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1. Vim 0000 y N2. num surto coletivo de venera o Esse foi o ltimo acontecimento que atravessou momentaneamente a exposi o sinalizando junto com Voc gostaria de participar de uma experi ncia art stica e re projetando belo horizonte as outras territorialidades expositivas t o caras ao processo art stico de Ricardo Ali acontecia mais uma edi o da s rie eu voc coreografias jogos e exerc cios Uma retrospectiva de filmes de dez anos desse trabalho com registros em v deo das edi es anteriores em Nova Almeida Cardeon e Liverpool 1999 Diamantina 2000 Porto Alegre e Rio de Janeiro 2003 Las Palmas de Gran Canaria 2005 Rio Branco 2006 Xangai 2008 e Ipatinga 2009 podia ser assistida no Audit rio Desta vez distintamente da maioria das outras vezes o artista n o estava presente Em vez disso enviou instru es de aproxima o ao trabalho para que a atividade acontecesse sem a sua pr pria media o como participante As a es coreogr ficas como sempre seriam constru das coletivamente pelos grupos que comporiam os dois lados das rela es poss veis entre eu e voc No Audit rio do Museu o piso quadriculado 13 chegada do objeto NBP no Museu coincidiu com a a o eu voc coreografias jogos amp exerc cios eu voc coreografias jogos amp exerc cios no Museu de vidro transl cido da d cada de 1940 transformou se naquele dia num tabuleiro para a movimenta o coreografada das
3. 07 Masterplan NBP Renata Marquez Quando entramos no Museu encontramos uma esp cie de pavilh o de exerc cios supostas m quinas de treinamento esperando por seu uso em s rie Mas onde est o as instru es dessas m quinas ou os seus operadores A produ o em s rie das estruturas conjs configura um jogo aberto para varia es programadas de modos de usar O lugar dos operadores das m quinas oferecido ao visitante da exposi o que pode aceitar o convite ou n o seguir as instru es contidas no udio e exercitar se ou n o Espero por um visitante curioso voc escreveu uma vez tentando seduzir aqueles fora de forma A cria o de uma imagem absurda do condicionamento social possibilita o descondicionamento e o exerc cio pol tico fora dali Ricardo Basbaum As encena es replicam os rituais de automatismo que programamos executar todos os dias sem ter a consci ncia completa das implica es tamb m em modo de captura que executamos rotinas enquanto pensamos exercitar nossa liberdade Se o convite ao exerc cio se faz como parque porque n o se est nunca s e o sentido se produz sobretudo na din mica de agrupamento ver o outro mover se j evoca O reposicionamento mas sobretudo quando se visto que os movimentos requeridos podem irradiar se para o sempre estranho e quim rico corpo coletivo da 1 coreografia social Aposto tamb m n o querer na fuga tamb m a h varia
4. es programadas mas no imediatismo da repulsa se reconhece o estranho este que nos familiar insuport vel que queremos modificar Parece ser tarefa singular da arte do artista na medida da recupera o poss vel de tais termos o estabelecimento do e da sombra hoje figuras de impossibilidade l gica e sintomas do aquecimento global na ecologia do pensamento O que torna a pol tica um objeto escandaloso que pol tica a atividade que tem por racionalidade pr pria a racionalidade do desentendimento 7 re bancos exercicios amp conversas uma equa o social ser resolvida por todos Proposta no campo da experi ncia sens vel promove a aproxima o da filosofia pol tica com a arte O dom nio do falar ou do ato de possuir a linguagem em vez de apenas compreend la do intencionar dizer e do entender e desentender a linha propulsora da exposi o que se chicoteia em n s pelo caminho n s da linha desenhada no piso e n s como eu voc M ltiplos fios enaltecem as nossas poss veis condutas e nos fazem transitar atrav s de uma s rie de instru es para atividades nas quais ora somos os espectadores ora os protagonistas Ora apenas compreendemos ora possuimos a linguagem A linearidade da compreens o dos c digos est prestes a descontinuar se num feliz momento de indisciplina e possess o da linguagem ou seja num momento de desentendimento frente s coisas que nos s
5. como lugar perme vel s nossas mais banais sociabilidades Como transformar as sinaliza es e obras destinadas aos visitantes do Museu em linhas de fuga vetores de expans o para fora de l 09 O objeto NBP localizado em Rio Branco no Acre de onde foi trazido para o Museu de Arte da Pampulha Visitantes conversam sobre o diagrama do projeto Voc gostaria de participar de uma experi ncia art stica Tanto o projeto Voc gostaria de participar de uma experi ncia art stica como o trabalho re projetando belo horizonte fazem o Museu ecoar no mundo e vice versa A forma NBP torna se uma esp cie de bandeira que reconquista temporariamente o territ rio orientando novas a es rea es e ocupa es que em fun o dele devem desenhar se O de metal chegou ao Museu no dia 24 de fevereiro de 2012 trazido de Rio Branco Acre Resgatando o objeto d vamos continuidade rede de experi ncias do projeto Voc gostaria que pode ser acessada em www nbp pro br O destino dele n o era a exposi o apesar de ter pousado ali durante dois dias e sim pessoas e situa es desejosas de participar daquela experi ncia art stica As estudantes Isabella Proen a e Priscila Cristina e o professor Alexandre Campos da Escola de Arte e Tecnologia propuseram se a receber o objeto em seu primeiro momento M ltiplo limitado o objeto muitas vezes fica esquecido em algum recanto do planeta acumulando silenciosamente as
6. o impostas impulsionado pela introdu o de um incomensur vel no seio da distribui o dos corpos falantes O asterisco que integra a equa o t tulo da exposi o sugere a remiss o a um lugar ainda inexistente ou a chamada para um enunciado chave ainda por ser feito Os conjs e os re bancos s o equipamentos de falsas certezas interfaces oferecidas para funcionar entre n s e nossas a es situa es amb guas que pretendem intermediar movimento pol tico que vai do exerc cio conversa do entendimento desentendimento da indica o manifesta o do incomensur vel Entrando no Museu ficamos imersos no corpo vazado dos conjs certa malha de estruturas modulares produzidas em s rie de sete e que podem ser montadas sempre com arranjos diferentes A sensa o de amistosidade vinda das almofadas de tecido colorido ao mesmo tempo convite ao descanso e instala o pict rica coexiste com a sensa o de aspereza nada amig vel das telas met licas rastro de limite e cerceamento Um portal um obst culo e tr s bancos s o os elementos que reunidos constituem os conjuntos constru dos sob o hibridismo desses materiais Os conjs projetam varia es no espa o orquestradas por uma nica pe a de udio dispon vel em fones de ouvido na qual Ricardo Basbaum repete dentre outras instru es o seguinte refr o atravessar saltar sentar O manual de instru es dos conjs assim amplamente propa
7. entes prestes a serem ponto de encontro e conv vio ou nada tals quais os espa os p blicos da cidade No Mezanino uma mesa de trabalho e uma exibi o de v deos completam a s rie de presen as do NBP apontando para o fundamental e ilimitado re desenho da forma ou para a sua ut pica destrui o e dilui o na conting ncia do uso Ali encontramos os projetos Voc gostaria de participar de uma experi ncia art stica e re projetando belo horizonte Um computador permite o acesso ao arquivo de experi ncias online do projeto Voc gostaria e um mapa de Belo Horizonte com a interven o da forma NBP define os oito pontos no territ rio da cidade anunciando a a o colaborativa de re projetando A sensa o de estranha familiaridade com as tipologias do parque da pra a e do escrit rio norteiam os espa os criados espa os conscientemente transformadores da quarta tipologia em cena a tipologia do museu Parque pra a escrit rio e museu tipologias culturais em jogo remetem a pr ticas espaciais frequentemente associadas a rituais sociais cio debate planejamento e o enfrentamento dos problemas da expressividade art stica no mundo atual s o respectivamente a es reconhec veis que aqui performatizadas repensam os lugares ritual sticos cotidianos de poder e ordena o e as pr ticas de negocia o entre o controle e o descontrole desses lugares Como diluir as paredes do Museu Como entender essa caixa simb lica
8. gado sem contudo oferecer o conforto esperado dos manuais t cnicos e o seu costumeiro modo adequado cient fico de lidar com as coisas Ele nos diz em seguida exerc cios amp conversas conversas amp exerc cios despistar atrav s dos ritmos eu que escuto aqui falo tamb m 08 Portal obst culo e bancos comp em uma cole o mutante movida por uma rara teoria dos conjuntos parte da matem tica que estuda as propriedades dos conjuntos e as suas opera es matem tica inexata e incompleta por excel ncia gestora cr tica de um equipamento cultural de sociabilidade no qual a din mica entre a escuta e a fala do corpo promovem o devir pol tico Ricardo continua suprassumo do movimento intelectual cuidadosamente deslocado at a articula o do joelho a enerva o de m sculos distantes Vislumbramos a chance do escandaloso exerc cio pol tico a o de m sculos distantes s conjs e re bancos introduzem no espa o do Museu a iconografia da forma NBP Novas Bases para Personalidade desenho do artista materializado no conhecido objeto de metal pintado de branco com bordas azuis A forma impregnante NBP transforma se em portal para ser atravessado nos conjs e em diretriz para disposi es dos bancos em re bancos No Sal o do t rreo os conjs apresentam se como uma esp cie de parque de esportes e no Mezanino re bancos conformam uma esp cie de pra a ambos lugares inquietos intermit
9. ida ainda irresoluto que aqui performatizados no contexto do masterplan NBP fazem ecoar a possibilidade de que uma sociedade de risco pode nascer num momento de sorte quem sabe Uma comunidade pol tica baseada no desentendimento A emerg ncia do povo que falta A emerg ncia do artista que falta A emerg ncia do museu que falta 1 Parte do di logo entre a curadora e o artista publicado no volante distribu do na exposi o 2 RANCI RE Jacques O desentendimento pol tica e filosofia S o Paulo Ed 34 1996 p 14 3 Ibidem p 33 4 Trechos da pe a de udio conjs re bancos amp de Ricardo Basbaum 5 DELEUZE Gilles Conversa es S o Paulo Ed 34 1992 214 Para reler Os maiores artistas de modo algum artistas populistas apelam para um povo e constatam que o povo falta Mallarm Rimbaud Klee Berg No cinema os Straub O artista n o pode sen o apelar para um povo ele tem necessidade dele no mais profundo de seu empreendimento n o cabe a ele cri lo e nem o poderia A arte o que resiste ela resiste morte servid o inf mia vergonha Mas o povo n o pode se ocupar de arte Como poderia criar para si e criar a si pr prio em meio a abomin veis sofrimentos 15 DO DO a Mt o f NN O K W i Di
10. ma gira em torno desse eixo e acomoda se no territ rio indicando mais sete pontos com os seus outros v rtices O processo de trabalho deu se a partir do convite a sete artistas atuantes no espa o p blico da cidade para que por sua vez se acomodassem na forma escolhendo cada um deles um dos sete pontos Cerca de dois meses de pesquisa em cada ponto da cidade foram condensados em um texto constru do coletivamente como alinhavo de fragmentos vocais que ecoariam os pontos definidos pela forma Uma leitura p blica com a presen a de todos os interlocutores e do p blico foi acontecimento importante no per odo da exposi o no dia 4 11 de Belo Horizonte com a interfer ncia da forma NBP no trabalho re projetando belo horizonte V Encontro de Ricardo Basbaum com os colaboradores de re projetando belo horizonte de fevereiro de 2012 proposta ativa de ocupa o da pra a dos re bancos bancos desenhados e produzidos para esse fim oper stico dentre outras elasticidades de uso O Museu apresentou se como eco de outros lugares reterritorializa o do c rculo central da forma NBP que de repente tornou se amplificadamente sonoro Na s rie re projetando o masterplan NBP atua como um instrumento inicialmente arbitr rio para o tra ado de ocupa es e a es Entretanto a sua arbitrariedade e o seu rigor formal tensionam o seu determinismo prim rio ao abrirem justamente pela sua inser o uma fenda para a escu
11. pe as vivas eu e voc A s rie eu voc trata de h bitos individuais e dos seus processos de transforma o em rituais coletivos ou padr es de comportamento em sociedade Nesse estado l dico negociante que pode atingir n veis mais ou menos elaborados emerge a experi ncia da constru o dos protocolos dos c digos e dos padr es de comportamento O poder de constru o de tais elementos deslocado de um lugar de poder abstrato para o mbito dos corpos falantes As coreografias jogos e exerc cios eu voc constroem se na zona de fronteira entre o entendimento e o desentendimento o obedecer e o desobedecer o escutar e o falar O jogo nitidamente capaz de resgatar a nega o do estabelecido e do conhecido propondo um experimento de pequenos ensaios relacionais ou micropol ticas possibilidades de tomada de consci ncia do papel a ser desempenhado por cada um e pelo grupo Antropologia cr tica pr tica exercicios amp conversas desenvolvem se na zona de amplitude entre a estrat gia ordem long nqua e a t tica ordem pr xima fazendo as duas no es confundirem se tensionando as suas dessemelhan as O fracasso das estrat gias claro uma constata o frequente e reconfortante formula o eu voc um projeto de h brido social discreta e constantemente atropelado no nosso cotidiano Mas tamb m com sua pondera o cr tica um projeto de h brido art stico artista e espectador 14 arte e v
12. suas mem rias como foi o caso do Acre Em casa ele grande o suficiente para anunciar se indefectivelmente presente e desfuncional o suficiente para livrar se de usos f ceis O objeto ambulante aglomera os outros como coautores de um trabalho incontrol vel estabelecendo n o a soberania de si mesmo enquanto objeto de arte mas a sua condi o relacional como contrapartida Um diagrama continuamente atualizado por Ricardo Basbaum impresso em p ster para os visitantes levarem cartografa o ambicioso projeto iniciado em 1994 10 De maneira similar o NBP perambula pelo interior do corpus da obra do artista O NBP um masterplan que dirige prescreve regula e programa praticamente todos os trabalhos criados pelo artista desde a sua apari o como vocabul rio singular Mas se trata de uma opera o curiosa de prescri o e regula o Remedando a a o pataf sica do planejamento urbano ci ncia de solu es imagin rias que prev futuros irreconhec veis o NBP simultaneamente determina e indetermina fala e escuta desenha se e desintegra se A forma flex vel quanto escala mas irredut vel quanto geometria e quanto propor o simultaneamente r gida e geradora de deriva es formais ilimitadas e imprevis veis em processo cont nuo de de re trans forma o m re projetando belo horizonte a forma NBP lan ada sobre o mapa da cidade a partir do ponto onde est situado o Museu de Arte da Pampulha A for
13. ta o supostamente autorit rio NBP s existe para os outros e por causa dos outros entendendo o fator colaborativo e coautoral como uma inst ncia fundadora do seu sentido de exist ncia e da sua for a geradora de significados descontrolados re projetando j aconteceu al m de Belo Horizonte 2012 em Utrecht 2008 em Miami 2007 no Rio de Janeiro e em Porto Alegre 2003 envolvendo colaboradores locais e conformando uma rede de investiga es em cada lugar Em oposi o tabula rasa moderna o masterplan NBP come a do recome o rever reencontrar redescobrir reprogramar reinventar sobre o existente Recome ar a arbitrar os meios para se alcan ar fins que investigam outras vidas urbanas e outras rela es Institucionais poss veis O NBP nos surpreende como eficiente ve culo planejador que orienta interven es alheias com aparente prepot ncia similar ao tra ado t cnico urban stico mas com fina ironia a respeito do seu pr prio e imposs vel determinismo 12 o s bado dia 25 de fevereiro de 2012 o objeto NBP estava no Museu os seus novos receptores Nesse intervalo um grupo formado por estudantes e professores da P s gradua o da Escola Guignard UEMG mediadores do Museu funcion rios artistas e outros presentes entraram em campo Vestindo as camisas vermelhas EU e as camisas amarelas VOC carregaram o NBP atrav s da rampa numa a o ritual stica algo fetichista algo religiosa
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