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O contexto de produção - UFPB - Universidade Federal da Paraíba

1. 19 3 3 Emendas ao Projeto de Lei de Or amento Anual e ao de Lei de Diretrizes Or ament rias aoe OF 19 3 4 Esp cies de Emendas s ccssseseseeeeseneses Sais TARIR 107 19 4 VOO aai an 107 19 5 Saneno ssecenesisissromasio 107 PSAs San o a ya os on dunas prio ironia car ita ao ER E NOES E E O A R T 107 EOS V2 ES Ea E EE 107 19 5 3 San o e V cio de Iniciativa 10 1976 VELO ann ieie i aaia a R 106 19 6 1 Motiva o e Prazo do Veto ETA RE RD a PRE 10 19 6 2 Extens o do Veto 108 19 6 3 Efeitos do Veto 106 19 6 4 Irretratabilidade do Veto 106 19 6 5 Rejei o do Veto sisisi 106 19 6 6 Ratifica o Parcial do Projeto Vetado 1916 2 Ratifica o Parcial de Veto TON risani NT A A 11 19 6 8 Rejei o do Veto e Entrada em Vigor da Parte Mantida pelo Congresso Nacional 11 19 6 9 Tipologia do Veto 19 7 Promulgagdo sssssssessesesseess 19 7 1 Obriga o de Promulgar 19 7 2 Casos Formas de Promulgagao 1G PAB NON is mimar is Se Bt 11 19 8 1 Modalidades de Publica o TAA 19 8 2 Obriga o de Publicar e Prazo de Publica o sik 19 8 3 Publica o e Entrada em Vigor da Lei TONN 19 8 4 Cl usula de ViB NCIA icc ssetsececcssvesacessysoqssegndeassedsgnasnosasoissasesutsuisiveasesassveususossussvscacassendsibivasvesestsseusss Teran A 19 8 4 1 Falta de Cl usula de Vig ncia Regra Suple Va
2. sua produ o escrita e circula o social Neste processo de desenvolvimento de habilidades na produ o textual faz se necess rio que a import ncia que os textos desempenham em nossa vida social seja ressaltada nas aulas de l ngua materna Corroborando a import ncia que os textos e os g neros textuais possuem em nossa vida social os Par metros Curriculares Nacionais 1998 p 20 21 defendem que interagir pela linguagem significa realizar uma atividade discursiva dizer alguma coisa a algu m de uma determinada forma num determinado contexto hist rico e em determinadas circunst ncias de interlocu o Isso significa que as escolhas feitas ao produzir um discurso n o s o aleat rias ainda que possam ser inconscientes mas decorrentes das condi es em que o discurso realizado O discurso quando produzido manifesta se linguisticamente por meio de textos Todo texto se organiza dentro de determinado g nero em fun o das inten es comunicativas como parte das condi es de produ o dos discursos as quais geram usos sociais que os determinam Al m da import ncia que os g neros textuais representam para o trabalho com a produ o textual como tamb m para o ensino de l ngua materna de modo geral outra quest o vem tona a forma o dos professores Desde a d cada de 80 todo um trabalho vem sendo desenvolvido n o s em termos de forma o continuada de professores mas de u
3. o mec nica quem l muito e escolhe bem o que l a retomada de um senso comum que nem sempre reproduz crit rios 91 cient ficos pois apesar da leitura e da escrita serem processos em interface esta possui par metros pr prios de constitui o que v o muito al m dos limites da materialidade textual Cf PEREIRA 2010 Temos como exemplo os par metros dos contextos f sicos e sociossubjetivo que constituem as categorias de an lise dessa pesquisa No ltimo per odo do fragmento analisado em virtude do lugar social em que o texto produzido solicitado ao jornalista que assuma o lugar de um bom artes o competente aplicado honesto ou seja que ele assuma tais posturas diante do texto a ser elaborado e moldado inst ncia social em que constru do Outro exemplo extra do do mesmo Manual de Reda o e Estilo O Globo no Cap tulo 2 na se o Linguagem p 25 tamb m encontramos direcionamentos que remetem ao lugar social em que o texto deve e ou produzido Profiss es atividades e ramos do conhecimento t m vocabul rios pr prios com express es que o leitor m dio ignora Muitas vezes preciso us las mas sempre explicando do que se trata Esta precau o oferece dupla vantagem torna a mat ria intelig vel e impede que o rep rter escreva sobre o que n o entende Se nem sempre poss vel fugir dos termos t cnicos n o h desculpa para adotar modismos e maneirismos verbais Eles
4. e sin enh eae 38 Agora RREO O Sida eramos deed SS nce AE 40 Se PAR falar Com expressividade O is o rp Aee e a ious 45 Decamando poemas 95 2555 onl nw bia E a Site ra TAS 45 CAP TULO 2 O POEMA AS RIMAS MPC Ik Aes naan ac baie ADO x re an eae 48 POON SB UVES RPA coco DRI NR eae 50 Para escrever com expressividade ccccccevceecccccs 54 A intertextualidade e a par dia is casona ertenek ainako eee 54 O POEMA NO ESPA O MP pda LR q o neea orna MEMS Somalia debe fs vee 61 CTE SRA WEE costal ote phe ees 6 denen neti hee 63 OFICINA DE CRIA O Projeto Poesia para todas r cale ar aa ste ee eee 66 UNIDADE 3 POR DENTRO DOS FATOS CAP TULO 1 A NOT CIA RO SIN TORO nc ensaia GOES DO E De aa ad ER Da a Po 70 Para escrever com expressividade iciciiiii anoe i iona 74 PEITOS O acco ch saca pda oth O nte ra RA 74 ULOS castro dir ork lc BIAS Per nd ed SAREE Le 74 EGR bo o DEAR NUDE DOR SERIE id 24 SN POR ER E a tei 75 CAP TULO 2 A ENTREVISTA PRINS FO NORD Bi i Pdacioe yg Todi ra ati ov Crea pre mn 77 PAO SUN WED nd cs ascent em ro Aa a oot pee 81 Para escrever com expressividade cccececcececuceues 82 Denota o e conota o Elevada EA 82 CAP TULO 3 A ENTREVISTA CITADA GRITO COU TOCO a se srta aena pasa aeaa od SEIS Pia 86 UNIDADE 4 EU TAMB M DOU MEUS PALPITES CAP TULO 1 A CARTA DE LEITOR O g nero em foco CAP TULO 2 A CR TICA
5. o dos aspectos te ricos desenvolvidos Nela procura se unir o l dico ao te rico o prazer de escrever s t cnicas de produ o de linguagem al m de oferecer ao aluno orienta es sobre como planejar seu texto e como avali lo e reescrev lo se necess rio depois de pronto J a ltima se o recebe diferentes nomes como j foi mostrado tendo em vista a natureza do objeto tratado e a abordagem de diversos assuntos Por isso ela recebe o nome Para escrever com adequa o quando trata de assuntos como avalia o apreciativa e recursos gr ficos vocabul rio grau de informatividade esperado ambiguidade indesejada Quando trata de aspectos expressivos da l ngua como por exemplo versifica o discurso citado valor estil stico da pontua o do tempo hist rico na narrativa etc chama se Para escrever com expressividade Quando trata de aspectos da textualidade como coer ncia coes o conectividade e n o contradi o entre outros chama se Para escrever com coer ncia e coes o Al m das se es j especificadas que comp em cada cap tulo do livro ora analisado existem os Boxes que n o chegam a constituir uma se o mas t m uma grande import ncia na concep o da obra S o textos paralelos que dialogam com o texto base e se encontram em qualquer uma das se es fundamentais Seu papel essencialmente ampliar o assunto tratado e estabelecer rela es entre ele e a realidade do aluno Assim chamam
6. pedag gicas dos livros did ticos e dos manuais de reda o Como hip teses para a nossa pesquisa defendemos inicialmente que as orienta es did tico pedag gicas presentes nos livros did ticos investigados apresentam uma concep o mais voltada para a escrita como um processo de intera o social do que os manuais de reda o assim como as orienta es did tico ped gogicas nos manuais de reda o n o levam em considera o o contexto de produ o Para corroboramos ou refutarmos estas hip teses definimos alguns objetivos que nortearam a nossa an lise A respeito desses tivemos como objetivo geral analisar especificamente as orienta es did tico pedag gicas que encaminham a produ o textual no livro did tico como tamb m em manuais de reda o veiculados em jornais impressos Quanto aos objetivos espec ficos propusemos gt Identificar a s concep o es de escrita presente s no livro did tico e nos manuais de reda o veiculados em jornais impressos gt Examinar a rela o entre os par metros do contexto de produ o estabelecidos pelo Interacionismo S ciodiscursivo e as orienta es presentes no livro did tico gt Investigar a rela o entre os par metros do contexto de produ o estabelecidos pelo Interacionismo Sociodiscursivo e as orienta es presentes nos manuais de reda o veiculados em jornais impressos Diante das considera es feitas acerca do trabalho de produ o d
7. 01 LD Oficina de Reda o 01 A posi o social do Manual Reda o para Concursos e Vestibulares 01 Manual emissor de Reda o e Estilo O Globo 01 LD Oficina de Reda o 02 A posi o social do Manual de Reda o e Estilo O Globo 02 LD Todos os textos receptor 01 O objetivo da intera o Manual Reda o para Concursos e Vestibulares 01 Manual de Reda o e Estilo O Globo 05 Manual de Reda o da Presid ncia da Rep blica 01 LD Oficina de Reda o 01 110 CONSIDERACOES FINAIS Produzir textos uma atividade extremamente necess ria tanto na vida escolar como na vida profissional e no dia a dia Atrav s desta constata o surgiu o desejo de realizar uma pesquisa que abordasse a produ o textual sob o prisma de uma corrente epistemol gica que considerasse os pap is sociais na constru o do texto escrito o Interacionismo Sociodiscursivo e que de certa forma tamb m abrangesse contextos de escrita diferentes do escolar Neste sentido a nossa pesquisa procurou identificar a s concep o es de escrita presentes nos livros did ticos e nos manuais de reda o Para atingirmos esse objetivo selecionamos o contexto de produ o presente nos pressupostos sociointeracionistas postulados por Bronckart 1999 como categoria de an lise O passo seguinte foi delimitar um corpus que caracterizasse tanto o universo dos livros did ticos quanto o dos manuais de reda o Selecionam
8. 1 REBIO EM TOCO iina ienaa aE EE cee E ios Pads ME Ro A RD R DRE kaon Para escrever com adequa o O vocabul rio CAP TULO 3 A CR TICA II O g nero em foco Leila Lauar Sarmento LIVRO DO PROFESSOR e VENDA PROIBIDA Ensino Fundamental de nove anos Moderna EA _ Unidade M 7 G neros jornal sticos Cap tulo 1 O texto jornal stico 8 Texto visual Apolo e Dafne de Gian Lorenzo Bernini 8 Estudo de texto Quando se jovem e forte de Afffonso Romano de Sant Anna 10 Not cia 15 Artigo 19 Aescrita em foco emprego de por que por qu porque e porqu 25 Reportagem 28 Humor Toda Mafalda de Quino 34 Hora do bate papo 35 Cap tulo 2 e Humor persuas o e cr tica 36 Cr nica humor stica 42 Linguagem e contexto o gerundismo 49 An ncio publicit rio 52 Cr tica de filme 56 Oficina de projetos produ o de jornal falado 60 Favoritos sugest es de filmes livros e sites 62 Unidade II Poesia teatro e narra o Cap tulo 3 Da prosa ao verso 64 Texto visual Uma tarde de domingo na ilha da Grande Jatte de Georges Seurat 64 Estudo de texto busca da felicidade de Barbara Axt 67 Poesia poema e prosa 70 Prosa po tica 74 E TA SO A ee PN Texto dram tico 83 Hora do bate papo 92 Texto visual Os m sicos de Caravaggio 36 Estudo de texto Pais querem paz em casa filhos querem os pais de Rosely S
9. 143 148 153 157 160 ii Unidade IV Debate de id ias Cap tulo 7 Carta argumentativa e abaixo assinado Texto visual Calvin amp Haroldo de Bill Watterson caga ao pie AUDI ath ibd ale A ee ae Estudo de texto O homem que queria eliminar a mem ria de Ign cio de Loyola Brand o Carta do leitor Carta de solicita o Humor O melhor de Calvin de Bill Watterson Abaixo assinado Texto musical N o perca as crian as de vista de O Rappa Hora do bate papo Cap tulo 8 O texto dissertativo e o texto dissertativo argumentativo Texto visual Hagar o Horr vel de Dik Browne Estudo de texto O massacre da peruca de Carlos Eduardo Novaes O texto dissertativo estrutura e caracter sticas O texto dissertativo argumentativo estrutura e caracter sticas Oficina de projetos mesa redonda Favoritos sugest es de filmes livros e sites 162 162 164 169 175 178 179 182 184 185 185 188 191 195 205 208 Reprodu o pro bida Art 184 do C digo Penal e Lei 9 610 de 19 de feversiro de 1998 WILLIAM ROBERTO CEREJA THEREZA COCHAR MAGALH ES RTUGU S a ne MUGUAgens ii s gt Hae a aa E a a E i Wer AM os E PNLEM 2005 Livro para an lise Portugu s Linguagens n D C digo do liv 919025 A COMUNICA O A LITERATURA DA IDADE M DIA AO QUINHENTISMO LINGUAGEM COMUNICA
10. Leitura Juca Pirama de Goncalves Dias 20 0 0 ccc cceeeuceeueas 187 O Uttra Romentismo Valse E o GR A SAN eres o PR E 188 PRODU O DE TEXTO CAPITULO 20 INTRODU O SEM NTICA LINGUA USO E REFLEX O Sinonitia e AMONIA a e 5 is vie Enar eeu GEARS IITA PONESEM Sit ie di Eaa Cass IAE Ea AES ARTE EO MRE RT pee Pcambigaidade tt araa E ETa oirt N eTe ORBEA EA A E A ambiguidade na constru o do texto Para compreender o funcionamento da l ngua sujeito e predicado 207 predica o predicativo do sujeito e complementos verbais 209 O ROMANTISMO NO BRASIL A PROSA O romalice COMO e nr nd aa a aa 212 O romance brasileiro e a identidade nacional 0 00cveceueese 213 OM po puta he q RA ep anon RO E O a a aAa 213 Leitura fragmento de O guarani de Jos de Alencar e de A Expedi o Montaigne de Ant nio Callado 0 ccc cceeeueeueeeues 214 i H EN 1 bagi a LITERATURA PRODU O DE TEXT LINGUA USO E REFLEX O O romance fegional ToL i cee cece se rena ween ee eres ee eras 217 Leitura fragmento de Inpc ncia de Visconde de Taunay 60 css ss mess stinda 218 OsfOMANGEMIIDANO sur cessa es eee ere na eme sua sao es eu mae e na 220 Leitura fragmento de Mem rias de um sargento de mil cias de Manuel Ant nio de Almeida e de Senhora de Jos de Alencar 5 222 PRYOR RDI ONA E E wlecaresb vin wie ste a asp olds a o aa a o
11. O E INTERA O CAP TULO L NGUA USO E REFLEX O As variedades ingul ticas As variedades ling sticas na constru o do texto Sem ntica e intera o lsira ee eee ee Para compreender o funcionamento da lingua FA ira dos adjetivos compostos oth o UNR NPR INTRODU O A LITERATURA A plurissignifica o da linguagem liter ria denota o e conota o 24 T xto liter rio e texto n o Iiter rio ara Gaa sessao nse orn na 28 COURT RALADO o Rena E SAR a SE 31 E Ka ie aneno A A E A A E 34 TOS MENOS o aiaa aa e E sa eae Ra N E ATAT 35 Estilos de poca AS ORIGENS DAS LITERATURAS PORTUGUESA E BRASILEIRA AE EONA o e E a TETE TE E EE a OE TEA 50 Leitura cantiga de amigo de Fernando Esguio 0s es ursis rrr 53 Leitura fragmento de Auto da barca do inferno de Gil Vicente 56 OCEANO itis upar da ee ena NCS a Tine otra KIRAN 58 Leitura soneto de Cam es e fragmento de Os lus adas CAP TULO 6 O QUINHENTISMO NO BRASIL A produ o liter ria no Brasil Col nia 6 6 6 75 Periodiza o da Iiteratura brasleira css su cessa ass eis ese a aS 76 As literaturas de catequese e de informa o 6 e scenes 77 Leitura fragmentos da Carta de Caminha e cartum de Laerte 78 A imagem em foco Madona eo Menino em Majestade de Cima bue O beijo de Judas de Giotto 80 Projeto A Idade M dia r listada bye HIST
12. m com o receptor e o impacto que o texto causar Portanto este manual aborda a concep o de escrita como intera o justamente por incluir em boa parte das orienta es o contexto de produ o Com rela o ao Manual de Reda o para Concursos e Vestibulares apesar de logo na capa prometer t cnicas infal veis de reda o encontramos na maioria dos cap tulos diversas orienta es que consideram os aspectos sociais que envolvem a produ o de textos como o tipo de linguagem a ser utilizada as finalidades dos textos maneiras do produtor avaliar a pr pria reda o entre outros Desse modo percept vel nesse manual a concep o de escrita como forma de intera o pois podemos associar muitas orienta es nele presentes aos elementos que caracterizam a atividade de linguagem como o planejamento a regula o e a avalia o 115 Diante dos aspectos te ricos metodol gicos e anal ticos evidenciados nesta pesquisa h nesse momento a necessidade de uma reflex o relevante que corrobore toda a discuss o j feita a import ncia do trabalho com produ o de textos com foco nas pr ticas de letramento percept vel que nos ltimos anos quase imposs vel falar em produ o textual sem abordarmos quest es como letramento e g neros textuais e o imbricamento que essas constituem Entretanto necess rio que haja o reconhecimento da import ncia de cada uma dentro dos processos de escrita Geralmente
13. o do ve culo calcado no estilo dos grandes jornais americanos O segundo foi adaptado por Carlos Lacerda tamb m inspirado na fonte americana para o jornal Tribuna da Imprensa e impresso num folheto distribu do aos redatores Vale salientar que os produtores desses manuais tiveram inspira o nos stylebooks da imprensa americana Estes se tratavam de livros que normatizavam a escrita nas reda es dos principais jornais americanos Dispon vel em lt http www almanaquedacomunicacao com br artigos 112 html gt Acesso em 08 07 2010 Ambos os manuais acima referidos s o coincidentes quanto s instru es gerais e normas b sicas uso de mai sculas abrevia es pontua o t tulos e subt tulos tratamento a autoridades algarismos uso de aspas e par nteses entre outros aspectos gramaticais Al m destes surge tamb m a t cnica do lead que cada manual destaca como essencial para assegurar a clareza da not cia e prender a aten o do leitor No tocante ao Manual da Tribuna da Imprensa encontramos al m das instru es t cnicas aspectos relacionados a quest es ligadas ao campo da tica e da profiss o de jornalista como um todo Entre estas podemos destacar algumas observa es leia os outros jornais e compare o que fez como o que os outros fizeram quando tiver de prejudicar algu m no interesse p blico pense duas vezes nunca generalize a uma classe o que foi feito por um ou por um grupo de indiv du
14. o social do emissor naquele momento de produ o Posteriormente abordaremos com outros fragmentos esses dois elementos do contexto de produ o 78 Observe o pr ximo fragmento Mas o que fazer se na hora H ele chegar Bem n o existe uma f rmula pronta para retomar as id ias perdidas pelo nervosismo mas algumas dicas podem ajud lo a n o se desesperar Ali s a primeira regra n o se desespere nem pense que tudo est perdido Releia o enunciado e tente depreender o tema e o que o exerc cio espera de voc Selecione a melhor id ia que passar pela sua cabe a fixe um objetivo e comece a escrever Lembre se de que voc precisar argumentar alguma coisa em seu texto por isso bom que voc se acalme e volte a pensar Neste ltimo fragmento assim como no anterior mesmo sem encontrarmos voc bulos que denotem dura o de tempo percebemos que esta n o est presente por m percebemos o quanto ela determinante no momento de produ o de um texto Temos conhecimento seja atrav s de parentes ou amigos de relatos sobre pessoas que n o obtiveram xito numa prova de produ o textual e ou at mesmo em outras disciplinas devido ao fator tempo apesar deste n o ser o nico elemento que determina a produ o O tempo limite para a produ o muitas vezes respons vel pelo nervosismo de grande parte dos candidatos que se submetem a uma prova seja em uma situa o corriqueira em sala de a
15. 83 salientam devemos ver o contexto n o como um elemento que determina a produ o de texto mas sim como um componente que orienta a produ o e que modelado e remodelado medida que o texto avan a Percebemos tamb m que o estudo do contexto n o se restringiu aos pressupostos da Lingu stica de Texto De uma forma geral um dos focos principais na pesquisa em linguagem nas ltimas d cadas t m sido as rela es entre linguagem e contexto V rios trabalhos t m demonstrado uma ampla variedade de formas das quais a linguagem formatada ou mesmo moldada por contextos sociais e interpessoais no interior dos quais os eventos comunicativos ocorrem Entretanto devemos reconhecer o car ter pioneiro e consistente que a Lingu stica de Texto proporcionou para a reformula o do conceito de contexto dentro de outras reas que tamb m abordam quest es relacionadas linguagem como a antropologia Na perspectiva da Antropologia Goodwin e Duranti 1992 apud BENTES e REZENDE 2008 p 34 concebem o contexto como um frame que envolve um determinado evento objeto mas que principalmente fornece subs dios para uma interpreta o adequada deste evento Al m desse conceito esses autores admitem que a ideia de contexto deve recobrir tanto o entorno sociocultural no qual a atividade comunicativa se desenvolve macrocontexto quanto seu cen rio imediato de ocorr ncia microcontexto Al m disso os conhecimentos pr vios d
16. Ce Tenham claro o perfil do p blico colegas de sua e de outras classes professores e funcion rios da sua escola al m de familiares e amigos que ser o convidados para a mostra Jornal Cultural que ser produzida no cap tulo Oficina de Reda o desta unidade Empreguem uma linguagem clara e objetiva de acordo com a variedade padr o mas adequada ao perfil dos leitores Neste ltimo fragmento al m de termos inicialmente muitas op es de objetos a serem abordados nas produ es temos a presen a expl cita da posi o social dos receptores do texto a ser produzido a comunidade escolar Al m disso h tamb m uma orienta o no tocante ao tipo de linguagem a ser escolhido pelo produtor de modo que seja adequada ao perfil dos leitores Essas considera es acerca dos enunciados acima ratificam os aspectos relacionados ao contexto sociossubjetivo os quais consideram que todo texto produzido nos quadros de uma forma o social a escola e que nessa h uma intera o comunicativa os alunos produzir o os textos e esses ao final da unidade ser o reunidos e expostos numa mostra cultural para toda a comunidade escolar que implica o mundo social as normas regras tipo de linguagem que comp em a estrutura de um texto cr tico e o mundo subjetivo as marcas pessoais presentes em cada texto produzido A seguir abordaremos exemplos de orienta es presentes no corpus analisado que enfocam outro par me
17. Express es de Uso Recomend vel EEE RD PEENE T E PRENDE E 7 PARTE II OS ATOS NORMATIVOS cseemess AEREI EA RTT a S 7 CAP TULO IV QUEST ES FUNDAMENTAIS DE T CNICA LEGISLATIVA 7 10 Quest es Fundamentais de T cnica Legislativa eseeeenessesseseersecsensaesesserseasansnesa 3 ss 10 1 Considera es Preliminares eecesereesesesesees i Re 10 1 1 Fun es das Normas Jur dicas cocsscsssssssesessssssecsessenescsesaisecessnencassueseensessasesencnssecssseesssssosnosvonsensaes f 10 1 2 O Car ter Subsidi rio da Atividade Legislativa cccssssssesssesesesensnesserersnsnsssersnenssessenenensnssssnenensaseneensneys 78 10 1 3 Vincula o Normativa do Legislador e Controle de Constitucionalidade 10 2 Sistem tica da Lei ssssiesssseserissssecrsssosecocossvesnccosessossoosnesonreoeerecseress 10 2 1 Sistem tica Interna 10 2 2 Sistem tica Externa 19 10 2 2 1 Artigo cosccscsescsscsscssssnessncssvssnesvesessssoscoscncenscsesssesnecsseansounessosenssnesusesnsens 80 10 2 2 2 Par grafos 98 sesenenereerenearensereerererserereaceremreerencerencerenenseasensanenass 80 10 2 2 3 Incisos e Al neas 80 10 2 2 4 Agrupamento de Artigos 81 10 2 2 5 Crit rios de Sistematiza o sessssesesesessessnsseseseseneseeensnsneensnsnsssscessnsesssarenenensssasenenenenensanansnaneaseneses 82 10 3 Requisitos Essenciais que Devem ser Observados na Formula o de Dis
18. Wy a cp SEE NAA RR aa 265 Ponto esirgula sien int un men Ns cite ved macae dv par 266 PONTOS a ao ALL SAN CST be CATH NUON DLI 2 OID i el Rape a dj Ce 267 Ponto de interroga o oi scsi scarcer erent rene ee rasas 267 Ponto de exclama o iie nan teen e rte tease etree sees mene rss 267 DO pontos Aiki Pho de eT es cant ee no RE ve me Wai eee Ear 267 ASPAS MNE SE ru E S EEN koh 267 DALAMESES ile SAL ra ca LDA a cua stu Gap TR og bab ab o oc E ARE ee 268 Lew cco CEU SS CE MOOR TD AE Lire Va ORA rag hey eae 268 Retic ncias cece eee ees Dna E AG ARUNC S ELA RO RENN PIC 268 A pontua o na constru o do texto 1 sssesrecr esses re rentrasoso 270 Sem ntica e intera o 4 4 o Raa rae a cee ae Mie ae 271 Para compreender o funcionamento da l ngua predicativo do objeto ii as han eth adatereerersepeters esses 272 tipos de predicado r 26 ede ee ride neo no ramais rn 273 tipos de sujeito vozes do verbo CAPITULO 26 UNIDADE 6 CAPITULO 28 IfULO 29 CAP TULO 30 Olavo Bilac o ourives da AI ca RN E E aes cee Raimundo Correia a pesquisa da linguagem Leitura As pombas de Raimundo Correia imagem em foco Moca de Gustave Courbet iv L Projeto poca do Re HIST RIA SOCIAL DO SIMBOLISMO O SIMBOLISMO A LINGUAGEM DA M SICA A linguagem da poesia simbolista O SIMBOLISMO EM PORTUGAL E NO BRASIL E Simbbismo em Portugal chia sicarinatie praia A aa ic D
19. XC 32 9 1 1 2 4 O fonema Z Z OU S OU X n cccscsscesossesssesecssssesareoses PRE 911 125 0 fonmi KOU CHT nenoai i 4 9 1 1 2 6 O complexo ks X ou CC C 9 1 2 ACENTUA O GR FICA 9 1 2 1 Regras de Acentua o Gr fica 9 1 2 1 1 Quanto Tonicidade 9 1 2 1 2 Quanto aos Encontros Voc licos y 9 1 2 1 3 Casos ESPECIAS esnias aasan ES EE ER E EES ET as SSES 44 GLS USO DE SINAIS vicascccstacsivecersvuncisczcussessasnisinesnsdasseaseansoceetianapasisncasantanpionnins 45 S L Hiei naas 45 9 1 3 1 1 Hifen entre Voc bulos 9 1 3 1 2 Hifen e Prefixos iccccrsess 9 1 3 2 ASDAS vs lt sreshszcssransees 9 1 3 3 Par nteses 9 1 3 4 Travess o OD SINTAM E nonea naai 9 2 1 Problemas de Constru o de Frases 9 2 1 1 SUjeito ccccersssscecsocssessosssssecessscnssncbereescsecnsoceneesenenesegeenssecnsnaseesssessssees 9 2 1 2 Frases Fragmentadas scsserssssssssssssosssssssvscsesssssssesssesensanssssnacaseserses SC 9 2 1 3 Erros de Paralelismo Rel 9 2 1 4 Erros de Compara o 5 9 2 1 5 Ambigtidade sesccsscsorsecsorscsecseccossssscsesssccssesseccusnecbessesecssensenssecosenesuesssstosnsseseuussessssnassassasnosooonaasoans 57 9 2 1 6 Tipos de Ora es e Emprego de Conjun es ssse sssserrsrsssersssreernsnsnnnnnnntsnnrrnnnnerertetenerennessnnrensrnnnet yi 9 2 1 6 1 Per odos Coordenados e Conjun es Coordenativas e 9 2 1 6 2 Per
20. ao tema e prop sitos do texto a continuidade tem tica a explicita o de informa es contextuais ou de premissas indispens veis interpreta o a explicita o de rela es entre express es mediante recursos lingu sticos apropriados retomadas an foras conectivos que possibilitem a recupera o da refer ncia por parte do destinat rio gt Realize escolhas de elementos lexicais sint ticos figurativos e ilustrativos ajustando as s circunst ncias formalidades e prop sitos da intera o gt Utilize com propriedade e desenvoltura os padr es da escrita em fun o das exig ncias do g nero e das condi es de produ o gt Analise e revise o pr prio texto em fun o dos objetivos estabelecidos da inten o comunicativa e do leitor a que se destina redigindo tantas quantas forem as vers es necess rias para considerar o texto produzido bem escrito Considerando a produ o textual como um processo de interlocu o entre o escritor e o leitor numa intera o Costa 2000 p 68 acrescenta que Z Produzir textos ser escritor agir simbolicamente sobre o mundo produzindo sentidos para o outro um sujeito que pensa sente e tem algo a dizer a outros sujeitos Escrever se apropriar de um conjunto de capacidades ling sticas e psicol gicas com o objetivo de transmitir significados a um leitor de forma adequada Ou seja um processo de expressar e organizar o pensamento em l ngua es
21. constitui como elemento determinante da produ o e veicula o de textos tendo em vista o car ter informativo pr prio dos g neros presentes como a not cia a reportagem o editorial entre outros Se diariamente temos jornais que t m o objetivo de manter a popula o informada nada mais l gico do que a atualiza o de tais informa es Neste sentido os jornalistas disp em de pouco tempo para a produ o dos textos A t tulo de exemplo temos diversos jornais que circulam diariamente e que consequentemente requerem uma escrita di ria Se para a produ o de reportagens e not cias necess ria a coleta dos fatos acontecidos supomos que os jornalistas disp em de um hor rio de trabalho para fazer esta coleta e apenas outro para escrever J no fragmento que segue presente no livro Portugu s linguagens na p gina 418 encontramos as seguintes caracter sticas que integram a estrutura de uma carta argumentativa Apresenta formato constitu do pelas seguintes partes data vocativo corpo do texto assunto express o cordial de despedida e assinatura Diferentemente de outros g neros em que n o temos a capacidade de identificarmos o momento de produ o na estrutura da carta argumentativa presente no livro supra mencionado temos uma possibilidade visto que partimos do princ pio de que uma carta escrita na mesma data em que o produtor coloca no vocativo inicial Dificilmente inferir amo
22. copiar oa ES a eet Juntar palavras A palavra Smee meee e reer eeeeeeeeeesenees COCO meee ere O OCO OC Un O O Ore Le O o o on cotas ea ds 0 as Organiza o do texto e ago gi 0 RES RPA SN RE E N Mat ria original e su te Reportagem AGP ARRUDA RA DIGA DEE DA e ee i e oie fo PD PRIDE ND A rs Off the record Entrevista EEE EEE EEE EEE EEE EEE RR DEE EEE EEE EEE AEE EEE EEE EEE EEE EEE ESSE AAA AA EEE EEE EEE EEE EEE ITA AEE EEE SEER SUMARIO Interpreta o essssssessssssseecesisesssssneceesnssesesnnsscesnnasensee 46 Matena LEVE oa iuern eiei e Taen eane e n aene 46 SEMA asa pi a o dese E E 478 Investiga o erne orenen siati iesene eches 47i Ta T E T E RE 48 Pexto le merida s issvoeenssocsesssnnsarenrsrssarsenvesssetoncnsnsaetestes 50 PSE ANCD cos cem cria E GA a ata 514 Chamada oia EAA EEEE T ad 574 CAP TULO III Padr es e conven es 1 essere 59 MailisCUlaS ii eeina panini epe aaarnas 59 Minis clas ooreet aeara eea erar tao aeai EERE E e 61 E E E E savers nsnnssteaaDiesebeeiatee 61 Ese ed dr pra ane 631 Publica es obras de arte Formas de tratamento Pesos e medidas sicmemenmeereerecreseesnoneereermesmentes Siglas e abreviaturas Cargos e fun es Etapas da vida Diversos COUBE E E TE TRE a Nee CERERTStOE AP NDICE I Palavras perigosas eesevesennnnnnnn AP NDICE II Acidentes de texto AP NDICE III Em outros idiomas 6 SUMARIO
23. da orienta o acima o livro apresenta exemplos de an ncios publicit rios e exp e na p gina 357 as caracter sticas de textos publicit rios escritos quase sempre constitu do por imagem e texto linguagem persuasiva direta e clara estrutura vari vel mas geralmente composta por t tulo que chama a aten o sobre o produto texto que amplia o argumento do t tulo assinatura logotipo ou marca do anunciante nivel de linguagem de acordo com o p blico que se pretende atingir verbos geralmente no modo imperativo ou no presente do indicativo uso de recursos como figura de linguagem ambiguidade jogos de palavras prov rbios etc Tanto a orienta o quanto as caracter sticas apresentam considera es sobre a estrutura do an ncio publicit rio e o tipo de linguagem a ser utilizada Entretanto ambos n o priorizam os elementos do contexto f sico como o emissor e o receptor Sabemos que atualmente existem in meras ag ncias de publicidade espalhadas pelo pa s Cada ag ncia contrata geralmente v rios publicit rios a depender da estrutura de cada uma Muitas vezes um an ncio publicit rio constru do por uma equipe apesar da ag ncia com o an ncio j feito assumir a fun o de emissora Neste sentido os autores do livro did tico poderiam ter abordado este fato Abordagem esta que n o impediria a produ o de um an ncio publicit rio em sala de aula ou em outro lu
24. de Letras 2007 p 167 176 SOUZA D M de Autoridade Autoria e Livro Did tico In CORACINI M J R F Interpreta o autoria e ligitima o do livro did tico l ngua materna e l ngua estrangeira Campinas SP Pontes 1999 ANEXOS 121 UMA PROPOSTA DE PRODUCAO TEXTUAL A PARTIR DE GENEROS E PROJETOS gt e er 4 LIVRO NALISE NH DO PROFESSOR e VENDA PROIBIDA E e gi teor S vy Ee QU hed p A 3 J gt SUMARIO UNIDADE 1 QUEM SOU EU CAP TULO 1 O RELATO PESSOAL 1 UR rd ETOC DN pe elites PR NS 10 Aore O ARRAES E PA TE 14 Para escrever COM SANQUA O 6 a5 ss oiiae pewousadoudn dveneucs 15 Os pronomes demonstrativos em rela o ao espaco 15 CAP TULO 2 O RELATO PESSOAL II SOY POU OM WORN pista Goro papiro E a US TD E 18 Di BEN O Do APARADOR o 21 Para escrever CON AUEQUACEO pausa jc ncasisacuasueseuds deli 22 Os pronomes demonstrativos em rela o ao tempo e a elementos DONO muita nero LEET a trio soda na utile ari 22 Emprego dos pronomes demonstrativos em rela o ao tempo 22 Emprego dos pronomes demonstrativos em rela o a elemen tos do texto CAP TULO 3 O RELATO PESSOAL III RI RCI OUD NOEs seat Sri E E S EE eek aS 26 OFICINA DE CRIA O Projeto Quem eu sisi osasco aa i eaa 30 UNIDADE 2 A AVENTURA DA PALAVRA CAP TULO 1 O POEMA O VERSO A ESTROFE DORME EN TORO sra ui fura E Rens
25. de aula por possuir uma linguagem te rica muitas vezes desconhecida pelos pr prios professores Barbosa 2000 afirma que algumas medidas se fazem necess rias para que os PCN n o se tornem apenas mera carta de inten es re elabora o de propostas curriculares no mbito dos munic pios e estados a elabora o do projeto educativo de cada escola e a elabora o da programa o de 33 cada professor a ser desenvolvida em sala de aula que deve ser respaldada por e integrada com os n veis anteriores Percebemos que atualmente existem muitas cr ticas com rela o disparidade que acontece entre a teoria proposta pelos PCN e a pr tica em sala de aula entretanto imprescind vel que reconhe amos as principais contribui es que este documento trouxe para o ensino de l ngua materna Entre essas podemos elencar intensificar as discuss es pedag gicas contribuir para a sele o de an lises dos materiais did ticos e proporcionar uma pr tica pedag gica renovada na escola de acordo com o contexto s cio cultural em que a escola est inserida Dentre as contribui es que os PCN propiciaram s pr ticas de sala de aula podemos elencar como a mais importante o fato de introduzir as discuss es sobre o car ter sociointeracional da linguagem e suas implica es sobre a pr tica docente Com base neste fato Koch 2007 p 26 concebe o processo de produ o textual sob tr s formas a A produ o textual uma at
26. de produ o estabelecidos pelo Interacionismo S ciodiscursivo e as orienta es presentes no livro did tico gt Investigar a rela o entre os par metros do contexto de produ o estabelecidos pelo Interacionismo Sociodiscursivo e as orienta es presentes nos manuais de reda o veiculados em jornais impressos Como contribui o que representa um novo olhar sobre a relev ncia do social que envolve a linguagem e especificamente no trabalho com textos surge na d cada de 90 o Interacionismo S ciodiscursivo doravante ISD tendo como principal representante Jean Paul Bronckart 1999 professor da Universidade de Genebra Para a constitui o desse novo aporte te rico foram relacionadas diversas correntes da filosofia e das ci ncias humanas entre estas ltimas podemos destacar a Psicologia e a Lingu stica Diante das considera es feitas acerca do trabalho de produ o de textos e por considerarmos o ISD uma importante posi o epistemol gica para reconhecermos os aspectos sociais da l ngua em suas diversas manifesta es principalmente na produ o e recep o de textos consideramos relevantes esses pressupostos te rico metodol gicos no desenvolvimento desta pesquisa Dentre esses pressupostos elegemos como categorias de an lise as orienta es referentes ao contexto de produ o atrav s dessas categorias que pretendemos atingir os objetivos da nossa pesquisa Um das primeiras observa es aponta
27. e este consequentemente compreende a mensagem Numa intera o cada um dos parceiros traz consigo sua bagagem cognitiva seu repert rio isto j constitui por si mesmo um contexto A cada momento da intera o esse contexto alterado ampliado obrigando assim os parceiros a se ajustarem aos novos contextos que v o se originando sucessivamente Quando existem pressuposi es err neas sobre o dom nio de certos conhecimentos por parte do s interlocutore s no processo comunicativo surgem os mal entendidos A partir desses tr s tipos de contextos Koch e Elias 2009 p 81 formulam a acep o que vigora atualmente nos estudos sobre o texto O contexto abrange n o s o cotexto como a situa o de intera o imediata a situa o mediata o entorno s cio pol tico cultural e tamb m o contexto sociocognitivo dos interlocutores que na verdade subsume os demais pois engloba todos os tipos de conhecimentos arquivados na mem ria dos sujeitos sociais grifos das autoras Como vimos a no o de contexto foi se reconfigurando ao longo dos estudos sobre o texto Se de in cio aludia apenas ao elemento lingu stico ou interno ao texto posteriormente passou tamb m a incorporar aspectos extralingu sticos participantes tipos de atividades 50 realizadas quadro espacio temporal aspectos sociais cognitivos hist ricos e culturais envolvidos na troca comunicativa Entretanto conforme Koch e Elias 2009 p
28. e nents 373 Leitura Po tica de Manuel Bandeira 20 0 ccc cece e cece eee ee eee 374 Do texto ao contexto hist rico sas ie ses enincne nor err cms 377 Aukt O MODERNISMO EM PORTUGAL A literatura portuguesa no s culo XX oo cece eee eee eee eee eee ens 378 Fernando Pessoa o caleidosc pio po tico 6 cece cece ee enter eee eens 379 1 Leitura Autopsicografia de Fernando Pessoa 6 eee e eee e eee eeee 382 Jos Saramago a utopia e a cr tica da realidade cicicsisscserreres 383 Leitura fragmento de Ensaio sobre a cegueira 1 1 eevee cence ence eee 383 AAE O MODERNISMO NO BRASIL A PRIMEIRA FASE A Semana de Art Moderna occ sussa ssa ses eres emos vm A 386 A primeira fase do Modernismo sssssssssrerrrrrrrrrrrrerrres 387 Oswald de Andrade o antrop fago do Modernismo 60 ee cree eeees 388 LESS Eai verte rara E ae a A REL ame A outs 389 M rio de Andrade vanguarda e tradi o 6 cece e cence eee nents 390 Leitura fragmento de Macuna ma i dig AA A O E 391 Manuel Bandeira o resgate l rico ssussesesses Deerrrrsrrreresrens 394 Leitura Vou me embora pra Pas rgada 1 6 sees eee eee eee ene nee 395 OCONTO aoe Saee RAI RENO Suco Alec CURA POET Aces ro nai r s 397 b Produando ro con OM as reins dp pic NG ei ae REE gn 399 Para escrever com expressividade a descri o s s u AGE Res E 399 Des
29. em situa es reais de comunica o ou seja h apenas situa es artificiais de produ o No fragmento a seguir extra do do LD Todos os textos no cap tulo que aborda o g nero not cia mais precisamente na p gina 81 temos na se o Agora a sua vez o t tulo Preparando a entrevista e entrevistando seguido dos seguintes encaminhamentos a Escolham uma pessoa para ser entrevistada um professor um funcion rio da escola um profissional de um ramo de atividade pelo qual o grupo tenha interesse um atleta um ex aluno da escola um colecionador de selos um m sico um ator um pol tico etc 13 b Procurem conhecer o entrevistado e o assunto que ser o foco da entrevista Assim se o entrevistado for por exemplo um escritor procurem informa es sobre ele os livros que escreveu o p blico a que se destina sua obra se mant m outro trabalho em paralelo etc No primeiro enunciado os autores colocam diversas op es de poss veis pessoas a serem entrevistadas pelo produtor de textos Diante de tantas alternativas expostas o discente amplia as possibilidades de produ o fator este que remete pluralidade de lugares em que cada profissional citado se encontra no momento em que a entrevista seja realizada No segundo enunciado temos o foco no lugar de produ o cada vez mais ampliado na medida em que o contexto situacional e temporal onde se desenvolver a entrevista n o suficient
30. encontramos tanto em materiais did ticos quanto nas aulas de l ngua materna o trabalho com g neros com foco nos aspectos reguladores formais estruturais Devemos considerar que os g neros tamb m s o estruturas mas que essas possuem uma finalidade comunicativa dentro da l ngua em que s o escritas justamente a partir dessa finalidade seguida da imers o em que o produtor se envolve na produ o textual que termos um trabalho mais produtivo envolvendo os g neros textuais Por ltimo destacamos a import ncia do trabalho de produ o de textos com foco nos aspectos sociais e pragm ticos de modo que os alunos produtores de textos possam se envolver em situa es de escrita que estejam inseridas em pr ticas de letramento mais amplas que abordem tem ticas interdisciplinares afinal de contas encontramos a escrita n o apenas em portugu s mas em todas as disciplinas escolares Segundo Schneuwly e Dolz 2004 p 72 71 quando a produ o textual trabalhada nessa perspectiva os produtores de texto partem do desenvolvimento de pr ticas sociais de linguagem por estas implicarem dimens es sociais cognitivas e lingi sticas do funcionamento da linguagem em uma situa o de comunica o Quando h esse envolvimento por parte dos produtores de textos Pereira 2010 p 192 defende que Na medida em que se inserem nessas pr ticas recorrem a textos de refer ncia os diversos g neros ao recorrerem a esses textos ativam a
31. exposto percebemos que as contribui es defendidas pelo ISD devem deslocar muitas das pr ticas realizadas pelos professores em sala de aula principalmente no trabalho de produ o textual Tamb m j podemos ter no o de qu o complexo o universo que conforme Bronckart comp e o folhado que o texto Conforme Mat ncio 2007 p 62 uma proposta de ensino de l ngua baseada nos pressupostos do ISD n o se trata de ensinar a l ngua habitualmente compreendida como equivalente norma culta padr o para que os alunos sejam capazes de produzir e receber textos Trata se com efeito de socializar os alunos nos processos de produ o e recep o de textos em media es formativas para que possam tomar consci ncia dos processos de regula o interna e externa da a o de linguagem Atrav s dessa cita o corroboramos a import ncia do processo de socializa o defendido pelo ISD com base nessa perspectiva sociointeracionista que temos a escrita e a l ngua como atividades que envolvem os aspectos hist ricos e discursivos nos momentos de produ o e recep o dos textos Neste trabalho nos deteremos na an lise de apenas um dos elementos que constituem o conceito de texto defendido por Bronckart o contexto de produ o Como este constitui o foco do nosso estudo n o daremos nfase aos outros componentes como por exemplo a pr pria organiza o estrutural do conte do tem tico os mecanismos
32. i n AAi Aa eae a Sone A PR Eo 11 484 Para compreender o funcionamento da l ngua as ora es coordenadas 485 TEND NCIAS DA LITERATURA CONTEMPOR NEA OS APOS 1950 605 agr e is cee in oie DIS we RO AE haat 489 Leitura beba coca cola de D cio Pignatari e Agosto 1964 de Ferreira Gullar ass carona reaa a dra eei aiahalnuale ewes AGI A literatura brasileira hoje Se CCRT ORO are 494 A imagem em foco Diptico de Marilyn Labios de Marilyn e EMS Ke KOSAN Warmol Ert a Areia A RR a Pines One mie Duet 498 Projeto BAIANOS GORA KELLA ELERIA A EN SENDO CRT PER AEN eee 500 3 EM DIA COM O VESTIBULAR E OENEM 504 BIDLIOGRARIA rasas sting ae nae a e ea idea 512 PRESIDENCIA DA REPUBLICA CASA CIVIL MANUAL DE REDA O DA PRESIDENCIA DA REPUBLICA 2 edi o revista e atualizada Bras lia 2002 Apresenta o e messes essere snmsare amamenta Vill Sinais e Abreviaturas EMpregad5 sssssssessssssseeessnsesesnmnnsenssnnnneesssnne ares IX PARTEI AS COMUNICA ES OFICIAIS CAP TULO 1 ASPECTOS GERAIS DA REDA O OFICIAL weesssssesssssessssssneeneencnnsensnnenncanenscnneneensens 3 1 O que Reda o Oficial 1 1 A Impessoalidade sesesessessees 1 2 A Linguagem dos Atos e Comunica es Oficiais ummseeseaummaneseseeseerermermimenesaeeeeeeereeneenmo 1 3 Formalidade e Padroniza o s ssesss
33. interacionismo sociodiscursivo Londrina PR UEL 2008 BENTES A C e REZENDE R C Texto conceitos quest es e fronteiras con textuais In SIGNORINI I org Re discutir texto g nero e discurso S o Paulo Editorial 2008 BRASIL Par metros Curriculares Nacionais terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental l ngua portuguesa Secretaria de Educa o Fundamental Bras lia 1998 BRASIL Par metros Curriculares Nacionais ensino m dio Secretaria de Educa o M dia e Tecnol gica Bras lia 1999 BRONCKART J P 1992 El discurso como acci n Por um nuevo paradigma psicoling stico Anu rio de Psicologia N 54 1992 1993 Atividades de linguagem textos e discursos S o Paulo EDUC 1999 Atividade de linguagem discurso e desenvolvimento humano S o Paulo Mercado de Letras 2006 CEREJA William Roberto e MAGALH ES Tereza Cochar Portugu s linguagens Volume nico Ensino M dio S o Paulo Atual 2003 Todos os textos S o Paulo Atual 2003 118 COSTA S R A constru o de t tulos em g neros diversos um processo discursivo polif nico e pluriss mico In ROJO Roxane org A pr tica de linguagem em sala de aula praticando os PCNs 2 ed Campinas SP Mercado de Letras 2000 COSTA VAL Maria das Gra as Reda o e Textualidade 2 ed S o Paulo Martins Fontes 1999 CRIST V O V L L Interacionismo Sociodiscursivo ISD quadro te rico metodol gi
34. interface leitura e escrita no processo de escrita da que simultaneamente desenvolvem as opera es atividades de linguagem espec ficas tais como produzir compreender interpretar e ou memorizar um conjunto organizado de enunciados orais e escritos Esperamos que as considera es tecidas ao longo deste trabalho tracem um delineamento sobre a forma como a escrita encarada por materiais did ticos que objetivam ensin la e aperfei o la nas mais diversas situa es comunicativas em seus mais variados lugares como tamb m possam servir como leitura que nortear outras pesquisas relacionadas 116 a escrita a serem feitas por pesquisadores interessados em conhecer e aprofundar o enigm tico universo que envolve o processo de produ o textual 117 REFERENCIAS BAKHTIN M Os g neros do discurso In Est tica da Cria o Verbal 2 ed S o Paulo Martins Fontes 1997 BALTAR Marcos Compet ncia discursiva e g neros textuais uma experi ncia com o jornal de sala de aula 2 ed Caxias do Sul RS 2006 173 p BARBOSA J P Do professor suposto pelos PCNs ao professor real de L ngua Portuguesa s o os PCNs pratic veis In ROJO Roxane org A pr tica de linguagem em sala de aula praticando os PCNs 2 ed Campinas Mercado de Letras 2000 BEATO CANATO A P M Produ o escrita em l ngua estrangeira luz do Interacionismo Sociodiscursivo In CRISTOV O V L L org Estudos da linguagem luz do
35. manual surge a segunda edi o Esta preserva integralmente as linhas mestras do trabalho originalmente desenvolvido Na primeira parte as altera es principais deram se em torno da adequa o das formas de comunica o usadas na administra o aos avan os da inform tica Na segunda parte as altera es decorreram da necessidade de adapta o do texto evolu o legislativa na mat ria em especial Lei Complementar n 95 de 26 de fevereiro de 1998 que trata das pr prias t cnicas de elabora o reda o e altera o das leis ao Decreto n 4 176 de 28 de mar o de 2002 trata das pr prias t cnicas de elabora o reda o e altera o dos atos normativos bem como s altera es constitucionais ocorridas no per odo No tocante bibliografia apresentada pelos autores do manual ora abordado al m das in meras obras da rea jur dica percebemos diversos nomes de gram ticos e linguistas bem conhecidos no meio acad mico entre os quais est o Noam Chomsky Domingos Paschoal Cegalla Celso Ferreira da Cunha Jean Dubois Othon Moacyr Garcia Celson Pedro Luft M rio Alberto Perini entre outros 70 3 2 2 Reda o para concursos e vestibulares O segundo manual escolhido para compor o corpus desta pesquisa trata se do Reda o para Concursos e Vestibulares Este tem como autora Rita de C ssia da Cruz Silva foi editado no ano de 2008 com 112 p ginas e organizado em 15 cap tulos Na capa do manual pe
36. n o s ortogr ficos que passaram despercebidos na primeira vers o Nessa etapa h a ratifica o da concep o de escrita n o como produto pronto e acabado mas sim como um processo conforme defendem os pressupostos sociointeracionistas A preocupa o com a linguagem caracteriza outro foco no receptor pois h a preocupa o em fazer o texto ser entendido pelos leitores e a linguagem adequada constitui elemento essencial nesse processo Se o p blico n o entender a linguagem expressa no texto este n o far sentido para aquele Por ltimo temos ao final do enunciado de forma impl cita a identifica o dos receptores da entrevista a ser produzida pois h a informa o que os textos devem ser expostos no jornal mural da escola o que nos leva a afirmar que o receptor ser a pr pria comunidade escolar A seguir temos um quadro que representa as ocorr ncias dessa categoria de an lise no corpus da nossa pesquisa especificamente os par metros do contexto f sico 89 QUADRO 1 OCORR NCIAS DOS PAR METROS DO CONTEXTO F SICO PAR METROS DO EVID NCIAS DE OCORR NCIA NO CORPUS CONTEXTO F SICO O lugar de produ o LD Todos os textos 01 Manual de Reda o da Presid ncia da Rep blica 01 LD Oficina de Reda o 03 Manual de Reda o e Estilo O Globo 01 O momento de produ o Manual Reda o para Concursos e Vestibulares 02 Manual de Reda o e Estilo O Globo 01 LD Portugu s Lingu
37. ncia com as propriedades do contexto em que produzido cada texto exibe um modo determinado de organiza o de seu conte do referencial cada texto composto de frases articuladas umas s outras de acordo com as regras de composi o mais ou menos estritas enfim cada texto apresenta mecanismos de textualiza o e mecanismos enunciativos destinados a lhe assegurar coer ncia interna BRONCKART 1999 p 71 Como parte integrante deste conceito defendido por Bronckart nos deteremos ao contexto de produ o que ser o elemento norteador para a an lise do corpus deste trabalho Por m antes de abordarmos o contexto consideramos oportuno fazer algumas reflex es acerca da no o de a o de linguagem tendo em vista aquele constituir um elemento desta Para Bronckart 1999 p 91 a a o de linguagem designa as propriedades dos mundos formais f sico social e subjetivo que podem exercer influ ncia sobre a produ o textual Nesse sentido para se produzir um texto o agente deve mobilizar algumas de suas representa es sobre os mundos efetuando se essa mobiliza o em duas dire es distintas De um lado temos as representa es sobre os tr s mundos que s o requeridas como contexto de produ o textual ou seja o contexto diz respeito situa o de intera o ou de comunica o na qual o agente produtor julga se encontrar De outro lado as representa es sobre os tr s mundos que s o requeridas como c
38. no contexto da virada pragm tica diz se que o ensino de conte dos de natureza procedimental como leitura produ o de textos e pr ticas orais deve ocupar o centro do trabalho pedag gico restringindo se o ensino sobre ao estritamente necess rio para a abordagem e o entendimento dessas pr ticas Ensinar leitura e ensinar produ o de textos passaram ent o a envolver necessariamente o ensino de estrat gias de abordagem compreens o e constru o do texto essenciais para a efic cia do discurso Assim uma renovada perspectiva ret rica ou simplesmente discursiva abriu se para o ensino de l ngua materna dando ao conceito de texto novas dimens es e determina es Nesse sentido o ensino de l ngua materna n o se constitui uma tarefa f cil pois para que se operem transforma es no processo ensino aprendizagem faz se necess rio um redimensionamento na forma de trabalhar a linguagem na sala de aula A respeito das orienta es que encaminham essa mudan a Karwoski Gaydeczka e Brito 2006 p 74 mencionam que 28 Cabe ao professor portanto criar condi es para que os alunos possam apropriar se de caracter sticas discursivas e ling sticas de g neros diversos em situa es de comunica o real Isso pode ser feito com muita efici ncia por meio de projetos pedag gicos que visem ao conhecimento leitura discuss o sobre o uso e as fun es sociais dos g neros escolhidos e quando pertinente
39. objetivos bem definidos passamos a nos preocupar na forma como vamos atingi los essa preocupa o que deve nortear o processo de produ o textual defendido pelos 104 pressupostos sociointeracionistas O objetivo integra o processo de socializa o em que o texto produzido e recebido por seus interlocutores Noutro exemplo extra do do Manual de Reda o e Estilo O Globo no Capitulo 2 na se o A palavra e o fato p 22 encontramos direcionamentos que tamb m remetem ao objetivo da intera o do texto a ser produzido pelo jornalista O enfoque a ser dado not cia depende quase sempre de seu impacto na comunidade avaliado segundo o n mero de pessoas afetadas pelo acontecimento Se um an nimo morre num choque de carros e o acidente provoca cinco horas de engarrafamento na Avenida Brasil a not cia mais importante o problema no tr nsito Pode n o ser agrad vel reconhec lo mas em geral a trag dia de um importa menos que o desconforto de mil E a festa de poucos tamb m importa menos que o conforto de muitos o enfoque da inaugura o de rg o ou servi o deve ser aquilo que ele oferecer comunidade e n o o que fizeram ou disseram autoridades e pol ticos no ato da inaugura o Nessas observa es percebemos a evid ncia expl cita do objetivo da intera o na produ o textual mais precisamente os objetivos pragm ticos do texto jornal stico Atrav s desse a orienta o encamin
40. odos Subordinados e Conjun es Subordinativas rmemenermseeaserererereacarerererereenreserenenas S 9 2 1 6 3 Ora es Reduzidas issscssssesessessessrsesesesesensnesesssssssneseneneneneeessenensssenssesssessssnensnsaavensanssesenegeaenes 5 9 2 2 Concord ncia aS 9 2 2 1 Concord ncia Verbal issnin osoasa anarian ia 9 2 2 2 Concord ncia Nominal cccsccososscsesssoocrerasoosessesveciorsvesiornees aD 92 3 REG NCIA a a AR daria dig nracareai s Ra 9 2 3 1 Reg ncia de Alguns Verbos de Uso Sa ano 9 2 4 PONtUBOHO ls ssccsassasasveoussvcesversitcvessecadsncsesavesnsporcstasasasusansvssbuoosusssssosesisnseseacedonissiinsssnonsauetiescassasossassosnessoeoorensens 6 9 2 4 1 Wirgula ccscscscesssscsssssessssserssresssesasssscasssassstucesssueneseasarsessasnsssseecaravasanstsassssossonsssssosenousssscaoavsnsoesseeasacene 6 9 2 4 2 Ponto e Virgula a6 9 2 4 3 Dois PON OS atire casavsitasscoprorarus isa caystccacissescensnscecdhantenausveneantecveustevepoassbzenuiascueudstac 6 9 2 4 4 Ponto de Interroga o ccscscssssssscssssssossesesssssessnsscacscnesccesneneneasarsnsnssssesescsssosesansasess 6 9 2 4 5 Ponto de Exclama o w6 9 2 5 Coloca o dos Pronomes meemes 6 QDS T EO VT aaa a ES mO 9 2 5 2 Pr clise 1256 9 2 5 3 Mes clise aid 9 2 5 4 Casos Especiais GS SEMANTICA ana Aradia 9 2 1 Uomanimes e Par nimos or 9 3 2 Express es a Evitar e
41. oosa iiaeaae iaaiaee neea E EAn KAS iaaa uia 19 8 4 2 Vacatio Legis Re N S 19 8 4 2 1 A Vacatio Legis e o In cio da Obrigatoriedade da Lei Brasileira no Estrangeiro IL 19 8 4 2 2 A Vacatio Legis e as Normas Complementares Suplementares e Regulamentares 112 19 8 5 A N o Edi o do Ato Regulamentar Reclamado e a Vig ncia da Lei s ssccsssseseseseseseseersarscseensesscerenes 112 19 8 6 Vacatio Legis e Republica o do Texto para Corre o ssessssssseeseesseneessnesnsenssssnsseneensensenseatenseneenseass 113 20 Procedimento Legislativo cccsisccsesiessesaccsascascoccneasecotacosvessessecnscavsbscvesiesvedenvestesvee seesvesosetsens beer a E E NANT Nnnadimanta T arielativ Tarm 20 1 Procedimento Legislative Normal 20 2 Procedimento Legislativo Abreviado 20 3 Procedimento Legislativo Sum rio 20 4 Procedimento Legislativo Sumarissimo 20 5 Procedimento Legislativo Concentrado 20 5 1 Leis financeiras 20 5 2 Leis delegadas 20 6 Procedimento Legislativo Especial a 20 6 1 Emendas Constitui o 116 20 60 32 COROS Jeor 20 6 3 Medidas Provis rias 20 6 4 Consolida es da Legisla o E T AA E RPE SD EEE NET EP E A PARTIR E AE A 117 APPENDICE henan A A A 119 ETE RA RUA RE E EE E TA E E S E E AE A E TEA A EE RAS ADE RE p Indice AnaMtico Nem Oore A S AN scutes grain wees 127 V A RITA DE C SSIA DA CRUZ SILVA CONCURSOS EVEST
42. palavras que expressem dura o de tempo temos a nfase no momento de produ o a partir do emprego da palavra tempo sugerido que al m do tempo para a escrita haja tamb m um tempo para a realiza o de leituras do texto produzido ou melhor em processo de constru o Como j afirmamos no cap tulo te rico na perspectiva do ISD todo texto resulta de um processo de intera o e esta necessariamente exige a exist ncia de um emissor e de um interlocutor sobre estes dois elementos do contexto de produ o proposto por Bronckart 1999 que os dois pr ximos t picos abordar o 4 1 3 O emissor Neste contexto f sico a figura do emissor constitui a pessoa ou m quina que produz fisicamente o texto podendo essa produ o ser efetuada na modalidade oral ou escrita Cf BRONCKART 1999 93 Al m de emissor esta pessoa que produz o texto ainda recebe o nome de produtor ou locutor a depender da situa o comunicativa em que o texto for produzido A seguir vejamos como esse importante elemento do contexto abordado nas orienta es que encaminham a produ o textual no corpus desta pesquisa Inicialmente vejamos o pr ximo fragmento retirado do manual Reda o para concursos e vestibulares especificamente no Cap tulo 8 intitulado Elabora o do texto na se o A finalidade do texto p gina 50 81 Mas para que serve afinal um texto Bem a primeira fun o do texto no caso da reda
43. para ser divulgada e ou os valores que devem ser considerados antes da publica o 96 4 2 2 A posi o social do emissor Em Reda o para Concursos e Vestibulares no Cap tulo 8 na se o Adequa o da linguagem ao contexto p 53 encontramos a seguinte afirma o Como j sabemos a reda o comunica algo a algu m No entanto nossos interlocutores n o s o os mesmos sempre Por esse motivo devemos levar em conta alguns fatores que determinam o tipo de texto que faremos Um bilhete muito diferente de um texto acad mico principalmente no que se refere forma No primeiro caso temos uma situa o menos formal de comunica o No segundo precisamos utilizar todos os recursos da norma padr o para nos sairmos bem Entre os linguistas existem mesmo aqueles que dizem que os verdadeiros bons escritores s o aqueles que se tornaram poliglotas em sua pr pria l ngua Em outras palavras isso significa dizer que o portugu s pode se transformar em varias l nguas dependendo do contexto em que voc se encontra A linguagem que voc utiliza em casa certamente n o a mesma que voc usa com seu chefe Nem a linguagem que voc usa com seus colegas de futebol ser a mesma que voc usar com sua m e Precisamos ficar atentos s mudan as de contexto lingiifstico para podermos fazer as adequa es necess rias No caso de uma reda o o contexto n o muda muito Tanto em vestibulares como em concursos
44. para uma pr tica apresentada nos LDs Esta cr tica surgiu antes mesmo de os PCN serem publicados Nesse sentido ela se refere particularmente escolha do pr prio livro A esse respeito Silva Sparano Carbonari e Cerri 1997 p 35 defendem que Atualmente o livro did tico continua equivocado quando se pensa na individualidade do aluno ou at de um grupo de alunos o caso das diferen as regionais por exemplo no direito cidadania na preserva o do patrim nio cultural etc pois ele se coloca como um grande modelo que deve ser seguido do Norte ao Sul do pa s suprimindo a voz do professor que por sua vez suprime o cidad o leitor O momento hist rico de controle ideol gico do Estado passou mas o posicionamento do livro did tico permanece E apesar de tudo isso de acordo com a observa o feita nas escolas pode se notar que o manual did tico est muito presente na sala de aula ou mesmo fora dela como material dos alunos e professores que os seguem passo a passo ou se utilizam dele como fonte de pesquisa O livro did tico passou dessa maneira a ser um dos principais instrumentos de ensino e aprendizagem nas nossas escolas Mesmo diante de alguns equ vocos por parte das obras escolhidas neste ano de 2011 o PNLD repete os crit rios usados para as escolhas dos livros nos anos anteriores sendo os principais variedade dos g neros textuais atividades que desenvolvam a profici ncia em leitura nos alunos prop
45. por resultados obtidos com pesquisas realizadas nas escolas Naturalmente existem diferentes concep es a respeito do que escrita Para Kaplan apud Beato Canato 2008 p 38 No in cio a escrita n o representava mais do que a transcri o da fala mas que essa rela o n o mais suficiente pois a escrita com o passar do tempo adquiriu vida pr pria tendo efeito na fala a exist ncia independente sendo em muitos aspectos considerada mais importante e confi vel que a fala por ser mais precisa Por isso documentos importantes por exemplo s o registrados por escrito Esta vis o de escrita corrobora as mudan as ocorridas ao longo dos tempos nas sociedades letradas Entretanto como aqui o nosso prop sito abordarmos as diversas concep es e reconhecermos a import ncia da escrita n o nos cabe questionar a respeito de qual modalidade seja a mais importante a oralidade ou a escrita questionamento este que n o merece ser discutido pois tanto uma quanto a outra exerce seu papel dentro da intera o humana Sabemos que cada uma exerce pap is fundamentais na vida social das pessoas e que a grande maioria dos estudiosos da escrita utiliza a t tica de comparar as duas modalidades com o intuito de conceituar ambas ou apenas uma delas Outra vis o acerca da escrita que merece refletirmos diz respeito a Bazerman apud Beato Canato 2008 p 39 Segundo o autor existe A no o de semiprivacidade da escrita que ocorr
46. pr ticas prescritivistas fizemos uma retrospectiva que contemplou desde os pressupostos saussureanos at o surgimento dos Par metros Curriculares Nacionais e o impacto destes nas pr ticas de sala de aula No segundo cap tulo tivemos a apresenta o dos pressupostos te ricos do ISD Primeiramente fizemos uma breve discuss o sobre a chegada dos pressupostos interacionistas ao Brasil Apresentamos a conjuntura na qual o pa s se encontrava tanto hist rica quanto linguisticamente e caracterizamos o terreno no qual o ISD foi plantado Em seguida expusemos os principais conceitos que comp em essa corrente Por ltimo achamos relevante tecer algumas considera es sobre o contexto de produ o j que este ser o elemento norteador da an lise do corpus Para isso fizemos um breve levantamento acerca das concep es de contexto presentes na Lingu stica Textual na Sociolingu stica na Pragmatica e na Antropologia J no terceiro cap tulo elencamos algumas considera es a respeito dos aspectos metodol gicos do nosso trabalho ou seja a descri o a respeito de como nossa pesquisa foi realizada especificamente com nfase na descri o do nosso corpus Fizemos algumas discuss es sobre o livro did tico e os manuais de reda o como tamb m descrevemos cada um dos materiais que integraram o corpus 112 O quarto e ltimo cap tulo apresenta a an lise das orienta es que encaminham a produ o textual nos livros d
47. propriedades desses g neros mesmo que de forma inconsciente Em outras palavras o agente produtor do texto tem um conhecimento pessoal e parcial do arquitexto de sua comunidade verbal entendido aqui como o repert rio de textos que pode ser encontrado em sua comunidade e que se organizam em g neros O agente produtor tem assim acesso a modelos de g neros dispon veis no arquitexto de sua comunidade verbal e serve se deles ao produzir seus textos esse conhecimento intuitivo que nos ajuda a produzir apropriadamente textos pertencentes aos g neros com os quais temos contato durante a vida Assim para fazermos uma reivindica o a respeito de um problema que afeta os moradores de uma rua produzimos um abaixo assinado ao inv s de um artigo cient fico ou de uma poesia Conforme afirma Bronckart 1999 p 72 os textos est o articulados s necessidades aos interesses e s condi es de funcionamento das forma es sociais no seio das quais s o produzidos o objetivo comunicacional que determina qual texto ser produzido Quando o objetivo da situa o de linguagem especificado em uma produ o textual seja na pr pria proposta ou feita por um mediador o professor por exemplo temos uma aproxima o maior com uma situa o de produ o textual mais real diferente de outra em que n o haja qualquer especifica o dos objetivos Geralmente quando realizamos qualquer atividade em nossa vida cotidiana na qual temos
48. que seja feita uma escolha dentre algumas op es presentes na quest o justamente nesta escolha que o produtor poder relacionar o lugar de produ o ao local a ser descrito pois cada aluno poder falar de sua pr pria casa Em seguida os encaminhamentos Escolha um dos tipos de casa descrito na cr nica ou um outro tipo e apresente suas outras caracter sticas Descreva primeiramente a parte externa a localiza o da casa os jardins a entrada como a parte principal a ilumina o a garagem as cores das paredes externas o revestimento as varandas os m veis no espa o aberto conte se h um ou mais andares como o tr nsito da rua ou avenida etc Em seguida descreve o ambiente interno onde pode haver uma ou mais salas simples ou luxuosas com cortinas quadros e tapetes Caracterize os m veis se s o claros ou escuros qual o tipo de assoalho como s o as cores das paredes dos tecidos descreva tamb m os objetos de decora o a ilumina o os lustres e abajures 76 Nessas ltimas orienta es temos men es expl citas ao lugar f sico a ser descrito lugar este que tamb m pode ser o lugar em que o texto ser produzido atrav s de palavras que se referem n o s aos c modos de uma casa como tamb m cidade de um modo geral c Al m dessa constata o ainda encontramos a express o um outro tipo que amplia as possibilidades para o aluno caso n o conhe a uma c
49. reda o tamb m tivemos o seguinte cen rio o Manual de Reda o da Presid ncia da Rep blica traz na grande maioria dos cap tulos quest es ligadas aos aspectos formais da l ngua estrutura dos g neros a serem produzidos nos rg os oficiais s leis entre outros aspectos estruturais Em apenas 01 um cap tulo podemos observar orienta es que abordam os aspectos sociais da l ngua como a import ncia da linguagem a ser utilizada e o objetivo dos textos a serem produzidos Por esta raz o consideramos que a concep o de escrita presente nesse manual leva em considera o a produ o de textos uma atividade mec nica estrutural em que os aspectos formais s o priorizados em detrimento dos aspectos sociais ou seja o texto concebido como um produto pronto e acabado e n o como um processo em constante modifica o O Manual de Reda o e Estilo O Globo apesar de tamb m dedicar grande parte dos cap tulos aos aspectos formais tanto os gramaticais quanto os inerentes aos g neros jornal sticos aborda orienta es que consideram o contexto de produ o em uma maior quantidade do que o anterior Logo no ndice podemos encontrar direcionamentos que encaminham o produtor de texto mesmo antes de o texto ser escrito Al m disso h um cap tulo que trata especificamente das quest es ticas que envolvem a reda o dos textos jornal sticos ou seja h uma preocupa o tanto na forma como o texto produzido como tamb
50. s o produzidos e lidos foi convencionado que a leitura feita de forma r pida diferentemente de um romance ou de um artigo cient fico Ainda sobre esse aspectos da funcionalidade pela forma como as orienta es s o apresentadas percebemos a regula o e a avalia o presentes na atividade de linguagem na qual a produ o do texto est inserida Outro exemplo extra do do Manual de Reda o da Presid ncia da Rep blica no Cap tulo 1 na se o A linguagem dos Atos e Comunica es Oficiais p 5 onde encontramos direcionamentos que remetem ao objetivo da intera o do texto a ser produzido A necessidade de empregar determinado n vel de linguagem nos atos e expedientes oficiais decorre de um lado do pr prio car ter p blico desses atos e comunica es de outro de sua finalidade Os atos oficiais aqui entendidos como atos de car ter normativo ou estabelecem regras para a conduta dos cidad os ou regulam o funcionamento dos rg os p blicos o que s alcan ado se em sua elabora o se for empregada a linguagem 108 adequada O mesmo se d com os expedientes oficias cuja finalidade prec pua a de informar com clareza e objetividade As comunica es que partem dos rg os p blicos devem ser compreendidas por todo e qualquer cidad o brasileiro Para atingir esse objetivo h que evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados grupos N o h d vida que um texto marcado por exp
51. sociedade O trabalho de produ o textual deve ir al m de exerc cios de mera reprodu o de pr ticas repetitivas em que o professor o nico interlocutor e que apesar de estar neste papel n o o assume com efici ncia Sobre este trabalho Baltar 2006 p 18 ressalta O trabalho com o texto pressup e o trabalho de pensar de tomar decis es sobre os g neros poss veis de expressar o que se quer dizer de acordo com os efeitos de sentido que se pretende em rela o ao interlocutor pressup e o exerc cio de criar estrat gias de mobilizar conhecimentos pr vios para poder materializar em linguagem o que se pretende dizer ou ent o entender o que est sendo dito Essa ltima cita o corrobora a vis o de produ o textual como um jogo coletivo e n o uma atividade unilateral pois envolve decis es conjuntas Desta forma a produ o de textos encarada como uma atividade sociointerativa No pr ximo cap tulo discorreremos sobre o ISD abordaremos a chegada dos pressupostos interacionistas ao Brasil como tamb m os conceitos fundamentais que embasam esta posi o epistemol gica Em seguida faremos algumas reflex es sobre o contexto de produ o tendo em vista este ser o crit rio de an lise da nossa pesquisa 36 CAPITULO 2 O INTERACIONISMO SOCIODISCURSIVO Iniciaremos este cap tulo com a apresenta o de um breve hist rico acerca da chegada do ISD ao Brasil Observaremos que ser o os contextos hist r
52. tamb m deve ser levado em considera o na problem tica do ensino de l ngua materna n o diz respeito somente forma o de professores mas tamb m aos aspectos f sicos da escola e s condi es de trabalho Assim como qualquer profissional da rea de educa o o professor de l ngua materna na maioria das vezes obrigado a enfrentar uma carga hor ria de aulas excessiva vista como nica sa da para ter um sal rio mais digno que possa atender s suas necessidades b sicas Acerca da forma o de professores os PCN 1998 p 61 discutem A forma o de professores se coloca portanto como necess ria para que a efetiva transforma o do ensino se realize Isso implica revis o e atualiza o dos curr culos oferecidos na forma o inicial do professor e a implementa o de programas de forma o continuada que cumpram n o apenas a fun o de suprir as defici ncias da forma o inicial mas que se constituam em espa os privilegiados de investiga o did tica orientada para a produ o de novos materiais para a an lise e reflex o sobre a pr tica docente para a transposi o did tica dos resultados de pesquisas realizadas na ling stica e na educa o em geral Ainda com rela o forma o de professores cabe nos ressaltar que muitas vezes pesquisadores s o chamados para ministrar cursos simp sios semin rios entre outros com a finalidade de propor aos docentes um programa de ensino que de
53. tecidas neste t pico acerca do contexto devemos reconhecer a import ncia deste elemento importante no processo de produ o e recep o de textos escritos e orais Sobre esta import ncia Koch e Elias 2009 p 84 afirmam Em nosso entendimento n o se pode falar em texto sem contexto isso porque ancorada em uma base interacional da linguagem de base sociocognitiva toda e qualquer atividade textual escrita e tamb m oral um acontecimento regido por fatores ling sticos pragm ticos sociais hist ricos cognitivos e interacionais Como o contexto envolve todos estes fatores ora citados a relev ncia do contexto not ria A respeito da import ncia que um produtor de texto deve dar ao contexto bem como a iner ncia existente entre o texto e o contexto Koch e Elias 2009 p 84 apontam as seguintes raz es que devem ser levadas em considera o gt Quem escreve o faz sempre para algu m amigo parente namorado funcion rio aluno n s mesmos de modo a levar em conta nessa atividade o hist rico que possui sobre o interlocutor gt Quem escreve o faz guiado por um objetivo um desabafo uma solicita o uma explica o a defesa de um ponto de vista uma instru o uma retifica o etc gt Quem escreve o faz com base em um conjunto de conhecimentos tanto assim que n o se pode produzir qualquer texto de qualquer forma em qualquer situa o Com o objetivo de ratificar a relev ncia do
54. texto produzido inadmiss vel a divulga o de uma informa o ileg tima que n o condiga com a realidade dos fatos noticiados A seguir temos alguns fragmentos do mesmo Manual de Reda o e Estilo O Globo no Cap tulo 5 na se o Quest es ticas p 112 que caracterizam o lugar social em que o texto deve ser produzido E intoler vel que o processamento da informa o seja deliberadamente posto a servi o de fins pol ticos ideol gicos e pessoais Mas existe o abuso involunt rio ningu m consegue despir id ias e sentimentos como quem tira um palet antes de come ar um dia de servi o Ainda assim mesmo sabendo que a isen o absoluta imposs vel dever do jornalista tentar o tempo todo ser absolutamente isento Quase todo ve culo de comunica o segue uma linha editorial conjunto de convic es que defende em seus editoriais e praticamente inevit vel que ela tenha alguma influ ncia no tratamento das not cias O jornal ao reconhecer essa conting ncia n o pode se acomodar a ela deve zelar para que a influ ncia seja m nima idealmente nenhuma repelindo a fraude que se expressa na deturpa o ou na oculta o dos fatos 93 Nestes ultimos fragmentos al m de encontrarmos direcionamentos inerentes ao lugar social ainda temos a ratifica o dos demais aspectos do contexto sociossubjetivo caracterizado pelo ISD Percebemos este fato a partir da evid ncia do mundo soci
55. texto e em seguida solicitado a fazer a amplia o do mesmo e que nesta ltima proposta temos a simula o de um outro papel social um jornalista da revista o emissor transp e se para essa ltima posi o social que de certa forma confere ao texto mais autenticidade Vale salientar que a reescrita textual constitui um excelente mecanismo de aperfei oamento do texto desde que a produ o textual seja concebida como um processo em 100 constru o e que n o haja na reescrita apenas a tentativa de eliminar os erros ortogr ficos presentes no texto Na reescrita textual temos a simula o de um outro papel social assumido pelo produtor de textos o papel de revisor editor e muitas vezes comparado ao papel do professor A seguir veremos exemplos de enunciados que abordam os aspectos referentes posi o social do receptor 4 2 3 A posi o social do receptor No Manual de Reda o e Estilo O Globo no Cap tulo 5 na se o Quest es ticas p 119 e 120 encontramos direcionamentos que remetem posi o social do receptor Em princ pio a not cia n o pode ofender o inocente e dentro dos limites do bom senso deve se levar em conta que a ofensa definida por quem a recebe n o por quem a comete Pode ser que s o morador do sub rbio sinta inten o depreciativa na palavra suburbano e nesse caso embora a express o seja literalmente correta n o custa evit la Pelo mesmo
56. uma preocupa o com a sele o lexical encontramos nos fragmentos acima a necessidade do jornalista adequar linguagens inerentes a outras profiss es ao lugar social em que o texto produzido de modo que o texto jornal stico possa ser entendido por pessoas das mais variadas profiss es e reas do conhecimento fato que caracteriza o car ter de democratiza o da leitura dos jornais Outro exemplo extra do do Manual de Reda o e Estilo O Globo no Cap tulo 5 na se o Quest es ticas p 111 Nele encontramos direcionamentos que remetem ao lugar social em que o texto deve e ou produzido As exig ncias ticas n o prejudicam a pr tica do jornalismo ao contr rio elevam a qualidade da informa o Pode ser frustrante perder a foto dram tica do menino delinquente ou a saborosa not cia n o confirmada da indiscri o do ministro Mas se a decis o de n o publicar isto ou aquilo for determinada por genu na preocupa o tica n o existe preju zo real o que se est desprezando informa o ileg tima marcada por sensacionalismo irresponsabilidade ou manipula o dos fatos Aqui temos o enfoque nos principais compromissos que o texto jornal stico requer a tica e a verdade Devido grande circula o que um jornal possui o fragmento acima enfatiza determinados procedimentos que o jornalista deve adotar em sua pr tica profissional Conforme as orienta es estabelecem no lugar social em que o
57. 02 120 PEREIRA R C M org A es de linguagem da forma o continuada sala de aula Jo o Pessoa EDUFPB 2010 200 p RANGEL E Livro Did tico de L ngua Portuguesa o retorno do recalcado In DION SIO Angela Paiva e BEZERRA M A O livro did tico de portugu s m ltiplos olhares Rio de Janeiro Lucerna 2001 REINALDO M A A orienta o para a produ o de textos In DION SIO P e BEZERRA M A O livro did tico de portugu s m ltiplos olhares 3 ed Rio de Janeiro Lucerna 2005 ROJO R org A pr tica de linguagem em sala de aula praticando os PCNs 2 ed Campinas SP Mercado de Letras 2000 SARMENTO Leila Lauar Oficina de Reda o 3 ed S o Paulo Moderna 2007 SCHNEUWLY B e DOLZ J G neros orais e escritos na escola Campinas Mercado de Letras 2004 SILVA Rita de C ssia da Cruz Reda o para concursos e vestibulares S o Paulo Digerati Books 2008 SILVA A C et all A leitura do texto did tico e didatizado In CHIAPPINI L gia org Aprender e ensinar com textos did ticos e paradid ticos V 2 S o Paulo Cortez 1997 SOARES M B Aprender a escrever ensinar a escrever In ZACCUR E org A magia da linguagem 2 ed Rio de Janeiro DP amp A 2001 SOUSA Lusinete Vasconselos O contexto do agir de linguagem In GUIMAR ES Ana Maria de Mattos et AL O interacionismo sociodiscursivo quest es epistemol gicas e metodol gicas S o Paulo Mercado
58. 05 2007 A obra est organizada em nove unidades O crit rio de organiza o destas foi feito com base na literatura de modo que em cada unidade estudada uma est tica liter ria ou uma parte dela Como se trata de um volume nico para o Ensino M dio e como este composto por tr s anos supomos que a cada ano sejam trabalhadas tr s unidades Com rela o produ o textual num total de 47 cap tulos existentes na obra temos 13 dedicados pr tica de escrita Como o n mero de cap tulos varia de unidade para unidade o mesmo acontece com rela o a esses cap tulos sendo algumas unidades com 02 e outros com apenas 01 Por tratar se dos mesmos autores do livro did tico Todos os textos percebemos que a organiza o da obra praticamente a mesma com exce o da parte dedicada Literatura al m de este livro do Ensino M dio trazer um maior enfoque para a quest o gramatical j que 67 aquele dedicado somente produ o textual A seguir teremos um breve panorama acerca dos manuais de reda o a serem utilizados no corpus desta pesquisa 3 2 Os manuais de reda o Os primeiros manuais de reda o no Brasil surgiram na d cada de 50 e tinham como p blico direcionado a imprensa brasileira Em 1951 e 1953 respectivamente a imprensa brasileira conheceu os seus primeiros manuais de reda o O primeiro foi elaborado por Roberto Pompeu de Sousa para o jornal Di rio Carioca num contexto de moderniza
59. 225 Leitura fragmento de Noite na taverna de lvares de Azevedo 227 A imagem em foco O fuzilamento de Goya ieee cep eee ee dent manera 230 Projeto O Romantismo em revista 16ss sees ress reeniri nnt 231 ISMO O REALISMO A REALIDADE DESNUDA O Realismo o Naturalismo e o Parnasianismo cuteeseseereeneroo 237 A linguagem da prosa realista 0s eeeeeee serene era e essere senses 237 Leitura Missa do galo de Machado de Assis gt eerren rren 237 Do texto ao contexto hist rico icuseneeeaenenernenerneneneao 243 O REALISMO EM PORTUGAL O REALISMO E O NATURALISMO NO BRASIL O Realismo em Portugal cccsestereeeneenersemananarerarens 245 Leitura fragmento de O primo Basilio de E a de QUEIR S cas cen Neen asi os 247 O Realismo no Brasil coe cc ec cresc cress ser srs enormes ses mn dna 251 Leitura fragmentos de Mem rias p stumas de Br s Cubas de Machado de ASSIS ua clio o ns cisto a o a acata se aba S inte ea 252 O Naturalismo no Brasil sc eee eee eee e eee e nent eter eee nage es 254 Leitura fragmento de O corti o de Alu sio ABeV dO ssssidrcmesercidaso 255 A REPORTAGEM Trabalhando O g nero sey Ce ree E es oa en ar 257 sy Produzindo a reportagem issseenee sedes era sr roma paes nano 261 Para falar e escrever com adequa o o pronome demonstrativo em rela o ao espa o vv ee ese ede RN ER hens uno boa sen Rea 261 PONTUA O Virgula opens an o inea KA A
60. A EEEE E E ENEE E Epi E E EARE EE T 16 1 Definicions 16 2 Decretos Singulares 16 3 Decretos Regulamentares 16 4 Decretos Aut nomos 16 5 Forma e Estrutura cccscssercsscsessssceses EN Portait nnno E TO E ENEE LO 17 1 Defini o e Objeto 17 2 Forma e Estrutura 18 Apostila SS E OO TETE 18 1 Defini o e Finalidade 18 2 Forma e Estrutura CAPITULO VI PROCESSO LEGISLATIVO cssscssssscosssccssssscnnesscsase ES IMINOCA O PAARE I A E TET T E laen LOD OO N ASR A AE A RN NRD 105 19 1 A Cava SOn OME COE o i a a EON AEIR A A 105 19 1 2 Iniciativa Reservada siiccccccsessoscessaisevsvacssvessneseokesase 105 19 1 2 1 Iniciativa Reservada do Presidente da Rep blica 105 19 1 2 2 Iniciativa Reservada da C mara dos Deputados e do Senado Federal 106 19 1 2 3 Iniciativa Reservada dos Tribunais cccccscscsssssssscsessseecssssssesees 106 19 1 2 4 Iniciativa Reservada do Minist rio P blico 106 19 1 3 Iniciativa VINCULADA ersen as aa aai Ea e E ide CN sa eia li 106 19 1 3 1 Iiciativa Vinculada e Controle da OmissGosicscccssscssssssescucscsncdesnssusnccoasasoynavesssdusvousssaspevssotosnnedutess ease 106 19 2 Discuss o TOS Breda RTE RENAE ANTE I vasa Eis ea SLAVE RR A E fado VARA CDE ie OR a NE LEAL asa DVRS SEDAN ee 19 3 1 Fitulanidade do Direito de Rida n EN pace qu gm deocapnca pala dec A ves 106 19 3 2 Emendas em Projeto de Iniciativa Reservada
61. A imagem em foco Guernica de Picasso iscinesserarararimcananras 402 adido Mes cod ProjetosOs fascinantes anos 20 4 22 5 Sate ieee cancun Sea RP 404 T d O ROMANCE DE 30 LITERATURA A etea dO COMPROMISSO a vies i Ea aa aai aS dead 408 Caninhos darice o des dO is resete visto aene A VS 408 S Graciano Ramos a prosa Auld asaswdas n AOE aS E Sas ai 409 i E fee Leitura fragmento de Sdo Berardo aira e ns cus roses vens 410 a Rachel de Queiroz e o drama da seca no Nordeste 00 00004es 412 i Jos Lins do Rego realidade e fic o no engenho 0eceev eee ee 413 Jorge Arnado as mil facesida Bahia mg equation RT pi tances 414 rico Ver ssimo resgate hist rico E TUEA en o o aA ENE aa areia asp ar 415 j A CARTA ARGUMENTATIVA PRODU O DE TEXTO Trabalhando O g nero 2 E155 oo pr ro ee RR O PR 416 Produzindo a carta argumentativa n ai a e sir 418 gt J REGENCIA VERBAL E NOMINAL LINGUA USO E REFLEX O Reg ncia Verbal 54 fr sto n Eagan Ta EET N RR 421 Reg ncia nomial ui is RES aa RR RR 423 Cases ENE RR RREO NINE AR cb E 425 Aireg ncia naconstru o do texto Eor NEHE acto ew cee ale 430 Semantica int ra o i op ors eee e AAA ER 432 Para compreender o funcionamento da l ngua i per odo composto por subordina o as ora es adverbiais 432 A POESIA DE 30 LITERATURA Carlos Drummond de Andrade o gauchismo e o sentimento do mundo 437 Leitura Poema de s
62. AP NDICE IV Express es jur dicas AP NDICE V Termos de psican lise e psiquiatria PRINCIPAIS OBRAS CONSULTADAS
63. BRE AS ORIENTA ES DA ESCRITA A IDENTIFICA O DA S CONCEPCAO OES sssesssssssssssstesssssessseceseeseseeseaseseessatesseseaess 71 AN AOVCONLEKLO HSICO as GN E Sh EN a EG BG ts 71 4 1 1 O l gar d prodUc O nicnn a E ae Eii nina o dane quan 71 4 1 20 momento de produ o teini nar nan e a ane a E Ea eae a tans 77 A ER OKAIT OI EA EAER EEEN IEA FRA DRM la DO papado damas amado Spa Ra ru Me sais ana 80 A NAC O TCE IMOE sra date eases rag Piva PO dog aa Ga lod goes Saga Pia da 84 4 2 O contexto SOCIOSSUD ELLY 0 01s sco sanciona ad a a 89 42 10 lugar scialan errima aeeie a AESA S TAER SE S EA EE TA TERTS 89 AD A DOSI O SOCIAL GO EMISS ES ie E E E aE 95 4 2 3 A posi o social do receptor ssesssesessseesssesseessessseeesseesssetssresseesseessseeesseesseesse 100 4 2 4 O s objetivo s da INISLA O ss O 102 CONSIDERA ES FINAIS soro te cias tetos doca cosas arth ns ton scales tech ates atl a eas Mecca scans atte eaten 110 REFERENCIAS oo tee Saara dota sa tie iat EC poa Sa a aaah ORN 117 ANEXOS RR RR RD ADE SR CRE RR RR RR CR RR ORE MR 121 INTRODUCAO No Brasil principalmente da d cada de 90 aos dias atuais especialmente no campo da Lingu stica Aplicada ao ensino de l nguas materna estrangeira grande aten o tem sido dada a pesquisas que abordam a produ o textual Este fato se deve em grande parte ao desenvolvimento das teorias lingu sticas pelas universidades e consequentemente prov vel ut
64. IBULARES Desenvolva t cnicas infal veis de Reda o e garanta o sucesso de seus textos em vestibulares concursos e no campo profissional Aprenda a Escrever com concord ncia perfeita Evitar erros de grafia Expor suas id ias de forma clara Desenvolver textos com estilo e eleg ncia Escrever de acordo com as normas da nova reforma ortogr fica E muito mais NO ices Cap tulo 1 I Apresenta o e tudo aquilo G que voc precisa saber sobre este LU iL SS eect oo aes 7 E Cap tulo 2 F A est tica de uma boa reda o boa mesmo asesan 11 Cap tulo 3 A diferen a entre autor e narrador 19 Capitulo 4 Narra o descri o e dissertacao cd T 25 Cap tulo 5 Oe NS UDOP E E on T 33 Cap tulo 6 PROS OS AERO iarna WA 39 Capitulo 7 O pranejamento do LEO ss semestrais US 43 Cap tulo 8 Elabora o do O ra ari dt A 49 Cap tulo 9 nara UC 5 DRE ADO E E RR DN 69 Cap tulo 10 O que muda com o novo acordo OF USING arraiais 81 Capitulo 11 Sobre as atuais provas de PEI sais one fa ia wacsstiand 87 Capitulo 12 Como os vestibulares e concursos avaliam as reda es 93 Cap tulo 13 Dicas para a famosa boa PICO PE PRN RR RR 97 Cap tulo 14 PE ARI RO PESE N SRD TR RR 103 Cap tulo 15 Di ES ghee a 105 SUMARIO Prepara o Atude aati RR RSS RES RO a a Comportamento Relato SAAE EEE EEE EEE LEE EEE CAP TULO II Estilo A palavra e o fato RD sus
65. Inicialmente necess rio explicitarmos qual a no o de l ngua a ser trabalhada tendo em vista que esta determinante quando trabalhamos categorias lingu stico discursivas como o texto Segundo Marcuschi 2008 p 59 a l ngua pode ser vista de acordo com as seguintes posi es a Como forma ou estrutura aqui a l ngua vista como um sistema de regras ou seja vista como um c digo ou sistema de signos e sua an lise se desenvolve na iman ncia do objeto Nessa posi o o contexto e a situa o assim como os aspectos discursivos sociais e hist ricos n o s o priorizados Al m disso os estudos nesta vis o n o ultrapassam a unidade m xima da frase nem se ocupam do uso da l ngua b Como instrumento a l ngua vista como transmissor de informa es sistema de codifica o Nessa vis o temos a desvincula o dos aspectos mais importantes da l ngua ou seja o cognitivo e o social Aqui a compreens o se torna algo objetivo e a transmiss o de informa es seria natural Essa perspectiva pouco til mas muito adotada em especial pelos manuais did ticos ao tratarem os problemas da compreens o textual basta observarmos os exerc cios que aparecem logo ap s os textos nos quais existem perguntas em que o nico prop sito levar o aluno a transcrever alguma passagem do texto c Como atividade cognitiva nesta vis o a l ngua vista como um ato de cria o e express o t pico da esp cie humana Nest
66. RIA SOCIAL DO BARROCO o AIR RAR BARROCO A ARTE DA INDISCIPLINA A linguagem barroca i Leitura Buscando a Cristo de Greg rio de Matos detalhe do Caminho para o calv rio de Aleijadinho e fragmento de um serm o de Vieira 87 A Do textosas contento HISTORIC oiea aaia mio parana ESSA Dim ADE 90 CAP TULO 8 O BARROCO EM PORTUGAL E NO BRASIL CE BTEOCOVON NE ORCA Sereno raio as TD sir e A RG atu ices 92 Leitura fragmento do Serm o da sexag sima do Pe Ant nio Vieira 93 COVA TOGO PO Dra Lastro ani E Po TR a E 95 CAPITULO 10 4 TEXTO E DISCURSO LINGUA USO E REFLEX O A polifonia do dE RE E A AA A A NEE eis 107 Textualidade coer ncia e coes o decks iee aa 107 A coer ncia a coes o e o contexto dISCUISIVO iuiuo ioo aa 109 A intertextualidade e a par dia n en pii asia r eae KEAP raia HH A polifonia discursiva na constru o do texto oiu lees ea 112 Semantica E Era GADS dc AA A AOA a Eor Crea DE wi ta ack 113 Para compreender o funcionamento da lingua verbos 1 60 000 005 114 WEAVE Le A imagem em foco As vaidades da vida humana de Harmen Steenwyck 124 ey TORO AROS BAGS a assaltar a esta pm caco Com ara RR 7 O ARCADISMO PA TEN NGAGE quo seo rs are ria o rod aca dp N gd 131 Leitura poema de Cl udio Manuel da Costa 0ccereeeeeeeees St Do texto o contado NO araras D coimas paes O ARCADISMO EM PORTUGAL E NO BRASIL O A
67. Reda o para Concursos e Vestibulares 02 e Manual de Reda o da Presid ncia da Rep blica 02 Diante da quantidade de fragmentos selecionados observamos que as hip teses levantadas n o foram corroboradas tendo em vista a dinamicidade que cada material que integrou o corpus possu a Como a nossa categoria de an lise o contexto de produ o comp e os pressupostos sociointeracionistas que considera a escrita como um processo de intera o social fizemos a sele o dos fragmentos de acordo com as caracter sticas presentes nas orienta es que encaminham a produ o textual escrita Para a nossa surpresa foi justamente nos manuais de reda o que encontramos o maior n mero de orienta es que consideram os par metros do contexto de produ o no momento em que encaminha o leitor para a produ o do texto escrito Obviamente cada manual com um n mero diferente Apesar de termos selecionado um menor n mero de cap tulos com rela o a outro manual foi no Manual de Reda o e Estilo o Globo onde encontramos o maior n mero de orienta es em que o contexto era evidenciado Nos 05 cinco cap tulos presentes nele selecionamos 02 dois cap tulos quase por completos para a 113 nossa an lise J no Manual de Reda o da Presid ncia da Rep blica tivemos o menor n mero Neste de um total de 06 seis cap tulos apenas 01 um serviu de elemento para a nossa an lise pois os demais tratavam em sua maioria d
68. U O tects ars cata oat ihe ie ie Me a E ce a OO CAP TULO 1 A PRODU O TEXTUAL ALGUMAS CONSIDERA ES 14 1 1 As concep es de escrita um percurso hist rico re 14 1 2 A produ o textual e o ensino de l ngua materna 24 CAP TULO 2 O INTERACIONISMO SOCIODISCURSIVO ssssessessesssssesssssssesesseseeees 36 2 1 A chegada dos pressupostos interacionistas ao Brasil 36 2 2 As bases epistemol gicas e os conceitos fundamentals ccceeececeeeeeeeeeeeeseeeeeeees 40 2 3 O contexto de produ o categoria de an lise ii rreeeea 47 CAP TULO 3 ASPECTOS METODOL GICOS DA PESQUISA 56 SL VEO CALICO dE POTS NOS si a Da a a aa 58 3 1 1 O livro did tico Todos OS TEX OS secicsnie posse Mes head libel ek ee Mat eer tela 8 62 3 1 2 O livro did tico Oficina de Reda o sis cas Gusedvasdeaecauea ds ec xesasee vases E cana E docas gene 64 3 1 3 O livro did tico Portugu s LINGUAQENS ccccccccccsscecessseceeeeeessececesaececsssseeeeesseaaes 66 3 2 0s man ais de Reda o satelite o legitimate adnan R 67 3 2 1 O Manual de Reda o da Presid ncia da Republicd ccccccccccccsccceescecesneeeeseeeesseees 69 3 2 2 Reda o para concursos e vestibulares semi suas auras sa ea saradas sondas oras agaie 70 3 2 3 Manual de Reda o e Estilo O Glob ii ceeesecesssccesssecesceeesnceceseeecsneeecsueeeesseeeesaeeeenas 70 CAP TULO 4 UM OLHAR SO
69. U Leitura Caminho de Camilo Pessanha O Simbolismo no Brasil A imagem em foco O poeta viajante de Gustave Moreau e P gaso de Odilon Redon 22 65sec sie eee eee eee eee eee ete 334 Projeto Fatos do s culo XIX que mudaram o mundo cise eee eee 335 Pe EM DIA COM OVESTIBULAR E O ENEM 338 wiped HIST RIA SOCIAL DO MODERNISMO NIM RO REM O PR MODERNISMO nanoa a gos dim oles ajar c as E 9 as anaes Ves O E 6 348 Euclides da Cunha a defesa de Canudos s 00 e ese e ee eee eee een neees 349 Lima Barreto o cr tico marginal 0 cee cece eect een een een eee e eens 350 Leitura fragmento de Triste fim de Policarpo Quaresma seeeee eens 351 Monteiro Lobato a miss o de modernizar o pa s 60sec scene eee eee 352 Augusto dos Anjos 0 tomo O COSMOS 1 serene eee ee ence ete eees CAP TULO 35 CONCORD NCIA NOMINAL L NGUA USO E REFLEX O Regra geral cus in is pit Ear aa E Eru nO 359 Regras especiais ria vie eta ke caliper eee yen tpt MES 360 Sem ntica e intera o PURE SCE HR Se o UA EUA a earl eae 362 Para compreender o funcionamento da l ngua per odo composto por subordina o as ora es substantivas e achetivas TeRO03 o UPN Koki ARTE MODERNA LIBERDADE E A O As vanguardas europ ias cccecrecrereerererearraneanaracarrres 371 A linguagem modernista 0 0 0 cece e cece cece een ence eee ener
70. UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA BA CENTRO DE CI NCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES PROGRAMA DE POS GRADUA O EM LINGU STICA CL RISTON DE OLIVEIRA O contexto de produ o uma an lise do processo de didatiza o da produ o de textos escritos JO O PESSOA 2011 CLERISTON DE OLIVEIRA O contexto de produ o uma an lise do processo de didatiza o da produ o de textos escritos Disserta o apresentada ao Programa de P s gradua o em Lingu stica da Universidade Federal da Para ba como requisito final para a obten o do grau de Mestre em Lingu stica rea de Concentra o Lingu stica e Pr ticas Sociais Linha de Pesquisa Lingu stica Aplicada Orientadora Prof Dra Regina Celi Mendes Pereira JO O PESSOA 2011 048c Oliveira Cl riston de O contexto de produ o uma an lise do processo de didatiza o da produ o de textos escritos Cl riston de Oliveira Jo o Pessoa 2011 121f Orientadora Regina Celi Mendes Pereira Disserta o Mestrado UFPB CCHLA 1 Lingu stica 2 Lingu stica aplicada 3 Interacionismo sociodiscursivo 4 Produ o textual 5 Contexto de produ o UFPB BC CDU 801 043 CLERISTON DE OLIVEIRA O contexto de produ o uma an lise do processo de didatiza o da produ o de textos escritos Disserta o apresentada ao Programa de P s Gradua o em Lingu stica da Universidade Federal da Para ba como requisito final para a obten o do gr
71. Wanderley Geraldi O texto na sala de aula publicado em 1985 constitui um marco do in cio do trabalho com texto defendido tanto para o desenvolvimento da leitura quanto da escrita dos aprendizes Desde ent o diversas publica es que trabalham o fen meno textual surgiram no mercado editorial Em sua grande maioria encontramos a nfase dada aos g neros textuais Apesar da diversidade de g neros que os livros contemplam ainda h muitas cr ticas no tocante forma como essas ferramentas de ensino s o trabalhadas Nos dias atuais ainda h muitas pr ticas de ensino voltadas exclusivamente para as regras da l ngua e o desenvolvimento lexical At aqui abordamos diversas quest es inerentes escrita o surgimento as transforma es pelas quais as sociedades sofreram ao utiliz la como tamb m as vertentes de pesquisa Neste momento faremos uma discuss o acerca das no es de texto tendo em vista que na maioria das vezes essas determinam o processo de produ o Sobre esse fato Geraldi 2006 p 40 afirma toda e qualquer metodologia de ensino articula uma op o pol tica que envolve uma teoria da compreens o e interpreta o da realidade com os mecanismos utilizados em sala de aula Al m disso sabemos que conforme a perspectiva te rica que se 24 adote o mesmo objeto pode ser concebido de diversas maneiras O conceito de texto n o foge regra Diante das concep es j expostas no decorrer de
72. a aten o do aluno para certas curiosidades relacionadas ao assunto do texto ou da unidade estabelecem rela es entre o texto estudado e certas obras de literatura do cinema da m sica etc Passemos pr xima obra did tica a ser analisada nesta pesquisa 65 3 1 2 O livro did tico Oficina de reda o Assim como o livro Todos os textos apresentado na se o anterior Oficina de reda o de Leila Laura Sarmento publicado pela Editora Moderna tamb m dirigido ao Ensino Fundamental 3 e 4 Ciclos referente disciplina Produ o Textual Para an lise ora pretendida escolheremos o livro da 7 s rie atual 8 ano o qual j traz a nova nomenclatura referente aos 9 nove anos do Ensino Fundamental Analisaremos a 3 edi o da obra lan ada em 2007 Cada um dos quatro volumes composto por quatro unidades de dois cap tulos sendo cada unidade correspondente a um bimestre de estudo No in cio de cada cap tulo h duas se es A primeira delas intitulada Texto Visual traz como o pr prio nome indica um texto composto exclusivamente por linguagem n o verbal ou por uma combina o de linguagem verbal e n o verbal Por exemplo hist rias em quadrinhos pinturas esculturas etc Em seguida as perguntas da se o Leitura de Imagem direcionam a interpreta o desse texto visando n o apenas despertar a sensibilidade art stica do aluno mas tamb m lev lo a identificar os recursos verbais ou visuais
73. a a dia da maioria das sociedades Entretanto o in cio do interesse por seu estudo data da d cada de 20 do s culo passado e atribu do a Perry e Gelb apesar de estudiosos e exploradores europeus tentarem compreender a escrita antiga muito antes desses trabalhos Evid ncias demonstram que a escrita surgiu de modo aut ctone em tr s lugares na Mesopot mia na China e na Mesoam rica por volta de 3200 a C 1250 a C e 650 a C respectivamente Tanto a escrita cuneiforme quanto o hier glifo eg pcio foram usados por mais de 3000 anos O alfabeto por sua vez foi inventado por volta de 1700 a C provavelmente no atual L bano como um sistema totalmente novo baseado na identifica o de sons distintos de uma l ngua que liga cada um deles a um signo espec fico Esse alfabeto constitu a se de 22 letras que representavam apenas as consoantes e seu sucesso foi imediato devido a sua facilidade especialmente se comparado com os 600 cuneiformes signos existentes e usados na poca Os primeiros manuscritos foram utilizados em uma tentativa de codificar informa es religiosas para a manuten o de mitos e lendas de uma cultura No in cio a escrita tamb m era utilizada com fins econ micos e administrativos expandindo se para anota es hist ricas e para a literatura Aos poucos foi ganhando maior espa o com o surgimento de novas tecnologias No in cio do s culo XII por exemplo a escrita ainda era usada somente para fins of
74. a e L lia Santos Abreu Tardelli professoras da PUC SP e integrantes do Projeto ALTER An lise de Linguagem Trabalho Educa o e suas Rela es dessa mesma universidade A referida cole o dividida em 04 quatro volumes apresenta um conjunto de pr ticas semelhante a oficinas em que o produtor de texto tem a oportunidade de construir g neros como o resumo e a resenha passo a passo desde a prepara o inicial para a escrita do texto passando pela estrutura e culminando com a sua elabora o Nesta perspectiva a produ o de texto vista como um processo que envolve objetivos intera o entre produtor e prov veis interlocutores Dentre as 05 cinco linhas de pesquisa descritas anteriormente a nossa pesquisa se enquadra na primeira linha tendo em vista o nosso objetivo geral constituir a an lise das orienta es did tico pedag gicas em livros did ticos e manuais de reda o tornando se assim a avalia o de materiais de ensino 40 Na se o a seguir apresentaremos as bases epistemol gicas e os conceitos fundamentais que norteiam o ISD 2 2 As bases epistemol gicas e os conceitos fundamentais do ISD A express o interacionismo sociodiscursivo trata se de uma posi o epistemol gica geral na qual podem ser reconhecidas diversas correntes da filosofia e das ci ncias humanas entre estas ltimas podemos destacar a Psicologia e a Lingu stica A respeito desta miscel nea de reas no ISD Bro
75. a pessoa que est no poder percebemos mudan as repentinas algumas vezes de forma sutil e outras mais expostas na forma como os fatos s o noticiados ou quando na realidade a divulga o desses sequer chega a acontecer Esses fragmentos mostram que o meio jornal stico constitui um lugar social em que h constantemente refer ncias ao mundo subjetivo do produtor de textos ou seja este na elabora o textual reflete a pr pria imagem bem como a do jornal em que atua Outro exemplo extra do do Manual de Reda o e Estilo O Globo no Cap tulo 5 na se o Quest es ticas p 114 no qual encontramos direcionamentos que remetem ao lugar social em que o texto deve e ou produzido Respeito pessoa Cidad os que t m vida p blica perdem por isso pelo menos parte do direito privacidade N o h crit rios gerais O jornal decide caso a caso se determinada not cia ou n o uma abordagem leg tima de assunto pessoal ou familiar Exemplo cl ssico se o ministro 94 tem uma amante isso problema dele se o ministro tem uma amante s cia de firma que faz neg cios com o minist rio isso not cia G2 Vale para o jornal o principio de que todas as pessoas s o inocentes at condena o passada em julgado At ent o h suspeitos acusados indiciados denunciados r us Exce es os presos em flagrante os incriminados por tal volume e qualidade de provas que eliminem qualquer sombra d
76. a produ o de todo texto inscreve se no quadro de uma forma o social e mais precisamente no quadro de uma forma de intera o comunicativa que implica o mundo social normas valores regras etc e o mundo subjetivo imagem que o agente d de si ao agir Esse contexto sociosubjetivo pode ser decomposto em quatro par metros principais a O lugar social no quadro de qual forma o social de qual institui o ou de forma mais geral em que modo de intera o o texto produzido escola fam lia m dia ex rcito igreja intera o comercial intera o profissional etc b A posi o social do emissor que lhe d seu estatuto de enunciador que o papel social que o emissor desempenha na intera o em curso papel de professor de pai de cliente de superior hier rquico de amigo etc 43 c A posi o social do receptor que lhe d seu estatuto de destinat rio qual o papel social atribu do ao receptor do texto papel de aluno de crian a de colega de subordinado de amigo etc d O objetivo ou os objetivos da intera o qual do ponto de vista do enunciador o efeito ou os efeitos que o texto pode produzir no seu destinat rio Al m do contexto de produ o temos o conte do tem tico que tamb m integra a a o de linguagem A respeito deste Bronckart 1999 p 97 afirma O conte do tem tico ou referente de um texto pode ser definido como o conjunto das informa es que n
77. a ser analisada selecionamos os cap tulos unidades mais significativos para alcan armos os objetivos desta pesquisa de modo que ao final possamos construir uma vis o geral acerca da concep o de escrita presente em cada livro e o manual analisado 71 CAPITULO 4 UM OLHAR SOBRE AS ORIENTACOES DA ESCRITA A IDENTIFICACAO DA S CONCEPCAO OES Conforme j apresentado o contexto de produ o segundo Bronckart 1999 p 93 diz respeito ao conjunto dos par metros que podem exercer uma influ ncia sobre a forma como um texto organizado Estes par metros se referem por exemplo s condi es do lugar aos estados f sico e ps quico do produtor dentre outros fatores Para o referido autor esses fatores est o divididos em dois conjuntos o primeiro refere se ao mundo f sico e o segundo ao mundo social e ao subjetivo Vale salientar que todos os elementos constitutivos dos par metros de produ o f sico e sociossubjetivo podem se sobrepor mas para efeito de an lise ser o apresentados separadamente da mesma forma como o autor acima citado apresentou em seus estudos 4 1 O contexto f sico 4 1 1 O lugar de produ o A partir do momento em que selecionamos o corpus desta pesquisa j t nhamos em mente como este t pico seria discorrido de forma objetiva O pr prio car ter de sele o tendo em vista termos escolhido 03 tr s livros did ticos e 03 tr s manuais j nos informa com certa obviedade o lu
78. a um objetivo interior um prop sito uma raz o para realizar produzir tal texto a produ o textual dificilmente ser produtiva seja no momento de recep o da proposta pelos alunos seja na produ o em si Ao analisarmos o contexto sociossubjetivo enfocaremos a posi o social do emissor Nesta categoria de an lise encontraremos mais elementos que propiciam maiores discuss es 84 4 1 4 O receptor O receptor s o aquela s pessoa s que pode m perceber ou receber concretamente o texto BRONCKART 1999 93 Al m de receptor esta pessoa que recebe o texto ainda recebe o nome de destinat rio ou interlocutor a depender da situa o comunicativa em que o texto for produzido A seguir vejamos como esse importante elemento do contexto abordado nas orienta es que encaminham a produ o textual no corpus desta pesquisa De in cio tomemos o exemplo abaixo extra do do Manual de Reda o e Estilo O Globo no t pico A palavra e o fato presente no Cap tulo 2 intitulado Estilo na p gina 21 Com freqii ncia an ncios promessas e amea as n o v o al m do primeiro passo ou do primeiro grito e n o se deve permitir que a not cia por sua vez v al m dos fatos leviandade transformar talvez v em vai e dar como certo ou mesmo prov vel que um projeto ser transformado em lei s porque foi apresentado ou que um programa de obras ser executado s porque foi anunciado Nem sempr
79. aborda quest es relacionadas tica na profiss o Tanto aquelas quanto essas evidenciam o papel do manual jornal stico de marcar a posi o social em que o emissor do texto assume na produ o Por ltimo s o sugeridos questionamentos que devem ser feitos pelo rep rter com o intuito de aperfei oar a capacidade de entrevistas al m da nfase na preocupa o que o emissor deve ter no momento em que o chefe da reda o l uma entrevista ou outro texto jornal stico aqui a posi o social do emissor colocada em evid ncia pelo chefe e posteriormente pelos leitores da entrevista not cia ou reportagem exibida No livro did tico Oficina de Reda o no Cap tulo 2 logo ap s a exposi o de um modelo do g nero An ncio Publicit rio e um exerc cio sobre o mesmo temos a proposta de produ o abaixo baseada em 03 tr s gravuras sendo a Lagoa Rodrigo de Freitas no Rio de Janeiro o Pelourinho em Salvador e a Gruta Azul na cidade de Bonito Mato Grosso do Sul na p gina 55 99 Escolha uma das imagens e crie um an ncio publicit rio para ela Suponha que voc trabalha numa ag ncia publicit ria e foi convidado pela Prefeitura da cidade para fazer esse an ncio com o objetivo de incentivar o turismo Aqui neste fragmento temos mais um exemplo da evid ncia mostrada no enunciado no tocante posi o social do emissor Na realidade temos a simula o de um papel social caracterizada pela forma
80. agens 01 Manual de Reda o da Presid ncia da Rep blica 01 O emissor Manual Reda o para Concursos e Vestibulares 01 Manual de Reda o da Presid ncia da Rep blica 01 LD Portugu s Linguagens 02 LD Todos os textos 01 O receptor Manual de Reda o e Estilo O Globo 04 Manual Reda o para Concursos e Vestibulares 02 LD Todos os Textos 01 Na pr xima se o abordaremos os elementos do contexto sociossubjetivo com foco no nosso corpus 4 2 O contexto sociossubjetivo Conforme elencado anteriormente nesse contexto percebemos a preponder ncia do social em detrimento do aspecto f sico Segundo Bronckart 1999 p 94 a produ o de todo texto inscreve se no quadro de uma forma o social e mais precisamente no quadro de uma forma de intera o comunicativa que implica o mundo social normas valores regras etc e o mundo subjetivo imagem que o agente d de si ao agir Esse contexto sociossubjetivo pode ser decomposto em quatro par metros principais o lugar social em que o texto produzido a posi o social do emissor a posi o social do receptor e o objetivo da intera o 4 2 1 O lugar social No Manual de Reda o e Estilo O Globo no Capitulo 2 na se o Estilo p 19 encontramos direcionamentos que remetem s caracter sticas do lugar social em que o texto jornal stico produzido 90 Como escreve um jornalista Numa palavra depressa N o a
81. al que cada produtor de texto veicula ou seja a desejada isen o figura no enunciado acima como um valor que o jornalista deve possuir no exerc cio da sua profiss o especificamente na produ o textual Al m do mundo social ainda encontramos refer ncias ao mundo subjetivo do jornalista na medida em que este por mais que almeje a isen o na escrita n o consegue ser totalmente isento isto h no texto jornal stico evid ncias subjetivas pertencentes quela pessoa que escreve O autor do manual reconhece a exist ncia de linhas editoriais que constituem um conjunto de convic es defendidas pelos jornais existentes nos lugares sociais em que o texto jornal stico produzido al m de colocar a dificuldade que o jornalista encontra para que tais convic es n o influenciem os textos Mais uma vez temos nessa preocupa o o temor com rela o forma como as influ ncias do mundo social emergem na produ o textual Cotidianamente lemos noticias de jornais parcialmente influenciadas pelas concep es ideol gicas do ve culo de comunica o respons vel pela publica o Encontramos not cias reportagens que por mais que denunciem exponham para a popula o problemas relacionados inoper ncia de alguns governantes tamb m evidenciam o interesse pol tico partid rio em denegrir a imagem do partido e ou pol tico que se encontra no poder A partir do momento em que o propriet rio do jornal integra o partido daquel
82. alho etc e de atividades individuais pensamento consciente e subjetividade Conforme j pudemos observar as concep es de contexto variam consideravelmente n o s no tempo como de um autor a outro Mas como a nossa pesquisa ancorada numa abordagem de linguagem como forma de intera o social entre sujeitos actantes poder amos questionar se h possibilidade de um determinado texto assumir outro contexto diferente daquele em que foi produzido para que haja a compreens o por parte dos interlocutores que o recebem A respeito desta possibilidade mencionada acima Bentes e Rezende 2008 p 21 qualificam este processo como Um cont nuo movimento de descontextualiza o recontextualiza o dos textos ou seja a exist ncia do potencial de os textos circularem e serem falados e ou lidos em outros contextos diferentes daquele em que foram produzidos potencial este que parece dizer algo fundamental sobre a pr pria natureza do objeto textual Como j afirmado anteriormente e corroborado atrav s dessa ltima cita o processo de compreens o inerente intera o Sendo assim a descontextualiza o recontextualiza o se prop e a proporcionar o entendimento ou seja feb adequa o aos diferentes contextos Al m das vis es de contexto discutidas no mbito da Lingu stica de Texto ainda encontramos estudos dentro desta rea que especificam cada elemento que leva constitui o 53 do contex
83. amontoado de frases e palavras se configura como texto para o leitor 88 partimos do pressuposto de que aquele foi significativo isto teve sentido para esse Essa preocupa o enfatizada no fragmento anterior que o locutor deve ter com a textualidade corrobora o objetivo de tornar o texto mais acess vel claro e objetivo para o leitor No fragmento a seguir extra do do LD Todos os textos no cap tulo que aborda o g nero entrevista citada mais precisamente na p gina 91 temos na se o Agora a sua vez as seguintes orienta es que encaminham a produ o textual Escolha uma pessoa de destaque de sua cidade para entrevistar um escritor um compositor um m sico um jornalista um diretor de teatro um cantor um atleta um pol tico o presidente de uma ONG etc Fa a um rascunho primeiro e s passe o texto a limpo depois de fazer uma revis o cuidadosa verificando se a linguagem est adequada aos leitores e de acordo com a variedade padr o da l ngua Guarde sua entrevista citada para expor no jornal mural que voc montar com os colegas no cap tulo Oficina de Reda o desta unidade Aqui o enfoque no receptor do texto est expl cito principalmente na segunda orienta o Primeiro encontramos a evid ncia da import ncia da revis o textual etapa fundamental na escrita pois quando o aluno revisa o pr prio texto sob a orienta o do professor prov vel que ele perceba problemas
84. amos outros trechos extra dos na mesma p gina do ltimo fragmento analisado 85 Se o fato inexplic vel nem por isso se torna impublic vel Mas n o justo deixar o leitor imaginando que s ele n o entendeu a hist ria Deve se afirmar abertamente que a not cia provoca perguntas que n o h como responder Aqui a compreens o do leitor a prioridade Fazer com que o leitor receptor entenda o que est veiculado numa edi o n o constitui apenas o respeito do jornal jornalista mas tamb m a obriga o do ve culo de comunica o com seus clientes Percebemos que muitas revistas e jornais n o t m essa preocupa o esquecendo assim seus receptores Passemos ao pr ximo trecho A informa o irrelevante ocupa espa o imerecido e confunde o leitor E ele se irrita com raz o se lhe tomam o tempo com explica es bvias ou ing nuas como esta Apurou se que os detentos planejavam uma fuga porque o t nel terminava fora dos limites do pres dio ou seja fora descartada a hip tese de que os presos cavaram o t nel s para roubar goiabada da despensa Ou a informa o de que os parentes da crian a falecida est o trist ssimos Neste fragmento encontramos mais uma preocupa o com o receptor no contexto de produ o Com exemplos bvios observamos tamb m que a forma como se aborda determinado fato interfere na recep o do texto E o leitor com apenas um pouco de perspic cia
85. as do texto Apesar de os PCN terem sido publicados somente no final da d cada de 90 na d cada anterior surgiu um fato que marcou o ensino de l ngua materna mais especificamente o ensino de produ o textual Sobre este fato Geraldi 2000 p 19 argumenta que Habituados aos exerc cios de reda o os professores foram bombardeados durante os anos 80 com a express o produ o de textos bvio que n o se tratava e n o se trata de mero gosto por novas terminologias Por tr s da troca de termos outras concep es est o envolvidas Segundo Geraldi 2000 substituir reda o por produ o de textos implica admitir este conjunto de correla es que constitui as condi es de produ o de cada texto cuja materializa o n o se d sem instrumentos de produ o no caso os recursos expressivos mobilizados em sua constru o Por tr s desta nova nomenclatura encontra se a perspectiva do texto como um processo a ser constru do e n o como um produto acabado Neste sentido ao inv s de serem avaliados apenas aspectos relativos prescri o lingu stica os fatores de textualidade como a coes o e a coer ncia tamb m passaram a ser crit rios avaliativos o aluno 31 A respeito deste processo de produ o textual os PCN 1998 p 51 defendem que gt Redija diferentes tipos de textos estruturando os de maneira a garantir a relev ncia das partes e dos t picos em rela o
86. asa estruturada da forma como est escrita optar por uma descri o mais pr xima da realidade dele Outra marca presente no enunciado que contribui para o conhecimento do produtor de textos a classifica o em ambiente interno e ambiente externo Com essa divis o o aluno refor a o conhecimento j adquirido sobre no es de espa o de forma mais pr tica isto a no o de interior e exterior Agora observemos este fragmento abaixo retirado do Manual de Reda o e Estilo O Globo no t pico Prepara o presente no Cap tulo 1 intitulado Antes de escrever na p gina 14 H rep rteres que recebem pautas na reda o outros cobrem reas determinadas e t m liberdade para escolher assuntos Nos dois casos a prepara o antes do trabalho de cada dia t o necess ria quanto o aquecimento do atleta antes de entrar em campo O prop sito que motivou a cria o desse ltimo manual decorrente da necessidade de atualiza o uniformiza o e capacita o dos jornalistas na reda o do referido jornal Essa ltima orienta o corrobora a evid ncia do lugar de produ o como elemento norteador no processo de escrita fato este evidenciado atrav s do bin mio reda o campo De forma coerente o autor utiliza a met fora do jogador de futebol para mostrar o quanto o lugar em que se atua o lugar f sico importante no contexto de produ o O campo enquanto local de trabalho det
87. aspectos encaminha para o predom nio do lugar social em que o texto produzido Inicialmente o autor come a a orienta o indagando sobre como um jornalista escreve A partir desse questionamento j podemos identificar o lugar social em que o texto poder ser produzido a inst ncia jornal stica Para evidenciar a rapidez em que o texto jornal stico deve ser escrito o autor afirma que em nenhum outro of cio de escritor a press o das horas t o cruel e inevit vel Neste trecho temos o enfoque expl cito do lugar social ou seja na produ o de uma not cia reportagem que a rapidez se faz condi o essencial tendo em vista que os jornalistas no geral disp em de apenas algumas horas para concluir uma edi o di ria Esse tempo algumas vezes pode ser maior quando se trata da elabora o de uma reportagem por exemplo a ser exibida numa edi o dominical Em seguida o autor afirma que mesmo diante da rapidez existem requisitos que s o imprescind veis na elabora o do texto jornal stico a exatid o a clareza e a concis o Percebemos nesses a caracteriza o do lugar social atrav s das normas institu das na intera o em o que deve ser escrito pois provavelmente em outros lugares sociais O produtor n o ter a obriga o de obedecer aos crit rios citados No meio da exposi o de normas que o texto jornal stico deve contemplar temos atrav s do trecho s escreve bem acima da pura habilita
88. assa ao produzi lo tamb m relacionada ao tipo de linguagem escolhida tendo em vista que se for utilizada uma linguagem inadequada os objetivos da intera o provavelmente n o ser o atingidos pois o pr prio car ter do texto oficial ser comprometido No livro did tico Oficina de Reda o no Cap tulo 4 logo ap s a exposi o de um modelo do g nero Cr tica de filme e um exerc cio sobre o mesmo temos na p gina 58 a seguinte proposta de produ o Escreva a cr tica de um de seus filmes preferidos com o objetivo de compor um guia de DVDs para os colegas Coloque todas as informa es necess rias a sinopse o nome original do filme o nome do diretor do produtor do roteirista e dos atores Acrescente o g nero do filme sua dura o idade m nima para v lo e ano de produ o N o fa a um resumo completo do enredo escreva apenas as informa es mais importantes sem o desfecho Empregue a variedade padr o formal seja sucinto claro e objetivo 109 Nessas ltimas orienta es temos explicitamente o enfoque nos objetivos que a intera o proporcionada pelo texto suscita Na primeira j encontramos a men o ao prop sito da produ o do texto Na seguinte s o priorizadas determinadas informa es que o texto deve abordar em detrimento de outras as quais os alunos poderiam explorar Nessas informa es percebemos as normas ligadas ao mundo social no qual a produ o textual
89. au de Mestre em Lingu stica rea de Concentra o Lingu stica e Pr ticas Sociais Linha de Pesquisa Lingu stica Aplicada Data de aprova o dA 03 920M MEMBROS COMPONENTES DA BANCA EXAMINADORA E Am Ck 3 seita f Prof Dr ina Celi Mendes Pereira PROLING UFPB Orientadora A aid Prof Dr Bet nia Passos Medrado PROLING UFPB Examinadora nun de F bueo Mus Prof Dr Maria de F tima Alves UFCG Examinadora A toda minha familia aos meus pais e de forma bastante especial minha querida m e Lourdes que em nenhum momento mediu esfor os para me ajudar na realiza o deste meu sonho pessoal intelectual e profissional DEDICO AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar a Deus fonte de luz inspira o e sabedoria em todos os momentos da nossa caminhada Aos meus familiares em especial minha m e Lourdes meu pai Olavio meu irm o Cristalino e minha irm Ozanete que incentivaram cotidianamente para que eu fosse persistente nessa jornada acad mica As minhas sobrinhas Ana Beatriz Fernanda Luma e Lauanny por de certa forma serem fonte de inspira o para minha persist ncia acad mica ao mesmo tempo em que me fizeram servir de espelho para que as mesmas sempre persistam na busca pelo conhecimento A interlocu o sim trica mas delimitadora da minha orientadora Prof Dra Regina Celi Mendes Pereira pelos seus ensinamentos eficientes que me permitiram realizar este trabalho e por em nen
90. ay o __ 38 j Reprodu o proibida Art 184 do C digo Penal a Lei 9 610 de 19 de fevereiro de 1998 E 3 a ee Capitulo 4 Narra o objetiva e subjetiva 93 Texto visual Latas de sopa Campbell s de Andy Warhol 93 Estudo de texto Com o p no freio de Ci a Vallerio Narra o objetiva Narra o subjetiva Texto musical Brixton Bronx ou Baixada Oficina de projetos encena o de uma pe a teatral Favoritos sugest es de filmes livros e sites Unidade III Palavras que fotografam Cap tulo 5 Descri o de pessoa lugar e objeto Texto visual Casa da cascata de Frank Lloyd Wright Estudo de texto Terra aquece 0 2 C por d cada diz Nasa Descri o de pessoa Descri o de lugar Humor charges de Angeli Descri o de objeto q q Reprodu o proibida Art 184 do C digo Penal e Lei 9 610 de 19 Hora do bate papo Cap tulo 6 Descri o objetiva e subjetiva Texto visual an ncio publicit rio Estudo de texto Por uma gota de Luciana Sgarbi Descri o objetiva a i Descri o subjetiva Varia es ling sticas g rias Oficina de projetos meio ambiente em cartaz Favoritos sugest es de filmes livros e sites _96 99 105 110 112 114 116 116 118 122 127 132 133 137 138 138 140
91. baseada no que a situa o comunicativa permite e a sociedade convencionou como seguran a ou perigo Al m disso percebemos que tanto a fase do planejamento quanto a da regula o s o permeadas pela avalia o seja do pr prio jornalista do revisor do editor chefe e por ltimo dos leitores No fragmento especificamente no trecho em que o autor trata do respeito privacidade e do valor de uma vida percept vel tamb m a predomin ncia dos valores e regras implicados pelo mundo social no qual a situa o comunicativa realizada Noutro exemplo extra do do mesmo Manual de Reda o e Estilo O Globo no Cap tulo 5 na se o Quest es ticas p 118 tamb m encontramos direcionamentos que remetem ao objetivo da intera o do texto a ser produzido pelo jornalista O jornal evita noticiar suic dios de desconhecidos exceto quando o fato tem aspectos fora do comum Pela evidente amea a que representam seguran a coletiva o jornal n o publica instru es para a fabrica o de armas e bombas receitas de venenos conselhos para se burlar a lei e tudo mais que teria lugar num manual do crime Na mesma linha deve se evitar a publica o de informa o que n o sendo relevante para o leitor colabore para o xito do ato criminoso Por exemplo esmerar se em detalhes sobre os bens do sequestrado pode servir apenas para que os sequestradores aumentem o pedido de resgate igualmente errado identificar pela marca medi
92. bilhete hist ria em quadrinhos not cia reportagem classificado biografia entrevista verbete de dicion rio artigo de opini o editorial propaganda pe a teatral cr nica conto 61 anedota adivinha o bula receita culin ria manual de instru es texto de regras de jogo texto teatral entre outros Todavia conv m acrescentarmos que todos os questionamentos envolvendo o poder do LD na escola favorecem no Minist rio da Educa o e Cultura MEC a convic o para elaborar crit rios para a avalia o dos livros did ticos al m de objetivarem planificar o trabalho do professor A partir da come aram a fazer parte do cen rio educacional os novos livros recomendados e n o recomendados segundo crit rios eliminat rios e classificat rios do PNLD Programa Nacional do Livro Did tico Em virtude dessa elabora o de crit rios por parte do MEC percebemos que h uma preocupa o no sentido de que os crit rios t cnicos que levam escolha de determinado livro did tico possam obedecer consecu o dos objetivos do ensino de l ngua materna no ensino fundamental tais como v m definidos em documentos como os par metros e refer ncias curriculares nacionais Sobre esses crit rios Rangel 2001 p 13 aponta que necess rio que o livro gt esteja isento de erros conceituais graves gt abstenha se de preconceitos discriminat rios e mais do que isso seja capaz de combater a discrimina o
93. camentos que estejam sendo usados por viciados 106 De modo semelhante aos fragmentos anteriores este Ultimo tamb m aborda os objetivos da intera o com base nas regras que implicam o mundo social no qual a atividade comunicativa se realiza Com constru es como evita noticiar e o jornal n o publica temos a ratifica o do que permitido ou n o divulgar e que essas regras perpassam a no o de tica na profiss o Outra quest o priorizada no fragmento ora analisado diz respeito seguran a coletiva tanto das pessoas envolvidas no determinado fato quanto dos leitores de um modo geral Podemos relacionar essa quest o com a regula o necess ria realiza o de qualquer atividade de linguagem Pelo pr prio car ter abrangente que uma not cia jornal stica pode atingir em casos citados na orienta o como sequestros noticiar um fato que comprometa o sucesso em uma negocia o e uma consequente investiga o configura se como aus ncia de tica e irresponsabilidade por parte do jornal podendo essa ter consequ ncias mais graves e o s produtor es do texto responder em na esfera criminal Noutro exemplo extra do do mesmo Manual de Reda o e Estilo O Globo no Cap tulo 5 na se o Quest es Fticas p 118 encontramos direcionamentos que remetem ao objetivo da intera o do texto a ser produzido pelo jornalista Boato e mentira Em princ pio informa o n o confirmada n o merece
94. co para estudos da linguagem In CRISTOVAO V L L org Estudos da linguagem luz do interacionismo sociodiscursivo Londrina PR UEL 2008 DION SIO A P MACHADO A R BEZERRA M A org G neros Textuais e ensino Rio de Janeiro Lucerna 2002 GARCEZ Luc lia Helena do Carmo A escrita e o outro os modos de participa o na constru o do texto Bras lia Editora da UnB 1998 173 p T cnica de reda o o que preciso saber para bem escrever 2 ed S o Paulo Martins Fontes 2004 GARCIA Luiz O Globo Manual de Reda o e Estilo 29 ed S o Paulo Globo 2005 GERALDI J W Portos de passagem 4 ed S o Paulo Martins Fontes 1997 Linguagem e ensino exerc cios de milit ncia e divulga o Campinas Mercado de Letras 2006 org O texto na sala de aula S o Paulo tica 1997 Da reda o a produ o de textos In CHIAPPINI L gia org Aprender e ensinar com textos de alunos 3 ed V 1 S o Paulo Cortez 2000 JUNIOR L C P A hist ria do vestibular In Lingua Especial Reda o Ano HI Segmento 2008 p 06 11 KARWOSKI A M GAYDECZKA B BRITO K S org G neros textuais reflex es e ensino 2 ed rev e ampliada Rio de Janeiro Lucerna 2006 119 KOCH I G V Desvendando os segredos do texto 5 ed S o Paulo Cortez 2006 KOCH I G V O texto e a constru o dos sentidos 9 ed S o Paulo Contexto 2007 inter a o pela linguagem 10
95. coer ncia e a linguagem utilizada s o 34 esquecidos A respeito dessa pratica Baltar 2006 p 24 afirma que preciso reavaliar a pr tica da reda o escolar monol gica sem destino determinado sem a presen a de uma voz que fala e de uma que ouve Outro problema presente nas pr ticas de produ o textual em sala de aula n o se definir com precis o a quem o aluno se dirige isto quem o interlocutor do texto Nesse sentido a cena textual n o fica clara pois na medida em que o produtor n o tem um outro o destinat rio bem determinado ele tem dificuldade de operar com a linguagem e escreve tudo para o mesmo interlocutor que o professor Sabemos que a mudan a de interlocutor leva a se fazer sele es lexicais diversas e usar n veis de formalidade distintos tendo em vista que muitas vezes o interlocutor que contribui para o objetivo da intera o basta lembrarmos que ao produzirmos um texto dirigido a uma autoridade temos objetivos puramente formais como solicita es cumprimentos dificilmente far amos tal texto com o intuito de questionar como foram as f rias do destinat rio A respeito do papel do professor interlocutor Geraldi 2006 p 128 enfatiza que para mantermos uma coer ncia entre uma concep o de linguagem como intera o e uma concep o de educa o esta nos conduz a uma mudan a de atitude enquanto professores ante o aluno O mesmo autor ainda afirma que quand
96. com o intuito de uniformizar a reda o dos mais diversos textos oficiais natural que o espa o em que funciona a administra o federal em que consequentemente tais textos s o redigidos tenha sua relev ncia e influencie a produ o textual 74 E justamente nos estabelecimentos oficiais como escolas escrit rios hospitais lojas empresas entre outros que as pessoas utilizam diariamente os mais diversos g neros textuais para se comunicarem pr prio das esferas governamentais o uso de reda o oficial Esta tem uma grande relev ncia nestes lugares de produ o No geral no servi o p blico local onde todos os recursos usados na execu o dos servi os s o decorrentes de impostos pagos por toda a popula o medida que o dinheiro p blico utilizado faz se necess ria tamb m sua presta o de contas de modo que haja lisura no uso daquele Por conta disso numa reparti o p blica usam se documentos oficiais com os mais diversos fins desde o pedido de uma caixa de canetas como material de expediente at a remo o de um funcion rio de um local para outro Dai o lugar de produ o ter sua import ncia neste contexto de produ o No LD Oficina de Reda o 8 ano na p gina 127 encontramos algumas refer ncias ao lugar em que o texto produzido mesmo implicitamente e como este elemento do contexto pode influenciar na produ o Vale salientar que enquanto muitos LD tentam fugir da triparti
97. contexto para o empreendimento interacional as autoras enumeram algumas contribui es daquele na produ o e compreens o textuais Para as mesmas o contexto 55 gt possibilita avaliar o que adequado ou n o adequado do ponto de vista dos modelos interacionais constru dos culturalmente gt possibilita p r em sali ncia o t pico discursivo e o que esperado em termos de continuidade tem tica e progress o textual gt possibilita a produ o de infer ncias e de sentido v possibilita explicar ou justificar o que foi dito gt possibilita explicar ou justificar o que dito e o que n o deve ser dito Ap s a abordagem do contexto sobre o qual constru mos nossas categorias de an lise trataremos no pr ximo cap tulo da metodologia utilizada para a an lise do corpus bem como a caracteriza o desse 56 CAP TULO 3 ASPECTOS METODOL GICOS DA PESQUISA Ap s a apresenta o do referencial te rico que embasa o objeto de estudo desta pesquisa isto a an lise das orienta es did tico pedag gicas do livro did tico e dos manuais de reda o acerca da produ o de textos com foco no contexto de produ o momento de situarmos as bases metodol gicas o como proceder para analisar tal objeto Como forma de problematiza o para a nossa pesquisa propusemos inicialmente o seguinte questionamento gt Qual is a s concep o es de escrita presente s nas orienta es did tico
98. crit rio correto respeitar as solicita es de grupos sobre a forma pela qual devem ser tratados Est o nesse caso por exemplo as reivindica es de deficientes f sicos que repudiam express es paternalistas ou que enfatizem excessivamente suas limita es como os diminutivos o ceguinho por exemplo sempre errado falar de defici ncia ou da doen a como um dado da identidade da pessoa Uma pessoa tem c ncer Aids lepra mas n o a cancerosa a aid tica a leprosa etc Por todo o enunciado encontramos direcionamentos que demonstram a preocupa o que o jornalista emissor do texto deve ter com o receptor ou melhor com a posi o social que o leitor do jornal ocupa Atrav s de exemplos o autor demonstra como o emissor pode evitar nos textos determinadas palavras que venham a ofender o leitor Desde a concep o de ofensa a qual apresentada como uma constru o feita pelo receptor do texto a partir do momento em que ele a receba como tal at o uso de palavras que por mais corretas que sejam possuem sentido depreciativo por quem as l como suburbano e ceguinho temos preocupa es expl citas no tocante poss vel rea o do leitor que receber o texto Ao produzir o texto preciso que o emissor atente para esses cuidados e que perceba que as palavras possuem uma carga ideol gica que vai al m do significado presente nos dicion rios Numa reportagem que ab
99. crita E ler textos ser leitor tamb m apropriar se de um conjunto de capacidades ling sticas e psicol gicas cognitivas e metacognitivas que al m de relacionar s mbolos escritos a unidades de som principalmente um processo de construir sentidos e rela es inter textualidade e de interpretar textos diversos dialogicamente no sentido bakhtiniano adentrando o dizer do outro Como o texto visto neste momento como processo possui uma certa complexidade Para que o aluno n o tenha muita dificuldade e possa criar um interesse maior pela produ o de texto preciso que o professor possa desenvolver atividades que proporcionem uma intera o entre os alunos nessa etapa de aprendizagem A esse respeito os PCN 1998 p 76 reafirmam que 32 Bem desigual a tarefa do aprendiz Espera se que o aluno coordene sozinho todos esses aspectos Pensar em atividades para ensinar a escrever inicialmente identificar os m ltiplos aspectos envolvidos na produ o de textos para propor atividades seq enciadas que reduzam parte da complexidade da tarefa no que se refere tanto ao processo de reda o quanto ao da refac o Outra dificuldade presente no cotidiano do professor diz respeito avalia o Avaliar se constitui como uma tarefa dif cil em todas as fases do processo educativo pois uma s rie de valores est o envolvidos neste ato afetividade tica profissionalismo conhecimento fundamenta
100. das por Bronckart 1999 nos estudos do ISD diz respeito ao fato de as l nguas naturais assim como a filosofia e as ci ncias da linguagem desenvolverem se em duas dire es distintas de um lado o estudo do sistema da l ngua e do outro o estudo da estrutura e do funcionamento das diferentes esp cies de textos em uso 12 Restringiremos a nossa pesquisa ao segundo estudo por considerarmos os textos dimens es emp ricas efetivas as quais corroboram a import ncia do aspecto social defendida pelo ISD Para Bronckart 1999 p 71 texto toda e qualquer produ o de linguagem situada oral ou escrita Ele tamb m afirma que todo texto est em rela o de interdepend ncia com as propriedades do contexto em que produzido Como parte integrante do conceito defendido por Bronckart nos deteremos ao contexto de produ o que ser o elemento norteador para a an lise do corpus deste trabalho O contexto de produ o segundo Bronckart 1999 p 93 diz respeito ao conjunto dos par metros que podem exercer uma influ ncia sobre a forma como um texto organizado Esses par metros se referem por exemplo a condi es do lugar ao estado ps quico do produtor dentre outros fatores Para o referido autor esses fatores est o divididos em dois conjuntos o primeiro refere se ao mundo f sico e o segundo ao mundo social e ao subjetivo Para a constru o do corpus desta pesquisa selecionamos os seguintes livros T
101. de modelos did ticos de g neros ou a an lise e avalia o de materiais de ensino gt As de foco no aluno com a an lise de seu desenvolvimento em diferentes pr ticas de linguagem e com a avalia o de suas capacidades de linguagem em rela o a um determinado g nero visando se planificar ou avaliar atividades de ensino gt As de foco no professor em forma o ou no formador de professor com o levantamento de representa es sobre a situa o particular em que se encontram com o confronto entre representa es pr vias e a es efetivamente realizadas e com a identifica o das rela es entre textos prescritivos planificadores e avaliativos e as a es efetivamente realizadas gt As de foco na intera o professor ferramenta aluno com a an lise da sala de aula ou a avalia o de experi ncias did ticas voltadas para o desenvolvimento da compreens o de textos para o letramento inicial ou para a apropria o de g neros orais gt As de foco na intera o professor em forma o ferramenta formador com a an lise de sess es reflexivas e de outros tipos de situa es de forma o No universo que engloba essas linhas de pesquisa descritas acima encontramos diversas publica es principalmente nos ltimos 05 cinco anos al m de obras que no processo de produ o j contemplam os pressupostos te ricos do ISD Entre essas podemos citar uma cole o produzida por Anna Rachel Machado Eliane Lousad
102. de textualiza o e os 47 mecanismos enunciativos Estes componentes poder o servir para outros futuros trabalhos que obviamente trabalhem a perspectiva metodol gica do ISD Ap s apresentarmos o aporte te rico que norteia nossa pesquisa focaremos na pr xima se o algumas considera es sobre o contexto com o objetivo de conhecermos melhor a nossa categoria de an lise 2 3 O contexto de produ o categoria de an lise Nas nossas comunica es di rias comumente fazemos refer ncia ao contexto N o raro ouvirmos ou lermos em textos diversos que no contexto A o enunciado B quer dizer C Tamb m frequentemente ouvimos coment rios de uma determinada pessoa que n o deveria ter dito o que disse no contexto em que se encontrava Durante nossa vida somos frequentemente orientados e regulados por normas e conven es sociais Como o passar do tempo vamos aprendendo a viver e nos comportarmos de acordo com a situa o Assim comum ouvirmos cr ticas a respeito de pessoas que n o souberam se comportar num determinado lugar ou que n o usaram a roupa adequada num evento espec fico ou que usaram uma linguagem inadequada num determinado texto Nestas situa es assinaladas acima ouvimos ou lemos algumas vezes a palavra contexto Mas afinal o que o contexto Para respondermos essa quest o faremos um breve levantamento sobre as diversas reas que tratam desse importante elemento do processo de produ o textua
103. deve ser publicada se for bem apurada isto tiver credibilidade ou caso n o seja bem investigada que as raz es para tal publica o sejam bem fundamentadas e apresentadas aos leitores No Manual de Reda o e Estilo O Globo no Cap tulo 2 na se o Linguagem p 27 encontramos direcionamentos que remetem ao objetivo da intera o Usa se tamb m a sabedoria popular para enriquecer o estilo Mas bom lembrar o que prende o leitor o inusitado o banal d sono Ele bocejar ao ser informado que numa casa de ferreiro havia espeto de pau ou que deu certo para algu m preferir um p ssaro na m o Mas talvez ache gra a em conhecer a hist ria de dois bicudos que se beijaram ou a gua mole que n o conseguiu furar a pedra dura N o funciona o recurso de estilo que exige leitura pausada e muita aten o para ser compreendido jornais s o lidos depressa e superficialmente o que transforma sutileza e complexidade em defeitos Nestes direcionamentos percebemos que h uma preocupa o direta com o efeito que o texto jornal stico produzir no leitor especificamente se esse gostar ou n o da not cia publicada Com linguagem objetiva o manual informa sobre situa es em que a not cia abordada sob uma determinada forma impressionar ou desagradar o leitor Al m disso temos uma observa o referente funcionalidade do suporte no qual o texto jornal stico veiculado No mundo social no qual os jornais
104. e preciso manifestar desconfian a abertamente a quest o escolher os termos e estruturar o texto de forma a transmitir a informa o na medida certa A respeito deste ltimo fragmento observamos que apesar do t tulo do cap tulo em que est inserida a orienta o evidenciar a quest o estrutural do texto h uma preocupa o clara com o conte do a ser veiculado pelo jornal e consequentemente com o leitor que ler a mat ria Sabemos o poder que o uso de uma determinada palavra ou express o possui num texto seja ele oral ou escrito A not cia principalmente veiculada em um jornal de grande circula o como O Globo deve ser produzida de modo que o respeito aos seus receptores aqui enquanto leitores prevale a acima de todos os interesses Com a express o que fecha a orienta o a informa o na medida certa percebemos a preocupa o do autor no sentido de que a not cia seja transmitida de forma transparente clara comum nos meios da imprensa falada ou escrita presenciarmos textos em que n o h o cuidado na forma de express o ao se noticiar um determinado fato ou acontecimento O exemplo do uso das locu es verbais presentes no fragmento ora analisado ilustra este equ voco Quantas vezes o uso indevido de um determinado verbo compromete pessoas incriminando as injustamente Quantos jornalistas j n o respondem responderam judicialmente devido ao uso de algumas palavras em seus textos Vej
105. e aspectos formais e estruturais dos g neros oficiais al m de regras gramaticais No tocante ao Manual Reda o para Concursos e Vestibulares tivemos o maior n mero de cap tulos selecionados fato este que n o implicou um maior n mero de fragmentos analisados de um total de 15 quinze cap tulos selecionamos 08 oito entretanto as orienta es escolhidas estavam dispersas no decorrer dos cap tulos J com rela o aos livros did ticos tivemos o seguinte cen rio no LD Todos os textos num total de 04 quatro unidades e 12 doze cap tulos tivemos apenas 04 quatro fragmentos selecionados que apresentassem essas ocorr ncias Foi no LD Oficina de Reda o que tivemos o maior n mero de trechos analisados num total de 04 quatro unidades e 12 doze cap tulos tivemos 07 sete orienta es J no LD Portugu s linguagens de 09 nove unidades e 47 quarenta e sete cap tulos pudemos selecionar apenas 03 tr s fragmentos importante frisar que em virtude do tempo estabelecido para a realiza o dessa pesquisa tivemos que limitar o n mero de fragmentos que seriam analisados Entretanto mesmo diante dessa limita o encontramos mais elementos representativos nos manuais de reda o do que nos livros did ticos Assim consideramos a quantidade escolhida um n mero representativo que contribui significativamente para que alcan ssemos os objetivos pretendidos No tocante a esses podemos elencar as seguintes c
106. e caso como ocorre com boa parte dos cognitivistas contempor neos ter amos dificuldade em observarmos como que a cultura a experi ncia e nossa realidade cotidiana passam para a l ngua A l ngua envolve atividades 15 cognitivas mas n o um fen meno apenas cognitivo O car ter social da l ngua tamb m n o evidenciado nesta vis o d Como atividade sociointerativa esta perspectiva relaciona os aspectos hist ricos e discursivos na medida em que toma a l ngua como atividade s cio hist rica cognitiva e sociointerativa Aqui o sentido produzido situadamente al m de o aspecto sistem tico referente aos processos de textualiza o propriamente ditos tamb m serem contemplados Nesta vis o a l ngua tratada como um fen meno encorpado e n o abstrato ou aut nomo A respeito do aspecto sistem tico presente na concep o acima Marcuschi 2008 p 87 defende que seja atribu do textualidade a uma sequ ncia de enunciados preciso que as rela es sem nticas que se d o entre os elementos no interior do pr prio enunciado tamb m sejam levadas em considera o Essas rela es se manifestam por exemplo na concord ncia verbo nominal na reg ncia e em todos os aspectos sint ticos e morfol gicos em geral Como j percebemos a l ngua pode ser concebida sob diferentes vis es Na maioria das vezes essas se constituem elementos determinantes para uma escolha te rica ou metodol gica No tocante conce
107. e d vida os que confessam espontaneamente sua culpa Aqui temos nos dois fragmentos caracter sticas do lugar social assumido pelo jornalista no momento em que o texto produzido Tanto o poder que o ve culo de comunica o disp e quando surge uma d vida no tocante a publicar ou n o uma determinada not cia como tamb m a responsabilidade que o produtor de textos deve assumir ao publicar um determinado fato Com uma linguagem simples o autor cita um fato que serve como exemplo de razoabilidade para tomar decis es quanto publica o de uma not cia Al m dessas evid ncias encontramos ainda a preocupa o relacionada com o uso de alguns termos e ou express es que requerem cautela devido ao lugar social em ser o veiculadas Nesse sentido o jornalista deve fazer uma sele o lexical cuidadosa no sentido de n o se comprometer pela informa o divulgada nem comprometer o jornal em que a not cia ou fato seja veiculado Muitas vezes tomamos conhecimento de casos em que um jornalista teve que responder a processo na esfera judicial ou at mesmo o jornal foi condenado a pagar indeniza es a pessoas pelo uso indevido de uma express o que denegriu a imagem de um cidad o de um grupo institui o ou empresa justamente a import ncia do lugar social assumido pelo jornalista na produ o de uma not cia e ou reportagem que exige os cuidados acima mencionados No fragmento a seguir extra do do Manual de Reda
108. e j falam e escrevem essa l ngua se constitui uma tarefa dif cil Com rela o a essa problem tica Soares 2001 p 69 afirma que A fun o da escola particularmente no ensino da l ngua materna pois al m de aperfei oar as habilidades j adquiridas de produ o de diferentes g neros de textos orais levar aquisi o e ao desenvolvimento das habilidades de produ o de textos escritos de diferentes g neros e veiculados por meio de diferentes portadores Na maioria das pr ticas que dizem respeito a esse ensino o professor limita se a fazer um trabalho de cunho prescritivo normativo em que a norma culta tradicional proposta 25 pela Gram tica Normativa comanda a maior parte dos direcionamentos metodol gicos das aulas A respeito deste ensino tradicional Geraldi 1996 p 71 aponta que O ensino tradicional de l ngua portuguesa investiu erroneamente no conhecimento da descri o da l ngua supondo que a partir deste conhecimento cada um de n s melhoraria seu desempenho no uso da l ngua Na verdade a escola agiu mais ou menos como se para aprender a usar um interruptor fosse necess rio saber como a for a da gua se transforma em energia e esta em claridade na l mpada que acendemos Ningu m mais capaz de dominar o conhecimento global dispon vel Cada um de n s em sua rea profissional tem conhecimentos e pode transmiti los a outros mas nenhum de n s imagina que todos queiram sab
109. e offline na maioria das vezes o que permite que o produtor de um texto pondere molde e melhore o que est fazendo antes de torn lo p blico Pemite lhe tamb m utilizar recursos internos e externos como leituras documentos evid ncias que s o importantes no momento de produ o mais pensada bem como explorar a originalidade a personalidade e a individualidade pr prias Por isso os textos escritos geralmente apresentam id ias desenvolvidas com mais amadurecimento do que os textos orais Esta concep o que aborda a semiprivacidade na escrita nos remete ao processo de produ o de textos encarado n o como um produto mas sim como um processo em que o 20 produtor de textos utiliza estrat gias que lhe permitam fazer as escolhas adequadas ao momento da produ o Nesse sentido tanto os elementos que comp em o contexto como o espa o o emissor o interlocutor os objetivos pretendidos na produ o al m de algumas condi es que constituem os fatores de textualidade s o implicitamente tratados na concep o de escrita acima citada Acerca destas condi es Geraldi 1997 p 137 mostra que para produzir um texto em qualquer modalidade preciso que a se tenha o que dizer intencionalidade informatividade b se tenha uma raz o para dizer o que se tem a dizer intencionalidade c se tenha para quem dizer o que se tem a dizer aceitabilidade d o locutor se constitua como tal enquanto sujeito que diz
110. e para atender s sugest es propostas pelos autores ou seja necess rio que o aluno busque informa es em outras fontes acerca dos entrevistados Como fora proposta no primeiro enunciado uma s rie de profiss es imaginemos que cada profissional possa ser encontrado e ter informa es a seu respeito nos seus mais diversos ambientes de trabalho como a pr pria escola em que a produ o feita uma casa de m sica uma oficina de teatro ou at mesmo uma casa legislativa A seguir veremos outra orienta o de produ o textual presente no Manual de Reda o da Presid ncia da Rep blica que enfoca o lugar de produ o A orienta o intitulada Formalidade e Padroniza o e est localizada p gina 05 no Cap tulo 01 sendo este denominado Aspectos Gerais da Reda o Oficial Eis a mesma A formalidade de tratamento vincula se tamb m necess ria uniformidade das comunica es Ora se a administra o federal una natural que as comunica es que expede sigam um mesmo padr o O estabelecimento desse padr o uma das metas deste Manual exige que se atente para todas as caracter sticas da reda o oficial e que se cuide ainda da apresenta o dos textos Nessa ltima assertiva temos alguns elementos do contexto de produ o evidenciados como o produtor o receptor o emissor o momento de produ o e principalmente o lugar de produ o Ora se o pr prio manual foi elaborado
111. e se expandir mais rapidamente nas d cadas de 80 e 90 com respectivamente 20000 e 25000 t tulos Atualmente percebe se uma maior variedade de textos em compara o com os LDPs de d cadas passadas Esse fato ocorre em raz o da mudan a de concep o textual dos seus autores levando em conta o enunciado e a enuncia o bem como das concep es de l ngua e ensino e o estudo dos g neros apresentados pelos PCNs Sobre o reflexo dessa mudan a Bezerra 2001 p 38 considera que H uma tend ncia em estruturar se as li es em torno de temas sociais fome desemprego educa o discrimina o do interesse da faixa et ria do p blico a que se destinam os livros fam lia animais de estima o ou n o amor esporte mist rio aventura viagem e em menor escala de temas pouco convencionais em livros did ticos o que consideramos um avan o essa diversidade de temas envolve tamb m contextos culturais diferentes urbano rural dom stico social que poderia favorecer a explora o textual de forma eficaz inclusive contemplando a interdisciplinaridade Diante dessas constata es percebemos que os livros mais recentes abordam os mais variados temas que comp em cada unidade com uma colet nea de textos de variados g neros predominantemente aut nticos ou seja n o escritos com finalidades did ticas mas com uso constante na sociedade letrada S o exemplos dos g neros presentes nesses livros carta
112. e textos e por considerarmos o ISD uma importante posi o epistemol gica para reconhecermos os aspectos sociais da l ngua em suas diversas manifesta es principalmente na produ o e recep o de textos consideramos relevantes esses pressupostos te rico metodol gicos no desenvolvimento da an lise da nossa pesquisa 57 Dentre esses pressupostos elegemos como categorias de an lise os fatores referentes ao contexto de produ o Segundo Bronckart 1999 p 93 esses fatores est o divididos em dois conjuntos o primeiro refere se ao mundo f sico e o segundo ao mundo social e ao subjetivo O mesmo autor identifica os num segundo momento como contexto f sico e contexto sociossubjetivo No primeiro contexto temos os seguintes fatores o lugar de produ o o momento de produ o o emissor e o receptor J no segundo contexto temos o lugar social posi o social do emissor a posi o social do receptor e o s objetivo s da intera o Especificamente esses fatores norteiam a an lise do nosso corpus pois verificamos se eles est o presentes nas orienta es did tico pedag gicas que encaminham a produ o textual para a partir dessa verifica o construirmos a concep o de escrita presente em cada material investigado A presente pesquisa aborda o m todo de procedimento comparativo tendo em vista a pr pria constitui o do corpus No tocante obten o de informa es o presente trabalho constitui uma
113. ecimentos ou a es verbalizados no texto e s o essencialmente realizados pelos tempos verbais O autor ainda salienta que essas marcas morfol gicas aparecem em intera o com outras unidades que t m valor temporal como adv rbios e organizadores textuais por exemplo Como ltimo elemento que comp e a organiza o do texto proposta por Bronckart temos os mecanismos enunciativos Esses segundo Bronckart 1999 p 130 s o respons veis pela manuten o da coer ncia pragm tica ou interativa do texto e contribuem para o esclarecimento dos posicionamentos enunciativos quais s o as inst ncias que assumem o que enunciado no texto Quais s o as vozes que a se expressam e traduzem as diversas avalia es julgamentos opini es sentimentos sobre alguns aspectos do conte do tem tico O autor ainda defende que esses mecanismos enunciativos visam diretamente a orientar a interpreta o do texto de seus destinat rios Al m disso ele afirma que a oy identifica o dos mecanismos enunciativos constitui um problema complexo devido capacidade que o autor de um texto tem de criar diversos mundos discursivos que por sua vez comp em mundos virtuais formados a partir de inst ncias formais que os regem textualizador expositor narrador A partir destas ltimas s o distribu das e orquestradas as vozes que se expressam no texto as quais podem ser classificadas como voz do autor emp rico isto do emisso
114. ed S o Paulo Contexto 2008 KOCH I G V e ELIAS V M Ler e escrever estrat gias de produ o textual S o Paulo Contexto 2009 KOCK I G V e TRAVAGLIA L C A coer ncia textual 15 ed S o Paulo Contexto 2003 MACHADO A R A perspectiva interaconista sociodiscursiva de Bronckart In MEURER J L BONINI A e MOTTA ROTH D orgs G neros teorias m todos debates S o Paulo Par bola Editorial 2005 MACHADO A R e GUIMAR ES A M M O interacionismo sociodiscursivo no Brasil In MACHADO A R TARDELLI L S A e CRISTOV O V L L orgs Linguagem e educa o o ensino e a aprendizagem de g neros textuais Campinas SP Mercado de Letras 2009 MATENCIO M L M Leitura produ o de textos e a escola S o Paulo Mercado Aberto 2001 Textualiza o a o e atividade reflex es sobre a abordagem do interacionismo sociodiscursivo In GUIMAR ES Ana Maria de Mattos MACHADO Ana Rachel e COUTINHO Ant nia org O interacionismo sociodiscursivo quest es epistemol gicas e metodol gicas Campinas SP Mercado de Letras 2007 MARCUSCHI L A Lingu stica do texto o que como se faz Recife UFPE 1983 S rie Debates I Produ o textual an lise de g neros e compreens o Sao Paulo Par bola Editorial 2008 296 p MENDES Gilmar Ferreira e J NIOR Nestor Jos Forster Manual de Reda o da Presid ncia da Rep blica 2 ed Bras lia Presid ncia da Rep blica 20
115. efer ncia dura o de tempo em que o texto seja produzido Por m nesse mesmo manual encontramos um trecho que embora n o especifique a dura o em horas ou minutos faz refer ncia ao exato momento de produ o de um texto seja em uma avalia o de sala de aula um concurso ou mesmo no vestibular Os dois trechos que seguem foram extra dos do t pico E na hora do branco localizado p gina 57 no Cap tulo 8 Elabora o do texto Chegou a hora da prova Voc sente um tremendo frio na barriga e uma vontade imensa de correr para o banheiro e s sair de l quando tiver incorporado Machado de Assis mas sabe que isso n o ser poss vel Quando bate o olho na reda o sente o cora o quase parar agora Parece exagero a descri o anterior mas exatamente como muitas pessoas se sentem na hora de fazer uma reda o para um vestibular ou concurso Tudo porque j tiveram experi ncias negativas para confeccionar um texto nestas condi es E entre as m s experi ncias relatadas est o famoso branco Por mais que esses fragmentos remetam ao momento de realiza o de uma produ o escrita e isso bem percept vel pelo uso de palavras que denotam tempo como hora e oe 22 pen A pad ed agora n o encontramos nenhuma palavra que se refira dura o de tempo seja em horas minutos ou segundos Por outro lado encontramos caracter sticas que remetem ao lugar social e posi
116. ele s o explicitamente apresentadas isto que s o traduzidas no texto pelas unidades declarativas da l ngua natural utilizada Semelhante aos par metros do contexto de produ o as informa es constitutivas do conte do tem tico s o representa es constru das pelo agente produtor Essas se referem aos conhecimentos que variam em fun o da experi ncia e do n vel de desenvolvimento do produtor e que est o estocados e organizados em sua mem ria previamente antes do desencadear da a o de linguagem A respeito da organiza o do texto Bronckart 1999 p 119 afirma que concebemos a organiza o de um texto como um folhado constitu do por tr s camadas superpostas a infra estrutura geral do texto os mecanismos de textualiza o e os mecanismos enunciativos Logo ap s essa considera o o autor deixa claro que esta distin o de n vel de an lise responde adequadamente necessidade metodol gica de desvendar a trama complexa da organiza o textual verific vel em qualquer texto que se pretenda analisar com base nos pressupostos te ricos do ISD prov vel que outros autores defendam outros modelos de an lise de organiza o textual por m neste momento deter nos emos ao estabelecido na perspectiva bronckartiana j citada anteriormente Passemos s camadas superpostas A infraestrutura geral do texto segundo Bronckart 1999 p 120 considerada o n vel mais profundo do texto e constit
117. em 02 dois blocos cada um com 04 quatro categorias Vale salientar que a constru o da s concep o es de escrita presente s no livros e manuais de reda o analisados se dar na pr pria an lise Entretanto somente nas considera es finais elencaremos qual is a s concep o es formulada s Esperamos que as considera es tecidas ao longo deste trabalho tracem um delineamento sobre a forma como a escrita encarada por materiais que objetivam ensin la e aperfei o la nas mais diversas situa es comunicativas em seus mais variados lugares como tamb m possam servir como leitura que nortear outras pesquisas relacionadas escrita a serem feitas por pesquisadores interessados em conhecer e aprofundar o enigm tico universo que envolve o processo de produ o textual 14 CAPITULO 1 A PRODU O TEXTUAL ALGUMAS CONSIDERA ES Neste primeiro cap tulo faremos considera es sobre a produ o textual tendo em vista essa ser o foco da nossa pesquisa Iniciaremos com algumas discuss es sobre escrita desde a sua origem at as diversas concep es de texto que norteiam o ensino de l ngua materna Em seguida faremos algumas reflex es sobre a produ o textual e como essa trabalhada na sala de aula 1 1 As concep es de escrita um percurso hist rico Para construirmos este percurso hist rico proposto nesta se o abordaremos os conceitos de l ngua e texto para chegarmos aos da escrita
118. ente o contexto mediato que abrange o entorno s cio hist rico cultural Como forma de complementar a divis o exposta acima surge outro tipo de contexto o sociocognitivo Como causas que levaram a essa nova vis o Koch e Elias 2009 p 81 citam as seguintes observa es acerca da linguagem 49 gt Os sujeitos se movem no interior de um tabuleiro social que tem suas conven es suas normas de conduta e que lhes imp e condi es estabelece deveres e lhes limita a liberdade gt Toda e qualquer forma de linguagem ocorre no interior de determinada cultura cujas tradi es cujos usos e costumes cujas rotinas devem ser obedecidas e perpetuadas Percebemos que dentre os tr s tipos de contextos j elencados o mais abrangente o contexto sociocognitivo pois este engloba tanto o imediato quando o mediato E esta abrang ncia percept vel Sabemos que para que duas ou mais pessoas possam compreender se mutuamente preciso que seus contextos cognitivos isto os conhecimentos adquiridos sejam pelo menos parcialmente semelhantes Quantas vezes n o lemos ou ouvimos algu m afirmar a seguinte frase para que eu possa compreender ele a tem que falar a mesma l ngua Em per odos eleitorais comumente tamb m ouvimos determinado candidato fala a l ngua do povo ou seja h um entendimento em que os conhecimentos s o compartilhados O emissor ad qua a linguagem ao p blico ao qual o discurso se direciona
119. entes enfoques e linguagens o g nero ou tema trabalhado na unidade Este cap tulo apresenta a proposta de realiza o de um projeto composto por um conjunto de atividades que diversificam as formas de abordagem dos g neros trabalhados na unidade e ao mesmo tempo oferecem aos alunos a oportunidade de operar conte dos de forma mais afetiva e criativa e atingir novos interlocutores Com rela o aos cap tulos informamos que esses de um modo geral t m por objetivo levar o aluno a trabalhar com g neros de ampla circula o social orais e escritos o relato pessoal o poema a not cia a entrevista a carta de leitor a cr tica de cinema etc Os 64 cap tulos est o organizados em tr s se es O g nero em foco Agora sua vez e Para escrever com adequa o expressividade coer ncia e coes o Na se o O g nero em foco o conte do desenvolvido do ponto de vista te rico partindo se da observa o de um texto representativo de determinado g nero consideram se suas especificidades quanto ao tema ao modo composicional estrutura e ao estilo os usos da l ngua Al m disso s o observados aspectos da situa o de produ o e de recep o do g nero quem o locutor quem fala quem o interlocutor com quem se fala qual a finalidade do texto qual sua esfera de circula o Na se o Agora sua vez acontece a produ o do aluno desenvolvida de acordo com uma ou mais propostas que permitam a aplica
120. er ncia mostrou que com a integra o das ideias vigotskianas e de aportes da ling stica de texto discurso emerge a constru o de um todo te rico coerente ao mesmo tempo em que se apresenta uma proposta de integra o dial tica entre a pesquisa cient fica e as interven es did ticas A partir da iniciou se a difus o das ideias dos pesquisadores genebrinos no Brasil Em 1994 como decorr ncia natural dos contatos entre os pesquisadores da Universidade de Genebra e os do LAEL PUC SP firmou se um Acordo Interinstitucional entre as duas universidades e em 1995 foi defendida no LAEL a primeira tese de doutorado brasileira que adotava os pressupostos te ricos e metodol gicos do ISD Configurava se assim um terreno prop cio para a colheita dos primeiros frutos do ISD no Brasil Entre esses podemos citar o surgimento dos Par metros Curriculares Nacionais de L ngua Portuguesa doravante PCN A partir da produ o e sua consequente publica o os PCN come am a modificar aquele quadro te rico m ltiplo e incoerente medida que surge um conjunto mais coerente e unificador Sobre este fato Machado e Guimar es 2009 p 29 discorrem Desse modo podemos dizer que a difus o mais ampla das ideias do ISD na lingiifstica brasileira sobretudo na aplicada esteve diretamente relacionada sua influ ncia sobre a produ o dos PCN e portanto ao quadro geral de reformas educacionais em um momento em que se buscava u
121. er os conhecimentos que caracterizam nossa profiss o preciso saber usar eficientemente e os conhecimentos suficientes para tanto lhe bastam Ningu m precisa tornar se especialista em tudo Mas essa pr tica presente at os dias atuais come ou a ter o seu decl nio a partir da d cada de 80 com o desenvolvimento das perspectivas lingu sticas que nortearam uma mudan a de concep o no tocante ao ensino de l nguas A esse respeito Soares 2001 p 51 adianta que nessa d cada que as ci ncias ling sticas a ling stica a socioling stica a psicoling stica a ling stica textual a An lise do Discurso come am a ser aplicadas ao ensino de lingua materna novas concep es de l ngua e linguagem de variantes ling sticas de oralidade e escrita de texto e discurso reconfiguram o objeto da aprendizagem e do ensino da escrita e consequentemente o processo dessa aprendizagem e desse ensino Corroborando a afirma o supra citada Geraldi 1996 p 65 diz que Da pesquisa ling stica contempor nea podem se retiradas tr s grandes contribui es para o ensino de l ngua materna a forma de conceber a linguagem e em conseq ncia a forma como define seu objeto espec fico a l ngua o enfoque diferenciado da quest o das variedades ling sticas e a quest o do discurso materializado em diferentes configura es textuais Segundo Mat ncio 2001 com o surgimen
122. ermina a forma como os jogadores atuar o numa partida de futebol Isto t o claro que por diversas vezes uma partida cancelada porque o campo n o oferece condi es de uso Assim tamb m acontece com o lugar de produ o de um texto seja este jornal stico ou n o At aqui vimos o quanto o lugar de produ o se constitui como elemento importante no contexto de produ o No pr ximo t pico passaremos a conhecer se o momento de produ o outro integrante do contexto faz se presente nas orienta es presentes no corpus desta pesquisa 77 4 1 2 O momento de produ o Conforme j mencionamos no cap tulo te rico que fundamenta as nossas categorias de an lise o momento de produ o do contexto f sico diz respeito extens o do tempo durante o qual o texto pode ser produzido Apesar de raramente n o encontrarmos nos livros de produ o textual ou nos manuais de reda es direcionados para os mais variados p blicos alguma men o ao tempo em que o texto deve ser produzido seja em horas ou minutos percebemos que este elemento do contexto determinante no processo de escrita a partir do momento em que se estabelece um limite de tempo como nas situa es de vestibulares e concursos Neste sentido mesmo tendo como p blico alvo os candidatos a concursos e vestibulares n o encontramos no manual Reda o para concursos e vestibulares assim como nos demais componentes do corpus da nossa pesquisa alguma r
123. ete faces somnia e N Eaa a cas EO Ea e ip ae 438 Murilo Mendes em busca da unidade Ss cei oetan Sanaa aa tenas 441 Jorg de Lima em busca do elo perdido spess cece cece eee niiina as 442 Cec lia Meireles o ef mero e o etemo 6 cece eee cece eee e eee eeuens 443 Vin cius de Morais um canto de poeta e de cantor 0 eee e eee eee 444 O TEXTO DISSERTATIVO ARGUMENTATIVO PRODU O DE TEXTO Trabalhando O g nero ois ne irao PR A RE one Produzindo o texto dissertativo argumentativo sss resien RIEDA Para escrever com coer ncia e coes o articula o de palavras e id ias INTE psd A imagem em foco Roda de Minton iDacostdr ice rite rat des qu ia drrda cd 452 Projeto Poesia e m sica A LITERATURA CONTEMPORANEA A GERA O DE 45 Clarice Lispector a escritura selvagem cscecceceeeeeencnceseece 459 Letras ANO E ODE ARE sia angra Noca acata Eno cr CAN A 460 Guimar es Rosa a linguagem reinventada ec cece eee eeeenees 463 Leitura fragmento de Grande sert o veredas 1 u ccc e cence eee eee 464 Jo o Cabral de Melo Neto a linguagem objeto 0 cece eee eee ee 466 Leitura fragmento de Morte e vida severina PRODU O DE TEXTO CAPITULO 47 A COLOCA O PRONOMINAL L NGUA USO E REFLEX O Regras gerais de coloca o pronominal iu RE UE RO ea the 480 A coloca o pronominal na constru o do texto a nus PENSAS iN 482 Semantica enntera o s
124. existem em todas as reas Quando o policial diz viatura cabe ao jornalista traduzir para carro autom vel caminhonete ou o que for O economista se preocupa com revers o negativa de expectativas o jornalista resumir para decep o O advogado faz rapap com egr gia corte o jornalista secamente dir tribunal E assim por diante Mesmo quando a linguagem alheia merece respeito ela n o serve para o jornal se estiver acima da compreens o do leitor m dio No in cio do fragmento acima temos uma observa o referente ao vocabul rio espec fico que as mais variadas profiss es atividades ramos do conhecimento possuem O lugar social em que o texto produzido visto como um crit rio respons vel pela escolha lexical a ser utilizada na produ o textual Pelo fato de o texto jornal stico circular nas diversas esferas sociais h uma preocupa o por parte do manual analisado em explicar determinadas express es que o leitor desconhe a Em seguida temos exemplos de termos t cnicos que existem nas mais diversas reas a respeito dos quais obriga o do jornalista esclarecer para que o leitor os entenda Esse esclarecimento constitui uma exig ncia do lugar social em que o texto jornal stico produzido pois se n o houver entendimento por parte dos leitores que leem determinado jornal consequentemente poder haver a perda de credibilidade 92 Mais do que
125. fato possa revolucionar o ensino de l ngua materna Entretanto as pessoas de uma forma geral n o t m consci ncia de que o primeiro passo para uma transforma o no ensino de uma l ngua se d pela mudan a de concep o do que seja linguagem e consequentemente l ngua e o ensino desta 30 A respeito das concep es de linguagem Geraldi 1997 p 41 aborda tr s vis es semelhantes s correntes defendidas por Marcuschi 2008 p 59 j elencadas anteriormente as quais s o linguagem como express o do pensamento como instrumento de comunica o e por ltimo como forma de intera o na terceira concep o que podemos perceber uma maior afinidade com um ensino produtivo de l ngua materna como tamb m com a perspectiva dos g neros textuais tendo em vista o fato de que pr prio da linguagem seu car ter interlocutivo Geraldi 1997 p 118 afirma que A l ngua o meio privilegiado de intera o entre os homens Em todas as circunst ncias em que se fala ou se escreve h um interlocutor Neste sentido percebemos que pensar o ensino de l ngua e consequentemente o trabalho com o texto levando em conta as rela es dial gicas pensar numa abordagem de ensino dentro de uma perspectiva s cio hist rica que n o se restringe s formas e estruturas da l ngua isolada do contexto social em que o enunciado produzido nem v os g neros na perspectiva de classes e tipos como concebido por algumas teori
126. formas de fala N Normas normas de intera o normas de interpreta o G G neros Nesse esquema percebemos uma vis o de contexto mais voltada para teorias sociais e menos centrada em quest es puramente ling sticas ou seja s o caracter sticas mais distantes dos primeiros pressupostos referentes ao entorno verbal trabalhado pela Lingu stica Textual Partilhando uma concep o de linguagem como forma de intera o Sousa 2007 p 169 Concebe uma vis o ampla de contexto que envolve toda a estrutura da sociedade as rela es de produ o e a estrutura sociopol tica e concomitantemente determina as intera es verbais em todas as esferas sociais bem como as condi es de produ o do texto enunciado com seus elementos as fronteiras o acabamento o tema o dizer do locutor o autor o destinat rio a expressividade e as formas de estrutura o Nessa vis o o contexto por integrar concep es ideol gicas unas e variadas valores e regras influi em todas as formas da linguagem seja falada ou escrita seja formal ou informal Salientamos que foi essa teoria da linguagem contexto proposta por Bakhtin juntamente com as teorias Habermas teoria do agir comunicativo e de Vygotsky teoria do interacionismo que influenciaram Bronckart 1999 2006 a criar um modelo de an lise do contexto de produ o para o texto falado e escrito Para construir o conceito de contexto Bronckart 2006 recorre s formas do ag
127. gar de produ o e que fosse produzido por um ou mais emissores Agora observemos o fragmento abaixo extra do do livro did tico Todos os textos mais precisamente na Unidade 2 Cap tulo 1 p gina 40 Escolha junto com seus colegas de grupo uma m sica atual que todos conhe am A seguir escrevam um poema cujos versos se encaixem na letra e na melodia da m sica escolhida Voc s podem criar um texto que brinque com a sonoridade das palavras ou escolher um assunto que fa a uma cr tica bem humorada a um programa de TV aos desmandos dos pol ticos sa de educa o ao seu bairro sua rua ou ao que quiserem Terminado o poema d em a ele um t tulo sugestivo Depois 83 sob a orienta o do professor cantem o poema apresentando o classe Outra possibilidade ponham m sica no poema a seguir e cantem no Nestes fragmentos apesar das possibilidades sugeridas percebemos que h um distanciamento entre as solicita es feitas na proposta e o emissor do texto a ser produzido Podemos ainda especificar tal distanciamento ao associarmos o que de fato a proposta sugere capacidade que os alunos da s rie ano ao qual o livro did tico direcionado Deste modo cabe nos o seguinte questionamento ser que os alunos da 6 s rie 7 ano numa faixa et ria entre 12 e 13 anos aproximadamente teriam condi es de criar os versos solicitados adapt los letra e melodia de uma
128. gar de produ o em que os textos nele veiculados seriam produzidos Com rela o aos primeiros temos a certeza do seu direcionamento para o contexto escolar Entretanto vemos como um primeiro e crucial problema o fato de na maioria das vezes em que a produ o de textos trabalhada na escola esta em vez de constituir apenas o lugar f sico em que o texto produzido assume o lugar de interlocutor indireto ocupado pela figura do professor Expliquemos Sabemos que a escola lugar de produ o de conhecimento constitui um grande elemento ideol gico que norteia as atividades realizadas dentro de sua estrutura organizacional Desde sua cria o ao estabelecimento de normas atrav s de um regimento interno forma o de conselhos composi o das equipes que coordenam o trabalho escolar todas estas atividades s o moldadas tendo como foco a pr pria estrutura organizacional da escola 72 A sala de aula podemos dizer constitui o palco principal para onde essas a es convergem nesta parte da escola primordialmente em que se d o aprendizado e este constru do levando se em considera o o espa o em que se encontra instalada Quando afirmamos na p gina anterior que a escola na maioria das vezes configura se como interlocutora indireta da produ o textual significa que atrav s do professor este como interlocutor direto que o aluno molda sua forma de escrever de modo que atinja os anseios n o
129. guir temos outro exemplo que enfoca o lugar social em que o texto produzido No livro did tico Oficina de Reda o no Cap tulo 04 ap s a exposi o de uma narra o objetiva a autora prop e na p gina 102 a produ o de uma narra o objetiva a partir de um breve relato de uma not cia veiculada no jornal Estado de Minas Observe o enunciado veiculado logo ap s a not cia O texto lido apenas uma nota isto uma not cia bem curta Imagine que voc trabalhe em outro jornal e precise escrever uma not cia mais longa sobre o epis dio Neste enunciado percebemos que a autora situa o produtor de textos em outro lugar social diferente da sala de aula com o objetivo de proporcionar ao aluno uma situa o de produ o mais pr xima da realidade A partir do momento em que o aluno imagina se no lugar social que um jornalista assume ao produzir o texto aquele possivelmente ter mais chance de atingir o prop sito solicitado no enunciado diferentemente se apenas fosse sugerida a amplia o da not cia sem a associa o a outros lugares Por mais que se trate de uma simula o tendo em vista o aluno da s rie a qual o livro se destina n o ser um jornalista percebemos a import ncia dessa tentativa de contextualizar a proposta de produ o j que imaginariamente o produtor trabalhar com as implica es do mundo social que envolvem o universo jornal stico como a estrutura que uma not cia requer
130. ha o jornalista a priorizar uma determinada not cia em detrimento de outra sempre tendo em mente o impacto que o fato noticiado poderia causar na sociedade ou seja os efeitos que o texto produzido causar nos leitores Ao lermos um texto geralmente temos algumas impress es sobre o conte do abordado Na esfera jornal stica esse fato muito marcante Os jornalistas que comp em um determinado jornal ao escreverem seus textos t m objetivos a alcan ar e esses muitas vezes s o alcan ados de modo impl cito sem que os leitores percebam a inten o Geralmente nessas situa es de leitura os leitores s o influenciados a tamb m atribuir uma maior import ncia ao fato priorizado na noticia Nesse sentido preciso que observemos que a comunica o um meio de exercer influ ncia sobre as pessoas e a influ ncia um dos objetivos da comunica o Para que n o sejamos diretamente influenciados pela m dia faz se necess rio que tomemos consci ncia de que existe um exerc cio que serve para que n o tenhamos uma vis o nica tubular das not cias e fatos que nos s o relatados trata se da leitura da busca em outras fontes Essa constitui uma maneira de transformar a nossa mente de modo que adquiramos a capacidade de ver os mesmos panoramas com novos olhos Outro exemplo extra do do Manual de Reda o e Estilo O Globo no Cap tulo 5 na se o Quest es ticas p 117 podemos perceber direcionamentos que remetem ao obje
131. hum momento ter se recusado a me orientar dando dicas e abrindo caminhos para melhorar minha pesquisa Coordena o de Aperfei oamento de Pessoal de N vel Superior CAPES pela concess o da bolsa que contribui significativamente para a minha realiza o desse curso de p s gradua o A todo o corpo docente do Programa de P s gradua o em Lingu stica da Universidade Federal da Para ba em especial aos professores que ministraram as disciplinas cursadas por mim Dra Regina Celi Dra Luciene Esp ndola Dra Carla Reichman Dra Bet nia Medrado Dra Maria Ester e Dr Pedro Francelino Os textos e discuss es promovidos durante as aulas constitu ram importantes fontes para o meu amadurecimento acad mico Aos meus amigos e amigas que convivem comigo sobretudo os de Mossor RN e Cara bas RN por me darem for as e acreditarem no meu potencial Enfim agrade o a todos que acreditaram em mim e me ajudaram na realiza o dessa importante conquista em minha vida RESUMO Esta pesquisa situada na rea de Lingu stica Aplicada aborda uma vis o acerca das concep es de escrita presentes em livros did ticos e em manuais de reda o Como objetivo geral optamos por analisar especificamente as orienta es did tico pedag gicas que encaminham a produ o textual escrita nos referidos materiais O m todo de procedimento adotado o comparativo tendo em vista a pr pria constitui o do corpus No tocante obten
132. ia es Lingii sticas Em Humor e Texto Musical geralmente encontramos um trabalho com letras de m sicas relacionadas tem tica trabalhada na unidade A se o tira d vidas gramaticais recebe o nome de A Escrita em Foco Aqui s o abordadas quest es como ortografia concord ncia reg ncia entre outras seguidas de exerc cios Quest es ligadas textualidade como coer ncia e coes o s o abordadas na se o Linguagem e Contexto Em Varia es Ling sticas como o pr prio nome j denota encontramos a abordagem das mais diversas varia es da l ngua as varia es diastr ticas internet s as varia es diat picas regionalismos e tamb m os diferentes n veis de registro formal e informal A seguir temos a caracteriza o do ltimo livro a ser analisado nesta pesquisa 3 1 3 O livro did tico Portugu s linguagens O motivo que nos levou a optar pela escolha deste livro foi justamente o fato de ser um dos primeiros livros did ticos de L ngua Portuguesa a ser distribu do pelo Governo Federal para o Ensino M dio fato este ocorrido somente no ano de 2005 Foi somente no ano de 2003 que o Minist rio da Educa o institui atrav s da resolu o n 38 de 15 de outubro de 2003 o Programa Nacional do Livro para o Ensino M dio PNLEM cujo objetivo seria a distribui o gratuita de livros did ticos de Portugu s e Matem tica para as escolas p blicas a partir de um projeto piloto para o bi nio 20
133. iciais No s culo XIX a inven o da caneta mec nica do telegrama e da m quina de escrever e a populariza o do papel fizeram com que o uso da escrita se expandisse No seio dessas mudan as que a escrita proporcionou ao longo dos tempos Olson 1996 apud Beato Canato 2008 p 38 considera a escrita como a primeira tecnologia da informa o que tem um profundo efeito na maneira com que as sociedades pensam sobre a l ngua a mente e o mundo Para o mesmo autor a escrita favoreceu culturas diferentes na medida em que essas podiam fazer adapta es diferentes no tocante ao uso Exemplo desse fato refere se ao surgimento de estabelecimentos educacionais tais como monast rios e escolas no Ocidente Diante da propaga o da escrita nas mais diversas sociedades ainda existem algumas comunidades que n o utilizam a escrita at os dias atuais e ainda a veem diferentemente de quem a utiliza Em contrapartida Swerolow 1999 apud Beato Canato 2008 p 37 aponta 19 que atualmente a escrita est presente no cotidiano da maioria das pessoas e em contextos diversos cinco bilh es de pessoas sabem ler e escrever ou seja 85 da popula o mundial J a percep o do que escrita tanto em pesquisas quanto no ensino foi sendo modificada ao longo das d cadas passando de um artefato a um modo de organiza o social Tais modifica es foram influenciadas por estudos das reas de lingu stica e psicologia bem como
134. ico pol tico social e cultural da poca que propiciaram a entrada dos estudos interacionistas nas reflex es sobre a linguagem Em seguida iremos conhecer as bases epistemol gicas e os conceitos fundamentais que norteiam os estudos interacionistas sociodiscursivos Por ltimo consideramos oportuno fazer algumas reflex es acerca do contexto de produ o visto que esse constitui nossa categoria de an lise 2 1 A chegada dos pressupostos interacionistas ao Brasil Quando estudamos Hist ria do Brasil percebemos que atrav s dos fatos passados podemos entender alguns fatos atuais Passamos a conhecer como as pessoas do nosso pa s viviam tanto no mbito pol tico quanto no cultural Tamb m conhecemos como a economia funcionava e como a sociedade se comportava diante do que acontecia Sabemos que a pol tica possui uma imensa capacidade de regular o que acontece num pa s Percebemos esse fato com mais clareza se nos remetermos ao per odo da ditadura militar em que os militares comandaram o pa s por vinte e um anos Nesse per odo a escola as universidades e a cultura de um modo geral sofreram muitas mudan as A censura na imprensa foi ao mesmo tempo respons vel por pris es e ex lios de cantores pol ticos e intelectuais Entretanto apesar da intensa repress o por parte do governo podemos considerar o per odo militar como uma poca de excelentes produ es art stico musicais pois enquanto a imprensa e o meio cultural era
135. id ticos selecionados bem como nos manuais de reda o justamente a partir das an lises que procuramos corroborar ou refutar as hip teses levantadas no in cio da pesquisa como tamb m atingirmos os objetivos pretendidos Para corroborarmos ou refutarmos as hip teses levantadas inicialmente necess rio fazermos uma an lise quantitativa dos fragmentos analisados em cada material que comp s o corpus dessa pesquisa A sele o dos fragmentos foi realizada de acordo com as caracter sticas dos contextos de produ o presentes em cada orienta o que encaminhava a produ o textual escrita Quantitativamente tivemos os seguintes resultados No primeiro n vel de an lise o contexto f sico selecionamos 23 vinte e tr s fragmentos sendo 09 nove retirados dos livros did ticos e 14 quatorze dos manuais de reda o distribu dos da seguinte forma LD Todos os textos 03 LD Oficina de Reda o 03 LD Portugu s linguagens 03 Manual de Reda o e Estilo O Globo 06 Manual Reda o para Concursos e Vestibulares 05 e Manual de Reda o da Presid ncia da Rep blica 03 No tocante ao segundo n vel de an lise o contexto sociossubjetivo analisamos 22 vinte e dois fragmentos sendo 05 cinco dos livros did ticos e 17 dezessete dos manuais de reda o distribu dos assim LD Todos os textos 01 LD Oficina de Reda o 04 LD Portugu s linguagens 00 Manual de Reda o e Estilo O Globo 13 Manual
136. iliza o dessas no cotidiano da pr tica docente Por m sabemos que na maioria das vezes apesar de a grande quantidade de disciplinas que comp em as estruturas curriculares dos cursos de Letras encaminharem o futuro professor para uma reflex o acerca de um ensino produtivo de l ngua materna o aspecto gramatical na perspectiva prescritivista ainda domina a maior parte dos trabalhos realizados nas aulas de l ngua materna Vale salientar que o conhecimento gramatical importante por m n o suficiente para formar alunos que possam usar a l ngua de forma efetiva nas mais diversas situa es de comunica o sejam orais ou escritas No tocante s aulas de produ o textual existem muitas pr ticas que em nada contribuem para o desenvolvimento das habilidades de escrita dos alunos como por exemplo o texto produzido apenas para a pr tica de exerc cios de ortografia e corre o gramatical Al m disso algumas escolas oferecem at hoje um ensino de produ o de texto centrado no professor isto o aluno redige para o professor tentando atender solicita o que lhe feita produzir textos a partir de temas pr estabelecidos e que tenham clareza coes o coer ncia concis o estilo entre outros e acima de tudo rigor gramatical como j foi afirmado anteriormente Diante das imposi es feitas em sala de aula baseadas na maioria das vezes numa concep o de texto como um produto em que muitas vezes temos au
137. importante na condu o do ensino H estudiosos do LD que dizem que esse deixou de cumprir o seu papel de subs dio ao aprendizado e passou a conduzir a din mica da sala de aula passando a ser o principal instrumento e o mais utilizado nas escolas brasileiras sejam p blicas ou privadas Segundo Bezerra 2001 essa import ncia tal que o interlocutor dos alunos n o mais o professor mas o autor do LD interlocutor distante dificultando a intera o com os alunos e porta voz presente professor quase sem autonomia seguindo p gina a p gina a proposta do autor 60 Nesse contexto de reflex es notamos nitidamente o poder de dom nio que o LD exerce sobre os professores e alunos que fazem de seus conte dos o lugar do saber cient fico pronto e acabado Nessa perspectiva Souza 1999 p 27 evidencia que O car ter do livro did tico encontra sua legitimidade na cren a de que ele o deposit rio de um saber a ser decifrado pois sup em que o livro did tico contenha uma verdade sacramentada a ser transmitida e compartilhada Verdade j dada que o professor legitimado e institucionalmente autorizado a manejar o livro did tico deve apenas reproduzir cabendo o aluno assimil la A figura que o livro did tico de portugu s doravante LDP assume nos dias atuais com textos vocabul rio interpreta o gram tica reda o e ilustra es teve in cio na d cada de 60 vindo a se consolidar na d cada de 70
138. ino aprendizagem da l ngua Sobretudo porque no texto que a l ngua objeto de estudos se revela em sua totalidade quer enquanto conjunto de formas de seu reaparecimento quer enquanto discurso que remete a uma sensa o intersubjetiva constitu da no pr prio processo de enuncia o marcada pela temporalidade e suas dimens es A perspectiva dos PCN Ensino M dio 1999 p 139 n o diferentemente da dos autores j citados inclui a produ o textual bem como os conte dos tradicionais de gram tica e literatura numa perspectiva mais ampla na qual a linguagem entendida como um espa o dial gico em que os locutores se comunicam Nesse sentido todo conte do seja gramatical ou liter rio tem sua import ncia desde que possa colaborar para a objetiva o das compet ncias em quest o Diante desta afirma o defendida tamb m pelos Par metros Curriculares Nacionais percebemos que j bastante difundida pelo menos nos meios acad micos a orienta o discursiva ou enunciativa para o ensino de l ngua portuguesa fundamentada em parte na concep o dos g neros discursivos proposta por Bakhtin Considerando essa concep o abordada pelos Par metros Curriculares Nacionais Rangel 2001 p 10 prop e que o ensino de l ngua materna deve ser antes de mais nada o ensino de uma forma espec fica de inter agir e n o apenas de um conjunto de informa es sobre a l ngua por esse motivo que
139. ir socializado que todas as esp cies animais possuem Para ele existem duas maneiras de agir geral e de linguagem Embora essas sejam apresentadas separadamente para quest es de estudos elas mant m uma rela o de reciprocidade e de permutas constantes Segundo Bronckart 2006 p 138 o agir geral constitu do de atividades coletivas que organizam as intera es dos indiv duos com o meio ambiente E a partir dessas 52 atividades coletivas que ao serem instrumentalizadas produziram o mundo econ mico o social e o semi tico que passaram a constituir se como uma parte espec fica do meio ambiente dos seres humanos originando desta forma o contexto Ainda a respeito do agir geral Sousa 2007 p 169 afirma que esse ambiente historicamente criado o contexto exerce influ ncia sobre os comportamentos individuais e dos grupos sociais favorecendo o estabelecimento de restri es que de certa forma tamb m inibem a liberdade e a criatividade individual J o agir de linguagem a atividade de linguagem em uso Para Sousa 2007 p 170 na dimens o social a atividade de linguagem serve para criar normas valores bem como planejar regular e avaliar as atividades coletivas esse conceito de agir de linguagem que favorece a interpreta o do agir do homem no contexto sempre localizado no tempo e no espa o constitu do de um am lgama de atividades sociais hist ria cultura trabalho economia trab
140. ividade verbal a servi o de fins sociais e portanto inserida em contextos mais complexos de atividade b Trata se de uma atividade consciente criativa que compreende o desenvolvimento de estrat gias concretas de a o e a escolha de meios adequados realiza o dos objetivos isto trata se de uma atividade intencional que o falante de conformidade com as condi es sob as quais o texto produzido empreende tentando dar a entender seus prop sitos ao destinat rio atrav s da manifesta o verbal c uma atividade interacional visto que os interactantes de maneiras diversas se acham envolvidos na atividade de produ o textual Diante das perspectivas te ricas j elencadas acerca do trabalho com a escrita em sala de aula al m da evid ncia dada concep o sociointeracional de l ngua linguagem ainda percebemos muitos problemas no tocante ao ensino de l ngua materna mais especificamente nas aulas de produ o textual Dentre esses problemas encontramos a produ o de textos monol gicos escritos por alunos endere ados ao professor de Portugu s com a finalidade nica de ganhar uma nota isto uma produ o dissociada do uso real da linguagem e sem o prop sito de dialogar com o outro de interagir em uma institui o social Esses textos na maioria das vezes recebem uma corre o puramente ortogr fica e gramatical na qual aspectos como objetivos da intera o do interlocutor como tamb m a
141. ja comunica o s o necess rios a algu m que comunique b algo a ser comunicado e c algu m que receba essa comunica o No caso da reda o oficial quem comunica sempre o Servi o P blico este ou aquele Minist rio Secretaria Departamento Divis o Servi o Se o o que se comunica sempre algum assunto relativo s atribui es do rg o que comunica o destinat rio dessa comunica o ou o p blico o conjuntos dos cidad os ou outro rg o p blico do Executivo ou os ou dos outros Poderes da Uni o Aqui percebemos que cada elemento do contexto de produ o bem colocado na situa o de produ o inclusive o emissor identificado no trecho pela senten a algu m que comunica Quando encontramos todos os elementos norteadores que comp em os par metros do contexto sociossubjetivo de produ o acreditamos que o produtor tenha mais condi es de construir um bom texto Agora observemos o pr ximo fragmento extra do do livro did tico Portugu s linguagens mais precisamente no Cap tulo 34 p gina 358 82 Escolha um dos objetos que seguem e escreva um an ncio publicit rio para ele de acordo com as caracter sticas a linguagem e os recursos pr prios do g nero D um t tulo sugestivo ao an ncio No livro abaixo dessa orienta o est o veiculadas 05 cinco gravuras uma bola uma bicicleta uma guitarra a paisagem de uma praia e a Torre Eiffel Antes
142. l Veremos que cada rea de estudo dar um enfoque diferente sendo alguns mais simples e outros mais complexos Antes de adentrarmos nas principais teorias que abordam o contexto vale salientarmos que qualquer pessoa em situa o de intera o orienta suas a es lingu sticas e n o lingu sticas com base no contexto Especificamente quando levamos em conta os interlocutores os conhecimentos considerados como partilhados o prop sito da comunica o o lugar e o tempo em que nos encontramos os pap is socialmente assumidos e os aspectos hist rico culturais estamos atuando com base no contexto e em seus elementos constitutivos Iniciaremos o nosso passeio pelas vis es sobre o contexto pela Lingu stica do Texto importante ressaltarmos que a forma como o contexto visto por cada rea de estudo fruto da concep o de texto adotada por cada uma delas 48 Conforme ja afirmamos anteriormente com o surgimento da Linguistica Textual o texto passar a constituir um objeto particular de investiga o Sobre a vis o de contexto nesta area Koch e Elias 2009 p 78 avaliam Na fase inicial da Linguistica Textual o contexto era visto apenas como o ambiente ou entorno verbal ou seja o cotexto j que o texto era entendido como uma sequ ncia ou combina o de frases cuja unidade e coer ncia seriam obtidas por meio da reitera o dos mesmos elementos ou do uso de elementos de rela o entre seus v rios segmentos g
143. l entre outros Neste contexto os PCN 1998 com o prop sito de orientar o professor na defini o de crit rios para avalia o da aprendizagem de l nguas prop em que o aluno redija textos na modalidade escrita nos g neros previstos para o ciclo considerando as especificidades das condi es de produ o assim Espera se que o aluno produza textos considerando as finalidades estabelecidas as especificidades do g nero e do suporte os pap is assumidos pelos interlocutores os conhecimentos presumidos do interlocutor bem como as restri es impostas pelos lugares de circula o previstos para o texto 1998 p 97 Desse modo uma avalia o de produ es textuais embasada na perspectiva dos g neros abandona os crit rios quase exclusivamente liter rios ou gramaticais e desloca seu foco para outro ponto o bom texto n o aquele que apresenta ou s apresenta caracter sticas liter rias mas aquele que adequado situa o comunicacional para a qual foi produzido A avalia o deve levar em conta portanto aspectos como a adequa o do conte do da estrutura e da linguagem ao pr prio g nero ao interlocutor e situa o como um todo e o cumprimento da finalidade que motivou a produ o Enfim devemos nos conscientizar de que nenhum dos documentos oficiais colocados como refer ncias curriculares PCN e demais propostas curriculares de demais estados e munic pios deve ser transposto diretamente para a sala
144. la de reda o e n o de produ o textual sendo nesta ltima levado em considera o um conjunto mais complexos de elementos que envolvem todo o contexto de produ o comum ouvirmos estas frases dos alunos detesto reda o n o sei escrever professor me d o come o por favor Diante dessas frases o docente indaga como formar um aluno escritor capaz de por si s identificar problemas textuais como por exemplo verificar se o texto est confuso incompleto se a linguagem est de acordo com a situa o comunicativa escolhida Al m dessas situa es sobre o contexto escolar j descritas encontramos outros ambientes em que a escrita uma pr tica constante mas mesmo assim as pessoas de um modo geral ainda sentem a necessidade de recorrerem a manuais Dentre esses ambientes 10 podemos destacar a reda o de um jornal impresso e as reparti es de trabalho sejam elas na esfera p blica ou na privada As dificuldades encontradas nesses diferentes contextos refletem uma concep o de escrita equivocada muitas vezes fruto de pr ticas metodol gicas desenvolvidas na sala de aula a partir das orienta es contidas nos livros did ticos bem como de orienta es presentes em manuais de reda o produzidos com objetivos diferentes dentre eles aqueles veiculados por jornais de grande circula o nacional pelas diversas esferas governamentais al m daqueles voltados para vestibulares e co
145. lquer momento da produ o at mesmo antes de as palavras serem colocadas no papel isto mentalmente Conforme j acontecera anteriormente a vertente sociointeracionista tamb m nasce da percep o de equ vocos que os estudos cognitivistas apresentavam Para Bronckart 1992 esses n o consideram o status hist rico da linguagem sua natureza interacional bem como o seu uso social e sua diversidade interna As pesquisas educacionais come aram a constatar que as defici ncias do redator no processo de escrita constitu am oportunidades de compreender o percurso da aprendizagem Nessa tentativa de compreens o surgiu a figura do outro nos procedimentos cognitivos do aprendiz No entanto os pressupostos te ricos do paradigma cognitivista eram insuficientes para esse entendimento A partir do momento em que o professor surge como leitor de textos do aluno aquele passa a ser um colaborador no aperfei oamento do processo de escrita O cen rio das pesquisas sobre escrita come a a inovar Garcez 1998 p 38 caracteriza essa inova o de uma vis o tradicional marcada pela instru o direta pela transmiss o vertical pela assimetria entre os pares os estudos come am a voltar se para a constru o conjunta de conhecimentos e habilidades Essa inova o constitui a vertente sociointeracionista Nessa vertente ganha destaque o papel do leitor que observa o texto comenta e d sugest es de aperfei oamento Essas ilumi
146. m sica escolhida ou produzirem uma cr tica bem humorada que aborde um dos assuntos propostos no enunciado claro que qualquer proposta por si s sem a orienta o de um professor certamente n o ser suficiente para a garantia de textos bem produzidos mas o foco da nossa an lise nesse momento se restringe ao comando orienta o que encaminha a produ o textual Sabemos que cada elemento do contexto de produ o tem sua import ncia no processo de escrita Por m n o podemos deixar de assinalar o poder que o emissor exerce sobre o texto a ser constru do o emissor quem escolhe cada palavra frase ora o par grafo a ser constru do ele quem seleciona que tipo de linguagem usar ele quem exerce o poder de decis o sobre quando come ar parar reiniciar e finalizar o texto apesar da grande influ ncia que o receptor interlocutor exerce na produ o textual Entretanto n o podemos esquecer que todas essas habilidades do emissor s o condicionadas pelo perfil do receptor pois a m xima dial gica e a intera o est o intrinsecamente relacionadas com o processo de produ o textual Portanto conforme j afirmamos anteriormente quando o papel do emissor bem definido numa orienta o as perspectivas de constru o de um bom texto s o maiores Dessa forma quando o professor solicita aos alunos que produzam um determinado texto seja um artigo de opini o um texto publicit rio por exemplo sem que haj
147. m conjunto de obras propondo mudan as e relatando experi ncias No tocante a esta quest o Mat ncio 2001 p 81 aponta que Para citar alguns dos problemas enfrentados na forma o de professores de l ngua materna podemos nos referir ao fato de que se a pesquisa na rea de ensino e aprendizagem de l ngua materna tem crescido nos ltimos anos ela ainda reduzida O retorno universidade de professores que est o trabalhando tem crescido tamb m seja para a participa o em congressos encontros ou cursos de atualiza o cuja oferta tem sido ampliada Contudo a organiza o dos cursos de forma o de professores na rea tem dificultado que os avan os na pesquisa em l ngua materna interajam com a pr tica de ensino e aprendizagem 29 Nos dias atuais podemos perceber que mesmo com erros e acertos os professores de um modo geral est o tendo acesso s novas concep es sobre as novas metodologias do ensino de l ngua materna e mais especificamente sobre a escrita Nesse contexto cabe nos salientar que no in cio da d cada de 50 a Lingu stica Aplicada come ou a se desenvolver dentro da Lingu stica marcada por uma tentativa de aplica o da teoria pr tica Mas somente uma d cada ap s seus adeptos perceberam avan os capazes de solucionar as quest es problem ticas na forma o de professores de l ngua materna assim como resolver problemas de ensino e aprendizagem de l ngua materna Um fato que
148. m proibidos de expor qualquer manifesta o contr ria ao regime artigos resenhas e principalmente letras de m sicas denunciavam ocultamente os abusos cometidos pelos militares Na ltima d cada da ditadura anos 80 temos a efervesc ncia das lutas pol ticas provocadas pela resist ncia ditadura e materializadas em 1983 pela cria o do Movimento das Diretas J que embora n o tenha alcan ado seu objetivo contribuiu para a elei o do primeiro presidente civil Tancredo Neves mesmo que de forma indireta Entretanto Tancredo morreu antes mesmo de tomar posse deixando o cargo da presid ncia para Jos Sarney que nele permaneceu de 1985 a 1989 Passada a Presid ncia da Rep blica para as 37 m os dos civis iniciou se uma movimenta o intensa da sociedade para a elabora o de uma nova Constitui o promulgada em 1988 A d cada seguinte iniciou se com a primeira elei o direta para Presidente da Rep blica desde o golpe de 64 na qual foi eleito Collor de Melo cujo mandato terminaria com seu impeachment em 1992 quando Itamar assumiu a presid ncia tendo sido posteriormente substitu do por Fernando Henrique Cardoso Mesmo depois do per odo militar as transforma es no pa s ainda eram percept veis Sobre estas mudan as especificamente no mbito da escola Machado e Guimar es 2009 p 24 afirmam Portanto resumindo na primeira metade da d cada de 1990 t nhamos um quadro com as seguinte
149. m referencial te rico capaz de dar coer ncia ao ensino aprendizagem de l ngua materna com uma jun o coerente de pressupostos da psicologia a pressupostos das teorias lingtifsticas de texto ou do discurso e mais particularmente da teoria bakhtiniana De modo semelhante aos primeiros estudos da L ngu stica Aplicada inicialmente os pressupostos do ISD eram utilizados com o objetivo de discutir quest es relacionadas ao ensino aprendizagem de l nguas De forma an loga com o passar do tempo o ISD passou a ampliar o seu foco de atua o Dessa forma ao lado de quest es diversas que envolvem o processo de ensino aprendizagem de l ngua materna e de l ngua estrangeira o trabalho do professor tem sido nos ltimos anos foco crescente de pesquisa no campo da Lingu stica Aplicada A perspectiva lingiiistico discursiva do ISD agregada metodologia e aos instrumentos advindos das chamadas Ci ncias do Trabalho oferece um vi s instigante para o estudo da linguagem no como sobre o trabalho do professor Nos pressupostos dessas ci ncias encontramos instrumentos que auxiliam a an lise do trabalho docente 39 Ainda no tocante ao universo de pesquisa que o ISD contempla Machado 2005 p 238 exp e as seguintes linhas gt As de foco nas ferramentas de ensino com o levantamento de caracter sticas de g neros artigo de opini o os di rios reflexivos de professores os resumos as resenhas cr ticas etc a constru o
150. ma gama de impl citos dos mais variados tipos somente detect veis quando se tem como pano de fundo o contexto sociocognitivo dos participantes da intera o Ao adotarmos esta ltima concep o de texto a compreens o deixa de ser entendida como uma simples capta o de uma representa o mental como tamb m uma retirada de uma determinada passagem do texto Segundo Koch 2007 p 17 ela passa a ser encarada como uma atividade interativa que requer al m dos elementos lingu sticos presentes na superf cie do texto um vasto conjunto de saberes e sua reconstru o no interior do evento comunicativo Al m destas vis es de texto j expostas temos outras defendidas pela Lingu stica Textual e tamb m por outras reas que tratam da linguagem que ser o descritas em seguida A palavra texto p de assumir diversos conceitos desde o surgimento da Lingu stica do Texto at os dias atuais Esta disciplina constitui um novo ramo da Lingu stica que se desenvolveu na d cada de 60 no s culo XX na Europa mais especificamente na Alemanha tendo como unidade b sica ou seja como objeto particular de investiga o n o mais a palavra ou a frase mas sim o texto por serem os textos a forma espec fica de manifesta o da linguagem Sobre a contribui o da no o de texto para o entendimento do fen meno da produ o e textos Costa Val 1999 p 03 aponta Para se compreender melhor o fen meno da produ o de textos escrito
151. mente com a cria o da FUVEST em 1977 a reda o volta s provas de sele o em grande estilo Um arsenal de textos que atende pelo nome de colet nea come a a ser usado nos enunciados das provas de reda o O entendimento sobre o que seria um texto tamb m se ampliou afinado com as recentes pesquisas da linguagem n o s o formado por palavras mas tamb m foto e tiras de hist rias em quadrinhos e a proposta do enunciado n o usa apenas trechos de cl ssicos liter rios mas aforismos e artigos de jornais Percebemos que essas mudan as ocorridas nas provas de reda o dos vestibulares ao longo dos anos devem se em grande parte ao desenvolvimento das perspectivas ling sticas pelas universidades como tamb m s consequentes transforma es ocorridas de modo geral nas aulas de l ngua materna A ideia de colet nea foi uma mudan a t o significativa no modo de conceber provas de reda o que uma parte consider vel dos vestibulares passou a contar com um pequeno acervo de textos que abordavam o tema proposto cuja interpreta o em bloco o candidato ao vestibular deveria usar para desenvolver o tema proposto Em muitas institui es foi mantida a prefer ncia por um nico g nero o texto dissertativo na forma de reda o escolar J em outras outros g neros passaram a figurar nas provas de reda es exemplo de artigos cartas de solicita o editoriais e at mesmo um simulacro de conversas em bate papos virt
152. mesmo do prov rbio Comumente vemos em orienta es em manuais de reda o e livros did ticos de produ o textual que a originalidade uma qualidade de um texto bem escrito Entendemos aqui que ser original n o escrever algo que ningu m nunca escreveu mas tentar inovar da melhor forma poss vel um conte do que muitas pessoas diriam de uma mesma forma Quando procedemos assim transmitimos direta e ou indiretamente o respeito que o leitor receptor merece Entretanto devemos atentar para o fato de que a criatividade n o constitui um elemento de textualidade por si Obviamente as orienta es encaminham para que o orientador n o trate de obviedade no texto mas a no o de obviedade assim como outras caracter sticas dos textos v o depender muito do g nero focalizado e da situa o comunicativa Al m disso n o podemos atribuir aos crit rios de textualidade princ pios de boa forma o textual pois isto seria equivocado j que um texto n o se pauta pela boa forma o tal como a frase por exemplo MARCUSCHI 2008 p 94 A seguir temos outro exemplo de orienta o que evidencia o receptor ao orientar a produ o de textos extra do do manual Reda o para concursos e vestibulares mais precisamente na p gina 50 no Cap tulo 7 intitulado Elabora o do texto na se o A finalidade do texto Nesse momento extremamente importante que voc tenha em mente o tipo de receptor a que se destina o texto n
153. nam quest es que o redator possivelmente n o teria 23 levantado sozinho Nesse processo tanto o professor quanto o colega mais experiente pode assumir o papel de colaborador A respeito da consolida o da vertente sociointeracionista Garcez 1998 p 42 opina Portanto pela via da reflex o das pr ticas interativas sobre a escrita no universo escolar que o paradigma cognitivista come a a ser superado dando lugar s reflex es socioconstrutivistas e sociointeracionistas Os construtos cognitivistas que postulam esquemas e modelos abstratos e logicamente organizados de armazenamento e estrutura o do conhecimento mostram se limitados e incapazes para permitir uma compreens o adequada do processo de produ o de textos importante salientarmos que cada vertente de pesquisa descrita anteriormente caracteriza os per odos no tocante forma como a escrita era trabalhada Durante a d cada de 60 a escrita era vista como um produto saber escrever significava ter corre o gramatical e o trabalho na escola era voltado para aspectos lingu sticos Na d cada de 70 com a influ ncia do cognitivismo a escrita passou a ser vista como processo de express o individual de pensamentos e sentimentos constitu do por tr s fases lineares a pr escrita a escrita e a reescrita J na d cada de 80 outro movimento surgiu o sociointeracionismo o qual defendia que a escrita socialmente constru da No Brasil o livro de Jo o
154. namento das diferentes esp cies de textos em uso Restringiremos a nossa pesquisa ao segundo estudo por considerarmos os textos dimens es emp ricas efetivas as quais corroboram a import ncia do aspecto social defendida pelo ISD Mas antes de partirmos para os elementos que comp em o contexto de produ o 41 textual devemos inicialmente apresentar algumas considera es sobre as no es de texto e consequentemente de g neros textuais adotadas no ISD Se fizermos um percurso na hist ria das ci ncias lingu sticas desde a contribui o inicial de Saussure at os pr prios pressupostos te ricos do ISD nos dias atuais perceberemos que os conceitos de texto s o variados Fato este j relatado no primeiro cap tulo desse trabalho O conceito de texto defendido por Bronckart 1999 p 71 j possui uma proximidade com o conceito de g nero discursivo textual de Bakhtin a partir do momento em que reconhece a diversidade textual como tamb m o contexto em que produzido e partilhado e a forma de organiza o do conte do Numa primeira acep o muito geral a no o de texto pode ser aplicada a toda e qualquer produ o de linguagem situada oral ou escrita Um di logo familiar uma exposi o pedag gica um pedido de emprego um artigo de jornal um romance etc s o considerados como textos de tamanho eventualmente muito diferente mas dotados de caracter sticas comuns cada texto est em rela o de interdepend
155. ncaminham o aluno produtor de textos a produzir g neros diversos com nfase espec fica na estrutura e nos aspectos normativos o que normalmente garante aceitabilidade por parte das pessoas Por essa raz o a nossa pesquisa tentar responder seguinte problematiza o gt Qual is a s concep o es de escrita presente s nas orienta es did tico pedag gicas em livros did ticos e em manuais de reda o Como hip teses para a nossa pesquisa defendemos inicialmente que as orienta es did tico pedag gicas presentes nos livros did ticos investigados apresentam uma concep o mais voltada para a escrita como um processo de intera o social do que os manuais de 11 reda o assim como as orienta es did tico ped gogicas nos manuais de reda o n o levam em considera o o contexto de produ o ou nenhum elemento deste Para corroboramos ou refutarmos estas hip teses definimos alguns objetivos que nortear o a nossa pesquisa A respeito destes temos como objetivo geral analisar especificamente as orienta es did tico pedag gicas que encaminham a produ o textual no livro did tico como tamb m em manuais de reda o veiculados em jornais impressos Quanto aos objetivos espec ficos pretendemos gt Identificar a s concep o es de escrita presente s no livro did tico e nos manuais de reda o veiculados em jornais impressos gt Examinar a rela o entre os par metros do contexto
156. nckart 1999 p 21 afirma Mesmo com as especificidades dos questionamentos disciplinares e particulares e com as variantes de nfase te rica ou de orienta o metodol gica a Filosofia e as ci ncias humanas t m em comum o fato de aderir tese de que as propriedades espec ficas das condutas humanas s o o resultado de um processo hist rico de socializa o possibilitado especialmente pela emerg ncia e pelo desenvolvimento dos instrumentos semi ticos Percebemos que o aspecto que aproxima a Filosofia e as ci ncias humanas no tocante s contribui es para o ISD justamente a socializa o em detrimento dos aspectos biol gicos e comportamentais que predominaram durante um longo tempo nos estudos da psicologia No tocante orienta o te rico metodol gica do ISD temos como principais trabalhos as pesquisas desenvolvidas pelo conhecido Grupo de Genebra ao qual pertencem te ricos como Jean Paul Bronckart Bernard Schneuwly e Joaquim Dolz Essa perspectiva de estudo sobre as pr ticas de linguagem recebe influ ncias de Vygotsky e de Bakhtin bem como da Teoria do Agir Comunicativo trabalhada pelo fil sofo J rgen Habermas Um das primeiras observa es apontadas por Bronckart nos estudos do ISD diz respeito ao fato de as l nguas naturais assim como a filosofia e as ci ncias da linguagem desenvolverem se em duas dire es distintas de um lado o estudo do sistema da l ngua e de outro o estudo da estrutura e do funcio
157. nco reas um problema crucial Para estes ltimos autores a ado o de uma perspectiva textual interativa j que os textos s o o meio pelo qual a l ngua funciona n o s resolveria o problema de integra o entre os diferentes aspectos do funcionamento da l ngua na intera o comunicativa mas tamb m libertaria o professor da tradi o metodol gica em que ele se deixa aprisionar pelo ensino de gram tica em si mesmo esquecendo muitas vezes a capacidade de intera o pela l ngua que o aluno j traz ao chegar escola Um trabalho com ensino de l ngua materna que adote essa perspectiva n o s contribui para a forma o de bons leitores e produtores de textos mas tamb m para a forma o de pessoas capazes de resolver problemas que sejam capazes de argumentar defender pontos de vista criticar apropriar se e fazer uso dos avan os tecnol gicos Mas para a concretiza o desse trabalho necess rio que o professor enquanto sujeito que constr i o processo ensino aprendizagem proporcione estrat gias de ensino que possibilitem formar leitores cr ticos aut nomos e consequentemente competentes produtores de textos Do ponto de vista de Geraldi 1997 p 135 A perspectiva textual interativa fundamentada no processo interacional da linguagem e na capacidade cognitiva do leitor 27 a produ o de textos orais e escritos considerada o ponto de partida e ponto de chegada de todo o processo ens
158. ncursos p blicos Em fun o dessa realidade o foco da nossa pesquisa ser justamente a concep o de escrita contida em tais materiais Embora seja uma das tarefas mais complexas que as pessoas chegam a executar na vida principalmente porque exige envolvimento pessoal e revela o de caracter sticas do sujeito todos podem escrever bem A respeito das concep es de escrita estigmatizadas pela escola e consequentemente pela sociedade ao longo dos tempos Garcez 2004 p 01 aborda alguns mitos e cren as acerca do ato de escrever a escrever uma habilidade que pode ser desenvolvida e n o um dom que poucas pessoas t m b escrever um ato que exige empenho e trabalho e n o um fen meno espont neo c escrever exige estudo s rio e n o uma compet ncia que se forma com algumas dicas d escrever uma pr tica que se articula coma a pr tica da leitura e escrever necess rio no mundo moderno f escrever um ato vinculado a pr ticas sociais Desta forma percebemos que identificar e trabalhar uma concep o de escrita n o s o tarefas t o simples como algumas pessoas podem pensar A concep o do que seja escrever bem perpassa todo o trabalho desenvolvido em sala de aula durante a vida discente e acaba sendo estigmatizada pela sociedade como um todo Como exemplo deste fato temos os manuais de reda o veiculados por jornais e revistas impressas em que na maioria deles est o veiculadas orienta es que e
159. nos 97 comunicando o tempo todo por meio deles Durante a nossa comunica o cotidiana utilizamos textos e estes t m uma fun o a depender do prop sito comunicativo Al m disso cada esfera de utiliza o da l ngua cada campo de atividade elabora determinados tipos de textos que s o relativamente est veis isto se repetem tanto no assunto como na fun o no estilo e na forma Cf BAKHTIN 1997 S o essas particularidades que nos permitem conhecer um texto como carta por exemplo e diferenci lo de uma not cia jornal stica Outra discuss o abordada nos fragmentos da p gina anterior se refere ao tipo de linguagem a ser utilizado em cada situa o de comunica o Ao afirmar que existem diferen as entre o bilhete e o texto acad mico a autora ratifica a necessidade de adequa o do n vel de linguagem a ser utilizado na produ o textual de acordo com o prop sito comunicativo medida que exemplifica situa es que requerem linguagens diferentes acontece a refuta o da concep o de que saber uma l ngua saber a gram tica Essas reflex es lingu sticas que de certo modo objetivam a contextualiza o do texto a ser produzido corroboram a concep o de escrita defendida pelos pressupostos sociointeracionistas pois medida em que h a preocupa o com a adequa o da linguagem a ser utilizada num determinado texto e consequentemente essa preocupa o se estende ao interlocutor a produ o
160. o comunicar algo a algu m Como o texto solicitado em exames de provas geralmente uma disserta o voc dever comunicar nela sua opini o sobre determinado tema a um avaliador Para isso voc poder utilizar as v rias fun es da linguagem sempre adequando as s exig ncias do exerc cio ou seja dependendo do seu objetivo como emissor escrever uma reda o na qual predomine fun o referencial po tica emotiva f tica metalingii stica ou conativa O trecho acima estabelece atribui es ao produtor do texto Al m disso encontramos a palavra emissor que vista como uma pessoa que escreve um texto seguindo determinadas conven es O produtor enquanto emissor deve estar cientificado das conven es que a produ o de texto estabelece isto muito enfocado no trecho ora analisado Em muitos manuais e ou livros did ticos muitas vezes n o encontramos nenhuma men o ao emissor Apenas as orienta es encaminham a produ o sem ressaltar as responsabilidades condizentes ao papel do emissor Observemos agora o seguinte trecho retirado do Manual de Reda o da Presid ncia da Rep blica que enfoca aspectos ligados ao emissor do texto A orienta o intitulada A impessoalidade e est localizada p gina 04 no Cap tulo 01 sendo este denominado Aspectos Gerais da Reda o Oficial Eis o exemplo A finalidade da l ngua comunicar quer pela fala quer pela escrita Para que ha
161. o caso um ou v rios examinadores Narrar um jogo de futebol para um torcedor diferente de faz lo para algu m que n o conhece nada sobre o esporte Descrever um elefante para uma crian a diferente de descrev lo para um bi logo Dissertar sobre o aborto para um examinador diferente de faz lo para uma autoridade da Igreja Adequar o n vel de linguagem e suas fun es ao contexto e ao receptor um dos principais requisitos para escrever bem 87 Dentre as orienta es a respeito do receptor temos neste ultimo exemplo o pice do enfoque no leitor Com uma linguagem concisa o autor mostra a import ncia que o receptor exerce no contexto de produ o de qualquer texto Al m disso temos a pertinente observa o acerca do uso da linguagem adequada ao receptor A respeito dessa linguagem um fato que merece ser abordado se refere s orienta es presentes nos manuais de reda o e livros did ticos de produ o de texto diz respeito aos pronomes de tratamento Em sua maioria os manuais de reda o editados no mercado editorial trazem como conte do os pronomes de tratamento Entretanto apesar de praticamente n o mencionarem no decorrer da abordagem deste conte do gramatical a palavra receptor implicitamente verificamos que o receptor possui evid ncia neste contexto Vale salientar que o foco dessas orienta es a estrutura e a corre o gramatical Entretanto se nessas abordagens n o fossem exp
162. o da Presid ncia da Rep blica no Cap tulo 1 na se o Formalidade e Padroniza o p 5 temos os seguintes direcionamentos As comunica es oficiais devem ser sempre formais isto obedecem a certas regras de forma al m das j mencionadas exig ncias de impessoalidade e uso do padr o culto de linguagem imperativo ainda certa formalidade de tratamento N o se trata somente da eterna d vida quanto ao correto emprego deste ou aquele pronome de tratamento para uma autoridade de certo n vel mais do que isso a formalidade diz respeito polidez civilidade no pr prio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunica o 95 Nessas ltimas orienta es observamos que o lugar social em que as comunica es oficiais s o produzidas ou seja os rg os p blicos constituem elementos importantes que norteiam a forma como os textos devem ser redigidos As orienta es presentes nesse fragmento acima v o al m dos aspectos formais evidenciados na maioria dos cap tulos presentes no manual citado na p gina anterior Nelas encontramos a caracteriza o de uma intera o comunicativa realizada na produ o de textos oficiais Por tratar se de uma intera o profissional a formalidade citada no fragmento n o se restringe somente ao uso adequado de pronomes ou de outras palavras mas tamb m se refere polidez e civilidade como valores que devem permear os textos emitidos nos rg os p blicos A se
163. o das informa es o presente trabalho constitui uma pesquisa bibliogr fica e documental tendo como abordagem utilizada a qualitativa Inicialmente foi selecionado um corpus que representasse os dois universos pesquisados da seguinte forma 03 tr s livros did ticos sendo 02 dois voltados ao Ensino Fundamental e 01 um para o Ensino M dio e 03 tr s manuais de reda o sendo 01 um voltado para a reda o de textos jornal sticos 01 um para a reda o de textos oficiais e 01 um com o objetivo de preparar estudantes para concursos e vestibulares Para atingirmos o objetivo pretendido fez se necess rio uma escolha te rica que abordasse a produ o textual numa perspectiva interativa Neste sentido optamos por abordar os pressupostos te ricos do Interacionismo Sociodiscursivo principalmente as contribui es fornecidas pelos estudos de Jean Paul Bronckart 1999 2006 Dentre tais postulados te ricos selecionamos os par metros do contexto de produ o sendo este subdividido em contexto f sico e sociossubjetivo como categorias de an lise do nosso trabalho A an lise foi realizada com base nas rela es existentes entre as orienta es que encaminham a produ o e os par metros do contexto de produ o com o prop sito de identificar as concep es de escrita presentes em cada material analisado Ap s a an lise chegamos conclus o que tanto os livros did ticos quanto os manuais possuem concep es de escri
164. o livro did tico de portugu s Somente na d cada de 90 temos informa es de registros da chegada s escolas especificamente s privadas dos primeiros livros did ticos voltados produ o textual Foi tamb m nessa d cada que o ensino no pa s passou por uma reformula o curricular em suas pr ticas te rico metodol gicas Esse fato se deveu aos estudos desencadeados pela publica o dos Par metros Curriculares Nacionais Atentos ao novo cen rio de mudan as significativas no paradigma pedag gico tanto os editores de livros did ticos como os professores e pesquisadores come aram a revelar preocupa es a respeito do livro did tico instrumento importante na escola e que merece muita aten o especificamente no que se refere sua estrutura sua organiza o aos conte dos s imagens enfim sua qualidade evidente que todas as reflex es e questionamentos a respeito da qualidade dos livros did ticos vieram tona por serem considerados h muito tempo como bons companheiros ou t buas de salva o dos professores Tudo isso indica que o livro did tico doravante LD vem modelando o processo de ensino aprendizagem o que merece cuidado pelos saberes apresentados pela metodologia utilizada e pela transposi o did tica utilizada pelo professor na sala de aula Na realidade o LD se beneficia de um poder que lhe dado pelos que formam o sistema educacional utilizando o como carro chefe mais
165. o narra o descri o e disserta o este livro ainda traz estas tipologias como orienta o de produ o importante observamos o fato de um determinado livro did tico abordar a trilogia citada narra o descri o e disserta o n o constitui um erro pois essas sequ ncias textuais integram a infraestrutura dos textos O que consideramos uma orienta o ineficaz a nfase restrita somente a tal trilogia colocar tudo isso numa nota de rodap conforme veremos nos encaminhamentos que analisaremos abaixo acerca de uma Descri o de lugar Ap s uma cr nica de Marcos Rey na qual se descreve uma feira na cidade de S o Paulo e uma atividade acerca deste texto temos uma imagem que retrata a vista parcial da Lagoa da Concei o localizada em Florian polis e em seguida temos na p gina 130 Cada regi o brasileira repleta de belezas naturais A Lagoa da Concei o localizada em Florian polis Santa Catarina um exemplo disso Observe em detalhes os elementos que comp em a paisagem da lagoa Imagine agora que voc v escrever um conto ambientado nesse lugar No in cio da narrativa insira um texto descritivo a fim de criar o cen rio ideal para o resto da hist ria Nesses ltimos enunciados encontramos a possibilidade de amplia o do lugar de produ o pois apesar de imaginarmos como lugares de produ o a pr pria sala de aula ou a casa do aluno este diante dos lugares q
166. o o professor concorda discorda acrescenta questiona pergunta esse se torna interlocutor respeita a palavra do aluno e age como real parceiro no processo de produ o textual Entretanto entre muitos problemas existentes no ensino de produ o textual podemos encontrar alguns avan os Um destes trata se das mudan as nos manuais did ticos tendo em vista o processo de avalia o por parte do MEC no Programa Nacional de Avalia o do Livro Did tico Apesar de persistirem alguns problemas j encontramos uma maior diversidade de g neros um tratamento mais adequado da oralidade e da avalia o lingu stica al m de um tratamento mais adequado da compreens o Um desencadeador desses avan os consequ ncia das exig ncias que a sociedade imp e Sabemos que no decorrer da nossa vida estudantil temos a nossa escrita posta prova em diversos momentos Entre estes temos as reda es dos vestibulares o Exame Nacional do Ensino M dio ENEM o prov o dos cursos de gradua o os concursos p blicos entre outros Al m dessas situa es ainda deparamos com um mercado de trabalho que exige um profissional qualificado que dentre tantos requisitos o dom nio da variedade culta das modalidades oral e escrita uma exig ncia 35 Neste cen rio n o h mais espa os para pr ticas pedag gicas excludentes que n o deixem claro o poder de uso da linguagem nos diversos contextos definidos pelas institui es que comp em a
167. o que diz para quem diz ou na imagem wittgensteiniana seja um jogador no jogo situacionalidade e se escolham as estrat gias para realizar a b c e d percept vel que a partir do momento em que estamos discutindo as concep es de escrita implicitamente adentramos em discuss es que abordem vis es acerca do texto Nesse sentido para compreendermos uma concep o de escrita que se constitua com base nos pressupostos te ricos do ISD tomemos a pr pria defini o de texto proposta por Bronckart 2003 em que ele afirma que o texto a materializa o da a o humana Para o referido autor ao produzirmos um texto seja ele oral ou escrito precisamos compreender as caracter sticas do g nero textual formato partes constitutivas no qual ele se inscreve o contexto quem produz para quem com quais objetivos onde quando e por que como tamb m os mecanismos da l ngua que podem ser utilizados adequadamente no texto em quest o A partir desse conceito de texto podemos depreender a concep o de escrita defendida pelo ISD Sobre essa Beato Canato 2008 p 40 aborda gt poss vel dizer que a escrita um processo enunciativo discursivo que possibilita a materializa o da a o humana O texto escrito assim como o oral est em estreita interdepend ncia com o contexto que produzido mas a comunica o escrita menos ef mera do que a oral O texto escrito usualmente n o lido imediatamente a
168. odos os textos 2003 de William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalh es publicado pela Atual Editora Oficina de Reda o 2007 de Leila Lauar Sarmento da Editora Moderna e Portugu s linguagens 2003 dos mesmos autores e editora do primeiro livro Os dois primeiros s o voltados para o ensino fundamental e o ltimo para o ensino m dio Este foi escolhido em virtude de ser um dos primeiros livros did ticos de l ngua materna voltados para o ensino m dio adotado e distribu do pelo Governo Federal para as escolas p blicas brasileiras Aqueles foram selecionados por tratarem especificamente da produ o textual e por serem comumente adotados por professores de l ngua portuguesa Al m dos livros did ticos tamb m integrar o o presente corpus tr s manuais de reda o a saber Manual de Reda o da Presid ncia da Rep blica 2002 Reda o para concursos e vestibulares 2008 e Manual de Reda o e Estilo do Jornal O Globo 2005 Esses manuais foram escolhidos por serem direcionados a p blicos diferentes A presente pesquisa abordar o m todo de procedimento comparativo tendo em vista a pr pria constitui o do corpus No tocante obten o de informa es o presente trabalho constitui uma pesquisa bibliogr fica e documental tendo como abordagem utilizada a qualitativa Quanto aos objetivos tratar se de uma pesquisa explicativa No primeiro cap tulo faremos algumas considera es sobre a produ o textual
169. onsidera es a As an lises foram feitas abrangendo especificamente as rela es existentes entre as orienta es did tico pedag gicas que encaminham a produ o textual escrita nos livros did ticos e nos manuais de reda o e os par metros do contexto de produ o estabelecidos pelo ISD b Tanto os livros did ticos analisados quanto os manuais de reda o possuem concep es de escrita diferentes aqueles mais do que esses O LD Todos os textos e o LD Oficina de Reda o possuem uma concep o de escrita semelhante na medida em que apresentam uma quantidade de orienta es acerca da produ o textual que abordam o contexto de produ o Portanto tais livros apresentam uma concep o de escrita como intera o de modo que podemos encontrar nos fragmentos analisados elementos como o planejamento a regula o e a avalia o que s o respons veis pela constitui o de qualquer 114 atividade de linguagem J o LD Portugu s linguagens por ser um livro direcionado ao Ensino M dio e n o tratar somente da produ o textual pois nele encontramos Gram tica e Literaturas Brasileira e Portuguesa apresenta uma menor quantidade de orienta es sobre a produ o de textos Este fato nos leva a afirmar que a concep o de escrita presente nele diz respeito comunica o em que a maior parte das atividades n o considera os aspectos sociais envolvidos no processo de produ o c J a respeito dos manuais de
170. onte do tem tico ou referente isto quais 42 temas ser o verbalizados no texto A seguir veremos como se caracteriza cada elemento da a o de linguagem O contexto de produ o segundo Bronckart 1999 p 93 diz respeito ao conjunto dos par metros que podem exercer uma influ ncia sobre a forma como um texto organizado Estes par metros se referem por exemplo a condi es do lugar aos estados f sico e ps quico do produtor dentre outros fatores Para o referido autor esses fatores est o divididos em dois conjuntos o primeiro refere se ao mundo f sico e o segundo ao mundo social e ao subjetivo Para o autor o primeiro plano considera que todo texto resulta de um comportamento verbal concreto desenvolvido por um agente situado nas coordenadas do espa o e do tempo Estas coordenadas constituem um contexto f sico que pode ser definido por quatro par metros a O lugar de produ o o lugar f sico em que o texto produzido b O momento de produ o a extens o do tempo durante o qual o texto produzido c O emissor ou produtor ou locutor a pessoa ou a m quina que produz fisicamente o texto podendo essa produ o ser efetuada na modalidade oral ou escrita e por ltimo d O receptor a ou as pessoa s que pode m perceber ou receber concretamente o texto Com rela o ao segundo plano percebemos a preponder ncia do social em detrimento do aspecto f sico a partir do momento em que
171. orde o Movimento dos Sem Terra o jornalista enfrenta 101 o dilema por exemplo de optar ou pela palavra ocupa o ou invas o Aparentemente ambas teriam o mesmo objetivo na reportagem entretanto a primeira op o revela a forma como o emissor concebe a luta do movimento ou seja uma palavra mais moderada de car ter positivo J se optar pela segunda teremos uma concep o negativa acerca da a o que de certa forma posicionar o emissor a favor do propriet rio da fazenda Todos esses cuidados est o intrinsecamente ligados relev ncia da posi o social assumida pelo receptor do texto e tamb m imagem que o enunciador emissor quer evidenciar sobre suas pr prias concep es e representa es do mundo social Em outro exemplo extra do do mesmo Manual de Reda o e Estilo O Globo no Cap tulo 5 na se o Quest es ticas p 120 encontramos direcionamentos que remetem posi o social do receptor E tamb m preconceituoso tratar com condescend ncia a ignor ncia de quem n o teve acesso educa o H not cia se o cientista pol tico p e na boca de Montesquieu uma frase de Rousseau ou se o diplomata faz uma gafe com o ministro estrangeiro mas n o se um trabalhador bra al n o sabe falar direito ou se um analfabeto pensa que a Argentina fica em Buenos Aires Neste fragmento encontramos uma liga o entre o respeito que o jornalista deve ter com o leitor a partir da f
172. orma como os fatos devem ser escolhidos antes de serem noticiados e a posi o social ocupada pelo receptor do texto Muitas vezes a mesma not cia que serve de humor para uma boa parte dos leitores que possuem um maior grau de instru o desrespeita uma parcela de pessoas que tamb m leem aquele jornal e se sentem v timas diante da situa o noticiada Mais importante do que a preocupa o em abordar um determinado fato e transform lo em not cia est a forma como o leitor compreender a mat ria A compreens o dessa tamb m determinada pela posi o social que o emissor ocupa Comumente os jornais veiculam charges que por mais bem elaboradas que sejam muitas vezes emitem alguns ju zos de valor que v o desde o preconceito lingu stico at o social Os g neros humor sticos normalmente servem como exemplos dessas ocorr ncias situa es em que o papel social do receptor do texto constitui um aspecto irrelevante na produ o textual 102 No fragmento a seguir extra do do LD Todos os textos no cap tulo que aborda o g nero Cr tica mais precisamente na p gina 111 temos na se o Agora a sua vez as seguintes orienta es que encaminham a produ o textual Re na se com seus colegas de grupo e escolham uma obra de prefer ncia recente sobre a qual voc s v o produzir uma cr tica Pode ser filme v deo DVD CD hist ria em quadrinhos pe a teatral show musical ou uma obra de outro tipo
173. os evite usar palavras dif ceis J com rela o aos manuais de reda o destinados a vestibulares e concursos faz se necess rio discorrermos um pouco sobre a hist ria do vestibular O vestibular no formato que conhecemos existe h apenas 30 anos um quase nada se comparado ao tempo de exist ncia da lei que o regulamentou em 1911 At o fim dos anos 60 qualquer um dos 13 milh es de jovens entre 15 e 24 anos que quisesse um diploma universit rio tinha que passar por uma sele o que inclu a exame oral respostas dissertativas latim e reda o O vestibular era eliminat rio Quem conseguisse alcan ar m dia 5 passava 68 Diante deste quadro embora uma determinada universidade oferecesse 100 vagas s teria direito a estas quem obtivesse a m dia exigida para aprova o Essa distor o s foi corrigida no per odo militar Estima se que foi entre 1967 e 1977 que o vestibular tornou se classificat rio e as perguntas passaram a ter m ltipla escolha Com isso todas as vagas eram preenchidas Durante esse per odo acima mencionado a reda o deixou de ser exigida na prova de sele o e s voltou cena devido ao espet culo do crescimento demogr fico j que em menos de 20 anos a popula o jovem dobrou Ao final dos anos 70 o Brasil contabilizava 25 milh es de adolescentes com faixa et ria correspondente ao Ensino M dio Nesse per odo de transforma es J nior 2008 p 08 afirma que Junta
174. os 03 tr s livros did ticos sendo 02 dois pertencentes ao Ensino Fundamental e 01 um ao Ensino M dio sendo respectivamente Todos os textos Oficina de Reda o e Portugu s linguagens e 03 tr s manuais de reda o sendo cada um desses elaborado com um prop sito diferente Manual de Reda o e Estilo O Globo Manual Reda o para Concursos e Vestibulares e Manual de Reda o da Presid ncia da Rep blica Inicialmente elegemos como hip teses a serem comprovadas no decorrer da realiza o da pesquisa que as orienta es did tico pedag gicas presentes nos livros did ticos investigados apresentariam uma concep o mais voltada para a escrita como um processo de intera o social J os manuais de reda o analisados assim como as orienta es did tico pedag gicas presentes nestes n o levariam em considera o o contexto de produ o Para corroboramos ou refutarmos estas hip teses definimos alguns objetivos que nortearam a nossa pesquisa A respeito destes tivemos como objetivo geral analisar especificamente as orienta es did tico pedag gicas que encaminham a produ o textual no livro did tico como tamb m em manuais de reda o veiculados em jornais impressos J como objetivos espec ficos procuramos 1 identificar a s concep o es de escrita presente s no livro did tico e nos manuais de reda o veiculados em jornais impressos 2 examinar a rela o entre os par metros do contexto de p
175. os participantes contexto sociocognitivo e a pr pria linguagem co texto tamb m s o entendidos como elementos contextuais Percebemos nessa vis o ora discutida semelhan as com pressupostos como os contextos imediato e mediato postulados pela Lingu stica de Texto Seguindo uma vis o mais abrangente acerca do contexto Schiffrin 1994 apud BENTES e REZENDE 2008 p 35 caracteriza este como um conjunto heter clito de elementos podendo alterar se conforme o foco de nossa aten o Para o autor o contexto n o dado a priori mas constru do segundo as negocia es efetuadas pelos sujeitos durante sua pr pria atividade comunicativa Trata se de um conceito din mico portanto cuja determina o ininterruptamente reconstru da nas por atividades lingu sticas a serem realizadas pelos sujeitos Dentre os estudiosos que trabalharam a quest o contextual destacamos tamb m a vis o de Hymes 1964 apud Koch 2006 p 22 voltada para an lises baseadas no contexto de situa o Para caracterizar este o autor prop e uma matriz de tra os etnogr ficos chamada 51 esquema SPEAKING relacionado no o de compet ncia comunicativa em que cada letra desse voc bulo representa um elemento do contexto sendo S Situa o cen rio lugar P Participantes falante ouvinte E Fins prop sitos resultados A Sequ ncias de atos forma de mensagem forma do conte do K C digo I Instrumentais canal
176. ostas as regras b sicas dos usos dos pronomes e as adequa es de cada um destes s suas respectivas pessoas n o haveria foco no receptor Neste sentido este inerente ao conte do gramatical ora abordado mesmo sem observa es acerca deste elemento do contexto No Manual de Reda o da Presid ncia da Rep blica identificamos a abordagem dos pronomes de tratamento Nas p ginas 09 e 10 encontramos al m de um breve hist rico do uso destes pronomes orienta es sobre o emprego de cada um sendo estas semelhantes s encontradas nas maiorias das gram ticas tradicionais Abaixo temos outro exemplo em que o receptor explicitamente levado em considera o nas orienta es que encaminham a produ o textual O mesmo foi extra do do Reda o para Concursos e Vestibulares no Cap tulo 8 na se o Coes o e Coer ncia na p gina 54 Quando fazemos um texto utilizamos mecanismos para que o interlocutor entenda o que estamos dizendo Em outras palavras precisamos de meios para que o nosso texto deixe de ser um amontoado de frases e palavras e passe a ter algum sentido Chamamos esses mecanismos de coes o e coer ncia que podem ser descritos tamb m como o bom relacionamento entre os termos de uma reda o Neste fragmento encontramos uma preocupa o com o receptor do texto a partir do momento em que h a discuss o no tocante aos fatores de textualidade como a coes o e a coer ncia Quando um
177. ostas de produ o que considerem os usos sociais da escrita atividades de reflex o lingu stica Ap s essas considera es que remetem trajet ria do LD de portugu s ao longo dos anos exporemos nas pr ximas se es como os LD escolhidos se caracterizam Vale ressaltar que a escolha dos LDs Todos os textos e Oficina de reda o se deu por tratarem especificamente da produ o textual e por serem comumente adotados por professores de l ngua portuguesa 3 1 1 O livro did tico Todos os textos O livro did tico Todos os textos de William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalh es publicado pela Atual Editora objeto de an lise da pesquisa dirigido ao Ensino Fundamental 3 e 4 Ciclos referente disciplina Produ o Textual Para an lise ora pretendida escolhemos o livro da 6 s rie atual 7 ano o qual j traz a nova nomenclatura 63 referente aos 9 nove anos do Ensino Fundamental A obra em quest o foi lan ada em 1998 mas analisamos a 2 edi o re lan ada em 2003 O volume da cole o analisada tem 4 quatro unidades e cada unidade 4 quatro cap tulos As unidades s o organizadas em g neros discursivos J na capa do livro os autores ja fazem quest o de explicitar a ado o desses construtos na elabora o da obra Uma proposta de Produ o Textual a partir de g neros e projetos De in cio percebemos a partir do sum rio que os temas a serem trabalhados est o organizados sistema
178. p o de texto esta n o foge regra Koch 2006 p 16 relaciona as vis es de texto s respectivas concep es de l ngua Na concep o de l ngua como representa o do pensamento e de sujeito como senhor absoluto de suas a es e de seu dizer o texto visto como um produto l gico do pensamento representa o mental juntamente com as inten es psicol gicas do produtor exercendo pois um papel essencialmente passivo J no tocante concep o de l ngua como instrumento Koch 2006 p 16 afirma que O texto visto como simples produto da codifica o de um emissor a ser decodificado pelo leitor ouvinte bastando a este para tanto o conhecimento do c digo j que o texto uma vez codificado totalmente expl cito A respeito da concep o de l ngua como elemento cognitivo Koch 2008 p 7 relaciona esta com a concep o de linguagem como instrumento de comunica o na qual a l ngua considerada como um c digo atrav s do qual o emissor comunica a um receptor determinadas mensagens A principal fun o da linguagem neste caso a transmiss o de informa es 16 A respeito da concep o de l ngua como forma de intera o Koch 2006 p 17 defende que O texto passa a ser considerado o pr prio lugar da intera o e os interlocutores como sujeitos ativos que dialogicamente nele se constroem e s o constru dos Desta forma h lugar no texto para toda u
179. p s ser escrito e a intera o entre enunciador e leitores geralmente n o ocorre de forma direta e imediata Na verdade esse texto alcan a outros no tempo e no espa o Por isso um texto escrito geralmente constru do processualmente havendo na maioria das vezes chance de revis o reorganiza o de id ias e refac o para adequa o das informa es dadas e da linguagem utilizada 21 Aqui novamente temos a exposi o de diferen as e semelhan as que caracterizam as modalidades textuais orais e escritas especialmente enfatizada a liberdade de a o que o produtor do texto escrito possui desde o in cio da escrita at a leitura do texto produzido Apesar de existirem diferen as entre a oralidade e a escrita alguns estudiosos como Marcuschi 2008 defendem que h um cont nuo nessa rela o entre essas modalidades Para esse autor imposs vel situar a oralidade e a escrita em sistemas ling sticos diversos pois ambas fazem parte do mesmo sistema da l ngua Como forma de corroborar esse ponto de vista o autor utiliza g neros textuais os quais s o analisados sob duas perspectivas a concep o e o meio A primeira diz respeito vers o original na qual o g nero foi produzido podendo ser oral ou escrito J a segunda se relaciona com o modo de recep o do g nero pelo s interlocutor es podendo ser sonoro ou gr fico Atrav s dessa an lise percebemos que h g neros como o notici rio de TV que tem s
180. penas isso claro mas h raz o para mencion lo de sa da em nenhum outro of cio de escritor a press o das horas t o cruel e inevit vel Relat rios t m de ser informativos e precisos a obra liter ria pede eleg ncia de estilo s o jornalismo requer tudo isso e depressa sem que a rapidez seja desculpa v lida para o erro ou a mediocridade A qualquer velocidade exige se fidelidade a tr s requisitos exatid o para n o enganar o leitor clareza para que ele entenda o que l e concis o para n o desperdi ar nem o tempo dele nem o espa o do jornal Se isso bastasse o jornal pareceria um enorme telegrama conciso claro exato e enfadonho Para que o seu texto escape de t o horr vel destino o jornalista conta com variadas normas e recomenda es Quase todas s o sensatas e podem dar boa ajuda mas t cnicas de reda o s o apenas auxiliares do talento e da aptid o que cada um desenvolve por conta pr pria A esse respeito basta lembrar s escreve bem acima da pura habilita o mec nica quem l muito e escolhe bem o que l Em muitas situa es pede se ao jornalista apenas que seja bom artes o competente aplicado honesto Em outras que seria imperdo vel desperdi ar h espa o para a qualidade liter ria Nas orienta es acima podemos elencar diversos aspectos referentes ao contexto sociossubjetivo como as posi es sociais do emissor e do receptor Entretanto o conjunto de tais
181. pesquisa bibliogr fica e documental tendo como abordagem utilizada a qualitativa Quanto aos objetivos trata se de uma pesquisa explicativa Em virtude da pr pria problematiza o sugerida no in cio dessa pesquisa consideramos relevante selecionarmos para a composi o do corpus 03 tr s livros did ticos e 03 tr s manuais de reda o por considerarmos um n mero representativo de cada um desses materiais Outro crit rio adotado para a escolha de cada obra se refere ao fato de termos na representa o desse corpus duas inst ncias diferentes em que a tem tica da produ o textual est envolvida Como forma de representarmos o livro did tico como prop sito de atingirmos aos objetivos propostos selecionamos os seguintes volumes Todos os textos de William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalh es publicado pela Atual Editora Oficina de Reda o de Leila Lauar Sarmento da Editora Moderna e Portugu s linguagens dos mesmos autores e editora do primeiro livro Os dois primeiros s o voltados para o ensino fundamental e o ltimo para o ensino m dio Esse foi escolhido em virtude de ser um dos primeiros livros did ticos de l ngua materna voltados para o ensino m dio adotado e distribu do pelo Governo Federal para as escolas p blicas brasileiras Aqueles foram selecionados por tratarem especificamente da produ o textual e por serem comumente adotados por professores de l ngua portuguesa 58 No tocante aos manuai
182. posi es Legais ou Regulamentares DR RES NANDO ID S DUDA RE RRERERDE DR T RSA RREO ES E TITE LO TILT DD TE 82 10 3 1 Clareza e Determina o das Normas 83 10 3 2 O Principio da Reserva Legal 83 10 3 2 1 Reserva Legal Qualificada cessessessesssssesssnsesessenieneessntencencesessnesesnsescansaneoneess 84 10 3 2 2 Princ pio da Legalidade e da Anterioridade no mbito Penal e Tribut rio 10 3 2 3 A Reserva Legal e o Princ pio da Proporcionalidade 10 3 2 4 Densidade da Norma E 10 3 2 5 Atos normativos prim rios emanados exclusivamente do Poder Executivo 84 10 3 2 6 A Lei e o Respeito ao Direito Adquirido ao Ato Jur dico Perfeito e Coisa Julgada 10 3 3 As Remiss es Legislativas P A AA ET NE TOO 85 10 4 Desenvolvimento de uma Lei s ssesssssseesseessesrersssssessessssereuunseterennrenessssnssesresennnsse 85 10 4 1 Considera es Preliminares sssessessecseseeseesensarsnesssenssesceseaneeneeseeneanennes 85 10 4 2 O Processo Legislativo Interno 86 10 4 2 1 Identifica o e Defini o do Problema 1 86 10 4 2 2 An lise da Situa o Questionada e de Suas Causas ameaeareeereneaserserearereasenearensererearensas 86 10 4 2 3 Defini o dos Objetivos Pretendidos sseessesessessnessnessnesssnessnesoneesnnesnneccuneenneceunecuassnnecsasssyes 86 10 4 2 4 Critica das Propostas 87 10 4 2 5 Controle de Resultad0s c csssssssss
183. publica o obriga o do jornal certificar se da veracidade do que oferece ao leitor Em determinados casos leg timo publicar not cias n o confirmadas desde que existam fortes elementos de convic o sobre a proced ncia e de que o leitor seja adequadamente prevenido a respeito A not cia sabidamente falsa s pode ser publicada quando se torna necess rio denunci la Aqui percebemos o enfoque nos objetivos da intera o a partir do momento em que h preocupa o como o conte do publicado mais especificamente com a veracidade desse Tamb m percebemos que h o predom nio dos tr s elementos que contribuem para a realiza o de uma atividade de linguagem H o planejamento a partir da fase em que o jornalista se certifica a respeito da veracidade de um fato antes deste ser noticiado Temos a regula o no momento em que uma not cia por n o ter credibilidade deixa de ser divulgada J a avalia o surge desde o in cio do fragmento mas est mais presente no momento em que o jornalista decide publicar ou n o um determinado fato j que ele avalia o impacto que os leitores ter o ao lerem o texto 107 No tocante s caracter sticas que comp em o contexto sociossubjetivo ancorado nos pressupostos interacionistas observamos no fragmento ora analisado uma estreita associa o com o mundo objetivo e com as normas e valores que implicam o mundo social no qual o texto constru do uma not cia s
184. quem vai ler sua reda o sempre ser um ou mais avaliadores e com a finalidade de examinar seus conhecimentos da norma padr o e de mundo Logo voc dever utilizar uma linguagem que comporte a norma considerada culta pelas gram ticas mas sem se prender aos r gidos padr es acad micos dever apresentar uma reda o que n o seja coloquial mas que n o seja enfadonha Pode e deve dosar seu texto com outras linguagens como a liter ria por exemplo Inicialmente a autora enfatiza o prop sito comunicacional estabelecido pelos textos A partir do momento em que afirma que a reda o comunica algo a algu m e que nossos interlocutores n o s o sempre os mesmos h a retomada de 04 quatro fatores de textualidade a intencionalidade a informatividade a aceitabilidade e a situacionalidade Esses fatores contribuem para dar sentido a o texto permitir que esse se fa a representativo para os seus leitores ouvintes e a mensagem transmitida possa ser compreendida Sempre que produzimos um texto preciso que tenhamos o que dizer uma raz o para dizer o que temos a dizer algu m para quem dizer e que esse algu m se constitua como sujeito no processo de comunica o Em seguida temos uma discuss o sobre as diferen as existentes entre os textos que nos remete tem tica dos g neros textuais bem percept vel que os textos de um modo geral desempenham papel fundamental em nossa vida social j que estamos
185. r certo Essa mistura de curiosidade e insatisfa o alimenta a tenacidade com que ele parte atr s da informa o e que muitas vezes se confunde com agressividade O direito de agredir existe desde que a v tima seja apenas a paci ncia de quem det m a informa o buscada A paci ncia ensina o rep rter a perguntar com efici ncia Ele deve usar essa habilidade descobrindo que perguntas deve fazer a si mesmo Perguntas como O que ouvi esgota o assunto Satisfaz a curiosidade do leitor Eu entendi tudo Tenho certeza sobre os n meros a grafia dos nomes pr prios Devo ouvir outras pessoas para completar a informa o ou conferi la Em caso de opini es quais os outros pontos de vista que devo ouvir Importante sempre melhor confessar ignor ncia ao entrevistado do que mais tarde ao chefe na reda o Logo no in cio do fragmento acima encontramos a caracteriza o expl cita do papel social do emissor desempenhado pelo rep rter no processo de produ o textual O autor defende caracter sticas e posi es que devem ser assumidas pelo rep rter e afirma com nfase que caso n o as adote o rep rter deve mudar de profiss o S o justamente determinadas atitudes que o jornalista deve adotar que o caracterizam enquanto emissor do texto jornal stico ser curioso ter obstina o em buscar a informa o certa Al m de algumas posturas que o produtor de textos deve assumir enquanto jornalista o fragmento acima
186. r do texto enquanto autor as vozes sociais correspondem as vozes de outras pessoas ou de institui es humanas exteriores ao conte do tem tico do texto e as vozes dos personagens tratam se das vozes de pessoas ou de institui es que est o diretamente implicadas no percurso tem tico Al m das vozes encontramos na vis o do conjunto textual ora discutida outros mecanismos enunciativos as modaliza es Bronckart 1999 p 131 132 define estas como avalia es formuladas sobre alguns aspectos do conte do tem tico e admitem a seguinte classifica o 46 as modaliza es l gicas que consistem em julgamentos sobre o valor de verdade das proposi es enunciadas que s o apresentadas como certas poss veis prov veis improv veis etc as modaliza es de nticas que avaliam o que enunciado luz dos valores sociais apresentando os fatos enunciados como socialmente permitidos proibidos necess rios desej veis etc as modaliza es apreciativas que traduzem um julgamento mais subjetivo apresentando os fatos enunciados como bons maus estranhos na vis o da inst ncia que avalia por ltimo temos as modaliza es pragm ticas que introduzem um julgamento sobre uma das facetas da responsabilidade de um personagem em rela o ao processo de que agente principalmente sobre a capacidade de a o o poder fazer a inten o o querer fazer e as raz es o dever fazer Face ao
187. rcebemos atrav s dos enunciados o quanto a autora evidencia o p blico alvo da obra Eis os mesmos Desenvolva t cnicas infal veis de Reda o e garanta o sucesso de seus textos em vestibulares concursos e no campo profissional Aprenda a escrever com concord ncia perfeita evitar erros de grafia expor suas id ias de forma clara desenvolver textos com estilo e eleg ncia escrever de acordo com as normas da nova reforma ortogr fica e muito mais Conforme j exposto anteriormente o surgimento dos manuais de reda o direcionados para concursos e vestibulares constitui um fato novo provavelmente da d cada de 90 fato bem mais tardio em compara o aos manuais elaborados por jornais impressos 3 2 3 Manual de Reda o e Estilo O Globo A primeira vers o do Manual de Reda o e Estilo O Globo elaborado e editado pelo jornal do mesmo nome teve sua primeira vers o apenas de circula o interna no in cio da d cada de 60 Trabalharemos com a 25 e ltima edi o publicada no ano de 2005 Organizado em 246 p ginas com 05 cap tulos e 05 ap ndices este manual aborda desde quest es que antecedem o momento da escrita como tamb m o estilo aspectos gramaticais al m de quest es ticas inerentes carreira jornal stica Diante da caracteriza o dos aspectos metodol gicos bem como do corpus partiremos neste momento para a an lise deste Vale ressaltar que em decorr ncia da extens o de cada obra
188. ress es de circula o restrita como a g ria os regionalismos vocabulares ou o jarg o t cnico tem sua compreens o dificultada Nessas orienta es encontramos o lugar social em que o texto produzido o papel social do receptor bem como uma evid ncia relacionada aos objetivos da intera o na qual s o produzidos os atos oficiais Pela necessidade de explicar aos leitores qual o tipo de linguagem deve ser utilizada em tais textos o autor prioriza os objetivos da intera o com a frequente preocupa o em fazer os leitores compreenderem o texto produzido Com rela o s caracter sticas que constituem o contexto sociossubjetivo temos al m das normas valores e regras que implicam o mundo social no qual o texto produzido e publicado a presen a da imagem que o produtor do texto d de si ao agir ou seja temos implica es do mundo subjetivo caracter stica prec pua dos atos normativos a finalidade de estabelecer regras que determinem a conduta dos cidad os Nesta perspectiva temos a men o s regras que regem o mundo social no qual os textos oficiais circulam Temos o enfoque nos valores no momento em que h a prioridade em escolher um determinado tipo de linguagem em detrimento de outro J no tocante ao mundo subjetivo percebemos que h uma preocupa o relacionada ao impacto que o texto publicado poder causar nos leitores ou seja a imagem que o emissor do texto no caso o servi o p blico p
189. retas de intera o social A referida autora para mencionar o postulado b sico de que o sentido n o est no texto mas se constr i a partir dele no curso de uma intera o utiliza uma met fora bastante criativa ela compara o texto a um iceberg como este todo texto possui apenas uma pequena superf cie exposta e uma imensa rea imersa subjacente Corroborando a mesma linha de informa o da autora citada anteriormente os Par metros Curriculares Nacionais PCN Ensino M dio 1999 p 139 defendem que A unidade b sica da linguagem verbal o texto compreendido como a fala e o discurso que se produz e a fun o comunicativa o principal eixo de sua utiliza o e a raz o do ato ling stico O texto s existe na sociedade e produto de uma hist ria social e cultural nico em cada contexto porque marca o di logo entre os interlocutores que o produzem e entre os outros textos que o comp em O homem visto como um texto que constr i textos E exatamente nesta discuss o a respeito do processo de constru o de texto que cabe nos neste momento tecermos algumas considera es sobre a escrita tais como o surgimento as concep es desde o seu in cio at os dias atuais como tamb m sobre as pesquisas que focalizam a escrita 18 Beato Canato 2008 p 36 afirma que a escrita surgiu por volta de 3200 a C e seu uso foi se intensificando lentamente ao longo do tempo estando presente atualmente no di
190. rifos das autoras Percebemos nessa ltima cita o a ratifica o de que a concep o de contexto deriva da concep o de texto Paralelamente concep o de texto como uma sequ ncia ou combina o de frases alguns pesquisadores come aram a se dedicar ao estudo do texto n o como produto acabado que poderia ser analisado sint tica ou semanticamente mas sim como forma de a o verbal sustentada por uma compreens o de l ngua como uma forma espec fica de comunica o social da atividade verbal humana Para Koch e Elias 2009 p 79 outra contribui o que surgiu para expandir os limites do contexto diz respeito virada provocada pela perspectiva da Pragm tica Esta nova rea dos estudos da lingu stica passa a focalizar o estudo e a descri o dos atos de fala isto as a es que os usu rios da l ngua em situa es de interlocu o realizam por meio da linguagem esta entendida como uma atividade intencional e social visando determinados fins Nesta perspectiva adotada pela Pragm tica n o interessava verificar apenas as rela es referenciais mas descobrir os prop sitos comunicativos ou seja o para qu do texto a partir desta nova orienta o que surge a primeira divis o acerca das vis es de contexto no mbito da Lingu stica Textual o contexto imediato que integra os participantes o local e o tempo da intera o o objetivo da comunica o e o meio de propaga o e posteriorm
191. rodu o estabelecidos pelo ISD e as orienta es presentes no livro did tico e 3 investigar a rela o entre os par metros do 111 contexto de produ o estabelecidos pelo ISD e as orienta es presentes nos manuais de reda o veiculados em jornais impressos Ao iniciarmos este estudo discutimos o a relev ncia que as pesquisas que abordam a produ o textual t m adquirido nos ltimos anos principalmente as que s o realizadas com foco no contexto escolar Atrav s da descri o de situa es que ocorrem nas aulas de l ngua materna evidenciamos algumas concep es de escrita equivocadas que surgem ao longo dos anos e que muitas vezes s o abordadas em outros materiais que orientam a escrita em situa es extraescolares como na reda o de documentos oficiais e de jornais impressos Essa discuss o acerca da produ o textual se estendeu por todo o primeiro cap tulo Nele foram apresentadas inicialmente as concep es de escrita atrav s de um breve percurso hist rico que mostrou desde o surgimento perpassando o impacto causado pela escrita nas sociedades que passaram a utiliz la at chegarmos s concep es atuais de l ngua e texto Tamb m tiveram destaque as vertentes que comp em o cen rio atual das pesquisas sobre a escrita como forma de fundamentar as reflex es que estavam por se delinear Outro foco abordado no primeiro cap tulo foi o ensino de l ngua materna Nesse aspecto refletimos sobre as
192. rtadismo em Portugal ass cenas cerssepea pras Leitura sonetos de Bocage cee sete eens EDTA PESO D E O Arcadismo no Brasil ACENTUACAO 7 KI A CENO BRANCO inira pie kool js ea OOE O 149 Regras de acentua o gr fica arih taa E ate PASATA O ER 15 acentua o na constru o do texto lt isase esiaren enaere 154 Sem ntica e imera o cia ae rh se OS OR RS she RATO AO VR 155 Para compreender o funcionamento da l ngua verbos Il aaua eraen ria 156 5 Ai imagem em foco Experi ncia com uma bomba de ar de Joseph Wright 158 Projeto Tiradentes culpado ou inocente n ioia OES 160 EM DIA COM O VESTIBULAR E O ENEM 162 HISTORIA SOCIAL DO ROMANTISMO ROMANTISMO A ARTE DA BURGUESIA Alinguagem da poesia nom ntica ors anaa oleo wove yaa eee ena 171 Leitura Can o do ex lio de Gon alves Dias 0 0 cece cee ececeeeee 171 Do Oa CAROTONE aa a n oana me niina 176 O ROMANTISMO EM PORTUGAL Almeida Garrett o compromisso com a nacionalidade u un 180 Alexandre Herculano em busca das origens 00eccceeeeeueeess 181 Camilo Castelo Branco a novela passional 0 sceceueeueeeucees 182 Leitura fragmento de Amor de perdi o n 6 ccc cee ecu essuecuueeuees 182 O ROMANTISMO NO BRASIL A POESIA Pisperar es dO ROM AMUSING deaan ctaraccthielova Sra ga Ar RS ote 185 Primeira gera o a busca do nacional csc eceeeeeceeueeeetees 185
193. s do professor e da escola mas tamb m aos da fam lia da sociedade e outras institui es A respeito desta situa o Geraldi 1996 p 120 afirma que Na situa o escolar existem rela es muito r gidas e bem definidas O aluno obrigado a escrever dentro de padr es previamente estipulados e al m disso o seu texto ser julgado avaliado O professor a quem o texto remetido ser o principal talvez o nico leitor da reda o Consciente disso o estudante procurar escrever a partir do que acredita que o professor gostar e consequentemente dar uma boa nota Mas precisamente far a reda o com base na imagem que cria do gosto e da vis o do professor Servi o la carte Nesse sentido atr s da figura do professor est a escola e todas as rela es pr prias da institui o com suas normas e condutas a serem adotadas esse equ voco que encontramos na maioria das vezes nas pr ticas de produ o textual Corroborando essa pr tica ainda temos o fato de muitos pesquisadores criticarem a forma como os g neros textuais s o trabalhados em sala de aula pois na maioria das vezes percebemos que acontecem apenas simula es de situa es efetivas de intera es comunicativas no processo de produ o escrita O livro did tico contempla uma grande variedade de g neros textuais a serem trabalhados no decorrer daquele ano e ou curso por m os textos a serem produzidos n o s o feitos
194. s importa entender previamente o que caracteriza o texto escrito ou oral unidade ling stica comunicativa b sica j que o que as pessoas t m para dizer umas s outras n o s o palavras nem frases isoladas s o textos Esta reflex o citada na p gina anterior evidencia o car ter comunicativo que os textos possuem bem como a import ncia desses em nossa vida social j que estamos nos comunicando constantemente Para Koch 1997 p 21 em um primeiro momento o texto foi concebido como 17 a unidade linguistica do sistema superior a frase b sucess o ou combina o de frases c cadeia de pronominaliza es ininterruptas d cadeia de isotopias e complexo de proposi es sem nticas Em um segundo momento de acordo com as orienta es da Pragm tica o texto passou a ser visto como a uma sequ ncia de atos de fala conforme as teorias acionais b fen meno primariamente ps quico resultado de processos mentais segundo as vertentes cognitivistas c parte de atividades mais globais de comunica o indo al m do texto em si segundo a teoria da atividade verbal Diante do surgimento dos novos conceitos do texto no decorrer da hist ria da Lingu stica Textual Koch 1997 p 22 afirma que o texto pode ser concebido como resultado parcial da nossa atividade comunicativa que compreende processos opera es e estrat gias que t m lugar na mente humana e que s o postos em a o em situa es conc
195. s caracter sticas movimento de pesquisadores para interven o na escola p blica problemas a serem resolvidos na teoria e na pr tica sobre o ensino de leitura e produ o difus o maior da teoria vigotskiana sobre ensino aprendizagem difus o maior das ideias bakhtinianas sobre a linguagem desenvolvimento maior da Lingu stica Textual e da An lise do Discurso Em suma um quadro de intensa transforma o e no campo educacional especificamente no ensino de l nguas a conviv ncia de v rias teorias isoladas sem um quadro unificador e coerente Foi exatamente neste cen rio m ltiplo e incoerente que brotaram as primeiras sementes do ISD no Brasil No ano de 1992 aconteceu o encontro de duas pesquisadoras do Programa de Estudos P s graduados em Lingu stica Aplicada ao Ensino de L nguas LAEL da PUC SP a Prof Dr Roxane Rojo e Maria Cec lia C Magalh es com as teses do ISD Este encontro foi realizado durante a I Conference for Sociocultural Research em Madri e contou com a confer ncia do Prof Jean Paul Bronckart intitulada Action theory and the analysys of action in education Nesta confer ncia as pesquisadoras visualizaram uma via de resolu o para os problemas te ricos e pr ticos que eram postos aos pesquisadores de Lingu stica Aplicada no Brasil A respeito desta mesma confer ncia proferida pelo pesquisador genebrino Machado e Guimar es 2009 p 25 tra am o que iria surgir posteriormente 38 Essa conf
196. s de reda o optamos por uma sele o que contemplasse diferentes inst ncias e consequentemente diferentes p blicos em que a produ o textual pudesse ser abordada e trabalhada Por essa raz o selecionamos Manual de Reda o da Presid ncia da Rep blica Reda o para concursos e vestibulares e Manual de Reda o e Estilo do Jornal O Globo No tocante aos livros did ticos selecionamos algumas quest es que integravam as orienta es acerca da produ o do texto solicitado em alguns cap tulos J nos manuais de reda o n o encontramos quest es propriamente mas sim orienta es que encaminham a produ o de textos Al m disso essas s o direcionadas especificamente para o prop sito afirmado no t tulo de cada manual No Manual de Reda o da Presid ncia da Rep blica dentre 06 seis cap tulos selecionamos apenas o Cap tulo 1 que se refere aos aspectos gerais da reda o oficial visto que os demais tratavam de quest es ligadas gram tica da l ngua al m dos atos normativos e das leis que regem a rotina de trabalho na Presid ncia da Rep blica J no Manual de Reda o e Estilo do Jornal O Globo dentre 05 cinco cap tulos selecionamos os Cap tulos 1 e 2 que se referem respectivamente s quest es ligadas ao pr prio ato de escrita como a pauta a prepara o a atitude o comportamento e o relato e ao estilo ou seja como o texto jornal stico constru do como se d a rela o entre a pala
197. s infer ncias que o leitor ter de fazer De modo geral ele o norte que orientar o leitor acerca do que trata o texto O tema um fator prospectivo a partir do momento em que o produtor do texto precisa ter conhecimentos pr vios para iniciar o processo de escrita O produtor necessita do contexto em que possa situar o tema e dessa forma extrair informa es necess rias Outro fator prospectivo se refere ao autor Muitas vezes dependendo do conhecimento que tenhamos a respeito dele podemos fazer previs es n o s sobre o estilo do texto a sele o lexical mas tamb m sobre como ser tratado o tema sentindo nos inclusive conforme nossas prefer ncias predispostos a ler o texto ou n o Al m desses dois tipos de fatores de contextualiza o ainda temos a focaliza o A respeito desta Koch e Elias 2009 p 94 54 A focaliza o uma das mais importantes formas de contextualiza o Ela leva os interlocutores a se concentrarem em apenas uma parte do conhecimento a respeito de determinado tema com base na perspectiva sob a qual s o enfocados os componentes do mundo textual como uma c mera cinematogr fica que joga sua luz sobre determinado recorte do texto Grifo das autoras Muitas vezes deparamos com problemas de compreens o de textos devido aos equ vocos referentes s diferentes focaliza es entre autor e leitor pois um mesmo texto pode ser lido de maneiras diferentes Diante dessas discuss es
198. s que uma carta datada do dia 25 de julho houvesse sido escrita no dia 15 do mesmo m s ou do m s anterior A informa o da data inerente pr pria estrutura do g nero carta Observemos agora o seguinte trecho retirado do Manual de Reda o da Presid ncia da Rep blica que enfoca aspectos ligados ao momento de produ o A orienta o intitulada Concis o e Clareza e est localizada p gina 06 no Cap tulo 01 sendo este denominado Aspectos Gerais da Reda o Oficial Eis o trecho 80 A concis o antes uma qualidade do que uma caracter stica do texto oficial Conciso o texto que consegue transmitir um m ximo de informa es com um m nimo de palavras Para que se redija com essa qualidade fundamental que se tenha al m do conhecimento do assunto sobre o qual se escreve o necess rio tempo para revisar o texto depois de pronto nessa releitura que muitas vezes se percebem eventuais redund ncias ou repeti es desnecess rias de id ias Neste trecho acima encontramos al m da men o ao momento de produ o do texto uma vis o diferente acerca da escrita pois a revis o do texto sugerida pelos autores Neste sentido a partir do momento em que uma leitura se faz necess ria antes de entreg lo a algum fiscal de sala professor ou examinador percebemos que a vis o de escrita presente neste fragmento o texto como processo e n o como produto acabado Apesar de n o localizarmos
199. sa senmana nana sa saradas 94 11 3 1 7 Mat ria Legislada Texto ou Corpo da Lei ccsseseeseseesesssnssstenssvssrsnnenssneenseneeneenssnsansensansansarsnssessgres 94 11 3 1 8 Agrupamento de Artigos sessssesseessessestsenecstesesstsssessecnessussssssnsssscanennennnecsncuacenecenscsecnnsassensnassonsegstsnes 94 11 3 1 9 Cl usula de Revoga o 95 11 3 1 10 Cl usula de Vig ncia c csesessenesesesonirreresacnsesncesesenessas 295 11 3 2 Assinatura e Referenda ssererenseseerereserereeneeeneasarereserarerenersaso 95 12 Lei Complementar E NES EED 96 12 1 Defini o 96 12 2 Objeto cccssccssscsescssssssssssesssecsssssssesssecsssecssecanecnscenscenseesnssuesssasssessnsssnscessecssecanensusccabeccassananccsrecusensnscassansccansansesets 96 13 Lei Delegada sssssssssssessesssssessecsssnssnscsssnssnssnsassnssnssnsansnsensssnssneeseensenccnenusanesnanccnsenscascnsensnssansnasasanseyes 13 1 DEHDICRO chester sesmaria 132 DISTO ra 13 3 Forma e Estrutura 14 Medida Provis ria 14 1 Defini o 14 2 Ob ELO A E a ias tata 14 3 Forma e Estrutura 15 Decreto Legislativo sessessesseseansasensensensenseneass acess estorsbnssudsdueseeteesseesisheseusscstecdesvanssussssscasscesebesssaceoren OO 15 1 Defini o 99 15 2 ODO rosa 99 DOCS E OMEN O RAGUEAILEIEGL Saye corse susujssncacavanahssts 7 Dipo Rei QUA TREAT UERR E EN E A A E T TE 100 i Decreiv IE INEI E
200. se enquadra Por tratar se de um texto que tem por objetivo fazer uma apresenta o sucinta a respeito de um filme ou livro o produtor do texto n o deve prender se a detalhes Essas caracter sticas est o intrinsecamente direcionadas a estrutura composicional do g nero cr tica de filme N o podemos desconsiderar que as orienta es ora analisadas tamb m se enquadram nas fases que uma atividade de linguagem requer para ser realizada Implicitamente quando tra amos um objetivo diante de uma produ o concomitantemente estamos realizando um planejamento A partir do momento em que seguimos orienta es sobre o que priorizar no texto quais informa es dever o ser colocadas obedecemos regula o Durante as fases de planejamento e regula o h a avalia o no caso da situa o de produ o tanto por parte do aluno que pode realizar uma ou mais leitura ap s o texto escrito quando do professor que poder mostrar os caminhos para que texto seja reescrito e consequentemente aperfei oado Abaixo temos um quadro que representa as ocorr ncias dessa categoria de an lise do corpus da nossa pesquisa especificamente os par metros do contexto sociossubjetivo QUADRO 2 OCORR NCIAS DOS PAR METROS DO CONTEXTO SOCIOSSUBJETIVO PAR METROS DO EVID NCIAS DE OCORR NCIA NO CORPUS CONTEXTO SOCIOSSUBJETIVO O lugar social Manual de Reda o e Estilo O Globo 05 Manual de Reda o da Presid ncia da Rep blica
201. sempre que oportuno gt seja respons vel e eficaz do ponto de vista das op es te ricas e metodol gicas que faz de tal forma que o programa declarado no livro do professor n o s configure se como compat vel com os objetivos do ensino de l ngua materna e como ainda seja corretamente efetivado no livro do aluno Al m desses crit rios Rangel 2001 p 13 v como necess rio num processo de sele o de LDP saber se o livro gt oferece ao aluno textos diversificados e heterog neos do ponto de vista do g nero e do tipo do texto de tal forma que a colet nea seja o mais poss vel representativa do mundo da escrita gt prev atividades de leitura capazes de desenvolver no aprendiz as compet ncias leitoras implicadas no grau de profici ncia que se pretende lev lo a atingir gt ensinar a produzir textos por meio de propostas que contemplem tanto os aspectos envolvidos nas condi es de produ o quanto os procedimentos e estruturas pr prios da textualiza o gt mobiliza corretamente a l ngua oral quer para o desenvolvimento da capacidade de falar ouvir quer para a explora o das muitas interfaces entre oralidade e escrita gt desenvolve os conhecimentos ling sticos de forma articulada com as demais atividades 62 Apesar dos crit rios estabelecidos para a escolha do LD pelo PNLD muitas criticas surgem a respeito dessa escolha O respeito as diversidades regionais nao condizem com a proposta
202. sente o desrespeito do jornal quando tais coloca es s o feitas Vale salientar que a preocupa o com o leitor deve ser uma constante n o apenas no meio jornal stico mas sim em todos os contextos de produ o Outro aspecto destacado no fragmento acima diz respeito preocupa o dada ao conte do tem tico Segundo Bronckart 1999 p 97 esse aspecto se refere ao conjunto das informa es explicitamente apresentadas num texto e que s o traduzidas pelas unidades declarativas da l ngua Apesar de o conte do tem tico constituir representa es constru das pelo emissor do texto sobre os par metros da situa o de linguagem o receptor tamb m levado em considera o no momento de selecionar o conte do a ser veiculado num determinado texto A seguir outro exemplo do mesmo manual e cap tulo do t pico Linguagem da p gina 27 86 Usa se tamb m a sabedoria popular para enriquecer o estilo Mas bom lembrar o que prende o leitor o inusitado o banal d sono Ele bocejar ao ser informado que numa casa de ferreiro havia espeto de pau ou que deu certo para algu m preferir um p ssaro na m o Mas talvez ache gra a em conhecer a hist ria de dois bicudos que se beijaram ou da gua mole que n o conseguiu furar a pedra dura Aqui temos mais um exemplo que enfoca o leitor a partir do vi s da express o da forma como o texto elaborado na escolha da palavra da frase da ora o e at
203. sessessessesseenenessssnssssessenceneenensenscnnenscesensenenscnnenncnnanncensesseest os 1 4 Concis o Clareza c ccssssssssscsssssessssssessesscssrssssnesucsessssssesncovsnscustecaseneanscnsenssuqencassnecscseccasenssessarqneconsnscasqnscaesensntent 6 CAPITULO IL AS COMUNICA ES OFICIAIS sssssssseesesseeeeeereeesersressereresseeseserseeresreereesereesressnestetttt 8 2 E S OE E E TRET 9 2 1 Pronomes de Tratamento sisssseessrsssssssoeressocesessreesereescoeeensaeessenteresenreeeeserererseseeeeoseseerersrssteeeesssseeeeserenereeseeetee 9 2 1 1 Breve Hist ria dos Pronomes de Tratamento ssssssssssesssesessessnssnsennseneencsnecsssssssnnsencennsaneqansonncansensensenessenegs 9 2 1 2 Concord ncia com os Pronomes de Tratamento eeeneenseeseesenseansertermeensereeareaeeneensenertsentenaenenneantceno 9 2 1 3 Emprego dos Pronomes de Tratamento runummesaesesmesseseeseeeeeeeemmeememersesseeeeseeeemmenemeeseenessernonnamnnnanas 9 2 2 Fechos para Comunica es 2 3 Identifica o do Signat rio 11 3 O Padr o Of cio ccecccersresssesserssesssscosserecsenenssssnsvsssnssnsnencnenenenssnanenssesnassncncnssssscnsessnsscacsosscacacnereraensaseet 11 3 1 Partes do documento no Padr o Oficio sssssssssseerssrerererrersssrsresssreerressssseennnnenerenreessnntnnnessseererennnnnt nnt ennnnt ntt ttnt 11 3 2 Forma de diagrama o EA 3 3 Aviso Of CIO cscsssssssesscscsecsssscssecescseescncsncnscnscnsscns
204. ssesesssseneneensnnssneeseenenenensnsnsanensnassasanansasnansnes 126 8 3 Valor documental scsscssssssssscecsesssssssssssssscssssscnessnsnscnsensescssencnscenennesecascononnonvoussnscsucencassassensesanecnnsocoecescnseeseeeeneses 27 CAP TULO IL ELEMENTOS DE ORTOGRAFIA E GRAM TICA sessssssssssesssssnnnssenenensersnnnnnneee 28 9 Introdu o Netejestado PNE E A A E AREE E Rio ado rsdeca dada doses cse 25 9 1 ORTOGRAFIA sccossssnsssosssostsesconssssnssserssssssncssnvsonvescansssenscsconscesnonersssscnnssennvesonascessneccsonsensassaraasenguocenssecnvecuessceenees 2 9 1 1 Emprego das Letras s essessssessseersereseeersesnsoesensssesserrsressoresnsseerereseeereeesanenersasraeetoeeeorenssensseessenereeeentntetrettett 2 9 1 1 1 Emprego de Vogais c ssssseseessssssssssesssssessssnesssnssnsseenssnssensensenssusnnsansanssecnssnssanssscseassasesseseenenussnsnnsanennenes 29 a Sa S DA TE E Ot y N EEIN T PO A E E E E 29 71D o o iT U y a A E E A r A A te duto dono aaciay lona ones copdiacas 30 9 1 1 1 3 Encontros Voc licos dl 9 1 1 1 3 1 El ou E id 9 1 1 1 3 2 OU ou O vol 9 1 1 2 Emprego de Consoantes semeses wal 9 1 1 2 1 Emprego do H com o H ou sem 0 H ssssssesssesssresserssssnssessssnessneneninssen aal 91 122 O fonema 2 O ITs sissscoccecaccosscasseveseaauscasasecesssesvaeoswevevosnsonesescskesaar ie 9 1 1 2 3 O fonema s C ou S ou SS ou X ou
205. ssnsssesensenessanenennsnsasenensanenenseneneess nals 3 3 1 Defini o e Finalidade ssssssssssssscsssesssssseeeeeeesnnsssssessessessvsssansengecenunnasssseesasensananeggqgqunnnnnnggassgqseesneessy 13 3 3 Z Forma e EStrutura cccssssssscssssssscssssscssssssssscssssccnsssssnsessencsnsscensensescnnsnsensenvsnscnesaccassncanecngenenennscoconcnscassnssnassees 13 3 4 Memorando es mas 3 4 1 Defini o e Finalidade ssessssessssescssesssessssssessneesnneesaneansnensvansanscnnnsccnnnsaqunssesesss aot 3 4 2 Forma e Estrutura sscssscssssssssnsssssonscsssssssscssecsnscnscensonvonscsssanecnscessenecusesnscssconsconenssccaccascancnassanszoscnasenecasensseene 17 4 Exposi o de Motivos ssssssssssssssssneessneessneennsessncssnesssnecanerannecnnneqennenenssssyss 4 1 Defini o e Finalidade 4 2 Forma e Estrutura 5 Mensagem seemerserses 5 1 Defini o e Finalidade 5 2 Forma e Estrutura 6 Telegramarsesssessssessssssssecsnseesseessnsssnscssnecssnecsunecsusennnecsanecssssenssqsnscqansqnnnesesssss ss 6 1 Defini o e Finalidade 6 2 Forma e Estrutura 7 FAX sssssssssc sesvssocossocosssosaoss 7 1 Defini o e Finalidade 7 2 Forma e Estrutura 8 Correia Eletr nico sssssssssosososoesesoseseesssoessoesesososesosseenesecoeseoeecocesoeeooeseeesereseseseosesereeeseseeseeseeeseseereseseseeet 26 8 1 Defini o e finalidade 26 8 2 Forma e Estrutura ccccccsssssecsssssessssscsessee
206. sssesessssescssssscsrssseneseseessnenssseassenssansncsssenensssncescassesenensnanenaeneacnneays 87 10 4 3 Quest es que Devem Ser Analisadas na Elabora o de Atos Normativos no mbito do Poder Executivo 1 88 CAPITULO V ATOS NORMATIVOS CONCEITOS B SICOS ssa hosossssossos 092 11 Lei Ordin ria cccsesesssssessenssseenssnsssssesssensenseneanencensensnsensensnnsasenscanensensansnncancaneenenssens a93 11 1 Defini o 193 PLZ ODEO sessen PR E 11 3 Forma e Estrutura Bei ei ta aac E PE GV AR EN E RR EA Adap EO EO O AEREAS E ROSTO QUERER 93 11 3 1 Ordem Legislativa cessssssssssssssesssssessssecsssssssecsneccsueecnnecssnecsnscssssrecssscessnecssnscsssuescsunscesusecuanscgunanensegennsesnns 93 11 3 1 1 Das partes do ato normativo 93 11 3 1 2 Ep grafe sssecscsssssssssssecnsceesssnensensacenensessnsseseenensseees 93 11 3 1 3 Ementa ou Rubrica da Lei ccccscsesssssssssssesesesescsssseeeeesssesesesenenenensesennsessecsuenesasseseseacaenecenennensnenenanans 93 11 3 1 4 PreAmbullo cccecccscescccsssssososssssessssosssesscsscssccesesescssenscsssnepesscnsnsnscossesescneneasareseneressooenesssevassesesoncasacsanscanee 94 11 3 1 5 mbito de aplicagdo cesssecsescssesssssssssessssssseesnsesneesnecsnessnsessnesssssssccsssessssssssecunassnscenuecenaganecsnegeneceesess 94 11 3 1 6 Fecho da Lei sececcereeerenmensarenerscreeneacererereneaaeaceraererererenasanaa sa aca acarararara casser ore rara
207. ste cap tulo percebemos que h um consenso tanto nos cursos de Letras na literatura dedicada ao ensino de l nguas e na Lingu stica no que concerne postura de que os textos constituem a principal ferramenta no ensino de l nguas Entretanto a exist ncia desse consenso n o suficiente para a ado o de uma pr tica eficaz em sala de aula especificamente com foco na produ o textual dessa realidade que a pr xima se o tratar 1 2 A produ o textual e o ensino de l ngua materna O ensino produtivo de l ngua materna tem como principal objetivo desenvolver a compet ncia s cio comunicativa do aluno ou seja fazer com que este seja capaz de se envolver de forma eficaz nas mais diversas situa es do uso da linguagem quer seja numa conversa informal com os amigos numa mesa de bar ou at mesmo na reda o de um of cio num ambiente de trabalho Nesse tipo de aprendizado a produ o textual constitui um mecanismo de fundamental import ncia para despertar no aluno um melhor desempenho na intera o das in meras atividades sociais a que seja submetido Ainda a respeito do ensino de l ngua materna muitas quest es s o discutidas nos cursos de gradua o em Letras como tamb m entre os profissionais que j atuam na sala de aula especificamente com l ngua portuguesa Uma delas diz respeito ao o que ensinar Este questionamento nos parece bastante pertinente visto que ensinar portugu s para pessoas qu
208. ta diferentes Diante dos fragmentos analisados percebemos que os manuais de reda o selecionados apesar de se destinarem a prop sitos diferentes possuem um maior n mero de orienta es que consideram os aspectos sociais envolvidos no processo de produ o textual Entretanto t o importante quanto adequar as orienta es concep o de escrita como intera o favorecer situa es de linguagem em que os produtores se envolvam e estas tenham como foco os aspectos sociais e pragm ticos de modo que haja a ativa o das dimens es sociais cognitivas e lingu sticas Palavras chave Lingu stica Aplicada Interacionismo Sociodiscursivo produ o textual contexto de produ o ABSTRACT This research placed on Aplyed Linguistic rea approaches a view about the conceptions of writing present in the didactic books and writing manuals As main objective we choose to analyze especificily the didatic pedagogic commands that pointed the textual production contained in them on the materials The adopted method is the comparative one having the own CORPUS constituition In regard to the obtention of information this work is a documental and bibliographic research having as approach the qualitative one At first it was selected a CORPUS that represents the two researched universes as follows Three didactic books being two for the fundamenthal learning and one for the medium learning and three writing manuals being one for Jo
209. tendo em vista essa ser o foco do nosso trabalho Iniciaremos o cap tulo com algumas discuss es 13 sobre escrita desde a sua origem at as diversas concep es de texto Em seguida faremos algumas reflex es sobre o ensino de l ngua materna e o trabalho de produ o textual No segundo cap tulo apresentaremos os pressupostos te ricos do ISD corrente epistemol gica que nortear a an lise Inicialmente faremos uma breve discuss o sobre a chegada dos pressupostos interacionistas ao Brasil bem como uma exposi o dos principais conceitos que comp em essa corrente Por ltimo achamos relevante tecer algumas considera es sobre o contexto de produ o j que este ser o elemento norteador da an lise do corpus Para isso fizemos um breve levantamento acerca das concep es de contexto J no terceiro cap tulo encontramos algumas considera es a respeito dos aspectos metodol gicos do nosso trabalho no qual damos nfase descri o do nosso corpus Fizemos algumas discuss es sobre o livro did tico e os manuais de reda o como tamb m descrevemos cada um dos materiais que integram a an lise da nossa pesquisa O quarto e ltimo cap tulo apresenta a an lise das orienta es que encaminham a produ o textual nos livros did ticos selecionados bem como nos manuais de reda o Essas orienta es s o analisadas com base nas categorias do contexto de produ o postuladas por Bronckart e s o divididas
210. textual concebida como um processo de socializa o Ao selecionar um tipo de linguagem o produtor de textos age de acordo com normas valores regras que s o determinadas de acordo com o mundo social em que o texto escrito e posteriormente circular Por ltimo sem fugir ao prop sito ao qual o manual se destina a autora contextualiza a produ o textual realizada em concursos e vestibulares Para tal ela especifica os poss veis interlocutores e o tipo de linguagem a ser utilizado Dessa forma temos em todo o fragmento selecionado a caracteriza o da posi o social do emissor que produz o texto medida que se reflete sobre que linguagem empregar num texto qual objetivo de comunica o o texto ter quem ser o os interlocutores o produtor assume o estatuto de enunciador e esse lugar social percebido por quem recebe o texto Quando n o h essa reflex o e o consequente uso dos aspectos refletidos o produtor n o assume a posi o social do emissor requerida pelo texto sugerido Outro exemplo extra do do Manual de Reda o e Estilo O Globo no Cap tulo 1 na se o Comportamento p 16 encontramos direcionamentos que remetem posi o social do emissor 98 O rep rter um curioso movido permanentemente pelo desejo de saber o que acontece e de entender o por que aconteceu Se n o for assim est na profiss o errada E n o basta querer saber preciso saber tudo e ter a obstina o de sabe
211. ticamente partindo de g neros menos complexos como o relato pessoal at a cr tica de cinema Em princ pio cada uma das unidades destina se ao trabalho de um bimestre podendo contudo ser adaptada s condi es de cada escola e de cada turma As unidades geralmente s o abertas por uma imagem art stica fotografia pintura quadrinho ilustra o painel de imagens e um pequeno texto que faz refer ncia imagem de abertura e ao g nero tema da unidade Ainda nas p ginas de abertura h uma se o intitulada Fique ligado Pesquise em que s o sugeridas atividades dentro ou fora de classe que consistem em pesquisar ler assistir a filmes ouvir certas m sicas navegar pela internet etc com a finalidade de ampliar o conhecimento pr vio do aluno a respeito do g nero ou do tema a ser explorado Tamb m na abertura temos as se es Fique ligado Escreva e Oficina de Cria o Na primeira o aluno convidado a fazer uma produ o textual em que dever explorar seu conhecimento sobre o g nero e eventualmente sobre o tema que ser trabalhado A segunda se o que na realidade s colocada em pr tica no final da unidade aparece logo na abertura a fim de que os alunos sob a orienta o do professor j comecem a se organizar e a reunir o material para que o projeto seja concretizado com sucesso O ltimo cap tulo de cada unidade intitula se Oficina de Cria o Sua finalidade retomar e aprofundar sob difer
212. tivo da intera o do texto a ser produzido pelo jornalista 105 Seguran a Sempre que houver risco para a seguran a pessoal de pessoa inocente dever do jornal omitir informa es que criem ou aumentem esse risco Cabe ao jornal informar se para decidir sempre por conta pr pria se a not cia realmente perigosa Esse princ pio tem aplica o frequente mas n o obrigat ria em casos de seqiiestros Leva se em conta o fato de que o respeito privacidade de algu m tem um pre o significa informa o ao p blico que por exemplo tem o direito de saber que h uma onda de sequestros na cidade em contrapartida dif cil conceber not cia t o importante que justifique a probabilidade de perda de uma vida Da mesma forma que o fragmento da p gina anterior enfoca o objetivo que a intera o do texto jornal stico proporciona este acima tamb m aborda Tanto no exemplo anterior quanto neste percebemos que a preocupa o com a forma com que os leitores do jornal receber o a not cia quais impress es ter o sobre o texto possui estreita liga o com a no o de atividade de linguagem defendida pelos pressupostos interacionistas A partir do momento em que o jornalista reflete sobre o comprometimento que a divulga o de uma not cia pode trazer para os leitores e as pessoas envolvidas no fato noticiado temos um planejamento do que ser escrito uma regula o por parte de quem escreve e do jornal
213. to Dentre esses estudos destacamos o de Koch e Elias 2009 p 88 que corrobora a vis o apresentada por Marcuschi 1983 Para as autoras Um dos requisitos b sicos para a produ o de todo e qualquer texto a contextualiza o ou seja sua ancoragem em dada situa o comunicativa no interior de determinada pr tica social tendo em vista o lugar e o momento da intera o os participantes e suas particularidades os objetivos a serem alcan ados Para tanto dispomos de um conjunto de fatores de contextualiza o que segundo Marcuschi s o de dois tipos contextualizadores propriamente ditos e perspectivos ou prospectivos Grifos das autoras Os contextualizadores propriamente ditos ajudam a ancorar o texto numa situa o comunicativa al m de contribu rem para o estabelecimento da coer ncia Podemos destacar a data o local a assinatura os elementos gr ficos nos jornais na disposi o das p ginas no caderno em que se inserem ilustra es e o suporte que os veicula tipo de jornal de revista etc J os fatores prospectivos s o os que permitem avan ar expectativas sobre o conte do o estilo enfim o teor do texto como o caso de t tulo autor f rmulas iniciais etc O significado do voc bulo prospec o j nos d uma ideia de que estes fatores remetem sondagem investiga o O t tulo sem d vida o primeiro desencadeador de perspectivas sobre o texto pois serve de fio condutor para a
214. to do Cours de linguistique g n rale Curso de Ling stica Geral atrav s dos estudos de Saussure em 1916 come am a se ouvir 26 os ecos da ruptura com a tradi o ling stica de pesquisa predominante at ent o Mas somente na d cada de 60 a Ling stica foi finalmente introduzida nos cursos de Letras Na d cada de 50 surge a gram tica gerativista proposta por Noam Chomsky Com o surgimento desta foi iniciado um extenso debate entre os estruturalistas e os gerativistas Este debate proporcionou um grande enriquecimento nos estudos ling sticos mais especificamente com o surgimento de novas disciplinas como a Psicolingii stica e a Socioling stica que trouxeram como prop sito estudar a linguagem numa perspectiva de atividade social O surgimento das disciplinas citadas segundo Mat ncio 2001 culminaria posteriormente no aparecimento da Ling stica Aplicada e uma quantidade crescente de seus adeptos os quais interferiram tamb m nas altera es dos padr es vigentes no ensino e aprendizagem de l nguas Koch e Travaglia 2003 ratificam as contribui es trazidas pela lingu stica contempor nea para a pr tica em sala de aula e ainda acrescentam que apesar de o ensino de l ngua materna apresentar cinco modalidades como o ensino de gram tica de reda o da express o oral da leitura e do vocabul rio o mais frequente a nfase no ensino de gram tica e de leitura constituindo a integra o destas ci
215. trabalho de produ o realizado um nico teste para os dois grupos em que o objetivo mais importante a caracteriza o do produto Ap s um determinado per odo de instru o todos os estudantes s o submetidos a um segundo teste Em seguida as performances e os resultados s o comparados assim como s o 22 analisadas as diferen as significativas entre os dois grupos Evidentemente o resultado favor vel ao grupo experimental J a segunda vertente a cognitivista tinha por prop sito desvelar os mecanismos mentais do sujeito as etapas da escrita as rela es entre as diversas vari veis que interferem no processo de produ o de textos Os cognitivistas criticavam o estabelecimento de tr s est gios pr escrita planejamento escrita e reescrita no processo de produ o de textos defendido pelos experimentalistas Esta cr tica foi constru da com base na concep o de que nas atividades de produ o existe um car ter recursivo e fatores como contexto de escrita est mulo pr escrita come o elabora o textual reformula o e edi o Se trouxermos estas observa es para a grande maioria das aulas de produ o de textos poderemos visualizar equ vocos no tocante ao ensino visto que geralmente a reescrita de textos encarada apenas como uma etapa final n o sendo recomend vel ser feita a cada passo do processo de produ o Sabemos que reescrita envolve revis o e esta pode ser feita a qua
216. transi es entre tipos de discurso e entre frases de uma sequ ncia ou ainda s articula es mais locais entre fases de uma sequ ncia ou ainda s articula es mais locais entre frases sint ticas Esses organizadores textuais mencionados nesse ltimo conceito podem ser conjun es adv rbios ou locu es adverbiais grupos preposicionais grupos nominais e segmentos de frases A partir de cada elemento que comp e os mecanismos de textualiza o defendidos por um estudioso do ISD percebemos a aproxima o com os conceitos propostos pela Lingu stica Textual A coes o nominal e a coes o verbal que seguem corroboram essa afinidade conceitual Com rela o coes o nominal Bronckart 1999 p 124 exp e Os mecanismos de coes o nominal t m de um lado a fun o de introduzir os temas e ou personagens novos e de outro a de assegurar sua retomada ou sua substitui o no desenvolvimento do texto As unidades que realizam esses mecanismos s o chamadas de an foras e podem ser pronomes pessoais relativos demonstrativos e possessivos e tamb m alguns sintagmas nominais 45 Percebemos que esses mecanismos s o respons veis por integrar as partes do texto estabelecendo rela es de sentido entre as partes utilizando se de pronomes No tocante coes o verbal Bronckart 1999 p 127 defende que os mecanismos de coes o verbal asseguram a organiza o temporal e ou hier rquica dos processos estados acont
217. tro do contexto sociossubjetivo o objetivo da intera o 4 2 4 O s objetivo s da intera o Em Reda o para Concursos e Vestibulares no Cap tulo 5 na se o Fun es da linguagem p 35 encontramos a seguinte afirma o Ao transmitirmos uma mensagem sempre temos em mente um objetivo E por meio da linguagem podemos realizar diferentes a es transmitir informa es dar ordens emitir opini o assumir compromisso 103 demonstrar sentimentos etc Dessa forma para cada objetivo podemos utilizar uma das fun es da linguagem que est o divididas em referencial emotiva f tica conativa metalingu stica e po tica Este fragmento retoma o car ter pragm tico da linguagem em que todo texto tem um objetivo que comunicar algo a algu m ou seja ela existe para propiciar uma intera o mais do que uma mera comunica o Esse objetivo al m de aludir s fun es da linguagem tamb m se relaciona com a intencionalidade que temos ao produzirmos um texto Cada situa o comunicativa em que nos envolvemos necessita que sejam selecionados determinados textos que atendam ao objetivo que a situa o requer Para Bronckart 1999 somos confrontados a um universo de textos organizados em g neros que se encontram sempre em processo de modifica o Nosso contato com os g neros textuais ao longo da nossa hist ria faz com que tenhamos constru do um conhecimento intuitivo das regras e das
218. u do pelo plano mais geral do texto pelos tipos de discurso que comporta pelas modalidades de articula o entre esses tipos de discurso e pelas sequ ncias que nele eventualmente aparecem O plano geral refere se organiza o do conjunto do conte do tem tico e mostra se vis vel no processo de leitura e pode ser codificado em resumo ou seja como se 44 dividissemos um texto em t picos que levasse em considera o o que trata cada par grafo ou conjunto de par grafos A no o de tipo de discurso refere se aos diferentes segmentos que o texto comporta podendo ser um discurso te rico ou uma narra o J a no o de sequ ncia designa modos de planifica o de linguagem que se desenvolvem no interior do plano geral do texto como sequ ncias narrativas explicativas argumentativas etc Com rela o aos mecanismos de textualiza o Bronckart 1999 p 122 assinala que estes contribuem para o estabelecimento da coer ncia tem tica do texto al m de visarem ao destinat rio s grandes articula es hier rquicas l gicas e ou temporais do texto O referido autor destaca tr s mecanismos de textualiza o a conex o a coes o nominal e a coes o verbal Sobre os mecanismos de conex o Bronckart 1999 p 122 afirma Os mecanismos de conex o contribuem para marcar as articula es da progress o tem tica S o realizados por organizadores textuais que podem ser aplicados ao plano geral do texto s
219. ua origem na escrita mas que s o recebidos de forma sonora assumindo assim caracter sticas orais e escritas Percebemos atrav s desse breve hist rico que o uso que norteia o presente e o futuro da escrita medida que a escrita foi sendo usada nas mais diversas esferas sociais novas concep es surgiram assim como as pesquisas avan aram A respeito da pesquisa sobre a escrita Garcez 1998 p 23 afirma que A pesquisa cient fica sobre a escrita tem evolu do de uma vis o centrada no produto para o enfoque dos processos individuais do sujeito cognitivo que produz o texto e mais recentemente para o car ter interativo da produ o de texto ou seja para os modos de participa o do outro nessa produ o Nesse cen rio de evolu o das pesquisas sobre a escrita Garcez 1998 p 24 apresenta tr s grandes vertentes te rico metodol gicas a experimental positivista a cognitivista e a socionteracionista Na primeira vertente conforme o t tulo j sugere trata se de trabalhar a escrita como m todos de experi ncia Ela tem como foco o produto pois procura conhecer a qualidade do texto escrito por meio principalmente do m todo que utiliza pr teste e p s teste ou seja feita uma compara o entre um grupo de estudantes que realiza um trabalho espec fico dentro do m todo de investiga o e outro grupo que continua submetido ao trabalho tradicional e n o recebe tratamento especial na escrita No in cio do
220. uais Diante desse contexto hist rico acerca do vestibular podemos inferir que os manuais destinados a exames de sele o constituem um material recente pela pr pria trajet ria das provas existentes para tal fim 69 3 2 1 O Manual de Reda o da Presid ncia da Rep blica A primeira edi o do Manual de Reda o da Presid ncia da Rep blica surgiu no ano de 1991 Com a edi o do Decreto n 100 000 em 11 de janeiro de 1991 o ent o Presidente da Rep blica Fernando Affonso Collor de Mello autorizou a cria o de uma comiss o para rever atualizar uniformizar e simplificar as normas de reda o de atos e comunica es oficiais Ap s nove meses de intensa atividade da Comiss o presidida por Gilmar Ferreira Mendes foi criada a primeira edi o do Manual de Reda o da Presid ncia da Rep blica A obra dividia se em duas partes a primeira elaborada pelo diplomata Nestor Forster J nior tratava das comunica es oficiais sistematizava seus aspectos essenciais padronizava a diagrama o dos expedientes exibia modelos simplificava os fechos que vinham sendo utilizados desde 1937 suprimia arca smos e apresentava uma s mula gramatical aplicada reda o oficial A segunda parte a cargo de Gilmar Mendes ocupava se da elabora o e reda o dos atos normativos no mbito do Executivo da conceitua o e exmplifica o desses atos e do procedimento legislativo Decorridos mais de dez anos da primeira edi o do
221. ue s o descritos na orienta o pode se reportar n o 75 apenas para a lagoa descrita mas para outra qualquer que ele conhe a ou que ele imagina conforme o enunciado sugere Por mais que estejamos abordando o lugar de produ o no contexto f sico n o podemos desconsiderar que cada produtor de texto traz consigo no momento de produ o as representa es constru das por ele mesmo sobre sua participa o nas atividades de linguagem Por isso temos a nfase do lugar de produ o evidenciado nos comandos acima Na sequ ncia dessa mesma atividade de produ o temos a segunda proposta que tamb m aproxima o lugar de produ o do produtor do texto de modo que aquele possa influenciar decisivamente na produ o por parte deste Vejamos o trecho de uma cr nica que integra os encaminhamentos e em seguida estes H pessoas que moram em casas pequenas mas os espa os s o arejados e limpos J encontrei pessoas que moram em apartamentos de quarto e sala mas s o espa osamente solid rias H outros que moram em casas avarandadas com s t o e por o e vivem se escondendo de si mesmos Esses mesmos n o desconfiam de que a vida passa com a paisagem e o tempo Alguns moram em casas que parecem labirintos MACIEL Pedro Jornal do Brasil Rio de Janeiro 24 agosto de 2002 A partir do trecho da cr nica selecionado para encaminhar o aluno na produ o do texto percebemos que h uma tend ncia para
222. ula ou at mesmo em vestibular ou concurso O tempo ou melhor a capacidade de administr lo durante a realiza o de qualquer exame se transforma em crit rio de avalia o que consequentemente em muitos casos reflete se na aprova o ou reprova o de um candidato Agora observemos estes fragmentos abaixo retirados do Manual de Reda o e Estilo O Globo presente no Cap tulo 1 intitulado Antes de escrever na p gina 13 O bom lead n o nasce no terminal do computador o rep rter o traz da rua Este cap tulo trata do trabalho do rep rter antes de come ar a escrever enquanto h tempo para colher dados explica es e detalhes capazes de marcar a diferen a entre o texto vivo e preciso do jornalista e o relat rio insosso do burocrata Neste ltimo fragmento percebemos um fato determinante a respeito do momento de produ o um bom texto para ser escrito precisa de prepara o Na maioria das vezes quando o produtor se sente preparado para escrever um texto consequentemente n o tem dificuldades em administrar a dura o de tempo de que disp e para realizar tal tarefa Isto mostrado com evid ncia no trecho ora analisado pois o autor 79 qualifica um texto escrito posterior a uma elabora o como vivo e o oposto como insosso Aqui vale salientar que a reda o de jornais e revistas impressos de uma forma geral um dos lugares de produ o de textos em que o tempo se
223. urnalistic texts one for official writings and other for courses students Achieve the objective it was necessary a theoretical choice that approaches the textual production on a interactive perspective In this way we opted to approach the theoretical presumes of sociodiscursive interacionism mainly Jean Paul Bronckart s contributions 1999 2006 Among them we selected the production context parameters being this subdivided into physic context and social subjective one as categories of analysis to our work supplies The analysis was realized based on the relationships existent between the orientations that guide the production and the production text parameters with the purpose of identify the writings conceptions presented in each material analized At least we come to the conclusion that the books and the manuals analized have different writing conceptions In front of the reading pieces we saw that the selected manuals have more number of directions that consider the social aspects involved in the textual production process However it is important to adequate the orientations to writing conceptions and to favor language situations in which productors get involved themselves and these situations have as focus social and pragmatics aspects so that there is the linguistic cognitive social dimensions activation Key words Applied Linguistic Sociodiscurssive interacionism Textual production Production Context SUMARIO INTROD
224. utilizados para provocar determinados efeitos Ap s essas duas se es temos o Estudo do Texto que apresenta um texto verbal vinculado de algum modo ao Texto Visual seja pela tem tica ou pela abordagem Logo ap s vem a se o An lise de Leitura Aqui encontramos quest es discursivas bem como quest es objetivas sobre os textos principais A seguir encontramos a se o dedicada produ o textual intitulada Voc o autor Na maioria destas se es na obra encontramos a presen a de mais de uma proposta de produ o Ap s a proposta seguem instru es para Avalia o e Reescrita Aqui ora se prop e a revis o por um ou mais colegas ora pelo pr prio aluno autoavalia o ora pela classe toda Depois da avalia o o aluno levado a reescrever seu texto e exibi lo ao p blico destinat rio No fim de cada cap tulo mpar temos a se o Hora de Bate papo que procura trabalhar o desenvolvimento da comunica o oral J no fim dos cap tulos pares aparece a se o Oficina de Projetos que sugere a recupera o e o aperfei oamento das produ es feitas ao longo do bimestre Finalizando a unidade encontramos a se o Favoritos com sugest es de livros filmes e sites adequados faixa et ria e ao conte do em estudo 66 Al m das se es regulares apresentadas anteriormente temos uma s rie de se es extras Tais se es s o Humor Texto Musical A Escrita em Foco Linguagem e Contexto e Var
225. verbal suponha Mesmo se tratando de uma simula o vemos o enunciado anterio como uma proposta que leva em considera o os aspectos sociossubjetivos do contexto de produ o pois a autora do texto poderia ter feito de forma diferente apenas solicitando a produ o de um an ncio sem contextualizar a proposta A partir do momento em que o emissor do texto considera uma posi o social mesmo que simulada ele colocar no texto reflexos do mundo subjetivo e social ou seja a imagem que ele tem dele mesmo ocupando o papel um outro papel social No mesmo livro citado na p gina anterior no Cap tulo 04 ap s a exposi o de uma narra o objetiva a autora prop e na p gina 103 a produ o de uma narra o objetiva a partir de uma not cia da Revista Isto intitulada Doente mental finge ser bom e morto no aeroporto Observe o enunciado veiculado logo ap s a not cia Agora imagine que o editor da revista em que essa nota foi publicada pediu que voc a ampliasse numa not cia mais longa e elaborada Siga as orienta es da proposta anterior e escreva uma narra o objetiva com os verbos em 3 pessoa Empregue uma linguagem impessoal como narrador observador seguindo a variedade padr o da l ngua Neste fragmento tamb m encontramos a simula o de uma posi o social do emissor caracterizada pela forma verbal suponha Observamos que a partir do momento em que o emissor produz o seu
226. vra e o fato ocorrido qual linguagem deve ser usada Dentre os 03 tr s manuais que comp em o corpus da nossa pesquisa o Reda o para concursos e vestibulares teve o maior n mero de cap tulos selecionados Num total de 15 quinze cap tulos selecionamos 08 oito que abordam desde a est tica de uma boa reda o passando pelos tipos de discurso e de linguagem at o planejamento e elabora o do texto Na pr xima se o teceremos algumas considera es sobre o livro did tico e como se caracterizam as tr s obras escolhidas para a an lise 3 1 O livro did tico de portugu s Ao iniciarmos esta se o o leitor pode questionar o porqu de usarmos o livro did tico de portugu s e n o o livro did tico de produ o textual e ou at mesmo de reda o j que a escrita o foco do nosso trabalho Entretanto se fizermos uma retrospectiva acerca da hist ria do livro did tico veremos que somente no ano de 1976 o governo brasileiro assume 59 a compra de livros para distribui o em escolas p blicas do pa s Os livros a serem comprados e distribu dos poca seriam destinados exclusivamente para o ensino fundamental nas seguintes reas livros did ticos de alfabetiza o l ngua portuguesa matem tica ci ncias estudos sociais hist ria e geografia Percebemos que n o existia livro destinado especificamente produ o textual Assim como acontece atualmente em muitas escolas este ltimo integrava

O contexto de produção - UFPB - Universidade Federal da Paraíba

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