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Cultura Hidropónica e Exposição de Ocasião, do artista

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1. Extintor de inc ndios Term metro Higr metros com espig o Estruturas para apoio Cubos de fibra de casca de c co Feij es Corda 14 Cerca de 6 16 16 35m Com respectivo saco com parafusos e adaptadores para montagem das estruturas handy 2 rectangulares do comprimento da mesa e uma mais pequena a colocar sobre os 2 cavaletes em ferro Em a o inox rectangular Pequeno Amarelos Um de pl stico e cinzento o outro de ferro Colocar um na entrada do barril e outro no recipiente cil ndrico Pequena com um tubo transparente Colocada na sa da do barril cinzento N mero de extens es vari vel dependendo do n mero de entradas de cada uma Pequeno Preso na zona central das cordas que se encontram sobre as plantas Um em cada canto do recipiente rectangular Em ferro para unir as t buas de madeira mesa 3 para cada t bua Marca Cultil ne Colocados dentro do recipiente rectangular Onde s o colocados os feij es para crescer A adquirir em cada exposi o No in cio da exposi o devem encontrar se com cerca de 1 3 da sua altura devem ser plantados aproximadamente 3 semanas antes do in cio da exposi o Deve haver feijoeiros a crescer em reserva como suplentes caso algum em exposi o morra A adquirir em cada exposi o Corda de estendal de roupa amarela lisa interior de nylon e revestida a pl stico Para servir de suporte para os feijoe
2. Lu sa Escada Cardoso Baptista Fernandes Licenciada em Conserva o Restauro amp PE LAIO SINHO A y 3 N Logsn 30 gt 7 x un E Onyisa NONS Faculdade de Ci ncias e Tecnologia Universidade Nova de Lisboa Documenta o de obras de arte contempor nea Cultura Hidroponica e Exposi o de Ocasi o do artista Miguel Palma Disserta o para a obten o do grau de Mestre em Conserva o e Restauro Orientador a Professora Doutora Rita Andreia Silva Pinto de Macedo Faculdade de Ci ncias e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa Co orientador Mestre Cristina Barros Oliveira Faculdade de Ci ncias Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa J ri Presidente Professora Doutora Maria Jo o Seixas de Melo Arguente Professora Doutora Laura Lucinda de Oliveira Castro Vogal Professora Doutora Rita Andreia Silva Pinto de Macedo FACULDADE DE CI NCIAS E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA Dezembro ANIA Lu sa Escada Cardoso Baptista Fernandes Licenciada em Conserva o Restauro Faculdade de Ci ncias e Tecnologia Universidade Nova de Lisboa Documenta o de obras de arte contempor nea Cultura Hidroponica e Exposi o de Ocasi o do artista Miguel Palma Disserta o para a obten o do grau de Mestre em Conserva o e Restauro Orientador a Professora Doutora Rita Andreia Silva Pinto de Macedo Faculdade de Ci ncias e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa C
3. se a descrever sumariamente a pe a e informar acerca do local e datas de exposi o n o foi poss vel recolher dados novos a partir dos mesmos No que diz respeito a documenta o fotogr fica apenas se conseguiu recolher algumas imagens da obra na internet na primeira ver Figura 2 1 e Figura 2 2 e ltima ver Figura 2 3 exposi es Miguel Palma apenas se encontrou presente e realizou a montagem da obra nestas duas exposi es referidas como tal n o nos conseguiu fornecer informa es acerca das restantes exposi es Tamb m n o foi poss vel ver os materiais que se encontram em reserva o que dificultou a compreens o da obra e da sua montagem Relativamente s exposi es de que possu mos documenta o fotogr fica o artista mencionou analisando as imagens ver Figura 2 1 a Figura 2 3 que foram montadas de forma muito id ntica Concluiu se que as diferen as registadas entre a primeira e a quarta exposi es da obra foram pontuais Por exemplo o recipiente em que se encontram as plantas na primeira exposi o continha o s mbolo da marca Cultilene e na ltima este ja n o se encontrava vis vel sendo ent o completamente branco Tamb m se observa que a cor da corda situada por cima das plantas variou passando de amarela a branca e quando questionado o artista n o demonstrou prefer ncia por nenhuma das op es Exceptuando estas pequenas diferen as e as plantas que naturalmente foram diferentes a cada
4. Actualmente a produ o destes pap is bastante melhor do que no in cio do s c XX no entanto ainda s o um desafio para os conservadores 31 Uma vez que o tempo de vida dos jornais curto e j n o se encontram venda edi es iguais as apresentadas na instala o importante esclarecer com o artista que alternativas ser o vi veis para a preserva o desta obra De modo a tentar clarificar as quest es e problem ticas previamente abordadas seguiu se a metodologia apresentada em seguida 1 3 Metodologia usada x Num primeiro passo procedeu se a recolha de informac o publicada bibliotecas arquivos de jornais sites blogues e outras publica es na internet e n o publicada informa es de que o MNAC dispunha sobre o artista as obras em estudo e os materiais e t cnicas usadas nestes casos De seguida realizaram se dois gui es de entrevista um focado na obra Cultura Hidrop nica e o outro na obra Exposi o de Ocasi o Estes tinham como objectivo o esclarecimento de diversas d vidas sobre as obras em estudo a que a documenta o existente n o dava resposta Foi atrav s das entrevistas ao artista que se conseguiu responder maioria das quest es existentes por m uma vez que o artista j n o se recordava de muitos pormenores alguns aspectos ficaram por esclarecer Por outro lado o 6 ritmo de trabalho do artista dificultou a marca o das entrevistas que foram diversas vezes adiadas n o dei
5. E Ah sim pois Faz sentido MP E depois vem por aqui abaixo E Ent o moral da hist ria Este bocadinho aqui n o tem a ver com a maneira de como o sistema funcionava MP N o S para manter E S para as plantas crescerem Sim mas como o Miguel h bocado pensava que por ali passava o l quido N o mas isso esta preta MP Pois E Mas inicialmente n o estavas a pensar que era aqui MP N o Aqui est a rede E Ent o eu percebi tudo mal risos MP Este cabo est aqui ele cria uma tens o n o Para depois estes verticais poderem ser esticados E Sim Ent o percebi mal Ent o qual que era a diferen a que tu estavas a pensar que havia entre este sistema e este 45 MP Afinal nenhuma E Ah mas inicialmente estavas a pensar risos Ah ent o n o foi assim t o mal ok MP Afinal nenhuma afinal elas foram montadas de forma muito id ntica Mas este cabo aqui importante para depois manter esta verticalidade esta tens o E Ent o mas este aqui n o tendo deve ter mais em baixo n o MP Pois n o me lembro como E E que tamb m pode estar l e estar tapado com as plantas como elas aqui est o muito mais vi osas Aqui v se muito n o Aqui pode estar por aqui e n o se ver na fotografia poss vel MP Ah est s a falar deste cabo aqui E Sim deste MP Pode ser este v se aqui um cabo amarelo podem ser os n s natural que tenha isso E Ta
6. em sementes MP N o j estava a crescer N o estava t o alto mas estava a crescer E E tinhas deixado a crescer MP N o me lembro n o me lembro Eu acho que trataram disso eles Trataram sim foi a Gulbenkian que tratou disso Os tipos do jardim E Sim f MP Plantaram antes e a pe a ficou muito porreira E um trabalho que muito espec fico com plantas Estou agora a lembrar me porque estive ontem na Gulbenkian e inaugurei l uma pe a uma exposi o e as pessoas que l est o t m carinho por determinados trabalhos Os tipos da jardinagem claro eles sentem e verdade se n o fossem eles eu n o teria feito mais nada sen o andar a tratar desta pe a n o d E outros que l estavam outras pessoas que l estavam lembram se porque havia uma pe a que precisavam de todos os dias ir l puxar um cabo Depois s o coisas s vezes um bocado n o s o muito t cnicas mas preciso estar atento s coisas E todos eles se lembravam E Na altura uma pessoa a montar a pe a de um artista acaba por incorporar MP Sim claro 40 E E em rela o aos feijoeiros tinha um n mero espec fico de feijoeiros para expor ou nao MP Ah n o Eu acho que era em fun o do espa o que n s tinhamos para a coloca o dessas estruturas para as sementes Mas n o sei quantos eram Quero dizer d para imaginar Contando ali s d para contar atrav s destas E N s est vamos a reparar que esse tem mui
7. n 1961 um exemplo de uma obra que estimula sensorialmente atrav s do odor Esta composta por cascas de diversas frutas laranjas bananas lim es abacates e toranjas unidas com fios bot es pl sticos fechos clair entre outros materiais que se encontram espalhadas pelo ch o da sala de exposi o 9 O odor das cascas de fruta e da sua decomposi o um componente marcante desta obra Quanto ao som um exemplo a obra The Forty Part Motet 2001 de Janet Cardiff n 1957 que consiste em quarenta altifalantes colocados em forma oval a reproduzir uma grava o de 28min 10 fazendo com que a audi ncia experiencie a obra atrav s da audi o Como estas caracter sticas apelam a est mulos sensoriais e a viv ncias que s o muito particulares e pessoais isto a forma como cada espectador experiencia a obra ser sempre diferente da dos restantes assistentes levantam se s rias quest es Se muitas vezes as sensa es sao o aspecto fulcral da obra como se garante que ser o preservadas e mantidas sem deturpar a inten o art stica Para al m disso s o obras em que podemos encontrar variados materiais e t cnicas sobre os quais necess rio um conhecimento preciso e detalhado para que as obras sejam correctamente preservadas Isto s o exigidos conhecimentos de diversas reas para que se possa compreender e documentar estas v rias obras S o essenciais conhecimentos sobre a degrada o dos seus materiai
8. o Calouste Gulbenkian 2011 19 Miguel Palma consultado em 20 de Dezembro de 2013 Dispon vel em http www miguel palma com n d 20 LAPA P Miguel Palma exposi o de Ocasi o Lisboa Museu do Chiado 2000 21 Miguel Palma David Barro Exposi o patente na Galeria Andr Viana Porto In Lapiz Madrid n 171 Marzo 2001 p 78 22 AA VV Miguel Palma Lisboa publica es PUBLICO ADIAC 2005 23 Hidroponia conhe a os pr s e contra nesse tipo de cultivo consultado em 04 de Maio de 2014 Dispon vel em http www vivahidroponia com br n d 24 Culturas hort colas sem solo consultado em 04 de Maio de 2014 Dispon vel em http www drapalg min agricultura pt downloads projectos T rabalhos 20 20sobre 20Rega 20e 20Fertirrega Culturas 2 OHort EDcolas 20sem 20so0lo 20_texto 20de 20apo0i0o 20 E1s 20aulas_ pdf n d 25 Preservation of Magnetic Media Conserve O Gram National Park Service Department of the interior n 19 8 Julho 1993 26 COPELAND P Manual of Analogue Sound Restorarion Techniques The British Library 2008 27 AA VV Capturing Analog Sound for Digital Preservation Report of a Roundtable Discussion of Best Practices for Transferring Analog Discs and Tapes Council on Library and Information Resources and Library of Congress Washington D C Margo 2006 33 28 BUKOVSKY V Yellowing of Newspaper after Deacidification with Methyl Magnesium Carbonate Slovak Natio
9. o utilizadas terras nem nenhum constituinte que possa contaminar a solu o 23 16 Na lista dos materiais que o museu forneceu referido que existem duas mangueiras maiores e quatro de dimens es mais pequenas Ap s o estudo da constitui o da obra supomos que das duas maiores uma ser para transportar a solu o do recipiente cil ndrico at s plantas A outra ser a que faz a reposi o da solu o do barril que recolhe o excesso para o recipiente cil ndrico No entanto n o conseguimos esclarecer nem atrav s da an lise das imagens nem com o artista onde se localizavam as quatro mangueiras mais pequenas permanecendo ainda esta d vida De modo a tornar mais claro o percurso da solu o foi desenhado o seguinte esquema Tubos de pl stico 16 N Estruturas Handy HEE Mangueira Mangueira verde Bomba de Percurso da gua solu o nutritiva Figura 2 13 Percurso percorrido continuamente pela solu o nutritiva Quando questionado sobre a solu o nutritiva a fornecer s plantas o artista n o referiu nenhuma em espec fico mencionando apenas que esta deve conter os nutrientes e minerais necess rios para o desenvolvimento dos feijoeiros Como tal fica impl cito que a solu o nutritiva a usar possa ser qualquer uma das vendidas comercialmente para sistemas de hidroponia Por fim Miguel Palma referiu que a solu o assim como o funcionamento do sistema de rega devem
10. s a coloca o dos an ncios nos jornais o artista foi contactado por algumas pessoas atrav s de chamadas telef nicas Estas foram gravadas no MNAC o n mero fornecido foi o seu telefone pessoal e o do museu portanto quando Palma n o se encontrava no museu pedia que ligassem novamente mais tarde para que fosse poss vel gravar a conversa com um gravador e com um microfone explicou em entrevista Por m n o se recorda das caracter sticas destes aparelhos Sabe se ainda atrav s da ficha matriz fornecida pelo MNAC que estas conversas telef nicas se encontram gravadas em cassete existindo 2 iguais Tamb m n o houve possibilidade de ouvir estas grava es no entanto segundo o que o artista explicou em entrevista o som tinha algum ru do de fundo por m as conversas s o claras e percept veis e a velocidade de transmiss o foi a mesma das conversas originais Quanto ao n vel sonoro com que foram transmitidas Miguel Palma n o determinou em concreto apenas mencionou que se estivesse muita gente a ver a exposi o dificilmente ouviam por outro lado caso a sala n o se encontrasse com muitas pessoas a conversa era clara Tamb m se desconhece a dura o da grava o mas o artista recorda se que esta passava continuamente em loop O som foi transmitido com um leitor de cassetes e segundo o que Miguel Palma se relembra tamb m com quatro colunas cada uma colocada num dos cantos da sala O leitor n o se encont
11. tem de ser MP E uma quest o de tempo E Tanto o hangar K7 como o CAM s o s tios amplos claros Como encara a rela o da obra com o espa o em que est Deve ter alguma caracteristica em espec fico MP N o porque n s temos a ilumina o artificial Esta pe a pode ser montada numa zona at bastante obscura 43 E E n o uma coisa que te fa a diferen a a forma como o espa o influencia essa pe a em particular E que s temos estas imagens com muito branco atr s n o Se fosse um espa o de tijolo MP Tamb m funcionava bem E Se calhar at se destacava mais MP Sim E Mas n o pensaste muito nessa quest o n o te incomoda MP N o Porque ela foi pensada aqui para o K7 O K7 muito bet o uma coisa muito industrial Mas na verdade ela pode estar em qualquer lugar Eu gosto mais de v la aqui no K7 do que aqui na Gulbenkian E Porqu MP Porque na Gulbenkian j uma coisa Bem primeiro temos esta vegeta o toda l atr s o que tem a sua piada por um lado deixa a pe a mais neutra mais camuflada E Mas eu acho que essa fotografia engana um bocadinho era o que eu estava a dizer essa rela o muito directa com a janela N o tive essa sensa o quando a vi Porque est assim muito de frente com a janela atr s MP Isto eu acho que muito a vis o do fot grafo E ele queria mesmo era se calhar apanhar E A pe a toda Enquanto as pessoas normalmente se aproximam e acabam
12. 2001 2000 Pois estava frio aqui Foi no Inverno 2002 foi no Ver o A Bienal da Maia e aqui foi em Abril E E engra ado porque como disse que na primeira exposi o tinha posto um aquecedor por causa da gua estar muito fria MP Pois foi e depois ficou assim E E depois h assim umas que s o no Ver o Tinham aquecedor na mesma MP Se calhar desligaram o aquecimento risos sen o ficavam aquilo mesmo quente E Ficava uma estufa ali risos MP Sim n o dava E engra ado Pois foi uma coisa pensada para o frio nunca tinha pensado nisto E agora vejo que foi mostrado depois sempre no Ver o Portanto provavelmente devem ter desligado os aquecimentos E E o aquecedor que foi usado foi um a leo mas foi MP Havia a leo e havia tamb m de resist ncia debaixo da gua ali esta foi a da Gulbenkian Ah est exactamente igual Os esticadores por acaso est o diferentes Aqui est o assim que engra ado ver as diferen as Na altura parece que est tudo igual mas depois n o est A estrutura essa est igual O foco tamb m As da Gulbenkian cresceram bem as plantas mais do que no Hangar Os tubos j devem ser novos de certeza As cadeiras s o as mesmas E E em rela o s cadeiras por exemplo neste caso usou 6 e aqui 8 N o tem assim nenhum n mero de cadeiras MP Pois foi Aqui foi 8 1 2 3 4 5 6 7 8 E Estao estao aqui 4 e depois devem estar 4 do outro lado M
13. a base da obra constitu da por oito estruturas handy longitudinais grandes e catorze pequenas ver Figura 2 4 As estruturas handy s o estruturas em a o neste caso de cor cinzenta que se montam atrav s de encaixe umas nas outras Muitas vezes s o usadas para montagem de estantes ou estruturas de apoio 49 10 As cores usadas nesta ilustra o n o correspondem s cores reais dos materiais foram usadas para distin o dos dois diferentes tamanhos das estruturas handy utilizadas 12 Ao centro encontra se uma mesa de a o pm inox rectangular Esta mesa est ladeada por duas placas de madeira com o seu comprimento tal como o artista o explicou N E am Estas est o fixas mesa atrav s de 6 estruturas de apoio em ferro descritas na lista N N S de materiais fornecida pelo museu Ap s an lise minuciosa das fotografias da obra N concluiu se que estas seis estruturas est o Estruturas Handy grandes 8 localizadas por baixo das placas tr s para cada ns Estruturas Handy uma uma em cada extremo e uma ao centro pequenas 14 ver Figura 2 5 e Figura 2 6 Figura 2 4 Localiza o das estruturas handy vista na diagonal Placa de Placa de madeira 2 madeira 2 Cadeira 8 Ce Do MR ps Mesa Estrutura de apoio em esteio retroe em ferro 6 localizadas por J I PA baixo da placa de madeira Figura 2 5 Vista de cima da mesa ladeada pelas placas d
14. and theory become problematic as the traditional storage and freeze frame paradigma is not always adequate Outro problema que surge o facto dos aparelhos usados se tornarem obsoletos e j nao se encontrarem venda outros id nticos para substitui o caso algum deixe de funcionar Que solu es poderemos encontrar Por exemplo relativamente as braseiras el ctricas presentes em Cultura Hidrop nica importante que caso a obra se encontre num ambiente abaixo de cerca de 13 C estas se estejam ligadas No entanto o pr prio artista referiu que n o sabe se ainda se encontram dispon veis a venda no mercado braseiras iguais Uma vez que importante que a obra n o se encontre num ambiente frio caso alguma se estrague tera de ser utilizado um m todo de aquecimento diferente alterando assim a obra Esta varia o que os materiais podem sofrer coloca algumas quest es no mbito da conserva o desta obra At que ponto ser o aceit veis estas diferen as Uma vez que na obra Cultura Hidrop nica importante para o artista que a apar ncia visual dos materiais se mantenha a melhor solu o de um modo geral penso que seria a emula o dos aparelhos caso algum deixasse de funcionar e j n o fosse poss vel encontrar venda outro id ntico Isto uma vez que a maioria dos aparelhos cont m suportes ou caixas por exemplo os projectores com luzes de halog neo seria poss vel colocar um novo sistema no interio
15. aproximadamente 1m de altura 1 25m de largura e cerca de 4 70 de comprimento Relativamente s caracter sticas do local onde a obra foi exposta Miguel Palma apenas fez refer ncia ilumina o da pe a Referiu que a ilumina o usada encontrava se no tecto direccionada para a mesa N o conseguiu especificar a sua intensidade por m teria de ser a suficiente para que fosse poss vel ler os jornais Figura 3 1 Exposi o de Ocasi o 2000 colec o do Museu do Chiado E CF e Figura 3 2 Pormenor de jornais da obra Exposi o Figura 3 3 Pormenor com outra perspectiva de de Ocasi o jornais da obra Exposi o de Ocasiao 16 Imagem dispon vel em www miguel palma com consultado a 14 de Janeiro de 2014 7 Idem 18 Idem 25 Tal como o caso previamente apresentado Cultura Hidrop nica esta obra tamb m inclui v rias dimens es de experi ncia por parte da audi ncia Neste caso inclui a vis o o tacto caso as pessoas folheiem os jornais e a audi o Para que a obra perdure necess rio que estes elementos sejam correctamente preservados caso contr rio perder se a a componente experiencial por parte do p blico em futuras re instala es da obra Esta obra pode dividir se em duas vertentes de an lise quanto sua conserva o Por um lado encontramos elementos tais como a mesa e os jornais que inquestionavelmente levantam s rios problemas de conserva o Por exemplo tal como
16. der para ler devem continuar a ser expostos MP Acho que sim Mas acho que bom ter uma reserva Nem sei se n o devia ser exposto Ah para manusear acho que devia ser uma c pia n o deviam ser os originais Porque isto esta m o aqui E Vai deixar marcas MP Vai deixar marcas cido E Mas uma coisa que tu admitisses agora Se n o quisesses que as pessoas tocassem era f cil que fosse imposto 51 MP Claro pois E Era uma coisa que tu MP Sim mas eu acho que as pessoas poderem ver eu achava piada Mas se n o houver se ningu m fizer esse trabalho de replicar isto de fazer uma nova vers o manuse vel acho que E E aceitas que se fa am interven es do g nero consolida o de rasg es branqueamentos desacidifica o do papel e coisas assim MP Sim sim E Para tentar preservar o m ximo MP Claro E E depois quando forem feitas as c pias r plicas deve se tamb m tentar manter essas ou fazer outras novas MP Eu acho que a melhor forma deste trabalho funcionar seria para as pessoas poderem consultar deviam existir c pias n o Para se poder E Sim sim MP Porque mesmo com luvas h sempre uma forma de as pessoas pegam em papel e rasgam E Sim at a maneira de pegar MP H pessoas que pegam e por exemplo um livro e fazer isto E E mesmo que n o rasguem vinca Voltando aos jornais que podem ser feitas r plicas MP Pois eu acho que a m
17. envelhecimento dos materiais MP Eu lembro me de ver alguma ferrugem aqui e ali acho eu E Mas tem algum problema Por exemplo imagine o que for de pl stico come a a amarelecer come a a ficar com um ar envelhecido Tem algum problema MP N o n o tenho problemas nenhuns Desde que esses materiais ainda estejam E Funcionais MP Funcionais Por mim est tudo bem E Portanto em termos de ficarem assim n o incomoda MP N o E Mas quando deixarem de ser funcionais podem ser substitu dos por outros MP Que sejam semelhantes o mais poss vel E Ok E por exemplo imaginando que o aquecedor se estraga e depois substituimos por outro importante que seja parecido Daqui a uns anos talvez j n o se encontre um id ntico Ou uma coisa irrelevante MP Pois Estes aquecimentos eu n o sei se eles ainda existem Provavelmente n o Eles t m a resist ncia mas s o uma coisa assim pouco ecol gica Como as l mpadas de filamentos e as l mpadas de baixo consumo Mas era importante Aquilo engra ado quando esta aceso v se aquele incandescente a incandesc ncia Mas depois fica tudo assim de repente j n o o mesmo trabalho j outra hist ria Porque isto tamb m foi pensado na altura agora j h se calhar j n o faz tanto 44 E Voltando atr s tinhas dito que na exposi o da Maia na do Norte n o tinhas estado l certo Ent o quem que montou a obra MP N o sei Na altura
18. evento isolado podendo a sopa vir a ser confecionada noutras apresenta es da obra Mencionou tamb m 7 Imagem dispon vel em www miguel palma com consultado a 14 de Janeiro de 2014 8 Idem gt Imagem retirada da internet a 20 de Janeiro de 2014 autor desconhecido 11 que na primeira exposi o esta foi confecionada pelo chef Rodrigo Ramalho seu amigo que tamb m lhe havia fornecido os feijoeiros Miguel Palma disse que n o foi seguida nenhuma receita em particular para a sua confec o devendo esta preferencialmente apenas incluir o feij o cultivado no sistema hidroponico da obra Quando questionado referiu que futuramente se se confeccionar novamente a sopa esta dever ser sempre que poss vel cozinhada por este seu amigo importante que se esclare a com Rodrigo Ramalho a forma como foi confeccionada a sopa para que de futuro quando n o poder estar presente se possa cozinhar uma sopa semelhante sua Cremos que a sopa um elemento importante nesta obra uma vez que aumenta as dimens es experienciais por parte da audi ncia Embora as plantas possam j libertar um certo odor a confec o da sopa ir acentuar substancialmente o odor circundante obra fazendo com que o p blico a experiencie n o s com a vis o mas tamb m com o olfacto Quando provada a audi ncia estar a experienciar a gusta o isto o paladar A opini o relativa ao sabor da sopa assim como o seu cheiro ser sempre dif
19. explicado mais detalhadamente no sub cap tulo 1 2 Os jornais ao fim de poucos anos mesmo armazenados nas condi es mais adequadas amarelecem e tornam se mais fr geis e uma vez que j n o existem venda exemplares iguais da mesma edi o n o ser poss vel substitu los por outros Que hip teses ser o aceit veis para solucionar este caso Por outro lado temos as grava es telef nicas realizadas que s o transmitidas com um leitor de cassetes e colunas sendo estes elementos media Trata se de elementos particularmente problem ticos uma vez que levantam problemas diferentes dos previamente explicitados para a sua preserva o Neste caso temos n o s a parte f sica para preservar mas tamb m o som sendo este um elemento fundamental para a obra Ser a preserva o do suporte f sico cassetes fundamental ou ser a grava o o fulcral a manter Foi ent o importante definir com o artista qual o aspecto mais importante a preservar para futuras exibi es da obra 3 3 Que solu es se podem aplicar a estes problemas A preserva o das cassetes apresenta diversos problemas como explicado no sub cap tulo 1 2 Uma vez que o som um elemento fundamental na obra fulcral que seja preservado Quando questionado sobre este tema em entrevista Miguel Palma referiu que apenas usou as cassetes por ser o suporte que o museu possu a na poca para gravar Portanto para o artista o suporte onde se encontram as grav
20. foi o J rgen Bock que foi o comiss rio da exposi o e havia uma produtora eu acho que eles com base na pe a que foi montada foi uma coisa recente pelos vistos com 2 anos de diferen a portanto 2 anos antes ela tinha sido montada no K7 portanto isso foi registado n o sei algu m viu ou as imagens que existiam devem existir mais imagens que essas n o E Se calhar tu tens n o O museu n o tem Na internet tamb m andei procura mas se calhar na altura havia mais fotografias N o te lembras de ter dado mais indica es MP Quem deve ter imagens desta pe a o Paulo Mendes Ele fez sempre o registo de tudo ele tem tudo Tem muitas imagens Desde sempre Eu n o tenho Mas o Paulo Mendes tem ele sempre fotografou tudo registou tudo E Mas das tuas obras em particular MP Tamb m muitas minhas obras sim Ele tem muita coisa Ele tem uma base de dados em rela o a montagens exposi es desde os anos 90 at hoje Deve ser a melhor E Ok E com estas mudan as todas que se v o vendo nas obras n o que tenha havido muitas mas houve algumas considera que esta obra j est terminada MP N o sei eu acho que ela vai nascer novamente quando for montada Na pr xima vez ela vai E Renascer MP Agora est em pacote Portanto deve estar tudo dentro de caixas Mas quando ela voltar a ser montada ela volta a ser o que era nao tenho d vidas Eu gostava de a montar Gostava de montar isto Para
21. ginas de publicidade do meu trabalho fora do circuito das artes assim mais levadas a s rio E tentava vender o meu trabalho Algumas pessoas ligaram e eu gravava as conversas Explicava que estava a vender isto e aquilo E Mas mesmo pe as tuas MP Sim s vendia trabalhos meus E Mas o an ncio estava na sec o de classificados ou estava MP Era olha no Jornal de Ocasi o Por isso que eu estava a pensar que a exposi o se chamava Ocasi o Porque eu dei o nome n o s porque foi uma ocasi o que aconteceu como o Jornal de Ocasi o que era o jornal que eu gostava muito de ver nos meus tempos livres tipo P ginas Amarelas E chamei lhe Exposi o de Ocasi o E Mas tiveste algum crit rio a seleccionar os jornais em que mandaste os an ncios MP Foi assim uma coisa muito entre o Correio da Manh e o Expresso da altura que era assim um jornal respeitado Havia v rios outros jornais muitos jornais N o sei quantos jornais fiz mas fiz v rios 47 E E outra coisa eu li em alguns s tios que falavam s em jornais mas outros falavam em jornais e revistas Era s jornais ou havia tamb m MP Revistas n o me lembro Eu acho que foi s jornais E Eu fiquei com a ideia mesmo pela fotografia parece que s o s jornais mas como tinha MP Eu acho que foram s jornais Foram jornais italianos espanh is franceses E Um alem o tamb m MP Um alem o E E disseste que as obras todas que f
22. import ncia art stica Quando se abordou Miguel Palma sobre este assunto o artista referiu que o principal na obra que todos os materiais se mantenham operacionais Como tal apenas quando algum j n o conseguir realizar a sua fun o correctamente que dever ser substitu do por outro que seja id ntico isto que tenha a mesma utilidade e uma apar ncia semelhante O artista referiu tamb m em entrevista que a maioria dos materiais usados foram escolhidos pela sua funcionalidade ou por se tratarem de materiais pr ticos como o caso das estruturas handy Foram pontuais os materiais em que a apar ncia est tica foi determinante para a sua escolha Um deles foi o recipiente cil ndrico que como referiu Miguel Palma poderia ter sido adquirido na cor azul ou verde tendo optado pela cor verde por ser semelhante das plantas As cadeiras foram o nico material cuja escolha foi meramente pela sua apar ncia visual O artista afirmou que as encontrou e gostou do seu aspecto n o havendo nenhum outro motivo espec fico para a sua escolha 2 5 Caracter sticas do local expositivo De acordo com o artista e ap s an lise das fotografias existentes calcula se que a pe a ter cerca de 6m de comprimento 3m de altura e cerca de 1m de largura O artista refere que n o existem caracter sticas nem condi es espec ficas para o local da sua exposi o Este poder variar embora mencione que prefere o ambiente industrial paredes c
23. n o era muito importante n o E Desde que MP Desde que se ouvisse Eu lembro me que havia um homem ou outro que era assim mais aquelas idades risos E Foram mais homens ou mulheres que ligaram MP Foram mais homens E Houve alguma mulher sequer MP N o me lembro Mas foram mais homens Lembro me de falar com homens Coisas carros aquelas coisas do costume E Pois E em rela o ao espa o expositivo deve ter alguma dimens o espec fica Onde que foi exposta MP Naquela sala ao p do elevador E Sim mas no r s do ch o MP No r s do ch o E Agora n o um espa o onde se faz encontros Tipo audit rio MP Sim e exposi es tamb m E Sim estou a ver qual a sala Ainda grande MP E Mas se for novamente exposta o s tio onde se encontra deve ter alguma caracter stica MP Humidade por causa do papel E N o assim em termos est ticos MP As pessoas na altura mexiam nos jornais Hoje n o sei porque j n o h Estes jornais j n o existem s o pe as nicas E Ent o mas na altura era suposto as pessoas poderem mesmo folhear MP N o era suposto mas lembro me de ver pessoas a mexer sim E Sim porque o que interessava aqui era p r a p gina do an ncio MP Sim claro E O resto j MP O resto j n o era importante At podia ter uma chapa por cima daquilo E E em rela o a ilumina o MP A ilumina o do qu Da Ocasi o E Sim se os j
24. na temperatura aumenta a longevidade do papel para o dobro 79 Por m condi es destas temperaturas muito baixas e constantes eventualmente n o constituir o a solu o mais vi vel e pr tica para o museu Como tal importante que estes se encontrem preferencialmente com humidade relativa entre os 40 e 55 a uma temperatura de cerca 18 C e protegidos da luz uma vez que esta desvanece as cores das tintas usadas como sugerido pela divis o das bibliotecas do departamento do estado da Florida 30 Seria tamb m importante que se realizassem desacidifica es do papel se poss vel uma vez que segundo Aneta Balazic et al 2007 o papel desacidificado mais de tr s vezes mais est vel do que o papel n o tratado 79 Relativamente as r plicas dos jornais quando estas se encontrarem degradadas dever o ser substitu das por novas r plicas repetindo este processo continuamente sempre que os pap is em uso se encontrem fragilizados Quanto mesa em que se encontram expostos os jornais Miguel Palma mencionou em entrevista que esta n o foi escolhida por nenhum motivo est tico ou funcional em particular Como tal o artista aceita que possa ser usada outra diferente numa futura instala o Por m referiu que o tampo 21 dever ter um tom neutro ou seja a mesa n o se dever destacar em rela o aos jornais uma vez que esta apenas um elemento de suporte Explicou ainda que gosta que se encontre suportada pelos
25. o por cima da espuma de l de rocha colocados os feij es ver Figura 2 9 S o revestidos a Cubo de fibra de Recipiente de casca de c co oil cod l stico pl stico como se pode ver nas E imagens No entanto Miguel Palma Pealen Espuma em cr que dever o ter por baixo uma abartua l de rocha pequena abertura para que o excesso Mesa da solu o fornecida possa escorrer para o recipiente de pl stico Figura 2 9 Corte transversal de parte do recipiente de pl stico com os rectangular ver Figura 2 9 O artista cubos onde se encontram os feijoeiros mencionou ainda em entrevista de que os cubos de fibras de casca de c co foram substitu dos pelo menos na exposi o mais recente em 2011 por cubos em l de rocha n o se recordando do motivo para tal mudan a No entanto Miguel Palma mencionou que prefere a vers o inicial com os cubos de fibras de casca de c co As fibras de casca de c co s o consideradas um dos melhores meios de crescimento em cultura hidrop nica uma vez que ret m bastante os l quidos e protegem as ra zes das plantas contra doen as e fungos 23 Palma referiu que no centro destes cubos encontra se uma pequena cova onde s o colocados os feij es ver Figura 2 9 Durante a entrevista quando questionado sobre que tipo de feij o tinha sido usado Miguel Palma respondeu que foi usado feij o 14 verde No entanto esta apenas uma fase de crescimento antes da sua mat
26. o com as obras s o muito pessoais e particulares documenta las e tentar fazer com que futuramente se possa experienciar as sensa es pensadas pelo artista tamb m se revela um desafio Termos chave Conserva o de arte contempor nea Documenta o Interdisciplinaridade Miguel Palma Cultura Hidrop nica Exposi o de Ocasi o vi Abstract The present work aims to study and document two works belonging to the collection of Museu Nacional de Arte Contempor nea do Chiado The works are two installations called Cultura Hidrop nica and Exposi o de Ocasi o by the artist Miguel Palma These works were not properly documented which would difficult or even preclude their correct reinstallation in the future without the presence of the artist To carry out this work it was essencial to collect detailed published and unpublished information about the artist his works and the materials and techniques used in these artworks This information was then complemented with information obtained in the interviews conducted with the artist As a result it can be seen that for a correct and complete documentation of these works knowledge of several different areas was necessary Not only knowledge about conservation and material degradation but also about methodologies of documentation of variable works such as installations Knowledge about cultivation techniques life cycles and ideal conditions for plant growth Cultura Hidrop nic
27. o sistema a hidroponia E Sim estive a ler um pouco sobre isso MP Portanto onde as ra zes das plantas se estruturam e se agarram fundamental para poderem depois receber os nutrientes necess rios ao seu crescimento Portanto s o uns cubos quase uma sec o da terra uma coisa muito geom trica Mas bonito aquilo em termos de imagem Cada um desses cubos tinha x feij es E naturalmente cresceram e isso tudo foi transposto para a instala o A instala o tinha uma s rie de isto foi no Inverno estava frio eu lembro me coloquei projectores de luz que no fundo davam a ilumina o necess ria para o feij o se manter vivo Lembro me que a agua estava muito fria e tinha uns aquecimentos debaixo para cortar o frio tamb m da temperatura da agua Foi uma coisa muito tecnol gica mas na verdade aquilo era uma coisa muito feita em casa E eu gosto desse lado Este trabalho funcionou muito bem Na inaugura o comemos a sopa de feij o O feij o aguentou cresceu As pessoas na inaugura o comeram aquela sopa Estava contente com aquilo Depois houve uma segunda montagem mas foi no Norte e foi na altura comissariaram a exposi o pelo Jurgen Bock e eu nessa montagem n o estive Foi na Maia ou foi uma coisa assim N o estive nessa montagem n o sei a raz o N o estive mas acho que funcionou tudo muito bem parece me E Mas tinhas feito um esquema MP Sim provavelmente J passaram muitos anos Mas devo ter na a
28. por cima de cada feijoeiro Estas dever o continuar a crescer e desenvolver se at ao fim da exposi o Embora Miguel Palma tenha mencionado que at data nunca nenhuma planta murchou durante a exposi o da obra caso isso aconte a a planta em quest o dever ser substitu da por outra que se encontre tamb m em desenvolvimento em reserva Por isso na prepara o da obra devem ser plantados mais feijoeiros do que os necess rios de modo a que haja substitutos para os que eventualmente n o resistam Por fim necess rio que toda a obra j se encontre instalada e pronta cerca de quatro ou cinco dias antes da inaugura o para que o funcionamento do sistema de rega seja estabilizado Isto para que a quantidade de l quido que sai do recipiente cil ndrico seja a correcta para as plantas A sua sa da deve ser regulada manualmente atrav s da torneira de modo a que os feijoeiros n o se sofram com excesso ou com falta de solu o 20 Embora o artista n o o tenha mencionado acreditamos que caso se tencione confeccionar a sopa de feij o dever se a plantar os feijoeiros com cerca de 40 dias de anteced ncia relativamente data da inaugura o e n o apenas tr s semanas antes 21 dias Prop e se esta hip tese pois caso contr rio n o existir o feij es suficientemente desenvolvidos para serem cozinhados 33 34 e integrarem a prepara o da sopa na altura da inaugura o Dentro do contexto art stico da obr
29. por n o ter essa ideia de ver uma janela atr s MP Sim tu quando v s uma exposi o v s uma pe a come as a ver pormenores Mas gosto muito deste lado do cimento e da pe a este contexto assim industrial gosto muito E E em termos do espa o tens uma ideia do espa o que a pe a ocupa Em termos de m2 MP Ah sim O comprimento grande isto eu acho que tem para a quase 3m Isto deve ter im 4m 5 6m talvez tudo E E as dimens es s o vari veis ou mais ou menos isso MP Sim n o interessa que este objecto conv m ter autonomia Este aqui com este anexo Mas n o suposto as pessoas passarem aqui pelo meio ali s porque isto est aqui com estes tubos Mas eu acho que sim perto dos 3m aqui 1 20m portanto 4 20m aqui mais um espa o assim E E de altura MP A altura grande a altura aqui por tr s tamb m talvez 3m Porque isto grande este dep sito Aquilo era assim uma coisa para a desta altura E Pois se Eu estava a pensar nos 2m mas estava a olhar para a bancada e a pensar se isto tivesse 70cm de altura MP Ah pois se isto tiver 70 E Achas que mais alta MP 70 80 N o isto tem mais de 2 5m Eu acho que sim eu acho que isto uma coisa grande Este tecto deve ter o qu 2 60 ou 70 talvez Eu acho que um bocadinho mais alto que isto Eu acho que ia para os 3m sim E volta dos 3 MP 2 80 3m E E em rela o ao
30. proceder se realiza o da s ficha s da s obra s e ou dossiers de artista com toda a informa o adquirida e analisada No entanto n o existe um modelo nico de ficha de obra devendo este adaptar se consoante os casos s necessidades exigidas Idealmente a documenta o deve ser realizada aquando da cria o da obra por m estas nem sempre s o adquiridas pelas institui es museol gicas nessa altura 13 Como tal dever o ent o ser documentadas preferencialmente quando adquiridas uma vez que o artista costuma estar presente nesta transac o o que torna poss vel o esclarecimento de d vidas 13 Por ltimo tal como referido por Hilkka Hiiop 2011 a documenta o realizada dever ser extensiva e completa o suficiente de modo a que futuramente o museu possa realizar a montagem correcia da obra sem o aux lio do artista 2 1 1 Miguel Palma breve biografia e obra Miguel Palma nasceu no ano de 1964 em Lisboa cidade onde vive e trabalha De acordo com Pedro Dias de Almeida em jovem o artista pensava seguir o curso de arquitectura Por m durante as explica es de matem tica que frequentava para se preparar para o curso foi tendo longas conversas sobre arte com o seu professor e acabou por perder a motiva o relativamente sua ideia inicial 15 Decidiu ent o no ano de 1984 seguir um percurso art stico ingressando no curso de Artes Pl sticas inicialmente na Escola Superior de Belas Artes da M
31. sa da Verde A solu o de nutrientes a Sas sai por baixo por uma torneira Recipiente cilindrico 1 controlada manualmente e retorna ao recipiente por cima Cadeiras 8 l Uma fina preta com ponta Mangueiras 2 laranja e a outra verde Mangueiras pequenas 4 Tubos de sistema de rega 16 Pontas cinzentas e laranja Regador de lat o 1 _ De 5L para ir repondo soluc o Garraf o de pl stico 1 no bidon quando necess rio Rectangular longitudinal de pl stico Ligeiramente inclinado levantado do lado do recipiente cil ndrico para que o excesso da Recipiente para colocar as l 1 solu o de nutrientes escorra para plantas o barril debaixo da mesa e possa ser reutilizada Cont m substrato de l de rocha no seu interior Marca Cultil ne Cada candeeiro cont m 2 Candeeiros com l mpadas l mpadas Cada l mpada tem fluorescentes com respectivos 2 a pot ncia de 35W logo cada cabos l candeeiro tem 70W total 140W Projectores pretos com 5 Cada l mpada tem pot ncia de l mpadas de halog neo 500W total 1000W Com respectivo saco com Estruturas handy PN 8 parafusos e adaptadores para longitudinais grandes montagem das estruturas hanay 54 Estruturas handy longitudinais pequenas Cavaletes em ferro Placas de madeira Mesa Aquecedor a leo Braseiras el ctricas Baldes de pl stico Funis Bomba de gua Fog o el ctrico de 1 bico Extens es el ctricas
32. se v aqui algumas plantinhas MP Sim parece uma miniatura Nas fotografias muito complicado dar escala Quer dizer se esta fotografia tivesse algu m aqui a passar E Sim pois J fazia diferen a MP Ou algu m sentado E Mas mesmo assim a perspectiva Quem est ali a olhar MP Sim sim E E sempre diferente de estar l e de ver numa fotografia MP Numa fotografia fica um postal Isto podia ser um postal E Pois Depois aqui referem uma s rie de materiais do g nero um funil um regador tamb m tinham alguma fun o MP Tinham T m a ver com este dep sito Agora estou a olhar e estou a ver este dep sito Aqui h um aquecimento e h aqui um dep sito que este dep sito n o E este dep sito o tal que 42 recebe o excesso do l quido que vem para as plantas E aqui que tem a bomba que puxa o l quido l para cima E Ah pois havia qualquer coisa que me estava a fazer confus o agora assim j faz mais sentido MP Este dep sito aqui 16 tubinhos de sistema de rega Portanto se calhar s o 16 E 16 plantas MP Portanto de uma pr xima vez que montar isto era porreiro fazer um livrinho de instru es E E um bocadinho o que n s estamos a tentar Mas claro precisamos muito de ajuda porque at agora n o t nhamos informa o nenhuma MP Sim Mas importante n o O que que diz aqui Uma bomba de gua caramba tanta coisa um saco de parafuso
33. ser constantes ao longo de toda a exposi o sendo apenas controlados esporadicamente para verificar se n o ocorreram altera es Existem ainda mais dois elementos descritos na listagem dos materiais que o MNAC facultou Um destes um garraf o de pl stico com capacidade de armazenar 5L Palma explicou que a sua fun o foi a de reabastecer com solu o o recipiente cil ndrico de modo a que se mantenha sempre a mesma quantidade de l quido a circular no sistema cerca de 80L no total que corresponde aproximadamente quantidade que o recipiente cil ndrico pode armazenar informou o artista Esta reposi o necess ria uma vez que ao longo da exposi o a solu o consumida pelas plantas e parte poder tamb m evaporar Este elemento n o se encontra vis vel nas imagens que se obteve da obra e quando questionado Palma referiu que este garraf o n o tem uma localiza o determinada tendo apenas a fun o de repor o l quido O segundo elemento um regador de lat o que n o foi poss vel identificar nas fotografias existentes e Miguel Palma tamb m n o se recordava de qual era a sua fun o nem localiza o A utilidade deste componente permanece ent o desconhecida e ainda por esclarecer 17 2 3 4 Monitoriza o do ambiente De forma a controlar o ambiente da obra s o utilizados um term metro e dois higr metros tal como descrito na lista dos materiais provida pelo MNAC O artista n o se recorda ond
34. volta a entrar no circuito c para cima Portanto ela sai por aqui e volta a entrar por aqui E isso h dois Ela sai c em baixo e entra c em cima E o que que eu podia explicar mais Que uma bancada com essa estrutura hidrop nica com um dep sito de um l quido que alimenta esta vegeta o E E este l quido o qu MP Eu n o sei os componentes do l quido Na altura tive os produtos mas s o os minerais que as plantas precisam Como n o existe terra todos os nutrientes t m que vir quase como um soro Como as pessoas que s o operadas e t m um problema n o se alimentam E no fundo elas vivem de uma forma quase hospitalar risos Sim pensando bem E esse l quido existe num sistema fechado Um circuito fechado para esse l quido que alimenta todas estas plantas e o excesso desse circuito reposto nesse dep sito que est sempre em funcionamento Existem cadeiras que funcionaram no fundo uma vez para as pessoas poderem almo ar comer a sopa naquele caso foi s uma sopa e terem mesmo frente do prato toda uma verdade Quando eu fiz isto foi um bocado para confrontar esse lado da tecnologia e da artificialidade com o facto de n s comermos coisas que n o sabemos de onde v m N s temos tomate todo o ano mas a maior parte do tomate vem de estufas vem disto s o coisas deste tipo E E a luz 41 MP A luz fundamental aqui Estes dois focos de luz no fundo s o imprescind veis E Estes la
35. 009 E 75 e 2009 Ele diz que gosta sempre de rever essas obras porque como se fossem j podia ter netos delas risos E em rela o a exposi o da obra que nao existe praticamente informa o nenhuma s temos estas imagens MP Eu sei que est o bem preservados est no museu est o guardadas esses jornais Mas n o sei muito mais E Mas por exemplo a ordem dos jornais teve alguma ordem espec fica MP N o Foi uma coisa completamente E Aleat ria MP De composi o e aleat ria sim Mais de composi o do que aleat ria diga se de passagem E Ent o h algum crit rio n o Pena que n o se veja bem nas fotografias n o tens fotografias nenhumas desta obra MP Eu acho que existe qualquer coisa n o me estou agora a lembrar E Isso que enriquecia A documenta o que h no museu muito MP Fraca E Escassa sim Se a pessoa por exemplo quiser ordenar os jornais como tu puseste n o consegue n o consegue perceber pela fotografia MP Claro E Mesmo a dist ncia entre os jornais tinha que ter assim MP N o Foi mais ou menos um bocado a olh metro completamente N o houve grande preocupa o E Era ocupar a mesa toda assim mais ou menos MP um bocado isso E De forma dist ncia igual uns entre os outros MP Sim sim Dividir o mal pelas aldeias risos E E em rela o aqui mesa portanto ela aparenta ser assim clara bege com estes cavaletes em
36. AQUeCcImeEnto dA Obra estas Er asa ELES na 19 Figura 2 15 Vida Vegetal trabalho em conjunto com Paulo Mendes 1996 colec es dos artistas E EE Rd a e A a nd A e Ca Cd a a 21 Figura 2 16 Alfacis Popularis 1999 colec o do artista ae eeeeeeeeeeeeeaaaeeeeeeeeeeeeaas 21 Figura 3 1 Exposi o de Ocasi o 2000 colec o do Museu do Chiado ccceeeeeeeeeeeeeeees 25 Figura 3 2 Pormenor de jornais da obra Exposi o de Ocasi o aeee 25 Figura 3 3 Pormenor com outra perspectiva de jornais da obra Exposi o de Ocasi o 25 Figura 3 4 Arte Did tica instala o 2003 colec o Pedro Almeida 28 Figura 3 5 Arte Did tica performance da realiza o dos desenhos por um grupo de crian as no livro 2008 colec o Pedro AlmeIda sais ais D aaa eh eh aa gn ab aaa ee 28 xl 1 Introdu o O presente trabalho resultou de uma colabora o com o Museu Nacional de Arte Contempor nea do Chiado MNAC e teve como objectivo produzir documenta o adequada para duas obras da colec o Trata se das instala es Cultura Hidrop nica 2000 e Exposi o de Ocasi o 2000 ambas da autoria de Miguel Palma n 1964 Muitas vezes o ritmo de trabalho no museu aliado falta de recursos dificulta a produ o de documenta o adequada Como as duas instala es em quest o n o se encontravam bem documentadas o MNAC pediu que estas fossem mai
37. Junho de 2011 39 MARTINS C Carros barcos e avi es Lisboa in Expresso 16 de Abril de 2011 p 24 40 MARMELEIRA J Fazer de novo ver as coisas a funcionar Lisboa in IPSILON suplemento do jornal PUBLICO 15 de Abril de 2011 p 20 41 Linha de Montagem Lisboa in Agenda Cultural da Camara Municipal de Lisboa Abril de 2011 p 23 42 QUEIR S L M Bienal da Maia mostra acervo do IAC Lisboa in PUBLICO 21 de Junho de 2003 p 09 43 RATO v O s culo XX portugu s do Museu do Chiado em nova perspectiva Lisboa in PUBLICO 20 de Junho de 2002 p 07 44 Inaugura es Lisboa in Expresso 18 de Novembro de 2000 45 Pedro Lapa na Bienal de Veneza Lisboa in Jornal de Letras 23 de Agosto de 2000 46 Exposi es Lisboa in PUBLICO 05 de Janeiro de 2001 47 FARIA O Museu Imagin rio Lisboa in PUBLICO 19 de Julho de 2003 p 136 48 FARIA O Novas exposi es no Grande Porto Lisboa in PUBLICO 01 de Julho de 2003 p 67 49 Handy consultado em 15 de Julho de 2014 Dispon vel em http www handy pt handy n d 50 Cultilene consultado em 29 de Julho de 2014 Disponivel em http www cultilene com show en producten n d 51 da SILVA B B MENDES F B G KAGEYAMA P Y Desenvolvimento econ mico social e ambiental da agricultura familiar pelo conhecimento agroecologico Escola Superior de Agricultura Universidade de Sao Paulo 2009 52 O ciclo de vida de um feijao verde con
38. K7 da Fundi o de Oeiras de 17 de Novembro de 2000 a 31 de Janeiro de 2001 32 Tinha como objectivo central reunir obras que tinham como tem ticas principais a arquitectura e a interac o com o p blico 32 Segundo Pedro Lapa o t tulo desta exposi o deveu se a um lbum de can es do grupo musical Talking Heads chamado More Songs about Buildings and Food de 1978 32 No cat logo da exposi o o curador explicou que os artistas escolhidos foram aqueles que de um modo geral preteriam os g neros mais tradicionais de arte recorrendo sobretudo cria o de instala es de modo a activar uma participa o alargada das experi ncias por parte do p blico que v o de encontro aos h bitos quotidianos e assim devolvem ao trabalho art stico uma dimens o vivencial capaz de o constituir como um acontecimento interactivo 32 Pode se afirmar que na obra de Miguel Palma a realiza o da sopa confeccionada na inaugura o da exposi o foi o elo que criou a interac o entre a obra e o p blico uma vez que como explicou o artista foram alguns elementos da audi ncia que a consumiram Por outro lado com a cria o desta instala o tamb m se verificou a vontade de confrontar o p blico com a produ o menos tradicional presente na nossa alimenta o di ria Quando fiz isto foi para confrontar esse lado da tecnologia e da artificialidade com o facto de n s comermos coisas que n o sabemos de onde v m N s
39. P E aqui est o s 6 Se calhar tiraram para a fotografia pois elas s o 8 Porque aqui na Gulbenkian estavam 8 giro ver E existem da Maia fotografias E N o n o encontrei Pois um dos problemas que n s n o temos fotografias de todas as instala es Aquilo que nos podia dar uma ideia do que se mant m e o que n o se mant m n o existe MP Sim sim Mas muito giro ver aqui engra ado E E relativamente a terra uma vez que se trata de um sistema de hidroponia n o leva terra MP N o E Ent o mas no museu disseram que quando for para realizar uma montagem da obra que preciso comprar terra MP N o mas n o E E um engano ent o MP E um engano Chama se quilo n o substrato E Ah sim MP Estrutural N o sei exactamente como que aquilo feito mas s o uns cubos dessa parte do c co e de uma s rie de outros E La de rocha tamb m n o Ou nao MP La de rocha h uns que s o l de rocha E Ah mas n o s o MP Eu acho que isto j teve duas hist rias assim diferentes Mas originalmente era c co Aquilo vem dentro de uns pl sticos um pl stico que mant m a humidade e abre se um aquilo tem um buraco onde se colocam as sementes E Mas com a casca do c co ou so MP E a casca do c co s E Enroladinho MP N o que aquilo feito industrialmente portanto ficam uns cubos E Ah os c cos crescem em MP N o e
40. S S V Invent rio art stico de um fazedor de raridades Lisboa in PUBLICO ADIAC 08 Agosto 2005 pp 18 27 34 61 Miguel Palma desenterra escultura na Gulbenkian Lisboa in Di rio de Not cias 04 de Julho de 2000 62 CANELAS L Escultura de Miguel Palma no CAM em Lisboa Lisboa in PUBLICO 06 de Julho de 2000 p 09 63 de OLIVEIRA L S Instala o de Miguel Palma no Museu do Chiado Lisboa in PUBLICO 14 de Julho de 2000 p 107 64 A arte que n o apetece ter em casa Lisboa in Seman rio Econ mico 01 de Setembro de 2000 65 Exposi es Lisboa in Seman rio Econ mico 21 de Julho de 2000 66 Exposi es Lisboa in Seman rio Econ mico 28 de Julho de 2000 67 Exposi es Lisboa in Vida Econ mica 08 de Setembro de 2000 68 Instala o Lisboa in Vis o 03 de Agosto de 2000 69 VIDAL C Os objectos em Muta o Lisboa in Capital 27 de Julho de 2000 70 Miguel Palma Museu do Chiado Lisboa in Expresso 22 de Julho de 2000 p 17 71 Museu Nacional de Arte Contempor nea do Chiado Hist ria consultado a 05 de Maio de 2014 Dispon vel em http www museuartecontemporanea pt pt museu historia n d 72 Pedro Lapa o novo director art stico do Museu Berardo in Jornal de Not cias online 25 de Mar o 2011 consultado em 05 de Maio de 2014 Disponivel em http www jn pt Paginalnicial Cultura Interior aspx content id 1815099 n d 73 GUERREIRO M B A Arte da H
41. a es telef nicas n o relevante desde que mantenha o som original da grava o A solu o que acreditamos que seja a mais eficaz ser a migra o do som para um suporte digital por exemplo em CD ROM Compact Disc Read Only Memory computador entre outros o mais brevemente poss vel de modo a evitar que as fitas se degradem mais e alterem o som certo que neste caso se perder o elemento f sico as cassetes por m a realiza o da migra o para um suporte igual outras cassetes n o seria vi vel pois como afirmou William Real 2001 quando se migra constantemente o som entre suportes anal gicos a degrada o do sinal inevit vel ou seja perder se ia constantemente informa es a cada migra o realizada 1 S rgio Nunes 2011 2012 menciona tamb m que na realiza o da migra o do som de um suporte anal gico para um digital perde se sempre informa o uma vez que os sinais anal gicos s o sinais cont nuos ou seja os seus valores oscilam numa escala cont nua sem um conjunto de valores limitado enquanto os sinais digitais oscilam numa escala limitada e bem definida 77 Embora se perca alguma informa o muitas vezes esta n o suficiente para que seja percept vel pelo ouvido humano e portanto neste caso estas pequenas perdas n o constituem motivo de especial preocupa o Os formatos digitais t m a grande vantagem de como afirma William Real o som poder ser constantemente reproduzido e ou
42. a de Miguel Palma Cultura Hidrop nica n o um caso isolado Outras obras assim como Vida Vegetal de 1996 ver Figura 2 15 e Alfacis Popularis de 1999 ver Figura 2 16 19 apresentam caracter sticas id nticas s da obra em estudo uma vez que o artista tamb m cultiva plantas num local limitado e controlado Por m nestes casos a sua cultura mais tradicional n o se tratando de hidroponia Figura 2 15 Vida Vegetal trabalho em conjunto com Paulo Figura 2 16 Alfacis Popularis 1999 colec o do Mendes 1996 colec es dos artistas artista 11 Imagem dispon vel em www miguel palma com consultado a 14 de Janeiro de 2014 12 Idem 21 22 3 Exposi o de Ocasi o A segunda obra estudada intitula se Exposi o de Ocasi o Durante a recolha inicial de informa es existentes sobre a obra cat logos artigos de imprensa da poca website pessoal do artista e informa es fornecidas pelo MNAC constatou se que por vezes a obra aparece mencionada como Exposi o de Ocasi o no seu website pessoal 19 assim como Mil Contos de Publicidade ficha matriz do MNAC Nos artigos e cat logos lidos por vezes aparecia com um dos t tulos e outras vezes com o outro 20 21 59 70 Surgiu aqui a primeira quest o qual seria ent o o seu titulo Ou poderia ter ambos Ao longo do estudo da obra outras quest es fulcrais para a sua preserva o tamb m surgiram Para perceber a import ncia e relev ncia do
43. a em estudo trata se da coloca o dos an ncios nos jornais e posteriores conversas telef nicas com os eventuais interessados Como resultado final ambos os casos apresentam o produto final produzido num caso os desenhos e no outro os jornais com os an ncios acompanhado de um sistema media que vai transmitindo imagens no caso de Arte Did tica ou som no caso de Exposi o de Ocasi o do processo da elabora o da obra 19 Imagem dispon vel em www miguel palma com consultado a 14 de Janeiro de 2014 20 Idem 28 4 Conclus o Ambos os casos de estudo Cultura Hidrop nica e Exposi o de Ocasi o s o particularmente interessantes no mbito da documenta o de instala es Sendo instala es cont m diversas caracter sticas e problem ticas comuns a esta modalidade art stica tais como a poss vel altera o dos seus materiais constituintes e as suas diferentes exposi es Relativamente ao primeiro caso Cultura Hidrop nica interessante o facto de exigir conhecimentos al m da area da conserva o e da documenta o Isto de facto importante que se conservem e preservem os diferentes materiais da obra tais como a mesa de a o o barril as cadeiras entre outros no entanto para que esta obra seja correctamente documentada e posteriormente re instalada essencial que se desenvolvam conhecimentos sobre as plantas a cultivar os feijoeiros e o tipo de cultura usado a hidroponia Os conhecim
44. a s case was also important In other words interdisciplinary knowledge is required in order to understand these works and find the best solutions to preserve these installations On the other hand both case studies are works that interact with the public through various sensations sight touch taste smell and sound Since the experiences and sensations derived from the interaction with the works are very personal and particular documenting them and trying to make that people could experience the same sensations in the future is also a challenge Keywords Contemporary art conservation Documentation Interdisciplinarity Miguel Palma Cultura Hidrop nica Exposi o de Ocasi o vii vill ndice 4 MO GUC AG sot een 1 1 1 Miguel Palma breve biografia e obra e eeereeeeerenerereree ee erreneserenanoo 3 1 2 Cultura Hidrop nica e Exposi o de Ocasi o errar 4 to MelodologiaMiSad a 155550525 tiie US ES ER a SS Entao EE a 6 Gult ra Hlidroponicaueen na ua 9 2 1 A primeira exposi o e a sua influ ncia na cria o da ODLA ccccccccsseeeceeeeeeeeeeeeeeaaeeeeees 9 2 2 Restantes exposi es que diferen as se verificaram erraram 10 2 3 Consilui o CAUNCIONAMENTO uses 12 2 3 1 Estruturas de SUDON CG sussa led ii SO ee innere naeh 12 2 3 2 Suporte das panl a Saesneg een en ers 14 2 3 3 Sema dee ga Nee aaa ee a oa ja E is 16 2 3 4 Monitoriza o do ambi
45. a zona inferior ver Figura S 2 11 Esta torneira controlada manualmente e regula o fluxo de l quido De seguida explicou que a solu o Figura 2 11 Recipiente cil ndrico verde colocado sobre duas estruturas paralelas fixas entre as estruturas handy circula por uma mangueira que se ramifica em pequenos tubos de pl stico que distribuem a solu o pelas diversas plantas um tubo para cada planta atrav s de um sistema de rega gota a gota Quando questionado sobre a ligeira inclina o do recipiente rectangular que cont m as plantas o artista explicou que esta seria para que o excesso da solu o escorresse para o barril que se encontra por baixo da mesa ver Figura 2 12 e Figura 2 13 Atrav s da observa o das fotografias da obra constatou se que o barril est colocado sobre a barra da mesa situada na zona por baixo do tampo que nos seus dois extremos tem uma forma triangular ver Figura 2 12 Miguel Palma esclareceu que a solu o entra neste barril atrav s de um funil colocado na sua Mesa central vista por baixo entrada e sai atrav s de uma bomba de gua que faz com que a i I atraves de outra mangueira a ee 4 solu o que sobrou seja reposta no recipiente inicial que tamb m m um funil n ntrada E ee emu j a sua entrada Esta Figura 2 12 Barril apoiado sobre a barra da mesa vista por baixo reutiliza o da solu o torna se poss vel porque neste tipo de cultura n o s
46. abando por morrer n o sendo poss vel a sua reutiliza o Que plantas dever o ser usadas Devem provir de algum s tio espec fico Como se dever o encontrar no in cio de cada exposi o E quais as condi es em que devem ser mantidas Por fim a sopa levanta ainda outras quest es na preserva o desta obra Esta faz com que a instala o inclua v rias dimens es de experi ncia por parte da audi ncia sendo uma delas o paladar Como preservar algo de cariz tao particular e efemero Ainda que sejam descritas todas as sensa es e sabores estes variar o de pessoa para pessoa n o sendo poss vel que a sua documenta o seja objectiva Ainda assim foi importante esclarecer com o artista todas as caracter sticas da sua confec o tais como se foi seguida alguma receita especificamente ou se foi confeccionada por algu m em particular O artista n o se recorda de ter realizado um livro de instru es manual para a instala o da obra embora tenha referido que hoje em dia acredita que deveria faz lo principalmente para as suas pe as mais elaboradas como este caso de estudo N o existindo um manual a compreens o da localiza o e funcionamento dos seus elementos foi dificultada A segunda obra denomina se Exposi o de Ocasi o e tamb m data de 2000 O projecto iniciou se com a coloca o de an ncios para venda ou permuta de obras de Miguel Palma em diversos jornais A instala o final consiste na apresenta
47. adamente 3m dever se a ter usado no total cerca de 31m no caso da exposi o com 14 cubos e 35m de corda no caso da exposi o com 16 cubos Portanto o valor do comprimento da corda a usar ser vari vel consoante o n mero de cubos usados a cada exposi o 15 2 3 3 Sistema de rega Analisando a Figura 2 1 e a Figura 2 3 constata se que o sistema de rega usado nesta obra constitu do por diversos materiais que se situam na zona esquerda e central da obra No lado esquerdo existe um recipiente cil ndrico verde que se dever encontrar segundo o que Miguel Palma prop s em entrevista uma vez que n o se recordava em concreto sobre duas estruturas paralelas id nticas s estruturas handy fixadas na zona central da estrutura em forma de paralelep pedo ver Figura 2 11 A op o apresentada a que o artista considera que seria a mais pr tica e que possivelmente usaria actualmente Por m como o mesmo o referiu se a obra fosse novamente reinstalada seria mais f cil recordar se de como era montado este suporte Miguel Palma esclareceu em entrevista luca Recipiente todo o percurso que a solu o nutritiva cilindrico distribu da pelas plantas percorre e o verde funcionamento do sistema de rega Vista de cima do local de Torneira Informou que este reciplente cil ndrico o apoio do recipiente que cont m a solu o e que esta sai atrav s de uma mangueira ligada torneira e que se encontra n
48. adeira e depois em Lisboa Ap s dois anos de estudo decidiu abandonar o seu percurso acad mico uma vez que nas palavras do pr prio artista n o tinha paci ncia e dedica o pelo ensino leccionado nas aulas que frequentava 15 Apesar de ter come ado a expor ainda na d cada de 80 Miguel Palma considera que o seu percurso art stico se inicia verdadeiramente mais tarde Nas palavras do artista A minha escola o meu contacto com as artes apareceu j no in cio dos anos 90 16 Desde ent o o seu trabalho come ou a desenvolver se com a realiza o de mais obras e exposi es tanto individuais como colectivas Actualmente Miguel Palma considerado uma refer ncia no panorama da arte contempor nea portuguesa 17 18 O seu trabalho encontra se representado em diversas colec es incluindo algumas das mais importantes a n vel nacional tais como a Funda o Calouste Gulbenkian colec o Berardo Funda o de Serralves Culturgest entre outras e tamb m em colec es internacionais como o Centro Galego de Arte Contempor nea Espanha Centre de Cr ation Contemporain Fran a MUDAM Luxemburgo entre outras 17 18 Trabalha com uma grande variedade de materiais nos quais se incluem sistemas electr nicos m quinas objectos variados brinquedos livros aqu rios globos mapas armas elementos escult ricos maquetas modelos mec nicos desenhos colagens fotografias e v deos 18 19 Muitas ve
49. areia entre outros 24 Mas concretamente como funciona Se n o h terra que solu o dever ser fornecida para que as plantas tenham os nutrientes que precisam Sendo um sistema de interior que n o obt m luz solar directa que ilumina o ser necess ria Exemplo disto o caso da obra Engenho de 1993 Trata se de um ve culo de m dias dimens es 130 x 180 x 400 cm feito em ferro e alum nio com mec nica autom vel Exemplo disto a obra Ambiair de 1996 Nesta instala o o artista colocou diversos sacos de pl stico com lixo juntamente com desodorizantes dom sticos dentro de uma mica insuflada por um ventilador 3 Como o caso de Festival A reo de 2001 no qual o artista utiliza uma avioneta telecomandada tendo um boneco como piloto O voo foi telecomandado pelo pr prio artista realizando assim uma performance Na obra Cemiterra Geraterra de 1991 2000 o artista enterrou um paralelep pedo de ferro fechado com um globo no seu interior no jardim da Funda o Calouste Gulbenkian em Lisboa tendo desenterrado 10 anos depois Esta obra um dos exemplos que insinua o fasc nio de Palma pelos efeitos da passagem do tempo nas pe as uma vez que com o passar de 10 anos os materiais da obra alteraram se devido sua degrada o natural deixando assim na pe a marcas da passagem do tempo 4 As plantas constituem outra das problem ticas encontradas uma vez que t m um ciclo de vida ac
50. ata se encontrou exposta fazendo parte do programa nterfer ncias que decorreu entre 1998 e 2002 no MNAC em Lisboa Por m Pedro Lapa director do museu na altura n o tinha pensado inicialmente em Miguel Palma para integrar este programa Mas como uma das artista tinha feito confus o com as datas n o iria conseguia apresentar a sua obra Portanto o programa tinha ficado uma falha Pedro Lapa perguntou a Miguel Palma se n o poderia preencher esta lacuna Ou seja a obra de Miguel Palma foi 59 Fig 2 Fotografia da obra no programa Interfer ncias realizada para substituir outra que n o foi poss vel apresentar Foi criada literalmente por uma ocasi o Descri o da obra O projecto desta obra iniciou se com a quantia de mil contos que Miguel Palma decidiu aplicar em publicidade Os an ncios foram colocados durante o m s de Junho do ano de 2000 e publicitavam a venda ou a permuta de algumas das suas obras em diversos jornais tanto nacionais como internacionais Ap s a coloca o dos an ncios nos jornais Miguel Palma foi contactado por algumas pessoas atrav s de chamadas telef nicas Estas foram gravadas no com um gravador e com um microfone As conversas telef nicas encontram se gravadas em cassete existindo 2 iguais A exibi o da obra inclui os jornais abertos na respectiva p gina do an ncio publicit rio colocados sobre uma mesa com um tampo claro e suportada por quatro cavaletes em madeira Simul
51. ation Art in Journal of the American Institute of Conservation 40 2001 2 AA VV Inside Installations Theory and Practice in the Care of Complex Artworks ed Tatja Scholte and Glenn Wharton Amsterdam Amsterdam University Press 2011 3 AA VV Modern Art Who Cares An interdisciplinary research project and international symposium on the conservation of contemporary art eds Hummelen amp D Sill Beeldrecht Amstelveen The Foundation for the Conservation of Modern Art the Netherlands Institute for Cultural Heritage 1999 4 Project PRACTICs of contemporary Art The Future 2009 2011 INCCA supported by European Comission Cultural Program 2007 2013 and Mondriaan Foundation consultado em 25 de Maio de 2014 Dispon vel em http www incca org practics n d 5 AA VV Permanence Through Change The Variable Media Approach New York Montreal Guggenheim Daniel Langlois Foundation 2003 6 CARVALHO A M A Instala o como problem tica art stica contempor nea os modos de especializa o e especificidade do s tio Tese de doutoramento Universidade Federal do Rio Grande do Sul 2005 7 BISHOP C Installation Art A Critical History New York Routledge Publications 2005 8 AA VV Conservation Principles Dilemmas and Unconfortamble Truths ed Alison Richmond and Alison Bracker Londres Elsevier 2010 9 Philadelphia Museum of Art consultado em 31 de Julho de 2014 Disponivel em http www philamu
52. bras n o se encontravam devidamente documentadas o que iria dificultar ou mesmo impossibilitar a sua correcta re instala o no futuro sem a presen a do artista Para a realiza o deste trabalho foi essencial uma intensa e detalhada recolha de informa o publicada e n o publicada sobre o artista as suas obras e sobre os materiais e t cnicas usadas nos casos de estudo que posteriormente foram complementadas pela informa o obtida nas entrevistas realizadas ao artista Como resultado pode se constatar que para que a documenta o destas obras seja correcta e completa s o necess rios conhecimentos de diversas areas N o s s o essenciais os conhecimentos acerca da conserva o e degrada o dos materiais assim como sobre a metodologia de produ o de documenta o de obras vari veis tais como as instala es mas neste caso re ne tamb m conhecimentos sobre t cnicas de cultivo ciclos de vida e condi es ideais para o crescimento de plantas caso de Cultura Hidrop nica Isto s o precisos conhecimentos interdisciplinares para que se possa compreender estas obras e posteriormente encontrar as melhores solu es de modo a tentar preservar o mais correctamente as instala es Por outro lado ambos os casos de estudo s o instala es que interagem com o p blico atrav s de v rias sensa es vis o tacto paladar olfacto e audi o Uma vez que as viv ncias e sensa es obtidas a partir da interac
53. cavaletes em madeira devendo esta caracter stica preferencialmente manter se Por fim relativamente ao t tulo da obra que foi uma das primeiras quest es surgidas na entrevista realizada ao artista este esclareceu que o t tulo da obra seria Exposi o de Ocasi o No entanto mostrou se um pouco incerto quando tomou conhecimento que na ficha matriz do MNAC e em alguns artigos a obra era referida como Mil Contos de Publicidade Por m como justifica o do t tulo Miguel Palma mencionou que Exposi o de Ocasi o derivava do facto de a obra ter surgido literalmente por ocasi o uma vez que n o estava planeada para participar no programa Interfer ncias Outra das justifica es foi o facto de um dos jornais onde colocou an ncios ser o Jornal de Ocasi o jornal este que o artista referiu em entrevista que em tempos gostava de folhear Dentro do percurso art stico da obra de Miguel Palma Exposi o de Ocasi o n o um caso isolado Outras obras como por exemplo Arte Did tica de 2003 19 apresentam caracter sticas id nticas obra em estudo ver Figura 3 4 e Figura 3 5 Figura 3 4 Arte Did tica instala o 2003 Figura 3 5 Arte Did tica performance da realiza o dos desenhos colec o Pedro Almeida por um grupo de crian as no livro 2003 colec o Pedro Almeida Trata se tamb m de uma obra em que existe inicialmente um projecto neste caso s o as crian as a desenhar no caso da obr
54. cimentos s o s quando est mais frio ou h uma temperatura que se devesse manter sempre MP Quando esta mais frio Eu acho que aqui na Gulbenkian n s nem ligamos nada E Ok E no caso de as plantas morrerem deve se trocar por outras novas ou permanecem MP Sim sim Elas tamb m n o morrem eu acho que n o aconteceram aqui surpresas mas quando acontece quando h alguma planta que morre ela substitu da Conv m E Com semente para voltar a crescer ou j MP Sim eu acho que conv m para esta instala o ter algumas plantas que est o a ser mantidas tipo suplentes de futebol risos Sim porque h sempre uma ou outra que pode n o aguentar E Tens alguma prefer ncia pelo tamanho das plantas Quando come a a exposi o com que tamanho que elas devem estar MP Eu diria 1 3 30 ou 40 talvez da altura Portanto a esta altura sensivelmente E Ok MP Para a assim A exposi o depois muda n o Aqui na Gulbenkian elas nao estavam t o altas quando come aram estavam para a aqui Depois que continuam E Sim MP Tu viste quando estava assim E Vi eu acho que estavam muito semelhantes a isso Mas engra ado que a minha ideia n o tem nada a ver com isso Uma pessoa quando v aqui tem este verde todo atr s e eu lembro me bem de ver as plantas MP Sim por causa da altura Porque isto grande E Sim mas eu lembro me de estar em baixo e ver o verde das plantas e a parece que s
55. copiado sem perda alguma 1 tal como Peter Copeland 2008 tamb m o confirma 26 Por m os suportes anal gicos apresentam uma vantagem se estes sofrerem alguma pequena degrada o de sinal existe ainda 26 alguma possibilidade de recupera o enquanto em suportes digitais qualquer problema que exista na informa o do sinal far com que se perca toda a informa o existente 1 Para evitar que tal aconte a importante que a grava o se encontre no m nimo em dois suportes digitais diferentes De modo a preservar o m ximo poss vel as cassetes o que particularmente relevante enquanto a migra o do som n o for efectuada importante que estas se encontrem num ambiente com temperatura entre os 9 C e 15 C e a humidade relativa dever rondar valores entre os 25 e 45 25 As cassetes devem ainda encontrar se com a fita toda enrolada num dos lados isto ou no in cio ou no fim da grava o de modo a evitar que se criem tens es na fita fundamental que as cassetes se encontrem tamb m devidamente identificadas 78 Os jornais s o outro elemento importante nesta instala o Uma vez que se trata de um tipo de papel particularmente dif cil de preservar questionou se o artista sobre alternativas que se pudessem encontrar De facto para o artista estes s o elementos importantes a preservar Como tal enquanto ainda puderem ser manuseados poder o continuar a ser expostos e poder o ser realizadas inter
56. cter sticas da sopa Portanto neste aspecto relativamente s plantas e confec o da sopa em particular pode se concluir que embora a documenta o seja fundamental para a preserva o de obras com estas caracter sticas esta n o consegue garantir que a sua exposi o no caso das plantas assim como as viv ncias experienciadas pela audi ncia no caso da sopa sejam sempre as mesmas Sabe se que os materiais constituintes da obra usados em cada exposi o s o maioritariamente sempre os mesmos Por m o artista referiu e frisou durante a entrevista realizada que o mais importante que estes se mantenham sempre funcionais Isto importante que os materiais usados realizem a mesma fun o e que sejam visualmente id nticos em termos de tamanho cor e material usado que os iniciais escolhidos pelo artista no entanto caso se degradem prefer vel trocar por outros novos e funcionais do que manter os iniciais incapacitados de realizarem a sua fun o Tal conceito de que nem sempre congelar e manter os materiais inicias o fulcral foi referido por Vivian van Saaze 2009 80 Due to the use of ephemeral material or their conceptual instable variable or processual character many contemporary artworks alter in appearance and require continues intervention by the museum to enable display thereby chalenging the notion of art as a fixed material object For such artworks traditional conservation strategies
57. deste trabalho trata se de Cultura Hidrop nica que data de 2000 Esta instala o tem como componente central o cultivo de feijoeiros num sistema de cultura hidroponica incluindo os equipamentos e materiais necess rios ao funcionamento do sistema de rega aquecimento e ilumina o As plantas s o cultivadas propositadamente para cada exposi o Tomou se ainda conhecimento atrav s de uma publica o acerca da obra de Miguel Palma 22 da confec o de uma sopa utilizando os feij es cultivados neste sistema durante a inaugura o da primeira exposi o da obra Este caso de estudo particularmente interessante pois para que a obra seja correctamente documentada e posteriormente re instalada n o s essencial que haja conhecimentos dentro da area da conserva o e da documenta o que levantam problem ticas como as relativas aos seus materiais isto quais as caracter sticas que dever o ter qual a sua localiza o e como encara o artista o seu envelhecimento mas s o tamb m fundamentais os conhecimentos sobre a t cnica de cultivo a hidroponia A hidroponia consiste numa t cnica de cultivo em que todos os nutrientes e minerais essenciais para o desenvolvimento das plantas prov m da solu o aquosa existente no sistema dispensando portanto a exist ncia de solo 23 As ra zes encontram se suspensas geralmente no meio l quido embora possam tamb m ser fixas em substratos inertes tais como l de rocha ou
58. dos Toda a obra deve encontrar se instalada e pronta cerca de quatro ou cinco dias antes da inaugura o para que o funcionamento do sistema de rega seja estabilizado Reserva Local de Reserva IAN Torre do Tombo confirmado junto do pilar 16 2001 Dep sito Caixa forte Feirexpo 04 08 2008 Exposi es More Works About Buildings and Food Exposi o tempor ria e colectiva Jimmie Durham Liam Gillick Fabrice Hybert ou Franz Ackermann Jo o Penalva ngela Ferreira entre outros Local Oeiras Fundi o de Oeiras Hangar K7 Data 17 de Novembro de 2000 a 31 de Janeiro de 2001 Curadoria Pedro Lapa Fig 4 Fotografia da obra na More Works About Buildings and Food no Hangar K7 na Fundi o de Oeiras 2000 Diferen a e Conflito O S culo XX nas colec es do Museu do Chiado Exposi o tempor ria e colectiva Paula Rego Noronha da Costa Jorge Martins Jos Malhoa Fernando Lanhas Alberto Carneiro entre outros Local Lisboa Museu do Chiado Data 19 de Junho de 2002 a 13 de Outubro de 2002 Curadoria Pedro Lapa N o foi poss vel recolher imagens da obra em exposi o 57 Ill Bienal da Maia Exposi o tempor ria e colectiva Douglas Gordon Jimmie Durham Nedko Solakov Jo o Pedro Vale ngela Ferreira Vasco Ara jo Jo o Queiroz entre outros Local Maia Data 21 de Junho de 2003 a 03 de Agosto de 2003 Curadoria J rgen Bock N o foi poss vel
59. e madeira e pelas 8 cadeiras mostrando a localiza o das estruturas de Figura 2 6 Corte transversal da mesa com as placas de apoio em ferro que se encontram por baixo das placas fixando as madeira fixas atrav s das estruturas em ferro mesa Em frente de cada uma das t buas encontram se quatro cadeiras sendo oito no total ver Figura 2 5 Miguel Palma explicou que estas servem para que os elementos do p blico se possam sentar quando est o a consumir a sopa Embora numa das imagens obtidas da exposi o More Works About Buildings and Food se apresentem apenas seis cadeiras ver Figura 2 1 o artista referiu na entrevista que a obra constitu da na verdade por oito Observando as fotografias verificamos que do lado direito desta estrutura central se encontra uma pequena bancada Esta constitu da por dois cavaletes de ferro com uma placa de madeira por cima ver Figura 2 7 e Figura 2 8 O fog o que se encontra por cima situa se no lado esquerdo da bancada Na lista de materiais facultada pelo museu explicado que se trata de um fog o el ctrico de um bico e Palma esclareceu que ser aqui que se dever cozinhar a sopa de feij o Por baixo do lado esquerdo localiza se o aquecedor a leo e do lado direito dois baldes de pl stico amarelos ver Figura 2 8 Embora estes baldes de pl stico tenham estado presentes pelo menos nas exposi es das quais se conseguiu obter documenta o fotogr fica e tenham sid
60. e desenvolvimento das plantas que n o se encontram no exterior 54 55 No entanto para que as plantas possuam toda a ilumina o de que necessitam estas l mpadas devem ser suplementadas por luzes de halog neo que fornecem radia o complementar fornecida pelas luzes fluorescentes Deste modo as plantas poder o receber toda a energia necess ria ao seu desenvolvimento 54 55 Uma vez que as luzes de halogeneo libertam muito calor necess rio manter uma dist ncia superior a 60cm relativamente as plantas para que estas n o queimem 54 Por fim importante que uma vez que a base da ilumina o da obra artificial esta seja ligada pelo menos 12h diariamente 54 18 Projector preto com l mpadas de halog neo 2 linn a HE Extintor Candeeiro com l mpada fluorescente 2 m dh all dih o o al dih aih dih dih dih aih aih aih sti O e l M p gt of Braseira el ctrica 4 Aquecedor a leo Figura 2 14 Representa o e localiza o dos componentes do sistema de ilumina o e de aquecimento da obra 2 4 Escolha dos materiais e seu envelhecimento O envelhecimento dos materiais inevit vel Portanto importante que seja esclarecido com o artista qual a import ncia e fun o de cada um dos materiais usados distinguindo os objectos e equipamentos auxiliares aqueles que apenas foram colocados para auxiliar o funcionamento dos sistemas usados na obra dos objectos com
61. e se devem encontrar exactamente estes aparelhos no entanto sabe se atrav s de uma das imagens existentes ver Figura 2 2 que na primeira exposi o em 2000 o term metro se localizava no centro da obra no meio das plantas preso entre as cordas de apoio para crescimento dos feijoeiros Uma vez que as condi es ambientais a manter s o importantes devido presen a das plantas parece nos que o mais l gico sera que os dois higr metros sejam colocados um em cada extremo do recipiente de pl stico que cont m os feijoeiros de modo a que monitorizem mais precisamente as condi es em que as plantas se encontram evitando grandes diferen as entre cada um dos extremos do recipiente A referida lista de materiais indica que o sistema de aquecimento presente na obra constitu do por quatro braseiras el ctricas com resist ncia tr s delas colocadas por baixo da mesa central e a quarta colocada por baixo do recipiente cil ndrico como se pode ver nas imagens e por um pequeno aquecedor a leo localizado por baixo da bancada ver Figura 2 14 Tal como Miguel Palma descreveu este sistema de aquecimento foi inclu do na obra porque na sua primeira exposi o que decorreu no Inverno a sala se encontrava demasiado fria para garantir a sobreviv ncia e crescimento das plantas No entanto embora tenha referido que este equipamento se encontrou presente e montado em todas as exposi es desta obra apenas dever ser ligado qua
62. elhor forma ou se tem numa exposi o esta bancada e h um vidro ou uma vitrine que preserve e as pessoas v em distancia e se mant m os objectos originais E Mas de qualquer das formas mesmo que as pessoas n o toquem aquilo vai degrada se a mesma MP Claro sim Sim mas se tiver l os originais tem piada ver os originais e depois ter uma zona se calhar se calhar isso eu at gostava mais ter uma zona onde as pessoas podem consultar as c pias E Ent o ficavam duas mesas MP Seria uma mesa ou uma vitrine em que as pessoas podem ver os originais e depois uma zona ou igual ou bancadas de consulta onde as pessoas podem manusear c pias do original Isso faz sentido isso E Mas se as pessoas n o souberem que c pia se calhar n o faz diferen a MP Tamb m verdade Pois se forem s c pias as pessoas est o a mexer no jornal e est tudo bem Pois n o sei Mas o museu deve pensar nisso n o E O museu acho que pensa nisso quando h uma exposi o At l as coisas ficam MP Ali a estragar se E Mas podemos falar disso a seguir Porque por acaso gostava de ter a tua opini o Em rela o degrada o da cassete tamb m se degrada n o MP Pois verdade E Por exemplo a fita pode desmagnetizar MP Completamente E Ent o e como que encaras isto Por exemplo se o som da cassete alterar com o tempo come ar a ter mais ru do mais barulho de fundo MP Sim E pena se iss
63. enlten snn ee 18 2 4 Escolha dos materiais e seu envelhecimento eee eeererreeaanaoo 19 2 5 Caracter sticas do local expositivo cccccccsssseceeeseeeeeeeeeeeeeeceeeesaeeseeeeessaaeeeeesaaaeeeessaaaess 19 EXposicao de OCASI O usas a A e ne a re aA 23 gel COMO SUJU aimer a E a ea E EN 23 32 DESCrica o 6 ANAlISE en ae GA DS Re DU a tots 23 3 3 Que solu es se podem aplicar a estes problemas eee 26 CONCI S O assista Sin ee OD eta AG Di a a a OD o DD ee 29 EID ILO QUANG san Ga run a a rd SR R 33 ANEXOS Assinar re Pies Soa fa Ei es RO a DN DA een O sn 37 6 1 Anexo Entrevista editada focada na obra Cultura Hidrop nica u nn 37 6 2 Anexo Il Entrevista editada focada na obra Exposi o de Ocasi o 47 6 3 Anexo Ill Ficha da obra Cultura Hidrop nica e teeeeeeeeeesaaaneeeeeeees 53 6 4 Anexo IV Ficha da obra Exposi o de Ocasi o ccccsecccccsneeeeeeaeeeeeeaeeeeeesaeeeeesaeeeeeas 59 ndice de Figuras Figura 2 1 Cultura Hidrop nica na exposi o More Works about Buildings and Food em Oeiras 2000 colec o Museu dO Chiado na a a a uia 11 Figura 2 2 Pormenor da obra na exposi o More Works about Buildings and Food 2000 11 Figura 2 3 Cultura Hidrop nica na exposi o Miguel Palma Linha de Montagem na Funda o Calouste Gulbenkian em 2011 colec o Museu do Chiado errar 11 Figura 2 4 L
64. entos sobre as plantas e sobre a t cnica de hidroponia s o fundamentais uma vez que estas s o a base desta instala o e sem se perceber como funciona um sistema hidroponico que de um modo geral n o do conhecimento comum n o ser poss vel re instalar correctamente esta obra Embora existisse previamente uma listagem dos diferentes materiais constituintes da instala o MNAC esta n o era suficiente para a preserva o da instala o dado que estava longe de esclarecer todas as d vidas que surgiriam quando fosse re instalada A exist ncia de seres vivos os feijoeiros um dos aspectos relevantes neste caso de estudo Estes s o um elemento que n o poss vel preservar e manter de exposi o em exposi o pois t m um ciclo de vida acabando por morrer Devem portanto ser substitu dos e usados novos feijoeiros a cada exposi o Em termos de conserva o as plantas levantam s rias problem ticas pois como t m de ser sempre usados novos feijoeiros a cada montagem da obra o seu aspecto ser sempre diferente O seu desenvolvimento tamb m poder variar dependendo das caracter sticas do local em que a obra exposta assim como do tipo de feij es usados Ou seja pode se tentar controlar este elemento ao definir por exemplo as condi es ambientais em que se deve encontrar ou a eventual origem das sementes No entanto podemos afirmar que mesmo assim as plantas acabam por ser um elemento respons vel p
65. erente de pessoa para pessoa Uma vez que a audi ncia poder sentar se nas cadeiras tamb m podemos referir que esta obra pode ser experienciada com o tacto Em suma podemos afirmar que esta instala o explora um universo sensorial vasto permitindo que o p blico experiencie a obra atrav s de v rios sentidos a vis o o tacto o olfacto e o paladar sendo estes dois ltimos apenas vivenciados quando a sopa confeccionada 2 3 Constitui o e funcionamento Uma vez que como referimos anteriormente n o existe nenhum manual livro de instru es dedicado montagem da obra as informa es registadas neste campo baseiam se nos esclarecimentos obtidos durante a entrevista assim como na an lise das fotografias existentes e informa es fornecidas pelo MNAC ficha matriz e lista dos materiais De modo a facilitar a percep o dos diversos sistemas da obra os seus materiais foram agrupados de acordo com a sua fun o um primeiro grupo cont m os materiais necess rios para a montagem dos suportes onde ser o colocados os restantes constituintes da obra O grupo seguinte cont m todas as informa es dos materiais necess rios para o suporte das plantas De seguida encontram se os materiais necess rios para o funcionamento do sistema de rega Por fim apresentamos os equipamentos que controlam a temperatura e ilumina o 2 3 1 Estruturas de suporte Atrav s das fotografias e da listagem de materiais fornecida observa se que
66. estar dispon veis para as plantas 56 57 58 O artista referiu em entrevista que o valor do pH desta solu o deveria ser neutro pH 7 o que corresponde gama de valores indicados pela bibliografia consultada Explicou tamb m que o local se deve encontrar preferencialmente a uma temperatura amena embora n o tenha especificado nenhum valor ou gama de valores em concreto Sabe se no entanto que uma temperatura a rondar os 25 C o ideal uma vez que promove o desenvolvimento das plantas 53 Caso n o seja poss vel dever se manter uma temperatura de pelo menos cerca de 17 18 C que segundo Miguel Palma foi a temperatura a que se encontrou aproximadamente com o aquecimento ligado na sua primeira exposi o A temperatura nunca poder ser inferior a cerca de 13 C uma vez que tal como foi anteriormente referido a temperatura m nima para que as plantas se desenvolvam 53 Antes de cada exposi o esta obra precisa de um certo tempo aproximadamente tr s semanas para ser preparada e montada Como foi referido por Miguel Palma a montagem da estrutura da obra demora cerca de dois dias Os feijoeiros precisam de ser plantados aproximadamente tr s semanas antes da inaugura o para que no in cio da exposi o j possuam o tamanho que o artista deseja cerca de 70cm Isto devem ter cerca de 1 3 do seu tamanho total sendo este total de cerca de 2m uma vez que corresponde ao comprimento das cordas colocadas
67. exposi o Miguel Palma referiu em entrevista que os restantes materiais constituintes da obra foram sempre os mesmos uma vez que ainda se encontravam em bom estado de conserva o e funcionais at data da ltima exposi o da obra em 2011 Portanto pelas informa es que foi poss vel obter pode dizer se que esta obra tem sofrido poucas altera es No entanto quando a degrada o dos materiais for mais not ria e os sistemas deixarem de funcionar 8 O n mero de invent rio da obra 2613 10 levantar se o algumas quest es e dificuldades de tomada de decis o Quando dever o ser substitu dos E por que materiais Sera a sua apar ncia est tica importante para a obra Figura 2 1 Cultura Hidrop nica na exposi o More Works about Figura 2 2 Pormenor da obra na Buildings and Food em Oeiras 2000 colec o Museu do Chiado exposi o a Buildings and 000 Figura 2 3 Cultura Hidrop nica na exposi o Miguel Palma Linha de Montagem na Funda o Calouste Gulbenkian em 2011 colec o Museu do Chiado Mesmo n o tendo estado presente em todas as instala es da obra Miguel Palma recordou se durante a entrevista que ao contr rio do que acontecera na primeira apresenta o da obra nas tr s ltimas montagens n o foi confecionada nenhuma sopa n o tendo no entanto dado qualquer justifica o para esse facto No entanto referiu tamb m que este n o ser necessariamente um
68. gem de se encontrar muitas vezes os artistas assim como curadores amigos familiares entre outros vivos o que nos permite ter fontes prim rias de informa o Por fim como se pode constatar nestes casos de estudo a preserva o das obras de arte contempor nea constantemente desafiante N o apenas pela necessidade do uso de novas teorias aplicadas a obras de arte vari veis como as instala es mas tamb m porque exigem conhecimentos interdisciplinares num dos casos exigia o conhecimento de uma t cnica de cultivo a hidroponia e sobre os feijoeiros e todas as condi es que estes necessitam para se desenvolver No outro caso exigia conhecimentos sobre jornais e cassetes e poss veis solu es a aplicar em rela o degrada o destes materiais A dificultar a sua documenta o estas obras t m ainda um car cter de experi ncia por parte do p blico atrav s de sensa es tais como o paladar olfacto ou audi o Trata se de experiencias muito espec ficas e pessoais e como tal mais complexas de registar caso o artista coloque limites quanto a sua viv ncia 0 que n o foi o caso Por ltimo o estudo e documenta o deste g nero obras exige uma constante an lise e conhecimento das mais variadas reas de modo a que se possam tomar as op es mais vi veis e correctas a cada caso 32 5 Bibliografia 1 REAL W Toward Guidelines for Practice in the Preservation and Documentation of Technologic based Install
69. ia para que as plantas possam realizar a fotoss ntese e para que possam produzir clorofila Deveriam ser complementadas com o uso de l mpadas incandescentes que iriam promover o crescimento das plantas por m estas j n o se encontram venda na Europa O uso das l mpadas de halog neo apenas fornece calor e ilumina o para obra mas em termos energ ticos n o s o essenciais para as plantas Como tal a obra deve ser exposta em locais onde existam janelas para que as plantas recebam um pouco de energia solar compensando assim a gama de energia que as l mpadas fluorescentes n o conseguem fornecer Por fim importante que 56 uma vez que a base da ilumina o da obra artificial esta dever se encontrar ligada pelo menos 12h diariamente Solu o nutritiva a fornecer s plantas pH da solu o deve ser neutro pH 7 Usar solu o nutritiva vendida comercialmente para sistemas de hidroponia Dimens es da obra Cerca de 6m de comprimento 3m de altura e 1m de largura Caracter sticas do local N o especificado mas Miguel Palma refere que prefere um ambiente industrial paredes cinzentas Tempo de montagem da obra A montagem da estrutura demora cerca de dois dias Os feijoeiros devem ser plantados tr s semanas antes da inaugura o caso se tencione confeccionar a sopa de feij o dever se plantar os feijoeiros cerca de 40 dias antes da inaugura o para que na data haja feij es que possam ser confeciona
70. ian correu bem mas n o houve sopa para ningu m risos E O CAM n o serve sopa risos MP N o Pois pod amos ter feito Pod amos ter feito ali uma sopa mas eram tantas as pe as que passou E E nessa altura estiveste na montagem MP Estive Estive e fiz parte da montagem E houve algumas plantas que se aguentaram outras nem tanto N o sei exactamente se tem a ver com o ar condicionado li algumas coisas E J me disseram que o ar condicionado afecta as plantas a prop sito de outra pe a que tamb m tinha plantas Cria fungos MP Sim eu acho que E Ja me disseram isso na pe a da Susanne Themlitz tinha umas couves e tamb m me disseram que o ar condicionado estragava as couves MP Acho que sim Acho mesmo Lembro me de termos tido problemas A pe a foi montada 3 vezes E Quatro depois tamb m foi no Chiado no Museu do Chiado MP Mas eu n o estava ca 38 E Foi em Oeiras MP Sim E Depois no Museu do Chiado na Maia e depois na Gulbenkian MP Diferen a e Conflito s culo XX E Esta foi comissariada por Pedro Lapa a Diferen a e Conflito MP Pois foi de certeza Quatro vezes montada Qualquer dia outra vez Que engra ado E Ent o nesta da Diferen a e Conflito n o esteve l a montar MP N o me lembro j foi h tantos anos Eu j fiz tanta coisa Eu devo ter estado 2002 Come ou dia 19 de Junho que engra ado Giro olhar para as datas Eu j n o me lembrava de nada de
71. ibra de casca de c co envoltos em pl stico para o recipiente rectangular tendo sido proposto pelo artista que os cubos deveriam ter uma abertura por baixo ou a quantidade de cubos e feij es expostos revelaram que o artista estava um pouco incerto e duvidoso nas suas respostas Ou seja apenas tr s anos foram o suficiente para que se perdesse muita informa o o que demonstra e comprova a necessidade de se realizar a documenta o das obras o mais cedo poss vel ap s a sua concretiza o Contudo Miguel Palma mencionou que caso voltasse a instalar a pe a recordar se ia mais facilmente dos seus detalhes assim como t cnicas de montagem e a localiza o de alguns materiais e a sua funcionalidade Mesmo que n o se recordasse totalmente de todos os pormenores iria indicar quais as op es que actualmente tomaria como por exemplo o caso do suporte do recipiente cil ndrico sendo ent o registadas estas op es Portanto fundamental que esta obra seja re instalada brevemente para que possam ser esclarecidas certas d vidas que ainda n o foram clarificadas para que futuramente se possa realizar a sua montagem correctamente sem o aux lio do artista Quanto ao segundo caso de estudo Exposi o de Ocasi o a sua preserva o tamb m levanta v rias problem ticas Relativamente aos materiais ap s a entrevista concluiu se que as cassetes n o s o um elemento fundamental na obra tendo sido usadas apenas por ser o suporte q
72. inzentas tal como aquele em que a obra foi apresentada na Fundi o de Oeiras Relativamente ilumina o excluindo a que integra o sistema da obra luzes de halog neo e fluorescentes tamb m n o 19 especificou nem imp s limites uma vez que como referiu em entrevista a obra j cont m a ilumina o artificial necess ria para o desenvolvimento das plantas o que foi posteriormente confirmado com pesquisa bibliogr fica Embora o artista n o se recorde concretamente das condi es ambientais em que a obra se encontrava nas suas diversas exposi es mencionou que as plantas devem encontrar se em ambiente h mido cerca de 85 de humidade relativa 53 Em cultivos de hidroponia sabe se que a absor o da solu o nutritiva pelas plantas influenciada por factores ambientais sendo um deles o pH da solu o 56 57 S o aconselhados valores de pH entre 4 5 e 7 0 uma vez que valores abaixo de 4 0 afectam a integridade das membranas das c lulas das ra zes das plantas isto a presen a em grandes quantidades do iao H afecta a permeabilidade das membranas o que pode fazer com que a planta perca nutrientes que tinha previamente absorvido 53 58 Por sua vez valores de pH superiores a 7 5 fazem com que as plantas deixem de poder absorver elementos tais como o ferro Fe f sforo P boro B e mangan s Mn importantes para o seu desenvolvimento uma vez que nestas condi es estes precipitam deixando assim de
73. iros crescerem 55 Localiza o dos materiais No centro da obra encontra se a mesa de a o inox rectangular Por cima da mesa ao centro est um recipiente de pl stico longitudinal e rectangular da marca Cultil ne que dever estar ligeiramente inclinado Dentro deste recipiente encontram se dezasseis cubos de fibra de casca de c co em linha horizontal cada um com um feijoeiro Por cima de cada um dos dezasseis cubos dever se a encontrar uma corda Estas devem estar na vertical e em tens o Por cima das cordas devem localizar se os dois projectores pretos com luzes de halog neo e em cada lado um candeeiro com l mpadas fluorescentes sendo 2 no tota Estes componentes luzes e cordas devem encontrar se suportados pelas estruturas handy que est o montadas de forma rectangular sobre a mesa Por baixo encontram se 3 braseiras el ctricas e um barril cinzento A mesa est ladeada por duas placas de madeira com o seu comprimento Estas est o fixas mesa atrav s de 6 estruturas de apoio em ferro 3 para cada t bua Em frente de cada uma das t buas encontram se quatro cadeiras sendo oito no total Do lado direito desta estrutura central podemos encontrar uma pequena bancada que constitu da por dois cavaletes de ferro com uma placa de madeira por cima O fog o que se encontra por cima situa se no lado esquerdo da bancada neste fog o que se dever confeccionar a sopa Por baixo do lado esquerdo local
74. ist ria Exposi es da Colec o do Museu do Chiado 1994 2009 Disserta o de Mestrado Universidade Nova de Lisboa 2010 74 CANELAS L Escultura de Miguel Palma no CAM em Lisboa in P blico 06 de Julho de 2000 p 09 75 de OLIVEIRA L S Instala o de Miguel Palma no Museu do Chiado in P blico 14 de Julho de 2000 p 107 76 Mas afinal o que MDF consultado a 23 de Julho de 2014 Dispon vel em http camilagroff wordpress com 2010 07 19 mas afinal o que e C2 A0mdf n d 77 Nunes S 2011 2012 Computadores e informa o digital slides PowerPoint consultado a 03 de Agosto de 2014 Dispon vel em http paginas fe up pt ssn 201 1 cdi 02 computadores pdf 78 LINDNER J Magnetic Tape Deterioration Tidal Wave at Our Shores 1996 consultado em 20 de Abril de 2014 Dispon vel em htip cool conservation us org byauth lindner tidal html n d 79 BALAZIC A et al Extending the useful life of paper evaluation of the effect of various preservation actions National Museum of Denmark 2007 80 van SAAZE V Doing Artworks An Ethnographic Account of the Acquisition and Conservation of No Ghost Just a Shell Krisis Journal for contemporary philosophy 2009 35 36 6 Anexos 6 1 Anexo Entrevista editada focada na obra Cultura Hidrop nica Entrevista de Cristina Oliveira e Luisa Fernandes Entrevistadores E a Miguel Palma MP realizada a 05 de Junho de 2014 no atelier d
75. iza se o aquecedor a leo e do lado direito dois baldes de pl stico amarelos que o artista n o se recorda da sua fun o No lado esquerdo existe um recipiente cil ndrico verde que se prop e que dever encontrar sobre duas estruturas paralelas fixadas na zona central da estrutura em forma de paralelep pedo constitu da pelas estruturas handy deste recipiente que sai a solu o nutritiva atrav s de uma mangueira ligada torneira que se encontra na sua zona inferior a distribuir s plantas A solu o que for fornecida em excesso s plantas dever escorrer para o recipiente rectangular que se encontra no centro da mesa e deste dever seguir para o barril cinzento que se localiza por baixo da mesa sendo este o motivo da inclina o do recipiente rectangular Daqui atrav s de uma bomba de gua e de uma mangueira a solu o poder ser reposta no recipiente cil ndrico de onde inicialmente saiu Por baixo deste recipiente encontra se uma braseira el ctrica e por baixo desta ainda um pequeno extintor Todos estes elementos est o apoiados nas estruturas handy Caracter sticas das condi es de exposi o Temperatura As plantas necessitam de se encontrar a pelo menos 13 C para se poderem desenvolver sendo a temperatura ideal cerca de 25 C Humidade relativa Cerca de 80 ou um pouco mais Ilumina o As l mpadas fluorescentes devem ser colocadas a cerca de 15cm de dist ncia Estas luzes fornecem energ
76. justar MP Sim pois Por isso que os tais 4 ou 5 dias antes da exposi o s o bons para ver quando que aquilo est a ter E Depois fica sempre constante ao longo do resto da exposi o MP Sim vai se vendo Sim tipo de 3 em 3 dias se as plantas t m gua a mais ou se est a faltar gua E Bom e n s aqui desta pe a j est MP Sim E Sim j est tudo 46 6 2 Anexo Il Entrevista editada focada na obra Exposi o de Ocasi o Entrevista de Cristina Oliveira e Lu sa Fernandes Entrevistadores E a Miguel Palma MP realizada a 02 de Julho de 2014 no atelier do artista em Lisboa Entrevista registada em udio Os assuntos discutidos nesta entrevista centraram se na obra Exposi o de Ocasi o Miguel Palma Essa a tal da ocasi o uau Entrevistadores Sim exposi o de ocasi o Portanto esta obra foi exposta na Exposi o de Ocasi o em 2000 MP Sim E E fazia parte do programa interfer ncias Recordas te como que surgiu a oportunidade para integrar este programa MP Sim O Pedro Lapa um dia ligou me e explicou me que havia uma exposi o de uma artista que fez confus o com as datas e havia um buraco no programa do museu E pensou que eu pudesse preencher esse espa o E Por isso que se chama Exposi o de Ocasi o MP Sim E A s rio MP E uma das raz es risos E Mas isso o nome da exposi o ou da MP Do meu trabalho E Porq
77. l as letras come am a desaparecer MP Pois E Ent o e prev s alguma solu o para isso MP N o Isso tem que ser o museu a pensar nisso n o Imagino E Sabes se alguma delas j sofreu alguma interven o de restauro Algum dos jornais MP N o n o fa o ideia E pouco prov vel s foi mostrada uma vez Mas podiam ter feito na reserva Mas o ritmo de funcionamento do museu MP Eu acho que isso agora que falam nessa hist ria que voc s est o a falar estas p ginas deviam ser digitalizadas E Pois MP Deviam ser feitas impress es em papel noutro papel mais resistente Devia ser feita uma digamos uma c pia mais E Era uma das coisas que te iamos perguntar se admitias esse tipo de possibilidade MP Eu admito claro De outra forma E Mas s dessa p gina ou do jornal inteiro MP Eu faria do jornal inteiro E Pois MP Acho que n o faz sentido ter s E Pois s a p gina fica At perde aquela MP E E J nem parece que de um jornal n o MP Claro E S o s assim umas folhas expostas MP Porque este papel deve estar todo j n o digo que seja quebradi o tamb m n o catorze anos E N o tamb m est na reserva e se aquilo tiver condi es decentes aguenta mais tempo mas MP Sim mas ao fim de um tempo o papel come a a ficar a perder a elasticidade tamb m E Ent o mas se estes jornais ainda puderem ser manuseados e ainda
78. les arrancam depois compactam no fundo s o os restos do c co s o coisas naturais n o h qu micos Mas eu acho que a l de rocha tamb m d eu acho que isso vende se casas de ligadas a 39 E Bricolage T m l de rocha n o sei se o mesmo porque eu tenho ideia que isso at um bocadinho t xico MP La de vidro completamente t xico La de rocha n o sei se sera assim t o t xico Mas o c co a coisa que eu diria que seria a melhor E o fio de metal que h venda no AKI que engra ado Quem que escreveu isto Fui eu E N o sabemos risos Pode ter sido algu m do museu MP Ah algu m do museu Depois tem um term metro para a gua exactamente E Mas a gua deve se encontrar a alguma temperatura em espec fico MP Desde que n o seja ali naquele s tio onde estava estava t o gelada E Que precisava do aquecimento MP Que precisava do aquecimento porque estava muito frio Por exemplo n s t nhamos estes focos acesos para tentar criar ali uma Ah e tinhamos aqui v rios aquecimentos debaixo da mesa exactamente Portanto no fundo aqui toda esta zona estava quentinha Pelo menos n o estava frio Eu tive um atelier muito pr ximo deste armaz m e chegava a ter assim 3 C ou 4 C E O que que quentinha E tipo 20 C ou assim MP Acho que n o conseguiamos ter tanto Uns 18 ou 17 Bom mas esta pe a no Brasil isto ia ser fant stico E Nem precisava de aq
79. ltura explicado como que funcionava tudo e as pessoas tamb m j conheciam o trabalho Mas na verdade n o h um livro de instru es da pe a E isso uma coisa que eu hoje em dia cada vez mais sinto que deve existir Algum dia estas coisas que eu tenho por aqui trabalhos mais complicados at eu j n o me lembro E Pois eram essas as nossas d vidas E que as informa es que nos deram eram basicamente a descri o dos materiais que havia MP Pois mas a montagem o manuseamento E E exactamente isso MP Quando a pe a volta a ser instalada passa a ser uma nova pe a Tudo o que l est s o as pe as originais da instala o mas voltar a mont la at a pr pria natureza do feij o vai ser diferente portanto h um lado de surpresa nesse trabalho E Sim Ent o na Fundi o de Oeiras foi a primeira vez que trabalhaste com cultura hidroponica MP Sim E Nunca tinhas trabalhado com este sistema numa outra obra MP N o Isso foi por volta de 2000 37 E Foi em 2000 MP Em 2000 Pois j foi h uns anos E E como que surgiu a oportunidade de participar nessa exposi o da Fundi o de Oeiras Foi um convite particular do Pedro Lapa MP Foi um convite do Pedro Lapa na altura Convidou uma s rie de gente Artistas incr veis gostei imenso Pensei nesta pe a expliquei lhe o que era ele gostou da ideia e eu construi a E Qual que foi o desafio que ele lan ou na altura MP N o sei ma
80. m mais neutra MP Sim E Que n o se destaque o importante ali s o os jornais MP Sim isso E Mas era uma placa de MDF s o MDF ou tinha ali uma cobertura em cima mais pl stica Porque diferente O MDF ba o n o MP Eu acho que so MDF Mas isto parece muito claro n o E Parece um bocadinho claro mas pode ser da fotografia MP Pois pode Mas pode ser um revestimento qualquer que isto tenha tido J n o me lembro Que chatice E Mas tu ficaste com essa mesa MP N o E N o ent o ficou no museu MP Sim E Ent o se calhar deve estar com as outras partes da pe a MP Pois n o sei E Ou essa era uma coisa que eles tinham para l MP Pois n o sei Eu acho que eles deviam ter e eu adaptei E N o te lembras de a ter comprado MP N o n o a comprei que me lembre Mas pois vamos embora mais coisas E Em rela o grava o que n o ouvimos nada MP Ah a grava o Eu ouvi a grava o na altura E Mas como que era a qualidade do som Como que aquilo foi gravado MP Foi gravado por telefone E Com um gravador MP Sim E Tinha algum microfone ou assim MP Eu acho que sim Na altura arranj mos um microfone E E gravavas com um MP Sim eu acho que era um microfone E estava ligado a um leitor era assim uma hist ria qualquer Ouvia se perfeitamente percebia se Mas tinha assim uma E Gravado em cassete MP Sim sim Acho que foi cassete E En
81. ma combina o de elementos tang veis e intang veis 4 Ou seja estas obras s o geralmente compostas por um conjunto de elementos tang veis que se encontram dispostos de forma espec fica no espa o expositivo criando rela es intang veis entre si e com o espa o expositivo 6 Muitas vezes os elementos tang veis e intang veis de uma obra s o dependentes uns dos outros Isto por exemplo para que uma obra transmita uma determinada sensa o ou ideia pode precisar impreterivelmente de conter um certo material O mesmo pode ser aplicado inversamente ou seja por exemplo para que uma obra consiga funcionar de determinada forma pode ter que necessitar de um certo material e o uso deste poder suscitar determinadas sensa es no p blico Claire Bishop 2005 refere ainda que uma instala o de arte cria situa es em que o espectador entra nesta fisicamente vivenciando a tanto atrav s da vis o assim como do tacio cheiro ou som 7 Na verdade o papel do espectador revela se na maior parte das vezes fulcral 7 A obra Untitled 1990 de Felix Gonzalez Torres 1957 1996 exemplifica a utiliza o do paladar na interac o com o espectador Esta obra consiste num monte de diversos rebu ados aglomerados no ch o da sala de exposi o Estes poder o ser retirados e consumidos pelo p blico que deste modo experiencia a obra atrav s do paladar 8 Por sua vez Strange Fruit for David 1992 97 da artista Zoe Leonard
82. madeira Houve algum crit rio na escolha da mesa 48 MP Eu acho que foi a solu o mais barata A chapa MDF mas foi por ser mais barato E E as dimens es mais ou menos MP Pois posso dar um palpite risos Olha o cavalete s o cavaletes com 1m portanto 1 20m 1 25m A chapa deve ter 1 25m por 4 0m para a E Ainda grande a mesa MP N o 3 0m 1 25 mais 1 25 Caramba Eu estou a pensar nesta sala era capaz de ter um bocado mais pequeno que esta sala n o muito mais E Bem ent o esses jornais eram gigantescos MP Um jornal grande um jornal aberto assim uma coisa E Sim mas MP Um dois pois n o sei Precisavamos de ter as medidas n o precis vamos N o Precis vamos de ter a medida E Pois risos Tens que propor ao MNAC que reinstalem as obras Mas eles l nas reservas t m s os jornais ou t m tamb m Na altura o que que ficou no museu T m l s as cassetes MP As cassetes e um pequeno leitor E E os jornais MP E os jornais E A mesa ent o n o est MP N o E Ah n o MP N o n o A mesa existiu para a exposi o e existir Mas um trabalho que pode ser alterado n o Pode se arranjar uma outra mesa E Ah ent o a mesa n o importante que seja MP N o E Que seja esteticamente assim MP Eu gosto do cavalete gosto da ideia do cavalete Quase como um lugar de trabalho E E a parte de cima tamb m conv m que seja assi
83. mb m h esta diferen a aqui que este parece que um bocadinho diferente deste Tem os pl sticos com a marca e tudo Lembras te de ter sido criada alguma estrutura extra para aqui Ou isto simplesmente aquilo sem o pl stico volta MP E aquilo sem o pl stico O pl stico est aqui ele dobra aqui para cima E Ah s n o tem a marca se calhar MP E Est la metida dentro E O CAM n o o quis patrocinar risos Isto um term metro aqui n o Isto um term metro MP Isso um term metro e havia tamb m aqui algures medem a humidade e o pH Portanto termometro pH e temperatura da gua E E lembras te de quais s o os valores supostos MP Era neutro pH pr ximo do 7 E E a humidade MP E a humidade a humidade n o me lembro E E a temperatura MP Tamb m n o risos Tamb m n o mas eu diria que a humidade aquilo tem que estar h mido Portanto talvez 80 70 ou 80 por a E Se calhar um bocadinho mais n o sei MP Um bocadinho mais talvez E E a temperatura MP Lembro me que aquilo era mais para controlo H aqui um dispositivo que d para aumentar o caudal Aquilo um pinga pinga Sai uma gota aqui outra ali E isto chega E E aquele sistema de rega gota a gota n o MP Gota a gota sim E Mas controlado manualmente MP E atrav s desta sa da da gua E Portanto tinha de ser uma pessoa a reparar que aqueles valores n o estavam bem e a ir a
84. mentos nas teorias da conserva o que procuraram acompanhar de forma parcelar a pr pria cria o art stica Surgiram novas formas de arte em que por vezes o conceito se revelou como sendo o componente mais relevante Estas novas formas designadamente instala es performances media arte entre outras tal como referido por William Real 2001 ou Tatja Scholte 2011 desafiam as pr ticas da conserva o 1 tornando necess rio repensar os m todos de conserva o aplicados s obras de arte contempor nea 2 A crescente necessidade de interven es de conserva o e restauro nestas obras levou a que desde o final do s culo XX v rios projectos de investiga o internacionais desenvolvessem esta tem tica Modern Art Who Cares 1999 3 PRACTICs 2009 2011 4 The Variable Media Network 2001 presente 5 entre outros Entre estes encontra se o projecto de investiga o Inside Installations 2004 2007 2 Este projecto focou a teoria assim como as pr ticas de conserva o aplicadas instala o Nestes estudos baseados tamb m em estudos anteriores a documenta o foi defendida como o m todo mais adequado preserva o de obras que incluam aspectos intang veis permitindo prolongar no tempo a inten o art stica possibilitando futuras re instala es Dado que as obras em estudo nesta disserta o s o instala es focar nos emos particularmente nesta tipologia A instala o caracterizada por u
85. nais tamb m apresentam s rios problemas de conserva o e como tal deveriam ser digitalizados para que n o se perca as informa es Quando os originais j n o puderem ser manuseados dever o ser realizadas c pias integrais dos jornais atrav s das digitaliza es e substitui los Por fim a mesa nao tera especificamente de ser sempre a mesma no entanto Miguel Palma referiu que quer que tenha um tom neutro e claro como a usada e dever tamb m ter uma apar ncia id ntica com cavaletes de madeira Relativamente s dimens es teria aproximadamente 1m de altura 1 25m de largura e cerca de 4 70 de comprimento Por ltimo a ilumina o usada encontrava se no tecto direccionada para a mesa N o especificou a sua intensidade por m teria de ser a suficiente para que fosse poss vel ler os jornais 60 Reserva Local de Reserva Museu do Chiado 2000 Exposi es Interfer ncias Exposi o tempor ria e colectiva Jimmie Durham Henrik Jakobsen Ros ngela Renn Nedko Solakov Augusto Alves da Silva Jo o Tabarra entre outros Local Sala Interfer ncias Museu do Chiado Lisboa Data 07 de Julho de 2000 a 08 de Outubro de 2000 Curadoria Pedro Lapa Fig 7 Fotografia da obra no programa Interfer ncias no Museu Nacional de Arte Contempor nea do Chiado 2000 Bibliografia Oliveira C Fernandes L 2014 Entrevista n o publicada com Miguel Palma a 05 de Junho de 2014 Obser
86. nal Library 1997 29 TUMOSA C S et al The Deterioration of Newsprint and Implications for its Preservation WAAC Newsletter Vol 30 N 3 Setembro 2008 30 Protect Your Newspapers and Clippings Florida Department of State Division of Library amp Information Services consultado a 11 de Setembro de 2014 Dispon vel em http dlis dos state fl us archives preservation Newspapers index cfm n d 31 DANIELS V D The Chemistry of Paper Conservation Department of Conservation The British Museum London 1996 32 LAPA P More Works About Buildings and Food Fundi o de Oeiras Hangar K7 Camara Municipal de Oeiras 2001 33 Vegetais que crescem rapido consultado em 05 de Agosto de 2014 Disponivel em hitp planting vegetables pt v145 com vegetais que crescem r C3 A1pido html n d 34 Wisconsin Fast Plants Program Life Cycle consultado em 05 de Agosto de 2014 Disponivel em http www fastplants org life_cycle n d 35 RATO V Novas formas de habitar Lisboa in PUBLICO 20 de Novembro de 2000 36 PINHARANDA J Duas exposi es colectivas no sentido diverso ajudam a seguir as linhas de trabalho de Pedro Lapa activo comiss rio art stico lisboeta Lisboa in PUBLICO 27 de Janeiro de 2001 p 126 37 Exposi o de catorze artistas na Funid o de Oeiras Lisboa in PUBLICO 09 de Janeiro de 2001 p 50 38 de ALMEIDA P D Miguel Palma Ode Triunfal Lisboa in Visao 11 de
87. ndo o ambiente se encontra mais frio tal como na sua primeira exposi o A temperatura a que as plantas se encontram relevante dado que necessitam de pelo menos 13 C para se poderem desenvolver 53 Devido exist ncia de braseiras el ctricas e uma vez que a obra composta por elementos que poderiam facilmente arder como o caso das placas de madeira o artista disse que foi colocado um extintor na base da estrutura em forma de paralelep pedo do lado esquerdo como medida de seguran a ver Figura 2 14 Relativamente ilumina o esta obra cont m dois projectores pretos com l mpadas de halog neo situados no topo da pe a e dois candeeiros com l mpadas fluorescentes duplas colocados na vertical um em cada extremo da mesa ver Figura 2 14 As l mpadas fluorescentes devem ser colocadas pr ximas das plantas garantindo uma dist ncia de pelo menos 15cm para n o haver o risco de as queimar 54 O artista informou que cada l mpada de halog neo tem de pot ncia 500W ou seja as duas no total t m 1000W Relativamente s l mpadas fluorescentes cada uma tem de pot ncia 35W Uma vez que se trata de l mpadas duplas cada candeeiro tem 70W de pot ncia portanto no total os dois candeeiros t m 140W A melhor luz para que as plantas se desenvolvam a luz natural 54 Por m tamb m poss vel que estas cres am com luz artificial As luzes fluorescentes tais como as usadas nesta obra s o ideais para o crescimento
88. ngar K7 na Fundi o de Oeiras 2000 More Works About Buildings and Food Incorpora o e direitos legais Data de incorpora o 2001 Modo de incorpora o Doa o Breve descri o Trata se de uma instala o na qual s o cultivados feijoeiros num sistema de cultura hidrop nica Esta obra composta por diversos elementos incluindo os necess rios para o funcionamento do sistema de rega aquecimento e ilumina o presentes na instala o que s o 53 reutilizados a cada montagem assim como as plantas que n o s o reutilizadas Na primeira exibi o da obra em 2000 foi realizada uma sopa com os legumes cultivados neste sistema Origem da obra Cultura Hidrop nica surgiu atrav s de um convite feito por Pedro Lapa curador da exposi o More Works About Buildings and Food em 2000 Esta exposi o tinha como temas centrais a produ o de obras principalmente de instala es que tinham como tem ticas principais a arquitectura e a interac o com o p blico Pode se afirmar que na obra de Miguel Palma a realiza o da sopa confeccionada na inaugura o da exposi o foi o elo que criou a interac o entre a obra e o p blico uma vez que foram alguns elementos da audi ncia que a consumiram Invent rio de materiais constituintes da obra Materiais Medidas quantidades Caracter sticas Cinzento com tampa preta A solu o entra por cima e sai por Barril 1 baixo com uma bomba de gua na sua
89. o se agora voltasse a p r esta pe a em funcionamento acho que fazia aqui um sistema biol gico Fazer a sopa mas assim que tiv ssemos a certeza que est vamos a comer uma coisa como deve de ser H muitas coisas que s o feitas e s o constru das mas eu nunca pensei daqui a 10 ou 15 ou 20 anos que houvesse assim um n o era consciente na minha cabe a o depois E Exacto Isso comum risos Os artistas normalmente s a partir de uma certa idade que come am a pensar realmente MP Pois E eu sinto isso Eu tenho pe as com coisas electr nicas e depois j n o h os componentes ou j n o existem deixam de ser fabricados 35 E Se nos nao perceb ssemos nada de cultura hidroponica e quisesse explicar nos este sistema o seu funcionamento como explicaria MP Como que eu explicaria para algu m que n o soubesse nada E Como que funciona E o que que est o a a fazer esses componentes MP Comegaria por explicar que existe uma bancada onde s o colocados v rios com a tecnologia que da hidroponia n o Portanto uma sequ ncia de cubos que t m essa estrutura de c co ou seja o que for E Esta coisinha aqui MP Esse um tabuleiro mas um tabuleiro com a profundidade desses cubos E forrado com um pl stico para qu Para todo o l quido em excesso ser recuperado Porque como n o ha terra os l quidos nunca ganham lamas nem nada Portanto essa gua recuperada e por isso que ela depois
90. o acontecer porque h de haver uma altura em que j n o percebes nada do que a pessoa fala E Ent o mas pode se ter outra alternativa por exemplo passar para outro MP Sim E Para outro suporte MP Sim E N o precisa de ser cassete obrigatoriamente MP N o n o E Ent o mais importante que se perceba o som do que seja propriamente em cassete MP Muito mais E Mas aquela qualidade do som da cassete deve manter se Ou por exemplo se houvesse a hip tese de ficar mais limpo tu preferias MP Muito mais limpo n o vais conseguir aquilo j tem ru dos de fundo Se ela ficar cristalizada a eu achava piada E Com os ru dos MP Pois Parece me E Pronto e s Bom obrigada MP Obrigado eu 52 6 3 Anexo Ill Ficha da obra Cultura Hidrop nica Museu de Arte Contempor nea do Chiado MNAC Identifica o N de invent rio 2613 T tulo Cultura Hidrop nica Autoria Miguel Palma Institui o Propriet rio Museu Nacional de Arte Contempor nea do Chiado Super categoria Arte Contempor nea Portuguesa Categoria Instala o Epoca Periodo cronol gico Arte Contempor nea Fig 1 Fotografia da obra na exposi o Linha de Montagem no Centro de Arte Moderna Funda o Calouste Gulbenkian 2011 Ano 2000 Fig 3 Pormenor dos feijoeiros e Fig 2 Fotografia da obra na More Works About Buildings sistema de rega da obra na exposi o and Food no Ha
91. o artista em Lisboa Entrevista registada em udio Os assuntos discutidos nesta entrevista centraram se na obra Cultura Hidrop nica Entrevistadores Esta obra foi pela primeira vez apresentada na Fundi o de Oeiras na exposi o More Works About Buildings and Food Miguel Palma No K7 sim E Sim no hangar A obra foi pensada para esta exposi o em particular MP Foi Essa exposi o tratava de uma s rie de quest es relacionadas com a arquitectura e com a alimenta o O que eu fiz foi com um amigo que cozinheiro ainda hoje propor fazer uma sopa ou uma refei o para a inaugura o e antes dessa inaugura o cultivar uns feij es feij o verde e assim foi E Ent o e os feijoes foram parar a sopa MP Parte dos feij es N s n o conseguimos a totalidade do feij o precis vamos de muito mais feij o ent o acabei por depois trazer la de uma horta de um amigo Mas grande parte do feij o veio daquela cultura daquele trabalho Esse meu amigo disse me eu posso te plantar feij o posso acelerar o processo aqui na estufa porque tens uma instala o daqui a uma semana e numa semana n o vais ter feij o Eu aqui posso come ar e depois tu daqui transportas isto para a tua pe a E assim fizemos T nhamos uns cubos com casca de c co acho eu Casca de c co de estrutura A cultura hidrop nica tem a ver com uma s rie de nutrientes que v m atrav s de uns l quidos N o sei se voc s conhecem
92. o colocados sempre no mesmo s tio Miguel Palma j n o se recorda da sua fun o nem do motivo por que foram inclu dos na obra 13 Feijoeiro Cadeira 8 Recipiente de pl stico 5 Fog o el ctrico de Sic um bico wm Cavalete em S 222 rot Mesa Recipiente de plastico Feijoeiro E B Fog o el ctrico de um bico Aquecedor a leo Balde de pl stico amarelo 2 Figura 2 7 Vista de cima de parte da mesa central com feijoeiros ao centro colocados dentro de cubos Estes encontram Figura 2 8 Vista de lado de parte da mesa central e da se dentro do recipiente de pl stico Ao lado localiza se uma bancada que se encontra ao seu lado bancada com um pequeno fog o el ctrico 2 3 2 Suporte das plantas No centro da mesa encontra se um recipiente de pl stico longitudinal e rectangular Miguel Palma referiu que este continha uma espuma no seu interior e ap s pesquisa no website da marca Cultil ne 50 marca vis vel na Figura 2 2 concluiu se que esta espuma constitu da por l de rocha ver Figura 2 9 O uso deste substrato tem grandes vantagens uma vez que se trata de um substrato inerte que ret m a gua e os nutrientes de forma homog nea 50 Por cima deste substrato s o colocados cubos de fibra de casca de c co casca de c co triturada nos quais s o plantados os feijoeiros Estes cubos s o colocados em ud Feijoeiro linha dentro do recipiente rectangular Local onde s
93. o destes jornais sobre uma mesa abertos na p gina com o an ncio publicit rio A obra inclui tamb m a transmiss o sonora das grava es em cassete das chamadas telef nicas realizadas entre o artista e os eventuais interessados que responderam aos an ncios Tal como no caso de Cultura Hidrop nica esta obra inclui v rias dimens es de experi ncia por parte da audi ncia sendo neste caso a audi o e a vis o os sentidos mais importantes Como se poder preservar o som O som definido n o s pelo aparelho que o reproduz mas tamb m influenciado pela forma como foi gravado pelo espa o onde reproduzido e pela posi o do p blico relativamente ao aparelho 2 Toda uma descri o detalhada das suas caracter sticas e do suporte em que se encontra gravado assim como o conhecimento do m todo de grava o ser o fundamentais para permitir que no futuro esta obra possa ser reinstalada e o som exibido sem que seja deturpada a inten o do artista Relativamente aos materiais estes poder o vir a apresentar s rios problemas de preserva o As instala es que usam aparelhos electr nicos neste caso o leitor de cassetes com as respectivas cassetes n o s se desgastam fisicamente o que comum a todos os materiais como tamb m s o aparelhos que se tornar o obsoletos 8 Uma vez que a dada altura deixar o de se encontrar venda n o sendo poss vel a sua substitui o por outros iguais pode dizer se que este
94. o orientador a Mestre Cristina Barros Oliveira Faculdade de Ci ncias Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa J ri Presidente Professora Doutora Maria Jo o Seixas de Melo Arguente Professora Doutora Laura Lucinda de Oliveira Castro Vogal Professora Doutora Rita Andreia Silva Pinto de Macedo Dezembro 2014 O Copyright Lu sa Escada Cardoso Baptista Fernandes A Faculdade de Ci ncias e Tecnologia e a Universidade Nova de Lisboa t m o direito perp tuo e sem limites geogr ficos de arquivar e publicar esta disserta o atrav s de exemplares impressos reproduzidos em papel ou de forma digital ou por qualquer outro meio conhecido ou que venha a ser inventado e de a divulgar atrav s de reposit rios cient ficos e de admitir a sua c pia e distribui o com objectivos educacionais ou de investiga o n o comerciais desde que seja dado cr dito ao autor e editor Agradecimentos Um agradecimento especial para Miguel Palma pela sua colabora o e disponibilidade mesmo com o pouco tempo livre de que dispunha E um muito obrigada minha fam lia e amigos por toda a paci ncia amizade e apoio principalmente neste ltimo ano decorrido Resumo O presente trabalho tem como objectivo o estudo e documenta o de duas obras pertencentes a colec o do Museu Nacional de Arte Contempor nea do Chiado Trata se das instala es Cultura Hidrop nica e Exposi o de Ocasi o do artista Miguel Palma Estas o
95. ocaliza o das estruturas handy vista na diagonal erre 13 Figura 2 5 Vista de cima da mesa ladeada pelas placas de madeira e pelas 8 cadeiras mostrando a localiza o das estruturas de apoio em ferro que se encontram por baixo das placas fixando as De Sis PARE ee ech le le ee ee ee busen 13 Figura 2 6 Corte transversal da mesa com as placas de madeira fixas atraves das estruturas em TEN Or ee ee een 13 Figura 2 7 Vista de cima de parte da mesa central com feijoeiros ao centro colocados dentro de cubos Estes encontram se dentro do recipiente de pl stico Ao lado localiza se uma bancada com um pequeno 1OGAO ClECU ICO ann ae 14 Figura 2 8 Vista de lado de parte da mesa central e da bancada que se encontra ao seu lado 14 Figura 2 9 Corte transversal de parte do recipiente de pl stico com os cubos onde se encontram OS CI OCIPOS aaa O aa 14 Figura 2 10 Vista de frente da parte central da pe a sem as cadeiras i 15 Figura 2 11 Recipiente cil ndrico verde colocado sobre duas estruturas paralelas fixas entre as estruturas Nandy ae een EO E E E e a ee 16 Figura 2 12 Barril apoiado sobre a barra da mesa vista por baixo uueesnssssnnsnnnnnnnnnnnnnnnnenne ann 16 Figura 2 13 Percurso percorrido continuamente pela solu o nutritiva uuusssnssseneennneenenneenn 17 Figura 2 14 Representa o e localiza o dos componentes do sistema de ilumina o e de
96. op es apresentadas a realiza o de r plicas dos jornais e a migra o do som para um novo suporte s o correctamente efectuadas Pode se concluir que para responder a todas as quest es anteriormente levantadas a documenta o revela se como sendo o m todo mais eficaz para a preserva o deste g nero de obras embora como tamb m j foi referido n o garante que n o ocorram altera es nas diversas exposi es das obras Esta permite registar n o s os materiais constituintes da instala o assim como a 31 realiza o da sua montagem mas tamb m permite perceber os seus aspectos intang veis o processo criativo e quais os limites que o artista imp e ou n o s poss veis mudan as que a obra poder sofrer no futuro A documenta o permite ent o que seja poss vel preservar o mais correcto e precisamente poss vel estas instala es para o futuro permitindo tamb m futuras re instala es Relativamente metodologia utilizada deve dizer se que se verificou a falta de informa o existente no museu e em livros e artigos acerca das obras em estudo o que dificultou o seu conhecimento inicial Acresce que a documenta o foi dificultada pelo facto da visualiza o e montagem das obras n o terem sido experienciadas pelo que esta dependeu da memoria de quem a experienciou sendo a principal fonte o pr prio artista Portanto embora a preserva o das obras contempor neas seja complexa possui a grande vanta
97. or mudan as na obra uma vez que n o poss vel controlar ao certo e minuciosamente o seu desenvolvimento Podemos considerar ent o que acabam por ser um elemento surpresa uma vez que nunca se sabe como se desenvolver o a cada exposi o da obra Durante a pesquisa inicial surgiu ainda outra quest o pouco referida e explicada a sopa de feij o Qual o motivo da sua confec o Deveria ter algum sabor em particular Ap s a entrevista realizada a Miguel Palma ficou esclarecido que apenas foi realizada uma vez n o sendo no entanto exclusiva da sua primeira exposi o N o especificou nenhuma receita apenas referiu que pretende que seja sempre que poss vel confeccionada pelo seu amigo e chef Rodrigo Ramalho importante ainda determinar com este chef qual a receita que usou para que futuramente quando a obra for re instalada e se cozinhar a sopa caso este seu amigo n o se possa encontrar presente a sopa possa ser confeccionada de forma id ntica Em termos de conserva o tal como as plantas tamb m podemos afirmar que este ser um elemento vari vel e diferente a cada exposi o Quando for realizada o seu sabor nunca ir ser exactamente igual mesmo que seja detalhadamente documentada a sua confec o Isto deve se ao facio de que a receita poder variar um pouco mesmo que n o 29 intencionalmente e tamb m de os feij es usados poderem ter caracter sticas ligeiramente diferentes alterando assim as cara
98. oram postas venda entre aspas eram todas tuas MP Eram E Tiveste algum crit rio MP Na escolha E Sim para por l MP N o n o E Foi aleat rio MP Sim Um aleat rio mais ou menos aleat rio Havia coisas que eu achava que podiam ter mais impacto assim num jornal Como estar a vender por exemplo alface numa banheira Achei que era porreiro risos E Mas estava explicado no an ncio o que que estavas a vender Ou quando as pessoas te ligavam que dizias MP As pessoas perguntavam Havia umas pessoas que nem sequer respondiam a Tipo essa hist ria da banheira e da alface nunca tive nenhum contacto Mas tentei vender um carro O carro que era pe a de arte e as pessoas perguntavam o pre o queriam saber assim pormenores Mas era uma coisa assim um bocado surreal Eu n o me ria obviamente nem nada mas ficava assim um bocado ah sim sim Fal vamos assim um bocado por alto dessa vontade E Mas apareceu algu m mesmo interessado MP N o Nunca E Era s mesmo curiosidade MP Era E E desta obra n s s tom mos conhecimento desta exposi o Teve mais alguma vez exposta f MP N o infelizmente E um trabalho que eu gosto mas n o sei porqu nunca esteve E pena E Muitas instala es s o assim Pode ser que daqui a 10 anos mas por exemplo o Alberto Carneiro houve uma obra que ele doou ao CAM Foi exposta uma vez em 75 e depois em 2009 E uma diferen a MP De 75 a 2
99. ornais devem ter alguma ilumina o MP E uma ilumina o de tecto E O suficiente que d para ler MP Sim 50 E Mas direccionada para a mesa ou iluminava a sala toda MP Era mais para a mesa Mas depois dava alguma luz sim E E em rela o ao som novamente a velocidade da grava o era o normal Ou depois punha mais r pido ou mais lento MP Assim tipo helium voice risos Acho que era o normal Era o normal era E Tal como as pessoas falaram era o que estava a ser transmitido MP Era sim E E o n vel sonoro a que devia estar a ser transmitido era baixinho MP Era ouvia se Mas n o era uma presen a que fosse mais Eu diria que se estivesse muita gente a ver a exposi o dificilmente ouviam E Mas se a sala estivesse com pouca gente dava para perceber bem a conversa MP Perfeitamente sim E E depois a grava o estava sempre a repetir se de forma continua MP Em loop sim estava Nao sei quantos minutos tem a grava o E E estas op es do som de transmiss o devem manter se sempre assim em futuras apresenta es MP Sim E Agora em rela o degrada o dos materiais os jornais s o assim um material que MP Que uma chatice n o E Bastante Daqui a 100 anos n o existem MP Daqui a 100 n o existem E E daqui a pouco tempo j devem estar isto j foi h catorze anos n o MP Pois j devem estar todos amarelados E O papel fica muito mais fr gi
100. osi o Miguel Palma doou a obra ao MNAC 4 integrando a sua colec o desde 2001 segundo consta na ficha matriz fornecida pelo museu e posterior confirma o do artista 3 2 Descri o e an lise O projecto iniciou se com a quantia de mil contos que o museu forneceu a Miguel Palma para a produ o da obra e este decidiu aplica los em publicidade 74 75 Os an ncios foram colocados durante o m s de Junho do ano de 2000 e publicitavam a venda ou a permuta de algumas das suas 13 Entrevista presencial com Miguel Palma a 02 de Julho de 2014 no atelier do artista 14 O n mero de invent rio da obra 2557 23 obras em diversos jornais tanto nacionais como internacionais 20 Quando questionado em entrevista sobre quais os jornais em que foram colocados os an ncios e se houve algum crit rio na sua escolha Miguel Palma n o se recordava mencionando apenas que teria sido entre o Correio da Manh e o Expresso da altura Das publica es internacionais segundo o que o artista se recordava colocou an ncios em jornais italianos espanh is franceses e alem es no entanto n o se recordava concretamente de quais eram Uma vez que tamb m n o foi poss vel ver os elementos da obra em reserva mant m se a quest o de quais os jornais usados Quanto s obras escolhidas para serem colocadas nos an ncios Palma apenas referiu em entrevista que seleccionou as que pudessem ter mais impacto num jornal Ap
101. r tecnologicamente mais avan ado mantendo a sua apar ncia exterior 5 No entanto no caso do aquecedor a leo esta op o n o seria poss vel sendo ent o necess rio trocar por outro sistema de aquecimento que fosse visualmente o mais semelhante poss vel Quanto s braseiras el ctricas para o artista importante a parte visual de quando estas se encontram acesas a luz incandescente das resist ncias Caso n o existam aquecimentos id nticos dever se colocar luzes que se assemelhem a estas resist ncias juntamente com um sistema de aquecimento alternativo Por fim embora o artista tenha estado presente em duas das montagens da obra na primeira na Fundi o de Oeiras em 2000 e na mais recente na Funda o Calouste Gulbenkian em 2011 refere que j n o se recorda da maioria dos pormenores Neste caso passaram se tr s anos desde a ltima 30 montagem e o artista que seria quem teria mais informa es sobre a obra e sua exposi o uma vez que foi ele que a montou j n o se recordava de muitos pormenores Pormenores tais como a fun o dos dois baldes de pl stico amarelos o suporte onde se encontra o recipiente cil ndrico verde a fun o e localiza o de um regador de lat o descrito na listagem de materiais fornecida pelo museu assim como as condi es ambientais em concreto em que a obra se encontrava Para al m destas informa es outras tais como a forma de como a gua passava dos cubos de f
102. r e tinham tudo a ver Tinham um lado forte assim pesadas A estrutura handy uma coisa que eu uso muito no meu trabalho portanto os parafusinhos e as estruturas fazem parte da minha forma de trabalhar E E foram estes materiais que foram sempre usados nas v rias exposi es MP Sim sim E E j algum deles sofreu alguma interven o de restauro MP Acho que nao a unica coisa que eu vejo aqui diferente aquilo que h bocado falavamos que este tubo h uma zona central de irriga o e aqui E Vai directamente as plantas MP E n o sei porqu Mas eu acho que assim que deve ser E Como foi na primeira MP Como foi na primeira E parece me mais f cil porque eu imagino que se aqui est o as plantas n o E S o dois MP Eu acho que eram dois cada um tem dois acho eu Eu acho que sim N o tenho a certeza Talvez n o talvez seja s um N o h mais fotografias E S h uma pequenina que esta MP Ah esta ptima Cada um tem um E Ent o este tubinho preto est de alguma forma ligado a este MP N o De cada um sai s um tubo E faz estas liga es At temos aqui o nome da marca Cultilene Deve existir isto Cultil ne E este aqui era c co este era c co engra ado ver isto agora com estes elementos e ao estarmos a falar agora mais f cil montar a pe a Mas pois eu acho que mais tarde ou mais cedo esta pe a vai ser de ser montada E Pois
103. rava vis vel embora em entrevista n o se tenha oposto a esta hip tese Quanto aos jornais estes encontravam se abertos na respectiva p gina do an ncio publicit rio colocados sobre uma mesa ver Figura 3 1 Figura 3 2 e Figura 3 3 Segundo as informa es que Miguel Palma forneceu em entrevista os jornais foram dispostos de forma aleat ria embora se tenha mostrado um pouco hesitante quanto a esta informa o Explicou tamb m que se encontravam distribu dos a uma dist ncia igual uns dos outros de modo a ocupar a mesa toda Mas como se pode verificar numa das imagens existentes ver Figura 8 1 os jornais n o foram colocados at as extremidades laterais da mesa Como se pode ainda constatar nesta mesma imagem referida a mesa encontrava se suportada por quatro cavaletes em madeira e segundo o artista tinha um tampo em MDF Medium Density Fiberboard de cor clara O MDF um material constitu do por pequenos peda os de madeiras de pinheiro ou eucalipto aglomerados com cola formando assim um painel 76 Uma vez que os materiais em MDF tipicamente n o apresentam uma tonalidade t o clara como a que S Entrevista presencial com Miguel Palma a 02 de Julho de 2014 no atelier do artista 24 se observa na imagem p e se em hip tese que este tampo poder ter levado um revestimento Segundo as informa es que Miguel Palma facultou em entrevista juntamente com a an lise das imagens existentes a mesa teria dimens es de
104. recolher imagens da obra em exposi o Miguel Palma Linha de Montagem Exposi o tempor ria e individual Local Lisboa Centro de Arte Moderna da Funda o Calouste Gulbenkian CAM FCG Data 15 de Abril de 2011 a 03 de Julho de 2011 Curadoria Isabel Carlos Fig 5 Fotografia da obra na exposi o Miguel Palma Linha de Montagem no CAM FCG 2011 Bibliografia Oliveira C Fernandes L 2014 Entrevista n o publicada com Miguel Palma a 05 de Junho de 2014 Observa es Editado por Lu sa Fernandes no mbito da disserta o de mestrado em Conserva o e Restauro da Faculdade de Ci ncias e Tecnologia Universidade Nova de Lisboa Data Agosto de 2014 58 6 4 Anexo IV Ficha da obra Exposi o de Ocasi o Museu de Arte Contempor nea do Chiado MNAC Identifica o N de invent rio 2557 T tulo Exposi o de Ocasi o Autor Miguel Palma Institui o Propriet rio Museu Nacional de Arte Contempor nea do Chiado Super categoria Arte Contempor nea Portuguesa Categoria Instala o Epoca Periodo cronol gico Arte Contempor nea Ano 2000 2000 Fig 2 Pormenor de jornais da obra Fig 3 Pormenor de outra perspectiva de jornais da obra Incorpora o e direitos legais Data de incorpora o 2001 Modo de incorpora o Doa o Origem da obra Esta obra foi criada propositadamente para a nica exposi o em que at d
105. riamente assim a E Ainda n o estava na ordem do dia MP N o estava na ordem do dia n o Era mais uns l quidos laranjas e azuis e lil s risos que dessem power para aquela planta crescer e alimentar toda a casa Mas n o deixa de ser um sonho quase interplanet rio Uma pessoa consegue imaginar viver com este tipo de hist ria numa esta o orbital ou num lugar qualquer Ir para a lua ir para Marte e la uma pessoa produzindo estes alimentos podia ser auto suficiente durante muito tempo Mas n s sabemos que hoje em dia dist ncia muito c mico n o Muito naive E Por que optou neste caso por cultivar feijoeiros MP E nao outra coisa qualquer E Sim MP Eu acho que foi por uma quest o do tipo falei com este amigo que tinha as estufas pensei em tomate mas o feij o era a coisa mais r pida Acho que foi mesmo por a Acho que foi uma quest o do g nero Miguel vai para o feij o temos feij es daqui a 3 semanas N o foram 3 semanas foi para al um m s e tal O feij o cresce imenso O feij o assim mas podia ter ido para outra historia mas o feij o tamb m dava uma boa sopa risos Acho que foi por a E E por falar na sopa S fez a sopa nesta primeira exposi o MP Fiz A pe a foi mostrada nessa altura foi na Maia acho eu E Sim MP E j ter sido mais vezes E Foi Quatro vezes Depois tamb m foi na Gulbenkian em 2011 MP Ah a Gulbenkian Na Gulbenk
106. s term metro de gua Sim isto um dep sito o que est aqui que faz esta hist ria Que giro Agora estava a andar para tr s no tempo e estava me a lembrar quando montei isto A primeira vez n o foi f cil para acertar com a gravidade e com a quantidade de l quido e tudo isto Mas eu agora acho que fazia isto muito r pido a montagem disto E Ai era MP Sim preparando as plantas e tudo isso acho que uma pe a que se monta talvez em 2 dias E Quanto tempo que achas que necess rio antes da montagem da pe a para preparar tudo Estou a referir me mais aos feijoeiros MP Talvez 3 semanas E Para os p r a crescer MP Sim Pois conv m algum tempo 3 semanas e depois 2 dias de montagem de forma a que a pe a fique montada talvez uns 4 ou 5 dias antes da inaugura o E Para crescerem mais um bocadinho ou para estabilizar tudo MP Para crescerem mais um bocadinho para estabilizar tudo sim N o uma pe a para montar na v spera E Pois MP N o n o Depois aquilo tem uma afina o os l quidos e a quantidade da gua E E estes equipamentos houve algum crit rio na escolha de algum deles Um crit rio visual MP Sim Lembro me que isto podia ser verde ou azul Eu escolhi o verde porque achei que era porreiro o verde com o verde Mas acho que teve um lado mais funcional do que propriamente E Est tico MP As cadeiras gostei Encontrei estas cadeiras e achei que n o tinham nada a ve
107. s constituintes assim como das t cnicas usadas para que se possa propor e aplicar as solu es mais vi veis de modo a preservar as obras tentando respeitar ao m ximo a inten o do artista Por outro lado uma das principais caracter sticas da instala o que esta apenas existe como obra quando instalada no espa o expositivo dependendo a sua preserva o da possibilidade de re instala o ou rematerializa o de acordo com a inten o art stica 11 Deste modo a documenta o funciona como um gui o que orienta o conservador nos procedimentos mencionados Assim importa registar a inten o art stica assim como os seus elementos tang veis e intang veis atrav s da recolha de toda a informa o dispon vel 12 A documenta o de uma obra divide se em v rias etapas Numa etapa inicial dever ser recolhida informa o publicada e n o publicada sobre o artista e a obra em estudo 13 De seguida dever se efectuar a recolha de informa o pelo recurso a fontes orais isto atrav s da realiza o de entrevistas ao pr prio artista curadores amigos pr ximos assistentes cr ticos investigadores entre outros 11 2 Outra informa o relevante pode ainda ser obtida pelo acompanhamento da re instala o ou rematerializa o da s obra s Nesta fase torna se poss vel a obten o de registos visuais fotografias e filmes que auxiliem futuras re instala es ou rematerializa es 14 Por fim deve
108. s detalhadamente estudadas O museu apenas continha uma ficha matriz para cada obra e uma listagem dos materiais usados na obra Cultura Hidroponica Estas fichas continham poucas e vagas informa es sobre a descri o geral de cada instala o e indicavam ainda que os materiais de ambas se encontravam em reserva Embora houvesse uma listagem dos materiais constituintes de Cultura Hidrop nica esta n o explicava a sua montagem nem funcionamento Portanto caso estas instala es n o fossem detalhadamente documentadas no futuro se o artista n o se pudesse encontrar presente nas suas montagens estas iriam ser mais complicadas podendo mesmo ser incorrectas deturpando as obras Para compreender a import ncia da documenta o necess rio ter em conta as mudan as que se verificaram na arte desde o in cio do s culo XX assim como compreender o que uma instala o e as v rias problem ticas que esta tipologia pode suscitar Desde a sua g nese que a arte contempor nea tem vindo a desafiar as pr ticas museol gicas A sua constante mudan a e a utiliza o de materiais e t cnicas n o convencionais questionam as pr ticas tradicionais aplicadas nas institui es museol gicas As inova es art sticas que surgiram no in cio do s culo XX desde a utiliza o de materiais ditos n o tradicionais at tend ncia para a desmaterializa o da arte que se torna mais evidente a partir dos anos 60 proporcionaram novos desenvolvi
109. s suportes t m um tempo de vida muito limitado tendo eventualmente de ser substitu dos por outros que desempenhem a mesma fun o Que op es se poder o tomar O valor que o artista atribui ao suporte ir ajudar a determinar de que forma a obra ser apresentada em futuras instala es 2 Saber se estes aparelhos se encontram vis veis ou n o durante a exposi o da obra tamb m pode ajudar na tomada de decis es 2 Para preservar as informa es gravadas em suportes anal gicos os propriet rios de obras com estas caracter sticas devem regularmente copiar as informa es para suportes iguais ou realizar 5 migra es para suportes tecnologicamente mais avan ados 8 permitindo assim que a informa o seja preservada evitando perdas repentinas e inesperadas Se a informa o e a apar ncia do suporte forem ambas importantes de manter a emula o apresenta se como sendo uma solu o vi vel em muitos casos 2 Isto migra se a informa o para um novo tipo de suporte no entanto tenta se manter a apar ncia do suporte inicial A preserva o das cassetes tamb m se revela problem tica A informa o nelas contida encontra se na fita magn tica que composta por uma base com uma fina camada de ligante por cima No ligante encontram se as part culas magn ticas cuja configura o determina o conte do da informa o 25 As part culas magn ticas mais frequentemente utilizadas s o o xido f rrico Fe
110. s tinha a ver com esse assunto com essas preocupa es para mim n o era nada de complicado porque como no meu trabalho eu cruzo muitas reas n o estou muito preocupado se as coisas v o descambar risos num assunto que j n o o assunto de origem do come o E o meu trabalho tem muito isso tem muito essa coisa de andar a divagar volta de algo E Ent o por exemplo no cat logo Pedro Lapa refere as ideias de activa o da participa o do p blico da interactividade at cita o Gilles Deleuze e F lix Guattari que dizem os quatro fluxos principais que atormentam os representantes da economia mundial ou da pr pria axiom tica s o o fluxo de mat ria energia o fluxo de popula o o fluxo alimentar e o fluxo urbano N o sei se na altura algumas destas ideias MP Sim lembro me da ideia de interac o de uma rela o f sica com o p blico que era para mim isso era mais do que uma raz o para fazer o trabalho A cultura hidrop nica tem uma origem urbana E Sim MP Porque uma coisa que come a n o sei algures nos anos 70 finais de 60 princ pios de 70 E Acho que 60 ainda sim MP 60 ainda Portanto esta possibilidade das pessoas viverem num apartamento e poderem ter uma sala onde t m os alimentos todos Mas depois h outro lado as pessoas nem estavam preocupadas se aquilo tinha montes de qu micos e risos Nem se pensava muito o que era na altura a agricultura biol gica n o era prop
111. s0 gt ou o di xido de cr mio CrOz 25 26 Se a fita for desmagnetizada quebrada ou vincada perder se a informa o A presen a de humidade poder distorcer a fita e danific la por hidr lise processo em que as liga es qu micas que ligam o xido das fitas base absorvem a humidade existente no ar tornando as pegajosas 27 Defeitos de fabrico podem tamb m causar a perda do xido presente no ligante se este sair as tiras designado como blocking se se tornar pulverulento o processo denomina se shedding 27 Neste sentido a preserva o de cassetes apresenta diversos problemas sendo necess rio esclarecer com o artista que op es considera vi veis de modo a preservar este componente da obra Por fim a preserva o dos jornais tamb m bastante problem tica dadas as caracter sticas do papel utilizado Uma vez que n o t m o objectivo de permanecer longos per odos de tempo o papel utilizado na produ o de jornais habitualmente fabricado a partir de polpas de madeira de muito baixa qualidade e menos tratadas ou seja OS processos qu micos para a elabora o da pasta de papel s o menos refinados mantendo assim em maiores quantidades os elementos cidos da madeira 28 29 30 Ao conter um maior teor de elementos cidos entre os quais a lenhina presente em pastas mec nicas o processo de acidifica o do papel acelerado tornando o mais rapidamente fr gil amarelecido e quebradi o 29 31
112. se conclui que na ltima exposi o da obra este seria de menores dimens es Portanto teria capacidade para conter um menor n mero de plantas 14 e como tal apenas seriam necess rias catorze cordas As cordas dever o estar presas em cima estrutura handy e em baixo a uma corda que se encontra na horizontal presa tamb m as estruturas handy laterais referiu Miguel Palma Observando minuciosamente a Figura 2 1 e a Figura 2 3 pode se verificar que a corda horizontal se encontra ligeiramente inclinada de acordo com a inclina o do recipiente em que est o colocadas as plantas ver Figura 2 10 k Segundo a lista de materiais N Corda lisa de nylon e constituintes da obra fornecida pelo revestida a pl stico MNAC a corda a adquirir deveria ter cerca de 20m no total Por m uma NL vez que numa das exposi es se oe encontravam 14 cordas verticais e na i ee a a a a ae da outra 16 cada uma com cerca de 2m de comprimento que corresponde Barril cinzento dist ncia desde os feijoeiros at estrutura handy superior onde se Figura 2 10 Vista de frente da parte central da pe a sem as dever prender cada corda como a referiu Palma 2m x 14 28m e 2m x 16 32m ter o sido necess rios no m nimo 28m e 32m de corda respectivamente Juntando a corda que se encontra na horizontal para prender a parte inferior das cordas verticais e criar a tens o que Palma mencionou que dever ter aproxim
113. seu esclarecimento primeiro preciso conhecer de que trata e como composta esta obra 3 1 Como surgiu A obra Exposi o de Ocasi o apenas foi exposta uma vez embora Miguel Palma tenha mencionado em entrevista que gostaria que tivesse sido mais vezes Esteve em exposi o em finais de 2000 tendo integrado o programa nterfer ncias que decorreu entre 1998 e 2002 no MNAC 71 Este programa foi desenvolvido por Pedro Lapa director do museu entre 1998 e 2009 72 e tal como o pr prio referiu numa entrevista este era um programa que consistia num convite com produ o de obra nova publica o de cat logo e que dava a conhecer em Portugal e a estrear uma obra nova de um nome importante da contemporaneidade obra essa que entraria depois em circula o internacional tentando colocar assim o Museu como um parceiro activo n o s receptor da produ o do tecido contempor neo 73 Portanto como se conclui a obra foi criada propositadamente para este programa Por m Miguel Palma n o constava na lista inicial dos artistas escolhidos para este programa Tal como explicou na entrevista realizada quando Pedro Lapa lhe ligou informou o de que uma artista fez confus o com as datas e havia um buraco no programa do museu E pensou que eu pudesse preencher esse espa o Ou seja a obra de Miguel Palma foi realizada para substituir outra de outro artista que n o foi poss vel apresentar Ap s esta exp
114. seum org collections permanent 92277 html n d 10 Janet Cardiff amp George Bures Miller consultado em 30 de Julho de 2014 Disponivel em http cardiffmiller com artworks inst motet html n d 11 van SAAZE V Doing Artworks A study into the Presentation and Conservation of Installation Artworks Tese de Doutoramento Amesterdao UvA 2009 12 van de VALL R HOLLING H SCHOLTE T STIGLER S Reflections on a biographical approach to contemporary art conservation Artigo apresentado no ICOM CC 16 Triennial Conference 19 23 Setembro em Lisboa Portugal 2011 13 BEERKENS L et al The Artist Interview for Conservation and Presentation of Contemporary Art Guidelines and Practice Holanda Jap Sam Books 2012 14 Inside Installations consultado em 15 de Maio de 2014 Dispon vel em http www inside installations org home index php n d 15 de ALMEIDA P D Miguel Palma Ode Triunfal Visao 11 de Junho de 2011 consultado em 07 de Janeiro de 2014 Dispon vel em http visao sapo pt miguel palma ode iriunfal f607202 n d 16 ABRANCHES A The Art of Merging in Essential Lisboa n 51 pp 52 55 Agosto Setembro 2012 17 de ALMEIDA B P CLAUDIO M FERNANDES M M Entre as margens representa es da engenharia na arte portuguesa Porto Universidade do Porto Faculdade de Engenharia 2013 18 CAMERON D CARLOS I ASBURY M Miguel Palma linha de montagem assembly line Lisboa Funda
115. sultado a 29 de Julho de 2014 Disponivel em http www avelonline com o ciclo de vida de um feijao verde html n d 53 Vegetable Planting Guide consultado a 30 de Julho de 2014 Dispon vel em http www ext colostate edu mg gardennotes 720 html tender n d 54 Como a luz artificial afeta o desenvolvimento das plantas consultado a 01 de Agosto de 2014 Dispon vel em http www ehow com br luz artificial afeta desenvolvimento plantas como_5772 n d 55 How to Choose the Best Indoor Lighting for Plants consultado a 01 de Agosto de 2014 Disponivel em http www hgtv com gardening how to choose the best indoor lighting for plants index html n d 56 Cultivo Hidroponico de Plantas Parte 2 Solu o Nutritiva consultado em 15 de Junho de 2014 Dispon vel em http www infobibos com Artigos 2009 2 Hidroponiap2 Index him n d 57 BRACCINI M BRACCINI A MARTINEZ H Crit rios para renova o ou manuten o de solu o nutritiva em cultivo hidrop nico Londrina vol 20 n 1 Mar o de 1999 pp 48 58 58 Introdu o Nutri o de Plantas 2006 consultado a 07 de Setembro de 2014 Dispon vel em http www nutricaodeplantas agr br site downloads unesp jaboticabal apostila nutricaoplanta feverei ro 06 pdaf n d 59 MANEIRO M Miguel Palma ingenieria est tica para el cuerpo sin rganos in Dardo magazine Santiago de Compostela N 15 Outubro 2010 Janeiro 2011 p 130 153 i 60 J RGEN
116. t o e por que motivo optaste pelas cassetes MP N o sei era o que existia no museu De repente era preciso gravar as conversas as pessoas telefonavam e eu estava ali numa secret ria Na parte onde as pessoas trabalham no museu 49 E Ent o tu fizeste esta obra mesmo no museu MP Sim n o havia tempo E Ah engra ado Ent o qual que foi a dist ncia entre pores os an ncios e terminares as grava es MP Uma semana 10 dias E E tu ficavas l a atender mas tinhas um hor rio de expediente risos MP la atendendo Quando estava no museu s vezes fazia uma coisa s vezes atendia o telefone Olhe agora n o estou em casa mas estou daqui a n o sei qu Telefone me para o fixo Chegava l ao museu e gravava se E Ah ok Ent o tinha o telefone do museu o n mero de telefone de l MP Sim E E depois aqui para transmitir o som aquilo h de ter um leitor de cassetes MP Sim E Mas tamb m tem colunas MP Eu acho que as colunas eram do museu Havia uma liga o qualquer porque eu lembro me de se ouvir com n o era um radiozinho ouvia se E E lembras te como que estavam dispostas MP Era nos cantos da sala E Uma em cada canto MP Sim Tenho ideia disso sim E E o leitor MP Sim E Estava vis vel MP N o E Nem suposto estar MP N o eu acho que podia ter estado mas n o n o estava E Ent o portanto a parte est tica do leitor tamb m n o MP Tamb m
117. taneamente est a ser transmitida continuamente a grava o das conversas telef nicas Por vezes esta obra referenciada como Mil Contos de Publicidade no entanto o artista esclareceu que o seu nome Exposi o de Ocasi o Caracter sticas das condi es de exposi o Relativamente ao som este foi transmitido com um leitor de cassetes juntamente com quatro colunas cada uma colocada num dos cantos da sala O leitor n o se encontrava vis vel Uma vez que as cassetes se degradam podendo alterar o som importante que as informa es nelas contidas sejam migradas para outros suportes tecnologicamente mais avan ados preferencialmente 2 diferentes ou mais de modo a evitar com que o som se altere ou se perca Prop s se esta hip tese uma vez que neste caso o artista demonstrou uma muito maior preocupa o em preservar o som do que o suporte onde este se encontra O artista n o especificou o n vel sonoro a que deve ser transmitido o Som mencionou apenas que seria perfeitamente aud vel e percept vel no entanto se a sala se encontrasse com muitas pessoas a falar n o se iria perceber a grava o Quanto sua velocidade de reprodu o dever ser reproduzido tal como decorreram as conversas originais feitas pelo telefone Quanto aos jornais Miguel Palma pensa que estes foram dispostos de forma aleat ria sobre a mesa e que se encontravam mesma dist ncia uns dos outros de modo a que ocupassem a mesa toda Os jor
118. telier do artista apenas posteriormente na instala o tornando ent o poss vel usar o feij o criado na instala o na sopa cozinhada durante a inaugura o Apesar de o feijoeiro ser uma planta de r pido crescimento s o necess rios cerca de 40 dias em condi es normais ap s a planta o para que produza feij es que possam ser recolhidos e consumidos 33 34 Devido a estas circunst ncias de facto justifica se a necessidade de se ter colocado as plantas em estufa para acelerar o seu crescimento Ap s a exposi o More Works about Buildings and Food Miguel Palma doou a obra ao MNAC fazendo parte da sua colec o desde 2001 segundo consta na ficha matriz do museu e posterior confirma o do artista 2 2 Restantes exposi es que diferen as se verificaram Segundo as informa es da ficha matriz fornecida pelo MNAC e posterior confirma o atrav s de artigos de imprensa da poca no total esta instala o j se encontrou exposta quatro vezes Integrou a exposi o Diferen a e Conflito O S culo XX nas colec es do Museu do Chiado no Museu do Chiado em Lisboa em 2002 Um ano depois foi exposta na III Bienal da Maia na Maia Por fim a ultima vez que esta instala o foi exibida foi no Centro de Arte Moderna da Funda o Calouste Gulbenkian em Lisboa na exposi o Miguel Palma Linha de Montagem em 2011 Uma vez que os artigos de imprensa 35 48 cont m pouca informa o acerca da obra limitando
119. temos tomate todo o ano mas a maior parte do tomate vem de estufas vem disto sistemas hidrop nicos De acordo com Miguel Palma uma das ideias foi colocar a audi ncia a comer uma sopa de feij o tendo sua frente o local e os feijoeiros de onde estes legumes provieram confrontando a deste modo com uma realidade raramente questionada que a proveni ncia dos alimentos que diariamente ingerimos Esta ideia vem ao encontro de uma das tem ticas da exposi o pois tal como o curador da exposi o mencionou f cil reconhecer muitas situa es que a rotina das nossas vidas se esqueceu de questionar mas que apresentadas no contexto de uma exposi o e alteradas por uma criatividade cr tica se configuram como novas formas de habitar o mundo ou pelo menos o seu desejo 32 Quando questionado sobre o legume usado nesta instalac o Miguel Palma explicou que a sua escolha se deveu ao facto de que na altura em que Pedro Lapa entrou em contacto consigo ja faltar pouco tempo para a inaugura o da exposi o menos de um m s Como tal o artista conversou com um seu amigo que possu a uma estufa e o aconselhou a usar feij es dado o seu r pido ritmo de crescimento Foi tamb m este amigo que lhe forneceu os feijoeiros No entanto houve necessidade de acelerar um pouco o processo de desenvolvimento das plantas colocando as inicialmente na estufa e gt Entrevista presencial com Miguel Palma a 05 de Junho de 2014 no a
120. terais MP Existem 2 laterais e existem mais estas de halog neo que s o digamos talvez se aproximem mais com a luz do sol E Estas ent o s o fluorescentes MP S o fluorescentes S o potentes mas s o fluorescentes Eu n o sei se a luz fluorescente tem essa capacidade E De fazer as plantas crescer MP Talvez n o Eu na altura quis dar mais luz poss vel sem queim las e lateralmente se eu colocasse luz focos de halog neo queimava estas plantas Estas ainda mant m uma altura e o calor vai para cima As plantas s o muito sens veis a temperatura E Hoje em dia pensaria noutro tipo de solu es para a ilumina o Por exemplo estou a lembrar me das LED MP Talvez n o Acho que n o acho que as LED n o t m assim tanta for a E Sim t m N o emitem calor mas MP Sim sim Eu j usei LED em algumas coisas tenho ali uma pe a com LED tamb m Mas o LED muito branco quer dizer por acaso h LED E Agora j h noutras cores MP Incr vel E E a intensidade das l mpadas lembras te MP Lembro me 500W eram 500W E As fluorescentes MP As de cima E as de baixo s o 35 acho eu Eu estou a dizer isto porque se elas s o duplas s o 70W as fluorescentes Mas eu n o me lembro como que isto era Eu acho que s o duplas S o 70 cada uma E s o 500W c em cima de cada uma portanto s o 1000W Mas onde isto gasta imensa energia nos aquecimentos S o resist ncias E Os aque
121. tos feijoeiros grandes de um lado MP E n o s Aqui este por exemplo tem aqui um eixo central Do eixo que deve ser por onde passa o l quido saem v rias pequenas art rias n o E aqui n o Aqui funciona quase como por continuidade Porque n o h aqui nada que esteja a fazer esta linha como aqui Este parece ser um tubo mais grosso e depois saem dali v rios tubos mais fininhos Engra ado E Dai se calhar tamb m esta inclina o nao MP Pois Esta inclina o n o A inclina o por outra raz o porque o excesso de l quido reciclado entra dentro deste tubo aqui e volta a entrar l para dentro Isto tem uma bomba isto tem aqui uma bomba de gua Eu tinha que ver todas as pe as Isto ainda acaba por ser um bocado mais complexo do que eu pensava Que giro Gostava de ter uma pe a destas em casa risos Estava a imaginar o terra o e j estou a pensar e se calhar vou fazer uma pequena instala o em casa E Isso dava jeito para fazer um manual de instru es para ajudar aqui risos MP Sim sim E E estes feijoeiros provieram de algum local em espec fico Ou era algum tipo de feijoeiro em particular MP Eu acho que isto foi a primeira vez foi este meu amigo que me deu o feij o para semear Da segunda vez foi a Gulbenkian n o sei exactamente devem ser diferentes de certeza Todo o feij o diferente E N o pediu nenhum em MP Nenhum espec fico E Porque as vezes pedem MP Por acas
122. ue eu vi v rias vezes Em alguns s tios via a obra referida como Exposi o de Ocasi o e noutros via como Mil Contos de Publicidade E ent o fiquei a pensar ser que tem os dois nomes MP Pois H trabalhos meus que t m v rios nomes Pois verdade Como que ele est a mesmo E Como eu vejo mais vezes Mil Contos de Publicidade MP Ai E Mas no site e em algumas MP E Exposi o de Ocasi o E Ent o o nome da obra mesmo Exposi o de Ocasi o MP Boa pergunta E Na ficha do MNAC est como Mil Contos de Publicidade MP risos J fiz tantos trabalhos Ocasi o fez a exposi o foi este convite Tinha muito pouco tempo Cerca de um m s para preparar uma exposi o N o conseguia pensar assim de repente numa coisa que se fizesse t o r pido Desliguei o telefone e comecei a imaginar uma hist ria assim uma esp cie de campanha publicit ria de venda E surgiu esta hist ria apresentei a e ele gostou muito da ideia E pus os tais mil contos Tinha mil contos de produ o que podia ter feito outra coisa qualquer Mas usei como publicidade para p r nos jornais como se estivesse a vender qualquer coisa E Mas aplicaste mesmo mil contos MP E eu tinha mil contos e foram mil contos E Mas os an ncios eram do qu MP Eram an ncios de imagina que compravas um jornal qualquer o Expresso E l tinhas a parte das artes eu fazia p
123. ue o museu continha para se poder realizar as grava es Como tal deve se dar prioridade preserva o do som migrando a informa o das cassetes para sistemas tecnologicamente mais evolu dos Os jornais s o outra das problem ticas por se tratar de um material fr gil e com um tempo de vida curto No entanto ap s a entrevista concluiu se que o artista aceita a realiza o de r plicas integrais destes jornais Estes processos devem ser realizados o mais brevemente poss vel de modo a evitar que estes materiais se degradem mais tentando preservar o m ximo poss vel as caracter sticas iniciais da obra Neste caso Palma tamb m j n o se recordava especificamente de muitos pormenores N o se recordava de como tinha realizado a grava o por exemplo as caracter sticas do gravador e microfone usados ou se tinha disposto com alguma ordem em concreto os jornais sobre a mesa tendo se mostrado duvidoso ao responder pergunta respondendo que teria sido aleat rio Esta obra s foi montada uma vez h catorze anos atr s Ou seja se tr s anos caso de estudo anterior s o suficientes para que o artista j n o se recorde de muitas informa es catorze anos fazem com que se esque a e perca ainda mais informa es Tal como o caso anterior tamb m de extrema import ncia que esta obra seja re instalada n o s para se tentar esclarecer as falhas de que o artista n o se recordava mas tamb m para confirmar com este se as
124. uecimento MP N o n o E Crescia a planta os bichos MP Exacto Sempre a comer feij o risos Uma overdose de feij o Agora aqui marca JOFIX corda de roupa que engra ado n o me lembrava de nada disto Pois as coisas t m que ficar escritas porque depois uma pessoa esquece se E Essa corda era aqui o que era usado para MP Ah era Era uma corda que eu acho que era amarela mas depois na Gulbenkian passou a ser branca E Mas corda normal MP E aquela corda de estendal de roupa E De pl stico MP E forrada a pl stico E Forrada a pl stico ou mesmo aquela de pl stico MP O interior E que s vezes s o de pl stico mesmo depois h aquelas que s o MP E cabo de a o n o H umas que s o de cabo de a o E E ainda h aquelas que t m a corda ou o cabo de a o e t m uma pel cula de pl stico volta MP Neste caso era de nylon por dentro e era forrada de pl stico E Mas lisinho MP Lisinho E E elas cresciam bem assim Conseguiam subir MP Sim sim E Pensei ter de ser uma corda mais rugosa MP O feij o agarra se uma trepadeira E muito engra ado muito giro todos os dias crescia Mas aqui na Gulbenkian portou se muito bem Houve uma altura que se deu mal mas no in cio E Quando eu o vi estava bonito j n o sei em que altura da exposi o o vi mas quando o vi estava muito verdinho MP Estava Estava muito verde E E no in cio da exposi o estava s
125. ura o o seu ciclo de vida de aproximadamente tr s meses 51 de v rias esp cies de feij o n o se tratando de nenhuma esp cie em particular 52 Tamb m referiu que os feij es n o t m de provir de nenhum local em espec fico Relativamente ao n mero de feijoeiros a expor o artista apenas afirmou que teriam sido colocados dezasseis Esta ideia deriva das informa es fornecidas pelo museu que refere a exist ncia de dezasseis pequenos tubos de pl stico um tubo para cada planta logo seriam dezasseis plantas Mencionou ainda que o n mero de plantas usadas ficou a dever se ao espa o existente no recipiente de pl stico onde foram colocadas n o definindo limites ao seu n mero Analisando as imagens da instala o observa se que por cima de cada um dos cubos se encontra uma corda que serve de apoio ao crescimento das plantas Miguel Palma referiu que esta deve ser de nylon revestida a pl stico e com superf cie lisa id ntica a corda de estendal de roupa Acrescentou ainda que importante que estas se encontrem na vertical e em tens o Observando as imagens pode se constatar que num dos casos se encontram 16 cordas verticais ver Figura 2 1 e noutro caso 14 ver Figura 2 3 Isto pode dever se ao facto de que uma vez que o recipiente usado aparenta ter sido diferente as suas dimens es poderiam tamb m n o ser as mesmas Como o n mero de plantas a colocar neste recipiente dependeria do seu tamanho o que
126. va es Editado por Lu sa Fernandes no mbito da disserta o de mestrado em Conserva o e Restauro da Faculdade de Ci ncias e Tecnologia Universidade Nova de Lisboa Data Agosto de 2014 61
127. ven es de conserva o e restauro que prolonguem a vida destes materiais tais como consolida o de rasg es ou lacunas e desacidifica o do papel No entanto como se sabe os jornais ir o chegar a um ponto que j n o poder o ser manuseados e a tinta come ar a desaparecer tornando se ileg vel Relativamente a este problema Miguel Palma aceitou que se realizassem r plicas destes jornais para que futuramente quando os originais j n o se encontrarem em condi es de ser expostos sejam substitu dos por estas r plicas Os jornais devem ser digitalizados para que sejam poss veis executar r plicas sempre que necess rias fundamental que as digitaliza es se realizem o mais brevemente poss vel antes que os jornais se degradem mais Em entrevista Miguel Palma referiu tamb m que prefere que se realize r plicas integrais dos jornais e n o apenas da p gina do an ncio pois embora o mais importante de se exibir seja essa p gina caso n o se copie o jornal na totalidade perde se esta ideia e no o de jornal passando a ser expostas apenas folhas soltas Principalmente enquanto as r plicas n o forem efectuadas extremamente imporiante que estes jornais se encontrem em condi es que n o promovam a sua deteriora o Segundo Charles S Tumosa et al 2008 temperaturas mais baixas aumentam o tempo de vida dos jornais 29 Tal como tamb m foi referenciado por Aneta Balazic et al 2007 uma diminui o de 5 C
128. voltar a por isto tudo outra vez como deve de ser Agora estou a ver isto s o uns cubos que est o em cima de uma espuma Isto uma espuma e isto aqui o c co Portanto isto mant m a humidade e o c co portanto isto tem de drenar n o Portanto o c co recebe a gua e a agua E O excesso MP O excesso exactamente passa para aqui E E este material tens alguma ideia do que que era O tal Cultilene MP Era lembro me que era sim era o tal Cultil ne E Mas parece ser at a mesma marca Porque estou a ver aqui um logotipo em cima que parece este MP Se calhar isto compra se juntamente Isto parece um algod o lembro me que isto parecia um algod o e isto uma coisa mais mais aquela casca do c co v Que engra ado E E as ra zes depois v m at aqui ou ficam ali MP Ficam ali E Ficam aqui MP Ficam aqui dentro E Que interessante Ent o isto deve ter um tamanho muito maior do que estou a pensar Mas isto separado disto certo N o est ligado tipo MP Est s em cima E Pois E isto n o tem nenhum inv lucro volta MP um pl stico E Se calhar em baixo n o tem nada deve estar assim com MP Se calhar em baixo n o tem nada se calhar as ra zes tamb m v o para la Mas mais dif cil E N o eu estava a pensar para a humidade passar n o deve ter nenhum pl stico pelo meio MP Mas a humidade vem daqui n o Ela come a pinga aqui
129. xando tempo para a realiza o de poss veis entrevistas complementares a curadores e outros participantes nas exposi es das obras Relativamente elabora o das entrevistas estas podem ser conduzidas de forma estruturada semi estruturada ou n o estruturada 13 Lydia Beerkens et al 2012 constataram que a forma mais eficaz para a obten o de informa o passa pela realiza o de entrevistas semi estruturadas 13 e portanto para estes gui es optou se por essa metodologia Os temas abordados inclu ram processo criativo materiais t cnicas e significa o contexto expositivo e envelhecimento deteriora o e conserva o e restauro Optou se pela estrutura o das perguntas em quatro grupos tem ticos e n o em oito como sugerido Lydia Beerkens et al 2012 13 de modo a n o se fragmentar nem repetir em demasia a informa o Posteriormente relacionou se e comparou se a informa o obtida nas entrevistas realizadas ao artista com a que tinha sido recolhida anteriormente de forma a validar a informa o procurando deste modo encontrar a melhor estrat gia para a preserva o destas instala es 2 Cultura Hidroponica 2 1 A primeira exposi o e a sua influ ncia na cria o da obra Em entrevista Miguel Palma explicou que a obra Cultura Hidrop nica surgiu atrav s de um convite feito por Pedro Lapa curador da exposi o More Works About Buildings and Food em 2000 Esta exposi o decorreu no Hangar
130. zes estes elementos encontram se combinados em complexas instala es ou em performances vis vel alguma continuidade das tem ticas exploradas por Miguel Palma ao longo do seu percurso art stico Como o pr prio o refere Sempre achei que estava a fazer diferente e come o agora a perceber que tenho andado a tratar sempre das mesmas coisas 16 Palma fascinado por engenhos e m quinas principalmente carros e avi es O artista recorre frequentemente ao uso de m quinas obsoletas de uma poca passada ou cria as suas pr prias inven es 20 Por outro lado os temas relacionados com a ecologia e a natureza tamb m s o frequentes Por vezes as suas obras s o constitu das por brinquedos infantis o que remete para um universo infanto juvenil Outro tema bastante relevante na obra de Palma a passagem do tempo Em suma a sua obra trabalha temas contrastantes tais como o universo do org nico e do mec nico o ecol gico e o poluidor assim como o est tico e o din mico 21 Pode se portanto afirmar que no seu trabalho Miguel Palma explora diversas reas e meios Esta grande diversidade de reas faz com que sejam usadas frequentemente t cnicas e materiais ditos n o tradicionais Como tal para que estas obras possam ser preservadas s o necess rios conhecimentos interdisciplinares Os dois casos de estudo s o disso exemplos 1 2 Cultura Hidrop nica e Exposi o de Ocasi o O primeiro caso de estudo

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