite Sim At a meia noite Aqui fica aberto
277. do e insubstancial e claramente em muito mau estado O fato de um interrogat rio em massa aos funcion rios do edif cio precisar de sua aprova o pareceu surpreend lo olhando para tr s Kennedy lamentava ter perdido tempo pedindo isso a ele J eram quase 10 horas e ela sentia nos olhos aquele ardor que acompanha os tipos mais graves de cansa o Dar depoimentos pol cia mantivera ela e Izzy acordadas at muito depois da meia noite Depois outras coisas as mantiveram acordadas Como resultado Kennedy sentia se tanto exausta como repleta de urg ncia a sensa o de que precisava tomar um nibus que j havia partido Vou querer todos os arquivos relativos aos funcion rios disse a Thornedy ke C pias impressas ou digitais o que for mais r pido Sim Muito bem Thornedy ke olhou de relance para os arquivos e pap is sobre sua mesa como se suspeitasse de que o que Kennedy pedia pudesse estar bem ali sua frente Ela se perguntou em que tipo de disputa territorial ele j se envolvera com Gassan O professor parecera muito vido em reivindicar o controle geral da seguran a do pr dio como parte de seu pr prio trabalho Certamente posso providenciar c pias impressas Vai precisar de mais alguma coisa O tom era equilibrado entre a esperan a e o receio Claramente Thornedy ke desejava que ela dissesse n o e fosse embora Kennedy teve de desapont lo Sim Sr Thornedy ke Tamb m vou querer
278. do sujeito e o virou derramando o resto do drinque sobre a camiseta dele onde se lia FIM DO CAMINHO Ent o aproximou seu rosto do dele um belo lema disse O cara ainda estava gritando quando Kennedy saiu do pub e ela meio que esperava que ele a seguisse contudo a express o em seus olhos quando o havia encarado provavelmente fora bem assustadora N o houve passos atr s dela Nem Izzy sua frente Kennedy olhou ao redor aturdida Ela s ficara 20 segundos para tr s e a rua estava vazia de ambos os lados esquerda para onde Izzy deveria ter ido redes de prote o penduradas em andaimes agitavam se em torno da fachada do Windsor Court Hotel cuja pr pria placa de EM BREVE SOB NOVA DIRE O j estava precisando de uma reforma direita varandas em estilo georgiano estendiam se a dist ncia as portas elevadas acima do n vel da rua por ngremes escadarias em arco como uma linha de dan arinas erguendo as saias e fazendo o canc O som de um salto de sapato raspando na pedra a fez voltar se para o hotel e desta vez ela viu o que n o vira antes Havia um corpo estendido no ch o l metade dele sob as redes que cobriam toda a frente do edif cio Kennedy gritou e correu Em segundos estava ajoelhada ao lado da forma im vel Era Izzy deitada de costas os bra os e as pernas esparramados de forma assim trica Sua cabe a estava na sombra mas Kennedy a reconheceu por uma centena de outras caracter
279. dobradas no colo Se aquilo estava para acontecer provavelmente seria em breve Os tr s vigilantes de Kennedy tiveram de cruzar a cidade em um passo colado ao dela o que impediu que escolhessem seus postos com anteced ncia Houve uma confer ncia breve e apressada no extremo oeste da Ponte da Liberdade onde Diema p de usar o pr prio complexo do hotel vultoso a meia dist ncia como refer ncia visual Vou ficar na montanha ela disse Assim posso ver a porta da frente e a lateral do hotel e alertar voc s antecipadamente se algu m aparecer Tillman voc entra e fica no sagu o Pode vigiar a entrada dos banhos e ficar de prontid o se algu m conseguir passar por mim E quanto a mim Rush perguntou sem muita esperan a Vigie as portas da frente do lado de fora e os degraus que sobem do rio Diema disse Ela n o se deu ao trabalho de tentar fazer com que aquilo soasse como um trabalho realmente relevante E poss vel que eles venham pelo rio Rush perguntou Poderiam vir ela respondeu J se afastava quando Tillman a pegou pelo bra o fazendo a parar Foi um momento eletrizante que fez Rush engolir a queixa que estava a meio caminho de expressar Est com algum problema Diema perguntou em um tom que dizia est querendo perder essa m o O receptor de GPS Tillman disse O que que tem Sem querer ofender menina mas acho que eu talve
280. dormem com uns caras e depois desaparecem deixando os coitados doidos procura delas Conte sobre a cidade subterr nea e todo o resto Por qu Kuutma quis saber perplexo Por que far amos tais coisas Porque o mundo cheio de mentiras Tillman disse Cheio at a borda e transbordando E quando sua hist ria for conhecida vai parecer s mais uma mentira Vai ter sua hora depois vai ficar velha e ent o vai morrer e todo mundo vai focar a aten o na pr xima novidade Voc ainda est tentando vender not cias sobre essa baboseira de Povo de Judas S rio Mas j tem um livro novo que diz que Jesus era mulher disso que voc s precisam Dessa sensa o saturada de j ouvi tudo isso antes E t o f cil de conseguir Tudo o que precisam fazer olhar para o mesmo lado que todo mundo est olhando e se misturar multid o Enquanto o que voc s est o fazendo agora nadar contra a corrente o tempo todo N o s muito mais dif cil desse jeito mas a cada vez que voc s agem a cada vez que fazem qualquer coisa deixam mais um rastro que algu m poderia seguir O discurso pareceu ter exaurido toda a for a que restava a Tillman Ele curvou a cabe a em dire o ao peito e fechou os olhos Kuutma levantou se e depois de um momento de indecis o se afastou Me deixe falar com ela S mais uma vez Tillman disse Kuutma parou Por qu Para me despedir
281. dy a encarou zangada e incr dula N o importa no que eu acredito N o no que voc acredita Voc cr em uma cria o separada seu povo de um lado e o resto do mundo do outro Os escolhidos e a ral Ent o qual de n s deveria se importar mais com a morte de um milh o de pessoas Diema perguntou N o esperava uma resposta mas ficou satisfeita quando a mulher reagiu uma sucess o de emo es surgindo brevemente em seu rosto como uma s rie de slides Em casa em Ginat Dania Diema estava acostumada a dizer o que pensava e mais acostumada ainda a se recusar a diz lo Mas no mundo adamita falar era como lutar Voc dizia o que lhe desse uma vantagem Voc n o precisa de mim Kennedy disse Tem tudo de que precisa Mas n o havia convic o em sua voz e um instante depois ela voltou a falar Voc conseguiu pegar algum dos homens do Ber Lusim vivo afinal Esteve interrogando o cara esse tempo todo Diema teve ent o certeza de que havia vencido Mas n o deixou que essa percep o se exibisse em seu tom de voz Vai haver uma reuni o contou a Kennedy daqui a meia hora Nesse momento o equipamento que pedi j ter chegado e estaremos prontos para ir Eu gostaria que voc participasse Pode tomar sua decis o final depois que tiver me ouvido Ela saiu sinalizando para que os Elohim trancassem a porta depois N o havia mais necessidade de conversa Exceto com
282. dy assentiu Eu sei disse Seu mundo uma grande caverna em algum lugar com o interior do teto pintado para parecer o c u N o consigo imaginar como viver l mas sei que voc nunca achou n o acha muito dif cil Nunca sentiu falta do que nunca teve Mas n o parece terr vel para voc agora que viu como o mundo real que algu m precise crescer e viver desse jeito No escuro Kennedy ouviu o tremor na pr pria voz Tentava falar com a jovem mas s conseguia ver a crian a aprisionada dentro dela a crian a sepultada e tal vis o era t o terr vel que ela sentia um tipo de p nico solid rio uma sensa o vic ria de asfixia N o escuro Diema disse S estava escuro quando voc viu o lugar rhaka E isso foi porque viu sua pr pria escurid o N o Kennedy volveu bruscamente N o Acredite em mim sei a diferen a E sei que nada do que eu diga poderia mudar voc agora N o posso remover o peso de todos esses anos Mas ao menos pense nisso Por favor Por que enviaram voc Por que voc entre todas as pessoas Por que pensaram em transformar voc em ela apontou para a garota a m o tremendo levemente nisso N o posso esquecer o que o Kuutma disse para o Leo na nica vez em que n s o encontramos Sua filha uma artista Ela pinta H tanta beleza dentro dela que chega a se derramar de seus dedos para o mundo Ele disse isso E depois seus l d
283. e Nunca pareceu significar a mesma coisa duas vezes Mas n o exatamente um trabalho mais um efeito colateral do trabalho Algu m anda me vigiando Estou tentando descobrir quem pode ser e o que pretendem fazer mas eles s o muito bons e parece que nunca consigo peg los no flagra Kennedy ficou perturbada e ele percebeu isso em sua express o Novamente esperou em sil ncio que ela explicasse T bom disse ela N o gosto nem um pouco disso Pode ser que n o tenha nenhuma liga o com o que me trouxe at aqui mas n o acho muito prov vel Contou a Tillman sobre os eventos dos ltimos dias concisamente mas com todos os detalhes circunstanciais que p de oferecer Queria que ele visse tudo do mesmo ponto de vista do qual e a vira como as pe as se encaixavam e gritavam aquela conclus o imposs vel e indesejada para ela Mas parou na morte de Alex Wales N o conseguiu falar o que havia acontecido depois disso depois que sa ra do hospital e fora para casa N o com Tillman N o ainda O Povo de Judas Tillman murmurou depois que ela terminou Falou com um tipo de admira o entorpecida como se aquilo fosse de alguma forma inesperado e bvio ao mesmo tempo como se um cavalo favorito ganhasse de fato a corrida depois de voc ter apostado em um azar o Sim Kennedy disse um pouco irritada com a calma dele O Povo de Judas Leo Aqueles que mataram meu parceiro roubaram sua fam lia d
284. e Diema o fitou de cima e havia certa zombaria em sua express o ou talvez desprezo Tem medo de morrer Tillman ela perguntou algo que eu evito sempre que poss vel ele disse E voc quer que ela esteja em um terreno que ela n o tenha preparado Kennedy pensou Mas h muito em jogo aqui Leo tanto para voc como para o Ben Rush N s vamos subir ela disse bem alto E em tom mais baixo para Tillman N o a pressione demais Quando descobrirmos o que ela quer a decidimos o que fazer Quando estivermos bem colados a uns 20 quilos de explosivos ele murmurou em resposta Tirem o caminh o da estrada primeiro Diema disse a eles Coloquem no atr s do celeiro Tillman voc faz isso Kennedy suba aqui Agora Fizeram como ela dizia Tillman voltou ao caminh o e o motor roncou acordando Ele passou por Kennedy enquanto ela andava em dire o ao celeiro Ent o ela cruzou a porta penetrando na s bita escurid o A escada para o piso superior estava direita N o havia mais nada no celeiro arruinado nenhum fardo de feno ou equipamento agr cola enferrujado nem baias ou manjedouras Se isso era uma emboscada os emboscadores estavam l em cima com Diema e Rush Mas ent o se fosse mesmo uma emboscada a garota estaria se esfor ando demais Poderia ter deixado Kennedy e Tillman morrer individualmente e separadamente antes e em vez disso havia se esmerado em mant lo
285. e bvio Estante de livros Aparador com escultura de nudez baseada em O Beijo de Klimt Alguns casacos pendurados em ganchos na parede O ar parado tinha um cheiro ligeiramente velho de coisa presa Ainda assim depois de fechar a porta Tillman fez uma r pida busca preliminar movendo se pelo corredor com uma furtividade que contradizia sua massa corporal e espiando dentro de cada quarto e em torno de cada ngulo Estava verificando a exist ncia de ciladas mas o ar n o havia mentido Ele estava sozinho no apartamento Agora Tillman estava razoavelmente confiante de que n o seria perturbado entretanto ainda se ateve ao plano que havia definido de antem o come ar na cena do crime e ir expandindo o raio de a o Ele foi direto para o quarto e entrou N o havia corpos ali vivos ou mortos Novamente isso apenas confirmava o que o nariz j lhe havia dito Se os atacantes de Kennedy tivessem morrido aqui e seus corpos n o tivessem sido removidos os complexos aromas de decad ncia j seriam percept veis Mas eles ainda poderiam ter morrido e sido levados por algu m Tillman examinou os detritos e sinais no quarto e come ou a interpret los O sangue nos len is ele assumiu ser de Kennedy Havia uma grande mancha escura a mais ou menos um ter o do caminho da cabeceira at os p s da cama compat vel com uma ferida larga e superficial na parte superior do corpo Ela parecera preferir apoiar se no lado esquerdo quando eles se enc
286. e Tillman Tillman partiu direto para ele expondo se ao ataque O fato de j estar ferido o livrava dessa preocupa o embora n o do perigo de ser estripado Golpeou com sua m o direita para derrubar a adaga da m o do inimigo e inclinou se para o lado A m o que mirava sua garganta passou ao largo Enganchou a m o esquerda no ombro do assassino Ainda avan ando ainda girando ele se abaixou para transformar o gesto em um arremesso Segurou o bra o da adaga logo acima do pulso puxou o para o lado e para baixo em um kitap desajeitado mas veloz e j que manteve o antebra o do oponente seguro o peso do pr prio corpo do homem deslocou o bra o dele do ombro E deu a Tillman uma adaga Ele a ergueu a tempo de recha ar um golpe cortante do segundo homem as duas l minas chocando se uma vez duas como se fossem espadas em duelo Tillman sabia que cada movimento arrancava mais sangue da ferida profunda em seu flanco mas n o havia tempo para pensar nisso Mais preocupante era o fato de que enfrentava um lutador muito mais experiente com facas e muito mais vontade com aquela arma do que ele Ele cedia terreno a cada finta e guarda recuando em dire o parede Estava perdendo e estava para morrer Ent o fez a nica coisa em que conseguiu pensar Ganhou meio segundo com um golpe louco e horizontal e usou o para retroceder mais um passo deixando sua adaga totalmente desalinhada e seu torso desprotegido O assas
287. e da Escola de Engenharia da Universidade de Swansea Cada um deles estava de um lado de uma caixa de a o de apar ncia s lida com fileiras de al as aparafusadas nas laterais e cal os de espuma de borracha afixados em cada quina Essa a sonda Kelvin Kennedy perguntou Isto s a cabe a de leitura Partridge respondeu H muitos outros componentes Est o dentro de uma van a algumas ruas daqui o mais perto que conseguimos deix la Meu Deus odeio esta cidade Isso s faz de voc um cara ainda mais legal John Kennedy voltou se para a mo a e o rapaz E imagino que voc s dois sejam os operadores Muito obrigada por terem aceitado fazer isso Na verdade somos estudantes de gradua o a mo a Kathleen respondeu Sua voz tinha um sotaque gal s t o delicado e musical que soava como se estivesse recitando um poema Mas somos qualificados para usar a sonda Ambos estamos trabalhando em uma pesquisa sobre microscopia de for a E a universidade n o podia enviar ningu m do corpo docente Partridge resumiu Ent o o William e a Kathy gentilmente concordaram em vir passar o dia na cidade e ajudar voc Em troca das despesas de viagem deles e de um pequeno cach claro Kennedy disse Estou grata aos dois De verdade Isso simplesmente maravilhoso Ela n o acreditava que Emil Gassan faria obje es s despesas extras mas se fizesse ela mesma
288. e n o devesse estar ali Ainda tensa e desconfiada ela patrulhou toda a cobertura do pr dio olhando diretamente para as janelas do apartamento de Izzy Podia ver onde estivera sentada o copo vazio no parapeito e a partir disso tentou entender onde que vira o movimento deste lado No fim descobriu A superf cie do pr dio era de cascalho sobre placa mineral e uma pequena rea exibia marcas tanto do raspar de sapatos como de algu m que ficara sentado ou ajoelhado l por um longo tempo N o era paranoia Ela estava sendo observada E aparentemente o observador tinha asas pois ela n o via outra forma de ele sair daquela cobertura CAP TULO 9 Partridge estava esperando diante da entrada principal de Ryegate House quando Kennedy chegou na manh seguinte Tinha a menor bituca de cigarro que ela j vira apoiada entre os dedos indicador e anular Trazia dois acompanhantes ambos parados nervosam ente longe da fuma a do cigarro de Partridge um jovem t mido de apar ncia ligeiramente fe rica e uma mulher s ria de culos Ambos estavam na casa dos 20 anos e vestidos no que parecia ser suas melhores roupas as da missa dominical Partridge usava uma jaqueta gasta de trabalhador sobre uma camiseta branca lisa e cal a azul escura com mais bolsos do que qualquer pessoa poderia precisar Ele apertou a m o de Kennedy e cumprimentou a com cortesia arcaica Em seguida apresentou os colegas Kathleen Sturdy e William Pric
289. e procurando principalmente avi es ultraleves pequenos o suficiente para se isentarem de inspe es de seguran a e monitoramento federal Imagens de sat lite eram examinadas a fim de identificar quaisquer pistas de pouso cuja localiza o estivesse disfar ada No que se referia gua armaz ns no cais eram revistados ao mesmo tempo assim como barcos atracados no ancoradouro A f brica na qual Ber Lusim havia extra do e refinado seu veneno j havia sido identificada por meio de imagens de sat lite arquivadas que mostravam os caminh es vermelhos da High Energy Haulage fazendo uma entrega nesse local mais de um m s atr s Mas a f brica estivera claramente abandonada j havia algum tempo N o existia nada l a n o ser res duos industriais embalagens de componentes qu micos puros e muitos e muitos quilos de sementes de mamona que n o haviam sido reduzidos a polpa e processados A localiza o da f brica era um insulto calculado ficava em Marble Hill no ponto de onde se viam diretamente o Rio Harlem e a ponta norte da ilha de Manhattan Ber Lusim que eles haviam procurado no mundo todo constru ra sua arma de destrui o em massa a poucos passos da pr pria Ginat Dania Era verdade que a busca dos Elohim era prejudicada pelo fato de que n o tinham ideia de qual poderia ser esse armamento e que apar ncia teria Mas tamb m era verdade que eles podiam eliminar algumas possibilidades e se concentrar em outras mais prov veis
290. e surpresa ao ser arrancada de seu devaneio Ter deixado voc me tocar disse ele Ela n o respondeu Kuutma franziu o cenho e olhou para Diema um olhar de espanto e profundo pensamento A porta se abriu e o m dico surgiu olhando para eles Sua express o branda nada informava mas ele meneou a cabe a positivamente Ele est pronto para voc disse a Kuutma Eles voltaram a ocupar a sala Os olhos de Tillman estavam abertos e ele respirava n o normalmente mas profundamente com um chiado aud vel a cada inspira o como a l mina de um serrote contra papel o Kennedy tentou ir at ele mas os Mensageiros que seguravam seus bra os n o permitiram Leo ela disse Os olhos dele piscaram giraram e a encontraram Ele tentou falar e finalmente produziu um som que poderia ter sido o come o do nome dela Heh E um segundo depois ther Kuutma n o perdeu tempo Como voc queria Diema disse a ela com um meneio da m o Por favor continue Diema se aproximou Encontramos a base de opera es de Ber Lusim sob o Monte Gell rt ela disse dirigindo se a Tillman Mas ele escapou E agora achamos que pretende realizar a profecia final do livro de Toller Ent o precisamos ir atr s dele e det lo Nosso objetivo o mesmo de antes salvar um milh o de vidas Se pudermos fazer isso ent o tudo tudo o que aconteceu ao longo do caminho estar j
291. e carente de informa es mas tentando parecer que estava a par de tudo Kennedy olhou brevemente para ele balan ando a cabe a N o professor n o aconteceu S pareceu que sim Mas apenas porque deu errado O Sr Wales aqui se posicionou na sexta feira pouco antes do travamento noturno Ele entrou na Sala 37 s 16h53 Sete minutos depois na hora certa ele finalizou o expediente e para todos os efeitos foi para casa Mas n o foi isso que fez foi Sr Wales O senhor deu seu cart o de ponto para seu amigo Mark Silver na porta da Sala 37 Ele bateu seu ponto no final do dia enquanto o senhor ia para a caixa cuidadosamente escolhida para ficar fora do campo de vis o das duas c meras de vigil ncia entrava nela e esperava que todos fossem embora Foi bem f cil de combinar e desde que o Silver escolhesse bem o momento de agir provavelmente ningu m notaria um homem passando dois cart es de ponto um depois do outro Tudo o que ele precisou fazer foi registrar a pr pria sa da resmungar como se a m quina n o tivesse reconhecido o cart o e depois registrar a sua sa da Kennedy abriu a tampa da caixa e a inclinou mostrando o interior a Wales e depois aos outros um de cada vez Ela virou a caixa entre as m os de forma que eles pudessem ver as roupas descartadas e a fina camada de cinzas ao redor e embaixo delas Wales sussurrou algo inaud vel Rush n o tinha certeza mas soava como uma l ngua estrangeira Kenned
292. e disse Essa parte eu entendi merda Fica calmo a t Significa pessoas que solicitaram um livro do acervo O Wales estava tentando gerar uma lista completa mas o sistema n o deixou porque os dados n o estavam mais sendo atualizados Tudo havia sido desagregado retirado do conjunto de dados que voc pode usar para preencher um formul rio Qualquer pessoa do setor de TI poderia ter simplesmente alterado a flag e recuperado os dados mas o Wales n o tinha as senhas E da Ali s eu s estou entendendo um ter o disso Da que ele teve que mergulhar no conjunto de dados e ler tudo Ele procurava pelo c digo de identifica o de determinado livro e sempre que o encontrava checava os registros do usu rio at descobrir quem o havia solicitado Jukes ergueu o olhar para Rush piscando r pida e arritmicamente era seu tique quando fazia for a para pensar Quero dizer quando o livro estava l Antes de terem fechado a sala de leitura do Museu Brit nico e tirado tudo o que havia nela Devia haver um formul rio preenchido a m o que o usu rio levava para o atendente Ent o quem quer que estivesse atendendo naquele dia escaneava o cart o desse usu rio e N o Rush disse N o Jukes N o fique me explicando todo o sistema S me diga se estou certo O Wales estava tentando fazer uma lista dos nomes de todo mundo que j leu determinado livro N o N o Ele estav
293. e e d as cartas disse Coloque os arquivos em algum tipo de ordem que fa a sentido para voc e depois v passando os para mim um por vez Ele pareceu nervoso com tamanha responsabilidade Pode ser em ordem alfab tica perguntou N o respondeu Kennedy em um impulso Me surpreenda As pr ximas horas foram extenuantes Sem a orienta o dela Rush decidiu come ar pelo alto escal o O cargo mais alto ali excluindo o de Emil Gassan era ocupado por uma certa Valerie Parminter que tinha o t tulo de diretora assistente Estava na casa dos 50 e era atraente de uma forma austera com uma figura bem conservada e cabelos tingidos de rosa que faziam da pr pria falta de naturalidade uma virtude A julgar por sua express o ela via aquela entrevista como uma imensa afronta sua dignidade As respostas de Parminter s perguntas de Kennedy come aram como frases esparsas mas rapidamente degeneraram em monoss labos Sua face dizia Tenho que suportar isto mas n o tenho que esconder meu desprezo Kennedy atacou a jugular sem o menor escr pulo Ent o disse ela isso aconteceu debaixo do seu nariz por assim dizer No per odo entre a sa da do antigo diretor e a chegada do professor Gassan Parminter fitou a com um olhar frio e indignado N o acho que o per odo seja relevante para qualquer coisa retrucou Ah disse Kennedy Quem vive pelo monoss labo morrer por ele
294. e elevador hidr ulico aqui Tillman pensou em voz alta Na poca em que este lugar ainda funcionava quero dizer Voc est imaginando se o Ber Lusim poderia ter mandado colocar bandejas ou prateleiras l embaixo para a ricina assentar Kennedy perguntou Isso me ocorreu sim Parecia improv vel primeira vista O piso da fossa estava cheio de um sedimento espesso e podre de leo e gosma Ent o Kennedy bateu com o p na borda da fossa Tillman olhou para onde a ponta do p dela indicava marcas frescas de raspagem exibiam se mais claras contra as manchas de leo j arraigadas na borda e uma crosta de merda de pombo bipartida mostrava de onde um peda o de chapa de metal enferrujado havia sido retirado Alguma coisa foi feita aqui de todo modo Kennedy disse Talvez ele tenha jogado uma cobertura por cima da fossa e colocado as bandejas sobre ela Tillman esquadrinhou a sala vazia devagar intensa e silenciosamente concentrado Depois fez todo o circuito em torno da fossa o que levou uns bons dez minutos e finalmente reuniu se a Kennedy Tem bastante evid ncia de movimenta o disse ele De coisas pesadas sendo arrastadas Acho que voc tem raz o Heather O Ber Lusim processou a ricina bem aqui depois levou tudo embora O que estou procurando alguma pista sobre o que mais ele pode ter feito com ela primeiro Se ainda um p solto ou se foi colocada em algum tipo de revesti
295. e fazer Ele desceu Sala 37 Por tr s vezes ao longo do caminho passou por policiais parados de p ou conversando ou andando em uma dire o diferente mas eles apenas o cumprimentaram com mudos meneios de cabe a Ele se esgueirou para dentro da sala e foi diretamente caixa que Alex Wales havia assaltado Como j havia percebido ela continha uma mistura de textos antigos e coment rios modernos Serviu se de um calhama o do que parecia ser hist rias e biografias relevantes e bateu em r pida retirada Entretanto assim que voltou ao escrit rio de Gassan viu se incapaz de ler De repente foi atingido pela morbidez do que fazia o fato de que sentava se mesa de um homem morto quando este ainda nem havia sido enterrado Foi como se at aquele momento n o tivesse percebido que Gassan estava realmente morto Fora um fato abstrato e agora era subitamente concreto eram esta sala esta mesa este sil ncio De uma foto com moldura prateada o professor sorria para ele com um triunfo incongruente segurando uma placa de bronze Talvez houvesse ficado em terceiro lugar em algum concurso de arque logos Quanto mais Rush olhava para a foto mais sinistro ficava o sorriso Sei de algo que voc n o sabe Gassan parecia dizer S o que voc sabe como se sente quem est morto Rush disse foto E isso todo mundo acaba descobrindo CAP TULO 28 Do terminal da Eurostar para o trem depois a Paris depois
296. e ganhamos deixando que ela ou a nossos procedimentos Se quiser interrog la mais tarde ficarei feliz em providenciar uma sala e alguns a ltima profecia Kennedy disse alguns instrumentos adequados para Ele chegou ltima profecia Voc s n o viram o que o Shekolni fez l embaixo O ato passou despercebido quando voc s estavam distra dos Agora Nahir era for ado a reagir presen a dela Rosnou o que era presumivelmente um xingamento em aramaico antigo e ent o girou para encar la Voc est falando de coisas que n o conhece disse H mist rios que nunca lhe ser o revelados ainda que voc passasse toda uma vida estudando os E isso era para ter sido um cala a boca Kennedy pensou Se n o houvesse tanta coisa em Jogo inclusive sua pr pria vida ela teria rido na cara de Nahir Ele era s um ou dois anos mais velho que Diema Kennedy percebia agora claro os Elohim tendiam a ser jovens A n o ser por Kuutma ela era provavelmente a pessoa mais velha na sala E eis a o seu problema ela disse no mesmo tom de condescend ncia que ele usara Voc s est o procurando por mist rios revelados Tudo o que eu estou procurando uma trilha de evid ncias E encontrou alguma Kuutma perguntou Ele olhava para ela ansioso na expectativa Compartilhe conosco o que sabe por favor Algu m tem o texto a Kennedy pediu Diema o
297. e interim Aby dos lan ara se em dire o a alguma outra arma mas a jovem havia largado tanto a revista porn e o Taser usado saltara por sobre a cama feito uma atleta e estava bem na cara dele mandando soco atr s de soco como chicotadas o que o for ou a usar as duas m os para se defender As m os foram suficientes a princ pio mas a garota estava em constante movimento seu corpo oscilando para a frente e para tr s seus punhos indo e vindo r pidos como luzes a piscar for ando Aby dos a recuar Ent o houve um momento em que ele deteve dois golpes baixos deixando a parte superior do corpo sem defesa A garota aproveitou a brecha e meteu a testa no rosto dele Abydos cambaleou para tr s cego e dolorido A garota deu uma pirueta sua perna esquerda girando com a gra a de uma bailarina e acertando a lateral da cabe a dele com um ru do abafado Ele caiu de joelhos Depois desabou de corpo inteiro Um movimento mais pr ximo desviou a aten o de Kennedy Samal estava tentando apanhar a arma ca da Agindo puramente por instinto Kennedy torceu se para o lado na cama e deixou suas pernas ca rem sobre a cabe a dele Ent o ela juntou os joelhos de forma que a barra de conten o o acertasse na garganta Se ele n o estivesse grogue pelo efeito do Taser teria se defendido desse ataque desajeitado em um instante Mas como estava teve de lutar com o peso morto de Kennedy por alguns segundos antes de conseguir ergu la toda
298. e o passado at o passado perder o poder de feri los e a orla se tornar uma ponte que os levaria para casa Ela esperava encontr lo NOTAS 1 O pr dio mais alto da Europa ocidental projetado pelo arquiteto italiano Renzo Piano e coberto por 11 mil placas de vidro N T 2 Nega o plaus vel plausible deniability um termo legal criado pela CIA durante o governo Kennedy Descreve o poder de uma pessoa ou institui o de negar conhecimento de um assunto ou ocultar informa es de seus superiores para proteg los de esc ndalos se alegarem n o saber n o podem ser culpados N T B Arquitetura que faz uso extensivo do concreto aparente dos volumes puros e geralmente maci os e n o oculta a fun o das estruturas e dos servi os encanamentos condu tes etc O termo diz respeito originalmente arquitetura do per odo final da obra de Le Corbusier 1887 1965 e dos seus seguidores N E 4 Crime Prevention Through Environmental Design N E i Detetive interpretado por Peter Falkna s rie televisiva Columbo dos anos 1970 famoso por suas t cnicas investigativas N T B Idiotas s bios N E 7 Serendipidade um anglicismo que se refere s descobertas afortunadas feitas aparentemente por acaso N E e National Counter Terrorism Security Office ou Escrit rio Nacional de Seguran a Antiterrorismo N T E Do franc s fato consumado N E S Do h
299. e passava a p encontrou cerca de mil ratos nos degraus da Banqueting House todos com a cabe a decepada Considere o rei como o Mais Alto a esc ria sangrou bem ali onde ele sangrou At morreram do mesmo jeito Ela cruzou olhares com Tillman depois com Rush e deu de ombros E Ister o Rio Dan bio A gua ficou vermelha umas duas horas depois de os ratos serem encontrados n o de sangue e sim com anilina mas a profecia s diz como sangue E por a vai Eu n o consegui encontrar as correspond ncias de todas mas at onde d para perceber j cobrimos tr s quartos de tudo o que acontece no livro Todas as profecias do Toller est o acontecendo uma por uma na ordem certa Tillman co ou o queixo mas nada disse Jesus Cristo Rush protestou O que que estamos dizendo aqui S rio O Toller previu o fim do mundo 300 anos atr s e agora est acontecendo Voc n o est prestando aten o Tillman grunhiu Ela n o est dizendo nada disso N o Kennedy concordou N o estou Mas o Rush n o esteve naquele armaz m com voc Leo E ele n o viu o que tem dentro do seu caminh o Para Rush ela disse O inc ndio em Nunappleton foi criminoso Os corpos que a pol cia encontrou nas ru nas os infi is que macularam a palavra sagrada foram levados para dentro da casa s para que pudessem morrer ali O ataque com o m ssil
300. e quem invadiu o dep sito de Ber Lusim em Londres Ele viu os documentos relativos s armas e aos equipamentos que Lusim j havia despachado Estamos come ando a obter informa es similares dos computadores que encontramos nas cavernas timo O tom de Diema foi cortante N o estou dizendo que esses esfor os devam cessar Apenas que dever amos usar todas as op es de que dispomos Kennedy est certa quando diz que como adamitas ela e os outros veem as profecias de Toller sob um ngulo diferente do nosso Ela provou isso h pouco e justificou sua decis o de recrut la Tannanu Eu quero usar os conhecimentos de Leo Tillman tamb m Sua intelig ncia t tica que foi grande o suficiente para encontrar a antiga Ginat Dania Kuutma co ou a bochecha com o polegar Isso poderia ser feito ele perguntou a Nahir Voc poderia acord lo Ou Tillman j est perto demais do fim Nahir fez um gesto descompromissado N o sei Tannanu ele admitiu Eu pensava em Tillman como um recurso j exaurido ent o n o pedi que os m dicos me atualizassem quanto condi o dele Farei isso agora Obrigado Nahir Kuutma disse Leve minhas guarda costas com voc Ambas t m bons conhecimentos em medicina Talvez possam ser teis N s nos juntaremos a voc em breve Quero os outros conosco tamb m Diema disse rapidamente Kennedy e Rush Kuutma franziu o cenho
301. e resmungou Use as garrafas de gua vazias Tillman disse para isso que servem T bom ent o preciso respirar N o n o precisa s um h bito que as pessoas adquirem Preciso usar minhas pernas antes que eu desenvolva uma trombose venosa profunda e morra Mantenha o canal de comunica o desocupado Tillman grunhiu e os olhos abertos Ainda estamos trabalhando Ele desligou o r dio Seus ombros estavam tensos ent o eles os massageou um de cada vez sempre mantendo o r dio na m o livre e nunca tirando os olhos da porta traseira do hotel Pouco mais de meia hora depois Diema voltou a cham lo Meu pessoal diz que dever amos usar o Orsz gh z disse ela O pr dio do Parlamento Tillman ficou em d vida Por que disseram isso um pr dio cheio de seguran a provavelmente e por isso cheio de risco Raz es suficientes para o Ber Lusim n o querer chegar nem perto da Heather em um lugar como esse E raz es suficientes para ele ter medo da pessoa com quem ela poderia se reunir l Diema contrap s O alto risco uma faca de dois gumes Ber Lusim vai achar que talvez seja por isso que ela veio Talvez ela estivesse esperando uma hora marcada com algu m em um alto cargo no governo e a hora acabou de chegar Ele precisaria saber quem a pessoa e o que est sendo planejado Provavelmente se ele agir vai fazer isso assim que descobrir aonde ela est
302. e sua hist ria curta mas ilustre Mas a disse ele a Universidade de Swansea interessou se pela ideia original e come ou a criar varia es bel ssimas Eles meio que inventaram uma ci ncia chamada de nanopotenciometria Ela mede com exatid o mudan as no potencial el trico A sonda analisa a condutividade da superf cie de um objeto e cria um mapa do seu potencial el trico Gassan balan ava a cabe a positivamente mas seus olhos estavam um tanto vidrados Voc pode us la para detectar impress es digitais Kennedy disse a ele indo direto ao ponto Ela faz um milh o de outras coisas tamb m mas para a pol cia uma m quina de impress es digitais Partridge pareceu aflito com essa simplifica o excessiva mas assentiu A detec o tradicional de impress es digitais produz uma imagem a partir de res duos oleosos da superf cie da pele Mas esses mesmos res duos alteram o perfil eletromagn tico de qualquer objeto que voc toque com as m os Assim a sonda de Kelvin elimina o intermedi rio e analisa diretamente a condutividade da superf cie do objeto Ela cria um mapa de potencial el trico no qual as impress es digitais se destacam como a luz de um farol Sem precisar de agentes de desenvolvimento e resolu o Sem precisar nem mesmo tocar a superf cie de forma que n o h perigo de destruir ou contaminar outros tipos de evid ncia como DNA enquanto procuramos pelas impress es E v
303. e todas as armas onde est o Se precisarmos de mais algum equipamento enquanto estamos aqui n s mesmos nos serviremos Presumo que tenham trazido um segundo carro para voc s Ele entregou a ela um jogo de chaves e indicou com a cabe a um carro que estava de frente para eles do outro lado da passagem do estacionamento um Audi A4 preto com placa h ngara E quanto a voc s perguntou Shraga desgostoso Dever amos escolt los at o esconderijo e cuidar para que se acomodassem l N s vamos sozinhos para a cidade Diema respondeu seguindo em dire o ao outro carro enquanto falava Boa ca ada primos E que Deus favore a a todos n s Que Ele olhe por voc Shraga murmurou curvando se Ele vai ter que fazer muito mais do que apenas olhar Diema pensou enquanto chegava ao carro seguida por Tillman e Rush A bomba de tinta foi uma ideia bem sacana Rush a repreendeu parecendo genuinamente magoado A vida tamb m Diema respondeu CAP TULO 49 Kennedy tomou um voo no meio da manh e chegou a Budapeste em torno das duas horas da tarde O funcion rio da alf ndega que olhou superficialmente seu passaporte da Uni o Europeia perguntou se o objetivo da viagem eram neg cios ou passeio Ela respondeu que estava l para trabalhar Disse o mesmo ao taxista que a levou do aeroporto at o Hotel Karoly na Moln r Utca de frente para o Monte Gell rt logo do outro lado do Dan bio
304. e tr s pernas Sa ram para o sal o principal da f brica e atravessaram a pista de obst culos em dire o porta principal Passaram por Desh Nahir no caminho Estava inconsciente deitado no pr prio sangue Diema murmurou uma b n o mas n o parou nem desacelerou A porta estava vis vel agora e ela podia ver a traseira do caminh o Tillman escorregou no lodo de uma po a de gua seca e quase caiu mas Diema o segurou de p ao colocar o pr prio peso sob o dele empurrando o para cima a parte tsukuri de um golpe de jud com a sequ ncia suspensa por tempo indefinido As portas estavam diretamente frente deles De olhar colado ao ch o por estar sendo for ada agora a ter cuidado em cada passo a cada deslocamento de seu peso como em um exerc cio de log stica Diema viu os pr prios p s depois os de Tillman penetrar os feixes obl quos de luz solar que se espalhavam pelo cimento encardido Estavam emergindo no mundo exterior em movimentos lentos e tortuosos Kuutma passou pela porta com Alus de um lado e Taria do outro e os encontrou ali Outros Mensageiros estavam de p l fora no asfalto parados e silenciosos esperando as ordens de Kuutma Olhou para Diema que havia parado de uma vez A express o dele era complexa e insond vel Informe ele sugeriu a ela com perigosa brandura Diema tentou falar mas as palavras fugiram de sua mente agitada Eu n s ela tentou Ber Lusim es
305. e uma forma que postumamente destruiu sua reputa o e levou toda a aten o da m dia para muito muito longe das suas pesquisas profissionais Foi um triunfo Mas possivelmente prejudicou o rapaz v tima n o reconhecida de seu pr prio plano elegante Ou talvez tenha despertado algo dentro dele O dem nio que sempre dormitara ali esperando Ber Lusim foi de um sucesso a outro de seu aprendizado em Berlim para a frica do Sul e de l para a Rep blica Federal da Alemanha L provou ser capaz de antecipar se a inimigos em potencial ao agir de forma impiedosa e decisiva assim que uma poss vel amea a era identificada ou mesmo sugerida N o se incomodava como faziam muitos Mensageiros em criar uma cortina de fuma a de bilhetes suicidas ou falsos suspeitos tam pouco deixava qualquer rastro que levasse ao Povo e por isso seus m todos brutais nunca foram questionados Ao completar 20 anos foi nomeado Convocador dos Elohim Foi uma escolha popular Os Mensageiros com os quais ele havia servido o admiravam e eram leais a ele Sua estrela continuou a se elevar Ele apreciava demais proceder a san es extremas A contagem de mortes sob seu comando era mais alta do que deveria ter sido Talvez E era apenas coincid ncia que os homens Elohim prosperassem e fossem recompensados sob as ordens de Ber Lusim enquanto as mulheres eram severamente avaliadas e logo relegadas a outras tarefas Talvez n o Por m sempre mais f cil ver tais coi
306. e voc e quase Ela se deteve percebendo um toque de histeria na pr pria voz N o estou lidando muito bem com isso admitiu afirmando o bvio Foi h tr s anos e fiz o melhor que pude para esquecer essa coisa toda Agora como se nunca tivesse ido embora Como se a gente nunca tivesse voltado do M xico Mas voltamos ele a lembrou Lan ou lhe um olhar impiedoso Heather eles jogaram tudo o que tinham contra n s e ainda escapamos com vida N o a mesma coisa Voc s ultrapassou o limite de algo em que eles est o envolvidos Podem at n o ter somado dois e dois Podem at n o saber que voc Que voc algu m que j sabe sobre eles Gostaria de poder acreditar nisso Kennedy disse tristem ente Mas n o acredito Nem voc Se fosse s eu at acreditaria Talvez Poderia ser o pior dos azares Mas n o sou s eu somos eu e o Emil Gassan Duas das tr s pessoas no mundo que sabem que a tribo de Judas existe Isso meio que altera as chances n Tillman bufou Talvez Talvez Daria para montar um caso Tudo isso parece ter que ver com aquele livro de alguma forma n E a especialidade do Gassan decifrar textos antigos Ent o n o acho que seja t o esquisito que ele estivesse por perto quando o livro foi roubado Ou destru do Ou o que quer que tenha acontecido com ele S que ele n o estava Foi trazido depois como eu Mesmo assi
307. edy ergueu a m o detendo a Esquece N o vou fingir que entendo os seus costumes mas voc est errada quanto a isso e precisa saber Meu nome Sua m e te chamava de Grace E ela chamava seus irm os de Jude e Seth Em uma situa o normal voc s teriam mantido esses nomes quando voltaram com ela para sua cidade porque nenhum deles era ofensivo s cren as do seu povo A tradi o at onde eu entendi rebatizar as crian as caso tenham recebido nomes como voc s diriam Adamitas demais Mas Jude e Seth eram bons nomes b blicos e quem poderia criticar Grace Eu disse a garota repetiu entre dentes cerrados que meu nome Diema Mas o seu Michael Brand seu Kuutma ele pareceu sentir que o seu passado assim como o dos seus irm os precisava ser mais completamente apagado do que isso Talvez porque ele amava a sua m e Rebecca e queria que a fam lia dela fosse dele tamb m Mas ela se matou N o quis viver sem o seu pai Quero dizer o pai da sua carne Leo Tillman E depois que ela morreu o Michael Brand deu novos nomes a voc s tr s Voc passou a ser Tabe e seus irm os Ezei e Cephas Diema continuou completamente imperturb vel Voc parece pensar que eu deveria me importar com o modo como fui chamada no seu mundo disse ela a Kennedy torcendo o l bio inferior N o me importo Nunca foio meu mundo e continua n o sendo E s um lugar onde eu trabalho Kenne
308. eendendo uma fuga Na verdade o que o senhor fez foi descer em uma parte diferente da sala onde sabia que as c meras n o o veriam E tudo o que precisou fazer depois foi voltar sua caixa e esperar at a manh seguinte Foi quando a equipe de seguran a encontrou a adaga e deu o alarme exatamente o que o senhor precisava que fizessem Pois sua nica maneira de sair da Sala 37 sem a ajuda do Mark Silver seria se as restri es normais de entrada e sa da de funcion rios tivessem sido suspensas E tinham que ser suspensas para deixar que a pol cia entrasse e revistasse a sala Kennedy estivera segurando a caixa o tempo todo Agora deixou a cair emitindo um som oco e sinistro ao atingir o ch o Ent o foi por isso que o senhor n o esteve na empresa na segunda feira nem na ter a de manh mas de repente apareceu no meio do dia N o sei como escolheu o momento certo para sair da caixa Estou imaginando que talvez tenha esperado at tudo ficar em sil ncio e ent o se arriscado Da ou o senhor saiu antes que pudesse ser visto ou ficou bem ali na sala como se estivesse participando da busca Teve que deixar seu traje na caixa mas claro que havia trazido consigo uma muda de roupa uma pena que a sala tenha sido lacrada depois e o senhor n o tenha podido voltar a ela sem vigil ncia para apanhar as pe as pretas e se livrar delas Estou perto de acertar Wales sorriu o sorriso de quem sabia o que aconteceria a
309. egos do quiosque introduzindo o lenta e cuidadosamente no jardim dos fundos do chal passando pela cerca de treli a decorativa Ent o saiu e colocou a cerca novamente de p O chal escondia o caminh o de quem olhasse da estrada o que j era alguma coisa mas seria absurdamente suspeito para quem olhasse do p tio do posto Dado o obsceno potencial de sua carga Tillman teria de voltar em breve e lev lo a outro lugar Mas serviria por enquanto Ele ainda precisava fazer uma caminhada de volta at seu carro que ficara a um ou dois quil metros do armaz m entre as rvores Sentado no estribo do caminh o Tillman tirou a jaqueta e vagarosamente com a m o esquerda soltou as correias do colete de Kevlar Seu ombro estava doendo e ele come ava a sentir c ibras Examinando a rea do impacto percebeu que tivera sorte de escapar com um ferimento t o pequeno O centro do hematoma roxo e fundo estava s a dois cent metros e meio da borda do colete Tillman sugou o ar com os dentes cerrados por um instante tomado de avers o por si mesmo Ele havia agido como uma porcaria de amador dessa vez Era um milagre ter conseguido sair como estava quase ileso Lembrou se de um quartel em Angola mais de uma d cada atr s O sargento Bennie Vermeulens tagarelava enquanto costurava uma enorme ferida a faca em sua coxa com linha de pesca O improviso a ltima ferramenta da caixa Leo o que voc faz quando os planos acabam Ent
310. eiros do rel gio girando ao contr rio Siga os ponteiros do rel gio com seu dedo N o vou conseguir fazer isso Rush disse mas continuou tentando No fim estava razoavelmente competente Voc teria que dizer alguma coisa enquanto faz o sinal perguntou Poderia dizer He kul tairah beral Que as b n os do enforcado estejam com voc Ha kul tiara beral Tairah Tai r Ha kul tairah beral He kul N o ha He kul tairah beral Vive kulte O que isso E com voc T bom Que mais Bom eu estava pensando Acabaram as perguntas Diema disse cortando o Esta n o sobre o Toller sobre voc Eu nunca disse que voc podia fazer perguntas sobre mim N o n o disse mas pensei que talvez pud ssemos trocar Eu fa o uma pergunta da voc faz uma pergunta Como uma troca de ref ns uma ideia maravilhosa Diema disse Legal S que n o h nada que eu queira saber sobre voc Isso finalmente fez com que o garoto recuasse e desse a ela um descanso de todo aquele barulho Ela achou outro cartum um curta de 1935 dirigido por Tex Avery mas n o conseguiu se divertir Sua mente estava inquieta demais Deixou o assento e foi para o fundo do avi o pretensamente para usar o toalete N o precisava realmente faz lo mas precisava ficar a s s com os pr prios pensamentos A presen a do garot
311. ela grade Isso tolice Nahir disse a Diema em um tom grave e feroz Um desperd cio de tempo Todo o resto de nosso pessoal est vasculhando o extremo leste da ilha Voc v uma raz o para fazermos o que todo o resto est fazendo Tillman perguntou a ele Diema disparou mais algumas palavras para Nahir em r pido aramaico e ele silenciou Fa a o que eu mando Kennedy imaginou Ent o apesar de tudo Diema confiava nos instintos de Tillman E ela tamb m Todo mundo precisa de uma rocha qual se agarrar quando a gua bate no traseiro N o havia nada a fazer agora at que pegassem o tr nsito para a Ponte Henry Hudson e entrassem no Bronx Kennedy foi at Rush que ainda estava perdido nos pr prios pensamentos insond veis e colocou uma m o no ombro dele Ele ergueu o olhar para ela o rosto cansado e desolado Est aguentando firme a ela perguntou Estou bem respondeu ele At tentou sorrir N o acho que nenhum de n s esteja bem Rush Mas voc n o disse uma palavra desde que sa mos de Budapeste Aconteceu alguma coisa l Muita coisa aconteceu l verdade Kennedy admitiu E voc se virou muito bem Encarou um matador profissional e escapou vivo o que um a zero para n s Mas n o vai ter que fazer isso de novo se isso que te preocupa Se conseguirmos descobrir onde o tal Ber Lusim vai atacar o pessoal do Kuutma que vai agir N o n s
312. elalit em seu corpo desacelerando a de forma imprevis vel Ficaram sentados em um sil ncio amistoso por algum tempo na mesma sala onde haviam conversado tr s anos antes Aquele encontro estava nos pensamentos de Kuutma tamb m Uma vez eu lhe disse que tinha um plano para voc relembrou ele chegada a hora de esse plano ser realizado A garota experimentou um momento de desorienta o estranhamente agrad vel uma altera o em suas perspectivas mentais repentina o bastante para induzi la a uma leve vertigem Se Kuutma a havia convocado para dar lhe uma incumb ncia ent o agora ela era uma Mensageira Aquelas palavras simples eram sua cerim nia de gradua o seu ingresso nas fileiras dos Elohim Estou pronta ela disse timo Ele encheu o copo dela novamente com gua depois o seu O vinho aparentemente fora trazido s para o caso de ela aceitar Mas voc precisa saber que esta uma miss o incomum uma situa o incomum sob todos os aspectos e que seu direito recus la A garota assentiu Perguntou se o que Kuutma poderia lhe pedir em nome da cidade e do Povo que ela seria capaz de recusar ou mesmo hesitar antes de dizer sim Voc sabe que um dos anci os nos deixou Um anci o eu diria apenas no nome Na verdade ele mais jovem que eu Sim ela respondeu Depois claro Ele foi o Yedimah Kuutma continuou A Semente Aquele a
313. ele ela resmungou Mas consumiria mais tempo Voc teria que descer para a rua e depois voltar E a n o ter amos ningu m para vigiar a entrada do hotel Diema nada disse Mas depois de um minuto ainda de cenho franzido perante a noite inofensiva ela voltou a sintonizar o r dio na frequ ncia de todos eles Heather Kennedy bem conhecida por meu povo disse em um tom a meio caminho de s rio para totalmente rabugento Em geral pensamos no mundo adamita como uma distra o Um nada Mas ela tem uma reputa o H hist rias sobre ela Sobre como encontrou a Ginat Dania anterior e como lutou com uma de nossas Elohim at a morte Ela a nica pessoa fora do Povo que os Mensageiros realmente respeitam Quase ela acrescentou para si mesma com alguma relut ncia Quase a nica pessoa Mas ela n o fez nada hoje al m de andar por a Rush contrap s Ficou agindo como uma turista Eles devem ter percebido que ela n o sabe nada Na verdade Diema pensou eis a a genialidade do plano de Kennedy Mas talvez ela visse isso mais claramente que o garoto porque o plano era completamente orientado para a mentalidade dos Mensageiros claro que Diema teria a rea o esperada a ele pois fazia parte do p blico alvo Vou lhe dizer o que eles percebem disse ela a Rush Se voc estiver certo e Budapeste for o lugar onde Ber Lusim reside ent o a rhaka a loba a cadela conseguiu de novo
314. ele muito lentamente Sabia que isso poderia fazer com que atirasse nela mas j que ele atiraria de qualquer jeito ela sentiu que n o tinha muito a perder e queria talvez por causa daquele tom desdenhoso daquela pancada desdenhosa encar lo com o mesmo desprezo quando morresse Ent o essa pode ser minha pergunta disse ela tentando imitar aquele tom tentando cuspir ao menos um pouco do menosprezo daquele homem de volta ao rosto dele Ele inclinou a cabe a um pouco para o lado mas a arma agora apontando para a garganta dela n o oscilou nem 1 mil metro Ele franziu o cenho Perd o O que sagrado para voc Hifela Ah Ele sorriu um sorriso triste frouxo um pouco torcido no canto da boca Eu pensei que fosse bvio Ele sagrado claro O momento perdurou Diema fechou a boca que pendia aberta Hifela riu alto e embora estivesse zom bando de si mesmo quando sorrira agora zombavam dela Oh crian a Se voc vivesse mais teria muito a aprender Mas talvez Deus nos deixe morrer quando acha que chegamos ao fim de nosso aprendizado Quando nossa mente se fecha e tudo o que podemos fazer viver assim como fazem os animais e os vegetais Feche os olhos N o ela disse Se fechar os olhos ser mais f cil Ent o feche voc os seus Leo Tillman sugeriu O estrondo de um nico tiro disparado de muito perto ensurdeceu Diema outra vez
315. elhos passado o seu auge tendiam a duvidar das pr prias decis es Mas n o havia d vida em sua mente em rela o ao que a atua o de Diema pretendera alcan ar Ela havia escolhido uma linha de a o talvez a nica linha de a o capaz de tirar Tillman Kennedy e o garoto de Budapeste vivos Pois ela raciocinara corretamente que deix los para tr s nas m os de Nahir significaria entreg los pr pria morte Ent o ela demonstrara que Tillman e a rhaka ainda eram valiosos e estendera ao garoto o status tempor rio mas influente de pai externo Era uma ideia inteligente e profundamente perturbadora que sua protegida sua agente sua quase filha dedicasse tanto esfor o para tal fim Como se ela tivesse perdido a indiferen a necess ria dos Elohim s vidas adamitas Como se tivesse esquecido de uma s vez as regras que a autorizavam e governavam Mas n o fora assim t o de repente ele se corrigiu Houvera o garoto que ela matara e sua incapacidade de deixar essa morte para tr s Os sinais haviam estado ali desde o in cio Kuutma sabia que estivera certo de todo modo em trazer Nahir de volta a Ginat Dania Se todos eles sobrevivessem a isso o Sima ouviria as acusa es de Nahir contra Diema e se pronunciaria quanto a isso Significaria o ex lio para um deles Isso precisava ser feito o quanto antes N o podia ser deixado de lado at apodrecer Todavia ter colocado Nahir na equipe de Diema fo
316. eliciosamente atraente a ideia de Kennedy desejar proteg la ser sua amazona de armadura brilhante Depois de as duas voltarem ao conforto e privacidade do apartamento de Izzy o sexo posterior quela conversa havia alcan ado picos e profundezas que surpreenderam a ambas Mas quando acabou e elas ficaram deitadas lado a lado em um emaranhado de len is cheios de n s como v timas de um tornado muito condensado aqueles dois assuntos espinhosos o relacionamento e a experi ncia de quase morte ainda estavam l Uma hora de transpirada apoteose n o significava que elas estivessem a salvo em terra firme E o curativo na testa de Izzy era um poderoso lembrete de que algu m havia acabado de tentar selar o destino delas com cimento Kennedy viera com a ideia de uma separa o experimental em parte para que elas pudessem descobrir exatamente como se sentiam em rela o uma outra e em parte para que Izzy pudesse ficar fora de perigo enquanto ela mesma tentava descobrir de onde vinha esse perigo e elimin lo Fora dif cil convencer Izzy O sexo maravilhoso e o desejo de Kennedy de proteg la haviam mudado completamente seu progn stico do relacionamento Agora queria capitalizar aquelas reviravoltas para fazer com que Kennedy lhe desse o perd o N o me pe a para ir para a porcaria de Leicester Izzy havia implorado Eu posso me manter longe de encrenca aqui mesmo Vou ficar com a Pauline e a Kes l no
317. elos vasos sangu neos rompidos as bochechas afundadas Tubos de fluido e eletrodos conectados a m quinas de monitoramento decoravam sua pele ou penetravam nela Um leve cheiro de suor e desinfetante emanava dele o cheiro das m s not cias recebidas em salas bem iluminadas Diema lutou contra o enigma por m n o conseguia resolv lo sem algum tipo de pista e todos aqueles que poderiam lhe dar essa pista estavam mortos Sua m e Rebecca que tirara a pr pria vida Kuutma que se foi que no final morrera por ter lidado muito mal com a morte de Rebecca E seu pai o pai de quem ela se lembrava erguendo a e carregando a enquanto ela chorava e chutava para longe de seu desenho n o finalizado O pai que habitava principalmente o territ rio causticado em meio ao matagal de sua mem ria e que incendiara pessoalmente a maior parte desse terreno Voc ele A coisa vermelha e branca na cama cheia de fios e cabos feito uma marionete n o p de lhe responder Ela pensou em Polichinelo N o importava qual fosse a pergunta a nica resposta de Polichinelo era agarrar seu bast o que ele embalava como uma crian a nos bra os e cometer outro assassinato E pensou em Wile E Coyote cuja implac vel inimizade pelo Papa L guas era a ess ncia do seu ser Ela quisera que Tillman fosse assim um personagem de cartum simples e previs vel e f cil de odiar Fora dessa forma que ela sempre o vira mesmo antes de saber o que eram cartuns A
318. em po O que fez com que ele abandonasse sua miss o e sua gente e se adaptasse desse jeito Um anjo Ber Lusim disse sua voz quase um rosnado falou com ele Certo Rush assentiu Um anjo falou com ele e deu a ele os segredos do para so E Toller quis compartilhar as coisas maravilhosas que aprendeu Sentiu que precisava compartilhar com o mundo todo Da ele foi para a Inglaterra E a que eu meio que me perco a Guerra Civil O cen rio pol tico na Inglaterra est um caos mas Toller se joga nele como quem mergulha em uma piscina Ele faz todo tipo de amigos e inimigos no governo do Cromwell Apoia os dissidentes religiosos e meio que se torna um dos porta vozes deles Ele se junta ao movimento dos pentamonarquistas Vira um cara importante E eu me pergunto por qu Para qu fazer tudo isso Se voc viu a verdade eterna por que se importaria se o Cromwell ou o Fairfax v o manter suas promessas ou se os bispos podem falar no Parlamento Isso tudo secund rio O mundo vai acabar o reino vai chegar e s isso que importa Diema desviou a aten o da discuss o doutrin ria e procurou sua arma Estava longe o bastante para ela precisar rastejar se quisesse peg la e de todo modo parecia ter recebido um disparo direto Mas ela tinha a outra arma no coldre do tornozelo a pequena e modesta M26 que havia pegado com Nahir e Shraga quase como uma decis o de ltima hora Ela grunhiu e rolo
319. ema e o ligou O que o canal zero perguntou Diga a eles onde estamos As m os da garota estavam no cinto novamente procurando mais alguma coisa Kennedy abriu o canal e ouviu o chiado de uma linha existente Ayn Era uma voz masculina n tida e clara Um arrepio percorreu o couro cabeludo de Kennedy Estamos no Monte Gell rt disse Uma pausa Quem fala por favor A Diema est aqui Kennedy disse Diema Diema Beit Evrom Pere echon Diema gritou soando feito uma b bada Pere echon adir Eu disse N s a ouvimos o homem respondeu rapidam ente No Monte Gell rt Lado norte ou sul Norte Logo acima do Hotel Gell rt Mantenha o canal aberto Estamos indo Kennedy baixou o r dio e olhou para Diema ou melhor para o que Diema segurava na palma da m o Uma pequena seringa hipod rmica do tipo que os diab ticos usam para aplicar insulina no pr prio corpo e uma ampola com um l quido claro Ca ram no ch o quando as m os da garota vacilaram Dal le beho ota Diema disse Kennedy pegou a seringa e a sacudiu diante do rosto da garota Diema o que voc quer que eu fa a com isto gritou Em ingl s Fale ingl s Os olhos da Elohim voltaram brevemente a ter foco Aplique no cora o dele disse CAP TULO 58 Houve um momento de dor e de reuni o mas foi breve Ainda havia muito a ser feito
320. emos ver nada faz Mas o que podemos inferir disso Ber Lusim Se ela veio procurar por n s por que n o procura Se veio conferenciar com algu m por que n o se re ne a essa pessoa e conferencia Por que ela sai de uma atividade t o fren tica para a completa quietude Pelo que talvez est esperando Eu imploro que voc me responda Se estiver certo n o perder nada a interrogando Se estiver errado perder muito ao deix la livre para nos prejudicar Apesar do tempo que voc perdeu por causa dos eventos na Inglaterra a necessidade como voc me explicou de redirecionar carregamentos e adquirir novos equipamentos estamos chegando ltima p gina Eu imploro a voc que interrogue a rhaka e se assegure de que nada que ela tenha planejado poder interferir conosco Eu farei isso disse Ber Lusim se for necess rio Mas precisamente por causa do tempo perdido Sant ssimo eu preferiria que n o fosse Capturar a rhaka e depois interrog la nos atrasaria ainda mais Eu preferiria dar prosseguimento miss o na qual nos empenhamos Bem n o sou versado nessas coisas A voz de Shekolni estava carregada de quantidades quase subliminares de sarcasmo e ressentimento Sou sujeito a tolos receios Era preciso encerrar o assunto Ber Lusim sabia Era ruim para os outros ver os dois l deres em desacordo ainda que por um instante Uma ideia lhe ocorreu Encontrou o olhar de Hifela e o sustentou po
321. empo para encontrar Alex Wales e ela s tivera de procurar em um edif cio Precisamos de um plano B Tillman disse Com certeza garota mande seu pessoal fazer tudo isso Mas n o tem a menor chance de a gente simplesmente sentar e esperar enquanto eles trabalham Tem uma sugest o melhor Diema perguntou os olhos estreitando se enquanto ela o encarava Eu tenho Kennedy disse Todos se voltaram para olhar para ela na expectativa Acho que existe pelo menos uma chance de fazer com que o inimigo venha at n s PARTES O Ventre da Besta CAP TULO 48 Diema Tillman e Rush foram de Heathrow para Budapeste Ferihegy em um voo noturno que partiu 0h30 Usaram documentos falsos fornecidos por um contato de Tillman a quem ele se referia como Benny A viagem durou apenas duas horas ent o ningu m pensou em dormir Rush trouxera consigo alguns dos livros que surrupiara do acervo de Ryegate House e usou o tempo para procurar Johann Toller no ndice de cada um deles Diema colocou os fones de ouvido e escolheu um desenho animado para ver Era muito agrad vel aos olhos mas ela rapidamente decidiu que n o gostava nem um pouco da hist ria Come ava com uma longa sequ ncia na qual um homem perdia a esposa e a lamentava e os precip cios emocionais que se abriram para Diema enquanto a assistia estavam muito distantes do que ela procurava em um cartum Queria guerras irreconcili veis entre gatos e ra
322. encolhendo os ombros e rolando os olhos como estar no auge sob muitos aspectos ele admitiu Sempre senti que lecionar era uma forma de diluir minha contribui o rea Agora eu terei permiss o at mesmo incentivo para publicar mas n o terei nenhum dever p blico Kennedy ponderou sobre isso e lembrou se do que dissera a Izzy sobre o quinto dos infernos a ideia de passar a vida em um escrit rio subterr neo sem nenhuma raz o para sair dele fazia o ros rio de obscenidades de Izzy parecer o para so na Terra Ent o ela disse finalmente indo direto ao assunto Onde que eu me encaixo Gassan havia acabado de abocanhar um peda o de bolo gerando o breve sil ncio no qual ela fizera essa pergunta Agora ele se esfor ava para engolir tudo e responder Houve uma invas o contou por fim limpando delicadamente o l bio inferior com a ponta de seu guardanapo Um m s atr s Na noite de segunda feira 24 de julho Nas estantes Kennedy perguntou Nos dep sitos e n o no museu propriam ente dito Ele balan ou a cabe a enfaticamente concordando No acervo armazenado sim que agora de minha responsabilidade Quem quer que tenha sido foi muito habilidoso Foi capaz de entrar e sair sem disparar um nico alarme Ent o como voc s souberam que algu m esteve l Espere deixe me adivinhar Pelos vazios nas prateleiras De forma alguma Gassan
323. enha natural ou facilmente para n s Talvez Avra Shekolni j estivesse interessado em Johann Toller antes de deixar a cidade Ou talvez n o Agora sabemos ele est obcecado pelo homem Toller seu nico precursor verdadeiro um homem religioso que partiu sozinho para o mundo carregando o que imaginava ser uma grande mensagem E da disse Kennedy Da que Shekolni acredita nessa mensagem Mas Toller estava prevendo o fim do mundo nos idos 1660 E ele n o acabou disse Rush Quo Shekolni acha que sim e que agora n s todos estamos vivendo na Matrix Voc n o entende Diema disse Rush corou levemente N o n o entendo Isso foi meio o que eu acabei de dizer Johann Toller Diema disse pronunciando as palavras com o cuidado reservado aos interlocutores surdos estrangeiros e imbecis disse que o mundo acabaria depois que suas profecias se realizassem Essa parte eu saquei Ent o o que voc faria se quisesse o fim do mundo Rush olhou para ela Se eu repetiu Ent o olhou mais um pouco Tillman e Kennedy estavam olhando tamb m A hora da barganha chegou Diema disse E depois se foi Deus n o apareceu para n s Mas durante um tempo assim t o longo erros e mal entendidos s o poss veis n o da parte do Sagrado Nome mas da nossa parte O Sima nosso Alto Conselho pediu paci ncia O plano de Deus se revelaria se n s esper ssemos
324. ente com o poder e a versatilidade da sonda de Kelvin mas tamb m pelo fato de que algu m fosse t o longe por causa de um livro Suponho que seja valioso Kennedy ponderou Tem 400 anos de idade O que n o nada Partridge retrucou secamente N o sei muito sobre o ramo de antiguidades obviamente n o o meu campo de forma alguma mas em uma estimativa generosa eu diria que um livro dessa poca valeria bom n o mais do que umas 100 mil libras Professor Gassan o senhor concorda N o sou nenhum especialista no valor de mercado destas coisas Gassan afirmou Mas ficaria surpreso se o seguro feito para essa caixa tivesse um valor maior do que 50 ou 60 mil Rush pensou nisso Havia um grande n mero de livros naquela caixa cujo valor provavelmente era no m nimo esse e eles nem pesavam muito Ent o teria sido f cil para o invasor agarrar um punhado deles e dar o fora Mas todos eles sabiam pela presen a das impress es digitais que n o fora isso que acontecera Se voc procura dentro de sete caixas pega um item e depois para obviamente esse item o que voc procura E depois Voc o queima Porque o que Rush havia visto naquela outra caixa umas duas fileiras depois definitivamente eram cinzas Gassan olhava para Kennedy ansioso Agora que ela havia operado esse milagre as expectativas dele em rela o a ela estavam obviamente no topo Muito bem Heather ele disse
325. ente pelo ch o Abaixo delas os dois homens um claramente morto o outro horrivelmente esmagado mas ainda em movimento tentando se libertar Acima deles o bra o do guindaste de ponte ainda balan ava as mand bulas escancaradas e vazias O inimigo s tivera de posicion lo acima do tambor ardente e esperar que eles chegassem E foi a que come ou o tiroteio CAP TULO 36 Eis o que ocorreu a Diema nesta ordem Primeiro que o som que ela ouvira no in cio n o poderia ter sido um disparo de arma de fogo pois s um lun tico dispararia uma arma dentro de um armaz m cheio de explosivos Depois que os sons que estava ouvindo agora definitivamente eram tiros Por ltimo e portanto que algu m dentro do edif cio ou n o se importava com as consequ ncias ou se sentia t o seguro de seu objetivo que estava preparado para aceitar o risco Leo Tillman transformara aquilo em uma batalha Contra dez Elohim Era a mais perfeita e completa insanidade Mas loucura ou n o havia nisso algo de admir vel CAP TULO 37 De sua posi o no solo Elias Shud tinha duas principais vantagens A primeira era a de que os restos da caixa quebrada lhe davam uma cobertura eficaz A segunda o g s t xico que se elevava do tambor de paracianog nio era mais quente e mais leve que o ar dentro do armaz m assim ele n o corria o perigo de acidentalmente inalar uma lufada daquela morte invis vel e inodora Estava portanto bem pos
326. entendesse embora aquela afirma o mostrasse qu o totalm ente diferentes os dois homens eram Ambos pela viol ncia de sua natureza e pela for a de sua vontade haviam se entregado a destinos peculiares Mas enquanto Ber Lusim havia abra ado essa viol ncia e feito dela seu vestu rio Shekolni abrira a dele como uma porta passara por ela e chegara a um lugar incognosc vel Crian as s o cru is Ber Lusim murmurou Estava pensando em simesmo em seus primeiros experimentos com os limites da dor de outrem que haviam permitido que ele conhecesse a si mesmo Todos os homens s o cru is o profeta disse E todas as mulheres tamb m Se n o f ssemos n o precisar amos de Deus Ele voltou a ficar de p Seus movimentos eram misteriosamente similares aos de um anci o embora n o houvesse nem um m s de diferen a entre sua idade e a de Ber Lusim Talvez o manto de santidade fosse mais pesado do que os homens comuns imaginavam importante compreender disse ele Ter um modelo mental para as a es de algu m que leve tudo em considera o e responda a todas as obje es Estou prestes a pregar para seus companheiros de armas Voc deveria vir e ouvir Convido os a pensar em um milagre o profeta disse as palavras voando pelo vasto sal o quase como coisas f sicas cada uma em um inv lucro de ecos Uma centena de homens o observava e ouvia vidos por revela es imunes fra
327. entendido uma parte lhe deu confian a para procurar os outros aspectos mais esquivos do crime Se que aquilo fora mesmo um crime A sala ficou trancada desde o dia ap s a invas o disse ela Era mais uma declara o que uma pergunta Sim Rush confirmou Eu j te disse isso Os funcion rios do escrit rio fizeram uma contagem do conte do mas eles foram vigiados o tempo todo Ningu m foi autorizado a entrar aqui sozinho Exceto a pol cia Exceto a pol cia Anote o n mero da caixa sim Rush E depois tranque a sala Deixe tudo exatamente como est Certo E n o diga uma palavra a ningu m Certo Ele piscou rapidamente lan ando lhe um olhar cauteloso Vou falar com o professor disse Kennedy E com o Thornedy ke N o estou pedindo que voc minta para o seu chefe S n o converse sobre isso com ningu m da equipe t Sen o a not cia vai se espalhar o suspeito vai acabar ouvindo e a estamos ferrados Eu acho que esta a nossa chance de resolver este caso Rush pareceu gostar da palavra nossa mas precisava perguntar Temos um suspeito Desde quando Desde cerca de cinco minutos atr s Eu n o vou te dizer nenhum nome ainda n o Pois se voc vir essa pessoa vai precisar se comportar de um jeito absolutamente normal para que ela n o fique de sobreaviso Mas eu prometo que voc ser o primeiro a saber depois do professor De volta
328. er jamais faria a menor diferen a para n s E ainda assim aqui estamos Kennedy for ou um sorriso Salvando voc s de si mesmos Porque no final das contas tr s mil anos nem chegaram perto de ser tempo suficiente para que voc s filhos da puta conseguissem o que queriam Dizer que n o precisam de n s uma piada bem ruinzinha depois do trabalho que tiveram para nos trazer aqui Nahir colocou a m o atr s do pr prio cinto Diga mais uma palavra ele convidou Kennedy E descubra por si mesma quanto preciso de voc Ela abriu a boca e o ranger da porta s suas costas intercedeu provavelmente salvando sua vida timo Kuutma disse Todos est o aqui e tudo eu presumo est pronto Diema entrou na sala depois dele e fechou a porta Por un momento seu olhar se travou no de Kennedy uma catequese silenciosa Ent o ela desviou o olhar Doutor Kuutma disse O m dico um homem da mesma idade e com o mesmo f sico dos Mensageiros curvou se negligentemente e fez o sinal do n corredi o Fizuma avalia o f sica do paciente disse ele Ele parece ter estado com excelente sa de antes de receber esses ferimentos O organismo dele est imensamente comprometido agora mas acredito que possa acord lo inj etando adrenalina e metilfenidato diretamente em seu cora o Obviamente h uma quantidade de riscos envolvidos nesse procedimento Mas se o tempo for escasso
329. era es em busca de ascens o social de um West Side mais bo mio cheio de artistas escritores e membros de reserva das muitas orquestras da cidade Outros dizem que a distin o que importa de cima para baixo Inwood o primeiro basti o que voc v na verdadeira Manhattan quando vai para o sul junto da sua crescente fortuna ou ent o seu canto do cisne a ltima coisa que v antes de chegar aos bairros mais modestos E ainda h uma terceira divis o que a maior parte da popula o de Inwood desconhece por completo entre aqueles que vivem acima do ch o e aqueles que vivem abaixo dele Porque do Isham Park no norte at Fort George Hill no sul da 10th Avenue at Pay son e de 10 a 215 metros abaixo da rua Inwood a atual localiza o de Ginat Dania a p tria peripat tica do Povo de Judas Dentro desse espa o cuja rea total contando todos os n veis est perto de 800 quil metros quadrados a totalidade do Povo a n o ser pela pequena di spora j mencionada vive e trabalha sonha e morre Seis quarteir es de arranha c us pertencentes ao Povo e ocupados por seus guardi es os Elohim formam os perisc pios e torres de vigia Mas a maior parte dos cidad os nunca visita essas extrus es na superf cie Est o acostumados ao ritmo e log stica da vida subterr nea ao ponto em que subterr neo deixa de ser parte de seu conjunto de refer ncias Ginat Dania o Jardim do den do qual o resto da
330. erecera um pagamento em parcela nica por um trabalho r pido e provavelmente livre de risco Tudo isso acontecera antes de Kennedy aparecer Mas o que ela havia acabado de contar se encaixava com uma nitidez perturbadora nos problemas atuais do pr prio Tillman e essa era a verdadeira raz o pela qual ele n o a havia pressionado a dar mais informa es J estava de posse de alguns fatos pertinentes e no processo de adquirir mais Na sala dos fundos sentou se a uma mesa toda marcada de coc de mosca e jogou paci ncia com um baralho ao qual faltava o dois de paus Era um jogo sem sentido mas tinha seu valor do ponto de vista da medita o zen Depois de tr s jogadas a porta se abriu e Manolis entrou ainda com o traje de couro e o capacete de motociclista Largou uma mochila na mesa diante de Tillman que colocou o baralho de volta no bolso E a perguntou Manolis meneou a cabe a Tinha algu m atr s dela Manolis ergueu a m o o polegar e o indicador afastados s por um ou dois cent metros S uma pessoa disse Bem discreta Tenho quase certeza Leo Era a mesma garota que estava te seguindo duas noites atr s N o consegui tirar uma boa foto do rosto dela mas a altura e o porte s o id nticos Vou te mostrar Ele tirou as luvas e depois o capacete De dentro dele removeu com muito cuidado uma pequena placa de pl stico preto que havia sido afixada por dois suportes de a o presos no forro
331. erer que ela ficasse No espa o de um dia A diretoria do museu me telefonou e perguntou se eu gostaria de me tornar o respons vel pelo acervo armazenado Bem n o me ligaram diretamente Foi Marilyn Milton da Funda o Validus uma organiza o independente que financiou minha pesquisa nos ltimos dois anos A Validus a maior patrocinadora do Museu Brit nico e da Biblioteca Brit nica Sabia que essas duas costumavam ser a mesma institui o at a biblioteca se separar em 1997 Kennedy encolheu os ombros indiferente Ela n o tinha certeza se sabia ou n o disso mas em todo caso n o queria desacelerar Gassan incentivando mais explica es De todo modo ele disse uma oportunidade surgiu em circunst ncias um tanto tr gicas lamento dizer O encarregado anterior Kary Leopold sofreu um s rio derrame E Marilyn entrou em contato comigo para sugerir que eu me candidatasse com a promessa de que ela avisaria ao comit de nomea es que eu era um candidato aprovado pela Validus Eu pretendia dizer n o Partir no meio do semestre voc entende causa todo tipo de interrup es Mas no fim a diretoria do museu estava t o interessada em me ter que fez um acordo separado com a universidade Contrataram um professor para me substituir at n o n o se levante Kennedy estava de p indicando disposi o para ir pegar um caf para eles e com isso deter aquela torrente logorreica Mas Gassan n o quis
332. eres mudaram de ideia e decidiram transformar voc em uma das suas assassinas Kennedy sentiu l grimas brotarem de seus olhos e lutou para reprimi las Sabia que a garota as veria apenas como um sinal de fraqueza Mas apesar de todo o seu esfor o uma l grima correu por sua bochecha Ela chorava por Grace e por Tabe ambas eliminadas sem deixar vest gios Diema n o sentiu desprezo pela l grima sentiu indigna o Ningu m me obrigou a nada disse a voz elevando se A decis o foi minha Kuutma viu o potencial em mim Ele me deu a escolha de servir meu povo Kennedy balan ou a cabe a negativamente E mandou voc at mim sabendo que eu veria o rosto do Leo no seu Sabendo que eu precisaria ir falar com o Leo contra todos os meus instintos e o envolveria novamente nisso tudo N o minta para si mesma Diema Se voc j foi uma artista provavelmente tem aquele dom que os artistas t m de ver exatamente o que est diante de seus olhos Ent o olhe para sua pr pria imagem e veja o que ela lhe diz Eles te pegaram treinaram e enviaram para nos recrutar porque sabiam que era a nica que poderia fazer isso N o houve nem um tomo de escolha aqui para nenhum de n s Diema levantou se de supet o Por um momento pareceu que ia fugir mas se manteve firme de punhos cerrados N o me surpreende disse ela a voz quase sob controle agora que voc tente me voltar contra meu pr prio povo exa
333. erigo claro e presente desviando a aten o dele da garota para Tillman Mas ainda havia 3 metros de terreno a percorrer Com sua agilidade real ada pela kelalit Hifela virou se ergueu a arma e disparou antes que Tillman cobrisse aquela dist ncia Com sua agilidade real ada pela mesma raz o Diema bateu com a base da palma da m o no pulso do assassino empurrando a ainda mais na dire o para a qual j seguia O tiro passou longe Ent o Tillman atingiu Hifela feito um ar ete Mas na fra o de segundo antes do impacto Hifela j havia analisado a mudan a de situa o e aparentemente tomado uma decis o Em vez de um tinha dois inimigos agora A ordem de prefer ncia tornara se um problema Ele mergulhou e girou e embora Diema tenha visto o chute chegando n o p de fazer muito mais que rolar com o impulso dele O calcanhar de Hifela acertou a lateral da cabe a dela Jogando a para tr s e colina abaixo em um tombo descontrolado Havia um pre o a pagar Hifela ficou sem equil brio quando Tillman o acertou e teve de enfrentar o ataque do grandalh o de frente A m o esquerda de Tillman desceu golpeando a arma de Hifela e soltando a de sua m o e ele deu sequ ncia agress o com um golpe lancinante no est mago de Hifela O Mensageiro simplesmente o suportou notando que o punho do oponente havia se desacelerado no instante antes do impacto sugerindo algum ferimento no bra o direito Com Tillman agora bem ao seu
334. ersa h muito pouco tempo A nica trag dia agora seria se estas tarefas finais t o necess rias ficassem sem conclus o Seria como se escal ssemos uma grande montanha e nos vir ssemos para voltar quando avist ssemos o cume Ser amos tolos e imaginar amos ser santos E eu acho que Deus provavelmente considera mais dif cil amar os tolos que os pecadores N o pretendo ser nem um nem outro Ber Lusim disse Boa viagem Avra Para voc tamb m meu caro amigo Eu o verei em breve Colocar os explosivos no lugar levou dez minutos Diema usou o tempo para convencer se de que realmente n o havia um caminho mais f cil Ela tivera esperan a de que alguma das paredes adjacentes pudesse ter sido constru da na poca em que Ginat Dania ficava aqui mas todas eram de rocha original e muito mais espessas do que a porta do cofre Essa claro era a raz o pela quala porta fora instalada aqui e n o em qualquer outro lugar Ber Lusim havia escolhido seu territ rio e muito bem Isso n o parece meio louco para voc Rush perguntou a Diema enquanto eles retrocediam com os Elohim abrigando se em diversas c maras at onde Shraga havia designado como uma dist ncia segura Em compara o a qu Diema retrucou secamente Shraga distribuiu protetores auriculares e orientou os a respirar pela boca desde o come o da contagem regressiva at a detona o N o era incomum que uma poderosa
335. es assim Veja se esse tal de Jukes aceita suborno E se n o aceitar D um jeito de roubar as senhas dele Rush assobiou A coisa est piorando bem r pido hein Veja se o suborno funciona de todo jeito Kennedy disse a ele Se n o der certo depois a gente pensa em outra coisa Me ligue quando tiver algo pra me contar e a gente se encontra em algum lugar que n o seja aqui Ela saiu pelo mesmo caminho por onde havia entrado A porta de servi o n o estava sendo vigiada e o guarda que a interceptara ao entrar estava fazendo um intervalo para fumar no p tio externo A disciplina foi para o inferno CAP TULO 21 Depois que Kennedy o deixou Tillman voltou ao Pantheon Caf A esposa de Manolis Caitlin estava atr s do balc o Ela meneou a cabe a para ele apenas esbo ando civilidade e destrancou a porta da sala dos fundos Tillman sabia que era melhor nem perguntar a ela se Manolis j havia voltado Caitlin considerava Tillman parte de um passado vergonhoso do qual o marido deveria ter se afastado muito tempo antes e seu recente reaparecimento na vida de Manolis havia sido o motivo de v rias discuss es cheias de sussurros e rosnados que Tillman educadamente fingira n o ouvir Mas Manolis era um dos melhores profissionais de vigil ncia oculta que ele conhecia Certamente n o havia igual em Londres pelo menos n o fora da cadeia Ent o Tillman se aproximara dele um tanto apreensivo e lhe of
336. es de alto padr o estavam apinhadas dos madrugadores a caminho das lojas e escrit rios no West End As mais baratas serviam caf da manh a faxineiros cansados e seguran as que iam para casa ap s o turno da noite Kennedy caminhou entre eles uma transeunte que n o pertencia nem ao mundo da noite nem ao do dia A fadiga e o mau humor a distanciavam de tudo Sentia se como se algu m tivesse esfregado seu c rebro com uma palha de a o e no processo o rg o houvesse ficado t o frouxo dentro do cr nio que rangia quando ela caminhava Deixara o apartamento de Izzy na noite anterior sem nada al m das roupas que estava usando Ambos os agressores ainda estavam profundamente inconscientes e Samal em particular parecia precisar de muitos cuidados m dicos caso quisesse voltar a tocar piano ou formar uma frase com mais de uma s laba Mas os nervos de Kennedy estavam sobrecarregados e ela n o tivera coragem de arrumar uma mala com os dois homens deitados l tendo de passar por cima dos corpos inertes para ca ar as pr prias blusas e cal as no meio dos vestidos de festa e da lingerie sexy de Izzy Ent o ela simplesmente sa ra dali trancando a porta atr s de si Fez uma r pida parada em seu apartamento no andar de baixo onde jogou algumas calcinhas e camisetas em uma bolsa transversal Ela j contara a Izzy sobre a necessidade de quebrar o pr prio padr o Quando algu m nos persegue a pior coisa que podemos fazer nos ate
337. escolha Diema respondeu As duas olharam na dire o de Tillman Ele estava de p no canto da fossa de gordura os bra os esticados dos lados apoiados nas bordas A cabe a pendia sobre o peito Parecia um pugilista que acabara de ser arrasado no ltimo round Diema voltou se para Kennedy Heather temos que ir disse ela Isso Eu sei o que Sempre foi parte do plano Voc tira o graveto do fogo derrota seus inimigos depois o joga de volta s chamas E o deixa queimar Eu entendi Diema J tinha entendido da primeira vez Eu consigo andar Tillman disse Sua voz era uma coisa medonha enforcada Prove Diema respondeu Mas primeiro precisavam sair da fossa o que foi uma agonia t o prolongada que Diema sentiu saudade dos degraus Ela e Kennedy tiveram de apoiar Tillman contra o lado da fossa depois arrastar e puxar os membros dele um por um como se estivessem tentando reajustar as faces de um cubo de Rubik Quando terminaram ele estava deitado de costas na borda da fossa exausto de dor respirando t o superficialmente que a frente de sua camisa empapada de sangue fresco mal se movia Depois tiveram de fazer o mesmo com Rush Finalmente conseguiram colocar os dois homens de p e em movimento Diema apoiando Tillman por ser a mais forte das duas e Kennedy trazendo Rush Seguiram o caminho parecendo as ltimas duplas a chegar ao fim de uma brincadeira de corrida d
338. essa brecha E temos vigil ncia efetiva em todos os aeroportos particulares Alus disse Nada pode penetrar o espa o a reo sem que nossos Elohim saibam E se n o gostarem do que virem derrubar o a amea a antes mesmo que levante voo Trens do metr Kennedy nem acreditou quando disse isso mas n o havia raz o para deixar o bvio de fora S h uma esta o no que acreditamos ser a zona alvo Diema disse a ela A 207th Street acima da Broadway a esta o terminal no norte de uma das principais linhas de metr ent o n o h um grande tr fego com o qual devamos nos preocupar Mas Kuutma posicionou Mensageiros nas plataformas e nas ruas ao redor s para o caso de Ber Lusim tentar transportar algo dessa maneira Dessa maneira Quer dizer de trem T mas suponha que ele esteja armando alguma coisa nos t neis Talvez valha a pena mandar uma equipe para verificar isso Voc n o est pensando nos n meros Nahir disse desdenhosamente a Kennedy No fim da linha haver a menor concentra o de pessoas Toda a rede do metr e de tr nsito metropolitano de Nova York ao longo de todos os bairros e zonas perif ricas transporta cerca de quatro milh es de passageiros em um nico dia Talvez mais mas n o muito mais Que porcentagem desses voc acha que visitar a 207th Street e a Broadway rhaka Eu garanto que n o chega a um quarto Kennedy fez o melhor que p
339. esse ponto a uma grande dist ncia mas dominando a paisagem as torres de Manhattan erguiam se como em um sonho a terra do leite e do mel logo ali do outro lado do rio Um dos Mensageiros de Kuutma que parecia ter a idade de Diema ou talvez s um ano a mais fora posicionado diante da entrada principal da f brica para esperar a chegada deles Vestia cal a jeans rasgada e uma camiseta desbotada dos Strokes mas endireitou se quando Diema se aproximou e a cumprimentou fazendo o sinal do n corredi o com todo o fervor Ela parecia conhec lo Raziel disse a garota O rapaz corou feliz por ser reconhecido Pronto para servi la irm disse ele Cedeu lhe passagem sem uma palavra e passou a andar ao lado dela O resto do grupo a seguiu para dentro do edif cio Tillman apoiando se pesadamente nos dois anjos de Kuutma fechava a comitiva Onde est o os tanques ele perguntou Eu gostaria de v los Raziel olhou para Diema que assentiu Fa a o que ele diz Raziel os levou a uma sala enorme que parecia ocupar a maior parte do interior da f brica O teto muito elevado certamente era s a parte de dentro do telhado do pr dio escorado com imensas vigas de a o e enfeitado com cabos enrolados e pendurados Os pombos voavam para l e para c no alto e tudo o que se via estava salpicado de branco com seus dejetos O bater de suas asas fez Kennedy lembrar se s bita e intensamente de uma bicicleta que
340. esso Fazenda do Pombal era sobretudo a morte que ela tinha em mente a sua pr pria tanto quanto a de qualquer outra pessoa Na visita anterior tr s anos antes ela e Tillman haviam sido encurralados no telhado da casa de campo enquanto esta queimava com um trio de Elohim no ch o brincando de tiro ao alvo com eles a cada vez que punham a cabe a vista Kennedy estivera perto de saltar da cumeeira do telhado com a vaga esperan a de estar intacta o bastante quando chegasse ao ch o para sair correndo mas na verdade fora s uma escolha entre quebrar o pesco o e morrer na fogueira Entretanto Tillman havia virado a mesa contra os atacantes que se imaginaram invenc veis na escurid o Atirando do telhado ele explodira o tanque de gasolina do caminh o no qual haviam chegado com uma bala incendi ria improvisada Um dos Mensageiros havia morrido na explos o e Tillman havia baleado o outro quando este viera correndo tarde demais para ajudar o amigo S que n o era amigo Era irm o Os dois eram os filhos do pr prio Tillman Ezei e Cephas que ele conhecera como Jude e Seth E porque n o os vira desde que tinham 4 e 5 anos e porque em todo caso n o chegara perto o suficiente para ver o rosto deles claramente Tillman nunca tivera a menor ideia do que havia feito como sua miss o que durara 12 anos finalmente o reunira a sua fam lia s para que ele pudesse assassin la Mas Kennedy tinha certeza de que Diema que
341. esta vez Diema ergueu as m os para bloquear o golpe mas foi lenta demais A bota de Hifela atravessou sua guarda sem desacelerar e acertou a na t mpora Era um insulto tanto quanto um ataque uma demonstra o do poder absoluto do assassino sobre os dois oponentes Entretanto desta vez houve uma brecha pois o ltimo chute o obrigou a afastar se um pouco de Tillman Este se lan ou na brecha os punhos martelando mas Hifela n o estava mais l Sa ra do seu alcance rolando e erguendo se de novo agora com a arma de Tillman na m o Ele havia antecipado aquele movimento provavelmente o convidara a faz lo Estava frente deles o tempo todo Olhando para o cano da Beretta Tillman que contava seus tiros obsessivamente sabia que esta era a melhor chance que teria Provavelmente a nica Ele se encaminhou ao ataque de Hifela assim que o gatilho da arma vazia pressionado disparou um ru do surdo e o agarrou em um apertado abra o de urso N o era l uma grande t tica Ele conseguiu prender o bra o direito do assassino contra o corpo mas o esquerdo ficou livre Esperava apenas manter o homem mais ou menos imobilizado enquanto a garota se recompunha e o atacava por tr s Hifela reagiu martelando o na cabe a com uma for a absurda e agonizante Tillman viu estrelas depois a escurid o entre as estrelas Ele estreitou o abra o enterrando o rosto no ombro do assassino for ando o a baixar o bra o em um ngulo ob
342. estava impaciente para v la implementada Kuutma agia t o lentamente parecendo satisfeito em adiar a decis o m s ap s m s enquanto sondava as guas do sentimento p blico em um processo de triagem ilimitado e sem fim Quando posso v lo ela perguntava na ocasi o de cada r pido e inconclusivo relat rio de progresso Em breve Kuutma dizia a cada vez Mas n o ainda O fato de Tillman ter sido um pai externo e o de que sua filha ainda vivia na cidade eram os aspectos mais problem ticos e escandalosos sobre a presen a dele aqui E se ele viesse a saber da exist ncia da filha E se ele tentasse reivindicar algum direito imagin rio de acesso e cust dia E se que Deus n o permitisse a filha acidentalmente entrasse em contato com ele Ent o n o ainda O Povo contemplava agora muitas coisas que outrora teriam sido um an tema No entanto ainda havia alguns limites que n o poderiam n o deveriam ser ultrapassados Ela escreveu cartas para ele embora as palavras nunca lhe viessem facilmente Ent o depois que ouviu de Alus e Taria aquela hist ria sobre ele exigir janelas come ou a enviar lhe desenhos Paisagens imagin rias Bosques e campos chapadas des rticas montanhas E um vasto lago que se estendia al m do horizonte com ilhas flutuando em suas guas cinzentas e turbulentas Sonhava algumas noites com os dois caminhando por ali nas margens infinitas e agitadas Falando sobr
343. eta branca mostrou a ela como usar a pulseira identificadora para entrar Sem olhar nem para a direita nem para a esquerda Kennedy prosseguiu descendo uma longa escada e entrando por um t nel subterr neo no principal complexo de banhos Boa parte do lugar ela percebeu ficava sob a terra embora houvesse em todos os cantos placas apontando para cima em dire o a uma piscina externa Kennedy entrou em um vesti rio individual onde tirou a jaqueta leve a camisa e a cal a substituindo as por camiseta e shorts As poucas coisas que precisava levar consigo foram para uma bolsa franzida que ela pendurou no ombro Ela parecia in cua Desarmada Uma ovelha rumo ao matadouro Saiu do vesti rio e perambulou pelas alas e vielas aparentemente intermin veis de cub culos at encontrar uma das escadas espiraladas que levavam piscina externa A rea da piscina era vasta e estava apinhada de corpos bronzeados ou levemente tostados Kennedy lera uma vez admitia que j fazia muitos anos que toda a popula o humana do mundo poderia se encaixar ombro a ombro na ilha de Zanzibar Parecia que a maior parte havia escolhido o dia de hoje para se encaixar no complexo de banhos do Hotel Gell rt Ela sentou em uma espregui adeira e untou se com protetor solar Depois voltou a guardar a embalagem dentro da bolsa Ent o olhou para o rel gio com um gesto n o espalhafatoso mas vis vel e se recostou cadeira as m os graciosamente
344. eu Heather De xtase sexual Ralph isso que acaba com todos eles Prentice suspirou Comigo acho que vai ser o colesterol disse ele melancolicamente Vou ver o que posso fazer A outra coisa f cil a fazer era ligar para um homem que Kennedy conhecia pelo nome de Jonathan Partridge Era um engenheiro que havia estudado ci ncia dos materiais no MIT Era tamb m um pol mata que gostava de enigmas e ajudara Kennedy em uma s rie de ocasi es oferecendo insights estranhos e conex es misteriosas Mas Partridge n o estava em casa Tudo o que ela p de fazer foi deixar uma mensagem depois de ser convidada a isso pela voz de matrona da secret ria eletr nica com jeito de Margaret Thatcher Quando ela desligou Izzy entrou no quarto sorrindo maliciosamente e tamborilando em seu rel gio Dois minutos e meio ela se gabou Contando a partir de qual o seu nome gato at aimeudeus aimeudeus aimeudeus Eu gostaria que falar sacanagem fosse um esporte ol mpico Eu traria orgulho ao meu pa s Kennedy baixou o telefone Voc n o paga por minuto perguntou Sim Claro que sou Ent o quanto mais r pido voc leva o cara aonde ele quer chegar menos voc ganha Izzy jogou se na cama ao lado de Kennedy e aconchegou se perto dela N o tem a ver com grana amor disse ela Eu sou uma profissional Claro E o meu padr o muito alto Sei disso
345. eus voc descobriu essa hist ria Eu n o descobri ele balbuciou Seu rosto estava p lido Inventei a maior parte Provavelmente est tudo errado Exceto pelo sinal Do sinal eu tenho certeza Voc evitou um milh o de mortes Diema disse Foi um escudo para meu povo E para muitos do seu povo tamb m No final das contas um dia voc pode acabar se tornando algo de bom garotinho E voc aai merda voc pode acabar desenvolvendo peitos Rush contra atacou Pense grande Diema voltou sua aten o para Kennedy Eu termino aqui ela disse V ver como est o meu pai e apronte o caminh o N s vamos embora Trocaram um olhar Kennedy assentiu e deixou a entregue tarefa subindo rapidamente os degraus at a fossa de gordura Diema continuou dando n s nas bandagens firmando as no lugar at Rush segurar a m o dela fazendo a parar Quando a gente transou ele perguntou foi s pra voc poder engravidar N o estou gr vida Rush Ele a encarou desorientado N o est N o Eu disse isso pra impedir que Nahir cortasse a sua garganta Ah T bom Ele pensou um pouco a respeito disso enquanto ela testava a firmeza da atadura H por qu Diema ficou em sil ncio por um longo tempo Quer dizer por que isso impediria que ele matasse voc Ou por que eu me importaria se ele matasse voc ou n o Isso As
346. eus sabe que eu paguei caro para descobrir isso E s voc dizer e eu vou para a Vou para a agora mesmo N o Izzy Fique onde est Eu te ligo amanh T bom T bom Heather Sim Me ligue amanh Ligo Prometa Prometo que ligo Sabe algumas pessoas acham que telefonemas sacanas s o cat rticos Se precisar dos meus servi os profissionais Ah pelo amor de Deus At amanh Izzy Kennedy desligou ainda mais inquieta e confusa do que estava antes do telefonema Sentia falta de Izzy ainda se ressentia dela temia por ela preferia nunca mais v la e queria v la agora mesmo E depois tinha o Povo de Judas que ainda n o fazia sentido Sentido nenhum Quando os m dicos e os enfermeiros terminaram de distribuir sua solicitude aleatoriam ente concordaram relutantes em liberar Kennedy por ordem dela mesma Antes de sair ela perguntou sobre os outros Tanto Gassan como Thornedy ke estavam inconscientes um deles est vel e n o haveria mais novidades at o dia seguinte Rush fora liberado algumas horas antes Mas n o havia ido muito longe Quando Kennedy saiu para a rua ele estava esperando por ela logo entrada apoiado em uma placa que informava que aquele era o hospital da University College na Euston Road Ela nem pensara em perguntar e se algu m lhe havia contado ela n o havia prestado aten o Rush parecia abatido e nocauteado de cansa o
347. evar voc de volta sua cela Diema disse a ela Conversamos mais tarde Kennedy se levantou rendendo se ao inevit vel como a garota acabara de fazer Mas nesse momento as portas se abriram e um homem que ela nunca vira entrou Era um tanto baixo contudo de complei o muito forte com bra os t o inchados de m sculos que arruinavam um pouco as linhas de seu terno bege claro A cabe a calva brilhava de suor e ele limpou o rosto com um len o de linho Duas mulheres haviam entrado com o homem e assumiram postos de cada lado dele Ambas tinham cerca de 1 80 metro e estavam vestidas identicamente em ternos cinza escuros risca de giz provavelmente com a inten o de fazer com que parecessem advogadas Mas n o pareciam eram mais como o anjo da morte e sua irm Observaram a sala com olhos que desafiavam qualquer um a se mover Por m os Elohim se moveram mesmo assim Um por um a come ar por Nahir eles saltaram das cadeiras e se abaixaram apoiados em um joelho curvando a cabe a Diema foi a ltima a faz lo Aben oe nos Tannanu ela murmurou E d nos seu conselho Kennedy perguntou se por que ela voltara a falar ingl s e quem seria esse VIP Mas a segunda pergunta foi respondida quando o olhar do estranho passeando pela sala veio pousar nela Ele nada disse no entanto era bvio que a reconhecia Com isso a mente dela fez a conex o Esse devia ser Kuutma o comandante supremo dos Elohim o homem
348. ez que n o gostarmos da resposta cortarei voc E quando n o tivermos mais perguntas cortarei sua garganta Samal O homem mais jovem disse a palavra suavemente mas seu parceiro retesou se na mesma hora e olhou para ele mostrando a Kennedy quem era quem na quest o da hierarquia que at o momento estivera em aberto Ele fez um gesto e o homem corpulento afastou a adaga do rosto de Kennedy baixando a ao lado do corpo O tira bom mandava no tira mau O mais jovem sentou se ao lado dela na cama em uma postura quase empertigada e olhou a nos olhos Ele sorriu e o sorriso era muito mais perturbador do que a ferocidade do grandalh o Era o sorriso de algu m t o seguro de sua pr pria retid o que a culpa e a vergonha Jamais poderiam golpe lo Meu nome Aby dos disse a ela E aquele homem ali com a adaga meu amigo Samal Samal um homem que como voc pode imaginar por sua conduta n o se esquiva de trabalhos desagrad veis Mas apesar do que ele diz serei eu a questionar voc E s permitirei que Samal a machuque se voc me for ar a isso Refiro me ao caso de voc me fazer acreditar que machuc la far com que nos conte mais ou que n o minta Entende Se cooperar haver menos dor Talvez nenhuma dor E o fim quando chegar vir mais r pida e facilmente Ele parou como se esperasse que Kennedy respondesse Como ela n o o fez ele prosseguiu Al m disso posso lhe oferecer um con
349. f rnia todos os animais de sangue quente do Zool gico de San Diego morrem em um per odo de tr s dias exibindo sintomas similares aos do ebola Quando os agentes virais s o examinados descobre se que s o diferentes em quase todas as esp cies como se criados sob medida ou adaptados para a m xima suscetibilidade Em uma manh as aves simplesmente v o embora suas gaiolas abertas para o c u Uma busca por todo o estado n o consegue encontrar nenhuma delas Em Pequim o Port o Tiananmen com sua estrutura t o fragilizada que desafia a compreens o desmancha se em diversos blocos enormes de rocha que esmagam um grupo de turistas alem es e tr s estudantes que iam de bicicleta faculdade Os corpos reduzidos a polpa s o removidos com baldes gerando protestos dos familiares contra o manuseio insens vel dos restos de seus entes queridos Sete jovens exploradores em Auckland entram em uma caverna para iniciantes com profundidade m xima de sete metros Todos s o encontrados mortos com severo caso de doen a da descompress o e embolia gasosa arterial condizentes com um mergulho de mil metros e um retorno quase imediato superf cie Por todo o mundo a ondula o se propagava Mas esta justamente a met fora errada Ber Lusim pensou Ondula es tornam se mais e mais fracas medida que se afastam de sua fonte Isto ele observou com certo prazer se parecia mais com um tsunami ganhando for a ou como uma corrente de
350. firmemente segura entre suas m os amarradas O assassino caminhou ao encontro da l mina que se afundou at o cabo em seu est mago Kennedy a torceu movendo as m os para cima para baixo para os lados Um seppuku 2l por procura o O homem agonizante emitiu um som sufocado de dor e protesto Ela ouviu o impacto abafado quando ele caiu de joelhos e s ent o se virou para olhar Ele estava dobrado em torno da obscena ferida provavelmente j morto embora seus olhos fixos parecessem perturbados por alguma percep o insond vel Kennedy disse a si mesma que o fentanil devia ter aliviado a maior parte da dor O garrote continuava em torno do pesco o dela os cabos de madeira pendurados como as pontas soltas de uma gravata enquanto ela abordava o problema de libertar as m os com uma l mina envenenada Diema baixou os bra os ao lado do corpo e esperou Reconheceu a voz de Hifela claro Reconheceu a por duas fontes as fitas que havia estudado em Ginat Dania e o comando que ouvira ao cantar sua b n o do topo da figueira quando ele gritara que ela deveria ser morta n o importando quem fosse ou de onde viesse Ent o sabia o que estava para acontecer a n o ser pelos detalhes precisos A arma estava pressionada contra a base c ncava de seu cr nio perfeitamente posicionada para um disparo de execu o Tenho uma pergunta disse ela Eu tamb m Hifela volveu em uma voz relaxada quase casual D
351. firmou Os funcion rios normalmente preenchem o espa o a partir do come o Mas provavelmente h mais algumas caixas vazias misturadas com as cheias Espa os que n o foram preenchidos ou coisas que foram levadas para novos locais e deixaram lacunas Ent o para que se preocupar em ter caixas sem nada dentro Rush pensou um pouco nessa pergunta Acho que elas funcionam um pouco como uma cortina de fuma a respondeu por fim Voc quer dizer porque obrigaria um ladr o a abrir cada caixa Sim Mas eu acho que tem mais a ver com espa o para ser honesto As caixas s o r gidas com laterais refor adas de alta qualidade Elas n o v m desmontadas Ent o onde mais poder amos empilh las Seria besteira ter salas reservadas s para as caixas vazias quando podemos simplesmente coloc las nas prateleiras aqui e deixar tudo pronto para receber as coisas novas medida que chegam Seria besteira mesmo Kennedy concordou Ela fez com que Rush lhe mostrasse as duas c meras fixas e com a ajuda dele caminhou para fora das reas vis veis da sala a cada uma das c meras O espa o negativo que as lentes n o alcan avam foi onde ela come ou Ele a observou por um tempo abrindo caixas e espiando o interior delas Ficou perplexo Essas est o vazias disse a ela Sim Kennedy concordou E aposto que ningu m se preocupou em olhar dentro delas n N o sei N o teria mui
352. fogo ainda mantinha o c u mais claro que a luz do dia contudo a fuma a agora passava por ela parecendo mascarar e distorcer tudo sua volta Respirando t o superficialm ente quanto p de ela rastejou pelo buraco na cerca Do outro lado guardou seu rifle em uma sacola esportiva muito gasta trocou de roupa rapidamente vestindo o que considerava seu disfarce de crian a desabrigada e limpou na maior parte mas n o toda a camuflagem que pintara no rosto com len os umedecidos Quando se afastou parecia an nima e vagamente suja No mundo adamita ela descobrira que esse era o melhor disfarce de todos Os olhares afastavam se dela porque n o a queriam ver N o que houvesse algu m olhando naquele momento A ira de Deus abatera se sobre Ber Lusim e sua gente E com uma ironia suprema e inescrut vel ela usara para isso a face de Leo Tillman Tillman dirigiu por oito quil metros mantendo se em estradas vicinais e trilhas rurais antes de encontrar um lugar onde pudesse guardar o caminh o Era um posto de combust vel abandonado bem na estrada principal e ao lado havia um chal aparentemente t o abandonado quanto ele Possivelmente fazia parte da propriedade devia ter sido um alojamento para o gerente do posto at que a constru o da estrada M25 o deixasse encalhado na invi vel dist ncia de 10 ou 11 quil metros da rota comercial Tillman manobrou o caminh o entre as bombas enferrujadas e os olhos c
353. forma Uma forma c clica Acreditavam que quatro grandes monarquias ou imp rios teriam existido cada uma regendo uma determinada poca e que cada uma por sua vez havia sido conquistada e derrubada pela pr xima Acredito que as quatro tenham sido Babil nia P rsia Maced nia e Roma Ent o onde ficava a quinta monarquia N o onde Bouchard disse Quando A quinta monarquia seria a que estava prestes a surgir O novo rei seria Cristo e seu reinado duraria para sempre Eles apoiavam essa teoria fazendo estreita refer ncia a textos b blicos Havia uma grande nfase no Apocalipse de S o Jo o que notoriamente d o n mero da besta como 666 Muitos argumentaram que o ano de 1666 seria o ltimo do calend rio terrestre Tamb m gostavam do Livro de Daniel Nesse livro Daniel recebe uma vis o de quatro grandes bestas que ter o dom nio sobre a Terra e depois de um tempo de tempos e metade de um tempo ser o derrubadas Esse seria o sinal de que o Filho do Homem estava prestes a subir ao seu trono Novamente Kennedy ouviu um eco definitivo e assustador da opini o da tribo de Judas a respeito do mundo com sua insist ncia em ciclos de mil anos e sua obsess o por S o Jo o A nica vers o existente do evangelho secreto deles havia sido codificada em uma c pia do de Jo o E o Toller fazia parte desse grupo Era um dos l deres junto de pessoas como John Carew Vavasor Powell e Robert
354. formar em uma armadilha Precisava tomar algumas precau es m nimas pelo menos sua pr pria vers o do alarme de barbante esticado e atado a algumas latas vazias O instinto estava arraigado demais nas profundezas de quem ele era para que o ignorasse Tillman deixou que o al ap o se escancarasse A tampa bateu na parede onde um toco de madeira havia sido aparafusado no lugar para apar la Ele caminhou de volta rea de carga procurando algo que pudesse usar A 11 quil metros dali uma luz vermelha piscou em um painel ao pulsar acelerado de um alarme eletr nico CAP TULO 32 Diema murmurou uma praga N o era exatamente uma praga j que o Povo via impreca es como uma chaga na alma de quem as proferia mas havia um forte sentimento por tr s dela O alarme do armaz m estava silencioso mas a luz vermelha piscando no painel denunciador logo acima das portas da rea de carga mostravam que Tillman o havia acionado provavelmente ao for ar um cadeado ou passar diante de um sensor de movimento Agora era apenas uma quest o de tempo Ele ainda poderia se retirar antes que eles chegassem mas apenas se soubesse o que havia feito agisse agora e agisse r pido A garota esperou nervosamente que as consequ ncias inevit veis se desenrolassem Levou 11 minutos para que uma van preta alta e sem janelas viesse da Estrada A312 para a propriedade industrial deserta percorresse metade da via de acesso at o dep sito e paras
355. gar Isso deve ter gerado um baita estresse Centenas de milhares de pessoas de mudan a deixando para tr s tudo o que conheceram Tendo que construir suas casas de novo do nada Provavelmente seguro pensar que est o passando por alguma revolta social neste momento guas agitadas para o povo escolhido Isso foi h tr s anos Kennedy o lembrou N o importa As ondas de choque podem levar uma gera o inteira para desaparecer Mais que isso at Uma coisa desse tamanho Heather lenta demais para mensurar Acredite em mim V rias das minhas miss es para o Xe aconteceram em momentos de p s guerra Ent o pude ver um monte de gente um monte de culturas passando por maus bocados Tudo Jogado para o alto e depois cai no ch o virado do avesso O que aconteceu l n o foi uma guerra claro foi um xodo Mas aposto que em alguns aspectos foi compar vel a uma guerra Kennedy sentiu que se rebelava contra esse argumento Talvez nutrir simpatia pelos desgra ados que haviam feito de tudo para arruinar a vida de Tillman e tentado acabar com a dela fosse uma fa anha que exigisse uma elasticidade moral al m da sua capacidade Compar vel a uma guerra O nico jeito de fazer essa compara o seria se eles tivessem se tornado t o tacanhos t o r gidos no modo de pensar e de viver deles que qualquer tipo de mudan a os partiria em peda os Bom Tillman disse olhando ao longe outra vez
356. garota respondeu corando um pouco pega desprevenida pela gentileza e considera o de Kuutma O que ele disse a seguir a surpreendeu ainda mais Eu lhe devo desculpas Aquilo parecia inveross mil Ele era Kuutma afinal Era um dos nomes e tinha o destino do Povo nas m os Insegura quanto ao que dizer a garota somente balan ou a cabe a negando Sim disse Kuutma Eu devo Em nome do ltimo Kuutma Voc foi avaliada e os resultados foram impressionantes Deveria ter sido convocada ao servi o assim como seus irm os foram Sua mente e seu temperamento a tornam apta a isso Voc tem a resili ncia para sobreviver fora de Ginat Dania Para se adaptar entre os n o escolhidos sem perder se entre os costumes deles Tamb m tem muito obviamente uma imagina o poderosa que a capacitar a inovar em situa es para as quais seu treinamento n o a houver preparado adequadamente De todo modo eu a chamei hoje para corrigir essa omiss o que permitiu que voc definhasse aqui sem ser utilizada Os batimentos card acos da garota subitamente se tornaram aud veis para ela saindo de um fundo impercept vel para um martelar pesado em seu peito Era dif cil respirar N o as Kelim ela pediu a um Deus que raramente importunava Por favor por favor n o as Kelim N o permita que minha vida siga o caminho da vida de minha m e Eu sinto que o que fa o aqui valioso ela disse em uma voz que a seus ouvidos soou
357. gesto brusco Alus e Taria levaram Rush segurando o muito mais rudemente do que antes O rosto de Nahir agora estava quase t o transparente quanto o do garoto Todo o curso de sua afei o por Diema suas esperan as e a crise na qual agora fora atirado podiam ser lidos em sua express o N o me pronunciarei quanto a isso Kuutma disse falando principalmente com Diema N o ainda O tempo curto demais Diema permitirei que voc leve esse zool gico adamita para Nova Yorke garantirei a seguran a deles at que tenhamos liquidado a amea a Depois disso falaremos novamente desta quest o Por enquanto n s a deixaremos de lado Contudo Nahir n o havia terminado Todo o corpo dele tremia e ele cuspiu a hrach bishat a execra o formal que o tornava o acusador de Diema Tem certeza de que quer isso Kuutma perguntou a ele Nahir n o respondeu N o havia nada a dizer j se havia falado demais Voc voltar conosco Kuutma disse a Nahir Tome as provid ncias Ele ponderava essa decis o agora sozinho em seu quarto no het retoyet enquanto na cidade ao redor seus Mensageiros se movimentavam entre os adamitas tecendo sua teia invis vel Certamente uma concentra o t o grande de Elohim em um s lugar nunca fora vista antes desde a poca da morte de Cristo Talvez Ber Lusim estivesse certo talvez este fosse afinal o fim dos tempos Ou talvez ele estivesse apenas ficando velho Homens v
358. go voou rodopiando da m o de Diema e ela mesma foi empurrada para tr s chocando se com a parede O som parecera vir de todas as dire es ao mesmo tempo naquele espa o fechado Dessa forma foi apenas por sua evid ncia colateral que Rush conseguiu entender que Diema n o havia feito disparo nenhum Os tr s tiros haviam partido de Ber Lusim No momento em que percebeu isso a coisa toda j havia acabado Diema havia escorregado pela parede at o ch o e Ber Lusim apontava a arma para Kennedy que estava paralisada no lugar agachada a m o ainda na arma e a arma ainda no ch o N o Ber Lusim a aconselhou Diema soltou o ar em uma lufada longa e tr mula Estava esparramada no ch o de cimento agarrando o lado do corpo O sangue vazava fartamente por entre seus dedos e enquanto Rush olhava uma mancha vermelha espalhou se pela perna do jeans dela Pelo menos duas das balas de Ber Lusim haviam atingido o alvo N o As tr s acertaram A arma de Diema estava no ch o a tr s metros dela o cano curvado em forma de L Eu gostaria que isso n o tivesse sido necess rio Ber Lusim disse Mas voc est viva pelo menos Infelizmente esta a ltima cortesia que posso lhe fazer O cora o de Rush estava martelando dentro do peito e ele sentiu que estava prestes a vomitar Viu os ombros de Kennedy se enrijecerem o que certamente significava que Ber Lusim havia visto tamb m Ela estava a ponto de agir e essa
359. gora Tillman estava investigando a investiga o dela o que obviamente era parte do plano principal de Kuutma Mas ainda assim ele a deixava inquieta E a inquietude e o asco eram como gua e leo n o se misturavam Ela se imaginou matando o Isso ajudou um pouco CAP TULO 30 A maior parte do trajeto de carro de Rennes at Avranches seguia por estradas principais em meio a uma regi o industrial em ru nas ao redor de Fourg res Mas quando Kennedy chegou costa viu a vastid o do estu rio espraiando se de ambos os lados e o castelo de contos de fadas no Mont Saint Michel atr s de seu ombro Olhou de relance para a ba a uma plan cie alagadi a t o ampla que n o se viam seus extremos O Mont Saint Michel a protegia com zelo anacr nico seus declives inferiores incrustados de restaurantes baratos e lojas de lembran as por m a abadia de La Merveille exibia se alta e clara no topo de tudo como um anjo sobre um monturo Devia ter trazido Izzy aqui Sua namorada n o sairia andando por aquela praia de argila nem por um milh o de euros e um Cadillac cor de rosa mas teria marchado penosamente at a abadia e voltado reclamando por todo o caminho e teria bebido conhaque de ma com ela em alguma espelunca local at Kennedy precisar praticamente carreg la de volta ao hotel para uma transa de fim de semana doida e desajeitada e de fazer parar o cora o como da primeira vez O Scriptorial n o foi dificil de encontrar
360. grande quantidade de repeti o ao longo do caminho Na verdade Kennedy j havia pulado at a ltima p gina Era igual s outras talvez um pouco mais intencionalmente obscura e fantasiosa em suas imagens mas em geralera farinha do mesmo saco que o resto do livro Ea Pedra ser removida do T mulo assim como na Vez anterior E ent o uma VOZ se far ouvir gritando A Hora a Hora est Pr xima e todos os Homens ver o o que outrora esteve escondido O Traidor condenar uma grande Multid o com um nico suspiro Na Ilha que foi dada por uma Ilha na presen a do Filho e do Esp rito ele dir os nomes dos mil milhares que ser o sacrificados E de Seu Trono nos C us o Senhor Jesus que nossa Gl ria e nossa Vida dir os Nomes dos poucos que ser o Salvos Kyrie eleison Christe eleison Kyrie eleison Am m um livro insond vel e sem sentido Bouchard murmurou Mas t pico de sua poca Kennedy largou a p gina que estava lendo e girou na cadeira para encarar Bouchard descansando um bra o no encosto E mesmo perguntou ela Como exatamente Estava procurando reafirmar sua confian a percebeu Se toda essa loucura estivera no ar naquela poca os paralelos misteriosos que ela estava enxergando seriam muito menos perturbadores Bouchard fez um gesto descomprometido Eu n o quis dizer nada profundo garantiu ele S quis dizer que os argumentos de Toller devem te
361. gudo a cada gera o talvez porque com o tempo o abismo entre Ginat Dania e o mundo dos n o escolhidos s se tornara maior A garota sobreviveu crise existencial ao encarar o mundo como uma composi o est tica A escala era um dispositivo que um artista poderia empregar de forma que causasse um efeito Qu o grandioso era Deus ent o que pintara uma tela t o imensa que milh es e milh es de homens e mulheres podiam viver sua vida nela Os ensinamentos continuaram A cada semana a cada dia ela parecia colocar se mais frente daqueles com os quais treinava No combate desarmado era sua rotina humilhar oponentes muito maiores e mais fortes que ela Sua vontade era como um fio enrolado v rias e v rias vezes ao redor de si mesmo dentro de seu corpo compacto Ent o sua pequenez f sica ocultava uma imensa inflex vel vastid o Destacou se no uso de armas Destacou se no pensamento t tico e estrat gico Destacou se na perseveran a Destacou se na intelig ncia e na reten o de informa es Para seus colegas de classe tornou se uma quest o de extremo orgulho acompanhar o ritmo da garota em tudo Super la ainda que temporariamente era uma fa anha da qual poderiam gabar se por meses Muitos dos garotos do grupo expressaram interesse rom ntico por ela e muitas das garotas igualmente j que o Povo n o tinha tabus a respeito do que os adamitas chamavam de homossexualidade A garota deixou claro em todos
362. gue havia uma rea danificada mais ou menos circular pouco abaixo da altura da cabe a de Tillman Algo havia se chocado contra o reboco ali com for a suficiente para deixar uma cratera de impacto Um punho fechado ou a parte de tr s de uma cabe a Agora que podia ver qu o estreito e limitado era o espa o tornou a maravilhar se com a habilidade da garota desconhecida Derrubar dois advers rios armados quando um deles j est apontando uma arma para voc um baita desafio mesmo quando voc tem todo o espa o livre que poderia desejar Neste pequeno quarto onde o campo de batalha inclu ra o corpo esparramado da mulher que ela viera salvar a vit ria da garota chegava a ser um milagre Mas ela tivera uma vantagem sobre eles Era um lobo em pele de cordeiro Algo vivamente colorido captou a aten o de Tillman Estava enfiado debaixo da cama onde teria sido invis vel da maioria dos ngulos Ele se ajoelhou e pegou o objeto Era um peda o rasgado de papel brilhante mostrando parte de uma fotografia a curva de um seio feminino e parte do ombro N o fora s impot ncia O disfarce dela havia ido mais longe que isso Ciente de que estava lidando com o qu ascetas mis ginos fan ticos religiosos todas as op es anteriores ela se blindara com iniquidade e trouxera seu Taser para o quarto sob a manta improvisada de uma revista pornogr fica Ent o onde ela a obtivera Tillman olhou ao redor e encontrou o
363. h o fez uma curva muito aguda sacudindo se nas bases como um barco na mar alta Uma das mulheres de Kuutma Alus Kennedy achava falou com a outra que estava dirigindo atrav s de uma grade de seguran a Ambas haviam trocado de roupa usando agora uniformes da empresa de seguran a para o caso de o caminh o ser detido em algum momento Todos os outros haviam recebido uma muda de roupa antes de deixar Budapeste e agora usavam pe as casuais e confort veis que n o atrairiam um segundo olhar Exceto pelo fato de que Tillman parecia um morto vivo e o rosto de Rush embora o incha o tivesse sumido estava cruzado e recruzado por trilhas de pontos cir rgicos Onde estamos Diema perguntou a Alus He vuteh a mulher respondeu simplesmente O t nel Diema olhou para Kennedy e depois para Tillman ignorando Rush Chegamos ao T nel Lincoln disse a eles Estamos entrando em Manhattan Precisamos decidir aonde queremos ir primeiro A f brica Tillman resmungou Sua voz estava sumida L no Bronx Onde o Lusim extraiu a ricina Eu quero ver A f brica j foi examinada por nossa gente Alus disse Voc s n o encontrariam nada que eles n o tenham visto Tillman n o desperdi ou energia discutindo com ela e Kennedy sabia por qu Esta ainda era a opera o de Diema e a voz dela era a que contava Diema falou com Alus pareceu apenas uma palavra e Alus falou com Taria p
364. he descrevesse toda a sequ ncia de eventos desde o momento em que a invas o fora descoberta Ele pensou um pouco N o h muita coisa a dizer para ser honesto respondeu Encontramos aquela faca voc ouviu falar da faca n na primeira hora da manh de ter a feira Mas a invas o foi na noite anterior O hor rio registrado naquela grava o que voc viu era 23h58 Como a faca foi encontrada ela perguntou Voc s verificam cada sala todo dia Sim o que fazemos O funcion rio encarregado sai s seis da manh assina a lista da escala de servi o e nos informa a respeito de qualquer coisa diferente Da fazemos a verifica o visual de cada sala N o pelas c meras quero dizer que andamos mesmo pelo pr dio todo fazendo isso O Steve Furness encontrou a faca largada ali no ch o da sala Uma l mina de uns 15 cent metros mais ou menos Muito muito afiada E tinha sido usada Tinha sangue nela Descobriram de quem era o sangue Rush balan ou a cabe a Acho que a pol cia a examinou Mas n o nos contaram o que descobriram Obviamente procuramos um corpo mas n o achamos nada Nem mesmo mais vest gio de sangue s o que estava na faca N o faltava ningu m da nossa equipe nem da regi o D pra ver na grava o que o cara n o carregava um corpo quando saiu Ele n o parecia carregar muita coisa N o Rush concordou E como voc sabe n o notamos a
365. hegar ao port o frontal da f brica significava contornar tr s ou quatro muros do complexo mas Kennedy simplesmente colocou o caminh o em marcha r e arremeteu contra a cerca Um peda o do arame entrela ado ficou enganchado no para brisa e um dos postes de cimento foi arrancado do ch o e veio ricocheteando atr s do ve culo feito um cachorro Diema usara o tempo do trajeto at ali para ligar para Kuutma mas foi atendida em um brutal anticlimax por uma mensagem de correio de voz Ela contou em umas poucas frases concisas o que Kennedy havia adivinhado e guardou o telefone no mesmo instante em que esta derrubava a cerca A rhaka girou o caminh o de lado erguendo uma onda de pedregulhos e j saltava do assento do motorista antes que o pesado ve culo tivesse parado de se sacudir no eixo Ela correu na frente de Diema em dire o ao pr dio por m desacelerou assim que entrou para se recompor Ali Diema disse apontando N o era dif cil ver aonde deveriam ir o X que marcava o local era o corpo amarrotado de Nahir estirado logo frente da porta que conectava o principal recinto da f brica sala menor adiante Diema sacou um rev lver e uma sica e se aproximou de Nahir cautelosamente Nada se moveu do outro lado da porta N o havia sinal do que o teria atacado nem vest gio dos dois adamitas Ela deixou que Kennedy examinasse Nahir montando guarda sobre os dois enquanto isso Para sua surpresa ficou claro ass
366. horizontal Pelo menos n o estava totalmente escuro Aqui e ali havia aberturas profundas na rocha que deviam ter sido feitas para servir como claraboias s culos atr s Uma luz cinzenta filtrava se por elas presumivelmente penetrando pelas encostas do monte Rush perguntou se o que haveria do outro lado delas Buracos de coelho Nichos de santos ao ar livre Provavelmente s buracos gradeados e in cuos que os transeuntes pensariam ser parte da rede de esgotos da cidade As claraboias eram irrelevantes para os Elohim e seus culos de vis o noturna mas Rush sentia gratid o toda vez que se aproximava de uma e sua falta assim que ficava para tr s Muito antes de chegarem aos n veis superiores encontraram a primeira mostra de resist ncia Rush a perdeu pois acabou antes de ele perceber o que estava acontecendo Eles correram saindo de um corredor longo e estreito para um espa o completamente desprovido de luz Houve um alvoro o ao redor deles Sem nem mesmo deter os passos os Elohim atiraram em todas as dire es o som abafado de seus disparos soando como suaves batidas em uma porta Sons mais pesados de corpos em queda criaram um contraponto entrecortado Nenhum dos homens de Ber Lusim chegou perto o bastante para travar combate corpo a corpo com os invasores Diema havia tomado a ideia de Tillman e a adotara de forma bem sombria As armas que havia entregado a sua gente eram vers es modificadas do lan ador de dardos que
367. humanidade h muito foi expulso onde eles residem E para Ginat Dania Kuutma agora retornava a fim de iniciar sua defesa No momento em que tocou o solo em Newark e passou pela alf ndega eram 11h09 da manh J que o fuso hor rio padr o dos Estados Unidos estava cinco horas frente da Hora M dia de Greenwich isso significava que restavam sete horas e 51 minutos no rel gio A zero hora seria s 19 horas desse dia Kuutma j dava ordens a seus Mensageiros enquanto era levado pelas ruas de Nova Jersey e os primeiros Mensageiros j se mobilizavam e agiam na hora em que ele chegou ilha de Manhattan e desceu para seu lar A primeira e mais importante tarefa era selar e proteger as fronteiras Para isso Kuutma ordenou que as ruas de superf cie em Thay er Nagle Avenue e ao longo dos limites orientais do Inwood Hill Park fossem solapadas com trabalhos de escava o de forma que come assem a desabar As autoridades da cidade de Nova York prontamente fecharam as ruas afetadas para proceder aos reparos desviando o tr fego pela ponte em University Heights Carros ainda podiam ir e vir por toda a extens o da ilha obviamente mas se Ber Lusim estivesse transportando seu veneno em caminh es n o poderia penetrar diretamente no territ rio sob o qual jazia Ginat Dania Isso deixava o ar e a gua como potenciais vias de entrada Elohim foram enviados para vasculhar todos os aeroportos particulares conhecidos em torno da cidad
368. i na linha de fogo Porque sua primeira parada seria Leo Tillman O Pantheon Caf na Montague Street tinha uma fachada t o estreita e modesta que o nome devia ter sido concebido como uma esp cie de gesto ir nico Quando Kennedy entrou descobriu que era a nica cliente no lugar mas de todo modo a lota o m xima teria sido de umas oito pessoas Logo ao passar pela porta viu duas mesas cobertas com toalhas de pl stico xadrez iguais s duas do lado de fora Depois delas havia um refrigerador que era grande demais para o min sculo espa o e bloqueava metade do igualmente min sculo balc o Na parede oposta m quina de bebidas um quadro branco muito manchado anunciava os especiais do dia falafel no p o s rio charutos de folha de uva salada com queijo feta Para um caf grego n o parecia l muito especial Atr s do balc o um homem de complei o esguia e atl tica cabelos muito lisos e um bigod o mexicano que parecia ter sa do do rosto de outra pessoa estava organizando fatias de baklava na forma de um mosaico tosco em uma bandeja oval Oi Kennedy disse Estou tentando entrar em contato com o Leo Leo Tillman O homem n o afastou o olhar de seu trabalho Sim respondeu E E me disseram que eu poderia deixar uma mensagem para ele aqui Ah Kennedy esperou mas ele n o disse mais nada Ent o se eu deixar a mensagem com voc continuou ela talvez voc
369. i ncia Diga me por que eu n o deveria exercitar ambas A mulher estava sentada diretamente atr s de Kennedy Kennedy n o olhou para tr s sabia que a jogada pertencia a Diema e seu bom senso mandou que n o ficasse no caminho Exercite seu c rebro irm Diema respondeu friamente Essa a parte que est negligenciando A mulher sabe disso h anos e Kuutma a poupou Mais Kuutma sancionou o envolvimento dela em tudo isto Ela tem a b n o de Kuutma a primeira adamita em uma centena de vidas a receber tal b n o Tudo o que voc tem um desejo de que as coisas possam ser como eram nos velhos tem pos Mas os velhos tempos est o mortos E se voc se apegar a eles agora morrer tamb m N o foi exatamente uma amea a Seria dif cil dizer o que foi A Mensageira abriu a boca mas voltou a fech la sem falar O sangue lhe subira ao rosto e ela baixou a cabe a para esconder o fato frustrada Ginat Dania Diema disse para todos na sala a viva e eterna Ginat Dania est muito longe deste lugar e dos olhos dos adamitas Mas 300 anos atr s Ginat Dania estava aqui Nas cavernas sob o Monte Gell rt e a Colina do Castelo e sob o pr prio Dan bio Foi para l que Hifela pediu que o levasse Foi l que Ber Lusim estabeleceu seu lar em um labirinto de t neis e c maras vasto o suficiente para abrigar um milh o de pessoas o esconderijo perfeito se voc quiser se esconder dos adamitas
370. i com ele primeiro e depois com minha emiss ria especial Diema Beit Evrom O tempo curto Conversaremos na sua sala de comando Nahir e nos reuniremos aqui imediatamente depois O resto de voc s aguardar nosso retorno Ele olhou para Kennedy Exceto pela rhaka que pode ser colocada onde quer que voc s considerem apropriado Levem na de volta para a cela Nahir disse Os dois Mensageiros que haviam se aproximado de Kennedy mais cedo e parado quando Kuutma entrara apossaram se dela agora Viraram na e guiaram na at a porta O aperto de suas m os nos ombros dela era mais forte do que precisava ser Um deles tamb m tinha um punho fechado contra a base da coluna dela presumivelmente preparado para imobiliz la se ela sa sse da linha Nahir afastou o olhar desinteressando se do assunto Assim como Diema CAP TULO 62 Por cerca de quinze minutos ap s ter sido atirado novamente em sua cela Rush ficou sentado na cama dobr vel com a cabe a enfiada entre os joelhos erguidos Mas gradualmente o t dio e a rustra o suplantaram o medo e a inquietude Ele matou um tempo entalhando desenhos obscenos nas paredes com a borda de uma moeda Depois ficou martelando a porta com os punhos exigindo algo para comer e beber at se lembrar da ma que Diema lhe dera Comeu a Isso aliviou um pouco de sua sede mas em geral apenas o lembrou do quanto ele queria um hamb rguer ou um frango ao curry Tentou n o sentir
371. i tentar angariar alguns Elohim adicionais Ele vai pedir volunt rios Tillman traduziu Formar um pelot o de cidad os preocupados Houve outra pausa Ent o Diema assentiu Nahir murmurou algo spero e Diema o calou com um r spido Ve rahi Ela havia acabado de confirmar que Ginat Dania ficava bem aqui e o fato n o passara despercebido aos outros Mensageiros Kennedy tentou n o pensar nisso Me corrija se eu estiver errada disse ela Mas um vento que venha do norte vai passar bem por aqui n o vai Sim Diema confirmou Kuutma j percebeu isso Ele vai mandar algumas pessoas tantas quantas puder Mas estamos com pouco pessoal agora Talvez n o consigamos verificar cada local poss vel a tempo Ent o vamos come ar logo Kennedy disse Podemos trabalhar a partir deste ponto em varreduras semicirculares voltando a cada vez que chegarmos ao rio Restam duas horas Tillman refletiu N o estou dizendo que voc est errada Heather mas talvez este seja o momento errado para colocar todos os ovos em uma cesta s a nica cesta que temos Diema contrap s A n o ser que algu m tenha uma ideia melhor o que faremos E la esperou olhando de rosto em rosto Ningu m falou Ent o est combinado Vamos formar duplas com um Mensageiro em cada uma para podermos manter contato uns com os outros e com Kuutma Posso ficar em du
372. ia Eu pensei mesmo que era besteira Eu s queria p r pra fora Tenho que ir T Ligo pra voc hoje noite Amo voc Kennedy desligou e pegou o pr ximo arquivo O segundo diretor assistente Allan Scholl um sujeito bonach o de uns 50 anos com cabelos loiros desgrenhados que ele obviamente considerava ser seu ponto forte era muito mais tranquilo do que Parminter e muito mais cort s Mas tinha ainda menos a revelar Ele fez quest o de frisar seu papel fundamental no dia em que a invas o fora descoberta Havia sido ele quem chamara a pol cia mandara a seguran a lacrar a sala e organizara a busca preliminar no acervo a fim de descobrir o que havia sido roubado Ele supervisionara o processo pessoalmente pois seu assistente estivera afastado por motivo de doen a e embora ele tivesse voltado naquele dia chegara atrasado E o senhor descobriu que nada estava faltando perguntou Kennedy Nada que pud ssemos verificar de forma definitiva Scholl a corrigiu Fizemos uma busca mais detalhada desde ent o e tudo parece estar no lugar Mas dif cil ser categ rico nesse ponto Por qu Sr Scholl Kennedy sabia a resposta mas nunca fazia mal parecer mais ignorante do que realmente era o princ pio de Columbo Porque existem literalmente milh es de itens no acervo Assinalar cada um na lista demoraria muito E a verifica o visual pode n o ser suficie
373. icial havia sido boa nesse tipo de coisa Havia entendido de forma intuitiva que a quest o n o era fazer as perguntas certas N o a princ pio Era s mant las brandas e gerais e as pessoas acabavam revelando o que tinham em mente As perguntas eram como as manchas de tinta em um teste de Rorschach Eu tive que trabalhar at tarde naquele dia disse um homem de cabelos oxigenados a complei o esbelta de um bailarino e olhos castanhos intensos e enormes Kennedy olhou para o arquivo correspondente Alex Wales Ela fez uma conex o mental Ent o voc assistente pessoal do Sr Scholl O homem assentiu de forma enf tica como se Kennedy tivesse afirmado algo com que ele concordava profundamente mas n o disse nada Talvez seus olhos n o fossem demasiado grandes eram apenas muito mais escuros que o rosto de modo que chamavam a aten o Voc esteve afastado do trabalho durante todo o dia na segunda feira disse Kennedy Depois na ter a feira chegou empresa em torno das 11 horas Por que isso Houve um sil ncio longo o suficiente para que ela o considerasse embara oso Tenho anemia perniciosa respondeu Wales por fim De vez em quando eu desmaio Tomo p lulas para manter a situa o sob controle mas mesmo assim o n vel de ferro no meu sangue varia muito Quando est muito baixo n o consigo nem sair da cama Ent o voc se ausentou na segunda feira porque estava doente O
374. icionado para admirar a precis o dos tiros que mataram v rios de seus companheiros Estavam vindo do alto e da esquerda espa ados o bastante para indicar uma arma curta pistola ou rev lver em modo manual Pesada tamb m carregada com balas 454 Casull ou algo bem similar Em outras palavras a ferramenta de um artes o Tr s homens ca ram em um intervalo de cerca de dez segundos cada um com um nico tiro Quando em combate Shud mantinha suas emo es firmemente controladas mas estava consciente de que uma das que agora reprimia era a excita o de encontrar depois de t o longo tempo um oponente digno Viu seu companheiro e l der Hifela ajoelhado atr s do ngulo de uma parede analisando exatamente como o pr prio Shud fizera o ponto de origem dos disparos Hifela cruzou olhares com Shud gesticulou para que esperasse e sacou seu telefone Shud virou a cabe a lenta e suavemente para observar a rea de carga Havia nela muito poucos lugares que ofereceriam tanto um esconderijo quanto uma linha de fogo livre E obviamente o atirador come ara ali naquele canto onde os controles do guindaste de ponte pendiam do final de sua linha de percurso Hifela estava falando aos sussurros com os dois homens do lado de fora os que ele deixara vigiando as portas traseiras Guardou o telefone e sinalizou para Shud Prepare se Shud tinha uma adaga sica em uma m o e uma arma uma Jericho 941 carregada com muni o
375. idamente por todos os canais at encontrar uma emissora infantil Ent o ficava ali por horas culposa e completamente absorta naquele mundo de coelhos e patos falantes bombas com o r tulo de BOMBA mortes tempor rias perip cias tragic micas e a maravilhosa companhia Acme que fabricava tudo o que voc pudesse querer e enviava para onde quer que voc estivesse Os cartuns eram uma barricada s vezes bem sucedida s vezes n o contra os pesadelos Na maioria das noites ela sonhava em matar o rapaz cujo nome Ronald Stephen Pinkus ela n o conseguia convencer se a esquecer S que em seus sonhos a morte dele era um trabalho de S sifo que ela sempre precisava recome ar assim que terminava Acordava com l grimas banhando a face e odiava se por elas Eram os sinais vis veis de uma terr vel falha ntima que ela precisava identificar e erradicar Ronald Stephen Pinkus havia posto uma m nima parte dela em guerra contra o resto Mas ela era forte e resiliente e acreditava que poderia derrotar aquele fragmento enganador Saberia que vencera quando os sonhos parassem E finalmente pesadelos parte ela decidiu que estava pronta Havia lido os documentos instrutivos que Kuutma lhe dera infinitamente obsessivam ente at sab los de cor e escolhido por onde come ar O principal sacramento dos Mensageiros era o consumo da kelalit Ber Lusim e seus seguidores n o teriam renunciado a isso e embora pudessem obter arm
376. ido como moradia de seus seguidores Ambos haviam acabado de ouvir um de seus Mensageiros que vigiara Heather Kennedy por metade de um dia e toda uma noite relatar os movimentos da mulher ou melhor sua imobilidade Muitos outros Elohim estavam presentes incluindo Hifela que havia retornado recentemente da Inglaterra Ele estava nos fundos da sala ao lado da porta ostensivamente tomando para si o papel de vigia Neste espa o fortemente guardado e entrincheirado e com tantos Mensageiros juntos tal papel era sup rfluo era um sinal de prud ncia e respeito da parte de Hifela refletindo o que Ber Lusim considerava admir vel nesse homem A sala era fechada e sem janelas o que a tornava no todo confort vel e acolhedora para qualquer um que tivesse nascido e se criado em Ginat Dania Cada homem aqui passara seus anos de forma o sob a terra recebendo as frequ ncias da luz solar apenas de pain is luminosos Cada homem aqui encarava espa os confinados como seguros e era muito tolerante luz artificial e ao ar reciclado Ent o a claustrofobia que Ber Lusim experimentava vinha de algo mais Era uma coisa estranha Desde que haviam embarcado nesse plano desde aquela primeira noite de sangue e prod gios em Nunappleton Hall um sentimento vinha crescendo dentro dele O sentimento de que sua vida que s vezes parecera um labirinto de escolhas complexas estivera progressivamente se desenredando em uma nica linha reta Cada u
377. iema recapitulou a perda de sangue os ferimentos no peito e no ombro o coma cont nuo Foi um resumo conciso completo e fatual Seus professores teriam ficado orgulhosos Mas ele vai se recuperar Kennedy disse n o exatamente perguntando muito menos implorando E o Leo Ele vai sair dessa inteiro Eles acham que sim Diema volveu Exceto pelo ombro Dizem que o dano ao m sculo foi muito severo Fizeram o poss vel para recoloc lo no lugar mas n o podem prometer nada E quem s o eles Diema Kennedy exigiu saber bruscamente Quem s o os m dicos a quem voc confiou a vida dele Este lugar n o um hospital uma pris o Ent o em nome de Deus onde foi que voc arranjou esses m dicos N o uma pris o Diema respondeu s um esconderijo Os m dicos fazem parte da equipe aqui mas est o em contato com outros doutores em Ginat Dania Falaram com nossos curadores mais habilidosos receberam conselhos E esses outros m dicos est o a caminho daqui agora Eu pedi que fossem enviados e eles est o a caminho Ela n o se vangloriava apenas afirmando um fato Kuutma prometera a ela todo o apoio de que precisasse sem questionar E ela dissera a ele que precisava disso Quero v lo Kennedy disse Ele est inconsciente N o vai saber que voc est l Quero v lo Diema assentiu Tudo bem E o Rush O que aconteceu com ele Quero ver os d
378. igentes Podia ajustar o aparelho para captar os sons atrav s de duas ou tr s paredes e Janelas interpostas e em rela o ao ngulo dela para cada novo falante no ambiente Feza maior parte de suas a es de escuta clandestina deitada de barriga para baixo no telhado dos v rios esconderijos de Ber Lusim de olhos fechados isolada do mundo focada na paisagem sonora que chilreava e sussurrava Conseguiu o que queria Mapeou a estrutura de comando de Ber Lusim que era imensamente descentralizada As tropas disposi o dele eram muito menos numerosas que as dos leg timos Elohim embora ainda fossem maiores do que ela imaginara Era chocante que ele tivesse sido capaz de recrutar outros Mensageiros anteriormente considerados fi is Evidentemente Shekolni estava longe de estar s em seu descontentamento com a nova Ginat Dania Ela soube que Ber Lusim se apoiava fortemente em dois tenentes Elias Shud t o brusco brutal e perigoso quanto um trem desgovernado e Hifela a Face da Caveira que era ainda mais perigoso e quase t o veloz quanto o pr prio Ber Lusim Soube tamb m sobre o livro de Toller o que talvez n o devesse surpreend la Os Elohim j conheciam Toller e seu apelo para uma mente como a de Ber Lusim era bvio Mas n o era Lusim quem estava conduzindo aquilo Era Shekolni o anci o que ca ra em desgra a embora Lusim e sua gente se referissem a ele simplesmente como o profeta Lusim parecia te
379. im que Kennedy virou o corpo do homem de rosto para cima que ele estava vivo Havia lutado e perdido e fora horrivelmente espancado O sangue empapara seus dois bra os e ainda estava brotando fracamente dos pulsos cortados Ele recebera um ferimento na cabe a tamb m um ataque que havia destru do a rbita de seu olho direito Kennedy vacilou perante a vis o daquela ferida Diema n o Uma parte dela refletiu sobre como o material do pr prio olho havia se tornado l grimas escorrendo pela bochecha de Nanhir e sobre como aquele efeito poderia ser retratado em papel e past is oleosos Outra parte chocada e revoltada lembrou a de que ela j havia se deitado com esse homem E uma terceira parte que abarcava as duas outras e as subjugava notou que a condi o de Nahir validava a suposi o de Kennedy Ber Lusim estava aqui Agora O Mensageiro tentava falar Diema se ajoelhou ao lado dele Nahir disse Os l bios dele se mexeram mas os sons que de l sa ram eram disformes e fragmentados Ber Lusim Diema o incitou Onde ele est Onde est agora O olho bom de Nahir trtemulou em dire o fossa de gordura e seu dedo estremeceu duas vezes embaixo Diema se recomp s e estava prestes a se levantar Mas o antebra o de Nahir ro ou o seu Ele tentava segurar o bra o dela por m os dedos de sua m o eram incapazes de responder aos comandos de seu c rebro Tudo o que podiam fazer era se crispar em espa
380. ima do ombro Diema n o havia se movido exceto para se apoiar no cotovelo esquerdo Ainda apertava a ferida com a outra m o tentando sem muito sucesso estancar o fluxo de sangue Ela observava Ber Lusim com olhos turvos ou pelo menos tentava mas sua cabe a ficava caindo Kennedy ainda aparentava procurar uma brecha Rush cruzou olhares com elas e moveu a cabe a no menor arco poss vel Ainda n o Ele se voltou para Ber Lusim outra vez Tudo o que voc est fazendo disse est fazendo por causa do Toller N o isso Por causa das previs es neste livro E como se ele tivesse escrito o livro para voc Como se ele soubesse 300 anos atr s que voc viria e tivesse falado com voc atrav s do tempo Ele sabia que o fim do mundo viria Ber Lusim o corrigiu Mas sim ele falou conosco Contou nos o que dever amos fazer para dar um fim hist ria e iniciar o reino do Messias T Mas eu me pergunto se voc sabe quem estava falando com voc Quero dizer se chegou a descobrir alguma coisa sobre a vida do Johann Toller Mais do que voc pode imaginar Voc acha que o conhece Rush sentia se como se estivesse procurando o caminho certo em um campo minado Mas mais do que isso sentia se como se estivesse em um tribunal interrogando uma testemunha Tentando montar um caso a partir de nada al m de um mero palpite Sim Ber Lusim concordou Acredito que o conhe o
381. inda poderia v lo assim com um pequeno esfor o Mas havia mais algu m Algu m que viera at ela quando precisara dele em vez de tentar salvar a rhaka que era sua amiga e aliada Que enfrentara Hifela a Face da Caveira com o bra o inutilizado e deixara seu peito ser fatiado como torresmo enquanto fazia o que podia para dar a Diema uma chance de atirar As palavras de Hifela ecoaram na cabe a dela Y tuh gemae le Net ya neiu Um membro do Povo tentara mat la E o pai de sua carne a salvara Precisava admitir o paradoxo e lidar com ele Ou tornar se ela mesma um personagem de cartum Era hora de parar de adiar o inevit vel Ela foi ver Kennedy que explodiu feito uma bomba assim que a porta se abriu Cad o Leo O que voc s fizeram com ele A mulher deu um passo na dire o de Diema nem um pouco intimidada pelos dois Elohim que vieram estoicos e vigilantes se postar ao lado dela Se ele estiver morto Est vivo Diema disse Mas por pouco Sente se Heather Por favor Kennedy obedeceu talvez porque ouvir sobre a condi o de Tillman tivesse drenado um pouco sua for a ou talvez porque havia percebido que Diema se dirigia a ela usando o primeiro nome e com isso notado que algo importante havia mudado Diema mandou os Mensageiros sa rem com um gesto breve e fechou a porta depois que se foram Me diga Kennedy pediu com a voz tensa Me diga como ele est D
382. inhos Ver esses matadores movendo se em forma o como atletas em nado sincronizado era como testemunhar a viola o de algum tipo de lei da F sica Rush seguiu na ltima onda com Elohim flanqueando o de cada lado e Diema correndo logo sua frente Ele esperava uma descida ngreme em parte por causa do ngulo da abertura do t nel mas sobretudo porque bem eles adentravam em uma caverna No entanto a casa ficava ao p da colina e depois dos primeiros 100 metros o corredor terminava em um lance de degraus de pedra que levavam para cima No topo deles havia uma larga arcada com pilares de pedra em torno das bordas como um claustro Muitos portais em arco levavam desse ponto para todos os quatro lados Diema e sua gente n o desaceleraram ao entrar no espa o mais amplo J haviam planejado sua abordagem usando os velhos mapas do local e cada esquadr o aprendera uma rota da qual se esperava que n o se desviasse exceto em caso de emerg ncia A equipe com a qual Rush estava pegou a terceira abertura esquerda e continuou seguindo por t neis estreitos com tetos t o baixos que eles tiveram de curvar a cabe a e galerias similares a catedrais subterr neas A cada poucos metros a passagem na qual estavam parecia se cruzar com outras algumas inclinadas para baixo mas a maioria levando para cima em dire o ao cora o da cidade oculta centenas de metros acima de suas cabe as e a mais de 1 5 quil metro de dist ncia
383. ior a coisa era diferente O carpete do vest bulo era fundo e macio e as portas eram autom ticas abrindo se diante deles com um suave sussurro de aquiesc ncia Kennedy podia sentir agora qu o espesso era o concreto sob aqueles seixos err ticos Estava ali no achatamento da ac stica no instant neo esmorecimento de todos os sons tanto os de dentro quanto os de fora O balc o da recep o era do tamanho de um pequeno iate A mulher atr s dele era uma ruiva atraente cuja blusa branca estava abotoada at o pesco o Ela reconheceu Gassan e o cumprimentou muito cordialmente at calorosamente mas lan ou a Kennedy um olhar hesitante e inquisitivo que beirava a bvia desconfian a Kennedy perguntou se se o professor sabia qu o longe havia chegado em apenas uma semana Se o resto das pessoas naquele pr dio estava t o entusiasmado com ele quanto a recepcionista havia se dado bem mesmo Gassan apresentou sua convidada com o orgulho de um propriet rio Esta a sargento Kennedy Lorraine Ela est aqui a pedido da diretoria para investigar a invas o Voc poderia ligar para Glyn Thornedy ke e dizer a ele que precisamos de acesso Sala 37 Esperaram ao lado de uma barreira de catracas A seguran a da minha al ada Gassan explicou a Kennedy mas Thornedy ke coordena a lista de visitantes e o superintendente di rio respondendo diretamente a mim Para Kennedy todo aquele discurso era bem t
384. ioso do Povo viu as correspond ncias no livro de Toller e apresentou a ideia de que nosso irm o desgarrado havia adotado um novo nome e pregado s Na es como Johann Toller E por que as palavras dele seriam reverenciadas Kennedy quis saber Por que que seriam ao menos lidas Toller foi o primeiro a deixar o Povo sem a b n o ou permiss o do Povo At Ber Lusim e Avra Shekolni ningu m mais seguiu seu exemplo Nenhuma vez durante os 370 anos desde ent o Diema enfiou a m o dentro da blusa e tirou a adaga que guardava ali a estranha e assim trica l mina que o Povo de Judas chamava de sica Sabem o que isto perguntou a eles Antes que falasse antes mesmo que completasse o movimento Tillman novamente tinha a arma nas m os Mas a garota n o registrou a amea a nem pareceu not la Entenda isso como um sim Rush sugeriu Mas n o sabem realmente o que Diema insistiu Para voc s apenas uma arma Para n s s o dois s culos e meio de hist ria N s a carregamos e matamos com ela quando fomos dominados pelos romanos Agora n s a carregamos e matamos com ela como homens e mulheres livres Qual a quest o Kennedy exigiu saber E d para explicar sem essa coisa imunda na m o Diema p s a faca sobre a mesa ao lado da fotoc pia do livro de Toller Suponho que a quest o seja que mantemos nossas tradi es A mudan a n o algo que v
385. ioteca e as datas em que come aram a trabalhar aqui Kennedy voltou carga Fiquei desempregado por sete semanas Wales disse E nesse intervalo em fevereiro houve algumas tentativas de invas o a Ryegate House Tentativas que falharam S rio S rio N o h nada que me ligue a essas tentativas Wales disse Talvez n o Kennedy admitiu Ela olhou de relance para o arquivo sua frente folheou o e comparou suas p ginas a outro papel sobre a mesa a c pia de um documento eletr nico Mas fiquei curiosa a respeito da compatibilidade de tempo ela disse e me perguntei se voc ou o Mark Silver j teriam sido condenados por arrom bamento e invas o Eu n o queria me fiar em algo que poderia acabar sendo s uma coincid ncia Ent o verifiquei a an lise de antecedentes criminais que a biblioteca fez quando voc come ou a trabalhar l Sabe o que descobri Nunca tive nenhum problema com a pol cia O Alex Wales nunca teve nenhum problema com a pol cia Kennedy o corrigiu Mas voc n o ele O verdadeiro Alex Wales viveu em Preston at sumir de casa tr s anos atr s aos 16 anos A fam lia dele o deu como desaparecido mas foi s isso Uma busca de rotina por antecedentes s procuraria condena es ent o nunca encontraria uma lista de pessoas desaparecidas Voc ficaria a salvo a n o ser que o Alex Wales aparecesse e pedisse a identidade dele de v
386. is para contar que havia encontrado um exemplar do livro Ou acrescentou cuidadosamente algo quase igualmente bom O que isso quer dizer Kennedy perguntou desconfiada Bom eu tentei o mais bvio Partridge respondeu Pensei que seria a coisa mais f cil do mundo encontrar o livro em vers o digitalizada ou eletr nica A maior parte dos livros que perderam os direitos de reprodu o j passou por um esc ner com reconhecimento ptico de caracteres e foi disponibilizada on line Mas dei de cara com a parede E n o foi por falta de tentativa V rios links que deveriam ter levado ao livro estavam fora do ar Os sites foram completamente apagados Havia marcadores nos motores de busca mas nada nas URLs E da Erradica o digital Heather meu amor Algu m foi atr s desses sites com mal cia premeditada abateu os e depois cobriu o ch o com sal Claro que poderia n o ter nada a ver com o nosso texto Kennedy pensou em vozalta Se fosse um site s as chances favoreceriam a coincid ncia Depois de meia d zia seria apostar em um azar o E quantas vezes isso aconteceu John Muito mais do que meia d zia No final tive sorte at certo ponto pelo menos ao especificar como alvo dados n o atualizados Em outras palavras velhos downloads de conjuntos de dados de sites defuntos ou sites que n o podem ser acessados diretamente pela internet E da que vem a boa not cia
387. is que 19 anos E mesmo em meio ao p nico extremo uma parte da mente de Kennedy encontrou tempo para o espanto e a indigna o Caramba Izzy A mulher estava usando jeans e uma camiseta branca simples at mon tona e coturnos pretos que j n o estavam na moda havia tanto tempo que s podiam ser um artif cio retr O cabelo dela era curto e escuro e cheio de pequeninos cachos Os olhos eram escuros e naquele momento estavam arregalados do tamanho de pratos O que quer que ela estivesse esperando encontrar no quarto o que na verdade encontrou foram dois homens de rosto p treo e uma mulher amarrada e Samal havia ficado de p e se voltado para encar la com um rev lver na m o substituindo a adaga quando que isso havia acontecido apontado diretamente para o meio do corpo da garota Eu eu ela gaguejou Eu estava Entre no quarto Aby dos disse Venha N o vamos machuc la A voz dele era firme por m com uma cad ncia lenta tranquila reconfortante N o fez nenhum gesto na dire o dela mas olhava a nos olhos Entre ou esta mulher morrer A garota olhou de Aby dos para Samal depois para a arma Tinha a express o de uma v tima de trauma inerte de choque Corra Kennedy pensou e tentou dizer mas o nico som que escapou pela morda a foi um grunhido desesperado quase sem voz Entre Aby dos disse na mesma voz gentil Feche a porta A garota deu
388. isse Subiu correndo os degraus at a entrada do hotel Um painel grosso de aglomerado havia sido colocado l no lugar da porta original mas algu m o arrancara do lado esquerdo e o afastara da parede Ela conseguiu entrar por ali se espremendo No interior nada havia al m de escurid o e sil ncio Kennedy ficou parada ouvidos atentos mas ouviu apenas sua pr pria respira o Quando seus olhos se adaptaram escurid o ela se moveu para a frente A escada principal estava bem diante dela Remexeu na bolsa at encontrar o spray de pimenta que sempre mantinha l Era um modelo militar Wildfire ilegal no Reino Unido mas nem de longe t o ilegal quanto uma arma sem licen a Ela decidiu ser r pida em vez de furtiva subindo os degraus de tr s em tr s No primeiro andar e depois no segundo parou e olhou em volta Depois do segundo piso n o havia mais aonde ir exceto para o telhado provavelmente e a escada n o levava para l Ela se afastou escondendo se em um trecho de sombra A luz de um poste de rua do lado de fora no mesmo n vel das janelas dos quartos no andar de cima transformou a cena sua frente em um mosaico preto e branco Havia acabado de decidir que estava perdendo tempo ali quando algo se moveu O movimento ocorreu sua esquerda onde n o havia nada exceto a parede da escada Era uma sombra o que quer que tivesse projetado estava l fora no n vel mais alto dos andaimes O caixilho da janela chac
389. isse o professor por fim Vamos l Por sugest o de Kennedy fizeram Rush vir ajudar os dois estudantes a transportar da van o resto dos componentes de Partridge Enquanto eles desembalavam e montavam tudo Kennedy tentou explicar a Gassan o que a sonda realmente fazia mas logo chegou aos limites de seu pr prio conhecimento e Partridge teve que vir em seu socorro Na d cada de 1980 disse ele a Gassan dois cientistas su os desenvolveram um novo tipo de microsc pio que poderia fazer a varredura em um n vel at mico Chamaram sua cria o de microscopia de for a at mica ou MFA E fizeram grandes coisas com ela Podiam analisar imagens at uma escala nanom trica com enorme precis o O nico problema era que o tamanho da imagem mesmo para uma varredura nica era colossal A menos que voc estivesse olhando para reas extremamente pequenas n o era vi vel usar um dispositivo de MFA No canto Kennedy p de ver Rush parado um pouco margem dos estudantes Ele os ajudava sempre que precisavam entregando lhes componentes tirados das caixas segurando firmemente o corpo principal da sonda enquanto Sturdy ou Price conectavam um cabo ou suporte a ele Estava bvio que ele se sentia atra do por Sturdy e que n o tinha a menor chance porque ela e Price j formavam um casal 4 insensatez da juventude pensou Kennedy Ela voltou sua aten o para Partridge que ainda estava falando sobre a sonda de Kelvin
390. ite e eu tive a sorte de escapar inteira Ela contou a ele sobre os dois Elohim e a garota ninja assustadora Rush ficou tanto abalado quanto fascinado interrompendo a com perguntas frequentes Quando ela terminou ele balan ou a cabe a como se para clarear as ideias Jesus disse Ent o o que a gente faz agora bvio n Kennedy respondeu A gente l o livro CAP TULO 25 Isto aqui Manolis disse Vai ser um arrombamento Tillman ruminou aquelas palavras e descobriu que n o gostava muito delas N o tem jeito de fazer isso discretamente perguntou Entrar e sair sem ningu m perceber Estavam na sala dos fundos do Pantheon e Manolis novam ente estava sentado diante de seu computador Ele sa ra da interface Linux que normalmente utilizava e fizera o sistema voltar estrutura b sica de prompt de comando Na tela o texto verde sobre fundo preto se movia r pido demais para os olhos acompanharem Na verdade telas havia uma verdadeira rede recursiva delas abrindo se umas dentro das outras e fechando se em uma cascata fractal Bem que eu queria ele resmungou distraidam ente Mas n o tem ningu m que possa acessar esses dados em tempo real Nem mesmo o governo Voc precisa entender Leo que isso n o um sistema de c meras S o milhares de sistemas milh es de m quinas individuais a maior parte delas instalada por conselhos locais para controle de tr fego ou
391. iteral quanto o ir nico Cobriria uma longa dist ncia contudo pretendia deslocar se somente pela pr pria vontade Nunca havia gostado do nome Tabe de todo modo Lembrava lhe demais sua m e CAP TULO 18 Diema partiu por entre as Na es e aprendeu seus costumes Pensava j conhec los mas havia uma diferen a ela agora percebia entre as viagens controladas conduzidas por seus professores e esta ela procurou por uma palavra odisseia esta grande jornada rumo ao desconhecido Para sobreviver ao mundo adamita na maior parte do tempo completamente s Diema n o teve escolha sen o acompanhar a velocidade dele que era agressiva e existencialmente aterrorizante Ela imergiu em reuni es aleat rias aglomera es sociais casuais conex es frouxas e banais Grupos de autoajuda encontros rel mpago noites de karaoke congressos de neg cios concertos de rock aulas noturnas reuni es p blicas e grupos de ora o disparou dentre eles como um raio c smico em um detector de part culas atraindo para si toda a massa e induzindo a rota o dos corpos ao seu redor Dominou seu papel Sendo jovem e assim parecia razoavelmente atraente e n o controlando inteiramente os sinais sociais que emitia ela se viu mais de uma vez em situa es nas quais poderia ter corrido o risco de um estupro ou assalto Entretanto era perita em frear os homens que a amea avam e criteriosa na rea o deixando os feridos mas n o aleijados
392. itir Kennedy entendeu que Emil Gassan estava morto Fora uma combina o de toxemia e perda de sangue ambas provavelmente agravadas por um alcaloide n o identificado na l mina da adaga de Alex Wales Rush ajustou o painel de telefonia da recep o para uma mensagem de por favor ligue mais tarde enquanto Kennedy tentava acalmar a mulher perturbada Dragando o solo das mem rias dos interrogat rios que fizera com a equipe sugeriu que Lorraine fosse falar com Allan Scholl o pr ximo na hierarquia e avisasse que ele estaria no comando por enquanto Essa atividade toda ajudou Kennedy a manter as pr prias emo es sob controle at que ela se sentisse um pouco mais preparada para lidar com elas Soubera que a morte era uma possibilidade no momento em que Gassan fora ferido Ent o n o estava surpresa O que sentia na verdade era o peso doentio da culpa e da vergonha por ter deixado que aquilo acontecesse Gassan havia morrido porque ela estivera completamente despreparada Porque decidira toda alegre e descuidada montar uma armadilha para um coelho e n o tinha nenhum plano B m o ao perceber que havia capturado um tigre Depois que Lorraine saiu Rush voltou se para Kennedy N o podemos chegar perto da mesa do Alex Wales disse A pol cia embalou e levou tudo depois voltou e embalou a pr pria mesa Est toda embrulhada naquele pl stico que eles usam em aeroportos quando uma mala estoura e com a fita de isolamento da
393. iu nas instru es que deu a voc s Ela sinalizou para Tillman e Rush que vieram da rea dos elevadores onde ainda estavam parados Sirva se disse a Tillman Ele remexeu entre as armas oferecidas enquanto os dois Elohim o observavam em um sil ncio indignado Finalmente ergueu uma Beretta reformada que parecia j ter sido uma arma de competi o Ela aceita balas 380 perguntou aos Mensageiros Shraga assentiu sem nada dizer Beleza ent o Tillman volveu Vou ficar com ela Valeu E quanto a mim Rush disse Eu ganho uma arma J disparou uma Diema perguntou a ele N o Ent o n o n o ganha Ou ser um perigo maior para n s do que para o inimigo Ela olhou dentro do porta malas novamente Entre as armas de fogo havia diversos itens de equipamento geral Alguns eram claramente sobras de exerc cios de treinamento militar e n o tinham utilidade conceb vel para ela ou sua equipe Diema pegou um pequeno cilindro de pl stico preto com uma aba em uma extremidade parecida com a argola de uma lata de refrigerante Jogou o para Rush Pegue disse Voc pode ficar com isso Ele virou o objeto examinando o cuidadosamente como se pudesse desmanchar se em suas m os Ent o encontrou o r tulo BOMBA DE TINTA VERDE WILDWAYS 400ML AREA DE ALCANCE 8M DE DI METRO Que engra ado Rush disse Realmente hil rio Diema n o estava ouvind
394. ivro Acordaria bem cedo na manh seguinte e leria mais um pouco antes de ir para o trabalho Ou talvez ligasse para l mentindo que estava doente e passasse o dia lendo Estava vido por obter alguma informa o s lida para mostrar a Kennedy quando ela voltasse Entrou na cozinha assaltou o escasso estoque de bebidas do pai e encontrou meia garrafa de conhaque que estava quase cheia mas quando removeu a tampa o cheiro fez seu est mago se revirar O que realmente precisava era dormir entretanto sabia que o sono s viria quando bem entendesse Quando fechava os olhos ainda podia ver o professor Gassan com as m os fechadas ao redor da adaga cravada em seu peito Rush colocou a garrafa de volta no lugar e subiu para seu quarto movendo se t o silenciosamente quanto podia para n o chamar a aten o do pai caso este tivesse tirado os fones e dado a noite por encerrada Abriu a porta do quarto entrou e fechou a com firmeza antes de ligar a luz Havia uma garota em sua cama Foia primeira coisa que ele notou pois era uma novidade por si s Sua mente percebeu a arma na m o dela meio segundo depois mas com um efeito ainda mais avassalador Em terceiro lugar notou que ela estivera assistindo TV port til dele com o som bem baixo A TV estava ligada no Cartoon Network Em um epis dio muito velho de Coragem o C o Covarde Tranque disse ela indicando a porta com um gesto de cabe a PARTE 4 Conselho de Guerra
395. ja rid cula Apenas escute o que estou dizendo Encontre um lugar sobre o qual eles n o saibam E depois outro lugar e depois outro Continue em movimento Mude seus h bitos N o d a eles um alvo f cil A pol cia pensou Kennedy Preciso chamar a pol cia A mesa de cabeceira estava tombada e o telefone no ch o Ela esticou a m o para ele mas o p da garota se enterrou em seu pulso antes que pudesse toc lo Ela deixou que todo o seu peso ca sse sobre a m o de Kennedy fazendo a ofegar de dor e choque N o disse a garota Presa Kennedy ergueu o olhar para ela O rosto da garota calmo e distante a despeito da viol ncia que ela havia infligido franziu se em uma careta determinada Voc sabe quem eu sou perguntou a Kennedy De onde vim Kennedy empurrou a resposta entre os dentes N o N n o sei mesmo Os olhos da garota relancearam por um momento para os corpos no ch o Depois voltaram a Kennedy Do mesmo lugar de onde eles vieram E todos juramos manter o local em segredo Ent o sabe o que eu teria de fazer com voc se voc pegasse esse telefone e ligasse para a pol cia Ela retirou o p Cautelosamente Kennedy flexionou os dedos da m o Do am como o diabo e ela mal conseguia mov los mas nenhum estava quebrado Pense nisso disse a garota Esses homens vieram aqui para interrogar e depois matar voc Eles falharam portanto outros vir o Supondo que voc real
396. jet rias separadas Duas notas altas e agudas soaram como o tinir de um sino As adagas de Nahir saltaram para a direita e para a esquerda a da direita cintilando feito uma roda de Catarina ao atingir um s bito facho de luz solar Nahir estava sacando outra vez assim como Tillman este presumivelmente uma arma de fogo e n o uma adaga mas Ber Lusim foi mais r pido que ambos Cruzou a fossa em um salto a dist ncia aterrissando entre os dois homens e n o pareceu se importar com o fato de que agora lutava uma guerra em duas linhas de frente Nahir investiu contra Ber Lusim com uma terceira sica mirando o peito Ber Lusim inclinou o corpo desviando se do golpe e sua m o invadiu a guarda de Nahir A faca que ele segurava inesperadamente invertida rasgou profundamente o pulso de Nahir quase decepando sua m o A essa altura Tillman j erguera a arma e fizera mira contudo seus movimentos pareciam quase comicamente lentos quando comparados aos dos dois Elohim Ber Lusim nem mesmo se voltou para encar lo Apenas arrancou a arma da m o de Tillman com um chute quase vertical Depois voltou sua aten o novamente a Nahir Uma s rie de golpes da l mina velozes como rel mpagos for ou Nahir que agora s tinha uma m o para se defender a ceder terreno s pressas tirando Ber Lusim que o seguia do alcance de Tillman Tillman arrastou se atr s dele Rush que at o momento estivera paralisado em choque recuper
397. l o golpe de ar atingindo Kennedy em cheio no rosto Ela arfou e sua boca se encheu de algo espesso e suave como p de talco Uma nuvem de p envolveu instantaneamente as duas Em meio a ela Kennedy finalmente ouviu vozes Puta merda Meu Jesus voc viu isso Kennedy tentou afastar o branco turvo e flutuante que a cegava e sufocava Tinha um gosto amargo e fazia seus olhos arderem Enquanto tentava se colocar de p sentiu o p fino rangendo sob os dedos M os vieram de ambos os lados ajudando a a se levantar Pessoas que ela reconheceu vagamente como as do pub apoiaram seus bra os tirando a poeira de suas roupas Sua amiga algu m exclamou Ela est Eu n o Kennedy tossiu cuspiu e tentou de novo Eu n o sei qu o ferida ela est Chame uma ambul ncia Por favor Houve uma enxurrada de celulares todo mundo vasculhando bolsas e bolsos e depois sacando os aparelhos ao mesmo tempo como no cl max de um faroeste ruim Livre das garras dos bons samaritanos Kennedy ajoelhou se novamente para examinar Izzy tomando cuidado para n o mover sua coluna vertebral O p branco o que quer que fosse estava assentando sobre o rosto dela Removendo o suavemente Kennedy encontrou a contus o na t mpora de Izzy j inchada onde ela havia sido atingida Encheu se de horror e depois de uma ira incandescente Ela olhou para o que havia ca do sobre elas ou quase sobre elas Jazia a poucos centime
398. l quo e com isso anulando um pouco da for a do segundo soco e do terceiro N o houve um quarto Tentando romper o aperto de Tillman os dedos tateantes de Hifela haviam encontrado o cabo da sica que ainda estava fincada no ombro de Tillman Ele a puxou soltando a e cravou a outra vez mais alto e em um ngulo mais obl quo O choque da agonia e o quase rompimento de seu m sculo trap zio for aram Tillman a abrir os bra os Inclinando se para longe dele Hifela ergueu a faca velozmente deixando um rasgo diagonal no peito do oponente Ent o trouxe a para junto de si para o alto preparando se para uma estocada final no cora o de Tillman Aceitando o risco do qual Tillman se esquivara Diema mirou a cabe a do assassino e disparou A bala atravessou obliquamente o cr nio de Hifela entrando pelo lobo occipital e saindo pela rbita do olho esquerdo O corpo de Hifela aquele sofisticado instrumento rebelou se contra ele Congelou no ar com a adaga ainda em riste embora sua m o tremesse violentamente como se ainda tentasse baix la Ent o o espasmo cessou e ele emborcou Tillman pegou o pulso de Hifela e o girou lentamente inexoravelmente de forma que os dois ficassem virados de lado para Diema P de v la de joelhos a express o abobalhada pela concuss o os olhos vidrados a arma a Sig Sauer Pro 2022 do pr prio Hifela segura diante do rosto como uma oferenda em um altar que ningu m mais podia ver
399. l anos matando qualquer um que conhecesse voc s ou chegasse perto demais da verdade a seu respeito Matando toa ao longo da hist ria N s fazemos o que precisamos fazer N o Tillman retrucou a voz um pouco embargada Voc s fazem o que j sabem como fazer N o mudam o repert rio mesmo quando podem ver que n o est funcionando Tem funcionado muito bem at aqui Kuutma disse Tillman riu outra vez Ent o por que que voc s existem Se tem funcionado Kuutma se algum dia tivesse funcionado seu povo n o precisaria de voc Milhares de anos de assassinatos furtivos e toda vez toda maldita vez assim que voc s terminam uma opera o precisam fazer tudo de novo Centenas de Elohim de ouvidos ligados por todo o mundo tentando vigiar o esbo o de uma ideia em sete bilh es de vozes claro que voc s acabariam fazendo um servi o porco Est dizendo que h um caminho melhor Kuutma perguntou sardonicamente Sim Ensine me Tannanu Tillman Bom para come ar ele disse voc n o suprime a hist ria Voc a anuncia Inunde o mundo com rumores sobre o Povo de Judas sobre Ginat Dania Conte a todo mundo sobre o livro secreto o evangelho perdido Diga s pessoas que se tentarem l lo homens p lidos que choram sangue v o encontr las e mat las com facas que foram vistas pela ltima vez 20 s culos atr s Conte s pessoas sobre as lindas mulheres que
400. lan ou a cabe a negativamente Noventa cent metros de espessura repetiu E o interior de concreto s o exterior e a moldura s o de a o Vamos usar explosivo pl stico Kennedy pareceu chocada Quanto de explosivo pl stico inguiriu Muito Mas n o precisamos abrir um buraco nela S precisamos solt la da parede de rocha Da podemos arranc la Deve ser bem simples Ent o por que voc est com cara de quem engoliu uma vespa Rush perguntou Diema lan ou a ele um olhar de reprova o como se lembrar que ele estava vivo n o ajudasse a melhorar o dia dela Porque vai levar tempo a garota respondeu acidamente E quanto mais tempo eles ganharem menos n s vamos gostar do que encontraremos do outro lado dessa porta Avra Shekolni fez um serm o aos Mensageiros remanescentes de Ber Lusim Foi breve e simples j que o tempo era escasso para todos eles Seu tema foi a diferen a entre o terreno e o eterno e como dif cil por tr s dos v us do mundo e da carne compreender o que perp tuo e incorrupt vel Por enquanto ele entoou solenemente n s enxergamos como se atrav s de uma lente escura Mas depois veremos claramente todas as coisas como s o Agora entendemos somente em parte mas depois seremos conhecedores e conhecidos Como seu professor eu tentei traz los para junto dessa lente n o para que voc s pudessem espiar por ela
401. les Impede que todos eles morram por causa do duplo recessivo Mas qualquer coisa pode acontecer com uma mulher sozinha por a no mundo Uma mulher criada na reclus o totalmente sem as manhas das ruas Ent o h outros Agentes especiais Pessoas que agem como anjos da guarda para as Kelim e em certa medida para toda a tribo S o chamadas de Elohim que em aramaico significa Mensageiros E se eles acharem que algu m sabe demais bom a especialidade deles morte acidental mas tamb m trabalham numa boa com assassinato direto Isso o que o Alex Wales era Quando ela finalmente ficou sem palavras Rush a encarou por alguns instantes de completo sil ncio N o sei por que fiquei aqui ouvindo toda essa loucura disse afinal Sabe sim Kennedy retrucou Porque voc viu um homem se matar na sua frente e n o consegue tirar essa imagem da cabe a Est disposto a ouvir qualquer loucura poss vel se isso te ajudar a entender o que aconteceu Seria timo se funcionasse de verdade Mas eu n o estou entendendo coisa nenhuma uma hist ria idiota Pois n E voc diz que aconteceu com voc E com voc Rush Hoje mesmo Voc estava na sala Com alguma sorte eles n o v o saber disso mas talvez d no mesmo voc ter me feito contar tudo isso Talvez agora voc fique s um pouquinho mais paranoico num momento em que tem mesmo uma raz o para ser paranoico Obrigado
402. les deslizantes virtuais sobrepostos a ela Fez isso por um longo tempo at finalmente sinalizar para Price Ele pegou uma extremidade do aparelho uma cabe a de leitura quase t o longa e grossa quanto uma r gua ligada a um cabo de tr s metros e a passou ao redor de um extintor de inc ndio fixado parede ao lado dele A tela se apagou as linhas verdes se rearranjaram e uma nova imagem apareceu Era dif cil distinguir o que mostrava Seus planos de cor coagulada desafiavam a interpreta o at que Sturdy com um gesto r pido sobre um dos controles deslizantes reduziu o zoom da imagem revelando a superf cie curva do extintor de inc ndio Ela deu um novo zoom e a superf cie se dissolveu em n vel ap s n vel de complexidade fractal Vinte Price murmurou para ela Vinte e cinco Vinte e cinco ela confirmou Vou aumentar o contraste em meio por cento Certo Devo deixar parado N o fa a uma varredura lenta A Para cima Suba s mais um pare Price apontava o leitor para a base do extintor de inc ndio A ponta do dedo indicador de Sturdy tocou a tela e deslizou pelos controles virtuais A tela se apagou e se refez em quadrados de alguns centimetros fixando se em um n vel predefinido de amplia o Kennedy e Gassan viram se olhando para as sali ncias e os sulcos espirais de uma impress o digital E voil disse Partridge satisfeito Impressionante Gassan admitiu
403. les havia apenas mais daquilo que elas j haviam visto f bricas e esta es de triagem e galp es com filas ocasionais de lojas cujas janelas eram t o encardidas que da dist ncia em que se encontravam n o dava para adivinhar o que vendiam Entretanto logo ao sul al m do arco brilhante da Henry Hudson Bridge a Broadway abria se como os bra os de um amante O que foi Diema perguntou Por que voc parou Estou s pensando em uma piada velha Kennedy respondeu Quando voc vai comprar um im vel quais s o as coisas mais importantes a ter em mente N o tenho ideia Por favor continue dirigindo Localiza o localiza o e localiza o Kennedy virou se para olhar duramente para ela e Diema entendeu o que a mulher dizia A f brica de Ber Lusim murmurou Exatamente Por que aqui Presumivelmente ele n o queria transportar o veneno por longas dist ncias A cada vez que o deslocasse se arriscaria a ser detido e descoberto Ent o queria estar perto do alvo Mas t o perto assim Quero dizer Ginat Dania que est l embaixo n Uns 80 metros ao sul daqui Diema nada disse Ah pelo amor de Deus Kennedy explodiu S confirme Lentamente com um arrepio de temor superst cioso Diema for ou se a mover a cabe a uma vez para baixo e depois para cima positivamente Ent o imagino que ele esteja bem dentro do raio das suas patrulhas de fronteir
404. les iam me matar Ilam me interrogar primeiro e me matar quando j tivessem todas as respostas Mas a aquela aquela garota apareceu E tenha em mente Leo que eu n o chamo mulheres de garotas o tempo todo Ela era muito jovem E era melhor que eles Salvou minha vida Deixou aqueles dois Mensageiros mais mortos que vivos E usou praticamente s as m os e a mob lia do quarto Ela deixou a informa o assentar por alguns minutos O rosto de Tillman mostrava que ele estava ponderando o que aquilo significava Mas Kennedy concluiu por ele Ela era uma deles Uma Elohim Ele batucou com o polegar nas costas do banco seu olhar vagando na dist ncia N o aleatoriamente Kennedy percebeu Ele escolhera este ponto do parque por causa da vista que oferecia Estivera monitorando todas as pessoas que passavam enquanto os dois conversavam Ainda estava fazendo isso certificando se de que n o estavam sendo vigiados ou ouvidos verificando ngulos de vis o e padr es de movimento Duas fac es ele disse finalmente depois de um longo sil ncio Essa a conclus o bvia Kennedy concordou Mas que diabo isso quer dizer Um grupo dissidente da tribo de Judas assim como o Provos saiu do IRA original Essa gente manteve toda aquela merda junta por 2 mil anos O que aconteceu de t o especial para causar uma separa o Sabemos que eles levantaram acampamento Levaram a cidade oculta do M xico para algum outro lu
405. levantou Diema tirou a semiautom tica chinesa de tr s do cinto Estava prestes a oferecer a nove mil metros que trazia no coldre do tornozelo para Kennedy Mas esta passou por ela movendo se lentamente para minimizar os sons grudentos que seus p s faziam na gosma espessa e pegou a arma ca da de Tillman na borda da fossa Examinou a brevemente pareceu satisfeita e respondeu ao olhar interrogador de Diema com um curto gesto de cabe a Pronta Seguiram para a porta assumindo lados opostos sem precisarem combinar Im veis apuraram os ouvidos Duas vozes Ambas masculinas Uma conversa s ria e ligeiramente bizarra estava acontecendo logo abaixo delas Ele um peda o de p o Era a voz de Ben Rush E outra voz respondeu Deus uno Somente os tolos negam isso Houve sete degraus de madeira perigosamente escorregadios por causa das mesmas gordura e sujeira que ocupavam o fundo da fossa Depois os p s de Rush pousaram em cimento duro e seco Houve um clique acima dele seguido dos estalos de holofotes se acendendo Rush piscou e protegeu os olhos quando o espa o escuro ao redor se tornou mais claro que a luz do dia com o n on impiedoso Estava em uma sala ampla mas de teto baixo escorada por vigas r sticas de madeira Ao redor de Rush havia pacotes grandes como sacos de areia ou fertilizantes empilhados do ch o at o teto com um amplo corredor entre eles Pareciam todos id nticos Exibiam
406. lguns telefonemas O ltimo deles foi para Rush Como que ele perguntou Voc vai para a Fran a J agendei a passagem A viagem longa Vou de Eurostar at Paris depois pego o trem regional at Rennes e ainda pego outros 18 quil metros com um carro alugado Volto amanh Eu devia ir com voc Rush manteve o tom leve e sarc stico mas ela p de perceber o anseio dele Voc vai precisa de algu m pra te dar cobertura e meter bala neles caso te encontrem de novo Kennedy respondeu mas n o posso arcar com o seu cach Nem com mais mortes na minha consci ncia Veja o que voc consegue descobrir sobre a vida do Johann Toller sugeriu A vida dele Kennedy Isso Pense Eu ca o a obra voc ca a o homem Somos como os chifres na cabe a de um b falo Ben Voc os chifres do b falo Eu sou a cauda do b falo balan ando pra l e pra c e espantando umas moscas Os chifres do b falo n o ficam procurando coisas na Wikipedia Porque isso que voc est me pedindo para fazer Estou falando s rio Kennedy disse Acho que podemos supor que o Toller seja importante para o Povo de Judas por alguma raz o Se soubermos quem ele foi talvez tenhamos a chance de descobrir qual essa raz o Rush ainda estava infeliz mas deixou se persuadir E Kennedy n o se ressentiu do tempo que levou para persuadi lo pois ele estava essencialmente
407. lhando para tr s n o havia como saber por quanto tempo ela estivera escutando Como conseguiram entrar nos Estados Unidos ainda era um mist rio para Kennedy Era prov vel que n o tivessem entrado oficialmente O avi o precisava ter recebido uma permiss o claro mas n o houvera nenhuma inspe o de seu conte do e no caso dela e no de Tillman e no de Rush nenhuma verifica o de passaportes ou procedimentos de imigra o O melhor palpite de Kennedy era que o campo remoto onde haviam pousado era usado principalmente por traficantes de drogas e que o Povo de Judas estava apenas se aproveitando de uma rede preexistente de subornos favores e cortesias semiprofissionais No que dizia respeito ao controle de alf ndega norte americano n o havia passageiros ali s carga Quem quer que tivesse embolsado a comiss o n o se importava se eles eram profissionais do sexo terroristas ou astros do rock avessos s c meras Assim em nenhum momento eles tiveram chance em nenhum est gio dos procedimentos de se separarem dos captores Elohim e pedir socorro Estavam aqui nos termos de Diema e sua merc como haviam estado desde a batalha no Monte Gell rt Haviam ca do pela borda do mundo e aterrissado em uma realidade paralela Agora seu destino estava nas m os de lun ticos e crian as E passava um pouco das nove da manh em um domingo claro e enevoado o que significava que faltavam dez horas para o Armagedom O camin
408. lheres ajoelhados Ber Lusim ficou ao seu lado e esperou poupando as palavras agora que eles estavam aqui e toda a prepara o poss vel havia sido feita ele seguiria os passos do profeta Creio que as bocas deles deveriam ser seladas Shekolni disse por fim Do contr rio haver muito ru do Ru do indecente e estranho Penso que isso prejudicaria a solenidade da ocasi o Ber Lusim fez um sinal com a cabe a para os mais pr ximos dos seus homens Cuidem disso ordenou Dois dos seus seguidores caminharam ao longo da fila de pessoas ajoelhadas enfiando uma morda a de linho amarrotado na boca de cada um dos sacrif cios Logo terminaram Quando o ltimo dos doze foi eficientemente silenciado saudaram seu l der com o punho fechado e o profeta com o sinal do n corredi o Em seguida retrocederam em dire o porta Onde est a l mina Shekolni perguntou evidente que ele sabia onde esta a pergunta fazia parte do ritual Ent o Ber Lusim respondeu de forma igualmente ritual Abriu a jaqueta para mostrar a bainha de tecido de c nhamo cheia de bolsos que estava afixada no forro de sua roupa e tirou de l uma de suas adagas Em muitos lugares esse instrumento seria chamado apenas de faca uma vez que n o tinha um cabo separado apenas uma base levemente mais grossa que poderia ser empunhada com seguran a e uma l mina assim trica fina arredondada de um lado perto da ponta e afiada o s
409. livro de Toller e a entregou a ele Tem Tem sim disse A mesma que eu Somos os detetives Ben por isso que precisam de n s O caminh o finalmente parou Taria destrancou e abriu as portas traseiras pelo lado de fora Eles viram a luz do dia pela primeira vez em duas horas Taria e Alus com cuidado e gentileza surpreendentes ajudaram Tillman a descer do ve culo Kennedy teve de se for ar a lembrar que as duas ficariam felizes em cortar a garganta deles se recebessem a ordem de faz lo N o se podia baixar a guarda com essas pessoas Nenhuma delas A f brica era uma carca a a maior parte de suas janelas quebrada ou lacrada picha es subindo pelas paredes feito musgo Ficava em um trecho de asfalto que vinha sendo rachado lentamente por espinheiros e ervas daninhas Pombos aninhavam se nos beirais das janelas mais altas e nos buracos deixados na parede por tijolos ca dos O ar pesava com o cheiro de seus excrementos Havia uma placa tamb m salpicada de fezes de aves Nela lia se PARNASSUS IRON AND STEEL COMPANY com a figura estilizada de uma montanha atr s do nome como no logotipo da Paramount Pictures Atr s de uma cerca de arame fl cida as guas do Rio Harlem lambiam um p er de concreto no qual havia um velho sof mofado e imundo Havia uma quantidade pequena mas compacta de garrafas vazias de cerveja perto do sof e um verdadeiro monumento de caixas de isopor com o logotipo do McDonald s Al m d
410. ller Pois ele volta a se referir insurrei o de M nster e isso foi d cadas antes Vai ser dif cil definir que ilha essa Kennedy j n o prestava muita aten o Algo que Bouchard havia dito cutucara uma lembran a e agora ela a perseguia no laptop A Uberwasserkirche Encontrou a refer ncia e fitou a em um horror emudecido E o Soldado descrente Mais alguns cliques resultaram na biografia de Thomas Fairfax e ela soube com uma certeza nauseante que estava certa O fim dos dias murmurou Qu est ce que c est Bouchard perguntou educadamente Kennedy o encarou a isso que tudo se refere O fim dos dias A segunda vinda O Armagedom Bouchard assentiu Sim o cl max das profecias do Toller claro Cristo vai descer e destruir os iniquos S os justos sobreviver o Todos esses outros eventos s o meramente avisos Precursores Eles afirmam que o in cio do reino de Cristo iminente Ent o Ele deve estar mesmo a caminho Kennedy volveu Porque a maior parte dessas coisas j aconteceu CAP TULO 40 Rush ficou aflito ao pensar em como conseguiria tirar seu estoque de livros ilicitam ente emprestado de Ry egate House Mas no fim ele apenas escolheu o melhor momento e saiu pela entrada de servi o carregando os em um saco pl stico preto Se algu m o detivesse planejava dizer que havia encontrado o saco em um corredor e presumido que era lixo Por m ningu m o deteve Mais
411. m Textos antigos s o a rea dele Fazia sentido ele estar l E quando pediram a ele que chamasse um investigador particular quantas pessoas voc acha que ele tinha na lista S voc Heather a nica pessoa que ele conhece que trabalha nisso S coincid ncia ent o S coincid ncia Porque a alternativa pensar que o universo todo se modifica s por sua causa E se come ar a pensar desse jeito ter meio caminho andado para algum tipo bem s rio de transtorno de personalidade Kennedy n o quis dizer que ele era o roto falando do rasgado Bom obrigada por aparecer com uma explica o racional Leo disse ela Mas n o o que parece de onde eu estou olhando Deve haver uma centena de pale grafos que o museu poderia ter chamado E o fato de o cara encarregado do acervo ter sofrido um derrame e o roubo ter acontecido logo em seguida Eu diria que j estamos fora do territ rio das coincid ncias aqui Ela se fortaleceu De todo jeito disse em voz baixa tem mais Acha que n o percebi isso pela sua cara Desembucha Vieram atr s de mim ontem noite Quando voltei para casa estavam esperando por mim As sobrancelhas de Tillman ergueram se um mil metro o que no caso dele era uma express o de extremo assombro Conhecendo as habilidades deles disse foi sorte voc ter visto que estavam l Eu n o vi Kennedy disse Ca direto na armadilha E
412. m nios e culpas suficiente para tr s pessoas Ela estava falando ao telefone e a julgar pela metade da conversa que ele conseguiu ouvir era com um namorado N o claro que estou com saudade s que ainda estou Se eu pudesse ir at a te ver iria Voc sabe que eu iria Houve guinchos e chiados da voz do namorado Era aguda Eu entendo amor Mas n o sei e n o posso prometer Guincho Chiado chiado guincho Izzy Kennedy disse interrompendo a torrente Isabella Para Eu tenho que ir Te ligo mais tarde Chiado E Eu te amo tamb m Bom mantenha essa ideia em mente e logo a gente a p e em pr tica Ela fechou o telefone com um estalo e o guardou Rush a encarou Ele havia percebido que o namorado era uma namorada e tentava processar a informa o Que foi Kennedy disse Ele se recomp s e entregou a ela os impressos que trouxera O Wales estava obcecado com aquele livro disse O Plano de Deus Revelado e a trombeta falante e tudo mais Ele estava tentando montar uma lista de todo mundo que j tivesse lido ou pegado o livro da prateleira Ent o eu tentei descobrir quem foram essas pessoas Algumas j est o mortas mas isso Recentemente Kennedy o cortou Ela ficara alerta no mesmo momento de uma forma que mostrou a Rush que a confirma o dessa suspeita n o a surpreenderia N o disse ele N o recentemente Por qu Esque a
413. m o de obra informal Ent o continue informal Kennedy disse N o apare a para trabalhar amanh Se levar bronca finja que n o com voc e fique longe Voc jovem Vai arranjar outra coisa Fique longe da Ryegate House E se algu m te perguntar sobre o que aconteceu hoje n o responda E se for a pol cia Rush sarcasticamente quis saber Se for a pol cia seja evasivo Voc n o lembra n o viu ningu m te contou nada Voc s o pobre do estagi rio Voc est presumindo um bocado de coisas Tipo o qu Que aquela morte significa para mim o mesmo que significa para voc A morte significa a mesma coisa para todo mundo Kennedy disse rispidamente Que seu cora o para de bater seu c rebro para de pensar e as pessoas come am a se referir a voc como o corpo N o existe essa coisa de boa morte Rush S existem umas mortes piores que outras Rush tamborilou no copo de cerveja com o polegar olhando mais para o vidro do que para Kennedy Meu melhor amigo morreu em uma briga de faca na escola disse ele em um tom quase casual Ele foi esfaqueado E minha primeira namorada se matou com p lulas para dormir porque o padrasto dela a estuprava Ela me mandou uma mensagem de texto dizendo adeus e eu n o consegui chegar l a tempo Ela devia saber que eu n o conseguiria mas escreveu a mensagem mesmo assim Eu ainda a tenho Fui atr s do padrasto
414. m algum lugar ex tico pois tinha um jeito peculiar de fazer o sinal da cruz que tentou fazer com que os outros pentamonarquistas adotassem Ele levava a m o garganta depois ao cora o ent o ao est mago e depois disso fazia um circulo voltando para o ponto onde havia come ado Quando eu o admoestei por isso e mostrei lhe a forma correta disse me ele que a b n o era assim praticada pelos anjos no alto c u e n o tinha escolha sen o honr la Blackborne tamb m tinha meio que uma hist ria sobre a origem de Toller Parecia que ele estivera viajando atrav s dos Alpes uma vez havia ca do em uma ravina e quase morrido Ficou muito ferido e tamb m preso em um lugar estreito e terr vel de modo que pensou que n o viveria para ver um novo dia Assim encomendou a sua alma a Deus e entregou se solene ora o preparando se para comparecer perante o trono do julgamento Mas ent o um anjo havia aparecido e contado a Toller verdades eternas as quais ele achou que precisava transmitir ao resto da humanidade Rush copiou e colou tudo em um arquivo principal Estava come ando a sentir que chegava a algum lugar Pensou em ir at a Biblioteca Brit nica e ver o que poderia encontrar l idealmente sob nome falso considerando o que acontecera a todas as outras pessoas que expressaram interesse na vida e na obra de Toller Ent o ocorreu lhe que havia outra op o Era est pida a um primeiro olhar mas diculamente f cil d
415. m cinzas esmaecidos na brancura perfeita de sua pele Preciso me mexer Alus resmungou Meu nariz est co ando Seu nariz provavelmente n o est no quadro Taria disse A tela n o assim t o grande Quando ela finalmente as deixou ver a pintura as duas ficaram perplexas Parece algo que uma criancinha faria Taria disse Mas funciona de alguma forma E como se voc contasse uma hist ria e todos achassem que est exagerando mas ainda assim enxergassem a verdade sob o exagero assim s que em uma pintura Diema corou Nas Na es disse chamam um desenho neste estilo de cartum Meu filho de dois anos desenha exatamente assim Alus disse Voc acha que eu poderia dizer que um cartum e vender Diema poderia ter encarado o coment rio como um insulto mas riu e deixou o passar Ainda estava maravilhada pelo fato de as mulheres terem concordado em posar para ela e ansiava por n o fazer nada que pudesse lev las a mudar de ideia N o s finalmente pudera pint las como quisera fazer desde a primeira vez em que as vira como elas eram tamb m sua nica fonte de not cias sobre seu pai Falavam sobre ele agora enquanto ela preparava uma refei o de p o e azeitonas para suas duas modelos que voltaram a vestir as roupas em um canto do est dio Era um est dio muito grande Espa o n o era algo que faltasse aqui no het retoyet no fundo de Ginat Dania
416. m havia enrijecido os olhos arregalados como se diante de uma horr vel constata o Mas foi Rush quem caiu desabando no ch o quando seus joelhos cederam sob o corpo Com a m o esquerda e fora da posi o ideal Diema havia dado o nico disparo poss vel passando pelo ombro direito de Rush e entrando no lado esquerdo do peito de Ber Lusim E agora o caminho estava livre Ela e Kennedy dispararam de novo e de novo esvaziando as armas no assassino Ber Lusim curvou a cabe a e aceitou a puni o como se um homem pudesse suportar rajadas de balas da mesma forma que suporta a chuva pesada Contudo essa tempestade cobrou um pre o maior Ber Lusim caiu de joelhos como se por escolha pr pria depois baixou o corpo gradualmente em uma posi o de prece E foi assim que morreu Kennedy come ou a se aproximar lentamente do homem morto sempre mirando com a arma agora in til N o Diema gritou O temporizador Kennedy O temporizador A mulher correu para a mesa mas hesitou A bomba menor que era o iniciador da arma de destrui o em massa de Ber Lusim era uma coisa barroca que parecia capaz de desmoronar a qualquer momento com cabos e hastes de metal conectando a a pacotes de per xido de acetona e aglomerados de c psulas detonadoras industriais O que eu fa o Kennedy gritou O temporizador na tela mostrava 23 segundos Kennedy voltou se para fitar Diema desesperada urgente Mas Diema n o sabia nada
417. m mais profundas que as da alcova Seu telefone sibilou uma vez o som discreto de um elevador chegando Ele olhou para a tela e abriu a mensagem que consistia em uma nica palavra Execute Hifela aprumou se lentamente aj ustou o flash da c mera e tirou uma foto do nu mais pr ximo Era o sinal previamente combinado Embora n o houvesse indica o vis vel disso nos movimentos aleat rios da multid o ao seu redor a palavra era passada adiante e os Elohim designados para a miss o j estavam a caminho N o contra a mulher A mulher esperaria um pouco mais At que eles se livrassem de seus tr s anjos da guarda CAP TULO 54 Ben Rush sobreviveu ao primeiro ataque por uma nica raz o estava no campo de vis o de Diema Ele vigiava a porta frontal do hotel voltada para o rio Diema observava a cena do sul onde o hotel faceava a encosta da colina e como sempre ela preferira o ponto de vista das alturas Na aus ncia de um edif cio atr s do hotel ela escolhera na base do monte uma imensa figueira cujos galhos superiores estavam no mesmo n vel das janelas do quinto andar do hotel Tillman estava l dentro no sagu o perto de uma janela que mirava a piscina exterior onde Kennedy havia se posicionado Foi algum artif cio de linguagem corporal que fez Diema focar no homem que atravessava a rua dirigindo se entrada frontal e como que por coincid ncia a Rush Ela n o saberia dizer o que foi que reconheceu
418. m menino cat lico como voc para fazer essa liga o Ainda enervado sob o peso de suas recentes humilha es Rush corou e lan ou a Kennedy um olhar afiado para ver se ela estava sendo sarc stica Exatamente como no Livro do Apocalipse ela confirmou S que o Toller entra em muito mais detalhes Deem uma olhada em algumas dessas profecias quaisquer delas e v o ver do que estou falando Tillman virou as p ginas e ele e Rush leram por algum tempo em sil ncio Por que o livro importante Tillman perguntou por fim Para o Povo de Judas quero dizer Por que eles se importam com quem l isso N o s o as escrituras sagradas deles s o Sim acho que s o Kennedy disse Houve um sil ncio enquanto Tillman absorvia a afirma o Mas n s lemos as escrituras deles disse ele Voc leu pelo menos Era coisa muito muito mais antiga do que esta bobagem aqui do primeiro ou do segundo s culo da nossa era E era sobre a barganha que Jesus fez com Judas Que era o qu mesmo Rush perguntou Judas ajudou Jesus a morrer Kennedy disse fatigada Em troca Deus deu a Terra para Judas e os descendentes dele Mas eles teriam que esperar tr s mil anos para herd la Trinta pe as de prata simbolizando 30 s culos Ent o onde que o livro entra Tillman perguntou inclinando a cabe a para a obra de Toller Eu acho que o Toller era membro do Povo de Ju
419. m num stacatto nebuloso Quadros paralisados e desconectados com os intervalos entre eles preenchidos por reprises intermin veis daquele instante indel vel Kennedy tentou bloque la com outros pensamentos mas a cena escorria por cima e por baixo e atrav s deles Assim como o sangue de Alex Wales escorrera sobre a l mina da adaga e pela camiseta dele e pela mesa e pelo carpete cor de aveia e pelas m os de Kennedy e pelas de Rush enquanto tentavam estancar a torrente infinita E em meio a isso tudo Wales havia sorrido para eles divertindo se desdenhosamente com as tentativas in teis de mant lo vivo contra sua vontade Kennedy dera dois depoimentos um pol cia metropolitana outro a uma das muitas ag ncias antiterroristas que estavam todas em alerta m ximo por causa da recente onda de inc ndios explos es e carros bomba N o havia chance de ela levar a culpa por aquela morte O testemunho de Rush seguira de acordo com o dela em cada detalhe e os oficiais da investiga o examinaram os eventos luz do ataque contra ela duas noites atr s o que s fazia com que parecesse mais plaus vel considerar Wales como o agressor Thornedy ke e Gassan corroborariam o relato de Kennedy tamb m sem d vida mas nenhum dos dois poderia ser abordado naquele momento Thornedy ke entregara se a um ataque hist rico imediatamente ap s o suic dio de Wales continuara a mostrar sinais de afli o e p nico durante a remo o do corpo e ao cheg
420. m orfanato o campo havia sido parte de seu terreno inundado de rf os urbanos descobrindo a sensa o de deitar na grama Atualmente estava mais cheio de estudantes estrangeiros da escola de interc mbio London House e funcion rios de escrit rios de advocacia em hor rio de almo o Tillman sentou se em um banco no topo de um monte relvado e gesticulou para que Kennedy sentasse ao lado dele Por um momento ela ignorou o convite Tillman estava com tima apar ncia ela precisava admitir Ou talvez fosse s porque da primeira vez que o vira ele j passara treze anos em uma miss o monoman iaca que desintegrara o corpo e a mente dele um tomo por vez Ainda parecia um estivador irland s que tinha o pavio curto mas agora parecia mais um estivador irland s a caminho da igreja em vez de a caminho do suic dio Sentou se com as m os enormes repousando educadamente nos joelhos Seu cabelo cor de areia agora prateado nas t mporas estava penteado para tr s em algum tipo de formato em vez de espetado e voando para todo lado feito uma moita em chamas T bom Kennedy disse Eu s queria te deixar um recado Me disseram que o Pantheon era sua caixa de correio Mas voc sabia que eu viria n O John me disse que voc estava querendo falar comigo Tillman admitiu E depois Voc decidiu acampar naquele caf at eu aparecer Se tem tanto tempo assim para desperdi ar Leo bom pra voc Eu n o tenho
421. m ou dois gr os Precisa de um bom pulverizador de aerossol ou uma p lula s lida J ouviu falar do Georgi Markov Diema balan ou a cabe a negando Um escritor e dissidente pol tico b lgaro Viveu em Londres nos anos 1970 Estava dizendo umas coisas feias sobre os sovi ticos e eles queriam que ele calasse a boca Ent o algu m fez um assassino espet lo com a ponta de um guarda chuva Tr s dias de agonia Depois ele morreu O guarda chuva estava equipado para injetar uma c psula de ricina de cerca de um mil metro de di metro O que timo se voc s quiser matar um b lgaro Diema disse Tillman assentiu Mas voc n o pode bombardear Nova York com guarda chuvas venenosos Precisa de um sistema de distribui o que inunde as ruas com milh es dessas c psulas ou com bilh es de part culas menores s lidas suspensas no ar Se entendermos qual o sistema saberemos onde encontrar o Ber Lusim E o que quer que ele tenha inventado foi neste lugar que montou tudo Ent o pode haver alguma pista aqui Nahir e Raziel voltaram seguidos alguns minutos depois por Taria e ent o Alus Nada Nahir disse Nenhuma bandeja e nenhuma superf cie bvia na qual bandejas possam ter sido colocadas Voc parece ter se enganado Tillman voltou se lenta e cuidadosamente aj eitando o peso com dificuldade para olhar para o Mensageiro Talvez sobre a log stica disse Mas n o sobre
422. m pequeno exerc cio de invent rio mostrou que nada estava fora do lugar Se bem que haja tr s milh es e um quarto de artefatos na cole o ent o inteiramente poss vel que tenhamos deixado escapar alguma coisa Kennedy pensou a respeito disso por alguns momentos Um assaltante habilidoso passando por uma enorme quantidade de trancas e alarmes para penetrar numa cole o presumivelmente cheia de itens n o s imensamente valiosos como imensamente port teis Mas n o se importara em trazer uma sacola de compras decente consigo e n o levara nada proeminente o bastante que o fizesse ser notado Isso significava um autocontrole ferrenho ou um objetivo muito espec fico E havia a adaga Seria algum tipo de mensagem Uma amea a Uma pegadinha de mau gosto Qualquer que fosse o rg o que governava seus instintos de detetive a sua presen a era sentida Ela s viera aqui como um favor para o professor e pelo dinheiro Agora precisava admitir que estava genuinamente interessada Qual a minha tarefa perguntou a Gassan O professor ergueu uma m o com o dedo m nimo dobrado para dentro depois usou o indicador da outra m o para contar os dedos Tr s tarefas disse Ser o tr s tarefas caso voc aceite Primeiro queremos saber como se deu a invas o para podermos resolver essa falha na seguran a Kennedy assentiu Ela imaginara isso Segundo queremos saber o que foi realmente levado se que
423. m rapaz acanhado tentando entender o que estava acontecendo e Kennedy parada porta atordoada de olhos arregalados Izzy nunca prometera ser fiel e de todo modo tra ara uma distin o absoluta entre mulheres e homens Mulheres eram amantes parceiras almas g meas Homens eram uma coceirinha qual ela ocasionalmente cedia Kennedy nunca pensara que exigir promessas fosse necess rio ou mesmo desej vel Na acidentada hist ria de sua vida sexual um era o n mero mais alto de amantes que ela j mantivera ao mesmo tempo e geralmente parecera o suficiente Precisava perdoar Izzy Ou precisava terminar tudo com algum coment rio afiado do tipo olha s o que voc est perdendo querida N o conseguia fazer nenhuma das duas coisas A culpa passivo agressiva a censura e o afastamento ranzinza constitu am o meio termo horrendo e inescap vel O telefone de Kennedy tocou Ela olhou de relance para a tela e viu que era Emil Gassan novamente Desistiu de evit lo e atendeu mas apenas para lhe dizer que era um mau momento para conversar Gassan falou primeiro Heather tentei falar com voc o dia todo Estou t o feliz por finalmente ter conseguido Ela tentou interromp lo Professor Emil ele contrap s Ela o ignorou N o queria entrar nessa de usar o primeiro nome com Gassan de alguma forma parecia errado que aquele estudioso seco e agressivo at mesmo tivesse um primeiro nome Professor eu
424. m violinista ou um m dico as palavras em aramaico para vida e morte haviam sido pintadas em tinta vermelha dentro de cartuchos pretos significando que Deus confiara a ele tanto o poder de preservar quanto o poder de destruir O profeta segurou o livro sagrado aberto nas m os a cabe a baixa como se o estivesse lendo Mas seus olhos estavam fechados Os outros homens na sala sabiam que n o deveriam falar em um momento como aquele por m trocaram olhares nervosos e im pressionados com o pequeno sinal de alteridade do profeta Ber Lusim curvou se para o homem santo uma rever ncia prolongada e acentuada e todos os outros seguiram seu exemplo Shekolni abriu os olhos e sorriu para seu velho amigo um sorriso espont neo e caloroso de alegria compartilhada Voc trabalhou tanto tempo para isso disse ele na linguagem de sua terra natal E agora finalmente aqui estamos Todos n s trabalhamos Ber Lusim respondeu Que o nico Nome esteja com voc Avra Que o anfitri o d for a sua m o Por favor Diga o que voc s v o fazer com a gente Fora um dos prisioneiros um homem que havia falado Estava visivelmente aterrorizado e tentava de modo desesperado n o deixar que isso transparecesse Ber Lusim respeitou a coragem do homem era bem prov vel que ele j conhecesse boa parte da resposta Embora tenha ignorado a pergunta Shekolni observou longa e cuidadosam ente a fileira de homens e mu
425. ma das escolhas que fizera quando partira para o mundo exterior mais amplo havia paradoxalmente restringido mais e mais a extens o das escolhas subsequentes de forma que as vastas arcadas e paisagens das Na es t o diferentes das perspectivas restritas e contidas de seu lar eram para ele um longo e estreito corredor sem portas Uma dessas escolhas havia sido depositar sua confian a em Avra Shekolni e apesar das muitas e variadas apreens es em seu cora o e sua mente ele n o se arrependia de maneira alguma dessa barganha Seu velho amigo agora era seu profeta a luz que guiava sua alma em meio s trevas do mundo Contudo a respeito de algumas coisas for osamente ele era mais l cido que o Santo A viol ncia e o subterf gio eram mist rios g meos nos quais ele havia sido iniciado ao se tornar um Elohim e estavam t o profundamente arraigados nele que sua mente n o conhecia outra forma de trabalhar Assim havia aspectos da presente situa o que o afligiam O armaz m ingl s fora destru do o complicado mecanismo de seu plano interrompido e descartado e agora isto a rhaka chegando aqui apresentando se a eles como um press gio da ru na Toda mulher era um press gio de ru na claro Desde Eva seu of cio e seu deleite fora sempre se desviar do caminho e arrastar outros consigo rumo destrui o E n o se podia proceder ao castigo desse tipo de pessoa at que se tivesse total certeza do tipo de mal que ela e
426. ma esposa ou um marido mortos essas coisas fazem sentido Mesmo para aqueles que acreditam na verdade do para so voc chora pela separa o pela dist ncia que h entre voc e o para so Os olhos do profeta queimavam e Ber Lusim sentiu algo dentro dele se acender com esse fogo Mas agora Shekolni grunhiu o para so iminente O para so est logo acima de nossas cabe as como o fruto no ramo mais baixo de uma grande rvore Voc chora porque Hifela passa diante de voc e vai para o quarto ao lado Ent o qu o absurdas s o suas l grimas Mantenha a f agora ou Hifela rir e voc ficar envergonhado da pr xima vez que se encontrarem Tamanha era a for a das palavras que Ber Lusim viu como se em vida a face que conhecia t o bem olhando para ele das alturas ou profundezas de algum espa o interior Ele assentiu piscando para clarear os olhos deslumbrados Sim disse Voc est certo Avra Est certo O que devo fazer Eu j lhe disse o que fazer Shekolni respondeu agora mais gentilmente mais como um homem ao seu igual e menos como a voz de Deus ou do Destino Decrete a ltima profecia e receba sua recompensa A recompensa do mais fiel servo de Deus As palavras acertaram o alvo Aquilo era quase tudo o que Ber Lusim j quisera O som de passos r pidos sobre a pedra fez os dois se voltarem O homem que surgiu diante de suas vistas cheio de uma urg ncia que bei
427. maior escala mas ainda sem nenhum compromisso pessoal digno de ser assim chamado Assim Shud passara a considerar se nos ltimos anos um homem cujo servi o ao Mundo consistia principalmente no rebaixamento de seu orgulho da gl ria que se obt m ao renunciar gl ria Hoje n o era diferente Estavam reagindo a um alarme disparado no armaz m Dez deles Um minyan de Mensageiros Correndo para cuidar de algum fio mastigado por um rato ou de um guarda que havia ca do da cadeira enquanto cochilava Mas assim que se aproximaram da porta traseira do edif cio souberam que n o era nada disso A porta fora deixada aberta o que imediatamente lhes informou que os camponeses l empregados haviam falhado de alguma forma Hifela comandou seus homens com gestos indicando que se espalhassem esquerda e direita da porta e escolheu dois como l deres Todavia n o houve nenhum ataque quando entraram O caminho atrav s da saleta estava limpo Shud entrou a seguir e viu o que eles n o perceberam um dos guardas amarrado amorda ado e removido das vistas no canto da sala atr s de uma pilha de chapas de fibra aglomerada Estava semiconsciente mas Shud o estapeou para que despertasse e arrancou a morda a de sua boca Quantos rosnou ele Um o homem balbuciou Eu s vium O n mero em si nada significava Era muito mais seguro supor que estivessem diante de uma equipe Mas agora pelo menos sabiam que alg
428. mais que ela e isso deve ter transparecido em seu rosto Com um grito inarticulado como o de um soldado paraquedista saltando de um avi o Kennedy arrancou o laptop do circuito Ele continuou a contagem regressiva em suas m os At dez At cinco At zero Diema segurou a respira o at que seu peito doesse Ent o lenta e silenciosamente expirou CAP TULO 69 Estou sangrando lamuriou se Rush no ch o Ai meu Deus Estou sangrando para todo lado Me ajuda Diema rastejou at ele lenta e dolorosamente Verificou os ferimentos de Rush os dois de entrada e sa da da bala O de entrada era pequeno e limpo e n o causaria nenhum problema O de sa da era muito maior e a bala havia arrancado sua carne No momento em que atingira o alvo pretendido a bala teria perdido pelo menos um ter o da velocidade inicial a maior parte dentro de Ben Rush N o era de admirar que tivesse se cravado em Ber Lusim e nele ficado A bala desacelerada sem a energia necess ria para deixar o corpo dele depois de ter entrado mandara uma onda de choque crescente ao redor de si mesma reduzindo a polpa os rg os internos dele como um martelo para amaciar carne Voc se saiu bem Diema disse para Rush enquanto o enfaixava Kennedy ajoelhou se ao lado dela e a ajudou rasgando mais tiras de pano enquanto Diema prendia as ataduras improvisadas no lugar Voc foi brilhante confirmou Rush como em nome de D
429. marejadas de vermelho que eram os olhos de Wales Ele n o disse nada e o fio da navalha na garganta de Kennedy n o se moveu Mas a express o no rosto dele agora era de s ria reflex o Rush falou pela primeira vez por detr s deles Kennedy n o se atreveu a voltar se para ver o que o rapaz estava fazendo ou se tinha conseguido ficar de p novamente A voz dele estava tensa e tr mula Alex disse Rush me escute O que voc fez foi s arrombamento e invas o Talvez roubo Talvez voc nem v para a cadeia Mas se o professor Gassan morrer a assassinato Voc tem que parar com isso Se entregue N o seja burro Ningu m liga se voc pegou a porcaria de um livro Passos soaram do lado de fora e algu m bateu na porta de forma hesitante no come o depois com for a Um segundo depois houve uma batida em resposta vinda de outra porta A sala estava cercada E a pol cia estava chegando Wales pareceu considerar suas op es Soltou um suspiro longo lento e firme mas seu bra o esquerdo se tensionou A l mina enterrou se mais alguns centimetros na carne de Kennedy fazendo a encolher se e enrijecer Juro por Deus Rush voltou a dizer desesperado Voc n o vai para a cadeia Wales se endireitou tirando seu peso das costas de Kennedy N o concordou N o vou E passou a faca pela pr pria garganta CAP TULO 12 Algumas horas talvez quatro quem sabe cinco passara
430. medo mas vira como Nahir e seu bando olharam para ele e Kennedy l embaixo nas cavernas e tinha certeza de que sabia o que aqueles olhares significavam Eles j haviam deixado de ser teis n o que houvesse muita utilidade antes no caso dele Os Elohim entenderiam a profecia sem a ajuda deles ou ent o estragariam tudo De todo modo ele e Kennedy e Tillman presumindo que este j n o estivesse morto seriam postos para dormir ogo logo Mesmo que Diema quisesse proteg los provavelmente n o haveria muito que ela pudesse fazer E at onde ele conseguia ver Diema estava colaborando com toda aquela A ma aneta no lado externo da porta da cela chacoalhou e ent o estalou ao ser destrancada Rush voltou se esperando ver o Mensageiro que o trouxera at aqui mas era ela Diema fechou a porta atr s de si calma mas firmemente Encarou Rush com uma express o dura intensa e insond vel E a como foi o seu dia ele perguntou Cale a boca T bom E deite na cama N o era algo que ele estivesse esperando ouvir A resposta mais r pida que p de produzir foi O qu Na cama Diema repetiu rispidamente caminhando at ele e empurrando o O corpo dela estava r gido de tens o Deite Deite na cama R pido Confuso Rush obedeceu mas isso apenas pareceu enraivecer a garota N o de roupa e tudo ela explodiu Pelo amor de Deus voc nunca fez sexo antes
431. mente falasse com as autoridades duvido que elas pudessem ajudar muito Seria dif cil at que acreditassem em voc Saia agora Deixe para tr s tudo de que n o precisa Pense para onde ir Com quem falar A trilha que deixar atr s de si Pois haver pessoas seguindo essa trilha pessoas muito habilidosas naquilo que fazem Ent o n o devo voltar a Ryegate House Kennedy perguntou Est me mandando ficar longe A careta da garota ficou ainda mais marcada Ela olhou para Kennedy como se esta fosse louca claro que deve voltar Termine o trabalho que lhe deram Encontre o livro e fa a o que deve ser feito Por que acha que estive dedicando meu tempo a vigiar sua retaguarda Por que outra raz o valeria a pena salvar voc Ela girou nos calcanhares e partiu pisoteando a revista porn com imenso desprezo CAP TULO 15 Na Esc cia quatro funcion rios dados como desaparecidos s o encontrados mortos Sua morte espelha a de quatro ap stolos de Jesus Mateus perfurado por uma lan a neste caso um dardo de arremesso esportivo Tadeu espancado at a morte com uma pedra Tiago decapitado e Pedro crucificado de cabe a para baixo A pol cia escocesa classifica esses assassinatos como crimes de dio Na mbria uma ponte desaba Carros caem feito chuva forte em um desfiladeiro ngreme no fundo do qual h outra estrada apinhada com o tr fego da hora do rush Duzentas pessoas morrem Na Cali
432. mente n o pretendia arriscar se a ser rejeitada uma segunda vez dif cil explicar Kennedy admitiu Tenho que investigar um crime que talvez nem tenha acontecido Adorei Me conta tudo enquanto a gente bebe Elas foram ao Cask na Charlwood Street Era um pub um tanto caro mas ficava perto e agora no come o da noite ainda seria poss vel encontrar um lugar para sentar A conversa foi desconexa Depois de contar o b sico a Izzy Kennedy desviou se de todas as perguntas dela Se tivesse energia ou imagina o para arranjar outro assunto teria feito isso mas nada lhe ocorria Izzy tentou sustentar a conversa sozinha mas acabou desanimando Ap s alguns minutos de sil ncio Izzy ergueu a m o e pousou a no bra o de Kennedy A gente vai terminar n disse Sua voz estava calma at mesmo resignada Kennedy olhou para ela N o sei o que vamos fazer respondeu Izzy balan ou a cabe a Ah amor voc mente bem pra caramba mas n o comigo N o consegue mais nem me olhar nos olhos Estou aqui falando e voc est planejando sua fuga N o estou planejando nada Izzy T ent o fa a algo por mim O qu Me beije Kennedy olhou ao redor para as outras mesas metade das quais estava ocupada A gente vai chamar a aten o disse E desde quando voc liga pra isso Me beija ou cai fora Heather N o fique enrolando no meu apartamento e me fazendo
433. mento uma semana antes Ent o pode haver algo mais al m da ricina Outra amea a N o Rush disse Nahir disparou contra o garoto um olhar de pura irrita o e resmungou algo em aramaico N o faz sentido s isso Rush disse defensivo e dando de ombros A profecia fala sobre uma coisa Um suspiro um milh o de pessoas N o ataques m ltiplos Ele tem raz o Kennedy disse O que quer que tenha sido entregue da primeira vez tinha que estar relacionado ricina Tudo tem que estar interligado de alguma forma D para descobrir o que era Estamos tentando Diema respondeu A informa o pode estar nos computadores que tiramos do Monte Gell rt S que n o podemos esperar por ela Temos que encontrar Ber Lusim ou ent o lidar com todas as possibilidades Kennedy sentiu uma onda de desespero fatalista passar por ela como uma paralisia s bita Havia terreno demais para cobrir e muito pouco tempo Ber Lusim havia organizado sua programa o em todos os est gios e tudo o que eles haviam feito n o resultara em nada mais do que lugares reservados no camarote para o espet culo dele Nessas circunst ncias era dif cil para ela for ar se a acreditar que qualquer coisa que fizessem importaria agora Mas Diema ainda andava de um lado para o outro pensando ferozmente E Tillman observando a tinha uma express o ainda mais complicada e ainda mais dolorida O desejo dele de ajud la de fazer
434. mento ou recipiente Sprays de aerossol s o uma possibilidade mas a temos que encontrar mais residuos qu micos Ele teria mexido com propanos e outros componentes para criar um propulsor e o cheiro estaria por toda parte aqui Kennedy olhou para o rel gio Eram 14h48 Restavam quatro horas e 12 minutos Vamos ver se o Nahir descobriu alguma coisa sobre aqueles transportes da HEH ela sugeriu Descobriram que os outros haviam voltado ao caminh o Rush estava sentado na porta traseira folheando a c pia do livro de Toller enquanto Diema falava com os outros Elohim em sua l ngua nativa Ela se voltou para Tillman e Kennedy quando eles se aproximaram passando a falar ingl s Os caminh es sa ram daqui para um lote alugado em Locust Point ela disse Uns seis quil metros ao leste Ainda est o l Ningu m os usou desde ent o at onde pudemos saber Beleza Tillman respondeu Voc s procuraram por Nahir o atropelou Est o vazios e foram completamente limpos N o h nenhuma pista Nada que possamos usar E o aluguel do local foi pago por meio de uma empresa de fachada na B lgica Deu em um beco sem sa da Mas h mais uma coisa Diema acrescentou Kuutma tem trabalhado com as imagens de sat lite e descobriu algo A ocasi o da qual j sab amos quando eles entregaram as sementes foi a segunda vez que este local foi visitado Caminh es da HEH vieram em outro mo
435. mentos isolados que ficaram com ela Em um deles estava diante de uma mesa longa e baixa sentada no ch o ent o o m vel devia ser realmente muito baixo provavelmente algum tipo de mesa de caf Estava desenhando com l pis de cor Desenhava um le o na floresta Os l pis eram novos e excitantem ente estranhos em sua m o Eram t o inteiramente cheios de sina mem ria dela quase luminosos com sua hecceidade como s o para as crian as todas as coisas novas E ela estava quase terminando seu desenho mas havia uma sensa o de urg ncia em sua mente de um prazo chegando ao fim Ent o m os grandes e envolventes fecharam se ao redor de sua cintura e ela sentiu que era erguida do ch o suas pernas chutando um pouco recolhida por bra os fortes demais para serem enfrentados O rosto de seu pai de mand bula quadrada e barba por fazer sorriu para ela Sua voz de baixo ribombou dizendo que era hora de dormir e ela foi levada para longe dos l pis e do le o inacabado semiencarnado para ser colocada sob len is brancos em outro c modo Provavelmente sendo um quarto de crian a o lugar continha coisas e cores e texturas todavia na mem ria de Diema tudo era branco como os len is vazio como suas m os vidas Apesar da imprecis o da mem ria ela sabia disso sem a menor possibilidade de d vida nunca mais havia segurado aqueles l pis o desenho nunca havia sido terminado Aquela coisa trivial e magn fica lhe fora ro
436. moral e vergonhosa os artes os do Povo criaram a ferramenta de um guerreiro flex vel e poderosa Mas ainda assim mortal A maioria das mortes dos Elohim nas Na es se dera pelos efeitos cumulativos da kelalit Por semanas e meses a garota habituou se a usar essa ferramenta de dois gumes essa b n o trai oeira No final do terceiro ano j era capaz de suportar uma dose completa de kelalit apesar de sua massa corporal relativamente pequena e operar naquele elevado n vel de percep o e a o por horas seguidas Tornou se mais h bil tamb m em administrar o abalo fisiol gico e emocional que vinha em seguida Novamente ela era o exemplo exibido a todos os outros o modelo que deveriam seguir e pelo qual deveriam se moldar No entanto quando outra garota em treinamento Esali morreu de uma overdose de kelalit seu corpo r gido e cinzento foi carregado pelo dormit rio em meio a um sil ncio ensurdecedor e descren a e nega o e a garota percebeu que ser a melhor da classe tinha seu lado negativo Esali estivera tentando ser como ela A garota isolou se ainda mais depois disso Nunca havia encorajado os colegas a cultuar seu hero smo mas agora repelia todas as tentativas de aproxima o com rudeza deliberada N o queria mais mortes formando uma fila nos port es de sua consci ncia n o importando qu o fortemente esses port es fossem defendidos Ela aguentou Progrediu Absorveu cada ensinamento dos professores inter
437. n o poderia ter matado meus irm os sabendo quem eram Esse foi um terr vel erro assim como a rhaka Kennedy me contou O monstro com cuja morte concordei nunca existiu E com a morte do meu pai Tannanu eu n o concordo Kuutma ouviu esse discurso com um olhar de sombria preocupa o Quando ela terminou ele nada disse por um longo tempo Finalmente estendeu a m o e colocou a no ombro de Diema Eu n o lhe fiz nenhum bem disse pesadamente Vejo isso agora Eu a amo e a honro Diema mas a coloquei no caminho desta m goa e agora n o vejo como remov la de voc Deixe os viver N o posso fazer isso N o sou livre para escolher Ent o eu tamb m n o sou Diema disse Ela tirou uma sica da bainha junto ao peito e a posicionou de forma que a l mina tocasse seu est mago Mate Leo Tillman e eu morrerei tamb m F olhos de Kuutma arregalaram se de horror Diema ele disse sua voz quase um sussurro Voc n o pode estar falando s rio Estou sim Muitas emo es passaram pelo rosto de Kuutma A mais claramente vis vel foi a dor uma blasf mia murmurou ele J estou condenada No Monte Gell rt eu atirei em Hifela dos Elohim e o vi morrer E menti para voc em Budapeste Tannanu N o estou gr vida Disse isso para salvar o garoto e o garoto acabou de salvar todos n s Ela lutava com as palavras com as raz es tentando explicar algo que
438. nal nem problemas com d vidas ou pelo menos nada que tivesse aparecido na investiga o bastante superficial que o museu fizera A maior parte daquelas pessoas estava ali desde antes do dil vio e quase todas as que ocupavam cargos mais elevados haviam sido promovidas internamente Aparentemente ningu m tinha podres a esconder Ent o Kennedy restringiu a busca procurando padr es de repeti o Era um procedimento padr o da pol cia com qualquer possibilidade de conspira o ou quando se queria eliminar essa possibilidade procurar um terreno comum onde ela poderia ter se desenvolvido se dois ou mais funcion rios de Ryegate House houvessem frequentado a mesma escola ou faculdade tivessem trabalhado juntos em outro contexto ou fossem membros do mesmo clube ou associa o teria valido a pena acompanhar Mas n o haviam n o tinham n o eram A nica coisa que possu am em comum era a pr pria Ryegate House Ela decidiu tomar outro rumo procurando hobbies ou experi ncias de trabalho que pudessem traduzir se em habilidades de roubo N o havia muito duas pessoas da equipe de seguran a eram ex militares mas seu hist rico Corpo Real de Transportes e Guarda Domiciliar n o sugeria que nenhuma delas tivesse recebido algum treinamento em opera es especiais Finalmente sem um senso de dire o maior do que quando havia come ado ela empurrou a pilha de arquivos sobre a mesa para o lado de Rush Embaralh
439. nalizou os e como uma aranha ofertou o que tinha na forma de um nico fio de seda S o professor mais velho Rithuel que lhe dera algumas aulas de psicologia deixou lhe uma nota menos do que exemplar Na verdade negativa Quando a garota o procurou para perguntar o porqu ele foi brusco e na opini o dela enigm tico Para faz la parar e pensar foi tudo o que disse Parar para pensar no qu ela exigiu saber Rithuel abriu as palmas das m os e exibiu as vazias N o sei admitiu Ent o A in rcia pode ser t o importante quanto a a o A pausa antes da a o repleta de muitas coisas e uma delas a verdade Mas eu n o falhei nas suas provas a garota protestou Respondi a cada pergunta N o acredito que tenha cometido algum erro significativo Voc n o cometeu nenhum erro Foi precisamente isso que me incomodou Acho que pode ajud la um dia saber que n o perfeita s vezes estar t o perto da perfei o pode ser uma coisa perigosa Perigosa para a alma E havia ainda mais uma prova sobre a qual todos os alunos trocavam boatos malucos especula es vazias e piadas insossas Aconteceria quando menos esperassem a maior parte deles concordava E poderiam falhar nela por uma nica palavra ou movimento fora de lugar Certa noite ap s comer sua refei o da noite no refeit rio a garota foi abordada por um mensageiro que dizia que Ushana estava es
440. nar isso s fez com que a l mina o acertasse em um ponto mais alto do lado do corpo e em ngulo mais raso do que o inimigo pretendera Mais afiada que uma navalha ela atingiu os m sculos peitoral e deltoide do lado direito e se cravou profundamente Com a dor veio o choque da percep o de que o golpe que acabava de receber era provavelmente seu atestado de bito Os anticoagulantes com os quais os Elohim cobriam suas l minas podiam transformar at um golpe de rasp o em um ferimento mortal E ele acabara de receber uma ferida profunda na jun o de duas art rias principais Dois homens presumivelmente Mensageiros considerando a arma escolhida vinham para cima dele de duas dire es na sacada circular intencionalmente barrando o acesso dele escada e ao elevador A arma de Tillman estava guardada na parte de tr s de seu cinto e n o havia tempo para peg la especialmente com a adaga espetada em seu corpo impedindo os movimentos Qualquer um dos Elohim o superaria em velocidade O homem que j o acertara desembainhava outra l mina O segundo assassino mais pr ximo dele porque n o havia parado para mirar e arremessar vinha correndo em dire o a Tillman Ele trazia a adaga na m o direita a esquerda pairando diante dela aparentemente em guarda mas ent o deixou que ambos os bra os se separassem a m o da adaga estocando baixo enquanto a m o supostamente defensiva se lan ava para cima para golpear a garganta d
441. nciosam ente alternando o peso entre os p s com infinita cautela para que nem mesmo o farfalhar do tecido de suas roupas o denunciasse Ao lado da cabine do caminh o parou novamente Ainda n o havia movimento em nenhum outro ponto da sala Ele esticou a m o ainda lenta e silenciosamente e encontrou a borda inferior do painel de interruptores a o liso aparafusado em uma prancha gasta e partida de madeira compensada Seus dedos tra aram os bot es Reconheceu os por suas posi es relativas Luzes externas Luzes da rea de carga Holofotes principais Por m antes que pudesse acionar os interruptores algo frio e duro tocou sua nuca De dentro da cabine do caminh o cujas janelas deviam ter estado abertas esse tempo todo a voz do homem murmurou bem rente ao seu ouvido Desculpe As luzes eram s uma isca primeira palavra Shud j estava se movendo Mas o homem atirou em seu peito a bala descendo por seu corpo em ngulo acentuado N o parecia ser s a bala que o atacava mas o mundo inteiro A parede o empurrou derrubando o de joelhos e o ch o veio chocar se contra seu corpo inteiramente estatelado Shud ouviu o motor do caminh o roncar Com olhos turvos viu os far is se abrirem como os olhos de um drag o que acabava de despertar O som do motor cresceu para um rugido e o caminh o saltou em marcha a r chocando se contra as estantes mais pr ximas fazendo as desmoronar e bater nas vizinhas A rea o em
442. ndo disso foi absurdamente f cil para ele encontrar Em um extremo da sala separado das estantes fixas ele descobriu um conjunto de prateleiras m veis do tipo usado para armazenamento em bibliotecas Estavam apertadas feito sardinhas em lata sem corredores entre elas Mas cada unidade podia ser movimentada sobre trilhos e tinha uma roda instalada de forma que podia ser empurrada para a esquerda ou para a direita criando um corredor sempre que necess rio Movendo as prateleiras para suas diversas posi es poss veis Tillman encontrou o que esperava encontrar um al ap o no n vel do ch o com tr s fechaduras igualmente espa adas ao longo de uma das bordas Arriscando se a fazer barulho ele atirou nos cadeados um por um Depois levantou a tampa at a metade Automaticamente luzes se acenderam l embaixo iluminando uma c mara subterr nea t o grande mas n o t o alta quanto aquela na qual ele estava Ladrilhos de pedra no ch o alguns deles rachados e paredes brancas tratadas com cal Degraus de madeira largos e resistentes levavam para baixo e ao lado da escada havia um sistema mec nico de carga com corrente e roldanas Um cheiro composto de mofo lubrificante e gua sanit ria elevou se para cumprimentar Tillman forte pesado e insinuante Ele pensou por alguns instantes Queria descer e encarar o pior Entretanto este lugar n o s o por o escondido mas todo o edif cio poderia facilmente se trans
443. ndo inc ndios e decapitando ratos o tempo todo e chegando mais perto do que quer que eles pretendam fazer para matar um milh o de pessoas N o quero isso na minha consci ncia Leo Com certeza n o quero N o posso simplesmente ficar aqui imaginando como anda a contagem de corpos Mas podemos te proteger aqui Tillman objetou imperturb vel e paciente Se eles entrarem entramos logo atr s deles Em uma rea aberta diferente Sem mencionar o fato de que se voc come ar a andar por a de novo n o vai parecer que tem um prop sito Vai parecer uma coisa aleat ria Queremos que pensem que voc est tramando alguma coisa que os ameace Eu sei Ent o me deixe fazer algo que tenha prop sito Tipo o qu Tipo uma reuni o Houve sil ncio na linha enquanto Tillman considerava a ideia A Diema poderia arranjar algu m para se reunir com voc ele admitiu relutante Um dos Elohim dela Eu n o quis dizer uma reuni o de verdade Principalmente com algu m que eles poderiam reconhecer Quis dizer algu m imagin rio Vou a um lugar onde haja uma multid o mas s uns poucos jeitos de entrar e sair Um lugar onde ainda seja f cil para voc s tr s se aproximarem de mim E o que isso vai nos dar Influ ncia talvez Se eles acharem que estou tramando alguma coisa fazendo uma entrega ou trocando ideias com meu contato talvez decidam tomar uma atitude Talvez pensem q
444. ngaro mulheres N E Do franc s golpe de miseric rdia golpe fatal N E 2 Tamb m conhecido como harakiri refere se ao ritual suicida praticado pelos antigos guerreiros japoneses N E 3 Crime de lesa majestade aquele cometido contra o rei ou um membro da fam lia real ou ent o contra o poder soberano do Estado N T ES Oxigena o por membrana extracorp rea ExtraCorporeal Membrane Oxy genation N T 15 Em mar o de 1939 o subprefeito do Bronx James J Ly ons fincou uma bandeira do Condado do Bronx em Marble Hill e proclamou esse bairro como parte do Bronx chamando o de a Sudetenland do Bronx em uma refer ncia regi o hom nima na Tchecoslov quia anexada Alemanha em 1938 por Hitler N T
445. ns pl sticas para atender a pedidos Tillman usou os dedos para percorrer caixa ap s caixa A poeira era espessa o suficiente para formar pregas sob seu toque e a n o ser pelos locais onde sua m o passara estava intocada Ent o o que quer que estivesse rolando aqui o material nas prateleiras era s fachada Mas para qu Tillman pensou em um nico lugar onde poderia procurar respostas o caminh o Se tivesse sido carregado n o fora com essas coisas Ele se aproximou da se o de carga e descarga e examinou as portas traseiras do caminh o Trancadas com cadeado Por m n o demorou a encontrar um p de cabra e o ferrolho do cadeado se abriu no terceiro tranco Ele escancarou as portas O interior escuro do caminh o estava apinhado at o teto com caixas Ele pegou uma lanterna da mochila acendeu a e apontou o facho para os r tulos nas caixas mais pr ximas C CH20H 4 PENT B HMX 95 MANUSEAR COM CUIDADO 1 3 BUTADIENO ELAST MISTURA NITR AMN Ele arfou Nada bom Algumas dessas subst ncias como o nitrato de am nio que constitu a uma ampla porcentagem da maior parte dos fertilizantes comerciais poderiam parecer razoavelmente inocentes sozinhas Mas havia apenas um contexto no qual todas elas poderiam surgir juntas e era o de fabrica o de bombas O caminh o era uma f brica de bombas por encomenda sobre rodas E n o era s isso Tillman descobriu conforme ampliava sua busca Tamb m havia longas caix
446. nsidere Ber Lusim todo o padr o dos movimentos da mulher desde que voc soube de sua presen a Ela come a procurando pelo livro Descobre seu Mensageiro em uma quest o de dias apesar das duas tentativas de elimin la Eu faleicom Aby dos Ber Lusim disse Ele n o p de contar muito mas consegui compreender um pouco do que aconteceu A rhaka recebeu ajuda de outra mulher mais jovem Uma jovem cuja identidade ainda n o conseguimos determinar A f ria e o dio familiares se elevaram em seu ser quando disse isso enquanto via a cena se desenrolar em sua mente seus homens irm os de seu cora o abatidos por prostitutas cujas pr prias for a e habilidade eram abomina es aos olhos de Deus Ainda assim manteve a voz perfeitamente firme e os m sculos da face relaxados Acredito que minha afirma o se sustente Shekolni disse calmamente Por m h mais Ela encontra uma c pia do livro sagrado Uma c pia que nem mesmo deveria existir se seus Mensageiros tivessem feito o trabalho que lhes foi designado E nisso podemos ver que ela est nadando contra a correnteza interferindo no pr prio curso da nossa empreitada Como ela faz isso Como ela encontra o que seus Elohim n o viram Novamente Aben oado com ajuda Ber Lusim respondeu N o sozinha N o com alguma habilidade ou intui o sobre humana Depois tendo lido o livro ela vem para c E nada faz E at onde pod
447. ntar Heather disse Tillman brandamente com todo o respeito e espero que voc saiba o quanto te respeito n o acho que assim que vai ser Mesmo que eu ficasse feliz em sentar e esperar sou a nica pessoa a quem voc pode pedir ajuda que sabe como esses desgra ados operam N o estou pedindo Kennedy disse agora um pouco desesperada N o estou pedindo sua ajuda Na verdade estou pedindo que voc n o me ajude Eu preciso estou cuidando de um assunto Um assunto complicado Se voc entrar metendo a cara pode estragar tudo Por favor Leo Fique longe at eu terminar Um assunto complicado Alguma pedra no sapato Eu te contaria se pudesse Tillman riu Caramba Heather Como que voc foi uma policial de homic dios por todos esses anos e n o aprendeu a mentir direito N o consegue nem me olhar nos olhos Olhe voc precisa de mim e eu estou me oferecendo De livre e espont nea vontade N o tem que dizer sim ou n o agora S mantenha contato e quando eu tiver terminado essa outra coisa que estou fazendo vou estar dispon vel para todo tipo de apoio ou servi o pesado que voc precise Onde voc tem ficado N o em casa imagino N o Kennedy respondeu Em nenhum lugar onde possam me encontrar Bom n o fique vontade demais mesmo assim ele a avisou Mas devemos manter contato ainda que voc n o queira que eu me meta nos seus assunto
448. nte em alguns casos Se voc quisesse roubar um artefato muito valioso para depois vend lo uma das coisas que poderia fazer seria substituir o original por uma c pia para que a perda dele n o fosse percebida E al m disso h os livros Que n o foram catalogados Que foram catalogados mas o cat logo est absurdamente desatualizado e nem guardado aqui Fica na Euston Road em um local completamente diferente Ent o sim n s achamos que nada foi levado e essa a nossa posi o p blica por assim dizer Mas particularmente sou descrente quanto a isso Kennedy voltou a pensar na grava o do homem de preto com a pequena bolsa transversal pendurada no ombro O que quer que ele tivesse vindo apanhar n o era um item dos mais volumosos E ele tampouco sa ra para fazer comprinhas aleat rias Assim sua posi o ia al m da descren a Ela tinha quase certeza de que algo havia sido levado O intruso fora registrado na c mera e havia deixado cair uma faca depois de t la usado e essa era uma pe a que n o parecia se encaixar em nenhum lugar do quebra cabe a Mas ainda parecera sair de m os vazias e ela n o tinha raz o para supor que a miss o fora abortada Qual fora a miss o E quem era ele E como havia conseguido entrar e sair E na esteira dessas perguntas ele tentou me matar ontem noite medida que a manh foi passando ela retomou seu ritmo de trabalho Em sua vida pregressa como pol
449. nte deles ainda vivos N s encontramos Hifela na encosta do Monte Gell rt ela disse Quando digo n s refiro me a mim mesma e e Leo Tillman j conhecido pelo Povo por ter Sua garganta ficou seca e ela teve de limp la outra vez J conhecido pelo Povo de outros tempos e outros contextos Hifela lutou bravamente e poderia ter vencido Alguns de voc s viram o corpo dele ent o sabem Foram necess rias doze balas para mat lo E enquanto jazia no ch o ao nosso lado ele disse estas palavras Bilo b eyet ha yehuani Siruta muot dil kasyeh shoh Mais murm rios pela sala A maioria dos Mensageiros pareceu confusa ou desconcertada Nahir franziu o cenho Hifela n o pode ter dito isso afirmou ele Eu estava a menos de 1 metro dele irm o Conto apenas o que ouvi Ent o ele se referia ao professor O ap stata Shekolni O ch o onde ele caminha N o foi isso que ele disse Alguns de n s Kennedy disse interrompendo os em voz alta s o deficientes em aramaico Se houver uma raz o para estarmos aqui algu m vai ter que traduzir isso Nahir olhou para ela de relance avaliando a friamente e voltou se para Diema E h perguntou Alguma raz o para eles estarem aqui Muitos de n s t m essa d vida Diema respondeu pergunta de Kennedy ignorando a de Nahir Hifela disse Leve me ao meu Convocador Deixe me morrer em solo sagrado
450. ntecer outra vez disse tensa Ronald Stephen Pinkus Kuutma disse colocando espa os aud veis entre as tr s palavras do nome O rapaz que voc matou Voc esteve investigando a fam lia dele Os pais e a irm Por que fez tal coisa Diema for ou se a encarar o olhar de Kuutma Apenas por interesse f til ela disse Nada mais Nossos professores nos ensinaram a ser curiosos a respeito do funcionam ento de sistemas no mundo adamita A fam lia do garoto um sistema Minha a o mudou isso Eu quis ver como o sistema reagiu a essa mudan a N o mais que isso N o mais que isso Tannanu Kuutma assentiu Voc deu a simesma o nome da semente do sic moro ele a lembrou Estude a A leveza a virtude que melhor a servir Flutuar em meio vida deles sem toc los ou ser tocada Digo isso n o para admoest la mas para ajud la O que fa o agora Diema perguntou desesperada por mudar de assunto Re na sua equipe Kuutma disse vivamente Todos eles no padr o e na ordem predefinidos conforme conversamos E ela o fez Deixou a Provid ncia fazer seu trabalho Deixou o martelo descer sobre o prego PARTE3 O Martelo CAP TULO 19 A Southampton Row j estava movimentada s 7h30 da manh As lojas tinham suas portas semierguidas de forma que os empregados pudessem passar por baixo delas e come ar a arrumar as prateleiras Cafeterias e lanchonet
451. ntornar o edif cio at a frente provavelmente para pegar Tillman entre as duas sa das Um minuto ou dois se passaram sem mais nenhum som Ent o houve um estrondo nico ressoante Leo Tillman acabara de ser eliminado Executado Diema pensou nisso e tentou decidir como se sentia em rela o a ele estar morto antes que as circunst ncias chegassem mesmo a for la a falar com ele Mas enquanto ponderava franziu o cenho N o isso n o fazia sentido Sua primeira impress o devia estar errada CAP TULO 35 Elias Shud pensava frequentemente na par bola dos talentos Talvez demais para ser honesto consigo mesmo Na par bola o homem que n o usava aquilo que Deus lhe dera era repreendido as b n os do Senhor iam para aqueles que exploravam diligentemente o que j possu am Hoje em dia os talentos do pr prio Shud mantinham se geralmente ocultos pois ele havia escolhido seguir Ber Lusim no ex lio e na d cada que se seguira a isso Ber Lusim o havia mandado somente atr s do mais f cil dos alvos Ent o um homem que era capaz de enfrentar os mais poderosos combatentes das Na es e terminar com o sangue deles nas m os fora usado em vez disso para eliminar homens e mulheres e ocasionalmente at crian as que nem mesmo sabiam que eram alvos e haviam morrido ou ignorantes ou surpresos E ent o mais recentemente depois que Shekolni havia pregado seu evangelho de preemp o ele havia gerado horror em
452. ntos dela seguindo paralelos aos dele significa que achou o que queria Na s tima caixa Esta aqui Kennedy pousou a m o na tampa Emil voc se importa N o claro claro Gassan estivera absorvendo tudo aquilo em um sil ncio fascinado e perturbado Ele gesticulou com pressa para que ela prosseguisse Kennedy abriu a caixa e retirou dela o primeiro volume N o era realmente um livro mas um panfleto fino o papel mofado com o tempo e esfarrapado nas bordas dentro de um inv lucro duro de filme pl stico Ela o ergueu e o mostrou a todos Era dif cil distinguir o que dizia o t tulo Tudo estava escrito na mesma fonte em uma grande variedade de tamanhos com it licos aparentem ente distribu dos ao acaso Um presente de Ano Novo PARA O PARLAMENTO EO EX RCITO MOSTRANDO O que o poder do REI E que a CAUSA das pessoas A quem chamam de ESCAVADORES a vida e a ess ncia da Causa pela qual o Parlamento se Declarou e pela qual o Ex rcito Lutou Um presente de Ano Novo para o Parlamento Kennedy leu em vozalta Por Gerrard Winstanley Gassan concluiu Kennedy olhou para a capa confirmou Esse mesmo Voc o conhece Winstanley era um Escavador ou Digger Eles foram protocomunistas na poca da Guerra Civil Inglesa Acreditavam na posse coletiva da terra Rush consultou a lista Encontrou o panfleto razoavelmente r pido Metade do s culo
453. ntou n o pensar no que exatamente ele havia afundado o cotovelo M s passado Ralph Da noite de segunda feira dia 24 para a manh de ter a feira Voc recebeu algum cad ver com ferimento provocado por faca Uma cadeira raspou o ch o e houve uma enxurrada de cliques ritmados do outro lado da linha N o respondeu ele De acordo com o grande livro de todas as coisas foi uma noite muito tranquila A ltima noite tranquila de que me lembro Desde ent o tem sido o apocalipse Ah Por qu Kennedy ficou interessada a despeito de si mesma Apocalipse era uma palavra incomum na boca de Prentice normalmente um mestre do eufemismo Carro bomba na Surrey Street Tiroteio em Richmond E depois aquele inc ndio em Yorkshire Voc ficou sabendo n o Bombas incendi rias um trabalho muito profissional sob todos os aspectos Qualquer coisa que aconte a com poss veis liga es terroristas n s temos um acordo de reciprocidade Ent o um monte dos nossos caras est preso por l ajudando os locais a procurar pistas Mas nada de facas Nem umazinha para ser honesto Uma abund ncia de coisas desagrad veis aleat rias mas tudo anda calmo no que se refere a ferimentos por l mina Voc pode me fazer um favor Ralph Quer dizer al m de falar com voc Considerando o p na bunda que a pol cia lhe deu Heather isto aqui j um favor Eu sei E sou grata De ve
454. o a professora Ushana lhe disse quando ela perguntou A f rmula exata conhecida apenas pelos qu micos que a fabricam mas todas as subst ncias aparentadas s o inteiramente letais Os adamitas as consomem por prazer e se tornam viciados nelas Tomam doses cada vez mais altas e no fim suas mentes e corpos s o destru dos pelos efeitos cumulativos das toxinas A garota a contragosto ficou chocada e com medo A perda de controle estava no topo de sua lista pessoal de pecados mortais Em que a forma como usamos a droga diferente perguntou esperando ser reconfortada N o sentimos prazer com ela Ushana respondeu N o Kuutma lhe disse mais tarde H mais do que isso A droga que consumimos kelalit a maldi o e a b n o n o uma subst ncia s um composto feito de muitas drogas e algumas delas est o em guerra contra as outras O composto principal induz a mpetos de euforia um sentimento de onipot ncia mas nubla a mente e embota os sentidos A kelalit em contraste eleva os sentidos e acelera os processos fisiol gicos O fluxo de informa o passando pelos nervos do corpo imensamente real ado o que significa que tanto percep o quanto a o s o muito mais r pidas Dessa sensa o de poder e alegria resta depois o suficiente para que o usu rio deixe passar despercebida uma dor que normalmente poderia distra lo ou mesmo incapacit lo A partir de uma indulg ncia i
455. o Voltara sua aten o para Nahir e Shraga J dissera tudo o que precisava ser dito mas sabia que os homens frequentemente n o encaravam instru es categ ricas recebidas de uma mulher da mesma forma que as recebidas de outro homem Ent o deixou tudo muito claro Voc s n o v o participar disso disse a eles Seu papel por enquanto angariar informa o Quando eu precisar que fa am mais eu pe o Neste assunto estou falando com a autoridade de Kuutma Se duvidarem de mim podem perguntar a ele Mantenham os olhos abertos e as m os longe disso s Nahir se eri ou Isso absurdo disse ele Voc precisa de n s Discordo Diema retrucou calmamente Fa a como lhe foi dito irm o Por favor N s servimos o mesmo deus e a mesma cidade Tudo vai ficar bem desde que voc me preste a ajuda de que preciso quando eu precisar Ela parou sustentando o olhar dele Se n o fizer isso vai ter na sua consci ncia sangue suficiente para encher um lago Ela se voltou para Shraga Estas armas n o podem ser rastreadas at voc ou qualquer outra pessoa de nosso povo perguntou a ele Indicou com um gesto de cabe a as pistolas e outras muni es amontoadas no porta malas do carro Shraga meneou a cabe a negativamente timo Ent o leve o carro at a Katona J szef Utca Deixe o l trancado mas com as chaves em cima do pneu traseiro do lado do motorista Deix
456. o a cada vez que improvisar pergunte a si mesmo se deveria ter feito mais planos Se o ltimo homem aquele que parecera grande demais para correr t o r pido tivesse mirado dois centimetros direita a bala de ponta oca teria se cravado no ombro de Tillman e sua c psula teria se partido em meteoros derretidos que se espalhariam por seu peito Ou se o cara tivesse usado uma muni o mais penetrante quela dist ncia o colete poderia nem t la detido E se n o tivesse havido nenhum tambor de paracianog nio est vel em forma de gel m o Nenhum guindaste de ponte Nenhum caminh o Ele deveria ter feito mais planos Definitivamente Mas isso n o era tudo Deixara homens vivos e proporcionara um alvo f cil quando fugira Havia sido salvo por outro atirador disparando do outro lado do armaz m longe da estrada Algu m portanto que j devia estar em posi o quando o esquadr o da morte aparecera talvez at mais cedo que isso quando Tillman fizera seu pr prio reconhecimento do local Enquanto ele examinara o armaz m atrav s dos bin culos outro par de olhos estivera cravado nele Olhos amistosos Melhor n o pressupor isso A m o que tira voc do fogo pode ser justamente a que o levar para a frigideira Contudo amistosos ou n o sabia a quem aqueles olhos pertenciam e qu o elegantemente essa pessoa armara para ele S n o sabia por qu Nem como ela havia adivinhado que ele rastrearia a moto e a usaria
457. o era invasiva quer ele falasse ou n o Ambos os toaletes estavam ocupados e para aumentar seu desgosto Leo Tillman tamb m estava esperando ali Ele a cumprimentou com um gesto de cabe a o que em seu atual humor irritou a mais do que ela podia suportar em sil ncio Apoiando se divis ria espiando pela janela o imut vel panorama de nuvens ela se dirigiu a ele sem olh lo Voc entendeu o plano conforme eu o esbocei murmurou a voz quase inaud vel por sobre o ronco constante do motor Acho que sim ele respondeu Por qu Porque a raz o de viajarmos separados para que os seguidores de Ber Lusim se estiverem verificando os voos que chegam cidade n o percebam que estamos trabalhando Juntos Sim entendi isso Eles precisam estar vigiando Kennedy n o a n s Claro O tom de Tillman era calmo e insultantem ente tranquilizador Mas voc mesma disse n s nos preocupamos com o caso de eles verificarem as listas de passageiros de voos que chegam N o estamos supondo que eles tenham espi es no avi o Isso t o improv vel que poder amos muito bem considerar imposs vel Entretanto aquilo ainda era um descuido e um desleixo e ela n o podia deixar que ele tivesse a ltima palavra N s n o corremos riscos que n o precisamos correr disse rispidam ente S um tolo faria isso Tillman n o respondeu Ela olhou ao redor Ele a observava c
458. o largo e de teto baixo onde ela se travara passando pelos corpos virados de bru os de dezenas de Elohim O sangue tornara escorregadio o piso branco obviamente as for as de Diema n o haviam prevalecido usando apenas armas de dardos Atravessaram esse sal o e mais dois a seguir e foi o m ximo que conseguiram avan ar Meia hora depois de terem come ado sua jornada montanha adentro encontraram o caminho bloqueado por uma imensa porta de a o que n o parecia nenhuma antiguidade Um dos homens de Nahir a examinou e n o pareceu feliz com o que descobriu Rush aproximou se casualmente para espiar e ouvir quando o Mensageiro se ergueu e se voltou para Diema entretanto tudo o que ouviu para seu desgosto foi um punhado de aramaico Diema vociferou perguntas depois ordens e tr s Elohim voltaram por onde tinham vindo O que temos a Kennedy indagou Uma porta de cofre Mosler Bahmann aparentemente Diema respondeu Seu tom era distante ela pensava enquanto falava Shraga diz que a empresa j faliu h mais de uma d cada ent o poss vel que outras pessoas a tenham instalado aqui Ou ent o Ber Lusim a comprou de um banco para o qual ela n o tinha mais utilidade e a trouxe para c Mas Shraga tamb m diz que provavelmente tem 90 centimetros de espessura e pesa 40 toneladas Eles n o teriam sido capazes de traz la de muito longe Ent o voc s v o queimar um buraco nela Kennedy perguntou Diema ba
459. o de busca da internet acrescentando uma quantidade de termos adicionais como guerra civil hist ria inglesa e s culo XVII Muito poucos se encaixavam em todos esses crit rios Eram historiadores que haviam publicado obras como uma biografia de Oliver Cromwell Nigel DeClerk uma hist ria dos dissidentes religiosos no norte da Europa Phy llida Giuliani e um estudo atrevido do interregno na Inglaterra chamado O Reino sem Governo Stephen Rake O resto n o parecia ser famoso em nenhum campo que o Google achasse relevante Eram enigmas teimosos at Rush se lembrar de que com certeza haviam pedido outros livros da Biblioteca Brit nica e provavelmente ainda estariam no banco de dados dos usu rios Isso lhe forneceu nomes completos e detalhes de contato abrindo uma por o de outras possibilidades E a maior parte delas se fechou com a mesma rapidez Quando Rush viu o padr o emergir xingou em voz baixa Ligou para Kennedy em um estado de histeria mal reprimida dizendo que havia uma coisa sobre a qual precisava falar com ela imediatamente Ela lhe pediu que se encontrasse com ela na Union Chapel Ele agarrou o casaco e correu a maior parte do caminho Kennedy estava sentada diante do p lpito com as costas apoiadas na parte de tr s de um banco e os p s no assento do banco logo atr s Mesmo em uma igreja secularizada isso era levemente chocante para Rush cuja educa o cat lica o equipara com uma cota de de
460. o de vis o do outro pr dio correu pelo corredor desceu os degraus de tr s em tr s e dentro de 20 segundos chegou porta da rua Ent o desacelerou e saiu num passo casual cabe a baixa Confiou escurid o a tarefa de lhe dar cobertura Desceu a rua dobrou a esquina rapidamente atravessou para a outra cal ada e entrou num beco que levava parte de tr s do quarteir o oposto O pr dio que ficava diretamente frente do de Izzy era outro edif cio residencial Kennedy estava com sorte dois adolescentes menina e menino sa ram pela porta dos fundos quando ela se aproximou e a menina amavelmente deixou a porta aberta para ela Encontrou a escada e subiu de forma r pida em sil ncio No alto dela havia uma sa da de emerg ncia que levava ao topo do pr dio Convenientemente ao alcance da m o um extintor de inc ndio jazia em um nicho da parede Era um modelo base de CO2 pequeno e maci o o bastante para servir razoavelmente bem como arma Kennedy o apanhou e escancarou a porta E descobriu que havia sa do do lado errado A porta abria se para os fundos do edif cio n o para a frente No eco da porta que batera ouviram se outros sons um raspar de pedra ou cascalho depois o esbo o de um farfalhar que rapidamente se desvaneceu Ela saiu correndo para a cobertura contornando o abrigo baixo no qual a porta corta fogo estava instalada N o havia nada mais obstruindo sua vista e nenhum sinal de algo ou algu m qu
461. o dele Entretanto os proj teis eram mais lentos que balas assim como mais leves O Mensageiro cujo v cio na droga kelalit alterava profundamente sua percep o do mundo desviou se deles torcendo o corpo primeiro para a esquerda depois para a direita O que manteve a mente do homem ocupada enquanto Kennedy erguia o bast o aplicador fincando o no ombro dele O bast o era fabricado pela mesma empresa que fazia o rifle Era ativado por uma mola a g s ajust vel para liberar a carga sedativa ou automaticamente ou pela press o de um gatilho O que Kennedy trazia consigo adaptado ilegalmente e com seu comprimento original de 2 metros reduzido para menos de 12 centimetros estava ajustado no modo autom tico E por ser uma ferramenta a ser usada como ltimo recurso carregava cinco mililitros de fentanil em vezde tr s Os olhos do assassino demonstraram um choque moment neo quando a droga atingiu seu organismo Mas isso n o deteve seus passos Ele arrancou o bast o da m o de Kennedy ao mesmo tempo que socava com for a o est mago dela Ela n o anteviu o soco n o tendo chance de se encolher com ele e reduzir o impacto Dobrou se o f lego deixando seu corpo em um latido ofegante de agonia O golpe que veio a seguir sobre sua nuca a fez cair de joelhos sua vista piscando em preto e branco O fentanil era uma aquisi o relativamente recente da linha de sedativos comercializados Era um composto et lico sint tico descobert
462. o edif cio ou a maior parte dele mas era dif cil saber pois a estrutura de Ryegate House era t o homog nea que virava um pesadelo Consistia em dezenas de salas mais ou menos id nticas com teto alto frias com um sistema de ilumina o econ mico que clareava o ambiente de forma gradual como o nascer do sol centenas de metros de corredores com postos de verifica o de identidade a cada curva e esquina e ocasionais portas corta fogo que reduziam os corredores a trechos curtos como salas estreitas Havia um cheiro sutil por m penetrante dif cil de identificar Era um pouco como o compartimento de passageiros de um avi o Kennedy decidiu por fim como um ar que foi reciclado muitas vezes e que seria reciclado ainda mais algumas vezes antes que pudesse seguir seu caminho Enquanto caminhavam pelo edif cio de armazenamento Rush exaltava as maravilhas do lugar Kennedy sentia que ele estava tentando demonstrar a certeza casual de um veterano mas soava como um papagaio repetindo o que ouvira numa palestra de orienta o Os sistemas de seguran a eram timos ele dizia Quase tudo de ltima gera o Havia alarmes de press o e ruptura em todas as portas e janelas externas sensores de movimento na maior parte das salas e pontos nodais ao longo do edif cio registros eletr nicos completos de cada chave usada cada entrada e cada sa da E circuito interno de TV perguntou Kennedy Ela ainda n o vira nenhuma c mera
463. o em vozalta Um segundo ficou do lado de fora fornecendo fogo de cobertura enquanto o outro se retirava O homem matou tr s dos nossos e feriu quatro Nenhum de n s o viu com clareza bastante para identific lo mas acreditamos que era Leo Tillman Algumas grava es das c meras externas sobreviveram Cabelo avermelhado Alto Porte robusto S o detalhes circunstanciais mas considerados luz da maneira como ele nos encontrou d o quase uma certeza N o precisou acrescentar que o fato de qualquer homem adamita conseguir matar tr s Mensageiros j era um milagre maligno por si s Todos sabiam disso Ent o Ber Lusim resumiu era Tillman atacando nos na Inglaterra Privando nos de recursos que j estavam alocados e prestes a ser despachados Pondo tudo em perigo E agora aqui a rhaka chegando como est claro aos port es da nossa casa Sim poss vel que voc esteja certo Que esses dois tenham se aliado novamente contra n s N o significa no entanto que tenhamos algo a temer deles Apenas observe a arrog ncia da mulher Shekolni contrap s seu corpo inclinando se para a frente Ela chega Coloca se bem nossa vista Nem mesmo tenta se esconder de n s Talvez ela n o se esconda Ber Lusim disse por n o saber que h algo de que deva se esconder Shekolni fez uma careta como se a sugest o causasse um sabor desagrad vel em sua boca Talvez Sim poss vel Mas co
464. o emprego Voc ocultou essa liga o ainda que ela pudesse ter sido considerada uma experi ncia relevante Por qu N o fiquei muito tempo l Wales disse dando de ombros E sa por raz es particulares Raz es que n o tinham nada a ver com minhas condi es de trabalho Eu realmente n o queria responder a perguntas sobre isso Certo Kennedy concordou E quanto ao seu amigo Mark Silver Qual foi a raz o dele para esconder que havia trabalhado l Wales olhou para o professor Gassan depois para Thornedy ke como se a pergunta fosse injusta e ele esperasse que algum dos dois a contestasse defendendo o O Mark Silver n o era meu amigo respondeu A pesada nfase na ltima palavra permitiu que inferissem que houvera um relacionamento ali mas n o um que ele estivesse disposto a detalhar se ningu m perguntasse N o O tom de Kennedy foi educadamente c tico Voc s chegaram Biblioteca Brit nica juntos Sa ram de l juntos Depois ambos conseguiram empregos aqui com umas poucas semanas de diferen a um do outro mesmo Wales perguntou O Markdeve ter trabalhado em um departamento diferente do meu Ele era seguran a Kennedy disse Teria sido dif cil n o perceb lo Wales n o respondeu mas ela n o havia feito realmente uma pergunta Na verdade houve um intervalo de tempo entre o momento em que cada um de voc s pediu demiss o na bibl
465. o imagino que valha a pena perguntar Seria til saber se seguro ficar de costas pra voc O Mensageiro olhou para ele para os dois com tranquilidade p trea O dio tamb m ainda estava l mas bem recolhido e sob controle E algo mais estava se movendo sob a superf cie inexpugn vel de seu rosto Talvez ele esteja com medo Rush pensou Diema havia praticamente confessado que sua cidade ficava aqui Ginat Dania um grande ref gio misterioso Ele ainda n o havia entendido como era poss vel esconder uma cidade no meio de Nova York mas se era isso que haviam feito Nahir assim como os outros Elohim podia estar prestes a se tornar um rf o sem teto Nessas circunst ncias chegava a ser um milagre que eles se mantivessem t o controlados quanto estavam Talvez o fato de serem doidos de pedra os protegesse da pior parte Rush sabia que a nica raz o pela qual ele pr prio estava t o calmo era que sua mente n o conseguia fazer com que a frase um milh o de pessoas mortas fizesse sentido continuava escorregando para longe da l gica N o haver nenhuma briga Nahir disse com fria dignidade Se eu tivesse que decidir que voc e este garoto morreriam eu os mataria Mas nesse caso eu n o teria esperado at que voc s estivessem sobre o mais sagrado dos solos Eu os teria matado entre as Na es Poderia ter cuidado disso quando Diema nos levou para dentro do Monte Gell rt Pensei em faz lo Mas levo a
466. o mesmo que se preocupar com a previs o do tempo na Lua Algo incomodava Rush J o incomodara quando ele lera os relatos acad micos sobre Toller e os outros pentamonarquistas no avi o e quando falara sobre isso com Diema Era a raiz de uma ideia mas n o tinha for a suficiente para se desenvolver Era apenas aquela sensa o geral de inexatid o e incongru ncia combinada com algo muito pequeno e espec fico que ele j havia notado e ponderado uma discrep ncia entre os relatos escritos e o aqui e agora palp vel Um segundo depois enquanto penetrava o mago das profecias a quase ideia lhe fugiu completamente pois uma nova ideia o acertou com mais for a Estava bem ali nos par grafos iniciais do livro e a nica raz o pela qual ele n o a vira antes fora ele ter se concentrado no texto em si n o nas anota es que Kennedy fizera nas margens ou acima das palavras As notas de rodap do cara franc s Assim ponho me sobre a Montanha das Musas rogando a elas Inspira o embora minha verdadeira musa seja Deus o Alt ssimo E aqui Ele entrega atrav s de mim indigno que sou Seu Julgamento final Isso era Toller E sobre Montanha das Musas Kennedy havia escrito uma nica palavra em caneta preta Parnassus A palavra produziu a imagem a figura de uma montanha em uma placa pela qual eles haviam passado ao entrar Parnassus Iron and Steel Rush se levantou Sua nuca se arrepiou como se houvesse algu m logo atr
467. o nos anos 1960 e usado primeira e quase exclusivamente para al vio emergencial da dor Sua a o espetacularmente r pida o tornava perfeito para ser aplicado por param dicos em v timas de queimaduras e traumas e o efeito instant neo de inconsci ncia era uma das raz es pelas quais Diema o havia escolhido A outra era uma singularidade qu mica que o inventor da droga havia notado com grande entusiasmo na poca at viciados em drogas de longa data cujos h bitos os houvessem tornado tolerantes demais a opioides para serem tratados com morfina respondiam bem ao fentanil No entanto usu rios veteranos de kelalit pareciam capazes de ignor la impunemente O Mensageiro estava em cima de Kennedy agora virando a de barriga para baixo e torcendo seus bra os s costas Era muito mais forte que ela e treinado em t cnicas de imobiliza o Segurou ambas as m os dela com uma das suas e o aperto nem pareceu particularmente tenso mas ela n o podia se mover um centimetro sem sentir uma agonia abrasadora subir por seus bra os Ela gritou por socorro mas ele a ignorou Havia gritos demais ecoando por todo o edif cio para que um a mais pudesse ser notado Com a m o livre ele tirou uma fita pl stica de algum lugar que Kennedy n o p de ver e a amarrou ao redor dos pulsos dela bem apertada Ent o ele a puxou para que ficasse de p empurrando a contra a parede de ladrilhos brancos Sacou uma faca uma sica e brandiu a diante do
468. o qual uma das chaves do guarda serviria e mesmo assim sabia que precisaria acertar na primeira ou segunda tentativa Do contr rio teria de dar um tiro no cadeado e enfrentar quem quer que estivesse l dentro Trazia sua arma um Mateba Unica j fora do coldre quando se aproximou da porta Mas estava com sorte O guarda n o apenas deixara a porta destrancada como pusera um cal o de madeira no ch o para mant la aberta Esse n vel de desleixo e estupidez era um presente de Deus e Tillman o aceitou Ele nem sequer interrompeu o passo quando empurrou a porta e entrou L dentro havia um vest bulo estreito e completamente vazio a n o ser por um rel gio na parede e uma prateleira de cart es de ponto O rel gio marcava 6 horas e presumivelmente estava fazendo isso havia um bom tempo Os cart es tinham uma camada de poeira alguns tinham ca do de seus compartimentos para o ch o e havia pegadas de botas passando por eles Quem quer que trabalhasse neste local agora n o se preocupava em bater ponto Havia uma porta vaiv m dupla diante de Tillman Uma luz jorrava da fenda entre as duas l minas Ele as empurrou e passou por elas Chegou a um espa o muito maior iluminado por pain is de holofotes Grandes estantes de madeira e a o elevavam se para al m das luzes perdendo se na escurid o de um teto que deveria estar pelo menos 12 metros acima dele Nas estantes caixas e tambores e objetos volumosos envoltos em embalagens de pl
469. o que Ber Lusim arrancasse seus bra os e pernas Ou estava tirando sarro apenas por causa da promessa anterior de que n o seria ferido De um jeito ou de outro Ber Lusim n o reagiu ao tom impertinente nem pareceu perceb lo Deus uno respondeu Somente os tolos negam isso Ent o essa refer ncia ao filho e ao esp rito sempre nos pareceu a Avra e a mim estranha Enigm tica Mas o tempo e a Provid ncia tudo esclarecem Voc sabe o que significa seu nome Voc j me disse que quer dizer filho de Ber Lusim assentiu Sim o que Ben significa Mas eu quis dizer o nome da sua fam lia Rush Ele prosseguiu sem esperar que Rush respondesse E uma translitera o da palavra hebraica ruach que significa esp rito Voc o filho Ben Rush e tamb m o esp rito Deus disse a Johann Toller que voc viria e Johann Toller disse a mim Desta forma Ele me assegura que tudo est bem Que o que estou fazendo correto e exatamente o que Ele pretendia Posso ouvir a respira o de voc s a prop sito Ele ergueu a voz nessas ltimas palavras e olhou por cima do ombro de Rush em dire o escada Por favor juntem se a n s disse ele N o h raz o para ficarem se escondendo a em cima E n o resta tempo agora para nada do que fa am afetar meus planos Embora eu v claro mat las se tentarem qualquer coisa Apesar das palavras de
470. o que ele apontava passando por outra porta lateral e entrando em um corredor de ladrilhos brancos que estava misericordiosamente vazio J percorrera boa parte dele quando percebeu que o homem que acabara de falar n o tinha o logotipo da casa no peito Nem usavam uma camiseta mas uma camisa branca lisa e um terno de linho Ela parou e se virou bem a tempo de ver o homem fechar a porta e bloque la com uma barra trancando se ali com Kennedy CAP TULO 55 Assim que viu o homem andando em sua dire o com a adaga na m o Ben Rush se virou e correu O mercado de rua estava logo ao seu lado e era praticamente o nico caminho que n o estava bloqueado por pessoas aos berros Ent o para l ele foi Mas o sic rio corria tamb m e depois de um olhar desvairado por sobre o ombro Rush soube que n o venceria essa corrida a p Meu Deus esse cara r pido Assim sua nica chance era transform la em uma corrida de obst culos Ele saltou por cima de balc es ao som dos gritos indignados dos feirantes cambaleou entre araras de roupas e caixas empilhadas esgueirou se sob abas de tendas e em geral fez o melhor que p de para sair do campo de vis o de seu perseguidor Por m a cada vez que pensava ter se livrado dele o desgra ado aparecia de novo rastreando Rush t o de perto que n o havia a menor chance de ele se esconder Rush era jovem e estava razoavelmente em forma mas sabia que n o poderia manter esse ritmo por muit
471. o que n o a pesquisa preciso reservar com seis meses de anteced ncia Tudo bem disse ela Perguntar n o ofende Eu n o disse que n o ele ressaltou Vou ver o que posso fazer Mas eles v o rir at cair das cadeiras quando eu lhes disser que eles devem investigar uma invas o de propriedade Assassinatos em massa s o mais o estilo deles Muito obrigada John Voc um anjo Ca do Diga ol para sua amada por mim Pode deixar Kennedy hesitou Como anda o Leo Quieto Isso bom certo N o s o jeito do Leo Ele tamb m quieto quando est mal Mas neste caso acho que ele est quieto por estar trabalhando Ent o talvez inexistente seja uma palavra melhor Eu n o tenho not cias dele h meses Mas se voc precisa mandar uma mensagem h um caf em Clerkenwell que ele usa como posta restante Voc uma das tr s pessoas a quem estou oficialmente autorizado a dar esse endere o N o precisa obrigada Mas diga a ele que mandei um abra o da pr xima vez que o vir Farei isso E aviso voc quando souber do microsc pio A linha ficou muda Partridge considerava as formalidades da despedida uma perda de tempo E a qual o trabalho Izzy perguntou Kennedy ergueu o olhar e a viu encostada no batente da porta de bra os cruzados O flerte de antes havia desaparecido Izzy tivera tempo para se desvencilhar dele e clara
472. o se do manto da formalidade Mas n o h maneira de impedir isso irm zinha Voc deve saber disso Irm o Diema disse olhando profundamente nos olhos dele h sim Voc Kuutma a Marca e o que voc disser que acontecer aqui o que acontecer de fato Ningu m discutir com voc Kuutma encolheu os ombros bruscamente Isso irrelevante N o posso contradizer o que j disse Eles morrer o Ele soltou o ar lentamente um hausto que era quase um suspiro Posso ver que esses tr s passaram a significar algo para voc J havia percebido em Budapeste E lamento por voc J teve perdas suficientes em sua vida Mas a morte de Kennedy e Tillman era parte da tarefa que voc aceitou Agora seja forte e aguente at o fim Quanto ao garoto mesmo que voc o ame em breve o esquecer Arranje outro amante Ou at mesmo um marido Desh Nahir a aceitaria em um instante Diema ignorou essa sugest o grotesca e se ateve impiedosamente pr pria quest o Tannanu Leo Tillman meu pai N o Diema n o Ele s o pai da minha carne e o pai do meu esp rito o nico pai que reconhe o Eu me apego a ele como sua filha e lutarei por ele A m o que se erguer para feri lo se tornar assim a m o do meu inimigo No Monte Gell rt ele lutou por mim e teria morrido por mim embora mal nos conhec ssemos Eu soube ent o que ele amava os filhos que perdeu e portanto
473. o sinal dela l na montanha Eu sabia que havia a possibilidade de voc estar encrencada tamb m E o moleque Mas ouvi tiros explos es tudo ao redor dela N o podia deix la ali Sinto muito por ter te deixado por conta pr pria N o sinta Kennedy murmurou Como voc soube Leo O que eu disse Ele balan ou a cabe a muito lentamente Nada Bom voc disse l no Pombal que s tinha vindo me procurar depois de encontrar a Diema Voc n o disse que era por causa do encontro com a Diema mas pareceu impl cito Droga Kennedy disse amargamente Mas eu teria percebido de todo jeito Ela a cara da m e Acho que a semelhan a para por a Precisava dizer isso por mais que o magoasse Do contr rio ele se magoaria muito mais depois Ela n o d a m nima pra nenhum de n s Mandou esses caras enfiarem uma agulha no seu cora o para te acordar e eles poderem te interrogar Tillman se retraiu era a dor pelas feridas ou pelas palavras timo disse ele timo Para ela eu e Ad o somos a mesma coisa e Ad o conforme ela aprendeu era um merda Um milh o de mortos Heather E isso que est para acontecer Ela est jogando com as cartas que tem que o que eu ia querer que ela fizesse E o que eu faria A conversa teve de parar nesse ponto pois eles estavam prestes a aterrissar Foi Diema quem surgiu de repente junto deles para avis los disso e o
474. o tempo E estava ficando mais dif cil manobrar medida que os feirantes e clientes paravam o que estavam fazendo para observar a ca ada Formavam uma parede semiss lida agora separando o da maior parte dos atalhos que poderia ter usado e dando ao assassino com seus olhares atentos e curiosos uma verdadeira placa de sinaliza o que apontava para Rush em tempo real Se ao menos a Diema tivesse me dado uma arma pensou Rush fren tico Contudo como que ele poderia ter come ado um tiroteio no meio de mil transeuntes inocentes E al m disso ele nunca havia disparado uma arma na vida A nica coisa da qual tinha certeza era de que se tentasse faz lo aqui acertaria tudo menos o homem no qual mirasse Ele contornou uma esquina bra os e pernas para todo lado e parou de supet o Acabara a rua O mercado chegava at o rio e era ali que ele estava Havia uma mureta baixa sua frente Bem l embaixo a faixa larga da Zela Utca a estrada do rio estava entre ele e o Dan bio Nem mesmo um atleta ol mpico poderia saltar na gua daquela dist ncia Rush pensou furiosamente Ele tinha ao menos a granada de tinta Tirou a do bolso Talvez pudesse deixar que o cara se aproximasse e ent o ceg lo com ela Mas ele j vira pessoas mexendo com essas coisas no YouTube elas espalhavam a tinta em riscas finas n o em ondas Eram s um estorvo criadas para babacas b bados que achavam que causar danos propriedade alheia e
475. oalhou e depois rangeu ao ser aberto pelo lado de fora Kennedy esperou at que o homem estivesse no meio do parapeito antes de atac lo Ela espirrou o spray de pimenta bem nos olhos dele mas uma m scara preta cobria todo o seu rosto e ele nem sequer reagiu Simplesmente se deixou cair e torceu o corpo transformando o movimento em um giro surpreendentemente gracioso E ent o ele estava dentro do quarto com ela Ela mirou um golpe no est mago do homem quando ele se levantou mas o soco n o o acertou O estranho inclinou se desviando se da mira com uma velocidade incr vel No mesmo ato pegou o bra o de Kennedy acima e abaixo do cotovelo puxou a para a frente tirando lhe o equil brio e arremessou a Ela caiu com for a sobre as t buas do ch o atordoada Atrav s da vista emba ada e lacrimejante viu o homem de p acima dela Ele tirou algo do cinto e ela soube pela maneira como o objeto brilhou luminosidade branco amarelada do poste de luz l fora opaco brilhante opaco tudo em um segundo que era uma faca Ela tentou um bloqueio desajeitado mas n o poderia proteger todo o seu corpo Estendida no ch o como estava ela era um alvo imposs vel de errar Estava morta Contudo a faca n o desceu sobre ela O homem estava cambaleando agarrando a m scara O spray de pimenta havia finalmente penetrado nela Estava queimando os olhos dele e cortando lhe a respira o e por estar no tecido da m scara n o havia form
476. oc est dizendo Vamos repassar tudo Ela apertou o dispositivo da campainha e as notas do Big Ben soaram novamente Kennedy sufocou um grito e Rush convulsionou mas foi apenas por um acesso de p nico Nenhuma explos o aconteceu No sil ncio estrondoso Diema jogou o dispositivo na mesa N o h nenhum colete suicida disse Nem explosivos E eu o amordacei porque ele estava falando sobre os meus seios N o gostei disso Kennedy ficou de p Seu primeiro pensamento depois de puta que pariu foi para Rush Ela queria desamarr lo e tir lo daquela porcaria de situa o A rea o inicial de Tillman foi diferente Sua m o direita passou rapidamente sobre a esquerda e de repente ele tinha uma arma nela apontada para a parte superior do corpo da garota N o era o grande e pesado Mateba Unica que ele normalmente carregava mas uma pistola pequena e discreta que parecia absurdamente min scula em sua enorme m o Lamento fazer isso ele disse bruscamente garota pois sei que voc salvou minha vida na outra noite mas j correu sangue demais entre mim e a sua gente para eu confiar em voc Por favor v at a parede Mantenha as m os onde eu possa v las e mexa se bem devagar Leo Kennedy soltou com o cora o na boca Ela Elohim disse ele cortando a Chega de surpresas Heather N o depois das que n s j tivemos E para a garota Por favor Eu disse fique con
477. oc pode programar a sonda para reconhecer ou reagir a uma impress o espec fica a do seu principal suspeito por exemplo como uma l mpada m gica S que dif cil de usar pois preciso ajustar a sensibilidade do leitor a um grau absoluto de precis o para excluir os outros tipos de varia o aleat ria ou sist mica nas for as de campo el trico Para isso temos esses dois jovens entusiastas atr s de mim trabalhando duro em um sil ncio resignado Kathy Sturdy e Will Price olharam para cima embara ados quando Partridge lhes fez esse elogio Eles haviam desembalado os componentes da sonda e montado tudo ao lado da carca a de a o Agora Price estava ajustando suportes e parafusos no gabinete externo enquanto Sturdy realizava leituras com um pequeno tablet que ela havia anexado ao dispositivo por meio de um cabo HDMI Rush os observava ou pelo menos observava Sturdy com um olhar extasiado A sonda de Kelvin em funcionamento n o se parecia com uma l mpada m gica Tamb m n o se parecia com um microsc pio Parecia mais a percep o de um artista sobre um aspirador de p em um livro pulp de fic o cient fica publicado antes que aspiradores de p tivessem sido inventados Cada componente parecia duvidoso e improvisado O nico item que dava a impress o de alta tecnologia ali era a imagem no tablet que de momento a momento se formava e reformava em uma teia de linhas verde claras Sturdy ajustou a imagem usando contro
478. oelhos Kennedy se contorceu e rolou para fora da van querendo chegar ao ch o e correr No entanto o assassino j se esfor ava para voltar a ficar de p bloqueando o nico caminho para fora daquele beco sem sa da Ela simulou uma sa da pela esquerda ent o quando ele deu um passo em sua dire o ela voou pela direita Mas mesmo dopado e confuso ele era mais r pido Girou e voltou se fazendo a trope ar Kennedy rolou ao atingir o ch o e conseguiu firmar os p s sob o corpo O Mensageiro moveu se ao seu redor colocando se de novo entre ela e a sa da Sangue contornava os dentes cerrados dele e os olhos estavam vidrados mas a express o no rosto era de uma f ria assassina Ele vasculhou o interior do casaco e tirou de l dois bast es finos de madeira parecidos com os cabos de uma pequena corda de pular Um instante depois quando a luz os atingiu Kennedy percebeu o arame quase invis vel suspenso entre os bast es O homem avan ou contra ela e Kennedy recuou Mas meia d zia de passos pequeninos a levaram at a parede que comprimiu seus ombros Ela olhou para a esquerda depois para a direita n o havia para onde ir Quando o Mensageiro ergueu o garrote ela baixou a cabe a e virou se de costas para ele Ele baixou o arame envolvendo o pesco o dela e ela recuou para dentro daquele abra o como se desse as boas vindas morte Mas a sica que ela apanhara do ch o quando ca ra ap s trope ar no homem estava
479. ois Sim Diema concordou Eu prometo Mas antes preciso perguntar algo a voc A miss o chegou a Ah meu Deus Kennedy se enfureceu N o Nem come a N s fizemos o poss vel Fizemos tudo o que deu pra fazer mas fomos vencidos Dever amos ter sabido disso antes de entrar nessa N o foi culpa nossa a miss o ter sido um fiasco N o Se tivesse sido qualquer outra pessoa que n o o Leo eu teria sabido que isso era loucura Agora Kennedy estava falando mais consigo mesma que com Diema Balan ava a cabe a em um espanto consternado Eu achei que ele fosse alguma porcaria de Super Homem E a deixei que ele partisse para cima daqueles daqueles monstros e eu mesma fui para cima deles Como se a gente tivesse alguma chance Mas n o tinha A gente fracassou porque tinha que fracassar Diema N s n o fracassamos Porque ningu m conseguiria encarar todo um Heather n s n o fracassamos Finalmente Kennedy se deteve assimilando o que estava ouvindo O qu murmurou confusa O que voc est dizendo Todos eles morreram Ou ent o escaparam N o conseguimos nada Conseguimos tudo de que precis vamos Eu sei onde Ber Lusim est E vamos atr s dele S estamos esperando o equipamento chegar Foi por isso que vim aqui Para perguntar se voc quer ir Acho que merece esse direito E acho Ela hesitou Era dif cil moldar as palavras em torno
480. olhar para Diema t o de perto e n o enxergar E como que pode n o ouvir na voz dela quanto esse sangue derramado era importante para ela Ent o estamos numa boa ela resumiu sabendo que essa era uma mentira descarada Estamos numa boa por enquanto e isso o que importa A arma sai de cena A gente conversa Talvez voc possa nos dizer que diabo est acontecendo Diema e onde voc se encaixa nisso Ningu m morre Ningu m morre Leo Ele ainda mantinha a arma em riste For ando uma conclus o Kennedy fechou as m os sobre ela e a puxou N o poderia t la soltado do aperto dele for a mas Tillman deixou que ela a tirasse de suas m os Kennedy respirou profunda e ttemulamente Voltou se para a garota Voc poderia soltar o Ben perguntou Ou seria pedir demais A garota deu de ombros Ele muito mais suport vel assim disse ela Mas enfiou a m o no bolso e tirou uma chave de algema que jogou para Kennedy com um giro desdenhoso do pulso Kennedy arrastou a cadeira de Rush para longe da borda antes de come ar a libert lo E antes de afrouxar a morda a ela se inclinou at que sua boca estivesse junto da orelha dele N o tente fazer nada idiota disse S o Leo conseguiria enfrent la e s por meio segundo Ent o engula o orgulho e fique de boca fechada Rush nada disse mesmo depois que a morda a foi removida Quando Kennedy abriu as algemas ele tomou dela o ped
481. olicitado que desse fim aos espancamentos Em alguns casos as Kelim que retornavam podiam estar gr vidas puni es demasiado severas poderiam ferir os beb s n o nascidos que obviamente eram a verdadeira raz o e a ess ncia de todo o empreendimento Mesmo isso foi um momento divisor O caso de Ber Lusim apoiava se fortemente sobre os paradoxos que escoravam a sociedade do Povo e os paradoxos amea avam ceder As Kelim eram necess rias e em teoria eram respeitadas As mulheres que sa am eram escolhidas por sorteio portanto a indesej vel miss o poderia caber a qualquer uma Era um sacrif cio t o importante para a sobreviv ncia do Povo de Judas quanto a eterna vigil ncia dos Mensageiros e o sacrif cio era honrado Em teoria A realidade era mais complicada Quando uma jovem de boa fam lia era escolhida como uma Recipiente era comum embora oficialmente deplor vel que seus pais fizessem a ora o aos mortos por ela Quando voltava frequentemente era imposs vel para ela encontrar um marido entre o Povo Havia at mesmo alguns conservadores religiosos ou apenas mis ginos broncos que se recusavam a permitir que a sombra dela ca sse sobre eles Ber Lusim era um deles e convenceu muitos dos Mensageiros que o serviam a compartilhar suas opini es extremas Mas aceitou o julgamento do Conselho e parou de infligir castigos f sicos s Recipientes que voltavam At Orim Beit Himah Orim Beit Himah deixou de se ap
482. olta E quais eram as chances de isso acontecer Kennedy ficou de p Quero te mostrar uma coisa disse indo para um extremo da sala onde havia um objeto envolto em uma lona verde Ela puxou a lona e a jogou de lado revelando uma grande caixa de papel o Wales olhou para a caixa Uma carranca permeou lentamente seu rosto Encorajada Kennedy deixou que o sil ncio se prolongasse at ficar realmente desconfort vel mas Wales nada disse Ent o aconteceram aquelas tentativas de invas o em fevereiro ela finalmente continuou E depois houve uma verdadeira invas o algumas semanas atr s Um trabalho muito profissional A pol cia n o conseguiu oferecer uma explica o para como algu m teria conseguido passar por todo o sistema de seguran a at ir parar em uma sala trancada A resposta claro que o invasor n o fez isso Ele j estava no pr dio quando o anexo foi trancado ap s o expediente J estava na sala na verdade Encolhido dentro daquela caixa Wales sorriu friamente Isso n o parece muito plaus vel disse N o Kennedy concordou N o parece mesmo n Era de se esperar que os registros de entrada e sa da mostrassem que algu m n o foi para casa naquela noite A noite de sexta feira ali s A invas o aconteceu na segunda feira noite ou na ter a pela manh Era a primeira vez que o professor Gassan falava Ele parecia estar um tanto deslocado clarament
483. om curiosidade imparcial sua primeira vez em uma miss o furtiva perguntou N o J sou um soldado h quase um ano E estive secretamente em territ rio inimigo durante a maior parte desse tempo Ele assentiu e sua express o mudou tornou se algo que ela suspeitou ser compaix o Mas o mundo inteiro territ rio inimigo para voc n Tirando aquele pedacinho de ch o N o me admira sua gente ser meio doida das ideias Enquanto sua sociedade um monumento raz o Diema zombou Como que esse bandido empedernido e escalavrado esse matador grosseiro se atrevia a lhe dar um serm o Falar a ela com ar superior N o fazemos do assassinato um sacramento Sim Diema n o conseguiu impedir que a indigna o transparecesse em sua voz Fazem sim Seus padres e bispos aben oaram soldados e carniceiros por s culos Ainda aben oam Voc s matam mais da sua pr pria gente todo dia do que n s matamos por toda a sua hist ria Metade das hist rias que voc s contam dos livros e filmes que fazem tem assassinos como her is Toda a sua cultura apaixonada pela viol ncia Voc s abra am sua pr pria destrui o o tempo todo o que define voc s Arru nam o mundo que lhes foi entregue Tratam a Terra como uma prostituta em vez de uma m e e depo Ela se deteve por for a da vontade aplacando a pr pria ira como lhe haviam ensinado Tillman ainda estava olhando atentamen
484. omem se acendeu em uma s bita anima o Isso concordou Ela estava Lembro disso porque ela n o estava de capacete Foi isso que eu disse a ela Eu disse voc vai tomar um tombo qualquer dia desses saindo sem capacete E ela me olhou daquele jeito como se eu n o tivesse nem o direito de falar com ela Lembra de algo a respeito da moto O homem deu de ombros Desculpe N o entendo nada dessas coisas Nada mesmo A cor Algum item decorativo Um ou dois escapamentos O homem deu de ombros novamente Era s uma moto Na verdade Kevin disse era uma Ducati Multistrada 1200 A vers o Sport vermelha e prata com quadro h brido Pneus Pirelli Scorpion Trail o da frente e o de tr s Tamb m tinha os alforjes Houve uma pausa durante a qual os homens o fitaram o balconista pasmo perplexo e Tillman de modo semelhante a respeito Kevin corou furiosamente sob esse escrut nio Mas ela tirou o para brisas murmurou ele CAP TULO 24 H Fossman N O DeClerck P Giuliani S Rake J Leavis D Wednesbury A Davies E por a vai Rush n o tinha muito com o que iniciar o trabalho mas imaginou que a maioria das pessoas que havia procurado por Uma Trombeta Profere o Julgamento o teria feito por raz es profissionais n o recreativas Instalado no escrit rio de Emil Gassan onde pensou que provavelmente n o seria incomodado come ou digitando cada um dos nomes em um mecanism
485. omo a da sala e a d cima s tima reprise de como Frank Foster havia estuprado Carla Connor na noite anterior ao casamento deles lhe deu nos nervos Ela zapeou pelos canais pulou um document rio sobre natureza e um desses quiz shows est pidos antes de decidir ficar com o notici rio Parecia haver apenas m s not cias Um inc ndio em uma casa de campo no norte da Inglaterra havia deixado uma d zia de pessoas mortas embora o lugar supostamente estivesse abandonado A pol cia suspeitava de inc ndio criminoso Um grupo terrorista plantara uma bomba em uma igreja alem e a havia acionado durante a missa de domingo E um m ssil terra ar acidentalmente lan ado de uma instala o das For as de Defesa de Israel perto de Jerusal m havia passado em linha reta sobre o Domo da Rocha antes de explodir no ar e assim por muito pouco n o come ara a mais sanguinolenta guerra religiosa desde a Terceira Cruzada Era demais Loucura demais Ela voltou a desligar o televisor e focou a mente em Ryegate House Faria as coisas bvias em primeiro lugar s para poder elimin las de sua lista E a coisa mais bvia no momento era falar com Ralph Prentice Prentice atendeu ao terceiro toque mas foi brusco Estou afundado em trabalho at o cotovelo Heather Seja curta e grossa sen o eu vou desligar Uma vez que Ralph trabalhava no necrot rio da pol cia anexo ao edif cio forense da New Scotland Yard na Dean Farrar Street Kennedy te
486. ontrar na biblioteca foia mesma lista que o Rush trouxe para n s Que s os levou at a Sala 37 A partir da tiveram que se virar sozinhos E foi a que as coisas come aram a dar errado Porque Mark Prata n o voltou na segunda feira Ele havia sido morto durante o fim de semana por um motorista que o atropelou e fugiu O tipo de acidente que tem uma chance em um milh o de acontecer e para o qual nunca se est preparado A esta altura o Sr Wales j tinha tomado posse do livro aquele que ele estivera procurando o tempo todo Um Trombeta Profere o Julgamento ou O Plano de Deus Revelado em Diversos Sinais Glyn Thornedy ke disse em um tom que soou ligeiramente pesaroso lendo em vozalta do peda o de papel que tinha diante de si mas o momento chegou e Silver n o apareceu Kennedy voltou se para Wales O senhor n o sabia que ele estava morto claro mas soube que ele havia falhado Ent o agora precisava arranjar um novo jeito de escapar Eu realmente n o entendo Thornedy ke protestou Esse livro data do s culo XVII Tenho certeza de que muito raro mas n o como se fosse um uma B blia de Gutenberg ou um hin rio de Caxton Por que roub lo Sim Kennedy concordou Por que roub lo Sr Wales Poderia nos contar Estou pensando especificamente nas cinzas que estavam na caixa O senhor roubou o livro ou o queimou Wales mantivera os bra os ao lado do c
487. ontraram Agora ele sabia por qu Mais sangue no tapete em duas reas Logo ao lado dele entre a cama e a porta e mais adiante no outro canto do quarto perto da parede Primeiro a mais pr xima Ele se ajoelhou para olhar para os pontos e tra os escuros no tapete bege o discreto c digo Morse de uma espetacular viol ncia Tillman viu v rios grupos distintos de manchas escuras e um espirro prolongado de riscas coaguladas que se alargava a partir de um ponto pr ximo mesa de cabeceira Algu m havia sido atingido v rias vezes nesse local provavelmente com mais de uma arma e de mais de um ngulo A grande varia o na rea e o ngulo da dispers o sugeria que a v tima estivera de p quando o ataque come ara mas que este havia continuado talvez por algum tempo depois de a v tima ter ca do Tillman atravessou o quarto para examinar as outras manchas de sangue Havia menos delas ali e a hist ria que contavam era diferente Uma grande aspers o de pintas quase invis veis distribu das de forma irregular entre grandes lacunas um golpe contra a parte superior do corpo mais provavelmente a cabe a em um espa o onde objetos que n o estavam mais presentes absorveram os respingos de sangue Ele visualizou uma luta r pida e furiosa um golpe de sorte ou muito bem preparado quebrando o septo do nariz de um lutador ou ent o um corte na bochecha ou na testa Na parede imediatamente atr s dos respingos de san
488. or fim serviu se de uma dose Nega o plaus vell2l ela murmurou enquanto servia O relat rio diz que h pelo menos uma provavelmente duas pessoas na empresa usando informa es privilegiadas para valorizar a es do cliente Se o Kenwood souber disso vai ter de fazer algo a respeito E uma vez que um dos dois safados o definitivo n o o prov vel o chefe dele ele decidiu que prefere n o saber Ent o por que que ele contratou voc afinal Izzy exigiu saber Isso idiotice Kennedy concordou e tomou um gole do forte u sque Fez uma careta O gosto de Izzy para bebida era notoriamente horrendo Mas ela seguiu em frente mesmo assim esvaziando o copo A condescend ncia faz parte do trabalho dele O cara precisava fingir que estava fazendo alguma coisa mas tinha esperan a de que eu voltasse de m os vazias Ent o quando n o fiz isso Ela ficou em sil ncio Ent o voc aceitou perguntou Izzy Aceitei o qu O b nus por bom desempenho Kennedy suspirou e baixou o copo vazio N o Izzy n o aceitei Ele queria tirar o dele da reta e colocar o meu no lugar Se eu aceitasse o suborno e se um ou dois anos depois houvesse um inqu rito interno ou uma investiga o da FSA ele poderia dizer que eu soneguei informa es Ent o ele ficaria livre e o departamento de combate fraude viria atr s de mim Ah T bom A express o de Izzy se al
489. orcido do mundo real no qual ela vivia Al m disso e esta era a nica coisa que realmente a amedrontava aprendeu a enxergar as diferen as de escala O Povo vivia em um espa o de um punhado de quil metros de extens o e muitos n veis de profundidade uma grande cidade que para a maioria deles constitu a o mundo inteiro Mas sabiam que existia outro mundo com o qual Deus havia presenteado os filhos de Ad o mas que prometera no devido tempo entregar a seus verdadeiros escolhidos O que a garota nunca havia estimado at ent o era qu o maior que seu pr prio mundo era o outro o exterior Enquanto o explorava em jogos de longo alcance que come aram nas cercanias imediatas de Ginat Dania e depois a levaram mais e mais longe ela viu que isso era verdade O mundo era t o grande que parecia infinito pa s ap s pa s e ent o mais pa ses cobrindo uma dist ncia que a mente dela ao menos no princ pio era simplesmente incapaz de sondar Kuutma contou a ela mais tarde que essa impress o era comum mas longe de ser trivial Muitos jovens treinados para ser Mensageiros experimentavam um tipo de paralisia conceitual quando pisavam pela primeira vez fora de Ginat Dania e seguiam para a imensid o das Na es Alguns nunca superavam isso e portanto n o eram capazes de se juntar aos Elohim Alguns pareciam se adaptar mas uma vez l fora desabavam para a psicose Era um problema que parecia na verdade se tornar mais a
490. orpo o tempo todo Agora eles os cruzara e baixara a cabe a novamente Soltou um suspiro que soou resignado Seria imposs vel fazer com que voc s entendessem respondeu Bom a gente chega l Kennedy disse De todo modo l estava o senhor Com a miss o cumprida mas preso na caixa e sem jeito de sair O plano A obviamente tinha ido pelo cano O plano B era a adaga n o era A adaga manchada de sangue Na verdade interessante que voc estivesse carregando uma adaga e tenho certeza de que n o preciso lembr lo de que assalto a m o armada bem diferente de arrombamento e invas o Mas de todo jeito foi a adaga que o tirou daquela sala Eu n o saberia dizer a princ pio como algu m que obviamente sabia onde estavam instaladas as c meras de vigil ncia e conseguiu manter se longe delas por todo o tempo que passou na sala poderia se ferrar de uma forma t o espetacular no fim Se ferrar duplamente na verdade ao deixar que a c mera o registrasse e ao deixar a adaga para tr s Mas quela altura certificar se de que seria visto era sua prioridade O senhor esperou at a noite Ent o feriu a si mesmo com a l mina no bra o ou na perna talvez Algum ponto que n o fosse muito vis vel Deixou a adaga ali onde certamente seria encontrada E entrou no campo de vis o da c mera ao subir at o teto da sala Foi tudo de improviso mas foi uma bela ideia Fez parecer que o senhor estava empr
491. orrer n o desperdi aria uma bala em algu m que estava ao alcance de suas m os Dizer que o Toller n o era quem voc pensa maldizer perguntou Eu n o quero blasfemar S acho que voc interpretou mala evid ncia Ber Lusim ergueu uma sobrancelha Sim Como Bom voc pensa que o Toller foi seu profeta perdido A nica pessoa que fugiu da sua cidade oculta sem permiss o oficial Quero dizer a nica pessoa a fazer isso antes de voc e do seu pessoal Eu n o penso isso Eu sei Porque o Toller fala das cren as secretas do Povo Sim E porque o livro dele mostra a localiza o de Ginat Dania Sim tamb m por isso E porque ele aben oava os amigos e seguidores com o sinal do n corredi o em vez do sinal da cruz claro Rush estava beira do precip cio agora N o ousou olhar novamente ao redor e ver se Diema e Kennedy acompanhavam seus movimentos Caso n o estivessem aquilo tudo n o daria em nada mesmo A nica coisa que ele podia fazer o melhor que podia fazer era dar lhes uma brecha Bom apesar de todas essas coisas Ber Lusim acho que voc andou torcendo para o time errado O Toller nunca foi do Povo de Judas Ele foi um adamita Diema usou duas coisas para se manter consciente a dor dos ferimentos e a contagem regressiva em seu rel gio A dor era uma est tica constante ao longo das centenas de quil metros insond veis
492. os casos que as aten es dos colegas n o eram bem vindas De fato temia a intimidade assim como os outros pareciam temer a solid o Deixar que algu m entrasse em sua vida e sua cama e revelasse pensamentos descuidados no calor de atos igualmente descuidados essa era uma ideia que a excitava e a nauseava em igual medida Mas de perto assim que percebia seu interesse por algu m se avivar fosse garoto ou garota mais frequentemente garoto a n usea sobrepujava a excita o Ela podia imaginar o ato f sico do sexo O resto era enervante demais para considerar Quando ela finalmente se entregou pareceu mais um ato de viol ncia que de amor Estava no terceiro e ltimo dia de um teste de campo competindo contra uma equipe superior que vencera a dela desde o in cio Se a pr pria garota fosse a l der da equipe sabia que ainda teria podido controlar as coisas for ado uma vit ria ou na pior das hip teses um empate Mas os l deres haviam sido sorteados e o de sua equipe um garoto impulsivo e nervoso chamado Desh Nahir n o estava altura da tarefa Ent o no terceiro dia o pelot o da garota ficou preso em uma posi o indefens vel no fundo de um barranco raso e dizimado por um ataque cont nuo de fogo de enfiada que os deixou cobertos da cabe a aos p s pela tinta vermelha que representava o sangue Subsequentemente a garota teve de passar tr s horas deitada inerte no lugar onde fora abatida antes que o apito so
493. os cinco minutos mas depois disso seria como se estivesse enfiando punhados de vidro quebrado goela abaixo da mulher que ela deveria amar Precisava sair dali N o havia lugar para ir na verdade apesar disso ela tinha de sair Eu vou l pra baixo murmurou Vou encaixotar mais umas coisas do meu pai Se eu ficar aqui vou acabar atrapalhando voc Ou me inspirando Izzy disse contudo Kennedy j estava caminhando em dire o porta Heather Estou bem N o preciso come ar o expediente agora mesmo A gente pode Eu disse que estou bem Ela percebeu outro som escapar de Izzy Um suspiro talvez ou apenas sua respira o N o olhou para tr s No andar de baixo em seu pr prio apartamento ela jogou objetos aleat rios dentro de caixas abriu portas de guarda roupas e fechou as novamente com estardalha o andou de um c modo a outro em uma in til pantomima de agita o e prop sito Ir morar com Izzy parecera a coisa mais l gica a fazer depois que o pai de Kennedy morrera No ltimo ano e meio de sua vida Izzy havia sido a enfermeira de Peter Kennedy ou talvez sua bab ou talvez ambas Fora isso que as unira Na poca Kennedy era uma estrela em ascens o na divis o de detetives da pol cia seus turnos eram longos e imprevis veis e ela precisava de algu m m o que pudesse vir rapidamente assim que ela pedisse Izzy era perfeita pois embora j tivesse um emprego tratava se
494. os esfor os dela n o levariam muito tempo No mesmo momento em que pensava nisso ela ouviu um baque suave perto dali Olhando para baixo viu uma granada rolar at parar junto de seu p Chutou a granada colina abaixo e jogou se no ch o de barriga para baixo Ou tentou Ainda estava no meio do gesto quando a onda de choque a atingiu Kennedy havia encontrado os Elohim antes e sobrevivido experi ncia sobretudo por sorte ou por ter recebido ajuda e uma vez em Santa Claus Arizona pelo j consagrado artif cio de usar uma arma de fogo em uma briga de facas Sabia o bastante para ter certeza de que se deixasse esse homem se aproximar dela ela provavelmente estaria acabada Enquanto ele avan ava ela tirou o rifle de dardos da bolsa Ent o jogou a bolsa longe baixou a m o livre ao lado do corpo como um duelista de romance vitoriano e mirou com o dispositivo fr gil quase sem peso segurando o com uma s m o o bra o esticado diante do corpo postura que ela jamais teria adotado com uma arma de verdade Mas isso n o era uma arma Era uma vers o modificada de um projetor de dardos usado por tratadores de animais de zool gico para sedar criaturas perigosas Em vez de balas disparava dardos com uma carga de tr s mililitros de fentanil O recuo seria m nimo pequeno demais at para sentir O assassino chegou a ela em tr s passos Nesse momento ela disparou ambos os dardos pr carregados mirando no peit
495. osta incerta Voc sabia o que aconteceria ele disse Uma parte pelo menos Sabia o que o Wales faria Eu n o tinha ideia do que ele faria Rush tomou outro gole e colocou o copo quase vazio na mesa Mas voc sabia que ele era perigoso Que tinha uma arma Voc foi se aproximando do alarme antes que ele puxasse aquelas facas Ent o acho que pode me explicar que diabo foi o que eu vi hoje Porque neste momento como se eu estivesse me afogando N o sei o que acabou de acontecer comigo Quase morri e como se um meteoro tivesse ca do do c u e me acertado na cabe a ou coisa parecida N o faz o menor sentido pra mim entende Kennedy balan ou o copo girando a bebida e deixou o gelo tilintar contra o vidro mas n o sentiu nenhuma vontade de beber Seu est mago se apertava feito um punho fechado Voc est num estado de choque leve disse Talvez n o deva voltar ao trabalho Se eu fosse voc tiraria uns dias de folga O que voc acabou de enfrentar n o foi uma coisa normal Ele a encarou aturdido e infeliz isso que voc vai fazer Tirar uns dias de folga N o Kennedy admitiu N o Porque tem algo muito maior por tr s disso n o tem Sim Os olhos dele se arregalaram Eu sabia Sabia s de olhar para a sua cara Quero que voc me conte N o posso fazer isso Rush N o pode N o vou ent o Confie em mim vai ser muito melhor para
496. ou lhe um olhar levemente desconfiado Eu n o iria t o longe Mas fui procurar a sua garota Elohim e descobri Voc o qu Kennedy parou de supet o e girou para encar lo incapaz de impedir que o horror se exibisse em seu rosto Leo eu te disse para Eu sei Voc me mandou sentar e esperar Mas eu n o prometi nada Escuta tem algo que eu preciso te mostrar Pode me dar uma ou duas horas Prometo que algo que voc nunca viu antes J ouvi isso de um monte de homens Kennedy resmungou sombria Nunca resulta em nada de bom E esta n o a exce o pensou 45 minutos depois Estava parada em uma garagem em Lewishan debaixo de um arco ferrovi rio com os port es trancados atr s de si e estava olhando para a traseira de um caminh o articulado O material dentro dele talvez fosse o que voc receberia se pedisse a um terrorista para compor uma vis o do para so terreno Ela pegou uma arma de uma caixa pr xima porta traseira do caminh o que Tillman j havia aberto Era uma metralhadora militar nada para ser usado em esportes nem muito menos para manuten o da ordem p blica Fora projetada para ficar plantada firmemente no ch o e deixada em modo autom tico vomitando algumas centenas de disparos por minuto em qualquer peda o de terra que precisasse ser amaciado A caixa seguinte continha granadas A que vinha depois dessa mais armas Estavam empilhadas contra tr s tambo
497. ou menos uma hora depois e a 11 quil metros de dist ncia em Harlesden ele despejou sua pilhagem na mesa da cozinha de sua fam lia Sua m e e seu pai j estavam na cama A m e devia ter pegado no sono muito antes com meio comprimido de Temazepam e o pai provavelmente ainda estava acordado lendo um livro e ouvindo m sica cl ssica com fones de ouvido Nenhum dos dois ouvira o filho chegar o que significava que ele n o precisaria fingir que tudo estava normal Escolhera os livros rapidamente e alguns deles n o tinham a menor utilidade Mas Toller aparecia nos ndices da maioria E em um Rush encontrou um tipo de coment rio sobre o misterioso livro de profecias Pareceu muito promissor no come o no entanto acabou n o tendo nada a dizer a respeito das profecias em si Ele estava mais interessado no livro como um objeto f sico e no detalhe do uso revolucion rio de um processo de grava o adotado nas poucas figuras do livro que antecipava alguns aspectos da litografia Rush n o tinha ideia do que era litografia ent o n o tinha uma opini o sobre isso Mas enquanto folheava as p ginas viu outra reprodu o do frontisp cio o rochedo ngreme a cidade e a frase em latim Agora percebia que a imagem tinha uma segunda legenda como aquela que Toller lhe havia dado Dizia Morte Gell rt circa 1640 Sua vista estava come ando a falhar N o era Morte Gell rt Era Monte Gell rt Desistiu e fechou o l
498. ou para tr s A High Energy realmente enviou um carregamento para l mas n o de armas Eram produtos aliment cios Manhattan Tillman murmurou outra vez mais fracamente Que produtos aliment cios Kuutma perguntou a Nahir Sementes Sementes Sementes de r cino Ou mamona Isso n o comida Diema retrucou asperamente Fonte fonte natural Tillman balbuciou da toxina ricina Kuutma concluiu Eu a sa do irm zinha E ao senhor Sr Tillman Nahir voc fechou o espa o a reo local Abra o novamente Fa a o que for preciso Diema e eu vamos para Nova Yorkagora mesmo Ele abriu a porta e ficou de lado para que ela passasse sua frente Mas Diema continuou onde estava E respirou bem fundo PARTE 6 O Joio e o Trigo CAP TULO 64 O distrito de Manhattan estende se al m da ilha que lhe d o nome esculpindo um ponto de apoio continental da forma do bairro de Marble Hill a Sudetenland do BronxL l Mas na ilha em si se continuar indo para o norte at n o poder mais logo antes de chegar ao Rio Harlem voc chega a Inwood uma vizinhan a gravemente esquizofr nica qualquer um lhe dir mas h diverg ncia quanto a onde exatamente fica a divis o Alguns dizem que no eixo leste oeste com a Broadway separando o East Side ocupado principalmente por fam lias da Rep blica Dominicana que talvez j tenham chegado h duas ou tr s g
499. ou se o bastante para gritar Leo n o Ele se lan ou para a frente Mas nos tr s segundos que levou para alcan los uma por o de coisas aconteceu Ber Lusim se deteve deixando Tillman arremeter contra ele O Mensageiro recebeu um soco maci o na lateral da cabe a que n o pareceu afet lo e ao mesmo tempo martelou a garganta de Tillman com o cotovelo Nahir empreendeu um ataque desesperado pulando no que presumiu ser uma brecha na guarda de Ber Lusim Este o bloqueou fintou e ent o talhou o outro pulso de Nahir em um eco deliberado e zombeteiro do ataque anterior O mpeto de Nahir esmoreceu a dor e o alarme alternando se em sua express o Ber Lusim inclinou se a partir da cintura para plantar um chute circular no est mago de Nahir Depois bateu com o cabo da adaga na lateral da cabe a do jovem quando ele se dobrou S que n o era um cabo pois a sica n o tinha realmente um cabo apenas uma ponta afiada e uma ponta cega A cega era ainda assim uma cunha estreita de a o que se cravou no cr nio de Nahir com um som semelhante ao de um cutelo partindo uma melancia E Ber Lusim ainda teve tempo antes que Rush o alcan asse de virar a faca at que a ponta dela mirasse diretamente o peito de Rush Este se deteve no momento em que a l mina afiad ssima tocou sua pele cortando o tecido fino de sua camisa como se ele nem existisse Pense nisto Ber Lusim disse calmamente enquanto Nahir desabav
500. ou sem namorada ainda sinto necessidade de transar de vez em quando N o acho que isso seja crime Quando est sem namorada Kennedy disse a n o n o crime Mas voc tem a mim E o que eu fiz foi uma merda e eu chorei e j pedi desculpa e eu botei o coitado pra fora sem os sapatos se me lembro direito Mas por sorte ele saiu com as bolas ilesas Izzy sorriu debilmente ao ouvir isso embora Kennedy n o estivesse brincando Se ainda tivesse sua licen a para portar armas e sua arma talvez tivesse feito uma besteira Conseguia visualizar a cena facilmente Era mais f cil do que lembrar o que realmente havia acontecido Isto que ela havia ficado ali parada como um cervo no meio da estrada observando o covardezinho babaca puxar a cal a para cima enquanto ele olhava dela para Izzy e de Izzy para ela Como se estivesse tentando resolver uma equa o e s conseguisse chegar raiz quadrada de hein N o sei o que mais posso fazer Izzy prosseguiu Se voc tivesse parado de me dar esse gelo e me deixado chegar perto talvez eu tivesse conseguido convencer voc de que realmente te amo e de que uma meia horinha com o Z Sem Sapato jamais mudaria isso Mas voc n o deixou da eu n o consegui e aqui estamos n s Quando ela terminou de falar seus olhos brilhavam cheios de l grimas e uma delas come ou a escorrer por sua bochecha Onde quer que aqui seja Kennedy
501. pagar dia sim dia n o s porque voc pregui osa demais pra fazer as malas e se mandar Fazer as malas As roupas CDs e equipamentos pessoais de Kennedy haviam migrado lentamente pela escada durante meses para o apartamento de Izzy O momento em que ela se mudara nem havia sido registrado formalmente Ela presumira que sua partida seria igualmente prolongada esbravejando e batendo portas t o gradualmente que seria preciso um v deo em c mera acelerada para gravar tudo Assim que se deu conta disso sentiu se envergonhada pois tudo o que Izzy estava dizendo era verdade Por outro lado refletiu tamb m era verdade que Izzy fora infiel e com um homem Ent o era dif cil ficar parada l ouvindo serm o como se fosse ela a culpada N o sei o que vamos fazer repetiu S rio Izzy andei ocupada demais tentando conseguir um trabalho Mas se eu tivesse arranjado tempo acho que teria imaginado que voc estava preparada pra me dar um p na bunda j que foi voc quem andou pulando a cerca Izzy fez uma careta Pulando a cerca Foi um cara s Eu estava b bada e com tes o e deixei um cara chegar perto demais Fiquei sozinha por quase dois anos antes de voc aparecer Passei a encarar essas coisas de uma forma muito casual Kennedy n o disse nada mas deixou que seus sentimentos a respeito daquela afirma o transparecessem em seu rosto N o sou galinha Izzy disse N o Quando est
502. para chegar a ela Ou por que ela se importara ao v lo apanhado na cilada em ajud lo a escapar O que que voc est aprontando garota E como que voc me conhece e ainda por cima t o bem A n o ser que tudo fosse acaso Uma bagun a Talvez ela estivesse vigiando o armaz m tamb m e fosse por isso que passava tanto tempo l Como Kennedy ele teve um sentimento s bito e desconfort vel de que era uma pe a dentro de um padr o que n o conseguia enxergar Que n o agia era conduzido E que o padr o quando finalmente o compreendesse seria algo de que ele n o gostaria nem um pouco CAP TULO 39 E o Falso mundo morrer e o Verdadeiro mundo viver Como na Eira quando o Joio separado do Trigo todos aqueles que trabalham com dilig ncia e merecem seu Pagamento h o de finalmente comer Os Infi is que maculam a Palavra Sagrada lamentar o sua Cegueira e se arrepender o Mesmo na Casa do Soldado descrente eles se arrepender o E na Igreja de Miinster assim e da mesma maneira eles se arrepender o Mas tal arrependimento vir demasiado tarde e eles ser o consumidos pelas Chamas do Inferno O Anjo de Deus estar sobre Si o e em sua m o estar uma Espada flamejante pronta para a Execu o Mas seu primeiro Golpe ele h de conter por enquanto pois a Hora ainda n o chegou Onde o Mais Alto sangrou o Mais Baixo igualmente sangrar Mesmo a esc ria a quem toda gente evita e despreza N o ser abaixo
503. parar contra o Sr Rush aqui que dificilmente lhes agradeceria Tamb m h ali no canto ele apontou com o cano da pr pria arma uma s rie de baldes de pl stico cheios de um veneno granular extremamente potente a ricina Caso voc s perfurassem um deles o ar se encheria de um p mortalmente t xico claro a explos o que est a ponto de ocorrer as matar muito antes de o veneno come ar a intoxic las ent o essa uma quest o de menor consequ ncia do que poderia ser Por que ainda estamos vivas Diema perguntou Perdeu seu gosto pela matan a Ber Lusim Ela se afastava de Kennedy tornando mais dif cil para o Mensageiro traidor manter ambas vista ao mesmo tempo e dando arma dele mais alguns graus de dist ncia entre os alvos caso decidisse atirar Ele ergueu as m os para que elas parassem J est longe o bastante Respondendo sua pergunta estou prestes a matar um milh o de pessoas o que dificilmente sugere melindre excessivo na tarefa de tirar vidas Mas isso da natureza do sacrif cio mais do que do assassinato fundam entalmente uma pr tica religiosa Mortes individuais por outro lado aqui neste lugar neste momento remeteriam impiedade Mas farei isso a n o ser que voc s fiquem onde est o e larguem as armas Ficarei feliz se esperarem comigo pelo momento vindouro mas conhe o a inten o em seus cora es e n o permitirei que a realizem Ainda h tempo de
504. pela pr pria m e Rush mudou de ideia e concordou em acompanh los embora ainda sentisse medo de ganhar um corte na garganta at o momento em que viu Diema Contou a ela o que havia feito e como havia sobrevivido A granada de tinta havia mascarado seu rosto ou pelo menos dado a ele uma vaga semelhan a com os rostos das dezenas de outras pessoas que estavam dentro do raio de efeito da bomba quando ela explodiu E como a maioria delas j se amontoava sobre ele cada uma ansiosa por ser a primeira a estourar os dentes de Rush e fazer com que os engolisse a confus o se agravara O Mensageiro enviado para mat lo vendo se s margens de uma escaramu a cada vez maior e com o som das sirenes da pol cia j contaminando a brisa do ver o havia se retirado discretamente Rush tamb m se lembrou de agradecer a Diema pelo aviso que ela lhe dera quando o sic rio surgira Ela respondeu que se ressentia de ter sido for ada a usar aquelas balas e que no futuro n o desperdi aria nenhum segundo de seu precioso tempo cuidando da sobreviv ncia dele Por dentro ficou tanto surpresa quanto re lutantemente impressionada de que o garoto tivesse escapado vivo da batalha e que tivesse feito isso usando a bomba de tinta que ela lhe oferecera em sinal de desprezo Lembrou se de um de seus professores dizendo a ela depois de ter obtido a pontua o perfeita em um teste que era melhor ter sorte do que ser bom O garoto provavelmente era tolo demai
505. perando por ela no gin sio Quando chegou l encontrou a professora esperando no escuro Aos p s dela estava um homem um garoto na verdade As m os e os p s dele haviam sido presos por correntes ao mais alto cavalo de exerc cios onde an is de ferro haviam sido instalados provavelmente a garota agora percebia para este fim O garoto tinha a idade dela mas os cabelos muito claros que quase nunca se viam entre o Povo Estava ligeiramente acima do peso e vestido como um forasteiro com cal a curta e uma t nica sem mangas que exibia a frase sem sentido CERVEJA CASEIRA TEM MAIS SABOR Estava aterrorizado com marcas recentes de l grimas nas bochechas A garota soube na mesma hora o que se esperava dela mas nada disse Apresentou se professora curvando se em rever ncia e ignorando completamente o garoto at que Ushana indicou o com um meneio de cabe a Este Ronald Stephen Pinkus disse ela Diga lhe ol na l ngua dele Qual a l ngua dele Tannanu a garota perguntou Sabia que n o deveria presumir que o rapaz falasse ingl s s porque esse era o idioma das palavras em sua roupa Ingl s Ushana disse O tom era de aprova o A garota voltou se para ele Boa noite Ronald Stephen Pinkus disse O rosto do rapaz passou por uma convuls o de surpresa e esperan a Caramba ele ganiu Voc fala ingl s Ah gra as a Deus Olha rolou algum tipo de engano Acham que
506. pico de Gassan apresentando a como sargento apesar de ela n o ocupar mais posto algum ele gostava de usar as pessoas ao redor como plataformas para a constru o de seu ego Uma porta se abriu ao lado deles e um seguran a uniformizado apareceu Ele parecia rec m sa do da adolesc ncia com o visual magro e muito esticado que nas garotas considerado agrad vel e nos garotos se tiverem sorte as pessoas educadamente deixam de notar Seu cabelo claro tinha um severo corte militar mas os olhos azuis tinham a cor l mpida dos olhos dos beb s o que minava esse efeito Ele mal os cumprimentou enquanto se apresentava a Gassan Rush senhor disse O Sr Thornedy ke disse que o senhor precisa abrir algumas portas Na verdade Kennedy disse acho que o que eu realmente preciso antes de mais nada de uma excurs o pelo pr dio Tudo bem professor Certamente Gassan respondeu O rapaz pareceu em d vida Eu deveria fazer a seguran a das portas disse Eu provavelmente deveria falar com o Sr Thornedy ke antes de por ordem minha Gassan bufou descartando a obje o A sargento Kennedy uma consultora profissional em seguran a uma especialista com muitos anos de experi ncia policial Temos muita sorte de t la conosco e precisamos facilitar sua investiga o de todas as formas poss veis A excurs o durou muito mais tempo do que Kennedy esperara Pareceu cobrir todo
507. pla com voc Rush perguntou a ela N o Diema disse Rush tentou novamente hesitante mas teimoso Eu quero preciso falar com voc sobre uma coisa Por favor Me deixe ir com voc Conversamos depois Rush Por enquanto voc fica com Taria Alus voc vai com Kennedy Eu vou com Eu fico aqui Tillman disse Este um pr dio alto Se eu conseguir subir at o telhado posso ver tudo ao redor a partir daqui Eu s serviria para te atrasar em todo caso Voc pode cobrir duas vezes mais terreno sem mim e eu posso ficar em contato com voc por telefone Se alguma coisa me ocorrer eu aviso Ele precisar ser vigiado Nahir disse ignorando Tillman e falando diretamente com Diema Agora mais do que nunca depois das suas palavras incautas N o podemos deix lo livre para falar com outros de sua gente ou mandar mensagens Algu m precisa vigi lo deste momento em Ent o vigie o Diema rosnou Claro Rush disse Isso vai funcionar Ele se levantou batendo o livro enrolado contra o lado do caminh o e produzindo um som de tambor Todos olharam para ele da mesma forma que haviam olhado para Taria quando ela provara que tinha uma voz O rosto dele estava cheio de raiva confus o e orgulho ferido Quero dizer imagina claro que seu amigo aqui n o vai nos matar assim que voc der as costas Claro que ele n o estava tentando convencer seu chefe a
508. pol cia chegou e deu uma busca na sala Enquanto os policiais ainda estavam aqui alguns funcion rios nossos fizeram uma contagem para ver se faltava alguma coisa mas isso foi feito sob a supervis o da pol cia Desde ent o a Sala 37 ficou totalmente fechada T legal disse Kennedy Ent o acho que pra l que vamos CAP TULO 4 Foi nesse momento que Gassan se retirou pedindo desculpas para lidar com alguma outra tarefa que precisava terminar antes do fim do seu expediente Pediu a Kennedy que passasse pelo escrit rio dele quando terminasse a inspe o uma ordem que ela fingiu n o ter ouvido No caminho para a Sala 37 ela tentou fazer com que Rush contasse algo sobre simesmo A maioria dos seguran as que ela havia conhecido era de ex policiais ex militares ou ocasionalmente ex criminosos apostando no esquema do ladr o que passou para o lado da lei Ela estava curiosa para saber por que algu m escolheria esse trabalho logo depois de terminar a escola Mas Rush era t mido e n o se deixou convencer a falar do assunto A sala pareceu t o sem gra a agora quanto na primeira vez S fileira ap s fileira de caixas de madeira e de papel o com uma escada port til encostada na parede N o havia nenhum daqueles itens maiores e visualmente mais apelativos que assomavam acima das prateleiras em algumas das outras salas Kennedy caminhou ao longo das fileiras Como j lhe haviam dito nada parecia ter sido toca
509. possa pass la para o Leo da pr xima vez que ele aparecer Se n o for muito trabalho Ah repetiu o homem Se Olhe disse Kennedy Voc conhece o Leo ou n o Se n o conhecer eu desapare o da sua vida O homem olhou para ela pela primeira vez um olhar anal tico avaliador Voc n o est na minha vida minha bela disse ele solenemente Se eu vir esse homem digo a ele que voc o est procurando Ele deu de ombros e sorriu tristemente para ela E tudo o que posso fazer Kennedy o olhou bem nos olhos Ent o o que voc vai dizer a ele Eu nem te informei meu nome Digo a ele que uma mulher muito bonita est procurando por ele E descrevo seu belo rosto e seu belo corpo para ele com tantos detalhes que ele vai saber de quem estou falando A toler ncia de Kennedy a esse tipo de conversa era baixa Ela abriu a boca j preparando uma carreira de palavr es para disparar mas percebeu que o homem estava olhando por cima do ombro dela Tillman estava atr s dela apoiado no batente da porta as m os imensas no fundo dos bolsos bom te ver Kennedy ele disse Venha para o meu escrit rio Kennedy pensou que Tillman estivesse falando do caf mas no final das contas o escrit rio dele era o Coram s Fields um retalho de verde mais ou menos na forma perfeita de um X virando para o oeste na Gray s Inn Road Na poca em que o Coram s fora u
510. pr pria garota Rush come ou a cochilar e perdeu uma parte da conversa rastreei Ber Lusim at esconderijos em tr s cidades Diema estava dizendo agora Berlim T quio Santiago E achamos que pode haver alguns em Los Angeles e Londres tamb m Mas at onde sabemos nenhum desses lugares foi uma base permanente de opera es O mesmo problema da papelada que eu vino armaz m Tillman respondeu Eles estavam despachando material para praticamente todo lugar Singapura Toulouse Nova York Budapeste N o h jeito de saber quais desses lugares s o bases fixas ou centros de distribui o Eles est o preparando uma s rie de atos terroristas independentes em uma d zia de pa ses diferentes Ber Lusim poderia estar supervisionando todo o processo a partir de qualquer um desses lugares ou de algum local inteiramente diferente Budapeste Rush sugeriu Ele sabia que dissera isso porque havia escutado com aquela sensa o de distanciamento e estranheza que se experimenta quando se ouve a pr pria voz reproduzida por um gravador Os outros tr s olharam para ele Voc tem uma opini o sobre isso Tillman lhe perguntou Rush piscou algumas vezes pois n o estava enxergando tudo com clareza Budapeste repetiu Eu acho Percebeu que seu olhar era atra do pela garota cujos olhos escuros e rosto p lido subitamente o lembraram de forma avassaladora um negativo fotogr fico
511. presa foi que estava no quarto de Izzy Ela provavelmente n o ficara desmaiada por tanto tempo assim e n o faria sentido embosc la no apartamento se depois os agressores tivessem de lev la para outro lugar Ainda assim o cen rio familiar acentuou a estranheza e o terror da situa o Havia apenas dois deles os que ela j havia diferenciado pela voz Ambos eram jovens mas um era muito jovem talvez ainda um adolescente ou rapaz de 20 e poucos anos Tinha complei o leve e era bonito com cabelos negros na altura dos ombros bigode e barba bem aparada O outro era maior e mais robusto com um rosto de beb rabugento Tamb m tinha cabelos negros mas trazia os curtos e em um corte curiosamente retr dividido do lado Ambos vestiam terno de linho r stico em um tom que poderia ser chamado de castanho claro e ambos mostravam a palidez anormal da tribo de Judas cuja vida era vivida em sua maior parte no subterr neo Olhavam para ela com uma intensidade solene acompanhada no caso do homem maior de algo semelhante a nojo N s vamos lhe fazer algumas perguntas Srta Kennedy o homem de barba disse gentilmente De forma nada surpreendente era ele quem tinha aquela voz atraente e culta Esse ai o tira bom Kennedy pensou Mas ela n o daria a ele o benef cio da d vida Sobre o trabalho que a senhorita foi contratada para fazer no Museu Brit nico e sobre os eventos desta tarde Kennedy n o respondeu
512. que a sua gente me encontre onde quiser Ent o esque a Diema a encarou A escolha sua disse friamente mesmo n o O radiotransmissor ainda ajustado para vibrar em vez de tocar pulou e se agitou na mesa de cabeceira emitindo um ru do spero como o de uma broca odontol gica atingindo o esmalte dos dentes Kennedy o pegou e abriu o canal principal Diema sacou seu pr prio aparelho e virou se de costas enquanto o trazia ao ouvido Voc s est o terminando Tillman perguntou Sim N o Quase Kennedy murmurou Pode nos dar mais uns minutos Leo Levem o tempo que precisarem Mas ou am o que o Rush tem a dizer antes de irem a qualquer lugar O que o garoto tem a dizer Diema perguntou rispidamente Por que algu m se importaria com o que ele tem a dizer Ele n o sabe nada sobre isso Na verdade Tillman disse depois de um instante ele teve uma boa ideia Heather voc n o deve ir ao pr dio do Parlamento Aonde devo ir ent o N o parecia importar realmente no momento ela perguntou mecanicamente pois ele parecia esperar que fizesse isso Aos banhos respondeu ele CAP TULO 53 O Gell rt Hotel ficava no sop do Monte Gell rt na margem Buda da Szabads g Hid ou Ponte da Liberdade Era um pal cio em estilo art nouveau coberto de pedra branca e fria e com minaretes nos cantos embora os otomanos tivessem desocupado Budapeste muito
513. que ele morreu na noite de domingo S soubemos disso na segunda feira Morreu como Um motorista b bado o atropelou numa faixa de pedestres Na segunda tarde algumas pessoas da equipe de recep o estavam para l e para c recebendo uma cole o de pe as O clima estava bem sombrio Foi s algumas semanas depois que o Dr Leopold ele era o diretor antes do professor Gassan teve o derrame Todo mundo comentava sobre como as m s not cias sempre chegam em trio A invas o foi a m not cia n mero tr s Esse cara o Silver era amigo seu N o N o de verdade Eu o conhecia mas nunca falei muito com ele s que pra mim ele morreu de um jeito t o est pido Kennedy fez mais algumas perguntas inofensivas guiando a conversa de volta a um territ rio emocionalmente neutro Nada daquilo parecia estar interligado e ela p de perceber que o rapaz considerava o assunto doloroso ent o n o via raz o para for lo a falar mais disso Obrigada por toda a sua ajuda disse ela por fim Amanh eu gostaria de olhar os registros dos funcion rios e os perfis deles Tamb m vou interrogar todo mundo que estava trabalhando naquela segunda feira Voc poderia passar no escrit rio do professor Gassan e dizer isso a ele Certo Rush disse Claro Ou eu poderia levar voc at l pra dizer isso pessoalmente N o precisa ela respondeu rapidamente Fico feliz em deixar voc
514. que j existiram Quero servir repetiu o menino Naquele momento Kuutma o admitiu formalmente entre os Elohim Esse Kuutma Tillman interrompeu seu olhar duro e resoluto Esse era o homem que encontramos no M xico O que costumava se chamar Michael Brand A garota olhou para ele Sim mas por que isso deveria importar N o um nome uma fun o Todos os Kuutmas s o Brand Kuutma significa a Marca o Brand E o el em Michael representa o Divino cujo nome n o deve ser pronunciado Kuutma a marca de Deus no mundo dos mpios Em sil ncio Tillman gesticulou para que ela prosseguisse Ber Lusim foi o maior dos Mensageiros Ele foi designado para um posto aos 15 anos em Washington onde sua apar ncia jovem e et rea foi um recurso muito til Sua primeira morte veio rapidamente quando uma jornalista americana come ou a demonstrar demasiado interesse em certos documentos medievais cujas especula es tocavam na exist ncia de uma seita que venerava Judas A jornalista tinha tend ncia pedofilia o que at ent o expressara somente pelo consumo de pornografia ilegal O Convocador de Ber Lusim estava cogitando usar esse fato para silenci la mas Ber Lusim adotou uma abordagem mais direta Apresentou se mulher um rapaz de rosto imberbe aparentemente interessado uma combina o imposs vel de inoc ncia e devassid o Foi bem vindo na casa dela e em seu quarto onde ele a matou d
515. que seja importante Tillman pensou a respeito disso por um instante Ent o apontou para al m dela em dire o janela Voc mencionou o sangue que eu derramei aqui Juro por esse sangue Nunca contei a ningu m sobre o seu povo ou sobre Ginat Dania O rosto de Diema esvaziou se de express o Depois encheu se de uma emo o poderosa ca tica Ela tentou falar v rias vezes e Kennedy ficou tensa pronta para interceder pois por um momento pareceu que a garota estava prestes a se atirar sobre Tillman Mas ela recuperou o autocontrole Por que eu deveria acreditar que o sangue importa para voc perguntou a ele a voz embargada Voc o derrama com facilidade Eles eram jovens Tillman respondeu simplesmente Muito jovens E eu tive que mat los porque algu m havia enchido a cabe a deles de um monte de porcarias Odiei fazer isso Mas se n o acredita posso jurar por outra coisa Diema fez um gesto disforme insond vel N o importa disse ela Eu juro pelo mesmo sangue que voc s nunca contar o a mais ningu m Entendam isso como quiserem Bom eu estou inclinado a entender como uma amea a ele disse tristemente Pelo amor de Deus Rush se interp s Eu que fui amarrado e amorda ado e preso a uma bomba falsa D pra deixar isso de lado e ir direto porcaria do assunto Eu concordo Kennedy disse rapidamente puxando os dois para longe da zona
516. quem nas reuni es do Sima cabe olhar para o futuro e argumentar a favor de mudan as Mas ele foi privado dessa tarefa claro e do nome Agora ele quem j foi Avra Shekolni Shekolni levou a pr pria opini o longe demais com o resto do Conselho dos Anci os questionando o mais profundo e sagrado dos princ pios pelos quais vivemos Sua premissa essencialmente era de que o Povo interpretou incorretamente a natureza da barganha que Deus fez conosco que todo o nosso modo de vida est fundamentado em um mal entendido Deus nos prometeu a Terra Shekolni disse mas n o prometeu entreg la a n s Ele esperava que agissemos por n s mesmos para realizar Sua vontade Entende qual o problema desse posicionam ento irm A garota entendia e confirmou isso Ent o esclare a o para mim Os adamitas superam nossos n meros em muitos milhares para um E a hist ria deles de guerra ininterrupta por isso suas armas s o muito mais avan adas do que qualquer coisa que possamos apresentar por isso que n s nos escondemos Se tent ssemos lutar n o poder amos vencer Ent o esperamos Aguardamos o julgamento de Deus Um excelente resumo disse Kuutma E o conselho falou com Shekolni a respeito disso procurando corrigir o pensamento dele Mas como voc sabe ele n o aceitou essa corre o Foi expulso do Sima E ent o abandonou a pr pria Ginat Dania N o se sabe como foi capaz de sair da cid
517. queza e d vida O milagre do nascimento Nenhum de voc s tem esposa ou filhos Nenhum jamais ter agora n o porque possuam alguma fraqueza ou falha mas pela conting ncia da hist ria e pela forma inalter vel do Plano Mas deixem me garantir a voc s que seu nascimento visto muito de perto uma coisa muito feia A m e nas agonias do parto enche o ar com seus gritos os balidos e berros de um animal s vezes ela perde o controle de seus intestinos A crian a rec m nascida quando finalmente surge vem coberta pela imund cie das entranhas da m e e muito frequentemente com seu sangue O beb mal parece humano quando trazido luz Para ser humano precisa ser purificado Para ser humano precisa respirar E para ser humano precisa ser apartado do ventre que o carregou e nutriu Separado com uma l mina O que enxerga o m dico que empunha a l mina A gl ria ou a ru na e os restos de sangue Que cheiro sente ele o do incenso ou o do excremento Que ouve ele gritos ou o cantar dos anjos Avra Shekolni fez uma pausa teatral para as respostas que n o viriam Voc s s o esse m dico No futuro aquilo que espera para nascer depender inteiramente de sua presteza com a adaga sua habilidade Precisar que voc s cortem aquilo que outrora foi t o precioso t o necess rio e agora somente peso morto Precisar que voc s enxerguem al m do sangue por mais abundante que seja e vejam a l
518. r ar os dois a trabalhar juntos isso havia sido crueldade desnecess ria Mostrava a Kuutma o espelho de suas pr prias falhas Ele depositara f demais na garota baixara sua guarda para ela e agora experimentava uma sensa o de tristeza e raiva que era imensamente pessoal quando ele deveria ser inteiramente Kuutma a Marca suas emo es individuais sublimadas pelo calor da retid o Ele nunca tivera uma fam lia As mulheres que havia conhecido nunca foram t o reais para ele quanto sua voca o sua vida de servi o e ele deixara que elas se afastassem sem nenhuma sensa o de perda Pela primeira vez agora via se pensando no que Tillman havia perdido Depois no que Tillman havia destru do com as pr prias m os Seria imposs vel imaginar duas pessoas que tivessem vivido vidas mais diferentes mais opostas do que ele mesmo e aquele homem A miss o puramente particular puramente ego sta do adamita e a vida p blica de implac vel abnega o do pr prio Kuutma Mas sabia o que estava sentindo e a compara o simplista n o atenuava a for a do sentimento O ci me de Nahir t o flagrante e indecente permitira lhe ver seu pr prio zelo como de fato era por m n o lhe indicava o que deveria fazer com ele Talvez tivesse sorte Talveza decis o fosse tirada de suas m os Talvez o mundo acabasse CAP TULO 65 A cinco quil metros de Manhattan ultrapassando o limite de velocidade na traseira de um caminh
519. r pesadas grades de metal fixadas com rebites e n o havia sinal de que alguma delas tivesse sido tocada A porta pela qual haviam chegado ao topo era uma chapa de a o e tinha um cadeado com combina o uma fechadura e tr s travas de seguran a com cadeados Do lado de fora n o havia nem ma aneta Os dois homens esperavam pacientemente que ela completasse sua inspe o Kennedy caminhou at a borda do teto olhou para o ch o abaixo e para as proximidades O edif cio n o tinha vizinhos pr ximos Ficava em terreno pr prio com cerca de pelo menos um metro e oitenta de espa o livre em cada lado Nada de rvores nem postes de tel grafo ou mesmo de luz para que um intruso escalasse Havia calhas de chuva obviamente mas em intervalos ao longo de seu cumprimento Kennedy p de ver as pontas espinhosas de um cercamento especial antiescalada Tamb m conseguiu ver as c meras girando de um lado para o outro em seus suportes vigiando a paisagem abaixo delas Ela voltou para perto de Rush e Gassan Imagino que voc s n o registraram nada com elas n o disse apontando para as c meras Na noite da invas o voc quer dizer Rush balan ou a cabe a N o Verificamos todas as grava es da rea externa desde o momento em que trancamos as portas na noite anterior Nada Nem mesmo um passarinho T certo Kennedy respondeu Terminei aqui em cima Obrigada por esperarem Ent o j des
520. r que nosso intruso estivesse procurando definitivamente estava em algum lugar neste trecho Mas ele n o sabia exatamente onde Sete caixas foram muito manuseadas Sturdy acrescentou Estas sete aqui todas em sequ ncia todas agrupadas O resto nem foi tocado exceto esta aqui perto das outras Tem uma impress o da palma da m o inteira o que penso significar que foi empurrada para o lado e tirada do caminho Ela olhou para Kennedy ao dizer isso um tanto nervosa como se achasse que criar hip teses fosse prerrogativa de Kennedy Esta assentiu encorajando a o que eu diria E ent o Ent o ele sabia o que estava procurando mas n o exatamente onde estava Porque ele estava consultando esta lista Rush percebeu de repente E ela separa os livros por sala n o por caixa Talvez ele tenha come ado em um ponto qualquer ou talvez tenha decidido arriscar baseado no cumprimento da lista completa e na posi o ocupada nela por aquilo que ele procurava O que significava Rush percebeu ent o que durante todo esse tempo havia entendido tudo ao contr rio Estivera considerando que o intruso passara pela Sala 37 ao sair do edif cio e que a verdadeira miss o dele fora empreendida em alguma outra sala Mas a aglomera o de marcas era uma evid ncia O invasor viera atr s de um livro Ou talvez v rios livros E o fato de que ele parou depois de mexer nas sete caixas Kennedy comentou os pensame
521. r sido muito menos controversos no s culo XVII do que parecem hoje Voc fala do fanatismo religioso Da segunda vinda de Cristo Especificamente isso Muitas pessoas na poca de Toller tinham certeza de que o Dia do Ju zo Final estava pr ximo N o homens tristes e desajustados segurando placas nas ruas mas pensadores influentes Movimentos religiosos completos na verdade Bouchard apoiou se parede j que n o havia nenhum lugar na sala onde pudesse sentar estranho em alguns aspectos disse ele e muito compreens vel em outros Estranho em rela o data A palavra milenarismo em sua etimologia designa explicitamente um fen meno que acontece no fim de um mil nio o fim de um grande per odo no tempo o que f cil de confundir com o fim do pr prio tempo O final do s culo XVII estava longe de ser um desses momentos decisivos Mas parecia um fim por outras raz es Que raz es Kennedy perguntou Por mais ins pido que o assunto fosse ela estava profundamente at mesmo urgentemente interessada Voc est me convidando a dar uma palestra Bouchard avisou Pode vir a se arrepender disso V em frente Kennedy respondeu Voc n o me assusta Bouchard sorriu e abriu os bra os em um gesto teatral Foi o melhor dos tempos e foi o pior dos tempos disse ele Bem em geral foi s o pior dos tempos mesmo Ou pelo menos o mais per
522. r sido relegado ao papel inferior de um capataz com seu pr prio consentimento e a perversa por m feroz lealdade de seus pr prios seguidores havia sido transferida para o outro homem Tratavam no com vida rever ncia e obedeciam a cada palavra sua O mais impressionante era o que ele estava mandando que fizessem Diema voltou para Kuutma e contou o que havia descoberto Que os Elohim renegados estavam queimando cada c pia do livro de Toller existente no mundo exceto a sua pr pria e matando todos fora de suas fileiras que pudessem t lo lido Kuutma nem mesmo fingiu estar surpreso Fizemos coisas semelhantes para proteger nossas pr prias escrituras ele a lembrou Para proteg las sim Diema concordou Mas isso vai muito al m da prote o Ent o contou o que Shekolni estava fazendo e o que ele esperava conseguir com isso E Kuutma riu Contudo foi uma risada amarga incr dula fant stico disse ele Tantos milhares de um s golpe Milh es talvez Ele desafia Deus a intervir ao mesmo tempo que finge se curvar palavra divina E como o jogo da galinha disputado contra o c u Jogo do qu Diema perguntou E Kuutma explicou a ela as regras daquele jogo Como dois homens embarcam em a es que destruir o a ambos por exemplo dirigindo um carro contra o outro em velocidade suficiente para causar uma colis o fatal E o perdedor aquele que desviar o ve culo para o lado
523. r um momento Diga me uma coisa Aben oado Se voc estiver certo e a rhaka souber que estamos aqui se ela estiver prestes a causar algum desastre em nossas vidas de que modo eu deveria jogar minha rede para apanhar tal peixe Como eu deveria trazer essa mulher minha casa de forma que pudesse interrog la N o importa quantos Mensageiros eu mande em seu encal o ela meramente os comer vivos e excretar os ossos deles Ningu m riu Ningu m estava totalmente seguro de que seu l der estivesse brincando Mande para mim Hifela sugeriu As palavras permaneceram no ar Os Elohim admirados esperaram o veredito de Ber Lusim Voc velha caveira Ber Lusim inquiriu Bem eu disse que ela era formid vel Mas se eu aprovasse esse pedido gostaria que ela me fosse trazida viva e os seus instintos naturais tendem morte N o Hifela disse N o N o Tannanu Meus instintos tendem obedi ncia Eu sirvo sua vontade Se me mandar traz la viva protegerei o corpo dela tanto quanto a pr pria m e o faria Mas eu a trarei Ele me conhece t o bem pensou Hifela Era uma pequena encena o que eles haviam planejado juntos Talvez medida que o fim dos dias se aproximava todas as conversas se tornassem mais e mais assim Como se o peso de muitos s culos im pulsionasse cada palavra Observe a Hifela Ber Lusim disse Escolha alguns homens de sua confian a e observe a aten
524. ra os de Wales contra o corpo como Rush havia feito e impedi lo de usar a arma restante O homem contorceu se contra ela e Kennedy p de sentir a for a intimidadora que ele possu a N o conseguiria mant lo preso O bra o esquerdo de Wales se libertou e ele a empurrou fortemente contra a parede Mas os dois estavam t o juntos agora que seria dif cil para ele erguer a l mina contra ela Isso o fez dar um passo para tr s Rush milagrosamente ainda em atividade chutou as pernas de Wales Foi um golpe de rasp o com quase nenhuma pot ncia mas fez Wales trope ar Ele levou uma fra o de segundo para se endireitar tempo suficiente para Kennedy lan ar seu bra o esquerdo contra o vidro do alarme de seguran a quebrando o O som da fina placa partindo se foi quase inaud vel J o som de todas as portas da sala trancando se automaticamente foi bem mais alto Wales jogou Kennedy contra a parede usando todo o peso do pr prio corpo e chutou as pernas dela fazendo a cair Ao mesmo tempo as janelas se fecharam produzindo um guincho triturado de metal contra metal e acabando com a maior parte da luz Tudo trancado Kennedy chiou Estava ca da de barriga para baixo dolorosamente pressionada contra o ngulo entre parede e ch o O joelho de Wales estava na base de sua coluna e o corpo dele sobreposto ao dela de maneira que qualquer movimento que ela fizesse poderia ser previsto por ele Wales mantinha a adaga pressiona
525. ra hil rio por si s A inspira o surgiu quando era quase tarde demais para us la Ele ainda teve um segundo ou dois antes de o assassino dobrar a esquina e v lo novamente Ele voou para a barraca mais pr xima que vendia strudels doces e picantes segurou a granada acima da cabe a e puxou o pino Debreceniiii gritou com voz spera O Debreceni um bando de escrotos O Poleksik um punheteiro O Liverpool comeu o rabo de voc s A granada estourou na m o dele O mundo ficou verde Os tiros vinham de pelo menos tr s dire es e Diema s p de pensar em uma forma de reagir N o poderia retribuir da mesma forma n o conseguia ver de onde estavam vindo os disparos e se atirasse aleatoriamente poderia matar algu m de sua pr pria ra a o pecado que a baniria para sempre de seu lar Ent o continuou se soltando e escorregando pelos galhos da rvore escondendo se de um atirador ou outro tentando encontrar um espa o que lhe oferecesse prote o de todos os lados Como estrat gia n o era muito melhor do que rezar Assim que isso lhe passou pela cabe a percebeu que havia pelo menos mais uma op o Diema come ou a cantar Conhecia uma centena de b n os e a maioria podia ser cantada tanto quanto falada Come ou com o hino funeral que por raz es bvias predominava em sua mente Esquecendo a cad ncia e a harmonia ela gritou at o limite de sua voz esperando que o som chegasse at
526. ra o arquivo restante que jazia sozinho ao lado da pilha daqueles pertencentes s pessoas que ela j entrevistara E o MarkSilver perguntou e sua mem ria despertou assim que ela disse o nome em voz alta Respondeu sua pr pria pergunta O Mark Silver est morto Rush assentiu solenemente Sim No fim de semana antes da invas o Acidente de tr nsito Isso mesmo Ent o por que voc me trouxe o arquivo dele Desculpe Rush disse Voc me disse para colocar os arquivos em algum tipo de ordem e que n o poderia ser simplesmente alfab tica ent o eu ordenei tudo pelas datas de in cio Sabe as datas em que as pessoas passaram a fazer parte da equipe Aquelas com quem voc falou primeiro s o as que trabalham aqui h mais tempo Ent o eu fiquei olhando para as datas em vez de observar os nomes Caso contr rio eu teria tirado o Mark Houve um sil ncio Kennedy n o conseguiu pensar em nada com que preench lo Quer que eu traga mais caf Rush perguntou N o tudo bem disse ela A verdade era que estava cansada demais para se mover Como se precisasse de uma desculpa para continuar sentada l abriu a capa do arquivo de Silver e examinou os detalhes Nascido em Birmingham educado em Walsall e Smethwick ele depois escapulira para se juntar ao Ex rcito Brit nico no Reno Obviamente Mark sentira a necessidade de dar o fora de sua cidade natal e conhecer o grande mun
527. ra quem vigiava O telhado oposto ao hotel estava quente feito uma grelha Diema havia besuntado sua pele deficiente em melanina com um preparado de xido de zinco e o suportava estoicamente Rush ainda no carro era bem menos estoico mas fora proibido por Diema de deslocar o carro para poder ficar na sombra Tudo o que ele podia fazer era baixar as janelas e continuar bebendo gua das garrafas pl sticas amontoadas no banco de tr s S Tillman acampado entre as ca ambas estava fora do sol feroz razoavelmente confort vel Houve um momento ao longo da manh em que pareceu que algu m poderia estar caminhando para a armadilha deles quando uma van sem janelas se aproximou da entrada dos fundos do hotel e dois homens sa ram Mas eles entregavam provis es caixas de saquinhos individuais de ch e sach s de a car copos de pl stico e pequenos pacotes de biscoitos Dentro de dez minutos terminaram e j partiram s 13 horas quebrando o protocolo Kennedy chamou Tillman pelo radiotransmissor que Diema havia dado a ela O que foi Tillman perguntou sem pre mbulos Nada Kennedy murmurou Nada e mais nada Estou come ando a ficar ansiosa Eu me solidarizo Mas era para voc ficar longe do r dio a n o ser que houvesse uma emerg ncia Tem uma emerg ncia Heather N o Ent o a gente segue o plano Ela percebeu pelo tom de voz que ele estava prestes a desligar Ent o antecipando se falo
528. rabalhando em uma tela imensa a maior que j havia tentado fazer No alto de uma escada salpicada e manchada de tinta da cabe a aos p s ela estava pintando o rosto de um anjo quando dois anjos surgiram para ela Eram Alus e Taria as assistentes pessoais do pr prio Kuutma bem como guarda costas Sua chegada repentina ao est dio da garota quase fez com que ela ca sse da escada talo choque Voc solicitada Alus disse simplesmente Elas esperaram em sil ncio enquanto ela se lavava nervosa e um tanto envergonhada de estar nua diante delas Caminhando entre as duas mulheres pelas ruas movimentadas ao redor do Em Haddereke depois descendo a imensa escadaria al m dele a garota olhou com timidez mas tamb m com anseio primeiro para uma e ent o para a outra V algo de que gosta Taria lhe perguntou atrevida O rosto da garota corou at a raiz dos cabelos Eu gostaria de pintar voc disse Seus m sculos s o t o bonitos Os anjos acharam isso hilariante e disseram que poderiam considerar a ideia de posar para a garota um dia quando estivessem livres Mas ent o em um tom mais s rio Alus lembrou a que era com Kuutma que ela falaria e era melhor que agora mantivesse os pensamentos concentrados nisso Elas a levaram aos aposentos de Kuutma no n vel mais baixo da cidade que no jarg o do Povo era s vezes chamado de het retoyet a esc ria Kuutma tinha um modesto apartamento l
529. rado e amarrado e interrogado e intimidado por ela S o uns seios bem pequenininhos esses a disse depois de um sil ncio longo e fecundo Mas em voc ficam lindos Se alguma vezj pensou em cirurgia pl stica eu diria n o fa a A morda a era desconfort vel e machucava um pouco os cantos de sua boca contudo Rush estava ligeiramente feliz pelo fato de que a garota havia corado ao apertar o n Agora sou humano pensou ele E tem mais voc tamb m CAP TULO 43 Na estrada A3100 logo ao sul de Shalford havia uma placa ao lado da rodovia que dizia COISAS DE GENTE MORTA VENDA Estava na frente de uma cabana de madeira sem janelas cuja tinta branca descascada dava a ela uma apar ncia leprosa Da primeira vez que Kennedy passara por essa estrada aos 12 anos ela notara principalmente a crase que faltava letra A e de maneira pedante reprovara a placa Nem lhe ocorrera imaginar quem seriam as pessoas mortas e como suas coisas haviam ido parar naquele fim de mundo em Surrey Tr s anos atr s vindo exatamente como vinha agora na cabine de um caminh o de 14 rodas com Tillman a seu lado dirigindo ela s ficara impressionada por aquela placa ainda estar ali Hoje com o sol ocultando a face de momento a momento atr s de barreiras de nuvens s bitas e fugazes o lembrete indesej vel da morte a atingiu como um mau agouro Quando Tillman tirou o caminh o da rodovia entrando no que restava da estrada de ac
530. ras lo Kuutma assentiu Decis es sensatas certamente ele disse Diema sua opini o Minha opini o N o acho que v fazer mal ela disse Seu tom lento e calculado deixava muitas coisas por dizer O que voc faria que eu n o tenha feito Nahir perguntou recebendo o insulto com uma express o im vel gelada Presumindo que voc tenha posicionado Mensageiros nos terminais ferrovi rios de Keleti e Nyugati P lyaudvar claro e que esteja monitorando decolagens feitas a partir de aeroportos particulares ent o eu diria que fez tudo o que p de para impedir que Ber Lusim saia da cidade Obrigado Ent o o que eu faria Nahir seria assumir que voc falhou e fazer o meu melhor para descobrir aonde ele est indo Ela estava parada de p diante dele agora e ele se levantou tamb m talvez para reivindicar a vantagem de sua altura Fazer o meu melhor ele repetiu com fria polidez Isso uma exorta o ret rica Diema Beit Evrom mais do que um conselho que eu possa realmente levar em considera o Ent o leve isso em considera o disse ela Acorde Leo Tillman Nahir olhou de Diema para Kuutma e novamente para ela Balan ou a cabe a n o em recusa mas por perplexidade Tillman foi recrutado como assassino ele lembrou a ela Certamente a utilidade dele chegou ao fim Precisamos do que h na mente dele Foi el
531. ras separadas ocasionalmente por barras Registros de bancos de dados Jukes disse descuidadam ente T m essa apar ncia a n o ser que voc os veja a partir do servidor N o pode abri los como arquivos como se fossem documentos do Word ou coisa assim Por que n o Por causa da arquitetura EDA Jukes eu n o tenho a menor ideia do que voc est falando Isso bvio Jukes debochou sua capacidade de ser desagrad vel vindo superf cie por um instante Tudo bem Digamos que voc fa a uma pergunta como quantas pessoas existem no mundo T Digamos que fiz Ent o qual a resposta N o existe resposta Rush disse O n mero muda o tempo todo J mudou no tempo em que voc levou para me fazer a pergunta Exatamente Aqui a mesma coisa EDA ou arquitetura dirigida por eventos significa simplesmente que o sistema se ajusta em tempo real Eventos externos geram atualiza es Ent o toda vez que voc faz a pergunta obt m uma resposta diferente N o pode abrir o arquivo porque n o existe um arquivo O que existe um conjunto de dados que mudam o tempo inteiro Rush desceu a barra de rolagem por p ginas e p ginas do mesmo tipo de bobagem Ocasionalmente via algo que parecia um sobrenome acrescido de iniciais MILTONTF LUBINSKIJJ SPEEDWELLNM O resto era impenetr vel um v mito alfanum rico Ent o que pergunta ele estava fazendo
532. rava o p nico era Lemoi o mais jovem daqueles que haviam perjurado com Ber Lusim e o seguido ao ex lio O rapaz parou de supet o diante deles e fez o sinal do n corredi o para o profeta mas dirigiu suas palavras a Ber Lusim Comandante os batedores nos n veis mais baixos O alarme foi acionado H uma invas o Que tipo de invas o Ber Lusim quis saber Fale claramente Lemoi S o adamitas Est dizendo que as autoridades da cidade nos acharam N o s o adamitas respondeu Lemoi Elohim um ex rcito Mandaram um ex rcito contra n s CAP TULO 60 Os Mensageiros de Diema com Kennedy e Rush a reboque entraram nas cavernas do Gell rt usando uma porta instalada nos fundos de uma casa Rush estava na retaguarda enquanto desciam os degraus que levavam ao subsolo da casa N o era o ltimo da comitiva obviamente Havia Mensageiros armados atr s dele as armas casualmente m o e outros de cada um dos lados dele sutilmente transmitindo a sugest o de que ele estaria bem desde que n o parasse n o desacelerasse n o entrasse por um caminho errado nem parecesse demais um adamita A casa estivera nas m os dos Elohim desde o apogeu medieval da cidade ent o nada havia mudado No por o mais baixo havia uma prensa manual que lembrava um balc o espera de um cliente e na parede ao lado havia um imenso quadro de composi o tipogr fica em madeira com centenas de compartimentos para os
533. rdade A pol cia local est tratando o assunto como um ataque terrorista porque o material usado l foi extremamente sofisticado Chamaram a Pol cia Metropolitana para ajudar na per cia e uma boa parte da papelada veio parar na minha mesa incluindo os relat rios de aut psia Voc deve estar imaginando por que haveria relat rios de aut psia se o inc ndio aconteceu em um pr dio abandonado A resposta parece ser que os terroristas trouxeram alguns ref ns e mataram todos ali mesmo O m todo de execu o e estou usando esta palavra deliberadamente foi com uma faca em cada um dos casos Houve graves danos aos olhos tamb m possivelmente feitos com a mesma ferramenta Mas a causa da morte de todas as 12 pessoas foi uma incis o profunda na garganta Uma l mina muito afiada passada de um lado a outro Prentice n o se furtou aos detalhes aterradores do exame post mortem Mesmo endurecida como era Kennedy percebeu se de boca seca enquanto lia As v timas haviam sido amorda adas Suas m os e seus p s amarrados Provavelmente foram mortas depois de se ajoelharem lado a lado em um espa o fechado uma despensa de pedra atr s da cozinha principal da casa Cegadas e sacrificadas muito provavelmente uma de cada vez pois alguns dos corpos haviam ca do com os membros sobrepostos de uma maneira que seria improv vel se todos os 12 homens e mulheres an nimos tivessem sido mortos ao mesmo tempo N o eram an nimos por m
534. rdade Mas estou tentando resolver uma coisa aqui e n o h mais ningu m a quem eu possa pedir Prentice fungou eu deveria imaginar que n o Ele n o se preocupou em dizer porque n o lhe resta mais nenhum amigo no seu antigo departamento era bvio demais para precisar ser dito Kennedy havia apresentado provas contra dois colegas da Pol cia Metropolitana envolvidos em um tiroteio depois perdera dois parceiros em uma r pida sucess o de banhos de sangue pavorosos Os banhos de sangue n o haviam sido culpa dela mas aos olhos da maioria das pessoas Kennedy era dedo duro e p frio No momento em que eles a for aram a deixar a for a foi apenas uma formalidade Ningu m teria concordado em trabalhar com ela mesmo Ela esperou que Prentice se decidisse Eles haviam tido um relacionamento muito bom quando ela estivera na pol cia e Kennedy tomara o cuidado de n o abusar da amizade desde ent o Por sua pr pria estimativa ela ainda tinha muito capital emocional no qual se apoiar Tudo bem ent o o profissional forense murmurou afinal Do que voc precisa Heather Veja se chegou alguma coisa de qualquer um dos hospitais disse ela Algum ferimento suspeito com arma branca No mesmo per odo No mesmo per odo ltima segunda feira ou um ou dois dias depois S em Londres Se voc puder puxar tamb m pelo resto da regi o seria timo Do que o seu ltimo escravo morr
535. realmente n o posso conversar agora Estou no meio de algo importante Ah Gassan pareceu mais desanimado do que de costume e Kennedy sentiu um remorso moment neo Sabia por que ele estava ligando e o que isso significava para ele Tinha a ver com aquele antigo caso O maior achado de sua carreira acad mica era algo que ele jamais poderia discutir sob risco de morte exceto com ela De vez em quando ele precisava desabafar Precisava contar lhe coisas que ambos j sabiam e ela tinha de ouvir como um servi o personalizado Isso lhe dava uma medida do tipo de coisa que Izzy deveria enfrentar ao longo de um dia de trabalho s que sabe as press es profissionais ela contemporizou Te ligo depois esta semana Ent o sua agenda est cheia Gassan perguntou N o est livre para aceitar um trabalho Aceitar Kennedy sentiu se aturdida e apesar de seu pr prio humor azedo deliciada Que foi est precisando de um detetive Emil Quer que eu encontre um livro perdido da sua biblioteca ou coisa assim Sim Mais ou menos Se voc estivesse livre eu lhe pediria para fazer um trabalho muito delicado e muito bem pago para meu atual empregador Kennedy hesitou Parecia hip crita e rid culo mudar de ideia de forma t o r pida e sem vergonha mas ela realmente precisava do dinheiro Mais que isso precisava de algo que a mantivesse fora do apartamento at que conseguisse deci
536. reciso falar com voc N o Kuutma respondeu N o precisa Sim Diema insistiu Para informar J ouvi seu informe Diema E agora o caso est nas minhas m os V para fora Eu considerei a quest o da sua gravidez e cheguei a um veredito O nico veredito poss vel para que voc escape reprimenda A morte do garoto proteger sua honra As outras mortes j foram combinadas antes mesmo que voc sa sse de Ginat Dania Mas n o h necessidade da sua presen a nesse evento Eu entendo que pode ser angustiante para voc ver estas pessoas que lutaram ao seu lado perder a vida V V para os port es deste complexo e espere por mim l A bile azeda subiu at a boca de Diema e ela a for ou a voltar Tannanu ela disse as palavras arranhando sua garganta como pedregulhos eu quero falar Meu testemunho pertinente a essa quest o Escute me Mantiveram a cena suspensa por alguns segundos Se Kuutma viu a tens o na postura dela e se entendeu o que significava n o demonstrou Muito bem disse ele por fim Deu algumas ordens breves Mensageiros adiantaram se para remover Tillman dos bra os dela e segurar Kennedy e Rush Filho da puta Kennedy gritou Ela lan ou um olhar desvairado para Diema que a ignorou Seus destinos estavam entregues a Kuutma Ele caminhou um pouco de lado pedindo que Diema o seguisse Ela obedeceu Estou ouvindo Kuutma disse livrand
537. rede onde um ponto invis vel s c meras correspondia a um denso trecho de sombra entre duas l mpadas Ele se apertou bem rente parede parcialmente protegido por uma calha sua esquerda e esperou Quando o guarda saiu para sua terceira ronda Tillman estava pronto Deixou que o homem passasse por ele Ei disse Que horas s o N o estava bancando o espertinho O movimento rotacional aumentava as chances de um nocaute r pido pois quando voc se vira rapidamente seu c rebro envolto em uma bolha de fluido protetor flutua relativamente fixo dentro de seu cr nio Quando o guarda girou para encar lo Tillman acertou toda a lateral da cabe a dele com um cassetete Os joelhos do homem cederam Tillman o pegou enquanto ele ca a dobrado e o baixou cuidadosamente ao ch o Pegou rapidamente a jaqueta e o bon do guarda As chaves estavam bem m o nos bolsos da jaqueta timo N o havia tempo para tirar a cal a Se algu m realmente estivesse vendo as grava es das c meras o espa o antes que ele surgisse novamente precisava ser curto o suficiente para n o levantar suspeitas Amarrou as m os e os p s do guarda com arame plastificado e amorda ou o com fita isolante R pido e improvisado mas duraria um tempo Ent o ele saiu para a luz a cabe a ligeiramente virada para longe das c meras e caminhou ao redor do edif cio em dire o porta dos fundos Estava apostando que haveria um cadeado simples n
538. reito para trazer uma Bouchard simplesmente sentou no ch o e explicou as profecias uma de cada vez Passou direto por algumas mas para a maioria ele tinha pelo menos um palpite a oferecer e Kennedy transcreveu os coment rios dele nas margens ou por cima das pr prias palavras do texto A Igreja de Miinster era a Uberwasserkirche na Alemanha onde um grupo de extremistas religiosos os anabatistas havia inaugurado seu novo governo durante um brev ssimo golpe de Estado O Soldado descrente era quase certamente Thomas Fairfax um dos generais de Cromwell que havia sido amigo de Toller e do movimento pentamonarquista mas subsequentemente retirara seu apoio a eles e abandonara inteiramente a vida p blica Ister era um dos muitos antigos nomes do Rio Dan bio E assim por diante ao longo de todos os emaranhados e idiossincrasias de um livro muito intrincado e idiossincr tico Mas Bouchard nada p de oferecer a Kennedy quando Ilha que foi dada por uma Ilha Poderia ser qualquer lugar Essa era uma poca em que todas as pot ncias europeias estavam anexando territ rios no Novo Mundo na mesma rapidez com que eles eram descobertos Depois travavam guerras sem fim por eles usando as popula es nativas como bucha de canh o Ele franziu o cenho olhando para o texto como se n o quisesse admitir que estava perplexo Deve ser uma refer ncia a algo recente o bastante para ainda ser um assunto corrente no tempo de To
539. res de f sforo branco Isto aqui um pesadelo Kennedy disse Ou um sonho molhado Tillman volveu Depende do seu ponto de vista Tinha um armaz m cheio dessas coisas Heather Trinta ou quarenta vezes mais do que voc v aqui Agora o armaz m virou fuma a e peda os de carv o E eu vou me livrar do que est no caminh o tamb m assim que descobrir como S queria que voc visse primeiro e soubesse que n o estou exagerando Tillman passou a m o pelo cabelo alvoro ado parecendo mais inquieto e inseguro do que ela se lembrava de jamais t lo visto Heather eu dei uma olhada nos documentos A empresa que era dona do armaz m uma tal High Energy Haulage estava fazendo entregas para uns cem outros lugares Era uma rede global Voc chamou a pol cia Tillman riu lugubremente eu chamei se que serviu para alguma coisa Mas como eu disse era s um centro de distribui o Percebe o que estamos enfrentando A gente j sabia que os Mensageiros eram assassinos mas isto Ele abriu os bra os em um gesto indistinto indicando o caminh o carregado de morte A n o ser que a filial de Londres tenha acabado de passar por um caso s bito de psicose coletiva estamos falando de um aumento incr vel de hostilidades Eles est o despachando quantidades industriais de armas port teis muni o subst ncias explosivas e incendi rias Colocando tudo em seus lugares E o suficiente para
540. resentar com suas crian as para ser levada de volta a Ginat Dania quando chegou a hora de faz lo Ber Lusim precisou mandar uma equipe de Mensageiros para recuper la Decidiu lider los pessoalmente Encontrou Orim ainda com seu marido adamita Houve rumores de que ela havia explicado tudo a esse homem e de que ele havia tentado matar os Mensageiros quando eles chegaram Mas tamb m e pelo contr rio se dizia que o marido havia encontrado Orim prestes a partir e a havia aprisionado convencido de que ela pretendia fugir com outro homem E um relato afirmava apenas que ela perdera o compromisso marcado porque estava doente e n o conseguira levantar da cama Ber Lusim matou o marido E Orim E as crian as Pela primeira vez em todo o relato Diema pareceu ter problemas para dizer as palavras Teve de pausar por alguns momentos e ir at a porta como se estivesse vigiando o tr fego da estrada abaixo mas todos podiam ouvir que o som baixo de motor ao qual ela estava reagindo era o de um avi o acima provavelmente a caminho de Gatwick Os tr s observaram a garota em sil ncio enquanto ela se agachava junto porta do palheiro im vel e silenciosa olhando para a estrada vazia Embora sua agita o mostrasse que ela possu a sentimentos humanos a pose lembrava a Kennedy o que Diema realmente era Era a pose de um predador esquadrinhando a cena com olhos telesc picos em busca de presas Quando ela voltou havia recobrado algo
541. retorno no mar arrastando mais e mais nadadores incautos para dentro de suas valas invis veis mort feras N o que ele se deleitasse na dor e na degrada o pelo que eram Outrora talvez Um pouco Mas j n o era esse homem n o era mais pura e simplesmente o Dem nio As palavras do profeta haviam transformado sua ess ncia sem alterar nem mesmo uma fra o de sua trajet ria Ele fazia todas as coisas que sempre havia feito flagelando a carne e o esp rito mas agora significados diferentes estavam atrelados a seus atos Era o milagre de Shekolni e prova suficiente de que ele fora tocado pelo divino O profeta encontrou o velho amigo sentado no catre de seu dormit rio O quarto era t o vazio quanto a cela de um monge ent o de fato n o havia outro lugar onde sentar F cil e espontaneamente Shekolni sentou se no ch o de pedra diante de Ber Lusim Ber Lusim estivera lendo mas agora ficara de p de um salto e oferecia a cama a Shekolni que recusou com um aceno de m o Ber Lusim retomou seu assento fechou o livro e deixou o de lado Era o livro claro o livro que havia se tornado o ponto focal da vida e das aspira es deles sua t bua de salva o e seu severo capataz Por que est t o pensativo Ber Lusim o profeta perguntou Voc apertou o gatilho agora e a bala foi disparada no mundo N o pode alterar o curso dela Ber Lusim ergueu uma sobrancelha Tais coisas s o mais da minha al ad
542. rgiam para a margem Buda do rio Terremoto ou n o o fato de que o Monte Gell rt havia acabado de estremecer massivamente tom bando algumas das casas em suas encostas era levado mortalmente a s rio Kennedy rezou para que ningu m tivesse morrido como resultado da explos o ent o percebeu qu o in til era sua prece considerando as milhares de vidas que estavam em jogo Ou n o estavam Ao pensar na express o de calma e pazno rosto de Avra Shekolni quando morrera ela teve de se perguntar se eles haviam acabado de detonar sua ltima chance de impedir que Ber Lusim transformasse as vis es tricenten rias de Toller em fatos duros e frios No esconderijo Diema solicitou uma sala e entrou em conclave com Nahir e seus agentes Mas no ltimo momento exatamente como fizera nos t neis ela indicou com um gesto de cabe a que Kennedy deveria juntar se a eles Rush foi deixado em sua cela protestando amargamente Todavia a presen a de Kennedy na reuni o de emerg ncia importava tanto quanto um peido em uma tempestade porque o Povo de Judas a excluiu da conversa n o com uma porta fechada mas com sua linguagem E ouvindo as r plicas cada vez mais urgentes e furiosas entre eles Kennedy finalmente se rendeu pr pria impaci ncia e se intrometeu N o estou entendendo nada disse Se voc s falarem em ingl s eu posso participar da conversa Acreditem ou n o talvez eu saiba alguma coisa que acabe sendo til
543. rmos aos contatos e h bitos de sempre Do contr rio mais cedo ou mais tarde na esquina de um caminho familiar haver um barbante esticado para nos fazer trope ar e um po o com estacas afiadas de bambu no fundo Ela seguiu o pr prio conselho Afastou se uns 800 metros do apartamento antes de pegar um t xi Para onde meu bem perguntou o taxista Onde pegou seu ltimo passageiro Kennedy perguntou a ele Hein O motorista pareceu ver algo de sinistro na pergunta Quem entrou aqui por ltimo De onde estava vindo Entrou na Talbot Square Perto da Esta o Paddignton timo Me leve para l Acabou sendo uma boa escolha A Talbot Square levava estrada Sussex Gardens onde uma em cada duas casas era um hotel Kennedy pegou alguns suprimentos de emerg ncia em um minimercado 24 horas da Praed Street Depois registrou se em um dos hot is cujo nome reconfortante era Bastion o baluarte com pilastras emboloradas dos lados da porta e uma placa enfiada no canto inferior da janela que prometia INTERN SEM FIO DE GRA A O E eo T provavelmente estavam escondidos pela borda da moldura Ela pagou pelo quarto em dinheiro O recepcionista quis ver algum documento de identidade em nome de Conroy que foi como Kennedy se apresentou mas ela desviou a curiosidade dele com duas notas de 20 O quarto tinha uma forma recortada e estranha aparentemente feito de partes cortadas dos quartos adjacentes Kennedy
544. rofeta morto N o Nahir disse Com uma meretriz viva Kennedy meneou a cabe a em um gesto fingidam ente triste Andou economizando em pesquisa queridinho perguntou ela Ou tem medo de n o conseguir dizer sapat o sem corar Ela voltou sua aten o para Kuutma mas falou com todos na sala O Shekolni puxava um gatilho disse Agora n s provavelmente nunca vamos saber se eles j haviam planejado isso h muito tempo ou se ele preferiu se matar a deixar que voc s o capturassem e interrogassem Mas ao morrer ele alinhou tudo proporcionou as condi es para o Ber Lusim realizar a ltima profecia E aonde quer que ele tenha ido quando saiu daqui o lugar aonde pretende chegar a ilha a ilha que foi dada por uma ilha Encontrem a ilha e v o encontrar o cara Ela parou e olhou de rosto em rosto deparando se com uma galeria infinita de olhares hostis e uma carranca zombeteira E como Kuutma disse faremos isso Eu sugiro fazer r pido Kennedy respondeu Um tumulto de vozes se ergueu com Nahir e uma d zia de seus Elohim gritando todos de uma vez Kuutma levantou a m o calmo e autorit rio e as vozes se calaram Basta Kuutma disse friamente Preciso que me informem completamente sobre suas a es recentes Diema come ou a falar mas ele continuou sobrepuj ando a Desh Nahir tem a lideran a e a superintend ncia nesta cidade ent o falare
545. ros Irm o mais velho O homem vacilou por um segundo Diema disparou duas vezes o que esvaziou o pente de sua arma Um tiro errou O outro acertou a m o direita do homem estilha ando a coronha do rifle e estourando dois dedos Ele desembainhava uma sica de seu cinto com a m o esquerda quando Diema investiu contra ele saindo do ch o em um salto desesperado para chut lo no peito Ele caiu duramente e levou um segundo a mais que ela para ficar outra vez de p A essa altura ela havia pegado o rifle dele que ainda seria aproveit vel como porrete Desferiu uma pancada poderosa contra a parte inferior de sua mand bula e o impacto trepidante o nocauteou de uma vez A audi o de Diema come ava a voltar agora mas seu corpo inteiro latejava e contra a dor emba ada de fundo cada movimento causava lampejos brilhantes de agonia localizada no lado esquerdo Ela provavelmente rachara uma costela ao cair depois da explos o da granada Contudo havia feito um prisioneiro Se os outros tivessem sobrevivido isso ainda contaria como sucesso Diema olhou ao redor procurando algo com que amarrar as m os de seu atacante O cinto dele provavelmente serviria Ela se ajoelhou e o desafivelou rolando o homem de lado para poder tirar lhe o cinto Mas enquanto amarrava os pulsos dele o Mensageiro se mexeu sob as m os dela e abriu os olhos Dekai murmurou Vivo Voc me levar vivo Para interrog lo Diema respondeu
546. rque Porque voc perdeu seu amigo e agora considera a perda dif cil de suportar Shekolni disse Sim claro Mas n o verdade Ber Lusim que eu tenha vindo lhe dizer como suportar essa perda Ber Lusim ficou intrigado e enervado com esse discurso e com o tom no qual fora feito N o sabia sob qual ngulo abordar a quest o Hifela n o era meu amigo disse finalmente Era meu servo e o primeiro entre meus Elohim Eu me fiava nele para tudo Ele era seu amigo Shekolni volveu rispidamente Ber Lusim Deus n o um advogado ou um pol tico Ele conhece o amor que voc sentia por Hifela e sabe que essa perda o enfraquece como homem n o apenas como l der de homens A voz do profeta se ergueu e ele se ergueu com ela ficando de p para encarar Ber Lusim com uma m o levantada como se estivesse pregando no p lpito Mas prante lo Prante lo agora Est louco Ber Lusim Essa perda afetou seu c rebro Ele segurou firmemente os ombros de Ber Lusim fixando os olhos arregalados nos dele Ber Lusim inspirou profundamente Avra eu conhe o meu dever Nada do que aconteceu hoje me impedir de completar N o Voc me entendeu mal Em sua exaspera o Shekolni sacudiu o Convocador dos Elohim como uma m e sacode seu filho Pense no que estamos fazendo meu filho e no que conseguiremos quando tivermos terminado Em tempos comuns chorar por um amigo morto u
547. rriscada Se tudo tivesse corrido conforme o plano Tillman e Diema teriam descoberto o rastro dela no Pal cio da Pol cia e estariam agora percorrendo a cidade com ela em seu encal o mas precisavam ficar a dist ncia e a c u aberto onde havia vari veis demais para que eles fossem capazes de manter o ritmo Kennedy imaginou a informa o surgindo em estalos ao seu redor fluxos de dados convergindo triangulando definindo sua posi o e seu vetor Ou talvez ela estivesse se superestimando No caminho de volta ao hotel fez uma por o de coisas que deixavam pegadas Sacou dinheiro em um caixa eletr nico assinou uma peti o no edif cio do Parlamento usou seu cart o de cr dito para comprar uvas e um pacote de quatro latas de cerveja Staropramen em um minimercado Provavelmente nenhuma dessas coisas faria diferen a mas alguns excessos certamente n o fariam mal No hotel ainda pensando na cadeia de evid ncias que estava deixando telefonou para Ry egate House Falou com a recepcionista de l n o Lorraine que estava de licen a prolongada e deixou uma mensagem mais ou menos irrelevante para Valerie Parminter Ligou tamb m para o apartamento de Izzy e disse secret ria eletr nica que estaria inacess vel por alguns dias mas voltaria a telefonar assim que pudesse Izzy nunca verificava o correio de voz mesmo ent o nem receberia a mensagem enigm tica e n o entraria em p nico por causa dela N o havia mais nad
548. rrorismo do tempo em que estivera na pol cia que isso valia para a maior parte dos fan ticos religiosos Para a mentalidade fundamentalista a palavra era literalmente mat ria da cria o e qualquer dano ou desrespeito causado a ela era um ataque direto divindade Ent o guiada por um instinto semiexplorado ela mentiu N o conseguimos descobrir disse S percebemos que havia uma discrep ncia Que faltava algo em uma das caixas naquela sala Alguma coisa tinha sido roubada E voc s sabiam que Alex Wales havia roubado tal coisa Sim Disso com certeza eles sabiam Seu agente o outro membro de seu grupo n o havia se apresentado ap s a miss o desaparecera do mapa A morte dele estaria nos notici rios muito em breve se j n o estivesse Mentir nesse caso n o ajudaria Kennedy Como souberam Aby dos perguntou Ela ofereceu uma explica o desajeitada As datas consecutivas dos arquivos pessoais A hip tese do homem infiltrado A coincid ncia da morte de Silver Muito bem Aby dos disse como se fosse um professor ou um padre conduzindo a no catecismo E voc revelou essas coisas a ele A Wales Eu o interroguei Sim Como ele reagiu N o reagiu Ele se recusou a responder a todas as minhas perguntas Depois quando eu o tranquei na sala e chamei a pol cia ele se matou com a pr pria adaga Samal emitiu um ru do um gemido ululante do fundo da gargan
549. rtar os olhos Ali o homem disse n o apontando mas empurrando a para onde queria que ela fosse Havia uma van vermelha a uns seis metros de dist ncia Na lateral dela em letras pretas impressas para parecerem um est ncil militar estavam as palavras High Energy Haulage assim como o logotipo do d lmen Kennedy andou tropegamente naquela dire o arrastando os p s na v esperan a de que algu m surgisse da esquina do edif cio e visse o que estava acontecendo Ningu m veio Eles chegaram van e seu captor abriu as portas traseiras Para dentro ordenou Kennedy o encarou Sua voz definitivamente ficara pastosa e havia uma inclina o assim trica em sua postura Ela recuou alguns passos O Mensageiro atirou se na dire o dela e agarrou a pelo bra o mas quase caiu Ele piscou rapidamente algumas vezes como se para clarear a vista Para dentro repetiu puxando a em dire o van Segurou a sica perto da garganta de Kennedy e embora tenha tido o cuidado de n o cort la ela ficou aterrorizada a m o do homem n o parecia muito firme Ela entrou na van com grande dificuldade por causa das m os atadas e girou para ficar sentada de frente para ele Quando o Mensageiro fechou as portas Kennedy esticou o corpo e o apoiou no ch o do ve culo chutando as portas na cara dele A adaga voou da m o do homem quicou com o cabo e voou pelo ch o Ele recuou um passo vacilante caindo sobre um dos j
550. s estava novamente solta pelo mundo N o Eles nunca haviam partido Ela procurou por Nunappleton Hall on line N o ficou nada surpresa ao descobrir que passara de convento a propriedade privada logo depois da Guerra Civil Inglesa quando um dos ex generais de Cromwell come ara a procurar um lugar onde se estabelecer e cultivar rosas no jardim e quando Johann Toller havia come ado a pregar por toda a Inglaterra a respeito da Segunda Vinda de Cristo Fez mais uma coisa Procurou por ratos com cabe as decepadas N o tinha ideia do que Prentice estivera falando mas o mecanismo de busca mostrou que aquele era um dos t picos mais comentados nos notici rios e redes sociais Algu m havia forrado o ch o de Whitehall em Londres com ratos decapitados cerca de mil deles A pol cia dizia que era ou um protesto pelos direitos dos animais ou algum trote estudantil nojento Os ratos haviam sido cuidadosamente posicionados diante de um edif cio chamado Banqueting House que havia sido projetado por Inigo Jones diziam algumas mat rias de jornal e terminado em 1622 Para Kennedy foi como ver as pe as de um padr o as pedras individuais de um complexo mosaico mas ela estava perto demais para enxergar o que ele realmente representava Significava algo Ela s precisava encontrar o ponto de observa o ideal a partir do qual os detalhes insanos se fundiriam em um rosto uma palavra uma resposta Havia um n vel no qual tudo isso f
551. s Especialmente se n o quer que eu me meta Voc tem papel e caneta Anote seu endere o pra mim Assim ningu m que estivesse usando uma escuta de longo alcance poderia ouvi la dizer em vozalta Kennedy percebeu Ela hesitou mas na verdade n o havia um bom motivo para n o dar a Tillman o endere o do Bastion Se algo acontecesse mesmo se os Elohim surgissem na vida dele tamb m seria melhor se ele pudesse avis la rapidamente Ela escreveu o nome e o endere o do hotel nas costas de um recibo que encontrou na bolsa Entregou o a Tillman e ele o enfiou no bolso sem olhar A gente se fala de novo em breve ele prometeu Eu grito se precisar de voc Kennedy contraprop s Deixo uma mensagem no caf Fique longe de mim e longe de tudo isso at ouvir not cias minhas Sem promessas disse ele Mas vamos manter contato de todo jeito Vai ser melhor se cada um de n s souber mais ou menos onde o outro est no m nimo caso aconte a alguma coisa Ent o vou presumir que posso te encontrar nesse endere o a n o ser que voc me diga que vai ficar em outro lugar T certo Kennedy assentiu T certo E eu te aviso se descobrir alguma coisa sobre as pessoas que andam me vigiando Pode n o ter nenhuma conex o como voc disse S os neg cios inacabados da minha juventude desperdi ada Se n o for isso eu te mantenho informada Despediram se Mas enquanto Kennedy se afastava ele a
552. s N o como uma tocha mas como um farol de tempos ancestrais situado sobre uma colina para avisar aos cidad os adormecidos que uma crise estava por vir Por m ningu m o interpretaria dessa forma Ber Lusim sabia O aviso passaria despercebido at que fosse tarde demais Naquele momento auspicioso um pensamento lhe ocorreu Em sua juventude quando seu ardor havia por vezes sobrepujado sua discri o ele ganhara o apelido de Dem nio Era muito mais que isso agora Contudo quando as portas do inferno se escancarassem e todos os dem nios se erguessem de uma vez talvez a ironia fosse relembrada PARTE 1 Uma Trombeta Profere o Julgamento CAP TULO 1 Heather Kennedy ex detetive sargento Kennedy registro 4031 na Divis o de Combate ao Crime Organizado da Pol cia Metropolitana de Londres agora sem posto saiu do hall de entrada do n mero 32 da London Bridge tamb m conhecido como The Shard ou Caco de Vidro para o brilhante sol do ver o Ela desceu os degraus muito apressadamente mas quando finalmente chegou ao fim da escadaria deteve se no meio da cal ada sendo empurrada aleatoriamente pelos transeuntes sem saber o que faria a seguir Sua m o direita do a Sua m o direita do a porque os n s dos dedos sangravam Os n s dos dedos sangravam porque ela os havia ferido ao acertar o queixo do homem que at cinco minutos atr s havia sido seu empregador Era uma equa o cujo resultado ela ainda estava
553. s rio os votos que fiz A obedi ncia do soldado como a castidade no casamento Tillman ergueu as sobrancelhas diante da compara o Quer dizer que valiosa por ser t o rara Estou ficando cansado disse Rush de ser chamado de garoto Pensei em comentar sabe Quero subir no telhado Tillman disse a Nahir Dar uma olhada na vizinhan a l de cima Supondo que voc ainda esteja se sentindo obediente eu agradeceria uma ajuda para isso Tem alguma escada neste lugar Na verdade havia Com Nahir e Rush apoiando um pouco do peso de Tillman este conseguiu subir a escada Uma porta de a o pendurada pela metade em suas dobradi as levava a uma passarela estreita com a cumeeira do telhado acima e atr s dela Havia um parapeito alto apenas o suficiente para ser pulado e uma congrega o de pombos que se dispersou quando Rush abriu a porta O cascalho rangeu sob seus p s quando eles sa ram O Bronx estendia se diante deles envergando a beleza da tardinha como uma pe a de vestu rio um desses suti s com buracos na frente talvez ou algo similarmente safado e sedutor Quarteir es de dep sitos e escrit rios pr ximos davam lugar a ruas de pr dios baixos e sobrados geminados em s rie mais adiante ao norte e ao leste Milhares de terra os erguendo se como os degraus de um anfiteatro A vasta e vertical concatena o de Nova York Milhares de lugares para um louco sentar observar o p r do sol e
554. s a serpente era o dem nio Ela deu de ombros Essa a nossa vers o A vers o deles que a serpente era um emiss rio do verdadeiro Deus que paira acima e fora da cria o Ent o Caim era especial e todos os descendentes de Caim s o especiais enquanto Eva gerou uma linhagem de pecadores e vagabundos Mas eles chamam a si mesmos de Povo de Judas porque foi ele quem fez o pacto com Deus por eles E qual foi o trato Tr s mil anos no deserto Durante todo esse tempo os filhos de Ad o s o os guardi es da cria o de Deus Mas depois que o tempo acabar os fi is os verdadeiros herdeiros de Caim e Judas receber o a recompensa Que tudo O dom nio sobre o mundo inteiro Rush passou alguns momentos em sil ncio absorvendo a informa o Tr s mil anos contados a partir de quando perguntou por fim Bom digamos que a esta hora Deus j deveria ter dado o prazo como acabado Judas fez o trato cerca de dois mil anos atr s mas a data usada como ponto de refer ncia foi em torno de 1000 a C A poca da unifica o das tribos de Israel sob o rei Davi Essa foi a pedra fundamental da hist ria no que diz respeito a Judas Um momento a respeito do qual todo mundo soube e ningu m ia discutir Ent o foi o que ele e Cristo usaram como ponto de refer ncia Pelo menos o que o Evangelho de Judas diz E eles esperaram todo esse tempo Rush refletiu Ainda est o esperando N o e
555. s conversar S temos que trabalhar juntas Pensei que isso estivesse claro Claro para voc talvez Eu vou ficar sentada do mesmo jeito Voc pode ficar a de p se quiser mas vai falar comigo Do contr rio acabou Fim da miss o Os olhos de Diema se arregalaram Voc est mentindo disse H vidas demais em risco Talvez mais do que voc imagina Kennedy foi sentar se n o na cama mas na nica cadeira do quarto Esperou em sil ncio que a garota se juntasse a ela Diema permaneceu indecisa por v rios instantes Finalmente r gida de tens o cruzou o recinto e sentou se na cama diante de Kennedy Adotou uma express o sard nica Estou esperando Por que voc mudou de nome Kennedy perguntou Diema piscou O qu N o uma pergunta t o dif cil Por que mudou de nome Por nenhuma raz o que voc precise saber O tom da garota foi mon tono e definitivo Kennedy esperou por mais Porque mudei de vida Diema disse afinal na mesma voz Sim Kennedy concordou Isso eu notei Grace S estou tentando entender qu o profunda foi a mudan a A express o da garota n o se alterou a n o ser por um ligeiro tremer das p lpebras Eu era Tabe ela disse Nunca fui Grace Grace era s a forma como o pai da minha carne me chamava O pai da sua carne assim que voc o considera Diema abriu a boca para falar novamente mas Kenn
556. s dos arquivos n o davam a menor pista sobre seu conte do Tem algum jeito de ver esses arquivos em outro computador Rush perguntou a Jukes Onde voc quiser ele respondeu Normalmente era um sujeitinho antip tico mas a combina o de dinheiro e uma oportunidade de se exibir o havia tornado magicamente amistoso Tudo isso est no mainframe Mesmo quando voc salva arquivos nas pastas C ou D do seu computador feito um back up de 100 deles a pol tica padr o Ent o voc pode me mostrar os arquivos do Wales no meu pr prio computador Seria um prazer Na verdade Jukes fez melhor que isso Simulou uma ID de administrador de rede tempor rio para Rush que lhe deu acesso completo n o s aos arquivos de Alex Wales mas tamb m a seus registros de uso O que significava que Rush podia acessar o que ele havia feito e quando havia feito que arquivos mantivera abertos por mais tem po e at mesmo quais imprimira E os resultados eram surpreendentes Como assistente particular de Allan Scholl a maior parte do tempo de Wales deveria ter sido dedicada agenda e caixa de entrada de Scholl Mas na verdade Wales parecia ter tirado seu ganha p o do caminho bem no come o de cada dia ligando o computador s 7 da manh Depois deixava que os e mails ficassem onde quer que ca ssem enquanto olhava p ginas e mais p ginas de algo que n o parecia ter sentido sequ ncias aleat rias de n meros e let
557. s olhos dela Est vendo isto sussurrou lhe ao ouvido S balance a cabe a Ela balan ou a cabe a A l mina est envenenada Se eu a cortar com esta adaga voc morre Entendeu Ela assentiu novamente No final do corredor h uma porta Al m da porta um estacionamento pequeno Vamos caminhar por ele at uma van que est estacionada l e voc vai entrar na traseira da van Fa a isso sem uma nica palavra sem um nico som e sem tentar fugir Do contr rio eu a mato Entendeu Sim Kennedy disse Com uma m o em seu ombro ele a virou e a empurrou Quando Diema voltou a ficar de p descobriu que estava surda Dois homens corriam em sua dire o descendo a colina mas terra e folhas ainda choviam ap s a explos o e o ar estava mais denso que uma sopa ent o eles n o a viram at que estivesse bem na frente deles Diema deixou o primeiro homem correr at ela abaixou se sob ele e o atirou com for a para longe Por m fazer isso a deixou vulner vel ao ataque do segundo homem uma perversa combina o de chutes e socos que a jogou cambaleando de costas pelo terreno trai oeiro at que ela ca sse finalizando com o impacto chocante contra o tronco de uma rvore O Mensageiro levou o rifle altura do peito a m o livre endireitando o cano Seu olhar cruzou se com o de Diema Aikh kadal Diema murmurou olhando profundamente em uma s plica para aqueles olhos escu
558. s para perceber que havia acabado de usar toda a sua cota de sorte de uma s vez A essa altura Diema j havia extorquido outras concess es do pessoal de Nahir Kennedy havia sido levada para uma cela com uma cama e Tillman para uma sala completamente desinfetada na qual um pacote completo para tratamento de trauma havia sido meticulosam ente montado Diema exigiu um relat rio que os m dicos obedientemente forneceram O homem adamita disseram havia perdido mais de dois litros de sangue quase o m ximo que um corpo humano poderia verter sem se desligar para sempre A antitoxina que Diema havia feito Kennedy aplicar nele provavelmente evitara por um triz que ele entrasse em choque cl nico e permitira que sobrevivesse por tempo suficiente para receber uma transfus o Mas os ferimentos eram terr veis A avaria no bra o direito em especial provavelmente seria irrevers vel e eles n o conseguiriam saber se houvera ou n o algum dano cerebral at que ele recobrasse a consci ncia evento para o qual n o havia uma estimativa realista Ela foi v lo Um m dico examinava as rea es pupilares mas afastou se da cama quando Diema entrou na sala e esperou com os bra os ao lado do corpo Saia Diema disse a ele Fique l fora at que eu o chame O m dico inclinou a cabe a e se retirou Ela foi at a cama e baixou o olhar para Tillman Parecia velho e fraco e muito feio a pele manchada de vermelho e branco p
559. s s culos antes de o hotel ser constru do No topo da colina 235 metros acima da cabe a de Kennedy que cruzava a ponte uma est tua de bronze gasta de S o Gell rt exibia se beira do precip cio um bra o erguido em um aceno de adeus como se ele estivesse prestes a pular no abismo O hotel com seu imenso complexo de banhos era uma grande atra o tur stica Em um dia quente como este havia uma fila diante da porta lateral que se estendia por todo o declive acentuado da rua A frente do hotel assim como toda a pra a entre ele e o rio estava tomada por um enorme mercado a c u aberto Kennedy entrou na fila e ficou ali na cal ada escaldante alheia s conversas em ingl s h ngaro alem o e italiano O vulto do Monte Gell rt erguia se atr s dela sua face grosseira suavizada deste lado pelos figos e uvas maduras que se espalhavam por ela desde o pico at perto do rio Do ventre da besta Eis o que estou pensando Rush havia dito O Toller usou essa figura no frontisp cio do livro dele certo Ent o aposto que a casa dele na verdade est alimesmo na gravura O que mais ele poderia estar nos mostrando E se o Shekolni est tentando se espelhar no Toller talvez esteja na mesma casa ou t o perto dela quanto poss vel Ent o n o h raz o para a Kennedy ir at o Parlamento Fica do lado errado do rio e muito ao norte Ela deveria ir a um lugar que esteja na figura ou a um lugar que hoje fique onde co
560. s vivos Se os planos haviam mudado eles logo descobririam Entretanto n o havia nada que Kennedy pudesse fazer al m de colaborar nada a menos que estivesse preparada para testemunhar Ben Rush sendo virado pelo avesso Ela subiu a escada O piso do palheiro era muito mais bem mobiliado do que o ch o do celeiro Assim como a cadeira na qual Rush estava sentado havia outras duas ao redor de uma mesa dobr vel Um Jarro de gua estava sobre a mesa perto de uma pilha de copos de pl stico Todos os confortos do lar Diema afastara se de Rush e estava em p com as costas apoiadas parede encarando Kennedy diretamente O detonador estava pronto em sua m o o polegar pairando sobre ele Kennedy i ou se pelo al ap o do piso deslocando se muito lentam ente Eu quero ter certeza de que o Ben est legal disse garota Posso tirar a morda a dele Voc pode se sentar mesa a garota disse e esperar em sil ncio at que eu lhe diga o que mais deve fazer Esse o livro Kennedy mostrou a ela a fotoc pia datilografada cujas p ginas s se mantinham unidas por uma larga tira de borracha Ela a colocou ainda lenta e cuidadosamente sobre a mesa timo Diema disse Agora sente se Kennedy sentou Ela ouviu Tillman no andar de baixo come ando a subir Se voc apertar esse bot o agora Kennedy disse garota vai se matar tamb m Sou um soldado Diema disse
561. saber disso Ele saiu depressa em dire o ao balc o e quando voltou a bandeja que trazia continha duas fatias de bolo de cenoura assim como x caras de caf Obviamente ele via isso como algum tipo de celebra o e Kennedy precisaria deix lo falar at cansar antes que ela pudesse saber por que estava aqui Ent o ela disse Voc est encarregado do o qu mesmo Do acervo armazenado E o que isso Emil Tudo Gassan disse alegremente Bem quase tudo Tudo o que n o est sendo exibido Como voc pode imaginar a cole o do museu absolutamente vasta A parte que est em exibi o para o p blico representa aproximadamente um por cento do total Kennedy demonstrou polidam ente seu espanto Um por cento Pode contar ele sugeriu brincalh o erguendo um dedo ossudo Um O resto da cole o est espalhado por mais de 20 mil metros quadrados de dep sitos e custa ao museu 12 milh es de libras por ano mant lo e administr lo Kennedy tomou um gole do caf contudo ignorou as tenta es trai oeiras do bolo Quando era policial o estresse e os rigores f sicos do trabalho a haviam mantido esbelta n o importando o quanto comia ou bebia Nos ltimos anos ela tivera de aprender a se abster Voc deve estar muito orgulhoso disse a Gassan Por eles terem se esfor ado tanto para contrat lo O professor iniciou uma minipantomima de falsa mod stia
562. sala de reuni es Kennedy pegou os dois arquivos relevantes e os levou at o escrit rio do Gassan Ela os deixou cair sobre a mesa e ficou de p com os bra os cruzados enquanto ele lia os nomes Gassan olhou para ela uma express o de completo assombro no rosto Voc n o est dizendo que esses dois tiveram algo a ver com a invas o est Na verdade professor estou dizendo que eles s o os respons veis por ela E acho que sei como fizeram isso Um dentro um fora Provavelmente a nica maneira como a coisa poderia ser feita Mas preciso da sua ajuda para a pr xima parte Que seria Descobrir o que eles fizeram Gassan esfregou a testa como se estivesse com uma leve dor de cabe a Claramente a not cia de que a invas o poderia ter sido um trabalho interno n o o alegrara Ele olhou de um arquivo para o outro e depois novamente para o primeiro Eu odeio apontar a falha no seu racioc nio Heather disse finalmente mas o Mark Silver j estava morto quando a invas o aconteceu Voc deve estar enganada Talvez ela admitiu Me d os registros de entrada e sa da daquele dia e n s saberemos Porque se eu estiver certa os dois sa ram ao mesmo tempo na noite da O telefone de Kennedy tocou algumas notas falsas de jazz era uma mensagem de texto n o uma chamada e ela fez uma pausa enquanto verificava a mensagem Era de John Partridge e era uma boa not cia A Swanse
563. sando de muito mais apoio para se deslocar Chegando l embaixo no entanto ele pareceu bem Ent o Rush seguiu na frente at a porta dupla e apontou para a fossa al m dela Ali disse No outro extremo Debaixo da claraboia Nahir entrou primeiro e Rush ficou de lado para deixar Tillman passar tamb m Queria que os dois vissem por si mesmos Ent o tardiamente ele notou que o sol havia se escondido de novo por isso talvez eles n o pudessem ver nada do contorno da porta T legal disse passando apressadamente entre eles Vou mostrar para voc s N o precisava ter se preocupado A descontinuidade na parede da fossa de gordura estava claramente vis vel apesar da pouca luz porque a porta estava aberta e a escurid o no interior dela era muito mais profunda do que a do lado externo Mas n o era para a porta que Nahir e Tillman olhavam Era para o homem de p do lado oposto da fossa que os encarava Isso lament vel o homem disse Seu tom era calmo quase solene Ber Lusim Nahir arfou Pareceu paralisado no lugar incapaz de processar o que presenciava E Rush sentiu algo que era quase como uma vertigem Tinham vindo t o longe para comparecer a este encontro que ele sentiu por uma fra o de segundo que talvez afinal existisse mesmo predestina o Ber Lusim olhava de um para os outros fazendo uma avalia o fria e distanciada Se sentia se amea ado ou alarmado com a presen a
564. sas luz da retrospectiva Como Convocador Ber Lusim era respons vel principalmente por proteger e pastorear as Kelim que estavam na Alemanha naquela poca Ele era bom nisso a seu ver Pelo menos era bom em garantir que as mulheres voltassem com suas fam lias quando o momento determinado chegasse Infelizmente essa provou ser uma tarefa que exp s as falhas na personalidade de Ber Lusim e as escancarou feito um p de cabra Ber Lusim n o gostava das Kelim e do processo cont nuo de envi las ao mundo Ele havia falado no Conselho a favor de suspender a pr tica e embora tivesse perdido a discuss o Outra interrup o desta vez de Ben Rush Era disso que voc estava me falando ele perguntou a Kennedy Das prostitutas sagradas Das mulheres que saem da cidade secreta para engravidar Tensa Kennedy assentiu Vamos s ouvir disse ela Enquanto Diema falava Kennedy podia ver com quanta for a Tillman apertava os punhos e qu o brancos estavam os n s de seus dedos O assunto estava longe de ser abstrato e te rico para ele Sua esposa havia sido uma daquelas mulheres e mesmo sabendo que ela morrera muitos anos atr s seus sentimentos por ela nunca haviam se ajustado a essa realidade V em frente Tillman disse a Diema Por um momento seu olhar se travou no dela Ela sabe o que est causando a ele Kennedy pensou surpresa e inquieta Talvez isso seja at parte da raz o pela qual ela e
565. se bloqueando a O nico outro caminho ficava em terreno aberto ao sul ou ao leste Um minuto depois um Volvo S60 tamb m preto passou ao lado da van Com isso a van adiantou se passando por sobre a borda da cal ada e entrando no terreno rodando lentamente e contornando o edif cio at o outro lado Diema observou esse desastre em curso com um misto de exaspera o e fatalismo Precisava obter mais de Tillman ent o neste momento a morte dele seria um imenso retrocesso Por outro lado talvez mostrasse qu o falho ele era qu o inferior ao que haviam contado a ela Havia uma grande quantidade de relatos e especula es nos arquivos de Kuutma a respeito dos talentos especiais de Tillman suas habilidades de combate sua intui o sua obstinada coragem sua engenhosidade infinita e insana Agora parecia ter falhado ao primeiro obst culo e de uma maneira t o bvia N o poderia ter procurado alarmes N o poderia ter dedicado algum tempo a um reconhecimento decente do terreno Homens s homens e n o mulheres estavam saindo da van e do carro agora e caminhando em dire o ao dep sito Quase todos eram os mesmos homens que haviam trabalhado ali durante o dia mas entre eles Diema viu dois de um tipo bem diferente O homem magro feito um esqueleto de cabelos claros como cinza era Hifela a Face da Caveira O homem musculoso ao lado dele parecendo um imbecil ou um a ougueiro era Elias Shud Eram executores e
566. sen a de Ber Lusim acima e atr s dele O absoluto sil ncio do Mensageiro provavelmente mas n o necessariamente significava que ele n o estava se movendo Voc s fizeram uma longa viagem Ber Lusim perguntou Conversa fiada Na boca do santo dos assassinos Londres Rush disse Budapeste Nova York Tenho certeza de que voc consegue ligar os pontos Ele pretendera demonstrar bravata mas sua voz a seus ouvidos pelo menos soou aguda e fraca Ber Lusim riu como se Rush tivesse dito algo engra ado e saltou para o lado dele Depois andou passando por ele em dire o porta aberta dentro da fossa Esperamos caminhar em linha reta ele disse olhando para Rush por cima do ombro N o imagino de onde venha essa esperan a A experi ncia deveria nos ensinar que n o existem linhas retas na natureza Deus n o desenha usando uma r gua Qual seu nome garoto E Rush recebeu o insulto de queixo erguido desta vez pois o que mais havia sido pouco antes enquanto os homens lutavam e ele s olhava Ben respondeu Isso meio nome Significa filho de Onde est o resto Rush Ben Rush Ber Lusim pareceu momentaneamente surpreso Ben Rush repetiu Rush engoliu em seco e olhou para Tillman Olha ele est muito mal Me deixa ir buscar ajuda claro que n o Ber Lusim respondeu Que ajuda poderia haver em todo caso Daqui a 2
567. sentimento nas pinturas e esculturas que fizera e esperara que a percep o normal das coisas a meada ininterrupta dos pensamentos das associa es e dos atos que constitu am seu mundo a curasse Houvera caos no Sima o conselho dos anci os Vozes se ergueram no Em Hadderek o local de reuni es A normalidade os rondava a dist ncia como um p ssaro que deixa o ninho por causa de uma desordem e agora n o consegue mais se acomodar nele A garota estava blindada contra o caos ao seu redor pelo menos at certo ponto mas era dif cil n o se sentir perturbada enquanto s bios e tolos gritavam raivosos um com o outro e todos proclamavam desd m pelos anci os O amor era tanto o alicerce da sociedade quanto sua argamassa se isso lhes faltasse o que restaria As vozes dissidentes diziam que o Povo n o devia ter deixado Ginat Dania o Jardim do den que havia sido seu lar que Deus n o aprovara essa mudan a Isso levara inexoravelmente a debates a respeito do que exatamente Deus havia aprovado e sobre as falhas dos Mensageiros ou antes do pastor e comandante supremo deles o Kuutma que se foi Ele havia tra do o Povo diziam os rumores ao apaixonar se por uma mulher que estivera sob seu comando e ao entregar se demais ao luto ap s a morte dela Seu discernimento fora contaminado Ele permitira que os inimigos do Povo sobrevivessem e se fortalecessem e se aliassem uns aos outros At que finalmente ele mesmo havia tombado em
568. sidero Steptoe and Son o auge Ent o estou dando ao departamento de controle de tr fego um download gr tis da primeira e da segunda temporadas Isso deve impedir que eles completem o rastreio da nossa localiza o muito dif cil nadar contra a corrente mesmo quando a corrente passa por cabos de fibra tica Com o computador principal off line Manolis teve de usar um laptop velho e maltratado para examinar os dados que havia roubado Seu primeiro instinto provou estar correto a placa TC62 BGZ havia sido registrada por uma c mera na Vincent Square s 23h30 da noite anterior N o havia c meras na pr pria Fynes Street mas a outra estivera pr xima o bastante e os deslocamentos da moto pelos ltimos dois dias forneciam ampla confirma o Fora registrada uma d zia de vezes em Isligton na St Peters Street e estivera na Onslow Street naquela mesma tarde N o de se admirar voc t la perdido de vista Tillman disse Pensou que ela ainda estivesse a p E enquanto fazia a volta ela subiu na moto Provavelmente passou bem do seu lado N o provavelmente n o Manolis protestou Posso at n o ver algumas coisas Mas essa moto eu n o perderia Desculpe Tillman disse secamente Eu n o pretendia questionar sua per cia profissional T legal Mano vamos ao pr ximo passo Quero saber mais sobre essa garota Qu o perto voc pode me ajudar a chegar Posso fazer voc pousar
569. sino aceitou o convite investindo com assustadora velocidade Mas Tillman j desviava o corpo do golpe e porque precisava fazer uma escolha decidiu que seria uma estocada no cora o A sorte o favoreceu seu oponente no impulso emborcou e o ultrapassou Nesse momento Tillman j havia largado a adaga Agarrou o homem em um abra o e girou sobre o p esquerdo acrescentando seu pr prio impulso ao arremesso Os dois voaram pela janela alta juntos mas o assassino Elohim foi o condutor nessa valsa curta e feia Tillman o manteve abaixo de si enquanto percorriam os 6 metros em queda at o ch o Aterrissaram em ladrilhos azuis brilhantes em um jorro de cacos de vidro e a gravidade cuidou do coup de gr ce O lugar onde ca ram era um espa o decorativo pr ximo piscina externa no meio de uma densa multid o de turistas que tomavam banho de sol e gritaram e se puseram de p aos saltos atropelando se para evitar a chuva de vidro estilha ado e depois para fugir do louco coberto de sangue que assomou cambaleando diante deles acima de um cad ver reduzido a polpa como um le o sobre sua presa Enquanto as pessoas recuavam e corriam o r dio de Tillman vibrou em seu cinto Ele apertou a tecla ACEITAR e ouviu a voz de Diema Tillman Rush O plano foi arruinado Estavam esperando por n s V o nos matar primeiro e depois ir atr s dela Sua voz foi engolfada pelo ru do branco de disparos Um rifle autom tico prov
570. smos bruscos e aleat rios R pido demais Nahir sussurrou R pido demais demais para Ele tomou f lego esttemecendo e tentou novamente N o lute E Voltaremos logo Diema disse Ainda estava fitando aquele nico olho bom Ele implorava silenciosamente arregalado de choque e medo Ela tirou a jaqueta de couro dobrou a e colocou a sob a cabe a de Nahir Kennedy foi at a borda da fossa de gordura alarmada Respirou profundamente e desceu saindo do campo de vis o de Diema Voltaremos logo repetiu para Nahir Traremos ajuda para voc Ou ent o pensou este lugar todo ser reduzido a mol culas soltas por uma explos o de 10 quilotons de octanitrocubano De um jeito ou de outro Nahir n o teria de sofrer muito mais Ela caminhou at a fossa e inspecionou o interior antes de descer cuidadosa e silenciosamente para l juntando se a Kennedy Esta havia encontrado Tillman apoiado em um canto da fossa e estava verificando sua condi o O rosto estava mascarado de sangue e ele estava profundamente inconsciente mas os ferimentos pareciam ser menos severos que os de Nahir Enfraquecido como estava devia ter representado uma amea a muito menor Kennedy abriu a boca para falar mas Diema a silenciou com uma m o erguida e apontou para a porta aberta Kennedy assentiu Ela tocou o rosto de Tillman com os dedos de uma das m os e beijou o alto da cabe a dele Ent o se
571. soa que pudesse estar l Ela me deu cobertura e essa a nica raz o pela qual eu sa vivo Se ela realmente tiver criado aquele rastro s para eu seguir se sabia que eu procuraria por ela encontraria a moto e tudo mais ent o adivinhou uma por o de coisas sobre mim com base em absolutamente nada Ela uma Mensageira Kennedy disse Eles estudaram voc durante anos E voc s dois compartilham um bocado de DNA Talvez isso tenha dado a ela uma vantagem Tillman assentiu Faz sentido acho Um pouco de sentido Mas ainda tenho a sensa o de que tem mais alguma coisa rolando e pode ser a tal coisa que voc disse que me contaria depois Ser que n o hora de abrir o jogo Heather Tem um eu acho Ela chegou bem perto de confessar ent o hesitou Quando conhecera Tillman ele parecera estar beira de algum tipo de colapso exaurido por anos de busca por sua fam lia perdida Estava muito melhor agora mas se ela contasse a ele sobre Diema e no fim estivesse enganada o dano que poderia causar a ele estava muito al m de qualquer c lculo razo vel Era quase igual ao dano que poderia causar se estivesse certa e Tillman ouvisse da pr pria filha o que havia acontecido com seus filhos Havia tantas raz es para Kennedy permanecer calada e s uma para falar Contudo era uma raz o de suma import ncia que ela n o tinha o direito de ficar entre Tillman e a filha dele a nica pessoa
572. solo adicional No momento com apenas mais alguns ajustes de cen rio sua morte parecer um jogo sexual que fugiu do controle Mas se nos contar a verdade sem subterf gios ent o antes de sairmos daqui n s removeremos esses ele gesticulou com um sorriso tenso e desconfort vel acess rios de seu corpo e a deixaremos plenamente vestida Voc n o ser desonrada mas ainda vou estar morta Kennedy retrucou Detesto parecer ingrata mas voc sabe Descobriu que falar fazia sua garganta doer Sua voz saiu como um grasnido desagrad vel O jovem deu de ombros Voc uma mulher inteligente disse Se eu prometesse deix la viver estaria trapaceando Ambos saber amos que mentira e ent o voc n o acreditaria em nada mais que eu lhe dissesse Kennedy lambeu os l bios secos e resmungou alguma coisa em voz baixa do fundo da garganta Quando o jovem se inclinou amavelmente para a frente para tentar compreender as palavras ela cuspiu no olho dele Era toda a rebeldia que era capaz de demonstrar mas ela viu pelo horror e pelo nojo que chamejaram na express o dele que havia dado conta do recado O homem apanhou um len o e com ele limpou o rosto Muito bem ent o disse com a boca retorcida Talvez eu tenha me enganado Talvez seja imposs vel afinal conduzir esta conversa por um caminho racional Olhou para o outro homem que permanecia parado com a adaga na m
573. spec fico Eu quero me certificar de fazer justi a a todos voc s Ent o comece a falar Isso um absurdo protestou Parminter Kennedy encolheu os ombros com simpatia Eu sei Sofremos uma s rie de tentativas de arrombamento Parminter disse Um enxame todas de uma vez cerca de sete meses atr s Tentativas Sim N o houve perda ou dano real N o Mas fez com que todos n s fic ssemos conscientes de que em alguns aspectos est vamos longe da efici ncia ideal Eu estive em um curso no ano anterior no qual houve palestras sobre como proteger itens muito pequenos e muito valiosos Expliquei ao Dr Leopold que alguns museus e arquivos utilizam um sistema duplo cego de armazenamento Quando um item precisa ser movido de uma das prateleiras para qualquer outra parte do pr dio primeiramente um formul rio de requisi o deve ser preenchido Assistentes usam o c digo do item para gerar um endere o f sico no computador e a caixa com o item trazida das prateleiras selada O curador que solicitou a caixa sabe o que h dentro dela mas n o onde ela est O assistente sabe onde ela est mas n o o que h dentro dela E isso tem o efeito de Torna o roubo planejado im poss vel Nosso sistema por outro lado depende de barreiras e obst culos f sicos Que funcionam muito bem at que algu m descubra uma maneira de contorn los E quando isso acontece o ladr o sabe exat
574. specialmente treinados que respondiam apenas ao pr prio Ber Lusim Ent o estava acabado A n o ser que ela arriscasse tudo para resgatar Tillman da trapalhada que ele mesmo causara E ainda assim Ela contou dez Dez Elohim dois deles entre os melhores que o Povo j havia gerado Estava acabado quer ela agisse quer n o agisse CAP TULO 33 O que Tillman encontrou no compartimento subterr neo n o o impressionou mas s porque ele j tivera a grande surpresa ao abrir o caminh o Al m de mais explosivos e materiais para montagem deles havia lan a m sseis RPG Komar granadas incendi rias de f sforo facas de combate do ex rcito belga lan a chamas port teis M2 e parecendo quase envergonhada da pobre companhia que fazia ao resto uma caixa de rel gios despertadores digitais prontos para ser usados como mecanismos de temporiza o Era um arsenal de imensa extens o e terr vel variedade reunido por algu m que sabia o que queria causar presumivelmente o Armagedom e exatamente qualera a receita certa para isso Tillman n o era dado a deixar que a imagina o corresse solta mas viu se explorando mentalmente as situa es que seriam geradas se essa caixa de pandora se abrisse e ao menos um d cimo de seu conte do visse a luz do dia Entretanto essa era uma opera o em andamento N o parecia um estoque de sobreviv ncia montado para resistir a um futuro apocalipse Era bem o oposto Dois caminh es ha
575. specificamente pensou em sexo com Izzy em momentos e lugares variados e de formas ainda mais variadas Havia sido delicioso na poca e parecia muito mais delicioso em retrospectiva Kennedy entregou se a uma fantasia na qual estava no bar Caskem Pimlico e Izzy estava propondo como uma oferenda de paz lev la para casa e transar com ela at seu c rebro derreter Na fantasia Kennedy aceitava a oferta e a transa derretedora de c rebros se seguia Na vida real o rel gio despertador ao lado da cama saiu das 23h59 para a 0h00 e o mundo ou a parte dele que falava h ngaro e se estendia para todo lado ao redor de Kennedy era silencioso e desprovido de sexo Ela se encostou aos travesseiros mas voltou a sentar se na mesma hora quando percebeu que estava come ando a cochilar Este era um luxo ao qual n o poderia ceder at que o trabalho estivesse terminado CAP TULO 50 N o vejo como isso poderia funcionar disse uma voz no radiotransmissor de Diema Era o garoto Rush queixando se outra vez Esse parecia ser o nico talento que ele trouxera para a opera o Diema o ignorou mas a voz de Tillman respondeu A Diema acha que h uma chance Rush e eu estou inclinado a confiar nos instintos dela Ela conhece sua pr pria gente Era meia noite e meia Diema estava no telhado de um edif cio diretamente oposto ao hotel de Kennedy de c coras atr s de um parapeito Com isso estava invis vel para quem pa
576. ssasse pela rua mas tinha uma boa vis o da janela do quarto de Kennedy Tillman observava o pequeno beco onde ficavam as ca ambas de lixo e onde Diema havia deixado a arma para Kennedy Rush estava dentro do Audi estacionado na rua do hotel observando a entrada dele que estava muito longe de ser o lugar mais prov vel pelo qual os Elohim de Ber Lusim viriam e portanto o local onde o garoto poderia atrapalhar menos Houve sil ncio Mas n o por muito tempo que parece bvio demais Rush disse Quero dizer como se a gente estivesse tentando assust los fazendo buuu ou coisa assim Talvez Era Tillman novamente Mas sabemos que o pessoal do Ber Lusim v a Heather como uma amea a J tentaram mat la duas vezes e da segunda vez tamb m quiseram interrog la Est o preocupados por acharem que ela sabe algo importante Se tivermos sorte a perda do armaz m os deixou ainda mais preocupados Eu entendi isso S n o vejo como Fa a seu trabalho e fique quieto Diema disse asperamente N o precisa entender nem concordar S precisa fazer o que mandamos Desta vez o sil ncio foi mais longo Houve um clique enquanto o r dio mudava de frequ ncia Tillman fechando o circuito de reuni o para falar somente com ela Ele est com medo disse para Diema Se quer que ele cale a boca ou que fique calmo deveria explicar a ele Seria mais r pido cortar a garganta d
577. sse que voc deveria trazer Tillman e a rhaka para a esfera de nossa investiga o e usar os talentos deles Mas eu sabia quanto estava lhe pedindo Sabia que essa ideia t o f cil de verbalizar seria na verdade muito dif cil de executar E voc a executou imaculadamente Obrigada Tannanu O que me preocupa quanto voc mesma pode ter se ferido no processo especialmente ao encontrar Leo Tillman e ser for ada a aceitar tamanha proximidade dele Nenhum Mensageiro jamais precisou suportar esse fardo Diema sabia que n o poderia fingir uma indiferen a plaus vel Ent o permitiu que ele visse um pouco da tens o que ela estivera escondendo deixando a m scara cair com al vio Fez uma careta N o tem sido f cil s vezes vejo meus irm os nele E at a mim mesma dif cil nessas horas n o deixar que ele veja como eu o odeio Caminhe comigo Kuutma sugeriu Ele se curvou e com um gesto de bra o convidou a a passar na frente dele Quando sa ram da sala de comando de Nahir ele veio andar ao lado dela as m os cruzadas s costas movendo se em um passo tranquilo que desmentia a urg ncia da situa o Seu dio ent o disse ele t o grande quanto sempre foi O crime dele t o grande quanto sempre foi claro importante que eu saiba o que h em seu cora o Diema Muito importante Em um ano voc serviu mais a cidade do que muitos servem em toda uma vida
578. sse um ataque mas ela n o pareceu surpresa Apenas assentiu e devolveu a c pia a ele N o tem muita utilidade ele observou N o Kennedy disse Mas a esta altura eu ficaria surpresa se consegu ssemos coisa melhor Ela olhou de relance para Sturdy e Price que haviam chegado ao fim da ltima estante e agora estavam escaneando a parede mais distante Estamos quase term inando disse Vamos examinar o que foi encontrado aqui mesmo depois vamos levar o suspeito sala de reuni es e confront lo Quero voc l Rush e o professor Gassan e talvez o seu chefe Thornedy ke E continuamos n o podendo contar nada a ningu m at que tenhamos certeza do que aconteceu Certo Rush respondeu Do outro lado da sala Sturdy olhou para eles e esperou educadamente at que a notassem Acho que terminamos disse ela Kennedy caminhou at l e conferenciou com ela enquanto Rush olhava a sala Pela primeira vez ele pensou no que estava vendo ali um mapa tridimensional dos movimentos de um intruso naquele espa o Ou talvez quadridimensional uma vez que aquela multid o de Post its presumivelmente indicava quanto tempo ele passara em cada parte da sala Ele olhou para Kennedy que percebeu seu olhar e o interpretou corretamente Interessante n ela disse Tudo volta para este ponto aqui Ela indicou o final do corredor B onde os Post its cresciam feito um matagal O que que
579. ssoal Foi Kennedy quem falou Estava farta de ficar ali parada ouvindo e nem tentou evitar o tom sard nico em sua voz Nahir lan ou lhe outro olhar de dio indigesto mas Kuutma riu longa e estrondosamente jogando a cabe a para tr s Os Elohim inclusive Diema o fitaram Por duas vezes Nahir pareceu prestes a falar entretanto hesitou esperando que o enorme divertimento de Kuutma chegasse ao fim Ela tem raz o Kuutma disse ainda sorrindo enxugando o canto do olho Quem est fazendo esse trabalho Desh Nahir Alivie a preocupa o da senhorita Nahir claramente n o entendeu a piada e obviamente odiou ter de se explicar a uma forasteira uma rhaka Int rpretes disse ele seu olhar relanceando por Kennedy antes de se voltar a Kuutma Sacerdotes Especialistas em exegese Pessoas de quem se espera alguma habilidade na interpreta o de um livro de profecias Mas as profecias foram deliberadamente escritas em linguagem el ptica e obscura Admitem muitas interpreta es e dif cil at imposs vel dizer qual delas est correta se alguma estiver Ent o voc s n o sabem Kennedy concluiu N o t m a menor ideia de quanto tempo resta ou de quais profecias Ber Lusim j cumpriu E de qual profecia ele quer completar agora Isso me aflige Nahir disse a Kuutma Tannanu eu estava prestes a excluir a mulher Por favor permita me fazer isso N o entendo o qu
580. st aqui Diema continuou Ber Lusim desgostava profundamente das Kelim Ou talvez desgostasse do que elas demonstravam que era o vigor e a virtude do Povo de Judas sozinhos n o eram suficientes precisavam ser fortificados de tempos em tempos com enxertos de outra linhagem Ou talvez fosse porque sua pr pria m e havia estado entre elas e ele se sentisse maculado por essa associa o Quaisquer que tenham sido seus motivos a posi o de Ber Lusim permitia que agisse conforme desejasse As mulheres que sa ram de Ginat Dania para se deitarem com homens adamitas e depois voltar para casa carregadas do DNA deles passavam pelas m os do Convocador tanto na jornada de ida quanto na de volta Ah ele levava seus deveres a s rio Ningu m poderia dizer que foi indolente ou falhou em exercer a devida dilig ncia Nenhuma ovelha se desgarrou sob sua vigil ncia Nenhum Recipiente sagrado voltou vazio ou mesmo deixou de voltar Algumas mulheres no entanto voltaram danificadas Especificamente haviam sido espancadas Quando interrogadas sobre isso disseram que haviam sido punidas por desobedi ncia Por levar tempo demais para organizar seus assuntos adamitas por chorar ao perder os maridos adamitas por trazer posses demais consigo ou por deixar posses demais para tr s Reclama es foram feitas no Conselho Ber Lusim n o foi repreendido havia um ponto de vista minorit rio que considerava seu zelo admir vel mas foi lhe s
581. st o contentes com isso mas a esta altura eles n o t m muita escolha O caso que j n o h muitos deles E tr s mil anos um tempo longo demais para manter o esquema de endogamia gen tica Assim de vez em quando eles saem para o mundo Quero dizer alguns deles Rush estava olhando para ela com um tipo de express o perplexa Ent o Kennedy continuou escolhendo as palavras com cuidado Esta parte da hist ria n o era sua N o cabia a ela contar como a fam lia de Leo Tillman fora tomada dele e como mais tarde ele havia matado os pr prios filhos na Fazenda do Pombal em Surrey sem saber quem eram eles Esse segredo pelo menos ela pretendia levar para a sepultura Eles enviam mulheres para fora para engravidar Para trazer novos genes Elas encontram homens adamitas casam e constituem fam lia com eles Adamitas Rush disse fazendo uma careta O qu Quem s o esses O resto de n s O resto de n s sim E essas mulheres esses recipientes as Kelim engravidam tr s vezes Assim que o terceiro tiver idade suficiente para viajar elas simplesmente desaparecem Voltam para a tribo levando as crian as com elas Miss o cumprida Voc est me zoando Rush reclamou Ningu m faria isso doentio Conhecer essas coisas Kennedy volveu impass vel como entrar em outro mundo Rush Eles t m suas pr prias regras Seu pr prio jeito de ver as coisas E funciona para e
582. stava empenhada em cometer Mas ele n o disse nada disso a Shekolni Voc sabe o que o matem tico Arquimedes dizia sobre alavancas foi o que disse Por estar entre seus seguidores manteve o tom suave e fez com que as palavras fossem acompanhadas por um meio sorriso renegando a import ncia delas ao mesmo tempo que as dizia Que com uma alavanca grande o suficiente ele poderia mover o mundo Shekolni disse Ber Lusim inclinou a cabe a E isso tudo o que Heather Kennedy aben oada Ela moveu Ginat Dania eu sei Todos sabemos E por isso sabemos que ela uma alavanca muito grande ou ent o uma que naquela ocasi o foi posicionada com grande intelig ncia para exercer uma for a maior do que se poderia esperar Perdoe me mas pensei que Arquimedes tivesse nascido entre as Na es n o no Povo Shekolni n o sorriu e seu tom soou um pouco austero Tamb m fui levado a acreditar que foi aquele homem adamita Leo Tillman que encontrou Ginat Dania A mulher estava com ele certamente mas foi Tillman n o a rhaka quem matou o Kuutma que se foi E sem d vida ele quem agora se esconde atr s dessa mulher Ber Lusim voltou se para Hifela seu ref gio em muitas tempestades Conte nos mais uma vez o que aconteceu no dep sito ordenou a ele Hifela fez o sinal do n corredi o Um homem entrou sozinho no dep sito disse t o formalmente como se estivesse lendo um relat ri
583. stava prestes a dizer algo terrivelmente doloroso e destrutivo O telefone a salvou Ele vibrou em sua m o emitindo o som de uma vespa presa sob um vidro Kennedy deu de ombros em um pedido de desculpas pouco entusiasmado para Izzy que saiu de cima dela e se sentou ao lado Essa foi r pida disse Kennedy depois de ver o n mero na tela do celular O que posso fazer por voc ex sargento perguntou John Partridge Ela fingiu hesita o Bom um favorz o John Ela deixou que as palavras pairassem no ar por um momento para ver se ele pretendia det la ou encoraj la V em frente Heather Timidez n o combina com voc Esse foi todo o incentivo de que Kennedy precisava Ela fez um pequeno esbo o do caso e depois foi direto ao ponto Voc costumava trabalhar na Swansea n o John Eu estive no comando do programa de p s gradua o em F sica deles durante tr s anos gloriosos Antes de os conservadores chegarem quando ainda havia financiamento Por que voc pergunta Acha que eles deixariam voc pegar emprestada a sonda de Kelvin Partridge riu um latido curto e incr dulo N o caso de pedir a Kelvin ex sargento s um grande esc ner de c digo de barras com um computador conectado a ele Mas n o adianta ter a Kelvin sem um operador E aquelas senhoras e senhores l s o como os santos de uma nova religi o Geralmente para conseguir que trabalhem em alg
584. stradas que saem da cidade mas imposs vel deter todo o tr fego Estamos rastreando telefones e documentos de identidade encontrados com os Elohim de Ber Lusim para descobrir os endere os aos quais est o vinculados na cidade Esperamos encontrar um esconderijo para onde ele tenha fugido Kuutma assentiu E voc s interrogaram os Elohim que capturaram nas cavernas Eles se recusam a falar Nahir disse N s consideramos usar tortura mas Mas isso est fora de quest o para qualquer um da linhagem Kuutma concluiu Eu concordo As precau es que voc s tomaram foram boas mas precisamos supor que ele tenha conseguido sair da cidade e esteja agora a caminho de onde quer que pretenda ir Ent o aonde ele est indo Sem esperar resposta Kuutma voltou se para Diema Voc acredita que ele ainda esteja agindo conforme as profecias do livro de Toller At onde pudemos perceber Tannanu sim Diema disse A interven o de Leo Tillman em Londres nos deu algum tempo mas n o h nenhuma raz o para pensar que inviabilizou o plano geral que realizar todas as profecias na sequ ncia e for ar a m o de Deus A blasf mia dita t o bruscamente causou um frisson entre as fileiras de Mensageiros E qu o longe ele j chegou Kuutma perguntou calmamente mh o que estamos tentando determinar Nahir respondeu Meu pessoal est analisando o livro neste momento Pe
585. stumavam estar as casas desenhadas nela Com certo grau de afeta o ele revelou seu favorito o Gell rt Hotel Lembrava se dele das f rias que passara em Budapeste alguns anos antes Estaria na gravura de Toller se j tivesse sido constru do naquela poca Era grande e lotado o bastante para proporcionar um ponto de encontro plaus vel mas s tinha duas entradas principais E nenhum guarda armado nenhum sistema de fechamento autom tico nenhum plano de conting ncia elementar meus caros Watsons Diema n o havia gostado daquilo a princ pio nem quisera discutir O confronto com Kennedy a havia deixado taciturna e retra da estava se recompondo Kennedy pensou em meio s linhas de batalha interiores que pareciam significar tanto para ela Mas Diema n o fora capaz de encontrar falhas na ideia e finalmente concordara com o que basicamente era um fait accompli J estava claro que tanto Kennedy como Tillman preferiam a vers o do plano de Rush e haviam retirado seu consentimento dela Ent o Kennedy atravessou o rio e esperou no calor suarento da tarde at que a fila avan asse o suficiente para ela passar pelas portas penetrando o vasto sal o de entrada com seus pilares de madeira suas claraboias suas elegantes est tuas de nus e mosaicos geom tricos Alguns deles eram originais e estavam perto de completar 100 anos O resto havia sido reconstru do com perfei o depois de 1945 quando o bombardeio russo
586. t morto Kennedy disse Acabou Mas voc s precisam desmontar a bomba E o seu homem Nahir precisa de cuidados m dicos O olhar de Kuutma relanceou para ela na menor fra o de um segundo depois voltou a Diema Isso verdade perguntou Diema assentiu ainda muda Ent o a amea a foi anulada N o h mais nenhum perigo H um Diema tentou novamente A bomba Como Kennedy disse N s removemos o detonador mas a bomba precisa ser desmontada E Nahir Kuutma voltou se para Alus e Taria Cuidem dele ordenou e em um instante elas partiram Ent o Kuutma gritou Dan cheira hu meircha Obedientes ao seu comando os Mensageiros passaram pela porta e cercaram o pequeno grupo Com Rush apoiado no bra o direito dela Kennedy tentou enfiar a m o esquerda dentro da Jaqueta para alcan ar o coldre Diema a alcan ou primeiro r pida como uma serpente e agarrou seu pulso mantendo a m o vista Se Kennedy tivesse conseguido sacar a arma estaria morta antes da pr xima respira o Kuutma estivera fitando Diema ao longo dessas manobras Foi um bom trabalho disse a ela Um trabalho muito bom Voc pode se retirar Diema Beit Evrom O que resta a fazer aqui outros far o Diema n o se moveu Os m sculos de seu peito pareciam estar esmagando seus pulm es fazendo com que um esfor o imenso fosse necess rio ao respirar Tannanu ela disse p
587. ta Aby dos olhou para ele e o repreendeu na l ngua deles qualquer que fosse Ne eyar v shteh De beyoshin lekot Certamente soava como o aramaico adulterado do Povo de Judas Ma es irim shud ekol Samal respondeu a express o tr gica e suplicante como a de um c o a oitado Abydos o cortou com um gesto brusco de comando Depois voltou se para Kennedy como se n o tivesse havido interrup o Mas isso n o servir disse a ela Voc muito cuidadosa ao dizer eu fiz isso e ele n o respondeu a mim Como se voc s dois estivessem sozinhos naquela sala Mas n o estavam Diga nos por favor quem mais estava l Kennedy percebeu com um choque s bito e frio que isso tudo isso tudo o que estava acontecendo a ela nesse momento e o que aconteceria a seguir era a raz o pela qual Alex Wales n o a matara quando tivera chance Depois de decidir tirar a pr pria vida ele havia considerado essencial deixar que Kennedy vivesse para que esses homens pudessem interrog la Eu pensei que o Wales teria mais chance de contar a verdade se eu conversasse com ele sozinha ela respondeu Sua voz falhou ziguezagueando entrecortada entre notas e n o houve nada que ela pudesse fazer para impedir isso N o Abydos disse N o creio nisso a verdade Houve uma longa pausa Perguntarei mais uma vez Srta Kennedy Quem mais estava l Conte me e poupe se dessa dor
588. tamente Enquanto ela n o fizer nada aja da mesma forma Quando ela se mover mova se com ela E se ela fizer algo que o preocupe mesmo no menor grau capture a Capture a e traga a diante de mim Deixe me falar com ela e satisfazer minha curiosidade sobre algumas quest es significativas Ele se levantou sinalizando que a reuni o estava encerrada No entanto nenhum dos Elohim se mexeu ou falou Esperavam um discurso de conclus o Pode ser disse ele que a morte de Heather Kennedy deva estar contida na morte maior Pode ser que Deus a tenha trazido at a nossa porta por uma raz o Porque Ele deseje que fa amos um sacrif cio em Seu Nome que seja t o grandioso quanto nossa miss o Se assim for sacrificaremos com alegria como nos requer o mandamento Deixou a sala ao som de aplausos Parou na porta e p s as m os nos ombros de Hifela fitando por um momento os olhos do homem profundos quase encobertos Ent o saiu sem mais uma palavra A Face da Caveira nunca se sentia confort vel com sinais de aprova o que dir sinais de amor Mas aquela era a b n o de um pai concedida ao filho fiel e como tal era sagrada CAP TULO 52 O dia estava quente e mido desconfort vel s 10 da manh e ao meio dia quase intoler vel No quarto de hotel de Kennedy onde o painel do ar condicionado na parede revelou ser uma caixa de pl stico completamente vazia era como mergulhar em um rio de mela o Mas era pior pa
589. tamente o que eu esperaria de voc S me surpreende que tenha esperado at chegarmos aqui Deveria ter feito isso na Fazenda do Pombal onde voc e Leo Tillman mataram meus irm os Era a nica esperan a que restava a Kennedy que eles tivessem poupado a garota ao menos disso Ela afundou a cabe a nas m os sucumbindo a um momento de puro desespero Ah sim Diema zombou olhando a do alto intensamente Voc achou que podia mentir para mim Heather Kennedy Achou que eles deixariam que eu me encontrasse com voc e com ele sem me contar o que voc s fizeram Diz que fui enganada e manipulada pelo povo que amo Mas esqueceu de contar o que Leo Tillman fez contra mim O que ele tirou de mim Talvez tenha lhe escapado Kennedy for ou se a encarar novamente a garota Foi um grande esfor o Ela realmente temia aquele esc rnio aquele dio temia o que esses sentimentos seriam capazes de causar Diema disse a voz embargada pelo choro alguma vez voc j perguntou ou seus professores te contaram por que o Leo e eu fomos at sua Ginat Dania Para destru la a garota respondeu prontamente N o n o foi isso de jeito nenhum E ali s ela j estava destru da N s chegamos tarde demais Eu fui para efetuar uma pris o Mas o Leo foi para procurar a esposa e os filhos dele Para procurar voc s Ele procurou voc s por treze anos Desde o dia em que voltou do trabalho e encontrou a casa
590. tarde Hifela decidiu que este era um bom momento para intervir Mas n o queria ultrapassar os limites de sua miss o mesmo agora Sacou seu telefone e digitou uma mensagem de texto para Ber Lusim 4 mulher est perto Dist ncia horizontal 250 metros Dist ncia vertical 80 metros Enviou a mensagem e enquanto esperava pela resposta perambulou pelo sagu o lan ando um olhar critico estatu ria No entanto n o conseguia relaxar e estava consciente demais de que aparentava estar inspecionando os nus como em um desfile Voltou a pensar nesta conjuntura crucial no outro grande ponto de virada de sua vida o momento em que havia decidido seguir Ber Lusim ao ex lio Fora um ato de f cega Na poca eles n o tinham ideia do papel que desempenhariam na hist ria humana Nem mesmo sabiam que haviam sido escolhidos Ent o o profeta havia chegado e dado um sentido a tudo Ele prometera revelar lhes um milagre e havia cumprido tal promessa Havia mostrado a eles como cada um de seus atos era uma pe a em um mosaico encaixada n o de forma aleat ria mas perfeita necess ria e interconectada Quando Shekolni falava havia uma perspectiva Ou assim diziam os outros Elohim pelo menos Para Hifela sempre fora mais uma quest o de lealdade pessoal a seu l der at mesmo amor pois o que sentia por Ber Lusim era mais ardente e intenso do que qualquer coisa que j sentira por uma mulher assim como as intimidades do campo de batalha era
591. te acho que essa uma ideia bem ruinzinha S um minuto sozinha Diema insistiu Se isso fosse uma emboscada eu a teria armado via telefone antes mesmo de chegarmos ao avi o N o estaria tentando consertar tudo agora Um minuto disse Tillman V em frente Diema cobriu os quase 30 metros de asfalto que a separavam dos dois Elohim O homem mais pr ximo sorriu e abriu os bra os quando ela se aproximou Ela o abra ou e deixou que a abra asse t o bom ver voc Diema ele murmurou junto a seu ouvido bom ver voc tamb m Nahir volveu ela em tom neutro Ele havia mudado muito desde a ltima vez em que o vira mas provavelmente n o mais que ela Agora que havia sido exposto ao sol e ao clima perdera a palidez caracter stica do Povo Mas enquanto a pele de Diema havia ficado inicialmente vermelha e manchada gradualm ente adquirindo um rubor mon tono a de Nahir magicamente revertera ao forte tom azeitonado que o Povo devia ter exibido quando vivera sob o c u em vez de sob a terra Ele mudara em outros aspectos tamb m Parecia ter ganho uma autoconfian a e uma postura que jamais demonstrara em Ginat Dania Talvez n o fosse uma surpresa j ter sido promovido ao posto de Convocador O segundo homem Shraga que Nahir agora apresentava era um completo estranho para ela Tamb m ele exibia os sinais de quem vivia entre as Na es embora neste caso enquanto sua pele escurecera
592. te para ela mas a express o dele agora era insond vel Bom ele disse em um tom cuidadosamente neutro agora voc me pegou Aqui estamos n s dois menina No mais baixo n vel moral N o acho que eu possa descer tanto Diema disse nem se eu cavasse por mil anos Ela o deixou e voltou a seu assento A conversa n o ajudara em nada a melhorar seu humor e ela continuava incapaz de se dedicar ao trabalho ou distra o Ficou aliviada quando o avi o finalmente pousou e ela p de tornar se ativa outra vez Movimento e a o eram por natureza curativos Passaram pela alf ndega e pela imigra o muito rapidamente Haviam trazido apenas bagagem de m o e seus passaportes rec m forjados eram convincentes Fora lhe dito que ela deveria ir at o terceiro andar do estacionamento do aeroporto onde um Convocador de Elohim com conhecimentos locais a encontraria Ele estaria esperando ao lado de um Skoda Fabia azul e traria consigo uma gama de equipamentos dos quais ela e sua equipe poderiam pegar o que precisassem Quando saiu do elevador no terceiro andar viu o no mesmo instante Viu ambos na verdade Havia dois homens esperando ali de m os nos bolsos imperturb veis e impacientes Diema voltou se para Tillman e Rush que vinham logo atr s dela Esperem aqui disse Vou falar com eles sozinha Considerando o que a gente conversou sobre confian a l na Inglaterra Tillman retrucou secamen
593. terou E depois Kennedy mostrou a ela os n s dos dedos cobertos com seu pr prio sangue coagulado Izzy tomou a m o dela e beijou a Fezbem amor disse A menos que ele resolva te processar Ser que ele faria isso Acho que n o Sempre que estou a s s com um cliente eu ligo um gravador Ent o tenho toda a proposta dele numa fita de udio E vou enviar o relat rio de qualquer maneira para ele o chefe dele e o CEO da empresa Infelizmente ele ainda me devia metade do meu pagamento E quando sa n o parecia que ele estivesse para me passar um cheque Tem algum outro cliente em vista Estou sem clientes em vista at o Dia do Ju zo Final Izzy Eu esperava que esse trabalho me conseguisse um monte de indica es para outras empresas da cidade com problemas de seguran a que n o soubessem resolver sozinhas Mas acho que isso n o vai mais rolar Izzy parecia perversamente animada com a m not cia T legal disse ela Assim voc pode ser minha te da e mante da por um tempo e viver dos meus ganhos imorais Ela estava brincando mas Kennedy n o conseguiu rir N o se sentia capaz de dar a Izzy a menor colher de ch Francamente disse ela isso soa como ir parar no quinto dos infernos Percebeu nesse momento que viera para casa procurando uma briga uma sess o de acusa es sobre fidelidade e responsabilidade que provavelmente pareceria cat rtica nos primeir
594. tipos m veis de chumbo Os Mensageiros de Diema removeram o quadro para o lado com algum esfor o porque os trilhos de ferro nos quais havia sido montado estavam quase completamente enferrujados pela exposi o ao ar mido Enquanto homens e mulheres p lidos usavam seus m sculos impulsionados por drogas houve um som como os berros de touros e gradualmente alguns cent metros por vez o quadro foi empurrado para o lado e o t nel escuro atr s dele abriu se diante dos olhos de todos Cada um dos Mensageiros usava um par de culos de vis o noturna do ex rcito que transformavam a meia noite em um dia sem nuvens E cada um deles fora equipado com as novas armas de dardos tanto na forma de rifles como na de pistolas Rush havia recebido uma lanterna e uma ma No geral ficara comovido com a ma Diferentemente da bomba de tinta era um insulto ao qual Diema havia dedicado algum pensamento Teria precisado sair para compr la em algum lugar ou no m nimo peg la de uma fruteira qualquer e guard la para ele Isso ajudou o ego ferido de Rush a se recuperar depois da sess o de informa es Ent o a lanterna para eu achar meu caminho no escuro obviamente ele dizia a ela agora enquanto os Elohim abriam o port o E a ma para o caso de eu ficar com fome Ent o o que devo usar como arma A garota fixou os olhos escuros e intransitivos nele A ma disse para lembr lo de que
595. to sentido teria Depende do que voc estiver procurando Rush esperou por mais mas Kennedy n o tinha nada a dizer Se ela estivesse errada poderia muito ficar errada em sil ncio Havia centenas de caixas vazias nas infinitas prateleiras As cheias eram todas do mesmo tamanho j que possu am o mesmo conte do uma profus o de livros da Biblioteca Brit nica As caixas vazias haviam acabado de ser colocadas onde houvesse espa o para elas ent o vinham em uma variedade de tamanhos que refletia a infind vel variedade de itens no acervo do museu Kennedy s se deu ao trabalho de abrir as maiores e encontrou ouro antes mesmo de chegar metade do corredor D Ela fez sinal para que Rush se aproximasse e apontou para a caixa aberta Ele olhou para baixo e seus olhos se arregalaram A caixa continha um su ter preto e um par de leggings pretos Botas pretas A balaclava preta concebida para cobrir todo o rosto E uma grande quantidade do que parecia ser cinzas Jesus ele exclamou Eu n o entendo Era isso o que o intruso estava vestindo Sim disse Kennedy isso Ent o por que que ainda est aqui N s o vimos sair da sala N o N o vimos S o vimos subir para o espa o do teto Mas ambos sabemos que n o existe jeito de sair de l de cima Ent o o que n s vimos n o foi a grande fuga Foi outra coisa Kennedy ainda estava encaixando as pe as em sua mente mas o fato de que havia
596. tos viol ncia que dobrava e distorcia o mundo e um mundo t o resistente que ricocheteasse de volta forma original Zangada e frustrada tirou os fones e os enfiou novamente no bolso das costas do assento Posso te fazer uma pergunta Rush inquiriu N o Diema grunhiu Ela havia percebido a frequ ncia com que o olhar dele relanceava em sua dire o e isso j a irritava de tal forma que havia pensado em mudar de lugar N o sobre nada supersecreto juro por Deus sobre o Toller Diema virou a cabe a para lan ar ao garoto um olhar frio Uma pergunta E depois voc me deixa em paz Beleza o seguinte o Toller disse que nasceu na escurid o Isso era literalmente verdade Seu povo vive mesmo no subterr neo Ela continuou fitando o em um sil ncio p treo por longos segundos Depois pegou os fones de ouvido e os recolocou T bom desculpa Rush disse rapidamente Se n o quer responder tudo bem Eu entendo Talvez isso toque em algum dos seus grandes segredos Uma pergunta diferente ent o Qual a passagem nas escrituras de voc s que fala sobre os tr s mil anos Aquela na qual o Toller baseou suas previs es poss vel que ele estivesse contando a partir de uma data diferente Diema suprimiu o impulso de golpear a traqueia do rapaz tanto para faz lo calar quanto para demonstrar nfase Adamitas que leem nosso evangelho morrem lembrou o Ent o se essa
597. tr s trancando a caminhou ao longo de todo o per metro o que levou dois minutos e meio e voltou para dentro Uma hora depois saiu novamente e feza mesma coisa Desta vez quando a porta se fechou Tillman ficou de p massageou os m sculos doloridos e come ou a andar em dire o ao pr dio Diema o vigiava assim como havia vigiado Kennedy a uma dist ncia suficiente para que ele s pudesse tomar conhecimento de sua presen a se ela cometesse um erro grosseiro Estava a uns 600 metros dele atr s de uma muralha de caixas e caixotes descartados em um trecho de terreno inutilizado entre dois kits de produtos feitos para apresenta o a clientes um dedicado a dispositivos antirroubo para carros o outro fabrica o de implantes mam rios de silicone Toda a l gica do mundo dos adamitas espalhada ali como a moral de uma f bula Ela gostava dessa analogia Mas n o estava sentindo o desprezo e a sensa o de superioridade que isso implicava A verdade embora ficasse exasperada ao perceber tal fraqueza em si mesma era que Tillman a deixava inquieta Sabia quem ele era claro Kuutma havia contado tudo a ela precavendo a contra surpresas Tillman era o pai de sua carne Fora ele quem engravidara a m e de Diema Rebecca Beit Evrom quando ela fora enviada ao mundo exterior como uma Kelim cumprindo um prop sito que estava acima e al m dele O homem era nesse caso como um asno que carrega o fiel at o local de ora
598. tra a parede e sem discuss o Obede a uma merda atr s da outra Kennedy pensou amargamente E sabia que Tillman estava certo em certo n vel Mas o n vel no qual estava errado a inquietava mais e ela percebeu que se colocava entre eles deixando o cano da arma de Tillman tocar lhe o esterno e descansar contra sua garganta Chega Leo disse ela Abaixe essa arma Ela j fez o suficiente para provar o que precisava Tillman tentou contornar Kennedy mas ela agarrou o pulso dele com ambas as m os e ficou claro que a nica forma de ele se soltar seria pela for a E o que foi que ela provou exatamente perguntou ele Que n o est interessada em nos matar Kennedy disse entre dentes rilhados Ent o abaixe a arma e vamos conversar Por enquanto estamos em territ rio neutro Ela olhou para a garota por cima do ombro Certo De jeito nenhum Diema disse Sangue foi derramado aqui O sangue do meu povo Est longe de ser neutro Mas sagrado e eu respeito isso Voc que o derramou deveria honr lo tamb m Ela estava olhando para Tillman diretamente nos olhos dele uma silenciosa ferocidade em sua express o Ele sustentou o olhar com uma determina o belicosa que Kennedy j vira no rosto dele antes Sua nuca se arrepiou desagradavelmente Ela teve a sensa o por un momento de que havia se colocado entre Tillman e o reflexo dele em um espelho Como que ele pode
599. travagante que mencionava barris e tomou aquele u sque n o metaforicamente mas para valer Melanc lica ela o sorveu devagar perguntando se o que viria a seguir O trabalho na Sandhurst Ballanty ne era para ter sido o come o de algo bom mas agredir fisicamente seu patr o reduzira significativamente as chances de ele indic la para os amigos Ent o aqui estava ela com uma lista de clientes zerada uma agenda de compromissos vazia e uma namorada infiel talvez compulsivamente infiel Seu futuro parecia brilhante A apar ncia bela e escultural de Kennedy e seu longo cabelo loiro logo atra ram a aten o dos outros bebedores diurnos Seria isso ou aquele fetiche chato de sempre com a mulher de uniforme O dela era severo ao extremo um r gido macac o de seguran a azul como o dos policiais com botas militares pretas no entanto para alguns homens o fato de ser um uniforme j o suficiente Ela estava acabando de liquidar o u sque quando seu telefone tocou Pegou o com um lampejo moment neo de esperan a s vezes uma porta se abria logo depois que outra se fechava Mas era Emil Gassan Ele era um acad mico historiador de uma universidade escocesa que ela conhecera no decorrer de um caso antigo e essa era a nica coisa sobre a qual ele sempre queria falar com ela Kennedy recusou a chamada e jogou o telefone de volta na bolsa Pensou em passar o dia vagando toa por Londres visitar uma galeria assistir a
600. tros da cabe a de Izzy um palete de construtor com doze sacos de cimento empilhados sobre ele frouxamente amarrado com um nico la o de corda Alguns dos sacos haviam se rompido Era isso que estava flutuando no ar e penetrando em seus pulm es Era o tipo de coisa que poderia parecer um acidente terr vel mas evidentemente n o era nada disso Fora uma emboscada improvisada s pressas mas ainda assim eficiente Podia se presumir que o plano original fora pegar as duas assim que deixassem o Caske caminhassem Juntas para casa Por m Izzy sa ra primeiro e o fato de ela ter sido usada como isca tornava absolutamente claro que a pr pria Kennedy era o verdadeiro alvo Ela olhou para o andaime e as redes acima Nada se movia l e parecia improv vel que seja quem for que tivesse deixado cair o palete ficasse ali para ver o resultado Havia uma escada ao lado dos andaimes que ia at o primeiro andar Provavelmente fora por ela que o atacante invis vel havia chegado l em cima Mas certamente ele n o havia descido da mesma maneira Kennedy selecionou um homem quase ao acaso de um grupo no qual todos exibiam o desleixo meticulosamente cultivado dos estudantes Ela agarrou o bra o dele e apontou para Izzy N o deixe ningu m toc la disse Fique perto dela at eu voltar Voc e seus amigos Fiquem com ela Ao redor dela Entendeu T bom disse o homem mas n s nem Kennedy n o ouviu o que mais ele d
601. turbado O mais inst vel As revoltas do s culo XVII trouxeram a sensa o de uma grande e irrevers vel mudan a um ponto culminante da hist ria humana Na Gr Bretanha a monarquia foi derrubada e o rei decapitado pelo pr prio povo Na Europa o desafio luterano para a Igreja Cat lica parecia ecoar as batalhas catacl smicas prometidas por S o Jo o em seu Apocalipse Se a Santa Madre Igreja podia ser atacada prejudicada e for ada a lutar por sua sobreviv ncia ent o quem estaria seguro Ent o todo mundo entrou na onda de alucinar Kennedy resumiu Por mais ou menos um s culo E por todo um continente Bouchard deu de ombros n o parecendo convencido pela met fora Johamn Toller pertencia a um grupo chamado de pentamonarquistas disse ele J ouviu falar Kennedy balan ou a cabe a negativamente Provavelmente n o ouvi falar de nada do que voc vai contar Assuma que eu sou completamente ignorante N o vou me sentir ofendida Eram uma entre as muitas e muitas organiza es radicais daquela poca Fan ticos religiosos e como uma coisa atra a outra dissidentes pol ticos Eles vinham de muitas origens diferentes pol ticos proeminentes magistrados escritores e oficiais de alto escal o do ex rcito mas estavam unidos por uma nica quest o de f Acreditavam que a hist ria da humanidade possu a uma forma que os s bios e os bons poderiam analisar e compreender Que
602. u m viera opor se a eles Seu tempo n o havia sido completamente desperdi ado Armado Hifela perguntou atr s dele O guarda assentiu Acho que sim Uma arma Ele me acertou com o cabo de uma arma Hifela olhou para as portas duplas que estavam diante deles Empurr las e atravess las de uma vezera obviamente uma op o Eles estavam em maior n mero afinal e eram Elohim guerreiros a servi o do Nome Mas n o eram tolos Na batalha sabiam descartar uma vantagem quando n o necess rio faz lo um pecado geralmente mortal Gesticulando novamente Hifela designou dois homens para vigiar as portas O resto levou consigo saindo pela porta traseira e contornando a lateral do edif cio O espa o usado para armazenagem era imenso Ocupava a maior parte do interior da constru o e havia meia d zia de maneiras de aproximar se dele Duas delas eram portas que se abriam a partir de corredores paralelos facilmente acess veis por uma entrada lateral Hifela seguiu para l na frente e levou seus homens para dentro usando uma chave mestra Entraram separaram se em dois grupos e ao sinal de Hifela deslocaram se calma e silenciosamente pelos corredores em dire o s duas portas Hifela abriu uma com a chave mestra Shud arrombou a outra empurrando a uma nica vez com o ombro Invadiram o armaz m vindo por dois lados amplamente espalhados em busca do inimigo N o havia inimigo Mas havia fogo
603. u rapidamente Leo n o tenho certeza de que esse plano v funcionar Tillman suspirou N s concordamos com isso Qualquer coisa que n s fa amos agora N o escuta Suponha que tenhamos acertado e tudo esteja saindo do jeito que quer amos Suponha que chamamos a aten o do Ber Lusim Ele poderia ter colocado vigias ao redor do pr dio agora mas mais distantes do que voc s est o ou ent o mais perto ali s Algu m dentro do sagu o do hotel esperando para me seguir quando eu sair E da Da que talvez eu deva sair Ele pode estar pronto para morder a isca mas ainda n o se sente vontade para invadir um espa o que eu j tive tempo de fortificar Talvez ele esteja planejando me pegar a fora assim que eu puser o p na rua Mais uma raz o pra te manter longe da rua Heather O tom de Tillman era seco Aqui estamos no controle L fora nem tanto Eu estou olhando para as ca ambas aqui da minha janela Leo Eu sei Estou te vendo Ent o acene para mim N o E n o fique olhando para as ca ambas a da sua janela Escute Se houvesse menos em jogo eu concordaria com voc Kennedy disse rispidamente toda a sua tens o vindo tona de uma vez Mas se ele estiver esperando que a gente fa a alguma coisa e a gente ficar esperando que ele fa a alguma coisa ele vence Porque presumivelmente ele ainda est com seu bando de lun ticos felizes causa
604. u a moto para fazer com que eu fosse para l Ou ent o ela mesma vigiava o lugar e o Mano entendeu tudo errado Mas o que quer que tenha sido ela sabia que eu estava l Esteve me vigiando o tempo todo Ele tirou a metralhadora das m os de Kennedy e a colocou de volta na caixa tampando a com for a Kennedy havia esquecido que estava segurando a arma Como voc sabe disso ela quis saber Porque eu acionei um alarme enquanto estava l Me tornei um alvo Na verdade eu deveria ter sido morto Mas n o fui porque algu m me deu cobertura Havia outra atiradora escondida no meio da grama alta que abriu fogo de cobertura pra mim E at onde pude ver ela fez isso sem matar ningu m Tiros de precis o uma beleza N o foi seu amigo Kennedy perguntou O Manolis Ele n o atirador E estava bem longe dali A esposa dele arrancaria meu couro e jogaria sal se eu pedisse a ele que fizesse qualquer coisa assim Eu o uso para vigil ncia que a especialidade dele e s pra isso Tillman se deteve por um segundo observando a Kennedy teve de lutar contra o impulso de desviar o olhar temendo o que ele poderia ler em sua express o Olha ele disse tenho certeza de que ningu m me seguiu at l E ningu m mais se mexeu naquele fim de mundo depois que cheguei l Isso significa que o atirador j estava preparado e escondido antes de eu chegar Era a garota N o consigo pensar em outra pes
605. u como se estivesse em agonia usando o movimento para trazer as pernas para junto do corpo e aproxim las da m o esquerda Sentia que seu pulso direito havia possivelmente se partido quando Ber Lusim arrancara a arma de sua m o com um tiro uma fa anha prodigiosa mesmo a uma dist ncia t o curta O tempo est contido na eternidade como o gr o na p rola Ber Lusim estava dizendo Toller viu todas as coisas tanto as pr ximas quanto as distantes E se importou com todas elas Rush ergueu o livro sua m o tremendo ainda mais notavelmente T bom talvez Talvez tenha sido assim Mas h outra possibilidade Toller n o foi ningu m S um cara Mas foi um ingl s Ele saiu da Inglaterra talvez para fazer aquela coisa toda de grand tour ou talvez porque fosse um comerciante ou diplomata Ent o ele est passando pelos Alpes quando sofre um acidente S que n o est sozinho quando isso acontece E n o o nico sobrevivente Tem outro cara ao lado dele ferido provavelmente morrendo Este o seu profeta rec m sa do de Ginat Dania E esse o momento em que tudo muda para Toller a que a vida dele vira de ponta cabe a Porque o homem ferido est alucinando e n o consegue parar de falar Ou ent o s por saber que est morrendo Ele tem que contar a hist ria da vida dele a algu m antes de partir e Toller est bem ali Toller est ouvindo Ouvindo com toda a aten o Isso
606. u do conselho Tillman disse E n o ligo para o que voc vendeu a ela Sou assistente social e quero ter certeza de que realmente era ela Me mostre a fita e eu dou o fora digital o homem disse Est em um disco Eu n o entendo como funciona Vou ter que chamar nosso Kevin Tillman assentiu Boa ideia disse A tela da TV port til tinha uns sete ou oito centimetros quadrados e a imagem era t o ruim quanto o som Oferecia vislumbres de um mundo fr gil sitiado ligeiramente inclinado para fora da realidade e dominado por ondas peri dicas de interfer ncia como nevascas de pixels O adolescente esguio e calado que atendia ou em geral n o atendia por nosso Kevin mexeu nos controles da TV no tocador de CDs e na TV outra vez A imagem ganhava e perdia foco mas depois de um tempo se tornou bvio que tentar dar lhe maior nitidez acrescentaria apenas mais contraste em vez de mais detalhes Eles fizeram o v deo passar rapidamente pela grava o do dia anterior reduzindo 12 horas de tempo vivido a uns poucos minutos de cenas bruscas O homem com os culos fundo de garrafa parecera estar trabalhando pela maior parte do tempo tirando umas duas pausas para ir ao banheiro que duravam cada uma quatro ou cinco quadros durante os quais quem ficava atr s do balc o era nosso Kevin A o homem disse por fim enfiando seu indicador atarracado na tela Kevin congelou a imagem m
607. uas perguntas na verdade Como voc s nos encontraram e quem mais sabe disso Obviamente farei a mesma pergunta rhaka mais demoradamente e com maior nfase na pontua o Mas j que temos este momento irm zinha diga me a verdade Voc s quatro est o sozinhos aqui ou terei que matar novamente amanh Estamos sozinhos Hifela emitiu um som meio reprimido como um bufo ou uma risada Fascinante Talvez dev ssemos ter deixado que viessem ent o e visitassem nossa casa Teria sa do mais barato em termos de vidas perdidas Diema se retesou Eu n o matei ningu m disse rispidamente Voc n o Mas seu rude amigo matou pelo menos um dos homens que mandei contra ele e mutilou outro E a granada que falhou em matar voc abateu um dos nossos Ent o Agora eu tenho metade da resposta A outra metade por favor Como voc s nos encontraram O frontisp cio do livro de Toller Ele mostrava esta montanha O resto foi palpite Um palpite prodigioso Mas sim entendo H um rastro de l gica a e n s n o dever amos ter nos colocado t o precisamente ao final dele Um trabalho elegante irm Agora sua pergunta antes que eu fertilize este solo com seus ossos sangue e miolos Voc faria isso Sua voz soou fraca at infantil como se implorasse por miseric rdia Por m n o era isso Era uma s plica ao mundo para que fizesse sentido e fosse como deveria ser Mas talvez s uma
608. ubada Mesmo na poca o pai de sua carne fora sin nimo de perda Manteve o olhar fixo nas portas abertas do palheiro onde nada se movia Esperou que eles a chamassem E que o le o finalmente fosse finalizado CAP TULO 45 Ben Rush este o Leo Tillman Tillman Rush Kennedy disse Ela virou as p ginas fotocopiadas de forma que ficassem de frente para os dois homens Se vamos fazer isso disse acho que dever amos come ar com o livro do Toller O Alex Wales entrou em Ryegate House para roub lo depois permaneceu l para conseguir uma lista de todo mundo que j o tivesse lido nos ltimos 60 ou 70 anos Os que ainda estavam vivos n o est o mais Kennedy estava de p Os homens estavam sentados ambos do outro lado da mesa encarando a Tillman puxou um feixe de pap is do ma o sua frente e leu em vozalta com Rush espiando por cima de seu ombro E o Falso mundo morrer e o Verdadeiro mundo viver Como na Eira quando o Joio separado do Trigo todos aqueles que trabalham com dilig ncia e merecem seu Pagamento h o de finalmente comer Tillman ergueu o olhar para Kennedy Que tal um resumo mais ou menos tudo igual ela disse Trezentas e setenta e duas profecias em 60 ou 70 p ginas todos os sinais e portentos que aparecem pouco antes do fim do mundo Como no Livro do Apocalipse Rush disse Obrigada Rush Eu sabia que podia contar com um bo
609. ue ele n o escolheu aquela f brica porque gostou da decora o Ele a escolheu porque fica bem no extremo norte da Broadway esse o sistema de distribui o dele Arranjou um cano de rev lver com 20 quil metros de comprimento e 24 metros de largura Acho que o veneno nunca saiu daquele pr dio Rush tinha dificuldade para persuadir Tillman e Nahir a ir ver o que ele havia encontrado Na verdade tinha dificuldade at para fazer com que o ouvissem A opini o de Nahir ap s finalmente deixar que Rush dissesse o que queria foi de que encontrado era provavelmente a palavra errada O pr dio foi revistado por Elohim ele afirmou Seu tom sugeria que apenas um idiota precisaria que lhe explicassem isso O que quer que voc tenha visto pode ter certeza de que eles tamb m investigaram Mas voc s pode v lo sob certos ngulos Rush esclareceu tentando arduamente soar calmo e racional E mesmo assim s quando a luz acerta o local certo Est camuflado Contra amadores Nahir disse N o contra profissionais Onde fica Rush Tillman perguntou Naquela coisa que parece uma piscina vazia A fossa de gordura Nos fundos do pr dio Sim Isso Tillman pareceu duvidar Eu j verifiquei disse Com a Kennedy Achamos que provavelmente foi l que o Ber Lusim mandou colocar as bandejas Mas n o tem sinal de que isso tenha sido feito recentemente
610. ue eu sei ou me dispensar e seguir seu caminho De uma forma ou de outra eu disse o que vim dizer E ainda que voc s sejam meus inimigos eu nunca os tratei como inimigos Demonstrei mais respeito por voc s do que voc s por mim Uma nica l grima vermelha escorreu pela bochecha da garota Ela n o se mexeu para enxug la N o Kennedy disse Essa n o a nica quest o Antes que eu decida se posso trabalhar com voc se consigo aguentar ao menos ficar na mesma sala com voc quero uma resposta para outra pergunta A garota olhou para ela em sil ncio impass vel O que est te incomodando Heather Tillman perguntou Podia ver claramente pela express o dela que era algo grande N s achamos que s havia dois tipos de emiss rio Kennedy disse Os soldados e as m es Mas suponha que houvesse um terceiro tipo N o lutadores exatamente mas organizadores Pessoas que fazem as coisas acontecer Pessoas com contatos e recursos que se instalam no mundo adamita e fazem com dinheiro o que os Elohim fazem com facas Protegem o Povo de Judas e servem aos interesses dele Por que voc suporia isso Diema perguntou em voz baixa Ah n o sei Que tal porque a Funda o Validus colocou o Emil Gassan no lugar certo para lidar com o roubo do livro do Toller em Ryegate House Depois o Gassan me chamou eu topei com voc e fui falar com o Leo Nada disso foi por acaso nada disso foi
611. ue precisam impedir que isso aconte a Ela esperou O sil ncio foi muito mais longo desta vez pois Tillman pensava em todas as implica es Vou falar com a Diema disse por fim A decis o n o dela Kennedy disse bruscamente N o n o Mas ela tem gente que conhece o terreno Se fizermos isso precisamos escolher o lugar certo Houve uma pausa mas ele n o desligou o radiotransmissor e ela soube que n o havia terminado de falar Mas voc pode estar certa disse afinal Era pra isso ser uma provoca o Quanto mais tempo voc fica a sem fazer nada menos provocante a coisa se torna Vou falar com os outros e j te respondo Ele desligou Kennedy jogou o r dio na cama e fez para si uma x cara nada inspiradora de caf Diema nem mesmo discutiu a quest o Ela est certa foi o que disse Provavelmente dever amos ter feito isso antes Dado a eles uma situa o de mudan a qual tivessem que reagir em vez de uma situa o que parece est vel Meu Deus por favor Rush emendou Qualquer coisa que me tire deste carro Isto aqui uma sauna Ent o aonde ela deveria ir Tillman perguntou a Diema Vou perguntar Quer dizer que vai falar com seu pessoal Sim E quanto tempo isso vai levar O tempo que precisar Ela desligou o canal Um momento depois o r dio vibrou novamente Era Rush Preciso mijar el
612. uficiente para partir ao meio um fio de cabelo Eis a l mina Ele a inverteu em sua m o e a ofereceu a Shekolni O profeta a aceitou e meneou a cabe a em agradecimento Voltou se para os homens e as mulheres ajoelhados Do seu pecado surgir um grande bem disse lhes na l ngua deles para que pudessem entender e sentir se consolados Da sua dor uma b n o inenarr vel E das suas mortes a vida eterna Ele estava sobre o ru do Mesmo com as morda as e com Shekolni trabalhando o mais r pido que podia os pr ximos 20 minutos foram angustiantes e exaustivos Nenhum dos espectadores desconhecia a morte todavia este tipo de morte com a v tima indefesa e tomada de p nico porque capaz de perceber o que est acontecendo n o algo agrad vel de observar Mas ainda assim eles observaram Pois sabiam o porqu desse holocausto e o que dependia dele O profeta ergueu se finalmente a m o tremendo de cansa o Suas vestes n o eram mais vermelhas Na sala sombria o sangue que as encharcara as havia tingido de um preto homog neo Ber Lusim deu um passo frente para apoiar Shekolni manchando se tamb m com aquele sangue literalmente uma vez que simbolicamente j estava coberto por ele As rodas come am a girar Shekolni disse E as asas a bater Ber Lusim respondeu Am m Ber Lusim sinalizou para que se acendesse o fogo Quando foram embora a velha casa estava em chama
613. uidadosa dist ncia de que eles fossem ouvidos Eu gostaria Kuutma disse de t lo matado primeiro e encontrado outra forma de resolver os problemas que me restavam Tillman riu brevemente em um nico bufo disse ele Bom pra mim isso meio que um resumo da sua gente Voc s sempre complicam demais essas coisas e sempre cometem o mesmo erro Kuutma fez uma carranca mas manteve o tom equilibrado e controlado E que erro seria esse Sr Tillman Tillman passou a m o pelo rosto suado e piscou v rias vezes rapidamente As drogas que havia recebido estavam interferindo em sua percep o ou em sua capacidade de pensar ou em ambas Ela incr vel n O qu Kuutma perguntou confuso A minha garotinha Ela uma figura mesmo Eu arriscaria o palpite de que isso vale pra todas as mulheres na fam lia dela Ela me lembra muito a minha esposa Rebecca Beit Evrom n o foi sua esposa N o N o Pelas nossas leis o relacionamento entre uma mulher Kelim e um pai externo adamita n o constitui um casamento Qual o erro que o senhor pensa que cometemos Sr Tillman Ainda piscando Tillman virou a cabe a para fitar Kuutma Tem um tipo de prov rbio Voc j deve ter ouvido Diz que se voc s tem um martelo na sua caixa de ferramentas tende a tratar tudo como um prego Estou familiarizado com essa observa o Voc s passaram dois mi
614. um reconhecimento uma admiss o da paix o que a preenchia Primeiro voc deve ser treinada disse ele E isso n o algo simples Depois bem eu tenho um plano e voc parte dele Quando estiver pronta eu o explicarei E ent o a enviarei para fora Ele ficou de p e indicou que ela deveria sair mas por un momento ela n o conseguiu se mover Se assim desejar Kuutma ela disse Enviar me para onde Ele a fitou com uma express o complexa indecifr vel Tomou as duas m os dela nas suas e Juntou as como se estivesse outorgando uma b n o ou ent o convidando a a juntar se a ele em uma prece Para sua prova o irm zinha disse solene at tristemente Para a tarefa e o teste que s o seus e somente seus CAP TULO 17 Kuutma dissera que o treinamento n o seria algo simples Na verdade foi um ord lio que quase a venceu A garota descobriu como esperava que nem a mec nica nem a tica da arte de matar eram intimidadoras Ela sempre preferira uma vida solit ria com poucas e fugazes rela es humanas tinha a no o de que poucas coisas duravam e que amores rom nticos e familiares eram ou ilus es reconfortantes ou pe as que as pessoas pregavam em si mesmas Ent o foi poss vel para ela aprender em detalhes precisos muit ssimas formas de dar fim a vidas sem que suas emo es ou consci ncia se envolvessem nisso Era tudo teoria at ali mas uma teori
615. um interesse silencioso e imparcial mas finalmente percebeu a situa o de Kennedy Aproximou se da boca de Kennedy para pescar o len o pela ponta que ainda estava vis vel Kennedy inspirou de forma bruta e tr mula convertendo o ar quando ela o soltou novamente em solu os speros de choque Est tudo bem a garota disse soando exatamente como Aby dos soara alguns momentos atr s Acabou Mas voc tem que ir embora voc Quem Kennedy arquejou Sou Diema a garota respondeu simplesmente Vasculhava os bolsos de Samal depois os de Abydos em busca de uma chave mas Kennedy n o entendeu isso at v la at que a garota abrisse as algemas nos pulsos dela e a barra em seus tornozelos Voc precisa sair daqui ela repetiu enquanto trabalhava Esses homens vieram sozinhos mas haver outros Provavelmente muito em breve Kennedy sentou e come ou a massagear as m os e os antebra os dormentes tentando reanim los Baixou o olhar para Samal temendo apesar do que vira apesar do que sua mente racional lhe dizia que ele pudesse levantar e atac la novamente Desculpe mas n o estou entendendo disse ela quando sentiu que poderia voltar a confiar na pr pria voz Quem voc Por que me ajudou Voc voc mesmo amiga da Izzy A garota lan ou lhe um olhar ligeiramente espantado momentaneamente confusa Amiga da sua amante N o se
616. umento Sra Parminter o que acha que o intruso queria O que quer que pudesse pegar A resposta soou descontra da mas foi dita com uma nfase definitiva O qu a senhora n o acha que ele tinha um plano Um alvo espec fico N o N o acho Por qu Parminter quase zombou Bem digamos apenas que se ele tinha e se ele acabou naquela ala e naquela sala deve ter entrado no lugar errado Ela se levantou sem perguntar a Kennedy se a entrevista havia acabado e dirigiu se porta Ent o disse por sobre o ombro Ele teria tido mais sorte remexendo no nosso lixo Antes que Kennedy pudesse chegar ao entrevistado n mero dois Izzy telefonou Ela ainda estava no trem Oi Izzy disse tentando soar alegre em meio tristeza e dor O que voc est fazendo agora Surrando malfeitores Entrevistando testemunhas respondeu Kennedy Surrar vem depois Eu pensei que voc j estaria l agora O trem ficou detido perto de Leicester N s vamos chegar logo Houve um sil ncio fecundo Diga a eles que mandei um abra o disse Kennedy por falta de outra coisa a dizer que tivesse um verdadeiro significado Claro Izzy respondeu Eles eram o irm o de Izzy Simon sua esposa homof bica Caroline que cruzava as pernas sempre que Kennedy entrava na sala como se temendo que sua vagina estivesse sob amea a direta e seus filhos estranhamente quietos
617. uros dentro de caixas de armazenagem alinhadas s paredes das salas ou empilhadas em metros e metros de prateleiras de a o As coisas grandes e r gidas estavam bem ali vista Sob esse aspecto a Sala 37 era uma das mais not veis Estava cheia de estantes e caixas nada mais Olharam para dentro dela mas n o entraram pois Kennedy ainda n o estava pronta para se concentrar nisso Queria primeiro ter uma vis o geral decente do lugar Nosso controle ambiental tamb m de ltima gera o Gassan disse enquanto prosseguiam Temperatura umidade ilumina o todas s o reguladas e monitoradas em tempo real O que isso Kennedy perguntou Estava apontando para uma grande caixa cinza junto parede logo ao lado da j conhecida caixa vermelha que era o alarme contra inc ndio Era id ntica a esta em tamanho e forma mas tinha o r tulo SEGURAN A enquanto na outra se lia FOGO Como o alarme contra inc ndio tinha um encarte de vidro retangular com as palavras PRESSIONE AQUI outro dispositivo de seguran a Gassan respondeu Instalado por meu antecessor o Dr Leopold Quebrar o vidro e apertar o bot o aciona uma trava Todas as portas internas s o desativadas As portas e as janelas externas se trancam e portas de a o s o baixadas O edif cio torna se essencialmente uma pris o Rush estava parado v rios metros frente deles segurando uma porta aberta Ele come ou a andar ao lado de
618. ustificado Seu tom de voz era estranho Assim como suas palavras Kennedy pensou Ela soava como algu m que implora mais do que como quem conduz um interrogat rio Tillman assentiu Ele engoliu ar antes de tentar falar novamente A ilha disse a voz embargada mas compreens vel Diema concordou A ilha que foi dada por uma ilha Todos tivemos tempo de pensar nisso Se voc tiver alguma ideia se qualquer um de voc s tiver uma ideia esta provavelmente nossa ltima chance de descobrir onde fica Ningu m respondeu Diema olhou para cada um deles por vez Por favor disse Soava desesperada Qualquer coisa Isso n o tem a ver com nossos sentimentos N o tem a ver com podermos confiar ou n o uns nos outros Pensem nas pessoas que logo estar o mortas Nahir se retraiu e balan ou a cabe a Parecia pensar que toda essa cena estava abaixo de sua dignidade Houve tratados Rush disse com imensa relut ncia Diema voltou se para ele V em frente No s culo XVII s vezes um pa s cedia ou trocava uma col nia com outros ou para evitar uma guerra ou para dividir os ganhos depois de uma Encontrei muitos casos quando pesquisei Diema ainda olhava para ele com grande expectativa Assim como Kuutma Rush encolheu os ombros Eu acho que n o lembro Tente Diema disse tensa Rush franziu o cenho e olhou para o ch o As Ilhas das Especiarias disse ele
619. utra pausa Eu passei o dia todo deitado E a ter a feira de manh tamb m Depois levantei Ele parecia estar escolhendo as palavras com cuidado como se tivesse medo de ser acusado de alguma coisa de mentir sobre ter ficado doente talvez O que estava acontecendo quando voc chegou na ter a feira Kennedy perguntou Voc quer dizer qual foi a primeira coisa que vina ter a feira Sim Exatamente A pol cia estava por toda parte Entrando nas salas Ent o o que voc fez Fui para a minha mesa e liguei meu computador Como num dia normal Sim Wales assentiu N o ficou surpreso ao ver todos aqueles policiais N o parou para perguntar a algu m o que estava acontecendo Eu pensei que provavelmente estavam investigando uma invas o Voc pensou nisso Na mesma hora Kennedy recebeu outro olhar longo e duro daqueles grandes olhos escuros Sim Na mesma hora O que o fez pensar assim Bom pareceu a explica o mais bvia Mas acho que poderia ter sido um monte de coisas piores Como o qu Sil ncio Encare o Espere Bom Alex Wales disse A pol cia nunca aparece com boas not cias n o Antes que percebesse ela havia terminado Estava esperando que mais um funcion rio ou curador entrasse timidamente na sala mas quando a porta se abriu foi Rush quem apareceu Acabou disse ele Kennedy olhou pa
620. uxo constante de instru es e perguntas a partir de seus aposentos em het retoyet Ou quase todos Vindo de um pequeno aeroporto comercial muito afastado da cidade uma boa hora depois de Kuutma por causa das complica es referentes ao transporte de um de seus passageiros um caminh o blindado com o logotipo de uma conhecida empresa de seguran a tamb m se dirigiu a Manhattan Em suas entranhas n o exatamente aprisionado mas tamb m n o exatamente livre estava um pequeno grupo que fora entregue ao comando de Diema Era composto da pr pria Diema Desh Nahir as guarda costas de Kuutma Alus e Taria e os tr s adamitas Tillman Kennedy Rush Kuutma franziu o cenho ao pensar neles A mem ria das duas ltimas horas em Budapeste ainda o perturbava Ele havia escutado Diema devia lhe isso e muito mais Mas estava longe de ter certeza de que tomara a decis o certa Preciso que os tr s venham comigo Diema havia dito Voc entende isso n o Tannanu A raz o pela qual me enviou a eles N o foi apenas porque eles podem matar quando n s n o podemos porque veem as coisas de uma maneira diferente da nossa e precisamos de suas habilidades Foi com a ajuda deles que cheguei t o longe Seria um ato cego e est pido desistir dessa ajuda agora enquanto ainda precisamos dela Deixe os ir conosco para Nova York Nahir emitiu um som gutural de repugn ncia Voc discorda Nahir N o faz sentido
621. uz a luz infinita Ele ficou em sil ncio Seus bra os que ele havia jogado no ar como se para abra ar todos eles ca ram dos lados do corpo Os seguidores de Ber Lusim ficaram de joelhos em um s gesto A maioria estava chorando e todos faziam o sinal do n corredi o Ber Lusim ajoelhou se tamb m Seu cora o cantava O sangue rufava em seus ouvidos Ele havia servido o para so em um nico movimento os mandamentos de Deus gotejando e penetrando as mentes e vozes de homens fal veis Agora ele era a palavra de Deus PARTE 2 Um Soldado CAP TULO 16 Nunca havia ocorrido garota que ela seria escolhida Outrora talvez ela tivesse brincado com a 8 possibilidade na poca em que ainda estava na faixa et ria apropriada para tais coisas As pessoas que conhecia haviam sido selecionadas aos 12 13 14 anos Mas ela chegara aos 16 e ningu m viera Ent o ocorrera uma grande perturba o o y siath quando o Povo deixara o local onde vivera por sete gera es e partira para uma nova cidade Chegando l haviam desembalado suas coisas novamente e tentado fazer do local seu lar Mas n o era seu lar A pr pria garota assim como as pessoas que conhecia n o que conhecesse muitas era solit ria por natureza sentira se agitada e inquieta Tudo parecia ter acabado e nada parecia ter come ado ainda O compasso da vida que afinal era a pr pria vida havia sido interrompido A garota tentara expressar esse
622. va pulando um passo Algu m se movera atr s dela os bra os prenderam os dela um len o fora pressionado contra seu rosto Da a cama Bom Nada bom Acho que ela acordou Uma voz diferente n o mais spera mas sem vida sem afeto uma voz que realmente a assustou dadas as implica es de por que ela estava deitada em uma cama e por que havia afinal sido atacada Ent o vamos come ar M os a tocaram novamente Ela estava fraca demais para resistir enquanto a faziam rolar ficando de costas e seus bra os eram puxados acima da cabe a Algo se fechou sobre seu pulso esquerdo com um estalo Houve um tilintar e um raspar met licos depois clack algo se fincou no pulso direito forte e s bito o bastante para faz la encolher se Quando tentou flexionar as pernas descobriu que j estavam de alguma forma imobilizadas Ela estava de bra os e pernas esticadas na cama e absolutamente indefesa Ni met venim ye sichedur Nhamim Se essa l ngua qualquer que fosse era a que seus agressores usavam um com o outro Kennedy perguntou se por um instante por que eles a haviam trocado por ingl s pouco antes A resposta veio rapidamente Vamos come ar Era algo que esperavam que ela ouvisse e a atemorizasse Entender o estratagema lhe deu uma migalha de conforto Abriu os olhos N o parecia haver nada a ganhar fingindo se inconsciente A maior surpresa embora n o devesse ter sido nenhuma sur
623. velo de Nahir e ele n o podia nem falar nem respirar Seu rosto estava comprimido contra os cascalhos da passarela sem que ele tivesse muita ideia de como fora parar naquela posi o e nenhum de seus membros podia se mover A bola da vez estava na m o dos outros Voc devia baixar a arma Nahir disse a Tillman Ou isso vai terminar muito mal Vou ficar feliz em fazer isso Tillman respondeu Mas largue o moleque Ele s estava tentando chamar sua aten o Ele conseguiu minha aten o E posso quebrar o pesco o dele quer voc atire ou n o Vai ser melhor se voc o largar e eu baixar a arma Houve um sil ncio breve e doloroso Pelo menos foi doloroso para Rush Vou solt lo Nahir disse Mas se ele falar outra vez quebro os dois bra os dele A press o imobilizadora em cada parte do corpo de Rush capaz de mover se foi subitamente aliviada quando Nahir se levantou Ainda assim Rush continuou onde estava S poderia ser Jogado de novo no ch o se cometesse o erro de se levantar Venham ver a merda da porta disse ele a voz ligeiramente estrangulada Voc foi avisado garoto N o Tillman disse Vamos l ver a porta Voc me convenceu Rush O que quer que tenha encontrado arriscou seu pesco o por isso O que for preciso Rush arquejou levantando se Desceram as escadas ainda mais lentamente agora Tillman parecia estar sentindo dor e preci
624. verno de Israel disse que havia sido um acidente O m ssil explodiu no ar gra as a Deus sem mortes desta vez Mas a profecia diz que o anjo n o vai atacar com a espada porque a hora ainda n o chegou Kennedy parou por um segundo esperando que eles a questionassem Parecia t o louco o que estava dizendo at mesmo para ela que n o conseguia imaginar que mais algu m engolisse tudo aquilo como verdade nem por um momento Mas quando Tillman falou foi para fazer uma pergunta muito pr tica e l gica E a ordem desses eventos disse a mesma ordem na qual as profecias acontecem no livro Sempre Eu verifiquei O lan amento do m ssil foi no mesmo dia em que a bomba explodiu em M nster mas se voc fizer a convers o do fuso hor rio aconteceu duas horas depois Kennedy voltou a olhar para o livro Para ela o ma o de pap is j havia desenvolvido personalidade pr pria Seus enigmas e elipses eram parte de um jogo doentio e suas terr veis promessas eram repletas de um entusiasmo psicop tico Onde o Mais Alto sangrou ela leu o Mais Baixo igualmente sangrar Mesmo a esc ria a quem toda gente evita e despreza Quando a Guerra Civil acabou os parlamentaristas do Cromwell sentenciaram o rei Carlos I morte por decapita o Ele foi executado em Whitehall na frente de um edif cio chamado Banqueting House Uma hora e meia depois do incidente com o m ssil Azrael um policial qu
625. viam chegado um havia sa do O outro cheio at o teto com instrumentos de morte e caos estava na se o de carga pronto para partir Perturbado Tillman voltou ao piso superior Estava se lembrando da garota pequenina e independente que ele vira na grava o da c mera de vigil ncia da revistaria em Pimlico Era dif cil vincular aquele rosto bonito e solene a esta casa de horrores Mas novamente pelo que Kennedy havia dito a garota era tanto a bela quanto a fera Balan ando a cabe a para livr la do fedor de am nia Tillman seguiu para o escrit rio N o se preocupou em experimentar chaves desta vez j que n o havia a menor chance de sua visita ao local passar despercebida Simplesmente chutou a porta fr gil arrancando a das dobradi as e entrou Havia um arm rio de arquivo verde escuro discretamente deixado no canto da sala Tillman tentou abrir a gaveta superior estava trancada Mais uma vez pensou Para o inferno com sutileza Ainda tinha o p de cabra na m o e o usou para entortar a borda da gaveta para fora e para baixo As pastas de arquivo no interior estavam etiquetadas com caracteres alfanum ricos TNI GF3 KB14 Ele tirou alguns pap is e os examinou A maior parte eram relat rios de remessas faturas e documentos de itens que sa am do armaz m Parafusos correias e juntas indo para Bergen Berlim Bogot Bruxelas Brisbane Ou n o havia a letra A ou tudo aquilo estava fora de ordem O logotipo da
626. xas id nticas uma caverna de Aladim em tons camuflados A realidade era muito mais mundana O principal local de armazenamento nem ficava no terreno do museu era um edif cio inteiramente separado Ry egate House na St Peter s Street em Islington a dez minutos de t xi Kennedy perguntou se brevemente por que nesse caso Gassan a trouxera ao Museu Brit nico mas a resposta era bvia Ele queria exibir sua boa sorte o prest gio de seu novo emprego e claramente achava que o Grande P tio era um palco melhor do que o lugar para onde estavam indo agora Ele estava certo O edif cio diante do qual o t xi parou era um bloco brutalistal3 an nimo com uma fachada de concreto que uma faixa de seixos alegrava apenas levemente O efeito devia ter sido agrad vel quando o pr dio era novo agora a maior parte das pedras arredondadas havia ca do deixando nichos esverdeados de musgo O efeito era o de um rosto marcado por p stulas doentias Kennedy fez algum coment rio sobre o or amento de 12 milh es que Gassan havia mencionado Deveria sobrar para um lifting facial naquele pr dio n o Ah sobra sim o professor garantiu fervorosam ente Mas n o queremos chamar a aten o para o que est aqui Preferimos passar despercebidos Ele apontou para uma placa ao lado da entrada Dizia simplesmente RYEGATE HOUSE e n o fazia men o alguma ao Museu Brit nico Sim isso deveria contar como uma eficiente camuflagem No inter
627. y fitou o homem curiosa O que voc disse Wales n o respondeu N o restou muito dos tr s dias em que voc a ocupou ela prosseguiu tamborilando na caixa Voc enfiou um cateter ou ficou usando fralda De um jeito ou de outro ainda foram tr s dias sem comer nem beber muito porque h um limite para o que a gente consegue carregar no corpo Wales sustentou plenamente o olhar de Kennedy H limites para a maioria das coisas disse ele Seu tom de voz brando mitigava a amea a impl cita O Sr Wales queria ficar sozinho com os livros pelo tempo que precisasse Kennedy disse ignorando o coment rio A inten o dele seu nico prop sito l era vasculhar caixa por caixa at encontrar um certo item Depois de ach lo tudo o que precisou fazer foi esperar o fim de semana acabar Porque no in cio do dia na segunda feira Mark Silver voltaria passaria o cart o de ponto de Wales na entrada principal e em seguida iria Sala 37 para deix lo sair Heather Gassan objetou o que estamos presumindo aqui Que esses dois homens foram Biblioteca Brit nica em busca do livro de Toller e depois vieram procur lo aqui Isso exatamente o que eu estou presumindo Kennedy observava o rosto de Wales que havia se alterado men o de Johann Toller A express o dele se tornara primeiro mais intensa depois mais fechada e resguardada Mas tudo o que eles conseguiram enc
628. z tenha mais interesse pelo bem estar da Heather do que voc Por que n o me deixa ficar com o aparelho Os olhares dos dois se cruzaram por um momento longo e perigoso Protetor das mulheres Diema disse Defensor dos fracos e oprimidos essa a sua causa Tillman Ou voc s est tentando se enfiar na cama dela Se voc quer saber algo sobre a cama da Heather Tillman disse no mesmo tom provavelmente deve perguntar a ela Enquanto isso eu fico com o rastreador A n o ser que voc realmente queira brigar por causa disso Diema enfiou a m o em um bolso de sua jaqueta preta de couro encontrou um objeto parecido com um controle remoto de TV e o jogou para ele N o disse Fique com ele com minha b n o Mas n o far diferen a Ela mudou de ideia a respeito do chip Voc deveria ensinar um pouco de disciplina sua cadela um dia desses Deus sabe que ela precisa A garota afastou se antes que ele pudesse responder dirigindo se ao lado leste do hotel e colina escarpada al m dele N o olhou para tr s Tillman voltou se para Rush que o estava olhando com ar ligeiramente atordoado Eu ouvi direito perguntou o rapaz A Kennedy est por conta pr pria N o se fizermos nosso trabalho direito Tillman resmungou rudemente Escolha seu posto moleque E mantenha seu canal aberto Esta pode ser nossa ltima chance E a dela Rush disse E como Tillm

O Código do Apocalipse - Leo Tillman & Heather

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