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universidade federal da bahia instituto de saúde coletiva

1. 1 Aflitos 25 Fonte dos Frades 49 Passo 2 Agua Brusca 26 Fonte Nova 50 Pela Porco 3 Agua de Meninos 27 Forte de Sao Pedro 51 Pelourinho 4 Aquidaba 28 Frederico Pontes 52 Piedade 5 Av da Fran a 29 Faisca 53 Pilar 6 Baixa dos Sapateiros 30 Gamboa de Baixo 54 Poeira 7 Barbalho 31 Gamboa de Cima 55 Politeama de Baixo 8 Barroquinha 32 Garcia 56 Politeama de Cima 9 Barris 33 Jardim Baiano 57 Ros rio 10 Beco da Pedreiras 34 Joana Ang lica 58 Santana 11 Beco do Loredo 35 Lapa 59 Santa Tereza 12 Boulevard Su o 36 Lapinha 60 S o Bento 13 Campo Grande 37 Largo 2 de Julho 61 S o Francisco 14 Campo da P lvora 38 Loteamento Lanart 62 S o Joaquim 15 Carlos Gomes 39 Maca bas 63 S o Jos 16 Carmo 40 Matan a 64 S o Pedro 17 Centen rio 41 Mercado do Ouro 65 Sa de 18 Chile 42 Merc s 66 S 19 Com rcio 43 Miseric rdia 67 Sete Portas 20 Concei o da Praia 44 Morro do Macaco 68 Soledade 21 C nego Pereira 45 Mouraria 69 Tabo o 22 Curva Grande 46 Nazar 70 Terreiro 23 Desterro 47 N Senhora da Ajuda 71 Toror 24 Fazenda Garcia 48 Palma 72 Vale dos Barris Administra o Regional II Itapagipe 2 1 Alagados 10 Caminho de Areia 18 Miran 2 Bairro Machado 11 Dendezeiros 19 Mirantes do Bonfim 3 Baixa do Bonfim 12 Itapagipe 20 Monte Serrat 4 Baixa do Fiscal 13 Jardim Belvedere 21 Novos Alagados 5 Baixa da Mangueira 14
2. Exemplo 2 Regularidade estabilidade Regular continuo 2 Biscate pega o taxi do tio de um a 2 finais de semana em pocas de festas ver o Sao Joao carnaval EE Exemplo 3 Horas semanais Regularidade estabilidade 60 Contratada somente em poca de P scoa e Natal como trabalho tempor rio por 3 meses 1 37 N mero de empregados n mero aproximado de pessoas que trabalhavam no mesmo estabelecimento neg cio empresa firma onde a pessoa falecida trabalhava Interessa ter uma no o do porte da empresa neg cio Se trabalhava em mais de uma ocupa o atividade emprego informe para cada um deles separadamente utilizando como refer ncia cada ocupa o na mesma ordem informada na quest o 34 Nas ocupa es em que n o se aplica pois n o h rela o de emprego ou n o trabalha para empresa registre 00 Exemplo 1 OCUP1 t cnico constru o civil 00 n o tem empregados n o se aplica OCUP2 professor 80 pessoas na escola OCUP3 montador de cen rios carpinteiro 3 pessoas na empresa de eventos Exemplo 2 OCUP1 soldador caldeireiro de 100 pessoas na empresa Tenenge OCUP2 motorista de taxi 00 n o tem empregados n o se aplica Exemplo 3 OCUP1 costureira de 20 a 30 empregados durante o ano 3 vezes mais em poca de festas 60 a 80 pessoas 38 Presta o de servi o para outra empresa aqui necess rio esclarecer se o trabalhador prestava servi o cont
3. trabalho em tempo parcial trabalho tempor rio consideradas prec rias quando o trabalhador ou as rela es de trabalho n o s o reconhecidas e ou insuficientemente protegidas pela lei Justice 2002 A literatura nesses pa ses tem se referido s seguintes formas de trabalho prec rio contrato a termo contrato por tempo determinado tempo parcial involunt rio trabalho tempor rio falso trabalho por conta pr pria trabalho sazonal trabalho ocasional ou eventual trabalho no domic lio trabalho por chamada call jobs trabalho em regime de subempreitada trabalho acess rio presta o de servi os assistenciais para entidades sem fins lucrativos Benavides et al 2000 Vasapollo 2005 Rosa et al 2006 Price amp Burgard 2006 A caracter stica comum a todas elas citada pelos autores a de n o corresponderem a uma situa o desejada pelos trabalhadores Alguns estudos explicitam como trabalho em tempo parcial volunt rio e trabalho em tempo parcial involunt rio especialmente nos estudos que avaliam o trabalho de mulheres Uma outra caracter stica comum com exce o do tempo parcial involunt rio com contrato sem termo a 57 instabilidade que resulta do tipo de inser o profissional Benavides et al 2000 Mayhew amp Quinlan 2001 Rosa et al 2006 Price amp Burgard 2006 A respeito da op o ou n o das pessoas para ingressarem na informalidade a pesquisa brasileira traz os
4. Centro de Estudos da Sa de do Trabalhador Superintend ncia de Vigil ncia e Prote o da Sa de Secretaria da Sa de do Estado da Bahia Departamento de Medicina Preventiva e Social Faculdade de Medicina da Bahia Universidade Federal da Bahia ser submetido a Cadernos de Sa de P blica Descritores Resumo Trabalho prec rio Trabalho Informal Sa de dos Trabalhadores Acidentes de Trabalho Reestrutura o Produtiva Introdu o A globaliza o e reestrutura o produtiva resultaram em grande crescimento da informalidade e cria o de formas at picas de trabalho sem estabilidade e seguran a social para os pa ses em geral O objetivo deste artigo apresentar uma revis o cr tica sobre os diferentes conceitos e defini es de trabalho informal e prec rio e sobre os resultados de pesquisas sobre a rela o das formas de trabalho prec rio e a sa de dos trabalhadores M todos Realizada pesquisa bibliogr fica no per odo 1990 a 2006 Foram selecionadas publica es mais relevantes incluindo estudos epidemiol gicos de sociologia do trabalho de engenharia e organiza o da produ o que traziam resultados emp ricos sobre a rela o entre trabalho prec rio e sa de ou que discutiam aspectos te ricos e conceituais sobre o tema Discuss o e Resultados O trabalho prec rio definido como aus ncia de rela es formais de emprego que resultam em maior vulnerabilidade dos
5. Coleta de dados Com a identifica o da popula o de estudo agruparam se os endere os de acordo com os bairros de modo a facilitar o trabalho de campo A equipe de entrevistadores foi composta por profissionais graduados e estagi rios de reas afins e com experi ncia pr via em entrevistas domiciliares De modo a testar a viabilidade do estudo foi realizado um estudo piloto em cinco bairros selecionados com 145 casos Com base nos resultados desta pr avalia o definiram se crit rios operacionais para a coleta de dados Al m disso foi identificada a necessidade de medidas para a seguran a da equipe em algumas reas e com vistas a melhorar a aceita o das pessoas para prestar informa es Ademais constatou se que devido natureza sens vel e mobilizadora do tema estudado seria necess rio dar suporte psicol gico para os entrevistadores especialmente no manejo e escuta das hist rias de viol ncias Identificou se tamb m que as entrevistas realizadas com menos de seis meses da ocorr ncia do bito suscitavam maior resist ncia para a participa o na pesquisa postergando se portanto o aprazamento das visitas Na primeira visita os entrevistadores se apresentavam e descreviam o prop sito e o desenho geral da pesquisa solicitando o consentimento para participa o de acordo com protocolo aprovado pela Comiss o de tica em Pesquisa Em seguida aplicava se o question rio ao familiar mais pr ximo i e c njuge
6. P61 TRABVI codifique conforme est no question rio conferindo sempre com a descri o das circunst ncias de ocorr ncia na d vida resolver com a coordena o P62 TRAJETO codifique conforme est no question rio conferindo sempre com a descri o das circunst ncias de ocorr ncia na d vida resolver com a coordena o P63 HORAS codifique conforme abaixo 1 manh 6 as 12 h 2 tarde 12 01 s 18 h 3 noite 18 01 s 24 h 4 madrugada 24 01 as 6 h 9 n o sabe we Do P64 TIPOVI 0 N o causa externa 1 Acidente de tr nsito 2 Outro acidente queda explos o 3 Homic dio 4 Suic dio 5 Afogamento 6 Inc ndio 7 Envenenamento 8 Agress o seguida de morte 9 Ignorado Da pergunta 65 70 para os casos de N O SE APLICA codificar com ZEROS P65 HOMICI oo Pal OB SOT a GO O Assalto roubo Briga discuss o Confronto com ou a o da pol cia Bala perdida Emboscada Morto por engano Envolvimento atividade il cita rixa tr fico Vingan a Passional 99 10 11 12 18 14 15 36 00 Acerto de contas usuario de drogas Encomendado Linchamento Provavel grupo de exterminio Sequestro roubo ou morte Briga de gangues rixa bairros Pol cia engano n o se aplica Ignorado Obs colocar 7 envolvimento com atividade ilegal quando ficar claro pela hist ria descri o que a pessoa estava envolvida em atividades il citas roub
7. RECLAMA _ yI DESCRI O DA OCORRENCIA E HISTORIA DE ACIDENTES VIOLENCIAS Agora vou lhe fazer algumas perguntas sobre o que aconteceu com o Sr a 58 Voc poderia me contar o que aconteceu com o Sr a que o levou morte Primeiro deixe a pessoa descrever o ocorrido com suas palavras e v registrando no espa o abaixo depois repasse as perguntas seguintes conferindo se alguma informa o ficou de fora LOCALV MUNIOC __ 59 Qual o local onde ocorreu o acidente agress o BAIRROC ___ 1 emcasa 2 na rua via p blica 3 na praia 4 estrada 5 na empresa 7 outro especifique Municipio Bairro 60 O que ele a estava fazendo q ATIV 61 Estava trabalhando 0 nao 1 sim 9 n o sabe EE Se sim e tinha mais de um trabalho confira e registre em qual dos trabalhos estava trabalhando 62 Estava indo ou voltando do trabalho 0 n o 1 sim 9 n o sabe TRAJETO __ 63 A que horas ocorreu o acidente agressao horas se n o souber a hora exata pergunte se foi pela manh tarde noite ou pela madrugada 1 manh 6 s 12h 2 tarde 12 01 s 18 h 3 noite 18 01 s 24h HORAS __ 4 madrugada 24 01 as 6h 99 nao sabe 214 64 Qual o tipo de acidente ou viol ncia que ocorreu 1 acidente de tr nsito 2 outro acidente 3 homic dio 4 suic dio 5 afogamento 6 inc ndio 7 envenamento 9 n o sabe 65 Se foi homic dio em que circunst ncia ocorreu 1 assalto roubo 2
8. mortalidade por causas externas Revista de Sa de P blica S o Paulo vol 24 3 217 223 1990 Mello Jorge MHP Gawryszewski VP amp Latorre MRDO An lise dos dados de mortalidade Revista de Sa de P blica 31 4 Supl 5 25 1997 Minayo MC A viol ncia Social sob a Perspectiva da Sa de P blica Cadernos de Sa de P blica 10 supl 07 18 1994 Mitchell R Driscoll T amp Healey S Work related road fatalities in Australia Accident Analysis and Prevention 36 851 860 2004 MTE Minist rio do Trabalho e Emprego Classifica o Brasileira de Ocupa es CBO 2002 Bras lia MTE 2002 Livros 1 2 e 3 Murray CJL amp L pez AD Quantifying the Burden of Disease and Injury Attributable to Ten Major Risk Factors In The Global Burden of Disease eds CJL Murray amp AD Lopez Cambridge MA Harvard Press University 1996 Nobre LCC Acidentes de Trabalho no Brasil Estimativas de Sub registro e Corre o de Taxas de Mortalidade e de Incid ncia Apresenta o em Painel no IV Congresso Brasileiro de Epidemiologia Um Olhar sobre a Cidade Recife 19 a 23 de junho de 2004 Revista Brasileira de Epidemiologia N mero Especial vers o eletr nica Junho 2004 ISSN 1415 790X Oh JH amp Shin EH Inequalities in nonfatal work injury the significance of race human capital and occupations Social Science amp Medicine 57 2173 2182 2003 Oliveira JS Acidentes do Trabalho no Brasil Custos e Co
9. o do emprego Rev Sa de P blica xx xxxx a ser submetido Oliveira PAB amp Mendes JM Acidentes de trabalho viol ncia urbana e morte em Porto Alegre Rio Grande do Sul Brasil Cad Sa de P blica Rio de Janeiro 1997 13 Supl 2 73 83 OMS Organiza o Mundial de Sa de Classifica o Estat stica Internacional de Doen as e Problemas Relacionados Sa de 10 Revis o CID 10 Tradu o Centro Colaborador da OMS para a Classifica o de Doen as em Portugu s 7 ed S o Paulo Editora da Universidade de S o Paulo 2004 Vol 2 Paim JS Costa CN Mascarenhas JCS amp Silva MLV Distribui o espacial da viol ncia mortalidade por causas externas em Salvador Bahia Brasil Rev Panam Salud Publica 6 5 1999 185 Paulozzi IJ Mercy J Frazier Jr amp Annest JL CDC ss National Violent Death Reporting System background and methodology Dispon vel em www injuryprevention com Acessado em 26 12 2005 Pearce N Classe Social e C ncer Tradu o Francisco Trindade amp Francisco In cio Bastos In Barata e cols Organizadores Equidade e Sa de Contribui es da Epidemiologia Rio de Janeiro Edit Fiocruz Abrasco 1997 S rie Epidemiol gica P 121 133 Pepe CCCA Estrat gias para superar a desinforma o um estudo sobre os acidentes de trabalho fatais no Rio de Janeiro Disserta o de Mestrado Escola Nacional de Sa de P blica Funda o Oswaldo Cruz Minist rio da Sa de
10. pessoa que trabalhou sem remunera o durante pelo menos uma hora na semana um dia no m s de refer ncia em ajuda a membro do domic lio que era empregado na produ o de bens prim rios que compreende as atividades de agricultura pecu ria silvicultura extra o vegetal ou mineral 229 ca a pesca ou piscicultura ou em ajuda no trabalho de membro do domic lio que era conta pr pria ou empregador em qualquer atividade Trabalhador na produ o para o proprio consumo pessoa que trabalhou durante pelo menos uma hora na semana um dia no m s de refer ncia na produ o de bens do ramo que compreende as atividades de agricultura silvicultura pecu ria extra o vegetal pesca ou piscicultura destinados exclusivamente alimenta o de pelo menos um morador do domic lio Servidor p blico estatut rio militar ou funcion rios p blicos estatut rios incluem os militares das For as Armadas Ex rcito Marinha e Aeron utica ou das For as Auxiliares Pol cia Militar Corpo de Bombeiros Militar etc e pelos empregados de institui o funda o autarquia etc do Poder P blico Executivo Legislativo ou Judici rio regidos pelo Regime Jur dico dos Funcion rios P blicos de qualquer inst ncia federal estadual e municipal Nome da empresa esta informa o para auxiliar na defini o de qual ramo e sub grupo de atividade econ mica a empresa ou trabalho que exercia ir ser classificado Se a pes
11. Cajazeiras II 2 3 4 Cajazeiras 5 6 Cajazeiras III 7 Cajazeiras IV 9 Cajazeiras VI 17 Fazenda Grande Il 10 Cajazeiras VII 18 Fazenda Grande Ill 11 Cajazeiras VIII 19 Fazenda Grande IV 12 Cajazeiras IX 20 Lot Terra Nova 13 Cajazeiras X 21 Nogueira 14 Cajazeiras XI 22 Palestina 15 Coqueiro Grande 255 8 Cajazeiras V 16 Fazenda Grande Administra o Regional XV Val ria 15 1 Boca da Mata 5 Estrada Velha de Val ria 9 Piraja Nova 2 Conj Colinas de Periperi 6 Invasao das Colinas 10 Piraja Velha 3 Conj Piraja 7 Lot N Sra de Fatima 11 Val ria 4 Conj Piraj Il 8 Nova Bras lia de Val ria 12 BR324 Administra o Regional XVI Sub rbio 16 1 Alto de Coutos 19 Escada 34 Maba o de Baixo 2 Alto do Cruzeiro de Periperi 20 Gameleira 35 Maba o de Cima 3 Alto de Santa Terezinha 21 Ilha de Mar 36 Mirantes de Periperi 4 Alto do Toror 22 Invas o de Mangaratiba 37 Morro da Sapoca 5 Baixa de Coutos 28 Itacaranha 38 Paripe 6 Baixa do Mangue 24 Jardim Atl ntico 39 Parque Bela Vista 7 Bananeiras 25 Joana D Arc 40 Pedrinhas 8 Mairi 26 Lobato 41 Periperi 9 Barreiro 27 Lot Faz Coutos 1 Etapa 42 Plataforma 10 Bate Estaca 28 Lot Faz Coutos 2 Etapa 43 Ponta da Sapoca 11 Bela Vista de Periperi Alto da Vit ria 44 Praia Grande 12 Conj Almirante Tamandar 29 Lot Faz Coutos 3 Etapa 45 Rio Se
12. UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE SA DE COLETIVA TRABALHO PREC RIO E MORTES POR ACIDENTES DE TRABALHO A OUTRA FACE DA VIOL NCIA E A INVISIBILIDADE DO TRABALHO Tese de Doutorado Leticia Coelho da Costa Nobre Salvador Bahia 2007 UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE SAUDE COLETIVA TRABALHO PRECARIO E MORTES POR ACIDENTES DE TRABALHO A OUTRA FACE DA VIOL NCIA E A INVISIBILIDADE DO TRABALHO Tese de doutorado apresentada ao Programa de P s Gradua o em Sa de Coletiva do Instituto de Sa de Coletiva Universidade Federal da Bahia como requisito parcial para obten o do grau de Doutor em Sa de P blica rea de concentra o Epidemiologia Defesa 30 de abril de 2007 Banca Examinadora Prof Dr Luiz Augusto Facchini Prof Dr Heleno Correia Filho Prof Dr Vilma Souza Santana Prof Dr Ceci Vilar Noronha Prof Dr Fernando Martins Carvalho Orientador Ficha Catalogr fica elaborada por Eliana Carvalho CRB 5 1100 N754 Nobre Let cia Coelho da Costa Trabalho prec rio e morte por acidente de trabalho a outra face da viol ncia e a invisibilidade do trabalho Let cia Coelho da Costa Nobre Salvador 2007 283 f Tese Doutorado em Sa de Publica Instituto de Sa de Coletiva ISC Universidade Federal da Bahia UFBA Orientador Prof Dr Fernando Martins Carvalho 1 Acidente de trabalho 2 Viol ncia 3 Mortalidade 4 Causas externas bito 5 Trabalho prec
13. acidentes de trabalho Leticia Coelho da Costa Nobre Fernando Martins Carvalho Palavras chave Forma de citar RESUMO Nobre LCC amp Carvalho FM Validade da causa b sica na declara o de bitos por acidentes de trabalho Rev Panam Salud Publica xxxx XX X XX XX Objetivo Avaliar a validade da informa o sobre a causa b sica de bitos por acidentes de trabalho nas declara es de bitos por causas externas e quantificar o ndice de concord ncia entre a causa b sica declarada no sistema de informa o oficial com a causa reconstitu da pela pesquisa para os demais tipos de viol ncia M todos Valida o da causa b sica de bitos por causas externas de homens e mulheres de 10 a 69 anos de idade residentes na capital e dois munic pios da Regi o Metropolitana de Salvador Bahia Brasil A causa b sica de bito foi reconstitu da mediante aplica o de t cnica de necropsia verbal obtendo se descri o detalhada das circunst ncias da morte e situa es de trabalho e codificada segundo normas da Classifica o Estat stica Internacional de Doen as e Problemas Relacionados Sa de CID 10 Calculou se sensibilidade especificidade e valores preditivos da causa atestada no sistema oficial tomando a causa reconstitu da como padr o ouro Resultados dentificou se 126 bitos por acidentes de trabalho correspondentes a 19 4 das mortes por causas externas somente dez casos registrados no banco
14. com as organiza es comunit rias populares e setores considerados exclu dos Nesse sentido aponta se a necessidade de revis o de teorias e pr ticas em sa de de forma a acompanhar as mudan as no mundo do trabalho e da cultura e de buscar estrat gias mais amplas para a preven o e controle das viol ncias no trabalho e fora dele Para que os trabalhadores que em vida s o exclu dos da seguran a social na morte n o cheguem invis veis Agradecimentos Agrade o Maria Eunice Xavier Kalil e equipe do F rum Comunit rio de Combate Viol ncia e dire o do Instituto M dico Legal Nina Rodrigues pelo acesso ao banco de dados do IML equipe de entrevistadores e aos motoristas da Fundacentro que entenderam a import ncia do estudo e buscaram estrat gias e todas as formas poss veis para localizar os familiares e realizar as entrevistas muitas vezes em condi es adversas A Mina Kato pela parceria no acompanhamento do trabalho de campo e a Norma Suely Souto Souza pela revis o final do texto e sugest es importantes Agrade o aos familiares que se dispuseram a expor mais uma vez sua dor e contar sua hist ria Essa pesquisa foi desenvolvida com recursos do Conv nio Minist rio da Sa de Fundo Nacional de Sa de Fundacentro Centro Regional da Bahia Portaria N 0158 2004 e da Fundacentro Prodat Programa de Melhoria da Qualidade das Estat sticas de Acidentes e Doen as do Trabalho 182 BIBLIOGRAFIA
15. es nos pa ses e entre os pa ses poss vel que alguns estudos n o tenham encontrado diferen as significativas na compara o entre trabalhadores formais e informais porque n o foi poss vel avaliar uma s rie de fatores intervenientes de confus o de modifica o de efeito por limites de desenho ou de poder do estudo Ou porque de fato nos contextos analisados o trabalho formal tamb m prec rio do ponto de vista de suas condi es Por exemplo os estudos sobre reestrutura o produtiva enxugamento de empresas e terceiriza o t m demonstrado que o trabalho intensificado para os trabalhadores que permanecem no emprego que tamb m eles passam a sofrer press es e incertezas quanto a sua seguran a e perman ncia no trabalho Outros referem que o aumento da informalidade contribui para o rebaixamento salarial de todos os trabalhadores Que a presen a de trabalhadores prec rios nos ambientes de trabalho pelas rela es estabelecidas diferencia es e discrimina es cria tens es conflitos e inseguran a para o conjunto de trabalhadores Vahtera et al 2007 Dollard amp Winefield 2002 Uma parte dos estudos revisados baseia se em modelos explicativos derivados das teorias do stress ou psicossociais de demanda controle e utilizam indicadores relacionados a sintomas referidos absente smo sofrimento ps quico destacando se os elementos das rela es de trabalho da inseguran a ou instabilidade no emprego Do
16. foram estimados para os trabalhadores tempor rios 63 Alguns estudos t m apontado popula es vulner veis tanto em rela o a maior probabilidade de estarem inseridas em trabalhos e ocupa es prec rias quanto de sofrerem discrimina es press es no trabalho exig ncias e demandas diferenciadas maior desvaloriza o e desrespeito Nesses grupos incluem se mulheres crian as e jovens minorias tnicas imigrantes Loewenson 2001 Quinlan amp Mayhew s d 2001 Giuffrida et al 2002 Zeytinoglu et al 2004 Mulheres trabalham mais horas possuem carga de trabalho aumentada pela dupla jornada dividida com trabalho dom stico ocupam postos com menor qualifica o com menores sal rios condi es de trabalho adversas trabalhos mon tonos repetitivos extenuantes inadequados ergonomicamente com pouco controle sobre o ritmo ou conte do do trabalho Loewenson 2001 No Brasil desigualdades de inser o no mercado de trabalho com piores indicadores para mulheres jovens e negros t m sido sistematicamente demonstradas nas pesquisas populacionais e pesquisas de emprego e desemprego Dieese 2004 SEI 2005 Braga amp Rodarte 2006 Santos 2006 Representa es e percep es de discrimina o e de desvaloriza o do trabalho que podem levar a insatisfa o no trabalho sofrimento ps quico stress sintomas depressivos absente smo e maior refer ncia de sintomas por parte de trabalhadores e trabalhadoras t
17. o tipo de trabalho Principais resultados medido Santana amp Salvador Bahia Brasil area Inqu rito domiciliar Trabalho formal com carteira Coeficiente de Incid ncia Anual de Loomis 2004 urbana ano 2000 Acidentes de trabalho n o fatais de trabalho assinada AT n o fatal de 5 6 100 FTE Total de 9 591 trabalhadores de Trabalho informal sem carteira trabalhadores em tempo integral 18 a 65 anos de idade homens de trabalho assinada IR 6 2 100 FTE no trabalho formal e mulheres IR 5 1 100 FTE no trabalho informal Diferen as estatisticamente n o significantes Bohle et al Trabalhadores de dois hot is Estudo qualitativo processo de Trabalhadores permanentes Trabalhadores eventuais referiram 2004 cinco estrelas 39 pessoas de entrevistas convergentes tempo integral hor rios vari veis e imprevis veis 19 a 61 anos de idade 17 mulheres e 22 homens Trabalhadores eventuais pagos por hora sem carteira assinada sobrecarga de trabalho maior conflito trabalho vida pessoal mais queixas de sa de dist rbios do sono m alimenta o exerc cios irregulares fadiga Lewchuk et al 2003 Lewchuk et al 2005 786 trabalhadores empregados de ag ncias de trabalho temporario cuidadores domiciliares universitarios trabalhadores comunitarios Toronto Canada anos 2002 2004 Inqu rito questionario auto aplicado Auto percep o de sa de sa de menos que muito boa Dor metade de temp
18. 5 4 Parda 4 15 Galego 1 5 Ind gena 5 16 Claro clara 1 6 Negro negra 2 17 Mulato mulata 3 7 Moreno morena moreninha 3 18 Cabo verde 3 8 Moreno claro 3 19 Mostarda 3 9 Moreno escuro 3 20 Queimadinho 3 10 Neg o negona 2 21 Bem escuro 3 11 Escura 3 22 Moren o 3 241 23 Parda clara 3 27 Mesti o 3 24 Branquelo 1 28 Cacau 3 25 Marrom 3 29 Cor de formiga 3 26 Pardo escuro 3 30 ESCOLA anos completos de estudo da pessoa falecida codifique do mesmo modo que na P12 GRAU grau de escolaridade da pessoa falecida codifique da mesma maneira que na P12 RELIGIF religi o da pessoa falecida ver lista acima CORFAL primeira cor da pessoa falecida segundo refer ncia da entrevistada ver lista acima CORFAL2 segunda cor da pessoa falecida segundo refer ncia da entrevistada ver lista acima CORFALS3 codifique segundo op es que est o no question rio 1 branca 2 preta 8 parda 4 ind gena CASADO se a resposta for n o codifique com O zero TIPFAM tipo de fam lia 1 unipessoal morava sozinho a 11 com um a amigo a 2 nuclear casal com filhos 12 casal primos cunhados sobrinhos 3 nuclear casal sem filhos 13 m e ou pai sobrinhos filhos 4 monoparental somente pai filhos irm os netos 5 monoparental somente m e filhos 14 m e av namorada 6 fam lia extensiva com av s ou 15 m e tio filh
19. A qualifica o dos t cnicos para a coleta dos dados e identifica o das situa es de trabalho e ocupa o deve propiciar a produ o de an lises da situa o de sa de com enfoque nas causas e determinantes dos acidentes e viol ncias no trabalho e fora dele A ampla e sistem tica divulga o das informa es produzidas deve envolver a articula o com os diversos segmentos da popula o e organiza es n o governamentais que trabalham e militam nas diversas reas afins ao combate viol ncia CONCLUS ES Este estudo identificou uma sensibilidade muito baixa do sistema oficial de informa es sobre mortalidade para identificar as mortes no trabalho e estimou um elevado ndice de subregistro desses eventos Os ndices de concord ncia das causas b sicas de bitos 180 para todos os tipos de causas externas tamb m foram baixos com destaque para os acidentes de transporte e suicidios Ser mulher e ter mais de 30 anos de idade mostraram se possiveis preditores para altos indices de nao concordancia quanto a causa basica neste grupo O trabalho continua sendo elemento central na organiza o da vida da produ o e do consumo dos indiv duos e da coletividade Antunes 2002 n o somente mais uma vari vel que interfere no processo sa de doen a e que se acrescenta de forma acr tica aos sistemas de informa o sim uma das categorias centrais para a an lise desse processo Pearce 1997 O conheciment
20. Brasil e Regi o Metropolitana de Salvador mostrou que o padr o de terceiriza o predominante o que leva a uma qu drupla precariza o do trabalho da sa de do emprego e dos sindicatos Na rede de subcontrata o do trabalho industrial postos de trabalho formais s o substitu dos por empregos sem carteira assinada e por trabalho aut nomo estes s o na realidade prestadores de servi os s empresas nas quais eram antes empregados assalariados com v nculos formalizados Druck amp Borges 2002 Seus impactos nas condi es de trabalho e na sa de dos trabalhadores ainda n o foram amplamente dimensionados N o obstante h algumas evid ncias j produzidas An lises dos registros da Previd ncia Social para o Brasil vila et al 2002 e para a Bahia Concei o 2000 identificaram aumento de acidentes no ramo dos Servi os Prestados Principalmente s Empresas evidenciando a import ncia crescente do trabalho terceirizado no total dos acidentes de trabalho no Pa s Salerno 1998 estimou para a regi o de Campinas no per odo 1990 1995 coeficientes de mortalidade por acidentes de trabalho duas vezes maiores entre os trabalhadores terceirizados em compara o com os contratados pela empresa principal podendo ser indicativo de condi es de trabalho mais prec rias entre esse grupo de trabalhadores Na Bahia estudo de s rie de casos de bitos por acidentes de trabalho ocorridos na Regi o Metropolita
21. Cesta b sica algumas prefeituras podem fornecer uma cesta b sica para as fam lias nesse caso pergunte e registre o que cont m a cesta b sica ex 2 Kg de feij o arroz farinha a car leite em p leo etc Deixe que a atribui o de valor ser dada posteriormente pela equipe de codifica o e coordena o da pesquisa Outras op es pode haver casos em que familiares que n o moram na casa contribuem com alguma quantia ou com mantimentos leite cesta b sica ou pagam a escola de alguma das crian as Neste caso se foi feito algum pagamento contribui o deste tipo no m s de refer ncia especificar por extenso ao lado da op o Outro e registre o valor e ou qual foi o tipo de contribui o V PERCEP O DE RISCOS NO TRABALHO 56 Falava em mudar de trabalho O que gostaria de fazer Escreva o que a pessoa relatar pe a para explicar um pouco o que e como ele se sentia 57 Costumava reclamar de seu trabalho Escreva o que a pessoa relatar pe a para explicar um pouco o que e como ele se sentia VI DESCRI O DA OCORR NCIA E HIST RIA DE ACIDENTE 58 Descri o do acidente viol ncia pe a para a pessoa contar o que aconteceu quais foram as circunst ncias que levaram morte de seu familiar o que ele a estava fazendo que tipo de acidente agress o ou viol ncia foi etc Registre inclusive as situa es que forem identificadas como suic dio Primeiro deixe a pessoa descrever o ocorrido com
22. Considera se premente ampliar a discuss o e o conhecimento sobre os impactos dos processos de globaliza o e de flexibiliza o das rela es de trabalho luz da realidade brasileira Tanto a leitura paradigm tica de que a crise do regime de acumula o e do 127 modo de regula o s o meros sintomas de uma crise muito mais profunda uma crise civilizat ria ou epocal trazida por Santos 2002 92 quanto proposi o de Castel 1998 2003 sobre a perspectiva de assegurar a retomada da seguran a social conhecida nos pa ses centrais pelo advento da sociedade salarial que hoje questionada recolocam a necessidade de resgatar tanto a centralidade e o valor do trabalho quanto o papel do Estado na prote o social uma inst ncia p blica de regula o mais do que nunca necess ria para enquadrar a anarquia de um mercado cujo reino sem partilha desembocaria numa sociedade nivelada entre ganhadores e perdedores ricos e miser veis inclu dos e exclu dos O contr rio de uma sociedade de semelhantes Fazer frente s inseguran as combater em paridade a inseguran a civil e a inseguran a social Existe hoje um amplo consenso sobre o fato de que para garantir a seguran a civil a seguran a dos bens e das pessoas exigida uma forte presen a do Estado preciso defender o Estado de direito Deveria acontecer o mesmo para lutar contra a inseguran a social dever amos salvar o Estado social Cas
23. Em encontros semanais por tr s meses o grupo de entrevistadores supervisionados por uma psic loga trabalharam preponderantemente com t cnicas da An lise Bioenerg tica buscando o fortalecimento emocional para V v V Lidar com os pr prios sentimentos Acalmar se diante das situa es descritas acima Desenvolver o sentimento de coopera o e apoio m tuo entre os membros do grupo Desenvolver a capacidade de estar com o outro de forma continente mas sem se deixar tomar pelo sentimento dele AN LISE BIOENERG TICA abordagem psicoterap utica desenvolvida por Alexander Lowen que tem como um de seus princ pios b sicos a unidade corpomental T cnicas de respira o e grounding auxiliam o indiv duo a um melhor contato consigo mesmo maior equil brio emocional melhor gerenciamento de situa e estressantes T cnicas utilizadas v Re RE RE Exerc cios de grounding Exerc cios de respira o profunda Exerc cio de carga e descarga da energia Expans o pelo alongamento e relaxamento das contra es musculares Relaxamento e medita o Exerc cios para aumentar a consci ncia do EU e do OUTRO Express o de emo es no grupo RESULTADOS As principais quest es identificadas v Ss Desesperan a ao contatar com a mis ria social Temor pela pr pria seguran a ao estar muito pr ximo viol ncia N o saber como lidar com suas pr prias emo es N o saber lidar com as emo es
24. Jardim Cruzeiro 22 Papagaio 6 Baixa do Petr leo Vila Rui Barbosa 23 Pedra Furada 7 Boa Viagem 15 Madragoa 24 Ribeira 8 Bonfim 16 Mares 25 Roma 250 9 Cal ada 17 Massaranduba 26 Uruguai Administra o Regional III Sao Caetano 3 1 Alto da Bananeira 2 Alto da Boa Vista de S o Caetano 3 Alto da Bela Vista do Lobato 4 Alto do Bom Viver 5 Alto do Cabrito 6 Alto do Par 7 Alto do Peru 8 Alto S o Jorge 9 Baixa do Cacau 10 Baixa do Camurugipe 11 Baixa do Dique 12 Baixa Fria 13 Bem Te Vi 14 Bom Ju 15 Brejal 16 Calafate 17 Campinas de Piraj 18 Capelinha 19 Conj Pq Campinas 20 Fazenda Grande 21 Fiais 22 Fonte do Capim 23 Formiga 24 Gom ia 25 Jardim Lobato 26 Jaqueira do Carneiro 27 Lobato Oeste 28 Lot PMS Marotinho 29 Lot PMS Profilurb 30 Marechal Rondon 31 Par 32 Pq Res G es Calmon 33 Parque Tekal 34 Santa Luzia do Lobato 35 Santo Ant nio 36 S o Caetano 37 Sussunga Nova 38 Sussunga Velha 39 Vila Leal Administra o Regional IV Liberdade 4 1 Antonio Balbino 2 Bairro Guarani Baixa dos Frades Baixa da Mangabeira Baixa de Quintas Barros Reis Bem Amado Caixa D gua Cidade Nova 10 Conjunto Asteca o ONO OT KR O 11 Curuzu 25 Dois Le es 26 Encosta rf os de S o Joaquim 27 Freitas Henrique 28 IAPI 29 Invas o
25. banaliza o dos acidentes tomados como fatalidade desvelando concep es m ticas e religiosas de sua causalidade Lieber 2001 o que dificulta sen o impede sobremaneira a ado o de medidas efetivas para sua preven o Por outro lado observa se uma fragmenta o das pol ticas p blicas e inefetividade das a es dos rg os respons veis pela promo o e prote o da sa de e seguran a dos trabalhadores com consequente neglig ncia e impunidade das empresas respons veis pela n o observ ncia das medidas de prote o e preven o desses fen menos nos ambientes de trabalho 13 Se os acidentes ocorridos nos ambientes e atividades de trabalho especificos sao bastante sub enumerados nas estat sticas oficiais as viol ncias ocorridas por agress es de terceiros no ou durante o trabalho ou por acidentes no trajeto sao muito mais ausentes A invisibilidade social dos acidentes e viol ncias no trabalho aparece como conseqii ncia direta do processo de naturaliza o e banaliza o desses eventos mantida cotidianamente pela forma como eles aparecem e como n o aparecem nas estat sticas e nos sistemas de informa o oficiais Ao lado de quest es como baixa qualidade e sensibilidade dos sistemas de registros e diferen as de cobertura populacional h uma lacuna nas regras de classifica o de morbidade e mortalidade por acidentes e viol ncias causas externas que dificulta a identifica o das situa es de
26. chegando a identificar as condi es degradantes de trabalho que tocam diretamente sua dignidade Quando o trabalho executado sem a formaliza o de contrato trabalho ilegal sem carteira assinada sem direitos trabalhistas e previdenci rios esse processo social de degrada o da dignidade humana se acentua Em decorr ncia disso o trabalho informal percebido pelos trabalhadores como perda de tempo trabalho em v o trabalho sem valor trabalho in til ou trabalho toa Oliveira 2004 99 Uma situa o que reflete bem o processo de afirma o de cidadania no pa s que transformou a carteira de trabalho em uma esp cie de nascimento c vico das pessoas levando aqueles que n o a tem a ocuparem um lugar de pr cidad os ou cidad os de segunda categoria O autor aponta que este tipo de exclus o pode gerar um sofrimento tico pol tico caracterizado especialmente pela dor que surge da situa o social de ser tratado como inferior subalterno sem valor ap ndice in til da sociedade p 100 Ao mesmo tempo que esses trabalhadores reconheciam os riscos de acidentes e que sua profiss o era perigosa sua percep o era minimizada em rela o aos acidentes e ferimentos de menor gravidade concorrendo para esse processo de naturaliza o e banaliza o do risco seu sentimento de desvaloriza o social N o registro ou subregistro de acidentes e doen as ocupacionais t
27. desencadeia se novo ciclo de desenvolvimento econ mico populacional e urbano culminando com a implanta o do P lo Petroqu mico de Cama ari e do Complexo do Cobre empreendimentos esses que trazem nova din mica regi o Carvalho et al 2004 Atualmente Salvador concentra atividades comerciais e financeiras servi os p blicos e a burocracia estatal atividades portu rias servi os especializados com intenso crescimento das atividades ligadas ao turismo com profundas desigualdades de classe e sociais na ocupa o do espa o urbano Carvalho et al 2004 CAMA ARI Cama ari o segundo maior munic pio da Regi o Metropolitana de Salvador localizado a 52 Km de dist ncia da capital com popula o estimada em 2005 de 191 855 habitantes e rea territorial de 760 Km Em decorr ncia das atividades do P lo Petroqu mico tem 30 participa o superior a 15 no PIB estadual e respons vel por 25 de toda arrecada o de ICMS e 35 das exporta es do estado Surgiu em 1558 de uma aldeia dos ndios Tupinamb s fundada pelos jesu tas s margens do Rio Joanes Primeiramente chamada de Aldeia do Divino Esp rito Santo passou categoria de vila em 1758 tendo sua sede administrativa passado pela Vila de Abrantes posteriormente integrada ao munic pio de Mata de S o Jo o e novamente recriado como munic pio Com a malha ferrovi ria no final do s culo XIX Abrantes perde import ncia e a sede do munic
28. foi precedida por uma corre o dos dados de n meros absolutos de bito segundo indicativos de alguns dos estudos brasileiros Por exemplo com as devidas precau es poder amos aplicar para o estado de Santa Catarina o ndice de subregistro de mortes de 41 7 observado por Nunes 1998 em Joinville SC antes de calcular a taxa para toda a PEAO Isso resultaria em uma taxa para os segurados do SAT de 37 8 100 000 trabalhadores e aplicando essa mesma taxa para toda a PEAO do estado em um total de 912 bitos por AT o que quase o dobro do estimado e 5 4 vezes mais do que o registrado pela Previd ncia neste estado Se aplicarmos o percentual de 39 de subenumera o de bitos por AT dos dados da Previd ncia Social encontrado 262 por Waldvogel 2002 para o Estado de Sao Paulo em 1991 92 obteremos o numero de 1 852 mortes que se encontra dentro e pr ximo do limite inferior da faixa aqui estimada Isso pode estar indicando que os dados para S o Paulo podem ser mais fidedignos que dos demais estados No entanto deve se observar que essa autora n o validou a acur cia dos dados das duas bases de dados mediante compara o com um padr o ouro por exemplo entrevistas domiciliares como o fizeram outros autores podendo se esperar uma certa subestimativa do percentual encontrado especialmente na parcela inserida no mercado informal de trabalho j que a sensibilidade das Declara es de bito para ide
29. jan dez 1996 Druck MG Flexibiliza o terceiriza o e precariza o a experi ncia dos sindicatos In Franco TMA Org Trabalho riscos industriais e meio ambiente rumo ao desenvolvimento sustent vel Salvador Edufba 1997 Fernandes RCP amp cols Investiga o de Acidentes de Trabalho com bito na RMS Cesat Suvisa Sesab Anais do V Congresso Brasileiro de Sa de Coletiva Salvador Bahia 2000 36 Ferreira ABH Novo Dicion rio da Lingua Portuguesa 2 edi o revista aumentada Rio de Janeiro Nova Fronteira 1986 Franco TMA amp Druck MG Padr es de industrializa o riscos e meio ambiente Ci ncia amp Sa de Coletiva v 3 n 2 p 61 72 1998 Freitas G amp Paranhos E Especial Lauro de Freitas Jornal A Tarde A Tarde On Line 2003 s d Freitas G Cronologia do Munic pio de Lauro de Freitas Express o Ano V 79 4 5 2005 Garland D As contradi es da sociedade punitiva o caso brit nico Discursos Sediciosos vol 7 11 69 92 2002 IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica Economia Informal Urbana Rio de Janeiro IBGE 2005 IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica IBGE Cidades http www ibge gov br IBGE Cidades O Jorgensen K Concepts of Accident Analysis In Encyclopaedia of Occupational Health and Safety Genebra OIT 2000 Chapter 56 56 26 56 31 Lieber RR Teoria e Metateoria na Investiga o da Causalidade Caso do Acidente de Traba
30. m e ou pai irm irm o nessa ordem Quando n o era poss vel realizar a entrevista na primeira visita realizava se pelo menos mais duas tentativas Nos casos de mudan a de endere o era tentada localiza o no novo endere o se houvesse informa es de vizinhos sobre o novo endere o No caso de recusas foi realizada a checagem com a participa o de um outro entrevistador e em seguida realizadas re visitas para reduzir as perdas 89 O instrumento utilizado consistiu de um questionario com perguntas fechadas e abertas que compreendiam dados de identifica o demogr ficos e familiares ocupacionais circunst ncias do bito antecedentes m dicos dentre outros A linguagem foi adequada ao n vel educacional esperado nessa popula o As perguntas foram intercaladas de forma a permitir a checagem de contradi es especialmente das informa es relativas as circunst ncias de ocorr ncia do bito e situa o de trabalho e ocupa o da pessoa falecida Defini es de vari veis Casos de morte violenta compreenderam aqueles classificados no Cap tulo XX de Causas Externas de Mortalidade e Morbidade da Classifica o Estat stica Internacional de Doen as e Problemas Relacionados Sa de 10 revis o CID 10 c digos V01 a Y98 OMS 2004 Os acidentes de trabalho foram classificados como acidente t pico aqueles que ocorreram no local de trabalho ou durante o exerc cio de atividade ocupacional
31. mortes violentas e ser o classificados segundo o tipo de acidente ou de viol ncia acidente de transporte outros acidentes homic dios e suic dios e segundo a intencionalidade les es acidentais les es auto infligidas agress es de terceiros e de intencionalidade indeterminada Em sua Pol tica Nacional de Redu o da Morbimortalidade por Acidentes e Viol ncias o Minist rio da Sa de define os acidentes e viol ncias como resultado de a es ou omiss es humanas e de condicionantes t cnicos e sociais considerando os fen menos de conceitua o complexa poliss mica e controversa apresentando no entanto uma diferen a substancial entre o que considera viol ncia e o que entende como acidente sendo a primeira um evento decorrente de a es realizadas por indiv duos grupos classes na es que ocasionam danos f sicos emocionais morais e ou espirituais a outrem e distingue se do acidente entendido como um evento n o intencional e evit vel causador de les es f sicas ou emocionais no mbito dos diferentes espa os sociais entre os quais se inclui o trabalho Brasil 2001 7 24 No termo sao incluidas as diversas formas de expressao da viol ncia agressao fisica abuso sexual viol ncia psicol gica e viol ncia institucional Assume se que a viol ncia apresenta profundos enraizamentos nas estruturas sociais econ micas e pol ticas bem como nas consci ncias indi
32. na inser o prec ria Muitos como vendedores ambulantes de picol de balas e doces nas ruas e nibus de amendoim pelas ruas e praias como carregadores de compras em supermercados e feiras ajudantes de familiares em barracas e quiosques lavadores de carro ajudantes em obras na constru o civil ou biscates diversos V rios deles continuaram nessa mesma atividade at o bito As hist rias de parte de sua trajet ria ocupacional e das circunst ncias dos bitos denotam com muito mais contund ncia a precariedade de suas vidas A refer ncia ao desejo de somente ter um trabalho fixo um trabalho com carteira assinada foi bastante comum Esse um tra o marcante da exclus o social em nosso meio A n o estabilidade no trabalho e a n o garantia da continuidade do emprego ou ocupa o podem levar esses trabalhadores a submeterem se a quaisquer condi es de trabalho quando o encontram Jornadas mais longas podem significar maior tempo de exposi o a fatores de risco importantes a depender das ocupa es e locais de trabalho espec ficos O menor valor social atribu do a algumas ocupa es e atividades e a rela o entre atividades formais e informais aparecem frequentemente como um processo de desqualifica o da condi o humana e de cidadania naturalizadas socialmente por m identificadas em subjetividades quando estudadas em suas particularidades Estudo sobre a representa o do trabalho e do risco de acidentar se e
33. na verdade homic dios Souza 1994 o que tamb m foi corroborado pela reclassifica o dos casos com inten o indeterminada feita neste estudo Como neste tamb m tem sido identificado grande subregistro para acidentes de transporte em outros estudos Em uma avalia o do sistema de informa es sobre mortalidade em 15 cidades paulistas Mello Jorge et al 2002 reconstituiram a causa b sica dos bitos por causas externas combinando a complementa o da DO com os dados existentes nos Institutos de Medicina Legal e Delegacias de Pol cia laudos e boletins de ocorr ncia policial e com entrevistas domiciliares Houve uma mudan a substancial no esclarecimento das causas b sicas o total de homic dios ficou cinco vezes maior os suic dios dobraram sua frequ ncia e os acidentes de transporte aumentaram em 90 em rela o ao informado originalmente pelas DO V rios detalhes sobre as circunst ncias de ocorr ncia dos eventos e acidentes tipo de acidente intencionalidade do evento qualidade da v tima nos acidentes de transporte instrumento utilizado na agress o puderam ser esclarecidos com esta metodologia melhorando a informa o final sobre as causas b sicas em 80 dos casos Em outro estudo tamb m em munic pio de S o Paulo as informa es sobre causas externas foram aprimoradas em 73 3 ap s aplica o de entrevista domiciliar e revis o de prontu rios hospitalares laudos de necropsia do IML e boletins de ocorr ncia p
34. necropsia verbal O instrumento foi composto de sete se es organizadas da seguinte forma Identifica o inicial n mero de registro do laudo e da DO endere o identifica o do entrevistador data da entrevista hor rio Il Identifica o da pessoa entrevistada dados demogr ficos e sociais e rela o com a pessoa falecida Ill Identifica o da pessoa falecida dados demogr ficos sociais familiares IV Hist rico ocupacional ltima ocupa o primeira ocupa o ocupa o habitual tempo na ocupa o habitual empresa ou local de trabalho ramo de atividade econ mica da empresa tipo de v nculo subcontrata o sal rio e renda familiar V Percep o de riscos no trabalho refer ncias sobre queixas e reclama es quanto ao trabalho VI Descri o da ocorr ncia e hist ria de acidentes viol ncias circunst ncia atividade que estava realizando local tipo de viol ncia agressor tipo de acidente de tr nsito objeto envolvido tipo de ferimento les o antecedentes violentos etc Dados sobre a assist ncia e antecedentes m dicos socorro hospitaliza o problemas de sa de relevantes uso de lcool e drogas aux lio funeral e outros servi os p blicos VII Observa es do entrevistador sobre coopera o do entrevistado dificuldade de compreens o sinceridade e corre o das respostas Ver Anexos 2 3 4e 5 Equipe de entrevistadores A equipe de entrevistadores foi
35. o a fuma a fogo e chamas inten o n o determinada e Y17 0 envenenamento intoxica o por e exposi o a outros gases e vapores inten o n o determinada W24 6 contato com elevadores e instrumentos de transmiss o n o classificados em outra parte e W31 6 contato com outras m quinas e as n o especificadas Ainda no grupo 2 de concord ncia parcial para os acidentes de transporte ambas as codifica es identificam o sujeito se pedestre ciclista motociclista ocupante de autom vel ou outro por m diferem porque a classifica o oficial n o identifica o tipo de acidente se colis o com outro ve culo colis o com objeto parado ou outro sendo codificados como acidentes de transporte ou tr nsito de tipo n o especificado No caso das agress es diferiam se por objeto p rfuro cortante por arma de fogo ou objeto contundente ou pelo tipo de arma de fogo de m o ou outra n o especificada As quedas apareciam como especificadas queda de altura queda de escada de telhado no mesmo n vel ou outro n vel na classifica o da pesquisa e na codifica o do SIM apareciam como quedas sem especifica o RESULTADOS No banco de dados do IMLNR havia 1 871 casos registrados como morte violenta 93 0 e indeterminada 7 1 de residentes nos tr s munic pios estudados entre 10 e 69 anos de idade no ano estudado Deste total foram visitados 1 122 domic lios 60 0
36. o do trabalho Escolaridade Inser o produtiva Flexibiliza o Qualifica o Ramo atividade Terceiriza o Ocupa o Sal rio Precariza o Organiza o do Acidente no trabalho ritmo Suporte familia trabalho intensidade Stinarte enrial Morte produtividade Renda Viol ncia Politicas publicas de urbana prote o ineficientes oroOoPrpIcdcoAdAW mmo DP lt T 4COONDU 20 1 3 Conceito de Acidente de Trabalho As defini es e conceitos sobre os acidentes de trabalho est o intimamente ligados as concep es de causalidade assumidas impl cita ou explicitamente Segundo o senso comum acidente um acontecimento casual fortuito imprevisto ou um acontecimento infeliz casual ou n o e de que resulta ferimento dano estrago preju zo avaria ru na um desastre Ferreira 1986 Ainda hoje frequentemente aparecem concep es m gico religiosas nas falas e representa es de trabalhadores e da popula o explicitadas na atribui o de fatalidade obra do acaso obra ou castigo divino Lieber 1998 Lieber 2001 Vilela et al 2004 Em documentos de ag ncias internacionais o acidente de trabalho definido como uma ocorr ncia que surge da atividade ou durante o curso do trabalho que resulta em uma les o ocupacional WHO s d Outros descrevem como uma cadeia de eventos na qual algo deu errado resultando em um desfecho indesej vel Jorgensen 2000 Essas
37. o se aplica na 67 e na 68 e passe para pergunta 69 68 Situa o de motorista condutor ou passageiro para os casos de acidente de transito transporte informar qual a situa o da pessoa falecida conforme as op es especificadas se era pedestre motorista condutor do ve culo ou passageiro Se n o se trata de acidente de tr nsito transporte marque a op o n o se aplica e passe para pergunta 71 69 Tipo de acidente viol ncia ou objeto envolvido utilizado registre qual o tipo de causa ou objeto causador do acidente ou viol ncia Para os acidentes cujas causas n o estejam em nenhuma das op es anteriores assinale a op o outro e escreva por extenso a causa ou objeto informado 70 Tipo de ferimento les o registre o tipo de les o conforme op es se for les es m ltiplas ou mais de um tipo assinale as duas principais mais graves Se for outro tipo de les o especifique qual 71 Caracteriza o do acidente de trabalho pule esta quest o Ela ser preenchida pela equipe de codifica o coordena o 72 Socorro se ele a foi socorrido a registrar por extenso quem socorreu Pode ocorrer de n o ter sido socorrido por j ter sido encontrado morto Registre esta situa o Se foi socorrido pergunte e registre quem socorreu 73 Hospital se ele a foi levado a para o hospital em qual hospital ficou Pode ocorrer de ter sido levado para o hospital e ter falecido na emerg ncia e n o
38. registrar 7 n o sabe o motivo da aposentadoria registrar 9 quando n o souber se estava ou n o aposentado 47 Ocupa o e atividade econ mica de aposentadoria pergunte somente para o caso de a pessoa ter se aposentado legalmente recebendo aposentadoria do INSS ou de outro instituto de previd ncia Pode ocorrer de a pessoa ser aposentada e continuar a trabalhar para aumentar sua renda Nesse caso registre todas as informa es anteriores referentes a suas ocupa es e trabalhos e tamb m registre as informa es referentes a sua aposentadoria 48 Idade que iniciou a trabalhar conferir a idade que iniciou a trabalhar independentemente de ser empregado ou de ter carteira assinada ou n o Muitos iniciaram com trabalho na ro a auxiliando os pais ou como vendedores ambulantes na cidade Considerar esses casos como primeiro trabalho registrando a idade de in cio 49 Primeira ocupa o e atividade econ mica registrar de forma mais espec fica poss vel se necess rio solicite que explique o que fazia 50 Trabalho aos 20 anos de idade pe a para o a entrevistado a informar o que a pessoa fazia ou estava fazendo por volta dos 20 anos de idade tente identificar o tipo de ocupa o e de atividade econ mica Se for poss vel no final confira na Carteira de Trabalho CTPS o registro referente data em que o a falecido a tinha 20 anos e registre os dados na ltima folha do question rio 51 Idade em que iniciou a trabal
39. respectivamente entre os casados e principais respons veis pelo sustento da familia em rela o aos demais bitos de trabalhadores N o houve diferen as significativas na distribui o por sexo cor da pele e religi o A raz o entre sexos foi de 12 5 homens para cada mulher nos bitos por acidentes de trabalho de 10 6 nos trabalhadores falecidos por outras viol ncias e de 7 8 na popula o total de estudo Considerando se apenas as mortes por AT em atividades l citas essa rela o ainda se mant m maior 9 5 Entre as mulheres as mortes relacionadas ao trabalho ocorreram predominantemente por acidentes de transporte no trajeto menos de um quarto delas faleceram por homic dio em seu local de trabalho ou no trajeto Suas ocupa es mais comuns foram donas de bar e lanchonete 3 faxineira 1 arrumadeira de hotel 1 cozinheira em barraca de praia 1 t cnica em servi o de sa de 1 vendedora ambulante 1 garota de programa 1 promotora de vendas 1 cordeira de bloco carnavalesco 1 manicure 1 Os homens faleceram mais por acidentes t picos depois de trajeto Somente homens morreram por outros acidentes no trabalho como choque el trico queda explos o de caldeira afogamento As mortes em atividades il citas e os tr s casos de suic dio no trabalho tamb m se concentraram no sexo masculino importante destacar que seis casos de mortes no trabalho ocorreram em menores de 17 anos um caso de
40. termos de proposi o de pol ticas Ambos s o importantes e complementares e necessitam ser adequadamente explicitados quando de seu estudo e dimensionamento especialmente em suas unidades de observa o emp rica as empresas para o setor informal e o emprego ou atividade de trabalho para o trabalho informal Com essas considera es a OIT definiu o termo economia informal entendida como todas as atividades econ micas exercidas por trabalhadores ou por unidades econ micas empresas que s o por lei ou na pr tica insuficientemente cobertas por arranjos formais ILO 2002 Para Filgueiras et al 2004 ao termo informalidade t m sido atribu dos diferentes significados e usos a depender dos distintos objetivos de quem o est empregando ou estudando Sob o manto da informalidade foram e s o feitos estudos sobre fen menos 49 de naturezas muito distintas e que possuem dinamicas especificas como por exemplo as micro empresas o trabalhador aut nomo o empregado assalariado sem carteira de trabalho assinada o pequeno produtor a economia subterr nea ou submersa o empregado dom stico o trabalhador terceirizado o trabalho a domic lio as cooperativas de trabalho as atividades criminosas 2004 212 As diferentes nomenclaturas sustentam se em teorias explicativas diversas Algumas delas podem ser destacadas A primeira assumida pela Organiza o Internacional do Trabalho a partir do estudo realizado
41. trabalho prec rio O termo economia informal adquire nos ltimos anos uma amplitude maior do que a defini o mais estrita de setor informal incluindo os trabalhadores informais Tamb m passa a ser referida como economia submersa ou subterr nea At in cio da d cada de 90 os estudos sobre mercado de trabalho ainda centravam se no conceito de setor informal definido em termos das caracter sticas das empresas micro e pequena empresa n o registrada n o legalizada A defini o de setor informal preconizada pela 15 Confer ncia de Estat sticos do Trabalho da Organiza o 46 Internacional do Trabalho em 1993 baseou se numa s rie de crit rios O ponto de partida para sua delimita o seria a unidade econ mica entendida como unidade de produ o e n o o trabalhador individual ou a ocupa o por ele exercida Essas unidades seriam caracterizadas pela produ o em pequena escala baixo n vel de organiza o e pela quase inexist ncia de separa o entre capital e trabalho enquanto fatores de produ o Em decorr ncia seriam consideradas parte do setor informal as unidades econ micas n o agr colas que produzem bens e servi os com o principal objetivo de gerar emprego e rendimento para as pessoas envolvidas sendo exclu das aquelas unidades engajadas apenas na produ o de bens e servi os para auto consumo A defini o de uma unidade econ mica como informal n o dependeria do local onde desenvol
42. 15 fuma a fogo chamas 16 Outro especifique 99 n o sabe 0 Qual foi o tipo de ferimento les o que resultou na morte de 1 fraturas m ltiplas 2 traumatismo cr neo encef lico 3 queimadura 4 intoxica o 5 eletrocuss o 6 asfixia 7 perfura o balas 8 perfura o arma branca 9 Outro especifique 71 Tipo de acidente de trabalho Pule esta quest o 72 Ele a foi socorrido 0 n o 1 sim 9 n o sabe Se sim quem lhe socorreu 73 Foi levado a para o hospital 0 n o 1 sim 9 n o sabe Se sim para qual is hospital is foi levado 74 Quantos dias ficou no hospital dias 00 chegou sem vida faleceu na emerg ncia Em qual hospital ficou hospitalizado nome 75 Quem pagou por este atendimento 0 SUS p blico 1 familia 2 plano de sa de empresa 4 plano sa de individual 8 n o se aplica 9 n o sabe 76 Em sua opini o por que isso aconteceu Voc acha que algu m ou algo foi respons vel pelo que ocorreu TRANSP ___ OBJETO _ LESAO TIPOAT SOCORRO ___ HOSP1 HOSP2 DIAHOS _ PAGHOS ___ RESPONSA 215 77 Ele a ja havia sofrido acidentes ou agress es no ltimo ano 0 n o 1 sim sem arma de fogo 2 sim com arma de fogo 9 n o sabe Se sim como foi isso que tipo de ocorr ncia viol ncia foi quantas vezes quando onde o que estava fazendo estava trabalhando ou n o tipo de ferimento 78 Ele a tinha algum probl
43. 561 ocupados com mais de 10 anos de idade Inqu rito de base populacional Assalariados com carteira assinada assalariados sem carteira assinada funcion rios p blicos Taxa preval ncia de AT 51 8 1000 assalariados registrados 26 1 1000 assalariados n o registrados 38 9 1000 funcion rios p blicos Benavides et 15 pa ses da Comunidade Inqu rito domiciliar Emprego permanente tempo Associa o de trabalho prec rio com al 2000 Europ ia Segundo Inqu rito Insatisfa o no trabalho determinado tempor rio conta insatisfa o no trabalho fadiga dor Europeu sobre Condi es de absente smo pr pria em tempo integral e nas costas dores musculares Trabalho ano 1996 Fadiga stress dor nas costas tempo parcial e pequenos Associa es persistiram ap s ajuste Total de 15 146 trabalhadores dotes m scu lares empregadores 1 a 9 pessoas por condi es de trabalho nivel de 15 anos de idade ou mais Tempo parcial menos de 35 individual e por vari veis de homens e mulheres horas semanais contexto Trabalho prec rio por tempo determinado e tempor rio Mayhew amp Austr lia 1 588 trabalhadores Inqu ritos em ramos de atividade Emprego prec rio donos de Trabalhadores prec rios conhecem Quinlan 2001 em 13 ocupa es diferentes diversos entrevistas individuais pequenos neg cios menos seus direitos recorrem Conhecimento dos trabalhadores sobre seguro acident rio acesso e
44. Cadernos de Sa de P blica Rio de Janeiro 15 4 719 728 out dez 1999 Dorman P Three Preliminary Papers on the Economics of Occupational Safety and Health International Labour Office InFocus Programme on Safety and Health at Work and the Environment Geneva April 2000 http Avww ilo org public english protection safework papers econanal wr_chp1 htm Acessado em 29 01 2003 Druck MG Flexibiliza o terceiriza o e precariza o a experi ncia dos sindicatos In Franco TMA Org Trabalho riscos industriais e meio ambiente rumo ao desenvolvimento sustent vel Salvador Edufba 1997 Giuffrida A lunes RF Savedoff WD Economic and Health Effects of Occupational Hazards in Latin America and the Caribean Conference on Occupational Safety and Health in Latin America and the Caribean June 19 20 Washington DC Inter American Development Bank 2001 33p http www iadb org sds doc OHSpaper pdf Acessado em mar o 2002 Hennington EA Moreira Filho Carvalho D Cordeiro RC Mortalidade por acidente de trabalho viol ncia no 266 de corre o de estimativas propostos demonstraram ser poss vel assumindo os devidos pressupostos produzir taxas de acidentes de trabalho mais pr ximas do real incentivando assim a melhoria das informa es de forma a permitir a realiza o de estudos bem como o acompanhamento e avalia o das pol ticas p blicas nessa rea cotidiano dos trabalhador
45. Cama ari e Lauro de Freitas 2004 Total C Externas Banco IML Mudou se 67 6 0 N o visitados Visitados 749 1 122 Recusa 40 0 60 0 82 7 3 Perdidos Endereco ndo 474 localizado 42 2 101 9 0 Estudados Familiar n o 648 encontrado 34 6 100 8 9 Outros 124 111 Figura 2 Representa o esquem tica da distribui o dos bitos por causas externas estudados segundo situa o ocupacional inser o em trabalho prec rio e rela o das mortes com o trabalho Mortes por C Ext estudadas 648 Pessoas n o Pessoas ocupadas ocupadas 488 75 3 160 24 7 Trabalho prec rio Trabalho n o prec rio 344 70 5 144 29 5 Morte Morte no Morte fora do Morte fora do Morte no violenta trabalho trabalho trabalho trabalho 160 106 30 8 238 69 2 88 61 1 56 38 9 Tabela 1 Compara o das caracter sticas s cio demogr ficas entre popula o estudada e popula o n o entrevistada bitos por causas externas Salvador Cama ari Lauro de Freitas Bahia 2004 Popula o de estudo Popula o n o Vari vel entrevistada Valor de p n Yo n Yo TOTAL 646 100 0 1 225 100 0 Sexo Homem 576 89 2 1 094 89 3 Mulher 70 10 8 131 10 7 0 92 Idade anos 10 19 88 13 6 187 15 3 20 29 286 44 3 473 38 6 30 39 125 19 3 232 18 9 40 49 75 11 6 181 14 8 50 59 49 7 6 97 7 9 60 69 23 3 6 55 4 5 0 15 M dia idade DP 30 9 12 6 32 0 13 1 Percentil 25 22 22 Mediana 2
46. Campinas SP Editora da Unicamp 2002 200 p Avila JBC Castro MC de amp Mayrink ALV Indicadores de Acidentes do Trabalho Ranking das Atividades Econ micas M dia do Tri nio 1997 1999 Informe da Previd ncia Social vol 14 5 1 16 Maio 2002 Barata RB Ribeiro MCSA amp Moraes JC Acidentes de Trabalho Referidos por Trabalhadores Moradores em Area Urbana no Interior de S o Paulo em 1994 JESUS 9 3 199 210 2000 Bello O Los choques econ micos y el mercado laboral Trabajo 42 49 s d Benach J Precarious employment and health inequalities Paper presented at EMCONET Employment Conditions Knowledge Network Second Meeting 23 24 January 2007 Federal University of Bahia Bahia Brazil 2007 mimeo 2006 Benavides FG Benach J Diez Roux AV amp Roman C How do types of employment relate to health indicators Findings from the Second European Survey on Working Conditions Journal Epidemiology Community Health 54 494 501 2000 Benavides FG Benach J Muntaner C Delclos GL Catot N amp Amable M Associations between temporary employment and occupational injury what are the mechanisms Occup Environ Med 63 416 421 2006 Berlinguer G Globaliza o e sa de global Estudos Avan ados 13 35 21 38 1999 Borges A amp Druck MG Crise global terceiriza o e a exclus o no mundo do trabalho Caderno CRH 19 22 45 Salvador Jul Dez 1993 Braga TS amp Rodarte MS A inser o ocupacional e o desemprego d
47. Com religiao 59 55 7 136 57 1 41 73 2 53 60 2 Sem religi o 47 44 3 102 42 9 0 80 15 26 8 35 39 8 0 11 Situa o conjugal Com companheira 48 45 3 83 34 9 46 82 1 46 52 9 Sem companheira 58 54 7 155 65 1 0 07 10 17 9 41 47 1 0 0004 Sustento da familia Principal responsavel 54 50 9 91 38 2 47 83 9 59 67 0 Nao respons principal 52 49 1 147 61 8 0 03 9 16 1 29 33 0 0 02 continua 143 cont Tabela 6 Trabalho precario N 344 Trabalho nao precario N 144 Variaveis Mortes por acidentes Mortes por outras Valor de Mortes por acidentes Mortes por outras Valor de de trabalho causas violentas p de trabalho causas violentas p N 106 N 238 N 56 N 88 Jornada semanal At 40 horas 18 17 0 76 31 9 20 35 7 24 27 3 Mais de 40 horas 88 83 0 162 68 1 0 004 36 64 3 64 72 7 0 29 Salario 0 1 SM 51 48 1 116 48 7 4 7 1 25 28 4 1 SM 55 51 9 122 51 3 0 91 52 92 9 63 71 6 0 002 Renda familiar per capita At 1 2 SM 49 46 2 89 37 4 11 19 6 22 25 0 Maior que 1 2 SM 57 53 8 149 62 6 0 12 45 80 4 66 75 0 0 46 In cio vida laborativa Antes dos 15 anos 65 61 3 142 59 7 28 50 0 28 50 0 15 anos e mais 41 38 7 96 40 3 0 77 28 50 0 28 50 0 1 0 Trabalho formal na vida Nunca 42 47 2 142 67 6 1 2 4 3 4 1 Alguma vez 47 52 8 68 32 4 0 0009 41 97 6 70 95 9 1 0 Tipo de viol ncia Acidente de transporte 25 23 6 19 8 1 19 33 9 20 22 7 Outro acidente 12 11 3 20 8 5 11 19 6 9 10 2 Homic dio 69 27 0 187 73 0 23 41 1 56 6
48. FUNDACENTRO MTE Instituto de Sa de Coletiva ISC UFBA Departamento de Medicina Preventiva Faculdade de Medicina DMP FAMED UFBA Estudo sobre Mortalidade de Trabalhadores em Salvador e Regi o Metropolitana MANUAL DE INSTRU ES PARA ENTREVISTADORES LOG STICA GERAL A coordena o da pesquisa ir distribuir aos entrevistadores o lote de question rios entrevistas a serem realizadas na semana separadas por munic pio e por bairro O a entrevistador a dever estar utilizando a camiseta e o crach com identifica o da Fundacentro e ter sempre consigo o of cio de apresenta o O m ximo de esfor o dever ser feito para n o perder nenhum caso Quando for localizado o endere o dos familiares e n o houver ningu m em casa procure certificar se com vizinhos se as pessoas ainda moram l e em que horas ou dias poder o ser encontradas em casa para uma segunda visita Em caso de aus ncia da fam lia no dia da primeira visita ser o feitas no m nimo mais duas tentativas de retorno ao domic lio inclusive aos s bados e domingos se necess rio Em caso de recusa da pessoa em participar da pesquisa mesmo ap s toda explica o sobre o estudo objetivos etc agrade a a aten o e retorne passando para o pr ximo endere o outro caso A coordena o da pesquisa ou outro a entrevistador a far um segundo contato para tentar obter a aceita o de participa o Nos casos de mudan a da fam lia para outro munic pio f
49. Industrial Relations Research Centre 1998 Mayhew C amp Quinlan M The effects of changing patterns of employment on reporting occupational injuries and making worker compensation claims Safety Science Monitor 1 5 article 1 ISSN 1443 8844 2001 Mendes R amp Campos ACC Saude e Seguranga no Trabalho Informal Desafios e Oportunidades para a Industria Brasileira Revista Brasileira de Medicina do Trabalho 2 3 209 223 2004 Mirabelli MC Loomis D amp Richardson DB Fatal Occupational Injuries Among Self Employed Workers in North Carolina American Journal of Industrial Medicine 44 182 190 2003 Navarro VL O trabalho e a sa de do trabalhador na ind stria de cal ados S o Paulo em Perspectiva 2008 17 2 32 41 Noronha EG Informal Ilegal Injusto percep es do mercado de trabalho no Brasil Revista Brasileira de Ci ncias Sociais 18 53 111 129 2008 Oliveira RP Tudo arriscado A Representa o do Trabalho entre Trabalhadores Informais da Constru o Civil Disserta o de Mestrado Instituto de Sa de Coletiva Universidade Federal da Bahia 2004 T1 Paiva V Qualifica o crise do trabalho assalariado e exclus o social In Gentili P amp Frigotto G Orgs A Cidadania Negada S o Paulo Buenos Aires Edit Cortez Clacso 2001 Cap Ill 49 64 Price RH amp Burgard S Non Standard Work and Health Who is at Risk and Who Benefits Apresentado na Confer ncia Health Effects of
50. July 2004 No fatality due accidents related to work was reported during this period Some characteristics of deceased subjects registered in IML between Jan and July 2004 Salvador Bahia Characteristic Average age SD 31 4 12 8 years old Illiterate or elementary school level 62 5 Men 88 2 Construction workers 17 2 Students with no job 14 7 Cleaning ladies 6 2 Policemen and security 5 0 Job not specified 10 0 RESULTS THE PILOT STUDY resulted in 96 interviews 68 15 refusals 11 22 changes of address 15 and 9 not located cases 6 Among those interviewed only 66 72 5 were working during the month of their death but four of them were not paid for their activities and 19 33 3 of employees had a formal job contract Among those that were not working 27 5 of the total four received pension as 212 273 they were retired The interviews provided a different perspective on fatalities in relation to work as summarized on the following table Five cases were excluded after the interview as they were natural deaths not related to external causes Work relatedness of deaths in the pilot study Probable Not related Work Commuting Connected to illegal Total cause to work related activity Homicide 36 3 6 6 51 56 0 Traffic 11 2 3 16 17 6 accidents Other 12 4 1 17 18 7 accidents Suicide 5 2 7 7 7 Total 64 11 10 6 91 100 0 67 5 15 0 11 0 6 6 100 0 inc
51. Neice M X Faria Anaclaudia G Fassa Elaine Thum Elaine Tomasi Vilma Santana publicado na Revista Ci ncia amp Sa de Coletiva 10 4 857 867 2005 12 1 SOBRE O QUADRO TEORICO 1 1 Fundamento L gico Os acidentes e as viol ncias ocorridas durante o exerc cio do trabalho s o importantes definidores do desgaste e de mortes de trabalhadores A despeito dos ndices de sub registro a magnitude das taxas de incid ncia e de mortalidade por acidentes de trabalho e por viol ncias no trabalho permite considerar esses eventos como importantes problemas de sa de p blica que resultam em impacto social e custos econ micos ainda n o amplamente dimensionados em nosso pa s S o fen menos complexos aos quais concorrem in meros processos sociais que influenciam nas sele es op es hist rias e trajet rias de inser o e perman ncia ou n o das pessoas no mundo do trabalho A despeito dessa complexidade vigoram amplamente em nosso meio conceitos reducionistas sobre a determina o dos acidentes entendidos como sendo fen menos relativamente simples determinados por uma ou poucas causas geralmente causas imediatas como falta de cumprimento de regras ou de uso de equipamentos de prote o por parte do trabalhador Essas concep es levam atribui o de culpa v tima e n o consideram a previsibilidade e evitabilidade desses eventos Vilela amp cols 2004 Esse processo social resulta na naturaliza o e na
52. Non Health Policy Maryland Fev 2006 National Poverty Center University of Michigan 2006 Quinlan M amp Mayhew C Evidence versus ideology lifting the blindfold on OHS in precarious employment s d mimeo pesquisa google nome autor acessado em 12 06 2006 Quinlan M Workplace health and safety effects of precarious employment The Global Occupational Health Network 2 1 4 2002 Quinlan M Mayhew C amp Bohle P The global expansion of precarious employment work disorganization and consequences for occupational health a review of recent research International Journal of Health Services 31 335 414 2001 Rosa MTS Pegado E Saleiro SP Gon alves F amp Duarte R Trabalho Prec rio Perspectivas de Supera o Portugal CIES Centro de Investiga o e Estudos de Sociologia 2006 Santos BS Os processos de globaliza o In Boaventura de Sousa Santos org A Globaliza o e as Ci ncias Sociais 2 ed S o Paulo Cortez 2002 Cap 1 25 102 Santos M Por uma outra globaliza o do pensamento nico consci ncia universal Rio de Janeiro Edit Record 2004 Santos LCC Li es de desigualdade instru o ra a e oportunidades de trabalho em Salvador SEI 2006 mimeo Sassen S Informalization in advanced market economies International Labour Office Discussion paper 20 Geneva ILO 1997 SEI Superintend ncia de Estudos Econ micos e Sociais da Bahia PED Pesquisa de Emprego e Desemp
53. Paulo Brasil Cadernos de Sa de P blica Rio de Janeiro 20 2 610 617 2004 Hill K Making deaths count Bulletin of the World Health Organization 84 Editorials 2006 Dispon vel em http Awww who int pulletin Acessado em 20 10 2006 lunes RF Seguridad y salud en el trabajo en Am rica Latina y el Caribe An lisis temas y recomendaciones de pol tica Apresentado no Primer Seminario T cnica de Consulta Regional sobre Temas Laborales Ciudad de Panam nov 2001 Banco Interamericano de Desarrollo mimeo Jacobina A Fernandes R Santos JF Galv o A amp Nobre L Vigil ncia de Acidentes de Trabalho T picos com Obito Investigados no Estado da Bahia no per odo de 1995 a 2001 In Bahia Sesab Suvisa Cesat Sa de do Trabalhador na Bahia construindo a informa o Salvador Cesat 2003 Cadernos de Sa de do Trabalhador 1 48 52 Kleinbaum DG Epidemiologic Research New York Van Nostrand Reinhold 1982 Krauss JF Peek C Silberman T Anderson C The Accuracy of Death Certificates in Identifying Work related Fatal Injuries American Journal of Epidemiology vol 141 10 973 979 1995 Ladeira RM amp Guimaraes MDC An lise da concord ncia da codifica o de causa b sica de bito por acidentes de tr nsito Revista de Sa de P blica 32 2 133 137 1998 Laurenti R amp Buchalla CM A elabora o de estat sticas de mortalidade segundo causas m ltiplas Revista Brasileira de Epidemiologia 3 1 21
54. a mesma e 1 5 vezes a taxa do SAT em algumas UF Brasil 2000 BINSS E Mesma taxa HTaxax 1 5 Estimativa de AT n o fatal para toda PEAO aplicadas as raz es entre bito e AT n o fatal de 1 750 e 1 1000 s estimativas de bitos obtidas com a mesma e 1 5 vezes a taxa de mortalidade do SAT Brasil 2000 14 522 000 10 891 500 11 164 000 8 373 000 Raz o 1 750 Raz o 1 1000 BINSS O Mesma TM SAT 01 5 x TM SAT Estimativas de AT n o fatais para toda PEAO aplicando a raz o de 1 AT com bito 750 AT n o fatais segundo regi es Brasil 2000 H INSS O Mesma TM BTM 1 5 Norte Nordeste Sudeste Sul C Oeste 270 270 METHODOLOGICAL AND LOGISTIC ISSUES REGARDING A STUDY ON MORTALITY DUE TO VIOLENCE AT WORK AND WORK RELATED INJURIES IN SALVADOR BAHIA BRAZIL LCC Nobre M Kato FM Carvalho OFUNDACENTRO CRBA Salvador Bahia Brazil Dept Preventive and Social Medicine School of Medicine Federal University of Bahia Salvador Bahia Brazil INTRODUCTION Between 1998 and 2001 external causes were responsible for 33 5 of all deaths in the city of Salvador Bahia the most populous capital of northern Brazil The typical work related fatalities are those attributed to workers injured during their activity with a formal employment contract and should be registered as deaths due to external ca
55. aos trabalhadores segurados ao SAT e as estimadas neste estudo foram S o Paulo 4 1 Rio Grande do Sul 4 2 e Santa Catarina 5 4 Os maiores ndices de subestima o da taxa de incid ncia de AT n o fatais ocorreram nos estados de 264 Rond nia 34 1 Tocantins 31 5 Roraima 25 8 e Piau 24 6 W nsch Filho 1999 ao estudar a s rie hist rica de acidentes de trabalho registrados na Previd ncia Social de 1970 a 1995 no Brasil destaca a import ncia das macro vari veis relativas reestrutura o produtiva e mudan as do mercado de trabalho com aumento das atividades dos setores terci rios da precariza o das rela es de trabalho e varia o anual do PIB Aponta que a correla o entre maiores taxas de acidentes de trabalho em regi es com alto ndice de industrializa o pode significar que o trabalho industrial implique em maior grau de risco que os demais setores al m de maior concentra o do pr prio PIB Ao tempo em que coloca a exist ncia de subnotifica o dos casos de acidentes como secund ria a esses outros fatores na explica o das taxas declinantes dos acidentes na s rie hist rica brasileira identifica que ela mais expressiva nas regi es menos desenvolvidas e com maior precariedade de rela es de trabalho como o caso das regi es Norte Nordeste e Centro Oeste em compara o ao Sul e Sudeste Barata e cols 2000 encontraram taxas de acidentes de trabalho difer
56. as ou demiss es Mais dr stica a experi ncia de quem nunca chegou a exercer uma atividade formal ou nos casos em que a precariedade da inser o no trabalho a regra em toda sua trajet ria Nessas a ocupa o ou sua aus ncia pode ter um valor material e simb lico ainda maior Do ponto de vista da experi ncia coletiva os pa ses perif ricos aos pa ses capitalistas centrais h muito vivenciam situa es de extrema desigualdade e inseguran a social com profundos impactos nos perfis de morbimortalidade Evidenciando outro aspecto da mesma quest o Castel questiona se o trabalhador obrigado a mostrar flexibilidade polival ncia senso de responsabilidade esp rito de iniciativa e capacidade de adapta o s mudan as pode ele comportar se deste modo sem um m nimo de seguran a e de prote es Ser que o trabalho condenado a permanecer a principal vari vel de ajustamento para maximizar os lucros 2005 88 Em resposta afirma a centralidade do mercado e a centralidade do trabalho enquanto caracter sticas essenciais de uma modernidade na qual estamos sempre mesmo com mudan as profundas em suas rela es e prop e uma via em outro patamar de rela es entre a sociedade o mercado e o Estado ao trabalho que se tornou m vel e ao mercado que se tornou vol til deveria corresponder um Estado social que se tornou flex vel Um Estado social flex vel e ativo isto n o uma simples f rmula de
57. caso de necessidade por favor entre em contato com a coordenadora da pesquisa que fica na Fundacentro Let cia Nobre telefone 71 3341 1412 ou com o Professor Fernando Carvalho do Departamento de Medicina Preventiva da Universidade Federal da Bahia no telefone 71 3245 8562 Este estudo tamb m foi avaliado e aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa do Instituto de Sa de Coletiva da Universidade Federal da Bahia que pode ser acessado pelo telefone 71 3336 0034 Consentimento Eu li ou ouvi a leitura do consentimento informado Tive a oportunidade de perguntar quest es sobre o estudo e elas foram respondidas de modo satisfat rio Sou volunt rio a em participar da pesquisa Assinatura digital da pessoa entrevistada Data Assinatura da entrevistadora Data Assinatura da Coordena o Data 220 ANEXO 4 Manual de Instru es do Entrevistador Funda o Jorge Duprat Figueiredo de Seguran a e Medicina do Trabalho Minist rio do Trabalho e Emprego FUNDACENTRO MTE Instituto de Sa de Coletiva Universidade Federal da Bahia ISC UFBA Departamento de Medicina Preventiva Faculdade de Medicina Universidade Federal da Bahia DMP FAMED UFBA Mortalidade por Acidentes e Viol ncias no Trabalho em Salvador e Regi o Metropolitana MANUAL DE INSTRU ES PARA ENTREVISTADORES Salvador janeiro 2005 222 Funda o Jorge Duprat Figueiredo de Seguran a e Medicina do Trabalho
58. dados tamb m para essa quinta ocupa o Exemplo 1 34 Quais eram as ocupa es que exercia em cada trabalho atividade emprego no m s antes de seu falecimento Ocupa o 1 t cnico em constru o civil Ocupa o 2 professor de matem tica escola fundamental Ocupa o 3 carpinteiro montador de cen rios Exemplo 2 34 Quais eram as ocupa es que exercia em cada trabalho atividade emprego no m s antes de seu falecimento Ocupa o 1 soldador caldeireiro Ocupa o 2 motorista de t xi Ocupa o 3 Exemplo 3 34 Quais eram as ocupa es que exercia em cada trabalho atividade emprego no m s antes de seu falecimento Ocupa o 1 costureira de bonecas Ocupa o 2 Ocupa o 3 35 Tipo de v nculo posi o na ocupa o nome da empresa atividade econ mica Registre essas informa es para cada uma das ocupa es obedecendo a mesma sequ ncia registrada na pergunta 34 Considerar as seguintes op es de posi o na ocupa o ou vinculo empregat cio se necess rio leia cada uma das op es para que a pessoa selecione a acertada 1 empregado com carteira de trabalho assinada 2 empregado sem carteira assinada 3 trabalhador dom stico com carteira assinada 4 trab dom stico sem carteira assinada 5 empregador 6 conta pr pria aut nomo 7 aprendiz ou estagi rio com remunera o 8 aprendiz ou estagi rio sem remunera o 9 n o remunerado ajuda membro do d
59. de 9 626 domic lios 13 328 trabalhadores ativos Inqu rito base populacional entrevistas domiciliares Trabalhador formal contrato de trabalho juridicamente v lido Trabalhador informal sem contrato juridicamente v lido Incid ncia informal 3 3 formal 3 4 Trab Agropecu rios duas vezes superior nos formais t cnicos e manuten o maior incid ncia entre informais 82 Artigo 2 MORTES VIOLENTAS A CONTRIBUICAO DOS ACIDENTES DE TRABALHO E DA PRECARIZACAO DO TRABALHO 83 Mortes violentas a contribui o dos acidentes de trabalho e da precariza o do trabalho Violent death the contribution of occupational injuries and precarious jobs Leticia Coelho da Costa Nobre Fernando Martins Carvalho Mina Kato 2 Centro de Estudos da Sa de do Trabalhador Superintend ncia de Vigil ncia e Prote o da Sa de Secretaria da Sa de do Estado da Bahia Departamento de Medicina Preventiva e Social Faculdade de Medicina da Bahia Universidade Federal da Bahia Fundacentro Centro Regional da Bahia Descritores Mortalidade Acidente de Trabalho Homicidios Acidente de Transporte Ocupa o Trabalho Prec rio Resumo Objetivo Determinar a magnitude da participa o dos acidentes de trabalho dentre as mortes violentas descrevendo suas caracter sticas especialmente aquelas relativas precariedade do trabalho M todos Estudo descritivo das mortes por causas externas
60. de San Martin 30 Jap o 31 Jardim Eldorado 32 Jardim Joana D Arc 33 Jardim Vera Cruz 34 Largo do Tanque 35 Liberdade 49 Nova Divin ia 50 Novo S o Crist v o 51 Pau Mi do 52 Pero Vaz 53 Pirineus 54 Queimadinho 55 Rocinha 56 Santa M nica 57 S o Crist v o 58 Sertanejo 59 Sieiro Administra o Regional V Brotas 5 1 Acupe de Brotas 2 Alto do Cruzeiro 3 Alto do Formoso 4 Alto da Saldanha 19 Castro Neves 20 Conjunto Antenas 21 Conj Castro Alves 22 Conj dos Comerci rios 37 Jardim Cai ara 38 Lot Quintas do Candeal 39 Lot San M do Candeal 40 Lot Santa Tereza 251 5 Baixa do Cacau 6 Baixa dos Coqueiros 7 Baixa do Luiz Anselmo 8 Baixa da Paz 9 Baixa do Silva 10 Baixa do Tubo 11 Bandeirantes 12 Boa Vista de Brotas 13 Bonoc 14 Brotas 15 Buraco da Gia 16 Campinas de brotas 17 Candeal Grande 18 Candeal Pequeno 23 Conj Edgard Santos 24 Conj Laura Catarina 25 Conj Magalh es Neto 26 Conj Rodrigo Hor cio Costa 27 Conj Santa B rbara 28 Cosme de Farias 29 Daniel Lisboa 30 Djalma Dutra 31 Eng Velho de Brotas 32 Gal s 38 Invas o Jd Cai ara 34 Invas o do Ogunja 35 Invas o da Pol mica 36 Jardim Bela Vista 41 42 48 44 45 46 47 48 49 50 51 52 Luiz Anselmo Matatu Ocup da Av ACM Ogunja Parque Bela Vista Parque Florestal Pitangue
61. de eventos n o antecipados e n o controlados com esses melhores recursos Almeida 2006 194 Para alguns o risco ainda n o conhecido porque ainda n o experimentado ou n o mensurado pelos conhecimentos e m todos cient ficos atuais para outros express o do pr prio acaso N o t o distantes do senso comum no Brasil relat rios e documentos de institui es governamentais e empresariais frequentemente analisam o acidente de trabalho como resultado de acontecimento fortuito como indeterminado ou como decorrente de atos e comportamentos individuais falta de aten o distra o n o cumprimento de normas Almeida amp Binder 2000 Almeida 2006 apartado portanto de seu quefazer cotidiano e de seu contexto Nesses casos o papel do trabalho ou da atividade laborativa com suas m ltiplas dimens es formas de organiza o e de gest o como categoria explicativa do acontecimento acidente de trabalho fica oculto some de cena S o conceitos reducionistas sobre a determina o dos acidentes entendidos como sendo fen menos relativamente simples determinados por uma ou poucas causas geralmente causas imediatas ou causas aparentes como falta de cumprimento de regras ou de uso de equipamentos de prote o ou de outros comportamentos adotados e entendidos como op es individuais dos trabalhadores Almeida 2006 Este estudo adota a concep o de que o acidente de trabalho um f
62. diferen as de g nero e tipo de contrato de trabalho Cadernos de Sa de P blica 19 2 481 493 2003 Santana V Nobre L amp Waldvogel BC Acidentes de trabalho no Brasil entre 1994 e 2004 uma revis o Ci ncia amp Sa de Coletiva 10 4 841 855 2005 Santos BS Os processos de globaliza o In Santos BS org A Globaliza o e as Ci ncias Sociais 2 ed S o Paulo Cortez 2002 Cap 1 25 102 Santos JAF Efeitos de Classe na Desigualdade Racial no Brasil Dados Revista de Ci ncias Sociais 48 1 21 65 2005 134 Santos LCC Li es de desigualdade instru o ra a e oportunidades de trabalho em Salvador SEI 2006 mimeo Scalassara MB Souza RKT amp Soares DFPP Caracter sticas da mortalidade por acidentes de tr nsito em localidade da regi o Sul do Brasil Revista de Sa de P blica 32 2 125 132 1998 SEI Superintend ncia de Estudos Econ micos e Sociais da Bahia PED Pesquisa de Emprego e Desemprego na Regi o Metropolitana de Salvador resultados do ano 2004 Salvador SEI 2005 Soares AMC Viol ncia crime e jovens empobrecidos In Espinheira G Coord Criminalidade no cotidiano de vida dos moradores do Sub rbio Ferrovi rio de Salvador Salvador Minist rio P blico do Estado da Bahia Universidade Federal da Bahia 2004 204 p Sousa RMC Regis FC amp Koizumi MS Traumatismo cr nio encef lico diferen as das v timas pedestres e ocupantes de ve culos a motor Revista de Sa d
63. dio a a o de matar uma pessoa agress o cometida por outra pessoa com inten o dolo ou n o do resultado morte esclare a qual foi a situa o principal que levou ao resultado se foi assalto roubo latroc nio homic dio com o objetivo de roubo se foi resultado de briga ou discuss o se foi em decorr ncia de a o policial ou confronto com a pol cia ou se foi resultado de bala perdida Se n o foi nenhuma dessas op es registre em outro e especifique que outra situa o foi 235 66 De quem partiu a agress o interessa saber se a pessoa que cometeu a agress o que resultou na morte era conhecida ou desconhecida da pessoa falecida Se era pessoa da fam lia outra pessoa conhecida que n o da fam lia pol cia se foi outra especifique qual outra Se informar que foram pessoas do bairro da vizinhan a etc procure saber se eram pessoas do bairro e conhecidas do falecido ou se eram do bairro por m desconhecidas nesses casos escreva por extenso e deixe o julgamento para a equipe de codifica o 67 Tipo de ve culo envolvido para os casos de acidente de tr nsito transporte informar qual o tipo de ve culo envolvido no acidente Se for mais de um registre esta situa o por exemplo atropelamento de bicicleta ciclista por um nibus registre bicicleta nibus Se for outro especifique qual por exemplo micro nibus van etc Se n o se trata de acidente de tr nsito transporte marque a op o n
64. do IML aplicando se o teste estat stico de Qui quadrado de Mantel Haenszel para avaliar as diferen as de propor es calculando o valor de p considerando signific ncia de 95 N o foram observadas diferen as estatisticamente significantes A Tabela 2 apresenta os n meros e distribui o percentual da popula o residente do total de casos existentes no banco do IML e casos estudados em cada rea administrativa do munic pio de Salvador A Tabela 3 apresenta a distribui o dos casos de mortes por causas externas constantes do banco de dados do IML e as propor es de casos entrevistados em cada rea administrativa do munic pio de Salvador As rela es dos bairros e micro regi es que comp em cada rea administrativa de Salvador e dos bairros de Cama ari e Lauro de Freitas encontram se no Anexo 5 Manual de Codifica o A Tabela 4 apresenta a distribui o dos bitos por causas externas existentes no banco de dados do IML e o percentual de casos estudados por bairro de resid ncia no munic pio de Cama ari A Tabela 5 apresenta essa distribui o para o munic pio de Lauro de Freitas A Tabela 6 mostra a distribui o dos bitos por causas externas constantes do banco do IML e aqueles estudados pela pesquisa segundo m s de ocorr ncia do bito nos tr s munic pios estudados 199 Figura 1 Esquema do trabalho de campo casos visitados e n o visitados casos entrevistados e perdidos motivo de perda Salvador
65. e dimens es gerais e particulares As vari veis e dimens es escolhidas devem ser capazes de traduzir esses conceitos de ser media o entre os conceitos e a teoria adotados e o plano emp rico Em sua dimens o mais geral e macro encontra se o modo de produ o capitalista que determina a divis o de homens e mulheres em classes sociais de acordo com sua posse ou n o dos meios de produ o e sua apropria o ou n o do produto do trabalho humano e da mais valia ou de outro modo de acordo com sua posi o no processo de valoriza o do capital Figura 1 A cl ssica divis o internacional do trabalho que resultou na exporta o de riscos e de processos poluentes dos pa ses centrais aos perif ricos aprofunda se e modifica se dando lugar de meados para o final do s culo passado aos processos de reorganiza o dos capitais de globaliza o e de reestrutura o produtiva A globaliza o vem acompanhada de mudan as nas formas de gest o do trabalho que propagam amplamente conceitos e pr ticas de flexibiliza o redes de subcontrata o e terceiriza o Especialmente para os pa ses perif ricos essas pr ticas significam perdas de direitos sociais e trabalhistas e precariza o das condi es de trabalho e sa de Borges amp Druck 1993 Druck 1997 15 x Ocorre o que Antunes 2002 52 prop e ser uma tend ncia a subproletariza o do trabalho expressa nas formas de trabalho prec rio parcia
66. e participa o dos familiares no estudo Defini o da popula o de estudo e rea de abrang ncia Trata se de um estudo explorat rio descritivo das mortes por acidentes de trabalho e viol ncias no trabalho em pessoas homens e mulheres falecidas em 2004 com idades entre 10 a 69 anos residentes em tr s munic pios da Regi o Metropolitana de Salvador Salvador Cama ari e Lauro de Freitas Salvador foi selecionada por se tratar da capital e ter a maior popula o do estado apresentando um perfil de atividades econ micas concentrado em servi os com rcio e algumas ind strias de pequeno e m dio porte bem como o maior n mero de casos de bito Cama ari foi selecionado por tratar se do segundo munic pio com o maior n mero de casos de mortes por causas externas e por ser sede do P lo Petroqu mico com uma s rie de empresas prestadoras de servi os s ind strias qu micas e petroqu micas configurando um perfil de atividade econ mica diferenciado Lauro de Freitas o terceiro munic pio em n mero de casos possui um parque produtivo tamb m centrado no com rcio e servi os de menor porte que Salvador e com atividades ligadas ao turismo de beira mar pesca e alguma agricultura com algumas ind strias recentemente instaladas Por ser um munic pio cont guo a Salvador e localizado no meio de uma via expressa para as localidades praianas e tur sticas do litoral norte possui um potencial de risco importante para acidentes de
67. em uma rea central do Rio de Janeiro demonstra que nem todo trabalho informal destitu do de regulamenta o de normas a serem cumpridas e cobradas pelo poder p blico e pelos segmentos sociais a exemplo dos comerciantes em seus estabelecimentos legalizados Os trabalhadores organizam se em associa es e cooperativas apresentam se como um segmento com expressiva 53 heterogeneidade com hierarquias internas nas rela es de trabalho entre o dono do ponto o dono da barraca o ajudante o auxiliar Contudo exp e uma situa o de crucial ambiguidade entre a op o pelo trabalho informal de vendedor ambulante e seu esfor o de auto afirma o enquanto trabalhadores e empreendedores em contraposi o instabilidade de seu funcionamento dada pelo car ter prec rio e restritivo da autoriza o para o exerc cio do com rcio e pela rela o conflituosa com os poderes p blicos suportada pela desvaloriza o social de sua atividade econ mica Conclui que este segmento do setor informal apresenta intenso dinamismo e representa para os que dele se ocupam uma oportunidade de ascens o social Seria poss vel concluir ent o que tal situa o produto do livre desenvolvimento das leis do mercado e da retra o da presen a do Estado Certamente n o Primeiro porque o Estado de fato est presente e da pior forma poss vel atrav s da viol ncia e da corrup o Segundo porque os vendedores ambulantes desejam alcan
68. empresas Druck 1997 R go amp Pereira 1997 Fernandes 2000 bem como o aumento da morbi mortalidade decorrente de viol ncias como os acidentes de transporte agress es e homic dios O munic pio conta atualmente com mais de 250 empresas distribu das em diversos setores qu mico petroqu mico automotivo pneus e artefatos de borracha celulose bebidas metalurgia de cobre transforma o pl stica com expans o das atividades relacionadas infra estrutura urbana hoteleira de servi os insumos e log stica de apoio as atividades industriais Cama ari 2006 Observa se expans o de atividades ao longo 32 da regiao litoranea como hotelaria turismo e pesca bem como crescimento da economia informal LAURO DE FREITAS Lauro de Freitas o segundo menor municipio baiano em extens o territorial com 60 quil metros quadrados e o terceiro munic pio da Regi o Metropolitana de Salvador em termos populacionais com popula o estimada em 2005 de 141 280 habitantes IBGE 2006 Localizado na faixa litor nea ao norte de Salvador o munic pio banhado pelas praias de lIpitanga Vilas do Atl ntico e Buraquinho Ao norte faz divisa com Cama ari delimitada pelo Rio Joanes Terra habitada pelos ndios Tupinamb s poca da chegada dos portugueses a regi o de Lauro de Freitas estava dentro da rea de influ ncia da fam lia Garcia D vila propriet ria da Casa da Torre que por volta de 1552 fez instalar
69. es do tr nsito e das vias aparecem como os elementos principais no risco assumido por esses profissionais Diniz et al 2005 Al m disso como demonstram os bitos por homic dio e resultados de outro estudo com motociclistas profissionais em Salvador Oliveira 2006 eles s o mais expostos a viol ncia urbana tanto por sua circula o na cidade em locais perigosos quanto pela facilidade com que suas motos podem ser roubadas Os acidentes ocorridos em vias p blicas vitimam boa parte daqueles trabalhadores que t m a rua como seu espa o de trabalho vendedores ambulantes feirantes catadores de material recicl vel policiais motoristas motoboys transportes de cargas e mercadorias seja em acidentes de transporte seja por agress es assaltos homic dios ou outros acidentes como quedas Os meios de transporte e recursos utilizados para o acesso aos locais de trabalho colocam sob risco outra parcela de trabalhadores que se envolver o em acidentes no trajeto casa trabalho casa Dessa forma h uma estreita rela o entre as condi es de uso do espa o urbano de circula o das pessoas e ve culos nesses espa os das vari veis relativas seguran a p blica A a o articulada entre o planejamento territorial a ocupa o do espa o urbano o planejamento dos transportes urbanos e de melhorias e humaniza o do tr nsito nas cidades e as pol ticas de seguran a p blica e de sa de p blica poderia trazer bons resultados
70. explica es para a refer ncia de sintomas e maior morbidade nos empregos em tempo parcial contratos por ag ncias de emprego trabalhos eventuais ou por chamada destacam se os seguintes maior incerteza quanto manuten o de seu emprego necessidade de empreender mais esfor os para manter se empregado incapacidade de suprir as necessidades da fam lia pelos baixos sal rios e menor suporte social Lewchuk et al 2003 2005 trabalhos eventuais com hor rios vari veis e imprevis veis impedindo planejar e manter atividades sociais e junto com a fam lia conflitos entre trabalho e vida pessoal e sobrecarga de trabalho Bohle et al 2004 desigualdade de tratamento no trabalho entre trabalhadores em tempo parcial e tempo integral sal rios menores para as mesmas tarefas dificuldades de promo o e de inclus o em treinamentos inclusive naqueles relativos a sa de e seguran a conflitos com a ger ncia discrimina o e n o respeito s mulheres Zeytinoglu et al 2004 O menor valor social atribu do a algumas ocupa es e a rela o entre atividades formais e informais aparecem frequentemente como um processo de desqualifica o da condi o humana o que demonstra a representa o do trabalho de trabalhadores informais da 65 constru o civil em Salvador que sentem se discriminados como pessoas ignorantes que realizam um trabalho muito pesado e ao qual n o dado o devido valor Oliveira 2004 p 92
71. fatais no Rio de Janeiro Disserta o ENSP FIOCRUZ MS Rio de Janeiro 2002 Souza NSS Acidentes de Trabalho com bito registrados nas Declara es de bito no Estado da Bahia no Ano de 1998 Cadernos de Sa de do Trabalhador Salvador CESAT 1 40 43 2003 Santana V Nobre L amp Waldvogel BC Acidentes de trabalho no Brasil entre 1994 e 2004 uma revis o Ci ncia amp Sa de Coletiva 10 4 841 855 2005 Takala J Global estimates of fatal occupational accidents Epidemiology 10 5 640 646 279 280 UMA ESTRAT GIA PARA O ENFRENTAMENTO DA VIOL NCIA SEGURAN A E SUPORTE PSICOL GICO PARA UMA EQUIPE DE ENTREVISTADORES EM UM ESTUDO SOBRE MORTALIDADE POR CAUSAS EXTERNAS T nia Alda B da Silva 1 Mina Kato 2 Let cia C C Nobre 3 1 ESPA O PSI R Leonor Calmon 256 Centro M dico Christian Barnard sala 706 CEP 40280 633 Salvador Bahia 2 FUNDACENTRO R Alceu Amoroso Lima 142 CEP 41820 770 Salvador Bahia 3 CEREST SESAU Cama ari Av Radial A n 400 Centro CEP 42 807 000 Cama ari Bahia INTRODU O Este trabalho descreve uma estrat gia de enfrentamento e de fortalecimento desenvolvida para entrevistadores de um projeto de pesquisa que atuaram em contato direto com a popula o v tima de viol ncia O projeto Mortalidade por Acidentes e Viol ncias no Trabalho em Salvador e Regi o Metropolitana estudava mortes por causas externas ocorridas em 2004 por meio de entrevistas com
72. hip tese a entrevista ter identifica o para quaisquer outros rg os pessoas ou empresas Ou seja os dados informados por ele a ser o absolutamente sigilosos INSTRU ES GERAIS 223 1 Localizado o endere o identifique a pessoa mais pr xima que morava com a pessoa falecida O question rio dever ser aplicado a uma das seguintes pessoas nesta ordem de prioridade 1 companheira ou companheiro 2 m e ou pai 3 irm o ou irm 4 filho ou filha de mais de 15 anos de idade 2 Antes de iniciar a aplica o do question rio leia o Termo de Consentimento Informado e pe a para a pessoa assinar as duas vias deixando uma via com ela 3 Procure aplicar o question rio de forma objetiva sem muitas interrup es e explique que ao final da entrevista voc poder esclarecer outras d vidas e orientar no que for poss vel N o obstante considerando que falar sobre o falecimento de uma pessoa da fam lia pode ser ainda bastante sofrido dif cil e penoso para a pessoa entrevistada o que pode ser intensificado considerando tratar se de mortes acidentais ou violentas ser necess rio que o a entrevistador a preste aten o tenha sensibilidade para perceber quando a pessoa apresenta mais dificuldade nas respostas ou quando precisa de um tempo maior para falar e desabafar 4 Preencha o question rio a l pis com letra leg vel sem utilizar abreviaturas 5 Na d vida anote tudo o que o entrevistado informar deixando
73. importante contribui o dos acidentes de trabalho nas mortes por causas externas com propor es vari veis conforme o tipo de viol ncia maiores entre os acidentes de transporte e outros acidentes e menores para os homic dios Considerando as ressalvas necess rias por se tratar de um estudo descritivo os resultados permitem supor que bastante plaus vel que o trabalho prec rio desempenhe um importante papel na eleva o do risco de morrer do conjunto dos trabalhadores ocupados na RMS uma vez que 125 os trabalhadores mortos por acidentes de trabalho e por qualquer dos tipos de viol ncia apresentavam propor es mais elevados de inser o prec ria ou inser o vulner vel do que a popula o ocupada da Regi o Metropolitana de Salvador Esta hip tese no entanto necessita ser avaliada e testada em estudos de associa o causal especificamente delineados para esse fim O que aqui parece evidente uma situa o generalizada de precariedade no conjunto dos trabalhadores falecidos O assalariamento sem carteira de trabalho assinada o trabalho aut nomo ou por conta pr pria sem contribui o Previd ncia Social e o trabalho n o remunerado constituem parte expressiva do conjunto de ocupados cuja precariedade de inser o decorre da falta de acesso ao contrato de trabalho padr o da descontinuidade da rela o de trabalho e da instabilidade de rendimentos O trabalho prec rio n o somente porque n o h v ncu
74. incluindo as ocorr ncias intencionais como os casos de agress o de terceiros homic dios e auto infligidas suic dio Foram inclu dos tamb m os acidentes ocorridos no caminho de casa para o local de trabalho ou de retorno do trabalho para casa classificados como acidente de trajeto Classificaram se tamb m os acidentes de acordo a natureza legal da atividade se l cita ou il cita Estas classifica es comp em a vari vel tipo do acidente Foram consideradas mortes relacionadas atividade il cita quando dentre as informa es coletadas nas entrevistas com os familiares ficava expl cito o envolvimento do falecido com atividades il citas como roubos intercepta o de produtos e com rcio ilegal tr fico de drogas dentre outros 90 As vari veis demogr ficas e familiares analisadas foram sexo idade em anos analisada em grupos de 10 anos escolaridade em anos completos de estudo analisada como analfabetos 1 4 5 8 9 11 e 12 e mais cor da pele registrada com base nas informa es do familiar e classificadas como branca preta parda amarela e ind gena agrupadas devido ao pequeno n mero em negra e n o negra A religi o do falecido foi identificada com as respostas dadas a seguinte pergunta costumava frequentar alguma religi o ou culto Se sim qual Para an lise categorizou se como com religi o sem religi o Vari veis familiares foram n mero de pessoas tipo de fam lia posi o da pes
75. jobs and mortality 24 500 cita es trabalho informal trabalho informal e sa de trabalho prec rio precariza o do trabalho 45 Foram selecionadas publica es consideradas mais relevantes incluindo estudos epidemiol gicos de sociologia do trabalho de engenharia e organiza o da produ o que traziam resultados emp ricos sobre a rela o entre trabalho prec rio e sa de ou que discutiam aspectos te ricos e conceituais sobre o tema As principais refer ncias selecionadas foram organizadas em quadro anexo por autores per odo e popula o de abrang ncia desenho do estudo defini o de trabalho prec rio utilizada e principais resultados apresentando se uma discuss o cr tica sobre o tema ressaltando aspectos conceituais e emp ricos importantes para seu entendimento DISCUSS O E RESULTADOS Conceitos de Trabalho Informal Trabalho Prec rio Ao longo das ltimas d cadas v rias nomenclaturas e defini es de trabalho informal t m sido utilizadas Uma primeira grande separa o deve ser feita em rela o unidade de an lise diferenciando se estamos nos referindo ao setor informal de trabalho ou ao trabalho informal Para setor informal aparece como correspondente o termo mercado informal Em rela o ao trabalho h refer ncias a trabalho informal emprego sem carteira assinada atividade informal Ainda h refer ncias a v nculos informais de trabalho inser o vulner vel emprego prec rio
76. m sido relatados como possivelmente mais frequentes entre os trabalhadores informais Na medida em que n o est o regularizados n o t m carteira assinada ou n o contribuem para o sistema previdenci rio oficial permanecem margem da prote o e seguro social Quando empregados de empresas em contratos por tempo determinado em tempo parcial ou subcontratados n o procuram os meios de oficializa o notifica o do agravo sofrido tanto por desconhecimento de seus direitos quanto por receio de n o manterem seu 66 vinculo de emprego e ficarem desempregados Loewenson 2001 Mayhew amp Quinlan 2001 Por outro lado os sistemas de seguro acidentario dos paises em geral nao cobrem as ocorr ncias com trabalhadores informais havendo um cerceamento legal do acesso desses trabalhadores aos sistemas compensat rios securit rios e a nao notifica o dos agravos com eles ocorridos Isso tamb m ocorre para o trabalho de imigrantes que vem crescendo em grande parte dos pa ses Muitos imigrantes permanecem em trabalhos informais irregulares e at ilegais sem prote o social Al m das condi es de trabalho prec rias quando ocorrem doen as e acidentes mais dif cil identific los e n o t m acesso aos benef cios previdenci rios compensat rios Loewenson 2001 Trabalho terceirizado ou subcontratado Uma outra modalidade de precariza o do trabalho que tem sido bastante debatida na realidade brasileira a
77. maiores Resultados Aplicando se as duas taxas de mortalidade a mesma e 1 5 vez mais ao total da Popula o Economicamente Ativa Ocupada foi poss vel estimar entre 11 164 a 14 522 mortes por acidentes de trabalho que significam n meros de 3 6 a 4 7 vezes maiores que o registrado oficialmente pela Previd ncia Social e propor es de subregistro de 72 3 e 78 7 a depender da forma de c lculo aplicada para a corre o das estimativas e da propor o da Popula o Economicamente Ativa inserida no mercado informal de trabalho Isso significa entre 8 070 a 11 428 trabalhadores mortos em circunstancias relacionadas a seu trabalho que permanecem invisiveis a sociedade as institui es e as pol ticas p blicas e privadas frequentemente tamb m assumidas como mortes naturais obras do acaso ou vontade divina por sua pr pria fam lia Mendes 2003 262 Foi observada grande varia o entre os estados que refletiu nas m dias das regi es As regi es norte e nordeste apresentaram as maiores estimativas destacando se os estados do Maranh o com 23 2 vezes mais bitos do que o registrado do Piau 14 3 e de Roraima 13 7 Sao Paulo 2 9 vezes e o Distrito Federal 4 2 apresentaram os menores ndices de subenumera o dos AT em raz o de ter menor percentual de trabalhadores no mercado informal de trabalho Deve ser ressaltado que a aplica o do m todo proposto por Takala 1999 n o
78. na diminui o da morbimortalidade por esses tipos de acidentes e viol ncias 124 Com exce o dos casos ocorridos durante o exerc cio de atividades il citas as mortes por agress es no trabalho identificadas neste estudo apresentam perfil similar ao identificado em outros pa ses Upson 2004 OMS 2002 CCOHS 1999 Enquanto na morbidade h uma predomin ncia de mulheres como v timas sendo as agress es e ofensas no trabalho comumente perpetradas pelo p blico atendido ou por pessoas conhecidas na mortalidade as v timas s o majoritariamente homens e as viol ncias s o perpetradas em geral por pessoas desconhecidas e em consequ ncia a assaltos e roubos Trabalhadores em ocupa es que atendem ao p blico em atividades de seguran a ou vigil ncia que lidam com dinheiro ou permanecem em locais isolados estariam mais propensos s agress es e mortes no trabalho O inqu rito sobre criminalidade do Governo Brit nico Upson 2004 identificou que as ocupa es que apresentaram os maiores riscos de sofrer assaltos no trabalho nos anos 2002 2003 foram trabalhadores em servi os de prote o e seguran a como policiais bombeiros e agentes penitenci rios em segundo lugar aparecem os trabalhadores em servi os de sa de e de assist ncia social O terceiro grupo de trabalhadores foi aquele envolvido em atividades de transportes motoristas de ve culos e operadores de m quinas m veis CONCLUS O Este estudo demonstrou
79. nas reas de sociologia do trabalho e economia com poucos avaliando a rela o do trabalho com a sa de Uma das revis es mais extensas foi feita por Quinlan et al 2001 2002 envolvendo v rias formas de trabalho consideradas prec rias em micro e pequenas empresas subcontrata o e contrata o externa trabalho eventual ou tempor rio em tempo parcial franquias trabalho em domic lio teleatendimento entre outras Concluem que as mudan as do trabalho padr o de tempo integral e regulado para essas formas at picas e prec rias levam a s rios impactos negativos na sa de dos trabalhadores S o identificados desde aumento do risco de acidentes n o fatais e fatais em trabalhadores por conta pr pria em ramos de atividade como constru o civil agricultura sintomas referidos relacionados ao stress dist rbios osteomusculares fadiga Outros indicadores avaliados foram absente smo pol ticas e treinamentos em sa de e seguran a autonomia das equipes de sa de ocupacional conhecimento e ades o s medidas de sa de e seguran a Concluem que h piores indicadores de sa de ocupacional entre trabalhadores precarizados relacionados em parte a menores investimentos em medidas 60 de prote o e seguran a em rela o a esses grupos utiliza o de m todos gerenciais danosos como press es e sistemas de premia o desorganiza o de algum tipo a exemplo de supervis o inadequada e pr ticas regulat rias ineficie
80. nio Minist rio da Sa de Fundo Nacional de Sa de Fundacentro Centro Regional da Bahia Portaria N 0158 2004 e da Fundacentro Programa de Melhoria da Qualidade das Estatisticas de Acidentes e Doengas do Trabalho Artigo a ser submetido Revista de Sa de P blica 85 INTRODU O Os acidentes de trabalho s o importante causa de morbi mortalidade e resultam em custo social elevado para trabalhadores fam lia empresa estado e sociedade Costa 1993 Oliveira 1998 Santana et al 2006 Segundo a Organiza o Internacional do Trabalho OIT ocorrem anualmente cerca de 250 milh es de acidentes do trabalho com 300 mil mortes Takala 1999 ILO 2002 Calcula se que os acidentes de trabalho contabilizem 14 do total dos custos estimados devido a todos os agravos relacionados ao trabalho acidentes e doen as Rozov 1999 tendo expressiva contribui o na estimativa de carga global de doen a Murray amp Lopez 1996 Leigh et al 1999 A rela o dos acidentes de trabalho com a viol ncia crescente no Brasil j vinha sendo apontada desde a d cada de 80 por Cohn 1986 que os considerava uma forma de viol ncia social Enquanto para outros seria uma forma de viol ncia estrutural nos locais de trabalho Machado amp G mez 1994 Em uma revis o recente identificaram se poucos estudos sobre a mortalidade por acidentes de trabalho no Brasil sendo a maioria realizada com dados da Previd ncia Social e p
81. no Qu nia entende que o setor informal consequ ncia do excedente de m o de obra resultado do crescimento demogr fico elevado e da migra o do campo para a cidade Esse contingente sem postos de trabalho industrial suficientes teria como nico recurso a ocupa o em atividades fora da rela o salarial e sem prote o social Essa concep o tem sido criticada por n o ser capaz de refletir a complexidade da din mica do processo de produ o e do emprego e enxergar o mercado de trabalho de forma dual e estanque como dois setores separados Filgueiras et al 2004 Em fun o desses limites uma outra proposi o compreende o termo informalidade a partir das rela es do trabalhador com os meios de produ o conjunto de atividades e formas de produ o n o tipicamente capitalistas caracterizadas em especial por n o terem na busca do lucro o seu objetivo central e por n o haver uma separa o n tida entre capital e trabalho ou seja o produtor direto de posse dos meios de produ o executa e administra a atividade econ mica com o apoio de m o de obra familiar e ou alguns ajudantes Filgueiras 2004 213 Aqui a informalidade est basicamente associada as atividades aut nomas chamadas de conta pr pria ou auto emprego self employed e pequena produ o ou produ o familiar inclusive a produ o agr cola familiar O trabalhador se insere na economia atrav s do mercado de servi os e produt
82. o Atividade econ mica 51 Com quantos anos de idade ele a trabalhou com carteira assinada pela IDCTPS __ primeira vez se poss vel ao final confira esta pela CTPS anos 00 nunca trabalhou com CTPS 88 nunca trabalhou 99 n o sabe CBOCTPS Ocupa o Atividade econ mica 52 Voc sabe qual a ocupa o que ele a exerceu durante a maior parte do tempo de sua vida Ocupa o 9999 n o sabe 53 Durante quanto tempo exerceu esta ocupa o 213 55 Considerando as outras pessoas e outras fontes de renda sal rios pens es benef cios do INSS e outras rendas com quanto os demais membros da fam lia moradoras ou n o da casa contribu ram para o or amento da casa no RENDAF m s em que faleceu Pergunte uma por uma as seguintes op es de renda Sal rio de familiares R seguro desemprego R aposentadorias R __ aux lio doen a INSS R pens es R bolsa escola PETI R aluguel R vale g s R pens o aliment cia R bolsa fam lia R outros R TOTAL R conferir e somar o total posteriormente V PERCEP O DE RISCOS NO TRABALHO 56 Ele a falava em mudar de trabalho 0 nao 1 sim 8 nsa 9 n o sabe Se sim qual trabalho ele a falava que gostaria de fazer 57 Ele a costumava reclamar do trabalho que fazia Pe a para a pessoa explicar sobre o que reclamava 0 n o 1 sim 8 nsa 9 n o sabe GOSTAT _
83. o trabalhadora sob risco Let cia Coelho da Costa Nobre Doutoranda em Sa de P blica Chefe da Fundacentro Centro Regional da Bahia Apresentado no VI Congresso Brasileiro de Epidemiologia Um Olhar sobre a Cidade Recife 19 a 23 de junho de 2004 Painel Desafios para o Estudo de Acidentes de Trabalho no Brasil 259 as diferen as na composi o da popula o trabalhadora e sua distribui o entre ramos de atividade econ mica e setores do mercado formal e informal de trabalho entre outras Leigh e cols 1999 Takala 1999 lunes 2001 Giuffrida e cols 2001 Takala 2002 A cobertura parcial dos sistemas previdenci rios e de compensa o pode implicar em deixar de fora setores importantes como agricultura que reconhecida como sendo uma das atividades com maiores taxas de acidentes ou servidores p blicos trabalhadores dom sticos trabalhadores por conta pr pria e aqueles inseridos no mercado informal de trabalho frequentemente com condi es de trabalho prec rias que pode implicar tamb m em maiores taxas de acidentes Dessa forma poss vel afirmar que a maioria dos pa ses n o possui um sistema eficiente de notifica o dos acidentes de trabalho que inclua a totalidade das ocorr ncias vila e cols 2002 lunes 2002 seja porque n o contemplam todos os segmentos da popula o trabalhadora seja porque n o consideram os diferentes tipos e circunst ncias que resultam em aci
84. o 2 Ocupa o 3 35 Quais eram os tipos de v nculo empregat cio de cada uma das ocupa es e quais eram as atividades dos neg cios firmas empresas institui es ou entidades em que trabalhava no m s antes de seu falecimento Coloque CBO2 CBO3 os tipos de v nculo conforme as op es abaixo V nculo Nome empresa ou entidade Atividade econ mica VINCI _ VINC2 VINC3 211 1 empregado com carteira de trabalho assinada 2 empregado sem carteira assinada 3 trabalhador dom stico com carteira assinada 4 trab dom stico sem carteira assinada aprendiz ou estagi rio com remunera o 8 aprendiz ou estagi rio sem remunera o 9 1 o remunerado ajuda membro do domic lio 10 trab produ o para o pr prio consumo 5 empregador 6 conta pr pria aut nomo 1 13 outro especifique 7 9 n 11 servidor p blico estatut rio militar 12 afazeres dom sticos dona de casa 13 88 88 n o se aplica 99 n o sabe 36 Quantas horas semanais ele a costumava trabalhar e como era esse seu trabalho em termos de regularidade e estabilidade em cada uma de suas ocupa es trabalhos Se necess rio escreva por extenso como era cada trabalho para depois definir sua regularidade regular continuo fixo 2 regular n o cont nuo frequente e tempor rio 3 bastante irregular biscates variados e ocasionais 8 nsa 9 n o sabe HORAS1 gt
85. o enfrentando junto ao INSS 95 Procura por outro rg o p blico deixe a pessoa responder e registre Pode ocorrer de ter buscado orienta o com delegacia de pol cia com a Delegacia Regional do Trabalho com servi o de sa de com Minist rio P blico etc Procure identificar qual foi o motivo mais espec fico desta procura e como foram atendidos se o problema foi resolvido ainda est em andamento etc 96 Acidentes viol ncias com familiar interessa saber se outra pessoa da fam lia n cleo familiar que residia junto com a pessoa falecida sofreu acidente ou situa o de viol ncia semelhante Se sim solicitar que explique o que ocorreu com quem como quando etc 97 Sugest es pergunte o que a pessoa entrevistada sugere que seja feito para evitar casos como esse e registre na ntegra sua fala VIl OBSERVA ES DA ENTREVISTADORA Registre suas impress es a respeito da entrevista conforme as op es das quest es 98 a 108 Fa a isso ao final da entrevista de prefer ncia ap s sair da resid ncia da pessoa no mesmo dia da realiza o da entrevista Coloque quaisquer outras observa es que considerar pertinentes N o esque a de registrar a hora de finaliza o da aplica o do question rio 237 ANEXO 5 Manual de Instru es do Codificador 238 Funda o Jorge Duprat Figueiredo de Seguran a e Medicina do Trabalho Minist rio do Trabalho e Emprego FUNDACENTRO MTE Instituto de Sa de Colet
86. o fatais similares entre trabalhadores informais 3 3 IC95 2 7 3 9 e formais 3 4 IC95 2 9 3 9 Quando analisadas por grupos ocupacionais os trabalhadores agropecu rios formais apresentaram incid ncia duas vezes superior 6 5 IC95 2 8 10 2 incid ncias maiores entre os trabalhadores informais foram observadas para t cnicos 6 8 IC95 3 5 10 1 e de manuten o 8 8 IC95 4 0 61 13 6 Cordeiro et al 2006 Entre moradores de reas urbanas do interior do Estado de S o Paulo a taxa de incid ncia de acidente de trabalho foi estimada em 51 8 por mil trabalhadores assalariados registrados de 26 1 entre assalariados n o registrados e de 38 9 entre funcion rios p blicos Na an lise da distribui o das taxas de acidentes segundo a posi o na ocupa o esses autores observaram que quanto maior a autonomia na execu o do trabalho dono de neg cio familiar trabalhadores familiares e profissionais liberais menor foi o risco de acidentar se Para eles esses dados sugerem que o dom nio do trabalhador na execu o de sua atividade a defini o dos ritmos e pausas representam menor risco para acidentes Em rela o s menores taxas entre trabalhadores sem registro em carteira argumentam que podem ser devidas ao perfil da distribui o dos trabalhadores paulistas nas atividades produtivas com predom nio de inser o dos assalariados sem registro em atividades comerciais e de presta o de servi os que acarr
87. o foi observado para os homens Santana et al 2003 Na Carolina do Norte a taxa de mortalidade para acidentes n o intencionais no trabalho foi de 30 a 50 mais alta entre os trabalhadores Afro descendentes do que entre os brancos diferen a observada tanto para homens quanto para mulheres Mesmo ajustando para diferen as na estrutura do emprego permaneceu um excesso de risco de 13 Loomis amp Richardson 1998 Lopes 2005 apud Batista amp Kalckman 2005 mostrou que a mortalidade dos pretos no Brasil maior que a dos brancos em quase todos os grandes grupos de causas de bito inclusive nas causas externas A cor da pele em realidade uma vari vel utilizada como indicador de categorias sociol gicas seja de desigualdades sociais e econ micas seja de processos complexos de experi ncias de racismo e discrimina o S o processos complexos multidimensionais frequentemente dif ceis de serem captados em instrumentos quantitativos especialmente na RMS onde a popula o negra majorit ria Por isso mesmo trazem maiores desafios pesquisa nessa rea A situa o conjugal e o fato de ser o principal respons vel pelo sustento da fam lia apareceram como importantes no grupo de trabalho n o prec rio por m sem efeito quando calculados os OR ajustados Vari veis sobre os arranjos familiares n o costumam ser 119 inclu das nos estudos sobre sa de e trabalho N o obstante para estudos de mortalidade relaciona
88. ocorridas em 2004 entre homens e mulheres de 10 a 69 anos de idade residentes na capital e dois outros munic pios da Regi o Metropolitana de Salvador Foram realizadas entrevistas domiciliares a familiares das pessoas falecidas investigando as circunst ncias da morte as situa es de trabalho as ocupa es e demais vari veis s cio demogr ficas Foram avaliadas as diferen as quanto aos tipos de viol ncia e de acidentes do trabalho segundo vari veis s cio demogr ficas e ocupacionais e segundo a inser o em trabalho prec rio Resultados Foram estudados 648 bitos por causas externas 75 3 eram pessoas ocupadas somente 26 5 tinham um contrato formal de trabalho Foi estimado um percentual de 19 4 126 de acidentes de trabalho em atividade l cita e 5 6 36 em atividade il cita 56 8 dos bitos foram devidos a homic dio 27 2 acidentes de transporte 14 2 outros acidentes e 1 9 suic dios Os trabalhadores acidentados no trabalho eram predominantemente homens 92 0 com m dia de idade de 34 5 anos DP 12 7 com m dia de 6 3 DP 3 8 anos completos de escola pretos e pardos 75 3 com m dia de rendimentos de 1 5 sal rio m nimo O ramo de atividade com maior n mero de casos foi a constru o civil seguida de servi os prestados s empresas com rcio repara o de ve culos e objetos pessoais alojamento e alimenta o e transporte armazenagem e comunica es As ocupa es mais frequentes foram ped
89. pesquisa contribuir para a preven o de acidentes e mortes por essas causas Sua colabora o ser muito importante para conseguirmos este objetivo Com as informa es obtidas poderemos conhecer mais sobre os diversos fatores e situa es que est o levando a tantas mortes de pessoas e de muitos jovens com isso esperamos que os resultados deste estudo possam ajudar no planejamento e na orienta o das a es de rg os p blicos para a prote o da sa de e da vida das pessoas e para se buscar evitar outras mortes Suas respostas ser o confidenciais e somente voc e os pesquisadores ter o acesso a elas Os resultados do estudo ser o analisados em conjunto com todas as entrevistas e sob nenhuma hip tese sua entrevista ter identifica o para quaisquer outros rg os pessoas ou empresas Seu nome e de seu familiar que faleceu n o ser o identificados em nenhum relat rio ou publica es que resultar o deste estudo Sua participa o na pesquisa volunt ria Voc pode se recusar a participar ou pode desistir a qualquer momento Se voc tiver alguma d vida em rela o a sua participa o na pesquisa por favor me pergunte que procurarei esclarecer o que tiver ao meu alcance agora Se voc precisar de alguma orienta o em rela o ao que ocorreu poderemos esclarecer ao final da entrevista Se surgirem outras d vidas ou perguntas depois tamb m elas poder o ser esclarecidas pela coordenadora da pesquisa Em
90. pio passa para Parafuso Em 1892 retorna para Abrantes no entanto j estava se desenvolvendo o povoado de Cama ari que perde seu nome e passa a chamar se Montenegro Em 1938 restitu do o nome de Cama ari e ampliado para todo munic pio mantendo se os nomes das outras localidades que permanecem at hoje seu territ rio Vila de Abrantes Monte Gordo Parafuso e Dias D vila com exce o desta ltima que se emancipou e atualmente munic pio vizinho Cama ari 2006 Por cerca de tr s s culos teve economia agr cola e extrativa com a decad ncia da cana de a car passa cultura de c co produ o de carv o extra o de pia ava e pesca Na d cada de 1930 j uma est ncia hidromineral devido qualidade de suas guas por m com infra estrutura comercial bastante prec ria O munic pio foi escolhido para sediar o P lo Petroqu mico principalmente por sua proximidade com a Refinaria Landulfo Alves da Petrobr s Nessa poca at o in cio dos anos 80 era rea de seguran a nacional O in cio da constru o do P lo em 1972 e sua partida em 1978 trazem grandes impactos sociais econ micos e ambientais para o munic pio e regi o Foi respons vel por ciclos de expans o produtiva populacional e urbana desde sua instala o nos momentos de expans o no final dos anos 80 e recentemente com a implanta o da produ o automobil stica Considerado o maior complexo industrial do Hemisf rio S
91. prim rio 3 anos de gin sio tamb m pode estar cursando supletivo de 1 grau 2 grau ensino m dio pode ser regular seriado ou regular n o seriado corresponde ao antigo cient fico com 3 s ries pode ter cursado curso t cnico no segundo grau ou curso t cnico ap s segundo grau neste caso contar o n mero de anos estudados e completados com aprova o e colocar como op o tamb m pode haver cursado supletivo de 2 grau curso t cnico p s 2 grau quando cursou algum curso t cnico ap s finalizar todas as s ries de segundo grau especificar qual curso t cnico cursou registrar o n mero de anos completados deste curso pr vestibular se finalizou o segundo grau e estava cursando algum curso pr vestibular superior gradua o mestrado ou doutorado registre qual o nome do curso de gradua o e o n mero de anos completados com aprova o segundo o esquema b sico do curso em quest o se fazia ou fez mestrado ou doutorado acrescente o n mero de anos ao do curso b sico de gradua o semestres repetidos n o contam conte somente aqueles que obteve aprova o 13 Religi o ou culto registre a religi o ou culto que o a entrevistado a costuma praticar e ou frequentar a pessoa pode recorrer ou praticar mais de uma religi o neste caso especifique todas as religi es cultos que informar se responder que n o sabe pe a para explicar pois pode ser praticante de v rias ent o registre todas ou as mais
92. procuradas se disser que n o tem e ou n o pratica nenhuma religi o marque a op o 8 14 Cor ou ra a pergunte e registre exatamente como a pessoa informou sem induzir ou fornecer op es se falar moreno mulato moreninho chocolate cafuzo escurinho etc registre exatamente como a pessoa falou Esta resposta ser codificada posteriormente Se considerar importante ou se esta pergunta suscitar d vidas ou resist ncias registre coment rios feitos pelo a entrevistado a Se responder com mais de uma cor ou ra a registre todas elas 15 Registre a cor ra a da pessoa entrevistada segundo sua percep o baseando se na classifica o utilizada pelo IBGE branca preta negra amarela pessoa de origem japonesa chinesa coreana etc parda mulata cabocla cafuza mameluca ou mesti a de preto com pessoa de outra cor ou ra a ou ind gena pessoa ind gena ou ndia 16 Rela o familiar com a pessoa falecida quer saber qual a rela o de parentesco em caso de c njuge ou marido mulher interessa saber se vivia com companheira o esposa o ou n o independente de oficializa o civil ou religiosa da uni o conjugal Se for outro especifique qual outra rela o e ou familiar ou conhecido 17 Local de realiza o da entrevista registrar em 2 se for resid ncia diferente daquela onde vivia o falecido se for outro local especificar qual local 225 lll IDENTIFICA O DA PE
93. que estavam busca de emprego nos ltimos 7 dias e necessidade de dar visibilidade as formas de sobreviv ncia das pessoas e fam lias enquanto permaneciam desempregadas Assim al m do desemprego aberto passa se a classificar o desemprego oculto pelo desalento que compreende as pessoas que n o possuem trabalho e nem procuraram nos ltimos 30 dias anteriores ao da entrevista por desest mulos do mercado de trabalho ou por circunst ncias fortuitas mas apresentaram procura efetiva de trabalho nos ltimos 12 meses e o desemprego oculto pelo trabalho prec rio que inclui as pessoas que realizam trabalhos prec rios entendidos como algum trabalho remunerado eventual por conta pr pria ou pessoas que realizam trabalho n o remunerado em ajuda a neg cios de parentes e que procuraram mudar de trabalho nos 30 dias anteriores ao da entrevista ou que n o tendo procurado neste per odo o fizeram sem xito at 12 meses atr s SEI 2005 Dieese 2004 Dessa forma a no o de precariedade de inser o decorre da falta de acesso ao contrato de trabalho padr o da descontinuidade da rela o de trabalho e da instabilidade de rendimentos al m da desigualdade nas rela es de poder Uma outra nomenclatura tem sido utilizada nas pesquisas de emprego e desemprego PED a inser o vulner vel que 107 engloba os assalariados sem carteira assinada aut nomos que trabalham para o p blico trabalhadores familiares n o rem
94. recebe seguro social por doen a P51 IDCTPS idade em que trabalhou com CTPS a primeira vez Registrar 00 se nunca trabalhou com carteira assinada trabalhou mas nunca com CTPS Registrar 88 se nunca trabalhou em qualquer trabalho RENDAF total da renda da fam lia informada na P55 RENDATO renda total da fam lia do falecido somar as rendas informadas nas perguntas 43 44 e renda da fam lia na pergunta 55 RENDATO SALARIOP RENDAP RENDAF MUDAT codificar conforme op es 0 n o 1 sim 9 n o sabe 8 n o se aplica para os casos em que a pessoa falecida n o trabalhava GOSTAT ser codificado posteriormente esta resposta deve ser digitada em lista anexa por extenso Enquanto isso coloque zeros RECLAMA ser codificado posteriormente esta resposta deve ser digitada em lista anexa por extenso Enquanto isso coloque zeros P59 LOCALV 1 Em casa na porta de casa outra resid ncia Na rua via p blica Na praia Estrada Empresa Lagoa mangue barragem Bar Outro farm cia nibus Ignorado o 00s XI 709 OT dao O 244 Outros locais farm cia nibus piscina de clube campo de futebol servi o de sa de pres dio terreiro de Candombl posto de gasolina supermercado correios MUNIOCOR ver lista de municipios BAIRROC ver lista de bairros P60 ATIV ser codificado posteriormente esta resposta deve ser digitada em lista anexa por extenso Enquanto isso coloque zeros
95. rias formas de trabalho prec rio ainda est longe de ser adequadamente dimensionada e compreendida V rios s o os desafios a serem enfrentados e limites a serem vencidos Em primeiro lugar coloca se a precariedade das informa es a respeito dos eventos e agravos sa de agravada pelo fato de que trabalhadores informais n o s o registrados nos sistemas oficiais previdenci rios ou securit rios Loewenson s d Cordeiro et al 2006 No caso do Brasil esse desafio coloca se para o Sistema nico de Sa de que vem ampliando seus crit rios de notifica o de agravos de forma a incorporar essas parcelas de trabalhadores Isso pode n o ser poss vel em v rios outros pa ses por limita es de cobertura dos sistemas de prote o social Al m do registro dos eventos de sa de necess rio garantir o registro das situa es de trabalho de emprego e das condi es de trabalho Esses dois aspectos s o fundamentais para avan ar no dimensionamento e conhecimento do que ocorre com esses trabalhadores As evid ncias de trabalhadores informais ou trabalhadores precarizados submetidos a piores condi es de trabalho e expostos a maiores riscos sa de s o consider veis 70 Contudo ainda nao s o totalmente consistentes e apresentam importantes lacunas o que demanda a necessidade de mais investiga o buscando a utiliza o de delineamentos indicadores e instrumentos razoavelmente padronizados de forma a permitir compara
96. s o defini es gen ricas que comportam diferentes concep es sobre a causalidade dos acidentes Podem se amparar em modelos lineares pr ximos de concep es unicausais simplistas de orienta o comportamentalista e psicologizante podem ser modelos que assumem uma cadeia de multicausalidade com fatores de risco t cnicos e humanos que entendem o acidente como resultado de falhas em sistemas s cio t cnicos abertos Almeida 2006 Mesmo quando adotam a concep o de sistemas abertos muitas dessas proposi es n o d o conta de analisar adequadamente as inter rela es entre as diferentes dimens es e dom nios da rede de causalidade n o constr em uma hierarquia l gica entre causas aparentes e imediatas causas subjacentes e intermedi rias e causas b sicas ou determinantes dos fatores iniciais da cadeia de eventos geradores do desfecho final Al m disso n o explicam a origem dos comportamentos assumidos como fonte de erro ou falha humana Almeida 2006 Para Lieber 1998 mesmo 21 identificando elementos de causalidade dos acidentes h sempre o espa o do imponder vel do acaso na explica o da g nese dos acidentes Outros prop em a no o de risco assumido ou risco residual do sistema Ou seja assumem que mesmo que os sistemas demonstrem que lan am m o das melhores e mais atuais pr ticas e ferramentas de preven o para o controle de riscos e perigos pode haver o risco da ocorr ncia
97. suas palavras e v registrando tudo no espa o abaixo Ao final do relato repasse as perguntas 59 a 70 conferindo se alguma informa o ficou de fora Naquelas em que n o se aplica por exemplo foi um homic dio ent o n o necess rio fazer as perguntas 67 e 68 que se referem a acidentes de tr nsito transporte Passe um risco por cima dessas quest es que posteriormente elas ser o codificadas como n o se aplica e continue a partir da pergunta 69 Sempre que houver alguma informa o adicional em resposta a perguntas posteriores retorne descri o e acrescente esta informa o Se necess rio utilize o espa o de observa es ao final do question rio para continuar o registro da descri o do que ocorreu 234 59 Local onde ocorreu o acidente diferencie quando se tratar de ocorr ncia na rua ou em via p blica em rea urbana de estrada vias de acesso fora do per metro urbano Algumas situa es como briga no bar na venda em estabelecimento comercial devem ser registradas separadamente como outro local especificando qual Esta situa o pode envolver tanto o dono do bar que estava trabalhando quanto algum fregu s em hora de descanso ou n o trabalho No caso do dono do bar mesmo estando em seu pr prio estabelecimento especifique o local separadamente para ser definida a codifica o posteriormente Outras situa es como em barraca na praia tenda barraca de acaraj na rua devem ser especificadas pa
98. tr nsito 194 Fonte de dados inicial Banco do IML Os casos foram identificados a partir do banco de dados do Instituto M dico Legal Nina Rodrigues IMLNR para o ano de 2004 que re ne informa es oriundas da Declara o de bito dos laudos de necropsia e das guias policiais expedidas para fins de encaminhamento dos corpos para necropsia Nesse banco de dados constru do no Programa Epi Info vers o 6 s o registrados todos os casos encaminhados para necropsia no IMLNR incluindo casos de morte natural mortes sem assist ncia m dica ou sem identifica o da causa al m das mortes por causas externas Foram ent o separados em outro banco somente os casos devidos a causas externas e aqueles registrados como indeterminados na faixa de 10 a 69 anos de idade de residentes nos tr s munic pios selecionados Os endere os foram conferidos sendo criados mais alguns campos para registro do munic pio de resid ncia munic pio de ocorr ncia e munic pio de bito bem como foram revisados os campos endere o e bairro de resid ncia algumas vezes essas informa es estavam misturadas no mesmo campo A partir de listagens separadas de residentes em Salvador Cama ari e Lauro de Freitas duas pessoas conferiram os processos de laudos de necropsia nos arquivos do IML transcrevendo para uma ficha espec fica os dados constantes das guias de encaminhamento policial e as informa es nome e endere o do familiar que re
99. trabalhadores inseridos em trabalhos inst veis e desprotegidos sem seguran a social e incapazes de suprir as necessidades b sicas da fam lia Estudos apresentam evid ncias de rela o de trabalho informal e prec rio com piores indicadores de sa de desde maiores taxas de acidentes e mortes no trabalho at pior percep o sobre sua sa de e sintomas relacionados ao stress e maior absente smo em v rios pa ses Estudos no Brasil identificam taxas de acidentes de trabalho n o fatais similares entre trabalhadores formais e informais Pr ticas de subcontrata o e terceiriza o decorrentes do processo de reestrutura o produtiva resultam em piores condi es de trabalho e sa de Trabalhadores em trabalho prec rio s o menos propensos a serem inclu dos em treinamentos a receber cuidados de sa de ocupacional e seguran a no trabalho e a buscar seus direitos previdenci rios Conclus es As evid ncias de que trabalhadores informais ou precarizados apresentam piores condi es de sa de s o consider veis por m ainda n o totalmente consistentes E necess rio ampliar a investiga o utilizando delineamentos indicadores e instrumentos padronizados de forma a permitir compara es nos pa ses e entre os pa ses e capazes de melhor captar as dimens es relativas s condi es de trabalho desigualdades de g nero minorias tnicas e outros grupos vulner veis 40 Keywords Abstract Preca
100. trabalhavam na constru o civil e 1 4 nos demais ramos de atividade econ mica A jornada semanal m dia de trabalho das pessoas ocupadas foi de 42 horas semanais quase metade dos ocupados 43 1 trabalhou mais horas do que a jornada legal estabelecida SEI 2005 Em rela o posi o na ocupa o o total de assalariados compreendeu 59 9 dos ocupados Deste total 23 5 eram aut nomos ou trabalhadores por conta pr pria trabalhando para o p blico 19 3 ou trabalhando para empresas 4 2 4 1 eram empregadores 9 7 eram trabalhadores dom sticos 2 7 das pessoas ocupadas encontravam se em outras posi es n o remunerados trabalhadores familiares etc Dentre o total de assalariados 46 0 eram empregados no setor privado e 13 9 eram servidores p blicos Do total de assalariados do setor privado 34 4 tinham carteira de trabalho assinada e 11 6 n o tinha carteira assinada Ainda 6 2 dos trabalhadores no setor privado eram sub contratados O rendimento real m dio no trabalho principal dos ocupados em 2004 tamb m se elevou em compara o aos ltimos seis anos com valor estimado em R 684 00 No entanto esse valor foi 18 2 menor do que o registrado em 1997 Esses rendimentos apresentam grandes disparidades quando se analisa a posi o na ocupa o Os empregadores e assalariados do setor p blico apresentavam os maiores rendimentos m dios R 1 902 00 e R 1 273 00 respectivamente Os aut nomos os assalar
101. trabalho nessas ocorr ncias Pode se dizer que tamb m em rela o ao trabalho como em rela o s situa es mais gerais ha uma produ o da des informa o sobre viol ncia a gera o a sistematiza o e a divulga o das informa es s o de ma qualidade banalizadas espetacularizadas e discriminat rias Njaine amp cols 1997 405 S o situa es de morte que n o aparecem a morte que n o se mede a viol ncia que se esconde O trabalho que em vida pouco valia na morte desaparece A partir deste fundamento l gico as principais perguntas que ir o nortear os objetivos do trabalho s o do que morrem os trabalhadores acidentados que tipos de causas e viol ncias Quem s o esses trabalhadores Que caracter sticas sociais e demogr ficas apresentam Que ocupa es t m Em que ramos de atividade econ mica estavam trabalhando Que inser o no processo de produ o eles t m poss vel levantar alguma hip tese sobre o papel do trabalho prec rio em rela o mortalidade 14 1 2 Modelo Teorico Entende se modelo te rico como um conjunto de conceitos selecionados e a forma particular de o pesquisador articular esses conceitos de modo que possa fundamentar suas hip teses e explicar os resultados encontrados N o somente um pano de fundo contextual mas elementos e processos din micos inter relacionados transmut veis que comp em uma matriz com diferentes n veis de complexidade
102. xxxx Para a reconstitui o das circunst ncias e da causa b sica do bito foi utilizado o m todo conhecido como necr psia verbal no qual se aplica um instrumento question rio aos familiares das pessoas falecidas complementadas ou n o por informa es hospitalares ou de laudos de necropsia com vistas reconstitui o da causa b sica de bito Garenne amp Fauveau 2006 Soleman et al 2006 Foram utilizadas informa es obtidas tanto dos campos descritivos do question rio quanto das perguntas fechadas elaboradas propositalmente para conferir e assegurar que detalhes importantes da ocorr ncia do bito n o fossem perdidos Quanto s informa es descritivas aproveitou se a resposta pergunta espec fica sobre as circunst ncias da morte voc poderia me contar o que aconteceu com o a Sr a que o a levou a morte como as respostas em aberto a outras perguntas em outros locais do question rio como o que ele a estava fazendo em sua opini o por que isso aconteceu Voc acha que algu m ou algo foi respons vel pelo que ocorreu se voc pudesse dizer ou fazer alguma coisa para evitar novas mortes como esta o que sugeriria O que voc acha que poderia ser feito para evitar outros casos como este s vezes a pessoa entrevistada n o informava um detalhe importante na resposta pergunta espec fica por m ao responder outra pergunta mais adiante fazia observa es ou decla
103. 004 Giuffrida A lunes RF amp Savedoff W Occupational risks in Latin America and the Caribbean economic and health dimensions Health Policy and Planning 17 3 235 249 2002 Guimar es NA Por uma sociologia do desemprego Revista Brasileira de Ci ncias Sociais Outubro 2002 vol 17 50 103 121 Hespanha P Mal estar e risco social num mundo globalizado Novos problemas e novos desafios para a teoria social In Boaventura de Sousa Santos org A Globaliza o e as Ci ncias Sociais 2 ed S o Paulo Cortez 2002 Cap 4 161 196 Hirata H amp Pr teceille E Trabalho Exclus o e Precariza o S cio Econ mica o debate das ci ncias sociais na Fran a Caderno CRH 37 47 80 2002 Hussmanns R Measuring the informal economy From employment in the informal sector to informal employment International Labour Office Working Paper N 53 Geneva ILO 2004 IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica Economia Informal Urbana Rio de Janeiro IBGE 2005 76 ILO International Labour Office Decent Work and the Informal Economy Report of the Director General International Labour Conference 90 Session Report VI International Labour Office Geneva 2002 Jacobina A Fernandes R Santos JF Galvao A amp Nobre L Vigilancia de Acidentes de Trabalho Tipicos com Obito Investigados no Estado da Bahia no periodo de 1995 a 2001 In Bahia Sesab Suvisa Cesat Sa de do Trabalhador na Bahia construindo a in
104. 04 6 aparecendo no banco de dados oficial como Hansen ase tubercul ide borderline A30 2 Este foi um acidente de trabalho com pescador que estava num galp o com os colegas de trabalho preparando se para a pescaria antes de sair sempre transferiam o g s de um botij o maior para um menor no momento da transfer ncia algu m entrou no galp o com um cigarro aceso o que provocou a explos o foi socorrido com vida e ficou internado por oito dias Outro caso de acidente de trabalho registrado como mal definido pelo SIM tratou se de um trabalhador que foi buscar g s para o bar onde trabalhava como balconista desceu a 163 ladeira e na volta nao conseguiu subir com o botijao cheio sentiu se mal e caiu na rua morreu na emerg ncia hospitalar Havia refer ncia de ter problema cardiaco devido a hipertensao provavelmente sofreu um infarto desencadeado pelo levantamento de peso excessivo A Tabela 4 apresenta as circunstancias dos casos de homicidios e dos outros acidentes na popula o total e para os casos de bitos por acidentes de trabalho identificadas nas entrevistas com os familiares An lise detalhada sobre as caracter sticas das mortes por acidentes de trabalho apresentada em outra publica o Nobre et al xxxx A maioria das mortes ocorreu na rua 57 1 19 3 na pr pria resid ncia 5 7 no bar 5 1 na empresa e 4 4 na estrada Pouco mais da metade 55 3 de todas as mortes e 83 0 do
105. 1 2 4 Bicicleta caminhao 1 0 9 Motocicleta autom vel van 5 4 6 4 9 5 Motocicleta nibus 3 2 8 2 4 8 Motocicleta caminh o 2 1 8 2 4 8 Autom vel caminh o 11 10 1 4 Autom vel nibus 6 5 5 Caminh o carro a 1 0 9 9 5 Ignorado 3 2 7 2 4 5 Posi o da pessoa falecida Pedestre 50 45 0 24 57 1 Ciclista 12 9 9 4 9 5 Motociclista 15 13 5 8 19 0 Passageiro de motocicleta 3 2 7 1 2 4 Condutor de autom vel 10 9 0 2 4 8 Passageiro de autom vel 17 15 3 7 16 7 Condutor ve culo pesado 1 0 9 Passageiro ve culo pesado 4 3 6 2 Percentuais calculados sem valores perdidos 191 ANEXOS 192 ANEXO 1 Sobre o Campo e a Popula o Estudada 193 ANEXO 1 SOBRE O CAMPO E A POPULA O ESTUDADA Neste Anexo s o apresentadas sumariamente informa es adicionais sobre algumas defini es metodol gicas especialmente quanto aos instrumentos e crit rios que embasaram o trabalho de campo e os principais resultados do trabalho de campo incluindo a compara o entre os casos estudados e o total de bitos ocorridos por causas externas nos tr s munic pios estudados em rela o a caracter sticas s cio demogr ficas da popula o estudada sua distribui o espacial e temporal e os dados sobre as perdas ocorridas no estudo S o destacados alguns aspectos importantes sobre a log stica do trabalho de campo e as principais dificuldades para a localiza o dos endere os e obten o do consentimento
106. 19 Conj D Ger nimo de 33 Pernambu s 4 Baixa do Tubo S Cavalcante 34 S o Gon alo do Retiro 5 Baixinha do Santo Antonio 20 Conj D Jos Imbassa 35 Saramandaia 6 Batalh o de Piraj 19 BC 21 Conj Hab Baia de 36 Tesoura 7 Beco do Coruja Todos os Santos 37 Vila Joaquim 8 Cabula Ill 22 Conj Jd Cabula 38 R tula do Abacaxi 9 Cabula IV 23 Conj N S do Resgate 39 Av Silveira Martins 10 Cabula IX Conj Doron 24 Conj Res S o Judas Tadeu 40 Cabula V 11 Cabula X Conj Saboeiro 25 Conj Pq Flamengo 41 Narandiba 12 Campo Seco 26 Conj Salvador 42 Doron 13 Ch cara Perseveran a 27 Faz Pompilho Bittencourt 43 Saboeiro 14 Cond Chacara do Cabula 28 Invas o de Narandiba 15 Cond Jo o Durval 29 Jardim Bras lia 16 Cond Sistema Solar 30 Lot Jardim Lara Administra o Regional XII Tancredo Neves 12 1 Alto do Arraial 13 Cabula Il 25 Jardim Santo In cio 2 Alto do Calabet o 14 Cabula VI 26 Jo o Caldas 3 Arenoso 15 Cabula VII 27 Mata Escura 254 Arraial de Baixo Baixa do Calabet o 4 5 6 Baixa do Sapo 7 Baixa da Paz 8 Barreira 9 Bate Folha 10 Beco do Fuxico 11 Bom Futuro 12 Cabula Conj ACM 16 Ch cara Sr do Bonfim 28 17 Conj Novo Horizonte 29 18 Conj Santa Edwirgem 30 19 Coxeira 31 20 Dinurb Distrito Industrial Urbano 32 21 Engomadeira 33 22 Invas o das Barreiras 34 23 Jardim Gui
107. 2 _ BEBE3 _ BEBE4 _ DROGA 216 89 Voc s tiveram a ajuda de algu m para o funeral Se sim de quem FUNERAL 0 n o 1 pr pria fam lia 2 igreja 3 amigos vizinhos 4 empresa 5 prefeitura 6 outro especifique 9 n o sabe 90 A empresa ajudou em alguma coisa 0 nao 1 sim 8 nsa 9 n o sabe AUXEMP 91 Em que a empresa ajudou o 8 nsa 92 Voc s procuraram a Previd ncia INSS o n o 1 sim 8 nsa 9 n o sabe Se n o porque n o PREV __ 93 Est o recebendo alguma pens o 0 n o 1 sim 8 nsa 9 n o sabe Se sim qual PENSAO ___ 94 Tiveram alguma dificuldade com o INSS o n o 1 sim 8 nsa 9 n o sabe INSS Se sim qual 95 Voc s procuraram algum outro rg o p blico 0 n o 1 sim 9 n o sabe PUBLI __ Se sim qual para resolver o que e como foram atendidos 96 Alguma outra pessoa da familia dele a ja sofreu algum acidente ou viol ncia antes dessa que ocorreu com Se sim voc pode me explicar o que ocorreu quem era a pessoa parentesco que tipo de acidente viol ncia foi h quanto tempo Foi com arma de fogo VIOFAMI ARMA 97 Se voc pudesse dizer ou fazer alguma coisa para evitar novas mortes como esta o que sugeriria O que voc acha que poderia ser feito para evitar outros casos como este Vil OBSERVA ES DO ENTREVISTADOR coloque suas impress es em rela o entrevista 98 Coopera o da o entrevistada o 1 tima boa 2 regula
108. 28 2000 Laurenti R Mello Jorge MHP Lebrao ML Gotlieb SLD amp Almeida MF Estat sticas Vitais contando os nascimentos e as mortes Revista Brasileira de Epidemiologia 8 2 108 110 2005 Editorial Lee JB Mortalidade por Acidente de Trabalho em Curitiba em 1998 uma an lise cr tica das Declara es de Obito Monografia Universidade Federal do Paran 1999 Leigh J Macaskill P Kuosma E Mandryk J Global burden of disease and injury due to occupational factors Epidemiology 10 5 626 631 1999 184 Maharajh HD amp Ali A Crime in Trinidad and Tobago the effect of alcohol use and unemployment Rev Panam Salud Publica 15 6 417 423 2004 Mathers CD Fat DM Inque M Rao C amp Lopez AD Counting the dead and what they died from an assessment of the global status of cause of death data Bulletin of the World Health Organization 83 171 177 2005 Mello Jorge MHP O sistema de informa es sobre mortalidade problemas e propostas para seu enfrentamento Il Mortes por causas externas Revista Brasileira de Epidemiologia 5 2 212 223 2002 Mello Jorge MHP Situa o atual das estat sticas oficiais relativas mortalidade por causas externas Revista de Sa de P blica S o Paulo vol 24 3 217 223 1990 Mello Jorge MHP Gawryszewski VP amp Latorre MRDO An lise dos dados de mortalidade Revista de Sa de P blica 31 4 Supl 5 25 1997 Mello Jorge MHP Gotlieb SLD amp Laurenti R O sistema
109. 3 6 Suic dio 0 9 3 8 0 0001 3 5 4 3 3 4 0 06 Tipo viol ncia agrupada Homic dio 69 62 1 187 78 6 23 41 1 56 63 6 Outras viol ncias 37 34 9 51 21 4 0 008 33 58 9 32 36 4 0 008 i Teste exato de Fisher bi caudal 144 Tabela 7 OR bruta e ajustada para a associa o entre tipo de morte acidente de trabalho vs outros tipos de viol ncias e trabalho precario vs nao precario segundo algumas caracteristicas s cio ocupacionais em bitos de residentes em Salvador Cama ari e Lauro de Freitas 2004 Vari vel N OR bruta 1C95 OR ajustada 1C95 Todas 488 0 70 0 46 1 07 Sexo 488 0 70 0 45 1 07 Homem 448 0 63 0 40 0 98 Mulher 40 2 25 0 42 5 42 Idade 488 0 88 0 55 2 41 10 29 284 1 14 0 55 2 41 30 69 204 0 74 0 40 1 34 Escolaridade 488 0 74 0 48 1 14 0 4 213 0 64 0 27 1 40 5 e mais 275 0 79 0 46 1 35 Cor da pele 488 0 71 0 46 1 09 Negra 413 0 63 0 40 1 02 Nao negra 75 1 20 0 41 3 35 Religi o 488 0 71 0 46 1 09 Com religi o 289 0 56 0 33 0 96 Sem religi o 199 1 08 0 51 2 29 Situa o conjugal 482 0 80 0 57 1 40 Com companheira 218 0 65 0 36 1 17 Sem companheira 264 1 53 0 69 3 51 Sustento da familia 488 0 84 0 54 1 32 Principal respons vel 251 0 74 0 43 1 28 N o respons vel principal 237 1 14 0 48 2 79 Jornada semanal 488 0 69 0 45 1 06 At 40 horas 138 0 28 0 12 0 67 Mais de 40 horas 350 0 97 0 57 1 61 continua continuagao da Ta
110. 39 99 33 33 3 24 5 20 8 316 105 41 9 114 40 a 49 65 29 44 6 12 1 8 3 210 94 46 4 98 50 a 59 41 16 39 0 6 2 33 3 125 49 21 7 56 60 a 69 21 7 33 3 2 0 0 0 60 20 18 0 20 Total 573 150 26 2 75 12 16 0 1670 437 201 32 469 137 Tabela 2 Distribui o dos bitos na popula o estudada e entre os trabalhadores falecidos por acidente de trabalho em atividades l citas e il citas segundo o tipo de viol ncia residentes em Salvador Cama ari e Lauro de Freitas 2004 Total de mortes na Acidentes de Trabalho Tipo de popmarin At At Total AT viol ncia semtonda L cita l cita N 648 N 126 N 36 N 162 A P Homicidio 424 65 4 56 36 92 56 8 21 7 Ac Transporte 111 17 1 44 44 27 2 39 6 Outro acidente 79 12 2 23 23 14 2 29 1 Suicidio 29 4 5 3 3 1 9 10 3 Indeterminado 5 0 8 E E z E E 100 0 19 4 5 6 25 0 100 0 25 0 a Percentuais relativos ao total de 162 AT Percentuais calculados sobre o total de cada tipo de viol ncia na popula o total Figura 2 Representa o esquem tica da distribui o dos bitos por causas externas estudados segundo situa o ocupacional inser o em trabalho prec rio e rela o das mortes com o trabalho Mortes por Causas Externas 648 Pessoas n o ocupadas Pessoas ocupadas 160 24 7 488 75 3 Trabalho prec rio 344 70 5 Morte violenta Morte no Morte fora do Trabalho n o prec rio 144 29 5 Morte fora do Morte no trabalho t
111. 4 3 75 0 gua Fria 3 2 66 7 Barra do Jacu pe 3 1 33 3 Bomba 3 0 0 Centro 3 1 33 3 Ficam Il 3 2 66 7 Gleba A 3 2 66 7 Gleba B 3 3 100 0 Inocoop 3 1 33 3 Jardim Brasilia 3 2 66 7 Phoc Il 3 3 100 0 Pia aveira 3 2 66 Alto da Cruz 2 2 100 0 Burissatuba 2 2 100 0 Limoeiro 2 1 50 0 Mangueiral 2 0 0 Parque Mangabas 2 0 0 Phoc III 2 1 50 0 Alto do Triangulo 1 1 100 0 Cascalheira 1 0 0 Catu de Abrantes 1 0 0 CIA 1 0 0 Cristo Redentor 1 1 100 0 Cristo Rei 1 0 0 Derba 1 1 100 0 Dois de Julho 1 1 100 0 Imbassai 1 0 0 Lama Preta 1 1 100 0 Machadinho 1 1 100 0 Novo Horizonte 1 0 0 continua 205 continua o Tabela 4 Total de Casos Casos Entrevistados BAIRRO Banco IML N Yo Parque Florestal 1 1 100 0 Parque Sat lite 1 1 100 0 Parque Satuba 1 0 0 Ponto Certo 1 1 100 0 Praia do Forte 1 0 0 Santo Ant nio 1 1 100 0 Ignorado 8 6 75 0 Total 13 76 57 6 Tabela 5 Distribui o dos bitos por causas externas existentes no banco de dados do IML e percentual de casos estudados por bairro de resid ncia munic pio de Lauro de Freitas 2004 BAIRRO Total Entrevistado Entr Itinga 47 11 23 4 Portao 16 11 68 8 Areia Branca 9 7 77 8 Centro 9 4 44 4 Caji 5 1 20 0 Vilas do Atl ntico 3 0 0 Ipitanga 2 0 0 Lagoa dos Patos 2 0 0 Loteamento Miragem 2 0 0 Vida Nova 2 0 0 Vila Mar 2 0 0 Vila Praiana 2 0 0 Caixa D Agua 1 1 100 0 Capel o 1 1 100 0 Chafariz 1 0 0 Jardim Castel o 1 1 100 0 Loteame
112. 7 28 Percentil 75 38 41 Escolaridade Analfabeto 49 7 6 106 8 7 1 grau 358 55 4 699 57 1 2 grau 173 26 8 320 26 1 0 87 Superior 37 5 7 68 5 6 Ignorado 29 4 5 32 2 6 Estado Civil Solteiro 531 82 2 1 029 84 0 Casado 88 13 6 142 11 6 0 26 Outro 11 1 7 35 2 8 Ignorado NSA 16 2 5 19 1 5 Cor Pardo faioderma 599 92 7 1 147 93 6 Preto melanoderma 4 0 6 15 1 2 Branco Leucoderma 9 1 4 14 1 1 0 58 Amarelo Xantoderma 3 0 5 4 0 3 Ignorado 31 4 8 45 3 7 Provavel Causa Homicidio 420 65 0 729 59 5 Acidente ve culo 101 15 6 170 13 9 Outros acidentes 85 13 2 169 13 8 0 64 Suic dio 16 2 5 36 2 9 Ignorado 24 3 7 121 9 9 Fonte Banco de dados do IML Teste estat stico calculado sem os valores perdidos para cada vari vel Tabela 2 Distribui o percentual da popula o residente e dos bitos por causas externas segundo reas administrativas munic pio de Salvador Bahia 2004 rea Popula o da rea Total de Casos no SIM Casos Entrevistados Administrativa administrativa N N N Sub rbio 250 187 10 6 170 10 5 68 12 9 S o Caetano 202 953 8 6 167 10 3 40 7 6 Tancredo Neves 191 863 8 2 160 9 9 74 14 0 Liberdade 180 173 7 7 157 9 7 53 10 0 Itapu 162 401 6 9 151 9 3 40 7 6 Rio Vermelho 171 335 7 3 135 8 3 67 12 7 Brotas 182 084 7 7 103 6 4 43 8 1 Pau da Lima 173 892 7 4 98 6 1 29 5 5 Itapagipe 151 164 6 4 96 5 9 32 6 1 Cajazeiras 184 815 7 9 94 5 8 19 3 6 Cabula 123 351 5 2 84 5 2 27 5 1 Centro 88 72
113. 9 3 8 61 3 8 10 1 9 Boca do Rio 92 908 4 0 59 3 6 14 2 7 Val ria 51 763 2 2 48 3 0 4 0 8 Barra 68 071 2 9 14 0 9 1 0 2 Pituba 74 128 3 2 14 0 9 6 1 1 Ignorado 8 0 5 3 0 6 TOTAL 2 349 817 100 0 1 619 100 0 528 100 4 Fonte Banco de Dados do IML Prefeitura Municipal de Salvador 203 Tabela 3 Distribui o dos bitos por causas externas identificados no banco do IML e percentual de casos entrevistados em cada rea administrativa do munic pio de Salvador Bahia 2004 rea Administrativa Total de Casos Casos Entrevistados N N Sub rbio 170 68 40 0 S o Caetano 167 40 24 0 Tancredo Neves 160 74 46 3 Liberdade 157 53 33 8 Itapu 151 40 26 5 Rio Vermelho 135 67 49 6 Brotas 103 43 41 7 Pau da Lima 98 29 29 6 Itapagipe 96 32 33 3 Cajazeiras 94 19 20 2 Cabula 84 27 32 1 Centro 61 10 16 4 Boca do Rio 59 14 23 1 Val ria 48 4 8 3 Barra 14 1 7 1 Pituba 14 42 9 Ignorado 8 37 5 TOTAL 1 619 528 32 6 204 Tabela 4 Distribui o dos bitos por causas externas existentes no banco de dados do IML e percentual de casos estudados por bairro de resid ncia munic pio de Cama ari 2004 Total de Casos Casos Entrevistados BAIRRO Banco IML N Yo Vila Abrantes 9 5 55 6 Jau 6 3 50 0 Nova Vit ria 6 3 50 0 Arembepe 5 3 60 0 Gleba E 5 3 60 0 Monte Gordo 5 4 80 0 Verde Horizonte 5 3 60 0 Barra do Pojuca 4 1 25 0 Cama ari de Dentro 4 3 75 0 Gleba C 4 1 25 0 Gravat 4 3 75 0 Phoc
114. 9 5 90 0 70 0 Nao AT 78 182 Escolaridade 0a4anos AT Sim 3 0 6 4 100 0 100 0 84 5 Nao AT 44 240 5 anos e mais AT Sim 6 1 7 6 99 6 85 7 79 4 Nao AT 73 281 Cor da pele negra Negra AT Sim 8 1 7 8 99 8 88 9 82 4 Nao AT 95 446 Nao negra AT Sim 1 0 4 3 100 0 100 0 77 3 Nao AT 22 75 Tipo de viol ncia Homicidio AT Sim 4 0 7 1 100 0 100 0 87 6 Nao AT 52 368 Nao Homicidio AT Sim 5 1 7 1 99 4 83 3 70 2 Nao AT 65 153 187 Tabela 2 Distribui o percentual dos bitos segundo concord ncia entre a causa b sica informada no Sistema de Informa o sobre Mortalidade e causa reconstitu da pela pesquisa segundo caracter sticas s cio demogr ficas e tipos de viol ncia e acidentes nos tr s munic pios estudados Regi o Metropolitana de Salvador Bahia 2004 Vari veis Concord ncia Valor de Total _ Parcial Nenhuma _ p N Total 250 56 342 38 6 8 6 52 8 Sexo Homem 40 7 7 7 51 6 Mulher 22 7 16 0 61 3 0 002 Faixa etaria 10 a 30 anos 48 2 7 1 44 7 31 a 69 anos 25 2 10 7 64 1 0 00000 Escolaridade At 4 anos de estudo 40 4 9 1 50 5 5 e mais anos de estudo 37 1 8 3 54 6 0 42 Cor da pele Negra 39 2 8 4 52 5 Nao negra 34 7 10 2 55 1 0 65 Tipo de viol ncia Acidente de transporte 2 7 12 6 84 7 Outro acidente 12 7 27 8 59 5 Agress o Homic dio 54 4 4 7 40 9 Suic dio 17 2 82 8 0 00000 Tipo de Acidente de Trabalho Sem rela o com o trabalho 43 7 7 9 48 4 Acidente t pico 19 2 13 7 67 1 Acid
115. Agudelo SF Viol ncia Cidadania e Sa de P blica In Barata et al Orgs Equtiidade e Saude Contribui es da Epidemiologia Rio de Janeiro Edit Fiocruz Abrasco 1997 p 39 62 Alves S amp Luchesi G Acidentes do Trabalho e Doen as Profissionais no Brasil A Precariedade das Informa es IESUS 1 3 7 19 1992 Antunes R Adeus ao Trabalho Ensaio sobre as metamorfoses e a Centralidade do Mundo do Trabalho S o Paulo Cortez Campinas SP Editora da Unicamp 2002 200 p Armstrong BK White E amp Saracci R Principles of Exposure Measurement in Epidemiology Oxford Oxford University Press 1992 Barros AJD Amaral RL Oliveira MSB Lima SC amp Gon alves EV Acidentes de tr nsito com v timas sub registro caracteriza o e letalidade Cadernos de Sa de P blica 19 4 979 986 2008 Barros MDA Ximenes R amp Lima MLC Causa b sica da morte por causas externas valida o dos dados oficiais em Recife Pernambuco Brasil Revista Panamericana de Salud Publica 9 2 84 93 2001 Beraldo PSS Medina MG Borba EA amp Silva LP Mortalidade por Acidentes do Trabalho no Brasil Uma An lise das Declara es de Obito 1979 1988 JESUS 41 54 Jan Fev 1993 Borges G et al Multicentre study of acute alcohol use and non fatal injuries data from the WHO collaborative study on alcohol and injuries Bulletin of the World Health Organization 84 453 460 2006 Carneiro SAM Trabalho e Viol ncia rela o de pro
116. Camagari soe 27 Jardim Brasilia 46 Praia do Forte 10 Cama ari de Dentro 28 Jardim Limoeiro 47 Santo Ant nio 11 Cascalheira 29 Jau 48 Verde Horizonte 12 Catu de Abrantes 30 Lama Preta 49 Barra do Jacu pe 13 Centro 31 Limoeiro 50 Barra do Pojuca 14 CIA I 32 Machadinho 51 Copec 15 Cristo Redentor 33 Mangueiral 52 Parafuso 16 Cristo Rei 34 Monte Gordo 53 Barragem Santa Helena 17 Derba 35 Nova Vit ria 54 Santa Maria 18 Dois de Julho 36 Novo Horizonte 55 Rio Cordoaria 19 FICAM Il 37 Parque Florestal 56 Parque Real BANCO IML Informa es de campo ENTREVISTAS 0 caso n o procurado 7 feito somente contato telef nico 1 entrevista realizada caso 2 recusa familiar n o quis ser entrevistado 3 endere o n o localizado 4 mudan a de endere o 5 familiar n o encontrado no endere o exclu do morte natural 6 desist ncia ap s v rias tentativas 257 ANEXO 6 Trabalhos apresentados em Congressos 259 Acidentes de Trabalho no Brasil poss vel corrigir estimativas Introdu o As ltimas proje es da Organiza o Internacional do Trabalho OIT para o ano 2000 baseadas em estat sticas de 1998 chegaram ao n mero de 2 milh es de homens e mulheres mortos em decorr ncia do trabalho em todo mundo Takala 2002 baseiam se nas estat sticas oficiais que Essas estimativas os pa ses informam OlT que s o reconhecidas pelas ag ncias internacionais OIT e Organi
117. Deaths Environmental Health Perspectives 112 11 A629 A631 2004 Dean A G Dean J A Coulombier D Brendel K A Smith D C Burton A H et al Epi Info Version 6 A Word Processing Database and Statistics Program for Epidemiology on Microcomputers Atlanta Centers for Disease Control and Prevention 1994 Dieese Departamento Intersindical de Estat sticas e Estudos S cio econ micos A mulher chefe de domic lio e a inser o feminina no mercado de trabalho Boletim DIEESE Edi o Especial Mar o 2004 Diniz EPH Assun o AA amp Lima FPA Preven o de acidentes o reconhecimento das estrat gias operat rias dos motociclistas profissionais como base para a negocia o coletiva Ci ncia amp Sa de Coletiva 10 4 905 916 2005 Dong W Vaughan P Sullivan K amp Fletcher T Mortality Study of Construction Workers in the UK International Journal of Epidemiology 24 4 750 757 1995 Dorman P Three Preliminary Papers on the Economics of Occupational Safety and Health International Labour Office InFocus Programme on Safety and Health at Work and the Environment Geneva April 2000 http Awww ilo org public english protection safework papers econanal wr chp1 htm Acessado em 29 01 2003 Erg r OA Demiral Y amp Piyal YB A Significant Outcome of Work Life Occupational Accidents in a Developing Country Turkey Journal of Occupational Health 45 74 80 2003 Espinheira G Salvador a cidade das desigualda
118. Factors In The Global Burden of Disease eds CJL Murray amp AD Lopez Cambridge MA Harvard Press University 1996 Nunes TFM Estudo do sub registro da mortalidade por acidentes de trabalho Apresenta o oral no IV Congresso Brasileiro de Epidemiologia Rio de Janeiro 1998 mimeo Oliveira PAB amp Mendes JM Acidentes de trabalho viol ncia urbana e morte em Porto Alegre Rio Grande do Sul Brasil Cadernos de Sa de P blica Rio de Janeiro vol 13 supl 2 73 83 1997 Rozov Occupational Health Ethically Correct Economically Sound World Health Organization Paper 84 June 1999 http www who ch acessado em 18 02 2002 266 Santana V Maia AP Carvalho C Luz G Acidentes de trabalho n o fatais diferen as de g nero e tipo de contrato de trabalho Cadernos de Sa de P blica 19 2 481 493 mar abr 2003 Takala J Global Estimates of Fatal Occupational Accidents Epidemiology 10 5 640 646 1999 Takala J Introductory Report Decent Work Safe Work Apresentado no XVIth World Congress on Safety and Health at Work Vienna 27 May 2002 International Labour Office http www ilo org public English protection safework wd congrs ilo_rep pdf Acessado em 19 03 2003 Waldvogel BC Acidentes do Trabalho Os Casos Fatais A Quest o da Identifica o e da Mensura o Organizadores Celso Amorim Salim Maria In s Franco Motti Maria Isabel Gon alves Yuki Belo Horizonte S
119. Gl ria Compte Agradecimentos A Adelson e Lucas que estiveram comigo estes quatro anos alegrando me nas raras horas vagas e apoiando em todas as demais A minha m e irm s e irm o que mesmo de longe estavam torcendo por mim A Clarice minha m e baiana que aqui perto sempre me deu conforto de alma A Paulinha e Meire amigas que t o bem cuidaram de meu precioso tesouro Aos amigos e amigas verdadeiros companheiros nas trilhas da vida e da sa de do trabalhador que me apoiaram nos momentos dif ceis e compartilharam as interroga es e as cria es Rita Fernandes M nica Angelim Marco Rego Norma Souza Alexandre Jacobina Luis Correia C ssia Ana A Miracy e Maria Jos que sempre me apoiaram e ajudaram a manter os p s no ch o e os olhos no mundo real A equipe do Cerest de Cama ari M nia M rcia Celso Verena Cl udio Fernanda que tdo bem me receberam num momento dificil Aos demais colegas da Secretaria de Sa de de Cama ari especialmente Pepeu que t o prontamente disponibilizou os dados necess rios A Lorene Pinto felizmente novamente nossa chefe e companheira e equipe atual do Cesat que v m compartilhando a gest o num esp rito coletivo criativo e respons vel especialmente Alexandre Isabela Ely e P dua que prontamente se dispuseram a segurar a barra enquanto eu cumpria essa etapa final Agrade o a Bice Maria Eunice Xavier Kalil e equipe do F rum Comunit rio de Combate Viol ncia pel
120. Gon alves Yuki Belo Horizonte Segrac 2002 Cole o Prodat Estudos e An lises v 1 n 1 mar o 2002 192 p Zaluar A Noronha JC amp Albuquerque C Viol ncia Pobreza ou Fraqueza Institucional Cadernos de Sa de P blica Rio de Janeiro 10 supl 1 213 217 1994 135 Figura 1 Esquema do trabalho de campo casos visitados e n o visitados casos entrevistados e perdidos por motivo de perda Salvador Cama ari e Lauro de Freitas 2004 Total C Externas Banco IML 1 871 Mudou se 67 6 0 N o visitados Visitados 749 1 122 Recusa 40 0 60 0 82 7 3 Perdidos Endere o n o 474 localizado 42 2 101 9 0 Familiar n o encontrado Estudados 100 8 9 648 34 6 Outros 124 11 1 136 Tabela 1 Estimativa do n mero esperado de bitos por acidentes de trabalho atividades l citas e il citas no total de bitos por causas externas padronizados por idade e sexo Salvador Cama ari e Lauro de Freitas Bahia 2004 Total de bitos estudados N 648 N mero de Acidentes de Trabalho esperados no total de bitos por Causas Externas N 1 871 Homens Mulheres Homens Mulheres Total Faixa de Idade Total Causas Acidentes de Total Causas Acidentes Causas Externas Acidentes Causas Acidentes Externas Trabalho Externas de Trabalho Externas Trabalho Trabalho N n Yo N n N N N n N 10a19 90 15 16 7 7 0 0 0 249 42 26 0 42 20 a 29 257 50 19 5 24 4 16 7 710 138 49 8 146 30 a
121. Hora de inicio entrevista Hora final NUMQUES LAUDONO DONO DATAOB BAIRRO _ MUNIRES ENTREV ___ a al TEMPO ___ Il IDENTIFICA O DA PESSOA ENTREVISTADA Reforce que perguntar seu nome somente para melhor andamento da entrevista que n o ser identificado registrado no banco de dados e nem ser divulgado 9 Nome 10 Sexo 11 Que idade voc tem 1 Masculino 2 Feminino anos completos 12 At que s rie e grau voc estudou com aprova o na escola S rie ano ____ anos completos de estudo Grau 0 alfabetiza o 1 1 fundamental 2 2 m dio 3 t cnico p s 2 4 superior mestrado doutorado Nome curso 13 Voc costuma praticar ou frequentar alguma religi o ou culto Se sim qual quais Se mais de uma especifique todas as informadas 00 n o tem religi o 99 n o sabe 14 Qual a sua cor ou ra a 15 Cor ou ra a segundo percep o da entrevistadora 1 branca 2 preta 3 amarela 4 parda 5 ind gena 16 Qual era sua rela o com ececccccceceeceeeeeeeeeeeeeees nome da pessoa falecida 1 c njuge companheira o 2 pai mae 3 irm o irm 4 filho filha 5 sogro sogra 6 vizinho vizinha 7 outro 17 Local de realiza o da entrevista 1 resid ncia do falecido a 2 resid ncia do familiar entrevistado a quando n o for 1 3 outro especifique Iil IDENTIFICA O DA PESSOA FALECIDA 18 Sexo 19 Que idade tinh
122. Prov vel AT t pico 11 12 18 14 15 16 17 18 78 derrame cerebral traumatismo toracico politraumatismo septicemia ataque cardiaco perfura o espeto garrafa ataque epil ptico choque anafil tico perfura o balas arma branca 99 ignorado 246 Provavel AT trajeto No local de trabalho sem defini o se t pico ou trajeto AT em trabalho n o remunerado Morte relacionada a atividade il cita Imposs vel definir Morte relacionada ao desemprego Sono a A P72 SOCORRO 0 N o foi socorrido 1 Familiares Pol cia Civil Militar Rodovi ria Federal Corpo de Bombeiros Salvar Anjos do Asfalto Ambul ncia Petrobr s Pessoa desconhecida Outra pessoa conhecida vizinhos amigos Colegas de trabalho Socorrido sem especifica o de quem o socorreu SET Detran Ignorado So No a Aco P73 HOSP1 registrar se sim n o n o sabe HOSP2 nome do hospital se mais de um registrar aquele em que ficou mais tempo ou por ltimo 1 HGE 12 Hospital Sim es Filho 2 HC Roberto Santos 13 Hospital de Candeias 3 Insbot 14 Hospital Jorge Valente 4 Hospital S o Rafael 15 Hospital Izar Andrade 5 Hospital Jo o Batista Caribe 16 Hospital da Base A rea 6 Hospital Carvalho Luz 17 Hospital S o Jorge 7 Hospital Ernesto Sim es 18 Hospital Cajazeiras Il 8 Hospital Alian a 19 Hospital El dio Lasseri mesmo 9 Hospital Espanhol Caj 10 Hospital Geral de Cama ari 20 Outro Po
123. Regularidade estabilidade E ET o HORAS2 ESTAB2 HORAS3 _ ESTABS 37 Voc sabe quantos empregados trabalhavam no neg cio firma empresa NEMPP1 institui o ou entidade nessa poca Em cada ocupa o se tiver mais do que uma NEMPP2 OCUP1 OCUP2 OCUP3 NEMPP3 1 uma5 2 6a10 3 11a50 4 51a100 5 101emais 8 nsa 9 n o sabe 38 Se ele a trabalhava para alguma empresa voc sabe se prestava servi o para outra empresa era sub contratada terceira gata OCUP1 OCUP2 OCUP3 1 sim 0 n o 8 nsa 9 n o sabe 39 Se essa empresa era prestadora de servi os para outra voc sabe o nome da empresa para a qual ele a prestava o servi o empresa principal qual era o localde CNAEGA trabalho dele Qual o tipo de atividade econ mica Nome empresa local trabalho Atividade econ mica 8 nsa 9 n o sabe 40 Em que municipio s ele a trabalhava Se for em mais de um especifique em quais 88 nsa 99 n o sabe MUNITP _ 41 Ele a era contribuinte de Instituto de Previd ncia oficial 1 sim 0 n o 8 n o se aplica 9 n o sabe PREVP __ 42 Ele a tinha cobertura de algum plano de sa de 0 n o 2 sim plano de empresa 3 sim plano pr prio individual 9 n o sabe 43 Quanto ele a recebeu de salario ou de renda de seu trabalho no Ultimo m s antes de seu falecimento renda liquida SALARIOP R 3 Cs Sal rios m nimos 0 n o se aplica 9999 n o sabe 212 44 Al m do sal rio ou renda de
124. Rio de Janeiro 2002 Pereira MG Epidemiologia Teoria e Pr tica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1995 596 p Rothman KJ amp Greenland S Modern Epidemiology Philadelphia Lippincott Raven Publishers 1998 Santana FS Kalil MEX amp Oliveira ZC O Rastro da Viol ncia em Salvador Il Mortes de residentes em Salvador de 1998 a 2001 Salvador FCCV DICS SESAB UNICEF IMLNR UFBA 2002 Santana V Nobre L amp Waldvogel BC Acidentes de trabalho no Brasil entre 1994 e 2004 uma revis o Ci ncia amp Sa de Coletiva 10 4 841 855 2005 SEI Superintend ncia de Estudos Econ micos e Sociais da Bahia PED Pesquisa de Emprego e Desemprego na Regi o Metropolitana de Salvador resultados do ano 2004 Salvador SEI 2005 Soleman N Chandramohan D amp Shibuya K Verbal autopsy current practices and challenges Bulletin ofthe World Health Organization 84 239 245 2006 Souza ER Homic dios no Brasil o grande vil o da sa de p blica na d cada de 80 Cadernos de Sa de P blica 10 Supl 1 45 60 1994 Souza ER Minayo MCS amp Cavalcante FG The impact of suicide on morbidity and mortality in the population of Itabira Ci ncia amp Sa de Coletiva 11 2 409 418 2006 Souza NSS Acidentes de Trabalho com bito registrados nas Declara es de bito no Estado da Bahia no Ano de 1998 Cadernos de Sa de do Trabalhador Salvador CESAT 1 40 48 2008 Souza NSS Portinho BG amp Barreiros MF Acidentes
125. SSOA FALECIDA 18 Sexo registre ap s conferir com a pessoa entrevistada se o nome for duvidoso 19 Idade informe a idade completa do a falecido a poca do bito Se o entrevistado n o souber pe a para ver algum documento identidade t tulo de eleitor Carteira de Trabalho etc 20 Estava estudando frequentando escola Sabia ler escrever Registre conforme op es 21 Escolaridade registre a ltima s rie e o respectivo grau que estudou na escola seguindo as mesmas instru es da pergunta 12 22 Religi o ou culto registre a religi o ou culto que a pessoa falecida costumava praticar e ou frequentar seguindo as mesmas instru es da pergunta 18 23 Cor ou ra a primeiro pergunte e registre exatamente como a pessoa informou depois repita a pergunta dizendo uma por uma as op es segundo classifica o do IBGE branca preta amarela parda ou ind gena Se considerar importante ou se esta pergunta suscitar d vidas ou resist ncias registre coment rios feitos pelo a entrevistado a 24 Vivia com companheira ou c njuge interessa saber se vivia com companheira o esposa o ou n o poca do falecimento independente de oficializa o civil ou religiosa da uni o conjugal Os casos de adolescentes 10 a 18 anos que n o tinham companheira o ser o posteriormente registrados como 8 n o se aplica 25 N mero de pessoas morando na casa do falecido conte e registre todas as pessoas que viviam na mesma ca
126. Se responder que n o tinha problemas com bebida marque 8 nsa n o se aplica nas quest es 83 a 86 e pule para a pergunta 87 87 Outra droga se referir problema com outra droga anote tudo o que a pessoa informar que tipo de droga que tipo de problema desde quando etc Se informar cigarro tabaco tamb m registre 88 Ajuda bebida droga registre qual tipo de ajuda a fam lia buscou para enfrentar o problema de bebida ou outra droga Se for outro especifique Se for mais de uma op o registre todas as op es informadas 89 Aux lio para o funeral informe todas as op es informadas especifique se foi outra 90 Aux lio da empresa responder somente para o caso de trabalhador a empregado a de empresa Se n o for este o caso pule para a pergunta 92 registrando n o se aplica na 90 91 Tipo de aux lio da empresa responder somente para o caso de trabalhador a empregado a de empresa e que foi respondido sim na pergunta 92 92 a 94 INSS procure saber como foi o contato com o INSS ou outro instituto de previd ncia ao qual a pessoa estava filiada se n o procurou investigue o motivo se n o era segurado ou porque a fam lia n o tinha informa o n o sabia que podia procurar etc Se a fam lia c njuge e filhos pai ou m e est recebendo pens o referente a este caso deve ser pens o por morte acident ria ou n o Registre se ainda est o aguardando defini o e pagamento do INSS e quais dificuldades est
127. a o ocupada na RMS Uma parte dessa diferen a entre os acidentados do trabalho pode ser devida inclus o das atividades il citas na defini o de trabalho prec rio Por m metade desses exercia concomitantemente outras atividades l citas tamb m prec rias com exce o de duas pessoas Essas compara es permitem supor que a popula o que morreu por causas externas e por acidentes de trabalho apresentava condi es de vida e de trabalho mais prec rias do que sua popula o de origem Propor o pouco menor de trabalhadores informais foi encontrada em Campinas 54 Hennington et al 2003 em Porto Alegre 60 dos trabalhadores n o tinham v nculo formal de emprego Oliveira amp Mendes 1997 O hist rico de nunca ter tido carteira assinada indicativo do n o acesso a um trabalho formal mostrou ser importante principalmente para os bitos n o relacionados ao trabalho sendo sugestivo de que a precariedade do trabalho parece adquirir maior import ncia entre 109 os trabalhadores falecidos por viol ncias ocorridas fora do trabalho e por agress es homic dios Mais da metade dos trabalhadores acidentados inseridos em trabalho prec rio iniciou sua vida laborativa antes dos 15 anos de idade O in cio precoce na vida laborativa pode estar associado com a ocorr ncia de acidentes de trabalho quanto ser indicativo de menos oportunidades no mercado de trabalho e maior chance de perman ncia ao longo de sua trajet ria
128. a pode explicar parcialmente os maiores riscos de acidentes fatais e n o fatais entre os trabalhadores tempor rios Estes podem ser mais submetidos a circunst ncias estressantes devido a sua vulnerabilidade no emprego Recomendam que o papel das condi es de trabalho seja avaliado mais detalhadamente em estudos posteriores especialmente nos aspectos relativos organiza o do trabalho e fatores de risco nos ambientes de trabalho Benavides et al 2006 Na Carolina do Norte Estados Unidos Mirabelli et al 2003 compararam os coeficientes de mortalidade por acidentes de trabalho entre trabalhadores por conta pr pria empregados governamentais e empregados de empresas privadas As maiores taxas de morte foram estimadas entre os trabalhadores por conta pr pria no com rcio varejista RR 4 32 IC95 3 41 5 48 e transportes RR 1 67 IC95 1 19 2 34 O maior risco observado no com rcio deveu se s maiores taxas de bito entre trabalhadores por conta pr pria em estabelecimentos de alimentos e bebidas e mercearia latic nios estes predominantemente por homic dios Em estudo de coorte em dez cidades da Finl ndia Kivimaki et al 2003 analisaram a mortalidade por alguns grupos de causas de empregados municipais desempregados e trabalhadores tempor rios Encontraram maiores riscos ajustados por idade ocupa o manual x n o manual e sal rio entre os desempregados para todos os grupos de causas depois desses riscos mais elevados
129. a seguran a da equipe em reas com maior desorganiza o urbana e concentra o de casos de homic dios medidas para melhorar a aceita o das pessoas da comunidade em prestar informa es sobre a localiza o dos domic lios e para dar suporte psicol gico para a equipe de entrevistadores no manejo e escuta das hist rias de viol ncias Dentre essas medidas destacam se a necessidade de melhoria na identifica o dos ve culos com logomarca da Fundacentro e Minist rio do Trabalho e Emprego a ida em duplas e o acompanhamento dos motoristas nos locais mais perigosos a busca de colabora o das Associa es Comunit rias e das equipes de Agentes Comunit rios de Sa de Para o suporte psicol gico da equipe de entrevistadores foi criado grupo de trabalho com coordena o de uma psic loga com encontros semanais durante tr s meses nos quais foram aplicadas t cnicas da An lise Bioenerg tica buscando o fortalecimento emocional para lidar com os pr prios sentimentos desenvolver a capacidade de estar com o outro de forma continente mas sem se deixar tomar pelo sentimento dele acalmar se diante das situa es encontradas desenvolver o sentimento de coopera o e apoio m tuo entre os membros do grupo Os resultados dessa abordagem foram muito positivos para o desenvolvimento do trabalho de campo ver Anexo 6 Caracter sticas da popula o estudada distribui o espacial e temporal A Figura 1 sintetiza as informa es sobre
130. a miss o de Santo Amaro de Ipitanga depois nomeada Freguesia de Santo Amaro de Ipitanga Freitas amp Paranhos 2005 A regi o do antigo Morro dos Piramb s que abrigava aldeias ind genas testemunhou o aparecimento de in meros engenhos de a car a influ ncia cultural dos negros e a devastadora epidemia de c lera por volta de 1850 As fazendas de engenho de a car foram sendo divididas ao longo das gera es de descendentes dos antigos donos H refer ncias aos s tios e registros de terras de antigos donos desde as primeiras d cadas do s c XVIII Esses s tios originaram boa parte dos atuais bairros da cidade S tio Itinga Santo Amaro de Ipitanga Engenho Japara do qual nasceu a Fazenda Port o atual bairro de Port o Caji engenho famoso de propriedade de um poderoso coronel e 33 outras fazendas que originaram os atuais loteamentos Vilas do Atlantico Miragem Buraquinho Praia de Ipitanga Pitangueiras e outros Com a constru o da Base A rea e do aeroporto em 1940 a din mica local de economia rural se altera com o contingente de trabalhadores e movimento das obras Esse aumento populacional demanda o crescimento da estrutura de servi os e com rcio que culmina com a emancipa o do munic pio no inicio dos anos 60 A ocorre tamb m o in cio de uma mutila o territorial que fez com que o munic pio perdesse mais de 50 de suas terras originais Freitas amp Paranhos 2005 Atualment
131. a o a Sr a na data em que faleceu ____ anos completos 1 Masculino 2 Feminino SEXOENT IDADENT GRAUENT ESCENT _ RELIGIE CORREF1 __ CORREF2 __ CORENT RELENTR __ LOCENTR __ SEXO IDADEF 20 Ele a estava estudando ou frequentava escola Sabia ler e escrever 1 sim e sabia ler e escrever 3 n o mas sabia ler e escrever 2 sim mas n o sabia ler e escrever 4 n o e n o sabia ler e escrever 21 At que s rie e grau ele a estudou com aprova o na escola S rie ano __ anos completos de estudo Grau 0 alfabetiza o 1 1 fundamental 2 2 m dio 3 t cnico p s 2 4 superior mestrado doutorado Nome curso 9 n o sabe 22 Ele a costumava praticar ou frequentar alguma religi o ou culto Se sim qual ou quais Se mais de uma especifique todas as informadas 00 n o tinha religi o 99 n o sabe 23 Qual era a cor ou ra a do a Sr a Primeiro registre a informa o segundo percep o do entrevistado a depois confira lendo cada uma das op es conforme IBGE Em qual das seguintes op es voc incluiria a cor ra a do a Sr a 1 branca 2 preta 3 amarela 4 parda 5 ind gena 24 poca do falecimento ele a vivia em companhia de c njuge ou companheira 0 1 sim 0 n o 9 n o sabe 25 Quantas pessoas moravam com ele a na casa n o inclua o falecido 26 Quem eram as pessoas que moravam co
132. a popula o sob estudo n mero e percentual de domic lios casos visitados n o visitados entrevistados e n o entrevistados e principais motivos de perdas de casos Ap s entrevista dois casos foram exclu dos por residirem em outros munic pios e 44 por se tratarem de morte natural n o violenta Alguns casos extras 14 da mesma fam lia ou conhecidos que n o estavam na rela o do bairro que estava sendo visitado foram identificados e entrevistados Desses quatro foram descartados por se tratarem de bitos ocorridos em 2003 ou 2005 que a fam lia 198 havia informado ter sido em 2004 Dois nao foram localizados no banco do IML por m foram mantidos no estudo por se tratarem de causa externa os demais foram localizados no banco e mantidos Ao final foram incluidos no estudo 648 casos A Figura 2 sintetiza as informa es chave da popula o estudada em rela o a situa o de ocupa o inser o ou n o em trabalho considerado prec rio e rela o ou n o das mortes com o trabalho Na Tabela 1 s o apresentados os resultados da compara o das distribui es das caracter sticas da popula o entrevistada e da popula o n o entrevistada sexo idade escolaridade estado civil cor atribu da pelo m dico legista e prov vel causa ou tipo de viol ncia Essa compara o foi realizada com o objetivo de avaliar se esses dois grupos diferiam entre si Para tal foi utilizado o pr prio do banco de dados
133. a vari vel ficar no lugar de ENDER1 DATAOB data do bito retirar da listagem do banco de dados do IML dia m s ano MESOB colocar o n mero do m s 1 janeiro 6 junho 10 outubro 2 fevereiro 7 julho 11 novembro 3 mar o 8 agosto 12 dezembro 4 abril 9 setembro 5 maio BAIRRO ver lista de c digos de bairros bairro do endere o da pessoa falecida os dois primeiros d gitos correspondem ao n mero da regi o administrativa os dois ltimos ao nome do bairro MUNIRES ver lista de munic pios abaixo munic pio de resid ncia da pessoa falecida 1 Salvador 10 Vera Cruz 2 Cama ari 11 Outros munic pios BA 3 Sim es Filho 12 Munic pios da RMS 4 Candeias 66 Diversos munic pios BA 5 Lauro de Freitas 77 Outros pa ses 6 Dias D Avila 88 Outros estados 7 Madre de Deus 55 Brasil 8 S o Francisco do Conde 99 Ignorado 9 Itaparica ENTREV se houver dois entrevistadores codifique o primeiro 1 Bartira 5 Mariana 2 Andr ia 6 Maryangela 3 Ant nio 7 Edilair 4 Eduardo Harley 8 Maria Jos 240 9 Vandilson 12 Alex 10 Leticia 13 Igor 11 Diana 14 Adriana DATAENTR data da entrevista colocar a data em portugu s dia m s ano TEMPO tempo de dura o da entrevista em minutos SEXOENT 1 masculino 2 feminino IDADENT se n o houver registro codifique como ignorado 99 GRAUENT grau de escolaridade da pessoa entrevistada codifique de acordo com as
134. abalho e Emprego Previd ncia Minist rio P blico entidades sindicais e comunit rias e organiza es n o governamentais Para a avalia o da concord ncia entre a causa b sica do sistema oficial SIM e da causa reconstitu da na pesquisa padr o ouro os casos foram separados em cinco grupos 0 nenhuma concord ncia 1 concord ncia total nos quatro d gitos 2 concord ncia parcial na letra e segundo d gito 3 concord ncia nos tr s primeiros d gitos diferindo somente no ltimo d gito indicativo do local de ocorr ncia do evento 4 concord ncia somente na letra Ap s essa primeira separa o os grupos 1 e 3 foram juntados e considerados como concord ncia total o grupo 2 foi apresentado separadamente como concord ncia parcial e os grupos 0 e 4 foram considerados como discord ncia total Para alguns tipos de causa como afogamentos acidentes com m quinas e inc ndios mesmo havendo concord ncia somente do primeiro d gito letra foram classificados 157 como grupo 2 e n o como 4 Por exemplo o c digo W69 8 afogamento e submers o em guas naturais foi considerado como parcialmente concordante com WY70 8 afogamento e submers o consequentes a queda em guas naturais o c digo W35 6 explos o de caldeira foi considerado parcialmente concordante com W41 8 exposi o a jato de alta press o O mesmo foi feito para os c digos Y26 0 exposi
135. abelecidos fluxogramas ou algoritmos combinando tipos de causas e tipos de ocupa o por exemplo queda ou choque el trico em pessoa informada como pedreiro homic dio em motoboy em vigilante ou em policial esses deveriam ser considerados 173 como eventos sentinela para a busca de informa es em fontes adicionais para melhor conhecimento das circunst ncias de ocorr ncia e caracter sticas dos eventos propiciando o estabelecimento da causa b sica com validade Os mesmos esfor os empreendidos para a melhor defini o da causa b sica seriam aplicados melhoria da qualidade da informa o sobre ocupa o Concord ncia da causa b sica de bito para todas as causas externas Estudos nacionais apontam ndices de concord ncia que variam de 62 a 72 entre a causa b sica do bito registrada na DO e aquela que de fato levou ao bito Mello Jorge 1990 Vermelho amp Mello Jorge 1996 Cordeiro et al 1999 Drumond Jr et al 1999 um pouco mais altos que o percentual encontrado no presente estudo Estudo sobre causas externas de morte em menores de 20 anos realizado no Recife encontrou os maiores percentuais de concord ncia entre DO e dados do IML variando de 73 para c digos com quatro d gitos a 95 Barros et al 2001 An lise da s rie hist rica de mortes por causas externas em todo Brasil de 1977 a 1994 mostrou que o percentual de bitos por les es envenenamentos com o tipo de causa ignorado permaneceu p
136. acteriza o e letalidade Cadernos de Sa de Publica 19 4 979 986 2003 Benach J Precarious employment and health inequalities Paper presented at EMCONET Employment Conditions Knowledge Network Second Meeting 23 24 January 2007 Federal University of Bahia Bahia Brazil 2007 Beraldo PSS Medina MG Borba EA amp Silva LP Mortalidade por Acidentes do Trabalho no Brasil Uma An lise das Declara es de Obito 1979 1988 JESUS Ano II 1 41 54 1993 BLS Bureau of Labor Statistics United States Department of Labor National Census of Fatal Occupational Injuries in 2002 Washington DC BLS 2003 Disponivel em http www bls gov iff oshcfoil htm Acessado em 17 09 2003 Borrel C Rodriguez M Ferrando J Brugal MT Pasar n MI Martinez V amp Plas ncia A Role of individual and contextual effects in injury mortality new evidence from small area analysis Injury Prevention 8 297 302 2002 Braga TS amp Rodarte MS A inser o ocupacional e o desemprego de jovens o caso das regi es metropolitanas de Salvador e Belo Horizonte Salvador Dieese SEI 2006 CCOHS Canadian Centre for Occupational Health amp Safety What is workplace violence Hamilton Ontario CCOHS 1999 June 28 Disponivel em http www ccohs ca oshanswers psychosocial violence htm l Acessado em 27 10 2004 Carneiro SAM Trabalho e Viol ncia rela o de proximidade da viol ncia a trabalhadores durante a jornada de trabalho na Zona Norte
137. ade dos v nculos de trabalho destacada mas tamb m os n veis elevados e crescentes de desemprego e as diversas formas do que passou a ser chamado de trabalho prec rio O mercado de trabalho na Am rica Latina historicamente caracterizou se por expressivos percentuais de trabalhadores inseridos em atividades informais de trabalho variando de 22 a 76 a depender do pa s analisado sem contar o contingente ocupado na agricultura e outras atividades em reas rurais Bello s d N o s sua magnitude importante como a tend ncia de crescimento observada nas duas ltimas d cadas parece longe de ser interrompida Enquanto isso o emprego formal decresce tanto nas empresas privadas maiores quanto no setor p blico Giuffrida et al 2002 Ao mesmo tempo evidencia se a maior concentra o de pessoas pobres com n veis de renda familiar insuficientes para sua subsist ncia dentre os trabalhadores informais comparados queles com v nculos formais de trabalho Al m disso a inseguran a e instabilidade no emprego e a falta de prote o e seguran a social tornam os trabalhadores informais mais vulner veis e propensos a aceitarem condi es de trabalho inadequadas e inseguras de forma a garantir alguma forma de sustento de suas fam lias Pesquisas recentes t m evidenciado os impactos negativos do trabalho informal e 44 prec rio na sa de dos trabalhadores Benavides et al 2006 Quinlan et al 2001 2002 Lewchuk et a
138. ades civis de luta pela paz e das experi ncias de f runs de combate viol ncia Invariavelmente essas recomenda es s o feitas pela totalidade dos pesquisadores da viol ncia no Brasil Infelizmente persiste a necessidade de repeti las com o acr scimo para a import ncia da inclus o das informa es sobre o trabalho e acidentes de trabalho 179 Vale ressaltar que mais importante que a coleta de dados o uso que se faz das informa es que tem maior valor Hill 2006 Por isso atualmente discute se de forma mais incisiva as quest es ticas envolvidas na produ o e uso das informa es sobre a viol ncia sobre a necessidade dos rg os p blicos garantirem tanto a produ o de informa es ver dicas necessidade de se produzir a verdade quanto garantir e facilitar o acesso s informa es para gestores t cnicos e autoridades competentes para o planejamento acompanhamento e avalia o de pol ticas p blicas e privadas adequadas e para a instrumenta o da a o social dos movimentos sociais e entidades que atuam na rea Ya Dessa forma imprescind vel a tomada de decis o politica a fim de garantir os investimentos necess rios em melhorias dos sistemas de informa o tanto no setor sa de quanto na seguran a p blica Com o estabelecimento de responsabilidades fluxos e instrumentos adequados articula o entre esses setores e os rg os de planejamento urbano e controle do tr fego
139. ades fordistas seriam aquelas caracterizadas somente pelo assalariamento regulamentado As n o fordistas reuniriam os trabalhadores que t m uma inser o prec ria no mercado de trabalho sem a prote o das leis sociais e trabalhistas reguladas pelo Estado Seria o trabalho n o regulado Noronha 2003 121 faz uma interessante an lise da informalidade trazendo as dimens es jur dicas econ micas e do senso comum estas ligadas ao conceito de justi a e do significado atribu do a essa situa o pelas pessoas Aponta que frequentemente o informal ilegal por m nem sempre percebido como injusto pelo senso comum As linhas divis rias entre contratos de trabalho ideal justo aceit vel pessoalmente inaceit vel injusto ou socialmente intoler vel s o t nues e misturam no es de necessidade pessoal de efici ncia de ticas pessoais e familiares de justi a e de valores normas e h bitos socialmente definidos muitos deles de natureza tradicional n o problematizados O autor prop e ainda que se diferencie as situa es de trabalho informal derivado da economia tradicional da informalidade dos tradicionais trabalhos por conta pr pria de trabalhos ao mesmo tempo modernos e pobres t picos de rela es capitalistas rec m deterioradas Noronha 2003 120 Estes seriam os correspondentes ao trabalho prec rio Sorj 1988 estudando camel s
140. ades l citas e il citas e um quinto considerando somente atividades l citas A compara o com o Sistema de Informa es sobre Mortalidade mostrou que a pesquisa identificou 12 9 vezes mais mortes por acidentes de trabalho em atividades l citas do que as registradas oficialmente Os percentuais aqui encontrados diferem pouco daqueles identificados nos dois outros estudos brasileiros que utilizaram entrevistas domiciliares como estrat gia para reconstitui o das circunst ncias do bito Hennington et al 2004 mostraram que os acidentes de trabalho compreenderam 27 0 dos bitos por causas externas em Campinas Entretanto esse estudo incluiu somente casos ocorridos entre homens no exerc cio de atividade l cita o que torna a diferen a de percentual um pouco maior Em Porto Alegre Oliveira amp Mendes 1997 identificaram 31 casos de morte por AT numa amostra de 159 bitos por causas externas em que 55 eram trabalhadores estimando propor es de AT de 19 5 no total da amostra e de 35 0 para o total de pessoas trabalhando Este foi o nico estudo encontrado que incluiu atividade il cita e o que apresentou resultados mais pr ximos ao atual estudo A propor o de acidentes de trabalho nos bitos por causas externas para o estado de S o Paulo foi estimada em 20 0 Waldvogel 2002 Estudo da morbidade por causas externas em uma emerg ncia hospitalar em Salvador estimou que 31 6 das les es e agress es eram devidas a acide
141. afogamento de um vendedor ambulante de 16 anos um atropelamento em menino de 12 anos em atividade eventual como ajudante de carregador de ferro velho e quatro homic dios durante exerc cio de atividade il cita Ressalta se ainda a maior propor o de acidentes do trabalho ocorridos ap s os 50 anos de idade comparados com a popula o total com um peso importante dos acidentes de transporte e outros acidentes 95 quedas nessa faixa de idade Essas diferen as s o devidas ao peso dos acidentes t picos e de trajeto nas terceira e quarta d cadas de vida e pelo peso dos homic dios entre os jovens As pessoas de cor branca est o representadas em propor o um pouco maior entre os casos de AT por m sem signific ncia estat stica Tabela 3 Quando distribu dos por tipo de viol ncia entre os falecidos ocupados o maior percentual de cor negra ocorreu no grupo dos homic dios 85 9 e o maior percentual no grupo de cor de pele n o negra foi observado entre os casos de suic dio 26 7 dados n o mostrados Apresentamos outras caracter sticas da composi o e din mica familiares consideradas pertinentes dados n o mostrados Dois ter os das fam lias eram do tipo nuclear casal com filhos 35 7 e extensiva 30 7 As fam lias nucleares com filhos apareceram em maior propor o nos casos de AT 42 6 do que no total de falecidos 35 7 Dentre as fam lias com somente um dos pais e filhos monoparent
142. ais da metade 52 8 nao houve concordancia entre as causas basicas indice que pode ser considerado muito alto Foram calculados elevados indices de discordancia para os acidentes de transporte 84 7 e suicidios 82 8 Esses indices tamb m foram maiores com diferen as estatisticamente significantes entre as mulheres entres os casos de acidentes de trabalho t picos de trajeto e em atividades il citas e entre as pessoas com mais de 30 anos de idade O maior e nico percentual de concord ncia que ultrapassou os 50 dos casos foi observado para as agress es homic dios Na Tabela 3 s o comparados os casos codificados pela pesquisa e pelo banco oficial de mortalidade segundo a intencionalidade O total de casos de inten o indeterminada no sistema oficial foi 23 6 vezes maior que na classifica o da pesquisa Foi poss vel definir a intencionalidade e o tipo de viol ncia para 97 9 dos casos classificados como de inten o n o determinada no banco oficial O n mero de acidentes de transportes aumentou quase quatro vezes 3 9 mais do que o registrado e o de les es auto infligidas foi quase cinco vezes maior 4 7 Os eventos acidentais aumentaram em 48 7 e as agress es em 30 7 na classifica o da pesquisa em rela o oficial Dos 29 casos em que ambas as classifica es codificaram como acidente de transporte em 12 a especifica o da posi o da pessoa motorista condutor passageiro e o tipo de ve culo era
143. al filhos 13 1 predominaram aquelas chefiadas por mulheres com cerca de dois ter os delas Em 54 7 89 dos casos de AT o falecido compartilhava essa responsabilidade com outros membros da fam lia Em m dia duas 1 3 pessoas moradoras do domic lio contribuiam para o sustento da familia Em um quarto do total das fam lias 25 1 e em menor percentual 17 0 dos casos de AT outros familiares n o moradores do domic lio auxiliavam no sustento da fam lia seja com recursos financeiros aportados regularmente ou eventualmente sempre que poss vel seja com aquisi o de alimentos cesta b sica roupas e outras necessidades Portanto as mortes por acidentes de trabalho e das demais pessoas ocupadas significaram perda substancial de renda familiar para pelo menos dois ter os das fam lias O Quadro 1 apresenta a distribui o dos 126 casos de bito por acidente de trabalho em atividades l citas por atividade econ mica e ocupa o Como era de se esperar a 96 constru o civil lidera em n mero de bitos importante frisar que a maioria dos pedreiros e serventes de pedreiro falecidos por acidentes de trabalho n o era contratada por empresas de constru o civil eram trabalhadores desempregados fazendo biscates ou trabalhando por conta pr pria em servi os tempor rios de empreitada ou obras contratadas por pessoas f sicas como constru o ou reforma de casas Um caso ocorreu com trabalhador durant
144. anos na RMS Passou de 63 89 por 100 mil pessoas em 2000 para 73 59 por 100 mil em 2003 um acr scimo de 15 na mortalidade por essas causas Esse acr scimo foi preponderantemente devido aos homic dios cuja taxa aumentou em 240 no per odo de 11 32 para 27 08 Apesar de ser a menor taxa a de suic dios foi a segunda em termos de incremento com 220 de 0 56 para 1 24 a taxa de mortalidade por acidentes de transporte aumentou 25 de 4 20 para 5 26 os eventos de inten o n o determinada tiveram um incremento da taxa de 13 de 25 15 para 28 50 O nico grupo de sub causa que diminuiu sua taxa no 29 periodo foi o das demais causas externas outros acidentes que passou de 21 24 para 12 24 por 100 mil uma diminui o de 42 MS Ripsa 2006 SALVADOR Com uma popula o estimada em 2005 de 2 673 560 habitantes Salvador a terceira maior capital do pais em n mero de habitantes com uma rea territorial de 707 Km Com 450 anos de hist ria foi fundada no per odo colonial com fun es pol tico administrativas sediou o governo geral do Brasil at 1763 Experimentou decl nio de sua base agro exportadora ap s a transfer ncia da capital para o Rio de Janeiro agravado pela concentra o do desenvolvimento industrial no centro sul do pa s resultando em um longo per odo de estagna o econ mica e populacional A partir da d cada de 50 com a descoberta e explora o do petr leo na regi o do Rec ncavo baiano
145. ante todo o processo Aos professores do Programa de P s gradua o em Sa de Coletiva A M nica Nunes e a Estela Aquino pelo aux lio em defini es do instrumento A Prof Gra a Druck pela disponibiliza o e discuss o de refer ncias Agrade o equipe de entrevistadores as Maryangela Andr ia Adriana Bartira Harley Igor e Mariana e a L o e Adailton motoristas da Fundacentro que entenderam a import ncia do estudo e buscaram estrat gias e todas as formas poss veis para localizar os familiares e realizar as entrevistas muitas vezes em condi es adversas Especialmente Mariana por sua persist ncia e tenacidade a Igor que acompanhou Mariana at o final e a Harley e Adriana pelas timas entrevistas e hist rias primorosas A Iara Edilair e Diana pelo aux lio na coleta de dados no IML e organiza o do material de campo A Maria Jos e Alcivando pelas entrevistas em Cama ari a P rola pelo aux lio no campo em Lauro de Freitas A T nia Alda pelo importante trabalho de acompanhamento psicol gico da equipe de entrevistadoras Fundacentro e ao Minist rio da Sa de pelo financiamento que permitiu a realiza o do trabalho de campo e outras etapas do estudo Aqueles que na Fundacentro Bahia por um tempo estiveram comigo nos momentos de constru o e aos gestores da Fundacentro e dos Centros Regionais Rosiver Lambertucci Pipoca S lvio Marta Mey Rose Higa pelos planos sonhos compartilhados aprendiza
146. ar uma situa o de estabilidade por meio do reconhecimento e da regulamenta o da atividade pelos poderes p blicos Sorj 1988 24 Aqui surgem quest es interessantes que existe sim alguma regula o por parte do Estado para uma s rie de atividades informais que essa regula o e a atua o do Estado nem sempre s o favor veis prote o e garantia do trabalho e da dignidade das pessoas que as op es dos trabalhadores pela atividade informal e suas trajet rias s o mediadas por uma rede de fatores econ micos sociais e culturais que devem ser levados em conta nas pol ticas p blicas de sa de de prote o e de inclus o social Paralelamente ao debate sobre a capacidade explicativa da categoria informalidade e no contexto de exig ncias do trabalhador flex vel polivalente trazida baila a dimens o da qualifica o necess ria para que trabalhadores se mantenham num mercado altamente competitivo e excludente Em quest o o significado da substitui o do conceito de qualifica o pelo de compet ncia Paiva 2001 Guimar es 2002 Silva 54 2002 Noronha 2003 Para uns o conceito de compet ncias articula se intimamente a no o de empregabilidade que tamb m se prop e a substituir a no o anterior de trabalho Guimar es 2002 sendo entendida como uma constru o social mais complexa na medida em que se descola das institui es formais e da experi ncia adqui
147. as 2004 Ramo de Atividade Ocupa o N Ramo de Atividade Ocupa o N AGRICULTURA PECU RIA SILVICULTURA E 2 TRANSPORTE ARMAZENAGEM E 15 EXPLORA O FLORESTAL COMUNICA ES Agricultor 2 Moto taxista 3 PESCA 5 Motorista de t xi 3 Pescador inclusive catador siri e marisco 5 Motorista de nibus 2 IND STRIA DE TRANSFORMA O 7 Cobrador de topique 1 Operador de processo industrial 3 Armador carregador cargas navios 1 Auxiliar de produ o 2 Sub gerente de ag ncia de viagens 1 Operador de gr fica 1 Carregador de mudan as 1 Mec nico industrial 1 Carroceiro 1 PRODU O DISTRIB ELETRICIDADE G S GUA 1 Carteiro 1 Inspetor de rede el trica 1 Operador cabo TV 1 CONSTRU O 20 ATIVIDADES IMOB ALUGU IS E 19 SERVI OS PRESTADOS AS EMPRESAS Pedreiro 9 Motoboy 7 Servente ou auxiliar de pedreiro 5 Seguran a v nculo clandestino 5 Carregador material constru o caminh o ca amba 3 Seguran a de estabelecimentos 3 Carpinteiro 2 Vigia condom nio zelador 3 Montador 1 Eletricista 1 COM RCIO REP VE C AUTOM OBJ PESSOAIS E 17 ADM P BLICA DEFESA E SEG SOCIAL 5 DOMESTICOS Catador de material recicl vel 4 Policial Militar Bombeiro 3 Comerciante alimentos estab fixo 3 Soldado da Aeron utica 1 Comerciante outros n o alimentos 3 Servidor TRE 1 Carregador de compras para clientes 2 EDUCA O SA DE E SERV SOCIAIS 5 Pintor de autom veis 1 Professor de viol o 1 Promotora de vendas 1 Agente educado
148. as tamb m diminui o de sal rios perda do poder de negocia o e da seguran a ou estabilidade no emprego Carr amp Chen 2004 42 O conceito de exclusao social que na Europa se refere a exclusao de cidadaos do contrato social pelo Estado mais especificamente do emprego seguro padrao deve ser entendido conforme os processos particulares da forma o hist rico social dos pa ses Por exemplo a maioria dos trabalhadores nos pa ses europeus ainda conserva um padr o de vida e salarial razo vel mesmo com a eros o do pleno emprego Ao contr rio os pa ses em desenvolvimento nunca experimentaram pocas de pleno emprego ou de estado de bem estar social Consequentemente a maioria dos trabalhadores est ou empregada por conta pr pria ou tem empregos com baixos padr es salariais e em condi es de vida dif ceis Nos pa ses em desenvolvimento portanto pertinente que o conceito reflita os processos pelos quais certos grupos s o exclu dos de ou marginalizados pelo desenvolvimento pol tico econ mico e social Carr amp Chen 2004 3 Concretamente a globaliza o vem acompanhada de mudan as nas formas de gest o do trabalho que propagam amplamente conceitos de flexibilidade polival ncia e adotam entre outras pr ticas de subcontrata o e terceiriza o Especialmente para os pa ses perif ricos essas pr ticas significam perdas de direitos sociais e trabalhistas e precariza o das condi es de tra
149. asil Estimativas de sub registro e corre o de taxas de mortalidade e de incid ncia IV Congresso Brasileiro de Epidemiologia Recife Junho 2004 2 Methodological issues regarding study on mortality due to violence at work and work related injuries in Salvador Bahia Brazil 18th International Symposium in Epidemiology in Occupational Health EPICOH 2005 Bergen Noruega Setembro 2005 3 Uma estrat gia para o enfrentamento da viol ncia seguran a e suporte psicol gico para uma equipe de entrevistadores em um estudo sobre a 11 mortalidade por causas externas 11 Congresso Mundial de Sa de P blica e 8 Congresso Brasileiro de Sa de Coletiva Rio de Janeiro 21 a 25 de agosto de 2006 4 Mortality due to Violence at Work and Work Related Injuries in Salvador Bahia Brazil 11 Congresso Mundial de Sa de P blica e 8 Congresso Brasileiro de Sa de Coletiva Rio de Janeiro 21 a 25 de agosto de 2006 Artigos publicados Os seguintes artigos fazem parte da credita o obtida durante o curso e est o dispon veis no s tio de cada revista no scielo www scielo br 1 Acidentes de Trabalho no Brasil entre 1994 e 2004 uma revis o Vilma Santana Let cia Nobre Bernadete Cunha Waldvogel publicado na Revista Ci ncia amp Sa de Coletiva 10 4 841 855 2005 2 Sistema de Informa o em Sa de do Trabalhador desafios e perspectivas para o SUS Luiz Augusto Facchini Let cia C C Nobre
150. balho deixou de ser significante quando estratificada por inser o em trabalho prec rio Observou se proporcionalmente maior escolaridade nos dois grupos nos trabalhadores com inser o n o prec ria Todavia os trabalhadores falecidos seja pelo conjunto de causas violentas seja por AT apresentam se com muito menor escolaridade do que a popula o ocupada da RMS segundo dados da PED 2004 SEI 2005 Na popula o ocupada da RMS o percentual de analfabetos foi de 2 6 com ensino fundamental incompleto foi de 26 7 com ensino m dio completo foi de 35 3 e ensino superior completo de 12 2 A baixa escolaridade pode ser um dos elementos importantes tanto na determina o do risco de morrer por essas causas quanto nas chances de ter ou permanecer em inser o prec ria no trabalho A escolaridade tem sido analisada como uma vari vel indicativa de capital humano ou capital cultural associada ao acesso da pessoa ao mercado de trabalho a determinadas ocupa es em posi o de trabalho favor vel ou n o e aos meios materiais de sobreviv ncia Macedo et al 2001 Uga 2004 Tamb m pode influenciar indiretamente na exposi o a situa es de risco para acidentes e viol ncias medida que facilita ou n o o acesso a informa es e conhecimentos para a prote o contra esses riscos Barata et al 2000 Oh amp Shin 2003 Educa o n vel salarial e ocupa o mostram se altamente correlacionados em 117 diver
151. balho e sa de Druck 1997 Hirata amp Pr teceille 2002 Hespanha 2002 Ocorre o que Antunes 2002 52 prop e ser uma tend ncia subproletariza o do trabalho expressa nas formas de trabalho prec rio parcial tempor rio subcontratado terceirizado vinculadas economia informal trabalho em domic lio entre outras Todas essas categorias de trabalhadores compartilham a precariedade do emprego e da remunera o a desregulamenta o das condi es de trabalho em rela o s normas legais e a perda de direitos sociais a fragiliza o da prote o e atua o sindicais configurando uma tend ncia individualiza o extrema da rela o salarial Antunes 2002 52 Junto com a discuss o sobre a precariza o do 43 trabalho aparece na sociologia do trabalho toda uma vertente que discute os impactos e modifica es que esse processo implica na composi o da popula o trabalhadora nas exig ncias de qualifica o de flexibilidade de compet ncias de agilidade para adaptar se s mudan as requeridas pelas novas formas de valoriza o do capital Paiva 2001 Sennet 2004 Estimativas oficiais contabilzam que cerca de um ter o dos trabalhadores est o desempregados ou subempregados no mundo Loewenson 2001 Na maior parte dos pa ses do terceiro mundo o contingente de trabalhadores inserido na economia informal mais da metade da popula o economicamente ativa N o somente a informalid
152. bela 7 Variavel N OR bruta 1C95 OR ajustada 1C95 Salario 488 0 76 0 49 1 19 0 1 SM 196 2 15 0 88 11 37 1 SM 292 0 55 0 33 0 91 Renda familiar per capita 488 0 68 0 44 1 04 At SM 171 1 10 0 46 2 66 Maior que 1 2 SM 317 0 56 0 33 0 94 In cio vida laborativa 456 0 44 0 28 0 70 Antes dos 15 anos 263 0 46 0 24 0 87 15 anos e mais 193 0 43 0 21 0 85 Trabalho formal na vida 414 1 16 0 67 2 03 Nunca 188 0 89 0 07 47 68 Alguma vez 226 1 18 0 67 2 09 Tipo viol ncia 488 0 81 0 52 1 26 Homicidio 335 0 90 0 50 1 63 Outras viol ncias 153 0 70 0 35 1 41 146 Grafico 1 Distribui o dos bitos na popula o ocupada por tipo de acidente segundo inser o em trabalho prec rio N 488 E N o Prec rio O Prec rio N o Prec rio D Prec rio 94 4 1004 904 804 72 9 704 58 1 56 6 604 504 404 304 204 5 6 104 0 N o RT T pico Trajeto AT Ativ llicita Tipo de acidente Gr fico 2 Distribui o dos bitos na popula o estudada por tipo de viol ncia segundo inser o em trabalho prec rio N 485 80 704 604 504 47 a o 2 iol 0 Acid Transp Outro Acid Homic dio Suic dio Tipo de viol ncia 147 Artigo 3 VALIDADE DA CAUSA BASICA NA DECLARACAO DE OBITOS POR ACIDENTES DE TRABALHO 148 Validade da causa b sica na declara o de bitos por
153. briga discuss o 3 confronto com ou a o da pol cia 4 bala perdida 5 emboscada 6 morto por engano 7 envolvimento atividade il cita 8 vingan a 9 outro especifique 0 nsa 99 ignorado 66 De quem partiu a agressao viol ncia conhecido ou desconhecido da pessoa falecida 1 pessoa desconhecida 2 pessoa da fam lia 3 outra pessoa conhecida 4 pol cia 7 outra especifique 0 nsa 9 n o sabe TIPOVI HOMICI AGRESS 67 Se foi acidente de tr nsito transporte qual is o s tipo s de veiculo s envolvido s 1 bicicleta 2 motocicleta 3 carro passeio 4 nibus 5 caminh o 6 trem 7 Outro especifique 0 nsa 9 n o sabe VEICULO 68 O Sr a pessoa que faleceu envolvida no acidente tr nsito transporte era 1 pedestre 2 ciclista 3 carona de bicicleta 4 motociclista 5 passageiro de moto 6 condutor de autom vel 7 passageiro de autom vel 8 condutor ve culo transporte pesado 9 ocupante passageiro de ve culo de transporte pesado caminh o nibus 00 n o se aplica 99 n o sabe 69 Qual foi o tipo de acidente viol ncia ou objeto envolvido utilizado soterramento 2 choque el trico 3 queda 4 produto qu mico 5 explos o 6 m quina 7 ferramenta 8 arma de fogo 9 arma branca faca 1 1 10 atropelamento 11 colis o com outro ve culo 12 colis o com objeto parado 13 afogamento 14 enforcamento estrangulamento sufoca o
154. ca o da rela o com o trabalho Embora com taxas entre cinco a vinte vezes menores que o Brasil e Bahia outros pa ses apresentam semelhan a em rela o aos ramos de atividade econ mica com maior mortalidade por acidentes de trabalho Nos Estados Unidos depois da minera o e agricultura aparecem a constru o civil e transportes com as maiores taxas de mortalidade por acidentes de trabalho BLS 2003 na Inglaterra lideram a agricultura e constru o civil HSE 2005 Dong et al 1995 na Uni o Europ ia a pesca considerado o ramo mais perigoso seguido pela agricultura e transporte OSHA 2003 Na Turquia pa s considerado em desenvolvimento an lise de regress o log stica com dados nacionais em que o tipo de acidente foi considerado como vari vel indicadora do risco no ambiente de trabalho estimou alto risco de bito para acidentes com ve culo motor OR 24 5 e eletrocuss o OR 26 1 quando tomado por refer ncia o tipo atingido por ou prensado por objeto e para a constru o civil OR 2 6 comparada manufatura Erg6r et al 2003 Os acidentes de transporte corresponderam a 17 0 do total de mortes estudadas e a 27 2 do total de mortes relacionadas ao trabalho Perfil similar ao encontrado neste estudo com maior ocorr ncia de atropelamentos de pedestres e ciclistas e colis es envolvendo motociclistas bem como taxas crescentes de mortalidade tem sido observado no Brasil e demais pa ses em desenvolvimen
155. ca da entrevista seja pr pria poca do bito Algumas informa es sobre as circunst ncias do evento as motiva es ou sobre os respons veis somente poderiam ser de fato esclarecidas ap s e se finalizado o inqu rito policial Em alguns casos as informa es sobre trabalho e ocupa o n o eram totalmente conhecidas do familiar muito mais pela pr pria precariedade e descontinuidade dos trabalhos exercidos do que por esquecimento ou n o lembran a ou quando os informantes eram parentes menos pr ximos como sobrinha tia ou tio ou vizinho Sal rio outras fontes de renda e renda dos familiares foram aquelas que apresentaram maior percentual de respostas ignoradas ou com pouca precis o segundo avalia o dos entrevistadores que foram treinados para fazer observa es sempre que percebessem inconsist ncia ou falta de honestidade nas respostas Este era um resultado esperado vez que uma informa o sabidamente de dif cil coleta Mesmo com esses limites considera se que houve um razo vel aporte de informa es para al m do que se disp e nos sistemas de informa o que possibilitou tra ar uma contundente descri o do perfil epidemiol gico dos casos estudados Outra ordem de observa o a ser feita sobre a elei o da categoria trabalho prec rio e n o somente trabalho informal ou setor informal ou economia informal At o in cio da d cada de 90 os estudos sobre mercado de trabalho ainda cent
156. ca em identificar a ocupa o e as situa es de trabalho em seus sistemas de informa o resultado das l gicas com que s o constru dos e mantidos esses sistemas Estas l gicas s o fragmentadoras centralizadoras e homogeneizadoras que propiciam o ocultamento dos problemas das desigualdades e das iniquidades Njaine et al 1997 Moraes amp Santos 1998 152 De certa forma diferenciado pelas dimens es particulares das rela es de trabalho e de poder nelas embutidas mas compartilhado com outras formas de viol ncia os acidentes e as viol ncias no trabalho sofrem um processo sistem tico de naturaliza o e banaliza o o que contribui ainda mais para que n o apare am como um problema de sa de p blica Considerando a import ncia da produ o e uso de informa es fidedignas a situa o amplamente identificada de altos ndices de sub registro das mortes por acidentes de trabalho e a quase total invisibilidade das mortes de parcelas de trabalhadores fora do mercado formal de trabalho os objetivos do presente estudo s o a avaliar a validade da informa o sobre a causa b sica de bitos por causas externas b estimar o sub registro das mortes por acidentes de trabalho e c quantificar o ndice de concord ncia entre a causa b sica declarada no sistema de informa o oficial com a causa reconstitu da pela pesquisa para os demais tipos de viol ncia M TODOS Estudo de valida o da causa b sica de bito
157. cebeu o corpo ap s necropsia Essas informa es somente foram obtidas para os bitos ocorridos at o final de outubro de 2004 Ap s mudan a na dire o do IMLA a equipe da pesquisa n o obteve mais autoriza o para a coleta dos dados referentes aos meses de novembro e dezembro Fonte de dados prim ria Instrumento para as entrevistas domiciliares O instrumento utilizado consistiu de um question rio constru do ap s consulta a outros instrumentos como aqueles utilizados pelo IBGE question rio e defini es do Censo 2000 e das pesquisas de emprego e desemprego DIEESE defini es de mercado de trabalho trabalho formal e informal emprego e desemprego Anu rio Estat stico de Acidentes de Trabalho da Previd ncia Social Sistema de Informa es sobre Mortalidade Declara o de bito Manual de Vigil ncia Epidemiol gica e instrumentos utilizados nas investiga es de acidentes de trabalho com bito pelo Centro de Estudos da Sa de do Trabalhador al m de refer ncias bibliogr ficas diversas e consulta a alguns pesquisadores Gra a Druck Estela Aquino M nica Nunes Mina Kato Perguntas fechadas e abertas foram intercaladas de forma a permitir a valida o interna especialmente das informa es relativas s circunst ncias de ocorr ncia do bito e 195 situa o de trabalho e ocupa o da pessoa falecida propiciando a reconstitui o da causa b sica do bito conforme a t cnica conhecida como
158. cimento ltimo ano importante saber no m nimo quantas vezes o a falecido a sofreu acidentes ou foi v tima de agress es viol ncias ou se envolveu em situa es de agress o mesmo que tenha sido ele a o a agressor a antes que tipo de viol ncia foi acidente de tr nsito agress o de terceiros brigas roubo assalto acidentes quedas choque el trico acidentes com m quinas equipamentos etc e se estava trabalhando quando isso aconteceu 236 78 Problema de sa de registre at tr s problemas considerando os principais problemas em termos de gravidade e de tempo Se n o tem problemas de sa de marque 8 nsa n o se aplica nas quest es 78 a 81 e passe para a pergunta 82 79 Dura o problema de sa de considere o principal problema de sa de e pergunte h quanto tempo tinha esse problema Se era menos de um m s marque somente o n mero de dias se for anos marque o n mero de anos e meses 10 anos e 8 meses Se for menos de um ano marque somente o n mero de meses 80 Tratamento m dico marcar a op o informada 81 Rem dio se n o souber informar o nome do rem dio e disser tomava rem dio para press o registre essa informa o Perguntar se tomava rem dio mesmo se resposta para a pergunta 80 for n o 82 Bebida se informar que tinha algum problema com bebida pe a para falar um pouco sobre isso e anote tudo o que for informado Fa a as perguntas 83 a 87 e continue na sequ ncia
159. como relacionadas ao trabalho em outro artigo as mortes ocorridas durante exerc cio de atividade il cita como roubos intercepta o de produtos e com rcio ilegal tr fico de drogas n o foram inclu das entre os casos de acidentes de trabalho na an lise de validade e c lculo do subregistro de acidentes de trabalho do presente estudo As guias de solicita o de necropsia expedidas pela autoridade policial ao IML foram conferidas e concluiu se que no geral n o trazem informa es relevantes adicionais pois descrevem como foi encontrado o corpo a posi o o tipo de traje o tipo de ocorr ncia delituosa ou n o levantamento cadav rico algumas vezes informando ser homic dio Como at o ano da pesquisa n o constavam do processo no IML os boletins de ocorr ncia policial estes foram solicitados s circunscri es policiais por meio da dire o do Departamento de Pol cia Metropolitana da Secretaria de Seguran a P blica com objetivo de avaliar se poderiam trazer informa es adicionais importantes Como se obteve resposta para menos de um ter o das delegacias compreendendo menos de 10 155 dos casos foi feita somente uma avalia o preliminar dos boletins de ocorr ncia policial recebidos sem utiliz los para a reconstru o da causa b sica A validade acuidade ou exatid o refere se ao grau em que o exame ou o instrumento apropriado para medir o verdadeiro valor daquilo que medido observado
160. corr ncia policial e INSS Foram identificados dois estudos brasileiros que utilizaram estrat gia similar ao presente estudo de reconstitui o da causa b sica de bito mediante entrevistas domiciliares com familiares das pessoas falecidas com posterior compara o dos dados da DO Em Porto Alegre os acidentes de trabalho compreenderam 19 5 do total de causas externas inclu dos aqueles ocorridos por exerc cio de atividade il cita de 31 bitos por acidente de trabalho em somente duas DO havia o registro no campo espec fico sendo calculado um sub registro de AT de 81 9 nas DO Oliveira amp Mendes 1997 Em Campinas os acidentes de trabalho totalizaram 27 0 dos bitos por causas externas nenhuma DO tinha o campo acidente de trabalho assinalado positivamente os autores estimaram ndices de sub registro na DO de 27 para Campinas e de 83 4 para o estado de S o Paulo Hennington et al 2004 172 E possivel que tanto os percentuais mais elevados de acidentes de trabalho entre as causas externas nos outros estudos quanto o indice de sub registro mais elevado encontrado para os tr s munic pios aqui estudados tenham rela o com diferen as entre os mercados de trabalho das regi es comparadas A Regi o Metropolitana de Salvador possui maior contingente de trabalhadores inseridos em atividades informais e em emprego prec rio maiores ndices de desemprego piores indicadores sociais como baixa escolaridade menor
161. cupational injuries comparing formal and informal workers Out sourcing and subcontracting practices emerged as a result of the productive restructuring process lead to worse health and work conditions Precarious workers are less prone to receive training occupational health and safety care and to search for security benefits Conclusions There are important evidences that informal or precarious workers present worse health indicators Although they are not so consistent It is important to implement the investigation about the relations between them with standardized designs indicators and instruments in order to compare differences and similarities across countries and to better trace the dimensions of work environmental conditions and inequalities of gender minorities and other vulnerable groups Pesquisa parcialmente desenvolvida com recursos do Conv nio Minist rio da Sa de Fundo Nacional de Sa de Fundacentro Centro Regional da Bahia Portaria N 0158 2004 e da Fundacentro Programa de Melhoria da Qualidade das Estat sticas de Acidentes e Doen as do Trabalho Aprovada pelo Comit de Etica do Instituto de Sa de Coletiva da Universidade Federal da Bahia 41 INTRODU O A partir da segunda metade do s culo passado mais especificamente ap s a Segunda Grande Guerra o mundo vivencia um intenso e crescente processo de esgotamento do modelo de produ o industrial em massa potencializado pelo fenome
162. d gena ou reacional por perda de familiar separa o ou briga conjugal por problemas no trabalho por dificuldades financeiras ou com hist rico de tentativas de suic dio anteriores Em alguns casos foi poss vel relacionar o estabelecimento do processo depressivo que culminou com o ato suicida com a situa o de desemprego persistente Em outros o familiar relacionava o bito com quadro de alcoolismo e inclusive com o uso de outras drogas especialmente coca na e crack As associa es entre o abuso de lcool e acidentes de tr nsito homic dios e outros acidentes v m sendo estudadas em diversos pa ses Maharaj amp Ali 2004 Borges et al 2006 Ultimamente tamb m a associa o entre desemprego ou emprego prec rio e problemas de sa de acidentes maior mortalidade e suic dios vem sendo objeto de estudos Harris et al 1998 Souza et al 2006 Ambas as quest es necessitam maior aprofundamento em estudos posteriores e como todas as demais causas de bito se beneficiariam com a utiliza o da an lise de causas m ltiplas Laurenti amp Buchalla 2000 Em suma os diversos estudos que buscaram reconstituir a causa b sica de bitos por causas externas mediante a busca de informa es adicionais existentes nos pr prios institutos m dico legais inclusive conferindo os boletins de ocorr ncia policial concluem que os ganhos de informa o e de acr scimo de diagn sticos de causas definidas em contraposi o aos
163. da ao trabalho especialmente considerando o peso e a interface das situa es de viol ncia urbana e de condi es de vida e trabalho prec rios pode ser recomend vel consider las em uma perspectiva de entendimento da din mica social das inter rela es entre as dimens es coletivas do trabalho e dimens es singulares e particulares das pessoas e fam lias Por exemplo chefes de fam lia mulheres especialmente na Regi o Nordeste e Bahia apresentam menor rendimento maior propor o de inser o em v nculos prec rios e rendimentos menores S o na maioria chefes mulheres sem a presen a de c njuge para repartir responsabilidades Dieese 2004 Guimar es 2004 Nas fam lias extensivas h mais possibilidades de outros membros se lan arem ao mercado de trabalho contribuindo para o aumento da renda familiar Da din mica das fam lias s o constru das as estrat gias de enfrentamento cotidiano do desemprego as alternativas do trabalho por conta pr pria da perman ncia na informalidade a possibilidade de continuar encontrando biscates de n o ficar parado mesmo que seja trabalhando de forma n o remunerada em ajuda aos familiares ou aos vizinhos Guimar es 2002 Essa rede de suporte e solidariedade social e familiar que criada e recriada por vezes se rompe mais tragicamente do que o desemprego ou o emprego prec rio que lhe originou como atestam alguns casos estudados Sr JL pedreiro desempregado 41 anos estava ga
164. ddle aged men in 11 European countries comparison of population based studies British Medical Journal 316 1636 1642 1998 Leigh J Macaskill P Kuosma E Mandryk J Global burden of disease and injury due to occupational factors Epidemiology 10 5 626 631 1999 132 Linhares C Vigilantes legalizados e clandestinos vitimas e vitimizadores Tese de Doutorado em Sa de P blica Instituto de Saude Coletiva Universidade Federal da Bahia 2005 Loomis D amp Richardson D Race and the Risk of Fatal Injury at Work American Journal of Public Health 88 1 40 44 1998 Lopes F Experi ncias desiguais ao nascer viver adoecer e morrer t picos em sa de da popula o negra no Brasil In BATISTA L E amp KALCKMANN S Org Semin rio Sa de da Popula o Negra Temas em Sa de Coletiva S o Paulo Instituto de Sa de 2005 Macedo AC Paim JS Silva LMV amp Costa MCN Viol ncia e desigualdade social mortalidade por homic dios e condi es de vida em Salvador Brasil Rev Sa de P blica 2001 35 6 515 22 Machado JMH amp G mez CM Acidentes de Trabalho Uma Express o da Viol ncia Social Cad Sa de P blica 10 supl 1 74 87 1994 Martikainen P Valkonen T Martelin T Change in male and female life expectancy by social class decomposition by age and cause of dealth in Finland 1971 95 Journal Epidemiology Community Health 55 494 499 2001 Mello Jorge MHP Situa o atual das estat sticas oficiais relativas
165. de 2004 passando a se denominar bolsa fam lia Se poss vel coloque de forma especificada se n o re na os valores informados na op o bolsa fam lia Alguns desses programas t m suplementa o de verba pelo estado ou pelo munic pio Registre o valor total A bolsa escola e o recurso repassado s fam lias por crian as retiradas do trabalho e frequentando a escola do PETI Programa de Erradica o do Trabalho Infantil s o incentivos separados Pode ocorrer de haver os dois em uma mesma fam lia ou de haver mais de uma crian a na fam lia recebendo algum deles registre o total considerando todas as crian as que recebem e a soma dos dois bolsa escola e PETI Aposentadorias podem ser por tempo de servi o por tempo de contribui o ou por invalidez considerar o somat rio de todas elas se houver mais de uma pessoa aposentada na fam lia Pens o aliment cia refere se pens o paga pelo pai ou pela m e para fins de participa o no sustento dos filhos tal como definida em lei nos casos de separa o dos pais Pens o pode ser pens o por morte ou outro motivo de institutos p blicos ou privados Aux lio doen a INSS em geral benef cios pagos mensalmente pelo INSS enquanto a pessoa est afastada do trabalho para fins de tratamento m dico com invalidez tempor ria Inclui tamb m os benef cios mensais pagos por pessoas e filhos com defici ncias f sicas e mentais importantes e incapacitantes
166. de S o Paulo em 1998 Universidade de S o Paulo Tese Mestrado 143 p S o Paulo 2000 Carr M amp Chen MA Globalization and the Informal Economy How Global Trade and Investment Impact on the Working Poor Geneva International Labour Office 2002 130 Carr M amp Chen MA Globalization social exclusion and work with special reference to informal employment and gender ILO Working Paper N 20 Geneva ILO 2004 Castel R A Inseguran a Social O que ser protegido Tradu o de Lucia M Endlich Orth Petr polis RJ Vozes 2005 Castel R As metamorfoses da quest o social Uma cr nica do sal rio Tradu o de Iraci D Poleti Petr polis Vozes 1998 Cohn A Viol ncia social acidentes no trabalho Lua Nova 3 49 54 1986 Concei o PSA Nascimento IBO Oliveira PS amp Cerqueira MRM Acidentes de trabalho atendidos em servi o de emerg ncia Cadernos de Sa de P blica 19 1 111 117 2008 Costa SV Impacto dos Acidentes do Trabalho Benef cios Acident rios Um Breve Estudo Previd ncia em Dados 8 3 21 33 1998 Cruz Neto O amp Minayo MCS Exterm nio Violenta o e Banaliza o da Vida Cadernos de Sa de P blica Rio de Janeiro 10 supl 1 199 212 1994 Cubbin C LeClere FB amp Smith GS Socioeconomic status and injury mortality individual and neighbourhood determinants J Epidemiol Community Health 54 517 524 2000 Dahl R Vehicular Manslaughter The Global Epidemic of Traffic
167. de Trabalho com bito registrados em jornais do Estado da Bahia Revista Baiana de Sa de P blica 30 1 2006 Steenland K amp Beaumont J The Accuracy of Occupation and Industry Data on Death Certificates Journal of Occupational Medicine vol 26 4 288 296 1984 Takala J Global estimates of fatal occupational accidents Epidemiology 10 5 640 646 1999 Vermelho LL amp Mello Jorge MH Mortalidade de jovens an lise do per odo de 1930 a 1991 a transi o epidemiol gica para a viol ncia Revista de Sa de P blica S o Paulo vol 30 4 319 331 1996 Waldvogel BC Acidentes do trabalho os casos fatais a quest o da identifica o e da mensura o Belo Horizonte Segrac 2002 Cole o Prodat Estudos e An lises v 1 n 1 mar 2002 186 Tabela 1 Registro de acidente de trabalho AT na Declara o de bito atestada pelo sistema oficial de mortalidade SIM e reconstitu da pela pesquisa segundo algumas vari veis e validade da causa b sica atestada pelo SIM N 648 Vari veis Registro de AT Valor Valor Registro AT no SIM na Pesquisa Sensibilidade Especificidade preditivo preditivo AT Sim N o AT positivo negativo Total de casos 126 522 AT Sim 9 1 7 1 99 8 90 0 81 7 Nao AT 117 521 Sexo Masculino AT Sim 9 1 7 9 99 8 90 0 81 4 Nao AT 105 459 Feminino AT Sim 0 0 0 0 100 0 100 0 83 8 Nao AT 12 62 Idade anos 10 29 AT Sim 0 0 0 0 100 0 100 0 89 7 N o AT 39 339 30 69 AT Sim 9 1 10 3 9
168. de esta o trabalho O que o trabalho tem a ver com isso Que trabalho esse Ao final do percurso a riqueza do aprendizado do olhar do outro do olhar se mutuamente A impressionante visibilidade adquirida pelos acidentes e viol ncias no trabalho e fora dele Pelo trabalho e pela falta dele Mais problema de saude publica ainda a viol ncia do trabalho prec rio e da falta de trabalho em condi es dignas Profundamente grata pelas contribui es e trocas que tive no caminho a responsabilidade pelo resultado aqui apresentado e seus limites toda minha Tenho sido principalmente gestora de servi os de sa de do trabalhador no Sistema nico de Sa de SUS desde 1992 No in cio de 2003 antes de ingressar no Programa de P s gradua o em Sa de Coletiva para fazer o doutorado fui convidada para assumir a dire o da Fundacentro institui o de estudos e pesquisas na rea de Seguran a e Sa de do Trabalhador do Minist rio do Trabalho e Emprego Senti me no compromisso de aceitar de forma a contribuir com o governo que se iniciava Foram anos de aprendizado por m de dif cil compatibiliza o entre as atividades de gest o e do doutorado Em 2006 retornei para meu v nculo de origem a Secretaria de Sa de do Munic pio de Cama ari a fim de ter mais disponibilidade para finalizar o doutorado Assim meu sandu che foi a Fundacentro a gest o Em paralelo s atividades de gest o e do doutorado participei a
169. de informa es sobre mortalidade problemas e propostas para o seu enfrentamento Il Mortes por causas externas Revista Brasileira de Epidemiologia 5 2 212 223 2002 Minayo MC A viol ncia Social sob a Perspectiva da Sa de P blica Cadernos de Sa de P blica 10 supl 07 18 1994 Moraes HIS amp Santos SRFR Informa o em Sa de Os Desafios Continuam Ci ncia amp Sa de Coletiva 11 1 37 51 1998 Moraes HIS amp Santos SRFR Informa es para a Gest o do SUS Necessidades e Perspectivas IESUS 10 1 49 55 2001 Murray CJL amp L pez AD Quantifying the Burden of Disease and Injury Attributable to Ten Major Risk Factors In The Global Burden of Disease eds CJL Murray amp AD Lopez Cambridge MA Harvard Press University 1996 Njaine K Souza ER Minayo MC amp Assis SG A produ o da des informa o sobre viol ncia an lise de uma pr tica discriminat ria Rio de Janeiro Cadernos de Sa de P blica 13 3 405 414 1997 Nobre LCC Acidentes de Trabalho no Brasil Estimativas de Sub registro e Corre o de Taxas de Mortalidade e de Incid ncia Apresenta o em Painel no IV Congresso Brasileiro de Epidemiologia Um Olhar sobre a Cidade Recife 19 a 23 de junho de 2004 Revista Brasileira de Epidemiologia N mero Especial vers o eletr nica Junho 2004 ISSN 1415 790X Nobre LCC Carvalho FM amp Kato M Mortes violentas a contribui o dos acidentes de trabalho e da precariza
170. de trabalho constituem uma importante dimens o do desgaste da perda de sa de e de vida de uma consider vel parcela da popula o mundial estimando se 354 mil mortes no ano 2000 Driscoll et a 2005 Segundo a Organiza o Internacional do Trabalho somente um ter o de seus Estados membros apresentam informa es razoavelmente fidedignas sobre acidentes de trabalho e mesmo nesses pa ses identifica se subenumera o dos casos de acidentes e doen as inclusive de bitos Takala 1999 Leigh et al 1999 Dentre os fatores respons veis por essa subenumera o destacam se 1 o n o registro da rela o com o trabalho nos sistemas de informa es Beraldo et al 1993 Souza et al 2006 2 quest es de validade e acur cia dos sistemas oficiais de estat sticas de acidentes de trabalho Alves amp Luchesi 1992 Kraus et al 1995 Waldvogel 2002 3 aspectos legais e burocr ticos dos sistemas dentre eles a cobertura restrita da popula o trabalhadora e a disparidade de crit rios para inclus o de casos Giuffrida et al 2002 lunes 2002 4 exist ncia de incentivos econ mico financeiros que levam as empresas a n o registrar parte desses eventos Leigh et al 1999 Dorman 2000 Giuffrida et al 2001 Os crit rios utilizados para os registros diferem entre paises alguns somente registram os casos de acidentes a partir de tr s dias de afastamento outros a partir de 15 dias outros a partir do primeiro dia de afas
171. dentes por exemplo acidentes de trajeto homic dios estupros etc Dentre os fatores que t m sido citados como respons veis pela subenumera o dos acidentes de trabalho podem se destacar 1 a prec ria identifica o da rela o com o trabalho 2 o n o registro da rela o com o trabalho nos sistemas de informa es Beraldo e cols 1993 Concei o e cols 2003 3 quest es de validade e acur cia dos sistemas oficiais de estat sticas de acidentes de trabalho Kraus e cols 1995 Cordeiro e cols 1999 Herbert amp Landrigan 2000 4 aspectos legais e burocr ticos dos sistemas Giuffrida e cols 2001 lunes 2002 5 exist ncia de incentivos econ mico financeiros que levam as empresas a n o registrar parte desses eventos Leigh e cols 1997 1999 Dorman 2000 Giuffrida e cols 2001 lunes 2002 Esta apresenta o tem o objetivo de contribuir para o aprimoramento das estimativas oficiais brasileiras discutindo algumas quest es metodol gicas referentes ao c lculo de taxas de mortalidade e de incid ncia de acidentes de trabalho S o apresentados alguns exerc cios de corre o das estimativas de taxas de mortalidade e de incid ncia de acidentes de trabalho para o Brasil para o ano 2000 baseados nos m todos utilizados por Takala 1999 comparando os com os resultados de estudos brasileiros que dimensionaram o subregistro de acidentes de trabalho Metodologia para corre o de
172. des Cadernos do CEAS Centro de Estudos e A o Social 184 1999 131 Freitas ED Paim JS Silva LMV amp Costa MCN Evolu o e distribui o espacial da mortalidade por causas externas em Salvador Bahia Brasil Rio de Janeiro Cadernos de Sa de P blica 16 4 1059 1070 2000 G es MC Classifica es Econ micas no Brasil Texto apresentado na 1 Reuni o do Grupo 7 Classifica es e Nomenclaturas Coopera o T cnica de Estat stica Uni o Europ ia Mercosul Montevid u 22 e 23 09 99 Dispon vel em http Anww ibge gov br concla subcomissoes cnaetextos htim acessado em 31 03 2002 Gon alves RM Petroianu A amp J nior JRF Caracter sticas das pessoas envolvidas em acidentes com ve culos de duas rodas Revista de Sa de P blica 31 4 436 7 1997 Guimar es IB Diferencia o dos Arranjos Domiciliares e Espa o Social Urbano Caderno CRH 18 43 57 70 2004 Guimar es IB Participa o Familiar e Trabalhadores Informais Anais do XIII Encontro Nacional de Estudos Populacionais Ouro Preto 2002 Dispon vel em htpp Awww abep nepo unicamp br docs anais pdf 2002 GT TRB ST2 Guimaraes texto pdf Acessado em 24 03 2005 Hennington EA Cordeiro R amp Moreira Filho DC Trabalho viol ncia e morte em Campinas S o Paulo Brasil Cadernos de Sa de P blica 20 2 610 617 2004 HSE Health and Safety Executive National Statistics 2004 2005 Great Britain HSE 2005 Dispon vel em http www hse gov uk
173. dida 7 1 8 Outros 5 1 3 Ignorado 27 6 5 Homicidio Agressor 415 Outra pessoa conhecida 165 42 9 Pessoa desconhecida 142 36 9 Policia policiais 59 15 3 Pessoa da familia 11 2 9 Outro 6 1 6 Ignorado 30 7 2 Circunstancias dos outros acidentes 79 Queda de altura mesmo nivel 33 41 8 Afogamento 16 20 3 Exposi o a fogo inc ndio 8 10 1 Produto qu mico 6 7 6 Choque el trico 5 6 3 Esmagado por objeto em queda 4 5 1 Carregamento de peso 2 2 5 Exposi o a var press o atmosf rica 2 2 5 Explos o de caldeira 2 2 5 Contato com m quina equipamento 1 1 3 Acidentes de trabalho por homic dio N 97 10 N NAO W H DW 10 8 9 7 19 4 22 6 5 4 19 4 6 5 1 1 1 1 1 1 2 2 1 1 4 1 38 9 30 0 28 9 2 2 7 2 26 1 4 3 13 0 4 3 13 0 17 4 8 7 4 3 8 7 4 3 2 Percentuais calculados sem valores perdidos 190 Tabela 5 Caracter sticas dos casos de acidentes de transporte no total de bitos e entre os bitos relacionados ao trabalho nos tr s munic pios estudados Regi o Metropolitana de Salvador Bahia 2004 Vari veis Total de bitos por Acidentes de trabalho acidente de transporte no tr nsito N 113 Yo __N 44 Tipo de veiculo envolvido Autom vel van 35 32 1 13 31 0 Onibus 17 15 6 6 14 3 Motocicleta 11 10 1 3 7 1 Caminhao 9 8 3 5 11 9 Bicicleta 3 2 8 Trem 2 1 8 2 4 8 Bicicleta motocicleta 1 0 9 1 2 4 Bicicleta autom vel 3 2 8 Bicicleta nibus 4 3 7
174. do e apoio A Marco P rez da Coordena o de Sa de do Trabalhador pelo apoio constante Finalmente e n o menos importante agrade o profundamente aos familiares das pessoas falecidas que se dispuseram a expor mais uma vez sua dor e contar sua hist ria a quem nem conheciam muitos com a esperan a de que alguma coisa pode ser diferente de que a vida e a viol ncia podem mudar para melhor SUMARIO RESUMO sissiaceiestesiadetevdes E EE E E E Dash end 8 POST Ire 07s 6 ER EP A EE E A A E E 9 1 Sobre o Quadro Te rico sandes asas caiam ess So aiii a es ir nico 13 1 1 Fundamento L GICO apra corais cscs sta DRO Una Sand spagetecsaidentiguisuaven narinas 13 Te2DAOESIO Mi CONIC O testes geese eae tes PR RDPI RNP RR RI E 15 1 3 Conceito de Acidente de Trabalho nn 21 2 Sobre a Regi o Metropolitana de Salvador 27 3 Refer ncias Bibliogr ficas 2 az isa osensasianiaseuiso jesasalsooeuaras ineo ataca nas mrinada 36 4 Os Resultados Artigos sca iccc scaceteathenenesceahe ceveettenedecacsevanvs ud nesmps men castnas 39 4 1 Trabalho prec rio e Sa de dos Trabalhadores uma revis o 40 4 2 Mortes violentas a contribui o dos acidentes de trabalho e da 84 precariza o do trabalho assessed assadas das iai 4 3 Validade da causa b sica na declara o de bitos por acidentes de 149 TRAD ANG soros to tirada ossos nie ia na e a as eta Ant eea a no beet eameuad 5 ANEXOS ar grado le
175. dor de servi os gerais contratado pela MASP Nome da empresa para qual prestava o servi o Hospital Portugu s Atividade econ mica hospital 4 t cnico de inform tica contratado pela Cooperativa de Inform tica Nome da empresa para qual prestava o servi o Lojas Insinuante Atividade econ mica com rcio de m veis e artefatos dom sticos 5 m dico do PSF Programa de Sa de da Fam lia contratado pela Real Sociedade Espanhola Nome da empresa para qual prestava o servi o Prefeitura Municipal de Salvador Atividade econ mica servi o de sa de municipal 40 Munic pio onde trabalhava colocar o nome do munic pio em que costumava trabalhar em cada um dos trabalhos empregos ocupa o Se for mais do que um munic pio registre o nome de cada um se forem muitos identifique se era em munic pios do estado da Bahia ou em outros estados 41 Contribui o para Instituto de Previd ncia oficial perguntar se a pessoa falecida contribu a para algum instituto de previd ncia oficial no trabalho principal a exemplo dos seguintes INSS Instituto Nacional de Seguro Social Plano de Seguro Social da Uni o Instituto de Previd ncia Social Estadual ou Municipal Lembrar que no caso de empregado de empresa pessoa jur dica com carteira assinada a contribui o ao INSS descontada em folha de pagamento 42 Cobertura de plano de sa de se referir que tinha cobertura de algum plano de sa de pergunte que tipo de plano era I
176. e reforma de telhado de uma empresa de m dio porte do ramo de transportes mar timos que costumava contrat lo sem carteira assinada para servi os de manuten o e reforma da estrutura f sica Este trabalhador estava desempregado h v rios anos e na maior parte de seu tempo vendia coco em barraca na rua Outras ocupa es que se destacam s o motociclistas profissionais de transporte de mercadorias e de transporte de pessoas os seguran as e vigias catadores de material recicl vel vendedores ambulantes de alimentos ou outros produtos vendedores e donos de quiosques bares e barracas e os pescadores e catadores de marisco Cinco ramos de atividade econ mica foram respons veis por mais da metade dos bitos por acidentes de trabalho 53 7 constru o civil 12 3 atividades imobili rias alugu is e servi os prestados s empresas 11 7 transportes armazenagem e comunica es 11 7 com rcio repara o de ve culos automotores objetos pessoais e dom sticos 10 5 e alojamento e alimenta o 9 9 Dentre os 36 casos mortos durante o ou devido ao exerc cio de atividades il citas metade ocupava se de roubos e assaltos 58 3 um ter o trabalhava com tr fico de drogas 30 6 e os demais 11 1 estavam envolvidos com intercepta o de mercadoria roubada ou com rcio ilegal de mercadorias Vale ressaltar que metade deles exercia alguma atividade l cita concomitantemente sendo servente de pedreiro 5 caso
177. e sua economia baseada no com rcio e servi os com poucos estabelecimentos industriais pecu ria e agricultura Por sua localiza o litor nea e pr xima de Salvador encontra se em franca expans o imobili ria com empreendimentos de constru es residenciais condom nios e hoteleiros voltados ao turismo Essa expans o traz impactos ambientais importantes uma vez que o munic pio possui pequena extens o territorial com preju zo das poucas extens es de rea rural de Mata Atl ntica e de comunidades quilombolas remanescentes Freitas 2005 Al m disso por ter menor imposto municipal ISS que Salvador muitas empresas abrem seus escrit rios no munic pio por m prestam servi o em Salvador ou outros munic pios da Regi o Metropolitana Tamb m pela proximidade da capital alguns bairros concentram moradores que trabalham em outras localidades funcionando quase como uma cidade dormit rio para trabalhadores de baixa renda ou condom nios de luxo para trabalhadores graduados do P lo Petroqu mico de Cama ari ou outras grandes empresas da Regi o Metropolitana de Salvador Bairros novos como Vida Nova zona rural h menos de dez anos teve sua urbaniza o intensificada para receber fam lias v timas de deslizamentos de terras do bairro do Retiro de Salvador Bernardes 2005 Atualmente al m de condom nios residenciais recentes abriga um distrito industrial com um 34 contingente de trabalhadores sazonai
178. e P blica 33 1 85 94 1999 Souza NSS Acidentes de Trabalho com bito registrados nas Declara es de bito no Estado da Bahia no Ano de 1998 In Bahia SESAB SUVISA CESAT Sa de do Trabalhador na Bahia construindo a informa o Salvador CESAT 2003 Cadernos de Sa de do Trabalhador 1 40 43 Souza NSS Portinho BG amp Barreiros MF Acidentes de trabalho com bito registrados em jornais no Estado da Bahia Revista Baiana de Sa de P blica 30 1 77 89 2006 Takala J Global Estimates of Fatal Occupational Accidents Epidemiology 10 5 640 646 1999 Ug VD A categoria pobreza nas formula es de pol tica social do Banco Mundial Revista de Sociologia Pol tica 23 55 62 2004 Upson A Violence at work Findings from the 2002 2008 British Crime Survey Homme Office Report 04 04 Dispon vel em http www hommeoffice gov uk rds pdfs occ violence pdf Acessado em 27 10 2004 Vermelho LL amp Mello Jorge MHP Mortalidade de jovens an lise do per odo de 1930 a 1991 a transi o epidemiol gica para a viol ncia Revista de Sa de P blica 30 4 319 331 1996 Vilela RAG Iguti AM amp Almeida IM Culpa da v tima um modelo para perpetuar a impunidade nos acidentes do trabalho Cadernos de Sa de P blica 20 2 570 579 2004 Waldvogel BC Acidentes do Trabalho Os Casos Fatais A Quest o da Identifica o e da Mensura o Organizadores Celso Amorim Salim Maria In s Franco Motti Maria Isabel
179. e a taxa de acidentes entre a popula o trabalhadora no mercado informal de trabalho 50 maior que dos trabalhadores do mercado formal Para tal considerou se do mercado formal de trabalho a popula o trabalhadora informada RAIS Como popula o do mercado informal de trabalho foi considerada a diferen a entre a PEAO total informada pelo Censo Populacional de 2000 IBGE 2000 e os v nculos informados pela RAIS Ap s cada uma das taxas foi aplicada parcela da popula o correspondente estimando se assim o n mero total de acidentes de trabalho fatais a diferen a entre as estimativas e o subregistro das fontes oficias em rela o a esse segundo c lculo Obtidos os n meros totais de mortes no trabalho a partir dessas duas formas de c lculo foram estimados os n meros de acidentes de trabalho n o fatais assumindo as duas raz es entre bito e acidente sem bito propostas por Takala 1999 considerou que para cada bito A primeira raz o ocorreriam 750 acidentes n o fatais a segunda considerou que haveria 1 000 acidentes n o fatais para cada morte 261 Esses dois indices foram aplicados somente aos n meros de bitos obtidos com a utiliza o da mesma taxa de mortalidade da popula o segurada pelo SAT Se refiz ssemos estes mesmos c lculos com a taxa multiplicada por 1 5 popula o do mercado informal com mais acidentes que do formal chegar amos a n meros muito
180. e da pessoa falecida da fam lia ou de seu sua c njuge e n o paga pela sua hospedagem ou alimenta o fam lia pode ser amigo a conhecido a ou outros Pensionista pessoa que n o parente da pessoa falecida ou de seu sua c njuge e paga pela sua hospedagem e alimenta o fam lia Empregado a dom stica pessoa que presta servi os dom sticos remunerados em dinheiro ou somente em benef cios a membro s da fam lia Os agregados pensionistas e empregados dom sticos constituem o grupo sem parentesco 27 Principal respons vel pelo sustento da fam lia em caso de d vida registre como era a situa o em rela o ao sustento da fam lia por extenso 226 28 Filhos as morando em outra casa interessa saber se havia e quantos filhos as do a falecido a morando em outras casas Se nao havia passe para a pergunta 29 29 Se havia filhos em outra casa perguntar se ele a ajudava a sustentar Se nao tinha filhos em outra casa registre aqui nsa nao se aplica 30 Numero de pessoas moradoras da casa que contribuiam para o sustento da familia com seu trabalho com rendas com aposentadoria ou outra forma de recurso financeiro ou doa o de alimentos Inclusive a pessoa falecida IV HIST RICO OCUPACIONAL 31 Situa o de trabalho remunerado interessa saber se estava inserido em algum tipo de trabalho remunerado independentemente de formaliza o de v nculo carteira assinada ou n o empregado ou po
181. e hist rica das DO no per odo de 1979 1988 os acidentes do trabalho representaram 3 3 dos bitos por causas externas no Brasil Beraldo et al 1993 correspondente a menos da metade dos casos registrados na Previd ncia Social no per odo um subregistro de 56 8 nas DO e quase seis vezes menos do que o encontrado no presente estudo Por essa baixa sensibilidade tem aumentado o n mero de estudos que buscam outras estrat gias metodol gicas para dimensionar o subregistro de bitos por acidentes de trabalho como a compara o dos dados de mortalidade com outras bases mais comumente da Previd ncia Social Em anos recentes t m sido utilizados boletins de ocorr ncia policial e a compara o simult nea entre as tr s principais fontes de informa es da Previd ncia o SIM e registros policiais Santana et al 2005 Em Curitiba foi identificado sub registro de 67 7 nas DO em compara o com as Comunica es de Acidentes de Trabalho CAT Lee 1999 Em Porto Alegre foi estimado que somente um quinto das mortes esperadas 18 06 apareceram nas estat sticas da Previd ncia Social Oliveira amp Mendes 1997 Os menores ndices de sub registro das DO em rela o aos dados do INSS foram encontrados por Waldvogel 2002 em S o Paulo capital e interior de 39 8 em 1991 e 1992 na capital e 40 3 de 1997 a 1999 no interior para essas duas regi es o sub registro do INSS em rela o s DO foi de 39 0 e de 45 2 respecti
182. e jovens o caso das regi es metropolitanas de Salvador e Belo Horizonte Salvador Dieese SEI 2006 Campos GLR Cooperativas de Trabalho e Flexibiliza o Produtiva quando estar juntos transforma se em uma estrat gia perversa de exclus o Caderno CRH 17 41 269 280 2004 Carapinheiro G A globaliza o do risco social In Boaventura de Sousa Santos org A Globaliza o e as Ci ncias Sociais 2 ed S o Paulo Cortez 2002 Cap 5 197 230 Carr M amp Chen M Globalization social exclusion and work with special reference to informal employment and gender ILO Working Paper N 20 Geneva ILO 2004 Carr M amp Chen MA Globalization and the Informal Economy How Global Trade and Investment Impact on the Working Poor Geneva International Labour Office 2002 Castel R A Inseguran a Social O que ser protegido Tradu o de L cia M Endlich Orth Petr polis RJ Vozes 2005 75 Castel R As metamorfoses da quest o social Uma cr nica do sal rio Tradu o de Iraci D Poleti Petr polis Vozes 1998 Concei o PSA A incid ncia de acidentes de trabalho notificados Previd ncia Social expressa a realidade dos diferentes riscos existentes Um estudo a partir das notifica es da Regi o Metropolitana de Salvador RMS Bahia 1995 Anais do V Congresso Brasileiro de Sa de Coletiva Salvador Bahia 2000 Cordeiro R Prestes SCC Clemente APG Diniz CS Sakate M amp Donalisio MR Inc
183. ecimento das situa es de sa de e viol ncia que articulem as diversas institui es que consigam captar as diversas dimens es do problema e propiciar seu enfrentamento Do ponto de vista do sistema de informa es em sa de seria importante viabilizar a an lise de causas m ltiplas e de agregar os dados das diversas fontes para o estabelecimento das causas de bito A institui o de comit s de investiga o de causas externas e de observat rio da viol ncia deveria ser considerada Ainda h uma margem bastante grande de investimento na melhoria e padroniza o do elenco de informa es poss veis de serem registradas pelos setores da seguran a p blica bem como seria importante que c pias dos boletins de ocorr ncia estivessem dispon veis para os m dicos legistas do IML e para os codificadores da causa b sica de bito da sa de A partir de 2005 o IMLNR passou a enviar uma ficha com dados adicionais ao j registrado na Declara o de bito ao setor de informa es de mortalidade da Secretaria de Sa de do Munic pio de Salvador de forma a possibilitar 178 melhor defini o da codifica o da causa b sica do bito Importante seria acrescentar a esta ficha o pr prio boletim de ocorr ncia policial Outra importante fonte complementar s o as not cias de jornais j utilizadas pelos setores codificadores Por uma s rie de raz es dentre elas a falta de qualifica o dos t cnicos e a inexist ncia de programa
184. egrac 2002 Cole o Prodat Estudos e An lises v 1 n 1 mar o 2002 192 p W nsch Filho V Reestrutura o Produtiva e Acidentes de Trabalho no Brasil Cadernos de Sa de P blica Rio de Janeiro vol 15 1 41 51 1999 267 267 Estimativa do n mero de bitos por Acidente de Trabalho popula o trabalhadora segurada pelo SAT Brasil e UF 2000 BRASIL para toda a Popula o Economicamente Ativa Ocupada aplicando a mesma e 1 5 vezes a taxa de mortalidade da 3 6 4 7 9 9 8 7 11 8 6 1 8 2 9 8 13 7 8 1 11 3 6 9 9 4 7 7 10 5 to os 14 2 23 2 10 2 14 3 6 4 8 7 4 9 6 5 7 3 9 9 5 4 7 2 6 8 9 2 5 8 7 7 7 5 10 3 3 4 4 4 3 6 4 7 2 9 3 7 2 4 2 9 3 4 4 4 3 1 4 0 3 4 4 4 4 3 5 7 4 7 6 3 4 8 6 5 4 1 4 2 Fontes Dataprev Previd ncia Social RAIS CAGED Minist rio do Trabalho e Emprego IBGE Censo 2000 269 Estimativa do n mero de AT com bito para toda a PEAO utilizando a mesma e 1 5 vezes a taxa do SAT Brasil 2000 Obitos INSS Mesma taxa Taxa x 1 5 Estimativa numero de bitos por AT para toda PEAO utilizando a mesma taxa e 1 5 vezes a taxa do SAT por regi es Brasil 2000 H bitos INSS E Mesma taxa OTaxa x 1 5 Norte Nordeste Sudeste Sul Centro Oeste 269 Estimativa bitos para toda PEAO utilizando
185. elegibilidade contratados e subcontratados conta pr pria trabalhadores eventuais e tempor rios menos ao seguro acident rio por incerteza de sua cobertura para n o se afastarem e por receio de perderem o emprego Kivim ki et al 2003 Estudo de 10 Cidades na Finl ndia de 1990 a 2000 Total de 85 271 empregados municipais e 7 080 desempregados 18 a 63 anos homens e mulheres Coorte prospectiva Mortalidade por todas as causas por doen as cardiovasculares c nceres causas externas c nceres relacionados ao fumo e causas relacionadas ao lcool Emprego permanente Que passou de tempor rio para permanente durante seguimento Emprego tempor rio Desempregado Maiores riscos entre os desempregados em todos os grupos de causas seguidos dos trabalhadores tempor rios para causas externas e relacionadas ao fumo e lcool Mirabelli et al 2003 2 738 trabalhadores falecidos por acidente de trabalho de 1978 a 1994 na Carolina do Norte Estudo de mortalidade Casos de bito por AT retirados do servi o de medicina legal IML Trabalhador por conta pr pria em v nculo formal ou informal Servidor p blico Empregado privado Coeficientes para trabalhadores conta pr pria mais elevados que demais Com rcio RR 4 32 IC95 3 41 5 48 Transporte RR 1 67 IC95 1 19 2 34 80 Autores Local Per odo Popula o Desenho do estudo Efeito Defini
186. elhoria da Qualidade das Estat sticas de Acidentes e Doen as do Trabalho 129 BIBLIOGRAFIA Almeida IM amp Binder MCP Metodologia de An lise de Acidentes Investiga o de Acidentes do Trabalho In Combate aos Acidentes Fatais Decorrentes do Trabalho MTE DSST Fundacentro P35 51 2004 Amable M et al Conceptualizing the psychosocial dimensions of employment flexibility the work precariousness submitted a Apud Benach J Precarious employment and health inequalities Paper presented at EMCONET Employment Conditions Knowledge Network Second Meeting 23 24 January 2007 Federal University of Bahia Bahia Brazil 2007 Andrade SM amp Mello Jorge MHP Caracteristicas das vitimas por acidentes de transporte terrestre em munic pio da Regi o Sul do Brasil Revista de Sa de Publica 34 2 149 156 2000 Andrade SM amp Mello Jorge MHP Acidentes de transporte terrestre em munic pio da Regi o Sul do Brasil Revista de Sa de P blica 35 3 318 320 2001 Barata RB et al Acidentes de Trabalho Referidos por Trabalhadores Moradores em Area Urbana no Interior de S o Paulo em 1994 JESUS 9 3 199 210 2000 Barreto S Swerdlow AJ Smith PG Higgins CD A nested case control study of fatal work related injuries among brazilian steel workers Occupational and Environmental Medicine 54 599 604 1997 Barros AJD Amaral RL Oliveira MSB Lima SC amp Gongalves EV Acidentes de transito com vitimas sub registro car
187. ema de sa de 0 n o 1 sim 9 n o sabe Se sim qual Problema 1 Problema 2 Problema 3 79 H quanto tempo dias meses anos 80 Fazia tratamento m dico 0 n o 1 sim 8 nsa 9 n o sabe 81 Costumava usar tomar algum rem dio 0 n o 1 sim 8 nsa 9 n o sabe Se sim qual 82 Ele a tinha algum problema com bebida o n o i sim 8 nsa 9 n o sabe Se sim voc pode me falar sobre isso Se n o pule para a pergunta 87 83 A fam lia alguma vez se sentiu incomodada pela maneira com que ele a bebia 0 n o 1 sim 8 nsa 9 n o sabe 84 Alguma vez ele a parou ou tentou parar de beber 0 n o 1 sim 8 nsa 9 n o sabe 85 Ele a bebia pela manh para passar o nervosismo ou a ressaca 0 n o 1 sim 8 nsa 9 n o sabe 86 Ele a se incomodava com as cr ticas da familia sobre sua forma de beber 0 n o 1 sim 8 nsa 9 n o sabe 87 Ele a usava algum outro tipo de droga 0 n o 1 sim 9 n o sabe Se sim isso era um problema ou trazia problemas Quais 88 A fam lia procurou ajuda de algu m ou algum servi o para enfrentar o problema de bebida ou outra droga Se sim de quem 0 n o 1 pr pria fam lia 2 igreja 3 amigos vizinhos 4 empresa 5 servi o sa de 6 delegacia pol cia 7 outro especifique 8 nsa 9 n o sabe ANTEC _ VIOANT ATANT SAUDE1 ___ SAUDE SAUDE3 TEMPOS __ _ MEDICO __ REMEDIO ___ BEBIDA BEBE1 BEBE
188. en meno socialmente determinado previs vel e preven vel Parte se do pressuposto de que n o 22 natural morrer trabalhando ou no trabalho Mais do que isso dadas as condi es de produ o e de determina o desses eventos entendem se os acidentes de trabalho como uma forma de viol ncia Nesta concep o deve se considerar pelo menos duas dimens es distintas ou duas formas de viol ncia A primeira compreende os casos de mortes no trabalho decorrentes da viol ncia estrutural expl cita urbana express o das desigualdades sociais da mis ria da discrimina o do racismo e da pobreza majoritariamente homic dios em ocupa es espec ficas como policiais militares vigilantes motoristas de nibus e t xis comerciantes e trabalhadores na rua A essa somam se as mortes por acidentes de transporte e de tr nsito Para essa dimens o da viol ncia no trabalho pressup e se de fundamental import ncia os determinantes sociais e econ micos respons veis especialmente pelas condi es prec rias de vida e de trabalho e pelas desigualdades sociais Determinantes que operam em uma escala maior mais macro na estrutura da sociedade e oriundos das origens de nossa forma o social mas que tamb m se articulam com as situa es conjunturais da economia da vida social e do cotidiano das pessoas e das fam lias com suas estrat gias de sobreviv ncia e da rede de apoio social que logram obter e compartilhar A se
189. encef lico sem o registro da causa externa queda e nem o de acidente de trabalho Se os resultados aqui obtidos pudessem ser aplicados ao total de bitos por causas externas no ano 2004 e utilizando a propor o de AT 19 4 observada em rela o popula o total chegar amos a um total de 363 mortes no trabalho nos tr s munic pios estudados Esse n mero 13 4 vezes maior que o registrado no banco de mortalidade oficial e significa um subregistro de 92 6 das mortes no trabalho Em 2004 a Previd ncia Social registrou um total de 101 bitos por acidentes de trabalho para todo o estado da Bahia para a popula o com seguro acident rio 1 094 166 contribuintes segurados taxa de mortalidade 9 23 100 mil segurados Aqui foram identificados 36 casos de acidentes de trabalho com empregados com carteira assinada somente nos tr s munic pios estudados Estudo anterior estimou com base nos n meros da Popula o Economicamente Ativa ocupada do ano 2000 um total de 126 bitos por acidentes de trabalho no estado da Bahia para todos os trabalhadores 170 formais e informais Nobre 2004 Os dados encontrados no presente estudo indicam que qualquer tentativa anterior de estimativa desses eventos estaria bastante subdimensionada ao acrescentarmos na avalia o o contingente de trabalhadores da economia informal e de outros n o cobertos pela legisla o trabalhista e previdenci ria vigente Em an lise de s ri
190. ente de trajeto 20 8 15 1 64 1 AT em atividade il cita 36 6 63 4 0 00004 2 Qui quadrado de Mantel Haenszel 188 Tabela 3 Compara o entre grupos de causas b sicas de bitos por causas externas identificadas na pesquisa e registradas no sistema de informa o oficial segundo intencionalidade nos tr s munic pios estudados Regi o Metropolitana de Salvador Bahia 2004 Causa b sica Causa b sica pesquisa padr o ouro oficial Acidente Demais Agress o Auto Inten o Total transporte Acidentes infligida indeterm Acidente de transporte 29 29 4 5 Demais acidentes 4 39 3 5 2 53 8 2 Agress o homic dio 9 1 287 4 1 302 46 7 Auto infligida suic dio 1 5 1 7 1 1 Inten o 71 26 121 13 5 236 indeterminada 36 5 Nao violenta 10 2 6 1 19 2 9 Total 113 76 414 33 10 646 17 5 11 8 64 1 5 1 1 5 100 0 189 Tabela 4 Caracteristicas dos casos de homicidios e de outros acidentes no total de falecidos e entre os casos relacionados ao trabalho nos tr s munic pios estudados Regi o Metropolitana de Salvador Bahia 2004 Vari veis Total de bitos por homic dio N V Circunst ncias dos homic dios 415 Briga 71 19 8 Emboscada 55 14 2 Assalto Sequestro 47 12 1 A o da Pol cia 42 10 9 Grupo Exterm nio 33 8 5 Atividade il cita tr fico drogas 32 8 2 Vingan a 30 7 7 Acerto contas usuario drogas 21 5 4 Passional 15 3 9 Engano 13 3 1 Briga de gangues 10 2 6 Bala Per
191. entes entre trabalhadores com carteira assinada 51 8 1000 e sem carteira assinada 26 1 1000 em munic pios do Estado de S o Paulo Por outro lado os achados 264 de Santana e cols 2003 de diferen as n o estatisticamente significantes entre os coeficientes de incid ncia acumulada de acidentes de trabalho entre trabalhadores com carteira assinada e sem carteira assinada segundo g nero 4 8 e 6 1 em mulheres com e sem carteira assinada 6 3 e 5 8 em homens com e sem carteira assinada pode estar indicando que h um nivelamento de risco entre mercado formal e informal de trabalho na regi o estudada cujas raz es necessitam ser melhor estudadas Entretanto parecem concorrer os diversos fatores apontados por esses autores especialmente em rela o s diferen as regionais relativas din mica do processo de industrializa o e mais recentemente de precariza o do trabalho que n o se observa somente nas parcelas do setor informal mas tamb m do mercado formal de trabalho Borges amp Druck 1993 Assim persiste a d vida sobre a distribui o desigual das taxas de incid ncia de acidentes de trabalho ocorreria principalmente em decorr ncia da rela o entre atividades do mercado formal e industrial e atividades dos setores terci rios e mercado informal Ou seriam devidas principalmente subnotifica o e ao descumprimento da legisla o vigente Ao que indicam tais estudos esses fatores se int
192. er relacionam 265 Ser importante a considera o da distribui o da popula o trabalhadora entre os diferentes ramos de atividade econ mica e as diferen as regionais ao interior de cada ramo por exemplo regi es em que a agricultura predominantemente do tipo familiar e de pequenas propriedades podem diferir em termos dos indicadores de riscos no trabalho daquelas regi es em que h predomin ncia de agroind stria exportadora em grandes propriedades Wunsch Filho 1999 Da mesma forma em reas urbanas o perfil do mercado de trabalho e das pol ticas de gest o do trabalho grau de terceiriza o precariza o das rela es e condi es de trabalho poder o resultar em impactos nas condi es de sa de dos trabalhadores Borges amp Druck 1993 Druck 1997 Conclusao Os acidentes e doen as do trabalho constituem uma importante dimens o do desgaste da perda de sa de e de vida de uma consider vel parcela da popula o brasileira e do mundo por m s o muito subenumerados nos sistemas de informa es e registros oficiais H a necessidade de conferir visibilidade mortalidade e morbidade entre as parcelas de trabalhadores atualmente n o cobertas ou precariamente cobertas pela Previd ncia Social bem como 265 ampliar as an lises comparativas entre grandes regi es do pa s e entre ramos de atividade econ mica Isso requer amplos investimentos na melhoria da qualidade das infor
193. es de Campinas SP Anais do VII Congresso Brasileiro de Sa de Coletiva 29 de julho a 2 de agosto de 2003 Bras lia DF Livro de Resumos p 443 PT983 Herbert R amp Landrigan PJ Work related Death A Continuing Epidemic American Journal of Public Health vol 90 4 541 545 April 2000 lunes RF Seguridad y salud en el trabajo en Am rica Latina y el Caribe An lisis temas y recomendaciones de politica Apresentado no Primer Seminario T cnica de Consulta Regional sobre Temas Laborales Ciudad de Panama nov 2001 Banco Interamericano de Desarrollo mimeo Kraus JF Peek C Silberman T Anderson C The Accuracy of Death Certificates in Identifying Work related Fatal Injuries American Journal of Epidemiology vol 141 10 973 979 1995 Leigh J et al Occupational Injury and Illness in the United States Estimates of Costs Morbidity and Mortality Arch Intern Med vol 157 1557 1568 July 1997 Leigh J P Macaskill E Kuosma J Mandrik Global burden of disease and injury due to occupational factors Epidemiology 10 5 626 631 1999 Mendes JMR O Verso e o Anverso de uma Historia o acidente e a morte no trabalho Porto Alegre EDIPUCRS 2003 228 p Minist rio da Previd ncia e Assist ncia Social Anu rio Estat stico da Previd ncia Social 2000 Bras lia DF MPAS DATAPREV 2000 Murray CJL amp Lopez AD Quantifying the Burden of Disease and Injury Attributable to Ten Major Risk
194. es rendimentos do trabalho desigualdades no mercado de trabalho entre g nero e cor da pele como tamb m podem ser influenciados pelas diferen as na distribui o entre os ramos de atividade econ mica Dieese 2004 SEI 2005 Essas diferen as podem implicar tanto maior exposi o a alguns tipos de riscos inclusive aqueles relacionados circula o em vias p blicas e em reas de maior inseguran a urbana atividades de trabalho localizadas nas ruas importantes para a ocorr ncia de acidentes de tr nsito e homic dios como a instabilidade a rotatividade e a altern ncia entre per odos de emprego e desemprego podem resultar em tempos de exposi o menores Outras limita es para a an lise da mortalidade por acidentes de trabalho consistem na baixa qualidade da informa o sobre ocupa o Steenland amp Beaumont 1984 Cordeiro et al 1999 na inexist ncia de campos e de tabelas de classifica o no sistema para registrar o ramo de atividade econ mica no qual a pessoa falecida trabalhava e para efetuar o registro da situa o previdenci ria e do v nculo de trabalho n o sendo poss vel portanto saber se a pessoa era segurada ou n o da Previd ncia Social e ou do Seguro Acidente de Trabalho nem se estava inserida em atividades do mercado formal ou informal de trabalho ou em qual ramo de atividade trabalhava Em um programa de acompanhamento da mortalidade por acidentes de trabalho ou por viol ncias poderiam ser est
195. estimativas brasileiras Para fins do exerc cio de corre o de estimativas atrav s da aplica o da metodologia proposta por Takala 1999 aos dados brasileiros utilizou se como numerador o n mero de mortes por acidentes de trabalho registrados na Previd ncia Social no ano e como denominador o n mero m dio mensal de contribuintes do RGPS empregados O Anu rio Estat stico da PS n o informa separadamente os tipos de acidentes t pico e trajeto e as doen as assim os dados aqui apresentados incluem esses tr s tipos de agravos Em 2000 as doen as do trabalho totalizaram 5 6 dos casos n o fatais registrados e os acidentes de trajeto 10 9 Para os dados de mortalidade sup e se que as doen as do trabalho apresentem se em percentual bem menor considerando a complexidade para seu diagn stico e sua baixa letalidade e os de trajeto apare am com percentual um pouco maior considerando a contribui o dos acidentes de tr nsito e viol ncias no trajeto para as causas de morte Em primeiro lugar foram calculadas as taxas de mortalidade por acidentes de trabalho por 100 000 trabalhadores para todos os estados da federa o e regi es geogr ficas Ap s essas mesmas taxas foram aplicadas ao total da Popula o Economicamente Ativa Ocupada 261 informada pelo IBGE estimando se assim o n mero total de acidentes de trabalho fatais e o subregistro das fontes oficiais No segundo c lculo assumiu se qu
196. etam menor risco de acidentes Na frica do Sul Loewenson 2001 refere inqu ritos realizados com trabalhadores do setor informal que identificaram taxas de acidentes de trabalho e de mortalidade similares as apresentadas pelo setor formal por m as taxas de doen as ocupacionais foram mais elevadas entre os informais Na Espanha foram encontradas raz es entre taxas de incid ncia de acidentes de trabalho mais elevadas entre trabalhadores tempor rios comparados aos permanentes sendo quase tr s vezes mais altas para os acidentes n o fatais RR 2 94 IC 95 1 88 3 42 e duas e meia vezes maiores para os acidentes fatais RR 2 54 IC 95 1 88 3 42 Benavides et al 2006 Os maiores coeficientes de incid ncia de acidentes n o fatais foram estimados entre os trabalhadores com menos de seis meses de trabalho na empresa tanto para os tempor rios 185 4 10 quanto para os permanentes 156 3 10 Os riscos de acidentes n o fatais foram significativamente maiores para todas as categorias ocupacionais dos trabalhadores tempor rios no caso 62 dos acidentes com bito observaram se associa es significativas somente para as categorias de trabalhadores manuais O ajuste por ocupa o e tempo de trabalho resultou em menor diferen a nos riscos entre os dois grupos de trabalhadores por m persiste associa o significativa para acidentes fatais Para esses autores menor experi ncia de trabalho medida pelo tempo de trabalho na empres
197. eventos de inten o indeterminada s o importantes em geral esses ganhos s o maiores para acidentes de transporte suic dio e homic dio mas tamb m se observa acr scimos e melhoria da qualidade da informa o para os demais acidentes 177 No presente estudo foi possivel esclarecer mais de 90 dos casos Entretanto importante ressaltar que a par da grande vantagem da utiliza o da estrat gia de entrevistas domiciliares com familiares para o acr scimo de informa es n o somente sobre as circunst ncias de ocorr ncia do evento de viol ncia como tamb m na obten o de outras informa es relevantes como a situa o de trabalho e informa es s cio ocupacionais somente poss veis de serem analisadas mediante dados agregados ou estudos ecol gicos a partir de bases censit rias ou pesquisas amostrais esta uma abordagem demorada cara e pela natureza do tema abordado e pela desorganiza o espacial e habitacional vigente na maior parte dos grandes centros urbanos e metropolitanos pode ser tamb m bastante trabalhosa e dif cil A viol ncia e os acidentes de trabalho s o situa es complexas que articulam diversas dimens es e redes de causalidades com determina es particulares e gerais com impactos na sa de das pessoas e na vida social No mbito das institui es recomend vel que se desenvolvam estrat gias fact veis e sistem ticas para a produ o de informa es fidedignas relevantes ao conh
198. evereiro de 2005 em cinco bairros selecionados tr s em regi es perif ricas com piores condi es s cio econ micas e dois de classe m dia totalizando 134 visitas Durante o piloto foram testados tanto o desempenho e dom nio das entrevistadoras com o question rio quanto o pr prio question rio o manual de instru es para as entrevistadoras bem como a log stica para a localiza o de endere os a abordagem dos familiares e resultados das entrevistas De posse dos dois endere os do falecido e do familiar obtidos no IML os casos eram separados por bairros localizados nos mapas IBGE e Conder e repassados para a equipe de entrevistadores Principais instru es para a localiza o e entrevistas aos familiares m Familiar n o localizado deixar bilhete com telefone explicando sobre estudo na casa ou com vizinhos contato e marca o de retorno por telefone s bados e domingos se necess rio E Mudan a de endere o se para outro bairro de Salvador ou munic pio da RMS tentar conseguir endere o com vizinhos ou por telefone se mudou para outro bairro de Salvador ou munic pio da RMS reprogramar visita no novo endere o se mudou para fora da RMS perde se o caso Hm Recusa tentar outro familiar se persistir recusa esperar cerca de um m s e tentar novamente persistindo recusa coordena o da pesquisa tentar novo contato m Pessoa entrevistada preferencialmente a mais pr xima e que morava co
199. familiares das pessoas falecidas Identificando os endere os por bairros muitas das resid ncias foram localizadas em rea de dif cil acesso e em zonas consideradas perigosas pela comunidade circunvizinha com maior concentra o de casos por homic dios A atmosfera dos bairros visitados e a descri o das circunst ncias de ocorr ncia do bito assim como as condi es socioecon micas do falecido e de sua fam lia causaram um impacto emocional consider vel nos entrevistadores e identificou se a necessidade de estabelecer estrat gias que promovessem a seguran a f sica dos entrevistadores assim como seu fortalecimento emocional Al m de outras medidas como a ida a campo predominantemente em duplas acompanhadas de motorista em ve culo institucional identificado identifica o com camisetas e crach s contato pr vio com agentes comunit rios de sa de e associa es de moradores dos bairros foi necess rio desenvolver um trabalho em grupo de acompanhamento e suporte psicol gico com profissional especializado METODOLOGIA Os entrevistadores foram escolhidos entre estudantes e profissionais com experi ncia pr via em entrevistas domiciliares com 24 a 34 anos de idade sendo quatro do sexo feminino e dois do masculino P ster original apresentado no 11 Congresso Mundial de Sa de P blica e 8 Congresso Brasileiro de Sa de Coletiva Rio de Janeiro 21 a 25 de agosto de 2006 Arte Final Osvaldo de Jesus 280 281
200. fica o diz respeito a ter sido atribu da a causa b sica por somente um avaliador O preconizado em estudos epidemiol gicos que essa avalia o seja efetuada por no m nimo dois avaliadores independentes Em caso de discord ncia uma terceira pessoa faria o julgamento do caso Por quest es operacionais n o foi poss vel proceder dessa forma Entretanto considerando que a pesquisadora tem experi ncia pr via sobre codifica o de causa b sica de bito em estudos epidemiol gicos inclusive com curso no Centro Brasileiro de 167 Classifica o de Doen as e que foram observadas as normas de classifica o para causas externas presume se que a margem de erro nessa classifica o seja pequena Ainda em rela o classifica o da causa b sica importante ressaltar que se assumiu que a vers o da fam lia era a correta sempre que coerente com a descri o e informa es de todos os campos e perguntas utilizadas no question rio perguntas em aberto e perguntas fechadas para confer ncia de incoer ncias internas N o foram consultados prontu rios hospitalares nem se teve acesso ao resultado final dos exames complementares exames toxicol gicos e an tomo patol gicos ao exame pericial Assim a reconstitui o da causa b sica foi feita com base nas entrevistas domiciliares sem consulta pr via s informa es constantes do banco do IML ou a outras fontes poss vel que alguns dos casos codificados como su
201. flexibiliza o das rela es e dos contratos de trabalho somente a dimens o de exclus o dos benef cios n o salariais do emprego impl cita na nova concep o de trabalho informal n o se mostrou suficiente para dar visibilidade s condi es concretas de trabalho e de vida da popula o trabalhadora no mundo Surge ent o o conceito de trabalho prec rio entendido como aus ncia de rela es formais de emprego que resulta em maior vulnerabilidade dos trabalhadores inseridos em empregos inst veis e desprotegidos sem seguran a social e incapazes de suprir as necessidades b sicas das fam lias Como resultado al m da falta ou insufici ncia de prote o social seguro social destacam se as dimens es da alta 106 instabilidade ou inseguranga no trabalho dos baixos niveis salariais dos rendimentos do trabalho e da falta de poder Amable et al in Benach 2006 ou de m nimo poder de barganha reivindicativo organizativo necess rio para a participa o nas decis es e rela es de trabalho nos ambientes de trabalho e inclusive perante o Estado No Brasil os organismos oficiais e alguns n o governamentais passaram a inserir a no o de precariedade al m do conceito anterior de trabalho informal ou mercado informal ap s identificar a necessidade de melhor dimensionar o desemprego IBGE 2005 Dieese 2004 em reconhecimento insufici ncia da classifica o exclusiva de desempregado aqueles
202. forma o Salvador Cesat 2003 Cadernos de Sa de do Trabalhador 1 48 52 Johnstone R Mayhew C amp Quinlan M Outsourcing Risk The Regulation of Occupational Health and Safety Where Subcontractors are Employed JohnstoneArticle22 2 amp 3 doc 10 24 2005 351 394 pesquisa google nome autor Quinlan Kivimaki M Vahtera J Viratanen M Elovainio M Pentti J amp Ferrie JE Temporary Employment and Risk of Overall and Cause specific Mortality American Journal of Epidemiology 158 7 663 668 2003 Lautier B amp Pereira JM Representa es Sociais e Constru o do Mercado de Trabalho Empregadas dom sticas e oper rios da constru o civil na Am rica Latina Caderno CRH 21 125 151 1994 Lewchuk W Wolff A King A amp Polanyi M From job strain to employment strain health effects of precarious employment Dispon vel em http www justlabour yorku ca volumesS lewchuketal justlabour pdf acessado em 11 03 07 Lewchuk W Wolff A King A amp Polanyi M The invisible risks of precarious employment Dispon vel em _ http Avww airarnz econ usyd edu au papers lewchuk wollf polanyipdf acessado em 11 03 07 Loewenson R Globalization and occupational health a perspective from southern Africa Bulletin of the World Health Organization 79 9 863 868 2001 Mayhew C amp Quinlan M Outsourcing and Occupational Health and Safety A Comparative Study of Factory based and Outworkers in the Australian TCF Industry Sydney
203. garam pedra do viaduto bateu no carro morreu com TCE v Estava voltando do trabalho foi descarregar papel es que tinha pego e l mesmo deram um tiro na cabe a dele v Policial militar 32 a estava preocupado com um inqu rito Porque havia batido em um rapaz da rua Tinha um pouco de depress o Suic dio no trabalho com arma de fogo CONCLUS O Este estudo ainda encontra se em fase de an lise Os casos at aqui avaliados permitem supor que as tradicionais classifica es dos acidentes de trabalho t pico e trajeto da Previd ncia Social e das causas externas de morte do SIM necessitam ser reavaliadas frente s situa es de trabalho concretas e s situa es de viol ncia 278 279 que encontramos nas regi es metropolitanas de nosso pais Muitas dessas defini es n o conseguem abarcar as situa es reais Mais da metade dos casos de morte por viol ncias ocorreu ou com pessoas desempregadas e com v nculos prec rios biscates desemprego oculto desalento a maioria dos v nculos denominados aut nomos ou conta pr pria escondem as alternativas de sobreviv ncia utilizadas pela popula o frente impossibilidade de inser o no mercado de trabalho e no trabalho protegido socialmente Na rela o com o trabalho prec rio ou com o n o trabalho desemprego sobressaem os casos de homic dio Do ponto de vista da sa de p blica ao conhecimento da mortalidade relacionada ao trabalho
204. gua Suja 2 Aldeia Jaguaribe 3 Alameda da Praia 4 Alto do Girassol 5 Alto do Macaco 6 Areia Branca 20 Invas o da 29 21 Itapu 22 Jd Alvorada Pq S o Jorge 23 Jd Encantamento 24 Jd Independ ncia 25 Jd das Margaridas 39 Lot 17 40 Mussurunga I II IIl 41 Nova Bras lia de Itapu 42 Nova Conquista 43 Olhos D gua Cassange 44 Palheta 7 Baixa do Dend 26 Jd Piata 45 Pq de Exp Agropecuarios 8 Bandeirantes 27 Jd Tropical 46 Parque S o Crist v o 9 Barro Duro 28 Lot Colina da Fonte 47 Parque S o Paulo 10 Biribeira 29 Lot Farol de Itapu 48 Raposo 11 Campo da Bola 30 Lot Jardim Gantois 49 S o Crist v o 12 Capel o 31 Lot Jardim Jaguaribe 50 Seper Club 13 Carobeira 32 Lot Jardim Piata 51 Vale dos Lirios 14 Cond Vale do Jaguaribe 33 Lot Jardim Placafor 52 Vila dos Ex Combatentes 15 Conj dos Contabilistas 34 Lot Pedra do Sal 53 Vilas dos Sargentos 16 Conj Hab S Crist v o 35 Lot Pq Costa Verde 54 Village Casa Blanca 17 Conj dos Securit rios 36 Lot Patamares 55 Village Piat 18 Cora o 37 Lot Rio Itinga 56 Xang 19 Inv do Alto do Coqueirinho 38 Lot Stela Mares 57 Bairro da Paz Malvinas Administra o Regional XI Cabula 11 1 Baixa do Cruzeiro 17 Conj Cabula 31 Lot Port o 100 2 Baixa do Manu 18 Conj Camp Exp Narandiba 32 Pq Res Vale das Mangueiras 3 Baixa do Santo Ant nio
205. gulares cont nuos e ou fixos poderia estar refletindo uma maior ocorr ncia de acidentes de trabalho em empregos formais Contudo ao se analisar essa regularidade do trabalho em rela o posi o na ocupa o observou se que metade 51 0 dos v nculos informados como fixos aparece entre trabalhadores sem carteira assinada que trabalham por conta pr pria remunerados ou n o indicando uma perman ncia na situa o de informalidade mais do que a estabilidade de um v nculo seguro Esse dado refor ado pelas propor es significativas de trabalhadores falecidos que nunca trabalharam com carteira assinada ou seja nunca tiveram um emprego formal em sua vida As pessoas falecidas por AT apresentaram percentual maior de atividade irregular 30 9 A n o estabilidade no trabalho ou n o garantia da continuidade do emprego ou ocupa o podem levar esses trabalhadores a submeterem se a quaisquer condi es de trabalho quando o encontram A observa o da distribui o das horas semanais de trabalho nos dois grupos revela que os casos falecidos por acidentes de trabalho estavam submetidos a jornadas mais longas do que o outro grupo 37 7 dos acidentados trabalhavam mais de 48 horas semanais comparados a 28 8 dos casos de bitos n o relacionados ao trabalho Tabela 5 A propor o de inser o em trabalho prec rio no total de trabalhadores falecidos ocupados n 488 foi estimada em 70 5 Ao contr rio do que se esperava 0 g
206. gunda dimens o consiste na viol ncia tamb m estrutural por m subliminar resultante das rela es de poder desigual entre empregadores e trabalhadores quando os primeiros ao manter condi es prec rias e inseguras de trabalho e rela es de trabalho autorit rias ao privilegiar demandas econ micas de produtividade e lucratividade colocam a vida dos trabalhadores em segundo sen o em ltimo plano resultando em acidentes de trabalho no exerc cio de suas atividades e fun es espec ficas S o por exemplo as quedas e choques el tricos na constru o civil os acidentes com m quinas e explos es em ind strias metal rgicas e qu micas entre outros Aqui os determinantes se originam de uma dimens o tamb m macro a partir da divis o 23 do trabalho e do processo de reestrutura o produtiva combinados com uma dimens o mais particular dos processos de trabalho e outra a singularidade dos ambientes da organiza o e das rela es de trabalho espec ficos Para essa dimens o da viol ncia tamb m cooperam a inoper ncia e a inefetividade da a o do Estado e das inst ncias respons veis pela garantia de direitos direito sa de ao trabalho e ao meio ambiente seguro e saud vel a o essa dilu da em pol ticas p blicas fragmentadas e desarticuladas entre si No campo da sa de coletiva quando resultam em bito os casos de acidentes de trabalho s o caracterizados como causas externas de morte ou
207. half of the cases were homicides 56 8 27 2 died of traffic accidents 14 2 were due to other accidents and 1 9 were suicide cases Most of the subjects were men 92 0 with average age of 34 5 12 7 years old with average of 6 3 3 8 years of school The commonest industries were construction subcontracts services wholesale and retail trade food and lodging transportation communication and utilities The main occupations were bricklayers motoboys and drivers sales men bar owners marketers and hucksters security guards ragpickers and fishers Two thirds of total working population 70 5 and more than half of the injured at work 65 4 were precarious employees 67 9 of the latter ones had mean family income per capita until Y2 minimal wage One third of the injured at work 33 1 and almost half of the total working population 46 2 had never been on formal jobs in their entire life Conclusions It has been demonstrated the main contribution of occupational injuries in overall violent deaths specially for transport and other types of accidents less so for homicides The mortality due to these causes seems to be concentrated between people with lower literacy levels and lower wages Precarious employment may play an important role in deaths due to violence considering the highest proportion of precarious workers between the deceased compared with active population Pesquisa parcialmente desenvolvida com recursos do Conv
208. har com carteira assinada se for poss vel no final confira as datas na Carteira de Trabalho CTPS e registre na ltima folha do question rio Se n o souber a idade exata tente ajudar perguntando se foi com menos ou mais de 20 anos ou lembrando de uma data ou ano de refer ncia antes ou depois de casar etc Ocupa o e atividade econ mica do registro em carteira registrar de forma mais espec fica poss vel se necess rio solicite que explique o que fazia Se for poss vel no final confira as datas na Carteira de Trabalho CTPS e registre na ltima folha do question rio 52 Ocupa o predominante a que exerceu durante a maior parte de sua vida 53 Tempo da ocupa o predominante registrar em meses e anos 54 Atividade econ mica predominante referente atividade que exerceu e local empresa setor econ mico onde trabalhou durante a maior parte de sua vida 55 Salario renda dos demais membros da fam lia refere se somente aos sal rios e rendimentos dos demais membros da fam lia e moradores da mesma casa da pessoa que faleceu pergunte uma por uma as op es e v preenchendo medida que a pessoa vai recordando Se 233 necess rio procure auxiliar na mem ria da pessoa conforme instru es acima Se for poss vel e a pessoa aceitar sugira que ela confira em documentos comprovantes contra cheques V rios programas de transfer ncia de renda ou de renda m nima do governo federal foram unificados no final
209. hood avoided more dangerous areas and helped identify the addresses Individual visits and the use of public transportation was reduced in order to guarantee safety of the interviewers and reduce the time used to look for the right address Interviewers wore T shirts and used a car identified with Fundacentro s logo to make sure they were not confounded with the police Psychological support was provided for the interviewers during initial months to help them cope with the distress caused by the interviews Offering the interviewed population leaflets and information on institutes or organizations to contact in case of violence for social security welfare etc CONCLUSIONS Several strategies were adopted to improve the safety and the productivity of the interviews in the next phase With interviews we were able to detect the association between work and death However depending on the definitions for work or work relatedness adopted for the study the results varied considerably Acknowledgement this work has being partially supported by Brazilian Ministry of Health CONTACT INFORMATION email Mina Kato mika fundacentro ba gov br Let cia Nobre letnobre fundacentro ba gov br address FUNDACENTRO Rua Alceu Amoroso Lima 142 CEP 41880 770 Pituba Salvador BAHIA BRAZIL 274 275 MORTALIDADE POR ACIDENTES E VIOLENCIAS NO TRABALHO EM SALVADOR BAHIA BRASIL Leticia CC NOBRE Secretaria de Satide de Camacar
210. i Centro de Refer ncia em Satide do Trabalhador letccnobre yahoo com br Mina KATO Fundacentro Centro Regional da Bahia mika fundacentro ba gov br Fernando M CARVALHO Universidade Federal da Bahia Faculdade de Medicina Dpto de Medicina Preventiva e Social fmc ufba br Projeto financiado com recursos do Conv nio Fundacentro Minist rio da Sa de Portaria N 0158 2004 INTRODU O As Causas Externas s o respons veis por cerca de 33 5 de todas as mortes na cidade de Salvador Bahia a capital mais populosa da regi o nordeste do Brasil As mortes relacionadas ao trabalho mais reconhecidas s o aquelas decorrentes de acidentes de trabalho tipo ou t picos ocorridos com trabalhadores com v nculos formais de trabalho contratos regidos pela Consolida o das Leis Trabalhistas e acidentados durante o exerc cio de sua atividade nos locais de trabalho Menos identificados s o os acidentes ocorridos no percurso casa trabalho casa e quase nunca o s o aqueles ocorridos com trabalhadores sem v nculos de trabalho legalizados ou inseridos em atividades informais e de outras parcelas de trabalhadores servidores p blicos trabalhadores dom sticos aut nomos etc A despeito da obrigatoriedade de registro dos casos perante a Previd ncia Social e da exist ncia de campo espec fico na Declara o de bito o Sistema de Informa o sobre Mortalidade raramente informa se o bito foi relacionado ao trabalho al m de n o deta
211. iados do setor privado sem carteira assinada e os empregados dom sticos apresentavam os menores rendimentos 28 R 415 00 R 385 00 e 215 00 respectivamente SEI 2005 Note se que o rendimento m dio dos empregados dom sticos era menor do que o sal rio m nimo vigente no ano R 240 00 at maio R 260 00 a partir de maio de 2004 Em suma segundo an lise do DIEESE e da SEI a partir dos dados da PED 2004 o mercado de trabalho na RMS caracteriza se por a ser pouco estruturado com grande disponibilidade de m o de obra e com uma estrutura produtiva marcada por grandes diferen as entre as empresas tamanho tecnologia participa o no mercado etc b apenas cerca de metade dos trabalhadores contratada segundo as regras vigentes tendo acesso s garantias oferecidas pela legisla o do trabalho c a grande maioria est submetida a alta rotatividade baixos sal rios e jornadas de trabalho extensas d o assalariamento sem carteira de trabalho assinada e o trabalho aut nomo constituem parte expressiva do conjunto de ocupados cuja precariedade de inser o decorre da falta de acesso ao contrato de trabalho padr o da descontinuidade da rela o de trabalho e da instabilidade de rendimentos DIEESE 2004 Segundo os dados oficiais do Minist rio da Sa de as causas externas compreenderam 15 8 do total das causas de morte em 2003 A taxa de mortalidade por essas causas est aumentando progressivamente nos ltimos
212. ial e renda per capita maior que tr s sal rios m nimos fator de prote o para as mortes por essas causas Perfil s cio demogr fico das mortes no trabalho Este estudo identificou pelo menos dois padr es de mortes no trabalho O primeiro o grupo de trabalhadores homens mais velhos e com maior tempo de vida laborativa nas faixas de idade entre 30 e 40 anos cujas circunst ncias de bito envolveram acidentes mais relacionados ao exerc cio de suas atividades pr prias de trabalho meios objetos maquinaria ou condi es de trabalho em geral classificados como acidentes de trabalho t picos Outro grupo de homens muito jovens com idade at 30 anos com predomin ncia dos homic dios com importante papel do exerc cio de atividades il citas A maior mortalidade de jovens por viol ncias especialmente homic dios tem sido amplamente identificada em todo Brasil Minayo 1994 Vermelho amp Mello Jorge 1996 Mello Jorge et al 1997 Sejam estudos epidemiol gicos sociol gicos ou antropol gicos a 114 maioria deles reconhece a rela o entre a baixa escolaridade maiores indices de desemprego e de informalidade menos oportunidades de qualifica o e de trabalho e as mortes precoces de jovens A situa o dos jovens de 16 a 24 anos na regi o metropolitana de Salvador apresentou em 2004 resultados piores que a regi o de Belo Horizonte em qualquer dos indicadores analisados baixa escolaridade desemprego em qualq
213. ic dio les o auto infligida sejam acidentais ou mesmo homic dios bem como algum caso acidental tenha sido suic dio como ocorreu em um dos casos de acidente de tr nsito atropelamento em que a fam lia informou acreditar que a pessoa tenha se jogado na frente do nibus pois estava deprimido ou que alguns casos de homic dio agress es tenham sido acidentais ou agress o seguida de morte sem inten o ou dolo na sua consequ ncia fatal Para um percentual residual de casos o tipo de viol ncia somente poderia ser definido com maior precis o mediante adequada investiga o pelo inqu rito policial Como o objetivo principal da pesquisa em sa de p blica ter elementos suficientes sobre as circunst ncias e cadeia de eventos de forma a subsidiar a es de preven o e promo o da sa de considera se que conhecer mais profundamente as motiva es a culpa e o dolo ou seja a causa jur dica tamb m importante por m n o imprescind vel ou n o impeditivo para a tomada de decis o por parte dos gestores da sa de Mesmo assumindo que uma parte da classifica o sobre a intencionalidade pode estar imprecisa poss vel afirmar que a descri o das circunst ncias de ocorr ncia obtida mediante entrevistas com os familiares propiciou o esclarecimento da maioria dos casos que constavam como eventos sem especifica o ou de inten o n o determinada 168 Validade da causa basica e sub registro de acidentes de traba
214. icas especialmente aquelas relativas precariedade do trabalho M TODOS Trata se de um estudo explorat rio descritivo das mortes por causas externas ocorridas entre 01 de janeiro e 31 de dezembro de 2004 de pessoas com idades entre 10 a 69 anos que residiam em munic pios da Regi o Metropolitana de Salvador Devido a dificuldades operacionais restringiu se popula o de Salvador Cama ari e Lauro de Freitas Os casos foram identificados a partir de um banco de dados do Instituto M dico Legal Nina Rodrigues IMLNR que cont m registros de identifica o dados s cio demogr ficos e caracteriza o b sica sobre o tipo de ocorr ncia Todos os casos identificados como relacionados a viol ncia na faixa de 10 a 69 anos de idade e residentes nos tr s munic pios foram selecionados para compor a popula o de estudo Para cada caso buscaram se nos arquivos de processos do IMLNR o nome do familiar que recebeu o corpo ap s necropsia endere o e telefone para posterior visita domiciliar quando se realizaria a coleta de dados Pretendia se inicialmente estimar coeficientes de mortalidade por causas externas a partir do n mero total de casos ocorridos por m in meras dificuldades de acesso a domic lios em reas violentas levaram a uma insuficiente cobertura da popula o identificada Por isso e por n o ter sido feita amostragem aleat ria para a busca de casos a an lise ficou restrita descri o da casuista 88
215. id ncia de acidentes do trabalho n o fatais em localidade do Sudeste do Brasil Cadernos de Sa de P blica 22 2 387 393 2006 Dedecca CS Menezes WF amp Carrera Fernancez J Entendendo o desemprego pelos indicadores das regi es metropolitanas de S o Paulo e de Salvador In Superintend ncia de Estudos Econ micos e Sociais da Bahial Descaminhos no mercado de trabalho transi es ocupacionais e mobilidade social Salvador SEI 2003 S rie Estudos e Pesquisas 66 35 43 Dieese Departamento Intersindical de Estat sticas e Estudos S cio econ micos A mulher chefe de domic lio e a inser o feminina no mercado de trabalho Boletim DIEESE Edi o Especial Mar o 2004 Dollard MF amp Winefield AH Mental Health overemployment underemployment unemployment and healthy jobs Australian e Journal for the Advancement of Mental Health 1 3 26p 2002 Druck G amp Borges A Terceiriza o balan o de uma d cada Caderno CRH 37 111 139 2002 Druck G Globaliza o reestrutura o produtiva e movimento sindical Caderno CRH n 24 25 21 40 jan dez 1996 Druck MG Flexibiliza o terceiriza o e precariza o a experi ncia dos sindicatos In Franco TMA Org Trabalho riscos industriais e meio ambiente rumo ao desenvolvimento sustent vel Salvador Edufba 1997 Filgueiras LAM Druck G amp Amaral MF O Conceito de Informalidade um exerc cio de aplica o emp rica Caderno CRH 17 41 211 229 2
216. idor p blico estatut rio militar 6 40 N o remunerado ajuda membro domic lio 3 2 0 Empregador 2 1 3 Trabalhador dom stico sem carteira assinada 1 0 7 Aprendiz sem remunera o 1 0 7 Outros 6 40 276 277 Mais de um ter o das pessoas falecidas n o auferiam nenhum sal rio 35 0 24 2 receberam at 1 sal rio m nimo SM no ltimo m s antes do bito e no total 78 6 receberam at 2 SM Foi poss vel identificar como prec rios 69 3 das situa es e v nculos de trabalho utilizando o crit rio de ter ou n o cobertura com a Previd ncia Social Tipo de viol ncia e rela o com o trabalho Tipo viol ncia N o RT AT t pico AT trajeto Ativ il cita Total Homic dio 66 7 7 11 91 60 7 Acidente 16 2 8 26 Transporte 17 3 Outros 14 6 3 23 acidentes 14 7 Suic dio 8 2 10 6 7 Total 104 17 18 11 150 69 4 11 3 12 7 3 100 0 Mais da metade dos casos foram homic dios 60 7 17 3 morreram de acidente de tr nsito 14 7 foram devidos a outros acidentes choque el trico explos o de caldeira queda afogamento etc e 8 foram casos de suic dio alguns no ambiente de trabalho Somando os acidentes de trabalho t picos e os de trajeto foram estimados 23 3 dos casos de mortes relacionadas ao trabalho Se a essas acrescentarmos aquelas ocorridas durante o exerc cio de atividade il cita esse percentual sobe para 30 3 Esse um quadro bem diferente daquele mostrado pelas estat
217. il similar ao encontrado por autores que investigaram s rie de casos de bitos na RMS de 1995 a 2001 Jacobina et al 2003 Por outro lado foi poss vel identificar que os familiares tinham pouca informa o sobre o que havia ocorrido dentro da empresa frequentemente apresentando a vers o da empresa e culpabilizando o trabalhador por falta de aten o ou descuido Al m de revelar concep es equivocadas sobre a causalidade dos acidentes Vilela et al 2004 isso denota a exist ncia de rela es desp ticas e de ocultamento da realidade por parte das empresas que n o se sentem compromissadas com a veracidade dos fatos perante a fam lia ou com a possibilidade de preven o de novos acidentes O maior n mero de bitos encontrados entre trabalhadores da constru o civil dos transportes do com rcio e servi os est de acordo com outros estudos brasileiros Em Campinas os maiores coeficientes de mortalidade por acidente de trabalho foram estimados 121 entre motoristas eletricistas mestres de obra trabalhadores da construgao civil e trabalhadores bra ais Salerno 1998 Em S o Paulo os maiores coeficientes foram estimados nos ramos de atividade de transportes e comunica o seguidos pela ind stria e constru o civil e pelo com rcio e servi os Waldvogel 2002 com destaque para a participa o dos homic dios e dos acidentes de tr nsito como principais causas de morte e o desafio que trazem para a identifi
218. ilizar a Classifica o Brasileira de Ocupa es 2002 CBO 2002 com seis d gitos Para todos os campos em que h ATIVIDADE ECON MICA utilizar a Classifica o Nacional de Atividades Econ micas 2002 CNAE 2002 com cinco d gitos Campos em que a informa o n o se aplica n o tem ocupa o ou atividade econ mica n o trabalhava codificar com ZEROS Campos ignorados deveria ter a informa o mas a pessoa entrevistada n o soube informar codificar com 999999 para CBO e 99999 para CNAE Para atividade il cita marcar os seguintes c digos para CBO e CNAE 00003 intercepta o ou venda com rcio ilegal de mercadoria 00004 assalto roubo 00005 sequestro 0007 tr fico de drogas TRABREM resposta primeira pergunta se estava trabalhando ou tinha atividade remunerada ou biscate 1 sim 0 n o 9 n o sabe ATIVO colocar aqui o c digo relativo resposta segunda e terceira perguntas se sim estava se n o porque estava 1 Atividade 7 Somente estudava 2 De f rias 8 Preso ex presidiario 3 Afastado por doen a 9 Atividade ilicita 4 Outro afastamento 10 Biscate 5 Desempregado 11 Outro 6 Aposentado 88 nunca trabalhou Quando for outra liste no verso deste manual qual foi a resposta colocando o n mero do question rio TRABNR se estava trabalhando em atividade n o remunerada se a resposta for sim codifique com uma das op es conforme consta do quest
219. implicados gostariam de ter os benef cios da formalidade como trabalho seguro benef cios aos trabalhadores prote o social e voz e que as empresas formais ou o sistema regulat rio formal servem para exclu los desses benef cios Portanto o emprego informal visto como resultado de um processo de exclus o dos benef cios n o salariais do emprego Carr amp Chen 2004 4 Essa posi o teria implica es importantes do ponto de vista da concep o do papel do Estado e das pol ticas p blicas e privadas Alguns autores referem se ainda a nova informalidade como resultado do processo de reestrutura o produtiva correspondente nos pa ses perif ricos economia subterr nea ou n o registrada dos pa ses centrais No Brasil essa nova informalidade se expressaria no aumento do contingente de trabalhadores aut nomos que trabalham para empresas formas disfar adas de assalariamento e na ampla utiliza o do recurso da subcontrata o e terceiriza o dos servi os Ao mesmo tempo se insere em espa os de produ o tradicionais da velha informalidade criando novos servi os e produtos Filgueiras 2004 52 A terceira compreens o do conceito de informalidade proposta por Filgueiras 2004 junta os crit rios de ilegalidade como trabalho sem carteira assinada com as atividades e formas de produ o n o tipicamente capitalistas que denomina de n o fordistas sejam elas legais ou ilegais As ativid
220. ion rio Nas perguntas 36 a 40 HORAS1 ESTAB1 HORAS2 ESTAB2 HORAS3 ESTAB3 NEMPP1 NEMPP2 NEMPP3 GATA1 GATA2 GATAS CNAEGA MUNITP quando for n o se aplica codifique com O zero MUNITP ver lista de c digos dos municipios PREVP se n o for contribuinte codifique com O zero 3 dependente do marido SALARIOP se n o trabalhava registrar como n o se aplica codificar com zeros Se for informado em sal rio m nimo considerar conforme a data de ocorr ncia do bito De janeiro a maio 2004 1 SM R 240 00 De junho a dezembro 2004 1 SM R 260 00 Se n o sabe informar registre 999999 RENDAP somar todas as rendas informadas na pergunta 44 243 RENDA acrescentar esta op o no question rio codificando 0 n o tem renda ou sal rio trabalha mas n o tem renda sal rio 1 sim tem renda ou sal rio mesmo que n o saiba quanto 7 renda de atividade il cita 8 n o se aplica n o tem trabalho DESEM AFAST APOSE se n o estava desempregado afastado ou aposentado codifique com zeros Se estiver registrado em meses calcular para ano utilizando a decimal 48 meses 4 0 57 meses 4 8 4 75 Se for menos de 12 meses 11 meses 0 9 0 91 6 5 meses 0 4 0 41 6 10 meses 0 8 0 83 4 meses 0 3 0 33 9 meses 0 8 0 75 3 meses 0 3 0 25 8 meses 0 7 0 66 2 meses 0 2 0 166 7 meses 0 6 0 58 1 m s 0 1 0 08 6 meses 0 5 P46 TIPOAPOS 5 invalidez
221. ionadas ao trabalho em ambos os estudos A baixa sensibilidade e alta especificidade implicam vi s de classifica o que subestima o n mero real de mortes relacionadas ao trabalho Vale salientar que no estudo atual do total de bitos por causas externas em somente 2 0 havia algum tipo de registro no campo acidente de trabalho sim n o ou ignorado e que os campos em branco junto com os n o e ignorados foram considerados como 169 nao para fins do c lculo da sensibilidade e especificidade A compara o da concord ncia simples entre as causas b sicas de bito tamb m mostrou varia es estatisticamente significantes segundo sexo faixa et ria e tipos de causas tipos de viol ncias no presente estudo O sub registro pode ocorrer tanto pela inexist ncia da informa o n o registro no campo espec fico sobre acidente de trabalho sub registro do caso em si quanto pelo registro errado da causa de bito diagn stico errado entre dois tipos de causas externas ou eventos concomitantes Por exemplo um acidente com ve culo automotor com motorista que ao mesmo tempo acidente de tr nsito e acidente de trabalho homic dios em policial militar motorista de nibus ou vigilante no exerc cio de suas fun es s o simultaneamente homic dio e acidente de trabalho ou uma queda em trabalhador da constru o civil que somente registrada e codificada como traumatismo cr neo
222. ipita o de local elevado e inc ndio compreenderam os demais casos Em cinco casos a classifica o oficial estava de acordo com a codifica o feita pela pesquisa tr s intoxica es por pesticida um afogamento e um enforcamento Os demais casos foram considerados pelo SIM como enforcamentos afogamentos ferimentos por disparo de arma de fogo contato com objeto contundente intoxica o por pesticida asfixia e exposi o a fogo por m com inten o n o determinada ou fatos n o especificados de inten o n o determinada Y34 Cinco casos foram classificados como causas naturais pancreatite aguda 1 edema pulmonar n o especificado 1 e outras causas mal definidas 3 Um caso classificado como suic dio por enforcamento pelo SIM foi classificado como evento indeterminado ignorado pela pesquisa Os dezenove casos registrados como mortes n o violentas no banco oficial foram classificados da seguinte forma 12 casos de Outras causas mal definidas e n o especificadas R99 e um caso de Outros sintomas e sinais gerais especificados R68 0 foram codificados na pesquisa como quedas 4 casos W19 0 e W01 4 auto intoxica o intencional por pesticida 3 casos X68 0 e por lcool 1 X65 0 um 162 envenenamento acidental por psicotr pico X41 0 efeito anest sico de gases terap uticos Y48 4 dois casos de agress es por objeto cortante perfurante X99 2 e por enforcamento X91 8 e um caso de leva
223. ira Santos Invas o Alto da Sereia Jardim Primavera Lot Jd S o Bernardo 39 Rio Vermelho 40 Ubaranas 41 Vale das Pedrinhas 42 Vale da Muri oca 43 Vila Matos 44 Santa Cruz Administra o Regional VIII Pituba 8 1 Amplia o Pg N S da Luz Boulevard 2 3 Caminho das rvores 4 Cond Iguatemi 5 Iguatemi 6 Itaigara 7 Jardim Am rica 8 Lot Aqu rius 9 Lot Vela Branca 10 Pq Do Flamboyans 11 Pq Julio Cesar 12 Pq N S da Luz 13 Pq Sao Vicente 14 Pituba Administra o Regional IX Boca do Rio 9 1 Aeroclube Alto de S o Francisco Alto de S o Jorge Arma o Baixa do Cajueiro Baixa Fria Barreiro Boca do Rio 20 o ON ODO oO KF WB PD Bolandeira 21 10 Cajueiro 22 11 Caxund 23 12 Cond Vale dos Rios 24 13 Conj Hab Guilherme Marback 14 Conj Rio das Pedras 15 Conj Solarium Pitua u 16 Costa Azul 17 Invas o do Bate Facho 18 Jardim Atalaia 19 Jardim Imperial Jardim Para so Jardim Pitua u Lot Jardim Arma o Lot Jardim Iracema Lot Tr s rvores 25 Lot Joana Capistrano 26 Lot PMS Rio das Pedras 27 Moradas do Imbu 28 Pq Met de Pitua u 29 Parque Pitua u 30 Pq Res dos Banc rios 31 Pitua u Piacaveira 32 Rio das Pedras 33 Quinta do Imbu 34 Stiep 35 Paralela 36 Jardim de Alah Administra o Regional X Itapu 10 1
224. iras Santa Rita Santo Agostinho Vila Am rica Vila Cosme Vila Laura Administra o Regional VI Barra 6 Alto de Ondina Banco dos Ingleses Barra Barra Avenida Campus Universitario Cam Univ UFBA Ondina Canela oN DOK OD Centenario 9 Chame Chame 10 Conj B das Mangueiras 11 Farol da Barra 12 Gra a 13 Invas o de S o L zaro 14 Jardim Apipema 15 Jardim Brasil 16 Morro do Gato 1 1 1 2 2 22 Sao Lazaro 23 Vit ria 7 Morro Ipiranga 8 Ondina 9 Parque Sao Paulo 0 Porto da Barra 1 Ro a da Sabina Administra o Regional VII Rio Vermelho 7 1 Alto do Areal Alto Maroto Alto da Alegria Alto do Gantois Alto das Pombas Alto da Santa Cruz Alto da Sereia Alto do Sobradinho oOo N DOO A W PP 16 Cardeal da Silva 17 Chapada do R Vermelho 18 Cond Pedra da Marca 19 Conj Ipase 20 Conj Pedra da Marca 21 Conj Santa Madalena 22 Conj S o Gon alo 23 Corte Grande 31 Morro do Conselho 32 Morro das Vivendas 33 Nordeste de Amaralina 34 Parque Cruz Aguiar 35 Parque Jo o XXIII 36 Parque S o Braz 37 Pedra da Sereia 38 Ponto da Mangueira 252 9 Amaralina 24 10 Baixa do Bispo 25 11 Baixa da Egua 26 12 Baixa do Vem Que Quer 27 13 Bin culo 28 14 Calabar 29 15 Campo Santo 30 Eng Velho da Federa o Favela Alto da Bola Federa o Ferre
225. istribui o espacial da viol ncia mortalidade por causas externas em Salvador Bahia Brasil Rev Panam Salud Publica 1999 6 5 321 332 Park RM Hazard Identification in Occupational Injury Reflections on Standard Epidemiologic Methods International Journal of Occupational and Environmental Health 8 4 354 632 2002 Pepe CCCA Estrat gias para superar a desinforma o um estudo sobre os acidentes de trabalho fatais no Rio de Janeiro Disserta o de Mestrado Escola Nacional de Sa de P blica Funda o Oswaldo Cruz Minist rio da Sa de Rio de Janeiro 2002 Rozov Occupational Health Ethically Correct Economically Sound World Health Organization Paper 84 June 1999 http Awww who ch acessado em 18 02 2002 Salerno VL Considera es sobre a terceiriza o e as poss veis implica es nos riscos de acidentes de trabalho fatais estudo da regi o de Campinas no per odo de 1990 a 1995 Disserta o de Mestrado Faculdade de Sa de P blica S o Paulo 1998 Santana FS Kalil MEX amp Oliveira ZC O Rastro da Viol ncia em Salvador Il Mortes de residentes em Salvador de 1998 a 2001 Salvador Bahia FCCV UFBA IMLNR SESAB UNICEF 2002 Santana V Ara jo Filho JB Oliveira PRA amp Barbosa Branco A Acidentes de trabalho custos previdenci rios e dias de trabalho perdidos Revista de Sa de P blica 40 6 1004 12 2006 Santana V Maia AP Carvalho C Luz G Acidentes de trabalho n o fatais
226. iva Universidade Federal da Bahia ISC UFBA Departamento de Medicina Preventiva Faculdade de Medicina Universidade Federal da Bahia DMP FAMED UFBA Mortalidade por Acidentes e Viol ncias no Trabalho em Salvador e Regi o Metropolitana MANUAL DE INSTRU ES PARA CODIFICA O DOS QUESTION RIOS Salvador mar o 2005 239 Estudo sobre Mortalidade de Trabalhadores em Salvador e Regiao Metropolitana MANUAL DE INSTRU ES PARA CODIFICADORES INSTRU ES GERAIS Preencha a coluna da direita do question rio a l pis com n meros leg veis de acordo com as op es e c digos definidos Quest es com respostas incorretas n o respondidas ou incongruentes com demais informa es anote o n mero da pergunta na primeira pagina do question rio para devolver a o entrevistador a para esclarecimentos Quando necess rio discutir com a coordena o da pesquisa Sempre que houver a op o OUTRO consulte a lista de op es com c digos j definidos Ou inclua novo c digo na listagem INSTRU ES ESPEC FICAS NUMQUES O n mero do question rio ser colocado por Diana no momento do recebimento do question rio revisado pelo a entrevistador a Colocar registrar o n mero do question rio NUMQUES no Termo de Consentimento Informado LAUDONO n mero do Laudo do IML j estar no question rio DONO n mero da Declara o de bito retirar de listagem do banco de dados do IML Nos question rios do piloto est
227. iza o ao redor das atividades industriais Destarte aqui tamb m se observa uma din mica do mercado de trabalho caracterizada pelo aumento do desemprego do subemprego e do emprego prec rio com aprofundamento das desigualdades de acesso ao trabalho regulado Dieese 2004 SEI 2005 Ou seja postos de trabalho do mercado formal s o extintos e uma grande parcela de 16 trabalhadores passa a obter sua subsist ncia por meio de atividades de trabalho informais ilegais ou at mesmo il citas As mortes por acidentes no trabalho s o entendidas como a express o m xima do desgaste do corpo e da sa de dos trabalhadores submetidos a rela es e a condi es de trabalho prec rias determinadas internamente no mbito dos ambientes de trabalho por rela es de poder entre trabalhadores e empregadores que definem formas particulares de organiza o dos processos de trabalho e externamente no mundo social e do trabalho por um processo de reestrutura o produtiva e de globaliza o da circula o do capital que redefine uma particular divis o social e sexual do trabalho e entre ramos de atividade econ mica al m de mudan as nos mercados de trabalho locais Ou determinadas pela exclus o do ou pela n o inclus o no mercado de trabalho protegido socialmente e economicamente como o caso dos trabalhadores inseridos em atividades informais eventuais e desempregados Esses ambientes e atividades de trabalho concreto
228. juntos compreendem 89 7 da popula o total e 53 8 da rea territorial da RMS Em 2004 a Popula o Economicamente Ativa PEA da RMS era de 1 692 000 pessoas 61 9 da Popula o em Idade Ativa contingente de pessoas com 10 e mais anos de idade A popula o ocupada correspondia a 1 261 000 trabalhadores 74 5 da PEA SEI 2005 O ano de 2004 foi o primeiro desde o in cio da realiza o da Pesquisa de Emprego e Desemprego PED em 1996 que a RMS apresentou redu o da taxa de desemprego de 8 9 em rela o ao ano anterior por aumento da oferta de postos de trabalho aos que estavam entrando no mercado de trabalho A taxa m dia anual de desemprego foi de 25 5 um pouco mais baixa que a de 2003 que atingiu 28 0 da PEA Contudo permanece sendo a maior taxa de desemprego comparada s demais regi es metropolitanas tanto para homens quanto para mulheres Braga amp Rodarte 2006 A PED RMS estimou que havia em 2004 252 mil pessoas em desemprego aberto e 197 mil em desemprego oculto das quais 129 mil encontravam se no desemprego oculto pelo trabalho prec rio e os demais 51 mil no desemprego oculto pelo desalento Em rela o a 27 1997 a taxa total de desemprego cresceu 18 1 tendo o desemprego aberto aumentado 20 2 e o oculto 15 2 SEI 2005 Das pessoas ocupadas a maioria encontrava se em atividades de servi os 60 9 16 5 estavam no com rcio 9 7 em servi os dom sticos 8 5 na ind stria 3 0
229. l 2005 Este artigo pretende apresentar uma revisao critica sobre os diferentes conceitos e defini es conferidos as categorias de trabalho prec rio e trabalho informal discutindo os resultados de pesquisas que investigaram a rela o entre as diferentes formas de trabalho prec rio e a sa de dos trabalhadores Com isso pretende se tamb m contribuir para a compreens o do papel do trabalho na rede de causalidade do processo sa de doen a trazendo luz os poss veis processos e dimens es subjacentes a essa determina o M TODOS Foi realizada pesquisa bibliogr fica abrangendo o per odo de 1990 a 2006 em s tios e endere os oficiais de institui es afins rea de Sa de e Trabalho como a Organiza o Internacional do Trabalho Organiza o Mundial da Sa de Organiza o Pan americana da Sa de de ag ncias internacionais como Uni o Europ ia e escrit rios de Minist rios do Trabalho de pa ses de ag ncias e institui es nacionais como Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica Instituto de Pesquisa Econ mica Aplicada Departamento Intersindical de Estudos e Estat sticas Sociais e Econ micas Al m desses foram buscadas publica es no Sistema Scielo Peri dicos CAPES Google nos idiomas portugu s ingl s e espanhol Foram utilizados os seguintes descritores precarious employment 64 400 cita es precarious employment and health 36 600 cita es globalization informal jobs informal
230. l cita Em trabalho n o prec rio foram agrupadas as demais 91 categorias i e empregados com carteira assinada servidor p blico estatut rio civil ou militar empregador e aut nomo contribuintes de previd ncia oficial An lise de dados A an lise dos dados foi realizada por meio de estimativas de frequ ncias simples e m dias aritm ticas empregando se quando necess rio testes do Qui quadrado ou T de Student Com fins explorat rios foi feita an lise estratificada segundo inser o em trabalho prec rio observando se as diferen as entre as propor es de distribui o das vari veis s cio demogr ficas e ocupacionais entre os grupos de bitos por acidentes de trabalho e as mortes por outras causas violentas n o relacionadas ao trabalho mediante o c lculo do OR odds ratio ajustado e respectivos intervalos de confian a Devido ao grande n mero de perdas comparou se a popula o de estudo em rela o aos casos perdidos para algumas vari veis s cio demogr ficas Foi feita imputa o de dados perdidos para vari veis cont nuas escolaridade horas semanais de trabalho renda utilizando se as m dias dos valores conhecidos quando as distribui es eram normais Os dados foram digitados processados e analisados no Programa Epi Info vers o 6 Dean et al 1994 O protocolo de pesquisa foi aprovado pelo Comit de tica do Instituto de Sa de Coletiva da Universidade Federal da Bahia Os familiares assinara
231. l tempor rio subcontratado terceirizado vinculados economia informal trabalho em domic lio entre outras Todas essas categorias de trabalhadores compartilham a precariedade do emprego e da remunera o a desregulamenta o das condi es de trabalho em rela o s normas legais e a perda de direitos sociais a fragilza o da prote o e atua o sindicais configurando uma tend ncia individualiza o extrema da rela o salarial Antunes 2002 52 Esse processo geral deve ser entendido na particularidade da forma o hist rico social do Brasil especificamente de Salvador e Regi o Metropolitana que passou por ciclos de desenvolvimento econ mico e social desde uma produ o agro exportadora com predom nio de trabalho escravo com desenvolvimento das atividades urbanas e mercantis de apoio a esse modelo passando por uma des ruraliza o da economia da regi o Oliveira 1987 54 chegando situa o atual do mercado de trabalho com mescla de atividades tecnol gicas de ponta e de uso intensivo de capital como as ind strias qu micas e petroqu micas de expans o de atividades relacionadas cultura turismo e servi os convivendo com atividades informais tradicionais com rcio de rua diverso pequenos artes os e trabalhadores por conta pr pria e com atividades em franco processo de precariza o como diversas novas e antigas ocupa es informais e redes de sub contrata o terceir
232. l Sciences 25 2 295 304 2003 6 McCall M amp Salama P Selection training and support of relief workers an occupational health issue BMJ 318 113 116 1999 7 Moresky RT et al Preparing international relief workers for health care in the field An evaluation of organizational practices Prep Disast Med 16 4 257 262 2001 8 Naish J et al Brief encounters of aggression and violence in primary care a team approach to coping strategies Family Practice 19 5 504 2002 9 Somer E et a The stress and coping of Israeli Emergency Room Social Workers following terrorist attacks Qualitative Health Research 14 8 1077 1093 2004 283
233. legal a o da pol cia 22 7 assalto 20 5 envolvimento com atividade il cita 18 2 briga 11 4 emboscada sem especifica o do motivo 9 1 vingan a 6 8 e a o de grupo de exterm nio 4 5 dados n o mostrados Em rela o ao local de ocorr ncia dos acidentes ou das agress es evidencia se a import ncia dos locais p blicos e de circula o de pessoas mesmo para os acidentes de trabalho dados n o mostrados Mais da metade deles 57 0 ocorreu na rua percentual que aumenta se somarmos as estradas 7 0 quase um quinto dos casos 19 0 ocorreu nas empresas em ambientes industriais e outros locais de trabalho como por exemplo casas em constru o bares quiosques e mercearias loja ou com rcio 4 4 ocorreram em casa ou na porta de casa e 2 5 em bares Outros locais incluem no nibus em campo de futebol posto de gasolina estacionamento de supermercado 98 Acidentes de trabalho e a precarizacao do trabalho Na Tabela 5 sao apresentadas caracteristicas ocupacionais dos trabalhadores falecidos por acidentes de trabalho em compara o com as demais mortes violentas entre os ocupados Verifica se que os dois grupos apresentaram diferen as significativas em rela o a sua inser o ocupacional posi o na ocupa o regularidade do trabalho m dia de horas semanais de trabalho e antecedentes de trabalho formal alguma vez na vida N o foram encontradas diferen as para contribui o Pre
234. lhar as circunst ncias de ocorr ncia da causa externa ou viol ncia o que implica em baixa confiabilidade da causa b sica registrada no sistema oficial e em importante invisibilidade das diversas modalidades de viol ncia no trabalho ou fora dele OBJETIVOS Al m de estimar o sub registro e avaliar a confiabilidade da informa o sobre a causa b sica de bito e ocupa o o estudo original pretendeu avaliar as circunst ncias dos bitos e as caracter sticas das situa es de trabalho discutindo a inter rela o entre essas mortes e a viol ncia urbana considerando a taxa de desemprego bem como a preval ncia de trabalho informal e de condi es de trabalho prec rio Aqui s o apresentados resultados preliminares do grupo de casos que constitu ram o estudo piloto P ster original apresentado no 11 Congresso Mundial de Sa de P blica e 8 Congresso Brasileiro de Sa de Coletiva Rio de Janeiro 21 a 25 de agosto de 2006 Arte Final Bianca Dantas amp Osvaldo de Jesus 215 276 METODOS Trata se de um estudo descritivo das mortes por causas externas ocorridas entre homens e mulheres de 10 a 69 anos de idade residentes em Salvador A partir do banco de dados do Instituto M dico Legal de Salvador foram localizados os endere os e realizadas entrevistas domiciliares a familiares das pessoas falecidas investigando as circunst ncias da morte as situa es de trabalho as ocupa es e demais vari veis s cio de
235. lho A sensibilidade do Sistema de Informa es sobre Mortalidade para identifica o do caso de acidente de trabalho foi extremamente baixa para o total de casos e para todas as vari veis avaliadas o que significa um vi s de classifica o em dire o a um subregistro muito elevado desses eventos O sistema oficial mostrou se capaz de melhor identificar os casos n o relacionados ao trabalho Estudo sobre a validade do termo acidente de trabalho no campo das Declara es de bito na Calif rnia encontrou uma sensibilidade bem maior que este tamb m com varia o entre sexos faixas de idade e tipos de causas J a especificidade mostrou se similar nos dois estudos Naquele a sensibilidade geral foi estimada em 77 6 51 8 para mulheres e 78 9 para homens 83 na faixa et ria de 25 54 anos e 39 8 para 65 anos ou mais 84 4 nas mortes envolvendo maquinaria e equipamentos c ext homens e 21 2 em afogamentos c ext homens J 22 das mortes foram erroneamente registradas como n o relacionadas ao trabalho ou seja foram falso negativas A especificidade dos verdadeiramente n o relacionados ao trabalho foi de 99 O poder preditivo positivo foi de 60 3 com preval ncia de verdadeiro RT de 0 0154 O poder preditivo negativo foi de 99 7 Kraus et al 1995 Com magnitudes diferentes o registro no campo acidente de trabalho nas DO identificou melhor as causas n o relacionadas ao trabalho do que aquelas relac
236. lho S o Paulo Universidade de S o Paulo Faculdade de Sa de P blica Doutorado em Sa de P blica Tese 1998 Lieber RC Teoria e Metateoria sobre causalidade dos acidentes de trabalho Faculdade de Sa de P blica Tese de Doutorado S o Paulo 2001 Macedo AC Paim JS Silva LMV amp Costa MCN Viol ncia e desigualdade social mortalidade por homic dios e condi es de vida em Salvador Brasil Rev Sa de P blica 35 6 515 22 2001 Minayo MCS A Viol ncia Social sob a Perspectiva da Sa de P blica Rio de Janeiro Cadernos de Sa de P blica 10 supl 07 18 1994 MS Ripsa Minist rio da Sa de Rede Interagencial de Informa es para a Sa de Indicadores B sicos para a Saude IDB 2005 Dispon vel em _http tabnet datasus gov br cgi tabcgi exe idb2005 c04 def acessado em 26 02 2007 Njaine K Souza ER Minayo MC amp Assis SG A produ o da des informa o sobre viol ncia an lise de uma pr tica discriminat ria Rio de Janeiro Cadernos de Sa de P blica 13 3 405 414 1997 Oliveira F O Elo Perdido classe e identidade de classe S o Paulo Edit Brasiliense 1987 134p Possas C Epidemiologia e Sociedade heterogeneidade estrutural e sa de no Brasil S o Paulo Edit Hucitec 1989 R go MAV amp Pereira RAG Acidentes e Doen as do Trabalho no Complexo Qu mico e Petroqu mico da Bahia In Franco T Org Trabalho riscos industriais e meio ambiente rumo ao desenvolvimento suste
237. lho e inseridos em trabalho prec rio A maior diferen a de sal rios ocorre no grupo de trabalho n o prec rio com maior propor o de trabalhadores falecidos por acidentes de trabalho recebendo mais do que um sal rio m nimo Destacam se as diferen as em rela o ao hist rico de inser o em trabalho formal alguma vez na vida no grupo de trabalho prec rio com predomin ncia de menor acesso a v nculos formais entre as pessoas falecidas por outras viol ncias n o relacionadas ao trabalho A avalia o por tipo de viol ncia desagregada e agrupada mostra a import ncia dos homic dios no grupo de mortes por outras viol ncias e com inser o em trabalho prec rio Na Tabela 7 s o apresentados os OR ajustados para a associa o entre tipo de morte acidente de trabalho vs outros tipos de mortes violentas e trabalho prec rio vs n o prec rio segundo as caracter sticas s cio ocupacionais A nica vari vel que mostrou poss vel efeito sobre a associa o entre acidente de trabalho e trabalho prec rio foi a idade de in cio da vida laborativa Os gr ficos 1 e 2 ilustram as diferen as percentuais na distribui o dos bitos dos trabalhadores falecidos por tipo de acidente de trabalho e tipo de viol ncia segundo inser o em trabalho prec rio 102 DISCUSSAO O presente estudo identificou que propor o expressiva das mortes por causas externas ocorre em situa es de trabalho um quarto delas considerando ativid
238. lho treinamentos mulheres n o respeitadas conflitos com a ger ncia sintomas de stress relacionados ao trabalho dist rbios do sono tontura cefal ia exaust o choro f cil irritabilidade tens o fadiga Price amp Amostra de trabalhadores Coorte inqu rito de base em Trabalho padr o tempo Mulheres com trabalhos em tempo Burgard 2006 americanos do estudo Americans Changing Lives homens e mulheres 25 e mais anos de idade Total de pessoas 3 617 1986 seguimentos em 1989 1994 2001 2 Insatisfagao no trabalho autopercep o de sa de ndice de sintomas depressivos Indice de Massa Corporal integral Tempo parcial volunt rio Tempo parcial involunt rio Aut nomo ou conta pr pria parcial volunt rio e respons veis por crian as menos sintomas depressivos que aquelas em tempo integral homens em tempo parcial involunt rio mais sintomas depressivos que os demais Benavides et al 2006 Acidentes de trabalho com bito e n o fatais registrados no Minist rio do Trabalho e A o Social Espanha 2000 2001 Estudo de s rie de casos coeficientes de incid ncia e mortalidade de AT mortalidade Trabalhador permanente Trabalhador tempor rio Tempor rio AT n o fatal RR 2 94 IC 95 1 88 3 42 Fatal RR 2 54 IC 95 1 88 3 42 RR AT fatal ajustado sexo idade ocupa o 1 30 IC95 1 08 1 57 Cordeiro et al 2006 Botucatu S o Paulo 2002 Moradores
239. liares de mais de um ter o das pessoas falecidas A popula o entrevistada n o diferiu da popula o n o entrevistada em rela o ao sexo faixa et ria grau de instru o tipo de causa de bito tipo de viol ncia e cor da pele Todavia por n o ter sido realizado processo amostral aleat rio n o se pode fazer infer ncia dos resultados obtidos para a popula o alvo 165 Outra questao diz respeito aos possiveis vieses de memoria dos informantes e ao fato de se utilizar informantes proxy As entrevistas foram realizadas em periodo que variou de seis a doze meses ap s o bito considerado um tempo muito grande para se obter informa o fidedigna Durante o estudo piloto observou se que as entrevistas realizadas com menos de seis meses eram mais dif ceis para o familiar pela perda traum tica ainda recente havendo mais chances de recusas e de respostas incompletas Contudo por se tratar de um evento traum tico e pelo teor das descri es obtidas avaliou se que a perda de informa o deveu se muito mais ao fato de que o familiar n o sabia nem antes nem a poca da entrevista o que efetivamente havia ocorrido do que por problema de memoria Por exemplo nos casos de emboscadas de sequestros de mortes por brigas entre gangues ou grupos de exterm nio o familiar n o poderia saber o que ocorrera seja a poca da entrevista seja pr pria poca do bito Algumas informa es sobre as circunst ncias do evento sobre m
240. llard amp Winefield 2002 Lewchuk et al 2003 Bohle et al 2004 Como apontam Benach et al 2007 necess rio avan ar e desenvolver teorias explicativas mais potentes e instrumentos capazes de captar e explicar tanto as rela es entre trabalho prec rio impactos na sa de e os elementos mais particulares das condi es concretas de trabalho 71 quanto sua rela o com as dimens es macro sociais relativas as desigualdades de classe e de poder Perguntas e inc gnitas ainda est o em aberto como avaliar vari veis indicadoras das condi es de trabalho Como se distribuem os riscos entre as classes sociais e entre grupos ocupacionais Como apreender e explicar diferen as entre pa ses Produzir evid ncias adequadamente com conceitos categorias e m todos apropriados que permitam captar as dimens es e diferen as entre os pa ses e regi es entre g nero entre minorias e grupos tnicos Modelos te ricos sens veis culturalmente posto que quase certo que um trabalhador em tempo parcial prec rio na Finl ndia guarde importante dist ncia do nosso biscateiro que faz de tudo um pouco ou do prec rio na Am rica Latina ou frica Mesmo que comparemos trabalhadores da constru o civil l e aqui as diferen as devem ser importantes necess rio que identifiquemos n o somente processos gerais e categorias explicativas gerais mas tamb m devem esses processos serem apreendidos nas suas dimens es particulares
241. los e rela es de trabalho legalizadas mas tamb m porque incapaz de garantir as condi es m nimas de sobreviv ncia das fam lias o que as for a a continuar submetendo se a condi es de trabalho e situa es de alto risco Algumas suposi es podem ser levantadas para que sejam testadas em estudos anal ticos a posteriori A inser o em trabalho prec rio parece ser mais importante para as mortes por viol ncias n o relacionadas ao trabalho e para os homic dios seja no trabalho ou fora dele As mortes por acidentes de trabalho e demais viol ncias parece estar concentrada entre as pessoas com menor escolaridade e menor renda elementos que poder o atuar como fatores de prote o contra o risco de morrer por causas violentas e por acidentes de trabalho desde que presentes em n veis elevados As diferen as de cor da pele etnia precisam ser melhor avaliadas em estudos de mortalidade em nossa regi o Neste estudo foi poss vel observar dimens es distintas da viol ncia no trabalho A primeira compreende os casos de mortes no trabalho decorrentes da viol ncia expl cita urbana 126 express o das desigualdades sociais da mis ria e da pobreza majoritariamente homic dios em ocupa es espec ficas como policiais militares vigilantes motoristas de nibus e t xis vendedores e acidentes de tr nsito especialmente atropelamentos A segunda consiste na viol ncia estrutural resultante das rela es de poder de
242. lude homicide and suicide cases occurred in workplaces The number of fatalities due to work typical work related accidents accidents during commuting is 26 of the total cases investigated Considering the illicit drug trade as a job the fraction of death related to work increased up to 32 6 LOGISTIC DIFFICULTIES IDENTIFIED DURING THE PILOT STUDY e Phone numbers were not registered for all relatives e Addresses difficult to be located due to lack of planned growth in the city many shantytowns changes in the street names inaccessibility by public transport or car e Places considered dangerous because of urban violence street gangs drug dealers e Many unemployed subjects with informal jobs without a fixed job address e Lack of reliability in governmental institutes and police e Population hesitant in signing any documents including informed consent e Interviewers although with previous experience in interviews in similar communities emotionally affected by the relatives answers on fatality circumstances and family s social situation homicides involvement with drug gangs extreme poverty lack of family structure etc 273 274 STRATEGIES TO OVERCOME DIFFICULTIES Agents of the Family Health Program and Endemic Disease Control Program Dengue Fever and others were contacted as on their company offer the interviewer as well as the neighbors the feeling of confidence safety They also knew better the neighbor
243. m a pessoa falecida c njuge pai m e irm o irm filho filha Toda a equipe contava com identifica o oficial da pesquisa camiseta carta de apresenta o bilhete com telefone para contato A maioria dos contatos foi viabilizada com transporte pr prio da Fundacentro ve culo oficial com motorista Nos locais ou bairros com maior concentra o de casos por homic dios as visitas eram feitas em duplas e em alguns bairros ap s contato pr vio com associa es comunit rias e agentes de sa de do munic pio A ida a campo individualmente e em transporte urbano nibus foi reduzida a menos de um ter o dos casos O telefone foi utilizado quando o 197 numero se encontrava dispon vel e a primeira tentativa de identifica o de endere o falhasse pois pareceu mais f cil a recusa pelo telefone que pessoalmente Observou se que as entrevistas deveriam ser realizadas ap s mais de seis meses de ocorr ncia do bito por haver maior resist ncia e dificuldade do familiar para falar antes deste tempo A aplica o do question rio tomou entre 30 a 45 minutos por entrevista por m o tempo real incluindo a apresenta o da entrevistadora a apresenta o do projeto as explica es necess rias ao convencimento da pessoa para obter sua colabora o e a assinatura do consentimento informado costumou tomar at o dobro do tempo da entrevista No piloto foi identificada a necessidade de ado o de algumas medidas para garantir
244. m diferentes ou n o estavam especificadas na classifica o oficial Tabela 3 Dentre os 71 casos n o identificados como de transporte predominavam os atropelamentos de pedestres e ciclistas e acidentes com motociclistas codificados no SIM como contato com objeto contundente de inten o n o determinada e fatos n o especificados de inten o indeterminada Dos 236 casos registrados como de inten o n o determinada 92 39 0 estavam classificados como disparo de outra arma de fogo e de arma de fogo n o especificada 161 inten o n o determinada Y24 e 85 casos 36 0 apareciam como fatos e eventos n o especificados e inten o n o determinada Y34 Por sua vez do total de 231 casos de agress o em que houve concord ncia total nos 4 e 3 d gitos em 84 4 deles a causa b sica era agress o por meio de disparo de outra arma de fogo ou de arma n o especificada X95 14 3 dos casos tratava se de agress o por meio de objeto cortante ou penetrante X99 em geral faca ou arma branca A pesquisa identificou 34 casos de les es auto infligidas quase seis vezes mais do que o SIM Tabela 3 Os casos de suic dios foram perpetrados principalmente atrav s da ingest o de subst ncia qu mica 38 2 em geral chumbinho inseticida agr cola do tipo carbamato utilizado em meio urbano como raticida seguidos pelos enforcamentos 24 1 armas de fogo 20 7 e afogamentos 10 3 Prec
245. m ele a S para facilitar voc pode me dizer seus nomes idade e se trabalhavam ou estudavam Listar os nomes idade grau de parentesco e se trabalha estuda ou ambos para cada uma das pessoas que moravam com o a falecido a NOME IDADE PARENTESCO ESTUDAVA TRABALHAVA 1 N w R a gt xN o O 10 12 27 Ele a era o principal respons vel pelo sustento da fam lia 1 sim 0 n o 9 n o sabe 28 Ele a tinha filhos morando em outra casa Se sim quantos sim 0 nao Se n o ou n o sabe passe para a pergunta 29 9 n o sabe 29 Se sim ele a ajudava a sustentar esses outros filhos 1 sim 0 n o 8 nsa 9 n o sabe ESTUDO ___ ESCOLA __ GRAU RELIGIF CORFAL1 CORFAL2 CORFAL3 CASADO TIPFAM PTOTAL _ CRIANC ADOLES ADULTO _ IDOSO PESTU _ PTRAB _ FILHOUT SUSTFIL 210 30 Quantas pessoas moradoras na casa contribuiam para o sustento da familia do a Sr a eaha poca de seu falecimento incluir a pessoa falecida SUSFAMI SUSOUT __ Al m dos moradores alguma outra pessoa contribu a para o sustento da fam lia 0 n o se sim quantas pessoas IV HIST RICO OCUPACIONAL Agora vou lhe fazer uma s rie de perguntas sobre as atividades de trabalho do a Sr a 31 No m s em que faleceu ele a estava trabalhando ou tinha alguma atividade remunerada ou algum biscate q
246. m graus mais incipientes de organiza o s o delas que as pessoas retiram seu sustento Por outro lado considerou se o fato crescentemente identificado em estudos sociol gicos e antropol gicos de que na vig ncia de um mercado de trabalho altamente excludente com baixas oportunidades de inser o e de qualifica o sem escolas de qualidade frequentemente a atividade il cita o meio que se apresenta aos jovens de ter rendimento respeitabilidade e reconhecimento social Espinheira 1999 Soares 2004 108 A contribui o do trabalho prec rio Embora n o se tenha encontrado diferen as ou ind cios de associa o entre trabalho prec rio e mortes por acidentes de trabalho o grande contingente de trabalhadores falecidos com inser o em trabalho prec rio tanto nos casos de acidentes de trabalho e maior ainda dentre as outras viol ncias n o relacionadas ao trabalho indica uma generaliza o da precariedade do emprego nessa popula o A propor o de ocupados em inser o prec ria assalariados do setor privado sem carteira assinada trabalhadores por conta pr pria e empregados dom sticos compreenderam 44 6 da popula o ocupada da RMS em 2004 mesmo ano da pesquisa Braga amp Rodarte 2006 H portanto uma sobre representa o de 20 8 e 28 4 de inser o prec ria entre os falecidos por acidente de trabalho e os trabalhadores falecidos por outros tipos de viol ncia respectivamente comparados popul
247. m op es separadas Trabalhador dom stico para a pessoa que prestava servi o dom stico remunerado em um ou mais domic lios diarista ou mensalista com carteira de trabalho assinada ou n o Servidor p blico estatut rio civil ou militar e Demais empregados todos os demais empregados de firmas empresas pessoa jur dica ou de pessoas f sicas exceto os dom sticos com carteira de trabalho assinada ou n o Esses ser o registrados nas op es 1 ou 2 Apesar de serem tamb m considerados como empregados os grupos abaixo ser o registrados em op es separadas a pessoa que prestava servi o militar obrigat rio especificar em outros o sacerdote ministro de igreja pastor rabino frade freira e outros religiosos especificar em outros o aprendiz ou estagi rio definido como a pessoa que exerceu uma ocupa o com ou sem remunera o durante pelo menos uma hora na semana m s de refer ncia na qualidade de aprendiz de uma profiss o ou of cio ou em cumprimento de est gio obrigat rio ou volunt rio ligado a uma profiss o Empregador pessoa que trabalhava explorando o seu pr prio empreendimento com pelo menos um empregado Conta pr pria pessoa que trabalhava explorando o seu pr prio empreendimento sozinha ou com s cio sem ter empregado ainda que contando com ajuda de trabalhador n o remunerado Incluem os trabalhadores aut nomos N o remunerado em ajuda a membro do domic lio
248. m sido referidas em estudos com trabalhadores em tempo parcial e presta o de servi os na forma de aut nomos ou conta pr pria em pa ses desenvolvidos Zeytinoglu et al 2004 Walsh 2007 Lewchuk et al 2007 e em empregados dom sticos e trabalhadores da constru o civil na Am rica Latina e Brasil Lautier amp Pereira 1994 Oliveira 2004 Em estudo de coorte de trabalhadores americanos realizado com base em inqu ritos populacionais repetidos de 1986 a 2001 Price amp Burgard 2006 identificaram que mulheres inseridas em trabalhos em tempo parcial volunt rio e respons veis por crian as apresentaram menos sintomas depressivos que aquelas em 64 tempo integral ou em tempo parcial involunt rio o contr rio foi observado em rela o as demais mulheres em tempo parcial ou integral sem crian as sob seus cuidados J os homens trabalhando em tempo parcial involunt rio apresentaram mais sintomas depressivos que os demais Analisando dados do Inqu rito Europeu sobre Condi es de Trabalho para 15 pa ses da Comunidade Europ ia Benavides et al 2000 encontraram associa o de trabalho prec rio com insatisfa o no trabalho fadiga dor nas costas e dores musculares que permaneceram ap s ajuste por condi es de trabalho n vel individual e por vari veis de contexto Em trabalho prec rio foram inclu dos aqueles por tempo determinado e os tempor rios Dentre os fatores investigados e apontados como poss veis
249. m termo de consentimento informado foi garantida a confidencialidade dos dados e todos os participantes da pesquisa receberam informa es durante o treinamento sobre os aspectos ticos envolvidos Os resultados da pesquisa foram resumidos e enviados para cada fam lia por meio de correspond ncia por correio Al m disso foram realizadas duas oficinas de trabalho para divulga o dos resultados junto s institui es de interesse 92 RESULTADOS Identificou se um total de 1 871 bitos no per odo considerado para o estudo segundo os crit rios de idade e munic pio de resid ncia Deste total somente foi poss vel realizar a visita para 1 122 60 0 casos dos quais foram entrevistados familiares correspondentes a 694 falecidos 61 9 que se reduziram para 648 ap s a exclus o de casos com informa es inconsistentes As perdas n 474 foram devidas a n o localiza o do endere o 21 3 familiar n o encontrado 21 1 recusa 17 3 desist ncia ap s v rias visitas 15 6 mudan a de endere o 14 1 e dados inconsistentes 9 7 A popula o do estudo portanto se constituiu de 648 bitos que corresponderam a 34 6 do total das mortes violentas na rea de refer ncia do estudo A Figura 1 apresenta um resumo esquem tico dos dados do trabalho de campo dos casos visitados entrevistados e perdidos Acidentes de trabalho e as mortes violentas Foram identificados 162 casos de acidentes de trabalho AT que re
250. m trabalhadores informais da constru o civil em Salvador revelou que eles sentem se discriminados como pessoas 110 ignorantes que realizam um trabalho muito pesado e ao qual n o dado o devido valor Oliveira 2004 92 Quando este trabalho executado sem a formaliza o de contrato de trabalho esse processo social de degrada o da dignidade humana se acentua e o trabalho informal percebido como perda de tempo trabalho em v o trabalho sem valor trabalho in til ou trabalho toa p 99 Para o autor esta situa o reflete bem o processo de afirma o de cidadania no pa s que transformou a carteira de trabalho em uma esp cie de nascimento c vico das pessoas levando aqueles que n o a tem a ocuparem um lugar de pr cidad os ou cidad os de segunda categoria que este tipo de exclus o pode gerar um sofrimento tico pol tico caracterizado especialmente pela dor que surge da situa o social de ser tratado como inferior subalterno sem valor ap ndice in til da sociedade p 100 Nessa situa o os pr prios trabalhadores submetem se s situa es de risco banalizam os acidentes assumindo os como eventos naturais Algumas atividades dif ceis de serem caracterizadas quanto a sua licitude ou n o foram identificadas demonstrando a t nue linha que separa o trabalho l cito da atividade il cita ou a concomit ncia dessas duas modalidades P
251. ma es em sa de bem como de acessibilidade aos sistemas da Previd ncia Social e s bases de dados censit rios e demais fontes sobre a popula o trabalhadora Os estudos aqui revisados e os c lculos Refer ncias Bibliogr ficas Barata RB e cols Acidentes de Trabalho Referidos por Trabalhadores Moradores em Area Urbana no Interior de S o Paulo em 1994 JESUS 9 3 199 210 2000 Beraldo PSS et al Mortalidade por Acidentes de Trabalho no Brasil Uma An lise das Declara es de Obito 1979 1988 JESUS Ano II 1 41 54 Jan Fev 1998 Binder MCP amp Cordeiro R Sub registro de acidentes do trabalho em localidade do Estado de S o Paulo 1997 Revista de Sa de P blica vol 37 4 409 16 2003 Borges A amp Druck MG Crise global terceiriza o e a exclus o no mundo do trabalho Caderno CRH 19 22 45 Salvador Jul Dez 1998 Carneiro SAM Trabalho e Viol ncia Rela o de Proximidade Viol ncia a trabalhadores durante jornada de trabalho na Zona Norte de S o Paulo em 1998 Disserta o Mestrado em Sa de P blica Faculdade de Sa de P blica Universidade de S o Paulo S o Paulo 2000 Concei o PSA Nascimento IBO Oliveira PS amp Cerqueira MRM Acidentes de trabalho atendidos em servi o de emerg ncia Cad Sa de P blica Rio de Janeiro 19 1 111 117 jan fev 2003 Cordeiro R e cols Validade das informa es ocupa o e causa b sica em declara es de bito de Botucatu S o Paulo
252. mativas de taxas de incid ncia de AT n o fatais Os resultados obtidos com a aplica o da raz o mais conservadora 1 750 resultaram numa diferen a de 8 048 138 casos de acidentes de trabalho em rela o ao n mero oficial ou numa propor o de subestimativa de 96 1 para todo o Brasil Esse percentual aproxima se do ndice de 94 13 263 estimado por Santana e cols 2003 a partir dos resultados do inqu rito populacional realizado em Salvador Bahia Entretanto na presente estimativa o percentual de subenumera o para a Bahia foi 98 8 O coeficiente de incid ncia estimado para a Bahia foi 15 8 tr s vezes maior que a incid ncia de 5 8 encontrada por Santana e cols 2003 provavelmente refletindo diferen as na composi o da for a de trabalho e nos ndices de notifica o na capital em rela o ao interior do estado Tamb m a compara o das estimativas obtidas para o estado de S o Paulo por Barata e cols 2000 importantes mostrou diferen as Esses autores encontraram um subregistro total de 71 1 de acidentes de trabalho n o fatais enquanto aqui foi estimado em 89 8 considerando a raz o mais conservadora entre AT fatal e n o fatal A taxa de incid ncia de AT n o fatal estimada para S o Paulo foi de 8 7 o dobro da taxa de 4 1 encontrada por Barata e cols 2000 De qualquer modo os tr s estados que apresentaram menores ndices entre as taxas oficiais relativas somente
253. mogr ficas Do total de 1 096 endere os localizados buscados logrou se realizar 580 entrevistas 53 A outra metade dos casos n o foi entrevistada por endere o n o localizado 8 6 familiar n o localizado no endere o 8 0 recusa 6 8 mudan a de endere o 5 8 desist ncia ap s v rias visitas e contatos por telefone 16 0 Cerca de 3 0 dos casos foram exclu dos por n o se tratar de causas externas RESULTADOS Do total de 1 662 casos de bitos por causas externas existentes no banco de dados do Instituto M dico Legal de Salvador em 2004 nenhum foi registrado como acidente de trabalho Apresentamos aqui a avalia o de uma sub amostra de 150 casos incluindo todas as causas externas relacionadas ou n o ao trabalho S o predominantemente homens 87 jovens com m dia de idade de 31 5 anos DP 12 4 com baixo n vel de escolaridade 29 3 estudou at 4 s rie e 67 3 completou o ensino fundamental A maioria era de cor da pele preta 26 0 e parda 51 3 sendo que para 60 dos falecidos foi informado pertencerem ou praticarem alguma religi o 40 n o tinha religi o Cerca de 10 eram trabalhadores na ind stria da constru o 6 somente estudavam e 5 eram policiais e agentes de seguran a vigilantes Tipos de v nculos de trabalho Tipo de v nculo N N o trabalha 45 30 0 Aut nomo conta pr pria 37 24 7 Empregado com carteira assinada 25 16 7 Empregado sem carteira assinada 23 15 3 Serv
254. n as de g nero na inser o de homens e mulheres no mercado de trabalho com as consequentes desigualdades na exposi o a situa es de risco tanto de exposi es ocupacionais quanto s situa es de viol ncia com uma enorme desvantagem para os homens Entretanto a ocorr ncia mesmo que ainda pequena de alguns casos de homic dios de mulheres na rua ou em seus estabelecimentos comerciais pode estar sinalizando uma poss vel mudan a nas exposi es aos riscos para as mulheres A taxa de participa o feminina no mercado de trabalho vem aumentando nas principais regi es metropolitanas onde se observou que as mulheres ocupam em maior propor o postos de trabalho vulner veis representados pelo assalariamento sem carteira assinada pelo trabalho dom stico por servi os aut nomos voltados para o p blico e pelos 116 trabalhadores familiares Ao mesmo tempo apresentam maiores taxas de desemprego e menores rendimentos de seu trabalho Dieese 2004 Uma outra mudan a a incorpora o de mulheres em algumas atividades de setores que tradicionalmente eram reservados aos homens como a constru o civil e transporte de passageiros exatamente setores onde as taxas de acidentes t m sido mais elevadas Dessa forma ser importante acompanhar o impacto das mudan as do trabalho na mortalidade segundo o recorte de g nero A escolaridade que se mostrou diferente entre os grupos de mortes por AT e mortes n o relacionadas ao tra
255. na 13 Conj Ba a de Todos os Santos Final Feliz 46 S o Jo o de Cima 14 Conj Cardeal Eug nio Sales 30 Lot Faz Coutos 4 Etapa 47 S o Jo o de Baixo 15 Conj Hab Vista Alegre Teot nio Vilela 48 S o Tom de Paripe 16 Conj Parque Ilha Amarela 31 Lot Jd Santa Filomena 49 Tubar o 17 Conj Senhor do Bonfim 32 Lot Parque Setubal 50 Volta Redonda 18 Coop Hab de Periperi COHPA 33 Lot Planalto Real Administra o Regional XVII Ilhas 17 1 Ilha de Bom Jesus dos Passos 3 Ilhota do Meio 5 Mar Grande 2 Ilha dos Frades 4 Ilha de Santo Ant nio Sim es Filho 18 1 CIA 2 CEASA 20 BR 324 256 Lauro de Freitas 19 1 Lauro de Freitas s e 9 Centro 17 Vida Nova 2 Travessa Solar do Unhao 10 Chafariz 18 Vila Mar 3 Buraquinho 11 Itinga 19 Vilas do Atlantico 4 Ipitanga 12 Jardim Castelao 20 Pojuca 5 Areia Branca 13 Lagoa dos Patos 21 Estrada do C co 6 Caixa D gua 14 Loteamento J quei Clube 22 Vila Praiana 7 Caji 15 Loteamento Miragem 8 Capel o 16 Port o Cama ari 22 1 Arembepe 20 Gleba A 38 Parque Mangabas 2 Guarajuba 20 Gleba B 39 Parque Sat lite 3 Vila de Abrantes 21 Gleba B 40 Parque Satuba 4 gua Fria 22 Gleba C 41 PHOC 5 Alto da Cruz 23 Gleba E 42 PHOC II 6 Alto do Triangulo 24 Gravata 43 PHOC III 7 Bomba 25 Imbassai 44 Piacaveira 8 Burisatuba 26 Inocoop 45 Ponto Certo 9
256. na de Salvador de 1995 a 2001 revelou que mais de dois ter os dos trabalhadores falecidos eram sub contratados terceirizados Jacobina et al 2000 68 Estudos t m demonstrado que os impactos do processo de terceiriza o s o vis veis nao somente para o contingente de trabalhadores subcontratados Os trabalhadores das empresas contratantes trabalhadores pr prios das empresas principais vivenciam uma grande intensifica o do trabalho ao tempo em que a empresa reduz sua estrutura e diminui em grande escala o n mero de trabalhadores downsizing aumenta as formas de controle e de press o pela produtividade mediante estrat gias de qualidade total de colabora o entre empregados gerentes e empregadores Borges amp Druck 2002 Vahtera et al 2007 Al m da intensifica o das exposi es a fatores de risco tradicionais qu micos e f sicos os fatores ergon micos e as press es ps quicas despontam com grande magnitude de efeitos J no caso das sub contrata es de trabalhos e atividades exercidas fora do ambiente da empresa por exemplo nos casos de trabalho em domic lio ocorre uma domicilia o do risco com extens o das exposi es aos familiares e algumas vezes pr pria vizinhan a Mendes amp Campos 2004 Johnstone et al 2005 Casos exemplares s o os da ind stria de cal ados em que trabalhadores instalam em seus domic lios m quinas ruidosas ou com potencial de acidentes utilizam sub
257. nal desenvolvimento da tecnologia micro eletr nica e informacional Mais do que crise da sociedade salarial para os pa ses centrais industrializados o que passa a ser profundamente questionado o pacto de solidariedade social a partir do trabalho a sociedade da seguran a social e a estabilidade das pol ticas de bem estar social s o abaladas Castel 1998 e s o progressivamente substitu das por pol ticas neoliberais que propalam a necessidade da flexibiliza o das rela es de trabalho Na pr tica a perda de direitos conquistados ao longo dos s culos e na mira a garantia da intensifica o do processo de acumula o capitalista e a manuten o da centralidade da concentra o da propriedade privada Castel 2005 Santos 2002 O processo de globaliza o com a liberaliza o do com rcio e da circula o associada de bens tanto dentro dos pa ses quanto entre pa ses gera grande volatilidade nos produtos e mercados mudan as nas demandas de trabalho na tecnologia arranjos competitivos e institucionais que impactam diretamente os trabalhadores n o qualificados e aut nomos Por exemplo a importa o de alimentos vestu rio e outros produtos e bens mais baratos frequentemente leva destrui o dos mercados locais de bens produzidos domesticamente por trabalhadores por conta pr pria e por pequenas e micro empresas As consegiu ncias para os trabalhadores n o qualificados incluem n o somente perda do emprego m
258. ndentemente para o risco de morte e diferentemente para cada tipo de causas externas de morte Moradores em localidades com fam lias de baixa renda altos n veis de pobreza alta propor o de pessoas com baixa escolaridade e alta densidade populacional nos domic lios aumentaram significativamente o risco de homic dios Independentemente da situa o s cio econ mica da pessoa se ela vive em regi o com altos n veis de pobreza estar mais sujeita a morrer por viol ncia de qualquer tipo Resultados similares foram encontrados em Barcelona por Borrel et al 2002 Neste estudo os autores aplicaram modelo de an lise multin vel testando 113 associa o entre n vel educacional e mortalidade por causas externas acidentes de transportes quedas overdose e suic dio e o efeito de vari veis individuais e de contexto utilizaram a taxa de desemprego na regi o como indicadora de priva o material por refletir falta de renda e inseguran a Observaram um gradiente por n vel educacional na mortalidade com maior risco para aqueles sem escolaridade e uma distribui o tamb m desigual da mortalidade como efeito das vari veis contextuais independente das individuais Assim poss vel supor que as condi es de pobreza e precariedade material de vida das pessoas e fam lias colocam nas sob maior risco para a morte tanto por acidentes de trabalho quanto para as demais viol ncias especialmente homic dios Ou que ter renda salar
259. nhando uns trocados ajudando um vizinho em uma mudan a e ao atravessar a rua carregando um vidro foi atropelado por um nibus RS vigilante ajudava o irm o na reforma de um telhado e caiu tendo traumatismo cr neo encef lico FM fazia biscates de pedreiro na constru o de uma casa e foi eletrocutado ao levantar uma longarina que passou muito pr xima da rede de alta tens o 120 Caracteristicas dos acidentes de trabalho Nao foi escopo deste estudo investigar em profundidade cada caso de forma a desvelar os elementos relativos aos meios processos e rela es de trabalho fatores causais pertencentes a uma dimens o mais particular do fen meno para tal fim seria necess ria uma abordagem etnogr fica aplicada aos atores e sujeitos no pr prio ambiente de trabalho Park 2002 Almeida 2006 Entretanto a avalia o dos casos de acidentes t picos que ocorreram dentro de empresas quedas de telhado explos es de caldeira choque el trico esmagamento por correia transportadora deixa transparecer o descaso e a neglig ncia das empresas em rela o s medidas de seguran a e de prote o da vida dos trabalhadores a sobrecarga de trabalho com horas extras a n o reposi o e troca de equipamento defeituoso j adquirido para n o parar a produ o a n o manuten o de ve culos caminh es e ca ambas a atribui o de tarefas para as quais o trabalhador n o estava qualificado ou n o tinha experi ncia Esse perf
260. nio e um morto a tiros sem conhecimento do motivo na frente de casa Os tr s mototaxistas foram assassinados por passageiros ou pessoas disfar adas de passageiros Os acidentes de tr nsito envolvendo motocicletas t m vitimado tanto pedestres que s o atropelados quanto os pr prios motociclistas e v m sendo identificados como um problema de sa de p blica desde a d cada de 80 com os estudos de Koizumi 1985a 1985b em S o Paulo Com a amplia o da utiliza o da motocicleta como meio de transporte de mercadorias e de passageiros tem sido observada elevada participa o dos motociclistas profissionais nos acidentes de tr nsito tanto nos estudos de mortalidade quanto de morbidade Gon alves et al 1997 Andrade amp Mello Jorge 2000 Barros et al 2003 A letalidade dos motociclistas envolvidos em acidentes de transporte em munic pio do sul do Brasil foi de 3 somente suplantada pelos pedestres e ciclistas 5 Gon alves et al 123 1997 Barros et al 2003 Estudo realizado em Belo Horizonte identificou uma s rie de caracter sticas da organiza o de trabalho e das demandas e exig ncias de trabalho que imp em aos motociclistas a ado o de procedimentos de risco no tr nsito desde a remunera o por deslocamento at as press es das empresas e dos clientes para cumprir suas tarefas no tempo determinado as exig ncias para um atendimento com pontualidade presteza e confiabilidade independentemente das condi
261. nor sensibilidade foi encontrada entre pessoas de cor da pele n o negra 4 3 e a maior para os falecidos com 30 a 69 anos de idade 10 3 A especificidade foi alta em todos os grupos analisados os valores preditivos negativos mais baixos foram estimados entre pessoas no grupo de mais idade 70 0 e no grupo de bitos por outras causas que n o homic dios 70 2 Tabela 1 A avalia o preliminar de 146 boletins de ocorr ncia policial referentes a 163 pessoas fornecidos por seis delegacias identificou que em mais da metade 51 6 n o havia informa o suficiente para avaliar se a pessoa estava ou n o trabalhando na ocasi o do evento de viol ncia em somente 32 2 dos registros havia alguma refer ncia ocupa o da pessoa em 31 6 dos casos foi poss vel definir que o epis dio n o era relacionado ao trabalho em 6 5 podia se suspeitar de poss vel rela o com o trabalho por m sem elementos suficientes para afirmar com certeza e em 3 9 seis dos casos foi poss vel afirmar tratar se de acidente de trabalho Se esse perfil repetir se no restante das ocorr ncias das demais circunscri es policiais pode se afirmar que os boletins de ocorr ncia policial triplicam a capacidade de identifica o dos casos de bitos no trabalho comparados ao SIM 160 A Tabela 2 apresenta os percentuais de concordancia entre a causa basica informada no SIM e a causa reconstituida pela pesquisa para os 648 casos entrevistados Em m
262. nos espa os da rua fora das empresas Al m dessas Oliveira amp Mendes 1997 destacam as mortes ocorridas durante o exerc cio de atividades il citas as situa es de elimina o ou exterm nio e aquelas resultantes de interven es policiais A precariedade do trabalho e emprego evidenciada por meio dos v nculos de trabalho n o formalizados apesar da plausibilidade n o tem sido evidenciada como importante fator associado a acidentes de trabalho n o fatais em estudos nacionais Barata et al 2000 Santana et al 2003 Nas poucas pesquisas existentes entre as mortes no trabalho as propor es de trabalhadores informais t m variado entre 60 a 70 Hennington et al 2004 Oliveira amp Mendes 1997 um pouco mais elevadas do que o esperado pela distribui o na popula o geral No Brasil estudos sobre viol ncia n o t m privilegiado a an lise da contribui o do trabalho apesar da sua ineg vel import ncia para o entendimento e enfrentamento deste fen meno em nosso pa s Mello Jorge 1990 Minayo 1994 Vermelho amp Mello Jorge 1996 Freitas et al 2000 Macedo et al 2001 De acordo com os dados analisados por Waldvogel para o estado de S o Paulo a propor o de acidentes de trabalho nos bitos por causas externas foi de 20 0 2002 87 Neste estudo pretende se contribuir para um melhor conhecimento da participa o dos acidentes de trabalho dentre as mortes violentas descrevendo suas caracter st
263. nos seus contextos hist ricos sociais e culturais Com a crise da sociedade salarial para muitos crise do Estado social ou do Estado de Bem Estar Social Castel 2005 ou crise do trabalho industrial ocorrem mudan as nos valores sociais e simb licos do trabalho na vida das pessoas as expectativas de carreiras e trajet rias profissionais mudam a seguran a e a estabilidade d o lugar s frequentes mudan as adapta es a novas fun es mobilidade rotatividade correr riscos tornar se competitivo andar mais r pido as mudan as constantes a velocidade dessas mudan as a instabilidade e as incertezas trazem uma incapacidade de planejar o futuro O tempo de curto prazo flex vel do novo capitalismo parece excluir que fa amos uma narrativa constante de nossos labores e portanto de uma carreira Sennet 2004 146 Essa realidade calcada na competitividade e na ascens o individual de poucos destr i princ pios ticos e morais conquistados ao longo do s culo XX esgar a sentimentos de 72 pertencimento comunit rio de compromissos e de confian a m tua entre as pessoas e trabalhadores leva a uma confus o de valores corros o do car ter Sennet 2004 Do ponto de vista das experi ncias subjetivas dos indiv duos essas reflex es aplicam se nos pa ses em desenvolvimento principalmente queles que lograram ter uma situa o de trabalho ou v nculo est vel e a perderam por mudan
264. nos trabalhadores do mercado formal acrescenta se o desafio de compreender a mortalidade relacionada por exemplo ao desemprego e s atividades il citas BIBLIOGRAFIA Barreiros MF Souza NSS Concei o PSA Rego MAV Nobre LCC Mortalidade por Causas Externas Relacionadas ao Trabalho Investiga o de Mat rias Jornalisticas da Bahia Cadernos de Sa de do Trabalhador Salvador CESAT 1 44 47 2003 Carneiro SAM Trabalho e Viol ncia rela o de proximidade da viol ncia a trabalhadores durante a jornada de trabalho na Zona Norte de S o Paulo em 1998 Universidade de S o Paulo Tese Mestrado 143 p S o Paulo 2000 Correa PRL amp Assun o AA A subnotifica o de mortes por acidentes de trabalho estudo de tr s bancos de dados Epidemiologia e Servi os de Satide 12 4 203 212 2003 Hennington EA Cordeiro R amp Moreira Filho Trabalho viol ncia e morte em Campinas S o Paulo Brasil Cadernos de Sa de P blica Rio de Janeiro 20 2 610 617 2004 Oliveira PAB amp Mendes JM Acidentes de trabalho viol ncia urbana e morte em Porto Alegre Rio Grande do Sul Brasil Cad Sa de P blica 13 supl 2 73 83 1997 Paes Machado E amp Levenstein C Assaltantes a bordo viol ncia inseguran a e sa de no trabalho em transporte coletivo em Salvador Bahia Brasil Cad Sa de P blica 18 5 1215 1227 2002 Pepe CCCA Estrat gias para superar a desinforma o um estudo sobre os acidentes de trabalho
265. nseqti ncias para a Sociedade Minist rio Publico do Estado de Sao Paulo 1998 mimeo Oliveira PAB amp Mendes JM Acidentes de trabalho viol ncia urbana e morte em Porto Alegre Rio Grande do Sul Brasil Cad Sa de Publica 13 supl 2 1997 133 Oliveira RP Tudo arriscado A Representa o do Trabalho entre Trabalhadores Informais da Constru o Civil Disserta o de Mestrado Instituto de Sa de Coletiva Universidade Federal da Bahia 2004 Oliveira MAR Ases do asfalto vitimiza o e responsabiliza o no trabalho de motoboys de Salvador Disserta o de Mestrado Instituto de Sa de Coletiva Universidade Federal da Bahia 2006 OMS Organiza o Mundial de Sa de Classifica o Estat stica Internacional de Doen as e Problemas Relacionados Sa de 10 Revis o CID 10 Tradu o Centro Colaborador da OMS para a Classifica o de Doen as em Portugu s 7 ed S o Paulo Editora da Universidade de S o Paulo 2004 Vol 2 OMS Organiza o Mundial da Sa de Relat rio mundial sobre viol ncia e sa de Genebra OMS 2002 Cap 1 Viol ncia um problema mundial de sa de p blica 22 p OSHA European Agency for Safety and Health at Work Acidentes de Trabalho na Uni o Europ ia Uma imagem estat stica 1998 1999 Eurostat Facts 19 Belgium 2001 Dispon vel em http osha eu int comm eurostat Acessado em 16 02 2004 Paim JS Costa MCN Mascarenhas JCS amp Silva MLV D
266. nt vel Salvador Edufba 1997 p 159 187 Santos J nior EA amp Dias EC Viol ncia no Trabalho uma Revis o da Literatura Revista Brasileira de Medicina do Trabalho 2 1 36 54 2004 37 SEI Superintend ncia de Estudos Econ micos e Sociais da Bahia PED Pesquisa de Emprego e Desemprego na Regi o Metropolitana de Salvador resultados do ano 2004 Salvador SEI 2005 Vilela RAG Iguti AM amp Almeida IM Culpa da v tima um modelo para perpetuar a impunidade nos acidentes do trabalho Cadernos de Sa de P blica Rio de Janeiro 20 2 570 579 2004 WHO Appendix Glossary of Terms s d Dispon vel em http Avww wpro who int NR rdonlyres EFD3A0FD E836 4C 13 BA04 5614011BDE25 0 35definitions pdf Acessado em 15 10 2006 Young J Canibalismo e bulimia In Young J A sociedade excludente Exclus o social criminalidade e diferen a na modernidade recente Rio de Janeiro Revan 2002 Cap 111 91 144 Zaluar A Para nao dizer que nao falei de samba os enigmas da viol ncia no Brasil In Novais FA amp Schwarcz LM Orgs Hist ria da vida privada no Brasil S o Paulo Companhia das Letras 1998 v 4 p 245 318 38 4 OS RESULTADOS ARTIGOS Artigo 1 TRABALHO PREC RIO E SA DE DOS TRABALHADORES UMA REVIS O 39 Trabalho Precario e Saude dos Trabalhadores uma revisao Precarious employment and worker s health A review Leticia Coelho da Costa Nobre Fernando Martins Carvalho
267. ntamento de peso excessivo X50 4 Outro caso de auto intoxica o intencional por pesticida estava codificado no banco oficial como pancreatite aguda K85 e um de envenenamento tamb m por pesticida de inten o n o determinada constava como broncopneumonia n o especificada J18 0 Um caso de auto intoxica o intencional por drogas X64 0 constava como edema pulmonar n o especificado J81 um caso classificado como efeito adverso de outras drogas e n o especificadas Y57 9 foi definido como aborto n o especificado 006 9 Provavelmente este caso se tratava mesmo de aborto provocado por medica o que a fam lia n o sabia ou n o quis informar Outro caso de queda foi codificado no sistema oficial como insufici ncia ventricular esquerda edema agudo de pulm o 150 1 Em alguns casos de quedas pode de fato ter havido uma doen a de base como hipertens o infarto isquemia ou outra patologia que levasse a pessoa a sentir se mal e em consequ ncia sofrer a queda Codificou se como queda sempre que a fam lia informou ter havido um traumatismo cr neo encef lico ou hemorragia craniana em decorr ncia e quando n o se tratava de epilepsia considerando ser esta a nica exce o para a escolha de uma causa natural levando queda O ltimo caso foi referido pela fam lia como inc ndio por explos o de botij o de g s e codificado como exposi o a combust o de subst ncia inflam vel X
268. nte 26 5 tinham um contrato formal de trabalho Foi estimado um percentual de 19 4 126 de acidentes de trabalho em atividade l cita e 5 6 36 em atividade il cita 56 8 dos bitos foram devidos a homic dio 27 2 acidentes de transporte 14 2 outros acidentes e 1 9 suic dios Estimados subregistro das mortes no trabalho 92 6 sensibilidade 7 14 especificidade 99 81 valor preditivo positivo 90 0 valor preditivo negativo 81 66 elevado ndice de discord ncia entre as causas b sicas de bito 52 8 maior entre mulheres 61 4 em maiores de 30 anos de idade 64 0 e entre acidentes de transporte 84 7 e suic dios 82 8 O estudo demonstrou importante contribui o dos acidentes de trabalho nas mortes por causas externas com propor es vari veis conforme o tipo de viol ncia e identificou uma sensibilidade muito baixa do sistema oficial de informa es sobre mortalidade para identificar as mortes no trabalho APRESENTA O A motiva o para estudar acidentes de trabalho com bito surgiu de nossas experi ncias no Centro de Estudos da Sa de do Trabalhador ao investigar os acidentes com bito ocorridos na Regi o Metropolitana de Salvador desde 1995 Tom vamos conhecimento especialmente pelos sindicatos de trabalhadores dos casos ocorridos nas empresas e foi em rela o a eles que estabelecemos planos e projetos de interven o Enquanto isso os jornais noticiavam cotidianamente in meros acide
269. nteressa saber se paga ou benefici rio de plano de sa de privado coletivo ou individual independentemente de utilizar os servi os de sa de p blica SUS Plano de sa de de empresa plano coletivo em grupo pago e gerenciado pela empresa podendo haver desconto no sal rio para isso Plano individual aquele que a pr pria pessoa pagava por iniciativa pr pria particular ou individual pode haver casos de a pessoa falecida ser benefici ria como dependente do plano de sa de do c njuge da m e pai ou de outro familiar Neste caso procure saber se o plano de sa de origin rio do qual dependente de empresa ou individual particular Se referir que s tinha SUS registre como 0 n o tem plano de sa de 43 Sal rio renda refere se somente ao sal rio ou rendimentos advindos do trabalho da pessoa que faleceu no ltimo m s antes do falecimento m s anterior ao falecimento Procure colocar o valor mais pr ximo poss vel do real Se n o souber pergunte se era mais ou menos que o sal rio m nimo tente aproximar o valor da forma mais fiel poss vel Em ltimo caso se necess rio registre tendo como refer ncia o sal rio m nimo meio SM 1 SM 2 5 SM 232 A depender da data do bito o ltimo m s ou m s anterior n o coincidira com o m s calend rio procure saber o que recebeu referente ao trabalho exercido no m s anterior ao falecimento buscando cobrir um per odo de 30 dias especialmente para aquele
270. ntes Outros estudos posteriores evidenciaram a import ncia da inseguran a no emprego nos impactos adversos na sa de Quinlan amp Mayhew s d Tr s estudos de base populacional realizados no Brasil estimaram taxas de incid ncia de acidentes de trabalho n o fatais comparando trabalho formal e informal identificados pelo crit rio de exist ncia de contrato de trabalho jur dicamente v lido ou carteira de trabalho assinada ou n o Em Salvador Santana amp Loomis 2004 estimaram coeficientes de incid ncia anual de acidentes de trabalho n o fatais de 6 2 100 trabalhadores em tempo integral FTE no trabalho formal e de 5 1 100 FTE para trabalhadores informais cujas diferen as n o foram estatisticamente significantes Os autores discutem poss veis explica es para a semelhan a desses coeficientes entre elas que trabalhadores informais podem estar concentrados em atividades de menor risco para acidentes que as condi es de trabalho podem n o diferir tanto entre empregos formais e informais no contexto estudado que atividades formais tamb m apresentem condi es de trabalho prec rias que a a o reguladora e fiscalizat ria do Estado sobre as condi es de sa de e seguran a das empresas formalizadas sejam ineficientes neutralizando portanto os efeitos esperados desse fator de vantagem das atividades formais em rela o s informais Em Botucatu foram estimadas propor es de incid ncia de acidentes de trabalho n
271. ntes viol ncias e mortes com serventes pedreiros b ias frias agricultores empregados dom sticos desempregados biscateiros policiais militares professores trabalhadores n o registrados nos sistemas de informa es oficiais Inexpressivos em vida invis veis na morte A lacuna estava l Lembro de uma afirma o do Prof Jairnilson Paim em um semin rio sobre viol ncia urbana e sa de realizado na Reitoria da UFBA nos idos de 1997 ou 1998 que ficou martelando em minha cabe a que as mortes no trabalho eram inexpressivas muito pouco frequentes comparadas s demais causas violentas de morte n o deveriam portanto ser objeto de tanta preocupa o Isso me instigou Eram mesmo os acidentes ou as mortes no trabalho um problema de sa de p blica Ou talvez tenha surgido muito antes quando percorria a Regi o Metropolitana de Porto Alegre procura das m es das crian as que haviam falecido antes de completar um ano de idade em pesquisa coordenada por C sar Victora do Departamento de Medicina Social da Universidade Federal de Pelotas Exceto os bitos por causas neonatais e malforma es cong nitas eram todas crian as filhas de pais prolet rios de fam lias que n o recebiam mais que tr s sal rios m nimos Em verdade este projeto foi constru do a partir de inquieta es coletivas compartilhadas com v rias pessoas ao longo de minha hist ria e trajet ria profissional As perguntas eram on
272. ntes de trabalho Concei o et al 2003 Com esses resultados pode se presumir que a propor o de acidentes de trabalho varie entre um quinto a um ter o do total de mortes por causas externas 103 Considera es metodol gicas Antes de prosseguir algumas considera es metodol gicas devem ser feitas A proposi o inicial deste estudo era investigar a totalidade dos bitos por causas externas nos tr s munic pios No entanto v rias dificuldades foram enfrentadas no trabalho de campo que se estendeu mais do que o previsto Primeiro a localiza o dos endere os foi demorada pela desorganiza o urbana nos bairros perif ricos e favelas por incorre es no endere o registrado e pela precariedade das condi es de vida da popula o estudada conforme atesta fala dos motoristas que participaram do trabalho de campo os casos que procur vamos eram sempre aqueles que moravam l na ltima pirambeira do morro na ltima casa na casa mais pobre e prec ria da rua no fim do bairro Segundo pela pr pria natureza do objeto que se estava investigando encontrou se resist ncia da comunidade em prestar informa o especialmente nos casos de homic dios em alguns locais nem os agentes comunit rios de sa de se dispuseram a acompanhar ou mostrar o domic lio aos entrevistadores em outros os pr prios familiares entrevistados solicitavam que a equipe n o mais retornasse rea por quest o de seguran a Contudo logr
273. ntifica o dos casos muito baixa Se aplicarmos esse mesmo percentual de 39 observado por Waldvogel 2002 em S o Paulo a toda a regi o Sudeste obteriamos uma taxa de mortalidade de 62 7 100 000 para toda a PEAO 4 5 vezes mais que a taxa oficial e um total de 18 015 bitos cifra bem acima e com uma diferen a de 12 964 mortes a menos que a maior estimativa feita para todo o Brasil J o percentual de 81 9 de subregistro das mortes informadas pela Previd ncia Social encontrado em Porto Alegre Oliveira amp Mendes 1997 se aplicado a todo estado do Rio Grande do Sul 263 resultaria em 842 casos de bito n mero um pouco acima da estimativa obtida com aplica o da segunda taxa proposta por Takala 1999 Esses exerc cios parecem corroborar a assertiva de que as estat sticas oficiais est o muito aqu m da realidade mesmo para os casos de bito frequentemente considerados como mais dif ceis de serem ignorados Dessa forma fica evidenciada a import ncia da realiza o de estudos de valida o das informa es sobre mortalidade seja mediante a interliga o entre bases de dados e sistemas de informa es seja mediante aplica o de estrat gias que permitam o dimensionamento do subregistro como as entrevistas domiciliares para confirma o da causa b sica de bito Aplicando as raz es de 1 AT com bito para 750 AT n o fatais e de 1 1000 observam se os seguintes n meros e esti
274. nto J quei Clube 1 0 0 Pojuca 1 0 0 Ignorado 11 3 27 3 Total 118 40 33 9 206 Tabela 6 Distribui o dos bitos por causas externas segundo m s de ocorr ncia do bito Salvador Cama ari e Lauro de Freitas 2004 Total de casos Casos Estudados M s Banco do IML Pesquisa n n no ano no m s Janeiro 205 11 0 94 14 6 45 9 Fevereiro 138 7 4 67 10 4 48 6 Margo 157 8 4 68 10 5 43 3 Abril 164 8 8 74 11 5 45 1 Maio 153 8 2 67 10 4 43 8 Junho 145 7 7 51 7 9 35 2 Julho 133 7 1 59 9 1 44 4 Agosto 153 8 2 57 8 8 37 3 Setembro 151 8 1 64 9 9 42 4 Outubro 151 8 1 40 6 2 26 5 Novembro 167 8 9 4 0 6 2 4 Dezembro 154 8 2 1 0 2 0 6 TOTAL 1 871 100 0 646 100 0 34 5 207 ANEXO 2 Instrumento Question rio 208 Funda o Jorge Duprat Figueiredo de Seguran a e Medicina do Trabalho FUNDACENTRO MTE Instituto de Sa de Coletiva ISC UFBA Departamento de Medicina Preventiva Faculdade de Medicina DMP FAMED UFBA ESTUDO SOBRE MORTALIDADE DE TRABALHADORES EM SALVADOR E REGI O METROPOLITANA IDENTIFICA O INICIAL Se necess rio reforce que o nome de seu familiar consta do question rio somente para controle interno da equipe de pesquisa e que n o ser divulgado de forma nenhuma 1 Nome do a falecido a 2 N mero Laudo IMLNR 3 Endere o da entrevista N mero DO Data bito Bairro Munic pio Nome do entrevistador Dataentrevista ___ _ DATAENTR COIN OD A
275. ntretanto sem express o pol tica ou sem maior valor econ mico social para os pa ses capitalistas centrais ocupados com seu modelo de acumula o centrado na produ o industrial de massa n o tinham visibilidade social nas pol ticas p blicas ou privadas A partir da 48 d cada de 70 e principalmente com a crise econ mica dos anos 80 chegamos a d cada de 90 com um grande aumento do numero de trabalhadores excluidos do trabalho industrial em situa o de desemprego ou de subemprego que passam a buscar na economia informal sua sobreviv ncia Ao mesmo tempo a economia informal passa a crescer nos paises centrais surgindo o interesse em estudar esse novo contexto em que o setor informal visto n o mais como um setor marginalizado e exclu do mas como um setor bastante din mico com rela es econ micas informais estreitamente ligadas economia formal Sassen 1997 Esses aspectos e as teorias explicativas para a g nese e crescimento da informalidade ser o objetos de amplo e pol mico debate na sociologia do trabalho e na economia nas ltimas d cadas com a conclus o para alguns de que h um esgotamento do conceito de setor informal e inclusive do pr prio termo informalidade Carr amp Chen 2002 Noronha 2003 Filgueiras et al 2004 Para Hussmanns 2004 setor informal e trabalho informal s o conceitos que se referem a diferentes aspectos da informaliza o do emprego e implicam em distintos objetivos em
276. o SM R 260 00 At Yo SM 32 19 8 66 20 2 Mais de 2 a 1 SM 23 14 2 75 23 0 Mais de 1 a 3 SM 92 56 8 166 50 9 Mais de 3 SM 15 9 3 19 5 8 0 08 M dia DP 407 7 416 8 385 5 610 3 0 06 Renda familiar per capita SM R 260 00 At Yo SM 60 37 0 111 34 0 Mais de a 1 SM 74 45 7 159 48 8 Mais de 1 SM 28 17 3 56 17 2 0 78 M dia DP 246 2 320 9 257 3 381 7 0 91 Considerado v nculo no qual ocorreu o acidente de trabalho Calculado para maiores de 14 anos de idade 142 Tabela 6 N mero de bitos por morte violenta segundo trabalho prec rio e rela o com o trabalho de acordo com caracter sticas s cio ocupacionais e tipo de viol ncia entre os falecidos ocupados N 488 residentes em Salvador Cama ari e Lauro de Freitas 2004 Trabalho prec rio N 344 Trabalho n o prec rio N 144 Vari veis Mortes por acidentes Mortes por outras Valor de Mortes por acidentes Mortes por outras Valor de de trabalho causas violentas p de trabalho causas violentas p N 106 Yo N 238 N 56 N 88 Sexo Homem 97 91 5 222 93 3 53 94 6 76 86 4 Mulher 9 8 5 16 6 7 0 56 3 5 4 12 13 6 0 11 Idade 10 29 56 52 8 170 71 4 13 23 2 45 51 1 30 69 50 47 2 68 28 6 0 0008 43 76 8 43 48 9 0 0009 Escolaridade 0 4 48 45 3 125 52 5 15 26 8 25 28 4 5 e mais 58 54 7 113 47 5 0 22 41 73 2 63 71 6 0 48 Cor da pele Negra 85 80 2 210 88 2 46 82 1 72 81 8 Nao negra 21 19 8 28 11 8 0 05 10 17 9 16 18 2 0 96 Religiao
277. o grupo de trabalho n o prec rio as vari veis que mostraram diferen as significativas entre as mortes no trabalho e mortes n o relacionadas ao trabalho foram idade situa o conjugal responsabilidade pelo sustento da fam lia sal rio e tipo de viol ncia agrupada homic dio n o homic dio Na distribui o por idade observa se que h mais jovens falecidos nos dois grupos de causas por AT e outras viol ncias no grupo de trabalho prec rio com percentual maior nas mortes n o relacionadas ao trabalho J no grupo com inser o em trabalho n o prec rio os trabalhadores com mais idade aparecem mais entre as mortes por acidentes de trabalho A cor da pele difere somente no grupo de trabalho prec rio aparecendo mais pessoas n o negras entre os acidentados do trabalho a propor o de pessoas negras maior entre as mortes por outras viol ncias n o relacionadas ao trabalho No grupo de trabalho n o prec rio h uma diferen a de 30 a mais de trabalhadores casados entre os acidentados 101 no trabalho em comparagao as demais mortes Os trabalhadores falecidos por acidentes de trabalho aparecem mais como principais responsaveis pelo sustento da familia comparados aos falecidos por outras viol ncias sendo essa diferen a maior ainda naqueles cuja inser o no trabalho n o prec ria As longas jornadas semanais de trabalho parecem adquirir mais import ncia para os trabalhadores falecidos por acidentes de traba
278. o sobrinho sogros e netos 16 m e irm os companheira filhos 7 fam lia extensiva com tios ou 17 respons vel adulto falecido cunhados sobrinhos 8 irm os cunhados sobrinhos primos 9 sem pais com av av ou tios 10 somente irm os sem pais 99 ignorada 18 com tio 19 com fam lia empregadora PCASA posi o da pessoa falecida na fam lia 0 morava sozinho 7 sobrinho a 1 esposo esposa 8 av av 2 genro nora 9 amigo a 3 m e pai 10 neto neta 4 filho filha 11 patrao 5 irmao irma 12 empregado 6 tio tia 99 ignorado PTOTAL some todas as pessoas que moravam na casa inclusive a pessoa falecida independentemente se homem ou mulher CRIANC some as crian as de 0 a 9 anos de idade ADOLES some as pessoas de 10 a 17 anos de idade ADULTO some as pessoas adultas de 18 a 64 anos de idade IDOSO some todas as pessoas acima de 64 anos de idade 0 a 9 anos crian a 10 a 17 anos adolescente 18 a 64 anos adulto 242 65 anos ou idoso PESTU some todas as pessoas moradoras do domic lio que estudavam PTRAB some todas as pessoas moradoras do domic lio que trabalhavam CHEFE se a resposta for n o codifique com 0 zero SUSTFIL se n o tiver filhos FILHOUT codifique com 8 n o se aplica Somar o n mero de filhos que moram na casa e os que n o moram IV HIST RICO OCUPACIONAL Para todos os campos em que h OCUPA O ut
279. o acolhimento compartilhamento de prop sitos id ias e informa es A dire o do Instituto M dico Legal Nina Rodrigues pelo acesso aos arquivos e banco de dados do IML Iracema de Jesus Diretora do Departamento de Pol cia Metropolitana pelo apoio e acesso s delegacias de pol cia e a Ana Em lia Blanco do Centro de Estudos e Estat sticas da Pol cia Civil pelo apoio e participa o em semin rio s equipes das secretarias de sa de de Salvador e Lauro de Freitas especialmente o apoio das equipes das unidades de aten o b sica do Programa de Sa de da Fam lia aos agentes comunit rios de sa de no aux lio para a localiza o dos familiares e endere os T nia Jesus da Coordena o de Regula o e Avalia o da Secretaria de Sa de do Munic pio de Salvador e a M rcia Mazei da Diretoria de Informa es em Sa de pela disponibiliza o dos bancos de dados do SIM Agrade o a Prof Vilma Santana Rita Fernandes Norma Souza e Mina Kato pelo aux lio na revis o final dos artigos e sugest es importantes A Vilma ainda pelo constante incentivo troca de informa es semin rios textos refer ncias e parceria nos artigos publicados Ao Prof Jairnilson minha gratid o pelas provoca es e inquieta es a Prof Ceci pelas timas incurs es no tema da viol ncia ao Prof Eduardo Mota pelas id ias e discuss o da tese e do projeto A Fernando Carvalho meu orientador pela paci ncia e apoio dur
280. o com rcio ajudando em lojas ou armaz ns de familiar ou trabalho dom stico ou de bab em outra casa Aprendiz ou estagi rio em estabelecimentos comerciais industriais ou de servi os Volunt rio trabalho beneficente inclui quem trabalha em ajuda a institui o religiosa ou de cooperativismo em organiza es n o governamentais como volunt rio Outro especifique qual outro 33 Quantos trabalhos a pessoa falecida exercia conferir se era um s trabalho ou quantos eram Interessa saber todos eles Se a pessoa falecida trabalhava em mais de uma ocupa o as perguntas seguintes da 34 a 44 dever o ser feitas para cada uma delas 34 Ocupa o registre a ocupa o da pessoa falecida no trabalho de forma mais fiel poss vel registrar o que a pessoa fazia de fato Considerar como ocupa o a fun o cargo profiss o ou of cio desempenhado por uma pessoa numa atividade econ mica Na d vida pe a para explicar um pouco o que a pessoa fazia normalmente em seu trabalho e registre por extenso a resposta Para a pessoa que tinha mais de um trabalho emprego ocupa o atividade no m s de refer ncia colete os dados de ocupa o de cada uma das atividades informadas considerando ocupa o 1 221 o ocupa o 2 ocupa o 3 ocupa o 4 Se houver caso com mais de 4 trabalhos ocupa es registre no espa o final de observa es ou nas margens da mesma p gina coletando todos os
281. o de dados do SIM disponibilizado pelo setor de Informa es e An lise da Situa o de Sa de da Secretaria de Sa de do Estado respons vel pelo envio do banco do SIM estadual para o Minist rio da Sa de Destes 27 casos constavam como acidente de trabalho 1 3 do total de causas externas nos tr s munic pios somente um deles era de uma mulher Esses casos foram registrados no sistema ap s envio de notifica es e recortes de jornais feitos pelo Centro de Estudos da Sa de do Trabalhador que realiza a investiga o sistem tica dos acidentes de trabalho com bito na Regi o Metropolitana de Salvador Jacobina et al 2003 Souza et al 2006 Destes casos dez constavam do banco da pesquisa e 159 foram inclu dos no estudo todos os dez eram bitos de homens Esse numero corresponde a 1 5 do total de bitos estudados ou 12 9 vezes menos mortes por acidentes de trabalho no sistema oficial Do total de casos entrevistados identificou se 126 bitos relacionados ao trabalho em atividades l citas 73 acidentes de trabalho t picos e 53 de trajeto compreendendo 19 4 dos casos de mortes por causas externas Esse percentual 14 9 vezes maior que o encontrado no banco oficial A sensibilidade do banco oficial para a identifica o dos casos de bito por acidente de trabalho foi estimada em 7 1 a especificidade foi de 99 81 O valor preditivo positivo foi estimado em 90 0 e o valor preditivo negativo obtido foi de 81 7 A me
282. o de pessoas que tinham mais de um trabalho ou atividade considerar qualquer uma de suas atividades de trabalho identificando para qual dos trabalhos atividades estava indo ou voltando quando sofreu o acidente viol ncia 63 Hora de ocorr ncia da acidente agress o se a pessoa entrevistada n o souber dizer a hora exata ou aproximada que ocorreu o acidente viol ncia pergunte se foi pela manh tarde noite ou pela madrugada considerando os seguintes intervalos manh 6 as 12h tarde 12 01 as 18h noite 18 01 as 24h madrugada 24 01 as 6h Registrar como 99 n o sabe somente quando n o conseguir encaixar em uma dessas op es 64 Tipo de agress o marque a alternativa a partir do relato feito se necess rio pergunte pessoa Lembrar que um caso de acidente de trabalho ou acidente no trabalho pode ser tanto um outro acidente quanto um homic dio um acidente de tr nsito ou at um suic dio Nesta pergunta n o para responder acidente de trabalho nos casos de acidentes de trabalho em ambientes de trabalho e atividades espec ficas que n o foram nem acidentes de tr nsito nem homic dios ou suic dios registre em outros acidentes Se foi homic dio passe para as perguntas 65 e 66 e depois pule para a pergunta 69 Se foi acidente de tr nsito pule as perguntas 65 e 66 passe para as perguntas 67 e 68 continuando na sequ ncia 65 Circunst ncia do homic dio considera se homic
283. o e dimensionamento de sua express o mais radical na vida das pessoas e da coletividade a morte pelo trabalho ou no trabalho depende de um processo de progressiva qualifica o dos sistemas e das l gicas de produ o das informa es em sa de pautado na convic o de que a informa o em sa de um espa o estrat gico de disputa de poder e produ o de saber Moraes amp Santos 1998 41 de que o acesso a ela constitui um dos alicerces do projeto de conquistas sociais de constru o de cidadania Moraes amp Santos 2001 51 e que as decis es tomadas pelos produtores gestores de informa o muitas vezes sem levar em conta as reais demandas da sociedade trazem consequ ncias para o pr prio processo de democracia por influenciar a vis o de realidade dos indiv duos Moraes amp Santos 1998 41 Portanto imprescind vel conferir visibilidade s viol ncias que ocorrem em situa es de trabalho iluminar o exato papel e import ncia que t m as mudan as no mundo do trabalho e do n o trabalho na produ o e manuten o do fen meno da viol ncia Conforme prop em Agudelo 1997 e Minayo 1994 n o somente suficiente produzir o conhecimento deve ser tamb m produzida a verdade compartilhada entre os atores sociais e protagonistas A sa de coletiva carrega este potencial de compartilhamento tanto da produ o do conhecimento quanto da busca e constru o das solu es junto 181
284. o ou mais Exaust o ap s trabalho na maioria dos dias Tens o metade do tempo ou mais Tudo custoso quase o tempo todo Comparados com indicadores de tens o no trabalho Trabalho permanente tempo integral Emprego prec rio 1 contratados de ag ncias de trabalho tempor rio tempo determinado curta dura o conta pr pria sazonais 2 Tempo parcial menos de 30 horas semanais 3 Por chamada hor rios vari veis Pior situa o de sa de com aumento da refer ncia de rela es de emprego com maior incerteza sobre sua continuidade menor capacidade de suprir necessidades da fam lia e maior carga de trabalho associa o mais forte para a percep o geral de sa de tens o e esfor o no trabalho e menor para os indicadores de dor e exaust o 81 Autores Local Per odo Popula o Desenho do estudo Efeito medido Defini o tipo de trabalho Principais resultados Zeytinoglu et 8 representantes sindicais e 59 Qualitativo entrevistas semi Trabalho em tempo parcial ou Desigualdade de tratamento al 2004 trabalhadores do com rcio estruturadas com representantes trabalho tempor rio sentimento de desvaloriza o varejista maioria mulheres sindicais e entrevistas e grupos comparados a trabalho sal rios menores dificuldades de Ont rio Canad focais com trabalhadores permanente tempo integral promo o de ser inseridos em Stress no traba
285. oficial Estimados subregistro das mortes no trabalho 92 6 sensibilidade 7 14 especificidade 99 81 valor preditivo positivo 90 0 valor preditivo negativo 81 66 elevado ndice de discord ncia entre as causas b sicas de bito 52 8 maior entre mulheres 61 4 em maiores de 30 anos de idade 64 0 e entre acidentes de transporte 84 7 e suic dios 82 8 Conclus es dentificou se uma sensibilidade muito baixa do sistema oficial de informa es sobre mortalidade para identificar as mortes no trabalho e um elevado ndice de subregistro Os ndices de concord ncia das causas b sicas de bitos para todos os tipos de causas externas foram baixos com destaque para os acidentes de transporte e suic dios Ser mulher e ter mais de 30 anos de idade mostraram se poss veis preditores para altos ndices de n o concord ncia da causa b sica neste grupo Acidente de Trabalho Mortalidade por Causa Externa Validade da Causa B sica de Obito Homic dios Acidente de Transporte 1 Centro de Estudos da Sa de do Trabalhador Secretaria da Sa de do Estado da Bahia Brasil Correspond ncia para Let cia Nobre Centro de Estudos da Sa de do Trabalhador SESAB rua Pedro Lessa 123 40 110 050 Salvador Bahia Brasil Inobre saude ba gov br letccnobre yahoo com br 2 Departamento de Medicina Preventiva e Social Faculdade de Medicina da Bahia Universidade Federal da Bahia Brasil 149 INTRODU O Os acidentes
286. olicial Haraki et al 2005 J a compara o de dados sobre homic dios entre o SIM e registros da Pol cia Militar em Minas Gerais concluiu que o sistema de informa es da Pol cia identifica mais casos nos munic pios com menos de 100 000 habitantes O SIM 175 pareceu identificar mais casos de bitos por homic dios nos munic pios maiores e nos munic pios entre 100 000 e 200 000 habitantes o n mero real estimado pelos pesquisadores estaria em um valor intermedi rio entre os dois sistemas Castro et al 2003 Os baixos ndices de concord ncia encontrados para acidentes de tr nsito merecem destaque uma vez que se trata do segundo grupo de causas externas de morte mais frequente depois dos homic dios e um dos que apresentam menor qualidade no sistema oficial Em Belo Horizonte a compara o entre informa es hospitalares e dados das DO estimou uma concord ncia muito baixa medida pelo ndice Kappa 0 124 IC 95 0 1533 0 4022 sendo identificada uma perda total de informa es sobre o acidente e a v tima em 70 dos casos A revis o da codifica o feita pelo estudo permitiu conhecer as caracter sticas do acidente e o tipo de v tima acometida em 96 dos casos havendo aumento na identifica o dos atropelamentos das colis es entre ve culos a motor e dos choques com obst culos Ladeira amp Guimar es 1998 Outro estudo no sul do pa s identificou subregistro de 53 de acidentes de tr nsito nas ocor
287. omar 35 24 Jardim Pampulha Nova Sussuarana Parque Jac lia Sussuarana Tancredo Neves Vila Abelardo Magalhaes Vila Dois Irmaos CAB Estrada das Barreiras Administra o Regional XIII Pau da Lima 13 i Baixa da Fluminense Beco do Bozo Canabrava Castelo Branco 1 Etapa Castelo Branco 2 Etapa Castelo Branco 3 Etapa Colinas de Pituagu Cond Vale dos Lagos o ON ODO oa KF W PD Conj Novo Horizonte ou Jardim Assun o 10 Conj Trobogy Mocambo 11 Coroado 12 Dom Avelar 13 Estrada Velha do Aeroporto 14 Fazenda Mocambo 15 Faz Santo Antonio 16 Fim de Linha de S Marcos 31 Lot Vila Mar 17 Granjas Reunidas 32 Mans o do Caminho 18 Invas o de Abril ou 33 Morada do Campo Buraco do Tat 34 Nova Bras lia de Ipitanga 19 Invas o Brasilg s 35 Novo Marotinho 20 Invas o do CAB 36 Pau da Lima 21 Invas o do Coroado 37 Porto Seco Piraj 22 Invas o de S Marcos 38 Recanto das Ilhas 28 Invas o de S Rafael 39 S o Marcos 24 Jd Nova Esperan a 40 Sete de Abril 25 Largo da Igrejinha 41 Tabela 26 Lot Cajazeiras 42 Vila Can ria 27 Lot 12 de Junho 43 Vila dos Flamboyans 28 Lot Bosque Real 44 Vivenda dos P ssaros 29 Lot Tr s Mangueiras 45 Vivenda dos Rios 30 Lot Trilha do Aeroporto 46 Calabet o Administra o Regional XIV Cajazeiras 14 1 guas Claras Bico Doce Boca da Mata
288. omic lio 10 trab produ o para o pr prio consumo 11 servidor p blico estatut rio militar 12 afazeres dom sticos dona de casa 13 outro especifique 88 n o se aplica 99 ignorado 1 1 Exemplo 1 Ocupa o Nome empresa ou entidade Atividade econ mica EER sem empresa constru o civil Escola Municipal Ruy Barbosa servi o p blico educa o ESB Produ es Art sticas JC atividades art sticas e de espet culos Exemplo 2 228 Vinculo Nome empresa ou entidade Atividade econ mica Exemplo 3 1 Empresa Tenenge montagem e manuten o industrial trabalhando em rea da Petrobr s 6 Aluga t xi de seu tio para rodar nos finais de semana Ocupa o V nculo Nome empresa ou entidade Atividade econ mica 1 F brica de bonecas Beb Sol ind stria pl stica Considerar v nculo empregat cio ou posi o na ocupa o a rela o de trabalho existente entre a pessoa e o empreendimento em que trabalhava crit rio do IBGE Cite uma a uma as op es para que o a entrevistado a responda Empregado pessoa que trabalhava para um empregador pessoa f sica ou jur dica geralmente obrigando se ao cumprimento de uma jornada de trabalho e recebendo em contrapartida uma remunera o em dinheiro mercadoria produtos ou benef cios com moradia alimenta o roupa etc Os empregados podem ser agregados ou desagregados em tr s subgrupos que ser o registrados e
289. omicides Commuting Accident Occupation Precarious Employment Abstract Introduction The National Mortality Information System rarely informs whether death is work related because of inaccuracies in the registration of the circumstances of the external causes of death The objective of this study is to know better about the proportion of work related injuries between all types of violent death to identify features of precarious employment and raise hypothesis about its contribution to fatalities due to work Methods This is a descriptive study of death due to work related injuries We investigated one third of all reported deaths registered in the Legal Medicine Institute of Salvador that occurred to people 10 to 64 years of age residents in the capital and two another cities of the metropolitan area of Salvador during 2004 attributed to external causes This paper evaluate the differences in results obtained according to different definitions of work occupation its relationship to the circumstances of death and discusses the interrelation between those deaths and urban violence considering the prevalence of informal jobs and precarious employment Results The study showed that 75 3 of the 648 subjects were working during the month of their death but only 26 5 of employees had a formal job contract The number of fatalities due to work was estimated in 19 4 for the licit activities and 5 6 for illicit activities More than
290. op es dadas no question rio ESCENT anos completos de estudo some o n mero de anos completos de estudo de todos os graus estudados primeiro segundo e terceiro grau Curso t cnico feito durante do segundo grau somente conta o n mero de anos completados do segundo grau RELIGIE religi o da pessoa entrevistada ver lista abaixo 1 Cat lica 18 Candombl Universal 2 Esp rita Kardecista 19 Casa da Ben o 3 Evang lica 20 Igreja Jesus Cristo dos ltimos Dias 4 Batista 21 Casa de Ora o Mensageiro de Deus 5 Testemunha de Jeov 22 Pentecostal Deus Amor 6 Metodista 23 Messianica 7 Universal do Reino de Deus 24 Cat lica Universal 8 Assembl ia de Deus 25 Igreja Evangelho Quadrangular 9 Adventista 26 Igreja em Salvador 10 Candombl 27 Cat lica Esp rita 11 Umbanda 28 Evang lica Presbiteriana 12 Cat lica candombl 29 Cat lica Congrega o Crist 13 Evang lica esp rita 30 Perfect Liberty 14 Igreja Maranata cat lica 47 Batista Universal 15 Crist 00 n o temn o pratica religi o 16 Congrega o Crist do Brasil 17 Alco licos An nimos CORREF1 primeira cor referida pela pessoa entrevistada ver lista abaixo CORREF2 segunda cor referida pela pessoa entrevistada ver lista abaixo CORENT codifique de acordo com as op es dadas no question rio 1 Branca 1 12 Caboclo 3 2 Preta 2 13 Sarar 3 3 Amarela 5 14 Cigana
291. or exemplo mortes por AT ocorreram com pessoas que se ocupavam da venda de CD piratas vendedores ambulantes que vendiam rifas de mercadorias de proced ncia desconhecida chapista de ve culos em oficina poss vel desmanche de ve culos roubados catador de marisco poss vel olheiro no bairro para facilitar assaltos a resid ncias ou atividades do narcotr fico Uma das mais destacadas por essa ambiguidade foi a de seguran a ou vigilante atividade frequentemente exercida de forma n o legalizada praticamente clandestina subcontratados por intermedi rios em geral policiais comerciantes ou pela pr pria comunidade muitas vezes a ela impostos pela situa o de inseguran a social Em geral assassinados por coibirem atos de delinqu ncia em suas zonas de prote o e reas de trabalho Estudo realizado em Salvador tra a um impressionante quadro da precariedade do trabalho de vigilantes Linhares 2005 Iniciando 111 pela estarrecedora cifra do contingente de 700 mil empregados em empresas de vigilancia no Brasil e mais de 800 mil clandestinos o autor discute o que chama de um jeito camale nico de ser em que esses trabalhadores passam de v timas a vitimizadores transitando de zonas claras dentro da lei por zonas intermedi rias nos limites da lei at as zonas sombrias fora da lei Discorre sobre a diversidade de postos de trabalho e cen rios de graus de risco e amea as e aponta como postos mais arriscad
292. or volta de 15 Nessa avalia o dentre outros os autores destacaram os casos do munic pio do Rio de Janeiro que apresentava grande percentual de bitos registrados como outras viol ncias fazendo suspeitar de subestima o das mortes devidas aos homic dios e de Salvador que apresentou 92 3 do total de mortes por causas externas classificadas no grupo demais acidentes Mello Jorge et al 1997 Estudo realizado em Salvador referente ao ano 1991 que recodificou a causa b sica de bito ap s complementa o das DO com informa es dispon veis no IML guia policial e laudo t cnico identificou que os homic dios acrescidos das interven es legais compreenderam 41 das mortes por causas externas naquele ano Paim et al 1999 Tanto no in cio da d cada de 90 quanto agora cnama a aten o a total invisibilidade das mortes por interven es legais Elas compreenderam 6 5 do total de bitos 174 investigados neste estudo percentual 13 vezes maior que os 0 5 desse tipo de morte apresentado nos Estados Unidos em 2000 somente em rela o aos bitos definidos como viol ncia pelo Centro de Controle de Doen as agress es intencionais e auto infligidas de inten o indeterminada acidentes com armas de fogo e interven es legais exceto execu es Paulozzi 2004 Tem sido demonstrado que muitos dos bitos classificados como les es que se ignora se foram acidentais ou intencionais s o
293. ora da Regi o Metropolitana de Salvador ou de n o localiza o da fam lia ap s tr s tentativas procure obter informa es b sicas identifica o trabalho e circunst ncias de ocorr ncia do acidente viol ncia com o a vizinho a mais pr xima Se for poss vel obtenha um telefone do endere o atual da fam lia para contato posterior pela coordena o APRESENTA O Localizado o endere o apresente se pessoa que a atender dizendo seu nome e que participante de uma equipe de pesquisa que est sendo realizada pela Fundacentro e Universidade Federal da Bahia Mostre pessoa o of cio de apresenta o da entrevistadora assinado pela coordenadora da pesquisa e pergunte qual o parentesco e se morava com a pessoa falecida para identificar a pessoa a ser entrevistada pessoa mais pr xima que morava com a pessoa falecida Identificada a pessoa a ser entrevistada explique que a equipe de pesquisa a Fundacentro e a Universidade t m deveres e cuidados ticos a observar e pe a licen a para ler um termo de consentimento explicando esses cuidados Leia o Termo de Consentimento Informado Em caso da pessoa concordar oriente a a assinar o termo e deixe uma c pia com ela mantendo a outra no envelope com o question rio Se necess rio reforce que os nomes das pessoas ser o registrados apenas para controle interno da equipe que os resultados do estudo ser o analisados em conjunto com todas as entrevistas e que sob nenhuma
294. ora de in cio e final da entrevista registrar hora de in cio da entrevista e hora final O c lculo do tempo de entrevista ser feito posteriormente na fase de codifica o do question rio Il IDENTIFICA O DA PESSOA ENTREVISTADA 9 Nome registre o nome completo e apelido se for o caso Se necess rio explique que esse registro somente para fins de necessidade de contato do a entrevistador a e da coordena o 224 da equipe que seu nome e as informa es prestadas n o ser o divulgadas ou repassadas para terceiros 10 Sexo registre sem perguntar 11 Idade informe a idade completa Se o entrevistado n o souber pe a para ver algum documento identidade t tulo de eleitor etc Se isso n o for poss vel registre a idade aproximada informando que aproxima o 12 Escolaridade ou anos de estudo registre a ltima s rie e o respectivo grau que estudou na escola Deseja se saber a s rie que completou com aprova o Se necess rio pergunte se passou de ano Em caso de analfabeto ou de pessoa que s sabe ler e escrever o nome registre 00 O c lculo de anos completos de estudo ser feito posteriormente na fase de codifica o dos dados do question rio As op es de grau podem ser 00 alfabetiza o ou alfabetiza o de adultos 1 grau ensino fundamental da primeira oitava s rie pode ser regular seriado ou regular n o seriado compreende o antigo prim rio e gin sio 4 ou 5 anos de
295. ormalidade como consegu ncia da regulamenta o governamental excessiva e da carga de impostos sobre as empresas e indiv duos Ou seja a informalidade seria devida ao alto custo da legalidade derivado do estabelecimento de sal rios m nimos estabilidade no emprego seguro social custos para admiss o e demiss o dos trabalhadores entre outros Bello s d Em 2002 a OIT prop e um novo conceito de emprego informal informal employment emprego sem contratos seguros benef cios aos trabalhadores ou prote o social que inclui todos os trabalhadores assalariados de empresas informais ou formais que n o 51 t m seus v nculos e contratos de trabalho formalizados bem como as diversas modalidades de trabalhos por conta pr pria e aut nomos sempre que sem cobertura de seguro social ILO 2002 Carr amp Chen 2002 A esse respeito Carr amp Chen 2004 apresentam interessante argumento Afirmam que esse novo conceito representa um avan o ao definir a informalidade em termos da situa o de emprego ou das rela es de trabalho ou rela es de emprego Para come ar transfere a responsabilidade pela informalidade do trabalhador para as estruturas formais p blicas e privadas O pensamento associado com o antigo conceito de setor informal assumia que as empresas informais estavam evitando a formalidade o registro e a taxa o O novo pensamento associado ao conceito de economia informal assume que os
296. ortanto restrita a uma parte dos trabalhadores Santana et al 2005 Al m disso amplamente conhecida a reduzida identifica o dos bitos por acidentes de trabalho no Sistema de Informa es sobre Mortalidade que deveria cobrir toda a popula o trabalhadora Beraldo e cols 1993 Souza 2003 Waldvogel 2002 As estimativas de propor o de sub registro de acidente de trabalho variaram de 67 7 a 81 9 nesses estudos Aqueles que lograram conferir maior visibilidade s ocorr ncias fatais entre os trabalhadores informais e de grupos n o cobertos pela Previd ncia foram os que investigaram os boletins de ocorr ncia policial Carneiro 2000 Pepe 2002 os que utilizaram noticias de jornal como fonte complementar aos sistemas oficiais Souza et al 86 2006 e aqueles que compararam as Declara es de bito por causas externas com dados obtidos em entrevistas domiciliares com familiares Oliveira amp Mendes 1997 Hennnington et al 2004 De forma geral os estudos ressaltam a importancia dos homicidios e dos acidentes de transito como causas de mortes ocorridas no exercicio do trabalho de motoristas taxistas motoboys policiais seguran as vigilantes vendedores e trabalhadores no com rcio da constru o civil trabalhadores dom sticos e agricultores Santana et al 2005 A maioria corresponde a atividades informais de trabalhadores sem carteira assinada ocupa es aut nomas ou por conta pr pria exercidas
297. os 50 e n o atrav s do mercado de trabalho Ainda persiste a no o de setor ou de segmento econ mico e ao longo do tempo o setor informal submete se din mica da produ o capitalista aos seus perfis de demanda e distribui o de renda com ajustes em per odos de retra o do n vel de atividade com transfer ncia de trabalhadores do setor formal para o informal Filgueiras 2004 213 A segunda defini o passa a ser utilizada em decorr ncia do surgimento de atividades n o regulamentadas como resultado da reestrutura o produtiva e das pol ticas neoliberais que se seguem s crises do Fordismo e do Estado de Bem Estar Social nos pa ses centrais Nesta a informalidade definida segundo um crit rio jur dico como atividades e pr ticas econ micas ilegais ou il citas em desacordo com as normas jur dicas e n o mais conforme o crit rio econ mico podendo referir se tanto a atividades e formas de produ o quanto a rela es de trabalho o caso do trabalho assalariado sem carteira que tanto pode estar presente nas empresas n o reguladas do setor informal quanto naquelas formalmente constitu das conforme legisla o vigente Assim o trabalhador informal insere se na estrutura produtiva tanto atrav s do mercado de trabalho informal quanto pelos mercados de produtos e servi os Filgueiras 2004 214 Uma outra interpreta o dessa defini o denominada por alguns autores como neocl ssica entende a inf
298. os intercepta o tr fico de drogas etc quando se tratar de usu rio que foi morto por d vidas de compra de drogas sem refer ncia ao envolvimento ativo com tr fico fornecimento venda ou distribui o colocar 10 acerto de contas usu rio de drogas P66 AGRESSOR 7 multid o P67 VEICULO se estiverem registrados mais de um ve culo codifique com n mero composto colocando o primeiro e o segundo n meros 8 carro a 25 motocicleta caminh o 27 motocicleta van utilit rio 34 carro passeio nibus 35 moto caminh o carro passeio P69 OBJETO acrescentar c digos quando forem m ltiplos objetos 16 espeto garrafa outro objeto perfurante 17 capotamento 18 carregamento de peso botij o de g s 19 espancamento instrumento objeto contundente telhas 20 queda da moto 29 linchamento arma branca 30 falta de oxig nio mergulho 77 arma branca espancamento 85 AF espancamento fogo 89 arma de fogo arma branca P70 LESAO se houver mais de uma resposta acrescentar c digos compostos ss O00 NOG Re Gol hemorragia fraturas multiplas traumatismo cr neo encef lico queimadura intoxica o eletrocuss o eletropless o asfixia perfura o com balas perfura o arma branca traumatismo medular fratura pesco o interna externa esmagamento rg os internos P71 TIPOAT 0 N o relacionado ocorrido no trabalho 1 AT t pico 2 Attrajeto 3
299. os aqueles de seguran a pessoal especialmente com pol ticos escolta armada em transporte de valores postos da rede de sa de p blica rondas a p e ao ar livre condom nios pequenos de classe m dia rg os da prefeitura escolas da rede p blica e shows ao ar livre Essas situa es tamb m foram identificadas no presente estudo A precariedade dos rendimentos Ao se observar a renda seja esta analisada atrav s dos rendimentos do sal rio seja pela renda familiar per capita desvela se uma situa o bastante grave em termos de condi es materiais de vida muito pior do que a situa o da popula o ocupada geral da Regi o Metropolitana de Salvador Conforme dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego PED 27 5 dos ocupados recebeu at um sal rio m nimo em 2004 quase metade recebeu de 1 a 3 SM e 23 6 mais de 3 SM Dieese 2004 Braga amp Rodarte 2006 Comparando esses dados com aqueles da Tabela 3 observa se que tanto os casos de acidentes de trabalho quanto o grupo de trabalhadores falecidos por outras viol ncias apresentavam pior condi o salarial com mais trabalhadores com menos renda at 1 SM e 2 5 e 4 1 vezes menos pessoas recebendo mais de tr s sal rios m nimos respectivamente comparados com a PED Quanto renda familiar per capita quase metade 46 2 das fam lias dos trabalhadores mortos por AT e mais de um ter o no grupo das mortes n o 112 relacionadas ao trabalho inseridos em trabalho
300. otiva es ou sobre respons veis somente poderiam ser de fato esclarecidas ap s e se finalizado o inqu rito policial Em alguns casos as informa es sobre trabalho e ocupa o n o eram totalmente conhecidas do familiar muito mais pela pr pria precariedade e intermit ncia dos trabalhos exercidos do que por esquecimento ou n o lembran a ou quando os informantes eram parentes menos pr ximos como sobrinha tia ou tio ou vizinho Essas dificuldades e limites s o esperados em estudos epidemiol gicos ainda assim presume se que a fidedignidade das informa es obtidas dos familiares seja maior do que a apresentada pela Declara o de bito Em estudos de mortalidade as informa es somente podem ser obtidas de informantes proxy exceto em casos mais raros quando h registros anteriores prestados pela pr pria pessoa antes de falecer Estudos t m estimado ndices de concord ncia que variam entre 40 a 90 sendo em geral melhores para vari veis demogr ficas idade sexo e um pouco menores para vari veis sociais escolaridade ocupa o e causas de bito Steenland amp Beaumont 1984 Armstrong et al 1992 Cordeiro et al 1999 166 Necropsia verbal tem sido utilizada como m todo para determinar a causa de morte em estudos sobre saude infantil e mais recentemente de adultos compreendendo basicamente um questionario padronizado aplicado a familiares da pessoa falecida complementado ou n o por registros m dicos
301. ou interpretado A validade informa se os resultados representam a verdade ou se afastam dela O valor preditivo a medida da capacidade de predizer um diagn stico ou uma classifica o a partir de um resultado de um teste ou instrumento aplicando se o valor preditivo positivo aos casos e o negativo aos n o casos Rothman amp Greenland 1998 Pereira 2000 Neste estudo considerou se padr o ouro a causa b sica de bito reconstitu da a partir das informa es sobre as circunst ncias de ocorr ncia do bito coletadas no question rio aplicado aos familiares Calculou se a sensibilidade a especificidade e os valores preditivos da causa b sica atestada no sistema oficial brasileiro Sistema de Informa o sobre Mortalidade SIM em compara o a esse padr o ouro no que se refere identifica o da rela o da morte com o trabalho Foi calculada a validade tamb m para as vari veis sexo idade menor de 30 anos vs 30 a 69 anos escolaridade at 4 anos vs e ou mais anos de estudos completos cor da pele negra vs n o negra e tipo de viol ncia homic dio vs n o homic dio O banco de dados oficial utilizado para essa compara o foi disponibilizado pelo setor de informa es em sa de da Secretaria da Sa de do Estado da Bahia Tamb m verificou se o n mero de casos identificados como acidente de trabalho campo n 57 da DO no banco de mortalidade das secretarias municipais de sa de Foram calculados os pe
302. ou hospitalares cujas informa es s o analisadas por dois a tr s avaliadores por um grupo de especialistas ou atrav s de algoritmos constru dos e derivados de crit rios diagn sticos previamente estabelecidos Soleman et al 2006 A validade de tal instrumento pode ser influenciada tanto pela preval ncia das doen as ou causas de morte e pela pr pria estrutura do question rio quanto por quest es operacionais da coleta de dados como as diferen as entre entrevistadores na aplica o do question rio os fatores ligados pessoa respondente a proximidade com a pessoa falecida o conhecimento sobre a doen a ou evento e as circunst ncias do bito a mem ria e o tempo decorrido do bito entrevista a disposi o da pessoa para colaborar o entendimento sobre os objetivos do estudo e tamb m pela pr pria natureza do objeto sob estudo Os fatores ligados ao instrumento e sua aplica o podem resultar em vieses de informa o e de classifica o Kleinbaum 1982 Rothman amp Greenland 1998 Para garantir a minimiza o dos vieses relativos ao instrumento e sua aplica o procedeu se sua constru o baseada em question rios padronizados como utiliza o de crit rios dos censos e pesquisas amostrais do IBGE teste piloto com aperfei oamento do question rio treinamento da equipe uso de manual para os entrevistadores e supervis o semanal do trabalho de campo Outro limite do estudo poss vel fonte de vi s de classi
303. ou se visitar 60 dos domic lios e entrevistar 37 1 do total de casos constantes do banco de dados original Na compara o feita a popula o entrevistada n o diferiu da popula o n o entrevistada em rela o ao sexo faixa et ria grau de instru o tipo de causa de bito tipo de viol ncia e cor da pele Considerando esses limites e uma vez que n o foi realizado processo amostral aleat rio para a busca dos casos n o poss vel fazer infer ncia dos resultados obtidos para a popula o alvo Entretanto optou se por fazer algumas an lises Tabelas 5 e 6 em car ter explorat rio e descritivo que devem ter seus resultados interpretados com as devidas ressalvas pois n o se trata de um estudo de associa o causal 104 Outra questao diz respeito aos possiveis vieses de memoria dos informantes As entrevistas foram realizadas em per odo que variou de seis a doze meses ap s o bito Normalmente considera se este um tempo muito grande para se obter informa o fidedigna Contudo por se tratar de um evento traum tico e conforme as descri es das ocorr ncias avaliou se que a perda de informa o deveu se muito mais ao fato de que o familiar n o sabia nem antes nem poca da entrevista o que efetivamente havia ocorrido do que por problemas de mem ria Por exemplo nos casos de emboscadas brigas entre gangues ou grupos de exterm nio o familiar n o poderia saber mais detalhadamente o que ocorrera seja po
304. para decidir sobre a op o posteriormente junto com os supervisores da pesquisa 6 Sempre que houver a op o OUTRO registre a informa o espec fica no espa o correspondente 7 N o utilize a coluna da direita ela ser preenchida pelos codificadores posteriormente 6 As perguntas dever o ser feitas exatamente como est o formuladas no question rio para que haja homogeneidade na coleta dos dados pelos v rios entrevistadores Se o entrevistado n o entender a pergunta repita a e informe as op es de resposta existentes INSTRU ES ESPEC FICAS I IDENTIFICA O INICIAL NUMQUES ser dado um n mero sequencial para cada question rio posteriormente 1 Nome da pessoa falecida j estar preenchida antes confira o nome e pergunte se ele a era conhecido por algum apelido Anote ao lado o apelido da pessoa caso seja mais conhecida dessa forma 2 N mero do laudo do IMLNR N mero da Declara o de bito j estar o preenchidos pela coordena o 3 5 Endere o da entrevista bairro munic pio j estar preenchido Em caso de mudan a de endere o atualize as informa es com o endere o onde foi localizada de resid ncia a pessoa entrevistada 6 Nome do a entrevistador a n o esque a de registrar seu nome 7 Data da entrevista coloque a data da entrevista se for feita mais de uma tentativa de localiza o da fam lia registre ao lado as datas da primeira segunda e terceira visitas 8 H
305. prec rio recebiam at 2 SM considerado o valor lim trofe abaixo do qual se classifica como pobreza extrema O rendimento familiar per capita nos casos estudados tamb m era cerca de tr s vezes menor que o rendimento domiciliar per capita da RMS mostrado pela PED para o ano 2003 Dieese 2004 Estudo das mortes violentas em um dos bairros mais violentos de Salvador mostrou uma forte associa o entre o n mero de mortes por causas externas e a renda nominal m dia R 0 22 p lt 0 05 IC associa o essa confirmada quando se analisou a propor o de resid ncias com renda nominal m dia abaixo de 3 sal rios m nimos os setores censit rios que possu am alta propor o de renda nominal abaixo de 3 SM tamb m apresentaram n mero mais elevado de mortes violentas R 0 38 p lt 0 05 IC Santana et al 2002 A desigualdade na distribui o espacial das mortes violentas em Salvador tamb m j tinha sido identificada em estudo anterior com diferen as entre os tipos de viol ncia residentes de localidades mais pobres apresentavam maior taxa de mortalidade por homic dios enquanto os residentes de zonas mais ricas apresentavam maior risco de acidentes de tr nsito Paim et al 1999 Este um padr o que se repete em alguns estudos internacionais com algumas nuances Em estudo com dados populacionais nacionais nos Estados Unidos Cubbin et al 2000 conclu ram que caracter sticas individuais e de vizinhan a cada uma contribuem indepe
306. presentaram 25 0 das mortes violentas identificadas para a popula o deste estudo Desses 126 casos ocorreram no exerc cio de atividades l citas e 36 durante exerc cio de atividade il cita compreendendo respectivamente 19 4 e 5 6 do total de bitos por causas externas Essas propor es s o vari veis a depender do tipo de viol ncia que levou ao bito Na Tabela 1 apresenta se a estimativa de casos esperados de acidentes de trabalho padronizada por idade e sexo em rela o ao total de mortes por causas externas A Tabela 2 apresenta a distribui o dos bitos por acidentes de trabalho segundo o tipo de viol ncia Quando se calcula o 93 percentual de cada tipo de viol ncia ocorrida no trabalho usando como denominador o total de cada tipo de viol ncia no total de mortes estudadas observa se aumento da contribui o dos acidentes de trabalho de transporte outros acidentes e suic dios quando comparados ao percentual respectivo a cada tipo de viol ncia do total de mortes Assim os acidentes de transporte que representam 17 1 das mortes no total da popula o estudada aumentam para 39 6 entre os acidentados do trabalho Ou seja quase 40 dos bitos por acidentes de transporte s o de trabalhadores mortos durante suas atividades pr prias de trabalho motoristas cobradores taxistas ou durante seu deslocamento de ida ou volta do trabalho qualquer trabalhador acidente de trajeto Quase um ter o dos outros acidente
307. principal de seus propriet rios ou atividades secund rias IBGE 2005 Por limita es operacionais e dificuldades de capta o dos dados nessa pesquisa foram deixadas de fora as atividades n o agr colas desenvolvidas por moradores de domic lios rurais como pequena ind stria alimentar artesanato confec es e servi os a popula o de rua e atividades ilegais Os trabalhadores dom sticos apesar de serem considerados pertencentes ao mercado informal n o foram inclu dos nesse estudo segundo os autores por j serem exaustivamente analisados nas Pesquisas Nacionais por Amostragem de Domic lios PNAD A cr tica que passou a ser feita ao conceito e delimita o do setor informal foi principalmente devida ao fato de que por esse conceito ficava exclu do significativo contingente de trabalhadores eventuais sem empregador fixo trabalhadores em domic lios prestando servi os para ind strias ou para neg cio pr prio trabalhadores sem carteira assinada para empresas formais e trabalhadores dom sticos Carr amp Chen 2004 e que por essa classifica o n o se conseguia identificar as diversas formas de empregos informais que surgiam em limites t nues entre rela es aut nomas e subordinadas assalariadas Hussmanns 2004 A economia informal muito antiga e tradicional no mundo Em muitos pa ses do terceiro mundo os trabalhadores nela inseridos constituem a grande maioria da popula o economicamente ativa E
308. que emergiam nos entrevistados durante e por causa da entrevista raiva tristeza ang stia choro Os resultados observados GRUPO v V boa integra o suporte para situa es dif ceis seja durante as sess es seja nas atividades de campo 281 282 INDIVIDUO v Melhor capacidade de se auto regular e manter o autocontrole v Melhor gerenciamento de suas emo es e consegiientemente das dos entrevistados v Melhor desempenho e melhor manejo das entrevistas Um ano ap s o trabalho de campo algumas entrevistadoras ainda reportaram o uso de algumas das t cnicas aprendidas na poca como os exerc cios de grounding e respira o como recursos ainda empregados no cotidiano face s situa es de stress DISCUSS O E CONCLUS O Literatura dispon vel na rea de sa de p blica vem cada vez mais alertando para o estresse e trauma de diversos profissionais que est o sujeitos a situa es de viol ncia e exclus o 1 2 3 4 5 6 7 8 Entre as estrat gias para enfrentar a situa o da viol ncia ou as pessoas que atendem aqueles que foram v timas de viol ncia t m sido propostos trabalhos com grupos focais para identificar problemas e solu es 8 acompanhamento psicol gico individual e em grupo 3 ou ainda sistema de mentoring tutores ou supervisores 6 O modelo de suporte descrito neste trabalho se mostrou efetivo para o fortalecimento emocional dos entrevistadores no sentido de poder acolher suas e
309. que engloba os assalariados sem carteira assinada aut nomos que trabalham para o p blico trabalhadores familiares n o remunerados e empregados dom sticos SEI 2005 DIEESE 2004 Envolve a no o de precariza o das rela es de trabalho com a desregulamenta o e perda de direitos trabalhistas e sociais a fragiliza o das organiza es sindicais a subcontrata o de for a de trabalho terceiriza o com rebaixamento dos n veis salariais e descumprimento de regulamentos de prote o sa de e seguran a a intensifica o do trabalho o aumento da jornada de trabalho o ac mulo de fun es a maior exposi o aos riscos a legaliza o dos trabalhos tempor rios a informaliza o do trabalho e o aumento do n mero de trabalhadores aut nomos com redu o de 59 rendimentos Tal contexto est associado com a exclus o social e com a precariza o das condi es de sa de Druck 1996 Druck 1997 Franco amp Druck 1998 Trabalho prec rio sa de dos trabalhadores e fatores associados O Quadro 1 apresenta um sum rio dos principais estudos aqui revisados A maior parte da produ o cient fica identificada refere se aos pa ses centrais da Uni o Europ ia Austr lia e Am rica do Norte Ainda s o poucos os estudos epidemiol gicos que abordam sa de de trabalhadores conforme tipo de v nculo no trabalho ou trabalho informal no Brasil A maior produ o sobre trabalho informal de estudos
310. r 3 p ssima ruim COOP 99 Dificuldade de compreens o 1 nenhuma 2 pouca 3 muita COMPR __ 100 Desconfian a pr via entrevista 1 nenhuma 2 pouca 3 muita CONFIA __ 217 101 Falta de sinceridade em alguma s resposta s 1 n o 2 sim SINCER __ 102 Resposta sobre ocupa o 1 provavelmente correta 2 pouco precisa 3 provavelmente errada 4 informa o recusada 5 n o soube informar RESOC __ 103 Resposta sobre renda 1 provavelmente correta 2 pouco precisa 3 provavelmente errada 4 informa o recusada 5 n o soube informar RESREN __ 104 Voc achou que o ambiente as condi es do domic lio s o congruentes com a renda informada Observa es HORA DA FINALIZA O DO QUESTION RIO 5 218 ANEXO 3 Termo de Consentimento Informado 219 ESTUDO SOBRE MORTALIDADE DE TRABALHADORES EM SALVADOR E REGIAO METROPOLITANA TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO A Fundacentro em parceria com a Universidade Federal da Bahia esta realizando uma pesquisa sobre mortes por acidentes e viol ncias em Salvador e Regi o Metropolitana A Fundacentro o rg o do Minist rio do Trabalho e Emprego respons vel por realizar estudos e pesquisas sobre a sa de dos trabalhadores Para este estudo estamos procurando os familiares de todas as pessoas que faleceram por essas causas nos anos 2004 e 2005 e solicitando sua colabora o e participa o respondendo a um question rio O objetivo da
311. r ncias policiais comparado s informa es hospitalares observando que para pedestres e ciclistas o percentual de desconhecimento do outro ve culo foi de 37 e 47 respectivamente sendo uma parte dessa perda de informa o devida a fuga do motorista atropelador Barros et al 2003 Esses resultados e aspectos tamb m foram observados no presente estudo com muitos acidentes de tr nsito especialmente atropelamentos de pedestres e ciclistas classificados como contato com objeto contundente A subestima o dos dados de suic dio presum vel tanto em fun o dos tipos de eventos ou meios escolhidos para sua perpetra o quanto pela natureza dos processos de auto destrui o muitas vezes n o vis veis ou identificados Podem estar encobertos em outras causas externas como acidentes de tr nsito tanto de condutores de ve culos quanto nos casos de atropelamentos nas quedas que podem ser precipita o 176 intencional de locais elevados Ainda a pr pria familia por quest es culturais pode tentar encobrir ou n o admitir a morte por suic dio Mello Jorge et a 1997 No presente estudo o maior acr scimo de defini o de causa b sica deu se exatamente em rela o as les es auto infligidas Definiu se dessa forma sempre que o familiar referiu com nfase que a vers o da fam lia era essa e havia coer ncia com as demais informa es coletadas Na maioria dos casos havia refer ncia a um processo de depress o en
312. r conta pr pria bico biscate trabalho tempor rio etc Se a resposta for sim confira se estava em atividade trabalhando de f rias afastado por doen a licen a para tratamento de sa de por incapacidade tempor ria para o trabalho ou outro tipo de licen a licen a pr mio licen a maternidade ou paternidade ou outra Se a resposta for n o confira se estava desempregado aposentado recebendo aposentadoria se somente estudava ou se estava preso Se nenhuma dessas alternativas registre 0 n o e passe para a pergunta seguinte Pode ocorrer de a pessoa ser aposentada e continuar a trabalhar para aumentar sua renda Nesse caso registre como sim e continue o question rio respondendo a todas as informa es seguintes referentes a suas ocupa es e trabalhos Se tinha trabalho estava em atividade empregada mas estava temporariamente afastada por doen a ou outra licen a registre sim e continue o question rio respondendo a todas as informa es seguintes referentes a suas ocupa es e trabalhos 32 Trabalho n o remunerado conferir se ele a estava trabalhando em alguma atividade n o remunerada qualquer tipo de trabalho Afazeres dom sticos tarefas de cuidados na pr pria casa inclui cozinhar lavar e passar roupas limpar casa cuidar de jardins e animais cuidar de crian as Ajuda a membro do domic lio pode ser em trabalhos em finais de semana trabalho de rua em local fixo ou ambulante em pequen
313. r institui o filantr pica 1 T cnico em computa o vendas 1 Instrutor t cnico 1 Carregador de caminh o cerveja 1 T cnica em EEG 1 Vendedor de g s em domic lio 1 Agente de sa de 1 ALOJAMENTO E ALIMENTA O 16 SERVI OS COLET SOCIAIS PESSOAIS 10 Dono de bar quiosque ou barraca fixa 6 Cabeleireiro manicure 2 Vendedor ambulante alimentos 3 Gari agente de coleta 1 Feirante 3 M sico instrumentista 1 Balconista de bar 2 Presidente de time 1 Cozinheira em barraca de praia 1 Gerente de academia 1 Arrumadeira de hotel 1 Garota de programa 1 SERVI OS DOM STICOS 4 Tosador de c es 1 Caseiro 3 Cabo eleitoral 1 Faxineira diarista 1 Cordeira de bloco carnavalesco 1 140 Tabela 4 Caracteristicas dos meios ou objetos envolvidos nas circunstancias dos acidentes de trabalho por tipo de acidente e natureza licita da atividade AT em atividade licita Objeto meio AT t pico AT trajeto AT atille TOTAL N 73 N 53 N 36 N 162 45 1 32 7 22 2 100 0 Arma de fogo 23 19 34 76 46 9 Arma de fogo arma branca 1 2 3 1 9 Arma branca 7 1 8 4 9 Atropelamento 11 16 27 16 7 Colis o ve culo ou objeto parado 6 14 8 6 Queda de altura ou mesmo n vel 5 1 6 3 7 Objeto perfurante cortante 3 1 4 2 5 Objeto contundente 2 2 4 2 5 Afogamento 4 4 2 5 Choque el trico 3 3 1 9 Carregamento de peso 2 1 3 1 9 Explos o caldeira 2 2 1 2 Estrangulamento enforcamento 2 2 1 2 M quina ponte rolan
314. r precis o os determinantes e as causas dos acidentes para estabelecer as estrat gias de preven o Por exemplo acidentes de tr nsito que implicam uma s rie de fatores determinantes como aqueles relacionados a condi es de vias p blicas e estradas s condi es f sicas 25 e de manuten o dos ve culos s condi es de sa de de motoristas uso abusivo de lcool sa de ps quica acuidade visual e auditiva doen as como HAS diabetes etc s condi es e rela es de trabalho dos motoristas e pessoal de transporte jornada de trabalho ritmo de trabalho horas extras rela es com chefias press es de tempo etc formas de transporte para o trabalho pode ser tanto um acidente tipo para a Previd ncia Social como aqueles envolvendo motoristas e cobradores quanto um acidente de trajeto para trabalhadores acidentados ou atropelados se deslocando de casa para o trabalho e do trabalho para casa As estrat gias de preven o ser o diferentes daquelas mortes por viol ncias como homic dios que tamb m podem ser AT t picos para motoristas cobradores vigilantes trabalhadores em bancos assaltados e mortos durante o exerc cio de seu trabalho como para os casos de trabalhadores assaltados e ou mortos no trajeto de casa para o trabalho e vice versa Para fins deste estudo adotou se uma concep o ampliada de acidente de trabalho tanto em rela o defini o do seu componente aciden
315. ra es pertinentes e esclarecedoras sobre o que ocorreu Assim todas as informa es registradas em quaisquer locais do question rio inclusive no campo final destinado s observa es do entrevistador quando pertinentes foram utilizadas para a reconstitui o da causa b sica do bito das causas associadas e da defini o dos tipos 154 de viol ncia e acidentes dos agentes agressores dos modos de agressao acidentes dos instrumentos e meios utilizados A identifica o da cadeia de eventos e das causas b sicas e associadas e a posterior atribui o dos c digos foram efetuadas exclusivamente pela autora principal com as informa es obtidas na entrevista Foram utilizados os c digos de tr s e quatro d gitos do Cap tulo XX da CID 10 identificando as causas segundo a intencionalidade acidentais les es auto infligidas agress es de terceiros e de intencionalidade indeterminada em cada sub grupo de causas externas Acidentes de trabalho foram definidos com base na descri o das circunst ncias de ocorr ncia e nas situa es de trabalho como aqueles que ocorreram no local de trabalho ou durante o exerc cio de atividade ocupacional incluindo ocorr ncias intencionais como nos casos de agress o de terceiros e auto infligidas Tamb m foram inclu dos os acidentes de trajeto ocorridos no caminho de casa para o local de trabalho ou de retorno do trabalho para casa Apesar de terem sido identificadas e analisadas
316. ra posterior codifica o Identifique o munic pio e o bairro de ocorr ncia do acidente viol ncia 60 O que estava fazendo pergunte o que a pessoa estava fazendo no momento em que sofreu o acidente ou a agress o Se nessa pergunta j ficou claro tratar se de uma situa o de trabalho ou de trajeto ida e volta do trabalho n o necess rio perguntar a 61 e 62 Se necess rio em caso de d vidas ou de sentir pouca consist ncia na informa o esclare a perguntando as quest es 61 e 62 mesmo que pare am repetitivas 61 Ocorr ncia no trabalho esta pergunta para confirmar se foi ou n o em situa o de trabalho Esclare a se a pessoa falecida estava trabalhando no momento em que sofreu o acidente ou a agress o Em caso de pessoas que tinham mais de um trabalho ou atividade considerar qualquer uma de suas atividades de trabalho identificando em qual dos trabalhos atividades sofreu o acidente viol ncia Nos casos de algumas ocupa es como motorista de nibus t xi motociclistas etc que sofreram acidentes de tr nsito ou de transporte ter cuidado adicional para identificar se estavam trabalhando em sua fun o de motorista Nesses casos trata se de acidente de no trabalho 62 Ocorr ncia no trajeto esclare a se a pessoa falecida estava indo ou voltando do trabalho no momento em que sofreu o acidente ou a agress o Essas situa es s o consideradas pela Previd ncia Social como acidentes de trajeto Em cas
317. rabalho 88 61 1 56 38 9 160 trabalho trabalho 106 30 8 238 69 2 138 Tabela 3 Caracter sticas s cio demogr ficas e familiares dos bitos do estudo de acordo com a rela o do bito com o trabalho de trabalhadores ativos residentes em Salvador Cama ari e Lauro de Freitas 2004 bitos por mortes violentas em trabalhadores ativos n 488 Mortes por acidentes de Mortes por outras Valor de Vari veis trabalho causas violentas P N 162 33 1 N 326 66 9 Sexo Homem 150 92 6 298 91 4 Mulher 12 7 4 28 8 6 0 62 Idade faixa et ria 10 19 15 9 3 42 12 9 20 29 54 33 3 173 53 1 30 39 38 23 5 55 16 9 40 49 30 18 5 30 9 2 50 69 25 15 4 26 8 0 lt 0 0001 M dia idade DP 34 5 12 7 29 3 11 1 Escolaridade Nao alfabetizado 10 6 2 22 6 8 1 4 47 29 0 111 34 1 5 8 59 36 4 138 42 3 lt 8 46 28 4 55 16 9 0 03 M dia escolaridade DP 6 3 3 8 5 5 3 5 Cor da pele Negra 131 80 9 282 86 5 Nao negra 31 19 1 44 13 5 0 10 Religiao Com religiao 100 61 7 189 58 0 Sem religi o 62 38 3 137 42 0 0 43 Situa o conjugal Casado consensual 94 58 0 129 39 7 N o casado 68 42 0 196 60 3 0 0001 Principal respons vel sustento fam lia Sim 101 62 3 150 46 0 N o 61 37 7 176 54 0 0 0007 139 Quadro 1 Ramos de atividade e ocupa es correspondentes aos 126 bitos por acidentes de trabalho relacionados a atividades l citas de residentes em Salvador Cama ari e Lauro de Freit
318. ram encontrados percentuais levemente mais baixos de negros entre os bitos por AT comparados com os demais trabalhadores falecidos por m sem ind cios de efeito quando analisados os OR ajustados O atributo cor da pele negra tem se mantido em torno de 85 8 a 84 7 na popula o economicamente ativa PEA e na PEA ocupada na RMS Dieese 2004 Santos 2006 Portanto pode haver uma pequena sobre representa o de trabalhadores brancos nos casos de AT analisados presum vel que as diferen as e desigualdades raciais no mercado de trabalho brasileiro e baiano a presen a maior dos negros em ocupa es manuais informais ou em postos de trabalho mais prec rios os 118 menores sal rios al m de sua maior representa o no grupo de desempregados Dieese 2004 Santos 2005 Santos 2006 os coloquem em situa o de maior vulnerabilidade inclusive para a mortalidade Por outro lado poss vel que as diferen as de ocupa o entre brancos e negros aos postos de trabalho industriais em setores com maior risco de acidentes expliquem parte da representa o dos brancos nos casos de AT deste estudo Sua investiga o em estudos sobre acidentes de trabalho e sa de do trabalhador no Brasil ainda recente com os poucos resultados dispon veis ainda inconclusivos Estudo de AT n o fatais em Salvador identificou que as mulheres negras sem contrato formal de trabalho apresentaram um risco maior do que as n o negras p lt 0 05 o que n
319. ratado por uma empresa independentemente de seu v nculo e realizava seu trabalho sua atividade na rea de outra empresa que subcontratou a primeira empresa ou seja se uma presta o de servi o a outra empresa na forma de subcontrata o ou terceiriza o interessa saber qual de fato o local de trabalho onde o a trabalhador a prestava servi o ou realizava sua atividade Ex trabalhador soldador caldeireiro contratado pela empresa Tenenge trabalhando em obra na rea da Petrobr s trabalhador vigilante contratado pela AGV trabalhando em ag ncia do Banco Bradesco trabalhador de servi os gerais contratado pela 231 MASP trabalhando no Hospital Portugu s t cnico de inform tica contratado pela Cooperinfo trabalhando em area das Lojas Insinuante m dico do PSF contratado pela Real Sociedade Espanhola trabalhando para a Prefeitura Municipal de Salvador 39 Empresa contratante da empresa prestadora de servi os tentar obter o nome da empresa principal que subcontratava os servi os da prestadora de servi os e o tipo ramo de atividade econ mica da empresa onde era o local de trabalho da pessoa falecida Exemplos 1 soldador caldeireiro contratado pela Tenenge Nome da empresa para qual prestava o servi o Petrobr s Atividade econ mica explora o e refino de petr leo 2 trabalhador vigilante contratado pela AGV Nome da empresa para qual prestava o servi o Bradesco Atividade econ mica banco 3 trabalha
320. ravam se no conceito de 105 setor informal definido em termos das caracteristicas das empresas micro e pequena empresa nao registrada nao legalizada Por esse conceito eram incluidos aqueles que trabalhavam por conta pr pria se f employed para empresas informais e os trabalhadores assalariados em empresas informais Por m nao inclu a trabalhadores eventuais sem empregador fixo trabalhadores em domic lios prestando servi os para ind strias ou em neg cio pr prio trabalhadores sem carteira assinada para empresas formais e trabalhadores dom sticos Carr amp Chen 2004 4 Ou seja ficava de fora significativa e crescente parcela dos trabalhadores especialmente nos pa ses em desenvolvimento ou de economia perif rica Como resultado de proposi es de diversos estudiosos e observadores durante toda a d cada de 90 a Organiza o Internacional do Trabalho prop e em 2002 um novo conceito de emprego informal informal employment emprego sem contratos seguros benef cios aos trabalhadores ou prote o social ILO 2002 Carr amp Chen 2002 Sob esse novo conceito est o inclu dos todos os trabalhadores assalariados de empresas informais ou formais que n o t m seus v nculos e contratos de trabalho formalizados bem como as diversas modalidades de trabalhos por conta pr pria e aut nomos sempre que sem cobertura de seguro social Todavia com o resultado das profundas mudan as consequentes
321. rcentuais de concord ncia simples entre os dois instrumentos pesquisa e DO oficial para a declara o das demais causas externas no total de casos investigados e suas diferen as segundo algumas vari veis s cio demogr ficas Para avaliar diferen as entre as propor es de concord ncia das causas b sicas foi aplicado o teste estat stico do qui quadrado 156 Devido ao grande n mero de perdas comparou se a popula o de estudo em rela o aos casos perdidos para algumas vari veis s cio demogr ficas Os dados foram digitados processados e analisados no Programa Epi Info vers o 6 Dean et al 1994 O protocolo de pesquisa foi aprovado pelo Comit de tica do Instituto de Sa de Coletiva da Universidade Federal da Bahia Os familiares assinaram termo de consentimento informado foi garantida a confidencialidade dos dados e todos os participantes da pesquisa receberam informa es durante o treinamento sobre os aspectos ticos envolvidos Aos familiares foi distribu do folheto explicando os objetivos da pesquisa e com telefones de institui es p blicas e entidades n o governamentais que trabalham com acidentes e viol ncia al m de material informativo sobre direitos previdenci rios e trabalhistas Quando necess rio foram dadas orienta es e realizados encaminhamentos institucionais Os resultados foram apresentados em semin rios e oficinas de trabalho com institui es p blicas das reas de Sa de Seguran a Tr
322. rego na Regi o Metropolitana de Salvador resultados do ano 2004 Salvador SEI 2005 Sennet R A corros o do car ter consegl ncias pessoais do trabalho no novo capitalismo Tradu o Marcos Santarrita Rio de Janeiro Record 2004 Silva LAM Da informalidade empregabilidade Caderno CRH 37 81 109 2002 Sorj B Camel s o sonho perseguido Ci ncia Hoje 8 47 19 24 1988 Vahtera J Kivimaki M Pentti J Linna A Virtanen M Virtanen P amp Ferrie JE Organisational downsizing sickness absence and mortality 10 town prospective cohort study British Med Journal doi 10 1136 bmj 37972 496262 0D 2004 Vasapollo L A Precariedade como Elemento Estrat gico Determinante do Capital Pesquisa amp Debate 16 2 28 368 386 2005 Walsh J Experiencing Part Time Work Temporal Tensions Social Relations and the Work Family Interface BritishJournal of Industrial Relations 0007 1080 155 177 2007 78 Zeytinoglu IU Lillevik W Seaton MB amp Moruz J Industrial Relations 59 3 516 544 2004 Part Time and Casual Work in Retail Trade 79 Quadro 1 Resumo dos principais resultados de estudos sobre trabalho prec rio e impactos sa de Autores Local Per odo Popula o Desenho do estudo Efeito medido Defini o tipo de trabalho Principais resultados Barata et al 2000 reas urbanas de munic pios com mais de 80 000 habitantes no interior do Estado de S o Paulo 1994 6
323. reiro auxiliar de pedreiro motociclista profissional e motoristas comerciantes donos de bar feirantes seguran a catador de material recicl vel e pescador Setenta por cento dos falecidos ocupados e 65 4 dos trabalhadores falecidos por acidente de trabalho estavam inseridos em trabalho prec rio destes 67 9 tinha renda familiar per capita de at Y gt sal rio m nimo Um ter o dos falecidos por acidente de trabalho 33 1 e quase metade 46 2 do total de ocupados falecidos maiores de 17 anos nunca tiveram emprego formal na vida Conclus es Este estudo demonstrou importante contribui o dos acidentes de trabalho nas mortes por causas externas com propor es vari veis conforme o tipo de viol ncia maiores entre os acidentes de transporte e outros acidentes e menores para os homic dios As mortes por essas causas parecem estar concentradas entre pessoas com menor escolaridade e menor renda E plaus vel que a precariedade no trabalho desempenhe importante papel nas mortes por viol ncia considerando a maior propor o de trabalhadores com inser o prec ria entre os falecidos comparados popula o ocupada da Regi o Metropolitana de Salvador Correspond ncia para Correspondence to Let cia Nobre Centro de Estudos da Sa de do Trabalhador SESAB rua Pedro Lessa 123 40 110 050 Salvador Bahia Brasil Inobre saude ba gov br letccnobre yahoo com br 84 Keywords Mortality Work related Accidents H
324. ress o Ano V 79 9 2005 Borges A amp Druck MG Crise global terceiriza o e a exclus o no mundo do trabalho Caderno CRH 19 22 45 Salvador Jul Dez 1993 Braga TS amp Rodarte MS A inser o ocupacional e o desemprego de jovens o caso das regi es metropolitanas de Salvador e Belo Horizonte Salvador Dieese SEI 2006 Brasil Lei Federal N 8 213 de 24 de julho de 1991 Disp e sobre os Planos de Benef cios da Previd ncia Social e d outras provid ncias 1991 Brasil Minist rio da Sa de Pol tica Nacional de Redu o da Morbimortalidade por Acidentes e Viol ncias Portaria MS GM n 737 de 16 05 01 publicada no DOU n 96 se o 1E de 18 05 01 Minist rio da Sa de Bras lia Minist rio da Sa de 2001 64 p S rie E Legisla o de Sa de n 8 Cama ari C mara Municipal de Cama ari Cama ari Hist ria e Mem ria 2006 Carvalho IMM Souza AG amp Pereira GC Polariza o e Segrega o Soioespacial em uma Metr pole Perif rica Caderno CRH 17 41 281 297 Dieese A mulher chefe de domic lio e a inser o feminina no mercado de trabalho Boletim DIEESE Edi o Especial Mar o 2004 Dieese Departamento Intersindical de Estudos Econ micos e Sociais Principais Conceitos da Pesquisa de Emprego e Desemprego PED Dispon vel em http www dieese org br acessado em 24 11 2004 Druck G Globaliza o reestrutura o produtiva e movimento sindical Caderno CRH n 24 25 21 40
325. ret rica mas a formula o de uma exig ncia que n o implica a certeza de sua realiza o uma inst ncia p blica de regula o mais do que 73 nunca necess ria para enquadrar a anarquia de um mercado cujo reino sem partilha desembocaria numa sociedade nivelada entre ganhadores e perdedores ricos e miser veis inclu dos e exclu dos O contr rio de uma sociedade de semelhantes Castel 2005 94 Vislumbram se potencialidades e alternativas que devem necessariamente envolver os movimentos e experi ncias sociais recolocando se na agenda a atualidade de provimento de novos meios de garantias de direitos sociais e do trabalho e de prote o e seguran a social ou de novo pacto social para tornar poss vel uma outra globaliza o aquela que Milton Santos 2004 Souza Santos 2002 e Berlinguer 1999 propalam a globaliza o dos direitos da prote o da sa de e da solidariedade social com respeito s culturas locais e dos povos 74 BIBLIOGRAFIA Amable M et al Conceptualizing the psychosocial dimensions of employment flexibility the work precariousness Submitted a Apud Benach J Precarious employment and health inequalities Paper presented at EMCONET Employment Conditions Knowledge Network Second Meeting 23 24 January 2007 Federal University of Bahia Bahia Brazil 2007 Antunes R Adeus ao Trabalho Ensaio sobre as metamorfoses e a Centralidade do Mundo do Trabalho Sao Paulo Cortez
326. rida para considerar aspectos pessoais e disposi es subjetivas e para dar maior peso n o apenas a aspectos t cnicos mas socializa o Paiva 2001 57 Virtudes pessoais s o acionadas como parte das compet ncias em escala incomensuravelmente maior que quando se tratava de qualifica o mensur vel por mecanismos mais objetivos num momento em que os empregos ou a inclus o dependiam menos do capital cultural e social dos indiv duos Paiva 2001 57 Ao discutir os significados do desemprego e alternativas a seu enfrentamento no contexto da reestrutura o produtiva Guimar es 2002 destaca o papel das trajet rias ocupacionais e das redes de apoio social inclusive do grupo familiar nas chances de re inser o profissional e problematiza o tema da empregabilidade A probabilidade de obten o de emprego deixaria de depender apenas das medidas sociol gicas cl ssicas de posi o como sexo idade escolaridade p 108 ou da vontade individual para apoiar se em fatores tanto individuais quanto coletivos tanto conjunturais quanto estruturais relacionadas tanto queles que buscam o emprego quanto queles que o oferecem Isto porque nos novos contextos produtivos instabilizados por processos de acirrada competi o entre empresas e de intensa reestrutura o organizacional a trajet ria ocupacional do trabalhador depende da aprecia o conjuntural e socialmente vari vel dos atributos individuais q
327. rio 6 Trabalho informal I Autor II T tulo CDU 331 46 Experimento uma alegria melanc lica de viver em meio a essa confus o de vielas de necessidade e de vozes quantos prazeres impaci ncias desejo quanta sede de vida e embriaguez de vida surgem aqui a cada momento E todavia logo o sil ncio se far sobre todas essas pessoas ruidosas vivas e contentes da vida Atr s de cada um ergue se sua sombra um escuro companheiro de jornada sempre como o ltimo instante anterior partida de um navio de imigrantes mais coisas a serem ditas que nunca o oceano e seu sil ncio vazio esperam impacientemente atr s de todo esse ru do t o vidos t o certos de sua presa E todos todos imaginam que o passado nada ou que o passado coisa pouca e que o futuro pr ximo tudo essa ang stia esses gritos essa necessidade de ensurdecer e de explorar que os domina Cada um quer ser o primeiro nesse futuro e entretanto a morte e o sil ncio da morte s o as nicas certezas que t m em comum Como estranho que essa nica certeza essa nica comunh o seja quase impotente para agir sobre os homens e que eles este jam t o longe de sentir essa fraternidade da morte Sou feliz ao constatar que os homens recusam absolutamente conceber a id ia da morte e ainda mais de contribuir para isso tornando lhes cem vezes mais digna de ser pensada a id ia da vida NIETZSCHE A Gaia Ci ncia Em Mem ria A minha grande amiga
328. rious Employment Informal Jobs Workers Health Occupational injuries Productive reestruturation Introduction The globalization and the productive restructuring process resulted in increased levels of work informalization and creation of atypical forms of employment insecure and unstable in most countries The purpose of this paper is to present a critical review of the different concepts and definitions about informal and precarious employment and about some researches results focusing the workers health effects of precarious employment Methods It was proceeded a bibliographic research of the most relevant publications about precarious work from 1990 to 2006 Epidemiological sociological and engineering studies were selected according their results and empirical evidences of the relation between precarious work and health or their theoretical frames and concepts Discussion and Results Precarious employment is defined as lacking of standard employment relationship making workers more vulnerable in insecure unstable and unprotected jobs and unable to sustain themselves and their families There are evidences of the relationship between precarious employment and poor health conditions as higher rates of occupational injuries and mortality worse health indicators of absenteeism more self reported symptoms related to stress and ill mental health In Brazil studies reported no differences on incidence rates of oc
329. rocesso de legitima o ideol gica da fragmenta o social que corre o risco de se tornar irrevers vel Silva 2002 104 105 Trabalho prec rio Assim como resultado das profundas mudan as consequentes flexibiliza o das rela es e dos contratos de trabalho somente a dimens o de exclus o dos benef cios n o salariais do emprego impl cita na nova concep o de trabalho informal n o se mostrou suficiente para dar visibilidade s condi es concretas de trabalho e de vida da popula o trabalhadora no mundo Surge ent o o conceito de trabalho prec rio 56 O trabalho prec rio entendido como aus ncia de rela es formais de emprego que resultam em maior vulnerabilidade dos trabalhadores inseridos em trabalhos inst veis e desprotegidos sem seguran a social e incapazes de suprir as necessidades b sicas da fam lia Assim al m da falta ou insufici ncia de prote o social por seguro social destacam se as dimens es da alta instabilidade ou inseguran a no trabalho dos baixos n veis salariais ou dos rendimentos do trabalho e da falta de poder Amable et al in Benach 2006 ou m nimo poder de barganha reivindicativo organizativo necess rio para a participa o nas decis es e rela es de trabalho nos ambientes de trabalho e inclusive perante o Estado Nos pa ses de capitalismo central Europa Am rica do Norte Austr lia disseminaram se formas de trabalho ditas at picas
330. rupo que apresentou maior percentual de inser o em trabalho prec rio foi o de trabalhadores falecidos por outras causas violentas n o relacionadas ao trabalho 73 0 para os trabalhadores mortos por acidentes de trabalho esse percentual foi de 65 4 entretanto essa diferen a n o mostrou signific ncia estat stica Os trabalhadores acidentados no trabalho estavam inseridos em mais de uma ocupa o em maior propor o 26 5 que os trabalhadores falecidos por 100 outras viol ncias 15 9 p 0 005 Dentre os casos de bito por acidente do trabalho 22 2 ocorreram durante o exerc cio da segunda ocupa o que em geral era assumida na forma de biscates e trabalhos eventuais ou frequentes para fins de complementa o da renda da primeira ocupa o ou em atividades il citas exercidas concomitantemente com trabalho l cito A Tabela 6 apresenta a distribui o das caracter sticas s cio ocupacionais nos grupos de trabalho prec rio e n o prec rio e conforme a rela o da morte com o trabalho Considerando somente o grupo com inser o em trabalho prec rio observaram se diferen as significativas entre os trabalhadores falecidos por acidente de trabalho e trabalhadores falecidos por outras causas violentas n o relacionadas ao trabalho para idade cor da pele responsabilidade pelo sustento da fam lia extens o da jornada semanal de trabalho antecedentes de trabalho formal e tipo de viol ncia 4 tipos e agrupada N
331. s vendedor ambulante 3 biscates diversos 3 lavador de carros 2 policial militar 1 seguran a de condom nio 1 ajudante de pintor de casas 1 servi os gerais em condom nio 1 tosador de c es 1 ajudante de serralheiro 1 dados n o mostrados 97 A Tabela 4 apresenta as caracteristicas dos meios ou objetos envolvidos nas circunstancias dos bitos relacionados ao trabalho por tipo de acidente Dentre eles destacam se as agress es por armas de fogo e arma branca os atropelamentos e colis es as quedas e afogamentos Os tr s bitos por choque el trico e tr s quedas ocorreram com trabalhadores em servi os de constru o civil em trabalhos eventuais por conta pr pria ou em ajuda a membros da fam lia Dois acidentes envolvendo maquinaria ou equipamentos ponte rolante e caldeira ocorreram em grandes empresas exportadoras outra explos o de caldeira aconteceu em ind stria de menor porte os tr s com trabalhadores com v nculos formais de trabalho O caso informado como exposi o a fogo foi uma explos o de botij o ocorrida com pescador durante opera o de carregamento de g s no galp o de pesca Um dos casos referidos como afogamento foi de um pescador que estava trabalhando em atividade de mergulho tendo apresentado provavelmente acidente por descompress o Em rela o aos 92 casos de agress es e homic dios ocorridos no trabalho as principais circunst ncias ou motivos envolvidos foram interven o
332. s 29 1 ocorreram no trabalho A propor o de suic dios mais que duplica quando ocorrem no local de trabalho ou por motivos relacionados ao trabalho Os homic dios que eram 65 4 na popula o total diminu ram para um quinto 21 7 quando ocorridos no trabalho Considerando a distribui o do total de 162 acidentes de trabalho por tipo de viol ncia observa se que mais da metade das mortes no trabalho foi devida a homic dios 56 8 seguidos dos acidentes de transporte 27 2 outros acidentes 14 2 e em menor propor o os suic dios Tabela 2 A propor o de acidentes t picos foi estimada em 11 3 do total de bitos e 8 2 corresponderam a acidentes de trajeto Do total de pessoas falecidas 488 encontravam se ocupadas em alguma atividade de trabalho no m s do bito correspondendo a 75 3 dos casos de mortes violentas A Figura 2 apresenta a distribui o esquem tica dos casos segundo situa o ocupacional inser o em trabalho prec rio e rela o das mortes com o trabalho Na Tabela 3 apresentam se as caracter sticas s cio demogr ficas das pessoas falecidas por acidente de trabalho em compara o com as demais mortes violentas entre os trabalhadores pessoas ocupadas Verifica se que as mortes por acidentes de trabalho ocorreram mais frequentemente entre os 94 de mais idade m dia 34 5 12 7 para 29 3 11 1 respectivamente de maior escolaridade m dia 6 3 anos de estudo 3 8 e 5 5 3 5
333. s espec ficos os setores codificadores da causa b sica de bito n o identificam as situa es de trabalho e os acidentes de trabalho descritas nas reportagens Quando realizada a revis o sistem tica de not cias de jornais tem se mostrado uma rica fonte adicional de informa es para a mortalidade tanto para os casos de acidentes de trabalho quanto para casos de viol ncias em geral evidenciando ocorr ncias em parcelas de trabalhadores que n o aparecem nas estat sticas oficiais previdenci rias Souza et al 2006 por vezes com descri es mais completas das circunst ncias de ocorr ncia e das caracter sticas dos eventos e pessoas envolvidos H mais de vinte anos os v rios autores que estudam essa quest o chamam a aten o para as lacunas existentes nos sistemas de informa o em sa de para a falta de dados b sicos nas guias e boletins de ocorr ncia policial para os problemas de preenchimento das DO nos IML e para as guias de solicita o de necropsia feitas pelos hospitais de forma incompleta Destacam a necessidade de investimentos para melhorar a qualidade das informa es especialmente o treinamento e qualifica o dos t cnicos respons veis pela coleta e produ o das informa es Destacam a necessidade de articula o efetiva entre os rg os respons veis pelo controle do tr nsito as secretarias de sa de de seguran a p blica de justi a e direitos humanos e a import ncia da atua o das entid
334. s casos em que recebia por dia ou por semana 44 Outros rendimentos al m do sal rio renda no ltimo m s antes do falecimento refere se a outras poss veis fontes de renda da pessoa que faleceu al m do sal rio e renda do trabalho exceto os valores j registrados na pergunta anterior Pergunte uma por uma as op es e v preenchendo medida que a pessoa vai recordando Procure colocar o valor mais pr ximo poss vel do real Se n o souber pergunte se era mais ou menos que o sal rio m nimo tente aproximar o valor da forma mais fiel poss vel Em ltimo caso se necess rio registre tendo como refer ncia o sal rio m nimo meio SM 1 SM 2 5 SM 45 Tempo de inatividade por desemprego aposentadoria ou afastamento por outro motivo doen a registrar o n mero de meses e anos Se j teve emprego fixo e ou carteira assinada e ultimamente vivia de biscates eventuais ou de atividade informal registre como tempo de desemprego 46 Motivo da aposentadoria refere se aos casos de aposentadoria legal casos que recebem aposentadoria do INSS ou de outro instituto de previd ncia Se a resposta for positiva pergunte a modalidade de aposentadoria por idade por tempo de servi o por invalidez por doen a ou por sequela de acidentes aposentadoria especial aposentadorias com menor tempo de servi o em algumas ocupa es ou exposi es espec ficas se estava aposentado mas o entrevistado n o sabe o motivo da aposentadoria
335. s de bito preenchidas pelos m dicos legistas e nos sistemas de informa o da sa de Por ltimo importante ampliar o n mero de estudos desse tipo para outras regi es do pa s de forma a avaliar o peso das diferen as de perfil das atividades econ micas e do mercado de trabalho e propiciar an lises comparativas entre as regi es desenvolver estudos anal ticos que investiguem as associa es entre trabalho prec rio e seus impactos sa de e estudos de caso que permitam an lise em profundidade de contextos particulares Agradecimentos Agrade o Maria Eunice Xavier Kalil e equipe do F rum Comunit rio de Combate Viol ncia e dire o do Instituto M dico Legal Nina Rodrigues pelo acesso ao banco de dados do IML equipe de entrevistadores especialmente Mariana por sua persist ncia e aos motoristas da Fundacentro que entenderam a import ncia do estudo e buscaram estrat gias e todas as formas poss veis para localizar os familiares e realizar as entrevistas muitas vezes em condi es adversas A Prof Vilma Santana e Rita Fernandes pelo aux lio na revis o da an lise dos dados e sugest es importantes Agrade o aos familiares que se dispuseram a expor mais uma vez sua dor e contar sua hist ria Essa pesquisa foi desenvolvida com recursos do Conv nio Minist rio da Sa de Fundo Nacional de Sa de Fundacentro Centro Regional da Bahia Portaria N 0158 2004 e da Fundacentro Prodat Programa de M
336. s de autom veis todos com percentuais de participa o maiores do que os apresentados pela popula o total DISCUSS O Antes de discutir os resultados pertinente tecer algumas considera es de ordem metodol gica e sobre os limites do estudo realizado A primeira delas diz respeito ao n mero de casos inclu dos no estudo e ao fato de n o ter sido feita amostragem aleat ria A proposi o inicial era investigar a totalidade dos bitos por causas externas nos tr s munic pios por m isso n o foi poss vel por uma s rie de dificuldades operacionais log sticas e relacionadas pr pria natureza do objeto estudado A localiza o dos endere os foi demorada devido desorganiza o urbana por incorre es no endere o registrado e pela precariedade das condi es de vida da popula o estudada Al m disso por se tratar de mortes violentas em alguns bairros especialmente nos casos de homic dios encontrou se resist ncia da comunidade em prestar informa o em outros foi necess rio contar com aux lio de agentes comunit rios de sa de e at marcar a entrevista em outro local fora do domic lio ou mesmo fora do bairro A estrat gia adotada foi separar os casos por bairros e concentrar a equipe primeiro naqueles com maior n mero de casos e ao final buscar os demais com menos casos garantindo a busca na quase totalidade do territ rio Com isso logrou se visitar mais da metade dos domic lios e entrevistar fami
337. s de trabalho fatais s o considerados causas externas de morte para as quais os nicos rg os autorizados legalmente a emitir a Declara o de bito s o os Institutos de Medicina Legal o que supostamente conferiria maior fidedignidade s informa es Embora as causas externas de bito sejam atestadas pelos m dicos legistas essas declara es apresentam lacunas no registro das circunst ncias de ocorr ncia da causa externa ou viol ncia que resultam em inconsist ncias e indices de concord ncia insatisfat rios entre as causas b sicas do bito registradas na DO e aquelas identificadas pelos investigadores Al m disso raramente identificam a rela o da morte com o trabalho o que implica importante invisibilidade das diversas modalidades de viol ncia no trabalho ou fora dele Oliveira amp Mendes 1997 Barros et al 2001 Mello Jorge 2002 Souza 2003 Hennington et al 2004 Os estudos sobre causas externas t m enfatizado os homic dios e acidentes de transporte sem identificar a concomit ncia da situa o de trabalho nessas ocorr ncias Vermelho amp Mello Jorge 1996 Ladeira amp Guimar es 1998 Drumond Jr et al 1999 Barros et al 2001 Mello Jorge 2002 Barros et al 2003 Gawryszewski et al 2005 O preenchimento do campo ocupa o habitual da DO infrequente e de baixa qualidade Cordeiro et al 1999 Isto consequ ncia da falta de tradi o do setor sa de e de seguran a p bli
338. s e particulares implicar o em exposi es a riscos ocupacionais ou n o espec ficos sa de e vida Por outro lado o processo de desgaste tamb m estar relacionado s condi es materiais de vida realizadas no mbito da reprodu o social e do consumo o que tamb m ocorre na depend ncia da inser o das pessoas no processo de produ o e da classe social a que pertencem Dos sal rios da renda da escolaridade do status e do prest gio das ocupa es depender o acesso a bens materiais e simb licos necess rios a manuten o de condi es de vida ou viv ncia de padr es de vida espec ficos os modos de andar a vida Possas 1989 Ao contribuir para a degrada o e piora das condi es de vida a rela o entre aumento do desemprego subemprego e exerc cio de atividades informais e ilegais de trabalho e a ocorr ncia de situa es de viol ncia urbana pode explicar parte das mortes violentas no trabalho 17 Em rela o viol ncia em contraposi o a um grupo que defende concep es biologicistas h outro grupo de teorias que explica a viol ncia como fen meno de causalidade sobretudo social provocada quer pela dissolu o da ordem quer pela vingan a dos oprimidos quer ainda pela fraqueza do Estado esta seria resultado de efeitos disruptivos dos processos acelerados de mudan a social Santos J nior amp Dias 2004 39 Este grupo reuniria maior heterogeneidade de categorias e
339. s e trabalho em domic lio Essas quest es aliadas as poucas oportunidades de emprego e de qualifica o da for a de trabalho as mudan as sociais e culturais ocorridas com a crescente urbaniza o provavelmente contribuem para a concentra o dos bitos por viol ncias em alguns bairros espec ficos da cidade como Itinga e Port o Al m disso por ser um corredor rodovi rio para o norte do Estado tem os acidentes de transporte como importante impacto na sa de p blica A expans o imobili ria traz o potencial de ocorr ncia de acidentes ligados s atividades da constru o civil 35 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS Agudelo SF Viol ncia Cidadania e Saude P blica In Barata et al Orgs Eqtiidade e Saude Contribuigdes da Epidemiologia Rio de Janeiro Edit Fiocruz Abrasco 1997 p 39 62 Almeida IM de amp Binder MCP Metodologia de An lise de Acidentes Investiga o de Acidentes do Trabalho In Combate aos Acidentes Fatais Decorrentes do Trabalho MTE SIT DSST FUNDACENTRO p 35 51 2000 Almeida IM Trajet ria da an lise de acidentes o paradigma tradicional e os prim rdios da amplia o da an lise Interface Comunica o Sa de Educa o 9 18 185 202 2006 Antunes RL Adeus ao Trabalho Ensaio sobre as Metamorfoses e a Centralidade do Mundo do Trabalho S o Paulo Cortez Campinas SP Editora da Universidade Estadual de Campinas 2002 Bernardes G Vida Nova um dos novos bairros Exp
340. s eine e NTE inata dis a d dee ani ein toing UR dad 192 Anexo 1 Sobre o Campo e a Popula o Estudada 193 Anexo 2 Instrumento Question rio eee eeeneeeeeettneeeeeee 208 Anexo 3 Termo de Consentimento Informado 218 Anexo 4 Manual de Instru es do Entrevistador 221 Anexo 5 Manual de Instru es do Codificador 238 Anexo 6 Trabalhos apresentados em Congressos 258 RESUMO Estudo descritivo das mortes por causas externas ocorridas em 2004 entre homens e mulheres de 10 a 69 anos de idade residentes na capital e dois outros municipios da Regiao Metropolitana de Salvador com objetivos de determinar a magnitude da participagao dos acidentes de trabalho dentre as mortes violentas avaliar a validade da informa o sobre a causa b sica de bitos por acidentes de trabalho nas declara es de bitos por causas externas Realizadas entrevistas domiciliares a familiares das pessoas falecidas investigando as circunst ncias da morte as situa es de trabalho as ocupa es e demais vari veis s cio demogr ficas A causa b sica de bito foi reconstitu da e codificada segundo normas da Classifica o Estat stica Internacional de Doen as e Problemas Relacionados Sa de CID 10 Foram estudados 648 bitos por causas externas 75 3 eram pessoas ocupadas some
341. s homic dios foram causados por armas de fogo 12 4 dos homic dios envolveram uso de arma branca em 11 casos foram utilizadas ambas arma de fogo e arma branca a terceira modalidade mais comum nos homic dios foi o espancamento 3 7 Dos 59 casos informados como cometidos pela pol cia ou por policiais 42 foram classificados como interven o legal compreendendo 6 5 do total de casos estudados Tabela 3 Nenhum foi identificado como tal pelo SIM tr s 7 2 foram codificados como agress o por disparo de arma de fogo de m o 29 69 0 como agress o por outra arma de fogo e n o especificada e 10 23 8 foram codificados como disparo de arma de fogo de inten o n o determinada A Tabela 5 apresenta as caracter sticas dos acidentes de transporte dos bitos ocorridos na popula o total e nos casos relacionados ao trabalho Considerando a soma dos acidentes por tipo de ve culo observa se que os autom veis estiveram envolvidos em 55 1 dos acidentes e os nibus em 27 6 os caminh es participaram em 22 0 deles seguidos das motocicletas 20 2 e bicicletas 11 1 Entretanto os pedestres foram as pessoas mais frequentemente atingidas aparecendo com o dobro do n mero de casos dos ocupantes de autom veis e tr s vezes mais que os motociclistas Nas mortes 164 relacionadas ao trabalho tamb m predominam os pedestres por m os motociclistas passam para segundo lugar seguidos dos passageiro
342. s por causas externas ocorridas entre homens e mulheres de 10 a 69 anos de idade residentes na capital e dois outros munic pios da Regi o Metropolitana de Salvador no ano de 2004 A partir do banco de dados do Instituto M dico Legal Nina Rodrigues de Salvador IMLNR foram localizados os endere os e realizadas entrevistas domiciliares com familiares das pessoas falecidas por causas externas obtendo se a descri o detalhada das circunst ncias da morte as situa es de trabalho e demais vari veis s cio demogr ficas Foi realizado estudo piloto em cinco bairros compreendendo 145 casos as entrevistas foram feitas por equipe treinada e com experi ncia pr via em pesquisas amostrais populacionais A causa b sica de bito foi reconstitu da e codificada segundo as normas da Classifica o Estat stica Internacional de Doen as e Problemas Relacionados Sa de CID 10 para causas externas de bito Cap tulo XX de Causas Externas de Mortalidade e 153 Morbidade incluindo os c digos de V01 a Y98 Adotou se a defini o oficial e padronizada da Organiza o Mundial da Sa de de causa b sica de bito como a a doen a ou les o que iniciou a cadeia de acontecimentos patol gicos que conduziram diretamente morte ou b as circunst ncias do acidente ou viol ncia que produziram a les o fatal OMS 2004 32 Informa es mais detalhadas sobre a metodologia do estudo encontram se noutra publica o Nobre et al
343. sa que o a falecido a independente de rela o de parentesco N o inclua a pessoa falecida nesta conta 26 Com quem morava pergunte quem eram as pessoas que moravam com a pessoa falecida poca do acidente viol ncia Explique que somente para facilitar a confer ncia da composi o da fam lia e moradores e que os nomes tamb m n o ser o registrados ou divulgados Liste os nomes idade grau de parentesco esposa o ou companheira o irm o irm filho a sogro a av6 av6 tio tia outros parentes amigo a outros de cada pessoa moradora da casa em rela o pessoa falecida Para cada um pergunte se trabalhava estudava ou ambos No final confira se o n mero de pessoas informadas na pergunta anterior o mesmo se n o repasse a lista novamente e pergunte se n o esqueceu algu m N o inclua a pessoa falecida nesta listagem Para o registro dos componentes da fam lia quanto rela o de parentesco ou de conviv ncia existente entre cada membro e a pessoa falecida utilize a seguinte classifica o exemplificativa C njuge pessoa que vivia conjugalmente com a pessoa falecida com ou sem v nculo matrimonial Filho a pessoa que filho a enteado a filho a adotivo a ou de cria o da pessoa falecida Outro parente pessoa que tem qualquer grau de parentesco com a pessoa falecida ou com seu sua c njuge especificar se av av sogro sogra irmao irma primo a tio tia etc Agregado pessoa que n o parent
344. seguintes dados Dentre os propriet rios de empresas do setor informal a maioria j havia trabalhado antes e o principal motivo para sua sa da do ltimo trabalho foi o fato de ter sido dispensado 33 para os homens para as mulheres foram motivos pessoais ou familiares 28 Para os homens o motivo predominante alegado para ter iniciado o empreendimento no setor informal foi o fato de n o ter encontrado emprego Para as mulheres o fator mais importante para iniciar o empreendimento foi a complementa o da renda familiar Para os propriet rios por conta pr pria este padr o foi o mesmo mas para a maioria dos empregadores homens e mulheres o principal motivo que os levou a iniciar o neg cio foi o desejo de se tornar independente IBGE 2005 Na defini o de trabalho prec rio t m sido consideradas quatro dimens es empregos inst veis baixo controle sobre o trabalho baixa prote o social ou legal e baixos n veis salariais A Funda o Europ ia define trabalhadores prec rios como aqueles que se sentem inseguros sobre seus trabalhos ou t m um contrato de trabalho por tempo determinado com essa defini o quase 30 dos trabalhadores europeus empregados est o em situa o de trabalho prec ria Benavides et al 2000 No Brasil os organismos oficiais e alguns n o governamentais passaram a inserir a no o de precariedade al m do conceito anterior de trabalho informal ou mercado informal ao identificar a neces
345. selecionada seguindo crit rios de forma o de nivel superior com gradua o em reas afins a estudos de campo desta natureza como ci ncias sociais e da rea de sa de ocupacional e com experi ncia pr via em estudos populacionais e em entrevistas domiciliares Foram selecionadas cinco pessoas quatro com forma o em ci ncias sociais e uma em terapia ocupacional todas elas tinham experi ncia pr via como entrevistadoras do Censo do IBGE em estudos populacionais da rea de sa de e ou em estudos sobre acidentes de trabalho Houve um pr treinamento ou pr teste antes da sele o final no qual se testou tanto o desempenho e dom nio das entrevistadoras com o question rio quanto o pr prio question rio que sofreu algumas modifica es ap s esse pr teste o manual de instru es para as entrevistadoras tamb m foi sendo aprimorado e reconstru do durante esse processo Durante o trabalho de campo em Salvador foram admitidos mais dois estagi rios de comunica o e administra o que foram treinados para realizar as entrevistas Para o trabalho de campo de Cama ari foram treinadas duas pessoas do pr prio munic pio com experi ncia pr via de atendimento em servi o de refer ncia em sa de do 196 trabalhador O trabalho de campo em Lauro de Freitas foi realizado por dois entrevistadores ja participantes da equipe de Salvador Trabalho de campo piloto e log stica O teste piloto foi realizado de janeiro a f
346. sendo entrevistados familiares de 694 pessoas falecidas 37 1 do total que 158 se reduziram para 648 ap s a exclus o de casos com informa es inconsistentes As perdas n 474 42 2 foram devidas a n o localiza o do endere o 101 474 21 3 familiar n o encontrado 100 474 21 1 recusa 82 474 17 3 desist ncia ap s v rias visitas 78 474 15 6 mudan a de endere o 67 474 14 1 e dados inconsistentes 46 474 9 7 Ao final a popula o do estudo se constituiu de 648 bitos que corresponderam a 34 6 do total das mortes por causas externas na rea de refer ncia do estudo A popula o estudada era composta predominantemente de homens 88 4 solteiros 58 9 com cor da pele preta e parda 78 1 com idade m dia de 30 8 anos DP 12 6 com m dia de 5 7 DP 3 5 anos de estudos completos 75 3 estavam ocupados em alguma atividade de trabalho no m s do falecimento estando 70 5 dos ocupados inseridos em trabalho considerado prec rio informal sem carteira assinada e ou sem cobertura de seguro social Do total de casos de bitos por causas externas existentes no banco de dados do IMLNR em 2004 nenhum foi registrado como acidente de trabalho A confer ncia com o banco de bitos fornecido pelas Secretarias de Sa de dos Munic pios tamb m mostrou que nenhum caso foi identificado como do trabalho O campo 57 acidente de trabalho estava preenchido em somente 2 0 41 do total de casos do banc
347. seu trabalho no ultimo m s antes de seu falecimento ele a recebeu de alguma outra fonte Se sim voc pode me dizer RENDAP de que fontes e quanto se n o tinha outra fonte marque 00 no total e passe adiante aposentadoria R auxilio doenga INSS R pens o R seguro desemprego R aluguel R outro R TOTAL R p conferir e somar o total posteriormente 0 n o se aplica 9999 n o sabe 45 Se ele a estava desempregado a afastado a do trabalho ou aposentado a h quanto tempo estava nesta situa o Desempregado meses anos Afastado meses anos Aposentado meses anos 46 Se ele a estava aposentado voc sabe por que motivo 0 n o estava aposentado 1 poridade 2 por tempo de servi o TIPAPOS ___ 3 por invalidez 4 aposentadoria especial 9 n o sabe 47 Se ele a era aposentado a em que ocupa o e atividade econ mica se CBOAPOS aposentou Ocupa o Atividade econ mica 0 n o se aplica 48 Com quantos anos de idade ele a iniciou a trabalhar pela primeira vez mesmo sem carteira assinada anos de idade 88 nunca trabalhou 99 n o sabe 49 Qual foi o esse seu primeiro trabalho ocupa o ramo de atividade econ mica Ocupa o Atividade econ mica 0 n o se aplica 50 Em que ele a trabalhava aos 20 anos de idade se poss vel ao final confira esta pela CTPS 00 n o trabalhava 88 faleceu antes dos 20 anos Ocupa
348. sidade de melhor dimensionar o desemprego Dedecca et al 2003 Dieese 2004 Em reconhecimento insufici ncia da classifica o exclusiva de desempregado queles que estavam busca de emprego nos ltimos 7 dias e a 58 necessidade de dar visibilidade as formas de sobreviv ncia das pessoas e familias enquanto permaneciam desempregadas Assim al m do desemprego aberto passa se a classificar o desemprego oculto O desemprego oculto pelo desalento compreende as pessoas que n o possuem trabalho e nem procuraram nos ltimos 30 dias anteriores ao da entrevista por desest mulos do mercado de trabalho ou por circunst ncias fortuitas mas apresentaram procura efetiva de trabalho nos ltimos 12 meses O desemprego oculto pelo trabalho prec rio inclui as pessoas que realizam trabalhos prec rios entendidos como algum trabalho remunerado ocasional de auto ocupa o ou pessoas que realizam trabalho n o remunerado em ajuda a neg cios de parentes e que procuraram mudar de trabalho nos 30 dias anteriores ao da entrevista ou que n o tendo procurado neste per odo o fizeram sem xito at 12 meses atr s SEI 2005 Dieese 2004 Dessa forma a no o de precariedade de inser o decorre da falta de acesso ao contrato de trabalho padr o da descontinuidade da rela o de trabalho e da instabilidade de rendimentos Uma outra nomenclatura tem sido utilizada em pesquisas de emprego e desemprego a inser o vulner vel
349. siguais entre trabalhadores e empregadores nas empresas Estes ao manter condi es prec rias e inseguras de trabalho e rela es de trabalho autorit rias ao privilegiar demandas econ micas de produtividade e lucratividade colocam a vida dos trabalhadores em plano secund rio resultando em acidentes de trabalho no exerc cio de suas atividades e fun es Uma terceira forma de viol ncia tamb m estrutural aquela relacionada ao trabalho prec rio sem garantias sociais ou materiais sem sal rios sem qualifica o sem meios de investimento sem perspectivas de mobilidade social este tamb m se mistura pobreza s condi es de vida prec rias de tal sorte que torna dif cil estabelecer a dire o e a temporalidade da causalidade A situa o encontrada suscita uma s rie de indaga es quanto s possibilidades e necessidades de pol ticas p blicas de enfrentamento da quest o Por um lado retoma se a discuss o da import ncia e da centralidade do trabalho na produ o de condi es de vida dignas e seguras N o de qualquer trabalho mas de trabalho digno seguro com prote o social com prote o sa de e integridade do trabalhador Com rela es ticas em um ambiente que permita o desenvolvimento das capacidades humanas criativas e solid rias Com rendimentos compat veis com a vida O trabalho prec rio por vezes quase um n o trabalho espelhando ou ocultando o desemprego e a exclus o social
350. soa entrevistada n o souber passe para a pr xima pergunta Atividade econ mica a principal finalidade ou o ramo do neg cio da firma da empresa da institui o ou da entidade a que ela prestava servi os ou em que ele a trabalhava naquele m s ou no caso de pessoa que trabalhava por conta pr pria a natureza da atividade exercida Procure identificar com detalhes o ramo de atividade econ mica por exemplo prestava servi os gerais em estabelecimento comercial de alimentos supermercado atividade de com rcio de autom veis ou servi os em empresa de constru o civil de pr dios casas servi os de constru o civil e montagem industrial em obras de esgoto e saneamento constru o de pontes e viadutos etc atendimento ao p blico em recep o de hotel atendimento ao p blico em balc o de bar atendimento ao p blico em recep o de laborat rio cl nico cozinheira em hospital cozinheira em restaurante cozinheira em cozinha de empresa do P lo Petroqu mico servi o p blico de sa de escola p blica escola particular 36 Horas semanais e regularidade estabilidade Para cada uma das ocupa es informadas registrar a m dia de horas semanais comumente trabalhadas e com que regularidade estabilidade obedecendo a mesma ordem de correspond ncia das ocupa es informadas na pergunta 34 Para calcular horas semanais tomar como refer ncia o m s antes do falecimento Em alguns casos especialmente em trabalhos event
351. soa na fam lia e se era respons vel pelo sustento do grupo familiar As vari veis relativas a trabalho e ocupa o foram situa o no mercado de trabalho ocupada n o ocupada ocupa o segundo a Classifica o Brasileira de Ocupa es CBO 2002 MTE 2002 ramo de atividade econ mica da ltima ocupa o segundo a Classifica o Nacional de Atividades Econ micas CNAE Domiciliar posi o na ocupa o tipo de v nculo de trabalho ou emprego horas semanais de trabalho regularidade e estabilidade no trabalho sal rio no ltimo m s antes do falecimento outras rendas renda de familiares total da renda familiar faixas de renda per capita em sal rios m nimos Optou se pela CNAE Domiciliar porque apropriada para a identifica o de situa es de trabalho e atividades econ micas informais ou por conta pr pria G es 1999 IBGE 2005 A vari vel trabalho prec rio foi constru da combinando se as categorias das vari veis posi o na ocupa o e contribui o Previd ncia Social Trabalho prec rio corresponde s seguintes classes empregados sem carteira assinada trabalhadores dom sticos com ou sem carteira assinada trabalhadores por conta pr pria ou aut nomo n o contribuintes Previd ncia aprendizes ou estagi rios com ou sem remunera o ajuda a membro do domic lio produ o para o pr prio consumo empregador ou dono do pr prio neg cio sem seguro social e atividade i
352. sos estudos Em uma sider rgica de Minas Gerais identificou se que o risco de morte por acidente de trabalho estava fortemente relacionado escolaridade renda categoria de trabalho manual x n o manual tipo de turno de trabalho e setor de trabalho Schoemaker et al 1997 Estudo de mortalidade em homens de meia idade em onze pa ses europeus observou um gradiente de maior mortalidade para v rios grupos de causas em trabalhadores manuais comparados aos n o manuais sendo as maiores raz es de mortalidade encontradas entre as causas externas na maioria dos pa ses estudados Kunst et al 1998 Os autores destacam em suas conclus es que a magnitude similar das desigualdades na mortalidade apresentada pela maioria dos pa ses indica a habilidade generalizada das classes ocupacionais superiores de melhor evitar a morte prematura Na Finl ndia em um per odo em que houve grande incremento da expectativa de vida por classe social 1981 85 a 1986 90 pelo decl nio da mortalidade por doen as cardiovasculares observou se incremento da mortalidade por acidentes e viol ncias Contudo esse aumento foi maior para a classe de trabalhadores manuais comparada com a n o manual Martikainen et al 2001 Mesmo em pa ses com desigualdades sociais bem menores que o Brasil e do que a Bahia as diferen as na mortalidade por classes ocupacionais aparecem As diferen as encontradas quanto cor da pele necessitam ser melhor analisadas Neste estudo fo
353. st ncia e de delinqu ncia clarifica aspectos e dimens es importantes como as posi es de sujeitos e objetos da viol ncia sua amplitude al m da criminalidade suas interfaces com as 18 no es de justi a e legitimidade e o processo subliminar ou invis vel de naturaliza o da viol ncia A viol ncia estrutural geralmente percebida como natural aquela que se aplica tanto s estruturas organizadas e institucionalizadas da fam lia como aos sistemas econ micos culturais e pol ticos que conduzem opress o de grupos classes na es e indiv duos aos quais s o negadas conquistas da sociedade tornando os mais vulner veis que outros ao sofrimento e morte Minayo 1994 8 Por fim aqui se comunga da no o de que n o h uma s viol ncia v rias formas de viol ncia coexistem As faces da viol ncia aparecem como a banaliza o da vida e da morte a invisibilidade dos casos e das pessoas a omiss o da informa o a neglig ncia com as medidas de prote o a precariza o das condi es de trabalho a precariza o das condi es de vida a impunidade dos respons veis a inefetividade das pol ticas p blicas a viol ncia das desigualdades 19 c o N D fe E S D E V D A Figura 1 Modelo te rico Modo do produ o capitalista Divis o social do trabalho Classes sociais Processo de produ o de valor Processo de trabalho Objeto meios organiza
354. st ncias t xicas cola e exp em a todos a poeiras de couro e outros materiais al m de envolver frequentemente trabalho n o remunerado de seus familiares inclusive crian as Navarro 2003 e da ind stria t xtil na Austr lia Mayhew amp Quinlan 1998 Dois outros aspectos s o importantes e aparecem tanto nos estudos sobre trabalho em tempo parcial e nas diversas formas de subcontrata o outsourcing nos pa ses desenvolvidos quanto nos estudos sobre terceiriza o no Brasil Primeiro o fato de que os trabalhadores com essas inser es prec rias t m acesso limitado restrito s medidas de seguran a de prote o da sa de a cursos e treinamentos sobre sa de e seguran a oferecidos e implementados pelas empresas Ao mesmo tempo a a o do Estado as 69 fiscaliza es e cobran as do cumprimento das normas de prote o sa de e seguran a tamb m pouco s o voltadas a esses trabalhadores Agravando essas quest es a instabilidade no emprego os hor rios flex veis e a fragilidade das representa es sindicais fazem com que essas parcelas de trabalhadores tenham menos capacidade coletiva e individual para exigirem seus direitos e garantias Sassen 1997 Druck 1997 Mayhew amp Quinlan 1998 Quinlan amp Mayhew s d Loewenson 2001 Hirata amp Pr teceille 2002 Quinlan 2002 Conclus o N o s no Brasil mas em outros pa ses especialmente do terceiro mundo a quest o dos impactos das v
355. statistics overpic htm Acessado em 20 02 2006 IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica Economia Informal Urbana Rio de Janeiro IBGE 2005 ILO International Labour Office Global Estimates of Fatalities Caused by Work Related Diseases and Occupational Accidents 2002 InFocus Programme on Safety and Health at Work and the Environment Geneve ILO 2002 Dispon vel em http www oit org public english protection safework accidis globest 2002 dis worl htm Acessado em 29 01 2003 Jacobina A Fernandes R Santos JF Galv o A amp Nobre L Vigil ncia de Acidentes de Trabalho T picos com Obito Investigados no Estado da Bahia no per odo de 1995 a 2001 In Bahia Sesab Suvisa Cesat Sa de do Trabalhador na Bahia construindo a informa o Salvador Cesat 2003 Cadernos de Sa de do Trabalhador 1 48 52 Kilsztajn S Silva CRL Silva DF Michelin AC Carvalho AR amp Ferraz ILB Taxa de mortalidade por acidentes de tr nsito e frota de ve culos Revista de Sa de P blica 35 3 262 268 2001 Koizumi MS Acidentes de motocicleta no munic pio de S o Paulo SP Brasil 2 An lise da Mortalidade Revista de Sa de P blica 19 543 555 1985 a Koizumi MS Acidentes de Motocicleta no Munic pio de S o Paulo SP Brasil 1 Caracteriza o do Acidente e da V tima Revista de Sa de P blica 19 475 489 1985 b K nst AE Groenhof F amp Mackenbach JP Occupational class and cause specific mortality in mi
356. sticas oficiais de mortalidade 271 278 Alguns exemplos Trajet ria ocupacional gt gt Homem 35 a 4 anos como motorista de ambul ncia ltima ocupa o catador de papel o Homem 52 a desempregado h 3 anos foi padeiro por 40 anos foi depress o por falta de dinheiro Homem 19 a iniciou a trabalhar aos 16 anos como balconista em com rcio de pe as automobil sticas sem CTPS por 1 ano demitido desempregado e lavador de carros por 3 anos Homem 21 a iniciou a trabalhar como ajudante de pedreiro na constru o civil com CTPS aos 19 anos por 3 anos como ajudante de pedreiro em atividade irregular descont nua desempregado h 2 anos vendia lambreta quando foi morto suspeita de envolvimento em atividade il cita Mulher 35 a balconista em armarinho com rcio de confec es desde 18 anos aos 22 teve CTPS assinada balconista por 12 anos desempregada h 8 meses fazendo bico como ajudante de cozinha em restaurante suic dio depress o pela situa o financeira Alguns exemplos Circunst ncia morte v Homem 43 a agente de sa de em f rias ocupado em campanha eleitoral eletrocutado quando pregava faixa para candidato v Homem 21 anos vendia computadores assaltado e morto a tiros ap s uma venda na loja v Homem seguran a no bairro morto a tiros pelas costas na mercearia havia brigado com marginais Vv T cnico eletricista de carro indo para o trabalho jo
357. sto de Sa de 11 Hospital Menandro de Farias 88 n o se aplica RESPONSA codifique com 00 zeros posteriormente ser dado c digo segundo descri es registradas em listagem separada P77 ANTEC codificar conforme abaixo 0 n o 1 sim sem refer ncia a arma de fogo 2 sim com refer ncia a arma de fogo P77 VIOANT P96 VIOFAMI 0 Nao houve viol ncia 2 Outro acidente 1 Acidente de transito 3 Tentativa homicidio homicidio 247 4 Tentativa suicidio suicidio 5 Assalto roubo 6 Agressao espancamento 7 Briga 9 Amea a morte 10 Estupro 77 a o policial 99 n o sabe 8 Choque el trico P77 ATANT se a situa o relatada configurar um caso de acidente de trabalho 0 n o 1 sim 7 envolvimento c atividade il cita P78 SAUDE1 SAUDE2 SAUDE3 1 2 w AONO NOY OTR 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 55 Problema cora o 28 Press o alta 29 Doen a mental defici ncia 30 mental 31 Depress o probl psiqui trico 32 Diabetes 33 Defici ncia fisica 34 Doen as respirat rias 35 Alcoolismo 36 Epilepsia foco convuls o 37 Problemas renais infec o 38 urin ria 39 Dores no corpo Cirurgia de intestino Derrame AVC a LER be 43 Cefal ia 44 Osteoartrose 45 Tuberculose Les o cerebral 46 Problema gastro intestinal 47 Miopia vis o catarata 48 Labirintite 49 Alergia 50 Altera o pr sta
358. ta 51 H rnia disco 52 Parkinson 53 Colesterol 54 Depend ncia qu mica 40 8 n o se aplica 9 ignorado Anemia hemopatia leucopenia Hepatite cirrose Surdez problema ouvido Doen a de Chagas Pneumonia Problema de pulmao Parapl gico Asma falta de ar Obesidade m rbida Dores de cabe a Gastrite lcera Calv cie Problema de coluna clav cula Inflama o na perna varizes AIDS Sequela AT tiro espancamento Desmaios Probl ginecol gicos endometriose Problemas neurol gicos Sequela tiro no p Cegueira Problema tire ide H rnia umbelical Nervoso Edema pulmonar DST Hansen ase P82 BEBIDA 3 fica agressivo quando bebe tem crises de alucina o persegui o P87 DROGA 1 Maconha 248 P95 PUBLI 8 P96 ARMA se situa o anterior de familiar envolveu uso de arma de fogo ND a AO N POO Goes GN Cigarro tabaco Cocaina Crack pedra Maconha cocaina Maconha crack Cola sapateiro Nao especificada varias drogas Delegacia de Policia Defensoria P blica Justi a F rum Juizado de Menores Minist rio P blico Posto de Sa de Hospital Delegacia Regional do Trabalho Banco CEF Detran Pol cia Militar Bombeiros 0 n o 1 sim 8 n o se aplica 9 ignorado n o sabe 249 Rela o de Bairros e Micro regi es das Administra es Regionais Administra o Regional I Centro 1
359. tamento alguns incluem os acidentes de trajeto outros n o os casos de homic dios e suic dios no trabalho nem sempre s o considerados nas estat sticas outros pa ses incluem mortes por doen as relacionadas ao trabalho junto com os casos de acidentes Giuffrida et al 2001 Driscoll et al 2005 Os investimentos na melhoria dos sistemas de registro na produ o de informa es fidedignas e de estimativas mais pr ximas da realidade em mbito global regional e 150 nacional s o entendidos como estrat gias para a melhoria das condi es de sa de e trabalho para o adequado dimensionamento dos custos sociais e econ micos desses fen menos e para o c lculo de sua contribui o para a estimativa da carga global de doen a Murray amp Lopez 1996 Leigh et al 1999 Takala 1999 Dorman 2000 Giuffrida et al 2001 No Brasil o conhecimento da magnitude e perfil das mortes e adoecimento relacionados ao trabalho limitado dentre outros pela baixa cobertura do sistema previdenci rio e pela precariedade das informa es a esse respeito no mbito do Sistema nico de Sa de SUS As estat sticas sobre acidentes e doen as do trabalho compiladas pela Previd ncia Social cobrem somente os trabalhadores segurados pelo Seguro Acidente do Trabalho SAT trabalhadores empregados celetistas e alguns segurados especiais que no ano 2000 compreendiam apenas 27 7 da popula o economicamente ativa ocupada do pa s Por s
360. te incorporando os eventos e agress es intencionais quanto do seu componente trabalho incorporando as ocorr ncias que aparentemente n o seriam do trabalho decorrentes do trabalho mas que ocorreram no trabalho no local ou durante o trabalho ou no trajeto e considerando todos os trabalhadores independentemente do v nculo empregat cio de sua inser o no mercado de trabalho ou da rea de atua o Assim al m dos acidentes ocorridos durante o exerc cio da atividade espec fica de trabalho decorrentes dos meios instrumentos e organiza o do trabalho tamb m ser o considerados acidentes de trabalho as agress es e viol ncias sofridas por terceiros intencionais ou n o e os acidentes no trajeto de tr nsito ou n o ocorridos com quaisquer trabalhadores empregados com carteira assinada ou n o servidores p blicos cooperativados por conta pr pria aut nomos biscateiros do mercado formal ou informal de trabalho 26 empregados desempregados aposentados de empresas publicas ou privadas de zonas urbanas ou rurais 3 SOBRE A REGIAO METROPOLITANA DE SALVADOR A Regi o Metropolitana de Salvador RMS composta por dez municipios com uma popula o total em 2003 de 3 231 512 habitantes MS Ripsa 2006 Salvador capital o munic pio com maior n mero de habitantes Cama ari o segundo munic pio da Regi o em termos populacionais e Lauro de Freitas o terceiro Os tr s munic pios
361. te 1 1 0 6 Produto qu mico 1 1 0 6 Fogo fuma a 1 1 0 6 Capotamento 1 1 0 6 Queda de moto 1 1 0 6 Ignorado 1 1 0 6 141 Tabela 5 Caracter sticas ocupacionais dos bitos por acidentes de trabalho e por outras causas entre os ocupados residentes em Salvador Cama ari e Lauro de Freitas 2004 bitos por mortes violentas em trabalhadores Vari veis ativos n 488 Valor Mortes por acidentes de Mortes por outras de p trabalho causas violentas N 162 N 326 3 0 Posi o na ocupa o tipo de v nculo Empregado com carteira assinada 29 17 9 67 20 6 Trabalhador informal 85 52 5 229 70 2 Empregador pr prio neg cio 7 4 3 12 3 7 Servidor publico estatutario militar 5 3 1 6 1 8 Atividade ilicita 36 22 2 12 3 7 gt 0 0001 Regularidade do trabalho Regular continuo 89 54 9 185 56 7 Frequente e tempor rio 23 14 2 77 23 6 Bastante irregular 50 30 9 64 19 6 0 005 Horas semanais de trabalho At 40 53 32 7 111 34 0 41a48 48 29 6 121 37 1 Mais de 48 61 37 7 94 28 8 0 11 M dia de horas semanais DP 50 2 18 6 45 5 16 6 0 02 Contribuinte de Previd ncia oficial N o 104 64 2 235 72 1 Sim 58 35 8 91 27 9 0 08 Cobertura de Plano de Sa de N o 131 84 0 278 86 6 Sim 25 16 0 43 13 4 0 44 Emprego formal alguma vez na vida N o 43 32 8 145 51 2 Sim 88 67 2 138 48 8 0 0005 Trabalho Prec rio N o 56 34 6 88 27 0 Sim 106 65 4 238 73 0 0 08 Sal rio em sal rio m nim
362. tel 2005 94 95 A preven o das mortes e viol ncias no trabalho requer al m da participa o dos atores sociais envolvidos sindicatos trabalhadores empresas e empreendedores um Estado forte O Estado portanto tem um papel fundamental na promo o de pol ticas de prote o e seguran a social Essas pol ticas necessitam ser ampliadas com destaque para a promo o de empregos e alternativas de trabalho que garantam a inclus o social e diminui o das desigualdades Os mecanismos de prote o aos desempregados ainda s o muito limitados tanto em termos de dura o e valor do benef cio recebido quanto porque possuem uma baixa cobertura vez que a propor o de trabalhadores que pode requerer o seguro desemprego relativamente pequena Dieese 2004 Devem ser garantidas a es efetivas de regula o monitoramento e fiscaliza o das condi es de trabalho sejam elas de atividades formais ou informais As pol ticas de sa de devem articular as a es de 128 promo o sa de dos trabalhadores com aquelas de combate viol ncia bem como com as pol ticas de seguran a p blica de planejamento e transporte urbano Para que essas pol ticas possam ser planejadas e executadas de fundamental import ncia garantir que as situa es de trabalho sejam identificadas e que o registro das mortes no trabalho seja efetuado nos instrumentos da rea de Seguran a P blica boletins de ocorr ncia policial e declara e
363. ter ficado hospitalizado Registre esta situa o Coloque o nome do hospital o mais completo poss vel Tamb m pode ocorrer de ser levado para mais do que um hospital neste caso registre os nomes de todos os hospitais para os quais foi levado 74 Tempo no hospital registre o n mero de dias que ficou no hospital antes de falecer Registre 00 para o caso de ter chegado sem vida ao hospital ou ter falecido na emerg ncia 75 Custo hospital quem arcou com as despesas de hospital ou de assist ncia m dica ap s o acidente viol ncia se foi atendido pelo SUS Sistema Unico de Sa de servi o de sa de p blica se a fam lia pagou com seu pr prio dinheiro ou dinheiro emprestado como particular se foi o plano de sa de de empresa ou individual que cobriu as despesas hospitalares e de assist ncia sa de 76 Respons vel registre por extenso a opini o da pessoa sobre o que aconteceu e se acha que h algu m respons vel por esse fato Essa ser uma resposta bastante subjetiva deixe que a pessoa fale e registre tal como ela refere 77 Acidentes agress es anteriores poss vel que no relato das circunst ncias do acidente viol ncia a pessoa entrevistada j tenha referido eventos anteriores Mesmo assim confira novamente o que ocorreu como poca ou data h quanto tempo se foi no trabalho ou n o etc Use como roteiro para essa refer ncia as perguntas 59 a 70 Tome como refer ncia os ltimos doze meses antes do fale
364. terceiriza o ou sub contrata o de servi os Ela considerada a principal pol tica de gest o do trabalho ao interior do processo de reestrutura o produtiva Druck amp Borges 2002 Ao mesmo tempo em que confere maior flexibilidade nas formas de contrata o com transfer ncia de responsabilidades e custos trabalhistas para terceiros e propicia a diminui o dos custos de produ o presta se ao enfraquecimento do movimento e da resist ncia oper ria Druck 1997 Hirata amp Pr teceille 2002 Haveria dois padr es de terceiriza o O primeiro considerado reestruturante ou aut ntico reorganiza a produ o com vistas ao aumento da produtividade e competitividade mantendo a empresa principal focalizada em sua atividade fim ou estrat gica centrando em tecnologias gerenciais de qualidade busca de fornecimento de suprimentos fora outsourcing e propondo se a estabelecer parcerias com seus fornecedores e 67 empregados O segundo padr o predominante na realidade brasileira busca a redu o de custos mediante o estabelecimento de rela es prec rias de trabalho valendo se para isso de diversas formas de sub contrata o como contratos tempor rios trabalho em tempo parcial trabalho em domic lio emprego sem registro em carteira sub contratos com falsas cooperativas ou cooperativas gato Navarro 2003 Campos 2004 Um balan o da terceiriza o na d cada de 90 com an lise de dados emp ricos para o
365. tivamente de semin rios planejamento de projetos de pesquisa busca de financiamento realiza o de oficinas de trabalho participa o nas confer ncias de Sa de do Trabalhador apresenta o de trabalhos em congressos e publica o conjunta com outros autores de artigos com temas ligados ao objeto pesquisado no doutorado Como se optou pela reda o de artigos a tese aqui apresentada composta de uma parte introdut ria na qual apresento o quadro te rico com o fundamento l gico modelo 10 te rico e conceito de acidente de trabalho nos quais me baseei para a concep o do estudo an lise dos dados e discuss o dos resultados Depois fa o uma breve apresenta o sobre a Regi o Metropolitana de Salvador e os tr s munic pios estudados Salvador Cama ari e Lauro de Freitas Os artigos v m a seguir na ordem abaixo Artigo 1 Trabalho prec rio e Sa de dos Trabalhadores uma revis o Artigo 2 Mortes violentas a contribui o dos acidentes de trabalho e da precariza o do trabalho Artigo 3 Validade da causa b sica na declara o de bitos por acidentes de trabalho Nos anexos al m dos instrumentos utilizados na pesquisa apresento algumas informa es adicionais sobre o trabalho de campo e a popula o estudada texto resumo e p steres dos trabalhos apresentados em congressos com resultados preliminares do estudo Trabalhos apresentados em congressos 1 Acidentes de Trabalho no Br
366. tm Acessado em 29 01 2003 Driscoll T Takala J Steenland K Corvalan C amp Fingerhut M Review of Estimates of the Global Burden of Injury and Illness Due to Occupational Exposures American Journal of Industrial Medicine 48 491 502 2005 183 Drumond Jr M Lira MMT Freitas M Nitrini TMV amp Shibao K Avalia o da qualidade das informa es de mortalidade por acidentes nao especificados e eventos com inten o indeterminada Revista de Sa de P blica 33 3 273 80 1999 Garenne M amp Fauveau V Potential and limits of verbal autopsies Bulletin of the WHO 84 Editorials 2006 Dispon vel em http Awww who int bulletin Acessado em 14 10 2006 Gawryszewski VP Kahn T amp Mello Jorge MHP Informa es sobre homic dios e sua integra o com o setor sa de e seguran a p blica Revista de Sa de P blica 39 4 627 633 2005 Giuffrida A lunes RF amp Savedoff WD Occupational risks in Latin America and the Caribbean economic and health dimensions Health Policy and Planning 17 3 235 246 2002 Haraki CAC Gotlieb SLD amp Laurenti R Confiabilidade do Sistema de Informa es sobre Mortalidade em munic pio do sul do Estado de S o Paulo Revista Brasileira de Epidemiologia 8 1 19 24 2005 Harris E Webster Harris MF amp Lee PJ Unemployment and health the healthcare system s role MJA 168 291 296 1998 Hennington EA Cordeiro R amp Moreira Filho Trabalho viol ncia e morte em Campinas S o
367. to Scalassara et al 1998 Sousa et al 1999 Andrade amp Mello Jorge 2000 e 2001 Dahl 2004 Ao tempo em que essas ocorr ncias diminuem nos pa ses de capitalismo central nos pa ses perif ricos observa se uma 122 verdadeira epidemia imputada a maior desorganiza o das vias urbanas e estradas com conviv ncia de muitos tipos de ve culos bicicletas carro as motocicletas e carros puxados a m o bem como uma maior vulnerabilidade de pedestres e condutores desses ve culos por menor escolaridade e capacidade de compreens o das normas e regulamentos de tr nsito Dahl 2004 e por menor tempo de experi ncia na conviv ncia ou intera o entre ve culos automotores e pedestres Kilsztajn et al 2001 Estudo australiano estimou coeficientes de mortalidade por acidentes de transporte mais elevados na pr pria atividade de trabalho no setor de transporte e armazenagem 15 5 por 100 mil j entre os acidentes ocorridos no trajeto o maior coeficiente foi estimado para o ramo da pesca e ca a 14 4 por 100 mil Mitchell et al 2004 A Austr lia possui um perfil de acidentes de transporte similar ao do grupo de pa ses centrais com maior mortalidade devida a colis es entre ve culos do que por atropelamentos como o caso do Brasil e Bahia No presente estudo somente os motociclistas compreenderam 7 9 dos casos de morte por AT Dos sete motoboys cinco morreram em acidentes de tr nsito um foi morto por grupo de exterm
368. ua vez os sistemas de informa es do SUS hospitalar e sobre mortalidade que potencialmente se referem totalidade da popula o independentemente de v nculo trabalhista ou previdenci rio na maioria dos casos n o identificam a rela o com o trabalho e apresentam altos ndices de subregistro Santana et al 2005 Como resultado mais de dois ter os da popula o trabalhadora n o aparece nessas estat sticas e os acidentes e viol ncias relacionados ao trabalho ocorridos entre essas pessoas permanecem invis veis A qualidade das informa es sobre mortalidade de fundamental import ncia para a interven o em sa de p blica At hoje a certifica o da causa b sica de bito objeto de preocupa o no Brasil e outros pa ses Mello Jorge 2002 Paulozzi et al 2004 Haraki et al 2005 Laurenti et al 2005 Mathers et al 2005 Hill 2006 A principal vantagem do uso do Sistema de Informa es sobre Mortalidade e da Declara o de bito para o dimensionamento e constru o de taxas de mortalidade por acidentes de trabalho em rela o a outras bases da Previd ncia Social por exemplo a sua 151 cobertura universal vez que obrigat rio o preenchimento da DO para todos os casos de bito ocorridos no pa s abrangendo assim a totalidade da popula o trabalhadora A preocupa o central quanto qualidade das informa es nas DO diz respeito validade da causa b sica de bito Os acidente
369. uais ou com maior rotatividade para defini o de regularidade e ou de continuidade poder ser necess ria uma avalia o em maior espa o de tempo Se necess rio investigar mais como era esse trabalho ao longo do tempo por exemplo ao longo do ano se fixo ou tempor rio todo dia toda semana em algumas pocas do ano semanalmente mensalmente durante todo o ano Trabalho regular cont nuo aquele exercido de forma cont nua ao longo do tempo Em geral trabalhos e ou empregos fixos que persistem ao longo do s ano s Trabalho regular n o cont nuo trabalho que executa a maior parte das vezes por m de forma n o cont nua por exemplo pedreiro ou servente em constru o civil com ou sem v nculo por m de forma n o cont nua uma ou duas semanas em meses ou um ou dois meses em um semestre Em geral trabalhos tempor rios em uma mesma ocupa o ou setor de atividade econ mica Trabalho irregular biscates diversos constru o civil com rcio vendas servi os auxiliares bico trabalho eventual poucas vezes ao ano com varia o de ocupa es e ramos de atividade Exemplo 1 Ocupa o Horas semanais Regularidade estabilidade 230 1 10 Regular nao continuo trabalha de 3 a 6 meses para 2 a3 meses e volta a trabalhar mais 3 a 4 meses 2 20 Trabalhou como professor substituto sem contrato por um semestre 5 meses 3 12 Montou um cen rio para evento na sexta e s bado biscate irregular
370. ualquer tipo de trabalho 1 sim 0 n o 9 TRABREM __ n o sabe Se sim estava em 1 atividade 2 def rias 3 afastado por doen a 4 outro afastamento ATIVO Se n o porque estava 5 desempregado 6 aposentado 7 somente estudava o 8 preso ex presidi rio 9 atividade il cita 10 biscate 11 outro 32 No m s em que faleceu ele a estava trabalhando em alguma atividade n o remunerada qualquer tipo de trabalho inclusive afazeres dom sticos TRABNR _ 1 sim 0 n o 9 n o sabe Se sim qual 1 afazeres dom sticos 2 ajuda a membro do domic lio 3 aprendiz estagi rio sem remunera o 4 volunt rio trabalho beneficiente 5 outra especifique Se n o exercia alguma atividade de trabalho remunerado ou n o passe para a pergunta 41 33 No m s em que faleceu ele a trabalhava em mais do que uma atividade trabalho emprego ou ocupa o Se sim em quantas atividades ele a NUMTRAB ___ trabalhava 1 somente um trabalho ocupa o emprego _ trabalhos 9 n o sabe Se ele a tinha mais do que um trabalho atividade emprego ocupa o pergunte com cuidado as quest es seguintes para cada um dos trabalhos que exercia Se ele a tinha somente um trabalho no m s que faleceu preencha as informa es somente a primeira linha referente ocupa o 1 34 Quais eram as ocupa es que exercia em cada trabalho atividade emprego no m s antes de seu falecimento CBO1 Ocupa o 1 Ocupa
371. ucacional desencantados da impossibilidade de inser o formal os jovens se entregam a um cio improdutivo e voluptuoso no qual a presen a de subst ncias psicoativas frequente e em seguida se iniciam em pr ticas transgressoras como nica 115 sa da para a obten o de recursos quando as possibilidades de trabalho s o bloqueadas a transgress o e o crime tornam se alternativas concretas s vezes as nicas poss veis Espinheira 1999 40 A distribui o das mortes segundo sexo congruente com resultados de outros estudos Em S o Paulo foi estimado um risco de morte por acidente de trabalho oito vezes maior entre homens do que entre mulheres na capital enquanto no interior do estado esse risco foi 9 4 vezes maior Waldvogel 2002 An lise da s rie hist rica de bitos por acidentes de trabalho de 1979 a 1988 no Brasil mostrou uma rela o homem mulher muito maior 26 1 Beraldo et al 1993 por m deve se levar em conta a poca de abrang ncia do estudo Com dados dos anos 90 95 Salerno 1998 identificou em Campinas um percentual de 8 9 de participa o das mulheres na mortalidade por AT tendo a maioria deles ocorrido em trajeto ou atividades envolvendo meios de locomo o J Oliveira amp Mendes 1997 n o encontraram casos de bitos por acidentes de trabalho envolvendo mulheres na amostra de causas externas que analisaram em Porto Alegre O perfil aqui tra ado reflete as difere
372. ue o caracterizam da sua qualifica o social de um capital social acumulado para por meio de redes eficazes localizar e obter coloca o num posto de trabalho e por fim de fatores estruturais absolutamente externos e n o 55 manobr veis por sua a o como s o as estrat gias locacionais de investimento das firmas Guimar es 2002 109 J Silva 2002 100 faz uma an lise muito mais cortante do surgimento do par empregabilidade empreendedorismo que desponta na esteira do esgotamento da no o de informalidade Informalidade que se universaliza por m tornando se sin nimo de flexibiliza o ou de desregula o quando n o de clandestinidade aproximando se portanto da no o de precariza o proposta por outros autores Por seus impactos sociais inclusive pela expans o da criminalidade violenta avalia que a empregabilidade empreendedorismo n o diz respeito somente aquisi o de novas compet ncias t cnicas melhor adaptadas organiza o do trabalho Ao inv s cont m sim uma dimens o simb lico ideol gica de ades o convencimento que permanece impl cita em sua maior parte pouco afetando o conflito aberto e consciente que interfere sobre a auto imagem e a vis o do mundo dos trabalhadores Essa nova cultura do trabalho teria a capacidade de ferir de morte os valores de solidariedade social constru dos pela sociedade salarial tornando se o centro do p
373. uer de suas formas aberto de longa dura o subemprego oculto pelo trabalho prec rio ou por desalento e rendimentos Foram constatadas expressivas desigualdades de g nero e ra a o desemprego maior entre jovens pobres negros e mulheres jovens para aqueles que est o trabalhando os sal rios tamb m s o menores revelando o car ter excludente do mercado de trabalho de Salvador Braga amp Rodarte 2006 Em estudo sobre criminalidade desenvolvido no Sub rbio Ferrovi rio de Salvador Soares 2004 apresenta o olhar da comunidade sobre as causas de inser o de homens e mulheres no mundo delinquente e sua leitura das viv ncias que caracterizam e que fazem a realidade do Sub rbio A refer ncia ao desemprego aparece na fala de 40 das pessoas entrevistadas A sucumbem as expectativas do trabalho as oportunidades de estudo os espa os de lazer mas tamb m s o dissolvidas as rela es de vizinhan a a estrutura familiar e a religiosidade Nestes espa os onde a viol ncia encontra se n o como algo improv vel mas como uma ocorr ncia quase que di ria essa vac ncia provocada pela falta de oportunidades e incentiva torna se um elemento propulsor para inser o no mundo delinquente de muitos que moram nas zonas empobrecidas e desprezadas pela sociedade Soares 2004 167 168 Impedidos de trabalhar pois o sistema produtivo n o oferece a chance do primeiro emprego e isso se agrava com a precariedade da forma o ed
374. ul possui atualmente mais de 60 empresas qu micas 31 e petroquimicas bem como de outros ramos industriais que participam de grupos produtivos como o p lo pl stico automotivo celulose bebidas t xtil de cobre que empregam cerca de 14 mil empregos diretos e 11 mil empregos terceirizados Cama ari 2006 Ao final dos anos 80 esse contingente de trabalhadores era no m nimo duas vezes maior Nesse processo foram engendradas mudan as de ordem pol tica e social e de organiza o dos trabalhadores que para l acorriam com per odos de grandes mobiliza es movimentos grevistas e reivindicat rios quer pelas pr prias demandas de lutas dos trabalhadores por sal rios e melhores condi es de trabalho e de vida quer pela pr pria sa de dos trabalhadores a exemplo da quest o do benzenismo que inicia na d cada de 80 e vai at os anos 90 Da d cada de 90 aos ltimos anos com as pol ticas de privatiza o de enxugamento de flexibiliza o das rela es de trabalho as sub contrata es e a terceiriza o passam a ser a grande estrat gia de gest o da for a de trabalho nas empresas do P lo Petroqu mico e passam a ser objeto de aten o e desafio para a luta dos trabalhadores e dos sindicatos Borges amp Druck 1993 Druck 1996 Franco amp Druck 1998 Em rela o ao impacto na sa de tem sido observada uma crescente import ncia dos acidentes e das mortes no trabalho entre trabalhadores subcontratados nessas
375. unerados e empregados dom sticos SEI 2005 Dieese 2004 Por entender que um conceito que traduz de forma mais contundente e ampla as condi es concretas de trabalho e de vida dos trabalhadores optou se pelo conceito de trabalho prec rio ao inv s de trabalho informal Ao mesmo tempo foram consideradas como ocupa o e em decorr ncia disso inclu das no grupo de trabalho prec rio as atividades il citas sempre que informadas pelo familiar como sendo delas que se obtinham os recursos materiais para a fam lia ou para a pessoa falecida Essa inclus o pautou se em duas considera es Primeiro a magnitude com que as mortes relacionadas a atividade il cita aparecem nas taxas de mortalidade por causas externas nas regi es metropolitanas do pa s sejam elas decorrentes de interven o legal sejam provocadas pelas brigas e disputas de gangues e grupos ligados ao narcotr fico intercepta o ou com rcio ilegal de mercadorias Ou seja considerou se seu impacto na sa de e o fato de se constitu rem um problema de sa de p blica Em segundo lugar foram consideradas duas dimens es presentes em um dado trabalho ou ocupa o Por um lado o fato de que algumas dessas atividades il citas se estruturam como verdadeiras organiza es ou empreendimentos com hierarquias com escalas de subordina o postos de trabalho tarefas e atividades definidas com normas e rendimentos definidos Mesmo que desenvolvidas e
376. uses However the National Mortality Information System rarely inform whether death is work related and many more of this type of deaths could have occurred In order to assess the true incidence of work related fatalities among deaths due to external causes we investigated the deaths occurred in Salvador metropolitan area during 2004 LIMITE MUNICIPAL OCEANO ATLANTICO Poster original apresentado no 18th International Symposium in Epidemiology in Occupational Health EPICOH 2005 Bergen Noruega Setembro 2005 272 CITY OF SALVADOR Estimated Population 2 556 429 2003 being 53 women Economically Active Population 1 559 422 people 61 Unemployment Rate 25 3 in July 2004 Educational Level 30 of the working people have studied less than 8 years Basic Sanitation 52 of population has access to sewage system in their homeplaces METHODS The primary information on deceased subjects was obtained in the registry of the Legal Medicine Institute IML of Salvador which receives police reports of all deaths attributable to external causes Relatives of the deceased were contacted to respond a standardized questionnaire during personal interview after signing an informed consent A pilot study to test the logistics and some methodological issues was conducted initially and evaluated 145 deaths of 5 sub districts in Salvador selected from 952 deaths attributed to external causes registered in IML between Jan and
377. vamente O problema com esta estrat gia que tanto a base das DO quanto a do INSS possui cada uma o seu pr prio potencial de sub registro havendo casos n o identificados simultaneamente em nenhuma das duas 171 bases mesmo ap s sua interliga o Assim certamente o numero de casos que nao aparece em cada uma delas torna o subregistro maior do que o efetivamente identificado Outra abordagem que tem sido utilizada a compara o dos dados das DO com boletins de ocorr ncia policial e com dados das CAT Quando comparadas essas tr s fontes a maior capacidade de identifica o de casos de acidente de trabalho foi observada nos boletins de ocorr ncia policial tanto em S o Paulo Carneiro 2000 quanto no Rio de Janeiro Pepe 2002 Neste os boletins de ocorr ncia identificaram tr s vezes mais casos do que as DO Por outro lado a autora ressalta que n o foi registrado nenhum caso de acidente de trajeto ou em via p blica confirmando tend ncia j observada de maior dificuldade de identifica o desses casos nos sistemas de informa o Comparando cada fonte de dados com o n mero final Carneiro 2000 estimou um sub registro de mortes no trabalho nas DO de 56 6 e evidenciou que n o havia CAT emitida para 95 1 dos 58 casos de bito para o distrito sanit rio estudado Em Belo Horizonte Correa amp Assun o 2003 identificaram 72 0 de sub registro da DO em rela o ao total de casos registrados nos boletins de o
378. vid ncia Social cobertura de plano de sa de rendimentos de sal rio renda familiar per capita e inser o em trabalho prec rio O grupo de trabalhadores agrupados como informais na Tabela 5 incluiu os seguintes tipos de v nculos ou posi o na ocupa o empregados assalariados sem carteira assinada inclusive dom sticos trabalhadores por conta pr pria ou aut nomos biscates ou trabalhos eventuais estagi rio n o remunerado ajuda a membro do domic lio ou a vizinho trabalho volunt rio n o remunerado igreja ou entidade filantr pica produ o para o pr prio consumo Em ambos os grupos AT e outras mortes violentas mais da metade dos trabalhadores falecidos apresentaram v nculo informal no trabalho com propor o menor no grupo de acidentes de trabalho 52 5 comparado ao grupo de mortes n o relacionadas ao trabalho 70 2 Os empregados com carteira assinada estavam tamb m representados com menor percentual 17 9 entre os acidentados no trabalho As diferen as nessas distribui es percentuais s o devidas sobre representa o da inser o em atividades il citas nas pessoas falecidas por acidentes de trabalho seis vezes maior do que no outro grupo 99 Em rela o regularidade na atividade os dois grupos apresentaram percentual similar para trabalhos regulares ou fixos 54 9 entre os AT e 56 7 no grupo de outras viol ncias maior percentual de casos classificados como ocupados em trabalhos re
379. vida a atividade produtiva da utiliza o de ativos fixos da dura o das atividades das empresas permanente sazonal ou ocasional e do fato de tratar se da atividade principal ou secund ria do propriet rio da empresa Ainda a aus ncia de registros n o deveria servir de crit rio para a defini o do informal na medida em que o substrato da informalidade seria referente ao modo de organiza o e funcionamento da unidade econ mica e n o a seu status legal ou s rela es que mantivesse com as autoridades p blicas Havendo v rios tipos de registro esse crit rio n o apresentava uma clara base conceitual n o se prestando a compara es hist ricas e internacionais podendo levantar resist ncias junto aos informantes Houve ainda a recomenda o de utilizar como crit rio o n mero de empregados Em geral se adota o n mero de cinco empregados Entretanto alguns pa ses adotam outro ponto de corte que arbitr rio como oito ou dez empregados Mais do que o corte no n mero de empregados o que define o car ter informal de uma atividade a particular divis o t cnica e social do trabalho que ali se estabelece IBGE 2005 47 No Brasil o estudo Economia Informal Urbana realizado pelo IBGE em 2003 considerou como pertencentes ao setor informal todas as unidades econ micas de propriedade de trabalhadores por conta pr pria e de empregadores com at cinco empregados moradores de reas urbanas sejam elas a atividade
380. viduais numa rela o din mica entre os envolvidos Do ponto de vista criminal os acidentes de trabalho est o misturados aos eventos classificados segundo a intencionalidade acidente n o intencional les o agress o infligida por terceiro nesse caso ser um homic dio doloso ou culposo um latroc nio ou uma agress o seguida de morte acidente de transporte e ou de tr nsito ou mesmo les o auto infligida suic dio Por sua vez a defini o de acidente de trabalho assumida pela legisla o previdenci ria condiciona o exist ncia de v nculo empregat cio com uma empresa e de incapacidade permanente ou tempor ria para o trabalho decorrente da les o corporal ou perturba o funcional Os acidentes ocorridos no trajeto de ida ou volta do trabalho ou fora do local de trabalho quando o trabalhador estiver a servi o em viagem por exemplo s o equiparados aos acidentes de trabalho para fins de concess o dos benef cios acident rios Brasil 1991 A Previd ncia Social classifica os acidentes portanto como acidente tipo ou t pico definido como aquele que ocorre durante o exerc cio da pr pria atividade de trabalho a servi o da empresa e acidente de trajeto que ocorre durante o deslocamento do trabalhador no percurso casa trabalho casa Do ponto de vista da sa de essas dimens es legais jur dicas e de responsabilidade civil se imbricam mas persiste a import ncia de definir com maio
381. ximidade da viol ncia a trabalhadores durante a jornada de trabalho na Zona Norte de S o Paulo em 1998 Universidade de S o Paulo Tese Mestrado 143 p S o Paulo 2000 Castro MSM Assun o RM amp Durante MO Compara o de dados sobre homic dios entre dois sistemas de informa o Minas Gerais Revista de Sa de P blica 37 2 168 176 2008 Cordeiro R et al Validade das informa es ocupa o e causa b sica em declara es de bito de Botucatu S o Paulo Cadernos de Sa de P blica 15 4 719 728 out dez 1999 Correa PRL amp Assun o AA A subnotifica o de mortes por acidentes de trabalho estudo de tr s bancos de dados Epidemiologia e Servi os de Sa de 12 4 203 212 2008 Dean A G Dean J A Coulombier D Brendel K A Smith D C Burton A H et al Epi Info Version 6 A Word Processing Database and Statistics Program for Epidemiology on Microcomputers Atlanta Centers for Disease Control and Prevention 1994 Dieese Departamento Intersindical de Estat sticas e Estudos S cio econ micos A mulher chefe de domic lio e a inser o feminina no mercado de trabalho Boletim DIEESE Edi o Especial Mar o 2004 Dorman P Three Preliminary Papers on the Economics of Occupational Safety and Health International Labour Office InFocus Programme on Safety and Health at Work and the Environment Geneva April 2000 http www ilo org public english protection safework papers econanal wr chp1 h
382. xperi ncias convivendo com viol ncia pobreza desestrutura o familiar e desesperan a modificando sua postura perante a situa o As t cnicas de bioenerg tica uma vez internalizadas podem se incorporar como recursos individuais para enfrentamento de situa es estressantes no cotidiano Pr ticas como essas representam um recurso valioso para diversos profissionais que est o potencialmente expostos a risco ou que assistem aos que s o v timas de viol ncia ou experienciam desesperan a como profissionais de sa de assistentes sociais e outros REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS 1 Balloch S Pahl J McLean J Working in the social services job satisfaction stress and violence Br J Social Work 28 3 329 350 1998 2 Cezar S amp Marziale MHP Problemas de viol ncia ocupacional em um servi o de urg ncia hospitalar da Cidade de Londrina Paran Brasil Cad Sa de P blica 22 1 217 221 2006 3 EUA Department of Health and Human Services Centers for Disease Control and Prevention NIOSH Violence Occupational Hazards in Hospitals Publication No 2002 101 4 Jones B Miller J amp Maercker A Trauma and posttraumatic reactions in German Development Aid Workers prevalence and relationship to social acknowledgement Int J Social Psychiatry 52 2 91 100 2006 282 283 5 Lopes CS amp Gasparin JL Viol ncia e conflitos na escola desafios pr tica docente Acta Scientiarum Human and Socia
383. xplicativas centrais alguns privilegiam a abordagem dos processos migrat rios de industrializa o de urbaniza o outros defendem uma rela o causal entre n veis de mis ria e pobreza e viol ncia outros enfatizam mudan as em processos culturais de valores simb licos e de sociabilidade outros discutem processos de exclus o e de iniquidades sociais Agudelo 1997 Zaluar 1998 Macedo et al 2001 Young 2002 Dias e Santos J nior 2004 Dentre essas h outra vertente que re ne a produ o de autores que discutem a emerg ncia da viol ncia como mercadoria a vertente da economia da viol ncia de sua comercializa o da ind stria dos seguros das empresas de seguran a privadas ou das mil cias da transfer ncia da responsabilidade do Estado como detentor do monop lio da viol ncia no mundo moderno civilizado para a sociedade discutem os processos de transfer ncia de responsabiliza o Garland 2002 A despeito da multiplicidade de teorias parece haver um consenso de que a viol ncia n o faz parte da natureza humana de que n o tem ra zes biol gicas Minayo 1994 7 Dias e Santos J nior 2004 de que um fen meno complexo socialmente constru do e com historicidade inclusive assumindo um novo significado ou apresentando se como novo paradigma no processo civilizat rio especialmente nas tr s ltimas d cadas A proposi o de Minayo 1994 ao classificar a viol ncia em estrutural de resi
384. za o Mundial da Sa de e pelos rg os governamentais dos diversos pa ses como subenumeradas Takala 1999 lunes 2001 Giuffrida e cols 2001 Takala 2002 A produ o de estimativas mais pr ximas da realidade em mbito global regional e nacional mostraria uma vis vel diferen a comparada com os dados dispon veis reportados pelos pa ses o que os estimularia a melhorar seus sistemas de registro e notifica o e a melhor compreender a necessidade de Leticia Coelho da Costa Nobre harmonizagao internacional dos m todos e crit rios de registro e notifica o al m de permitir o adequado dimensionamento dos custos sociais e econ micos desses fen menos Murray amp Lopez 1996 Leigh e cols 1999 Takala 1999 Dorman 2000 Segundo Takala 1999 somente cerca de um ter o dos 174 Estados membros da OIT razoavelmente apresentam informa es fidedignas sobre acidentes de trabalho AT e mesmo nesses pa ses identifica se subenumera o dos casos de acidentes e doen as inclusive de bitos Leigh e cols 1999 Dentre as limita es para a compara o de taxas de mortalidade e de incid ncia de acidentes de trabalho entre os pa ses podem ser destacadas a diversidade e a n o padroniza o dos sistemas de informa o a exist ncia de subnotifica o a cobertura parcial dos sistemas de compensa o e benef cios previdenci rios as dificuldades para o dimensionamento da popula

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