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1. 23 COUCE DE MENEZES Cl udio Armando Anula o de cl usulas acordos e conven es coletivas de trabalho Jornal Trabalhista n 20 980 Bras lia Consulex pp 5 25 Agosto 2003 EITE Carlos Henrique Bezerra Minist rio P blico do Trabalho S o Paulo LTr 1997 p 174 266 Em rela o legitimidade passiva dessa sorte se pronuncia o ilustre colega procurador No p lo passivo da rela o jur dica processual figurar o as partes que firmaram o acordo coletivo ou conven o coletiva de trabalho pois a extin o da rela o jur dica material atinge por bvio os seus sujeitos H neste caso forma o de um litiscons rcio necess rio CPC art 47 j que em raz o da natureza da rela o jur dica material deduzida o juiz dever de modo uniforme para todas as partes Assim ser o partes passivas na a o o sindicato da categoria profissional benefici rio do desconto salarial e a empresa rectius empregador que a respons vel pela efetiva o do mesmo desconto tanto na a o anulat ria ajuizada pelo Minist rio P blico do Trabalho quanto na reclama o trabalhista proposta pelo trabalhador atingido No pertinente compet ncia Cl udio Menezes assevera Compet ncia a capacidade atribu da a ramos e rg os do Judici rio para o exerc cio da jurisdi o poder e fun o que se destina aplica o do Direito Diversos s o os crit rios de atribui o d
2. Na perspectiva retro analisada pro be se que o empregador solicite exames para o levantamento de poss veis empregados infectados guisa de arremate cumpre trazer baila ainda que o Minist rio P blico do Trabalho tem combatido as pr ticas discriminat rias para a admiss o no emprego de empregado de boa apar ncia e daquele ex empregado que passa a compor o cadastro de informa o da empresa lista negra pelo fato de ter exercitado o seu direito de a o consagrados na Constitui o Federal reclamando seus direitos perante o Judici rio Trabalhista 4 2 4 O MINIST RIO P BLICO NA PROTE O DA LIBERDADE E A DIGNIDADE NO EMPREGO Asseveramos inicialmente que qualquer vistoria em empregados dever observados os incisos Il e X do art 5 da Constitui o da Rep blica salvaguardar a dignidade e a privacidade do trabalhador bem como a aplica o de sistema id ntico e uniforme de vistoria a todo o grupo de empregados Em decorr ncia disso o Parquet trabalhista atua limitando o poder de comando do empregador na medida em que este ofende e desrespeita a dignidade do trabalhador obrigando o por exemplo vistoria pessoal corporal aviltante e humilhante Atua tamb m quando empregador tolhe a liberdade de pensamento do empregado proibindo o de expor suas opini es ideol gicas Veja se o que estabelece a Carta Maior 218 MALTA Elisa Maria Brant de Carvalho amp CARLOS Vera L cia A Discrimin
3. Cr ticas frequentes s o deflagradas ao modelo de investidura dos membros do rg o americano principalmente por se tratar de um cargo eminentemente pol tico significando na maioria dos casos um trampolim inicial para ingressar na vida p blica Isto se deve principalmente ao car ter transit rio do cargo e por ainda resolver 95 dos casos fora dos Tribunais sem que o Judici rio possa exercer fiscaliza o efetiva Para parte da doutrina ocidental onde os princ pios constitucionais do processo penal s o dirigentes da a o do operador jur dico a pol tica da negocia o da a o penal praticada dos Estados Unidos significa destrui o dos princ pios da presun o de inoc ncia verdade material e do contradit rio al m de retirar a prerrogativa do juiz de julgar o feito Por m n o se pode negar que esta pr tica incorporada vida judici ria norte americana exerce forte efeito no pensamento processual penal do Ocidente Comumente discute se sobre mitiga o do princ pio da obrigatoriedade de propositura da a o penal concedendo maiores poderes ao Minist rio P blico na condu o da pol tica criminal Para os partid rios do princ pio da estrita legalidade a ado o da obrigatoriedade da propositura da a o penal significa uma esp cie de garantia instrumental de igualdade entre os cidad os signat rios da imprescind vel caracter stica de abstra o e generalidade da qual a lei n o pode se exi
4. ia PERROT Le Principe du Double Degr de Jurisdiction et son volution en Droit Judiciair Priv Fran ais in studi in onore di Enrico tullio Liebman V III Mil o 1979 p 1 971 357 No particular particularmente pesaroso enfatizar que esse princ pio n o absoluto no nosso ordenamento positivo haja vista que a pr pria Carta Constitucional estipula em seu art 121 3 s o irrecorr veis as decis es do Tribunal Superior Eleitoral salvo as que contrariarem a Constitui o e as denegat rias de habeas corpus ou mandado de seguran a Por outro lado na Justi a Eleitoral a quest o recursal completamente diferente do que est nas normas relativas aos outros ramos do Poder Judici rio Enquanto para os demais ramos a norma constitucional trata expressamente das possibilidades de recurso ou desloca o assunto para a legisla o ordin ria neste caso a orienta o mais contra a exist ncia de recursos sendo que o duplo grau de jurisdi o deixa de ser a regra para ser a exce o O princ pio assente o de que normalmente as decis es dos ju zes e das juntas eleitorais podem ser reexaminadas pelos Tribunais Regionais Eleitorais mas das decis es destes para o Tribunal Superior Eleitoral a pr pria Constitui o restringe as possibilidades e do TSE para o Supremo Tribunal Federal somente nos casos de ofensa Constitui o ou negativa de habeas corpus e mandados de seguran a Todas as dem
5. not rio o fato de que a ordem jur dica por vezes lhes confere direitos sobre os quais n o podem dispor Surge da a clara necessidade de um rg o que vele tanto pelos interesses da coletividade quanto pelos dos indiv duos estes apenas quando indispon veis Trata se portanto de institui o voltada ao patroc nio desinteressado de interesses privados quando merecerem um especial tratamento do ordenamento jur dico E como bem coloca Mar lia Romano Essas profundas mudan as dado o apoucado tempo que nos espa a da promulga o do novo texto Magno n o foram ainda suficientemente absorvidas ou sedimentadas em qualquer dos ramos em que se ativa o Parquet sic de tal sorte que os nossos Tribunais e Doutrinadores se v em s voltas com relevantes controv rsias sobre o tema 4 BASTOS Celso Ribeiro Curso de Direito Constitucional 11 ed S o Paulo Saraiva 2001 p 339 154 Com efeito como ser visto com mais detalha no t pico interesse p blico para Hugo Nigro Mazzilli a express o interesse p blico identificado com o conceito de bem geral a que o autor identifica como interesse p blico prim rio continua a ser a mais ampla a mais abrangente porquanto nessa categoria se inserem os mais aut nticos exemplos de interesses difusos mesmo o interesse coletivo e at o interesse individual se indispon vel Inobstante esse fato as no es de interesse p blico inte
6. 53 c vel se encontram delineadas nos arts 421 a 429 do CPC franc s O rol de possibilidades de interven o n o exaustivo pois pode o Minist rio P blico atuar em qualquer causa desde que se refira defesa da ordem p blica sendo lhe facultado o direito de recorrer art 423 do CPC No direito p trio a atua o do Minist rio P blico no contencioso c vel se encontra prevista no art 82 do CPC que enumera os casos de interven o obrigat ria onde se exerce a atribui o de custos legis Como no caso franc s o rol n o exaustivo vindo a legisla o extravagante exigir em v rios casos presen a da institui o Outro ponto diz respeito aos in meros textos da legisla o p tria em que encontra o instituto legitimidade ordin ria para propor a es na defesa de interesses difusos e coletivos abrindo par nteses para a crescente relev ncia pol tica da institui o sem similar no direito alien gena Avan o consider vel a legisla o francesa galgou ao editar a lei 70 631 70 que prev a presen a do Minist rio P blico em todas as causas relativas defesa da ordem p blica independente da mat ria em quest o ou da jurisdi o competente Observa es se inferem na estrutura o do Estado franc s que 43 Tais fun es referem se mat rias de contencioso da nacionalidade francesa contesta o de prenome declara o judicial de morte retifica o de erro n o material
7. A finalidade do cons rcio consiste em possibilitar que este grupo de empregadores coletivamente contrate os empregados registrando os e garantindo lhes todos os direitos laborais e previdenci rios Tais obriga es ser o partilhadas entre todos os componentes do grupo de empregadores de acordo com a propor o em que cada um utilizar a m o de obra 259 FONSECA Ricardo Tadeu Marques da Cons rcio de Empregadores Uma Alternativa Imediata para a Empregabilidade Revista do Minist rio P blico do Trabalho ano X n mero 19 pp 79 89 mar o de 2000 285 Ampliando a gide de considera es alvissareiro ponderar que essa modalidade de contrato permite aliar a legalidade facilidade de contrata o incentivando a empregabilidade sem a precariza o dos direitos sociais A formaliza o do cons rcio ou condom nio tem sido efetuado por meio de registro de termo de responsabilidade solid ria averbado em cart rio com identifica o de cada produtor pessoa f sica contendo a especifica o do objeto das tarefas a serem desenvolvidas das cotas de produ o a serem cumpridas e do sal rio bem como o prazo de dura o As anota es das carteiras de trabalho s o objetivadas em nome de cada trabalhador e um dos empregadores rural pessoa f sica acrescido da express o e outros Quest o interessante que suscitou debate foi a da taxa o ou n o do cons rcio por parte do INSS por entender esse r
8. III IV V VIII e X Ademais atua como parte quando interpuser recursos art 83 VI ou quando ajuizar a o para os maiores de 14 e menores de 18 anos se estes n o tiverem representantes legais CLT art 793 caso em que atuar na qualidade de substituto processual Como fiscal da lei ou rg o interveniente o Minist rio P blico atua nos casos dos incisos VI VII IX e XII do art 83 da LC 75 93 Ou seja 1 funcionar nas sess es dos Tribunais Trabalhistas manifestando se verbalmente sobre a mat ria em debate sempre que entender necess rio 2 promover ou participar da instru o e concilia o em diss dios decorrentes da paralisa o de servi os de qualquer natureza oficiando obrigatoriamente nos processos manifestando sua concord ncia ou discord ncia em eventuais acordos firmados antes da homologa o resguardado o direito de recorrer em caso de viola o lei e da Constitui o Federal 3 promover mandado de injun o quando a compet ncia for da Justi a do Trabalho 4 requerer as dilig ncias que julgar convenientes para o correto andamento dos processos e para a melhor solu o das lides trabalhistas 222 Atua ainda como fiscal da lei emitindo parecer obrigat rio naqueles processos em que for parte 1 pessoa jur dica de direito p blico interno 2 estado estrangeiro ou organismo internacional 3 menores e incapazes 4 ndio 5 funda es p blicas 6 empresas p blicas 7 sociedades
9. NETO Jos Francisco Siqueira A Solu o extrajudicial dos conflitos individuais do trabalho Revista Trabalho e Doutrina n 14 pp 20 27 S o Paulo Saraiva 09 97 Direito do Trabalho amp Democracia S o Paulo LTr 1996 NETO Manoel Jorge e Silva Prote o Constitucional dos Interesses Trabalhistas difusos coletivos e individuais homog neos S o Paulo LTR 2001 486 A Arbitragem e o Minist rio P blico do Trabalho Revista do Minist rio P blico do Trabalho n mero 6 2 semestre pp 64 67 Bras lia setembro de 1993 NETO Hermes Afonso Tupinamb A Solu o jurisdicional dos Conflitos Coletivos no Direito Comparado Uma vis o Cr tica S o Paulo LTr 1993 OLIVEIRA Alexandre Nery Rodrigues de Reforma do Judici rio IX meios alternativos de solu o de conflitos e outras discuss es para a devida tutela judicial artigo dispon vel no s tio Jus Navigandi antes da Emenda Constitucional n 24 OLIVEIRA Esequias Pereira de A Inamovibilidade Constitucional de Membro do Minist rio P blico Frente Chefia Respectiva Revista do Minist rio P blico do Trabalho ano Il n mero 3 pp 137 143 Bras lia mar o de 1992 P POLETTI Ronaldo Cole o Constitui es Brasileiras 1934 vol III Brasilia Senado Federal e Minist rio da Ci ncia e Tecnologia Centro de Estudos Estrat gicos 2001 487 PADOVANI Umberto amp CASTAGNOLA Lu s Hist ria da Filosofia
10. o Federal de 1988 Sobre o contrato de aprendizagem j afirmamos outrora que a defini o encontra se manifestada no bojo do Decreto n 31 546 de 6 10 52 que propugna Considera se de aprendizagem o contrato individual de trabalho realizado entre 201 GUGEL Maria Aparecida Atua o do Minist rio P blico do Trabalho texto in dito gentileza da autora 202 DINIZ Jos Jangui Bezerra Contrato de Aprendizagem Revista do Direito Trabalhista n 4 pp 46 50 Ed Consulex Bras lia abril de 1995 Republicado pela Revista Consultoria Trabalhista ano XXX pp 70 73 Ed Coad RJ fevereiro de 1996 pelo Jornal Trabalhista ano XII n 547 pp 268 272 Ed Consulex Bras lia mar o de 1995 E pelo Informativo Consulex ano IX n 11 pp 324 326 Ed Consulex Bras lia mar o de 1995 234 empregador e um trabalhador maior de 14 e menor de 18 anos pelo qual al m das caracter sticas mencionadas no art 3 da Consolida o das Leis do Trabalho aquele se obriga a submeter o empregado forma o profissional met dica do of cio ou ocupa o para cujo exerc cio foi admitido e o menor assume o compromisso de seguir o respectivo regime de aprendizagem Como visto pelo conceito tratado no Decreto o contrato de aprendizagem apresenta se como contrato de trabalho embora contrato de trabalho especial Ampliando o quadro de an lise importante ressaltar que sendo obrigat ria ou volunt ria a contrata
11. o criminais um controle absolutamente teleol gico com vistas a propiciar a efetividade e a correi o do processo penal 143 Deve ser salientado que n o houve o intuito de hierarquia administrativa entre o Minist rio P blico e a Pol cia Na rea funcional cometidas faltas disciplinares pelo policial e se o promotor delas tomar conhecimento deve o mesmo dirigir se aos respectivos superiores indicando as falhas e sugerindo as provid ncias que acreditar pertinentes Hugo Nigro Mazzili cita alguns exemplos de objetos de controle a ser exercido pelo Minist rio P blico Sia a as notitiaes criminis recebidas pela pol cia que nem sempre s o investigadas b a apura o de crimes em que s o envolvidos os pr prios policiais viol ncia tortura corrup o abuso de autoridade c os casos em que a pol cia n o demonstra o interesse ou possibilidade de levar a bom termo as investiga es d as visitas s delegacias de pol cia e a fiscaliza o permanente da lavratura de boletins ou tal es de ocorr ncias criminais f a instaura o e a tramita o de inqu ritos criminais g o cumprimento das requisi es ministeriais 4 2 PROCESSUAIS As processuais est o elencadas no mesmo artigo da mesma lei desta feita no inciso Il Tamb m t tulo de exemplo assinamos 1 ser preso ou detido somente por ordem escrita do tribunal competente ou em raz o de flagrante delito de crime inafian
12. o do instituto do acordo coletivo a contar da vig ncia da nova Constitui o de grandeza maior no Direito do Trabalho a exist ncia dos acordos e negocia es coletivas Nas palavras de Godinho Delgado 2 DINIZ Jos Jangui Bezerra Alguns Aspectos sobre o Processo Coletivo na Justi a do Trabalho Jornal Trabalhista Ano XI n 515 pp 689 678 Ed Consulex Bras lia julho de 1994 20 DELGADO Maur cio Godinho Curso de Direito do Trabalho 2 ed S o Paulo LTr 2003 1 368 Ba DELGADO Maur cio Godinho Curso de Direito do Trabalho 2 ed S o Paulo LTr 2003 p 1 369 264 A import ncia da negocia o coletiva trabalhista transcende o pr prio Direito do Trabalho A experi ncia hist rica dos principais pa ses ocidentais demonstrou desde o s culo XIX que uma diversificada din mica de negocia o coletiva no cen rio das rela es laborativas sempre influenciou positivamente a estrutura o mais democr tica do conjunto social Ao rev s as experi ncias autorit rias mais proeminentes detectadas caracterizavam se por um Direito do Trabalho pouco perme vel atua o dos sindicatos obreiros e negocia o coletiva trabalhista fixando se na matriz exclusiva ou essencialmente heter noma da regula o das rela es de trabalho A relev ncia conferida ao Minist rio P blico do Trabalho na defesa dos interesses coletivos cresceu sobremaneira com a Carta Magna d
13. precisa E por tal motivo muito mais do que buscar tal origem em institutos similares no passado ao que vamos visar neste intr ito identificar alguns cargos ou fun es p blicas com atribui es parecidas quelas que hoje s o destinadas ao Minist rio P blico de modo a facilitar o entendimento de sua evolu o at chegarmos sua atualidade O termo minist rio surgiu do voc bulo latino ministerium que significa of cio cargo ou fun o Primitivamente a figura do Minist rio P blico relacionava se dos agentes do rei les gens du roi isto a m o do rei ou a m o da lei A express o parquet que serve para se referir ao Minist rio P blico tem origem francesa haja vista que os procuradores do rei antes de adquirirem a condi o de magistrados e ter assento ao lado dos ju zes ficavam sobre o LEITE Carlos Henrique Bezerra Minist rio P blico do Trabalho S o Paulo LTr 1997 p 25 32 assoalho parquet da sala de audi ncias e n o sobre o estrado lado a lado magistratura sentada 1 Finalmente minist rio vem de mister de tarefa exercida pelos ent o procuradores ou advogados do rei J a express o p blico decorre do interesse p blico defendido O Minist rio P blico inserto num contexto hist rico desempenhou sempre um papel proeminente conquanto isto s tenha sido percebido pelos juristas neste ltimo s culo Pela hist ria
14. 5 combinado com art 390 CLT e 67 inciso II ECA para lhes preservar a integridade f sica 4 trabalho noturno art 73 2YCLT e em trabalhos que envolvam cargas pesadas para lhes preservar o bom desenvolvimento f sico S jornada de trabalho longa para lhes preservar o direito de frequentar a escola 233 6 locais ou servi os que lhes prejudiquem o bom desenvolvimento ps quico moral e social No diapas o se o adolescente trabalhar como empregado por via de consequ ncia ter direito Carteira de Trabalho assinada e todos os demais direitos trabalhistas assegurados como recebimento de sal rio com limite inferior ao m nimo aos per odos de repouso semanal remunerado s f rias ao recolhimento do FGTS e aos direitos previdenci rios assegurados Por outro lado poss vel o adolescente trabalhar como aprendiz sendo a aprendizagem realizada pelo SENAC SENAI SENAR e SENAT ou realizada na pr pria empresa desde que sob a supervis o daqueles Acerca da aprendizagem importa rememorar que o inciso XXXIII do art 7 da Lex Fundamentalis de 1988 assim se expressa proibi o de trabalho noturno perigoso ou insalubre ao menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de quatorze anos salvo na condi o de aprendiz grifamos luz do disposto ut supra em procedendo a exegese embora que ancilar do preceptivo acima deflui se que a aprendizagem profissional ganhou relevo a partir da Constitui
15. ALEMANHA Os alem es se utilizam da arbitragem facultativa somente para interpreta o de contratos coletivos em conflitos econ micos Apenas em algumas exce es legais a arbitragem autorizada para os diss dios individuais H uma ampla liberdade de negocia o para os reajustes salariais com uma cultura de respeito aos acordos firmados gerando poucas eclos es de manifesta es p blicas e movimentos grevistas Tamb m h uma grande participa o dos trabalhadores nos lucros e na administra o das empresas atrav s das leis de co gest o empresarial 338 Esta posi o de vanguarda da Alemanha tem merecido elogios da Organiza o Internacional do Trabalho como os que s o vistos em sua revista Trabajo de n 36 Na Alemanha cabe Justi a do Trabalho local apreciar a legalidade e a corre o dos laudos arbitrais quando provocada 5 4 JAP O p blica e not ria a tradi o nip nica de conviv ncia pac fica e consensual mormente no tocante s rela es de trabalho Diante disto rar ssimas s o as a es interpostas na Justi a ressalte se que quando interpostas as reclama es trabalhistas seguem para a Justi a Comum porquanto n o h Justi a Especializada em Direito do Trabalho por n o haver demanda Quase sempre os conflitos s o resolvidos ou atrav s de negocia o na pr pria empresa ou atrav s de media o ou por meio de arbitragem que no caso sempre ser o fac
16. Decreto n 65 810 de 8 112 69 1 2 Elimina o de todas as Formas de Discrimina o contra a Mulher de 1979 Decreto n 26 de 22 6 64 2 Conven o Interamericana para Prevenir Punir e Erradicar a Viol ncia contra a Mulher OEA de 1994 Decreto n 1 973 de 1 8 96 3 Conven es da Organiza o Internacional do Trabalho OIT sobre 3 1 a Igualdade de Remunera o de M o de Obra Feminina por um Trabalho de Igual Valor n 100 de 1951 Decreto n 41 721 de 25 6 57 3 2 a Discrimina o no Emprego e na Profiss o n 111 de 1959 Decreto n 62 150 de 19 1 68 3 3 a Adapta o de Ocupa es e o Emprego do Portador de Defici ncia n 159 de 1983 Decreto n 129 de 22 5 91 O Minist rio P blico do Trabalho tem atuado sempre em parceria com diversos rg os governamentais como o Minist rio do Trabalho e Emprego e o Instituto Nacional do Seguro Social INSS no af de se fazer cumprir o artigo 93 da Lei 8 213 91 e do Decreto n 3 298 de 20 12 99 que imp e seja observa da a reserva de vagas cotas no percentual m nimo de 2 a 5 de trabalhadores portadores de defici ncia f sica visual auditiva e mental em empresas com 100 cem ou mais empregados de maneira a inserir o trabalhador diretamente no mercado de trabalho Objetiva se com isto a garantir a integra o do portador de defici ncia na empresa al m de lhe permitir qualifica o profissional adequada e a certifica o de suas h
17. Forense 1960 p 284 122 2 2 INDIVISIBILIDADE A indivisibilidade significa que os membros de um mesmo Minist rio P blico podem ser substitu dos sem que haja altera o subjetiva na rela o jur dica processual da qual participe a Institui o Ou seja o Minist rio P blico constitui se num nico organismo cumprindo suas atribui es constitucionais e legais atrav s da atua o de qualquer de seus Membros e mesmo que haja a substitui o de um Membro por outro o pr prio Minist rio P blico que subsiste na atua o 2 3 INDEPEND NCIA FUNCIONAL A independ ncia funcional pertine n o existir hierarquia funcional entre os membros do Minist rio P blico mas apenas a administrativa e disciplinar Al m dos princ pios constitucionais a doutrina aponta outros de natureza infra constitucionais que regem a atividade do Minist rio P blico 2 4 INDISPONIBILIDADE Diferentemente de como s i acontecer em diversos pa ses como o pr prio Estados Unidos da Am rica aqui no Brasil o Minist rio P blico n o disp e r da a o penal p blica quer seja condicionada ou n o Ou seja necessariamente ele ter que apresentar a denuncia nos termos da lei sendo lhe vedado fazer acordo com a parte 123 2 5 IRRECUSABILIDADE A atua o do membro do Minist rio Publico n o pode ser recusada em qualquer hip tese salvo claro se o membro designado for impedido ou suspeito nos termos da lei 2
18. Forense 1977 FILHO Georgenor de Sousa Franco A nova lei de arbitragem e as rela es de trabalho S o Paulo LTr 1997 FONSECA Ricardo Tadeu Marques da Cons rcio de Empregadores Uma Alternativa Imediata para a Empregabilidade Revista do Minist rio P blico do Trabalho ano X n mero 19 pp 79 89 mar o de 2000 474 FERRAZ Ant nio Augusto Mello de Camargo As Rela es entre o Minist rio P blico a Sociedade e os Poderes Constitu dos Anais do 13 Congresso Nacional do Minist rio P blico V 3 pp 35 41 26 a 29 de outubro de 1999 FILHO Jos Emmanuel Burle O Minist rio P blico e sua Posi o Constitucional Revista Informa o Legislativa Ano 26 n 103 Bras lia jul set 1989 FILHO Larry da Silva Oliveira Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regi o Servi o de Imprensa e Divulga o Recife O Tribunal 1967 2003 vol 14 n 31 p 261 FILHO Rodolfo M V Pamplona Arbitragem Na rea Trabalhista Vis o did tica Jus Navigandi Teresina a 5 n 51 out 2001 Dispon vel em http www jus com br doutrina texto asp id 2094 Acesso em 02 out 2008 FILHO Wilson Ramos A Nova Lei de Arbitragem e a Solu o dos conflitos Coletivos de Trabalho Revista LTr vol 61 n 01 61 01 53 S o Paulo LTr Janeiro de 1997 FILHO Gabriel Jos Rodrigues Resende Curso de Direito Processual Civil 7 ed V 1 S o Paulo Saraiva 1962 FILHO Jo o F
19. Fran a It lia Alemanha Am rica do Norte e Uni o Sovi tica Revista Minist rio P blico Direito e Sociedade 1996 p 91 CABRAL NETO J O Minist rio P blico na Europa Lativa Belo Horizonte M todo 1974 p 110 56 subordina o direta ao Conselho garantias foram outorgadas como o direito da inamovibilidade O Minist rio P blico italiano uma verdadeira magistratura e como tal dotada de todos os benef cios desta dentre eles a independ ncia e podendo em decorr ncia do princ pio da fungibilidade substitu rem se mutuamente O modelo adotado pela It lia n o afasta a carreira dos membros do Minist rio P blico das do magistrados todos comp em um nico corpo de funcion rios que exercem ora atribui es judicantes ora atuam como magistratura requirente desta sorte n o h par metros para distinguir a magistratura judicante do parquet O modelo de organiza o italiana n o pode ser confundido com nenhuma outra estrutura no mundo O escopo da Magistratura requirente a condu o da atividade repressiva do Estado contando com rg os locais dirigidos e acompanhados por magistrados Desta forma como entende o mestre Vicenzo Manzini ao examinar as atribui es do parquet italiano coloca L azione penale affidata al p m implica tre especie di attivita inquirente di poliza giudiziaria e instruttoria di persecuzione processuale requirente e di realizzacione dei re
20. Inicialmente cumpre nos asseverar que a Constitui o Federal em nenhum momento pro be a arbitragem como forma de solu o dos diss dios individuais trabalhistas Ao admitir expressamente o uso da arbitragem em diss dios coletivos quis t o somente o legislador constituinte enfatizar a possibilidade dos sindicatos recorrerem solu o arbitral caso frustrada a negocia o coletiva Assim h de ser lembrado que quando o legislador n o restringe a aplica o da norma n o cabe ao int rprete restringi la Ademais a norma constitucional clara e in claris cessat interpretatio quando a lei for clara n o cabe procurar lhe um sentido diferente do que lhe resulta evidente Ademais em que pese a inexist ncia de norma espec fica do direito processual do trabalho disciplinando a mat ria a aplica o da Lei n 9 307 96 2 PIAIA PETROCINO Renata Cristina O Minist rio P blico do Trabalho e a nova lei de arbitragem S ntese Trabalhista Anno IX n 110 p 9 Porto Alegre S ntese agosto de 1998 3 PIAIA PETROCINO Renata Cristina O Minist rio P blico do Trabalho e a nova lei de arbitragem S ntese Trabalhista Anno IX n 110 p 10 Porto Alegre S ntese agosto de 1998 404 aos diss dios trabalhistas individuais ou coletivos se d por for a do disposto no art 769 da CLT que assegura a incid ncia do direito processual comum nos casos de omiss o do Direito Processual do Trabalho ressa
21. Princ pios Jur dicos Fortaleza loce 1988 p 99 SILVA De Pl cido e Vocabul rio Jur dico Vol Ill J P 11 ed RJ Forense 1989 p g 447 126 tida em qualquer opera o jur dica Desse modo exprimem sentido Mostram se a pr pria raz o fundamental de ser das coisas jur dicas convertendo se em perfeitos axiomas Princ pios Jur dicos sem d vida significam os pontos b sicos que servem de ponto de partida ou de elementos vitais do pr prio Direito Indicam o alicerce do Direito E nesta acep o n o se compreendem somente os fundamentos jur dicos legalmente institu dos mas todo axioma jur dico derivado da cultura jur dica universal Compreendem pois os fundamentos da Ci ncia Jur dica onde se firmaram as normas origin rias ou as leis cient ficas do Direito que tra am as no es em que se estrutura o pr prio Direito Assim nem sempre os princ pios se inscrevem nas leis Mas porque servem de base ao Direito s o tidos como preceitos fundamentais para a pr tica do Direito e prote o aos direitos Ampliando o quadro das considera es de toda prud ncia trazermos li a o pensamento de Maur cio Godinho Delgado que vaticina A palavra princ pio traduz de uma maneira geral a no o de proposi es ideais que se gestam na consci ncia de pessoas e grupos sociais a partir de uma certa realidade e que ap s gestadas direcionam se compreens o reprodu o ou recria o
22. das CCPs instaladas no mbito da empresa gozam de estabilidade no emprego desde o registro da sua candidatura art 8 VIII da CF 88 at um ano ap s o final do mandato salvo o cometimento de falta grave art 482 da CLT ensejadoras da justa causa desde que mediante ajuizamento de inqu rito judicial para apura o da falta grave No diapas o entre as inova es legais propiciadas pela entrada das Comiss es de Concilia o Pr via em nosso ordenamento uma se destaca a despeito da boa vontade legislativa por sua n tida inconstitucionalidade o disposto no art 625 D e 82 da CLT ao afirmarem que 315 Os representantes do empregador ser o livremente indicados pela empresa n o sendo necess rio que sejam seus empregados J os dos empregados ser o eleitos pelos pr prios trabalhadores em escrut nio secreto com a fiscaliza o do sindicato da categoria profissional podendo votar e ser eleito representante dos empregados o empregado sindicalizado ou n o tal como estabelece o art 164 2 da CLT que trata das CIPAs uma vez que a CF assegura a liberdade de associa o sindical ou profissional art 8 V da CF 88 Veja se que Cada membro titular representante dos empregados ou do empregador ter um suplente ambos com mandato de um ano permitida uma recondu o por igual per odo 316 O representante dos empregados permanecem exercendo as suas fun es na empresa n o caracterizando a sua fun
23. direitos individuais dela legitimadores Abusando dela estar violando o contrato 172 MONTESQUIEU Charles de Secondat Baron de O Esp rito das Leis S o Paulo Martins Fontes 1996 p 251 184 social previamente estabelecido O Estado sobretudo mera express o de poder e arb trio concedida pelos indiv duos e esta vontade popular assim afirmada soberana em outras palavras a legitimidade de um governo mede se pelo consentimento e aprova o popular de suas realiza es N o se esque a de uma m xima cotidiana presente inclusive no pre mbulo de nossa Constitui o Todo o poder emana do povo Neste diapas o cabe salientar que os fins a serem almejados pelo Estado variam de acordo com os valores priorizados pela sociedade que tutela E estes valores variam na Hist ria Este o m rito da Teoria Tripartida de Montesquieu perceber a relativa transmissibilidade hist rica do Direito diferente em cada sociedade Ao versar sobre a Constitui o inglesa Montesquieu observa que no Reino Unido havia um aut ntico regime de liberdade pol tica que era o ideal de todas as na es especialmente da Fran a ainda aspirando sua pr pria Revolu o Montesquieu ent o prop e se a solucionar o dilema de saber as condi es necess rias referida liberdade e assim julga t las descoberto com o princ pio da divis o dos poderes Repita se divis o de poderes Com isto Montesquieu preleciona a m
24. o Administrativa n 322 96 do TST ficando resguardada a manifesta o do Minist rio P blico em qualquer momento 422 Tal recomenda o constou da Ata da referida Correi o Ordin ria e foi encaminhada a todos os Tribunais Regionais do Trabalho do pa s sendo que o Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regi o TRT de Pernambuco estudava uma forma de adotar a recomenda o da Corregedoria no mbito de sua jurisdi o Na ocasi o o Minist rio P blico do Trabalho em Pernambuco sob minha chefia firmou posi o contr ria ado o da referida recomenda o por parte do Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regi o pelas mais diversas raz es jur dicas e pr ticas sobretudo por achar se violado na prerrogativa que lhe cabe nos termos da legisla o p tria de dentro de certa margem de discricionariedade apontar o interesse p blico existente nas demandas submetidas aprecia o da Justi a do Trabalho Com efeito nunca demais lembrar que a Constitui o da Rep blica conferiu ao Minist rio P blico um status de Poder outorgando lhe autonomia funcional e administrativa e subtraindo o da al ada do Poder Executivo dando lhe o papel de institui o permanente essencial fun o jurisdicional do Estado e incumbindo lhe da defesa da ordem jur dica do regime democr tico e dos interesses sociais e individuais indispon veis Diversos dispositivos da legisla o ordin ria que tratam da atua
25. o Se um diss dio coletivo denomina se acordo em diss dio coletivo Se fora dos tribunais e h um terceiro que o intermediou media o O Minist rio do Trabalho faz media es e a Justi a do Trabalho faz concilia es Mas poss vel a distin o que como se v perfunct ria segundo a maior ou menor iniciativa que pode haver em cada caso na media o e na concilia o quanto formula o de propostas uma diferen a sem maior import ncia te rica ou pr tica E Sussekind vaticina No Brasil luz do direito positivo a concilia o difere apenas extrinsecamente da media o Intrinsecamente como visto tem tudo em comum Com efeito tanto a media o como a concilia o assim como a arbitragem s o formas extrajudiciais de solu o dos conflitos trabalhistas Contudo como 307 NASCIMENTO Amauri Mascaro Curso de Direito Processual do Trabalho 19 ed S o Paulo Saraiva 1999 pp 15 16 38 SUSSEKIND Arnaldo Institui es de Direito do Trabalho Vol 2 18 ed S o Paulo LTr 1999 p 1 197 321 visto anteriormente algumas distin es existem entre elas O Desembargador Cl udio Vianna de Lima apud Cl udio Armando Couce de Menezes e Leonardo 9 Dias Borges esclarecem as diferen as entre a media o a concilia o e a arbitragem Na media o o terceiro ou terceiros Mediadores aproximam as partes para que negociem diretamente a solu o dos co
26. o do Minist rio P blico foram recepcionados pela Constitui o Federal vindo ainda lume em obedi ncia ao texto constitucional a Lei Complementar n 75 de 20 de maio de 1993 Lei Org nica do Minist rio P blico da Uni o Ilustrativamente o C digo de Processo Civil em seu art 82 trata das hip teses de interven o do Minist rio P blico dispondo que Art 82 Compete ao Minist rio P blico intervir 423 nas causas em que h interesses de incapazes IIl nas a es que envolvam lit gios coletivos pela posse da terra rural e nas demais causas em que h interesse p blico evidenciado pela natureza da lide ou qualidade da parte Reda o dada pela Lei n 9 415 de 23 12 1996 As doutrinas e as jurisprud ncias dos Tribunais j definiram qual a real inten o do legislador no que tange compet ncia de atua o do Minist rio P blico quanto aos incisos Il e III 12 parte do art 82 do CPC Ponto este que se encontra pacificado Contudo n o h entendimento quanto interpreta o do inciso Ill 2 parte que desde a sua cria o at os dias de hoje n o se chegou a uma explica o exata acerca da interven o do Minist rio P blico nas causas de interesse p blico visto que o dispositivo legal demasiadamente gen rico O doutrinador Vicente Greco Filho sobre o artigo de lei citado assim se expressa A hip tese do inciso Ill apresenta dificuldades c
27. os sindicatos os empregadores e os trabalhadores ficam obrigados de comum acordo a garantir durante a greve a presta o dos servi os indispens veis ao atendimento das necessidades inadi veis da comunidade art 11 S o necessidades inadi veis da comunidade aquelas que n o atendidas coloquem em jogo perigo iminente a sobreviv ncia a sa de ou a seguran a da popula o S nico do art 11 Alem disso ficam as entidades sindicais ou os trabalhadores conforme o caso obrigados a comunicar a decis o aos empregadores e aos usu rios com anteced ncia m nima de 72 horas da paralisa o art 13 E no caso de inobserv ncia do disposto no artigo anterior o Poder P blico assegurar a presta o dos servi os indispens veis art 12 282 4 2 9 4 SUSPENS O DO CONTRATO DE TRABALHO Estipula o art 7 da Lei de greve que a participa o em greve suspende o contrato de trabalho devendo as rela es obrigacionais durante o per odo ser regidas por acordo conven o laudo arbitral ou decis o da Justi a do Trabalho Ademais durante a greve o empregado detentor de estabilidade provis ria n o podendo ser demitido nos termos do par grafo nico do art 7 Outrossim durante a greve vedado ao empregador contratar trabalhadores substitutos exceto na ocorr ncia das hip teses previstas nos arts 9 e 14 da lei de greve Noutro falar durante o exerc cio do direito de greve
28. plenamente o direito de impugna o as partes de acordo com a li o do insigne Amauri mascaro mais ainda se nos detivermos no fato de o rbitro ministerial portar conhecimento t cnico espec fico para solver o lit gio trabalhista gozar das prerrogativas nsitas s atribui es institucionais vitaliciedade inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos exteriorizando a imparcialidade indispens vel ao procedimento arbitral e por ltimo n o incidivel no caso o preceito insculpido no art 1 084 do CPC ao assinalar a percep o dos honor rios pelo rbitro veda o expressa contida no art 128 II a da Constitui o Federal atinente aos Membros do Minist rio P blico Por outro lado veja se o entendimento de C cero Virgulino da Silva Filho outro ilustre colega Procurador do Trabalho Al m da atua o do Minist rio P blico do Trabalho nos procedimentos ante a Justi a Obreira a Lei Complementar n 75 93 lhe autoriza a exercer 461 SILVA FILHO C cero Virgulino da O Minist rio P blico do Trabalho como rg o Mediador conciliador e rbitro Natural dos Conflitos Coletivos de Trabalho Revista do Minist rio P blico do Trabalho Ano VII n mero 14 pp 105 113 Bras lia setembro de 1997 452 atividades extrajudiciais para solucionar os conflitos decorrentes da atividade laboral Tal Diploma Legal cont m na norma do seu art 83 inc XI a atribui o Institui o para que
29. rg o agente e custos legis J na rea c vel o Minist rio P blico conquistou um grande leque de atua es seja como rg o agente autor de a es civis ou como rg o interveniente custos legis A legisla o infraconstitucional apresenta como marco na evolu o hist rica do Minist rio P blico brasileiro o ano de 1981 quando ent o nasceram leis como a que prev a Pol tica Nacional do Meio Ambiente Lei n 6938 e a Lei Org nica Nacional do Minist rio P blico Lei Complementar n 40 A primeira promulgada em 31 de agosto consagrou no par grafo 1 do artigo 14 a responsabilidade objetiva do poluidor e rompendo com os princ pios do C digo de Processo Civil outorgou ao Minist rio P blico legitimidade para a propositura da a o civil p blica ambiental uma vez que reconheceu o como canal privilegiado da sociedade para tutelar os interesses difusos em ju zo A segunda promulgada em 14 de dezembro colocou no Ordenamento Jur dico brasileiro um corpo de normas que deu in cio ao delineamento de um novo perfil para o Minist rio P blico definindo o como uma Institui o permanente e essencial fun o jurisdicional do Estado com a atribui o da defesa da ordem jur dica e dos interesses sociais indispon veis al m de ter garantido ao rg o Ministerial os princ pios institucionais da unidade 194 indivisibilidade e a autonomia funcional elencando ainda como suas fun es t pic
30. rg o do Minist rio P blico ser civilmente respons vel quando no exerc cio de suas fun es proceder com dolo ou fraude 450 ordenamento n o depender do Judici rio para decretar determinadas medidas coercitivas ou cautelares que se fa am necess rias em procedimento arbitral por ele coordenado Com isso a instru o probat ria muito se potencializa quando a arbitragem estiver a encargo do Minist rio P blico do Trabalho Poder o Parquet na medida do caput dos arts 6 7 8 e 84 da Lei Complementar n 75 93 utilizar se de determinados procedimentos como por exemplo A Notifica o de testemunhas e requisi o de conduta coercitiva se for o caso B Realiza o de inspe es e investiga es pr prias C Ter acesso livre a local p blico ou privado respeitada a inviolabilidade domiciliar D Requisitar servi os temporariamente Administra o P blica E Requisitar instaura o de procedimentos administrativos acompanhando os e produzindo provas etc Comunga conosco o douto colega Procurador do Trabalho Manoel Jorge e Silva Neto Quando com muita propriedade enfatiza Volvendo ao disposto no art 83 XI da LC 75 93 observamos a atribui o conferida ao Parquet para atuar como rbitro se assim for solicitado pelas partes nos diss dios de compet ncia da Justi a do Trabalho De pronto e de imediato au vol d oiseau aponta o modelo de ju zo arbitral ad
31. 17 ed S o Paulo Melhoramentos 1995 PASTORE Jos Arbitragem Trabalhista S ntese Trabalhista n 157 Porto Alegre S ntese julho 2002 PAULA Edylc a Tavares Nogueira de O Minist rio P blico e seu posicionamento no Estado de Direito Revista de Informa o Legislativa ano 18 n 72 out dez 1981 PAULA Alexandre de C digo de Processo Civil Anotado 5 ed Vol1 S o Paulo Revista dos Tribunais 1992 PERROT Roger Institui es Judiciaires 4 ed Paris Montchrestien s d PETROCINO Renata Cristina Piaia O Minist rio P blico do Trabalho e a nova lei de arbitragem S ntese Trabalhista Ano IX n 110 Porto Alegre S ntese agosto de 1998 PINTO Jos Augusto Rodrigues Direito sindical e coletivo do trabalho S o Paulo LTr 1998 PIZZORUSSO Alessandro L organizzazione della Giustizia in It lia Turim Picola Biblioteca Einaudi 1985 PERELMAN Chaim tica e Direito S o Paulo Martins fontes 1996 PASSOS J J Calmon de Coment rios ao C digo de Processo Civil 4 ed V 3 Rio de Janeiro Forense s d 488 Interven o do Minist rio P blico nas Causas a que se Refere o art 82 Ill do CPC Revista Forense Rio de Janeiro Revista Forense v 268 n 916 918 p 47 57 1979 PIRES Rosemary de Oliveira O trabalho do Menor BARROS Alice Monteiro de Coord Curso de Direito do Trabalho estudos em mem ria de C lio Goyat V 1 2 ed S o Paulo
32. 5 da Lei de A o Civil P blica Lei 7 347 85 c c o art 876 da CLT consideraram o termo de compromisso de ajuste de conduta dos interessados referendados perante os rg os do Parquet com efic cia de t tulo executivo extrajudicial 262 A praxe nos inqu ritos civis p blicos instaurados pelo Minist rio P blico do Trabalho tem sido a de converter a multa cominada ao FAT por tratar se de um fundo que guarda estreita rela o com os interesses lesados dando assim uma interpreta o bastante larga ao art 13 da Lei 7 347 85 Diniz Jos Jangui Bezerra Compet ncia da Justi a do Trabalho para Execu o de Termo de Compromisso firmado perante o Minist rio P blico Informativo Jur dico Consulex Ano XIII n 12 Consulex Bras lia pp 23 28 22 de Mar o de 1999 Republicado pelo Repert rio IOB de Jurisprud ncia n 16 99 IOB S o Paulo pp 50 54 2 Quinzena de Agosto de 1999 289 guisa de ilustra o veja se o que vaticina o didatismo do art 876 da CLT com rada o dada pela Lei 9 958 de 12 01 2000 in verbis as decis es passadas em julgado ou das quais n o tenha havido recurso com efeito suspensivo os acordos quando n o cumpridos os termos de ajuste de conduta firmados perante o Minist rio P blico do Trabalho e os termos de concilia o firmados perante as Comiss es de Concilia o Pr via ser o executados pela forma estabelecida neste Cap tulo grifamos Com efetivo o t
33. Breves Anota es S o Paulo RT 635 84 p 94 191 definido pela Constitui o Federal Por conseguinte para alguns o Minist rio P blico atualmente constitui um verdadeiro Quarto Poder Para outros o Minist rio P blico continua vinculado estrutura do Poder Executivo todavia com autonomia Por fim a ltima corrente sustenta que a Institui o constitui rg o dotado de autonomia participante do sistema de freios e contra pesos fixado pelo constituinte e portanto n o integra o quadro de nenhum dos Poderes Executivo Legislativo e Judici rio 174 e Cl merson Merlin Cl ve Autores como Hugo Nigro Mazzilli apontam respectivamente que o constituinte poderia ter evitado essas discuss es se tivesse colocado o Minist rio P blico lado a lado com o Tribunal de Contas entre os rg os de fiscaliza o e controle das atividades governamentais ou como j o fizera a Constitui o de 1934 entre os rg os de Coopera o nas Atividades Governamentais Certo que a maioria dos doutrinadores consideram no como rg o do Estado a Servi o da Sociedade papel esse sem paralelo em outros sistemas pol tico jur dicos Ronaldo Porto Macedo J nior exp e com propriedade a correla o do Minist rio P blico com o campo do Direito Social O papel do Minist rio P blico est diretamente relacionado s novas caracter stica do Direito Social medida que o fundamento de interven o do
34. Democracia p 115 N o encontramos na bibliografia consultada men o exist ncia de corpo de funcion rio que atua como advocacia do Estado semelhan a da Advocacia Geral da Uni o Por isso propomos que a fun o exercida em tais causas c veis seja a defensor do Estado por tais raz es admiss veis a interfer ncias do Executivo 76 interesses privados do Estado Extirparam se definitivamente as inger ncias daquele Poder sobre a atua o aut noma da institui o O Estatuto do Minist rio P blico elenca um conjunto de atribui es e veda es para os integrantes da carreira consagrando sobretudo a autonomia inclusive de gest o similitude do que ocorre no Brasil Em Portugal o rg o estrutura se em forma de pir mide tendo em seu topo o Procurador Geral de Justi a e em sua base os Procuradores Adjuntos que exercem suas fun es nas comarcas e tribunais a elas equiparados ou seja de ju zes monocr ticos Em n vel intermedi rio est o os Procuradores da Rep blica que exercem suas fun es nos c rculos judiciais congregando v rias comarcas e junto aos tribunais colegiados A ascens o de um cargo a outro ocorrer por promo o e ou merecimento Acima dos Procuradores da Rep blica encontram se os Procuradores Gerais Distritais no total de quatro Desta forma o Minist rio P blico portugu s tal como o Estado organiza se de forma unit ria com exce o dos agentes que funcionam junto aos
35. E indisput vel que o papel do Minist rio P blico resta diretamente ubicado s novas diretrizes postas do Direito Social na propor o em que o fundamento l gico da interven o do Minist rio P blico no ordenamento jur dico e no Poder Judici rio o de que ele defensor prec puo e inexpugn vel dos interesses transindividuais sejam eles difusos coletivos ou individuais homog neos imbu dos de import ncia social Age ele como fiscalizador da observ ncia de um equil brio material f tico concreto entre os cidad os pressuposto informador das normas jur dicas do Direito Social Alguns dos mais importantes diplomas legais promulgados como o Estatuto da Crian a e do Adolescente Lei n 8 069 de 13 07 90 a Lei da A o Civil P blica Lei n 7 347 de 24 07 85 a Lei do Deficiente F sico Lei 7 853 89 e o C digo de Consumidor 189 Lei n 8 078 de 11 09 90 afirmam e estabelecem esta nova faceta do membro do Minist rio P blico Em respeito natureza do Minist rio P blico preciso desterrar velhas id ias governamentais que o adscrevem ao Poder Executivo bem como os esfor os judicialistas ocorridos no seio da pr pria Institui o Ambas s o id ias totalizadoras e excludentes desnudas de algum efeito ben fico ao respeito ao Estado Democr tico de Direito por acreditarem na rigidez da distribui o dos poderes estatais o que sem d vida pode proporcionar desmandos e abusos na utiliza o do Pode
36. Tais normas em sua ess ncia referiam se organiza o do Minist rio P blico Nas doutrinas sempre presente a cita o do Decreto de 12 de novembro de 1869 como um marco uma vez que fundiu a Procuradoria Geral da Coroa e a Procuradoria Geral da Fazenda apesar dos grandes problemas que surgiram face acumula o dessas fun es conflitantes Provid ncias outras surgiram no intervalo que decorre desde os anos de 1835 at 1901 como por exemplo a cria o de quatro curadores gerais dos rf os sendo tr s em Lisboa e um na cidade do Porto atrav s da Lei de 28 de novembro de 1840 tendo esta ltima cidade sido agraciada por mais um curador por meio da Lei de 10 de junho de 1843 Os C digos de Processos Civil e Comercial com a nov ssima reforma judici ria estabeleceram diversos preceitos a respeito da interven o dos magistrados do Minist rio P blico nos processos Assim seguindo o ritmo das reformas o Decreto de 23 de dezembro de 1897 estabeleceu v rias disposi es sobre o quadro concurso aposenta o etc dos magistrados do Minist rio P blico Com o passar dos anos tornou se inevit vel a remodela o integral do Minist rio P blico para que ficassem fixados bem a hierarquia e categorias dos seus agentes a defini o clara das suas atribui es e deveres e a consigna o dos seus direitos e garantias Entretanto s pelo Decreto de 24 de outubro de 1901 que o Sr Campos Herrique fez public
37. Vol 21 SP RT 1996 p g 19 132 LIII ningu m ser processado nem sentenciado sen o pela autoridade competente Cumpre registrar que no inciso no voc bulo sentenciado caracteriza o princ pio do Juiz Natural e quando se refere a processado est consubstanciando o princ pio do Promotor Natural O Juiz Natural consagrado tamb m no art 5 inciso XXXII da norma fundamental que frisa n o haver ju zo ou tribunal de exce o Tratado outrossim na declara o universal dos direitos do homem proclamada em paris em 1948 quando vaticina ser a garantia de acesso justi a de qualquer pessoa representada perante tribunal independente e imparcial o princ pio que consagra a compet ncia como um direito fundamental do indiv duo a despeito do princ pio n o ser absoluto j que existe a compet ncia relativa podendo ser prorrogada em virtude de lei ou voluntariamente pela n o interposi o da exce o de incompet ncia ex ratione loci Juiz natural significa afirmar ju zo pr existente Consiste naquele cujo poder de julgar concedido pela CF ou por Lei O escopo do princ pio do juiz natural e por via de consequ ncia do promotor natural consiste em vedar a cria o de tribunais de exce o ou de ju zos e promotores ad hoc para isto ex post facto ap s o fato ou ad personam ou seja institu do por ato arbitr rio para julgar determinado caso 139 KELSEN Han
38. a do Minist rio P blico italiano no contencioso privado como o direito de exercer a a o civil nas hip teses previstas LIEBMAN Enrico T llio Manualle di Diritto Processuale Civille Mil o Giuffr 1984 p 117 ss Y Considera es importantes sobre o tema da atua o do Minist rio P blico no processo civil italiano s o colocadas no artigo de VIGLIAR Jos Marcelo Menezes Participa o do Minist rio P blico no Processo Civil Minist rio P blico Institui o e Processo Perfil Constitucional Independ ncia Garantias Atua o no Processo Civil e Criminal Legitimidade A o Civil P blica 58 expressamente por outro lado obrigatoriamente funcionando em algumas demandas como fiscal da lei especificamente nos casos em que h interesse p blico nos processos perante a Corte di Cassazione e para interpor o ricorso 80 nellinteresse della legge perante este Tribunal Imp e se a pena de nulidade art 70 do CPC aus ncia de interven o do Minist rio P blico quando a lei assim exigir Outro ponto importante refere se legitimidade extraordin ria para agir segundo Madrioli Em abordagem minuciosa sobre o tema e considerando o posicionamento moderno sobre a quest o afirma que a possibilidade de atua o n o limitada aos casos em que o particular manteve se inerte podendo ser proposta a a o civil sem que o parquet atue extraordinariamente mas dentro de sua compet ncia orig
39. a eles n o se reconhece os direitos dos empregados aqueles previstos na lei trabalhista a CLT O que tem ocorrido na pr tica que as cooperativas de trabalho existem apenas no papel no plano fict cio Na realidade as cooperativas atuam como verdadeiras empresas comerciais pois usam da m o de obra do suposto cooperado como verdadeiro empregado colocando o para prestar servi os a terceiros N o se admite que as cooperativas de trabalho atuem como intermediadoras de m o de obra como se fossem uma empresa prestadora de servi o Assim havendo identidade na atividade fim da tomadora de servi os com a da cooperativa logo sobre esta recai a suspeita de que esteja intermediando m o de obra ou seja atuando fora de sua finalidade prec pua Se a ades o de trabalhadores a certas cooperativas apenas mascara aut nticos v nculos de emprego o que pode ser verificado pela falta de reparti o quanto aos benef cios do trabalho comum levado a efeito ou se apenas mascara 251 v nculos de emprego pela presta o direta de servi os a terceiros cuja atividade fim id ntica a da cooperativa sem qualquer excepcionalidade que a justifique ausente est o norte cooperante maior caracter stica da cooperativa A que o Minist rio P blico do Trabalho interfere Com esta vis o o Minist rio P blico do Trabalho tem buscado com base no artigo 9 da CLT e atrav s da via judicial tornar nulos os contratos de
40. de menores na ind stria sendo que dai ent o v rios outros diplomas normativos surgiram As Conven es Internacionais do Trabalho de n s 5 e 6 da OIT foram ratificadas pelo Brasil atrav s do Decreto 423 35 Ao depois criaram se os Decretos 1 238 39 e 6 029 40 que disp s sobre a institui o de cursos profissionais Logo depois foi instituida a Carteira de Trabalho do Menor pelo Decreto lei 3 616 41 Agora a legisla o protetiva do menor no Brasil avigorou se a partir de 1943 com a cria o da Consolida o das Leis Trabalhistas Decreto Lei 5 452 de 1 5 43 que destinou o Cap tulo IV arts 402 a 441 prote o do trabalho do menor 229 Nesse diapas o oportuno asseverar que a partir da cria o da CLT at hoje vasta legisla o foi criada em especial relativa aprendizagem profissional sendo importante destacar a recente Lei 8 069 90 que institui o Estatuto da Crian a e do Adolescente e que constitui atualmente o diploma legal nacional mais completo em mat ria de prote o crian a at 12 anos incompletos e ao adolescente entre 12 e 18 anos de idade destinando os arts 60 a 69 ao Direito Profissionaliza o e Prote o no Trabalho Ao nos referirmos acerca da legisla o protetiva do menor obreiro seria aberra o passarmos ao largo sem qualquer men o s Constitui es Federais no concernente a normas de amparo aos menores trabalhadores A de 1934 1937 1946 e de
41. economicamente mais fortes Com a evolu o das associa es humanas surgiram os primeiros Estados com a cria o de uma classe nobre dirigente e de uma plebe dirigida Os conflitos nessa poca passaram a ser solucionados atrav s da arbitragem que na maioria das vezes era realizada pelos sacerdotes possuidores da prote o divina e pelos anci es em face de suas experi ncias Em analisando com muita propriedade o tema Celso D Albuquerque de Mello afirma que a arbitragem um dos institutos jur dicos mais antigos do mundo Teria origem consuetudin ria e encontrada segundo contam no Tratado firmado entre Eanatum e os homens de Umma em 3100 a C Segundo ele foi na Gr cia onde ela teve o seu maior desenvolvimento No auge do poderio do Imp rio Romano anota o professor a arbitragem que pressupunha Estados soberanos e por consequ ncia juridicamente iguais quase desapareceu Alguns mencionam que um precedente da arbitragem se visualiza nos rec nditos da Mitologia Grega numa disputa travada entre Atena Hera e Afrodite Disputavam elas a ma de ouro destinada mais bela Para dirimir tal contenda P ris filho de Pr amo e H cuba foi designado rbitro tendo decidido a favor de Afrodite em mitol gico suborno em troca do amor de Helena de Tr ia MARTINS BERTOLIN Patr cia Tuma Reformula o do Processo do Trabalho Juizados de Pequenas Causas Trabalhista S o Paulo LTr 1996
42. employee social relationship don t be without its necessary lair Those institutes improvements in parallel to the recrudescence and the valorization of our Labor Justice will only bring benefits to the citizens that are in the need of our justice services So it is based on this search for a solution of the uncoated bankruptcy of the present jurisdictional model that we intend to scientifically contribute to all of those who are closely connected to the Work Justice that actually seems to be asleep on its hidden doctrinaires the possibility of using the arbitration institute code on behalf of the Public Work Ministry to solve working conflicts whether they are collective or individuals We say that it seems to be asleep inasmuch as the first legal normalization exists since the promulgation of the Complementary Law 75 93 i e 10 ten years ago and even so few doctrinaires tried to go deep on this subject and it ministerial arbitrational sentences are rare This is our goal to which we invite the reader to share it with us RESUME Nous vivons dans un univers rempli de difficult s financi res et de probl mes sociaux sans fin Rien d autre qu un monde marqu par des conflits accentu s et croissants pourrait venir de ce panorama Ce tableau est particuligrement aggrav en ce qui concerne les conflits du travail plus sp cialement individuels constat s par milliers quotidiennement dans les tribunaux comp tents D
43. endere o http www smmp pt goulart htm 43 mesmo quanto ao tratamento legislativo e a estrutura o do Minist rio P blico portugu s do qual o p trio adv m n o se pode tra ar paralelo Diante da relev ncia que o tema apresenta para sociedade brasileira e do ordenamento jur dico nacional conferir consider veis compet ncias e observando a influ ncia que o direito internacional exerce ergue se a imperiosa necessidade de adentrar no tratamento dispensado pelo direito comparado 2 FRAN A Foi a assun o do monop lio jurisdicional pela realeza que proporcionou a institucionaliza o do Minist rio P blico Com a decad ncia do Imp rio Romano nasceu uma nova for a social o Cristianismo que derrubou lentamente os alicerces do imp rio com uma mensagem revolucion ria e popular Assim com o fim das persegui es e o aumento dos crist os sobrev m os tribunais dos bispos exercendo uma jurisdi o meramente religiosa Mas ap s a ado o da nova religi o pelo imp rio Constantino determina que as decis es deste tribunal tenham a mesma for a execut ria dos tribunais imperiais Tal fato permitiu que a igreja cat lica dominasse a Europa durante parte da Idade M dia fazendo com que gerasse rea o em alguns reis Como forma de enfraquecer o papa e colocar o poder laico fora da esfera romana os monarcas aliaram se aos senhores feudais para lutarem contra o poder eclesi stico Assim criaram
44. es penais e civis procedentes de delitos e faltas ou opor se quelas exercidas por outros quando proceda intervir no processo penal instaurado pela autoridade judicial para ado o de medidas cautelares que procedam e a pr tica das dilig ncias encaminhadas ao esclarecimento dos fatos podendo ordenar a pol cia judicial aquelas outras que estime oportunas Deve ainda tomar parte na defesa da legitimidade e do interesse p blico e social nos processos relativos ao estado civil e aos demais que estabele am a lei assumir promover a representa o e defesa em ju zo ou fora dele de quem por carecer de capacidade ou de representa o legal n o possa atuar por si mesmo assim como promover a constitui o de organismos tutelares que as leis civis estabele am e formar parte de outros que tenham por objetivo a prote o e a defesa de menores e desvalidos Cabe lhe ainda manter a integridade da jurisdi o e a compet ncia dos ju zes e tribunais promovendo os conflitos de jurisdi o bem como a quest o da compet ncia que resultem procedentes intervindo nas que forem promovidas por outros velar pelo cumprimento das resolu es judiciais que afetam os interesse p blico e social interpor o recurso de amparo constitucional intervir nos processos judiciais de amparo defender a legalidade nos processos contencioso administrativo que prov m de sua interven o e promover ou prestar aux lio judicial internacional Cumpre r
45. es de concilia o das CCP s 3 pro be a utiliza o das CCPs como rg os homologat rios de rescis o contratual 4 a natureza privada da Comiss o que n o integra o Poder Judici rio nem qualquer rg o da Administra o P blica achando se impossibilitada de usar s mbolos oficiais como o Selos e as Armas da Rep blica que s o de uso exclusivo da Administra o P blica Federal nos termos da Lei n 5 700 de 1 de setembro de 1971 b a gratuidade do servi o para o trabalhador 5 a tentativa de 333 concilia o obrigat ria mas o acordo facultativo 6 as partes podem fazer se acompanhar por pessoa de sua confian a inclusive advogado 7 as partes podem ser atendidas em separado pelos respectivos membros representantes para esclarecimentos necess rios assegurando se a transpar ncia do processo de concilia o Nessa perspectiva auspicioso assinalar que os trabalhos realizados pelas entidades signat rias do Termo de Coopera o real aram os seguintes princ pios das CCP s a princ pio da composi o parit ria ou seja mesmo n mero de membros representantes dos empregadores e dos trabalhadores na constitui o e no funcionamento das CCP s b princ pio da constitui o facultativa pelo qual as Comiss es s ser o criadas por iniciativa e interesse dos trabalhadores e empregadores c princ pio da negocia o coletiva e da auto regulamenta o decorrente da exig ncia de negocia es pr
46. lia que s em 1959 pode galgar independ ncia do Poder Executivo ent o como os estudos de Chiovenda foram feitos sobre realidade e tratamento legislativo diversos do atual compreens vel que o autor propugnado tenha pensamento diverso sob re a import ncia da institui o 59 poss vel o Minist rio P blico agir na lide civil se houver interesse p blico sendo sua atua o mais ou menos intensa Indiscut vel a sua condi o de parte em rela o ao processo penal entretanto ao tratar do contencioso c vel ser sempre suplementar ou subsidi ria Atualmente a doutrina italiana mant m se mais aberta s possibilidades de incurs es do parquet na rea c vel mesmo assim nas hip teses legais e eventualmente em casos esparsos com legitima o extraordin ria este o posicionamento de doutrinadores como Alessandro Pizzorruso e Luigi Paolo Comoglio D spares s o a estrutura o e a posi o constitucional do Minist rio P blico italiano em rela o ao p trio Tamb m diverge a atua o nos mbitos privado e p blico conquanto bem mais extenso o rol de atribui es da institui o nacional Grande destarte a influ ncia do Direito italiano no Brasil principalmente no Direito Penal Processual Penal Civil e Processual Civil Mas quando se faz alus o ao Minist rio P blico a legisla o nacional avan ou sobremaneira em rela o ao direito alien gena principalmente no tocante presen a n
47. no sentido de conquistarem direitos trabalhistas entre os quais o de formarem seus sindicatos atrav s da negocia o coletiva que se cria os chamados contratos coletivos g nero dos quais s o esp cies o acordo coletivo e a conven o coletiva J definimos em outra obra que conven o coletiva consiste num instrumento contratual com for a normativa celebrado pelos sindicatos representativos das categorias patronal e profissional com o af de estabelecer regras que ir o nortear a rela o jur dica laboral entre as partes celebrantes Doutra parte Godinho Delgado define conven o coletiva A conven o coletiva resulta pois de negocia es entabuladas por entidades sindicais quer a dos empregados quer a dos respectivos empregadores Envolve portanto o mbito da categoria seja a profissional obreiros seja a econ mica empregadores Seu car ter coletivo e gen rico assim manifesto As conven es coletivas embora de origem criam regras jur dicas normas aut nomas isto preceitos gerais abstratos e impessoais dirigidos a normalizar situa es ad futurum Correspondem consequentemente no o de lei em sentido material traduzindo ato regra Duguit ou comando 228 ARA JO Eneida Melo Correia de Regula es Coletivas de Consumo e de Trabalho as Semelhan as em Busca do Equil brio Social Revista da Esmape Recife V 3 n mero 7 pp 199 212 janeiro junho de 1998
48. nsito em julgado inamovibilidade salvo por motivo de interesse p blico mediante decis o de rg o interno colegiado por voto de dois ter os de seus membros assegurado a ampla defesa e irredutibilidade de vencimentos e por fim o ingresso na carreira por meio de concurso p blico de provas e t tulos Por outro lado alerta Marcelo Pedroso Goulart que a plena democratiza o interna do Minist rio P blico e a consolida o de sua autonomia e independ ncia implicam na escolha em elei o direta dos Procuradores Gerais por todos os integrantes da carreira N o h sentido em manter se no n vel federal a indica o e nomea o do Procurador Geral da Rep blica pelo Chefe do Poder Executivo mesmo em se tratando de um ato complexo que pressup e a aprova o do nome indicado pela maioria dos membros do Senado Federal Tamb m nada justifica nos Estados no Distrito Federal e nos Territ rios a nomea o dos Procuradores Gerais pelos respectivos Chefes do Executivo mesmo que a escolha esteja limitada aos nomes indicados em listra tr plice elaborada pelos respectivos Minist rios P blicos As formas de nomea o dos Procuradores Gerais previstas na Constitui o vigente ainda trazem resqu cios de uma vis o superada de Minist rio P blico e uma limita o sua independ ncia plena importante assinalarmos que a elei o dos Procuradores Gerais pelos pr prios membros da institui o medida qu
49. o Civil P blica Lei 7 347 85 foi conferido aos membros do Parquet ampla titularidade para a defesa dos interesses difusos e coletivos Por fim ressalte se que foi a Lei Complementar 75 de 20 de maio de 1993 e a Lei Ordin ria 8 625 de 12 de fevereiro de 1993 a primeira dispondo sobre a organiza o atribui es e o estatuto do Minist rio P blico da Uni o a segunda Lei Org nica Nacional do Minist rio P blico dispondo sobre normais gerais para a organiza o do Minist rio P blico dos Estados e dando outras provid ncias que vieram para efetivar e sedimentar o Minist rio P blico como institui o permanente e aut noma essencial manuten o da ordem jur dica e do regime democr tico 2 EVOLU O DO MINIST RIO P BLICO NAS CONSTITUI ES BRASILEIRAS 2 1 IMP RIO Inicialmente cabe afirmar que para analisar a evolu o do Minist rio P blico em terras brasileiras n o poder amos olvidar da evolu o da Institui o em terras lusitanas porquanto sua import ncia basilar decorrente de emana es legislativas que para c irradiavam sua efic cia assim nos obriga Como j foi visto embora que em apertada s ntese no cap tulo anterior Portugal passou por um conflito de classes muito parecido com o franc s presenciando a luta da realeza pelo monop lio da jurisdi o Atrav s da Lei de 19 107 de Mar o de 1317 sob o reinado de D Dinis a Coroa portuguesa interveio nos tribunais s
50. o Minist rio P blico l chamado de Fiscalia continua com suas tradicionais atribui es como a persecu o penal e atua o como custos legis enquanto estas novas fun es ficaram sob a guarda da Ouvidoria Nos Estados Unidos a despeito do rg o ministerial ter a possibilidade de ajuizar alguns tipos de a es civis p blicas mais corriqueiro que Organiza es N o Governamentais ou Ag ncias Governamentais dela se utilizem 95 CAP TULO III O MINIST RIO P BLICO NO BRASIL 1 ORIGENS DO MINIST RIO P BLICO NO BRASIL No Brasil as Institui es jur dico pol ticas nos per odos colonial e imperial desenvolveram se sob o amparo do Direito portugu s Inicialmente o Minist rio P blico n o tinha o contorno de uma institui o Ap s o estabelecimento do Governo Geral no per odo colonial que foi criado uma administra o uniforme forte e centralizada com a finalidade de viabilizar economicamente a Col nia por meio da exporta o de mat ria prima e da arrecada o de impostos Tom de Sousa atrav s do seu Regimento datado de 17 de dezembro de 1548 moldou a nova organiza o administrativa e judici ria da Col nia A hist ria nos revela que o Regimento de 09 de janeiro de 1609 que disciplinou o Tribunal da Rela o da Bahia foi o primeiro Diploma Legal no nosso pa s a tratar do Promotor de justi a Esta Norma ao cuidar da composi o do quadro deste rg o Judici rio elencou o ao lado do
51. o Minist rio P blico do Trabalho vai adquirindo a confian a de toda a sociedade em busca da consecu o de seus fins institucionais Desta maneira a jun o destes dois fatores de recrudescimento do acesso e efetividade da presta o jurisdicional inolvid vel e inarred vel verdadeira estrada sem retorno demonstrando que qualquer pensamento doutrin rio ou jurisprudencial que venha a se pronunciar de forma contr ria certamente estar se posicionando agressivamente contra os interesses dos trabalhadores a partir do momento que renega todas as benesses trazidas pelas legisla es arbitral e ministerial enaltecidas por in meros progressistas e bem aventurados estudiosos de nosso Direito 463 BIBLIOGRAFIA A ALVIM Jos Eduardo Carreira Tratado Geral da Arbitragem Belo Horizonte Mandamentos 2000 AMARAL L dia Miranda de Lima Media o e Arbitragem uma solu o para os conflitos trabalhistas no Brasil S o Paulo LTr 1994 ANGEL Sanchez de la Torre Los Princ pios Cl ssicos del Derecho Madrid Uni n Editorial 1975 ATALIBA Geraldo Semin rio Sobre Tribunais de Contas e a Constituinte Revista do Tribunal de Contas de S o Paulo n 54 Edi o Especial ALESSI Renato Sistema Istituzionale del Diritto Amministrativo Italiano 3 ed Milano Giuffr 1960 ARRUDA Alu zio Anais do 13 Congresso Nacional do Minist rio P blico de 26 a 29 de outubro de 1999 vo
52. o do Minist rio P blico do Trabalho e a sua indica o 3 N o havendo a aceita o de todos os conflitantes ser arquivado o processo de arbitragem Constata se com facilidade que nem a Lei Complementar 75 93 nem a Resolu o 44 ao se referir atua o do Minist rio P blico do Trabalho como rbitro em nenhum momento fez distin o entre diss dios individuais de coletivos Nesse sentido o que a lei n o pro be ou distingue n o cabe ao int rprete proibir ou distinguir 457 E nem se diga que cabe ao Minist rio P blico do Trabalho atuar apenas quando na lide houver interesse p blico Como foi fartamente debatido nos t picos precedentes o conceito de interesse p blico altamente subjetivo e toda a legisla o atinente ao Minist rio P blico confere a ele certo grau de discricionariedade acerca da defini o do que seja interesse p blico que justifique sua interven o no feito inclusive como rbitro Como o a arbitragem comum a trabalhista tamb m deve ser realizada por pessoas aptas de uma forma especializada a dirimir quest es sob lit gio Contudo haver que ser exigido dos rbitros trabalhistas al m da forma o adequada capacidade e autoridade para equilibrar as desigualdades existentes na rela o capital trabalho objetivo diuturno da Justi a Trabalhista da qual far parte sob pena de retrocesso hist rico social sem precedentes na prote o dos direitos conquistado
53. o do adolescente Esta profissionaliza o deve se dar atrav s de um processo met dico em que se altenem tarefas progressivamente mais complexas e que conduzam aquisi o de um of cio Por fim frisamos que a nica possibilidade de trabalho para o adolescente sem v nculo de emprego na condi o de estagi rio Esta forma de aprendizado regida pela Lei n 6 494 77 alterada pela Lei n 8 859 94 que dever ter os seguintes requisitos 1 que o adolescente esteja cursando o profissionalizante de 2 grau ou escolas de educa o especial do ensino p blico e particular 2 que o est gio se realize em setores das empresas privadas ou rg os da Administra o P blica que efetivamente possibilitem a complementa o do ensino mediante a compatibilidade entre as mat rias te ricas exigidas pelo curso frequentado e as atividades exercidas 209 GUGEL Maria Aparecida Atua o do Minist rio P blico do Trabalho texto in dito gentileza da autora 210 GUGEL Maria Aparecida Atua o do Minist rio P blico do Trabalho texto in dito gentileza da autora 240 3 que o est gio venha a ser planejado executado acompanhado e avaliado segundo os curr culos programas e calend rios escolares pela institui o de ensino 4 formaliza o de um termo de compromisso entre o estudante e a parte concedente com interveni ncia obrigat ria da institui o de ensino 5 que haja compatibilidade entre a jo
54. o institucional de promover privativamente a a o penal p blica Do mesmo modo acontece quando a Constitui o Federal prev que fun o institucional do Minist rio P blico zelar pelo efetivo respeito dos Poderes P blicos aos direitos por ela assegurados promovendo as medidas necess rias sua garantia Esta fun o representa tamb m parcela da soberania do Estado parcela do Poder Estatal uno 180 Tudo porque segundo Geraldo Ataliba mencionado por Jos Emmanuel Burle Filho em seu artigo O Minist rio P blico e sua Posi o Constitucional Exatamente a explica o do Minist rio P blico em todas as sociedades modernas rg o Institucional do Estado que n o fala em nome do Governo que nada tem a ver com o Governo uma magistratura de p dotada de vitaliciedade da inamovibilidade e da irredutibilidade de vencimentos para dispor de condi es objetivas de independ ncia na persegui o do interesse p blico prim rio aquilo que a lei org nica do Minist rio P blico brasileiro hoje chama de defesa dos interesses e direitos indispon veis da sociedade N o do Estado mas da sociedade E a Constitui o um conjunto de normas que trata do Estado mas trata da sociedade D direitos sociedade existe para a sociedade Foi feita pela sociedade a lei constitucional E a sociedade tem direitos tem interesses e consagra princ pios e valores que est o a
55. o objeto de transa o em Ju zo Esta que parte da premissa de ser dispon vel o direito negoci vel por sinal aceita no processo do trabalho sem maiores ressalvas notadamente quando j encerrado o v nculo de emprego Por outro lado veja se sobre o assunto um pequeno trecho da monografia do Desembargador Cl udio Vianna de Lima intitulada A Solu o dos conflitos trabalhistas atrav s da arbitragem 393 COUCE DE MENEZES Cl udio Armando amp BORGES Leonardo Dias Ju zo Arbitral no Processo do Trabalho S ntese Trabalhista Anno IX n 109 p 141 Porto Alegre S ntese julho de 1998 34 VIANNA DE LIMA Cl udio Apud COUCE DE MENEZES Cl udio Armando amp BORGES Leonardo Dias Ju zo Arbitral no Processo do Trabalho Revista Trabalho e Doutrina n 14 p 31 S o Paulo Saraiva 09 97 397 Vence se na verdade uma etapa no Direito Brasileiro em que o instituto da Arbitragem foi sempre maltratado pelo legislador e pela pr pria lei Em decorr ncia de preconceitos injustific veis contra a solu o de conflitos pelos particulares fora da justi a do Estado e da dificuldade generalizada de se assimilar o instituto que tem o seu fundamento no princ pio universal da autonomia da vontade no consenso das partes e n o no poder soberano do Estado impondo decis es por julgadores de sua escolha J E Carreira Alvim assim se manifesta No mbito trabalhista a arbitragem reve
56. o podemos perder de vista o pensamento de 384 Georgenor de Souza Franco Filho o culto Juiz do Trabalho Presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 8 Regi o Par que aduziu 382 RAMOS FILHO Wilson Nova Lei de Arbitragem e a Solu o dos Conflitos Coletivos de Trabalho S ntese Trabalhista Ano VIII n 91 p 142 Porto Alegre S ntese janeiro de 1997 391 Nesse particular reporto me ao que afirmei alhures no sentido de que se apresenta profundamente dif cil a arbitragem em mat ria individual quer pelas reais condi es do operariado brasileiro quer pelo custo da arbitragem quer pela pouca confian a que os parceiros sociais ainda possuem nesse mecanismo Por outro lado Jorge Luiz Souto Maior que em linha de princ pio afasta a admissibilidade da arbitragem como meio de solu o dos diss dios trabalhistas individuais chega a admiti la de forma excepcional Desse modo conclui se como regra geral que a arbitragem n o tem lugar como mecanismo de solu o dos conflitos individuais trabalhistas Excepcionalmente no entanto nos casos concretos em que um v cio de vontade n o se possa razoavelmente presumir h de se acatar tanto a cl usula compromiss ria quanto o laudo j proferido O que parece importante ressaltar como caracter stica peculiar do Direito do Trabalho do direito processual do trabalho mais especificamente diante da novidade da lei de arbitragem que
57. os da Justi a do Trabalho XI atuar 456 como rbitro se assim for solicitado pelas partes nos diss dios de compet ncia da Justi a do Trabalho Em procedendo hermen utica mais razo vel do preceptivo antes transcrito deflui se que algumas caracter sticas j se denotam com facilidade de compreens o 1 que o Minist rio P blico de Trabalho pode atuar como rbitro nos diss dios de compet ncia da Justi a do Trabalho de qualquer natureza seja coletivo ou individuais 2 que essa arbitragem ministerial facultativa e volunt ria Por outro lado o Conselho Superior do Minist rio P blico do Trabalho promulgou a Resolu o n 44 regulamentando a arbitragem ministerial Este instrumento normativo em suma repete as disposi es legais e constitucionais relativas mat ria sendo devido ressaltar apenas a inova o de seu art 3 que trata da iniciativa e da distribui o do procedimento arbitral A arbitragem poder ser iniciada pela vontade conjunta de todos os conflitantes ou por um deles mediante a conven o de arbitragem 1 Havendo iniciativa conjunta de todos os conflitantes o pedido de arbitragem ser autuado e distribu do ao Membro escolhido que tomar as provid ncias necess rias 2 No caso de iniciativa de apenas parte dos envolvidos no conflito dever o Membro escolhido dar conhecimento aos conflitantes que ainda n o se manifestaram para que informem se aceitam a atua
58. por bvio dispor acerca da maneira como ir defender seus direitos nesta transa o de modo que poder dispensar o uso da jurisdi o e buscar a solu o de seus conflitos em seara arbitral Tentando concluir e sedimentar nossos argumentos a favor da plena constitucionalidade da Lei de Arbitragem ap s termos trazido as v rias posi es existentes em nossa doutrina exsurge ent o o depoimento fatal de nosso processualista e preclaro Ministro do Superior Tribunal de Justi a S lvio de Figueiredo Teixeira Tenho n o justificar se contudo esse temor mais que inquieta o na medida em que o modelo de arbitragem adotado pela Lei 9 307 96 dele n o exclui o Judici rio E isso por m ltiplas raz es A uma porque a nova lei expl cita art 33 em assegurar aos interessados o acesso ao Judici rio para a declara o da nulidade da senten a arbitral nos casos em que elenca em procedimento h bil t cnico e de maior alcance do que o criticado procedimento homologat rio do sistema anterior A duas pela igual possibilidade de arg ir se nulidade em embargos execu o art 33 3 c c art 741 CPC A tr s porque a execu o coativa da decis o arbitral somente poder ocorrer perante o Judici rio constituindo a senten a arbitral t tulo executivo judicial assim declarado na nova reda o dada pelo art 41 ao inciso Ill do art 584 do CPC De igual forma a efetiva o de eventual medida cautelar deferid
59. promotor de justi a no mbito do aparelho judicial o de defensor direto dos interesses sociais sejam eles coletivos difusos ou individuais homog neos 174 MAZZILLI Hugo Nigro O Minist rio P blico na Constitui o de 1988 S o Paulo Saraiva 1989 p 45 MS CL VE Cl merson Merlin O Minist rio P blico e a Reforma Constitucional Boletim de Direito Administrativo Vol 9 n 1 Janeiro de 1993 pp 19 27 192 imbu dos de interesse social ou de pessoas que atuam como fiscais do equil brio concreto e n o apenas do equil brio formal tamb m designado como equil brio processual subjacente id ia do contradit rio e do due process of law pressuposto nas regras de julgamento do Direito Sociaf Nesse sentido o grupo de estudos Alu sio Arruda coordenado por Marcelo Pedroso Goulart comiss o de redatores Ant nio Alberto Machado Marcelo Pedroso Goulart Oct vio Verri Filho e S rgio Roxo da Fonseca do Estado de S o Paulo no XVII Semin rio Jur dico dos Grupos de Estudos realizado em Barra Bonita no per odo de 7 a 10 de dezembro de 1989 na tese Minist rio P blico na Defesa do Regime Democr tico e da Ordem Jur dica apresentou como uma das conclus es a seguinte Como rg o integrante da sociedade civil cumpre ao Minist rio P blico incrementar o processo de democratiza o da sociedade brasileira canalizando os valores reinantes no seio das classes dominadas e exclu das e contrib
60. propor ao Poder Legislativo a cria o e extin o de seus cargos e servi os auxiliares provendo os por concurso p blico de provas e t tulos a pol tica remunerat ria e os planos de carreira art 127 2 a elabora o de sua proposta or ament ria dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes or ament ria art 127 8 3 e a entrega dos recursos correspondentes s suas dota es or ament rias at o dia 20 de cada m s art 167 Assim considerando as normas citadas pode se afirmar que o Minist rio P blico n o rg o do Executivo pois se tem independ ncia funcional n o se submete hierarquia indispens vel s atividades desse Poder Al m do mais a pr pria Constitui o estabelece no artigo 85 inciso Il que o Chefe do Executivo n o pode atentar contra o livre exerc cio do Minist rio P blico sob pena de incidir em crime de responsabilidade O fato do Chefe do Executivo nomear o Procurador Geral da Rep blica na Uni o ou o Procurador Geral de Justi a nos Estados e no Distrito Federal n o quer dizer que a Institui o esteja subordinada ao referido Poder pois do contr rio se assim o fosse os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores tamb m nomeados pelo Executivo submeteriam o Judici rio a sua hierarquia Ademais se ao Parquet cabe o exerc cio do controle externo da atividade policial patente que n o pode pertencer ao Poder Executivo tendo em v
61. regimento que por minhas Ordena es dado ao Promotor de Justi a da Casa da Suplica o e ao Procurador do fisco Em 1751 se cria outro Tribunal de Rela o na Cidade do Rio de Janeiro Este viria a se transformar em Casa de Suplica o do Brasil em 1808 onde lhe cabia julgar recurso do Tribunal de Rela o da Bahia Neste novo tribunal o cargo de Promotor de Justi a e o cargo de Procurador dos Feitos da Coroa e Fazenda cindiram se e passaram a ser ocupados por dois titulares Era o primeiro passo para a separa o total das fun es da Procuradoria Jur dica do Imp rio Rep blica que defende o Estado e o Fisco e o Minist rio P blico em suas fei es atuais somente tornada definitiva na Constitui o Federal de 1988 109 Todavia somente com o C digo de Processo Penal do Imp rio de 1832 foi dado tratamento sistem tico ao Minist rio P blico Tal C digo colocava o Promotor de Justi a como rg o defensor da sociedade titular da a o penal p blica Conforme esclarece Costa Machado Dispunha o art 36 do estatuto criminal de 1832 que podiam ser promotores aquelas pessoas que pudessem ser jurados dentre estes preferencialmente os que fossem instru dos em leis Uma vez escolhidos haviam de ser nomeados pelo governo na Corte ou pelo presidente das prov ncias J o artigo 37 afirmava pertencer ao promotor as seguintes atribui es denunciar os crimes p blicos e policiais o crime de redu o
62. relacionadas s fun es da Institui o X opinar sobre o afastamento tempor rio de membro do MPT Xljautorizar a designa o em car ter excepcional de membros do MPT para exerc cio de atribui es processuais perante ju zos tribunais ou of cios diferentes dos estabelecidos para cada categoria Xll determinar a realiza o de correi es e sindic ncias e apreciar os relat rios correspondentes XIll determinar a instaura o de processos administrativos em que o acusado seja membro do MPT apreciar seus relat rios e propor as medidas cab veis XIV determinar o afastamento do exerc cio de suas fun es de membro do MPT indiciado ou acusado em processo disciplinar e o seu retorno XV designar a comiss o de processo administrativo em que o acusado seja membro do MPT XVI decidir sobre o cumprimento do est gio probat rio por membro do MPT encaminhando c pia da decis o ao Procurador Geral da Rep blica quando for o caso para ser efetivada sua exonera o XVII decidir sobre remo o e disponibilidade de membro do Minist rio P blico do Trabalho por motivo de interesse p blico XVIII autorizar pela maioria absoluta de seus 211 membros que o Procurador Geral da Rep blica aju ze a a o de perda de cargo contra membro vital cio do Minist rio P blico do Trabalho nos casos previstos em lei XIX opinar sobre os pedidos de revers o de membro da carreira XX aprovar a proposta de lei para o aumento do n
63. ria de agente pol tico e como tal devem atuar 146 com ampla liberdade funcional limitados apenas pela Lei e por sua consci ncia como versa o antigo axioma ministerial O Minist rio P blico institui o aut noma e independente que atua sempre em benef cio do interesse p blico agindo em defesa da sociedade Disto deve resultar uma produtiva aproxima o entre a popula o e os integrantes da carreira do Parquet Neste sentido o Promotor de Justi a n o visto apenas como um ombudsman ou um ouvidor da sociedade Deve ser ele um verdadeiro agente pol tico imbu do de poderes e prerrogativas tais que possibilitem a mais eficiente prote o da coletividade dele dependente Devem desempenhar suas atribui es com garantias prerrogativas deveres e responsabilidades funcionais pr prias estabelecidas na Constitui o e em leis especiais como a Lei Complementar 75 1993 e a Lei 8 625 93 O ingresso na carreira do Minist rio P blico se dar atrav s de concurso p blico de provas e t tulos observada a participa o da Ordem dos Advogados Brasileiros em todas as fases do certame Atualmente em virtude do princ pio do promotor natural terminantemente proibida a figura do promotor ad hoc com a indica o de pessoas estranhas carreira feita pelos rg os jurisdicionais para desempenhar as fun es que s o privativas do Minist rio P blico 6 VEDA ES Junto s garantias de forma equ nime e
64. s parcelas expressamente consignadas no recibo o que se depreende da leitura do Enunciado n 330 do TST in verbis a quita o passada pelo empregado com assist ncia de entidade sindical de sua categoria ao empregador com observ ncia dos requisitos exigidos nos par grafos do art 477 da Consolida o das Leis do Trabalho tem efic cia liberat ria em rela o s parcelas expressamente 319 Tratando se de demanda verbal ser reduzida a termo que far a entrega de c pia aos interessados Recte e Recdo devidamente datada e assinada pelo Recte 330 consignadas no recibo salvo se oposta ressalva expressa e especificada ao valor dado parcela ou s parcelas impugnadas A Lei n 9 958 2000 exclui da efic cia liberat ria geral apenas as parcelas expressamente ressalvadas Com efeito a efic cia liberat ria geral mas abrange apenas as parcelas expressamente consignadas no termo de concilia o Logo a efic cia liberat ria geral deve abranger necessariamente as condi es expressas no termo de concilia o por isso que a quita o para os efeitos da Lei n 9 958 2000 pertine s parcelas expressamente consignadas no termo de acordo perante a CCP e n o ressalvadas Para tentar acabar com as d vidas atualmente h Projeto de Lei nesta dire o visando a corrigir estas distor es da Lei 9 958 00 de autoria da Deputada Federal Clair da Flora Martins PT PR n o se esquecendo qu
65. subitem 24 7 1 2 11 a exist ncia de chuveiros art 157 inciso da CLT e Portaria 3 214 78 MTE NR 24 subitem 24 1 12 12 a exist ncia de instala es el tricas adequadas e protegidas bem como a de transmiss es de for a art 179 e 186 da CLT e Portaria 12 83 MTE NRs 10 e 12 subitens 10 2 1 1 e 12 3 1 respectivamente 13 a exist ncia de guarda corpos de prote o contra quedas art 173 da CLT e NR 8 subitem 8 3 6 15 a exist ncia de extintores de inc ndio port teis para combate inicial de fogo art 157 inciso da CLT e NR 23 subitem 23 12 12 2 GUGEL Maria Aparecida Atua o do Minist rio P blico do Trabalho texto in dito gentileza da autora 261 No diapas o em sendo verificada a exist ncia de doen as ocupacionais como a Les o por Esfor o Repetitivo LER a intoxica o com metais pesados benzeno a LEUCOPENIA diminui o de gl bulos brancos no sangue com poss vel evolu o para o c ncer de medula ou necrose do f gado ou a SILICOSE pulm o de pedra decorrente do jateamento em areia ou limalha de ferro o Parquet exigir a ado o de medidas de controle destas doen as ocupacionais e tamb m a readapta o ergon mica das instala es da empresa quando necess ria Por fim frise se que O Minist rio P blico do Trabalho tem tido especial aten o com a seguran a dos empregados de estabelecimentos financeiros e de empresas particulares que exploram os servi os de v
66. visando a garantir a independ ncia e imparcialidade do juiz a CF assegura as garantias da vitaliciedade inamovibilidade e a irredutibilidade salarial ao mesmo tempo que imp e aos mesmos diversas veda es como o exercer outro cargo ou fun o salvo um de magist rio CF art 95 da CF De forma infra constitucional vedado ao magistrado o exerc cio de suas fun es quando for impedido art 134 do CPC ou suspeito art 135 do CPC 134 Ampliando o quadro de considera es importando assinalar que tamb m consegu ncia desse princ pio a figura do chamado promotor natural A id ia de promotor natural teve origem na doutrina a partir da necessidade de limita o do poder de designa o do Procurador Geral de Justi a implica em que a lei deve criar cargos espec ficos com atribui o pr pria de promotor de justi a vedada ao Procurador Geral a designa o arbitr ria Com efeito nos termos da vigente LONMP Lei 8 625 93 a designa o do Promotor de Justi a pelo Procurador Geral de Justi a somente admiss vel nas hip teses previstas pela pr pria lei Isso constitui a consagra o do promotor natural Ademais o promotor natural caracterizado atrav s da CF de 88 quando estabeleceram se garantias ao promotor natural no art 128 par grafo 5 inciso al nea b na medida em que prev a inamovibilidade do mesmo salvo por motivo de interesse p blico mediante decis o do rg o colegiado compe
67. 263 abstrato S o desse modo do ponto de vista substantivo ou seja de seu conte do diplomas destiladores de inquestion veis regras jur dicas embora existam tamb m no seu interior cl usulas contratuais como se ver no item IV 2 B a seguir Posteriormente o professor tamb m conceitua acordo coletivo de trabalho Atrav s do pr prio texto da Consolida o poder se ia definir acordo coletivo de trabalho como o pacto de car ter normativo pelo qual um sindicato representativo de certa categoria profissional e uma ou mais empresas da correspondente categoria econ mica estipulam condi es de trabalho aplic veis no mbito das respectivas empresas s rela es individuais de trabalho Como se percebe no ACT n o necess ria a presen a do sindicato no p lo empresarial de contrata o embora seja imprescind vel que a pactuar o obreira se firme atrav s do respectivo sindicato Hoje j se pacificou o entendimento de que a Carta de 1988 ao considerar obrigat ria a participa o dos sindicatos nas negocia es coletivas de trabalho art 8 VI CF 88 n o se referiu a sindicato de empregadores mas apenas entidade sindical obreira que o empregador por sua pr pria natureza j um ser coletivo j estando portanto naturalmente encoura ado pela prote o coletiva ao passo que os trabalhadores apenas adquirem essa qualidade mediante sua atua o coletiva mesmo Portanto n o houve invalida
68. 28 CAP TULO I MINIST RIO P BLICO 1 A evolu o hist rica do rg o Ministerial ieeeeeeerereees 32 CAP TULO Il O MINIST RIO P BLICO EM ALGUNS PA SES DO DIREITO ESTRANGEIRO 1 O Minist rio P blico nos Pa ses da Common Law e Civil Law 43 2 E FIAN A spa E E Entao A ni Da ed e ES Da in da 44 E RSS RR O RA ORAR PER RE E ERP RR PR E EE IDEA 55 4 Alemanha ONDA DE PRN DES NES RDI GNR SP E DEDO DS ON ND ARA RR EDSON RA NO 61 5 Portugal aca a na O a A DS UR aaa e Ca aa 65 Ge ESDANh A gaia catarina nana eds dada asda sm dad aiii pda da as 81 Figo no 10 to RR UR ERROR A DOR E NARRA ER A DR PR 83 O EStadosUnIdoS z zinenean a ia asas eI ada io a papaaua da land 86 9 Conclus es acerca da posi o institucional do Minist rio P blico no Direito EStrANDEIrO sc rusari ico Cada gal A a CO RAD A a 94 CAP TULO III O MINIST RIO P BLICO NO BRASIL 1 Origens do Minist rio P blico no Brasil 96 2 Evolu o do Minist rio P blico nas Constitui es Brasileiras 107 2 IMP RIO e a a da Leia di Pinda o tda ata Id gs 107 2 2 Constitui o de 1924 egnicon so irsbiuaba sic ESA Ro RT epa ps Las dUnddos 111 2 3 Constitui o de 1891 re rnrn nnne ene 113 2 4 Constitui o de 1934 rereeeeeeaaaaa 114 20 Constitui o Je OS Adee CASTOR DADA DSO AS eea e a ec 115 2 6 Constitui o de 1946 uses AD estas ada agud
69. 485 do CPC tamb m exsurge o interesse p blico evidenciado no caso pela natureza da lide ensejando a interven o do Minist rio P blico nos termos do art 82 III parte final do CPC Nas A es Civis P blicas por expressa disposi o legal se o Minist rio P blico n o for parte dever atuar obrigatoriamente como fiscal da lei art 5 8 1 da Lei n 7 347 85 Finalmente a Lei Complementar n 75 de 20 de maio de 1993 que instituiu a Lei Org nica do Minist rio P blico da Uni o trata da interven o do Minist rio P blico e em particular do Minist rio P blico do Trabalho vaticina em seu art 83 inciso Il manifestar se em qualquer fase do processo trabalhista acolhendo solicita o do juiz ou por sua iniciativa quando entender existente interesse p blico que justifique a interven o Sobreleva ressaltar a parte final do inciso Il do art 83 acima transcrito ao assegurar a manifesta o do Minist rio P blico do Trabalho em qualquer fase do processo trabalhista seja por solicita o do juiz seja por sua pr pria iniciativa mas quando entender existente interesse p blico que justifique a interven o O artigo claro ao conferir ao Minist rio P blico do Trabalho certo grau de discricionariedade acerca da defini o do que seja interesse p blico que justifique sua interven o no feito tal como restou deliberado na Carta de Bras lia documento produzido pelos Corregedores Gera
70. 6 IRRESPONSABILIDADE O parquet n o pode ser civilmente responsabilizado pelos atos praticados no exerc cio da fun o salvo evidentemente as hip teses de improbidade administrativa e de pr tica de ato il cito art 37 4 e 5 da CF 2 7 DEVOLU O O membro do Minist rio P blico que ocupe uma fun o hierarquicamente superior pode exercer a fun o pr pria do subordinado como nas hip teses de avoca o designa o etc 2 8 SUBSTITUI O O membro do Minist rio P blico pode ser substitu do por outro membro da institui o atrav s de designa o pelo Procurador geral sem que haja altera o subjetiva 2 9 AUTONOMIA ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA Por outro lado resumidamente s o pressupostos independ ncia e autonomia dos rg os do Minist rio P blico as seguintes garantias 121 MIRABETE Julio Fabbrini Processo Penal 10 ed S o Paulo Atlas 2000 p 331 124 a a autonomia administrativa e financeira da Institui o e a iniciativa privativa de leis de seu interesse como a de seu pr prio or amento b a autonomia funcional em face de outros rg os e poderes estatais como os governantes legisladores e ju zes c a independ ncia funcional dos membros do Minist rio P blico com a respectiva irredutibilidade de subs dios vitaliciedade inamovibilidade escolha democr tica do Procurador Geral por seus pares aplica o absoluta do princ pio do promot
71. 78 GOMES Maur cio Augusto Minist rio P blico na Constitui o de 1988 Breves Anota es S o Paulo RT 635 84 p 94 GOLDIN Adri n O Os conflitos trabalhistas e suas formas judiciais e extrajudiciais de solu o anota es e reflex es Anais do Semin rio Internacional Rela es do Trabalho Edi o do Minist rio do Trabalho Bras lia 1998 p 288 e segs H HOGEMANN Edna Raquel R S A tutela jurisdicional diferenciada nos conflitos trabalhistas Jus Navigandi Teresina a 6 n 54 fev 2002 Dispon vel em http www1 jus com br doutrina texto asp id 2580 Acesso em 01 out 2003 IHERING Rudolf Von A Luta pelo Direito 2 ed Rio de Janeiro 1980 IB EZ Perfecto Andr s Por um Minist rio P blico dentro da Legalidade Revista Minist rio P blico Il p 69 set 2000 477 a JAPIASSU Hilton amp MARCONDES Danilo Dicion rio B sico de Filosofia 2 ed Rio de Janeiro Jorge Zahar Editor 1993 JUNIOR A F Cesino Direito Social 2 ed V 1 S o Paulo LTR 1993 J NIOR Joel Dias Figueira Arbitragem Jurisdi o e Execu o 2 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 1999 J NIOR Hil rio Franco A Idade M dia Nascimento do Ocidente 4 ed S o Paulo Brasiliense 1992 J NIOR Luiz Manoel Gomes Tribunais de Contas Aspectos Controvertidos Rio de Janeiro Forense 2008 J NIOR Renato Guimaraes Magistratura e Minist rio p b
72. ARBITRAGEM O Direito Estrangeiro nos ajuda sobremaneira neste debate sobre a utiliza o de meios extrajudiciais em especial a arbitragem trabalhista na busca da efetiva o da tutela jurisdicional laboral Analisemos as contribui es internacionais tentando adapt las ao nosso sistema almejando a evolu o de nosso ordenamento jur dico alvissareiro considerar ressalve se que as realidades tanto no aspecto s cio cultural como no que pertine politiza o e conscientiza o dos trabalhadores europeus asi ticos e norte americanos s o inexoravelmente bastante diferentes sendo indispens vel que se considerem as vari veis presentes em cada ordenamento mormente os n veis de representatividade sindical de cultura do trabalhador e de confian a nas institui es p blicas Cumpre em adendo iniciar a compara o com a afirma o de que na maioria dos pa ses prepondera o princ pio da autonomia privada coletiva com os conflitos sendo solucionados atrav s de negocia o coletiva direta entre os representantes das partes empregadores e empregados Desta forma a heterocomposi o nestes pa ses em geral praticamente inexiste O Judici rio 335 somente acionado na hip tese de ter que interpretar ou aplicar norma coletiva entre as partes 5 1 OIT atrav s da Organiza o Internacional do Trabalho que a comunidade global tem prestado maior aten o s adequadas formas de com
73. CRISTINA SANDRA DINIZ JANGUI RESUMO Vivemos num mundo assolado por dificuldades financeiras e problemas sociais infind veis Nada mais poderia provir deste panorama que n o fosse um mundo marcado por uma conflituosidade marcante e crescente Este quadro particularmente agravado no que pertine aos conflitos trabalhistas mormente os individuais presenciados diariamente aos milhares nos ju zos e tribunais competentes Junto a isso colabora para uma maior conflituosidade a irritante e ineficiente demora comprovad ssima da presta o jurisdicional Inspiradoras no sentido de se aliviar este quadro end mico s o as novas formas de resolu o de conflitos sociais de forma extrajudicial em especial media o concilia o e arbitragem cada dia mais valorizadas pelo legislador pelos doutrinadores e pela jurisprud ncia trabalhista p tria que outrora as combateu de forma veemente Ressaltamos que as causas de todo este espectro de problemas n o s o de responsabilidade absoluta da atual falida solu o judicial de problemas Por si s em adendo a busca pelas solu es extrajudiciais ou privadas n o significar a melhora imediata na presta o jurisdicional mas apenas um pequeno desafogamento O que ocorre que o modelo estatal de resolu o de conflitos de trabalho encontra se esgotado e tem agravado os problemas que por ele passam Nesta almejada evolu o havemos sim que implementar grada
74. Criminal e A o Penal destinado prioriatariamente repress o da alta criminalidade No mbito c vel as fun es dos membros do Minist rio P blico luso s o bem mais diversificadas e alargadas que as conferidas pelas legisla es francesa e Italiana similitude do existente do Brasil o parquet daquela na o tamb m exerce a fun o de custos legis e ainda se encontrando legitimado para a propositura de diversas a es no plano c vel Como assevera Canotilho rg o do poder judicial tendo as incumb ncias de exercer a a o penal representar o Estado defender a legalidade democr tica e os interesses disciplinados pela legisla o infraconstitucional previs o do art 221 da Carta Magna pelo Minist rio P blico A evolu o do direito instrumental separou as tr s pessoas que comp em o processo parte juiz e acusa o Anteriormente ocorria o modelo inquisit rio onde a figura do juiz e da acusa o eram exercidas por uma s pessoa Com a Revolu o Francesa a sistem tica modificou se para finalmente desaguar no direito moderno com a separa o total das fun es acusat ria e judicante Caracter sticas fundamentais desta nova fase constituem a figura do promotor natural o devido processo legal e as garantias de defender se em ju zo 39 No Direito brasileiro abordagens precedentes atentam para o fato de que o inqu rito policial tem natureza administrativa sendo exercido pelo Delegado de Pol
75. ERA SED E E 144 5 Diretos E deveres anais sor io a a ear igia a sa iai A E 146 DV EdAC ES eneee e e e ET USA ASIA SO da 147 CAP TULO V ORGANIZA O DO MINIST RIO P BLICO NO BRASIL 1 Estrutura do Minist rio P blico no Brasil 150 2 Minist rio P blico como parte asas pasiciai saio aids sia de Liss nadie da 151 3 Minist rio P blico como custos legis fiscal da lei 152 4 Direitos ou interesses tutelados interesses difusos coletivos e individuais HOM GENCOS ag se eE EE AEE E E E A E o mid 153 4 1 Considera es iniciais cena 153 4 2 Interesses ou direitos difusos ii 155 4 3 Interesses ou direitos coletivos a 156 4 4 Interesses ou direitos individuais homog neos 157 5 Atua o do Minist rio P blico junto aos Tribunais de Contas 157 STA a ES O g C 6 EMENDA CRI ERR RN Re RS VE ERC 157 5 2 O Tribunal de Contas e as Constitui es do Brasil 159 5 3 O Minist rio P blico junto ao Tribunal de Contas 161 6 O Minist rio P blico como Guardi o da Cidadania 164 CAP TULO VI NATUREZA JUR DICA DO MINIST RIO P BLICO 1 O Princ pio da Triparti o de Poderes a 182 2 Natureza JULGA ssecsaaiio nte diana road adaga ii rasa sd ainda 187 CAP TULO VII MI
76. Gugel que as cooperativas de trabalho rural s o ilegais pois o par grafo nico do art 442 da CLT inaplic vel ao trabalhador rural por for a da Lei n 5 889 73 Lei do Rur cola Esta norma especial e s permite a aplica o da CLT para 28 GUGEL Maria Aparecida Atua o do Minist rio P blico do Trabalho texto in dito gentileza da autora 284 suprir lacunas A pessoa f sica ou jur dica que detenha atividade rural e se utilize do trabalhador por conta pr pria ou de terceiros cooperativa ou n o equiparada a empregador Somente os produtores rurais que podem se fundar em cooperativa Nessa perspectiva o Minist rio P blico do Trabalho juntamente com diversos entidades p blicas como o INSS O Minist rio do Trabalho e Federa es de Empregadores e Trabalhadores na Agricultura vem travando calorosos debates sobre a quest o dos chamados condom nios ou cons rcios de empregadores rurais considerados para muitos formas alternativos de contrata o de trabalhadores rurais Com efeito o cons rcio consiste numa sociedade realizada entre os produtores rurais para gest o coletiva de m o de bra No diapas o trata se de um agrupamento de pequenos produtores rurais pessoas f sicas que individualmente n o teriam demanda de trabalho para empregar trabalhadores em car ter permanente pois sua atividade estritamente sazonal e o labor exigido se estende pelos curtos per odos de safra
77. Institui es de direito processual civil 1 ed Rio de Janeiro Forense 1960 n 1 330 pp 423 424 356 Em conformidade com esse princ pio todas as causas devem ser submetidas a sobre ju zes rg os colegiados como meio de se evitar falhas ou com o fim de emendar poss veis erros inerentes aos julgamentos humanos Em regra geral esse princ pio consiste em garantir parte inconformada com a decis o proferida pelo Ju zo preliminar a certeza de outro rem dio legal o Recurso propriamente dito onde a sua pretens o ser conhecida e julgada por ju zes distintos Ele tem o escopo maior de evitar abuso de poder por parte dos julgadores j que se n o houvesse sobre ju zes tal fato em tese seria suscet vel de acontecer Nesse esp rito n o exagero afirmar que o Princ pio do Duplo Grau de Jurisdi o garantia fundamental de boa justi a dessa forma deve ter lugar de destaque em toda ordem jur dica Seguindo essa tend ncia os ordenamentos modernos dos povos ocidentais tem previsto referido princ pio em suas Constitui es Aqui no Brasil a Lex Fundamentalis estipula o seu alcance e os seus limites princ pio constitucionalmente consagrado para uns de forma expl cita para outros de forma impl cita no art 5 inciso LV da Carta Suprema quando giza Aos litigantes em processo judicial ou administrativo s o assegurados ampla defesa com os meios e recursos a ela inerentes
78. Jos Jangui Bezerra Arbitragem como forma de solu o dos conflitos no Brasil Revista Trabalho e Doutrina n mero 14 p 68 S o Paulo Saraiva 09 97 402 meramente dispositivas n o consagrando portanto direitos irrenunci veis indispon veis Mesmo aqueles reconhecidos como tal ap s a cessa o do contrato de trabalho perdem essa caracter stica tornando se patrimoniais sujeitos transa o e podendo ser objeto de arbitragem Como defendido por Couce de Menezes nem todas as normas trabalhista s o de ordem p blica e imperativas e por consequ ncia indispon veis os direitos Boa parte delas s o dispositivas em virtude da privacidade e patrimonialidade do direito sendo igualmente privado o interesse tutelado pela norma Por outro lado o Direito Processual do Trabalho agasalha amplamente a concilia o e conciliar envolve a ren ncia de direitos Se o trabalhador pode renunciar seus direitos em ju zo por que n o pode faz lo perante rbitros livremente escolhidos entre ele e seu ex empregador A indisponibilidade dos direitos trabalhistas possui portanto significado bastante relativo n o servindo de fundamento v lido para afastar a possibilidade do uso da arbitragem na solu o dos diss dios individuais trabalhistas Nesse sentido conv m trazer baila as li es de S rgio Pinto Martins Poder entretanto o trabalhador renunciar a seus direitos se estiver em ju zo diante do juiz do
79. Konfino Editor 1974 p 175 PAULA Alexandre de C digo de Processo Civil Anotado vol 1 arts 1 a 269 5 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 1992 p 486 PAULA Alexandre de C digo de Processo Civil Anotado vol 1 arts 1 a 269 5 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 1992 p 486 433 Interesse p blico o interesse geral da sociedade concernentes a todos e n o s ao Estado Resp 167 894 SP rel Min Garcia Vieira J 04 06 98 v u DJU 24 08 98 p 25 Entendemos portanto que a doutrina e a jurisprud ncia predominante t m se manifestado que o interesse p blico aquele concernente s necessidades b sicas fundamentais impessoais e indispon veis da sociedade n o se confundindo com interesse patrimonial de qualquer rg o p blico Logo entendemos que interesse p blico sin nimo de interesse geral da sociedade trata se do interesse geral impessoal que a todos concerne diretamente e n o imediatamente ao Estado como sujeito de direito e obriga es voltado para o desempenho das atividades que lhes s o peculiares interesse puramente administrativo e pessoal Recrudescento o campo de estudo frisamos que ao delegar compet ncia ao Minist rio P blico para intervir nas causas em que h interesse p blico como vimos a lei processual civil artigo 82 inciso Ill restringiu a sob dois campos natureza da lide ou qualidade da parte Sobre estas duas vertentes deve o mem
80. LTR 1994 PACHECO Jos da Silva Evolu o do Processo Civil Brasileiro desde as origens at o advento do novo mil nio 2 ed Rio de Janeiro Renovar 1999 PROEN A Luis Roberto Participa o do Minist rio P blico no Processo Civil os Estados Unidos da Am rica Minist rio P blico Institui o e Processo S o Paulo Saraiva 1980 R RODRIGUEZ Am rico Pl Princ pios de direito do trabalho tradu o de Wagner D Giglio 3 ed S o Paulo LTr 2000 RASSANT M L Le Minist re Public entre son pass et son avenir Paris Picchon et Durand Auzias 1967 REIS Alberto dos Minist rio P blico Da Organiza o Judicial 1905 Hist ria Geral do Minist rio P blico Texto extra do da p gina do Sindicato dos Membros do Minist rio P blico de Portugal na Internet endere o http www smmp pt 489 ROBORTELLA Luiz Carlos Amorim Media o e Arbitragem Solu o Extrajudicial dos Conflitos do Trabalho Revista Trabalho amp Doutrina n 14 S o Paulo Saraiva Setembro de 1997 ROMANO Mar lia Necessidade da Manifesta o do Minist rio P blico nas Causas Envolvendo o Interesse P blico e Direito Indispon veis Semin rio sobre Interesse P blico S o Paulo 2003 ROBERT Herri O advogado S o Paulo Martins Fontes 1997 RESENDE C ssio Eduardo Rosa Minist rio P blico e Defesa da Cidadania Revista Sa de Sexo e Educa o Ano IV n 5 IBMR Insti
81. Milano Giuffr 1960 pp 197 8 155 categorias de interesses inclusive introduzindo a no o de interesses individuais homog neos que nada mais s o que interesses coletivos em sentido lato Assim para o C digo de Defesa do Consumidor interesses ou direitos difusos s o os transindividuais de natureza indivis vel de que sejam titulares pessoas indeterminadas ou pelo menos de dif cil determina o e ligadas por circunst ncias de fato Lei 8 078 90 art 81 Ex meio ambiente sadio de uma determinada cidade os destinat rios de propaganda enganosa veiculada em pain is publicit rios ou atrav s de jornais e revistas ou pela televis o etc Logo difusos s o os direitos ou interesses transindividuais ou metaindividuais de grupos indeterminados de pessoas interligadas por um v nculo jur dico ou f tico muito impreciso s vezes at inexistente 4 3 INTERESSES OU DIREITOS COLETIVOS J os interesses ou direitos coletivos s o tamb m transindividuais de natureza indivis vel tendo como titular grupo categoria ou classe de pessoas determinadas ou pelo menos determin veis ligadas entre si inc Il do art 81 Ex direito de classe dos advogados ou dos Membros do Minist rio P blico de ter representantes na composi o dos Tribunais CF art 107 ou quando ocorre o aumento indevido das presta es de um mesmo cons rcio Noutro falar coletivos s o os direitos ou interesses trans
82. Na Constitui o de 1967 o Minist rio P blico foi posto como um aut ntico ap ndice do Judici rio e com a Emenda Constitucional n 1 de 17 10 69 passou ele a figurar como parte integrante do Poder Executivo sem independ ncia funcional financeira e administrativa o que lhe tirava vigor para al ar v os maiores Voltava ele a ser mero funcion rio administrativo do Estado Todavia n o podemos olvidar que a Constitui o Federal de 1967 trouxe algumas importantes inova es ao Minist rio P blico criando a regulamenta o do concurso de provas e t tulos abolidos os concursos internos que davam margem a influ ncias pol ticas poderosas Ao vir a integrar o Poder Judici rio o Minist rio P blico deu importante passo na conquista da sua autonomia e independ ncia atrav s da equipara o de direitos com os maggistrados Tais conquistas somente seriam verdadeiramente consagradas na Constitui o Federal de 1988 116 A Constitui o Federal de 1969 Ou Emenda Constitucional n 1 de 17 de outubro de 1969 retirou as mesmas condi es de aposentadoria e vencimentos atribu dos aos ju zes pela supress o do nico do art 139 e perda de sua independ ncia por subordinar o Minist rio P blico ao Poder Executivo O C digo de Processo Civil de 1973 em seu art 82 daria um tratamento sistem tico ao Minist rio P blico Ao disciplinar a sua interven o basicamente o C digo de Processo Civil confe
83. P BLICO JUNTO AOS TRIBUNAIS DE CONTAS 5 1 HIST RICO Enquanto o Minist rio P blico no mundo ancora a sua origem em pocas muito remotas a hist ria desta Institui o junto ao Tribunal de Contas algo bem mais recente Portanto cuidaremos a partir de ent o de trazermos uma diretriz hist rica que gradativamente nos remeta vida do Minist rio P blico junto aos Tribunais de Contas da Rep blica Federativa do Brasil 155 MAZZILI Hugo Nigro Introdu o ao Minist rio P blico 3 ed S o Paulo Saraiva 2000 p 173 157 H muito tem se observado a preocupa o da sociedade em fiscalizar a contabilidade p blica com o fim verificar se a correta utiliza o e aplica o das finan as p blicas daqueles que de forma inescrupulosa desviam do seu curso normal os bens e recursos estatais em detrimento do bem estar social Portanto a previs o do controle das rendas p blicas existia no Egito na P rsia na Fen cia bem como nas Leis Mosaicas Na Gr cia foram com os legisperitos que apareceram a configura o dos atuais Tribunais de Contas Em Atenas os membros que integravam a Corte de Contas eram escolhidos pelo povo com jurisdi o sobre todas que atuavam em fun es administrativas vedado o exerc cio da magistratura sob pena de severas penalidades Esse mesmo controle em Roma foi realizado pelo Senado e entidades especiais que vigorou at a Idade M dia Na it lia os pertences do er rio n
84. Piaia Petrocino vamos encontrar as primeiras evolu es sobre o instituto atrav s das Ordena es Filipinas que continuaram a vigorar em nosso pa s ap s a proclama o da Independ ncia sendo certo que por essa Ordena o a Arbitragem era disciplinada no T tulo XVI do Livro Il sob a rubrica Dos Ju zes rbitros 297 COUCE DE MENEZES Cl udio Armando Arbitragem solu o vi vel para o descongestionamento da Justi a do Trabalho Dependeria o seu funcionamento de altera o em nosso ordenamento jur dico S ntese Trabalhista Ano IX n 116 Porto Alegre S ntese p 143 abril de 1998 288 MUJALLI Walter Brasil O Minist rio P blico do Trabalho e a nova lei de arbitragem S ntese Trabalhista Anno IX n 110 Porto Alegre S ntese p 7 agosto de 1998 311 A Constitui o Federal de 1824 em seu art 160 j versava sobre a arbitragem Vejamos a grafia da Carta original Nas causas c veis e nas penais civilmente intentadas poder o as Partes nomear Ju zes rbitros Suas Senten as ser o executadas sem recurso se assim o convencionarem as partes Ap s isto veio a lume a Resolu o de 26 07 1831 admitindo expressamente o uso da arbitragem para lides a respeito de contratos de seguros Como tal resolu o a Lei n 108 de 11 10 1837 permitiu o ju zo arbitral para as loca es de servi o Vem ent o o C digo Comercial de 1850 em not ria contrariedade
85. Unido uma vez que a Esc cia e a Irlanda do Norte mant m um modelo de atua o pr prio A institui o veio a tornar se rg o na Inglaterra e no Pa s de Gales a partir de 1986 com o Crown Prosection Service que tem a incumb ncia de promover a a o penal Anteriormente n o havia uma departamento pr prio para o exerc cios de tais fun es sendo referidas incumb ncias exercidas pelo Prosecuting Solicitors Estes por sua vez n o eram funcion rios do Estado mas um conjunto de juristas recrutados por autoridades locais e recebiam honor rios pelos servi os prestados que por sua vez n o tinham qualquer subordina o autoridade contratante Posteriormente passaram a exercer suas atividades em nome da Coroa obedecendo a um estatuto informal de subordina o pr tica embora n o perdessem a caracteriza o de contratados Uma importante caracter stica do Direito ingl s a representa o dos cidad os atrav s da a o popular Por tal raz o se justifica a a o das pol cias na repress o criminalidade e promo o da a o penal Tamb m pelo modelo ingl s qualquer membro do povo pode propor a a o mesmo sem demonstrar interesse pessoal no feito Igualmente pelo sistema ingl s diversamente do que se observa na maioria dos pa ses europeus continentais n o h a centraliza o da institui o atrav s do Ministro da Justi a A fiscaliza o exercida pelo Diretor of Public 84 Pr
86. a a fluir pelo tempo restante a partir da tentativa frustrada de concilia o ou do esgotamento do prazo previsto no art 625 F Em resumo a suspens o do prazo prescricional no caso em tela de at dez 10 dias dependendo do tempo utilizado para a tentativa de concilia o perante a CCP A Lei n 9 958 2000 atribuiu ao termo de concilia o celebrado perante a CCP o efeito de titulo executivo extrajudicial podendo ser executado perante a Justi a do Trabalho Ampliando o mbito de considera es importante registrar que em 5 de junho de 2002 diversos rg os p blicos como o TST o MPT a CGTa SDS a For a Sindical a ASSIMPI Associa o Nacional dos SIMPI Sindicatos das Micro e Pequenas Ind strias e as Confedera es Patronais CNC CNF e CNA celebraram Termo de Coopera o com a finalidade de promover a es conjuntas visando ao aprimoramento dos mecanismos de acompanhamento e avalia o das Comiss es de Concilia o Pr via CCP s resultando em um relat rio que deu origem a uma Portaria expedida pelo Minist rio do Trabalho e Emprego de n mero 329 de 14 de agosto de 2002 D O U de 15 8 2002 Se o a p g 143 144 que estabelece procedimentos para a instala o e o funcionamento das Comiss es de Concilia o Pr via e N cleos Intersindicais de Concilia o Trabalhista no seguinte sentido 1 proibe a cobran a de taxas ao trabalhador 2 proibe o impedimento de acesso do advogado s sess
87. a ele demonstrava que todo homem que tem poder tende a abusar dele massacrando seus opositores E para que isto n o ocorra eis a import ncia do poder contendo o poder do poder freando o poder Por conseguinte por estes motivos que a Teoria dos poderes tripartidos sempre ser contempor nea por ressaltar em direta propor o o esp rito da Democracia apontando para a extrema e cont nua necessidade de mecanismos institucionais pass veis de impedir o predom nio de uma determinada classe ou 182 grupo pol tico em rela o a outros com este fito que Montesquieu concebe a Teoria da Triparti o de Poderes Diz ele que todo o progresso obtido pelo homem estaria perdido se o mesmo homem reunisse em si as tarefas de fazer leis execut las e julgar os crimes ou as diverg ncias entre seus convivas A teoria passa ent o a ser tratada como a melhor forma de se garantir as liberdades individuais informadora de quase todos os ordenamentos pol ticos do mundo moderno no Livro D cimo Primeiro da c lebre obra Do Esp rito das Leis que Montesquieu sistematizando v rias contribui es hist ricas colhidas esmiu adamente e tomando como in cio para a exposi o da Teoria da Separa o de Poderes a distin o entre liberdade pol tica e independ ncia mostra que a tirania t o mal fica sociedade apenas pode ser evitada pelas rec procas frena es entre os Poderes Constitu dos N o existe nenhuma
88. ao lado dos tribunais dos reis e dos bispos os tribunais dos senhores feudais com a finalidade de descentralizar a distribui o da justi a Todavia emancipados de Roma e fortalecidos politicamente os reis iniciaram uma luta pelo monop lio da distribui o da justi a desta feita em face dos seus aliados os senhores feudais Para alcan ar este fim buscaram na 44 esfera pol tica a centraliza o do poder e retomaram o direito romano cl ssico enquanto na esfera jurisdicional promoveram uma forte interven o nos tribunais senhoriais atrav s dos agentes do rei missius dominicus advocatus parte publica gens du roi para a defesa dos interesses da coroa a partir da que aparecem os germes do Minist rio P blico Na Fran a essa luta se deu durante o reinado de Lu s IX que uniformizou os procedimentos judiciais e p s fim justi a senhorial tornando obrigat rio o direito romano moralizando a distribui o da justi a Para tanto fez publicar em 1269 um corpo de normas conhecido como Estatutos de S o Lu s Por m a doutrina considera este epis dio como um ensaio geral pois com a Ordonnance editada em 25 de mar o de 1303 por Filipe o Belo que o poder real franc s assume o monop lio da distribui o da justi a Segundo Jo o Francisco Sauwen Filho este documento reuniu tanto seus procuradores encarregados da administra o de seus bens pessoais quanto seus advogados que lhe
89. as op es legislativas de iniciativa privada da a o penal Paulatinamente o Minist rio P blico foi se esquivando do encargo de defender os interesses do Estado strictu senso obtendo doutro lado a privatividade da iniciativa da a o penal p blica Embora nada impe a que o membro do Minist rio P blico deixe de atuar na esfera penal motivando a sua decis o de arquivamento toda a doutrina pac fica em pugnar pela preval ncia do princ pio da obrigatoriedade da a o penal p blica quando presentes elementos suficientes que permitam ao promotor de justi a oferecer a respectiva den ncia tudo em conformidade com o art 42 do C digo de Processo Penal Todavia n o se olvide a consider vel mitiga o a que se submeteu tal princ pio nas infra es de menor potencial ofensivo com penas m ximas de at dois anos processadas diante dos Juizados Especiais Criminais Nestes processos predomina o esp rito eminentemente transacional e conciliat rio da Instru o Criminal consoante preceitua o esclarecedor artigo 89 da Lei 9 099 95 Tamb m deve ser dito que n o condi o sine qua non para instaura o da 141 a o penal que a mesma esteja acompanhada do correspondente inqu rito policial B defensor do povo zelando pelo m tuo respeito aos Poderes institu dos e pelos servi os de relev ncia p blica promovendo as medidas assecurat rias de sua mais perfeita execu o No Brasil anterior Constitu
90. blico a compet ncia para nomea o coloca o transfer ncia e promo o dos agentes do Minist rio P blico como tamb m para o exerc cio da a o disciplinar cabendo ao Presidente da Rep blica a compet ncia para nomear o Procurador Geral sob proposta do Governo Essas medidas romperam o secular modelo Napole nico que com a cria o da Lei Org nica de 1978 ficou ainda mais expl cito Tal norma consagrou 2 MONTENEGRO Arthur A Reorganiza o do Minist rio P blico de 24 de outubro de 1901 Estudos Jur dicos n 6 coordenadores James Tubenchlak e Ricardo Bustamante Instituto de Estudos Jur dicos Rio de Janeiro pp 445 453 1992 81 REIS Alberto dos Hist ria Geral do Minist rio P blico Minist rio P blico Da Organiza o Judicial 1905 Texto extra do da p gina do Sindicato dos Membros do Minist rio P blico de Portugal na Internet endere o http www smmp pt 68 expressamente a autonomia do Minist rio P blico face ao Governo e demais rg os do Estado estabeleceu a autonomia org nica em rela o Magistratura Judicial e o princ pio do paralelismo entre as duas magistraturas al m de aclamar a inamovibilidade e adelga ar o princ pio da hierarquia Somente com a luta sindical que na revis o constitucional de 1989 a autonomia foi expressamente inserida no texto da Carta Magna Portuguesa que previu tamb m a exist ncia do Conselho Superior do Minist rio P blico e a su
91. blico que justifique a interven o I1 promover a a o civil p blica no mbito da Justi a do Trabalho para defesa de interesses coletivos quando desrespeitados os direitos sociais constitucionalmente garantidos Ilpropor as a es cab veis para declara o de nulidade de cl usula de contrato acordo coletivo ou conven o coletiva que viole as liberdades individuais ou coletivas ou os direitos individuais indispens veis dos trabalhadores HI propor as a es necess rias defesa dos direitos e interesses dos menores incapazes e ndios decorrentes das rela es de trabalho IV recorrer das decis es da Justi a do Trabalho quando entender necess rio tanto nos processos em que for parte como naqueles em que oficiar como fiscal da lei bem como pedir revis o dos Enunciados da S mula de Jurisprud ncia do TST Vifuncionar nas sess es dos Tribunais Trabalhistas manifestando se verbalmente sobre a mat ria em debate sempre que entender necess rio 218 sendo lhe assegurado o direito de vista dos processos em julgamento podendo solicitar as requisi es e dilig ncias que julgar convenientes Vl instaurar inst ncias em caso de greve quando a defesa da ordem jur dica ou o interesse p blico assim o exigir Vilpromover ou participar da instru o e concilia o em diss dios decorrentes da paralisa o de servi os de qualquer natureza oficiando obrigatoriamente nos processos manifestando sua concord ncia o
92. cia Assim no Brasil para que alguma provid ncia investigat ria seja tomada tem se necessariamente de requisitar ao juiz da instru o para que o membro do administrativo a execute Propostas de modifica es sobre a investiga o criminal ocorre principalmente confiando ao Minist rio P blico tais fun es todavia n o se atentou para o fato que no modelo p trio n o h qualquer estrutura devidamente organizada para este fim Para o eminente autor do Direito Portugu s o Minist rio P blico apesar de ser em sua origem e por muito tempo elo entre as atividades jurisdicionais e interesses do Executivo hoje evoluiu para um importante rg o judicial do Estado CANOTILHO J J Gomes Direito Constitucional 6 ed Coimbra Liv Almedina 1993 p 767 78 Disto resulta a conclus o que a legisla o portuguesa diante do permissivo constitucional em diversos pontos disp s sobre a atua o do parquet Assim destaca se a presen a na defesa de ausentes e incapazes art 15 e a atividade de fiscal da lei a qual o sistema portugu s denomina parte acess ria recebendo vistas dos autos A inexist ncia de vista ao parquet enseja o processo de nulidade art 200 do CPC portugu s da mesma forma que a previs o do art 246 do C digo de Processo Civil brasileiro sobre nulidade processual O Minist rio P blico portugu s tamb m atua como advogado do Estado e somente neste caso poder receber diretivas espec ficas do Mi
93. cio ou profiss o atendidas as qualifica es profissionais que a lei estabelecer Por outro turno a atual lei de greve atrav s do S 1 do art 6 regulamentando a mat ria se expressa em nenhuma hip tese os meios adotados por empregados e empregadores poder o violar ou constranger os direitos e garantias fundamentais de outrem Portanto em face dos preceptivos constitucional e infra constitucional em havendo greve empregados ou empregadores est o impedidos de violarem ou constrangerem direitos e garantias de outrem pois todos s o livres para exercitarem o seu of cio ou profiss o pena de o movimento ser considerado abusivo 4 2 9 3 GREVE DE SERVIDORES P BLICOS Sobre a vexata quaestio p e se em li a como asseverado anteriormente que alguns pa ses entre eles a Alemanha a Su a e os Estados Unidos n o permitem a greve no servi o p blico Por outro lado no nosso ordenamento jur dico positivo permitido apenas em rela o aos servidores civis jamais aos militares nos moldes do art 42 inciso 5 da Constitui o Federal que frisa ao militar s o proibidas sindicaliza o e a greve DINIZ Jos Jangui Bezerra A Greve na ordena o Jur dica Positiva Brasileira Jornal Trabalhista ano XII n 552 p 394 399 Ed Consulex Bras lia Abril de 1995 Republicado pelo Informativo Consulex ano IX n 16 pp 475 479 Ed Consulex Bras lia maio de 1995 e pela ADT Advocac
94. civis prote o ambiental e fiscaliza o interna de seus funcion rios dentre outras atribui es Tendo em vista que a interfer ncia do parquet refere se causas de interesses comuns dos cidad os o rol de atribui es n o exaustivo Al m dos encargos supramencionadas cabem lhes a representa o da Uni o e consultoria sobre quest es jur dicas da Presid ncia e dos demais Minist rios Subordinados hierarquicamente ao rg o est o o Departamento de Repress o s Drogas o Bureau de Pres dios e o FBI Diversamente da indica o do Attorneys General no mbito federal a escolha do representante do parquet nos estados federados ou o States Attorneys General Office efetuada pelo voto direto na maioria dos Estados Gozam de independ ncia funcional e pol tica organizam o provimento dos cargos 88 com a contrata o de advogados para que exer am o of cio denominados assistentes As atribui es referem se ao contencioso estadual consultoria jur dica dos rg os estaduais assist ncia judici ria consultoria legislativa e investiga o administrativa e judicial Quanto dura o do mandato e possibilidade de reelei o vari vel o tratamento dispensado por cada estado federado Em muitos casos de dois anos outros com tempo superior vedando ou n o a recondu o Atualmente v rias legisla es locais t m expandido as atribui es dos membros do parquet estaduais Em rela o aos m
95. como rbitro e mediador para solucionar os conflitos trabalhistas envolvendo trabalhadores e empresa ou sindicatos de trabalhadores e empresas e ou sindicato patronal com in meras vantagens para as partes interessadas devido aos seguintes aspectos 1 a credibilidade dos Membros do Minist rio P blico do Trabalho que oficiam perante os conflitos haja vista sua atua o e forma o jur dica 2 a isen o e imparcialidade em seus pronunciamentos 3 a aus ncia de custo para as partes salvo se houver necessidade de per cias ou produ o de provas Agora resta saber da possibilidade de atuar como rbitro nos diss dios individuais Alguns autores como Renata Cristina Piaia Petrocino se posicionam contr rio atua o do Minist rio P blico do Trabalho como rbitro nos diss dios individuais ao argumento de que pela nova lei de arbitragem somente poderia ser levada arbitragem quest o envolvendo direito patrimonial dispon vel e a Constitui o da Rep blica disp e que o Minist rio P blico do Trabalho somente atuaria onde houvesse interesse individual indispon vel ou seja onde houvesse interesse p blico 427 PIAIA PETROCINO Renata Cristina Minist rio P blico do Trabalho e a nova lei de arbitragem S ntese Trabalhista Anno IX n 110 Porto Alegre S ntese pp 10 11 agosto de 1998 421 Sobre a quest o assim se pronunciou a articulista Parece nos que n o pois nos diss dio
96. conflito decorrente da interpreta o de normas coletivas Como ocorre nos Estados Unidos pa s de cultura bastante id ntica n o h uma tradi o de produ o legislativa de prote o aos direitos do trabalhador 344 5 13 OUTROS PA SES Na Nova Zel ndia o sistema arbitral assemelha se ao da Austr lia sendo a arbitragem obrigat ria Na Argentina ela coordenada pelo Minist rio do Trabalho O laudo arbitral possui os mesmos efeitos das conven es coletivas Lei 14 786 58 Na Bol via ao fracassar a concilia o busca se a solu o nos tribunais de arbitragem Lei Geral do Trabalho de 1942 No Chile a arbitragem obrigat ria para os conflitos com greve em atividades proibidas e facultativa durante a negocia o coletiva Lei 19 069 91 Na Col mbia h tribunais arbitrais facultativos e obrigat rios sendo estes voltados para a solu o de conflitos trabalhistas em servi os p blicos Decreto 2 663 50 Na B lgica ela admitida mas com restri es somente se aplicando em diss dios individuais a trabalhadores de sal rios elevados 6 NATUREZA JUR DICA DA ARBITRAGEM T o ou mais dif cil que definir um instituto a tarefa de fixar lhe a natureza jur dica o que sempre provoca profundas discuss es surgindo normalmente diversas teorias para justificar o enquadramento de um instituto nessa ou naquela natureza Com a arbitragem n o diferente Enquanto alguns afirmam sua nature
97. da Crian a e do Adolescente que imp em a idade m nima de 16 anos Emenda Constitucional n 20 de 15 12 98 para que a crian a ingresse no mercado de trabalho lustrativamente veja se o que prescreve os seguintes preceptivos tratantes da mat ria Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil Art 7 S o direitos dos trabalhadores urbanos e rurais al m de outros que visem melhoria de sua condi o social XXXIII proibi o de trabalho noturno perigoso ou insalubre aos menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos salvo na condi o de aprendiz Art 227 dever da fam lia da sociedade e do Estado assegurar crian a e ao adolescente com absoluta prioridade o direito vida sa de alimenta o educa o ao lazer profissionaliza o cultura dignidade ao respeito liberdade e conviv ncia familiar e comunit ria al m de coloc los a salvo de toda forma de neglig ncia discrimina o explora o viol ncia crueldade e opress o 8 3 O direito prote o especial abranger os seguintes aspectos idade m nima de dezesseis anos para admiss o ao trabalho observado o disposto no art 7 XXXIII Il garantia de direitos previdenci rios e trabalhistas Ill garantia de acesso do trabalhador adolescente escola Estatuto da Crian a e do Adolescente Art 60 proibido qualquer trabalho a menores de dezesseis anos de i
98. desenvolvidos a equipol ncia da liberdade de estipula o Por outro lado em rela o aos diss dios individuais as posi es vacilam como plumas ao vento Jorge Luiz Souto Maior tem seu posicionamento no seguinte sentido Essa aus ncia de uma s lida experi ncia de arbitragem como t cnica de solu o de conflitos individuais de trabalho desautoriza portanto qualquer argumento que queira v la como a salva o para o problema dos conflitos do trabalho no Brasil Isto n o significa que a arbitragem n o possa existir como 376 COSTA Orlando Teixeira da Direito coletivo do trabalho e crise econ mica S o Paulo LTr 1991 p 173 388 t cnica de solu o de conflitos mas por outro lado impede que se a defenda como t cnica eficiente e moderna para solu o de conflitos individuais do trabalho suplantando a via processual Fernando Galv o Moura e Nelma de Sousa Melo assim compreenderam a mat ria Aliamo nos ao entendimento dos Professores e Ju zes que se posicionam pela n o aplicabilidade pelo menos no est gio evolutivo atual do instituto e do n vel cultural e mentalidade de nosso povo da arbitragem nos diss dios individuais O Professor lure Pedroza Menezes afirma N o tem o rbitro compet ncia para declarar a dispensa sem justa causa tendo em vista que a Constitui o Federal n o lhe outorgou jurisdi o para solu o das lides individ
99. dessa realidade Nesta acep o princ pios pol ticos morais ou religiosos por exemplo importariam em proposi es ideais resultantes de um determinado contexto pol tico cultural ou religioso que se reportam realidade como diretrizes de correspondentes condutas pol ticas morais ou religiosas Em tal sentido os princ pios seriam elementos componentes da vis o de mundo essencial que caracteriza as pessoas e grupos sociais resultando de suas pr ticas cotidianas e sobre elas influindo Na din mica das pessoas e sociedades os princ pios atuariam como enunciados que refletem e informam em maior ou menor grau as pr ticas individuais e sociais correspondentes 124 DELGADO Maur cio Godinho Princ pios do Direito do Trabalho Jornal Trabalhista ano XI n 535 pp 1208 15 Consulex Editora Bras lia dezembro de 1994 127 Como visto inclusive por j ter sido por mim tratado noutro trabalho na ci ncia do Direito os princ pios s o de primaciais import ncia que ainda quando n o existia a Ci ncia do Direito j haviam os princ pios que informavam o Direito porque eles antecedem a pr pria Ci ncia que o conhecimento 126 uniformemente sistematizado Entrementes n o s o considerados preceitos de ordem absoluta j que servem para nortear e orientar os aplicadores do Direito quando da opera o do pr prio direito Com efeito sabido e consabido que os princ pios cumprem pera
100. deste princ pio em face de inexist ncia de norma integradora No que pese a diverg ncia quanto necessidade de lei integradora para a efic cia do princ pio restou claro do necess rio e transl cido embate das posi es que mesmo que se possa dizer da necessidade de regulamenta o imposs vel olvidar o princ pio revelado no dispositivo constitucional a gerar direitos como previsto no 2 do art 5 sendo certo que poss vel depend ncia de balizamento legal do alcance da inamovibilidade aos citados direitos n o prejudica constituindo se nisto sim em quadro inibidor de iniciativas como a revelada nestes autos Em resumo a aus ncia de regulamenta o n o exclui a inamovibilidade em si afastando solapando se assim a independ ncia inerente atua o dos rg os do Minist rio P blico Dentre as interpreta es imagin veis deve prevalecer a que empregado ao dispositivo legal alguma efic cia e n o a que o torne in cuo potencializando se com isto o princ pio fundamental nele inserido e que est voltado seguran a jur dica Min Marco Aur lio 2 3 GARANTIAS Por seu turno as garantias dos membros do Minist rio P blico da Uni o previstas no art 17 da LC 75 93 s o vitaliciedade inamovibilidade e irredutibilidade salarial Tratam elas de instrumentos oferecidos aos integrantes do Minist rio P blico destinados a lhes assegurarem a necess ria tranquilidade para o desemp
101. do Exmo Sr Ministro Ursulino Santos Rejeito a preliminar Na mesma esteira e seguindo os graus de hierarquia dos rg os da Justi a do Trabalho compete ao Tribunal Regional do Trabalho processar e julgar a A o Anulat ria quando o 268 instrumento coletivo e a base territorial das entidades sindicais convenentes limitarem se jurisdi o do Regional Importa lembrar de outra parte que cabe recurso ordin rio para o Tribunal Superior do Trabalho das decis es definitivas proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho em processos de sua compet ncia origin ria RITST Regimento Interno do TST art 328 E atualmente uma das hip teses em que cab vel o recurso ordin rio para aquela Corte ocorre quando se impugna ac rd o proferido em sede de A o Anulat ria RITST art 329 inciso V Lembra por fim Cl udio Menezes que a solu o da compet ncia n o mat ria pac fica tendo duas correntes bem definidas e pass veis de cr ticas Duas correntes bem definidas buscam estabelecer o rg o competente para receber e julgar a demanda anulat ria do parquet A primeira defende ser da Vara do Trabalho a compet ncia por ser desta a incumb ncia origin ria de julgar todas as causas cabendo aos tribunais o julgamento dos recursos Para que a compet ncia origin ria fosse dos tribunais necess rio seria que a lei excepcionasse a regra geral A posi o oposta lembra que a aus ncia de previs o na CL
102. do Imp rio as institui es jur dico pol ticas brasileiras desenvolver se iam sob a gide do Direito portugu s compreens o que se estende ao Minist rio P blico Na poca colonial at 1609 apenas funcionava no Brasil a justi a de primeira inst ncia e nesta ainda n o existia rg o do Minist rio P blico Os processos criminais eram iniciados pelo particular pelo ofendido ou ex officio pelo pr prio Juiz como no processo inquisit rio Os processos criminais 108 patrocinavam a disponibilidade da a o penal E o recurso cab vel era interposto para a Rela o de Lisboa Em 1609 cria se o Tribunal da Rela o da Bahia onde foi definida pela primeira vez a figura do Promotor de Justi a que juntamente com o Procurador dos Feitos da Coroa e da Fazenda integrava o Tribunal Este tribunal era composto por dez desembargadores No regimento interno deste Tribunal o papel do Minist rio P blico era assim definido Art 54 O Procurador dos Feitos da Coroa e Fazenda deve ser muito diligente e saber particularmente de todas as coisas que tocarem Coroa e Fazenda para requerer nelas tudo o que fizer a bem de minha justi a para o que ser sempre presente a todas as audi ncias que fizer dos feitos da coroa e fazenda por minhas Ordena es e extravagantes Art 55 Servir outrossim o dito Procurador da Coroa e dos feitos da Fazenda de Procurador do fisco e de Promotor de Justi a e usar em todo o
103. do Sul tendo como consegii ncia a possibilidade de haver um processo de demiss es em massa na f brica da Volkswagen localizada em Anchieta S o Bernardo no estado de S o Paulo onde est a sede central do grupo no Brasil contando com cerca de 18 000 postos de trabalho O presidente do Comit Mundial de Empresa Klaus Volkert da sede central de Wolfsburg intercedeu pessoalmente no conflito que se instalou participando ativamente das negocia es com a dire o local da empresa que resultaram num pacote de medidas similar ao da Alianza para el Trabajo de Wolfsburg composto por redu o da jornada de trabalho com redu o salarial al m de outras medidas de flexibiliza o mas com garantias futuras de manuten o do emprego Houve resist ncia por parte dos empregados num primeiro momento em particular na quest o relativa ao reajuste salarial acordado mas foram mantidos os postos de trabalho pelo menos naquele momento O saldo mais importante dessa experi ncia sem d vida foi a supera o da barreira das fronteiras nacionais entre os representantes oper rios na defesa de seus interesses de classe rumo a um sindicalismo aut nomo livre e internacional com condi es de fazer face nova fei o globalizada das rela es capitalitrabalho utilizando m todos negociais que possam promover a coexist ncia harmoniosa dos interesses pr prios da patronal quais sejam seus lucros com uma situa o de respeito aos direitos
104. dois objetivos citados que dever o ser ad eternum os norteadores de sua atua o arbitral ter colaborado inapelavelmente para o reflorescimento de uma sensa o geral de respeito ao pr ximo e aos direitos do pr ximo o Minist rio P blico do Trabalho Quanto arbitragem ministerial em diss dios individuais elucidativamente j s o conhecidas utiliza es da mesma por parte do Minist rio P blico do Trabalho J houve um caso de atua o de membro do Minist rio P blico do Trabalho como rbitro em diss dio individual com senten a arbitral lavrada pelo douto Gl ucio Ara jo de Oliveira Procurador do Trabalho lotado na Procuradoria Regional do Trabalho da 14 Regi o com sede em Rond nia para definir participa o nos lucros por parte dos empregados 444 Tamb m tomamos conhecimento de senten a arbitral promanada pelo estudioso Carlos Henrique Bezerra Leite da Procuradoria Regional da 17 Regi o em Vit ria ES tratando da regulariza o dos dep sitos do FGTS relacionados aos trabalhadores de determinada empresa local Em tratando do tema atrav s de escrito expresso na p gina eletr nica da Procuradoria Geral do Trabalho o outrora Procurador Geral do Trabalho Dr Guilherme Mastrichi Basso nos descreve que O MPT vem atuando como rbitro e mediador na solu o de conflitos trabalhistas de natureza coletiva envolvendo trabalhadores e empresa ou sindicatos de trabalhadores e empresa
105. dos contratualista Se no regime anterior Lei n 9 307 mostrava se forte a corrente que defendia a natureza contratual ou privat stica da arbitragem agora n o se pode mais duvidar que saiu vitoriosa ap s o novo diploma legal a corrente jurisdicional ou public stica Pensamos com Uadi Llam go Bulos ao afirmar que N o entendemos absolutamente que ao definir o ju zo arbitral como faremos sob a forma de neg cio jur dico processual estejamos afastando a natureza jurisdicional da atividade do rbitro e assim fazendo recha amos posi es que pretendem vislumbrar no ju zo arbitral um contrato Uma coisa o compromisso cuja coloca o no direito material ainda pass vel de discuss o outra coisa o ju zo arbitral em si do qual aquele o compromisso ve culo Mas nada disso impedir que se conclua pela natureza jurisdicional da atividade do rbitro tomada a jurisdi o como um conceito abstrato 329 THEODORO J NIOR Humberto Curso de Direito Processual Civil Vol 18 ed Rio de Janeiro Forense 1996 p 41 330 THEODORO J NIOR Humberto Curso de Direito Processual Civil Vol Ill 17a ed Rio de Janeiro Forense 1998 p 373 347 Terminantemente basta lermos o que est disposto no art 31 da Lei 9 307 96 e compreenderemos o rumo e encerramento deste debate A senten a arbitral produz entre as partes e seus sucessores os mesmos efeitos da senten a proferida pelo
106. e mesmo assim poucos foram os doutrinadores que tentaram se aprofundar neste assunto e raras ainda s o as senten as arbitrais ministeriais Este o nosso objetivo ao qual convidamos o leitor a compartilh lo conosco 2 ORIGENS E EVOLU O DA ARBITRAGEM A palavra conflito etimologicamente vem do latim conflictu Socorremo nos do Aur lio para asseverar que o termo significa desaven a luta combate guerra colis o choque contenda controv rsia disputas lit gios diss dios etc Cumpre ressaltar de partida que ao direito n o cabe eliminar os conflitos sociais mas regul los Com efeito em tempos imemoriais os conflitos eram 293 HOLANDA Aur lio Buarque Novo Dicion rio 1 ed 15 impress o S o Paulo Nova Fronteira s d p 263 304 regulados n o atrav s do direito mas da justi a da m o pr pria cuja solu o r pida se alcan ava atrav s de vias de fato que consistia na vit ria do l der do mais forte sobre o mais fraco e era o que chamamos de auto tutela ou auto defesa No contexto a hist ria nos vem mostrar que as primeiras formas de resolu o de conflitos entre os homens decorreram do produto de seu pr prio arb trio Vencia sempre o mais forte e poderoso ou ent o aquele que participasse do cl mais forte e mais organizado Era a poca da auto tutela ou auto defesa poca da Lei de Tali o Hoje a auto tutela ou auto defesa praticamente abolida dos ordenam
107. e a n o fazer aquelas que a lei permite N o deve ser esquecido que toda esta discuss o acerca de limita es constitucionais aos Poderes constitu dos originou se no s culo XVII com a grande Revolu o Inglesa 1688 na qual Povo e Parlamento impuseram seus direitos perante a Coroa Brit nica Devido a muitas lutas foi se delineando aquele amplexo de Teoria Pol tico Constitucional que posteriormente serviria de exemplo Europa continental e ao mundo Tamb m n o devem ser olvidadas as obras dos autores ingleses deste per odo geralmente ligadas sua conjuntura hist rica como as de Hobbes e Filmer representantes da tend ncia absolutista e as de Milton Sidney e Locke seus liberais detratores Locke mais importante escritor ingl s da poca resume a evolu o inglesa na Teoria do Estado tal como Rousseau alguns anos mais tarde com os seus escritos anunciaria e prepararia a Revolu o francesa resumindo a vit ria dos ideais pol ticos defendidos pelos franceses Para o ingl s as pessoas com o intuito de melhor se organizarem politicamente renunciam a uma parte de seus direitos naturais Esta ren ncia se verifica atrav s de um contrato social teoria mais tarde trabalhada tamb m por Rousseau Locke afirma muito brilhantemente que no entanto quem estiver investido na autoridade p blica estatal dela nunca poder utilizar se arbitrariamente porque esta autoridade foi lhe conferida para bem tutelar os
108. e atrav s da hist ria que teremos uma vis o clara da Institui o e compreenderemos as raz es ltimas de seu atual perfil N o vislumbramos nas pesquisas de hist ria do direito a exist ncia no passado de um paradigma desse rg o Ministerial que tivesse as caracter sticas que ele det m na atualidade em que integra a organiza o pol tica do Estado O Minist rio P blico ao longo dos tempos modificou muito de papel social tornando se dif cil estabelecer com precis o a sua origem Por esta raz o ao se tra ar a sua hist ria muito mais do que buscar institutos id nticos no passado ao que visamos identificar alguns cargos e fun es p blicas com atribui es assemelhadas quelas que hoje lhe s o destinadas de modo a facilitar a compreens o do movimento evolutivo dessa Institui o at atingir o seu atual est gio Os registros hist ricos focalizam o Parquet como uma institui o milenar Narram os estudiosos que na antig idade n o existia um rg o encarregado de promover a a o penal tal qual como hoje a conceituamos mas sim desde o antigo Egito at os Romanos existiam funcion rios p blicos que exerciam determinadas fun es secund rias que correntemente compete na sua totalidade ao Minist rio P blico 10 LEITE Carlos Henrique Bezerra Minist rio P blico do Trabalho S o Paulo LTr 1997 p 25 33 Para alguns autores a Institui o precursora do Minist rio P blico remon
109. e extrajudicial Constitui ademais ato atentat rio ao princ pio ao direito de a o qualquer expediente destinado a dificultar ou impedir que a parte exer a sua defesa no processo ato que deve ser recha ado por parte do juiz Por esse motivo que o princ pio da fungibilidade recursal que diz ser os recursos fung veis salvo em havendo m f ou erro crasso deve ser no Processo Civil tido como sendo um princ pio basilar Estando presente os requisitos para a incid ncia do princ pio da fungibilidade dos recursos no Processo Civil e o juiz deixar de aplic lo estar infringindo o princ pio constitucional da garantia do direito de a o Constitui outrossim viola o ao princ pio do direito de a o a cobran a de taxa judici ria excessiva obstacularizando a parte de acessar o Judici rio Da mesma forma condicionar o ajuizamento de a o declarat ria ou anulat ria de d bito fiscal ao dep sito pr vio do valor do d bito monetariamente corrigido acrescido de juros e multa Nessa linha de racioc nio auspicioso ressaltar que pelo sistema atual n o mais exigido como pressuposto b sico de acesso ao Judici rio o esgotamento da esfera administrativa popularmente chamada de jurisdi o condicionada ou inst ncia administrativa de curso for ado Oportuno asseverar que somente no 337 Art 5 inciso LXXIV O Estado prestar assist ncia jur dica integral e gratuita aos que comprovarem
110. e manifestando se nos processos de sua compet ncia art 90 209 2 2 O COL GIO DE PROCURADORES DO TRABALHO O Col gio de Procuradores presidido pelo Procurador Geral do Trabalho integrado por todos os membros da carreira em atividade no Minist rio P blico do Trabalho S o atribui es do Col gio eleger mediante voto a lista tr plice para a escolha do Procurador Geral do Trabalho a lista s xtupla para a composi o do TST sendo eleg veis os membros do MPT com mais de 10 dez anos na carreira tendo mais de 35 trinta e cinco e menos de 65 sessenta e cinco anos de idade a lista s xtupla para os TRT dentre os Procuradores com mais de 10 dez anos de carreira e eleger dentre os Sub procuradores Gerais do Trabalho quatro membros do Conselho Superior do MPT 2 3 O CONSELHO SUPERIOR DO MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO O Conselho Superior tamb m presidido pelo Procurador Geral do Trabalho composto pelo Procurador Geral do Trabalho o Vice Procurador Geral do Trabalho considerados membros natos quatro Sub procuradores Gerais do Trabalho eleitos pelo Col gio de Procuradores do Trabalho para um mandato de 2 dois anos permitida uma reelei o e quatro Sub procuradores Gerais do Trabalho eleitos por seus pares para um mandato de 2 anos permitida uma reelei o de compet ncia do Conselho Superior do MPT ljexercer o poder normativo no mbito do MPT observados os princ pios da Lei C
111. em prol da Institui o n o olvidou o Constituinte de estabelecer veda es aos membros do Minist rio P blico certificando se de que eles n o se desviar o de seus objetivos Entre outras proibi es dispostas em legisla o ordin ria o membro do Minist rio P blico deve se abster de 14 MAZZILI Hugo Nigro Introdu o ao Minist rio P blico 3 ed S o Paulo Saraiva 2000 p 23 147 a receber a qualquer t tulo e sob qualquer pretexto honor rios percentagens ou custas processuais b exercer a advocacia c participar de sociedade comercial na forma da lei Ao membro do Minist rio P blico poss vel ser s cio quotista de qualquer sociedade comercial Isso implica que ele pode ter at 99 999 por cento das quotas e uma ou mais empresas comerciais sendo lhe vedado exercer a administra o d exercer ainda que em disponibilidade qualquer outra fun o p blica salvo uma de magist rio Observe se que nos termos da lei poss vel ao membro do Minist rio P blico exercer outras fun es privadas desde que haja compatibilidade de hor rios pois a lei veda a cumula o de fun es p blicas e exercer atividade pol tico partid ria salvo exce es previstas em lei As veda es se auto explicam O impedimento atividade pol tico partid ria por exemplo costumeiro o entendimento de que n o cabe pol tica seja ela partid ria ou n o imiscuir se nas decis es do Poder Judici rio e
112. escravid o de pessoas livres c rcere privado homic dio ou tentativa ferimentos com qualifica es roubos cal nias inj rias contra pessoas v rias bem como acusar os deling entes perante os jurados solicitar a pris o e puni o dos criminosos e promover a execu o das senten as e mandados judiciais 2 dar parte s autoridades competentes das neglig ncias e prevarica es dos empregados na administra o da Justi a 3 No artigo 38 se previa a nomea o interina no caso de impedimento ou falta do promotor Posteriormente pelo art 217 do Regulamento 120 de 31 01 1842 passaram os promotores a servir enquanto conviesse ao servi o p blico podendo ser demitidos ad nutum pelo Imperador ou pelos presidentes das prov ncias O Decreto n 4 824 de 22 11 1871 em seu artigo 1 por sua vez criou o cargo de Adjunto do Promotor para substitu lo em suas faltas ou impedimentos 8 COSTA MACHADO Ant nio Cl udio A Interven o do Minist rio P blico no Processo Civil S o Paulo Saraiva 1989 pp 17 18 110 Eram nomeados pelo Governo na Corte e pelo Presidente nas Prov ncias para um prazo de tr s anos atrav s de proposta tr plice das respectivas C maras Municipais A forma de nomea o dos Promotores foi alterada dispensando se a proposta das C maras Municipais e exigindo se outras condi es de investidura como as constantes do Decreto n 120 de 21 de janeiro de 1843 A
113. isto ap s a abertura da Assembl ia Nacional Constituinte tais movimentos transformaram o Congresso Constituinte em uma arca de reverbera o dos seus pleitos os quais foram traduzidos em normas constitucionais Antes por m da Constitui o de 5 de outubro de 1988 temos que no cen rio constitucional brasileiro o Minist rio P blico nunca foi institucionalizado no Brasil pois na Carta do Imp rio a institui o ficou atrelada ao Poder Legislativo Senado na de 1891 ao Poder Judici rio na de 1934 aos rg os de Coopera o nas Atividades Governamentais Executivo e nas Cartas de 1946 e 1967 tamb m ao Poder Executivo com a Constitui o de 1988 que se outorga ao Minist rio P blico o car ter de Institui o desvinculando o dos Poderes do Estado e situando o em cap tulo pr prio intitulado Das Fun es Essenciais Justi a A Constitui o promulgada em 1988 a mais democr tica que o Brasil j teve em sua hist ria Definindo a Rep blica Brasileira como um Estado Democr tico de Direito fundamentando se nos princ pios da soberania popular exercida por meio de representantes eleitos ou diretamente pela sociedade cidadania dignidade da pessoa valores sociais do trabalho e da livre iniciativa pluralismo pol tico e subordina o da atividade econ mica aos ditames da justi a social e da qualidade de vida Com os objetivos assinalados no artigo 3 constru o de uma sociedade livre jus
114. legisla o da equidade com casos que demandam a expedi o de normas regulamentadoras da Constitui o Ai mister a interposi o do mandado de injun o embora tamb m sem procedimento pr prio caso em que o correto imprimir se o procedimento prevista para o mandado de seguran a 2 Com efeito como visto por n o ser o princ pio do acesso justi a absoluto sensivelmente bvio que a arbitragem n o ofende a garantia constitucional da inafastabilidade do controle judicial O que a Lei 9 307 96 almejou foi propiciar mais uma op o de resolu o de conflitos Talvez inconstitucional ela seria se obrigasse os jurisdicionados a se submeter a tal procedimento retirando do cidad o o direito fundamental de buscar no Poder Judici rio a solu o de amea a ou les o a direito seu Muito mais inibidoras do acesso ao Judici rio s o as Comiss es de Concilia o Pr via da forma que foram institu das pela Lei 9 958 2000 ao criarem condi o de procedibilidade a quaisquer a es trabalhistas quando haja comiss o em funcionamento no local de trabalho do empregado Sobre o assunto muito elucidativo o argumento trazido por Ricardo Menezes Silva Infere se do Texto Constitucional consagrado em seu art 114 2 que a arbitragem adotada em nosso pa s a facultativa tipicamente contratual naturalmente pr via ao ajuizamento do diss dio coletivo E ela n o se configura em direito da parte interessada
115. literal de texto alheio ou preceito normativo e ainda para express es que s o utilizadas em desconformidade com o habitual Caso ocorra uma inser o de outra cita o em escrito alheio ela ser destacada com aspas simples Nas cita es a regra que a transcri o seja feita de forma textual embora em alguns casos preferimos citar o autor mas n o textualmente Nos eventuais erros de grafia colocamos ap s os mesmos o termo sic entre colchetes Quando houve d vida como por exemplo nas datas de publica o de uma obra foram utilizados os termos s d Fizemos uso dos par nteses para fazer coment rios ao longo do texto isolando palavras explicativas e esclarecer determinadas express es Relativamente supress o de palavras de texto alheio ou preceito normativo utilizaremos no local da omiss o retic ncias no in cio ou 7 ADEODATO Jo o Maur cio Leit o Filosofia do Direito S o Paulo Saraiva 1996 p 19 8 LIMA Francisco G rson Marques Tese de Doutoramento sobre o tema Contribui es do Supremo Tribunal Federal para a Instabilidade do Brasil Estudo de Casos apresentada no curso de Doutorado da Universidade Federal de Pernambuco p 20 29 no final Se a omiss o se deu no meio do texto foram utilizadas as retic ncias precedidas e seguidas de par nteses Quanto s mai sculas as mesmas foram utilizadas para nominar autores citados durante a exposi o e ainda para destacar palavras releva
116. manteve o ac mulo das fun es do Minist rio P blico com as de Advogado do Estado influ ncia do Direito Portugu s que trouxe grande preju zo para a Institui o Mas com a cria o pouco a pouco das Procuradorias dos Estados especialmente para a defesa judicial dos interesses do Governo os Parquets foram se liberando para as suas fun es t picas Sob a batuta do regime militar o Marechal Presidente Humberto de Alencar Castelo Branco enviou ao Congresso Nacional o projeto de uma nova Constitui o a qual foi promulgada em 24 de janeiro de 1967 que tamb m se apresentou autorit ria e antidemocr tica Se por um lado rompeu com a id ia de uma Institui o independente tratando o na se o IX do cap tulo VIII destinado ao Poder Judici rio por outro teve a sensibilidade de estender aos seus membros as garantias dos ju zes vitaliciedade inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos e a limita o na 101 percep o de vencimentos de uma para outra entr ncia ou categoria da carreira par grafo nico do artigo 139 Apesar de esta colocada no cap tulo do Judici rio a Carta de 1967 manteve o Minist rio P blico subordinado ao Poder Executivo e para isto disp s que o regime de nomea o e demiss o do Procurador Geral e a defesa dos interesses da Uni o continuasse sendo da compet ncia do Parquet Federal Frise se que conquistas da Carta de 1946 foram mantidas e consolidadas como por exe
117. n s favor vel 2 Na Quest o do Acre em processo de demarca o de fronteiras com a Bol via que foi resolvida com a assinatura do Tratado de Petr polis em 17 11 1903 prevendo o uso da arbitragem para poss veis descumprimentos que n o ocorreram 310 3 Na Quest o das Miss es em torno de fronteiras com a Argentina estipuladas de acordo com o Tratado de Madrid de 1750 Foi ela solucionada atrav s de um tratado arbitral de 07 09 1889 onde o presidente norte americano Grover Cleveland atuou como rbitro ofertando decis o a favor do Brasil em 1895 4 Na Quest o do Amap em disputa com a Fran a na poca representando a Guiana Francesa resolvida atrav s do Tratado de 10 04 1897 onde arbitrou o su o Walther Hauser decidindo para a vontade do Brasil em 1900 entre outras Entretanto segundo registra Cl udio Armando Couce de Menezes a arbitragem vem sendo objeto de abordagem legislativa no Direito nacional desde os tempos do Imp rio passando pelo C digo Civil de 1916 e os C digos de Processo de 1939 e de 1973 Ressalta ainda este estudioso que no mbito do Direito do Trabalho a arbitragem vem tendo tratamento espec fico desde o in cio do s culo passado com o advento do Decreto 1 073 de 05 01 1907 seguindo se v rios preceitos que culminaram nos artigos 114 1 e 2 da CF 88 e 83 XIII da Lei Complementar n 75 93 De fato conforme ressalta Walter Brasil Mujalli apud Renata Cristina
118. na esfera penal e c vel inclusive com a previs o de exerc cio de a es na defesa de interesses da sociedade e do Estado Os principais pontos de disson ncia com o tratamento p trio d o se em rela o ao enquadramento na disciplina constitucional porquanto o Direito luso disciplina a institui o no t tulo do Poder Judici rio e a Constitui o Brasileira vigente em se o aut noma como fun o essencial Justi a Enquanto no Elucida se a inexist ncia de um processo de forma o do profissional do Brasil Diverso do que ocorre na maior parte dos pa ses europeus principalmente Portugal e It lia 80 Brasil o exerc cio da advocacia na defesa dos interesses exercido por um rg o especializado em Portugal permanece tradicionalmente como atribui o do parquet Tal como disp e a legisla o p tria o Minist rio P blico lusitano independente e aut nomo Outros pontos de aproxima o s o percept veis quanto ao controle dos atos administrativos e legislativos e o tratamento dispensado mat ria penal Mesmo que com atribui es diversas no Brasil a institui o tamb m aparece nas causas de direito laboral 6 ESPANHA Na Espanha o Minist rio P blico chamado de Minist rio Fiscal Diferentemente do Brasil e da mesma forma que em Portugal o Minist rio P blico Espanhol ou Minist rio Fiscal tratado na Carta Pol tica daquele pa s no T tulo VI que se refere exclusivament
119. ncia de les o ordem jur dica trabalhista atrav s do inqu rito que o MPT poder requisitar servi os tempor rios dos servidores da administra o p blica para a realiza o de atividades espec ficas investigar requisitar informa es documentos per cias exames de autoridades da Administra o P blica direta ou indireta requisitar informa es e documentos a entidades privadas requisitar o aux lio de for a policial realizar inspe es dilig ncias e investiga es expedir notifica es e intima es necess rias aos procedimentos que instaurar LC 75 93 art 8 c c art 84 II O inqu rito civil p blico pode ser deflagrado mediante den ncia formulada perante o Minist rio P blico do Trabalho ou por iniciativa de qualquer um de seus membros quando se tem not cia seja pela imprensa ou nos processos em que se oficie da ocorr ncia de ilegalidade trabalhista No primeiro caso o Procurador Geral do MPT ou o Procurador chefe da Regional a depender do abrang ncia da les o baixar portaria instaurando o inqu rito civil p blico e designando o membro do Parquet que ir presidi lo IN 1 93 do CSMPT art 3 I e Il e 2 281 FONSECA Ricardo Tadeu Marques da Cons rcio de Empregadores Uma Alternativa Imediata para a Empregabilidade Revista do Minist rio P blico do Trabalho ano X n mero 19 pp 79 89 mar o de 2000 287 Na segunda hip tese o membro do Parquet que t
120. ncia dos saions funcion rios fiscais que praticavam alguns atos hoje a cargo do Minist rio P blico como a defesa dos rf os e a acusa o contra tutores relapsos ou criminosos Compartilham da mesma opini o Amaral Santos e Jo o Monteiro por m tal posi o n o encontra respaldo entre a maioria dos operadores do direito H doutrinadores que tamb m indicam Institui es que nesse per odo da Idade M dia podem ser apontadas como sementes do Minist rio P blico entre os povos da antiga G lia e em civiliza es que se fixaram na Pen nsula Escandinava devido s semelhan as de algumas das suas atividades com as fun es atuais dos modernos Parquets S o os Senescais ao tempo dos reis merov gios e os Balios dos povos escandinavos que s o lembrados como reposit rios de atribui es que hoje pertencem ao Minist rio P blico Todavia tais 13 VIGLIAR Jos Marcelo Menezes amp MACEDO J NIOR Ronaldo Porto Minist rio P blico II S o Paulo Atlas 1999 p 14 14 RESENDE FILHO Gabriel Jos Rodrigues Curso de Direito Processual Civil V 1 7 ed S o Paulo Saraiva p 76 15 SANTOS Moacyr do Amaral Primeiras Linhas de Direito Processual Civil V 1 S o Paulo Saraiva p 108 1 MONTEIRO Jo o Teoria do Processo Civil Tomo 6 ed S o Paulo Borsoi 1956 p 195 36 servidores por servirem exclusivamente aos senhores feudais e n o ao Estado com a incumb ncia de defend lo
121. nos pronunciamentos da lavra dos membros do Minist rio P blico sob pena de ser desvirtuado o princ pio da divis o de poderes plenamente incompat vel com a necess ria isen o de nimo do membro do Minist rio P blico que ele filie se em partidos pol ticos ou exer a qualquer a o p blica a favor de determinado grupo pol tico do qual seja partid rio Mesmo assim n o ela absoluta embora o seja para os ju zes H a ressalva insculpida no art 44 inciso V da Lei 8 625 98 permitindo a filia o dos membros ministeriais que contudo teve sua efic cia diminu da com as ADIN s 1371 8 DF e 1377 7 DF que permitiu a filia o em casos de afastamento do integrante do Parquet de suas fun es Todavia muito incompleta e infeliz foi a reviravolta constitucional em termos de Minist rio P blico visto que permitiu aos integrantes admitidos antes da promulga o da Constitui o a observ ncia do regime de direitos e deveres 148 anterior desfigurando em demasia o novo perfil constitucional do Minist rio P blico Possibilitou assim que alguns membros continuassem a exercer a advocacia privada em detrimento do bom desempenho de suas fun es no Parquet 149 CAP TULO V ORGANIZA O DO MINIST RIO P BLICO NO BRASIL 1 ESTRUTURA DO MINIST RIO P BLICO NO BRASIL O Minist rio P blico abrange O Minist rio P blico da Uni o que compreende a O Minist rio P blico Federal b O Minist rio P bli
122. o esta traz como exig ncia especial o compromisso do empregador de submeter o empregado forma o profissional met dica do of cio ou ocupa o e o empregado por sua vez assume o compromisso de seguir o regime da aprendizagem No contexto n o exagero afirmar que n o h communis opinium doctorum acerca da natureza jur dica do contrato de aprendizagem Certos autores estrangeiros como Paul durand e Andr Vitu asseveram que esse contrato se aproxima do contrato de educa o eis que n o prop sito especial do empregador aproveitar a energia de labor do aprendiz mas sim prepar lo tecnicamente para trabalhos futuros Por outro lado outros juristas laborais o consideram como sendo um contrato sui generis 293 Apud CARMO J lio Bernardo do Sal rio M nimo Curso de Direito doTrabalho Estudos em Mem ria de C lio Goyat coordenado por Alice Monteiro de Barros Vol Il 2 Ed LTr S o Paulo 1994 p 197 235 Segadas Vianna por seu turno considera esse tipo de contrato como sendo um contrato preliminar de trabalho Cesarino J nior a seu lado enfatiza ser um duplo contrato pois de um lado da parte do aprendiz contrato de trabalho pois ele troca o ensino que lhe ministrado com o trabalho que presta a favor do mestre E do lado deste empreitada pois ele com plena autonomia se obriga a realizar um trabalho determinado que a instru o do aprendiz recebendo como pr
123. o que n o o desmerece pelo contr rio sinaliza para o exame da garantia de sorte a extrair lhe o maior grau poss vel de realiza o tudo luz do postulado da m xima efetividade como de resto deve acontecer quando da interpreta o de qualquer garantia fundamental Ademais j h entendimento do Supremo Tribunal Federal a respeito deste princ pio pacificando a comunidade jur dica e estabelecendo O postulado do Promotor Natural que se revela imanente ao sistema constitucional brasileiro repele a partir da veda o de designa es casu sticas efetuadas pela Chefia da Institui o a figura do acusador de exce o Esse princ pio consagra uma garantia de ordem jur dica destinada tanto a proteger o membro do Minist rio P blico na medida em que lhe assegura o exerc cio pleno e independente do seu of cio quanto tutela a pr pria coletividade a quem se reconhece o direito de ver atuando em quaisquer causas apenas o Promotor cuja interven o se justifique a partir de crit rios abstratos e predeterminados estabelecidos em lei 14 SILVA NETO Manoel Jorge e Prote o Constitucional dos Interesses Trabalhistas difusos coletivos e individuais homog neos S o Paulo LTR 2001 pp 216 217 141 STF RTJ 150 123 136 Ainda assim colacionamos para melhor esclarecer a quest o as conclus es obtidas com outro julgamento proferido HC 67 759 RJ pelo STF onde se discutia a aplicabilidade
124. o Decreto de 12 de novembro de 1822 que seria o estatuto da institui o por m jamais veio a ser aplicado Outros diplomas legislativos foram editados com os de 27 de mar o e de 30 de junho de 1830 que impuseram o funcionamento junto a cada ju zo territorial de primeira inst ncia de um Promotor de Justi a com as atribui es de acusa o e de execu o dos julgados Por m somente com o Decreto n 24 de 16 de maio de 1832 conhecido como o das reformas da justi a no reinado de Dona Maria Il organizou se o parquet lusitano Como corrobora Isabel Lopes Cardoso este Decreto o marco fundamental da institui o daquele pa s O Minist rio P blico portugu s com cargos de livre escolha e exonera o organizou se desta forma 1 Com a cria o do Supremo Tribunal de Justi a institui se o Procurador Geral da Coroa que pelo Decreto n 27 de 19 de maio tornou o Chefe do parquet luso Deveria ser consultado nas mat rias de interesse tanto do governo em mat ria jurisdicional quanto em mat ria legislativa de defender interesses exclusivos do Monarca para resguardar os anseios do Estado Considera es constantes na obra de Jo o Francisco Sauwen Filho op cit p 105 CARDOSO Isabel Lopes Breve mem ria sobre a Procuradoria Geral da Rep blica Lisboa Ed Procuradoria Geral da Rep blica Gabinete de Rela es P blicas e Informa o 1980 p 10 Posi o acentuada e endossada por BRANCO Elvia Lordel
125. o Paulo LTr 1997 p 71 72 290 DINIZ Jos Jangui Bezerra O Trabalho do Menor na Ordena o Jur dica Positiva Revista do Direito Trabalhista n 5 pp 49 55 Ed Consulex Bras lia maio de 1995 Reeditado pelo ADT Advocacia Trabalhista ano XXIX n 26 pp 269 274 Coad Editora Rio de Janeiro julho de 1995 227 se encontra nas fabricas nos com rcios nas ruas trabalhando em muitos casos at 15 horas por dia porquanto sabido e consabido que a crian a trabalha n o por op o mas por necessidade para sobreviver j que n o recebe o sustento de seus pais ou muitas vezes obrigado a trabalhar pelos seus pr prios pais particularmente triste enfatizar que em conformidade com pesquisa realizada por autor de obras 19 47 das crian as entre 10 e 14 anos comp e a popula o economicamente ativa do Brasil Se compararmos com outro pa s aqui mesmo da Am rica Latina como a Argentina que tem 0 1 essa constata o torna se assustadora Ademais mais triste sublinhar que cerca de 97 das crian as trabalhadoras n o possuem v nculo empregat cio Como forma de ilustrar as considera es acima postas n o exagero afirmar que a despeito do quadro ca tico que se encontra os menores no Brasil lege habemus no af de protege los De notar que em tempos imemoriais o C digo de Hamurabi datado de mais de 2 000 anos a C j trazia normas em seu bojo protetiva do menor trabalhador tanto que doutor
126. o como suspens o ou interrup o do contrato de trabalho salvo quando convocado para atuar como conciliador na CCP E nesse caso n o ter direito a horas extras adicional noturno e repouso remunerado pois no especial deve prevalecer os interesses sociais da fun o exercida pelo conciliador sobre o interesse individual do empregado em perceber os acr scimos salariais Ademais as reuni es da CCP devem ser realizadas durante o expediente normal da empresa nos termos da Portaria n 3 214 de 08 06 1978 que disp e sobre o funcionamento das CIPAs NR 5 subitem 5 24 327 qualquer demanda de natureza trabalhista ser submetida Comiss o de Concilia o Pr via se na localidade da presta o de servi os houver sido institu da a Comiss o no mbito da empresa ou do sindicato da categoria 42 N o prosperando a concilia o ser fornecida ao empregado e ao empregador declara o da tentativa conciliat ria frustrada com a descri o de seu objeto firmada pelos membros da Comiss o que dever ser juntada eventual reclama o trabalhista Criou se obriga o ao trabalhador que indubitavelmente agressora do princ pio da inafastabilidade do Judici rio Sem qualquer previs o constitucional gerou se mais um encargo aos trabalhadores demonstrando um intuito flagrantemente mal fico sociedade como um todo Com efeito a Constitui o Federal somente em dois casos teria determinado a obrigatoriedade de ten
127. o da Justi a do Trabalho 283 Em s ntese o exerc cio do direito de greve como visto assegurado constitucionalmente aos trabalhadores art 9 da Constitui o da Rep blica Contudo tal direito n o absoluto pois o interesse p blico se sobrep e ao interesse coletivo da categoria A defini o dos servi os ou atividades essenciais onde n o poder existir paralisa o total sob pena de preju zo comunidade est contida na Lei de Greve art 10 sendo que nos artigos 11 12 e 13 encontram se estabelecidas as condi es e par metros m nimos para o funcionamento dessas atividades e ou servi os Em iniciada a greve o Minist rio P blico do Trabalho instaurar o diss dio junto Justi a do Trabalho para a declara o da abusividade do exerc cio do direito de greve e o restabelecimento da ordem jur dica e ou o interesse p blico violados quando uma das categorias descritas no artigo 10 da Lei de Greve ao exercitar seu direito de greve deixar de satisfazer as condi es necess rias ao atendimento da coletividade Nos diss dios decorrentes de paralisa o de quaisquer servi os O Minist rio P blico do Trabalho participar da instru o e concilia o concordando ou n o com homologa o de eventuais acordos firmados inciso IX do art 83 da Lei Complementar no 75 93 4 2 10 CONDOM NIO DE EMPREGADORES NO MEIO RURAL De partida urge enfatizar seguindo as pegadas da colega Maria Aparecida
128. o da lei a respeito a indisponibilidade dos direitos trabalhistas que os tornaria incompat veis com o instituto da arbitragem ligado ao car ter tutelar do Direito do Trabalho Outros mencionam ainda os custos da arbitragem que a tornaria por demais onerosa aos trabalhadores H quem fale at em esvaziamento da Justi a do Trabalho Entretanto em sentido contr rio aos autores mencionados acima diversos outros estudiosos sustentam a admissibilidade da arbitragem nos diss dios individuais trabalhistas O Juiz e Professor Bento Herculano Duarte Neto apud Cl udio Armando Couce de Menezes e Leonardo Dias Borges asseverou Em que pese entendermos que a arbitragem obrigat ria torna se inconstitucional pelo menos a priori sua vincula o moral nas raras vezes em que o instituto vem sendo utilizado tem se apresentado altamente eficaz Sob 388 SOUTO MAIOR Jorge Luiz Arbitragem e Direito do Trabalho S ntese Trabalhista Anno VII n 89 p 31 Porto Alegre S ntese novembro de 1996 388 COUCE DE MENEZES Cl udio Armando amp BORGES Leonardo Dias Ju zo Arbitral no Processo do Trabalho S ntese Trabalhista Anno IX n 109 p 142 Porto Alegre S ntese julho de 1998 387 DUARTE NETO Bento Herculano apud Cl udio Armando Couce de Menezes e Leonardo Dias Borges Ju zo Arbitral no Processo do Trabalho S ntese Trabalhista Anno IX n 109 p 141 Porto Alegre S ntese julho de 1998 393
129. o dos conflitos trabalhistas A Lei n 9 307 96 como visto trata do instituto da arbitragem para a solu o de lit gios Ademais refer ncias sobre a arbitragem s o encontradas nos seguintes institutos normativos Na Lei Complementar n 75 98 art 83 inciso XI quando o Minist rio P blico do Trabalho atrav s de seus Membros pode desempenhar a fun o de rbitro se assim for solicitado pelas partes nos diss dios de compet ncia da Justi a do Trabalho A prop sito esta atividade foi regulamentada atrav s da Resolu o n 44 do Conselho Superior do Minist rio P blico do Trabalho verbo ad verbum Art 1 As atividades de arbitragem no mbito do Minist rio P blico do Trabalho ser o exercidas por Membros do Minist rio P blico do Trabalho conforme previs o do art 83 inciso XI da Lei Complementar n 75 93 escolhidos pelas partes Art 2 Poder o ser objeto de arbitragem os diss dios de compet ncia da Justi a do Trabalho Art 3 A arbitragem poder ser iniciada pela vontade conjunta de todos os 418 conflitantes ou por um deles mediante a conven o de arbitragem 8 1 Havendo iniciativa conjunta de todos os conflitantes o pedido de arbitragem ser autuado e distribu do ao Membro escolhido que tomar as provid ncias necess rias 8 2 No caso de iniciativa de apenas parte dos envolvidos no conflito dever o Membro escolhido dar conheci
130. o mais se confundiam com os pessoais dos governantes por ocasi o da instala o da Corti dei Conti rg o controlador criado em 1864 com o fim de fiscalizar a Fazenda P blica Na Fran a ocorreu o mesmo que com Napole o Chambre dez Comptesia Cour dez Compter alcan aram proemin ncia visto as prerrogativas e privil gios da Magistratura assegurados aos seus integrantes real ada a sua import ncia na Constitui o Francesa de 1947 Veja se pois que observados os desmandos e os excessos cometidos por gestores p blicos relacionados com a utiliza o abusiva da coisa p blica surge a necessidade natural de se moralizar e fiscalizar as posturas dos administradores p blicos desde pocas muito remotas visando se privilegiar os interesses sociais e coletivos 156 GOMES J NIOR Luiz Manoel Tribunais de Contas Aspectos Controvertidos Rio de Janeiro Forense 2003 pp 1 2 158 Para tanto uma das formas encontradas foi a cria o de Tribunais de Contas rg o vigilante da correta aplicabilidade das rendas p blicas e de um Minist rio P blico Especial independente que viesse a atuar ao lado das Cortes de Contas como guardi o da lei e fiscal da sua execu o 5 2 O TRIBUNAL DE CONTAS E AS CONSTITUI ES DO BRASIL Tendo em vista a preocupa o de verificar a correta utiliza o dos bens e ou aplica o dos valores p blicos n o foram poucas as tentativas de se inserir na Constitui o do Imp rio um
131. o sistema difuso n o confundir com o existente nos demais pa ses ocidentais que adotam em sua maior parte o modelo alem o de controle abstrato de normas ou o nacional que adota o sistema misto 93 pelo modo de investidura no cargo quanto pela discricion ria atua o representa uma n tida fun o pol tica na realiza o da justi a uma vez que considera um caminho menos oneroso e mais c lere 9 CONCLUS ES ACERCA DA POSI O INSTITUCIONAL DO MINIST RIO P BLICO NO DIREITO ESTRANGEIRO H uma ineg vel tend ncia mundial para a equipara o entre os membros do Minist rio P blico com os membros dos outros Poderes Tanto em n vel de garantias e direitos como em n vel de deveres Poder amos dizer que a exce o a este nivelamento os Estados Unidos com sua espec fica elabora o org nica contratual dos membros do Minist rio P blico A comprova o desta tend ncia na Europa facilmente verificada com a leitura da Declara o de Princ pios sobre o Minist rio P blico adotada em N poles It lia em 2 de mar o de 1996 feita pelos Magistrados Europeus pela Democracia e Liberdade MEDEL in verbis Os membros do Minist rio P blico s o necessariamente magistrados integrados a um corpo judici rio nico onde constituem uma magistratura distinta a qual ter um estatuto direitos e garantias equivalentes aqueles dos ju zes Por sua vez no tocante ao Minist rio P blico o 8 Co
132. optar pela proposta apresentada em car ter definitivo por uma das partes 386 Quanto aos diss dios coletivos estes possuem o objetivo de compor a tutela de interesses coletivos de toda uma categoria profissional almejando melhores condi es de trabalho e melhores condi es financeiras dos associados de um determinado agrupamento laboral S o a es trabalhistas promovidas pelos sindicatos representantes de determinada classe de trabalhadores em desfavor do sindicato patronal pretendendo alcan ar benef cios a seus filiados Normalmente s o de dois g neros a Diss dios de interesse ou natureza econ mica aqueles que objetivam a cria o altera o ou revis o de normas respeitantes s condi es gerais de trabalho como melhores sal rios e condi es de trabalho b Diss dios de direito ou natureza jur dica aqueles que almejam a interpreta o de regras criadas em diss dio anterior Os direitos discutidos nestas a es coletivas s o na maioria das vezes dispon veis e pass veis de negocia o como no caso da redu o ou n o da jornada de trabalho dos empregados e no caso de revis o peri dica de sal rio t o utilizada nas transa es entre sindicatos de patr es e de empregados Com expressado acima tanto a doutrina quanto a jurisprud ncia pac fica acerca da viabilidade e o uso da arbitragem nos diss dios coletivos porque tanto os empregados como os empregadores teriam durante to
133. outra ptica n o vemos o porqu de n o se estender a arbitragem para a solu o dos diss dios individuais Tal solu o al m de manter um Estado distante de problemas a rigor privados iria baratear o custo do meio de solu o das controv rsias Por consegii ncia ir amos ainda desafogar a hoje estrangulada Justi a do Trabalho 388 O pr prio Georgenor de Souza Franco Filho para o qual a arbitragem de dif cil aplica o em sede de diss dio individual trabalhista reconhece Ali s a ado o da arbitragem importa em voltar a meios simples e informais que existiam no in cio dos anos 30 com o Decreto n 22 132 32 quando n o havia as exig ncias formais posteriores ao Decreto lei n 1 237 39 que organizou os prim rdios da Justi a do Trabalho Por isso como recorda Roberto Davis que a Lei n 9 307 96 deve ser aplicada n o apenas arbitragem trabalhista em mat ria coletiva sen o tamb m nas rela es individuais de trabalho Paulo C sar Piva em defesa do uso da arbitragem como meio v lido de solu o dos conflitos trabalhistas individuais argumentou Aos extremamente legalistas totalmente imposs vel a utiliza o da arbitragem para a solu o dos conflitos individuais trabalhistas tendo em vista a veda o expressa do art 1 da L 9 307 96 que prev a sua aplica o apenas para dirimir lit gios relativos a direitos patrimoniais dispon veis Ora na pr
134. p 19 28 ALBUQUERQUE DE MELLO Celso Direito internacional p blico Vol Il 10 ed Rio de Janeiro Renovar 1994 p 1 156 306 Tamb m no Direito Romano conheceu se o uso da arbitragem Era ela obrigat ria os pretores submetiam as a es ao julgamento de um arbiter particular estranho ao corpo de funcion rios romanos Tal nomea o privada deveria estar acompanhada de idoneidade indiscut vel Relatos hist ricos apontam para Quintiliano como um dos mais vezes chamado a atuar como rbitro Foi de C cero que veio a m xima de que a arbitragem o meio de n o ganhar completamente um bom processo nem perder completamente um mau processo guisa de ilustra o de se ressaltar que no Direito Romano a figura do pretor preparava a a o primeiro mediante o enquadramento na a o da lei e depois acrescentando a elabora o da f rmula como se v na exemplifica o de Gaio e em seguida o julgamento por um iudex ou arbiter que n o integrava o corpo funcional romano mas era simples particular id neo incumbido de julgar Evoluem as associa es humanas e surgem os Estados na atual concep o que deles temos Como sabemos estes Estados embrion rios por m n o possu am a configura o participativa e democr tica que hoje vemos Compunham no sacerdotes e nobreza dirigindo uma vasta classe de plebeus e escravos Cabia aos sacerdotes a solu o dos conflitos que se apresentavam u
135. para analisar a causa n o deve gerar qualquer nulidade processual a teor do que disp e o artigo 84 da lei citada por n o se verificar interesse p blico cuja a n o interven o do Parquet fosse capaz de causar preju zo sociedade V se por ser importante que luz do art 769 da CLT os incisos e III este em sua parte final aplicam se ao Processo do Trabalho de sorte que a atua o do Minist rio P blico do Trabalho deve se dar nos feitos em que h interesses de incapazes ou interesse p blico evidenciado pela natureza da lide ou pela qualidade da parte Conv m esclarecer por oportuno que o Conselho Nacional dos Corregedores Gerais do Minist rio P blico dos Estados e da Uni o em seu XXIX Encontro realizado na Capital Federal no dia 28 de junho de 2002 expediu um documento intitulado Carta de Bras lia em que deliberou 4 reafirmar a S mula n 5 aprovada no XIII Encontro realizado na Cidade de Canela RS em agosto de 1998 no sentido de que na hip tese do inciso Ill do artigo 82 do CPC o que legitimar a interven o do Minist rio P blico ser a 435 exist ncia de um interesse p blico evidenciado pela natureza da lide ou pela qualidade da parte reconhecendo se certa margem de discricionariedade pr pria Institui o e n o ao Poder Judici rio para adotar o conceito de interesse p blico s situa es concretas Outrossim a interven o do Minist rio P blico ta
136. parte 18 por entendermos ser necess ria haja vista que durante todo o trabalho utilizaremos a terminologia Parquet ao nos referirmos ao rg o ministerial Por outro lado obviamente que num estudo acerca do Minist rio P blico n o poder amos deixar de abordar embora que em apertada s ntese algumas refer ncias aos rg os similares de alguns pa ses do direito estrangeiro Desta feita o fizemos no segundo cap tulo e arrematamos dizendo que h uma ineg vel tend ncia mundial para a equipara o entre os membros do Minist rio P blico com os membros dos outros Poderes Tanto em n vel de garantias e direitos como em n vel de deveres A comprova o desta tend ncia na Europa facilmente verificada com a leitura da Declara o de Princ pios sobre o Minist rio P blico adotada em N poles It lia em 2 de mar o de 1996 feita pelos Magistrados Europeus pela Democracia e Liberdade MEDEL Poder amos dizer que a exce o a este nivelamento os Estados Unidos da Am rica com sua espec fica elabora o org nica contratual dos membros do Minist rio P blico Portanto n o se olvide que o nosso Minist rio P blico um dos mais avan ados do mundo parece seguir os passos estabelecidos pelo paradigma institucional predominante adicionando sua miss o privativa de executar a a o penal p blica a defesa dos interesses sociais e transindividuais que se encontravam desprotegidos na maioria dos ordenamento
137. permitindo o certo seria emendar a lei 9 307 96 incluindo expressamente os conflitos individuais do trabalho no seu mbito de incid ncia Com rela o aos altos custos da arbitragem cumpre nos asseverar que nada impede s conven es ou acordos coletivos de trabalho ratearem estes custos com os sindicatos patronais e obreiros ou entre as empresas e os sindicatos obreiros de modo que o empregado n o tenha que arcar com as despesas do procedimento Outrossim a populariza o da arbitragem fatalmente acarretar a queda das despesas com o seu uso Doutra parte conforme foi posto por Jos Pastore enquanto na Justi a do Trabalho o custo m dio de um processo sem interposi o de recursos gira em torno de R 2 000 00 dois mil reais no procedimento arbitral este valor 407 MAGANO Oct vio Bueno Solu o extrajudicial dos conflitos individuais Revista Trabalho e Doutrina n 14 S o Paulo Saraiva pp 0 72 09 97 408 COUCE DE MENEZES Cl udio Armando amp BORGES Leonardo Dias Ju zo Arbitral no Processo do Trabalho S ntese Trabalhista Anno IX n 109 p 143 Porto Alegre S ntese julho de 1998 493 PASTORE Jos Arbitragem Trabalhista S ntese Trabalhista n 157 Porto Alegre S ntese p 151 julho 2002 407 gravita nos R 130 00 cento e trinta reais geralmente pagos pela empresa conforme se estipulam em diss dios coletivos N o se pode esquecer tamb m que a Lei Complementar n
138. pessoas que preenchessem os requisitos para serem jurados O Regulamento n 120 de 31 de janeiro de 1842 definiu o Promotor de Justi a como servidor p blico demiss vel ad nutum pelo Imperador ou pelos Presidentes de Prov ncia Temos por conseguinte que o Promotor de Justi a no Imp rio era tratado como mero longa manus do Executivo com atribui es reduzidas esfera criminal e de fiscal da Lei esta ltima por for a do Aviso de 16 de janeiro de 1838 considerado o ato precursor no Brasil da sua finalidade m xima e caracter stica do Minist rio P blico Por for a do Aviso de 31 de outubro de 1859 os Promotores foram proibidos de advogar no civil nas causas que pudessem vir a ser objeto de processo criminal 97 O Decreto n 4 824 de 22 de novembro de 1871 criou no artigo 1 o cargo de Adjunto de Promotor que substituiria este em suas faltas ou impedimentos A express o Minist rio P blico foi pela primeira vez mencionada no Decreto n 5 618 de 02 de maio de 1874 precisamente no artigo 18 do Regimento das Rela es do Imp rio e n o lhe dava qualquer garantia Com a proclama o da Rep blica em 1889 o Minist rio P blico foi reconhecido como uma Institui o integrante da organiza o pol tica do Estado Brasileiro e essencial democracia Manuel Ferraz de Campos Sales Ministro da Justi a do primeiro governo provis rio editou dois Decretos que deram ao Minist rio P blico
139. poss vel derroga o por parte dos particulares Seu principal objetivo suprir a vontade de seus destinat rios no caso de n o ter sido manifestada de forma contr ria Os direitos por elas tutelados resultam de todas as cl usulas contratuais que n o correspondam a direitos concernentes ao jus cogens sendo por conseguinte renunci veis dispon veis e transacion veis verificando se a inexist ncia de v cios de consentimento e o respeito s normas legais relacionadas ao caso em esp cie Colabora nos novamente o professor Couce de Menezes Nem todas as normas trabalhistas entanto s o de ordem p blica e imperativas e por consegi ncia indispon veis os direitos Com efeito boa parte das normas alusivas ao contrato individual de emprego s o dispositivas Esta 3 SUSSEKIND Arnaldo Institui es de Direito do Trabalho 18 ed vol 1 S o Paulo LTr 1999 pp 209 210 381 disponibilidade existe porque o direito privado e patrimonial sendo igualmente privado o interesse tutelado pela norma Registre se que at o sal rio contratual est sujeito disposi o art 7 inciso VI da Constitui o Federal sem falar dos demais direitos e vantagens que s o objeto de transa o em Ju zo Esta que parte da premissa de ser dispon vel o direito negoci vel por sinal aceita no processo do trabalho sem maiores ressalvas notadamente quando j encerrado o v nculo de emprego Vale aqui
140. profissional e econ mica diretamente interessadas na contrata o coletiva e auto limita sua efic cia no tempo Por fim o acordo coletivo de trabalho instrumento de contrata o coletiva aplicada a interesses espec ficos da comunidade de trabalho que se forma em cada empresa Partindo da generalidade absoluta da norma estatal ou do contrato coletivo acerta o conv vio de interesses diretos da categoria na empresa a que se agrega pelos contratos individuais Somente se utilizando destes rem dios jur dicos alcan ar amos a plenitude da efic cia do ju zo arbitral em sede de conflitos individuais de trabalho sem suspeitarmos da exist ncia de v cios de consentimento na vontade do labutante quando da contrata o individual Por fim lembremos que os abusos do empregador em contratos individuais podem ser facilmente solucionados sublinhe se com uma a o anulat ria de senten a arbitral fulcrada no art 32 da Lei 9 307 96 e nos arts 166 e 167 de nosso C digo Civil de 2002 que tratam ambos da nulidade dos neg cios jur dicos e das formas de sua impugna o 417 13 O MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO E A ARBITRAGEM A Constitui o da Rep blica de 1988 adotou o princ pio da negocia o coletiva recomendando o entendimento direto entre as partes para a solu o de controv rsias No artigo 114 par grafos 1 e 2 elegeu a negocia o coletiva e a arbitragem como meios de solu
141. representantes legais e na falta destes pela Procuradoria da Justi a do Trabalho pelo sindicato pelo Minist rio P blico estadual ou curador nomeado em ju zo Logo n o se aplica a primeira parte do artigo 9 do CPC o juiz dar curador especial ao incapaz se n o tiver representante legal Com efeito constatamos que a figura do curador especial ou lide no caso de o r u ser incapaz e estar sem representante legal ser exercido exclusivamente pelo Minist rio P blico do Trabalho Acerca do curador de incapazes no Processo Trabalhista a CLT omissa pois trata apenas do curador especial na hip tese do menor sem representante legal consoante o didatismo do artigo 793 citado Entretanto por for a do princ pio da subsidiariedade previsto no art 769 da CLT sempre que existir interesses de incapazes no processo mesmo que n o esteja atuando como parte v g quando o esp lio for parte mesmo que a representa o seja regular o Minist rio P blico deve ser intimado nos termos do art 82 c c art 84 do CPC para se manifestar pena de nulidade digno de men o o fato de que a Lei Complementar 75 93 Lei Org nica do Minist rio P blico da Uni o trata do assunto em seu artigo 112 quando vaticina 225 que os Procuradores do Trabalho ser o designados para funcionar junto aos Tribunais Regionais do Trabalho e na forma das leis processuais nos lit gios trabalhistas que envolvam especialmente interesse
142. rg o capaz de fiscalizar o zelo pelos bens e o bom emprego das finan as estatais assim como a lisura de agentes pol ticos quanto aos atos e contratos administrativos capazes de originar despesas Com o advento da Rep blica em 07 11 1890 por iniciativa de Ruy Barbosa cria se o Tribunal de Contas atrav s do Decreto n 966 A e mesmo assim s veio a ser institu do em 17 12 1892 com o Decreto n 1 166 cujas atividades somente mostraram se mais definidas e delimitadas no texto constitucional de 1934 artigos 99 a 102 A Constitui o Federal de 1937 teve a sua peculiaridade ao inserir o Tribunal de Contas no cap tulo que disciplinou o Poder Judici rio embora n o fazendo parte do mesmo A Constitui o de 1946 veio ampliar a compet ncia da Corte de Contas brasileira passando a analisar as contas das Autarquias abrangendo tamb m a legalidade dos contratos administrativos das aposentadorias reformas e pens es A Constitui o de 1967 e Emenda Constitucional de 1969 disciplinou o Tribunal de Contas no cap tulo dedicado ao Poder Legislativo evidenciando a sua 159 fun o de rg o auxiliar abolindo o controle pr vio e instituindo as denominadas auditorias 8 A partir de ent o o papel do Tribunal de Contas tem se mostrado de fundamental import ncia para a sociedade civil e para o Estado Democr tico de Direito principalmente com a promulga o da Constitui o Federal de 1988 a medida em que
143. rg o paraestatal de gest o tripartite incumbido de viabilizar procedimentos arbitrais trabalhistas funda o subvencionada pelo Governo Espanhol e administrada harmonicamente pelas tr s partes interessadas 5 9 AUSTR LIA Na Austr lia a arbitragem obrigat ria desde 1890 Esta experi ncia pioneira deriva de grandes crises econ micas e graves conflitos de classe internos e teve como finalidade promover maior justi a nas rela es trabalhistas 342 assegurando uma paridade salarial e uma maior harmonia no bin mio trabalho versus capital A arbitragem ocorre indistintamente tanto para diss dios coletivos quanto para os individuais Funciona como uma esp cie de tribunal havendo a possibilidade de recurso ao Judici rio Quis se assim ter um maior controle da qualidade t cnica dos laudos arbitrais prolatados Como h a hip tese do recurso ao Judici rio o que comumente se v s o as partes se utilizarem dos pareceres arbitrais no sentido de se chegar a um acordo em sede de audi ncia judicial 5 10 M XICO A Constitui o Mexicana de 1917 estabelece uma esp cie de arbitragem judicial por meio das Juntas de Concilia o e Arbitragem de fei o tripartite Atualmente a arbitragem puramente facultativa s ocorre em casos de greve ou quando prevista em conven o coletiva Nos conflitos coletivos de natureza econ mica a arbitragem facultativa para os trabalhadores e obrigat
144. se encontra 40 COUCE DE MENEZES Cl udio Armando BORGES amp Leonardo Dias Ju zo Arbitral no Processo do Trabalho S ntese Trabalhista Anno IX n 109 p 143 Porto Alegre S ntese julho de 1998 408 sensivelmente abalado Com efeito a arbitragem se encontra perfeitamente apta a conviver com a Justi a Obreira Uma n o exclui a outra j que a arbitragem como hip tese alternativa dever atuar apenas supletivamente e como meio opcional Agindo assim esta via alternativa servir como meio auxiliar para a viabiliza o e melhor gest o da JT diminuindo a quantidade de causas permitindo uma presta o jurisdicional mais c lere e eficaz Como bem salientado por Bento Herculando a arbitragem tem se apresentado altamente eficaz Al m de manter um Estado distante de problemas a rigor privados iria baratear o custo do meio de solu o das controv rsias e iria ainda desafogar a hoje estrangulada Justi a do Trabalho Por outro lado a utiliza o da arbitragem como forma de solucionar conflitos individuais do trabalho iimportaria em voltar a meios simples e informais que existiam no in cio dos anos 30 com o Decreto n 22 132 32 quando n o havia as exig ncias formais posteriores ao Decreto lei n 1 237 39 que organizou os prim rdios da Justi a do Trabalho Jos Francisco Siqueira Neto vaticina A solu o extrajudicial dos conflitos individuais do trabalho ser um importante ins
145. se fa am presentes sempre inevit veis devem ser filtrados absorvidos pelo sistema e entendidos como forma de colabora o para a equipara o do bin mio capital trabalho Ou seja dos conflitos poder o sair solu es melhoria da competitividade empresarial Esta a mais recente vis o administrativa de controle de Recursos Humanos n o sendo aconselh veis dispensas devidas a diverg ncias durante o contrato de trabalho Felizmente j se observa a aceita o estrat gica da negocia o em detrimento dos conflitos trabalhistas por parte tanto de alguns sindicatos profissionais em busca de acordos coletivos harmonizadores dos interesses da categoria como por parte dos empres rios respectivos Tenta se dessarte evitar dispensas coletivas que t m sua raz o em conjunturas econ micas desfavor veis ao pleno emprego inova es tecnol gicas revolucion rias ou planos econ micos fracassados Como exemplo lapidar em terras brasileiras desta aceita o eis a colabora o de Edna Raquel R S Hogemann sea HOGEMANN Edna Raquel R S A tutela jurisdicional diferenciada nos conflitos trabalhistas Jus Navigandi Teresina a 6 n 54 fev 2002 Dispon vel em http www jus com br doutrina texto asp id 2580 Acesso em 01 out 2003 371 No final dos anos 90 o pa s atravessava um per odo dif cil marcado pela crise econ mico financeira que abalou os pa ses denominados Tigres asi ticos e a Am rica
146. segundo do artigo 74 da Constitui o do Brasil disp e com intelig ncia que qualquer cidad o partido pol tico associa es ou sindicatos parte leg tima para na forma da lei denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da Uni o Veja se pois que a Carta Constitucional atual da Rep blica Federativa do Brasil foi ampliativa no sentido de perseguir o interesse p blico Frente ao exposto j poderemos iniciar a nossa pretens o de em comunh o com a maioria dos doutrinadores afirmar a necessidade de um Minist rio P blico capaz de atuar com independ ncia ao lado das Cortes Cont beis 161 Portanto podemos admitir frente ao que disp e a Constitui o do Brasil que as estruturas estatais devem ser providas de autonomia suficiente ao bom funcionamento das suas atividades cuja finalidade alcan ar o esp rito do setor p blico de promover o bem comum Logo nossa fun o neste t pico visa elucidar a necessidade da exist ncia dos Minist rios P blicos Especiais junto aos Tribunais de Contas com atua o aut noma visto a grandeza da sua miss o de Institui o permanente essencial fun o jurisdicional do Estado incumbindo lhe a defesa da ordem jur dica do regime democr tico e dos interesses sociais e individuais indispon veis conforme prescri o do Artigo 127 da Constitui o do Brasil Ao tratar do Minist rio P blico junto a Corte de Contas o poder co
147. sensu visa a alcan ar uma normatiza o gen rica de dura o permanente entre amplos setores da atividade profissional e da produ o econ mica Caracteriza se ent o por ser uma contrata o coletiva pan categorias e pan empresariais embora os celebrantes sejam organiza es 423 MAGANO Oct vio Bueno Solu o Extrajudicial dos Conflitos Individuais Revista Trabalho e Doutrina n 14 p 82 S o Paulo Saraiva 09 97 424 SANSEVERINO Riva Apud PINTO Jos Augusto Rodrigues Direito sindical e coletivo do trabalho S o Paulo LTr 1998 p 209 PINTO Jos Augusto Rodrigues Direito sindical e coletivo do trabalho S o Paulo LTr 1998 p 234 416 sindicais do lado dos trabalhadores e de ndole sindical pelo menos do lado patronal Tamb m por isso o surgimento desse Contrato Coletivo tem uma liga o umbilical com a evolu o das associa es sindicais para um organismo que empolga seu pr prio conjunto as centrais sindicais Nota se nele portanto a vis vel ambi o de substituir a regulamenta o estatal trazendo para o mbito peculiar dos sujeitos e das rela es de trabalho a responsabilidade de construir o arcabou o permanente das regras a ser sic adaptadas por setor espec fico de atividade atrav s de outros instrumentos de negocia o coletiva A conven o coletiva persegue o mesmo resultado do contrato coletivo por m com dois diferenciais restritivos cont m se dentro das categorias
148. ser absoluta visto que pode o empregador utilizar se da demora na resolu o estatal de conflitos para procrastinar direitos cabalmente provados de ex empregados seus Outrora o empregado amea ava o patr o com a reclama o na Justi a do 377 Trabalho na atualidade o patr o que o amea a com a demorada solu o judicial fruto das deficiencias do sistema judici rio E nestes casos se o trabalhador estiver precisando destas verbas rescis rias emergencialmente como em situa es advindas do desemprego certamente se despojar de muitos de seus direitos objetivando auferir ao menos algum valor de seu ex patr o detentor do capital Assim pensamos estar configurada nestes casos espec ficos uma indireta depend ncia econ mica do ex empregado para com seu ex patr o Am rico Pl Rodriguez demonstrando a comentada relatividade d sua crucial contribui o para o deslinde do debate acerca do momento em que se poderia consumar a ren ncia Inclusive no caso de que se baseia na presun o de v cios do consentimento cabe a d vida sobre se n o se deveria estender essa presun o al m da dura o do contrato dado que a diminui o da liberdade prossegue como consegii ncia das dificuldades econ micas A doutrina italiana havia formulado diversas cr ticas orienta o jurisprudencial que admitia a validade das ren ncias posteriores ao t rmino do contrato 1 a falta de liberdade no
149. similar no enfrentamento do tema sob enfoque com simplicidade e objetividade at porque nosso entendimento n o diametralmente oposto grande parte da doutrina atual sobre o tema Vale ressaltar no contexto que n o nossa inten o fazer um estudo profundo sobre o Minist rio P blico do Trabalho nem tampouco sobre o instituto da arbitragem cujo estudo daria a este trabalho dimens es proibidas face a estreiteza dos limites o que extrapolariam o objetivo central pois cada instituto por si s poderia ser objeto de teses de doutoramento O objetivo primacial NETO Manoel Severo Tese de Doutorado sobre o tema llegitimidade Incidental e Legitimidade Incidental no Processo Civil apresentada no curso de Doutorado da Universidade Federal de Pernambuco UFPE trabalho in dito gentileza do autor NETO Manoel Severo Tese de Doutorado sobre o tema llegitimidade Incidental e Legitimidade Incidental no Processo Civil apresentada no curso de Doutorado da Universidade Federal de Pernambuco UFPE trabalho in dito gentileza do autor 17 desta tese consiste em demonstrar o aperfei oamento do Minist rio P blico do Trabalho no Brasil bem como a evolu o do instituto da arbitragem e a sua import ncia como forma de solu o dos conflitos sociais e por fim defender a atua o do Parquet Trabalhista na condi o de rbitro solucionador de conflitos individuais laborais N o ousem imaginar nem
150. sobre o tema de SAUWEN FILHO Jo o Francisco Minist rio P blico Brasileiro e o Estado Democr tico de Direito Rio de Janeiro Renovar 1999 p 50 11 DAVID Ren Os Grandes Sistemas do Direito Contempor neo S o Paulo Martins Fontes 1986 p 340 85 8 ESTADOS UNIDOS Em suas origens a institui o norte americana deriva do modelo ingl s todavia a ex col nia tra ou caminho pr prio ap s sua independ ncia prescindindo qualquer correspond ncia segura entre os modelos hodiernamente vigentes na Inglaterra e nos Estados Unidos a n o ser pela exist ncia da figura do Attorney General nomenclatura presente em ambos os sistemas A exclus o dessa terminologia continuam incompat veis quanto aos demais aspectos Ressalva se a impropriedade terminol gica de utilizar se a express o Minist rio P blico para designar o parquet estadunidense pois a tradu o da express o Attorney General s Office n o guarda qualquer correspond ncia com 102 Isto n o se refere a denomina o dada ao rg o nos pa ses da civil law apenas a respeito de terminologia ou tradu o e sim mais acentuadamente acep o pol tica que aquela na o confere institui o diversa das demais na es ocidentais Bem como tamb m se podem observar origens e configura es diversas nos sistemas de direito comum daquelas presentes nos pa ses de tradi o romano germ nico orientados sobretudo pela experi ncia francesa do jus
151. tanto assim que topograficamente a norma n o se insere nos incisos do art 7 mas sim no cap tulo que trata da organiza o do 342 NERY JUNIOR Nelson Princ pios do Processo Civil na Constitui o Federal 3 ed cole o Estudos de Direito de Processo Enrico Tullio Liebman vol 21 RT SP 1996 p g 113 353 Poder Judici rio Tudo isso nos leva a concluir que omissis a arbitragem n o pode significar um percurso obrigat rio a ser adotado pelas partes tanto assim que elas podem recus la Frise se ainda que as portas dos f runs estar o sempre abertas para resolu o de conflitos ocorridos em circunst ncias autorizadoras da impetra o de uma a o anulat ria de senten a arbitral nas hip teses cominadas pela Lei bem como para quando faltar o car ter de executoriedade ao pronunciamento arbitral Com efeito ao optar pela jurisdi o arbitral as partes nada mais fazem que uma escolha por uma forma mais gil e c lere de resolu o do conflito Ocorre a manifesta o da vontade das partes atrav s da clausula compromiss ria ou do compromisso arbitral principalmente porque as partes para acelebrar uma conven o de arbitragem ter o que ter capacidade Por outro lado se a parte pode renunciar o seu pr prio direito material a prescri o e a decad ncia uma forma de renuncia t cita ao direito material porque n o optar por uma outra forma de jurisdi o plenamente em vigor na nossa o
152. trabalhistas variar em fun o da poca contratual em que proferida e em fun o da abrang ncia e subst ncia do direito renunciado Quanto poca prop cia a ren ncia a direitos pode ocorrer na celebra o do contrato de trabalho durante sua vig ncia na rescis o contratual ou posteriormente a esta rescis o No ato de contrata o poder se ia concatenar uma situa o de vulnerabilidade Por m n o devemos trat la como uma presun o absoluta Nem todos os empregados se encontram afligidos pela possibilidade fragilizadora do desemprego principalmente quando se tratar de empregado qualificado que troca de emprego em busca de melhores e crescentes condi es financeiras Durante o contrato poderia sim ocorrer a fragilidade do trabalhador principalmente se a oferta de m o de obra for maior que a demanda por empregados o que acarreta o risco do desemprego Parte se de uma presun o de que enquanto perdurar o v nculo do contrato de trabalho al m de subordinado a seu patr o o trabalhador na maior parte dos casos dele depender economicamente situa o que o coloca em cont nuo estado de coa o invalidando atos jur dicos renunciadores de direito por parte do empregado J na rescis o ou ap s a mesma n o h que se falar em irrenunciabilidade ou indisponibilidade pois n o est mais dependente do empregador n o se subordinando a seus ditames Entretanto esta premissa tamb m n o pode
153. trabalho comum repartido entre todos Os cooperados repartem os lucros e preju zos da associa o semelhantemente ao que ocorre com as sociedades comerciais por m baseando se o produto aferido no pr prio trabalho e n o no trabalho de outras pessoas A cooperativa de trabalho permite a participa o direta dos trabalhadores cooperados no resultado do produto que possuem a for a de trabalho sem que haja a necessidade da aloca o do capital necess rio movimenta o do 250 empreendimento Em outras palavras sem que haja a necessidade da figura patronal O cooperativismo implica pois na socializa o do capital ou de outro modo na capitaliza o do trabalho pois em ltima an lise os empregados que a rigor n o existem numa cooperativa s o os pr prios patr es figura tamb m inexistente na cooperativa Assim devem funcionar as cooperativas consoante disciplinado pela Lei n 5 764 de 16 de dezembro de 1971 que define a pol tica nacional de cooperativismo institui o regime jur dico das sociedades cooperativas e d outras provid ncias Contudo como foi asseverado no primeiro t pico tem se verificado com frequ ncia uma deforma o da cooperativa em sociedade comercial quando os trabalhadores simulando a condi o de cooperados mascaram a condi o de aut nticos empregados ficando margem da prote o legal que a estes conferida pela CLT Sim porque se s o cooperativados
154. trabalho onde haja direito do qual o trabalhador possa dispor como bem emana do art 1 da Lei 9 307 96 E ap s a ultima o do contrato de trabalho para todo e qualquer direito Recentemente j encontramos pronunciamentos jurisprudenciais pugnando pela total possibilidade da aplica o da arbitragem a diss dios trabalhistas individuais Vejamos JU ZO ARBITRAL NA SOLU O DOS CONFLITOS TRABALHISTAS SENTEN A ARBITRAL COISA JULGADA Entendo que cumpridas todas as tS MAXIMILIANO Carlos Hermen utica e Aplica o do Direito 8 ed Rio de Janeiro Livraria Freitas Bastos 1965 p 33 412 exig ncias legais e desde que respeitadas as garantias m nimas previstas no ordenamento jur dico trabalhista poss vel a solu o dos conflitos individuais trabalhistas pela utiliza o da arbitragem ainda mais quando assistido o reclamante pelo sindicato ou quando houver norma coletiva dispondo a respeito JU ZO ARBITRAL DISS DIOS INDIVIDUAIS TRABALHISTAS O instituto da arbitragem nos diss dios individuais trabalhistas plenamente cab vel desde que atendidas as exig ncias previstas na Lei n 9 307 96 e que o empregado tenha a ele aderido de livre e espont nea vontade sem qualquer v cio de consentimento JU ZO ARBITRAL DISS DIOS INDIVIDUAIS TRABALHISTAS POSSIBILIDADE cab vel o instituto da arbitragem nos diss dios individuais trabalhistas desde que sejam obed
155. utilizada para desconstituir decis o judicial transitada em julgado ou acordo homologado pela Justi a do Trabalho art 836 da CLT e Enunciado n 259 TST Para anular o termo de concilia o celebrado perante a CCP o rem dio cab vel a a o anulat ria art 486 do CPC e art 114 da CF 88 sendo a compet ncia origin ria da Vara do Trabalho com jurisdi o sobre a localidade em que funcionar a Comiss o arts 651 e 652 a IV da CLT Pode tamb m ser requerido a declara o de inefic cia do termo de concilia o como incidente no processo judicial trabalhista que vier a ajuizar O per odo para tentar a solu o amig vel ou seja a sess o de tentativa de concilia o n o pode ultrapassar de dez 10 dias a partir da provoca o do interessado A apresenta o de demanda perante a CCP causa de suspens o do prazo prescricional dos direitos trabalhistas Recome a a contagem a partir dos seguintes eventos a se realizada a sess o de tentativa de concilia o antes do transcurso do prazo legal de dez 10 dias as partes logo verificarem antes de esgotado esse per odo que n o poss vel a solu o amig vel do conflito ou b se igualmente realizada a sess o os interessados n o conseguirem conciliar durante todo o transcurso e at o final do prazo de dez 10 dias contados da 332 apresenta o da demanda perante a CCP Da a lei dispor que o prazo prescricional suspenso recome
156. vel 14 MAZZILI Hugo Nigro Introdu o ao Minist rio P blico 3 ed S o Paulo Saraiva 2000 p 21 144 2 recolhido pris o especial ou sala especial de estado maior 3 n o ser indiciado em inqu rito policial 4 ser ouvido como testemunha em dia hora e local previamente ajustado 5 receber intima o pessoalmente Sobre essa prerrogativa veja se a seguinte decis o da lavra do STJ CRIMINAL RESP PRELIMINAR DE INTEMPESTIVIDADE IN CIO DO PRAZO PARA INTERPOSI O DE RECURSO APOSI O DO CIENTE PELO REPRESENTANTE DO MINIST RIO P BLICO RECURSO CONHECIDO E PROVIDO A intima o do Minist rio P blico deve ser pessoal II O prazo para a interposi o de recurso ministerial tem in cio na data da aposi o do ciente pelo representante do Parquet e n o do ingresso dos autos na Procuradoria de Justi a IIl Irresigna o que merece ser provida para cassar a decis o impugnada determinando se que o Tribunal a quo examine o m rito do recurso de embargos interpostos pelo recorrente IV Recurso conhecido e provido STJ Recurso Especial n 509 836 DF 2003 0044308 7 5 Turma Relator Ministro GILSON DIPP DJ 22 09 2003 No que pertine aos deveres e veda es importante ressaltar que o membro do Minist rio P blico da Uni o em respeito dignidade de suas fun es e da Justi a deve observar as normas que regem o seu exerc cio e especialmente 145 1 III
157. xima outrora dita para que se n o possa abusar do poder urge que o poder detenha o poder Em outras palavras faz se necess rio que os Poderes cedidos ao Estado estejam dispostos de tal forma que mutuamente se travem checks and balances nesta evolu o que Montesquieu vai distinguir tr s poderes dentro do Estado o Legislativo o Executivo e o Judici rio sustentando que estes poderes devem ser divididos independentes uns dos outros e confiados a pessoas diferentes precisamente como acontecia na constitui o inglesa o modelo de seu estudo te rico pol tico de se notar por m que esta distribui o dos poderes embasada na constitui o inglesa n o inteiramente exata 185 Isto porque imposs vel uma divis o n tida de contornos vis veis por ser inconcili vel com a natureza unit ria e popular da soberania N o se trata de diversos poderes mas sim de diversos rg os que devem ser diferenciados de acordo com as respectivas fun es e nunca de maneira absoluta posto que nem sempre um Poder determinado cumpre uma s das tr s fun es a indispensabilidade do sistema de freios e contrapesos A teoria da distribui o de poderes deve ser entendida neste sentido das tr s fun es comuns em que se manifesta a vontade do Estado legislativa executiva e judici ria as duas ltimas dever o subordinar se primeira em virtude da sua maior import ncia como express o direta da soberania atrav s da
158. 0 nov 2000 SILVA Z lio Furtado da Direito Adquirido Luz da Jurisprud ncia do STF referente ao Servidor P blico S o Paulo Editora de Direito 2000 SILVA Antonio lvares da Quest es Pol micas de Direito do Trabalho Vol 2 S o Paulo LTr 1993 492 Ta TEIXEIRA S lvio de Figueiredo Arbitragem no sistema jur dico brasileiro Revista dos Tribunais S o Paulo v 86 n 735 pp 39 48 1997 Confer ncia proferida no semin rio A arbitragem e o Brasil uma perspectiva m ltipla S o Paulo 13 11 1996 Original datilografado em curso de publica o gentileza do autor TONAGHI H lio Curso de Direito Penal V 1 8 ed S o Paulo Saraiva 1991 TROPER M La Separation des Pouvoirs et Vhistoire constitucionale fran aise Paris LGDJ 1980 TAVARES Paulo Cezar Vieira O Minist rio P blico Social e o Servi o social Anais do 13 Congresso Nacional do Minist rio P blico Vol 3 pp 21 25 26 a 29 de outubro de 1999 y VENOSA S lvio de Salvo Direito Civil V 1 3 ed S o Paulo Atlas 2003 VIGLIAR Jos Marcelo Menezes Participa o do Minist rio P blico no Processo Civil Minist rio P blico Institui o e Processo Perfil Constitucional Independ ncia Garantias Atua o no Processo Civil e Criminal Legitimidade 493 A o Civil P blica e Quest es Agr rias Coordena o de Ant nio Augusto Mello de Camargo Ferraz 2 ed S o Paulo
159. 109 Porto Alegre S ntese julho de 1998 p 125 assim se manifestou a respeito A Medida Provis ria concentra no Ministro do Trabalho a tarefa de designar o mediador N o s amb gua a refer ncia a mediador como censur vel limitar a uma s pessoa em todo o imenso pa s a sua indica o O art 11 3 do texto em exame d o prazo de 30 dias para o mediador concluir 322 4 3 ARBITRAGEM E COMISS ES DE CONCILIA O PR VIA Com o escopo de viabilizar o sistema de solu o extrajudicial de conflitos laborais individuais sem demora e a baixo custo bem como fomentar uma cultura negocial nas rela es de trabalho em 13 de janeiro de 2000 foi publicada a Lei n 9 958 de 12 01 2000 que alterou e acrescentou artigos Consolida o das Leis do Trabalho CLT aprovada pelo Decreto Lei n 5 452 de 1 de maio de 1943 dispondo sobre as Comiss es de Concilia o Pr via e ainda permitindo a execu o de t tulo executivo extrajudicial na Justi a do Trabalho Com a citada lei a CLT foi acrescida do T tulo VI A O art 625 foi acrescido das letras A at H o art 876 teve nova reda o e ao art 877 acrescentou se uma letra A adotando se assim uma recente t cnica legislativa que evita a renumera o dos dispositivos legais Com a pr falada Lei a solu o extrajudicial dos conflitos individuais trabalhistas por interm dio de comiss es de concilia o pr via constituir se em um
160. 11 33 Bras lia setembro de 2008 241 de prestar servi os ao seu empregador Entretanto essas condi es indignas de trabalho consubstancia o que chamamos de formas degradantes de trabalho Com efeito o trabalho for ado normalmente se caracteriza quando o empregador usando de amea a mant m os empregados em sua propriedade tolhendo lhe a liberdade de ir e vir e lhes vende produtos aliment cios e de vestu rios por pre os elevados Os empregados tendo em vista os altos valores jamais conseguem saldar suas d vidas sendo impedidos de deixar as propriedades dos fazendeiros As jornadas de trabalho s o exaustivas N o raro os empregados s o aliciados atrav s dos gatos em locais distantes daqueles em que prestam os servi os s vezes em outros Estados brasileiros O Minist rio P blico do Trabalho nas quest es que envolvem trabalho for ado considera o princ pio fundamental de direito liberdade a aplica o da Conven o n 29 da OIT ratificada pelo Brasil em 25 de abril de 1954 e aprovada pelo Decreto Legislativo n 24 de 29 5 56 e a norma inserida na Consolida o das Leis do Trabalho que repele o sistema truck system estabelecendo no artigo 462 e par grafos os princ pios da irredutibilidade e intangibilidade salarial Ao receber den ncia de trabalho escravo adota procedimento imediato instaurando Inqu rito Civil P blico ou ajuizando a A o Civil P blica obrigando o empregador a n o ma
161. 150 precedida de nova decis o do Senado Federal Veja se que lei diz recondu o n o estipulando quantas vezes O Procurador Geral da Rep blica tem as mesmas honras e tratamentos dos Ministros do Supremo Tribunal Federal Compete a ele dentre outras fun es a de propor A o Direta de Inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal CF art 103 VI Apenas t tulo ilustrativo prerrogativa semelhante possui o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil art 103 VII da CF o que segundo o Grande Constitucionalista Potiguar Paulo Lopo Saraiva n o constitui nenhuma benesse ou um presente do pr ncipe pelo contr rio constitui uma das mais avan adas e respeitadas conquistas pol ticas da brava entidade As carreiras dos diferentes ramos do Minist rio P blico da Uni o s o independentes entre si tendo cada uma delas organiza o pr pria na forma da Lei complementar 75 93 art 32 Os rg os do Minist rio P blico da Uni o ter o presen a e palavra asseguradas em todas as sess es dos colegiados em que oficiem LC 75 93 art 20 2 MINIST RIO P BLICO COMO PARTE O Minist rio P blico pode atuar como parte ou seja rg o agente em diversos procedimentos Age como parte por exemplo na a o rescis ria de senten a fruto de colus o das partes para fraudar a lei art 487 IIl b do C digo de Processo Civil quando n o foi ouvido no curso do processo em que
162. 1967 c c a emenda n 01 69 todas trouxeram vasto n mero de normas amparando o menor Hoje auspicioso ponderarmos a atual Constitui o trata da prote o inf ncia em diversos preceptivos Apenas para ilustrar vejam o art 6 que versa sobre direito social do menor o art 7 inciso XXX no qual veda se a diferen a de sal rios exerc cio de fun es e crit rios por motivo de idade consoante e o inciso XXXIII que e pro be o trabalho noturno perigoso ou insalubre aos menores de 18 anos e de qualquer trabalho a menores de 16 anos salvo na condi o de aprendiz a partir dos 14 anos Por outro lado a prote o inf ncia e adolesc ncia tamb m objeto do cap tulo que pertine assist ncia social previsto na Constitui o consoante se v do art 203 inciso I e Il da atual Constitui o sendo a forma o para o trabalho objetivo do plano nacional de educa o art 214 IV destinando ainda o Cap tulo VII Crian a e ao adolescente arts 226 a 231 230 P e de manifesto conveniente asseverarmos que a atual Lex Legum tamb m estabelece os marcos da menoridade relativa Por outro lado a menoridade absoluta excepcionada quando o menor se encontra na condi o de aprendiz e o pr prio preceptivo constitucional restaurou a idade m nima que j era prevista nas Constitui es de 34 37 e 46 e aproximou o Brasil da legisla o de outras na es altamente desenvolvidas no relativo
163. 29 CF 88 propugna pela propositura privativa da a o penal pelo Minist rio P blico que por sua vez n o pode se abster em cumpri la tendo em vista que o princ pio da indisponibilidade da a o penal corol rio do Direito Penal nacional art 100 1 CP art 24 do CPP Lein 8 625 1993 52 franc s admite a disponibilidade da a o penal podendo em certos casos demandar se o acusado por um tipo mais brando desclassificando o delito ou mesmo esperar por um momento posterior para o exerc cio da a o penal quando se mostre oportuno Arquiva se o inqu rito e depois o reabre convenientemente salvo o prazo prescricional Assim pode se afirmar que o parquet franc s exerce com discricionaridade a atividade repressiva sendo sua atua o eminentemente de pol tica criminal nesta mat ria que melhor visualiza se a hierarquiza o e subordina o do Minist rio P blico franc s em rela o ao Poder Executivo principalmente quanto figura do Ministro da Justi a que pode em certos casos impor san es disciplinares aos membros da institui o ap s a manifesta o do Conselho Superior de Magistratura Mais do que legitimados para a propositura da a o penal os membros do parquet franc s s o condutores da pol tica criminal por isso a subordina o ao Ministro da Justi a que responde politicamente frente ao Parlamento Diverso do modelo adotado no Brasil cabe magistrature d bout a f
164. 389 SIQUEIRA NETO Jos Francisco Direito do Trabalho amp Democracia S o Paulo LTr 1996 60 Sio DINIZ Jos Jangui Bezerra Arbitragem como forma de solu o dos conflitos no Brasil Revista Trabalho e Doutrina n 14 S o Paulo Saraiva pp 20 26 setembro de 1997 383 Decreto 1 637 de 05 11 1907 que tratava da arbitragem feita pelos sindicatos Seu art 8 assim nos dizia Os sindicatos que se constitu rem com o esp rito de harmonia entre patr es e oper rios como os ligados por conselhos permanentes de concilia o e arbitragem destinados a dirimir as diverg ncias e contesta es entre o capital e o trabalho ser o considerados como representantes legais da classe integral dos homens do trabalho e como tais poder o ser consultados em todos os assuntos da profiss o Alguns anos mais tarde publica se o Decreto n 22 132 32 instituidor das Juntas de Concilia o e Julgamento vinculadas ao Minist rio do Trabalho Nelas a concilia o se configurava compuls ria aos diss dios individuais Estava germinando o que hoje conhecemos por Justi a do Trabalho Em 1983 lan ado o Decreto 88 984 criador do Servi o Nacional de Media o e Arbitragem que passaria a laborar junto s Delegacias Regionais do Trabalho sendo institu da a arbitragem p blica facultativa para os diss dios coletivos mais tarde expressamente incorporada pela Constitui o de 1988 como vimos Assim dispunha seu art
165. 4 Compete ao Servi o Nacional de Media o e Arbitragem SNMA Manter um servi o gratuito de media o para aux lio s partes II Manter um servi o de arbitragem com rbitros independentes remunerados pelas partes interessadas na solu o de conflitos conforme especificar o respectivo compromisso arbitral Ill Promover o melhor desenvolvimento da negocia o coletiva IV Denunciar aos Conselhos Regionais de Rela es do Trabalho 371 NASCIMENTO Amauri Mascaro Curso de Direito do Trabalho 17 ed S o Paulo Saraiva 2001 p 42 384 CRRT os casos de conduta de m f V Prestar apoio administrativo aos Conselhos Regionais de Rela es do Trabalho CRRT Lamentavelmente ap s a edi o deste Decreto houve um imenso manifesto conjunto de v rias organiza es sindicais brasileiras posicionando se de forma avessa s modifica es dispostas na legisla o citada Isto s faz demonstrar a falta de conhecimento da popula o brasileira e daqueles que seriam os verdadeiros benefici rios da celeridade verificada com a implanta o de tal sistema os pr prios trabalhadores Da seguiram outras normas jur dicas terminando o ciclo legislativo com os arts 114 881 e 2 da CF 1988 e com o art 83 inciso XI da Lei Complementar n 75 1998 Diante do cen rio jur dico trazido pela Carta Magna Cidad em 1989 n s presenciamos a edi o da Lei n 7 783 a Lei da Greve condicionando
166. 414 cl usula deste porte dever o rbitro analisar bem o caso para ver se n o est diante de v cios de consentimento provenientes da parte em tese mais fragilizada Estamos com Isabele Jacob Morgado ao afirmar que Em se considerando a posi o desvantajosa da grande maioria dos trabalhadores em rela o aos empregadores a arbitragem nos diss dios individuais dever se revestir de algumas cautelas para que n o se transforme num meio de burlar as normas trabalhistas de prote o ao empregado ou mesmo de imposi o a este do meio alternativo de solu o Desta forma a medida mais correta seria inseri la em contratos acordos ou conven es coletivas de modo que os sindicatos ou grupo representativo de trabalhadores estejam munidos de poderes de normatiza o junto a seus respectivos empregadores regulamentando o uso da arbitragem trabalhista individual para seus associados Assim pensa Oct vio Bueno Magano sobre o tema Para espancarem se d vidas sobre a mat ria o ideal seria uma emenda Lei n 9 307 96 incluindo expressamente os conflitos individuais do trabalho no seu mbito de incid ncia Inviabilizada ou retardada a solu o acima preconizada o caminho que poderia ser desde logo trilhado seria o do incentivo inclus o 421 MORGADO Isabele Jacob A arbitragem nos conflitos de trabalho S o Paulo LTr 1998 p 46 a Vejamos a respeito a defini o contida no art 611 da C
167. 452 de 1943 atrav s do antigo artigo 723 impunha san o aos que 2A Apud VIANA Marcio T lio Greve Curso de Direito do Trabalho Estudos em Mem ria de C lio Goyat coordenado por Alice Monteiro de Barros Vol 2 2 Ed LTr S o Paulo 1994 p 645 e Apud VIANA Marcio T lio Marcio T lio Greve Curso de Direito do Trabalho Estudos em Mem ria de C lio Goyat coordenado por Alice Monteiro de Barros Vol 2 2 Ed LTr S o Paulo 1994 p 645 275 abandonassem o servi o sem pr via autoriza o do Tribunal Competente Por outra banda o DL 9 070 de 1946 e a antiga lei de greve 4 330 de 1964 a admitiu proibindo pois tantos eram os requisitos exigidos que na pr tica toda greve era ilegal As Cartas Pol ticas de 1967 e 1969 trouxeram normas expressas tratando do instituto trazendo as mesmas exig ncias da legisla o pret rita Hoje particularmente alegre consignar a Lex Legum trata do instituto no art 9 quando giza assegurado o direito de greve competindo aos trabalhadores decidirem sobre a oportunidade de exerc lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender 81 A lei definir os servi os ou atividades essenciais e disporar sobre o atendimento das necessidades inadi veis da comunidade S 2 Os abusos cometidos sujeitam os respons veis s penas da lei Logo a Constitui o Federal garantiu o direito de greve concedendo uma faculdade aos trabalhador
168. 5 A CORREGEDORIA DO MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO rg o fiscalizador das atividades funcionais e da conduta dos membros do MPT O Corregedor Geral nomeado pelo Procurador Geral do Trabalho dentre os Sub procuradores Gerais do Trabalho integrantes de lista tr plice elaborada pelo Conselho Superior para mandato de 2 dois anos renov vel uma vez art 104 5 2 6 OS SUBPROCURADORES GERAIS DO TRABALHO Ser o designados para oficiar junto ao TST 2 7 OS PROCURADORES REGIONAIS DO TRABALHO Ser o designados para oficiar junto aos Tribunais Regionais do Trabalho 2 8 OS PROCURADORES DO TRABALHO Ser o designados para funcionar junto aos Tribunais Regionais do Trabalho e na forma das leis processuais nos lit gios trabalhistas que envolvam especialmente interesses de menores e incapazes 3 INTERESSES DIFUSOS COLETIVOS E INDIVIDUAIS HOMOG NEOS DE CONTE DO TRABALHISTA 213 Ant nio lvares da Silva cita alguns dos interesses coletivos ou difusos pass veis de serem tutelados pela a o civil p blica na Justi a do Trabalho a saber a exig ncia de atestados de esteriliza o para contrata o de mulheres b assinatura em branco de pedidos de demiss o quando da contrata o com finalidade de descaracterizar a despedida imotivada quando n o mais interessar empresa a manuten o do empregado c n o recolhimento dos dep sitos do FGTS d ado o de medidas discriminat rias muitas v
169. 52 fixa o de uma multa pelo descumprimento do TAC Se a multa n o for paga pode ser executada perante a Justi a do Trabalho pois t tulo executivo extrajudicial N o havendo a celebra o do TAC facultado ao Minist rio P blico do Trabalho ajuizar uma A o Civil P blica contra a Cooperativa e o Tomador perante a Justi a do Trabalho a fim de que as mesmas sejam compelidas a ajustarem suas condutas s disposi es legais for a de uma senten a judicial A a fase do processo judicial Ilustrativamente veja o leitor que perante o Minist rio P blico do Trabalho da 6 Regi o onde atuamos o ano de 2001 foi prol fico no combate presta o de servi os intermediada por cooperativas em fraude legisla o trabalhista No tema foram instaurados centenas de procedimentos preparat rios dos quais resultaram na celebra o de diversos termos de ajuste de conduta s exig ncias legais e no ajuizamento de mais de uma dezena de a es civis p blicas Nas a es civis p blicas foram obtidas v rias decis es de antecipa o de tutela com a determina o de registro e anota o de CTPS dos trabalhadores cooperados e em alguns casos com a determina o tomadora de servi os que se abstenha de tomar os servi os de cooperativas de trabalho em sua atividade fim ou em fun es subordinadas Digno de nota o resultado obtido na A o Civil p blica no 002 01 proposta perante a 3a Vara do Trabalho
170. 68 da CLT e Portaria 3 214 78 do MTE NR 07 subitem 7 3 1 al nea a 4 a exist ncia de Programa de Preven o de Riscos Ambientais PPRA art 157 inciso da CLT e Portaria 3 214 70 do TEM NR 9 subitem 9 1 1 225 GUGEL Maria Aparecida Atua o do Minist rio P blico do Trabalho texto in dito gentileza da autora 260 5 a exist ncia e a manuten o de servi o especializado em engenharia de seguran a e em medicina do trabalho SESMT art 162 da CLT e NR 4 subitem 4 1 do MTE 6 a exist ncia de CIPA considerado o n mero de empregados da empresa art 163 da CLT e NR 5 subitem 5 1 do MTE 7 o fornecimento e meios de instru o para o uso obrigat rio de equipamentos de prote o individual EPI arts 166 e 157 inciso da CLT e Portaria 3 214 78 MTE NR 6 subitem 6 2 al nea a e NR 24 subitem 24 1 26 al nea e 8 a exist ncia de pagamento de adicional para trabalho perigoso ou insalubre arts 7 inciso XXIII da Constitui o da Rep blica art 193 da CLT e Lei 7 369 85 e Portaria 3 214 78 MTE NR 16 subitem 16 2 9a exist ncia de local apropriado para as refei es dos trabalhadores e instala es sanit rias adequadas arts 157 incisos e Ill e 200 inciso VII da CLT e Portaria 3 214 78 MTE NR 24 subitens 24 3 1 24 6 3 24 1 26 e 24 1 2 1 10 a exist ncia de recipientes adequados para fornecimento de gua pot vel aos empregados art 157 inciso Ill da CLT e Portaria 3 214 78 MTE NR 24
171. 75 de 20 de maio de 1993 que a lei org nica do Minist rio P blico da Uni o autorizou em seu art 83 XI o Minist rio P blico do Trabalho a atuar como rbitro sem quaisquer nus para as partes O alto custo da arbitragem portanto n o se constitui em argumento v lido para impedir o uso desse expediente na solu o dos conflitos individuais trabalhistas No que pertine ao esvaziamento da Justi a do Trabalho nada mais falso Da maneira como est posta a arbitragem atua supletivamente nas a es individuais e como meio opcional nos diss dios coletivos de modo que ela n o exclui a Justi a do Trabalho mas a complementa servindo como meio auxiliar para uma melhor administra o da Justi a Especializada reduzindo a quantidade de demandas e permitindo uma presta o jurisdicional mais c lere mais eficaz e de mais qualidade Na na pr tica a Justi a do Trabalho encontra se abarrotada de processos e busca se abreviar a solu o daqueles lit gios atrav s da transa o com a realiza o de acordos que s o homologados sem a observ ncia dos rigores da lei em especial a irrenunciabilidade de direitos E o trabalhador pressionado pela urg ncia da solu o e movido pela necessidade aceita um mau acordo A arbitragem como alternativa para a solu o dos diss dios individuais alcan ar o resultado com maior brevidade e em muito auxiliar para o restabelecimento do prest gio do Poder Judici rio que
172. 8 nunca foi institucionalizado no Brasil Na Constitui o do Imp rio ficou atrelado ao Poder Legislativo Senado na de 1891 ao Judici rio na de 1934 aos rg os de coopera o nas atividades governamentais Executivo e nas de 1946 e 1967 tamb m ao Poder Executivo H quem comente que desde a Constitui o Imperial de 1824 at a Emenda Constitucional n 1 de 17 10 69 n o houve qualquer crescimento institucional do Minist rio P blico Somente com a Constitui o de 1988 que o Minist rio P blico adquire o car ter de Institui o desvinculando se das amarras dos demais Poderes do Estado e vindo a situar se em cap tulo pr prio intitulado Das fun es essenciais justi a 119 2 8 CONSTITUI O FEDERAL DE 1988 A Constitui o de 1988 dotada de um cap tulo pr prio sobre o Minist rio P blico T tulo IV Da Organiza o dos Poderes Cap tulo IV Das Fun es Essenciais da Justi a Se o Do Minist rio P blico nos arts 127 a 130 declarando o como institui o permanente e essencial fun o jurisdicional do Estado incumbindo lhe a defesa da ordem jur dica do regime democr tico e dos interesses sociais e individuais indispon veis Os membros do Minist rio P blico integram a categoria de agente pol tico e como tal devem estar com ampla liberdade funcional limitados apenas pela Lei e por sua consci ncia Desempenham suas atribui es com garantias prerrogat
173. A FILHO C cero Virgulino O Minist rio P blico do Trabalho como rg o mediador conciliador e rbitro natural dos conflitos coletivos de trabalho Revista do Minist rio P blico do Trabalho S o Paulo LTr Ano VII p 113 setembro 1997 448 Em adendo n o deve ser permitida a recusa de rbitro ministerial pelas partes em lit gio exceto nas estritas hip teses do art 138 do CPC assim como n o deve ser admitida a rejei o pelas partes de uma eventual substitui o Este mesmo racioc nio nos far admitir que ficar a crit rio do Minist rio P blico do Trabalho a nomea o para atua o arbitral de um Procurador especificamente treinado para solucionar as lides arbitrais ou um colegiado de Procuradores do Trabalho sempre em n mero mpar Esta ltima solu o poderia ser implementada de lege ferenda atrav s de Resolu o do CSMPT para casos espec ficos onde as discuss es obtivessem algum vulto financeiro e uma instru o probat ria minuciosa e prolongada Sobreleva se o ensinamento de Hugo Nigro Mazzili a respeito do princ pio da indivisibilidade ministerial Em suma somente oficiar um membro do Minist rio P blico no feito nele exercendo todas as atribui es da institui o quando a fun o do Minist rio P blico seja em concreto indivis vel Noutras palavras se a atividade ministerial perfeitamente indivis vel como o a arbitragem trabalhista poder nela atuar um
174. ANO Carlos Hermen utica e Aplica o do Direito 8 ed Rio de Janeiro Livraria Freitas Bastos 1965 p 34 442 vendo no Estado n o mais o solucionador e sim o ente fiscalizador da justa resolu o pacificada e pacificadora dos conflitos entre os particulares Diante desta evolu o estatal que se p e pari passu a evolu o do Minist rio P blico e do Minist rio P blico do Trabalho em especial Jos Cl udio Monteiro de Brito Filho nosso ilustre colega Procurador do Trabalho j bem afirmara A realidade das rela es trabalhistas no Brasil e no mundo est a exigir comportamento diverso do que era visto at alguns anos atr s ou seja deve o Estado agir menos como ente repressivo e mais como parceiro ou coordenador de interesses O MPT deve inserir se neste processo salvo evidente quando a atitude repressiva revelar se a nica poss vel para a preserva o da ordem jur dica do regime democr tico e dos direitos sociais e individuais indispon veis certa a presen a de desigualdades sociais e econ micas que somente v m confirmar a extrema falta de equipara o de poderes entre empregadores e empregados mais uma prova do eterno embate capital vs trabalho Isto mais nos faz reafirmar a inarredabilidade das fun es constitucionais e estatut rias dispostas ao Minist rio P blico do Trabalho como ator social indispens vel preserva o da Justi a no embate acima citado
175. Atlas 1999 VEIGA Elizabeth Procuradora do Trabalho do Minist rio P blico da Uni o lotada na 6 Regi o parecer in dito gentileza da autora VIANNA Jos de Segadas Greve Direito ou Viol ncia Rio de Janeiro Freitas Bastos 1959 Institui es de Direito do Trabalho LTR S o Paulo 2000 VIANA Marcio T lio Greve Curso de Direito do Trabalho estudos em mem ria de C lio Goyat coordenado por Alice Monteiro de Barros V 2 2 ed S o Paulo LTr 1994 VILHENA Paulo Em lio Ribeiro de Arbitragem Trabalhista artigo in dito gentileza do autor 494
176. CF de 1824 instituir a arbitragem for ada ou obrigat ria para determinados tipos de causas como aquelas entre s cios de sociedades comerciais ou resultantes de loca o mercantil entre v rias outras hip teses Trazemos baila a cita o dos revogados arts 294 e 348 in fine do mencionado C digo Art 294 Todas as quest es sociais que se suscitarem entre s cios durante a exist ncia da sociedade ou companhia sua liquida o ou partilha ser o decididas em ju zo arbitral Art 348 A reclama o que for apresentada em tempo n o se acordando sobre ela os interessados ser decidida por rbitros dentro de outros 10 dez dias teis os quais o juiz de direito do com rcio poder prorrogar por mais 10 dez dias improrrog veis O Regulamento do C digo Comercial de n 737 de 1850 em seu art 411 sedimenta esta linha evolutiva da arbitragem obrigat ria definindo que todas as causas comerciais deveriam utiliz la Todavia n o duraria muito tempo o regime da arbitragem obrigat ria para causas comerciais sendo este sistema revogado pela Lei 1 350 1866 sem maiores controv rsias doutrin rias e jurisprudenciais na poca 312 O Decreto 3 900 1867 regulamentador da Lei citada introduz a possibilidade do julgamento por equidade na arbitragem facultativa em sendo assim acertado pelas partes submetidas decis o arbitral A Constitui o Federal de 1891 nada falou em torno da arbi
177. EGAL NEGATIVA DE SEGUIMENTO A RECURSO A negativa de seguimento a recurso considerada a circunst ncia de as raz es expedidas contrariarem precedente da Corte longe fica de implicar transgress o ao devido processo legal JURISDI O DUPLO GRAU INEXIGIBILIDADE CONSTITUCIONAL Diante do disposto no inciso Ill do artigo 102 da Carta Pol tica da Rep blica no que revela cab vel o Extraordin rio contra decis o de ltima ou nica inst ncia o duplo grau de jurisdi o no mbito da recorribilidade ordin ria n o consubstancia garantia constitucional Por fim exemplo vigoroso da relativiza o deste princ pio em seara trabalhista o art 2 88 3 e 4 da Lei 5 584 70 em pleno vigor Art 2 Nos diss dios individuais proposta a concilia o e n o havendo acordo o Presidente da Junta ou o Juiz antes de passar instru o da causa fixar lhe o valor para a determina o da al ada se este for indeterminado no pedido Cj eso MARINONI Luiz Guilherme Tutela Antecipat ria Julgamento Antecipado e Execu o Imediata da Senten a 4 ed S o Paulo RT 2000 pp 218 219 30 STF AgRg em RE 216 257 4 SP 2 T rel Min Marco Aur lio ac 15 09 98 DJU 11 12 98 p 7 360 3 Quando o valor fixado para a causa na forma deste artigo n o exceder de duas vezes o sal rio m nimo vigente na sede do Ju zo ser dispens vel o resumo dos depoimentos devendo constar da Ata a conclus o d
178. EKIND Arnaldo Institui es de Direito do Trabalho 18 ed V 2 S o Paulo LTr 1999 Institui es de Direito do Trabalho 18 ed V 1 S o Paulo LTr 1999 SARAIVA Paulo Lopo O Advogado n o Pede Advoga Manifesto de Independ ncia do Advogado Campinas Edicamp 2002 STANFORD Artur Decis o Judicial Dogmatismo e Empirismo Curitiba Juru Editora 2001 491 SANTOS Moacyr do Amaral Primeiras Linhas de Direito Processual Civil 14 ed V 1 S o Paulo Saraiva 1990 SANSEVERINO Milton O Minist rio P blico e o Interesse no Processo Civil Revista Forense Rio de Janeiro V 254 n 874 876 p 197 a 209 abr jun 1976 SANTANA Luiz Augusto de O Minist rio P blico e o Princ pio da Separa o dos Poderes no Brasil Revista Direito Militar V 4 n 20 pp 12 18 1999 SOIBELMAN Leib Enciclop dia Jur dica Vol RJ Editora Rio s d SILVA Jos Afonso da Curso de Direito Constitucional Positivo 9 ed S Paulo 1993 SABELLA Walter Paulo O Minist rio P blico e as novas dimens es do conceito de cidadania transcri o de confer ncia pronunciada na abertura do Encontro Estadual do Minist rio P blico de Mato Grosso do Sul realizado em Pontapor em mar o de 1995 SILVA Nelson Soares da Parecer in dito gentileza do autor SANTOS Maria Ignez Franco Apontamentos sobre o Minist rio P blico Franc s Revista dos Tribunais Ano 89 vol 781 pp 790 80
179. FRANCO FILHO Georgenor de Souza A Nova Lei de Arbitragem e as Rela es de Trabalho S o Paulo LTr 1997 p 22 405 Oportuno lembrar ainda que a legisla o trabalhista brasileira antes mesmo da Lei 9 307 96 j encampava a possibilidade de solu o arbitral para conflitos decorrentes do exerc cio do direito de greve Lei 7 783 89 A lei de greve fez duas refer ncias arbitragem Atrav s do art 3 ela exige como condi o para a paralisa o do trabalho que tenha sido frustrada a negocia o ou verificada a impossibilidade de recurso via arbitral e atrav s do o art 7 ela remete a regulamenta o das rela es obrigacionais no curso da greve ao que for determinado por acordo conven o laudo arbitral ou decis o da Justi a do Trabalho Tamb m houve remiss o expressa ao uso da arbitragem para mat ria trabalhista em n vel infraconstitucional na Medida Provis ria n 1 239 de 14 de dezembro de 1995 diversas vezes reeditada que trata da participa o nos lucros e resultados A Medida inovou ao facultar o uso da arbitragem de ofertas finais se houver impasse na negocia o estabelecendo que o rbitro deve restringir se a optar pela proposta apresentada por uma das partes Curiosamente a MP antecipou se nova lei de arbitragem ao isentar o laudo arbitral de homologa o judicial A Lei n 8 630 93 que criou o regime jur dico da explora o dos portos organizados e das instala es portu
180. Geral da Rep blica como chefe do Minist rio P blico Federal atrav s dela que institu do o conhecido Quinto constitucional mecanismo pelo qual um quinto dos membros dos Tribunais deveria ser composto por profissionais oriundos do Minist rio P blico e Advocacia alternadamente Ordenava o seu artigo 99 que para Procurador Geral da Rep blica a escolha deveria recair sobre pessoa que re na os requisitos exigidos para Ministro do Supremo Tribunal Federal Com esta Carta que foi outorgada simplesmente imposta pelo Presidente em car ter ditatorial o Minist rio P blico praticamente desaparece o que nos condena a desprez la como meio de se realizar algum estudo doutrin rio hist rico da Institui o Somente vale a pena cit la a t tulo de curiosidade acad mica 115 2 6 CONSTITUI O DE 1946 Foi com a Constitui o de 1946 que presenciar amos a restitui o da dignidade da institui o Ela dispensava lhe um t tulo aut nomo com independ ncia em rela o aos Poderes da Rep blica encaixando a institui o em acordo com a estrutura federativa Minist rio P blico estadual e Minist rio P blico Federal Seus membros ganharam estabilidade o ingresso na carreira passou a ser poss vel somente atrav s de concurso p blico estando prevista a promo o na carreira e a remo o somente seria possibilitada por representa o motivada da Procuradoria Geral 2 7 CONSTITUI O DE 1967 69
181. IV V VI VII VIII IX X cumprir os prazos processuais guardar segredo sobre assunto de car ter sigiloso que conhe a em raz o do cargo ou fun o velar por suas prerrogativas institucionais e processuais prestar informa es aos rg os da administra o superior do Minist rio P blico quando requisitados atender ao expediente forense e participar dos atos judiciais quando for obrigat ria a sua presen a ou assistir a outros quando conveniente ao interesse do servi o declarar se suspeito ou impedido nos termos da lei adotar as provid ncias cab veis em face das irregularidades de que tiver conhecimento ou que ocorrerem nos servi os a seu cargo tratar com urbanidade as pessoas com as quais se relacione em raz o do servi o desempenhar com zelo e probidade as suas fun es guardar decoro pessoal art 236 5 DIREITOS E DEVERES Na Constitui o de 1988 o Minist rio P blico dotado de uma se o pr pria a respeito de sua organiza o A se o do Cap tulo IV pertencente ao T tulo IV declara o institui o permanente e essencial fun o jurisdicional do Estado incumbindo lhe a defesa da ordem jur dica do regime democr tico e dos interesses sociais e individuais indispon veis E com a finalidade de bem desempenhar o seu papel perante a sociedade os membros do Minist rio P blico devem ser entendidos como participantes da categoria administrativa e doutrin
182. Isso foi feito com o objetivo de nos alicer armos acerca dos dois institutos no Direito do Al m mar o suficiente para escrevermos sobre ambos tra ando um paralelo inexor vel e por fim chegarmos ao desiderato final qual seja o de o Minist rio P blico utilizar se da arbitragem para solucionar extrajudicialmente todas as esp cies de conflitos sociais de compet ncia da Justi a do Trabalho que lhe sejam submetidos Este trabalho teve como objetivo a constru o e sistematiza o da atua o do Minist rio P blico do Trabalho como rbitro de modo que a contribui o da aprimoramento do Minist rio P blico do Trabalho defendida na Faculdade de Direito do Recife da UFPE in dita gentileza do autor 28 doutrina que apesar de quase inexistente em nosso ordena o jur dica foi de extrema valia Na elabora o desta tese n o realizamos pesquisa emp rica embora alguns crit rios formais foram adotados visando a facilitar a compreens o do texto Optamos por empregar linguagem leve descontra da n o rebuscada Justificamos nossa linguagem no fato de nos dirigirmos n o s Comiss o Examinadora mas tamb m a outros segmentos da comunidade jur dica considerando a pretens o de publicarmos oportunamente este trabalho O negrito utilizado para o realce de alguns termos e determinadas express es O it lico adotado em palavras estrangeiras As aspas s o utilizadas para fazer uso da cita o
183. LGADO Maur cio Godinho Princ pios do Direito do Trabalho Jornal Trabalhista ano XI n 535 pp 1208 15 Consulex Editora Bras lia dezembro de 1994 128 Na fase pr jur dica ou pol tica os princ pios influenciam de maneira limitada vez que as principais fontes materiais do Direito encontram se fora do sistema jur dico consubstanciando se atrav s dos movimentos sociais pol ticos e filos ficos 128 nesta fase que eles agem como virtuais fontes materiais do Direito como veios iluminadores elabora o da norma jur dica Ex princ pios sociais princ pios morais princ pio da razoabilidade etc Na fase posterior ou jur dica os princ pios assumem fun es 9 diversificadas Aqueles denominados descritivos ou informativos t m o destacado papel na exegese do Direito n o por atuarem como fonte formal mas como instrumental de aux lio interpreta o jur dica j que sua fun o contribuir no processo de compreens o da norma Ex princ pio in d bio pr misero no Direito do Trabalho Por outro lado os princ pios normativos t m o af crucial de orientar os cientistas e aplicadores do Direito no processo de integra o jur dica Outrossim alvissareiro asseverar que os princ pios em outro plano podem realizar o papel de fontes formais supletivas do Direito sendo utilizados como fontes normativas subsidi rias falta de outras normas jur dicas utiliz v
184. LT Conven o Coletiva de Trabalho o acordo de car ter normativo pelo qual dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econ micas e profissionais estipulam condi es de trabalho aplic veis no mbito das respectivas representa es s rela es individuais de trabalho grifo nosso 415 das cl usulas de arbitragem no bojo das conven es e dos acordos coletivos de trabalho Em rela o solu o do problema concernente aos contratos individuais ressaltamos que os citados instrumentos se adequam perfeitamente visto que neles percebemos um ato bilateral de vontades livres objetivando criar normas de efic cia obrigat ria entre as partes empregadores e empregados Lembremos com Luisa Riva Sanseverino minudente descri o do fen meno da contrata o coletiva Contrato celebrado entre um grupo de trabalhadores organizados qualquer que seja a forma de organiza o de um lado e do outro um grupo de empregadores ou apenas um empregador e destinado a estabelecer as condi es que devem ser respeitadas nas rela es individuais de trabalho constitu das entre aqueles aos quais o ato se refere Jos Augusto Rodrigues Pinto aborda com excel ncia a externa o das diferen as entre estes instrumentos coletivos de negocia o a serem utilizados para balizar futuros diss dios individuais em arbitragem criando uma grada o conceptual o contrato coletivo stricto
185. Le Minist re Public entre son pass et son avenir Paris Picchon et Durand Auzias 1967 p 34 O texto de autoria de Edylc a Tavares Nogueira de Paula O Minist rio Publico e seu posicionamento no Estado de Direito Revista de Informa o Legislativa Bras lia Ano 18 num 72 out dez de 1981 p g 86 frisou estar a mat ria constitucional referente disciplina do Minist rio P blico veiculada no cap tulo do Poder Judici rio Todavia a autora n o atentou para o fato de a organiza o do Poder Judici rio Franc s ser vinculado e subordinado ao Poder Executivo desta sorte o parquet franc s tamb m institui o do Poder Executivo O texto de Maria Ignez Franco Santos Apontamentos sobre o Minist rio P blico Franc s publicado pela 51 subordinada diretamente ao Ministro da Justi a Grand Juge Ministre de la Justice Isto se deve ao fato de a atua o do parquet franc s esta diretamente ligada condu o da pol tica criminal porquanto prepondera a atividade de cunho repressivo Outras importantes consequ ncias adv m do v nculo com o Poder Executivo porquanto os membros do Minist rio P blico franc s s o funcion rios seus n o gozam dos benef cio da inamovibilidade podendo inclusive substitu rem se mutuamente nas causas em que atuem decorr ncia da aplica o do princ pio da unidade e indivisibilidade da institui o No modelo de jurisdi o penal francesa existem tr s esferas de jurisdi o
186. Lei de Arbitragem que estabelecem casos de nulidade da senten a arbitral regulando tamb m a a o que lhe vise declarar a nulidade devemos distinguir os da taxatividade situa o diversa v g do que ocorre com a a o rescis ria que s pode ser utilizada nos casos expressamente previstos no art 485 do C digo de Processo Civil 35 DINIZ Jos Jangui Bezerra Diniz A o Rescis ria dos Julgados LTR SP 1998 p 62 365 conceitos de nulidade e de rescindibilidade art 32 fixa nulidades entre as quais a decorrente de prevarica o concuss o ou corrup o passiva enquanto o art 33 fixa a a o declarat ria de nulidade Entrementes de se rememorar pois dito anteriomente que a nulidade n o se relaciona com a rescindibilidade A declara o dos atos nulos geram efeitos ex tunc Dos atos rescind veis ex nunc Outrossim mesmo que consider ssemos que as causas previstas do art 32 da lei fosse de rescindibilidade constata se que ela n o abrange todos os casos de imperfei o contidas no art 485 do CPC Por outro lado a senten a arbitral considerada t tulo judicial pois elencada no rol desses t tulos previstos no art 584 VI do CPC e produzir entre as partes e seus sucessores os mesmos efeitos da senten a judici ria com efic cia de t tulo executivo judicial produzindo pois coisa julgada al m de formalmente tamb m materialmente Por fim o prazo prescricional da a o de nu
187. NIST RIO P BLICO DO TRABALHO NO BRASIL T Pante Hist rica ceee eee AGRAVA ERA CREED OESP TOR 207 2 Orddos do MP Desapstnca inatas ais a E DMA con ro oa a sapo ada 209 2 1 O Procurador Geral do Trabalho no 209 2 2 O Col gio de Procuradores do Trabalho i 210 2 3 O Conselho Superior do Minist rio P blico do Trabalho 210 2 4 A C mara de Coordena o e Revis o Minist rio P blico do AREITIO OCR ORSON PCR SUR UPE DA CER NRS PRE STE PRN A DR DR RR DA 212 2 5 A Corregedoria do Minist rio P blico do Trabalho 213 2 6 Os Sub Procuradores Gerais do Trabalho 213 2 7 Os Procuradores Regionais do Trabalho 213 2 8 Os Procuradores do Trabalho a 213 3 Interesses difusos coletivos e individuais homog neos de conte do Lig lofe Ilai tz ESPERAR DO EAN PDA ERR PORRA A RAR RD VARIA 213 4 Formas de atua o do Minist rio P blico do Trabalho 217 A JUdicialmente cs sed pu tar a Ra ido 218 4 2 EXajudICialmente ul ion tet a cedro arg ab ado fora dia amada Seis 227 4 2 1 O Minist rio P blico do Trabalho na erradica o do trabalho infantil e na prote o do trabalho do adolescente 227 4 2 2 O Minist rio P blico do Trabalho na erradica o do trabalho 16 9 6 6 RENDA AND RS OR A E AA E 241 4 2 3 O M
188. Naquela s o os pr prios atores sociais envolvidos que no uso da autonomia privada coletiva atrav s da atividade negocial obt m a composi o dos conflitos ocorrentes Nesta modalidade encontram se a media o e a concilia o que malgrado cont m com a colabora o de um terceiro este nada decide n o julga a lide Na hetero composi o a lide submetida a julgamento a um terceiro que ir impor uma decis o s partes envolvidas ou seja que apreciando a causa ir decidi la ir compor a lide proferindo um julgamento Nesta modalidade insere se a arbitragem Interessa nos no particular a arbitragem como forma de hetero composi o dos conflitos trabalhistas Nesta discuss o acerca da arbitragem trabalhista cab veis s o coment rios a respeito do atual modelo jurisdicional de nossa Justi a do Trabalho 368 cedi o que a Justi a do Trabalho sempre prestou excelentes servi os a seus jurisdicionados buscando reduzir as desigualdades que existem nas rela es entre patr es e empregados e induzindo as entidades sindicais busca da melhoria e aperfei oamento de sua representatividade Pensava se que nos prim rdios de sua instaura o com o antigo modelo tripartite de comando de representa es parit rias com a presen a de Estado empregados e empregadores a Justi a do Trabalho seria um eterno e imenso f rum de negocia o coletiva diuturna entre trabalhadores e patr es Naque
189. O crit rio utilizado para a fixa o da compet ncia encontra se atendido pela gravidade da infra o praticada Desta forma o Tribunal d Instance para quest es de menor potencial ofensivo as contraven es penais o Tribunal Correctionnel para as causa de gravidade intermedi ria relativas aos delitos e o Cour d Assises ou Tribunal do J ri para causas complexas com maior potencial ofensivos homic dios e tr fico de entorpecentes por exemplo Curiosamente a acusa o deste ltimo n o feita pelo membro do Minist rio P blico e sim por um procurador geral junto Corte de Apela o ou um Advogado Geral que n o participa do julgamento Para cada ju zo penal deve necessariamente funcionar um membro do parquet Tamb m funcionam junto aos Tribunais Administrativos como fiscais da lei partie jointe Para a propositura da a o penal dois princ pios assentam legalidade e da oportunidade Diversamente do que ocorre na jurisdi o p tria o modelo Revista dos Tribunais Ano 89 vol 781 nov 2000 pp 790 800 traz importantes esclarecimento sobre o Minist rio P blico franc s bem como sobre a estrutura judici ria daquele pa s E TROPER M La Separation des Pouvoirs et l histoire constitucionele fran aise Paris LGDJ 1980 p 43 38 SANTOS Maria Ignez Franco Apontamentos sobre o Minist rio P blico Franc s publicado pela Revista dos Tribunais Ano 89 vol 781 pp 790 800 nov 2000 3 O art 1
190. Parquet Atuar ele sempre de forma serena participativa ponderada e razo vel respeitando os princ pios materiais e processuais do Direito Comum e do Direito do Trabalho como os do in dubio pro oper rio da primazia da realidade da continuidade da condi o mais ben fica ao trabalhador da prote o etc Em obedi ncia ao princ pio da independ ncia funcional dos membros do Minist rio P blico do Trabalho n o dever o ser impostas limita es ao livre convencimento motivado de cada um dos procuradores que venha a proferir senten a arbitral De lege ferenda dever o ser instalados of cios espec ficos apenas para a realiza o de arbitragens trabalhistas Reservar se iam as lides arbitr veis trazidas ao Minist rio P blico do Trabalho somente queles que mais se encontrassem preparados para tal Para isso dever o ser buscados treinamentos espec ficos intentando se o aperfei oamento institucional Criados estariam os crit rios de compet ncia em raz o da mat ria no mbito do Minist rio P blico do Trabalho Registre por oportuno o alto n vel t cnico e intelectual existente nos quadros do Minist rio P blico do Trabalho eis que s o os seus membros selecionados mediante rigoros ssimo concurso p blico de provas e t tulos 459 Para as partes em lit gio n o haveria a necessidade de arcarem com as custas de um processo arbitral como ocorre em entidade da iniciativa privada O Minist rio P b
191. Princ pios Jur dicos Fortaleza loce 1988 Tese de Doutoramento sobre o tema Contribui es do Supremo Tribunal Federal para a Instabilidade do Brasil Estudo de Casos apresentada no curso de Doutorado da Universidade Federal de Pernambuco p 20 LEIB Soibelman Enciclop dia Jur dica Vol 1 Rio de Janeiro Editora Rio s d LYRA Roberto Teoria e Pr tica da Promotoria P blica 2 ed Porto Alegre S rgio Ant nio Fabris 1989 LOUREN O Evandro Ramos A Interven o Obrigat ria do MPT nas Arg i es de Inconstitucionalidade de Lei Revista do Minist rio P blico do Trabalho ano VI n mero 12 pp 137 141 Bras lia setembro de 1996 LAMARCA Ant nio Contrato Individual de Trabalho S o Paulo Revista do Tribunal 1969 Y YOSHIDA M rcio A Arbitragem no mbito do Direito do Trabalho Texto in dito p g 90 gentileza do autor 480 MACHADO Ant nio Cl udio da Costa A Interven o do Minist rio P blico no Processo Civil Brasileiro S o Paulo Saraiva 1989 MAGANO Oct vio Bueno Solu o extrajudicial dos conflitos individuais Revista Trabalho e Doutrina n 14 S o Paulo Saraiva 09 97 MANCUSO Rodolfo de Camargo Interesse Difusos conceito e legitima o para agir 3 ed Revista dos Tribunais 1994 Interesses Difusos S o Paulo Revista dos Tribunais 1991 MANDRIOLI Crisanto Corso de Diritto Processuale Civile Torino G Giappiche
192. SO Isabel Lopes Breve mem ria sobre a Procuradoria Geral da Rep blica Lisboa Procuradoria Geral da Rep blica Gabinete de Rela es P blicas e Informa o 1980 p 9 70 n o se podia ainda cogitar a exist ncia de uma institui o mas pode se afirmar que se tratava de um avan o legislativo para poca A partir das Ordena es Afonsinas mesmo que incipiente com a centraliza o do Estado portugu s e forma o de um aparato administrativo principiou a divis o de fun es entre os Procuradores do Rei da Justi a e da Casa de Suplica o dos procuradores dos feitos da Coroa e da Fazenda Apesar da exist ncia deste prec rio corpo de funcion rios n o poss vel falar de monop lio de jurisdi o estatal porquanto convivia nos forais a jurisdi o praticada por senhores contra seus vassalos A situa o s come ou a se modificar com a cria o de uma institui o que apoiasse a vassalagem e a protegesse Originou a figura do Procurador de Justi a atrav s das Ordena es Afonsinas de 1 446 T tulo VII Livro com a incumb ncia de defender os rf os vi vas e miser veis nas causas propostas perante a Corte isto intervir junto ao rei em diversas a es visto que n o havia ainda um aparelho jurisdicional Na verdade a pretens o do monarca era diminuir o poderio dos senhores feudais e fortalecer o Estado tirando assim das m os daqueles o exerc cio de poder sobre os vassalos As Orden
193. SSB NCIA E Eae a Sai 344 512 Ganad ses SUS O DA nd 344 5134 QUITOS PAISES mise isata do cado a a a SS as nada a sp 345 6 Natureza jur dica da Arbitragem ii ssssiisssiisenasenss asso caseeteretenitenea 345 7 Constitucionalidade da lei de arbitragem 348 7 1 Acesso ao Poder Judici rio asasigasiasamne sito ameno lonsiaganasaeiia Jadaid age bras 348 fe PrinCIpIG dO Juiz Natural ssa datas asia a aa CASS UA SD 354 7 3 Princ pio do Duplo Grau de Jurisdi o o 356 7 4 Conclus es acerca da constitucionalidade da lei de arbitragem 361 8 Anula o da senten a arbitral e pertinentes recursos 363 9 Execu o das senten as arbitrais eee 367 10 Crise no atual modelo da Justi a do Trabalho 368 11 In disponibilidade dos direitos trabalhistas 375 12 Arbitragem e a solu o dos conflitos trabalhistas 383 12 1 Doutrina contr ria arbitragem trabalhista 386 12 2 Doutrina favor vel arbitragem trabalhista 393 12 3 NosSsa POSI O seiseanan ana saia ta GE ui a Saes Ud 401 12 4 Conven o de arbitragem e contratos individuais 413 13 O Minist rio P blico do Trabalho e a Arbitragem ii 418 14 Atua o do Minist rio P blico como rbi
194. Socorremo nos do Aur lio para afirmar o bvio indispon vel aquilo de n o se pode dispor E dispor significa usar livremente fazer o que se quer de 271 algu m ou de alguma coisa Noutro falar direito indispon vel o direito que o seu titular n o pode fazer uso livremente Veja se a posi o da doutrina Loibelman ensina que direito indispon vel aquele que existe impedimento legal ou natural para a transfer ncia do dom nio ou da posse seja a que t tulo for Pontes de Miranda defende que se dos direitos n o poderia dispor o r u estes s o indispon veis 29 DINIZ Jos Jangui Bezerra Argili o da Prescri o pelo Minist rio P blico do Trabalho em Favor de Entes P blicos Jornal Trabalhista Ano XI n 529 pp 1 037 40 Consulex Bras lia outubro de 1994 FERREIRA Aur lio Buarque de Novo Dicion rio da L ngua Portuguesa 15 ed S o Paulo Nova Fronteira s d p 759 2 FERREIRA Aur lio Buarque de Novo Dicion rio da L ngua Portuguesa 15 ed S o Paulo Nova Fronteira s d p 759 pre SOIBELMAN Leib Enciclop dia Jur dica Vol l RJ Editora Rio s d p 259 MIRANDA Pontes Coment rios ao C digo de Processo Civil Tomo IV Rio de Janeiro Forense 2001 p 183 297 O professor Calmon de Passos preleciona que indispon vel todo o direito em rela o ao qual o titular n o livre de manifestar a sua vontade 275 S rgio Sahio
195. T da compet ncia dos tribunais n o de causar estranheza visto que s em 1993 quando entrou em vigor a Lei Complementar n 75 93 foi consagrada a a o declarat ria ou anulat ria do Minist rio P blico Portanto em sendo a controv rsia de natureza coletiva por compreender a integridade dos trabalhadores abrangidos pelo instrumento coletivo a o do parquet competente seria o tribunal a quem pertine as a es coletivas Auspicioso ressaltar a import ncia da a o anulat ria de cl usulas versantes sobre o desconto assistencial e confederativo 27 LEITE Carlos Henrique Bezerra Minist rio P blico do Trabalho S o Paulo LTr 1997 p 173 28 COUCE DE MENEZES Cl udio Armando Anula o de cl usulas acordos e conven es coletivas de trabalho Jornal Trabalhista n 20 980 Bras lia Consulex pp 5 25 Agosto 2003 269 Com efeito consoante assinalamos fato pret rito tem se discutido muuito a imposi o de cl usulas relacionadas aos descontos assistenciais e confederativos aos trabalhadores Sendo comum a gera o de a es anulat rias pelo Minist rio P blico sob principalmente tr s argumentos 1 as contribui es n o poderiam ser aportadas pelos n o associados sob o risco de se ferir a liberdade individual de associa o sindical 2 os descontos agrediriam as normas constitucionais que salvaguardam a irredutibilidade e a integralidade salarial 3 os descontos estabele
196. TESE DE DOUTORAMENTO ATUA O DO MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO COMO RBITRO NOS DISS DIOS INDIVIDUAIS DE COMPET NCIA DA JUSTI A DO TRABALHO JOS JANGUI BEZERRA DINIZ TESE DE DOUTORAMENTO ATUA O DO MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO COMO RBITRO NOS DISS DIOS INDIVIDUAIS DE COMPET NCIA DA JUSTI A DO TRABALHO DOUTORANDO JOS JANGUI BEZERRA DINIZ ORIENTADOR PROFESSOR DOUTOR RAIMUNDO JULIANO FEITOSA BANCA EXAMINADORA PROFESSOR DOUTOR FRANCISCO QUEIROZ BEZERRA CAVALCANTI PRESIDENTE PROFESSOR DOUTOR PAULO LOPO SARAIVA 1 EXAMINADOR PROFESSOR DOUTOR L CIO GRASSI DE GOUVEIA 2 EXAMINADOR PROFESSOR DOUTOR Z LIO FURTADO DA SILVA 3 EXAMINADOR PROFESSOR DOUTOR ALEXANDRE RONALDO DA MAIA DE FARIAS 4 EXAMINADOR AGRADECIMENTOS 1 A TODOS OS PROFESSORES DO P S GRADUA O EM DIREITO DA UFPE EM ESPECIAL AOS PROFESSORES RAIMUNDO JULIANO E JO O MAUR CIO ADEODATO 2 A SERVIDORA DA SECRETARIA DO P S GRADUA O JOSINA DE S LEIT O J SE 3 AOS MEUS GRANDES AMIGOS JOS LA ZIO PINTO J NIOR MARIA GORETE DE OLIVEIRA CHAVES JANETE CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE PAULA FRASSINETTI SOARES DE CARVALHO ROSA MARIA FREITAS DO NASCIMENTO FERNANDO TEN RIO TAVEIRA J NIOR E DANIEL RODRIGUES RIVAS DE MELO QUE MUITO CONTRIBUIRAM NO TRABALHO DE PESQUISA PARA CONCLUS O DA TESE 4 AOS MEUS ENTES QUERIDOS SANDRA CRISTINA DA SILVA THALES JANGUI SILVA DINIZ ELORA CRISTINA SILVA DINIZ JANGUI E MEL
197. Trabalho ano VIII n mero 15 pp 97 105 Bras lia mar o de 1998 CARVALHO Paulo Pinto Uma Incurs o do Minist rio P blico Luz do Direito Comparado Fran a It lia Alemanha Am rica do Norte e Uni o Sovi tica Revista Minist rio P blico Direito e Sociedade pp 77 119 1996 CARDOSO Isabel Lopes Breve mem ria sobre a Procuradoria Geral da Rep blica Lisboa Ed Procuradoria Geral da Rep blica Gabinete de Rela es P blicas e Informa o 1980 CAMINHA Marco Aur lio Lustosa Tese de Mestrado sob o t tulo A Amea a do Alheamento do Estado s Rela es de Trabalho no Brasil argumentos em defesa da interven o estatal e do aprimoramento do Minist rio P blico do Trabalho defendida na Faculdade de Direito do Recife da UFPE in dita gentileza do autor 468 CARMO J lio Bernardo do Sal rio M nimo BARROS Alice Monteiro de Coord Curso de Direito do Trabalho estudos em mem ria de C lio Goyat V 2 2 ed S o Paulo LTr 1994 D DINIZ Jos Jangui Bezerra Arbitragem como forma de solu o dos conflitos no Brasil Revista Trabalho e Doutrina n 14 S o Paulo Saraiva setembro de 1997 Arg i o da Prescri o pelo Minist rio P blico do Trabalho em Favor de Entes P blicos Jornal Trabalhista Ano XI n 529 pp 1 037 40 Consulex Bras lia outubro de 1994 Compet ncia da Justi a do Trabalho para Execu o de Termo de Compromisso firmado perante o M
198. Tribunais Militares Como ocorre no Brasil gozam de autonomia funcional e org nica O cargo de Vice Procurador Geral da Rep blica escolhido por seus pares atrav s do Conselho Superior de Magistratura O cargo de Procurador Geral da Rep blica de nomea o pol tica n o pode ultrapassar seis anos de mandato In meras atribui es s o conferidas aos membros do parquet luso destacando a priori a compet ncia para a a o penal p blica Diante da sistem tica do Direito Processual Penal moderno que separa racionalmente as fun es dos tr s personagens do processo cabe ao membro da institui o a fun o acusat ria No Direito portugu s ao Minist rio P blico confiada a 88 Anteriormente tratamos do modelo franc s e observamos que nas caudas da Corte d Assise Tribunal do J ri a acusa o n o exercida pelo parquet e sim pelo Procurador de Justi a Excetuando se o franc s em todos os outros sistemas a fun o acusat ria sempre exercida 71 condu o do inqu rito policial fun o que anterior promulga o do C digo de Processo Penal de 1988 era exercida pelo juiz da instru o As disposi es referente mat ria penal consagram os princ pios da legalidade e da indisponibilidade da a o penal Para que o parquet eficientemente conduza a investiga o criminal s o disponibilizados rg os pr prios para tais fins contando com o Departamento Central de Investiga o
199. URGEL Maria Aparecida Minist rio P blico do Trabalho no Brasil artigo in dito gentileza da autora 205 Para arrematar entendemos diante de todo o exposto que o perfil constitucional do Minist rio P blico de rg o do Estado a Servi o da Sociedade rg o de controle que atuando em conjunto com os Poderes do Estado deposit rios da legitimidade social de forma aut noma e independente tem como mister a defesa do ordenamento jur dico da democracia dos interesses da sociedade e dos direitos transindividuais ou metaindividuais Encarrega se dentre outras atribui es de fazer com que os Poderes Executivo Legislativo e Judici rio no exerc cio de suas fun es respeitem os direitos que a lei maior assegurou E nesse Estado Republicano de Direito representativo e democr tico cabe ao Parquet a principal tarefa da defesa indormida de sua integridade e sobretudo da sociedade a quem se destinam os seu servi os e cuidados 206 CAP TULO VII MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO NO BRASIL 1 PARTE HIST RICA A hist ria do Minist rio P blico do Trabalho se confunde com a pr pria hist ria da Justi a do Trabalho correndo paralela a ela o seu desenvolvimento Como asseverado por mim noutra obra o Minist rio P blico do Trabalho no Brasil teve sua origem com o Conselho Nacional do Trabalho em 1923 no mbito do ent o Minist rio da Agricultura Ind stria e Com rcio onde passou a funcionar
200. Vale aqui ressaltar que os trabalhadores ou por n o possu rem a plena e independente consci ncia de seus direitos ou por viverem numa constante afli o financeira socorrer se o do Estado ao se depararem presentes em conflitos 0 BRITO FILHO Jos Cl udio Monteiro Media o e arbitragem como meios de solu o de conflitos coletivos de trabalho atua o do Minist rio P blico do Trabalho Revista LTr Vol 62 n 03 p 345 S o Paulo Ltr Mar o 1998 443 laborais Todavia em vistas de melhor defender os pr prios interesses do trabalhador o Estado deve a ele sugerir outras solu es diferentes da proporcionada pelo Estado Juiz t o ou mais ben ficas quanto esta Por conseguinte diante da citada evolu o estatal em busca de meios de resolu o de conflitos que sejam alternativos Jurisdi o Estatal estimulando o consenso e a paz negociada entre os jurisdicionados encontramo nos cientes da obrigatoriedade de evolu rem tamb m as institui es estatais hodiernas em face de tal desiderato Neste nterim deve o Minist rio P blico do Trabalho realizar o seu mister no que pertine arbitragem trabalhista objetivando a afirma o da necess ria educa o da consci ncia laboral de cada um dos trabalhadores sob seu manto assim como almejando a cria o e o recrudescimento da cultura do respeito aos direitos e conquistas dos trabalhadores por parte dos empregadores Certamente cumprindo estes
201. a es Manoelinas de 1521 possibilitaram a interven o dos Procuradores do Rei em diversas a es desde que com procura o especial para o feito O Alvar de 1530 deu legitimidade para que os procuradores interviessem nas causas de interesses da Coroa autonomamente ou seja sem qualquer autoriza o espec fica do governante No entanto fora a legitimidade conferida de of cio em nada mais acrescentou aquele documento legislativo disciplina que o precedera 71 Com as Ordena es Filipinas somam se incumb ncias aos afazeres dos procuradores do Rei que passariam a defender os interesses do Estado Modifica es houve no per odo porquanto al m dos procuradores do rei foram criados mais dois grupos de funcion rios para atuarem junto Casa de Suplica o Promotor de Justi a e Solicitador de Justi a Posteriormente em 1637 cresceu a import ncia do Procurador da Coroa que deveria ser ouvido em toda mat ria jurisdicional funcionando assim como um verdadeiro custos legis Integrantes destes mesmos rg os tamb m atuavam junto Casa C vel da Rela o do Porto Com o fim do feudalismo e a centraliza o dos of cios jurisdicionais necessitou se criar um corpo de funcion rios para atuarem junto aos Tribunais defendendo os interesses da sociedade principalmente aqueles concernentes ao exerc cio da a o penal Por conflu ncia de interesses pol ticos como ainda pelo fato hist rico de serem os ib ricos pr
202. a o como rg o agente na defesa da sociedade a partir da promulga o da CF de 1988 Auxiliado pela fiscaliza o do Minist rio do Trabalho e Emprego o Minist rio P blico do Trabalho instaura Inqu ritos Civis P blicos realiza dilig ncias expede recomenda es e promove A es Civis P blicas perante a Justi a do Trabalho almejando preservar a ordem trabalhista interna e a defender os direitos m nimos dos trabalhadores consagrados na Constitui o Federal Entretanto as dificuldades por que passa esse rg o ministerial s o in meras e podemos citar ilustrativamente algumas 1 a diversidade de rela es de trabalho a tutelar sem que haja clara previs o legal da compet ncia do Minist rio P blico do Trabalho para atuar a respeito de todas elas 2 o receio de propor a es perante outros ramos da Justi a al m da Trabalhista devido falta de previs o legal clara que o permita 3 a leitura inadequada do Princ pio da Unidade do Minist rio P blico inviabilizando uma atua o n o estanque 4 a aparente falta de imparcialidade do Procurador Geral da Rep blica para exercer o comando de todo o Minist rio P blico da Uni o por tratar se de um membro do Minist rio P blico Federal 4 restri o da atua o judicial das fun es Minist rio P blico do Trabalho feitas pela pr pria Lei Complementar n mero 75 98 art 83 caput 4 compet ncia restrit ssima da pr pria Justi a do Trabalho nos termos do ar
203. a o da Lei n 9 307 96 de 23 de setembro de 1996 a disponibilidade tamb m pode operar se pela via da arbitragem N s mesmos at por amor consci ncia defendemos o mesmo ponto de vista e inclusive em 1997 publicamos trabalho acerca do tema enfatizando Ora o argumento de que os direitos trabalhistas s o indispon veis despiciendo haja vista que se indispon vel fosse o mesmo n o poderia celebrar acordo em reclama es trabalhistas e o magistrado nunca poderia homologar tais acordos Por outro lado nem todas as normas trabalhistas s o imperativas e de ordem p blica e p r consegi ncia indispon veis os direitos Boa parte s o meramente dispositivas e esta disponibilidade existe porque o direito privado e patrimonial sendo igualmente privado o interesse tutelado pela norma Ademais certos direitos trabalhistas s o irrenunci veis e intransacion veis em qualquer lugar do mundo pois preconizado pela OIT Entretanto em alguns pa ses desenvolvidos como nos Estados Unidos da Am rica do Norte a arbitragem encarregada de resolver 90 dos conflitos trabalhistas No mais isso balela pois na pr tica o acordo judicial nada mais que uma ren ncia ou uma transa o 12 ARBITRAGEM E A SOLU O DOS CONFLITOS TRABALHISTAS Em rela o ao Direito do Trabalho desde o lumiar do s culo passado se conhece o instituto da arbitragem trabalhista no Brasil Iniciou se ela com o
204. a o do Trabalhador Portador do V rus HIV AIDS no Emprego e seu Direito Reintegra o Revista do Minist rio P blico do Trabalho ano XI n mero 22 pp 46 59 Bras lia Janeiro de 2002 249 Art 5 Todos s o iguais perante a lei sem distin o de qualquer natureza garantindo se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no pa s a inviolabilidade do direito vida liberdade igualdade seguran a e propriedade nos seguintes termos Il ningu m ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa sen o em virtude de lei X s o inviol veis a intimidade a vida privada a honra e a imagem das pessoas assegurado o direito de indeniza o pelo dano material ou moral decorrente de sua viola o 4 2 5 O MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO NO COMBATE S FALSAS COOPERATIVAS Cooperativa implica em identidade profissional ou econ mica entre os cooperados al m da igualdade social entre os mesmos e o completo dom nio sobre o seu trabalho o que estabelece a Recomenda o n 127 da OIT Numa aut ntica cooperativa de trabalho os seus associados cooperativados s o trabalhadores que buscam a contrata o de servi os relativos a suas profiss es ou of cios em benef cio do bem comum de todos Em verdade n o h patr es ou empregados pois todos s o cooperativados que se beneficiam do trabalho comum como por exemplo uma cooperativa de pescadores de costureiras etc em que o fruto do
205. a o e grande habilidade em insuflar o desejo de se chegar a um acordo o mediador age como um elemento catalisador que acelera a composi o AMARAL L dia Miranda de Lima Media o e Arbitragem uma solu o para os conflitos trabalhistas no Brasil S o Paulo LTr 1994 p 24 319 4 2 ARBITRAGEM E CONCILIA O Ao estudar o assunto Jos Francisco Siqueira Neto define concilia o como sendo Concilia o a forma pela qual as partes diretamente envolvidas no conflito ou atrav s de seus representantes ou terceiros designados ou escolhidos chegam solu o do conflito O procedimento de concilia o tende a reaproximar os pontos de vista antag nicos at a aceita o de uma solu o de tipo transacional ou seja contratual A concilia o se apresenta como uma simples negocia o mais ou menos organizada as partes confrontam seus pontos de vista e se esfor am a encontrar uma f rmula de compromisso sobre a qual elas possam concordar Ainda que n o exclusivamente vinculada negocia o coletiva a Concilia o tamb m pode ser entendida como o intento de compor amigavelmente as diferen as entre as partes de uma negocia o coletiva um meio para conservar ou restabelecer a paz entre as partes ajudando as ao mesmo tempo prepara o e conclus o de um acordo normativo Na concilia o as partes s o levadas a um acordo ou rem dio jur dico aceit vel para ambas O conciliado
206. a s vezes incalcul vel S o elas as lides das massas populacionais desfavorecidas as demandas protetivas de direitos difusos coletivos e individuais indispon veis de toda a popula o bem como aquelas onde se discutam direitos de incapazes Todas estas demandas podem ocorrer contra quaisquer que sejam os violadores de t o importantes direitos mesmo em sendo o violador o pr prio Poder P blico E mais eficiente ser a demanda contra o particular e principalmente contra o Poder P blico quanto mais estiver distanciado e independente o rg o ministerial sem preju zo de atribuir se a titularidade de algumas destas demandas citadas a outras entidades como as associa es espalhadas pelo pa s entre outros legitimados que o ordenamento instituir Sublinhe se que atrav s do Minist rio P blico o canal de acesso ao Judici rio por excel ncia destas demandas mais importantes que se firmar o as ra zes ltimas de um Estado Democr tico de Direito sob pena de atravancando o Minist rio P blico desfigurar se o Estado de Direito a n s entregue pela Assembl ia Constituinte de 1988 175 V rios membros do Minist rio P blico j fizeram a si mesmos a seguinte pergunta h medo do Minist rio P blico ela inquietante e extremamente atual visto o n tido inc modo que o Minist rio P blico continua provocando entre os detratores dos interesses sociais por ele defendidos Todavia mesmo em se propugnando sua impo
207. a Anno IX n 110 pp 9 10 Porto Alegre S ntese agosto de 1998 32 PIAIA PETROC NIO Renata Cristina O Minist rio P blico do Trabalho e a nova lei de arbitragem S ntese Trabalhista Anno IX n 110 pp 9 10 Porto Alegre S ntese agosto de 1998 396 Quanto constitucionalidade entendemos que n o h restri o aplica o da arbitragem aos conflitos trabalhistas individuais eis que o constituinte n o a proibiu Ao se manifestar com rela o esfera coletiva apenas real ou a possibilidade de os sindicatos recorrerem arbitragem quando frustrada a negocia o art 114 1 Acolhendo a admissibilidade da arbitragem nos diss dios individuais do trabalho Cl udio Armando Couce de Menezes e Leonardo Dias Borges vaticinam Entendemos que arbitragem pode ser de especial relevo solu o de demandas diversas n o s de cunho coletivo que emperram o Judici rio do Trabalho Nem todas as normas trabalhistas entanto s o de ordem p blica e imperativas e por consegi ncia indispon veis os direitos Com efeito boa parte das normas alusivas ao contrato individual de emprego s o dispositivas Esta disponibilidade existe porque o direito privado e patrimonial sendo igualmente privado o interesse tutelado pela norma Registre se que at o sal rio contratual est sujeito disposi o art 7 inciso VI da Constitui o Federal sem falar dos demais direitos e vantagens que s
208. a composi o Posteriormente houve ainda a revis o da Lei Org nica do Minist rio P blico em 1992 perdendo o Ministro da Justi a o poder de emitir diretivas gen ricas podendo contudo emitir diretivas espec ficas nas a es c veis em que est o em causa interesses privados do Estado Tais fatos levaram a independ ncia da Institui o em rela o ao Poder Executivo A ltima revis o da Lei Org nica do Minist rio P blico aprovou como objetivos fundamentais da Institui o a reestrutura o interna da Magistratura tendo em conta as atribui es do processo penal Acrescente se tamb m que foi ampliada a compet ncia do Conselho Superior do Minist rio P blico de modo que este rg o passou a deter o poder de deliberar e emitir diretivas em mat ria de organiza o interna e de gest o de quadro de pessoal Finalmente ante a breve an lise procedida na Institui o Ministerial Portuguesa temos que constitucionalmente um rg o do Poder Judicial organizado segundo uma pir mide tendo na base os Procuradores Adjuntos e no v rtice o Procurador Geral da Rep blica e como escal es intermedi rio os Procuradores da Rep blica e os Procuradores Gerais Adjuntos Diversas e vastas s o as suas atribui es cabendo nos no momento oportuno comentar sobre as mais importantes 69 Dentre os estudos da institui o nos pa ses da Europa Ocidental a compreens o do Minist rio P blico portugu s sem sombra
209. a legitimidade do movimento paredista frustra o de todas as poss veis tentativas de negocia o coletiva e impossibilidade do recurso arbitragem Por sua vez a Lei n 8 630 93 organizadora dos servi os portu rios disp e tamb m sobre a arbitragem no Direito do Trabalho Este diploma preceitua que quando for invi vel a solu o determinada pela Comiss o Parit ria caput do art 23 em rela o a poss veis lit gios decorrentes do que est insculpido em seus arts 18 19 e 21 as partes ficam obrigadas a recorrer arbitragem de ofertas finais E por fim houve a edi o da Lei n 10 101 2000 oriunda de convers o de medidas provis rias anteriores como a primitiva Medida Provis ria 794 94 do 372 Lei 7 783 89 art 3 caput 373 Lei 8 630 93 art 23 81 385 Governo Itamar Franco Tal legisla o regulamentou a participa o nos lucros e resultados das empresas recorrendo ao uso da arbitragem em sua modalidade de ofertas finais quando houver impasse na negocia o coletiva a respeito da quota de participa o dos empregados Este dispositivo importado do sistema jur dico ingl s recebe cr ticas ao estabelecer que as partes dever o se utilizar da arbitragem na modalidade de ofertas finais A lei vai impedir uma decis o mais ponderada do rbitro gerando mais conflituosidade atritos e descontentamentos as partes Isto porque o tema da participa o nos lucros deveras espin
210. a luta da realeza pelo monop lio da jurisdi o O avan o desse processo ocorreu com a edi o da Lei de 19 de mar o de 1317 pelo rei D Diniz que intervindo nos tribunais senhoriais assumiu as fun es de julgar as demandas em ltima inst ncia para fortalecer o poder real Desde o princ pio da monarquia especialmente a partir de D Afonso Ill apareceu em Portugal ind cios de advogados ou procuradores do rei por m n o se organizavam ainda como uma verdadeira magistratura nem muito menos se encarregavam da defesa dos interesses sociais Com efeito no ano de 1289 existia a figura do procurador do rei o qual se compararia hoje ao advogado do fisco A consolida o e a centraliza o do exerc cio da jurisdi o pela coroa deu se com as Ordena es do reino Afonsinas de 1456 Manuelinas de 1521 e as Filipinas de 1608 65 Conta nos a hist ria que a primeira refer ncia ao promotor de justi a consta nas Ordena es Manuelinas que atribuiu nova figura o papel de fiscalizar o cumprimento da lei e de sua execu o Todavia com as Ordena es Filipinas que s o previstas ao lado do promotor de justi a da Casa da Suplica o outras figuras como Procurador dos Feitos da Coroa Procurador dos Feitos da Fazenda e o Solicitador da Justi a da Casa da Suplica o que abrangeram fun es que posteriormente seriam exercidas pelo Minist rio P blico Benedicto de Campos e Ant nio Cl udio
211. a t o avassalador e injusto e claramente predominante na l gica jur dica liberal Mencione se que o Minist rio P blico especialmente a partir de 1988 ampliou o mbito de sua atua o para muito al m dos limites de sua atividade 188 judicante Ampliando os horizontes dos resultados proporcionados pela figura do inqu rito civil com sua atua o na fiscaliza o promo o dos interesses sociais o Minist rio P blico adicionou sua vasta gama de tarefas o ainda mais importante papel de institui o conciliat ria e mediadora dos conflitos e interesses sociais e transindividuais Estas tarefas s o mais bem conclu das com a realiza o de acordos e ajustamentos de condutas e tamb m com a efetiva implementa o de uma justi a socialmente distributiva atrav s do envolvimento direto do membro do Minist rio P blico com os problemas de sua sociedade N o por outro motivo que no interior dos ordenamentos jur dicos da era do Direito Social criaram se normas de regular prote o a grupos sociais determinados rompendo em definitivo com o falacioso dogma liberal da igualdade formal absoluta de todos os indiv duos num mesmo ordenamento jur dico Podemos citar como exemplos de alguns destes grupos os consumidores os alunos de rede p blica os idosos os ind genas os deficientes f sicos os incapazes as crian as e adolescentes os acidentados do trabalho os pensionistas os mutu rios os sem terra etc
212. a 116 2 7 Constitui o de 1967 609 pisar ima isra duas LADO NAS aaa ana Dea AD FED CEE 116 2 8 Constitui o federal de 1988 a 120 CAP TULO IV CONCEITO PRINC PIOS GARANTIAS PRERROGATIVAS DIREITOS DEVERES E VEDA ES 1 CONCEITO asa raias Di Ca aa E RUAN CONEN RANA Da RASA DER AN 122 2 TINCIDIOS a sense sa ingrid aa ta a ia sa a nte racao 122 ZE Unidade es cereais Ds DS Edo a a SAS RO T r e aa aii 122 2 2 Indivisibillidad sao a 123 2 3 Independencia funcional a qaazemscrssara csseaadesineCaNTLAsSasG nana ade paa aaa 123 2 4 Indisponibilidade e ereerrreeenenenanaa 123 2 5 Ie CUSADINAAdE ci raairivigos canais ada EG A PDA AS A aa 124 2 6 Irresponsabilidade ceras seara aa De ca aid eae UR Se 124 Zi do DEVOLU O isto arntanie ea rolo DE aa aa DELA aa e Rea a macias 124 20 SUDSIU O cosa sto e Sea e da a ie e a 124 2 9 Autonomia administrativa e financeira 124 2 10 Princ pio constitucional do Promotor Natural 125 SS ADAANAS casais is DS a DO SL EIS aa e asa 137 Str MIfGliCIadadE pace as sas asa Sa Sa O EES 138 3 2 Inamovibilidade sq aiii iinana a da done issu aan Ra ie ba ad nnen 138 3 3 Irredutibilidade salarial eee 139 Prerrogativas e praca sr died o ler EA atada E ai Si ra a 139 4 1 INS ULCION IS paris pas editei eae DID Aa a a Le aaa 139 4 2 Processuais dis luisa finais aaa E
213. a Junta quanto mat ria de fato 84 Salvo se versarem sobre mat ria constitucional nenhum recurso caber das senten as proferidas nos diss dios da al ada a que se refere o par grafo anterior considerado para esse fim o valor do sal rio m nimo data do ajuizamento da a o Desta forma v se que n o h o direito absoluto constitucionalmente assegurado ao recurso sendo permitido legisla o ordin ria realizar modifica es amainando a incid ncia do princ pio do duplo grau de jurisdi o Ressalte se que a restri o ao direito de interpor recurso n o impede a a o anulat ria da senten a arbitral em havendo nulidades no processo arbitral como nos permite os arts 32 e 33 da Lei de Arbitragem 7 4 CONCLUS ES ACERCA DA CONSTITUCIONALIDADE DA LEI DE ARBITRAGEM Estamos com Joel Dias Figueira J nior ao dizer que Ademais nunca se questionou a constitucionalidade das transa es n o havendo diferen a ontol gica entre a op o pela jurisdi o privada de forma direta ou atrav s de outorga a terceiros Em outros termos se o jurisdicionado pode dispor de seus bens particulares nada obsta que possa o menos isto dispor das respectivas formas de tutelas 31 FIGUEIRA J NIOR Joel Dias Arbitragem Jurisdi o e Execu o 2 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 1999 pp 159 160 361 Ora se pode o particular dispor de seu patrim nio transacionando poder
214. a Magistratura que a magistratura italiana e o Minist rio P blico como parte desta por m com denomina o de magistratura requirente puderam usufruir de v rios privil gios sempre reivindicados Come ou se o esbo o de uma nova fase porquanto diminu ram a perniciosa liga o com o Poder Executivo passando o Ministro da Justi a a exercer a vigil ncia com limita es e de acordo com a previs o legal Em 1959 a Constitui o italiana atualmente vigente no art 104 previu a cria o do Conselho de Magistratura Nacional e com isso o advento total da independ ncia da Magistratura italiana Extirpou se definitivamente as infer ncias do Ministro da Justi a passando o parquet a encontrar se sob depend ncia e 48 atrav s desta lei que foi criado um corpo de advogados avvocatus dello stato para tratar da defesa do Poder Executivo em ju zo PAULA Edylc a Tavares Nogueira de O Minist rio P blico e seu posicionamento no Estado de Direito Revista de Informa o Legislativa ano 18 n 72 Out dez 1981 pp 791 800 4 CARVALHO Paulo Pinto Uma incurs o do Minist rio P blico luz do Direito Comparado Fran a It lia Alemanha Am rica do Norte e Uni o Sovi tica Revista Minist rio P blico Direito e Sociedade p 90 1996 GUARNIERI Carlos Publico Ministero et sistema pol tico Padova Cedam 1984 p 21 5t CARVALHO Paulo Pinto Uma incurs o do Minist rio P blico luz do Direito Comparado
215. a Rep blica ser o chefe do Minist rio P blico da Uni o ele nomear o Procurador Geral do Trabalho que chefiar este rg o 208 A carreira do Minist rio P blico do Trabalho constitu da pelos cargos de Procurador do Trabalho Procurador Regional do Trabalho e Subprocurador Geral do Trabalho 2 RG OS DO MPT S o rg os do Minist rio P blico do Trabalho o Procurador Geral do Trabalho O Col gio de Procuradores do Trabalho O Conselho Superior A C mara de Coordena o e revis o A Corregedoria Os Sub procuradores Gerais do Trabalho Os Procuradores Regionais do Trabalho e Os Procuradores do Trabalho 2 1 O PROCURADOR GERAL DO TRABALHO O Procurador Geral do Trabalho ser nomeado pelo Procurador Geral da Rep blica dente integrantes da Institui o com mais de 35 trinta e cinco anos de idade e de 5 cinco anos na carreira integrantes de lista tr plice escolhida mediante voto plurinominal facultativo e secreto pelo Col gio de Procuradores para um mandato de 2 dois anos permitida uma recondu o observado o mesmo processo Caso n o haja n mero suficiente de candidatos com mais de 5 cinco anos na carreira poder concorrer lista tr plice quem contar mais de 2 dois anos na carreira art 88 Compete ao Procurador Geral do Trabalho exercer as fun es atribu das ao Minist rio P blico do Trabalho junto ao Plen rio do Tribunal Superior do Trabalho propondo as a es cab veis
216. a alternativa vi vel para solucionar os conflitos entre empregados e empregadores ap s ou durante a rela o de emprego Nesse particular consoante dados fornecidos pelo MTbE existiam no pais at pouco tempo 1 273 CCP s instaladas das quais 949 de mbito intersindical 306 envolvendo empresa e sindicato 14 por grupos de empresa e 4 por empresa Em Pernambuco apenas t tulo de ilustra o seriam 25 CCP s sendo 17 intersindicais 7 envolvendo empresa e sindicato e 1 de mbito empresarial as negocia o salvo acordo expresso com as partes interessadas Ora Se o mediador participa das negocia es n o mediador conciliador 323 Registramos por ser oportuno nesse momento as in meras vantagens da solu o extrajudicial dos conflitos atrav s das chamadas CCPs entre as quais elenca se a a possibilidade de solu o mais r pida dos conflitos trabalhistas b a a o pedag gica de est mulo negocia o entre as partes c a menor despesa para os envolvidos na demanda d o desafogamento da Justi a do Trabalho e a cria o de um ambiente e um clima adequados ao tratamento dos interesses em conflito f a maior aceita o do acordo encetado pois n o h ganhadores nem perdedores na demanda Recrudescendo o mbito de an lise importa registrar que as Comiss es de Concilia o Pr vias j eram exig ncias da OIT desde 1952 consoante se manifestou o Ministro do TST Jo o Oreste Dalaze
217. a arbitral por parte do Poder Judici rio Era ela medida extremamente burocr tica consistindo em contra senso sem medidas posto que fazia com que os ju zos arbitrais fossem meros ap ndices dos tribunais sofrendo de suas mesmas mazelas Contrariava todos os objetivos abarcados pelo instituto Todavia esta desnecessidade de homologa o n o quer significar exclus o total das lides ao Judici rio N o se pode consagrar o ju zo arbitral como nico e irrecorr vel t o s pelo fato de que ningu m isento do cometimento de erros Embora restritos h meios de se impugnar uma senten a arbitral Isto dito em respeito ao princ pio da inafastabilidade da jurisdi o ao Estado foi consignado parte em lit gio arbitral o poder de pleitear a nulidade do laudo a 32 TEIXEIRA S lvio de Figueiredo Arbitragem no sistema jur dico brasileiro Revista dos Tribunais S o Paulo vol 735 pp 46 47 1997 353 Informativo STF n 254 363 ela submetido em ocorrendo alguma das hip teses exemplificativas ressalte se bem do art 32 da Lei de Arbitragem Estas hip teses de nulidade da senten a arbitral ocorrem quando I for nulo o compromisso Il emanou de quem n o podia ser rbitro IIl n o contiver os requisitos do art 26 desta Lei IV for proferida fora dos limites da conven o de arbitragem V n o decidir todo o lit gio submetido arbitragem VI comprovado que foi proferida por prev
218. a cada dia que se passa mais se distanciam deteriorando a j p ssima distribui o de renda e de riqueza vivemos num pa s onde sobram as crian as sem vagas nas escolas vivemos num pa s que fecha seus olhos para o grande caos penitenci rio em que se encontra fazendo com que os seus presos n o possuam nenhuma possibilidade de reinser o na sociedade que diz ser capaz de o recuperar vivemos num pa s que somente realiza promessas de palanque eleitoral e onde estes eleitores s o rasteiramente vilipendiados por seus pares titulares da Administra o por eles legitimada vivemos num pa s que assiste impass vel ao menosprezo aos menores de rua e queles que vivem dos restos 16 MELO Andr Lu s Alves de Justi a sem processo e com reconhecimento pela sociedade Anais do 13 Congresso Nacional do Minist rio P blico Vol 3 pp 80 90 26 a 29 de outubro 1999 172 da rua vivemos num pa s onde pobres perecem nos corredores de emerg ncias superlotadas aguardando humilhantemente por uma m sera vaga para interna o e tratamento vivemos num pa s que ainda resiste erradica o do nepotismo pr tica ainda absurdamente vivaz nos corredores dos Poderes constitu dos vivemos num pa s onde a maior parte da popula o desconhece a real significa o da express o direitos humanos vivemos num pa s em que mais da metade de seus lares n o possui acesso a saneamento b sico vivemos num pa s que presencia
219. a comercial tamb m igualmente certo que suas normas podem ser aplicadas trabalhista falta de lei espec fica e porque revogados os dispositivos das leis substantiva e adjetiva civis sobre a mat ria importante diploma porque prev as formas de institui o da arbitragem e todo o procedimento arbitral incluindo a convers o de demanda judicial em arbitragem despesas com a utiliza o desse mecanismo efeitos execut rios do laudo arbitral ponto altissimamente relevante hip teses de sua nulidade inclusive prazo e reconhecimento de senten a arbitral estrangeira grifamos Perceba se importante ressaltar que com a arbitragem n o estaremos a desprezar os princ pios espec ficos do Direito do Trabalho em destaque o princ pio da prote o A Lei de Arbitragem se pauta expressamente pelo total respeito ao sacro princ pio da isonomia a partir do momento em que o art 21 2 da Lei estabelece que o princ pio da igualdade entre as partes dever sempre ser respeitado nos procedimentos arbitrais Tal dispositivo tem feito com que alguns jurisconsultos aleguem que o princ pio protetor teria que ser abandonado em seara arbitral N o definitivamente n o A isonomia buscada pela Lei de Arbitragem a isonomia real tratando de forma igual os iguais e desigualmente os desiguais Esta li o nos passada por v rias gera es desde as pocas de Rui Barbosa 3 BARBOSA Rui Ora o aos mo
220. a de an lise importa enfatizar que o art 429 da CLT trata do contrato de aprendizagem no caso de empresas industriais que como dito por D lio pode ser volunt rio ou obrigat rio O Decreto Lei 8 622 de 10 01 46 trata do contrato de aprendizagem tamb m obrigat rio ou volunt rio nas empresas comerciais Logo a efetiva o da aprendizagem ou forma o met dica ex vi legis deve ser feita no SENAI em caso de empresas industriais SENAC em caso de empresa comerciais ou at mesmo em curso por essas institui es reconhecidas Decreto 3 546 52 art 3 e 3 Outrossim considera se aprendiz os adolescentes submetidos no pr prio emprego aprendizagem met dica Decreto 31 546 de 06 10 52 e Portaria n 127 de 18 12 56 Para ser aprendiz o art 431 da CLT c c o art 1 do Decreto 31 546 de 06 10 52 exige idade m nima de 14 quatorze anos e m xima de 18 devendo o aprendiz satisfazer ainda as seguintes condi es a ter conclu do o curso prim rio ou possuir os conhecimentos m nimos essenciais prepara o profissional b ter aptid o f sica e mental verificada por processo de sele o profissional para a atividade que pretende exercer c n o sofrer de mol stia contagiosa e ser vacinado contra a var o Na tela de an lise tem prefer ncia para admiss o em 1 lugar os filhos dos empregados inclusive rf os e em 2 lugar os irm os de empregados do estabelecimento industrial contratante c
221. a demanda para decreta o de nulidade da senten a arbitral se pode dar em outras hip teses contidas na lei n o estando assim sujeita ao princ pio 364 recurso em sede de Processo Civil Comum Na contra m o da celeridade arbitral a Lei 9 307 96 enseja pronunciamentos arbitrais em resposta a tais embargos acerca de d vidas que mais se encontram no ju zo dos advogados e das partes do que na pr pria senten a arbitral atacada Por fim defendemos tamb m que o acesso ao Judici rio pode ser feito atrav s da A o Rescis ria de Senten a arbitral pois j defendemos o seu cabimento em nosso livro A o Rescis ria dos 355 Julgados quando escrevemos cumpre responder que j antes da revoga o do artigo 1 072 e seguintes do CPC pela Lei n 9 307 de 23 9 96 esta que n o era meramente homologat ria segundo parcela da doutrina j alimentava rescis ria Hoje muito mais que nunca temos que plenamente cab vel haja vista que a pr pria lei enfatiza que a senten a arbitral independe de homologa o pelo Judici rio e n o esta sujeita a recurso salvo estipula o em contr rio das partes Entretanto como veremos mais adiante a rescis ria como meio aut nomo de impugna o s decis es judiciais n o se constitui em recurso mas em a o de conhecimento ensejando uma nova rela o processual excluindo se por conseguinte da veda o da lei No pertinente aos arts 32 e 33 da
222. a do Minist rio P blico do Trabalho ano VIII n mero 15 pp 97 105 Bras lia mar o de 1998 226 4 2 EXTRAJUDICIALMENTE Extrajudicialmente ele atua no mbito administrativo promovendo procedimentos investigat rios e inqu ritos que podem alimentar um processo judicial O art 84 da LC 75 93 trata dos casos de atua o embora n o de forma taxativa haja vista que todos os instrumentos jur dicos de atua o conferidos aos demais ramos do Minist rio P blico pela Lei Complementar o s o tamb m de utiliza o do Minist rio P blico do Trabalho Vejam se os casos mais importantes previstos no art 84 Il instaurar inqu rito civil e outros procedimentos administrativos sempre que cab veis para assegurar a observ ncia dos direitos sociais dos trabalhadores IIl requisitar autoridade administrativa federal competente dos rg os de prote o ao trabalho a instaura o de procedimentos administrativos podendo acompanh los e produzir provas V exercer outras atribui es que lhe forem conferidas por lei desde que compat veis com sua finalidade 4 2 1 O MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO NA ERRADICA O DO TRABALHO INFANTIL E NA PROTE O DO TRABALHO DO ADOLESCENTE J enfatizamos alhures que na nossa tica o menor deveria estar na escola na busca do aprendizado para o mundo do amanh mas que infelizmente 19 LEITE Carlos Henrique Bezerra Minist rio P blico do Trabalho S
223. a fim de que n o fiquem merc da vontade privada participando do processo como viva vox de interesses da ordem jur dica a serem salvaguardados na composi o da lide A regra que prevalecendo o poder dispositivo das partes sobre os direitos privados principalmente sobre os econ micos n o cabe ao Minist rio P blico intervir nas causas a eles relativas 152 Sendo o interesse em lit gio p blico tais como o relacionado com os bens e obriga es das pessoas jur dicas de Direito P blico ou porque envolve uma parcela imprevis vel da comunidade como se d com a fal ncia a interven o do custos legis de conveni ncia intuitiva Em todos os casos em que a lei considera obrigat ria a interven o do Minist rio P blico a falta de sua intima o para acompanhar o feito causa de nulidade do processo que afetar todos os atos a partir da intima o omitida Logo conferida legitima o ao Minist rio P blico para propor a o rescis ria de senten a pela raz o de n o ter sido ouvido no processo em que se fazia obrigat ria sua interven o de custos legis 4 DIREITOS OU INTERESSES TUTELADOS INTERESSES DIFUSOS COLETIVOS E INDIVIDUAIS HOMOG NEOS 4 1 CONSIDERA ES INICIAIS O Minist rio P blico apesar das inova es operadas ao longo dos tempos nas Cartas Magnas promulgadas pela Ordem Vigente a cada poca no pa s que muitas vezes acolheu os anseios da Institui o e outras re
224. a interven o do Minist rio P blico em diversas situa es especialmente na condi o de custos legis Nesta fase o Promotor de Justi a passa a atuar como fiscal da lei apresentando seu parecer ap s a manifesta o das partes em defesa do interesse p blico possivelmente existente em determinados tipos de lides A sua interven o visava proteger basicamente os valores e interesses sociais ent o considerados indispon veis ou mais importantes como as rela es jur dicas do direito de fam lia casamento registro e filia o defesa dos incapazes defesa da propriedade privada da a interven o em feitos de usucapi o testamentos e disposi es de ltima vontade etc A partir deste per odo o Promotor vinculava 113 se basicamente defesa dos valores centrais de uma ordem social e econ mica burguesa predominantemente rural e agr ria Assim iniciava se o fen meno do parecerismo que permear toda a exist ncia jur dica do Minist rio P blico at os dias de hoje Anterior ao C digo de Processo Civil de 1939 eram vigentes os C digos de Processo Civil estaduais os quais davam aten o quase inexistente ao Minist rio P blico Doutro modo o C digo de Processo Penal de 1941 consolidaria a posi o do Minist rio P blico como titular da a o penal p blica dando lhe poder de requisi o de instaura o de inqu rito policial entre outras dilig ncias caracter sticas do procedimento inquisitor
225. a manipula o criminosa por parte de prefeitos e vereadores de cestas b sicas e aux lios pecuni rios a miser veis da seca nordestina vivemos num pa s que assiste desassistido escancarada improbidade administrativa e ao locupletamento il cito do Patrim nio e do Er rio P blico por parte daqueles que deveriam deles cuidar com o maior zelo e probidade poss veil vivemos num pa s onde as pessoas ainda adquirem toda uma variada sorte de produtos falsificados vivemos num pa s onde o Poder Judici rio n o realiza satisfatoriamente o seu papel qual seja o de dirimir os conflitos da forma mais c lere e eficiente poss vel visto que uma engrenagem custosa e vagarosa vivemos num pa s que se acostumou ao desrespeito perene ao C digo de Defesa do Consumidor por parte de empresas que assim agem patrocinadas pela in rcia do Poder P blico vivemos num pa s repleto de desigualdades cru is num pa s cruelmente desigual Tudo isto exige algu m que defenda a sociedade das variadas agress es que ela vem recebendo por todos os lados Este defensor o Minist rio P blico incumbidos que est o seus membros de defender os interesses da sociedade propugnando pela preval ncia dos valores constitucionais garantidos mesma Com engajamento idealismo coragem e destemor est o os seus membros vencendo as barreiras impostas Institui o Desta forma est o estes dedicados agentes p blicos fazendo da Institui o o rg o aut n
226. a pelo rbitro reclamar a atua o do juiz togado toda vez que se fizerem necess rias a coertio e a executio A quatro porque para ser reconhecida ou executada no Brasil art 35 a senten a arbitral estrangeira se sujeitar homologa o do Supremo Tribunal Federal ou de outro rg o jurisdicional estatal v g o Superior Tribunal de Justi a se a Constitui o reformada assim vier a determinar A cinco porque do Judici rio o controle sobrevindo no curso da arbitragem controv rsia acerca de direitos indispon veis e verificando se que de sua exist ncia ou n o depender o 362 julgamento A seis porque tamb m caber ao Judici rio decidir por senten a acerca da institui o da arbitragem na hip tese de resist ncia de uma das partes signat rias da cl usula compromiss ria art 7 Lembramos por fim que fortalecida est a constitucionalidade da Lei 9 307 96 diante do fato de que ela se encontra pacificada em nosso Supremo Tribunal Federal desde dezembro do ano de 2001 Naquela poca nos autos da Senten a Estrangeira Espanha 5 206 em decis o de agravo regimental decidiu se pela plena constitucionalidade de nossa Lei de Arbitragem tendo sido acatado o agravo e homologada a respectiva senten a arbitral 8 ANULA O DA SENTEN A ARBITRAL E PERTINENTES RECURSOS De forma inovadora a Lei n 9 307 96 andou muito bem excluindo qualquer necessidade de posterior homologa o da senten
227. a ser desempenhada pelo Minist rio P blico no combate as mazelas nacionais Al m claro da enorme dist ncia entre o ideal constitucional e a realidade social econ mica do pa s porque demasiado grande o contigente dos exclu dos das prerrogativas e dos direitos de cidadania No contexto Walter Paulo Sabella mostra nos o Relat rio da C pula Mundial sobre o desenvolvimento social do Brasil atinente ao assunto I Nossa popula o de 156 milh es e 300 mil habitantes Desses 41 970 326 s o pobres e representam 26 8 do total Dos pobres 16 577 166 s o indigentes ou seja n o comem ll Em 1960 portanto h tr s d cadas a renda dos 10 mais ricos era 34 vezes maior do que a renda dos 10 mais pobres Trinta anos depois essa realidade saltou para 78 vezes Ill Em 1989 os 20 mais pobres da Am rica Latina e do Caribe detinham o dobro da fatia de renda dos 20 mais 16 RESENDE C ssio Eduardo Rosa Minist rio P blico e Defesa da Cidadania Revista Sa de Sexo e Educa o Ano IV n 5 IBMR Instituto Brasileiro de Medicina e Reabilita o pp 15 25 outubro novembro dezembro 1995 170 pobres do Brasil A rela o era de 4 1 para 2 1 IV Os nossos analfabetos a partir dos 10 anos de idade s o 20 2 milh es enquanto quatro milh es de crian as est o fora da escola Apenas 34 dos que ingressam no ensino b sico conseguem conclu lo V De cada mil crian as morrem 51 1 enquanto no No
228. abilidades aferidas pelo Instituto Nacional de Seguridade Social 245 O Minist rio P blico do Trabalho integra o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Defici ncia CONADE atrav s da Portaria n 84 9 2 2000 O Minist rio P blico do Trabalho tem se preocupado com a readapta o do empregado acidentado sobretudo pela falta de pol tica regulamentar nas empresas com a inser o ao trabalho e o acesso aos locais de trabalho e ao meio ambiente de trabalho do portador de defici ncia f sica visual auditiva e mental verificando tamb m r a legalidade e efetiva o de programas de apoio e reabilita o a empregados dependentes qu micos e de lcool em curso no mbito das empresas Age ademais o Parquet visando eliminar diferen as de remunera o pelo trabalho prestado por homem e mulher preservando os direitos consagrados pela Lei 9 799 de 26 5 99 que inseriu no art 373 da CLT novas regras para o acesso da mulher ao mercado de trabalho Art 373 Ressalvadas as disposi es legais destinadas a corrigir as distor es que afetam o acesso da mulher ao mercado de trabalho e certas especificidades estabelecidas nos acordos trabalhistas vedado l publicar ou fazer publicar an ncio de emprego no qual haja prefer ncia ao sexo idade cor ou situa o familiar salvo quando a natureza da atividade a ser exercida p blica e notoriamente assim o exigir Il recusar emprego promo o ou in
229. ac rd o que amolda ao caso como uma luva A prescri o em favor da Fazenda P blica deve ser declarada pelo juiz ainda que n o alegada pelo seu representante judicial Tribunal de Justi a do Distrito Federal 1 C mara C vel Apela o Civil 32 984 Rel Desembargador Rom o Cortes de Lacerda J 13 07 55 Revista de Direito Administrativo v 45 p 217 8 jul set 1956 Pois bem Embora possa o magistrado declarar de of cio a prescri o de direitos patrimoniais em se tratando de ente p blico se por veras esse n o decretar a quest o que nos apresenta a de saber se o Minist rio P blico do 8 NUNES Reginaldo Da prescri o em favor do Estado e sua declara o ex officio Revista dos Tribunais S o Paulo V 54 n mero 352 pp 26 28 1965 296 Trabalho no exerc cio de sua compet ncia institucional poder argui la por ocasi o de sua manifesta o como custos legis Na nossa tica imp e se responder afirmativamente e isso j foi por n s escrito e publicado alhures que embora renunci vel a prescri o esta n o pode ser feita em preju zo de terceiros Ademais o administrador p blico n o disp e dos bens p blicos porquanto s o eles indispon veis basta procedermos a hermen utica mais razo vel dos artigos 310 inciso Il do CPC art 351 tamb m do CPC e art 1035 do CC de 1916 qual seja a gramatical chegaremos ila o de que os bens p blicos s o indispon veis
230. acima posto apesar de j ter sido decidido pela corte maior acreditamos que esse entendimento merecia uma maior reflex o por exprimir a falta de autonomia administrativa do Minist rio P blico Especial junto ao Tribunal de Contas o que pode enfraquec lo no desempenho do seu mister Constitucional Para tanto propomos uma Emenda Constitucional que venha conferir autonomia administrativa ao Parquet de Contas o que por certo ter boa acolhida na doutrina nacional por ser plenamente consent nea com o grau de import ncia que a Constitui o Federal quis atribuir ao Minist rio P blico pois n o temos por razo vel que justamente na atribui o de fiscalizar as atividades administrativas e financeiras do Estado seja o Minist rio P blico tolhido da sua autonomia 6 O MINIST RIO P BLICO COMO GUARDI O DA CIDADANIA De partida cumpre asseverar que na teoria democr tica a concep o de cidadania est inserida na defini o legal de direitos e obriga es que a constituem partindo assim do debate p blico as defini es de direito e deveres Essa perspectiva das no es de direitos e de cidadania tem consegu ncias importantes para a pr tica da luta contra todas as formas de discrimina es e opress es Com efeito no in cio da d cada de noventa do s culo passado Norberto Bobbio havia prognosticado que o problema grave do nosso tempo com rela o aos direitos do homem n o mais o de fundament los e sim
231. ade das fun es Como funcion rios da Administra o Poder Executivo os membros da institui o est o subordinados ao Ministro da Justi a que responde perante o Parlamento tendo em vista n o ser exigida responsabilidade pol tica da institui o Atuam junto aos tr s n veis de Tribunais alem s Bundsgerichtshof equivalente ao Supremo Tribunal Federal Oberlandesgericht ou Tribunal de Apela o nas prov ncias e Landgericht primeira inst ncia alem com fun es 9 CARVALHO Paulo Pinto Uma incurs o do Minist rio P blico luz do Direito Comparado Fran a It lia Alemanha Am rica do Norte e Uni o Sovi tica Revista Minist rio P blico Direito e Sociedade 1996 p 97 No artigo em refer ncia atenta se para a necessidade de separar a fun o acusat ria da judicante portanto propugna pela separa o do parquet da magistratura visando desta forma preservar o escopo de Montesquieu ao propor a divis o de poderes do Estado 70 CARVALHO Paulo Pinto Uma incurs o do Minist rio P blico luz do Direito Comparado Fran a It lia Alemanha Am rica do Norte e Uni o Sovi tica Revista Minist rio P blico Direito e Sociedade 1996 p 97 71 SAUWEN FILHO Jo o Francisco Minist rio P blico Brasileiro e o Estado Democr tico de Direito Rio de Janeiro Renovar 1999 p 68 69 62 equivalentes a de Promotor de Justi a Em conex o com a estrutura judici ria h hierarquiza o dos mem
232. agem 460 Atuando como rbitro o Minist rio P blico do Trabalho n o possui nenhum privil gio processual como prazos maiores verbi gratia de modo que o prazo estipulado nos arts 11 inciso Ill e 23 da Lei 9 307 96 dever ser respeitado tamb m pelo rg o ministerial Embora a Lei de Arbitragem n o tenha se pronunciado sobre a equipara o dos rbitros aos ju zes no que pertine responsabilidade civil decorrente da arbitragem como bem o fez os arts 1082 e 1083 do C digo de Processo Civil revogados vale relembrarmos que o Procurador do Trabalho poder responder por perdas e danos causados no exerc cio de suas fun es institucionais como preleciona o art 85 do CPC em vigor Basta que proceda com dolo ou fraude N o ser necess ria a equipara o do art 17 da Lei de Arbitragem porque exercente de fun o estatal j o o Procurador do Trabalho respondendo penalmente por suas a es como todo e qualquer funcion rio p blico mutatis mutandis Por outro lado uma vantagem j se nos desponta na confronta o entre a arbitragem trabalhista privada e a arbitragem trabalhista ministerial a favor desta o Procurador do Trabalho tendo em vista as atribui es a ele destinadas pelo ordenamento n o depender do Judici rio para decretar determinadas medidas coercitivas ou cautelares que se fa am necess rias em procedimento arbitral por ele coordenado 463 Art 11 inciso 3 Po
233. ais decis es do TSE s o conforme diz a Carta Magna irrecorr veis Demais disso a Constitui o ao enumerar de forma taxativa os casos de cabimento de recurso ordin rio constitucional e extraordin rio limitou o princ pio que deveria ser absoluto Como visto acima asseveram alguns que a Arbitragem por n o estar sujeita plenitude recursal violaria o princ pio do duplo grau de jurisdi o Com o intuito de mostrar o equ voco desta compreens o temos que v rios s o os 358 autores propensos relativiza o de tal princ pio em nosso ordenamento principalmente ao se analisar a Constitui o e o ordenamento vigente Nelson Nery assim afirma sobre o duplo grau de jurisdi o Ocorre que a Constitui o Federal limita o mbito de abrang ncia desse princ pio como por exemplo ao enumerar casos em que cabe o recurso ordin rio ou extraordin rio ao dizer que as decis es do Tribunal Superior Eleitoral s o irrecorr veis salvo quando contrariem a CF art 121 3 entre outras hip teses Isto nos faz concluir que muito embora o princ pio do duplo grau de jurisdi o esteja previsto na CF n o tem incid ncia ilimitada como ocorria no sistema da constitui o imperial De todo modo est garantido pela lei maior Quer dizer a lei ordin ria n o poder suprimir recursos pura e simplesmente Entretanto compete ao legislador infraconstitucional tornar efetiva aquela regra maior de sorte a imprimir o
234. al de Forma o Profissional Rural pelo Dec 77 354 de 32 03 76 Com efeito em s ntese para que o contrato de aprendizagem seja objetivado necess rio 1 contrato escrito com anu ncia do respons vel legal pelo adolescente 2 Janota o do contrato de aprendizagem na CTPS arts 29 c c art 429 CLT pelo empregador 3 registro do contrato de aprendizagem no Minist rio do Trabalho no prazo de 30 trinta dias Portaria 102 74 MTE 4 conclus o pelo adolescente da 4 s rie ou que possua conhecimentos m nimos essenciais prepara o profissional 5 que a atividade objeto da aprendizagem esteja relacionada na Portaria 43 53 alterada pela Portaria 1055 64 ou outras Portarias subsequentes 208 LAMARCA Ant nio Contrato Individual de Trabalho LTR SP 1969 pp 143 144 239 6 que se obede am s regras de prote o ao trabalho do menor previstas na CLT 7 o contrato ter dura o correspondente ao do curso ou seja o tempo necess rio aprendizagem n o podendo ultrapassar tr s anos Recrudescendo a gide de considera es alvissareiro ressaltar que com o prop sito de tornar sustent vel o trabalho educativo previsto no Estatuto da Crian a e do Adolescente art 68 busca se apoio de Munic pios de Conselhos Municipais dos Direitos da Crian a e do Adolescente e com medidas conjuntas com as Delegacias Regionais do Trabalho regulariza Entidades Assistenciais com vistas profissionaliza
235. alismo escamoteadora e profundamente excludente das camadas majorit rias da popula o os mais pobres E neste sistema de claras diferen as sociais que vai despontar a premente necessidade da presen a de um rg o como o Minist rio P blico com atribui es de defesa da Democracia da ordem jur dica e dos interesses sociais neste nterim que vai despontar uma essencial atua o ministerial parametrizada pelo projeto democr tico constru do com nossa Constitui o pautada pelo respeito ao Estado Democr tico de Direito enfrentando se necess rio estes grupos dominantes em nome de uma igualdade social de uma Justi a Plural Portanto n o h como negar este papel ao atual Minist rio P blico pois com a sua evolu o a olhos vistos deixando de ser um mero procurador do Estado para ser um aut ntico defensor da sociedade transformou se ele numa institui o que conquanto nunca antes tenha sido realizada embora sempre idealizada Hoje mostra se cl usula p trea de nossa Constitui o o Fiscalizador da Democracia por excel ncia Recrudescendo a gide de considera es oportuno trazer quadra de an lise a import ncia de se criar os programas sociais atrav s dos diversos ramos do Minist rio P blico como o que foi criado no Estado do Paran chamado de Programa das Promotorias de Justi a das Comunidades o qual vem possibilitando uma real aproxima o entre a institui o e aquelas pess
236. amos ao Processo Civil nico Embora a arbitragem n o tenha sido tratada diretamente pelas Constitui es citadas continuou ela a existir em nosso ordenamento sendo mais fortalecida com a edi o do Decreto Lei n 1 608 o C digo de Processo Civil de 1939 Ele disciplina em mi dos o ju zo arbitral atrav s da leitura de seus artigos 1031 a 1046 O mesmo ocorreu com as Constitui es de 1946 1967 69 ao nos depararmos com a arbitragem sendo regulada somente em lei ordin ria o C digo Buzaid Lei 5 869 73 A Lei 7 244 84 Lei dos Juizados Especiais das Pequenas Causas posteriormente revogada pela Lei 9 099 95 autorizou a arbitragem facultativa ap s a tentativa de concilia o Vem ent o a definitiva Constitui o Federal de 1988 consagrar diretamente o ju zo arbitral diferentemente de suas predecessoras consoante disp e seu art 114 Ap s a Carta Cidad de 1988 vem a promulga o da Lei 9 307 96 que imediatamente passa a regular inteiramente o instituto da arbitragem apresentando o sistema arbitral brasileiro como um dos mais modernos e evolu dos de todo o mundo contempor neo Visou o sistema arbitral criar alternativas para a solu o e regula o dos conflitos no Brasil PACHECO Jos da Silva Evolu o do processo civil brasileiro desde as origens at o advento do novo mil nio 2 ed Rio de Janeiro Renovar 1999 p 184 26 Com a promulga o da lei 9 307 96 qualquer pessoa capaz poder valer s
237. ando a quadra de aprecia es importante ressaltar a posi o de Wilson Ramos Filho Numa poca em que o neoliberalismo se converteu em ideologia hegem nica se n o nica para oportuno observar que se o movimento sindical n o come ar logo a discutir a quest o da arbitragem p blica n o estatal dos conflitos individuais de trabalho as for as do mercado manto sob o qual se escondem os interesses mais retr grados mesquinhos e excludentes em nossa sociedade novamente atuar o para via arbitragem privada dos conflitos trabalhistas operar um verdadeiro assalto aos direitos trabalhistas como uma face ainda mais perversa do que a chamada flexibiliza o dos direitos sociais Doutra parte para Ant nio Umberto de Souza J nior apud Renata Cristina Piaia Petrocino a arbitragem em princ pio tamb m n o se coaduna com os diss dios individuais trabalhistas Assim o primeiro bice que verifico situa se na esfera da continuidade Restringindo a Lei Maior possibilidade de arbitragem facultativa para os diss dios coletivos n o consigo conceber compatibilidade na introdu o do procedimento arbitral para as lides de ndole individual Se n o fossem bastantes os argumentos expendidos deve ser lembrado que os direitos trabalhistas em regra s o insuscet veis de ren ncia ou transa o Isto s o direitos patrimoniais mas indispon veis em princ pios Ainda sobre o tema n
238. anoel Ant nio Teixeira Execu o no Processo do Trabalho 2 ed S o Paulo LTr 1994 p 219 294 Logo estamos que a despeito do enunciado 114 do TST defender o contr rio em se tratando de execu o trabalhista principalmente nos dois casos ut supra a prescri o intercorrente pode ser decretada e citamos ac rd o para corroborar esse ponto de vista A prescri o objeto do 1 do art 884 da CLT somente pode referir aquela ocorrida na execu o Por consequ ncia l gica n o se pode afirmar que n o ocorre a prescri o do direito de executar senten a trabalhista Neste caso a parte somente requereu a execu o mais de 8 anos ap s o tr nsito em julgado da senten a Operou se pois a prescri o Se o processo n o de al ada exclusiva da junta e as partes t m advogados n o mais existe o impulso de of cio pelo juiz segundo imperativo do art 4 da Lei 5 584 70 TRT 10 Reg AP 0002 91 Ac 2 T 1096 91 pub 11 06 91 Relator Juiz Jos Luciano de Castilho Pereira Em casos outros como a prescri o acarreta a perda do direito de a o ap s o ajuizamento da a o ela n o poder se consubstanciar j que em virtude da informalidade e celeridade do processo trabalhista este permite que o juiz ex off cio pratique atos no processo luz do estatu do no art 765 da CLT que giza Os ju zes e Tribunais do Trabalho ter o ampla liberdade na dire o do processo e velar o pelo andame
239. ao prote o aos menores seguindo orienta es de organismos internacionais Ainda sobre o assunto n o poder amos perder de vista que no af de proteger o menor v rias Conven es e Recomenda es Internacionais da Organiza o Internacional do Trabalho foram ratificadas pelo Brasil passando aquelas normas a fazer parte do ordenamento jur dico brasileiro Pelo menos nove conven es foram ratificadas A de n 5 de 1919 revista pela de n 59 de 1937 idade m nima de 14 anos em ind strias a de n 06 de 1919 trabalho noturno a de n 07 de 1920 idade m nima de 14 anos em trabalhos mar timos a de n 10 de 1921 idade m nima nos trabalhos agr colas a de n 16 de 1921 exame m dico a menores empregados em navio a de n 58 de 1963 idade m nima 15 anos no trabalho mar timo a de n 117 de 1962 normas b sica de pol tica social a de n 124 de 1965 exig ncia de exame m dico a de n 142 de 1975 pol tica de forma o profissional No concernente a recomenda es registre se que as de n s 14 de 1921 trabalho noturno na agricultura e de n 41 de 1932 idade m nimo em trabalho n o industriais tamb m foram ratificadas pelo Brasil Com efeito a atua o do Minist rio P blico do Trabalho na erradica o do trabalho infantil segue rigorosamente os dispositivos da Constitui o da Rep blica artigos 7 inciso XXXIII e 227 8 3 incisos e Il e o artigo 60 do 231 Estatuto
240. ao menos esperar que neste trabalho seja lan ada a palavra final sobre o tema Falhas defeitos e omiss es existem e at mister que outros prossigam com uma melhor elabora o doutrin ria para uniformiza o dos entendimentos acerca do que aqui defendido Procuramos durante nossa investiga o sobre o tema verificar o direito positivo aplic vel s hip teses de atua o do MPT como rbitro nos diss dios laborais de qualquer natureza Por isso conforme se deduz do t tulo adotado a maior parte desta pesquisa se constitui da constru o de argumentos em defesa da atua o arbitral ministerial O tema ser objeto de an lise em nove cap tulos distintos incluindo as conclus es inextricavelmente vinculados entre si No primeiro cap tulo abordamos a evolu o hist rica do Minist rio P blico para concluir que n o existe uniformidade acerca da origem deste rg o Entretanto sabe se que primitivamente a figura do Minist rio P blico relacionava se dos agentes do rei les gens du roi isto a m o do rei ou a m o da lei e que a express o Parquet que serve para se referir ao Minist rio P blico tem origem francesa haja vista que os procuradores do rei da Fran a antes de adquirirem a condi o de magistrados e ter assento ao lado dos ju zes se posicionavam sobre o assoalho Parquet da sala de audi ncias e n o sobre o estrado lado a lado magistratura sentada Inserimos essa
241. aos Tribunais de Contas n o constantes do rol prescrito no artigo 128 157 MAZZILLI Hugo Nigro O Minist rio P blico na Constitui o de 1988 S o Paulo Saraiva 1989 p 64 160 constitucionalizado deixando de criar um novo Minist rio P blico n o carecia inseri lo nas disposi es do cap tulo que cuida de direitos veda es e forma de investidura porque todos os membros do Minist rio P blico oficiando ou n o junto aos Tribunais de Contas j teriam asseguradas as garantias acima postas 5 3 O MINIST RIO P BLICO JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS Diante da controv rsia gerada em torno da independ ncia do Tribunal de Contas e da subordina o do Minist rio P blico Especial que atua junto ao mesmo poderemos aqui anunciar que uma Constitui o democr tica voltada os direitos coletivos para o bem estar social para os interesses difusos homog neos e individuais indispon veis n o cabe falar se em independ ncia plena vez que a pr pria Carta Constitucional em seu artigo 1 Par grafo nico disp e que Todo poder emana do povo que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente nos termos desta Constitui o Sobre a quest o acima poderemos ainda enunciar os institutos da A o Popular Lei 4 717 65 da A o Civil P blica Lei 7 347 85 da Lei de Improbidade Administrativa n 8 429 92 e da Lei de Responsabilidade Fiscal Lei Complementar n 101 2000 Al m do que o par grafo
242. ar o regime do Minist rio P blico de Portugal apesar das tentativas de Martens Ferr o de 1860 Veiga Beir o em 1887 que procuraram satisfazer o clamor da Institui o 67 81 o merecimento Para Arthur Montenegro citado por Alberto dos Reis principal do Decreto de 24 de outubro foi o de codificar a legisla o extravagante sobre o Minist rio P blico alguns melhoramentos introduziu relativamente aos direitos e garantias dos Magistrados mas ficou em geral muito aqu m da boa doutrina e lamentavelmente imperfeito na forma O Estatuto da Institui o Portuguesa define a como uma Magistratura pararela Judicial tendo os seus integrantes as mesmas garantias e impedimentos funcionais dos ju zes al m de estabelecer como limite aos poderes diretivos dos superiores hier rquicos a legalidade das ordens e instru es Em mat ria penal consagra o princ pio da legalidade ou obrigatoriedade A revolu o de 25 de abril de 1974 e a cria o do Sindicato dos Magistrados do Minist rio P blico contribu ram para a grande mudan a da Institui o ou seja tornar o Parquet independente Assim em 1976 se aprova uma Constitui o que lan ou com alguma ambiguidade as bases da autonomia do Minist rio P blico Desse modo introduziu um cap tulo pr prio dedicado ao Parquet no t tulo referente aos Tribunais onde atribuiu Procuradoria Geral da Rep blica classificada como O rg o Superior do Minist rio P
243. arallelement la recrudescence et la valorisation de notre justice du travail n apportera que des b n fices aux citoyens qui ont besoin des services de notre justice Ainsi en nous fondant sur la recherche de solutions la faillite incontestable du mod le juridictionnel actuel nous essayerons d apporter tous ceux qui sont intimement li s la justice du travail qui en v rit nous semble endormie dans les recoins de la doctrine une contribution scientifique la possibilit de l utilisation des institutions d arbitrage par le minist re public du travail pour r soudre les litiges du travail qu ils soient collectifs ou individuels Nous disons que la justice du travail nous semble endormie puisque sa premi re normalisation l gale existe depuis la promulgation de la Loi compl mentaire 75 93 i e depuis dix ans et m me comme a peu d auteurs ont os approfondir ce sujet et tr s rares encore sont les sentences d arbitrage minist riel C est notre but et nous invitons le lecteur le partager avec nous SUM RIO AGRADECIMENTOS sessenta eene Oo US dad ds dan as Eos Dao SAE aarian ipaha 03 RESUMO ssa opa Ra IRA SOIS Lona pies 04 SUMARV Ga EAD ARDE RS Anal 06 RESUME eonenn sarada E DO a a a i ai 08 INTRODU O 1 Delimita o do lema saida ira Ce av pr EEE EA a A ERA DEI E A ONT as E ra de Sa 16 2 Metodologia Utilizada 2usasasasa canas Sale DE casa Penasdass asda D a rada nl USADAS usadas be prnida neta
244. arica o concuss o ou corrup o passiva VII proferida fora do prazo respeitado o disposto no art 12 inciso IlI desta Lei e VIII forem desrespeitados os princ pios de que trata o art 21 2 desta Lei Afora estas possibilidades de anula o da senten a arbitral h a concess o de um nico recurso ao procedimento arbitral que o recurso dos embargos declarat rios Est ele disposto no art 30 da Lei de Arbitragem in verbis No prazo de cinco dias a contar do recebimento da notifica o ou da ci ncia pessoal da senten a arbitral a parte interessada mediante comunica o outra parte poder solicitar ao rbitro ou ao tribunal arbitral que corrija qualquer erro material da senten a arbitral IIl esclare a alguma obscuridade d vida ou contradi o da senten a arbitral ou se pronuncie sobre ponto omitido a respeito do qual devia manifestar se a decis o Par grafo nico O rbitro ou o tribunal arbitral decidir no prazo de dez dias aditando a senten a arbitral e notificando as partes na forma do art 29 Curioso observar que os embargos de declara o do procedimento arbitral s o admitidos para casos de d vida quando a mesma j n o mais enseja tal 34 COUCE DE MENEZES Cl udio Armando amp BORGES Leonardo Dias Ju zo Arbitral no Processo do Trabalho Revista Trabalho e Doutrina S o Paulo Saraiva Ed n 14 p 46 09 97 assim falam Ao que tudo indica
245. as velar pela observ ncia da Constitui o e das leis e promover lhes a execu o promover a a o penal p blica e promover a a o civil p blica nos termos da lei J em 1985 entrou em vigor a Lei n 7 347 que trata da A o Civil P blica alargando mais a compet ncia do Minist rio Publico na defesa dos interesses coletivos e difusos atribuindo lhe legitimidade por m n o com exclusividade para a propositura de a es civis p blicas de tutela do meio ambiente do patrim nio hist rico e cultural e do consumidor No ano seguinte 1986 as aspira es e projetos da Institui o foram expressamente defendidas pela importante declara o de inten es institucionais conhecida por Carta de Curitiba que definia os objetivos da categoria durante os trabalhos preliminares para a Assembl ia Nacional Constituinte Mas com o fortalecimento da sociedade civil brasileira somado ao surgimento dessas normas infraconstitucionais que se imp e ao Minist rio P blico uma estrutura de um rg o independente e vocacionado para a defesa dos interesses sociais e dos valores democr ticos Os novos e m ltiplos sujeitos pol ticos coletivos provocaram sem d vida a abertura de novos espa os de participa o a conquista de direitos e a amplia o da cidadania Por conseguinte a Institui o defensora nata da sociedade apresenta se em seu perfil como agente parceiro da consolida o e amplia o desses novo
246. as demandas c veis Al m da previs o de atuar como custos legis in meras previs es existem ao legitimar o parquet na propositura de a es de cunho privado e patrimonial na defesa dos hipossuficientes o que n o significa abandono aos princ pios dispositivo e da iniciativa da partes t o referendados pela eminente doutrina processualista italiana Enquanto na It lia a institui o est diretamente atrelada ao Poder Judici rio como uma magistratura no modelo nacional alcan ou status de rg o t CARNELUTTI Francesco Derecho Processual Civil y Penal M xico Editorial Pedag gica Iberoamericana 1994 p 70 68 PIZZORUSSO Alessandro L organizzazione della Giustizia in It lia Turim Picola Biblioteca Einaudi 1985 p 70 COMOGLIO Luigi Paolo Lezione sul Processo Civille Bolonha Il Molino 1995 p 90 obra escrita em conjunto com Corrado Ferri e Miclehe Taruffo 60 constitucional aut nomo e de guardi o da cidadania e dos direitos indispon veis al m de velar pela ordem jur dica e o Estado democr tico de direito Diante da previs o de ambas as Constitui es outras distin es resultam do disciplinamento p tria em rela o ao Direito Italiano uma vez que aqui o Minist rio P blico legitimado a diversas a es para resguardar os direitos da sociedade enquanto na It lia s extraordinariamente Outro ponto diz respeito autonomia financeira e administrativa concedida pela Carta de 1988 se
247. as inferiores ao m ximo de quatro anos de reclus o Similaridade do direito p trio com a praxes alem Em momento anterior a particularidade do direito p trio de exercer controle indireto sobre a pol cia judici ria Id ntica fun o ao alem o exercida pelo parquet italiano e franc s Nos casos previstos pela Lei 9 099 95 tamb m feita refer ncia procedimento sumar ssimo arts 77 a 83 aplica se aos casos de a o penal p blica condicionada incondicionada ou ainda de a o privada desde que n o ocorram as hip teses excludentes do art 76 da mesma lei O procedimento no direito p trio prev a den ncia oral e imediata do Minist rio P blico ao Juiz se n o houver dilig ncias imprescind veis a serem praticadas haver a supress o do inqu rito policial procedendo se a cita o imediata do acusado com a entrega do termo de oferecimento da den ncia ou queixa que n o estando presente ser citada atrav s de correspond ncia com aviso de recebimento individual intimando se o Minist rio P blico sobre a ocorr ncia de audi ncia preliminar Poder o ocorrer a concilia o com a composi o dos danos e aceita o de n o aplica o de pena privativa de liberdade art 72 arquivando se o processo ou a representa o verbal do ofendido ou a propositura pelo parquet a aplica o de pena restritiva de direitos ou de multa art 76 A pretens o do legislador p trio tal como o alem o foi desafogar o jud
248. ase do processo trabalhista acolhendo solicita o do juiz ou por sua iniciativa quando entender existente interesse p blico que justifique a interven o Inciso VII funcionar nas sess es dos Tribunais Trabalhistas manifestando se verbalmente sobre a mat ria em debate sempre que entender necess rio sendo lhe assegurado o direito de vista dos processos em julgamento podendo solicitar as requisi es e dilig ncias que julgar convenientes Inciso XII requerer as dilig ncias que julgar convenientes para o correto andamento dos processos e para a melhor solu o das lides trabalhistas 220 Minist rio P blico do Trabalho n o havendo neste caso de se falar em preclus o at porque qualquer dilig ncia pode ser determinada pelos Ju zes e Tribunais do Trabalho na forma do que disp es o art 765 da CLT Vale dizer a realiza o de dilig ncia na fase do procedimento recursal atender a pr pria finalidade da norma processual trabalhista institu da para assegurar a busca da verdade e a melhor aplica o do direito VI ter livre acesso a qualquer local p blico ou privado respeitadas as normas constitucionais pertinentes inviolabilidade do domic lio VII expedir notifica es e intima es necess rias aos procedimentos e inqu ritos que instaurar VIII ter acesso incondicional a qualquer banco de dados de car ter p blico ou relativo a servi o de relev ncia p blica IX r
249. ativa de poca mas sim como um modelo conveniente de solu o que parte de um princ pio mais simplificado do que o processo estatal tendo como objetivo espec fico a pacifica o Cumpre ainda registrar que a arbitragem se encontra perfeitamente apta a conviver com a Justi a Obreira Uma n o exclui a outra uma vez que a arbitragem como hip tese alternativa dever atuar apenas supletivamente e como meio opcional Agindo assim esta via alternativa servir como meio auxiliar para a viabiliza o e melhor gest o da JT diminuindo a quantidade de causas permitindo uma presta o jurisdicional mais c lere e eficaz No mesmo sentido da admissibilidade da arbitragem como forma de solu o dos conflitos trabalhistas individuais agora rebatendo mais especificamente os argumentos que lhe s o contr rios a douta Procuradora do Trabalho da 15 Regi o Renata Cristina Piaia Petrocino asseverou Acerca da indisponibilidade dos direitos trabalhistas adotamos entendimento segundo o qual somente seriam indispon veis os direitos 3 PIAIA PETROC NIO Renata Cristina O Minist rio P blico do Trabalho e a nova lei de arbitragem S ntese Trabalhista Anno IX n 110 pp 9 10 Porto Alegre S ntese agosto de 1998 395 trabalhistas enquanto vigente o pacto laboral Ap s a rescis o do mesmo entendemos que referidos direitos se tornam eminentemente patrimoniais suscet veis de transa o e portanto suje
250. aurando inqu ritos civis p blicos para investigar den ncias com a possibilidade de ajustamento da conduta atrav s dos termos de ajustes de condutas TACs Repressivamente aju za a es cab veis como a a o civil p blica junto Justi a do Trabalho podendo inclusive resolver os conflitos individuais e coletivos atuando como mediador ou rbitro 22 Nessa perspectiva o Minist rio P blico do Trabalho atua de regra como parte rg o agente ajuizando a o civil p blica a o anulat ria de cl usulas de contrato acordo coletivo ou conven o coletiva a o rescis ria nos termos do art 487 inciso Illdo CPC e diss dio coletivo em se tratando de greve consoante o estipulado no art 83 incisos III IV V VIII e X da LC 75 93 Ademais atua como parte quando interpuser recursos consoante se infere do art 83 inciso VI tamb m da LC 75 93 ou quando ajuizar a o para os menores de 18 anos se estes n o tiverem representantes legais CLT art 793 caso em que atuar na qualidade de substituto processual Como fiscal da lei ou rg o interveniente o Minist rio P blico atua nos casos dos incisos VI VII IX e XII do art 83 da LC 75 93 Ou seja 1 funciona nas sess es dos Tribunais Trabalhistas manifestando se verbalmente sobre a mat ria em debate sempre que entender necess rio 2 promove diss dios ou participa da instru o e concilia o em diss dios decorrentes da paralisa o de serv
251. bro do Parquet se ater a fim de decidir quanto exig ncia ou n o de sua interven o na lide sempre levando em considera o acima de qualquer compromisso legal ou moral a fun o social de sua manifesta o Destarte vislumbrando que a sua atua o ser apenas e t o somente para cumprir a determina o de vistas do processo e existindo outras a es j definida prioritariamente para atuar como parte ou at mesmo como fiscal da lei n o pode o membro Ministerial temer em escolher em detrimento de outras as causas em que realmente se identifica o interesse p blico 434 Com efeito pac fico no mundo jur dico o entendimento que a Institui o Ministerial deve posicionar se sempre prioritariamente na defesa das causas que trazem s rios preju zos conviv ncia humana seja no campo pol tico econ mico ou social levando em considera o as in meras atribui es que lhes foram conferidas pela Constitui o Federal patente a necessidade de uma efetiva mudan a na legisla o ordin ria com o fim de amoldar os ditames contidos na Constitui o de 1988 para dirimir a quest o em an lise no presente estudo interesse p blico para o Minist rio P blico Mas antes de ocorrer a susamencionada mudan a a interpreta o do artigo 82 inciso Ill parte final da lei Adjetiva Civil Ordin ria seja no sentido de conceder ao rg o Ministerial a interven o facultativa e at mesmo a sua n o intima o
252. bros do Minist rio P blico germano As atribui es elencadas restringem se na maior parte dos casos pol cia judici ria e propositura da a o penal com exclusividade Aspecto relevante refere se ao fato de a maior parte dos julgados alem es serem penas de multa e de servi os comunit rios ou seja consoante a terminologia doutrin ria nacional penas alternativas e reduzidamente se aplicam penas privativas de liberdade Apesar de ter o Direito alem o consagrado princ pios de legalidade e indisponibilidade da a o penal comumente ocorre tal como a lei francesa prev o arquivamento de processos quando o parquet entende diminuta a agress o ao interesse p blico s o os denominados crimes de bagatela Tamb m configura fun o da institui o alem a condu o da investiga o criminal como exerce controle direto sobre a pol cia judici ria Com o prop sito de acelerar o curso da a o e promover a imediata penaliza o corol rio do princ pio da efetividade do processo a legisla o instrumental alem no art 407 do C digo de Processo Penal disp s sobre o processo penal sum rio aplic vel aos casos de infra es que culminem com A Lei 9 099 95 que instituiu os Juizados Especiais C vel e Criminal tamb m preceitua a substitui o da pena privativa de liberdade por penas alternativas de presta o de servi os comunit rios e de multa nos casos de menor potencial ofensivo ou seja em pen
253. bui es foram lhe constitucionalmente fornecidos meios e instrumentos necess rios como o poder requisit rio e de notifica o a a o civil p blica e o inqu rito civil Prosseguindo no processo de fortalecimento da Institui o a nova ordem constitucional n o descuidou em garantir a independ ncia do Minist rio P blico frente aos rg os de exerc cio do Poder do Estado Executivo Legislativo e Judici rio Ao coloc lo em cap tulo distinto daqueles destinados aos Poderes indicou disposi o do constituinte em trat lo como institui o aut noma e independente Desse modo a Norma M xima assegurou lhe a autogest o institucional baseada no princ pio da autonomia funcional administrativa e financeira competindo ao Parquet como emana o desse princ pio a elabora o de propostas or amentais e de cria o e extin o de seus cargos ao Poder Legislativo e a iniciativa da Lei de organiza o e funcionamento a independ ncia funcional os membros do Minist rio P blico no desempenho de suas fun es n o se subordinam a nenhum rg o interno ou externo a n o ser nica e exclusivamente sua consci ncia e aos valores democr ticos que devem pautar a interpreta o da lei a forma de nomea o e demiss o dos Procuradores Gerais fixando lhes os mandatos as garantias de seus membros como vitaliciedade os membros da Institui o n o perdem o cargo sen o por senten a 197 judicial com tr
254. camente contrato de ades o deve estar regida pela participa o dos sindicatos laboral e patronal paritariamente que muito mais que a critic vel participa o na discut vel representa o classista perante a Justi a do Trabalho deve atuar no campo prejudicial evitando a demanda seja na formaliza o de vias mediadoras seja mesmo no estabelecimento de col gios arbitrais em que ambas as categorias efetivamente se encontrem representadas diferentemente do que presentemente ocorre perante a Justi a do Trabalho Tudo logicamente sem retirar deste 369 Rememoremos os regimes totalit rios de Get lio Vargas o Estado Novo e os despiciendos governos militares de 1964 a 1985 resgatando os mais facilmente compreenderemos este sistema lembrando que poucos foram os momentos de democracia plena desde a implanta o de nossa Justi a do Trabalho at o advento da Carta de 1988 Com a nova realidade do mundo contempor neo simbolizado por um mercado de trabalho globalizado e demasiadamente competitivo fomentado pela era da informa o v se abalada a presta o jurisdicional exclusivamente estatal no que toca ao trabalhador principalmente Percebe se a incapacidade do Direito do Trabalho em controlar as rela es sociais a ele propostas Os operadores do direito laboral respeitadas as devidas exce es n o t m evolu do o seu pensar de acordo com o da sociedade da qual participam Escritores e pesquisadores trazem importa
255. cap tulo n s analisamos com profundidade todas as caracter sticas do Minist rio P blico do Trabalho haja vista que nos cap tulos anteriores todas as considera es expendidas se referiam n o apenas ao Parquet laboral mas a todos os ramos do Minist rio P blico seja da Uni o seja dos Estados Neste cap tulo asseveramos com todas as propriedades necess rias que o Minist rio P blico Laboral no Brasil se desenvolveu paralelamente Justi a Laboral tendo inclusive durante certo lapso de tempo estado vinculado ao Poder Executivo e tamb m ao pr prio Judici rio Trabalhista Hoje entrementes sua fei o totalmente distinta da de outrora rg o independente dos demais poderes atrav s da Procuradoria Geral do Trabalho sediada em Bras lia e das Procuradorias Regionais do Trabalho localizadas na capital de cada Estado da Federa o ou em algumas cidades do interior como ocorre com Campinas S o Paulo atua judicialmente e extrajudicialmente na qualidade de parte rg o agente ou na qualidade de fiscal da lei rg o interveniente ou custos legis na defesa dos interesses difusos coletivos e individuais homog neos de conte do trabalhista Judicialmente ou extrajudicialmente atua fiscalizando a rela o entre capital e trabalho e o cumprimento da ordem jur dica laboral Preventivamente orienta os cidad os e a sociedade atrav s de audi ncias p blicas palestras workshops reuni es setoriais etc inst
256. cas e indicam a necessidade de se adotarem novas formas de participa o Vislumbra se portanto a exist ncia de diferentes categorias de interesses cada uma delas com particularidades pr prias e clamando por meios tamb m pr prios de solu o de conflitos O grande jurista J J Calmon de Passos entende por exemplo que a express o interesse p blico implica em um interesse Cuja tutela no mbito de um determinado ordenamento jur dico julgada como oportuna para o progresso material e moral da sociedade a cujo ordenamento jur dico corresponde mas que n o comporta solu es de car ter gen rico pois a individualiza o do interesse p blico n o ocorre de uma vez por todas em um s momento mas deriva da constante combina o de diversas influ ncias algumas das quais prov m da experi ncia passada enquanto outras nascem da escolha que cada operador jur dico singular cumpre hic et nunc no exerc cio da fun o que lhe foi atribu da Assim a atividade para individualiza o dos interesses p blicos uma atividade de interpreta o de atos e fatos e normas jur dicas recep o dos interesses p blicos fixados no curso da experi ncia jur dica anterior e em parte uma valora o direta da realidade pelo operador jur dico atendidos os pressupostos ideol gicos e sociais que o informam e sociedade em que vive submetidos a o dos fatos novos capazes de modificar ju zos anteriorment
257. cedente da arbitragem se visualiza nos rec nditos da Mitologia Grega numa disputa travada entre Atena Hera e Afrodite Disputavam elas a ma de ouro destinada mais bela Para dirimir tal contenda P ris filho de Pr amo e H cuba foi designado rbitro tendo 24 decidido a favor de Afrodite em mitol gico suborno em troca do amor de Helena de Tr ia Tamb m no Direito Romano conheceu se o uso da arbitragem Era ela obrigat ria Os pretores submetiam as a es ao julgamento de um arbiter particular estranho ao corpo de funcion rios romanos Tal nomea o privada deveria estar acompanhada de idoneidade indiscut vel Relatos hist ricos apontam para Quintiliano como um dos mais vezes chamado a atuar como rbitro Foi de C cero que veio a m xima de que a arbitragem o meio de n o ganhar completamente um bom processo nem perder completamente um mau processo A nossa legisla o p tria consagrou o instituto em v rias hip teses Encontramos as primeiras evolu es sobre o instituto atrav s das Ordena es Filipinas Doutro lado a Constitui o Federal de 1824 j versava sobre a arbitragem Emp s veio a lume a Resolu o de 26 07 1831 admitindo expressamente o uso da arbitragem para lides a respeito de contratos de seguros Como tal resolu o a Lei n 108 de 11 10 1837 permitiu o ju zo arbitral para as loca es de servi o Posteriormente veio o C digo Comercial de 1850 em not ria c
258. centivar a dispensa do trabalho em raz o de sexo idade cor situa o familiar ou estado de gravidez salvo quando a natureza da atividade seja not ria e publicamente incompat vel lll considerar o sexo a idade a cor ou situa o familiar como vari vel determinante para fins de remunera o forma o profissional e oportunidades de ascens o profissional 246 IV exigir atestado ou exame de qualquer natureza para comprova o de esterilidade ou gravidez na admiss o ou perman ncia no emprego V impedir o acesso ou adotar crit rios subjetivos para deferimento de inscri o ou aprova o em concursos em empresas privadas em raz o de sexo idade cor situa o familiar ou estado de gravidez VI proceder o empregador ou preposto a revistas ntimas nas empregadas ou funcion rias Par grafo nico O disposto neste artigo n o obsta a ado o de medidas tempor rias que visem ao estabelecimento das pol ticas de igualdade entre homens e mulheres em particular as que se destinam a corrigir as distor es que afetam a forma o profissional o acesso ao emprego e as condi es gerais da mulher Por outro parte o Parquet trabalhista tem envidado esfor os no sentido de que seja cumprida a Lei no 9 029 95 que tipifica como crime e pro be a exig ncia de atestado de gravidez e esteriliza o de mulheres verbo ad verbum Lei n 9 029 de 13 de abril de 1995 Art 2 Constituem crimes as s
259. cidos em assembl ias sindicais n o deveriam constar de conven o coletiva ou acordo coletivo por n o serem mat rias a serem tratadas nesses instrumentos por sua estranheza ante rela o de emprego Cl udio Menezes analisa cada um desses argumentos em sua li o 1 A atividade sindical compreende associados e n o associados o mesmo se dando no tocante ao sistema confederativo que abrange os trabalhadores como um todo e n o apenas os s cios do sindicato 2 Por outro lado nas assembl ias que autorizam esses descontos se espera a presen a de toda a categoria convocada regularmente para deliberar sobre os assuntos de seu interesse 3 De resto a contribui o assistencial cl usula que tem como objetivo a melhora e em certos casos tornar poss vel os servi os assistenciais do sindicato creche dentista forma o profissional etc 4 O desconto assistencial e a contribui o confederativo extensiva a todos t m previs o em normas internacionais n o existindo qualquer afronta aos princ pios da irredutibilidade e integralidade dos sal rios pois as normas constitucional e legal autorizam descontos e at a diminui o salarial desde que tal ocorra via acordo ou conven o coletiva arts 7 Vl da CF e 462 da CLT 5 Por fim n o se pode DINIZ Jos Jangui Bezerra A o Anulat ria e a Atua o do Minist rio P blico Revista Jur dica Consulex ano VII n mero 165 pp 24 35 Bras lia Consul
260. cima do interesse da Administra o que eventualmente hoje est o em m os de fulano beltrano do partido tal ou da corrente qual S o eventuais transit rios passageiros 189 ATALIBA Geraldo Semin rio Sobre Tribunais de Contas e a Constituinte Revista do Tribunal de Contas de S o Paulo n 54 Edi o Especial p 96 181 BURLE FILHO Jos Emmanuel O Minist rio P blico e sua Posi o Constitucional Revista Informa o Legislativa Ano 26 n 103 Bras lia p 248 jul set 1989 203 contingentes em confronto com a grandeza do interesse p blico prim rio fixado na Constitui o e nas leis que desdobrando a Constitui o fixam delimitam d o lhe conte do sentido e alcance Com tais normas efetivamente proclama a Carta Magna que o Minist rio P blico n o rg o de nenhum dos tr s Poderes P blicos mesmo porque a nova fun o n o est enquadrada em qualquer dos tr s Poderes cap tulo parte de todo pertinente neste momento final da discuss o acerca da natureza jur dica do Parquet mencionar a contribui o trazida por um dos maiores respons veis para esta evolu o institucional observada no seio do Minist rio P blico O douto Roberto Lyra em sua inexpugn vel e sempre eterna obra Teoria e Pr tica da Promotoria P blica nos traz a seguinte manifesta o do outrora Ministro Alfredo Vallad o O Minist rio P blico se apresenta como a figura de um verdadeiro poder do E
261. co do Trabalho c o Minist rio P blico Militar e o d Minist rio P blico do Distrito Federal e Territ rio I1 Os Minist rios P blicos dos Estados art 128 da CF No particular de lege lata n o existe Minist rio P blico eleitoral como institui o aut noma Apenas p r designa o do Procurador Geral do Minist rio P blico da Uni o poder o membro da institui o exercer fun es junto Justi a Eleitoral Outrossim n o podem exercer essa fun o o Minist rio P blico do Trabalho e o Militar p r serem rg os especializados No que pertine ao Minist rio P blico do Tribunal de Contas conforme se ver no item abaixo o Supremo Tribunal Federal j decidiu que o mesmo consiste em Minist rio P blico Especial devendo os pr prios Tribunais de Contas disciplinarem a carreira Ap s a decis o do Supremo Tribunal Federal v rios Tribunais de Contas de alguns Estados j abriram concursos p blicos para preenchimento das vagas Guisa de exemplo veja se o Tribunal de Contas do Rio Grande do Norte O Procurador Geral da Rep blica o chefe do Minist rio P blico da Uni o sendo nomeado pelo Presidente da Rep blica dentre integrantes de carreira maiores de trinta e cinco anos ap s a aprova o de seu nome pela maioria absoluta do senado Federal para mandato de dois anos permitida a recondu o 7 LEITE Carlos Henrique Minist rio P blico do Trabalho S o Paulo LTr 1997 p 41
262. colegiado de membros do Minist rio P blico do Trabalho e poder o estes membros serem substitu dos na forma prescrita em lei uns pelos outros em nome do princ pio da indivisibilidade ministerial faceta do princ pio mor da unidade Vale portanto sempre lembrar que a compet ncia constitucionalmente estabelecida para atuar como rbitro da institui o Minist rio P blico do 455 MAZZILI Hugo Nigro Introdu o ao Minist rio P blico 3 ed S o Paulo Saraiva 2000 p 147 458 SAUWEN FILHO Jo o Francisco Minist rio P blico Brasileiro e o Estado Democr tico de Direito Rio de Janeiro Renovar 1999 Unidade o princ pio segundo o qual o Minist rio P blico no ordenamento constitucional se apresenta como um s rg o com uma s chefia exercendo a mesma fun o 449 Trabalho e n o de seu membro espec fico que venha a atuar em alguma arbitragem Atuando como rbitro o Minist rio P blico do Trabalho n o possui nenhum privil gio processual como prazos maiores verbi gratia de modo que o prazo estipulado nos arts 11 inciso Ill e 23 da Lei 9 307 96 dever ser respeitado tamb m pelo rg o ministerial Embora a Lei de Arbitragem n o tenha se pronunciado sobre a equipara o dos rbitros aos ju zes no que pertine responsabilidade civil decorrente da arbitragem como bem o fez os arts 1082 e 1083 do C digo de Processo Civil revogados vale relembrarmos q
263. como o exerc cio privado e autorizado de fun es p blicas A senten a arbitral passa a ser considerada como equivalente a uma senten a judicial ao passo que n o mais necessita de homologa o judicial como nos diz Carlos Eduardo Carmona o aspecto processual do contrato de compromisso cujo principal efeito seria a derroga o das regras de compet ncia estatais acentuando a identidade entre o laudo proferido pelo rbitro e a senten a emanada do juiz togado 328 CARMONA Carlos Eduardo A arbitragem no processo civil brasileiro S o Paulo Malheiros 1993 p 32 346 Anteriormente edi o da Lei n mero 9 307 96 chamada de lei Marco Maciel a doutrina divagava acerca desta quest o propendendo a maior parte dos autores pela corrente contratualista Eles acompanhavam alguns nomes de peso do Direito Processual Italiano como Chiovenda Calamandrei Betti Lipari Rocco Fazzalari e Salvatore Satta em tempos onde reinava a necessidade de homologa o judicial tanto l em terras italianas como aqui Embora na It lia ainda permane a em vigor a homologa o do laudo arbitral atualmente este debate nos parece despiciendo diante do quadro jur dico nacional que se p s Optou o legislador de 1996 por atribuir ao ju zo arbitral a qualidade jurisdicional tornando o equivalente em praticamente tudo ao ju zo estatal como leciona o mestre mineiro Humberto Theodoro Junior que antes se filiava a posi o
264. condi es s cio econ micas ou se sujeitem s consequ ncias deste ou daquele empreendimento p blico ou privado e assim por diante Nessa esteira de racioc nio por m utilizando se da denomina o interesses difusos Ada Pellegrini Grinover atrav s de tese aprovada na VII Confer ncia Nacional da OAB em maio de 1978 na cidade de Curitiba ressaltou que Surgem agora a n vel de massa e por via substancial enquanto o direito burgu s concebia normalmente posi es adquiridas por via formal e colocava o indiv duo isoladamente considerado no centro do sistema interesses difusos Necessidades e interesses esses que sofrem constantes investidas e agress es tamb m de massa e que p e mostra a exist ncia de outros conflitos meta individuais Nessa perspectiva v se claramente que n o mais suficiente como o foi outrora fornecer ao Estado os necess rios meios de defesa 437 O articulista deixa claro sua prefer ncia poca pela denomina o gen rica de interesses supra individuais n o obstante a larga utiliza o pela doutrina italiana das denomina es interesses coletivos ou difusos 429 da ordem p blica e ao indiv duo as salva guardas indispens veis ao exerc cio de suas liberdades Novos conflitos meta individuais esperam solu o na sociedade contempor nea E exatamente por sua configura o coletiva e de massa s o t picos das escolhas pol ti
265. conquistem e usufruam sua verdadeira cidadania pois segundo Andr Lu s Alves de Melo A sociedade n o tem o dever de procurar informa o sobre o que o Minist rio SSABELLA Walter Paulo O Minist rio P blico e as novas dimens es do conceito de cidadania transcri o de confer ncia pronunciada na abertura do Encontro Estadual do Minist rio P blico de Mato Grosso do Sul realizado em Pontapor em mar o de 1995 171 P blico tem realizado N s somos quem devemos providenciar que a sociedade seja informada A partir dessa afirma o observamos a preocupa o dos membros do Minist rio P blico com esta bandeira Por m a sociedade civil tamb m possui a responsabilidade a preocupa o e o interesse quanto s a es promovidas pelos Membros Ministeriais Registre se que desde quando aparecera para o mundo o Minist rio P blico tem espantosamente evolu do e em especial no Brasil nos ltimos quinze anos em resposta evidente s singulares exig ncias postas pela nossa realidade social desagregadora Percebe se claramente o seu caminhar em distanciamento daquela figura de advogado do Rei e do Estado n o muito outrora preponderante Apesar disso o pa s atualmente ainda se v mergulhado em in meros problemas que exigem uma postura mais acerbada do Minist rio P blico em defesa da sociedade que o legitima Como foi visto anteriormente hoje vivemos num pa s onde as camadas sociais
266. consentimento persiste no trabalhador depois da cessa o da rela o trabalhista e inclusive de maneira ainda mais aguda dada sua situa o de desemprego e de prem ncia econ mica 2 grande parte dos direitos do trabalhador se refere dissolu o do contrato de trabalho momento delicado cuja regulamenta o legal minuciosa A prote o legal que nesses momentos se outorga ao trabalhador fica burlada com esta simples distin o temporal 3 il gico que o trabalhador haja querido proteger alguns direitos e deixar outros desamparados ou proteger alguns direitos s at um determinado momento em um ordenamento como o do 33 ROBORTELLA Luiz Carlos Amorim Media o e Arbitragem Solu o extrajudicial dos conflitos do trabalho Revista Trabalho e Doutrina n 14 p 70 S o Paulo Saraiva 09 97 378 trabalho uma de cujas finalidades a tutela do trabalhador Em fun o destas cr ticas modificou se esta mat ria no C digo Civil de 1942 estabelecendo se a anulabilidade de ren ncias e transa es do trabalhador em qualquer tempo em que se efetuem o que explicado no informe do Minist rio da Justi a com essas palavras bastante claras e singelas n o distinguir entre ren ncias e transa es feitas com anterioridade ou depois da cessa o da rela o Neste segundo momento se n o atua mais o temor da despedida influi para determinar o consentimento a normal impossibilidade de esperar o resultado de uma c
267. continuado do meio ambiente de trabalho que afeta potencialmente todos os empregados da empresa quanto a interesses individuais homog neos ter amos o exemplo da demiss o coletiva num dado momento atingindo um grupo concreto e identific vel de empregados No entanto a pr tica tem mostrado algumas situa es que mais frequentemente t m provocado a atua o do Minist rio P blico do Trabalho nesse novo front de batalha Assim de acordo com Yves Gandra S M Filho os exemplos mais comuns de inqu ritos e a es civis p blicas dizem respeito a a intermedia o de m o de obra 1 LEITE Carlos Henrique Bezerra Minist rio P blico do Trabalho S o Paulo LTr 1997 p 39 19 FILHO Ives Gandra da Silva Martins Processo Coletivo do Trabalho S o Paulo LTr 1994 pp 159 160 k LEITE Carlos Henrique Bezerra LEITE Minist rio P blico do Trabalho S o Paulo LTr 1997 p 39 166 FILHO Ives Gandra da Silva Martins Processo Coletivo do Trabalho S o Paulo LTr 1994 pp 159 160 216 b trabalho escravo c desconto assistencial ilegal d meio ambiente de trabalho e coa o empresarial para desist ncia de direitos trabalhistas f n o recolhimento de FGTS h jornada de trabalho i procedimentos discriminat rios j responsabiliza o por greve abusiva k irregularidades nas rescis es trabalhistas 4 FORMAS DE ATUA O DO MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO O Minis
268. contudo retirar lhe a autonomia Ao Procurador Geral da Rep blica nomeado pelo Presidente da Rep blica foi confiada a chefia da institui o atribuindo lhe as fun es administrativas e disciplinares Em 1978 foi promulgada a Lei Org nica do Minist rio P blico sob o n 39 78 que consagra definitivamente a autonomia da institui o Atrav s deste diploma legislativo foi criado o Conselho Superior do Minist rio P blico que exerce fun es disciplinares Regulamentou se a autonomia org nica relativa magistratura judicial consagrou o privil gio da inamovibilidade e atenuou o 55 COSTA Eduardo Maia Minist rio P blico em Portugal Minist rio P blico Il Democracia Org Jos Marcelo Menezes Vigliar e Ronaldo Porto Macedo Junior S o Paulo Atlas 1999 p 45 75 princ pio da hierarquia Desta forma os membros do parquet t m o direito de exercer a obje o de consci ncia bem como podem recusar a pr tica de ordens que considerem ilegais e ileg timas A presid ncia do Conselho Superior do Minist rio P blico exercida pelo Procurador Geral da Rep blica que constitui o nico cargo pol tico exterior ao rg o tendo em vista ser de livre nomea o e exonera o do Chefe do Executivo Mesmo que pequena ainda ocorriam interfer ncias do Poder Executivo atrav s do Ministro da Justi a nas causas em que o parquet atuasse no contencioso c vel na defesa do Estado cabendo lhe dar dir
269. cr tico de Direito Rio de Janeiro Renovar 1999 p 40 32 CAPPELLETTI Mauro amp JOLOWICZ J A Studies in a Comparative Law Public Interest and the Cative Role of the Judge in Civil Litigation Milano Dott A Giuffr Editore Ferry New York New York Oceana Publications Inc 1975 p 28 47 vitaliciedade A nomea o dava se por ato do rei que s poderia demitir na ocorr ncia de comprovada corrup o Outro Decreto foi lan ado no Ordenamento Jur dico daquele pa s no m s de agosto do suso mencionado ano Neste a Assembl ia Nacional dividiu as fun es ministeriais em dois tipos de rg os Comiss rio do Rei nomeado pelo monarca cuja fun o era zelar exclusivamente pela aplica o da lei e pela execu o correta das decis es judiciais e o outro Acusador P blico eleito pelo povo com a fun o de sustentar diante dos tribunais a acusa o dos r us Registre se que a partir da que ficaram n tidas as duas fun es do Minist rio P blico conservadas at hoje a de dominus litis e a de custos legis Nesse clima de reforma da poca houve a cria o do Tribunal de Cassa o cuja composi o se dava pela elei o de um juiz por cada departamento gerando o aparecimento da Alta Corte Nacional para julgar os ministros altos funcion rios e crimes contra a seguran a do Estado al m da ado o do C digo Criminal que aboliu diversos delitos tais como heresia lesa majestade etc resp
270. curador de incapazes consagrado no art 82 do CPC que estipula Compete ao Minist rio P blico intervir nas causas em que h interesses de incapazes Com efeito o preceptivo acima transcrito embora semelhante curatela especial do artigo 9 posto acima determina a necessidade da interven o obrigat ria do Minist rio P blico mesmo que a incapacidade da parte tenha sido suprida na forma do artigo 8 do CPC ou seja os incapazes ser o representados ou assistidos por seus pais tutores ou curadores na forma da lei civil 19 LOUREN O Evandro Ramos A Interven o Obrigat ria do MPT nas Argii es de Inconstitucionalidade de Lei Revista do Minist rio P blico do Trabalho ano VI n mero 12 pp 137 141 Bras lia setembro de 1996 224 No Processo Trabalhista estamos que tanto a curatela especial quanto a de incapazes s o plenamente admiss veis e necess rias No que concerne a curatela especial ou lide ou seja nos casos de r u preso citado por edital ou por hora certa e r u incapaz quando os interesses do representante foram colidentes com os dele por ser a CLT omissa utilizamos os preceptivos do CPC atinentes ao instituto por for a do art 769 da CLT que consagra o princ pio da subsidiariedade No que diz respeito ao menor sem representante legal o art 793 da CLT trata do assunto quando giza que a reclama o trabalhista do menor de 18 dezoito anos ser feita por seus
271. cz confirmam a vers o de Roger Perrot de que tal denomina o deriva do local onde o representante da Institui o atuava de p no recinto dos tribunais um ex guo espa o assoalhado limitado por uma balaustrada O nome Parquet certamente deriva do piso taqueado Em 1789 a burguesia revolucion ria assumiu o poder na Fran a encontrando o Minist rio P blico desgastado perante a opini o p blica por ter em alguns momentos tendencionado para os interesses da realeza em vez de defender os interesses p blicos que representava gerando inclusive manifesta o no sentido de extinguir a Institui o Mas com a instala o da Assembl ia Nacional Constituinte houve uma ampla reforma que lhe retirou a natureza pol tica para torn lo apenas um simples rg o judici rio optando assim pela sua manuten o A nova legisla o al m de criar as inova es institucionais tamb m n o olvidou o Parquet definindo o como agente do Poder Executivo perante os Tribunais na fiscaliza o do cumprimento das leis e dos julgados garantindo lhe independ ncia em rela o ao Parlamento e ao Judici rio Atrav s do Decreto de 08 de maio de 1790 com vig ncia a partir de 27 de setembro do mesmo ano foi concedido aos integrantes do Minist rio P blico a ee PERROT Roger Institui es Judiciaires 4 ed Paris Montchrestien s d p 263 31 SAUWEN FILHO Jo o Francisco Minist rio P blico Brasileiro e o Estado Demo
272. da Constitui o Federal Antes de analisarmos o princ pio em comento t tulo ilustrativo de primacial import ncia tecermos algumas considera es de ordens gerais acerca dos princ pios gerais de direito Nosso prop sito inicial sen o um entendimento preliminar acerca da terminologia enfocada Na express o de Meton Marques de Lima princ pio o momento em que alguma coisa tem origem a causa prim ria o elemento essencial na constitui o de um corpo Noutro falar seguindo as pegadas de Meton a palavra princ pio reporta nos sempre ao in cio ao origin rio ao que antecede e atrav s dele investigamos os meios e objetivamos os fins Nesse mbito de considera es ensina De Pl cido e Silva que princ pio derivado do latim principium origem come o em sentido vulgar quer exprimir o come o de vida ou o primeiro instante em que as pessoas ou as coisas come am a existir amplamente indicativo do come o ou da origem de qualquer coisa No sentido jur dico notadamente no plural quer significar as normas elementares ou os requisitos primordiais institu dos como base como alicerce de alguma coisa E assim princ pios revelam o conjunto de regras ou preceitos que se fixaram para servir de norma a toda esp cie de a o jur dica tra ando assim a conduta a ser 122 LIMA Francisco Meton Marques de Interpreta o e Aplica o do Direito do Trabalho Luz dos
273. da Costa Machado citados por Marcelo Pedroso Goulart informa nos que o Promotor de Justi a da Casa de Suplica o nomeado pelo rei tinha a fun o n o somente de fiscalizar o cumprimento da lei mas tamb m a de formular acusa o criminal contra as pessoas que seriam submetidas aos processos da Casa de Suplica o No s culo XIX Institui o foi incorporado o princ pio da hierarquia separando ainda as fun es de Magistrados Administrativos das dos Magistrados que julgam Com o estabelecimento do regime liberal as Cortes Constituintes procuraram organizar a Magistratura do Minist rio P blico tendo como inspira o a Legisla o Revolucion ria da Fran a A lei de 12 de novembro de 1822 vingou do esfor o desse trabalho a qual entretanto n o chegou a ser executada devido rea o absolutista 7 CAMPOS Benedicto de O Minist rio P blico e o novo C digo de Processo Civil S o Paulo RT 1976 pp 13 15 8 MACHADO Ant nio Cl udio da Costa A Interven o do Minist rio P blico no Processo Civil Brasileiro S o Paulo Saraiva 1989 pp 15 16 7 GOULART Marcelo Pedroso Minist rio P blico e Democracia Texto extra do da p gina do Sindicato dos Membros do Minist rio P blico de Portugal na Internet endere o http www smmp pt goulart htm 66 Outros diplomas s o apontados como fundamentais S o o Decreto de 15 de novembro de 1835 e o Decreto vigente de 24 de outubro de 1901
274. da jurisprud ncia tratou de estabelecer um conceito para o instituto cuja aceita o livre comportando in meras discuss es acerca da categoria investigada tendo em vista repito que o conceito operacional de interesse p blico inserido no artigo 82 inciso Ill do C digo de Processo Civil a exigir a participa o do Minist rio P blico como fiscal da lei n o foi fixado em comando jur dico normativo pelo legislador Assim por n o ser um conceito previsto legalmente cabe aos estudiosos do Direito realizar um acordo sem ntico acerca do instituto em apre o para melhor utiliz lo no campo jur dico 429 EVENHAGEN Ant nio Jos de Souza Coment rios ao C digo de Processo Civil S o Paulo Atlas 1986 p 107 425 No particular n s vimos que o Minist rio P blico do Trabalho deve atuar judicialmente em primeiro segundo ou terceiro graus de jurisdi o ou extrajudicialmente inclusive como rbitro sempre que entender existente interesse p blico que justifique sua interven o Entretanto resta definir o que consiste interesse p blico Nessa tarefa trabalharemos nos t picos abaixo delineados comum encontrarmos nos diversos dicion rios defini es para o voc bulo interesse do tipo conveni ncia lucro proveito vantagem que algu m encontra em alguma coisa atrativo simpatia etc Podemos dizer de imediato ent o que o interesse interliga uma pessoa a um bem da vida em virtude de um determi
275. da organiza o desses fiscais do imperador que t o relevante papel desempenharam como intermedi rios entre o poder central e seus delegados n GIORDANI M rio Curtis Hist ria dos Reinos B rbaros Vol Il Petr polis Vozes 1985 p 69 18 SAUWEN FILHO Jo o Francisco Minist rio P blico Brasileiro e o Estado Democr tico de Direito Rio de Janeiro Renovar 1999 p 33 37 E extraindo de um memorandum o professor d alguns exemplos das atribui es dos missi dominici De pace infra patriam Da paz no interior do pa s 2 De canonicis et monachis Dos c negos e dos monges 3 De falso testimonio et perjurio Do falso testemunho e do perj rio 4 De his qui se fraudulenter ingenuare volunt Daqueles que querem por fraude fazer se passar por ing nuos 5 De falsis monelis Sobre as falsas moedas 6 De latronibus et disciplina eorum Dos ladr es e de seu comportamento Frise se que dentre as atribui es do missi estavam as atividades que competem hoje aos curadores de rf os e incapazes como esclarece o autor Curtis Giordani Os missi reuniam em cada localidade uma Assembl ia de homens livres na qual se praticavam os mais diferentes atos como v g julgamento de fidelidade ao Imperador publica o de capitulares acolhimento de den ncias contra funcion rios julgamento de pedidos de aux lio por parte de pessoas desamparadas vi vas rf os etc D
276. dade salvo na condi o de aprendiz 232 No particular registre se que a pol tica envidada pelo Minist rio P blico do Trabalho direcionada para erradica o do trabalho infantil tem resultado na assinatura de diversos termos de Ajuste de Conduta com diversas empresas urbanas e empregadores rurais retirando a crian a do trabalho sobretudo aquele agravado pelo ambiente insalubre perigoso e penoso que a t tulo de exemplo citamos as carvoarias do Mato Grosso do Sul e de Minas Gerais bem como as pedreiras de Goi s as salinas do Piau e o sisal da Bahia No espec fico o Minist rio P blico do Trabalho coordena e tem assento nos F runs Nacional e Regionais para Erradica o do Trabalho Infantil fato que lhe permite conhecer a implanta o de projetos comunit rios e avaliar a legalidade das situa es ali apresentadas Ademais tem promovido palestras e semin rios em parceria com rg os governamentais entidades patronais e sindicais e com a Organiza o Internacional do Trabalho OIT IPEC no af de sensibilizar a sociedade em geral para o grave problema do trabalho infantil Em s ntese registramos ser proibido o trabalho de menores adolescentes entre 14 e 18 anos em T atividades insalubres art 189 da Consolida o das Leis do Trabalho para lhes preservar a boa sa de 2 atividades perigosas art 193 da Consolida o das Leis do Trabalho para lhes preservar a vida 3 atividades penosas art 405
277. dade n o pode ser utilizada como elemento integrador do direito salvo quando a lei permitir CPC art 127 Exemplo disso ocorre nos procedimentos de jurisdi o volunt ria ou graciosa caso em que o juiz pode utilizar se da equidade j que consoante o art 1 109 do CPC n o est preso crit rio de legalidade estrita Ademais no Processo do Trabalho o artigo 8 da CLT permite a utiliza o da equidade como elemento integrador do direito em caso de omiss o ou lacuna da lei Da mesma forma o C digo de Defesa do Consumidor Lei 8 078 90 atrav s do art 7 permite a utiliza o da equidade naquelas lides atinentes a consumo 34 O Poder Judici rio s admitir a es relativas disciplina e s competi es desportivas ap s esgotarem se as inst ncias desportivas reguladas em lei 1 As autoridades administrativas e a Justi a do Trabalho na falta de disposi es legais ou contratuais decidir o conforme o caso pela jurisprud ncia por analogia por equidade e outros princ pios e normas gerais de direito principalmente do direito do trabalho e ainda de acordo com os usos e costumes o direito comparado mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevale a sobre o interesse p blico 352 Por fim n o devemos confundir lacuna ou obscuridade de lei caso em que se socorrer o magistrado da analogia dos costumes e princ pios gerais do direito e conforme o caso permitido pela
278. de Recife Na hip tese uma grande rede de livrarias estava substituindo todo o seu pessoal por cooperados nas fun es de caixa vendedor estoquista fiscal de loja gerente entre outras Ajuizada A o Civil P blica foi obtida a antecipa o de tutela condenando as empresas r s em ess ncia a registrarem os trabalhadores retroativamente e a deixar de tomar servi os de cooperativas de trabalho em fun es subordinadas A decis o n o foi 253 cumprida e contra ela foram impetrados mandados de seguran a ao final julgados improcedentes A execu o da multa di ria levou as r s a conciliarem A tomadora obrigou se a registrar os trabalhadores anotar suas CTPS e ainda proceder aos dep sitos de FGTS e INSS retroativamente s datas de admiss o entre outras obriga es s cooperativas a n o mais intermediarem m o de obra em atividade fim das empresas ou em fun es subordinadas 4 2 6 O MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO NA DEFESA DA PROBIDADE ADMINISTRATIVA E CONTRA AS CONTRATA ES IRREGULARES O Legislador Constituinte buscou atrav s de norma da elevado interesse p blico art 37 Il restringir o ingresso de pessoal na Administra o P blica algo que vinha sendo usado com fins eleitoreiros sem qualquer respeito ao patrim nio p blico A Lei Fundamental ao estabelecer que o ingresso no servi o p blico depende de aprova o em concurso p blico excluiu toda e qualquer outra forma exceto a nela previs
279. de cimentar a autonomia coletiva reduzindo a sobrecarga processual do Judici rio Italiano Na It lia vale relembrar h o Estatuto do Trabalhador Lei 300 70 que prev v rias formas de resolu o de conflitos dentre os quais a comiss o no local de trabalho equivalente nossa Comiss o de Concilia o Pr via e a Comiss o de Concilia o e Julgamento A arbitragem italiana facultativa em qualquer tempo de negocia o a teor da Lei 533 de 1973 341 5 8 ESPANHA A Espanha possui rg o espec fico para a pr tica da arbitragem O IMAC Instituto de Media o Arbitragem e Concilia o foi criado no per odo de redemocratiza o ap s a queda do General Franco atrav s do Real Decreto Lei n 5 de 1979 Tem car ter de organismo aut nomo mas ligado organizacionalmente ao Minist rio do Trabalho Nas arbitragens espanholas h a previs o de recurso ao Poder Judici rio para revis o A Lei de Procedimiento Laboral de 1995 em seus arts 63 a 73 considera obrigat ria a interposi o de uma tentativa de concilia o pr via perante o rg o administrativo correspondente Este rg o a comiss o de concilia o parit ria Estado patr es e empregados estabelecida nos locais de trabalho Ap s a implanta o destas comiss es no Direito Espanhol em 1997 o que se viu foi uma retra o na utiliza o dos servi os do IMAC Recentemente foi criada a Funda o SIMA
280. de d vidas a mais relevante Foram os portugueses atrav s da coloniza o que trouxeram a institui o para o Brasil Apesar da influ ncia do Direito luso a legisla o brasileira avan ou sobre a mat ria sendo atualmente diversificado o tratamento dado ao tema pelas duas na es Destarte as divaga es acerca da influ ncia portuguesa sobre a institui o nacional preponderante se torna o estudo do parquet lusitano Portugal n o trouxe para o Brasil apenas o Minist rio P blico Na verdade a col nia foi influenciada arraigadamente pela estrutura administrativa do Estado portugu s e isto pode ser observado no estilo da sociedade e da pol tica dos colonizados tra os marcantes presentes at hoje A origem da a o penal p blica antecede pr pria forma o do Estado portugu s previs o do direito procedimental do C digo Visig tico vigente na Pen nsula Ib rica poca que o Portugal era apenas um dos condados espanh is Com a ascens o ao trono pela Casa de Aviz surgiu no reino lusitano tal como na Fran a um corpo de funcion rios encarregados da prote o dos interesses em mat ria fiscal e da coroa Isabel Lopes Cardoso 2 em memor vel trabalho sobre o tema menciona a incumb ncia dos Procuradores do Rei de intervirem nas causas penais semelhantes aos Promotores P blicos da Casa de Suplica o previs o do regulamento dessa corte e do Regulamento dos Livros e Posturas Neste tempo 82 CARDO
281. de economia mista Ou naqueles processos que versarem sobre 1 incompet ncia da Justi a do Trabalho 2 meio ambiente do trabalho Ou ainda nos processos de compet ncia origin ria dos Tribunais Regionais do Trabalho ou submetidos a julgamento no mbito do Tribunal Superior do Trabalho pelo Tribunal Pleno rg o Especial Se o Especializada de Diss dios Individuais e Coletivos excetuando se os Agravos Regimentais em Embargos em Recurso de Revista e os Agravos Regimentais em Embargos e em Agravos de Instrumento Resolu o do Conselho Superior do Minist rio P blico de n 1 e 2 93 Atua ademais como fiscal da lei manifestando se obrigatoriamente na argui es de inconstitucionalidade de lei nos termos do art 480 do CPC utilizado subsidiariamente combinado com o art 84 inciso V da LOMP O art 480 do CPF frisa Arg ida a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do poder p blico o relator ouvido o Minist rio P blico submeter a quest o turma ou c mara a que toca o conhecimento do processo Por seu turno o art 84 V da LOMP inclui entre as fun es do Minist rio P blico exercer quaisquer outras atribui es que lhe forem conferidas por lei desde que compat veis com sua finalidade O controle de constitucionalidade de lei aqui referido o incidental ou difuso diferentemente do concentrado ou por via de a o exercido pelo Supremo Tribunal Federal 138 DINIZ Jos Jan
282. de um direito dele se despoja por ato unilateral seu em favor de algu m omissis A transa o por sua vez verifica se quando as partes que se consideram titulares do direito solucionam o conflito atrav s da implementa o de concess es reciprocas Amauri Mascaro Nascimento assim trata deste princ pio O princ pio da irrenunciabilidade dos direitos pelo trabalhador tem a fun o de fortalecer a manuten o dos seus direitos com a substitui o da vontade do trabalhador exposta s fragilidades de sua posi o perante o empregador pela da lei impeditiva e invalidante de sua aliena o Como bem observado pelo professor Mascaro a indisponibilidade decorre da irrenunciabilidade protegendo a parte que esteja em situa o de hipossufici ncia o empregado Entretanto facilmente se imagina que nem todo empregado se encontra vulner vel assim como n o nem em toda ocasi o contratual nem em rela o a toda sorte de direitos que se verifica tal situa o de indisponibilidade ou irrenunciabilidade eo DELGADO Maur cio Godinho Arbitragem Media o e Comiss o de Concilia o Pr via no Direito do Trabalho Brasileiro S ntese Trabalhista n 159 Porto Alegre S ntese p 11 setembro 2002 382 NASCIMENTO Amauri Mascaro Curso de Direito do Trabalho 17 ed S o Paulo Saraiva 2001 p 305 376 De acordo com a doutrina e a jurisprud ncia mais atuais a indisponibilidade dos direitos
283. defendiam os interesses privados em ju zo e que em conjunto eram conhecidos pelo nome gen rico de les gens du roi numa nica institui o Trata se do primeiro diploma legislativo a prever a Institui o do Minist rio P blico atrav s da figura dos procuradores do rei Montesquieu ao escrever o seu monumental De l Esprit des Lois em 1748 assinalou o aparecimento do Minist rio P blico no ordenamento jur dico ao manifestar se sobre a lei de Filipe o Belo N s possu mos hoje uma lei admir vel aquela que exige que o pr ncipe estabelecido para fazer com que se executem as leis designe um agente em 2 SAUWEN FILHO Jo o Francisco Minist rio P blico Brasileiro e o Estado Democr tico de Direito Rio de Janeiro Renovar 1999 p 38 2 MONTESQUIEU Do Esp rito das Leis S o Paulo Martins Fontes 1996 p 101 45 cada tribunal com o fim de processar em seu nome todos os crimes A parte p blica vela pelos cidad os esta age e aqueles vivem trang ilos Na fase ainda da monarquia absoluta outras Ordonnances foram editadas regulamentando a institui o como cita o ilustre professor Frederico Marques tais como as de julho de 1493 de Carlos VIII as de 1498 de Lu s VII como tamb m as de agosto de 1522 novembro de 1553 e maio de 1586 Finalmente a Ordonnance de Lu s XIV de agosto de 1670 que constitui a grande codifica o do processo criminal franc s conhecida pelo no
284. deiro estado an rquico 255 Estipula o art 7 da Constitui o S o direitos dos trabalhadores VIII 13 sal rio com base na remunera o integral ou no valor da aposentadoria XII sal rio fam lia para os seus dependentes XVII gozo de f rias anuais remuneradas com pelo menos um ter o a mais que o sal rio normal XVIII licen a gestante sem preju zo do emprego e do sal rio com a dura o de cento e vinte dias e XIX licen a paternidade de 5 dias 25 VIANNA Segadas Institui es de Direito do Trabalho LTR S o Paulo 2000 p 1026 281 No contexto mesmo sendo permitida a greve no servi o p blico para os servidores civis o art 10 da atual lei de greve arrola os servi os essenciais os quais n o podem ser paralisados durante a greve S o considerados servi os ou atividades essenciais Iltratamento e abastecimento de gua produ o e distribui o de energia el trica g s e combust vel Il assist ncia m dica e hospitalar Ill distribui o e comercializa o de medicamentos e alimentos IV funer rios V transporte coletivo VI capta o e tratamento de esgoto e lixo VI telecomunica es VIII guarda uso e controle de subst ncias radioativas equipamentos e materiais nucleares IX processamento de dados ligados a servi os essenciais X controle de tr fego a reo XI compensa o banc ria Em sendo objetivado a paralisa o nos servi os e atividades essenciais
285. der ainda o compromisso arbitral conter o prazo para apresenta o da senten a arbitral Art 23 A senten a arbitral ser proferida no prazo estipulado pelas partes Nada tendo sido convencionado o prazo para a apresenta o da senten a de 6 seis meses contado da institui o da arbitragem ou da substitui o do rbitro art 1 082 Responde por perdas e danos o rbitro que no prazo n o proferir o laudo acarretando a extin o do compromisso Il depois de aceitar o encargo a ele renunciar sem motivo justificado Art 1 083 Aplicam se aos rbitros no que couber as normas estabelecidas neste C digo acerca dos deveres e responsabilidades dos ju zes artigo 133 465 Art 85 O rg o do Minist rio P blico ser civilmente respons vel quando no exerc cio de suas fun es proceder com dolo ou fraude 461 Com isso a instru o probat ria muito se potencializa quando a arbitragem estiver a encargo do Minist rio P blico do Trabalho Poder o Parquet na medida do caput dos arts 6 7 8 e 84 da Lei Complementar n 75 93 utilizar se de determinados procedimentos como por exemplo Notifica o de testemunhas e requisi o de conduta coercitiva se for o caso Realiza o de inspe es e investiga es pr prias Ter acesso livre a local p blico ou privado respeitada a inviolabilidade domiciliar Requisitar servi os temporariamente Administra o P blica Requi
286. do Minist rio P blico em alguns dos principais pa ses do mundo para que o estudioso possa compar lo com o Minist rio P blico brasileiro em especial naquilo a que este ainda precisar se adequar A import ncia de se construir um par metro com o direito comparado mostra se essencial para compreens o da estrutura do Minist rio P blico no Brasil O parquet tornou se figura presente em todas as constitui es ocidentais Sua caracteriza o modelo de funcionamento atribui es enquadramento s o diversificados nas m ltiplas organiza es estatais e interpenetram se de forma mais ou menos acentuada na configura o da institui o A exist ncia de diferenciados perfis estabelece se diante das realidades nacionais singulares e ainda em rela o ao modelo jur dico adotado seja o civil law ou o common law Todavia mesmo com os in meros e d spares regulamentos e de mpares posicionamentos sobre o tema o estudo do direito comparado sempre foi fonte de enriquecimento doutrin rio e subs dio importante para compreens o do modelo nacional bem como influenciou profundamente a forma o da institui o no Brasil Hodiernamente a configura o do parquet nacional muito diverge da estrutura presente na Europa como se distancia do modelo norte americano At 2 GOULART Marcelo Pedroso Minist rio P blico e Democracia Texto extra do da p gina do Sindicato dos Membros do Minist rio P blico de Portugal na Internet
287. do para muitos a origem do parquet que somente vir a se delinear enquanto institui o ap s a Revolu o Francesa Entretanto a atua o daquele corpo de funcion rios se circunscrevia s a es relativas aos interesses do Rei Isto se deve ao fato de que a atividade repressiva na Idade M dia era exercida nos feudos por seus respectivos senhores O monop lio da jurisdi o pelo Estado apenas ocorrer a partir da forma o das monarquias absolutistas com o advento do Estado Moderno O diploma constitucional que primeiro disciplinou a mat ria dando lhe a caracteriza o de uma institui o foi o da Constitui o Francesa de 1791 em seus arts 25 a 27 utilizando a denomina o de comiss rios do Rei tendo as fun es de fiscaliza o na aplica o da lei execu o de julgados e ser ouvidor de acusa es al m das importantes incumb ncias no mbito de arrecada o 33 DE PAULA Edylc a Tavares Nogueira O Minist rio P blico e seu posicionamento no Estado de Direito Revista de Informa o Legislativa Ano 18 n 72 p 86 90 outubro dezembro de 1981 DE PAULA Edylc a Tavares Nogueira O Minist rio P blico e seu posicionamento no Estado de Direito Revista de Informa o Legislativa Ano 18 n 72 p 86 90 outubro dezembro de 1981 50 tribut ria A partir da Constitui o de 1795 bifurcam se as atribui es de acusadores p blicos e de comiss rios do Poder Executivo Pouco depois em 1799 o text
288. do o concurso p blico para ingresso na carreira assegurada a garantia de perda do cargo de seus membros somente em raz o de senten a judici ria ou ap s processo administrativo em que tenham podido amplamente oferecer defesa proibido o exerc cio de qualquer outra fun o p blica exceto o magist rio Esta Carta Magna disp s ainda que a lei federal organizaria o Minist rio P blico da Uni o no Distrito Federal e nos Territ rios e que leis locais organizariam o Minist rio P blico dos Estados No quarto e quinto cap tulo tratamos dos princ pios garantias prerrogativas direitos deveres veda es dos membros do Minist rio P blico e as formas de atua o judicial e extrajudicial do rg o ministerial laboral no Brasil na defesa da ordem jur dica do regime democr tico e dos direitos sociais e individuais indispon veis quais sejam os difusos coletivos e individuais homog neos 20 No sexto cap tulo abordamos um assunto sobre o qual n o existe communis opinium doctorum embora o estudo acerca desse assunto foi de extrema valia para o desenvolvimento de nosso trabalho Consiste no estudo detalhado acerca da natureza jur dica do Minist rio P blico Se ligado a um dos poderes da rep blica se um poder isolado se um quarto poder Asseveramos no particular que O Minist rio P blico n o um quarto poder pois a Constitui o da Rep blica alberga o princ pio da triparti o dos poderes idealizada pelo Ba
289. do o processo o respaldo jur dico de seus sindicatos Isto o que se est percebendo nas mais modernas conven es coletivas que est o introduzindo a arbitragem trabalhista como meio extrajudicial de resolu o pac fica e c lere de determinados conflitos de interesses 35 SUSSEKIND Arnaldo Institui es de Direito do Trabalho vol 18 ed S o Paulo LTr 1999 p 470 387 Demais disso nos diss dios coletivos o instituto da arbitragem perfeito como alternativa eficaz ao problema do acesso Justi a Estatal Nesse sentido os sindicatos devem perquirir pela busca de totais condi es de utilizar se do instituto da arbitragem para conseguir seus objetivos pois em assim sendo ter o formas de litigar em posi o jur dica e economicamente mais equilibrada perante as associa es dos patr es Todavia para a perfeita execu o destes objetivos do Direito Sindical Brasileiro urge uma diuturna busca pela plena representatividade estrutura o e atua o adequada das entidades sindicalistas brasileiras sem as quais poderemos retornar a uma perigosa e n o muito long nqua pelega vassalagem aos fortes cofres empregadores Fincamos p com Orlando Teixeira da Costa quando afirma que dif cil admitir se como solu o nica exclusiva a negocia o coletiva pois quando ela se realizasse nesse terceiro mundo brasileiro faltar lhe ia aquele pressuposto essencial real ado nos pa ses plenamente
290. do povo e em seu nome ser exercido Ap s um exame do texto constitucional de 1988 Walter Paulo Sabella rememorou o uso deliberado do vern culo cidad o e cidadania no conjunto da Carta magna Registra que logo no dispositivo inaugural da Constitui o que abre o T tulo no qual se enunciam os Princ pios Fundamentais artigo 1 inciso Il j se acha a palavra cidadania erigida categoria de fundamento do pr prio Estado O artigo citado vaticina a Rep blica Federativa do Brasil formada pela uni o indissol vel dos Estados e Munic pios e do Distrito Federal constitui se em Estado Democr tico de Direito e tem como fundamentos dentre outros a cidadania Os outros termos s o a soberania a dignidade da pessoa humana os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo pol tico Segundo ele soberania talvez fosse dispens vel aludir visto tratar se de fundamento do pr prio conceito de Estado de todo e qualquer Estado e n o do Estado Brasileiro apenas Ora se na ordem constitucional vigente a cidadania tivesse preservado apenas os atributos de votar e ser votado o Constituinte n o a teria proclamado como fundamento do pr prio Estado j que este pode substituir sem que seus cidad os exer am o voto ainda que assuma assim fei o autorit ria 18 No Brasil de hoje as dist ncias e desigualdades s o intoler veis e portanto devem ser extirpadas proporcionando um acesso aos bens d
291. dora dos poderes p blicos que n o podem agir se n o de acordo com ela Essa possibilidade de limita o jur dica mais evidente no regime de Constitui o r gida A Constitui o apresenta limites atividade dos rg os competentes para elaborar normas Os elementos limitativos que se manifestam nas normas atinentes aos direitos democr ticos aos direitos fundamentais s garantias constitucionais restringem a a o dos poderes estatais e d o t nica do Estado de Direito O pice do ordenamento jur dico positivo na Constitui o segundo Hans Kelsen Ela integra ou tenta integrar no seu bojo o complexo ditado pelo Poder Constituinte de princ pios e normas a comandar o ordenamento jur dico Tal caracter stica fez o pernambucano Marcelo Neves em trabalho 1 magistral intitulado Teoria da Inconstitucionalidade das Leis afirmar que A Constitui o um sistema mono emp rico prescritivo integrante do ordenamento jur dico estatal A Constitui o tem supremacia hier rquica sobre 219 DINIZ Maria Helena Norma Constitucional e seus Efeitos Saraiva SP 1990 p 12 20 KELSEN Hans Teoria Geral do Direito e do Estado 3 ed S o Paulo Martins Fontes 1998 230 21 NEVES Marcelo Teoria da Inconstitucionalidade das Leis Saraiva SP 1988 p 63 255 os demais sub sistemas que comp e o ordenamento funcionando como fundamento de pertin ncia e crit rio de validade de sub siste
292. dos a de que este projeto democr tico idealmente pactuado em nossa Carta Magna muito dificilmente consegue ir al m da fal cia e do discurso improdutivo dos governantes Notadamente as classes mais abastadas e os grupos sociais que governam o pa s e que det m o poder dos instrumentos coercitivos dispostos pelo Estado s o predominantes no mbito da sociedade civil tentando e conseguindo manter o status quo concentrando a riqueza e o poder pol tico em m os de poucos recriando geometricamente a mis ria as desigualdades sociais e regionais e a marginaliza o das camadas mais pobres e penalizadas da sociedade que diga se de passagem s o numericamente maiores Veja se o fato recentemente divulgado de que o IBGE verificou atrav s de suas pesquisas econ micas e demogr ficas que a atual concentra o de renda Censo de 2000 brasileira a mesma que havia em 1980 exce o de um recuo muito pequeno poca do lan amento do Plano Real em 178 1993 94 mas que cedeu s press es da recess o das taxas de juros mais altas do mundo e das perdas reais verificadas nos sal rios a n s impostas pelos anos posteriores Com isto estas camadas sociais hegem nicas utilizam se basicamente de processos inibit rios da democratiza o baseados em modelos culturais liberal econ micos e liberal pol ticos discutidamente fracassados e impr prios para a nossa realidade social a tola e perversa predomin ncia do neo liber
293. duziu as conquistas ou simplesmente as retirou do texto posto desmerecendo o rg o Ministerial nunca se afastou do seu cl ssico papel qual seja o de ser fiscal da lei o de velar pelo rigoroso cumprimento da Constitui o e das normas infraconstitucionais Nessa condi o manifesta se em todos os processos em que haja interesse p blico manifesto A Constitui o de 1988 mudou significativamente as atribui es da Institui o Ministerial dado o alargamento de suas fun es de prote o de direitos indispon veis e interesses coletivos no sentido amplo A Lei Maior vigente lhe d o relevo de Institui o Permanente essencial fun o jurisdicional 153 do Estado incumbindo lhe a defesa da ordem jur dica do regime democr tico e dos interesses sociais e individuais indispon veis art 127 CF Frise se que n o se trata apenas de meras altera es topol gicas conforme manifestou Celso Ribeiro Bastos Nenhuma de nossas Constitui es pret ritas deu ao Minist rio P blico o tratamento de que goza na Constitui o de 1988 E n o de min cias de que se trata Mas sim de revestilo de prerrogativas e compet ncias in ditas no passado O Minist rio P blico tem a sua raz o de ser na necessidade de ativar o Poder Judici rio em pontos em que este remanesceria inerte por que o interesse agredido n o diz respeito a pessoas determinadas mas toda coletividade Mesmo com rela o aos indiv duos
294. e o o trabalho que o aprendiz obrigado a prestar lhe Acrescenta ademais que por haver o contrato de trabalho e de empreitada haveria um contrato misto Ainda sobre o assunto de boa pol tica trazer baila que Antonio Lamarca sublinha ser a aprendizagem um contrato especial de trabalho Digno de men o a tese defendida por D lio Maranh o em sendo citado por Rosimary de Oliveira Pires defende existir aprendizagem obrigat ria e volunt ria A obrigat ria um contrato a termo extingue se de pleno direito ao completar o empregado 18 anos pela conclus o do curso ou ainda atingida a dura o m xima Na volunt ria a presun o h de ser um contrato por prazo indeterminado salvo cl usula em contr rio Estamos que este contrato de trabalho considerado um contrato especial porquanto sujeito a regras pr prias 294 Apud CARMO J lio Bernardo do Sal rio M nimo Curso de Direito doTrabalho Estudos em Mem ria de C lio Goyat coordenado por Alice Monteiro de Barros Vol Il 2 Ed LTr S o Paulo 1994 p 197 205 JUNIOR A F Cesarino Direito Social Vol 2 ed LTR SP 1993 p 359 20 LAMARCA Ant nio Contrato Individual de Trabalho LTR SP 1969 pp 126 138 Sor PIRES Rosemary de Oliveira O trabalho do Menor Curso de Direito do Trabalho Estudos em mem ria de C lio Goyat coordenado por Alice Monteiro de Barros Vol 2 Ed LTR SP 1994 p 610 236 Na sear
295. e 88 Por essa banda explica Cl udio Armando Couce de Menezes A negocia o coletiva ganhou no Brasil a partir da ltima d cada um lugar privilegiado no rol dos instrumentos de composi o de conflitos coletivos e de regulamenta o das condi es de trabalho Para tanto de grande import ncia foi a Constitui o de 1988 que a elegeu como Direito Fundamental dos trabalhadores art 7 XXI condi o obrigat ria ao ajuizamento de diss dio coletivo econ mico art 114 82 da CF e meio de flexibiliza o dos direitos trabalhistas art 7 V XIII e XIV da CF Essa negocia o coletiva se faz por meio das conven es e acordos normativos de trabalho atos jur dicos que devem atender a determinados requisitos e pressupostos para sua validade no mundo jur dico Sem o que ter se v cios e imperfei es conhecidos como nulidade e anulabilidade A relev ncia emprestada aos acordos e conven es coletivas terminou por exigir um cuidado especial com os defeitos desses atos jur dicos Nesse diapas o o legislador concedeu legitima o ao Minist rio P blico para a 22 DELGADO Maur cio Godinho Curso de Direito do Trabalho 2 ed S o Paulo LTr 2003 p 1 362 265 a o de declara o de nulidade de cl usulas coletivas e do pr prio neg cio jur dico coletivo sempre que em jogo as liberdades individuais e coletivas ou direitos indispon veis dos trabalhadores Essa legitima o ad causam extra
296. e ao Poder Judici rio Sua miss o primacial promover a a o da justi a em defesa da legitimidade dos direitos dos cidad os e do interesse p blico tutelado por lei podendo faze lo de of cio ou a requerimento dos interessados cabendo ainda velar pela independ ncia dos tribunais e procurar antes ao mesmo a satisfa o do interesse social O Minist rio fiscal exerce suas fun es por meio de rg os pr prios conforme os princ pios da unidade de atua o e independ ncia hier rquica sujeitando se nos termos da Lex Legum daquele pa s apenas aos princ pios da legalidade e da imparcialidade 3 ANDRADE Everaldo Gaspar Lopes de O Minist rio P blico Espanhol O Prest gio de uma Institui o diante das Transforma es da sociedade Contempor nea Revista do Minist rio P blico do Trabalho n mero 10 2 semestre pp 94 104 setembro de 1995 ANDRADE Everaldo Gaspar Lopes de O Minist rio P blico Espanhol O Prest gio de uma Institui o diante das Transforma es da sociedade Contempor nea Revista do Minist rio P blico do Trabalho n mero 10 2 semestre pp 94 104 setembro de 1995 81 Consoante Everaldo Gaspar Lopes a fun o daquele rg o consiste em atuar em defesa da independ ncia dos ju zes e tribunais velando pelo respeito das institui es constitucionais os direitos fundamentais e liberdades p blicas utilizando se das prerrogativas que exija sua defesa promovendo as a
297. e coletivos Por outro lado a Resolu o n mero 44 do Conselho Superior do pr prio Minist rio P blico do Trabalho regulamentando a Lei 75 93 alberga regra vazada nos termos de que poder o ser objeto de arbitragem perante os rg os do Minist rio P blico do Trabalho os diss dios de compet ncia da Justi a do Trabalho sem tamb m em nenhum momento distinguir diss dios individuais de coletivos Se aqui ampliarmos o quadro de an lise poderemos enfatizar ainda guisa de ilustra o que a negocia o coletiva plena como meio de solu o de controv rsias de acordo com previs o de norma internacional Conven o 154 da OlT ratificada pelo Brasil em 10 7 93 e aprovada pelo Decreto n 22 de 12 5 92 exige o instituto da Media o Urge registrar que os disciplinamentos para Media o s o encontrados na 1 Instru o Normativa n mero 4 93 do Tribunal Superior do Trabalho 2 Na Portaria n 817 95 do TEM que estabelece crit rios para a participa o do mediador nos conflitos de negocia o coletiva 3 Na Portaria n 818 95 que prev o credenciamento do mediador GUGEL Maria Aparecida Atua o do Minist rio P blico do Trabalho texto in dito gentileza da autora 420 perante as Delegacias Regionais do Trabalho 4 No Decreto n 1 572 95 que regulamenta a media o coletiva No diapas o em se tratando de diss dios coletivos j comum o Minist rio P blico do Trabalho atuar
298. e comum acordo pela pessoa que o decidir Isto tudo baseadas na liberdade da manifesta o de vontade a elas outorgada e embasadas na celeridade do oferecimento de presta o jurisdicional Tais vontades devem ser respeitadas sobretudo Assim sendo n o vista qualquer oposi o da arbitragem a este princ pio visto que a compet ncia do ju zo arbitral j se encontra legalmente pr estabelecida em momento anterior respectiva conven o de arbitragem Aqui o rbitro privado considerado um verdadeiro magistrado embora n o investido em jurisdi o estatal mas privada Aqui ele ocupa a mais bela fun o da humanidade que a de ministrar justi a Essa justi a que segundo Chaim Perelman citando Proudhon o que h de mais primitivo na alma humana de mais fundamental na sociedade de mais sagrado entre as no es e o que as massas reclamam hoje com mais ardor a ess ncia das religi es ao mesmo tempo que a forma da raz o o objeto secreto da f e o come o o meio e o fim do saber 4 ROBERT Henri O advogado S o Paulo Martins Fontes 1997 p 109 345 PERELMAN Chaim tica e Direito S o Paulo Martins fontes 1996 p 8 355 Se ambos os litigantes concordam em atribuir ao rbitro escolhido de forma neutra e imparcial a compet ncia para a solu o de seus problemas como poderiam emp s tal atribui o pugnar por um juiz natural Finalmente vale aqui lembrarmos as palav
299. e de rbitros para dirimirem lit gios desde que se refiram a direitos patrimoniais dispon veis A controv rsia e o deslinde da quest o passa por duas plobem ticas primus em saber se a arbitragem pode ser utilizada como forma de solu o dos conflitos laborais em face de haver a discuss o de os direitos trabalhistas serem indispon veis secundus em saber se o membro do Minist rio P blico Trabalhista pode atuar na condi o de rbitro para solucionar os conflitos laborais coletivos e individuais haja vista que a atribui o do Parquet laboral apenas a de defender os direitos ou interesses sociais indispon veis ou seja quando houver interesse p blico Atrav s do levantamento de v rios argumentos este estudo tem a pretens o de demonstrar que a arbitragem plenamente cab vel para solucionar os conflitos laborais por n o ser os direitos trabalhistas no fundo indispon veis al m de demonstrar tamb m que o Membro do Minist rio P blico Trabalhista pode atuar como rbitro resolvedor de conflitos individuais e coletivos de compet ncia da Justi a do Trabalho em face de os chamados direitos ou interesses sociais indispon veis que consubstanciam o interesse p blico tratados na legisla o p tria conferir ao Minist rio P blico do Trabalho certo grau de discricionariedade acerca da defini o do que seja interesse p blico que justifique sua interven o no feito Por fim uma das hip tese a serem c
300. e do mesmo n vel hier rquico dos demais na verdade constitui se demonstra o inequ voca da independ ncia e da autonomia que quis o legislador constituinte dar a Institui o reservando lhe ao lado da advocacia o papel de fun o essencial justi a n o significando com isso que pretendeu o legislador constituinte dar lhe n vel de Poder mas sim criar lhe for a e independ ncia suficientes para o cumprimento das importantes miss es institucionais que lhe seriam adstritas como a promo o da justi a a fiscaliza o da lei a defesa da ordem jur dica do regime democr tico e dos interesses sociais e individuais indispon veis da a sua essencialidade seja como parte seja na fun o custos legis desde que haja interesse p blico direitos difusos indispon veis coletivos ou de incapaz a ser defendido ou preservado n o havendo justi a poss vel nesses campos sem a sua interven o exatamente por ser o Judici rio por natureza rg o inerte dependente de provoca o Com efeito importa registrar que O Minist rio P blico representa a sociedade pol tico juridicamente organizada no Estado mas n o a pessoa jur dica desse ou de seus governantes Defende os interesses sociais da comunidade a que serve salvaguardando os bens e os valores essenciais preval ncia da Cidadania e do Estado de Direito O Minist rio P blico o fiscal da lei sendo sua a miss o de preservar a ordem democr tica 184 G
301. e executividade decis o arbitral n o importa na perda da qualidade vinculante do pronunciamento do rbitro Ocorre que somente o Judici rio poder executar a senten a arbitral por ser Poder Estatal capaz de coagir os cidad os aos cumprimentos de suas decis es ou das decis es de seus delegados como o s o os rbitros Nisto reside a grande diferen a entre obrigatoriedade inerente ao laudo arbitral e executoriedade elemento cogente e intr nseco ao Estado Necess rio observar que esta falta de executividade das decis es arbitrais n o t pica do ordenamento brasileiro Ocorre ela internacionalmente Basta 38 NERY JR Nelson et al C digo de Processo Civil comentado 6 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 2002 p 1468 367 atentarmos nossa leitura para a Conven o da OIT sobre o reconhecimento e execu o das senten as arbitrais estrangeiras o Tratado de Nova lorque de 1958 o Tratado de Montevid u de 1889 e de 1940 o C digo Bustamante de Havana 1928 Por fim lembremos que o nosso C digo de Processo Civil eleva a senten a arbitral a t tulo executivo judicial conforme institui seu art 584 inciso VI refor ando o car ter jurisdicional da arbitragem e facilitando a execu o do que nela estiver disposto 10 CRISE NO ATUAL MODELO DA JUSTI A DO TRABALHO Costuma se dividir as formas de composi o dos conflitos trabalhistas em auto composi o e hetero composi o
302. e garantias fundamentais dos empregados que envolva desde a quest o da remunera o e das condi es de trabalho at a pr pria gest o da empresa Outro fato se nos mostra presente na realidade jur dica brasileira com clareza gritante sem que algo tenha sido feito Nos diss dios individuais s o homologados pela Justi a do Trabalho acordos verdadeiramente vergonhosos e aviltantes que s o aceitos pelos 372 trabalhadores diante da expressiva expectativa de demora na presta o jurisdicional e das prementes necessidades financeiras ocasionadas pelo desemprego Ju zes e advogados n o se pejam de exaltar as virtudes de acordos r pidos logo no in cio da demanda custa de pesadas perdas para o empregado a partir do argumento da excessiva demora na solu o os infinitos recursos etc A sim se percebe um maior desrespeito s conquistas seculares dos trabalhadores a seus direitos pretensamente intransig veis e irrenunci veis Excede se a Justi a do Trabalho em discuss es adjetivas em torno de processos onde o direito material do trabalhador relegado a um segundo plano ficando merc da boa vontade dos doutos julgadores em decidir seu caso Basta que fa amos uma leitura minuciosa no inteiro teor de alguns ac rd os para percebermos a v suntuosidade processual que acomete a Justi a do Trabalho Todos estes argumentos corroboram a assertiva de que o modelo estatal de jurisdi o excl
303. e h tr s A es Diretas de Inconstitucionalidade contra tal diploma legal intentadas por Confedera o Nacional das Profiss es Liberais Confedera o Nacional dos Trabalhadores no Com rcio e tamb m por PT PC do B PSB e PDT em julgamento sobrestado no Supremo Tribunal Federal A compensa o em caso de concilia o perante a CCP deve ficar limitada ao valor do cr dito do trabalhador porque incab vel naquela institui o a apresenta o de reconven o devendo ser restrita a d vidas de natureza trabalhista art 767 da CLT e Enunciados 18 e 48 do TST que o par grafo 5 do art 477 da CLT n o se lhe aplica por se tratar de casos de assist ncia o que n o ocorre perante a CCP 32 Projeto de Lei n 498 2003 321 ADIN s n 2139 2160 e 2237 Rel Min Oct vio Gallotti 331 As partes est o impedidas de transigir perante a CCP sobre a coisa j julgada O contr rio acarretar na anula o do termo de concilia o por via de a o anulat ria ou como incidente no pr prio processo trabalhista Inclusive a pr pria Justi a do Trabalho pode desconsiderar ou ignorar o procedimento formulado perante a CCP dada a preval ncia da jurisdi o estatal e os efeitos da coisa julgada assegurados pela Constitui o Federal art 5 XXXV e XXXVI N o cabe a o rescis ria para atacar o termo de concilia o celebrado perante as Comiss es de Concilia o Pr via pois a rescis ria somente pode ser
304. e irrevers veis 438 GRINOVER Ada Pellegrini Minist rio P blico Revista da Procuradoria Geral do Estado de S o Paulo SP vol 12 pp 111 144 Junho de 1978 439 PASSOS J J Calmon Interven o do Minist rio P blico nas Causas a se refere o art 82 III do CPC Revista Forense Rio de Janeiro vol 268 n 916 918 pp 47 57 1979 430 Na opini o de Milton Sanseverino N o f cil definir o que seja interesse p blico devido n o s multiplicidade de aspectos pelos quais pode ser enfocado como particularmente pela natural equivocidade de seu conceito sempre mais c modo e fact vel desdobrar a sua id ia do que formular um conceito nico que lhe possa abarcar a anatomia inteira sem nada olvidar Parece ser esta de fato uma figura extrema avessa s defini es pelas in meras dificuldades que oferece Complexa e obscura absorvedora e abrangente nada mais dif cil que conceitu la Pode se dizer no entanto em termos simples por m n o definitivos que interesse p blico o pertinente a toda sociedade personificada no Estado o interesse preserva o permanente dos valores transcendentais dessa sociedade N o assim o interesse de um de alguns de um grupo ou de uma parcela da comunidade nem mesmo o interesse s do Estado enquanto pessoa jur dica empenhada na consecu o de seus fins o interesse de todos n o de ningu m Por ele deve velar consegientemente o Minist
305. e meio auto compositivo de resolu o de conflitos onde um terceiro designado pelas partes vai ouvi las e formular propostas a elas tentando p r fim a demanda que lhe seja posta A diferen a crucial da arbitragem para a media o que nesta a amplitude de poderes do mediador bastante reduzida Na verdade n o tem ele poder algum sobre as partes apenas possuindo a fun o de colaborar para a busca de uma solu o amig vel e pac fica entre elas Na arbitragem diferente havendo for a obrigat ria e jurisdicional na decis o arbitral Poder ocorrer antes durante ou depois de instalada uma controv rsia entre as partes Portanto ser preventiva ou resolutiva conforme a poca em que se verifique A CLT a prev em seu art 616 e par grafos dispondo sobre sua forma mais comum a comandada pelo Minist rio do Trabalho conhecida como mesa redonda e presidida por um servidor do Minist rio especialmente designado para tal mister O Minist rio P blico do Trabalho tem constantemente atuado como mediador em Diss dios Coletivos quer antes do ajuizamento do diss dio e at ap s principalmente nas audi ncias de concilia o Quanto a diss dios individuais n o vejo bice tamb m em a media o ser realizada por um rg o do Parquet trabalhista pois atua com mair rapidez e efici ncia al m do fato de que a privacidade e o sigilo ser preservado sem contar com a redu o do desgaste emocional entre as pa
306. e plus I inefficacit et les retards indiscutables et aga ants des services juridictionnels collaborent une augmentation des conflits Pour soulager cette situation end mique les nouvelles formes extrajudiciaires de r solution des conflits sociaux sp cialement la m diation la conciliation et l arbitrage sont sources d inspiration Elles sont chaque jour plus valoris es par le l gislateur la doctrine et la jurisprudence du travail de notre pays qui autrefois les a combattues de mani re draconienne Nous rappelons que les causes de tout ce spectre de probl mes ne rel vent point de la responsabilit absolue de l actuelle faillite des solutions judiciaires De plus la recherche de solutions extrajudiciaires ou priv es par elle m me ne signifiera pas le perfectionnement imm diat de la prestation du service judiciaire mais seulement une petite am lioration Il se trouve que le mod le tatique de r solution des conflits du travail est aujourd hui puis et rend impossible les solutions attendues par les plaideurs Dans cette volution envisag e nous devons absolument fournir graduellement et de mani re responsable les outils n cessaires ces institutions juridiques qui ne sont pas toute jeunes pour que les droits constitutionnels tourn s vers l quilibre des relations sociales employeur salari ne restent pas sans la protection adapt e et n cessaire Le perfectionnement de ces institutions p
307. e produ o pela parcela carente da popula o Sobre o assunto C ssio Eduardo Rosa 162 SABELLA Walter Paulo O Minist rio P blico e as novas dimens es do conceito de cidadania transcri o de confer ncia pronunciada na abertura do Encontro Estadual do Minist rio P blico de Mato Grosso do Sul realizado em Pontapor em mar o de 1995 SSABELLA Walter Paulo O Minist rio P blico e as novas dimens es do conceito de cidadania transcri o de confer ncia pronunciada na abertura do Encontro Estadual do Minist rio P blico de Mato Grosso do Sul realizado em Pontapor em mar o de 1995 169 Resende defende ser necess rio a prepara o integral do homem educa o para produzir o aumento de riqueza atrav s do conhecimento tecnol gico e do melhor uso das potencialidades da natureza b que haja regras claras garantidoras da participa o dos agentes de produ o na riqueza proporcional contribui o de cada um c que haja uma pol tica de planejamento familiar d que haja um sistema tribut rio eficiente e justo a fim de frustrar a sonega o e obrigar pagamento maior de quem pode e deve pagar mais e vice versa e valoriza o do trabalho como o mais importante fator de produ o a fim de que os sal rios sejam dignos e justos Atrav s de pesquisas quantitativas podemos extrair a verdadeira situa o do Brasil frente calamidade social e por conseguinte vermos a dif cil e rdua fun o
308. e se faz necess ria por m n o se pode esquecer que o aprofundamento da democracia brasileira passa pela cria o de mecanismo de controle externo do Minist rio P blico pela sociedade civil a fim de evitar que se desviem os objetivos institucionais a serem cumpridos pelo Parquet Esse controle deve limitar se condu o pol tico administrativa da institui o e recair sobre a verifica o da legalidade dos atos de dire o como os 179 GOULART Marcelo Pedroso Minist rio P blico e Democracia Extra do da p gina do Sindicato dos Membros do Minist rio P blico de Portugal na Internet Endere o http www smmp pt goulart htm 198 que comprometem a independ ncia do promotor de justi a subordinando o a interesses de Governo ou partid rio a discrimina o de origem ra a sexo cor e idade em concursos p blicos a ilegalidade na determina o de crit rios para a promo o ou nomea o e a viola o das garantias constitucionais dos membros da institui o Todavia os atos t picos da atividade funcional propositura de a es manifesta es processuais instaura o de inqu ritos civis etc s o imunes a qualquer tipo de interfer ncia ou controle externo pois est o amparados pelo princ pio da independ ncia funcional Deve se ter em mente que como rg o do Estado incumbido da defesa dos interesses da sociedade e agindo como seu representante a sua conduta deve estar pautada pela prioridade des
309. ecidas as exig ncias previstas na Lei n 9 307 96 e que o empregado a ele tenha se submetido de livre e espont nea vontade sem qualquer esp cie de coa o 12 4 CONVEN O DE ARBITRAGEM E CONTRATOS INDIVIDUAIS Em vista de solucionarmos o problema da compatibilidade da arbitragem com o princ pio da indisponibilidade dos direitos trabalhistas a n vel de contrato individual trazemos neste momento a resposta mais pr tica para tal compatibiliza o a estipula o da arbitragem em contratos conven es ou acordos coletivos 7 RO 14832 0117 TRT 3 Regi o Relator Maur lio Brasil 25 02 2002 8 RO 61 01 01 0939 50 TRT 5 Regi o Rel Gra a Boness j 29 01 2002 9 RO 01 02 01 0328 50 TRT 5 Regi o Rel Dalila Andrade j 11 10 2001 413 A pergunta que se faz nesta evolu o de que maneira podem ser estipulados acordos entre empregadores e trabalhadores em vistas de se instituir uma arbitragem trabalhista mormente em diss dios individuais A Lei de Arbitragem atrav s de seu art 3 define as formas de se compor um procedimento arbitral As partes interessadas podem submeter a solu o de seus lit gios ao ju zo arbitral mediante conven o de arbitragem assim entendida a cl usula compromiss ria e o compromisso arbitral S o inconfund veis tais institutos Pelo compromisso arbitral as partes instituem o ju zo de arbitragem ap s nascida uma lide submetend
310. ectivamente em 27 de novembro de 1790 10 de maio e 25 de outubro do ano de 1791 A Proclama o da Rep blica transformou os Comiss rios do Rei em Comiss rios da Assembl ia e atrav s de um Decreto desta no ano de 1792 suprimiu a interven o daqueles nos processos criminais Por m a Constitui o Republicana de 5 do Frutidor do Ano Ill 22 de agosto de 1795 restaurou a compet ncia dos Comiss rios em mat ria criminal Posteriormente a Constitui o do Ano VIII disp s que o Comiss rio do Governo exercesse as fun es do Acusador P blico junto aos Tribunais 48 Criminais com as prerrogativas da inamovibilidade e independ ncia do Poder Executivo Esta fun o estava poca sob a gide do Poder Legislativo Destacamos o surgimento em 1802 do princ pio da hierarquia segundo o qual os comiss rios que exerciam suas fun es perante os Tribunais Superiores fiscalizavam os que funcionavam junto aos Tribunais Inferiores Com a Constitui o de 28 Floreal Ano XII 18 5 1804 os Comiss rios do Governo foram designados Procuradores Imperiais designa o esta que permanece em in meros pa ses inclusive no Brasil que possui os Procuradores da Rep blica Anos depois j em 1810 o Minist rio P blico Franc s voltou a se reorganizar atrav s de uma lei que lhe definiu a forma e especificou suas fun es de representa o do Poder Executivo junto autoridade judici ria importante esc
311. egi o Servi o de Imprensa e Divulga o Recife O Tribunal 1967 2003 vol 14 n 31 p 261 329 processual haja vista ser a fun o da CCP a de conciliar devendo apenas ser observada a preven o nos termos das regras processuais normais Em se tratando de menores devem ser aplicadas as normas dos arts 792 e 793 da CLT inclusive a possibilidade de sua representa o pelo Parquet Trabalhista arts 83 V da Lei Complementar n 75 83 A sess o para tentativa de concilia o dever realizar se no prazo m ximo de dez 10 dias pena de ter se por frustrada a tentativa de concilia o Frustrada a concilia o deve ser fornecida declara o atestando que a tentativa de concilia o n o teve xito Essa declara o deve descrever o objeto da demanda e dever ser juntada com a inicial da reclama o perante a Justi a do Trabalho Outra quest o interessante em rela o s Comiss es de Concilia o da Lei 9 984 00 o descrito no art 625 E da CLT em rela o efic cia liberat ria geral O par grafo nico do art 625 E da CLT reza que o termo de concilia o t tulo executivo extrajudicial e ter efic cia liberat ria geral exceto quanto s parcelas expressamente ressalvadas Entretanto a jurisprud ncia uniformizada do TST disp e que o recibo de quita o das verbas pagas na rescis o contratual perante a entidade sindical da categoria tem efic cia liberat ria em rela o
312. egistrar ademais que na Espanha o Minist rio Fiscal nico para todo o Estado sendo o Fiscal Geral do Estado nomeado pelo Governo o chefe da institui o o qual det m sua representa o em todo territ rio nacional podendo n o ser inclusive membro da institui o ANDRADE Everaldo Gaspar Lopes de O Minist rio P blico Espanhol O Prest gio de uma Institui o diante das Transforma es da sociedade Contempor nea Revista do Minist rio P blico do Trabalho n mero 10 2 semestre pp 94 104 setembro de 1995 82 Auspicioso trazer baila mais um ponto de similitude entre o Minist rio Fiscal da Espanha e o Minist rio P blico do Brasil Consiste na independ ncia deste em rela o aos demais poderes do Estado Com efeito consoante Niceto Acal Zamora y Castillo o Minist rio Fiscal Espanhol n o est vinculado ao Poder Executivo ao Poder Legislativo e nem tampouco ao Poder Judici rio assim como s i ocorrer com o nosso Minist rio P blico 7 INGLATERRA Inicialmente ressalve se a substancial diferen a do Minist rio P blico p trio do rg o de persecu o criminal inglesa Utilizar se a express o Minist rio P blico quela institui o significa uma enorme incorre o pois sua estrutura o atribui es e funcionamento n o encontram qualquer paralelo com o modelo nacional e dos demais pa ses da civil law A origem da institui o nos pa ses do common law remonta Idade M d
313. eguintes pr ticas discriminat rias I a exig ncia de teste exame per cia laudo atestado declara o ou qualquer outro procedimento relativo esteriliza o ou a estado de gravidez Outrossim tem se combatido qualquer pr tica discriminat ria motivada pela orienta o sexual assumida pelo trabalhador homossexual gays l sbicas travestis e bissexuais haja vista ser todos s o iguais perante a lei art 5 caput da Constitui o sendo inviol vel a intimidade da pessoa art 5 X Constitui o sendo ademais proibido a diferen a de sal rios de exerc cio de fun es e de crit rio de admiss o por motivo de sexo idade cor ou estado civil art 7 XXX Constitui o 247 Demais disso combate se tamb m com muita veem ncia a discrimi na o de outros grupos chamados de vulner veis verbi gratia os trabalhadores negros asi ticos e ndios os trabalhadores idosos e os traba lhadores afetados pelo v rus da imunodefici ncia HIV ou pela s ndrome da imunodefici ncia adquirida doente de AIDS porquanto importa afirmar a infec o por HIV n o pode consistir em motivo para a quebra do contrato de trabalho desde que o infectado esteja habilitado sob o ponto de vista m dico a desempenhar as fun es para as quais ele foi contratado Aqui cumpre enfatizar o que est em jogo n o a estabilidade do trabalhador portador do v rus HIV haja vista que o ordenamento jur dico labo
314. eio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos IV promover a a o de inconstitucionalidade ou representa o para fins de interven o da Uni o e dos Estados nos casos previstos nesta Constitui o V defender judicialmente os direitos e interesses das popula es ind genas Vl expedir notifica es nos procedimentos administrativos de sua compet ncia requisitando informa es e documentos para instru los na forma da lei complementar respectiva VII exercer o controle externo da atividade policial na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior VIII requisitar dilig ncias investigat rias e a instaura o de inqu rito policial indicados os fundamentos jur dicos de suas manifesta es processuais IX exercer outras fun es que lhe forem conferidas desde que compat veis com sua finalidade sendo lhe vedada a representa o judicial e a consultoria jur dica de entidades p blicas 117 Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil 29 ed T tulo IV Cap tulo IV artigo 129 S o Paulo Saraiva 2002 p 85 105 Acrescente se a esse dispositivo a norma inscrita no artigo 103 1 da Constitui o que estabeleceu a audi ncia do Procurador Geral da Rep blica em todos os feitos de compet ncia do Supremo Tribunal Federal A atribui o de tais atividades demonstra a import ncia que o Minist rio P blico assumiu na atual Carta Magna As novas fun es institucionais d
315. eis n131 pelo int rprete e aplicador do Direito Ex princ pio da isonomia etc No particular a proposi o consubstanciada no princ pio incide sobre o 132 o que se processa caso concreto como se norma jur dica espec fica fosse em situa es onde certamente n o existem normas jur dicas no conjunto das fontes normativas existentes Estes s o chamados de princ pios normativos j que agem como normas jur dicas sobre determinados casos concretos n o abrangidos por fonte normativa espec fica DINIZ Jos Jangui Bezerra O Direito do Trabalho e Seus Princ pios Jornal Trabalhista ano XII n 582 pp 1194 98 Consulex Bras lia novembro de 1995 130 DELGADO Maur cio Godinho Princ pios do Direito do Trabalho Jornal Trabalhista ano XI n 535 pp 1208 15 Consulex Editora Bras lia dezembro de 1994 134 DELGADO Maur cio Godinho Princ pios do Direito do Trabalho Jornal Trabalhista ano XI n 535 pp 1208 15 Consulex Editora Bras lia dezembro de 1994 13 DELGADO Maur cio Godinho Princ pios do Direito do Trabalho Jornal Trabalhista ano XI n 535 pp 1208 15 Consulex Editora Bras lia dezembro de 1994 129 Essa utiliza o dos princ pios como fontes normativas expressamente autorizada pelos artigos 4 da Lei de Introdu o ao C digo Civil 126 do C digo de Processo Civil e pelo art 8 da CLT Na mesma linha de racioc nio extremamente importante os e
316. eito o Minist rio P blico do Trabalho fica de m os atadas para resolver as diversas quest es que lhe s o postas por faltar lhe atribui es e por faltar compet ncia perante Justi a do Trabalho que ele atua ficando merc da atua o de outros ramos do Minist rio P blico 302 CAP TULO VIII ATUA O DO MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO COMO RBITRO NOS DISS DIOS DE COMPET NCIA DA JUSTI A DO TRABALHO 1 INTRODU O Vivemos num mundo assolado por dificuldades financeiras e problemas sociais infind veis Nada mais poderia provir deste panorama que n o fosse um mundo marcado por uma conflituosidade marcante e crescente Este quadro particularmente agravado no que pertine aos conflitos trabalhistas mormente os individuais presenciados diariamente aos milhares nos ju zos e tribunais competentes Junto a isso colabora para uma maior conflituosidade a irritante e ineficiente demora comprovad ssima da presta o jurisdicional Inspiradoras no sentido de se aliviar este quadro end mico s o as novas formas de resolu o de conflitos sociais de forma extgrajudicial em especial media o concilia o e arbitragem cada dia mais valorizadas pelo legislador pelos doutrinadores e pela jurisprud ncia trabalhista p tria que outrora as combateu de forma veemente Ressaltamos que as causas de todo este espectro de problemas n o s o de responsabilidade absoluta da atual falida solu o j
317. eja que embora em vigor s o claras e solenemente ignoradas p r seus destinat rios 170 FERRAZ Ant nio Augusto Mello de Camargo As Rela es entre o Minist rio P blico a Sociedade e os Poderes Constitu dos Anais do 13 Congresso Nacional do Minist rio P blico V 3 pp 35 41 26 a 29 de outubro de 1999 181 CAP TULO VI NATUREZA JUR DICA DO MINIST RIO P BLICO 1 O PRINC PIO DA TRIPARTI O DE PODERES Cabe neste cap tulo inicial realizarmos uma digress o aos prim rdios do t o tradicional princ pio da triparti o de poderes com vistas a percebermos a import ncia e a relatividade do conceito de Poder O Estado tem variadas fun es a seu encargo e as desempenha atrav s de variados rg os os Poderes Constitu dos tradicionalmente denominados Poder Legislativo Poder Executivo e Poder Judici rio A fun o de criar a norma e prover a ordem jur dica pertence ao Poder Legislativo enquanto que a fun o de aplicar essa norma prerrogativa do Poder Executivo em car ter administrativo e ao Poder Judici rio em car ter contencioso Contudo vale dizer em conformidade com os lecionamentos de certo autor de obras que a decantada triparti o de poderes estabelecida por Montesquieu com independ ncia e igualdade de garantias entre os poderes visava apenas a um objetivo assegurar o Estado de Direito atrav s da exist ncia de um Poder sempre capaz de contrariar os outros A experi ncia da vida
318. ela es que deixaram de ser meramente inter individuais passando a envolver coletividades mais ou menos amplas de pessoas registrando que as dificuldades naturalmente se acentuam medida que as situa es da vida se v o distanciando na sua estrutura do modelo dual stico identific vel na contraposi o entre credor e devedor 435 CAPELLETTI Mauro Formazioni sociali e enderece di gruppo davanti alla giustizia civile Rivista di Diritto Processuale v 30 367 1975 La tutela degli enderece diffusi nel diritto comparato Mil o 1976 apud MAZZILI Hugo Nigro Introdu o ao Minist rio P blico 3 ed S o Paulo Saraiva 2000 p 172 MOREIRA Jos Carlos Barbosa Revista de Processo vol 7 n 28 pp 7 19 Out Dez de 1982 428 E mais adiante registra que Aqui Os interesses para os quais se deseja a tutela jurisdicional comuns a uma coletividade de pessoas n o repousam necessariamente sobre uma rela o base sobre um v nculo jur dico bem definido que as congregue Tal v nculo pode at inexistir ou ser extremamente gen rico reduzindo se eventualmente pura e simples pertin ncia mesma comunidade pol tica e o interesse que se quer tutelar n o fun o dele mas antes se prende a dados de fato muitas vezes acidentais e mut veis existir v g para todos os habitantes de determinada regi o para todos os consumidores de certo produto para todos os que vivam sob tais ou quais
319. em ao menos passar pelo crivo do Legislativo ou ao contr rio demitir ad nutum a pessoa nomeada Assim como o Procurador do Rei a Carta Magna de 1937 determinou ao Minist rio P blico dos Estados a atribui o de representar a Fazenda Federal em ju zo O fato que o rg o defensor da sociedade foi desprezado pela Lei Maior O fim da ditadura proporcionava a democratiza o do pa s culminando com a promulga o em 18 de setembro de 1946 da nova Constitui o Federal 100 Essa Magna Carta restituiu a dignidade da Institui o tratando a em t tulo aut nomo o de n Ill com independ ncia em rela o aos Poderes da Rep blica e com estrutura federativa Minist rio P blico Estadual e Minist rio P blico Federal al m de conquistas como a estabilidade ap s dois anos de exerc cio do cargo inamovibilidade ingresso na carreira somente por meio de concurso p blico e a cria o do sistema de promo o nos Estados de entr ncia a entr ncia Todavia manteve a exonera o ad nutum do Procurador Geral prejudicando efetivamente uma atua o independente do Minist rio P blico frente ao Executivo pois o cargo de Procurador nada mais era na pr tica do que um mero cargo de confian a tornando a rela o entre o Procurador Geral e o Presidente da Rep blica numa rela o de cumplicidade Essa norma por for a do artigo 128 da Lei Suprema foi reproduzida nas Constitui es Estaduais Infelizmente essa Carta
320. em ato de registro civil prote o dos presumidos ausentes declara o de aus ncia oposi o de casamento anula o de casamento modifica o do exerc cio de atividade parental depois do div rcio a o visando confiar um menor a terceiro depois do div rcio dos pais modifica o do exerc cio de atividade parental relativa ao filho natural anula o de reconhecimento ou de legitima o extin o da autoridade parental designa o de administrador ad hoc requerimento de tutela de menor tutela e curatela de maiores sucess o vacante revis o das condi es de um legado apreens o internacional de crian as exequatur de apreens o de crian as anula o de uma associa o administra o provis ria de co propriedade Por exemplo a previs o do C digo de Defesa do Consumidor em seu art 82 inciso prev expressamente a legitimidade do Minist rio P blico para a propositura da a o de interesses difusos coletivos e individuais homog neos cabendo inclusive a execu o desses julgados art 97 A A o Civil P blica atrav s da Lei 7 347 85 constituiu importante instrumento processual da institui o Outro caso relevante apresente se em rela o possibilidade do parquet tamb m ser legitimado para a propositura de A o Direta de Inconstitucionalidade art 129 inciso IV da Constitui o Federal O Poder Judici rio franc s divide se em v rios tribunais em rela o mat ria Assim existem o
321. embros da organiza o nos condados os States Attoney funcionando como representantes da institui o s o eleitos na maioria deles atrav s do voto direto A legisla o local tamb m fixa dura o do mandato e a possibilidade ou n o de reelei o Condutores da pol tica criminal contam com os Assistant o que equivaleria os Promotores de Justi a no Brasil que s o nomeados e exonerados ad nutum cabendo lhe a exclusiva propositura da a o penal no tocante aos crimes que s o previstos pela legisla o estadual como homic dio estupro dentre outros Um dos aspectos mais debatidos sobre a institui o norte americana a disponibilidade da a o penal Porquanto historicamente orientados pelo princ pio da oportunidade cabe ao membro do parquet decidir sobre a proposi o ou n o da a o penal Para pa ses como o Brasil e a maioria dos seguidores do jus positum por exemplo onde a a o penal um nus em decorr ncia do princ pio da legalidade estrita n o pode o parquet presentes os requisitos de 107 culpabilidade punibilidade e tipicidade eximir se da propositura da a o penal 18 na mat ria penal que melhor visualiza se a independ ncia dos Estados americanos porquanto diversos ordenamentos jur dicos fixam a penaliza o bem como o procedimento penal A import ncia de organiza es a n vel local emerge se superior import ncia ao observar se tal particularidade da estrutura pol t
322. ender a ordem jur dica o regime democr tico e os interesses sociais e individuais indispon veis a Constitui o atual colocou o Minist rio P blico numa posi o jur dico constitucional observando lhe a sua configura o estrutural as suas fun es normativas e as suas atividades na sociedade Situado no cap tulo destinado a enumerar as fun es essenciais justi a parte an mala subsequente ao cap tulo do Poder Judici rio a Carta Magna 104 finalmente reconheceu merecidamente o trabalho da Institui o sempre pautado no ideal de promover a justi a para os cidad os e a sociedade dando lhe poderes para desempenhar um papel pol tico da maior relev ncia que dantes se revelava numa atua o meramente jur dica ou processual a responsabilidade da Institui o se exauria com a tomada de provid ncias processuais tais como den ncias pareceres recursos etc nos feitos que lhe eram encaminhados pelo Judici rio Com efeito disp e o artigo 129 da Constitui o que s o fun es institucionais do Minist rio P blico 1 promover privativamente a a o penal p blica na forma da lei ll zelar pelo efetivo respeito dos Poderes P blicos e dos Servi os de Relev ncia P blica aos direitos assegurados nesta Constitui o promovendo as medidas necess rias a sua garantia Ill promover o inqu rito civil e a a o civil p blica para a prote o do patrim nio p blico e social do m
323. enderece di gruppo davanti alla giustizia civile Rivista di Diritto Processuale v 30 367 1975 La tutela degli enderece diffusi nel diritto comparato Mil o 1976 CAPELLETTI Mauro GARTH Bryant Acesso Justi a Porto Alegre Sergio Antonio Fabris Editor 1988 CARMONA Carlos Eduardo A arbitragem no processo civil brasileiro S o Paulo Malheiros 1993 CARNELUTTI Francesco Derecho Processual Civil y Penal M xico Editorial Pedag gica Ibero americana 1994 CHIOVENDA Giuseppe Instituzioni di Diritto Processuale Civile N poles Eugenio Joneve 1936 CLEVE Cl merson Merlin O Minist rio P blico e a Reforma Constitucional Boletim de Direito Administrativo Vol 9 n 1 Janeiro de 1993 467 COMOGLIO Luigi Paolo Lezione sul Processo Civille obra escrita em conjunto com Corrado Ferri e Michele Taruffo Bolonha Il Molino 1995 COSTA Eduardo Maia Minist rio P blico em Portugal Minist rio P blico Il Democracia Org Jos Marcelo Menezes Vigliar e Ronaldo Porto Macedo Junior S o Paulo Atlas 1999 COSTA Orlando Teixeira da Direito coletivo do trabalho e crise econ mica S o Paulo LTr 1991 CINTRA Ant nio Carlos de Ara jo Teoria Geral do Processo 6 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 1986 CRUZ Alexandre Corr a da Atua o do Minist rio P blico do Trabalho na Condi o de Curador Especial e Curador de Incapazes Revista do Minist rio P blico do
324. endo legitimado para a propositura da a o o Procurador Geral da Rep blica consoante a previs o do art 103 VI da CF 88 79 Cr ticas se fazem sobre a atua o do parquet nas causas que atua como advogado do Estado porquanto comprometeriam a objetividade e legalidade que orientam a institui o Desde o advento da Lei n 714 de 20 de dezembro de 1979 a forma o espec fica exigida dos candidatos ao rg o Necess ria se faz a forma o por certo per odo para conhecimentos e orienta o de atividades pr prias bem como a presen a em est gio para se adequar s atribui es incompat vel com o exerc cio do cargo o exerc cio de qualquer fun o p blica ou privada salvo o magist rio e de pesquisa vedado o exerc cio de atividade pol tico partid ria e de ocupa o de cargo pol tico o que boa parte da doutrina considera limita o excessiva e inconstitucional Em linhas gerais colocou se os principais pontos do Minist rio P blico portugu s A import ncia de tema se evidencia pela proximidade que o Direito p trio guarda em rela o aquele pa s principalmente porque se podem identificar as origens da institui o nacional com a organiza o da justi a no per odo colonial Paralelamente ao Direito brasileiro a previs o das atribui es no Direito luso s o bem mais alargadas do que as existentes nos demais pa ses de Direito romano germ nico Logo as fun es do parquet se desdobram
325. enho de seus misteres os quais m xime na atualidade podem vir a alcan ar at mesmo pessoas de consider vel poder que poderiam sentir se 142 STF RTJ 146 794 137 tentadas a se utilizarem de seu prest gio e influ ncia para obterem um desempenho menos eficaz de suas atribui es por parte de algum membro do parquet 3 1 VITALICIEDADE A vitaliciedade consiste na garantia concedida aos membros do Minist rio P blico ap s dois anos de efetivo exerc cio de n o serem afastados destitu dos ou demitidos de seus cargos salvo por motivo expresso em lei e reconhecido por senten a do rg o judici rio competente transitada em julgado 3 2 INAMOVIBILIDADE A inamovibilidade a garantia que tem o membro do Minist rio P blico de n o ser removido compulsoriamente do seu cargo salvo por motivo de interesse p blico mediante decis o do Conselho Superior por voto de dois ter os de seus membros assegurado ampla defesa Cumpre registrar que consoante esse princ pio estando o membro do Minist rio P blico no exerc cio das suas fun es correspondente ao Cargo da Carreira constitucionalmente estabelecida lhe assegurado atuar em todo e qualquer processo submetido ao ju zo junto ao qual funcione desde que necess rio a atua o do rg o Vale dizer n o poss vel legal e legitimamente subtrair se a atua o de qualquer membro do Minist rio P blico fazendo o substituir por outro membro N o pode
326. enhoriais fortalecendo sensivelmente o poder real assumindo este a fun o de julgar as demandas em ltima inst ncia O monop lio total da fun o jurisdicional pela Coroa originar se ia das ordena es reais as Ordena es Afonsinas de 1456 as Ordena es Manuelinas de 1521 e as Ordena es Filipinas de 1603 A primeira refer ncia expl cita em Portugal figura do Promotor de Justi a vai aparecer nas Ordena es Manuelinas incumbindo a esse rg o a fun o de fiscal do cumprimento da lei e de sua execu o Segundo estas o Promotor deveria ser algu m letrado e bem entendido para saber espertar e alegar as causas e raz es que para lume e clareza da justi a e para inteira conserva o dela conv m Nas Ordena es Filipinas ao lado do Promotor de Justi a da Casa da Suplica o estavam previstas outras figuras a do Procurador dos Feitos da Coroa a do Procurador dos Feitos da Fazenda e a do Solicitador da Justi a da Casa da Suplica o com fun es que posteriormente iriam ser exercidas pelo Minist rio P blico O Promotor de Justi a da Casa da Suplica o indicado pelo Rei tinha as fun es de fiscalizar o cumprimento da lei e de formular a acusa o criminal nos processos perante a Casa de Suplica o Enfim no Brasil Col nia o Minist rio P blico vai buscar suas ra zes como supradito no Direito Lusitano ora vigente Nas fases em que era col nia portuguesa e mesmo durante a fase inicial
327. entes municipais dos irenarcha curiosi stationarii e frumentarii eram esp cies de policiais encarregados da manuten o da ordem p blica O irenarcha era um cargo de mando superior aos demais enquanto os curiosi corriam as prov ncias assinalando ao imperador os abusos que eram cometidos Os stationarii detinham a mesma fun o em posto fixo dos procuratores caesaris e do advocatus fisci estes ltimos eram respons veis pela gest o dos dom nios imperiais e pelo recebimento das receitas do imp rio Conferiam se lhes ainda certas fun es especiais com car ter judicial como intervir em alguns ju zos ou dispor de jurisdi o especial Por m todas elas eram ligadas id ia do fiscus n o possuindo a atribui o de acusar os criminosos 12 LYRA Roberto Teoria e Pr tica da Promotoria P blica 2 ed Porto Alegre S rgio Ant nio Fabris 1989 p 10 35 A especifica o citada tem por base a enumera o adotada por Michelle Laure Rassat e mencionada na obra Minist rio P blico 1113 de autoria de Jos M Menezes Vigliar e Ronaldo Porto Macedo J nior J na Idade M dia s o apontados como precursores do Minist rio P blico os saions germ nicos Discorrendo sobre a evolu o hist rica da Institui o o professor Gabriel de Resende Filho refere se a esses funcion rios visigodos como os ancestrais do Parquet nesse per odo de desenvolvimento da humanidade Na Idade M dia sabe se da exist
328. ento da lide caber lhe aplicar as normas legais n o as havendo recorrer analogia aos costumes e aos princ pios gerais do direito CLT art 8 As autoridades administrativas e a Justi a do Trabalho na falta de disposi es legais ou contratuais decidir o conforme o caso pela jurisprud ncia por analogia por equidade e outros princ pios e normas gerais de direito principalmente do direito do trabalho e ainda de acordo com os usos e costumes o direito comparado mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevale a sobre o interesse p blico 134 DANTAS Ivo Princ pios Constitucionais e Interpreta o Constitucional Rio de Janeiro Lumen Juris 1995 pp 59 60 13 BORGES Souto Maior Lei Complementar Tribut ria S o Paulo RT 1975 pp 13 14 130 constitucional A doutrina vem insistindo na acentua o da import ncia dos princ pios para iluminar a exegese dos mandamentos constitucionais Aumentando a gide de considera es n o ocioso rememorarmos o magist rio de Sanchez de la Torre quando enfatiza que os princ pios gerais do Direito t m a fun o de inspirar determinada legisla o positiva Sob esse aspecto os Princ pios Gerais do Direito no sil ncio da lei ou nas fissuras que ela apresenta s o chamados ao ato da decis o pelo juiz para completarem a ordem jur dica ou para corrigirem as distor es que os desdobramentos da prolixidade legiferante ocasio
329. entos jur dicos de todo o mundo As exce es a esta regra devem estar dispostas em lei haja vista haver em geral o monop lio da tutela jurisdicional voltado para o Estado Ao depois com o surgimento das associa es humanas com a 286 como consequente transforma o em cidades surgiu a justi a privatista o caso das revoltas das subleva es das guerras poca em que a auto composi o que pode ser entendida como desist ncia submiss o e transa o ganhou vigor Na medida em que o ser humano foi se agregando e evoluindo civilizadamente passou ele a depender cada vez mais de seu pr ximo Para sobreviver e gerar poder e riqueza necessitou do trabalho de outros homens Iniciou se com isso a acumula o de riquezas e a divis o da sociedade em classes 284 STANFORD Artur Decis o Judicial Dogmatismo e Empirismo Curitiba Juru Editora 2001 135 Bss MARTINS BERTOLIN Patr cia Tuma Reformula o do Processo do Trabalho Juizados de Pequenas Causas Trabalhista S o Paulo LTr 1996 p 17 288 HERING Rudolf Von A Luta pelo Direito 2 ed Rio de Janeiro Editora Rio 1980 p 29 305 Logo com a divis o da popula o em classes sociais e a evolu o das cidades vemos nos diante da justi a privada ou privatista onde se v uma incipiente auto composi o entre os homens que estivessem em conflito mas com car ter de predominante desist ncia e submiss o dos mais fracos aos
330. equisitar o aux lio de for a policial O Minist rio P blico do Trabalho expedir recomenda es visando melhoria dos servi os p blicos e de relev ncia p blica bem como ao respeito dos interesses direitos e bens cuja defesa lhe caiba promover fixando prazo razo vel para a ado o das provid ncias cab veis inciso XX art 6 da Lei Complementar n 75 93 O Membro do Minist rio P blico ser civil e criminalmente respons vel pelo uso indevido das informa es e documentos que requisitar Nenhuma autoridade poder opor ao Minist rio P blico a informa o o dado ou o documento requisitado exce o dos casos de sigilo a falta injustificada e o retardamento indevido do cumprimento das requisi es do Minist rio P blico 195 RIZZATTI Marilda Minist rio P blico do Trabalho e a Prerrogativa de Promover Dilig ncias nos Processos Revista do Minist rio P blico do Trabalho ano VI n mero 11 pp 54 60 Bras lia mar o de 1996 221 implicar o a responsabilidade de quem lhe der causa par grafos 1 a 3 do art 8 da Lei Complementar n 75 93 Como visto o Minist rio P blico do Trabalho pode atuar como parte e como fiscal da Lei Como parte de regra esse atua como autor rg o agente ajuizando a o civil p blica a o anulat ria de cl usulas de contrato acordo coletivo ou conven o coletiva a o rescis ria art 487 Ill e diss dio coletivo no caso de greve art 83
331. er o pronunciamento de C cero Virgulino da Silva Filho Indubit vel pois que det m o Minist rio P blico do Trabalho ante a coletividade brasileira principalmente aqueles que integram os dois p los da disputa relativa a interesses vinculados s atividades pr prias de empregados e empregadores e em decorr ncia de sua inerente fun o existencial de defender a ordem jur dica o regime democr tico e os interesses sociais e individuais indispon veis al m de ser considerado indispens vel e essencial fun o jurisdicional inclusive posto como institui o permanente sem sombra de d vidas podemos afirmar que o Minist rio P blico do Trabalho o rg o natural para atuar como mediador conciliador e rbitro nas negocia es e nos conflitos coletivos de trabalho Para as partes em lit gio n o haveria a necessidade de arcarem com as custas de um processo arbitral como ocorre em entidade da iniciativa privada O Minist rio P blico do Trabalho deve atuar como rbitro quando convidado sem que seja remunerado para isso Basta que observemos a leitura do disposto no art 128 8 5 Il a da Constitui o Federal e compreenderemos A remunera o dos membros ministeriais por sua atua o arbitral n o deve ser mais do que comumente ele j recebe como vencimentos Quanto produ o de provas mormente a pericial seus custos devem ser repassados s partes conforme o caso assim exija 454 SILV
332. era 148 SARAIVA Paulo Lopo O Advogado n o Pede Advoga Manifesto de Independ ncia do Advogado Campinas Edicamp 2002 p 35 151 obrigat ria a sua interven o art 487 IIl a do C digo de Processo Civil na a o direta de declara o de inconstitucionalidade CF 88 art 129 IV na a o de indeniza o da v tima pobre de delito bem como nas medidas cautelares destinadas a garantir a mesma indeniza o arts 68 127 e 142 do C digo de Processo Penal no pedido de interdi o ou na defesa do interditando art 1 182 8 1 do C digo de Processo Civil no pedido de especializa o de hipoteca legal para garantir gest o de bens de incapaz art 1 188 par grafo nico do C digo de Processo Civil na a o civil p blica para defesa de interesses difusos Lei n 7 347 85 Ao Minist rio P blico s o assegurados alguns privil gios tais como n o se sujeitar ao pagamento antecipado de custas sendo igualmente aplicado quando exerce a fun o de custos legis e tem o prazo para contesta o contado em qu druplo e em dobro para recorrer 3 MINIST RIO P BLICO COMO CUSTOS LEGIS FISCAL DA LEI O Minist rio P blico quando atua como custos legis ou rg o interveniente apresenta se como sujeito especial do processo ou do procedimento atuando em nome pr prio para defesa de interesse que o Estado deve tutelar nos conflitos litigiosos ou na administra o judicial de direitos subjetivos
333. ermo de ajuste de conduta como visto constitui um t tulo extrajudicial o qual Eduardo Varandas Araruna o considera como um t tulo de relativa complexidade haja vista ao contr rio da grande maioria dos demais t tulos extrajudicias v g nota promiss ria cheque etc poder contemplar no mesmo ato uma s rie de obriga es de fazer dar pagar e n o fazer etc Logo para cada esp cie de obriga o distinta em virtude de procedimentos distintos segundo ele o Minist rio P blico dever ajuizar a es executivas em separado ainda que baseadas no mesmo t tulo O objetivo evitar uma verdadeira turba o no andamento do feito podendo inclusive macular as garantias decorrentes do Due Process of Law mormente o direito de defesa do executado Filiamo nos ao seu ponto de vista at por amor consci ncia Se analisarmos o didatismo do artigo 573 do CPC tratante da chamada cumula o de execu es observamos uma s rie de requisitos exigidos para que a cumula o seja objetivada Estipula o preceptivo retro mencionado l cito ao credor sendo o mesmo devedor cumular v rias execu es ainda que fundadas 2 ARARUNA Eduardo Varandas A Execu o do Termo de Ajuste de Conduta Pontos Pol micos Revista do Minist rio P blico do Trabalho ano XII n mero 23 pp 22 30 Bras lia mar o de 2002 25 ARARUNA Eduardo Varandas A Execu o do Termo de Ajuste de Conduta Pontos Pol micos Revista do M
334. es a oportunidade de exercer esse direito devendo manter as atividades essenciais Outrossim lei complementar seria promulgada para disciplinar o instituto A lei que regulamentou o artigo retro transcrito foi promulgada menos de um ano ap s exatamente em 28 06 1989 sob o n mero 7 783 249 No magist rio de Amauri Mascaro Nascimento a greve pode ser vista como um direito como um delito ou como uma liberdade 249 NASCIMENTO Amauri Mascaro Curso de Direito do Trabalho 17 ed S o Paulo Saraiva 2001 p 202 276 J Segadas Vianna assevera que n o h direito de greve mas liberdade de greve Entrementes a Constitui o Federal atrav s do art 9 fala em direito de greve Portanto a despeito das discuss es de car ter doutrin rio estamos que a greve um direito pois previsto de forma expressa na pr pria Lex Fundamentalis em vigor Ademais o art 2 da Lei 7 783 considera leg timo o exerc cio do direito de greve a suspens o coletiva tempor ria e pac fica total ou parcial de presta o pessoal de servi os a empregador Por outro lado a greve foi considerada em tempos pret ritos como um delito No contexto certo autor de obras sublinha que talvez o mais duro caso de repress o tenha ocorrido na Alemanha de 1371 quando 32 trabalhadores foram enforcados por terem exercido o direito de greve Outrossim para terem uma id ia da austeridade com que eram tratados os grevista
335. es de obras frisam ser o primeiro texto legislativo do mundo contendo regras de prote o as crian as e adolecentes Aumentando a seara de reflex es temos que foi a Revolu o Industrial segundo a doutrina dominante o marco inicial de uma legisla o forte protetora do menor trabalhador j que esse fen meno constitui se no pice da explora o do trabalho humano Transmudando nos para o Brasil asseveramos de forma pesarosa que outrora o sistema escravo impedia a prote o legal dos menores que trabalhavam segundo as conveni ncias de seus senhores Foi somente com a aboli o da escravatura que textos legais protetivos do menor veio a surgir Vejamos a evolu o legislativa 228 Devemos trazer baila no particular que ap s a promulga o da Lex Fundamentalis de 1891 foi baixado o Decreto 1 313 1891 que trazia em seu seio normas visando proteger o menor obreiro mas que entretanto jamais foi regulamentado ficando dessa forma como mero ato legislativo que aproximou formalmente o Brasil de outras na es que j protegia o menor trabalhador A posteriori foi promulgado o Decreto 17 943 A de 12 10 1927 chamado de C digo de Prote o e Assist ncia aos Menores que a despeito de promulgado e publicado nunca veio a ser cumprido em sua inteireza pela classe patronal Seguiu se a esse decreto o de n 22 042 de 03 11 31 baixado pelo Governo de Get lio Vargas que fixou em 14 anos a idade m nima para emprego
336. ese Trabalhista n 159 Porto Alegre setembro de 2002 Princ pios do Direito do Trabalho Jornal Trabalhista ano XI n 535 Bras lia dezembro de 1994 DIAS Jorge de Figueiredo amp ANDRADE Manuel da Costa Criminologia Coimbra Coimbra Editora 1984 DECOMAIN Pedro Roberto Coment rios Lei Org nica Nacional do Minist rio P blico Florian polis Livraria e Editora Obra Jur dica Ltda 1996 F FADEL S rgio Sahione C digo de Processo Civil Comentado Tomo Rio de Janeiro Jos Konfino Editor 1974 C digo de Processo Civil Comentado Tomo Il Rio de Janeiro Jos Konfino Editor 1974 473 FERRAZ Antonio Augusto de Camargo amp DIAS JUNIOR Paulo Roberto Aperfei oamento do sistema de investidura do Procurador Geral de Justi a pressuposto para a afirma o do Minist rio P blico como defensor do regime democr tico Minist rio P blico Il Democracia FERREIRA Aur lio Buarque de Novo Dicion rio da L ngua Portuguesa 15 ed S o Paulo Nova Fronteira s d FILHO Ives Gandra da Silva Martins Um pouco de hist ria do Minist rio P blico do Trabalho Revista do Minist rio P blico do Trabalho n 13 Bras lia mar 97 Processo Coletivo do Trabalho S o Paulo LTr 1994 FILHO Vicente Greco Direito Processual Civil Brasileiro Vol S o Paulo Saraiva 1981 FRAGOSO Heleno Cl udio Direito Penal e Direitos Humanos Rio de Janeiro
337. essa compet ncia em raz o da mat ria ex ratione funcional territorial e pelo valor da causa A Justi a do Trabalho opera com crit rio material funcional e territorial Assim teceremos considera es apenas acerca dessas modalidades Com a saben a desse conceito cumpre expor a li o de Bezerra Leite Se o objeto da a o reside na anula o de cl usula de contrato individual conven o ou acordo coletivo ou seja versando demanda sobre direitos 25 LEITE Carlos Henrique Bezerra Minist rio P blico do Trabalho S o Paulo LTr 1997 p 175 2 COUCE DE MENEZES Cl udio Armando Anula o de cl usulas acordos e conven es coletivas de trabalho Jornal Trabalhista n 20 980 Bras lia Consulex pp 5 25 Agosto 2003 267 trabalhista fundados em lei a compet ncia material para apreciar a controv rsia da justi a do Trabalho LC n 75 93 art 83 IV c c CF art 114 At aqui n o h maiores controv rsias mormente com o advento da Lei n 8 984 de 7 2 95 que estende a compet ncia da Justi a Laboral para conciliar e julgar os diss dios que tenham origem no cumprimento de conven es coletivas de trabalho ou acordos coletivos de trabalho mesmo quando ocorram entre sindicatos ou entre sindicato de trabalhadores e empregador No que respeita compet ncia funcional ou hier rquica para o julgamento da a o duas regras devem ser observadas conforme a natureza do contrato c
338. esso Civil Comentado Tomo Il Rio de Janeiro Jos Konfino 1974 p 211 ea CINTRA Ant nio Carlos de Ara jo Teoria Geral do Processo 6 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 1986 p 9 2 MARQUES Jos Frederico Manual de Direito Processual Civil Vol Il 42 ed Rio de Janeiro Forense 1976 pp 369 e 372 8SCHONKE Lb des ZSivilprozessrechts 8 ed 8 79 Ill 2 Gaupp Stein amp Jonas Kommentar Zur ZPO 18 ed 8 331 I1 2 apud MIRANDA J NIOR Darcy Arruda MIRANDA Darcy Arruda et al CPC Nos Tribunais art 286 a 485 S o Paulo Jur dica Brasileira 1995 p 1790 298 Neste contexto os administradores p blicos quando objetivam os seus misteres profissionais s o obstados por lei de disporem dos direitos j que estes n o lhes pertencem mas coletividade ao interesse p blico e a ren ncia da prescri o traria preju zos para o povo e para a pr pria sociedade Enfim para o interesse p blico Outrossim est em jogo patrim nio p blico bens do cidad o dinheiro do povo que deve ser garantido protegido e resguardado por todos principalmente pelos representantes do Judici rio e em particular pelos rg os do Minist rio P blico da Uni o no af de evitar conluio entre mau administradores e representantes das entidades p blicas com os obreiros reclamantes Demais disso em conformidade com o enunciado 153 do TST que permite que a prescri o seja alega enquanto inst ncia ord
339. etivas gen ricas Pela revis o constitucional de 1997 por iniciativa da direita acrescentou as atribui es de participa o na pol tica criminal como forma de reafirmar a depend ncia ao Ministro da Justi a Entretanto n o logrou xito a modifica o constitucional porquanto n o teve qualquer reflexo sobre a Lei Org nica V rias revis es sucederam a Constitui o de 1976 A que ocorreu em 1989 disp s expressamente no texto constitucional a autonomia da institui o e sua vincula o hier rquica e disciplinar ao Conselho Superior do Minist rio P blico Sequencialmente em 1992 foi revista a Lei Org nica concedendo apenas ao Ministro da Justi a a compet ncia para emitir diretivas gen ricas nas a es de 8 No Brasil a Chefia do Minist rio P blico tamb m exercida pelo Procurador Geral da Rep blica com mandato de dois anos por m uma vez nomeado s poder ser retirado do cargo se a exonera o contar com a concord ncia da maioria dos membros do Congresso Nacional Tal como no Brasil severas cr ticas s o feitas nomea o da Chefia do parquet pelo Poder Executivo texto que assevera pela inadequa o do modelo de escolha adotado no Brasil o de FERRAZ Antonio Augusto de Camargo amp DIAS JUNIOR Paulo Roberto Aperfei oamento do sistema de investidura do Procurador Geral de Justi a pressuposto para a afirma o do Minist rio P blico como defensor do regime democr tico Minist rio P blico
340. eus Princ pios Jornal Trabalhista ano XII n 582 pp 1194 98 Consulex Bras lia novembro de 1995 O Instituto da Estabilidade no Atual Direito Positivo Jornal Trabalhista ano XII n 563 pp 692 8 Ed Consulex Bras lia julho de 1995 O Instituto da Estabilidade no Atual Direito Positivo Informativo Din mico IOB ano XIX n 59 pp 94 59 IOB SP agosto de 1995 A Greve na ordena o Jur dica Positiva Brasileira Jornal Trabalhista ano XII n 552 p 394 399 Ed Consulex Bras lia Abril de 1995 A Greve na ordena o Jur dica Positiva Brasileira ADT Advocacia Trabalhista ano XXIX pp 137 9 Coad Editora Rio de Janeiro abril de 1995 O Fen meno da Terceiriza o Revista LTR n mero 197 pp 60 2 fevereiro de 1996 O Fen meno da Terceiriza o Informativo Advocacia Trabalhista Coad n 18 pp 272 75 Coad Rio de Janeiro 10 de maio de 1998 A o Rescis ria dos Julgados LTR SP 1998 DINIZ Maria Helena Norma Constitucional e seus Efeitos Saraiva SP 1990 472 DANTAS Ivo Princ pios Constitucionais e Interpreta o Constitucional Rio de Janeiro L men Juris 1995 DAVID Ren Os Grandes Sistemas do Direito Contempor neo S o Paulo Martins Fontes 1986 DELGADO Maur cio Godinho Curso de Direito do Trabalho 2 ed S o Paulo LTr 2003 Arbitragem Media o e Comiss o de Concilia o Pr via no Direito do Trabalho Brasileiro S nt
341. eve se por fim assinalar que h estudiosos que ao contr rio n o consideram os missi dominici enviados do senhor como ancestrais do moderno Parquet tendo em vista que muitas vezes cumpriram seu papel de forma parcial como afirma Franco J nior Na tentativa de fiscalizar esses amplos poderes dos condes o Imperador contava com os missi dominici enviados do senhor que aos pares um leigo e cl rigo visitavam v rios condados e elaboravam relat rios a respeito Contudo 19 GIORDANI M rio Curtis Hist ria dos Reinos B rbaros Vol Il Petr polis Vozes 1985 p 70 2 FRANCO J NIOR Hil rio A Idade M dia Nascimento do Ocidente 4 ed Bras lia Brasiliense 1992 p 91 38 esses enviados eles pr prios condes e bispos ou abades poucas vezes cumpriram seu papel imparcialmente Autores como S rgio de A Ferreira Avelar Carib Moacyr Amaral Santos e outros tamb m vislumbram na It lia Medieval sementes do Minist rio P blico nas figuras dos funcion rios avvogadori di communi da Veneza medieval do avvocato della corte do Reino de N poles e dos conservatori delle leggi da Floren a dos gonfalonieri do in cio do s culo XIII Ressalte se por outro lado que alguns estudiosos refutam a possibilidade de ter existido na antiguidade qualquer institui o ou fun o p blica que se assemelhasse ao Parquet sobretudo quando se referem quelas figuras gregas e romanas suso mencionadas A raz o d
342. ex Editora 30 de novembro de 2003 270 olvidar que a mat ria sindical e o v nculo de emprego t m ntima liga o De mais a mais n o apenas a rela o de emprego objeto de conven es e acordos coletivos ex cl usulas estabelecidas em favor do sindicato obreiro pactos coletivos com trabalhadores avulsos cl usulas penais A exclus o dos associados n o filiados estimula a aliena o o individualismo e o enfraquecimento dos sindicatos j bastante combalidos por conta da terceiriza o desemprego em massa e pelo trabalho marginal subterr neo paralelo Como destaca M rcio T lio Vianna Em tempos de crise cabe ao operador do Direito optar pela interpreta o que se revela mais capaz de fortalecer a a o sindical S assim prestar para proteger os interesses do grupo e os direitos de cada trabalhador individualmente considerado Sens veis a essa problem tica diversas vozes j s o ouvidas nos tribunais contra a discrimina o anti sindical e o esvaziamento das entidades sindicais promovidos pela tese contr ria ao desconto dos n o associados Vejam se alguns arestos da mais alta corte do Pa s A O ANULAT RIA CONTRIBUI O ASSISTENCIAL LEGITIMIDADE DO MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO Ementa Ineg vel luz da Lei Complementar n 75 art 83 inciso IV a legitimidade do Minist rio P blico do Trabalho para propor a o de nulidade de pacto acordo coletivo ou conven o colet
343. exer a a fun o de rbitro oficial com vistas a sanar conflitos de interesses sem a necessidade de atua o do Poder Judici rio Trabalhista atrav s do exerc cio do seu poder normativo Observe se que tal atribui o legal anterior nova Lei Especial de Arbitragem e antes mesmo da vig ncia deste diploma legal Lei n 9 307 que data de 23 de setembro de 1996 essas atividades j vinham sendo desempenhadas pelas Regionais Trabalhistas em todo o territ rio nacional 453 CAP TULO IX CONCLUS ES DA TESE luz do exaustivamente debatido nos diversos cap tulos anteriores guisa de arremate importa asseverar que estamos vivendo a nossa Era dos Direitos express o consagrada pelo jusfil sofo Norberto Bobbio Ap s anos de enclausuramento democr tico e pol tico vivendo um regime de exce o repulsivo e causticante passamos a respirar novos ares Com isso passa a sociedade brasileira por um momento de mudan as e reavalia o de seu patrim nio de direitos As pessoas se indagam diariamente ser que eu posso Por que n o posso Como fa o para conseguir Como obter de forma mais r pida Ser que vale a pena Enfim estamos descobrindo e aprendendo a lutar por nossos direitos Aliado a isso temos que alguns institutos e institui es volveram se revigorados com estes novos ares livres do sufoco antidemocr tico e irracional do passado dispens vel Qualquer bom comp ndio de Direito C
344. existem no papel No que concerne ao relacionamento com o Poder Executivo registramos que apesar de os dois visarem boa administra o p blica na pr tica por m isso n o ocorre haja vista os frequentes atos de improbidade administrativa objetivados pelos administradores p blicos em flagrante desrespeito lei e aos princ pios que regem a administra o p blica Por derradeiro importa arrematar afirmando que o Minist rio P blico um dos alicerces da Democracia brasileira e cabe aos seus membros juntamente com as demais autoridades do pa s zelar pela qualidade dos cidad os do Brasil enfim pela cidadania pois o que seria dos pobres e injusti ados desse pa s de mazelas e riquezas sem o Minist rio P blico Nada Cabe portanto a todos n s enquanto cidad os cobrar fiscalizar e cuidar dos nossos direitos e tamb m deveres e enquanto membros do Minist rio P blico atuarmos com dilig ncia e destemor nos termos da Constitui o Federal na luta pelo cumprimento das Leis da Rep blica pela justi a social e pela cidadania plena 16 FERRAZ Ant nio Augusto Mello de Camargo As Rela es entre o Minist rio P blico a Sociedade e os Poderes Constitu dos Anais do 13 Congresso Nacional do Minist rio P blico V 3 pp 35 41 26 a 29 de outubro de 1999 No particular como esperar seja elevado o prest gio do Legislativo quando se aceita com certa naturalidade o fen meno das leis que n o pegam ou s
345. ezes constantes do pr prio regulamento empresarial n o concess o de licen as perda de gratifica es descomissionamentos e impossibilidade de elei o do per odo de f rias contra empregados que aju zem reclama es trabalhistas e utiliza o do trabalho escravo no meio rural sem pagamento de sal rio e proibi o de sa da do local A seu turno o pr prio autor acrescenta a dispensa coletiva sob falsa alega o de motivos t cnicos econ micos e financeiros b pagamento de sal rio em n vel inferior ao m nimo a todos os empregados ou a uma maioria significante c n o reconhecimento de conven o coletiva desrespeitando se assim norma convencional coletiva d preven o de les es aos trabalhadores em face da automa o quando esta sob pretexto de aperfei oamento tecnol gico visar dispensa em massa e distin o entre o trabalho manual t cnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos f permiss o de trabalho noturno perigoso ou insalubre a menores de dezoito anos e de qualquer trabalho a menores de quatorze anos g interven o ou interfer ncia do Poder P blico na organiza o sindical a ponto de impedir ou dificultar a atua o sindical h manobras sindicais ileg timas para impedir a 187 SILVA Ant nio lvares Quest es Pol micas de Direito do Trabalho Vol Il S o Paulo LTr 1993 p g 86 214 filia o ou obrig la i recusa negocia o com deflagra
346. fil ao Minist rio P blico definindo se como institui o permanente e essencial fun o jurisdicional do Estado e respons vel perante o Judici rio pela defesa da ordem jur dica e dos interesses indispon veis da sociedade pela fiel observ ncia da Constitui o e das Leis Tal defini o viria a ser praticamente repetida no artigo 127 da Constitui o Federal de 1988 Por sua vez a Lei n 6 938 81 previu a a o de indeniza o ou repara o de danos causados ao meio ambiente legitimando o Minist rio P blico a proposi o de a o de responsabilidade civil e criminal A seguir a Lei n 7 347 de 24 de julho de 1985 conhecida como Lei de A o Civil P blica conferiu legitimidade ao Minist rio P blico para a propositura de a es civis p blicas em defesa dos interesses difusos e coletivos como aqueles relacionados defesa do meio ambiente patrim nio hist rico e paisag stico consumidor deficiente direitos constitucionais do cidad o etc Este diploma legal inaugurou uma nova fase do Direito Brasileiro e deu novo horizonte para a atua o do Minist rio P blico na rea c vel A partir da promulga o dessa lei foi criado um canal para o tratamento judicial das grandes quest es dos chamados direitos transindividuais ou metaindividuais dos novos conflitos sociais coletivos Tal lei conferiu ao Minist rio P blico o poder de instaurar e presidir inqu ritos civis sempre que houvesse a informa o s
347. fiscaliza a atua o do administrador p blico que dever agir em conformidade com os princ pios da legalidade da moralidade da economicidade dentre outros reprimindo desta feita atos administrativos irregulares assim como apontando erros e v cios pass veis de corre es E para cumprir essa relevante fun o surge a necessidade de criar se um Minist rio P blico Especial junto ao Tribunal de Contas ambos com fun es fiscalizadoras sendo o primeiro como fiscal da lei e o segundo das contas p blicas O Constituinte origin rio perdeu a grande oportunidade de inserir o Minist rio P blico Especial junto ao Tribunal de Contas no rol do artigo 128 fazendo o constar lamentavelmente no artigo 73 2 e artigo 130 da Constitui o atual A partir de ent o a pol mica gerada em torno da quest o acima deva se ao ato declarat rio n D 1 144 do constituinte Ibsen Pinheiro Emenda 2t00452 respons vel pela supress o da al nea e do artigo 128 que previa um Minist rio P blico aut nomo junto ao Tribunal de Contas O Minist rio P blico junto ao Tribunal de Contas regido pelo artigo 130 da Constitui o Federal de 1988 Ser fonte perp tua de d vidas dispositivo de p ssima t cnica legislativa vez que o artigo 130 s lhe torna aplic veis as normas da se o pertinente a direitos veda es e forma de investidura Seguindo ainda a trilha firmada por Mazzilli um Minist rio P blico junto
348. g o inicialmente ser o consorcio empresa urbana prestadora de servi os mas que posteriormente foi disciplinada atrav s da Circular n mero 56 99 expedida por ele considerando o cons rcio como contribuinte rural Tal fato vai incentivar o recrudecimento do n mero de empregos rurais no Brasil que os pequenos produtores que n o teriam como contratar trabalhadores em raz o da constante intermit ncia de suas necessidades de trabalho poder o se agrupar contratando a m o de obra de forma partilhada dividindo se os encargos e distribuindo se os custos do trabalho proporcionalmente utiliza o efetiva Digno de men o o fato de que tal figura pode ser viabilizada inclusive na atividade urbano Aqui concordamos com o ilustre colega do Minist rio P blico Ricardo Tadeu quando enfatiza imaginem se por exemplo pequenos 280 FONSECA Ricardo Tadeu Marques da Cons rcio de Empregadores Uma Alternativa Imediata para a Empregabilidade Revista do Minist rio P blico do Trabalho ano X n mero 19 pp 79 89 mar o de 2000 286 empreiteiros da constru o civil agrupando se em cons rcios para gerir equipes alternando o trabalho de encanadores eletricistas e pedreiros especializados conforme a necessidade de cada um dos empreiteiros 5 O INQU RITO CIVIL P BLICO NO MBITO DA JUSTI A DO TRABALHO O inqu rito civil consiste num procedimento preparat rio de investiga o sobre a ocorr
349. gem ser extinto 1 quando o menor tiver atingido 18 anos 2 quando o menor for considerado habilitado mesmo antes do t rmino regular do curso Decreto 31 546 52 art 6 3 quando o tempo m ximo para a aprendizagem nunca superior a 3 anos tiver se esgotado Decreto 31 546 52 art 4 8 2 e 4 em sido cometido justa causa pelo menor faltando ao curso e aos trabalhos escolares CLT art 432 c c art 8 do Decreto Lei 8 622 46 238 Debate acirrado se d em rela o ao fato de a extin o do contrato quando o empregado completar 18 anos sem que o curso de aprendizagem tenha sido ultimado Antonio Lamarca advoga tese de que a aprendizagem deve continuar por entender que o tempo de dura o da aprendizagem nada tem com a idade em que se pode concluir o contrato de aprendizado desde que firmado antes de conclu da a maioridade Outros autores de peso se orientam no sentido de que completado 18 anos o contrato de aprendizagem tem que se findar passando o empregado a perceber no m nimo o sal rio m nimo legal Nos filiamos a ltima corrente pois continuar com o contrato de aprendizagem ap s os 18 anos desnaturaria a natureza do contrato que especial e tem o af de aprimorar o conhecimento t cnico dos menores Para arrematar imp e sublinhar que no pertinente ao menor rural aprendizagem tamb m suscet vel Para que isso fosse poss vel foi criado pelo Minist rio do Trabalho o SENAR Servi o Nacion
350. gis ora como parte e de forma geral nas causas em que h interesse p blico evidenciado pela natureza da lide ou qualidade da parte Auxiliam nos na busca pela defini o desse instituto os conceitos sedimentados pela filosofia segundo os quais interesse em sua gen rica acep o aquilo a despertar e orientar a vontade ou desejo de alguma coisa Traduz se tanto na finalidade pr tica perseguida em rela o a algo como o valor atribu do a alguma coisa O interesse conceito fundamental da tica kantiana um determinante da vontade porque torna pr tica a raz o movendo nos sempre a realizar algo ao passo que Habermas aponta estar o conhecimento humano constantemente dirigido por um interesse Conquanto reconhe amos a import ncia das conceitua es filos ficas a respeito da express o interesse citamo as apenas a t tulo de ilustra o pois cremos que a import ncia do estudo reside principalmente no tocante an lise das situa es que ensejam a atua o do Minist rio P blico em defesa de um uia JAPIASSU Hilton amp MARCONDES Danilo Dicion rio B sico de Filosofia 2 ed Rio de Janeiro Jorge Zahar 1993 p 136 3 JAPIASSU Hilton amp MARCONDES Danilo Dicion rio B sico de Filosofia 2 ed Rio de Janeiro Jorge Zahar 1993 p 136 432 interesse considerado p blico Por isso levaremos em considera o as defini es em sentido strictu sensu conceitos puramente jur d
351. gui Bezerra Declara o Incidental de Inconstitucionalidade de Lei Revista Jur dica Consulex ano n 9 pp 58 9 Consulex Editora Bras lia 30 de setembro de 1997 Republicado pelo Informativo Din mico IOB ano XXI edi o 73 expedida em 13 10 97 SP IOB pp ID 73 97 3 e Informativo Consulex Ano XI n 42 pp 1121 125 Consulex Bras lia 20 de outubro de 1997 223 No particular concordamos com Evandro Ramos Louren o quando registra que n o pode vingar neste caso uma interpreta o estritamente literal que admitisse que apenas novas leis posteriores LOMP poderiam cuidar de outras atribui es para o MPT al m das previstas na LOMP Tanto assim que n o se discute a interven o do MPT em hip teses anteriormente previstas na CLT na Lei de Fal ncias no C digo Civil e no pr prio CPC Por fim atua o como custos legis ocorre quando o Minist rio P blico do Trabalho atua como curador especial ou curador de incapazes Apesar de a primeira vista haver confus o a figura de curador especial ou curador lide n o se confunde com curador de incapazes O art 9 do CPC disciplina a figura do curador especial ou lide quando enfatiza o juiz dar curador especial ao incapaz se n o tiver representante legal ou se os interesses deste colidirem com os daquele Il ao r u preso bem como ao revel citado por edital ou com hora certa Por seu turno a figura do
352. gularam No tocante arbitragem foi sob a gide de nosso C digo de Processo Civil arts 1 072 a 1 102 posteriormente revogados que entrou em vigor a Lei Complementar 75 93 dispondo sobre a organiza o e o funcionamento do Minist rio P blico da Uni o Com ela aprendemos que o Minist rio P blico da Uni o dividido em quatro ramos o Minist rio P blico Federal o Minist rio P blico Militar o Minist rio P blico do Distrito Federal e Territ rios e o Minist rio P blico do Trabalho Este ltimo que interessa a este trabalho sobretudo Est ele delineado nos arts 83 a 115 da referida Lei Complementar al m de constar da Carta Magna art 128 b 440 O comando visualizado no art 83 inciso XI da Lei Complementar 75 93 ser o cerne principal deste estudo que intentamos sem que obviamente se possa esgotar a mat ria que se nos mostra vast ssima Neste dispositivo duas caracter sticas j se denotam com facilidade de compreens o a arbitragem ministerial facultativa e volunt ria a arbitragem ministerial relativa a todos os diss dios de compet ncia da Justi a do Trabalho isto abarcados estariam todos os tipos de diss dios sejam eles individuais ou coletivos N o obstante esta norma legal acima trabalhada o Conselho Superior do Minist rio P blico do Trabalho promulgou a Resolu o n 44 regulamentando a arbitragem ministerial Este instrumento normativo em suma repete a
353. gundo as mais comesinhas regras de hermen uticas E nem se diga que o artigo 83 inciso XI da Lei Complementar 75 93 inconstitucional haja vista que como foi observado anteriormente o legislador constituinte n o proibiu Ao se manifestar com rela o esfera coletiva a Constitui o Federal apenas real ou a possibilidade de os sindicatos recorrerem arbitragem quando frustrada a negocia o art 114 1 Doutra parte em nenhum momento o STF declarou de forma direta a inconstitucionalidade do presente instituto normativo E como sabido qualquer lei em vigor presume se constitucional at que a Corte Suprema a declare inconstitucional se for o caso E nem se diga que o art 129 da Constitui o quando se refere as fun es institucionais do Minist rio P blico n o elenca no rol de atividades a atua o como rbitro que o pr prio inciso IX do art 129 da CF estabelece que pode o Minist rio P blico exercer outras fun es que lhe forem conferidas desde que compat veis com sua finalidade sendo lhe vedada a representa o judicial e a consultoria jur dica de entidades p blicas Passado vista o fato de que a cada dia mais pessoas abandonam a heterocomposi o Estatal buscando a solu o de seus problemas atrav s de consenso pacificador urge repensar o papel do Estado diante dos conflitos entre os cidad os Muitos j reconheceram a exist ncia de uma muta o neste papel m MAXIMILI
354. ho etc Sussekind traz uma percuciente sistematiza o destas normas imperativas As regras imperativas concernentes ao Direito do Trabalho s o a de ndole impositiva ou proibitiva que devem ser observadas tal como foram institu das ex obrigatoriedade da anota o do contrato de trabalho na Carteira de Trabalho e Previd ncia Social filia o do trabalhador previd ncia social 385 VENOSA S lvio de Salvo Direito Civil Vol 3 ed S o Paulo Atlas 2003 pp 39 40 380 proibi o do trabalho do menor de 18 anos em ind strias insalubres etc b de ndole complementar que estabelecem limites abaixo ou acima dos quais conforme o caso n o poder prevalecer o ajuste das partes interessadas e inexistindo acordo ou desatendendo este aos limites de prote o estipulados a norma jur dica pertinente adere ao contrato de trabalho ex sal rio m nimo dura o m xima da jornada de trabalho adicional m nimo de 50 sobre o sal rio da hora de trabalho extraordin rio etc Destarte desrespeitados os direitos trabalhistas provenientes de normas cogentes temos que os pactos que geraram este desacerto dever o ser tidos como nulos e juridicamente inexistentes preenchendo se este vazio normativo com os preceitos que erroneamente foram derrogados por uma autonomia da vontade abusiva J as leis dispositivas que n o deixam de ser obrigat rias como as cogentes ficam sujeitas
355. homog neos a compet ncia do foro da Capital do Estado ou do Distrito Federal para as les es de mbito nacional ou regional respectivamente art 93 do CDC Registre se por oportuno consoante certo autor de obra que no caso de se versar sobre obriga o de fazer ou n o fazer o juiz determinar o seu 26 ARARUNA Eduardo Varandas A Execu o do Termo de Ajuste de Conduta Pontos Pol micos Revista do Minist rio P blico do Trabalho ano XII n mero 23 pp 22 30 Bras lia mar o de 2002 291 cumprimento art 11 da LACP Desse modo a execu o se constituir em um mandado ao devedor para que realize a obriga o a exemplo do que ocorre no processo trabalhista no caso de reintegra o de empregado O atraso no cumprimento pelo devedor configurar crime de desobedi ncia Cumulativamente ser cobrada multa cominat ria di ria fixada pelo inadimplemento astreintes Finalizando decorrido o prazo previsto no termo de compromisso sem que tenha se verificado o ajustamento de conduta o Minist rio P blico do Trabalho determinar a Delegacia Regional do Trabalho que realize fiscaliza o espec fica acerca do cumprimento das obriga es assumidas no termo de compromisso firmado A DRT ent o elaborar um relat rio circunstanciado das dilig ncias efetivadas e o encaminhar ao MPT e em se confirmando o descumprimento do termo de ajuste o MPT notificar o infrator do acordo estipulando prazo para o cu
356. hoso e recente para a popula o brasileira que demonstra ainda n o estar preparada para esta evolu o Sobre o assunto importante ver a pos o de Arnaldo Sussekind Isto significa que se a oferta final da empresa for a de conceder 3 do lucro a t tulo de participa o e a proposta final do sindicato dos trabalhadores pretender 36 o rbitro s pode escolher entre 3 e 36 ainda que considere que deve ser 17 11 ou 7 N o creio que d certo em nosso pa s 12 1 DOUTRINA CONTR RIA ARBITRAGEM TRABALHISTA N o padece qualquer d vida sobre a uniformidade de pensamento tanto doutrin ria quanto jurisprudencial acerca da admissibilidade da arbitragem como forma de solu o dos conflitos coletivos de trabalho no Brasil mormente em raz o do disposto no art 114 1 e 2 da Constitui o da Rep blica Entretanto o mesmo n o se pode dizer quanto aplica o da arbitragem para a composi o dos conflitos individuais de trabalho pois n o h communis opinium doctorum nem tampouco consensus omnium jursprudencial reinando viva controv rsia 374 Lei 10 101 art 4 Ile 8 1 in verbis Caso a negocia o visando participa o nos lucros ou resultados da empresa resulte em impasse as partes poder o utilizar se dos seguintes mecanismos de solu o do lit gio ll arbitragem de ofertas finais 1 Considera se arbitragem de ofertas finais aquela em que o rbitro deve restringir se a
357. i o Cidad j era crescente e doutrinariamente dominadora a preocupa o em rela o ao controle da Administra o P blica Debates com tais objetivos foram travados na fase anterior promulga o da Carta Magna de 1988 quando ent o se prop s a importa o da figura jur dica do Ombudsman com inspira o tipicamente escandinava Por m houve um consenso entre os debatedores de que o Brasil j dispunha de figura semelhante em seus quadros institucionais talvez at mais aparelhada com a Institui o do Minist rio P blico organizada na forma inovadora que a Constitui o proporcionou Cumpre aqui tamb m destacar que o ombudsman escandinavo n o tem legitimidade para agir em ju zo Suas decis es possuem o vigor jur dico apenas de car ter extrajudicial enquanto o nosso Minist rio P blico pode agir tanto preventiva quanto repressivamente possuindo suas conclus es efic cia judicial e extrajudicial conforme o caso Com isto decidido foi que muito melhor seria confiar ao Minist rio P blico o papel de ombudsman brasileiro com o carreamento das fun es deste proporcionando os devidos instrumentos para que bem assumisse e desempenhasse seus novos e relevantes encargos compat veis com sua atual destina o Este nosso ombudsman encontrado no Minist rio P blico objetiva sinteticamente a remedia o das lacunas e omiss es encontradas nos diversos Poderes bem como assegurar que estes se paute
358. i os de qualquer natureza oficiando obrigatoriamente neles manifestando sua concord ncia ou discord ncia em eventuais acordos firmados antes da homologa o resguardado o direito de recorrer em caso de viola o lei e da Constitui o Federal 3 promove mandado de injun o quando a compet ncia for da Justi a do Trabalho 4 solicita dilig ncias que julgar convenientes para o correto andamento dos processos e para a melhor solu o das lides trabalhistas Atua ainda como fiscal da lei emitindo parecer obrigat rio naqueles processos em que for parte 1 pessoa jur dica de direito p blico interno 2 estado estrangeiro ou organismo internacional 3 menores e incapazes 4 ndio 5 funda es p blicas 6 empresas p blicas 7 sociedades de economia mista Ou naqueles processos que versarem sobre 1 incompet ncia da Justi a do Trabalho 2 meio ambiente do trabalho Ou ainda nos processos de compet ncia origin ria dos Tribunais Regionais do Trabalho ou submetidos a julgamento no mbito do Tribunal Superior do Trabalho pelo Tribunal Pleno rg o Especial Se o Especializada de Diss dios Individuais e 23 Coletivos excetuando se os Agravos Regimentais em Embargos em Recurso de Revista e os Agravos Regimentais em Embargos e em Agravos de Instrumento Resolu o do Conselho Superior do Minist rio P blico de n 1 e 2 93 Atua ademais como fiscal da lei manifestando se obrigatoriamente na argui es de i
359. ia com a nomea o do advogado Lawrence del Brok na Inglaterra como procurador do Rei King s Attorney ainda no s culo XIII para defender os interesses da Coroa perante a Corte Inglesa As atribui es relacionavam se a interesses relativos a cobran as de alugu is recupera o de terras pertencentes Coroa a puni es na esfera administrativa representa o em lit gios contra a Igreja e investiga o de crimes Em 1461 estes funcion rios tiveram a prerrogativa de indicar auxiliares tendo a denomina o de Attorney General No s c XVIII passou ocupar uma cadeira no Parlamento ingl s exercendo as fun es de consultor jur dico A posteriori passou a ocupar cadeira 8 Apud ANDRADE Everaldo Gaspar Lopes de O Minist rio P blico Espanhol O Prest gio de uma Institui o diante das Transforma es da sociedade Contempor nea Revista do Minist rio P blico do Trabalho n mero 10 2 semestre pp 94 104 setembro de 1995 Como aponta a historiadora americana Lynne Ross in PROEN A Luis Roberto Participa o do Minist rio P blico no Processo civil nos Estados Unidos da Am rica Minist rio P blico Institui o e Processo S o Paulo Saraiva p 212 83 no Gabinete dos Ministros House of Commons desempenhado o papel de Ministro e aconselhamento da Coroa Particularidade essencial nota se em rela o organiza o inglesa principalmente por n o haver uma unifica o do rg o em todo o Reino
360. ia Trabalhista ano XXIX pp 137 9 Coad Editora Rio de Janeiro abril de 1995 280 De acordo com o art 37 inciso VII da Constitui o Federal o direito de greve ser exercido nos termos e nos limites definidos em lei espec fica Entrementes at o presente momento tal lei n o foi promulgada Com efeito a estes assegurado o direito com suporte na atual lei de Greve 7 783 89 No pertinente aos servidores militares n o ocioso enfatizar que estes s o considerados servidores militares federais os integrantes das For as Armadas e servidores militares dos Estados Territ rios e Distrito Federal os integrantes de suas pol cias militares e de seus corpos de bombeiros militares CF art 42 Recrudescendo a rea de considera es interessante rememorarmos os seguintes preceitos o militar em atividade que aceitar cargo p blico civil permanente ser transferido para a reserva CF art 42 3 ao militar s o proibidos a sindicaliza o e a greve CF art 42 5 N o pode ademais ser filiado a partido pol tico CF art 42 6 Aplica se aos servidores militares o disposto no art 7 inciso VIII XII XVII XVIII e XIX da CF Guilherme Cabanellas citado por Segadas Vianna em se reportando ao assunto assevera que s em situa o de verdadeira anarquia se pode admitir a sindicaliza o dos militares Ele cita como exemplo as Juntas Militares de Defesa na Espanha entre 1919 e 1921 o que gerou um verda
361. iado e eleito de comum acordo Plat o 428 347 a C in De Legibus Livros 6 e 12 Ademais os que pensam o contr rio realizam uma interpreta o limitada da norma constitucional Faz se uma mera exegese literal e restritiva dos dispositivos constitucionais olvidando se do real sentido da evolu o de nossa sociedade e de uma correta interpreta o hist rico evolutiva do instituto da arbitragem mormente a trabalhista N o podemos continuar a compreender que uma legisla o que se demonstre plenamente favor vel ao trabalhador tenha a sua aplica o condicionada a uma maturidade cultural que apenas subjetivamente poder ser quantificada fazendo com que a efetividade da legisla o arbitral no tocante ao Direito do Trabalho fique ao alvedrio dos operadores do direito nacionais Em rela o a esta evolu o jur dica inafast vel bem nos fala o preclaro Carlos Maximiliano O Direito Positivo o resultado de a o lenta e rea o oportuna O ambiente age sobre a intelig ncia moderando a imprimindo lhe caracteres determinados afinal o indiv duo reage sobre a natureza dominando a por sua vez com a sua atividade modificadora transformadora indiscutivelmente eficiente A natureza humana amolda as institui es jur dicas por sua vez estas reagem sobre aquela dessa influ ncia rec proca afinal resulta o equil brio almejado uma situa o relativamente est vel Os que disfar am a sua conform
362. ial 2 4 CONSTITUI O DE 1934 A Constitui o de 16 de julho de 1934 em seus artigos 95 usque 98 dispensaria um tratamento mais cuidadoso ao Minist rio P blico definindo lhe algumas atribui es b sicas O Procurador Geral da Rep blica nos termos do artigo 95 1 tinha as seguintes atribui es e prerrogativas O Chefe do Minist rio P blico Federal nos ju zos comuns o Procurador Geral da Rep blica de nomea o do Presidente da Rep blica com aprova o do Senado Federal dentre cidad os com os requisitos estabelecidos para os Ministros da Corte Suprema Ter os mesmos vencimentos desses Ministros sendo por m demiss vel ad nutum Esta Constitui o institucionalizou o Minist rio P blico e o inseriu no T tulo Dos rg os de coopera o nas atividades governamentais referente organiza o federal 114 Esta Carta mencionava que lei federal organizaria o Minist rio P blico na Uni o no Distrito Federal e nos Territ rios e que leis estaduais organizariam o Minist rio P blico nos Estados A partir dessa Constitui o o Minist rio P blico veio adquirindo posi o institucional de relevo nas Constitui es e em leis especiais muito embora ainda fosse visto como uma fun o subordinada ao Poder Judici rio ou seja institui o dependente e n o aut noma 2 5 CONSTITUI O DE 1937 A Constitui o Federal de 1937 fazia alus o exclusivamente ao Procurador
363. ica de suas decis es A fun o estatal da qual se incumbiu o Minist rio P blico de nossos dias se faz tanto mais indispens vel numa sociedade quanto menor for o seu costume de respeitar os direitos e os valores da pessoa humana Por este motivo compreens vel que num pa s cuja popula o tenha sempre presente a 177 consci ncia do respeito absoluto aos direitos de seus pares como nos pa ses n rdicos e desenvolvidos ressalvadas as devidas exce es seja menor a necessidade de uma institui o com tamanho cunho social como o o Minist rio P blico Por outro lado de maneira inversa este se torna absolutamente necess rio quando tratamos de Estados onde inexista a consci ncia social supramencionada caso da maioria dos pa ses subdesenvolvidos como o Brasil Atualmente a Democracia princ pio estruturador de todo Estado de Direito ultrapassa a barreira m tica dos aspectos da escolha dos pol ticos que governam um determinado Estado Ela al m de determinar formas de demonstra o da soberania popular apresentar se como metas de erradica o de desigualdades fornecendo a todos os indiv duos a possibilidade de participar efetivamente desta soberania popular Ela deve ser notada por sua fei o justa solid ria livre de quaisquer esp cies de preconceitos trazendo a todos as benesses do desenvolvimento econ mico Acontece que tristemente a regra no Brasil e pa ses ainda n o plenamente desenvolvi
364. ica dos estados Unidos Os ordenamentos ligados ao Direito europeu ocidental principalmente as especula es filos ficas da doutrina alem da qual a legisla o p tria signat ria adota a doutrina finalista com expoente em Nelson Hungria para qual se exige a atua o do parquet deve necessariamente orientar se pelo princ pio da legalidade estrita Isto significa para pa ses como o Brasil onde as 89 A tradi o de os integrantes da institui o estadunidense exercerem com discricionariedade a propositura da a o penal bem como lhe conferida a possibilidade de transacionarem com a defesa n o encontra correla o com qualquer outro sistema ocidental Tal conjunto de prerrogativas rotulado pejorativamente como plea bargain e comumente criticada pela aus ncia de controle das demais esferas governamentais inclusive do Judici rio que o faz somente de forma indireta Para visualizar a dimens o do poderio de que goza a institui o americana na condu o da pol tica criminal poder o promotor negociar a n o contestabilidade da defesa na fase anterior den ncia informalmente onde as partes prop em os termos sobre os quais o processo correr A negocia o pode chegar confiss o do acusado por um crime mais brando Desde que n o haja v cios ser v lida independente do conjunto de probat rio que o acompanhe Assim a aplica o da pena ser baseada na culpabilidade do demandado Sim nos termos d
365. ici rio e 63 multa ou servi os comunit rios Por este procedimento suprime se o contradit rio oferece o membro do Minist rio P blico desde logo a pena a ser aplicada e requer que o juiz homologue a Discordando da san o imposta o r u oferecer impugna o que ensejar a abertura da fase instrut ria Como corrobora Jorge de Figueiredo Dias h discricionariedade maior que o permissivo legal Quanto atua o no contencioso privado diminuta se faz a presen a do parquet adstrita a parcos dispositivos legais presente nos 607 632 634 640 e 652 do ZPO As hip teses referem se nulidade de matrim nio e nos casos de interdi o por enfermidade ou semi enfermidade mental em ambas as quest es pode figurar como autor parte acess ria ou custos legis Quanto refer ncia ao interesse p blico tutelado entende o legislador alem o ser incumb ncia do juiz da causa velar por sua preserva o como ensina Rosa Maria de Andrade Nery Assim as possibilidades de a o no processo civil alem o s o bem mais reduzidas que as previs es das legisla es dos demais pa ses europeus adeptos da civil law Em momento algum foi encontrada qualquer refer ncia s possibilidades de legitimidade do parquet para propor qualquer a o de interesses difusos homog neos ou coletivos bem como quaisquer informa es que se refiram s quest es de legitimidade extraordin ria para acionar o aparelho jurisdicional do E
366. iciem Cumpre registrar no particular que a atua o do Minist rio P blico quer como parte quer como custos legis este detentor da prerrogativa institucional de sentar se no mesmo plano e imediatamente a direita dos juizes singulares ou em 1 OLIVEIRA Esequias Pereira de A Inamovibilidade Constitucional de Membro do Minist rio P blico Frente Chefia Respectiva Revista do Minist rio P blico do Trabalho ano Il n mero 3 pp 137 143 Bras lia mar o de 1992 139 colegiado Assim j decidiu as mais diversas Cortes Superiores guisa de ilustra o veja se as seguintes decis es AC 52 685 02 000 00 00 0 Rel Ministro Moura Fran a Julgamento unanime O Minist rio P blico da Uni o institui o permanente essencial fun o jurisdicional do Estado incumbindo lhe a defesa da ordem jur dica do regime democr tico dos interesses sociais e dos interesses individuais indispon veis nos termos do art 1 da LC 75 93 o que justifica o tratamento diferenciado em rela o aos advogados quando atua em processo na condi o de parte Esta Corte j firmou entendimento de que o representante do Minist rio P blico do Trabalho por for a do art 18 da LC 75 93 tem a prerrogativa do assento ao lado direito do magistrado em igual plano independentemente de atuar na condi o de custos legis ou parte Precedentes TST RMA 349 031 97 Rel Min Francisco Fausto DJ de 07 08 98 TST ROMS 564 610 99 Rel M
367. ico fez apenas uma pequena alus o ao Procurador Geral da Rep blica na se o destinada ao Poder Judici rio que seria designado pelo Presidente da Rep blica dentre os membros do Supremo Tribunal Federal Suas atribui es contudo deveriam ser definidas em Lei Ordin ria Em 1934 a Constitui o deu um tratamento digno ao Minist rio P blico inserindo o no cap tulo dos rg os de coopera o nas atividades governamentais referente Organiza o Federal distinto portanto dos cap tulos destinados aos Poderes do Estado Executivo Legislativo e Judici rio Foi lhes institu do o concurso p blico para ingresso na carreira assegurada a garantia de perda do cargo de seus membros somente em raz o de senten a judici ria ou ap s processo administrativo em que tenham podido amplamente oferecer defesa proibido o exerc cio de qualquer outra fun o exceto o magist rio Esta Carta Magna disp s ainda que a lei federal organizaria o Minist rio P blico da Uni o no Distrito Federal e nos Territ rios e que leis locais organizariam o Minist rio P blico dos Estados 116 Para Roberto Lyra o tratamento do Minist rio P blico em cap tulo distinto na Lex Fundamentalis demonstra a vontade do constituinte em consagrar o princ pio da independ ncia e autonomia do Minist rio P blico frente aos 11 LYRA Roberto Teoria e Pr tica da Promotoria P blica 2 Ed Porto Alegre S rgio Ant nio Fabr
368. ico do Cap tulo do Poder Executivo CF 67 e n o o incluiu em nenhum dos tr s poderes o que conduz conclus o de que o Minist rio P blico sem constituir um Quarto Poder tem o status constitucional de rg o extra poderes com fun o de controle dos poderes constitu dos Passou a ter como chefia superior o Procurador Geral da Rep blica dentro de uma organiza o unit ria do Minist rio P blico da Uni o Minist rio P blico Federal do Trabalho Militar e do Distrito Federal Em 20 de maio de 1993 foi promulgada a Lei Org nica do Minist rio P blico da Uni o Lei Complementar 75 93 que no seu Cap tulo Il do T tulo Il trata da compet ncia dos rg os e da carreira do Minist rio P blico do Trabalho O Minist rio P blico do Trabalho n o rg o da Justi a do Trabalho e nem tampouco est vinculado ao Poder Judici rio nem ao Poder Executivo nem ao Legislativo Podemos dizer sem querer afrontar a triparti o dos poderes constitucionalmente prevista teorizada pelo Bar o de Montesquieu analisada em t picos precedentes que o Minist rio P blico do Trabalho rg o do Minist rio P blico da Uni o um rg o do Estado a servi o da sociedade haja vista que tem a fun o de fiscalizar o cumprimento da lei e at os demais poderes O Procurador Geral da Rep blica o chefe do Minist rio P blico da Uni o e por seu turno do Minist rio P blico do Trabalho A despeito do Procurador Geral d
369. icos Mas apesar das dificuldades encontradas e diante da urg ncia em identificar quais s o as causas que realmente h interesse p blico alguns juristas v m tentando conceituar tal instituto como Pedro do Reis Nunes para o qual interesse p blico exigido para as necessidades ou utilidades comuns ou coletivas sobrepondo se ao interesse privado e condicionando e desprotegendo assim o direito subjetivo Para S rgio Sahione Fadel interesse p blico est a por interesse geral n o na eventual proced ncia ou improced ncia da pretens o da pessoa jur dica de direito p blico como na execu o fiscal ou na a o movida contra a Fazenda mas sim no resultado da demanda abstra das outras circunst ncias qualquer que seja ele Busca se ainda defini o jurisprudencial O interesse p blico a quer significar um interesse geral ligado a valores de maior relev ncia vinculado aos fins sociais e s exig ncias do bem comum que a vontade pr pria e atual da lei tem em vista RT 548 2593 interesse geral da sociedade impessoal e indispon vel que n o se confunde com o mero interesse patrimonial Adcoas 1986 n 105 559 44 NUNES Pedro dos Reis Dicion rio de Tecnologia Jur dica 11 ed Ver ampliado e atualizado Rio de Janeiro Freitas Bastos 1982 p 548 5 FADEL S rgio Sahione C digo de Processo Civil Comentado Vol Rio de Janeiro Jos
370. idad os esta age e aqueles vivem trang ilos Na fase ainda da monarquia absoluta outras Ordonnances foram editadas regulamentando a institui o como cita o ilustre professor Frederico Marques tais como as de julho de 1493 de Carlos VIII as de 1498 de Lu s VII como tamb m as de agosto de 1522 novembro de 1553 e maio de 1586 Finalmente a Ordonnance de Lu s XIV de agosto de 1670 que constitui a grande codifica o do processo criminal franc s conhecida pelo nome de Ordonnance Criminalle ampliou o campo de atua o do Minist rio P blico Os procuradores do rei nesse per odo hist rico foram inicialmente utilizados como agentes de interven o da coroa nos tribunais senhoriais para fazer valer os interesses do governo central e enfraquecer o poder dos senhores feudais Com o absolutismo mon rquico e o monop lio da jurisdi o esses agentes continuaram a defender os interesses do Estado e a exercer o papel de acusador criminal nesse per odo da hist ria francesa que o procurador do rei na fun o de custos legis ou de acusador p blico assumiu o papel de longa manus do soberano 21 MONTESQUIEU Do Esp rito das Leis S o Paulo Martins Fontes 1996 p 101 22 MARQUES Frederico Institui es de Direito Processual Civil Rio de Janeiro Forense 1958 p 580 40 Portugal passou tamb m por um processo semelhante ao franc s com a luta da realeza pelo monop lio da jurisdi o O avan
371. idade com a doutrina da evolu o e sobretudo os que aderem mesma em tom sincero e franco realizam cada dia obra de justi a de ci ncia de progresso amoldam se s necessidades da pr tica ante a impossibilidade de alterar com intervalos breves os textos 411 positivos seguem vereda segura plasmado o Direito em uma forma ampla d ctil adaptam no pela interpreta o s exig ncias sociais imprevistas s varia es sucessivas do meio No diapas o ressaltamos por oportuno que ao contr rio do que enfatizam a utiliza o da arbitragem n o despreza os princ pios protetores do direito laboral em especial o princ pio protetor que a despeito de a Lei de arbitragem pautar se em seu artigo 21 par grafo 2 pelo respeito ao princ pio da igualdade entre as partes a isonomia buscada pela Lei de Arbitragem a isonomia real tratando de forma igual os iguais e desigualmente os desiguais Com efeito de clareza meridiana que a rela o jur dica entre patr o e empregado de cristalina desigualdade Da n o poder o rbitro aplicar a igualdade formal mas a real Nesse sentido os princ pios norteadores do Direito Laboral por coadunarem se com esta l gica da igualdade real manter se o ntegros e vivificados nos procedimentos arbitrais laborais Logo n o podemos negar na atualidade a irradia o da arbitragem para decidir conflitos trabalhistas individuais durante a vig ncia do contrato de
372. igil ncia e transporte de valores Os bancos caixas econ micas sociedades de cr dito associa es de poupan a e tamb m as empresas de transportes de valores pois estas devem dotar os locais de labor de sistemas de seguran a adequado e aprovado pelo Minist rio da Justi a e pela Pol cia Federal na forma da Lei n 7 102 83 com as altera es das Leis n 9 017 95 e 8 863 94 4 2 8 O MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO NAS A ES DECLARAT RIAS DE NULIDADE DE CL USULAS ILEGAIS DE ACORDOS E CONVEN ES COLETIVAS A negocia o coletiva no ramo do Direito Coletivo tem sido um dos mais eficazes caminhos para a cria o de direito e para a solu o dos conflitos que 227 surgem das rela es contratuais entre patr o e empregado Historicamente ela fruto das lutas dos trabalhadores no sentido de obterem melhores 2 ARA JO Eneida Melo Correia de Regula es Coletivas de Consumo e de Trabalho as Semelhan as em Busca do Equil brio Social Revista da Esmape Recife V 3 n mero 7 pp 199 212 janeiro junho de 1998 262 condi es de sal rio jornadas mais justas de trabalho seguran a em face das m quinas e a liberdade de associa o e de sindicaliza o Pode se afirmar que o fen meno jur dico da negocia o coletiva trabalhista precede a pr pria organiza o sindical haja vista que os trabalhadores ainda n o organizados em sindicatos exerceram fortes press es sobre a classe empresarial
373. imeiramente a se livrarem das amarras do feudalismo enquanto na Fran a n o existia sequer um estado organizado leva se a crer que o Minist rio P blico lusitano n o tem ra zes no modelo franco As car ncias do Estado portugu s rec m formado que constitu ram as reais origens da institui o naquele pa s Apesar das evid ncias de uma relativa organiza o dos of cios jurisdicionais do Estado j naquela poca ocorreram ainda muitas transforma es para que o Minist rio P blico portugu s alcan asse a configura o que apresenta hodiernamente Devido ebuli o pol tica provocada pela volta de Dom Jo o VI para Lisboa em 1820 o clima de liberalismo a difus o dos ideais da Revolu o 83 As Ordena es Manuelinas por influ ncia do modelo franc s estabeleceram que junto Casa de Suplica o funcionariam dois tipos de funcion rios um Procurador dos feitos da Coroa e outro dos feitos da Fazenda Houve uma salutar evolu o na institui o pois tais funcion rios deixaram 72 Francesa e as codifica es napole nicas que sistematizaram o direito escrito todo o judici rio luso passou por um aglomerado de modifica es at se sedimentar definitivamente O clima mostrava se prop cio edi o de uma Constitui o liberal como acontecera na Fran a e na Inglaterra Por conseguinte mencionou se a figura do Minist rio P blico na Constitui o de 1820 no art 198 e posteriormente editado
374. imento de que a o penal indispon vel sendo lhe obrigat ria a propositura como prev o art 112 da Constitui o Italiana diversamente do que ocorre no direito franc s onde o princ pio da oportunidade impera Desta assertiva desdobra se o fato de o parquet estar subtra do das interfer ncias do Poder Executivo por n o ser condutor da pol tica criminal como na Fran a Por tais raz es o constituinte italiano imprescindivelmente disciplinou o Minist rio P blico e a Magistratura no art 101 e seguintes na se o do Poder Judici ria porque assim evitaria poss veis infer ncias futuras do Poder Executivo Quanto postura da institui o nas a es c veis n o se podem notar as mesmas atribui es que o parquet nacional possui Isto se deve import ncia que os princ pios do dispositivo da a o e de iniciativa das partes sempre tiveram na legisla o processual civil italiana Todavia como adverte Leibman ao comentar o art 73 da Lei de Organiza o Judici ria Italiana que diante da impossibilidade da magistratura judicante atuar ex officio faz necess ria a presen a do parquet para movimentar o estado juiz no resguardo do interesse p blico amea ado Como bem adverte o eminente processualista italiano n o pode deixar o interesse p blico nas m os de particulares Reconhece o pr prio Leibman a posteriori a crescente atua o do parquet em quest es de direito privado Pode se resumir a presen
375. in Wagner Pimenta DJ de 21 06 02 A o cautelar julgada procedente destaques n o constam do original Colegas Ademais veja se outro julgamento no mesmo sentido Processo n TST RMA 45 943 2002 000 00 0 Recorrente Minist rio P blico do Trabalho da 15 Regi o Recorrido Tribunal Regional do Trabalho da 15 Regi o MINIST RIO P BLICO DA UNI O ASSENTO SUSTENTA O ORAL Cabe ao Minist rio P blico sentar se no mesmo plano e imediatamente direita dos ju zes singulares ou presidentes dos rg os judici rios perante os quais oficiem art 18 da Lei Complementar n 75 93 Tal prerrogativa vale tamb m quando o Membro do Minist rio P blico atuando como parte proceder sustenta o oral Recurso Administrativo a que se d provimento 140 2 usar vestes talares togas 3 ingresso e tr nsito livre em qualquer recinto p blico ou privado desde que em raz o de servi o 4 prioridade em qualquer servi o de transporte tamb m em raz o de servi o 5 porte de arma independentemente de autoriza o etc Outrossim n o ocioso tecermos algumas considera es acerca das fun es e poderes institucionais dispostos ao Minist rio P blico que se encontram relacionados no art 129 da Constitui o Federal em que ele figura principalmente como A titular da a o penal p blica a primordial e mais antiga fun o do Minist rio P blico sendo a nica exclusiva ressalvadas
376. in ria Carece contudo em todos os casos a exist ncia de interesse p blico a ser tutelado Quando a magistrature requirente atua como fiscal da lei poder d r se na lide contenciosa ou volunt ria e ter presen a facultativa ou obrigat ria Em Chiovenda n o foi dada import ncia atua o da institui o no Processo Civil estando mais circunscrita a mat ria penal Para Carnelluti s e Quest es Agr rias Coordena o de Ant nio Augusto Mello de Camargo Ferraz 2 ed S o Paulo Atlas 1999 pp 162 210 Previs o dos arts 69 e 70 do C digo de Processo Civil italiano 1 Similar penaliza o imp e o CPC brasileiro em seu art 246 ao culminar o processo de nulidade nas causas em que o Minist rio P blico deveria ser intimado para dar vista aos autos e n o o foi MANDRIOLI Crisanto Corso de Diritto Processuale Civile Torino G Giappichelli Editore 1993 p 123 Para este processualista italiano o que determina a interven o do Minist rio P blico no processo civil o interesse p blico a ser tutelado vista disto afirma que a interven o pode ser obrigat ria ou facultativa bem como adverte para as hip teses de exerc cio da A o Civil onde est legitimidade a agir 83 CHIOVENDA Giuseppe Instuizioni di Diritto Processuale Civile N poles Eugenio Joneve 1936 p 80 Devem se ressaltar as incurs es feitas no in cio do texto sobre a hist ria da forma o da institui o na It
377. in ria e como o Minist rio P blico da Uni o e em especial o Minist rio P blico do Trabalho consoante a Lei Complementar 75 de 20 de maio de 1993 tem a fun o transcendental de defender a ordem jur dica o regime democr tico os interesses sociais os interesses individuais indispon veis zelar pelo efetivo respeito dos Poderes P blicos da Uni o e zelar pelos servi os de relev ncia p blica e em especial as entidades p blicas Este no momento em que vai se manifestar no processo via parecer tem a legitimidade e muito mais a obriga o de alegar a prescri o que n o foi levantada pela entidade de Direito P blico por erro por esquecimento ou por conluio de seus defensores com os reclamantes recorridos pois assim estar defendendo os interesses sociais e zelando pelo efetivo respeito aos interesses p blicos porquanto os bens daquela entidade pertence ao povo ao p blico Em tendo a legitimidade tal alega o dever ser acolhida pelos julgadores pois s assim um instituto de ordem p blica n o estar sendo relevado pela administra o 299 Sobre o assunto n o temos opini o isolada V rios procuradores do Trabalho do Minist rio P blico da Uni o convergem com nosso ponto de vista A douta procuradora do trabalho Dra Elizabeth Veiga em um de seus pareceres magjistrais tamb m defende esse ponto de vista Por outro turno o preclaro J M de Carvalho Santos se referindo sobre a prescri
378. individuais ou metaindividuais que dizem respeito a uma categoria determinada ou ao menos determin vel de pessoas Em outras palavras s o coletivos os interesses de grupos de pessoas unidas pela mesma rela o jur dica ou f tica comum 193 BRAND O Paulo de Tarso A o Civil P blica Florian polis Obra Jur dica Editora 1996 pp 98 99 154 LEITE Carlos Henrique Minist rio P blico do Trabalho S o Paulo LTr 1997 p 37 156 4 4 INTERESSES OU DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOG NEOS Por fim s o interesses ou direitos individuais homog neos os decorrentes de origem comum inc Ill do art 81 Caracterizam se pela extens o divis vel ou individualmente vari vel do dano ou da responsabilidade e que n o deixam de ser direitos coletivos em sentido lato Ex o daquele direito ou interesse que liga in meros consumidores quando toda a s rie de um produto saia de f brica com o mesmo defeito Diferente do interesse ou direito individual que ocorreria quando dentre uma s rie de bens de consumo vendidos ao usu rio final um deles fosse produzido com defeito quando o lesado teria o interesse individual na indeniza o cab vel v tima de uma inunda o provocada por culpa ou dolo Tanto os direitos difusos como coletivos em sentido restrito como os individuais homog neos s o esp cies do g nero direito coletivo em sentido amplo protegido pelo interesse p blico 5 ATUA O DO MINIST RIO
379. inist rio P blico Informativo Jur dico Consulex Ano XIII n 12 Consulex Bras lia pp 23 28 22 de Mar o de 1999 Compet ncia da Justi a do Trabalho para Execu o de Termo de Compromisso firmado perante o Minist rio P blico IOB de Jurisprud ncia n 16 99 IOB S o Paulo pp 50 54 2 Quinzena de Agosto de 1999 O Minist rio P blico do Trabalho no Brasil JTb Ano XVI n 759 pp 16 18 Consulex Bras lia 10 de maio de 1999 469 Princ pios Constitucionais do Processo Revista da Esmape Escola Superior da Magistratura de Pernambuco n 5 V 2 Recife pp 405 38 julho setembro de 1997 Princ pios Constitucionais do Processo Revista Trabalho amp Doutrina n 13 SP Editora Saraiva pp 104 123 Junho de 1997 Princ pios Constitucionais do Processo Revista dos Tribunais Ano 86 V 739 pp 31 752 maio de 1997 Declara o Incidental de Inconstitucionalidade de Lei Revista Jur dica Consulex ano n 9 pp 58 9 Consulex Editora Bras lia 30 de setembro de 1997 Declara o Incidental de Inconstitucionalidade de Lei Informativo Din mico IOB ano XXI edi o 73 expedida em 13 10 97 SP IOB pp ID 73 97 3 O Efeito do Contrato de Trabalho Celebrado com a Administra o P blica sem Concurso de Provas e T tulos Repert rio IOB de Jurisprud ncia n 14 94 texto 2 9103 pp 236 240 IOB S o Paulo 2 quinzena de julho de 1994 O Efeito do Contra
380. inist rio P blico do Trabalho ano XII n mero 23 pp 22 30 Bras lia mar o de 2002 290 em t tulos diferentes desde que para todas elas seja competente o juiz e id ntica a forma do processo Se procedermos interpreta o do dispositivo processual acima analisado chega se ila o de que s o tr s os requisitos exigidos para a cumula o de execu o quais sejam a mesmo devedor b compet ncia do juiz c id ntica forma de processo Ora para cada esp cie de execu o o C digo de Processo Civil utilizado subsidiariamente no Processo Trabalhista reserva um procedimento distinto v g obriga es de fazer e n o fazer execu o por quantia certa contra devedor solvente etc E como a mens legis foi o de evitar o tumulto processual atrav s da mistura de procedimentos diversos cada um com institutos peculiares e exclusivos o qual acabaria por comprometer o andamento do feito Nesse sentido para evitar o tumulto processo quando for o caso o Minist rio P blico dever ajuizar a es executivas em separado ainda que baseadas no mesmo t tulo quando diversas forem as esp cies de execu es A compet ncia territorial da vara do Trabalho do local da les o art 2 da LACP ou fixada por preven o em caso de les o com mbito regional quando o t tulo executivo judicial visar direitos difusos e coletivos Em se tratando de t tulo executivo extrajudicial que tutele interesses individuais
381. inist rio P blico do Trabalho contra as pr ticas discriminat ria S a eea india E ia aee ars PNI ada aa usa RU na OLE 244 4 2 4 O Minist rio P blico do Trabalho na prote o da liberdade e a dignidade no emprego a aliado so a aaa trad ns Da b asa ia S 249 4 2 5 O Minist rio P blico do Trabalho no combate s falsas c operativas iiien riei aa naus deu Ca a EDU OEA Va SS na ds AUD 250 4 2 6 O Minist rio P blico do Trabalho na defesa da probidade administrativa e contra as contrata es irregulares 254 4 2 7 O Minist rio P blico do Trabalho e o meio ambiente de jig nfs 6 PeRonRRso ER RSRS QUERER E POD RD RP RAR RS RD DR 260 4 2 8 O Minist rio P blico do Trabalho nas a es declarat rias de nulidade de cl usulas ilegais de acordos e conven es coletivas 262 4 2 9 O Minist rio P blico do Trabalho na fiscaliza o do regular exerc cio do direito de greve nas atividades essenciais 273 4 2 9 1 Considera es proped uticas acerca de greve 274 4 2 9 2 Abuso do direito da greve eeeeeeeeeseeeeeeee 277 4 2 9 3 Greve de servidores p blicos 280 4 2 9 4 Suspens o do contrato de trabalho 283 4 2 10 Condom nio de empregadores no meio rural 284 5 O Inqu rito Civil P blico no mbito da Justi a do Trabalho 287 6 Arg i o da prescri o po
382. insufici ncia de recursos 338 NERY JUNIOR Nelson Princ pios do Processo Civil na Constitui o Federal 3 ed cole o Estudos de Direito de Processo Enrico Tullio Liebman vol 21 RT SP 1996 p g 99 339 NERY JUNIOR Nelson Princ pios do Processo Civil na Constitui o Federal 3 ed cole o Estudos de Direito de Processo Enrico Tullio Liebman vol 21 RT SP 1996 p g 100 351 concernente as a es esportivas demanda o texto constitucional atrav s do art 217 8 1 2 na forma da lei seja esgotada todas as inst ncias desportivas Ampliando o campo de observa es traz se baila que o princ pio constitucional da inafastabilidade da jurisdi o ou da garantia do direito de a o combinado com o princ pio processual da indeclinabilidade da jurisdi o pro be o magistrado de se eximir de prestar a tutela jurisdicional alegando obscuridade ou lacuna da lei No diapas o lacuna legal embora n o corresponda a fidelidade conceitual significa aus ncia de preceptivo legal regulador de determinada situa o jur dica Se o magistrado se eximir de sentenciar alegando lacuna da lei haver afronta aos dois princ pios retro mencionados pois como sabido e consabido em havendo lacuna deve o int rprete utilizar se da analogia dos costumes e dos princ pios gerais do direito LICC art 4 c c art 126 do CPC e art 8 da CLT chamados de elementos integradores do direito Por outro turno a equi
383. ional da compet ncia atribu da Justi a do Trabalho veio lume com a Emenda Constitucional n 20 1998 posterior portanto Resolu o Administrativa n 322 96 do Tribunal Superior do Trabalho A toda evid ncia o Minist rio P blico do Trabalho pode e deve atuar perante o Judici rio sempre que entender existente interesse p blico que 438 justifique sua interven o Da mesma forma poder atuar como rbitro quando entender existente interesse p blico que justifique sua atua o Entretanto cabe ao Minist rio P blico do Trabalho dentro do grau de discricionariedade que a lei lhe confere definir o que seja interesse p blico que justifique sua atua o como rbitro haja vista inexistir defini es objetivas acerca do que seja interesse p blico 14 ATUA O DO MINIST RIO P BLICO COMO RBITRO Desde a Carta de 1988 tocou ao Minist rio P blico obedecendo sempre s normas contidas no ordenamento jur dico demarcar seu campo de atua o buscando orientar suas atividades para alcan ar os fins almejados pela sociedade inseridos na Constitui o Federal E a pr pria Lei Maior que fornece aos seus membros a orienta o necess ria para os seus trabalhos quando disp e no 1 do artigo 127 que um dos princ pios institucionais do Minist rio P blico a independ ncia funcional Por tal princ pio o Minist rio P blico tem total liberdade sem qualquer restri o salvo o respeito s no
384. ios organismos de Controle Interno as Corregedorias e Ouvidorias O que n o pode haver corporativismo prejudicial em momentos de agress o ordem legal e constitucional por parte de seus agentes Devem estes organismos possu rem mecanismos s rios e imunes a manobras pol ticas sejam internas ou externas para serem capazes de separar o joio do trigo punindo severamente os comprovadamente venais que se servem da sociedade sem servi la Toda a sociedade em especial os defensores da redu o de poderes do Minist rio P blico deve se lembrar de que correntemente seus membros s o fiscalizados cobrados por perdas de prazos e interposi o de recursos t m contra si reclama es correi es e at mesmo representa es bastando para que se evitem os abusos a escorreita apura o dos fatos com serenidade e imparcialidade Do contr rio com subordina o pol tica externa limitando seus poderes e sua autonomia com amea as de responsabiliza o civil e penal apenas por suas iniciativas com ostensiva manipula o pol tica dos demais Poderes como verbi gratia a nomea o de Procuradores Gerais por parte do Chefe do Executivo ou a nomea o de desembargadores dos Tribunais Superiores atrav s do mecanismo do quinto constitucional certamente os membros ministeriais atuar o menos em nome da sociedade que o legitima que em nome da autoridade que o nomeia por estarem minudentemente preocupados com a repercuss o pol t
385. ira na Alemanha s o constitu dos como um corpo de funcion rios aut nomos ligados administra o p blica e portanto ligados ao Poder Executivo Todavia tal modelo de organiza o se restringe a estes dois pa ses pois os demais que adotam o direito comum ou romano germ nico os integrantes do parquet ou s o membros do judici rio ou se organiza o em carreira independente Entendimento ponderado por GUARNIERI Carlos Publico Ministero et sistema pol tico Padova Cedam 1984 p 87 61 ocorre na Fran a Uma outra particularidade diz respeito ao seu surgimento como rg o de controle da pol cia e do Poder Judici rio Segundo Paulo Pinto Carvalho o professor Claus Roxin chegou a conceituar a natureza da atua o da institui o como autoridade judicial administrativa e conquanto independente dos poderes Executivo e Judici rio a posi o do mestre n o foi aceita pelos legisladores constitucionais que a inclu ram na atividade administrativa com fun es espec ficas e independente do judici rio Neste ponto afastou se substancialmente da Fran a e da It lia pois os integrantes do parquet alem o formam rg o aut nomo da magistratura mesmo podendo ter acesso ao exerc cio das fun es de magistrado Tais como os membros do judici rio dos candidatos ao parquet s o exigidas as mesmas qualifica es presente para magistrado fazendo com que as carreiras sejam pr ximas o que facilita a mobilid
386. is 1989 pp 25 29 99 Poderes do Estado vontade essa refor ada pela disposi o do artigo 7 inciso l letra e da pr pria Constitui o limitante do poder de legislar dos Estados no que se refere s garantias do Poder Judici rio e do Minist rio P blico Foi a partir dessa Constitui o que o Minist rio P blico veio adquirindo posi o Institucional de relevo nas Constitui es e em Leis Especiais contudo fera visto ainda como uma fun o subordinada ao Poder Judici rio Mas a Evolu o da Institui o sofreu um retrocesso com o golpe de 10 de novembro de 1937 quando ent o Get lio Vargas instalou o Estado Novo e outorgou uma Constitui o notadamente fascista Nessa Carta Magna houve breve men o ao Minist rio P blico Federal no artigo 99 na se o destinada ao Supremo Tribunal Federal que apenas tratou da figura do Procurador Geral da Rep blica Como nos regimes de exce o n o h interesse que um rg o definido por sua hist ria como fiscal da lei e dos interesses sociais tenha autonomia tamb m n o foi diferente nesta fase ditatorial do Brasil a Institui o perdeu a sua independ ncia Isto n o quis dizer no entanto que o Parquet estivesse subordinado ao Poder Judici rio pois a forma de nomea o e demiss o do chefe da Institui o demonstrava que o mesmo se encontrava sob a gide do Executivo podendo inclusive nomear pessoa estranha aos quadros do Minist rio P blico s
387. is de trabalho 3 impossibilidade pelo menos no est gio evolutivo atual do instituto da arbitragem em face ao n vel cultural e mentalidade atrasada de nosso povo 4 A CF n o outorgou ao rbitro jurisdi o para solu o das lides individuais trabalhistas mas somente das coletivas 5 perigo de o instituto da arbitragem em diss dios individuais ser usado para inserir novas regras trabalhistas na rela o de emprego desviando de certos entendimentos sedimentados da Justi a do Trabalho aproveitando se do fato de que a senten a arbitral faz lei entre as partes e n o pode ser modificada pela justi a estatal 6 pode haver o perigo de se flexibilizarem as normas trabalhistas porque a arbitragem realiza se atrav s de regras de direito livremente escolhidas pelas partes e as regras trabalhistas s o injuntivas 7 As for as do mercado em virtude do neoliberalismo ideologia hegem nica operar o um verdadeiro assalto aos direitos trabalhistas flexibilizado os 8 Restri o da Constitui o possibilidade de arbitragem facultativa apenas para os diss dios coletivos 9 condi es de miserabilidade do operariado brasileiro 10 custo alto da arbitragem o que oneraria por demais os trabalhadores 11 pouca confian a que os parceiros sociais ainda possuem 401 nesse mecanismo 12 omiss o da lei 13 esvaziamento da Justi a do Trabalho 14 falta de maturidade dos atores sociais envolvidos De fato os entendimentos doutrin ri
388. is do Minist rio P blico dos Estados e da Uni o e transcrito acima 437 H um outro aspecto da quest o ainda n o suscitado e de muita relev ncia e que diz respeito a esses dispositivos da Lei Org nica do Minist rio P blico da Uni o N o podemos olvidar que a Justi a do Trabalho malgrado os achaques de que recentemente foi v tima tem sido por demais prestigiada At bem pouco tempo atr s s se falava que ela representava um elevado custo para o Estado que abocanhava uma grande fatia do or amento destinado ao Poder Judici rio que gastava uma fortuna remunerando os ju zes classistas etc etc O que n s temos visto nos ltimos tempos um constante incremento da Justi a do Trabalho inclusive outorgado pela pr pria Constitui o da Rep blica a partir da compet ncia que lhe foi conferida para executar as contribui es previdenci rias Outrossim tamb m por emenda constitucional foi extinta a representa o classista na Justi a do Trabalho Esses fatos deram um relevo ainda maior ao Judici rio Trabalhista Ora a atribui o de compet ncia para executar as contribui es devidas ao INSS decorrentes dos acordos que homologar ou das senten as que proferir faz com que praticamente todos os feitos submetidos sua aprecia o tenham um interesse p blico expl cito ou impl cito Assim em tese todos os processos trabalhistas teriam interesse p blico Ressalte se que essa altera o constituc
389. is praticar o trabalho for ado e a cumprir as normas sobre condi es gerais de trabalho que exigem higiene seguran a e sa de do trabalhador no mbito da propriedade O Minist rio P blico do Trabalho age de forma integrada com o Minist rio do Trabalho e Emprego que atrav s da Fiscaliza o M vel do GERTRAF Grupo para Erradica o do Trabalho For ado implementa a es permanentes para o 213 MELO Luiz Ant nio Camargo de Premissas para um Eficaz Combate ao Trabalho Escravo Revista do Minist rio P blico do Trabalho ano l n mero l pp 11 33 Bras lia setembro de 2003 214 GUGEL Maria Aparecida Atua o do Minist rio P blico do Trabalho texto in dito gentileza da autora 242 combate ao trabalho for ado Essas a es possibilitam o conhecimento in loco da situa o e de imediato permitem a tomada de medidas eficazes para o desfazimento da condi o de trabalho an loga de escravo em que for encontra do o trabalhador Concomitantemente pe as de informa o s o encaminhadas ao Minist rio P blico Federal para instruir a a o penal N o ocioso registrar que a constata o de trabalho for ado na propriedade fiscalizada acarreta o desvirtuamento da fun o social da propriedade Tal fato desencadeia um processo de desapropria o do im vel pelo INCRA observadas as Portaria n 101 12 1 96 do TEM a Lei n 8 629 93 e a Lei Complementar n 76 de 6 6 93 No espec fico do ponto de
390. iscaliza o e a dire o da pol cia judici ria atuando sobre as pris es levadas a efeito por oficiais e agentes de pol cia art 12 arts 41 e segs do CPP Nas investiga es criminais o inqu rito conduzido pelo parquet que diretamente instrui o agente de pol cia sobre o procedimento a ser praticado Quanto ao papel desempenhado junto jurisdi o contenciosa privada menor seu alcance e bem mais restrita a atua o diante da import ncia que lhes concedida na legisla o nacional As atribui es relativas ao parquet na esfera SANTOS Maria Ignez Franco Apontamentos sobre o Minist rio P blico Franc s publicado pela Revista dos Tribunais Ano 89 vol 781 pp 790 800 nov 2000 Isto se refere ainda s consequ ncias da vincula o dos parquet franc s ao Poder Executivo O Minist rio P blico brasileiro exerce controle externo sobre a pol cia judici ria consoante atribui o lhe conferida pelo art 129 inciso VII da Constitui o Federal de 1988 E Diferen a substancial do direito franc s em rela o ao direito p trio pois pelo sistema brasileiro a pol cia judici ria rg o diretamente vinculado ao Poder Executivo com a fun o inquisit ria do inqu rito policial conduzido pelo Delegado de Pol cia S cabe ao parquet requisitar provid ncias que julgue necess ria a propositura da a o penal e relativas investiga o desde que devidamente motivada art 129 inciso VIII da CF 88
391. ista que a atividade policial est inserida dentre as atividades desse Poder Se a Institui o tivesse submetido ao Executivo esse controle n o seria externo mas sim interno 200 Some se a isto o fato de que vedada a representa o judicial e a consultoria jur dica de entidades p blicas cortando de vez o elo que ligava o Minist rio P blico ao Poder Executivo Embora o Procurador Geral ainda seja nomeado pelo chefe do Executivo devemos saber que n o o Minist rio P blico vinculado ao mesmo visto que do Executivo n o depende a Institui o Possui ela seu or amento independente com iniciativa de seu comandante alheia s intromiss es do Executivo O Minist rio P blico guarda seus pr prios princ pios que muitas vezes se chocam frontalmente com os interesses governamentais que podem ser diferentes dos interesses da sociedade sabido que a Pol tica Criminal estabelecida pelo Executivo atrav s de seu Minist rio da Justi a E provavelmente ser o Minist rio P blico a Institui o que melhor contribui o poder fornecer ao desenvolvimento desta pol tica integrando esta com sua imparcialidade coletiva em defesa da sociedade que o legitima ele o membro do Parquet o respons vel por filtrar legalmente as a es pol tico criminais do Governo Suas rela es com o Executivo portanto devem ser pautadas por um sentimento estrito de rec proca parceria objetivando a defesa da legalidade o co
392. istas por sua vez s o indispon veis e irrenunci veis insuscept veis de decis o arbitral por conseguinte A louv vel atitude dos nobres jurisconsultos que assim tecem seus argumentos visa a proteger o n cleo duro de normas insculpidas em favor do trabalhador embasadas nos inderrog veis artigos 9 e 444 da Consolida o das Leis do Trabalho in verbis Art 9 Ser o nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar impedir ou fraudar a aplica o dos preceitos contidos na presente Consolida o Art 444 As rela es de trabalho podem ser objeto de livre estipula o das partes interessadas em tudo quanto n o contravenha s disposi es de prote o ao trabalho aos contratos coletivos que lhes sejam aplic veis e s decis es das autoridades competentes Todavia a assertiva da indisponibilidade dos direitos trabalhistas tem que ser estudada de forma minudente de modo a se estabelecer a sua processual stica jur dica Ser o todos os direitos indispon veis Sempre o s o Tais perguntas n o 375 podem ser respondidas de forma absoluta e a odada sem que antes se analisem todos os aspectos que se fa am presentes na discuss o do tema um fato a exist ncia de direitos dispon veis e indispon veis assim tidos quando forem ou n o pass veis de ren ncia e transa o Maur cio Godinho Delgado bem diferencia os institutos A ren ncia ocorre quando o titular
393. isto est no fato de que a civiliza o grega cl ssica tinha por base a p lis e o regime de democracia direta fundada na participa o popular na tomada de decis es Por conseguinte isto fez com que criassem um sistema de organiza o pol tica que inibia o surgimento de Institui es nos moldes do Minist rio P blico No que se refere a Roma quelas figuras elencadas como precursoras do Minist rio P blico eram atribu das fun es administrativas ou jurisdicionais mas nunca o exerc cio da acusa o em nome do Estado Romano Para estes Operadores do Direto a Institui o n o tem origem remota pois o seu surgimento se deu no s culo XIII na Fran a com a consolida o em 1269 do monop lio jurisdicional da realeza denominada Estatutos de S o Lu s Entretanto o seu reconhecimento formal ocorreu com a Ordonnance de Filipe o Belo em 25 de mar o de 1303 que ganhou contornos definitivos com a legisla o p s revolucion ria 39 O grande fil sofo Montesquieu ao escrever o seu monumental De l Esprit des Lois em 1748 assinalou o aparecimento do Minist rio P blico no ordenamento jur dico ao manifestar se sobre a lei de Filipe o Belo N s possu mos hoje uma lei admir vel aquela que exige que o pr ncipe estabelecido para fazer com que se executem as leis designe um agente em cada tribunal com o fim de processar em seu nome todos os crimes A parte p blica vela pelos c
394. itos arbitragem E tal afirma o foi feita com arrimo no artigo intitulado Expectativas e mbito de aplicabilidade da nova lei de arbitragem de Jos Augusto Fontoura Costa e Gabriele Tusa autores citados por Renata Cristina Piaia Petrocino A evidente conclus o que direitos dispon veis s s o encontrados no campo dos patrimoniais posto que todo direito pessoal extrapatrimonial por sua pr pria caracter stica inerente pessoa e desta n o pode ser abstra do Assim sendo pondera se no sentido de que a defini o presente no art 1 da nova lei no qual se fala em direitos patrimoniais dispon veis apresenta termo desnecess rio posto que mencionando se simplesmente direitos dispon veis j estaria sendo descrita saciedade a limita o do espa o de atua o do regramento quanto ao seu objeto Vale lembrar que os direitos tradicionalmente tratados no mbito da legisla o civil com reflexo em interesses gerais s o indispon veis Na esfera dos direitos de fam lia o casamento e a guarda entre outros n o s o arbitr veis assim como os de car ter patrimonial como alimentos e regime matrimonial de bens Ainda rebatendo os argumentos contr rios ao uso da arbitragem nos diss dios individuais trabalhistas aduziu a Procuradora Renata Cristina Piaia Petrocino 31 PIAIA PETROC NIO Renata Cristina O Minist rio P blico do Trabalho e a nova lei de arbitragem S ntese Trabalhist
395. iva que acaso venham malferir direitos individuais indispon veis dos laboristas Recurso provido para declarar nula a cl usula trig sima sexta do acordo coletivo de trabalho relativa ao desconto assistencial TST RO AA 25 348 96 SDC Rel Min Louren o Prado DJU 25 10 96 p 41214 COUCE DE MENEZES Cl udio Armando Anula o de cl usulas acordos e conven es coletivas de trabalho Jornal Trabalhista n 20 980 Bras lia Consulex pp 5 25 Agosto 2003 21 LEITE Carlos Henrique Bezerra Minist rio P blico do Trabalho S o Paulo LTr 1997 p 177 271 A O ANULAT RIA CONTRA CL USULA PREVISTA EM CONVEN O OU ACORDO COLETIVO MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO COMPET NCIA O Minist rio P blico do Trabalho det m legitimidade ad causam e ad processum para propor a o anulat ria de cl usula prevista em acordo ou conven o coletiva cuja compet ncia para dirimir a controv rsia est voltada para a Justi a do Trabalho na forma do art 114 da Carta Pol tica Declara o de compet ncia da Justi a do Trabalho de plano sem necessidade e determina o do retorno dos autos ao TRT de origem e julgamento da a o anulat ria propriamente ajuizada TST ROAA 197 156 95 AC SDC 166 96 2 A O ANULAT RIA DE CL USULA NORMATIVA LEGITIMIDADE DO MINIST RIO P BLICO Indubit vel a legitimidade do Minist rio P blico para propor a o anulat ria de cl usula normativa estabelecida em contra
396. ivas deveres e responsabilidade funcional estabelecidas na Constitui o e em leis especiais O Minist rio P blico da Uni o se rege pela Lei Complementar n 75 93 No plano estadual vigora a Lei Ordin ria Federal n 8 625 93 a pr pria Lei Complementar 75 93 aplicada subsidiariamente em raz o do art 80 da Lei 8 625 93 e pelas leis estaduais que completam os diplomas acima referidos Assim o Minist rio P blico saiu fortalecido com a Constitui o de 1988 assumindo integralmente sua fun o de defensor da sociedade e n o do Estado com o que se viu revestido das mesmas garantias outorgadas aos membros da Magistratura uma vez que n o lhe compete mais como ocorria preteritamente defender o Estado e as normas de duvidosa constitucionalidade editadas pelos detentores do Poder Houve portanto com a Constitui o de 1988 uma conscientiza o maior do papel pr prio da institui o do Minist rio P blico 120 A fun o de controle que constitui tra o caracter stico da institui o do Minist rio P blico decorre pois da pr pria natureza do rg o defensor da sociedade perante o Estado ou qualquer particular que atente contra os interesses sociais ou individuais indispon veis conforme o inciso Il do art 129 da CF 88 Logo o Minist rio P blico do Estado Democr tico de Direito n o est autorizado ao menos cientificamente a negar se a cumprir sua tarefa a qual imposta por princ pios vinculat
397. iver not cia da ofensa a algum interesse difuso ou coletivo instaurara o inqu rito civil p blico IN 1 93 do CSMPT art 3 1 Em ambos os casos entretanto o inqu rito civil p blico pode ser precedido e normalmente o de um procedimento investigat rio que em ltima an lise o embri o do inqu rito civil p blico Tem se assim garantida a independ ncia funcional dos membros do Minist rio P blico do Trabalho ao mesmo tempo em que se evita a instaura o de inqu ritos repetitivos Instaurado no mbito do Minist rio P blico do Trabalho por for a da norma nsita no art 8 1 da Lei 7 347 85 que lhe conferiu com exclusividade essa prerrogativa o inqu rito civil visa a reunir elementos documentos depoimentos per cias etc que possibilitem o ajuizamento de posterior a o civil p blica Oferece no entanto a possibilidade de regulariza o da ilegalidade via administrativa mediante termo de compromisso ou de ajuste de conduta firmado entre as partes interessadas o que pode evitar chegar se inst ncia judici ria Vale lembrar aqui que no mbito administrativo do Minist rio P blico do Trabalho a fim de coordenar a sua atua o como rg o agente na defesa dos interesses difusos e coletivos foram institu das em cada Procuradoria Regional e na Procuradoria Geral as Coordenadorias da Defesa dos Interesses Difusos e Coletivos CODIN s Via de regra s o os Procuradores designad
398. ivos tal como postos no art 127 da vigente Constitui o 119 MOURA ROCHA Jos Elias Dubard de O Minist rio P blico no Estado Democr tico de Direito Recife Procuradoria Geral de Justi a 1996 p104 121 CAP TULO IV CONCEITO PRINC PIOS GARANTIAS PRERROGATIVAS DIREITOS DEVERES E VEDA ES 1 CONCEITO Segundo Frederico Marques o Minist rio P blico pode ser conceituado como o rg o atrav s do qual o Estado procura tutelar com atua o militante o interesse e a ordem jur dica na rela o processual e nos procedimentos de jurisdi o volunt ria Enquanto o juiz aplica imparcialmente o direito objetivo para compor lit gios e dar a cada um o que seu o Minist rio P blico procura defender o interesse p blico na composi o da lide a fim de que o Judici rio solucione esta secundum ius ou administre interesses privados nos procedimentos de jurisdi o volunt ria com observ ncia efetiva e real da ordem jur dica 2 PRINC PIOS Os princ pios institucionais do Minist rio P blico s o a unidade indivisibilidade e independ ncia funcional art 4 da LC 2 1 UNIDADE A unidade quer dizer que os membros de um mesmo Minist rio P blico integram um s rg o dirigido por um s chefe Com efeito assinale se que n o h unidade entre os Minist rios P blicos da Uni o e Estadual 120 MARQUES Jos Frederico Manual de Direito Processual Civil vol Rio de Janeiro
399. l 3 Tese 1 Tema IV Perfil Constitucional do Minist rio P blico e Estado Social de Direito p 315 ANDRADE Everaldo Gaspar Lopes de O Minist rio P blico Espanhol O Prest gio de uma Institui o diante das Transforma es da sociedade Contempor nea Revista do Minist rio P blico do Trabalho n mero 10 2 semestre pp 94 104 setembro de 1995 464 ARA JO Eneida Melo Correia de Regula es Coletivas de Consumo e de Trabalho as Semelhan as em Busca do Equil brio Social Revista da Esmape Recife V 3 n mero 7 pp 199 212 janeiro junho de 1998 ARARUNA Eduardo Varandas A Execu o do Termo de Ajuste de Conduta Pontos Pol micos Revista do Minist rio P blico do Trabalho ano XII n mero 23 pp 22 30 Bras lia mar o de 2002 ALESSI Renato Sistema instituzionale del diritto amministrativo italiano 3 ed Milano Giuffr 1960 ADEODATO Jo o Maur cio Leit o Filosofia do Direito S o Paulo Saraiva 1996 B BASSO Guilherme Mastrichi An lise Cr tica do Minist rio P blico do Trabalho Procuradoria Geral do Trabalho Dispon vel em http www pgt mpt gov br publica es pub75 html Acesso em 05 out 2003 BORGES Souto Maior Lei Complementar Tribut ria S o Paulo Revista dos Tribunais 1975 BULOS Uadi Llam go et al Lei de arbitragem comentada S o Paulo Saraiva 1997 465 BUTRUS Regina F tima Bello A o Anulat ria de Cl usulas Convenci
400. la se o instrumento ideal para que se firmem as rela es entre o capital e o trabalho seja individual ou coletivo o lit gio a ser resolvido pela senten a arbitral Apesar de contr rio aplica o da arbitragem no campo dos diss dios individuais Georgenor de Souza Franco Filho defende que a incid ncia normativa da Lei 9 307 96 atinente arbitragem tamb m deve ser igualmente aplicadas s regras trabalhista falta de lei espec fica e porque revogados os dispositivos das leis substantiva e adjetiva civis sobre a mat ria in verbis N o existe at o momento em nosso Pa s norma o legal espec fica que regula a aplica o da arbitragem Falta tanto aos trabalhadores como aos empregadores experi ncia e conhecimento da sistem tica desse mecanismo que muito peculiar com nuances especial ssimas a merecer tratamento adequado O que resta ent o falta desse esperado diploma aplicar o direito vigente de modo subsidi rio nos termos da pr pria norma consolidada E o direito acerca da arbitragem que presentemente est a viger no Brasil a Lei CARREIRA ALVIM Jos Eduardo Tratado Geral da Arbitragem Belo Horizonte Mandamentos 2000 p 75 3 FRANCO FILHO Georgenor de Sousa A nova lei de arbitragem e as rela es de trabalho S o Paulo LTr 1997 pp 22 23 398 9 307 96 Cuida a Lei 9 307 96 dos aspectos mais relevantes da arbitragem Se certo que se destina quel
401. larecer que o Parquet at os dias atuais mant m com este Poder um v nculo de subordina o tendo em vista a sua posi o de subalternidade em rela o ao Ministro da Justi a sobretudo no que diz respeito ao papel disciplinar de seus agentes A Constitui o de 1848 passou a tratar os membros da Institui o como Magistrados do Minist rio P blico dando lhes o direito de recusa o que significou dois importantes marcos na evolu o do Parquet A partir de 1862 o Minist rio P blico deixou de ser tratado na Constitui o passando a Lei Ordin ria a sua estrutura o o que ocorre at os dias atuais 49 A professora Edylc a Tavares Nogueira de Paula anota que a Fran a atualmente organiza a Institui o da seguinte forma procureurs membros da Institui o que funcionam perante a primeira inst ncia Avocats g n raux membros com atua o na Corte de Apela o Perante a Corte de Cassa o existe um Parquet reuni o de Magistrados do Minist rio P blico em uma mesma jurisdi o Acrescenta a referida professora que na Fran a a Magistratura du Si ge Ju zes se coloca no mesmo plano da Magistratura debout ou du Parquet Minist rio P blico Tamb m outro fato de ser relatado as carreiras ser o interpenetradas Um membro du Parquet pode chegar Magistratura d assise e vice versa Como visto em 1303 a Ordennance de Philippe le Bel institui a figura de procureurs de Roi considera
402. lasse se omitir a convocar a assembl ia com o que concordamos O art 3 da Lei de Greve estipula frustrada a negocia o ou verificada a impossibilidade de recurso via arbitral facultada a cessa o coletiva do trabalho O par grafo nico do citado art 3 frisa a entidade patronal correspondente ou os empregadores diretamente interessados ser o notificados com anteced ncia m nima de 48 horas da paralisa o O art 13 por sua vez salienta Na greve em servi os ou atividades essenciais ficam as entidades sindicais ou os trabalhadores conforme o caso obrigados a comunicar a decis o aos empregadores e aos usu rios com anteced ncia m nima de 72 horas da paralisa o 2yjANA Marcio T lio Greve Curso de Direito do Trabalho Estudos em Mem ria de C lio Goyat coordenado por Alice Monteiro de Barros Vol 2 2 Ed LTr S o Paulo 1994 p 650 278 Para M rcio T lio Viana o artigo 13 citado inconstitucional vez que o pr prio art 9 da Constitui o Federal permite que os trabalhadores decidam sobre a oportunidade de exercer o direito de greve O art 14 da citada lei diz Constitui abuso do direito de greve a inobserv ncia das normas contidas na presente Lei bem como a manuten o da paralisa o ap s a celebra o de acordo conven o ou decis o da Justi a do Trabalho Portanto em procedendo a exegese mais razo vel dos dispositivos constitucionais e i
403. le contexto hist rico era perfeitamente compreens vel que n o fosse buscada a solu o de conflitos fora da jurisdi o estatal posto que representantes dos particulares nesta j estavam inclusos Era a Justi a Classista o vocalato uma verdadeira tentativa de se implantar uma arbitragem estatal Posteriormente houve a extin o do sistema classista falsamente representativo como dito por v rios doutrinadores Esta ausente representatividade se devia ao fato de que embora o juiz classista fosse oriundo de seu setor profissional econ mico integrando os quadros do Judici rio abandonava totalmente suas origens ap s sua nomea o n o mais representando sua classe Passava a se comportar como os ju zes togados com a agravante de que n o possu a qualifica o t cnica para tanto com a inexist ncia da sele o por concurso p blico 37 O estudioso Alexandre Nery Rodrigues de Oliveira em Reforma do Judici rio IX meios alternativos de solu o de conflitos e outras discuss es para a devida tutela judicial artigo dispon vel no s tio Jus Navigandi antes da Emenda Constitucional n 24 assim se queixava da fal ncia do sistema classista De in cio cabe salientar que a via n o judicial pelas pr prias peculiaridades que envolvem a rela o laboral porquanto em regra o trabalhador sujeita se a meramente aderir a condi es pr estabelecidas de contrato de trabalho assim sendo portanto inequivo
404. lico do Trabalho deve atuar como rbitro quando convidado sem que seja remunerado para isso nos termos do disposto no art 128 8 5 Il a da Constitui o Federal N o deve ser permitida a recusa de rbitro ministerial pelas partes em lit gio exceto nas estritas hip teses do art 138 do CPC assim como n o deve ser admitida a rejei o pelas partes de uma eventual substitui o Este mesmo racioc nio nos far admitir que ficar a crit rio do Minist rio P blico do Trabalho a nomea o para atua o arbitral de um Procurador especificamente treinado para solucionar as lides arbitrais ou um colegiado de Procuradores do Trabalho sempre em n mero mpar Esta ltima solu o poderia ser implementada de lege ferenda atrav s de Resolu o do CSMPT para casos espec ficos onde as discuss es obtivessem uma instru o probat ria minuciosa e prolongada No particular a atividade ministerial perfeitamente indivis vel como o a arbitragem trabalhista Poder nela atuar um colegiado de membros do Minist rio P blico do Trabalho e poder o estes membros serem substitu dos na forma prescrita em lei uns pelos outros em nome do princ pio da indivisibilidade ministerial Vale portanto sempre lembrar que a compet ncia constitucionalmente estabelecida para atuar como rbitro da institui o Minist rio P blico do Trabalho e n o de seu membro espec fico que venha a atuar em alguma arbitr
405. lico nos Estados Unidos segundo seus l deres e um olhar no futuro Justitia ano XXXIX vol 98 S o Paulo 3 Trimestre de 1977 J NIOR Ronaldo Porto Macedo Evolu o Institucional do Minist rio P blico Brasileiro Maria Tereza Sadek Org Uma Introdu o ao Estudo da Justi a Instituto de Estudos Econ micos Sociais e Pol ticos de S o Paulo Sumar 1995 J NIOR Darcy Arruda Miranda MIRANDA Darcy Arruda et al CPC Nos Tribunais art 286 a 485 S o Paulo Jur dica Brasileira 1995 p 1790 478 J NIOR Humberto Theodoro Curso de Direito Processual Civil Vol 18 ed Rio de Janeiro Forense 1996 Curso de Direito Processual Civil Vol Ill 17 ed Rio de Janeiro Forense 1998 K KANT Immanuel Cr tica da Raz o Pura Cole o Os Pensadores S o Paulo Abril 1983 KELSEN Hans Teoria Geral do Direito e do Estado 3 ed S o Paulo Martins Fontes 1998 Teoria Pura do Direito S o Paulo Martins Fontes 1998 Teoria Pura do Direito S o Paulo Martins fontes 1999 L LEITE Carlos Henrique Bezerra Minist rio P blico do Trabalho S o Paulo LTr 1997 LIEBMAN Enrico T llio Manualle di Diritto Processuale Civille Mil o Giuffr 1984 479 LEVENHAGEN Ant nio Jos de Souza Coment rios ao C digo de Processo Civil S o Paulo Atlas 1986 LIMA Francisco Meton Marques de Interpreta o e Aplica o do Direito do Trabalho Luz dos
406. lidade muito ex guo noventa dias enquanto o da rescis ria de dois anos N o aceit vel que imperfei es de uma decis o tida como substitutivo ou equivalente da jurisdi o que p e termo a um conflito social prescreva num prazo t o nfimo o que afrontaria o princ pio da razoabilidade luz dos explanado nos t picos precedentes n o outro caminho sen o concluir pelo cabimento da rescis ria contra senten a arbitral 366 9 EXECU O DAS SENTEN AS ARBITRAIS Nelson Nery J nior e Rosa Nery s o concludentes caso n o sejam cumpridas as medidas executivas decretadas pelo rbitro deve ele requerer referida execu o ao rg o da jurisdi o estatal que seria competente para julgar a causa Embora a senten a arbitral n o necessite mais de homologa o judicial como vimos deve ser registrado que a sua execu o deve se processar perante O ju zo que seria competente para tocar o andamento em sede de solu o jurisdicional estatal Do prolatar de sua senten a em diante o rbitro n o possui mais jurisdi o cessando neste momento o seu j ris dictio Da frente trafegar a execu o por seus passos normais equiparando se s execu es provenientes de senten as judiciais stricto sensu Isso implica afirmar que o juiz arbitral apesar de ser detendor da jurisdi o j ris dictio n o o do poder de fazer cumprir a sua decis o jus imp rium Todavia esta falta d
407. lli Editore 1993 MARINONI Luiz Guilherme Tutela Antecipat ria Julgamento Antecipado e Execu o Imediata da Senten a 4 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 2000 MARTINES Daniela Trentin Exposi o realizada no Semin rio sobre Interesse P blico patrocinado pela Procuradoria Regional do Trabalho da 2 Regi o MPT S o Paulo 2003 MARTINEZ Wladimir Novaes Princ pios de Direito Previdenci rio S o Paulo LTr 1983 481 MAXIMILIANO Carlos Hermen utica e Aplica o do Direito 8 ed Rio de Janeiro Freitas Bastos 1965 MAZZILI Hugo Nigro Introdu o ao Minist rio P blico 3 ed S o Paulo Saraiva 2000 O Minist rio P blico na Constitui o de 1988 S o Paulo Saraiva 1989 MENEZES lure Menezes Arbitragem no Direito do Trabalho e a Constitui o Federal de 1988 JTb 19 928 13 19 08 2002 MONTESQUIEU Charles de Second Baron de Do Esp rito das Leis Tradu o de Jean Melville S o Paulo Martin Claret 2002 MORGADO Isabele Jacob A arbitragem nos conflitos de trabalho S o Paulo LTr 1998 MANZINI Vicenzo Instituzioni di Diritto Processuale Penale Padova Cedam 1967 MOURA Fernando Galv o Moura amp MELO Nelma de Sousa Arbitragem no Direito do Trabalho S ntese Trabalhista n 150 Porto Alegre S ntese dezembro 2001 MUJALLI Walter Brasil O Minist rio P blico do Trabalho e a nova lei de arbitragem S ntese Trabalhista A
408. lo Castelo Aspectos do Minist rio P blico de Portugal e do Brasil estudo comparativo revista de Informa o Legislativa v 10 n 39 pp 51 112 jul set 1973 73 2 Junto Justi a de Segunda inst ncia foi criada a figura do Procurador R gio subordinado ao primeiro 3 Junto primeira inst ncia criou o Delegado do Procurador R gio com cargo comissionado de livre escolha e nomea o do Procurador R gio Evidencia se pela primeira vez a institui o como rg o hierarquizado e estruturado diversamente da aparelho anterior Esta reforma tamb m foi intitulada de Mouzinho da Silveira Ministro e Secret rio do Estado dos Neg cios da Justi a de Pedro IV que definitivamente concedeu aos membros do parquet a persecu o da justi a nos crimes p blicos independente da iniciativa das partes lrremediavelmente instaura se a legitimidade para a propositura da a o penal p blica no direito lusitano Permaneceu o parquet lusitano com a mesma disposi o at o s culo XX visto que somente em 1901 houve a reforma proposta pelo Ministro Arthur Alberto Campos Henriques que dentre os principais benef cios auferidos cita se a aquisi o de v rias garantias dantes almejadas como revis o de vencimentos obedi ncias a crit rios para exonerar os membros da classe dentre outras Os climas efervescentes dos entre guerras bem como a avers o de parte dos Estados europeus por governos r gios contribu ram pa
409. loga o tendo essa decis o ap s homologada for a de coisa julgada Por outro lado na Espanha a Lei de Procedimiento Laboral de 1995 art 63 a 73 considera obrigat rio a concilia o perante o servi o administrativo correspondente como requisito pr vio para a tramita o do processo Desenvolve tal fun o criado em 1997 o Instituto de Mediaci n Arbitraje y Conciliaci n IMAC rg o aut nomo de composi o tripartite que atua de forma complementar aos rg os jurisdicionais trabalhistas O acordado em concilia o tem for a executiva entre as partes sem necessidade de ratifica o ante o Juiz ou Tribunal art 68 Atrav s desta lei instituiu se a faculdade de criarem se tais comiss es de forma obrigatoriamente parit ria no mbito dos sindicatos e das empresas A Comiss o de Concilia o Pr via foi criada com a finalidade de conciliar as partes quando se esteja diante de conflitos trabalhistas individuais A negocia o coletiva continua sob os ausp cios das entidades sindicais Interessante ressaltar que nos termos da Lei retro mencionada a cria o das Comiss es cuja atribui o consiste em tentar conciliar os diss dios individuais do trabalho ficando exclu dos da sua aprecia o os coletivos cuja negocia o continua sendo prerrogativa dos sindicatos n o obrigat ria podendo ser criadas no mbito das empresas das empresas e sindicatos profissionais ou ainda no mbit
410. ltando que os preceitos contidos na citada lei podem perfeitamente compatibilizar se com o processo trabalhista Este tamb m o pensamento de Georgenor de Souza Franco Filho que ap s reconhecer a import ncia da ado o de uma lei espec fica para o uso da arbitragem na esfera trabalhista aduz O que resta ent o falta desse esperado diploma aplicar o direito vigente de modo subsidi rio nos termos da pr pria norma consolidada E o direito acerca da arbitragem que presentemente est a viger no Brasil a Lei n 9307 96 A inexist ncia de lei espec fica sobre o uso da arbitragem na esfera trabalhista portanto n o constitui um bice a aplica o da Lei n 9 307 96 aos diss dios do trabalho sejam eles coletivos ou individuais pois o pr prio sistema jur dico fornece a fonte do direito processual a ser utilizado caso omissa a lei trabalhista Inclusive sobre o especifico j tinha defendido em outra publica o o mesmo ponto de vista que defendo nos par grafos abaixo A omiss o da lei no atinente aos Diss dios Coletivos n o ocorre vez que a Constitui o Federal atrav s do art 114 2 permite frustrada a negocia o coletiva as partes poder o eleger rbitros Quanto aos diss dios individuais o problema tamb m n o existe em face ao princ pio da subsidiariedade previsto no art 769 autorizando a incid ncia de preceitos processuais comuns se omissa a norma processual 404
411. m nas causas perante os Tribunais Federais 0 Estruturado sob um modelo federativo com mpar autonomia estadual nos Estados Unidos se observa a exist ncia de uma organiza o federal centralizada e de m ltiplos e diversificados modelos nos Estados membros al m de haver em n vel local nos condados rg o de repress o criminalidade Desta sorte propugna pela ocorr ncia de organiza es em tr s mbitos federal estadual e nos condados Por haver m ltiplas organiza es locais devido ao sistema americano conceder compet ncia legislativa para que os estados legislem em mat ria penal e processual bem como sobre seu corpo de funcion rios n o ser o aprofundadas as incurs es sobre aspectos locais por n o se tratar do objetivo maior deste trabalho A organiza o do parquet americano no mbito federal chefiada pelo United States Attorney General escolhido pelo Presidente da Rep blica ap s aprova o do Senado conforme preleciona Jonh Anthony Simon em artigo sobre o tema O simples fato de a indica o ser feita pelo Presidente da n 72 p 91 outubro dezembro de 1981 e SAUWEN FILHO Jo o Francisco Minist rio P blico Brasileiro e o Estado Democr tico de Direito Rio de Janeiro Renovar 1999 p 52 Tal como a estrutura judici ria nacional nos Estados Unidos em cada esfera da federa o funciona um tribunal e em cada n vel do judici rio designado um corpo de funcion rios para exercer at
412. m pelo respeito s regras 142 postas para o equil brio entre eles e n o se imiscuam nos direitos e liberdades p blicas dos cidad os usurpando do Poder atribu do por estes cidad os C titular do inqu rito civil e da a o civil p blica para a tutela de interesses difusos coletivos individuais homog neos individuais indispon veis e sociais O Minist rio P blico destarte vem assumir gradativamente a titularidade n o exclusiva de cada a o apropriada para a defesa de v rios interesses de amplitude consider vel como os difusos e coletivos servindo ele de um canal privilegiado s demandas que visam concretiza o destes novos direitos D titular da a o direta de inconstitucionalidade da a o declarat ria de constitucionalidade e da arg i o de descumprimento de preceito fundamental decorrente da Constitui o E titular da a o de representa o interventiva F tutor dos interesses das popula es ind genas G interventor em procedimentos administrativos sejam eles c veis e criminais expedindo notifica es e requisi es que reputar necess rias H controlador externo da atividade policial na forma da lei Este controle destina se quelas reas onde se encontrem inter relacionadas as compet ncias de ambas as Institui es como nas fun es de pol cia judici ria onde se apuram as responsabilidades pelo cometimento de infra es penais ou na repress o e preven
413. m similar no direito italiano 4 ALEMANHA Devido ao processo de a unifica o alem haver ocorrido nos finais do s culo XIX o Minist rio P blico alem o tal qual o italiano teve sua estrutura o tardia Por influ ncia da Fran a que organizou a institui o em 1810 promoveram se as primeiras experi ncias anteriores mesmo forma o do Estado alem o mais precisamente ap s a Revolu o de 1848 quando foram criados nas prov ncias que a posteriori formariam o imp rio como a Pr ssia o parquet com atribui es limitadas e diversificadas Contudo somente a partir de 1879 com a unifica o alem que sobreveio a regulamenta o a n vel nacional Mesmo sendo pa s de tradi o romana diversamente da maior parte das na es da civil law o Minist rio P blico alem o encontra se ligado administra o p blica ou seja ligado ao Poder Executivo semelhan a do que Art 127 caput da Constitui o Federal de 1988 Os direitos a que se refere a Constitui o brasileira s o os direitos humanos ou de primeira gera o os direito do cidad o ou pol ticos de segunda gera o os direitos sociais ou de terceira gera o e os direitos conserva o do meio ambiente quarta gera o Defini o esbo ada pelo constitucionalista portugu s J J Gomes Canotilho Direito Constitucional 6 ed Coimbra Liv Almeidina 1993 p 200 Tal como ocorre no modelo franc s os integrantes da carre
414. ma vez por m s dar andamento nos processos e diligenciar a soltura dos r us enquanto que o Aviso de 31 10 1859 institu a o impedimento advocacia pelos Promotores nas causas c veis que pudessem vir a ser objeto de processo crime Atrav s da Lei do Ventre Livre Lei n 2 040 de 28 de setembro de 1871 competiria ao Promotor de Justi a a fun o de protetor do fraco e indefeso posteriormente definido hipossuficiente ao estabelecer que a ele cabia zelar para que os filhos livres de mulheres escravas fossem devidamente registrados O Decreto n 848 de 11 de setembro de 1890 que criava e regulamentava a Justi a Federal tamb m tratava da estrutura do Minist rio P blico Federal Observe se que a estrutura funcional do Minist rio P blico n o foi substancialmente alterada Manteve se por exemplo a cultura proveniente das Ordena es Filipinas segundo a qual as fun es do Minist rio P blico em superior inst ncia eram exercidas por membro do Poder Judici rio O Procurador Geral era indicado pelo Presidente da Rep blica Estava entre as suas fun es cumprir as ordens do governo da Rep blica relativas ao exerc cio de suas fun es bem como a de promover o bem dos direitos e interesses da Uni o art 24 al nea c Fun o esta at recentemente desempenhada pelo Minist rio P blico Federal a despeito da Constitui o Federal de 1988 ter separado a Advocacia Geral da Uni o a quem cumpre zelar pelos in
415. maior participa o popular disposta na presen a dos eleitos Nesta evolu o do tema deve ser dito que a teoria da divis o tripartida de poderes n o uma injun o pol tico jur dica que por si s possa garantir a plena limita o do governo como equivocadamente poder o pensar e pensaram positivistas de tempos posteriores aos de Montesquieu e Locke O Governo e o seu Poder Executivo j uma entidade limitada desde sua origem na delega o consentida pela popula o e por outro lado da sociedade que se origina o Poder Legislativo que inicialmente estava presente em cada particular Com isto necess rio dizer se que os poderes Legislativo Executivo e Judici rio que Montesquieu tinha em mente n o s o tr s fun es do Estado estanques e distintas logicamente mas as compet ncias que em dic o atual o Congresso Nacional o Presidente e o Judici rio adquiriram ao longo da hist ria A significa o deste princ pio encontra se por conseguinte no fato de que ele opera antes contra uma concentra o de poderes que a favor de uma separa o de poderes 186 Caberia dizer num adendo final que esta evolu o do Minist rio P blico tem correla o com uma paulatina liberta o da atividade acusat ria do mbito do Poder Judici rio Enfim deve ser dito que o princ pio da triparti o de poderes algo relativo utilizado para dispor as fun es estatais em m ltiplos agentes com
416. mas infra constitucionais Pode se definilla como o complemento normativo superior de determinado sistema jur dico estatal sendo portanto o ltimo fundamento e crit rio positivo vigente de pertin ncia e validade das demais normas integrantes deste sistema Da porque se denomina ela a norma de supremacia expelindo outras que a firam o princ pio da hierarquia das leis onde a Magna Carta situa se no topo da pir mide jur dica E por isso a norma contr ria ao seu texto ou esp rito tem se como nula ou inv lida A lei fundamental donde derivam os preceitos de ordem p blica e privada a Constitui o Conclui se sem sombra de d vidas que os atos praticados contra ela s o necessariamente il citos Pois bem Nos termos do inciso Il do art 37 da CF 1988 verbis Art 37 A administra o P blica Direta Indireta ou Fundacional de qualquer dos Estados do Distrito Federal e Dos Munic pios obedecer aos princ pios da legalidade impessoalidade moralidade publicidade e tamb m ao seguinte l OMISSIS A investidura em cargo ou emprego p blico depende de aprova o pr via em concurso p blico de provas ou de provas e t tulos ressalvadas as nomea es para cargo em comiss o declarado em Lei de livre nomea o e exonera o 256 A norma constitucional mencionada desmerece coment rios mesmo sucinto dada a sua clareza O concurso p blico obrigat rio ao ingresso na vida
417. mb m determinada pela Lei nos incidentes de uniformiza o jurisprudencial conforme reza o par grafo nico do art 478 do CPC tamb m aplic vel ao processo do trabalho in verbis Art 478 O tribunal reconhecendo a diverg ncia dar a interpreta o a ser observada cabendo a cada juiz emitir o seu voto em exposi o fundamentada Par grafo nico Em qualquer caso ser ouvido o chefe do Minist rio P blico que funciona perante o tribunal De igual sorte nos incidentes de inconstitucionalidade a interven o ministerial se faz necess ria conforme reza o art 480 do CPC Art 480 Arg uida a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do poder p blico o relator ouvido o Minist rio P blico submeter a quest o turma ou c mara a que tocar o conhecimento do processo A seu turno a Lei n 1 533 de 31 de dezembro de 1951 Lei do Mandado de Seguran a em seu art 10 tamb m exige a interven o do Minist rio P blico Art 10 Findo o prazo a que se refere o item do art 7 e ouvido o representante do Minist rio P blico dentro em cinco dias os autos ser o conclusos ao juiz independentemente de solicita o da parte para a decis o a 436 qual ser proferida em cinco dias tenham sido ou n o prestadas as informa es pela autoridade coatora Nas A es Rescis rias que se voltam contra a senten a de m rito transitada em julgado a teor do art
418. mbas as partes e do convite ao respeito m tuo entre as mesmas uma atua o que deve estar desprovida de quaisquer animosidades impedimentos ou suspei es por parte do Parquet Atuar ele sempre de forma 446 serena participativa ponderada e razo vel respeitando os princ pios materiais e processuais do Direito Comum e do Direito do Trabalho como os do in dubio pro oper rio da primazia da realidade da continuidade da condi o mais ben fica ao trabalhador da prote o etc Em obedi ncia ao princ pio da independ ncia funcional dos membros do Minist rio P blico do Trabalho n o dever o ser impostas limita es ao livre convencimento motivado de cada um dos procuradores que venha a proferir senten a arbitral Tal princ pio nunca olvidemos significa que os seus membros no desempenho de seus deveres profissionais n o est o subordinados a nenhum rg o ou poder nem ao Poder Executivo nem ao Poder Judici rio nem ao Poder Legislativo submetendo se apenas sua consci ncia e aos limites imperativos da lei De lege ferenda dever o ser instalados of cios espec ficos apenas para a realiza o de arbitragens trabalhistas Reservar se iam as lides arbitr veis trazidas ao Minist rio P blico do Trabalho somente queles que mais se encontrassem preparados para tal Para isso dever o ser buscados treinamentos espec ficos intentando se o aperfei oamento institucional Criado
419. mbate criminalidade entre outras compet ncias atribu das ao Minist rio P blico o que em nada se coaduna com rela es de parcim nia e subservi ncia do membro ministerial ao Poder Executivo Quanto ao Judici rio muito menos at porque o Minist rio P blico n o foi tratado como rg o constitucional no cap tulo referente a este Poder Sob o aspecto funcional s o institui es diferentes porquanto o Minist rio P blico n o participa das fun es estatais impostas ao Judici rio visto que n o exerce ele a jurisdi o N o julga nem faz executar os julgados somente sendo permitido iniciar uma lide processual perante o Judici rio Seus pareceres em 201 nada vinculam o entendimento do juiz que tem a liberdade plena de julgar conforme seu entendimento e convic es pessoais que podem ser extremamente diferentes das expostas pelo membro do Minist rio P blico e comumente o s o Mas sobrelevam as diferen as entre o Minist rio P blico e o Poder Judici rio se levarmos em conta o fato de que nenhum Poder constitu do pode controlar e disciplinar internamente os seus rg os de forma exclusiva e nica dentro de um Estado Democr tico de Direito Os poderes necessitam de institui es a eles externas e equiparadas que quando permitidos em lei e se fizer necess rio possam exercer um efetivo controle da legalidade e profici ncia de suas cabais fun es Portanto a diferencia o e equipara o do memb
420. me de Ordonnance Criminalle ampliou o campo de atua o do Minist rio P blico Os procuradores do rei nesse per odo hist rico foram inicialmente utilizados como agentes de interven o da coroa nos tribunais senhoriais para fazer valer os interesses do governo central e enfraquecer o poder dos senhores feudais Com o absolutismo mon rquico e o monop lio da jurisdi o esses agentes continuaram a defender os interesses do Estado e a exercer o papel de acusador criminal nesse per odo da hist ria francesa que o procurador do rei na fun o de custos legis ou de acusador p blico assumiu o papel de longa manus do soberano Esclarece Francisco Sauwen citando Roger Perrot professor da Universidade Phanten Assas Paris 11 Foi a partir de quando passaram a se dedicar exclusivamente aos interesses do soberano deixando de servir a cliente particular que os membros da Institui o passaram a postar se sobre um estrado nos tribunais Parquet para marcar a sua posi o de magistrados mas apartados dos julgadores 2 MARQUES Frederico Institui es de Direito Processual Civil Rio de Janeiro Forense 1958 580 f SAUWEN FILHO Jo o Francisco Minist rio P blico Brasileiro e o Estado Democr tico de Direito Rio de Janeiro Renovar 1999 p 39 46 E continua Sauwen Comentando a origem da express o Parquet como designativa da Institui o do Minist rio P blico Cappelletti e Jolowi
421. mento aos conflitantes que ainda n o se manifestaram para que informem se aceitam a atua o do Minist rio P blico do Trabalho e a sua indica o 8 3 N o havendo a aceita o de todos os conflitantes ser arquivado o processo de arbitragem Art 4 A arbitragem se reger pelas regras previstas na legisla o em vigor Art 5 Conclu da a arbitragem segundo os par metros legais em vigor o processo ser encerrado com relat rio final circunstanciado Par grafo nico O processo de arbitragem ser arquivado na Procuradoria de origem independentemente de homologa o devendo ser encaminhada c pia do relat rio final C mara de Coordena o e Revis o no prazo de tr s dias Art 6 O descumprimento dos prazos previstos nesta Resolu o implica em responsabiliza o de quem lhe der causa na forma do T tulo Ill Cap tulo Ill da Lei Complementar n 75 93 n o gerando no entanto qualquer nulidade dos resultados obtidos Art 7 Esta Resolu o entra em vigor na data de sua publica o 419 Como se v a pr pria Lei Complementa 75 93 Lei Org nica do Minist rio P blico da Uni o em seu artigo 83 inciso XI traz em seu bojo a permissibilidade para que o membro do Minist rio P blico do Trabalho atue como rbitro nos diss dios de compet ncia da Justi a do Trabalho sem em nenhum momento fazer distin o entre diss dios individuais
422. mero de cargos da carreira e dos of cios XXI deliberar sobre a realiza o de concurso para o ingresso na carreira designar os membros da comiss o de concurso e opinar sobre a homologa o dos resultados XXII aprovar a proposta or ament ria que integrar o projeto de or amento do MPU XXIII exercer outras fun es atribu das em lei art 98 LC 75 93 2 4 A C MARA DE COORDENA O E REVIS O DO MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO um rg o de coordena o de integra o e de revis o do exerc cio funcional na Institui o sendo composta por 3 tr s membros do MPT sendo 1 um indicado pelo Procurador Geral do Trabalho e 2 dois pelo Conselho Superior do Minist rio P blico do Trabalho juntamente com seus suplentes para um mandato de 2 dois anos sempre que poss vel dentre integrantes do ltimo grau da carreira de sua compet ncia promover a integra o e a coordena o dos rg os institucionais do MPT manter interc mbio com rg os ou entidades que atuem em reas afins encaminhar informa es t cnico jur dicas aos rg os institucionais do MPT resolver sobre a distribui o especial de feitos e procedimentos quando a mat ria por sua natureza ou relev ncia assim o exigir resolver sobre a distribui o especial de feitos que por sua cont nua reitera o devam receber tratamento uniforme decidir os conflitos de atribui o entre os rg os do MPT art 103 da LC 75 93 212 2
423. mir Desta sorte a propositura da a o obriga o dos titulares de 10 GLIFFORD D G Equal protection and Prosecutor s Charging Decision Enforcing na Ideal George Washington Law Review pp 659 661 IL 1981 110 CANOTILHO Jos Joaquim Gomes Constitui o dirigente e vincula o do legislador Coimbra Coimbra Editora 1982 p 10 91 seu exerc cio Se por um lado este princ pio consagrado pela maioria das legisla es ocidentais por outro encontramos nesses sistemas legislativos formas de acelerar os cursos da a o penal como a existente nos sistemas alem o e italiano aos quais coment rios j foram dispensados que de uma forma ou de outra constituem relativiza o do princ pio da indisponibilidade da a o penal Ib ez diante do ensinamento de G mez Orbaneja chama aten o para o exerc cio da discricionariedade da a o por parte do acusador mesmo nos ordenamentos que consagram a legalidade estrita quanto fundamenta o do libelo na pe a inaugural do processo Por tais raz es a influ ncia faz se presente nos demais ordenamentos ocidentais porquanto questionamentos surgem em torno do exerc cio e import ncia da atividade do parquet na repress o criminalidade n o como rg o do Estado mas at mesmo como um importante ator pol tico N o somente na esfera criminal que se observa a presen a do parquet estadunidense No mbito civil tamb m exerce consider vel of cio poi
424. mplo o ingresso na carreira por concurso p blico e a inamovibilidade Com o golpe de 31 de agosto de 1969 uma junta militar composta pelos ministros do Ex rcito da Marinha e da Aeron utica que ap s assenhorar se do poder editou o Ato Institucional n 12 assumindo de forma totalit ria as fun es do Executivo e Legislativo passou a governar o pa s Assim tendo como base os Atos Institucionais n 5 de 13 de dezembro de 1968 e o de n 6 de 14 de outubro de 1969 esse triunvirato outorgou ao pa s em 17 de outubro de 1969 a Emenda Constitucional n 1 que em diversas quest es alterou substancialmente a Constitui o de 1967 acentuando infelizmente ainda mais o autoritarismo traduzindo se em uma nova Carta Constitucional a qual passou a ser conhecida como A Constitui o de 1969 Nessa Carta a Institui o foi tratada de forma semelhante Carta de 1967 por m passou a compor a se o VII do cap tulo VII destinado ao Poder Executivo e lhes foram exclu das as garantias dos membros do judici rio que haviam sido concedidas 102 Passo a frente entrou em vigor a Emenda Constitucional n 7 de 1977 que conferiu Lei Complementar poderes para estabelecer normas de car ter geral que deveriam ser adotadas na organiza o dos Parquets estaduais Com o in cio do processo de democratiza o ap s o fim do regime militar os movimentos sociais se uniram e organizaram se ficando fortalecidos Com
425. mprimento da obriga o de fazer ou n o fazer ou de pagar bem como para pagar a multa cominada N o ocorrendo o Minist rio P blico ajuizar perante a Justi a do Trabalho a a o de execu o do termo de compromisso 6 ARGUI O DA PRESCRI O POR MEMBROS DO MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO EM FAVOR DE ENTES P BLICOS Ab initio encalamistre se que o termo prescri o que do latim praescriptio de praescribere o ato de prescrever de escrever antes existe sob duas modalidades a aquisitiva que um dos meios de aquisi o da propriedade Ex usucapi o e a extintiva ou liberat ria que constitui na perda do direito da a o pela in rcia de seu leg timo titular Traz se baila conv m assinalar que ao Direito Processual do Trabalho interessa apenas a prescri o extintiva ou liberat ria e sua consubstancia o 292 depende necessariamente de a lei que fixe o prazo para o seu exerc cio b que o prazo tenha decorrido c que o titular tenha permanecido inativo ou inerte t tulo ilustrativo assevere se que a prescri o extintiva ou liberat ria n o corre contra 1 a ausentes do Brasil em servi o p blico da Uni o dos Estados ou dos Munic pio b os que se acharem servindo na armada e no exercito nacional em tempo de guerra c em caso de estar pendente a o suspensiva j que enquanto n o nascida a a o n o pode esta prescrever conforme consagra a axiom tica par mia latina ac
426. n a Organiza o Internacional do Trabalho OIT na Recomenda o n 94 de 1952 j propunha a cria o de organismos de consulta e colabora o entre empregadores e trabalhadores no mbito da empresa para prevenir ou conciliar as respectivas controv rsias excluindo de suas atribui es apenas as quest es compreendidas no campo da negocia o coletiva No Direito Estrangeiro diversos pa ses utilizam os rg os extrajudiciais de resolu o de conflitos similares as nossas Comiss es de Concilia o llustrativamente observe se que na Argentina segundo Adrian Goldin a Lei 25 573 de 1995 criou formas extrajudiciais de resolu o de conflitos laborais realizadas atrav s de escrit rios de advogados que exercem livremente a profiss o e desempenham essa fun o conciliat ria em seus pr prios escrit rios Se alcan ado a concilia o submete se ao Judici rio ou at a pr pria 311 DALAZEN Jo o Oreste apud MALHEIROS DA FONSECA Vicente Jos Diss dio individual e concilia o extrajudicia trabalho publicado na home page do E TRT da 9 Regi o hti www jus com br doutrina texto asp id 1236 GOLDIN Adri n O Os conflitos trabalhistas e suas formas judiciais e extrajudiciais de solu o anota es e reflex es Anais do Semin rio Internacional Rela es do Trabalho Edi o do Minist rio do Trabalho Bras lia 1998 p 288 e segs 324 Administra o do Trabalho para homo
427. nado valor que esse bem possa representar para aquela pessoa O sinal comum sempre a busca de uma situa o de vantagem que faz despontar um interesse na posse ou frui o daquela situa o Ao contr rio observamos que enquanto o interesse jur dico tem como referencial certo valor inscrito na norma os interesses lato sensu se expandem livremente se comunicam se entrechocam se assimilam se repelem porque est o situados em outro plano o plano f tico Por conseguinte como exp e Daniela Trentin Martines eles brotam espontaneamente da realidade s o imanentes pr pria vida constitu dos independentemente de valora o tico normativa De Pl cido e Silva ao definir a express o interesse ensina 430 MANCUSO Rodolfo de Camargo Interesse Difusos conceito e legitima o para agir 3 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 1994 p 18 41 MARTINES Daniela Trentin Exposi o realizada no Semin rio sobre Interesse P blico patrocinado pela Procuradoria Regional do Trabalho da 2 Regi o MPT S o Paulo 2003 2 SILVA De Pl cido e Vocabul rio Jur dico Vol Il Rio de Janeiro Forense 1982 pp 496 497 426 Interesse Derivado do verbo latino interesse importar ser do interesse de pertencer tido na acep o jur dica em conceito bem amplo Quer precipuamente mostrar a intimidade de rela o entre a pessoa e as coisas de modo que aquela tem sobre e
428. nam ao pretendido mas n o alcan ado sentido de justi a no equacionamento de interesses entre as pessoas Ainda sobre o assunto tamb m n o sup rfluo analisarmos os ensinamentos de Wladimir Novaes Martinez quando vaticina que os princ pios gerais do direito disp em das seguintes fun es a informadora na elabora o da norma b construtora indicando e formulando uma filosofia dominante no ordenamento jur dico c normativa quando inseridos expressamente em norma positiva tornando se no caso de aplica o obrigat ria d interpretativa colaborando no entendimento de normas jur dicas com forma e conte do pol micos e integrativa como instrumentos de integra o do ordenamento jur dico substituindo direta ou indiretamente as omiss es do legislador Noutro falar os princ pios s o utilizados como instrumento no processo da interpreta o das normas como fonte material na fase inicial ou jur dica como elemento integrador do Direito em caso de omiss o de norma sobre o fato concreto e at mesmo como fonte formal de direito supletiva subsidi ria falta de outras normas para incidir sobre o fato concreto 13 SANCHEZ DE LA TORRE Angel Los Princ pios Cl ssicos del Derecho Madrid Uni n Editorial 1975 p 23 137 MARTINEZ Wladimir Novaes Princ pios de Direito Previdenci rio S o Paulo LTr 1983 pp 34 35 131 Utilizados de vez como fontes materiais ou formais e de vez como eleme
429. nconstitucionalidade de lei nos termos do art 480 do CPC utilizado subsidiariamente combinado com o art 84 inciso V da LC 75 93 Por fim importa registrar que o Minist rio P blico do Trabalho tem atuado de forma veemente 1 na erradica o do trabalho infantil e na prote o do trabalho do adolescente 2 na erradica o do trabalho for ado 3 contra as pr ticas discriminat rias 4 na prote o da liberdade e dignidade no emprego 5 no combate s falsas cooperativas 6 na defesa da probidade administrativa contra as contrata es irregulares 7 para que o meio ambiente de trabalho seja saud vel 8 nas a es declarat rias de nulidade de cl usulas ilegais de acordos e conven es coletivas 9 na fiscaliza o do regular exerc cio do direito de greve nas atividades essenciais etc O nono cap tulo este o mago de nossa tese consiste no estudo do arbitragem como forma extrajudicial de solu o dos conflitos laborais de qualquer natureza tendo como rbitro os membros do Parquet laboral Como foi fartamente desenvolvido na tese o instituto da arbitragem como meio de solu o dos conflitos sociais n o recente Com origem consu etudin ria consiste num dos institutos jur dicos mais antigos do mundo encontrada segundo contam no tratado firmado entre Eanatum e os homens de Umma em 3100 a C Conta a hist ria que foi na Gr cia onde ela teve o seu maior desenvolvimento Alguns mencionam que um pre
430. ndepend ncia funcional e administrativa e autonomia que a institui o vivencia no Brasil 3 IT LIA A estrutura o do parquet italiano ocorreu tardiamente porquanto poca de sua constitui o j existia na maior parte dos estados europeus a institui o relativamente delineada como no caso da Fran a Isto se deveu ao fato que o processo de unifica o do Estado italiano s se deu nos meados do s culo XIX Para tanto apenas a partir da Constitui o de 1865 no art 129 que disp s 4 ALVIM Jos Eduardo Carreira Elementos da Teoria Geral do Processo S o Paulo Saraiva 2000 p 35 4 GUARNIERI Carlos Publico Ministero et sistema pol tico Padova Cedam 1984 p 117 55 sobre a institui o como representante do Poder Executivo incumb ncia esta s extirpada com a edi o da Lei 100 de 31 de novembro de 1926 Nesta poca a magistratura italiana teve suas garantias reduzidas como tamb m o foram seu papel no Estado No per odo pr facista a magistratura estava adstrita a um segmento da Administra o P blica o que prevaleceu at a promulga o da Constitui o de 1946 At a estrutura o da Rep blica Italiana o Minist rio P blico como todo o Judici rio manteve se atrelado ao Poder Executivo subordinado ao Ministro da Justi a situa o modificada ap s a Segunda Guerra Mundial com a derrocada do modelo fascista Foi s a partir de 1946 com a edi o da Lei da garantia d
431. ndo dos fatos E segundo certo autor de obras a efetividade significa portanto a realiza o do direito o desempenho concreto de sua fun o social Portanto n o existe garantia de direito sem a imprescind vel operacionaliza o da regra constitucional dentro do processo Ampliando o quadro de considera es importa registrar que o debate hist rico acerca dos direitos humanos e da cidadania iniciou se no Ocidente como uma demanda da modernidade especificamente da poderosa burguesia e de seus pensadores face ao poder e aos privil gios das monarquias No sentido t cnico constitucional cidadania significa a capacidade para votar e ser votado isto para participar do poder e dever pol ticos do pa s Nesse sentido segundo Jos Afonso da Silva Cidadania se adquire com a obten o da qualidade de eleitor que documentalmente se manifesta na posse do t tulo de eleitor v lido Trata se de atributo jur dico pol tico que o nacional obt m com a inscri o perante a Justi a Eleitoral Sendo assim no sentido mais amplo do voc bulo como deve ser entendido verdadeiramente o termo expressa SILVA Jos Afonso da Curso de Direito Constitucional Positivo 9 ed S Paulo 1993 pp 305 6 168 a condi o de participa o plena do indiv duo na vida pol tica econ mica e social de seu pa s e isso porque na democracia impera o princ pio da soberania popular segundo o qual todo poder emana
432. ne Fadel magistra que direitos indispon veis ou inalien veis s o aqueles a respeito dos quais a parte n o pode transigir Ampliando o quadro de an lise auspicioso trazer baila que direitos como o de alimentos o de p trio poder direitos advenientes de casamento bem como direitos da Fazenda P blica s o tipicamente considerados indispon veis Quem nos concede a autoridade para assim se expressar s o os ilustres professores Ant nio Carlos de Ara jo Cintra Ada Pellegrini Grinover e C ndido R Dinamarco quando enfatizam mas al m dessas hip teses de indisponibilidade objetiva encontramos aqueles casos em que uma especial condi o da pessoa que impede a disposi o de seus direitos e interesses indisponibilidade subjetiva o que se d com os incapazes e com as pessoas jur dicas de direito p blico Jos Frederico Marques registra que o nus de responder ligado que est ao princ pio dispositivo s produz os efeitos peculiares revelia quando desatendida em processo atinente a direitos dispon veis Ali s o mesmo princ pio segundo o qual os efeitos da revelia s alcan am os direitos dispon veis vigora plenamente no direito germ nico 24 PASSOS J J Calmon Coment rios ao C digo de Processo Civil Vol Ill 4 ed Rio de Janeiro Forense p 8 s d apud parecer magistral do Procurador do Estado Jo o Parente Muniz e S Filho S FADEL Sergio Sahione C digo de Proc
433. nflitos na concilia o em que o terceiro ou terceiros Conciliadores desenvolvem esfor os e se empenham com sugest es e propostas para o consenso dos interessados diretos em resolver os conflitos na arbitragem em que o terceiro ou terceiros rbitros substituindo a vontade das partes decidem a pend ncia pela confian a que det m das pr prias partes Pode se dizer que a distin o entre a media o e a concilia o est no grau de interfer ncia de um terceiro para a solu o do conflito Quanto mais intensa for sua participa o no processo negocial quanto mais contribua com o oferecimento de sugest es e propostas para por fim ao conflito mais pr ximo estaremos da concilia o que da media o que constituindo uma t cnica extremamente informal faz com que as pr prias partes de per se cheguem solu o do lit gio Por essa raz o a doutrina lan ou pesadas cr ticas Medida Provis ria n 1 053 de 30 de junho de 1995 que criou a figura do Mediador ao confundir media o e concilia o 39 LIMA Cl udio Vianna de apud Cl udio Armando Couce de Menezes e Leonardo Dias Borges Ju zo Arbitral no Processo do Trabalho S ntese Trabalhista Anno IX n 109 p 125 Porto Alegre S ntese julho de 1998 310 O Desembargador Cl udio Vianna de Lima apud Cl udio Armando Couce de Menezes e Leonardo Dias Borges Ju zo Arbitral no Processo do Trabalho S ntese Trabalhista Anno IX n
434. nfra constitucionais deflui se que para a objetiva o e inicia o de uma greve mister se faz observar certos requisitos que sinteticamente se enumera ilustrativamente como tentativa de negocia o pr via convoca o de assembl ia no sentido de que seja deliberado sobre a realiza o ou n o da greve bem como a sua aprova o notifica o dos empregadores com anteced ncia de 48 horas ou 72 em se tratando de paralisa o em atividades essenciais Outrossim a n o observ ncia dessas regras objetivas conduz a greve abusividade No particular considera se tamb m abusiva a manuten o do movimento paredista ap s a decis o da justi a ou ap s a celebra o de qualquer contrato coletivo de se considerar abusivo tamb m o movimento paredista quando os seus componentes aliciarem ou persuadirem os trabalhadores a aderirem ao movimento salvo por meios pac ficos art 6 inciso da Lei impedirem por qualquer meio o acesso dos demais empregados ao trabalho art 6 3 ou 293 VIANA Marcio T lio Greve Curso de Direito do Trabalho Estudos em Mem ria de C lio Goyat coordenado por Alice Monteiro de Barros Vol 2 2 Ed LTr S o Paulo 1994 p 649 279 causarem dano a propriedade privada ou p blica bem como pessoa art 6 inciso 3 da Leie art 170 Il da CF No diapas o a Constitui o Federal em seu art 5 inciso XIII estipula que livre o exerc cio de qualquer trabalho of
435. ngresso da Organiza o das Na es Unidas se posicionou muito progressivamente instituindo em 1990 os Princ pios Orientadores Relativos Fun o dos Magistrados do Minist rio P blico Entre suas assertivas carecem men o o fato de que foi tido como essencial que os membros do Minist rio P blico deveriam possuir as qualifica es profissionais necess rias ao exerc cio das suas fun es Ka DIAS Jorge de Figueiredo amp ANDRADE Manuel da Costa Criminologia Coimbra Coimbra Editora 1984 p 485 94 melhorando os m todos de recrutamento e de forma o jur dica e profissional sendo obrigat rio que os Estados assegurassem que os promotores pudessem ter uma instru o e uma forma o adequadas e estejam conscientes dos ideais e deveres ticos da sua fun o Portanto n o se olvide que o nosso Minist rio P blico parece seguir os passos estabelecidos pelo paradigma institucional predominante adicionando sua miss o privativa de executar a a o penal p blica a defesa dos interesses sociais e transindividuais que se encontravam desprotegidos na maioria dos ordenamentos jur dicos ocidentais Com a felicidade proporcionada pelo fato de que o Minist rio P blico brasileiro possui prerrogativas e tra os caracter sticos e nicos Noutros pa ses outras organiza es e institui es incumbiram se destes novos encargos Nos pa ses escandinavos h o Ombudsman enquanto na Argentina
436. nir era do ofendido N o havia interfer ncia do rg o estatal Os not veis oradores quem desempenhavam a acusa o que levados pelo interesse na causa ou pela paix o que o crime desencadeava nem sempre agiam com imparcialidade pr pria do Minist rio P blico dos dias atuais N LYRA Roberto Teoria e Pr tica da Promotoria P blica 2 ed Porto Alegre S rgio Ant nio Fabris 1989 p 9 34 Roberto Lyra ao escrever sobre o tema afirma Por sua vez os oradores atenienses constitu dos em magistratura volunt ria conferiam ao debate judici rio o mesmo car ter de pugilato intelectual com o tr gico poder de arrastar os acusados proscri o e ao exterm nio O juramento de acusar de boa f e no interesse da justi a n o infundia reservas reais at na prerrogativa de formar a culpa Outros autores assinalam as origens do Minist rio P blico no Direito Romano precisamente nas figuras dos censores com fun o para examinar a fundo a vida das pessoas e descobrir o que poderia ser repreens vel dos questores altos funcion rios imperiais a quem originariamente era atribu da a fun o de recebimento das multas e guarda do tesouro mas a quem cabia tamb m apurar os crimes de homic dio do defensor civitatis escolhido entre os not veis da vila tinha por fun o b sica o respeito ordem p blica cabendo lhe defender as classes inferiores de eventuais abusos dos funcion rios imperiais e dos ag
437. nistro da Justi a Tamb m prev a legisla o infraconstitucional portuguesa a legitimidade da institui o para propor a es na salvaguarda do ambiente de consumidores e do patrim nio hist rico e art stico nacional Para essas a es o meio procedimental cab vel a a o civil p blica Na esfera trabalhista poder o Minist rio p blico exercer o patroc nio oficioso do trabalhador subsidiariamente Sua atua o tamb m prevista no plano administrativo na fiscaliza o dos atos praticados no exerc cio da fun o p blica Correspondente ao Direito p trio o Direito portugu s prev a legitimidade para exercer o controle abstrato de constitucionalidade ponto n o observado nos Direitos italiano alem o e franc s N o exaurindo as atribui es do Minist rio P blico em Portugal acrescenta se ainda a fun o consultiva tradi o no Direito luso Discordamos da denomina o de parte acess ria tendo em vista que o parquet n o funciona na defesa de qualquer das partes assessorando a mas sim com o prop sito de resguarda a legalidade 2 Sobre a atua o do Minist rio P blico Portugu s ver COSTA Eduardo Maia Minist rio P blico em Portugal Minist rio P blico II Democracia Org Jos Marcelo Menezes Vigliar e Ronaldo Porto Macedo Junior S o Paulo Atlas 1999 p 52 3 A Constitui o Brasileira de 1988 no art 129 IV prev a atribui o para o controle abstrato de normas s
438. no IX n 110 Porto Alegre S ntese p 7 agosto de 1998 MARQUES Jos Frederico Manual de Direito Processual Civil 4 ed V 1 Rio de Janeiro Forense 1976 482 Manual de Direito Processual Civil 4 ed V 2 Rio de Janeiro Forense 1976 Institui es de Direito Processual Civil 1 ed Rio de Janeiro Forense 1960 MIRABETE Julio Fabbrini Processo Penal 10 ed S o Paulo Atlas 2000 MIRANDA Pontes Coment rios ao C digo de Processo Civili Tomo IV Rio de Janeiro Forense 2001 Coment rios Constitui o de 1967 com Emenda n 01 de 1969 Tomo Forense RJ 1987 MONTEIRO Jo o Teoria do Processo Civil 6 ed Tomo S o Paulo Borsoi 1956 MAIA Alexandre Autopoiese versus Pr tica Procedimental O Falso Dilema do Poder Judici rio Revista da Esmape Recife v 4 n mero 9 pp 39 68 janeiro junho de 1999 MELO Luiz Ant nio Camargo de Premissas para um Eficaz Combate ao Trabalho Escravo Revista do Minist rio P blico do Trabalho ano XIII n mero 26 p 11 33 Bras lia setembro de 2003 MALTA Elisa Maria Brant de Carvalho amp CARLOS Vera L cia A Discrimina o do Trabalhador Portador do V rus HIV AIDS no Emprego e seu Direito Reintegra o Revista do Minist rio P blico do Trabalho ano XI n mero 22 pp 46 59 Bras lia Janeiro de 2002 483 MELO Andr Lu s Alves de Justi a sem processo e com reconhecimento pela s
439. nos por enquanto de usarem o instituto da arbitragem em diss dios individuais para inserir novas regras trabalhistas na rela o de emprego ou a vontade deles desviando de certos entendimentos sedimentados da Justi a do Trabalho aproveitando se do fato de que a senten a arbitral faz lei entre as partes e n o pode ser modificada pela justi a estatal cabendo apenas a sua nulidade se houver o recurso Por isso diante de nossa realidade cultural social e econ mica conclu mos que pelo menos por enquanto n o deve ser aplicada a arbitragem nos diss dios individuais mesmo porque como j dissemos o instituto mais apropriado a media o que no mbito da Justi a do Trabalho sempre foi utilizado em um primeiro momento pelos Ju zes Classistas e em um segundo momento pelos Ju zes Togados nas fases processuais conciliat rias O Professor Paulo Em lio Ribeiro de Vilhena alerta que pode haver o perigo de se flexibilizarem por delega o sui generis as normas trabalhistas porque a arbitragem realiza se atrav s de regras de direito livremente escolhidas pelas partes ou seja se a via eleita for a da equidade o rbitro dentro de seu subjetivismo conceptual de justi a poder decidir em detrimento de regras injuntivas entronizando um sistema de involu o de conquistas da classe trabalhadora 381 VILHENA Paulo Em lio Ribeiro de Arbitragem Trabalhista artigo in dito gentileza do autor 390 Ampli
440. nscende os espa os das na es dos povos e dos estados a cidadania da fam lia Deus em que nos faz irm os nos faz iguais Entretanto a experi ncia hist rica demonstra que o regime democr tico resguardado constitucionalmente n o tem sido capaz de 158 BOBBIO Norberto A Era dos Direitos Rio de Janeiro Editora Campus 1992 p 25 1 DINIZ Jos Jangui Bezerra A Efetividade do Processo Como Instrumento de Cidadania Revista Jur dica Consulex ano V numero 155 Bras lia Consulex pp 40 44 30 de junho de 2008 165 garantir o exerc cio da liberdade e a pr tica da justi a portanto nem sempre apto para garantir a efetiva o dos direitos humanos por n o estar imune s tenta es totalit rias a tirania de grupos conforme j bem escriturado por Arist tales e Plat o em poca remota Com efeito o surgimento do princ pio crist o de solidariedade humana representou uma revolu o cultural da a id ia de seres humanos como iguais detentores portanto dos mesmos direitos Essa foi a novidade trazida pela luta da burguesia contra a aristocracia absolutista A partir de ent o surge a declara o da independ ncia norte americana de 1776 em que os seres humanos s o considerados naturalmente iguais livres e independentes Outras declara es foram proclamadas A declara o dos Direitos do Homem e do Cidad o em 1789 resultante da Revolu o Francesa veio com mais rigor
441. nsecu o do objetivo estrat gico da Rep blica brasileira qual seja a constru o de uma democracia econ mica e social Portanto baseando se na trajet ria delineada pela Institui o no Brasil que o tornou rg o representante dos interesses sociais e dos valores democr ticos a nova Constitui o consolidou o novo perfil pol tico institucional do Minist rio P blico demarcando o papel essencial que deve desempenhar numa sociedade complexa para manter o regime democr tico a ordem jur dica e defender os interesses sociais e individuais indispon veis E para garantir a nova posi o da institui o a Magna Carta n o olvidou em elencar suas fun es institucionais assim como as suas atribui es que anteriormente somente figuravam nas normas infra constitucionais Algumas ganham novo car ter legitima o privativa para a propositura da a o penal 196 p blica pondo fim ao anacr nico procedimento penal ex officio Outras s o ampliadas tutela gen rica dos interesses difusos e coletivos que anteriormente era restrita ao meio ambiente consumidor e patrim nio cultural E outras s o introduzidas como Zelar pelo efetivo respeito dos Poderes P blicos e dos servi os de relev ncia p blica aos direitos assegurados na Constitui o defesa dos direitos e interesses dos povos ind genas etc Frise se tamb m que para dar efic cia atua o do Minist rio P blico no desempenho da nova gama de atri
442. nsinamentos 134 do professor Ivo Dantas da Faculdade de Direito do Recife que frisa para n s Princ pios s o categoria l gica e tanto quanto poss vel universal muito embora n o possamos esquecer que antes de tudo quando incorporados a um sistema jur dico constitucional positivo refletem a pr pria estrutura ideol gica do Estado como tal representativa dos valores consagrados por uma determinada sociedade Em seguida o professor registra que por outro lado se tanto o Princ pio quanto a Norma consagrados nos textos constitucionais refletem um posicionamento ideol gico op o pol tica frente a diferentes valores repitamos existe entre eles uma hierarquiza o A partir desta o primeiro ocupa posi o de destaque irradiando em decorr ncia e necessariamente o conte do daquela No mesmo sentido orienta se o professor Souto Maior Borges outro 135 ilustre professor da Faculdade de Direito do Recife aludindo que a viola o de um princ pio constitucional importa em ruptura da pr pria Constitui o representando por isso mesmo uma inconstitucionalidade de consequ ncias muito mais graves do que a viola o de uma simples norma mesmo 133 LICC art 4 Quando a lei for omissa o juiz decidir o caso de acordo com a analogia os costumes e os princ pios gerais de direito CPC art 126 O juiz n o se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei No julgam
443. nstituinte de 1988 reservou o Artigo 73 Par grafo Segundo e o Artigo 130 da Constitui o atual O primeiro prescreve como se processa a escolha dos membros do Minist rio P blico junto ao Tribunal de Contas o segundo trata dos direitos veda es e forma de investidura O fato de o legislador de 1988 n o inseri lo no rol constante do Artigo 128 constitucionalizado gerou na doutrina grande pol mica sobre a posi o constitucional desse Minist rio P blico junto ao Tribunal de Contas da Uni o no sentido de que estaria o mesmo dentro da estrutura do Minist rio P blico da Uni o sob a chefia do Procurador Geral da Rep blica ou estaria ele integrado a estrutura do pr prio Tribunal de Contas da Uni o O Supremo Tribunal Federal no julgamento da ADIN n mero 789 1 DF firmou entendimento de que o Minist rio P blico junto ao Tribunal de Contas da Uni o Institui o que n o integra o Minist rio P blico da Uni o cujos ramos constam taxativamente enumerados no Artigo 128 da Carta Pol tica Nacional Prevaleceu portanto a tese de que tal Minist rio P blico vinculado 162 administrativamente ao pr prio Tribunal de Contas da Uni o STF Pleno ADIN 789 1 DF Segundo pronunciamento daquela Suprema Corte o Minist rio P blico junto ao Tribunal de Contas da Uni o n o disp e de fisionomia institucional pr pria e n o obstante as expressivas garantias de ordem subjetiva concedidas aos seus proc
444. nte contributo para uma construtiva auto cr tica da Justi a do Trabalho ao nos mostrar a imensa e grave insensibilidade social com que trabalham seus ju zes hodiernamente Tamb m grave ver que hoje a Justi a do Trabalho permanece como eterno foro de desempregados n o sendo utilizada pelo empregado durante a vig ncia de seu contrato de trabalho Isto se deve ao temor do desemprego dada a vasta flexibilidade do tratamento da dispensa em nosso Direito do Trabalho agravado por um baixo custo da rescis o contratual Constrangido pelas dificuldades financeiras e pelo medo do desemprego v se o trabalhador violentado em seus direitos Pior est a situa o daqueles que importante segmento judici rio o exame das nulidades inerentes aos procedimentos adotados ou efetivados 370 est o mal representados enganados por sindicatos pelegos eternamente mancomunados com o comando patronal Este constrangimento acarreta a pouca disposi o ao di logo no mbito da vig ncia do contrato de trabalho Os instrumentos de participa o dos trabalhadores nos lucros empresariais s recentemente foram legislados fala se aqui da Lei 10 101 2000 todavia de forma t mida e de escassa aplica o pr tica O despotismo dos empregadores prepondera ainda Tal conjuntura marcada pela eterna conflituosidade Entretanto contrap e se a esta conflituosidade a necess ria competitividade da economia moderna Os conflitos que
445. nte o Direito as mais diversas fun es quer seja na fase da elabora o da norma jur dica chamada por Delgado de fase inicial pr jur dica ou pol tica quer seja na fase propriamente jur dica ou tipicamente jur dica quando a norma j foi elaborada encontrando se em pleno vigor Nesse esp rito na segunda fase que os princ pios encontram se verdadeiramente patenteados e de manifesta utiliza o Na fase inicial pr jur dica ou pol tica que os princ pios gerais do direito al m daqueles espec ficos a certos ramos influem profundamente embora de 128 maneira limitada na constru o e elabora o das normas jur dicas norteando os parlamentares encarregados dessa tarefa 125 DINIZ Jos Jangui Bezerra Princ pios Constitucionais do Processo Revista da Esmape Escola Superior da Magistratura de Pernambuco n mero 5 V 2 Recife pp 405 38 julho setembro de 1997 Republicado pela Revista Trabalho amp Doutrina n 13 SP Editora Saraiva pp 104 123 Junho de 1997 Revista dos Tribunais Ano 86 V 739 pp 31 752 maio de 1997 Informativo Consulex ano XI n 40 e 41 Bras lia Consulex pp 1053 95 outubro de 1997 e pelo Jornal Trabalhista ano XIX n 679 e 680 pp 1043 1065 Bras lia Consulex 06 de outubro de 1997 2 SILVA Z lio Furtado da Direito Adquirido Luz da Jurisprud ncia do STF referente ao Servidor P blico S o Paulo Editora de Direito 2000 p 29 mer DE
446. ntes de texto alheio No pertinente s notas de rodap adotamos uma numera o sequenciada As obras mencionadas no texto foram citadas em notas de rodap por completo para evitar consulta bibliografia final Portanto na bibliografia geral somente foram elencadas as obras e os artigos que apresentaram contribui o concreta para a elabora o do trabalho ou seja que foram citadas embora muitos outros tamb m tenham sido pesquisados mas que n o foram utilizados por diversos motivos Ou porque n o tratavam do assunto sistematicamente ou porque em nada acrescentavam ao objetivo proposto Com efeito a bibliografia citada visa documentar a pesquisa realizada de modo que s fizemos constar as obras ou publica es que contribu ram na elabora o da tese evitando se as obras de conte do gen rico sem qualquer correla o ainda que indireta com o presente trabalho A metodologia da pesquisa consiste basicamente da coleta de dados da doutrina e legisla o nacionais sendo empregados eventualmente dados jurisprudenciais destinados melhor comprova o de certas afirma es Na doutrina foi grande a dificuldade de encontrarmos estudo semelhante Ou seja defendendo a atua o do Minist rio P blico do Trabalho como rbitro nos diss dios individuais Esta lacuna de investiga o cient fica demonstra o pioneirismo da tese O m todo utilizado foi predominantemente indutivo numa vis o prospectiva no qual p
447. nto r pido das causas podendo determinar qualquer dilig ncia necess ria ao esclarecimento delas E tamb m de acordo com o preceituado no art 878 da CLT que estipula A execu o poder ser promovida por qualquer interessado ou ex off cio pelo pr prio Juiz ou Presidente ou Tribunal competente Quest o que merece refer ncia pela import ncia que tem diz pertin ncia prescri o de direitos patrimoniais 295 Existe o entendimento de que a prescri o de direitos patrimoniais n o pode ser conhecida de of cio pelo juiz sen o alegada opportuno tempore pela parte interessada Tal entendimento consubstanciado nos artigos 166 do C digo Civil de 1916 combinado com o art 219 5 do atual CPC Sobre o assunto v rios autores j escreveram como Reginaldo Nunes que chegou conclus o de que a prescri o em favor da Fazenda P blica deve ser acatada de of cio pelo juiz porquanto em se tratando da Fazenda P blica a prescri o n o renunci vel como s i ocorrer com a prescri o em favor de um particular Ademais o Estatuto dos Servidores P blicos Civis da Uni o Lei 8 112 90 atrav s do art 112 estabeleceu que a prescri o de ordem p blica n o podendo ser relevada pela administra o Por outro lado em rela o decreta o de of cio pelo pr prio juiz v rios julgados dos pret rios de nosso pais assim j se posicionaram Apenas t tulo ilustrativo veja se o seguinte
448. ntos de interpreta o ou integra o do Direito os princ pios s o de primacial import ncia em todos os ramos do Direito Quer seja no Direito Processual no Direito Material e at no que chamamos de Justi a Constitucional A justi a Constitucional apenas guisa de elucida o composta pelo Direito Processual Constitucional que compreende o elenco de normas de Direito Processual nsitas na Constitui o Federal e pelo o Direito Constitucional Processual compreendendo a reuni o dos princ pios para o fim de regular a denominada jurisdi o constitucional Pelo princ pio do juiz natural tamb m chamado de imparcialidade do juiz ou autoridade competente assegura se que o processo ser apreciado e julgado por magistrado investido da autoridade legal conferida ao cargo isento de press es de qualquer ordem sujeito apenas lei e apto ao efetivo exerc cio da tutela jurisdicional Por outro lado o princ pio do Promotor Natural assegura a todo e qualquer cidad o ser processado apenas pela autoridade competente tamb m isento de press es de qualquer ordem sujeito apenas lei Consagrado no art 5 inciso LIII da Constitui o Federal O referido preceptivo vaticina Art 5 138 SCHWAB Karl Heinz Divis o de Fun es e o juiz natural apud J NIOR Nelson Nery Princ pios do Processo Civil na Constitui o Federal 3 ed Cole o Estudos de Direito de Processo Enrico Tullio Liebman
449. o pois impediria o acesso ao Poder Judici rio Apenas ilustrativamente veja se o que constitui esse princ pio O princ pio da inafastabilidade da jurisdi o ou princ pio da garantia do direito de a o consiste na faculdade que qualquer pessoa tem de bater s portas do Poder Judici rio solicitando a instaura o do processo no escopo de que a jurisdi o estatal seja exercida com a consequente prote o de um direito subjetivo lesado ou na imin ncia de o ser Se procedermos hermen utica mais razo vel do dispositivo constitucional transcrito retro chegaremos sem balbuciar ila o de que ningu m nem mesmo o Poder Legislativo pode impedir qualquer cidad o de bater s portas do Estado Juiz para pedir a presta o da tutela jurisdicional Noutro sublinhar todas as pessoas tem o direito de acessar o Poder Judici rio pretendendo a prote o jurisdicional preventiva ou reparat ria no pertinente a qualquer direito individual difuso ou coletivo desde que claro estejam presentes certos requisitos chamados de condi es da a o quais sejam legitimidade interesse e possibilidade jur dica do pedido haja vista que tal princ pio n o absoluto 332 De se registrar que em virtude do princ pio processual da iniciativa processual ou dispositivo consagrado no art 2 do CPC e consubstanciado na axiom tica par mia latina nemo judex sine actore ne procedat judex ex officio de regra a t
450. o Estatal buscando a solu o de seus problemas atrav s de consenso pacificador urge repensar o papel do Estado diante dos conflitos entre os cidad os Muitos j reconheceram a exist ncia de uma muta o neste papel vendo no Estado n o mais o solucionador e sim o ente fiscalizador da justa resolu o pacificada e pacificadora dos conflitos entre os particulares Diante desta evolu o estatal que se p e pari passu a evolu o do Minist rio P blico e do Minist rio P blico do Trabalho em especial No tocante arbitragem como observamos anteriormente n o instituto recente Recente sua regulamenta o em vigor a Lei 9 307 96 promulgada em 1996 Todavia j antes desta Lei chamada de Marco Maciel como tamb m vimos outros diplomas legais a regularam Foi sob a gide de nosso C digo de Processo Civil arts 1 072 a 1 102 atinentes arbitragem posteriormente revogados que entrou em vigor a Lei Complementar 75 98 dispondo sobre a organiza o e o funcionamento do Minist rio P blico da Uni o e em particular o Minist rio P blico do Trabalho Este ltimo que interessa a este trabalho Est ele delineado nos arts 83 a 115 da referida Lei Complementar al m de constar da Carta Magna art 128 I b Como se v do didatismo inteligente do art 83 inciso XI da Lei Complementar 75 93 compete ao Minist rio P blico do Trabalho o exerc cio das seguintes atribui es junto aos rg
451. o Jornal Trabalhista Ano XI n 508 pp 529 535 Ed Consulex Bras lia junho de 1994 259 4 2 7 O MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO E O MEIO AMBIENTE DE TRABALHO Ab initio enfatizamos que o Minist rio P blico do Trabalho norteando se no conceito de sa de elaborado pela Organiza o Mundial da Sa de OMS de estado completo de bem estar f sico mental e social nas normas relativas ao trabalho sa de e seguran a regulamentadas pela Organiza o Internacional do Trabalho OlT ratificadas pelo Brasil e naquelas previstas na Constitui o da Rep blica e na legisla o infraconstitucional tem exigido meio ambiente de trabalho adequado nas instala es das empresas de forma a prevenir os riscos de acidentes no trabalho sobretudo aquele que envolve periculosidade insalubridade e penosidade O Parquet Trabalhista ao investigar o cumprimento das normas observar a partir de dados fornecidos atrav s de laudos de fiscaliza o do Minist rio do Trabalho 1 a exist ncia de trabalhadores menores de 18 anos os quais n o poder o exercer atividades em ambientes insalubres perigosos e penosos ou em jornada noturna 2 a exist ncia de prorroga o de jornada de trabalho em condi es insalubres sem previs o em instrumentos coletivos de trabalho e sem licen a da autoridade competente art 60 da CLT 3 a exist ncia e a implementa o de Programa de Controle M dico de Sa de Ocupacional PCMSO art 1
452. o ao Parquet a possibilidade de atuar nas reas mais sens veis para a vida de uma popula o Como exclusivo titular da a o penal p blica fiscal da ordem jur dica e defensor do regime democr tico do cidad o ombudsman dos interesses das popula es ind genas do meio ambiente do patrim nio p blico e social e dos interesses difusos e coletivos em geral atingiu o Parquet uma posi o sem d vida de relevo no quadro da organiza o do Estado Brasileiro Esse avan o provocou inclusive uma discuss o doutrin ria positiva sob o atual perfil constitucional da Institui o ante o status alcan ado Estas s o as coloca es hist ricas e constitucionais que necessit vamos fazer para melhor expor o perfil da Institui o nos dias atuais Por outro lado n o ser ocioso registrar no contexto que os C digos de Processos Civis de 39 e 73 deram muita for a institui o tanto como rg o agente como rg o interveniente custos legis Ademais foi em 1951 atrav s da Lei 1 341 que foi criado o Minist rio P blico da Uni o integrado pelos Minist rios P blicos Federal Militar Eleitoral e do Trabalho embora com visto anteriormente pertencente ao Poder Executivo 106 Em 1981 a Lei Complementar 40 implementadora do Estatuto do Minist rio P blico Nacional ampliou as garantias atribui es e veda es para os membros do Minist rio p blico Outrossim com a promulga o da lei de A
453. o car ter de uma Institui o aut noma e com atribui es pr prias Assim assinala a exposi o de motivos que justifica a edi o do Decreto n 848 O Minist rio P blico Institui o necess ria em toda organiza o democr tica e imposta pelas boas normas da justi a est representado nas duas esferas da justi a federal Depois do Procurador Geral da Justi a v m os Procuradores seccionais isto um em cada Estado Compete lhes em geral velar pela execu o das leis decretos e regulamentos que devam ser aplicados pela Justi a Federal e promover a a o p blica onde ela convier A sua independ ncia foi devidamente resguardada Por conseguinte tivemos atrav s dessa norma a organiza o da Justi a Federal a estipula o do prazo de quatro anos para os Procuradores da Rep blica servirem durante os quais n o poderiam ser removidos o que garantia a independ ncia da Institui o 98 Com o segundo Decreto sob o n 1 030 de 14 de novembro de 1890 foi organizado o Minist rio P blico do Distrito Federal consagrando se a autonomia da Institui o al m de atribuir lhe a defesa e a fiscaliza o das execu es das leis e dos interesses gerais a assist ncia dos sentenciados alienados asilados e a promo o da a o p blica contra todas as viola es do direito A Constitui o Federal de 1891 primeira da fase Republicana apesar do significativo avan o legal do Minist rio P bl
454. o contra o Estado desde que como foi 33 um direito que tem como objeto dito presentes as condi es da a o primacial a obten o da tutela jurisdicional por excel ncia efetivada atrav s da senten a definitiva ou de m rito seja de proced ncia ou improced ncia 334 O art 5 inciso XXXIV a da CF traz em seu bojo a garantia do direito de peti o quando testifica s o a todos assegurados independentemente de taxas a o direito de peti o aos Poderes P blicos em defesa de direito ou contra ilegalidade ou abuso de poder 335 GOMES CANOTILHO Jos Joaquim Constitui o da Rep blica Portuguesa Anotada 1 vol 2a ed Coimbra Livraria Almedina 1984 p g 286 338 O Direito Publico subjetivo de a o encontra limites pois para ser exercitado demanda a presen a das condi es da a o legitimado ad causam possibilidade jur dica do pedido e interesse A falta de algum desses elementos des gua na extin o do processo sem aprecia o do m rito por car ncia de a o e isso n o implica em viola o ao princ pio constitucional do direito de a o 350 N o ocioso frisar tamb m que a assist ncia jur dica prevista no art 5 inciso LXXIV da Carta Maior decorr ncia do princ pio do direito de a o Atentem se que diferentemente do texto da Constitui o anterior que se referia a assist ncia judici ria hoje a assist ncia prestada jur dica e engloba a judicial
455. o contrato de trabalho dos empregados grevistas s o automaticamente suspensos Com efeito nada obsta entretanto que a greve possa interromper ou at extinguir o contrato de Trabalho guisa de exemplo a Justi a do Trabalho atrav s de senten a normativa proferida em diss dio coletivo instaurado em face de movimento paredista pode estipular na senten a que o movimento por ter sido instaurado de forma legal justo e leg timo apenas interrompeu o contrato de trabalho determinando seja pago e garantido todos os direitos aos trabalhadores dos dias parados Por outro lado em caso de abuso pode o empregador extinguir o contrato de trabalho dos grevistas por justa causa em virtude de os grevistas terem excedidos aos limites tratados na lei de greve 2 Giza o art 9 Durante a greve o sindicato ou a comiss o de negocia o mediante acordo com a entidade patronal ou diretamente com o empregador manter em atividade equipes de empregados com o prop sito de assegurar os servi os cuja paralisa o resulte em preju zo irrepar vel pela deteriora o irrevers vel de bens m quinas e equipamentos bem como a manuten o daqueles essenciais retomada das atividades da empresa quando da cessa o do movimento Estipula o art 14 da lei Constitui abuso do direito de greve a inobserv ncia das normas contidas na presente Lei bem como a manuten o da paralisa o ap s a celebra o de acordo conven o ou decis
456. o de proteg los Melhor dizendo o problema que temos diante de n s n o filos fico mas jur dico e num sentido mais amplo pol tico N o se trata de saber quais e quantos s o esses direitos qual sua natureza e seu fundamento se s o direitos naturais ou hist ricos absolutos ou relativos mas sim qual o modo mais seguro 164 para garanti los para impedir que apesar das solenes declara es eles sejam continuamente violados 18 Nessa perspectiva o foco principal dessa parte do trabalho o cidad o E falar em cidad o falar de cidadania entretanto tantos deixam de usufru la por serem desde cedo castrados dos seus direitos essenciais e exclu dos da vida em sociedade Como registrei alhures preciso resgatar ao povo seus t tulos de cidad os com direito alimenta o sa de moradia educa o direito enfim de ser gente direito de ser pessoa E aqui sejamos cada um de n s int rpretes do nosso povo a voz desse povo exausto o povo sofrido do nosso Brasil e de algumas partes do planeta vitimados por um tipo nocivo de pol tica de um desenvolvimento econ mico excludente que gera desigualdades crescentes injusti as frequentes que rompe la os de solidariedade que reduz e extingue direitos que lan a popula es inteiras a condi es sub humanas e cada vez mais indignas de vida Todo homem cidad o cidad o do infinito porque existe uma cidadania que tra
457. o desse processo ocorreu com a edi o da Lei de 19 de mar o de 1317 pelo rei D Diniz que intervindo nos tribunais senhoriais assumiu as fun es de julgar as demandas em ltima inst ncia para fortalecer o poder real Desde o princ pio da monarquia especialmente a partir de D Afonso Ill apareceu em Portugal ind cios de advogados ou procuradores do rei por m n o se organizavam ainda como uma verdadeira magistratura nem muito menos se encarregavam da defesa dos interesses sociais Com efeito no ano de 1289 existia a figura do procurador do rei o qual se compararia hoje ao advogado do fisco A consolida o e a centraliza o do exerc cio da jurisdi o pela coroa deu se com as Ordena es do reino Afonsinas de 1456 Manuelinas de 1521 e as Filipinas de 1608 Conta nos a hist ria que a primeira refer ncia ao promotor de justi a consta nas Ordena es Manuelinas que atribuiu nova figura o papel de fiscalizar o cumprimento da lei e de sua execu o Todavia com as Ordena es Filipinas que s o previstas ao lado do promotor de justi a da Casa da Suplica o outras figuras como Procurador dos Feitos da Coroa Procurador dos Feitos da Fazenda e o Solicitador da Justi a da Casa da Suplica o que abrangeram fun es que posteriormente seriam exercidas pelo Minist rio P blico 41 Benedicto de Campos e Ant nio Cl udio da Costa Machado citados por t informa nos que o Promoto
458. o dos sindicatos intersindicais tendo necessariamente composi o parit ria com representantes dos empregados e dos empregadores Comiss es de Empresas s poder o conciliar conflitos envolvendo trabalhadores pertencentes aquelas empresas aplicando se o mesmo racioc nio s Comiss es de mbito sindical ou intersindical 325 No diapas o n o pode ser objeto de aprecia o das CCPs a as quest es de ordem p blica como as relacionadas com a seguran a e a sa de do trabalho e quest o que envolve vinculo de emprego b a presta o de assist ncia ao trabalhador na rescis o do contrato de trabalho firmado h mais de um ano que continua a cargo do sindicato profissional ou da autoridade do MTbE e na sua falta daquelas mencionadas nos par grafos 2 e 3 do art 477 da CLT e c o funcionamento como rg o de arbitragem Aumentando gide de aprecia o registre se que em virtude do estipulado no art 8 da CF garantidor do direito livre sindicaliza o n o h necessidade de o empregado ser sindicalizado para ter sua demanda submetido a uma CCP No particular em se tratando de servidor p blico como a Comiss o sindical ou intersindical depende de norma coletiva art 625 C da CLT e embora os servidores tenham garantido o direito livre associa o sindical art 37 VI da CF 88 a CF n o permite a celebra o de conven es coletivas ou acordos coletivos de trabalho em favor dos se
459. o em citando Carpenter frisa que e a melhor doutrina incontestavelmente aquela que permite ao Minist rio P blico invocar a prescri o pois que ele o advogado da lei o procurador dos interesses gerais da sociedade o amparo dos fracos e incapazes V rios tribunais se posicionaram nesse sentido PRESCRI O ARGUI O PELO MINIST RIO P BLICO EM REMESSA NECESS RIA Aplica o do Enunciado n 308 do TST Em se tratando de remessa necess ria o Minist rio P blico do Trabalho no mbito de sua compet ncia est legitimado para arguir a prescri o a teor do Enunciado n 308 do TST A norma constitucional que ampliou a prescri o na a o trabalhista para 5 anos de aplica o imediata n o atingindo pretens es j alcan adas pela prescri o bienal quando a promulga o da Constitui o de 1988 TRT 19 Regi o Ac no RO 349 92 Rel Juiz Jo o Batista DJ de 17 08 94 7 MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO DIFICULDADES ATUAIS interessante registrar de partida que o Minist rio P blico do Trabalho o ramo do Minist rio P blico da Uni o que mais se expandiu em termos de 279 VEIGA Elizabeth Procuradora do Trabalho do Minist rio P blico da Uni o lotada na 62 Regi o parecer in dito gentileza da autora 20 SANTOS J M de Carvalho C digo Civil Brasileiro Interpretado Vol III Rio de Janeiro Freitas Bastos 1937 p 371 apud parecer da Procuradora Elizabeth Veiga 300 atu
460. o exame da regularidade da conven o das partes ao constitu rem esse mecanismo para solu o de seus conflitos trabalhistas pode e at deve ser feito no pr prio ju zo trabalhista que vier a se formar por uma reclama o trabalhista comum ou seja a exist ncia de uma cl usula compromiss ria n o motivar de plano sem qualquer avalia o a extin o do processo trabalhista sem o julgamento de m rito j que no Direito do Trabalho o que se tem como princ pio a presun o de v cio de vontade quando o trabalhador renuncia a um direito especialmente quando isso se d no ato da forma o da rela o contratual ou durante o transcurso desta 383 SOUZA J NIOR Ant nio Umberto de apud Renata Cristina Piaia Petrocino O Minist rio P blico do Trabalho e a nova lei de arbitragem S ntese Trabalhista Ano IX n 110 p 9 Porto Alegre S ntese agosto de 1998 384 FRANCO FILHO Georgenor de Souza A Nova Lei de Arbitragem e as Rela es de Trabalho S o Paulo LTr 1997 p 25 392 12 2 DOUTRINA FAVOR VEL ARBITRAGEM TRABALHISTA Cl udio Armando Couce de Menezes e Leonardo Dias Borges foram perspicazes ao sintetizarem os principais argumentos contr rios utiliza o da arbitragem no mbito dos conflitos individuais trabalhistas inclusive j assinalados acima ao aduzirem N o poucos desprezam ou rejeitam expressamente a arbitragem nos diss dios individuais argumentando com a omiss
461. o ha sido sometido al arbitraje con el consentimiento de todas las partes interesadas para su soluci n final deber a estimularse a las partes para que se abstengan de recurrir a huelgas y a lock out s mientras dure el procedimiento de arbitraje y para que acepten el laudo arbitral 336 Arbitragem de queixas grievance arbitration que tem por objetivo dirimir as controv rsias oriundas das conven es coletivas isto conflitos de natureza jur dica a respeito de aplica o ou interpreta o desses conv nios Normalmente a categoria neste tipo de processo arbitral abst m se de deflagrar qualquer movimento grevista Arbitragem de interesses interest arbitration destinada fixa o de novas condi es de trabalho como sal rios hor rios pens es e vantagens sociais Arbitragem de ofertas finais final offer arbitration onde o rbitro se condicionar ao que for pleiteado pelas partes limitando se a decidir por um dos pedidos vedadas solu es interm dias Engloba a arbitragem por pacotes package arbitration Arbitragem med arb onde o rbitro atua primeiramente como mediador e somente ap s frustrada a negocia o levado a decidir a arbitragem a ele proposta L os rbitros s o escolhidos pelas partes livremente em ag ncias especializadas como a FMCS Federal Mediation and Conciliation Service rg o p blico AAA American arbitration Association rg o privado De res
462. o imediata de greve sem aviso com a necess ria anteced ncia art 3 j greve com viol ncia e danos f sicos a colegas empregador ou les o ao patrim nio da empresa art 5 k recusa manuten o de percentual de empregados prestando os servi os essenciais no atendimento s necessidades inadi veis da sociedade art 9 manuten o de grave ap s decis o da Justi a do Trabalho Demais disso segundo o mesmo autor considera se direito difuso no mbito da Justi a do Trabalho a hip tese de movimento paredista deflagrado por sindicato profissional naqueles servi os considerados essenciais e inadi veis 188 Da mesma forma a cuja paralisa o possa acarretar danos comunidade greve deflagrada por sindicato de servidores celetistas naqueles munic pios que institu ram esse regime e que possa causar danos popula o uma vez que os servidores da administra o p blica direta aut rquica ou fundacional ainda que regidos pela CLT n o podem at que seja editada lei complementar CF art 37 VII exercer o direito de greve nem suscitar diss dio coletivo perante a Justi a do Trabalho A enumera o dos casos em que s o cab veis a a o civil p blica no mbito da Justi a do Trabalho n o poderia ser exaustiva Com efeito as situa es que ensejam a propositura da a o civil p blica para a defesa dos interesses coletivos ou difusos na seara trabalhista est o a se multiplicar cons
463. o libelo oferecido pelo membro do parquet irrelevantes s o as provas colhidas no inqu rito A jurisprud ncia da Suprema Corte Americana diante dos casos de prop sitos interesses escusos ou discriminat rios principalmente com o escopo de retalia o do acusado tem evolu do em seus julgados no sentido de reconhecer viola o ao princ pio da igualdade perante a barreiras da desigualdade social e mis ria sempre foram ber o prop cio para o servilismo evitar ou pelo menos reduzir as injusti as que por ventura s o cometidas Ciclo de Confer ncias sobre o Anteprojeto do C digo Penal de Nelson Hungria Instituto Latino americano de Criminologia Imprensa Oficial do estado de S o Paulo 1965 pp 463 4 CARVALHO Paulo Pinto op cit p 104 Atentando para outros aspectos Heleno Fragoso denuncia a deturpa o da sociedade e principalmente a parcialidade dos Tribunais ao afirmar que o Direito Penal um direito de pobres ou seja contra os pobres denunciando a desigualdade proporcionada para insufici ncia de recursos materiais FRAGOSO Heleno Cl udio Direito Penal e Direitos Humanos Rio de Janeiro Forense 1977 p 28 108 GUIMAR ES J NIOR Renato Magistratura e Minist rio p blico nos Estados Unidos segundo seus l deres e um olhar no futuro Justitia ano XXXIX vol 98 pp 128 129 S o Paulo 3 Trimestre de 1977 90 lei provar que em outro caso que envolveu situa o semelhante n o foi oferecida a den ncia
464. o magno consagra o Comiss rio de Governo com a fun o de acusador p blico art 65 Entretanto a partir de 1810 com o Code d Instruction Criminelle que o Minist rio P blico ganhou contornos delineados al m da import ncia que lhe foi conferida no Estado franc s N o houve mudan as significativas em sua estrutura o desde o per odo napole nico Nos pa ses da Europa Ocidental onde se adota o modelo romano germ nico o Minist rio P blico tido como um dos segmentos da magistratura Para diferenciar o parquet dos magistrados adotou a denomina o magistrature d bout ou seja os magistrados de p tendo em vista que a princ pio ocupavam espa o pr prio nas se es judiciais e sempre ao se pronunciarem ficavam levantados Para os membros do judici rio utiliza se a express o magistrature assise ou si ge N o s por isso adv m a necessidade de diferencia o Aspectos outros s o imperiosos como o fato de ju zes e membros do Minist rio P blico se substitu frem mutuamente decorr ncia do princ pio da fungibilidade adotado na Fran a e na It lia Importante observar que no modelo de Estado franc s a organiza o centralizada e unit ria n o s do Minist rio P blico como de toda a institui o judici ria que por sua vez se encontra vinculada ao Poder Executivo gt TONAGHI H lio Curso de Direito Penal Vol 1 8 ed S o Paulo Saraiva 1991 p 481 o RASSANT M L
465. o se por consequ ncia decis o do rbitro Pode ser ele judicial ou extrajudicial dependendo se instalada sob os olhos do Judici rio ou n o De seu turno a cl usula compromiss ria tamb m denominada pacto de compromitendo faz nascer uma obriga o de fazer qual seja a institui o do compromisso arbitral N o h lide em quest o quando da constitui o da cl usula compromiss ria Tal cl usula apenas demonstra a vontade inequ voca das partes de instituir uma arbitragem para qualquer lide futura utilizando se das benesses trazidas pelo instituto Trata se de neg cio totalmente aut nomo independente do instrumento contratual em que esteja inserido Isto o impede de ser analisado em conjunto com o contrato do qual possa fazer parte Em outras palavras o contrato sendo nulo n o implicar na nulidade da cl usula compromiss ria Neste diapas o sobreleva a n s o fato de que n o deve ser recomendada a inser o de cl usulas compromiss rias em contratos individuais de trabalho visto que permitem a configura o de abusos por parte do empregador hiper suficiente diante do trabalhador em busca de emprego Se doravante for encontrada 420 De acordo com o caput do art 8 da Lei de Arbitragem in verbis A cl usula compromiss ria aut noma em rela o ao contrato em que estiver inserta de tal sorte que a nulidade deste n o implica necessariamente a nulidade da cl usula compromiss ria
466. oas que 179 n o t m acesso justi a na medida em que o deslocamento do Membro do Minist rio P blico noite e na companhia de estagi rios para um local previamente definido Associa es de Bairro Centros Comunit rios Escolas Igrejas etc proporciona o atendimento e orienta o a esta popula o na tentativa de conscientiz la de seus direitos e dos respectivos instrumentos de defesa da cidadania al m do que possibilita a imediata ado o das medidas administrativas e judiciais destinadas resolu o dos conflitos individuais ou coletivos que estiverem inseridos nas in meras reas de atua o institucional Por outro lado mister se faz tamb m que o Minist rio P blico no cumprimento de seu papel constitucional de guardi o da cidadania recrudes a o relacionamento com os Poderes Judici rio Legislativo e Executivo Apenas para ilustrar uma maior aproxima o do Minist rio P blico com o Poder Judici rio faz com que haja um aumento da presta o da justi a objetivos institucionais comuns tanto ao Poder Judici rio quanto ao pr prio Minist rio P blico al m do que o Minist rio P blico o canal por onde chegam ao Judici rio quest es da mais alta relev ncia para a sociedade o que sem d vida decisivo para a proje o e engrandecimento desse Poder Essas afinidades ensejam em suma di logo institucional permanente e conviv ncia mais pr xima e harm nica Quanto aproxima o c
467. oblema exsurge Os demais ramos do direito aplicariam de imediato o disposto no C digo Civil declarando nulo o ato haja vista que a contrata o dos demandantes n o obedeceu a forma prescrita em lei sistema consubstanciada na axiom tica par mia latina actus corruit omissa forma legis nulo o ato que omite a forma da lei 22 SILVA Nelson Soares da Parecer in dito gentileza do autor 257 O problema reside no fato de que tal disposi o baseada na teoria de que nulo o ato se restabelece o status quo ante sendo o efeito ex tunc retroagindo ao momento da forma o do contrato Todavia o Direito do Trabalho tem particularidades e dentre essas encontra se a de que n o se pode devolver a presta o de servi os despendida pelo obreiro nem obrig lo a devolver os sal rios j percebidos O Direito do Trabalho pobre no disciplinamento dessa situa o uma vez que inexiste normas na CLT ou legisla o extravagante que a regulamente Nesse caso devemos nos louvar das disposi es previstas no C digo Civil adaptando as ao Direito Laboral 223 A li o de D lio Maranh o que conhece do assunto ex professo no seguinte sentido o qual nos filiamos a esse ensinamento Atingindo a nulidade o pr prio contrato segundo os princ pios do direito comum produziria a dissolu o ex tunc da rela o A nulidade do contrato em princ pio retroage ao instante mesmo de sua forma o quod nullum est null
468. obre a ocorr ncia de dano a interesse ambiental paisag stico do consumidor etc Nesta nova fase o Promotor de Justi a passa a atuar como verdadeiro advogado como rg o agente que prop e a a o requer dilig ncias produz provas etc dos interesses sociais coletivos ou difusos Em meados da d cada de 1980 as diversas associa es estaduais e nacional CONAMP do Minist rio P blico elaboraram a partir de uma ampla consulta a todos os Promotores de Justi a do pa s uma s rie de propostas que 118 redundariam no documento conhecido por Carta de Curitiba documento aprovado no 1 Encontro Nacional de Procuradores Gerais de Justi a e Presidentes de Associa es de Minist rio P blico em junho de 1986 que elencava as principais reivindica es dos mesmos Este documento trazia o delineamento b sico de um novo perfil institucional do Minist rio P blico definindo sua unidade indivisibilidade e independ ncia funcional Assegurava lhe a autonomia funcional e administrativa Garantia lhe as mesmas prerrogativas dos membros do Poder Judici rio como a vitaliciedade inamovibildade e irredutibilidade de vencimentos Este novo perfil trazido pela Carta de Curitiba seria a base do texto constitucional da Carta Magna de 1988 no que se refere ao Minist rio P blico verdadeira revolu o jur dica que mais frente trataremos Enfim pode se resumir que o Minist rio P blico antes da Constitui o de 5 10 8
469. ociedade Anais do 13 Congresso Nacional do Minist rio P blico Vol 3 pp 80 90 26 a 29 de outubro 1999 MARANH O D lio Arnaldo Sussekind e Segadas Vianna Institui es de Direito do Trabalho 11 Ed S o Paulo Ltr 1991 162 MALHEIROS DA FONSECA Vicente Jos Diss dio individual e concilia o extrajudicial trabalho publicado na home page do E TRT da 9 Regi o http www1 jus com br doutrina texto asp id 1236 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 18 ed S o Paulo Malheiros 1993 MAXIMILIANO Carlos Hermen utica e Aplica o do Direito 8 ed Rio de Janeiro Livraria Freitas Bastos 1965 MELLO Celso Albuquerque de Direito Internacional P blico Vol 2 10 ed Rio de Janeiro Renovar 1994 MACHADO Ant nio Cl udio Costa A Interven o do Minist rio P blico no Processo Civil S o Paulo Saraiva 1989 MENEZES Cl udio Armando Couce de Anula o de cl usulas acordos e conven es coletivas de trabalho Jornal Trabalhista n 20 980 Bras lia Consulex pp 5 25 Agosto 2003 Arbitragem solu o vi vel para o descongestionamento da Justi a do Trabalho Dependeria o seu funcionamento de altera o em nosso ordenamento 484 jur dico S ntese Trabalhista Ano IX n 116 Porto Alegre S ntese p 143 abril de 1998 MENEZES Cl udio Armando Couce de amp BORGES Leonardo Dias Ju zo Arbitral no Processo do Trabalho Revis
470. olu o ocorreu no Direito Romano em sua modalidade obrigat ria pois o pretor preparava a a o primeiro mediante o enquadramento na a o da lei e depois acrescentando a elabora o da f rmula e em seguida submetia o julgamento a um judex ou arbiter objetivado por um particular estranho ao corpo funcional romano desde que id neo que tinha a incumb ncia de solver o lit gio Como dito anteriormente Quintiliano gram tico de profiss o foi in meras vezes nomeado arbiter tanto que veio a contar em livro as suas experi ncias 291 No passado houve grandes dificuldades para que os indiv duos se sujeitassem s decis es estabelecidas pelos tribunais por seres estranhos Para tanto foi atribu da a esses rg os a origem divina para que suas decis es pudessem ser aceitas com mais facilidade pelos indiv duos 2 TEIXEIRA S lvio de Figueiredo Confer ncia proferida no semin rio A arbitragem e o Brasil uma perspectiva m ltipla S o Paulo 13 11 1996 trabalho in dito gentileza do autor 308 N o se confunde com arbitramento embora tenham a mesma raiz etimol gica do latim arbiter juiz ou rbitro O arbitramento procura determinar o valor de fatos ou coisas para se chegar equival ncia pecuni ria Pode ser volunt ria voluntary arbitration que decorre da submiss o espont nea das partes a um rbitro ou a um tribunal arbitral e obrigat ria compulsory arbitration que im
471. om o Poder Legislativo oportuno mostrar que o Minist rio P blico respons vel pela implementa o de in meras das leis mais importantes editadas pelo poder Legislativo a come ar pela Constitui o e pelas leis penais P r outro lado preciso reconhecer que o prest gio do Poder Legislativo depende diretamente da qualidade das leis que produz e do grau de 167 TAVARES Paulo Cezar Vieira O Minist rio P blico Social e o Servi o social Anais do 13 Congresso Nacional do Minist rio P blico Vol 3 pp 21 25 26 a 29 de outubro de 1999 168 FERRAZ Ant nio Augusto Mello de Camargo As Rela es entre o Minist rio P blico a Sociedade e os Poderes Constitu dos Anais do 13 Congresso Nacional do Minist rio P blico V 3 pp 35 41 26 a 29 de outubro de 1999 180 acatamento que venham a merecer da sociedade a que se destinam No espec fico observa se com frequ ncia a falta de uma congru ncia na aplica o e cria o das leis isto inexiste no Brasil um sistema que avalie primeiramente as consegu ncias Lacunas objetivos tend ncias e danos que as novas leis poder o gerar para a sociedade A entraria o Minist rio P blico como guardi o da lei que ao notar essas caracter sticas remeteriam ao legislativo toda a estrutura material e pr tica da efetiva o na sociedade dessa lei e ademais diminuiria a quantidade de leis mortas no nosso pa s ou seja leis que n o s o cumpridas que apenas
472. omo e independente de que todo o conjunto social necessita certo que ainda muit ssimo insuficiente posto que a demanda social reprimida por anos a fio com certeza 173 absolutamente superior Mas a efici ncia do Minist rio P blico facilmente percept vel embora as tentativas de patroc nio de seu retrocesso tenham sido incont veis Atualmente ainda bastante agredida a Institui o em nome de improv veis excessos que possa vir a cometer em suas investiga es Investiga es estas que chegam a ser questionadas o que deve assustar o incauto leitor Perguntar o cidad o comum ora como pode o Minist rio P blico ajuizar uma a o penal contra o criminoso mas n o pode investig lo Pois in meras s o as tentativas de se excluir esta prerrogativa do Minist rio P blico o que nos obriga a nos declararmos totalmente contr rios a esta exclus o por ferir os interesses da sociedade como um todo Mesmo com todo o esfor o dos membros do Minist rio P blico a Institui o necessita de uma vez por todas consolidar o seu papel perante a sociedade brasileira e suas correspondentes prerrogativas dentro do ordenamento jur dico vigente Provavelmente pelo fato de ainda n o estar consolidada a sua maioridade jur dica que a popula o brasileira em sua absoluta maioria desconhece o Minist rio P blico desconhecem sua organiza o seu funcionamento suas compet ncias e sobremenos sua fun o con
473. omo j se disse em virtude de sua generalidade poss vel imaginar casos em que haja d vida sobre a exist ncia do interesse p blico Por outro lado Levenhagen enfatiza O conte do do inciso Ill do artigo em estudo por demais vago e subjetivo porquanto n o h um crit rio para se avaliar ou para se definir quando se caracteriza esse interesse p blico mesmo tendo o C digo salientado aqueles dois fatores a serem levados em conta a natureza da lide ou a qualidade da 428 FILHO Vicente Greco Direito Processual Civil Brasileiro Vol S o Paulo Saraiva 1981 p 210 424 parte O que para uns pode ser de interesse p blico para outros poder n o s lo E essa discuss o jur dica que se estabeleceu apresenta se cada vez mais acentuada por for a da dificuldade que os operadores do Direito t m em conceituar a categoria interesse p blico no Ordenamento Jur dico Sem esta defini o como precisar em quais a es haver interesse p blico Este impasse leva nos a perguntar Estando uma pessoa jur dica de Direito P blico presente em uma lide suficiente para determinar mencionado interesse e exigir a interven o da Institui o Ministerial Ou ent o se em todas as a es judiciais e suas decis es dirimindo in meras lides n o convergem para uma perfeita harmonia econ mica e social da popula o h um interesse p blico presente nelas Por tal raz o parte da doutrina e
474. omplementar 75 93 especialmente para elaborar e aprovar o seu Regimento Interno o do Col gio de Procuradores do Trabalho e o da C mara de Coordena o e Revis o do MPT as normas e as instru es para o concurso de ingresso na carreira as 210 normas sobre as designa es para os diferentes of cios do MPT os crit rios para distribui o de procedimentos administrativos e quaisquer outros feitos no MPT os crit rios de promo o por merecimento na carreira o procedimento para avaliar o cumprimento das condi es do est gio probat rio Il indicar os integrantes da C mara de Coordena o e Revis o do Minist rio P blico do Trabalho IIl propor a exonera o do Procurador Geral do Trabalho IV destituir por iniciativa do Procurador Geral do Trabalho e pelo voto de 2 3 dois ter os de seus membros antes do t rmino do mandato o corregedor Geral V elaborar a lista tr plice destinada promo o por merecimento VI elaborar a lista tr plice para Corregedor Geral do Minist rio P blico do Trabalho VII aprovar a lista de antiguidade do Minist rio P blico do Trabalho e decidir sobre as reclama es a ela concernentes VIII indicar o membro do MPT para promo o por antiguidade observado o disposto no art 93 Il d da CF IX opinar sobre a designa o de membro do MPT para a funcionar nos rg os em que a participa o da Institui o seja legalmente prevista b integrar comiss es t cnicas ou cient ficas
475. omprovadas neste trabalho ademais a de que o Minist rio P blico do Trabalho ainda tem muito mais a oferecer sociedade brasileira se forem corrigidos alguns problemas que atualmente prejudicam a sua atua o e uma de suas grandes contribui es na nossa tica 9 CAMINHA Marco Aur lio Lustosa Tese de Mestrado sob o t tulo A Amea a do Alheamento do Estado s Rela es de Trabalho no Brasil argumentos em defesa da interven o estatal e do 27 se refere a sua atua o como rbitro cujo objetivo maior consiste em solucionar de forma extrajudicial todo e qualquer esp cie de conflitos sociais desde que de compet ncia da Justi a do Trabalho 2 METODOLOGIA UTILIZADA Como visto a estrutura da tese compreende nove partes didaticamente discriminadas por cap tulos Esclarecemos de partida que a nossa tese eminentemente dogm tica de modo que a nossa orienta o adotou uma metodologia de aplica o do direito material e instrumental mais voltada para uma reconstru o te rico cient fica do direito instrumental restrita s situa es analisadas Registramos ademais que a nossa tese n o de Direito Comparado nem de Legisla o comparada embora n o achamos ocioso tecermos algumas considera es sobre o Minist rio P blico do Direito Estrangeiro e sobre o instituto da arbitragem tamb m no Direito Estrangeiro para servir de apoio s conclus es apresentadas durante o seu desenvolvimento
476. onais Revista do Minist rio P blico do Trabalho ano VIII S o Paulo Set 1998 BRAND O Paulo de Tarso A o Civil P blica Florian polis Obra Jur dica Editora 1996 BARBOSA Rui Ora o aos Mo os S o Paulo Martins Claret 2003 BASTOS Celso Ribeiro Curso de Direito Constitucional 22 ed S o Paulo Saraiva 2001 BOBBIO Norberto A Era dos Direitos Rio de Janeiro Editora Campus 1992 BRANCO Elvia Lordello Castelo Aspectos do Minist rio P blico de Portugal e do Brasil estudo comparativo Revista de Informa o Legislativa V 10 n 39 p 51 112 jul set 1973 BERTOLIN Patr cia Tuma Martins Reformula o do Processo do Trabalho Juizados de Pequenas Causas Trabalhistas S o Paulo LTr 1996 C CAMPOS Benedicto de O Minist rio P blico e o novo C digo de Processo Civil S o Paulo Revista dos Tribunais 1976 CANOTILHO J J Gomes Direito Constitucional 6 ed Coimbra Liv Almedina 1993 466 Constitui o dirigente e vincula o do legislador Coimbra Coimbra Editora 1982 Constitui o da Rep blica Portuguesa Anotada 1 vol 2 ed Coimbra Livraria Almedina 1984 CAPPELLETTI Mauro amp JOLOWICZ J A Studies in a Comparative Law Public Interest and the Cative Role of the Judge in Civil Litigation Milano Dott A Giuffr Editore Ferry New York New York Oceana Publications Inc 1975 CAPELLETTI Mauro Formazioni sociali e
477. onsoante preceitua o art 430 da CLT Demais disso obriga se o aprendiz frequentar o curso de aprendizagem podendo sofrer desconto dos dias em que faltar aos trabalhos escolares sem justificativa aceit vel constitu do a falta reiterada justa causa para sua dispensa CLT art 432 c c art 8 do Decreto Lei 8 622 46 237 P e de manifesto que a legisla o faculta seja ao aprendiz atribu do sal rio inferior ao m nimo A ele garantido sal rio nunca inferior metade do sal rio m nimo na 1 metade de dura o m xima do curso passando a receber 66 ou 2 3 do sal rio m nimo pelo menos na 2 metade CLT art 80 Tal fato se d em virtude do nus que o aprendiz representa ao empregador Quando o menor for submetido aprendizagem met dica no pr prio emprego este pode requerer por si ou por seus respons veis exame de habilita o no of cio ou ocupa o Decreto 31 546 52 art 6 Com efeito s o requisitos de validade do contrato de aprendizagem observ ncia da idade do menor de 14 a 18 anos a da aprendizagem met dica em of cio e ocupa o que a permita o respeito ao tempo de dura o do aprendizado e a pr via anota o da CTPS Noutro falar as simples anota o na CTPS requisito indispens vel do contrato de aprendizagem dispensa a realiza o de contrato escrito e d ao contrato de aprendizagem forma solene Na linha de racioc nio oportuno aludir que o contrato de aprendiza
478. onstitucional moderno bem tratar deste rejuvenescer do Direito Brasileiro a n s visivelmente engrandecedor de toda a sociedade Todavia duas institui es se nos mostram com incalcul veis bons reflexos efetividade de nossos direitos mormente com a novel posi o jur dica de nosso ordenamento S o elas o Minist rio P blico em especial o Minist rio P blico do Trabalho e a solu o de conflitos por m todos extrajudiciais em especial a arbitragem trabalhista No que concerne ao Minist rio P blico como foi visto ex abundantia nos t picos precedentes este hoje se apresenta como aut ntico advogado dos 4 BOBBIO Norberto A Era dos Direitos Rio de Janeiro Editora Campus 1992 p 80 454 interesses sociais dos interesses difusos e coletivos sentido amplo titular da a o que se fizer necess ria para proteger o que de todos O rg o Ministerial insere se dentre os rg os da Administra o P blica contudo em posi o especial como organismo essencial justi a resultante de suas fun es na tutela da ordem jur dica do regime democr tico e dos interesses sociais e individuais indispon veis promovendo fiscalizando combatendo e opinando o Minist rio P blico cuida de garantir nas reas que a lei determina o interesse geral N o rg o julgador por m procura impor a preval ncia do interesse p blico na aplica o processual do direito objetivo para que sempre os val
479. ontrariedade CF de 1824 instituir a arbitragem for ada ou obrigat ria para determinados tipos de causas Por outro lado o Regulamento do C digo Comercial de n 737 de 1850 sedimenta esta linha evolutiva da arbitragem obrigat ria definindo que todas as causas comerciais deveriam utiliz la Todavia n o duraria muito tempo o regime da arbitragem obrigat ria para causas comerciais sendo este sistema revogado pela Lei 1 350 1866 sem maiores controv rsias doutrin rias e jurisprudenciais na CARREIRA ALVIM Jos Eduardo Tratado Geral da Arbitragem Belo Horizonte Mandamentos 2000 p 17 MUJALLI Walter Brasil O Minist rio P blico do Trabalho e a nova lei de arbitragem S ntese Trabalhista Ano IX n 110 Porto Alegre S ntese p 7 agosto de 1998 25 poca O Decreto 3 900 1867 regulamentador da Lei citada introduz a possibilidade do julgamento por equidade na arbitragem facultativa em sendo assim acertado pelas partes submetidas decis o arbitral A Constitui o Federal de 1891 nada falou em torno da arbitragem Nem por isso pode se pensar que a arbitragem teria sido revogada Ficou ela mantida pelas leis seguintes edi o da CF 1891 sendo consolidada com o Decreto n 3 084 1898 Naqueles tempos de pluralismo processual federativo alguns Estados facultaram o uso da arbitragem em especial Minas Gerais Bahia Rio Grande do Sul Rio de Janeiro e S o Paulo Com as Cartas de 1934 e 1937 retorn
480. ontrov rsia judicial que constrange o trabalhador a transa es desastrosas para conseguir a vantagem de uma cobran a segura e imediata De qualquer modo indubit vel que existe uma tend ncia para admitir com muito maior benevol ncia e amplitude as ren ncias apresentadas posteriormente ao t rmino do contrato Por outro v rtice da quest o n o s o todos os direitos trabalhistas que s o pass veis de serem renunciados Somente poderiam ser renunci veis e portanto dispon veis direitos trabalhistas que n o promanem de regras imperativas ou de ordem p blica N o duvidamos da obrigatoriedade incondicional do cumprimento da lei Todavia temos que distinguir entre normas imperativas e normas dispositivas que nos demonstrar a exist ncia de uma grada o nesta obrigatoriedade legal Por esta raz o ressaltamos as atuais letras de S lvio de Salvo Venosa S o cogentes as normas que se imp em por si mesmas ficando exclu do qualquer arb trio individual S o aplicadas ainda que pessoas eventualmente beneficiadas n o desejassem delas valer se cada vez maior o n mero de 384 PL RODRIGUEZ Am rico Princ pios de direito do trabalho tradu o de Wagner D Giglio 3 ed S o Paulo LTr 2000 pp 183 184 379 normas cogentes pois a todo o momento o Estado interv m na rela o de particulares Nas leis cogentes as partes n o podem dispor diferentemente As normas disposi
481. or natural e a proibi o do promotor ad hoc O art 127 da Constitui o Federal atrav s do seu par grafo 2 assegura ao Minist rio P blico autonomia funcional e administrativa podendo observado o disposto no art 169 propor ao Poder Legislativo a cria o e extin o de seus cargos e servi os auxiliares provendo os por concurso p blico de provas e de provas e t tulos a lei dispor sobre sua organiza o e funcionamento Ademais O Minist rio P blico elaborar sua proposta or ament ria dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes or ament rias 3 Logo consoante o preceptivo constitucional acima o Minist rio P blico rg o independente funcional administrativa e financeiramente n o mais vinculado ao Poder Executivo enquanto corpora o e quanto a seus membros Nesse sentido pode propor ao Poder Legislativo a cria o e extin o de seus cargos al m de poder implementar toda a infra estrutura financeira indispens vel ao seu regular funcionamento 2 10 PRINC PIO CONSTITUCIONAL DO PROMOTOR NATURAL Vale aqui abrir um par nteses acerca do princ pio do promotor natural t o degolado por doutrinadores de duvidosa categoria Este princ pio est 125 inexoravelmente entrela ado com o princ pio constitucional do Juiz Natural tamb m chamado de princ pio da imparcialidade do juiz ou da autoridade competente encontrando se disciplinado no mesmo inciso do artigo 5
482. or sua vez com seus s mbolos signos e formalismos p em em relevo conforme as palavras de Mauro Capelletti a necessidade urgente de se refletir sobre a mudan a fundamental no pr prio conceito de justi a Ampliando o quadro de considera es n o podemos deixar de registrar por fim que a efetividade normativa e a efetividade material dos direitos fundamentais da humanidade dependem n o somente de iniciativa do legislador mas de um judici rio eficiente capaz de atender os anseios sociais de pol ticas p blicas s rias voltadas para o desenvolvimento salutar da pessoa humana porque no mundo p s moderno n o mais cabe um modelo de vida excludente fechado voltado para interesses puramente econ micos nos limites e par metros do pensamento da classe social dominante 160 CAPELLETTI Mauro GARTH Bryant Acesso Justi a Porto Alegre Sergio Antonio Fabris Editor 1988 p 93 167 A corrup o e a impunidade de agentes pol ticos e p blicos t o comuns nos tempos hodiernos t m funcionado como uma subvers o de valores sociais culturalmente assumidos como leg timos A corrup o a nega o radical da tica porque destr i na raiz as institui es criadas para realizar direitos A efetividade das normas jur dicas significa a utiliza o de instrumentos para sua real aplicabilidade a perfeita incid ncia da norma sobre a conduta de cada indiv duo isolada ou conjuntamente sua materializa o no mu
483. ordin ria foi deferida porque ciente o legislador das dificuldades dos obreiros em demandar em favor dos seus direitos inclusive os fundamentais Ademais disso est em ntima conson ncia com o papel do Minist rio P blico de zelar pelos direitos coletivos e indispon veis e pela ordem p blica arts 127 e 129 IX da CF e arts 1 5 e 83 da Lei Complementar n 75 83 A demanda do Minist rio P blico n o priva os trabalhadores os empregadores e as entidades sindicais de promoverem a es para discutir como quest o principal ou meramente prejudicial de m rito os v cios dos instrumentos coletivos a si aplic veis Quanto a legitimidade para propor a a o Carlos Henrique Bezerra Leite nesse ponto esclarece A legitimidade para propor a a o anulat ria de cl usula de acordo coletivo ou conven o coletiva facultada ao Minist rio P blico do Trabalho o qual atuar como substituto processual em defesa da ordem jur dica que protege os trabalhadores que sofreram ou sofrer o o desconto salarial a t tulo de contribui o assistencial ou contribui o confederativa ou qualquer outra cl usula que o rg o Ministerial reputar veladora das liberdades p blicas ou lesiva a direitos indispon veis dos trabalhadores Esta a o como j apontado ser ajuizada diretamente perante o Tribunal Regional do Trabalho ou Tribunal Superior do Trabalho conforme a base territorial alcan ada pela norma coletiva impugnada
484. ores supremos do bem comum se apresentem como ponto determinante nas resolu es das lides Por isso a tend ncia principalmente ap s a vig ncia da atual Constitui o Federal desatar o Minist rio P blico da obrigatoriedade por m n o da facultatividade de intervir nas causas onde n o haja evidente interesse social Mas ao contr rio caminha se a passos largos para uma efetiva atua o do Parquet em causas nobres que definitivamente v o diminuir as injusti as sociais e cuidar da qualidade de vida do ser humano com dignidade e nos processos ajudar a realizar uma presta o jurisdicional para a sociedade como um todo Nesse contexto desde a Carta de 1988 coube ao Minist rio P blico em especial ao Minist rio P blico do Trabalho demarcar seu campo de atua o buscando orientar suas atividades para alcan ar os fins almejados pela sociedade sempre norteado pelo princ pio constitucional da independ ncia funcional pelo qual o membro do Parquet tem total liberdade para exercer o seu mister sem o dever de submiss o outra institui o salvo o respeito s normas existentes 455 Destarte espera se do Minist rio P blico uma postura atuante em defesa dos verdadeiros interesses p blicos difusos coletivos e individuais homog neos ante a realidade social que se vive hoje sob pena de n o conter a desigualdade social Passado vista o fato de que a cada dia mais pessoas abandonam a heterocomposi
485. orld guided by an increasing and striking conflituosity could be originated from this panorama This scenery is particularly aggravated when it comes to working conflicts and chiefly individuals which can be daily seen by its millions at courts and competent juries Close to this an irritating and inefficient confirmed delay of the jurisdictional installment collaborates for a higher conflituosity Inspiring in a sense that relieves its endemic scene are the new social conflicts resolution Patterns are inspiring in a sense or in a way that relieves its endemic scene in an extrajudicial form especially mediation conciliation and arbitration each day even more valued by the legislator the indoctrinators and the native working Jurisprudence that long ago fought it in a vehement form We emphasize that the causes of all this problems are not the complete responsibility of the actual broken judicial problem solving In addition the search by extrajudicial or private solution on its own will not mean an immediate improvement on the jurisdictional installment but only a small relieve What happens is that the state model of working conflicts resolution finds itself worn out and has aggravated the problems whenever they go In this longed evolution we do have to gradually implement and with responsibility these not so new legal juridical codes so that the constitutional rights that are directed to an equilibrium on the employer
486. orrente A prescri o intercorrente aquela que se consubstancia no curso da a o A despeito de o antigo TFR ter asseverado na S mula 78 Proposta a a o no prazo fixado para o seu exerc cio a demora na cita o por motivos inerentes ao mecanismo da Justi a n o justifica o acolhimento da arg i o de prescri o bem como o TST ter vaticinado atrav s do Enunciado 114 do TST inaplic vel na Justi a do Trabalho a prescri o intercorrente estamos que essa em alguns parcos casos aplic vel Principalmente porque o Supremo Tribunal Federal atrav s da s mula de n mero 327 resolveu que O Direito Trabalhista admite a prescri o intercorrente Para ilustrar o nosso ponto de vista Manoel Ant nio Teixeira Filho defende pondera ser poss vel no processo de execu o a prescri o intercorrente segundo ele por dois motivos Primus porque se o devedor na execu o apresentar embargos execu o alegando prescri o CLT art 884 1 essa prescri o a intercorrente e n o a ordin ria do processo pois fosse assim teria que ser alegada no processo de conhecimento porquanto o contr rio a res judicata estaria sendo afrontada Secundus porque em se tratando de determina o do juiz parte para apresentar os artigos de liquida o s a este caberia objetiv la e em caso de permanecer inerte por dois anos a execu o seria extinta com aprecia o do m rito 267 FILHO M
487. os S o Paulo Martins Claret 2003 p 7 399 A regra da igualdade n o consiste sen o em quinhoar desigualmente aos desiguais na medida em que se desigualam Nesta desigualdade social proporcionada desigualdade natural que se acha a verdadeira lei da igualdade O mais s o desvarios da inveja do orgulho ou da loucura Tratar com desigualdade a iguais ou a desiguais com igualdade seria desigualdade flagrante e n o igualdade real Os apetites humanos conceberam inverter a norma universal da cria o pretendendo n o dar a cada um na raz o do que vale mas atribuir o mesmo a todos como se todos se equivalessem Esta blasf mia contra a raz o e a f contra a civiliza o e a humanidade a filosofia da mis ria proclamada em nome dos direitos do trabalho e executada n o faria sen o inaugurar em vez da supremacia do trabalho a organiza o da mis ria Mas se a sociedade n o pode igualar os que a natureza criou desiguais cada um nos limites da sua energia moral pode reagir sobre as desigualdades nativas pela educa o atividade e perseveran a Tal a miss o do trabalho Assim sendo o princ pio da prote o bem como os demais princ pios normalmente utilizados em Direito do Trabalho por coadunarem se com esta l gica da isonomia real manter se o ntegros e vivificados nos procedimentos arbitrais laborais devendo ser eternamente a Ordem do Dia daqueles que por acaso venham a atuar como rbitr
488. os acerca da admissibilidade da arbitragem em diss dios individuais laborais discrepam entre si Contudo verifica se que paulatinamente a facundia dos defensores da admissibilidade ganha terreno No particular engrossamos os componentes desta fileira e como se ver nos t picos posteriores os argumentos contr rios cair o todos por terra um a um como castelos de areia De antem o gostariamos de trazer ao leitor posicionamento nosso j firmado outrora acerca do tema em acerto Quanto aos diss dios individuais acreditamos que a utiliza o da lei n o ser nefasta para os trabalhadores haja vista a faculdade da escolha livre ou parte dos solucionadores do conflito al m de que ela contribuir sobremaneira com a quest o da celeridade na solu o dos conflitos entre capital e trabalho Com efeito n o resta a menor d vida acerca dos benef cios que a arbitragem como forma de resolu o de conflitos laborais individuais pode imprimir n o s para as classes trabalhadoras e patronal mas para o pr prio Poder Judici rio Entretanto resta superar os bices postos pelos opositores a sua utiliza o No que pertine indisponibilidade dos direitos laborais de ser asseverado a prima facie que o Direito do Trabalho constitui sem embargo de opini es em contr rio um dos ramos do direito privado e embora contenha um grande n mero de preceitos de ordem p blica muitas de suas normas s o 39 DINIZ
489. os para essas Coordenadorias os respons veis pela condu o do inqu rito civil p blico bem como pelas a es civis p blicas no mbito da Justi a do Trabalho recebendo a den ncia de terceiros ou a not cia trazida por um de seus pares 288 Registre se por fim que os termos de ajustes de condutas ou de compromissos TACs muitas vezes s o firmados dentro daqueles procedimentos investigat rios e que apesar disso n o ocorre preju zo do ajuizamento da a o civil p blica competente mesmo que n o haja o inqu rito civil propriamente dito Como visto nos moldes da Lei da A o Civil P blica esta facultou ao Minist rio P blico a possibilidade de instaurar o inqu rito civil p blico a fim de reunir provas que possam melhor instruir a inicial da a o art 8 8 1 da Lei 7 347 85 Mas n o se limitou a isso Tratou tamb m de evitar que se chegasse inst ncia judici ria quando possibilitou o firmamento de termo de compromisso de ajuste de conduta dos interessados por qualquer dos rg os p blicos 262 legitimados com comina o de multa e com efic cia de t tulo executivo extrajudicial que conforme salientamos noutro escrito os termos de compromisso ou termos de ajuste de conduta celebrados perante os rg os do Minist rio P blico do Trabalho podem ser executados perante a Justi a do Trabalho caso n o sejam cumpridos que o inciso Il do art 585 do CPC c c o par grafo 6 do art
490. os trabalhistas Sobre isso assim se pronunciou o professor Couce de Menezes Sendo a arbitragem trabalhista aplicam se os princ pios pr prios do processo do trabalho e respeitam se as suas singularidades De maneira que nos diss dios individuais incidir o princ pio da invers o do nus da prova em detrimento do empregador parte apta a produzir a prova Este princ pio em realidade uma simples consequ ncia daquele da prote o que tamb m incide 38 COUCE DE MENEZES Cl udio Armando amp BORGES Leonardo Dias Ju zo Arbitral no Processo do Trabalho S ntese Trabalhista Ano IX n 109 p p 55 Porto Alegre S ntese julho de 1998 400 na esfera processual trabalhista omissis e que a partir de agora ser fonte inspiradora da arbitragem em mat ria do Trabalho 12 3 NOSSA POSI O Como se viu no item Doutrina Contr ria Arbitragem Trabalhista grande o n mero de autores que s o imperativamente contr rios ao uso da arbitragem como forma hetero compositiva de solu o dos conflitos trabalhistas individuais Dentre os diversos argumentos utilizados para defender seus pontos de vista encontram se em s ntese 1 indisponibilidade e irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas que os colocaria fora do mbito de incid ncia da arbitragem por for a do art 1 da Lei n 7 307 96 2 aus ncia de uma s lida experi ncia de arbitragem como t cnica de solu o de conflitos individua
491. osecutions que tem a prerrogativa de avocar processos nas hip teses legais e controlar a atua o das pol cias Prerrogativa tamb m comum ao Attoney General por m sem instrumentos para tais fins O Director of Public Prosecutions responde perante o Parlamento e o Attoney General estando todavia ligado administrativamente ao Poder Executivo Cabe lhe a administra o de todo o aparelho de repress o criminalidade A atua o do rg o demasiadamente restrita havendo at mesmo doutrinadores como Ren David a propugnar pela inexist ncia de qualquer figura assemelhada ao Minist rio P blico ingl s Contudo admitindo a proximidade de atribui es exercidas pelo Director of Public Prosecutions na esfera de repress o criminalidade que por sua vez abrange desde a atividade investigat ria at a designa o do representante da Coroa que acompanhar o processo no tribunal verifica se a diminuta atua o do rg o no sistema ingl s n o ocorrendo sequer qualquer refer ncia atua o no mbito c vel O modelo ingl s influenciou significativamente a estrutura o das institui es dos demais pa ses do British Commonwelth como Canad Austr lia e Nova Zel ndia Pela exposi o supra pode se afirmar a total incompatibildade com o modelo nacional bem como diverge das institui es da Europa continental sobretudo daqueles pa ses influenciados pelo sistema franc s o Exposi o de motivos
492. otado pela Lei Org nica do MPU para a desnecessidade da denominada cl usula compromiss ria ou seja a estipula o expressa em contrato individual ou coletivo quanto possibilidade de solu o da lide mediante arbitragem pelo 460 SILVA NETO Manoel Jorge e A Arbitragem e o Minist rio P blico do Trabalho Revista do Minist rio P blico do Trabalho n mero 6 2 semestre pp 64 67 Bras lia setembro de 1993 451 Minist rio P blico do Trabalho Imperioso se faz t o somente a celebra o de compromisso quando nesse diapas o abdicam as partes da solu o heterocompositiva jurisdicional para se curvarem heterocompositiva arbitral tamb m p blica posto que o rg o prolator da decis o se encontra investido de parcela do poder estatal Destarte ao tornar poss vel a lei a arbitragem se assim for solicitado pelas partes salienta incisivamente a proibi o de interfer ncia do Minist rio P blico se os sujeitos em lit gio n o direcionarem nesse sentido ou ainda at mesmo se o ju zo arbitral vier a ser provocado por autoridade jurisdicional trabalhista em um caso concreto Se ineg vel a arbitragem como processo de solu o de conflitos trabalhistas mais econ mico e r pido comparando se solu o jurisdicional quando inclusive no tocante aos recursos adotou o Direito Processual do Trabalho brasileiro o sistema ampliativo que admite n mero de recursos considerado suficiente para garantir
493. outra palavra que tenha recebido significa es t o diferentes e que de t o variadas maneiras tenha impressionado os esp ritos que a palavra liberdade verdade que nas democracias o povo parece fazer aquilo que quer mas a liberdade pol tica n o consiste em se fazer aquilo que se quer Em um Estado isto em uma sociedade onde existem leis a liberdade n o pode consistir sen o em poder fazer o que se deve querer e em n o ser constrangido a fazer o que n o se deve desejar Deve se sempre ter em vista o que independ ncia e o que liberdade Esta ltima o direito de fazer tudo aquilo que as leis facultam se um cidad o pudesse fazer tudo o que elas pro bem n o teria mais liberdade uma vez que os outros teriam tamb m esse poder t o s nos governos moderados que se encontra a liberdade pol tica Entretanto ela nem sempre existe nos Estados Moderados ela s existe neles quando n o se abusa do poder por m a experi ncia eterna nos mostra que todo 171 MONTESQUIEU Charles de Secondat Baron de O Esp rito das Leis S o Paulo Martins Fontes 1996 p 250 183 homem que tem poder sempre tentado a abusar dele e assim ir seguindo at que encontre limites Para que n o se possa abusar do poder preciso que pela disposi o das coisas o poder contenha o poder Uma Constitui o pode ser feita de tal forma que ningu m ser constrangido a praticar coisas que a lei n o obriga
494. p blica podendo ter rar ssimas exce es previstas no teor da Carta Pol tica inciso VIII do art 37 regulamentado pela Lei 8 745 de 09 de dezembro de 1993 que permite o ingresso de pessoas nos quadros funcionais de entidades da administra o p blica sem o requisito do concurso p blico para atender a necessidade tempor ria de excepcional interesse p blico nos casos de calamidade p blica combate a surtos end micos recenseamentos admiss o de professor substituto e professor visitante admiss o de professor e pesquisador visitante estrangeiro e atividades especiais nas organiza es das For as armadas para atender a rea industrial ou a encargos tempor rios de obras e servi os de engenharia art 1 e 2 da referida Lei Note se entretanto que mesmo nesses casos consoante giza o 1 do art 3 da Lei imprescind vel o processo seletivo simplificado sujeito a ampla divulga o inclusive atrav s do Di rio Oficial da Uni o Ademais principio constitucional que as autoridades administrativas e a Justi a do Trabalho decidir o sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevale a sobre o interesse p blico conforme bem asseverou o juiz do Trabalho ent o Procurador do Minist rio P blico do Trabalho Dr Nelson Soares da Silva em um de seus pareceres magistrais incompat vel com o texto constitucional a rela o laboral n o pode prevalecer Em face disso um grande pr
495. peratividade ao princ pio do duplo grau A a raz o pela qual existem algumas leis que restringem o cabimento de recursos n o devendo contudo ser consideradas inconstitucionais Tamb m o professor paranaense Luiz Guilherme Marinoni de forma determinante enfatiza O duplo grau n o pode ser considerado um princ pio fundamental de justi a j que ele n o garante a qualidade e a efetividade da presta o jurisdicional Muito mais importante que o duplo grau o direito adequada tutela jurisdicional esse sim um direito garantido pelas Constitui es modernas direito que para ser efetivo exige uma resposta jurisdicional em um prazo razo vel exig ncia dif cil de ser atendida em um sistema em que est o presentes dois ju zos repetitivos sobre o m rito importante esclarecer que nenhum 8 NERY JR Nelson Princ pios Fundamentais Teoria Geral dos Recursos 3 ed S o Paulo RT 1996 pp 37 38 359 ordenamento nem na lt lia nem em qualquer outro pa s nem mesmo na Fran a onde a id ia do double degr de juridiction parece estar particularmente arraigada considera o duplo grau de jurisdi o como uma garantia constitucional Ao contr rio em quase todos os pa ses existem mitiga es do duplo grau justamente para atender ao princ pio fundamental de acesso justi a H definitivo julgado da lavra de nosso Extremo Pret rio a respeito EMENTA DEVIDO PROCESSO L
496. pesar disso o Promotor P blico no Imp rio era tratado apenas como um mero funcion rio da ordem administrativa e n o da ordem judici ria O Minist rio P blico n o era uma Institui o solidificada como hoje o No Imp rio depois de Paulino de Souza posteriormente Visconde do Uruguai Ministro da Justi a haver defendido o projeto de Bernardo de Vasconcelos posteriormente convertido na Lei n 261 de dezembro de 1841 reformadora do C digo de Processo Criminal somente em 1864 haveria um s rio empenho no sentido de aperfei oamento do Minist rio P blico neste ano que Nabuco de Ara jo levando para o Minist rio da Justi a sua experi ncia como advogado juiz e ministro abriria um important ssimo debate sobre o Minist rio P blico Apesar da autoridade de grande estadista que era e da manifesta o favor vel de Teixeira de Freitas o projeto de Nabuco de Ara jo como outros anteriores n o teria andamento e n o seria aprovado 2 2 CONSTITUI O DE 1824 Na Constitui o de 1824 foi criado o Supremo Tribunal de Justi a e os Tribunais de Rela o nomeando se Desembargadores e Procuradores da Coroa que na poca eram considerados chefes do Minist rio P blico No entanto a express o Minist rio P blico s seria utilizada pela primeira vez no Decreto 5 618 de 2 de Maio de 1874 111 Por sua vez o Aviso de 20 10 1836 incumbiria os promotores de novas atribui es como visitar pris es u
497. por si pr prias Estas decorrem de decis o de cunho obrigat rio aos litigantes prolatada por terceiro alheio ao debate em que se encontram as partes conflituosas Como formas auto compositivas temos a negocia o direta a media o e a concilia o Ressalte se que embora possamos presenciar nestas hip teses terceiros recomendando alternativas solucionadoras o rem dio para os conflitos depender apenas da autonomia das vontades das partes em litigio De seu lado modos hetero compositivos de solu o de lit gios seriam apenas a arbitragem jurisdi o privada e a jurisdi o estatal Aqui devemos dizer que a arbitragem possui tamb m um leve car ter de auto composi o posto que mesmo que a decis o seja imposta por terceiro este terceiro ser voluntariamente designado pelos litigantes Veja se o coment rio de Jos Augusto Rodrigues Pinto a respeito Trata se do desdobramento mais complexo da negocia o coletiva mais pr xima portanto do que consideramos a hetero composi o pura que o diss dio coletivo do trabalho Assim dizemos porque a arbitragem tem da hetero composi o o elemento caracter stico da interven o de terceiro investido de autoridade decis ria para a solu o do conflito Conserva por m da auto 317 composi o o elemento consensual da escolha do rbitro na busca dessa solu o 4 1 ARBITRAGEM E MEDIA O A media o como vimos esp cie d
498. posi o entre patr es e trabalhadores em busca de solu es extrajudiciais para os lit gios advindos das rela es de emprego Para isso a OIT editou e vem editando v rios instrumentos normativos sobre o assunto dentre os quais citamos a Recomenda o n 91 51 sobre contratos coletivos a Recomenda o n 92 51 em torno da concilia o e arbitragem volunt rias a Recomenda o n 130 67 acerca do exame de reclama es a Conven o n 98 49 ratificada pelo Brasil em 1952 que trata da organiza o sindical e da negocia o coletiva e a Conven o n 154 81 adotada em 1992 pelo Brasil sobre o est mulo e o fomento negocia o coletiva Tanto a Conven o 154 81 da OIT em seu art 6 3 quanto a 323 6 Recomenda o OIT n 92 tamb m no art sublinham que o procedimento arbitral trabalhista deve se pautar pela facultatividade de sua elei o 5 2 ESTADOS UNIDOS Nos Estados Unidos 90 dos contratos coletivos de trabalho estipulam que poss veis controv rsias ser o resolvidas por arbitragem que de v rios tipos ne Artigo 6 As disposi es desta Conven o n o obstam a opera o de sistemas de rela es industriais em que a negocia o coletiva se desenvolve na infra estrutura de mecanismos ou institui es de concilia o e ou arbitragem dos quais participam voluntariamente as partes do processo de negocia o coletiva l RU a Clausula 62 Si un conflict
499. positum Anteriormente declara o de independ ncia j havia nos estados americanos diante da permissividade e desinteresse da metr pole inglesa de manter um aparelho judici rio na col nia a estrutura o de m quina judici ria de combate criminalidade com rg o semelhante ao que hodiernamente denomina se Attorney General Na Constitui o norte americana n o h previs o sobre a institui o por m ineg vel a sua import ncia para a sociedade e para o DAA tradu o para a express o que poss vel seria Advocacia Geral ou Consultoria Geral porquanto exerce as fun es que no Brasil s o distribu das entre a Advocacia Geral da Uni o acopladas s atribui es do Minist rio P blico al m de exercer consultoria legislativa 103 Observa o constante nos artigos de NOGUEIRA DE PAULA Edylc a Tavares O Minist rio P blico e seu posicionamento no Estado de Direito Revista de Informa o Legislativa Ano 18 86 Judici rio americano Enquanto a Constitui o Federal n o o menciona todas as Cartas dos Estados da federa o disp em sobre o tema O primeiro diploma legislativo a disciplinar o parquet estadunidense foi o Judiciary Act de 1789 Inicialmente de acordo com o projeto competiria Suprema Corte indicar o Attorney General Office por m uma emenda transferiu tal prerrogativa chefia do Poder Executivo A lei tamb m disciplinou sobre a nomea o dos procuradores distritais para atuare
500. posta pelo Estado para solu o dos conflitos llustrativamente n o ocioso adiantar que a arbitragem volunt ria teve origem e maior desenvolvimento nos EUA e no Canad Nos EUA v g 90 dos contratos coletivos disp em que as controv rsias ser o resolvidas por rbitros privados L a arbitragem pode ser de duas formas arbitragem de queixas grievance arbitration que tem por objetivo dirimir as controv rsias oriundas das conven es coletivas isto conflitos de natureza jur dica a respeito de aplica o 295 ou interpreta o desses conv nios e arbitragem de interesses interest arbitration destinada fixa o de novas condi es de trabalho como sal rios hor rios pens es e vantagens sociais Nos Estados Unidos os rbitros s o escolhidos pelas partes livremente em ag ncias especializadas como a FMCS Federal Mediation and Conciliation Service rg o p blico AAA American arbitration Association rg o privado 233 SILVA De Pl cido e Vocabul rio Jur dico 4 ed Rio de Janeiro Forense 1975 pp 145 1 466 FRANCO FILHO Georgenor de Sousa A nova lei de arbitragem e as rela es de trabalho S o Paulo LTr 1997 p g 31 SILVA De Pl cido e apud FRANCO FILHO Georgenor de Sousa A nova lei de arbitragem e as rela es de trabalho S o Paulo LTr 1997 p g 31 295 TUPINAMB NETO Hermes Afonso A Solu o jurisdicional dos Conflitos Coleti
501. r escolhido dentre os ju zes leigos Art 26 Ao t rmino da instru o ou nos cinco dias subsequentes o rbitro apresentar o laudo ao Juiz togado para homologa o por senten a irrecorr vel Termo utilizado por MAIA Alexandre Autopoiese versus Pr tica Procedimental O Falso Dilema do Poder Judici rio Revista da Esmape Recife v 4 n mero 9 pp 39 68 janeiro junho de 1999 quando se refere ao fato de os processos no foro do Recife s serem instru dos e julgados em fun o de rela es de parentesco e amizade existente entre uma das partes interessadas no processo podendo ser o advogado o estagi rio ou o pr prio litigante com um serventu rio do cart rio ou o pr prio juiz 314 A edi o deste diploma foi o fim de um vasto processo legislativo decorrente do Projeto de Lei 4 018 983 de lavra do ent o senador Marco Maciel Vale lembrar que na justificativa do referido Projeto de Lei precursor da referida Lei foi noticiado que na d cada de 80 intentaram se tr s projetos 1981 1987 e 1988 de lavra do Minist rio da Justi a coordenados pelo Desembargador Severo da Costa que foram todos engavetados e esquecidos nos rec nditos legislativos Mais recentemente em nosso Novo C digo Civil de 2002 tr s artigos 851 852 e 853 2 foram dedicados ao compromisso arbitral tratando o como verdadeira esp cie contratual disposto que est no Cap tulo XX do T tulo VI Das V rias Esp cies de Contrato
502. r v lido e regularmente ser subtra do ou obstado a atua o do agente do Minist rio P blico que tenha a atribui o legal junto ao ju zo a quem tocar o conhecimento do processo claro que pode inexistir bice substitui o de um membro do Minist rio P blico por outro em 183 DECOMAIN Pedro Roberto Coment rios Lei Org nica Nacional do Minist rio P blico Florian polis Livraria e Editora Obra Jur dica Ltda 1996 p 302 138 um processo na hip tese de f rias licen a promo o aposentadoria etc A situa o poss vel sem qualquer ofensa a Constitui o vez que o visado pela Constitui o ao instituir a seguran a da inamovibilidade do membro do Minist rio P blico foi apenas o de obstar o seu afastamento involunt rio e a imposi o de um outro agente designado para a conting ncia especial e particular 3 3 IRREDUTIBILIDADE SALARIAL A irredutibilidade salarial consiste na garantia da n o redu o dos vencimentos do Membro do Minist rio P blico sen o por lei 4 PRERROGATIVAS As prerrogativas a seu lado s o institucionais e processuais 4 1 INSTITUCIONAIS As institucionais em se tratando de membro do Minist rio P blico da Uni o est o elencadas no art 18 inciso da Lei Complementar 75 93 Ilustrativamente citamos as seguintes 1 sentar se no mesmo plano e imediatamente direita dos ju zes singulares ou presidentes dos rg os judici rios perante os quais of
503. r emanado do Povo Quanto posi o executiva muito ela veio a decair ap s a CF 88 e a cria o da Advocacia Geral da Uni o e seus cong neres estaduais incumbidos de representar o Estado e assessor lo juridicamente Quanto posi o judici ria muito tem a ver com a constante presen a dos membros do Minist rio P blico nos tribunais sendo at mesmo nomeados desembargadores atrav s da engenhosidade dos quintos constitucionais geradoras de conflitos internos desnecess rios Nos ltimos anos todavia envolta na normaliza o da vida pol tica e jur dica brasileira ressalt vel uma mudan a nas reflex es doutrin rias a respeito da posi o constitucional do Minist rio P blico alheio e aut nomo em rela o a quaisquer dos Poderes constitu dos mas em constante relacionamento institucional com todos eles entendendo ele como uma esp cie de contra poder destinado a cumprir tarefas inolvid veis como a defesa da legalidade e dos direitos fundamentais exercendo um controle dos outros poderes no respeito a tais direitos e ordem legal vigente Vale dizer que a nossa Constitui o ao tratar das chamadas cl usulas p treas no 4 do artigo 60 veda quaisquer propostas de Emendas 190 Constitucionais que venham a prejudicar ou a tentar abolir a forma federativa de Estado o voto direto secreto universal e peri dico a separa o dos Poderes e os direitos e garantias individuais Desta forma
504. r sujeito processual dos mais importantes passa a ter fun o relevant ssima ao passo que deve usar de sua personalidade e de seu poder de persuas o para convencer as partes a proporcionarem se concess es m tuas conforme o caso exija O conciliador n o tem a incumb ncia de decidir o lit gio mas sim apenas dirigir as partes ao debate consensual tentando obter a resolu o atrav s de um acordo que poder ser judicial ou extrajudicial 308 SIQUEIRA NETO Jos Francisco Direito do Trabalho amp Democracia S o Paulo LTr 1996 pp 133 134 320 Aqui o que nos interessa diretamente buscar se a solu o dos conflitos antes que eles cheguem aos port es da Justi a de modo auto compositivo Por fim a respeito o professor Amauri Mascaro Nascimento bem discerne os institutos da media o e da concilia o A diferen a entre concilia o e media o tem import ncia mais acad mica do que pr tica porque as duas t cnicas s o destinadas ao mesmo fim a composi o do conflito e pelo mesmo meio a aproxima o da vontade das partes mediante transa es nas suas pretens es ambas com a intermedia o de um terceiro o mediador ou o conciliador As diferen as entre os dois mecanismos s o de ordem meramente formal e mesmo assim n o s o rigorosas A concilia o judicial e em alguns casos extrajudicial enquanto a media o extrajudicial Logo se o acordo em ju zo o nome concilia
505. r de Justi a da Casa de Marcelo Pedroso Goular Suplica o nomeado pelo rei tinha a fun o n o somente de fiscalizar o cumprimento da lei mas tamb m a de formular acusa o criminal contra as pessoas que seriam submetidas aos processos da Casa de Suplica o No s culo XIX Institui o foi incorporado o princ pio da hierarquia separando ainda as fun es de Magistrados Administrativos das dos Magistrados que julgam Por fim a fei o hodierna ostentada pelo Minist rio P blico como guardi o da legalidade esteio da democracia e defensor dos direitos indispon veis do cidad o sem sombra de d vida foi soprada pelos ventos do liberalismo O Parquet ap s o seu nascimento e crescimento na Fran a e com a evolu o da sociedade e o fortalecimento da democracia penetrou nas legisla es europ ias dentre estas a portuguesa e por meio dela atrav s das Ordena es chegou at n s alcan ando o seu pice com a Rep blica 2 CAMPOS Benedicto de O Minist rio P blico e o novo C digo de Processo Civil S o Paulo RT 1976 pp 13 15 24 MACHADO Ant nio Cl udio da Costa A Interven o do Minist rio P blico no Processo Civil Brasileiro S o Paulo Saraiva 1989 pp 15 16 42 CAP TULO II O MINIST RIO P BLICO EM ALGUNS PA SES DO DIREITO ESTRANGEIRO 1 O MINIST RIO P BLICO NOS PA SES DA COMMON LAW E CIVIL LAW Tentaremos aqui demonstrar os variados aspectos da legisla o acerca
506. r membros do Minist rio P blico do Trabalho em favor de entes P DIICOS sacas LOL a a a 292 7 Minist rio P blico do Trabalho dificuldades atuais 300 CAP TULO VIII ATUA O DO MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO COMO RBITRO NOS DISS DIOS INDIVIDUAIS DE COMPET NCIA DA JUSTI A DO TRABALHO EEN OCUI O caca abre neis ro Ds e a cl E Rb e a Ede na ga 303 2 Origens e evolu o da Arbitragem 304 3 Hist ria da Arbitragem no ordenamento jur dico brasileiro 310 4 Arbitragem e outros meios de resolu o de conflitos extrajudiciais 317 4 1 Arbitragem e Media o ara 318 4 2 Arbitragem e Concilia o sascssosssass asi cosocacerarenecasaerassrasashanaaaeo 320 4 3 Arbitragem e Comiss es de Concilia o Pr via 323 5 O Direito Estrangeiro e a Arbitragem 335 S O EE EAE A A SO E EEEE 336 5 2 Estados Unidos sm tia rias dontaa bold T A a ER e LS be gi q 336 Co Re o 2 TONE Lol aTe do OR US PR DIE PR UR PES RR ER EAN TE 338 Ddr AD O Guesa audi OE E Saindo anda a nadas aa a ati ia asda ad dan 339 oo S POUJA RSRS o RR a e a e REP SUR NE 339 50a Fran a aaea a dO MRS RR e DR a 340 5f s nala ss EC ne EEA 341 o ESPANhA axei iai iai asi Sa DURAN ea ia aa Uia anne 342 E GE Australa Spas np RR is aa E O 342 DOMENICO a od ie a o 343 Does INQaterra ieee correa Metab AEDES SO
507. ra a mudan a do regime mon rquico para o republicano No decorrer do per odo a institui o aperfei oou se at apresentar o perfil atual Como a maior parte dos pa ses da Europa continental o parquet luso tamb m constitui um segmento da magistratura tendo por sua vez as mesmas garantias e veda es dos membros judicantes Paralelamente a este processo 74 de amadurecimento da institui o regulamentaram se os limites diretivos do corpo hierarquizado a que pertenciam Se por um lado importantes posi es galgaram por outro se mantiveram dependentes do Poder Executivo al m de constitu rem o primeiro escal o dos aspirantes ao membros da magistratura Na Rep blica de 1910 e no per odo ditatorial que se inicia em 1926 at 1974 pouca coisa mudou permanecendo as amarras da subalternidade e depend ncia pol tica A revolu o de 25 de abril de 1974 que provocou a derrocada do governo ditatorial e instaurada a Assembl ia Constituinte proporcionou as essenciais mudan as Sobre esta teve influ ncia preponderante o Sindicato dos Magistrados do Minist rio P blico que s o respons veis pelo esbo o do atual perfil da institui o Desta forma os constituintes de 1976 nos arts 224 a 226 temerosos das infer ncias do Poder Executivo atrav s do parquet e considerando a subalternidade um entrave independ ncia dos Tribunais decidiram disciplinar a institui o no cap tulo referente ao Poder Judici rio sem
508. ral n o lhe assegura qualquer forma de estabilidade provis ria ou definitiva a n o ser que este tenha adquirido na forma contratual fruto de livre negocia o entre as partes O que est em jogo a forma descriminat ria com que ele tratado Com efeito o princ pio da isonomia assegura tratamento equitativo a todos os cidad os na medida das suas desigualdades sociais e regionais vedando o nosso ordenamento jur dico a pr tica de qualquer forma de discrimina o no ambiente de trabalho seja ela decorrente de ra a cor sexo idade l ngua religi o opini o pol tica ou de qualquer outra natureza No contexto o empregado portador do v rus HIV n o detentor de estabilidade legal podendo ser detentor da contratual como foi dito acima logo a sua reintegra o no emprego quando a doen a for o motivo da sua despedida ser l cita em virtude da nulidade do ato que motivou a ruptura do pacto laboral em decorr ncia da discrimina o odiosa O exerc cio do direito potestativo da emrpresa encontra SDINIZ Jos Jangui Bezerra O Instituto da Estabilidade no Atual Direito Positivo Jornal Trabalhista ano XII n 563 pp 692 8 Ed Consulex Bras lia julho de 1995 Republicado pelo Informativo Din mico IOB anoXIX n 59 pp 54 59 IOB SP agosto de 1995 248 limites na medida em que ser presumida e discriminat ria a despedida do empregado soropositivo quando n o comprovado um justo motivo
509. rancisco Sauwen Minist rio P blico Brasileiro e o Estado Democr tico de Direito Rio de Janeiro Renovar 1999 FILHO Jo o Parente Muniz e S Parecer in dito gentileza do autor 475 FILHO C cero Virgulino da Silva O Minist rio P blico do Trabalho como rg o Mediador conciliador e rbitro Natural dos Conflitos Coletivos de Trabalho Revista do Minist rio P blico do Trabalho Ano VII n mero 14 pp 105 113 Bras lia setembro de 1997 FILHO Manoel Ant nio Teixeira Execu o no Processo do Trabalho 4 ed S o Paulo LTr 1994 G GLIFFORD D G Equal protection and Prosecutor s Charging Decision Enforcing na Ideal in George Washington Law Review IL 1981 GOMES Orlando et al Curso de Direito do Trabalho 13 ed Rio de Janeiro Forense 1994 GOULART Marcelo Pedroso Minist rio P blico e Democracia Extra do da p gina do Sindicato dos Membros do Minist rio P blico de Portugal na Internet Endere o http www smmp pt goulart htm GUARNIERI Carlos Publico Ministero et sistema pol tico Padova Cedam 1984 GUGEL Maria Aparecida Atua o do Minist rio P blico do Trabalho texto in dito gentileza da autora GIORDANI M rio Curtis Hist ria dos Reinos B rbaros 3 ed V 2 Petr polis Vozes 1985 476 GRINOVER Ada Pellegrini Minist rio P blico Revista da Procuradoria Geral do Estado de S o Paulo SP v 12 pp 111 144 Jun
510. ras de Frederico Marques que j na gide da antiga Constitui o de 1946 assim se pronunciava sobre o ju zo arbitral Assim como o Estado por estar em foco direito dispon vel deixa que os interessados solucionem atrav s da transa o suas desintelig ncias rec procas nada h de estranh vel que tamb m autorize esses mesmos interessados a submeterem a resolu o do conflito a outras pessoas em lugar de o levarem atrav s da propositura da a o a ju zes e tribunais Nem h com isso transgress o do art 114 4 da Constitui o Federal ou infring ncia do princ pio do juiz natural O direito individual no caso passa a ser tal como na transa o aquele que em virtude do acordo consubstanciado no compromisso foi definido no laudo arbitral O car ter dispon vel da rela o contenciosa propiciava a altera o por vontade dos interessados que o laudo arbitral criou assim como a que a transa o teria trazido se esta tivesse sido o instrumento compositivo do lit gio 7 3 DUPLO GRAU DE JURISDI O Argumenta se que a Arbitragem por n o estar sujeita plenitude recursal violaria o princ pio do duplo grau de jurisdi o Impossibilitados estariam os cidad os de se utilizarem do seu direito de recorrer Tamb m como forma de ilustrar o nosso trabalho n o obsoleto tecermos algumas considera es acerca do princ pio do Duplo Grau de Jurisdi o 8 MARQUES Jos Frederico
511. rdena o jur dica positiva muito mais c lere Por outro lado eles poder o ainda socorrer se do Judici rio atrav s da a o anulat ria do laudo arbitral 7 2 PRINC PIO DO JUIZ NATURAL Como foi visto anteriormente este princ pio constitucional traduz que todos os cidad os brasileiros t m direito a juiz competente e previamente estabelecido o juiz natural sendo este mesmo juiz aplic vel a todos os cidad os que do Judici rio necessitem corol rio indubit vel do princ pio do devido processo legal o due process of law Est expressamente disposto nos incisos LIII e LIV m SILVA Ricardo Menezes Arbitragem Trabalhista Uma alternativa dram tica Revista Trabalho e Doutrina S o Paulo Saraiva n 14 p 95 09 97 354 do art 5 de nossa Constitui o Tal princ pio quer significar tamb m a proibi o da cria o de tribunais de exce o como tivemos no Estado Novo para julgamentos espec ficos ora em raz o de determinado fato ora em raz o de determinada pessoa autor ou r u Enfim ele garantidor da isen o subjetiva e objetiva do rg o julgador A Lei de Arbitragem permite aos pactuantes que escolham o rbitro que decidir a quest o em debate Suas vontades devem estar livres para tal fim Esta liberdade presumida at prova de v cio de consentimento capaz de elidir tal presun o Do contr rio cab vel a a o anulat ria No procedimento arbitral as partes optam d
512. rdeste esse n mero sobe a 88 2 crian as em cada grupo de mil cifra superior a do Haiti onde a mortalidade infantil de 86 p r grupo de mil crian as Vale registrar que na Espanha a rela o de seis mortes p r mil crian as VI A expectativa de vida do homem brasileiro inferior a do homem do Suriname aqui de 65 anos l de 70 VII As nossas mulheres n o recebem sal rios iguais aos dos homens Seus sal rios representam 54 1 do que recebem aqueles Setenta e tr s por cento delas ganham at dois sal rios m nimos VIII Uma crian a nascida na periferia de S o Paulo sujeita se 3 35 vezes mais que as outras a morrer antes de atingir um ano de idade IX Em S o Paulo a propor o de chefes de fam lia da periferia que recebem um sal rio m nimo e meio seis vezes maior que na regi o central X No mercado de trabalho registrou se nos ltimos anos o curioso paradoxo do aumento do n mero de empregos e de redu o dos sal rios XI Cing enta e dois por cento dos trabalhadores brasileiros ganham at dois sal rios m nimos e meio Dos nossos idosos que s o 31 da popula o 3 1 milh es n o recebem aux lio seguridade XII Das nossas crian as na faixa et ria de 10 a 14 anos 16 9 j trabalham No diapas o cabe ao Minist rio P blico como institui o essencial fun o jurisdicional do estado encarregado da defesa da ordem jur dica e do regime democr tico lutar e defender os cidad os para que
513. reafirmar que todos os homens s o iguais perante a lei e que a lei deve proteger a liberdade p blica e individual contra a opress o dos governantes Enfim a declara o universal dos direitos humanos de 1948 contr ria toda e qualquer forma de discrimina o de persegui o tortura regimes de opress o conflitos internos e externos etc proclama em seu pre mbulo que cada indiv duo e cada rg o da sociedade se esforcem atrav s do ensino e da educa o para promover o respeito aos direitos humanos e as liberdades atrav s da ado o de medidas progresssivas de car ter nacional e internacionar 166 Em princ pio os direitos humanos devem ser impostos por for a de lei constantes pois de tantas das constitui es mundiais sob a nomenclatura de direitos fundamentais individuais difusos e sociais e o que por si s n o basta preciso um processo permanente de educa o mundial voltado para a pr tica dos direitos da humanidade Pois o que a experi ncia nos fala que em quase todos os pa ses signat rios da declara o universal aprovada pela ONU os direitos humanos figuram em lei mas em contrapartida s o frequentemente violados Ora se o grave problema do nosso tempo com rela o aos direitos do homem n o se circunscreve aos seus fundamentos estar ele portanto vinculado quilo que se costuma chamar de acesso justi a e efetividade do processo Estes p
514. reciso desenvolver em todos uma cultura negocial e a consci ncia de que a melhor solu o dos conflitos ocorrentes aquela que mais contribui para uma paz social efetiva e duradoura ser a obtida por consenso das pr prias partes ou atrav s da indica o de um terceiro selecionado pelas pr prias partes envolvidas no lit gio De mais a mais a pr pria lei da arbitragem prev a possibilidade de anula o da senten a arbitral pelo Poder Judici rio nos casos elencados na lei entre os quais se incluem as hip teses de prevarica o concuss o ou corrup o passiva do rbitro Torna se oportuno trazer baila o bem lan ado ep grafe da Procuradora do Trabalho da 15 Regi o Campinas SP Renata Cristina Piaia Petrocino Que os primeiros ju zes sejam aqueles que o demandante e o demandado tenham eleito a quem o nome de rbitros conv m mais que o de ju zes que o mais FRANCO FILHO Georgenor de Souza A Nova Lei de Arbitragem e as Rela es de Trabalho S o Paulo LTr 1997 p 22 414 SIQUEIRA NETO Jos Francisco A Solu o extrajudicial dos conflitos individuais do trabalho Revista Trabalho e Doutrina n 14 pp 60 61 S o Paulo Saraiva 09 97 5 PIAIA PETROCINO Renata Cristina O Minist rio P blico do Trabalho e a nova lei de arbitragem S ntese Trabalhista Anno IX n 110 p 7 Porto Alegre S ntese agosto de 1998 410 sagrado dos tribunais seja aquele que as partes mesmas tenham cr
515. rer arbitragem por m uma vez estabelecido o compromisso o laudo resultante torna se obrigat rio assimilando se conven o coletiva Possui assim O sistema a finalidade de manter a paz social e criar o direito coletivo de trabalho A arbitragem francesa encontrada nos dizeres do art 525 e seguintes do C digo de Trabalho franc s 32 RIVERO Jean apud GOMES Orlando et al Curso de Direito do Trabalho 13 ed Rio de Janeiro Forense 1994 p 646 sar GOMES Orlando et al Curso de Direito do Trabalho 13 ed Rio de Janeiro Forense 1994 p 646 340 A Lei 957 92 obriga a negocia o no mbito da empresa N o obtida h que se tentar uma media o que se frustrada d ensejo a uma arbitragem facultativa por acordo m tuo Esta arbitragem normalmente prevista em conven o coletiva Cabe recurso contra o laudo arbitral em abuso de poder ou omiss o por parte do rbitro O recurso ser julgado pela Corte Superior de Arbitragem composta de magistrados e membros do Conselho de Estado Na Fran a a arbitragem n o possui uma boa receptividade tanto no seio das categorias profissionais organizadas como no meio dos empregadores Crises sociais de desemprego e recess o t m modificado este radical entendimento 5 7 IT LIA Foi a partir de 1992 que v rios projetos de lei sobre arbitragem passaram a ser elaborados pelo CNEL Conselho Nacional de Economia e Trabalho com o fim
516. resse difuso e interesse coletivo n o se confundem porquanto pode haver conflitos entre esses grupos de interesses Logo o conv vio social fez aflorar uma s rie de novos interesses Os conflitos sociais at ent o foram sempre vistos sob a tica do conceito cl ssico do direito subjetivo evidente que esta nova conflituosidade alterou totalmente a estrutura formal do Estado e por consequ ncia do Direito Dito de outra forma os interesses originados da emergente esfera de conflitos trouxeram a necessidade de uma ordem jur dica capaz de evita los ou resolve los Neste sentido que se desenvolveram e passaram a ser objeto de preocupa o do sistema jur dico os interesses difusos coletivos em sentido estrito e individuais homog neos 4 2 INTERESSES OU DIREITOS DIFUSOS Saber quando se est diante de um interesse difuso ou de um interesse coletivo tarefa que a lei procurou facilitar quando no art 81 par grafo nico e incisos da Lei n 8 078 90 CDC apresentou uma defini o para essas 150 ROMANO Mar lia Necessidade da Manifesta o do Minist rio P blico nas Causas Envolvendo o Interesse P blico e Direitos Indispon veis Semin rio sobre Interesse P blico S o Paulo 2003 MAZZILI Hugo Nigro Introdu o ao Minist rio P blico 3 ed S o Paulo Saraiva 2000 p 172 2MAZZILLI Hugo Nigro apud ALESSI Renato Sistema instituzionale del diritto amministrativo italiano 3 ed
517. ria para os empregadores isto estes n o podem se recusar aqueles a se utilizar do procedimento arbitral quando assim solicitados Predomina a arbitragem obrigat ria que se imp e s demais formas de resolu o de conflitos como principal solu o jurisdicional 343 5 11 INGLATERRA Os ingleses det m uma fort ssima tradi o em rela o arbitragem volunt ria embora tenha vigido a arbitragem compuls ria entre os anos de 1914 a 1919 e entre 1940 a 1950 per odos de excepcionalidade causados pelas Guerras Mundiais Al m de ser facultativa a arbitragem conta com forte participa o estatal promovida pelo Comit Central de Arbitragem o CAC Em 1974 foi instaurado o Servi o de Assessoria Concilia o e Arbitragem ACAS com o objetivo de desenvolver as rela es entre capital e trabalho reformando mecanismos de realiza o de contratos coletivos de trabalho Tal servi o almeja a priori o consenso entre as partes de um modo pac fico Em n o obtendo o consenso remete ent o os casos ao Comit Central de Arbitragem para decis o 5 12 CANAD O Projeto de Lei n 100 de Ont rio cria a obrigatoriedade do processo pr vio similar ao fact finding norte americano Tamb m o C digo Trabalhista Canadense e a Lei de Rela es dos Funcion rios P blicos Federais buscam abertamente a utiliza o do sistema do fact finding No Canad a arbitragem obrigat ria quando se tratar de
518. rias e determinou a constitui o de comiss o parit ria no mbito do rg o gestor de m o de obra para a solu o de lit gios e havendo impasse a possibilidade de as partes recorrerem arbitragem No mesmo sentido importante ressaltar que chegou a ser institu do pelo ent o Ministro do Trabalho Murillo Macedo atrav s do Decreto 88 984 de 10 de DINIZ Jos Jangui Bezerra Arbitragem como forma de solu o dos conflitos no Brasil Revista Trabalho e Doutrina n 14 S o Paulo Saraiva setembro de 1997 pp 20 26 48 YOSHIDA M rcio A Arbitragem no mbito do Direito do Trabalho Texto in dito p g 90 gentileza do autor 406 novembro de 1983 o Servi o Nacional de Media o e Arbitragem com atribui o de manter um servi o de arbitragem composto de rbitros independentes cuja remunera o seria efetuada pelas partes interessadas Algo semelhante ao Federal Mediation and Conciliation Service FMCS e American Arbitration Association AAA dos Estados Unidos Infelizmente a falta de tradi o da arbitragem no nosso pa s aliada s barreiras procedimentais ent o existentes no rito arbitral como a fragilidade da cl usula compromiss ria e a necessidade de homologa o judicial da senten a arbitral cuidaram de p r a pique a louv vel iniciativa ministerial Doutra parte concordamos com Ot vio Bueno Magano quando ensina que para acabar com o debate de que n o existe lei espec fica
519. ribui es daquela justi a especializada Mais adiante adentraremos na compet ncia do parquet americano em cada n vel da federa o SIMON Jonh Anthony Considera es sobre o Minist rio P blico Americano Revista dos Tribunais n 640 S o Paulo RT 1989 p 8 87 Rep blica assim como no Brasil n o vincula a atua o do Chefe do parquet que goza de total independ ncia Para o exerc cio das atribui es pr prias junto s Cortes Judici rias Federais espalhadas por todos os Estados s o nomeados District Attorneys no total de noventa e quatro Em regra o escolhido exercer um mandato de quatro anos podendo ser demitido ad nutum ou ainda pode permanecer no exerc cio do cargo aguardando seu sucessor Poder ocorrer a nomea o tempor ria para o cargo nos caso de recesso do Senado ou no caso de vac ncia o Tribunal respectivo nomear para que algu m o ocupe interinamente Nesta esfera fica clara a vincula o da institui o ao Poder Executivo com a nomea o do Presidente Entretanto no mbito estadual isto necessariamente n o ocorre Em n vel federal s o funcion rios do Departamento de Justi a cuja correspond ncia pol tica equivaleria ao Minist rio da Justi a p trio e atuam nas esferas penal e civil competindo lhes oferecer den ncias por crimes federais como tr fico de entorpecentes e crime organizado propor medidas antitruste fiscaliza o do mercado financeiro defesa dos direitos
520. rio P blico Mancuso preceitua Cremos que a melhor explica o para o conceito de interesse p blico a fornecida por G Vedel e P Devolv Resumidamente pensam eles que tal no o comporta uma acep o pol tica e outra jur dica Para compreender a primeira dois erros devem ser evitados a supor que o interesse p blico seja la some des int r ts particuliers isto seria absurdo porque ent o se teria por exemplo a soma dos interesses dos produtores de bebidas com os interesses das v timas do alcoolismo b supor que o interesse p blico nada tem a ver com 40 SANSEVERINO Milton O Minist rio P blico no Processo Civil Revista Forense Rio de Janeiro vol 254 n 874 876 pp 203 204 abr jun 1976 441 MANCUSO Rodolfo de Camargo Interesses Difusos S o Paulo Revista dos Tribunais 1991 pp 24 25 431 os interesses individuais ou dos grupos sociais na verdade o interesse p blico s pode ter como benefici rios finais os homens nascidos dos cidad os a viver em liberdade e de forma honrosa E assim sob essa acep o pol tica o interesse p blico se apresenta como un arbitrage entre les divers int r ts particuliers Por vezes segundo a natureza do interesse a ser tutelado a compet ncia por assim dizer delegada a certos rg os ou ag ncias governamentais dentre aqueles primeiros ressalta o Minist rio P blico que desempenha atividade diversificada atuando ora como custos le
521. riu lhe um papel de rg o interveniente fiscal da lei Este papel tamb m estaria consignado em outros diplomas como a Lei do Mandado de Seguran a Lei 1 533 de 31 12 51 artigo 10 a Lei de Fal ncias Decreto Lei 661 45 de 21 06 45 artigo 210 Lei de A es Populares Lei n 4 1 de 29 06 65 artigo 6 4 Lei de Alimentos Lei n 5 478 68 de 25 0 68 artigo 9 Lei de Registros P blicos Lei n 6 015 73 de 31 12 73 artigos 57 67 81 76 8 3 109 200 213 8 3 Lei de Acidentes do Trabalho Lei n 5 638 70 e posteriormente Leis 6 367 76 e 8 213 91 etc que prev em a interven o do Minist rio P blico de maneira expressa ou por interpreta o como no caso de acidentes do trabalho At aqui a tend ncia brasileira ainda acompanhou os paradigmas dos pa ses de tradi o jur dica continental v g atuar como autor da persecu o penal e como custos legis em algumas quest es c veis Nos anos 70 come a a se forjar um novo esp rito e perfil institucional do Minist rio P blico voltado para a defesa dos direitos sociais A prop sito neste mesmo per odo que a pr pria express o come a a entrar em voga a ser conhecida do p blico em geral A Emenda n 7 de 1977 alterou o artigo 96 da Constitui o de 1969 e autorizou os Minist rios P blicos a se organizarem em carreira por leis estaduais 117 Promulgada foi a Lei Complementar n 40 de 14 12 1981 que tra ou um novo per
522. rmas existentes No contexto ele livre na dire o de seus atos ao bom desempenho de suas finalidades sem o dever de submiss o a outra institui o Destarte exige se do Minist rio P blico uma postura atuante aos verdadeiros interesses p blicos difusos coletivos e individuais homog neos ante a realidade social que se vive hoje e sob pena de n o conter o aumento da imoralidade p blica da agress o contra o patrim nio p blico da desigualdade social do desequil brio ecol gico das crian as e idosos abandonados do descaso contra os deficientes f sicos dos crimes hediondos principalmente do narcotr fico do elevado n mero de acidentes de trabalho da indiferen a com os 439 incapazes e da falta de consci ncia pol tica na defesa dos in meros Direitos Humanos preciso que os membros do Minist rio P blico criem uma nova convic o da verdadeira fun o e atua o do rg o Institucional frente Legisla o vigente A Lei Complementar n 75 93 Lei Org nica do Minist rio P blico da Uni o que trata da organiza o atribui es e do estatuto do Minist rio P blico da Uni o disp e em diversos artigos sobre a quest o do interesse p blico Como observamos anteriormente a arbitragem n o instituto recente Recente sua regulamenta o em vigor a Lei 9 307 96 promulgada em 1996 Todavia j antes desta Lei Marco Maciel como tamb m vimos outros diplomas legais a re
523. rnada de atividade do est gio parte pr tica e o hor rio escolar parte te rica recomendando se que n o ultrapasse 4 horas di rias visando a priorizar a frequ ncia escola diurna 5 carga hor ria dura o e jornada de est gio curricular n o inferiores a um semestre letivo 6 realiza o pelas institui es de ensino ou em conjunto com os agentes de integra o de seguro de acidentes pessoais 4 2 2 O MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO NA ERRADICA O DO TRABALHO FOR ADO Na li o de Luis Ant nio Camargo de Melo considerar se trabalho escravo ou for ado toda modalidade de explora o do trabalhador em que este esteja impedido moral psicol gica e ou fisicamente de abandonar o servi o no momento e pelas raz es que entender apropriados a despeito de haver inicialmente ajustado livremente a presta o dos servi os Ampliando a seara de considera es alvissareiro ressaltar que as vezes o trabalhador se encontra laborando em p ssimas condi es de trabalho sem que isso caracterize se trabalho escravo Basta que o trabalhador tenha garantida sua liberdade de locomo o e autodetermina o podendo deixar a qualquer tempo 11 GUGEL Maria Aparecida Atua o do Minist rio P blico do Trabalho texto in dito gentileza da autora els MELO Luiz Ant nio Camargo de Premissas para um Eficaz Combate ao Trabalho Escravo Revista do Minist rio P blico do Trabalho ano n mero pp
524. ro 18 ed S o Paulo Malheiros 1993 p 280 434 MAZZILI Hugo Nigro Introdu o ao Minist rio P blico 3 ed S o Paulo Saraiva 2000 p 170 427 se confundem com o interesse p blico os mais aut nticos interesses difusos o exemplo por excel ncia do meio ambiente E num sentido lato s o tamb m p blicos todos os interesses que posto reflexamente atinjam a sociedade como um todo Mesmo o interesse coletivo que atinge apenas uma coletividade determinada Nesse campo de an lises Hugo Nigro Mazzilli registra que foram os trabalhos de Mauro Cappelletti que passaram a criticar a tradicional dicotomia entre interesse p blico o indiv duo em rela o ao Estado e interesse privado rela es inter individuais atrav s da demonstra o da exist ncia de categorias intermedi rias onde se compreendem os interesses coletivos e mais ainda onde se situam os interesses difusos No Brasil s o os estudos de Jos Carlos Barbosa Moreira e Ada Pellegrini Grinover que ir o lan ar luzes sobre a problem tica da tutela jurisdicional dessas categorias de interesses que passaram a suscitar laboriosas investiga es por parte da doutrina nacional e internacional sobretudo a italiana Com efeito ao discorrer sobre a A o Popular do Direito Brasileiro Jos Carlos Barbosa Moreira j demonstrava com muita propriedade a dificuldade de solu o dos conflitos que passaram a existir face complexidade das r
525. ro do Parquet ao juiz bem como ao legislador e ao administrador se devem a esta essencial inter rela o estatu da entre os Poderes incumbidos de se controlar reciprocamente com vistas a efetivar o Estado Democr tico de Direito Poucos s o os que pensam tratar se o Minist rio P blico de institui o legislativa Alegam eles que se o Minist rio P blico o custos legis deveria ele subordinar se ao Legislativo Err nea id ia tanto mais se levarmos em conta que esta apenas uma de suas atribui es n o menos importante que todas as outras Contudo n o se olvide o fato de que ao Legislativo permitido realizar inquiri es a respeito do desempenho do Minist rio P blico em determinadas mat rias de interesse da sociedade que representa n o podendo o membro imiscuir se em sua autonomia como dito outrora a predomin ncia da inter rela o fiscalizat ria existente entre os poderes Inclusive deve ser incentivada qualquer medida de coopera o entre o Legislativo e o Minist rio P blico que em prol da sociedade objetive modifica es acentuadoras da autonomia e independ ncia do ltimo Com isto maior legitimidade possuiria o Minist rio P blico no desempenhar de seu mister 202 Registre se que a pr pria Constitui o Federal conferiu ao Parquet parcela da soberania e portanto fra o do poder estatal uno n o confiado como fun o institucional a nenhum dos tr s Poderes Estatais qual seja a fun
526. rocuramos contribuir com propostas para a melhoria do 30 funcionamento da presta o jurisdicional heter noma embora realizada n o pelo Judici rio mas pelo Minist rio P blico Trata se de um estudo explorat rio de natureza descritiva contendo enfoques geral e dogm tico O enfoque geral serve de proped utica ao conhecimento do assunto mediante o fornecimento de conceitos e no es fundamentais Na parte de conte do dogm tico se encontram os argumentos para a sustenta o das hip teses levantadas No mais submetemos em primeira m o Banca Examinadora o fruto de nossa investiga o cujo objetivo principal o de apresentar comunidade cient fica e sociedade em geral estudo cient fico pertinente atua o do Minist rio P blico do Trabalho como rbitro nos diss dios de compet ncia da Justi a do Trabalho principalmente aqueles diss dios individuais 31 CAP TULO MINIST RIO P BLICO 1 A EVOLU O HIST RICA DO RG O MINISTERIAL Os pesquisadores e historiadores do Direito quase que totalmente n o indicam para a exist ncia de qualquer paradigma passado desta institui o que tivesse as caracter sticas e premissas que ela det m na atualidade mormente em territ rio brasileiro Ao percorrer a escala cronol gica dos tempos o leitor perceber que o Minist rio P blico mudou sobremaneira o seu papel social tornando se dif cil o estabelecimento de sua origem de forma cirurgicamente
527. ron de Montesquieu mas fiscal da lei sendo sua a miss o de preservar a ordem democr tica Representa no diapas o a sociedade pol tico juridicamente organizada no Estado mas n o a pessoa jur dica desse ou de seus governantes Defende os interesses sociais da comunidade a que serve salvaguardando os bens e os valores essenciais preval ncia da Cidadania e do Estado de Direito Com efeito consiste em rg o do Estado a Servi o da Sociedade rg o de controle que atuando em conjunto com os Poderes do Estado deposit rios da legitimidade social de forma aut noma e independente tem como mister a defesa do ordenamento jur dico da democracia dos interesses da sociedade e dos direitos transindividuais ou metaindividuais Encarrega se dentre outras atribui es de fazer com que os Poderes Executivo Legislativo e Judici rio no exerc cio de suas fun es respeitem os direitos que a lei maior assegurou E nesse Estado Republicano de Direito representativo e democr tico cabe ao Parquet a principal tarefa da defesa indormida de sua integridade e sobretudo da sociedade a quem se destinam os seu servi os e cuidados Enquanto os cap tulos primeiro segundo terceiro quarto quinto e sexto do nosso trabalho constituem as diversas partes secund rias do corpo de nossa tese o s timo o oitava e o nono caracterizam as partes principais ou seja O cora o saud vel e a mente l cida de nossa obra 21 No s timo
528. rt ncia para o Estado Democr tico de Direito n o se est aqui defendendo uma intocabilidade para os membros do Minist rio P blico Muitos desconhecem ou fingem desconhecer mas o Minist rio P blico j possui mecanismos de controle externo de sua atua o como ajrecebe ele um controle indireto de sua autonomia financeira e administrativa a partir do momento em que sua proposta or ament ria discutida nos corredores do Poder Legislativo e controlada diuturnamente pelos Tribunais de Contas b o ordenamento proporciona uma alternativa iniciativa penal exclusiva do Parquet instituindo a a o penal privada subsidi ria da p blica em sendo inerte o rg o ministerial c a n o exclusividade da propositura de a es civis p blicas possibilitando o controle da omiss o do Minist rio P blico por interm dio da a o popular d a participa o da OAB nos concursos para a carreira do Minist rio P blico e a possibilidade de destitui o ou demiss o do rg o entre tantos outros freios e contrapesos 176 Tamb m n o nos esque amos de que s o eles servidores p blicos lato senso curvados s fortes penas da Lei na sua desobedi ncia Mas bvio que n o se trata de funcion rios caracteristicamente subordinados delegados pela legitimidade de outros Poderes do Estado supostamente maiores E em adendo cabe ressaltar que para responsabiliz los possuem suas Institui es os seus pr pr
529. rtes etc 34 PINTO Jos Augusto Rodrigues Direito sindical e coletivo do trabalho S o Paulo LTr 1998 p 269 318 Entre os v rios dispositivos utilizados pelo Estado para estabelecer regras a respeito da media o p blica temos o Decreto n 1 572 95 e a Portaria n 3 097 88 que tratam mais especificamente da media o nos conflitos coletivos Notabilizam se estas normas pela postura ativa que possui o mediador ao passo que pode solicitar informa es e esclarecimentos externos s partes no intuito de solucionar os conflitos Saliente se que o Minist rio P blico do Trabalho parte legitimada a defender o interesse p blico nestas lides entregues media o quando se defrontar com greves em servi os essenciais ou viola o de direitos transindividuais e individuais homog neos de import ncia social respald vel Como visto suas caracter sticas principais s o aquelas que comumente diferenciam os procedimentos extrajudiciais rapidez e efici ncia privacidade e sigilo menor reincid ncia e dura o sem contar com a redu o do desgaste emocional entre as partes etc A ilustre estudiosa do direito laboral L dia Miranda de Lima Amaral empresta sua colabora o sobre media o ao ressaltar as partes negociam com o mediador n o como se fossem um juiz mas apenas como uma ponte entre elas Demonstrando amplo conhecimento sobre rela es entre trabalho e capital vasta experi ncia no processo de negoci
530. rvidores p blicos ainda que submetidos ao regime contratual art 39 3 da CF 88 Logo tem se que esse tipo de CCP n o compat vel com a administra o p blica direta aut rquica e fundacional Entretanto As sociedades de economia mista e as empresas p blicas por terem personalidade jur dica de direito privado submetem se a qualquer tipo de Comiss o empresarial ou sindical porque est o sujeitas ao regime 314 Essa quest o refoge at da compet ncia do TEM haja vista que art 39 da CLT ao cuidar da hip tese de reclama o administrativa perante a DRT por falta ou recusa de anota o na Carteira de Trabalho vaticina que verificando se que as alega es feitas pelo reclamado versam sobre a n o exist ncia de rela o de emprego ou sendo imposs vel verificar essa condi o pelos meios administrativos ser o processo encaminhado Justi a do Trabalho ficando nesse caso sobrestado o julgamento do auto de infra o que houver sido lavrado 326 jur dico pr prio das empresas privadas inclusive quanto aos direitos e obriga es trabalhistas art 173 8 1 Il da CF 88 A composi o m nima de uma CCP empresarial de dois 2 membros e a m xima de 10 sendo sempre parit ria Diferentemente da CCPs sindical que ter sua constitui o e normas de funcionamento definidas em acordo ou conven o coletiva art 625 D Os representantes dos empregados titulares e suplentes
531. s Logo nos moldes da lei 9 307 96 qualquer pessoa capaz de contratar poder valer se de rbitros para dirimirem lit gios desde que se refiram a direitos patrimoniais dispon veis art 1 Interpretando o preceptivo conclui se que foi criada uma arbitragem volunt ria s partes capazes de contratar A arbitragem pode ser de direito ou de equidade art 2 As partes interessadas podem submeter a solu o de seus lit gios ao ju zo arbitral mediante conven o arbitral g nero dos quais s o esp cies a cl usula compromiss ria e o compromisso arbitral 302 Art 851 admitido compromisso judicial ou extrajudicial para resolver lit gios entre pessoas que podem contratar Art 852 E vedado compromisso para solu o de quest es de estado de direito pessoal de fam lia e de outras que n o tenham car ter estritamente patrimonial Art 853 315 A cl usula compromiss ria consiste numa conven o inserida num contrato pela qual as partes se comprometem a submeter qualquer quest o oriunda do contrato arbitragem Ela representa um ajuste pr vio integrado a um contrato ou n o pelo qual as partes contratantes voluntariamente pactuam que eventuais controv rsias futuras que ocorram no cumprimento de um contrato ser o submetidas a ju zo arbitral Esse instrumento escrito pode ser um acordo ou uma conven o coletiva e o lit gio futuro pode at n o surgir O compromisso arbitral consiste n
532. s principalmente dentro da compet ncia federal e estadual do rg o h a representa o do Estado em ju zo al m de ser legitimado para a propositura de diversas a es desde na defesa do meio ambiente aos direitos do consumidor Por n o haver um rg o respons vel pela representa o judicial do Estado como se observa a Advocacia Geral da Uni o no Brasil cabe aos membros do Attorney tal atribui o Outra fun o refere se atividade de consultoria do poderes Executivo e Legislativo Divergente do que sucede da maioria dos pa ses de direito romano germ nico n o exercem a atividade de custos legis 111 IB N EZ Perfecto Andr s Por um Minist rio P blico dentro da Legalidade Minist rio P blico II p 67 set 2000 A Constitui o brasileira e o Estatuto do Minist rio P blico consagram o princ pio da obrigat ria propositura da a o penal 112 IB N EZ Perfecto Andr s Por um Minist rio P blico dentro da Legalidade Minist rio P blico II p 69 set 2000 92 Aspecto incomum vale salientar na atribui o do parquet na representa o do Estado pois ao agente da institui o cabe exce o de consci ncia cabendo lhe a faculdade de negar se a atuar na defesa do Estado ou de servidores quando divergirem do posicionamento do rg o devendo providenciar profissional para tal encargo Isto configura uma not vel demonstra o da independ ncia daquela institui o frente ao Poder Executivo Q
533. s rg os do Poder Judici rio e sendo condenat ria constitui t tulo executivo 7 CONSTITUCIONALIDADE DA LEI DE ARBITRAGEM Muitos levantaram e ainda levantam o tom do debate quanto aceita o da arbitragem pugnando por uma pretensa inconstitucionalidade da lei que a regulamentou Alguns dos variegados argumentos como poss veis viola es das garantias do devido processo legal CF art 5 LVI da ampla defesa CF art 5 LV da impossibilidade da cria o de ju zo ou tribunal de exce o CF art 5 XXXVII se mostram extremamente fr geis sendo dispens veis maiores digress es A seguir o leitor conseguir compreender facilmente atrav s de nossos racioc nios a improced ncia destes argumentos n o ficando eles irrespondidos Observe se que mais cuidadosa deve ser a an lise de poss vel inconstitucionalidade em torno de tr s princ pios jur dicos bem conhecidos de n s operadores do Direito o princ pio do pleno acesso ao Poder Judici rio o princ pio do duplo grau de jurisdi o e o princ pio do juiz natural Deles trataremos adiante 7 1 ACESSO AO PODER JUDICI RIO Doutrinadores argumentam que com a arbitragem restaria desrespeitado o preceito constitucional do art 5 XXXV consagrador do princ pio da 331 BULOS Uadi Llam go et a Lei de arbitragem comentada S o Paulo Saraiva 1997 p 19 348 inafastabilidade da jurisdi o ou garantia do direito de a
534. s Institui es de Direito do Trabalho LTR S o Paulo 2000 p 1076 274 na fase da Revolu o Industrial grandes conflitos coletivos salvo os dos banc rios e dos metal rgicos porquanto os sindicatos eram muito pressionados pela antiga pol cia da repress o DOPS assim como os seus dirigentes e isso de certa forma impedia a movimenta o acirrada dos dirigentes sindicais com o consequente enfraquecimento dos movimentos Ainda sobre o assunto e a t tulo ilustrativo conv m analisar o fundamento dos movimentos grevistas Nas palavras de Washington Trindade a greve o meio mais eficaz de denunciar uma dose insuport vel de injusti a na ler injusti a essa que legitima o apelo aos direitos fundamentais Por outro lado Eduardo Couture concebia a greve como uma forma de fazer justi a pelas pr prias m os justific vel at o momento em que o Estado se aperfei oe Com efeito asseveramos que a greve pode ter fundamento salarial moral pol tico ou social mas para ser legitima deve ser sempre submissa ao interesse coletivo Sobre a evolu o legislativa para ampliar a gide de considera es alvissareiro ressaltar que entre as normas que trataram da greve no Brasil destacam se mormente a Lex Fundamentalis de 1937 que trouxe em seu bojo norma para proibi la O C digo Penal a seu lado DL 2 848 de 1940 trouxe normas nsita em seu seio para trata la como crime A CLT por seu turno DL 5
535. s Teoria Pura do Direito S o Paulo Martins fontes 1999 p 217 133 Tribunal de exce o aquele criado ap s o fato para julgar sem apelo sem estar submetido a nenhum controle jurisdicional Sua exist ncia viola o due process of law e consequentemente o princ pio da imparcialidade ou do juiz natural Consoante o princ pio ningu m pode ser julgado por rg o institu do ap s a ocorr ncia do fato Por outro lado em oposi o ao sentido de comum ou ordin rio tribunal de exce o entende se o que se estabelece ou se institui em car ter especial ou de exce o para conhecer e julgar quest es excepcionalmente ocorridas e suscitadas o tribunal de seguran a institui o mantida pelo estado novismo a fim de castigar os desafetos da ditadura era um tribunal de exce o Logo tribunal de exce o viola o chamado ju z natural ou seja o juiz detentor do poder que lhe foi conferido pela Constitui o Federal Apenas t tulo ilustrativo registramos que a jurisdi o n o atribui o exclusiva do poder judici rio Com efeito em havendo qualquer tipo de jurisdi o como no caso da arbitragem jurisdi o privada ou quando o poder legislativo institui internamente rg o julgador p ex para julgar o Presidente da Rep blica por crime de responsabilidade nos moldes do art 52 inciso da CF tamb m deve ser observado o princ pio da imparcialidade ou do juiz natural Com efeito
536. s Tribunais de Com rcio Justi a do Trabalho Tribunais de Neg cios da Seguridade Social dentre outros que por sua vez ainda podem ser administrativos ou judiciais visto que a justi a n o unit ria 54 unit rio e centralizado Outra aten o elucida se em rela o ao fato de que no contencioso franc s existirem duas jurisdi es uma administrativa e outra judicial Em linhas gerais foi tra ado o perfil do Minist rio P blico franc s sua configura o e depend ncia do Poder Executivo que atrav s do Ministro da Justi a conduz pol tica criminal Diferen as s o verificadas quanto da atua o cogente dos membros da institui o no direito p trio em rela o a o penal e disponibilidade e perfil discricion rio concedida mat ria pelo legislador franc s Outras tantas diverg ncias ocorrem quando se refere presen a na rea c vel devido ao tratamento legislativo e s constantes inger ncias do parquet no mbito privado no direito p trio Ponto de assimetria verificou se ainda na mat ria referente legitima o para a propositura das a es na defesa de interesses difusos e coletivos do patrim nio nacional e nas causas de A o Civil P blica previstas pela legisla o nacional e ausente no instituto franc s Existem outras diverg ncias substanciais que s o percept veis em rela o ao direito p trio pois n o apresenta o parquet franc s o mesmo papel pol tico i
537. s a Inglaterra de 1500 cortava as orelhas dos grevistas Na Fran a de 1971 a lei cnamada de Chapelier punia at os patr es que contratava os grevistas Em real mais que um direito a greve o mais din mico eficiente e r pido processo de conquista de direitos de que disp e a classe trabalhadora e assim certamente ser at que se altera a pr pria estrutura do sistema 4 2 9 2 ABUSO DO DIREITO DA GREVE O art 8 inciso V da Lex Legum estipula que ningu m ser obrigado a filiar se ou manter se filiado a sindicato 20 VIANNA Segadas Institui es de Direito do Trabalho LTR S o Paulo 2000 p 1080 Ee VIANA Marcio T lio Greve Curso de Direito do Trabalho Estudos em Mem ria de C lio Goyat coordenado por Alice Monteiro de Barros Vol 2 2 Ed LTr S o Paulo 1994 p 647 277 Por outro lado o art 4 da Lei 7 783 89 atual lei de greve enfatiza caber a entidade sindical correspondente convocar na forma do seu estatuto assembl ia geral que definir as reinvidica es da categoria e deliberar sobre a paralisa o coletiva da presta o de servi os Na falta de sindicato os empregados constituir o uma comiss o de negocia o 8 2 do art 4 Como a lei n o se refere a Sindicato mas Entidade Sindical a exist ncia de Federa o ou Confedera o impede a constitui o de comiss o Acrescenta T lio Viana que a comiss o tamb m poder ser criada se o rg o de c
538. s disposi es legais e constitucionais relativas mat ria sendo devido ressaltar apenas a inova o de seu art 3 que trata da iniciativa e da distribui o do procedimento arbitral A arbitragem poder ser iniciada pela vontade conjunta de todos os conflitantes ou por um deles mediante a conven o de arbitragem 1 Havendo iniciativa conjunta de todos os conflitantes o pedido de arbitragem ser autuado e distribu do ao Membro escolhido que tomar as provid ncias necess rias 2 No caso de iniciativa de apenas parte dos envolvidos no conflito dever o Membro escolhido dar conhecimento aos conflitantes que ainda n o se manifestaram para que informem se aceitam a atua o do Minist rio P blico do Trabalho e a sua indica o 3 N o havendo a aceita o de todos os conflitantes ser arquivado o processo de arbitragem 8 Art 83 Compete ao Minist rio P blico do Trabalho o exerc cio das seguintes atribui es junto aos rg os da Justi a do Trabalho XI atuar como rbitro se assim for solicitado pelas partes nos diss dios de compet ncia da Justi a do Trabalho 441 Veja se que nem a Lei Complementar 75 93 nem a Resolu o 44 ao se referir a atua o do Minist rio P blico do Trabalho como rbitro em nenhum momento fez distin o entre diss dios individuais de coletivos Ora o que a lei n o pro be ou distingue n o cabe ao int rprete proibir ou distinguir se
539. s e ou sindicato patronal conforme previsto na Lei Complementar n 75 93 art 83 inc XI O MPT regulamentou a atividade atrav s da Resolu o n 44 do Conselho Superior No ano de 2001 foram realizadas 568 Media es e Arbitragens no mbito das 24 Procuradorias Regionais do Trabalho Em 2000 foram 513 em 1999 405 media es Como o a arbitragem comum a trabalhista tamb m deve ser realizada por pessoas aptas de uma forma especializada a dirimir quest es sob lit gio Contudo haver que ser exigido dos rbitros trabalhistas al m da forma o adequada capacidade e autoridade para equilibrar as desigualdades existentes na rela o capital trabalho objetivo diuturno da Justi a Trabalhista da qual far parte sob pena de retrocesso hist rico social sem precedentes na prote o dos direitos conquistados arduamente pelos trabalhadores Estas observa es n o devem passar desapercebidas pelos membros do Minist rio P blico do Trabalho bem como por seu rg o maior a Procuradoria Geral do Trabalho de modo a n o ser aceita nem imposta a incumb ncia RA BASSO Guilherme Mastrichi An lise Cr tica do Minist rio P blico do Trabalho Procuradoria Geral do Trabalho Dispon vel em http www pgt mpt gov br publica es pub75 html Acesso em 05 out 2003 445 arbitral quando o Procurador n o se sinta preparado para atuar como rbitro ou n o tiver o dom nio t cnico da mat ria
540. s estariam os crit rios de compet ncia em raz o da mat ria no mbito do Minist rio P blico do Trabalho O alto n vel t cnico e intelectual existente nos quadros do Minist rio P blico do Trabalho Neste aparte vale alertar que os membros do Minist rio P blico do 2 Sobre a import ncia do princ pio da razoabilidade bem nos fala Amauri Mascaro O princ pio da razoabilidade evidencia que na interpreta o dos fatos e das normas deve se agir com bom senso O jusfil sofo mexicano Recas ns Siches em sua obra Nueva filosof a de la interpretaci n Del derecho 1950 j ensinara que a l gica do direito a l gica do razo vel O princ pio protetor central no direito do trabalho n o mais importante que o da razoabilidade de modo que este o princ pio b sico e n o aquele N o vi vel proteger o trabalhador quando a prote o n o se mostra razo vel NASCIMENTO Amauri Mascaro Curso de Direito do Trabalho 17 Ed S o Paulo Saraiva 2001 4 AZEVEDO Eurico de Andrade Parecer publicado em Justitia 139 144 apud MAZZILI Hugo Nigro Introdu o ao Minist rio P blico 3 ed S o Paulo Saraiva 2000 p 66 447 Trabalho s o selecionados mediante rigoros ssimo concurso p blico de provas e t tulos acompanhado por autoridades do Poder Judici rio e da Ordem dos Advogados do Brasil o que torna despicienda maior digress o a respeito de suas capacidades profissionais Vale aqui traz
541. s Desembargadores do Procurador da Coroa e da Fazenda do Provedor de Defuntos e Res duo do Ouvidor Geral dos Agravistas e do Chanceler Roberto Lyra relata que a fun o do Promotor de Justi a era a de velar pela integridade da jurisdi o civil contra os invasores da jurisdi o eclesi stica sendo obrigado a ouvir missa rezada por capel o especial antes de despachar e a usar Opa 119 LYRA Roberto Teoria e Pr tica da Promotoria P blica 2 ed Porto Alegre S rgio Ant nio Fabris 1989 p 21 96 Em 1822 com a autonomia as Ordena es Filipinas continuaram a servir de Estatuto Jur dico do Novo Imp rio A primeira Constitui o Brasileira datada de 1824 apenas fazia men o da exist ncia de um Procurador da Coroa e Soberania Nacional o qual tinha a incumb ncia da acusa o no Ju zo dos crimes Outrossim previu a elabora o de uma nova codifica o tendo sido oportunamente promulgados os C digos Criminal em 1830 de Processo Criminal em 1832 e Comercial em 1850 Antes por m com a lei de 18 de setembro de 1828 criou se o cargo de Promotor de Justi a que tinha por of cio atuar perante as rela es e os diversos Ju zos das Comarcas Todavia foi a Lei Processual Penal quem consolidou o Minist rio P blico como acusador criminal A nomea o dos Promotores dava se pela Corte ou pelos Presidentes de Prov ncias por um per odo de tr s anos os quais eram escolhidos dentre as
542. s arduamente pelos trabalhadores Estas observa es n o devem passar desapercebidas pelos membros do Minist rio P blico do Trabalho bem como por seu rg o maior a Procuradoria Geral do Trabalho de modo a n o ser aceita nem imposta a incumb ncia arbitral quando o Procurador n o se sinta preparado para atuar como rbitro ou n o tiver o dom nio t cnico da mat ria sob questionamento Isto inclusive seria motivo de preserva o da efetividade da atua o ministerial elevando a arbitragem ao n vel de qualidade e presteza que dela se exige Sublinhemos que o procedimento arbitral ministerial em hip tese alguma deve ser iniciado ex officio ou por vontade de apenas uma das partes Deve ser ele volunt rio sob pena de ao dispor em contr rio ser tido como ilegal e inconstitucional e assim ser facilmente anulado haja vista que n o podemos estimular a paz e o consenso impondo aos conflitantes a negocia o e outros meios extrajudiciais 458 Na atua o como rbitro o Minist rio P blico do Trabalho n o deve ter uma atitude repressora at como forma de n o afastar os cidad os da institui o principalmente os empregadores Isto n o quer significar ser mais tolerante com X ou com Y por m traduz a necessidade do respeito a ambas as partes e do convite ao respeito m tuo entre as mesmas uma atua o que deve estar desprovida de quaisquer animosidades impedimentos ou suspei es por parte do
543. s de menores e incapazes Por fim cumpre trazer tela li o exposada pelo colega do Minist rio P blico do Trabalho Alexandre Corr a da Cruz que ensina que a interven o do Parquet torna se ainda mais relevante na condi o de curador de incapazes porquanto poss vel que se verifique em audi ncia a des dia do representante legal do incapaz em rela o aos interesses deste Assim haver modifica o na situa o processual do Minist rio P blico que passar a atuar na condi o de curador especial substituto processual na forma do artigo 9 do CPC j que configurada a colid ncia de interesses N o poder entretanto atuar como curador lide ou especial no caso de r u revel vez que se o r u n o comparecer audi ncia ser confesso quanto mat ria de fato que em regra os direitos do empregador n o s o indispon veis mas t o somente do empregado Acres a se a isto que a utiliza o do preceptivo no pertinente ao r u revel afrontaria os princ pios da celeridade concentra o e economia processual observados mormente no Processo Trabalhista ainda mais porque a CF bem como a LC 75 93 e at mesmo a CLT s o silentes quanto defesa pelo Minist rio P blico do Trabalho dos interesses do r u revel citado por edital 198 CRUZ Alexandre Corr a da Atua o do Minist rio P blico do Trabalho na Condi o de Curador Especial e Curador de Incapazes Revist
544. s em ju zo n o s o considerados por alguns estudiosos como precursores do Parquet uma vez que n o desempenhavam um of cio de interesse p blico mas t o somente privado Outrossim registre se que com o surgimento do Reino dos Francos ap s a derrocada do Imp rio Romano durante a administra o do monarca Carlos Magno considerado por muitos estudiosos como um dos homens mais importantes de toda a Idade M dia foram introduzidas modifica es essenciais na forma de governar eliminando os antigos duques tribais substituindo os nos governos locais por pessoas diretamente ligadas ao soberano e por ele designadas criando inclusive uma institui o para fiscalizar seus servidores S o os chamados missi dominici uma esp cie de inspetores peregrinos que fiscalizavam a atua o dos representantes do soberano ouvindo queixas e coibindo abusos Esses inspetores s o considerados pela maioria dos juristas p trio tas como Roberto Lyra Amaral Santos S rgio de Andreia Ferreira Gabriel de Rezende Filho e outros como sendo um dos ancestrais do Minist rio P blico O festejado professor M rio Curtis Giordani citado por Jo o Francisco Sauwen Filho em sua obra Minist rio P blico Brasileiro e Estado Democr tico de Direito sobre o tema elucida A Institui o dos enviados do senhor j existia na poca merov ngia mas n o funcionava com a regularidade que Carlos Magno lhe imprimiu Um capitulare especial trata
545. s espa os servindo como um canal s demandas que visam concretiza o dos novos direitos e o resgate da cidadania da parcela majorit ria da popula o que vive margem dos processos pol tico e econ mico 178 Coma altera o da norma do artigo 96 da Magna Carta de 1969 e inclus o do par grafo nico ao caput deste suso mencionado artigo pela Emenda Constitucional n 7 de 13 de abril de 1977 o chamado Pacote de Abril possibilitou a cria o da Lei Org nica Nacional do Minist rio P blico e das Leis Org nicas Estaduais 195 Com efeito o Minist rio P blico brasileiro transforma e constr i sua nova identidade a partir das exig ncias sociais A Carta de 1988 ao projetar uma democracia econ mica e social estabeleceu garantias e declarou direitos individuais coletivos sociais e pol ticos definiu uma nova forma de organiza o pol tica do Estado descentralizando e criando novos espa os e meios de participa o direta da sociedade na defini o das pol ticas p blicas e na elabora o de novos direitos forneceu instrumentos para a concretiza o dos direitos declarados e para a constru o da sociedade democr tica projetada pois entre outros ampliou o objeto da a o popular e previu constitucionalmente a a o civil p blica para a tutela dos interesses coletivos e difusos Assim n o foi dif cil ao constituinte reconhecer ao Minist rio P blico representante natural da sociedade a co
546. s individuais Na elabora o deste trabalho ser necess rio recorrer a um entrela amento de conceitos existentes no direito material e no direito instrumental principalmente acerca do pr prio instituto da arbitragem para emp s defendermos a atua o dos Membros do Parquet Trabalhista como rbitros no af de solucionar os 16 conflitos sociais substituindo a jurisdi o heter noma Judici ria Estatal por uma heter noma tamb m estatal por m extrajudici ria N o nossa inten o fazer um mero trabalho de decalque que certamente n o comportaria em uma tese de doutoramento mas realizar uma an lise cr tica com a formata o dos conceitos do instituto da arbitragem inexoravelmente vinculada sua utiliza o pelo Minist rio P blico Trabalhista e que se nada puder acrescentar servir pelo menos como tentativa de gerar uma consci ncia cr tica para a comunidade jur dica acerca das solu es extrajudiciais dos conflitos trabalhistas e seus atores inclusive o pr prio Minist rio P blico do Trabalho Doutra parte se o desiderato do despertar da consci ncia cr tica n o for alcan ado teremos ainda o conforto de termos estudado no Curso de P s Gradua o stricto sensu da Universidade Federal de Pernambuco e de termos assistido a brilhantes li es de in meros de seus eminentes e inesquec veis professores No diapas o n o temos a inten o de partilhar do discipulismo mas trilhar um caminho
547. s individuais em que o MPT interv m sempre deve haver interesse indispon vel ou seja interesse p blico a justificar a sua atua o Conclui se portanto que n o h justificativa legal para a atua o do MPT como rbitro em diss dios individuais propriamente ditos pois neles h apenas a discuss o acerca das verbas rescis rias que s o expressas estritamente em valores patrimoniais De fato a quest o nos remete a uma discuss o mais profunda acerca do que venha a ser interesse p blico a justificar a interven o do Minist rio P blico do Trabalho nessas demandas Tendo exercido a Chefia do Minist rio P blico do Trabalho em Pernambuco entre os anos de 1999 e 2003 tivemos a oportunidade de vivenciar um debate entre nossa institui o e o Egr gio Tribunal Regional do Trabalho da 6 Regi o que tangenciava a mat ria sob enfoque qual seja o alcance do interesse p blico que enseja a atua o judicial ou extrajudicial do Parquet trabalhista Em Correi o Ordin ria realizada no Tribunal Regional do Trabalho da 13 Regi o TRT da Para ba a Corregedoria Geral da Justi a do Trabalho tendo em vista sua finalidade prec pua de cooperar para melhorar a atua o da Justi a do Trabalho recomendou quela Egr gia Corte que os processos sejam enviados Procuradoria Regional do Trabalho apenas nas hip teses em que a interven o do rg o obrigat ria nos termos da Lei Complementar n 75 93 e da Resolu
548. s jur dicos ocidentais O terceiro cap tulo importante porque demonstra com detalhes as origens do rg o ministerial no Brasil No Brasil as Institui es jur dico pol ticas nos per odos colonial e imperial desenvolveram se sob o amparo do Direito portugu s ou seja atrav s das ordena es rein colas Inicialmente o Minist rio P blico n o tinha o contorno de uma institui o era tratado como mero longa manus do Executivo com atribui es reduzidas esfera criminal e de fiscal da Lei Esta ltima por for a do 19 Aviso de 16 de janeiro de 1838 considerado o ato precursor no Brasil da sua finalidade m xima e caracter stica do Minist rio P blico No Brasil Republicano a Constitui o da Rep blica de 1891 apesar de conferir significativo avan o legal ao Minist rio P blico fez apenas uma pequena alus o ao Procurador Geral da Rep blica na se o destinada ao Poder Judici rio que seria designado pelo Presidente da Rep blica dentre os membros do Supremo Tribunal Federal Suas atribui es contudo deveriam ser definidas em Lei Ordin ria Foi apenas com a Constitui o Federal de 1934 que foi dado tratamento digno ao Minist rio P blico inserindo o no cap tulo dos rg os de coopera o nas atividades governamentais referente Organiza o Federal distinto portanto dos cap tulos destinados aos Poderes do Estado Executivo Legislativo e Judici rio Foi lhes institu
549. s materiais necess rios para a realiza o de atividades espec ficas IV requisitar informa es e documentos a entidades privadas V realizar inspe es e dilig ncias investigat rias Acerca da realiza o de dilig ncias imp e se asseverar que muito comum quando da an lise de um processo por parte do Procurador do Trabalho para a consequente emiss o do parecer este detectar a aus ncia de um documento essencial para o deslinde da quest o Verbi gratia a aus ncia do texto da Lei institudora de Regime Jur dico nico bem como de documento comprobat ria de realiza o ou n o de concurso p blico Com efeito mister se faz com base nos incisos Il VII e XII da LC 75 93 baixar o processo em dilig ncia para que a parte junte os documentos solicitados No contexto legitimidade do Minist rio P blico do Trabalho para intervir no processo na qualidade de fiscal da lei implica em que l cito a este rg o na fase recursal em que via de regra ocorre sua interven o solicitar mesmo durante as Sess es do Tribunal as dilig ncias que julgar convenientes o que processualmente significa promover e fiscalizar a exata aplica o da lei em face do interesse p blico existente Afinal velar pelo correto andamento dos processos para a melhor solu o das lides trabalhistas atribui o prec pua do 1 Art 83 Il da LC 75 93 O Minist rio P blico do Trabalho deve manifestar se em qualquer f
550. saltar que os rbitros considerados mais competentes s o os oriundos da National Academy of Arbitration NAA 324 TUPINAMB NETO Hermes Afonso A Solu o jurisdicional dos Conflitos Coletivos no Direito Comparado Uma vis o Cr tica S o Paulo LTr 1993 p g 42 325 TUPINAMB NETO Hermes Afonso A Solu o jurisdicional dos Conflitos Coletivos no Direito Comparado Uma vis o Cr tica S o Paulo LTr 1993 p g 42 337 No sistema arbitral americano os laudos proferidos pelos rbitros dependem de homologa o por parte dos tribunais conquanto as partes comumente cumpram espontaneamente aquilo que for disposto pelos rbitros Nos Estados Unidos fen meno raro o uso de arbitragem para a decis o de diss dios coletivos Na maior parte dos casos est a se dirimir conflitos individuais de trabalho Naquele pa s tem se aplicado tamb m o recurso do fast finding E com not vel sucesso Trata se de recurso extremo ao qual o empregado ter que recorrer em ltimo caso uma esp cie de arbitragem obrigat ria qual ele fica submetido principalmente em quest es de perigo de greve Veja se que os trabalhadores americanos t m seu direito de greve bastante restringido Basta ver o teor da Lei Taft Hartley de 1947 que concede ao Presidente da Rep blica norte americano requerer a um tribunal federal a suspens o da greve por 60 dias em casos onde se afete a seguran a nacional ou a sa de p blica 5 3
551. se entre as fun es do Minist rio P blico uma a de defender a ordem jur dica o regime democr tico e os interesses sociais e individuais indispon veis resta desnuda que toda tentativa de Emenda Constitui o que possua como seus objetivos a elimina o ou redu o de suas fun es ou que vise supress o de alguma das suas garantias ou das veda es essenciais Institui o embora possam ser desfavor veis ao membro em particular demonstrar se atentat ria nossa democracia e por consequ ncia atentat ria aos direitos e garantias individuais institu dos Por isso a exist ncia do Minist rio P blico como Institui o as suas fun es antes relacionadas e tamb m todas as garantias que lhe s o conferidas para que tenha condi es f ticas e jur dicas de desempenhar seu papel encontram se al ados ao n vel de cl usula p trea da Constitui o do Brasil Maur cio Augusto Gomes ao descrever a evolu o do Parquet vaticina surgiu como rg o incumbido da defesa dos interesses do soberano passando a ser rg o de defesa dos interesses do Estado at atingir a posi o atual de rg o incumbido da defesa dos interesses da sociedade at mesmo contra o Estado Passados todavia quinze anos da promulga o da Carta Magna de 1988 a doutrina discute ainda hoje onde se situaria a Institui o no quadro 173 GOMES Maur cio Augusto Minist rio P blico na Constitui o de 1988
552. se por interm dio de uma sociedade cada dia mais informada cr tica e exigente com o cumprimento da legalidade e com atualiza o dos valores p treos de nossa ordem constitucional isto uma sociedade democratizada A evolu o e atualiza o destes valores constitucionais requer um ininterrupto lavor desenvolvido por um rg o aut nomo que n o se identifique com nenhum dos tr s tradicionais poderes constitu dos para que possa eficazmente realizar suas tarefas de contra poder N o devemos obstar a atual crise que vive o decantado princ pio da triparti o de poderes diante desta reclama o constante que se submete a sociedade democratizada em que vivemos Esta crise muito se origina de sua insufici ncia em explicar e embasar a disposi o funcional dos poderes estatais de hoje em dia Poder amos at dizer que vivemos numa Idade dos Contra poderes em tempos de valoriza o dos elos existentes entre os Poderes numa valoriza o aut nomo comunicativa dos Poderes e suas fun es de inter controle estatal Esta a era do Direito Social entendido este como um direito de interesses de grupos um direito de combate s desigualdades um direito de concess o de determinados privil gios a grupos espec ficos tendo em vista o restabelecimento de uma sonhada igualdade material de um equil brio f tico entre as partes preponderando o princ pio de uma Justi a Distributiva em detrimento do princ pio da Justi a Corretiv
553. sitar instaura o de procedimentos administrativos acompanhando os e produzindo provas etc Quanto produ o de provas mormente a pericial seus custos devem ser repassados s partes conforme o caso assim exija Por essas e outra raz es afirmamos que a atua o do Minist rio P blico do Trabalho como rbitro se apresenta de primacial import ncia e relev ncia por v rios motivos mas sobretudo pelas relevantes qualidades que det m conhecimento t cnico da mat ria proximidade com o conflito prest gio e confian a das partes entre outros Ademais inexistiria custo para as partes ao submeter o conflito para a solu o arbitral do Minist rio P blico do Trabalho Vedar ao Minist rio P blico do Trabalho a atua o como rbitro nos diss dios individuais constitui entendimento que se contrap e ao crescente prest gio da Justi a do Trabalho rg o jurisdicional perante o qual atua o Parquet trabalhista e ao pr prio processo de interioriza o do rg o Ministerial anseio de toda a sociedade que luta por melhores condi es de trabalho e pelo respeito dignidade do trabalhador objetivos para os quais concorre a atua o do Minist rio P blico do Trabalho Com efeito no contexto hist rico em que hoje vivemos adquire relev ncia impar a arbitragem trabalhista feita pelo Minist rio P blico do Trabalho naquilo 462 que for de compet ncia da Justi a Laboral Quer nos parecer que cada dia mais
554. sob questionamento Isto inclusive seria motivo de preserva o da efetividade da atua o ministerial elevando a arbitragem ao n vel de qualidade e presteza que dela se exige Ainda poder o Minist rio P blico do Trabalho ao atuar como rbitro se pautar apenas pelo procedimento geral instaurado com a Lei de Arbitragem ou pelo que for disposto pelas partes litigantes em sua conven o de arbitragem Sublinhemos que o procedimento arbitral ministerial em hip tese alguma deve ser iniciado ex officio ou por vontade de apenas uma das partes Deve ser ele volunt rio sob pena de ao dispor em contr rio ser tido como ilegal e inconstitucional e assim ser facilmente anulado N o podemos estimular a paz e o consenso impondo aos conflitantes a negocia o e outros meios extrajudiciais Releve se a necessidade de uma atua o totalmente diferente do membro do Minist rio P blico do Trabalho que venha a desempenhar a fun o de rbitro Na maior parte dos casos em que atua o Procurador do Trabalho em seu cotidiano ele tem uma atitude latentemente repressora e proativa na defesa dos interesses coletivos dos trabalhadores quando desrespeitados se encontrem Na atua o como rbitro esta repress o deve ser abandonada at como forma de n o afastar os cidad os da institui o principalmente os empregadores Isto n o quer significar ser mais tolerante com X ou com Y por m traduz a necessidade do respeito a a
555. stado Apesar da exist ncia de algumas particularidades o Minist rio P blico alem o pouco se afastou do tratamento conferido pela maioria dos pa ses promover a celeridade do processo Indiretamente se relativizou o princ pio da indisponibilidade da a o penal R DIAS Jorge de Figueiredo amp ANDRADE Manuel da Costa Criminologia Coimbra Coimbra Editora 1984 p 496 VIGLIAR Jos Marcelo Menezes Participa o do Minist rio P blico no Processo Civil Minist rio P blico Institui o e Processo Perfil Constitucional Independ ncia Garantias Atua o no Processo Civil e Criminal Legitimidade A o Civil P blica e Quest es Agr rias Coordena o de Ant nio Augusto Mello de Camargo Ferraz 2 ed S o Paulo Atlas 1999 p 172 64 europeus ocidentais de base romano germ nica Data v nia em nada se aproxima da disciplina nacional tanto na atividade repressiva e de dire o da pol cia judici ria como acentuadamente no papel desenvolvido na esfera processual civil por aquela ser extremamente reduzida Ponto de similitude observou se quanto compet ncia dos Juizados Especiais Criminais que hodiernamente ocupa crescente espa o na resolu o de causas penais de menor potencial ofensivo correlativa atua o do institui o alem na repress o aos delitos menores pelo procedimento penal sum rio 5 PORTUGAL Portugal passou tamb m por um processo semelhante ao franc s com
556. stado Se Montesquieu tivesse escrito hoje o Esp rito das leis por certo que n o seria tr plice mas qu drupla a Divis o dos Poderes Ao rg o que legisla ao que executa ao que julga um outro rg o acrescentaria ele o que defende a sociedade e a lei perante a Justi a parta a ofensa de onde partir isto dos indiv duos ou dos pr prios poderes do Estado Entretanto muito menos a Institui o pode ser considerada como um Quarto Poder pois para tanto falta lhe voca o Como bem acentuou Luiz Augusto de Santana 182 LYRA Roberto Teoria e Pr tica da Promotoria P blica Porto Alegre S rgio Ant nio Fabris Editor 1989 p 20 183 SANTANA Luiz Augusto de O Minist rio P blico e o Princ pio da Separa o dos Poderes no Brasil Revista Jur dica Institui o Toledo de Ensino 1999 p 311 204 Os Poderes da Uni o est o expressos no artigo 2 da Carta de 1988 a saber Legislativo Executivo e Judici rio n o deixando a Constitui o margem a que int rpretes mais afoitos pudessem admitir a exist ncia de um outro Poder Assim num trabalho de hermen utica voltado a investigar a verdadeira vontade do legislador constituinte na Carta de 1988 interpretando se de forma sistem tica o texto que cuida da mat ria os Poderes e o Minist rio P blico conclui se que o fato de estar o rg o integrando o t tulo que organiza os Poderes t tulo IV mas organizado em cap tulo cap tulo IV distinto
557. stas poderes direitos vantagens faculdades ou prerrogativas o interesse embora concebido geralmente como uma utilidade econ mica pode fundar se em uma vantagem de ordem moral Da se forma por isso a especializa o do interesse moral e do interesse econ mico que se identificam na forma o do interesse jur dico 9 n O moral decorre dos direitos vida liberdade ao sossego ao bem estar honra fama O econ mico estrutura se toda vez que a coisa ou o fato calcado em um bem material ou mesmo em um direito ou bem intelectual possa ser convertido ou transformado em valor pecuni rio A doutrina de um modo geral se afasta da id ia de definir o instituto uma vez que o seu conceito n o foi estabelecido atrav s de um comando jur dico normativo pelo legislador como vemos nos exemplos a seguir Segundo Hely Lopes Meirelles interesse p blico seriam aquelas aspira es ou vantagens licitamente almejadas por toda a comunidade administrada ou por uma parte expressiva de seus membros J para Hugo Nigro Mazzili interesse p blico express o muito mais abrangente e identifica se com o conceito de bem geral com o interesse da coletividade como um todo Acrescenta que nem s n o coincide necessariamente o interesse p blico com o interesse do Estado enquanto pessoa jur dica como ainda se pode adiantar que 433 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasilei
558. stitucional dentro do novo quadro de organiza o pol tica e paridade institucional trazido pela Carta Magna de 1988 Muito cotidianamente presenciam se est rias ver dicas de membros ministeriais que continuam sendo tratados como procuradores dos Estados Federativos ou da Uni o confundido os com os Advogados da Uni o e Procuradores dos Estados Tamb m os confundem com os Defensores P blicos Tais equ vocos ainda s o sentidos na comunidade jur dica nacional entre magistrados advogados estagi rios o que diremos ent o em rela o maioria de nossa sociedade civil mergulhada no mais abissal ostracismo cultural j visto 174 Perfaz se deste modo a necessidade premente de que seja posta em a o a fun o de ombudsman que claramente uma das v rias facetas de nosso Minist rio P blico importada da Su cia onde existe desde 1809 Em terras escandinavas ele o respons vel pela representa o dos direitos fundamentais dos cidad os e suas respectivas garantias bem como pela preserva o da probidade administrativa e do respeito correi o na aplica o das leis postas pelo Legislativo Estas fun es atualmente j se enquadram nos poderes do Minist rio P blico brasileiro o que nos faz cobrar a sua efetividade A exist ncia do Minist rio P blico permite que sejam remetidas ao Poder Judici rio as demandas realmente mais importantes porquanto s o possuidoras de uma abrang ncia desmedid
559. stradores das entidades da administra o p blica mat ria que n o compete a Justi a do Trabalho apreciar e julgar Com efeito o Minist rio P blico do Trabalho tem fiscalizado a realiza o de concurso p blico na Administra o P blica Direta Empresa P blica ou Sociedade de Economia Mista propiciando a toda sociedade pretendentes aos cargos ou empregos p blicos ter acesso ao emprego de modo igualit rio atrav s de certame p blico de provas conforme previsto no art 37 inciso Il da Constitui o da Rep blica que como foi visto a contrata o de servidor por qualquer rg o da administra o p blica sem a realiza o de concurso p blico de prova e t tulo al m de afrontar o inciso Il do artigo 37 da Lex Fundamentalis constitui ato imoral atentat rio probidade administrativa consoante afirmamos noutras linhas publicadas por n s al m de ser nula pleno jure A n o ser que o cargo seja comissionado declarado em lei de livre nomea o e exonera o 24 DINIZ Jos Jangui Bezerra Diniz O Efeito do Contrato de Trabalho Celebrado com a Administra o P blica sem Concurso de Provas e T tulos Repert rio IOB de Jurisprud ncia n 14 94 texto 2 9103 pp 236 240 IOB S o Paulo 2 quinzena de julho de 1994 Republicado pela ADT Advocacia Trabalhista Ano XXIX n 32 pp 351 356 Ed Coad RJ agosto de 1995 Pela Revista Trabalho amp Doutrina n mero 17 pp 10 16 junho de 1998 e pel
560. stre Juiz do Trabalho da 13 Vara do Trabalho do Recife PE Larry da Silva Oliveira filho que em senten a singular lavrada em 10 05 2002 Processo n mero 1600 01 enfatizou que as Comiss es n o seriam um passo obrigat rio para o trabalhador O entendimento de alguns sobre a obrigatoriedade do laborista submeter se Comiss o de Concilia o Pr via antes de propor a o trabalhista tem sido no sentir deste juiz abstra do de forma equivocada do par grafo segundo do art 625 D Mister se faz a an lise desse dispositivo dentro do contexto do cap tulo VI A da CLT mormente em conex o com o art 625 G consoante o ensinamento acima transcrito e n o de forma isolada e literal Analisando o conclui se n o ser poss vel vislumbrar qualquer imposi o para que o empregado se sujeite CCP como condi o para propor a a o trabalhista A demanda perante a CCP poder ser proposta de forma escrita ou verbal Sendo desnecess rio o patroc nio advocat cio prevalecendo o jus postulandi art 791 da CLT Ademais estamos que ela admite o litiscons rcio ativo passivo e a substitui o processual pelo sindicato da categoria profissional Por outro lado inadmite se alega o de incompet ncia ou qualquer incidente 317 TRT PR RO 07139 2002 Ac rd o 02039 2003 Rel Juiz Luiz Eduardo Gunther in DJ Pr em 07 02 2003 318 OLIVEIRA FILHO Larry da Silva Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 6 R
561. sulti ottenuti di esecuzione penale 93 Previs o do art 107 da Constitui o Italiana que preceitua I magistrati sono inamovibilli 54 O Minist rio P blico franc s n o independente visto que como condutor da pol tica criminal est subordinado ao Ministro da Justi a assunto sobre o qual j tratamos anteriormente Preceito da Constitui o Italiana Art 107 magistrati si distiguono fra loro soltanto per diversit di funzioni II pubblico ministero gode delle garanzi estabilite nei soui riguardidalle norme sul ordinamento giudiziario 5 SAUWEN FILHO Jo o Francisco Minist rio P blico Brasileiro e o Estado Democr tico de Direito Rio de Janeiro Renovar 1999 p 85 E Tradu o a a o penal confiada ao Minist rio P blico implica tr s esp cies de atividade inqu rito de pol cia judici ria e instrut ria de persecu o processual requerente e de realiza o do resultado final execu o penal MANZINI Vicenzo Instituzioni di Diritto Processuale Penale Padova Cedam 1967 p 126 Tal modelo tamb m adotado pela Fran a e por Portugal No Brasil no entanto diversamente ocorre pois o inqu rito de pol cia conduzido pelo delegado cabendo ao Minist rio P blico a acusa o e movimentar a atividade jurisdicional no sentido de possibilitar a execu o do julgado 57 Um ponto importante a ser elucidado sobre o Minist rio P blico italiano refere se ao entend
562. t rio P blico do Trabalho atrav s da Procuradoria Geral do Trabalho sediada em Bras lia e das Procuradorias Regionais do Trabalho localizadas na capital de cada Estado da Federa o ou em algumas cidades do interior como ocorre com Campinas S o Paulo atua judicialmente e extrajudicialmente Judicialmente ou extrajudicialmente atua fiscalizando a rela o entre capital trabalho e o cumprimento da ordem jur dica Preventivamente orienta os cidad os e a sociedade atrav s de audi ncias p blicas palestras workshops reuni es setoriais etc instaurando inqu ritos civis p blicos para investigar den ncias com a possibilidade de ajustamento da conduta atrav s dos termos de ajustes de condutas TACs Repressivamente aju za a es cab veis como a a o civil p blica junto Justi a do Trabalho podendo inclusive resolver os conflitos individuais e coletivos atuando como mediador ou rbitro 217 4 1 JUDICIALMENTTE Judicialmente ele atua como rg o agente parte ou como rg o interveniente custos legis Nos moldes do art 127 e 129 da CF combinado com os arts 83 e 84 da LC 75 93 compete ao Minist rio P blico do Trabalho Art 83 promover as a es que lhe sejam atribu das pela Constitui o Federal e pelas leis trabalhistas manifestar se em qualquer fase do processo trabalhista acolhendo solicita o do juiz ou por sua iniciativa quando entender existente interesse p
563. ta civiliza o eg pcia h mais de quatro mil anos representada pelo magia funcion rio real no Egito O saudoso mestre Roberto Lyra apoiado na autoridade de Berto Valori noticia que tal descoberta se deu com as escava es arqueol gicas realizadas no Vale dos Reis em 1933 quando ent o foram encontrados textos de leis dando conta que aquele funcion rio era a l ngua e os olhos do rei com atribui es no mbito da repress o penal para castigar os rebeldes reprimir os violentos proteger os cidad os pac ficos acolher os pedidos do homem justo e verdadeiro perseguindo os malvados e mentirosos formalizar acusa es e participar das instru es probat rias na busca da verdade bem como na esfera civil defender determinadas categorias de pessoas como os rf os e vi vas Na Gr cia Cl ssica os estudiosos buscam os tra os iniciais da Institui o nos foros de Esparta e nos thesmotetis ou tesm tetas esp cie de servidor judicial religioso e militar cuja atribui o principal era vigiar pela aplica o correta das leis um magistrado encarregado de administrar a justi a O Parquet entre os gregos era a l ngua e os ouvidos do rei Os arautos representantes dele tinham a fun o de defender o patrim nio real e tamb m fazenda estatal Contudo na rea penal a justi a era privada pois cabia s v timas do crime ou sua fam lia a iniciativa do processo contra o criminoso ou seja o direito de pu
564. ta es ou pr ticas aparentemente neutras mas que na realidade criam desigualdades em rela o a pessoas que t m as mesmas caracter stica Nesse sentido o Minist rio P blico do Trabalho tem coibido qualquer forma discriminat ria praticada pelo empregador seja na admiss o do trabalhador para o emprego seja no curso do contrato pois n o permitido discriminar o empregado em vista de seu sexo de sua origem de sua idade de sua cor de sua ra a de seu estado civil de sua cren a religiosa ou convic o filos fica ou pol tica de sua situa o familiar de sua condi o e sa de f sica e mental e de sua orienta o sexual tudo isso em conson ncia com o art 3 IV da Constitui o Federal e a Lei n 9 029 95 t tulo de ilustra o veja se o que vaticina a Lei n 9 029 de 13 de abril de 1995 Art 1 fica proibida a ado o de qualquer pr tica discriminat ria e limitativa para efeito de acesso rela o de emprego ou sua manuten o por motivo de sexo origem ra a cor estado civil situa o familiar ou idade resalvadas neste caso as hip teses de prote o ao menor previstas no inciso XXXIII do art 7 da Constitui o Federal 244 A atua o do Parquet implica em se fazer cumprir as normas internacionais ratificadas pelo Brasil 1 Conven es da Organiza o das Na es Unidas ONU sobre 1 1 Elimina o de todas as Formas de Discrimina o Racial de 1966
565. ta sociedade As limita es acima apontadas entretanto n o fazem com que o Minist rio P blico enquanto institui o aut noma e independente integre os Poderes do Estado fato este que marca o Parquet brasileiro como o mais avan ado do mundo luz do Direito Comparado Isto gerou doutrinariamente uma reflex o sobre a posi o do Minist rio P blico na organiza o pol tica do Estado Brasileiro Do exame das considera es retro expendidas bem como das normas que tratam do Minist rio P blico vislumbramos que a Constitui o Federal n o o elevou categoria de Poder mas disp s que ele no exerc cio de suas fun es rg o obrigatoriamente independente Por consegiu ncia o Minist rio P blico deve ter como os tr s Poderes fun es independentes sem a interfer ncia de qualquer um deles e sem posicion lo em nenhum dos Poderes P blicos Essa assertiva baseia se no fato de que a nova ordem constitucional prev para o Minist rio P blico como o fez com o Legislativo e Judici rio inclusive em rela o ao Executivo as garantias outrora mencionadas vitaliciedade 199 inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos as veda es para seus membros a iniciativa legislativa arts 61 e 127 2 o crime de responsabilidade contra o livre exerc cio do Minist rio P blico art 85 inciso Il a sua autonomia funcional e administrativa inclusive com a previs o de que a ele cabe
566. ta Trabalho e Doutrina n 14 S o Paulo Saraiva 09 97 Ju zo Arbitral no Processo do Trabalho S ntese Trabalhista Ano IX n 109 Porto Alegre S ntese julho de 1998 N NASCIMENTO Amauri Mascaro Curso de Direito do Trabalho 17 ed S o Paulo Saraiva 2001 Curso de Direito Processual do Trabalho 19 ed S o Paulo Saraiva 1999 NERY JR Nelson et al C digo de Processo Civil comentado 6 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 2002 NERY JR Nelson Princ pios Fundamentais Teoria Geral dos Recursos 3 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 1996 Princ pios do Processo Civil na Constitui o Federal 3 ed Cole o Estudos de Direito de Processo Enrico Tullio Liebman Vol 21 SP RT 1996 485 NUNES Pedro do Reis Dicion rio de Tecnologia Jur dica 11 ed Rio de Janeiro Freitas Bastos 1982 NUNES Reginaldo Da Prescri o em Favor do Estado e sua Declara o Ex Officio Revista dos Tribunais S o Paulo v 54 n 352 p 26 28 1965 NEVES Marcelo Teoria da Inconstitucionalidade das Leis Saraiva SP 1988 NETO Manoel Severo Tese de Doutorado sobre o tema llegitimidade Incidental e Legitimidade Incidental no Processo Civil apresentada no curso de Doutorado da Universidade Federal de Pernambuco UFPE trabalho in dito gentileza do autor NETO J Cabral O Minist rio P blico na Europa Lativa Belo Horizonte Mandamentos 1974
567. ta e solid ria garantia do desenvolvimento nacional erradica o da 103 pobreza e da marginaliza o redu o das desigualdades sociais e regionais e a promo o do bem de todos sem preconceitos de origem ra a sexo cor idade e quaisquer outras formas de discrimina o a atual Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil al m de ordenar as normas de organiza o do Estado n o s ampliou como tamb m elevou ao n vel constitucional os direitos que consubstanciam a cidadania civil e pol tica tradicionalmente objeto das Cartas constitucionais mas tamb m os direitos que consolidam a cidadania social como por exemplo meio ambiente ecologicamente equilibrado como bem de uso comum do povo universalidade da cobertura e do atendimento nas reas da sa de previd ncia e assist ncia social acesso ao ensino como direito p blico subjetivo etc No que tange ao Minist rio P blico a nova Magna Carta inovou em todos os sentidos conferindo lhe novo status pol tico e institucional consubstanciando tend ncia que na legisla o infraconstitucional vinha se moldando principalmente na d cada de oitenta A verdade que na hist ria constitucional da Institui o nunca houve uma mudan a t o significativa extensa e substancial que alcan asse a pr pria ratio essendi do Minist rio P blico Definindo o como Institui o permanente e essencial fun o jurisdicional do Estado com a incumb ncia de def
568. tantemente Bezerra Leite por seu turno acrescenta como exemplo de interesse difuso na Justi a do Trabalho quando um rg o da administra o p blica direta ou indireta de quaisquer dos Poderes promovesse a contrata o em massa de 18 SILVA Antonio lvares da Quest es Pol micas de Direito do Trabalho Vol Il S o Paulo LTr 1993 p g 86 189 LEITE Carlos Henrique Bezerra LEITE Minist rio P blico do Trabalho S o Paulo LTr 1997 p 39 215 servidores para investidura de cargo ou emprego de natureza permanente n o criados por lei que n o sejam de livre nomea o e exonera o e sem que tenha sido aprovados em concurso p blico de provas e t tulos Aqui o Minist rio P blico do Trabalho atuaria na defesa da ordem constitucional violada e dos interesses transindividuais de natureza indivis vel de todos os brasileiros indeterminadamente considerados que em potencial seriam os naturais candidatos queles empregos p blicos 1 Quanto aos direitos coletivos trabalhistas estes se diferem dos individuais homog neos pelo fato de que nos primeiros a pr tica lesiva se estende no tempo ou seja constitui procedimento gen rico e continuativo da empresa enquanto nos segundos sua origem se fixa no tempo consistente em ato gen rico mas isolado atingindo apenas alguns ou todos os que compunham a categoria no momento dado Exemplo de interesse coletivo lesado ter amos o do descuido
569. tativas de solu o extrajudiciais como condi o da a o para os casos de propositura de diss dios coletivos art 114 82 e para os casos de competi es desportivas art 217 81 Os defensores deste dispositivo argumentam que o direito de a o n o absoluto e portanto permitida estaria a exig ncia de pr via concilia o visto que a jurisdi o poderia ser acionada posteriormente tentativa de concilia o na Comiss o de Concilia o Pr via respectiva Apenas a acionabilidade da reclama o trabalhista estaria diferida no tempo Este n o deve ser o pensamento J h inclusive ac rd os relevantes acerca da dispensabilidade da comprova o de que houve a concilia o pr via COMISS ES DE CONCILIA O PR VIA TENTATIVA CONCILIAT RIA AP S O AJUIZAMENTO DA RECLAMAT RIA TRABALHISTA Irrelevante se o autor junta ata negativa de ensaio conciliat rio perante comiss o de concilia o 328 posteriormente ao ajuizamento da reclamat ria quando inclusive j restara inexitosa tentativa de acordo em ju zo na audi ncia inaugural Recurso da obreira provido para declarando a nulidade da r senten a primeira determinar o retorno dos autos ao primeiro grau para reabertura da instru o e continuidade do procedimento com a aprecia o dos pedidos formulados como se entender de direito A doutrina tem se manifestado tamb m concorde a esse ponto de vista Veja se a opini o do ilu
570. te eleita pelas partes devido a ser economicamente interessante com custas baixas ou inexistentes principalmente aos mais desvalidos de recursos financeiros Vivemos ainda em pocas de descren a em modelos jurisdicionais n o estatais A popula o em geral n o foi educada a resolver pacificamente seus problemas bem como desconhece institutos extrajudiciais de resolu o de conflitos Faz se mister o desenvolvimento da consci ncia dos trabalhadores nesta dire o Formas privadas existem mais c leres e prestativas que em nada eliminam a necessidade de advogados ou ju zes Pelo contr rio suas fun es ser o mais valorizadas no seio de nossa sociedade ao colaborarem para uma maior pacifica o e efetividade das presta es jurisdicionais 360 PASTORE Jos Arbitragem Trabalhista S ntese Trabalhista n 157 Porto Alegre S ntese p 151 julho 2002 374 11 IN DISPONIBILIDADE DOS DIREITOS TRABALHISTAS Para muitos autores a arbitragem trabalhista em diss dios individuais seria proibida devido ao fato de que os direitos trabalhistas seriam indispon veis e assim ver amos desrespeitado o art 1 da Lei de Arbitragem Argumentam que poderia haver o perigo de se flexibilizarem por delega o contratual aos rbitros as regras de Direito de Trabalho Se porventura o rbitro tiver que decidir por equidade poder ele manifestar se contr rio a v rias conquistas dos trabalhadores Muitas destas conqu
571. tente do MP por voto de dois ter os de seus membros assegurada ampla defesa Estabeleceu tamb m no art 129 inciso ao conferir ao MP a titularidade exclusiva para a propositura da a o penal p blica Logo a garantia constitucional ao promotor natural assegura prote o a ao membro do MP quanto ao exerc cio independente e aut nomo de sua fun o na tutela dos interesses da coletividade b coletividade representada por promotor cuja atua o se justifica por crit rios abstratos e pr determinados estabelecidos em lei c aos litigantes e interessados em geral quando atua o MP como custos legis no processo cuja atua o se justifica pelos mesmos motivos do item anterior Nessa perspectiva o princ pio do Promotor Natural d aos cidad os a garantia de estarem sendo processados por uma autoridade constitucionalmente 135 imparcial sem designa es perseguidoras ou maliciosamente condescendentes por parte dos chefes da Institui o bem como fornece aos membros a tranguilidade de estarem trabalhando sem conflitos internos e redu o de prerrogativas por inger ncia hegem nica dos Procuradores Chefes No contexto importa registrar que diferentemente do juiz natural cuja previs o em sede constitucional remonta Carta do Imperito de 1824 art 179 XVII para a partir de ent o estar sempre integrado aos textos ulteriores o princ pio do promotor natural foi incorporado apenas pela atual Constitui o
572. teresses do Estado da institui o do Minist rio P blico encarregando este de defender os interesses da sociedade como um todo 112 2 3 CONSTITUI O DE 1891 Apesar do que foi enunciado no Decreto do Ministro Manuel Ferraz de Campos Salles Decreto 848 1890 a Constitui o Federal de 1891 n o tratou de forma sistem tica o Minist rio P blico A nica men o feita dizia pertin ncia ao Procurador Geral da Rep blica que era tratado no t tulo destinado ao Poder Judici rio Assim que o artigo 58 2 determinava O Presidente da Rep blica designar dentre os membros do Supremo Tribunal Federal o Procurador Geral da Rep blica cujas atribui es se definir o em lei Com o advento da Rep blica surge um gradativo caminhar em rumo codifica o do direito brasileiro que culminou exemplificativamente com a promulga o do C digo Civil em 1917 do C digo de Processo Civil em 1939 do C digo Penal em 1940 do C digo de Processo Penal em 1941 O C digo Civil de 1917 daria ao Minist rio P blico atribui es como a curadoria de funda es art 26 legitimidade para propor a o de nulidade de casamento art 208 nico ll defesa dos interesses de menores art 394 caput legitimidade para propor a o de interdi o art 447 III e legitimidade para promover a nomea o de curador de ausente art 463 dentre outras O C digo de Processo Civil de 1939 estabeleceria a obrigatoriedade d
573. tica vimos que a justi a especializada encontra se abarrotada de demandas e n o obstante as restri es e limita es indisponibilidade de direitos busca se abreviar a solu o daqueles lit gios atrav s da transa o com a realiza o de 388 FRANCO FILHO Georgenor de Souza A Nova Lei de Arbitragem e as Rela es de Trabalho S o Paulo LTr 1997 p 25 piva Paulo C sar a Arbitragem como eventual solu o de problemas trabalhistas S ntese Trabalhista Anno XIII n 145 p 30 Porto Alegre S ntese julho de 2001 394 acordos que s o homologados sem a observ ncia dos rigores legais que direcionam a mat ria em especial a irrenunciabilidade de direitos E assim o porque o trabalhador muitas vezes pressionado pela inevit vel urg ncia na busca da solu o do lit gio s vezes movido por extrema necessidade aceita um mau acordo para sanar sua iminente sofrida e constrangedora situa o de insolv ncia Assim se oportunizada s partes a aplica o da arbitragem como alternativa e solu o dos diss dios individuais tem se claro que o resultado ser alcan ado com maior brevidade e caso efetivamente venha ser utilizada como mais uma forma de solu o de conflitos em muito auxiliar para o restabelecimento do prest gio do Poder Judici rio que se encontra sensivelmente perturbado diante daqueles que o procuram Vale frisar que a arbitragem n o deve ser superficialmente analisada como uma altern
574. tigo 114 da Lex Legum no qual estipula ser ela competente apenas para julgar lit gios que versem o trabalho sob a forma de v nculo empregat cio e outras controv rsias decorrentes da rela o de trabalho nos termos de lei etc Ora sobre o item n mero quatro assinalado acima mister se faz tecermos algumas considera es A interpreta o objetivada do art 114 da CF a de que LUSTOSA CAMINHA Marco Aur lio Tese de Mestrado sob o t tulo A Amea a do Alheamento do Estado s Rela es de Trabalho no Brasil argumentos em defesa da interven o estatal e do aprimoramento do Minist rio P blico do Trabalho defendida na Faculdade de Direito do Recife da UFPE p 143 in dita gentileza do autor 22 LUSTOSA CAMINHA Marco Aur lio Tese de Mestrado sob o t tulo A Amea a do Alheamento do Estado s Rela es de Trabalho no Brasil argumentos em defesa da interven o estatal e do aprimoramento do Minist rio P blico do Trabalho defendida na Faculdade de Direito do Recife da UFPE p 143 in dita gentileza do autor 301 a compet ncia da Justi a do Trabalho exclusivamente para julgar causas que tenham por objeto lit gio envolvendo empregados e empregadores al m daquelas decorrentes de outras esp cies de rela es de trabalho desde que haja lei autorizando Acontece que somente existe lei disciplinando as rela es de trabalho do avulso e do pequeno empreiteiro oper rio ou art fice Com ef
575. tilizando se da arbitragem para tanto Era o tempo das ord lias dos julgamentos sacros e divinizados Com o passar dos tempos os sacerdotes foram sendo substitu dos pelos ju zes estatais libertando os cidad os dos julgamentos sobrenaturais e da justi a privada O Estado atrav s de funcion rios seus os ju zes passa ent o a resolver os conflitos de interesse que surgissem suplantando os espa os 289 CARREIRA ALVIM Jos Eduardo Tratado Geral da Arbitragem Belo Horizonte Mandamentos 2000 p 17 29 TEIXEIRA S lvio de Figueiredo Confer ncia proferida no semin rio A arbitragem e o Brasil uma perspectiva m ltipla S o Paulo 13 11 1996 trabalho in dito gentileza do autor 307 deixados pelo antigo sistema de jurisdi o particular Mesmo assim continuou se a adotar a arbitragem bastando que as partes concordassem a dirimir os conflitos presenciados perante um rg o arbitral Com o fortalecimento dos Estados os conflitos passaram a ser solucionados pelos Tribunais que ainda presumiam ser de origem divina A tutela jurisdicional como ocorre hoje s passou a existir quando o Estado conseguiu libertar se dos v nculos que tinha com a igreja com o sobrenatural Com efeito a arbitragem um dos mais antigos meios de solu o dos conflitos Surgindo na Gr cia consiste em submeter o conflito a decis o de um terceiro pessoa grupo entidade administrativa ou rg o judicial Sua ev
576. tione non nata non praescribitur d se pender a o de evic o e contra incapazes CC de 1916 art 169 e CLT art 440 f entre c njuges na const ncia do casamento g entre ascendentes e descendentes durante o p trio poder h entre tutelados e curatelados e seus tutores ou curadores durante a tutela ou curatela i em favor do credor pignorat cio ou das pessoas que s o equivalentes CC de 1916 art 168 Ampliando a seara de elucida es frise se que a prescri o pode ser interrompida a pelo despacho que ordenar a cita o CPC art 219 1 e CC de 1916 art 172 b pelo protesto CC de a 916 art 172 II e CPC art 867 c pela apresenta o do t tulo de cr dito em ju zo de invent rio ou em concurso de credores CC de 1916 art 172 Il d por qualquer ato judicial que considere o devedor em mora e f por qualquer ato inequ voco mesmo que extrajudicial que importe reconhecimento do direito pelo devedor CC de 1916 art 172 III e V No Processo Trabalhista note se como n o h despacho ordenando a cita o mas apenas a cita o remetida pelo diretor da via postal a Vara Trabalhista a interrup o da prescri o se d a partir do ajuizamento da pe a proemial na distribui o dos feitos ou na Vara Trabalhista 293 Ainda guisa de pre mbulo n o poder amos perder de vista embora que em r pido bosquejo algumas considera es sobre um tema deveras interessante que a prescri o interc
577. tivamente e com responsabilidade estes nem t o novos institutos jur dicos para que os direitos constitucionais voltados ao equil brio na rela o social patr o trabalhador n o fiquem sem a guarida adequada e necess ria O aprimoramento destes institutos paralelamente ao recrudescimento e valoriza o de nossa Justi a do Trabalho somente trar benef cios aos cidad os que se vejam na necessidade dos servi os de nossa Justi a Assim baseados nesta busca de solu es fal ncia inconteste do atual modelo jurisdicional que intentaremos trazer uma contribui o cient fica para todos aqueles que est o intimamente ligados Justi a do Trabalho que na verdade parece nos estar adormecida nos rec nditos doutrin rios a possibilidade da utiliza o do instituto da arbitragem por parte do Minist rio P blico do Trabalho para resolu o de conflitos trabalhistas quer sejam eles coletivos quer sejam individuais Dissemos que nos parece estar adormecida porquanto sua primeira normatiza o legal existe desde a promulga o da Lei Complementar 75 93 i e h mais de 11 onze anos e mesmo assim poucos foram os doutrinadores que tentaram se aprofundar neste assunto e raras ainda s o as senten as arbitrais ministeriais Este o nosso objetivo ao qual convidamos o leitor a compartilh lo conosco SUMMARY We live in a world filled with financial difficulties and endless social problems Nothing but a w
578. tivas imp em se supletivamente s partes Cabe aos interessados valerem se delas ou n o Na aus ncia da vontade das partes essas leis s o chamadas a atuar sendo ent o obrigatoriamente aplicadas pelo juiz Nem sempre f cil primeira vista distinguir uma norma cogente de uma norma dispositiva Imp e se em cada caso examinar a finalidade da lei e a inten o do legislador dentro do conjunto da situa o jur dica enfocada pois raramente o legislador expresso no atinente a uma disposi o cogente Paralelamente ao tema de normas cogentes importante lembrar o conceito de ordem p blica As leis de ordem p blica s o normas a que em regra o Estado d maior relevo dada sua natureza especial de tutela jur dica e finalidade social S o princ pios de Direito Privado que atuam na tutela do interesse coletivo Seus efeitos e sua conceitua o muito se aproximam das normas cogentes n o havendo raz o para n o aproximarmos os dois institutos As leis imperativas tamb m denominadas cogentes incidem inapelavelmente sobre os facti specie por elas regulados N o permitem aliena o ren ncia disposi o ou transa o dos deveres e direitos nelas dispostos Elas podem ser ainda normas de ordem p blica tutelares de interesse p blico de import ncia desmesurada Como exemplos no Direito do Trabalho temos as normas que regulam o sal rio m nimo as normas de prote o higiene e seguran a do trabal
579. to Neste momento em que o Brasil deve aprender a ser uma democracia alicer ada no Estado de Direito bom lembrar a li o do saudoso e completo mestre Pontes de Miranda in verbis nada mais perigoso do que fazer se Constitui o sem o prop sito de cumpri la Ou de s se cumprir nos princ pios de que se precisa ou se entende devam ser cumpridos o que pior no momento sobre a Constitui o que bem ou mal est feita o que nos incumbe a n s dirigentes ju zes e int rpretes cumpri la S assim saberemos para que serviu e a que n o serviu nem serve Se a nada serviu em alguns pontos que se emende se reveja Se algum ponto a nada serve que se corte este peda o in til 2 MIRANDA Pontes Coment rios Constitui o de 1967 com Emenda n 01 de 1969 Tomo I Forense RJ 1987 pp 15 16 254 Se a algum bem p blico desserve que pronto se elimine Mas sem cumprir nada saberemos Nada sabemos nada poderemos fazer que mere a cr dito N o cumpri la estrangula la ao nascer de conhecimento de todos que o cumprimento da Magna Carta o fundamento da democracia da dignidade e lisura da Administra o P blica e al m de tudo dever do cidad o p trio e uma das caracter sticas da Constitui o ser limitadora do exerc cio do poder da Autoridade P blica Maria Helena Diniz aborda o tema com precis o quando magistra de ess ncia da Constitui o ser limita
580. to acordo ou conven o coletivos a teor do art 83 IV da Lei Complementar n 75 93 TST ROAA 240 089 96 Ac SDC 1 026 96 A O CIVIL P BLICA N O CABIMENTO PARA ANULAR CL USULAS DE ACORDO COLETIVO DE TRABALHO OU DE CONVEN O COLETIVA DE TRABALHO A a o adequada pretens o a a o anulat ria porquanto o art 83 da LC n 75 de 20 5 93 ao estabelecer a compet ncia do Minist rio P blico do Trabalho para o exerc cio de suas atribui es distingue por terem finalidades diferentes a a o civil p blica inciso Ill da a o anulat ria prevista no inciso IV que cuida das viola es de direitos acontecidas no bojo dos acordos ou conven es coletivas Extin o do processo sem aprecia o do m rito por impossibilidade jur dica do pedido precedente no mesmo sentido ROACP 22 EITE Carlos Henrique Bezerra Minist rio P blico do Trabalho S o Paulo LTr 1997 p 179 2 LEITE Carlos Henrique Bezerra Minist rio P blico do Trabalho S o Paulo LTr 1997 p 179 272 n 0300050 96 Ac 0000087 97 Turma DC TST ROACP 297 480 96 Ac SDC Rel Min Antonio Fabio Ribeiro DJU 23 5 97 p 22123 Com efeito sem a pretens o absoluta de esgotar a mat ria atinente mat ria exposta afirmamos apesar da discord ncia de alguns ser a a o anulat ria pertinente em rela o a conven es ou acordos coletivos que abordem contribui es confederativas e assistencial ou qualquer ou
581. to de Trabalho Celebrado com a Administra o P blica sem Concurso de Provas e T tulos ADT Advocacia Trabalhista Ano XXIX n 32 pp 351 356 Ed Coad RJ agosto de 1995 470 O Efeito do Contrato de Trabalho Celebrado com a Administra o P blica sem Concurso de Provas e T tulos Jornal Trabalhista Ano XI n 508 pp 529 535 Ed Consulex Bras lia junho de 1994 Alguns Aspectos sobre o Processo Coletivo na Justi a do Trabalho Jornal Trabalhista Ano XI n 515 pp 689 678 Ed Consulex Bras lia julho de 1994 Contrato de Aprendizagem Revista do Direito Trabalhista n 4 pp 46 50 Ed Consulex Bras lia abril de 1995 Contrato de Aprendizagem Revista Consultoria Trabalhista ano XXX pp 70 73 Ed Coad RJ fevereiro de 1996 O Trabalho do Menor na Ordena o Jur dica Positiva Revista do Direito Trabalhista n 5 pp 49 55 Ed Consulex Bras lia maio de 1995 O Trabalho do Menor na Ordena o Jur dica Positiva ADT Advocacia Trabalhista ano XXIX n 26 pp 269 274 Coad Editora Rio de Janeiro julho de 1995 A o Anulat ria e a Atua o do Minist rio P blico Revista Jur dica Consulex ano VII n mero 165 pp 24 35 Bras lia Consulex Editora 30 de novembro de 2003 471 A Efetividade do Processo Como Instrumento de Cidadania Revista Jur dica Consulex ano V numero 155 Bras lia Consulex pp 40 44 30 de junho de 2003 O Direito do Trabalho e S
582. trabalho camuflados em servi os aut nomos por meio de firmas individuais ou de falsas cooperativas em desacordo com a Lei n 5 764 71 e com a nova reda o do artigo 442 da CLT dada pela Lei n 8 949 94 que de fato constituem se em verdadeiras empresas intermediadoras de m o de obra Diversas den ncias aportam nas Procuradorias Regionais do Trabalho pelo Brasil afora dando conta de cooperativas irregulares fraudulentas na condi o descrita acima Recebida a den ncia a Procuradoria notifica a suposta cooperativa irregular e a eventual tomadora de servi os iniciando a investiga o Se ficar constatado que a cooperativa atua como intermediadora de m o de obra ou seja fora de sua finalidade o Procurador do Trabalho respons vel pela investiga o prop e um Termo de Ajuste de Conduta TAC em que ambas cooperativa e tomadora comprometem se a ajustarem se s disposi es legais cooperativa a n o mais intermediar m o de obra tomadora a reconhecer como seus empregados aqueles supostos cooperados desde o in cio da presta o de servi os Essa a fase digamos administrativa em que as investigadas submetem se espontaneamente a cumprir o TAC Pode haver a Rr DINIZ Jos Jangui Bezerra O Fen meno da Terceiriza o Revista LTR n mero 197 pp 60 2 fevereiro de 1996 Republicado pelo Informativo Advocacia Trabalhista Coad n 18 pp 272 75 Coad Rio de Janeiro 10 de maio de 1998 2
583. trabalho pois nesse caso n o se pode dizer que o empregado esteja sendo for ado a faz lo Estando o trabalhador ainda na empresa que n o se poder falar em ren ncia a direitos trabalhistas pois poderia dar ensejo a fraudes poss vel tamb m ao trabalhador transigir fazendo concess es rec procas o que importa um ato bilateral 40 COUCE DE MENEZES Cl udio Armando amp BORGES Leonardo Dias Ju zo Arbitral no Processo do Trabalho S ntese Trabalhista Ano IX n 109 p p 55 Porto Alegre S ntese julho de 1998 41 MARTINS S rgio Pinto Direito do Trabalho 9 ed S o Paulo Atlas 1999 p 74 403 Na mesma diretriz o pensamento da douta Procuradora do Trabalho Renata Cristina Piaia Petrocino Acerca da indisponibilidade dos direitos trabalhistas adotamos entendimento segundo o qual somente seriam indispon veis os direitos trabalhistas enquanto vigente o pacto laboral Ap s a rescis o do mesmo entendemos que referidos direitos se tornam eminentemente patrimoniais suscet veis de transa o e portanto sujeitos arbitragem Quanto omiss o da lei a respeito uma vez que n o h lei trabalhista disciplinando o uso da arbitragem em diss dios individuais existindo previs o constitucional apenas para os diss dios coletivos cremos sinceramente que tal argumento tamb m n o se torna v lido para afastar o uso da arbitragem na solu o dos conflitos individuais do trabalho
584. tragem Nem por isso pode se pensar que a arbitragem teria sido revogada Ficou ela mantida pelas leis seguintes edi o da CF 1891 sendo consolidada com o Decreto n 3 084 1898 Naqueles tempos de pluralismo processual federativo alguns Estados facultaram o uso da arbitragem em especial Minas Gerais Bahia Rio Grande do Sul Rio de Janeiro e S o Paulo Com as Cartas de 1934 e 1937 retornamos ao Processo Civil nico Embora a arbitragem n o tenha sido tratada diretamente pelas Constitui es citadas continuou ela a existir em nosso ordenamento sendo mais fortalecida com a edi o do Decreto Lei n 1 608 o C digo de Processo Civil de 1939 Ele disciplina em mi dos o ju zo arbitral atrav s da leitura de seus artigos 1031 a 1046 O mesmo ocorreu com as Constitui es de 1946 1967 69 ao nos depararmos com a arbitragem sendo regulada somente em lei ordin ria o C digo Buzaid Lei 5 869 73 A Lei 7 244 84 Lei dos Juizados Especiais das Pequenas Causas posteriormente revogada pela Lei 9 099 95 autorizou a arbitragem facultativa ap s a tentativa de concilia o A Lei antiga obrigava a que o rbitro fosse 29 PACHECO Jos da Silva Evolu o do processo civil brasileiro desde as origens at o advento do novo mil nio 2 ed Rio de Janeiro Renovar 1999 p 184 313 advogado dependendo o laudo arbitral de homologa o por parte do juiz competente A lei revogadora no esteio da anterior em se
585. trazermos baila o ensaio pertinente de Rodolfo M V Pamplona Filho Ademais talvez j seja a hora de assumir sem hipocrisias que os direitos trabalhistas talvez n o sejam t o irrenunci veis assim mas a pr pria possibilidade da concilia o judicial por valores menores do que o efetivamente devido j demonstra a real disponibilidade na pr tica e com a chancela judicial E por fim o excelente magist rio de Jos Francisco Siqueira Neto Para n s n o tem a import ncia atribu da por alguns a quest o da disponibilidade dos direitos trabalhistas Isso porque n o obstante declarados como indispon veis de fato o que ocorre que os mesmos s o disponibilizados com mais fregl ncia do que respeitados Invariavelmente as concilia es e acordos na Justi a do Trabalho resultam de alguma cess o de direitos indispon veis Dir o interlocutor arguto que a disponibilidade somente autorizada perante o Poder Judici rio Nesse caso somos for ados a concluir 37 COUCE DE MENEZES Cl udio Armando amp BORGES Leonardo Dias Ju zo Arbitral no Processo do Trabalho Revista Trabalho e Doutrina S o Paulo Saraiva Ed n 14 p 50 09 97 38 PAMPLONA FILHO Rodolfo M V Arbitragem Na rea Trabalhista Vis o did tica Jus Navigandi Teresina a 5 n 51 out 2001 Dispon vel em http www jus com br doutrina texto asp id 2094 Acesso em 02 out 2003 382 que a partir da promulg
586. tro 439 CAP TULO IX CONCLUS ES DA TESE rcereecnreeeentreenas 454 BIBLIOGRAFIA me me RO AI ee 464 INTRODU O 1 DELIMITA O DO TEMA Ao escolhermos o objeto de nossa investiga o como tema de Tese de Doutorado optamos por um tema mais concreto e portanto superando a mera fei o te rica propomo nos a analisar quest o a nosso ver ainda pouco investigada embora muito discutida Ingressamos desta forma na investiga o acerca da atua o do Minist rio P blico do Trabalho como rbitro nos diss dios de compet ncia da Justi a do Trabalho inclusive diss dios individuais Antes por m de fornecer os delineamentos gerais desta tese conv m adiantar que ela fruto de estudos objetivados pelo doutorando desde o in cio do ano de 1998 conclu do apenas no final do ano de 2003 Por outro lado antes de iniciarmos as considera es sobre o conte do espec fico das partes que comp em a tese a qual al m desta introdu o cont m nove cap tulos incluindo as conclus es faz se mister tratar um pouco do problema em torno do qual ela gira O tema arbitragem n o novo na Ci ncia do Direito por m seguindo as pegadas de eminentes juristas conforme se ver no desenvolvimento deste trabalho tentaremos oferecer uma constru o jur dica e um estudo sistem tico acerca da atua o do Minist rio P blico do Trabalho como rbitro nos diss dios de compet ncia da Justi a do Trabalho inclusive diss dio
587. tro requisito ou pressuposto de validade que invalide tal neg cio jur dico a saber a capacidade de agente o objeto l cito e poss vel a forma a causa e manifesta o de vontade Com o advento da Carta Pol tica de 1988 e do art 8 IV da Lei Complementar n 75 93 livre o caminho para que o Minist rio P blico do Trabalho ande no sentido de defender as liberdades individuais e coletivas al m dos direitos indispon veis dos trabalhadores nos casos de acordos e conven es talhadores de direitos trabalhistas consagrados e intoc veis por disposi es legais e constitucionais Por fim cumpre arrematar dizendo que os acordos Coletivos de Trabalho e as Conven es Coletivas de Trabalho depositadas nas Delegacias e Sub Delegacias do Trabalho e Emprego s o objeto de verifica o de legalidade das cl usulas ajustadas Quando estas atentarem contra os direitos individuais indispon veis ou discriminarem trabalhadores o Minist rio P blico do Trabalho ajuizar A o Anulat ria perante a Justi a do Trabalho visando a desconstitu las 4 2 9 O MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO NA FISCALIZA O DO REGULAR EXERC CIO DO DIREITO DE GREVE NAS ATIVIDADES ESSENCIAIS 24 LEITE Carlos Henrique Bezerra Minist rio P blico do Trabalho S o Paulo LTr 1997 p 181 273 4 2 9 1 CONSIDERA ES PROPED UTICAS ACERCA DE GREVE A prima facie digno de ser mencionado que certos doutos apontam como corol rio do primeiro mo
588. trumento na consecu o de uma alternativa mais participativa democr tica e economicamente sedutora se os institutos afins de pol tica trabalhista e de di logo social principalmente de direito administrativo do trabalho direito sindical tutelar individual e processual apresentarem se como complementares e n o como hoje ocorre como antag nicos omissi PIVA Paulo C sar a Arbitragem como eventual solu o de problemas trabalhistas S ntese Trabalhista Anno XIII n 145 p 30 Porto Alegre S ntese julho de 2001 2 DUARTE NETO Bento Herculano apud Cl udio Armando Couce de Menezes e Leonardo Dias Borges Ju zo Arbitral no Processo do Trabalho S ntese Trabalhista Anno IX n 109 p 141 Porto Alegre S ntese julho de 1998 409 admitimos a solu o extrajudicial dos conflitos individuais do trabalho como uma salutar alternativa ao sistema de solu o judicial Ao afirmarmos isso n o estamos imaginando o sistema privado como excludente do estatal mas sim como alternativa para aqueles que quiserem omissis entendemos que a Lei n 9 307 de 23 de setembro de 1996 em tese n o exclui as quest es de direito individual do trabalho O receio de que a arbitragem venha a ser utilizada para lesar direitos trabalhistas dos empregados haja vista a falta de maturidade dos atores sociais envolvidos n o pode ser utilizado para afastar a aplica o da arbitragem uma vez que p
589. tuto Brasileiro de Medicina e Reabilita o pp 15 25 outubro novembro dezembro 1995 RIZZATTI Marilda Minist rio P blico do Trabalho e a Prerrogativa de Promover Dilig ncias nos Processos Revista do Minist rio P blico do Trabalho ano VI n mero 11 pp 54 60 Bras lia mar o de 1996 ROCHA Jos Elias Dubard de Moura O Minist rio P blico no Estado Democr tico de Direito Recife Procuradoria Geral de Justi a 1996 S SANTOS J M de Carvalho C digo Civil Brasileiro Interpretado V 3 Rio de Janeiro Freitas Bastos 1937 SCHWAB Karl Heinz Divis o de Fun es e o juiz natural apud J NIOR Nelson Nery Princ pios do Processo Civil na Constitui o Federal 3 ed 490 Cole o Estudos de Direito de Processo Enrico Tullio Liebman vol 21 S o Paulo Revista dos Tribunais 1996 SIMON Jonh Anthony Considera es sobre o Minist rio P blico Americano Revista dos Tribunais n 640 p 8 S o Paulo RT 1989 SILVA De Pl cido e Vocabul rio Jur dico 11 ed vol 3 Rio de Janeiro Forense 1989 Vocabul rio Jur dico V 2 Rio de Janeiro Forense 1982 SILVA Ricardo Menezes Arbitragem Trabalhista Uma alternativa dram tica Revista Trabalho e Doutrina n 14 S o Paulo Saraiva 09 97 SOUTO MAIOR Jorge Luiz Arbitragem em Conflitos Individuais do Trabalho a experi ncia mundial S ntese Trabalhista n 157 Porto Alegre S ntese julho 2002 SUSS
590. u discord ncia em eventuais acordos firmados antes da homologa o resguardado o direito de recorrer em caso de viola o lei e Constitui o Federal Vil promover mandado de injun o quando a compet ncia for da Justi a do Trabalho IX atuar como rbitro se assim for solicitado pelas partes nos diss dios de compet ncia da Justi a do Trabalho X requerer as dilig ncias que julgar convenientes para o correto andamento dos processos e para a melhor solu o das lides trabalhistas XI intervir obrigatoriamente em todos os feitos nos segundo e terceiro graus de jurisdi o da Justi a do Trabalho quando a parte for pessoa jur dica de Direito P blico Estado estrangeiro ou organismo internacional Os casos tratados no art 83 da Lei Complementar s o de atua o judicial salvo o previsto no inciso IX atuar como rbitro haja vista que a atua o de natureza administrativa Para a realiza o plena de suas atribui es o Minist rio P blico do Trabalho nos procedimentos de compet ncia poder segundo o art 8 da Lei Complementar n 75 93 praticar os seguintes atos notificar testemunhas e requisitar sua condu o coercitiva no caso de aus ncia injustificada 219 Il requisitar informa es exames per cias e documentos de autoridade da Administra o P blica direta e indireta HI requisitar da Administra o P blica servi os tempor rios de seus servidores e meio
591. u art 24 faculta a utiliza o da arbitragem n o obtida a concilia o Pensamos que se encontra revogado o dito pelos arts 24 82 e 26 Visto que a Lei de Arbitragem que posterior n o determina a escolha de rbitros dentro de uma determinada classe nem faz a senten a arbitral depender de homologa o judicial Vem ent o a definitiva Constitui o Federal de 1988 consagrar diretamente o ju zo arbitral diferentemente de suas predecessoras consoante disp e seu art 114 Ap s a Carta Cidad de 1988 vem a promulga o da Lei 9 307 96 que imediatamente passa a regular inteiramente o instituto da arbitragem apresentando o sistema arbitral brasileiro como um dos mais modernos e evolu dos de todo o mundo contempor neo Visou o sistema arbitral criar alternativas para a solu o e regula o dos conflitos no Brasil Veio a Lei da arbitragem trazer alternativas para o desafogamento da Justi a Estatal que encontra se em todos os seus ramos abarrotada de processo O jurisdicionado permanece aguardando a presta o jurisdicional durante anos tantos s o os processos que encontram se parados nas prateleiras das varas Faz se de tudo mas eles n o andam a n o ser quando da utiliza o por alguns da chamada pol tica das boas rela es 30 art 24 N o obtida a concilia o as partes poder o optar de comum acordo pelo ju zo arbitral na forma prevista nesta Lei 2 O rbitro se
592. uais trabalhistas mas somente das coletivas no que tange ao Direito do Trabalho a arbitragem n o serve para solu o dos diss dios individuais mas t o s dos coletivos conforme ordem emanada do art 114 da Constitui o Federal em que pese a pensamentos contr rios No mesmo sentido posicionam se Fernando Galv o Moura e Nelma de 380 Sousa Melo ao aduziram a 37 SOUTO MAIOR Jorge Luiz Arbitragem em Conflitos Individuais do Trabalho a experi ncia mundial S ntese Trabalhista n 157 Porto Alegre S ntese p 147 julho 2002 38 MOURA Fernando Galv o Moura amp MELO Nelma de Sousa Arbitragem no Direito do Trabalho S ntese Trabalhista n 150 Porto Alegre S ntese p 122 dezembro 2001 9 MENEZES lure Arbitragem no Direito do Trabalho e a Constitui o Federal de 1988 JTb 19 928 13 Bras lia Consulex 19 08 2002 380 MOURA Fernando Galv o Moura amp MELO Nelma de Sousa Arbitragem no Direito do Trabalho S ntese Trabalhista n 150 Porto Alegre S ntese p 121 dezembro 2001 389 A pol mica est na aplica o da arbitragem nos diss dios individuais Por tudo que j foi analisado conclu mos revelia de v rios entendimentos que a resposta alternativa mais vi vel para os diss dios individuais a media o e n o a arbitragem A arbitragem desaconselh vel quando tem em mira a solu o de conflitos individuais de trabalho 22 H o perigo sim pelo me
593. uanto presen a em quest es de inconstitucionalidade de ato normativo estadual o States Attorney General Office encontra se legitimado tanto para a propositura da a o inclusive h previs o para atuar naquelas a es propostas por particulares Na mat ria tocante defesa dos recursos p blicos o rg o exerce consider vel papel de fiscaliza o das receitas p blicas e o controle da emiss o de t tulos p blicos Tamb m em outras reas observa se a presen a do parquet como no resguardo do meio ambiente na defesa de direitos civis no Direito do Consumidor e dos fundos de caridade e funda es Em exame global estas constituem as principais esferas de atua o nos Estados Unidos Entretanto diante da multiplicidade legislativa dos Estados federados v rias outras atribui es podem ser elencadas pela legisla o local como ocorrem em v rios estados que devido a minorias tnicas acrescentam como encargos da institui o a sua prote o A estrutura da institui o nos Estados Unidos n o obedece a um arcabou o definido e delimitado em seus encargos e funcionamento porquanto as particularidades dos membros da federa o daquele pa s A variedade de atribui es em n vel federal estadual e nos condados mostrou se numerosa evoluindo de fun es administrativas eminentemente de pol tica criminal Tanto 113 Importante atentar para o tipo de controle de constitucionalidade dos Estados Unidos que adota
594. udicial de problemas Por si s em adendo a busca pelas solu es extrajudiciais ou privadas n o significar a melhora imediata na presta o jurisdicional mas apenas um pequeno desafogamento O que ocorre que o modelo estatal de resolu o de conflitos de trabalho encontra se esgotado e tem agravado os problemas que por ele passam 303 Nesta almejada evolu o havemos sim que implementar gradativamente e com responsabilidade estes nem t o novos institutos jur dicos para que os direitos constitucionais voltados ao equil brio na rela o social patr o trabalhador n o fiquem sem a guarida adequada e necess ria O aprimoramento destes institutos paralelamente ao recrudescimento e valoriza o de nossa Justi a do Trabalho somente trar benef cios aos cidad os que se vejam na necessidade dos servi os de nossa Justi a Assim baseados nesta busca de solu es fal ncia inconteste do atual modelo jurisdicional que intentaremos trazer uma contribui o aos leitores que na verdade parece nos estar adormecida nos rec nditos doutrin rios a possibilidade da utiliza o do instituto da arbitragem por parte do Minist rio P blico do Trabalho para resolu o de conflitos trabalhistas quer sejam eles coletivos quer sejam individuais Dissemos que nos parece estar adormecida porquanto sua primeira normatiza o legal existe desde a promulga o da Lei Complementar 75 93 i e h 10 dez anos
595. ue o Procurador do Trabalho poder responder por perdas e danos causados no exerc cio de suas fun es institucionais como preleciona o art 85 do CPC em vigor Basta que proceda com dolo ou fraude N o ser necess ria a equipara o do art 17 da Lei de Arbitragem porque exercente de fun o estatal j o o Procurador do Trabalho respondendo penalmente por suas a es como todo e qualquer funcion rio p blico mutatis mutandis Por outro lado uma vantagem j se nos desponta na confronta o entre a arbitragem trabalhista privada e a arbitragem trabalhista ministerial a favor desta o Procurador do Trabalho tendo em vista as atribui es a ele destinadas pelo 457 Art 11 inciso 3 Poder ainda o compromisso arbitral conter o prazo para apresenta o da senten a arbitral Art 23 A senten a arbitral ser proferida no prazo estipulado pelas partes Nada tendo sido convencionado o prazo para a apresenta o da senten a de 6 seis meses contado da institui o da arbitragem ou da substitui o do rbitro 458 Art 1 082 Responde por perdas e danos o rbitro que no prazo n o proferir o laudo acarretando a extin o do compromisso Il depois de aceitar o encargo a ele renunciar sem motivo justificado Art 1 083 Aplicam se aos rbitros no que couber as normas estabelecidas neste C digo acerca dos deveres e responsabilidades dos ju zes artigo 133 459 Art 85 O
596. uindo na sua esfera de atua o para a supera o na aliena o pol tica e econ mica dessas classes Mas se a n vel constitucional n o h entendimento quanto ao posicionamento do Minist rio P blico na esfera da legisla o infraconstitucional a institui o firmou se gradativamente como defensora dos interesses indispon veis da sociedade desvinculando se do Estado Administra o independentemente da defini o do seu perfil nas Constitui es Republicanas 17 MACEDO J NIOR Ronaldo Porto Evolu o Institucional do Minist rio P blico Brasileiro Maria Tereza Sadek Org Uma Introdu o ao Estudo da Justi a Instituto de Estudos Econ micos Sociais e Pol ticos de S o Paulo S o Paulo Sumar 1995 p 46 17 ARRUDA Alu zio Anais do 13 Congresso Nacional do Minist rio P blico de 26 a 29 de outubro de 1999 vol 3 Tese 1 Tema IV Perfil Constitucional do Minist rio P blico e Estado Social de Direito p 315 193 Assim na rea criminal o Minist rio P blico adotou o papel de titular da a o penal p blica e fiscal do cumprimento das leis e da execu o das penas A partir da vig ncia do C digo de Processo Penal de 1941 esse rg o conquistou o poder de requisitar inqu ritos policiais e de promover a a o de repara o de dano ex delicto em favor das v timas pobres importante tamb m assinalarmos o duplo papel exercido pelo Minist rio P blico no processo penal ou seja de
597. uja cl usula se intenta desconstituir Tratando se de a o que tenha por objeto a anula o de cl usula constante de acordo coletivo ou conven o coletiva a compet ncia funcional origin ria ser do Tribunal Regional do Trabalho se a abrang ncia da norma aut noma circunscrever se base territorial da Corte Regional ou do Tribunal Superior do Trabalho se ultrapassar a referida base territorial que nestes casos o diss dio assume a natureza de contenda coletiva emergente da rela o de emprego Nesse sentido colhe se o ac rd o da SDC do Eg TST proferido na A o Anulat ria n 290 362 96 0 promovida pelo Minist rio P blico do Trabalho Da Preliminar de Incompet ncia Origin ria do TST Segundo a argumenta o do Sindicato profissional ao contestar seria da Junta de Concilia o e Julgamento a compet ncia para apreciar o feito Data maxima venia equivoca se a parte na medida em que n o se trata de a o de cumprimento mas de A o Anulat ria E o objeto desta Conven o Coletiva de Trabalho considerada sua abrang ncia territorial e das entidades sindicais convenentes por bvio sinaliza para a compet ncia material e funcional do TST N o afasta essa compet ncia o fato de n o estar expressamente previsto no RITST ou na Lei n 7 701 88 o instrumento processual em uso porque somente a partir da LC n 75 93 introduziu se este no mundo jur dico Precedente TST AA 154 989 95 2 Ac SDC 277 96 da lavra
598. ultativos 5 5 PORTUGAL Nossos co irm os lusitanos se utilizam extrajudicialmente da media o da concilia o das portarias de regulamenta o do Minist rio do Trabalho e da arbitragem A arbitragem portuguesa facultativa A escolha dos rbitros bastante original Empregados e empregadores nomear o por sua livre escolha um rbitro cada um Depois haver a nomea o de um terceiro rbitro por parte dos dois primeiros rbitros 339 A senten a arbitral ser prolatada e decidida pela maioria dos rbitros possuindo os mesmos efeitos de uma conven o coletiva do trabalho Por conseguinte n o poder diminuir direitos e garantias antes outorgados em outras conven es coletivas Dever ser encaminhada s partes e ao Minist rio do Trabalho num prazo de quinze dias Na ocasi o de ter sido frustrada uma tentativa de concilia o ou media o sem que as partes tenham se compromissado a uma arbitragem facultativa o Minist rio do Emprego e Seguran a Social poder impor s partes uma arbitragem compuls ria 5 6 FRAN A Nos anos de 1936 a 1938 a Fran a viveu um sistema arbitral obrigat rio Rivero nos traz a informa o de que este sistema funcionou at o encerramento da Segunda Grande Guerra tendo sido intensa e prof cua a jurisdi o arbitral Em 1950 este sistema abandonado retornando os trabalhadores franceses arbitragem facultativa Livres s o as partes para recor
599. um effectum producit Como consequ ncia as partes se devem restituir tudo o que receberam devem voltar ao status quo ante como se nunca tivessem contratado Acontece por m que o contrato de trabalho um contrato sucessivo cujos efeitos uma vez produzidos n o podem desaparecer retroativamente Evidentemente n o pode o empregador devolver ao empregado a presta o de trabalho que este executou em virtude de um contrato nulo Assim n o poss vel aplicar se no caso o princ pio do efeito retroativo da nulidade Da porque os sal rios que j foram pagos n o devem ser restituidos correspondendo como correspondem contrapresta o de uma presta o definitivamente realizada 223 MARANH O D lio Arnaldo Sussekind e Segadas Vianna Institui es de Direito do Trabalho 112 Ed S o Paulo Ltr 1991 p 1101 258 Por outro lado ressalte se o desvio de comportamento funcional das empresas da administra o p blica quando deu causa a tal situa o Poder se ia dizer que lhes faltaria legitimidade para arguir tal nulidade pois evidentemente haver um benef cio seu pela pr pria torpidez nemo in turpitudinem suam profitare debet fato esse no m nimo reprov vel No que pertine esse ponto somos concordes Entrementes de toda prud ncia se encalamistrar que o que est em jogo o interesse p blico que sempre deve prevalecer sobre o interesse particular A responsabilidade entretanto dos maus admini
600. um Procurador Geral e Procuradores Adjuntos cuja fun o b sica consistia em emitir pareceres nos processos que ali tramitavam A partir da sua evolu o se mostra paralela ao desenvolvimento da pr pria Justi a do Trabalho mas apenas em 1943 com a promulga o da CLT recebeu essa denomina o Quando da promulga o da Lei Org nica do Minist rio P blico da Uni o Lei 1 341 de 30 de janeiro de 1951 o MPT passou a integr lo com independ ncia em face dos demais ramos que o compunham Entretanto continuava nessa poca vinculado ao Minist rio do Trabalho mas prestando contas tamb m ao Minist rio dos Neg cios da Justi a S em 1956 o MPT teve editado seu pr prio Regulamento Decreto 40 359 56 no qual j se previa inclusive a admiss o de estagi rios Em seu art 4 esse Regulamento estabeleceu que as atividades do MPT seriam exercidas 185 FILHO Ives Gandra da Silva Martins Um pouco de hist ria do Minist rio P blico do Trabalho Revista do Minist rio P blico do Trabalho Bras lia n 13 pp 23 52 mar 97 188 DINIZ Jos Jangui Bezerra Diniz O Minist rio P blico do Trabalho no Brasil JTb Ano XVI n 759 pp 16 8 Consulex Bras lia 10 de maio de 1999 207 em todo o pa s compreendidas nas oito Regi es em que para esse efeito ficou dividido o territ rio Para o MPT a independ ncia externa foi obtida com a Constitui o Federal de 1988 que excluiu o Minist rio P bl
601. um instrumento expresso atrav s do qual as partes submetem um suposto lit gio arbitragem Representa um ajuste volunt rio entre os contratantes que remete a um rbitro a solu o de uma controv rsia presente havida no cumprimento de um contrato Noutro falar consiste num instrumento criado no instante da controv rsia objetivando por termo a mesma O rbitro juiz de fato e de direito e a senten a que proferir n o fica sujeita a recurso ou homologa o pelo Poder Judici rio A senten a arbitral estrangeira para ser reconhecida ou executada no Brasil depende de homologa o pelo STF art 35 Para efeitos penais os rbitros s o equiparados aos funcion rios p blicos a ensejar o enquadramento dos mesmos na tipologia criminal em ocorrendo deslizes de comportamento Admite se nos contratos a cl usula compromiss ria para resolver diverg ncias mediante ju zo arbitral na forma estabelecida em lei especial 33 RAMOS FILHO Wilson A Nova Lei de Arbitragem e a Solu o dos conflitos Coletivos de Trabalho Revista LTr vol 61 n 01 pp 01 53 SP LTr Editora Janeiro de 1997 316 4 ARBITRAGEM E OUTROS MEIOS DE RESOLU O DE CONFLITOS EXTRAJUDICIAIS Em geral h duas formas de resolu o de conflitos consagradas pela doutrina as auto compositivas e as hetero compositivas Aquelas decorrem do entendimento direto entre as partes que mesmo em divergindo buscam a solu o de seus conflitos
602. uradores pela pr pria Constitui o artigo 130 encontra se ele consolidado na intimidade estrutural da Corte de Contas que se acha investida at mesmo em fun o do poder de auto governo que lhe confere a Constitui o Federal artigo 73 caput da prerrogativa de fazer instaurar o processo legislativo concernente a sua organiza o a sua estrutura o interna a defini o do seu quadro de pessoal e a cria o dos cargos respectivos V se pois que o STF entende que a organiza o do Minist rio P blico junto aos Tribunais de Conta n o mat ria disciplinada pelo artigo 128 par grafo quinto da Constitui o Federal que somente aplic vel aos ramos do Minist rio P blico Comum CF artigo 128 incisos le II Em consequ ncia dessa conclus o cabe ao pr prio Tribunal de Contas a iniciativa de legislar sobre a organiza o do respectivo Minist rio P blico mat ria que poder ser veiculada em lei ordin ria visto que a iniciativa do respectivo Procurador Geral e a exig ncia de Lei Complementar CF artigo 128 par grafo quinto s se aplicam ao Minist rio P blico Comum CF artigo 128 incisos e I1 entendimento ainda do Supremo Tribunal Federal que o artigo 75 da atual Constitui o por ser norma de organiza o e composi o do Tribunal de Contas da Uni o de observ ncia obrigat ria dos Estados Membros em rela o aos seus respectivos Tribunais de Contas 163 Frente ao
603. usiva um verdadeiro e triste fracasso O custo para o Estado alt ssimo e a solu o n o agrada aos que dela precisam tudo isto colaborando para o abarrotamento e entrave dos tribunais laborais Neste passo do debate trazemos ilustrativa colabora o do professor da USP FEA Jos Pastore Em s ntese ele sulhinha No final de 2001 havia 95 institui es de arbitragem privada no Brasil sendo que 20 atuam na rea trabalhista Entre 1998 e 2001 tais institui es num espectro de 14 mil lides recebidas solucionaram 11 mil casos em prazo curto 39 ROBORTELLA Luiz Carlos Amorim Media o e Arbitragem Solu o extrajudicial dos conflitos do trabalho Revista Trabalho e Doutrina n 14 p 71 S o Paulo Saraiva 09 97 373 Enquanto na Justi a do Trabalho a audi ncia inicial marcada em geral para 6 meses ap s a distribui o no procedimento arbitral este prazo de 10 dias Enquanto na Justi a do Trabalho o lapso de tempo entre a reclama o inicial e o tr nsito em julgado da senten a de 2 a 7 anos no procedimento arbitral este lapso de 30 dias Enquanto na Justi a do Trabalho o custo m dio de um processo sem interposi o de recursos gira em torno de R 2 000 00 dois mil reais no procedimento arbitral este valor gravita nos R 130 00 cento e trinta reais geralmente pagos pela empresa conforme se estipulam em diss dios coletivos Ainda assim o Judici rio a via comumen
604. utela jurisdicional s ser prestada pelo Estado se a parte sponta sua o provocar haja vista que nenhum juiz prestar a tutela jurisdicional sen o quando a parte ou o interessado a requerer nos casos e forma legais 333 No passado tivemos experi ncia atentat ria ao Estado de Direito com a expedi o do Al5 Ato Institucional n 5 de 1968 que proibia o acesso justi a por quest es raciais 349 Ainda sobre o assunto no af de ampliarmos a esfera de reflex es digno mencionarmos que n o h confundir direito de a o com direito de peti o O direito de peti o previsto no art 5 inciso XXXIV aquele garantido aos cidad os de reclamarem aos poderes p blicos provid ncias contra ilegalidade ou abuso de poder um direito pol tico e impessoal j que dirigido autoridade apenas para noticiar a exist ncia de ilegalidade ou abuso de poder pedindo que se tome as provid ncias cab veis e n o preciso que o peticion rio tenha sofrido gravame pessoal ou les o em seu direito porque se caracteriza como direito de participa o pol tica onde est presente o interesse geral no cumprimento da ordem jur dica e pode ser exercido por qualquer pessoa f sica ou jur dica e ser consubstanciado atrav s de simples peti o representa o queixa ou reclama o Por seu turno o direito de a o um direito p blico subjetivo c vico e abstrato que pode ser exercido at mesm
605. vias em que se discutam e formalizem as regras gerais das Comiss es d princ pio da informalidade e da celeridade que marca o procedimento perante a CCP de extrema simplicidade sem as formalidades do processo judicial e com finaliza o r pida e princ pio da boa f e da lealdade necess rio em qualquer tentativa de solu o justa e tica de um conflito de interesse Por fim n o ocioso trazer baila que na Sexta Regi o da Justi a do Trabalho aonde atuo como Procurador Regional do Trabalho existe um certo n mero de den ncias envolvendo Comiss es de Concilia o Pr via que d o origem a procedimentos investigat rios O Minist rio P blico do Trabalho a quem incumbe a defesa da ordem jur dica do regime democr tico dos interesses sociais e individuais indispon veis deve atuar sempre quando as CCPs estiverem funcionando fora dos fins a que se destinam mediante conduta que ponha em risco ou efetivamente prejudique os 334 direitos do trabalhador considerando para tanto o potencial lesivo que representa uma CCP desvirtuada de seus fins prec puos Como a Comiss o n o possui personalidade jur dica segundo orienta o do pr prio Minist rio do Trabalho o MPT pode convocar seus instituidores empresas e sindicatos para firmar compromisso de adequar a Comiss o aos ditames legais vedando pr ticas como a veda o de acesso de advogado a homologa o de rescis es etc 5 O DIREITO ESTRANGEIRO E A
606. vimento grevista fato por demais imemorial a revolta dos oper rios judeus contra as autoridades fara nicas em 1440 aC na constru o do t mulo do Fara Rams s ll Outros lembram a paralisa o das atividades de labor dos fabricantes de moedas que trabalhavam para o Estado sob o governo de Aur lio na Roma Antiga Em analisando o tema o preclaro Segadas Vianna pondera que foi a partir do s culo XII que se formou com car ter profissional os conflitos grevistas e cita como exemplo as Compagnonnages na Fran a Aumentando a seara de considera es p e de manifesto releva assinalar que a palavra Greve tem sua origem na Fran a porquanto foi na Place de la Gr ve que os oper rios costumavam se reunir no af de fazer protesto contra seus patr es N o podemos deixar de assinalar que foi com a Revolu o Industrial principalmente em face da avalanche das maquinarias em substitui o ao homem que estes chegaram a conclus o que s atrav s da luta n o isolada era poss vel manter os seus empregos Dai se associavam e paralizavam as suas atividades consubstanciando a greve Nessa linha de racioc nio importa rememorar que aqui no Brasil como foi observado com muita propriedade por Segadas Vianna nunca houve um sindicalismo forte e a falta de l deres aut nticos n o permitiu que tiv ssemos 2 VIANNA Segadas Greve Direito ou Viol ncia Freitas Bastos Rio de Janeiro 1959 p 37 246 VIANNA Segada
607. vista penal a Lei n 9 777 de 30 12 98 trouxe altera es no C digo Penal Brasileiro sancionando aquele que alicia trabalhadores com fim de mant los trabalhando em outras regi es conforme se v in verbis Art 207 Aliciar trabalhadores com o fim de lev los de uma para outra localidade do territ rio nacional Pena deten o de um a tr s anos e multa 1 Incorre na mesma pena quem recrutar trabalhadores fora da localidade de execu o do trabalho dentro do territ rio nacional mediante fraude ou cobran a de qualquer quantia do trabalhador ou ainda n o assegurar condi es do seu retorno ao local de origem 2 A pena aumentada de um sexto a um ter o se a v tima menor de dezoito anos idosa gestante ind gena ou portadora de defici ncia f sica ou mental Por derradeiro atente se para o fato de o Minist rio P blico do Trabalho ter assento junto ao F rum Nacional contra a Viol ncia do Campo situa o que lhe 243 permite conhecer toda a problem tica que envolve o cidad o e trabalhador do campo 4 2 3 O MINIST RIO P BLICO DO TRABALHO CONTRA AS PR TICAS DISCRIMINAT RIAS Cumpre assinalar de partida que existem diversas formas de discrimina o nas rela es de trabalho Estas formas podem ser diretas pela ado o de disposi es gerais que estabelecem distin es baseadas em crit rios proibidos e indiretas relacionada com situa es regulamen
608. vistas a proteger os indiv duos de uma atua o abusiva de sua pr pria cria o o Estado A posi o imparcial do Poder Judici rio conjugada com o car ter gerenciador dos neg cios do Poder Executivo e aliada fun o criadora e representativa do Poder Legislativo muito naturalmente remete ao Minist rio P blico a atribui o de batalhar pelo equil brio respeito e harmonia entre todos os poderes 2 A NATUREZA JUR DICA Pelo que foi exposto a hist ria nos mostra que sempre houve uma certa dificuldade em definir a posi o da carreira ministerial no quadro constitucional da organiza o dos poderes Como resultado do estudo e da an lise da bibliografia a que tivemos acesso a n s parece n tido que o Minist rio P blico hodierno adquiriu sua atual configura o ao longo de um causticante processo de acumula o de compet ncias historicamente heterog neas N o obstante este aspecto dial tico da Hist ria do Minist rio P blico o acurado leitor deve ter o cuidado de n o outorgar um valor extremo e absoluto ao elemento hist rico do Parquet visto que deve ele buscar a sua compreens o e 187 aperfei oamento s finalidades e prop sitos inerentes configura o ministerial que a sociedade p s moderna lhe reclama Devemos considerar que a cambiante evolu o encontrada no seio do Minist rio P blico consequ ncia do que poder amos chamar de reclama o constante que veio incrementando
609. vos no Direito Comparado Uma vis o Cr tica S o Paulo LTr 1993 p g 42 2 TUPINAMB NETO Hermes Afonso A Solu o jurisdicional dos Conflitos Coletivos no Direito Comparado Uma vis o Cr tica S o Paulo LTr 1993 p g 42 309 De ressaltar que os rbitros considerados mais competentes s o os oriundos da National Academy of Arbitration Digno de men o que a arbitragem volunt ria contou com pouca aceita o nos pa ses da Am rica Latina Por outro lado existe registro da arbitragem obrigat ria na Argentina Equador Peru Nicar gua Bol via M xico Panam Guatemala Paraguai Venezuela e Col mbia 3 HIST RIA DA ARBITRAGEM NO ORDENAMENTO JUR DICO BRASILEIRO No Brasil a sua aplica o em qualquer das reas muito pequena Utilizada na maioria das vezes em seara de Direito Internacional P blico e raramente no Direito Comercial Muito embora a arbitragem n o seja um instituto popular n o tendo sido difundida ainda a sua utiliza o entre os cidad os o Governo Brasileiro dela se utilizou por v rias vezes em discuss es de Direito Internacional P blico Enumeramos alguns exemplos 1 No caso Christie envolvendo oficiais da Marinha brit nica que foram detidos no Rio de Janeiro por provocarem desordens em terra firme levando ruptura moment nea de rela es entre Gr Bretanha e Brasil tendo sido o caso arbitrado pelo rei Leopoldo da B lgica em junho de 1863 de modo a
610. za privatista mormente em raz o da exist ncia da conven o de arbitragem outros propugnam pela natureza publicista do instituto H ainda uma corrente ecl tica ou intermedi ria para a qual a arbitragem teria em seu 345 in cio natureza contratual e posteriormente jurisdicional constituindo um instituto misto h brido ao fundamento de que possui base contratual em seu fundamento inicial por ser o compromisso arbitral de caracter stica estritamente consensual e por ser o laudo arbitral de natureza p blica al m de ter seus efeitos decorrentes da lei e n o da vontade das partes Como dito duas s o as correntes doutrin rias b sicas a respeito da natureza jur dica da arbitragem a privatista contratualista e a publicista jurisdicional O privativismo identifica a arbitragem com o v nculo contratual diante da conven o em torno do julgador argumentando pela derroga o contratual da jurisdi o estatal em face do compromisso arbitral O cerne desta corrente doutrin ria a submiss o do laudo arbitral teoria da obrigatoriedade dos contratos a eterna par mia pacta sunt servanda Os autores que se filiam a esta corrente observam na arbitragem o produto de um mero acordo das partes sem qualquer conota o jurisdicional De seu turno a corrente publicista identifica a arbitragem com a jurisdi o pelo fato de o rbitro ser equiparado ao juiz estatal A atividade do rbitro passa a ser analisada

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