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O mundo assombrado pelos demônios: A ciência

1. disco voador Que haja coisas que o observador ordin rio ou inclusive o perito n o entende inevit vel Mas por que se virmos algo que n o reconhecemos chegamos conclus o de que uma nave das estrelas Apresenta uma grande variedade de possibilidades mais prosaicas Uma vez eliminados da s rie de dados os fen menos naturais os enganos e as aberra es psicol gicas fica algum res duo de casos muito acredit veis mas extremamente estranhos sobre tudo casos sustentados por provas f sicas H um sinal oculto em todo este alvoro o Desde meu ponto de vista n o se detectou nenhuma H casos dos que se informa com fiabilidade que n o s o estranhos e casos estranhos que n o s o confi veis N o h nenhum caso apesar de mais de um milh o de den ncias de vnis desde 1947 em que a declara o de algo estranho que s pode ser uma aeronave espacial seja t o fidedigna que permita excluir com seguran a uma m interpreta o tergiversa o ou alucina o Ainda h uma parte de mim que diz Que l stima Nos bombardeia regularmente com extravagantes declara es sobre vnis que nos vendem em por es diger veis mas muito estranha vez chegamos para ouvir algo de seu resultado N o dif cil de entender o que vende mais peri dicos e livros o que alcan a uma maior valora o o que mais divertido de acreditar o que mais acorde com os torturas de nossa poca um acidente de n
2. contra o homem atacar ao que discute e n o a sua argumenta o P ex O reverendo doutor Smith um conhecido fundamentalista da B blia por isso suas obje es evolu o n o devem tomar se a s rio argumento de autoridade P ex O presidente Richard Nixon deveria ser reeleito porque tem um plano secreto para terminar a guerra no sudeste da Asia mas como era secreto o eleitorado n o tinha nenhuma maneira de avaliar seus m ritos o argumento equivalia a confiar nele porque era presidente crasso engano como se viu argumento de consequ ncias adversas P ex Deve existir um Deus que d castigo e recompensa porque se n o a sociedade seria muito mais ilegal e perigosa possivelmente inclusive ingovern vel Ou O acusado em um julgamento de assassinato com muita publicidade recebeu o veredicto de culpado em outro caso teria sido um incentivo para que outros homens matassem a suas algemas chamada ignor ncia a declara o de que tudo o que n o foi demonstrado deve ser certo e vice versa quer dizer N o h uma prova irresist vel de que os vnis n o estejam visitando a Terra portanto os vnis existem e h vida inteligente em todas partes no universo Ou Pode haver setenta mil e milh es de outros mundos mas como n o se conhece nenhum que tenha o avan o moral da Terra seguimos sendo centrais no universo Esta impaci ncia com a ambiguidade pode criticar se com a frase a aus n
3. lhe servir o as mesmas precau es que em Cambridge Massachusetts Quando a gente compra um carro usada deseja acreditar de todo cora o o que lhe diz o vendedor Tanto carro por t o pouco dinheiro E em qualquer caso custa trabalho ser c tico tem se que saber algo sobre carros e desagrad vel que o vendedor se zangue com um Apesar de tudo entretanto a gente reconhece que o vendedor poderia ter um motivo para ocultar a verdade e ouviu falar de enganos a outros em situa es similares portanto d uma patada aos pneum ticos olhe sob a capota d uma volta com ele faz perguntas perspicazes Inclusive poderia ir acompanhado de um amigo com conhecimentos de mec nica A gente sabe que se necessita certo ceticismo E compreens vel Est acostumado a haver ao menos um pequeno grau de confronta o hostil na compra de um carro usado e ningu m diz que seja uma experi ncia especialmente alegre Mas se n o se exercitar certo ceticismo m nimo se a gente tiver uma credulidade absolutamente ilimitada mais adiante ter que pagar o pre o Ent o se lamentar de n o ter feito antes um pequeno investimento de ceticismo Muitas casas da Am rica do Norte t m agora sistemas de alarme moderadamente sofisticados contra os ladr es incluindo sensores infravermelhos e c maras que se disparam com o movimento Uma fita de v deo aut ntica com a hora e a data indicados que mostrasse uma incurs o de extraterrestres especialm
4. mas por que t m clorofila as plantas Parece uma tolice pois o sol produz sua m xima energia na parte amarela e verde do espectro por que as plantas de todo o mundo recha am a luz do sol em suas longitudes de onda mais abundantes Possivelmente seja a plasma o de um acidente da antiga hist ria da vida na Terra Mas h algo que ainda n o entendemos sobre por que a erva verde H melhores respostas que lhe dizer ao menino que fazer perguntas profundas uma esp cie de p fia social Se tivermos uma ideia da resposta podemos tentar explic la Embora o intento seja incompleto serve como reafirma o e infunde nimo Se n o termos nem ideia da resposta podemos ir enciclop dia Se n o termos enciclop dia podemos levar a menino biblioteca Ou poder amos dizer N o sei a resposta Possivelmente n o saiba ningu m Ao melhor quando for maior descobri lo voc H perguntas ing nuas perguntas tediosas perguntas mal formuladas perguntas expostas com uma inadequada autocr tica Mas toda pergunta um clamor por entender o mundo N o h perguntas est pidas Os meninos preparados que t m curiosidade s o um recurso nacional e mundial Os deve cuidar mimar e animar Mas n o basta com o mero nimo Tamb m lhes deve dar as ferramentas essenciais para pensar oficial diz o titular de um peri dico Estamos fatais em ci ncia Em provas a jovens de dezessete anos de muitas regi es do mund
5. o supress o da dissens o e presun es absurdas Em alguns campos altamente produtivos este comportamento quase a norma Acredito que toda esta agita o social e debilidade humana ajuda empresa da ci ncia H um marco de trabalho estabelecido no que qualquer cientista pode demonstrar que outro se equivoca e assegurar se que todo mundo saiba Inclusive quando nossos motivos s o desonestos n o deixamos de trope ar com algo novo O qu mico americano galardoado com o Nobel Harold C Urey me confessou em uma ocasi o que medida que se fazia maior ent o tinha setenta anos notava a exist ncia de esfor os cada vez mais consertados para demonstrar que estava equivocado Descreveu o como o s ndrome da pistola mais r pida do oeste o jovem que pudesse emendar ao c lebre pistoleiro anci o herdaria sua reputa o e o respeito que a ele se deve Era irritante murmurava mas servia para que os jovens mequetrefes se dirigissem para reas de investiga o importantes nas que nunca teriam entrado por sua conta Os cientistas humanos ao fim tamb m seguem s vezes uma sele o da observa o gostam de recordar os casos em que tiveram raz o e esquecer aqueles nos que se equivocaram Mas em muitos casos o que err neo verdade em parte ou estimula a outros a descobrir o correto Um dos astrof sicos mais produtivos de nossa poca foi Fred Hoyie respons vel por contribui es monumentais a nossa compreens
6. o de culpabilidade Suas lembran as tinham sido coagidos N o tinha distinto as lembran as reais de uma esp cie de fantasia Denegaram lhe a alega o Agora est cumprindo uma senten a de vinte anos Se estiv ssemos no s culo XVI em lugar do XX possivelmente toda a fam lia tivesse morrido na fogueira junto com uma boa parte dos cidad os principais da Olympia Washington A exist ncia de um relat rio altamente c tico do FBI sobre o tema general do abuso sat nico Kenneth V Lanning Investigator s Guide to Allegations of Ritual Child Abuse janeiro de 1992 amplamente ignorada pelos entusiastas Igualmente um estudo de 1994 do Departamento Brit nico de Sa de sobre den ncias de abusos sat nicos concluiu que de oitenta e quatro exemplos alegados nenhum s suportava o escrut nio Qual pois a causa de todo este furor O estudo explica A campanha crist evang lica contra os novos movimentos religiosos exerceu uma poderosa influ ncia respirando a identifica o de abusos sat nicos Igualmente importantes se n o mais para a extens o da ideia do abuso sat nico em Gr Bretanha s o os especialistas americanos e brit nicos Podem ter pouca ou inclusive nenhuma qualifica o como profissionais mas atribuem sua per cia a sua experi ncia em casos Os que est o convencidos de que os cultos do diabo representam um s rio perigo para nossa sociedade tendem a ser impaciente com os c ticos Con
7. o estat stica n o se estabeleceu um v nculo causal embora naturalmente as especula es surgem sem esfor o Em toda sociedade assim h um mundo de mito e met fora que coexiste com o mundo do trabalho cotidiano fazem se esfor os para reconcili los e se tendem a ignorar os bordos desiguais da ensambladura Fazemos compartimentos Alguns cientistas tamb m o fazem e podem passar sem esfor o do mundo c tico da ci ncia ao mundo cr dulo da f religiosa sem nenhum problema Certamente quanto maior a inadapta o entre esses dois mundos mais dif cil estar c modo em ambos sem transtornos de consci ncia Em uma vida curta e incerta parece cruel fazer algo que possa privar s pessoas do consolo da f quando a ci ncia n o pode remediar sua ang stia Os que n o podem suportar a carga da ci ncia s o livres de ignorar seus preceitos Mas n o pode servi la ci ncia em por es aplicando a onde nos d seguran a e ignorando a onde nos amea a novamente porque n o somos bastante s bios para faz lo Exceto se se divide o c rebro em compartimentos estanques como poss vel voar em avi es escutar a r dio ou tomar antibi ticos sustentando ao mesmo tempo que a Terra tem uns dez mil anos de antiguidade e que todos os de sagit rio s o greg rios e af veis Ouvi alguma vez a um c tico que se acreditasse superior e depreciativo Sem d vida s vezes inclusive ouvi esse tom desagrad vel e me aflige record lo em
8. agora n o deixou rastros que n o sejam falsific veis O que pois mais prov vel que estejamos submetidos a uma invas o maci a mas ignorada em geral de extraterrestres que cometem abusos sexuais ou que a gente experimente algum estado mental interno pouco familiar que n o entende Deve admitir se que somos muito ignorantes tanto no referente aos seres extraterrestres se os houver como no que toca a psicologia humana Mas se estas dois fossem realmente as nicas alternativas qual escolheria voc E se os relatos de abdu o por extraterrestres tratam principalmente de fisiologia do c rebro alucina es mem rias distorcidas da inf ncia e brincadeiras n o temos ante n s um assunto de suprema import ncia que afeta a nossas limita es a facilidade com que podemos ser desorientados e manipulados a modelagem de nossas cren as e inclusive possivelmente os origens de nossas religi es H um genu no fil o cient fico nos vnis e as abdu es como extraterrestres mas acredito que o car ter que os distingue caseiro e terrestre CAP TULO 1u A CIDADE DA AFLI O il que alheias som as ruas da cidade da afli o Rainer Maria Rilke A d cima escolhia 1923 Na revista Parade de 7 de mar o de 1993 se publicou um pequeno sum rio do argumento dos sete cap tulos precedentes Surpreendeu me a quantidade de cartas que gerou apaixonado o das respostas e a agonia que se associava com essa estranha experi n
9. consistia na adora o de dem nios e homens ambos interpretados mal como deuses Quando s o Pablo se queixava Ef sios 6 14 da maldade nas alturas n o se referia corrup o do governo a n o ser aos dem nios que viviam ali Porque nossa luta n o contra a carne e o sangue a n o ser contra os Principados contra as Potestades contra os Dominadores deste mundo tenebroso contra os Esp ritos do Mal que est o nas alturas Desde o come o se pretendeu que os dem nios eram muito mais que uma mera met fora po tica do mal no cora o dos homens A Santo Agostinho afligiam os dem nios Entrevista o pensamento pag o prevalecente em sua poca Os deuses ocupam as regi es mais altas os homens as mais baixas os dem nios a do meio Eles possuem a imortalidade do corpo mas t m paix es da mente em comum com os homens No livro VIII da cidade de Deus come ado em 413 Agostinho assimila esta antiga tradi o substitui aos deuses Por Deus e demoniza aos dem nios arguindo que s o malignos sem exce o N o t m virtudes que os redimam S o o manancial de todo o mal espiritual e material Chama os animais et reos ansiosos de infligir maus completamente alheios retid o cheios de orgulho p lidos de inveja sutis no engano Podem afirmar que levam mensagens entre Deus e o homem disfar ando se como anjos do Senhor mas sua atitude uma armadilha para nos levar a nossa destrui o Podem assumir qual
10. de repente apareceu uma grande labareda de fogo e a casa come ou a arder por todos lados E este homem tinha muitos filhos jovens cinco dez ou vinte e saiu ele sozinho da casa Quando aquele homem viu sua casa ardendo por toda parte com uma grande massa de fogo entrou lhe medo e ficou a tremer lhe agitou a mente e pensou para si fui bastante competente na verdade para atravessar a porta e escapar da casa em chamas r pido e seguro sem que me tocasse nem me chamuscasse essa grande massa de fogo Mas e meus filhos meus filhos jovens meus filhos pequenos Aqui nesta casa em chamas jogam brincam de correr e se divertem com todo tipo de jogos N o sabem que sua resid ncia est em chamas n o o entendem n o o percebem n o lhe emprestam aten o e por isso n o sentem nenhuma agita o Embora amea ados por este grande fogo embora em estreito contato com tanto mal n o emprestam aten o ao perigo que entranha e n o fazem nenhum esfor o por sair Do The Saddharmapundarika no Buddhist Seriptures Edward conze ed Harmondswort Middlesex Inglaterra Penguin Books 1959 Uma das raz es que faz t o interessante escrever para a revista Parade o que recebo em troca Com oitenta milh es de leitores se pode fazer uma amostragem da opini o dos cidad os dos Estados Unidos pode se entender o que pensa a gente quais s o suas ansiedades e esperan as e possivelmente inclusive onde nos perdemos No Parade s
11. depois de 1945 Uma s rie em cap tulos sobre m s interpreta es e enganos fundamentais de cientistas famosos l deres nacionais e figuras religiosas Exposi es regulares de pseudoci ncia perniciosa e participa o da audi ncia em como dobrar colheres ler mentes sair a predizer o futuro programas sobre como realizar cirurgia ps quica fazer leituras em frio e tocar a fibra sens vel dos tele videntes Como nos engana aprenda fazendo o Um servi o de gr ficos computadorizados de ltima tecnologia para preparar adiantadas imagens cient ficas de uma ampla gama de not cias Uma s rie de debates televisionados pouco caros cada um possivelmente de uma hora no que os produtores dedicariam um or amento a gr ficas inform ticas para cada bando o moderador exigiria rigorosos n veis de provas sobre uma ampla s rie de temas expostos poder se iam tratar temas nos que a prova cient fica fora entristecedora como o da forma da Terra aspectos controvertidos nos que a resposta seja menos clara como a sobreviv ncia da personalidade depois da morte o aborto os direitos dos animais ou a engenharia gen tica ou qualquer das presuntivas pseudoci ncias mencionadas neste livro H uma necessidade premente de um maior conhecimento p blico da ci ncia A televis o n o pode proporcion lo tudo sozinha Mas se quisermos que haja melhoras a curto prazo na compreens o da ci ncia a televis o o s
12. descreve aos c ticos como a Nova Inquisi o Mas segundo meu conhecimento nenhum c tico imp e uma cren a Certamente na maioria dos document rios e debates da televis o se d pouca entrada aos c ticos e muito pouco tempo de emiss o Tudo o que ocorre que algumas doutrinas e m todos s o criticados e no pior dos casos ridicularizados em revistas como The Skeptical Inquirer com uma tiragem de dezenas de milhares de exemplares N o se chama a declarar aos vision rios da Nova Era ante tribunais penais como em tempos anteriores nem se as flagela por ter vis es e certamente n o os queima na fogueira por que este temor a um pouco de cr tica N o nos interessa ver como se mant m nossas cren as ante os melhores argumentos em contra que podem reunir os c ticos Possivelmente um por cento das vezes uma ideia que parece n o diferenciar se muito das habituais da pseudoci ncia resultar ser verdade Possivelmente se encontrar no lago Ness ou na Rep blica do Congo algum r ptil n o descoberto um remanescente do per odo cret cico ou encontraremos artefatos de uma esp cie avan ada n o humana em alguma parte do sistema solar No momento de escrever estas linhas h tr s afirma es no campo da percep o extrassensorial que em minha opini o merecem um estudo s rio 1 que s com o pensamento os humanos podem afetar apenas aos geradores de n meros aleat rios nos ordenadores 2 que a gente submetida a uma
13. dificultada em extremo pelo modo em que s o abduzidas as v timas Frequentemente me levam com a camisola que depois me tiram ou j nua Nestas condi es quase imposs vel esconder uma c mara Despertei me com navalhadas profundas feridas costuradas peles levantadas lese nos olhos o nariz e as orelhas sangrando queimaduras e marcas de dedos que duram uns dias depois do fato Submeti a revis es de m dicos qualificados mas nenhum p de dar uma explica o satisfat ria N o se trata de uma automutila o n o s o estigmas Rogo lhe que recorde que a maioria dos abduzidos afirmam n o ter tido interesse nos vnis anteriormente eu sou uma deles que n o tinham um hist rico de abusos na inf ncia eu tampouco que n o desejam publicidade ou notoriedade eu tampouco e em realidade fizeram um grande esfor o para evitar reconhecer a implica o que fora presumindo que est o experimentando uma depress o nervosa ou outro transtorno psicol gico como eu De acordo muitos dos que se proclamam abduzidos e contatados procuram publicidade para ganhar dinheiro ou para satisfazer sua necessidade de aten o Eu seria a ltima em negar que essa gente existe O que nego que todos os abduzidos se imaginem ou falsifiquem estes acontecimentos para encher suas pr prias aspira es pessoais Os vnis n o existem Acredito que isso exige uma fonte de energia eterna e isso n o existe falei com o Jesus O coment rio d
14. Mas ent o como podiam haver sido humano os construtores Faz meio milh o de anos nossos antepassados se trabalhavam em excesso por dominar as ferramentas de pedra e o fogo N o tinham naves espaciais A Face de Marte se compara a caras similares constru das em civiliza es da Terra As caras olham para o c u porque olham a Deus Ou se diz que foi constru da pelos sobreviventes de uma guerra interplanet ria que deixou a superf cie de Marte e a Lua picada de var olas e assolada Em qualquer caso o que o que causa todas essas crateras a Face um resto de uma civiliza o humana extinta faz tempo Os construtores eram origin rios da Terra ou de Marte Podia ter sido esculpida a Face por visitantes interestelares que se detiveram brevemente em Marte Deixaram na para que a descobr ssemos n s Poderia ser que tivessem vindo Terra a iniciar aqui a vida Ou ao menos a vida humana Fossem quem fosse eram deuses produzem se discuss es do mais fervente Mais recentemente se especulou a respeito da rela o entre os monumentos de Marte e os c rculos nas colheitas da Terra a exist ncia de fornecimentos inextingu veis de energia em espera de ser extra dos de m quinas marcianas antigas e o intento de encobrimento da Nasa para ocultar a verdade ao p blico americano Esses pronunciamentos v o muito al m da mera especula o imprudente sobre forma es geol gicas enigm ticas Quan
15. Ou dever amos concluir que h outras mesetas esculpidas com forma de cara mas de caras mais estranhas que n o nos s o familiares na Terra Se estudarmos a imagem original com mais aten o encontramos que um orif cio do nariz colocado estrategicamente que aumenta em grande medida a impress o de uma Face em realidade um ponto negro que corresponde a dados perdidos na transmiss o de r dio de Marte Terra A melhor fotografia da Face mostra um lado iluminado pelo Sol o outro em sombras profundas Utilizando os dados digitais originais podemos potencializar severamente o contraste nas sombras Quando o fazemos encontramos algo bastante impr prio de uma Face A Face no melhor dos casos meia Face Apesar da falta de ar e das palpita es de nosso cora o a esfinge marciana parece natural n o artificial n o uma imagem morta de uma Face humana Provavelmente foi esculpida mediante um lento processo geol gico ao longo de milh es de anos Mas poderia estar equivocado E dif cil estar seguro de um mundo de que vimos t o pouco em um primeir ssimo plano Essas figuras merecem maior aten o com maior resolu o Certamente umas fotos muito mais detalhadas da Face resolver o d vidas a respeito da simetria e ajudar o a esclarecer o debate entre geologia e escultura monumental As pequenas crateras de impacto que se encontram sobre a Face ou perto dela podem estabelecer a quest o de sua idad
16. Se a enfermidade mental for pura qu mica do c rebro n o destr i isso todos nossos esfor os por entender a realidade ou ser respons veis por nossas a es Se n o sermos a obra especial do criador do universo se nossas leis morais b sicas estiverem simplesmente inventadas por legisladores fal veis n o fica escavada nossa luta por manter a ordem na sociedade Parece me que em cada um destes casos religioso ou secular sa mos ganhando se conhecermos a melhor aproxima o poss vel verdade e se mantivermos a consci ncia atenta aos enganos cometidos por nosso grupo de interesse ou sistema de cren a no passado Em todos os casos as consequ ncias que se temem de um conhecimento generalizado da verdade s o exageradas E al m disso n o somos o bastante s bios para saber que mentiras ou inclusive que matizes dos fatos podem servir a um prop sito social melhor especialmente a longo prazo CAP TULO 16 QUANDO OS CIENTISTAS CONHECEM O PECADO O pensamento do homem at onde avan ar Onde encontrar limites sua atrevida impudic cia Se a vilania humana e a vida humana devem crescer em justa propor o se o filho sempre deve superar a maldade do pai os deuses t m que acrescentar outro mundo a este para que todos os pecadores possam ter espa o suficiente Eur pides Hippolytus 428 A J C Em uma reuni o com o presidente Harry S Truman na p s guerra J Robert Oppenheimer diretor cient fico do Pr
17. Sentem uma compuls o irrefre vel a compartilhar os descobrimentos S mediante um acordo pr vio n o ex post facto acatam os cientistas o segredo militar Recha o a ideia de que a ci ncia seja secreta por natureza Sua cultura e seu car ter distintivo por muito boas raz es s o coletivos colaboradores e comunicativos Se limitarmos ao que se sabe realmente e ignoramos a ind stria jornal stica que fabrica de um nada descobrimentos que fazem poca onde estamos Quando sabemos s um pouco sobre a Face provoca nos carne de galinha Quando sabemos um pouco mais o mist rio perde profundidade rapidamente Marte tem uma superf cie de quase 150 milh es de quil metros quadrados ao redor da rea s lida da Terra A rea que cobre a esfinge marciana aproximadamente de um quil metro quadrado t o assombroso que um peda o de Marte do tamanho de um selo de correios comparado com os 150 milh es de quil metros de extens o pare a nos artificial especialmente dada nossa tend ncia da inf ncia a encontrar caras Quando examinamos a rea circundante uma massa de planaltos mesetas e outras superf cies complexas reconhecemos que a figura semelhante a muitas que n o parecem absolutamente uma Face humana por que este parecido poss vel que os antigos engenheiros marcianos trabalhassem somente esta meseta bom possivelmente algumas mais e deixassem todas as demais sem alterar mediante a escultura monumental
18. acostumado a ser tanto a estupidez como a ignor ncia particularmente a ignor ncia de n s mesmos Preocupa me especialmente agora que se aproxima o fim do mil nio que a pseudoci ncia e a supersti o se fa am mais tentadoras de ano em ano o canto de sereia mais sonoro e atrativo da insensatez Onde ouvimos isso antes Sempre que afloram os preju zos tnicos ou nacionais em tempos de escassez quando se desafia autoestima ou vigor nacional quando sofremos por nosso insignificante papel e significado c smico ou quando ferve o fanatismo a nosso redor os h bitos de pensamento familiares de pocas antigas tomam o controle A chama da vela pisca Treme sua pequena fonte de luz Aumenta a escurid o Os dem nios come am a agitar se muito o que a ci ncia n o entende ficam muitos mist rios ainda por resolver Em um universo que abrange dezenas de milhares de milh es de anos luz e de uns dez ou quinze e milhares de milh es de anos de antiguidade possivelmente sempre ser assim Trope amos constantemente com surpresas Entretanto alguns escritores e religiosos da Nova Era afirmam que os cientistas acreditam que o que eles encontram tudo o que existe Os cientistas podem recha ar revela es m sticas das que n o h mais prova que o que diz algu m mas dif cil que criam que seu conhecimento da natureza completo A ci ncia est longe de ser um instrumento de conhecimento perfeito Simplesmente
19. as afirma es de ter encontrado os restos do Arca do No o Terror de Amityville e outras obsess es e relatos de um pequeno brontossauro que atravessa a selva da Rep blica do Congo em nossa poca Pode encontrar um coment rio em profundidade de muitas dessas afirma es na Encyclopedia of the Paranormal Gordon Stein ed Buffalo Prometheus Books 1996 Muitas destas doutrinas s o recha adas de plano por fundamentalistas crist os e judeus porque a B blia assim o ordena O Deuteron mio 18 10 11 diz em tradu o da B blia de Jerusal m N o tem que haver em ti ningu m que fa a passar a seu filho ou a sua filha pelo fogo que pratique adivinha o astrologia feiti aria ou magia nenhum encantado nem consultor de espectros ou adivinhos nem evocador de mortos Se pro be a astrologia a canaliza o as pranchas da Ouija a predi o do futuro e muitas coisas mais O autor do Deuteron mio n o diz que essas pr ticas n o sirvam para dar o que prometem Mas s o abomina es possivelmente adequadas para outras na es mas n o para os seguidores de Deus E inclusive o ap stolo Pablo t o cr dulo em tantos outros assuntos aconselha nos comprov lo tudo O fil sofo judeu espanhol do s culo XV Mois s Maim nides vai mais frente do Deuteron mio porque expl cita que essas pseudoci ncias n o funcionam Est proibido implicar se em astrologia jogar feiti os sussurrar conjuros Todas
20. cadas e seguimos esperando Onde est o os artigos publicados na literatura cient fica nas revistas de metalurgia e cer mica nas publica es do Instituto de Engenharia El trica e Eletr nica no Science ou Nature Um descobrimento assim seria lhe impacte Se houvesse artefatos reais os f sicos e os qu micos lutariam pelo privil gio de descobrir que h extraterrestres entre n s que usam por exemplo ligas desconhecidas ou materiais de uma resist ncia ductilidade ou condutibilidade extraordin rias As implica es pr ticas de um descobrimento assim al m da confirma o de uma invas o extraterrestre seriam imensas Os cientistas vivem para fazer descobrimentos como este Sua aus ncia deve nos dizer algo Manter a mente aberta uma virtude mas como disse uma vez o engenheiro espacial James Oberg n o t o aberta para permitir que a um lhe caia o c rebro Certamente devemos estar dispostos a trocar de ideia quando novas provas o exijam Mas a prova tem que ser convincente N o todas as declara es t m o mesmo m rito O n vel das provas na maioria dos casos de abdu o por extraterrestres aproximadamente o que se encontra nos casos da apari o da Virgem Maria na Espanha medieval O pioneiro do psican lise Carl Gustav Jung tinha muitas coisas que dizer com sensatez em temas deste tipo Arguia explicitamente que os vnis eram uma esp cie de proje o da mente inconsciente Em um coment rio sobre regress
21. coloca o pouco acertada do experimento Contudo ao menos centenas de pessoas possivelmente milhares que afirmam ter sido abduzidas foram a terapeutas simpatizantes ou se uniram a grupos de apoio de abduzidos Possivelmente haja outros com problemas similares mas temerosos do rid culo ou do estigma de enfermidade mental abstiveram se de falar ou de pedir ajuda Diz se tamb m que alguns abduzidos resistem a falar por temor hostilidade e recha o dos c ticos de linha dura embora muitos aparecem encantados em programas de r dio e televis o Sup e se que sua desconfian a inclui tamb m s audi ncias que j acreditam em abdu es como extraterrestres Mas possivelmente haja outra raz o poderia ser que os pr prios sujeitos n o estivessem seguros ao menos ao princ pio ao menos antes de contar a hist ria repetidas vezes de se o que recordam um acontecimento externo ou um estado mental Um sinal inequ voco do amor verdade escrevia John Locke em 1690 n o manter nenhuma proposi o com maior seguran a da que garantem as provas nas que se apoia No tema dos vnis qual a for a das provas A express o disco voador foi cunhada quando eu come ava o instituto Nos peri dicos havia centenas de hist rias de naves de outros mundos nos c us da Terra me parecia bastante acredit vel Havia outras muitas estrelas e ao menos algumas delas provavelmente tinham sistemas planet rios como o nos
22. como em detrimento de nossa f cat lica e para diminui o de sua autoridade Sua apari o era todo vaidade e frivolidade Em direito a pod amos ter tratado com mais rigor seguia o inquisidor mas em defer ncia a certas raz es justas que nos movem a mitigar o rigor das senten as decretamos como castigo a Francisca a Brava e exemplo para que outros n o tentem coisas similares a condena o de ser posta sobre um asno para receber cem chicotadas em p blico pelas ruas acostumadas do Belmonte nua de cintura para acima e o mesmo n mero na cidade do Quintanar do mesmo modo E de agora em diante n o dir nem afirmar em p blico ou em segredo mediante palavra ou insinua o o que h dito em suas confiss es ou em outro caso ser perseguida como impenitente e pessoa que n o crie ou n o est de acordo com o que ordena nossa sagrada f cat lica Apesar dos castigos assombra a frequ ncia com que as testemunhas se mantinham em seus treze e ignorando os est mulos que lhes ofereciam para confessar que estavam mentindo ou sonhando ou confusos insistiam em que real e verdadeiramente tinham tido aquela vis o Em uma poca em que virtualmente todo mundo era analfabeto antes dos peri dicos a r dio e a televis o como poss vel que os detalhe religiosos e iconogr ficos destas apari es fossem t o similares William Christian acredita que a resposta se acha na dramaturgia religiosa especialmente nas repres
23. conson ncia com muitas religi es embora isso n o prova sua validez por que umas quantas leis simples da natureza explicam tanto e mant m o controle deste vasto universo N o exatamente isso o que poderia esperar se de um criador do universo por que algumas pessoas religiosas se op em ao programa reducionista na ci ncia se n o ser por um amor mau entendido ao misticismo Foram feitos muitos intentos ao longo dos s culos de reconciliar religi o e ci ncia especialmente por parte de religiosos que n o preconizavam o literalismo b blico e cor nico que n o permitia a alegoria ou a met fora As consecu es culminantes da teologia cat lica romana s o a Summa Theologica e a Summa Contra Gentis de santo Tiram do Aquino Entre o torvelinho de filosofia isl mica sofisticada que penetrou no cristianismo nos s culos XII e XIII se encontravam os livros dos antigos gregos especialmente Arist teles obras que revelam grandes lucros incluso lhes jogando s um olhar superficial Era compat vel esta aprendizagem antiga com a palavra sagrada de Deus Na Summa Theologica Aquino se exp s a tarefa de reconciliar seiscentas e trinta e uma quest es entre as fontes crist s e cl ssicas Mas como faz lo quando se exp e uma clara disputa N o se pode conseguir sem a presen a de certo princ pio organizativo sem uma maneira superior de conhecer o mundo Frequentemente Aquino apelava ao sentido comum e ao mundo natural quer dizer ci nci
24. do velho Massachusetts E o p blico agora posto em p exclamou N o N o Nunca voltou para a escravid o Em troca como autor editor e produtor de peri dicos como orador nos Estados Unidos e no estrangeiro e como primeiro afro americano que ocupou uma alta posi o de assessoria no governo dedicou o resto de sua vida a lutar pelos direitos humanos Durante a guerra civil foi consultor do presidente Lincoln Douglas advogou com xito por armar aos escravos para lutar com o Norte pela vingan a federal contra os prisioneiros de guerra confederados acusados da execu o sum ria dos soldados afro americanos capturados e pela liberdade dos escravos como principal objetivo da guerra Muitas de suas opini es eram mordazes pouco aptas para fazer ganhar amigos em altos cargos Afirmo sem o menor g nero de d vidas que a religi o do Sul uma mera cobertura para os crimes mais horr veis uma justifica o da barb rie mais espantosa uma santifica o das fraudes mais odiosas e um escuro ref gio sob o que os atos mais escuros mais asquerosos mais speros e infernais dos negreiros encontram o maior amparo Se me voltassem a reduzir s cadeias da escravid o depois daquela escravid o consideraria a maior calamidade que podia me acontecer ser escravo de um amo religioso Eu detesto o cristianismo que maltrata s mulheres rouba aos filhos no ber o corrupto esclavista parcial e hip crita desta terra Compara
25. embora ridicularizem tudo o que para n s mais sagrado os adoradores do mal se que existem t m direito a praticar sua religi o sempre que n o infrinjam nenhuma lei constitucional em vigor O governo n o pode censurar um artigo cient fico ou um livro popular que pretenda afirmar a superioridade de uma ra a sobre outra por muito pernicioso que seja o rem dio para um argumento falacioso um argumento melhor n o a supress o da ideia Grupos e indiv duos t m liberdade de denunciar que uma conspira o judia ou ma nica domina o mundo ou que o governo federal est aliado com o diabo Um indiv duo se o desejar pode elogiar a vida e a pol tica de assassinos de massas t o indiscut veis como Adolf Hitler Josef Stalin e Mao Tsetung At as opini es mais detest veis t m direito a ser ouvidas O sistema baseado pelo Jefferson Madison e seus colegas oferece meios de express o a pessoas que n o compreendem sua origem e desejariam substitui lo por outro muito diferente Por exemplo Tom Clark fiscal general e como tal o principal defensor da lei dos Estados Unidos ofereceu esta sugest o em 1948 N o se deveria permitir aos que n o acreditam na ideologia dos Estados Unidos ficar nos Estados Unidos Mas sim h uma ideologia chave e caracter stica da ideologia dos Estados Unidos que n o h ideologias obrigat rias nem proibidas Alguns casos mais recentes John Brockhoeft encarcerado por ter
26. es em vias de desenvolvimento saiam da pobreza e o atraso Faz funcionar as economias nacionais e a civiliza o global Muitas na es o entendem Essa a raz o pela que tantos licenciados em ci ncia e engenharia das universidades norte americanas ainda as melhores do mundo s o de outros pa ses O corol rio que s vezes n o se chega a captar nos Estados Unidos que abandonar a ci ncia o caminho de volta pobreza e o atraso ci ncia nos alerta dos riscos que exp em as tecnologias que alteram o mundo especialmente para o meio ambiente global de que dependem nossas vidas A ci ncia proporciona um essencial sistema de alarme ci ncia nos ensina os aspectos mais profundos de origens naturezas e destinos de nossa esp cie da vida de nosso planeta do universo Pela primeira vez na hist ria da humanidade podemos garantir uma compreens o real de alguns desses aspectos Todas as culturas da Terra trabalharam estes temas e valorado sua import ncia A todos nos p e a carne de galinha quando abordamos estas grandes questione larga o maior dom da ci ncia pode ser nos ensinar algo de um modo que nenhum outro empenho foi capaz de fazer sobre nosso contexto c smico sobre onde quando e o qual Os valores da ci ncia e os valores da democracia s o concordantes em muitos casos indistingu veis A ci ncia e a democracia come aram em suas encarna es civilizadas no mesmo tempo e lugar nos s c
27. es principais quase inaud veis e invis veis parecem estar em alta decidiram apoiar se em temas sujeitos a refuta o e por isso t m algo que temer da ci ncia As tradi es religiosas revistam ser t o ricas e variadas que oferecem grandes oportunidades de renova o e revis o especialmente quando seus livros sagrados se podem interpretar metaf rica e alegoricamente H pois um terreno meio para confessar enganos antigos como fez a Igreja cat lica romana ao reconhecer em 1992 que Galileo tinha raz o que a Terra gira ao redor do Sol com tr s s culos de atraso mas com valentia e a melhor recep o apesar de tudo O catolicismo romano moderno n o discute absolutamente o Big Bang o universo de quinze mil e milh es de anos a emerg ncia das primeiras criaturas vivas de mol culas pr biol gicas nem a evolu o dos humanos a partir de ancestrais similares aos macacos embora tenha opini es especiais sobre a dota o de alma A corrente principal da f protestante e judia adota tamb m esta firme posi o Em discuss es teol gicas com l deres religiosos frequentemente lhes pergunto qual seria sua resposta se a ci ncia demonstrasse a refuta o de um dogma de sua f Quando o expus ao atual Dalai Lama o d cimo quarto respondeu sem duvidar nem um momento de um modo muito diferente ao dos l deres religiosos conservadores ou fundamentalistas Neste caso disse o budismo tibetano teria que trocar Embor
28. fero desde seus ancestrais a base de provas Mas podemos simular parte da f sica de explos es de supernovas no laborat rio e podemos comparar em detalhe passo a passo as instru es gen ticas de mam feros e r pteis Tamb m se denuncia que a ci ncia t o arbitr ria e irracional como todas as demais declara es de conhecimento ou que a pr pria raz o uma ilus o O revolucion rio americano Ethan Aliem l der dos Green Mountain Boys na captura do Fort Ticonderoga disse algumas palavras sobre o tema Os que invalidam a raz o deveriam considerar seriamente se discutirem contra a raz o com ou sem ela se for com raz o ent o est o estabelecendo o mesmo princ pio que se trabalham em excesso por destronar mas se discutirem sem raz o o que a fim de ser coerentes com eles mesmos devem fazer est o fora do alcance da convic o racional e tampouco merecem uma discuss o racional O leitor pode julgar a profundidade deste argumento Qualquer que seja testemunha de primeira m o do avan o da ci ncia toma como uma empresa intensamente pessoal Sempre h alguns guiados pelo assombro puro e uma grande integridade ou por frustra o com as inadequa es do conhecimento existente ou simplesmente curvados pela incapacidade que imaginam possuir de entender o que todos outros compreendem que procedem a fazer devastadoras perguntas chave Umas quantas personalidades destacam entre muito ci mes ambi o fala
29. gicos autorizados ou por que n o com a propaganda da lapela deste livro Note se que o relat rio do Einstein come a tentando extrair um sentido de resultados experimentais Sempre que for poss vel os cientistas experimentam Os experimentos que se prop em dependem frequentemente das teorias que prevalecem no momento Os cientistas est o decididos a comprovar essas teorias at o ponto de ruptura N o confiam no que intuitivamente bvio Que a Terra era plana foi bvio em um tempo Foi bvio que os corpos pesados ca am mais de pressa que os leves Foi bvio que algumas pessoas eram pulseiras por natureza e por decreto divino Foi bvio que as sanguessugas curavam a maioria das enfermidades Foi bvio que existia um lugar que ocupava o centro do universo e que a Terra se encontrava nesse lugar privilegiado Foi bvio que houve um sistema de refer ncia em repouso absoluto A verdade pode ser confusa ou contr ria intui o Pode contradizer cren as profundas Experimentando chegamos a control la Faz muitas d cadas em um jantar pediu se ao f sico Robert W Wood que respondesse ao brinde Pela f sica e a metaf sica Por metaf sica se entendia ent o algo assim como a filosofia ou verdades que algu m pode reconhecer s pensando nelas Tamb m podiam ter inclu do a pseudoci ncia Wood respondeu aproximadamente desta guisa O f sico tem uma ideia quanto mais pensa nela mais sentido lhe parece que te
30. investiga o e declarar ao mesmo tempo que a origem da mat ria ou o comportamento humano est o al m de nosso alcance Como o poder explicativo da ci ncia t o grande assim que se capta o truque do racioc nio cient fico a gente est disposto a aplic lo a tudo Entretanto enquanto olhamos profundamente em nosso interior somos capazes de desafiar ideias que nos d o consolo ante os terrores do mundo Sou consciente de que parte dos coment rios do cap tulo precedente por exemplo podem ter um car ter assim Quando os antrop logos revisam os milhares de culturas e etnias distintas que compreende a fam lia humana surpreendem se de que haja t o poucas caracter sticas constantes e sempre pressente por muito ex tica que seja a sociedade H culturas por exemplo a ik de Uganda uma delas nas que os Dez Mandamentos parecem ser ignorados sistem tica e institucionalmente H sociedades que abandonam a seus velhos e rec m nascidos comem se a seus inimigos utilizam conchas marinhas porcos ou mulheres jovens como moeda de mudan a Mas o incesto um forte tabu para todas todas usam a tecnologia e quase todas acreditam em um mundo sobrenatural de deuses e esp ritos frequentemente relacionados com o entorno natural que habitam e o bem estar das plantas e animais que comem As que t m um deus supremo que vive no c u tendem a mostrar se mais ferozes por exemplo torturando a seus inimigos Mas isso s uma correla
31. n o se inala e a taxa se mant m ao n vel b sico O mesmo ocorre com o enfisema a bronquite e as enfermidades cardiovasculares Quando em 1953 se publicou o primeiro trabalho na literatura cient fica que demonstrava que quando se pintam as subst ncias do cigarro nos lombos de roedores produzem resultados malignos c ncer a resposta das seis principais companhias de tabaco foi iniciar uma campanha de rela es p blicas para impugnar a investiga o patrocinada pela Funda o Sloan Kettering Isso similar ao que fez a Du Pont Corporation quando em 1974 se publicou a primeira investiga o que demonstrava que seus produtos de freon atacam a capa protetora de oz nio H muitos mais exemplos Seria normal pensar que antes de denunciar descobrimentos que n o gostam as empresas principais dedicariam consider veis recursos a comprovar a seguran a dos produtos que se prop em fabricar E se se esqueceram de algo se os cientistas independentes assinalarem um risco por que protestam as companhias Prefeririam matar s pessoas que perder benef cios Se em um mundo incerto devesse cometer um engano n o se inclinaria para o amparo dos clientes e o p blico E a prop sito o que dizem estes casos sobre a capacidade da empresa privada de vigiar se a si mesmo N o demonstram que ao menos algumas interven es do governo s o em interesse do p blico Um relat rio interno de 1971 da Brown and Williamson Tobacco Corporation enum
32. nem Deus Parece haver um claro problema de credibilidade policial neste tema Continuando citarei uns extratos da an lise do perito do FBI Lanning sobre delitos sat nicos ocultos e rituais apoiado em sua amarga experi ncia e publicado no n mero de outubro de 1989 da revista profissional The P lice Chief Virtualmente toda discuss o sobre satanismo e bruxaria se interpreta luz das cren as religiosas dos que se acham entre o p blico A f n o a l gica nem a raz o governa as cren as religiosas da maioria da gente Como resultado os agentes da lei com um ceticismo normal aceitam a informa o disseminada nessas confer ncias sem avaliar criticamente ou questionar as fontes Para alguns o satanismo qualquer sistema de cren a religioso distinto do seu pr prio Lanning oferece a seguir uma larga lista de sistemas de cren a que ouviu descrever pessoalmente como satanismo nessas confer ncias Inclui o catolicismo romano a Igreja ortodoxa o isl o budismo o hindu smo o mormonismo a m sica rock and roll a canaliza o a astrologia e as cren as da Nova Era em geral N o uma clara indica o de como come am as ca as de bruxas e os pogrons Dentro do sistema de cren a religioso pessoal de um agente da ordem segue o cristianismo pode ser bom e o satanismo mau Segundo a Constitui o entretanto ambos s o neutros Este conceito importante embora dif cil de aceitar para muitos a
33. o Kirk N o s podia recordar essa outra vida tamb m podia entrar nela quando queria S pensando da maneira correta desejando o podia transportar se a si mesmo atrav s dos anos luz e dos s culos De uma maneira que eu n o podia compreender solo desejando que fora assim tinha cruzado as imensid es do espa o tinha sa do do tempo e me tinha misturado chegou a ser assim literalmente com o ego distante e futuro N o me pe am que o explique N o posso embora saiba Deus que o tentei Lindner lhe encontrou inteligente sens vel agrad vel educado e perfeitamente capaz de enfrentar se s vicissitudes humanas cotidianas Mas ao refletir sobre qu o excitante era a vida entre as estrelas Aliem se tinha dado conta de que estava um pouco aborrecido com sua vida na Terra embora se dedicasse a construir armas de destrui o maci a Quando os supervisores de seu laborat rio lhe admoestaram por distra o e sonol ncia ele se desculpou assegurou lhes que tentaria passar mais tempo neste planeta Foi ent o quando ficaram em contato com o Lindner Aliem tinha escrito doze mil p ginas sobre suas experi ncias no futuro e d zias de tratados t cnicos sobre geografia pol tica arquitetura astronomia geologia formas de vida genealogia e ecologia dos planetas de outras estrelas uns quantos t tulos monogr ficos d o uma ideia do material O desenvolvimento cerebral nico dos crist pedos do Srom Norba X
34. o art stica Melhor testemunhadas que as apari es de deuses e dem nios s o as de Santos especialmente da Virgem Maria na Europa ocidental desde finais da poca medieval at a moderna Embora o ar das hist rias de abdu o por extraterrestres muito mais profano e demon aco pode se ver o mito dos vnis com maior perspic cia a partir de vis es descritas como sagradas Possivelmente as mais conhecidos sejam as da Joana D Arc Fran a Santa Br gida na Su cia e Girolamo Savonarola na It lia Mas s o mais adequadas a nosso prop sito as apari es vistas por pastores camponeses e meninos Em um mundo a oitado pela incerteza e o horror essas pessoas desejavam o contato com o divino William A Christian Jr em seu livro Apparitions in Pulsa Medieval and Renaissance Spain Princeton University Press 1981 proporciona um registro detalhado desses acontecimentos na Castilha e Catalunha Um caso t pico o de uma mulher ou uma menina camponesas que dizem ter encontrado a uma menina ou mulher estranhamente pequena algo assim como de um metro de altura que lhe revela como a Virgem Maria a M e de Deus Esta lhe pede surpreendida testemunha que v s autoridades civis e da Igreja locais e lhes ordene dizer preces pelos mortos obedecer os mandamentos ou construir um santu rio naquele mesmo lugar Se n o acessarem amea a os com tem veis castigos possivelmente uma praga Outras vezes em pocas de epidemia Maria promete
35. o da evolu o das estrelas a s ntese dos elementos qu micos a cosmologia e muitas coisas mais s vezes seu xito se apoiou em ter raz o antes de que ningu m tivesse chegado a pensar que havia algo por explicar s vezes triunfou ao equivocar se ao ser t o provocador ao sugerir alternativas t o escandalosas que observadores e experimentalistas se veem obrigados s comprovar O esfor o apaixonado e consertado para demonstrar que Fred se equivoca s vezes fracassou e s vezes triunfou Em quase todos os casos empurrou para frente as fronteiras do conhecimento Inclusive seus maiores esc ndalos por exemplo a proposta de que os v rus da gripe e o HIV tinham cansado dos cometas sobre a Terra e que os gr os de p interestelar s o bact rias levaram a significativos avan os do conhecimento at sem produzir nada que sustente essas ideias particulares Poderia ser til para os cientistas fazer uma lista de vez em quando de alguns de seus enganos Poderia jogar um papel instrutivo que ilustraria e desmitificaria o processo da ci ncia e educaria aos cientistas jovens At o Johannes Kepler Isaac Newton Charles Darwin Gregor Mendel e Albert Einstein cometeram graves enganos Mas a empresa cient fica disp e as coisas de modo que prevalece o trabalho de equipe o que um de n s inclusive o mais brilhante deixa de ver outro muito menos c lebre e capaz pode detect lo e retificar Por minha parte em livros
36. o melhor que temos Neste sentido como em muitos outros como a democracia A ci ncia por si mesmo n o pode apoiar determinadas a es humanas mas sem d vida pode iluminar as poss veis consequ ncias de a es alternativas A maneira de pensar cient fica imaginativa e disciplinada ao mesmo tempo Esta a base de seu xito A ci ncia nos convida a aceitar os fatos embora n o se adaptem a nossas ideias preconcebidas Aconselha nos ter hip tese alternativas na cabe a e ver qual se adapta melhor aos fatos Insiste a um delicado equil brio entre uma abertura sem barreiras s novas ideias por muito her ticas que sejam e o escrut nio c tico mais rigoroso novas ideias e sabedoria tradicional Esta maneira de pensar tamb m uma ferramenta essencial para uma democracia em uma era de mudan a Uma das raz es do xito da ci ncia que tem um mecanismo incorporado que corrige os enganos em seu pr prio seio Possivelmente alguns considerem esta Faceteriza o muito ampla mas para mim cada vez que exercemos a autocr tica cada vez que comprovamos nossas ideias luz do mundo exterior estamos fazendo ci ncia Quando somos autoindulgentes e acr ticos quando confundimos as esperan as com os fatos ca mos na pseudoci ncia e a supersti o Cada vez que um estudo cient fico apresenta alguns dados vai acompanhado de uma margem de engano um aviso discreto mas insistente de que nenhum conhecimento completo ou perfei
37. o se oferece nada parecido a uma prova que fundamente essas afirma es Poderia ressurgir a mania do cristal depois do recente descobrimento da ci ncia sismol gica de que o n cleo interno da Terra pode estar composto por um cristal nico imenso quase perfeito de ferro Alguns livros Lendas da Terra do Dorothy Vitaliano por exemplo interpretam compreensivamente as lendas originais da Atl ntida em t rminos de uma pequena ilha no Mediterr neo que foi destru da por uma erup o vulc nica ou uma antiga cidade que se deslizou dentro do golfo de Corinto depois de um terremoto Por isso sabemos essa pode ser a fonte da lenda mas da destrui o de um continente no que tinha surto uma civiliza o t cnica e m stica sobrenaturalmente avan ada h uma grande distancia O que quase nunca encontramos em bibliotecas p blicas bancas de revistas ou programas de televis o em horas ponta a prova da extens o do ch o marinho e a tect nica de placas e do tra ado do fundo do oceano que amostra de modo inconfund vel que n o p de haver nenhum continente entre a Europa e Am rica em uma escala de tempo parecida com a proposta muito f cil encontrar relatos esp rios que fazem cair ao cr dulo na armadilha Muito mais dif cil encontrar tratamentos c ticos O ceticismo n o vende cem mil vezes mais prov vel que uma pessoa brilhante e curiosa que confie inteiramente na cultura popular para informar se d
38. os recebem uma educa o e formam suas pr prias opini es os que est o no poder trabalham para n s Em todos os pa ses se deveria ensinar aos meninos o m todo cient fico e as raz es para a exist ncia de uma Declara o de Direitos Com isso se adquire certa dec ncia humildade e esp rito de comunidade Neste mundo possu do por dem nios que habitamos em virtude de seres humanos possivelmente seja isso o nico que nos isola da escurid o que nos rodeia AGRADECIMENTOS Durante muitos anos tive o grande prazer de dirigir um semin rio sobre Pensamento Cr tico na Universidade do Cornell pude selecionar estudantes de toda a universidade em apoie a sua capacidade e diversidade cultural e disciplinadora Concedemos especial import ncia aos trabalhos escritos e argumenta o oral Para o final do curso os estudantes selecionam uma s rie de temas sociais muito controvertidos nos que tenham uma importante implica o emocional Desde dois em dois preparam se para uma s rie de debates orais de final de semestre Umas semanas antes dos debates entretanto lhes informa que a tarefa de cada um apresentar o ponto de vista do oponente de modo que seja satisfat rio para este e possa dizer Sim uma apresenta o justa de minhas opini es No debate escrito conjunto exploram suas diferen as mas tamb m como os ajudou o processo de debate a entender melhor o ponto de vista oposto Apresentei alguns temas deste libero a esses
39. programa Head Start o endurecimento das senten as penais um experimento Estabelecer a troca de seringas de inje o usadas p r camisinhas a disposi o do p blico ou liberar a maconha s o experimentos N o fazer nada para ajudar a Abiss nia contra It lia ou para impedir que a Alemanha nazista invadisse a terra do Rin foi um experimento O comunismo na Europa do Este a Uni o Sovi tica e China foi um experimento A privatiza o da aten o da sa de mental ou dos c rceres um experimento O consider vel investimento do Jap o e Alemanha Ocidental em ci ncia e tecnologia e quase nada em defesa e como resultado o auge de suas economias foi um experimento Em Seattle era poss vel comprar pistolas para autoprote o mas n o no pr ximo Vancouver no Canad os assassinatos com pistola s o cinco vezes mais comuns e a taxa de suic dio com pistola dez vezes maior em Seattle as pistolas facilitam o assassinato impulsivo Isso tamb m um experimento Em quase todos esses casos n o se realizam experimentos de controle adequados ou as vari veis n o est o suficientemente separadas Entretanto at certo grau frequentemente til as ideias pol ticas se podem provar Seria uma grande perda ignorar os resultados dos experimentos sociais porque parecem ideologicamente desagrad veis N o h nenhuma na o na Terra que se encontre em condi es timas para encarar o s culo XXI Enfrentamos a abundantes problemas
40. quando a visitei de menino procedente do obscuro Brooklyn era O mundo do manh O mero feito de adotar um tema como este constitu a uma promessa de que haveria um mundo do manh e um simples olhar fortuito afirmava que seria melhor que o mundo de 1939 Embora a mim o matiz passou totalmente inadvertido muita gente desejava uma promessa tranquilizadora em v speras da guerra mais brutal e calamitosa da hist ria humana Ao menos soube que cresceria no futuro O amanh limpo e lustroso que se retratava na Feira era atrativo e esperan oso E estava claro que um pouco chamado ci ncia era o meio para realizar este futuro Mas se as coisas tivessem evolu do de maneira um pouco diferente a Feira me teria podido dar muit ssimo mais Se produziu uma luta feroz entre bastidores A vis o que prevaleceu foi do presidente da Feira e porta voz principal Grover Whalen antigo executivo de empresa chefe da pol cia da cidade de Nova Iorque em uma poca de brutalidade policial sem precedentes e inovador das rela es p blicas Era ele quem tinha pensado que os edif cios da exposi o fossem principalmente comerciais industriais orientados aos produtos de consumo e quem tinha convencido ao Stalin e Mussolini de que constru ram espl ndidos pavilh es nacionais Mais tarde se queixou de haver se visto obrigado a saudar com frequ ncia ao modo fascista O n vel das exposi es como as descreveu um desenhista correspondia mentalida
41. que o consigam Ah por certo chamar se Projeto Westminster Provavelmente surgir o alguns inventos teis de uma empresa assim Sempre ocorre quando se gastam grandes quantidades de dinheiro em tecnologia Mas quase seguro que o Projeto Westminster fracassar Por qu Porque ainda n o se criou a ci ncia que o fundamenta Em 1860 existia o tel grafo Era imagin vel com um gasto enorme instalar aparelhos de telegrafia em todas as casas para que todos pudessem enviar e receber mensagens em c digo Morse Mas isso n o o que tinha pedido a rainha Ela pensava na r dio e a televis o mas eram inalcan veis No mundo real os conhecimentos de f sica necess rios para inventar a r dio e a televis o chegaram de uma dire o que ningu m podia haver predito James Clerk Maxwell nasceu no Edimburgo Esc cia em 1831 Aos dois anos descobriu que com um prato de alum nio podia fazer ricochetear uma imagem do sol nos m veis e que dan asse pelas paredes Quando seus pais entraram correndo na sala ele gritou o sol Consegui lo com o prato de alum nio De pequeno lhe fascinavam os micr bios os vermes as rochas as flores as lentes as m quinas Era humilhante recordava mais tarde sua tia Jane a quantidade de perguntas que fazia aquele menino e que n o podia responder Naturalmente quando chegou escola chamaram lhe Dafty daft no ingl s de Gr Bretanha significa algo assim como um pouco ma
42. que tenha t o boa m o para o basquete como eu para lan ar moedas Por cada oito caras que eu tire de dez ele colocar oito de cada dez tiros O basquete pode ensinar algo sobre probabilidade e estat stica al m de um pouco de pensamento cr tico Uma investiga o de meu colega Tom Gilovich professor de psicologia no Cornell demonstra persuasivamente que nossa compreens o ordin ria das rajadas no basquete uma m percep o Gilovich estudou se os tiros que faziam os jogadores da NBA tendiam a agrupar se mais do que se poderia esperar por acaso depois de conseguir uma ou duas cestas os jogadores n o tinham mais probabilidades de acertar que depois de uma cesta falhada Isso era assim com os grandes e os menos grandes n o s em lan amentos a meia distancia mas tamb m tamb m para tiros livres quando n o h nenhuma m o que cubra a Face do que lan a Certamente algumas atenua es das rajadas de tiro se podem atribuir ao aumento de aten o do defesa do jogador que tem a m o quente Em beisebol existe um mito relacionado com o anterior algu m que bandeja por debaixo de seu m dio deve fazer um golpe Isso t o certo quanto uma s rie de caras seguidas prop cia uma possibilidade superior aos cinquenta por cento de conseguir cruz a seguinte vez Se houver rajadas al m do que algu m pode esperar estatisticamente s o dif ceis de encontrar Mas em certo modo isso n o de tudo satisfat rio N o p
43. s da ora o da f nele expressando desejos ante suas l grimas engarrafadas acariciando seus cristais indubit vel que tivessem aparecido pessoas curadas gra as a ele de muitas enfermidades especialmente psicog nicas Inclusive se o nico fraudulento tivesse sido seu aspecto ditos e produtos anexos alguns teriam melhorada gra as ao Carlos Isso novamente o efeito placebo que se encontra em quase todos os curandeiros Acreditam que tomamos um rem dio potente e desaparece a dor ao menos por um tempo E quando acreditam que recebemos uma padre espiritual capitalista s vezes a enfermidade tamb m desaparece ao menos durante um tempo H gente que anuncia espontaneamente que foi curada embora n o seja assim Nos detalhados seguimentos que fizeram Nolen Randi e muitos outros de pessoas a quem se havia dito que estavam curadas e assim o manifestavam elas por exemplo em servi os televisionados de curandeiros n o puderam encontrar nenhuma que se curou realmente de uma enfermidade org nica grave Inclusive a melhora significativa de sua estado era duvidosa Como sugere a experi ncia da Lourdes possivelmente deveriam revisar se de dez mil a um milh o de casos para encontrar uma verdadeira recupera o assombrosa Um curandeiro pode come ar ou n o com a fraude em mente Mas para sua surpresa resulta que seus pacientes parecem melhorar de verdade Suas emo es s o genu nas sua gratid o sincera Quando se c
44. s ou quatro letras o capit o Auld descobriu o que acontecia Furioso ordenou a Sophia que deixasse aquilo imediatamente Em presen a do Frederick explicou lhe Um negro n o deve saber outra coisa que obedecer a seu amo fazer o que lhe diz Aprender estragaria ao melhor negro do mundo Se ins gnias a um negro a ler ser imposs vel mant lo Incapacitar lhe para ser escravo a perpetuidade Auld repreendeu a Sophia com estas palavras como se Frederick Bailey n o estivesse na habita o com eles ou como se fora um bloco de pedra Mas Auld tinha revelado o grande secreto a Bailey A entendi o poder do homem branco para escravizar ao negro A partir deste momento entendi o caminho da escravid o liberdade Desprovido da ajuda da Sophia Auld agora reticente e intimidada Frederick encontrou a maneira de seguir aprendendo a ler perguntando inclusive pela rua aos meninos brancos que foram escola Ent o come ou a ensinar a seus companheiros escravos Tinham tido sempre o pensamento em jejum Tinham nos encerrado na escurid o mental Eu lhes ensinava porque era uma del cia para minha alma O fato de saber ler jogou um papel chave em sua fuga Bailey escapou a Nova a Inglaterra onde a escravid o era ilegal e os negros eram livres Trocou seu nome pelo do Frederick Douglas personagem da dama do lago do Walter Scott evitou aos ca adores de recompensas que perseguiam escravos fugitivos e se converteu em um
45. s vezes uma mulher reclinada como o monte Ixtaccihuatl no M xico s vezes s o outras partes do corpo como os Grand Tetons em Wyoming um par de picos de montanha batizados por exploradores franceses que chegavam pelo oeste Em realidade s o tr s s vezes s o formas oscilantes nas nuvens A finais da poca medieval e no Renascimento as vis es na Espanha da Virgem Maria eram confirmadas por pessoas que viam Santos nas forma es nebulosas Zarpando da Suva Fiji vi uma vez a cabe a de um monstro realmente aterrador com as queixadas abertas desenhada em uma nuvem de tormenta Em algumas ocasi es um vegetal ou um desenho da nervura da madeira ou a corcunda de uma vaca parece uma face humana Houve uma c lebre berinjela que tinha um apar ncia enorme com o Richard Nixon O que dever amos deduzir deste fato Interven o divina ou extraterrestre Intromiss o republicana na gen tica da berinjela N o Reconhecemos que h grande n mero de berinjelas no mundo e que havendo tantas cedo ou tarde encontraremos uma que pare a uma Face humana inclusive uma Face humana particular Quando a Face de um personagem religioso como por exemplo uma omelete que parece exibir a Face do Jesus os crentes tendem a deduzir rapidamente a interven o de Deus Em uma era mais c tica que a maioria deseja uma confirma o Entretanto parece improv vel que se produza um milagre em um meio t o evanescente Tendo em conta a
46. savana africana uma fam lia de gorilas com o macho golpeando o peito em um claro de bosque sombra um urso pardo americano de tr s metros de altura que me olhava fixamente erguido sobre suas patas traseiras Eram imagens fixas de tr s dimens es captadas pelo g nio do abajur maravilhoso moveu se o urso justo naquele momento Pestanejou o gorila Poderia voltar o g nio desfazer o feiti o e fazer que aquela s rie maravilhosa de criaturas voltasse para a vida enquanto eu olhava boquiaberto Os guris t m um desejo irresist vel de tocar Naqueles tempos as duas palavras mais repetidas em um museu eram n o tocar Faz d cadas n o havia quase nada toc vel nos museus de ci ncia ou hist ria natural nem sequer um lago simulado do que se pudesse agarrar um caranguejo e inspecion lo O mais parecido a uma exposi o interativa que conheci de pequeno eram as balan as do Hayden Planetarium uma para cada planeta Com meus m nimos vinte quilogramas de peso na Terra a ideia de que se vivesse no J piter pesaria quarenta e cinco produziu me certa satisfa o Por desgra a na Lua s pesaria tr s quilogramas seria quase como se n o existisse Hoje em dia se respira aos meninos a tocar olhar percorrer as ramifica es de uma rvore de perguntas e respostas no ordenador ou emitir ru dos curiosos e ver que aspecto t m as ondas de som Inclusive os que n o se fixam em todos os detalhes da exposi o ou nem sequer lhe
47. um novo giro pode se receber os cientistas como se se dedicassem a jogar conosco a p lo todo patas acima como se fossem socialmente perigosos Edward Ou Condon era um distinto f sico americano pioneiro da mec nica qu ntica que participou do desenvolvimento do radar e as armas nucleares na segunda guerra mundial diretor de investiga o do Corning Glass diretor do Comit Nacional de Padr es e presidente da Sociedade F sica Americana al m disso A de professor de f sica na Universidade de Avermelhado nos ltimos tempos onde dirigiu um controvertido estudo cient fico sobre os vnis patrocinado pelas For as A reas Foi um dos f sicos cuja lealdade aos Estados Unidos foi denunciada por membros do Congresso incluindo o congressista Richard M Nixon que pediu a revoga o de sua credencial de seguran a a finais da d cada dos quarenta e princ pios dos cinquenta O superpatri tico presidente do Comit de Atividades Antiamericanas o deputado J Parnell Thomas disse que o f sico doutor Condon era o elo mais fraco na seguran a americana e em certo momento o elo perdido Seu ponto de vista sobre as garantias constitucionais pode espigar se na seguinte resposta ao advogado de uma testemunha Os direitos que voc tem s o os que lhe concede este comit Determinaremos que direitos tem e que direitos n o tem ante o comit Albert Einstein pediu publicamente a todos os convocados ante o c
48. vel que apoie a ci ncia por que subvencion los para que realizem seus pequenos projetos absurdos e incompreens veis Bem sabemos a resposta a isso subvenciona se a ci ncia porque proporciona benef cios espetaculares a todos os n veis da sociedade como argumentei neste livro Assim os que encontram desagrad veis aos insetos estranhos cientistas mas ao mesmo tempo desejam os produtos da ci ncia enfrentam se a uma esp cie de dilema Uma solu o tentadora dirigir as atividades dos cientistas Que n o lhes d dinheiro para que se v o pelos ramos dir lhes emos o que necessitamos tal invento ou tal processo N o subvencionemos a curiosidade dos cientistas a n o ser algo que beneficie sociedade Parece bastante singelo O problema que ordenar a algu m que v e fa a um invento espec fico embora o custo n o seja nenhum problema n o garante que se consiga Pode ser que se care a de uma base de conhecimento sem a que imposs vel que algu m consiga a inven o que se tem em mente E a hist ria da ci ncia demonstra que muitas vezes n o se podem encontrar os princ pios b sicos por um caminho dirigido Podem surgir das medita es ociosas de um jovem solit rio perdido no bosque Outros o ignoram ou recha am como tamb m outros cientistas s vezes at que aparece uma nova gera o deles Pedir com urg ncia grandes inventos pr ticos desalentando ao mesmo tempo a investiga o guiada pela curiosidad
49. 1598 revela a estat stica e nos d uma pequena amostra da realidade humana O administrador do senado chamado Gering a anci senhora Kanzier a roli a esposa do alfaiate a cozinheira do senhor Mengerdorf uma estrangeira uma mulher estranha Baunach um senador o cidad o mais gordo do Wurtzburgo o antigo ferreiro da corte uma velha uma menina pequena de nove ou dez anos sua irm pequena a m e das duas meninas pequenas antes mencionadas a filha do Liebler a filha do Goebel a garota mais bonita do Wurtzburgo um estudante que sabia muitos idiomas dois meninos da igreja de doze anos de idade cada um a filha pequena do Stepper a mulher que vigiava a porta da ponte uma anci o filho pequeno do oficial da prefeitura a esposa do Knertz o a ougueiro a filha pequena do doutor Schuitz uma garota cega Schwartz c nego do Hach E assim segue Alguns receberam uma aten o humana especial A filha pequena do Valkenherger foi executada e queimada na intimidade Em um s ano houve vinte e oito imola es p blicas com quatro a seis v timas de m dio em cada uma delas nesta pequena cidade Era um microcosmos do que ocorria em toda a Europa Ningu m sabe quantos foram executados no total possivelmente centenas de milhares possivelmente milh es Os respons veis pela persegui o tortura julgamento queima e justifica o atuavam desinteressadamente S terei que lhe perguntar no se podiam equivocar As confiss es
50. Adora o do fogo e sacrif cio no Srom Sodrat II A hist ria do Instituto Cient fico Intergal ctico e A aplica o da teoria de campo unificada e a mec nica de propuls o estelar viagem espacial Este ltimo o que eu gostaria de ver ao fim e ao cabo conforme diziam Aliem era um f sico de primeira categoria Fascinado Lindner estudou atentamente o material Aliem n o deu amostras de nenhum acanhamento na hora de apresentar seus escritos ao Lindner ou coment los em detalhe Imbat vel e formid vel intelectualmente parecia n o ceder nenhuma polegada aos servi os psiqui tricos Quando falhou todo o resto o psiquiatra tentou algo diferente Tentei evitar que pensasse que eu entrava em campo de batalha para lhe demonstrar que era um psic tico que se tratava de uma luta a morte sobre a quest o de sua sa de mental Em lugar disso posto que era bvio que tanto seu temperamento como sua educa o eram cient ficos expus me capitalizar a qualidade que tinha demonstrado durante toda sua vida a qualidade que lhe levou a seguir uma carreira cient fica sua curiosidade Isso significava que ao menos de momento eu aceitava a validez de seus experimentos Em uma quebra de onda s bita de inspira o me ocorreu que para afastar ao Kirk de sua loucura era necess rio que eu entrasse em sua fantasia e desde esta posi o liberar o da psicose Lindner assinalou algumas contradi es aparentes no
51. Einstein E mc2 e muito mais A relatividade e os experimentos que levaram a ela demonstraram de maneira concludente que n o h um ter que sustente a propaga o de ondas eletromagn ticas como escreve Einstein no extrato do famoso trabalho que reproduzi no cap tulo 2 A onda avan a por si s O campo el trico oscilante gera um campo magn tico o campo magn tico oscilante gera um campo el trico sustentam se ambos com seus suspens rios Muitos f sicos ficaram profundamente turvados pelo desaparecimento do ter lumin fero Tinham necessitado algum modelo mec nico para que toda a ideia da propaga o de luz no vazio fora razo vel plaus vel compreens vel Mas era uma muleta um sintoma de nossas dificuldades para reconhecer reino nos que o sentido comum n o serve O f sico Richard Feynman o descreveu deste modo Hoje entendemos melhor que o que conta s o as equa es em si e n o o modelo usado para as conseguir S podemos questionar se as equa es s o verdadeiras ou falsas responde se a isso fazendo experimentos e um n mero incont vel de experimentos confirmaram as equa es do Maxwell Se retirarmos o andaime que utilizou para constru lo encontramo nos com que o belo edif cio do Maxwell se mant m por si s Mas o ques o esses campos el tricos e magn ticos vari veis no tempo que impregnam todo o espa o O que significam e B Sentimo nos muito mais c modos com a ideia de coisas que se tocam e se
52. Hist ria da decad ncia e ru na do Imp rio romano Edward Gibbon descrevia o equil brio entre credulidade e ceticismo a finais da antiguidade cl ssica A credulidade ocupava o lugar da f permitia se que o fanatismo assumisse a linguagem da inspira o e se atribu am os efeitos de acidente ou engenho a causas sobrenaturais Em tempos modernos Gibbon escreve em meados do s culo XVIII at as disposi es mais piedosas destilam um ceticismo latente e inclusive involunt rio Sua admiss o de verdades sobrenaturais muito menos um consentimento ativo que uma aquiesc ncia fria e passiva Acostumada desde tempo atr s a observar e respeitar a ordem invari vel da natureza nossa raz o ou ao menos nossa imagina o n o est suficientemente preparada para sustentar a a o vis vel da Deidade Mas nas primeiras foi do cristianismo a situa o da humanidade era absolutamente diferente Os mais curiosos ou os mais cr dulos entre os pag os viam se convencidos frequentemente de entrar em uma sociedade que fazia uma afirma o real dos poderes milagrosos Os crist os primitivos pisavam perpetuamente um terreno m stico e exercitavam a mente com o h bito de acreditar os acontecimentos mais extraordin rios Sentiam ou assim lhes parecia que os atacavam dem nios incessantemente por toda parte que as vis es os reconfortavam e as profecias os instru am e se viam surpreendentemente liberados de perigo enfermidade e da pr pr
53. Possivelmente seja um intento de voltar as volta aos cientistas que arguem faz tempo que a cr tica liter ria a religi o a est tica e grande parte da filosofia e a tica s o mera opini o subjetiva porque n o se podem demonstrar como um teorema da geometria euclidiana nem submeter se a prova experimental H gente que quer que tudo seja poss vel que sua realidade seja ilimitada Parece lhes que nossa imagina o e nossas necessidades requerem mais que o relativamente pouco que a ci ncia ensina que sabemos com seguran a Muitos gurus da Nova Era a atriz Shirley MacLaine entre eles chegam ao ponto de abra ar o solipsismo de afirmar que a nica realidade a de seus pr prios pensamentos Sou Deus dizem em realidade Acredito de verdade que n s criamos nossa pr pria realidade disse MacLaine a um c tico em uma ocasi o Acredito que agora mesmo eu lhe estou criando a voc Se sonho que me re no com um pai ou um filho mortos quem me vai dizer que n o ocorreu realmente Se tiver uma vis o de mim mesmo flutuando no espa o e olhando para a Terra talvez estive ali realmente como alguns cientistas que nem sequer compartilharam a experi ncia atrevem se a me dizer que est tudo em minha cabe a Se minha religi o ditar que palavra inalter vel e inequ voca de Deus que o universo tem uns quantos milhares de anos os cientistas al m de equivocar se s o ofensivos e mpios quando declaram que tem u
54. Sixty Minutes e Randi sublinharam que os meios de comunica o australianos n o tinham feito nenhum esfor o para comprovar a boa f do Carlos N o tinha aparecido nunca em nenhuma das cidades nomeadas A fita de v deo do Carlos no cen rio de um teatro de Nova Iorque tinha sido um favor dos magos Penn e Teller que estavam atuando ali limitaram se a pedir ao p blico um grande aplauso Alvarez entrou com a t nica e o medalh o o p blico aplaudiu submisso Randi conseguiu sua fita de v deo Alvarez se despediu o show continuou E em Nova Iorque n o existe nenhuma emissora de r dio chamada WOOP Era f cil encontrar outros motivos de suspeita nos escritos do Carlos Mas como a divisa intelectual foi t o desvalorizada como a credulidade antiga e da Nova Era t o agressiva como raramente se pratica o pensamento c tico n o h nenhuma par dia muito inveross mil A Funda o Carlos anunciava a venda de um cristal da Atl ntida em realidade se cuidaram escrupulosamente de n o vender nada O professor em suas viagens encontrou at agora cinco desses cristais nicos Sem que a ci ncia encontre explica es cada cristal cont m energia quase pura e tem uns poderes curativos enormes As formas cont m energia espiritual fossilizada e s o uma grande b n o para a prepara o da Terra para a Nova Era Dos cinco o professor ascendido leva sempre um cristal da Atl ntida perto de seu corpo para proteger
55. Toma a s rio as afirma es do Richard Shaver quem como descreverei mais adiante representou um papel importante na origem do entusiasmo pelos vnis na Am rica do Norte Shaver praticou cortes nas rochas de sua granja de Wisconsin e descobriu escrita em uma linguagem pictogr fico que s ele podia ver embora n o entender uma hist ria total do mundo Michell aceita tamb m com convic o as afirma es do dramaturgo e te rico surrealista Antonin Artaud quem em parte sob a influ ncia do peyote via nas formas do exterior das rochas imagens er ticas um homem torturado animais ferozes e coisas assim Toda a paisagem se revelava a si mesmo diz Michell como a cria o de um nico pensamento Mas h uma quest o chave este pensamento estava dentro ou fora da cabe a do Artaud Artaud chegou conclus o aceita pelo Michell de que aquelas formas t o aparentes nas rochas tinham sido fabricadas por uma civiliza o antiga e n o por sua estado de consci ncia induzido em parte por alucin genos Quando Artaud voltou do M xico a Europa lhe diagnosticou uma loucura Michell deplora o ponto de vista materialista que recebeu com ceticismo as formas do Artaud Michell nos mostra uma fotografia do Sol tomada com raios X que parece vagamente uma Face e nos informa que os seguidores do Gurdjieff veem a Face de seu Professor na coroa solar Deduz que inumer veis caras nas rvores montanhas e cantos rodados s o
56. a intelectual mais importante na forma o do destino da Am rica do s culo XVIII Franklin era s um entre um grande n mero de colonos com vis o de futuro que reconheceram a rela o do m todo cient fico com o procedimento democr tico Investiga o livre interc mbio livre de informa o otimismo autocr tica pragmatismo objetividade todos esses ingredientes da rep blica em flora es estavam j em vigor na rep blica da ci ncia que floresceu no s culo X VIII Thomas Jefferson era um cientista Assim como se definia ele mesmo Quando um visita sua casa no Monticello Virginia s atravessar o portal encontra provas em qualquer parte de seu interesse cient fico n o s em sua imensa e variada biblioteca a n o ser nas m quinas copiadoras portas autom ticas telesc pios e outros instrumentos alguns deles justo no fio da tecnologia de princ pios do s culo XIX Algum os inventou outro os copiou outro os adquiriu Comparou as plantas e os animais da Am rica e Europa descobriu f sseis utilizou o c lculo no desenho de um novo arado Dominou a f sica newtoniana A natureza lhe destinava conforme dizia ele a ser cientista mas n o existia a oportunidade de dedicar se ci ncia na Virginia pr revolucion ria Necessidades mais prementes passaram a primeiro plano Meteu se totalmente nos acontecimentos hist ricos que se aconteciam a seu redor Uma vez alcan ada a independ ncia dizia as seguintes gera es
57. a levar fora e escuta o decreto de tortura como se nunca tivesse recha ado as acusa es 19 antes da tortura entretanto registram na em busca de amuletos barbeiam lhe todo o corpo e lhe examinam sem modera o at essas partes ntimas que indicam o sexo feminino 20 O que tem isso de assombroso Aos sacerdotes os trata do mesmo modo 21 Quando a mulher foi barbeada e examinada torturam na para lhe fazer confessar a verdade quer dizer para que declare o que eles querem porque naturalmente n o h outra coisa que seja nem possa ser a verdade 22 Come am com o primeiro grau quer dizer a tortura menos grave Embora dura em excesso suave comparada com as que seguir o Assim se confessar dizem que a mulher confessou sem tortura 23 Agora bem que pr ncipe pode duvidar de sua culpabilidade quando lhe dizem que confessou voluntariamente sem tortura 24 Condenam na pois a morte sem escr pulos Mas a teriam executado embora n o tivesse confessado porque assim que a tortura come ou a sorte j est arremesso n o pode escapar tem que morrer for a 25 O resultado o mesmo tanto se confessar como se n o Se confessar sua culpa clara executada Qualquer retrata o em v o Se n o confessar a tortura se repete dois tr s quatro vezes Em delitos excepcionais a tortura n o tem limite de dura o severidade ou frequ ncia 26 Se durante a tortura a velha contorciona suas fei es com d
58. abdutoras n o s o seres extraterrestres de nosso pr prio universo a n o ser visitantes de outra dimens o Aqui h uma passagem t pica e revelador de seu livro Quando os abduzidos chamam sonhos a suas experi ncias coisa que fazem frequentemente um escrut nio atento pode revelar que isso poderia ser um eufemismo para encobrir o que est o seguros de que n o pode ser quer dizer um acontecimento do que n o despertaram que ocorreu em outra dimens o Agora bem a ideia de outras dimens es n o surgiu do c rebro do uf logo da Nova Era mas sim parte integrante da f sica do s culo XX Da relatividade geral do Einstein uma verdade da cosmologia que o espa o tempo est dobrado ou curvado atrav s de uma dimens o f sica mais alta A teoria da Kaluza Klein postula um universo de onze dimens es Mack apresenta uma ideia totalmente cient fica como a chave de fen menos que est o mais frente do alcance da ci ncia Sabemos como se veria um objeto de outra dimens o ao encontrar se com nosso universo tridimensional Para maior claridade baixemos a uma dimens o uma ma que passa atrav s de um plano deve trocar a forma tal como a percebem os seres bidimensionais confinados ao plano Primeiro parece ser um ponto logo se es de ma maiores logo menores outra vez um ponto e finalmente puf desaparece De modo similar um objeto quadridimensional ou mais sempre que n o seja uma figura muito sing
59. as flutua es da taxa de mortalidade ocorriam exclusivamente entre mulheres de setenta e cinco anos ou mais como a festa lunar da colheita est presidida pelas mulheres mais anci s das casas eram capazes de adiar a morte uma ou duas semanas para exercer suas responsabilidades cerimoniosas encontra se um efeito similar entre os homens judeus as semanas dedicadas P scoa judia uma cerim nia em que os anci es desempenham um papel central e de modo parecido em todo mundo por anivers rio cerim nias de gradua o e coisas parecidas Em um estudo mais controvertido os psiquiatras da Universidade do Stanford dividiram em dois grupos a oitenta e seis mulheres com met stase de c ncer de peito animaram a um grupo a examinar seus temores ante a morte e a intervir em suas vidas enquanto o outro n o recebia nenhum tipo de apoio psiqui trico especial Para surpresa dos investigadores o grupo receptor de apoio n o s experimentava menos dor mas tamb m tamb m vivia mais um m dio de dezoito meses mais O diretor do estudo do Stanford David Spiegel especula que a causa pode ser o cortisol e outros horm nios do estresse que prejudicam o sistema imunol gico do corpo As pessoas gravemente deprimidas os estudantes durante per odos de exame e os desnutridos t m um n mero reduzido de gl bulos brancos Um bom apoio emocional possivelmente n o tenha muito efeito em formas de c ncer avan adas mas pode servir para reduzi
60. bruxa potencial o vinho para os sentinelas os banquetes para os ju zes os gastos de viagem de um mensageiro enviado a procurar um torturador mais experiente a outra cidade e os faz de lenha o alcatr o e a corda do verdugo Al m disso cada membro do tribunal tinha uma gratifica o por bruxa queimada O resto das propriedades da bruxa condenada se as havia dividiam se entre a Igreja e o Estado medida que se institucionalizavam estes assassinatos e roubos maci os e se sancionavam legal e moralmente ia surgindo uma imensa burocracia para servi la e a aten o se foi ampliando das bruxas e velhas pobres at a classe m dia e enriquecida de ambos os sexos Quantas mais confiss es de bruxaria se conseguiam sob tortura mais dif cil era sustentar que todo o assunto era pura fantasia Como a cada bruxa a obrigava a implicar a algumas mais os n meros cresciam exponencialmente Constitu am provas tem veis de que o diabo segue vivo como disse mais tarde na Am rica nos julgamentos de bruxas de Salem Em uma era de credulidade aceitava se tranquilamente o testemunho mais fant stico que dezenas de milhares de bruxas se reuniram para celebrar um ritual nos lugares p blicos da Fran a e que o c u se obscureceu quando doze mil delas puseram se a voar para a Terra nova Na B blia se aconselhava N o deixar que viva uma bruxa queimaram se legi es de mulheres na fogueira E se aplicavam as torturas mais horrendas a
61. com a idade que teria se tivesse sobrevivido ao atentado em uma cadeira de rodas no Camp David Em p ginas interiores nos informa de outro aspecto de poss vel interesse Em Asteroides do dia do julgamento final um documento supostamente de m ximo secreto cita as palavras de supostos cientistas importantes sobre um suposto asteroide CM 167 que supostamente se chocar com a Terra em 11 de novembro de 1993 e poderia significar o fim da vida na Terra Se assegura que o presidente Clinton recebe informa o constante da posi o e velocidade do asteroide Possivelmente foi um dos temas que discutiu em sua reuni o com o presidente Kennedy Em certo modo o fato de que a Terra escapasse a esta cat strofe n o mereceu nem sequer um par grafo de coment rio depois de ter passado sem not cias em 11 de novembro de 1993 Ao menos ficou justificado o bom julgamento do escritor de titulares de n o carregar a primeira p gina com a not cia do fim do mundo Alguns consideram que todo isso uma esp cie de divers o Entretanto vivemos em uma poca em que se identificou uma amea a estat stica real a longo prazo do impacto de um asteroide com a Terra Esta realidade da ci ncia certamente a fonte de inspira o se esta for a palavra adequada da hist ria do WWN As ag ncias governamentais est o estudando o que fazer a respeito Boatos como este tingem o tema de exagero e extravag ncia apocal ptica dificultam que o
62. com assist ncia qu mica ou experimental podem representar um papel possivelmente central nos relatos sobre vnis Mas f cil parodiar um ponto de vista assim os vnis explicados como alucina es maci as Todo mundo sabe que n o existe o que se chama uma alucina o compartilhada N o medida que se come ou a popularizar amplamente a possibilidade de vida extraterrestre especialmente com os canais marcianos do Percival Lowell a finais do s culo passado a gente come ou a declarar que estabelecia contato com os extraterrestres especialmente marcianos O livro do psic logo Theodore Flournoy Da ndia ao planeta Marte escrito em 1901 descreve um m dium de fala francesa que em estado de transe desenhou retratos dos marcianos s o iguais que n s e apresentou seu alfabeto e linguagem com um not vel parecido ao franc s O psiquiatra Carl Jung em sua disserta o doutoral em 1902 descreveu a uma mo a a Su a que se agitou ao descobrir sentado em um trem diante dela a um habitante das estrelas de Marte Os marcianos est o desprovidos de ci ncia filosofia e almas disse lhe mas t m uma tecnologia avan ada Faz tempo que existem m quinas voadoras em Marte todo Marte est talher de canais e coisas assim Charles Fort um colecionador de relat rios an malos que morreu em 1932 escreveu Possivelmente haja habitantes em Marte que enviem secretamente informe sobre este mundo a seus g
63. come a a ser muito alto Interessa nos a verdade Tem alguma import ncia onde a ignor ncia uma b n o uma loucura ser s bio escreveu o poeta Thomas Gray Mas assim Edmund Way Teale em seu livro de 1950 C rculo das esta es exp s melhor o dilema Moralmente t o mau n o querer saber se algo verdade ou n o sempre que permitir sentir se bem como o n o querer saber como ganha o dinheiro sempre que se consiga Por exemplo desanimador descobrir a corrup o e a incompet ncia do governo mas melhor n o saber nada disso A que interesses servem ignor ncia Se os humanos tiverem por exemplo uma propens o heredit ria ao dio aos forasteiros n o o autoconhecimento o nico ant doto Se ansiarmos acreditar que as estrelas saem e ficam para n s que somos a raz o pela que h um universo negativo o servi o que nos empresta a ci ncia para rebaixar nossas expectativas Na genealogia da moral Friedrich Nietzsche como tantos antes e depois critica o progresso ininterrupto na autodesvaloriza o do homem causado pela revolu o cient fica Nietzsche lamenta a perda da cren a do homem em sua dignidade sua unicidade insubstitu vel no projeto da exist ncia Para mim muito melhor captar o universo como em realidade que persistir no engano por muito satisfat rio e reconfortante que seja Que atitude a que nos equipa melhor para sobreviver a longo prazo O que nos
64. converter em coroinhas durante quinze anos ao final deste tempo poder amos come ar a estar preparados para abordar o tema seriamente Acredito que a maioria de n s dir amos que n o temos tempo e muitos suspeitariam que dedicar quinze anos para chegar s soleira de uma compreens o prova de que todo o assunto pura mentira se for muito dif cil para que o entendamos n o se deriva disso que tamb m o para que o critiquemos com conhecimento Ent o a mentira tem via livre Ou seja no que se diferencia a doutrina xamanista ou teol gica da Nova Era da mec nica qu ntica A resposta que embora n o possamos entend la podemos verificar que a mec nica qu ntica funciona Podemos comparar as predi es quantitativas da teoria qu ntica com as longitudes de onda de linhas espectrais dos elementos qu micos o comportamento dos semicondutores e o h lio l quido os microprocessadores que tipos de mol cula se formam a partir de seus tomos constituintes a exist ncia e propriedades de estrelas an s brancas o que acontece os m seres e os raios laser e que materiais s o suscet veis de que tipos de magnetismo N o temos que ser f sicos consumados para ver o que revelam os experimentos Em cada um desses casos como em muitos outros as predi es da mec nica qu ntica s o assombrosas e se confirmam com grande precis o Mas o xam nos diz que sua doutrina verdadeira porque tamb m funciona n o em assuntos oc
65. cristianismo 3 Um pederasta justifica seus atos lendo a B blia a suas v timas 4 A um menino de quatorze anos lhe arrancam o globo do olho em uma cerim nia de exorcismo Seu atacante n o um satanista a n o ser um ministro fundamentalista protestante com compromissos religiosos 5 Uma mulher pensa que seu filho de doze anos de idade est possu do pelo diabo depois de uma rela o incestuosa com ele decapita lhe Mas n o conteve ritual sat nico na posse O segundo e terceiro caso v m dos arquivos do FBI Os dois ltimos som de um estudo que realizaram a doutora Gail Goodman psic loga da Universidade do Davis Calif rnia e seus colegas para o Centro Nacional de Abuso e Abandono Infantil Examinaram umas doze mil den ncias de abuso sexual que implicavam cultos rituais sat nicos e n o puderam encontrar nenhum s que resistisse o escrut nio Os terapeutas falavam de abuso sat nico apoiando se s por exemplo na revela o do paciente mediante a hipnoterapia ou o temor aos s mbolos sat nicos dos meninos Em alguns casos se fez o diagn stico em apoie conduta comum a muitos meninos S em alguns casos se mencionava uma prova f sica normalmente cicatrize Mas na maioria dos casos as cicatrizes n o existiam ou eram muito leves Inclusive quando havia cicatrizes n o se determinava se as tinham causado as pr prias v timas Isso tamb m muito similar aos casos de abdu o
66. curar a enfermidade mas s se se cumprirem suas demandas A testemunha tenta fazer o que lhe dizem Mas quando informa a seu pai seu marido ou o padre ordenam lhe que n o conte a hist ria a ningu m uma tolice feminina uma frivolidade ou uma alucina o demon aca Assim ela n o diz nada Dias depois lhe volta a aparecer Maria um pouco molesta porque n o se honrou sua peti o N o me acreditar o se lamenta a testemunha me D um sinal Necessita se uma prova Assim Maria que pelo visto n o tinha previsto que teria que proporcionar uma prova lhe d um sinal Os do povo e os padres se convencem em seguida constr i se o santu rio Ocorrem curas milagrosas na vizinhan a Chegam peregrinos de todas partes A economia local melhora nomeia se testemunha original guardi do sacro santu rio Na maioria dos casos que conhecemos criou se uma comiss o de investiga o formada por autoridades civis e eclesi sticas que testemunhavam se a apari o era genu na a pesar do ceticismo inicial quase exclusivamente masculino Mas o n vel das provas n o estava acostumadas ser alto Em um caso se aceitou seriamente o testemunho delirante de um menino de oito anos dois dias antes de morrer por uma epidemia Algumas comissione seguiram deliberando durante d cadas ou inclusive at um s culo depois do acontecimento Em Sobre a distin o entre vis es verdadeiras e falsas um perito sobre o tema Jean G
67. curioso n o tinha ouvido virtualmente nada de ci ncia moderna Tinha um interesse natural nas maravilhas do universo Queria saber de ci ncia mas toda a ci ncia tinha sido expurgada antes de chegar a ele A este homem tinha falhado nossos recursos culturais nosso sistema educativo nossos meios de comunica o O que a sociedade permitia que se filtrasse eram principalmente apar ncias e confus o Nunca lhe tinham ensinado a distinguir a ci ncia real da spera imita o N o sabia nada do funcionamento da ci ncia H centenas de livros sobre a Atl ntida o continente m tico que conforme dizem existiu faz uns dez mil anos no oceano Atl ntico Ou em outra parte Um livro recente o localiza na Ant rtida A hist ria vem de Plat o que o citou como um rumor que lhe chegou de pocas remotas H livros recentes que descrevem com autoridade o alto n vel tecnol gico moral e espiritual da Atl ntida e a grande trag dia de um continente povoado que afundou inteiro sob as ondas H uma Atl ntida da Nova Era a civiliza o legend ria de ci ncias avan adas dedicada principalmente ci ncia dos cristais Em uma trilogia titulada 4 ilustra o do cristal da Katrina Raphaell uns livros que tiveram um papel principal na loucura do cristal na Am rica do Norte os cristais da Atl ntida leem a mente transmitem pensamentos s o deposit rios da hist ria antiga e modelo e fonte das pir mides do Egito N
68. da investiga o cient fica b sica e apoiasse a tecnologia a engenharia e as aplica es O Congresso est sugerindo acabar com o Estudo Geol gico dos Estados Unidos e reduzir seu apoio ao estudo do fr gil meio ambiente da Terra O apoio da Nasa para investiga o e an lise de dados j obtidos se vai limitando cada vez mais A muitos cientistas jovens n o s imposs vel conseguir becas para levar a cabo sua investiga o mas tamb m al m n o encontram trabalho O financiamento da investiga o e o desenvolvimento industrial por parte das companhias americanas se reduziu em anos recentes O financiamento de investiga o e desenvolvimento do governo se reduziu no mesmo per odo S aumentou a investiga o e o desenvolvimento militar na d cada dos oitenta Em gastos anuais Jap o agora o principal investidor em investiga o e desenvolvimento civil Em campos como inform tica equipe de telecomunica es setor aeroespacial rob tica e equipe cient fica de precis o a participa o dos Estados Unidos nas exporta es globais descendeu enquanto aumentou a dos japoneses Neste mesmo per odo Estados Unidos perdeu a supremacia ante o Jap o na maioria de tecnologias de semicondutores e experimentou um grave declive na participa o de mercado da televis o em cor v deos fon grafos aparelhos de telefone e m quinas ferramentas Na investiga o b sica os cientistas s o livres de encher sua curiosidade e inte
69. da pol cia americana se concentram nas provas e n o em anedotas Como nos recordam os julgamentos de bruxas europeus pode se intimidar aos suspeitos durante o interrogat rio a gente confessa crimes que nunca cometeu as testemunhas podem equivocar se Esse tamb m o eixo de muita fic o detetivesca Mas as provas reais n o fabricadas queimaduras de p lvora rastros digitais amostras de DNA pisadas corto sob as unhas da v tima que luta t m muito peso Os criminalistas empregam algo muito parecido ao m todo cient fico e pelas mesmas raz es Assim no mundo dos vnis e abdu es como extraterrestres razo vel perguntar se onde est a prova a prova real inequ voca os dados que convenceriam a um jurado que ainda n o decidiu sua opini o Alguns entusiastas arguem que h milhares de casos de terra removida onde se sup e que aterrissaram vnis e por que motivo n o se considera suficiente N o suficiente porque h maneiras de remover a terra sem necessidade de extraterrestres nem vnis uma possibilidade que aparece facilmente na mente a de humanos com p s Um uf logo me acusa de ignorar 4400 casos de rastros f sicos em 65 pa ses Mas que eu saiba nenhum desses casos foi analisado com os resultados publicados em uma revista e os artigos revisados por colegas de f sica ou qu mica metalurgia ou ci ncia do ch o que demonstrem que os rastros n o podiam ser gerados por pesso
70. de autoridade relevante no referente ao tema da abdu o como extraterrestres Se houver pessoas que com grande paix o e convic o podem ser levadas a recordar que foram v tima de abuso por parte de seus pais sem ser verdade n o poderiam outros com uma paix o e convic o compar veis ser levados a recordar que foram v tima de abusos de extraterrestres sem ser verdade Quanto mais examino as declara es de abdu o como extraterrestres mais similares me parecem com os informe de lembran as recuperadas de abuso sexual na inf ncia E h uma terceira classe de declara es que tamb m est o relacionadas as lembran as reprimidas de cultos rituais sat nicos nos que a tortura sexual a coprofilia o infantic dio e o canibalismo parecem ser a norma Em uma pesquisa de dois mil e setecentos membros da Associa o Americana de Psic logos doze por cento respondeu que tinham tratado casos de abuso ritual sat nico enquanto trinta por cento declarou casos de abusos realizados em nome da religi o Nos Estados Unidos se declararam uns dez mil casos anuais nos ltimos anos Um n mero significativo dos que exp em o risco do satanismo crescente na Am rica incluindo as for as da ordem que organizam semin rios sobre o tema resultam ser fundamentalistas crist os suas seitas necessitam explicitamente a intromiss o de um mal literal na vida humana cotidiana A rela o fica riscada limpamente no dito Nem Satan s
71. de cora o como a que o cardeal Newman atribu a aos que questionavam a infalibilidade da B blia A ci ncia racional sempre considera que seus cr ditos s o redim veis a pedido enquanto que o autoritarismo n o racional considera a peti o de reden o de seus valores como uma falta de f e de lealdade Os mitos e o folclore de muitas culturas pr modernas t m um valor explicativo ou ao menos mnem nico Em hist rias que todo mundo pode valorar e inclusive atestar codificam o entorno pode se recordar que constela es aparecem um dia determinado do ano ou a orienta o da Via L ctea por meio de uma hist ria de amantes que se re nem ou uma canoa que avan a pelo rio sagrado Como o reconhecimento do c u essencial para plantar e colher e seguir o rastro dos animais estas hist rias t m um importante valor pr tico Tamb m podem ser teis como provas psicol gicas projetivas ou como confirma es do lugar da humanidade no universo Mas isso n o significa que a Via L ctea seja realmente um rio ou que a atravesse uma canoa ante nossos olhos A quinina procede de uma infus o da casca de uma rvore particular da selva amaz nica Como descobriu um povo pr moderno que um ch feito precisamente desta rvore com todas as plantas que h na selva aliviaria os sintomas da mal ria Deveram provar todas as rvores e as plantas ra zes caules casca folhas mastigadas amassadas e em infus o Isso constitui um conj
72. de televis o come aram a receber a boa not cia atrav s de equipes de imprensa e fitas de v deo Um folheto dizia CARLOS APARECER NA AUSTR LIA Os que o viram jamais o esquecer o De repente o artista jovem e brilhante que lhes est falando parece titubear lhe reduz o pulso perigosamente e virtualmente se det m at a morte O auxiliar m dico atribu do para manter uma vigil ncia constante est a ponto de fazer soar o alarme Mas ent o com um batimento do cora o poderoso volta lhe o pulso mais r pido e forte que antes evidente que a for a da vida retornou ao corpo mas a entidade dentro deste corpo j n o Jos Luiz lvarez um homem de dezenove anos cujas singulares cer micas pintadas se exibem nas casas mais luxuosas da Am rica do Norte dentro de seu corpo ocupou seu lugar Carlos uma alma antiga cujos ensinos ser o ao mesmo tempo um transtorno e uma inspira o Um ser que atravessa uma forma de morte para dar passo a outra este o fen meno que tem feito do Carlos canalizado atrav s do Jos Luiz lvarez a nova figura dominante da consci ncia da Nova Era Como diz inclusive um cr tico c tico de Nova Iorque O primeiro e nico caso de canalizador que oferece uma prova tang vel f sica de uma mudan a misteriosa dentro de sua fisiologia humana Agora Jos que se submeteu a mais de cento e setenta dessas pequenas mortes e transforma es recebeu a ordem do Carlos de visitar a Austr
73. dispostos a desafiar a relatividade geral mas tamb m os animou a faz lo com entusiasmo Ao final a observa o de pulsar bin rios d uma verifica o precisa das predi es da relatividade geral e por isso Taylor e Hulse receberam conjuntamente o Pr mio Nobel de F sica em 1993 De modos diversos outros muitos f sicos p em prova a relatividade geral por exemplo tentando detectar diretamente as elusivas ondas gravitacionais Confiam em for ar a teoria at o ponto de ruptura e descobrir se existir um regime da natureza no que comece a n o ser s lido o grande avan o de compreens o do Einstein Esses esfor os continuar o sempre que houver cientistas A relatividade geral certamente uma descri o inadequada da natureza a n vel qu ntico mas embora n o fora assim embora a relatividade geral fora v lida em todas partes e para sempre que melhor maneira de nos convencer de sua validez que com um esfor o consertado para descobrir seus enganos e limita es Esta uma das raz es pelas que as religi es organizadas n o me inspiram confian a Que l deres das religi es principais reconhecem que suas cren as poderiam ser incompletas ou err neas e estabelecem institutos para desvelar poss veis defici ncias doutrinais al m da prova da vida cotidiana quem comprova sistematicamente as circunst ncias em que os ensinos religiosas tradicionais podem n o ser j aplic veis Sem d vida conceb vel que doutrina
74. do manuscrito nas fases finais Andrea Barnett Louro Parker Karenn Gobrecht Cindi Veta Voel Ginny Ryan e Christopher Ruser por sua ajuda e ao sistema da Biblioteca do Cornell incluindo a cole o de livros estranhos sobre misticismo e supersti o recolhidos originalmente pelo primeiro presidente da universidade Andrew Dickson White Algumas parte de quatro cap tulos deste livro foram escritas com minha esposa e antiga colaboradora Ann Druyan que foi escolhida secret ria da Federa o de Cientistas Americanos uma organiza o fundada em 1945 pelos cientistas do Projeto Manhattan original para fiscalizar o uso tico da ci ncia e a alta tecnologia Tamb m me ajudou com diretrizes sugest es e cr ticas sobre o conte do do livro e em todos os est dios de reda o no curso de quase uma d cada dela aprendi mais do que sou capaz de dizer Reconhe o me afortunado de ter encontrado uma pessoa a que admiro por seus conselhos e julgamento seu senso de humor e vis o valorosa e que al m disso o amor de minha vida
75. dos maiores oradores escritores e l deres pol ticos da hist ria americana Toda sua vida foi consciente de que a alfabetiza o lhe tinha aberto o caminho O noventa e nove por cento do tempo de exist ncia de humanos na Terra n o havia ningu m que soubesse ler nem escrever Ainda n o se feito o grande invento Al m da experi ncia de primeira m o quase tudo o que sab amos se transmitia de maneira oral Como no jogo infantil do telefone durante dezenas e centenares de gera es a informa o se ia distorcendo lentamente e acabava perdida Os livros o trocaram tudo Os livros que se podem comprar a sob custo permitem nos nos perguntar pelo passado com grande precis o aproveitar a sabedoria de nossa esp cie entender o ponto de vista de outros e n o s dos que est o no poder contemplar com os melhores professores os conhecimentos dolorosamente extra dos da natureza pelas mentes maiores que jamais existiram em todo o planeta e ao longo de toda nossa hist ria Permitem que gente que morreu faz tempo fale dentro de nossas cabe as Os livros nos podem acompanhar a todas partes Os livros s o pacientes quando nos custa entend los permitem nos repassar as partes dif ceis tantas vezes como queremos e nunca criticam nossos enganos Os livros s o a chave para entender o mundo e participar de uma sociedade democr tica Segundo alguns estudos a alfabetiza o dos afro americanos progrediu muito da emancipa o
76. e a lenda Nesta hip tese a rela o entre o conte do de alucina es espont neas do l bulo tempor rio e o paradigma da abdu o por extraterrestres coerente Possivelmente quando todo mundo sabe que os deuses descendem Terra alucinamos sobre deuses quando todos estamos familiarizados com os dem nios s o ncubos e s cubos quando as fadas s o amplamente aceitas vemos fadas em uma poca de espiritualismo encontramos esp ritos e quando os velhos mitos se apagam e come amos a pensar que plaus vel a exist ncia de seres extraterrestres nossa imagin ria hipnag gica vai para eles Podemos recordar em detalhe d cadas depois peda os de can es ou idiomas estrangeiros imagens e acontecimentos que presenciamos hist rias que escutamos em nossa inf ncia sem ter consci ncia de como nos chegaram cabe a Nas febres agudas gente completamente ignorante falava em l nguas mortas diz Herman Melville no Moby Dick e ao investigar o mist rio resultou que em sua long nqua inf ncia as tinham ouvido falar realmente com alguns eruditos Em nossa vida cotidiana incorporamos sem esfor o e inconscientemente normatiza culturais e as fazemos nossas Nas alucina es de ordens da esquizofrenia se encontra presente uma assimila o similar de motivos Os afetados sentem que uma figura imponente ou m tica lhes diz o que t m que fazer Lhes ordena que assassinem a um l der pol tico ou a um her i popula
77. e esporas Tinha escrito na Declara o de Independ ncia que todos devemos ter as mesmas oportunidades os mesmos direitos inalien veis E embora a defini o de todos em 1776 era vergonhosamente incompleta o esp rito da Declara o era o bastante generoso como para que hoje em dia o todos abranja muito mais Jefferson era um estudioso da hist ria n o s a hist ria acomodat cia e segura que elogia nossa pr pria poca pa s ou grupo tnico a n o ser a hist ria real dos humanos reais nossas debilidades al m de nossas for as A hist ria lhe ensinou que os ricos e poderosos roubam e oprimem se tiverem a mais m nima oportunidade Descreveu os governos da Europa aos que p de contemplar com seus pr prios olhos como embaixador americano na Fran a Dizia que sob a pretens o de governo tinham dividido a suas na es em duas classes lobos e ovelhas Jefferson ensinou que todo governo se degenera quando se deixa sozinhos aos governantes porque estes pelo mero feito de governar fazem mau uso da confian a p blica O povo em si dizia a nica fonte prudente de poder Mas lhe preocupava que o povo e o argumento se encontra j no Tuc dides e Arist teles se deixasse enganar facilmente Por isso defendia pol ticas de seguran a de prote o Algu m era a separa o constitucional dos poderes desse modo v rios grupos que defendessem seus pr prios interesses ego stas se equilibrariam uns aos
78. e est tuas esp rias Os f sicos t m m quinas de movimento perp tuo um ex rcito de aficionados a refutar a relatividade e possivelmente a fus o fria Os qu micos ainda t m a alquimia Os psic logos t m muito de psican lise e quase toda a parapsicologia Os economistas t m as previs es econ micas a longo prazo Os meteorologistas at agora t m previs es do tempo de comprimento alcance como no Calend rio do campon s que se guia pelas manchas revestir embora a previs o do clima a longo prazo outro assunto A astronomia tem como pseudoci ncia equivalente principal a astrologia disciplina da que surgiu s vezes as pseudoci ncias se entrecruzam e aumenta a confus o como nas buscas telep ticas de tesouros coveiros da Atl ntida ou nas previs es econ micas astrol gicas Mas como eu trabalho com planetas e como me interessei na possibilidade de vida extraterrestre as pseudoci ncias que mais frequentemente aparecem em meu caminho implicam outros mundos e o que com tanta facilidade em nossa poca se deu em chamar extraterrestres Nos cap tulos que seguem quero apresentar duas doutrinas pseudocient ficas recentes e em certo modo relacionadas Compartilham a possibilidade de que as imperfei es perceptuais e cognitivas humanas representem um papel em nossa confus o sobre temas de grande import ncia A primeira sustenta que uma Face de pedra gigante de foi antigas olhe inexpressivamente para o c u da areia de Ma
79. e quinhentas curas milagrosas s de c ncer Como s tr s das sessenta e cinco curas testemunhadas s o de c ncer a taxa de remiss o espont nea na Lourdes parece ser inferior que se as v timas se ficaram em casa Certamente se um se encontrar entre os sessenta e cinco curados ser muito dif cil lhe convencer de que sua viagem a Lourdes n o foi a causa da remiss o da enfermidade Post hoc ergo propter hoc Algo similar parece ocorrer com os curandeiros individuais Depois de ouvir falar com seus pacientes de supostas curas pela f um m dico de Minnesota chamado William Nolen passou um ano e meio tentando analisar os casos mais assombrosos Havia alguma prova m dica de que a enfermidade estivesse realmente presente antes da cura Se era assim tinha desaparecido realmente depois da cura ou era s o que diziam o curandeiro ou o paciente Descobriu muitos casos de fraude incluindo a primeira revela o de cirurgia ps quica da Am rica Mas n o encontrou nenhum exemplo de cura de nenhuma enfermidade org nica s ria n o psicog nica N o havia casos de cura por exemplo de c lculos biliares ou artrite reumatoide muito menos de c ncer ou enfermidades cardiovasculares Quando se rompe o ba o de um menino apontava Nolen a recupera o completa lhe submetendo a uma singela opera o cir rgica Mas se se leva a menino a um curandeiro morre em um dia A conclus o do doutor Nolen Quando os curandeiros t
80. eficazes o antes poss vel para fortalecer a educa o p blica na ci ncia O n vel de educa o p blica em ci ncia e tecnologia um sinal importante do lucro cient fico nacional um assunto da maior import ncia no desenvolvimento econ mico avance cientista e progresso da sociedade Devemos emprestar aten o e potencializar esta educa o p blica como parte da estrat gia de moderniza o de nosso pa s socialista para conseguir uma na o poderosa e pr spera A ignor ncia como a pobreza nunca socialista Assim a pseudoci ncia nos Estados Unidos parte de uma tend ncia global Suas causas perigos diagn sticas e tratamento s o iguais em todas as partes Aqui os ps quicos vendem seus servi os em compridos an ncios de televis o com o respaldo pessoal dos apresentadores T m seu canal pr prio o Psychic Friends Network com um milh o de abonados anuais que o usam como guia em sua vida cotidiana H uma esp cie de astr logo adivinho m dium disposto a aconselhar os altos executivos de grandes corpora es analistas financeiros advogados e banqueiros sobre qualquer tema Se a gente soubesse quantas pessoas especialmente entre os mais ricos e poderosos v o aos ps quicos ficaria com a boca aberta para sempre diz um ps quico de Cleveland Ohio Tradicionalmente a realeza foi vulner vel s fraudes ps quicas Na antiga a China e em Roma a astrologia era propriedade exclusiva do imperador qualquer
81. em confinamento solit rio ou mediante alucin genos como LSD psilocibina mescalina ou haxixe O delirium tremens o tem vel DT induzido pelo lcool uma manifesta o conhecida de um s ndrome de abstin ncia do alcoolismo Tamb m h mol culas como as fenotiazinas tioridazina por exemplo que fazem desaparecer as alucina es muito prov vel que o corpo humano normal gere subst ncias incluindo possivelmente as pequenas prote nas do c rebro de tipo morfina como as endorfinas que causam alucina es e outras que as eliminam Exploradores t o famosos e pouco hist ricos como o almirante Richard Byrd o capit o Joshua Slocum e sir Ernest Shackieton experimentaram vividas alucina es quando se viram submetidos a um isolamento e solid o pouco habituais Quaisquer que sejam seus antecedentes neurol gicos e moleculares as alucina es produzem uma sensa o real Em muitas culturas se buscam e se consideram um sinal de ilustra o espiritual Entre os nativos americanos das pradarias do oeste por exemplo ou em muitas culturas ind genas da Sib ria a natureza da alucina o que experimentava um homem jovem depois de uma busca de vis o com xito pressagiava seu futuro discutia se seu significado com grande seriedade entre os anci es e xamanes da tribo H exemplos incont veis nas religi es do mundo de patriarcas profetas e salvadores que se retiram ao deserto ou a montanha e com a ajuda da fo
82. em lugar de bandeira e a na o Se pensarmos nos fundadores dos Estados Unidos Jefferson Washington Samuel e John Adams Madison e Monroe Benjamim Franklin Tom Paine e muitos outros encontramo nos com uma lista do menos dez e pode que inclusive d zias de grandes l deres pol ticos Eram cultos Sendo produtos da Ilustra o europeia eram estudiosos da hist ria Conheciam a falibilidade debilidade e corrup o humanas Falavam o ingl s com fluidez Escreviam seus pr prios discursos Eram realistas e pr ticos e ao mesmo tempo estavam motivados por altos princ pios N o tinham que comprovar as pesquisa para saber o que pensar aquela semana Sabiam o que pensar sentiam se c modos pensando a longo prazo planejando inclusive al m da seguinte elei o Eram autossuficientes n o necessitavam uma carreira de pol ticos nem formar grupos de press o para ganh la vida Eram capazes de tirar o melhor que havia em n s Interessava lhes a ci ncia e ao menos dois deles dominavam na Tentaram riscar um caminho para os Estados Unidos at um futuro long nquo nem tanto estabelecendo leis como fixando os limites do tipo de leis que se podiam passar A Constitui o e sua Declara o de Direitos resultaram francamente boas e apesar da debilidade humana constitu ram uma m quina capaz quase sempre de corrigir sua pr pria trajet ria Naquela poca havia s dois milh es e meio de cidad os dos Estados Unidos Hoje
83. ent o uma estranha pergunta como seriam estas equa es no vazio em um lugar onde n o houvesse cargas el tricas nem correntes el tricas Poder amos esperar talvez que no vazio n o houvesse campos el tricos nem magn ticos Em troca ele sugeriu que a forma correta das equa es do Maxwell para o comportamento da eletricidade e o magnetismo o vazio esta Fixou igual zero indicando que n o h cargas el tricas Tamb m fixou j igual zero indicando que n o h correntes el tricas Mas n o descartou o ltimo t rmino na quarta equa o uo ou a fraca corrente de deslocamento em isolantes Por que n o Como se pode ver nas equa es a intui o do Maxwell manteve a simetria entre os campos magn tico e el trico Inclusive em um vazio com aus ncia total de eletricidade e at de mat ria prop s que um campo magn tico oscilante provoca um campo el trico e vice versa As equa es foram representar natureza e Maxwell acreditava que a natureza era bela e elegante Tamb m havia outra raz o mais t cnica para conservar a corrente de deslocamento em um vazio que aqui passamos por cima Esta valora o est tica por parte de um f sico inseto estranho totalmente desconhecido exceto para outros cientistas acad micos contribuiu mais a formar nossa civiliza o que dez presidentes e primeiros ministros juntos Brevemente as quatro equa es do Maxwell para o vazio dizem 1 n o h cargas el tr
84. equipe de laborat rio programas imaginativos e inspiradores e livros de texto em que os principais membros da faculdade tenham um papel principal cursos de laborat rio como requisito para graduar se e emprestar aten o especial aos que tradicionalmente se apartaram da ci ncia Tamb m dever amos animar aos melhores acad micos da ci ncia h dedicar mais tempo educa o p blica livros de texto confer ncias artigos em peri dicos e revistas apari es em televis o E poderia valer a pena tentar um primeiro curso obrigat rio sobre pensamento c tico e m todos cient ficos O m stico William Blake olhou fixamente ao sol e viu anjos enquanto outros mais mundanos s percebiam um objeto das medidas e a cor de uma guin dourada Viu Blake realmente anjos no sol ou era um engano perceptual ou cognitivo N o conhe o nenhuma fotografia do Sol que mostre nada deste tipo Viu Blake o que a c mara e o telesc pio n o podem ver Ou a explica o se encontra dentro da cabe a do Blake muito mais que fora E n o a verdadeira natureza do Sol tal como a revela a ci ncia moderna muito mais maravilhosa n o meros anjos ou moedas de ouro a n o ser uma enorme esfera em que podem caber um milh o de Terras no centro da qual se fundem n cleos de tomos o hidrog nio transformado em h lio a energia latente no hidrog nio durante milhares de milh es de anos liberada a Terra e outros planetas esquentados e iluminados e o m
85. es de c rculos nos cultivos mas a maioria de um modo mais desconexo e menos inspirado como sempre a confiss o da brincadeira se v muito eclipsada pela excita o inicial Muitos tinham ouvido falar dos pictogramas em campos de cereais e sua suposta rela o com os vnis mas correram um denso v u quando surgiram os nomes do Bower e Chorley ou a simples ideia de que todo o assunto podia ser uma brincadeira pode se encontrar um informativo do jornalista Jim Schnabel Round in lhes Gire Penguin Books 1994 de que tirei a maior parte de meu relato Schnabel se uniu logo aos cerealogistas e ao final fez ele mesmo uns quantos pictogramas com xito Ele prefere um pau de macarr o de jardim a uma placa de madeira e encontrou que simplesmente pisando nos caules com os p s se consegue um trabalho aceit vel Mas a obra do Schnabel que um cr tico qualificou do livro mais divertido que tenho lido h anos teve s um xito modesto Os dem nios vendem os brincalh es s o aborrecidos e de mau gosto KKK N o se necessita um n vel muito avan ado para dominar os princ pios do ceticismo como demonstram a maioria dos usu rios de carros de segunda m o A ideia geral de uma aplica o democr tica do ceticismo que todo mundo deveria ter as ferramentas essenciais para valorar eficaz e construtivamente as afirma es de conhecimento Qu o nico pede a ci ncia que se apliquem os mesmos n veis de ceticismo que ao comprar um carro
86. est em uma classe pr escolar Pais e filhos se encontram para comer e logo aprendem a aprender juntos durante o resto da tarde Um estudo de seguimento de quatorze programas deste tipo em tr s estados revelou 1 Embora se tinha pontudo que todos os meninos corriam o risco de um fracasso escolar como pr escolares s dez por cento seguiam ainda em risco segundo os professores da escola elementar do momento 2 Mais de noventa por cento estavam considerados por seus professores da escola elementar do momento como motivados para aprender 3 Nenhum dos meninos teve que repetir nenhum curso na escola elementar O crescimento dos pais n o era menos espetacular Quando lhes pediu que descrevessem a mudan a que tinha suposto em suas vidas o programa de alfabetismo familiar as respostas t picas eram um aumento da confian a em si mesmos quase todos os participantes e mais autocontrole tinham aprovado exames equivalentes aos da escola superior tinham sido admitidos na universidade tinham um trabalho novo e umas rela es muito melhores com seus filhos A descri o dos meninos que eram mais am veis com seus pais desejavam aprender e em alguns casos pela primeira vez tinham esperan a no futuro Esses programas tamb m podiam usar se em cursos posteriores para ensinar matem tica ci ncia e muito mais Tiranos e autocratas entenderam sempre que o alfabetismo o conhecimento os livros e os peri dicos s o um perigo em pot nc
87. estudantes aprendi muito da recep o e cr tica de minhas ideias e quero lhes dar as obrigado Tamb m estou agradecido ao Departamento de Astronomia do Cornell e a seu presidente Yervant Terzian por me permitir dar o curso que apesar de levar o t tulo do Astronomy 490 trata s um pouco de astronomia Parte deste livro foi publicado na revista Parade um suplemento dominical de peri dicos de toda a Am rica do Norte com 83 milh es de leitores semana As generosas respostas que recebi que os leitores do Parade me permitiram aprofundar em minha compreens o dos temas que descrevo neste livro e na variedade de atitudes p blicas Em v rios lugares resumi parte das cartas que recebi que leitores do Parade que acredito serviram me para tomar o pulso da cidadania dos Estados Unidos O editor chefe do Parade Walter Anderson e o editor s nior David Currier al m disso do pessoal de edi o e investiga o desta interessante revista melhoraram em muitos casos minha apresenta o Tamb m permitiram que se expressassem opini es que poderiam n o haver se impresso em publica es menos respeitosas da Primeira Emenda da Constitui o dos Estados Unidos Algumas parte do texto apareceram pela primeira vez no The Washington Post e The New York Times O ltimo cap tulo se apoia em parte em um discurso que tive o prazer de pronunciar em 4 de julho de 1992 do P rtico do Este no Monticello a cruz da moeda durante o ato de adm
88. explica o deles na literatura cient fica Entretanto nenhum astr nomo hoje em dia incluindo os implicados naquela confer ncia de Moscou opina seriamente que um quasar como o CTA 102 uma civiliza o extraterrestre a trilh es de anos luz com acesso a imensos n veis de energia por que n o Porque temos explica es alternativas das propriedades dos quasares que s o coerentes com as leis f sicas conhecidas e n o invocam a vida extraterrestre Os extraterrestres representam uma hip tese de ltimo recurso recorre se a ela s quando falha todo o resto Em 1967 cientistas brit nicos encontraram uma fonte de r dio muito mais pr xima que se acendia e apagava com precis o assombrosa com um per odo constante em dez ou mais figura significativas O que era Sua primeira ideia foi que era uma mensagem para n s ou possivelmente um radiofarol de navega o interestelar e medida do tempo para naves que fazem o trajeto entre as estrelas Inclusive lhe deram entre eles na Universidade de Cambridge a estranha designa o do LGM 1 iniciais do Little Green Men homenzinhos verdes Entretanto foram mais preparados que seus colegas sovi ticos N o convocaram uma confer ncia de imprensa Logo ficou claro que o que observavam era o que agora se chama um pulsar o primeiro o pulsar da Nebulosa Caranguejo Assim o que um pulsar Um pulsar o estado final de uma estrela maci a um sol encolhido at o tamanho de uma cida
89. filme de televis o que introduziu a ideia de que h abdutores extraterrestres baixinhos e cinzas entre n s na psique de milh es de pessoas Mas at os poucos cientistas da poca que acreditavam que alguns vnis podiam ser realmente naves espaciais extraterrestres se mostraram cautelosos O suposto encontro brilhava por sua aus ncia na lhe sugiram lista de casos de vnis recolhida pelo James E McDonald um f sico meteorologista da Universidade do Arizona Em geral os cientistas que estudaram os vnis a s rio tenderam a manter os relatos de abdu o por extraterrestres a dist ncia enquanto que os que aceitam com convic o as abdu es veem poucas raz es para analisar simples luz no c u O ponto de vista do McDonald sobre os vnis n o se apoiava segundo ele em provas irrefut veis mas sim era uma conclus o como ltimo recurso todas as explica es alternativas lhe pareciam ainda menos acredit veis Em meados da d cada dos setenta organizei uma apresenta o por parte do McDonald de seus melhores casos em uma reuni o privada com importantes f sicos e astr nomos que nunca tinham apostado pelo tema dos vnis N o s n o conseguiu convencer os de que receb amos a visita de extraterrestres nem sequer conseguiu provocar seu interesse E era um grupo com uma capacidade de assombro muito alta Era simplesmente que onde McDonald via extraterrestres eles encontravam explica es muito mais prosaicas Agradou me ter a o
90. fiscal convocou ao Richard Ofshe de Berkeley este realizou um experimento de controle Foi um sopro de ar fresco Com a simples sugest o ao Ingram de que tinha obrigado a seu filho e filha a cometer incesto e lhe pedindo que usasse a t cnica de recupera o de cor que tinha aprendido obteve imediatamente uma lembran a assim N o fez falta nenhuma press o nem intimida o bastou com a sugest o e a t cnica Mas os supostos participantes que tinham recordado tantas coisas negaram que isso tivesse ocorrido jamais Enfrentado a esta evid ncia Ingram negou com veem ncia que inventasse nada ou que estivesse influenciado por outros Sua lembran a deste incidente era t o claro e real como todos outros Uma de suas filhas descreveu as terr veis marca que tinha no corpo pelas torturas e abortos a que a tinham obrigado Mas quando por fim lhe fez uma revis o m dica n o se encontraram as cicatrizes correspondentes O minist rio fiscal n o julgou ao Ingram pelas acusa es de abuso sat nico Ingram contratou a um advogado que nunca tinha trabalhado em um caso penal Seguindo o conselho do pastor nem sequer leu o relat rio do Ofshe disseram lhe que s serviria para lhe confundir declarou se culpado de seis cargos de viola o e finalmente foi enviado ao c rcere Enquanto esperava a senten a encerrado afastado de seus filhos seus colegas da pol cia e seu pastor reconsiderou o caso Pediu retirar sua declara
91. grande papel aos dem nios Nenhuma natureza humana investida com o poder supremo capaz de ordenar os assuntos humanos disse e n o transbordar de insol ncia e engano N o nomeamos aos bois senhores dos bois nem s cabras das cabras mas sim n s mesmos somos uma ra a superior e governamos sobre eles Do mesmo modo Deus em seu amor pela humanidade p s em cima de n s aos dem nios que s o uma ra a superior e eles com grande facilidade e prazer para eles e n o menos para n s nos dando paz e rever ncia e ordem e justi a que nunca fraqueja fizeram felizes e uniram s tribos de homens Plat o negava decididamente que os dem nios fossem uma fonte de mau e representava ao Eros o guardi o das paix es sexuais como um g nio ou dem nio n o um deus nem mortal nem imortal nem bom nem mau Mas todos os platonistas posteriores incluindo os neoplatonistas que influ ram poderosamente na filosofia crist sustentavam que havia alguns dem nios bons e outros maus O p ndulo ia de um lado a outro Arist teles o famoso disc pulo do Plat o considerou seriamente a ideia de que os sonhos estivessem escritos por dem nios Plutarco e Porf rio propunham que os dem nios que enchiam o ar superior vinham da Lua Os primeiros Pais da Igreja apesar de haver se empapado do neoplatonismo da cultura em que nadavam desejavam separar se dos sistemas de cren a pag Ensinavam que toda a religi o pag
92. h sempre certo grau de arbitrariedade tanto se aplica linguagem como ci ncia Mas um noventa e cinco por cento de analfabetismo extremamente grave Todas as gera es se preocupam com a decad ncia dos n veis educativos Um dos textos mais antigos da hist ria humana datado na Sum ria faz uns quatro mil anos lamenta o desastre de que os jovens sejam mais ignorantes que a gera o imediatamente precedente Faz dois mil e quatrocentos anos o anci o e mal humorado Plat o no livro VII das leis deu sua defini o de analfabetismo cient fico O homem que n o pudesse discernir o um nem o dois nem o tr s nem em geral os pares e os mpares ou o que n o soubesse nada de contar ou quem n o fora capaz de medir o dia e a noite ou carecesse de experi ncia a respeito das revolu es da Lua ou do Sol ou de outros astros O que ter que dizer que mister que aprendam os homens livres em cada mat ria todo aquilo que aprende no Egito junto com as letras a inumer vel grei dos meninos Em primeiro lugar por isso touca ao c lculo inventaram se uns singelos procedimentos para que os meninos aprendam jogando e a gosto Eu quando em tempos me inteirei tardiamente do que nos ocorre em rela o com isso fiquei muito impressionado e ent o me pareceu que aquilo n o era coisa humana a n o ser pr pria mas bem de bestas porcinas e senti vergonha n o s por mim mesmo mas tamb m em nome dos helenos todos N o sei at
93. imposs vel uma forma de governo republicano que abrangesse uma terra com climas economias morais pol ticas e povos t o distintos como disse o governador George Clinton de Nova Iorque que um governo e uma Constitui o assim como declarou Patrick Henry da Virginia contradizem toda a experi ncia do mundo De todos os modos tentou se o experimento Os descobrimentos e as atitudes cient ficas eram comuns entre os que inventaram aos Estados Unidos A autoridade suprema por cima de qualquer opini o pessoal livro ou revela o como diz a Declara o da Independ ncia eram as leis da natureza e do Deus da natureza Benjamim Franklin era venerado na Europa e Am rica como fundador do novo campo da f sica el trica Na Conven o Constitucional de 1789 John Adams apelou repetidamente analogia do equil brio mec nico nas m quinas outros ao descobrimento do Willam Harvey da circula o do sangue Adams mais adiante escreveu Todos os humanos som qu micos do ber o tumba O Universo Material um experimento qu mico James Madison utilizou met foras qu micas e biol gicas no The Federalist Papers Os revolucion rios americanos eram criaturas da Ilustra o europeia que proporciona uns antecedentes essenciais para entender os origens e o prop sito dos Estados Unidos A ci ncia e seus corol rios filos ficos escrevia o historiador americano Clinton Rossiter foram possivelmente a for
94. infinidade de coisas divinas Em lugar de reconhecer que somos ignorantes em muitas reas tendemos a dizer coisas como que o universo est impregnado do inef vel atribui se a responsabilidade do que ainda n o entendemos a um Deus do ignorado medida que foi avan ando o conhecimento da medicina a partir do s culo IV cada vez era mais o que entend amos e menos o que t nhamos que atribuir interven o divina tanto nas causas como no tratamento da enfermidade A morte no parto e a mortalidade infantil diminu ram o tempo de vida aumentou e a medicina melhorou a qualidade de vida de milh es de pessoas em todo o planeta No diagn stico da enfermidade Hip crates introduziu elementos do m todo cient fico Exortava observa o atenta e meticulosa N o deixem nada sorte Controlem tudo Combinem observa es contradit rias lhes conceda o tempo suficiente antes da inven o do term metro fez gr ficas das curvas de temperatura de muitas enfermidades Recomendou aos m dicos que a partir dos sintomas do momento tentassem predizer o passado e o prov vel curso futuro de cada enfermidade Dava grande import ncia honestidade Estava disposto a admitir as limita es do conhecimento do m dico N o mostrava nenhum recato em confiar posteridade que mais da metade de seus pacientes tinham morrido por causa das enfermidades que ele tratava Suas op es certamente eram limitadas os nicos medicamentos de qu
95. joelhos dores de cabe a gagueira lceras estresse febre do feno asma paralisia hist rica e cegueira e falso embara o com cessa o de per odos menstruais e incha o abdominal H enfermidades nas que o estado mental pode jogar um papel chave A maioria das curas de finais do Medievo que se associam com apari es da Virgem Maria eram paralisia s bitas de pouco tempo parciais ou de todo o corpo Al m disso mantinha se em geral que s se podiam curar deste modo os crentes devotos N o surpreendente que a apela o a um estado mental chamado f possa aliviar sintomas causados ao menos em parte por outro estado mental possivelmente n o muito diferente Mas h algo mais a festa lunar da colheita uma celebra o importante nas comunidades chinesas tradicionais da Am rica do Norte Na semana precedente festa a taxa de mortalidade da comunidade cai um trinta e cinco por cento Na semana seguinte sobe o trinta e cinco por cento Os grupos de controle n o chineses n o mostram este efeito poder se ia pensar que se deve aos suic dios mas s se contam as mortes por causas naturais poder se ia pensar que a causa o estresse ou o excesso de comida mas isso dificilmente explica a queda da taxa de mortalidade antes do festival O maior efeito se produz em pessoas com enfermidades cardiovasculares nas que se conhece a influ ncia do estresse O efeito sobre o c ncer era pequeno Em um estudo mais detalhado resultou que
96. jovens e os mais velhos todos se arrega aram para come ar a construir o centro cient fico manteve se um hor rio cont nuo de sete dias semana diz Trautmann para que todo mundo pudesse colaborar em qualquer momento Todos recebiam uma tarefa Os volunt rios com experi ncia constru ram escadas puseram ch os e azulejos e cortaram as janelas Outros pintaram cravaram pregos e transportaram fornecimentos Umas duas mil e duzentas pessoas da cidade dedicaram mais de quarenta mil horas Aproximadamente dez por cento do trabalho de constru o foi realizado por pessoas condenadas por delitos menores preferiam fazer algo para a comunidade que ficar no c rcere com os bra os cruzados Dez meses depois Ithaca tinha o nico museu de ci ncia do mundo constru do pela comunidade Entre as setenta e cinco exposi es interativas que destacam os processos e princ pios da ci ncia se encontram o Magicam um microsc pio que os visitantes podem usar para refleti lo em um monitor de cor e fotografar qualquer objeto com um aumento de quarenta vezes a nica conex o p blica do mundo com a Rede Nacional de Detec o de Raios apoiada em um sat lite uma c mara fotogr fica de 1 80 x 3 metros em que se pode entrar um fossa f ssil semeado com xisto local onde os visitantes procuram f sseis de trezentos e oitenta milh es de anos e se podem ficar os que encontram uma jiboia constritora de dois metros e meio de comprimento chamada S
97. lia em palavras do professor a velha terra nova que vai ser a fonte de uma revela o especial Carlos j tinha pressagiado que em 1988 as cat strofes varreriam a terra morreriam duas l deres mundiais importantes e mais tarde esse mesmo ano os australianos seriam os primeiros que veriam elevar uma grande estrela que influiria profundamente no futuro da vida na terra DOMINGO 21 3 00 p m CASA DA PERA TEATRO DRAM TICO Depois de um acidente de moto em 1986 explicava se no dossi de imprensa Jos lvarez que tinha matura o dezessete anos sofreu uma como o cerebral suave Quando se teve recuperado os que lhe conheciam se deram conta que tinha trocado s vezes emanava dele uma voz muito diferente Assustado lvarez procurou a ajuda de um psicoterapeuta um especialista em transtornos m ltiplos de personalidade O psiquiatra descobriu que Jos canalizava uma entidade distinta a que chamaram Carlos Esta entidade se apodera do corpo do lvarez quando a for a de vida do corpo est no grau de relaxa o correto Carlos pelo visto um esp rito desencarnado de faz dois mil anos um fantasma sem forma corporal que invadiu um corpo humano por ltima vez em Caracas Venezuela em 1900 Infelizmente esse corpo morreu aos doze anos ao cair de um cavalo Essa pode ser a raz o explicou o terapeuta pela que Carlos p de entrar no corpo do lvarez depois do acidente de moto Quando lvarez entra em
98. ligeiramente disfar ada da ca a jog vamo lo antes de ser humano O lacrosse um antigo jogo dos nativos americanos e o h quei est relacionado com ele Mas o basquete novo Levamos mais tempo fazendo filmes que jogando basquete Ao princ pio n o lhes ocorreu fazer um buraco na cesta para poder recuperar a bola sem ter que subir uma escada Mas no breve tempo transcorrido ap s o jogo evoluiu Em m os de jogadores principalmente afro americanos o basquete se converteu bem jogado na s ntese suprema no esporte da intelig ncia precis o valentia aud cia antecipa o artif cio jogo de equipe eleg ncia e gra a Muggsy Reme com seu metro sessenta de altura abre se passo entre um bosque de gigantes Michael Jord o voa at o aro desde algum lugar escuro al m da linha de tiros livres Larry Bird d uma precisa assist ncia olhando a outro lado Kareem Abdul Jabbar solta um gancho pelos c us N o se trata de um jogo no que o contato seja fundamental como no futebol um jogo de finura A press o em toda a pista os passes largos as assist ncias o roubo de bal es na linha de passe o aplaudo de uma m o que aparece voando de um nada constituem uma coordena o de intelecto e atletismo uma harmonia de mente e corpo N o surpreendente que o jogo se feito popular Desde que come aram a aparecer regularmente em televis o os partidos da NBA dava me conta de que poderiam utilizar se para ensinar ci ncias e m
99. maioria das religi es David Hess em Ci ncia e a Nova Era argumenta que O mundo das cren as e pr ticas paranormais n o pode reduzir se a assobiados perturbados e enganadores Um grande n mero de pessoas honestas est explorando aproxima es alternativas a quest es de significado pessoal espiritualidade curas e de experi ncia paranormal em geral Pode que o c tico considere que sua busca se apoia claramente em um engano mas pouco prov vel que desmascar lo seja um mecanismo ret rico efetivo para seu projeto racionalista de fazer que a gente reconhe a o que ao c tico lhe parece err neo ou pensamento m gico O c tico poderia tomar uma chave da antropologia cultural e desenvolver um ceticismo mais sofisticado se compreendesse os sistemas de cren a alternativos da perspectiva das pessoas que os mant m e situasse essas cren as em seus contextos hist ricos sociais e culturais Como resultado o mundo do paranormal pode aparecer menos um giro sem sentido para o irracionalismo e mais um idioma mediante o que segmentos da sociedade expressam seus conflitos dilemas e identidades A teoria psicol gica ou sociol gica das cren as da Nova Era que t m at certo ponto os c ticos tende a ser muito simplista as cren as paranormais s o reconfortantes para a gente que n o pode dirigir a realidade de um universo ateu ou o produto de um meio de comunica o irrespons vel que n o respira ao p blico a pensar cri
100. metros continha informa o codificada que Kodak o fabricante datava em 1947 Entretanto resulta que n o se apresentou a Kodak tudo o filme a n o ser s a cabeceira atalho evidente que se podia ter talhado de um notici rio de 1947 dos que h um abundante arquivo na Am rica e que a aut psia poderia ter sido encenada e filmada por separado e recentemente H um rastro de drag o de acordo mas falsific vel Se for uma brincadeira n o requer muita mais intelig ncia que os c rculos nas planta es e o documento MJ 12 Em nenhuma destas hist rias h nada que sugira com for a uma origem extraterrestre Certamente n o h nenhuma recupera o de maquinarias engenhosas que superem em muito a tecnologia atual Nenhum abduzido furtou uma p gina do di rio de voo ou um instrumento de exame nem tomou uma fotografia aut ntica do interior da nave ou tornou com informa o cient fica detalhada e verific vel da que n o se dispunha at agora na Terra por que n o Essas car ncias devem nos dizer algo Desde mediados do s culo XX os que prop em a hip tese extraterrestre nos asseguraram que tinham provas f sicas nem mapas de estrelas recordados de faz anos nem cicatrizes nem terra removida a n o ser tecnologia extraterrestre real m o ia se publicar a an lise de um momento a outro Essas declara es se remontam poca da antiga patranha do pires acidentado do Newton e GeBauer passaram j algumas d
101. movem estiram se ou se empurram que com campos que movem magicamente objetos a dist ncia ou meras abstra es matem tica Mas como assinalou Feynman nossa sensa o de que ao menos na vida cotidiana podemos confiar no contato f sico s lido e sens vel para explicar por exemplo por que a faca da manteiga se aproxima de um quando o agarra um conceito err neo O que quer dizer ter contato f sico O que ocorre exatamente quando a gente toma uma faca ou empurra um balan o ou faz uma onda na gua golpeando periodicamente sobre ela Quando investigamos em profundidade encontramos que n o h contato f sico Em troca as cargas el tricas da m o est o influindo nas cargas el tricas da faca balan o ou gua e vice versa Apesar da experi ncia e o sentido comum cotidiano inclusive aqui s existe a intera o de campos el tricos Nada touca nada Nenhum f sico se mostrou impaciente com as no es do sentido comum e ansioso pelas substituir por alguma abstra o matem tica que pudesse ser entendida s por estranhos f sicos te ricos Come aram como fazemos todos com ideias c modas e padr o de sentido comum O problema que a natureza n o obedece Se deixarmos de insistir em nossas ideias de como deveria comport la natureza e nos pomos ante ela com uma mente aberta e receptiva encontramos que frequentemente o sentido comum n o funciona por que n o Porque nossas ideias t o heredit rias como apre
102. n mero at um total de cinquenta mil pessoas quando a Universidade do Cornell e o Ithaca College est o em funcionamento Etnicamente diversa rodeada de terra cultivada sofreu como grande parte do nordeste dos Estados Unidos a decad ncia de sua base manufatureira do s culo XIX A metade dos meninos da escola elementar Beverly J Martin onde ia nossa filha vivem por debaixo do n vel de pobreza Estes meninos eram uma preocupa o constante para dois professores de ci ncias volunt rios Debbie Levin e Lima Levine N o lhes parecia correto que para alguns quer dizer para os filhos dos professores do Cornell por exemplo nem sequer o c u tivesse limites Outros n o tinham acesso aos poderes liberadores da educa o cient fica Na d cada dos sessenta come aram a fazer visitas regulares escola arrastando seu carrinho de biblioteca cheio de produtos qu micos dom sticos e outros artigos familiares para transmitir algo da magia da ci ncia Sonhavam criando um espa o no que os meninos pudessem ter uma sensa o pessoal de primeira m o da ci ncia Em 1983 Levin e Levine puseram um pequeno an ncio em nosso peri dico local convidando comunidade a comentar a ideia apresentaram se cinquenta pessoas Deste grupo saiu o primeiro comit de diretores do centro cient fico Em um ano conseguiram um espa o para expor no primeiro andar de um edif cio de escrit rios que estava por alugar Quando o dono encontrou a um inquilino que p
103. n o desejam que as gera es futuras tenham acesso a suas obras professoras Se se anunciasse alguma prova consistente de que h vida depois da morte eu a examinaria ansioso mas teria que tratar se de dados cient ficos reais n o meramente aned ticos Como com a Face de Marte e as abdu es como extraterrestres repito que melhor a verdade por dura que seja que uma fantasia consoladora E na hora da verdade os fatos revistam ser mais reconfortantes que a fantasia A premissa fundamental da canaliza o o espiritualismo e outras formas de necromancia que n o morremos quando morremos N o exatamente Alguma parte do pensamento dos sentimentos e da lembran a continua Este o que seja uma alma ou esp rito nem mat ria nem energia a n o ser algo mais pode nos diz voltar a entrar em corpos de humanos e outros seres no futuro e assim a morte j n o t o aguda O que mais se as opini es do espiritualismo ou canaliza o s o certas temos a oportunidade de estabelecer contato com nossos seres queridos falecidos J Z Knight do estado de Washington afirma que est em contato com algu m de 35000 anos de idade chamado Ramtha Fala muito bem o ingl s atrav s da l ngua os l bios e as cordas vocais do Knight produzindo o que me soa como um acento do Raj ndio Como a maioria da gente sabe falar e muitos desde meninos at atores profissionais t m um repert rio de vozes a suas orde
104. n o sabermos ler n o podemos nos beneficiar destas obras por muito inspiradoras que sejam Eu gostaria que resgat ssemos ao senhor Buckley e a milh es como ele Tamb m eu gostaria que deix ssemos de produzir estudantes de instituto pouco curiosos carentes de esp rito cr tico e de imagina o Nossa esp cie necessita e merece uma cidadania com a mente acordada e aberta e uma compreens o b sica de como funciona o mundo Sustento que a ci ncia uma ferramenta absolutamente essencial para toda sociedade que tenha a esperan a de sobreviver at o pr ximo s culo com seus valores fundamentais intactos n o s a ci ncia abordada por seus praticantes mas tamb m a ci ncia entendida e abra ada por toda a comunidade humana E se isso n o o conseguirem os cientistas quem o far CAP TULO 20 A CASA EM CHAMAS O Senhor Buda replicou ao Vener vel Sariputra Em um povo cidade vila de mercado distrito de condado prov ncia reino ou capital vivia um cabe a de fam lia velho de idade avan ada decr pito fraco de sa de e for a mas rico pr spero e rico Sua casa era grande em extens o e em altura e era velha constru da fazia muito tempo Habitavam na muitos seres vivos uns dois tr s quatro ou cinco centenares Tinha uma nica porta O telhado era de palha as terra os se afundaram os alicerces estavam podres as paredes esteiras e cimento se encontravam em avan ado estado de decomposi o
105. na pr tica da sa de mental os pacientes selecionam ou s o enviados a um terapeuta cuja especialidade parece relacionada com a doen a Nas tr s classes o terapeuta ajuda a desempoeirar imagens de acontecimentos que conforme se crie ocorreram tempo atr s em alguns casos umas d cadas nas tr s os terapeutas se veem profundamente comovidos pela inequ voca e genu na agonia de seus pacientes nas tr s sabemos que ao menos alguns terapeutas fazem perguntas importantes que o paciente sugestion vel recebe virtualmente como uma ordem de uma figura de autoridade que lhe insiste a recordar estive a ponto de escrever confessar nas tr s h redes de terapeutas que intercambiam hist rias de clientes e m todos terap uticos nas tr s os profissionais sentem a necessidade de defender sua pr tica ante colegas mais c ticos nas tr s despacha se a hip tese iatrog nica nas tr s a maioria dos que informam sobre abusos s o mulheres E em nenhuma das tr s classes com as exce es mencionadas h prova f sica alguma assim dif cil n o perguntar se se as abdu es por extraterrestres poderiam formar parte de um quadro maior Qual poderia ser este quadro maior Expus esta pergunta ao doutor Fred H Frankel professor de psiquiatria da Escola de Medicina de Harvard chefe de psiquiatria do hospital Beth o Israel de Boston e destacado perito em hipnose Sua resposta foi Se as abdu es extraterrestres forem parte de u
106. ncia seu desafio impl cito ao saber tradicional e a dificuldade que se percebe nela s o raz es para que alguma gente desconfie da ci ncia e a evite H uma raz o pela que a gente fica nervosa ante a ci ncia e a tecnologia De modo que o mundo vive obcecado com a imagem do cientista louco dos loucos de bata branca dos programas infantis do s bado pela manh e a pletora de entendimentos faustianos da cultura popular do hiper nimo doutor Fausto em pessoa ao Dr Frankenstein Dr Strangelove e Jurassic Park Mas n o nos podemos limitar a concluir que a ci ncia p e muito poder em m os de tecn logos moralmente d beis ou pol ticos corruptos enlouquecidos pelo poder e decidir em consequ ncia prescindir dela Os avan os na medicina e agricultura salvaram muitas mais vidas que as que se perderam em todas as guerras da hist ria Os avan os em transportes comunica o e espet culos transformaram e unificou o mundo Nas pesquisa de opini o a ci ncia fica classificada sempre entre as ocupa es mais admiradas e confi veis apesar dos receios A espada da ci ncia tem dois gumes Seu tem vel poder imp e a todos inclu dos os pol ticos mas certamente especialmente aos cientistas uma nova responsabilidade mais aten o s consequ ncias a longo prazo da tecnologia uma perspectiva que ultrapasse as fronteiras dos pa ses e gera es e um incentivo para evitar as chamadas f ceis ao nacionalismo e o chauvinismo O custo dos enganos
107. ncia nem o que pode fazer completamente absurdo Parece me imposs vel que um ser humano normal colabore sem reparos em um invento assim at deixando de lado o inverno nuclear As tens es conscientes ou inconscientes entre os que sei atribuem o m rito da inven o devem ser consider veis Seja qual for sua contribui o real h se descrito ao Edward Teller como o pai da bomba de hidrog nio A revista Life publicava em 1954 um artigo escrito com admira o que descrevia sua determina o quase fan tica de construir a bomba de hidrog nio Acredito que grande parte de sua carreira posterior pode entender se como um intento de justificar o que engendrou Teller afirmou e n o inveross mil que as bombas de hidrog nio servem para manter a paz ou ao menos impedem a guerra termonuclear porque faz muito perigosas as consequ ncias da guerra entre pot ncias nucleares Ainda n o se produziu uma guerra nuclear n o assim Mas em todos esses argumentos se assume que as na es com armas nucleares s o e ser o sempre sem exce o atores racionais e que suas l deres ou oficiais militares ou da pol cia secreta nunca se ver o afetados por ataques de raiva vingan a e loucura No s culo do Hitler e Stalin esta ideia parece quando menos ing nua Teller teve uma influ ncia decisiva para impedir a assinatura de um tratado que proibisse as provas de armas nucleares Dificultou em grande maneira a consecu o de
108. ncia que descrevem a n o ser para captar o estilo de pensamento do autor enfrenta se a anomalias paradoxos aparentes em f sica assimetrias chama as O que podemos aprender delas 2 E sabido que a eletrodin mica do Maxwell tal e como se entende atualmente conduz a assimetrias que n o parecem inerentes aos fen menos quando se aplica a corpos em movimento Tome se por exemplo a a o eletromagn tica din mica rec proca entre um m e um condutor O fen meno que aqui se observa depende unicamente do movimento relativo entre o condutor e o m enquanto que a vis o habitual estabelece uma bem definida distin o entre os dois casos em que um ou outro desses corpos est em movimento J que se o m est em movimento e o condutor em repouso aparece nos arredores do m um campo el trico com uma certa energia definida que produz uma corrente naqueles lugares onde se situam partes do condutor Mas se o m est estacion rio e o condutor em movimento n o surge nenhum campo el trico nos arredores do m Entretanto no condutor encontramos uma for a eletromotriz para a que n o existe a energia correspondente mas que d lugar caso que o movimento relativo seja o mesmo nos dois casos discutidos a correntes el tricas da mesma dire o e intensidade que as produzidas pelas for as el tricas no caso anterior Exemplos deste tipo junto aos intentos que sem xito se realizaram para descobrir qualq
109. neo ou que falta Como a leitura fria se a lista for o bastante larga e ampla todo mundo ter sintomas O exame c tico n o s uma equipe de ferramentas para desarraigar as tolices e crueldades que procuram suas v timas entre as pessoas menos capazes de proteger se a si mesmos e com maior necessidade de nossa compaix o gente a que se oferece pouca esperan a Tamb m um aviso oportuno de que as m dias maci as o r dio e a televis o os meios de comunica o impressos o marketing eletr nico e a tecnologia da venda por correio permitem que se injete outro tipo de mentiras no corpo social para aproveitar se dos incautos frustrados e indefesos em uma sociedade infestada de males pol ticos que se confrontam com inefic cia se que se confrontam As mentiras enganos ideias pouco precisas tolices e desejos disfar ados de feitos n o est o restringidos ao sal o de magia e ao conselho amb guo em assuntos do cora o Infelizmente abundam na vida pol tica social religiosa e econ mica de todas as na es CAP TULO 14 ANTICI NCIA N o existe um pouco chamado verdade objetiva N s mesmos fazemos nossa pr pria verdade N o existe uma realidade objetiva N s fazemos nossa pr pria realidade H caminhos de conhecimento espiritual m stico ou interior que s o superiores a nossos caminhos de conhecimento ordin rios Se uma experi ncia parecer real o Se uma ideia parecer correta o Somos incapaz
110. neste relat rio de uma apari o na Castilha em 1617 Ai Bartolom a dama que me veio a ver esses dias passados se aproxima atrav s do prado e se ajoelha e abra a a cruz olhe olha a Embora o jovem p s toda sua aten o nisso n o viu mais que uns p ssaros que voavam por cima da cruz N o dif cil encontrar motivos poss veis para inventar e aceitar estas hist rias trabalho para os padres not rios carpinteiros e mercados e outros est mulos economia regional em uma poca de depress o a ascens o de condi o social da testemunha e sua fam lia novas ora es para familiares coveiros em cemit rios que foram abandonados mais tarde por causa da praga a seca e a guerra exalta o do esp rito p blico contra os inimigos especialmente os mouros melhor urbanidade e obedi ncia lei can nica e confirma o da f dos piedosos O ardor dos peregrinos nesses santu rios era impressionante n o era estranho que mesclassem fragmentos de rocha ou barro do santu rio com a gua e a bebessem como medicina Mas n o pretendo sugerir que a maioria de testemunhas inventavam a hist ria Havia algo mais de destacar que quase todas as prementes solicite da Maria fossem do mais prosaico como por exemplo nesta apari o de 1483 na Catalunha Voc precat rio por sua alma que exorte s almas dos homens das par quias do Tom Milleras O Sallent e Sant Miquel do Campmaior a exortar s almas dos padres para qu
111. o Na Am rica do Norte h um bom programa de ci ncia na s rie Nova do Sistema de Emiss o P blica e s vezes nos canais de Descobrimento ou Aprendizagem ou a Companhia Emissora Canadense Os programas do The Science Guy do Bill Nye para meninos pequenos no Sistema de Emiss o P blica s o r pidos de ritmo apresentam gr ficos alcan am a muitos reinos da ci ncia e s vezes inclusive iluminam o processo de descobrimento Mas ainda n o se reflete nos canais a profundidade do interesse p blico na ci ncia com uma apresenta o absorvente e precisa por n o falar do imenso bem que resultaria de uma melhor compreens o p blica da ci ncia Como poder amos p r mais ci ncia na televis o Aqui h v rias possibilidades As maravilhas e m todos da ci ncia apresentados de maneira habitual em programas de not cias e debates Uma s rie chamada Mist rios Resolvidos em que apresentariam solu es racionais de algumas especula es incluindo casos confusos em medicina forense e epidemiologia Voltou a soar o sino uma s rie em que reviver amos a queda dos meios de comunica o e como o p blico se traga anzol linha e prumo de uma mentira governamental bem coordenada Os dois primeiros epis dios poderiam ser o incidente do golfo do Tonkin e a irradia o sistem tica de civis norte americanos e de pessoal militar indefeso e ignorante disso com a suposta finalidade da defesa nacional
112. o navio era velho e que n o tinha sido constru do com grande esmero que havia visto muitos mares e climas e se submeteu frequentemente a repara es exp s se d vidas sobre se estava em condi es de navegar Essas d vidas o perturbavam e lhe faziam sentir se infeliz pensava que possivelmente seria melhor revis lo e repar lo embora lhe supusera um grande gasto Entretanto antes de que 2arpasse o navio conseguiu superar essas reflex es melanc licas disse se a si mesmo que o navio tinha suportado tantas viagens e resistido tantas tormentas que era ocioso supor que n o voltaria a salvo a casa tamb m depois desta viagem Poria sua confian a na Provid ncia que dificilmente poderia ignorar o amparo de todas essas fam lias infelizes que abandonavam sua p tria para procurar tempos melhores em outra parte Afastaria de sua mente toda suspeita pouco generosa sobre a honestidade dos construtores e empreiteiros Deste modo adquiriu uma convic o sincera e reconfortante de que sua nave era totalmente segura e estava em condi es de navegar contemplou como zarpava com o cora o aliviado e com os melhores desejos de xito para os exilados em seu novo lar no estrangeiro e recebeu o dinheiro do seguro quando a nave se afundou no meio do oceano e n o se soube nada mais O que podemos dizer dele Certamente que era verdadeiramente culpado da morte desses homens Admite se que acreditava sinceramente na solidez desse navio mas a sincerid
113. o como poderia ser guiado o paciente sem que o terapeuta fora consciente de que o guia s vezes ao cair dormidos temos a sensa o de cambaleamos de uma altura e que nossas extremidades se agitam por sua conta chama se reflexo de sobressalto Possivelmente seja um remanescente de quando nossos antepassados dormiam nas rvores por que temos que imaginar que rememoramos melhor maravilhosa palavra que quando estamos em terra firme por que supor que entre o vasto tesouro de lembran as armazenadas em nossas cabe as n o h nada que nos tenha sido inculcado depois de ocorrer pela maneira de expressar uma pergunta quando estamos em um marco mental sugestion vel pelo prazer de contar ou escutar uma boa hist ria por confus o com algo que lemos ou ouvimos em uma ocasi o CAP TULO 10 UM DRAG O NA GARAGEM a magia record lo importante uma arte que exige a colabora o entre o artista e seu p blico E M Butler O mito do mago 1948 Em minha garagem vive um drag o que cospe fogo pelas ventas Suponhamos sigo o m todo de terapia de grupo do psic logo Richard Franklin que eu fa o a voc uma afirma o como esta Ao melhor gostaria de comprov lo v lo voc mesmo Ao longo dos s culos houve inumer veis historia de drag es mas nenhuma prova real Que oportunidade Mostre me diz voc Eu lhe levo a minha garagem Voc olha e v uma escada latas de tinta vazias e um tricic
114. o os que encontro com mais assiduidade H alguns informe de casos ex ticos e nicos sobre os que prefiro mostrar certa cautela at dispor de corrobora o Apesar desta aparente variedade de extraterrestres parece me que o s ndrome da abdu o vni retrata um universo banal A forma dos supostos extraterrestres mostra uma grande falta de imagina o e preocupa o pelos assuntos humanos Nem um solo ser apresentado em todos esses relatos mais assombroso do que seria uma cacatua para quem n o viu nunca um p ssaro Qualquer livro de texto de protozoologia bacteriologia ou micologia est cheio de maravilhas que superam em muito as descri es mais ex ticas dos abdutores extraterrestres Os crentes tomam os elementos comuns de suas hist rias como provas de verossimilhan a mais que como uma prova de que as inventaram a partir de uma cultura e biologia compartilhadas CAP TULO s SOBRE A DISTIN O ENTRE VIS ES VERDADEIRAS E FALSAS Uma mente cr dula encontra o maior deleite em acreditar coisas estranhas e quanto mais estranhas som mais f cil lhe resulta as acreditar mas nunca toma em considera o as que s o singelas e poss veis porque todo mundo pode as acreditar Samuel Butler Caracteres 1667 1669 Durante um breve instante noto uma apari o na habita o em penumbra poderia ser um fantasma Ou h um movimento vejo o pela extremidade do olho mas quando volto a cabe a n o h nada Est soando um
115. o v lidos e inestim veis Outros no melhor dos casos s o met foras e codificadores A etnomedicina sim a astrof sica n o Certamente verdade que todas as cren as e todos os mitos s o merecedores de respeito N o certo que todas as cren as populares sejam igualmente v lidas se falarmos n o de uma disposi o mental interna mas sim de entender a realidade externa Durante s culos a ci ncia esteve submetida a uma linha de ataque que poderia chamar se mais que pseudoci ncia antici ncia Atualmente se opina que a ci ncia e o estudo acad mico em geral muito subjetiva Alguns inclusive alegam que totalmente subjetiva como dizem o a hist ria A hist ria revistam escrev la vencedores para justificar suas a es para respirar o ardor patri tico e para suprimir as reclama es leg timas dos vencidos Quando n o h uma vit ria entristecedora cada lado escreve o relato que lhe favorece sobre o que realmente ocorreu As hist rias inglesas castigavam aos franceses e vice versa as hist rias dos Estados Unidos at muito recentemente ignoravam as pol ticas de facto do Lebensraum espa o vital e genoc dio para os nativos americanos as hist rias japonesas dos acontecimentos que levaram a segunda guerra mundial minimizam as atrocidades japonesas e sugerem que seu principal objetivo era liberar de maneira altru sta ao leste da sia do colonialismo europeu e americano Pol nia foi invadida em 1939 porqu
116. observando o definido ou erodido que se encontra a cratera Se nos rastros de cascos se sobrep e o rastro de insetos ou outros animais tamb m isso indica que n o recente O conte do de umidade da subsuperf cie do ch o e o ritmo ao que se seca depois de ter ficado exposta por um casco determinam o desmoronamento dos muros da cratera Todos esses assuntos s o estudados com aten o pelos Kung Qu o emanadas v o ao galope detestam o sol quente Os animais utilizar o todas as sombras que possam encontrar Alterar o o curso para aproveitar uns momentos da sombra de um bosque de rvores Mas o lugar da sombra depende do momento do dia porque o sol se move atrav s do c u Pela manh quando o sol sai pelo este as sombras se projetam ao oeste das rvores Logo pela tarde quando o sol fica pelo oeste as sombras se projetam ao este partir das curvas das pistas poss vel dizer quanto momento faz que passaram os animais Este c lculo ser diferente nas distintas esta es do ano Assim os ca adores devem ter na mente uma esp cie de calend rio astron mico que prediga o aparente movimento solar Para mim todas essas habilidades formid veis de forense para rastrear pistas s o ci ncia em a o Os ca ador coletores n o s s o peritos nos rastros de outros animais tamb m conhecem muito bem os humanos Todo membro da banda reconhec vel por seus rastros s o lhes t o familiares como suas caras Laurens Van der P
117. os que a praticam como o tamb m para os n o cientistas que de vez em quando se mergulham nela com o fim de saber o que se descoberto recentemente E como em uma hist ria de detetives gozado formular as perguntas chave trabalhar com explica es alternativas e possivelmente inclusive avan ar no processo de descobrimento cient fico Consideremos estes exemplos alguns muito singelos outros n o escolhidos mais ou menos aleatoriamente Poderia haver um n mero inteiro n o descoberto entre o Ge o 7 Poderia haver um elemento qu mico n o descoberto entre o n mero at mico 6 que carbono e o n mero at mico 7 que nitrog nio Sim esse novo te conservem causa c ncer nos ratos Mas e se para induzir o c ncer em uma pessoa que pesa muito mais que um rato devesse se tomar uma libra de subst ncia ao dia Neste caso possivelmente o lhe conservem n o seja t o perigoso O benef cio de ter a comida conservada durante compridos per odos superaria o pequeno risco adicional do c ncer Quem decide Que dados se necessitam para tomar uma decis o prudente Em uma rocha de tr s bilh es oitocentos milh es de anos a gente encontra uma rateio de is topos de carbono t picos dos seres vivos de hoje e diferente dos sedimentos org nicos Deduz disso que faz tr s bilh es oitocentos milh es de anos havia vida abundante na Terra Ou poderiam haver se infiltrado na rocha os restos qu micos de organismos mais modernos O
118. outros e impediriam que nenhum deles acabasse com o pa s os ramos executivo legislativa e judicial a C mara de Representantes e o Senado os estados e o governo federal Tamb m sublinhou apaixonada e repetidamente que era essencial que o povo entendesse os riscos e benef cios do governo que se educasse e implicasse no processo pol tico Sem ele dizia os lobos o engoliriam tudo Assim o expressou em Notas sobre a Virginia sublinhando que f cil para os capitalistas e sem escr pulos encontrar zonas de explora o vulner veis Em todo governo sobre a terra h algum rastro de debilidade humana algum germe de corrup o e degenera o que a ast cia descobrir e a mal cia abrir cultivar e melhorar de maneira impercept vel Todo governo degenera quando se confia s aos governantes do povo O pr prio povo portanto o nico deposit rio seguro E para que tenha seguran a deve cultivar o pensamento Jefferson teve pouco que ver com a reda o final da Constitui o dos Estados Unidos quando se estava gerando ele ocupava o cargo de embaixador americano na Fran a Satisfez lhe a leitura do documento com duas reservas Uma defici ncia n o ficava limite ao n mero de per odos que podia governar um presidente Isso temia Jefferson propiciava que um presidente se convertesse em rei de fato se n o legalmente A outra grande defici ncia era a aus ncia de uma declara o de direitos O cidad o a pessoa me
119. p blico possa distinguir entre os perigos reais e a fic o do peri dico e conceb vel que obstaculizem nossa capacidade de tomar medidas de precau o para mitigar o perigo Frequentemente se apresentam demandas contra os peri dicos sensacionalistas s vezes por parte de atores e atrizes que negam rotundamente ter realizado atos reprov veis e em ocasi es se baralham grandes somas de dinheiro Esses peri dicos devem considerar estas demandas como o pre o de seu proveitoso neg cio Em sua defesa revistam dizer que est o a merc de seus rep rteres e que n o t m responsabilidade institucional para comprovar a verdade do que publicam Sal Ivone editor chefe do Weekly WorldNews comentando as hist rias que publica diz N o descarto que sejam produto de imagina es ativas Mas dado o tipo de peri dico que fazemos n o temos por que p r em d vida uma hist ria O ceticismo n o vende peri dicos Escritores que desertaram que este tipo de jornalismo h descrito as sess es criativas nas que escritores e editores ficam a inventar hist rias e titulares tirados de um nada quanto mais escandalosos melhor Entre sua grande quantidade de leitores n o h muitos que acreditam tudo com convic o que acreditam que n o poderiam as editar se n o fossem verdade Alguns leitores com os que falei insistem em que s leem esta classe de peri dicos para entreter se como se olhassem um espet culo de lut
120. palha atrav s do experimento e a an lise cr tica Se a gente estiver aberto at o ponto da credulidade e n o tem nem um grama de sentido c tico dentro n o pode distinguir as ideias prometedoras das que n o t m valor Aceitar sem cr tica toda no o ideia e hip tese equivale a n o saber nada As ideias se contradizem uma a outra s mediante o escrut nio c tico podemos decidir entre elas Realmente h ideias melhores que outras A mescla judiciosa desses dois modos de pensamento central para o xito da ci ncia Os bons cientistas fazem ambas as coisas Por sua parte falando entre eles esmi am muitas ideias novas e as criticam sistematicamente A maioria das ideias nunca chegam ao mundo exterior S as que passam uma rigorosa filtra o chegam ao resto da comunidade cient fica para ser submetidas a cr tica Devido a esta autocr tica e cr tica m tua tenaz e confian a apropriada no experimento como arbitro entre hip tese em conflito muitos cientistas tendem a mostrar desconfian a na hora de descrever seu pr prio assombro ante a apari o de uma grande hip tese uma l stima porque esses estranhos momentos de exulta o humanizam e fazem menos misterioso o comportamento cient fico Ningu m pode ser totalmente aberto ou completamente c tico Todos devemos riscar a linha em alguma parte Um antigo prov rbio chin s adverte melhor ser muito cr dulo que muito c tico mas isso vem de uma socie
121. para o futuro long nquo sugeriu que nossos descendentes seriam quase imberbes com cabe as imensas embora apenas capazes de andar por si mesmos Os seres avan ados de outros mundos poderiam estar dotados de maneira similar O t pico extraterrestre moderno do que se fala nos Estados Unidos na d cada dos oitenta e princ pios dos noventa pequeno com a cabe a e os olhos desproporcionalmente grandes fac es subdesenvolvidas sem sobrancelhas nem cenit lias vis veis e com a pele cinza suave me parece t o horripilante como um feto na d cima segunda semana de embara o ou um menino morto de fome uma quest o interessante por que tanta gente pode obcecar se por uns fetos ou meninos malnutridos e imagin los nos atacando e nos manipulando sexualmente Em anos recentes na Am rica do Norte come aram a surgir extraterrestres distintos do tipo pequeno e cinza Um psicoterapeuta Richard Boylan de Sacramento diz H tipos de um metro a um metro vinte tem nos que metro cinquenta a metro oitenta de dois metros a dois e quarenta h tipos de tr s quatro e cinco dedos almofada nas gemas dos dedos ou ventosas h dedos com membrana interdigital ou sem ela h olhos grandes em forma de am ndoa inclinados para cima para baixo ou horizontais em alguns casos grandes olhos ovoides sem inclina o h extraterrestres com pupilas partidas h outros tipos de corpo diferentes o chamado tipo mantis religiosa os reptiloides S
122. parecer foram confirmados por uma sucess o de astr nomos profissionais que olhavam atrav s de grandes telesc pios em todo mundo dizia se que existia uma rede de linhas retas nicas e dobre que se entrecruzavam na superf cie de Marte com uma regularidade geom trica t o misteriosa que s podia ter uma origem inteligente tiraram se conclus es evocadoras sobre um planeta abrasado e moribundo povoado por uma civiliza o t cnica antiga e s bia dedicada conserva o dos recursos de gua plasmaram se em mapas e se batizaram centenas de canais Mas estranhamente evitava se mostr los em fotografias sugeria se que enquanto o olho humano podia recordar os breves instantes de transpar ncia atmosf rica perfeita a placa fotogr fica mediava indiscriminadamente os poucos momentos claros com os muitos imprecisos Alguns astr nomos viam os canais Outros muitos n o Possivelmente alguns observadores eram mais h beis que outros para v los Ou possivelmente todo o assunto fora uma sorte de ilus o perceptiva Em grande parte a ideia de que Marte abrigava vida assim como a preval ncia dos marcianos na fic o popular deriva dos canais Eu por minha parte empapei me de pequeno desta literatura e quando me encontrei como experimentador na miss o do Mariner 9 a Marte a primeira espa onave em rbita ao redor do planeta vermelho estava muito interessado em ver naturalmente quais eram as circunst ncias reais Com o Marin
123. pequenos perdidos nos arquivos policiais se explica com o pretexto de que em todo mundo se criam meninos com este prop sito o que recorda sem d vida a declara o dos abduzidos no sentido de que os experimentos extraterrestres humanos est o muito estendidos diz se tamb m como no paradigma da abdu o como extraterrestres que o abuso do culto sat nico passa de gera o em gera o em algumas fam lias Que eu saiba como no primeiro caso tampouco aqui se ofereceu nunca uma prova f sica em um tribunal de justi a que sustente estas declara es Entretanto seu poder emocional evidente A mera possibilidade de que ocorram coisas assim inca aos mam feros quer dizer a n s a atuar Quando damos credibilidade ao ritual sat nico tamb m elevamos a condi o social dos que nos advertem do suposto perigo Consideremos estes cinco casos 1 Myra Obasi uma professora de escola da Luisiana estava possu da por dem nios conforme acreditavam ela e suas irm s detr s consult lo com um curandeiro vodu Os pesadelos de seu sobrinho eram parte da prova Partiram pois para Dallas abandonaram a seus cinco filhos e logo as irm s lhe tiraram os olhos senhora Obasi No julgamento ela defendeu a suas irm s Elas disseram que tinham tentado ajud la Mas a religi o vodu n o adora ao diabo um cruzamento entre o catolicismo e a religi o original haitiana 2 Uns pais matam a sua filha a pauladas porque n o quer abra ar seu ramo do
124. plena de muitos combates pr vios A satisfa o est a nosso alcance embora temperada pela ideia de todos os outros universos que tamb m entrar o em exist ncia novamente n o uma a n o ser um n mero infinito de vezes com trag dias e horrores que superar o em muito tudo o que experimentamos esta vez A Consola o do Haldane depende entretanto do tipo de universo em que vivemos e possivelmente de ocultos tais como se h bastante mat ria para investir a expans o do universo e o car ter das flutua es do vazio Os que t m um desejo profundo de vida depois da morte podem dedicar se por isso parece cosmologia a gravidade qu ntica a f sica das part culas elementares e a aritm tica transfinita Clemente da Alexandria pai da primeira Igreja em sua Exorta o aos gregos escrita ao redor do ano 190 desprezava as cren as pag s com palavras que hoje poderiam parecer um pouco ir nicas Longe estamos certamente de permitir que homens adultos escutem este tipo de contos Nem sequer quando nossos pr prios filhos choram l grimas de sangue como diz o refr o temos o h bito de lhes contar hist rias fabulosas para acalm los Em nossa poca temos crit rios menos severos Falamos com os meninos de Papai Noel e o Mickey Mouse por raz es que acreditam emocionalmente s lidas mas os desenganamos desses mitos antes de fazer se maiores por que nos retratar Porque seu bem estar como adultos depende de que conhe am o mun
125. poderia parecer totalmente insignificante em s umas quantas rbitas pode acumular se e algum mundo pequeno pode desviar se inesperadamente de seu curso normal Entretanto nos rel gios de p ndulo tamb m se conhece algo como o movimento ca tico se desagrademos o chumbo muito longe da perpendicular o movimento arr tmico e desordenado Mas o sistema solar marca melhor o tempo que qualquer rel gio mec nico e toda a ideia de marcar o tempo vem do movimento observado do Sol e as estrelas O assombroso que se possa aplicar uma matem tica similar aos planetas e aos rel gios N o tinha por que ser assim N o o impusemos no universo como Se isto for reducionismo o que lhe vamos fazer At mediados do s culo XX dominava uma forte cren a entre te logos fil sofos e muitos bi logos de que a vida n o era reduz vel s leis de f sica e qu mica que havia uma for a vital uma entelequia um Tao um man que fazia funcionar aos seres vivos e animava a vida Era imposs vel ver como meros tomos e mol culas podiam justificar a complexidade e a eleg ncia a adequa o da forma fun o de um ser vivo invocavam se as religi es do mundo Deus ou os deuses insuflaram vida alma na mat ria inanimada O qu mico do s culo XVIII Joseph Priestley tentou encontrar a for a vital Pesou um camundongo justo antes e depois de morrer Pesava o mesmo Todos os intentos neste sentido fracassar
126. poderiam dedicar se ci ncia e o academicismo Jefferson foi um de meus primeiros her is n o por seus interesses cient ficos embora lhe ajudaram muito a moldar sua filosofia pol tica mas sim porque ele quase mais que ningu m foi respons vel pela extens o da democracia por todo mundo A ideia assombrosa radical e revolucion ria na poca em muitos lugares do mundo ainda o que nem os reis nem os padres nem os prefeitos de grandes cidades nem os ditadores nenhuma camarilha militar nenhuma conspira o de fato de gente rica a n o ser a gente ordin ria em trabalho conjunto devem governar as na es Jefferson n o foi s um te rico importante desta causa esteve envolto nela no aspecto mais pr tico ajudando a plasmar o grande experimento pol tico americano que foi admirado e emulado em todo mundo ap s Morreu no Monticello em 4 de julho de 1826 exatamente cinquenta anos depois do dia que as col nias emitiram aquele documento sensacional escrito por Jefferson chamado Declara o de Independ ncia Foi denunciado por conservadores de todo o mundo a monarquia a aristocracia e a religi o avalizada pelo Estado isso era o que defendiam ent o os conservadores Em uma carta composta uns dias antes de sua morte escreveu que a luz da ci ncia tinha demonstrado que a massa da humanidade n o nasceu com a cadeira de montar costas e que tampouco uns poucos privilegiados nasciam com botas
127. poderosa tenta o de procurar as provas e apar ncias que est o a favor de nossos desejos e desatender as que se op em a eles Recebemos como favor vel o que concorda com n s resistimos com desagrado ao que nos op e enquanto tudo ditado do sentido comum requer exatamente o contr rio As cr ticas v lidas lhe fazem um favor H gente que considera arrogante ci ncia especialmente quando pretende contradizer cren as arraigadas ou quando introduz conceitos estranhos que parecem contr rios ao sentido comum Como um terremoto que sacode nossa f no terreno onde nos achamos desafiar nossas cren as tradicionais sacudir as doutrinas nas que confiamos pode ser profundamente perturbador Entretanto mantenho que a ci ncia parte integrante da humildade Os cientistas n o pretendem impor suas necessidades e desejos natureza mas sim humildemente a interrogam e se tomam a s rio o que encontram Somos conscientes de que cientistas venerados se equivocaram Entendemos a imperfei o humana Insistimos na verifica o independente at onde seja poss vel quantitativa dos princ pios de cren a que se prop em Constantemente estamos cravando o aguilh o desafiando procurando contradi es ou pequenos enganos persistentes residuais propondo explica es alternativas respirando a heresia Damos nossas maiores recompensas aos que refutam convincentemente cren as estabelecidas Aqui vai um dos muitos exemplos as leis
128. podia ter sua filha para dizer uma mentira assim embora por sua parte n o tinha nenhuma lembran a de todo aquilo Mas tanto os investigadores policiais como um psicoterapeuta consultor e seu ministro da Igreja da gua Vivente lhe contaram que os infratores sexuais sempre reprimiam as lembran as de seus delitos Ingram com uma sensa o estranha mas ao mesmo tempo ansioso por colaborar tentou recordar depois de que um psic logo lhe aplicasse uma t cnica de hipnose com os olhos fechados para induzir o transe Ingram come ou a visualizar algo similar ao que descrevia a pol cia O que lhe vinha cabe a n o eram lembran as reais a n o ser algo assim como peda os de imagens na n voa Cada vez que produzia uma imagem quantas mais via mais odioso era o conte do lhe animavam e fortaleciam Seu pastor lhe assegurou que Deus se encarregaria de permitir que s surgissem as lembran as genu nas em seus sonhos Bom era quase como se o inventasse disse Ingram mas n o assim Sugeriu que possivelmente o respons vel fora um dem nio Sob o mesmo tipo de influ ncias ao circular rumores na igreja dos horrores que Ingram estava confessando seus outros filhos e sua esposa tamb m come aram a recordar Se acusou a cidad os proeminentes de participar de ritos orgi sticos As for as da ordem de toda a Am rica come aram a emprestar aten o Isso era s a ponta do iceberg diziam alguns Quando o minist rio
129. por dividir fam lia humana em muitas fac es pequenas e enfrentadas N o existe a ci ncia nacional disse o dramaturgo russo Ant n Ch jov como n o existe a tabela de multiplicar nacional Pelo mesmo para muitos n o existe um pouco chamado religi o nacional embora a religi o do nacionalismo tenha milh es de partid rios Em quantidades desproporcionadas encontram se cientistas nas filas dos cr ticos sociais ou menos caritativamente dissidentes que desafiam as pol ticas e os mitos de suas pr prias na es V m me mente sem esfor o os nomes heroicos dos f sicos Andrei Sajarov na antiga Uni o Sovi tica Albert Einstein e Le o Szilard nos Estados Unidos e Fang Lizhu na China o primeiro e o ltimo arriscando suas vidas Os cientistas especialmente depois da inven o das armas nucleares foram retratados como cretinos ticos Isso uma injusti a se se tiver em conta a todos os que s vezes com um risco pessoal consider vel levantaram a voz contra a m aplica o da ci ncia e a tecnologia em seus pr prios pa ses Por exemplo o qu mico Linus Pauling 1901 1994 o maior respons vel pelo Tratado de Proibi o de Provas Limitadas de 1963 que deteve as explos es sobre terra de armas nucleares por parte dos Estados Unidos a Uni o Sovi tica e o Reino Unido Montou uma apaixonada campanha pondo de relevo os danos morais com dados cient ficos mais acredit veis pelo fato de ter sido ele
130. por exemplo falar lhe da primazia do algod o a necessidade e moralidade do tr fico de escravos o perigo exposto pelo norte industrial etc As treze delega es se re nem e com um pouco de guia facultativa mas principalmente sozinhos escrevem uma constitui o durante umas semanas Logo leem a Constitui o de verdade Os estudantes reservaram o poder de declarar a guerra ao presidente Os delegados de 1787 o atribu ram ao Congresso Por qu Os estudantes liberaram aos escravos A Conven o Constitucional original n o o fez Por qu Isso exige uma maior prepara o dos professores e mais trabalho para os estudantes mas a experi ncia inesquec vel E dif cil n o pensar que as na es da Terra estariam melhores se todos os cidad os se submetessem a uma experi ncia compar vel Necessitamos mais dinheiro para preparar e pagar aos professores e para laborat rios Mas nos Estados Unidos os aspectos vinculados escola revistam perder a vota o Ningu m sugere que se usem os impostos de propriedades para engrossar o or amento militar ou os subs dios de agricultura ou para limpar res duos t xicos Por que s a educa o Por que n o financi la com taxas gerais a n vel local e estatal Que tal uma taxa especial de educa o para as ind strias que t m uma necessidade especial de trabalhadores com prepara o t cnica Os meninos americanos n o trabalham bastante na escola O ano escolar de cento e oit
131. precedentes nos exige algo mais uma tica emergente que tamb m deve ser estabelecida a uma escala planet ria sem precedentes s vezes os cientistas o tentam dos dois modos aceitar o m rito por aquelas aplica es da ci ncia que enriquecem nossas vidas mas distanciar se dos instrumentos de morte t o intencionados como inadvertidos que tamb m se derivam da investiga o cient fica O fil sofo australiano John Passmore escreve no livro A ci ncia e seus cr ticos A Inquisi o espanhola tentou evitar a responsabilidade direta na queima de hereges entregando os ao bra o secular queim los ela mesma explicava piedosamente seria totalmente impr prio de seus princ pios crist os Poucos de n s deixar amos que a Inquisi o se limpasse t o facilmente as m os de sangue eles sabiam muito bem o que ocorreria Do mesmo modo quando a aplica o tecnol gica dos descobrimentos cient ficos clara e bvia como quando um cientista trabalha com gases nervosos n o pode declarar que estas aplica es n o t m nada que ver com ele apoiando se em que s o for as militares n o cient ficas as que usam os gases para mutilar ou matar Isso ainda mais bvio quando o cientista oferece ajuda deliberada a um governo em troca de financiamento Se um cientista ou um fil sofo aceita recursos de um corpo como um escrit rio de investiga o naval est lhes enganando se souber que seu trabalho ser in til para el
132. pria conclus o Isso converte a assimila o obediente de novo conhecimento em um descobrimento pessoal Quando a gente mesmo faz o descobrimento embora seja a ltima pessoa da Terra em ver a luz n o o esquece nunca Quando era jovem me inspiraram os livros e artigos sobre costumes do George Gamow James Jeans Arthur Eddington J B S Haldane Julian Huxley Rachel Carson e Arthur C Clarke todos eles com uma boa prepara o e a maioria importantes praticantes da ci ncia A popularidade dos livros bem escritos com uma explica o boa e profundamente imaginativa da ci ncia que chegam ao cora o al m da mente parece ser maior que nunca nos ltimos vinte anos e tampouco tem precedentes o n mero e diversidade disciplinar dos cientistas que escrevem estes livros Entre os melhores divulgadores cient ficos contempor neos me ocorrem Stephen Jay Gouid E O Wilson Lewis Thomas e Richard Dawkins em biologia Steven Weinberg Alan Lightmam e Kip Thorne em f sica Roaid Hoffmann em qu mica e as primeiras obras do Fred Hoyle em astronomia Isaac Asimov escreveu com capacidade a respeito de tudo E embora exija saber c lculo a populariza o da ci ncia mais provocadora excitante e inspiradora das ltimas d cadas me parece o primeiro volume das Confer ncias de introdu o f sica do Richard Feynman Apesar de tudo est claro que os esfor os atuais n o s o proporcionais absolutamente com o bem p blico E certamente se
133. quantidade de omeletes que se feito desde o come o do mundo seria surpreendente que n o sa sse alguma com umas fac es ao menos vagamente familiares Escrevem se sobre propriedades m gicas s ra zes de ginseng e mandr gora devido em parte para um vago parecido com a forma humana Alguns brotos de castanha mostram caras sorridentes H corais que parecem m os O cogumelo brinca tamb m impropriamente chamado orelha de judeu parece realmente uma orelha e nas asas de certas tra as pode ver se algo assim como uns olhos enormes Pode ser que haja algo mais que mera coincid ncia possivelmente seja menos prov vel que criaturas com cara ou criaturas que t m medo de depredadores com cara engulam plantas e animais que sugerem uma Face O pau um inseto com um disfarce de ramo espetacular Naturalmente tende a viver sobre as rvores e ao redor deles Sua imita o do mundo das plantas lhe salva de p ssaros e outros depredadores e quase seguro que a raz o pela que esta forma extraordin ria foi lentamente moldada pela sele o natural darwiniana Esses cruzes de limites entre os reino da vida s o enervantes Um menino pequeno que veja um inseto pau pode imaginar se facilmente um ex rcito de paus ramos e rvores avan ando com algum detest vel prop sito vegetal Descrevem se e ilustram muitos exemplos deste tipo em um livro de 1979 titulado Parecido natural do John Michell um brit nico entusiasta do oculto
134. que algo seja verdade mais cuidadosos temos que ser N o serve a palavra de nenhuma testemunha Todo mundo comete enganos Todo mundo faz brincadeiras Todo mundo for a a verdade para ganhar dinheiro aten o ou fama Todo mundo entende mal em ocasi es o que v s vezes inclusive veem coisas que n o est o Essencialmente todos os casos de vnis eram anedotas algo que afirmava algu m Descreviam nos de v rias formas como de movimento r pido ou suspensos no ar em forma de disco de charuto ou de bola em movimento silencioso ou ruidoso com um g s de escapamento chamejante ou sem g s acompanhado de luzes intermitentes ou uniformemente reluzentes com um matiz prateado ou luminosos A diversidade das observa es indicava que n o tinham uma origem comum e que o uso de t rminos como vnis ou disco voador s s servia para confundir o tema ao agrupar genericamente uma s rie de fen menos n o relacionados Havia algo estranho na mera inven o da express o disco voador No momento de escrever este artigo tenho diante uma transcri o de uma entrevista de 7 de abril de 1950 entre o Edward R Murrow o c lebre locutor da CBS e Kenneth Arnold um piloto civil que viu algo peculiar perto do Mount Rainier no estado de Washington em 24 de junho de 1947 e que em certo modo cunhou a frase Arnold afirma que os peri dicos n o me citaram adequadamente Quando falei com a imprensa n o me entenderam bem e com a e
135. que fazem de m dicos revelam que o produto da compet ncia s tem tal quantidade do ingrediente analg sico mais recomendado pelos m dicos n o dizem qual este misterioso ingrediente Seu produto em troca tem uma quantidade espetacularmente maior de 1 2 a 2 vezes mais por tablete por isso ter que compr lo Mas por que n o tomar duas pastilhas da compet ncia Ou consideremos o analg sico que funciona melhor que o produto de efeito regular da compet ncia por que n o tomar ent o o produto competitivo de efeito extra E certamente n o nos falam das mais de mil mortes anuais nos Estados Unidos pelo uso da aspirina ou os poss veis cinco mil casos anuais de insufici ncia renal por uso de acetaminofen do que a marca mais vendida Tylenol Embora isso poderia tratar se de um Caso de correla o sem causa Ou o que importa que um cereal de caf da manh tenha mais vitaminas quando podemos tomar uma pastilha de vitaminas com o caf da manh Igualmente que incid ncia tem que um anti cido contenha c lcio se o c lcio servir para a nutri o mas irrelevante para a gastrite A cultura comercial est cheia de informa es err neas e evasivas a gastos do consumidor N o se espera que perguntemos N o pense Compre A recomenda o paga de produtos especialmente por parte de peritos reais ou supostos constitui uma avalanche constante de enganos Delata seu menosprezo pela intelig ncia de seus client
136. que grande n mero de professores de f sica e qu mica n o s o licenciados em f sica ou qu mica e ensinam a ci ncia com desconforto e incompet ncia que os pr prios professores mostram muita ang stia ante a ci ncia e as matem tica que resistem a que lhes fa am perguntas ou respondem Est no livro Olha o Alguns se queixavam de que o professor de biologia era um cri acionista outros se queixavam de que n o o era Entre outros coment rios dos professores ou a respeito deles Estamos criando uma cole o de imbecis E mais f cil memorizar que pensar tem se que ensinar aos meninos a pensar Os professores e os programas est o caindo ao m nimo comum denominador por que o treinador de basquete ensina qu mica exige se aos professores que dediquem muito tempo disciplina e ao programa social N o temos nenhum incentivo para exercer nosso pr prio julgamento Sempre temos aos altos mandos nos olhando por cima do ombro Abandonar os lugares em propriedade em escolas e universidades Livrar se dos in teis Deixar a contrata o e a demiss o aos diretores decanos e superintendentes Meu prazer pelo ensino se viu repetidamente frustrado pelos diretores de tipo militarista dever se ia dar uma recompensa aos professores segundo seu rendimento especialmente segundo o rendimento dos estudantes em provas nacionais padronizadas e a melhora de rendimento do estudante nestas pro
137. que os capta um radar da defesa a rea Ent o os intrusos saem imediatamente dali Ou como experimento de controle comissiona se uma unidade de avi es de alto rendimento e se envia em sa das n o anunciadas para determinar a porosidade das defesas a reas americanas Neste caso pode haver avistamentos de observadores militares e civis e grande n mero de testemunhos independentes O que se relata n o corresponde a nenhuma aeronave conhecida As autoridades das For as A reas e de avia o civil declaram sinceramente que nenhum de seus avi es era respons vel Embora tenham estado pedindo ao Congresso que financiasse um sistema de alarme eficaz no sul improv vel que as For as A reas admitam que n o captaram a chegada de avi es sovi ticos ou cubanos at que estavam em Nova Orleans menos ainda no Memphis Tamb m aqui temos todas as raz es para acreditar que se deveu ordenar a uma equipe investigadora t cnico de alto n vel aos observadores das For as A reas e a qu o civis mantiveram a boca fechada e que se desse n o s a apar ncia mas tamb m a realidade da supress o de dados Tampouco aqui esta conspira o de sil ncio tem por que ter nada que ver com naves aeroespaciais de extraterrestres D cadas mais tarde ainda h raz es burocr ticas para que o Departamento de Defesa siga guardando sil ncio sobre aqueles problemas H um conflito potencial de interesses entre as preocupa es bairristas do Departamento de De
138. que se amassasse tanto exposi o mostra mapas de Londres no s culo XVIII a extens o de uma horr vel epidemia de c lera Os habitantes de uma casa o contagiavam casa vizinha Seguindo o curso da onda de infec o voc mesmo pode ver onde come ou como fazer de detetive E quando encontra a origem v que um lugar com bocas de lobo abertas Lhe ocorre que o fato de que deva existir um sistema de saneamento adequado nas cidades modernas uma quest o de vida ou morte Pensa em todas as cidades e povos do mundo que n o o t m Come a a pensar que talvez h uma maneira mais f cil mais singela de faz lo arrasta se por um t nel comprido totalmente s escuras H s bitas curvas subidas e baixadas Atravessa um bosque de coisas como plumas mi angas grandes bolas s lidas imagina o que deve ser a cegueira Pensa no pouco que confiamos em nosso sentido do tato Na escurid o e a calma encontra se sozinho com seus pensamentos A experi ncia estimulante Examina uma reconstru o detalhada de uma prociss o de sacerdotes que sobem a um dos grandes zigurates da Sum ria ou a uma tumba com pinturas fant sticas no Vale dos Reis no antigo o Egito ou uma casa na antiga Roma ou uma rua de finais de s culo a escala real em uma pequena cidade dos Estados Unidos Pensa em todas essas civiliza es t o diferentes da sua se tivesse nascido nelas parecer lhe iam completamente naturais e consideraria estranh
139. que serviam os aceleradores modernos de alta energia N o servem como armas N o t m aplica es pr ticas S o para algo que preocupantemente do ponto de vista de muitos chama se a teoria de todas as coisas As explica es que implicam entidades chamadas quarks encanto aroma cor etc d o a impress o de que os f sicos s o muito simp ticos e tenros Tudo em geral tem um aura ao menos do ponto de vista de alguns membros do Congresso com os que falei de insetos estranhos enlouquecidos o que me parece uma maneira muito pouco caridosa de descrever a ci ncia apoiada na curiosidade Nenhum dos que pagavam tinha a mais remota ideia do que um b son do Higgs Tenho lido parte do material que pretendia justificar o SSC Ao final de tudo havia uma parte que n o era t o m mas n o havia nada que explicasse do que ia o projeto a um n vel acess vel para pessoas brilhantes mas c ticas que n o fossem f sicos Se os f sicos pedirem dez mil ou quinze bilh es de d lares para construir uma m quina que n o tem valor pr tico ao menos deveriam fazer um esfor o extremamente s rio com gr ficas assombrosas met foras e um bom uso do idioma para justificar sua proposta Acredito que a chave do fracasso do SSC algo mais que a m gest o financeira a limita o de pressuposto e a incompet ncia pol tica H um ponto de vista crescente de livre mercado do conhecimento humano segundo o que a investiga o b sic
140. que testemunham as testemunhas a ter est acostumado a ser um dado em contra Tem algum familiar que trabalhe na pol cia ou no poder judicial teve algum encontro com a pol cia que pudesse influir em seu crit rio Algum amigo ou familiar seu foi detido alguma vez por uma acusa o similar O sistema americano de jurisprud ncia reconhece um amplo espectro de fatores predisposi es preju zos e experi ncias que poderiam nublar nosso julgamento ou afetar a nossa objetividade muitas vezes sem que sejamos conscientes disso Chega a extremos s vezes inclusive extravagantes para proteger o processo de valora o em um julgamento penal das debilidades humanas dos que devem decidir sobre a inoc ncia ou culpabilidade do acusado Mesmo assim em muitas ocasi es o processo fracassa Por que aspiramos a menos quando interrogamos o mundo natural ou tentamos decidir sobre assuntos vitais de pol tica economia religi o e tica A ci ncia aplicada com coer ncia em troca de seus muitos dons imp e certa carga onerosa nos exorta por muito inc modo que possa ser a nos considerar cientificamente a n s mesmos e nossas institui es culturais a n o aceitar o que nos diz sem cr tica a superar como podemos nossas esperan as presun es e cren as n o examinadas a nos ver n s mesmos como realmente somos Podemos nos dedicar a consci ncia e com valentia a seguir o movimento planet rio ou a gen tica das bact rias at onde nos leve a
141. recordar o abuso que sofreram em uma ocasi o e a pensar nele Faz um s culo Sigmund Freud introduziu o conceito de repress o a supress o de acontecimentos a fim de evitar a dor f sica um mecanismo essencial para a sa de mental Parecia dar se especialmente em pacientes diagnosticados com histeria entre cujos sintomas se encontravam alucina es e paralisia Ao princ pio Freud acreditou que detr s de cada caso de histeria havia um caso reprimido de abuso sexual infantil Com o tempo alterou a explica o para dizer que a histeria era causada por fantasias n o todas desagrad veis de ter sido submetido a abusos sexuais na inf ncia O peso da culpabilidade passou de pai a filho Hoje em dia causa furor um debate parecido Ainda se discute a raz o pela que Freud trocou de ideia as explica es v o da c lera que provocou em seus colegas var es de Viena at o reconhecimento por sua parte de que se tomava a s rio as hist rias dos hist ricos Os exemplos da emerg ncia repentina da lembran a superf cie especialmente na consulta de um psicoterapeuta ou hipnotizador e da qualidade fantasmag rica ou de sonho das primeiras lembran as s o altamente question veis H muitas den ncias de abuso sexual que resultam ser inventadas O psic logo da Universidade do Emory Ulric Neisser diz Existe o abuso dos meninos e o que se chama lembran as reprimidas Mas tamb m existem as falsas lembran as e fa
142. ria se est o criando constantemente em todo o universo a partir de um nada Uma terceira alguma vez muito ocasionalmente seu carro atravessa espontaneamente a parede de tijolo da garagem e manh seguinte o encontra na rua S o absurdas Mas a primeira a declara o da relatividade especial e as outras duas s o consequ ncias da mec nica qu ntica flutua es de vazio e efeito t nel chamam se N s gostemos ou n o assim o mundo Se a gente insistir em que rid culo estar fechado para sempre a alguns dos maiores descobrimentos sobre as regras que governam o universo Se a gente for s c tico as novas ideias n o lhe chegar o Nunca aprender nada Converter se em um misantropo exc ntrico convencido de que o mundo est governado pela tolice Certamente h muitos dados que avalizam esta opini o Como os grandes descobrimentos nos limites da ci ncia s o estranhos a experi ncia tender a confirmar seu mau humor Mas de vez em quando aparece uma nova ideia v lida e maravilhosa que parece dar no prego Se a gente for muito decidido e implacavelmente c tico perder se ou levar a mal os descobrimentos transformadores da ci ncia e entorpecer de todos os modos a compreens o e o progresso O mero ceticismo n o basta Ao mesmo tempo a ci ncia requer o ceticismo mais vigoroso e implac vel porque a grande maioria das ideias s o simplesmente err neas e a nica maneira de separar o trigo da
143. rias at que ponto s o conscientes do dilema de um paciente ing nuo que entra em um despacho profissional e ou a que sua ins nia ou obesidade se devem em ordem aumentativa de raridade a um abuso paterno um ritual sat nico ou uma abdu o por extraterrestres totalmente esquecidos Embora haja limita es ticas e de outro tipo necessita se um pouco parecido a um experimento de controle possivelmente enviar ao mesmo paciente a especialistas dos tr s campos Algum deles diz N o seu problema n o se deve a um abuso esquecido na inf ncia ou a um ritual sat nico esquecido ou a uma abdu o como extraterrestres o que se atravesse Quantos deles dizem H uma explica o muito mais prosaica Em lugar disso Mack chega a dizer a um de seus pacientes com admira o e para tranquiliz lo que empreendeu uma viagem heroica Um grupo de abduzidos cada um deles com uma experi ncia distinta mas similar escreve v rios de n s t nhamos reunido por fim a suficiente valentia para apresentar nossas experi ncias a conselheiros profissionais e qu o nico conseguimos que evitassem nervosos o tema franzissem o sobrecenho em sil ncio ou interpretassem a experi ncia como um sonho ou alucina o para nos tranquilizar com condescend ncia e nos assegurar que essas coisas passam mas n o se preocupe basicamente sua sa de mental boa Perfeito N o estamos loucos mas se tomamos a s rio nossa
144. rio o que dizem as v timas de algo que a ci ncia do s culo XX n o possa explicar Agora os leitores ter o a liberdade de tratar aos abduzidos como se n o fossem v timas de uma simples ilus o Abduzido los sofrem o mesmo tipo de trauma que uma v tima de viola o e ver que as pessoas que t m mais perto recha am suas experi ncias uma segunda victimizaci n que os deixa sem sistema de apoio dif cil encaixar um encontro com extraterrestres a v tima necessita apoio n o racionaliza es Meu amigo Frankie quer que ao voltar lhe traga um cinzeiro ou uma caixa de f sforos mas acredito que provavelmente esses visitantes s o muito inteligentes para fumar Tenho a sensa o de que o fen meno da abdu o por extraterrestres pouco mais que uma sequ ncia de sonhos recuperada indiretamente do armaz m da mem ria N o h mais homenzinhos verdes nem discos voadores que imagens das coisas que temos armazenadas em nosso c rebro Quando os supostos cientistas conspiram para censurar e intimidar aos que se esfor am por oferecer novas hip tese perspicazes sobre teorias convencionais deveriam deixar de ser considerados cientistas para ser os impostores inseguros que s o realmente e que s se servem a si mesmos Com o mesmo crit rio devemos seguir acreditando tamb m que J Edgar Hoover foi um bom diretor do FBI e n o a ferramenta homossexual do crime organizado que era Sua conclus o de que uma grande qu
145. s O VENTO LEVANTA P 0 vento levanta p porque tenta sopro levando se nossos rastros Exemplos de folclore bosquimano W H I Bleek e L C Lloyd recopiladores L C lloyd editor 1911 cada vez que um selvagem rastreia a ca a emprega uma minuciosidade de observa o e uma precis o de racioc nio indutivo e dedutivo que aplicado a outros assuntos dar lhe iam uma reputa o de homem de ci ncia o trabalho intelectual de um bom ca ador ou guerreiro supera de maneira consider vel o de um ingl s ordin rio Thomas H Huxley Collected Essays vol II Darviniana Essays Londres Macmillan 1907 pp 175 176 do Mr Darwin s Critics 1871 Por que tanta gente encontra que a ci ncia dif cil de aprender e dif cil de ensinar tentei sugerir algum racioc nio Sua precis o seus aspectos anti intuitivos e perturbadores a perspectiva de mau uso sua independ ncia da autoridade e assim sucessivamente Mas h algo mais no fundo Alan Cromer um professor de f sica da Universidade do Nordeste de Boston que se surpreendeu ao encontrar tantos estudantes incapazes de entender os conceitos mais elementares em sua classe de f sica Em Sentido pouco comum a natureza her tica da ci ncia 1993 Cromer prop e que a ci ncia dif cil porque nova N s uma esp cie que tem umas centenas de milhares de anos de antiguidade descobrimos o m todo cient fico faz s uns s culos diz Como a escritura que t
146. s culo IV como o cockney de hoje ao ingl s normativo Gra as ao Lorenzo de Cerca a Igreja cat lica romana j n o reclama o direito a governar as na es da Europa pela Doa o do Constantino acredita se em geral que esta obra cuja proced ncia tem um vazio de cinco s culos foi falsificada por um cl rigo adscrito c ria da Igreja na poca do Carlomagno quando o papado e especialmente a batata Adriano I defendia a unifica o da Igreja e o Estado Assumindo que ambos os documentos pertencem mesma categoria os MJ 12 s o um engano mais inteligente que a Doa o do Constantino Mas t m muito em comum no aspecto da proced ncia o interesse concedido e as inconsist ncias lexicogr ficas A ideia de um encobrimento para manter oculto o conhecimento de vida extraterrestre ou das abdu es durante quarenta e cinco anos sabendo o centenas se n o milhares de empregados do governo not vel certo que os governos guardam secretos rotineiramente inclusive secretos de um interesse geral substancial Mas o objetivo vis vel de t o secreto proteger ao pa s e seus cidad os Entretanto neste caso diferente A suposta conspira o dos que controlam a seguran a impedir que os cidad os saibam que h um ataque extraterrestre cont nuo sobre a esp cie humana Se fosse verdade que os extraterrestres abduzem a milh es de pessoas seria muito mais que um assunto de seguran a nacional Teria um impacto na seguran a de tod
147. s fantasias diz ou s brincadeiras De modo similar o Harvard Mental Health Letter setembro de 1994 comenta A paralisia do sonho pode durar v rios minutos e s vezes vai acompanhada de vividas alucina es como de sonho que d o p a hist rias sobre visitas dos deuses esp ritos e criaturas extraterrestres Sabemos pelos primeiros trabalhos do neurofisi logo canadense Wilder Penfield que a estimula o el trica de certas regi es do c rebro provoca verdadeiras alucina es A gente com epilepsia do l bulo tempor rio que implica uma cascata de impulsos el tricos gerada naturalmente na parte do c rebro detr s da frente experimenta uma s rie de alucina es quase indistingu veis da realidade incluindo a presen a de um ser estranho ou mais ansiedade flutua o no ar experi ncias sexuais e uma sensa o de haver se saltado um per odo de tempo Tamb m existe o que parece uma grande compreens o das quest es mais profundas e uma necessidade das comunicar Parece riscar uma linha cont nua de estimula o espont nea do l bulo tempor rio da gente com epilepsia grave aos mais normais de entre n s Ao menos em um caso apresentado por outro neurocient fico canadense Michael Persinger a administra o de um f rmaco antiepil ptico a carbamazepina eliminou a sensa o recorrente de uma mulher de experimentar o caso t pico de abdu o como extraterrestres Assim estas alucina es geradas espontaneamente ou
148. sat lite artificial em rbita ao redor da Terra Das mil cento e dezoito vis es de vnis registradas esse ano nos Estados Unidos setecentas uma ou seja sessenta por cento e n o vinte e cinco por cento que se podia esperar ocorreram entre outubro e dezembro evidente que o Sputnik e a publicidade conseguinte tinham gerado de algum modo vis es de vnis Possivelmente a gente olhava mais o c u de noite e via mais fenomenais naturais que n o entendia Ou poderia ser que olhassem mais para cima e vissem mais as naves espaciais extraterrestres que est o a constantemente A ideia dos discos voadores tinha antecedentes suspeitos que se remontavam a uma brincadeira consciente titulada Lembran a Lem rial escrita pelo Richard Shaver e publicada no n mero de mar o de 1945 da revista de fic o cient fica Amazing Stories Era exatamente o tipo de leituras que eu devorava de pequeno Me informava que fazia cento e cinquenta mil anos os extraterrestres espaciais se estabeleceram em continentes perdidos o que levou a cria o de uma ra a de seres demon acos clandestinamente que eram respons veis pelas tribula es humanas e da exist ncia do mal O editor da revista Ray Palmer que como os seres subterr neos sobre os que advertia media pouco mais de um metro promoveu a ideia muito antes da vis o do Arnold de que a Terra era visitada por naves espaciais extraterrestres em forma de disco e que o governo ocultava seu co
149. se gua fervendo ou chumbo fundido No tortura da touca a Quest o de L eau se fazia tragar gua acusada atrav s de uma gaze para lhe provocar asfixia A seguir se retirava rapidamente a gaze para lhe rasgar as v sceras As algemas grilh es tinham o objetivo de comprimir o polegar da m o ou o dedo gordo do p na raiz das unhas de modo que a dor ao apertar fora insuport vel Al m disso aplicavam se rotineiramente a estrapada o trampa o e torturas ainda mais desagrad veis que me absterei de descrever depois da tortura e com os instrumentos da mesma a plena vista pede se v tima que firme uma declara o que a seguir se qualifica de livre confiss o admitida voluntariamente Com grande risco pessoal Von Spee protestou contra a persegui o das bruxas Tamb m o fizeram outros principalmente cl rigos cat licos que tinham sido testemunhas de exce o desses crimes Gianfrancesco Ponzinibio na It lia Cornelius Loos na Alemanha e Reginald Scot em Gr Bretanha no s culo XVI assim como Johann Mayfurth Escutem ju zes famintos de dinheiro e perseguidores sedentos de sangue as apari es do Diabo s o pura mentira na Alemanha e Alonso Salazar de Frite na Espanha no s culo XVII junto com o Von Spee e os quaisquer em geral s o her is de nossa esp cie por que n o s o mais conhecidos Em Uma vela na escurid o 1656 Thomas Ady exp s uma quest o chave Alguns objetar o que se as bruxas n o podem m
150. se tomam para nos proteger de n s mesmos comentei a persegui o das bruxas na Europa no contexto da abdu o como extraterrestres confio em que o leitor me perdoar por voltar para ela em seu contexto pol tico uma abertura ao autoconhecimento humano Se nos centrarmos no que as autoridades religiosas e seculares consideravam uma prova aceit vel e um julgamento justo nas ca as de bruxas dos s culos XV a XVII clarificam se muitas das caracter sticas novidadeiras e peculiares da Constitui o dos Estados Unidos do s culo XVIII e a Declara o de Direitos entre elas o julgamento perjurado as proibi es da autoincrimina o e dos castigos cru is e exagerados a liberdade de express o e de imprensa o processo justo o equil brio de poderes e a separa o de Igreja e Estado Friedrich von Spee pronunciado Shpay era um jesu ta que teve a m sorte de escutar as confiss es dos acusados de bruxaria na cidade alem do Wurzburgo veja se cap tulo 7 Em 1631 publicou Cautio Criminalis Precauciones para os acusadores onde expor a ess ncia daquele terrorismo Igreja estado contra os inocentes antes de receber seu castigo morreu v tima de uma epidemia de peste atendendo aos afligidos como padre da par quia Aqui temos um extrato de seu livro 1 Por incr vel que pare a entre n s alem es e especialmente envergonha me diz lo entre cat licos h supersti es populares inveja cal nias maledic ncias
151. sem d vida havia lhe valido grande n mero de inofensivas brincadeiras Enquanto nos instal vamos no carro para empreender o comprido percorrido com os limpador de para brisas funcionando ritmicamente disse me que se alegrava de que eu fora aquele cientista porque tinha muitas perguntas sobre ci ncia Incomodava me N o n o me incomodava E nos pusemos a falar Mas n o de ci ncia Ele queria falar dos extraterrestres congelados que adoeciam em uma base das For as A reas perto do San Antonio de canaliza o uma maneira de ouvir o que h na mente dos mortos que n o muito pelo visto de cristais das profecias do Nostradamus de astrologia do sud rio do Turim Apresentava cada um destes prodigiosos temas com um entusiasmo cheio de otimismo Eu me via obrigado a lhe decepcionar cada vez prova insustent vel lhe repetia uma e outra vez H uma explica o muito mais simples Em certo modo era um homem bastante lido Conhecia os distintos matizes especulativos por exemplo sobre os continentes fundos da Atl ntida e Lem ria Sabia se muito bem quais eram as expedi es submarinas previstas para encontrar as colunas quedas e os minaretes quebrados de uma civiliza o antigamente grande cujos restos agora s eram visitados por peixes luminescentes de alto mar e gigantescos monstros marinhos S que Embora o oceano guarde muitos segredos eu sabia que n o h a mais m nima base
152. si mesmo com precis o como um homem zangado A sobreviv ncia at nossos dias do misticismo antediluviano e a supersti o n o lhe zanga tanto como a aceita o acr tica das obras de misticismo e supersti o que podem defraudar humilhar e s vezes inclusive matar Como todos n s Randi imperfeito s vezes intolerante e condescendente e n o sente nenhuma simpatia pelas fragilidades humanas que fundamentam a credulidade Revistam lhe pagar por suas confer ncias e atua es mas nada compar vel ao que receberia se declarasse que seus truques derivam de poderes ps quicos ou divinos ou de influ ncias extraterrestres A maioria de prestidigitadores profissionais de todo o mundo parece acreditar na realidade dos fen menos ps quicos segundo os sondagens de suas opini es Como prestidigitador Randi trabalhou muito para desmascarar a videntes remotos tel patas e curandeiros que extorquiram ao p blico Fez uma demonstra o dos singelos enganos e aprecia es err neas mediante os quais qu o ps quicos dobram colheres tinham conseguido que f sicos te ricos proeminentes reconhecessem a exist ncia de novos fen menos f sicos recebeu um amplo reconhecimento entre os cientistas e possuidor de uma beca da Funda o MacArthur chamada de g nio Um cr tico lhe acusou de estar obcecado com a realidade Oxal pudesse diz lo mesmo de nossa na o e nossa esp cie Randi fez mais que ningu m em poc
153. sua indigna o natural pelas afrontas contra suas na es e reconhecem quando corresponde que suas l deres nacionais podem ter cometido crimes atrozes Possivelmente um sal rio do of cio seja ter que esquivar aos patriotas ofendidos S o conscientes de que os relatos dos acontecimentos passaram por filtros humanos enviesados e que os pr prios historiadores t m separa es Os que querem saber o que ocorreu realmente dever o familiarizar se totalmente com os pontos de vista dos historiadores de outras na es antes advers rias O m ximo que se pode esperar uma s rie de aproxima es sucessivas passo a passo aprofundando no conhecimento de n s mesmos melhora a compreens o dos acontecimentos hist ricos Algo similar ocorre na ci ncia Temos torcidos respiramos como todo mundo os preju zos que imperam em nosso entorno s vezes os cientistas deram apoio e sustento a doutrinas nocivas incluindo a suposta superioridade de um grupo tnico ou g nero sobre outro a partir das medidas do c rebro as protuber ncias do cr nio ou os testes de coeficiente intelectual Os cientistas revistam resistir a ofender aos ricos e poderosos de vez em quando um deles engana e rouba Alguns muitos sem rastro de pesar moral trabalharam para os nazistas Tamb m exibem tend ncias relacionadas com os chauvinismos humanos e com nossas limita es intelectuais Como comentei antes os cientistas tamb m s o respons veis por t
154. sutis e complexos portanto necessitamos solu es sutis e complexas Como n o h uma teoria dedutiva da organiza o social nosso nico recurso o experimento cient fico p r a prova s vezes a pequena escala comunidade cidade e a n vel estatal por exemplo uma ampla s rie de alternativas Um dos benef cios do cargo de primeiro ministro na China no s culo V A J C era que podia construir um Estado modelo em seu distrito ou prov ncia natal O principal fracasso da vida do Confucio conforme lamentava ele mesmo foi que ele nunca o tentou Um simples escrut nio superficial da hist ria revela que os humanos t m uma triste tend ncia a cometer os mesmos enganos uma e outra vez D o nos medo os estranhos ou qualquer que seja um pouco diferente de n s Quando nos assustamos pomo nos a empurrar s pessoas de nosso redor Temos molas facilmente acess veis que liberam poderosas emo es quando se pulsam Podemos ser manipulados at o mais profundo sem sentido por pol ticos inteligentes Apresenta o tipo de l der correto e como os pacientes mais sugestion veis dos hipnoterapeutas faremos gostosamente tudo o que ele queira at coisas que sabemos que s o err neas Os redatores da Constitui o eram estudantes de hist ria Conscientes da condi o humana tentaram inventar um meio para nos manter livres apesar de n s mesmos Os que se opunham Constitui o dos Estados Unidos insistam em que nunca funcionaria que era
155. tio ideal para come ar CAP TULO 23 MAXWELL E OS INSETOS ESTRANHOS Por que temos que subvencionar a curiosidade intelectual Ronald Reagan Discurso de campanha 1980 Nada pode merecer mais nosso patroc nio que a promo o da ci ncia e a literatura O conhecimento em todos os pa ses a base mais segura da felicidade p blica George Washington discurso no Congresso 8 de janeiro de 1790 Abundam os estere tipos fazem se estere tipos de grupos tnicos de cidad os de outras na es e religi es de g neros e prefer ncias sexuais de pessoas nascidas em distintos momentos do ano a astrologia dos signos do Sol e das profiss es A interpreta o mais generosa o atribui a uma sorte de pregui a intelectual em lugar de julgar s pessoas por seus m ritos e defeitos individuais concentramo nos em um par de detalhes de informa o sobre eles e a seguir os colocamos em uma s rie de casinhas previamente estabelecidas Com isso nos economizamos o esfor o de pensar ao pre o em muitos casos de cometer uma profunda injusti a Tamb m nos protege do contato com a enorme variedade de pessoas a multiplicidade das maneiras de ser humanas At no caso de que o estere tipo fora v lido como m dio est destinado a fracassar em muitos casos individuais A diversidade humana se traduz em curvas em forma de sino H um valor meio de cada qualidade e um pequeno n mero de pessoas que se afastam dele por ambos os extremos Alg
156. toda acusada jovem ou velha uma vez os padres tinham bento os instrumentos de tortura Inoc ncio morreu em 1492 depois de v rios intentos faltados de mant lo com vida mediante transfus es que provocaram a morte de tr s jovens e amamentando do peito de uma m e lactante Choraram lhe seus amantes e seus filhos Em Gr Bretanha se contratou a buscadores de bruxas tamb m chamados pun adores que recebiam uma boa gratifica o por cada garota ou mulher que entregavam para sua execu o N o tinham nenhum est mulo para ser precavidos em suas acusa es Estavam acostumados a procurar marcas do diabo cicatrize manchas de nascimento ou nevi que ao as cravar com uma agulha n o produziam dor nem sangravam Uma simples inclina o da m o estava acostumada produzir a impress o de que a agulha penetrava profundamente na carne da bruxa Quando n o havia marcas vis veis bastava com as marcas invis veis Nas galeras um pun ador de meios do s culo XVII confessou que tinha causado a morte de mais de duzentas e vinte mulheres na Inglaterra e Esc cia pelo benef cio de vinte xelins a pe a Nos julgamentos de bruxas n o se admitiam provas atenuantes ou testemunhas da defesa Em todo caso era quase imposs vel para as bruxas acusadas apresentar bons libis as normas das provas tinham um car ter especial Por exemplo em mais de um caso o marido testemunhou que sua esposa estava dormindo em seus bra os no
157. transe entra nele o esp rito do Carlos enfocado por um cristal grande e estranho e pronuncia a sabedoria dos s culos No dossi de imprensa se inclu a uma lista das principais apari es em cidades americanas uma fita de v deo da tumultuosa recep o de lvarez Carlos em um teatro da Broadway sua entrevista na emissora de r dio WOOP de Nova Iorque e outras indica es de que aquilo era um formid vel fen meno norte americano da Nova Era Dois detalhes substanciosos um artigo de um peri dico do sul da Florida dizia nota de teatro A estadia de tr s dias do canalizador Carlos se ampliou ao War Memorial Auditorium em resposta peti o de mais apari es e um extrato de uma guia de programas de televis o comentava a emiss o de um especial sobre a entidade Carlos Este estudo em profundidade revela os fatos depois de uma das personalidades mais populares e controvertidas do dia lvarez e seu empres rio chegaram a Sidney em um voo de primeira classe da Qantas Viajaram a todas partes em uma enorme limusine branca Ocuparam a su te presidencial de um dos hot is mais prestigiosos da cidade lvarez ia embelezado com uma elegante t nica branca e um medalh o de ouro Em sua primeira confer ncia de imprensa apareceu rapidamente Carlos A entidade era vigorosa letrada imponente Os programas de televis o australianos se somaram rapidamente cauda para conseguir apari es do lvarez seu manager e sua e
158. um c tico Um entusiasta da Face de Marte anuncia agora AVAN O DA NOT CIA DO S CULO CENSURADA PELA NASA POR TEMOR DE AGITA O RELIGIOSA E DEPRESS ES O DESCOBRIMENTO DE ANTIGAS RU NAS DE EXTRATERRESTRES NA LUA Confirma se a exist ncia na bem estudada Lua de uma cidade gigante das dimens es da baia de Los Angeles coberta por uma imensa c pula de vidro abandonada faz milh es de anos e feita pedacinhos por meteoros com uma torre gigante de mais de cinco quil metros de altura e um cubo gigante de mais de um quil metro quadrado em cima A prova Fotografias tomadas pelas miss es rob ticas da Nasa e o Apolo cuja significa o foi oculta pelo governo e ignorada por todos os cientistas lunares de muitos pa ses que n o trabalham para o governo O Weekly WorldNews de 18 de agosto de 1992 informa do descobrimento por um sat lite secreto da Nasa de milhares possivelmente inclusive milh es de vozes que emanam do buraco negro do centro da gal xia M51 e cantam ao un ssono Glorifica el ria glorifica ao Senhor nas alturas uma e outra vez Em ingl s Inclusive h um artigo em um peri dico repleto de ilustra es embora escuras de uma sonda espacial que fotografou a Deus nas alturas ou ao menos seus olhos e a ponte do nariz na nebulosa do Orion Em 20 de julho de 1993 0 WWN luz em grandes titulares Clinton se re ne com o JFK junto com uma fotografia falsa do John Kennedy
159. universo H algo neste tema que n o parece propiciar a claridade de pensamento Aqui sem mais coment rios h uma amostra representativa de meu correio sobre o tema Pergunto me como podem descrever nossos animais seus encontros conosco Veem um objeto grande flutuante que faz um terr vel estrondo sobre eles Come am a correr e sentem uma dor aguda no flanco de repente caem ao ch o aproximam se v rias criaturas humanas carregadas com instrumentos de aspecto estranho Examinam lhe os rg os sexuais e os dentes Colocam lhe uma rede debaixo e logo lhe elevam pelo ar com um estranho mecanismo depois de todas as revis es sujeitam lhe um objeto de metal estranho na orelha Ent o t o repentinamente como tinham aparecido desaparecem Ao momento recupera se o controle muscular e a pobre criatura desorientada sai cambaleando se para o bosque sem saber se o que acaba de acontecer um pesadelo ou uma realidade De pequena me violaram Durante a convalescen a desenhei muitos seres espaciais e senti muitas vezes que me venciam e me reduziam e a sensa o de ter deixado meu corpo flutuando pela habita o Nenhum relato de abduzidos uma grande surpresa para algu m que viveu algum tipo de abuso sexual na inf ncia me crie preferiria culpar do abuso a um extraterrestre do espa o que ter que confrontar a verdade do que me passou com adultos nos que em princ pio podia confiar Tira me de minhas casinhas ouvir falar co
160. usado ou ao julgar a qualidade de um analg sico ou uma cerveja atrav s dos an ncios da televis o Mas as ferramentas do ceticismo n o revistam estar ao alcance dos cidad os de nossa sociedade Quase nunca se menciona nas escolas nem sequer na apresenta o da ci ncia seu mais fervente praticante embora o ceticismo tamb m surge espontaneamente das decep es da vida cotidiana Nossa pol tica economia publicidade e religi es novas e velhas est o alagadas de credulidade Os que t m algo que vender os que desejam influir na opini o p blica os que mandam poderia sugerir um c tico t m um interesse pessoal em n o fomentar o ceticismo CAP TULO 5 ARG CIAS E SEGREDOS Confie em uma testemunha em todo aquilo no que n o esteja fortemente envolto nem seu pr prio interesse nem suas parx es nem seus preju zos nem seu amor pelo maravilhoso Se o estiverem exija uma prova que o corrobore em propor o exata contraven o da probabilidade pela coisa testemunhada Thomas Henry Huxley 1825 1895 Quando se informou m e do c lebre abduzido Travis Walton de que um vni tinha fulminado a seu filho com um raio e logo o tinha levado a espa o respondeu com pouca curiosidade Bom assim como ocorrem as coisas assim Aceitar que em nossos c us h vnis n o comprometer se a muito a palavra vni s o as siglas de objeto voador n o identificado um t rmino que inclui algo mais que
161. uso privado desta poderosa arte se considerava uma ofensa capital Procedentes de uma cultura do sul da Calif rnia particularmente cr dula Nancy e Ronald Reagan consultavam a um astr logo para temas privados e p blicos sem que os votantes tivessem conhecimento disso Parte do processo de tira de decis es que influem no futuro de nossa civiliza o est simplesmente em m os de enganadores De todas as formas a pr tica relativamente desce na Am rica sua extens o mundial Por divertida que possa parecer a pseudoci ncia por muito que confiemos em que nunca seremos t o cr dulos como para que nos afete uma doutrina assim sabemos que est ocorrendo a nosso redor A Medita o Transcendental e Aum Shin rikyo parecem ter atra do a grande n mero de pessoas competentes algumas com t tulos avan ados de f sica ou engenharia N o s o doutrinas para mentecaptos H algo mais Mais ainda ningu m que esteja interessado no que s o as religi es e como come am pode as ignorar Embora pare a que se elevam amplas barreiras entre uma opini o local pseudocient fica e algo assim como uma religi o mundial os tabiques de separa o s o muito magros O mundo nos apresenta problemas quase insuper veis oferece se uma ampla variedade de solu es algumas de vis o mundial muito limitada outras de um alcance prodigioso Na habitual sele o natural darwiniana das doutrinas algumas resistem durante um tempo enquanto a maioria se de
162. valor duradouro ao que nos agarrar CAP TULO 15 O SONHO DE NEWTON Que Deus nos libere da vis o nica e do sonho do Newton William Blake de um poema inclu do em uma carta ao Thomas Butts 1802 com frequ ncia a ignor ncia engendra mais confian a que o conhecimento s o os que sabem pouco e n o os que sabem muito os que asseveram positivamente que este ou aquele problema nunca ser resolvido pela ci ncia Charles Darwin Introdu o A descend ncia do homem 1871 Pelo sonho de Newton o poeta pintor e revolucion rio William Blake parece referir se a uma vis o de t nel na perspectiva da f sica do Newton como tamb m pr pria libera o incompleta de este do misticismo Blake encontrava divertida a ideia de tomos e part culas de luz e sat nica a influ ncia do Newton em nossa esp cie Uma cr tica comum da ci ncia que muito estreita Por causa de nossa bem demonstrada falibilidade despreza sem entrar em um discurso s rio um amplo espectro de imagens inspiradoras no es l dicas intenso misticismo e maravilhas assombrosas Sem provas f sicas a ci ncia n o admite aos esp ritos anjos diabos nem aos corpos darma do Buda Nem aos visitantes extraterrestres O psic logo americano Charles Tart que acredita que a prova da percep o extrassensorial convincente escreve Um fator importante na atual popularidade de ideias da Nova Era uma rea o contra os efeitos desumani
163. veem a gra a revistam tirar algo valioso Quando a gente vai a estes museus se d conta dos olhares de surpresa e assombro dos guris que correm de sala em sala com o sorriso triunfante do descobrimento S o realmente populares O n mero de pessoas que vamos a exposi es todos os anos igual ao dos que v o ver partidos de beisebol basquete e futebol profissionais juntos Essas exposi es n o substituem educa o na escola ou em casa mas despertam e produzem entusiasmo Um grande museu de ci ncia inspira a um menino a ler um livro a seguir um curso ou a voltar outra vez ao museu para inundar se em um processo de descobrimento e mais importante aprender o m todo de pensamento cient fico Outra caracter stica gloriosa de muitos museus de ci ncia modernos um teatro cinematogr fico com filmes IMAX ou OMNIMARX Em alguns casos a tela mede como dez pisos de altura e envolve ao espectador O Museu Nacional Smithsoniano do Ar e o Espa o o mais popular da Terra estreou em seu teatro Langlet algumas dos melhores filmes Voar ainda me provoca um n na garganta apesar de hav la visto cinco ou seis vezes Vi l deres religiosos de muitas confiss es que depois de ver Planeta azul converteram se ali mesmo necessidade de proteger o meio ambiente da Terra N o todas as exposi es e museus de ci ncia s o exemplares Alguns seguem sendo an ncios das empresas que contribu ram com dinheiro para promover seus produtos
164. vez em quando em uma noite clara para olhar ao c u as estrelas como os sonhos embora frequentemente esquecidas podem ser vistas sempre Um conceito mais relacionado com o c rebro o de uma atividade cont nua de processamento de informa o uma esp cie de corrente pr consciente que recebe continuamente a influ ncia de for as t o conscientes como inconscientes e que constitui o fornecimento potencial de contido do sonho O sonho uma experi ncia em que durante uns minutos o indiv duo tem certa consci ncia da corrente de dados que se processam As alucina es em estado de vig lia implicariam tamb m o mesmo fen meno produzido por uma s rie algo distinta de circunst ncias psicol gicas ou fisiol gicas Parece ser que toda a conduta e experi ncia humana t o normal como anormal vai acompanhada de fen menos ilus rios e alucinat rios Enquanto a rela o destes fen menos com a enfermidade mental foi bem documentada possivelmente n o se considerou bastante seu papel na vida cotidiana Uma maior compreens o das ilus es e alucina es entre gente normal pode proporcionar explica es para experi ncias relegadas de outro modo ao misterioso extrassensorial ou sobrenatural Certamente perder amos algo importante de nossa pr pria natureza se nos neg ssemos a nos enfrentar ao feito de que as alucina es s o parte do ser humano Entretanto isso n o faz que as alucina es sejam parte de uma reali
165. Ao Guidefor Women Survivors of Child Sexual Abuse Perennial Library 1988 advertem de maneira iluminadora aos terapeutas Acreditar no supervivente Deve acreditar se que a paciente foi v tima de abuso sexual embora o ela mesma duvide Ela necessita que voc cria com firmeza que foi v tima de abuso Participar da d vida de um paciente seria como transmitir ao paciente suicida que o suic dio a melhor solu o Se um paciente n o souber seguro se sofreu um abuso mas acredita que poderia ter sido assim trabalhe como se fora assim at agora entre as centenas de mulheres com quem tenho falado e as centenas mais que ouvimos nenhuma das que suspeitou que podia ter sido v tima de abuso decidiu que n o era assim depois de investigar Mas Kenneth V Lanning agente especial supervisor da Unidade de Instru o e Investiga o Cient fica de Comportamento da Academia do FBI no Qu ntico Virg nia um destacado perito na vitimiza o sexual dos meninos pergunta se Estamos compensando agora os s culos de nega o aceitando cegamente toda declara o de abuso infantil por muito absurda e improv vel que seja Se for assim d me igual responde um terapeuta da Calif rnia entrevistado pelo The Washington Post O que ocorreu realmente me parece irrelevante Todos vivemos no engano Acredito que a exist ncia de qualquer acusa o falsa de abuso sexual infantil especialmente as criadas sob a tutela de uma figura
166. Apontavam que os estudantes capazes tinham que suportar uma forte press o de seus companheiros para n o tirar boas notas na escola Se triunfavam nos estudos podiam ser acusados de atuar como brancos Seria f cil para as escolas conceder muito mais reconhecimento e recompensas aos meninos que destacam em ci ncias e matem tica por que n o o fazem por que n o lhes dar de presente jaquetas especiais com as letras da escola Anunci lo em assembleias na revista da escola e a imprensa local Recompensas especiais da ind stria local e as organiza es Isto costa muito pouco e poderia vencer a press o dos companheiros O programa Headstart o nico eficaz para que melhore a compreens o da ci ncia por parte dos meninos e todo o resto Tamb m havia muitas opini es apaixonadas e muito controvertidas que como m nimo d o uma ideia do muito que pensa a gente neste tema Uma amostra Hoje em dia todos os meninos preparados procuram dinheiro r pido por isso se fazem advogados e n o cient ficos Eu n o quero que melhore a educa o Neste caso ningu m quereria conduzir um t xi O problema da educa o cient fica que n o se honra suficientemente a Deus O ensino fundamentalista de que a ci ncia humanismo e n o de confiar a raz o pela que ningu m entende a ci ncia As religi es t m medo do pensamento c tico que se acha no cora o da ci ncia sorve se o miolo aos estudantes p
167. Biot Oersted e Faraday quatro equa es de c lculo vetorial e a ideia de conservar a corrente de deslocamento no vazio Acredito que n o tivessem chegado a nenhuma parte Enquanto isso por sua conta guiado s pela curiosidade sem virtualmente nenhum custe para o governo inconsciente de que estava preparando o terreno para o Projeto Westminster Dafty ia enchendo p ginas duvidoso que se pensou no modesto e insoci vel senhor Maxwell para efetuar um estudo deste tipo De ser assim provavelmente o governo lhe haveria dito no que tinha que pensar e em que n o impedindo mais que induzindo seu grande descobrimento Mais tarde Maxwell foi recebido pela rainha Vit ria A audi ncia lhe causou muitos transtornos com anteced ncia sobre tudo a desconfian a em sua capacidade de comunicar ci ncia a algu m n o perito mas a reina se distraiu em seguida e a entrevista foi curta Como os outros quatro grandes cientistas brit nicos da hist ria recente Michael Faraday Charles Darwin P A M Dirac e Francis Crick Maxwell nunca recebeu o t tulo de cavalheiro embora sim o receberam Lyell Kelvin J J Thomson Rutherford Eddington e Hoyle no escal o seguinte No caso do Maxwell nem sequer existia a desculpa de que pudesse ter opini es pouco acorde com a Igreja da Inglaterra era um crist o absolutamente convencional para sua poca mais devoto que a maioria Possivelmente fora seu ar de inseto estranho Os meios de co
168. Em 1860 se estima que s perto de cinco por cento de afro americanos sabiam ler e escrever Em 1890 se considerou alfabetizado um trinta e nove por cento segundo o censo dos Estados Unidos e em 1969 o noventa e seis por cento Entre 1940 e 1992 a fra o de afro americanos que terminavam o ensino superior subiu do sete aos oitenta e dois por cento Mas se podem fazer perguntas razo veis sobre a qualidade da educa o e os n veis de alfabetiza o demonstrada Estas quest es s o aplic veis a todos os grupos tnicos Um estudo nacional realizado pelo Departamento de Educa o dos Estados Unidos risca um quadro de um pa s com mais de quarenta milh es de adultos logo que alfabetizados Outras estimativas s o muito piores A alfabetiza o de adultos jovens tem cansado de maneira espetacular na ltima d cada S do tr s aos quatro por cento da popula o pontua no n vel de leitura mais alto de cinco essencialmente todos os deste grupo foram universidade A imensa maioria n o t m nem ideia de qu o mau leem S quatro por cento dos que t m o n vel de leitura mais alto s o pobres mas o quarenta e tr s por cento dos que t m o n vel de leitura mais baixo s o pobres Embora certamente n o o nico fator em geral quanto melhor os mais ganha um m dio de 12 000 d lares ao ano no mais des o destes n veis de leitura e perto de 34 000 d lares ao ano no mais alto Parece ser uma condi o necess ria se n o sufic
169. IAL DESCOBRE RESTOS DE UMA CIVILIZA O DE 50000 ANOS DE ANTIGUIDADE Atribuem se as revela es a uma fonte sovi tica an nima e se descrevem com estupefa o os descobrimentos realizados por um ve culo espacial sovi tico inexistente Mas a hist ria da Face quase inteiramente norte americana Foi encontrada por uma das sondas orbitais Viking em 1976 A desafortunada declara o de um oficial do projeto desprezando a figura por consider la um efeito de luzes e sombras provocou a acusa o posterior de que a Nasa estava encobrindo o descobrimento do mil nio uns quantos engenheiros especialistas inform ticos e outros alguns deles contratados pela Nasa trabalharam em seu tempo livre para melhorar digitalmente a imagem Possivelmente esperavam revela es assombrosas algo permiss vel inclusive animado pela ci ncia sempre que os n veis de prova sejam altos Alguns deles se mostraram bastante precavidos e merecem um elogio por ter avan ado no tema Outros se sentiam menos limitados e n o s deduziram que a Face era uma escultura genu na monumental de um ser humano mas tamb m afirmaram ter encontrado uma cidade pr xima com templos e fortifica es A partir de argumentos falsos um escritor anunciou que os monumentos tinham uma orienta o astron mica particular embora n o agora a n o ser faz meio milh o de anos da que se derivava que as maravilhas da Cid nia foram eretas naquela poca remota
170. M O MUNDO ASSOMBRADO PELOS DIO NILO CI EN CIA SCT A COMO UMA YELA NO ESCURO DADOS DE COPYRIGHT Sobre a obra A presente obra disponibilizada pela equipe Le Livros e seus diversos parceiros com o objetivo de oferecer conte do para uso parcial em pesquisas e estudos acad micos bem como o simples teste da qualidade da obra com o fim exclusivo de compra futura expressamente proibida e totalmente repud avel a venda aluguel ou quaisquer uso comercial do presente conte do Sobre n s O Le Livros e seus parceiros disponibilizam conte do de dominio publico e propriedade intelectual de forma totalmente gratuita por acreditar que o conhecimento e a educa o devem ser acess veis e livres a toda e qualquer pessoa Voc pode encontrar mais obras em nosso site LeLivros Net ou em qualquer um dos sites parceiros apresentados neste link Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento e n o mais lutando por dinheiro e poder ent o nossa sociedade poder enfim evoluir a um novo n vel ElLivrOS CARL SAGAN O MUNDO ASSOMBRADO PELOS DEM NIOS A Ci ncia vista como uma vela acesa no ESCUTO Ao Tonio meu neto Desejo te um mundo Livre de dem nios e cheio de luz Esperamos a luz mas contemplamos a escurid o Isa as 59 9 melhor acender uma vela que praguejar contra a escurid o Ad gio popular PREF CIO MEUS PROFESSORES Era um dia de tormenta no outono de 1939 Fora na
171. O noventa e quatro por cento dos que respondem e noventa por cento de suas fam lias e amigos respondem que quando menos podiam reconhecer se no hor scopo Entretanto se tratava de um hor scopo redigido para um assassino em s rie franc s Se um astr logo pode chegar t o longe sem conhecer sequer a seus pacientes imaginemos aonde poderia chegar algu m sens vel aos matizes humanos e n o excessivamente escrupuloso Por que t o f cil que nos enganem adivinhos videntes ps quicos quiromantes leitores de folhas de ch do tarot e milenrama e seres desta ndole Certamente captam nossa postura nossas express es faciais a maneira de vestir e as respostas a perguntas aparentemente in cuas Alguns deles o fazem com brilhantismo e essas s o coisas das que muitos cientistas n o parecem ser conscientes Tamb m h uma rede inform tica a que se assinam os ps quicos profissionais com a que podem dispor dos detalhes da vida dos pacientes de seus colegas em um instante Uma ferramenta chave a chamada leitura fria uma declara o de predisposi es opostas com um equil brio t o t nue que qualquer poderia reconhecer algo de verdade nela A vai um exemplo s vezes extrovertido af vel soci vel enquanto outras vezes introvertido precavido e reservado Tem descoberto que pouco inteligente te revelar a outros com muita honestidade Prefere um pouco de mudan a e variedade e te produz insatisfa o ver
172. S DE MUITAS ENCARNA ES PASSADAS TENHO UMA GRANDE LI O PARA TE ENSINAR ESCUTA ATENTAMENTE L ATENTAMENTE PENSA ATENTAMENTE A VERDADE EST AQUI O primeiro ensino uma pergunta por que estamos aqui A resposta Quem pode dizer qual a nica resposta H muitas respostas a qualquer pergunta e todas as respostas s o corretas E assim V 0 O livro amea a a n o passar p gina seguinte at que tenhamos entendido a p gina em que estamos Este um dos muitos fatores que dificultam termin lo Dos que duvidam revela mais adiante s posso dizer isto podem tirar deste assunto o que queiram Terminam sem nada um punhado de ar possivelmente E o que tem o crente tudo Todas as perguntas respondidas porque todas e cada uma das respostas s o corretas E s o boas respostas Discute isto c tico Ou N o pe amos explica es de tudo Os ocidentais em particular sempre estamos pedindo descri es prolixas de por que isto por que aquilo A maioria do que se pergunta bvio por que ocupar se em examinar essas mat rias A f faz que todo se converta na verdade A ltima p gina do livro exp e uma s palavra em grandes letras nos exorta a pensar Todo o texto dos ensinos do Carlos foi escrito pelo Randi Redigiram no lvarez e ele precipitadamente em poucas horas em um ordenador port til Os meios de comunica o australianos se sentiram tra dos por um dos seu
173. a do Elisio h um grupo delas a maior mede v rios quil metros na base todas orientadas na mesma dire o Essas pir mides do deserto t m algo fantasmag rico e me recordam de tal modo a meseta do Gizeh no Egito que eu adoraria as examinar mais de perto Entretanto razo vel deduzir a exist ncia de fara s marcianos Na Terra tamb m se conhecem caracter sticas similares em miniatura especialmente na Ant rtida Algumas chegam at o joelho Se n o soub ssemos nada mais a respeito delas seria razo vel concluir que foram fabricadas por eg pcios mi dos que viviam nas terras ermas ant rticas A hip tese poderia adaptar se vagamente s observa es mas a maioria do que sabemos sobre o entorno polar e a fisiologia das humanas fala contra isso Em realidade s o geradas por eros o do vento a salpicadura de part culas finas recolhidas por ventos fortes que sopram principalmente na mesma dire o e ao longo dos anos esculpem o que anteriormente eram montinhos irregulares como pir mides perfeitamente sim tricas chamam se dreikanters uma palavra alem que significa tr s lados a ordem gerada a partir do caos por processos naturais algo que vemos uma e outra vez em todo o universo em gal xias espirais em rota o por exemplo Cada vez que ocorre sentimos a tenta o de deduzir a interven o direta de um Fazedor Em Marte h provas de ventos muito mais intensos que os que houve nunca na Terra com velocidades qu
174. a entretanto serve de precedente na cultura popular aos h bridos extraterrestres humanos que mais tarde se converteram em um componente central da hist ria da abdu o como extraterrestres Deve haver d zias de esp cies extraterrestres nas distintas s ries televisivas e filmes do Star Trek Quase todas s o variantes menores de humanos A causa deve ser uma necessidade econ mica o custo se reduz a um ator e uma m scara de l tex mas um bofet o na Face da natureza estoc stica do processo evolutivo Se houver extraterrestres acredito que quase todos ter o um aspecto devastadoramente menos humano que os Klingon e Romulanos e estar o em n veis totalmente distintos de tecnologia Star Trek n o se enfrenta evolu o Em muitos programas e filmes de televis o inclusive a ci ncia casual as frases que n o s o essenciais para um argumento j desprovido de ci ncia se faz com incompet ncia Costa muito pouco contratar a um licenciado que leoa o guia para conseguir uma exatid o cient fica Mas por isso eu sei isso n o se faz quase nunca Como resultado temos p fias como mencionar parsec como uma unidade de velocidade e n o de distancia no filme exemplar em muitos outros aspectos A Guerra nas Estrelas Se essas coisas se fizessem com o m nimo cuidado inclusive se poderia melhorar o argumento certamente poderiam ajudar a transmitir um pouco de ci ncia a uma grande audi ncia Na t
175. a individual s o a medula de nossa democracia se n o certamente a contribui o mais majestosa dos Estados Unidos libera o do homem ocidental Mas n o serve de nada ter esses direitos se n o se usarem o direito de livre express o quando ningu m contradiz ao governo a liberdade de imprensa quando ningu m est disposto a formular as perguntas importantes o direito de reuni o quando n o h protesto o sufr gio universal quando vota menos da metade do eleitorado a separa o da Igreja e o Estado quando n o se repara regularmente o muro que os separa Por falta de uso podem chegar a converter se em pouco mais que objetos votivos pura palavr rio patri tica Os direitos e as liberdades ou se usam ou se perdem Gra as previs o dos que formularam a Declara o de Direitos e inclusive gra as a todos aqueles que com um risco pessoal consider vel insistiram em exercer esses direitos agora dif cil sossegar a livre express o Os comit s de bibliotecas escolar o servi o de imigra o a pol cia o FBI ou o pol tico ambicioso que busca ganhar votos f ceis podem tent lo de vez em quando mas cedo ou tarde salta o plugue A Constitui o ao fim e ao cabo a lei da terra os cargos p blicos juram respeit la e os ativistas e tribunais a p em a prova de maneira peri dica Entretanto com o descida do n vel da educa o a decad ncia da compet ncia intelectual a diminui o do entusiasmo por um
176. a Em uma resposta resumida de 11 de outubro de 1948 que inclu a informa o expl cita em posse do Comando de Material A reo vemos que se diz ao diretor de Intelig ncia que tampouco ningu m das For as A reas tem nenhuma pista Isso faz improv vel que no ano anterior tivessem chegado fragmentos de vnis e seus ocupantes ao Wright Patterson A principal preocupa o das For as A reas era que os vnis pudessem ser russos Ante o enigma de por que os russos provavam os discos voadores sobre os Estados Unidos propuseram se quatro respostas 1 Escavar a confian a dos Estados Unidos na bomba at mica como a arma mais avan ada e decisiva na guerra 2 Realizar miss es de reconhecimento fotogr fico 3 Comprovar as defesas a reas dos Estados Unidos 4 Realizar voos de familiariza o para bombardeiros estrat gicos sobre o territ rio dos Estados Unidos Agora sabemos que os vnis n o eram nem s o russos e por muito interesse que tivessem os sovi ticos pelos objetivos 1 a 4 n o os perseguiam com disco voador s Grande parte das provas relativas ao incidente Roswell parecem apontar ao lan amento de um grupo de globos de grande altitude possivelmente do campo a reo da Armada do Alamo gordo ou do campo de provas do White Sands que se estrelaram perto do Roswell o pessoal militar recolheu apressadamente os restos d instrumentos secretos e em seguida apareceram artigos na imprensa anunciando que era uma espa onave d
177. a algu m dedicado a descobrir como funciona o universo Quando se celebra um julgamento por assassinato e lhe dedica tanta publicidade que todo mundo menciona casualmente as provas do DNA onde est o os programas especiais em horas ponta dedicados aos cidos nucleicos e heran a Nem sequer posso recordar ter visto uma descri o precisa e compreens vel em televis o de como funciona a televis o O meio mais eficaz com vantagem para provocar interesse na ci ncia a televis o Mas este meio enormemente capitalista n o faz apenas nada para transmitir as satisfa es e os m todos da ci ncia enquanto que seu engenho de cientista louco segue soprando Em pesquisa de princ pios da d cada dos noventa dois ter os de todos os adultos dos Estados Unidos n o tinha nem ideia do que eram as autoestradas da informa o o quarenta e dois por cento n o sabia onde estava o Jap o e o trinta e oito por cento ignorava o t rmino holocausto Mas em uma propor o de mais de noventa por cento tinham ouvido falar dos casos criminosos Men ndez Bobbit e O J Simpson o noventa e nove por cento sabia que o cantor Michael Jackson era suspeito de ter abusado de um menino Possivelmente os Estados Unidos seja a na o melhor entretida da Terra mas o pre o que pagamos muito alto Pesquisa no Canad e Estados Unidos do mesmo per odo mostram que os espectadores de televis o desejariam que houvesse mais ci ncia na programa
178. a ci ncia que vejo nos estudantes de primeiros cursos e a li o dos ca ador coletores que ficam falam com eloqu ncia temos uma inclina o profunda pela ci ncia em todos os tempos lugares e culturas Foi o meio de nossa sobreviv ncia nosso direito de nascimento Quando por indiferen a falta de aten o incompet ncia ou temor ao ceticismo afastamos aos meninos da ci ncia estamos lhes privando de um direito despojamo los das ferramentas necess rias para dirigir seu futuro CAP TULO 19 N O H PERGUNTAS EST PIDAS E n o deixamos de nos perguntar uma e outra vez At que um punhado de terra Cala nos a boca Mas isso uma resposta Heinrich Heine Lazarus 1854 No leste da frica nos registros das rochas que datam de faz dois milh es de anos podem se encontrar uma s rie de ferramentas esculpidas desenhadas e executadas por nossos antepassados Sua vida dependia da fabrica o e o uso dessas ferramentas Era certamente tecnologia da primeira Idade de Pedra Com o tempo se utilizaram pedras de formas especiais para partir estilha ar descascar cortar e esculpir Embora haja muitas maneiras de fazer ferramentas de pedra o que not vel que em um lugar determinado durante compridos per odos de tempo as ferramentas se fizeram da mesma maneira o que significa que centenas de milhares de anos atr s devia haver institui es educativas embora se tratasse principalmente de um sistema de aprendizage
179. a declara que oitenta por cento dos que aspiram a trabalhar nela n o s o capazes de superar uma prova matem tica de quinto curso Estados Unidos est perdendo j uns quarenta mil e milh es de d lares ao ano principalmente em descida de produtividade e o custo de educa o para remedi lo porque os trabalhadores em um grau excessivo n o sabem ler escrever contar ou pensar Segundo um relat rio do Comit Nacional de Ci ncia dos Estados Unidos de cento e trinta e nove companhias de alta tecnologia as causas principais do declive da investiga o e o desenvolvimento que se atribu am pol tica nacional eram 1 car ncia de uma estrat gia a longo prazo para confrontar o problema 2 falta de aten o prepara o de futuros cient ficos e engenheiros 3 muito investimento em defesa e insuficiente em investiga o e desenvolvimento civil e 4 pouca aten o educa o pr universit ria A ignor ncia se alimenta de ignor ncia A fobia ci ncia contagiosa Os que t m a vis o mais favor vel da ci ncia nos Estados Unidos tendem a ser jovens var es brancos com educa o universit ria e bom n vel de vida Mas tr s quartas partes dos novos trabalhadores norte americanos da pr xima d cada ser o mulheres n o brancas e imigrantes N o conseguir despertar seu entusiasmo por n o falar da discrimina o n o s injusto mas tamb m est pido e contraproducente Priva economia dos trabalha
180. a deveria competir sem apoio do governo com todas as demais institui es e demandantes da sociedade Desde n o ter podido confiar no apoio do governo se tivessem tido que competir na economia de mercado livre de sua poca muito pouco prov vel que algum dos cientistas de minha lista tivesse podido fazer sua investiga o b sica fundamental E o custo da investiga o b sica t o te rica como especialmente experimental substancialmente maior do que era na poca do Maxwell Mas deixando isto a um lado seria adequado que as for as do mercado livre apoiassem a investiga o b sica Atualmente s se financia dez por cento das propostas dignas de investiga o em medicina gasta se mais dinheiro em curandeiros que em toda a investiga o m dica O que aconteceria o governo optasse por abandonar a investiga o m dica Um aspecto necess rio da investiga o b sica que suas aplica es radiquem no futuro s vezes d cadas ou inclusive s culos depois O que mais ningu m sabe que aspectos da investiga o b sica ter o valor pr tico e quais n o Se os cientistas n o podem fazer essas predi es v o fazer as os pol ticos ou os industriais Se as for as do mercado livre est o centradas s no benef cio a curto prazo como o est o certamente nos Estados Unidos com um declive abrupto em investiga o corporativa n o equivale esta solu o a abandonar a investiga o b sica Cortar de coalho a ci nci
181. a esse selo Que al vio seria a aboli o da d vida por fontes fidedignas Assim nos liberaria da fastidiosa tarefa de nos cuidar de n s mesmos Preocupa nos e com raz o o que significa para o futuro humano que s possamos confiar em n s mesmos Esses s o os milagres modernos que proclamam com falta de vergonha aqueles que os fazem surgir de um nada evitando qualquer escrut nio formal e que se podem comprar a baixo custe em todos os supermercados lojas de departamentos e lojas Uma das pretens es desses peri dicos fazer ci ncia precisamente o instrumento no que se apoia nossa incredulidade confirmar nossas antigas f s e estabelecer uma converg ncia entre pseudoci ncia e pseudorreligi o Em geral os cientistas abrem sua mente quando exploram novos mundos Se soub ssemos de antem o o que amos encontrar n o ter amos necessidade de ir poss vel possivelmente at prov vel que em miss es futuras a Marte ou aos outros mundos fascinantes das paragens c smicas tenham surpresas inclusive algumas de propor es m ticas Mas os humanos t m talento para nos enganar a n s mesmos O ceticismo deve ser um componente da caixa de ferramentas do explorador em outro caso nos perderemos no caminho O espa o tem maravilhas suficientes sem ter que as inventar CAP TULO 1 EXTRATERRESTRES Sinceramente o que me faz pensar que n o h habitantes nesta esfera que me parece que nenhum ser sensato estaria e d
182. a feliz combina o de acidentes N o estou seguro a partir deste relato que o do Kirk Aliem fora realmente uma alucina o Possivelmente s sofria algum transtorno de personalidade que o fazia deleitar se inventando hist rias a gastos de outros N o sei at que ponto Lindner pode ter adornado ou inventado parte do relato Nada sugere que quando escrevia sobre compartilhar e entrar na fantasia de Alien o psiquiatra se imaginasse viajando para o futuro long nquo e participando da grande aventura interestelar Tampouco John Mack e outros terapeutas de abdu o por extraterrestres sugerem que tenham sido abduzidos s seus pacientes E se o f sico n o tivesse confessado teria se convencido Lindner a si mesmo al m de toda d vida razo vel de que realmente era poss vel deslizar se a uma era mais rom ntica Haveria dito que apesar de ter come ado como um c tico convenceu se pelo peso da prova Podia haver se devotado como perito para assistir aos viajantes do espa o do futuro que est o perdidos no s culo XX A exist ncia de um especialista psiqui trico assim animaria a outros a tomar se a s rio as fantasias ou alucina es deste tipo Depois de uns casos similares teria podido rebater Lindner todos os argumentos do tipo de sei razo vel Bob e deduzir que estava penetrando em um novo n vel de realidade Sua prepara o cient fica ajudou ao Kirk Aliem a salvar se da loucura Houve um momento em que terap
183. a fundamental que tem como guia a curiosidade como com la semente do milho Possivelmente fique um pouco para comer o pr ximo inverno mas o que plantaremos para nos alimentar n s e nossos filhos os invernos seguintes Certamente h muitos problemas urgentes para nossa na o e para nossa esp cie Mas reduzir a investiga o cient fica b sica n o a maneira de resolv los Os cientistas n o constituem um bloco de votantes N o t m um grupo de press o efetivo Entretanto grande parte de seu trabalho em interesse de todos Afastar se da investiga o fundamental constitui uma falta de for a de imagina o e dessa vis o de futuro que ainda n o parecemos dominar A um desses extraterrestres hipot ticos poderia lhe parecer assombroso que estiv ssemos planejando n o ter um futuro Certamente necessitamos alfabetiza o educa o trabalho aten o m dica adequada e defesa amparo do meio ambiente seguran a na velhice um pressuposto equilibrado e um mont o de coisas mais Mas somos uma sociedade rica N o podemos alimentar aos Maxwell de nossa poca Para p r um exemplo simb lico verdade que n o nos podemos permitir comprar milho para semear pelo valor de um helic ptero de combate para escutar s estrelas CAP TULO 24 CI NCIA E BRUXARIA Ubi dubium ibi libertas Onde h d vida h liberdade Proverbio latino O t tulo da Feira Mundial de Nova Iorque de 1939 que tanto me impressionou
184. a ideia de um drag o invis vel que cospe fogo pela boca Agora outro guia imaginemos que n o se trata s de mim Imaginemos que v rias pessoas que voc conhece incluindo algumas que est seguro de que n o se conhecem entre elas dizem lhe que t m drag es em suas garagens mas em todos os casos a prova enlouquecedoramente elusiva Todos admitimos que nos perturba ser presas de uma convic o t o estranha e t o pouco sustentada por uma prova f sica Nenhum de n s um lun tico Especulamos sobre o que significaria que houvesse realmente drag es escondidos nas garagens de todo o mundo e que os humanos acabassem de nos inteirar Eu preferiria que n o fora verdade francamente Mas possivelmente todos aqueles mitos europeus e chineses antigos sobre drag es n o eram somente mitos lhe gratifique que agora se relat rio de algumas pisa das medidas do drag o na farinha Mas nunca aparecem quando h um c tico presente exp e se uma explica o alternativa depois de um exame atento parece claro que os rastros podiam ser falsificadas Outro entusiasta do drag o apresenta uma queimadura no dedo e a atribui a uma estranha manifesta o f sica do f lego de fogo do drag o Mas tamb m aqui h outras possibilidades evidente que h outras maneiras de queim los dedos al m de receber o f lego de drag es invis veis Estas provas por muito importantes que as considerem os defensores do drag o s o muito pouc
185. a livre na televis o que n o se acreditam nada que tanto para o editor como para o leitor esses peri dicos s o extravag ncias que exploram o absurdo Simplesmente existem fora de qualquer universo atendido pela norma das provas Mas minha correspond ncia sugere que um grande n mero de americanos tomam francamente a s rio Na d cada dos noventa se expande o universo de peri dicos deste tipo e vai engolindo com voracidade a outros meios de comunica o Os peri dicos revistas ou programas de televis o que se at m meticulosamente s restri es do que realmente se conhece perdem clientela em favor de publica es com padr es menos escrupulosos Podemos v lo na nova gera o de conhecidos programas sensacionalistas de televis o e cada vez mais no que acontece programas de not cias e informa o Essas reportagens persistem e proliferam porque vendem E vendem acredito porque muitos de n s desejamos fervorosamente uma sacudida que nos tire da rotina de nossas vidas que reviva aquela sensa o de maravilha que recordamos da inf ncia e tamb m em alguma das hist rias que nos permita ser capazes real e verdadeiramente de acreditar em algu m mais velho mais preparado e mais s bio que nos cuide Est claro que a muita gente n o basta a f Procuram evid ncias provas cient ficas Desejam o selo cient fico de aprova o mas s o incapazes de suportar os rigorosos padr es de provas que repartem credibilidade
186. a mulher era um mero recept culo passivo Acreditavam que o movimento horizontal de uma rocha lan ada a faz subir mais de modo que demora mais em chegar ao ch o que uma pedra solta da mesma altura no mesmo momento Apaixonados pela geometria simples acreditavam que o c rculo era perfeito a pesar do Homem da Lua e as manchas do sol vis veis ocasionalmente para o olho no p r do sol sustentavam que os c us tamb m eram perfeitos portanto as rbitas planet rias tinham que ser circulares Liberar se da supersti o n o suficiente para o crescimento da ci ncia Tamb m deve aparecer a ideia de interrogar natureza de fazer experimentos Houve alguns exemplos brilhantes as medi es do Erast stenes do di metro da Terra por exemplo ou o experimento da clepsidra do Emp docles demonstrando a natureza material do ar Mas em uma sociedade onde o trabalho manual se v rebaixado e se crie s apto para escravos como no mundo cl ssico greco romano o m todo experimental n o prosperava A ci ncia nos exige estar livres tanto da supersti o como da injusti a flagrante Frequentemente as mesmas autoridades eclesi sticas e seculares imp em supersti o e a injusti a trabalhando conjuntamente N o surpreendente que as revolu es pol ticas o ceticismo sobre a religi o e a ascens o da ci ncia possam ir unidos A libera o da supersti o uma condi o necess ria mas n o suficiente para a
187. a nossa sociedade se de algum modo tivesse tido not cias dela Apura o conta gotas e cai uma gota de gua sobre a platina do microsc pio Olhe a imagem projetada A gota est cheia de vida Seres estranhos que nadam arrastam se trope am um grande espet culo de persegui o e fuga triunfo e trag dia Este mundo est povoado por seres muito mais ex ticos que qualquer filme de fic o cient fica Sentado no teatro encontra se dentro da cabe a de um menino de onze anos Olhe atrav s de seus olhos V suas t picas crises di rias briguentos maiores que ele adultos autorit rios garotas que gosta Ou a a voz que h dentro de sua cabe a testemunha de suas respostas neurol gicas e hormonais a seu entorno social E lhe ocorre perguntar se como funciona voc por dentro Seguindo as singelas instru es tecla as ordens Como acabar a Terra se seguimos queimando carv o petr leo e g s e dobramos a quantidade de di xido de carbono na atmosfera Quanto aumentar a temperatura Quanto gelo polar se fundir Quanto subir o os oceanos por que verter tanto di xido de carbono na atmosfera Tamb m como pode saber algu m que clima haver no futuro fica a pensar Quando era pequeno me levaram a Museu Americano de Hist ria Natural de Nova lorque Fascinaram me os dioramas representa es vividas de animais e seus h bitats em todo mundo Pinguins no gelo pouco iluminado da Ant rtida okapis na luminosa
188. a que ver Se a gente sonhar algo se lhe sinta bem se lhe produziu assombro que ocorreu realmente Sparrow n o absolutamente c tico Quando Jesus diz a uma mulher com problemas por um matrim nio intoler vel que jogue de casa ao pobre diabo Sparrow admite que isso exp e problemas aos defensores de uma posi o coerente com as Escrituras Neste caso possivelmente se poderia dizer que virtualmente toda presente guia se gera no pr prio interior E se algu m contasse um sonho no que Jesus aconselhava por exemplo o aborto ou a vingan a E se certamente necess rio fazer distin es entre sonhos e concluir pois que alguns sonhos s o um invento do sonhador por que n o todos Por que a gente inventa hist rias de abdu es por que se apresenta em programas de televis o com participa o de p blico que se dedicam a humilhar sexualmente ao convidado a paix o de moda no baldio americano da pequena tela Descobrir que algu m abduzido por extraterrestres serve ao menos para romper a rotina cotidiana consegue se a aten o de outros dos terapeutas e inclusive dos meios de comunica o Produz uma sensa o de descobrimento alegria respeito Que mais poder recordar um a seguir Come a a acreditar que pode ser o precursor ou inclusive o instrumento de acontecimentos transcendentais que se precipitam para n s E n o quer decepcionar ao terapeuta Procura sua aprova o Acredito que converter s
189. a quest o parece clara se Anne Jefferies tivesse vivido em uma cultura obcecada com os extraterrestres em lugar das fadas e com vnis em lugar de castelos no ar algum aspecto de sua hist ria teria um significado distinto com respeito s que contam os abduzidos Em seu livro de 1982 O terror que se apresenta de noite Um estudo centrado na experi ncia de tradi es de amea as sobrenaturais David Hufford descreve o caso de um executivo com educa o universit ria de pouco mais de trinta anos que recordava ter acontecido um ver o em casa de sua tia quando era adolescente Uma noite viu que se moviam umas luzes misteriosas no porto A seguir dormiu Da cama viu uma figura branca e resplandecente que subia a escada Entrou em sua habita o deteve se e logo disse com muito pouca inspira o parece me Isso lin leo Algumas noites a figura era uma velha outras um elefante s vezes o homem estava convencido de que tudo era um sonho outras vezes estava seguro de que estava acordado ficava fundo na cama paralisado incapaz de mover se ou de gritar Palpitava lhe o cora o Custava lhe respirar Ocorreram lhe acontecimentos similares em muitas noites consecutivas O que ocorre aqui Esses acontecimentos ocorreram antes de que se descrevessem amplamente as abdu es como extraterrestres De ter sabido algo delas lhe teria posto uma cabe a mais larga e uns olhos maiores velha Em v rias passagens famosas de
190. a revista Parade muito destrutivo e desfruta assustando sociedade rogo lhe que pense com a mente mais aberta porque nossos seres inteligentes de espa os exteriores existem e s o nossos criadores Eu tamb m fui abduzido Para ser sincero esses seres queridos me t m feito mas bem que mau Salvaram me a vida O problema dos seres da Terra que querem provas provas e mais prova Na B blia se fala de corpos terrestres e celestiais Isso n o equivale a dizer que Deus aprova o abuso sexual ou que estamos loucos Tenho uma forte telepatia h j vinte e sete anos N o recebo transmito V m ondas de alguma parte do espa o exterior que ricocheteiam em minha cabe a e me transmitem pensamentos palavras e imagens da cabe a de qualquer pessoa ao alcance Aparecem me imagens na cabe a que eu n o pus a e se desvanecem com a mesma rapidez Os sonhos deixam de ser sonhos para parecer se mais a produ es de Hollywood S o criaturas listas e n o ceder o Possivelmente esses irm ozinhos s querem comunicar se Se finalmente toda essa press o me faz voltar psic tico ou tenho outro enfarte desaparecer comigo a ltima prova segura de que existe vida no espa o Acredito que encontrei uma explica o cient fica terrestre plaus vel para as numerosas den ncias de vnis O escritor fica aqui a comentar os raios de bola Se gostar do que escrevo poder me ia ajudar a public lo Sagan se nega a tomar a s
191. a seja realmente um dogma central como custou me encontrar um exemplo a reencarna o perguntei lhe At neste caso respondeu me De todos os modos acrescentou com uma piscada vai ser dif cil refutar a reencarna o Simplesmente o Dalai Lama tem raz o A doutrina religiosa que se faz imune refuta o tem que preocupar se pouco do avan o da ci ncia A grande ideia comum a muitas f s de um criador do universo uma dessas doutrinas t o dif cil de demonstrar como de negar Mois s Maim nides em seu Guia para perplesxos mantinha que s se podia conhecer verdadeiramente a Deus se se permitia um estudo livre e aberto da f sica e a teologia I 55 O que aconteceria a ci ncia demonstrasse que o universo imensamente velho Teria que revisar se seriamente a teologia II 25 Certamente este o descobrimento conceb vel da ci ncia que poderia refutar a um criador porque um universo imensamente velho n o teria sido criado nunca Sempre teria estado ali H outras doutrinas interesses e cuidados que tamb m mostram preocupa o pelo que descobrir a ci ncia Sugerem que possivelmente seja melhor n o saber Se resultar que homens e mulheres t m diferentes propens es heredit rias n o se usar isto como desculpa para que os primeiros aniquilem s segundas Se houver um componente gen tico de viol ncia poderia justific la repress o de um grupo tnico por outro ou inclusive o encarceramento preventivo
192. a tantos terapeutas que aceitam essas declara es com convic o emprestando uma aten o inadequada a sugestibilidade de seus pacientes e s indica es inconscientes de seus interlocutores Surpreende me que haja alguns psiquiatras e outras pessoas com uma m nima prepara o cient fica que conhecem as imperfei es da mente humana e que rechacem ao mesmo tempo a ideia de que esses relatos possam ser algum tipo de alucina o ou de falsa mem ria Ainda me surpreendem mais as afirma es de que a hist ria da abdu o por extraterrestres verdadeira magia que um desafio a nossa compreens o da realidade ou que constitui uma base para uma vis o m stica do mundo Ou tal como exp s o assunto John Mack H fen menos o bastante importantes para que se garanta uma investiga o s ria e a metaf sica do paradigma cient fico ocidental dominante pode ser inadequada para sustentar plenamente esta investiga o Em uma entrevista com a revista Teme segue dizendo N o sei por que h tanto zelo por encontrar uma explica o f sica convencional N o sei por que a gente tem tantos problemas para aceitar simplesmente o fato de que aqui ocorre algo incomum perdemos toda a capacidade de conhecer um mundo al m do f sico Mas sabemos que as alucina es surgem por priva o sensorial drogas enfermidades e febres falta de sonho REM mudan as na qu mica cerebral e assim sucessivamente E inclusive se como Mack t
193. a usada como mecanismo de corre o de enganos Com algumas deforma es do sentido comum e a natureza conseguiu reconciliar os seiscentos e trinta e um problemas Embora na hora da verdade simplesmente se assumia a resposta desejada A f sempre tinha vantagem sobre a raz o A literatura judia talm dica e postalm dica e a filosofia isl mica medieval est o cheias de intentos de reconcilia o similares Mas os princ pios no cora o da religi o se podem comprovar cientificamente Isso por si s faz que alguns burocratas e crentes religiosos se mostrem precavidos ante a ci ncia a eucaristia como ins gnia a Igreja em realidade e n o s como met fora produtiva a carne do Jesus Cristo ou quimicamente microscopicamente e em outros aspectos s uma h stia oferecida por um sacerdote Ser destru do o mundo ao final do ciclo de cinquenta e dois anos de V nus a n o ser que se sacrifiquem humanos aos deuses Vai pior a um judeu n o circuncidado que a seus correligion rios que acatam a antiga alian a em que Deus pediu uma parte de prep cio a todos seus fi is var es H humanos que povoam outros planetas inumer veis como ensinam os Santos do Ultimo Dia E verdade que os brancos foram criados a partir dos negros por um cientista louco como adverte a na o do Isl Deixaria de levantar o sol se se omitisse o rito do sacrif cio hindu como nos assegura que ocorreria no Satapatha Br mane Podemos nos faze
194. ade Doutor Condon aqui diz que voc esteve cabe a de um movimento revolucion rio em f sica chamado e aqui o inquisidor leu as palavras lenta e cuidadosamente mec nica qu ntica Este comit opina que se voc p de ficar frente de um movimento revolucion rio tamb m poderia estar frente de outro Condon levantando se imediatamente replicou que a acusa o n o era certa Ele n o era um revolucion rio em f sica Levantou a m o direita Acredito no princ pio do Arquimedes que se formulou no s culo II antes de Cristo e acredito nas leis do movimento planet rio do Kepler descobertas no s culo XVII Acredito nas leis do Newton E assim seguiu invocando os nomes ilustres do Bernoulli Fourier Amp re Boitzmann e Maxwell Este catecismo do f sico n o lhe ajudou muito O tribunal n o era capaz de apreciar o humor em um assunto t o s rio Mas o m ximo que puderam lhe atribuir a Condon por isso lembran a era que de jovem tinha repartido peri dicos socialistas de porta em porta com sua bicicleta Imagine que voc quer saber seriamente do que vai a mec nica qu ntica Primeiro tem que adquirir uma base matem tica em que o dom nio de cada disciplina matem tica lhe leva a soleira da seguinte A sua vez deve aprender aritm tica geometria euclidiana lgebra superiora c lculo diferencial e integral equa es diferenciais ordin rias e parciais c lculo vetorial certas fun es especiai
195. ade de sua convic o n o pode lhe ajudar porque n o tinha direito a acreditar com uma prova como a que tinha diante N o tinha adquirido sua f honestamente em investiga o paciente a n o ser sufocando suas d vidas WILLIAM K CLIFFORD A tica da f 1874 Nos limites da ci ncia e s vezes como atavismo do pensamento pr cient fico h uma s rie de ideias espreita que s o atrativas ou ao menos modestamente intrigantes mas que n o foram peneiradas a conscientiza com a equipe de detec o de mentiras ao menos por parte de seus defensores a ideia por exemplo de que a superf cie da Terra est no interior n o no exterior de uma esfera ou a assevera o de que se pode levitar mediante a medita o e que os bailarinos de bal e os jogadores de basquete d o uns saltos t o altos por levita o ou a proposta de que eu tenho algo que se chama alma n o feito de mat ria ou energia mas sim de outra coisa da que n o h provas e que depois de minha morte poderia voltar a animar a uma vaca ou a um verme Oferecimentos t picos da pseudoci ncia e a supersti o se trata de uma lista meramente representativa n o completa som a astrologia o tri ngulo das Bermudas Big Foot e o monstro do Lago Ness os fantasmas o mal olhado as auras como halos multicoloridos que conforme dizem rodeiam a cabe a de todos com cores personalizadas a percep o extrassensorial PS como telepatia pr
196. ades Em 1894 se publicou em Londres O Censo Internacional de Alucina es em vig lia Ap s at agora em repetidas pesquisam se mostrou que do dez aos vinte e cinco por cento das pessoas normais experimentaram ao menos uma vez em sua vida uma alucina o v vida normalmente ouvir uma voz ou ver uma forma inexistente Em casos mais estranhos percebem um aroma que os persegue ouvem uma m sica ou t m uma revela o que lhes chega independente dos sentidos Em alguns casos se convertem em acontecimentos que transformam pessoa ou em profundas experi ncias religiosas As alucina es poderiam ser uma portinha esquecida no muro que levaria a uma compreens o cient fica do sagrado Provavelmente desde que morreram ouvi uma d zia de vezes a voz de minha m e ou meu pai em tom de conversa o dizendo meu nome Certamente quando viviam me chamavam frequentemente para fazer uma tarefa para me recordar uma responsabilidade ir jantar cercar uma conversa o falar sobre um acontecimento do dia Jogo os tanto em falta que n o me parece nada estranho que meu c rebro capte uma lembran a l cida de suas vozes Este tipo de alucina es podem afetar a pessoas perfeitamente normais em circunst ncias perfeitamente ordin rias Tamb m podem provocar se por uma fogueira no campo de noite por estresse emocional durante ataques de epilepsia enxaquecas ou febres altas jejuns prolongados ou ins nia ou priva o sensorial por exemplo
197. adica em compreender nossas limita es Porque o homem uma criatura atordoada ensina nos William Shakespeare Aqui onde entra o puntilioso rigor c tico da ci ncia Possivelmente a distin o mais clara entre a ci ncia e a pseudoci ncia que a primeira tem uma aprecia o muito mais pormenorizada das imperfei es humanas e a falibilidade que a pseudoci ncia ou revela o inequ voca Se nos negarmos categoricamente a reconhecer que somos suscet veis de cometer um engano podemos estar seguros de que o engano incluso um engano grave um equ voco profundo nos acompanhar sempre Mas se formos capazes de nos avaliar com um pouco de coragem por muito lament veis que sejam as reflex es que possamos engendrar nossas possibilidades melhoram enormemente Se nos limitarmos a mostrar os descobrimentos e produtos da ci ncia n o importa o teis e at inspiradores que possam ser sem comunicar seu m todo cr tico como pode distinguir o cidad o m dio entre ci ncia e pseudoci ncia Ambas se apresentam como afirma o sem fundamento Na R ssia e China estava acostumada ser f cil A ci ncia autorizada era a que ensinavam as autoridades A distin o entre ci ncia e pseudoci ncia se fazia a medida N o fazia falta explicar as d vidas Mas assim que se produziram mudan as pol ticas profundas e se liberaram as restri es do livre pensamento houve uma s rie de afirma es seguras ou carism ticas
198. ado filme O Mago de Oz Dorothy o espantalho o lenhador de lata e o le o covarde se veem intimidados em realidade atemorizados pela figura oracular de grande esculpe chamada o Grande Oz Mas o pequeno c o do Dorothy Toto abre uma cortina que o oculta e revela que o Grande Oz em realidade uma m quina dirigida por um homem baixo gordo e assustado t o exilado como eles naquela terra estranha Acredito que uma sorte que James Randi abra a cortina Mas seria t o perigoso lhe confiar o desmascaramento de todos os m dico ruim farsantes e tolices do mundo como acreditar nesses mesmos enganadores Se n o querermos que nos enganem devemos nos ocupar disso n s mesmos Uma das li es mais tristes da hist ria esta se se est submetido a um engano muito tempo tende se a recha ar qualquer prova de que um engano Encontrar a verdade deixa de nos interessar O engano nos engoliu Simplesmente muito doloroso reconhecer inclusive ante n s mesmos que temos cansado no engano Assim que se d poder a um enganador sobre a gente mesmo quase nunca se pode recuperar Assim os antigos enganos tendem a persistir quando surgem os novos As sess es de espiritismo s se praticam em habita es em penumbra onde muito dif cil ver os visitantes fantasmag ricos Se acendermos a luz e em consequ ncia temos a oportunidade de ver o que ocorre os esp ritos desaparecem Nos diz que s o t midos e alguns de n s acreditam Nos
199. agava empacotaram os girinos e o papel girassol e os levaram a outro local vazio Fizeram mais traslados a outros armaz ns at que um homem da Ithaca chamado Bob Leathers um arquiteto conhecido em todo mundo pelo inovador desenho de campos de jogo comunit rios riscou e doou os planos para um centro cient fico permanente As empresas locais ofereceram o dinheiro suficiente para adquirir um solar abandonado da cidade e contratar um diretor executivo Charles Trautmann engenheiro civil do Cornell Leathers e ele foram reuni o anual da Associa o Nacional de Construtores em Atlanta Trautmann explica que contaram a hist ria de uma comunidade decidida a fazer se respons vel pela educa o de seus jovens e conseguiram doa es de muitos artigos chave como janelas claraboias e madeiras antes de come ar a construir se teve que derrubar parte da velha cabana que havia no solar Os membros de uma fraternidade do Cornell se prepararam Providos de cascos e martelos demoliram a casa alegremente o tipo de coisas que revistam nos trazer problemas quando as fazemos diziam Em dois dias tiraram duzentas toneladas de escombros O que seguiu foram imagens surtas diretamente de uma Am rica que muitos de n s tememos que tenha desaparecido Seguindo a tradi o da constru o de est bulos dos pioneiros todos os membros da comunidade pedreiros doutores carpinteiros professores universit rios encanadores granjeiros os mais
200. ais vivida do que acontece vemos arder vela brevemente em um sino de cristal at que o di xido de carbono produzido pela queima rodeia a mecha bloqueia o acesso ao oxig nio e a chama pisca e se apaga Podem nos explicar as mitoc ndrias das c lulas e como transmitem a oxida o comida ao igual chama queimando a vela mas totalmente distinto as ver no microsc pio Pode nos dizer que o oxig nio necess rio para a vida de alguns organismos e n o para outros Mas come amos a entend lo realmente quando comprovamos a proposi o em um sino de cristal totalmente desprovida de oxig nio O que faz o oxig nio por n s Por que sem ele morrer amos De onde vem o oxig nio do ar Est assegurado o fornecimento A experimenta o e o m todo cient fico se podem ensinar em muitas mat rias distintas da ci ncia Daniel Kunitz meu amigo da universidade Foi toda a vida um professor de ci ncias sociais inovador em institutos de ensino m dio Os alunos querem entender a Constitui o dos Estados Unidos Pode lhes dizer que a leiam artigo detr s artigo e logo a comentem em classe mas infelizmente acabar o todos dormidos Ou se pode tentar o m todo do Kunitz proibir aos estudantes ler a Constitui o Em troca convida os a celebrar uma Conven o Constitucional dois por cada estado Primeiro exp e em detalhe a cada um das treze equipes os interesses particulares de seu estado e regi o delega o da Carolina do Sul
201. aiu publicada uma vers o abreviada do cap tulo anterior no que se refletia a atua o de estudantes e professores Recebi uma montanha de correio Alguns negavam que existisse um problema outros diziam que os americanos estavam perdendo sua aguda intelig ncia e saber fazer Uns pensavam que havia solu es f ceis outros que a raiz dos problemas era muito profunda para resolv los Muitas opini es me surpreenderam Um professor de d cimo curso de Minnesota fez c pias do artigo e animou aos alunos a me dizer o que pensavam Transcrevo a seguir o que escreveram alguns estudantes de ensino m dios norte americanos respeitando a gram tica e pontua o das cartas originais N o h americanos est pidos S tiramos piores notas na escola e o que Talvez seja bom que n o sejamos t o preparados como os outros pa ses Assim podemos importar todos nossos produtos e n o temos que gastar todo o dinheiro nas pe as das mercadorias E se outros pa ses o fazem melhor o que importa O mais prov vel que acabem vindo aos Estados Unidos Nossa sociedade vai atirando com os descobrimentos que fazemos Balan a devagar mas a cura do c ncer est em caminho Estados Unidos tem seu pr prio sistema de aprendizagem e ao melhor n o t o avan ado como o deles mas igual de bom Por outra parte acredito que seu artigo muito educativo nenhum menino desta escola gosta da ci ncia Realmente n
202. al e ao ate smo Estas cr ticas s equivalem acusa o de que os cient ficos s o humano Certamente interessante para o historiador das ideias ver como se viu afetado Newton pelas correntes intelectuais de sua poca mas tem pouco que ver com a verdade de suas proposi es Para que estas sejam aceitas em geral devem convencer por igual a ateus e crentes Isso exatamente o que ocorreu Appelby e seus colegas declaram que quando Darwin formulou sua teoria da evolu o era ateu e materialista e sugerem que a evolu o foi produto de um programa supostamente ateu confundiram infelizmente causa e efeito Darwin estava a ponto de converter se em ministro da Igreja da Inglaterra quando lhe apresentou a oportunidade de arrolar se no HMS Beagle Suas ideias religiosas naquele momento como as descreveu ele mesmo eram do mais convencional Considerava totalmente acredit veis todos e cada um dos artigos de f anglicanos Atrav s de sua interroga o da natureza atrav s da ci ncia foi constatando lentamente que ao menos parte de sua religi o era falsa Por isso trocou de ponto de vista religioso Appleby e seus colegas se horrorizam ante a descri o do Darwin da baixa moralidade dos selvagens seus insuficientes poderes de racioc nio seu fraco poder de autodom nio E afirmam que Hoje em dia muita gente se sente escandalizada por seu racismo Mas n o me parece que houvesse nenhum rastro de racismo no comen
203. alizamos o c leulo a partir de um nada Desempoleiramos um relat rio cient fico determinado e lemos os n meros ensaiados e certos que se estabeleceram possivelmente uma gera o antes Os f sicos n o derivam as equa es do Maxwell ou a mec nica qu ntica a partir de um nada Tentam entender os princ pios e a matem tica observam sua utilidade compreendem como segue a natureza estas normas e se tomam estas ci ncias a peito e as fazem pr prias Entretanto algu m teve que fixar todos esses protocolos para seguir rastros pela primeira vez possivelmente algum g nio do paleol tico ou mais provavelmente uma sucess o de g nios em pocas e lugares muito separados N o h indica o nos protocolos rastreadores dos Kung de m todos m gicos examinar as estrelas a noite antes ou as v sceras de um animal ou atirar jogo de dados ou interpretar sonhos ou conjurar dem nios ou qualquer outra dos milhares de afirma es esp rias de conhecimento que os humanos acariciaram intermitentemente Aqui h uma quest o espec fica bem definida que caminho toma a presa e quais s o suas caracter sticas necessita se uma resposta precisa que a magia e a adivinha o simplesmente n o proporcionam ou ao menos n o com a regularidade suficiente para evitar a fome Em troca os ca ador coletores que n o s o muito supersticiosos em sua vida cotidiana exceto quando dan am em transe ao redor do fogo e sob a influ ncia de suaves euforizante
204. am Se houver alma evidente que n o pesa nada quer dizer n o feita de mat ria Apesar de tudo at os materialistas biol gicos tinham reservas ao melhor se n o almas de plantas animais cogumelos e micr bios ainda se necessitava algum princ pio cient fico n o descoberto para entender a vida Por exemplo o fisiologista brit nico J S Haldane pai do J B S Haldane perguntava em 1932 Que relato intelig vel pode oferecer a teoria mecanicista da vida da recupera o de enfermidades e feridas Simplesmente nenhum exceto esses fen menos s o t o complexos e estranhos que de momento n o podemos entend los Ocorre exatamente o mesmo com os fen menos estreitamente relacionados com a reprodu o N o podemos conceber por muitas voltas que demos imagina o um mecanismo delicado e complexo que seja capaz como um organismo vivo de reproduzir se ele mesmo com uma frequ ncia indefinida Mas s umas d cadas depois nosso conhecimento da imunologia e a biologia molecular clarificou enormemente esses mist rios antes impenetr veis Lembran a muita bem que quando se elucidou pela primeira vez a estrutura molecular do DNA e a natureza do c digo gen tico nas d cadas dos cinquenta e sessenta os bi logos que estudavam organismos completos acusavam aos novos investigadores da biologia molecular de reducionismo N o v o entender nem sequer ao verme com seu DNA Certamente reduzi lo tudo a uma fo
205. amem ltimo teorema do Fermat assim escrevo a simples equa o com os expoentes Nunca consigo uma resposta Por outro lado se perguntar algo assim como devemos ser bons quase sempre consigo resposta A estes extraterrestres adoram responder qualquer pergunta vaga sobre tudo se entranha julgamentos morais Mas em coisas espec ficas onde cabe a possibilidade de descobrir se realmente sabem algo mais que a maioria dos humanos a resposta o sil ncio Possivelmente possa deduzir se algo desta diferente capacidade de responder perguntas Nos velhos tempos anteriores a abdu o como extraterrestres s pessoas que subiam a bordo de um vni conforme informavam elas mesmas ofereciam lhes leituras edificantes sobre os perigos da guerra nuclear Agora que j estamos instru dos os extraterrestres parecem concentrados na degrada o do meio ambiente e o sida Como pergunto me que os ocupantes dos vnis est o t o sujeitos s preocupa es ou urg ncias deste planeta por que nem sequer uma advert ncia ocasional sobre os CFC e a redu o do oz nio na d cada dos cinquenta ou sobre o v rus do VIH na dos setenta quando realmente tivesse podido ser til por que n o nos alertar de uma amea a sa de p blica ou o meio ambiente que ainda n o tenhamos imaginado Pode ser que os extraterrestres saibam s o que sabem os que informam de sua presen a E se um dos objetivos principais das visitas de extraterrestres nos a
206. andes defeitos em seus detalhes Mas o modo de explica o uma alternativa interven o divina era produtivo e novo Do mesmo modo na hist ria da antiga a Gr cia podemos ver quase todos os fatos significativos dirigidos pelos deuses em Jo o de barro s uns quantos no Her doto e essencialmente nenhum no Tuc dides Em umas centenas de anos a hist ria passou de ser dirigida pelos deuses a s lo por humanos Um pouco parecido s leis da natureza foi vislumbrado em uma ocasi o em uma sociedade polite sta determinada em que alguns eruditos acariciavam a ideia de uma esp cie de ate smo Esta aproxima o dos pr socr ticos que come ou para o s culo IV A J C foi apagada pelo Plat o Arist teles e posteriormente os te logos crist os Se o fio da casualidade hist rica tivesse sido diferente se as brilhantes conjeturar dos atomistas sobre a natureza da mat ria a pluralidade dos mundos a vastid o do espa o e o tempo tivessem sido aceitas e aprofundadas se tivesse ensinado e emulado a tecnologia inovadora do Arquimedes se tivesse propagado amplamente a ideia das leis invari veis da natureza que os humanos devem procurar e entender pergunto me em que tipo de mundo viver amos agora N o acredito que a ci ncia seja dif cil de ensinar porque os humanos n o estejam preparados para ela ou porque s surgiu por sorte ou porque em geral n o temos poder mental para tentar resolv la Em troca o enorme zelo pel
207. anos As religi es revistam ser os viveiros de amparo estatal da pseudoci ncia embora n o h raz o para que tenham que representar este papel Em certo modo um dispositivo procedente de tempos j passados Em alguns pa ses quase todo mundo acredita na astrologia e a adivinha o incluindo os l deres governamentais Mas isso n o lhes inculcou s atrav s da religi o deriva da cultura que os rodeia em que todo mundo se sente c modo com estas pr ticas e se encontram testemunhos que o afirmam em todas as partes A maioria dos casos aos que me refiro neste livro s o norte americanos porque s o os que conhe o melhor n o porque a pseudoci ncia e o misticismo tenham maior incid ncia nos Estados Unidos que em outra parte Uri Geller entorta dor de colheres e canalizador de extraterrestres vem de Israel medida que crescem as tens es entre os secularistas argelinos e os fundamentalistas mu ulmanos aumenta o n mero de gente que consulta discretamente aos dez mil adivinhos e clarividentes dos que perto da metade operam com licen a do governo Altos cargos franceses inclu do um antigo presidente da Rep blica ordenaram o investimento de milh es de d lares em uma empresa fraudulenta o esc ndalo Elf Aquitaine para encontrarem novas reservas de petr leo do ar Na Alemanha h preocupa o pelos raios da Terra cancer genos que a ci ncia n o detecta s podem ser captados por experimentados adivinhos brandindo for
208. anos e conspira es de sil ncio do governo em tantos outros assuntos dif cil argumentar que seria imposs vel encobrir um tema t o estranho que o governo nunca ocultaria informa o importante a seus cidad os Uma explica o comum da raz o de tal encobrimento evitar o p nico a n vel mundial ou a eros o da confian a no governo Eu fui membro do comit do Conselho Assessor Cient fico das For as A reas dos Estados Unidos que investigou o estudo dos vnis chamado Projeto Libero Azul embora antes significativamente chamou se Projeto Grudge Chateio Encontramo nos com que o esfor o que se estava realizando era desinteressado e descart vel Em meados da d cada dos sessenta o quartel geral do Projeto Libero Azul se encontrava na base das For as A reas Wright Patterson de Ohio onde tamb m estava a base da Intelig ncia T cnica Estrangeira dedicada principalmente a averiguar que armas novas tinham os sovi ticos Contavam com uma sofisticada tecnologia para a consulta de expedientes A gente perguntava por um incidente de vnis determinado e como se se tratasse de pul veres e trajes da lavanderia foram acontecendo resmas de expedientes por diante at que a m quina se parava ao chegar ante o demandante o expediente solicitado Mas o que havia nesses expedientes n o tinha grande valor Por exemplo cidad os respeit veis declaravam ter visto flutuar luzes sobre uma pequena cidade de New Ham
209. anteriores tive tend ncia a comentar algumas ocasi es em que tive raz o Mencionarei agora aqui alguns casos nos que me equivoquei em uma poca em que nenhuma espa onave tinha estado em V nus pensei ao princ pio que a press o atmosf rica era v rias vezes a da Terra em lugar de muitas dezenas de vezes Pensei que as nuvens de V nus estavam formadas principalmente por gua quando resulta que s t m vinte e cinco por cento Pensei que poderia haver tect nica de placas em Marte quando as observa es atentas de naves espaciais logo que mostram agora um rudimento de tect nica de placas Pensei que as altas temperaturas de infravermelhos de Tit poderiam ser devidas a um efeito estufa mediano quando resulta que est causado por um aumento t rmico estratosf rica Justo antes de que o Iraque incendiasse os campos de petr leo do Kuwait em 1991 adverti que a fuma a poderia elevar se tanto que transtornaria a agricultura em grande parte do sul da sia como revelaram os fatos estava escuro como boca de lobo ao meio dia e a temperatura desceu de 4 6 C no golfo P rsico mas n o chegou muita fuma a a altitudes estratosf ricas e sia saiu ileso N o sublinhei suficientemente a incerteza de meus c lculos Os cientistas t m diferentes estilos especulativos e alguns s o mais precavidos que outros Sempre que as novas ideias sejam comprov veis e os cientistas n o sejam decididamente dogm ticos n o se faz nenhum dano em realidad
210. antidade de pessoas deste pa s possivelmente tantas como cinco milh es s o v timas de uma alucina o maci a id ntica est pida Gra as ao Tribunal Supremo Am rica est totalmente aberto s religi es pag s orientais sob os ausp cios de Satan s e seus dem nios e agora temos uns seres cinzas de um metro que sequestram aos terr colas e realizam toda sorte de experimentos com eles e estas ideias s o propagadas por pessoas com uma educa o superior a sua intelig ncia e que deveriam saber mais Sua pergunta Visitam nos n o nenhum problema para os que conhecemos a palavra de Deus somos crist os renascidos e procuramos a nosso Redentor nos c us para que nos salve deste mundo de pecado enfermidade guerra sida crime aborto homossexualidade doutrina o da Ordem Nova era nuevo mundo lavagem de c rebro dos meios de comunica o pervers o e subvers o no governo educa o neg cios finan as sociedade religi o etc Os que recha am ao Deus Criador da B blia est o condenados a acreditar o tipo de contos de fadas que seu artigo trata de propagar como certo Se n o haver raz o para tomar a s rio o assunto das visitas extraterrestres por que o tema mais reservado do governo dos Estados Unidos Possivelmente alguma ra a extraterrestre muito mais antiga de um sistema estelar relativamente deficiente em metais tenta prolongar sua exist ncia apoderando se de um mundo melhor e mais jovem e
211. apareceu um sobre que continha um cilindro de filme exposto mas n o revelada na rolha de um produtor de cinema Jaime Shandera interessado nos vnis e o encobrimento do governo n o deixa de ser curioso que ocorresse justo quando sa a para ir comer com o autor de um livro sobre os supostos acontecimentos do Roswell Novo o M xico Quando revelaram o filme resultou ser p gina detr s p gina de uma ordem executiva altamente reservada s para leitura com data de 24 de setembro de 1947 em que o presidente Harry S Truman aparentemente nomeava um comit de doze cientistas e oficiais do governo para examinar uma s rie de discos voadores acidentados e pequenos corpos de extraterrestres A forma o do comit MJ 12 destac vel porque nele constam exatamente os nomes dos membros militares de intelig ncia de ci ncia e engenharia que teriam sido convocados a investigar estes acidentes se tivessem ocorrido Nos documentos MJ 12 h sugestivas refer ncias a ap ndices sobre a natureza dos extraterrestres a tecnologia de suas naves e coisas assim mas n o se incluem no misterioso filme As For as A reas dizem que o documento falso O perito em vnis Philip J Klass e outros encontram inconsist ncias lexicogr ficas e tipogr ficas que sugerem que tudo um engano Os que compram obras de arte se preocupam com a proced ncia de seus quadros quer dizer quem foi o ltimo propriet rio e quem o anterior e assim at o arti
212. ar o uso de euforizantes para adultos ou permitir que nossos filhos cres am na ignor ncia De vez em quando retrospectivamente destaca algu m Em minha lista particular o revolucion rio americano Thomas Paine ingl s de nascimento um deles Estava muito por diante de seu tempo op s se com coragem monarquia a aristocracia o racismo a escravid o a supersti o e o sexismo quando todo isso constitu a a sabedoria convencional Suas cr ticas da religi o convencional eram implac veis Escreveu na idade da raz o Quando lemos as obscenas hist rias as voluptuosas pervers es as execu es cru is e tortuosas o car ter vingativo e implac vel que goteja a metade da B blia seria mais coerente cham lo o mundo de um dem nio que o mundo de Deus serviu para corromper e brutalizar humanidade Ao mesmo tempo o livro mostrava a rever ncia mais profunda por um Criador do universo cuja exist ncia Paine arguia que era evidente ao jogar um olhar ao mundo natural Mas para a maioria de seus contempor neos parecia imposs vel condenar grande parte da B blia e de uma vez abra ar a Deus Os te logos crist os chegaram conclus o de que era um b bado um louco ou um corrupto O estudioso judeu David Levi proibiu a seus correligion rios tocar sequer e menos ainda ler o livro Paine se viu submetido a tal sofrimento por seus pontos de vista incluindo seu encarceramento depois da Revolu o francesa por ser muito c
213. ara ensinar ci ncia Quando era pequeno meu pai estava acostumado a trazer todos os dias um peri dico a casa e lia com aten o frequentemente com grande prazer a se o de pontua o do beisebol Ali estavam inintelig veis para mim com escuras abrevia es W SS K WL AB RBD mas lhe falavam Os peri dicos os imprimiam em todas partes Pensei que ao melhor n o eram t o dif ceis Com o tempo tamb m eu acabei enganchado ao mundo das estat sticas de beisebol Sei que me ajudavam a entender os decimais e ainda me d certo calafrio quando ou o normalmente ao princ pio da temporada de beisebol que algu m est bateando um mil Mas 1000 n o 1 000 O afortunado jogador est bateando um Ou joguemos uma olhada s p ginas financeiras Alguma introdu o Nota explicat rias Defini es de abreviaturas Quase nenhuma Ou sabe nadar ou te afunda Todos aqueles metros de estat sticas Entretanto a gente as l voluntariamente N o superam sua capacidade um problema de motiva o por que n o podemos fazer a mesma com as matem tica a ci ncia e a tecnologia Em todos os esportes os jogadores parecem atuar a rajadas Em basquete se chama ter a m o quente quase imposs vel que lhes saia algo mal Lembran a um partido de play off em que Michael Jord o cujo atiro a meia distancia n o est acostumado a ser extraordin rio encontrou se fazendo sem esfor o tantas cestas consecutivas de tr s ponto
214. ara fazer que a ANS pare a parte de qualquer conspira o Por exemplo conforme dizem lhe pediu uma resposta a uma demanda da LLI sobre o que soubesse do cantor Elvis Presley comunicaram se apari es do senhor Presley com resultado de curas milagrosas Bem a NSA sabia v rias coisas Por exemplo que um relat rio sobre os recursos econ micos de certa na o comunicava quantas fitas e discos compactos se venderam ali Esta informa o tamb m aparecia em um par de linhas rodeadas de um vasto oceano de escurid o censurada Estava implicada a NSA em um encobrimento do Elvis Presley Embora certamente n o investiguei pessoalmente o trabalho da NSA relacionado com os vnis esta hist ria me parece veross mil Se estamos convencidos de que o governo nos oculta visitas de extraterrestres dever amos nos enfrentar cultura de secreto das for as militares e de intelig ncia Como m nimo podemos pressionar para que a informa o relevante de faz d cadas das que um bom exemplo o relat rio das For as A reas sobre o Incidente Roswell de julho de 1994 deixe de ser reservada Pode captar o estilo paranoico de muitos uf logos al m da ingenuidade da cultura de secreto no livro de um antigo rep rter do New York Teme Howard Blum Out There Simon and Schuster 1990 Por muita criatividade que pusesse no intento sempre acabava chocando repentinamente com pontos mortos Toda a hist ria se perdia sempre deliberadamente con
215. ara o radar e fibras pticas revela outro correspondente Alguns desses seres s o capazes de interceptar o corpo espiritual quando viaja Comunico me com um ser extraterrestre Esta comunica o come ou a princ pios de 1992 Que mais posso dizer Os extraterrestres podem estar um ou dois passos por diante do pensamento dos cientistas e sabem como podem deixar atr s deles chaves insuficientes que possam satisfazer aos do tipo do Sagan at que a sociedade esteja melhor preparada mentalmente para enfrentar se a todo isso Possivelmente voc compartilhe a opini o de que se o que ocorrer com respeito a vnis e extraterrestres se acreditasse real seria muito traum tico pensar nisso Entretanto manifestaram se h 5000 15000 anos ou mais quando estiveram aqui durante compridos per odos engendrando a mitologia de deuses e deusas de todas as culturas E a fim de contas em todo esse tempo n o ocuparam a Terra n o nos dominaram nem jogado dela O Homo sapiens se modelou geneticamente criado inicialmente como substituto de trabalhadores e criados dos deuses do c u dingir elohim anunnaki A explos o que viu a gente era carburante de hidrog nio de um cruzeiro das estrelas que tinha que aterrissar no norte da Calif rnia A gente que ia no cruzeiro se parecia com o Mr Spock da s rie de televis o Star Trek Tanto se forem do s culo XV como do XX h um fio comum em todos estes informe Os indiv duos que experiment
216. ara que n o aceitem o pensamento cient fico muito antes de chegar universidade ci ncia se desacreditou a si mesmo Trabalha para os pol ticos Fabrica armas minta sobre os riscos da maconha ignora os perigos do agente laranja etc s escolas p blicas n o funcionam as abandonemos Que haja s escola privadas deixamos que os advogados da permissividade o pensamento impreciso e o socialismo rampante destru ram o que em outros tempos foi um grande sistema educativo O sistema escolar tem suficiente dinheiro O problema que os brancos normalmente treinadores que dirigem as escolas n o contratam nunca e digo nunca a um intelectual Preocupa os mais a equipe de futebol americano que o programa e s contratam aut matos mais que med ocres amantes de Deus que tiram a bandeira para ensinar Que tipo de estudantes pode sair de escolas que oprimem castigam e ignoram o pensamento l gico Liberar as escolas da morda a do ACLU Sindicato Americano de Liberdades Civis a NEA Associa o Nacional de Educa o e outros respons veis pela falta de disciplina e compet ncia nas escolas Temo me que n o compreende absolutamente o pa s no que vive A gente incrivelmente ignorante e temerosa N o toleram escutar uma nova ideia N o o entende O sistema s sobrevive porque tem uma popula o ignorante temente a Deus Esta a raz o pela que muitas pessoas cultas est o sem emprego s vezes me p
217. aram traumas sexuais t m grandes dificuldades para entend los e aceit los Os t rminos que usam para descrever as alucina es resultantes podem ser incoerentes e incompreens veis Encontramos que n o somos t o inteligentes como acredit vamos embora ainda somos teimosos e nossa maior pecado o orgulho E nem sequer sabemos que nos est o levando ao Armagedom A estrela assinalava uma pequena cabana atravessou o c u guiando aos s bios para aquela cabana assustou aos pastores com as palavras N o temam Seu projetor era a gl ria de Deus do Ezequiel a luz do Pablo que temporalmente lhe cegou Era o navio em que uns pequenos homenzinhos se levaram a velho Rip homenzinhos chamados duendes fadas elfos essas cria es de criadores que t m deveres espec ficos O Povo de Deus ainda n o est preparado para dar se a conhecer n s Primeiro Armagedom logo quando j soubermos poderemos ir sozinhos Quando formos humildes quando n o lhes dispararmos Deus voltar A resposta a esses extraterrestres do espa o exterior singela V m do homem Do homem que usa drogas com a gente Em institui es mentais de todo o pa s h gente que n o tem controle sobre suas emo es e comportamento Para control los d o lhes uma variedade de medicamentos antipsic ticos Se a gente tomar medicamentos frequentemente come a a ter o que se chama filtra es aparecem imagens como um flash na mente de pes
218. arece verdade Perguntamos aos jogadores treinadores ou aficionados Procuramos algum significado inclusive em n meros aleat rios Somos viciados no significado Quando o c lebre treinador Rede Auerbach teve conhecimento do estudo do Gilovich sua resposta foi Quem esse tio Muito bem fez um estudo N o poderia me importar menos E f cil compreender o que sentia Mas se as rajadas do basquete n o aparecem mais frequentemente que as sequ ncias de cara ou cruz n o t m nada de m gico Reduz isso aos jogadores a meras marionetes manipuladas pelas leis da probabilidade Certamente que n o Seu m dio de percentagem de tiros um verdadeiro reflexo de suas habilidades pessoais Aqui s falamos da frequ ncia e dura o das rajadas Certamente muito mais divertido pensar que os deuses h o meio doido ao jogador que est em boa rajada e castigado ao que tem a m o fria E bem Que dano faz uma pequena mistifica o Sem d vida supera as aborrecidas an lises estat sticas Em basquete nos esportes n o faz nenhum dano Mas como maneira habitual de pensar exp e nos problemas em alguns dos outros jogos aos que n s gostamos de jogar Cientista sim louco n o diz rendo o cientista louco no Gilligan s Island enquanto ajusta o mecanismo eletr nico que lhe permite controlar a mente de outros para seus avessos prop sitos Sinto muito doutor Nerdnik a gente da Terra n o querer ser reduzida a sete cent me
219. ari veis a n o ser propriedades da subst ncia em que se mede E e B e determinadas por experimento No vazio q e J s o constantes da natureza Considerando as muitas quantidades diferentes que se re nem nestas equa es surpreendente qu o singelas s o Podiam ter ocupado p ginas mas n o assim A primeira das quatro equa es do Maxwell expressa como um campo el trico devido a cargas el tricas por exemplo el trons varia com a dist ncia debilita se quanto mais se afasta Mas quanto maior a densidade de carga quantos mais el trons haja por exemplo em um espa o determinado mais forte o campo A segunda equa o nos diz que n o se pode fazer uma afirma o compar vel em magnetismo porque as cargas magn ticas ou polos magn ticos do Mesmer n o existem se serra um m pela metade n o haver um polo norte isolado e um polo sul isolado cada pe a tem agora seus polos norte e sul A terceira equa o nos diz como um campo magn tico oscilante induz um campo el trico A quarta descreve o contr rio como um campo el trico oscilante ou uma corrente el trica induz um campo magn tico As quatro equa es s o essencialmente uma destila o de gera es de experimentos de laborat rio principalmente de cientistas franceses e brit nicos O que hei descrito aqui vaga e qualitativamente as equa es o descrevem exata e quantitativamente Maxwell se fez
220. as uma patranha bastante modesta se se comparar por exemplo com os c rculos dos cultivos do Wiltshire Al m disso as fotografias n o s se podem falsificar facilmente mas tamb m indubit vel que h grandes quantidades de fotografias falsas de vnis Alguns entusiastas saem noite detr s noite ao campo em busca de luzes brilhantes no c u Quando veem uma acendem seus flashes s vezes dizem h um rel mpago de resposta Bom possivelmente Mas os avi es de baixa altitude fazem sinais luminosos no c u e os pilotos se o desejarem podem devolver um brilho com suas luzes Nada disso constitui um pouco parecido a uma prova s ria Onde est a prova f sica Como nas declara es de abuso ritual sat nico e como eco das marcas do diabo nos julgamentos de bruxas a prova f sica mais comum apontava a cicatrizes e marcas de colher no corpo dos abduzidos que dizem n o ter conhecimento de onde procedem suas cicatrizes Mas este ponto chave se gerar cicatrizes entra dentro da capacidade humana n o podem ser provas f sicas convincentes de abuso como extraterrestres Certamente h transtornos psiqui tricos bem conhecidos nos que a gente se faz marcas se curta arranha se e se mutila a si mesmo ou a outros E alguns de n s com soleiras altas de dor e pouca mem ria podemos nos ferir acidentalmente sem que fique nenhuma lembran a do acontecimento Uma paciente do John Mack declara que tem cicatrizes por tod
221. as calamidades Com esta bula Inoc ncio iniciou a acusa o tortura e execu o sistem tica de incont veis bruxas de toda a Europa Eram culpados do que Agostinho havia descrito como uma associa o criminal do mundo oculto Apesar do imparcial membros de ambos os sexos da linguagem da bula perseguida eram principalmente mulheres jovens e adultas Muitos protestantes importantes dos s culos seguintes apesar de suas diferen as com a Igreja cat lica adotaram pontos de vista quase id nticos Inclusive humanistas como Desid rio Erasmo e Tomam Mouro acreditavam em bruxas Abandonar a bruxaria dizia John Wesley o fundador do metodismo como abandonar a B blia William Blackstone o c lebre jurista em seus Coment rios sobre as Leis da Inglaterra 1765 afirmou Negar a possibilidade mais a exist ncia real da bruxaria e a feiti aria equivale a contradizer sinceramente o mundo revelado Por Deus em v rias passagens tanto do Antigo como do Novo Testamento Inoc ncio elogiava a nossos queridos filhos Henry Kramer e James Sprenger que mediante Cartas Apost licas foram delegados como Inquisidores dessas deprava es her ticas Se as abomina es e atrocidades em quest o se mant m sem castigo as almas das multid es se enfrentam condena o eterna A batata nomeou ao Kramer e Sprenger para que escrevessem um estudo completo utilizando toda a artilharia acad mica de fina
222. as recentes para p r ao descoberto a simula o e a fraude no lucrativo neg cio da cura mediante a f Examina as provas Comenta os fofoque Escuta a corrente de informa o milagrosa que chega ao curandeiro itinerante n o por inspira o divina mas sim por r dio a 39 17 mega hertz de frequ ncia transmitida por sua esposa entre bastidores Randi descobre que os que se levantam das cadeiras de rodas e conforme se afirma foram curados nunca tinham estado confinados a cadeiras de rodas um lanterninha os convidou a sentar se nelas Desafia aos curandeiros a proporcionar provas m dicas s rias para dar validez a suas reclama es Convida s ag ncias locais e federais do governo a aplicar a lei contra a fraude e a m pr tica m dica Critica aos meios de informa o por seu estudado afastamento do tema Revela o desprezo profundo desses curandeiros para seus pacientes e paroquianos Muitos som enganadores intencionais que usam a linguagem e os s mbolos evang licos crist os ou da Nova Era para aproveitar se da fragilidade humana Possivelmente alguns deles tenham motivos n o venais Ou sou muito severo No que se diferencia o enganador ocasional do curanderismo da fraude ocasional na ci ncia razo vel suspeitar de toda uma profiss o porque h algumas ma s podres Parece me que como m nimo h duas diferen as importantes Primeiro ningu m d vida de que a ci ncia funciona de verdade embora de vez em quando pos
223. assa as noites seduzindo aos descendentes do Ad o Na cultura do antigo o Ir e muitas outras se considerava que as polui es noturnas eram provocadas por s cubos Santa Teresa de vila relatou um vivido encontro sexual com um anjo um anjo de luz n o de escurid o assegurava ela como fizeram tamb m outras mulheres posteriormente santificadas pela Igreja cat lica Cagliostro o mago e estelionat rio do s culo XVIII deu a entender que ele como Jesus de Nazar era produto da uni o entre os filhos do c u e da terra Em 1645 se encontrou na Cornualha a uma adolescente Anne Jefferies tendida no ch o inconsciente Muito mais tarde a garota recordou que tinha sofrido um ataque de meia d zia de homens pequenos que a tinham paralisado e levado a um castelo no ar e depois de seduzi la tinham na enviado de volta a casa Definiu aos homenzinhos como fadas Para muitos crist os piedosos como para os inquisidores da Juana de Arco esta distin o era indiferente As fadas eram dem nios pura e simplesmente Voltaram a aterroriz la e atorment la Ao ano seguinte foi presa por bruxaria Tradicionalmente as fadas t m poderes m gicos e podem provocar paralisia com um simples toque Na terra das fadas o tempo transcorre mais devagar Como as fadas t m uma deteriora o reprodutora mant m rela es sexuais com humanos e se levam aos beb s dos ber os s vezes deixando um substituto um menino trocado Agora
224. atar nem fazer muitas coisas estranhas por bruxaria por que tantas delas confessaram ter cometido os crimes e as coisas estranhas das que as acusava A isso respondo se Ad o e Eva em sua inoc ncia foram vencidos com tanta facilidade e ca ram na tenta o como podem agora essas pobres criaturas depois da Queda mediante persuas es promessas e amea as sem que as deixem dormir e submetidas a um tortura cont nuo resistir a confessar aquilo que falso e imposs vel e contr rio f de um crist o At o s culo XVIII n o se contemplou seriamente a possibilidade da alucina o como componente da persegui o das bruxas o bispo Francis Hutchinson em seu Ensaio hist rico sobre bruxaria 1718 escreveu Muitos homens tinham acreditado ver de verdade um esp rito externo ante eles quando era s uma imagem interna que dan ava em seu pr prio c rebro Gra as valentia dos que se opuseram persegui o das bruxas a sua extens o at as classes privilegiadas ao perigo que entranhava para a crescente institui o do capitalismo e especialmente dispers o das ideias da Ilustra o europeia as queimas de bruxas virtualmente desapareceram A ltima execu o por bruxaria na Holanda ber o da Ilustra o foi em 1610 na Inglaterra em 1684 na Am rica em 1692 na Fran a em 1745 na Alemanha em 1775 e na Pol nia em 1793 Na It lia a Inquisi o condenou a morte a gente at finais do s culo XVIII e a tortu
225. atem tica Para apreciar um m dio de tiros livres do 0 926 se deve saber algo sobre a convers o de fra es em decimais Uma bandeja a primeira lei de movimento em a o do Newton Cada tiro representa o lan amento de um bal o em um arco parab lico uma curva determinada pela mesma f sica gravitacional que especifica o voo de um m ssil de bal stica a rbita da Terra ao redor do Sol ou uma espa onave em seu encontro com algum mundo distante Quando salta para fazer um mate o centro da massa do corpo do jogador est brevemente em rbita ao redor do centro da Terra Para colocar o bal o na cesta se deve elevar exatamente velocidade precisa um por cento de engano e a gravidade lhe far ficar mau Os tiros de tr s pontos sejam conscientes ou n o compensam a resist ncia aerodin mica Cada bote sucessivo de um bal o solto est mais perto do ch o devido segunda lei da termodin mica Que Daryl Dawkins ou Shaquille O Neal rompam um tabuleiro oferece a oportunidade de ensinar entre outras coisas a propaga o das ondas de choque Um tiro com efeito contra o quadro de debaixo do tabuleiro entra na cesta devido conserva o do impulso angular uma infra o das normas tocar a cesta no cilindro por cima do aro falamos agora de uma ideia matem tica chave a gera o de objetos multidimensionais movendo objetos n 1 dimensionais No sala de aula nos peri dicos e a televis o por que n o usamos os esportes p
226. aves extraterrestres estelionat rios experimentados que se aproveitam dos cr dulos extraterrestres de poderes imensos que jogam com a esp cie humana ou as declara es que derivam da debilidade e a imperfei o humana Ao longo dos anos dediquei muito tempo ao problema dos vnis Recibo muitas cartas a respeito frequentemente com relatos detalhados de primeira m o s vezes o escritor da carta me promete revela es transcendentais se lhe chamar depois de dar uma confer ncia quase sobre qualquer tema me pergunta frequentemente Acredita nos vnis Sempre me surpreende a maneira de expor a pergunta a sugest o de que se trata de um assunto de f e n o de provas Quase nunca me perguntam at que ponto s o confi veis as provas de que os vnis s o naves espaciais extraterrestres Por isso vi a maneira de proceder de muita gente est altamente predeterminada Alguns est o convencidos de que o testemunho de uma testemunha ocular confi vel que a gente n o inventa coisas que as alucina es ou tergiversa es a esta escala s o imposs veis e que deve haver uma velha conspira o governamental de alto n vel para ocultamos a verdade a outros A credibilidade no tema dos vnis prospera quando aumenta a desconfian a no governo que se produz de forma natural em todas aquelas circunst ncias em que na tens o entre bem estar p blico e seguran a nacional o governo minta Como se revelaram eng
227. avras Se os praticantes mais destacados apoiam teorias e opini es que s o obviamente absurdas para qualquer que saiba embora seja s um pouco de gen tica pontos de vista como os apresentados recentemente pelo presidente Lysenko e os que pensam como ele a op o que nos apresenta parecer uma elei o entre bruxaria e medicina entre astrologia e astronomia entre alquimia e qu mica Em um pa s de arrestos arbitr rios e terror policial este discurso deu amostras de uma integridade e valentia exemplares qualificada por muitos de loucura No assunto Vavilov 1984 o historiador emigrado sovi tico Mark Popovsky escreve que essas palavras foram acompanhadas de aplausos ensurdecedores de toda a sala e recordadas por todos os participantes na sess o que seguem com vida Tr s meses depois Muller recebeu em Moscou a visita de um geneticista ocidental que lhe expressou seu assombro por uma carta de ampla circula o assinada pelo Muller que condenava a preval ncia do mendelismo weissmanismo morganismo no Ocidente e urgia ao boicote do pr ximo Congresso Internacional de Gen tica Muller que nunca tinha visto e menos assinado uma carta como aquela chegou conclus o de que era uma fraude perpetrada pelo Lysenko Imediatamente escreveu uma encolerizada den ncia do Lysenko na Pravda e mandou uma c pia ao Stalin Ao dia seguinte Vavilov foi ver o Muller terrivelmente agitado para lhe informar que ele Muller apr
228. az anos Eu estava muito unido a eles Ainda jogo terrivelmente de menos Sei que sempre ser assim Desejo acreditar que sua ess ncia suas personalidades o que tanto amei deles existe real e verdadeiramente em alguma outra parte N o pediria muito s cinco ou dez minutos ao ano por exemplo para lhes falar de seus netos para p los ao dia das ltimas novidades para lhes recordar que os quero H uma parte de mim por muito infantil que soe que se pergunta onde estar o Vai tudo bem eu gostaria de lhes perguntar A ltima palavra que me ocorreu lhe dizer a meu pai no momento de sua morte foi te cuide s vezes sonho que falo com meus pais e de repente imerso ainda no funcionamento do sonho apodera se de mim a entristecedora constata o de que em realidade n o morreram que tudo foi uma esp cie de engano horr vel Enfim est o aqui s s e salvos meu pai contando piadas m s minha m e me aconselhando com total seriedade que me ponha um cachecol porque faz muito frio Quando me acordado empreendo um breve processo de lamenta o Simplesmente algo dentro de mim se trabalha em excesso por acreditar na vida depois da morte E n o tem o mais m nimo interesse em saber se houver alguma prova contundente de que exista assim n o rio da mulher que visita a tumba de seu marido e fala com ele de vez em quando possivelmente no anivers rio de sua morte N o dif cil de entender E se tiver dificuldades
229. balho consistia meramente em recordar o que nos tinha ordenado consegue a resposta correta n o importa que entenda o que faz Em segundo curso tive um professor de lgebra muita capacitada que me permitiu aprender muitas matem tica mas era um valent o que desfrutava fazendo chorar s garotas Em todos aqueles anos de escola mantive meu interesse pela ci ncia lendo livros e revistas sobre realidade e fic o cient fica A universidade foi a realiza o de meus sonhos encontrei professores que n o s entendiam a ci ncia mas tamb m realmente eram capazes de explic la Tive a sorte de estudar em uma das grandes institui es do saber da poca a Universidade de Chicago Estudava f sica em um departamento que girava ao redor do Enrico Fermi descobri a verdadeira eleg ncia matem tica com o Subrahmanyan Chandrasekhar tive a oportunidade de falar de qu mica com o Harold Urey durante os ver es fui aprendiz de biologia com o H J Muller na Universidade de Indiana e aprendi astronomia planet ria com o nico praticante com plena dedica o da poca G P Kuiper No Kuiper vi pela primeira vez o chamado c lculo sobre guardanapo de papel te ocorre uma poss vel solu o a um problema agarra um guardanapo de papel apela a seu conhecimento de f sica fundamental rabisca umas quantas equa es aproximadas substitui as por valores num ricos prov veis e comprova se a resposta pode resolver de algum modo seu problema Se n o s
230. bastante prov vel que risquem uma forma de simetria bilateral parecida com o homem da fortifica o Marte muito mais clemente que V nus embora as sondas de aterrissagem Viking n o proporcionaram nenhuma prova convincente de vida Seu terreno extremamente heterog neo e variado Com mais de cem mil fotografias dispon veis n o surpreendente que ao longo dos anos se observaram fen menos incomuns em Marte Por exemplo h uma alegre cara feliz dentro de uma cratera de impacto de Marte que tem oito quil metros de lado a lado com uma s rie de marcas radiais por fora que fazem que pare a a representa o convencional de um Sol sorridente Mas ningu m afirma que isso tenha sido constru do por uma civiliza o avan ada e excessivamente engenhosa de Marte possivelmente para atrair nossa aten o Reconhecemos que quando objetos de todos os tamanhos caem do c u a superf cie ricocheteia desaba se e volta a configurar se depois de cada impacto e quando a gua antiga as correntes de barro e a areia moderna transportada pelo vento esculpem a superf cie devem gerar uma grande variedade de paisagens Se analisarmos cem mil fotografias n o estranho que em ocasi es encontremos um pouco parecidos a uma Face Considerando que temos o c rebro programado para isso da inf ncia seria surpreendente que n o encontr ssemos uma de vez em quando Em Marte h algumas montanhas pequenas que parecem pir mides Na alta meset
231. bilidade moral t m os autores de prov rbios Ou o astr logo que se apoia nos signos do sol o leitor de cartas do tar o profeta do peri dico sensacionalista Consideremos se n o as religi es principais Miqu as nos exorta a obrar com justi a e amar a piedade no xodo se nos pro be cometer homic dios no Lev tico nos ordena amar a nossos vizinhos como a n s mesmos e nos Evangelhos nos urge a amar a nossos inimigos Pensemos entretanto nos rios de sangue vertido por ferventes seguidores dos livros nos que se acham essas exorta es bem intencionadas No Josu e na segunda parte do livro de N meros se celebra o assassinato maci o de homens mulheres e meninos at de animais dom sticos em uma cidade atr s de outra por toda a terra do Cana Jeric eliminada em uma kherem guerra Santa A nica justifica o que se oferece para este assassinato maci o a declara o dos assassinos de que em troca de circuncidar a seus filhos e adotar uma s rie de rituais particulares prometeu se a seu antepassados muito tempo atr s que aquela terra seria dela N o se pode encontrar nem um ind cio de autocr tica nem um murm rio de inquieta o patriarcal ou divina ante essas campanhas de exterm nio nas Sagradas Escrituras Em troca Josu consagrou a todos os seres viventes ao an tema como Yahv o Deus do Israel tinha lhe ordenado Josu 10 40 E esses acontecimentos n o s o incidentais a n o ser centrais
232. bruxas eram fruto dessas uni es proibidas Na Idade M dia como na antiguidade cl ssica quase todo mundo acreditava essas hist rias chamava se tamb m aos dem nios diabos ou anjos cansados Os demon acos sedutores das mulheres recebiam o nome de ncubos os dos homens s cubos H alguns casos em que as monjas com certa perplexidade declaravam um parecido assombroso entre o ncubo e o padre confessor ou o bispo e ao despertar manh seguinte conforme contava um cronista do s culo XV encontravam se polu das como se tivessem jazido com var o H relatos similares mas n o em conventos a n o ser nos har ns da antiga a China Eram tantas as mulheres que denunciavam ncubos conforme argumentava o religioso presb tero Richard Baxter em sua Certeza do mundo dos esp ritos 1691 que impudic cia neg lo Quando os ncubos e s cubos seduziam percebiam se como um peso sobre o peito do sonhador Mare apesar de seu significado em latim a antiga palavra inglesa para designar ao ncubo e nightmare pesadelo significava originalmente o dem nio que se sinta sobre o peito dos que dormem e os atormenta com sonhos Na Vida de Santo Antonio do Atan sio escrita ao redor do 360 descrevia se que os dem nios entravam e sa am a vontade de habita es fechadas mil e quatrocentos anos depois em sua obra Do Daemonialitae o erudito franciscano Ludovico Sinistrari nos assegura que os dem nios atravessam as pare
233. bsessos sexuais se estiverem aqui quero conhec los Uma prova de qu o modestas s o nossas expectativas dos extraterrestres e do inculto dos padr es de prova que muitos de n s estamos dispostos a aceitar pode encontrar se na hist ria dos c rculos nos cultivos Originados em Gr Bretanha e estendidos por todo mundo era algo que superava o estranho Os granjeiros ou transeuntes descobriam c rculos e em anos posteriores pictogramas muito mais complexos impressos sobre os campos de trigo aveia cevada e cozida Come ando com c rculos simples em meados da d cada dos setenta o fen meno foi progredindo ano detr s ano at que a finais da d cada dos oitenta e princ pios dos noventa o campo especialmente no sul da Inglaterra viu se embelezado por imensas figuras geom tricas algumas das dimens es de um campo de futebol estampadas sobre o gr o de cereal antes da colheita c rculos tangentes a c rculos ou conectados por eixos linhas paralelas inclinadas insectoides Algumas das formas mostravam um c rculo central rodeado por quatro c rculos mais pequenos colocados simetricamente claramente causados concluiu se por um disco voador e seus quatro trens de aterrissagem Uma brincadeira Imposs vel dizia quase todo mundo Havia centenas de casos s vezes os faziam em s uma ou duas horas em plena noite e a grande escala N o se puderam encontrar rastros de brincalh es que se aproximassem dos pictogra
234. bula es e n o s o nada estranhos As lembran as err neas s o a norma n o a exce o Ocorrem todo o tempo Ocorrem inclusive quando o sujeito est absolutamente seguro inclusive quando uma lembran a uma l mpada de flash aparentemente inesquec vel uma dessas fotografias mentais metaf ricas Ocorre de forma ainda mais prov vel em casos em que a sugest o uma possibilidade viva onde as lembran as podem ser modelados e remodelados para satisfazer as fortes demanda interpessoais de uma sess o de terapia E uma vez a lembran a foi reconfigurado deste modo muito dif cil muito troc lo Esses princ pios gerais n o nos podem ajudar a decidir com certeza onde radica a verdade em cada caso individual Mas em geral est bastante claro onde dever amos colocar nossas apostas ante um grande n mero de declara es assim A lembran a err nea e a reconstitui o retrospectiva do passado s o parte da natureza humana acham se na mesma esfera e ocorrem constantemente Os sobreviventes dos campos da morte nazistas proporcionam a demonstra o mais clara que pode imaginar se de que at o abuso mais monstruoso se pode levar continuamente na mem ria humana Certamente o problema para muitos sobreviventes do Holocausto foi conseguir uma dist ncia emocional entre eles e os campos da morte esquecer Mas se em algum mundo alternativo de maldade inexpress vel se vissem obrigados a viver na Alemanha nazista por exemplo uma pr
235. c considerar seriamente que detectou um sinal genu no de seres extraterrestres Tudo isto implica certa disciplina N o se pode sair gritando homenzinhos verdes cada vez que detectamos algo que ao princ pio n o entendemos porque se resulta ser outra coisa vamos parecer francamente tolos como os astr nomos sovi ticos com o CTA 102 necess rio tomar precau es especiais quando o pre o alto N o estamos obrigados a dar nossa opini o at que n o haja alguma prova permiss vel n o estar seguros Com frequ ncia me perguntam voc cr que h intelig ncia extraterrestre Eu dou os argumentos habituais h muitos lugares por a fora h mol culas de vida em todas partes utilizo as palavras milhares de milh es e todo isso Ent o digo que me surpreenderia muit ssimo que n o houvesse intelig ncia extraterrestre mas certamente de momento n o h prova convincente disso Frequentemente continuando perguntam me Mas o que pensa realmente Eu digo Acabo lhe de dizer o que penso realmente Sim mas qual sua sensa o visceral Mas eu tento n o pensar com as v sceras Se me exponho entender o mundo com seriedade pensar com algo que n o seja o c rebro por tentador que seja pode me meter em problemas Realmente est bem reservar o julgamento at que se tem a prova Far me ia muito feliz que os defensores dos discos volantes e os que acreditam em abdu es por extraterrestr
236. c pios pticos e infravermelhos receptores de r dio que sondam a radia o c smica de fundo e outros instrumentos por cima da maior parte da atmosfera da Terra Em 1947 se armou um grande revoo com um ou mais discos voadores supostamente acidentados perto do Roswell Novo o M xico H alguns relat rios iniciais e fotografias de peri dicos do incidente que s o totalmente coerentes com a ideia de que eram os restos de um globo de grande altitude acidentado Mas alguns residentes da regi o especialmente d cadas depois recordam materiais mais estranhos hier glifos enigm ticos amea as do pessoal militar s testemunhas se n o calavam o que sabiam e a hist ria can nica de que se meteu em um avi o a maquinaria extraterrestre e partes do corpo e se enviou ao Comando de Material A reo da base das For as A reas do Wright Patterson Algumas das hist rias do corpo extraterrestre recuperado embora n o todas est o associadas com este incidente Philip Klass um c tico que se dedicou aos vnis a muito tempo tempo revelou uma carta posteriormente desclassificada de data de 27 de julho de 1948 um ano depois do incidente Roswell do general de divis o C B Cabell ent o diretor de Intelig ncia das For as A reas e posteriormente como oficial da CIA uma figura central na fracassada invas o de Cuba em ba a dos Porcos Cabell perguntava aos que lhe tinham informado o que podiam ser os vnis Ele n o tinha nem idei
237. caminho desejavam acreditar nos poderes sobrenaturais para curar do estranho forasteiro de pele clara e barba negra e seu acompanhante de Marrocos Estevanico o Negro Povos inteiros se aproximavam deles para conhec los e depositavam todas suas riquezas aos p s dos espanh is implorando humildemente a cura Come ou com bastante mod stia Quiseram nos fazer f sicos sem nos examinar nem nos pedir os t tulos porque eles curam as enfermidades soprando ao doente e com aquele sopro e as m os jogam dele a enfermidade e nos mandaram que fiz ssemos o mesmo e serv ssemos em algo A maneira com que n s curamos era benzendo os e sopr los e rezar um Pai nosso e um Ave Maria logo que os benzemos diziam aos outros que estavam s s e bons Logo come aram a curar entrevados Cabe a de Vaca diz que levantou um homem de entre os mortos Depois por todo este caminho t nhamos muito grande trabalho pela muita gente que nos seguia porque era muito grande a pressa que tinham por chegar a nos tocar e era tanta a inoportunidade deles sobre isto que passavam tr s horas que n o pod amos acabar com eles que nos deixassem Quando uma tribo suplicou a qu o espanh is n o partissem Cabe a de Vaca e seus acompanhantes fingiram zangar se Ent o aconteceu uma coisa estranha e foi que este mesmo dia adoeceram e outro dia seguinte morreram oito homens Por toda a terra onde isto se soube houve tanto medo de n s que parecia em nos ver que de te
238. ce a Face tinha uma necessidade imediata de lhe acreditar Possivelmente fora seu aspecto Levava um macaco gasto mas limpo Tinha o cabelo ligeiramente cinza e os olhos mais sinceros que vi em minha vida A estrela do Adamski se foi apagando com os anos mas publicou algum livro mais por sua conta e durante muito tempo foi uma grande atra o nas conven es de crentes em disco voador s A primeira hist ria de abdu o por extraterrestres do g nero moderno foi a da Betty e Barney Hill um casal de New Hampshire trabalhadora social ela e empregado de Correios ele Um dia de 1961 atravessavam a altas horas da noite as White Mountains quando a Betty pareceu ver um vni brilhante inicialmente como uma estrela que parecia segui los Ante o temor do Barney de ser v timas de um ataque abandonaram a estrada principal e se meteram por estreitos caminhos de montanha chegando a casa duas horas mais tarde que o previsto O experimento incitou a Betty a ler um livro que descrevia aos vnis como naves espaciais de outros mundos seus ocupantes eram homens pequenos que s vezes abduziam a humanos Pouco depois experimentou repetidas vezes um pesadelo aterrador em que ela e Barney eram abduzidos e levados a bordo de um vni Barney escutou como descrevia o sonho a uns amigos colegas de trabalho e investigadores volunt rios de vnis curioso que Betty n o comentasse o tema diretamente com seu marido Algo assim como uma semana depois da e
239. chave das elei es dependem profundamente da ci ncia e a tecnologia Tamb m dispusemos as coisas de modo que ningu m entenda a ci ncia e a tecnologia Isso uma garantia de desastre Poder amos seguir assim uma temporada mas antes ou depois esta mescla combust vel de ignor ncia e poder nos explorar na Face Uma vela na escurid o o t tulo de um livro valente com importante base b blica do Thomas Ady publicado em Londres em 1656 que ataca a ca a de bruxas que se realizava ent o como uma patranha para enganar s pessoas Qualquer enfermidade ou tormenta algo fora do ordin rio atribu a se popularmente bruxaria As bruxas devem existir Ady citava o argumento dos traficantes de bruxas como se n o existiriam ou chegariam a ocorrer essas coisas Durante grande parte de nossa hist ria t nhamos tanto medo do mundo exterior com seus perigos imprevis veis que nos abra vamos com alegria a algo que prometesse mitigar ou explicar o terror A ci ncia um intento em grande medida obtido de entender o mundo de conseguir um controle das coisas de alcan ar o dom nio de n s mesmos de nos dirigir para um caminho seguro A microbiologia e a meteorologia explicam agora o que faz s uns s culos se considerava causa suficiente para queimar a uma mulher na fogueira Ady tamb m advertia do perigo de que as na es pere am por falta de conhecimento A causa da mis ria humana evit vel n o est
240. ci ncia Ao mesmo tempo ineg vel que alguma figura central da transi o da supersti o medieval ci ncia moderna estava profundamente influenciada pela ideia de um Deus Supremo que criou o universo e estabeleceu n o s os mandamentos que devem respeitar os humanos mas tamb m leis que a pr pria natureza deve acatar O astr nomo alem o do s culo XVII Johannes Kepler sem o que a f sica newtoniana nunca teria chegado a existir descreveu sua busca cient fica como um desejo de conhecer a mente de Deus Em nossa poca cientistas importantes incluindo o Albert Einstein e Stephen Hawking h o descrito sua busca em t rminos quase id nticos O fil sofo Alfred North Whitehead e o historiador da tecnologia a China Joseph Needham tamb m sugeriram que o que faltava no desenvolvimento da ci ncia nas culturas n o ocidentais era o monote smo E entretanto acredito que h fortes prova que contradizem toda esta tese e nos chamam atrav s dos mil nios O pequeno grupo de ca adores segue o rastro de rastros de cascos e outras pistas Det m se um momento junto a um bosque de rvores De c coras examinam a prova mais atentamente O rastro que vinham seguindo se v cruzado por outro Rapidamente decide que animais s o os respons veis quantos s o que idade e sexo t m se houver algum ferido com que rapidez viaja quanto tempo faz que aconte am se os seguirem outros ca adores se o grupo pode alcan ar aos animais e se for a
241. cia seja qual seja sua verdadeira explica o Os relatos de abdu o por extraterrestres proporcionam uma janela inesperada para ver as vistas de alguns nossos compatriotas Uns correspondentes raciocinavam outros asseveravam outros arengavam outros estavam francamente perplexos outros profundamente turvados O artigo tamb m se interpretou bastante mal Um convidado a um programa de televis o Geraldo Rivera anunciou esgrimindo um exemplar do Parade que eu acreditava que receb amos visitas Um cr tico de v deos do Washington Post me citou dizendo que havia uma abdu o cada poucos segundos ignorando o tom ir nico e a frase seguinte surpreendente que n o o tenham notado mais vizinhos Raymond Moody destacou no New Age Journal e na introdu o de seu livro Encontros minha descri o cap tulo 6 de que em ocasi es me parecia ouvir as vozes de meus pais mortos o que descrevi como uma lembran a l cida como prova de que sobrevivemos morte O doutor Moody dedicou a vida a procurar provas de vida depois da morte Se meu testemunho for digno de ser chamado acredito que est claro que n o encontrou grande coisa Muitos correspondentes chegaram conclus o de que como eu tinha trabalhado na possibilidade de vida extraterrestre devia acreditar nos vnis ou inversa que se me mostrava c tico ante os vnis devia assinar a cren a absurda de que os humanos som os nicos seres inteligentes do
242. cia de prova n o prova de aus ncia um argumento especial frequentemente para salvar uma proposi o em um problema ret rico profundo P ex Como pode um Deus compassivo condenar tortura s gera es futuras porque contra suas ordens uma mulher induziu a um homem a comer uma ma Argumento especial n o entende a sutil doutrina do livre arb trio Ou Como pode haver um Pai Filho e Esp rito Santo igualmente divinos na mesma pessoa Argumento especial n o entende o mist rio divino da Muito santo Trindade Ou Como podia permitir Deus que os seguidores do juda smo cristianismo e isl obrigados cada um a seu modo a medidas heroicas de amabilidade afetuosa e compaix o perpetrassem tanta crueldade durante tanto tempo Argumento especial outra vez n o entende o livre arb trio E em todo caso os caminhos de Deus s o misteriosos pedir a pergunta chamado tamb m assumir a resposta P ex Devemos instituir a pena de morte para desalentar o crime violento Mas se reduz a taxa de delitos violentos quando se imp e a pena de morte Ou O mercado de a es sofreu ontem uma queda devido a um ajuste t cnico e a retirada de benef cios pelos investidores mas h alguma prova independente do papel causal do ajuste e retirada de benef cios ensinou nos algo esta explica o impl cita sele o da observa o chamada tamb m contagem de circunst ncias favor veis ou como o descreveu F
243. cia que outras S o preferentemente as que prosperam Com o tempo as mol culas no tubo de ensaio se fazem cada vez mais eficientes Estamos come ando a testemunhar a evolu o das mol culas Que percep o proporciona isto sobre a origem da vida por que o gelo ordin rio branco mas a geleira azul encontrou se vida muitos quil metros por debaixo da superf cie da Terra At que profundidade chega Uma lenda do povo dogon da rep blica do Mali segundo um antrop logo franc s diz que a estrela S rio tem uma estrela companheira extremamente densa S rio em realidade tem uma companheira assim embora se necessite uma astronomia muito sofisticada para detect la portanto 1 descendia o povo dogon de uma civiliza o esquecida possuidora de grandes telesc pios ptica e astrof sica te rica ou 2 foram instru dos por extraterrestres ou 3 ouviram algo os dogon sobre a pequena companheira an de S rio de um visitante europeu ou 4 se equivoca o antrop logo franc s e em realidade os dogon alguma vez tiveram essa lenda Por que tem que ser t o dif cil para os cientistas transmitir a ci ncia Alguns cientistas incluindo alguns muito bons me dizem que adorariam fazer divulga o mas carecem de talento para isso Dizem que saber e explicar n o o mesmo Qual o segredo Eu acredito que s h um n o falar com p blico em geral como algu m o faria com seus colegas cient ficos H t rminos
244. cias maci as e n o h multas por declarar falsamente ter sido abduzido por um vni Seja qual seja a raz o para empreender este caminho sem d vida deve ser muito mais satisfat rio convencer a outros de que algu m foi eleito por seres superiores para seus prop sitos enigm ticos que de ter encontrado por mera casualidade uma seringa hipod rmica em um refresco CAP TULO 9 TERAPIA um engano capital teorizar antes de ter dados Sem dar se conta a gente come a a deformar os fatos para que se adaptem s teorias em lugar de adaptar as teorias aos fatos Sherlock Holmes em Esc ndalo em Bo mia do Arthur Conan Doyle 1891 As lembran as verdadeiras pareciam fantasmas enquanto os falsos eram t o convincentes que substitu iam realidade Gabriel Garcia M rquez Estranhos peregrinos 1992 John Mack um psiquiatra da Universidade de Harvard ao que conhe o faz muitos anos H algo neste assunto dos vnis perguntou me faz tempo N o muito respondi eu Exceto no aspecto psiqui trico certamente Ele o estudou entrevistou a abduzidos e se converteu Agora aceita os relatos de abduzidos com convic o por qu N o procurava isso diz ele Nada em meus antecedentes me preparava para a hist ria da abdu o como extraterrestres O poder emocional destas experi ncias as faz totalmente convincentes Em seu livro Abdu es Mack prop e explicitamente a perigosa doutrina de que o poder ou i
245. cientistas s o estranhos socialmente ineptos trabalham em temas incompreens veis que nenhuma pessoa normal seria capaz de encontrar interessantes Embora estivesse disposta a investir o tempo necess rio coisa que certamente n o faria ningu m em seu s o julgamento Te dedique a viver dir lhes ia um de boa vontade Pedi um retrato contempor neo dos insetos estranhos de carne e osso da ci ncia a uma perita em meninos de onze anos que conhe o Devo assinalar que ela se limita a transmitir sem aceit los necessariamente os preju zos convencionais Levam o cintur o justo por debaixo das axilas Ficam protetores de pl stico nos bolsos da camisa para exibir uma formid vel cole o de canetas e l pis Levam uma calculadora program vel em uma capa especial do cintur o Todos levam culos grosas com a ponte do nariz quebrado e pego com esparadrapo Carecem de habilidades sociais e ignoram ou s o indiferentes a esta car ncia Quando riem sai lhes um ronco Balbuciam entre eles em uma linguagem incompreens vel Aferram se oportunidade de trabalhar mais para conseguir uma nota mais alta em todas as disciplinas exceto em gin stica Olham s pessoas normais por cima do ombro e estes a sua vez riem deles A maioria t m nomes como Norman Na conquista normanda uma horda de loucos desses com cintur o alto bolso com amparo providos de calculadora e com os culos roda participou da invas o da Inglaterra H mais menin
246. cit de pressuposto t o enorme 2 terreno escorregadio relacionado com a exclus o do meio P ex Se permitirmos o aborto nas primeiras semanas de gravidez ser imposs vel impedir a morte de um beb formado Ou ao contr rio Se o Estado nos pro be abortar embora seja no nono m s logo nos come ar a dizer o que temos que fazer com nosso corpo no momento da concep o confus o de correla o e causa P ex Algu m pesquisa mostra que h mais homossexuais entre os licenciados universit rios que entre os de menor educa o em consequ ncia a educa o faz homossexual s pessoas Ou Os terremotos andinos est o correlacionados com aproxima es mais pr ximas do planeta Urano em consequ ncia apesar da aus ncia de uma correla o assim para o planeta mais pr ximo e mais imponente J piter o segundo causa o primeiro homem de palha caricaturar uma postura para facilitar o ataque P ex Os cientistas sup em que os seres vivos se formaram juntos por acaso uma formula o que ignora deliberadamente a principal ideia darwiniana que a natureza avan a conservando o que funciona e descartando o que n o Ou e isso tamb m uma fal cia a largo corto agrado os defensores do meio ambiente se preocupam mais pelos carac is que pelas pessoas prova suprimida ou meia verdade P ex Aparece em televis o uma profecia surpreendentemente precisa e amplamente citada do intento de as
247. com o estado ontol gico da pessoa com quem fala n o importa N o se trata disso Trata se de que os humanos se comportam como humanos Mais de um ter o dos adultos dos Estados Unidos acredita que estabeleceu contato a algum n vel com os mortos Os n meros parecem ter aumentado quinze por cento entre 1977 e 1988 Um quarto dos americanos acredita na reencarna o Mas isso n o significa que esteja disposto a aceitar as pretens es de um m dium que declara comunicar se com os esp ritos dos seres queridos defuntos quando sou consciente de que nesta pr tica abunda a fraude Sei at que ponto desejo acreditar que meus pais s abandonaram o envolt rio de seus corpos como os insetos ou serpentes que mudam e foram a outro s tio Entendo que esses sentimentos podem me fazer presa f cil de um fraude pouco elaborado como tamb m a pessoas normais pouco familiarizadas com seu inconsciente ou aquelas que sofrem um transtorno psiqui trico dissociativo A contra gosto recorro a minhas reservas de ceticismo Como pergunto me que os canalizadores alguma vez nos d o uma informa o verific vel que n o se possa alcan ar de outro modo por que Alexandre Magno alguma vez nos fala da localiza o exata de sua tumba Fermat de seu ltimo teorema John Wilkes Booth da conspira o para assassinar ao Lincoln ou Hermann Goring do inc ndio do Reichstag por que S focles Dem crito e Aristarco n o nos ditam seus livros perdidos Acaso
248. como funciona um motor de autom vel ou a limpeza de um combust vel f ssil comparado com outro Muitos museus que dizem ser de ci ncia s o em realidade de tecnologia e medicina Muitas exposi es de biologia ainda t m medo de mencionar a ideia chave da biologia moderna a evolu o Os seres se desenvolvem ou surgem mas nunca evoluem tira se import ncia aus ncia de humanos no registro f ssil de estratos N o nos ensina nada da pr xima identidade anat mica e de DNA entre os humanos e os chimpanz s ou gorilas N o se mostra nada sobre as mol culas org nicas complexas no espa o ou em outros mundos nem sobre experimentos que ensinem como se forma a mat ria viva em enormes quantidades nas atmosferas conhecidas de outros mundos e a presuntiva atmosfera da Terra primitiva Uma exce o not vel o Museu de Hist ria Natural do Instituto Smithsoniano apresentou em uma ocasi o uma exposi o memor vel sobre a evolu o Come ava com duas baratas em uma cozinha moderna com botes de cereais abertos e outros mantimentos Depois de umas semanas o lugar se encheu de baratas mont es por toda parte que competiam pela comida dispon vel que agora era pouca Ficava claro o benef cio heredit rio a longo prazo de uma barata um pouco mais adaptada que suas competidoras Muitos planet rios ainda se dedicam a assinalar as constela es em lugar de viajar a outros mundos e ilustrar a evolu o de gal xias estrelas e plane
249. confessou tinha o inventado tudo Tudo vinha de sua inf ncia solit ria e seu pouco xito nas rela es com as mulheres Tinha escurecido e posteriormente esquecido os limites entre a realidade e a imagina o Incorporar detalhes plaus veis para ir tecendo uma rica tape aria sobre outros mundos era um desafio emocionante desculpava se de ter levado ao Lindner por aquele caminho de rosas por que perguntou lhe o psiquiatra por que simulava por que insistia em me dizer Porque sentia que devia faz lo respondeu o f sico Porque sentia que era o que voc queria Kirk e eu intercambiamos os pap is explicou Lindner e em um desses desenlaces que fazem de meu trabalho uma dedica o imprevis vel maravilhosa e cheia de compensa es a loucura que compartilh vamos se desmoronou Utilizei a racionaliza o do altru smo cl nico para fins pessoais e desse modo ca na armadilha que espreita a todos os terapeutas da mente incautos At que Kirk Aliem entrou em minha vida eu nunca tinha duvidado de minha estabilidade Sempre tinha pensado que as aberra es mentais eram coisa dos outros Envergonha me esta superioridade Mas agora quando escuto desde minha poltrona atr s do div sou consciente de algo novo Sei que a linha que separa a poltrona do div muito fina Sei que ao fim e ao cabo o que determina finalmente quem deve tombar se no div e quem deve sentar se detr s n o mais que um
250. convidaram lhe a falar em uma assembleia Naquele tempo no Norte n o era estranho escutar aos grandes oradores do dia quer dizer brancos insultando contra a escravid o Mas inclusive muitos dos que se opunham escravid o consideravam os escravos algo inferiores aos humanos A noite de 16 de agosto de 1841 na pequena ilha do Nantucket os membros da Sociedade Antiescravista do Massachussets principalmente qualquer inclinaram se para frente em seus assentos para escutar algo novo uma voz que se opunha escravid o de algu m que a conhecia por amarga experi ncia pessoal Seu mero aspecto e porte destru a o mito ent o prevalecente do servilismo natural dos afro americanos Ao dizer de todos sua eloquente an lise dos males da escravid o foi uma das estreias mais brilhantes na hist ria da orat ria americana Willam Lloyd Garrison o principal abolicionista do dia estava sentado em primeira fila Quando Douglas terminou seu discurso Garrison se levantou voltou se para a assombrada audi ncia e os desafiou com uma pergunta a gritos Acabamos de escutar a uma coisa um bem m vel pessoal ou a um homem Um homem Um homem respondeu a audi ncia com uma s voz pode se manter a um homem assim como escravo em uma terra crist perguntou Garrison N o N o gritou a audi ncia e ainda mais alto Garrison inquiriu poder se ia obrigar a um homem assim a voltar para a escravid o da terra livre
251. cos Uma m e e sua filha de Esc cia afirmavam que podiam captar imagens da mente da outra Para submeter se s provas decidiram jogar s cartas que o que estavam acostumados a fazer em casa Eu as deixei escolher a habita o em que se faria a prova e me assegurei de que a receptora n o visse as cartas da outra Fracassaram N o puderam acertar mais do que predizia a casualidade e ficaram terrivelmente decepcionadas Tinham acreditado sinceramente que eram capazes de faz lo e eu comecei a ver que f cil que nos engane nosso pr prio desejo de acreditar Tive experi ncias similares com v rios paranormais meninos que afirmavam que podiam mover objetos psicocineticamente e outros que diziam ter poderes telep ticos Todos falharam Agora mesmo tenho um n mero de cinco d gitos uma palavra e um objeto pequeno na cozinha de minha casa O lugar e os objetos foram escolhidos por um jovem que pretende v los quando viaja fora de seu corpo Faz tr s anos que est o ali embora trocados regularmente de s tio De momento entretanto n o o conseguiu Telepatia significa literalmente sentir a dist ncia igual a telefone ouvir dist ncia e televis o ver dist ncia a palavra n o sugere a comunica o de pensamentos mas sim de sentimentos e emo es ao redor de um quarto de milh o de americanos acreditam ter experiente algo assim como a telepatia As pessoas que se conhecem bem umas a outras que vi
252. cou onde alguns membros da Partida Comunista generais retirados e uns quantos intelectuais privilegiados tinham sua casa do ver o O ar estava eletrizado com a perspectiva de novas liberdades especialmente o direito a expressar uma opini o embora n o fora do agrado do governo Florescia a legend ria revolu o de nascentes expectativas Mas apesar da glasnost as d vidas estavam muito estendidas Permitiriam realmente os que detinham o poder que se ouvisse a voz de seus cr ticos permitir se ia realmente a liberdade de express o de reuni o de imprensa de religi o Seria capaz um povo sem experi ncia de liberdade de suportar a carga que esta representa Alguns cidad os sovi ticos presentes no jantar tinham lutado durante d cadas e contra for as superiores pelas liberdades que a maioria dos americanos d o por supostas certamente se tinham inspirado no experimento americano uma demonstra o no mundo real de que as na es inclusive as multiculturais e multi tnicas podiam sobreviver e prosperar com essas liberdades razoavelmente intactas Chegaram ao extremo de expor a ideia de que a prosperidade era devida liberdade que em uma era de alta tecnologia e mudan a r pida ambas as coisas prosperam ou decaem de uma vez que a abertura da ci ncia e a democracia sua vontade de ser julgadas mediante o experimento eram maneiras de pensar estreitamente unidas Houve muitos brinde como sempre ocorre nos jantares nessa par
253. d uma maior influencia em nosso futuro E se nossa ing nua autoconfian a fica um pouco escavada no processo t o grande a perda em realidade N o h motivo para lhe dar a bem vinda como uma experi ncia que faz maturar e imprime car ter Descobrir que o universo tem de oito mil a quinze bilh es de anos e n o de seis mil a doze mil melhora nossa aprecia o de seu alcance e grandeza manter a ideia de que somos uma disposi o particularmente complexa de tomos e n o uma esp cie de h lito de divindade aumenta quando menos nosso respeito pelos tomos descobrir como agora parece poss vel que nosso planeta um dos milhares de milh es de outros mundos na gal xia da Via L ctea e que nossa gal xia uma entre milhares de milh es mais aumenta majestosamente o campo do poss vel encontrar que nossos antepassados tamb m eram os ancestrais dos macacos nos vincula ao resto de seres vivos e d p a importantes reflita embora s vezes lament vel sobre a natureza humana Simplesmente n o h volta atr s N s gostemos ou n o estamos atados ci ncia O melhor seria lhe tirar o m ximo proveito Quando finalmente o aceitarmos e reconhe amos plenamente sua beleza e poder encontrar nos emos com que tanto em assuntos espirituais como pr ticos sa mos ganhando Mas a supersti o e a pseudoci ncia n o deixam de interpor se no caminho para distrair a todos os Buckley que h entre n s proporcionar resposta
254. da palavra e aprender uma s rie de normas r gidas e arbitr rias de gram tica Se a gente est condicionado pela aus ncia de apoio b sico familiar ou tem cansado em muito raiva neglig ncia explora o perigo e dio a si mesmo pode chegar perfeitamente conclus o de que aprender a ler costa muito e n o vale a pena esfor ar se Se a gente receber repetidamente a mensagem de que muito est pido para aprender ou o equivalente funcional muito enrolado para aprender e se n o haver ningu m que lhe contradiga poderia aceitar perfeitamente este pernicioso conselho Sempre h alguns meninos como Frederick Bailey que vencem ao destino S o muitos os que n o o fazem Mas al m de todo isso se a gente for pobre h uma maneira insidiosa de criar outra dificuldade no esfor o por ler e inclusive pensar Ann Druyan e eu vamos de fam lias que conheceram a pobreza Mas nossos pais eram leitores apaixonados nossa av aprendeu a ler porque seu pai um pobre granjeiro trocou um saco de cebolas por livros a um professor itinerante passou se os cem anos seguintes lendo A nossos pais tinham metido na cabe a a higiene pessoal e a teoria microbiana da enfermidade nas escolas p blicas de Nova Iorque Seguiam as prescri es sobre nutri o infantil que recomendava o Departamento de Agricultura como se as tivessem entregue no monte Sinai O livro do governo sobre sa de p blica que t nhamos estava pego por toda parte porq
255. dade e fantasia est louco Muitos de n s estamos em algum lugar entre ambos Abduzido afirmam com frequ ncia haver visto extraterrestres em sua inf ncia entrando pela janela ou escondidos sob a cama ou no arm rio Mas os meninos contam hist rias similares em todo mundo com fadas elfos duendes fantasmas bruxas fantasias de diabo e uma rica variedade de amigos imagin rios Devemos pensar que h dois grupos diferentes de meninos um que v seres terrenos imagin rios e o outro que v extraterrestres genu nos N o mais razo vel pensar que os dois grupos est o vendo ou alucinando o mesmo A maioria de n s recordamos ter tido medo aos dois anos ou mais de monstros totalmente imagin rios mas que pareciam reais especialmente de noite ou na escurid o Eu ainda lembran a ocasi es em que me sentia t o absolutamente aterrorizado que me escondia sob as mantas e quando n o o podia suportar mais corria para a seguran a do quarto de meus pais se que conseguia chegar antes de cair nas garras de a Presen a O desenhista americano Gary Larson que trata o g nero de terror escreve em um de seus livros a seguinte dedicat ria Quando era pequeno nossa casa estava cheia de monstros Viviam nos arm rios debaixo da cama no desv o no por o e quando obscurecia em todas partes Dedico este libero a meu pai que me manteve a salvo de todos eles Possivelmente os terapeutas de abdu es deveriam tira
256. dade externa mais que interna Do cinco aos dez por cento das pessoas s o extremamente sugestion veis capazes de entrar em um profundo transe hipn tico a uma ordem Aproximadamente dez por cento dos americanos declara ter visto um ou mais fantasmas Este n mero superior ao dos que dizem recordar ter sido abduzidos por extraterrestres aproximadamente igual ao dos que afirmaram ter visto um ou mais vnis e inferior ao n mero dos que a ltima semana de presid ncia do Richard Nixon antes de que demitisse para evitar o processamento pensavam que sua tarefa como presidente era de boa a excelente Ao menos um por cento de todos n s esquizofr nico Isto soma mais de cinquenta milh es de esquizofr nicos no planeta mas por exemplo que a popula o da Inglaterra Em seu livro de 1970 sobre pesadelos o psiquiatra John Mack sobre o que direi algo mais escreve H um per odo na mais tenra inf ncia em que os sonhos se consideram reais e o menino considera os acontecimentos transforma es gratifica es e amea as que os comp em como uma parte de sua vida cotidiana real igual s experi ncias vividas durante o dia A capacidade de estabelecer e manter distin es claras entre a vida dos sonhos e a vida no mundo exterior dif cil de alcan ar e se demora uns anos em domin la n o completando se nem sequer em meninos normais antes dos oito ou dez anos particularmente dif cil que o menino dada a vividez e a pre
257. dade extremamente conservadora em que se sobressa a muito mais a estabilidade que a liberdade e em que os governantes tinham um poderoso interesse pessoal em n o ser desafiados Acredito que a maioria dos cientistas diriam melhor ser muito c ticos que muito cr dulos Mas nenhum dos dois caminhos f cil O ceticismo respons vel minucioso e rigoroso requer um h bito de pensamento cujo dom nio exige pr tica e prepara o A credulidade acredito que aqui melhor a palavra abertura mental ou assombro tampouco chega facilmente Se realmente queremos estar abertos a ideias n o intuitivas em f sica organiza o social ou qualquer outra coisa devemos as entender N o tem nenhum valor estar aberto a uma proposi o que n o entendemos Tanto o ceticismo como o assombro s o habilidades que requerem aten o e pr tica Seu harmonioso matrim nio dentro da mente de tudo escolar deveria ser um objetivo principal da educa o p blica eu adoraria ver uma felicidade tal retratada nos meios de comunica o especialmente a televis o uma comunidade de gente que aplicasse realmente a mescla de ambos os casos cheios de assombro generosamente abertos a toda ideia sem recha ar nada se n o ser por uma boa raz o mas ao mesmo tempo e como algo inato exigindo n veis estritos de prova e aplicasse os padr es ao menos com tanto rigor para o que gostam como ao que se sentem tentados a recha ar CAP TULO
258. de com sua estrutura mantida de um modo distinto s outras estrelas n o por press o de g s nem por degenera o de el trons mas sim por for as nucleares Em certo sentido um n cleo at mico de mais de dez quil metros de extens o Bem sustento que isso uma ideia ao menos t o estranha como a do radiofarol de navega o interestelar A resposta do que um pulsar tinha que ser algo terrivelmente estranho N o uma civiliza o extraterrestre algo mais mas alguma coisa mais que nos abre os olhos e a mente e nos indica possibilidades insuspeitadas na natureza Anthony Hewish ganhou o Pr mio Nobel de F sica pelo descobrimento dos pulsar O experimento Osma original a primeira busca intencional por r dio de intelig ncia extraterrestre o programa COLOQUE Megachamel Extraterrestrial Assay da Universidade de Harvard Sociedade Planet ria a investiga o da Universidade Estatal de Ohio o projeto SERENDIP da Universidade da Calif rnia Berkeley e muitos outros detectaram sinais an malos do espa o que fazem palpitar um pouco o cora o do observador Por um momento pensamos que captamos um sinal genu no de origem inteligente al m de nosso sistema solar Em realidade n o temos a menor ideia do que porque o sinal n o se repete Uns minutos depois ao dia seguinte ou anos depois um excurs o o mesmo telesc pio para o mesmo ponto do c u com a mesma frequ ncia largo de banda polariza o e todo o resto e n
259. de Defesa como os minist rios similares de todas as na es prosperam com inimigos reais ou imagin rios N o tem nenhum sentido pensar que a exist ncia de um advers rio como este seja oculta pela organiza o que mais se beneficiaria de sua presen a A posi o geral posterior guerra fria dos programas espaciais militar e civil dos Estados Unidos e outras na es falam poderosamente contra a ideia de que haja extraterrestres entre n s a n o ser certamente que tamb m se oculte a not cia aos que planejam a defesa nacional Igual a h quem aceita com convic o qualquer relat rio sobre vnis ter los que descartam a ideia de visitas extraterrestres de entrada e com grande paix o Dizem que desnecess rio examinar as provas e acient fico considerar sequer o tema Em uma ocasi o colaborei na organiza o de um debate p blico na reuni o anual da Associa o Americana para o Avan o da Ci ncia entre cientistas partid rios e oponentes da proposta de que alguns vnis eram naves espaciais depois disso um distinto f sico cuja opini o em muitos outros assuntos eu respeitava amea ou me me denunciando vice presidente dos Estados Unidos se insistia em tal loucura Contudo o debate se manteve e se publicou os temas ficaram um pouco mais esclarecidos e n o recebi not cias do Spiro T Agnew Um estudo de 1969 da Academia Nacional de Ci ncias embora reconhecendo que havia informe n o facilmente ex
260. de anos do Imp rio romano oriental vem dele Morreu no ano 337 No s culo IX come aram a aparecer refer ncias Doa o do Constantino nos escritos crist os nela Constantino leiga a seu contempor neo a batata Silvestre I todo o Imp rio romano ocidental inclu da Roma Este pequeno presente conforme contava a hist ria devia se gratid o do Constantino que se curou da lepra gra as a Silvestre No s culo XI as batatas se referiam com regularidade Doa o do Constantino para justificar suas pretens es de ser governantes n o s eclesi sticos mas tamb m tamb m seculares da It lia central Ao longo da Idade M dia a Doa o se considerou genu na tanto por parte dos que apoiavam as pretens es tempor rias da Igreja como dos que se opunham Lorenzo de Cerca era um pol grafo do Renascimento italiano Um homem controvertido brusco cr tico arrogante e pedante que foi atacado por seus contempor neos por sacril gio impudic cia temeridade e presun o entre outras imperfei es Depois de concluir que por raz es gramaticais o credo dos ap stolos n o podia ter sido escrito realmente pelos doze ap stolos a Inquisi o lhe declarou herege e s a interven o de seu mecenas Alfonso rei de N poles impediu que fora imolado Inexequ vel ao desalento em 1440 publicou um tratado demonstrando que a Doa o do Constantino era uma spera falsifica o A linguagem do documento equivalia ao latim cortes o do
261. de bruxaria n o podiam basear se em alucina es por exemplo nas tentativas desesperadas de satisfazer os inquisidores e deter a tortura Neste caso explicava o juiz de bruxas Pierre de Lancre em seu livro de 1612 Descri o da Inconst ncia dos anjos Maus a Igreja cat lica estaria cometendo um grande crime por queimar bruxas Em consequ ncia os que advogam estas possibilidades atacam a Igreja e cometem ipso facto um pecado mortal Se castigava aos cr ticos das fogueiras de bruxas e em alguns casos tamb m estes morriam na fogueira Os inquisidores e torturadores realizavam o trabalho de Deus Estavam salvando almas aniquilando os dem nios N o se podiam equivocar As confiss es de bruxaria n o podiam apoiar se em alucina es por exemplo ou em intentos se desesperados para satisfazer aos inquisidores e deter a tortura Neste caso explicava o juiz de bruxas Pierre do Lancre em seu livro de 1612 Descri o da inconst ncia dos anjos maus a Igreja cat lica estaria cometendo um grande crime por queimar bruxas Em consequ ncia os que exp em estas possibilidades atacam Igreja e cometem ipso facto um pecado mortal castigava se aos cr ticos das queimas de bruxas e em alguns casos tamb m eles morriam na fogueira Os inquisidores e torturantes realizavam o trabalho de Deus Estavam salvando almas aniquilando aos dem nios Certamente a bruxaria n o era a nica ofensa merecedora de tortura e queima na fogueira A he
262. de de um menino de doze anos Entretanto segundo conta o historiador Peter Kuznick da Universidade Americana um grupo de cientistas proeminentes entre os que se encontravam Harold Urey e Albert Einstein defendia a apresenta o da ci ncia por si s n o como o caminho para os objetos de consumo venda com o fim de destacar o m todo de pensamento e n o s os produtos da ci ncia Estavam convencidos que a compreens o popular da ci ncia era o ant doto da supersti o e o fanatismo que como disse o divulgador cientista Watson Davis o caminho cient fico o caminho da democracia Um cientista incluso chegou a sugerir que se se ampliava a aprecia o do p blico pelos m todos da ci ncia poder se ia conseguir uma conquista final da estupidez um objetivo merit rio mas provavelmente irrealiz vel Tal como aconteceram os fatos as exposi es da Feira logo que exibiam ci ncia real apesar dos protestos dos cientistas e suas chamadas a altos princ pios E entretanto parte do pouco que havia me chamou profundamente a aten o e contribuiu a transformar minha inf ncia Mas o enfoque central seguia sendo o de empresa e de consumo e n o havia essencialmente nada sobre a ci ncia como maneira de pensar menos ainda como baluarte de uma sociedade livre Exatamente meio s culo depois nos anos finais da Uni o Sovi tica Ann Druyan e eu nos encontr vamos jantando no Peredeikino um povo dos sub rbios de Mos
263. de ler nem entender material muito singelo menos ainda um livro de texto de sexto curso um manual de instru es um hor rio de nibus uma declara o de hipoteca ou uma papeleta de voto E enquanto os livros de texto de sexto curso de hoje em dia apresentam um desafio muito menor que os de faz umas d cadas a exig ncia de alfabetiza o no trabalho se feito muito maior que nunca Os mecanismos da pobreza a ignor ncia a desesperan a e a baixa autoestima se mesclam para criar uma esp cie de m quina de fracasso perp tuo que vai reduzindo os sonhos de gera o em gera o Todos suportamos o custo de mant la funcionando O analfabetismo seu eixo essencial Embora tenhamos o cora o endurecido ante a vergonha e a mis ria que experimentam as v timas o custo do analfabetismo para todos muito alto o custo em gastos m dicos e hospitaliza o o custo em crime e pris es o custo em educa o especial o custo em baixa produtividade e em mentes potencialmente brilhantes que poderiam ajudar a resolver os problemas que nos preocupam Frederick Douglas demonstrou que a alfabetiza o o caminho que leva da escravid o liberdade H muitos tipos de escravid o e muitos tipos de liberdade Mas ler segue sendo o caminho Frederick Douglas depois da fuga Quando tinha apenas vinte anos fugiu para a liberdade instalou se em New Bedford com sua esposa Anna Murray e trabalhou como jornaleiro comum Quatro anos depois
264. de movimento e a lei de quadrado inverso de gravita o associadas com o nome do Isaac Newton est o consideradas com raz o entre os m ximos lucros da esp cie humana Trezentos anos depois utilizamos a din mica newtoniana para predizer os eclipses Anos depois do lan amento a milhares de milh es de quil metros da Terra com apenas pequenas corre es do Einstein a espa onave chega de maneira magn fica a um ponto predeterminado na rbita do objetivo enquanto o mundo vai movendo se lentamente A precis o assombrosa Simplesmente Newton sabia o que fazia Mas os cientistas n o se conformaram deixando como estava Procuraram com persist ncia gretas na armadura newtoniana A grande velocidade e forte gravidade a f sica newtoniana se derruba Este um dos grandes descobrimentos da relatividade especial e general do Albert Einstein e uma das raz es pelas que se honra de tal modo sua mem ria f sica newtoniana v lida em um amplo espectro de condi es incluindo as da vida cotidiana Mas em certas circunst ncias altamente incomuns para os seres humanos ao fim e ao cabo n o temos o h bito de viajar a velocidade pr xima a da luz simplesmente n o d a resposta correta n o acorde com as observa es da natureza A relatividade especial e geral indistingu vel da f sica newtoniana em seu campo de validez mas fazem predi es muito diferentes predi es em excelente acordo com a observa o ness
265. de uma linha que diz informou de um vni a baixa altitude seguido de dois ter os de p gina tachados A ANS sustenta que comunicar o resto da p gina comprometeria potencialmente as fontes e m todos ou ao menos alertaria na o em quest o do livremente que se intercepta seu tr fico de r dio de avia o Se a ANS comunicasse transmiss es circundantes aparentemente in cuas do avi o torre seria poss vel que a na o em quest o constatasse que se escutam seus di logos de controle de tr fico a reo militar e passassem a modos de comunica o saltos de frequ ncia por exemplo que dificultariam as intercepta es da ANS Mas compreens vel que os que sustentam a teoria da conspira o dos vnis ao receber em resposta a suas demandas da LLI d zias de p ginas de material com quase tudo tachado deduzam que a ANS possui ampla informa o sobre os vnis e que participa de uma conspira o de sil ncio Falando extraoficialmente com oficiais da ANS me contaram a seguinte historia informe os mais t picos som de avi es militares ou civis que comunicam por r dio que veem um vni o que quer dizer que veem um objeto n o identificado no espa o a reo circundante Pode ser inclusive um avi o americano em miss o de reconhecimento ou em miss es de distra o Na maioria dos casos algo muito mais ordin rio e a elucida o tamb m se comunica em posteriores informe da ANS Pode usar uma l gica similar p
266. debate substancial e a san o social contra o ceticismo nossas liberdades podem ir se erodindo lentamente e nossos direitos ficar subvertidos Os fundadores o entenderam muito bem O momento de estabelecer todos os direitos essenciais sobre uma base legal agora quando nossos governantes s o honestos e n s estamos unidos disse Thomas Jefferson Quando concluir esta guerra revolucion ria nosso caminho ser costa abaixo Ent o n o ser necess rio recorrer em todo momento ao povo para procurar apoio Em consequ ncia esquec lo o e se ignorar o seus direitos Esquecer se o deles mesmos exceto na faculdade de ganhar dinheiro e nunca pensar o em unir se para emprestar o respeito devido a seus direitos assim os grilh es que n o ser o destru dos conclus o desta guerra permanecer o comprido tempo sobre n s e se ir o fazendo cada vez mais pesados at que nossos direitos renas am ou expirem em uma convuls o A educa o sobre o valor da livre express o e as demais liberdades que garante a Declara o de Direitos sobre o que ocorre quando n o se t m e sobre como as exercer e as proteger deveria ser um requisito essencial para ser cidad o americano ou em realidade cidad o de qualquer na o com mais raz o quando estes direitos est o desprotegidos Se n o podermos pensar por n s mesmos se formos incapazes de questionar a autoridade somos pura massa em m os dos que exercem o poder Mas se os cidad
267. depredadores mais perigosos Utens lios e estrat gias de ca a e pesca Armas Sexismo end mico Xenofobia e etnocentrismo E se Ramtha viesse da grande civiliza o da Atl ntida onde est o os detalhes lingu sticos hist ricos tecnol gicos e demais Como escreviam Que nos diga isso Em troca s nos oferecem homilias banais Aqui h para tomar outro exemplo uma s rie de informa es canalizadas n o atrav s de uma pessoa anci morta mas sim de entidades n o humanas desconhecidas que fazem c rculos nos cultivos tal como a registrou o jornalista Jim Schnabel Produz nos ansiedade esta na o pecadora que pulveriza mentiras sobre n s N o vamos em m quinas n o aterrissamos em sua terra em m quinas Vamos como o vento Somos a For a de Vida For a de Vida que procede da terra Venham Estamos s a um sopro de ar a um sopro de ar n o a um milh o de quil metros uma For a de Vida que maior que as energias de seu corpo Mas nos encontramos em um n vel de vida superior N o necessitamos nome Somos paralelos a seu mundo junto a seu mundo Os muros t m cansado Dois homens se levantar o do passado o grande urso o mundo estar em paz A gente disposta aten o a essas fantasias pueris sobre tudo porque prometem um pouco parecido religi o de outros tempos especialmente vida depois da morte inclusive vida eterna Um panorama muito diferente de um pouco parecido vida eterna
268. des Virtualmente n o se questionou a realidade externa dos dem nios da antiguidade at finais da poca medieval Maim nides negava sua exist ncia mas uma maioria lhe esmaguem dos rabinos acreditavam em dybbuks Um dos poucos casos que pude encontrar em que inclusive se chega a insinuar que os dem nios poderiam ser internos gerados em nossas mentes quando perguntou a Abba Poemen um dos Pais do Deserto da primeira Igreja Como lutam contra mim os dem nios Os dem nios lutam contra ti perguntou a sua vez o pai Poemen S o nossas pr prias vontades as que se convertem em dem nios e nos atacam As atitudes medievais sobre ncubos e s cubos estavam influenciadas pelo Coment rio sobre o sonho do Escipi o de Macr bio escrito no s culo XIV do que se fizeram d zias de edi es antes da Ilustra o europeia Macr bio descreveu os fantasmas que se viam no momento entre a vig lia e o torpor O sonhador imagina aos fantasmas como depredadores Macr bio tinha um torcido c tico que os leitores medievais tendiam a ignorar A obsess o com os dem nios come ou a alcan ar um crescendo quando em sua famosa Bula de 1484 a batata Inoc ncio VIII declarou chegou a nossos ouvidos que membros de ambos os sexos n o evitam a rela o com anjos maus ncubos e s cubos e que mediante suas bruxarias conjuros e feiti os sufocam extinguem e estragam as ilumina es das mulheres al m de gerar outras muit
269. deu voc de minha insist ncia em que h um drag o em minha garagem que estou mal da cabe a Perguntar se se n o poder aplicar se nenhuma prova f sica o que foi o que me convenceu A possibilidade de que fora um sonho ou alucina o entraria certamente em seu pensamento Mas ent o por que falo t o a s rio Talvez necessito ajuda Como m nimo pode ser que tenha infra valorizado a falibilidade humana Imaginemos que apesar de que nenhuma das provas teve xito voc deseja mostrar se escrupulosamente aberto Em consequ ncia n o recha a imediatamente a ideia de que haja um drag o que cospe fogo pela boca em minha garagem Simplesmente deixa a em suspense A prova atual est francamente em contra mas se surgir algum novo dado est disposto a examin lo para ver se lhe convence Certamente pouco razo vel por minha parte me ofender porque n o me crie ou lhe criticar por ser um pesado pouco imaginativo simplesmente porque voc pronunciou o veredicto escoc s de n o demonstrado Imaginemos que as coisas tivessem ido de outro modo O drag o invis vel de acordo mas aparecem rastros na farinha quando voc olhe Seu detector de infravermelhos registra algo A pintura do spray revela uma crista dentada no ar diante de voc Por muito c tico que se possa ser quanto exist ncia de drag es por n o falar de seres invis veis agora deve reconhecer que aqui h algo e que em princ pio coerente com
270. dia n o estava bastante protegida pensava Jefferson dos inevit veis abusos de poder dos que o exercem Defendeu a liberdade de express o em parte para que se pudessem expressar inclusive as opini es mais impopulares com o fim de poder oferecer a considera o separa es da sabedoria convencional Pessoalmente era um homem do mais amistoso pouco disposto a criticar nem sequer a seus inimigos mais encarni ados No vest bulo do Monticello exibia um busto de seu arqui advers rio Alexander Hamilton Apesar de tudo acreditava que o h bito do ceticismo era um requisito essencial para uma cidadania respons vel Arguia que o custo da educa o corriqueira comparada com o custo da ignor ncia de deixar o governo aos lobos Acreditava que o pa s s est seguro quando governa 0 povo Parte da obriga o do cidad o n o deixar se intimidar nem resignar se ao conformismo Desejaria que o juramento de cidadania que se toma aos imigrantes e a ora o que os estudantes recitam diariamente inclu ram algo assim como Prometo questionar tudo o que me digam minhas l deres Seria um equivalente real do argumento do Thomas Jefferson Prometo utilizar minhas faculdades cr ticas Prometo desenvolver minha independ ncia de pensamento Prometo me educar para poder fazer minha pr pria valoriza o Tamb m eu gostaria que se jurasse a lealdade Constitui o e a Declara o de Direitos como faz o presidente ao jurar o cargo
271. din ria demanda de tulipas holandeses patranhas que enganaram a ricos e titulados de muitas na es uma legi o de alquimistas incluindo a comovedora hist ria do senhor Kelly e o doutor Dee e o filho de oito anos do Dee Arthur induzido por seu desesperado pai a comunicar se com o mundo dos esp ritos observando um cristal dolorosos relatos de profecias incumpridas adivinha es e predi es da sorte persegui o de bruxas casas encantadas a admira o popular de grandes ladr es e muitas coisas mais Estava tamb m o entretido retrato do conde do St Germain que saiu para jantar com a alegre pretens o de que tinha vivido durante s culos se n o era realmente imortal Quando durante o jantar algu m expressou sua incredulidade ante o relato de suas conversa es com o Ricardo Cora o de Le o voltou se para seu criado para que o confirmasse Esquece senhor foi a resposta que eu s levo quinhentos anos a seu servi o Ah verdade disse St Germain isto foi antes de seu tempo Um chamativo cap tulo sobre as Cruzadas come ava assim Cada poca tem sua loucura particular um plano projeto ou fantasia ao que se lan a esporeada j seja por amor do ganho necessidade de excita o ou mera for a de imita o Se lhe faltar isso sofre certa loucura a que se v aguilhoada por causas pol ticas ou religiosas ou ambas combinadas A edi o que li a primeira vez ia adornada com uma entr
272. do com o pijama empapado de suor e o cora o palpitante Como se pode saber quando algu m s imagina Fiquei contemplando as guas cinzas at que se fez de noite e me mandaram a me lavar as m os para jantar Para minha del cia meu pai tomou em bra os Podia notar o frio do mundo exterior contra sua barba de um dia Um domingo daquele mesmo ano meu pai me tinha explicado com paci ncia o papel do zero como ponto de origem em aritm tica os nomes de som malicioso dos n meros grandes e que n o existe o n mero maior Sempre pode acrescentar mais um dizia De repente me entrou uma compuls o infantil de escrever em sequ ncia todos os n meros inteiros do um aos mil N o t nhamos nenhuma caderneta de papel mas meu pai me ofereceu o mont o de cart es cinzas que guardava quando lhe traziam as camisas da lavanderia Comecei o projeto com entusiasmo mas me surpreendeu qu o lento era Quando me encontrava ainda nas centenas mais baixas minha m e anunciou que era a hora do banho Fiquei desconsolado Tinha que chegar a mil Interveio meu pai que toda a vida atuou de mediador se me submetia ao banho sem pigarrear ele continuaria a sequ ncia por mim Eu n o cabia em mim de contente Quando sa do banho j estava perto do novecentos e assim pude chegar a mil s um pouco depois da hora habitual de me deitar A magnitude dos n meros grandes nunca deixou de me impressionar Tamb m em 1939 meus pais levaram me a Feira Mundial d
273. do em agosto de 1993 a espa onave Mares Observer fracassou a pouca dist ncia de Marte houve quem acusou a Nasa de simular o contratempo com o fim de poder estudar a Face em detalhe sem ter que publicar as imagens De ser assim o engano era bastante elaborado todos os peritos de geomorfologia marciana o desconhecem e alguns trabalhamos com esfor o para desenhar novas miss es a Marte menos vulner veis disfun o que destruiu o Mares Observer montaram se inclusive piquetes s portas do Laborat rio de Propuls o a Jato alarmados por este suposto abuso de poder O Weekly WorldNews de 14 de setembro de 1993 dedicou sua capa ao titular Nova fotografia da Nasa demonstra que os humanos viveram em Marte Uma Face falsa supostamente tomada pelo Mares Observer em rbita perto de Marte em realidade parece que a espa onave fracassou antes de entrar em rbita demonstra segundo um importante cientista espacial inexistente que os marcianos colonizaram a Terra faz duzentos mil anos A informa o se oculta conforme declara para impedir o p nico mundial Deixemos de lado a improbabilidade de que esta revela o possa provocar realmente um p nico mundial Qualquer que tenha sido testemunha de um descobrimento cient fico prodigioso em processo me vem mente o impacto em julho de 1994 do cometa Shoemaker Levy 9 com o J piter ver claro que os cientistas tendem a ser efervescentes e incontidos
274. do poder se ia dizer que n o lhe merece a pena a mol stia de conseguir mais conhecimentos Frequentemente o experimento deve ser de dobro cego a fim de que os que esperam um descobrimento determinado n o estejam na posi o potencialmente comprometedora de avaliar os resultados Quando se prova uma nova medicina por exemplo possivelmente se queira que qu o m dicos determinam que sintomas dos pacientes se viram aliviados n o saibam que pacientes receberam o novo f rmaco O conhecimento poderia influir em sua decis o embora s fora inconscientemente Em troca a lista dos que experimentaram remiss o de sintomas pode comparar se com a dos que tomaram o novo f rmaco realizada cada uma com independ ncia Ent o se pode determinar que correla o existe Ou quando h um reconhecimento policial ou uma identifica o de foto o oficial respons vel n o deveria saber quem o principal suspeito para n o influir consciente nem inconscientemente na testemunha Al m de ensinamos o que fazer quando avaliamos uma declara o de conhecimento uma boa equipe de detec o de mentiras tamb m deve ensinamos que n o fazer Ajuda nos a reconhecer as fal cias mais comuns e perigosas da l gica e a ret rica podem se encontrar muitos bons exemplos em religi o e pol tica porque seus praticantes frequentemente se veem obrigados a justificar duas proposi es contradit rias Entre essas fal cias se encontram ad hominem latim
275. do Kalahari quando dois homens possivelmente inflamados pela testosterona come am a discutir as mulheres lhes tiram as flechas envenenadas e as p em fora de seu alcance Hoje em dia nossas flechas envenenadas podem destruir a civiliza o global e possivelmente aniquilar a nossa esp cie Agora o pre o da ambiguidade moral muito alto Por esta raz o e n o por sua aproxima o ao conhecimento a responsabilidade tica dos cientistas tamb m deve ser muito alta sem precedentes Desejaria que os programas universit rios de ci ncia expor expl cita e sistematicamente estas quest es com cientistas e engenheiros experimentados E s vezes me pergunto se em nossa sociedade tamb m as mulheres e os meninos acabar o pondo as flechas envenenadas fora de nosso alcance CAP TULO 17 UM MATRIM NIO ENTRE O CETICISMO E O ASSOMBRO Nada muito maravilhoso para ser verdade Afirma o atribu da ao Michael Faraday 1791 1867 A percep o sem comprova o nem fundamento n o garantia suficiente da verdade Bertrand Russell Misticismo e l gica 1929 Quando ao testemunhar em um julgamento nos pede que juremos dizer a verdade toda a verdade e nada mais que a verdade nos pede o imposs vel Simplesmente superior a nossos poderes Nossas lembran as s o fal veis inclusive a verdade cient fica uma mera aproxima o e o ignoramos quase todo do universo Apesar de tudo de nosso testemunho pode depe
276. do com a ret rica racista de inspira o religiosa daquela poca e posterior os coment rios do Douglas n o parecem uma hip rbole A escravid o de Deus estavam acostumados a dizer em tempos anteriores guerra Como um exemplo odioso dos muitos de depois da guerra civil o livro do Charles Carroll The Negro ao Beast St Louis American Book and Bible House ensinava aos leitores piedosos que a B blia e a Revela o Divina al m da raz o ensinam que o negro n o humano Mais recentemente alguns racistas recha am ainda o singelo testemunho escrito no DNA de que n o s todas as ra as s o humano mas tamb m virtualmente indistingu veis e mencionam a B blia como baluarte inexpugn vel para n o examinar sequer a prova Vale a pena apontar entretanto que grande parte do fermento abolicionista surgiu de comunidades crist s especialmente quaisquer do Norte que as Iglesias crist s negras do Sul representaram um papel chave na luta pelos direitos civis americanos da d cada dos sessenta e que muitos de suas l deres o mais not vel Martin Luther King Jr eram ministros ordenados destas Iglesias Douglas se dirigiu comunidade branca com estas palavras A escravid o p e grilh es a nosso progresso inimizade da melhora inimizade mortal da educa o respira o orgulho alimenta a indol ncia promove o v cio d ref gio ao crime uma maldi o da terra que a mant m e entretanto aferra
277. do como realmente Preocupam nos e com raz o qu o adultos ainda acreditam em Papai Noel Nas religi es doutrinais os homens n o ousam reconhecer nem sequer ante seu pr prio cora o escrevia o fil sofo David Hume as d vidas que abrigam sobre esses temas Convertem em m rito a f impl cita e dissimulam ante eles mesmos sua infidelidade real atrav s das mais fortes assevera es e a intoler ncia mais positiva Esta infidelidade tem profundas consequ ncias morais como escreveu o revolucion rio americano Tom Paine na idade da raz o A infidelidade n o consiste em acreditar ou n o acreditar consiste em professar que se crie o que n o se crie imposs vel calcular o preju zo moral se me permite express lo assim que produziu a mentira mental na sociedade Quando o homem corrompeu e prostituiu de tal modo a castidade de sua mente para submeter sua profiss o de f a algo que n o crie p s se em condi es de cometer qualquer outro crime A formula o do T H Huxiey era A base da moralidade deixar de simular que se crie aquilo do que n o h provas e de repetir propostas inintelig veis sobre coisas que superam as possibilidades do conhecimento Clement Hume Paine e Huxiey falam de religi o Mas grande parte do que escreveram tem aplica es mais gerais por exemplo ao onipresente chateio dos an ncios que dominam nossa civiliza o comercial H uns an ncios de aspirina nos que os atores
278. dores preparados que necessita desesperadamente Os estudantes afros americanos e hisp nicos melhoraram seus resultados nas provas padr o de ci ncia com rela o a finais da d cada dos sessenta mas s o os nicos A diferen a medeia em matem tica entre brancos e negros graduados segue sendo grande nos cursos de ensino superior de dois a tr s n veis mas a dist ncia entre os brancos de cursos de ensino superior dos Estados Unidos e por exemplo os do Jap o Canad Gr Bretanha ou Finl ndia duas vezes maior com os americanos atr s Se a gente receber pouca motiva o e pouca educa o n o saber muito n o nenhum mist rio Os afro americanos das cidades com pais educados na universidade t m o mesmo n vel universit rio que os brancos das cidades com pais de educa o universit ria Segundo algumas estat sticas incluir um menino pobre em um programa Head Start duplica suas possibilidades de conseguir um emprego mais tarde na vida que completa um programa Upward Bond tem quatro vezes mais possibilidades de conseguir uma educa o universit ria Para ser sinceros sabemos o que ter que fazer E quanto universidade H uma s rie de passos bvios melhora da condi o apoiada no xito do ensino e promo o dos professores em apoie atua o de seus estudantes em provas padronizadas de dobro cego sal rios para os professores que se aproximem do que poderiam cobrar na ind stria mais becas ajudas e
279. dos s culos a cada contato com a civiliza o europeia Como o faziam Como podiam deduzir tanto com um sozinho olhar Dizer que eram bons observadores n o explica nada O que faziam realmente Segundo o antrop logo Richard L analisavam a forma das depress es Os rastros de um animal que se move depressa mostram uma simetria mais alargada Um animal ligeiramente ferido protege a pata afligida p e lhe menos peso e deixa um rastro mais suave Um animal mais pesado deixa um oco mais largo e profundo As fun es de correla o est o na cabe a dos ca adores No curso do dia os rastros se erodem um pouco Os muros da depress o tendem a derrubar se A areia levantada pelo vento se acumula no ch o do oco Possivelmente caiam dentro partes de folhas raminhas ou erva quanto mais espera um maior a eros o Este m todo essencialmente id ntico ao que usam os astr nomos astrof sicos para analisar as crateras deixadas pelo impacto de planetoides sendo igual todo o resto quanto mais superficial a cratera mais antigo As crateras com muros derrubados com raz o profundidade di metro modestos com part culas finas acumuladas em seu interior tendem a ser mais antigos porque t m que levar o tempo suficiente para que entrem em a o os processos erosivos As fontes de degrada o podem trocar de mundo a mundo ou de deserto a deserto ou de poca a poca Mas se a gente souber quais s o pode determinar muitas coisas
280. dvertir dos perigos globais por que diz lo s a algumas pessoas cujos relatos s o suspeitos em todo caso por que n o ocupar as cadeias de televis o durante uma noite ou aparecer com vividos audiovisuais admonit rios ante o Conselho de Seguran a das Na es Unidas Sem d vida n o seria t o dif cil para seres que voam atrav s de anos luz O primeiro contatado pelos vnis que teve xito comercial foi George Adamski Tinha um pequeno restaurante na saia do monte Palomar da Calif rnia e montou um pequeno telesc pio no p tio traseiro No topo da montanha se encontrava o maior telesc pio da Terra o refletor de duzentas polegadas da Institui o Carnegie de Washington e do Instituto de Tecnologia da Calif rnia Adamski se adjudicou o t tulo de professor Adamski do Observat rio de monte Palomar Publicou um livro que causou sensa o recordo o no que descrevia que no deserto pr ximo tinha encontrado a uns extraterrestres de apar ncia agrad vel com compridos cabelos loiros e se n o me falhar a mem ria com t nicas brancas que lhe advertiram dos perigos de uma guerra nuclear Falavam do planeta V nus cujos 900 Fahrenheit de temperatura de superf cie se elevam agora como barreira credibilidade do Adamski Em pessoa era francamente convincente O oficial das For as A reas renomado respons vel pelas investiga es sobre os vnis da poca descreveu ao Adamski com estas palavras Ao escutar sua hist ria Fa
281. e No caso do mais improv vel desde meu ponto de vista que as estruturas pr ximas tivessem sido realmente em outro tempo uma cidade este fato tamb m seria bvio com um exame mais atento H ruas rotas Ameias no forte Zigurates torre templos com colunas est tuas monumentais afrescos imensos Ou s rochas Embora essas afirma es fossem extremamente improv veis como eu acredito que s o vale a pena as examinar A diferen a do fen meno dos vnis aqui temos a oportunidade de realizar um experimento definitivo Este tipo de hip tese desment vel uma propriedade que a introduz perfeitamente no campo cient fico Espero que as pr ximas miss es americanas e russas a Marte especialmente orbitadores com c maras de televis o de alta resolu o realizem um esfor o especial para entre centenas de outras quest es cient ficas olhar mais de perto as pir mides e o que algumas pessoas chamam a Face e a cidade Embora fique claro para todo mundo que essas figuras de Marte s o geol gicas e n o artificiais temo me que n o desaparecer o as caras monumentais no espa o e as maravilhas associadas J h peri dicos sensacionalistas que informam de caras quase id nticas vistas desde V nus at Netuno flutuando nas nuvens Os descobrimentos se revistam atribuir a naves espaciais fict cias russas e a cientistas espaciais imagin rios o que certamente dificulta a comprova o da hist ria por parte de
282. e conforme asseveravam os historiadores nazistas tinha atacado sem piedade e sem mediar provoca o a Alemanha os historiadores sovi ticos diziam que as tropas sovi ticas que reprimiram as revolu es h ngara 1956 e tcheca 1968 tinham sido convidadas por aclama o popular nas na es invadidas e n o enviadas por seus secuaces russos as hist rias belgas tendem a desvirtuar as atrocidades cometidas quando o Congo era um feudo privado do rei da B lgica as hist rias chinesas ignoram curiosamente as dezenas de milh es de mortes causadas pelo rande salto adiante do Mao Zedong que Deus comuta e inclusive defende a escravid o se afirmou milhares de vezes do p lpito e nas escolas das sociedades escravistas crist s mas os estados crist os que liberaram a seus escravos guardam completo sil ncio sobre o tema um historiador t o brilhante culto e s brio como Edward Gibbon se negou a saudar benjamim Franklin quando se encontraram em um hotel do campo ingl s pelas recentes contrariedades da revolu o americana Franklin ofereceu material de primeira m o ao Gibbon quando este passou como Franklin estava seguro que faria da decad ncia e ru na do Imp rio romano decad ncia e ru na do Imp rio brit nico Franklin tinha raz o sobre o Imp rio brit nico mas levava dois s culos de adiantamento Tradicionalmente estas hist rias as t m escrito historiadores acad micos admirados frequentemente escoras do poder es
283. e pode se conseguir um progresso consider vel Nos primeiros quatro casos que acabo de mencionar em que me equivoquei tentava entender um mundo distante a partir de poucas chaves em aus ncia de investiga es completas das naves espaciais No curso natural da explora o planet ria v o aparecendo mais dados e nos encontramos com que todo um ex rcito de velhas ideias se v superado por um arsenal de novos feitos Os p s modernos criticaram a astronomia do Kepler porque surgiu de seus pontos de vista religiosos monote stas medievais a biologia evolutiva do Darwin por estar motivada por um desejo de perpetuar os privil gios da classe social da que procedia ou para justificar seu suposto ate smo pr vio Algumas dessas den ncias s o certas Outras n o Mas o que importam as tend ncias ou predisposi es emocionais que os cientistas introduzem em seus estudos sempre que forem escrupulosamente honestos e outras pessoas com tend ncias diferentes comprovem seus resultados Presumivelmente ningu m arguir que o ponto de vista conservador da soma de 14 e 27 difere do ponto de vista liberal ou que a fun o matem tica que sua pr pria derivada a exponencial no hemisf rio norte mas outra no sul Qualquer fun o peri dica regular pode ser representada com precis o arbitr ria por uma s rie Fourier nas matem tica mu ulmanas e ndias As lgebras n o comutativas onde A por B n o igual a B por A s o t o coerentes e sign
284. e 1992 no deserto do Mojave e em um vale c rstico de Porto Rico iniciamos a busca mais prometedora poderosa e extensa de intelig ncia extraterrestre SETI que se possa imaginar Pela primeira vez a Nasa organizava e punha em pr tica o programa examinar se ia todo o c u durante um per odo de dez anos com um alcance de sensibilidade e frequ ncia sem precedentes Se de um planeta de qualquer dos quatrocentos mil e milh es de outras estrelas que formam a gal xia da Via L ctea algu m nos tivesse mandado uma mensagem por r dio ter amos tido uma possibilidade bastante razo vel de ouvi lo Justo um ano depois o Congresso cortou o fornecimento O SETI n o era de import ncia premente seu interesse era limitado era muito caro Mas toda civiliza o na hist ria humana dedicou alguns recursos a investigar quest es profundas sobre o universo e dif cil pensar em outra mais profunda que saber se estivermos sozinhos Embora n o pud ssemos decifrar os conte dos da mensagem a recep o de um sinal assim transformaria nossa vis o do universo e de n s mesmos E se pud ssemos entender a mensagem de uma civiliza o tecnicamente avan ada os benef cios pr ticos poderiam ser sem precedentes longe de ter uma base estreita o programa SETI vigorosamente apoiado pela comunidade cient fica est tamb m enraizado na cultura popular A fascina o desta empresa ampla e duradoura e por muito boa raz o E longe de ser mui
285. e Nova Iorque Ali me ofereceu uma vis o de um futuro perfeito que a ci ncia e a alta tecnologia tinham feito poss vel Tinham enterrado uma c psula cheia de artefatos de nossa poca para benef cio de gente de um futuro long nquo que assombrosamente possivelmente n o soubesse muito da gente de 1939 O mundo do amanh seria impec vel limpo racionalizado e por isso eu podia ver sem rastro de gente pobre Veja o som ordenava de modo desconcertante um p ster E certamente quando o pequeno martelo golpeava o diapas o aparecia uma bela onda sinusoidal na tela do oscilosc pio Escute a luz exortava outro p ster E quando o flash iluminou a c lula fotoel trica pude escutar um pouco parecido s interfer ncias de nosso r dio Motorola quando o dial n o dava com a emissora Simplesmente o mundo encerrava uma s rie de maravilhas que nunca me tinha imaginado Como podia converter um tom em uma imagem e a luz em ru do Meus pais n o eram cientistas N o sabiam quase nada de ci ncia Mas ao me introduzir simultaneamente no ceticismo e o assombroso ensinaram me os dois modos de pensamento de t o dif cil conviv ncia e que s o base do m todo cient fico Sua situa o econ mica n o superava em muito o n vel de pobreza Mas quando anunciei que queria ser astr nomo recebi um apoio incondicional apesar de que eles como eu s tinham uma ideia rudimentar do que faz um astr nomo Nunca me sugeriram qu
286. e a astrologia n o recebe geralmente o escrut nio c tico que merece mas n o afeta para nada ao aspecto de se funcionar ou n o A declara o sublinhava que n o nos ocorre nenhum mecanismo mediante o qual possa funcionar a astrologia certamente um ponto relevante mas pouco convincente por si mesmo N o se conhecia nenhum mecanismo para a deriva continental agora integrada na tect nica de placas quando Alfred Wegener a prop s no primeiro quarto do s culo XX para explicar uma s rie de dados confusos em geologia e paleontologia As nervuras de rochas que cont m mineral e os f sseis pareciam ir de maneira cont nua da parte oriental da Am rica do Sul at o oeste da frica eram cont guos os dois moderados e o oceano Atl ntico novo em nosso planeta A ideia foi recha ada rotundamente por todos os grandes geof sicos que estavam seguros de que os continentes estavam fixos que n o flutuavam sobre nada e que portanto era imposs vel que derivassem Em troca a ideia chave da geof sica no s culo XX resulta ser a tect nica de placas agora entendemos que as placas continentais flutuam realmente e derivam ou melhor s o levadas por uma esp cie de fita transportadora dirigida pelo grande motor de calor do interior da Terra e que aqueles grandes geof sicos simplesmente estavam equivocados As obje es a pseudoci ncia apoiadas em um mecanismo do que n o dispomos podem ser err neas embora se as opini es v
287. e abduzidos ficam perplexos quando seus pacientes contam que gritaram de terror enquanto seus c njuges dormiam pesadamente a seu lado Mas n o isso t pico dos sonhos que n o se ou am nossos gritos pedindo ajuda Poderia ser que essas hist rias tivessem algo que ver com o sonho e como prop s Benjamim Simon para os Hill fossem uma esp cie de sonho Um s ndrome psicol gico comum embora insuficientemente conhecido bastante parecido ao da abdu o por extraterrestres se chama paralisia do sonho Muita gente a experimenta Ocorre neste mundo crepuscular a meio caminho entre estar totalmente acordado e totalmente dormido Durante uns minutos possivelmente mais algu m fica im vel e com uma ansiedade aguda Sente um peso sobre o peito como se tivesse a algu m sentado ou tendido em cima As palpita es do cora o s o r pidas a respira o trabalhosa podem se experimentar alucina es auditivas ou visuais de pessoas dem nios fantasmas animais ou p ssaros Na situa o adequada a experi ncia pode ter toda a for a e o impacto da realidade segundo Robert Baker um psic logo da Universidade de Kentucky As vezes a alucina o tem um marcado componente sexual Baker afirma que essas perturba es comuns do sonho s o a base de muitos se n o a maioria dos relatos de abdu o de extraterrestres Ele e outros sugerem que h outras classes de declara es de abdu o realizadas por indiv duos com tend ncia
288. e algo como a Atl ntida se encontre com uma f bula tratada sem sentido cr tico que com uma valora o s bria e equilibrada Possivelmente o senhor Buckley deveria aprender a ser mais c tico com o que lhe oferece a cultura popular Mas al m disso dif cil lhe jogar a culpa Ele se limitava a aceitar o que a maioria das fontes de informa o dispon veis e acess veis diziam que era a verdade Por sua ingenuidade via se confundido e enganado sistematicamente A ci ncia origina uma grande sensa o de prod gio Mas a pseudoci ncia tamb m As populariza es dispersas e deficientes da ci ncia deixam uns nichos ecol gicos que a pseudoci ncia se apressa a encher Se chegasse a entender amplamente que qualquer afirma o de conhecimento exige provas pertinentes para ser aceita n o haveria lugar para a pseudoci ncia Mas na cultura popular prevalece uma esp cie de lei de Gresham segundo a qual a m ci ncia produz bons resultados Em todo mundo h uma enorme quantidade de pessoas inteligentes inclusive com um talento especial que se apaixonam pela ci ncia Mas n o uma paix o correspondida Os estudos sugerem que noventa e cinco por cento dos americanos s o analfabetos cientistas exatamente a mesma fra o de afro americano analfabetos quase todos os escravos justo antes da guerra civil quando se aplicavam severos castigos a quem ensinasse a ler a um escravo Certamente nas cifras sobre analfabetismo
289. e anos quando como se estabelece claramente no Rosh Hashonah e em toda cerim nia de bodas judia o universo tem menos de seis mil anos de Antiguidade A prova mais clara de nossa evolu o pode encontrar se em nossos genes Mas a evolu o segue tendo caluniadores ironicamente entre aqueles cujo pr prio DNA a proclama nas escolas nos tribunais nas editoriais de livros de texto e na quest o de quanto dor podemos infligir a outros animais sem cruzar alguma soleira tica Durante a Grande Depress o os professores desfrutavam de seguran a de trabalho bons sal rios e respeitabilidade Ensinar era uma profiss o admirada em parte porque se reconhecia que aprender era uma maneira de sair da pobreza Pouco disso certo hoje E assim o ensino da ci ncia e outras faz se muito frequentemente de maneira incompetente ou pouco inspiradora e seus praticantes por assombroso que seja t m pouca prepara o ou nenhuma nos temas que apresentam impacientam se com o m todo e mostram nsias por chegar aos descobrimentos da ci ncia e s vezes s o incapazes eles mesmos de distinguir a ci ncia da pseudoci ncia Os que t m prepara o frequentemente conseguem trabalhos melhor pagos em outra parte Os meninos precisam experimentar com suas pr prias m os o m todo experimental em lugar de ler em um livro costure sobre a ci ncia Pode nos falar da oxida o da cera como explica o da chama da vela Mas temos uma sensa o muito m
290. e chegam na metade da velocidade do som S o comuns em todo o planeta as tormentas de p que arrastam finos gr os de areia Um tamborilar constante de part culas que se movem muito mais de pressa que nos vendavais mais ferozes da Terra ao longo das foi de tempo geol gico deve exercer mudan as profundas nas superf cies das rochas e formas orogr ficas N o seria muito surpreendente que alguma figura inclusive as maiores tivesse sido esculpida por processos e licos nas formas piramidais que vemos H um lugar em Marte chamado Cid nia onde se encontra uma grande cara de pedra de um quil metro de largura que olhe para o c u sem pestanejar uma Face pouco amistosa mas parece reconhecidamente humana Segundo algumas descri es poderia ter sido esculpida pelo Prax teles Jaz em uma paisagem com muitas colinas baixas moldadas com formas estranhas possivelmente por alguma mescla de antigas correntes de barro e a eros o do vento subsequente Pelo n mero de crateras de impacto o terreno circundante parece ter ao menos uma antiguidade de centenas de milh es de anos De maneira intermitente a Face atraiu a aten o tanto nos Estados Unidos como na antiga Uni o Sovi tica O titular do Weekly WorldNews de 20 de novembro de 1984 um peri dico sensacionalista n o conhecido precisamente por sua integridade diz SURPREENDENTE DECLARA O DE CIENTISTAS SOVI TICOS ENCONTRAM SE TEMPLOS EM RU NAS EM MARTE A SONDA ESPAC
291. e dispunha eram principalmente laxantes em ticos e narc ticos Praticava se a cirurgia e a cauteriza o Nos tempos cl ssicos se fizeram avan os consider veis at a queda de Roma Enquanto no mundo isl mico florescia a medicina na Europa se entrou realmente em uma idade escura Perdeu se a maior parte do conhecimento de anatomia e cirurgia Abundava a confian a na ora o e as curas milagrosas Desapareceram os m dicos seculares Usavam se amplamente c nticos po es hor scopos e amuletos Restringiram se ou ilegalizaram a disseca o de cad veres o que impedia que os que praticavam a medicina adquirissem conhecimento de primeira m o do corpo humano A investiga o m dica chegou a um ponto morto Era muito parecido ao que o historiador Edward Gibbon descreveu para todo o Imp rio oriental cuja capital era Constantinopla No transcurso de dez s culos n o se fez nem um s descobrimento que exaltasse a dignidade ou promovesse a felicidade da humanidade N o se tinha acrescentado nenhuma s ideia aos sistemas especulativos da Antiguidade e toda uma s rie de pacientes disc pulos se converteu em seu momento nos professores dogm ticos da seguinte gera o servil A pr tica m dica pr moderna n o conseguiu salvar a muitos nem sequer em seu melhor momento Rainha Anne foi a ltima monarca Stuart da Gr Bretanha Nos ltimos dezessete anos do s culo XVII ficou gr vida dezoito vezes S cinco meninos lhe nasceram
292. e em abduzido pode reportar boas recompensas ps quicas Com nimo comparativo poder amos pensar em casos de produtos em mal estado que n o geram o sentimento de assombro que rodeia aos vnis e as abdu es como extraterrestres algu m declara ter encontrado uma seringa hipod rmica em uma lata de refresco Como compreens vel o assunto preocupe se informa se disso nos peri dicos e especialmente nas not cias de televis o Logo se produz uma corrente uma epidemia virtual de relat rios similares em todo o pa s Mas muito dif cil imaginar que possa meter uma seringa hipod rmica em uma lata na f brica e em nenhum dos casos h testemunhas pressente quando se abre uma lata intacta e tira o chap u dentro a seringa Lentamente vai tomando consist ncia a hip tese de que se trata de imitadores A gente simula encontrar seringas em latas de refrescos por que Que poss veis motivos havia Alguns psiquiatras dizem que os principais motivos s o a avareza denunciar ao fabricante por danos af de aten o e a necessidade de ser retratado como v tima N o h terapeutas que insinuam que em realidade h agulhas nas latas e apressem a seus pacientes sutil ou diretamente a informar publicamente da not cia Al m disso se imp em penas severas por desprestigiar um produto e inclusive por alegar falsamente que um produto foi manipulado Em troca h terapeutas que animam aos abduzidos a contar suas hist rias a audi n
293. e outro planeta A RAAF captura disco voador em um rancho da regi o do Roswell e uma s rie de lembran as que v o fermentando ao longo dos anos e se avivam ante a oportunidade de um pouco de fama e fortuna No Roswell h dois museus que s o pontos importantes da rota tur stica Um relat rio encarregado em 1994 pelo secret rio das For as A reas e o Departamento de Defesa em resposta insist ncia de um congressista de novo o M xico identifica os res duos do Roswell como restos de um sistema de detec o ac stica de baixa frequ ncia que levavam os globos de comprimento alcance e altamente secreto chamado Projeto Mogul um intento de captar explos es de armas nucleares sovi ticas a altitudes da tropopausa Os investigadores das For as A reas depois de registrar meticulosamente os arquivos secretos de 1947 n o encontraram provas de um aumento de tr fico de mensagens N o constavam indica es nem avisos observa o de alertas nem um maior ritmo de atividade operativa que logicamente se geraria se um aparelho extraterrestre com inten es desconhecidas entrasse em territ rio dos Estados Unidos Os registros indicam que n o ocorreu nada disso ou se ocorreu foi controlado por um sistema de seguran a t o eficiente e estrito que ningu m dos Estados Unidos nem de nenhuma outra parte p de repetir ap s Se naquela poca tivesse havido um sistema assim tamb m se teria usado para proteger nossos segr
294. e outros O cientista participa de reuni es e discuss es encontra se em conversas universit rias nos que apenas o apresentador leva trinta segundos falando quando a audi ncia lhe exp e perguntas e coment rios devastadores Analisa as condi es para entregar um artigo a uma revista cient fica para sua poss vel publica o envia o ao editor e logo este o submete a rbitros an nimos cuja tarefa perguntar se O que tem feito o autor uma estupidez H algo aqui o bastante interessante para ser publicado Quais s o as defici ncias deste estudo Os resultados principais foram encontrados por algu m mais O argumento adequado ou o autor deveria submeter o relat rio de novo depois de demonstrar realmente o que aqui s uma especula o E an nimo o autor n o sabe quem som os cr ticos Esta a pr tica di ria da comunidade cient fica Por que suportamos todo isso N s gostamos que nos critiquem N o a nenhum cientista gosta Todo cientista sente um afeto de propriet rio por suas ideias e descobrimentos Contudo n o replicamos aos cr ticos espera um momento de verdade que boa ideia eu gosto de muito n o te faz nenhum dano por favor deixa a em paz Em lugar disso a norma dura mas justa que se as ideias n o funcionarem devemos as descartar N o gaste neur nios no que n o funciona Dedica esses neur nios a ideias novas que expliquem melhor os dados O f sico brit nico Michael Faraday advertiu da
295. e pe am s pessoas que pague os d zimos e todos os impostos da igreja e restitua o que possuem encoberta ou abertamente que n o seja seus a seus verdadeiros propriet rios no prazo de trinta dias porque ser necess rio e que observem a santifica o do domingo E segundo que deixem de blasfemar e exer am a charitas correspondente ordenada por seus antepassados mortos Frequentemente a testemunha v a apari o justo depois de despertar Francisca a Brava testemunhou em 1523 que se levantou da cama sem saber se tinha o dom nio de seus sentidos embora em um testemunho posterior declarava estar totalmente acordada Era a resposta a uma pergunta que permitia uma s rie de possibilidades totalmente acordada adormecida em transe dormida s vezes a aus ncia de detalhes total como no aspecto dos anjos acompanhantes ou se descreve a Maria alta e baixa de uma vez m e e filho a um tempo caracter sticas que indubitavelmente sugerem o material de um sonho No Di logo sobre milagres escrito ao redor de 1223 pelo Caesarius do Heisterbach as vis es clericais da Virgem Maria ocorriam com frequ ncia durante a madrugada que se rezavam a meia noite natural suspeitar que muitas dessas apari es possivelmente todas fossem uma esp cie de sonho em vig lia ou dormido composto por mistifica es e por enganos havia um neg cio florescente em milagres inventados pinturas e est tuas religiosas achadas por acaso ou por o
296. e pontes na Lua antenas de r dio rastros de enormes ve culos reptantes e da devasta o provocada por m quinas capazes de partir as crateras em dois Cada um desses fen menos entretanto resulta ser uma forma o geol gica lunar natural mal interpretada por analistas aficionados reflexos internos na ptica das c maras Hasselblad dos astronautas e coisas assim Alguns entusiastas conseguiram discernir as largas sombras de m sseis bal sticos m sseis sovi ticos diziam em inquieta confid ncia dirigidos para a Am rica do Norte Resulta que os foguetes descritos tamb m como agulhas s o as montanhas baixas que projetam uma larga sombra quando o Sol est perto do horizonte lunar Com um pouco de trigonometria se dissipa a miragem Estas experi ncias tamb m proporcionam uma boa advert ncia em um terreno complexo esculpido por processos n o familiares os aficionados e s vezes inclusive os profissionais que examinam fotografias especialmente perto do limite de resolu o podem encontrar se com problemas Suas esperan as e temores a emo o de poss veis descobrimentos de grande import ncia podem vencer o enfoque c tico e precavido pr prio da ci ncia Se examinarmos as imagens dispon veis da superf cie de V nus de vez em quando aparece vista uma forma peculiar da paisagem como por exemplo um retrato do Stalin descoberto por ge logos norte americanos que analisavam as imagens de radares lhes orbite
297. e princ pios da d cada dos oitenta a televis o se converteu em um pouco motivado quase inteiramente pelo benef cio Isso pode ver se por exemplo no declive dos informativos e programas especiais de not cias ou nas pat ticas evasivas dos canais principais para burlar a ordem da Comiss o Federal de Comunica es de melhorar o n vel da programa o infantil Por exemplo defenderam se as virtudes educativas de uma s rie de desenhos animados que sistematicamente representa mal a tecnologia e o estilo de vida de nossos antepassados do pleistoceno e retrata aos dinossauros como animais dom sticos No momento de escrever estas p ginas a televis o p blica nos Estados Unidos corre o perigo real de perder o apoio do governo e o conte do da programa o privada vai caminho de uma queda abrupta a longo prazo Com estas perspectivas lutar por conseguir mais ci ncia real em televis o parece ing nuo e desesperado Mas os propriet rios de cadeias e produtores de televis o t m filhos e netos cujo futuro como l gico preocupa os Devem sentir alguma responsabilidade pelo futuro de sua na o H provas de que a programa o cient fica pode ter xito e de que a gente pede mais Mantenho esperan as de que antes ou depois veremos apresentada regularmente a ci ncia real com habilidade e atrativo nas principais cadeias de televis o de todo o mundo O beisebol e o futebol t m antecedentes astecas O futebol uma nova representa o
298. e seria espetacularmente contraproducente Suponhamos que pela gra a de Deus voc Vit ria reina a do Reino Unido de Gr Bretanha e Irlanda defensora da f na era mais pr spera e triunfante do Imp rio brit nico Seus dom nios se estendem por todo o planeta O vermelho brit nico baliza abundantemente os mapas do mundo Voc preside o principal poder tecnol gico do mundo A m quina de vapor se aperfei oa em Gr Bretanha principalmente por parte de engenheiros escoceses que proporcionam assessoria t cnica nas ferrovias e barcos a vapor que unem o imp rio Suponhamos que no ano 1860 tem uma ideia vision ria t o atrevida que at o editor de Julho Verne a teria recha ado Quer uma m quina que leve sua voz e as imagens da gl ria do imp rio a todas as casas do reino Mais ainda quer que os sons e imagens n o cheguem por condutos ou cabos mas sim pelo ar para que a gente que trabalhe no campo possa receber este dom de inspira o foto instant nea criado para promover a lealdade e a tica do trabalho A Palavra de Deus tamb m se pode transmitir com o mesmo invento Sem d vida encontrar se o outras aplica es socialmente desej veis Assim com o apoio do primeiro ministro convoca ao gabinete ao Estado Maior e aos principais cientistas e engenheiros do reino Comunica lhes que atribuir um milh o de libras ao projeto muito dinheiro em 1860 Se necessitarem mais podem pedi lo N o lhe importa como o fa am s
299. e talvez fosse mais oportuno que me tornasse m dico ou advogado Eu adoraria poder dizer que na escola elementar ou secund rio tivera professores de ci ncias que me inspiraram Mas por muito que mergulho em minha mem ria n o encontro nenhum Tratava se de uma pura memoriza o da tabela peri dica dos elementos alavancas e planos inclinados a fotoss ntese das plantas verdes e a diferen a entre a antracita e o carv o betuminoso Mas n o havia nenhuma elevada sensa o de maravilha nenhuma indica o de uma perspectiva evolutiva nada sobre ideias err neas que todo mundo tinha acreditado certas em outra poca Supunha se que nos cursos de laborat rio do instituto dev amos encontrar uma resposta Se n o era assim suspendiam nos N o nos animava a aprofundar em nossos pr prios interesses ideias ou enganos lhes conceitue Ao final do livro de texto havia material que parecia interessante mas o ano escolar sempre terminava antes de chegar a dito final Era poss vel ver maravilhosos livros de astronomia por exemplo nas bibliotecas mas n o na classe Nos ensinava a divis o larga como se tratasse de uma s rie de receitas de um livro de cozinha sem nenhuma explica o de como esta sequ ncia particular de divis es curtas multiplica es e subtra es dava a resposta correta No instituto nos ensinava com rever ncia a extra o de ra zes quadradas como se tratasse de um m todo entregue tempo atr s no monte Sinai Nosso tra
300. e uma esta o no caminho de busca do conhecimento Pergunte se por que gosta da ideia Compare a com justi a com as alternativas Veja se pode encontrar motivos para recha la Se n o far o os outros Quantifique Se o que explicar seja o que seja tem alguma medida alguma quantidade num rica relacionada ser muito mais capaz de discriminar entre hip tese em compet ncia O que vago e qualitativo est aberto a muitas explica es Certamente podem se encontrar verdades em muitos assuntos qualitativos com os que nos vemos obrigados a nos enfrentar mas as encontrar um desafio muito major Se houver uma cadeia de argumenta o devem funcionar todos os elos da cadeia incluindo a premissa n o s a maioria A navalha do Occam Esta conveniente regra emp rica nos induz quando enfrentamos a duas hip tese que explicam dados igualmente bons a escolher a mais simples Pergunte se sempre se a hip tese ao menos em princ pio pode ser falsificada As proposi es que n o podem comprovar se nem demonstrar se falsas n o valem muito Consideremos a grande ideia de que nosso universo e tudo o que cont m s uma part cula elementar um el tron por exemplo em um cosmos muito maior Mas se alguma vez podemos adquirir informa o de fora de nosso universo n o imposs vel refutar a ideia Tem que ser capaz de comprovar as assevera es Deve dar oportunidade a c ticos inveterados de seguir seu racioc nio
301. e umidade e milh es de pessoas de bom cora o est o convencidas de ter visto um milagre Todos esses s o casos de mentira presumida ou demonstrado Aparece um engano s vezes inocentemente mas em colabora o s vezes com c nica premedita o Normalmente a v tima se v submetida a fortes emocione maravilha temor avareza pesar A aceita o cr dula de uma mentira pode lhe custar dinheiro isso o que queria dizer P T Barnum quando disse Nasce um idiota a cada minuto Mas pode ser muito mais perigoso que isso e quando os governos e as sociedades perdem a capacidade de pensar criticamente os resultados podem ser catastr ficos por muito que o sintamos pelos que t m cansado no engano Em ci ncia podemos come ar com resultados experimentais dados observa es medidas feitos Inventamos se pudermos toda uma s rie de explica es poss veis e confrontamos sistematicamente cada explica o com os fatos Ao longo de sua prepara o se proporciona aos cientistas uma equipe de detec o de mentiras Esta equipe se utiliza de maneira natural sempre que se oferecem novas ideias a considera o Se a nova ideia sobreviver ao exame com as ferramentas de nossa equipe concedemos uma aceita o c lida embora provis rio Se voc o desejar se n o querer comprar mentiras embora seja tranquilizador faz lo pode tomar algumas precau es h um m todo ensaiado e certo provado pelo consumidor Do que con
302. ebi a preval ncia de uma falta de coragem inclusive em pessoas de intelig ncia e cultura superiores para comunicar suas pr prias experi ncias psicol gicas quando foram que um tipo estranho Quase todos os homens temem n o encontrar um paralelo ou resposta na vida interior do que escuta que poderia tomar seu relato com suspeita ou brincadeira Um viajante veraz que tivesse visto uma criatura extraordin ria parecida com uma serpente marinha n o teria temor de mencion lo mas se o mesmo viajante tivesse tido algum pressentimento singular impulso extravag ncia de pensamento vis o assim chamada sonho ou outra impress o remarc vel teria grandes duvida para reconhec lo A esta resist ncia atribuo eu grande parte da escurid o em que est o implicados tais sujeitos Em nossa poca ainda se ridiculariza e descarta frequentemente com risadas mas h mais possibilidades de vencer a reserva e a oculta o por exemplo em torno de apoio que proporcionam um terapeuta ou hipnotizador Por desgra a e por incr vel que seja para alguns a distin o entre imagina o e mem ria frequentemente pouco clara Alguns abduzidos dizem recordar a experi ncia sem hipnose muitos n o podem Mas a hipnose uma maneira pouco confi vel de refrescar a mem ria Est acostumado a provocar imagina o fantasia e jogo al m de lembran as verdadeiras e nem o paciente nem o terapeuta s o capazes de distinguir uns de outros A
303. ecenas da grande tradu o ao ingl s da B blia que ainda leva seu nome O rei Jacobo opinava que o tabaco era a semente do diabo e uma s rie de bruxas ficaram ao descoberto por seu v cio a esta droga Mas em 1628 Jacobo se tinha convertido em um perfeito c tico principalmente porque se descoberto que alguns adolescentes simulavam estar possu dos pelo dem nio e deste modo tinham acusado de bruxaria a pessoas inocentes Se pensarmos que o ceticismo que segundo Gibbon caracterizava a sua poca declinou na nossa e embora fique um pouco da grande credulidade que atribui ao final da poca cl ssica n o normal que um pouco parecido aos dem nios encontre um destacado lugar na cultura popular do presente Certamente como se apressam a me recordar os entusiastas das visitas extraterrestres h outra interpreta o desses paralelos hist ricos os extraterrestres dizem sempre nos visitaram para bisbilhotar nos roubar esperma e vulos e nos fecundar Em tempos antigos os reconhec amos como deuses dem nios fadas ou esp ritos s agora chegamos a entender que o que nos espreitava durante tantos s culos eram extraterrestres Jacques Vallee exp s estes argumentos Mas ent o por que virtualmente n o h informe de discos voadores antes de 1947 por que nenhuma das principais religi es do mundo usa os pires como cones do divino por que n o transmitiram ent o suas advert ncias sobre os perigos da alta tecnologia por que es
304. ecnologias mortais s vezes as inventam a prop sito s vezes por n o mostrar a suficiente cautela ante efeitos secund rios n o previstos Mas tamb m s o os cientistas os que na maioria destes casos advertiram nos que perigo Os cientistas cometem enganos Em consequ ncia a tarefa do cientista reconhecer nossas debilidades examinar o leque mais amplo de opini es ser implacavelmente autocr tico A ci ncia uma empresa coletiva com um mecanismo de corre o de enganos que est acostumado a funcionar com suavidade Tem uma vantagem entristecedora sobre a hist ria porque em ci ncia podemos fazer experimentos Se a gente n o estiver seguro de como foram as negocia es que levaram a Tratado de Paris em 1814 1815 n o tem a op o de voltar a representar os acontecimentos S pode mergulhar em registros antigos Nem sequer pode fazer perguntas aos participantes Todos morreram Mas em muitas quest es da ci ncia pode se voltar a repetir o fato todas as vezes que se queira examinar o de uma maneira nova comprovar uma ampla s rie de hip tese alternativas Quando se inventam novas ferramentas se pode voltar a fazer o experimento para ver o que surge da melhora da sensibilidade Nas ci ncias hist ricas em que n o se pode dispor uma repeti o podem se examinar casos relacionados e come ar a reconhecer suas componentes comuns N o podemos fazer que as estrelas explorem a nossa conveni ncia nem podemos desenvolver um mam
305. edem que explique aspectos tecnol gicos ao pessoal do Congresso me crie neste pa s temos um problema com a educa o cient fica N o h uma nica solu o ao problema do analfabetismo em ci ncia ou em matem tica hist ria ingl s geografia e muitas das outras habilidades que nossa sociedade necessita A responsabilidade recai sobre muitos pais o p blico votante os comit s escolares locais os meios de comunica o os professores os administradores os governos federal estatal e local e certamente os pr prios estudantes Em todos os n veis os professores se queixam de que o problema dos cursos anteriores E os professores de primeiro grau podem se desesperar se com raz o de ensinar a meninos com d ficit de aprendizagem por culpa da desnutri o a falta de livros em casa ou uma cultura de viol ncia em que imposs vel alcan ar a tranquilidade necess ria para pensar Sei muito bem por pr pria experi ncia o benef cio que pode reportar a um menino ter uns pais com um pouco de cultura e capazes de transmiti la Uma s rie de melhoras embora sejam pequenas na educa o a capacidade de comunica o e a paix o por aprender em uma gera o poderia propiciar melhoras muito majores na seguinte Penso nisto sempre que ou o o lamento de que os n veis escolar e universit rios baixam ou que o t tulo de licenciado n o significa qu o mesmo antes Dorothy Rich uma inovadora professora do Yonkers Nova Iorque o
306. edi o telecinese e vis o remota de lugares distantes a cren a de que o treze um n mero desafortunado raz o pela que muitos edif cios de escrit rios s rios e hot is da Am rica passam diretamente do piso doze aos quatorze por que arriscar se as est tuas que sangram a convic o de que levar em cima uma pata de coelho d boa sorte as varinhas adivinhas os zoares e os feiti os de gua a comunica o facilitada no autismo a cren a de que as l minas de barbear se mant m mais afiadas se se guardam dentro de pir mides de cart o e outros princ pios de piramidologia as chamadas telef nicas nenhuma delas a cobrar dos mortos as profecias do Nostradamus o suposto descobrimento de que os platelmintos n o amestrados podem aprender uma tarefa comendo os restos triturados de outros platelmintos mais adestrados a ideia de que se cometem mais crimes quando h lua cheia a quiromancia a numerologia a poligrafia os cometas as folhas de ch e os nascimentos monstruosos como an ncio de futuros acontecimentos mais as adivinha es de moda em pocas anteriores que se conseguiam olhando v sceras fuma a a forma das chamas sombras excrementos escutando o ru do dos est magos e inclusive durante um breve per odo examinando pranchas de logaritmos a fotografia de feitos passados como a crucifica o do Jesus um elefante russo que fala perfeitamente sensitivos que leem livr
307. edos at micos dos sovi ticos mas a hist ria demonstrou claramente que n o foi esse o caso Os objetivos de radar que levavam os globos foram fabricados em parte por companhias de brinquedos de Nova Iorque cujo invent rio de motivos decorativos parece propiciar que muitos anos depois se recordem como hier glifos extraterrestres O apogeu dos vnis corresponde poca em que come ava a trocar o principal ve culo de lan amento de armas nucleares dos avi es aos m sseis Um problema t cnico importante era a entrada na atmosfera fazer voltar um focinho de foguete atrav s da atmosfera da Terra sem que se queime no processo como se destroem os pequenos asteroides e cometas ao passar atrav s das capas superiores de ar Alguns materiais geometrias de focinho e ngulos de entrada s o melhores que outros A observa o das entradas ou os lan amentos mais espetaculares podiam revelar muito bem o progresso dos Estados Unidos nesta tecnologia estrat gica vital ou pior seus defeitos de desenho todo isso poderia sugerir a um advers rio o que medidas defensivas devia tomar Como compreens vel o tema se considerava altamente delicado inevit vel que houvesse casos em que se ordenasse ao pessoal militar n o falar do que tinha visto ou que observa es aparentemente in cuas fossem classificadas repentinamente de m ximo secreto com crit rios limitados necessidade de conhecimento Os oficiais das For as A reas e os cienti
308. el construir um laser de raios X do tamanho de uma mesa e p lo em rbita alimentado por uma bomba de hidrog nio que destruiria dez mil ogivas sovi ticas em voo e proporcionaria um amparo genu no aos cidad os dos Estados Unidos em caso de guerra termonuclear global Os apologistas da administra o Reagan afirmam que apesar dos exageros sobre sua capacidade algumas intencionadas a Iniciativa de Defesa Estrat gica foi a causa do colapso da Uni o Sovi tica N o h nenhuma prova s ria que fundamente esta opini o Andrei Sajarov Evgueni Velijov Roaid Sagdeev e outros cientistas que assessoravam ao presidente Mikhail Gorbachov deixaram claro que se os Estados Unidos seguia adiante com um programa de Guerra nas Estrelas a resposta mais f cil e segura da Uni o Sovi tica seria aumentar o arsenal existente de armas nucleares e sistemas de lan amento Em consequ ncia a Guerra nas Estrelas teria aumentado e n o reduzido o perigo de guerra termonuclear Em todo caso os gastos sovi ticos em defesa com apoie no espa o contra os m sseis nucleares norte americanos eram relativamente insignificantes de uma magnitude m nima para provocar o colapso da economia sovi tica A queda da Uni o Sovi tica est muito mais relacionada com o fracasso da economia planejada a consci ncia crescente do n vel de vida do Ocidente a extens o do desafeto por uma ideologia comunista moribunda e embora ele n o pretendesse um resultado assi
309. ela como um hipercilindro passando atrav s de tr s dimens es ao longo de seu eixo alterar violentamente sua geometria enquanto o vejamos atravessar nosso universo Se os extraterrestres fossem definidos sistematicamente como seres que trocam de forma ao menos poderia entender que Mack pudesse seguir com a ideia de uma origem de outra dimens o Outro problema tentar entender o que significa um cruzamento gen tico entre um ser tridimensional e um quadridimensional Os descendentes ser o da dimens o tr s e meia O que Mack quer dizer realmente quando fala de seres de outras dimens es que apesar das descri es ocasionais de seus pacientes das experi ncias como sonhos e alucina es n o tem nem a mais remota ideia do que s o Mas significativo que quando tenta as descrever busca a f sica e as matem tica Quer as duas coisas a linguagem e a credibilidade da ci ncia mas sem ver se ligado por seus m todos e normas Parece n o dar se conta de que a credibilidade uma consequ ncia do m todo O principal desafio que exp em os casos do Mack o j velho problema de como ensinar mais ampla e profundamente o pensamento cr tico em uma sociedade que inclui os professores de psiquiatria do Harward impregnada de credulidade A ideia de que o pensamento cr tico o ltimo capricho do Ocidente uma tolice Se a gente comprar um carro usado em Singapura ou Bangkok ou um carro usado na antiga Seu ou Roma
310. elevis o h grande quantidade de pseudoci ncia para os cr dulos e uma quantidade razo vel de medicina e tecnologia mas virtualmente nada de ci ncia especialmente nos grandes canais comerciais cujos executivos tendem a pensar que programar ci ncia significa uma descida na audi ncia e a perda de benef cios e n o lhes importa nada mais H empregados de emissoras com o t tulo de correspondente cientista e um programa de not cias ocasional que se diz dedicado ci ncia Mas quase nunca se fala de ci ncia neles s de medicina e tecnologia Duvido que nos canais haja um solo empregado cujo trabalho seja ler o exemplar semanal do Nature ou Science para ver se se tem descoberto algo digno de men o Quando se anunciam em outono os Pr mios Nobel de Ci ncia h um gancho de not cia perfeito para a ci ncia uma possibilidade de explicar por que se deram os pr mios Mas quase sempre qu o m ximo 44 ouvimos algo assim como oxal se chegue logo a descobrir um rem dio para o c ncer Hoje no Belgrado Quanta ci ncia h nos debates de r dio ou televis o ou nos tem veis programas matinais dos domingos em que pessoas de m dia idade se sintam ao redor de uma mesa para estar de acordo uns com outros Quando ouviu voc por ltima vez um coment rio inteligente sobre ci ncia por parte de um presidente dos Estados Unidos Por que em todo o pa s n o h nem um s espet culo cujo protagonista sej
311. em aplic las mesmas leis de mec nica qu ntica O movimento das gal xias ao redor umas de outras segue a gravidade familiar newtoniana As lentes gravitacionais e as rota es de pulsar bin rios revelam a relatividade geral nas profundidades do espa o Pod amos ter vivido em um universo com leis diferentes mas n o assim Este fato n o pode deixar de provocar sentimentos de rever ncia e respeito Poder amos ter vivido em um universo no que n o se pudesse entender nada com umas poucas leis singelas no que a complexidade da natureza superasse nossa capacidade de compreens o no que as leis aplic veis na Terra n o fossem v lidas em Marte ou em um quasar distante Mas a evid ncia n o as ideias preconcebidas a n o ser a evid ncia demonstra outra coisa Por sorte para n s vivemos em um universo no que as coisas se podem reduzir a um pequeno n mero de leis da natureza relativamente singelas De outro modo possivelmente nos teria faltado capacidade intelectual e de compreens o para entender o mundo Certamente podemos cometer enganos ao aplicar um programa reducionista ci ncia Pode haver aspectos que por isso sabemos n o sejam reduzidas a umas quantas leis relativamente simples Mas luz dos descobrimentos dos ltimos s culos parece uma insensatez queixar se de reducionismo N o uma defici ncia a n o ser um dos principais triunfos da ci ncia E me parece que seus descobrimentos est o em perfeita
312. em s uns mil nios de antiguidade ainda n o lhe agarramos o truque ou ao menos n o sem um estudo muito s rio e atento Cromer sugere que de n o ter sido por uma improv vel concatena o de acontecimentos hist ricos nunca ter amos inventado a ci ncia Esta hostilidade para a ci ncia vista de seus triunfos e benef cios bvios prova de que algo que se encontra fora do desenvolvimento humano normal possivelmente um acidente A civiliza o a China inventou os tipos m veis a p lvora o foguete a b ssola magn tica o sism grafo e as observa es sistem ticas dos c us Os matem ticos indus inventaram o zero a chave da aritm tica posicional e portanto da ci ncia quantitativa A civiliza o asteca desenvolveu um calend rio muito melhor que o da civiliza o europeia que a invadiu e destruiu puderam predizer melhor e durante per odos mais largos onde estariam os planetas Mas nenhuma destas civiliza es afirma Cromer tinha desenvolvido o m todo c tico inquisitivo e experimental da ci ncia Todo isso veio da antiga a Gr cia O desenvolvimento do pensamento objetivo por parte dos gregos parece ter requerido uma s rie de fatores culturais espec ficos Primeiro estava a assembleia onde os homens aprenderam pela primeira vez a convencer se uns aos outros mediante um debate racional Em segundo lugar havia uma economia mar tima que impedia o isolamento e o provincianismo Em terceiro lugar esta
313. endentes de seus atormentadores o controle e navega o de avi es navios e naves espaciais a radioastronomia e a busca de intelig ncia extraterrestre e aspectos significativos da energia el trica e as ind strias de microeletr nica O que mais a ideia de campos do Faraday e Maxwell h tido grande influencia na compreens o do n cleo at mico a mec nica qu ntica e a estrutura fina da mat ria Sua unifica o de eletricidade magnetismo e luz em um todo matem tico coerente a fonte de inspira o de posteriores intentos alguns com xito outros ainda em estado rudimentar de unificar todos os aspectos do mundo f sico incluindo a gravidade e as for as nucleares em uma grande teoria Pode dizer se razoavelmente que Maxwell abriu a porta da f sica moderna Richard Feynman descreve nossa vis o atual do mundo silencioso dos vetores el tricos e magn ticos vari veis com estas palavras Tentemos imaginar como s o os campos el trico e magn tico agora no espa o desta sala de confer ncias Em primeiro lugar h um campo magn tico constante procede das correntes do interior da terra quer dizer o campo magn tico constante da terra Logo h alguns campos el tricos irregulares quase est ticos produzidos possivelmente por cargas el tricas geradas por fric o quando v rias pessoas se movem em suas cadeiras e esfregam as mangas de sua jaqueta com os bra os da cadeira Logo h outros campos magn ticos produzid
314. enho a sorte de ensinar em uma escola infantil ou elementar Encontro muitos meninos que s o cientistas natos embora com o assombro muito acusado e o ceticismo muito suave S o curiosos t m vigor intelectual Ocorrem lhes perguntas provocadoras e perspicazes Mostram um entusiasmo enorme Fazem me perguntas sobre detalhes N o ouviram falar nunca da ideia de uma pergunta est pida Mas quando falo com estudantes de instituto encontro algo diferente Memorizam feitos mas em geral perderam o prazer do descobrimento da vida que se oculta depois dos fatos Perderam grande parte do assombro e adquirido muito pouco ceticismo Preocupa os fazer perguntas est pidas est o dispostos a aceitar respostas inadequadas n o exp em quest es de detalhe o sala de aula se cheia de olhados de esguelha para valorar segundo a segundo a aprova o de seus companheiros V m classe com as perguntas escritas em uma parte de papel que examinam sub repticiamente em espera de seu turno e sem ter em conta a discuss o que possam ter exposto seus companheiros naquele momento Ocorreu algo entre o primeiro curso e os cursos superiores e n o s a adolesc ncia Eu diria que em parte a press o dos companheiros contra o que destaca exceto em esportes em parte que a sociedade prega a gratifica o a curto prazo em parte a impress o de que a ci ncia ou a matem tica n o ajudam a um a comprar um carro esportivo em parte que se esp
315. enta es de Natal nos pregadores itinerantes e originais nos serm es das Iglesias As lendas sobre os santu rios se estendem com rapidez s vezes chega gente que vive a cem quil metros de dist ncia ou mais com o fim por exemplo de curar a seu filho doente com um calhau pisado pela M e de Deus As lendas influ am nas apari es e vice versa Em uma poca acossada pela seca as epidemias e a guerra sem servi os sociais ou m dicos dispon veis para a maioria que desconhecia a ilustra o p blica e o m todo cient fico o pensamento c tico era estranho Por que as admoesta es s o t o prosaicas por que necess ria a apari o de um personagem t o ilustre como a M e de Deus para que em um pequeno lugar povoado por umas milhares de almas se reconstrua um santu rio ou o povo se abstenha de amaldi oar por que n o entregam mensagens importantes e prof ticos cuja significa o se possa reconhecer em anos posteriores como algo que s podia ter emanado de Deus ou os Santos N o teria potencializado isto em grande maneira a causa cat lica em sua luta a morte contra o protestantismo e a Ilustra o Mas n o se sabe de apari es que advirtam Igreja por exemplo contra a ilus o de um universo centrado na Terra ou que censurem a cumplicidade com a Alemanha nazista dois temas de grande import ncia moral al m de hist rica nos que meritosamente a batata Jo o Paulo II reconheceu o engano da Igreja Nem um s
316. enta dias comparado com duzentos e vinte na Coreia do Sul uns duzentos e trinta na Alemanha e duzentos e quarenta e tr s no Jap o Os meninos de alguns destes pa ses v o escola na s bado O estudante meio de instituto nos Estados Unidos dedica tr s horas e meia semana a fazer deveres O tempo total que dedica aos estudos no sala de aula e fora dela de umas vinte horas por semana Os japoneses de quinto curso dedicam uma m dia de trinta e tr s horas semana Jap o com a metade de popula o que os Estados Unidos produz o dobro de cientistas e engenheiros com t tulos avan ados ao ano Durante quatro anos de instituto os estudantes americanos dedicaram menos de mil e quinhentas horas a temas como matem tica ci ncia e hist ria Os japoneses franceses e alem es dedicaram mais do dobro de tempo Um relat rio de 1994 encarregado pelo Departamento de Educa o dos Estados Unidos aponta O dia escolar tradicional tem que conter agora toda uma s rie de requisitos para o que se chamou novo trabalho das escolas educa o sobre seguran a pessoal sobre consumo sida conserva o e energia vida familiar e prepara o para conduzir assim devido s defici ncias da sociedade e inadequa o da educa o no lar s se dedicam umas tr s horas ao dia aos temas acad micos centrais no instituto Est muito estendida a ideia de que a ci ncia excessivamente dif cil para a gente normal Podemo lo ver refl
317. ente quando atravessam as paredes poderia ser uma prova muito boa Se milh es de americanos foram abduzidos n o estranho que nenhum deles viva em uma casa assim Algumas mulheres segundo conta a hist ria s o fecundadas com esperma de um ou v rios extraterrestres continuando estes retiram o feto fala se de n meros enormes de casos deste tipo N o estranho que n o se viu alguma vez nada an malo nas ecografias habituais destes fetos ou na amniocentese e que alguma vez tenha havido um aborto que fora um h brido extraterrestre Ou que os m dicos s o t o idiotas que jogam uma olhada ao feto veem que m dio humano e meio extraterrestre e passam ao seguinte paciente Uma epidemia de fetos perdidos algo que sem d vida causaria revoo entre ginecologistas parteiras enfermeiras de obstetr cia especialmente em uma poca de intensa consci ncia feminista Mas n o se produziu nenhuma s den ncia m dica que d credibilidade a essas informa es Alguns uf logos consideram um ponto significativo que mulheres que declaram inatividade sexual acabem gr vidas e atribuam sua estado fecunda o extraterrestre Um bom n mero delas parecem ser adolescentes Acreditar suas hist rias com convic o n o a nica op o ao alcance do investigador s rio Sem d vida f cil entender por que na ang stia de um embara o n o desejado uma adolescente que vive em uma sociedade alagada de relatos de visitas extrate
318. eologia endossada pelo Estado ou um preju zo popular possa p r travas ao progresso cient fico parece impens vel Durante duzentos anos os americanos se orgulharam de ser um povo pr tico pragm tico e n o ideol gico E entretanto a pseudoci ncia antropol gica e psicol gica floresceu nos Estados Unidos sobre a ra a por exemplo Sob o disfarce de criacionismo segue se fazendo um s rio esfor o para impedir que se acostume na escola a teoria da evolu o a ideia integradora mais capitalista em toda a biologia e essencial para outras ci ncias que v o da astronomia at a antropologia A ci ncia diferente de muitas outras empresas humanas n o certamente porque seus praticantes estejam influenciados ou n o pela cultura em que cresceram nem porque s vezes acertem e outras se equivoquem algo comum em toda atividade humana a n o ser em sua paix o por formular hip tese comprov veis em sua busca de experimentos definitivos que confirmem ou neguem ideias no vigor de seu debate substancial e em sua vontade de abandonar ideias que se mostraram deficientes Se n o f ssemos conscientes de nossas pr prias limita es entretanto se n o procur ssemos mais dados se n o estiv ssemos dispostos a realizar experimentos de controle se n o respeit ssemos as provas avan ar amos muito pouco em nossa busca da verdade Por oportunismo e acanhamento poder amos ser vapulados por qualquer brisa ideol gica sem ter nada de
319. er 9 e o Viking pudemos riscar o mapa do planeta de polo a polo detectando caracter sticas centenas de vezes mais pequenas que as que melhor se podiam ver da Terra N o encontrei nem rastro embora n o me surpreendeu dos canais Havia umas quantas caracter sticas mais ou menos lineares que se discerniram com o telesc pio por exemplo um engui o de cinco mil quil metros de comprimento que teria sido dif cil n o ver Mas as centenas de canais cl ssicos que levavam gua das calotas polares atrav s dos desertos ridos at as cidades equatoriais abrasadas simplesmente n o existiam Eram uma ilus o uma disfun o da combina o humana m o olho c rebro no limite de resolu o quando olhamos atrav s de uma atmosfera inst vel e turbulenta Toda uma sucess o de cientistas profissionais incluindo astr nomos famosos que fizeram outros descobrimentos agora confirmados e celebrados com justi a podem cometer enganos graves inclusive persistentes no reconhecimento de formas Especialmente quando as implica es do que acreditam que estamos vendo parecem ser profundas possivelmente n o exer amos uma autodisciplina e autocr tica adequadas O mito dos canais marcianos constitui uma importante li o hist rica No caso dos canais as miss es das naves espaciais proporcionaram o meio de corrigir nossas m s interpreta es Mas tamb m certo que algumas das afirma es mais persistentes da exist ncia de formas inespe
320. er assim deve procurar uma solu o diferente uma maneira de ir eliminando disparates como se fossem capas de uma cebola Na Universidade de Chicago tamb m tive a sorte de me encontrar com um programa de educa o geral desenhado pelo Robert M Hutchins no que a ci ncia se apresentava como parte integral da maravilhosa tape aria do conhecimento humano considerava se impens vel que um aspirante a f sico n o conhecesse o Plat o Arist teles Bach Shakespeare Gibbon Malinowski e Freud entre outros Em uma classe de introdu o ci ncia nos apresentou de modo t o irresist vel o ponto de vista do Ptolomeu de que o Sol girava ao redor da Terra que muitos estudantes tiveram que repensar sua confian a em Cop rnico A categoria dos professores no programa do Hutchins n o tinha quase nada que ver com a investiga o ao contr rio a diferen a do que habitual nas universidades norte americanas de hoje valorava se aos professores por sua maneira de ensinar por sua capacidade de transmitir informa o e inspirar futura gera o Neste ambiente embriagador pude preencher algumas lacunas de minha educa o Me esclareceram muitos aspectos que me tinham parecido profundamente misteriosos e n o s na ci ncia Tamb m fui testemunha de primeira m o da alegria que sentiam os que tinham o privil gio de descobrir algo sobre o funcionamento do universo Sempre me hei sentido agradecido a meus mentores da d cada de 1950 e
321. er substitu da por uma contra o poder se ia reverter ent o a segunda lei Podem os efeitos preceder s causas O corpo humano utiliza um cido clor drico concentrado no est mago para dissolver a comida e favorecer a digest o por que o cido clor drico n o dissolve o est mago s estrelas mais antigas no momento de escrever estas linhas parecem ser mais antigas que o universo Igual a ao afirmar que uma pessoa tem filhos maiores que ela n o faz falta saber muito para reconhecer que algu m cometeu um engano Quem Existe agora uma tecnologia suficiente para mover tomos individuais de modo que se podem escrever mensagens largas e complexas em uma escala ultramicrosc pica Tamb m poss vel fazer m quinas da medida de uma mol cula H exemplos rudimentares dessas duas nanotecnologias bem demonstrados Onde nos levar isso em umas d cadas mais Em v rios laborat rios diferentes se encontraram mol culas complexas que em condi es adequadas fazem c pias delas mesmas no tubo de ensaio Algumas destas mol culas como o DNA e o ARN s o feitas de nucleot deos outras n o Algumas usam enzimas para acelerar o ritmo da qu mica outras n o s vezes h um engano na c pia a partir deste ponto o engano se copia em sucessivas gera es de mol culas Assim chegam a existir esp cies ligeiramente diferentes de mol culas autorreplicantes algumas das quais se reproduzem mais de pressa e com maior efici n
322. era como objetivo corporativo eliminar da mente de milh es de pessoas a falsa convic o de que fumar cigarros causa c ncer de pulm o e outras enfermidades uma convic o apoiada em presun es fan ticas rumores falaciosos denuncia sem fundamento e conjeturas de oportunistas em busca de publicidade Se queixam do ataque incr vel sem precedentes e infame contra o cigarro que constitui a maior difama o e cal nia que se perpetrou jamais contra um produto na hist ria da bere empresa uma difama o criminal de propor es e implica es t o importantes que algu m se pergunta como uma cruzada de cal nias pode reconciliar se como a Constitui o pode ser t o burlada e violada sic Esta ret rica s ligeiramente mais acesa que a que publicou de vez em quando a ind stria do tabaco para consumo p blico H muitas marcas de cigarros que anunciam ser desce em alcatr o dez miligramas ou menos por cigarro por que isso uma virtude Porque nos alcatr es refrat rios onde se concentram hidrocarbonetos polic clicos arom ticos e outros cancer genos N o s o os an ncios de des o em alcatr o uma admiss o t cita pelas companhias de tabaco de que os cigarros causam realmente o c ncer Healthy Buildings International uma organiza o com nimo de lucro que recebeu milh es de d lares ao longo dos anos da ind stria do tabaco Realiza investiga es sobre o fumante passivo e testemunha a favor das c
323. era pouco dos estudantes e em parte que h poucas recompensas ou modelos para uma discuss o inteligente sobre ci ncia e tecnologia Ou inclusive para aprender porque sim Os poucos que ainda mostram interesse recebem o insulto de insetos estranhos repelentes ou CDF s Mas h algo mais vi os muitos adultos que se zangam quando um menino lhes exp e perguntas cient ficas Por que a lua redonda perguntam os meninos Por que a erva verde O que um sonho At que profundidade se pode cavar um buraco Quando o anivers rio do mundo Por que temos dedos nos p s Muitos pais e professores respondem com irrita o ou ridiculiza o ou passam rapidamente a outra coisa Como queria que fora a lua quadrada Os meninos reconhecem em seguida que por alguma raz o este tipo de perguntas zanga aos adultos Umas quantas experi ncias mais como esta e outro menino perdido para a ci ncia N o entendo por que os adultos simulam sab lo tudo ante um menino de seis anos O que tem de mal admitir que n o saibamos algo t o fr gil nosso orgulho O que mais muitas destas perguntas afetam a aspectos profundos da ci ncia alguns ainda n o resolvidos de tudo Por que a lua redonda tem que ver com o fato de que a gravidade uma for a que atira para o centro de qualquer mundo e resistentes que s o as rochas A erva verde a causa do pigmento de clorofila certamente a todos colocaram isto na cabe a
324. eran a N o necess rio invocar nenhum novo princ pio da ci ncia Parece que h um pequeno n mero de feitos simples que se podem usar para entender a enorme complexidade e variedade dos seres vivos A gen tica molecular tamb m ensina que cada organismo tem sua pr pria particularidade O reducionismo est inclusive melhor instalado em f sica e qu mica Descreverei mais adiante a inesperada fus o de nossa compreens o da eletricidade o magnetismo a luz e a relatividade em um s marco de trabalho Faz s culos que sabemos que um punhado de leis relativamente singelas n o s explicam mas tamb m predizem quantitativamente e com precis o uma variedade assombrosa de fen menos n o s na Terra mas tamb m em todo o universo Ouvimos dizer por exemplo ao te logo Langdon Gilkey em sua Natureza realidade e qu o sagrado a ideia de que as leis da natureza s o as mesmas em todas partes n o mais que uma preconcep o imposta ao universo por cientistas fal veis e seu meio social Gostaria que houvesse outros tipos de conhecimento t o v lidos em seu contexto como a ci ncia no seu Mas a ordem do universo n o uma presun o um fato observado Detectamos a luz desde quasares distantes s porque a dez mil e milh es de anos luz as leis do eletromagnetismo s o qu o mesmas aqui Os espectros desses quasares s s o reconhec veis porque est o pressentem os mesmos elementos qu micos ali e aqui e porque pod
325. ermidade medidas de sa de p blica os rem dios e a tecnologia m dica A longevidade possivelmente seja a melhor medida da qualidade de vida f sica Se voc estiver morto n o pode fazer nada para ser feliz um oferecimento muito valioso da ci ncia humanidade nada menos que o dom da vida Mas os micro organismos se transformam Aparecem novas enfermidades que se estendem como o fogo H uma batalha constante entre medidas microbianas e contra medidas humanas Acompanhamos o ritmo desta competi o n o s inventando novos medicamentos e tratamentos a n o ser avan ando progressivamente com maior profundidade na compreens o da natureza da vida uma investiga o b sica Se quisermos que o mundo escapamento das tem veis consequ ncias do crescimento da popula o global e dos dez mil ou doze bilh es de pessoas no planeta a finais do s culo XXI devemos inventar m todos seguros e mais eficientes de cultivar mantimentos com o conseguinte abastecimento de sementes irriga o fertilizantes pesticidas sistemas de transporte e refrigera o Tamb m se necessitar o m todos contraceptivos amplamente dispon veis e aceit veis passos significativos para a igualdade pol tica das mulheres e melhoras nas condi es de vida dos mais pobres Como pode conseguir se todo isso sem ci ncia e tecnologia Sei que a ci ncia e a tecnologia n o s o simples cornuc pias que vertem dons ao mundo Os cientistas n o s conceberam as ar
326. erson ao redor do ano 1400 resumiu os crit rios para reconhecer a credibilidade da testemunha de uma apari o a gente era a disponibilidade a aceitar conselho da hierarquia pol tica e religiosa Assim aquele ou aquela que tivessem uma apari o molesta para os que estavam no poder era ipso facto uma testemunha pouco confi vel e se podia fazer dizer a Santos e virgens o que as autoridades queriam ouvir Os sinais que supostamente proporcionava Maria as provas que se ofereciam e que se consideravam irresist veis eram coisas como uma vela ordin ria uma parte de seda ou uma pedra magn tica um peda o de tijolo de cor rastros uma coleta extraordinariamente r pida de cardos por parte da testemunha uma singela cruz de madeira fincada na terra verg es e feridas na testemunha e uma variedade de contor es uma menina de doze anos com a m o em estranho gesto ou as pernas dobradas para tr s ou uma impossibilidade de abrir a boca que a deixa muda temporalmente que se curam assim que se aceita a hist ria Em alguns casos poss vel que os relatos se comparassem e coordenassem antes de dar testemunho Por exemplo em uma cidade pequena podia haver m ltiplos testemunhos da apari o de uma mulher alta e reluzente a noite anterior toda vestida de branco com um menino no rega o e envolta em uma luz que iluminava a rua Mas em outros casos pessoas que estavam fisicamente junto testemunha n o puderam ver nada como
327. es Apresenta uma corrup o insidiosa de atitudes populares sobre a objetividade cient fica H inclusive an ncios nos que cientistas reais alguns de distin o consider vel aparecem como c mplices das empresas Eles revelam que os cientistas tamb m s o capazes de mentir por dinheiro Como advertiu Tom Paine acostumar se s mentiras p e os alicerces de muitos outros males Tenho diante de mim enquanto escrevo o programa de uma das exposi es de Vida S que se celebram anualmente em S o Francisco Como de rigor assistem dezenas de milhares de pessoas Peritos altamente question veis vendem produtos altamente question veis Hei aqui algumas apresenta es Como produzem dor e sofrimento as prote nas bloqueadas no sangue Cristais s o talism s ou pedras Eu tenho minha pr pria opini o Segue Do mesmo modo que um cristal reflete ondas de som e de luz para r dio e esta televis o uma interpreta o spera e ins pida de como funcionam a r dio e a televis o tamb m pode amplificar as vibra es espirituais para os humanos harmonizados Ou aqui h outra Retorno da deusa ritual de apresenta o Outro Sincroniza o a experi ncia do reconhecimento Esta a d o Irm o Carlos Ou na p gina seguinte Voc Saint Germain e a cura mediante a chama violeta Assim segue sem parar com profus o de an ncios sobre as oportunidades que percorrem a curta gama de disc
328. es de adquirir conhecimento da verdadeira natureza da realidade A pr pria ci ncia irracional ou m stica N o mais que outra f ou sistema de cren a ou mito sem mais justifica o que qualquer outra N o importa que as cren as sejam certas ou n o sempre que sejam significativas para um Um resumo de cren as da Nova Era de Theodore Shick Jr e LLewisvvaughn How to Think About Weird Things Critical Thinking for a New Age Mountain View CA Mayfield Publishing Company 1995 Se o marco de trabalho estabelecido da ci ncia plausivelmente err neo ou arbitr rio irrelevante pouco patri tico mpio ou serve principalmente os interesses dos capitalistas ent o possivelmente nos podemos economizar o problema de entender o que tanta gente considera um corpo de conhecimento complexo dif cil altamente matem tico e anti intuitivo Assim os cientistas teriam seu castigo poder se ia superar a inveja da ci ncia Os que percorreram outros caminhos para o conhecimento os que secretamente abrigaram cren as que a ci ncia desdenhou poderiam ter agora seu lugar sob o sol O ritmo acelerado de mudan as na ci ncia respons vel em parte do ardor que provoca Justo quando come amos a entender algo do que falam os cientistas dizem nos que deixou que ser verdade E embora o seja as coisas que sustentam ter descoberto recentemente costure que nunca ouvimos dif ceis de acreditar com implica es inquietantes tomaram j
329. es e deve aceitar parte de responsabilidade pelo resultado se souber que lhes ser til Est submetido como corresponde a louvores ou culpas em rela o com qualquer inova o que saia de seu trabalho Proporciona um caso hist rico importante a carreira do f sico nascido na Hungria Edward Teller Teller ficou marcado de jovem pela revolu o comunista da B la Kun na Hungria em que se expropriaram as propriedades de fam lias de classe m dia como a sua e pela perda de uma perna que lhe produzia uma dor permanente em um acidente de circula o Suas primeiras contribui es foram das regras de sele o da mec nica qu ntica e a f sica de estado s lido cosmologia Foi ele quem acompanhou ao f sico Le o Szilard a ver o Albert Einstein quando se encontrava de f rias no Long Island em julho de 1939 uma reuni o que levou a carta hist rica do Einstein ao presidente Franklin Roosevelt em que lhe apressava vista dos acontecimentos cient ficos e pol ticos da Alemanha nazista a desenvolver uma bomba de fiss o ou at mica Recrutado para trabalhar no Projeto Manhattan Teller chegou aos lamos e pouco depois se negou a colaborar n o porque lhe desesperasse o que poderia chegar a fazer uma bomba at mica mas sim pelo contr rio porque queria trabalhar em uma arma muito mais destrutiva a bomba de fus o termonuclear ou de hidrog nio Embora a bomba at mica tem um limite superior pr tico em seu rendimento o
330. es outros regimes alta velocidade forte gravidade A f sica newtoniana resulta ser uma aproxima o verdade boa em circunst ncias com as que temos uma familiaridade rotineira malote em outras um lucro espl ndido e justamente celebrado da mente humana mas tem suas limita es Entretanto de acordo com nossa compreens o da falibilidade humana tendo em conta a advert ncia de que podemos nos aproximar assintoticamente verdade mas nunca alcan la de tudo os cientistas est o investigando hoje regimes nos que possa falhar a relatividade geral Por exemplo a relatividade geral prediz um fen meno assombroso chamado ondas gravitacional Nunca se detectaram diretamente Mas se n o existir h algo fundamentalmente err neo na relatividade geral Puls los s o estrelas de n utrons que giram rapidamente cujos per odos de giro podem medir se agora com uma precis o de at quinze decimais Prediz se que dois pulsar muito densos em rbita um ao redor do outro irradiam quantidades copiosas de ondas gravitacionais que com o tempo alterar o ligeiramente as rbitas e os per odos de rota o das duas estrelas Joseph Taylor e Russell Hulse da Universidade de Princeton usaram este m todo para comprovar as predi es da relatividade geral de um modo totalmente novo Segundo sua hip tese os resultados seriam inconsistentes com a relatividade geral e teriam derrubado um dos pilares principais da f sica moderna N o s estavam
331. es tivessem raz o e cont ssemos com provas reais de vida extraterrestre para as poder examinar Entretanto nos pedem que tenhamos f Pedem nos que os criamos nos apoiando na for a de suas provas Sem d vida nossa obriga o examinar a prova oferecida ao menos com tanta aten o e ceticismo como os astr nomos que procuram sinais de r dio extraterrestres Nenhuma declara o aned tica por muito sincera e profundamente sentida que seja por muito exemplares que sejam as vistas dos cidad os que a testemunham tem grande peso em uma quest o t o importante Como nos casos mais antigos de vnis os relatos aned ticos est o sujeitos a engano Isso n o uma cr tica pessoal aos que dizem que foram abduzidos ou aos que os interrogam N o equivale a menosprezar s supostas testemunhas N o ou n o deveria ser um desprezo arrogante de um testemunho sincero e comovedor simplesmente uma resposta relutante falibilidade humana Se se podem atribuir os poderes que seja aos extraterrestres por sua avan ada tecnologia ent o podemos explicar qualquer discrep ncia incoer ncia ou inverossimilhan a Por exemplo um acad mico uf logo sugere que tanto os extraterrestres como os abduzidos se voltam invis veis durante a abdu o embora n o o s o entre eles essa a raz o pela que n o o notaram mais vizinhos Este tipo de explica es que o podem explicar tudo em realidade n o explicam nada Os casos
332. esentou se volunt rio para ir lutar guerra civil espanhola A carta da Pravda tinha posto em perigo a vida do Muller Abandonou Moscou ao dia seguinte e escapou por pouco conforme lhe disseram depois da NKVD a pol cia secreta Vavilov n o teve tanta sorte e morreu na Lib ria em 1943 Com o apoio cont nuo do Stalin e mais tarde que o Jrusvhov Lysenko eliminou com tenacidade implac vel a gen tica cl ssica Os textos de biologia da escola sovi tica a princ pios da d cada dos sessenta continham t o pouco sobre cromossomos e gen tica como muitos dos textos de biologia das escolas americanas t m hoje sobre evolu o Mas n o cresceu nenhuma colheita nova de trigo no inverno o feiti o da frase materialismo dial tico n o chegou ao DNA das plantas domesticadas a agricultura sovi tica continuou estancada e hoje em parte por esta raz o R ssia com um alto n vel em muitas outras ci ncias est inexoravelmente atrasada em biologia molecular e engenharia gen tica perderam se duas gera es de bi logos modernos O Iysenkismo n o foi aniquilado at 1964 em uma s rie de debates e vota es na Academia Sovi tica de Ci ncias uma das poucas institui es que manteve certo grau de independ ncia dos l deres da Partida e o Estado nas que o f sico nuclear Andrei Sajarov representou um papel primitivo Os americanos tendem a menear a cabe a com assombro ante esta experi ncia sovi tica A ideia de que uma id
333. esma Nunca tinha pensado nestas experi ncias como algo mais do que s o em realidade um jogo de meu pensamento Uma alucina o poderia explicar o 99 dos casos mas pode explicar jamais o 100 Os vnis s o um assunto de profunda fantasia que n o tem nenhum tipo de base FACTUAL Rogo lhe que n o empreste cr dito a um engano O doutor Sagan formou parte do comit das For as A reas que avaliou as investiga es do governo sobre os vnis e apesar disso quer que criamos que n o h nenhuma prova substancial de que existem os vnis Rogo lhe que explique por que necessitava o governo que fossem avaliadas Vou exercer press o sobre o deputado que me representa para que tente cancelar os recursos desse programa de escuta de sinais extraterrestres do espa o porque atirar o dinheiro J est o entre n s O governo gasta milh es de d lares de impostos para investigar os vnis O projeto SETI busca de intelig ncia extraterrestre seria uma perda de dinheiro se realmente o governo acreditasse que os vnis n o existem Pessoalmente me excita o projeto SETI porque mostra que nos movemos na dire o correta para a comunica o com extraterrestres em lugar de ser uns observadores pouco dispostos Os s cubos que eu identificava como uma esp cie de viola o astral apareceram do 18 aos 92 Foi duro para um cat lico s rio moralista e praticante foi lhe desmoralize desumanizador e me teve muito preocupado pela
334. esmo processo repetido quatrocentos mil e milh es de vezes em alguma outra parte da gal xia da Via L ctea Os projetos instru es detalhadas e ordens de trabalho para construir uma pessoa desde um nada ocupariam uns mil volumes de enciclop dia se escrevessem em ingl s Entretanto cada c lula de nosso corpo cont m uma s rie dessas enciclop dias Um quasar est t o longe que a luz que vemos come ou sua viagem intergal ctica antes que se formasse a Terra Toda pessoa da Terra descende dos mesmos antepassados n o de tudo humanos do leste da frica faz alguns milh es de anos o que nos Faz a todos os primos Sempre que penso em algum destes descobrimentos sinto um calafrio de entusiasmo Acelera me o cora o N o posso evit lo A ci ncia uma surpresa e uma del cia Reconhe o minha surpresa cada vez que uma espa onave sobrevoa um novo mundo Os cientistas planet rios se perguntam a si mesmos OH assim Como n o nos ocorreu Mas a natureza sempre mais sutil mais complexa mais elegante do que somos capazes de imaginar O que surpreendente dadas nossas limita es manifestas que tenhamos sido capazes de penetrar tanto nos segredos da natureza Quase todos os cientistas em um momento de descobrimento ou compreens o s bita experimentaram um assombro reverencial A ci ncia a ci ncia pura n o com alguma aplica o pr tica mas sim por ela mesma um assunto profundamente emocional para
335. especialmente as que nos diziam o que quer amos ouvir que conseguiram muitos seguidores Qualquer ideia por improv vel que fora conseguia autoridade Para o divulgador da ci ncia um desafio supremo esclarecer hist ria atual e tortuosa de seus grandes descobrimentos e equ vocos e a teimosia ocasional de seus praticantes em sua negativa a trocar de caminho Muitos possivelmente a maioria dos livros de texto de ci ncias para cientistas em flora es abordam no com ligeireza muito mais f cil apresentar de modo atrativo a sabedoria destilada durante s culos de interroga o paciente e coletiva sobre a natureza que detalhar o complicado aparelho de destila o O m todo embora seja indigesto e espesso muito mais importante que os descobrimentos da ci ncia CAP TULO 2 CI NCIA E ESPERAN A Dois homens chegaram a um agouro no c u Algu m lhe pediu ao outro que lhe ajudasse a subir Mas o c u era t o bonito que o homem que olhava por cima da margem esqueceu o tudo esqueceu a seu companheiro ao que tinha prometido ajudar e saiu correndo para todo o esplendor do c u De um poema em prosa inuit iglulik de princ pios do s culo XX contado pelo Inugpasugjuk ao Knud Rasmussen o explorador rtico da Groenl ndia Eu fui menino em uma poca de esperan a Quis ser cientista desde meus primeiros dias de escola O momento em que cristalizou meu desejo chegou quando captei pela primeira vez que as estrelas eram s
336. ess o dos companheiros e lhes pede que demonstrem uma solidariedade politicamente correta colocando se a si mesmos como membros de uma subcultura supervivente Uma precavida declara o de 1993 da Associa o Psiqui trica Americana aceita a possibilidade de que alguns de n s esque amos o abuso infantil como meio de seguir adiante mas adverte N o se sabe como distinguir com total precis o as lembran as que se apoiam em acontecimentos verdadeiros dos que derivam de outras fontes A interroga o repetida pode levar aos indiv duos a declarar lembran as de acontecimentos que nunca ocorreram N o se sabe que propor o de adultos que declaram recordar um abuso sexual foram realmente v timas dele Se o psiquiatra tiver uma cren a pr via forte de que o abuso sexual ou outros fatores s o ou n o a causa dos problemas do paciente muito prov vel que interfira na valora o e tratamento apropriado Por um lado ignorar insensivelmente acusa es horripilantes de abuso sexual pode ser uma injusti a desumana Por outro lado manipular as lembran as da gente infundir falsas hist rias de abuso infantil destro ar fam lias irrepreens veis e inclusive enviar ao c rcere a uns pais inocentes uma injusti a desumana O ceticismo essencial em ambos os casos Pode ser muito complicado escolher o caminho entre esses dois extremos As primeiras edi es do influente livro do Ellen Bass e Laura Davis The Courage to Heal
337. essas pr ticas n o s o mais que mentiras e enganos que os povos pag os antigos usavam para enganar s massas e as levar por mau caminho A gente s bia e inteligente n o se deixa enganar Da Mishneh Torah Avodah Zara cap tulo 11 H algumas declara es dif ceis de comprovar por exemplo que uma expedi o n o consiga encontrar o fantasma do brontossauro n o quer dizer que n o exista A aus ncia de prova n o prova de aus ncia Outras s o mais f ceis por exemplo a aprendizagem canibal dos platelmintos ou o an ncio de que col nias de bact rias submetidas a um antibi tico em um prato de agar prosperam quando se reza em compara o com a bact ria de controle n o redimida pela ora o Podem se excluir algumas por exemplo as m quinas de movimento perp tuo em apoie f sica fundamental Al m delas n o sabemos antes de examinar a prova que as ideias s o falsas coisas mais estranhas se incorporam habitualmente no corpus da ci ncia A quest o como sempre boa a prova O peso da demonstra o cai sobre os ombros dos que avan am tais declara es revelador que alguns proponentes sustentem que o ceticismo um estorvo que a verdadeira ci ncia investiga o sem ceticismo Possivelmente est o a metade de caminho Mas o meio do caminho n o a meta A parapsic loga Susan Blackmore descreve um dos passos em sua transforma o a uma atitude mais c tica sobre os fen menos ps qui
338. estre No Christian News de 23 de maio de 1994 por exemplo W Gary Crampton doutor em Teologia comenta nos por que A B blia j seja expl cita ou implicitamente refere se a todos os aspectos da vida nunca nos deixa sem resposta A B blia n o afirma nem nega explicitamente em nenhum lugar a vida extraterrestre Entretanto implicitamente as Escrituras negam a exist ncia desses seres negando assim tamb m a possibilidade dos disco voador s A Escritura v a Terra como o centro do universo Segundo Pedro est desconjurado um Salvador que v de planeta nesta planeta a resposta exist ncia de vida inteligente em outros planetas Se existissem quem os redimiria Cristo n o certamente deve se renunciar sempre s experi ncias que n o se ajustam aos ensinos das Escrituras como falaciosos A B blia tem um monop lio sobre a verdade Mas muitas outras seitas crist s a cat lica romana por exemplo est o completamente abertas sem obje es a priori e sem nenhuma insist ncia realidade de extraterrestres e vnis A princ pios da d cada dos sessenta argumentei que as hist rias de vnis se cunhavam principalmente para satisfazer desejos religiosos Em uma poca em que a ci ncia complicou a ades o aerifica a antigas religi es apresenta se uma alternativa hip tese de Deus os deuses e dem nios da antiguidade com o disfarce do jarg o cient fico e a explica o de seus imensos poderes com
339. etido na estat stica de que s ao redor de dez por cento dos estudantes de instituto americanos optam por um curso de f sica O que o que faz de repente ci ncia excessivamente dif cil Por que n o muito dif cil para todos esses pa ses que superam aos Estados Unidos O que ocorreu com o talento americano para a ci ncia a inova o t cnica e o trabalho duro Em outros tempos os norte americanos se orgulhavam de contar com inventores que abriram o caminho do tel grafo o telefone a luz el trica o fon grafo o autom vel e o aeroplano Exceto no relativo inform tica todo isso parece algo do passado Onde foi a parar todo aquele engenho ianque A maioria dos meninos americanos n o est pida Parte da raz o pela que n o se aplicam ao estudo que recebem poucos benef cios tang veis quando o fazem Ser competente quer dizer conhecer realmente a mat ria em express o verbal matem tica ci ncia e hist ria hoje em dia n o aumenta os ganhos dos jovens meios nos oito anos seguintes a sua sa da da escola e a maioria se empregam em empresas de servi os e n o industriais Entretanto nos setores produtivos da economia est acostumado ser diferente H f bricas de m veis por exemplo que correm o risco de perder o neg cio N o porque n o haja clientes mas sim porque muito poucos trabalhadores ao entrar s o capazes de fazer opera es aritm ticas singelas Uma importante companhia eletr nic
340. euta e paciente tinham intercambiado seus pap is eu gosto de v lo como o paciente que salva ao terapeuta Possivelmente John Mack n o teve tanta sorte Consideremos uma aproxima o muito diferente busca de extraterrestres a busca por r dio de vida inteligente No que se diferencia da fantasia e a pseudoci ncia Em Moscou a princ pios da d cada dos sessenta os astr nomos sovi ticos deram uma confer ncia de imprensa em que anunciaram que a intensa emiss o de r dio de um misterioso objeto distante chamado CTA 102 variava regularmente como uma onda sinusoidal com um per odo de uns cem dias N o se tinha encontrado antes nenhuma fonte distante peri dica por que convocaram uma confer ncia de imprensa para anunciar um descobrimento t o misterioso Porque pensaram que tinham detectado uma civiliza o extraterrestre de poderes imensos Sem d vida vale a pena convocar uma confer ncia de imprensa para isso A not cia causou uma breve sensa o nos meios de comunica o e o grupo de rock dos Byrds incluso comp s e gravou uma can o sobre isso CTA 102 we re over there receiving you Signals tells us that you re there We can hear them loud and clear Emiss o de r dio desde o CTA 102 Sem d vida Mas o que CTA 102 Hoje sabemos que CTA 102 um quasar distante Naquele momento a palavra quasar nem sequer tinha sido cunhada Ainda n o sabemos muito bem o que s o os quasares e h mais de uma
341. evista do financista e conselheiro de presidentes Bemard M Baruch testemunhando que a leitura do livro do Mackay lhe tinha feito economizar milh es H uma larga hist ria de declara es falsas de que o magnetismo podia curar enfermidades Paracelso por exemplo usava um m para aspirar as enfermidades do corpo e as enterrar dentro da Terra Mas a figura chave foi Franz Mesmer Eu tinha entendido vagamente que a palavra inglesa mesmerize queria dizer um pouco parecido a hipnotizar Mas o primeiro conhecimento real que tubo do Mesmer veio do livro do Mackay O m dico vienense pensava que as posi es dos planetas influ am na sa de humana e ficou seduzido pelas maravilhas da eletricidade e o magnetismo Atendia nobreza francesa em declive em v speras da Revolu o reuniam se em uma habita o escura Mesmer vestido com uma t nica dourada de seda floreada e brandindo uma varinha m gica fazia sentar a seus pacientes ao redor de uma Cuba com uma solu o de cido sulf rico O magnetizador e seus jovens ajudantes var es olhavam aos pacientes fixamente aos olhos e lhes esfregavam o corpo Eles se agarravam a umas barras de ferro que se sobressa am da solu o ou se davam a m o Em um frenesi contagioso curavam se aristocratas a destro e sinistro especialmente mulheres jovens Mesmer causou sensa o Ele o chamava magnetismo animal Entretanto como prejudicava o neg cio dos praticantes de uma medicina mais conve
342. experi ncias sensoriais e imagin rias incomuns em t rminos de hip tese sobre extraterrestres Entre os que acreditam em vnis os que tinham uma maior propens o produ o de fantasia eram particularmente propensas a gerar estas experi ncias Al m disso o mais prov vel que estas experi ncias se gerassem e interpretassem como acontecimentos reais mais que imaginados quando se associavam a entornos sensoriais limitados por exemplo experi ncias que tiveram lugar de noite e em associa o com o sonho O que uma mente cr tica poderia reconhecer como alucina o ou sonho uma mais cr dula o interpreta como uma vis o de uma realidade externa elusiva mas profunda conceb vel que alguns relatos de abdu es por extraterrestres possam disfar ar lembran as de viola o e abuso sexual na inf ncia com o pai padrasto tio ou noivo da m e representado como um extraterrestre Certamente mais reconfortante acreditar que foi um extraterrestre quem abusou de um que pensar que foi algu m em quem algu m confia e a quem ama Os terapeutas que acreditam com convic o as hist rias de abdu es por extraterrestres negam este extremo alegando que seriam capazes de reconhecer se seus pacientes foram v timas de abusos sexuais ou n o Algumas pesquisa de opini o estimam que uma de cada quatro mulheres americanas e um de cada seis homens foram v timas de abusos sexuais na inf ncia embora provavelmente as estimativas sejam muito al
343. ezes e em muitas culturas s para ser ignorados por padres e fil sofos encarregados da sabedoria convencional igual ao enfoque j nico se perdeu quase completamente depois da poca do Plat o e Arist teles Com muitas culturas e experimentos deste tipo pode ser que as ideias s joguem ra zes em estranhas ocasi es As plantas e os animais se come aram a domesticar e a civiliza o come ou faz s dez mil ou doze mil anos O experimento j nico tem dois mil e quinhentos anos de Antiguidade Foi quase totalmente suprimido Podemos ver avan os para a ci ncia na antiga a China ndia e qualquer parte embora fossem vacilantes incompletos e dessem pouco fruto Mas suponhamos que os j nicos n o tivessem existido nunca e que a ci ncia e a matem tica grega n o tivessem florescido alguma vez Seria poss vel que na hist ria da esp cie humana n o tivesse emergido a ci ncia Ou na meada das muitas culturas e alternativas hist ricas n o prov vel que antes ou depois entrasse em jogo a combina o correta de fatores em algum outro s tio Nas ilhas do Indon sia por exemplo ou no Caribe nos vizinhos de uma civiliza o mesoamericana n o afetada pelos conquistadores ou nas col nias escandinavas beira do mar Negro Acredito que o impedimento para o pensamento cient fico n o a dificuldade do tema As fa anhas intelectuais complexas foram fundamento inclusive de culturas oprimidas Os Xam s magos e te logos domina
344. falar muito pouco de ncubos elfos e fadas Onde foram a parar Longe de ser globais o bairrismo dessas hist rias de abdu o por extraterrestres decepcionante A grande maioria procedem dos Estados Unidos Logo que transcendem cultura americana Em outros pa ses se fala de extraterrestres com cabe a de p ssaro inseto r ptil rob e loiros com olhos azuis o ltimo f cil prediz lo do norte da Europa Diz se que cada grupo de extraterrestres se comporta de maneira diferente evidente que os fatores culturais jogam um papel importante Muito antes de que se inventassem os t rminos disco voador e vnis a fic o cient fica estava cheia de homenzinhos verdes e monstros com olhos de inseto De algum modo durante muito tempo nossos extraterrestres cl ssicos foram seres pequenos e imberbes com grandes cabe as e olhos Os podia ver habitualmente nas revistas de fic o cient fica da d cada de 1920 e 1930 e por exemplo na ilustra o de um marciano que envia mensagens Terra no exemplar de dezembro de 1937 da revista Short Wave and Televis o Possivelmente o tema venha de nossos remotos descendentes tal como os pintasse o pioneiro brit nico da fic o cient fica H G Wells Wells arguia que os humanos tinham evolu do de personagens de c rebro mais pequeno mas mais peludos com um ar atl tico que superava com acr scimo o dos acad micos Vitorianos extrapolando esta tend ncia
345. fam lia de qu micos e ao cientista brit nico Joseph Priestley descobridor do oxig nio e antecessor intelectual do James Clerk Maxwell Do ponto de vista do Jefferson essas eram exatamente as pessoas que necessitava a Am rica A Lei de Rebeli o converteu em ilegal a publica o de cr ticas falsas ou maliciosas do governo ou o fomento da oposi o a algum de seus atos efetuou se meia d zia de arrestos condenou se a dez pessoas e se censurou ou reduziu ao sil ncio a muitas mais por intimida o A lei segundo Jefferson pretendia sossegar qualquer tipo de oposi o pol tica convertendo em delito a cr tica dos funcion rios ou policiais federalistas Jefferson assim que foi eleito durante a primeira semana de sua presid ncia em 1801 perdoou a todas as v timas da lei de rebeli o porque disse seu esp rito era t o contr rio liberdade americana como se o Congresso nos ordenasse nos ajoelhar para adorar a um bezerro de ouro Em 1802 nos livros n o ficava nem rastro das leis de imigra o e rebeli o A dois s culos de dist ncia dif cil captar o encrespamento de nimo que converteu aos franceses e os selvagens irlandeses em uma amea a t o grave para nos fazer pensar em renunciar a nossas mais apreciadas liberdades Reconhecer o m rito dos lucros culturais franceses e irlandeses defender a igualdade de direitos para eles se desprezava nos c rculos conservadores como sentimentalismo uma corre o
346. fazer coincidir os detalhes entre testemunhas que n o se viram nunca Outras pessoas que estavam presentes no momento e lugar da apari o n o veem nada incomum Os sinais ou supostas provas sem exce o n o s o algo que os humanos n o possam adquirir ou fabricar por sua conta Certamente Maria parece contr ria necessidade de provas e ocasionalmente est disposta a curar s aos que tinham acreditado o relato de sua apari o antes de proporcionar sinais E enquanto n o h terapeutas estende se pela sociedade uma influente rede de padres paroquiais e l deres que t m um interesse pessoal na realidade das vis es Em nossa poca ainda h apari es da Maria e alguns anjos mas tamb m como o resume G Scott Sparrow um psicoterapeuta e hipnotizador do Jesus Em 7 Am with You Always True Stories of Encounters with Jesus Bantam 1995 apresentam se relatos de primeira m o alguns comoventes outros banais de encontros assim Curiosamente a maioria s o sonhos diretos reconhecidos como tais e se diz que as chamadas vis es diferem dos sonhos s em que as experimentamos quando estamos acordados Mas para o Sparrow o fato de valorar algo como s um sonho n o compromete sua realidade externa Segundo ele qualquer ser no que se sonha e qualquer incidente existem realmente no mundo exterior a gente mesmo Nega especificamente que os sonhos sejam puramente subjetivos As provas n o t m nad
347. fesa e a solu o do enigma dos vnis Al m disso algo que preocupava ent o tanto Ag ncia Central de Intelig ncia CIA como s For as A reas era que os vnis fossem um meio de obstruir os canais de comunica o em uma crise nacional e confundir as observa es visuais e de radar de aeronaves do inimigo um problema de sinal ru do que em certo modo o que busca a arg cia Em vista de tudo isto estou perfeitamente disposto a acreditar que ao menos alguns informe e an lise de vnis e possivelmente volumosos arquivos feito se inacess veis ao p blico que pagamento os impostos A guerra fria terminou a tecnologia de m ssil e de globo ficou virtualmente obsoleta ou est ao alcance de todos e os que poderiam sentir se turvados j n o est o no servi o ativo O pior do ponto de vista militar que seria reconhecer de novo que se confundiu ou mentiu ao p blico americano em interesse da seguran a nacional J hora de que os arquivos deixem de ser reservados e fiquem a disposi o geral Outra intercess o instrutiva do temperamento de conspira o e a cultura de secreta afeta Ag ncia Nacional de Seguran a NSA Esta organiza o controla o telefone r dio e outras comunica es tanto de amigos como advers rios dos Estados Unidos Sub repticiamente l todo o correio do mundo O tr fico que intercepta diariamente consider vel Em pocas de tens o grande n mero do pessoal da ANS com conhecimento do
348. forme acabei acreditando um pouco al m de meu alcance Por que Era a grande pergunta pr tica imposs vel que se balan ava ominosamente na alta topo de minhas suspeitas crescentes por que todos aqueles porta vozes e institui es se aplicavam com tal coniv ncia a obstaculizar e obstruir meus esfor os por que havia hist rias que um dia eram certas e ao seguinte falsas por que todo aquele af de segredo tenso e inquebr vel por que os agentes da intelig ncia militar estendiam a desinforma o e faziam voltar loucos aos que acreditavam em vnis O que tinha encontrado ali o governo O que tentava ocultar Certamente h resist ncia H informa o legitimamente reservada como com as armas militares s vezes realmente o segredo de interesse nacional Al m disso as comunidades militar pol tica e de intelig ncia tendem a valorar o segredo por si mesmo uma maneira de silenciar aos cr ticos e evitar acusa es de incompet ncia ou algo pior Gera uma lite um grupo de irm os aos que se pode conceder de maneira confi vel a confian a nacional a diferen a da grande massa de cidad os em representa o dos quais presumivelmente se faz secreta a informa o O segredo com poucas exce es profundamente incompat vel com a democracia e a ci ncia Uma das intercess es mais estimulantes que se comentaram entre os vnis e o segredo s o os chamados documentos MJ 12 A finais de 1984 segundo conta a hist ria
349. ga a ci ncia na sociedade os americanos est o muito mais expostos percep o copernicana que o humano meio Algu m pesquisa de 1993 realizada pela Associa o a China de Ci ncia e Tecnologia revela que como nos Estados Unidos n o mais da metade de pessoas na China sabe que a Terra gira ao redor do Sol uma vez ao ano Poderia ser muito bem pois que mais de quatro s culos e m dio depois do Cop rnico a maior parte da gente da Terra acreditasse ainda no fundo de seu cora o que nosso planeta est im vel no centro do universo e que somos profundamente especiais Essas s o as perguntas t picas do alfabetismo cient fico Os resultados s o desmoralizadores Mas o que o que medem A memoriza o de afirma es autorit rias O que deveriam perguntar como sabemos Que os antibi ticos discriminam entre micr bios que os el trons s o menores que os tomos que o Sol uma estrela a que a Terra d a volta uma vez ao ano Estas perguntas s o uma medida muito mais aut ntica da compreens o da ci ncia por parte do p blico e os resultados destas provas seriam sem d vida mais desconsoladoras ainda Se aceitar a verdade literal de todas as palavras da B blia a Terra tem que ser plaina O mesmo ocorre com o Cor o portanto declarar que a Terra redonda equivale a dizer que algu m ateu Em 1993 a autoridade religiosa suprema da Ar bia Saudita o xeque Abdel Aziz Ibn Baaz emitiu um decreto o
350. gentes da lei Lhes paga para defender o C digo penal n o os dez mandamentos O fato que se cometeram muitos mais delitos e abusos de meninos por fan ticos em nome de Deus Jesus e Madona que em nome de Satan s A muitos n o gosta desta afirma o mas poucos podem discuti la Muitos dos que alegam esses abusos sat nicos descrevem grotescos rituais orgi sticos nos que se matam e comem beb s Ao longo de toda a hist ria europeia certos grupos foram injuriados por seus caluniadores por meio deste tipo de declara es entre eles os conspiradores catilinos em Roma o libelo de sangue de P scoa contra os judeus e os cavalheiros templ rios quando lhes desmantelava na Fran a do s culo XIV Ironicamente encontravam se informe de infantic dio canibal e orgias incestuosas entre os pormenores que utilizaram as autoridades romanas para perseguir os primeiros crist os Ao fim e ao cabo cita se ao pr prio Jesus dizendo S o Jo o 6 53 Se n o comerem a carne do Filho do homem e n o bebem seu sangue n o t m vida em v s Embora o verso seguinte esclarece que fala de comer sua pr pria carne e beber seu pr prio sangue cr ticos pouco favor veis podiam ter interpretado que o grego filho do homem queria dizer menino ou infante Tertuliano e outros pais da primeira Igreja se defendiam como podiam destas acusa es grotescas Hoje em dia a falta de correspond ncia entre o n mero de beb s e meninos
351. ger Tendo em conta as not veis caracter sticas de atua o que lhes adjudicava as implica es estrat gicas de que houvesse vnis sovi ticos sobrevoando impunemente as instala es militares e nucleares norte americanas eram preocupantes Se por outro lado os vnis eram constru dos por extraterrestres poder amos copiar a tecnologia se pud ssemos dar procura o de um s pires e conseguir uma clara vantagem na guerra fria E embora os militares n o acreditassem que os vnis fossem fabricados por sovi ticos nem extraterrestres tinham uma boa raz o para seguir os informe de perto Na d cada dos cinquenta as For as A reas utilizavam amplamente os globos sonda n o s como plataformas de observa o meteorol gica como se anunciava de maneira destacada e como refletores de radar algo que se reconhecia mas tamb m secretamente como aparelhos de espionagem rob tico com c maras de alta resolu o e intercepta o de sinais Enquanto os globos em si n o eram muito secretos sim o eram a s rie de reconhecimentos que faziam A forma dos globos de grande altitude pode parecer se com a de um pires quando se v do ch o Se n o se calcular bem a dist ncia em que se encontram f cil imaginar que levam uma velocidade absurdamente grande Em ocasi es propulsados por uma rajada de vento fazem uma mudan a de dire o abrupto pouco caracter stico de um avi o e em aparente desafio da lei da in rcia se a gente
352. gramas universit rios de profiss es liberais tradicionais poderiam trabalhar na dire o oposta dif cil saber no que vai acabar tudo O ceticismo tem por fun o ser perigoso um desafio s institui es estabelecidas Se ensinarmos a todo mundo incluindo por exemplo aos estudantes de educa o secund ria uns h bitos de pensamento c tico provavelmente n o limitar o seu ceticismo aos vnis os an ncios de aspirinas e os profetas canalizados de 35 000 anos Possivelmente come ar o a fazer perguntas importantes sobre as institui es econ micas sociais pol ticas ou religiosas Possivelmente desafiar o as opini es dos que est o no poder Onde estaremos ent o O etnocentrismo a xenofobia e o nacionalismo est o atualmente em rema em muitas partes do mundo A repress o governamental de pontos de vista impopulares ainda est muito estendida inculcam se lembran as falsas ou enganosas Para os defensores destas atitudes a ci ncia perturbadora Exige acesso a verdades que s o virtualmente independentes de tend ncias tnicas ou culturais Por sua natureza a ci ncia transcende as fronteiras nacionais Se ficar a trabalhar aos cientistas do mesmo campo de estudo juntos em uma sala embora n o compartilhem um idioma comum encontrar o uma maneira de comunicar se ci ncia em si uma linguagem transnacional Os cientistas t m uma atitude natural cosmopolita e som mais conscientes dos esfor os que se fazem
353. hado de rem dios para a AIDS e o c ncer Como podemos incidir na pol tica nacional ou inclusive tomar decis es inteligentes em nossas pr prias vidas se n o podermos captar os temas subjacentes No momento de escrever estas p ginas o Congresso est tratando a dissolu o de seu departamento de valora o tecnol gica a nica organiza o com a tarefa espec fica de assessorar Casa Branca e ao Senado sobre ci ncia e tecnologia Sua compet ncia e integridade ao longo dos anos foram exemplares Dos quinhentos e trinta e cinco membros do Congresso dos Estados Unidos por estranho que pare a com finais do s culo XX s um por cento tem uns antecedentes cient ficos significativos O ltimo presidente com prepara o cient fica deveu ser Thomas Jefferson Como decidem esses assuntos os americanos Como instruem a seus representantes Quem toma em realidade estas decis es e sobre que base Hip crates do C s o pai da medicina Ainda lhe recorda 2500 anos depois pelo Juramento do Hip crates de que existe uma forma modificada que os estudantes de medicina pronunciam quando se licenciam Mas principalmente lhe recorda por seus esfor os por retirar o manto de supersti o da medicina para lev la luz da ci ncia Em uma passagem t pica Hip crates escreveu Os homens acreditam que a epilepsia divina meramente porque n o a podem entender Mas se chamasse divino a tudo o que n o podem entender haveria uma
354. hipnose parece implicar de maneira central um estado de sugestibilidade intensificada Os tribunais proibiram seu uso como prova ou inclusive como ferramenta de investiga o criminal A Associa o M dica Americana considera menos confi veis as lembran as que surgem sob hipnose que os que aparecem sem ela Um livro de texto m dico padr o Harold I Kaplan Textos gerais de psiquiatria 1989 adverte de uma grande possibilidade de que as cren as do hipnotizador sejam comunicadas ao paciente e incorporadas no que o paciente acredita que s o lembran as frequentemente com uma forte convic o assim o fato de uma pessoa ao ser hipnotizada relate hist rias de abdu o por extraterrestres tem pouco peso corre se o perigo que os sujeitos estejam ao menos em alguns assuntos t o dispostos a agradar ao hipnotizador que respondam a sugest es sutis das que nem sequer este consciente Em um estudo do Alvin Lawson da Universidade do Estado da Calif rnia no Long Beach um m dico submeteu a uma sess o de hipnotismo a oito sujeitos com um crivado pr vio para eliminar aos entusiastas dos vnis Informou lhes que tinham sido abduzidos e depois de ser levados a uma espa onave examinados Sem mais instiga o pediu lhes que descrevessem a experi ncia Os relatos a maioria obtidos sem maior problema eram quase indistingu veis dos que apresentam os que se declaram abduzidos certo que Lawson tinha dado indica es breve
355. i o s bita na consci ncia americana e passou de ser um escuro quase aliado ao que se entregavam mercadorias alta tecnologia armas e inclusive dados de sat lites de investiga o a ser um monstro escravizador que amea ava ao mundo Pessoalmente n o sinto nenhuma admira o pelo senhor Hussein mas assombroso o depressa que p de passar de ser algu m de quem virtualmente nenhum americano tinha ouvido falar com encarnar todos os males Nestes momentos o aparelho encarregado de gerar indigna o est ocupado em outras coisas at que ponto podemos confiar em que o poder de dirigir e determinar a opini o p blica resida sempre em m os respons veis Outro exemplo contempor neo a guerra contra as drogas em que o governo e grupos c vicos com generoso financiamento distorcem sistematicamente e inclusive inventam provas cient ficas de efeitos adversos especialmente da maconha e impedem que um funcion rio p blico exponha sequer o tema para discuti lo abertamente Mas dif cil manter sempre ocultas verdades hist ricas capitalistas tiram o chap u novas fontes de dados Aparecem novas gera es de historiadores menos marcados ideologicamente A finais da d cada dos oitenta e at antes Ann Druyan e eu introduzimos clandestinamente na Uni o Sovi tica exemplares da Hist ria da Revolu o russa do Trotski para que nossos colegas pudessem saber algo de seus pr prios origens pol ticos No quinquag simo aniver
356. i provocar uma tormenta por haver se tirado as m dias Em nossa poca normal encontrar bruxas e diabos nos contos infantis a Igreja cat lica e outras Iglesias seguem praticando exorcismos de dem nios e os defensores de algum culto ainda denunciam como bruxaria as pr ticas rituais de outro Ainda usamos a palavra pandem nium literalmente todos os dem nios Ainda se qualifica de demon aca a uma pessoa enlouquecida ou violenta At o s culo XVIII n o deixou de consider la enfermidade mental em geral como adscrita a causas sobrenaturais inclusive a ins nia era considerada um castigo infligido por dem nios mais da metade dos norte americanos declaram nas pesquisa que acreditam na exist ncia do diabo e dez por cento dizem haver se comunicado com ele como Martin Luther afirmava que fazia com regularidade Em um manual de guerra espiritual titulado te Prepare para a guerra Rebecca Brown nos informa que o aborto e o sexo fora do matrim nio quase sempre resultar o em infesta o demon aca que o car ter da medita o o ioga e as artes marciais pretendem seduzir a crist os confiados para que adorem aos dem nios e que a m sica rock n o surgiu porque sim mas sim era um plano cuidadosamente elaborado pelo pr prio Satan s s vezes seus seres queridos est o cegados e dominados por tend ncias diab licas A demonologia ainda segue formando parte de muitas cren as s rias E o
357. ia Podem inculcar ideias independentes e inclusive de rebeli o nas cabe as de seus s ditos O governador real brit nico da Col nia da Virginia escreveu em 1671 Agrade o a Deus que n o haja escolas livres nem imprensa e espero que n o os tenhamos durante os pr ximos cem anos porque o conhecimento trouxe a desobedi ncia a heresia e as seitas ao mundo e a imprensa os divulgou e difamou ao melhor governo Que Deus nos proteja de ambos Mas os colonos americanos conscientes de onde radica a liberdade n o queriam saber nada disto Em seus primeiros anos Estados Unidos contou com uma das taxas de alfabetiza o mais altas do mundo possivelmente a mais alta Certamente naqueles dias os escravos e as mulheres n o contavam J em 1635 havia escolas p blicas em Massachusetts e em 1647 educa o obrigat ria em todas as cidades com mais de cinquenta casas Durante o seguinte s culo e m dio a democracia educativa se estendeu por todo o pa s Vinham pol ticos te ricos do estrangeiro para ser testemunhas desta maravilha nacional grandes quantidades de trabalhadores que sabiam ler e escrever A devo o norte americana educa o para todos impulsionou o descobrimento e a inven o um vigoroso processo democr tico e um impulso que acionou a vitalidade econ mica da na o Hoje em dia Estados Unidos n o l der do mundo em alfabetiza o Muitas pessoas que se consideram alfabetizadas n o s o capazes
358. ia adquirem um valor especial Teller que prosperou na cultura do segredo tamb m a atacou repetidamente O inspetor geral da CIA comentava em 1995 que o segredo absoluto corrompe absolutamente O nico amparo contra um mau uso perigoso da tecnologia est acostumada ser o debate mais aberto e vigoroso Pode ser que a pe a cr tica da argumenta o seja bvia e muitos cientistas ou inclusive profanos a poderiam contribuir sempre que n o houvesse repres lias por isso Ou poderia ser algo mais sutil um pouco constatado por um licenciado escuro em algum lugar remoto de Washington D C que se as discuss es fossem fechadas e altamente secretas nunca teria tido a oportunidade de abordar o tema Que reino da conduta humana mais amb guo moralmente At as institui es populares que se prop em nos aconselhar sobre comportamento e tica parecem infestadas de contradi es Consideremos os aforismos N o por muito madrugar amanhece mais cedo Sim mas a quem madruga Deus lhe ajuda Melhor acautelar que curar mas quem n o arrisca n o aprisca Onde fogo se faz fuma a sai mas o h bito n o faz monge Quem espera se desespera mas enquanto h vida h esperan a que d vida est perdido mas o que nada sabe de nada d vida Duas cabe as s o melhor que uma mas muita galinha malogra o caldo Houve uma poca em que a gente planejava ou justificava suas a es apoiando se nesses t picos contradit rios Que responsa
359. ia morte atrav s das s plicas da Igreja Tinham o firme convencimento de que o ar que respiravam estava povoado de inimigos invis veis de inumer veis dem nios que aproveitavam toda ocasi o e assumiam todas as formas para aterrorizar e por cima de tudo tentar sua virtude desprotegida Enganavam imagina o e inclusive aos sentidos com as ilus es do fanatismo desordenado e o ermit o cuja ora o de meia noite se via apagada pelo sonho involunt rio podia confundir facilmente os fantasmas de terror ou maravilha que tinham ocupado seus sonhos de noite e acordado A pr tica da supersti o t o apropriada para a multid o que se se os acordava pela for a ainda lamentam a perda de sua agrad vel vis o Seu amor pelo maravilhoso e sobrenatural sua curiosidade com o objetivo de acontecimentos futuros e sua forte propens o a ampliar suas esperan as e temores al m dos limites do mundo vis vel foram as principais causa que favoreceram o estabelecimento do polite smo T o premente a necessidade do vulgo de acreditar que a queda de qualquer sistema de mitologia ser acontecida muito provavelmente pela introdu o de algum outro modo de supersti o Deixemos de lado o esnobismo social do Gibbon o diabo tamb m atormentava s classes altas e inclusive um rei da Inglaterra Jacobo I o primeiro monarca Estuardo escreveu um livro cr dulo e supersticioso sobre dem nios Daemonologie 1597 Tamb m foi o m
360. ica A pseudoci ncia justo o contr rio As hip tese revistam formular se precisamente de modo que sejam invulner veis a qualquer experimento que ofere a uma possibilidade de refuta o por isso em princ pio n o podem ser invalidadas Os praticantes se mostram precavidos e defensiva op em se ao escrut nio c tico Quando a hip tese dos pseudocient ficos n o consegue coalhar entre os cientistas se alegam conspira es para suprimi la A capacidade barco a motor na gente s quase perfeita Raramente trope amos ou ca mos exceto de pequenos ou na velhice Aprendemos tarefas como montar em bicicleta patinar saltar curva ou conduzir um carro e conservamos este dom nio para toda a vida Embora estejamos uma d cada sem pratic lo n o nos custa nenhum esfor o recuper lo A precis o e reten o de nossas habilidades barcos a motor entretanto d nos um falso sentido de confian a em nossos outros talentos Nossas percep es s o fal veis As vezes vemos o que n o existe Somos v timas de ilus es pticas Em ocasi es alucinamos Tendemos a cometer enganos Um livro francamente ilustrativo titulado Como sabemos que n o assim a falibilidade da raz o humana na vida cotidiana do Thomas Gilovich mostra como a gente erra sistematicamente na compreens o de n meros como recha a as provas desagrad veis como lhe influem as opini es de outros Somos bons em algumas costure mas n o em tudo A sabedoria r
361. icas no vazio 2 n o h polos magn ticos no vazio 3 um campo magn tico oscilante gera um campo el trico e 4 vice versa Assim que teve escrito assim as equa es Maxwell p de demonstrar facilmente que E e B se propagavam pelo espa o vazio como se fossem ondas O que mais podia calcular a velocidade da onda Era s 1 dividido pela raiz quadrada do eg Mas qe uo tinham sido medidos no laborat rio Quando se colocavam os n meros encontrava se que os campos el tricos e magn ticos no vazio deviam propagar se assombrosamente mesma velocidade que se mediu antes para a luz O acordo era muito exato para ser acidental de repente de maneira desconcertante a eletricidade e o magnetismo estavam profundamente implicados na natureza da luz Dado que a luz agora parecia comportar se como ondas e derivar de campos el tricos e magn ticos Maxwell a chamou eletromagn tica Esses escuros experimentos com baterias e cabos tinham algo que ver com o brilho do sol com a forma em que vemos com a natureza da luz Albert Einstein meditando anos depois sobre o descobrimento do Maxwell escreveu A poucos homens no mundo lhes foi concedida uma experi ncia assim O pr prio Maxwell ficou perplexo ante os resultados O vazio parecia atuar como um diel trico Disse que pode ser polarizado eletricamente Maxwell que vivia em uma sociedade mecanicista sentiu se obrigado a oferecer algum tipo de modelo mec nico para a propaga
362. iente para ganhar dinheiro E muito mais prov vel estar no c rcere se a gente for analfabeto ou quase Ao avaliar esses fatos devemos cuidar de n o deduzir impropriamente a causa da correla o Tamb m a gente mais pobre alfabetizada e marginal tende a n o entender que as elei es poderiam ajud los a eles e a seus filhos e em n mero assombrosamente desproporcionado deixam de votar Isso vai escavando a democracia em suas ra zes Se Frederick Douglas p de aprender quando era um menino escravizado e entrar no alfabetismo e a grandeza por que hoje em uma poca t o ilustrada fica algu m que n o sabe ler Bem n o t o singelo em parte porque poucos de n s somos t o brilhantes e valentes como Frederick Douglas mas tamb m por outras raz es importantes Se a gente crescer em uma casa onde h livros onde algu m lhe l onde pais irm os tias tios e primos leem por prazer natural que aprenda a ler Se n o haver ningu m perto que desfrute lendo onde est a prova de que vale a pena Se a qualidade da educa o que algu m tem a seu alcance inadequada se a um ensinam a memorizar ao p da letra e n o a pensar se o conte do do que nos d para ler vem de uma cultura quase alheia a alfabetiza o pode ser um caminho cheio de obst culos preciso assimilar at as converter em uma segunda pele d zias de letras mai sculas e min sculas s mbolos e sinais de pontua o memorizar como se soletra ca
363. ificativas para os que falam linguagens indo europeias como para os que falam fino grio podem se apreciar ou ignorar as matem tica mas s o igualmente certas em todas partes independentemente da etnia cultura l ngua religi o e ideologia No extremo oposto h perguntas como se o expressionismo abstrato pode ser grande arte ou o rap grande m sica se for mais importante reduzir a infla o ou a parada se a cultura francesa for superior cultura alem ou se as leis contra o crime deveriam afetar na o em seu conjunto Aqui as perguntas s o muito simples ou as dicotomias falsas ou as respostas dependem de presun es inexpressas Aqui as separa es locais poderiam determinar as respostas Onde se encontra a ci ncia neste continuum subjetivo que vai de uma independ ncia quase total das normas culturais depend ncia total a elas Embora seja indubit vel que surgem temas de separa o e chauvinismo cultural e embora seu conte do est em processo de ajustamento cont nuo a ci ncia est claramente muito mais perto das matem tica que da moda A den ncia de que seus descobrimentos em geral s o arbitr rios e enviesados n o somente tendenciosa a n o ser enganosa As historiadoras Joyce Appleby Lynn Hunt e Margaret Jacob na verdade sobre a hist ria 1994 criticam ao Isaac Newton diz se que recha ava a posi o filos fica de Descartes porque podia desafiar a religi o convencional e levar a caos soci
364. imizar condescender ignorar o fato de que enganados ou n o os partid rios da supersti o e a pseudoci ncia s o seres humanos com sentimentos reais que como os c ticos tentam descobrir como funciona o mundo e qual poderia ser nosso papel nele Seus motivos em muitos casos coincidem com a ci ncia Se sua cultura n o lhes deu todas as ferramentas que necessitam para empreender esta grande busca temperemos nossas cr ticas com a amabilidade Nenhum de n s chega totalmente equipado Est claro que o uso do ceticismo tem limites Deve aplicar se alguma an lise de custo benef cio e se o conforto o consolo e a esperan a que oferecem o misticismo e a supersti o s o altos e o perigo de acreditar neles baixo n o dever amos nos guardar nossos receios Mas o tema enganoso Imagine que entra em um t xi de uma grande cidade e no momento em que se sinta o taxista lhe come a a arengar sobre as supostas iniquidades e inferioridades de certo grupo tnico melhor manter se calado sabendo que quem cala outorga Ou tem a responsabilidade moral de discutir com ele expressar indigna o inclusive descer do t xi porque sabe que o sil ncio lhe respirar a pr xima vez enquanto que dissentir com vigor lhe obrigar a pensar lhe duas vezes Do mesmo modo se assentirmos em silencio ao misticismo e a supersti o incluso quando parecem ser um pouco benignos somos c mplices de um clima geral no que o ceticismo se considera p
365. incorrig veis trotskistas ou trotsko fascistas encarcerados torturados e depois de ser obrigados a confessar sua trai o em p blico executados poss vel dado o controle absoluto sobre os meios de comunica o e a pol cia rescrever as lembran as de centenas de milh es de pessoas se houver uma gera o que o assume Quase sempre se faz para melhorar o controle do poder que t m os capitalistas ou para servir ao narcisismo megalomania ou paranoia dos l deres nacionais Obstaculiza a maquinaria de corre o de enganos Serve para apagar da mem ria p blica profundos enganos pol ticos e garantir deste modo sua repeti o eventual Em nossa poca com a fabrica o de imagens fixas realistas filmes e fitas de v deo tecnologicamente a nosso alcance com a televis o em todos os lares e o pensamento cr tico em declive parece poss vel reestruturar a mem ria social sem que a pol cia secreta tenha que emprestar uma aten o especial N o quero dizer que cada um de n s tenha uma s rie de lembran as implantadas em sess es terap uticas especiais por psiquiatras nomeados pelo Estado mas sim mas bem que pequenos n meros de pessoas ter o tanto controle sobre as not cias livros de hist ria e imagens profundamente comovedoras que propiciar o mudan as importantes nas atitudes coletivas Vimos um p lido eco do que se pode fazer agora em 1990 1991 quando Saddam Hussein o autocrata do Iraque efetuou uma trans
366. ingu m que represente o interesse p blico se poder aproximar sequer aos assuntos importantes a gente ter perdido a capacidade de estabelecer suas prioridades ou de questionar com conhecimento aos que exercem a autoridade n s obstinados a nossos cristais e consultando nervosos nossos hor scopos com as faculdades cr ticas em declive incapazes de discernir entre o que nos faz sentir bem e o que certo iremos deslizando quase sem nos dar conta na supersti o e a escurid o A queda na estupidez da Am rica do Norte se faz evidente principalmente na lenta decad ncia do conte do dos meios de comunica o de enorme influencia as cunhas de som de trinta segundos agora reduzidas a dez ou menos a programa o de n vel nfimo as cr dulas apresenta es de pseudoci ncia e supersti o mas sobre tudo em uma esp cie de celebra o da ignor ncia Nestes momentos o filme em v deo que mais se aluga nos Estados Unidos Dumb and Dumber Beavis e Butthead seguem sendo populares e influentes entre os jovens espectadores de televis o A moral mais clara que o estudo e o conhecimento n o s da ci ncia mas tamb m de algo s o dispens veis inclusive indesej veis Preparamos uma civiliza o global em que os elementos mais cruciais o transporte as comunica es e todas as demais ind strias a agricultura a medicina a educa o o cio o amparo do meio ambiente e inclusive a institui o democr tica
367. insinua es e similares que ao n o ser castigadas nem refutadas levantam a suspeita de bruxaria J n o Deus ou a natureza a n o ser as bruxas s o as respons veis por tudo 2 Assim todo mundo clama para que os magistrados investiguem s bruxas a quem s a intriga popular tem feito t o numerosas 3 Os pr ncipes em consequ ncia pedem a seus ju zes e conselheiros que abram os processos contra as bruxas 4 Os ju zes logo que sabem por onde come ar j que n o t m evid ncias indicia nem provas 5 Enquanto isso a gente considera suspeito este atraso e um informador ou outro convence aos pr ncipes a tal efeito 6 Na Alemanha ofender a estes pr ncipes um s rio delito at os sacerdotes aprovam o que possa lhes agradar sem preocupar se de quem instigou aos pr ncipes por muito bem intencionados que sejam 4 Ao final portanto os ju zes cedem a seus desejos e conseguem come ar os julgamentos 8 Os ju zes que se atrasam temerosos de ver se envoltos em assunto t o espinhoso recebem um investigador especial Neste campo de investiga o toda a inexperi ncia ou arrog ncia que se aplique tarefa se considera zelo da justi a Este zelo tamb m se v estimulado pela expectativa de benef cio especialmente para um agente pobre e avaro com uma fam lia numerosa quando recebe como estip ndio tantos d lares por cabe a de bruxa queimada al m das taxas incidentais e gratifica es que os agentes
368. instigadores t m licen a para arrancar a prazer daqueles aos que convocam 9 Se os desvarios de um demente ou algum rumor malicioso e ocioso porque n o se necessita nunca uma prova do esc ndalo assinalam a uma pobre mulher inofensiva ela primeira em sofrer 10 Entretanto para evitar a apar ncia de que a acusa unicamente sobre a base de um rumor sem outras provas obt m se uma certa presun o de culpabilidade ao expor o seguinte dilema ou levou uma vida m e impr pria ou levou uma vida boa e pr pria Se for m deve ser culpado Por outro lado se sua vida foi boa igual de imperdo vel porque as bruxas sempre simulam com o fim de aparecer especialmente virtuosas 11 Em consequ ncia encarcera se velha encontra se uma nova prova mediante um segundo dilema tem medo ou n o o tem Se o tiver quando escuta as horr veis tortura que se utilizam contra as bruxas uma prova segura porque sua consci ncia a acusa Se n o mostrar temor confiando em sua inoc ncia tamb m uma prova porque caracter stico das bruxas simular inoc ncia e levar a frente alta 12 Em caso de que estas fossem as nicas provas o investigador faz que seus detetives frequentemente depravados e infames pincem em sua vida anterior Isto certamente n o pode fazer se sem que apare a alguma frase ou ato da mulher que homens t o bem dispostos possam torcer ou distorcer para convert lo em prova de bruxaria 13 Todo aquele que
369. iolam leis de f sica bem estabelecidas as obje es t m um grande peso Em umas quantas frases se pode formular um bom n mero de cr ticas v lidas da astrologia por exemplo sua aceita o da precess o dos equin cios ao anunciar uma era de Aqu rio e seu recha o da precess o de equin cios ao fazer hor scopos sua ignor ncia da refra o atmosf rica sua lista de objetos supostamente celestiais que se limita principalmente a objetos conhecidos por Ptolomeu no s culo II e ignora uma enorme variedade de novos objetos astron micos descobertos ap s onde est a astrologia de asteroides pr ximos Terra a incoerente demanda de informa o detalhada sobre o momento do nascimento em compara o com a latitude e longitude de nascimento a impossibilidade da astrologia de passar o teste dos g meos id nticos as importantes diferencia em hor scopos feitos a partir da mesma informa o de nascimento por diferentes astr logos e a aus ncia demonstrada de correla o entre os hor scopos e os testes psicol gicos como o Invent rio Multif sico de Personalidade de Minnesota Eu teria assinado encantado uma declara o que descrevesse e refutasse os dogmas principais da f na astrologia Uma declara o assim teria sido muito mais persuasiva que a que realmente se publicou e circulou Mas a astrologia que leva quatro mil anos ou mais conosco parece hoje mais popular que nunca Ao menos um quarto de todos os americanos c
370. ional transgeneracional Esp rito vem da palavra latina respirar O que respiramos ar que realmente mat ria por sutil que seja A pesar do uso em sentido contr rio a palavra espiritual n o implica necessariamente que falemos de algo distinto da mat ria incluindo a mat ria da que parece o c rebro ou de algo alheio ao reino da ci ncia Em ocasi es usarei a palavra com toda liberdade A ci ncia n o s compat vel com a espiritualidade mas tamb m uma fonte de espiritualidade profunda Quando reconhecemos nosso lugar em uma imensid o de anos luz e no passo das foi quando captamos a complica o beleza e sutileza da vida a eleva o deste sentimento a sensa o combinada de regozijo e humildade sem d vida espiritual Assim s o nossas emo es em presen a da grande arte a m sica ou a literatura ou ante os atos de altru smo e valentia exemplar como os da Mohadma Gandhi ou Martin Luther King Jr A ideia de que a ci ncia e a espiritualidade se excluem mutuamente de algum modo disposta um fraco servi o a ambas A ci ncia pode ser dif cil de entender Pode desafiar cren as arraigadas Quando seus produtos ficam a disposi o de pol ticos ou industriais pode conduzir s armas de destrui o maci a e a graves amea a ao entorno Mas deve dizer uma coisa a seu favor cumpre seu encargo N o tudo os ramos da ci ncia podem pressagiar o futuro a paleontologia por exemplo mas mui
371. is do s culo XV Com entrevistas exaustivas das Escrituras e de eruditos antigos e modernos produziram o Malleus Maleficarum martelo de bruxas descrito com raz o como um dos documentos mais aterradores da hist ria humana Thomas Ady em Uma vela na escurid o qualificou o de doutrinas e inven es infames horr veis mentiras e impossibilidades que serviam para ocultar sua crueldade sem compara o aos ouvidos do mundo O que o Malleus devia dizer virtualmente era que se a uma mulher a acusam de bruxaria que bruxa A tortura um meio infal vel para demonstrar a validez da acusa o O acusado n o tem direitos N o tem oportunidade de enfrentar se aos acusadores Se disposta pouca aten o possibilidade de que as acusa es possam fazer se com prop sitos mpios ci mes por exemplo ou vingan a ou a avareza dos inquisidores que rotineiramente confiscavam as propriedades dos acusados para seu pr prio uso e desfrute Seu manual t cnico para torturadores tamb m inclui m todos de castigo desenhados para liberar os dem nios do corpo da v tima antes de que o processo a mate Com o Malleus em m o com a garantia do f lego da batata come aram a surgir inquisidores por toda a Europa Rapidamente se converteu em uma proveitosa fraude Todos os custos da investiga o julgamento e execu o reca am sobre os acusados ou suas fam lias at as dietas dos detetives privados contratados para espiar
372. is poderosos quando constatei o incrivelmente longe que deviam estar para aparecer como simples pontos de luz no c u N o estou seguro de que ent o soubesse sequer o significado da palavra ci ncia mas de algum jeito queria me inundar em toda sua grandeza Chamava me a aten o o esplendor do universo fascinava me a perspectiva de compreender como funcionam realmente as coisas de ajudar a descobrir mist rios profundos de explorar novos mundos possivelmente inclusive literalmente tive a sorte de ter podido realizar este sonho ao menos em parte Para mim o romantismo da ci ncia segue sendo t o atrativo e novo como o fora aquele dia faz mais do meio s culo que me ensinaram as maravilhas da Feira Mundial de 1939 Popularizar a ci ncia tentar fazer acess veis seus m todos e descobrimentos aos n o cientistas algo que vem a seguir de maneira natural e imediata N o explicar a ci ncia me parece perverso Quando um se apaixona quer cont lo ao mundo Este livro uma declara o pessoal que reflete minha rela o de amor de toda a vida com a ci ncia Mas h outra raz o a ci ncia mais que um corpo de conhecimento uma maneira de pensar Prevejo como ser a Am rica da poca de meus filhos ou netos Estados Unidos ser uma economia de servi o e informa o quase todas as ind strias manufatureiras chave se deslocaram a outros pa ses os tem veis poderes tecnol gicos estar o em m os de uns poucos e n
373. is som os satanistas os que cometem abusos sexuais ou extraterrestres de outro planeta E n o resistir amos aos c ticos inteirados que nos dissessem que tudo nossa imagina o ou que nos inculcaram isso os mesmos terapeutas que nos t m feito sentir mais felizes conosco mesmos Que prepara o receberam estes terapeutas quanto ao m todo cient fico e o escrut nio c tico a estat stica ou inclusive a falibilidade humana O psican lise n o uma profiss o muito autocr tica mas ao menos muitos de seus praticantes t m o t tulo de doutores em medicina A maioria dos programas de medicina incluem uma exposi o significativa aos resultados e m todos cient ficos Mas muitos dos que tratam casos de abuso sexual parecem ter um conhecimento s relativo da ci ncia A probabilidade de que os fornecedores de sa de mental na Am rica sejam trabalhadores sociais e n o psiquiatras ou psic logos doutorados de dois a uma A maioria destes terapeutas arguem que sua responsabilidade oferecer apoio a seus pacientes e n o question los mostrar se c ticos ou expor d vidas Aceitam tudo o que lhes apresenta por estranho que seja s vezes a incita o dos terapeutas n o sutil absolutamente Aqui temos um relat rio do FMS Newsletter da Funda o do S ndrome de Falsa Mem ria vol 4 n m 4 P 3 1995 que n o tem nada de at pico Meu antigo terapeuta testemunhou que ainda acredita que minha m e satanista e que me
374. iscaram se for adas rela es com a Face de Marte Um cientista ao que conhe o me escreveu que nestas figuras se ocultavam umas matem tica extremamente sofisticadas s podiam ser o resultado de uma intelig ncia superior Em realidade um aspecto no que coincidiam quase todos os cerealogistas opositores que as ltimas figuras nas colheitas eram muito complexas e elegantes para ter sido causadas pela interven o humana menos ainda por alguns brincalh es esfarrapados e irrespons veis A intelig ncia extraterrestre era evidente a simples vista Em 1991 Doug Bower e Dave Chorley dois amigos do Southampton anunciaram que levavam quinze anos fazendo figuras nas colheitas Lhes ocorreu um dia enquanto tomavam uma cerveja em seu pub habitual o Percy Hobbes Tinham encontrado muito graciosos os informe de vnis e pensaram que poderia ser divertido enganar aos cr dulos Ao princ pio aplanaram o trigo com a pesada barra de a o que Bower utilizava como mecanismo de seguran a na porta traseira de sua loja do Marcos de quadros Mais adiante utilizaram placas e cordas Os primeiros desenhos s lhes custaram uns minutos Mas como al m de brincalh es inveterados eram artistas de verdade a dimens o do desafio come ou a aumentar Gradualmente foram desenhando e executando figuras cada vez mais elaboradas Ao princ pio ningu m pareceu dar se conta N o sa a nenhuma not cia nos meios de comunica o A tribo de ufologistas n o ti
375. isposto a viver aqui Bom disse Micr megas possivelmente os seres que a habitam n o t m sentido comum Um extraterrestre a outro ao aproximar se da Terra no Micr megas uma hist ria filos fica 1752 de Voltaire Fora ainda est escuro Est s estendido na cama totalmente acordado Descobre que est completamente paralisado Nota que h algu m na casa Tenta gritar N o pode Aos p s da cama h v rios seres cinzas e pequenos de apenas um metro de altura T m a cabe a em forma de pera calva e grande para seu corpo T m uns olhos enormes as caras inexpressivas e id nticas Levam t nicas e botas Confia em que se trate de um simples sonho Mas a impress o que tem que est ocorrendo realmente Levantam lhe e misteriosamente eles e voc atravessam a parede de seu quarto Flutua no ar Sobe muito alto para uma espa onave met lica em forma de disco Uma vez dentro levam lhe a uma sala de revis o m dica Um ser maior mas similar evidentemente uma esp cie de m dico se encarrega de ti O que segue ainda mais aterrador Exploram lhe o corpo com instrumentos e m quinas especialmente as partes sexuais Se for um homem pode que lhe tirem amostras de esperma se for mulher podem te extrair vulos ou fetos ou implantar s men Podem lhe obrigar a manter rela es sexuais Depois podem levar a uma habita o diferente onde uns beb s ou fetos h bridos em parte humanos e em parte como essas criaturas de
376. iss o cidadania dos Estados Unidos de pessoas de trinta e uma na es distintas Minhas opini es sobre a democracia o m todo da ci ncia e a educa o p blica receberam a influ ncia de numerosas pessoas ao longo dos anos e a muitas delas as mencionei no texto Mas eu gostaria de destacar aqui a inspira o que recebi que o Martin Gardner Isaac Asimov Philip Morrison e Henry Steele Commager N o tenho espa o suficiente para dar as gra as aos muitos que me ajudaram a proporcionar compreens o e exemplos l cidos ou que corrigiram enganos de omiss o ou comiss o mas quero que todos eles recebam meu agradecimento mais profundo Entretanto devo agradecer explicitamente aos seguintes amigos e colegas sua revis o cr tica de todos ou parte dos rascunhos deste livro Bill Aldridge Susan Blackmore William Cromer Fred Frankel Kendrick Frazier Martin Gardner Ira Glasser Fred Golden Kurt Gottdried Lester Grinspoon Philip Klass Paul Kurtz Elizabeth Loftus David Morrison Richard Ofshe Jay Arejar Albert Pennybacker Frank Press James Randi Theodore Roszak Dorion Sagan David Saperstein Robert Seiple Steven Soter Jeremy Stone Peter Sturrock e Yervant Terzian Tamb m agrade o a meu agente liter rio Morton Jankiow e aos membros de seu pessoal seus s bios conselhos Ann Godoff e outros encarregados pelo processo de produ o no Random House Enrica Gadler J K Lambert e Kathy Rosenbloom Willam Barnett por encarregar
377. l xias espirais e os brilhos de perspic cia humana podem reduzir se a estas leis O reducionismo n o parece conceder um respeito suficiente complexidade do universo A alguns lhes deseja muito como um h brido curioso de arrog ncia e pregui a intelectual Ao Isaac Newton que na mente dos cr ticos da ci ncia personifica a vis o nica o universo lhe parecia como um mecanismo de relojoaria Literalmente Descreveu com grande precis o os movimentos regulares e orbitais preditivas dos planetas ao redor do Sol ou da Lua ao redor da Terra essencialmente mediante a mesma equa o diferencial que prediz o vaiv m de um p ndulo ou a oscila o de um mole Hoje temos tend ncia a pensar que ocupamos uma posi o vantajosa eminente e a nos lamentar de que os pobres newtonianos tivessem um ponto de vista t o limitado Mas dentro de certos limites razo veis as mesmas equa es gaitas que descrevem o mecanismo do rel gio descrevem os movimentos de objetos astron micos em todo o universo um paralelismo profundo n o corriqueiro Certamente no sistema solar n o h engrenagens e as partes componentes do mecanismo de rel gio gravitacional n o se tocam Os movimentos dos planetas s o mais complicados que os de p ndulos e moles Al m disso o modelo de mecanismo de relojoaria se quebra em certas circunst ncias Durante per odos de tempo muito compridos a atra o gravitacional de mundos distantes atra o que
378. laborat rios de parapsicologia do s culo XX existe o efeito observador pessoas descritas como ps quicos dotados encontram que seus poderes diminuem claramente sempre que aparecem os c ticos e desaparecem de tudo em presen a de um prestidigitador preparado como James Randi O que precisam escurid o e credulidade Uma menina pequena que tinha colaborado em um famoso engano do s culo XIX se comunicava com os esp ritos e os fantasmas respondiam as perguntas com fortes golpes confessou ao fazer se maior que tinha sido uma impostura Fazia ranger a articula o do dedo gordo do p Demonstrou como o fazia Mas a desculpa p blica virtualmente se ignorou e quando se reconhecia denunciava se Os golpes que dava o esp rito eram muito tranquilizadores para abandon los porque uma pessoa confessasse que aquilo era falso embora fora ela mesma a que o tivesse iniciado Come ou a circular a hist ria de que os racionalistas fan ticos a tinham obrigado a fazer aquela confiss o Como descrevi antes os brincalh es brit nicos confessaram ter feito c rculos nos campos de cultivo figuras geom tricas que apareciam nos semeados N o eram artistas extraterrestres que trabalhavam com o trigo como se fora seu meio a n o ser dois homens com uma tabela uma corda e certa propens o a brincar Entretanto nem sequer quando confessaram como o tinham feito trocou a opini o dos crentes Arguiam que podia ser que alguns c rculos fosse
379. lhar todo o dia ou estar em lista de nomes Maxwell n o pensava na r dio o radar e a televis o quando rabiscou pela primeira vez as equa es fundamentais do eletromagnetismo Newton n o sonhava com o voo espacial ou os sat lites de comunica o quando entendeu pela primeira vez o movimento da Lua Roentgen n o pensava no diagn stico m dico quando investigou uma radia o penetrante t o misteriosa que a chamou raios X Curie n o pensava na terapia para o c ncer quando extraiu laboriosamente quantidades m nimas de r dio de toneladas de pechblenda Fleming n o planejava salvar a vida de milh es de pessoas com os antibi ticos quando observou um c rculo livre de bact rias ao redor de um broto de mofo Watson e Crick n o imaginavam a cura de enfermidades gen ticas quando gastavam os miolos sobre a difractometria de raios X do DNA Rowland e Molina n o planejavam implicar os CFC na redu o do oz nio quando come aram a estudar o papel dos halog nios na fotoqu mica estratosf rica De vez em quando membros do Congresso e outros l deres pol ticos n o se puderam resistir a brincar sobre alguma proposi o cient fica aparentemente escura para a que se pede financiamento ao governo At um senador t o brilhante como William Proxmire licenciado em Harvard tinha tend ncia a conceder o pr mio do velo de ouro a projetos cient ficos ostensivamente in teis incluindo o SETI Imagino o mesmo esp rito em governos
380. lhe deseje mal tem agora grandes oportunidades de fazer contra ela as acusa es que deseje e todo mundo diz que as provas contra ela s o consistentes 14 E assim a conduz a tortura a n o ser como acontece frequentemente que seja torturada o mesmo dia de sua deten o 15 Nesses julgamentos n o se permite a ningu m ter advogado nem qualquer meio de defesa justa porque a bruxaria se considera um delito excepcional de tal enormidade que se podem suspender todas as normas legais de procedimento e quem se atreve a defender prisioneira cai sob suspeita de bruxaria pessoalmente assim como os que ousam expressar um protesto nestes casos e apressam aos ju zes a exercitar a prud ncia porque a partir de ent o recebem o qualificativo de defensores da bruxaria Assim que todo mundo guarda sil ncio por medo 16 A fim de que possa parecer que a mulher tem uma oportunidade de defender se a si mesmo levam na ante o tribunal e se procede a ler e examinar se se pode chamar assim os ind cios de sua culpabilidade 17 At no caso que negue essas acusa es e responda adequadamente a cada uma delas n o lhe empresta aten o e nem sequer se recolhem suas respostas todas as acusa es ret m sua for a e validez por muito perfeitas que sejam as respostas Lhe ordena retornar a pris o para pensar mais atentamente se persistir em sua obstina o porque como negou sua culpabilidade obstinada 18 Ao dia seguinte a voltam
381. listas Se mantiver a tend ncia larga o campo dele podem ganhar o debate por evitando o Um l der religioso me escreve sobre seu desejo de integridade disciplinada na religi o Tornamo nos muito sentimentais A devo o extrema e a psicologia troca por um lado e a arrog ncia e intoler ncia dogm tica pelo outro distorcem a aut ntica vida religiosa at faz la irreconhec vel s vezes quase ro o o desespero mas tamb m vivo com tenacidade e sempre com esperan a A religi o sincera mais familiar que seus cr ticos com as distor es e absurdos perpetrados em seu nome tem um interesse ativo em respirar um ceticismo saud vel para seus prop sitos Existe a possibilidade de que a religi o e a ci ncia forjem uma rela o poderosa contra a pseudoci ncia Por estranho que pare a acredito que logo se unir o para opor se a pseudorreligi o A pseudoci ncia distinta da ci ncia err nea A ci ncia avan a com os enganos e vai eliminando um a um chega se continuamente a conclus es falsas mas se formulam hipoteticamente exp em se hip tese de modo que possam refutar se confronta se uma sucess o de hip tese alternativas mediante experimento e observa o A ci ncia anda a provas e titubeando para uma maior compreens o Certamente quando se descarta uma hip tese cient fica se veem afetados os sentimentos de propriedade mas se reconhece que este tipo de refuta o o elemento central da empresa cient f
382. lo velho mas o drag o n o est Onde est o drag o pergunta me Oh est aqui respondo eu movendo a m o vagamente Me esqueci de dizer que um drag o invis vel Prop e me que cubra de farinha o ch o da garagem para que fiquem marcadas os rastros do drag o Boa ideia replico mas este drag o flutua no ar Ent o prop e usar um sensor infravermelho para detectar o fogo invis vel Boa ideia mas o fogo invis vel tampouco d calor Pode se pintar com spray o drag o para faz lo vis vel Boa ideia s que um drag o imaterial e a pintura n o lhe pegaria E assim sucessivamente Eu rebato qualquer prova f sica que voc me prop e com uma explica o especial de por que n o funcionar Agora bem qual a diferen a entre um drag o invis vel imaterial e flutuante que cospe um fogo que n o queima e um drag o inexistente Se n o haver maneira de refutar minha opini o se n o haver nenhum experimento conceb vel v lido contra ela o que significa dizer que meu drag o existe Sua incapacidade de invalidar minha hip tese n o equivale absolutamente a demonstrar que certa As afirma es que n o podem provar se as assevera es imunes refuta o s o verdadeiramente in teis por muito valor que possam ter para inspiramos ou excitar nosso sentido de maravilha O que eu lhe pedi que fa a acabar aceitando em aus ncia de provas o que eu digo Qu o nico apren
383. luco Era um jovem extremamente bonito mas ia vestido sem esmero mais c modo que com estilo e seu provincianismo escoc s na fala e a conduta era causa constante de brincadeira especialmente quando chegou universidade E tinha uns interesses peculiares Maxwell era um inseto estranho Com seus professores foi um pouco melhor que com seus companheiros Hei aqui um mordaz emparelhado que escreveu naquela poca Os anos se acontecem e avan am para o tempo esperado Em que o crime dos mortificantes ser julgado Muitos anos depois em 1872 em sua confer ncia inaugural como professor de f sica experimental da Universidade de Cambridge aludiu ao estere tipo de cientista inseto estranho N o faz tanto tempo que se considerava necessariamente ao homem que se dedicava geometria ou a qualquer ci ncia que requeresse uma dedica o cont nua como um misantropo que teve que abandonar todos os interesses humanos para entregar se a abstra es t o afastadas do mundo da vida e a a o que se tornou insens vel s atra es do prazer e s exig ncias da obriga o Suspeito que n o faz tanto tempo era a maneira do Maxwell de recordar as experi ncias de sua juventude A seguir dizia No dia de hoje n o se contempla aos cientistas com o mesmo temor respeitoso ou a mesma suspeita Considera se que est o de acordo com o esp rito material da poca e que formam uma esp cie de partido radical avan ado entre os homens c
384. m a promo o por parte do Gorbachov da glasnost ou abertura Dez mil cientistas e engenheiros norte americanos declararam publicamente que n o trabalhariam na Guerra nas Estrelas nem aceitariam dinheiro da organiza o da Iniciativa de Defesa Estrat gica Isso d um exemplo da extens o e valentia da negativa de coopera o dos cientistas a um custo pessoal conceb vel com um governo democr tico que ao menos temporalmente desviou se de seu caminho Teller tamb m defendeu o desenvolvimento de ogivas nucleares penetrantes para poder alcan ar e eliminar centros de comandos e ref gios clandestinamente dos l deres e suas fam lias de uma na o advers ria e de ogivas nucleares de 0 1 quilotons que saturariam a um pa s inimigo e destruiriam sua infraestrutura sem um s ferido se alertaria aos civis adiantado A guerra nuclear seria humana No momento de escrever estas linhas Edward Teller ainda vigoroso e com uns poderes intelectuais consider veis a seus oitenta anos montou uma campanha com seus contrafiguras no establishment de armas nucleares da antiga Uni o Sovi tica para desenvolver e fazer explorar novas gera es de armas nucleares de comprimento alcance no espa o a fim de destruir ou desviar asteroides que poderiam encontrar se em trajet rias de colis o com a Terra Preocupa me que a experimenta o prematura com as rbitas de asteroides pr ximos possa implicar perigos extremos para nos
385. m Consulta a literatura cient fica quanto mais l mais prometedora lhe parece a ideia Com esta prepara o vai ao laborat rio e concebe um experimento para comprov lo O experimento trabalhoso comprovam se muitas possibilidades afina se a precis o da medi o reduzem se as margens de engano Deixa que os casos sigam seu curso concentra se s no que lhe ensina o experimento Ao final de todo seu trabalho depois de uma minuciosa experimenta o encontra se com que a ideia n o tem valor Assim o f sico a descarta libera sua mente da confus o do engano e passa a outra coisa A diferen a entre f sica e metaf sica concluiu Wood enquanto levantava seu copo n o que os praticantes de uma sejam mais inteligentes que os da outra A diferen a que a metaf sica n o tem laborat rio Para mim h quatro raz es principais para realizar um esfor o consertado que aproxime a ci ncia por r dio televis o cinema peri dicos livros programas de ordenador parques tem ticos e salas de aula de classe a todos os cidad os Em todos os usos da ci ncia insuficiente e certamente perigoso produzir s um sacerd cio pequeno altamente competente e bem recompensado de profissionais Ao contr rio deve fazer se acess vel a mais ampla escala uma compreens o fundamental dos descobrimentos e m todos da ci ncia Apesar das abundantes oportunidades de mau uso a ci ncia pode ser o caminho dourado para que as na
386. m Embora seja f cil exagerar as similitudes tamb m o imaginar se ao equivalente de professores e estudantes em tanga as classes de laborat rio os exames os suspenses as cerim nias de gradua o e o ensino p s gradua o Quando n o troca a prepara o durante imensos per odos de tempo as tradi es passam intactas gera o seguinte Mas quando o que se deve aprender troca depressa especialmente no curso de uma s gera o faz se muito mais dif cil saber o que ensinar e como ensin lo Ent o os estudantes se queixam sobre a pertin ncia do que lhes explica diminui o respeito por seus maiores Os professores se desesperam ante a deteriora o dos n veis educativos e os caprichosos que se tornaram os estudantes Em um mundo em transi o estudantes e professores precisam acostumar se a si mesmos uma habilidade essencial aprender a aprender Exceto para os meninos que n o sabem o suficiente para deixar de fazer as perguntas importantes poucos de n s dedicamos muito tempo a nos perguntar por que a natureza como de onde vem o cosmos ou se sempre esteve ali se um dia o tempo ir para tr s e os efeitos preceder o s causas ou se houver limites definitivos ao que devem saber os humanos Inclusive h meninos e conheci alguns que querem saber como um buraco negro qual o peda o menor de mat ria por que recordamos o passado e n o o futuro e por que existe um universo De vez em quando t
387. m com grande habilidade suas artes complexas e ocultas N o o impedimento pol tico e hier rquico Nas culturas que carecem de desafios pouco familiares externos ou internos onde n o se necessita uma mudan a fundamental n o faz falta respirar as novas ideias Certamente pode se declarar que as heresias s o perigosas pode se fazer r gido o pensamento e aplicarem se san es contra ideias n o permiss veis tudo sem causar grandes danos Mas em circunst ncias meio ambientais biol gicas ou pol ticas variadas e oscilantes o simples feito de copiar as formas antigas j n o funciona Neste caso os que em lugar de seguir cegamente a tradi o ou tentar introduzir suas prefer ncias no universo f sico ou social est o abertos ao que ins gnia o universo s o merecedores de pr mio Cada sociedade deve decidir onde se encontra o limite seguro na linha que separa abertura e rigidez Os matem ticos gregos deram um brilhante passo adiante Por outro lado a ci ncia grega com seus primeiros passos rudimentares e frequentemente n o contrastados pelo experimento estava cheia de enganos A pesar do fato que n o podemos ver na escurid o total acreditavam que a vis o depende de uma esp cie de radar que emana do olho ricocheteia no que vemos e volta para olho N o obstante fizeram progressos substanciais em ptica A pesar do bvio parecido dos meninos a suas m es acreditavam que a heran a s provinha do s men e que
388. m lhes a ela como se fora a tabela de salva o de todas suas esperan as Em 1843 quando se encontrava dando confer ncias na Irlanda pouco antes da fome da batata comoveu lhe a absoluta pobreza daquele lugar e escreveu ao Garrison Vejo aqui muitas coisas que me recordam minha antiga condi o e confesso que me envergonharia elevar minha voz contra a escravid o americana mas sei que a causa da humanidade a mesma no mundo inteiro op s se francamente pol tica de exterm nio dos nativos americanos E em 1848 na Conven o da S neca Falls quando Elizabeth Cady Stanton teve a ousadia de pedir um esfor o para assegurar o voto das mulheres Douglas foi o nico homem de qualquer grupo tnico que se levantou para apoiar a proposta A noite de 20 de fevereiro de 1895 mais de trinta anos depois da Emancipa o depois de uma apari o em um com cio pelos direitos da mulher junto Susan B Anthony sofreu um colapso e morreu CAP TULO 22 VICIADOS DO SIGNIFICADO Tamb m sabemos que cruel frequentemente a verdade e nos perguntamos se o engano n o mais consolador Henri Poincar 1854 1914 Espero que ningu m me considere excessivamente c nico se afirmar que um bom resumo de como funciona a programa o da televis o comercial e p blica simplesmente este o dinheiro o tudo Em horas ponta a diferen a de um s ponto na audi ncia vale milh es de d lares em publicidade Especialmente desd
389. m meus amigos de suas lembran as como se tivessem sido abduzidos por extraterrestres N o deixo de lhes dizer que isso adotar um papel essencial de v timas no que como adultos n o temos poder quando esses homenzinhos cinzas nos aproximam enquanto dormimos Isso n o real O papel essencial da v tima o que se d entre um pai abusivo e a menina vitima N o sei se essa gente s o uma esp cie de dem nios ou se verdadeiramente n o existirem Minha filha diz que lhe puseram sensores no corpo quando era pequena N o sei Temos as portas fechadas e com fecho e realmente estou assustada N o tenho dinheiro para envi la a um bom m dico e por culpa de todo isso n o pode trabalhar Minha filha ou a uma voz em uma fita Esses saem de noite e se levam meninos para abusar sexualmente deles Se n o fazer o que dizem algu m de sua fam lia sofrer Quem poderia fazer mal a meninos pequenos estando em seus cabais Sabem tudo o que se diz na casa Algu m disse faz muito muito tempo que algu m tinha jogado uma maldi o a nossa fam lia Se for assim como se elimina a maldi o Sei que todo isso parece estranho e estranho mas me crie que assusta Quantas f meas humanas que tiveram a desgra a de ser violadas tiveram a previs o de lhe agarrar o carteira de identidade a seu atacante uma fotografia do violador ou qualquer outra coisa que pudesse ser usada como prova para alegar uma viola o Est claro que a partir de ago
390. m quadro maior qual em realidade este quadro D me medo me precipitar e entrar em um terreno onde os anjos n o se aventuram entretanto todos os fatores que voc perfila alimentam o que no fim de s culo se descreveu como histeria Por desgra a o t rmino se chegou a usar com tal amplitude que nossos contempor neos com seus conhecimentos hesitantes n o s o perderam mas tamb m tamb m perderam de vista o fen meno que representava altos n veis de sugestibilidade capacidade imaginativa sensibilidade a chaves e expectativas contextuais e o elemento do cont gio H um grande n mero de profissionais cl nicos que n o parecem apreciar bastante tudo isto Frankel aponta que do mesmo modo que fazem retroceder s pessoas para que recupere lembran as supostamente esquecidas de vidas anteriores os terapeutas tamb m podem fazer que avancem sob hipnose para recordar seu futuro Assim se obt m a mesma intensidade emocional que na regress o ou a hipnose de abduzidos do Mack Essas pessoas n o t m inten o de enganar ao terapeuta enganam se eles mesmos diz Frankel N o podem distinguir suas fabula es de suas experi ncias Se n o conseguir viver em paz se nos afligir o peso da culpabilidade por n o fazer algo mais conosco mesmos n o receber amos encantados a opini o profissional de um terapeuta com um diploma na parede de que n o nossa culpa que estamos em um apuro que os respons ve
391. m uma fraude mas havia muitos e alguns pictogramas eram muito complexos S os podiam ter feito os extraterrestres Pouco depois em Gr Bretanha outros confessaram ser os autores Mas e os c rculos nos campos de cultivo no estrangeiro na Hungria por exemplo como pode explicar se isso Ent o uns adolescentes h ngaros confessaram ter copiado a ideia Mas Y Para comprovar a credulidade de um psiquiatra especialista em abdu es como extraterrestres uma mulher se apresenta como abduzida O terapeuta est entusiasmado com as fantasias que vai fiando Mas quando lhe anuncia que tudo uma fraude qual sua resposta Voltar a examinar suas notas ou seu enfoque desses casos N o Em dias distintos sugere 1 que embora n o seja consciente em realidade foi abduzida ou 2 que est louca ao fim e ao cabo foi ao psiquiatra n o ou 3 que ele era consciente da brincadeira desde o come o mas se limitou a ir soltando corda at que ela se afogasse Se s vezes for mais f cil recha ar uma prova consistente que admitir que nos equivocamos uma informa o sobre n s mesmos que vale a pena ter Um cientista p e um an ncio em um peri dico de Paris oferecendo um hor scopo gr tis Recebe umas cento e cinquenta respostas nas que se detalha como pedia o lugar e data de nascimento Todos os participantes recebem a seguir um hor scopo id ntico junto com um question rio onde lhes pergunta sobre a precis o das afirma es
392. mados a ser incapazes de perceber um terreno meio ou reconhecer que a verdade podia inspirar e abra ar doutrinas aparentemente contradit rias Os formuladores da Declara o de Direitos tinham ante seus olhos o exemplo da Inglaterra onde o delito eclesi stico de heresia e o secular de trai o se tornaram quase indistingu veis Muitos dos primeiros colonos tinham chegado a Am rica fugindo da persegui o religiosa embora alguns deles n o tinham nenhum reparo em perseguir a outros por suas cren as Os fundadores de nossa na o reconheceram que uma rela o estreita entre o governo e qualquer das religi es belicosas seria fatal para a liberdade e prejudicial para a religi o O juiz Black na decis o do Tribunal Supremo Engel V lhe Vete 1962 descreveu a cl usula de estabelecimento da Primeira Emenda desse modo Seu primeiro prop sito e mais imediato radicava na cren a de que uma uni o de governo e religi o tende a destruir o governo e a degradar a religi o Al m disso aqui tamb m funciona a separa o de poderes Cada seita e culto como apontou em uma ocasi o Walter Savage Landor uma comprova o moral das outras A compet ncia t o s em religi o como no com rcio Mas o pre o alto esta compet ncia um impedimento para as institui es religiosas que atuam em concerto para dirigir o bem comum Rossiter conclui As doutrinas geme as da separa o de Igreja e Estado e a liberdade de consci nci
393. mais capazes de queimar cidades e gerar grandes quantidades de fuma a esfriando e obscurecendo a Terra e de induzir um inverno nuclear a escala global Este possivelmente o debate cient fico mais controvertido no que me vi envolto desde 1983 1990 aproximadamente O debate tinha um enfoque pol tico em sua maior parte As implica es estrat gicas do inverno nuclear eram inquietantes para os que se aferravam a uma pol tica de vingan a maci a para impedir um ataque nuclear ou para os que desejavam conservar a op o de um primeiro ataque maci o Em ambos os casos as consequ ncias ambientais provocam a autodestrui o de qualquer na o que lance grande n mero de armas termonucleares at sem vingan a do advers rio de repente um segmento importante da pol tica estrat gica durante d cadas e a raz o para acumular dezenas de milhares de armas nucleares se fez muito menos acredit vel Os descidas da temperatura global que se prediziam no relat rio cient fico original sobre o inverno nuclear 1983 eram de 15 20 C as estimativas atuais s o de 10 15 C Os dois valores s o corretos se se considerarem as irredut veis indetermina es dos c lculos Ambos os descidas de temperatura s o muito maiores que a diferen a entre as temperaturas globais atuais e as da ltima era glacial Uma equipe internacional de duzentos cientistas estimou as consequ ncias a longo prazo da guerra termonuclear global e chegou conclus o de
394. maneira de popularizar a ci ncia atrav s de livros de texto livros populares CD ROM e discos laser Assim a gente pode refletir sobre isso ir a seu pr prio ritmo repassar as partes dif ceis comparar textos analisar em profundidade Entretanto importante faz lo corretamente e especialmente nas escolas n o est acostumado ser assim Ali como comenta o fil sofo John Passmore a ci ncia se apresenta frequentemente Como uma quest o de aprender princ pios e aplic los com procedimentos de rotina Aprende se de livros de texto n o lendo as obras de grandes cientistas nem sequer as contribui es di rias literatura cient fica O cientista que come a a diferen a do humanista que come a n o tem contato direto com o g nio Certamente Os cursos escolares podem atrair ci ncia ao tipo err neo de pessoa meninos e garotas pouco imaginativos a quem gosta da rotina Eu sustento que a divulga o da ci ncia tem xito se de entrada n o faz mais que acender a fa sca do assombro Para isso basta oferecendo um olhar aos descobrimentos da ci ncia sem explicar do todo como se obtiveram mais f cil refletir o destino que a viagem Mas se for poss vel os divulgadores deveriam tentar fazer uma cr nica dos enganos falsos princ pios pontos mortos e confus es aparentemente sem rem dio que apareceram no caminho Ao menos de vez em quando dever amos proporcionar a prova e deixar que o leitor extraia sua pr
395. mas E al m disso que motivo veross mil podia haver para uma brincadeira assim Ofereceram se muitas conjeturas menos convencionais Pessoas com certa prepara o cient fica inspecionaram os lugares fiaram argumentos fundaram revistas dedicadas em sua totalidade ao tema Eram causadas as figuras por estranhos redemoinhos chamados v rtices colunares ou uns ainda mais estranhos chamados v rtices de anel E por raios em bola Os investigadores japoneses tentaram simular no laborat rio e a muito pequena escala a f sica de plasma que acreditavam se abria caminho no long nquo Wiltshire Mas medida que as figuras nos cultivos se faziam mais complexas as explica es meteorol gicas ou el tricas se voltavam mais for adas Simplesmente os causadores eram os vnis extraterrestres que se comunicavam conosco em uma linguagem geom trica Ou possivelmente era o diabo ou a Terra sofredora que se queixava das depreda es infligidas pela m o do homem Chegaram manadas de turistas da Nova Era Todas as noites os entusiastas montavam vigil ncia equipados com gravadores e sistemas de vis o de infravermelhos Os meios de comunica o impressos e eletr nicos de todo o mundo seguiam os rastros dos intr pidos cerealogistas Um p blico admirado e estupefato comprava livros de grande xito sobre os extraterrestres deformadores de colheitas certo que n o se chegou a ver nenhum pires colocando se sobre o trigo nem se film
396. mas nucleares tamb m agarraram aos l deres pol ticos pelas lapelas para que entendessem que sua na o qualquer que esta fora tinha que ser primeira nas ter Logo fabricaram mais de sessenta mil Durante a guerra fria os cientistas dos Estados Unidos a Uni o Sovi tica China e outras na es estavam dispostos a expor seus compatriotas radia o na maioria dos casos sem seu conhecimento com o fim de preparar se para a guerra nuclear Os m dicos do Tuskegee Alabama enganaram a um grupo de veteranos que acreditavam receber tratamento m dico para a s filis quando em realidade serviam de grupo de controle sem tratamento S o conhecidas as atrocidades perpetradas pelos m dicos nazistas Nossa tecnologia produziu a talidomida o CFC o agente laranja o g s de nervos a contamina o do ar e a gua a extin o de esp cies e ind strias t o capitalistas que podem arruinar o clima do planeta Aproximadamente a metade dos cientistas da Terra trabalha ao menos em tempo parcial para os militares Embora ainda temos alguns cientistas como pessoas independentes que criticam com valentia os males da sociedade e advertem com antecipa o das potenciais cat strofes tecnol gicas tamb m se considera que muitos deles s o oportunistas acess veis ou complacentes originadores de benef cios corporativos e armas de destrui o maci a sem ter em conta as consequ ncias a longo prazo Os perigos tecnol gicos que exp e a ci
397. me e a priva o sensorial encontram deuses ou dem nios As experi ncias religiosas de indu o psicod lica eram a marca da cultura juvenil ocidental da d cada dos sessenta A experi ncia como quero que tenha aparecido descreve se frequentemente respeitosamente com palavras como transcendental sobrenatural sagrada e Santa As alucina es s o comuns as ter n o significa estar louco A literatura antropol gica est repleta de etnopsiquiatria da alucina o sonhos REM e transes de posse que t m muitos elementos comuns transculturalmente e atrav s dos tempos As alucina es se revistam interpretar como posse de esp ritos bons ou maus O antrop logo do Yale Weston A Varre chega inclusive a arguir que poderia defender se surpreendentemente bem que grande parte da cultura alucina o e que toda a inten o e fun o do ritual parece ser o desejo de um grupo de alucinar Inclu mos a seguir uma descri o de alucina es como um problema de rela o sinal ru do do Louis J West antigo diretor m dico da cl nica Neuropsiqui trica da Universidade da Calif rnia Os Anjos Est tirada da d cima quinta edi o da Enciclop dia Brit nica imaginemos a um homem de p ante o cristal de uma janela fechada que se encontra diante do lar aceso olhando para o jardim ao p r do sol Est t o absorto pela vis o do mundo de fora que n o consegue visualizar o interior da habita o o
398. mente intensidade afetiva dos pesadelos julgue as de maneira realista Quando um menino conta uma hist ria fabulosa havia uma bruxa fazendo caretas na habita o s escuras um tigre debaixo da cama a vasilha se rompeu porque entrou um p ssaro multicolorido pela janela e n o porque contra as normas da fam lia algu m jogava bola dentro da casa minta consciente ou inconscientemente Sem d vida os pais atuam frequentemente como se o menino n o pudesse distinguir plenamente entre fantasia e realidade Alguns meninos t m uma imagina o ativa outros est o pior dotados neste aspecto Algumas fam lias podem respeitar a capacidade de fantasiar e respirar ao menino lhe dizendo ao mesmo tempo algo assim como OH isso n o real s sua imagina o Outras fam lias podem mostrar impaci ncia ante a fabula o dificulta ao menos marginalmente o governo da casa e a resolu o de disputas e n o fomentar as fantasias de seus filhos possivelmente lhes inculcando inclusive que algo vergonhoso Alguns pais podem ter pouco clara por sua parte a distin o entre realidade e fantasia ou inclusive entrar seriamente na fantasia A partir de todas essas tend ncias contrapostas e pr ticas de educa o infantil algumas pessoas podem ter uma capacidade de fantasiar intacta e uma hist ria at bem entrada a idade adulta de fabula o Outros crescem acreditando que o que n o conhece a diferen a entre reali
399. mesclando se com seus habitantes Se eu gostasse das apostas apostaria que sua rolha deve transbordar de hist rias como a que acabo de relatar Suspeito que o ps quico a psique apresenta esses dem nios e anjos luzes e c rculos como parte de nosso desenvolvimento S o parte de nossa natureza A ci ncia se converteu na magia que funciona Os uf logos s o hereges que deveriam ser excomungados ou queimados na fogueira V rios leitores escreveram para dizer que os extraterrestres eram dem nios enviados por Satan s que capaz de nos nublar a mente Algu m prop e que o insidioso prop sito sat nico que nos preocupemos com uma invas o extraterrestre de modo que quando Jesus e seus anjos apare am sobre Jerusal m em lugar de nos p r contentes nos assustemos Espero que n o me despache escreve ela como outra assobiada religiosa Sou bastante normal e conhecida em minha pequena comunidade Voc senhor est em posi o de fazer duas coisas saber algo das abdu es e encobri lo ou sentir que como n o foi abduzido ao melhor n o est o interessados em voc n o ocorrem Celebrou se um julgamento por trai o contra o presidente e o Congresso dos Estados Unidos por um pacto realizado a princ pios da d cada dos quarenta com os extraterrestres que posteriormente se mostraram hostis O pacto acordava proteger o segredo dos extraterrestres em troca de parte de sua tecnologia aeronaves invis veis p
400. mesmo laureado com o Nobel Na imprensa norte americana lhe estava acostumado a difamar por seus queixa e na d cada dos cinquenta o Departamento de Estado lhe retirou o passaporte por considerar insuficientes suas amostras de anticomunismo Concedeu lhe o Premiou Nobel pela aplica o de ideias de mec nica qu ntica as resson ncias e o que se chama hibrida o de orbitais para explicar a natureza do enlace qu mico que une os tomos para formar mol culas Essas ideias s o agora o p o e o sal da qu mica moderna Mas na Uni o Sovi tica a obra do Pauling sobre qu mica estrutural foi denunciada por incompatibilidade com o materialismo dial tico e declarada inacess vel para os qu micos sovi ticos Impass vel ante estas cr ticas do Oriente e Ocidente em realidade nem sequer afetado seguiu fazendo um trabalho monumental sobre o funcionamento dos anest sicos identificou a causa da anemia falciforme a substitui o de um nico nucle tido no DNA e mostrou como podia l la hist ria evolutiva da vida comparando os DNA de v rios organismos Pauling seguia de perto a pista da estrutura do DNA Watson e Crick se apressavam para chegar antes que ele O veredicto sobre sua valora o da vitamina C aparentemente segue aberto Este homem um verdadeiro g nio foi o julgamento do Albert Einstein Em toda esta poca seguiu trabalhando pela paz e a amizade Quando Amn e eu perguntamos ao Pauling quais eram as ra
401. milh es de pessoas usam a eletricidade e acreditam ainda nos poderes m gicos dos signos e exorcismos As estrelas de cinema v o a m diuns Os aviadores que pilotam milagrosos mecanismos criados pelo g nio do homem levam amuletos na jaqueta Que inesgot vel reserva de escurid o ignor ncia e selvageria possuem R ssia um caso instrutivo Na poca dos czares se estimulava a supersti o religiosa mas se suprimiu sem contempla es o pensamento cient fico e c tico s permitido a uns quantos cientistas adestrados Com o comunismo se suprimiram sistematicamente a religi o e a pseudoci ncia exceto a supersti o da religi o ideol gica estatal apresentava se como cient fica mas estava t o longe deste ideal como o culto misterioso menos provido de autocr tica considerava se um perigo o pensamento cr tico exceto por parte dos cientistas em compartimentos de conhecimento hermeticamente isolados n o se acostumava nas escolas e se castigava quando algu m o expressava Como resultado com o fim do comunismo muitos russos contemplam a ci ncia com suspeita Ao levantar a tampa como ocorreu com os virulentos dios tnicos saiu superf cie o que at ent o tinha estado fervendo por debaixo dela Agora toda a zona est alagada de vnis poltergeist curadores curandeiros guas m gicas e antigas supersti es Um assombroso declive da expectativa de vida o aumento da mortalidade infantil as violentas epidemia
402. minha pr pria voz H imperfei es humanas em todas partes Inclusive quando se aplica com sensibilidade o ceticismo cient fico pode parecer arrogante dogm tico cruel depreciativo dos sentimentos e cren as profundas de outros E devo dizer que alguns cientistas e c ticos consagrados aplicam esta ferramenta como se fora um instrumento grosseiro com pouca finura s vezes parece que a conclus o c tica tenha surto antes que se ignorem as opini es sem ter examinado previamente as provas Todos temos em grande estima nossas cren as S o definitivas at certo ponto Quando aparece algu m que desafia nosso sistema de cren a porque considera que a base n o boa ou que como S crates limita se a fazer perguntas molestas que n o nos tinham ocorrido ou nos demonstram que escondemos sob o tapete as presun es subjacentes chave se converte em muito mais que uma busca de conhecimento Sentimo lo como um ataque pessoal O cientista que prop s pela primeira vez consagrar a d vida como uma virtude principal da mente inquisidora deixou claro que era uma ferramenta e n o um fim em si mesmo Ren e Descarte escreveu N o imitei a qu o c ticos duvidam s por duvidar e simulam estar sempre indecisos ao contr rio minha inten o era chegar a uma certeza e escavar o p e a areia at chegar rocha ou a argila de debaixo Na maneira em que se aplica s vezes o ceticismo a temas de interesse p blico h uma tend ncia a min
403. mor tinham que morrer Rogaram nos que n o estiv ssemos zangados nem quis ssemos que mais deles morressem e tinham por muito certo que n s os mat vamos com somente quer lo Em 1858 se informou de uma apari o da Virgem Maria na Lourdes Fran a a M e de Deus confirmou o dogma de sua concep o imaculada que tinha sido proclamado pela batata Pio XI s quatro anos antes Algo assim como cem milh es de pessoas foram ap s a Lourdes com a esperan a de curar se muitas delas com enfermidades que a medicina da poca n o podia vencer A Igreja cat lica romana recha ou a autenticidade de grande quantidade das curas chamadas milagrosas s aceitou sessenta e cinco em quase um s culo e m dio de tumores tuberculosis oftalmites impetigo bronquite paralisia e outras enfermidades mas n o por exemplo a regenera o de uma extremidade ou uma coluna vertebral partida Das sessenta e cinco curas h dez mulheres por cada homem As possibilidades de uma cura milagrosa na Lourdes portanto s o de uma entre um milh o h tantas possibilidades aproximadas de curar se depois de uma visita a Lourdes como de ganhar a loteria ou de morrer no acidente de um voo regular de avi o incluindo o que vai a Lourdes A taxa de remiss o espont nea de todos os c nceres agrupados estima se entre um por cada dez mil e um por cada cem mil Se s cinco por cento dos que v o a Lourdes fossem tratar se um c ncer deveria haver entre cinquenta
404. mos saber a vis o que tem a empresa comercial e livre da Am rica do Norte do entusiasmo pelos vnis Continuando uma lista de titulares de an ncio francamente t picos de um exemplar do UFO Universe Um cientista investigador descobre um segredo de dois mil anos de antiguidade para obter riqueza poder e amor rom ntico Reservado Mais que Top secret Por fim um oficial militar retirado revela a conspira o governamental mais sensacional de nossa poca Qual sua miss o especial na Terra come ou o despertar c smico dos poucos trabalhadores viajantes e representantes da OTAN das estrelas Chega o que esperava faz tempo vinte e quatro magn ficos selos dos esp ritos vnis que lhe oferecer o uma melhora de vida incr vel Eu tenho garota E voc N o lhe perca isso Consegue garotas j Assine se hoje mesmo revista mais assombrosa do universo Deixe que entre em sua vida a boa sorte o amor e o dinheiro milagrosos Esses poderes funcionaram durante s culos Podem funcionar para voc Avan o surpreendente na investiga o ps quica Bastam cinco minutos para demonstrar que os poderes m gicos ps quicos funcionam realmente Atreve se a ser afortunado amado e rico Garantimos lhe que a boa sorte se cruzar em seu caminho Consiga tudo o que queira com os talism s mais capitalistas do mundo Homens de negro agentes do governo ou extraterrestres Aumente o poder de pedras preciosas feiti os sel
405. munica o os instrumentos de educa o e entretenimento que fez poss veis James Clerk Maxwell n o ofereceram nunca que eu saiba nem sequer uma miniss rie sobre a vida e pensamento de seu benfeitor e fundador Em contraste pensemos em qu o dif cil crescer nos Estados Unidos sem que a televis o lhe fale com um por exemplo da vida e poca do Davy Crockett Billy the Kid ou Al Capone Maxwell se casou jovem mas pelo visto seu matrim nio careceu tanto de paix o como de filhos Reservava toda sua emo o para a ci ncia Este fundador da idade moderna morreu em 1879 aos quarenta e sete anos Embora a cultura popular quase lhe tenha esquecido os astr nomos de radar que fazem mapas de outros mundos lhe recordam a maior cadeia montanhosa de V nus descoberta enviando ondas de r dio da Terra que ricocheteavam em V nus e detectavam seus ecos apagados leva seu nome Menos de um s culo depois da predi o das ondas de r dio do Maxwell iniciou se a primeira busca de sinais de poss veis civiliza es nos planetas de outras estrelas Ap s houve uma s rie de buscas a algumas das quais me referi antes dos campos el trico e magn tico vari veis no tempo que cruzam as amplas dist ncias interestelares desde outras poss veis intelig ncias muito diferentes biologicamente de n s que tamb m se teriam beneficiado em algum momento de sua hist ria das percep es de equivalentes locais do James Clerk Maxwell Em outubro d
406. n as s o falsas e quais verdadeiros H alguma raz o para pensar que os adultos s o totalmente imunes s falibilidades que mostram os meninos O presidente Ronald Reagan que passou a segunda guerra mundial em Hollywood descreveu vividamente seu papel na libera o das v timas dos campos de concentra o nazista Como vivia no mundo do cinema parece que confundia um filme que tinha visto com uma realidade que n o tinha visto Em suas campanhas presidenciais o senhor Reagan contou em muitas ocasi es uma hist ria pica de coragem e sacrif cio motivo de inspira o para todos n s S que nunca ocorreu era o argumento do filme Ao Wing and ao Prayer que tamb m me impressionou muito quando a vi os nove anos f cil encontrar muitos mais exemplos deste tipo nas declara es p blicas do Reagan N o dif cil imaginar os s rios perigos p blicos que entranham os casos em que l deres pol ticos militares cientistas ou religiosos s o incapazes de distinguir a realidade da fic o vivida Quando preparam o testemunho no tribunal as testemunhas recebem conselhos de seus advogados Frequentemente lhes faz repetir a hist ria uma e outra vez at que a dizem bem Ent o no estrado o que recordam a hist ria que estiveram contando no despacho do advogado Os matizes se escureceram Ou possivelmente j n o correspondam nem sequer em suas caracter sticas principais ao que ocorreu realmente As testemunhas podem ter e
407. n o atinar a ver que s o ocos e n o pesam quase nada O sistema de globos militares mais famoso que foi provado amplamente em todo os Estados Unidos a princ pios dos cinquenta chamava se Skyhook Outros sistemas e projetos de globos se denominaram Mogul Moby Dick Grandson e Genetrix Urner Lidell que tinha certa responsabilidade sobre essas miss es no Laborat rio de Investiga o Naval e que posteriormente foi funcion rio da Nasa disse me uma vez que acreditava que todos os vnis denunciados eram globos militares Embora dizer todos ir muito longe acredito que n o se apreciou suficientemente seu papel Que eu saiba n o houve nenhum experimento de controle sistem tico e deliberado no que se lan assem secretamente globos de grande altitude fizesse se um seguimento e se anotassem as vis es de vnis por parte de observadores visuais e por radar Em 1956 globos de reconhecimento americanos come aram a sobrevoar a Uni o Sovi tica Em seu momento culminante havia d zias de lan amentos de globos ao dia Continuando os globos foram substitu dos por aeronaves de grande altitude como as Ou 2 que a sua vez foram substitu das em grande parte por sat lites de reconhecimento evidente que muitos vnis que datam deste per odo eram globos cient ficos como o s o algumas vezes ap s Ainda se lan am globos de grande altitude incluindo plataformas que levam sensores de raios c smicos teles
408. n o roubar uns quantos vulos e esperma ler todo o c digo gen tico inteiro e fabricar logo tantas c pias como se quero com as varia es gen ticas que se queira At n s os humanos que ainda n o podemos cruzar rapidamente o espa o interestelar nem atravessar as paredes podemos clonar c lulas Como poder amos ser resultado os humanos de um programa de cria extraterrestre quando compartilhamos o 99 6 de genes ativos com os chimpanz s Nossa rela o com os chimpanz s mais estreita que a que h entre ratos e ratos A preocupa o pela reprodu o nestes relatos eleva uma bandeira de advert ncia especialmente tendo em conta o inst vel equil brio entre o impulso sexual e a repress o social que caracterizou sempre condi o humana e o fato de que vivemos em uma poca repleta de espantosos relatos verdadeiros e falsos de abuso sexual de meninos A diferen a de muitos meios de comunica o os pesquisadores do Roper e os que escreveram o relat rio oficial n o perguntaram nunca aos pesquisados se tinham sido abduzidos por extraterrestres Deduziram no os que alguma vez se despertaram com presen as estranhas ao redor que alguma vez inexplicavelmente acreditavam voar pelo ar etc foram abduzidos Os pesquisadores nem sequer comprovaram se notar presen as voar etc formava parte de um mesmo incidente ou de outro distinto Sua conclus o que milh es de americanos foram abduzidos esp ria apoiada em uma
409. na narra o principal do Antigo Testamento H hist rias similares de assassinato maci o e no caso dos amalequitas genoc dio nos livros do Saul Ester e outras partes da B blia com apenas um espiono de d vida moral Todo isso certamente era perturbador para os te logos liberais de uma poca mais tardia Diz se com raz o que o diabo pode citar as Escrituras para seu prop sito A B blia est t o cheia de hist rias de prop sito moral contradit rio que cada gera o pode encontrar justifica o para quase cada a o que prop e do incesto a escravid o e o assassinato maci o at o amor mais refinado a valentia e o auto sacrif cio E este transtorno moral m ltiplo de personalidade n o est limitado ao juda smo e ao cristianismo pode se encontrar dentro do Isl na tradi o hindu certamente em quase todas as religi es do mundo assim n o s o os cientistas os que s o moralmente amb guos a n o ser a gente em geral Acredito que tarefa particular dos cientistas alertar ao p blico dos perigos poss veis especialmente os que derivam da ci ncia ou se podem acautelar mediante a aplica o da ci ncia Poderia dizer se que uma miss o assim prof tica Certamente as advert ncias devem ser judiciosas e n o mais alarmantes do que exige o perigo mas se tivermos que cometer enganos tendo em conta o que est em jogo que seja pelo lado da seguran a Entre os ca adores e coletores Kung S o do deserto
410. nares salpicados sobre sua superf cie detr s ser estripados por uma ave irrit vel sem asas uma mulher que amassa uma casca para fazer tecido um jaguar de quatro olhos Aos de uma cultura os costa acreditar como os de outra podem ver essas coisas t o estranhas A imagem mais comum o Homem da Lua Certamente n o parece um homem de verdade Tem as fac es inclinadas empenadas torcidas Tem um bife ou um pouco parecido em cima do olho esquerdo E que express o transmite sua boca Uma ou de surpresa Um sinal de tristeza possivelmente de lamenta o Um reconhecimento l gubre da dureza do trabalho da vida na Terra Certamente a Face muito redonda Faltam lhe as orelhas Suponho que por acima calva Apesar de tudo cada vez que a Miro vejo uma Face humana O folclore mundial pinta a Lua como algo prosaico Na gera o anterior ao Apolo se dizia aos meninos que a Lua era feita de queijo verde quer dizer cheiroso e por alguma raz o este dado n o se considerava maravilhoso a n o ser hilariante Nos livros infantis e gibis frequentemente se desenha ao Homem da Lua como uma simples cara dentro de um c rculo n o muito diferente da cara feliz com um par de pontos e um arco investido Bondosa baixo seu olhar para as travessuras noturnas de animais e meninos Consideremos novamente as duas categorias de terreno que reconhecemos quando examinamos a Lua a simples vista a frente bochechas e queixo mais brilhantes e o
411. ncional os m dicos franceses pressionaram ao rei Luiz XVI para que tomasse en rgicas medidas contra ele Mesmer diziam era uma amea a para a sa de p blica A Academia Francesa das Ci ncias nomeou uma comiss o que inclu a o qu mico pioneiro Antoine Lavoisier e ao diplom tico americano e perito em eletricidade Benjamim Franklin Realizaram o experimento de controle bvio quando os efeitos magnetizadores se realizavam sem o conhecimento do paciente n o se produzia a cura A conclus o da comiss o foi que as curas se as havia estavam na memore do que as esperava Mesmer e seus seguidores n o se deixaram desanimar Um deles preconizava mais tarde a seguinte atitude para obter os melhores resultados Esquece durante um momento todos seus conhecimentos de f sica Afasta de sua mente qualquer obje o que te ocorra N o raciocine durante um per odo de seis semanas Sei muito cr dulo muito perseverante recha a toda a experi ncia passada e n o escute raz o Ah sim e um conselho final Nunca magnetize ante pessoas perguntonas Outra surpresa foi Caprichos e fal cias em nome da ci ncia do Martin Gardner Ali estava Wilheim Reich revelando a chave da estrutura das gal xias na energia dos orgasmos humanos Andrew Crosse criando insetos microsc picos eletricamente com sais Hans Horbiger sob os ausp cios nazistas anunciando que a Via L ctea n o era feita de estrelas mas sim de flocos de neve Charles Piazzi Smy
412. nde est Entretanto medida que no exterior vai obscurecendo na janela pode ver se o reflexo de imagens da habita o detr s dele Durante um momento pode olhar ao jardim se olhe para a dist ncia ou o reflexo do interior da habita o se fixa a vista no cristal a poucos cent metros de sua Face Cai a noite mas a chama do fogo segue brilhando no lar e ilumina a habita o Agora o observador v um vivido reflexo no cristal do interior da habita o que tem detr s que parece estar ao outro lado da janela Esta ilus o se vai atenuando ao ir se apagando o fogo e finalmente quando est escuro t o fora como dentro n o se v nada mais Se se reavivar a chama do fogo de vez em quando reaparecem as vis es no cristal De um modo an logo as experi ncias alucinat rias como as dos sonhos normais ocorrem quando se reduz a luz do dia input sensorial enquanto a ilumina o interior n vel geral de excita o cerebral segue sendo brilhante e as imagens que se originam dentro das salas de nossos c rebros podem ser percebidas alucinadas como se viessem de fora das janelas de nossos sentidos Outra analogia poderia ser que os sonhos como as estrelas sempre est o brilhando Embora de dia n o revistam ver se as estrelas porque o sol brilha muito se houver um eclipse de sol durante o dia ou se um espectador decide estar atento um momento depois da posta ou antes da sa da do sol ou se se acordada de
413. nder uma vida Seria razo vel que nos fizessem jurar dizer a verdade toda a verdade e nada mais que a verdade at o limite de nossas possibilidades Mas sem a frase qualificativa fica fora de nosso alcance Entretanto por muito que concorde com a realidade humana esta qualifica o inaceit vel para qualquer sistema legal Se todo mundo dissesse a verdade s at um grau determinado pelo julgamento individual poderiam se ocultar acusa es ou feitos duvidosos escurecer os acontecimentos ocultar a culpabilidade fugir da responsabilidade e negar a justi a assim a lei aspira a um n vel de precis o imposs vel e n s fazemos o que podemos No processo de sele o de um jurado o tribunal necessita a garantia de que o veredicto se apoie nas provas Faz esfor os heroicos para eliminar julgamentos tendenciosos consciente da imperfei o humana O membro potencial do jurado conhece pessoalmente ao fiscal ou ao advogado da acusa o ou da defesa E ao juiz ou a outros membros do jurado formou se uma opini o do caso n o a partir dos fatos expostos no tribunal mas sim da publicidade pr via ao julgamento Adjudicar maior ou menor peso s provas dos oficiais da pol cia que s das testemunhas do acusado Tem algum preju zo contra o grupo tnico do acusado Vive o membro potencial do jurado na vizinhan a onde se cometeram os crimes poderia influir isto em seu julgamento Tem uma prepara o cient fica sobre os assuntos dos
414. ndidas de como funciona a natureza foram forjadas nos milh es de anos que nossos antepassados eram ca adores e coletores Neste caso o sentido comum uma guia inexata porque a vida dos ca adores coletores n o dependia de entender os campos el tricos e magn ticos de tempo vari vel N o havia castigos evolutivos por ignorar as equa es do Maxwell Em nossa poca diferente As equa es do Maxwell mostram que um campo el trico rapidamente vari vel que fa a maior deveria gerar ondas eletromagn ticas Em 1888 o f sico alem o Heinrich Hertz realizou o experimento e encontrou que tinha gerado uma nova esp cie de radia o ondas de r dio Sete anos depois cientistas brit nicos em Cambridge transmitiram sinais de r dio a uma dist ncia de um quil metro Em 1901 Guglielmo Marconi da It lia utilizava ondas de r dio para comunicar se com o outro lado do oceano Atl ntico A conex o econ mica cultural e pol tica do mundo moderno mediante torre emissoras enlaces de micro ondas e sat lites de comunica o se remonta ideia do Maxwell de incluir a corrente de deslocamento em suas equa es de vazio Isso faz a televis o que nos instrui e entret m de maneira imperfeita o radar que possivelmente possa ter sido o elemento decisivo na batalha de Gr Bretanha e na derrota nazista na segunda guerra mundial eu gosto de pensar que foi gra as ao Dafty o inseto estranho que se adiantou ao futuro e salvou a seus desc
415. nfermeira para comprovar o pulso e anunciar a presen a do Carlos No Today Show da Austr lia foram entrevistados pelo anfitri o George Negus Quando Negus lhes exp s algumas pergunta razo veis e c ticas se mostraram do mais suscet veis Carlos amaldi oou ao apresentador O manager acabou lhe atirando um copo de gua ao Negus e sa ram os dois do set com ar majestoso O assunto causou sensa o na imprensa repetiram se as imagens muitas vezes na televis o australiana Arrebato em TV ducha de gua para o Negus era o titular de primeira p gina do Daily Mirror de 16 de fevereiro de 1988 As emissoras de televis o receberam milhares de chamadas Um cidad o do Sydney aconselhou que se tomassem muito a s rio a maldi o sobre o Negus o ex rcito de Satan s j tinha assumido o controle das Na es Unidas dizia e Austr lia podia ser a pr xima A seguinte apari o do Carlos foi na vers o australiana da o Current Affair Convidou se a um c tico que descreveu o truque de magia para deter brevemente o pulso de uma m o p e te uma bola de borracha no sovaco e apuras Quando se questionou a autenticidade do Carlos este se ofendeu A entrevista terminou disse com voz de trov o O dia famoso o teatro Dram tico da Casa da pera do Sydney estava quase cheio reuniu se uma multid o espectador de jovens e velhos A entrada era livre o que animou aos que suspeitavam vagamente que podia ser algum tipo de patranha l
416. nha em conta suas formas art sticas Estiveram a ponto de abandonar os c rculos nos cultivos para passar a outra brincadeira mais satisfat ria emocionalmente De repente os c rculos nos cultivos se fizeram muito populares Os ufologistas se tragaram anzol fio e prumo Bower e Chorley estavam encantados especialmente quando os cientistas come aram a propagar sua considerada opini o de que n o podia ser respons vel por eles uma intelig ncia meramente humana Planejavam cuidadosamente todas as sa das noturnas s vezes seguindo meticulosos diagramas que tinham preparado com aquarelas Seguiam de perto os passos de seus int rpretes Quando um meteorologista local deduziu que era uma esp cie de redemoinho porque todas as colheitas estavam desviadas para baixo em um c rculo no sentido das agulhas do rel gio confundiram lhe fazendo uma nova figura com um anel exterior aplanado no sentido contr rio Logo apareceram outras figuras no sul da Inglaterra e em todas partes Tinham aparecido os brincalh es imitadores Bower e Chorley gravaram uma mensagem no trigo como resposta we are not alone N o estamos sozinhos Alguns chegaram a considerar que era uma mensagem extraterrestre genu na embora tivesse sido melhor se tivessem posto you are not alone N o est o sozinhos Doug e Dave come aram a assinar suas obras de arte com dois D inclusive isso se atribuiu a um misterioso prop sito extraterrestre Os desaparecimentos no
417. nhecimento e cumplicidade Com as capas dessas revistas nos quiosques milh es de americanos estiveram expostos ideia dos discos voadores bastante antes de que fora cunhado o t rmino Contudo as provas alegadas pareciam poucas e frequentemente ca am na credulidade a brincadeira a alucina o a incompreens o do mundo natural o disfarce de esperan as e temores como provas e um desejo de aten o fama e fortuna O que machuca lembran a ter pensado Ap s tive a sorte de estar envolto no lan amento de naves espaciais a outros planetas em busca de vida e na escuta de poss veis assinale de r dio de civiliza es extraterrestres se as houver em planetas de estrelas distantes tivemos alguns momentos sedutores Mas se o sinal desejado n o chega a cada um dos c ticos resmung es n o podemos cham lo prova de vida extraterrestre por muito atrativa que encontremos a ideia Simplesmente teremos que esperar a dispor de melhores dados se que algum dia chegamos aos ter N o encontramos provas irrefut veis de vida al m da Terra Mas s estamos ao princ pio da busca Possivelmente amanh possa surgir informa o nova e melhor N o acredito que ningu m esteja mais interessado que eu em saber se nos visitam ou n o Economizar me ia muito tempo e esfor o poder estudar diretamente e de perto a vida extraterrestre em lugar de faz lo indiretamente e a grande distancia At no caso que os extraterrestres sejam baixos teimosos e o
418. nicamente como mecanismos artificiais criados e dirigidos por uma intelig ncia superior Nada conhecido ou projetado na Terra pode dar raz o da atua o desses mecanismos E entretanto nem um solo adulto dos que eu conhecia sentia a menor preocupa o pelos vnis N o podia entender por que Em lugar disso preocupavam se com a China comunista as armas nucleares o macartismo e o aluguel de sua moradia Eu me perguntava se tinham claras suas prioridades Na universidade a princ pios da d cada dos cinquenta comecei a aprender um pouco sobre o funcionamento da ci ncia sobre os segredos de seu grande xito o rigor que devem ter os padr es de prova se realmente queremos saber algo seguro a quantidade de falsos come os e finais bruscos que infestaram o pensamento humano qu o f cil colorir a interpreta o da prova segundo nossas inclina es e a frequ ncia com que os sistemas de cren a amplamente aceitos e apoiados por hierarquias pol ticas religiosas e acad micas resultam ser n o s ligeiramente err neos mas tamb m grotescamente equivocados Encontrei um livro titulado Extraordinary Popular Delusions and the Madness of Crowds Enganos populares extraordin rios e a loucura da multid o escrito pelo Charles Mackay em 1841 e ainda a venda Nele se podiam encontrar as hist rias de repentina prosperidade e posterior quebra econ mica de maluquices como as borbulhas do Mississ pi e o mar do Sul e a extraor
419. ns a hip tese mais singela que a senhora Knight faz falar com a Ramtha por sua conta e n o tem contato com entidades imateriais da era glacial do pleistoceno Se houver alguma prova do contr rio eu adoraria ouvi la Seria bastante mais impressionante que Ramtha pudesse falar por si mesmo sem a ajuda da boca da senhora Knight Se n o como poder amos comprovar a afirma o A atriz Shirley McLaine testemunha que Ramtha era seu irm o na Atl ntida mas essa outra hist ria Suponhamos que pudesse submeter se a Ramtha a um interrogat rio Poder amos verificar que quem diz ser Como sabe que viveu 35 000 anos embora seja aproximadamente Que calend rio emprega Quem mant m o fio dos s culos interm dios Trinta e cinco mil mais ou menos o que Como eram as coisas faz 35 000 anos Ou Ramtha tem realmente 35 000 anos em cujo caso descobrimos algo sobre aquela poca ou um farsante e colocar a pata embora em realidade ser ela quem o fa a Onde vivia Ramtha Sei que fala inglesa com acento ndio mas onde falavam assim faz 35 000 anos Que clima havia O que comia Ramtha Os arque logos t m alguma ideia do que comia ent o a gente Quais eram as l nguas ind genas e a estrutura social Com quem vivia Ramtha esposa algemas filhos netos Qual era o ciclo de vida a taxa de mortalidade infantil a esperan a de vida Tinham um controle de natalidade Que roupa levavam Como se fabricavam os tecidos Quais eram os
420. ns quantos milhares de milh es irritante que a ci ncia pretenda fixar limites no que podemos fazer embora seja em princ pio Quem diz que n o podemos viajar mais de pressa que a luz Estavam acostumados a diz lo do som n o certo Quem nos vai impedir se tivermos instrumentos realmente poderosos que me amos a posi o e o momento de um el tron simultaneamente por que se formos muito inteligentes n o podemos construir uma m quina de movimento perp tuo de primeira esp cie uma que gere mais energia da que lhe subministra ou uma m quina de movimento perp tuo de segunda esp cie uma que alguma vez se pare Quem lhas p r limites ao engenho humano Em realidade a natureza Em realidade uma declara o bastante completa e breve das leis da natureza de como funciona o universo reflete se em uma lista de proibi es como esta Significativamente a pseudoci ncia e a supersti o tendem a n o reconhecer limites na natureza Tudo poss vel Prometem um or amento de produ o ilimitado embora seus partid rios tenham sido enganados e tra dos t o frequentemente Uma queixa relacionada com esta que a ci ncia muito simples muito reducionista imagina com ingenuidade que na recontagem final haver s umas quantas leis da natureza possivelmente inclusive bastantes singelas que o explicar o tudo que a deliciosa sutileza do mundo todos os cristais da neve as teias de aranha as ga
421. nte unem se para converter se em luz compreens o agora convencional do espectro eletromagn tico que consiste em longitudes de onda de raios gama a raios X a luz ultravioleta luz vis vel luz infravermelha ondas de r dio se deve ao Maxwell Como a r dio a televis o e o radar Mas Maxwell n o procurava nada disso O que lhe interessava era como a eletricidade cria magnetismo e vice versa Quero descrever o que fez Maxwell mas sua consecu o hist rica matem tica de alto n vel Em umas p ginas s posso oferecer no melhor dos casos uma esp cie de pincelada Rogo ao leitor que n o entenda do tudo o que lhe vou dizer que me perdoe imposs vel captar o sentido do que fez Maxwell sem saber um pouco de matem tica Mesmer o inventor do mesmerismo acreditava ter descoberto que um fluido magn tico quase igual ao fluido el trico permeava todas as coisas Tamb m nisto estava equivocado Agora sabemos que n o h um fluido magn tico especial e que todo magnetismo incluindo o poder que reside em um m de barra ou ferradura se deve eletricidade em movimento O f sico dinamarqu s Hans Christian Oersted fazia um pequeno experimento no que fazia fluir a eletricidade por um cabo para induzir agulha de uma b ssola a oscilar e tremer O cabo e a b ssola n o estavam em contato f sico O grande f sico ingl s Michael Faraday tinha realizado o experimento complementar fazendo aparecer uma f
422. nte que seguia fazendo os deveres a altas horas da noite da press o dos companheiros para n o destacar na escola porque faz que outros pare am maus Aqui h uma amostra n o uma pesquisa de opini o mas sim coment rios representativos de outras respostas de pais Entendem os pais que n o se pode ser um ser humano completo se for um ignorante T m livros em casa E uma lupa Enciclop dia Animam a seus filhos a estudar Os pais ensinam a ser paciente e perseverante O dom mais importante que podem oferecer a seus filhos a tica do trabalho duro mas n o se podem limitar a falar disso Os que aprendem a trabalhar duro s o os que o veem fazer a seus pais minha filha fascina a ci ncia mas n o lhe ensinam nada na escola nem na televis o Minha filha foi qualificada de superdotada mas a escola n o tem nenhum programa de enriquecimento em ci ncias O tutor me disse que a enviasse a uma escola privada mas n o nos podemos permitir isso press o dos companheiros enorme os t midos n o querem destacar tirando boas notas em ci ncias Desde que chegou aos treze ou quatorze anos o interesse que sempre tinha tido minha filha pela ci ncia come ou a desaparecer Os pais tamb m tinham muito que dizer sobre os professores e alguns coment rios destes eram um eco dos seus Por exemplo queixavam se de que os professores est o preparados para a maneira de ensinar mas n o para saber o que ensinar
423. ntensidade com que se sente algo uma guia para saber se for verdade Eu posso dar testemunho pessoalmente do poder emocional Mas as emo es fortes n o s o acaso um componente habitual de nossos sonhos N o despertamos s vezes gelados de terror N o conhece Mack autor por sua parte de um livro sobre pesadelos o poder emocional das alucina es Alguns pacientes do Mack dizem que alucinaram da inf ncia Os hipnotizadores e psicoterapeutas que trabalham com abduzidos tentaram inundar se a conscientiza no conjunto de conhecimentos sobre alucina es e disfun es perp tuas por que acreditam nessas testemunhas e n o aos que com uma convic o compar vel declaram encontros com deuses dem nios Santos anjos e fadas E os que escutam exig ncias irresist veis de uma voz interior S o verdade todas as hist rias que se sentem profundamente Uma cient fica que conhe o diz Se os extraterrestres ficassem a todos os que abduzem nosso mundo seria um pouco mais cordato Mas um julgamento muito severo N o parece ser um problema de prud ncia algo mais O psic logo canadense Nicholas Spanos e seus colegas chegaram conclus o de que n o havia patologias bvias nos que declaravam ser abduzidos por vnis Entretanto mais prov vel que as experi ncias intensas de vnis ocorram em indiv duos que se inclinam para cren as esot ricas em geral e cren as extraterrestres em particular e que interpretam as
424. nto das bombas at mica e de hidrog nio testemunha que a sugest o original do Teller era err nea e que foi necess rio o trabalho de muitas pessoas para fazer realidade a arma termonuclear Com as contribui es t cnicas fundamentais de um jovem f sico chamado Richard Garwin em 1952 se fez explorar o primeiro mecanismo americano termonuclear como era muito pouco manej vel para lev lo em um m ssil ou bombardeiro fez se explorar no mesmo lugar onde se montou A primeira bomba de hidrog nio verdadeira foi uma inven o sovi tica que se fez explorar ao ano seguinte Exp s se o debate de se a Uni o Sovi tica teria desenvolvido uma arma termonuclear se n o o tivesse feito antes os Estados Unidos e se realmente era necess ria a arma termonuclear americana para impedir o uso sovi tico da bomba de hidrog nio dado o substancial arsenal de armas de fiss o que j possu a ent o os Estados Unidos As provas atuais indicam que a Uni o Sovi tica inclusive antes de fazer explorar sua primeira bomba de fiss o tinha um desenho realiz vel de arma termonuclear Era o seguinte passo l gico Mas o conhecimento por espionagem de que os americanos estavam trabalhando nela acelerou a busca sovi tica de armas de fus o Desde meu ponto de vista as consequ ncias de uma guerra nuclear global se fizeram muito mais perigosas com a inven o da bomba de hidrog nio porque as explos es a reas das armas termonucleares s o muito
425. o Estados Unidos ficou o ltimo em lgebra Enquanto a m dia dos jovens americanas era do quarenta e tr s por cento a de seus equivalentes japoneses em provas id nticas era do setenta e oito por cento Em minha opini o o setenta e oito por cento bastante bom o quarenta e tr s por cento suspense Em uma prova de qu mica s os estudantes de treze na es foram piores que os dos Estados Unidos A pontua o de Gr Bretanha Singapura e Hong Kong era t o alta que quase se sa am da tabela e vinte e cinco por cento dos canadenses de dezoito anos sabia tanta qu mica como um seleto um por cento dos estudantes de segundo ensino americanos em seu segundo curso de qu mica e a maioria em programas avan ados O melhor de entre vinte classes de quinto grau do Minneapolis era superado por todos os componentes de vinte classes do Sendai no Jap o e por dezenove entre vinte no Taipei Taiwan Os estudantes da Coreia do Sul estavam muitos por cima dos americanos em todos os aspectos de matem tica e ci ncias e os de treze anos da Columbia Brit nica ao oeste do Canad superavam as suas equivalentes americanas em toda a tabela em algumas disciplinas superavam aos coreanos Vinte e dois por cento dos meninos dos Estados Unidos dizem que n o gostam da escola por s oito por cento dos coreanos Entretanto dois ter os dos americanos por s um quarto dos coreanos dizem ser bons em matem tica Estas desalentadoras
426. o aparece nunca O mesmo ocorre com o Sightings e Unsolved Mysteries nos que como sugere o pr prio t tulo aceitam se muito mal as solu es prosaicas e um n mero incont vel de outros clones In Search of toma com frequ ncia um tema intrinsecamente interessante e distorce sistematicamente a prova Se houver uma explica o cient fica racional e uma que requer a explica o paranormal ou ps quica mais extravagante podemos estar seguros de qual se destacar Um exemplo quase ao azar apresenta se um autor que diz que al m de Plut o h um grande planeta A prova que contribui s o selos cil ndricos da antiga Sum ria cinzelados muito antes da inven o do telesc pio Diz que os astr nomos profissionais cada vez aceitam mais seus pontos de vista N o se faz men o sequer a que os astr nomos que estudam os movimentos de Netuno Plut o e as quatro naves espaciais que h mais frente n o foram capazes de encontrar um s rastro do suposto planeta Os gr ficos s o indiscriminados Quando um narrador que n o sai em tela fala de dinossauros vemos um mamute lanzudo O narrador descreve um aerodeslizador a tela mostra a decolagem de um transbordador espacial Ouvimos falar de lagos e plan cies alagadas mas nos mostram montanhas N o importa As imagens s o t o indiferentes aos fatos como a voz em off Uma s rie chamada The X Files Arquivos X que disposta um fraco servi o ao e
427. o convincentes Uma vez mais o nico enfoque sensato recha ar provisoriamente a hip tese do drag o e permanecer aberto a outros dados f sicos futuros e perguntar se qual pode ser a causa de que tantas pessoas aparentemente s s e s brias compartilhem a mesma estranha ilus o A magia requer a coopera o t cita da audi ncia com o mago uma ren ncia ao ceticismo ou o que se descreve s vezes como a suspens o volunt ria da incredulidade Disso se deduz imediatamente que para penetrar na magia para descobrir o truque devemos deixar de colaborar Como se pode progredir neste tema carregado de tantas emo es controvertido e fastidioso Os pacientes deveriam exercitar a precau o ante os terapeutas que deduzem ou confirmam rapidamente abdu es como extraterrestres Os que tratam aos abduzidos poderiam explicar a seus pacientes que as alucina es s o normais e que o abuso sexual infantil bastante comum Poderiam ter em conta que nenhum cliente est totalmente livre da contamina o extraterrestre da cultura popular Poderiam ensinar ceticismo a seus clientes Poderiam carregar de novo suas pr prias reservas de ceticismo que v o diminuindo As declara es de abdu es por extraterrestres incomodam a muitas pessoas e em mais de um aspecto O tema uma janela para as vidas internas de nossos companheiros Se muita gente diz ter sido abduzida e n o verdade para preocupar se Mas muito mais preocupam se que haj
428. o de uma onda eletromagn tica atrav s de um vazio perfeito Assim imaginou o espa o cheio de uma subst ncia misteriosa que chamou ter que sustentava e continha os campos el tricos e magn ticos vari veis no tempo algo assim como uma gelatina palpitante mas invis vel que impregnasse o universo As vibra es do ter eram a raz o pela que a luz viajava atrav s dele igual s ondas de gua se propagam pela gua e as ondas de som pelo ar Mas este ter tinha que ser um material muito estranho muito sutil fantasmag rico quase imaterial O Sol e a Lua os planetas e as estrelas tinham que acontecer dele sem diminuir sua velocidade sem not lo E entretanto tinha que ter a suficiente rigidez para sustentar todas estas ondas propagando se a uma velocidade prodigiosa Segue se usando a palavra ter sem rela o com isto principalmente no adjetivo et reo residente no ter Tem algumas conota es parecidas com o mais moderno espa oso ou flutuante Quando nos primeiros tempos da r dio diziam no ar o que tinham em mente era o ter A frase russa quase literalmente no ter vefir Mas certamente a r dio viaja facilmente atrav s do vazio um dos principais descobrimentos do Maxwell N o necessita ar para propagar se A presen a de ar se acaso um impedimento Toda a ideia de luz e mat ria movendo se pelo ter ia levar quarenta anos depois teoria especial da relatividade do
429. o delicado experimento da liberdade em uma sociedade industrial e altamente tecnol gica Uma vez questionada a insist ncia religiosa na opini o dominante de que a Terra estava no centro do universo por que aceitar as afirma es repetidas com confian a pelos chefes religiosos de que Deus enviou aos reis para que nos governassem No s culo XVII era f cil fustigar aos tribunais ingleses e coloniais e lan los com frenesi contra tal impiedade ou heresia Estavam dispostos a torturar s pessoas at a morte por suas cren as finais do s culo XVIII n o estavam t o seguros Rossiter de novo de Semeia da Rep blica 1953 Sob a press o do entorno americano o cristianismo se fez mais humanista e temperado mais tolerante com a luta das seitas mais liberal com o crescimento do otimismo e racionalismo mais experimental com a ascens o da ci ncia mais individualista com a chegada da democracia E o que igual de importante um n mero cada vez maior de colonos como lamentava em voz alta uma legi o de pregadores estava adquirindo uma curiosidade secular e uma atitude c tica A Declara o de Direitos separou religi o do Estado em parte porque muitas religi es estavam inundadas em um marco de pensamento absolutista convencida cada uma delas de que s ela tinha o monop lio da verdade e desejosa em consequ ncia de que o Estado impor esta verdade a outros Os l deres e praticantes das religi es absolutistas estavam acostu
430. o e o que hoje se chama canaliza o escreveu Podemos perfeitamente tom lo como um simples relat rio de feitos psicol gicos ou uma s rie cont nua de comunica es do subconsciente Isso algo que t m em comum com os sonhos porque os sonhos tamb m s o declara es sobre o inconsciente O estado atual da quest o nos d raz o suficiente para esperar tranquilamente at que apare am fen menos f sicos mais impressionantes Se depois de deixar uma margem para a falsifica o consciente ou inconsciente o autossugest o os preju zos etc encontr ssemos ainda algo positivo atr s deles as ci ncias exatas conquistariam sem d vida este acampo mediante experimento e verifica o como ocorreu em todos outros reino da experi ncia humana Sobre os que aceitam um testemunho assim com convic o dizia Essas pessoas carecem n o s de atitude cr tica mas tamb m do conhecimento mais elementar de psicologia No fundo n o querem que lhes ensine nada s querem seguir acreditando uma presun o sem d vida do mais inocente em vista de nossos defeitos humanos Possivelmente algum dia haja um caso de vni ou de abdu o por extraterrestres que esteja bem testemunhado acompanhado de provas f sicas irrebat veis e s explic vel em t rminos de visita extraterrestre dif cil pensar em um descobrimento mais importante at agora de momento n o houve casos assim nada parecido O drag o invis vel at
431. o entendo do que vai o artigo Pareceu me muito aborrecido Simplesmente n o me interessa Eu estudo para ser advogado e francamente estou de acordo com meus pais quando dizem que tenho um problema de atitude com a ci ncia verdade que alguns meninos americanos n o o tentam mas se quis ssemos poder amos ser mais preparados que qualquer outro pa s Em lugar de fazer deveres os meninos olham a televis o Tenho que reconhecer que eu o fa o Pus me o limite de umas quatro horas ao dia N o acredito que seja culpa do sistema da escola parece me que todo o pa s p e uma nfase insuficiente na escola Minha mam e prefere lombriga jogar basquete ou ao futebol que me ajudar a fazer um trabalho Conhe o muitos meninos aos que lhes d totalmente igual n o fazer bem seu trabalho N o acredito que os meninos americanos sejam est pidos S ocorre que n o estudam bastante porque a maioria trabalham Muita gente diz que os asi ticos s o mais preparados que os americanos e que o fazem tudo bem mas n o verdade N o s o bons em esportes N o t m tempo de fazer esporte Eu me dedico a fazer esporte e tenho a impress o que os outros meninos de minha equipe lhe empurram a se sobressair mais no esporte que nos estudos Para ser os primeiros ter amos que ir todo o dia escola e n o fazer vida social Agora entendo por que muitos professores de ci ncias se zangam com voc por menosprezar se
432. o fil sofo ingl s John Stuart Mill defendia que silenciar uma opini o um mal peculiar Se a opini o for boa nos arrebata a oportunidade de trocar o engano pela verdade e se for m nos priva de uma compreens o mais profunda da verdade em sua colis o com o engano Se s conhecermos nossa vers o do argumento logo que sabemos sequer isso volta se insossa logo aprendida de cor sem comprova o uma verdade p lida e sem vida Mill tamb m escreveu Se a sociedade permitir que um n mero consider vel de seus membros cres am como se fossem meninos incapazes de guiar se pela considera o racional de motivos distantes a pr pria sociedade culpado Jefferson expor o mesmo ainda com maior for a Se uma na o espera ser ignorante e livre em um estado de civiliza o espera o que nunca foi e o que nunca ser Em uma carta ao Madison abundou na ideia Uma sociedade que troca um pouco de liberdade por um pouco de ordem os perder ambos e n o merecer nenhum H gente que quando lhe permitiu escutar opini es alternativas e submeter se a um debate substancial trocou que opini o Pode ocorrer Por exemplo Hugo Black em sua juventude era membro do Ku Klux Klan mais tarde se converteu em juiz do Tribunal Supremo e foi um dos defensores das hist ricas decis es do tribunal apoiadas em parte na XIV Emenda Constitui o que afirmaram os direitos civis de todos os americanos Dizia se dele q
433. o nos contos infantis e lendas folcl ricas satisfazer o desejo de nosso cora o s desejando o Que sedutora esta ideia especialmente se compara com o trabalho e a sorte que se est acostumado a necessitar para encher nossas esperan as O peixe encantado ou o g nio do abajur nos conceder o tr s desejos o que queiramos exceto mais desejos Quem n o pensou s no caso de s se por acaso nos encontramos ou ro amos acidentalmente uma velha l mpada o que pediria Lembran a que nas tiras de gibi e livro de minha inf ncia sa a um mago com chap u e bigode que brandia uma bengala de bano Chamava se Zatara Era capaz de provocar algo o que fora Como o fazia F cil Dava suas ordens ao reverso Ou seja se queria um milh o de d lares dizia seral d ed o hlim mu de eM Com isso bastava Era como uma esp cie de ora o mas com resultados muito mais seguros Aos oito anos dediquei muito tempo a experimentar desta guisa dando ordens s pedras para que se elevassem metivel sardep Nunca funcionou Decidi que era culpa de minha pron ncia Poderia afirmar se que se abra a a pseudoci ncia na mesma propor o que se compreende mal a ci ncia real s que aqui acaba a compara o Se a gente nunca ouviu falar de ci ncia por n o falar de seu funcionamento dificilmente ser consciente de estar abra ando a pseudoci ncia Simplesmente estar pensando de uma das maneiras que pensaram sempre os hum
434. o o corpo que deixam totalmente perplexos a seus m dicos Como s o OH n o pode as ensinar como na persegui o de bruxas est o em lugares ntimos Mack o considera uma prova irrefut vel Viu ele as cicatrizes Poder amos contar com fotografias das cicatrizes tomadas por um m dico c tico Mack diz que conhece um tetrapl gico com marcas de colher e considera que isso uma reductio ad absurdum da posi o c tica como pode faz las cicatrizes um tetrapl gico O argumento s bom se o tetrapl gico estiver hermeticamente encerrado em uma habita o a que n o tem acesso nenhum outro ser humano Podemos ver suas cicatrizes Pode examin lo um m dico imparcial Outra paciente do Mack diz que os extraterrestres lhe estiveram tirando vulos desde que alcan ou a maturidade sexual e que seu sistema reprodutivo tem desconcertado a seu ginecologista tanto o desconcerto para enviar um artigo de investiga o ao The New England Journal of Medique 7 Pelo visto n o Logo temos o fato de que um de seus pacientes o tinha inventado tudo como informou a revista Teme e Mack n o tinha nem ideia tragou se anzol linha e prumo Quais s o seus n veis de escrut nio cl nico Se p de ser enganado por um paciente como sabemos que n o lhe ocorreu o mesmo com todos Mack fala destes casos os fen menos como se expor um desafio fundamental ao pensamento ocidental ci ncia pr pria l gica Provavelmente diz as entidades
435. o que prop s em uma ocasi o o vers til cientista brit nico J B S Haldane que entre muitas outras coisas foi um dos fundadores da gen tica de popula es Haldane imaginava um futuro long nquo no que as estrelas se teriam apagado e o espa o estaria cheio principalmente de g s frio e pouco denso Entretanto se esperarmos o suficiente produzir se o flutua es estat sticas na densidade deste g s Durante imensos per odos de tempo as flutua es ser o suficientes para reconstituir um universo parecido ao nosso Se o universo for imensamente velho haver um n mero infinito de reconstitui es assim assinalava Haldane Assim em um universo imensamente velho com um n mero infinito de apari es de gal xias estrelas planetas e vida deve reaparecer uma Terra id ntica em que nos reuniremos com nossos seres queridos Poderei voltar a ver meus pais e lhes apresentar aos netos que nunca conheceram E todo isso n o ocorrer uma vez a n o ser um n mero infinito de vezes De algum modo entretanto isso n o chega a oferecer o consolo da religi o Se nenhum de n s vai ter nenhuma lembran a do que ocorreu esta vez do tempo que estamos compartilhando o leitor e eu as satisfa es da ressurrei o corporal soam ocas ao menos a meus ouvidos Mas nesta reflex o subvalorizei o que significa a infinidade No quadro do Haldane haver universos certamente um n mero infinito deles no que nossos c rebros ter o uma lembran a
436. o se ou a nada N o se deduzem menos ainda se anunciam extraterrestres Possivelmente tenha havido uma sobretens o eletr nica estatisticamente inevit vel ou uma disfun o do sistema de detec o ou uma espa onave da Terra ou um avi o militar voando e emitindo por canais que se sup em reservados para a astronomia por r dio Possivelmente pode ser inclusive um mecanismo para abrir a porta da garagem ao final da rua ou uma esta o de r dio a umas centenas de quil metros H muitas possibilidades Algu m deve comprovar sistematicamente todas as alternativas e ver quais pode eliminar N o pode declarar que encontrou extraterrestres quando a nica prova um sinal enigm tico n o repetido E se o sinal se repetiu anunciar lo a ent o imprensa e ao p blico N o acredito Possivelmente algu m lhe est enganando Possivelmente algo que ocorre em seu sistema de detec o e voc n o foi o bastante preparado para descobrir Possivelmente seja uma fonte astrof sica desconhecida O que faria chamar cientistas e outros observadores de r dio e lhes informaria que neste ponto particular do c u nesta frequ ncia e largo de banda e todo o resto parece haver algo curioso Incomodar lhe ias ver se podem confirm lo S se v rios observadores independentes todos plenamente conscientes da complexidade da natureza e a falibilidade dos observadores conseguem o mesmo tipo de informa o do mesmo ponto no c u poder vo
437. oceanogr fica ou geof sica para deduzir a exist ncia da Atl ntida e Lem ria Por isso sabe a ci ncia at este momento n o existiram jamais A estas alturas o disse a contra gosto Enquanto viaj vamos sob a chuva me dava conta de que o homem estava cada vez mais taciturno Com o que eu lhe dizia n o s descartava uma doutrina falsa mas tamb m eliminava uma faceta preciosa de sua vida interior E entretanto h tantas coisas na ci ncia real igualmente excitantes e mais misteriosas que apresentam um desafio intelectual maior al m de estar muito mais perto da verdade Sabia algo das mol culas da vida que se encontram no frio e t nue g s entre as estrelas Tinha ouvido falar dos rastros de nossos antepassados encontrados em cinza vulc nica de quatro milh es de anos de antiguidade E da eleva o do Himalaia quando a ndia se chocou com a sia Ou de como os v rus constru dos como seringas hipod rmicas deslizam seu DNA al m das defesas do organismo do anfitri o e subvertem a maquinaria reprodutora das c lulas ou da busca por r dio de intelig ncia extraterrestre ou da rec m descoberta civiliza o da Ebla que anunciava as virtudes da cerveja da Ebla N o n o tinha ouvido nada de todo aquilo Tampouco sabia nada nem sequer vagamente da indetermina o qu ntica e s reconhecia o DNA como tr s letras mai sculas que apareciam juntas com frequ ncia O senhor Buckley que sabia falar era inteligente e
438. odas as na es pretendem que isso certo a formula o alem era Gott mit uns Frequentemente os que caem na fal cia non sequitur simplesmente que n o reconheceram possibilidades alternativas post hoc ergo propter hoc em latim depois disto logo a consequ ncia disto P ex Jaime Cardeal arcebispo da Manila Conhe o a uma mulher de vinte e seis anos que parece ter sessenta porque toma p lulas fanticoncepcionaisj Ou Quando as mulheres n o votavam n o havia armas nucleares pergunta sem sentido P ex O que ocorre quando uma for a irresist vel se choca com um objeto im vel Mas se existir algo assim como uma for a irresist vel n o pode haver objetos im veis e vice versa exclus o do meio ou falsa dicotomia considerar s os dois extremos em um cont nuo de possibilidades interm dias P ex Sim claro ponha de sua parte meu marido perfeito eu sempre me equivoco Ou que n o quer a seu pa s o odeia Ou Se n o ser parte da solu o parte do problema curto prazo contra comprido agrado um subgrupo da exclus o do meio mas t o importante que o destaquei para lhe emprestar aten o especial P ex N o podemos empreender programas para alimentar aos meninos desnutridos e educar aos pr escolares precisa se tratar com urg ncia o crime nas ruas Ou por que explorar o espa o ou seguir a ci ncia fundamental quando temos um d fi
439. oderna na Uni o Sovi tica Mas em meados da d cada dos trinta um enganador chamado Trofim Lysenko tinha chamado a aten o e logo conseguido o apoio entusiasta do Stalin Lysenko arguia que a gen tica a que chamava mendelismo weissmanismo morganismo pelo nome de alguns de seus fundadores tinha uma base filos fica inaceit vel e que a gen tica filosoficamente correta uma gen tica que emprestasse a aten o devida ao materialismo dial tico comunista daria resultados muito diferentes Em particular a gen tica do Lysenko permitiria uma colheita adicional de trigo no inverno boa not cia para uma economia sovi tica cambaleante pela coletiviza o for ada da agricultura do Stalin A prova alegada pelo Lysenko era suspeita n o havia controles experimentais e suas amplas conclus es faziam caso omisso de um imenso conjunto de dados contradit rios Crescia o poder do Lysenko e Muller defendia apaixonadamente que a gen tica cl ssica mendeliana estava em plena harmonia com o materialismo dial tico e que Lysenko que acreditava na heran a de caracter sticas adquiridas e negava uma base material da heran a era um idealista ou algo pior Muller contava com o apoio decidido do N J Vavilov presidente matura o da Academia de Ci ncias Agr colas da Uni o Em uma confer ncia de 1936 na Academia de Ci ncias Agr colas presidida pelo Lysenko Muller pronunciou uma provocadora arenga que inclu a estas pal
440. oerente em sua oposi o tirania que se converteu em um velho amargurado Sim pode se dar a volta perspic cia do Darwin e usar a de modo grotesco magnatas de voracidade insaci vel podem explicar suas pr ticas de cortar cabe as apelando ao darwinismo social os nazistas e outros racistas podem alegar a sobreviv ncia do mais apto para justificar o genoc dio Mas Darwin n o fez ao John D Rockefeller nem ao Adolf Hitler A avareza a revolu o industrial o sistema de livre empresa e a corrup o do governo pelos enriquecidos s o mais adequados para explicar o capitalismo do s culo XIX O etnocentrismo a xenofobia as hierarquias sociais a larga hist ria de antissemitismo na Alemanha o Tratado do Versalles as pr ticas de educa o infantil alem s a infla o e a depress o parecem adequadas para explicar a ascens o do Hitler ao poder muito prov vel que se produziram esses acontecimentos ou similares com ou sem o Darwin E o darwinismo moderno deixa bem claro que muitos rasgos menos implac veis alguns n o sempre admirados por magnatas insaci veis e Fuhrers o altru smo a intelig ncia a compaix o podem ser a chave da sobreviv ncia Se pud ssemos censurar ao Darwin o que outros tipos de conhecimento n o poder amos censurar tamb m Quem exerceria a censura Quem de n s o bastante s bio para saber de que informa o e ideias podemos prescindir com seguran a e qual delas ser necess ria daq
441. og nio Usando a t tica do exagero e inclusive as cal nias manipulou com xito o processo de estrat gia pol tica durante cinco d cadas denunciando todo tipo de medidas de controle de armas e promovendo programas de escalada na corrida armamentista de muitos tipos Uni o Sovi tica ao inteirar se de seu projeto de bomba H construiu sua pr pria bomba H Como consequ ncia direta da personalidade incomum deste indiv duo particular e do poder da bomba H o mundo se poderia ter arriscado a um n vel de aniquila o que de outro modo possivelmente n o se revelou ou tivesse surto mais tarde e baixo melhores controles pol ticos Em todo caso nenhum cientista tinha tido nunca maior influencia nos riscos que correu a humanidade que Edward Teller e a atitude geral do Teller em toda a corrida armamentista repreens vel A fixa o do Edward Teller com a bomba H poderia lhe haver levado a fazer mais para p r em perigo a vida deste planeta que nenhum outro indiv duo de nossa esp cie Comparados com o Teller os l deres da ci ncia at mica ocidental n o eram mais que bebem no campo da pol tica j que sua lideran a estava determinada por sua capacidade profissional e n o como neste caso por sua capacidade pol tica Meu prop sito aqui n o castigar a um cientista por sucumbir s paix es humanas a n o ser reiterar este novo imperativo os poderes sem precedentes que a ci ncia p e agora a nossa disposi o devem ir acom
442. ois um m dico confirmou a exist ncia de um corpo estranho ali Oito anos depois o objeto caiu Desde apenas um mil metro de di metro e quatro de longitude foi examinado com aten o por cientistas do MIT e o hospital Geral de Massachusetts Sua conclus o Col geno formado pelo corpo em pontos de inflama o mais fibras de algod o das cueca do Price Em 28 de agosto de 1995 as esta es de televis o propriedade do Rupert Murdoch emitiram o que conforme diziam era a aut psia de um extraterrestre morto tomada em filme de 16 mil metros Patologistas mascarados com modelos antiquados de trajes de amparo contra a radia o com janelas de vidro retangulares para olhar fora abriram a uma figura de olhos grandes e doze dedos e lhe examinaram os rg os internos Embora o filme estava desfocado em muitos momentos e a vis o do cad ver bloqueada frequentemente por qu o humanos o rodeavam alguns espectadores consideraram que o efeito era arrepiante O Times de Londres tamb m propriedade do Murdoch n o sabia como enfoc lo embora citava a um patologista que acreditava que a aut psia tinha sido realizada com uma celeridade impr pria e pouco realista embora ideal para v la por televis o Disse se que tinha sido rodada no M xico em 1947 por um participante que tinha matura o mais de oitenta anos e desejava guardar o anonimato O que pareceu ser o argumento decisivo foi o an ncio de que a cabeceira do filme os primeiros
443. ojeto Manhattan de armas nucleares comentou lugubremente que os cientistas tinham as m os manchadas de sangue que tinham conhecido o pecado Mais tarde Truman comunicou a seus ajudantes que n o queria ver nunca mais ao Oppenheimer s vezes se castiga aos cientistas por fazer o mal e s vezes por advertir dos maus usos a que se pode aplicar a ci ncia mais frequente a cr tica de que tanto a ci ncia como seus produtos s o moralmente neutros eticamente amb guos aplic veis por igual ao servi o do mal e do bem uma velha acusa o Provavelmente se remonta poca da talha de ferramentas de pedra e ao dom nio do fogo Posto que a tecnologia se encontrou em nossa linha ancestral desde antes do primeiro humano posto que somos uma esp cie tecnol gica n o tanto um problema de ci ncia como de natureza humana N o quero dizer com isto que a ci ncia n o tenha responsabilidade pelo mau uso de seus descobrimentos Tem uma responsabilidade profunda e quanto mais capitalista s o seus produtos maior sua responsabilidade Como as armas de ataque e derivados do mercado as tecnologias que nos permitem alterar o entorno global que nos sustenta deveriam submeter se precau o e a prud ncia Sim somos os mesmos velhos humanos que o t m feito at agora Sim estamos desenvolvendo novas tecnologias como sempre Mas quando as debilidades que sempre tivemos se unem com uma capacidade de fazer mal a uma escala planet ria sem
444. om ssemos os casos com convic o seus aspectos not veis como deslizar se atrav s das paredes e outras coisas s o mais facilmente atribu veis a algo dentro do reino do f sico tecnologia extraterrestre avan ada que bruxaria Tenho um amigo que diz que a nica quest o interessante no paradigma da abdu o por extraterrestres Quem fraude a quem o cliente quem engana ao terapeuta ou ao reverso N o estou de acordo Para come ar h muitas quest es interessantes sobre as declara es de abdu es como extraterrestres Al m disso essas duas alternativas n o s o mutuamente excludentes Durante muitos anos me rondava algo na mem ria sobre os casos de abdu o como extraterrestres Por fim o recordei Era um livro de 1954 que tinha lido na universidade A hora de cinquenta minutos O autor um psicanalista chamado Robert Lindner tinha sido chamado pelo Laborat rio Nacional de Los lamos para tratar a um brilhante e jovem f sico nuclear cujos del rios estavam come ando a interferir com sua investiga o governamental secreta Resultou que o f sico ao que ficou o pseud nimo do Kirk Aliem tinha uma vida paralela a de criar armas nucleares confessou que no futuro long nquo pilotou ou pilotar os tempos verbais chiam um pouco uma espa onave interestelar adorava as estimulantes aventuras de fanfarr es em planetas de outras gal xias Era senhor de muitos mundos Ao melhor ali chamavam capit
445. omit que se negassem a cooperar Em 1948 o presidente Harry Truman no encontro anual da Associa o Americana para o Avan o da Ci ncia e com o Condon sentado a seu lado denunciou ao deputado Thomas e ao Comit de Atividades Antiamericanas porque mediante a cria o de um ambiente no que ningu m se sente seguro contra a publica o de rumores lhes embainhem fofocas e denigra es pode fazer se imposs vel a investiga o cient fica vital Qualificou as atividades do comit do mais antiamericano ao que devemos nos enfrentar hoje em dia o clima de um pa s totalit rio O dramaturgo Arthur Miller escreveu O crisol sobre os julgamentos das bruxas de Salem neste per odo Quando a obra se estreou na Europa o Departamento de Estado lhe negou o passaporte com a raz o de que sua viagem ao estrangeiro n o era no melhor interesse dos Estados Unidos A noite da estreia em Bruxelas a obra foi recebida com um aplauso tumultuoso ante o que o embaixador dos Estados Unidos se levantou e fez uma rever ncia Miller foi convocado pelo Comit de Atividades Antiamericanas e admoestado por sua sugest o de que as investiga es do Congresso podiam ter algo em comum com as ca as de bruxas ele respondeu A compara o inevit vel senhor Thomas foi encarcerado pouco depois por fraude Durante um ver o fui aluno do Condon na universidade Recordo vividamente seu relato da convocat ria ante o comit para avaliar sua leald
446. omo ocorre isso Pode se interceptar ou cancelar a mensagem Voc mescla pintura violeta azul verde amarela laranja e vermelha e consegue uma cor marrom gradeio Logo mescla luz das mesmas cores e consegue branco O que ocorre Nos genes dos humanos e de muitos outros animais h largas sequ ncias repetitivas de informa o heredit ria chamada sem sentido Algumas dessas sequ ncias causam enfermidades gen ticas Poderia ser que determinados segmentos do DNA fossem cidos nucleicos revoltosos que se reproduzem por sua conta e desdenham o bem estar do organismo que habitam Muitos animais se comportam de uma maneira estranha justo antes de um terremoto O que sabem eles que n o saibam os sism logos s palavras para nomear a Deus dos antigos astecas e os antigos gregos som quase as mesmas Evid ncia isto algum contato ou comunidade entre as duas civiliza es ou se pode esperar que se d estas coincid ncias ocasionais entre duas l nguas por pura casualidade Ou como pensava Plat o no Cratylus pode ser que ao nascer tenhamos algumas palavras dentro A segunda lei de termodin mica afirma que no universo tomado como um tudo aumenta a desordem medida que passa o tempo Certamente podem emergir localmente mundos e vida e intelig ncia ao custo de uma redu o na ordem em outra parte do universo Mas se vivermos em um universo no que a presente expans o do Big Bang chegar a acalmar se deter se e s
447. ompanhias de tabaco Em 1994 tr s t cnicos se queixaram de que antigos executivos tinham falsificado os dados sobre part culas de cigarro inal veis no ar Em cada caso os dados inventados ou corrigidos faziam que a fuma a do tabaco parecesse mais s o que o indicado pelas medi es dos t cnicos Encontram alguma vez os departamentos de investiga o corporativos ou os contratados do exterior que um produto mais perigoso do que a corpora o de tabaco declara publicamente Se for assim seguem com seu posto de trabalho O tabaco aditivo segundo muitos crit rios mais ainda que a hero na ou a coca na H uma raz o para que um como dizia um an ncio da d cada dos quarenta ande uma milha em busca de um Camel morreu mais gente pelo tabaco que em toda a segunda guerra mundial Segundo a Organiza o Mundial da Sa de fumar arbusto a tr s milh es de pessoas ao ano em todo mundo Isso se elevar a dez milh es anuais no 2020 em parte por causa de uma enorme campanha publicit ria que apresentava o fumar como progressista e de moda para as mulheres jovens no mundo de hoje Parte do xito da ind stria do tabaco em subministrar esta elabora o de venenos aditivos pode atribuir se escassa familiaridade com a detec o de mentiras o pensamento cr tico e o m todo cient fico A credulidade mata CAP TULO s OBCECADO COM A REALIDADE Um armador se dispunha a jogar ao mar um navio de emigrantes Sabia que
448. onforme as pesquisa de opini o acreditam na astrologia Um ter o acredita que a astrologia de signos do sol cient fica A fra o de meninos escolar que acredita na astrologia aumentou do quarenta aos cinquenta e nove por cento entre 1978 e 1984 Possivelmente haja dez vezes mais astr logos que astr nomos nos Estados Unidos Na Fran a h mais astr logos que padres cat licos romanos O recha o enrijecido de um coro de cientistas n o estabelece contato com as necessidades sociais que a astrologia por muito inv lida que seja confronta e a ci ncia n o Como tentei sublinhar no cora o da ci ncia h um equil brio essencial entre duas atitudes aparentemente contradit rias uma abertura a novas ideias por muito estranhas e contr rias intui o que sejam e o exame c tico mais implac vel de todas as ideias velhas e novas Assim como se advinham as verdades profundas das grandes tolices A empresa coletiva do pensamento criativo e o pensamento c tico unidos na tarefa mant m o tema no bom caminho Essas duas atitudes aparentemente contradit rias entretanto est o submetidas a certa tens o Consideremos esta afirma o quando ando o tempo medido por meu rel gio de pulso ou meu processo de envelhecimento diminui a marcha Ou encolho me na dire o do movimento Ou fa o me maior Quem foi testemunha jamais de algo assim f cil recha ar o de entrada Aqui h outra a mat ria e a antimat
449. opatologia neles que no resto da gente por que uma pessoa declararia ter sido abduzida por criaturas extraterrestres se n o foi assim Poderiam equivocar se todas estas pessoas ou mentir ou alucinar a mesma hist ria ou similar Ou arrogante e desprez vel questionar sequer o sentido comum de tantas pessoas Por outro lado seria poss vel que houvesse realmente uma invas o extraterrestre maci a que se realizassem procedimentos m dicos repugnantes sobre milh es de homens mulheres e meninos inocentes que se utilizasse aos humanos como reprodutores durante muitas d cadas e que todo isso n o fora conhecido em geral e comentado por meios de comunica o m dicos e cient ficos respons veis e pelos governos que juraram proteger a vida e o bem estar de seus cidad os Ou como sugeriram muitos h uma conspira o do governo para manter aos cidad os afastados da verdade Por que uns seres t o avan ados em f sica e engenharia que cruzam grandes distancia interestelares e atravessam paredes como fantasmas s o t o atrasados no que respeita biologia por que se os extraterrestres tentam levar seus assuntos em segredo n o eliminam perfeitamente todas as lembran as das abdu es Muito dif cil para eles por que os instrumentos de exame s o macrosc picos e recordam tanto o que podemos encontrar no ambulat rio do bairro por que tom la mol stia de repetidos encontros sexuais entre extraterrestres e humanos por que
450. or o lapso de tempo entre a vis o do filme e a recep o da informa o falsa mais aceitam a desnaturaliza o de suas lembran as Loftus argui que as lembran as de um acontecimento t m parecido a uma hist ria sujeita a revis o constante que a um bloco de informa o original H muitos mais exemplos alguns a falsa lembran a de haver se perdido de pequenos em umas lojas de departamentos por exemplo de maior impacto emocional Uma vez sugerida a ideia chave o paciente frequentemente d corpo de maneira veross mil aos detalhes que a avalizam f cil induzir lembran as l cidas mas totalmente falsos com uma s rie de chaves e perguntas especialmente no contexto terap utico As lembran as se podem poluir podem se implantar lembran as falsas inclusive em mentes que n o se consideram a si mesmos vulner veis nem acr ticas Stephen Ceci da Universidade do Cornell Loftus e seus colegas encontraram sem surpresa que os pr escolares som excepcionalmente vulner veis sugest o Um menino que quando lhe pergunta pela primeira vez nega que uma armadilha de ratos lhe tivesse pilhado a m o mais tarde recorda o acontecimento com vividos detalhes que foi gerando Quando lhe fala mais diretamente de coisas que lhe passaram quando foi pequeno com o tempo chega a consentir com bastante facilidade as lembran as implantadas Qu o profissionais olham as fitas de v deo dos meninos s podem aventurar que lembra
451. or a magn tica gerou uma corrente el trica em um cabo pr ximo A eletricidade ao variar no tempo estendeu se de algum modo e tinha gerado magnetismo e o magnetismo ao variar no tempo se estendeu de algum modo gerando eletricidade Isso se chamou indu o e era profundamente misterioso pr ximo magia Faraday propunha que o m tinha um campo de for a invis vel que se estendia para o espa o circundante mais forte quanto mais perto do m e mais fraco quanto mais longe Podia se rastrear a forma do campo colocando pequenas limagens de ferro em uma parte de papel e pondo um m debaixo Tamb m o cabelo depois de um bom escovado um dia de baixa umidade gera um campo el trico invis vel que se estende para o exterior e inclusive pode fazer mover pequenos peda os de papel A eletricidade em um cabo agora sabemos est causada por part culas el tricas submicrosc picas chamadas el trons que respondem a um campo el trico em movimento Os cabos s o feitos de materiais como o cobre que t m muitos el trons livres el trons n o ligados em tomos a n o ser com capacidade de movimento Entretanto a diferen a do cobre a maioria dos materiais por exemplo a madeira n o s o bons condutores s o isolantes ou diel tricos Neles em compara o h poucos el trons dispon veis para mover se em resposta ao campo el trico ou magn tico aplicado N o se produz nenhuma corrente Certamente h algum movimen
452. or dizem que ri se perder o sentido que se dormiu ou est sob um feiti o aletargador E se est entorpecida merece ser queimada viva como se tem feito com alguma que embora torturada v rias vezes n o dizia o que os investigadores queriam 27 E inclusive confessores e padres afirmam que morreu obstinada e impenitente que n o se converteu nem abandonou seu ncubo mas sim manteve sua f nele 28 Entretanto se morrer sob tanta tortura dizem que o diabo lhe rompeu o pesco o 29 depois do qual o cad ver enterrado debaixo do pat bulo 30 Por outro lado se n o morrer sob tortura e se algum juiz excepcionalmente escrupuloso n o lhas tortur la mais sem maiores prova ou queim la sem confiss o mant m na no c rcere e a encadeiam com a m xima dureza para que se apodre a at que ceda embora possa passar um ano inteiro 31 A acusada n o pode liberar se nunca O comit investigador cairia em desgra a se absolvera a uma mulher uma vez presa e com cadeias tem que ser culpado por meios justos ou il citos 32 Enquanto isso sacerdotes ignorantes e teimosos acossam desgra ada criatura a fim de que seja certo ou n o se confie se culpado de n o faz lo assim dizem n o pode ser salva nem participar dos sacramentos 33 Sacerdotes mais pormenorizados ou cultos n o a podem visitar no c rcere para evitar que lhe deem conselho ou informem aos pr ncipes do que ocorre O mais tem vel que saia luz algo q
453. orremos o risco de nos converter em uma na o de ing nuos um mundo de meninos a disposi o do primeiro enganador que nos passe por diante Um ser extraterrestre rec m chegado Terra se fizesse um exame do que apresentamos principalmente a nossos filhos em televis o r dio cinema peri dicos revistas gibis e muitos livros poderia chegar facilmente conclus o de que queremos lhes ensinar assassinatos viola es crueldade supersti o credulidade e consumismo Insistimos nisso e for a de repeti o por fim muitos deles possivelmente aprendam Que tipo de sociedade poder amos criar se em lugar disso inculc ssemo lhes a ci ncia e um sopro de esperan a CAP TULO s O HOMEM DA LUA E A FACE DE MARTE A lua salta na corrente do Grande Rio Flutuando no vento o que pare o Du Fu Viagem noturna a China dinastia Tang 765 Cada campo da ci ncia tem seu pr prio complemento de pseudoci ncia Os geof sicos t m que enfrentar se a Terras plainas Terras ocas Terras com eixos que se balan am desordenadamente continentes de r pida ascens o e afundamento e profetas do terremoto Os bot nicos t m plantas cujas apaixonantes vistas emocionais se podem seguir com detectores de mentiras os antrop logos t m homens mono sobreviventes os zo logos dinossauros vivos e os bi logos evolutivos t m aos literalistas b blicos lhes pisando os tal es Os arque logos t m antigos astronautas runas falsificadas
454. os Entretanto at um menino com um aspecto perfeitamente s o mas com falta de ferro por exemplo sofre um declive imediato em sua capacidade de concentrar se A anemia por defici ncia de ferro pode afetar a mais de uma quarta parte de todos os meninos com baixos ganhos da Am rica do Norte afeta ao per odo de concentra o e mem ria e pode ter sequelas at bem entrada a idade adulta O que em outros tempos se considerava uma desnutri o relativamente ligeira agora se crie potencialmente associado deteriora o cognitivo de toda a vida Os meninos desnutridos embora seja por pouco tempo sofrem uma diminui o de sua capacidade de aprender E milh es de meninos norte americanos passam fome todas as semanas O envenenamento por chumbo que end mico em cidades do interior tamb m provoca s rios d ficits de aprendizagem Segundo muitos crit rios a preval ncia da pobreza na Am rica do Norte cresceu que maneira constante desde princ pios da d cada dos oitenta Quase uma quarta parte de meninos dos Estados Unidos vivem agora na pobreza a taxa mais alta de pobreza infantil no mundo industrializado estima se que s entre 1980 e 1985 morreram mais bebem e meninos americanos de enfermidades evit veis desnutri o e outras consequ ncias da pobreza extrema que em todas as batalhas americanas durante a guerra do Vietn Alguns programas sabiamente institu dos a n vel federal ou estatal se ocupam da desnutri o O prog
455. os assim garotas mas os tem que os dois g neros N o ligam nada Se for um deles n o pode ser enrolado E vice versa Certamente isso um estere tipo H cientistas que v o vestidos com eleg ncia que s o do mais enrolado com os que muitas pessoas quereriam sair que n o levam uma calculadora oculta nos atos sociais H alguns que se convidassem a sua casa ser nos ia imposs vel adivinhar que s o cient ficos Mas h outros que se adaptam ao estere tipo mais ou menos S o bastante ineptos socialmente Pode haver em propor o muitos mais inadaptados entre os cientistas que entre os desenhistas de moda ou os policiais de tr fico Possivelmente os cientistas tendam mais a isso que os gar ons cirurgi es ou cozinheiros por que tem que ser assim Ao melhor as pessoas sem talento para combinar com outras encontram um ref gio em ocupa es impessoais especialmente as matem tica e as ci ncias f sicas Ao melhor o estudo s rio de temas dif ceis requer tanto tempo e dedica o que impede de aprender mais que as m nimas sutilezas sociais Possivelmente seja uma combina o de ambos os fatores Igual imagem do cient fico louco com a que est estreitamente relacionado o estere tipo do cient fico inseto estranho dominante em nossa sociedade O que tem de mal fazer uns quantos piadas de boa f a gastos dos cientistas Se pela raz o que seja s pessoas n o gosta do estere tipo do cientista menos prov
456. os com a gema dos dedos quando lhes cobre os olhos sem rigor Edgar Cayce que predisse que na d cada dos sessenta se elevaria o continente perdido da Atl ntida e outros profetas dormidos e acordados mentira sobre dietas experi ncias fora do corpo quer dizer ao bordo da morte interpretadas como acontecimentos reais no mundo externo a fraude dos curandeiros as t buas de Ouija a vida emocional dos ger nios revelada pelo uso intr pido de um detector de mentiras a gua que recorda que mol culas estavam acostumadas dissolver se nela descrever a personalidade a partir de caracter sticas faciais ou vultos na cabe a a confus o do bonito n mero cem e outras afirma es de que o que uma pequena fra o de n s quer que seja certo o realmente seres humanos que ardem espontaneamente e ficam chamuscados biorritmos de tr s ciclos m quinas de movimento perp tuo que prometem fornecimentos ilimitados de energia todas elas por uma ou outra raz o vedadas ao exame minucioso dos c ticos as predi es sistematicamente faltadas do Jeane Dixon que predisse uma invas o sovi tica do Ir em 1953 e que em 1965 a Uni o Sovi tica se adiantaria aos Estados Unidos em colocar ao primeiro homem na Lua e outros ps quicos profissionais a predi o das Testemunhas do Jeov de que o mundo terminaria em 1917 e muitas profecias similares a dian tica e a cientologia Carlos Casta eda e a bruxaria
457. os de dist ncia comunicar se com extraterrestres curar enfermidades Alguns pacientes morreram sob os cuidados de um desses professores do Qi Gongo que foi detido e condenado em 1993 Wang Hong cheng um aficionado qu mica afirmava ter sintetizado um l quido que se acrescentava gua em pequenas quantidades convertia a em gasolina ou um equivalente Durante um tempo recebeu recursos do ex rcito e a pol cia secreta mas quando se constatou que seu invento era uma fraude foi detido e encarcerado Naturalmente propagou se a hist ria de que sua desgra a n o era produto da fraude mas sim de sua negativa a revelar a f rmula secreta ao governo Na Am rica do Norte circularam hist rias similares durante d cadas normalmente com a substitui o do papel do governo pelo de uma companhia petroleira ou automobil stica importante est se levando aos rinocerontes asi ticos extin o porque dizem que seus chifres pulverizados acautelam a impot ncia o mercado abrange todo o leste da sia O governo da China e a Partido Comunista chin s estavam alarmadas por estas tend ncias Em 5 de dezembro de 1994 emitiram uma declara o conjunta que dizia entre outras coisas debilitou se a educa o p blica em temas cient ficos em anos recentes Ao mesmo tempo foram crescendo atividades de supersti o e ignor ncia e se feito frequentes os casos de anti ci ncia e pseudoci ncia Em consequ ncia devem se aplicar medidas
458. os do mundo natural que faz s umas gera es se consideravam milagrosos som agora totalmente compreendidos em t rminos de f sica e qu mica Ao menos alguns dos mist rios de hoje ser o resolvidos satisfatoriamente por nossos descendentes O fato de que agora n o possamos apresentar uma compreens o detalhada por exemplo de estados de consci ncia alterados em t rminos de qu mica do c rebro n o implica a exist ncia de um mundo do esp rito mais que quando se acreditava que o girassol que segue o caminho do sol atrav s do c u era a prova de um milagre antes de conhecer o fototropismo e os horm nios das plantas E se o mundo n o corresponde em todos os aspectos a nossos desejos culpa da ci ncia ou dos que querem impor seus desejos no mundo Todos os mam feros e muitos animais mais experimentam emo es medo desejo dor amor dio necessidade de guia Possivelmente os humanos pensem mais no futuro mas n o h nada nico em nossas emo es Por outro lado nenhuma outra esp cie faz tanta ci ncia como n s Como se pode acusar ci ncia de desumanizadora Apesar de tudo parece t o injusto alguns humanos morrem de fome antes de superar a inf ncia enquanto outros por um acidente de nascimento vivem na opul ncia e o esplendor Podemos nascer em uma fam lia que comete abusos ou em um grupo tnico a oitado ou com alguma deformidade passamos a vida com as cartas do baralho em contra e logo mor
459. os e s mbolos Melhore a efic cia de tudo o que faz Aumente seu poder e capacidade mental com o magrnificador de poder mental O famoso m do dinheiro gostaria de ter mais Testamento do Lael Escrituras Sagradas de uma civiliza o perdida Um novo livro do Comandante X da luz interior identificados os controladores os governantes ocultos da Terra Somos propriedade de uma intelig ncia extraterrestre Qual o fio comum que une todos esses an ncios N o s o os vnis Certamente a expectativa de uma credulidade ilimitada da audi ncia Por isso aparecem em revistas de vnis em geral o simples feito de comprar uma revista desse tipo define ao leitor Sem d vida h compradores moderadamente c ticos e totalmente racionais de revistas assim que se veem seduzidos pelas expectativas de anunciadores e editores Mas se acertarem com o grosso de seus leitores o que poderia significar isso para o modelo da abdu o como extraterrestres De vez em quando recebo uma carta de algu m que est em contato com os extraterrestres Convidam me a lhes perguntar algo E assim ao longo dos anos confeccionei uma pequena lista de perguntas Os extraterrestres s o seres muito avan ados recordemos assim pe o coisas como Rogo lhe que me proporcione uma pequena prova do ltimo teorema do Fermat Ou da conjetura Goldbach E logo tenho que lhes explicar o que porque n o acredito que os extraterrestres lhe ch
460. os futuros N o h outra institui o humana que se aproxime tanto todo isso adora o ante o altar da ci ncia substituir uma f por outra igualmente arbitr ria Desde meu ponto de vista absolutamente o xito da ci ncia diretamente observado a raz o pela que defendo seu uso Se funcionasse melhor outra coisa defend la ia Se asila a ci ncia da cr tica filos fica Define se a si mesmo como possuidora de um monop lio da verdade Pensemos novamente neste eclipse futuro a milhares de anos vista Comparemos todas as doutrinas que possamos vejamos que predi es fazem do futuro quais s o vagas e quais precisas e que doutrinas cada uma delas sujeita falibilidade humana t m mecanismos incorporados de corre o de enganos Tomemos nota do fato que nenhuma delas perfeita Logo tomemos a que razoavelmente pode funcionar em oposi o a que o parece melhor Se houver diferentes doutrinas que s o superiores em campos distintos e independentes certamente somos livres de escolher v rias mas n o se contradisserem uma a outra Longe de ser idolatria o meio atrav s de que podemos distinguir aos dolos falsos dos aut nticos Novamente a raz o pela que a ci ncia funciona t o bem em parte este mecanismo incorporado de corre o de enganos Na ci ncia n o h perguntas proibidas n o h temas muito sens veis ou delicados para ser explorados n o h verdades sagradas Esta abertura a nova
461. os os seres humanos da Terra Com tudo isso em jogo veross mil que nenhuma pessoa com um conhecimento real e provas em quase duzentas na es dita se a tocar os sinos e falar para ficar do lado dos humanos e n o dos extraterrestres Do final da guerra fria a Nasa teve que dedicar grandes esfor os busca de miss es que justificassem sua exist ncia particularmente uma boa raz o para enviar humanos ao espa o Se a Terra fora visitada diariamente por extraterrestres hostis n o se aferraria a Nasa a esta oportunidade para aumentar seu financiamento E se houvesse uma invas o de extraterrestres em curso por que as For as A reas dirigidas tradicionalmente por pilotos foram abandonar os voos espaciais tripulados para lan ar todas suas c psulas em foguetes sem tripula o Consideremos a antiga Organiza o de Iniciativa de Defesa Estrat gica respons vel 299 pela Guerra nas Estrelas Agora passa um mau momento especialmente em seu objetivo de estabelecer defesas no espa o degradaram se seu nome e suas perspectivas Atualmente a Organiza o de Defesa contra M sseis Bal sticos J nem sequer informa diretamente ao Minist rio de Defesa A incapacidade desta tecnologia de proteger aos Estados Unidos contra um ataque maci o mediante m sseis com armas nucleares manifesta Mas se enfrent ssemos a uma invas o extraterrestre n o tentar amos ao menos desdobrar defesas no espa o O Departamento
462. os por correntes oscilat rias no cabo el trico campos que variam a uma frequ ncia de sessenta ciclos por segundo em sincroniza o com o gerador do Boulder Dam Mas s o mais interessantes os campos el trico e magn tico vari veis com frequ ncias muito mais altas Por exemplo quando a luz viaja da janela at o ch o e as paredes h pequenas sacudidas dos campos el trico e magn tico que se movem a trezentos mil quil metros por segundo Logo est o tamb m as ondas infravermelhas que viajam das fontes quentes fria pi arra E esquecemos a luz ultravioleta os raios X e as ondas de r dio que viajam atrav s da habita o Atrav s da sala voam ondas eletromagn ticas que transportam m sica de uma banda de jazz H ondas moduladas por uma s rie de impulsos que representam imagens de acontecimentos que ocorrem em outras partes do mundo ou de aspirinas imagin rias que se dissolvem em est magos imagin rios Para demonstrar a realidade dessas ondas s necess rio acender uma equipe eletr nica que converta essas ondas em imagens e sons Se entrarmos em mais detalhe para analisar inclusive o menor movimento h pequenas ondas eletromagn ticas que entraram na sala desde dist ncias enormes Agora h pequenas oscila es do campo el trico cujas cristas est o separadas por uma dist ncia do meio metro que vieram que milh es de quil metros de dist ncia transmitidas Terra da espa onave Mariner 2 que acaba de passar
463. ost o relata muitas milhas de casa e separados de outros Nxou e eu seguindo o rastro de um gamo ferido encontramos de repente outra s rie de rastros e rastros que se uniam nossa Nxou deu um grunhido de profunda satisfa o e disse que eram os rastros do Bauxhau deixadas poucos minutos antes Declarou que Bauxhau corria depressa e que n o demorar amos em lhe ver ele e ao animal Ao chegar ao alto da duna que t nhamos diante ali estava Bauxhau j disposto a esfolar ao animal Ou Richard L tamb m entre os Kung S o relata que depois de examinar brevemente uns rastros um ca ador comentou OH note Tunu est aqui com seu cunhado Mas onde est seu filho isto ci ncia realmente O rastreador de pistas se p s horas de c coras no curso de sua prepara o seguindo a lenta degrada o do rastro de um eland Quando o antrop logo formula esta pergunta a resposta que recebe que os ca adores sempre usaram estes m todos Observaram as seus pais e a outros peritos ca adores durante sua aprendizagem Aprenderam por imita o Os princ pios gerais foram transmitidos de gera o em gera o Cada gera o vai pondo ao dia as varia es locais velocidade do vento umidade do ch o segundo as necessidades por esta es ou dia a dia Mas os cientistas modernos fazem exatamente o mesmo Cada vez que tentamos julgar a idade de uma cratera na Lua Merc rio ou Trit o por seu grau de eros o n o re
464. ou nenhuma figura geom trica no curso de ser gerada Mas os zahories autentificaram seu car ter extraterrestre e os canalizadores estabeleceram contato com as entidades respons veis Dentro dos c rculos se detectou energia org nica Formularam se perguntas no Parlamento A fam lia real chamou consulta especial a lorde Solly Zuckerman antigo conselheiro cient fico do Minist rio de Defesa disse se que havia fantasmas implicados tamb m os cavalheiros templ rios de Malte e outras sociedades secretas Os satanistas estavam envoltos O Minist rio de Defesa ocultava todo o assunto Considerou se em alguns c rculos ineptos e pouco elegantes que eram intentos dos militares de tirar se s pessoas de cima imprensa sensacionalista saiu a cena O Daily Mirror contratou a um granjeiro e seu filho para que fizessem cinco c rculos com a esperan a de tentar ao peri dico rival o Daily Express a informar da hist ria O Express ao menos neste caso n o caiu na armadilha As organiza es cereal gicas cresceram e se dividiram Os grupos em compet ncia se mandavam comunica es intimidat rias acusavam se de incompet ncia ou algo pior O n mero de c rculos cresceu por milhares O fen meno se estendeu at os Estados Unidos Canad Bulg ria Hungria Jap o os Pa ses Baixos Os pictogramas especialmente os mais completos come aram a citar se cada vez mais como argumentos a favor da visita de extraterrestres r
465. ouco correto a ci ncia tediosa e o pensamento rigoroso um pouco enrijecido e inadequado Para conseguir um equil brio prudente se necessita sabedoria O Comit de Investiga o Cient fica de Declara es Paranormais uma organiza o de cientistas acad micos magos e outros dedicados ao exame c tico de pseudoci ncias emergentes ou em pleno desenvolvimento Foi baseado pelo fil sofo da Universidade do Buffalo Paul Kurtz em 1976 estive afiliado a ele desde o come o Seu acr nimo CSICOP pronuncia se scicop como se se tratasse de uma organiza o de cientistas que realizam uma fun o de pol cia As cr ticas que apresentam os que se sentem feridos pelas an lise que faz o CSICOP revistam ser assim hostil a toda nova ideia dizem seriam capazes de chegar a uns n veis absurdos em seu r gido desmascaramento uma organiza o vigilante uma nova Inquisi o e assim sucessivamente O CSICOP imperfeito Em alguns casos esta cr tica est justificada at certo ponto Mas desde meu ponto de vista o CSICOP cumpre uma importante fun o social como organiza o conhecida a que podem dirigi los meios de comunica o quando desejam ouvir a outra parte da hist ria especialmente quando se decide que alguma afirma o assombrosa de pseudoci ncia merece sair nas not cias Estava acostumado a ocorrer e ainda assim em grande parte dos meios de comunica o globais que quando sa a um guru que levitava um vi
466. overnos Na d cada de 1950 um livro do Gerald Heard revelou que os ocupantes do pires eram abelhas marcianas inteligentes Quem a n o ser elas poderiam sobreviver aos fant sticos giros de ngulo reto que se diz que fazem os vnis Mas quando em 1971 o Mariner 9 demonstrou que os canais eram ilus rios e ao n o encontrar os Viking 1 e 2 nenhuma prova clara sequer da exist ncia de micr bios em Marte em 1976 o entusiasmo popular pelo Marte do Loweil se apagou e n o se falou mais de visitas de marcianos Ent o se disse que os extraterrestres vinham de outra parte por que por que n o mais marcianos E quando tirou o chap u que a superf cie de V nus era o bastante quente para derreter o chumbo n o se produziram mais visitas de V nus ajusta se alguma parte destas hist rias aos c nones de cren a atuais O que implica isso sobre sua origem N o h d vida que a alucina o dos humanos comum A d vida sobre se existirem extraterrestres se frequentarem nosso planeta ou se nos abduzirem e incomodam consider vel Poder amos discutir sobre os detalhes mas provavelmente uma categoria de explica o se sustente melhor que outra principal reserva que se pode formular Por que tanta gente declara hoje em dia essa s rie particular de alucina es por que seres pequenos e sombrios discos voadores e experimentos sexuais CAP TULO O MUNDO POSSU DO POR DEM NIOS H mundos possu dos por dem nios regi es de to
467. paganda nazista Na novela do George Orweil 1984 o estado Grande Irm o emprega a um ex rcito de burocratas cujo trabalho alterar os registros do passado de acordo com os interesses dos que det m o poder 1984 n o era uma mera fantasia de compromisso pol tico apoiava se na Uni o Sovi tica estalinista onde se institucionalizou a reescritura da hist ria Pouco depois de que Stalin chegasse ao poder come aram a desaparecer as fotografias de seu rival Liev Trotski figura monumental nas revolu es de 1905 e 1917 Ocuparam seu lugar quadros heroicos e totalmente anti hist ricos do Stalin e Lenin dirigindo juntos a Revolu o bolchevique enquanto Trotski o fundador do Ex rcito Vermelho n o aparecia por nenhuma parte Essas imagens se converteram em cones do Estado podiam se ver em todos os edif cios de escrit rios em cercas publicit rias s vezes de dez pisos de altura em museus em selos de correios As novas gera es cresceram acreditando que aquela era sua hist ria As gera es anteriores come aram a pensar que recordavam algo uma esp cie de s ndrome de falsa mem ria pol tica Os que conseguiam acomodar suas lembran as reais ao que os l deres desejavam que acreditassem exercitavam o que Orweil descreveu como dobro moral Os que n o podiam os bolcheviques velhos que recordavam o papel perif rico do Stalin na Revolu o e o central do Trotski eram denunciados como traidores ou pequeno burgueses
468. panhados de uma grande aten o tica e preocupa o por parte da comunidade cient fica al m de uma educa o p blica apoiada fundamentalmente na import ncia da ci ncia e a democracia CAP TULO 25 OS VERDADEIROS PATRIOTAS FAZEM PERGUNTAS N o fun o de nosso governo impedir que o cidad o cometa um engano fun o do cidad o impedir que o governo cometa um engano Corte Suprema de Justi a dos Estados Unidos Robert H Jackson 1950 um fato da vida em nosso pequeno planeta assediado que a tortura a fome e a irresponsabilidade criminal governamental som muito mais f ceis de encontrar em governos tir nicos que nos democr ticos por que Porque os governantes dos segundos t m muitas mais probabilidades de ser jogados do cargo por seus enganos que os dos primeiros um mecanismo de corre o de enganos em pol tica Os m todos da ci ncia com todas suas imperfei es se podem usar para melhorar os sistemas sociais pol ticos e econ micos e acredito que isso certo qualquer que seja o crit rio de melhora que se adote Como pode ser assim se a ci ncia se apoiar no experimento Os humanos n o s o el trons ou ratos de laborat rio Mas todas as atas do Congresso todas as decis es do Tribunal Supremo todas as diretrizes presidenciais de seguran a nacional todas as mudan as no tipo de interesse s o um experimento Qualquer troco em pol tica econ mica o aumento ou redu o de financiamento do
469. para duplicar seus experimentos e ver se se consegue o mesmo resultado A confian a nos experimentos cuidadosamente desenhados e controlados chave como tentei sublinhar antes N o aprenderemos muito da mera contempla o tentador ficar satisfeito com a primeira explica o poss vel que nos ocorre Algu m muito melhor que nenhuma Mas o que ocorre quando inventamos v rias Francis Bacon proporcionou a raz o cl ssica Pode ser que a argumenta o n o baste para o descobrimento de um novo trabalho porque a sutileza da natureza muitas vezes maior que a do argumento Os experimentos de controle s o essenciais Se por exemplo diz se que uma medicina nova cura uma enfermidade em vinte por cento dos casos devemos nos assegurar de que uma popula o de controle que toma uma pastilha de a car que os pacientes acreditam que poderia ser o novo medicamento n o experimente uma remiss o espont nea da enfermidade em vinte por cento dos casos Devem separ las vari veis Suponhamos que voc est enjoado e lhe d o um bracelete de metal e 50 miligramas de dimenidrinato Descobre que lhe desaparece o mal estar O que foi o bracelete ou a pastilha S pode sab lo se a vez seguinte toma uma coisa e n o outra e se enjoa Agora suponhamos que voc n o tem tanta devo o pela ci ncia para permitir se estar enjoado Ent o n o separar as vari veis Tomar os dois rem dios de uma vez conseguiu o resultado pr tico deseja
470. pina que mais importante que os temas acad micos espec ficos a forma o de capacidades chave que segundo ela se incluem na seguinte lista confian a perseveran a aten o trabalho em equipe sentido comum e resolu o de problemas Ao que eu acrescentaria pensamento c tico e capacidade de assombro Ao mesmo tempo se deve nutrir e animar aos meninos com capacidades e habilidades especiais S o um tesouro nacional s vezes se criticam os programas para superdotados por ser elitistas por que n o se consideram elitistas as sess es de pr tica intensiva de futebol beisebol e basquete universit rios e a competi o entre escolas Ao fim e ao cabo s participam os atletas mais dotados Neste pa s h uma dobro atitude muito contraproducente O problema da educa o p blica em ci ncia e outras disciplinas t o profundo que f cil se desesperar se e chegar conclus o de que n o resolver nunca E entretanto h institui es nas grandes cidades e pequenos povos que proporcionam uma raz o para a esperan a lugares que acendem a fa sca que despertam a curiosidade adormecida e avivam ao cientista que todos levamos dentro O enorme meteorito de ferro met lico que tem voc diante est t o cheio de buracos como um queijo su o Cautelosamente estire o bra o para toc lo suave e frio Lhe ocorre a ideia de que procede de outro mundo Como chegou Terra O que ocorreu no espa o para
471. plic veis conclu a que a explica o menos prov vel dos vnis a hip tese de visitas de seres extraterrestres inteligentes Pensemos em quantas explica es distintas pode haver viajantes do tempo dem nios da terra das bruxas turistas de outra dimens o como o senhor Mxyztpik ou era Mxyzptik sempre o esquecimento da terra do Zrfff na Quinta Dimens o nos antigos gibis do Superman as almas dos mortos ou um fen meno n o cartesiano que n o obedece s normas da ci ncia ou nem sequer da l gica Em realidade cada uma dessas explica es se proposto com seriedade Dizer menos prov vel n o pouco Este excesso ret rico uma amostra de qu o desagrad vel chegou a ser o tema em geral para muitos cientistas significativo que um assunto do que em realidade sabemos t o pouco provoque tantas emo es Especialmente assim no frenesi de den ncias de abdu es por extraterrestres mais recente Ao fim e ao cabo de ser certas ambas as hip tese a invas o de manipuladores sexuais extraterrestres ou uma epidemia de alucina es nos ensinam algo que dever amos saber Possivelmente a raz o de que as rea es sejam t o fortes que as duas alternativas t m implica es desagrad veis Aurora O n mero de informe e sua consist ncia sugerem que a base destas observa es pode ser distinta das drogas alucin genas Aeronave misteriosa relat rio Federa o de Cientista
472. plo revista que leem os entusiastas da ci ncia e cientistas de outros campos Tampouco falo s de dar cursos de introdu o a n o licenciados Falo dos esfor os por comunicar a subst ncia e enfoque da ci ncia nos peri dicos revistas r dio e televis o em confer ncias para o p blico em geral e em livros de texto da escola elementar meia e superior Certamente a divulga o deve seguir umas pautas de valora o determinadas importante n o criar confus o nem mostrar se paternalista Em ocasi es ao tentar estimular o interesse p blico os cientistas foram muito longe derivando por exemplo conclus es religiosas injustificadas O astr nomo George Smoot comentou que descobrir pequenas irregularidades na radia o que deixou o big Bang foi como ver deus cara a Face Leon Lederman o f sico laureado com o Pr mio Nobel descreveu o b son do Higgs um bloco hipot tico de cria o de mat ria como a part cula de Deus e assim titulou um livro Em minha opini o todas s o part culas de Deus Se o b son do Higgs n o existe fica desaprovada a hip tese de Deus O f sico Frank Tipler prop e que a inform tica em um futuro remoto demonstrar a exist ncia de Deus e propiciar a ressurrei o da carne Os peri dicos e a televis o podem produzir fa scas quando nos d o uma vis o da ci ncia e isto muito importante Mas al m da aprendizagem ou as classes e semin rios bem estruturados a melhor
473. podemos lhe dar quinhentos miligramas de tetraciclina cada doze horas Ainda h uma religi o a ci ncia crist que nega a teoria do germe da enfermidade se engui o a ora o os fi is desta seita prefeririam ver morrer a seus filhos antes que lhes dar antibi ticos Podemos tentar uma terapia psicanal tica quase f til com o paciente esquizofr nico ou lhe dar de trezentos a quinhentos miligramas de clazepina ao dia Os tratamentos cient ficos s o centenas ou milhares de vezes mais eficazes que os alternativos E inclusive quando parece que as alternativas funcionam n o sabemos se realmente tiveram algum papel Podem produzir se remiss es espont neas inclusive do c lera e a esquizofrenia sem ora o e sem psican lise Abandonar a ci ncia significa abandonar muito mais que o ar condicionado o aparelho do CD os secadores do cabelo e os carros r pidos Na poca pr agr cola de ca adores coletores a expectativa de vida humana era de vinte a trinta anos qu o mesma na Europa ocidental a finais da poca romana medieval Ela s aumentou para quarenta anos por volta do ano 1870 Chegou a cinquenta em 1915 sessenta em 1930 setenta em 1955 e hoje se aproxima de oitenta um pouco mais para as mulheres um pouco menos para os homens O resto do mundo segue os passados do incremento europeu da longevidade Qual a causa desta transi o humanit ria assombrosa sem precedentes A teoria do germe como causador da enf
474. pol tica pouco realista Mas assim como funciona sempre Sempre nos parece uma aberra o mais tarde Mas ent o j estamos nas garras do seguinte broto de histeria Os que perseguem o poder a qualquer pre o detectam uma debilidade social um temor que podem aproveitar para chegar ao cargo Pode tratar se de diferen as tnicas como era ent o o caso possivelmente de diferentes quantidades de melanina na pele de filosofias ou religi es diferentes ou possivelmente seja o uso de drogas os delitos violentos a crise econ mica as ora es na escola ou a profana o da bandeira Seja qual seja o problema a solu o mais r pida reduzir um pouco de liberdade da Declara o de Direitos Sim em 1942 os nipo americanos estavam protegidos pela Declara o de Direitos mas os encerramos de todas maneiras Ao fim e ao cabo havia uma guerra Sim h proibi es constitucionais contra a busca e captura irracional mas se declarou a guerra contra as drogas e o delito violento aumenta inverificado Sim temos liberdade de express o mas n o queremos que venham autores estrangeiros a nos cuspir ideologias alheias verdade que n o Os pretextos trocam de ano em ano mas o resultado segue sendo o mesmo concentrar mais poder em menos m os e suprimir a diversidade de opini o embora a experi ncia deixou claros os perigos de seguir este curso de a o Se n o sabermos do que somos capazes n o podemos apreciar as medidas que
475. por V nus Seus sinais levam resumos de informa o que recolheu sobre os planetas obtida a partir de ondas eletromagn ticas que viajam do planeta espa onave H movimentos muito pequenos dos campos el trico e magn tico que s o ondas que se originaram a milhares de milh es de anos luz das gal xias nos rinc es mais remotos do universo Que isto certo se descoberto enchendo a sala de cabos construindo antenas t o grandes como esta sala Essas ondas de r dio foram detectadas chegando desde lugares do espa o que est o fora do alcance dos maiores telesc pios pticos Inclusive os telesc pios pticos s o simples coletores de ondas eletromagn ticas O que chamamos as estrelas s o s dedu es dedu es derivadas da nica realidade f sica que recebemos que elas at agora a partir de um meticuloso estudo dos ondula es interminavelmente complexos dos campos el trico e magn tico que nos chegam Terra Certamente h mais os campos produzidos por raios a quil metros de dist ncia os campos das part culas carregadas d raios c smicos quando atravessam a sala e mais e mais O que complicado isso do campo el trico no espa o que nos rodeia Se a reinar Vit ria tivesse convocado uma reuni o urgente de seus assessores e lhes tivesse ordenado que inventassem o equivalente da r dio e a televis o pouco prov vel que algum deles tivesse imaginado que o caminho passava pelos experimentos do Amp re
476. por extraterrestres descritos mais abaixo George K Ganaway professor de psiquiatria da Universidade do Emory prop e que a causa prov vel mais comum de lembran as relacionadas com cultos pode resultar perfeitamente um engano m tuo entre o paciente e o terapeuta Um dos casos mais molestos de lembran a recuperada de abuso ritual sat nico foi relatado pelo Lawrence Wright em um interessante livro Remembering Satan Knopf 1994 Trata se do Paul Ingram um homem ao que o fato de ser muito cr dulo muito sugestion vel muito inexperiente em ceticismo lhe p de ter arruinado a vida Em 1988 Ingram era presidente da partida republicana na Olympia Washington o principal delegado civil no departamento local de pol cia bem considerado muito religioso e encarregado de advertir aos meninos em reuni es escolar sobre o perigo das drogas de repente chegou o momento de pesadelo em que uma de suas filhas depois de uma sess o de grande emotividade em um retiro religioso fundamentalista fez a primeira de uma s rie de acusa es cada uma delas mais espantosa que a anterior no sentido de que Ingram tinha abusado sexualmente dela tinha a deixado gr vida torturado devotado a outros agentes da pol cia tinha a introduzido em ritos sat nicos tinha desmembrado e comido beb s Isso tinha ocorrido desde sua inf ncia dizia ela quase at o dia em que come ou a record lo tudo Ingram n o era capaz de entender que raz o
477. portunidade de passar umas horas com o senhor e a senhora Hill e com o doutor Simon A seriedade e sinceridade de Betty e Barney eram indubit veis como seu temor de converter se em figuras p blicas em umas circunst ncias t o estranhas e dif ceis Com a permiss o dos Hill Simon me permitiu escutar e a meu pedido ao McDonald comigo algumas das fitas de suas sess es sob hipnose O que mais me impressionou sem compara o foi o terror absoluto da voz do Barney quando descrevia revivia seria uma palavra mais adequada o encontro Simon embora proeminente defensor das virtudes da hipnose na guerra e na paz n o tinha cansado no frenesi p blico pelos vnis Compartilhava generosamente os direitos de autor do bem sucedido livro do John Fuller A viagem interrompida sobre a experi ncia dos Hill Se Simon tivesse declarado a autenticidade de seu relato as vendas do livro se podiam ter disparado e ele teria aumentado grandemente seus lucros Tamb m recha ou imediatamente a ideia de que mentiam ou como sugeriu outro psiquiatra que se tratava de uma folie deux uma ilus o compartilhada em que geralmente o membro recessivo segue o del rio do dominante O que fica ent o Os Hill disse o psicoterapeuta tinham experiente uma esp cie de sonho Juntos perfeitamente poss vel que haja mais de uma fonte de relatos de abdu o como extraterrestres igual s h para observa es de vnis Consideremos algumas possibilid
478. posto uma bomba em uma cl nica abortiva do Cincinnati escreveu em uma carta a uma revista pr vida Sou um fundamentalista de mente estreita intolerante reacion rio defensor da B blia fan tico onde os haja A raz o pela que os Estados Unidos foi em outros tempos uma grande na o al m de ter sido benta Por Deus porque se apoiava na verdade a justi a e a estreiteza de miras Randall Terry fundador do Operation Rescue uma organiza o que bloqueia as cl nicas onde se praticam abortos disse a uma congrega o em agosto de 1993 Deixem que lhes banhe uma onda de intoler ncia Sim odiar bom Nosso objetivo uma na o crist Deus nos chamou para conquistar este pa s N o queremos pluralismo A express o destas opini es est protegida como de rigor pela Declara o de Direitos embora os protegidos a aboliriam se tivessem ocasi o O amparo que temos outros utilizar a mesma Declara o de Direitos para transmitir a todos os cidad os qu o indispens vel Que maneira de proteger se a si mesmos contra a falibilidade humana que mecanismo de amparo ante o engano oferecem essas doutrinas e institui es alternativas Um l der infal vel Ra a Nacionalismo Uma ruptura geral com a civiliza o exceto pelos explosivos e armas autom ticas Como podem estar seguras especialmente na escurid o do s culo XX N o necessitam velas Em seu celebrado livrinho Sobre a liberdade
479. pot e uma s rie assombrosa de outros experimentos ordenadores e atividades Levin e Levine ainda est o ali ensinando como volunt rios a tempo completo aos cidad os e cientistas do futuro A Funda o DeWitt Wallace Reader s Digest d apoio e extens o a seu sonho de chegar a meninos que do contr rio teriam o acesso negado que lhes corresponde por direito ci ncia Atrav s do programa nacional da funda o Youth ALIVE os adolescentes da Ithaca recebem uma intensa tutoria para desenvolver sua capacidade cient fica resolu o de conflitos e habilidades trabalhistas Levin e Levine acreditaram que a ci ncia devia chegar a todos Sua comunidade esteve de acordo e se comprometeu a realizar o sonho No primeiro ano visitaram o Centro de Ci ncia cinquenta e cinco mil pessoas dos cinquenta estados e de sessenta pa ses N o est mal para uma cidade t o pequena Faz que algu m se pergunte o que poder amos chegar a conseguir se trabalh ssemos todos unidos na cria o de um futuro melhor para nossos filhos CAP TULO 21 O CAMINHO DA LIBERDADE N o devemos acreditar em qu o muitos dizem que s se tem que educar ao povo livre mas sim mas bem aos fil sofos que dizem que s os cultos s o livres Epiteto fil sofo romano e antigo escravo Discursos Frederick Bailey era um escravo Em Maryland na d cada de 1820 era um menino sem m e nem pai que lhe cuidassem costume comum escreveu mais tarde separar aos menino
480. pr vios um tal senhor Fleming deseja estudar os vermes no queijo cheiroso uma mulher polonesa deseja peneirar toneladas de mineral do centro da frica para encontrar quantidades m nimas de uma subst ncia que conforme diz resplandecer na escurid o um tal senhor Kepler quer escutar as can es que cantam os planetas Esses descobrimentos e muitos mais que caracterizam e honram a nossa poca e a alguns dos quais devemos a vida foram feitos por cientistas que tiveram a oportunidade de explorar o que em sua opini o sob o escrut nio de seus colegas eram quest es b sicas da natureza As aplica es industriais nas que o Jap o das ltimas duas d cadas destacou s o excelentes Mas aplica es do que A investiga o fundamental a investiga o do cora o da natureza o meio atrav s de que adquirimos o novo conhecimento que se aplica Os cientistas t m a obriga o especialmente quando pedem dinheiro de explicar o que pretendem com a maior claridade e honestidade O Supercolisor Supercondutor SSC teria sido o instrumento preeminente no planeta para explorar a estrutura fina da mat ria e a natureza do universo Seu pre o era de dez mil a quinze bilh es de d lares Foi cancelado pelo Congresso em 1993 depois de ter gasto uns dois mil e milh es o pior resultado poss vel Mas eu acredito que a base principal deste debate n o era o declive do interesse no apoio ci ncia Poucos membros do Congresso entenderam para
481. preciso instante em que a acusavam de estar pulando com o diabo em um ritual de bruxas mas o arcebispo pacientemente explicou que um dem nio tinha ocupado o lugar da esposa Os maridos n o deviam pensar que seus poderes de percep o podiam exceder os poderes de engano de Satan s As mulheres jovens e belas eram enviadas for osamente fogueira Os elementos er ticos e mis ginos eram fortes como pode esperar se de uma sociedade reprimida sexualmente dominada por var es com inquisidores procedentes da classe dos padres nominalmente celibat rios Nos julgamentos se emprestava aten o minuciosa qualidade e quantidade dos orgasmos nas supostas copula es das acusadas com dem nios ou o diabo embora Agostinho estava seguro de que n o podemos chamar fornicador ao diabo e natureza do membro do diabo frio segundo todos os informe As marcas do diabo se encontravam geralmente nos peitos ou partes ntimas segundo o livro de 1700 do Ludovico Sinistrari Como resultado os inquisidores exclusivamente var es barbeavam o pelo p bico das acusadas e lhes inspecionavam cuidadosamente os genit lias Na imola o da jovem Joana D arc vinte anos depois de haver lhe incendiado o vestido o verdugo do Ru o apagou as chamas para que os espectadores pudessem ver todos qu o secretos pode ou deve haver em uma mulher A cr nica dos que foram consumidos pelo fogo s na cidade alem do Wurzburgo no ano
482. priva o sensorial ligeira pode receber pensamentos ou imagens projetados e 3 que os meninos pequenos s vezes falam de detalhes de uma vida anterior que se se comprovarem resultam muito precisos e s poderiam hav los sabido mediante a reencarna o Escolho essas afirma es n o porque cria que provavelmente sejam v lidas que n o acredito mas sim como exemplos de opini es que poderiam ser verdade As tr s citadas t m ao menos um fundamento experimental embora ainda duvidoso Certamente poderia me equivocar Em meados da d cada dos setenta um astr nomo ao que admiro redigiu um modesto manifesto chamado Obje es astrologia e me pediu que o assinasse depois de lutar com as palavras ao final fui incapaz de assinar n o porque pensasse que a astrologia tinha algum tipo de validez mas sim porque me pareceu e ainda me parece isso que o tom da declara o era autorit rio Criticava a astrologia porque seus origens estavam envoltos na supersti o Mas isso tamb m ocorre com a religi o a qu mica a medicina e a astronomia por mencionar s quatro temas O importante n o a origem vacilante e rudimentar do conhecimento da astrologia a n o ser sua validez presente Havia tamb m especula es sobre as motiva es psicol gicas dos que acreditam na astrologia Essas motiva es por exemplo a sensa o de impot ncia em um mundo complexo perturbador e imprevis vel poderiam explicar por qu
483. produto de uma antiga sabedoria Possivelmente algumas o sejam uma boa brincadeira al m de um s mbolo religioso tentador empilhar pedras de modo que de longe pare am uma Face gigante Michell considera que a opini o de que a maioria dessas formas s o naturais nos processos de forma o de rochas e a simetria bilateral de plantas e animais mais um pouco de sele o natural tudo processado pelo filtro parcial humano de nossa percep o materialismo e uma ilus o do s culo XIX Condicionados por cren as racionalistas nossa vis o do mundo mais insossa e limitada do que pretendia a natureza N o revela mediante que processos sondou as inten es da natureza Das imagens que apresenta Michell conclui que seu mist rio permanece essencialmente inalterado uma fonte constante de maravilha deleite e especula o Tudo o que sabemos com seguran a que natureza as criou e ao mesmo tempo nos deu o aparelho para as perceber e a mente para apreciar sua ilimitada fascina o Para maior proveito e desfrute deveriam ser contempladas como pretendia a natureza com o olho da inoc ncia desprovido de teorias e preconcep es com a vis o m ltiplo que nos inata que enriquece e dignifica a vida humana e n o com a vis o nica cultivada pelos insossos e obstinados Possivelmente a declara o esp ria mais famosa de formas prodigiosas seja os canais de Marte Observados pela primeira vez em 1877 ao
484. pshire durante mais de uma hora e a explica o do caso era que havia uma esquadrilha de bombardeiros estrat gicos de uma base pr xima das For as A reas em exerc cios de instru o Podiam demorar uma hora em atravessar a cidade os bombardeiros N o Sobrevoavam os bombardeiros a cidade no momento em que se dizia que tinham aparecido os vnis N o Pode nos explicar coronel como pode ser que se descreva que os bombardeiros estrat gicos flutuavam N o As negligentes investiga es do Livro Azul tinham um papel pouco cientista mas serviam para o importante prop sito burocr tico de convencer a grande parte do p blico de que as For as A reas se aplicavam tarefa e que possivelmente n o havia nada depois das den ncias de vnis Certamente isso n o exclui a possibilidade de que em alguma outra parte se desenvolvesse outro estudo dos vnis mais s rio mais cient fico dirigido por exemplo por um brigadeiro em lugar de um tenente coronel Acredito que inclusive prov vel que fora assim n o porque cria que nos visitam extraterrestres mas sim porque ocultos no fen meno dos vnis deve haver dados considerados em outros tempos de importante interesse militar Certamente se os vnis forem como se diz aparelhos muito r pidos e manobr veis os militares t m a obriga o de descobrir como funcionam Se os vnis eram constru dos pela Uni o Sovi tica as For as A reas tinham a responsabilidade de nos prote
485. que com um inverno nuclear a civiliza o global e a maior parte da gente da Terra incluindo os que est o afastados da zona objetivo da latitude meia norte correria grandes riscos principalmente por fome Se alguma vez chegasse a produzir uma guerra nuclear a grande escala com as cidades como objetivo o esfor o do Edward Teller e seus colegas nos Estados Unidos e a equipe russa correspondente dirigido pelo Andrei Sajarov poderia ser respons vel por que se fechasse o pano de fundo do futuro humano A bomba de hidrog nio com diferen a a arma mas horr vel inventada jamais Quando tirou o chap u o inverno nuclear em 1983 Teller se apressou a argumentar 1 que a f sica estava equivocada e 2 que o descobrimento se feito anos antes sob sua tutela no Laborat rio Nacional Lawrence Livermore Em realidade n o h nenhuma prova deste descobrimento pr vio e h uma quantidade consider vel de provas de que os encarregados em todas as na es de informar aos l deres nacionais dos efeitos das armas nucleares passaram quase sempre por alto o inverno nuclear Mas se o que dizia Teller era verdade foi uma falta de consci ncia flagrante por sua parte n o ter revelado o suposto descobrimento s partes afetadas os cidad os e chefes da na o e do mundo Como no filme do Stanley Kubrick Doutor Strangelove Telefone vermelho Voamos para Moscou reservar a informa o da arma definitiva de modo que ningu m conhe a sua exist
486. que fazem os dem nios No Malleus Kramer e Sprenger revelam que os diabos dedicam se a interferir no processo de copula o e concep o normal a obter s men humano e transferi lo eles mesmos A insemina o artificial demon aca na Idade M dia se encontra j em santo Tiram do Aquino que nos diz em Da Trindade que os dem nios podem transferir o s men que recolheram para injet lo nos corpos de outros Sua contempor neo s o Sorte o expressa com maior detalhe os s cubos se submetem aos machos e recebem seu s men com ardilosa habilidade os dem nios conservam sua pot ncia e depois com a permiss o de Deus convertem se em ncubos e o vertem nos deposit rios femininos Os produtos dessas uni es com media o do dem nio tamb m recebem a visita dos dem nios forja se um v nculo sexual multigeneracional entre esp cies E recordemos que se sabe perfeitamente que essas criaturas voam certamente vivem nas alturas Nessas hist rias n o h espa onave Mas se acham pressentem a maioria dos elementos centrais dos relatos de abdu o como extraterrestres incluindo a exist ncia de seres n o humanos com uma obsess o sexual que vivem no c u atravessam as paredes comunicam se telepaticamente e praticam experimentos de cria na esp cie humana A n o ser que criamos que os dem nios existem de verdade como podemos entender que todo mundo ocidental incluindo os que se consideram mais s bios entre eles abrace
487. que ponto a ignorada da ci ncia e as matem ticas contribuiu ao declive da antiga Atenas mas sei que as consequ ncias do analfabetismo cient fico s o muito mais perigosas em nossa poca que em qualquer outra anterior E perigoso e temer rio que o cidad o m dio mantenha sua ignor ncia sobre o aquecimento global a redu o do oz nio a contamina o do ar os res duos t xicos e radiativos a chuva cida a eros o do ch o o desmatamento tropical o crescimento exponencial da popula o Os trabalhos e sal rios dependem da ci ncia e a tecnologia Se nossa na o n o pode fabricar a sob pre o e alta qualidade os produtos que a gente quer comprar as ind strias seguir o deslocando se para transferir um pouco mais de prosperidade a outras partes do mundo Considerem nas ramifica es sociais da energia gerada pela fiss o e fus o nucleares as supercomputadores as autoestradas de dados o aborto o rad nio as redu es maci as de armas estrat gicas o v cio a intromiss o do governo na vida de seus cidad os a televis o de alta resolu o a seguran a em linhas a reas e aeroportos os transplantes de malha fetal os custos da sanidade os aditivos de mantimentos os medicamentos para tratar as manias a depress o ou esquizofrenia os direitos dos animais a supercondutividade as p lulas do dia seguinte as predisposi es antissociais supostamente heredit rias as esta es espaciais a viagem a Marte o ac
488. que transmitem seu significado imediatamente e com precis o a companheiros peritos A gente pode encontrar se essas frases todos os dias no trabalho profissional mas s servem para confundir a uma audi ncia de n o especialistas Utilize a linguagem mais singela poss vel Por cima de tudo recorde o que pensava antes de entender voc mesmo o que est explicando Recorde os mal entendidos nos que esteve a ponto de cair e assinale os explicitamente Mantenha em memore com firmeza que houve uma poca em que n o entendia nada de tudo isto Recapitule os primeiros passos que lhe levaram da ignor ncia ao conhecimento Nunca esque a que a intelig ncia natural est muito amplamente distribu da em nossa esp cie Certamente o segredo de nosso xito O esfor o necess rio pouco os benef cios muitos Entre os escolhos potenciais est o excesso de simplifica o a necessidade de economizar qualifica es e quantifica es dar um m rito inadequado aos muitos cientistas implicados e riscar distin es insuficientes entre analogia til e realidade Sem d vida devem buscar se solu es de compromisso Quanto mais apresenta es deste tipo faz um mais claro v qual delas funciona e qual n o H uma sele o natural de met foras imagens analogias e anedotas Com o tempo a gente encontra que pode chegar quase a qualquer parte se caminhar por um atalho bem pavimentado que o p blico possa percorrer Logo pode adaptar as apresen
489. quer forma e sabem muitas coisas dem nio quer dizer conhecimento em grego especialmente sobre o mundo material Por inteligentes que sejam sua caridade deficiente Atacam as mentes cativas e burladas dos homens escreveu Tertuliano Moram no ar t m s estrelas por vizinhas e comercializam com as nuvens No s culo XI o influente te logo bizantino filosofo e turvo pol tico Miguel Psellus descrevia aos dem nios com estas palavras Esses animais existem em nossa pr pria vida que est cheia de paix es porque est o pressentem de maneira abundante nelas e seu lugar de resid ncia o da mat ria como o sua fila e grau Por esta raz o est o tamb m sujeitos a paix es e encadeados a elas Um tal Richalmus abade do Schonthal ao redor de 1270 cunhou um tratado inteiro sobre dem nios cheio de experi ncias de primeira m o v embora s quando fecha os olhos incont veis dem nios malevolentes como bolinhas de p que revoam ao redor de sua cabe a e a de outros Apesar das ondas sucessivas de pontos de vista racionalista persa judeu crist o e mu ulmano a pesar do fermento revolucion rio social pol tico e filos fico a exist ncia grande parte do car ter e inclusive o nome dos dem nios se manteve inalter vel desde o Hes odo at as Cruzadas Os dem nios os poderes do ar descem dos c us e mant m prefeitura sexual il cita com as mulheres Agostinho acreditava que as
490. quilhas Nas Filipinas floresce a cirurgia ps quica Os fantasmas s o uma obsess o nacional em Gr Bretanha Da segunda guerra mundial no Jap o apareceu uma enorme quantidade de novas religi es que prometem o sobrenatural O n mero estimado de adivinhos que prosperam no Jap o de cem mil com uma clientela majorit ria de mulheres jovens Aum Shirikyo uma seita que se sup e implicada na fuga de g s nervoso sarin no metr do T quio em mar o de 1995 conta entre seus principais dogmas com a levita o a cura pela f e a percep o extrassensorial EPS Os seguidores bebiam a um alto pre o a gua do lago milagroso do banho da Asahara sua l der Em Tail ndia se tratam enfermidades com pastilhas fabricadas com Escrituras Sagradas pulverizadas Ainda hoje se queimam bruxas na Africa do Sul As for as australianas que mant m a paz no Haiti resgatam a uma mulher atada a uma rvore est acusada de voar de coberto em coberto e chupar o sangue aos meninos Na ndia abunda a astrologia a geomancia est muito estendida na China Possivelmente a pseudoci ncia global recente de mais xito segundo muitos crit rios j uma religi o a doutrina hindu da medita o transcendental MT As sopor feras homilias de seu fundador e l der espiritual o Maharishi Mahesh Yogi podem se seguir por televis o Sentado em posi o de l tus com seus cabelos brancos salpicado de negro rodeado de grinalda
491. r a vital n o menos reducionista Mas agora est claro que toda a vida sobre a Terra tudo ser vivo tem uma informa o gen tica codificada em seus cidos nucleicos e emprega fundamentalmente o mesmo c digo para executar as instru es heredit rias aprendemos a ler o c digo Em biologia se usam as mesmas d zias de mol culas org nicas uma e outra vez para uma maior variedade de fun es identificaram se genes que t m uma responsabilidade significativa na fibroses qu stica e o c ncer de peito Feita a sequ ncia dos 1 8 milh es de elos da cadeia do DNA da bact ria Haemophilus influenzae que compreende seus mil setecentos e quarenta e tr s genes A fun o espec fica da maioria desses genes est belamente detalhada da fabrica o e dobra de centenas de mol culas complexas at o amparo contra o calor e os antibi ticos o aumento da taxa de muta o e a forma o de c pias id nticas da bact ria riscaram se j grande parte dos genomas de outros muitos organismos incluindo o verme Caenorhabditis elegans Os bi logos moleculares se dedicam com esfor o a registrar a sequ ncia dos tr s mil e milh es de nucle tidos que especificam como fazer um ser humano Em uma ou duas d cadas ter o terminado Que os benef cios cheguem a superar os riscos n o parece seguro absolutamente Estabeleceu se a continuidade entre a f sica at mica a qu mica molecular e esta maravilha de maravilhas a natureza da reprodu o e a h
492. r as A reas em palavras possivelmente cuidadosamente escolhidas e n o podemos dar uma explica o Enquanto isso em abril de 1995 as For as A reas se fizeram com quatro mil acres mais perto da rea 51 A zona a que se nega o acesso p blico vai crescendo Consideremos pois as duas possibilidades que a Aurora exista e que n o exista Se existir assombroso que se tentou encobrir oficialmente sua exist ncia que o segredo possa ser t o efetivo e que o avi o possa ser provado ou repor em todo mundo sem que se publique uma s fotografia ou alguma prova cabal Por outro lado se a Aurora n o existir assombroso que se propagou um mito de maneira t o vigorosa e tenha chegado t o longe por que as insistentes negativas oficiais tiveram t o pouco peso A mera exist ncia de uma designa o a Aurora neste caso pode servir para p r uma etiqueta comum a uma s rie de fen menos diversos Em qualquer caso a Aurora parece ser pertinente para os vnis CAP TULO 6 ALUCINA ES Como tremem os meninos e o temem tudo na cega escurid o assim n s na luz tememos s vezes o que n o mais tem vel que o que os meninos na escurid o contemplam com terror Lucr cio Da natureza das coisas 60 A J C aprox Os anunciadores t m que conhecer seu p blico trata se de um simples assunto de sobreviv ncia do produto e a empresa portanto se examinarmos os an ncios que se publicam em revistas dedicadas a vnis pode
493. r ou que derrotem aos invasores brit nicos ou que se eles lesem mesmos porque a vontade de Deus do Jesus do diabo ou de dem nios anjos e ultimamente extraterrestres O esquizofr nico se sente transpassado por uma ordem clara e profunda de uma voz que ningu m mais pode escutar e que ele tem que identificar de algum modo Quem poderia emitir uma ordem assim Quem poderia falar dentro de nossa cabe a A cultura em que nascemos e viveu nos oferece uma resposta Pensemos no poder da imagem repetitiva na publicidade especialmente para televidentes e leitores impression veis Pode nos fazer acreditar quase algo at que fumar cigarros imprime car ter Em nossa poca os extraterrestres supostos servem de tema de inumer veis historia de fic o cient fica novelas telefilmes e filmes Os vnis s o uma not cia habitual dos seman rios sensacionalistas dedicados ao engano e a mistifica o Um dos filmes de cinema com maior arrecada o bruta de todos os tempos tr fico de extraterrestres muito parecidos com os descritos pelos abduzidos Os relatos de abdu es por extraterrestres eram relativamente estranhos antes de 1975 quando se emitiu por televis o uma cr dula dramatiza o do caso Hill deram outro salto aten o p blica depois de 1987 quando o relato de primeira m o do Strieber com o retrato em capa de um extraterrestre de olhos grandes converteu se em xito de vendas Em contraste ultimamente se ou a
494. r a exist ncia dessas fal cias ret ricas e l gicas completa nossa caixa de ferramentas Como todas as ferramentas a equipe de detec o de mentiras pode usar se mau aplicar se fora de contexto ou inclusive empregar se rotineiramente como alternativa ao pensamento Mas se se aplicar com julgamento pode marcar toda a diferen a do mundo e nos ajuda a avaliar nossos pr prios argumentos antes de apresent los a outros A ind stria do tabaco americana fatura uns cinquenta mil e milh es ao ano Admitem que h uma correla o estat stica entre fumar e o c ncer mas n o uma rela o causal dizem Acrescentam que se est cometendo uma fal cia l gica O que poderia significar isso Possivelmente as pessoas com propens o heredit ria ao c ncer t m uma propens o heredit ria a tomar drogas aditivas por isso o c ncer e o fumar poderiam estar correlacionados mas o c ncer n o seria provocado por fumar Podem inventar se rela es cada vez mais inveross meis deste tipo Esta exatamente uma das raz es pelas que a ci ncia insiste nos experimentos de controle Suponhamos que pintamos os lombos de grande n mero de ratos com alcatr o de cigarro e fiscalizamos tamb m a sa de de grandes n meros de ratos quase id nticos que n o foram pintados Se o primeiro grupo contrair c ncer e o segundo n o pode se estar bastante seguro de que a correla o causal Se se inalar fuma a de tabaco a possibilidade de contrair c ncer aumenta
495. r as possibilidades de infec es secund rias em uma pessoa j muito debilitada pela enfermidade ou seu tratamento Em um livro quase esquecido de 1903 Ci ncia crist Mark Twain escreveu O poder que tem a imagina o de um homem sobre seu corpo para cur lo ou adoec lo uma for a da que n o carece nenhum de n s ao nascer Tinha a o primeiro homem e a possuir o ltimo Em ocasi es os curandeiros podem aliviar parte da dor e a ansiedade ou outros sintomas de enfermidades mais graves embora sem deter o progresso da enfermidade Mas este benef cio n o pouco A f e a ora o podem conseguir aliviar alguns sintomas da enfermidade e seu tratamento mitigar o sofrimento dos afligidos e inclusive prolongar um pouco suas vidas Ao avaliar a religi o chamada Ci ncia Crist Mark Twain seu cr tico mais severo da poca aceitava entretanto que os corpos e vidas que tinha sanado pelo poder da sugest o compensavam de maneira mais que suficiente os que tinha matado por eliminar o tratamento m dico em favor da ora o Depois da morte do John F Kennedy v rios americanos declararam ter contatado com o fantasma do presidente come aram se a declarar curas milagrosas ante pequenos altares caseiros com sua fotografia Deu a vida por seu povo explicava um adepto desta religi o nascida morta Segundo a Enciclop dia das religi es americanas Para os crentes Kennedy como um deus Algo similar pode ver
496. r mais proveito disso Parte da raz o pela que os meninos t m medo da escurid o pode ser que at recentemente em nossa hist ria evolutiva nunca dormiram sozinhos a n o ser acompanhados e seguros sob o amparo de um adulto usualmente a m e No Ocidente ilustrado os deixamos sozinhos em uma habita o escura desejamos lhes boa noite e nos custa entender por que s vezes o passam mau Evolutivamente totalmente l gico que os meninos tenham fantasias de monstros que assustam Em um mundo com le es e hienas espreita essas fantasias contribuem a impedir que os meninos pequenos sem defesas se afastem muito de seus protetores Como pode ser eficaz este mecanismo de seguran a para um animal jovem vigoroso e curioso se n o provocar um terror de dimens es industriais Os que n o t m medo dos monstros n o revistam deixar descendentes larga suponho no curso da evolu o humana quase todos os meninos acabam tendo medo dos monstros Mas se formos capazes de evocar monstros terror ficos na inf ncia por que alguns de n s ao menos em alguma ocasi o n o poder amos ser capazes de fantasiar com algo similar um pouco realmente horr vel uma ilus o compartilhada como adultos significativo que as abdu es por extraterrestres ocorram principalmente no momento de dormir ou despertar ou em compridos viagens em autom vel quando existe o perigo bem conhecido de inundar se em uma esp cie de sonho hipn tico Os terapeutas d
497. r uma ideia das ra zes humanas da ora o examinando religi es e culturas pouco familiares Transcrevemos aqui por exemplo o que aparece em uma inscri o cuneiforme de um selo cil ndrico babil nio do segundo mil nio antes de Cristo OH Ninlil Senhora das Terras em seu leito de bodas na morada de sua del cia intercede por mim ante o Enlil seu apaixonado Assinado Mili Shipak Shatammu do Ninmah Passou muito tempo desde que existisse um Shatammu no Ninmah ou inclusive uma Ninmah A pesar do fato de que Enlil e Ninlil eram deuses importantes gente de todo o mundo ocidental civilizado lhes tinha rezado durante dois mil anos rezava em realidade a pobre Mili Shipak a um fantasma a um produto de sua imagina o socialmente tolerado E se era assim o que tem que n s Ou blasf mia uma quest o proibida como era sem d vida entre os adoradores do Enlil Funcionam as ora es Quais H uma categoria de ora o em que se roga a Deus que intervenha na hist ria humana para emendar uma injusti a real ou imaginada ou uma calamidade natural por exemplo quando um bispo do oeste norte americano reza para que Deus intervenha e acabe com um per odo de seca devastadora por que se necessita a ora o N o sabia Deus nada da seca N o era consciente de que amea ava aos paroquianos do bispo O que implica isso sobre as limita es de uma deidade supostamente onipotente e onisciente O bispo tamb m pediu a seus seguidores q
498. ra inquisitorial n o se aboliu na Igreja cat lica at 1816 O ltimo basti o defensor da realidade da bruxaria e a necessidade de castigo foram as Iglesias crist s A persegui o de bruxas foi vergonhosa Como pudemos faz lo Como pod amos ter tanta ignor ncia de n s mesmos e nossas debilidades Como p de ocorrer nas na es mais avan adas mais civilizadas da Terra por que a apoiavam resolutamente conservadores mon rquicos e fundamentalistas religiosos por que se opunham a isso liberais quaisquer e seguidores da Ilustra o Se estivermos absolutamente seguros de que nossas cren as s o corretas e as de outros err neas que nos motiva o bem e aos outros o mal que o rei do universo nos fala e n o aos fi is de f s muito diferentes que mau desafiar as doutrinas convencionais ou fazer perguntas inquisitivas que nosso trabalho principal acreditar e obedecer a persegui o de bruxas se repetir em suas infinitas varia es at a poca do ltimo homem Recorde o primeiro ponto do Friedrich von Spee e o que implica se o p blico tivesse compreendido melhor a supersti o e o ceticismo teria contribu do a provocar um curto circuito na s rie de causas e efeitos Se n o conseguir entender como funcionou a ltima vez n o seremos capazes de reconhec lo pr xima vez que surja O Estado tem o direito absoluto de fiscalizar a forma o da opini o p blica disse Josef Goebbels o ministro da Pro
499. ra vou dormir com meu Polaroid ao lado com a esperan a de poder contribuir a prova necess ria a pr xima vez que me abduzam por que s o os abduzidos os que devem demonstrar o que ocorre Sou uma prova vivente da afirma o do Carl Sagan sobre a possibilidade de que as abdu es por extraterrestres ocorram na mente de pessoas que sofrem paralisia de sonho Acreditam certamente que real No 2001 naves espaciais dos trinta e tr s planetas da Confedera o Interplanet ria aterrissar o na Terra carregadas com trinta e tr s mil irm os S o professores e cientistas extraterrestres que nos ajudar o a ampliar nossa compreens o da vida interplanet ria j que nosso planeta Terra se converter no membro n mero trinta e tr s da Confedera o Trata se de um terreno que exp e um desafio grotesco estudei os vnis durante mais de vinte anos Ao final acabei desencantado pelo culto e os grupos marginais do culto Sou uma av de quarenta e sete anos que foi v tima deste fen meno da mais tenra inf ncia N o o aceito nunca o tenho feito com convic o N o declaro nunca o tenho feito entender o que aceitaria gostosamente um diagn stico de esquizofrenia ou qualquer outra patologia compreens vel em troca desta desconhecida Estou totalmente de acordo em que a falta de uma prova f sica do mais lhe frustrem tanto para as v timas como para os investigadores Infelizmente a apresenta o de provas se v
500. radas surgem da explora o das naves espaciais O princ pio da d cada de 1960 insistiu em que dev amos emprestar aten o possibilidade de encontrar artefatos de civiliza es antigas t o procedentes de nosso mundo como constru dos por visitantes de outra parte N o pensava que isso pudesse ser f cil ou prov vel e certamente n o sugeria que em um tema t o importante valesse a pena considerar algo que n o contasse com provas rigorosas Come ando com o evocador relat rio do John Glenn sobre as vaga lumes ao redor da c psula espacial cada vez que um astronauta dizia ver algo que n o se entendia imediatamente havia quem deduzia que eram extraterrestres As explica es prosaicas part culas de pintura da nave que se soltavam no entorno do espa o por exemplo se recha avam respectivamente O chamariz do maravilhoso embota nossas faculdades cr ticas Como se um homem convertido em lua n o fora maravilha suficiente Durante a poca das aterrissagens lunares do Apolo muitos aficionados propriet rios de pequenos telesc pios defensores dos disco voador s escritores para revistas aeroespaciais estudaram atentamente as fotografias contribu das em busca de anomalias que tivessem acontecido inadvertidas a cientistas e astronautas da Nasa Logo houve informe de letras latinas gigantes e n meros rabes inscritos sobre a superf cie lunar pir mides caminhos cruzes vnis resplandecentes falava se d
501. rama de suplemento especial de mantimentos para mulheres bebem e meninos WIC caf s da manh escolar e programas de comida o programa de servi o alimentar do ver o todos demonstraram funcionar embora n o chegam a toda a gente que os necessita Um pa s t o rico plenamente capaz de proporcionar comida suficiente a todos seus meninos Alguns efeitos delet rios da desnutri o se podem eliminar a terapia de reposi o de ferro por exemplo pode desculpar algumas consequ ncias da anemia por defici ncia de ferro Mas n o todos os danos s o revers veis Suas causas tanto se forem biol gicas como psicol gicas ou ambientais revistam ser indetermin veis Mas agora h m todos que ajudam a aprender a ler a pessoas com dislexia N o deveria haver ningu m que n o pudesse aprender a ler porque n o tem a educa o a seu alcance Mas h muitas escolas nos Estados Unidos onde se acostuma a ler como se se tratasse de uma excurs o tediosa aos hier glifos de uma civiliza o desconhecida e muitas salas de aula nas que n o se pode encontrar nem um s livro Infelizmente a demanda de classes de alfabetiza o adulta ultrapassa em muito a oferta Os programas de educa o precoce de alta qualidade como Head Start podem ter um xito enorme na prepara o dos meninos para a leitura Mas Head Start s chega a um ter o ou um quarto de pr escolares candidatos muitos de seus programas ficaram minguados pelas redu es de recu
502. ran as e temores disfar ados de feitos As opini es desde este ponto de vista s o suspeitas a primeira vista Isso tudo o que podem conceber que fazem os extraterrestres c rculos no trigo Que falta de imagina o Em cada tema fica revelada e criticada outra faceta da pseudoci ncia E entretanto a principal defici ncia que vejo no movimento c tico est em sua polariza o N s contra Eles a ideia de que n s temos um monop lio sobre a verdade que esses outros que acreditam em todas essas doutrinas est pidas s o imbecis que se for sensato escutar nos e se n o j n o h quem te redima Isso pouco construtivo N o comunica nenhuma mensagem Condena aos c ticos a uma condi o permanente de minoria enquanto que uma aproxima o compassiva que reconhe a desde o come o as ra zes humanas da pseudoci ncia e a supersti o poderia ser aceita muito mais amplamente Se entendermos isso sentimos certamente a incerteza e dor dos abduzidos dos que n o se atrevem a sair de casa sem consultar o hor scopo ou os que cifram suas esperan as nos cristais da Atl ntida E essa compaix o por almas as gema em uma busca comum tamb m serve para fazer menos antip tica a ci ncia e o m todo cient fico aos jovens Muitos sistemas pseudocient ficos e da Nova Era surgem da insatisfa o com os valores e perspectivas convencionais e s o portanto em si mesmos uma esp cie de ceticismo O mesmo certa da origem da
503. rancis Bacon contar os acertos e esquecer as falhas P ex Um Estado se gaba dos presidentes que teve mas n o diz nada de seus assassinos em s rie estat sticas de n meros pequenos parente pr ximo da sele o da observa o P ex Dizem que uma de cada cinco pessoas a China Como poss vel Eu conhe o centenas de pessoas e nenhuma delas a China Seu sinceramente Ou tirei tr s setes seguidos Esta noite n o posso perder incompreens o da natureza da estat stica P ex O presidente Dwight Eisenhower expressa assombro e alarme ao descobrir que a metade dos americanos t m uma intelig ncia por debaixo da m dia inconsist ncia P ex Preparar se com toda prud ncia para o pior de que seja capaz um advers rio militar potencial mas ignorar as proje es cient ficas em perigos ambientais para economizar porque n o est o demonstrados Ou atribuir o descida da esperan a de vida na antiga Uni o Sovi tica aos defeitos do comunismo faz muitos anos mas n o atribuir nunca a alta taxa de mortalidade infantil dos Estados Unidos agora a mais alta das principais na es industriais aos defeitos do capitalismo Ou considerar razo vel que o universo siga existindo sempre no futuro mas julgar absurda a possibilidade de que tenha uma dura o infinita para o passado non sequitur n o segue em latim P ex Nossa na o prevalecer porque Deus grande Mas quase t
504. ratam enfermidades org nicas graves s o respons veis por uma ang stia e infelicidade inauditas Os curandeiros se convertem em assassinos Inclusive em um livro recente que defende a efic cia da ora o no tratamento da enfermidade Larry Dossey Palavras que curam exp e se a preocupa o de que algumas enfermidades se curam ou aliviam mais facilmente que outras Se a ora o funcionar por que n o pode curar Deus um c ncer ou fazer que cres a uma extremidade perdida por que tanto sofrimento evit vel que Deus poderia impedir t o facilmente por que Deus necessita que lhe reze N o sabe j que curas deve realizar Dossey tamb m come a com uma entrevista do doutor Stanley Kripner descrito como um dos investigadores mais autorizados da variedade de m todos de cura heterodoxa que se usam em todo mundo oS dados de investiga o sobre curas a dist ncia apoiadas na ora o s o prometedores mas muito dispersos para permitir tirar uma conclus o firme Isso depois de muitos trilh es de ora es ao longo dos mil nios Como sugere a experi ncia de Cabe a de Vaca a mente pode causar certas enfermidades inclusive enfermidades fatais Quando se faz acreditar em pacientes com os olhos enfaixados que lhes est tocando com uma folha de hera ou carvalho venenoso geram uma desagrad vel dermatite de contato vermelha A cura pela f pode ajudar em enfermidades placebo ou mediatizadas pela mente um mal estar em costas e
505. rdem divina Falava se do tema em Sete Partidas o c dice de lei can nica e civil compilado sob a dire o do Alfonso X o S bio rei da Castilha ao redor de 1248 Nele podemos ler o seguinte H homens que descobrem ou constroem fraudulentamente altares em campos ou cidades dizendo que s o rel quias de certos Santos nesses lugares e com a pretens o de que realizam milagres e por esta raz o gente de muitos lugares se v induzida a ir em peregrina o a fim de levar se algo deles e h outros que influ dos por sonhos ou fantasmas vazios que lhes aparecem erigem altares e simulam descobri los nas localidades antes citadas Ao enumerar as raz es das cren as err neas Alfonso risca uma linha cont nua que vai da seita a opini o a fantasia e o sonho at a alucina o Uma sorte de fantasia chamada antoianca se define deste modo Antoianca algo que se det m ante os olhos e logo desaparece como se um o visse ou ouvisse em transe e por conseguinte sem subst ncia Uma bula papal de 1517 faz uma distin o entre as apari es que aparecem em sonhos ou por inspira o divina Est claro que as autoridades seculares e eclesi sticas inclusive em pocas de extrema credulidade estavam alerta s possibilidades de mistifica o e ilus o Apesar de tudo na maior parte da Europa medieval estas apari es eram recebidas gratamente pelo clero cat lico romano especialmente porque as admoesta es marianas eram mui
506. remos Isso tudo N o mais que um sonho sem sono nem fim Onde est a justi a disso desolador brutal e cruel N o dever amos ter uma segunda oportunidade em um campo de jogo neutro Seria muito melhor se volt ssemos a nascer em circunst ncias que tivessem em conta nossa atua o na ltima vida por muito em contra que tiv ssemos tido ent o o baralho Ou se houvesse um dia do julgamento depois da morte ent o sempre que tiv ssemos sido bons com a pessoa que nos deu nesta vida e mostrado humildade lealdade e todo o resto dever amos ser recompensados e viver alegremente at o final dos tempos em um ref gio permanente da agonia e confus o do mundo Assim como seria se o mundo fora pensado planejado com anteced ncia justo Assim seria se os que sofrem dor e tortura recebessem o consolo que merecem As sociedades que ensinam a satisfa o com nossa situa o atual na vida em espera da recompensa post mortem tendem a vacinar se contra a revolu o Al m disso o temor da morte que em alguns aspectos uma adapta o luta evolutiva pela exist ncia adapta se mal guerra As culturas que preconizam uma vida de b n o para os her is depois da vida ou inclusive para os que simplesmente fizeram o que lhes mandou a autoridade poderiam adquirir uma vantagem competitiva Assim deveria ser f cil para as religi es e as na es vender a ideia de uma parte espiritual de nossa natureza que sobrevive mor
507. resa que tinha poder para curar enfermidades incluindo resfriados lceras coceiras e epilepsia A demanda de seus servi os aumentou de tal modo que n o tinha tempo para nada mais Afirmava que todas as enfermidades eram causadas por esp ritos maus a muitos dos quais reconhecia e chamava por seu nome Um cronista contempor neo chamado pelo Mackay apontou que alardeava de estar muito mais corrente das intrigas dos dem nios que dos assuntos dos homens T o grande era a confian a nele que o cego acreditava ver a luz que n o via o surdo imaginava que ouvia o coxo que andava bem e o paral tico que tinha recuperado o uso de suas extremidades A ideia de sa de fazia que o doente esquecesse por um tempo seus maus e a imagina o que n o era menos ativa nos meramente atra dos por curiosidade que nos doentes dava uma falsa vis o a uma classe pelo desejo de ver assim como realizava uma falsa padre na Outra pelo forte desejo de ser curado H inumer veis informe na literatura mundial de explora o e antropologia n o s de doentes curados por f no curandeiro mas tamb m tamb m de gente que se consome e morre pela maldi o de um bruxo lvar N ez Cabe a de Vaca que com alguns acompanhantes e em terr veis condicione de priva o vagou por mar e terra desde a Florida at o Texas e M xico entre 1528 e 1536 conta um exemplo mais ou menos t pico Todas as comunidades de nativos americanos que encontrou em seu
508. resia era um delito mais grave ainda e tanto cat licos como protestantes a castigavam sem piedade No s culo XVI o erudito William Tyndale cometeu a temeridade de pensar em traduzir o Novo Testamento ao ingl s Mas se a gente podia ler a B blia em seu pr prio idioma em lugar de faz lo em latim poder se ia formar seus pr prios pontos de vista religiosos independentes Poderiam pensar em estabelecer uma linha privada com Deus sem intermedi rios Era um desafio para a seguran a do trabalho dos padres cat licos romanos Quando Tyndale tentou publicar sua tradu o acossaram lhe e perseguiram por toda a Europa Finalmente lhe detiveram passaram a pau e depois al m disso queimaram lhe na fogueira Continuando um grupo de pelot es armados foi casa por casa em busca de exemplares de seu Novo Testamento que um s culo depois serve de base da deliciosa tradu o inglesa do rei Jacobo Eram crist os que defendiam piedosamente o cristianismo impedindo que outros crist os conhecessem as palavras de Cristo Com esta disposi o mental este clima de convencimento absoluto de que a recompensa do conhecimento era a tortura e a morte era dif cil ajudar aos acusados de bruxaria A queima de bruxas uma Caracter stica da civiliza o ocidental que com alguma exce o pol tica ocasional declinou a partir do s culo XVI Na ltima execu o judicial de bruxas na Inglaterra se pendurou a uma mulher e a sua filha de nove anos Seu crime fo
509. ritica ao curandeiro eles saem em sua defesa V rios dos assistentes de mais idade canaliza o da Casa da Opera do Sydney foram s nuvens pela revela o do Sixty Minutes D igual o que diga diziam ao lvarez n s acreditam em ti Esses xitos podem ser suficientes para convencer a muitos enganadores por muito c nicos que sejam ao princ pio de que realmente t m poderes m sticos Possivelmente n o t m xito todas as vezes Os poderes v m e v o dizem se a si mesmos T m que dissimular os momentos baixos Se for necess rio enganar um pouco em algum momento dizem se a si mesmos que servem a um prop sito mais alto Provam seu discurso com o consumidor Funciona A maioria destas figuras s v o detr s de nosso dinheiro Esta a parte boa Mas o que me preocupa que apare a um Carlos com assuntos mais importantes em jogo um homem atrativo dominante patri tico e transbordando lideran a Todos desejamos um l der competente incorrupto e carism tico Aferraremo nos oportunidade de lhe apoiar acreditar nele sentimos bem A maioria dos informadores editores e produtores arrastados pelo resto de n s fugir o do exame c tico real Ele n o nos vender ora es cristais ou l grimas Possivelmente nos enfaixa uma guerra um cabrito expiat rio ou um ramalhete de cren as mais globais que Carlos Seja o que seja ir acompanhado de advert ncias sobre os perigos do ceticismo Na celebr
510. rma o triangular atrav s dos ombros Depois de uma experi ncia assim n o acredito que tivesse podido me dar a volta para seguir dormindo e j est Acredito nos finais felizes Sempre acreditei neles depois de ter visto uma figura t o alta que chegava at o teto com o cabelo dourado e reluzente como uma rvore de Natal aceso elevando ao menino pequeno junto a n s como pode um n o acreditar Entendi a mensagem que transmitia a figura ao menino pequeno e era eu Sempre t nhamos falado Como poderia ter sido suport vel a vida de outro modo em um lugar como este Estados mentais pouco familiares deu no prego Quem realmente o respons vel por este planeta CAP TULO 12 A SUTIL ARTE DE DETECTAR MENTIRAS A compreens o humana n o simples luz mas sim recebe infus o da vontade e os afetos de onde procedem ci ncias que podem chamar se ci ncias a discri o Porque o homem crie com mais disposi o o que preferiria que fora certo Em consequ ncia recha a coisas dif ceis por impaci ncia na investiga o silencia coisas porque reduzem as esperan as o mais profundo da natureza por supersti o a luz da experi ncia por arrog ncia e orgulho coisas n o cridas usualmente por defer ncia opini o do vulgo S o pois inumer veis os caminhos e s vezes impercept veis em que os afetos colorem e infectam a compreens o Francis Bacon Novum Organon 1620 Meus pais morreram f
511. rque h uma maior disposi o a evitar confronta es perturbadoras com a realidade que n o permitem controlar o resultado da compara o Os n veis de argumenta o o que passa por provas s o muito mais relaxados Em parte pelas mesmas raz es muito mais f cil apresentar ao p blico em geral a pseudoci ncia que a ci ncia Mas isso n o basta para explicar sua popularidade Naturalmente a gente prova distintos sistemas de cren as para ver se lhe servem E se estivermos muito desesperados todos chegamos a estar mais dispostos a abandonar o que podemos perceber como uma pesada carga de ceticismo A pseudoci ncia enche necessidades emocionais capitalistas que a ci ncia est acostumada deixar insatisfeita Proporciona fantasias sobre poderes pessoais que nos faltam e desejamos como os que se atribuem aos super her is dos gibis hoje em dia e anteriormente aos deuses Em algumas de suas manifesta es oferece uma satisfa o da fome espiritual a cura das enfermidades a promessa de que a morte n o o fim Confirma nos nossa centralidade e import ncia c smica Assegura que estamos conectados vinculados ao universo s vezes uma esp cie de lar a meio caminho entre a antiga religi o e a nova ci ncia do que ambas desconfiam No cora o de alguma pseudoci ncia e tamb m de alguma religi o antiga ou da Nova Era encontra se a ideia de que o desejo o converte quase tudo em realidade Que satisfat rio seria com
512. rrestres possa inventar uma hist ria assim Tamb m aqui h poss veis antecedentes religiosos Alguns sequestrados dizem que lhes fizeram pequenos implante possivelmente met licos no corpo pelo nariz por exemplo Esses implante segundo os terapeutas de extraterrestres s vezes se soltam acidentalmente mas exceto em alguns casos o artefato se perdeu ou eliminado Esses abduzidos parecem ter uma falta de curiosidade pasmosa A um cai um objeto estranho possivelmente um transmissor que envia dados telem tricos sobre o estado de seu corpo a uma espa onave extraterrestre em algum lugar da Terra do nariz examina o vagamente e o atira ao lixo Algo assim dizem nos ocorre na maioria dos casos de abdu o Os peritos tiraram e examinou alguns implante desse tipo N o se confirmou que nenhum deles fora de manufatura extraterrestre Nenhum componente est feito com is topos incomuns apesar de saber se que outras estrelas e outros mundos est o constitu dos por propor es isot picas diferentes s da Terra N o h metais da ilha de estabilidade transur nica onde os f sicos acreditam que deveria haver uma nova fam lia de elementos qu micos n o radiativos desconhecidos na Terra O caso que os entusiastas das abdu es consideravam o melhor era o do Richard Price que afirmava que os extraterrestres lhe abduziram quando tinha oito anos e lhe implantaram um pequeno artefato no p nis Um quarto de s culo dep
513. rrogar natureza n o com um fim pr tico a curto prazo a n o ser em busca do conhecimento por si mesmo Certamente os cientistas t m um interesse pessoal na investiga o b sica o que gostam em muitos casos a raz o pela que se fazem cientistas Mas esta investiga o em interesse da sociedade Assim revistam faz los principais descobrimentos que beneficiam humanidade Vale a pena perguntar se se uns quantos projetos cient ficos grandes e ambiciosos s o melhor investimento que um n mero maior de programas pequenos Raramente somos o bastante preparados para fazer a prop sito os descobrimentos que dirigir o nossa economia e proteger o nossas vidas Frequentemente nos falta a investiga o b sica Em troca dedicamos a uma ampla s rie de investiga es da natureza e surgem aplica es nas que nunca sonhamos N o sempre certamente Mas com bastante frequ ncia Dar dinheiro a algu m como Maxwell poderia ter parecido a mais absurda promo o da ci ncia guiada pela mera curiosidade e uma imprud ncia para os legisladores pr ticos por que conceder dinheiro agora para que cientistas que falam um jarg o incompreens vel se dediquem a seus hobbies quando ainda n o se abordaram necessidades nacionais prementes Desde este ponto de vista f cil entender a opini o de que a ci ncia n o mais que outro grupo de press o ansioso por preservar a entrada de dinheiro a fim de que os cientistas n o tenham que traba
514. rsos e tanto este como os programas de nutri o que mencionei est o submetidos a um novo ataque no Congresso enquanto escrevo estas p ginas Em um livro de 1994 titulado The Bell Curve do Richard J Hernstein e Charles Murray critica se o Head Start Seus argumentos foram plasmados pelo Gerard Penetre da Universidade do Rochester Primeiro financiam inadequadamente um programa para meninos pobres logo negam todo o xito conseguido apesar de obst culos entristecedores e finalmente concluem que o programa deve ser eliminado porque os meninos s o inferiores intelectualmente O livro que surpreendentemente recebeu uma aten o respeitosa dos meios de comunica o conclui que h um abismo heredit rio irredut vel entre brancos e negros de dez a quinze pontos nos testes de intelig ncia Em um relat rio o psic logo Le o J Kamin chega conclus o de que os autores fracassam repetidamente na distin o entre correla o e causa uma das fal cias de nossa equipe de detec o de mentiras O Centro Nacional de Alfabetismo Familiar com sede no Louisville Kentucky esteve aplicando programas dedicados a fam lias com baixos ganhos para ensinar a ler tanto aos meninos como a seus pais Funciona deste modo o menino de tr s ou quatro anos assiste escola tr s dias semana junto com um pai ou possivelmente um av ou guardi o Enquanto os adultos passam a manh aprendendo as ferramentas acad micas b sicas o menino
515. rte O segundo mant m que seres alheios de mundos distantes visitam a Terra com despreocupada impunidade Embora o resumo seja direto n o provoca certa emo o a contempla o dessas afirma es E se essas velhas ideias de fic o cient fica nas que sem d vida ressonam profundos temores e desejos humanos chegassem a ocorrer realmente Como podem n o produzir interesse Ante um material assim at o c nico mais obtuso se comove Estamos totalmente seguros de poder descartar essas afirma es sem nenhuma sombra de d vida E se uns desmascaradores empedernidos s o capazes de notar seu atrativo o que devem sentir aqueles que como o senhor Buckiey ignoram o ceticismo cient fico A Lua durante a maior parte da hist ria antes das naves espaciais antes dos telesc pios quando est vamos ainda virtualmente imersos no pensamento m gico era um enigma Quase ningu m pensava nela como um mundo O que vemos realmente quando olhamos a Lua a simples vista Discernimos uma configura o de marcas irregulares brilhantes e escuras n o uma representa o parecida com um objeto familiar Mas nossos olhos quase de maneira irresist vel conectam as marcas sublinhando algumas e ignorando outras Procuramos uma forma e a encontramos Nos mitos e o folclore mundial se veem muitas imagens uma mulher tecendo bosques de louros um elefante que salta de um escarpado uma garota com um cesto costas um coelho os intestinos lu
516. rteza absoluta sempre nos escapar Sempre estaremos sujeitos ao engano Qu o m ximo pode esperar cada gera o reduzir um pouco a margem de engano e aumentar o corpo de dados ao que se aplica A margem de engano uma autovaloriza o penetrante vis vel da faliabilidade de nosso conhecimento pode se ver frequentemente a margem de engano em pesquisa de opini o p blica uma inseguran a de mais ou menos tr s por cento por exemplo Imaginemos uma sociedade em que tudo discurso no Parlamento todo an ncio de televis o todo serm o fora acompanhado de uma margem de engano ou sua equivalente Um dos grandes mandamentos da ci ncia Desconfia dos argumentos que procedem da autoridade Certamente os cientistas sendo personagens e jogo de dados portanto s hierarquias de domina o n o sempre seguem este mandamento Muitos argumentos deste tipo resultaram ser dolorosamente err neos As autoridades devem demonstrar suas opini es como todos outros Esta independ ncia da ci ncia sua relut ncia ocasional a aceitar a sabedoria convencional f la perigosa para doutrinas menos autocr ticas ou com pretens es de certeza Como a ci ncia nos conduz compreens o de como o mundo e n o de como desejar amos que fosse seus descobrimentos podem n o ser imediatamente compreens veis ou satisfat rios em todos os casos Pode custar um pouco de trabalho reestruturar nossa mente Parte da ci ncia muito simples Q
517. s olhos e a boca mais escuros Atrav s de um telesc pio as fac es brilhantes se revelam como antigas terras altas com crateras que agora sabemos pela data o radiativa de amostras proporcionadas pelos astronautas do Apolo datam de quase 4500 milh es de anos As fac es escuras s o fluxos um pouco mais recentes de lava bas ltica chamados manha singular mare ambas da palavra latina que significa mar embora conforme sabemos a Lua est seca como um osso Emana os brotaram nas primeiras centenas de milh es de anos de hist ria lunar induzida em parte pelo impacto de alta velocidade de enormes asteroides e cometas O olho direito o Mare Imbrium o bife inclinado sobre o olho esquerdo a combina o do Mare Serenitatis e o Mare Tranquilitatis onde aterrissou o Apolo 11 e a boca aberta desfocada o Mare Humorum A vis o humana ordin ria n o pode distinguir as crateras sem ajuda O Homem da Lua em realidade um registro de antigas cat strofes a maioria das quais ocorreram antes da exist ncia dos humanos dos mam feros dos vertebrados dos organismos multicelulares e provavelmente inclusive antes de que surgisse a vida na Terra uma presun o caracter stica de nossa esp cie lhe dar uma Face humana viol ncia c smica aleat ria Os humanos como outros personagens somos greg rios N s gostamos da companhia de outros Somos mam feros e o cuidado paternal dos jovens essencial para a continua o da
518. s s o pr ticos laboriosos motivados soci veis e frequentemente muito alegres Aplicam habilidades espingardas de antigos xitos e fracassos quase seguro que o pensamento cient fico existiu desde o come o pode se ver inclusive nos chimpanz s quando patrulham as fronteiras de seu territ rio ou quando preparam um cano para coloc la no mont o de t rmites e extrair assim uma fonte modesta mas muito necess ria de prote nas O desenvolvimento de habilidades para seguir pistas oferece uma vantagem seletiva evolutiva capitalista Os grupos que n o s o capazes das adquirir conseguem menos prote nas e deixam menos descend ncia Os que t m uma inclina o cient fica os que s o capazes de observar com paci ncia os que t m predisposi o para descobri lo conseguem mais comida especialmente mais prote nas e vivem em habitat mais variados eles e suas linhas heredit rias prosperam O mesmo certo por exemplo das habilidades de navega o dos polin sios Uma habilidade cient fica oferece recompensas tang veis A outra atividade principal para acumular alimento das sociedades pr agr rias a coleta de vegetais Para faz lo devem conhecer as propriedades de muitas plantas e ter a capacidade das distinguir Os bot nicos e antrop logos encontraram repetidamente que os ca ador coletores de todo o mundo reconheceram distintas esp cies de plantas com a precis o dos tax nomos ocidentais riscaram um mapa mental de se
519. s O principal programa de televis o do pa s se tomou a mol stia de p r em evid ncia a m qualidade do n vel de comprova o de dados e a estendida credulidade das institui es dedicadas s not cias e assuntos p blicos Alguns analistas dos meios de comunica o o desculparam apoiando se em que era bvio que o tema n o era importante de hav lo sido o teriam comprovado Entoaram se uns quantos mea culpa Nenhum dos que tinham sido enganados quis aparecer em um programa retrospectivo sobre o Assunto Carlos programado para no domingo seguinte no Sixty Minutes Certamente todo isso n o implica que a Austr lia seja algo especial lvarez Randi e seus colegas conspiradores podiam ter eleito qualquer na o na Terra e n o tivesse trocado nada Os que concederam uma audi ncia nacional de televis o ao Carlos incluso sabiam o suficiente para fazer algumas pergunta c ticas mas n o se puderam resistir a convid lo A luta de aniquila o m tua dos meios de comunica o dominou os titulares depois da partida do Carlos escreveram se coment rios confusos sobre o assunto Qual era o objetivo O que se tinha demonstrado lvarez e Randi demonstraram o pouco que costa desnaturalizar nossas cren as qu o dispostos estamos a nos deixar levar qu o f cil enganar ao p blico quando a gente se encontra sozinha e deseja acreditar em algo Se Carlos se ficou mais tempo na Austr lia e se concentrou mais na cura atrav
520. s experi ncias muito prov vel que acabemos loucos Com grande al vio encontraram um terapeuta favor vel que n o s aceitou suas hist rias com convic o mas tamb m conhecia centenas de hist rias sobre corpos extraterrestres e o encobrimento a alto n vel dos vnis por parte do governo Um t pico terapeuta de vnis encontra pacientes de tr s maneiras escrevem lhe cartas dire o que sai ao final de seus livros os enviam outros terapeutas principalmente os que tamb m se especializam em abdu es como extraterrestres ou se apresentam a ele depois de dar uma confer ncia Duvido que chegue algum paciente a sua porta totalmente ignorante dos relatos populares de abdu es e os m todos e cren as pr prios do terapeuta antes de intercambiar a primeira palavra sabem j muito um do outro Outro destacado terapeuta d a seus pacientes seus pr prios artigos sobre abdu es por extraterrestres para ajud los a recordar suas experi ncias sente se satisfeito quando o que finalmente recordam sob hipnose se parece com o que ele descreve em seus estudos A similitude dos casos uma das principais raciocine para acreditar que as abdu es ocorrem realmente Um importante estudioso dos vnis comenta que quando o hipnotizador n o tem um conhecimento adequado do tema de abdu o como extraterrestres pode que n o se chegue a revelar alguma vez a verdadeira natureza da abdu o Podemos discernir nesta afirma
521. s rio do assassinato do Trotski um assassino enviado pelo Stalin lhe abriu a cabe a com um piolet Investia p de elogiar ao Trotski como um grande revolucion rio irreproch vel e uma publica o comunista alem chegou a lhe descrever como um homem que lutou por todos os que amamos a civiliza o humana para os que esta civiliza o nossa nacionalidade Seu assassino tentou lhe matando a ele matar a esta civiliza o Jamais um piolet tinha destro ado um c rebro humano mais valioso e bem organizado Entre as tend ncias que trabalham ao menos marginalmente pela implanta o de uma s rie muito limitada de atitudes lembran as e opini es se inclui o controle das principais cadeias de televis o e os peri dicos por um pequeno n mero de empresas e indiv duos poderosos com uma motiva o similar o desaparecimento dos peri dicos competitivos em muitas cidades a substitui o do debate substancial pela sordidez das campanhas pol ticas e a eros o epis dica do princ pio da separa o de poderes estima se segundo o perito em meios de comunica o americano Ben Bagdikian que menos de duas d zias de corpora es controlam mais da metade do neg cio global de jornais revistas televis o livros e filmes Tend ncias como a prolifera o de canais de televis o por cabo chamadas telef nicas a larga dist ncia as m quinas de fax as redes e sites a edi o de computadores a baixo pre o e os exemplos de pro
522. s sob condi es atmosf ricas incomuns miragens pticas e nuvens lenticulares raios em bola para lios meteoros incluindo b lidos verdes e sat lites focinhos de foguetes e motores de propuls o de foguetes entrando na atmosfera de modo espetacular conceb vel que alguns pudessem ser pequenos cometas que se dissipavam no ar Ao menos alguns informe de radar se deveram propaga o an mala ondas de r dio que viajam por trajet rias curvadas devido a investimentos da temperatura atmosf rica Tradicionalmente tamb m se chamavam anjos de radar algo que parece estar a mas n o est Pode haver apari es visuais e de radar simult neas sem que haja nada ali Quando captamos algo estranho no c u alguns de nos emocionamos perdemos a capacidade de cr tica e nos convertemos em m s testemunhas Existia a suspeita de que aquele era um campo atrativo para lhes picar e enganadores Muitas fotografias de vnis resultaram ser falsas pequenos modelos pendurados de fios finos frequentemente fotografados a dobro exposi o Um vni visto por milhares de pessoas em um jogo de futebol resultou ser uma brincadeira de um clube de estudantes universit rios uma parte de cart o umas velas e uma bolsa de pl stico fino tudo bem preparado para fazer um rudimentar globo de ar quente O relato original do pires acidentado com os pequenos extraterrestres e seus dentes perfeitos resultou ser um puro engano Frank Scull
523. s Americanos 20 de agosto de 1992 A Aurora uma aeronave de grande altitude extremamente secreta sucessora do U 2 e o SR 71 Blackbird Pode ser que exista ou que n o exista Em 1993 informe os de observadores perto da base Edwards das For as A reas da Calif rnia e no Groom Lake Nevada e especialmente em uma regi o do Groom Lake chamada rea 51 onde se provam as aeronaves experimentais do Departamento de Defesa pareciam em geral coerentes uns com outros recolheram se informe de confirma o de todo o mundo A diferen a de suas predecessoras diz se que a aeronave hipers nica que viaja a uma velocidade maior possivelmente de seis a oito vezes que o som Deixa uma estranha esteira descrita como donuts em uma corda Possivelmente tamb m seja um meio de p r em rbita pequenos sat lites secretos desenvolvidos especula se depois de que o desastre do Challenger indicasse a pouca fiabilidade do transbordador para cargas explosivas de defesa Mas a CIA jura categoricamente que n o existe este programa diz o senador e antigo astronauta John Glenn O principal desenhista de algumas das aeronaves mais secretas dos Estados Unidos diz o mesmo Um secret rio das For as A reas negou com veem ncia a exist ncia de um avi o assim ou de um programa para constru lo nas For as A reas ou em nenhuma outra parte mentiu analisamos todas essas vis es como temos feito com os informe de vnis diz um porta voz das Fo
524. s a gesta o de um preju zo pode ser sutil recha a se ao grupo desprezado com argumentos esp rios expostos s vezes com tal seguran a e menosprezo que muitos de n s e inclusive s vezes as pr prias v timas n o atinamos a reconhec los como artimanhas Os observadores eventuais de reuni es de c ticos e os que jogaram uma olhada lista de membros do CSICOP ter o constatado uma grande preponder ncia de homens Outros afirmam que h um n mero desproporcionado de mulheres entre os que acreditam na astrologia h hor scopos na maioria das revistas de mulheres mas n o nas de homens os cristais a percep o extrassensorial e similares T los que sugerem que o ceticismo tem algo peculiarmente masculino Exige trabalho duro enfrentamentos competitivo dif cil enquanto dizem as mulheres t m mais tend ncia a aceitar a construir um consenso e n o lhes interessa desafiar a sabedoria convencional Mas segundo minha experi ncia as mulheres cient ficas t m o sentido c tico t o agudo como seus colegas var es simplesmente forma parte do fato de ser cient fico Esta cr tica se que o apresenta se ao mundo com a confus o habitual se n o se respirar o ceticismo nas mulheres e n o as prepara para isso bastante normal que muitas delas n o sejam c ticas Se abrirem as portas e lhes permite a entrada s o t o c ticas como qualquer Uma das profiss es estereotipadas a ci ncia Os
525. s consequ ncias f sicas dos efeitos da enfermidade Vem gente do espa o Esperam levar se a quem podem especialmente aos meninos que s o os brotos da pr xima gera o da humanidade junto com seus pais av s e outros adultos cooperantes a um lugar seguro antes da pr xima conjun o principal planet ria m xima de manchas revestir que est j no horizonte A Espa onave aparece todas as noites e se aproxima para nos assistir quando chegarem as Grandes Labaredas do Sol antes de que comece a turbul ncia na atmosfera A mudan a polar ocorrer agora que se aproxima de sua nova posi o para a Era de Aqu rio O autor tamb m me informa que est o trabalhando com o Comando Ashtar onde Jesus Cristo se re ne com os que v o a bordo para dar instru es H muitos dignat rios pressente inclu dos os arcanjos Miguel e Gabriel Tenho ampla experi ncia em trabalho de energia terap utica que implica eliminar pautas quadriculadas ataduras negativas da mem ria e implante extraterrestres de corpos humanos e seus campos de energia circundantes Meu trabalho se utiliza principalmente como ajuda adicional psicoterapia Entre meus clientes tenho homens de neg cios construtores artistas profissionais terapeutas e meninos A energia extraterrestre muito fluida t o dentro do corpo como quando se retira e deve ser contida o antes poss vel As redes de energia revistam estar fechadas ao redor do cora o ou em uma fo
526. s de enfermidades as condi es sanit rias por debaixo do m nimo e a ignor ncia da medicina preventiva se unem para elevar a soleira a partir do qual se dispara o ceticismo de uma popula o cada vez mais se desesperada No momento de escrever estas linhas o membro mais popular e mais votado da Duma um importante defensor do ultranacionalista Vladimir Zhirinovski um tal Anatoli Kashprirovski um curandeiro que dist ncia com a luz deslumbrante de seu rosto na tela do televisor cura enfermidades que v o de uma h rnia at a AIDS Sua Face p e em funcionamento rel gios danificados Existe uma situa o mais ou menos an loga na China depois da morte do Mao Zedong e a gradual emerg ncia de uma economia de mercado apareceram os vnis a canaliza o e outros exemplos de pseudoci ncia Ocidental junto com pr ticas chinesas t o antigas como a adora o dos ancestrais a astrologia e as adivinha es especialmente a vers o que consiste em jogar gravetos e examinar os velhos 44 hexagramas do 7 Ching O peri dico do governo lamentava que a supersti o da ideologia feudal cobre nova vida em nosso pa s Era e segue sendo um mal principalmente rural n o urbano Os indiv duos com poderes especiais atra am um grande n mero de seguidores Conforme diziam podiam projetar Qi o campo de energia do universo desde seu corpo para trocar a estrutura molecular de um produto qu mico a dois mil quil metr
527. s de f sica matem tica lgebra matricial e teoria de grupos maioria dos estudantes de f sica isso lhes poderia ocupar por exemplo do terceiro grau at os primeiros anos de universidade uns quinze anos aproximadamente Com tudo este programa de estudo n o se consegue aprender realmente a mec nica qu ntica a n o ser s estabelecer o marco matem tico que se requer para fazer uma aproxima o em profundidade A tarefa do divulgador cient fico para tentar transmitir uma ideia de mec nica qu ntica a um p blico general que n o passou por esses ritos de inicia o intimidat ria Certamente em minha opini o nenhuma populariza o da mec nica qu ntica teve xito nunca em parte por esta raz o Estas complexidades matem ticas se veem agravadas pelo fato de tratar se de uma teoria t o resolutamente n o intuitiva O sentido comum quase in til para aproximar se dela N o serve perguntar se por que assim disse em uma ocasi o Richard Feynman Ningu m sabe por que assim como Agora suponhamos que quer amos nos aproximar com ceticismo a alguma religi o escura doutrina da Nova Era ou sistema xamanista de cren as Temos a mente aberta entendemos que aqui h algo interessante apresentamo nos ao praticante e lhe pedimos um resumo intelig vel Em lugar disso diz nos que muito dif cil intrinsecamente para explic lo com simplicidade que est cheio de mist rios mas se estivermos dispostos a nos
528. s de suas m es antes de chegar ao d cimo segundo m s Era um dos incont veis milh es de meninos escravos com nulas perspectivas realistas de uma vida plena O que Bailey viu e experimentou de pequeno lhe marcou para sempre Frequentemente me despertaram ao nascer o dia os alaridos dilaceradores de minha tia a que o supervisor estava acostumado a atar a um poste para lhe a oitar as costas nua at deix la literalmente coberta de sangue Da sa da para p r do sol se dedicava a amaldi oar desvairar ferir e a oitar aos escravos do campo Parecia desfrutar manifestando sua diab lica barb rie Aos escravos tinham metido na cabe a tanto na planta o como do p lpito o tribunal e a c mara legislativa a ideia de que eram inferiores hereditariamente que Deus os destinou mis ria A Santa B blia como se confirmava em um n mero incont vel de passagens consentia a escravid o Desse modo a peculiar institui o se mantinha a si mesmo apesar de sua natureza monstruosa da que at seus praticantes deviam ser conscientes Havia uma norma muito reveladora os escravos deviam seguir sendo analfabetos No sul de antes da guerra qu o brancos ensinavam a ler a um escravo recebiam um castigo severo Para ter contente a um escravo escreveu Bailey mais adiante necess rio que n o pense necess rio obscurecer sua vis o moral e mental e sempre que for poss vel aniquilar o poder da raz o Es
529. s de vidas salvas ou possibilitadas pela tecnologia m dica ou agr cola Para ser justo entretanto deveria mencionar que o professor do Gilligan s Island estava acostumado a usar seu conhecimento da ci ncia para resolver problemas pr ticos dos marginados Vivemos em uma era complexa em que muitos dos problemas a que nos enfrentamos sejam quais sejam suas origens s podem ter solu es que implicam uma compreens o profunda da ci ncia e a tecnologia a sociedade moderna necessita desesperadamente as melhores mentes dispon veis para procurar solu es a estes problemas N o acredito que a programa o televisiva dos s bados pela manh nem a maior parte do menu de v deo dispon vel na Am rica do Norte ajude a muitos jovens dotados a seguir uma carreira de ci ncia ou engenharia Ao longo dos anos foram aparecendo grande quantidade de s ries de televis o cr dulas acr ticas e especiais sobre percep o extrassensorial canaliza o o tri ngulo das Bermudas vnis antigos astronautas Big Foot e coisas similares A importante s rie In Search of come a com uma ren ncia responsabilidade de apresentar uma vis o equilibrada do tema v se nela uma sede de maravilhas que n o est temperada nem sequer pelo ceticismo cient fico mais rudimentar Virtualmente algo que algu m diga ante a c mara verdade A ideia de que possa haver explica es alternativas que se decidiriam segundo o peso das provas n
530. s desde toda a pista que surpreso de si mesmo encolheu se de ombros Em troca h vezes que algu m est frio e n o entra nada Quando um jogador est em plena forma parece aproveitar se de algum poder misterioso e quando est frio como se estivesse submetido a algum tipo de azarado ou malef cio Mas isto pensamento m gico n o cient fico As rajadas longe de ser curiosas esperam se inclusive de acontecimentos aleat rios O que seria surpreendente que n o houvesse rajadas Se lan ar dez vezes seguidas uma moeda ao ar poderia conseguir esta sequ ncia de cara e cruz CCCXCXCCCC Oito caras de cada dez e quatro seguidas poss vel que tenha exercido algum controle psicocin tico sobre a moeda Ou estava em uma rajada de caras Parece muito regular para ser casualidade Mas ent o recordo que lancei a moeda antes e depois desta s rie de caras que se encontra dentro de uma sequ ncia muito mais larga e menos interessante COXCXXCCCX CXOCCOCXCXXCXCXX Se pudesse emprestar aten o a alguns resultados e ignorar outros sempre seria capaz de demonstrar que h algo excepcional em minha rajada Esta uma das fal cias de nossa equipe de detec o de mentiras a contagem de circunst ncias favor veis Recordamos os acertos e esquecemos os enganos Se o tiro a meia dist ncia de algu m tem um m dio ordin rio de cinquenta por cento e lhe imposs vel melhorar a estat stica for a de vontade o mais prov vel
531. s documentos e pediu a Aliem que resolvesse Para isso o f sico tema que voltar a entrar no futuro com o fim de encontrar as respostas Sem fazer se de rogar Aliem chegava a seguinte sess o com um documento esclarecedor escrito com sua letra Lindner se encontrou esperando ansiosamente cada entrevista para sentir se cativado uma vez mais pela vis o da abundante vida e intelig ncia na gal xia Entre os dois foram capazes de resolver muitos problemas de coer ncia Ent o ocorreu algo estranho Os materiais da psicose do Kirk e o tal o do Aquiles de minha personalidade se encontraram e encaixaram como a engrenagem de um rel gio O psicanalista se converteu no co conspirador no del rio de seu paciente Come ou a recha ar as explica es psicol gicas da hist ria de Aliem Que seguran a temos de que n o possa ser realmente verdade encontrou se a si mesmo defendendo a ideia de que se podia entrar em outra vida na de um viajante do espa o no futuro long nquo mediante um simples esfor o de vontade A um ritmo surpreendentemente r pido a fantasia ia ocupando reas cada vez mais grandes de meu pensamento Com a ajuda do Kirk assombrado eu participava de aventuras c smicas e compartilhava a emo o daquela extravag ncia envolvente que ele tinha maquinado Mas finalmente ocorreu algo ainda mais estranho preocupado pelo bem estar de seu terapeuta e acumulando uma reserva admir vel de integridade e coragem Kirk Aliem
532. s e ticas que funcionaram bastante bem em tempos patriarcais patr sticos ou medievais possam carecer absolutamente de valor no mundo t o diferente que habitamos Em que serm o se examina imparcialmente a hip tese de Deus Que recompensas concedem aos c ticos religiosos as religi es estabelecidas ou aos c ticos sociais e econ micos a sociedade em que navegam A ci ncia aponta Ann Druyan sempre nos est sussurrando ao ouvido Recorda que novo nisto Poderia estar equivocado Equivocaste te antes Apesar de toda a pr dica sobre a humildade eu gostaria que me ensinassem algo compar vel na religi o diz se que as Escrituras s o de inspira o divina uma frase com muitos significados Mas e se tiverem sido fabricadas simplesmente por humanos fal veis d se testemunho de milagres mas e se em lugar disso s o uma mescla de mentira estados de consci ncia pouco familiares m s interpreta es de fen menos naturais e enfermidades mentais N o me parece que nenhuma religi o contempor nea e nenhuma cren a da Nova Era tenha em conta suficientemente a grandeza magrnific ncia sutileza e complica o do universo revelado pela ci ncia O fato de que nas Escrituras se achem prefigurados t o poucos descobrimentos da ci ncia moderna contribui com majores duvida a minha mente sobre a inspira o divina Mas sem d vida poderia estar equivocado Vale a pena ler os dois par grafos que seguem n o para entender a ci
533. s e diretas a seus sujeitos mas em muitos casos Os terapeutas que tratam rotineiramente as abdu es por extraterrestres d o indica es a seus pacientes a alguns com grande detalhe a outros mais sutil e indiretamente O psiquiatra George Ganaway tal como o refere Lawrence Wright exp s em uma ocasi o a uma paciente altamente sugestion vel sob hipnose que tinha perdido a lembran a de cinco horas de um dia determinado Quando mencionou uma luz brilhante sobre sua cabe a imediatamente lhe falou de vnis e extraterrestres Depois de insistir o psiquiatra em que tinham experiente com ela apareceu uma detalhada hist ria de abdu o Mas quando saiu do transe e analisou o v deo da sess o ela mesma reconheceu que tinha notado a emerg ncia de algo como um sonho Durante o ano seguinte entretanto voltou repetidas vezes ao material do sonho Elizabeth Loftus psic loga da Universidade de Washington encontrou que se pode fazer acreditar em sujeitos n o hipnotizados que viram algo que n o viram Um experimento t pico que os sujeitos vejam um filme de um acidente de carro Nele curso da interroga o sobre o que viram lhes d casualmente informa o falsa Por exemplo faz se refer ncia a um sinal de stop apesar de n o haver nenhuma no filme Muitos recordam ent o obedientemente ter visto um sinal de stop Quando lhes revela o engano alguns protestam com veem ncia e insistem em que recordam o sinal vividamente Quanto mai
534. s e oferendas florais seu aspecto imponente Um dia trocando de canais encontramo nos com esta Face Sabem quem esse cara perguntou nosso filho de quatro anos Deus A organiza o mundial da MT tem uma valora o estimada de tr s mil e milh es de d lares Pr vio pagamento de uma taxa promete que atrav s da medita o podem fazer que algu m atravesse paredes volte se invis vel e voe Pensando ao un ssono conforme dizem reduziram o ndice de delitos em Washington D C e provocaram o colapso da Uni o Sovi tica entre outros milagres seculares N o se ofereceu a mais m nima prova real de tais afirma es MT vende medicina popular dirige companhias comerciais cl nicas m dicas e universidades de investiga o e tem feito uma incurs o sem xito na pol tica Com sua l der de estranho carisma sua promessa de comunidade e o oferecimento de poderes m gicos em troca de dinheiro e uma f fervente o paradigma de muitas pseudoci ncias comercializadas para a exporta o sacerdotal Cada vez que se renuncia aos controles civis e educa o cient fica se produz outro pequeno pux o da pseudoci ncia Liev Trotski o descreveu referindo se a Alemanha em v speras da tira do poder por parte do Hitler mas a descri o poderia haver se aplicado igualmente Uni o Sovi tica de 1933 N o s nas casas dos camponeses mas tamb m nos arranha c u da cidade junto ao s culo XX convive o XIII Cem
535. s f ceis evitar o escrut nio c tico apelar a nossos temores e desvalorizar a experi ncia nos convertendo em praticantes rotineiros e c modos al m de v timas da credulidade Sim o mundo seria mais interessante se houvesse vnis espreita nas guas profundas das Bermudas tragando se navios e avi es ou se os mortos pudessem fazer se com o controle de nossas m os e nos escrever mensagens Seria fascinante que os adolescentes fossem capazes de fazer saltar o auricular do telefone de sua forquilha s com o pensamento ou que nossos sonhos pudessem predizer acertadamente o futuro com maior assiduidade que a que pode explicar se pela casualidade e nosso conhecimento do mundo Todo isso s o exemplos de pseudoci ncia Pretendem utilizar m todos e descobrimentos da ci ncia enquanto que em realidade s o desleais a sua natureza frequentemente porque se apoiam em provas insuficientes ou porque ignoram chaves que apontam em outra dire o Est o infestados de credulidade Com a coopera o desinformada e frequentemente a coniv ncia c nica de peri dicos revistas editores r dio televis o produtores de cinema e similares essas ideias se encontram facilmente em todas as partes Muito mais dif ceis de encontrar como pude constatar em meu encontro com o senhor Buckley s o os descobrimentos alternativos mais desafiantes e inclusive mais assombrosos da ci ncia A pseudoci ncia mais f cil de inventar que a ci ncia po
536. s ideias combinada com o escrut nio mais rigoroso e c tico de todas as ideias seleciona o trigo do joio N o importa o inteligente vener vel ou querido que seja um Deve demonstrar suas ideias ante a cr tica decidida e perita valorizam se a diversidade e o debate respira se a formula o de opini es em disputa substantivamente e em profundidade O processo da ci ncia pode parecer confuso e desordenado De certo modo o Se a gente examinar a ci ncia em seu aspecto cotidiano certamente encontra que os cientistas ocupam toda a gama de emo es personalidades e caracteres humanos Mas h uma faceta realmente assombrosa para o observador externo e o n vel de cr tica que se considera aceit vel ou inclusive desej vel Os aprendizes de cientistas recebem muito calor e inspirado f lego de seus tutores Mas o pobre licenciado em seu exame oral de doutorado est sujeito a um mordaz fogo cruzado de perguntas de uns professores que precisamente t m o futuro do candidato em suas m os Naturalmente o doutorado fica nervoso quem n o Certo preparou se para isso durante anos Mas entende que neste momento cr tico tem que ser capaz de responder as minuciosas perguntas que lhe exponham os peritos Assim quando se prepara para defender sua tese deve praticar um h bito de pensamento muito til tem que antecipar as perguntas tem que perguntar se Em que ponto fraqueja minha disserta o Ser melhor que o eu identifique antes qu
537. s idiomas mais importantes fica os auriculares para escutar em direto das ordens cifradas do Estado Maior da na o objetivo at conversa es ntimas Para outro tipo de material os ordenadores destacam palavras chave que reclamam aten o humana a mensagens espec ficas ou conversa es importantes armazena se tudo de modo que seja poss vel voltar a revisar as fitas magn ticas rastrear a primeira apari o de uma palavra c digo por exemplo ou exigir responsabilidade em uma crise Algumas intercepta es se fazem desde postos de escuta em pa ses pr ximos Turquia para a R ssia ndia para a China desde avi es e navios que patrulham pela zona ou desde sat lites de observa o na rbita da Terra H um baile cont nuo de medidas e contra medidas entre a ANS e os servi os de seguran a de outras na es que como compreens vel n o desejam ser escutadas Agora acrescentemos a esta mescla j dura de por si a Lei de Liberdade de Informa o LLD Formula se uma demanda a ANS de toda a informa o que tenha dispon vel sobre os vnis lei lhe exige uma resposta embora certamente sem revelar m todos e fontes A ANS tamb m tem a obriga o s ria de n o alertar de suas atividades a outras na es amigas ou inimizades de um modo inoportuno e molesto politicamente Assim um relat rio mais ou menos t pico dos que entrega a ANS em resposta a uma demanda da LLI tem um ter o tachado da p gina um fragmento
538. s linhas heredit rias O pai sorri ao menino o menino devolve o sorriso e se forja ou fortalece um v nculo Assim que o menino capaz de ver reconhece faces e agora sabemos que esta habilidade est bem conectada em nosso c rebro Os beb s que faz um milh o de anos eram incapazes de reconhecer uma Face devolviam menos sorrisos era menos prov vel que ganhassem o cora o de seus pais e tinham menos probabilidades de prosperar Hoje em dia quase todos os beb s identificam com rapidez uma Face humana e respondem com uma careta Como efeito secund rio involunt rio a efici ncia do mecanismo de reconhecimento de formas em nosso c rebro para isolar uma Face entre um mont o de detalhes tal que s vezes vemos caras onde n o as h Reunimos fragmentos desconexos de luz e escurid o e inconscientemente tentamos ver uma Face O Homem da Lua um resultado O filme Blow up do Michelangelo Antonioni descreve outro H muitos mais exemplos s vezes uma forma o geol gica como a do Homem Velho das Montanhas na Franconia Notch New Hampshire Sabemos que mais que um agente sobrenatural ou uma antiga civiliza o que pelo resto n o se tem descoberto em New Hampshire produto da eros o e os desprendimentos de uma superf cie de rocha Em todo caso j n o se parece muito a uma Face Est o tamb m a Cabe a do Diabo na Carolina do Norte a Esfinge no Wastwater Inglaterra a Velha na Fran a a Rocha Variam em Arm nia
539. s ruas ao redor do edif cio de apartamentos as folhas ca am e formavam pequenos redemoinhos cada uma com vida pr pria Era agrad vel estar dentro de casa a salvo e quente enquanto minha m e preparava o jantar na cozinha ao lado Em nosso apartamento n o havia meninos maiores que implicassem com os menores sem motivo Precisamente na semana anterior me havia visto envolto em uma briga n o recordo depois de tantos anos com quem possivelmente fora com o Snoony gata do terceiro piso e depois de um violento golpe meu punho atravessou o cristal da vitrine da farm cia do Schechter O senhor Schechter se mostrou sol cito N o se preocupe tenho seguro disse enquanto me lubrificava o pulso com um antiss ptico incrivelmente doloroso Minha m e me levou a m dico que tinha a consulta na planta baixa de nosso bloco Com umas pin as extraiu um fragmento de vidro e provido de agulha e linha aplicou me dois pontos Dois pontos tinha repetido meu pai de noite Sabia de pontos porque era cortador na ind stria da confec o seu trabalho consistia em cortar com uma tem vel serra el trica moldes as costas por exemplo ou mangas para casacos e trajes de senhora de um mont o de tecido Continuando umas intermin veis fileiras de mulheres sentadas diante de m quinas de costurar Agradava lhe que me tivesse zangado tanto para vencer minha natural timidez s vezes bom devolver o golpe Eu n o tinha pensado e
540. sa esp cie O doutor Teller e eu nos reunimos em privado Debatemos em reuni es cient ficas nos meios de comunica o nacionais e em uma sess o a porta fechada no Congresso Tivemos importantes desacordos especialmente no relativo Guerra nas Estrelas o inverno nuclear e a defesa dos asteroides Possivelmente todo isso seja a causa irremedi vel de minha opini o sobre ele Embora haja sido sempre um fervente anticomunista e tecn filo quando repasso sua vida me parece ver algo mais em seu intento desesperado de justificar a bomba de hidrog nio dizendo que seus efeitos n o eram t o maus como se poderia pensar Pode se usar para defender ao mundo de outras bombas de hidrog nio para a ci ncia para a engenharia civil para proteger popula o dos Estados Unidos contra as armas termonucleares de um inimigo para liberar guerras humanas para salvar ao planeta de riscos aleat rios do espa o De algum modo quer acreditar que a esp cie humana reconhecer as armas termonucleares e a ele como uma salva o e n o como sua destrui o Quando a investiga o cient fica proporciona uns poderes formid veis certamente tem veis a na es e l deres pol ticos fal veis aparecem muitos perigos a gente que alguns cientistas implicados podem perder a objetividade como sempre o poder tende a corromper Nestas circunst ncias a institui o do segredo especialmente perniciosa e os controles e equil brios de uma democrac
541. sa oferecer uma afirma o err nea ou fraudulenta Mas que haja alguma cura milagrosa gra as f independentemente da capacidade de curar se pr pria do corpo francamente duvidoso Em segundo lugar a ci ncia p e ao descoberta suas fraudes e enganos quase exclusivamente por si mesmo uma disciplina que se vigia a si mesmo o que significa que os cientistas s o conscientes do potencial de mentira e engano que existe Mas quase nunca s o os curandeiros quem revela a fraude e engano na cura pela f Certamente surpreendente a resist ncia das Iglesias e sinagogas a condenar o engano demonstr vel entre suas filas Quando fracassa a medicina convencional quando temos que nos enfrentar dor e a morte certamente estamos abertos a outras perspectivas de esperan a E ao fim e ao cabo h algumas enfermidades psicog nicas Muitas podem ser quando menos mitigadas com uma mentalidade positiva Os placebos s o medicamentos fict cios frequentemente pastilhas de a car As companhias de medicamentos comparam rotineiramente a efic cia de seus medicamentos com os placebos administrados a pacientes com a mesma enfermidade sem possibilidade de reconhecer a diferen a entre o f rmaco e o placebo Os placebos podem ser assombrosamente efetivos especialmente para resfriados ansiedade depress o dor e sintomas que veross mil que estejam gerados pela mente conceb vel que o fato de acreditar possa produzir endorfinas peq
542. sam ao longo dos anos a maioria dos americanos acreditam que nos visitam seres extraterrestres em vnis Em uma pesquisa Roper de 1992 especialmente encarregada pelos que aceitam a hist ria da abdu o extraterrestre com convie o dezoito por cento de quase seis mil adultos americanos disseram que s vezes despertavam paralisados conscientes da presen a de um ou mais seres estranhos em sua habita o Treze por cento declara estranhos epis dios de tempo perdido deten o do tempo e dez por cento declara ter pirado pelo ar sem assist ncia mec nica S com esses resultados os promotores da pesquisa concluem que dois por cento dos americanos foram abduzidos muitos deles repetidas vezes por seres de outros mundos A quest o de se os pesquisados tinham sido sequestrados realmente por extraterrestres n o se exp s nunca Se acredit ssemos a conclus o alcan ada pelos que financiaram e interpretaram os resultados desta pesquisa e se os extraterrestres n o s o parciais com os americanos 0 n mero de abduzidos em todo o planeta seria superior a cem milh es de pessoas Isso significa uma abdu o cada poucos segundos durante as ltimas d cadas surpreendente que n o o tenham notado mais vizinhos O que ocorre aqui Quando uma fala com os que se auto descrevem como abduzidos a maioria parecem muito sinceros embora submetidos a fortes emocione Alguns psiquiatras que os examinaram dizem que n o encontram mais provas de psic
543. santo criticou a pr tica da tortura e queima de bruxas e hereges por que N o eram conscientes do que ocorria N o eram capazes de captar sua maldade E por que Maria sempre d ordens ao pobre campon s de informar s autoridades por que n o as admoesta ela mesma Ou ao rei Ou batata Nos s culos XIX e XX certo algumas apari es adquiriram grande import ncia na F tima Portugal a Virgem mostrou sua c lera em 1917 pela substitui o do governo da Igreja por um governo secular e no Garabandal Espanha em 1961 1965 amea ou com o fim do mundo se n o se respeitavam a partir de ent o doutrinas pol ticas e religiosas conservadoras Acredito ver muitos paralelos entre as apari es marianas e as abdu es como extraterrestres embora no primeiro caso os testemunhos n o s o levados a c u a grande velocidade nem sofrem intromiss es em seus rg os reprodutores As criaturas que se declaram ver s o diminutas quase sempre de apenas um metro V m do c u O conte do da comunica o a pesar da suposta origem celestial mundano Parece haver uma clara rela o com o fato de dormir e sonhar s testemunhas normalmente mulheres d lhes apuro falar especialmente depois de enfrentar se a ridiculariza o por parte dos var es em posi es de autoridade Apesar de tudo persistem insistem em ter visto realmente o que dizem H distintas maneiras de transmitir as hist rias comentam se com af e isso permite
544. sassinato do presidente Reagan mas detalhe importante foi gravada antes ou depois do acontecimento Ou Estes abusos do governo exigem uma revolu o embora seja imposs vel fazer uma omelete sem romper antes os ovos Sim mas nesta revolu o morrer mais gente que com o regime anterior O que sugere a experi ncia de outras revolu es S o desej veis e em interesse do povo todas as revolu es contra regimes opressivos palavras equ vocas P ex A separa o de poderes da Constitui o dos Estados Unidos especifica que este pa s n o pode entrar em guerra sem uma declara o do Congresso Por outro lado os presidentes t m o controle da pol tica externa e a dire o das guerras que s o ferramentas potencialmente capitalistas para conseguir a reelei o Os presidentes de qualquer partido pol tico poderiam ver se tentados portanto a dispor guerras enquanto levantam a bandeira e chamam as guerras outra coisa a es de pol cia incurs es armadas colpes reativos de amparo pacifica o salvaguarda dos interesses americanos e uma grande variedade de opera es como as da Opera o Causa Justa Os eufemismos para a guerra formam parte de uma grande classe de reinven es da linguagem com fins pol ticos Talleyrand disse Uma arte importante dos pol ticos encontrar nomes novos para institui es que sob seus nomes velhos se feito odiosas ao povo Conhece
545. se e potencializar todas as atividades espirituais Dois deles foram adquiridos por bondosos seguidores nos Estados Unidos em troca da contribui o substancial que requer o professor ascendido Ou sob o titular as guas do Carlos O professor ascendido encontra de vez em quando gua de tal pureza que empreende a energiza o de uma quantidade dela para benef cio de outros um processo intensivo Para produzir o que sempre pouco o professor ascendido se desencarde ele mesmo e uma quantidade de cristal de quartzo puro moldado em frascos A seguir se coloca ele mesmo e os cristais em uma grande terrina de cobre gentil e quente Durante um per odo de vinte e quatro horas o professor ascendido verte energia no dep sito espiritual da gua N o faz falta tirar a gua do frasco para utiliz la espiritualmente S sustentar o frasco e concentrar se em curar uma ferida ou enfermidade produzir resultados assombrosos Entretanto se lhe acontecer um infort nio s rio a voc ou a um ser pr ximo umas gotas da gua energizada lhe ajudar o imediatamente recupera o Ou L GRIMAS DO Carlos A cor vermelha dos frascos que h modelado o professor subido para as l grimas prova suficiente de seu poder mas sua emo o sic durante a medita o foi descrita pelos que a experimentaram como gloriosa unicidade Tamb m h um livrinho Os ensinos do Carlos que come a EU SOU CARLOS CHEGUEI AT TI ATRAV
546. se no fen meno do Elvis Presley e o sincero grito O rei vive Se podem surgir deste modo sistemas de cren a espont neos imaginemos o que poderia fazer se com uma campanha bem organizada e especialmente carente de escr pulos Em resposta a suas perguntas Randi prop s no programa Sixty Minutes da Austr lia a ideia de gerar um engano desde o come o utilizando a algu m sem nenhuma prepara o de magia nem para falar em p blico e sem experi ncia de pregador Enquanto pensava na organiza o da patranha seus olhos foram dar em seu inquilino Jos Luis lvarez um jovem escultor de categoria por que n o respondeu lvarez que parecia uma pessoa brilhante corajosa e s ria submeteu se a uma prepara o intensiva incluindo ensaios de apari o em televis o e confer ncias de imprensa N o tinha que pensar as respostas porque tinha um receptor de r dio quase invis vel no ouvido atrav s do que Randi lhe apontava enviando as no Sixty Minutes comprovaram a atua o do lvarez A pessoa do Carlos era uma inven o do lvarez Quando lvarez e seu manager tamb m recrutado para o trabalho sem experi ncia pr via chegaram ao Sydney ali estava James Randi discreto sem chamar a aten o sussurrando no transmissor de um rinc o Toda a documenta o explicativa era falsa A maldi o o copo de gua e todo o resto eram para atrair a aten o dos meios de comunica o Atra ram na Muitas pes
547. sideremos esta an lise do doutor Corydon Hammond antigo presidente da Sociedade Americana de Hipnose Cl nica Dir lhes ei que essa gente os c ticos s o primeiro ing nuos e com limitada experi ncia cl nica segundo t m o tipo de ingenuidade que a gente tem sobre o Holocausto ou s o t o intelectuais e c ticos que o duvidam tudo ou terceiro eles mesmos s o gente de culto E posso assegurar que h pessoas que se encontram nesta posi o H pessoas que s o m dicos profissionais da sa de mental que est o implicados nos cultos que est o formando cultos transgeracionais Penso que a investiga o realmente clara temos tr s estudos em um se encontrou que vinte e cinco por cento e em outro vinte por cento de pacientes m ltiplos n o internados com transtornos m ltiplos de personalidade parecem ser v timas de abuso de culto e no terceiro realizado em uma unidade especializada de pacientes internos subia aos cinquenta por cento Em algumas de suas declara es parece acreditar que a CIA realizou experimentos de controle mental de car ter nazista e sat nicos sobre dezenas de milhares de confiados cidad os americanos O motivo global pensa Hammond criar uma ordem sat nica que governar o mundo H especialistas nas tr s classes de lembran as recuperadas de abdu o como extraterrestres de culto sat nico e para recuperar lembran as reprimidas de abuso sexual na inf ncia Como comum
548. sitante extraterrestre um canalizador ou um curandeiro nos meios de comunica o tratava se o tema sem profundidade nem cr tica N o se apresentava nenhuma mem ria no estudo de televis o jornal ou revista sobre outras afirma es similares que tinham demonstrado ser patranhas e enganos O CSICOP representa um contrapeso embora sua voz ainda n o bastante alta ante a credulidade na pseudoci ncia que parece intr nseca a grande parte dos meios de comunica o Uma de minhas tiras humor sticas favoritas mostra a um adivinho que analisa a palma da m o de algu m para chegar com gravidade conclus o Voc muito cr dulo O CSICOP publica um peri dico bimensal chamado The Skeptical Inquirer O dia que chega levo me isso do escrit rio a casa e o folheio intrigado para saber que novas confus es se revelar o Sempre aparece um engano no que n o tinha pensado nunca C rculos nos campos de cultivo Os extraterrestres vieram e desenharam c rculos perfeitos e mensagens matem ticas sobre os cereais A quem lhe podia ocorrer algo assim Um meio art stico t o improv vel Ou vieram e tiraram as v sceras s vacas a grande escala sistematicamente Os granjeiros est o furiosos Ao princ pio me impressiona a criatividade das hist rias Mas logo com uma reflex o mais s bria sempre me assombra o aborrecidos e rotineiros que s o os relatos que recopila o de ideias mais pouco imaginativas e estanques chauvinismos espe
549. so Muitas eram t o antigas como o Sol ou mais por isso havia tempo suficiente para que tivesse evolu do a vida inteligente O Laborat rio de Propuls o a Jato da Caltech acabava de lan ar um foguete de dois corpos ao espa o Est vamos claramente caminho da Lua e os planetas por que outros seres mais velhos e mais inteligentes n o podiam ser capazes de viajar de sua estrela nossa por que n o Isso ocorria poucos anos depois do bombardeio da Hiroshima e Nagasaki Possivelmente os ocupantes dos vnis estavam preocupados conosco e tentavam nos ajudar Ou possivelmente queriam assegurar se de que n s e nossas armas nucleares n o f ssemos incomodar os Muita gente membros respeit veis da comunidade oficiais de pol cia pilotos de linhas a reas comerciais pessoal militar parecia ver disco voador s E al m de algumas vacila es e risos eu n o conseguia encontrar argumentos em contra Como podiam equivocar se todas essas testemunhas O que mais os discos tinham sido detectados por radar e se tinham tomado fotografias deles Sa am nos peri dicos e revistas ilustradas Inclusive se falava de acidentes de discos voadores e de uns cad veres de extraterrestres com dentes perfeitos que adoeciam nos congeladores das For as A reas no sudoeste O ambiente general foi resumido na revista Life uns anos mais tarde com estas palavras A ci ncia atual n o pode explicar esses objetos como fen menos naturais a n o ser u
550. soas com aspecto estranho que se aproximam de sua Face Assim come a a busca da resposta do que lhe t m feito a um os extraterrestres Ser um dos milhares de abduzidos por vnis A gente lhe chamar louco A raz o das estranhas criaturas que a torazina distorce a vis o do subconsciente riram do escritor ridicularizaram lhe amea aram sua vida por apresentar essas ideias A hipnose prepara a mente para a invas o de dem nios diabos e homenzinhos cinzas Deus quer que vamos vestidos e com a mente s Tudo o que possam fazer seus homenzinhos cinzas Cristo pode faz lo melhor Espero n o me sentir nunca t o superior como para n o reconhecer que a Cria o n o est limitada a mim mesma mas sim abrange ao universo e todas suas entidades Em 1977 um ser celestial me falou de uma les o que tive em 1968 na cabe a Uma carta de um homem que teve vinte e quatro encontros distintos com um ve culo flutuante em forma de pires silencioso e que em consequ ncia experimentou um desenvolvimento progressivo e uma amplia o de fun es mentais como a clarivid ncia a telepatia e a estimula o canaliza o da energia de vida universal com o objetivo de curar Ao longo dos anos vi e falado com fantasmas recebi a visita de extraterrestres embora de momento n o me abduziram vi cabe as tridimensionais flutuando junto a minha cama ouvi chamar a minha porta Essas experi ncias pareciam reais como a vida m
551. soas tinham ido Casa da pera pela aten o que lhe tinham emprestado a televis o e a imprensa Uma cadeia de peri dicos da Austr lia chegou a imprimir palavra por palavra os comunicados da Funda o Carlos Quando Sixty Minutes fez p blico o engano outros meios de comunica o australianos ficaram furiosos Queixavam se de ter sido utilizados tinham lhes mentido Igual a h diretrizes legais sobre o uso de provocadores por parte da pol cia trovejava Peter Robinson na Australian Financial Review deve haver um limite ao direito dos meios de comunica o a expor uma situa o equ voca Eu francamente n o posso aceitar que dizer uma mentira seja uma maneira aceit vel de informar da verdade Todos os sondagens da opini o p blica mostram que h uma suspeita entre o p blico general de que os meios de comunica o n o dizem toda a verdade ou que distorcem as coisas exageram ou s o tendenciosos O senhor Robinson temia que Carlos pudesse ter dado cr dito a esta estendida percep o err nea Os titulares foram desde Como Carlos os ridicularizou a todos at O engano era est pido Qu o peri dicos n o tinham anunciado ao Carlos a s o de trompetistas se congratulavam de suas reservas Negus disse do Sixty Minutes At as pessoas ntegras podem cometer enganos e negou que se deixou enganar Algu m que se presente como canalizador disse uma fraude por defini o
552. somos umas cem vezes mais Quer dizer se ent o havia dez pessoas do calibre do Thomas Jefferson agora deveria haver 10 x 100 1 000 Thomas Jefferson Onde est o Uma raz o pela que a Constitui o um documento ousado e valente que permite a mudan a cont nua at da forma de governo se o povo o desejar Como ningu m disp e da sabedoria suficiente para prever que ideias responder o s necessidades sociais mais prementes embora sejam contr rias intui o e tenham causado preocupa o no passado este documento tenta garantir a express o mais plena e livre das opini es Certamente isso tem um pre o A maioria de n s defende a liberdade de express o quando vemos um perigo de que se suprimam nossas opini es Entretanto n o nos preocupa t o quando opini es que desprezamos encontram de vez em quando um pouco de censura Mas dentro de certas circunst ncias estreitamente circunscritas o famoso exemplo do juiz de paz Oliver Wendell Holmes era criar o p nico gritando fogo em um teatro cheio sem ser verdade permitem se grandes liberdades nos Estados Unidos Os colecionadores de armas t m a liberdade de utilizar retratos do presidente do Tribunal Supremo o porta voz do Congresso ou o diretor do FBI para suas pr ticas de tiro os cidad os que veem ofendida sua mentalidade c vica t m liberdade de queimar a ef gie do presidente dos Estados Unidos Embora se burlem dos valores judeu crist o isl micos
553. sovi ticos Ningu m mant m suponho que uns stalinistas recalcitrantes tivessem manipulado as fitas magn ticas ou que os antigos sovi ticos estivessem envoltos em atividades de engenharia a uma escala sem precedentes e at agora sem revelar sobre a superf cie de V nus onde toda espa onave que aterrissou ficou frita no prazo de uma ou duas horas Todos os ind cios assinalam que este fen meno seja o que seja deve se geologia O mesmo ocorre com o que parece ser um retrato do Bugs Bunny sobre a lua de Urano Ariel Uma imagem do telesc pio espacial Hubble de Tit no infravermelho pr ximo mostra nuvens configuradas de modo que parecem uma Face sorridente das dimens es do mundo Cada cientista planet rio tem seu exemplo favorito A astronomia da Via L ctea tamb m est repleta de similitudes imaginadas Cabe a de Cavalo Esquim Coruja Hom nculo Tar ntula e Nebulosa a Am rica do Norte todas nuvens irregulares de g s e p iluminadas por estrelas brilhantes e cada uma delas a uma escala que diminui nosso sistema solar Quando os astr nomos fixaram no mapa a distribui o das gal xias at umas poucas centenas de milh es de anos luz encontraram se perfilando uma rudimentar forma humana que se deu em chamar o homem da fortifica o A configura o se entende como um pouco parecido a enormes borbulhas adjacentes de sab o com as gal xias formadas na superf cie das borbulhas e quase nenhuma no interior Isso faz
554. spera na o p s hitleriana com sua ideologia intacta exceto no antissemitismo imaginemos qual seria ent o a carga psicol gica dos sobreviventes do Holocausto Possivelmente ent o seriam capazes de esquecer porque a lembran a lhes faria a vida insuport vel Se existir algo assim como a repress o e recupera o posterior de lembran as desagrad veis possivelmente requeira duas condi es 1 que o abuso tenha ocorrido realmente e 2 que se exija v tima simular durante compridos per odos de tempo que nunca ocorreu O psic logo social da Universidade da Calif rnia Richard Ofshe explica Quando se pede a qu o pacientes contem como recuperaram as lembran as declaram que reuniram fragmentos de imagens ideias sentimentos e sensa es para dar coer ncia hist ria Como o que se chama trabalho da mem ria dura alguns meses os sentimentos se convertem em imagens vagas as imagens se convertem em figuras e as figuras em pessoas conhecidas Um vago desconforto em certas partes do corpo se reinterpreta como uma viola o na inf ncia As sensa es f sicas originais aumentadas s vezes pela hipnose etiquetam se ent o como lembran as do corpo N o h mecanismo conceb vel pelo que os m sculos do corpo possam armazenar lembran as Se esses m todos n o conseguem persuadir o terapeuta pode recorrer a pr ticas ainda mais duras Alguns pacientes se inscrevem em grupos de sobreviv ncia nos que devem suportar a pr
555. squecido oportunamente que suas lembran as foram reprocessados Esses fatos s o relevantes na avalia o dos efeitos sociais da publicidade e a propaganda nacional Mas aqui sugerem que nos assuntos de abdu o por extraterrestres onde as entrevistas revistam realizar se anos depois do suposto acontecimento os terapeutas devem cuidar se muito de implantar ou selecionar acidentalmente historia que sugerem eles Possivelmente o que realmente recordamos uma s rie de fragmentos de lembran as costuradas a um tecido de nossa pr pria imagina o Se costurarmos com a suficiente intelig ncia conseguimos nos fazer uma hist ria memor vel f cil de recordar Os fragmentos por si mesmos sem o v nculo da associa o s o mais dif ceis de salvar A situa o bastante parecida com o m todo pr prio da ci ncia com o que se podem recordar resumir e explicar muitos dados no marco de uma teoria Ent o recordamos muito mais facilmente a teoria e n o os dados Na ci ncia sempre se est o voltando a valorar e confrontar as teorias com novos feitos se a discord ncia dos fatos s ria mais frente da margem de engano possivelmente deveria revis la teoria Mas na vida cotidiana muito estranho que enfrentemos a novos feitos sobre acontecimentos de faz tempo Nossas lembran as n o se veem quase nunca desafiados Em troca podem ficar fixos por muito defeituosos que sejam ou converter se em uma obra em cont nua revis
556. ssim quanto demorar o Tomada decis o d o um golpe com as m os no rastro que seguir o fazem um ligeiro som entre os dentes como assobiando e se v o rapidamente Apesar de seus arcos e flechas envenenadas seguem em sua forma de carreira ao estilo de uma maratona durante horas Quase sempre t m lido a mensagem na terra corretamente As bestas selvagens elands ou okapis est o onde acreditavam na quantidade e condi es estimadas A ca a tem xito Voltam com a carne ao acampamento tempor rio Todo mundo o festeja Esta vinheta de ca a mais ou menos t pica do povo Kung S o do deserto do Kalahari nas rep blicas da Botswana e Nam bia que agora tragicamente est o ao bordo da extin o Mas durante d cadas eles e seu modo de vida foram estudados pelos antrop logos Os Kung S o podem ser uns exemplos t picos do modo de exist ncia de ca ador coletores no que os humanos t m passado a maior parte de nosso tempo At faz dez mil anos quando foram domesticados plantas e animais e a condi o humana come ou a trocar possivelmente para sempre Era tal sua per cia como rastreadores que o ex rcito do apartheid da frica do Sul os contratou para perseguir presas humanas nas guerras contra os Estados da linha deste frente encontro com os militares brancos sul africanos acelerou de v rias maneiras diferentes a destrui o do modo de vida dos Kung S o que em todo caso foi se deteriorando pouco a pouco ao longo
557. st e Os cientistas acreditam que os vnis s o obra do diabo O Projeto de Falsifica es Espirituais de Berkeley Calif rnia adverte que os vnis s o de origem demon aca a Igreja Aqu ria de Servi o Universal do McMinnville do Oregon diz que todos os extraterrestres s o hostis Uma carta publicada no peri dico em 1993 sobre comunica es de consci ncia c smica nos informa que os ocupantes dos vnis consideram que os humanos s o como animais de laborat rio e querem que os adoremos mas revistam desanimar se ante o pai nosso Alguns abduzidos foram expulsos de suas congrega es religiosas evang licas suas hist rias se parecem muito ao satanismo Um panfleto de 1980 4 explos o do culto do Dave Hunt revela que os vnis evidente que n o s o f sicos e parecem ser manifesta es demon acas de outra dimens o com o fim de alterar a maneira de pensar do homem as supostas entidades vni que ao parecer se comunicaram fisicamente com humanos Sempre pregaram as mesmas quatro mentiras que a serpente apresentou a Eva esses seres s o dem nios e se preparam para a chegada do Anticristo Certo n mero de seitas mant m que os vnis e as abdu es por extraterrestres s o premoni es de tempos finais Se os vnis vierem de outro planeta ou outra dimens o s o enviados pelo mesmo Deus que nos foi revelado em qualquer das religi es principais N o h nada no fen meno dos vnis arg
558. sta a equipe De ferramentas para o pensamento c tico O pensamento c tico simplesmente o meio de construir e compreender um argumento raciocinado e especialmente importante reconhecer um argumento falacioso ou fraudulento A quest o n o se n s gostamos da conclus o que surge de uma via de racioc nio mas sim se a conclus o se deriva da premissa ou ponto de partida e se esta premissa for certa Entre as ferramentas Sempre que for poss vel tem que haver uma confirma o independente dos fatos Respirar o debate substancioso sobre a prova por parte de defensores com conhecimento de todos os pontos de vista Os argumentos da autoridade t m pouco peso as autoridades cometeram enganos no passado Voltar o a comet los no futuro Possivelmente uma maneira melhor de diz lo que na ci ncia n o h autoridades como m ximo h peritos Baralhe mais de uma hip tese Se houver algo que se deve explicar pense em todas as diferentes maneiras em que poderia explicar se Logo pense em provas mediante as que poderia refutar sistematicamente cada uma das alternativas O que sobrevive a hip tese que resiste a refuta o nesta sele o darwiniana entre hip tese de trabalho m ltiplos tem muitas mais possibilidades de ser a resposta correta que se voc simplesmente se ficou com a primeira ideia que lhe ocorreu Tente n o comprometer se em excesso com uma hip tese porque a sua trata se s d
559. sta original Se faltarem elos na cadeia se s se pode seguir o rastro de um quadro de trezentos anos de antiguidade durante sessenta e depois n o temos nem ideia de em que casa ou museu estava exposto surgem sinais de aviso de falsifica o Como o benef cio para os falsificadores de arte muito alta os colecionadores devem ser especialmente precavidos O ponto mais vulner vel e suspeito dos documentos MJ 12 radica precisamente nesta quest o de proced ncia uma prova deixada milagrosamente na soleira como sa da de uma hist ria de conto de fadas possivelmente O sapateiro e os duendes H muitos casos similares na hist ria humana subitamente aparece um documento de proced ncia duvidosa com informa o de grande import ncia que sustenta com contund ncia a argumenta o dos que t m feito o descobrimento depois de uma cuidadosa e em alguns casos valente investiga o se demonstra que o documento falso N o custa nada entender a motiva o dos enganadores Um exemplo mais ou menos t pico o livro do Deuteron mio descobriu o o rei Josias no Templo de Jerusal m e milagrosamente em meio de uma importante luta de reforma encontrou nele a confirma o de todos seus pontos de vista Outro caso o que se chama a Doa o do Constantino Constantino o Grande foi o imperador que fez do cristianismo a religi o oficial do Imp rio romano O nome de Constantinopla hoje Istambul cidade capital durante milhares
560. stas civis ao pensar nisso anos depois podiam concluir perfeitamente que o governo tinha decidido encobrir os vnis Se se considerar vnis aos focinhos de foguete a acusa o justa Analisemos a arg cia Na confronta o estrat gica entre os Estados Unidos e a Uni o Sovi tica a adequa o das defesas a reas era um tema vital Era o ponto 3 da lista do general Cabell Se se podia encontrar uma debilidade poderia ser a chave da vit ria em uma guerra nuclear incondicional A nica maneira segura de provar as defesas de um advers rio fazer voar um avi o por cima de suas fronteiras e ver quanto tempo demora para constat lo Estados Unidos o fazia de maneira rotineira para provar as defesas a reas sovi ticas Na d cada dos anos cinquenta e sessenta Estados Unidos tinha sistemas sofisticados de defesa de radar que cobriam as costas do este e do oeste e especialmente seus acessos do norte pelos que certamente chegaria um ataque de bombardeiros ou m sseis sovi ticos Mas havia uma parte mais vulner vel n o havia nenhum sistema de aviso eficaz para detectar o acesso do sul muito mais complicado geograficamente Esta informa o certamente vital para um advers rio potencial Sugere imediatamente uma arg cia digamos que um ou mais dos avi es de alto rendimento do advers rio saem do Caribe por exemplo para o espa o a reo dos Estados Unidos e penetram pelo rio Mississ pi umas centenas de quil metros at
561. svanece rapidamente Mas umas poucas s vezes como mostrou a hist ria as mais descuidadas e menos atrativas de entre elas podem ter o poder de trocar profundamente a hist ria do mundo O continuum que vai da ci ncia mal praticada a pseudoci ncia e a supersti o antiga e da Nova Era at a respeit vel religi o apoiada na revela o confuso Intento n o utilizar a palavra culto neste libero no sentido habitual de uma religi o que desagrada ao que fala S pretendo chegar pedra angular do conhecimento sabem realmente o que afirmam saber Todo mundo pelo visto tem uma opini o relevante Em algumas passagens deste livro me mostrarei cr tico com os excessos da teologia porque nos extremos dif cil distinguir a pseudoci ncia da religi o r gida e doutrin ria Entretanto quero reconhecer de entrada a diversidade e complexidade prodigiosa do pensamento e pr tica religiosa ao longo dos s culos o crescimento da religi o liberal e da comunidade ecum nica no ltimo s culo e o fato de que como na Reforma protestante a ascens o do juda smo da Reforma o Vaticano Il e a chamada alta critica da B blia a religi o lutou com distintos n veis de xito contra seus pr prios excessos Mas igual a muitos cientistas parecem resistentes a debater ou inclusive comentar publicamente a pseudoci ncia muitos defensores das religi es principais resistem a enfrentar se a conservadores ultras e fundamenta
562. t fica a n o ser inclusive antit tico a ela Como mencionamos antes durante o Projeto Manhattan o intento bem sucedido dos Estados Unidos na segunda guerra mundial de construir armas nucleares antes que os nazistas alguns cientistas participantes come aram a mostrar reservas mais evidentes quanto mais claro se fez o imensamente capitalistas que eram as armas Alguns deles como Le o Slizard James Franck Harold Urey e Robert R Wilson tentaram chamar a aten o dos l deres pol ticos e o p blico especialmente depois da derrota dos nazistas sobre os perigos da corrida armamentista que se morava e que era f cil pressagiar com a Uni o Sovi tica Outros arguiam que os problemas pol ticos estavam fora de sua jurisdi o Puseram me na Terra para fazer alguns descobrimentos disse Enrico Fermi e n o meu assunto o que possam fazer com eles os pol ticos Mas contudo Fermi ficou t o afligido com os perigos da arma termonuclear que defendia Edward Teller que assinou um famoso documento que apressava aos Estados Unidos a n o construir o que chamavam o diabo Jeremy Stone presidente da Federa o de Cientistas Americanos h descrito ao Teller cujos esfor os por justificar as armas termonucleares contei em um cap tulo anterior com estas palavras Edward Teller insistia ao princ pio por raz es intelectuais pessoais e mais tarde por raz es geopol ticas em que se constru ra uma bomba de hidr
563. t rio do Darwin Aludia aos habitantes de Terra do Fogo que sofriam uma escassez cansativo na prov ncia mais est ril e ant rtica da Argentina Quando descreveu a uma mulher sul americana de origem africana que preferiu a morte a submeter se escravid o anotou que s o preju zo nos impedia de ver seu desafio mesma luz heroica que conceder amos a um ato similar da orgulhosa matrona de uma fam lia nobre romana Ele mesmo quase foi expulso do Beagle pelo capit o FitzRoy por sua oposi o militante ao racismo do capit o Darwin estava por cima da maioria de seus contempor neos neste aspecto Mas enfim embora n o fora assim em que isso afeta verdade ou falsidade da sele o natural Thomas Jefferson e George Washington possu am escravos Albert Einstein e Mohandas Gandhi eram maridos e pais imperfeitos A lista segue indefinidamente Todos temos defeitos e somos criaturas de nosso tempo justo que nos julgue com os padr es desconhecidos do futuro Algumas costumes de nossa era ser o consideradas sem d vida b rbaras por gera es posteriores possivelmente nossa insist ncia em que os meninos pequenos e inclusive bebem durmam sozinhos e n o com seus pais ou possivelmente a excita o de paix es nacionalistas como meio de conseguir a aprova o popular e alcan ar um alto cargo pol tico ou permitir o suborno e a corrup o como meio de vida ou ter animais dom sticos ou comer animais e enjaular chimpanz s ou penaliz
564. ta a raz o pela que os negreiros devem controlar o que ouvem veem e pensam os escravos Esta a raz o pela que a leitura e o pensamento cr tico s o perigosos certamente subversivos em uma sociedade injusta Imaginemos agora ao Frederick Bailey em 1829 um menino afro americano de dez anos escravizado sem direitos legais de nenhum tipo arrancado tempo atr s dos bra os de sua m e vendido entre os restos dizimados de sua ampla fam lia como se fora um bezerro ou um p nei enviado a uma casa desconhecida em uma estranha cidade de Baltimore e condenado a uma vida de trabalhos for ados sem perspectiva de reden o Bailey foi trabalhar para o capit o Hugh Auld e sua esposa Sophia e passou da planta o ao frenesi urbano do trabalho de campo ao trabalho dom stico Neste novo entorno todos os dias via cartas livros e gente que sabia ler Descobriu o que ele chamava o mist rio de ler havia uma rela o entre as letras da p gina e o movimento dos l bios de que lia uma correla o quase de um a um entre os ganchos de ferro negros e os sons expressos Frequentemente estudava o Webster Spelling Book do Tommy Auld Memorizou as letras do alfabeto Tentou entender o que significavam os sons Finalmente pediu a Sophia Auld que lhe ajudasse a aprender Impressionada pela intelig ncia e dedica o do menino e possivelmente ignorante das proibi es acessou a isso Quando Frederick j come ava a soletrar palavras de tr
565. ta es s necessidades de cada p blico determinado Como alguns editores e produtores de televis o h cientistas que acreditam que o p blico muito ignorante ou est pido para entender a ci ncia que a empresa da divulga o fundamentalmente uma causa perdida ou inclusive que equivale confraterniza o se n o contribui o direta com o inimigo Entre as muitas cr ticas que poderiam fazer se desta opini o junto com sua arrog ncia insofr vel e sua ignor ncia de toda uma s rie de exemplos obtidos de populariza o da ci ncia que s serve de confirma o pessoal E para os cientistas implicados contraproducente O apoio a grande escala do governo ci ncia relativamente recente a partir da segunda guerra mundial embora o mecenato de alguns cientistas por parte de ricos e poderosos muito mais antigo Com o final da guerra fria se fez virtualmente imposs vel seguir jogando a carta da defesa nacional que proporcionou apoio a todo tipo de investiga es cient ficas Acredito que em parte s por esta raz o a maioria dos cientistas se sentem agora c modos com a ideia de popularizar a ci ncia Como quase todo o apoio ci ncia procede dos recursos p blicos a oposi o dos cientistas a uma divulga o eficiente seria um estranho flerte com o suic dio mais prov vel que o p blico apoie o que entende e aprecia N o me refiro a escrever artigos para o Scientific American por exem
566. tabelecido A dissens o local fica despachada em um instante sacrifica se a objetividade ao servi o de objetivos mais altos A partir deste lament vel feito alguns chegaram ao extremo de concluir que n o existe o que se chama hist ria que n o h possibilidade de reconstruir os acontecimentos reais que tudo o que temos s o auto justifica es tendenciosas e que esta conclus o se amplia da hist ria a todo conhecimento inclu da a ci ncia E entretanto quem poderia negar que h sequ ncias reais de feitos hist ricos com fios causais reais embora nossa capacidade de reconstru los em sua totalidade seja limitada embora o sinal esteja perdido em um estrondoso oceano de autocomplac ncia O perigo da subjetividade e o preju zo esteve claro desde o come o da hist ria Tuc dides advertia contra ele Cicero escreveu A primeira lei que o historiador n o deve ousar jamais escrever o que falso a segunda que n o ousar jamais ocultar a verdade a terceira que n o deve haver suspeita em sua obra de favoritismo ou preju zo Luciano da Samosata em Como deveria escrev la hist ria publicado no ano 170 dizia que o historiador deve ser intr pido e incorrupt vel um homem de independ ncia que ame a franqueza e a verdade A responsabilidade dos historiadores ntegros tentar reconstruir a sequ ncia real de acontecimentos por muito decepcionantes e alarmantes que possam ser Os historiadores aprendem a suprimir
567. tal escurid o Upanisad da ISA ndia 600 A C aprox O temor das coisas invis veis a semente natural do que cada um chama para si mesmo religi o Thomas Hobbes Leviat 1651 Os deuses velam por n s e guiam nossos destinos ensinam muitas culturas humanas h outras entidades mais mal volas respons veis pela exist ncia do mal As duas classes de seres tanto se se consideram naturais como sobrenaturais reais ou imagin rios servem s necessidades humanas At no caso que sejam totalmente imagin rios a gente se sente melhor acreditando neles Assim em uma poca em que as religi es tradicionais se viram submetidas ao fogo abrasador da ci ncia n o natural envolver aos antigos deuses e dem nios em um traje cient fico e cham los extraterrestres A cren a nos dem nios estava muito estendida no mundo antigo Os considerava seres mais naturais que sobrenaturais Hes odo os menciona casualmente S crates descrevia sua inspira o filos fica como a obra de um dem nio pessoal benigno Sua professora Diotima da Mantineia diz lhe no Symposio do Plat o que tudo o que g nio dem nio est entre o divino e o mortal A divindade n o fica em contato com o homem continua mas sim atrav s deste g nero de seres por onde tem lugar todo com rcio e todo di logo entre os deuses e os homens tanto durante a vig lia como durante o sonho Plat o o estudante mais c lebre do S crates atribu a um
568. tas Seria assombroso que um n mero significativo dos pacientes que se apresentam aos terapeutas de abdu o por extraterrestres n o tivessem sido v timas de abuso possivelmente inclusive em propor o maior que a popula o geral Tanto os terapeutas de abuso sexual como os dedicados a abdu o por extraterrestres empregam meses s vezes anos em animar a seus pacientes a recordar os abusos cometidos contra eles Seus m todos s o similares e seus objetivos em certo sentido os mesmos recuperar lembran as dolorosas frequentemente de faz tempo Em ambos os casos o terapeuta acredita que o paciente est traumatizado por um acontecimento t o terr vel que o reprime Parece me assombroso que os terapeutas de abdu es por extraterrestres encontrem t o poucos casos de abuso sexual e vice versa Por raz es compreens veis os que se viram submetidos a abusos sexual ou incesto na inf ncia s o muito sens veis a algo que pare a minimizar ou negar sua experi ncia Est o zangados e t m direito a est lo Nos Estados Unidos ao menos uma de cada dez mulheres foi violada quase dois ter os delas antes dos dezoito anos Um relat rio recente exp e que uma sexta parte de todas as v timas de viola o declaradas pol cia est o por debaixo dos doze anos E este o tipo de viola o que se est acostumado a declarar menos Uma quinta parte dessas meninas foram violadas por seus pais foram v timas de uma trai o Quero dei
569. tas tamb m t m um projetor parecido a um inseto sempre vis vel que turva a realidade do c u A que possivelmente seja o maior acervo de museu que n o se pode visitar N o tem lar George Awad um dos principais criadores de modelos arquitet nicos dos Estados Unidos especialista em arranha c u Tamb m um destacado estudioso da astronomia que tem feito um modelo espetacular do universo Come ando com uma cena prosaica sobre a Terra e seguindo um esquema proposto pelos desenhistas Charles e Ray Eames balan a progressivamente por fatores de dez para nos mostrar toda a Terra o sistema solar a Via L ctea e o universo Cada corpo astron mico est meticulosamente detalhado A gente pode perder se neles uma das melhores ferramentas que conhe o para explicar a escala e natureza do universo aos meninos Isaac Asimov o descreveu como a representa o mais imaginativa do universo que vi jamais ou que se podia conceber passei horas percorrendo o e cada vez vi algo novo que n o tinha visto antes Dever amos ter vers es dispon veis em todo o pa s para avivar a imagina o a inspira o o ensino Em troca o senhor Awad n o pode oferecer esta exposi o a nenhum museu da ci ncia importante do pa s Ningu m est disposto a lhe conceder o espa o que necessita No momento de escrever estas linhas encontra se ainda abandonada embalada em um armaz m A popula o de minha cidade Ithaca Nova Iorque duplica seu
570. tas ou acusadas Estas a sua vez se veem for adas a acusar a outras e essas a outras e assim sucessivamente quem pode deixar de ver isto 37 Os ju zes devem suspender esses julgamentos e impugnar assim sua validez ou queimar a sua fam lia a eles mesmos e a todos outros porque todos antes ou depois s o acusados falsamente e depois da tortura sempre se demonstra que s o culpados 4 38 Assim finalmente os que ao princ pio clamavam com maior for a para alimentar as chamas se veem eles mesmos implicados porque n o atinaram a ver que tamb m lhes chegaria o turno Assim o C u castiga justamente aos que com suas l nguas pestilentos criaram se tantas bruxas e enviaram fogueira a tantas inocentes Von Spee n o expl cita os horr veis m todos de tortura que se empregavam Transcrevo aqui um resumo de uma valiosa recopila o da enciclop dia de bruxaria e demonologia do Rossell HopeRobbins 1959 Pode se jogar uma olhada a alguns dos torturas especiais do Bamberg por exemplo como alimentar pela for a acusada com arenques cozinhados com sal e logo lhe negar a gua um m todo sofisticado que ia unido imers o da acusada em um banheiro de gua fervendo a que se acrescentou cal Outras formas de tortura para as bruxas eram o cavalo de madeira v rios tipos de potros a cadeira de ferro quente tornos de pernas botas espanholas e grandes expulsa de metal ou pele nas que com os p s dentro certamente vertia
571. tas sim e com uma precis o assombrosa Se a gente quer saber quando ser o pr ximo eclipse de sol pode perguntar a magos ou m sticos mas ir muito melhor com os cientistas Dir lhe o onde colocar se na Terra para v lo quando deve faz lo e se ser um eclipse parcial total ou anular Podem predizer rotineiramente um eclipse solar ao minuto com um mil nio de antecipa o Uma pessoa pode ir ver um bruxo para que lhe tire o sortil gio que lhe provoca uma anemia perniciosa ou pode tomar vitamina B12 Se quiser salvar da p lio a seu filho pode rezar ou pode lhe vacinar Se lhe interessa saber o sexo de seu filho antes de nascer pode consultar tudo o que queira aos adivinhos que se apoiam no movimento do prumo direita esquerda um menino para frente e para tr s uma menina ou possivelmente o inverso mas como m dia acertar o s uma de cada duas vezes Se quiser precis o neste caso de noventa e nove por cento prove a amniocentese e as ecografias Prove a ci ncia Pensemos em quantas religi es tentam justificar se com a profecia Pensemos em quanta gente confia nessas profecias por vagas que sejam por irrealiz veis que sejam para fundamentar ou escorar suas cren as Mas houve alguma religi o com a precis o prof tica e a exatid o da ci ncia N o h nenhuma religi o no planeta que n o anseie uma capacidade compar vel precisa e repetidamente demonstrada ante c ticos ex mios para pressagiar aconteciment
572. te N o algo no que se possa prever um grande ceticismo A gente querer acredit lo embora a prova seja escassa ou nula Certo as les es do c rebro nos podem fazer perder segmentos importantes da mem ria ou nos converter de man acos em pl cidos ou vice versa e as mudan as na qu mica do c rebro podem nos convencer de que h uma conspira o contra n s ou nos fazer pensar que escutamos a voz de Deus Mas apesar de que isso proporciona um testemunho irresist vel de que nossa personalidade car ter e mem ria se se quiser a alma reside na mat ria do c rebro f cil n o render se a ele encontrar maneiras de negar o peso da evid ncia E se houver institui es sociais capitalistas que insistem em que h outra vida n o surpreendente que os que dissentem tendam a ser poucos calados e ressentidos Algumas religi es orientais crist s e da Nova Era al m disso do platonismo mant m que o mundo irreal que o sofrimento a morte e a mat ria s o ilus es e que nada existe realmente exceto a mente Em contraste o ponto de vista cient fico imperante que a mente a forma em que percebemos o que faz o c rebro quer dizer uma propriedade dos cem trilh es de conex es nervosas no c rebro H uma opini o acad mica estranhamente em voga com ra zes na d cada dos sessenta que mant m que todos os pontos de vista s o igualmente arbitr rios e que verdadeiro ou falso uma ilus o
573. te experimento gen tico qualquer que seja seu objetivo n o se completou at agora milhares de anos ou mais depois de ter sido iniciado por criaturas com um n vel tecnol gico supostamente superior por que nos preocupa tanto se o fim de seu programa de reprodu o melhorar nossas capacidades Seguindo esta linha argumental poder amos esperar que os adeptos atuais das velhas cren as entendessem que os extraterrestres s o como fadas deuses ou dem nios Em realidade h v rias seitas contempor neas os raelianos por exemplo que mant m que os deuses ou Deus vir o Terra em um vni Alguns abduzidos descrevem aos extraterrestres por repulsivos que sejam como anjos ou emiss rios de Deus E os ter que ainda acreditam que s o dem nios Em Comunh o Whitley Strieber escreve um relato de primeira m o de abdu o como extraterrestre Fora o que fora era de uma fealdade monstruosa suja escura e sinistra Certamente eram dem nios Tinham que o ser Ainda aquela lembran a da postura de c coras t o horrivelmente feia com os bra os e pernas como as extremidades de um grande inseto com seus olhos me olhando fixamente Conforme dizem agora Strieber admite a possibilidade de que esses terrores noturnos fossem sonhos ou alucina es Entre os artigos sobre vnis em La Enciclop dia de not cias crist s uma recopila o fundamentalista encontram se Obsess o fan tica anticri
574. te do mundo O mais memor vel foi o de um famoso novelista sovi tico ficou em p levantou a ta a olhou aos olhos e disse Pelos americanos Eles t m um pouco de liberdade Fez uma pausa e logo acrescentou E sabem como conserv la Sabemos Ainda n o se secou a tinta da Declara o de Direitos quando os pol ticos encontraram uma maneira de subvert la tirando proveito do temor e a histeria patri tica Em 1798 a partida federalista governante sabia que a tecla que devia pulsar era o preju zo tnico e cultural Os federalistas explorando as tens es entre a Fran a e Estados Unidos e o temor estendido de que os imigrantes franceses e irlandeses tivessem uma in pcia intr nseca para ser americanos aprovaram uma s rie de leis que se chamaram de imigra o e rebeli o Aprovou se uma lei que elevava o requisito de resid ncia para conseguir a cidadania de cinco a quatorze anos Os cidad os de origem francesa e irlandesa estavam acostumados a votar pela oposi o a partida republicana democr tica do Thomas Jefferson A lei de imigra o outorgava o poder ao presidente John Adams de deportar a todo estrangeiro que despertasse suas suspeitas P r nervoso ao presidente dizia um membro do Congresso o novo delito Jefferson acreditava que se promulgou a lei de imigra o particularmente para expulsar ao historiador e fil sofo franc s C F Volney ao Pierre Samuel du Pont do Nemours patriarca da famosa
575. te rodeado de restri es e limita es Disciplinado e controlado por fora tende a ser apreensivo e inseguro por dentro Embora sua personalidade tem pontos fracos revista ser capaz de compens los Tem muitas capacidades sem aproveitar que n o converteste em vantagens para ti Tem tend ncia a ser cr tico contigo mesmo Tem uma grande necessidade de gostar a outros e de te sentir admirado Quase todo mundo encontra reconhec vel esta Caracteriza o e muitos consideram que os descreve perfeitamente N o estranho todos somos humano A lista de provas que alguns terapeutas acreditam que demonstram um abuso sexual na inf ncia reprimido por exemplo no The Courage to Heal do Ellen Bass e Laura Davis muito larga e prosaica inclui transtornos do sonho excesso de comida anorexia e bulimia disfun o sexual vaga ansiedade e inclusive uma incapacidade de recordar o abuso sexual da inf ncia Outro livro da criada social W Sue Blume enumera entre outros sinais que denotam um incesto esquecido dores de cabe a suspeita ou aus ncia de suspeita paix o sexual excessiva ou aus ncia dela e a adora o aos pais Entre os pontos de diagn stico para detectar fam lias disfuncionais enumerados pelo doutor Charles Whitfield se encontram maus e dores sentir se mais vivo em uma crise ansiar figuras de autoridade e ter procurado assessoramento ou psicoterapia sentindo entretanto que h algo err
576. telefone ou s minha imagina o Assombrado parece me cheirar o ar salgado do ver o beira do mar no Coney Island de quando era pequeno Giro por uma esquina em uma cidade estrangeira que visito pela primeira vez e encontro ante mim uma rua t o familiar que sinto que a conhe o de toda a vida Nessas experi ncias habituais normalmente nos mostramos inseguros sobre o que fazer a seguir Enganam me meus olhos ou ouvidos nariz ou mem ria Ou que real e verdadeiramente sou testemunha de algo fora do curso ordin rio da natureza me deveria calar isso ou diz lo A resposta depende em grande medida do entorno os amigos as pessoas queridas e a cultura Em uma sociedade de uma rigidez obsessiva e de orienta o pr tica certamente eu mostraria prud ncia na hora de admitir estas experi ncias Podem me pontuar de fr volo demente pouco confi vel Mas em uma sociedade que se apressa a acreditar em fantasmas por exemplo ou concessiva relatar este tipo de experi ncias poderia merecer aprova o e inclusive prest gio No primeiro caso eu teria a grave tenta o de suprimi lo tudo no segundo possivelmente inclusive exageraria ou o elaboraria um pouco para lhe dar um ar mais milagroso ainda Charles Dickens que viveu em uma cultura racional florescente em que entretanto tamb m prosperava o espiritualismo descreveu o dilema com estas palavras de seu conto Para n o tom lo muito a s rio Sempre perc
577. tend ncias do m dio de estudantes dos Estados Unidos se veem compensadas em ocasi es pela atua o de estudantes sobressalentes Em 1994 um estudante americano conseguiu uma marca de uma perfei o sem precedentes na Olimp ada Matem tica Internacional de Hong Kong derrotando a outros trezentos e sessenta estudantes de sessenta e oito na es em lgebra geometria e teoria do n mero Um deles Jeremy Bem de dezessete anos comentou Os problemas de matem tica s o como quebra cabe as de l gica N o h nada rotineiro tudo muito criativo e art stico Mas aqui n o falo de produzir uma nova gera o de cientistas e matem ticos de primeira categoria mas sim da cultura cient fica do p blico em geral O sessenta e tr s por cento dos adultos norte americanos n o consciente de que o ltimo dinossauro morreu antes que aparecesse o primeiro humano o setenta e cinco por cento n o sabe que os antibi ticos matam as bact rias mas n o aos v rus o cinquenta e sete por cento n o sabe que os el trons s o menores que os tomos As pesquisas mostram que algo assim como a metade dos adultos dos Estados Unidos n o sabem que a Terra gira ao redor do Sol e demora um ano em faz lo Em minhas classes na Universidade do Cornell encontrei estudantes brilhantes que n o sabem que as estrelas saem e ficam de noite ou nem sequer que o Sol uma estrela Devido fic o cient fica o sistema educativo a Nasa e o rol que jo
578. tenho feito o poss vel para que todos eles conhecessem minha avalia o Mas quando jogo a vista atr s me parece que o mais essencial n o o aprendi de meus professores de escola nem sequer de meus professores de universidade mas sim de meus pais que n o sabiam nada absolutamente de ci ncia naquele ano t o long nquo de 1939 CAP TULO 1 A COISA MAIS PRECIOSA Toda nossa ci ncia comparada com a realidade primitiva e infantil no entanto a coisa mais preciosa que temos Albert Binstein 1879 1955 Quando desembarquei do avi o ele me esperava com um peda o de cart o no que estava escrito meu nome Eu ia a uma confer ncia de cientistas e comentaristas de televis o dedicada a aparentemente imposs vel tarefa de melhorar a apresenta o da ci ncia na televis o comercial Amavelmente os organizadores me tinham enviado um motorista Incomoda lhe que lhe fa a uma pergunta disse me enquanto esper vamos a mala N o n o me incomodava N o uma confus o ter o mesmo nome que aquele cientista Demorei um momento em compreend lo Estava me tirando sarro Finalmente o entendi Eu sou aquele cientista respondi Calou um momento e em seguida sorriu Perdoe Como esse meu problema pensei que tamb m seria o seu Tendeu me a m o Meu nome William F Buckley Bom n o era exatamente William F Buckley mas levava o nome de um conhecido e pol mico entrevistador de televis o o que
579. terminologia levianamente cient fica descem do c u para nos atormentar nos oferecer vis es prof ticas e nos tentar com vis es de um futuro de esperan a uma religi o misteriosa nascente na era espacial O folclorista Thomas E Bullard escreveu em 1989 que as declara es de abdu es parecem adapta es de tradi es mais antigas de encontros sobrenaturais nas que os extraterrestres cumprem o rol funcional de criaturas divinas Conclui poss vel que a ci ncia tenha expulso a fantasmas e bruxas de nossas cren as mas com a mesma rapidez se encheu o vazio com extraterrestres que cumprem a mesma fun o S os atavios exteriores extraterrestres s o novos Todo o temor e os dramas psicol gicos do trato com eles parecem ter encontrado um novo caminho onde t o habitual como no reino da lenda que as coisas de noite comecem a mover se poss vel que pessoas de todas as pocas e lugares experimentem ocasionalmente alucina es vividas realistas frequentemente com contido sexual sobre abdu es por parte de criaturas telep ticas e a reas que brotam das paredes e que os detalhe sejam subministrados pela linguagem cultural prevalecente que emana do Zeitgeist Outras pessoas que n o viveram a experi ncia pessoalmente a encontram comovedora e em certo modo familiar Contam na a mais pessoas Logo toma vida pr pria inspira a outros para compreender suas pr prias vis es e alucina es e entra no reino do folclore o mito
580. th descobrindo nas dimens es da Grande Pir mide do Gizeh uma cronologia do mundo da cria o at o segundo advento L Rum Hubbard escrevendo um manuscrito capaz de voltar loucos a seus leitores mostrou o a algu m perguntava me eu o caso Bridey Murphy que fez acreditar em milh es que tinham ao menos uma prova s ria de reencarna o as demonstra es de PS percep o extrassensorial do Joseph Rhine a cura da apendicite com enemas de gua fria de enfermidades bacterianas com cilindros de lat o e da gonorreia com luz verde e entre todos esses relatos de autossugest o e mentira para minha surpresa um cap tulo sobre vnis Certamente Mackay e Gardner pelo mero feito de escrever livros catalogando as cren as esp rias pareciam me um pouco displicentes e superiores N o aceitavam nada Apesar de tudo surpreendeu me a quantidade de declara es discutidas e defendidas com paix o que tinham ficado em nada Lentamente fui dando conta de que existindo a falibilidade humana poderia haver outras explica es para os disco voador s Tinha me interessado a possibilidade de vida extraterrestre desde pequeno muito antes de ouvir falar de disco voador s segui fascinado at muito depois de haver se apagado meu entusiasmo primitivo pelos vnis ao entender melhor a este professor desumano chamado m todo cient fico tudo depende da prova Em uma quest o t o importante a prova deve ser irrecus vel quanto mais desejamos
581. ticamente Mas a justa cr tica do Hess se deteriora rapidamente quando aponta que os parapsic logos viram arruinadas suas carreiras por culpa de colegas c ticos e que os c ticos mostram uma esp cie de zelo religioso por defender a vis o do mundo materialista e ateu que remete ao que se chamou fundamentalismo cient fico ou racionalismo irracional uma queixa comum mas profundamente misteriosa para mim e certamente oculta Volto a dizer que sabemos muito sobre a exist ncia e as propriedades da mat ria Se se pode entender um fen meno determinado de maneira veross mil em t rminos de mat ria e energia por que devemos expor a hip tese de que seja outra coisa da que ainda n o temos boas provas a causador Entretanto mant m se a queixa os c ticos n o aceitar o que h um drag o invis vel que cospe fogo na garagem porque s o todos uns materialistas ateus Em Ci ncia na Nova Era se comenta o ceticismo mas n o se entende e sem d vida n o se pratica citam se todo tipo de declara es paranormais se desconstr i aos c ticos mas n o se pode chegar ou seja ao l lo se as afirma es da Nova Era ou parapsicol gicas s o prometedoras ou falsas Tudo depende como em muitos textos p s modernos da for a dos sentimentos da gente e de quais sejam suas tend ncias Robert Ant n Wilson no The New Inquisition Irrational Rationalism and the Citadel of Science Phoenix Falcon Press 1986
582. to uma forma de medir a confian a que temos no que acreditam saber Se as margens de engano s o pequenos a precis o de nosso conhecimento emp rico alta se forem grandes tamb m o a incerteza de nosso conhecimento Exceto em matem tica pura nada se sabe seguro embora com toda seguran a muito falso Al m disso os cientistas revistam ser muito precavidos ao estabelecer a condi o ver dica de seus intentos de entender o mundo que v o desde conjeturas e hip tese que s o provis rios at as leis da natureza repetida e sistematicamente confirmadas atrav s de muitos interrogantes sobre o funcionamento do mundo Mas nem sequer as leis da natureza s o absolutamente certas Pode haver novas circunst ncias nunca examinadas antes sobre os buracos negros por exemplo ou dentro do el tron ou a respeito da velocidade da luz nas que inclusive nossas louvadas leis da natureza falham e por muito v lidas que possam ser em circunst ncias ordin rias necessitam corre o Os humanos podem desejar a certeza absoluta aspirar a ela pretender como fazem os membros de algumas religi es que a obtivemos Mas a hist ria da ci ncia sem d vida a afirma o de conhecimento acess vel aos humanos de maior xito nos ensina que qu o m ximo podemos esperar atrav s de uma melhora sucessiva de nossa compreens o aprendendo de nossos enganos ter um enfoque assint tico do universo mas com a seguran a de que a ce
583. to caro o programa haveria flanco algo assim como um helic ptero de combate ao ano Pergunto me por que os membros do Congresso a quem preocupa tanto os custos n o dedicam maior aten o ao Departamento de Defesa que com a Uni o Sovi tica desintegrada e a guerra fria terminada ainda gasta com o total de custos registrados bastante mais de trezentos mil e milh es de d lares ao ano E em todas as demais inst ncias de governo h muitos programas que se dedicam ao bem estar dos potentados Possivelmente nossos descendentes quando olharem atr s para nossa poca ficar o maravilhados de que estando em posse da tecnologia para detectar a outros seres fech ssemos os ouvidos e insist ssemos em gastar nossa riqueza nacional para nos proteger de um inimigo que j n o existe David Goodstein um f sico de Cal Tech aponta que o crescimento da ci ncia durante s culos foi t o exponencial que n o pode seguir crescendo assim porque todo mundo no planeta teria que ser cient fico e ent o o crescimento deveria deter se Especula que por esta raz o e n o por um desafeto fundamental pela ci ncia que se reduziu sensivelmente o crescimento no financiamento da ci ncia nas ltimas d cadas Entretanto me preocupa como se distribuem os recursos de investiga o Preocupa me que cancelar os recursos do governo para o SETI forme parte de uma tend ncia O governo pressionou Funda o Nacional da Ci ncia para que se afastasse
584. to convenientes para o sacerd cio Bastavam umas quantas sinais pat ticos como prova uma pedra ou um rastro e nunca algo que n o fora suscet vel de fraude Mas a partir do s culo XV nos come os da Reforma protestante a atitude da Igreja trocou Aqueles que declaravam ter um canal independente com o c u burlavam a cadeia de mando da Igreja at Deus Al m disso algumas apari es por exemplo as da Juana de Arco tinham desagrad veis implica es pol ticas ou morais Os inquisidores descreveram os perigos que representava a vis o de Joana d Arc em 1431 nestes t rminos Lhe mostrou o grande perigo que corre quem tem a pretens o de acreditar que tem apari es e revela es assim e em consequ ncia minta sobre assuntos que concernem a Deus expressando falsas profecias e adivinha es n o conhecidas Por Deus a n o ser inventadas Pelo que pode deriv la sedu o de pessoas o come o de novas seitas e muitas mais impiedades que subvertem Igreja e os cat licos Tanto Joana D arc como Girolamo Savonarola foram queimados na fogueira por suas vis es Em 1516 o quinto Conc lio Laterano reservou sede apost lica o direito a examinar a autenticidade das apari es Para os camponeses pobres cujas vis es n o tinham pol tico contido os castigos n o alcan avam a m xima severidade A apari o Mariana que teve Francisca a Brava uma m e jovem foi descrita pelo licenciado Mariana o senhor inquisidor
585. to ou deslocamento de el trons e quanto maior seja o campo magn tico maior o deslocamento Maxwell ideou uma maneira de escrever o que se sabia sobre a eletricidade e o magnetismo em sua poca um m todo para resumir com precis o todos esses experimentos com cabos correntes e m s Aqui temos as quatro equa es do Maxwell para descrever a conduta da eletricidade e o magnetismo em um meio material Necessitam se uns quantos anos de f sica de n vel universit rio para entender realmente estas equa es Est o escritas a partir de um ramo da matem tica chamado c leulo vetorial Um vetor na f rmula em letra negra qualquer quantidade com uma magnitude e uma dire o Sessenta quil metros por hora n o um vetor mas sessenta quil metros por hora para o norte pela Autoestrada 1 sim o E e B representam os campos el trico e magn tico O tri ngulo chamado nabla por seu parecido com certa lira antiga do Oriente M dio expressa como variam os campos el trico e magn tico no espa o tridimensional O produto ponto e o produto cruz depois dos nablas denotam dois tipos diferentes de varia o espacial e B representam a varia o tempor ria o ritmo de mudan a dos campos el trico e magn tico j representa uma corrente el trica A min scula grega rho representa densidade das cargas el tricas enquanto que q pronunciado psilon zero e LO pronunciado mu zero n o s o v
586. tram no terreno da ci ncia As religi es j n o podem fazer afirma es sobre a realidade sem ver se desafiadas sempre que n o se apoderem do poder secular sempre que n o possam obrigar a acreditar Isso a sua vez enfureceu a alguns seguidores de outras religi es de vez em quando amea am aos c ticos com os castigos mais tem veis que se possa imaginar Consideremos a seguinte alternativa do William Blake em sua poesia de t tulo in cuo Aug rios de inoc ncia Aquele que ensina ao menino a duvidar Apodrecer se para sempre na tumba que respeita a f do menino Triunfa sobre o inferno e a morte Certamente para muitas religi es dedicadas rever ncia respeito tica ritual comunidade fam lia caridade e justi a pol tica e econ mica os descobrimentos da ci ncia n o s o n o um desafio a n o ser uma inspira o N o h necessariamente conflito entre a ci ncia e a religi o A certo n vel compartilham fun es similares e acorde e cada uma delas necessita outra O debate aberto e vigoroso inclusive a consagra o da d vida uma tradi o crist que se remonta a Areopag tica do John Milton 1644 Parte do cristianismo e o juda smo assume e inclusive antecipou ao menos em parte a humildade autocr tica debate raciocinado e questionamento da sabedoria recebida que oferece o melhor da ci ncia Mas outras seitas chamadas s vezes conservadoras ou fundamentalistas e hoje com as religi
587. tros de altura embora sirva para economizar espa o e energia O super her i de desenhos animados lhe est explicando pacientemente um dilema tico ao t pico cientista que sai retratado nos programas de televis o para meninos os s bados pela manh Muitos desses chamados cientistas a julgar pelos programas que vi e com dedu o veross mil dos que n o vi como o Mad Scientist s Toon Clube s o tarados morais guiados por um af de poder ou dotados de uma insensibilidade espetacular para os sentimentos de outros A mensagem que se transmite ao p blico infantil que a ci ncia perigosa e os cientistas algo pior que malvados est o enlouquecidos Certamente as aplica es da ci ncia podem ser perigosas e como tentei sublinhar virtualmente todo avan o tecnol gico importante na hist ria da esp cie humana at a inven o das ferramentas de pedra e o controle do fogo foi eticamente amb guo Esses avan os podem ser usados por pessoas ignorantes ou m s com prop sitos perigosos ou por pessoas soube e boas para benef cio da esp cie humana Mas parece que s se apresenta um aspecto da ambiguidade no que oferecemos a nossos filhos Onde est o os prazeres da ci ncia em todos esses programas As del cias de descobrir como funciona o universo A emo o de conhecer bem uma coisa profunda O que ocorre com as contribui es cruciais que a ci ncia e a tecnologia t m feito ao bem estar humano ou os milh e
588. turnos do Bower levantaram as suspeitas de sua esposa Ilene S com grandes dificuldades acompanhando ao Dave e Doug uma noite e unindo se logo aos cr dulos para admirar seu trabalho ao dia seguinte p de convencer se de que as aus ncias do marido neste sentido eram inocentes larga Bower e Chorley se cansaram daquela brincadeira cada vez mais elaborada Embora estavam em condi es f sicas excelentes os dois tinham j sessenta anos e estavam um pouco velhos para opera es de comando noturno em campos de granjeiros desconhecidos e frequentemente pouco pormenorizados Ao melhor os incomodava a fama e fortuna que acumulavam os que se limitavam a fotografar sua arte e anunciar que os artistas eram extraterrestres E os come ou a preocupar que se esperavam muito ningu m acreditaria nenhuma declara o que fizessem assim confessaram Fizeram uma demonstra o ante os informadores de como faziam as formas insectoides mais elaboradas poder se ia pensar que j nunca mais se voltaria a arguir que imposs vel manter uma brincadeira durante muitos anos e que n o voltar amos a ouvir que imposs vel que algu m tenha motivos para enganar aos cr dulos e lhes fazer acreditar que os extraterrestres existem Mas os meios de comunica o emprestaram pouca aten o Os cerealogistas os amea aram a calar ao fim e ao cabo estavam privando a muitos do prazer de imaginar acontecimentos maravilhosos Ap s houve outros brincalh
589. u energia destrutiva a bomba de hidrog nio n o o tem Mas esta necessita uma bomba at mica como detonante Uma vez inventada a bomba de fiss o depois da rendi o da Alemanha e Jap o terminada a guerra Teller seguiu defendendo com esfor o o que se chamou a super com a inten o espec fica de intimidar Uni o Sovi tica A preocupa o pela reconstru o da Uni o Sovi tica endurecida e militarizada sob o Stalin e a paranoia nacional na Am rica do Norte chamada macartismo lhe aplainaram o caminho Entretanto encontrou um importante obst culo na pessoa do Oppenheimer que se tinha convertido em presidente do Comit Assessor Geral da Comiss o de Energia At mica do p s guerra Teller expressou um testemunho cr tico em uma audi ncia do governo questionando a lealdade do Oppenheimer aos Estados Unidos est acostumado a se acreditar que a participa o do Teller jogou um importante papel em suas repercuss es embora o comit de revis o n o impugnou exatamente a lealdade do Oppenheimer por algum motivo lhe negou a credencial de seguran a e foi afastado da Comiss o de Energia At mica Teller p de empreender o caminho para a super livre de obst culos A t cnica de fabrica o de uma arma nuclear se est acostumado a atribuir ao Teller e matem tico Stanislas Ulam Hans Bethe o f sico pr mio Nobel que dirigia a divis o t cnica do Projeto Manhattan e que teve um papel destacado no desenvolvime
590. u fatwa declarando que o mundo plano Tudo o que cria que redondo n o acredita em Deus e deve ser castigado N o deixa de ser ir nico que a l cida evid ncia de que a Terra uma esfera reunida pelo astr nomo grego eg pcio do s culo II Claudio Ptolomeu fosse transmitida ao Ocidente por astr nomos mu ulmanos e rabes No s culo IX batizaram ao livro do Ptolomeu no que se demonstra a esfericidade da Terra como o Almagesto o maior Conheci muitas pessoas que se sentem ofendidas pela evolu o que prefeririam apaixonadamente ser a obra art stica pessoal de Deus que ter surto da lama por for as f sicas e qu micas cegas desenvolvidas durante eones Tamb m revistam ser resistentes a expor se assiduamente s provas A evid ncia tem muito pouco que ver com eles acreditam o que desejam que seja verdade S nove por cento dos norte americanos aceita o descobrimento central da biologia moderna de que os seres humanos e todas as demais esp cies evolu ram lentamente por processos naturais de uma s rie de seres mais antigos sem que fora necess ria a interven o divina no caminho Quando lhes pergunta simplesmente se aceitarem a evolu o o quarenta e cinco por cento dos norte americanos diz que sim A quantidade sobe aos setenta por cento na China Quando se exibiu no Israel o filme Parque Jur ssico alguns rabinos ortodoxos a condenaram porque aceitava a evolu o e ensinava que os dinossauros viveram faz cem milh es d
591. u h uma maneira de que os is topos se separem na rocha al m dos processos biol gicos s medi es sens veis de correntes el tricas no c rebro humano mostram que quando ocorrem certas lembran as ou processos mentais entram em a o regi es particulares do c rebro poss vel que nossos pensamentos lembran as e paix es gerem uns circuitos particulares dos neur nios do c rebro Seria poss vel simular estes circuitos em um rob Seria fact vel inserir novos circuitos ou alterar os velhos no c rebro de modo que troquem opini es lembran as emo es e dedu es l gicas esta desnaturaliza o terrivelmente perigosa Sua teoria da origem do sistema solar prediz muitos discos planos de g s e p em toda a gal xia da Via L ctea Olhe pelo telesc pio e encontra discos planos em todas as partes Chega felizmente conclus o de que a teoria ficou confirmada Mas resulta que os discos que viu eram gal xias espirais muito afastadas da Via L ctea e muito grandes para ser sistemas solares nascentes Deve abandonar sua teoria Ou deve procurar um tipo de discos diferentes Ou isto s uma express o de sua pouca disposi o a abandonar uma hip tese desacreditada Um c ncer crescente envia um boletim s c lulas que revestem os copos sangu neos Necessitamos sangue diz a mensagem As c lulas endoteliais obedientes formam pontes de copos sangu neos para subministrar sangue s c lulas do c ncer C
592. u pai me incomodou O delirante sistema de cren as e as t cnicas de meu terapeuta a base de sugest o e persuas o me levaram a acreditar que as mentiras eram lembran as Quando eu duvidava da realidade de minhas lembran as ele insistia em que eram verdade N o s insistia em que eram verdade mas tamb m me informava que para me recuperar al m de aceit los como reais devia record los todos Em um caso de 1991 no Allegheny County Pennsylvania uma adolescente respirada por um professor e um trabalhador social acusou a seu pai de ter abusado sexualmente dela o que desembocou em sua deten o Nicole tamb m declarou que tinha dado a luz tr s meninos e sua fam lia os tinha matado que tinha sido violada em um restaurante cheio de gente e que sua av voava montada em uma vassoura Nicole se retratou de suas acusa es ao ano seguinte e se retiraram todos os cargos contra seu pai Nicole e seus pais formularam uma den ncia contra o terapeuta e a cl nica psiqui trica a que tinha sido enviada ela depois de ter feito as acusa es O jurado encontrou que o doutor e a cl nica tinham atuado com neglig ncia e concedeu quase um quarto de milh o de d lares a Nicole e seus pais Cada vez h mais casos deste tipo Poderia ser que a compet ncia para conseguir pacientes e o interesse financeiro bvio de uma terapia prolongada diminu ra a inclina o dos terapeutas a ofender a seus pacientes manifestando certo ceticismo ante suas hist
593. u territ rio com a precis o dos cart grafos Tamb m aqui todo isso uma condi o para sobreviver Assim a afirma o de que igual aos meninos n o est preparados para certos conceitos de matem tica ou l gica os povos primitivos n o s o capazes intelectualmente de entender a ci ncia e a tecnologia uma tolice Este vest gio de colonialismo e racismo fica desmentido pelas atividades cotidianas de um povo que vive sem resid ncia fixa e quase sem posses os poucos ca ador coletores que ficam os cust dios de nosso passado profundo Dos crit rios do Comer para o pensamento objetivo podemos encontrar certamente nos povos de ca ador coletores um debate vigoroso e substancial democracia de participa o direta viaje de comprimento percorrido aus ncia de sacerdotes e a persist ncia destes fatores n o durante mil anos a n o ser durante trezentos mil ou mais Segundo seus crit rios os ca ador coletores deveriam ter ci ncia Eu acredito que a t m Ou a tinham O que J nia e a antiga a Gr cia proporcionaram n o s o tanto inventos tecnologia ou engenharia a n o ser a ideia da interroga o sistem tica a ideia de que as leis da natureza e n o uns deuses caprichosos governam o mundo A gua o ar a terra e o fogo tiveram todos seus turnos como explica es candidatas da natureza e origem do mundo Cada uma destas explica es identificada com um fil sofo pr socr tico diferente tinha gr
594. u trabalho Ao melhor se os professores fossem mais interessantes os meninos quereriam aprender Se a ci ncia se apresentasse de maneira divertida os meninos quereriam aprender Para isso j seria hora de come ar a deixar de ensin la como meros feitos e n meros Francamente custa me acreditar os dados sobre a ci ncia nos Estados Unidos Se estivermos t o atrasados como que Mikhail Gorbatchov veio a Minnesota e os Dados de Controle de Montana para ver como funcionam nossos computadores e isso 33 horas para os de quinto curso Em minha opini o tanto que quase s o as mesmas horas que um trabalho de jornada completa Assim em lugar de fazer deveres poder amos ganhar dinheiro Quando comenta qu o atrasados estamos em ci ncia e matem tica por que n o tenta dizer o de uma maneira mais am vel Deveria sentir um pouco mais de orgulho de seu pa s e suas capacidades Acredito que seus feitos som pouco concludentes e as provas muito frouxas Em geral exp s um bom tema Em geral estes estudantes n o acreditam que exista um problema s rio e se existir n o pode fazer se grande coisa a respeito Havia muitos que tamb m se queixavam de que as confer ncias as discuss es em classe e os deveres eram aborrecidos Para uma gera o televisiva que sofre transtornos de d ficit em diferentes graus certamente s o aborrecidos Mas passar tr s ou quatro cursos praticando uma e outra vez a soma s
595. uando se complica est acostumado a ser porque o mundo complicado ou porque n s somos complicados Quando nos afastamos dela porque parece muito dif cil ou porque nos ensinaram isso mau abandonamos a possibilidade de nos responsabilizar de nosso futuro Nos priva de um direito erode se a confian a em n s mesmos Mas quando atravessamos a barreira quando os descobrimentos e m todos da ci ncia chegam at n s quando entendemos e pomos em uso este conhecimento muitos de n s sentimos uma satisfa o profunda A todo mundo ocorre isso mas especialmente aos meninos que nascem com af de conhecimento conscientes de que devem viver em um futuro moldado pela ci ncia mas frequentemente convencidos em sua adolesc ncia de que a ci ncia n o para eles Sei por experi ncia tanto por haver me explicado isso como por meus intentos de explic la a outros o lhe gratifiquem que quando conseguimos entend la quando os t rminos escuros adquirem significado de repente quando captamos do que vai tudo quando nos revelam profundas maravilhas Em seu encontro com a natureza a ci ncia provoca invariavelmente reverencia e admira o O mero feito de entender algo uma celebra o da uni o a mescla embora seja a escala muito modesta com a magnific ncia do cosmos E a constru o acumulativa de conhecimento em todo mundo com o passar do tempo converte ci ncia em algo que n o est muito longe de um coloque pensamento transnac
596. ubtra o multiplica o e divis o de fra es pode aborrecer a qualquer e a trag dia que por exemplo a teoria da probabilidade elementar est ao alcance desses estudantes Igual ocorre com a apresenta o das formas de plantas e animais sem evolu o a hist ria como guerras datas e reis sem o papel da obedi ncia autoridade a avareza a incompet ncia e a ignor ncia o ingl s sem a introdu o de novas palavras na linguagem e o desaparecimento das velhas e a qu mica sem a origem dos elementos ignoram se os meios para despertar o interesse destes estudantes apesar dos ter m o Dado que o que fica gravado na mem ria dos alunos a longo prazo de todo o aprendido na escola s uma pequena fra o n o parece essencial lhes expor temas que n o sejam aborrecidos e lhes inculcar o desejo de aprender A maioria dos adultos que me escreveram consideravam que era um problema importante Recebi cartas de pais que me falavam de meninos com curiosidade dispostos a trabalhar duro com paix o pela ci ncia mas carentes de um entorno adequado ou de recursos para satisfazer seus interesses Outras cartas eram de pais que n o sabiam nada de ci ncia e sacrificavam sua pr pria comodidade para que seus filhos pudessem ter livros de ci ncia microsc pios telesc pios ordenadores e equipes de qu mica de pais que diziam a seus filhos que o estudo disciplinado os tiraria da pobreza de uma av que levava o ch a um estuda
597. ue de jovem ficou t nicas brancas para assustar aos negros e de maior vestiu se com t nicas negras para assustar aos brancos Em assuntos de justi a penal a Declara o de Direitos reconhece a tenta o que pode sentir a pol cia fiscais e magistratura de intimidar s testemunhas e acelerar o castigo O sistema de justi a penal fal vel pode se castigar a pessoas inocentes por delitos que n o cometeram os governos s o perfeitamente capazes de encerrar aos que por raz es n o relacionadas com a hip tese de delito n o gosta Assim a Declara o de Direitos protege aos acusados faz se uma esp cie de an lise de custo benef cio s vezes pode liberar se o culpado para que o inocente n o seja castigado Isso n o s uma virtude moral tamb m impede que se use o sistema de justi a penal para suprimir opini es impopulares ou minorias desprezadas parte da maquinaria de corre o de enganos As ideias novas os inventos e a criatividade em geral som sempre a ponta de lan a de um tipo de liberdade uma ruptura de limita es e obst culos A liberdade um requisito pr vio para continuar o delicado experimento da ci ncia raz o pela que a Uni o Sovi tica n o podia seguir sendo um Estado totalit rio para ser tecnologicamente competitiva Ao mesmo tempo a ci ncia ou mas bem sua delicada mescla de abertura e ceticismo e sua promo o da diversidade e o debate um requisito pr vio para continuar
598. ue a expectativa de grande benef cio do novo m todo para tratar enfermidades resultar uma ilus o Entretanto em alguns casos esta ilus o pode ser de utilidade enquanto dure Referia se ao mesmerismo Mas cada poca tem sua loucura particular A diferen a do Franklin a maioria dos cientistas consideram que n o sua tarefa expor se a enganos pseudocient ficos muito menos a autossugest o sustentados apaixonadamente Al m disso tampouco tendem a ser muito bons nisso Os cientistas est o acostumados a lutar com a natureza que embora possivelmente ofere a seus segredos com relut ncia luta de maneira justa Frequentemente n o est o preparados para esses praticantes sem escr pulos de qu o paranormal seguem normas diferentes Os magos por outro lado est o no neg cio do engano Praticam uma das muitas ocupa es como a atua o a publicidade a religi o burocr tica e a pol tica em que o que um observador ing nuo poderia interpretar como mentira aceito socialmente como se fora em servi o de um bem maior Muitos magos dizem que n o enganam e sugerem que seus poderes lhes s o transferidos por fontes m sticas ou ultimamente por generosidade extraterrestre Alguns usam seus conhecimentos para p r em evidencia aos enganadores que h entre suas filas e fora delas Um ladr o se disp e a ca ar a outro ladr o Poucos reagem a este desafio com tanta energia como James Randi o assombroso que se descreve a
599. ue demonstre a inoc ncia da acusada As pessoas que tentam faz lo recebem o nome de perturbadores 34 Enquanto a mant m na pris o e sob tortura os ju zes inventam ardilosos mecanismos para reunir novas provas de culpabilidade com o fim de declar la culpado de modo que ao revisar o julgamento algum facultativo universit rio possa confirmar que devia ser queimada viva 35 H ju zes que para aparentar um escr pulo supremo fazem exorcizar mulher transferem na a outra parte e a voltam a torturar para romper sua letargia sim mant m sil ncio ent o ao menos podem queim la Agora bem em nome do C u eu gostaria de saber se tanto a que confessa como a que n o perecem do mesmo modo como pode escapar algu m por inocente que seja OH mulher infeliz por que concebeste esperan as ligeira por que ao entrar no c rcere n o admitiu em seguida o que eles queriam por que mulher insensata e louca desejou morrer tantas vezes quando poderia ter morrido s uma Segue meu conselho e antes de suportar todos estes maus dava que culpado e morre N o escapar porque seria uma desgra a catastr fica para o zelo da Alemanha 36 Quando sob a tens o da dor a bruxa confessou sua situa o indescrit vel N o s n o pode escapar mas tamb m tamb m se v obrigada a acusar a outras que n o conhece cujos nomes com frequ ncia p em em sua boca os investigadores ou sugere o executor ou s o os que ouviu como suspei
600. ue lhe ca am as p ginas de tanto us lo Tinha as esquinas enrugadas Os conselhos b sicos estavam sublinhados Consultavam no sempre que havia uma crise de sa de Durante um tempo meus pais deixaram de fumar um dos poucos prazeres que tiveram a seu alcance durante os anos da Depress o para que seus filhos pudessem tomar vitaminas e suplementos minerais Am e eu tivemos muita sorte Recentes investiga es demonstram que quando os meninos n o comem o suficiente terminam com uma diminui o da capacidade de entender e aprender deterioro cognitivo Isso n o s ocorre quando a fome atroz Pode acontecer inclusive com uma ligeira desnutri o o tipo mais comum entre os pobres da Am rica do Norte Isso pode ocorrer antes de que nas a o menino se a m e n o comer o suficiente na primeira inf ncia ou na inf ncia Quando n o h bastante comida o corpo tem que decidir como investir os mantimentos limitados de que disp e O primeiro a sobreviv ncia O crescimento vem em segundo lugar Neste crivo nutritivo o corpo parece obrigado a qualificar a aprendizagem em ltimo lugar Melhor ser est pido e estar vivo deduz que preparado e morto Em lugar de mostrar entusiasmo e desejo de aprender como fazem a maioria dos jovens saud veis o menino mau nutrido se volta aborrecido ap tico e insens vel A desnutri o mais grave causa de menor peso ao nascer e em suas formas mais extremas de c rebros mais pequen
601. ue rezassem H mais probabilidades de que intervenha Deus quando s o muitos os que lhe pedem compaix o ou justi a ou com uns quantos basta Ou consideremos a peti o seguinte impressa em 1994 no The Prayer and Action Weekly News Iowa s Weekly Christian Information Source Pode te unir a mim para rogar a Deus que queime a sede de Planejamento Familiar em D Moines de modo que ningu m possa interpret lo como um inc ndio intencionado que investigadores imparciais tenham que atribui lo a causas milagrosas inexplic veis e que os crist os tenham que atribui lo m o de Deus Comentamos a cura pela f O que sabemos da longevidade atrav s da ora o O estadista Vitoriano Francis Galton arguia que em igualdade de condi es os monarcas brit nicos deviam viver mais porque milh es de pessoas em todo mundo entoavam diariamente o sincero mantra de Deus salve rainha ou ao rei Entretanto demonstrou que em todo caso n o viviam mais que outros ricos e mimados membros da aristocracia Dezenas de milh es de pessoas desejavam embora n o pode dizer se exatamente que rezassem publicamente ao un ssono que Mao Zedong vivesse dez mil anos Quase todo mundo no antigo o Egito exortava aos deuses a permitir que o fara vivesse para sempre Essas preces coletivas fracassaram Seu fracasso um dado Fazendo pronunciamentos que embora s seja em princ pio s o comprov veis as religi es at sem querer en
602. uenas prote nas do c rebro com efeitos como a morfina Um placebo s funciona se o paciente acredita que uma medicina efetiva dentro de limites estritos parece que a esperan a pode transformar se em bioqu mica Como exemplo t pico consideremos a n usea e v mitos que revistam acompanhar quimioterapia em pacientes de c ncer e sida Ambas as coisas podem ser causadas psicogenicamente por exemplo por medo O f rmaco hidrocloreto de ondansetron reduz em grande medida a incid ncia desses sintomas mas em realidade o f rmaco ou a expectativa de al vio Em um estudo de dobro cego o noventa e seis por cento dos pacientes qualificaram o f rmaco de efetivo O mesmo fizeram dez por cento de qu o pacientes tomavam um placebo de aspecto id ntico Quase a metade dos norte americanos acredita que existe o que se chama cura ps quica ou espiritual Ao longo da hist ria humana se associaram as padres milagrosas a uma ampla variedade de curandeiros reais ou imagin rios A escr fula uma esp cie de tuberculosis chamava se na Inglaterra o mal do rei e se supunha que s podia ser curada mediante a m o do rei As v timas guardavam cauda pacientemente para que o rei as tocasse o monarca se submetia brevemente a outra pesada obriga o de seu alto cargo e embora n o parece que se curasse ninsu m a pr tica continuou durante s culos Um famoso curandeiro do s culo XVII foi Valentino Greatracks Descobriu com certa surp
603. uer movimento da Terra com respeito ao ter sugerem que os fen menos da eletrodin mica qu o mesmo os da mec nica n o possuem propriedades que correspondem ideia do repouso absoluto Mas bem sugerem que como se demonstrou na primeira ordem de pequenas quantidades ser o v lidas as mesmas leis de eletrodin mica e ptica para todos os Marcos de refer ncia em que sejam aplic veis as equa es de mec nica O que tenta nos dizer aqui o autor Mais adiante tratarei de explicar os antecedentes De momento possivelmente podemos reconhecer que a linguagem econ mica precavida claro e sem um pice mais de complica o que a necess ria N o poss vel adivinhar a primeira vista pela reda o ou pelo pouco ostentoso t tulo Sobre a eletrodin mica dos corpos em movimento que este artigo representa a chegada crucial ao mundo da teoria da relatividade especial a porta do an ncio triunfante da equival ncia de massa e energia a redu o da presun o de que nosso pequeno mundo ocupa algum marco de refer ncia privilegiado no universo e em v rios aspectos diferentes um acontecimento que marca uma poca na hist ria humana As palavras que abrem o artigo de 1905 do Einstein s o caracter sticas do relat rio cient fico Seu ar desinteressado sua circunspe o e mod stia s o agrad veis Contrastemos seu tom contido por exemplo com os produtos da publicidade moderna discursos pol ticos pronunciamentos teol
604. ui a den ncia fundamentalista que exija a cren a no Deus nico e verdadeiro enquanto que em sua maior parte contradiz ao Deus retratado na B blia e a tradi o crist Na Nova Era uma cr tica crist 1990 Ralph Rath fala sobre vnis e como t pico nesta literatura f lo com extrema credulidade Desse modo serve a seu prop sito de aceitar a realidade dos vnis para envilec los como instrumentos de Satan s e do Anticristo em lugar de usar a navalha do ceticismo cient fico Esta ferramenta uma vez afiada poderia conseguir muito mais que uma simples erradica o limitada da heresia O autor fundamentalista crist o Hal Lindsey em seu bem sucedido livro religioso Planeta Terra Ano 2000 escreve cheguei ao pleno convencimento de que os vnis s o reais Fazem nos funcionar seres extraterrestres de grande intelig ncia e poder Acredito que esses seres n o s o s extraterrestres mas sim de origem sobrenatural Para ser sincero acredito que s o dem nios parte de um compl sat nico E qual a prova para chegar a tal conclus o Principalmente os vers culos 11 e 12 de S o Lucas cap tulo 21 nos que Jesus fala de grandes assinale do c u n o se descreve nada parecido a um vni nos ltimos dias Certamente Lindsey ignora o verso 32 no que Jesus deixa muito claro que fala de acontecimentos no s culo I n o no XX Tamb m h uma tradi o crist segundo a qual n o pode existir vida extraterr
605. ui dez cem ou mil anos no futuro Sem d vida podemos fazer certa valora o de que tipos de m quinas e produtos vale a pena desenvolver Em todo caso devemos tomar estas decis es porque n o temos recursos para aplicar todas as tecnologias poss veis Mas censurar o conhecimento dizer s pessoas o que deve pensar abrir a porta pol cia do pensamento a tomar decis es absurdas e incompetentes e a cair na decad ncia a longo prazo Ide logos ferventes e regimes autorit rios encontram f cil e natural impor seus pontos de vista e eliminar as alternativas Os cientistas nazistas como o f sico pr mio Nobel Johannes Stark distinguiam a imagin ria e caprichosa ci ncia judia que inclu a a relatividade e a mec nica qu ntica da realista e pr tica ci ncia ria Outro exemplo Est emergindo uma nova era de explica o m gica do mundo disse Adolf Hitler uma explica o apoiada mais na vontade que no conhecimento N o h verdade nem no sentido moral nem no cientista Tal como me contou isso tr s d cadas depois o geneticista americano Hermann J Muller viajou em 1922 do Berlim a Moscou em um avi o ligeiro para observar com seus pr prios olhos a nova sociedade sovi tica O que viu lhe deveu gostar porque depois de descobrir que a radia o produz muta es um descobrimento pelo que mais tarde ganharia um Pr mio Nobel instalou se em Moscou para participar do estabelecimento da gen tica m
606. ulos VII e VI A J C na Gr cia A ci ncia confere poder a todo aquele que se tome a mol stia de estud la embora sistematicamente se impediu a muitos A ci ncia prospera com o livre interc mbio de ideias e certamente o requer seus valores s o antit ticos ao secreto A ci ncia n o possui posi es vantajosas ou privil gios especiais Tanto a ci ncia como a democracia respiram opini es pouco convencionais e um vivo debate Ambas exigem racioc nio suficiente argumentos coerentes n veis rigorosos de prova e honestidade A ci ncia uma maneira de lhes p r as cartas de barriga para cima aos que as d o de conhecedores um basti o contra o misticismo contra a supersti o contra a religi o aplicada erroneamente Se formos fi is a seus valores pode nos dizer quando nos est o enganando Proporciona nos m dios para a corre o de nossos enganos quanto mais estendido esteja sua linguagem normas e m todos mais possibilidades temos de conservar o que Thomas Jefferson e seus colegas tinham em mente Mas os produtos da ci ncia tamb m podem subverter a democracia mais do que possa ter sonhado jamais qualquer demagogo pr industrial Para encontrar uma fibra de verdade ocasional flutuando em um grande oceano de confus o e engano se necessita aten o dedica o e valentia Mas se n o exercitarmos esses duros h bitos de pensamento n o podemos esperar resolver os problemas realmente graves aos que nos enfrentamos e c
607. ultos J n o vivemos em uma poca de otimismo sem limites sobre os benef cios da ci ncia e a tecnologia Entendemos que tem sua parte m Hoje as circunst ncias s o muito mais pr ximas ao que Maxwell recordava de sua inf ncia Maxwell fez enormes contribui es astronomia e a f sica da demonstra o me conclua de que os an is de Saturno est o compostos de pequenas part culas at as propriedades el sticas dos s lidos e disciplinas que agora se chamam teoria cin tica dos gases e mec nica estat stica Foi o primeiro em demonstrar que uma quantidade enorme de pequenas mol culas que movendo se por sua conta colidem incessantemente umas com outras e ricocheteiam elasticamente n o leva a confus o a n o ser a umas leis estat sticas precisas Pode se predizer e entender as propriedades de um g s assim A curva em forma de sino que descreve as velocidades das mol culas em um g s se chama agora distribui o Maxwell Bolzmann Inventou um ser m gico chamado agora o oc nio do Maxwell cujas a es geram um paradoxo que para ser resolvida necessitou a teoria da informa o moderna e a mec nica qu ntica A natureza da luz tinha sido um mist rio da Antiguidade Cercaram se c usticos debates cultos sobre se era uma part cula ou uma onda As defini es populares eram do estilo A luz escurid o acesa A maior contribui o do Maxwell foi seu descobrimento de que a eletricidade e o magnetismo precisame
608. ultos de f sica matem tica a n o ser no que realmente conta pode curar s pessoas Muito bem ent o reunamos a estat stica de curas xamanistas e vejamos se funcionarem melhor que os placebos Se for assim concedamos de bom grau que h algo embora s seja que algumas enfermidades s o psicog nicas e podem ser curadas ou aliviadas com atitudes e estados mentais adequados Tamb m podemos comparar a efic cia de sistemas xamanista alternativos Que o Xam entenda por que funcionam seus curas outra hist ria Na mec nica qu ntica temos uma compreens o impl cita da natureza sobre cuja base passo a passo e quantitativamente fazemos predi es sobre o que ocorrer se se leva a cabo um experimento determinado n o tentado antes Se o experimento confirmar a predi o especialmente se o fizer numericamente e com precis o ganhamos a confian a de saber o que fazemos H poucos exemplos que tenham este car ter entre os xamanes padres e gurus da Nova Era Morris Coh n um c lebre fil sofo da ci ncia sugeriu outra distin o importante em seu livro de 1931 Raz o e Natureza Certamente a imensa maioria das pessoas n o preparadas podem aceitar os resultados da ci ncia s por sua autoridade Mas h uma importante diferencia bvia entre uma institui o que aberta e convida a todo mundo a entrar estudar seus m todos e sugerir melhoras e outra que considera que o questionamento de seus cr ditos se deve a maldade
609. um sistema de cren as t o estranho que cada gera o o veja refor ado por sua experi ncia pessoal e seja ensinado pela Igreja e o Estado H alguma alternativa real al m de uma ilus o compartilhada apoiada nas conex es do c rebro e a qu mica comuns Na G nese lemos a respeito de anjos que se emparelham com as filhas dos homens Os mitos culturais da antiga a Gr cia e Roma falam de deuses que se aparecem s mulheres em forma de touros cisnes ou chuvas de ouro e as fecundam Em uma antiga tradi o crist a filosofia n o derivava do engenho humano mas sim da conversa o ntima dos dem nios os anjos cansados revelavam os segredos do c u a seus consortes humanos Aparecem relatos com elementos similares em culturas de todo o mundo Em correspond ncia com os ncubos est o os djins rabes os s tiros gregos os bhuts hindus os hotua poro do Samoa os dusti celtas e muitos outros Em uma poca de histeria demon aca era bastante f cil demonizar a aqueles a quem se temia ou odiava Assim disse se que Merlim tinha sido engendrado por um ncubo Como Plat o Alexandre Magno Augusto e Martin Lutero Em ocasi es se acusou a um povo inteiro por exemplo os hunos ou os habitantes do Chipre de ter sido engendrado por dem nios Na tradi o talm dica o s cubo arquet pico era Lilit a quem criou Deus do p junto com o Ad o Foi expulsa do den por insubordina o n o a Deus a n o ser ao Ad o Ap s p
610. um tratado de limita o de provas em superf cie Seu argumento de que era essencial fazer provas em superf cie para manter e melhorar os arsenais nucleares que ratificar o tratado acabaria com a seguran a futura de nosso pa s demonstrou ser enganoso Tamb m foi um defensor vigoroso da seguran a e efetividade de custo das plantas de energia de fiss o e declara ser o nico ferido do acidente nuclear da Ilha Three Mele na Pennsylvania em 1979 conforme disse teve um enfarte quando discutia o tema Teller defendia a explos o de armas nucleares desde a Alaska at a Africa do Sul para dragar portos e canais para eliminar montanhas indesej veis e efetuar grandes traslados de terra Diz se que quando prop s um plano assim rainha Federica da Gr cia esta lhe respondeu Obrigado doutor Teller mas a Gr cia j tem muitas ru nas singulares Queremos provar a relatividade geral do Einstein Pois fa amos explorar uma arma nuclear na parte mais afastada do Sol propunha Teller Queremos entender a composi o qu mica da Lua Pois enviemos uma bomba de hidrog nio Lua fa amo la explorar e examinemos o espectro do brilho e a bola de fogo Tamb m na d cada dos oitenta Teller vendeu ao presidente Ronald Reagan a ideia da Guerra nas Estrelas chamada por eles Iniciativa de Defesa Estrat gica Parece ser que Reagan se acreditou a hist ria francamente imaginativa que lhe contou Teller de que era poss v
611. uns estere tipos se produzem como resultado de n o controlar as vari veis de esquecer o que outros fatores poderiam estar em jogo Por exemplo antes n o havia virtualmente nenhuma mulher na ci ncia Muitos cient ficos var es eram terminantes isso demonstrava que s mulheres faltava capacidade para fazer ci ncia Por temperamento n o ia encontravam na muito dif cil requeria um tipo de intelig ncia que as mulheres n o t m eram muito emocionais para ser objetivas houve algum grande f sico te rico que fora mulher e assim sucessivamente Ap s as barreiras se foram desmoronando Hoje as mulheres povoam a maioria das disciplinas da ci ncia Em meu pr prio terreno de estudos astron micos e planet rios as mulheres irromperam em cena recentemente e fazem um descobrimento atr s de outro contribuindo assim um sopro de ar fresco que se necessitava com desespero De que dados careciam pois todos aqueles cientistas famosos das d cadas dos cinquenta e sessenta e anteriores para pronunciar se de maneira t o autorit ria sobre as defici ncias intelectuais das mulheres Simplesmente a sociedade impedia que as mulheres entrassem na ci ncia e logo as criticava por isso confundindo causa e efeito Quer ser astr noma jovem Sinto muito por que n o pode s lo Porque n o est altura Como sabemos que n o est altura Porque as mulheres nunca foram astr nomas O caso exposto de maneira t o spera parece absurdo Ma
612. unto imenso de experimentos cient ficos durante gera es experimentos que al m hoje n o poderiam realizar se por raz es de tica m dica Pensemos na quantidade de infus es de cascas de outras rvores que deviam ser in teis ou que provocaram n useas ao paciente ou inclusive a morte Em um caso assim o curador apaga da lista estes rem dios potenciais e passa pr xima Os dados de etnofarmacologia possivelmente n o se adquiram sistematicamente nem sequer conscientemente Entretanto por ensaio e engano e recordando cuidadosamente o que funcionava larga chegam meta utilizando a riqueza molecular do reino vegetal para acumular uma farmacopeia que funciona pode se adquirir informa o absolutamente essencial que pode salvar a vida a partir exclusivamente da medicina popular Dever amos fazer muito mais do que fazemos para extrair os tesouros deste conhecimento popular mundial O mesmo acontece por exemplo com a predi o do tempo em um vale pr ximo ao Orinoco perfeitamente poss vel que povos pr industriais tenham captado durante mil nios regularidades indica es premonit rias rela es de causa e efeito em uma geografia local particular ignorada por completo pelos professores de meteorologia e climatologia de uma universidade distante Mas disso n o se deriva que os xamanes destas culturas possam predizer o tempo em Paris ou no T quio e menos ainda o clima global Certos tipos de conhecimento popular s
613. ut vel a falsa que algu m pode encontrar nessas amostras Enlouquecidas v timas do c ncer empreendem uma peregrina o para as Filipinas onde cirurgi es ps quicos depois de ter manuseada partes de f gado de frango ou cora o de cabra dizem que chegaram s v sceras do paciente para retirar a malha doente que logo exposto triunfalmente Alguns l deres das democracias ocidentais consultam com regularidade a astr logos e m sticos antes de tomar decis es de Estado Submetidos exig ncia p blica de resultados os policiais que t m entre m os um assassinato n o resolvido ou um corpo desaparecido consultam a peritos de PS que nunca adivinham nada mais do que pode ditar o sentido comum mas segundo eles a pol cia n o deixa de chamar Anuncia se que na es inimizades est o mais adiantadas em quest es de clarivid ncia e a CIA por insist ncia do Congresso investe dinheiro p blico para descobrir se podem localizar se submarinos nas profundidades oce nicas concentrando o pensamento neles Um ps quico armado com p ndulos sobre uns mapas e varinhas de zahori nos avi es pretende encontrar novos dep sitos de minerais uma companhia mineira australiana lhe paga uma grande quantidade de d lares de entrada que n o dever devolver em caso de fracasso e uma participa o na explora o do mineral em caso de xito N o tira o chap u nada Est tuas do Jesus ou murais da Maria mostram manchas d
614. va a exist ncia de um extenso mundo de fala grega pelo qual podiam vagar viajantes e acad micos Em quarto lugar a exist ncia de uma classe comercial independente que podia contratar a seus pr prios professores Em quinto lugar a Il ada e a Odisseia obra professoras da literatura que s o em si mesmos o ep tome do pensamento racional liberal Em sexto lugar uma religi o liter ria n o dominada pelos padres E em s timo lugar a persist ncia desses fatores durante mil anos Que todos esses fatores se unissem em uma grande civiliza o bastante fortuito n o ocorreu duas vezes Sinto me solid rio com parte desta tese Os antigos j nicos foram os primeiros segundo nosso conhecimento que arguiram sistematicamente que as leis e for as da natureza n o os deuses s o respons veis da ordem e inclusive da exist ncia do mundo Seu ponto de vista como os resumiu Lucr cio eram A natureza livre e desprovida de seus altivos senhores se v como atriz espont nea de todas as coisas sem interven o dos deuses Entretanto exceto na primeira semana dos cursos de introdu o filosofia os nomes e ideias dos primeiros j nios n o se mencionam quase nunca em nossa sociedade Os que recha am aos deuses tendem a ser esquecidos N o desejamos conservar a lembran a de c ticos como eles menos ainda suas ideias Pode ser que tenham aparecido her is que tentassem explicar o mundo em t rminos de mat ria e energia muitas v
615. varez se sentou em um sof baixo Controlaram lhe o pulso de repente se deteve Aparentemente estava quase morto Emitia graves sons guturais desde muito dentro dele A audi ncia esperava boquiaberta com respeito e rever ncia de repente o corpo do lvarez recuperou o poder Sua postura irradiava confian a Da boca do lvarez flu a uma ampla perspectiva humana espiritual Carlos estava ali Entrevistados ao sair muitos membros do p blico descreveram que se sentiam comovidos e maravilhados No domingo seguinte o programa de televis o mais popular da Austr lia chamado Sixty Minutes como seu equivalente norte americano revelou que a hist ria do Carlos era uma brincadeira de principio a fim Os produtores tinham pensado que seria instrutivo explorar a facilidade com que podia criar um curandeiro ou guru para enganar ao p blico e os meios de comunica o Por isso naturalmente ficaram em contato com um dos principais peritos do mundo em enganar ao p blico ao menos entre os que n o ocupam ou assessoram a nenhum cargo pol tico o mago James Randi havendo tantos transtornos que se curam sozinhos e tanta disposi o na humanidade a enganar se a gente mesmo e a outros escreveu Benjamim Franklin em 1784 e como meu comprido tempo de vida me deu frequentes oportunidades de ver elogiados alguns rem dios como se o curassem tudo para ser deixados a seguir totalmente de lado como in teis n o posso a n o ser temer q
616. vas de um ano a outro Os professores est o afogando as mentes de nossos filhos quando lhes dizem que n o s o o bastante preparados por exemplo para estudar f sica por que n o lhes dar a possibilidade de come ar o curso Meu filho teve que acontecer curso embora esteja dois n veis por debaixo de outros da classe em leitura A raz o que me deram era social n o educativa Nunca alcan ar bom n vel se n o o trocarem Em todas as escolas se deveria exigir que a ci ncia e especialmente na escola superior esteja inclu da no programa Deveria estar coordenada com os cursos de matem tica que tomam os estudantes ao mesmo tempo maior parte dos deveres s o uma pura ocupa o em lugar de ser algo que fa a pensar Penso que Diane Ravitch New Republic 6 de mar o de 1989 conta o tal como Como contou recentemente uma estudante da Hunter High School na cidade de Nova Iorque Saco muitos sobressalentes mas nunca falo disso mais enrolado tirar m s notas Se te interessar a escola e se nota pontuam lhe de inseto estranho A cultura popular atrav s da televis o cinema revistas e v deos transmite continuamente a mensagem s mulheres jovens de que melhor ser popular sexy e enrolada que inteligente competente e honesta Em 1986 os investigadores encontraram uma tica antiacad mica similar entre os estudantes masculinos e femininos de ensino superior de Washington D C
617. vem juntas que conhecem mutuamente o tom de seus sentimentos o tipo de associa es e a maneira de pensar frequentemente podem antecipar o que dir a outra Nisso entram em jogo simplesmente os cinco sentidos habituais mais a empatia sensibilidade e intelig ncia humanas em funcionamento Pode parecer extrassensorial mas n o absolutamente o que implica a palavra telepatia Se alguma vez se demonstrasse realmente algo assim de maneira concludente acredito que haveria causas f sicas discern veis possivelmente correntes el tricas no c rebro A pseudoci ncia bem ou mau etiquetada n o n o qu o mesmo o sobrenatural que por defini o algo de algum modo fora da natureza pouco prov vel que algumas dessas declara es paranormais possam ser verificadas um dia com dados cient ficos s lidos Mas seria uma loucura aceitar algumas delas sem a prova adequada Com o mesmo esp rito que com os drag es da garagem como essas afirma es ainda n o foram desaprovadas ou explicadas adequadamente muito melhor conter nossa impaci ncia alimentar a toler ncia da ambiguidade e esperar ou muito melhor procurar provas que o confirmem ou o refutem Em uma terra long nqua dos mares do Sul correu o rumor que havia um homem muito s bio um curandeiro um esp rito personificado Podia falar atrav s do tempo Era um Professor Ascendido Vinha diziam Vinha Em 1988 os peri dicos australianos revistas e canais
618. vivos S a gente sobreviveu inf ncia Morreu antes de chegar idade adulta e antes da coroa o da rainha em 1702 N o parece haver nenhuma prova de transtorno gen tico Contava com os melhores cuidados m dicos que se podiam comprar com dinheiro As tr gicas enfermidades que em outra poca se levavam um n mero incont vel de beb s e meninos se foram reduzindo progressivamente e se curam gra as ci ncia pelo descobrimento do mundo dos micr bios pela ideia de que m dicos e parteiros se lavassem as m os e esterilizassem seus instrumentos mediante a nutri o a sa de p blica e as medidas sanit rias os antibi ticos medicamentos vacinas o descobrimento da estrutura molecular do DNA a biologia molecular e agora a terapia gen tica Ao menos no mundo desenvolvido os pais t m muitas mais possibilidades de ver alcan ar a maturidade a seus filhos das que tinha a herdeira ao trono de uma das na es mais capitalistas da Terra a finais do s culo XVII A var ola desapareceu que mundo rea de nosso planeta infestada de mosquitos transmissores da mal ria se reduziu de maneira espetacular A esperan a de vida de um menino ao que se diagnostica leucemia foi aumentando progressivamente ano detr s ano A ci ncia permite que a Terra possa alimentar a uma quantidade de humanas centenas de vezes maior e em condi es muito menos miser veis que faz uns quantos milhares de anos Podemos rezar por uma v tima do c lera ou
619. volvem lhe o olhar Pode ser que lhe admoestem pela m conduta humana especialmente pela espolia o do meio ambiente ou por permitir a pandemia do AIDS lhe oferecem quadros de devasta o futura Finalmente esses emiss rios cinzas e melanc licos lhe conduzem fora da espa onave e atravessam a parede para te depositar em sua cama Quando recupera a capacidade de te mover e falar j n o est o Pode ser que n o recorde o incidente imediatamente Possivelmente simplesmente sinta falta um per odo de tempo inexplicavelmente perdido e lhe devaneie os miolos pensando nele Como todo isso parece t o estranho se preocupa um pouco sua sa de mental Naturalmente n o sente nenhuma inclina o a falar disso Por outro lado a experi ncia t o perturbadora que dif cil mant la calada Tudo sai luz quando ouve relatos similares ou quando um terapeuta simp tico te hipnotiza ou inclusive quando v uma fotografia de um extraterrestre em um dos muitos livros revistas populares ou document rios especiais de televis o sobre os vnis H gente que diz poder recordar experi ncias assim da mais tenra inf ncia Pensam que seus pr prios filhos est o sendo abduzidos por extraterrestres Ocorre por fam lias um programa eug nico dizem para melhorar a ra a humana Possivelmente os extraterrestres t m feito isso sempre Possivelmente dizem alguns esse a origem dos humanos Conforme se revela em repetidas pesqui
620. xame c tico do paranormal inclina se claramente para a realidade das abdu es como extraterrestres os poderes estranhos e a cumplicidade governamental para encobrir virtualmente tudo o que possa ser interessante O paranormal quase nunca resulta ser um engano ou uma aberra o psicol gica ou uma m interpreta o do mundo natural Seria muito mais acorde com a realidade al m de um servi o p blico muito maior uma s rie para adultos como faz Scooby Doo para meninos onde se investigassem sistematicamente as afirma es de fen menos paranormais e se encontrasse em cada caso uma explica o em t rminos prosaicos A tens o dram tica residiria no descobrimento de como as m s interpreta es e enganos podiam gerar fen menos paranormais aparentemente genu nos Possivelmente poderia aparecer um investigador sempre decepcionado com a esperan a de que a vez seguinte um caso paranormal sem ambiguidades pudesse sobreviver ao escrut nio c tico H outros defeitos evidentes na programa o da fic o cient fica de televis o Star Trek por exemplo apesar de seu encanto e sua acusada perspectiva internacional e entre distintas esp cies ignora frequentemente os fatos cient ficos mais elementares A ideia de que Mr Spock possa ser um cruzamento entre um ser humano e uma forma de vida de evolu o independente no planeta Vulcano geneticamente muito menos prov vel que cruzar com xito um homem e uma alcachofra A idei
621. xar isto muito claro h muitos casos reais de depreda o sexual macabra dos pais ou dos que atuam em seu lugar Em alguns casos saiu luz uma prova f sica irresist vel fotos por exemplo ou jornais ou gonorreia ou infec es no menino Sugeriu se que o abuso infantil uma prov vel causa importante de problemas sociais Segundo uma pesquisa o oitenta e cinco por cento de todos os internos violentos do c rcere foram v timas de abusos na inf ncia Dois ter os das m es adolescentes foram violadas ou v timas de abusos sexuais de meninas ou adolescentes As v timas de viola es t m dez vezes mais probabilidades que as demais mulheres de usar em excesso 0 lcool e outras drogas O problema real e urgente Entretanto a maioria destes casos tr gicos e incontest veis de abuso sexual infantil se tiveram na mem ria continuamente at a idade adulta N o uma lembran a oculta que deva restabelecer se Embora hoje em dia h maior informa o que no passado parece haver um aumento significativo anual de casos de abuso infantil Os hospitais e autoridades declaram um aumento de dez vezes nos Estados Unidos at 1 7 milh es de casos entre 1967 e 1985 O lcool e outras drogas al m das tens es econ micas destacam se como a raz o pela que os adultos t m mais tend ncia a abusar dos meninos hoje que no passado Possivelmente o aumento da publicidade de casos contempor neos de abuso de meninos respira a pessoas adultas a
622. xcita o geral um peri dico e outro o embrulharam de tal modo que ningu m sabia exatamente do que falavam Esses objetos mais ou menos revoavam como se fossem OH algo assim como navios em guas muita movidas E quando descrevi como voavam que era como se a gente agarrasse um pires e o lan asse atrav s da gua A maioria de peri dicos o interpretaram mau e tamb m citaram isto incorretamente Disseram que eu havia dito que eram como pires eu disse que voavam ao estilo de um pires Arnold acreditava ter visto uma sucess o de nove objetos um dos quais produzia um extraordin rio rel mpago azul Chegou conclus o de que eram uma nova esp cie de artefatos alados Murrow o resumia Foi um engano de cita o hist rico Enquanto a explica o original do senhor Arnold se esqueceu o t rmino disco voador converteu se em uma palavra habitual O aspecto e comportamento dos discos voadores de Kenneth Arnold era bastante diferente do que s uns anos depois se caracterizaria rigidamente na compreens o p blica do t rmino algo como unfrisbee muito grande e com grande capacidade de manobra A maioria da gente contava o que tinha visto com toda sinceridade mas o que viam eram fenomenais naturais embora pouco habituais Alguns avistamentos de vnis resultaram ser aeronaves pouco convencionais aeronaves convencionais com modelos de ilumina o pouco usuais globos de grande altitude insetos luminescentes planetas visto
623. xercer nenhuma viol ncia Simplesmente ocorreu assim Snoony me empurrou e no momento seguinte meu punho atravessou a vitrine do senhor Schechter Eu me tinha lesado a pulso tinha gerado um gasto m dico inesperado tinha quebrado uma vitrine de vidro laminado e ningu m se zangou comigo Quanto ao Snoony estava mais simp tico que nunca Tentei elucidar qual era a li o de tudo aquilo Mas era muito mais agrad vel tentar descobri lo no calor do apartamento olhando atrav s da janela da sala a ba a de Nova Iorque que me arriscar a um novo contratempo nas ruas Minha m e se trocou de roupa e maquiado como estava acostumado a fazer sempre antes que chegasse meu pai Quase se tinha posto o sol e ficamos os dois olhando al m das guas enfurecidas Ali fora h gente que luta e se matam uns aos outros disse fazendo um sinal vago para o Atl ntico Eu olhei com aten o Sei respondi Os vejo N o n o pode v los rep s ela quase com severidade antes de voltar para a cozinha Est o muito longe Como podia saber ela se eu os via ou n o perguntei me For ando a vista tinha me parecido discernir uma fina franja de terra no horizonte sobre a que umas pequenas figuras se empurravam pegavam e brigavam com espadas como em meus gibis Mas possivelmente tivesse raz o Possivelmente se tratava s de minha imagina o como os monstros de meia noite que em ocasi es ainda despertavam de um sonho profun
624. xperi ncia descreveram o vni como uma torta com figuras uniformizadas que se viam atrav s dos guich s transparentes do aparelho V rios anos depois o psiquiatra do Barney enviou a um hipnoterapeuta de Boston Benjamim Simon doutor em medicina Betty lhe acompanhou para ser hipnotizada tamb m Sob hipnose ambos descreveram por separado os detalhes do que tinha ocorrido durante as duas horas perdidas viram aterrissar o vni na estrada e parcialmente imobilizados levaram nos a interior do aparelho onde umas criaturas pequenas cinzas humanoides de nariz largo um detalhe discordante com o paradigma do momento submeteram nos a exames m dicos n o convencionais incluindo a introdu o de uma agulha no umbigo dela antes de que se inventou a amniocenteses na Terra Agora h quem acredita que tiraram vulos dos ov rios da Betty e esperma do Barney embora isso n o forma parte da hist ria original O capit o ensinou a Betty um mapa do espa o interestelar com as rotas da nave marcadas Martin S Kottmeyer demonstrou que muitos dos motivos do relato dos Hill podem encontrar se em um filme de 1953 Invasores de Marte E a hist ria do Barney sobre o aspecto dos extraterrestres especialmente seus enormes olhos surgiu em uma sess o de hipnose s doze dias depois da emiss o de um epis dio da s rie de televis o The Outer Limits em que sa a um extraterrestre assim O caso Hill foi amplamente comentado Em 1975 se fez um
625. y colunista do Variety comentou uma hist ria que lhe tinha contado um amigo petroleiro foi a espetacular reclama o do bem sucedido livro do Scully de 1950 Depois dos disco voador s encontraram se dezesseis extraterrestres de V nus de um metro de altura cada um em um dos tr s pires acidentados recolheram se cadernos com pictogramas extraterrestres Os militares o ocultavam As implica es eram importantes Os estelionat rios eram Silas Newton que disse que utilizava ondas de r dio para procurar ouro e petr leo e um misterioso doutor Gee que resultou ser um tal senhor GeBauer Newton apresentou uma pe a da maquinaria do vni e tomou fotografias de primeiro plano do pires com flash Mas n o permitia uma inspe o detalhada Quando um c tico preparado fazendo um jogo de m os trocou a engrenagem e enviou o artefato a analisar resultou ser feito de alum nio de bateria de cozinha A patranha do pires acidentado foi um pequeno interl dio em um quarto de s culo de fraudes do Newton e GeBauer que vendiam principalmente m quinas de prospec o e contratos petroleiros sem valor Em 1952 foram presos pelo FBI e ao ano seguinte os acusou de fraude Suas proezas das que Curtem Peebles fez a cr nica deveriam ter servido de advert ncia aos entusiastas dos vnis sobre hist rias de discos acidentados no sudoeste americano ao redor de 1950 N o caiu essa not cia Em 4 de outubro de 1957 se lan ou o Sputnik 1 o primeiro
626. zadores e desespiritualizadores do cientificismo a cren a filos fica que se mascara como ci ncia objetiva e se sustenta com a tenacidade emocional do fundamentalismo redivivo de que n o somos nada mais que seres materiais Abranger irreflexivamente tudo o que leva a etiqueta de espiritual ps quico ou de Nova Era certamente uma tolice porque muitas dessas ideias s o objetivamente err neas por muito nobres e inspiradoras que sejam Por outro lado este interesse na Nova Era um reconhecimento leg timo de algumas realidades da natureza humana a gente sempre teve e segue tendo experi ncias que parecem ser ps quicas ou espirituais Mas por que as experi ncias ps quicas desafiam a ideia de que somos feitos de mat ria e nada mais H muito poucas d vidas de que no mundo cotidiano a mat ria e a energia existem Temos a prova a nosso redor Em contraste como mencionei antes a prova de algo n o material chamado esp rito ou alma muito duvidosa Certamente cada um de n s tem uma rica vida interior Entretanto considerando a formid vel complexidade do assunto como poder amos demonstrar que nossa vida interior n o devida totalmente mat ria De acordo muito o que n o entendemos de tudo na consci ncia humana e ainda n o podemos explicar em termos de neurobiologia Os humanos t m limita es e ningu m sabe melhor que os cientistas Mas uma multid o de aspect
627. zes de sua dedica o a temas sociais deu nos uma resposta memor vel Preciso ser digno do respeito de minha esposa Helen Ava Pauling Ganhou um segundo Pr mio Nobel este da paz por seu trabalho na proibi o das provas nucleares convertendo se na nica pessoa da hist ria que ganhou dois pr mios Nobel em solit rio Alguns opinavam que ao Pauling gostava de armar confus es Os que veem com maus olhos as mudan as sociais podem sentir a tenta o de olhar com suspeita a ci ncia como tal Tendemos a pensar que a tecnologia segura que est realmente guiada e controlada pela ind stria e o governo Mas a ci ncia pura a ci ncia por si mesmo a ci ncia como curiosidade a ci ncia que nos poderia levar a qualquer parte e a desafiar algo isso outra hist ria Algumas reas de ci ncia pura s o o nico caminho para as futuras tecnologias certo mas as atitudes da ci ncia se se aplicarem amplamente podem perceber se como perigosas Atrav s dos sal rios a press o social e a distribui o de prest gio e pr mios as sociedades tendem a colocar a todos os cientistas em um terreno meio seguro e razo vel entre a escassez de progresso tecnol gico a longo prazo e o excesso de cr tica social a curto prazo A diferen a do Pauling muitos cientistas consideram que seu trabalho a ci ncia definida com exclus o e acreditam que envolver se na cr tica pol tica ou social n o s uma distra o da vida cien

O mundo assombrado pelos demônios: A ciência

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