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Dissertação mestrado José Alfaiate

1. futuro 12 Ver 1988027 Em 2008068 uma compara o valorativa entre os dois tipos de rendimento Sobre como a agrega o em grupos largos permite tratar da mesma forma os diferentes ver 2008020 e a afir ma o de que a crise generalizada e atinge a todos embora de forma desigual 3 Adama beneficiou do RSI um ano e pouco agora at j pode receber as filhas da Guin 2008069 4 Cf 2008024 com uma das v rias gr vidas a quem foi negado o abono pr natal 46 actividades fala de uma sociedade que se contenta do lado do consumo com o barato do lado da produ o com a inevit vel flexibilidade do lado da ret rica com uma nova classe de consumidores que exigem pelo que o Governo n o pode ceder na flexibili za o da legisla o laboral Trabalho e conflito laboral Em 1968 o conflito laboral aparece suavizado no campo da produ o e do traba lho as corpora es surgem como espa os de di logo supervisionado limitado onde sindicatos e trabalhadores as fac es sindical e gremial colaboram Estas organi za es apresentam a face positiva do regulamento harmonioso da actividade e a face negativa de uma denega o artificial do conflito S o assim fautoras de uma estabilidade estagnada dando a ideia de uma tens o contida espartilhada intr nseca divis o capita lista do trabalho mas simultaneamente indiciadora de que o conflito n o perte
2. oduep oyuawudwnou ongena sop apepoedeou sesadus Jousu possad Ep jeuopegeu
3. 7 Esta realidade leva Fitoussi e Rosanvallon 1997 58 a chamarem a aten o para a necessidade de afastarmos as vis es tradicionais da protec o social e para reivindicarmos um Estado provid ncia biogr fico que se guie pelos percursos realmente vividos pelos indiv duos numa era em que as desigualdades j n o podem ser medidas pelos meios estat sticos tradicionais dada a individualiza o crescente dos sujeitos e dos seus percursos a sua irregularidade e imprevisibilidade 8 Ralf Dahrendorf afirma que a quest o fundamental do nosso tempo n o a justi a no sentido tradicional da redistribui o mas a inclus o Quem fica de fora do mercado de trabalho e da comunidade dos cidad os amea a habitualmente o tecido moral das nossas sociedades 1996 69 17 E a exig ncia de trabalho remunerado como princ pio para a inclus o bate de frente com novas realidades em que o emprego escasseia ao mesmo tempo que se aumenta a idade de reforma se flexibilizam os despedimentos e se alargam os hor rios de trabalho numa racionaldade que pr pria e positiva para as empresas em competi o pode ser destrutiva para indiv duos e sociedades 2 2 O modelo social confrontando possibilidades At h bem pouco tempo poder amos dizer que boleia da globaliza o hegem nica a racionalidade dominante se apresentava a todos e em toda a parte E apre sentar se mostrava mais do que a arrog
4. es que ela em cada momento hist rico permite encontra mo nos sempre perante uma rela o causal entre sujeito e estrutura social Esque a mo nos de colocar uma direc o nesta linha de causalidade de a transformar em vec tor As grandes crises do econ mico e do financeiro dos finais do s c XX v o tradu zir se em crises sociais com o aumento das taxas de desemprego e a constitui o estrutural de uma classe exclu da especialmente nas periferias ou nos centros degrada dos das grandes metr poles J n o s um problema do desemprego disseminado da necessidade de olhar os sujeitos em toda a sua biografia para compreender a sinuosi dade de muitos percursos de vida entra tamb m em campo a constitui o de uma cate goria de indiv duos persistentemente presos a condi es de vida que mais do que na precariedade do emprego se estabilizam em formas de exist ncia completamente alheias rela o com o trabalho ou mesmo com a sua possibilidade Mas verdade que se origina na escassez do emprego Quando Wilson identifica a problem tica nos Estados Unidos e a liga crise econ mica dos in cios dos anos de 1970 conclui que os fen menos conjugados da globaliza o neoliberal com a desloca liza o de empresas e da altera o do mercado de trabalho com a emerg ncia dos 4 Na l gica da personaliza o a concentra o monopolista industrial abolir as diferen as reai
5. es s o sempre corporalizadas isto indiv duos concretos e grupos indiv duos servem como definidores da realidade A no o que as condi es objectivas de vida podem ser exteriorizadas objectivadas e interioriza das leva a considerar possibilidade de os indiv duos serem moldados pela sua viv ncia e num processo sincr nico de sentido oposto moldarem essas condi es objectivas 4 Boltanski Chiapello 2001 437 advertem para a necessidade de considerar seriamente no o de exclus o desde que ela aponte para novas formas de mis ria correspondentes s forma es capitalistas que emergiram nos anos 80 sociedade da exclus o ao permitir a reprodu o no tempo dos habitats estigmatizados que a caracterizam est a reproduzir sistematicamente os seus padr es mais profundos de exclus o social hostilidade inter racial e viol ncia interpessoal Castells 2003 141 9 Berger e Luckmann 2004 124 5 Cf idem 137 ss 5 Num duplo movimento construtivista de interioriza o do exterior e de exterioriza o do interior Corcuff 1997 40 27 Neste complexo existencial por contraponto exist ncia err tica e imprevis vel de alguns outros podem esperar manter situa es anteriores emerg ncia da crise do social Entre eles estar o representados fundamentalmente aqueles a quem um Estado de bem estar porventura incompleto e insuficiente mas clarame
6. dade para provocar uma situa o de quase inferioridade moral desses profissionais O argumento o de que usam a necessidade social dos seus servi os para conseguir pro veitos pessoais ou corporativos e que ao faz lo ostentam uma quase desonestidade chantageiam Joga se contra esta chantagem uma chantagem sob um disfarce moral pretendendo se opor direitos no caso dos m dicos por exemplo o seu direito greve 126 Neste con question vel contra o direito da popula o sa de inquestion vel texto a ideia da positividade do conflito quando orientado para a modela o das rela es sociais torna se contest vel Tal justifica que t o dif cil seja por exemplo propor greves sem arcar com a chantagem moral dos preju zos causados a outros contra posi o ret rica do benef cio de classe do preju zo social mais que qualquer constran gimento objectivo um nus para a ac o dos sindicatos Em 1968 associa se causalmente a escassez de produtividade falta de forma o da m o de obra uma forma o t cnica especializada n o obrigatoriamente de n veis elevados mas destinada funcionalmente produ o N o parece ainda premente a necessidade de elevar os n veis educacionais gerais da popula o a um qualquer alto patamar preestabelecido como objectivo A forma o vir a tomar mais tarde o nome de educa o e passar a ser medida n o por uma utilidade pr tica imedi
7. dos cereais espalha fome e preocupa o 18 04 2008 8 2008029 Ana Suspiro Estado e petrol feras sem acordo para diesel barato 18 04 2008 15 2008030 Manuel Esteves 80 dos primeiros empregos s o de v nculo prec rio 18 04 2008 42 2008031 Jorge Fiel As empregadas da loja das sopas 18 05 2008 42 2008032 Pol tica Cidad os devem ser mais integrados pelas c maras 18 05 2008 8 2008033 N o ceder crise e mudar de energias 18 06 2008 8 2008034 Baptista Bastos Onde p ra a esquerda 18 06 2008 9 2008035 Rita Carvalhoi Novas metas para lixo s o recuo na reciclagem 18 06 2008 15 2008036 JPH PS quer urg ncia na resolu o do problema 18 06 2008 27 2008037 Filipa Ambr sio de Sousa C rebro dos gays semelhante ao das heteros 18 06 2008 45 2008038 Manuel Esteves Pedidos de emprego no Estado triplicam ofertas 18 06 2008 49 2008039 Medidas extraordin rias para as pescas 18 06 2008 49 2008040 Duplicam casas leiloadas por d vidas aos bancos 18 07 2008 2008041 Carla Aguiar Veto a Cascais por ter deixado cair oncologia 18 07 2008 13 2008042 L lia Bernardes Estudo sobre o abandono gera pol mica na Madeira 18 07 2008 14 2008043 Cavaco quer Portugal a estudar hip tese nuclear 18 07 2008 16 2008044 Ant niuo Perez Metelo O poss vel e o indispens vel 18 07 2008 5 2008045 Joana de Bel m Autarcas receptivos a moradores do Aleixo 18 07 2008 22 2008046 Pedro Ferreira Esteves Banca
8. lhem 8 Acusados por sua vez de capitalismo perverso que representa a necessidade como castigo imagem da mis ria como puni o da tristeza da falta de brio enquanto a abund ncia seria o justo pr mio da imagina o e da criatividade 1988037 88 Ver 2008040 na crise que se abate sobre os bancos s o os clientes os penhorados amp Que v o ao extremo se deixarem de exercer direitos porque se pode faz lo o caso de quem vai ao estrangeiro para uma cirurgia porque c demora em 2008010 eros o das fronteiras para quem pode corresponde o ficar dentro delas para quem n o tem outra op o O Estado social optativo em determinados n veis 65 permite assim que s pretens es redistributivas se responda com a necessidade de ter o que distribuir ao aumento salarial com a competi o externa Perante as situa es de necessidade e mis ria cruzam se quase sempre dois pla nos o da necessidade da ajuda emergente e o do imperativo da erradica o estrutu ral Mas a ajuda emergente inimiga dessa altera o estrutural n o pode moralmente ser negada entra no campo sem ntico do certo errado A moral surge assim como forma de negar a raz o pela invoca o de bons motivos para se ser irracional O con fronto entre o preconceito humanista e o realismo reflexivo estabelece um campo de conting ncia adequado representa o no palco da pol tica Podem assim conju
9. o pr tica do princ pio da subsidiariedade que coloca em campo simultaneamente os meios financeiros necess rios e a vigil ncia sua utiliza o a inspec o 83 5 Conclus o em forma de arremedo final de generaliza o Em termos da teoria luhmanniana o fim da investiga o passar da observa o generaliza o E assim quero terminar Apenas uma reflex o este passo deveria ser dei xado para o depois de um estudo mais profundo assente num acervo emp rico muito maior Tal n o significa que exista uma dimens o ideal para a amostra apenas a clara no o de que o que h pouco e de que o artif cio que utilizei de dividir os artigos de jornal por tr s per odos distintos tentando captar o processo evolutivo da sem ntica relativa quest o social isso mesmo um artif cio A consolida o do estude pressupo ria desfazer a artimanha cobrir as solu es de continuidade e permitir que a evolu o se desse a conhecer imanentemente naturalmente pela constata o de que num certo momento a estrutura havia mudado numa especific vel transforma o da comunica o que a constitui Se me perguntassem que seguimento poderia dar a este trabalho que pistas principais abre ele nesta defici ncia na sua correc o e em todo o subsequente trabalho de rearticula o do pensamento de relacionamento e de generaliza o mais profundas que encontro caminho Numa atitude contra fenomenol gica defini inici
10. observa o fenomenol gica e considera o de que s poss vel uma observa o em black box dado que os subsistemas s o respectivamente transparentes idem 26 Sobre tema ver tamb m Luhmann 2005 48 ss 8 Exemplo acabado da aplica o pr tica desta metodologia a obra de Luhmann O Amor Como Pai 90 A ess ncia ou eidos do objecto constitu da pelo invariante que permanece id ntico atrav s das varia es Lyotard 1986 18 minha participa o mundo vivido est suspensa posta fora de jogo fora de circuito entre par ntesis E por esta redu o epoch o mundo circundante n o mais simplesmente existente mas fen meno de exist ncia idem 25 39 Vamos em busca do sentido da comunica o que a sua integra o em todos mais vastos isso a estrutura a sua descoberta far se no cumprimento das recomenda es de Luhmann pela utiliza o da observa o de segunda ordem que revele simultaneamente os elementos autopoi ticos individuais e as rela es e cone x es que os estruturam a autorreferencialidade Na obedi ncia a estes princ pios regentes da observa o do fen meno recolho e fa o a an lise de artigos de jornal de tr s anos distintos 1968 1988 e 2008 e de um n mero por m s do dia 18 op o irracional Intencionalmente selecciono textos que numa primeira e quase intuitiva an lise se relaci
11. 18 02 2008 10 2008012 FN Ministra responde no Parlamento ao BE 18 02 2008 15 2008013 Eva Cabral Menezes promete n o fechar servi os p blicos 18 02 2008 16 2008014 J lio Almeida Fam lias contam os dias para abandonar barracas 18 02 2008 25 2008015 Pedro Ferreira Esteves Maior crise p s ll Guerra gera novo 18 03 2008 6 2008016 P F E mpacto da crise financeira na vida das fam lias 18 03 2008 6 7 2008017 Rudolfo Reb lo Portugueses j sentem na pele falta de dinheiro no mundo 18 03 2008 7 2008018 Rute Ara jo Novo cart o pode colocar ANF em abuso de posi o dominante 18 03 2008 14 2008019 Governo promete verbas sem precedentes a educa o 18 03 2008 16 2008020 Ferreira Fernandes Nestes dias accionistas somos todos 18 03 2008 64 2008021 Maria Jo o Caetano e Pedro Vilela Marques Sindicato receia perda de t cnicos com gest o das autarquias 18 04 2008 8 2008022 Minist rio acusado de desvalorizar armads ns escolas 18 04 2008 8 2008023 Carla Aguiar Abono discrimina fam lias 18 04 2008 13 2008024 Uma gr vida sem direito a abono pr natal 18 04 2008 13 2008025 Ant nio Perez Metelo O ano de guase todos os perigos 18 04 2008 5 2008026 Sociedade Funcion rios p blicos reformam se antes dos 60 apesar da nova legisla o 18 04 2008 6 2008027 M E Sal rio m dio da fun o p blica ronda os 1550 euros 18 04 2008 6 2008028 C tia Almeida
12. a demora de informa o tida por indispens vel leva a decidir pela sua dispensa Por contraposi o em 2008033 mal pensar resiste ao tempo passados 34 anos sobre 25 de Abril ainda n o existe Autoridade Metropolitana 214 Em 1988028 a prop sito da perestroika afirma se que a velha dicotomia sociol gica marxista entre burgueses e proletarios ha muito tempo que est ultrapassada Em sentido contr rio ver 2008011 onde se esgrime a possibilidade de um n o novidade 215 Em 1988034 as manifesta es contra um determinado acontecimento art stico dever o decorrer dentro das regras legais e cingir se a processos legitimamente garantidos a todos os cidad os 216 Cf 1968019 O mesmo crime pode em 1968024 ser visto como originado pela pobreza ou futilidade O primeiro a requerer clem ncia o segundo puni o severa Em 2008002 a do tabaco assim que nascida alvo de uma machadada corre o s rio risco de ser excepcionada para diversos casos 74 Mas a necessidade de ordem p blica n o se justifica a si pr pria de forma linear muitas vezes ligada ao progresso Entre as diversas demandas da crise econ mica emerge a da exist ncia de uma base social ordeira que pode a qualquer momento substituir se como the os ao progresso social medido pelas condi es econ micas de vida O cont nuo exerc cio da diferencia o sob o lema de tratar desigualmente o desi
13. diversas manifesta es desta ltima posi o sucedendo se na hist ria descobrimentos 5 imp rio ltimo estertor colonial Estado social Europa desenvolvimento E sempre no meio uma voz cerceadora uma esp cie de pessimismo cru um velho do Restelo que tudo reduz num termo de bom senso de meias tintas desencantado de uma sem ambi o que argumenta ser a ambi o do equil brio da possibilidade realiz vel Num registo mais mundano a ci ncia econ mica assegura que as decis es pol ticas n o se agarram s aspira es mas s raz es separando poss vel de dese ver 1988036 204 Assim 1988028 onde a perestroika rendida as leis do mercado seguira contudo um caminho inde pendente nem o da velha Uni o Sovi tica nem o do ocidente capitalista 25 Ver 1968029 O apelo ao renascimento do mito europeu aqui um apelo a valores consubstan ciados num homem europeu Tal ter que resultar num investimento no homem e dever traduzir se em programas espec ficos nomeadamente de educa o e propaganda que construam esse mesmo homem 71 mito do homem europeu pode reconstruir a Europa diga se o mesmo se se fala de Portugal Esta indefini o do sentido a dar s rela es de causalidade o homem ou s o os valores a causa da decad ncia prejudica a clareza na adop o de quaisquer pol ticas O colocar se num dos lados da equa o e declar lo culpado e a necessitar de c
14. gual desagua na aspira o a uma justi a no limite individualizada contrariando a ten d ncia jur dica hist rica para a generaliza o e para a abstrac o A discricionariedade que se agarra a esta linha evolutiva parece poder conduzir a uma justi a que sob uma apar ncia da volubilidade de inseguran a jur dica esconde a arbitrariedade a seguran a de se ter a decis o que se quer ter Noutros casos o momento seguinte tomada da decis o vinculante consubstan ciada na letra da lei j tanto o momento da contradi o dial ctica como o da busca da ressalva O geral e abstracto esvaem se nas excep es s o os casos os gru pos os particularismos Cai se sob o signo da especificidade num regime do por menor da considera o das situa es concretas A norma nasce para ser de imedia to contestada alterada e excepcionada Em 1968 a distin o legal ilegal est menos sujeita arbitragem jur dica n o se verifica a obrigatoriedade do uso sistem tico dos termos suspeito ou presum vel ou redundante do presum vel suspeito ainda uma justi a sem questionamento onde uma deten o no essencial acompanhada por uma declara o incontestada de culpa N o transparece ainda toda a dimens o conflitual que o judicial assume na actua lidade e que vai transitar para a pr pria disputa interna ao sistema por prioridades e compet ncias entre pol cias entre
15. ncia Os partidos pol ticos que alternam nos governos da Europa mesmo ampliando o olhar a Leste aos novos europeus ainda que se apresentem no lado direito do espec tro pol tico n o atacam de frente e de forma radical o modelo de alguma coes o social predominante Esping Andersen divide os pa ses europeus de acordo com a forma e a extens o com que estabelecem o seu Estado de bem estar seja em modelos mais uni versalistas mais liberais ou mais neo corporativos mas reconhece uma generaliza o diferen a h Estado de bem estar por toda a Europa Poder amos mesmo dizer que a Europa se tem uma ideia de si um gene distintivo que marca a sua diferen a encon tra a no seu modelo social por mais vers es que este na ideologia e na pr tica apre sente 2 Podemos ver neste sentido muitas das preocupa es e das propostas de Giddens 2007 e Dahren dorf 1996 23 Que a serem aplicados realidade europeia levar o segundo Judt ao aumento do n mero dos prec rios dos exclu dos e dos pobres porque o trabalho est a desaparecer precisamente nos luga res e nas ocupa es e n veis de especializa o onde a maioria da popula o vulner vel da Europa se con centra agora e se manter durante a pr xima gera o Judt 2008 421 24 Quando uso o termo no plural pretendendo apanhar boleia da terceira via de Giddens sem com isso ficar ancorado a uma defini o un voca das altern
16. o neoliberal do C digo 18 09 2008 22 2008066 Jo o Pedro Henriques 256 mil ex combatentes v o ver pens es reduzidas 18 10 2008 16 2008067 Rita Carvalho e Eduardo Negr o Um chegue de oportunidades 18 10 2008 2 3 2008068 H seis mil pedidos de RSI por m s 18 10 2008 4 2008069 Uma vida dura Xi N o tenho tempo para parar 18 10 2008 4 2008070 CDS quer tirar cem milh es ao RSI para pens es m nimas 18 10 2008 4 2008071 Dem nios do passado do presente 18 10 2008 8 2008072 Manuel Maria Carrilho A Democracia em Transforma o 18 10 2008 10 2008073 Bartolo Paiva Campos Selec o de professores 18 10 2008 2008074 Ant nio Rodrigues Um judeu de esquerda para vencer a crise peruana 18 10 2008 14 2008075 F M Aven a principesca na C mara do Porto 18 10 2008 38 2008076 Catarina Almeida Pereira Norte a 2 regi o da Europa em despedimentos colectivos 18 11 2008 33 2008077 Portugal conseguiu inverter a estrutura de emprego 18 11 2008 33 2008078 A crise o desemprego e a qualifica o do trabalho 18 11 2008 6 2008079 Adriano Moreira A fal ncia das an lises 18 1 1 2008 8 2008080 Patr cia Jesus Mais de cinco mil ficaram fora da rede de cuidados continuados 18 11 2008 2008081 Ana Tom s Ribeiro Fam lias tiram idosos dos lares e ficam com reformas 18 11 2008 2008082 Eva Cabral Governo muda pens es de invalidez 18 11 2008 18 2008083 Paula Brit
17. quer com a din mica capitalista que faz ascender socialmente profis s es da rea das ci ncias antes tidas por essencialmente instrumentais Com a Revolu o de Abril d se o avan o para uma educa o b sica e secund ria assente em forma es humanisticas e cient ficas viradas para o conhecimento generalizado com a difus o desses n veis de ensino e o aumento gradual dos anos de escolaridade m nima obrigat ria Pode discernir se uma conex o clara entre este progresso do ensino no sentido de uma uniformidade que se inclina para o campo de ensino cientifico humanistico condu zindo a um ensino superior que se quer universal e rejeita o manual t cnico que leva a profiss es de n vel m dio ou inferior e a rejei o da distin o pr via herdada que a democracia nascente abomina O ensino liberta se do trabalho e com isto eleva os que o procuram Em contradi o com outras vozes que ligam ensino e progresso econ mico neste movimento nesta op o pelo ensino generalista de forma o superior neste passo final que transforma filho do povo em doutor assente na simbologia da 4 Bem caracterizada por Sam Anexo 142 Ver 1988033 143 Em 1968038 afian a se j que o ensino superior deve adaptar se evoluir dos tempos 144 por ant tese a uma situa o real de preval ncia da op o por um ensino de forma o mais genera lista que retira os jovens aspirantes a doutores do trabalho t c
18. rendi o economia O dueto de sonhar planear op e se ao outro de refrear gerir Contrap em se assim uma pol tica do bom senso e do pragmatismo a uma pl iade de aspira es que a par do mito usa outras express es como sonho ideal utopia poss vel aspira o mobilizadora A ced ncia ao realismo transparece tamb m na entrega sob reserva aos mode los globalizados O pensamento nico aceite com uma resigna o disfar ada de op o seremos iguais na nossa diferen a A diferen a que pode ser de pormenor surge como o valor que legitima a rendi o A linguagem do mito ou do renascimento pelo que foi traduz se na ideia de que um homem diferente renascido de um renascimento desligado das realidades socioe con micas objectivas e assente em hist ria e vontade pode moldar o futuro Assim rela o entre os valores comuns socialmente partilhados e o homem em si sen tido d bio Aqui procura se reconstruir o homem reconstruindo os valores ali recons truir os valores pela reconstru o do homem o mito da Europa reconstr i o homem o 202 Cf 1968021 Em 1968027 a necessidade do renascimento europeu ligada ao mito de um tipo de homem pr prio O ser ou n o ser poss vel um homem europeu recuperado das cinzas de antanho condi o para o ser ou n o ser poss vel Europa evitar o decl nio 203 Seria f cil conjugar aqui de rompante
19. 15 1988044 C mara de Oeiras aloja retornados 18 11 1988 16 1988045 Jovens deficientes de Mira t m escola para uma vida 18 11 1988 16 1988046 Crian as com idade inferior a 12 anos n o podem viajar no banco da frente 18 11 1988 16 1988047 F brica do futuro pagar 3 sal rio e n o dispensar a pessoa humana 18 12 1988 4 1988048 Bruxelas aprova normas de higiene 18 12 1988 7 1988049 Artur Sardinha uventude da Azambuja desanimada com monotonia e falta de emprego 18 12 1988 16 1988050 Afirma dirigente da Fenprof Minist rio da Educa o vazio de solu es 18 12 1988 18 1988051 Magistrados admitem greve administrativa 18 12 1988 32 2008001 Funcion rios p blicos perdem 6 2 em dez anos 18 01 2008 2008002 A do tabaco j corre um s rio risco 18 01 2008 6 2008003 Rudolfo Reb lo Sal rios com perdas 18 01 2008 14 2008004 Desemprego do IEFP caiu 7 em 2007 18 01 2008 14 93 2008005 Amt nio Perez Metelo O bom uso da margem ganha 18 01 2008 7 2008006 Manuel Esteves Subs dio social duplica pedidos em 2007 18 01 2008 8 2008007 Rita Silva ncerteza sobre dimens o da crise 18 01 2008 18 2008008 Pedro Marques experi ncia n o se consegue comprar 18 01 2008 48 2008009 Davos Pa ses menos pr speros 18 01 2008 48 2008010 Fam lia mudou para Espanha para tratar o filho 18 02 2008 7 2008011 Jo o C sar das Neves diferen a entre um direito beb
20. O direito cria e altera realidade n o se limita a regul la perde se nesta evolu o a no o generalizada de que o direito fundamentalmente reactivo que corre atr s de uma realidade que permanentemente lhe escapa mas que lhe preexistente Em vez disso fala da pol tica n o rege rela es cria as ou pelo menos patenteia essa inten o mesmo quando falha objectivo N o direito balan a regulador de uma sociedade estabilizada Solidariedade A caridade ocupa em 1968 um papel importante na resposta desigualdade e ao infort nio esta fun o passar depois a obriga o estatal E de esmola passar a direi to medida que o Estado vai crescendo e assumindo fun es v rias na protec o e na preven o do risco e repara o do infort nio o espa o de interven o do privado vai sendo limitado por desnecess rio tornando se fundamentalmente complementar de sensibilidade ou de dever moral Mesmo no campo do privado a solidariedade ir passando do particular para as grandes empresas Tal sinal de um pa s mais moderno em que o poder passa do rico do senhor para o capital em parte socializado pela dispers o ou anonimidade dos detentores Mas est se ainda regressando 1968 numa sociedade que o espa o da so i dariedade um espa o extremamente aberto menos ocupado por institui es dedica das e especializadas Oferece se iniciativa de
21. Portugal Um estudo comparati vo Porto Afrontamento Ferreira S 2009 A inven o estrat gica do terceiro sector como estrutura de observa o m tua Uma abordagem hist rico conceptual Revista Cr tica de Ci ncias Sociais Fitoussi J P amp Rosanvallon P 1997 A Nova Era das Desigualdades Oeiras Celta 89 Giddens A 2007 A Europa na Era Global Lisboa Editorial Presen a Giddens A 2007 Sociologia 5 ed Lisboa Funda o Calouste Gulbenkian Gramsci A 1974 Obras Escolhidas Lisboa Editorial Estampa Hobsbawm E 2008 A Era dos Extremos Hist ria breve do s culo XX 1914 1991 4 ed Lisboa Editorial Presen a Husserl E 2008 A Ideia da Fenomenologia Lisboa Edi es 70 Izuzquiza I 2008 La sociedad sin hombres Niklas Luhmann o la teor a como esc ndalo Barcelona Anthropos Judt T 2008 O S culo XX Esquecido Lugares e Mem rias Lisboa Edi es 70 Judt T 2009 P s Guerra Hist ria da Europa desde 1945 Lisboa Edi es 70 Lipovetsky G 2007 A Felicidade Paradoxal Ensaio sobre a sociedade do hiperconsumo Lisboa Edi es 70 Lucena M d 1985 Neocorporativismo Conceito interesses e aplica o ao caso portugu s I d Sociais Ed An lise Social 87 89 89 pp 819 865 Luhmann N 2006 A improbabilidade da comunica o 4 ed Lisboa Vega Luhmann 2005 Iluminismo Sociol gico In J org O pensame
22. _ 2 Texto VARCHAR Palavra chave ENS Texto VARCHAR Palavra chave E 4 Texto VARCHAR 1 Palavra chave 5 Texto VARCHAR 1 Palavra chave Pc6 Texto VARCHAR 1 Palavra chave Figura Defini o dos campos 1968001 Di rio de Not cias 18 01 68 1968 Contrato colectivo de trabalho patrocinado pelo Goverr Corpora o da ind stria patr es sindicatos Governo Trabalho supervisionado por poder Fac es gremial e sindical em autoregula o supervisionada armoon from Figura 2 Formul rio de introdu o dos dados 99 100 Anexo III Exemplo de output 9 1 an ep op op seosad se esed 5 a 522520 sep seosed sep is Jana saJojoas eH 2 SA 2 3 lt 2 s240192S 2 BILUOUODI 0 Xa UIa SIS 608007 ogseasiuiupy eu op ogiseb og imuiuig sopsuusjui sep
23. a acelera o do aumento de esperan a de vida reduzem a dimens o da fam lia imediata pais e filhos e aumentam a dimens o da fam lia alargada a coexist ncia de quatro gera es Fitoussi e Rosanvallon 1997 26 5 Giddens 2007 24 nota que os padr es de pobreza de exclus o social embora certamente afec tados pela globaliza o s o tamb m influenciados pelas mudan as end genas em particular pelas trans forma es na estrutura da fam lia Na maioria dos pa ses da UE as taxas de div rcio s o mais altas e as taxas de casamento mais baixas do que eram no passado 16 robusta de emprego para toda vida Acresce que na fase actual estas realidades estes percursos n o se limitam a conviver com outros menos felizes servem lhes mui tas vezes de amparo No espa o da fam lia cada vez mais vulgar verificar se que a recep o por algum dos seus membros de um provento certo vindo ainda da fase das rela es laborais firmes e duradouras nomeadamente os contratos vital cios com o Estado permite suportar a exist ncia no seu seio de situa es menos favor veis como os desempregados os trabalhadores a tempo parcial ou mesmo os estudantes que pro longam a vida acad mica e a inactividade profissional cada vez mais muito para l do que h pouco tempo seria aceit vel A sociedade actual pois de viv ncias incomensur veis Os sujeitos s o segrega dos separados j n o tanto nem s
24. a destrui o concomitante e maci a de empre gos de colarinho azul nos sectores da manufactura dos transportes e da constru o civil se traduziram na cria o de uma gigantesca mole de desempregados sobretudo entre trabalhadores menos escolarizados que haviam migrado para as metr poles em busca dos postos de trabalho criados nas d cadas anteriores de prosperidade e de afir ma o do modelo de produ o tay orista A extens o temporal daquelas situa es con cretas leva ao surgimento nesta transforma o social de uma nova pobreza urbana O fen meno traduziu se na concentra o dessas popula es em determinadas zonas das cidades os guetos O gueto no sentido que a palavra toma na terminologia anglo sax nica como local numa cidade onde s o confinadas certas minorias raciais ou econ micas ter tradu o pr tica entre n s nos bairros da lata e nos bairros sociais degradados Estes espa os constituem zonas de afirma o de uma nova forma de vida de uma nova cultura associada marginalidade subsidiodepend ncia e predomi n ncia de minorias tnicas A transforma o destes grupos colocados margem da sociedade numa c asse pelo menos do ponto de vista da partilha de uma situa o de vida comum objectivamente constat vel permite identificar neles regularidades e sin gularidades a partir da exist ncia emp rica de um tal grupo social situado fora das rela es de pr
25. a forma program tica da sua preven o s o exemplo os pactos O uso desta no o procura na metarregu la o das rela es sociais pelo aparelho pol tico retirar do caminho da discuss o certos actores Mais que uma s ntese de opini es antag nicas o pacto coloca em lados opostos da barricada os que o estabelecem e os outros que bem podem ser aqueles a quem o pacto mais estritamente se refere Nesta utiliza o o pacto reordena o conflito pre tendendo decidi lo fora da arena pr pria H situa es laborais em que o conflito dificilmente poder ser resolvido a favor da sustentabilidade do Estado social o caso dos conflitos do poder com categorias profissionais de elevada especificidade ou prest gio s o exemplo m dicos ju zes ou pilo 122 Ver 1988034 a contesta o a uma obra cinematogr fica pretensamente agressora de certos sen timentos religiosos 13 Cf 1968034 C mara e Carris com vis es opostas sobre os transportes urbanos pede se a inter ven o do Governo Mesmo no Estado paternalista a C mara exibe o conflito como forma de atingir os seus des gnios 124 Cf 2008012 e de como quanto ao conflito o h bom e o h mau dependendo dos interesses 15 Ver 2008013 e o pacto da justi a 49 tos da avia o civil A impot ncia estatal e dos partidos que momentaneamente ocu pam o poder pode usar retoricamente a especificidade e a necessidade social da activi
26. acesso aos fundos europeus 47 margem desta organiza o formal h o de por virtude desta raz o da for a surgir grupos de press o obbies interesses instalados ou em fase de instala o solu es que servem conveni ncias formalmente pouco reconhecidos De facto compe ti o pelos recursos joga se muito em termos de interesses falando a dicotomia do ins talado n o instalado com este ltimo na din mica da evolu o a pretender se insta lando se neste contexto que as vozes c vicas do bem colectivo s o desvalorizadas e transformadas em for as de bloqueio inimigas do progresso argumenta o que traduzindo as ideias de defesa do bem comum por conservadorismo retr gra do procura estigmatizar nascen a a possibilidade de um caminho harm nico balan ceado entre os ganhos comunit rios e os individuais Regressando concerta o social o debate que se poderia apresentar como pol tico do campo da vontade e do poder frequentemente invadido pela linguagem da ci ncia sob as formas matem tica as estat sticas e progn stica a economia que no uso da autoridade da verdade produzem a aboli o do di logo pela produ o de cons trangimentos a verdade que n o se pode ultrapassar O poder decis rio auto limita as suas op es apelando crueza racional dos n meros Este uso da ci ncia pela pol tica vai traduzir se simbolicamente
27. ao contr rio de muitos que ainda insistem em encar lo como um rendimento e um direito adquiridos se esfor a 2008067 Cf tamb m 2008070 sob a argumenta o de que h que refor ar o apoio a quem n o tem capacidade para trabalhar 66 social nestes termos baseado em distin es morais aprior sticas Esta linha de pensa mento h de confrontar se com diversos registos de reflexividade hodierna quer para lhe conferir uma coes o te rica necess ria ao debate pol tico v g o neoconservadoris mo quer para lhe apontar a inexist ncia dessa linha ideol gica e a ligar ao mero pre conceito social H por outro lado uma retroac o das pol ticas sobre as pol ticas Exemplar aqui o apelo Constitui o para obviar a avan os contr rios s conquistas democr ticas A lei chamada a evitar o retrocesso quando se retrocedeu ao avan ar no tempo ou seja e numa formula o paradoxal quando o passado quer assegurar que se pode regressar aonde nunca se esteve Com o Estado social em posi o defensiva a aplica o do dualismo progres so retrocesso faz com que o primeiro n o se distinga do status quo ao passo que o segundo pode ser identificado com um antigamente retr grado de antes da revolu o que se cola simbolicamente a uma proposta de futuro diferente amalgamando as duas numa s 6 Os campos pol ticos liberal e conservador s o nesta parti o de guas des viados para o mesmo can
28. da actualidade do evento enquanto oposto mera virtualidade do sistema Ricoeur 2009 21 7 abordagem sincr nica deve preceder qualquer abordagem diacr nica porque os sistemas s o mais intelig veis do que as mudan as Ricoeur 2009 16 Como refere o mesmo autor idem ibidem 14 a interpreta o dos textos conseguiu progredir na condi o de p r entre par ntesis a mensagem por mor do c digo o evento por mor do sistema a inten o por mor da estrutura e a arbitrariedade do acto pela sistematicidade das combina es dentro de sistemas sincrdnicos 98 Anexos desenho da base de dados e exemplo de output de disposi o cronol gica Ane xo IV para uma leitura sincr nica e diacr nica do sistema economia 40 selec o intencional e de sentido captado quase intuitivamente atrav s de uma primei onde busco numa imediata e intuitiva capta o a iman ncia do dado ra leitura A estrutura comunicacional dos sistemas a sua sem ntica ser captada numa dua lidade problema solu o As rela es entre unidades de sentido ser o analisadas tanto pela sua simples e m tua presen a no texto como pelo registo de sinergias ou oposi es entre as diferentes perspectivas que transmitem do objecto A refer ncia contex tual a presen a do evento comunicacional nas vertentes hist rica e individual assegu rada pelos campos referentes data ao t tulo e ao autor Juntam se
29. dar para os senhores que colocado em perigo no tr nsito da caridade para a solidariedade da necessidade ap tica para a necessidade que exige da exclus o individualizada para a pretens o generalizada Parece um paradoxo que na sociedade contempor nea pretensamente moderna sobreviva esta outra pretens o de classe o querer poder dar como forma tradicional de assegurar uma distin o Dar dos ricos dar se dos pobres Como na hist ria da m e coragem que embora n o tendo com que alimentar os pr prios filhos se coloca fisicamente em risco para sal var os filhos alheios A salva o pode caber num acto nico pr prio do ethos cat lico da reden o uma ac o orientada por valores no sentido weberiano que redime mas n o exige continuidade O sacrif cio pois tamb m ele uma caracter stica de classe Divisa se uma naturaliza o de deveres e poderes de acordo com a localiza o social dos sujeitos o poder de dar e o poder de dar se o dever de dar e o dever de receber A seu tempo a separa o progressiva dos ricos da sua condi o de senhores de car cter moral vai subtra los pelo menos parcialmente de poderes e deveres Aos pobres na sua transi o para exclu dos do poder de dar se A indig ncia n o compati vel com a nobreza de car cter Haver mais tarde uma outra assist ncia do Estado que tem pouco a ver com a necessidade extrema Aparece quando o Estado transcen
30. de indiv duos que trabalha para outrem e as suas organiza es s o comummente vistos como avessos mudan a Esta identifi ca o com o passado numa economia que se quer progressiva coloca nos perante blo cos simb licos trabalhismo trav o trabalhadores versus liberalimo progresso empre sas o segundo membro da express o pode ainda juntar a si o charme da ci ncia e da t cnica o primeiro restringe se pol tica O sindicalismo Tal autoriza a colagem ret ri ca das lutas sindicais produ o de efeitos sociais globais negativos o que as poder conduzir impopularidade A persist ncia putativamente irracional numa economia moderna desta tr ade trabalhista criar uma falta de atmosfera favor vel ao desenvol vimento Esta identifica o permanente do mundo do trabalho com o passado subdesenvolvimento o bloqueio ao progresso pode ser encontrada por contraposi o na permanente necessidade dos sindicatos de apresentarem um discurso a contra rio sensu que frise a necessidade da melhoria das condi es de vida dos trabalhadores como condi o pr via para a melhoria das condi es de vida da sociedade por um lado necessidade de manuten o de servi os de benef cio geral por outro Este uso unilateral de rela es causais v g o sindicalismo origina atraso econ mico num ambiente de elevada complexidade busca mesmo no seio da concerta o social uma substitui o t ctica
31. do papel que ele deve desempenhar Toda a problem tica relacionada com o Estado de bem estar tamb m concomitantemente a problem tica do Estado tout court Se o modelo que tem dominado o espa o anglo sax nico apresenta caracter sticas pr prias mais pr xi mas do aissez faire liberal mais tendentes a abandonar o sujeito sua autodetermina o n o deixa de tamb m ele conferir um edif cio protector Por seu lado Tony Judt refere com particular veem ncia que a origem das pol ticas sociais foi em grande parte obra de partidos conservadores e democratas crist os europeus Existe de facto uma universalidade da protec o social ocidental que convive com a multiplicidade dos seus modelos a exist ncia de um padr o m nimo de coes o seja ele mais assente numa exi g ncia geral de igualdade mais socializante ou de igualdade de oportunidades mais libe 3 Beck 1999 138 34 Cornelius Castoriadis adverte contra o h bito difundido de confundir o Estado com o poder social enquanto tal Estado insiste refere se a uma forma particular de distribuir e condensar o poder social precisamente com a finalidade de ordenar em mente O Estado diz Castoriadis uma entidade separa da da colectividade e institu da de forma a assegurar tal separa o Bauman 1998 61 35 Cf Judt 2008 2009 22 ralizante pressup e sempre algum tipo de papel do Estado seja este papel de regula dor de redis
32. dos Santos 18 07 1988 3 1988025 As certezas da infla o 18 07 1988 4 1988026 ndice de car ncia nas escolas do Pa s 18 07 1988 1988027 M rio Sampaio Solidariedade em Fran a nome de imposto 18 07 1988 7 1988028 JTG Uma revolu o a longo prazo 18 07 1988 12 1988029 Japoneses em Livro Branco Ganham muito e vivem mal 18 07 1988 18 1988030 Os pre os e as previs es 18 08 1988 6 1988031 Cartoon de Sam O Guarda Ricardo 18 08 1988 17 1988032 Ac o psicol gica de parceiros sociais acentuou subida da taxa de infla o 18 08 1988 17 1988032 Falta de di logo do Governo agrava tens es na fun o p blica 18 08 1988 5 1988033 O direito alfabetiza o 18 09 1988 4 1988034 4 conviv ncia democr tica 18 09 1988 4 1988035 Pereira Lopes contr rio a nova central sindical 18 09 1988 27 1988036 Rendas de casa aumentam 7 3 por cento 1989 deliberou ontem o Conselho de Concerta o Social 18 10 1988 4 1988037 Uma fome intoler vel 18 10 1988 6 1988038 RS favorece maiores rendimentos 18 10 1988 21 1988039 Governo aumentou pens es entre 10 12 8 por cento 18 11 1988 3 1988040 Fernanda Gabriel correspondente em Estrasburgo Acesso a fundos estruturais alterado pelo Parlamento Europeu 18 11 1988 7 1988041 F G Espa o social relan ado em Rodes 18 11 1988 7 1988042 O Dia D 18 11 1988 8 1988043 Seria Grave faltarem verbas para o ensino 18 11 1988
33. e o consumo populares e portanto afastada da complexa trama financeira que encontraremos mais tarde l cito a observa o da norma liga se ainda a uma ortodoxia prevalecente est contido no ser das gentes numa fus o de direito e moral n o basta ser legal h que ser justo e socialmente aceite Subjacente complexifica o das actividades que necessitam libertar se dos pre ceitos morais e acolher se sob bandeiras mais firmes mais generalizadas e abstractas as leis paradoxalmente libertam a actividade econ mica ao subtra la dos preceitos reli giosos e morais onde n o h abstrac o suficiente e desse modo soltam a economia que regulam As qualidades de abstrac o e generaliza o da norma legal conjugam se assim progressivamente com a sua incapacidade de previs o do facto concreto Julgado pela lei e n o pela moral o homo economicus ganha liberdade de ac o Tal tradu zir se na passagem da litig ncia para o meio jur dico e do seu afastamento progressivo do foro de interven o da moral o espa o do quotidiano Abriga se a actividade eco n mica sob um direito mais desligado da vida mais t cnico mais disperso porque mais dirigido a problemas espec ficos A lei e a economia encontram se sinergicamente com a primeira a potenciar a segunda ao mesmo tempo ejgo afastado ostracizado tor nado ignorante pela separa o crescente entre a sua linguagem e a linguagem que falam aqu
34. encontrou para j uma s ntese mais elevada num misto que pretende aliar as duas na linguagem comum o ensino profissional aparece como um retrocesso ao antes da democracia uma nova institucionaliza o da distin o numa educa o funcionalizada para o trabalho e n o para o homem e que programaticamente esquece a Hist ria a Filosofia ou as Ci ncias Sociais e elege como baluartes a Matem tica e o Ingl s E como a op o pelo tipo de ensino geral profissional se faz agora em verdes anos no b sico ou na entrada para o secund rio enveredar pela segunda via corresponde generica mente ao abandono dos sonhos de distin o das classes mais baixas cujos filhos optam mais de ami de por este caminho Parece regressar o destino social Assim o louvor ao recente restaurar dos cursos profissionais nos ensinos b sico e secund rio traz consigo esta m cula a poss vel legitima o pelo ensino de distin es pr vias A reintrodu o progressiva e vincada do m rito sou uma s mula do meu esfor o com o meu eu her dado pode ser lida por este prisma Dentro de um mesmo n vel de ensino diferen ciam se os que aparentam maiores compet ncias cognitivas e que ascendem ao ensino superior e com ele ao trabalho intelectual e os que delas geneticamente arredados se ficam pelo directamente profissionalizante Existe assim uma genetiza o do m rito Tal constitui um aparente contra senso por defini o como vai
35. es utilizam m o de obra que se dispersa habitacionalmente em vez de viver em bairros oper rios segregados do resto da comunidade As grandes ind strias caracterizadas pelo sistema tay orista de produ o cedem lugar a pequenas unidades flex veis desaparecendo as grandes concentra es de colarinhos azuis Podemos inferir daqui que o que decres ce por inexist ncia de massa cr tica de operariado trabalhando e vivendo em espa os concentrados a possibilidade de que uma c asse para si possa resultar da exist ncia desta concreta classe em si cf idem 300 Castles e Davidson 2000 20 apoiam se na divis o criada por Reich 1991 171 184 para defender que est o a surgir tr s categorias de trabalhadores trabalhadores de produ o de rotina o grupo em decl nio dos empregados das empresas de manufactura servidores pessoais pessoas realizando tarefas simples e repetitivas tais como os trabalhadores de venda a retalho criadas e criados pessoal dos cuida dos de sa de e o ex rcito crescente dos funcion rios de vigil ncia e analistas simb licos as actividades de resolu o de todos os problemas identifica o de problemas e estrat gias de negocia o que reque rem alto n vel de habilita es e treino Cf tamb m Estanque e Mendes 1988 e a necessidade de webe rianizar o marxismo para construir um quadro conceptual por onde er a sociedade actual 2 Drucker ilustra bem esta peleja contra os que colo
36. essa nebulosa global economicamente interes sada que governa acima dos governos que lhes dita os caminhos do poss vel e com isso lhes restringe as op es tolhe o jogo democr tico Segundo muitas perspectivas essa globaliza o que deveria juntar divide H assim duas democracias em confronto a dos globais e a dos ocais sendo que na perspectiva radical de Bauman aos ltimos res ta apenas decidir sobre sobras e preju zos Aceitando partir analiticamente de uma dicotomia de classes o novo individualis mo pode levar a que a classe dominada assumindo como seus valores globais abandone a sua solidariedade e consci ncia de grupo subsumindo os nos valores da actual classe dominante o progresso individual atrav s da conquista pessoal e da competi o com a consequente quebra da solidariedade de classe Encontramo nos perante a imposi o globalizante de uma ontologia neoliberal os sujeitos transformados em actores livres que desenham o seu pr prio destino s o em muitos discursos assumidos como pos suidores de uma total liberdade e de uma total responsabilidade V o ser em resumo e simplisticamente reduzidos um princ pio nico evanta te e anda Esta perspectiva que levada ao extremo descontextualiza o indiv duo e lhe desco nhece as condi es de partida elidindo as diferen as parte da presun o limite de que os sujeitos s o de facto donos de um absoluto livre arb trio E tal proposta convive com
37. individual arriscar o trav o social o prever As solu es program ticas para os problemas sociais assentam em v rias dicoto mias para al m das veiculadas pelos sistemas pol tico e econ mica uma outra distinta de ambos mas mais pr xima do ltimo aquela a que designarei de tecnocr tica para n o usar o termo burocr tica com conota es distintas em Sociologia e na linguagem corrente o funciona n o funciona o resulta n o resulta que parece pretender ultra passar discuss es mais profundas quer sobre a finalidade ltima das op es quer sobre a raz o profunda que deveria suportar o funcionamento dos aparelhos que as prosse guem uma perspectiva fenomenol gica que no seu estado puro olha exclusivamente para os resultados Em 1968 assistimos a uma organiza o corporativa aparentemente aut noma mas tutelada pelo Estado As corpora es englobando as fac es gremial e 2 des 22 Em 1968041 surge o amento n o a atitude reflexiva que imp e a medida preventiva Em termos da sociologia do risco est se ainda no mero registo na observa o de primeira ordem que n o produz a necess ria distin o entre prevenir e n o prevenir ter e n o ter consci ncia pr via Nesta terminologia te rica n o se passou ainda da fase do perigo 23 Em 1968013 a crise de 31 citada com a inten o de evitar a repeti o Na mesma linha sobre o caso do subprime ver
38. meio dos subsistemas sociais e a m tua observa o que fazem um do outro fundamental para a sua pr pria caracteriza o como sujeitos sociol gicos obriga a esse olhar globalizante por defini o o meio de um sistema tudo o resto que n o sistema Da esta necessidade de olhar tudo Teremos ainda que ter em conta ao pretender captar a comunica o que em cada momento estrutura sistema o facto de essa estrutura o se dar no decurso do tempo Os sistemas sociais de Luhmann conjugam comunica o e evolu o no sentido 8 Sendo o sistema sociedade a parte do sistema global que se estrutura por comunica o deixa fora de si como meio os sistemas org nico ps quicos os indiv duos ou na especificidade da formula o de lin guagem de Luhmann os sistemas de consci ncia e tamb m os sistemas naturais 8 vantagem e a limita o deste campo de investiga o a impossibilidade de se fixar numa disciplina espec fica sendo antes observado a partir da economia da ci ncia pol tica da antropologia da hist ria da sociologia da gest o etc Ferreira 2009 188 36 darwiniano Desta forma um sistema mesmo que entendido de um prisma funcional n o uma constru o perfeita com vista a uma determinada finalidade pelo contr rio transporta em si um passado que fica registado na sua estrutura n o apenas como uma reminisc ncia de comunica es pr vias mas como constitui o
39. mesmo tempo Per contra tamb m se pode ter apenas uma dessas tr s coisas idem ibidem 32 Como constata um estudo recente na rea da imigra o e do ensino Estocolmo est a conhecer uma polariza o geogr fica na qual os programas generalistas de prepara o para o superior dominam os sub rbios do norte e centro da cidade onde se concentra a popula o economicamente mais favorecida enquanto os programas vocacionais do secund rio s o concentrados nos sub rbios densos em imigrantes do sul Alund e Reichel 2007 319 21 Neste trilho n o podemos deixar de focar as abordagens s cio pol ticas que par tem da teoriza o do risco tomada de consci ncia dos riscos e das medidas que exigem est no centro de uma espec fica reflexividade contempor nea Uma socieda de que se concebe a si mesma como uma sociedade de risco est usando uma met fo ra cat lica na posi o do pecador que confessa os seus pecados tentando vislumbrar a possibilidade desejabilidade de uma vida melhor Mas este aparente imperativo n o parece resultar linearmente em ac es racionais contrap e se lhe o problema da arti cula o numa sociedade democr tica entre o desej vel e o poss vel entre a racionali dade que os peritos ditam e os desejos dos cidad os podem os pol ticos optar pela pri meira 2 3 O eterno retorno do Estado Inarred vel deste percurso o confronto com a figura do Estado e
40. ncia de uma superioridade triunfante a natura lidade quase naif da realiza o final de um estado evolutivo natural das formas do pen sar e do agir cognos da praxis As crises recentes n o parecem ter posto fim ao processo globalizador O tempo dir se as atitudes iberais dos Estados para com grande finan a e noutra vertente de apoio social aos carenciados ser o ou n o meros retoques ao modelo neoliberal at pouco triunfante num reajustamento que pretenda evitar as poss veis consequ ncias nefastas dos excessos liberalizantes que se seguiram queda do Muro que muitos apontam como fautora da liberta o do capital selvagem das amarras a que o submetia essa exist ncia f sica pol tica e simb lica do modelo alter nativo Teria sido o medo de que os excessos do liberalismo com foros de ibertina gem originassem a prazo uma violenta reac o de sentido oposto que levou adop o dessas medidas paliativas Nesta teoria da conspira o tudo se muda para que tudo fique na mesma Sem darmos demasiado relevo a este cinismo cumpre nos antes sublinhar que se a caracteriza o da sociedade ocidental actual na sua realidade factual pode s por si ser pomo de disc rdia h contudo formas de pensamento que s o ou s o tomadas 1 Como se n o houvesse qualquer rela o entre o vazio da exorta o de rotina levanta te faz algu ma coisa dirigida aos pobres num mundo que n o necessit
41. o ao pensamento nico Os limites a este princ pio da racionalidade econ mica das desnacionaliza es assumem a forma de resolu o de dois bin mios separados o da qualidade pre o puta tivamente inferior nos novos locais de implanta o das manufacturas e o do nacionalis mo globalismo o apelo ao sentimento de perten a A relativa incomensurabilidade a arte ou a produ o de cuidados altamente especializados a sa de e localmente con sumidos entram tamb m em tens o com o mesmo princ pio Nestes ltimos casos a eleva o de certos sectores acima do economicismo e da competi o com os merca dos externos traduz se paradoxalmente em benef cios para os seus profissionais resul tando numa excep o necessidade de gest o racional imposta aos restantes secto res mundana e objectiva considera o da qualidade pre o na sua condu o gt acontece especialmente quando a qualidade subjectiva arte ou analisada pelos pr prios profissionais corpora es m dicas de professores jur dicas A possibilidade de se subtrair avalia o qualitativa e objectiva dos outros que n o s o pares mas leigos tem pois implica es que ferem a racionalidade econ mica A ret rica que afirma a exist ncia de uma pura motiva o economicista para muitas transforma es laborais e outras torna se de uso generalizado ganha for a e imp e regras na propor o da capa cidade dos seus autore
42. o comum de certas bases para o di logo A primeira delas poderia ser racionalmente a de que se pode discordar dos princ pios n o dos dados estes devem ser partilhados no sentido de possu dos e lidos da mesma forma Quando os dados escapam ao crivo da verosimilhan a quando se pode discutir o dado como dado e n o a sua interpreta o o debate em que assentam est j baseado em preconceitos e n o em objectividade parcial e n o total pode corresponder busca da verdade ou da manipula o ideol gica Ter ou n o ter informa o adequada e partilhada assim requisito de entendi mento E o entendimento percebe se nem sempre se quer Num certo sentido a ine 210 Assim em 2008075 com a distribui o de benesses entre PSD e CDS 2 que ganha reflexo em produ es te ricas 2008072 falando do povo eleitor diz nos que as ltimas d cadas viram emergir por todo o lado outras declina es da vontade popular uma demo cracia impol tica com autoridades independentes 22 Sob o t tulo As certezas da infla o encontram se em 1988025 tudo menos certezas 73 xist ncia de informa o pode ser tamb m tacticamente explorada Exigi la ou afirmar esperar por ela conferem um poder de absten o uma capacidade de dilata o das op es ou das decis es no tempo A exig ncia de um decidir informado acolhe no seu seio a certeza de que a informa o nunca suf
43. o dos problemas habitacionais Nesta linha de racioc nio em que o sentir uma forma menor de racionalidade o local o ponto de resist ncia frieza racional da economia global Ver ainda 2008014 25 Cf 1968033 Tamb m em 1968036 a prop sito do apoio social e econ mico que presta sua terra de origem um ind gena ilustre protesta o amor este rinc o 236 Ver 1968002 Em 1968036 a obriga o de apoiar as institui es locais ligada condi o ilustre adquirida com a vontade firme com que Deus me dotou 79 Por sua vez a divis o funcional das interven es e a sua multiplica o e diversifi ca o em tens o com a exig ncia moderna de racionaliza o obriga a integrar gramas diferentes sob uma mesma solu o legal institucional Em 1988 encontramos os pacotes terminologia que fala da tentativa de reagrupar programas e que d pela sim ples exist ncia direito a diagnosticar a sua dispers o pr via S o um esfor o para englo bar uma rea socioecon mica sob um conjunto integrado de solu es t cnicas e jur di cas O Estado social vive este permanente pulsar de extens o compress o de an li se sintese de solu o singular solu o integrada um conflito permanente entre a racionalidade moderna da s ntese e a pr tica hodierna funcional e em si mesma parado xalmente disruptiva porque ao dirigir se a fun es especializadas perde a no o do todo
44. o futuro pelas opini es com esta democratiza o o saber cai ao n vel da ignor ncia leiga Em 2008083 dois estudos de opini o cred veis chegam a conclus es diame tralmente opostas sobre os efeitos da televis o nas crian as Em 2008061 fala se da incerteza dram tica que rodeava os especialistas em finan as 167 Em 2008007 trata se do clima de volatilidade numa constru o redundante vai se da d vida d vida sem propor solu es Em 2008025 sob o olhar da economia tudo se move ainda no escuro o que n o inibe que se preveja um poss vel efeito de cont gio e pode instalar se com base nesta escuri d o uma histeria dos mercados uma ci ncia que duvida de si 18 Em 2008079 o facto inquietante que n o aparece nenhum sinal de a perspectiva de curto prazo advertir para os sinais da crise por estar pretensamente viciada pelas correntes inimigas da democracia 19 Ver 20008043 Em 2008046 esperam se os dados j com uma previs o quando forem conhecidas as contas de um primeiro semestre negro que ainda n o se viu em Portugal 7 Que se transforma tamb m em expectativa dos sujeitos de viver em permanente capacidade de escolha Ver 2008047 o ganho aventureiro incerto que deve levar fuga das aplica es de risco para os dep sitos a prazo 61 uma litig ncia que antes de chegar barra dos tribunais circular do direito sobre o direito
45. o m rito ser herdado se 145 Ver 1988018 Democratiza o quer neste como noutros campos significar no m nimo igualdade no momento da entrada Cf tamb m 2008042 o abandono escolar estigma do atraso da Regi o da Madei ra O mesmo se diga em rela o sa de 2008041 55 fundamentalmente esfor o Pode assim reabrir se a qualquer momento a contesta o a esta linha evolutiva O novo ensino profissional nasce estigmatizado Por outro lado o ensino deixa de ser uma constru o nacional interna para se referir cada vez mais ao que se passa l fora e s necessidades de um mundo globali A compara o de m todos curr culos e resultados torna se corriqueira Em 1988 ainda se fala em alargar o apoio estatal juventude a reas que n o o ensino e o trabalho 48 da evolui se para uma linguagem de mercado da associa o da juventude ao mercado para as novas tecnologias e as linguagens globais que as permitem entender a op o pela banda arga institucionalizada numa simplifica o program tica a cercear outras possibilidades A juventude constitui fundamentalmente todo um programa social uma a mofada de plasticidade invulgar para encostos diversos Conjuga se abertura experi ncia inde fini o mobilidade Pode se adiar lhe a entrada no mercado de trabalho ou faz la em condi es de precariedade n o extens veis a outros grupos e com isso modificar todas as est
46. o que promove a entrada no sistema dos que dele estavam por condi o arredados Por contraposi o este mesmo tema do acesso estabelece liga o a uma outra dicotomia a de p blico privado A proposta program tica de que um servi o tra dicionalmente p blico pode ser gerido por privados falo de escolas hospitais tribu nais deslocada a quest o do acesso o privado por defini o de quem 202 Na entrada em do realismo ac o reflexa de condi p blico de todos cionamento econ mico sobre a expans o dos servi os p blicos o Estado social pode retirar se aqui para trincheiras que havia deixado para tr s abandona a vanguarda eco nomicamente minada da resposta igualit ria a todas as pretens es rumo retaguarda mais segura da assist ncia na exclus o Um regresso ao local por contraposi o ao nacional traduz se numa outra dicotomia a de centraliza o subsidiariedade O local usa a aloca o de meios e a pro ximidade como argumento para contraditar a dimens o centralista hist rica do Estado quer no sentido de reivindicar uma igualdade que o aproxime do todo nacional quer Ver 2008018 a forma como a Autoridade da Concorr ncia interv m na regula o dos pre os dos medicamentos num papel de protec o social liberalizante ac o anti cartelizante Noutro registo tamb m a actividade do Procurador Geral da Rep blica a
47. pol tica onde j perdeu seu poder de persuas o para a economia Luhmann 2007 39 7 As diferen as entre esses meios de comunica o os meios de comunica o simbolicamente genera lizados ou por outras palavras a estrutura comunicacional dos principais sistemas sociais acentuam se 31 tem de caracter stico a presen a constante da dualidade governo oposi o numa competi o pelo novo que tantas vezes leva ao curto circuito ao momento repetido em que a actividade de contraposi o nada acrescenta resolu o dos problemas Outra caracter stica desta sociedade a passagem do princ pio da assist ncia ao principio da inclus o ou visto do lado dos sujeitos da transi o da protec o com pensa o face s consequ ncias negativas dos processos pol ticos e econ micos pre tens o generalizada a bens e servi os cada vez mais diversificados O pr prio Estado vai respondendo a este processo desenvolver uma din mica aparentemente impar vel de multiplica o de esquemas de protec o de organismos especializados em todos os assuntos de dispositivos legais dedicados a cada particularismo que n o se limitam a responder s demandas da popula o mas v o frequentemente antecipar se lhes ini ciando um processo recursivo no qual o mesmo Estado de bem estar cria circunst n cias e problemas frente aos quais reage Chegar se assim e por acumula o uma situa o que p
48. prim rias e secund rias que lhe est o subjacentes a eles cabe a substitui o do Estado uma op o inescap vel hodierna que porque genericamente assumida se transformou para mui tos no nico horizonte poss vel para a protec o social Tal abarca necessariamente a Hoje ao contr rio de ontem Como referem Fitoussi e Rosanvallon 1997 2 no s culo XIX a gran de viragem consistiu numa inven o do social que permitiu a reorganiza o das condi es de vida em comum e o exerc cio da solidariedade que nem o Estado cl ssico nem o mercado eram capazes de assu mir 11 possibilidade do regresso velha imagem da ac o s cio caritativa e sua contraparte humana o exclu do p ria No quadro existencial os sujeitos encarados segundo as perspectivas mais radi cais como completamente autodeterminados ou como completamente condicionados podem atribuir ao mundo actual e s suas possibilidades de devir diferen as de sentido consider veis relativamente independentes das suas posi es objectivas no espa o social Mas isto est j um passo frente no caminho para uma discuss o da tem tica Sobre o objecto quest o social devo partida elaborar um problema Para me presentear com uma tese no sentido dial ctico o enunciado inicial que d partida ao trabalho de dissertar sirvo me da constata o quase intuitiva de que a quest o social pode ser hoje equa
49. seguran a tradicional ligada ao conhecimento pr tico f e s normas de conduta a dimens o de desencantamen to e aqui o sentido da palavra virtualmente transformado no seu oposto o re incrustar conferindo ao sujeito um novo tipo de papel social idem 128 5 Melhor diz Norbert Elias o ideal do Eu faz parte de uma estrutura de personalidade que s se desenvolve em correla o com situa es humanas espec ficas com formas sociais de determinada estrutura constituindo algo de muito pessoal e simultaneamente s cio espec fico 1993 164 165 28 duos na sua subjectividade permanecer inc lumes ao contacto permanente com outras diferentes formas de agir e pensar com outras maneiras de organizar o dia a dia de o ver ser estruturado por novos valores Ou podem alternativamente viver lado a lado com essas outras formas de elaborar o quotidiano utilizando as como pronto a vestir que se p e e tira a gosto mas que n o penetra a pele Postulo que esta pele metaf rica fronteira entre o ser e o viver entre o sentir e o actuar uma possibilidade que permi te a manuten o lado a lado de situa es que parecem incompat veis se analisadas por um prisma racionalista S o estas situa es que a sociologia aprendeu a encontrar no dia a dia espantando se sempre De facto acredito que a alegria de algum do espanto sociol gico tem muito a ver com este ruir perante o real das ver
50. sob fogo cerrado 18 07 2008 2 94 2008047 Pedro Ferreira Esteves Ca a aos dep siyos penaliza fundos 18 07 2008 2 2008048 Rudolfo Reb lo Portugueses t m de baixar o n vel de vida 18 07 2008 6 2008049 Clima econ mico 5 18 07 2008 6 2008050 O papel dos fundos de pens es no sisterma de Seguran a Social 18 07 2008 14 2008051 Estes tempos exigem prud ncia nos gastos 18 07 2008 6 2008052 Pol cias defendem uma nica base de dados 18 08 2008 2008053 Um bairro nascido da descoloniza o 18 08 2008 3 2008054 Fam lia de v tima mortal quer ser realojada 18 08 2008 3 2008055 Carla Aguiar Mudan as nos lares de idosos afectam os filhos 18 08 2008 9 2008056 Cobrar dinheiro por uma vaga num lar passa a ser il cito 18 08 2008 9 2008057 M rcio Alves Candoso PT tem acordo com o Governo para criar emprego 18 08 2008 26 2008058 Pedro Sousa Tavares Oposi o defende que meta do 12 ano era vi vel 18 09 2008 3 2008059 Metas do sucesso e escolaridade por cumprir 18 09 2008 4 2008060 4 dificil escolha entre o mercado e o Estado 18 09 2008 8 2008061 Pedro Lom ba 4 salva o do capitalismo 18 09 2008 9 2008062 Maria Jos Nogueira Pinto De C sar e de Deus 18 09 2008 10 2008063 Carla Aguiar Mais greves de enfermeiros 18 09 2008 12 2008064 Carla Aguiar Portugal recebe 12 milh es da UE para dar comida aos pobres 18 09 2008 13 2008065 Eva Cabral 7SD contra revis
51. ultrapassadas pela his t ria que se deu perdoe se me a ligeireza da utiliza o da dial ctica um s ntese mais alta que como do bom tom p s moderno n o pretende impor uma vis o do mundo um qualquer smo totalit ria mas assenta fundamentalmente no bom senso pragm ti co de aceitar o que existe para o tentar condicionar de uma forma reflexiva N o have r hoje porventura maior totalitarismo ideol gico que este que pretende n o ser supe rior s alternativas mas se limita a n o encontrar no universo pol tico competidores racionais ao seu realismo ut pico Neste sentido as terceiras vias apresentam se como uma mir ade de procedimentos e pol ticas bem intencionadas e porventura falta o teste do tempo eficazes cujo eixo condutor essa fus o poss vel entre o econ mico e o social E em grande parte com elas que muitos pretendem ser poss vel superar o grande desafio de num meio econ mico global que apela desregula o e flexibilidade con seguir a manuten o de uma coes o social em ambiente de crescimento da riqueza e mesmo da acumula o capitalista individual Este desafio imposs vel a quadratura do 28 A defini o sint tica que pr prio Giddens nos d de terceira via a de uma filosofia pol tica defen dida por for as democr ticas centristas que est comprometida com a preserva o dos valores do socia lismo ao mesmo tempo que endossa as pol ticas de mercado
52. 2008016 224 Em 20008016 empresas financeiras e consumidores colaboram na cria o de risco social pela pros secu o de interesses ego stas gerando a crise do subprime O poder deve opor se lhes 25 Assim em 1968018 6 Em 1968001 vemos como a corpora o da ind stria agrupando sindicatos e patr es sob supervis o do governo consegue que 250 mil oper rios da constru o civil sejam abrangidos pelo contrato colec tivo de trabalho e benefici rios do seguro de sobreviv ncia Ver 1968020 sobre as pol ticas dos transportes e a harmoniosa articula o dos diferentes interesses 76 tinam se gest o integrada e n o conflitual de um determinado sector de actividade Apresentam o papel positivo de regula o da actividade e o negativo de inibir o conflito Pretendem englobar nas suas atribui es a totalidade da vida dos que lhes est o ligados no caso da fac o laboral promovendo um bem estar geral dos sal rios e da forma o s f rias para os filhos O tique corporativista vai permanecer no tempo sob uma forma diferente passa se da defesa dos interesses de um sector para a defesa dos interesses dos diversos grupos que constituem o sector H uma permanente tens o entre o agregar corporativo e este agregar desagregando neocorporativo que leva muitas vezes a oposi es dentro de um sector de actividade m dicos enfermeiros pilotos de avia o pessoal de terra com certos grup
53. 5 1968011 R A ltima Palavra O D lar N o Ser Desvalorizado O Oiro Ter Dois Pre os 18 01 1968 1 5 1968012 F Otto Miksche Perspectivas para os Anos 1970 1980 18 03 1968 2 1968013 ANI Banqueiros Americanos consideram necess rio que seja oposto em vigor novo imposto sobre o ren dimento 18 03 1968 5 1968014 Em Evora Dias de Estudo sobre Ill Plano de Fomento 18 03 1968 5 1968015 O Munic pio de Almada despendeu mais de seis mil contos na constru o e repara o 18 03 1968 6 1968016 FP e ANI O Governo Franc s dissolver a Assembleia Nacional se a oposi o bloquear o Projecto de Lei que permite a publicidade na televis o 18 03 1968 16 1968017 Apertar o Cinto Maior Austeridade aumento de impostos e congelamento de sal rios 18 03 1968 15 1968018 Concess o de Aux lio para Realiza o de Obras de Electrifica o Rural 18 04 1968 7 1968019 R Crise na Alemanha O Governo de Bona Responde com Firmeza aos Agitadores 18 04 1968 9 1968020 Corpora o dos transportes e turismo 18 04 1968 4 1968021 Ant nio Quadros Mito Inconsciente e Raz o na Hist ria Portuguesa 18 04 1968 17 18 1968022 O Caso do Abandono da Menina Rec m Nascida 18 06 1968 4 1968023 ANI Pompidou acusa n o devemos esquecer o grande perigo a tentativa do Partido comunista para tomar conta do poder 18 06 1968 7 1968023 ANI Pompidou acusa n o devemos esquecer o grande perigo a tentativa do Parti
54. Blsdoune eonijos BOGSI esed quuatueyanosdy op oBdieley Janb Sd E DULIgOs BOI Od sof 101 102 ESUOLOOS SA oswido seossad se ezaysou essasdxa wed apepoedesuy OBILDES 20420 3NI esua Sepuau 209104 SA ewou ogiepsouos sodaud sop osdezpemoy og ejsquoy SA POnUQUOOS SOJ WNU SOE SE SA owenb ap anb sarpe sew ogu SA SA 2291104 anu O 5504 SA opewud paissod EILUOUCOS SA 335 JEWSWE y opuns 5 4 sopejanode QUSWINONUSSSO waq snadoms sopun4 pesrgunfuco se aqusujenuandas FSM SA SEDUZ semnbsesy ee soe SEAQEWSYE E qos sacdnjos seny asa anb oedemoadss sapepiunyodo ap ewou
55. Data da publica o EI Ano N mero NUMERIC Ano da publica o Titulo Texto VARCHAR 1 Titulo do artigo texto Texto VARCHAR Autor p ginas Texto VARCHAR 1 P ginas Artigo SimjN o BOOLEAN 1 Unidade de sentido em an lise neste registo o texto completo E Frase SimjN o BOOLEAN Unidade de sentido em an lise neste registo a frase ES Ideiageraltexto Texto VARCHAR 1 Sentido geral do texto como um todo Sistematexto Texto VARCHAR 1 Sistema ou subsistema principal a que remete o texto numa perspectiva luhmanianna Ea IdFrase Texto VARCHAR 1 Identifica o topogr fica da frase par grafo coluna Ideiageralfrase Texto VARCHAR 1 Sentido encontrado em frases determinadas sistemafrase Texto VARCHAR Sistema ou subsistema principal a que remete a frase numa perspectiva luhmanianna E Problema Texto VARCHAR 1 Identifica o do problema tema essencial presente na unidade de sentido em an lise soilu o Texto VARCHAR Identifica o da solu o proposta essencial presente na unidade de sentido em an lise _ fy Organiza es Texto VARCHAR Output organizacional identifica o da presen a de estruturas organizacionais ou instituicionais Rela es Texto VARCHAR Rela es entre sistemas E Observa es Texto VARCHAR 1 Armazenamento de ideias impress es avulso e cita es jPa Texto VARCHAR 1 Palavra chave
56. Estado social nos seus custos inventando e reinventando problemas e necessidades ainda que n o socialmente emergentes A perspectiva humanista por contraposi o a tecnocr tica pode surgir com a conota o dos bons princ pios que negam as solu es ptimas H um conflito entre as duas perspectivas que termina ami de com a sua denega o atrav s de um argumento funcional irrealista Na aloca o das responsabilidades pelas realiza es pr ticas do Estado social usam se separa es funcionais Apartam se o legislar do fazer a ideia da concretiza o a vis o arga do calor pr ximo O aut rquico o pr ximo far o Estado legislara local pode menos mas sente mais e ouve mais H uma hierarquia que alinha hierarqui camente global estatal e local e lhes faz corresponder tra os crescentes de sentir e tra 29 Sobre a forma como um problema se fragmenta e dispersa ver 2008048 onde a prop sito da sus tentabilidade da economia portuguesa se ataca tudo o que mexe 230 Cf 1988048 a articula o de trabalho sa de e higiene sob um nico programa Em 2008022 a viol ncia nas escolas exige a cria o de equipas multidisciplinares do poder pol tico da justi a da educa o da psicologia Em 2008080 al m da diferencia o 2009 ser o ano da aposta no apoio domicili rio 20008084 afirma que ficamos a 1000 camas dos objectivos para 2008 o que se desculpa pe
57. Jos Manuel de Oliveira Alfaiate Algu m te diz para onde vais A quest o social portuguesa vista pelo prisma dos sistemas Disserta o de Mestrado em Sociologia sob a orienta o do Professor Doutor Jos Manuel Oliveira Mendes apresentada Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra Coimbra Setembro de 2010 Agradecimentos Aos colegas e docentes de um Mestrado aciden tal no meu percurso mas que me reaproximou da inquieta o Ao Professor Doutor Jos Manuel Oliveira Men des por me orientar no caminho para esta dis serta o um trilho menos percorrido Resumo H uma preocupa o constante presente tanto na comunica o escrita como nas express es da subjectividade particular sobre o destino do Estado de bem estar A ela correspondem na linguagem comum ou nas obras filos ficas e pol ticas perspectivas diversas por vezes antag nicas que no todo representam simbolicamente quer a difi culdade de ler objectivamente o real quer a incapacidade de sobre ele e nele intervir pela falta de estabelecimento de consensos sociais amplos Desta forma a quest o social que objecto deste estudo estilha a se em perspectivas d spares da vis o socializante liberal e neoconservadora do apelo interven o ou reinven o do Estado da vis o dos sujeitos como auto ou heterodeterminados da possibilidade de uma vis o pol tica clara e afirmativa fundada nos velhos smos comunismo socialismo
58. Particularmente identificador das caracter sticas cumulativas do sistema a imple menta o de programas por fases A fase n o corresponde muitas vezes implemen ta o racional e hier rquica das solu es mas antes a uma conquista progressiva de posi es uma evolu o por tomada de trincheiras Uma primeira fase normal mente um meter o p porta para partir para outras conquistas assegurado j um m nimo da pretens o E a solu o implementada traz consigo quase inevitavelmente a fase seguinte Por outro lado em termos organizativos o fazer corresponder reas de governa o v g minist rios a campos funcionais resulta na perda do ponto de mira que deve ria ser caracter stica distintiva dos sistemas sociais O sistema educa o fala de curr cu los e de pedagogia mas a organiza o de que entre n s se dotou passa mais tempo a tratar das quest es laborais dos professores funcionalmente melhor resolvidas por outros sistemas economia e direito os pr prios actores tender o assim n o dife renciar patamares de exist ncia e a transportar para as rela es simb licas que mant m com um determinado sistema os problemas que s o da rea funcional de um outro sis tema Desta forma as condi es de trabalho v g as remunera es podem substi tuir se como selec o de prioridades aos resultados do trabalho a transmiss o de 27 Ver 2008029 e como a ex
59. XX Luhmann 2007 39 30 estrangulam o futuro Reside antes num movimento de cont nuo crescimento de pro blem ticas e de solu es para elas Multiplica o de focos de aten o e simultaneamente especializa o funcional dos sistemas e subsistemas sociais que tratam de cada um deles conjugadas com a dificulda de de se articularem uns com os outros serem respectivamente intransparentes levam a que um mesmo assunto seja abordado diferentemente na linha das diferen as de pontos de vista desses diversos sistemas dificultando a constru o de solu es est veis e congruentes Resultado insepar vel destes pontos de vista o de que a evolu o social de difi cil condu o Pissarra Esteves na Apresenta o de A Improbabilidade da Comunica o 67 afirma que Luhmann um autor um pessimismo de cariz catastrofista quando se refere s possibilidades de a democracia alterar o destino dos homens a dificuldade n o ser s da democracia o poder democr tico ou n o apenas um subsistema numa plu ralidade de sistemas avessa exist ncia de uma ordem sobredeterminada por um outro sistema principal ou hierarquicamente superior A metarregula o pol tica dos siste mas sociais a exist ncia de um governo que lhes imponha a sua autoridade e os seus desejos carece nesta perspectiva de esperan a O sistema social geral aparece como uma resultante vectorial de comunica
60. a o da quest o social em Portugal e tomando a op o de executar uma colagem teoria luhmanniana executo uma primeira delimita o Quase poderia dizer se que posso a partir daqui afunilar os horizontes onde fixar o olhar E no entanto as reflex es seguintes levar o ao imperativo de contra toda a boa e comum regra metodol gica olhar tudo N o se trata nem de uma pretens o exacer bada nem realisticamente de avan ar para uma investiga o robusta S o ngulo de partida tem a abrang ncia do mundo o que nele poderei discernir ser limitado por tempo e capacidade n o por exclus o aprior stica Posto isto e contra boa ci ncia n o reduzo o campo de estudo esse quase tudo que a quest o social a um pequeno bem identificado e concreto problema elei to de entre a mir ade de perplexidades com que o dia a dia me surpreende Se a busca de causalidades pode ser uma mera contribui o para a nebulosa do real para um acu mular de particularismos e de explica es parcelares que tentam por exaust o preen cher toda a gal xia das possibilidades numa inacab vel e inextrinc vel an lise multivaria da n o menos problem tico se torna optar por restringir o campo pela mera conside ra o de que n o sendo poss vel conhecer o todo h que olhar lhe para algum porme nor No meu entendimento da teoria geral dos sistemas sociais a inseparabilidade do duo sistema meio com os subsistemas sociais a serem
61. a onde tudo ainda poss vel S aqui se abre o leque das outras possibilidades que foram preteridas pela evolu o que est o latentes que se ofe recem a conting ncias futuras N o negar a contradi o capt la aceitar o paradoxo como natural e desafiante n o escolher a ideia que d sequ ncia ao nosso racioc nio antes interrogar se sobre as que lhe s o antag nicas ou estranhas S assim na sua especificidade disciplinar a Sociologia ciente e n o acidente ci ncia e n o incid ncia geral e n o particular 2 Sob o conceito unidade de diferen as e sua distin o com uma soma que anule a diferen a cf Izuzquiza 2008 259 260 42 4 Ler a Quest o Social Portuguesa pela Imprensa No que se segue as remiss es para os textos podem criar perplexidade Os arti gos de jornal deram origem ao trabalho de observar relacionar abstrair e generalizar O resultado final est lhes profundamente agarrado e em resultado do m todo lhes t o devedor e t o mim tico como Eva o costela de Ad o Numa nota a posteriori fruto da retroac o do processo de investiga o sobre a metodologia devo referir que na tentativa de passar das observa es para a pretendida forma final de generaliza es se deram muitas vezes aquilo a que vou chamar de extra pola es viagens do pensamento mais desligadas do terreno Pretendi amarr las ao solo do real por regresso aos textos nisto poderei ter s
62. a de extensas presta es sociais a determinadas camadas da popula o e que por tal h de fazer frente a novos custos a um ritmo cada vez mais elevado p 47 As melhorias decorrem portanto n o s na direc o do aumento dos n veis m nimos mas tamb m na da descoberta cont nua de novos problemas que competem s autoridades p blicas p 50 Parte daquilo a que na teoria dos sistemas sociais de Luhmann se designa por programas 75 Luhmann 2007 37 76 Os custos crescentes do Estado de bem estar n o s constituem um problema de financiamento quotidiano mas tamb m como consequ ncia do tamanho do pressuposto estatal cada vez mais reduzido em rela o a outros meios em perigo a diferencia o entre os sistemas pol tico e econ mico A pol tica encontra se j numa situa o em que deve ocupar se continuamente de realidades autoproduzi das idem 2007 33 32 blemas do dia a dia na sociedade contempor nea num sopesar constante mas de resul tados err ticos e contingentes de car ncias e possibilidades de vontades e limita es de querer e de n o poder de promessas e de escassez E a alternativa que o Estado de bem estar pode manusear a da resolu o constante de uma outra conting ncia a op o entre um conceito restritivo e outro expansivo da pol tica Este ltimo dominante no Estado de bem estar atribui pol tica o papel rector da sociedade Des ta atitude d
63. a de mais trabalho Bauman 1998 74 2 Sobre o conceito de globaliza o hegem nica ver Santos 2001 Como refere Tony Judt O debate por isso logo lan ado em termos de seguran a estabilidade e protec o por oposi o vulnerabilidade e mudan a e hegemonia do modelo anglo americano de Estado m nimo e lucro maximizado o que os Franceses rotulam nervosa e elucidativamente a pens e unique Judt 2008 419 18 por dominantes mormente as que assentam a sua vis o na irreversibilidade dos efeitos sociais e humanos da globaliza o e na necessidade de respondendo lhes de forma reflexiva n o ignorar que s aceitando e jogando as novas regras do jogo global a sociedade ocidental poder ter futuro Parece errado no entanto amalgamar numa s como por vezes fazem certas vozes da esquerda radical duas das posi es distintas dessa corrente maiorit ria a que parece aceitar como irrevers veis os des gnios da globaliza o por um lado a corrente neoliberal com as suas propostas de completa desregulamenta o dos mercados e pri vatiza o dos servi os p blicos por outro as terceiras vias que se pretendem reformadoras e prontas a salvar o que puder ser salvo e s isso da heran a social europeia De facto parece existir no Ocidente uma coincid ncia de perspectivas sobre a necessidade de manter pelo menos em parte o modelo social herdado da era da abun d
64. a educa o Por contraposi o o poder pol tico pode organizar se ultrapassando as diverg ncias para lidar com estas for as ver 2008013 e o pacto da justi a 10 Cf 1988038 As empresas surgem como sujeitos sociol gicos entidades separadas dos seus possui dores Ver 2008027 a distin o p blico privado transporta neste caso muito mais do que a dimens o econ mica s o hor rios de trabalho condi es de aposenta o protec o no emprego 45 tra senso na sem ntica inclusivista em especial em conjunturas de diminui o da protec o aos mais desfavorecidos Por outro lado como sublinhei a busca de um conceito agregante que permita formar um grupo a partir de indiv duos dissemelhantes tem muitas vezes um papel de simplificador do social Os crit rios de atribui o do rendimento m nimo garantido pri meiro e do rendimento social de inser o depois criaram essa simplifica o juntaram indiv duos que a sociedade classificava diferentemente pobres exclu dos marginais desenraizados dependentes num grupo os eleg veis para a presta o A evolu o da comunica o do sistema teve assim repercuss es claras no seu meio envolvente Uma s rie de conceitos d spares a que correspondiam sujeitos diferentes tende a ir se condensando numa dicotomia exclu do inclu do simplificadora com um programa social bem definido a dizer que se pode tentar a passagem do primeiro grupo para o se
65. ade que se quer imagem de um estrangeiro civilizado onde putativamente a pobreza foi eliminada pela cria o de riqueza pela redistribui o e pela interven o do Estado social Por c caridade religi o e moral Portugal tradicional contrap em se a economia ci ncia capitalismo Portugal moderno Esta uma divis o sempre presente A sua resolu o a favor do Estado de bem estar manifesta se em pro gramas espec ficos como o subs dio social de desemprego ou o rendimento m nimo garantido figuras da estatiza o da solidariedade A tens o permanente entre o tradicionalismo e a modernidade n o parece resol vida por mais que se v inclinando simbolicamente para esta ltima sem concretiza o absoluta no campo dos programas O normal fazer como os outros e o outro do portugu s n o tanto um portugu s futuro uma qualquer realiza o dentro de frontei ras de um espec fico ideal de homem novo mas o estrangeiro o evolu do o outro exemplar Na saga da modernidade a sociedade rasga se entre os que se globalizam e os 73 1968033 A Igreja medeia a interven o de empresa na resolu o de problemas habitacionais de pobres Em 2008062 admoesta se o Estado por pretender controlar pela via legislativa o privado social sem fins lucrativos 174 Em 1988001 encontramos esta disputa pelo social 75 Em 1968006 a nobre arte da tauromaguia na repara o do infort nio Por contraposi
66. al que se insurge contra medidas sociais que n o res peitam a rela es laborais Num registo pessoal sou muitas vezes criticado pelo meu estatuto inconstitu cional de bi sindicalizado quando sei perfeitamente que apenas n o posso pertencer a dois partidos e que no meu entendimento se os partidos defendem campos opostos tornando inconcili vel a dupla filia o os sindicatos devem defender um s os trabalhadores Ver 1968003 53 necessidade de cria o de necessidades Elegem se a educa o das mulheres e dos velhos o g nero e a gera o na transforma o de um problema econ mico pre tensamente resolvido em problema social a resolver o econ mico prevalecente no longo prazo ir vingar se recentrando a discuss o na capacidade do sistema de ligar educa o e forma o profissional Em termos da sem ntica do sistema social geral fica esta dicotomia entre o social e o econ mico que por generaliza o a outros campos do concreto se transforma numa oposi o constante entre a ambi o do desej vel e a escassez do poss vel A educa o surge ainda como reflexo da situa o social de origem parte de um destino social A liga o ao trabalho manual corresponde liga o necessidade e esta baixa extrac o social No ensino superior as humanidades apresentam elevada carga distintiva que se vai perdendo ao longo do tempo 4 quer com a chamada democrati za o do ensino
67. almente a quest o social actual em Portugal como a da constata o de uma dist ncia realiza o plena do Estado social europeu Estimei ent o n o a vir encontrar como a podem encontrar os n rdicos uma eventual dist ncia ao que j foi mas mais como a dist ncia a um ideal tipo o que deve ria sen A pesquisa configurou a a certa altura como uma dist ncia ao outro im poss vel A refer ncia permanente ao outro surge como ind cio de um estado evolu tivo diferente de uma solu o de continuidade a preencher com o passar do tempo Acontece no entanto que a evolu o recente da problem tica a transformou numa via gem no tempo ao passado a um passado mais evolu do Essa refer ncia ao outro trans forma se assim tamb m ela e em larga medida numa refer ncia ao passado do outro E neste sentido e circularmente a um outro pret rito apreendido como ideal objectivado Num certo sentido a afirma o do Estado social europeu como modelo concreti zado generaliz vel e poss vel s aconteceu nos 30 anos gloriosos o tempo nas democracias est veis o espa o Passado o tempo ressurge em tentativas sem meios 85 transformando se em proposta te rica modelar mas inating vel Assim a cr tica ao Esta do social aparece fundamentalmente sob a forma argumentativa crua da impossibilidade econ mica defende se no essencial com a exist ncia de uma m distribui o dos recursos a corrigir em nome da
68. as t m um tempo eleitoral Certo que a for a da raz o o emergir do impopular como popular surge por norma do lado da perda de valor para os desfavorecidos com realismo com um mis to teatral de compaix o humana e inflexibilidade t cnica que se adoptam as medidas duras do corte salarial da subida de impostos ou da redu o dos servi os p blicos moderniza o e ao progresso sucede se a articula o de uma componente tri dica cri se sacrificio futuro Assim o futuro esta cada vez mais pendente do sacrif cio do pre sente 201 Cf 1968017 Ver 2008005 a prop sito da reorganiza o da administra o p blica PRACE Programa de Reorganiza o da Administra o Central do Estado 70 Ao argumento realista op e se entre outros o de que destr i o mito promoven do a eros o simb lica da possibilidade de um futuro maior Desloca se contrapo si o realista irrealista imediatista e tecnocr tica para uma teleologia para uma possibi lidade uma meta long nqua que n o imposs vel a de uma realidade a ta por oposi o a realidade baixa sem ambi o que corresponde a uma mera gest o das exist ncias Coloca se assim a possibilidade de um destino para l da excist ncia ch que se define a si pr pria como pobre horizonte E a pol tica pode surgir aqui como contraposi o entre a arte do tornar o sonho poss vel ou a da mera gest o no sentido generalizado de
69. at sticas do emprego ou da escolaridade nacionais A demografia claro responde com retrocessos Economia Em 1968 sob o signo do fomento o problema econ mico cinge se bastante linguagem restrita do haver n o haver e a tal responde se por exemplo com progra 4 E nem o facto de se aumentar a escolaridade obrigat ria para 12 anos ver 20008058 o livra deste estigma No final do dia o seu curr culo vai corresponder escolaridade m nima 47 Ver 1988006 e a necessidade de ministrar entre n s o Direito comunit rio 148 Ver 1988024 um Minist rio da Juventude que se ocupa do lazer do desporto da forma o extra curricular Dentro do nosso Estado social a educa o conotada com ensino oficial vir a absorver estas fun es No seio dos programas destinados ao ensino as tecnologias da informa o TIC e comunica o aparecem com a dupla carga de problema e solu o numa articula o circular a instrumentalidade da sua utiliza o question vel Ver 2008019 59 Cf 2008030 51 Ver 1968005 1968014 1968040 junta se preocupa o com o fomento a da defesa lei de Meios para 1969 faz a transforma o destas necessidades em programa de futuro Tal equivaler numa linguagem de psicologia dom stica a um estado de nega o que confunde aspira o com necessidade Necessidade de per si absoluta a da defesa necessidade relativa realidade tornada ne
70. ata mas de forma mais objectiva e simultaneamente mais distante da vida laboral activa os anos de escolaridade Esta forma de objectiva o poder dissociar forma o de produ o dando valor pr prio educa o transfor mando a num objectivo em si o retrocesso a um ponto de equil brio acabar por se traduzir na recente recupera o dos cursos profissionais no ensino b sico e secund rio com uma tentativa de re liga o virtuosa entre escolaridade e trabalho a que se junta 12 Em 1988022 a classe m dica valer se do facto de ser insubstitu vel e absolutamente indispens vel para exercer uma chantagem velada sobre o Minist rio da Sa de 27 1969003 28 Em 2008078 o Norte do pa s perde oportunidades de investimento estrangeiro porque n o h res posta suficiente em n mero de oper rios com pelo menos o 9 ano de escolaridade 50 nos tempos mais recentes argumenta o contr ria asser o de que mais f cil arran jar emprego a quem tem mais habilita es acad micas A racionalidade econ mica express o que serve para alhear o acto econ mico das suas consequ ncias sociais negativas bem patente no fen meno das deslocaliza es Tamb m a flexibilidade se vai explicando porque a h fora Tal corres ponde a um cerceamento assumido do uso das capacidades de op o e traduz se gene ricamente naquilo a que se usou chamar de rendi
71. ativas que actualmente se apresentam s duas vias cl ssicas dominantes o socialismo e o liberalismo Incluo talvez um pouco abusivamente os regimes escandinavos alternadamente social democratas ou conservadores mas tidos por serem os mais inclusi vos do mundo 23 Cf Esping Andersen 1999 21 25 passim 19 Na vers o de Giddens o seu mentor e a sua maior refer ncia a terceira via mesmo uma forma de n o negando o capitalismo enquanto modelo econ mico utilizar a pol ticas p blicas de forma criativa para manter n vel poss vel de coes o social Esta ideologia esp cie de fiel da balan a entre um realismo econ mico frio que dilace social e a import ncia de ter esse social em mente no desenho das pol ticas n o pode deixar obviamente de chocar os que nos extremos do espectro ideol gico acre ditam ainda na possibilidade de uma altern ncia democr tica entre vis es diametralmen te opostas da vida em sociedade e das pol ticas divergentes que o seu salutar confronto pode originar Tenho para mim que o que Giddens pretende propor n o l bem no fundo uma alternativa O que a terceira via faz em grande medida afirmar duas coisas primeiro que as outras duas vias que podemos definir pelos seus extremos como o socialismo radical e o capitalismo selvagem ou dito de outra forma a imensa interven o do Esta do socialista e o imenso absentismo do Estado neoliberal foram
72. bui o de individualidade A necessidade de responder posi o do outro confere lhe exist ncia em larga medida import ncia 22 Mas h tamb m a aceita o da positividade do conflito num sentido de quase s n tese dial ctica para a solu o ptima ou pelo menos momentaneamente poss vel Entre institui es e nomeadamente entre institui es do Estado o conflito de compet ncias para a resolu o de um problema pode corresponder a finalidades ou prioridades dife rentemente equacionadas e representadas por rg os diferentes podendo dar voz a quem n o tem os meios pr ticos t cnicos financeiros de decis o e permitindo lhe entrar no processo A pretens o corporizada em institui es ganha for a maior na medida em que estas representem gente Assim uma C mara Municipal sem meios ou atribui es para a realiza o de determinado objectivo pode passar do exerc cio do poder executivo a sua funcionalidade expressa ao do poder reivindicativo Outra possibilidade a abertura de campos de conflito que n o pretendam uma solu o mas simplesmente a manuten o em aberto e para uso futuro de alternativas Uma quase manobra t ctica que mant m num marinar temporalmente incerto o momento para voltar carga num prosaico atiro parede que um dia h de pegar dia da conting ncia positiva ou da conjuntura favor vel 74 A no o negativa do conflito ressurge recorrentemente sob
73. ca os impostos 18 01 1988 3 1988004 Economia portugusa vista por Cadilhe 18 01 1988 4 1988005 Governo e PS debatem o pacote agr rio 18 01 1988 20 1988006 Leis comunit rias nas universidades 18 02 1988 2 1988007 Governo vai rever o pacote laboral 18 02 1988 2 1988008 Sector terci rio precisa de apoios diz a Confedera o do Com rcio 18 02 1988 5 1988009 H grupos empenhados em construir na Ria Formosa 18 02 1988 15 1988010 Banco Mundial analisa ajuda ao Terceiro Mundo 18 02 1988 21 1988011 Hospitais podem abrir concursos 18 03 1988 2 1988012 Portugal auxilia sa de angolana 18 03 1988 2 1988013 n o h desculpas para subdesenvolvimento 18 03 1988 3 1988014 Negado subs dio de insularidade Fun o P blica nos A ores 18 03 1988 4 1988015 H hostilidade para emigrantes 18 03 1988 15 92 1988016 Os consensos poss veis 18 03 1988 6 1988017 Ac o inadi vel 18 03 1988 6 1988018 Pol tica de ensino congrega oposi o 18 03 1988 11 1988019 Sa de Melhorar sa de no Algarve passa por regionaliza o 18 03 1988 16 1988020 CEE quer harmonizar impostos indirectos 18 03 1988 20 1988021 Portugal europeu parte em desvantagem 18 05 1988 1 2 1988022 Romeu Melo A greve dos m dicos 18 06 1988 7 14 1988023 Reforma educativa n o pode esperar por documentos da comiss o nomeada 18 06 1988 3 1988024 Pol tica da Juventude da CE criticada por Couto
74. cam o acento t nico no facto de terem deixado de existir um mundo e uma civiliza o ocidentais no tr nsito para uma civiliza o mundial e uma hist ria mundial ou os que elegem a ascens o do Jap o nos anos 60 como primeiro grande poder econ mico 15 bem estar em certos casos extraordinariamente cumprido como nas sociedades escandinavas que se vai transformar em instrumento de medida para os sucessos e insucessos do decurso concreto da hist ria recente A essa sociedade s suas promes sas e aos seus incumprimentos sua possibilidade e aos constrangimentos que a tornam definitivamente imposs vel se referem grande parte das contendas pol ticas e dos sofrimentos sociais da actualidade De facto as promessas dos trinta anos gloriosos do p s Guerra acabam por esbarrar nas sucessivas crises que se seguem d cada mais pr spera da hist ria os anos de 1960 Identificam se acontecimentos discretos como o abandono pelos Estados Unidos da taxa de c mbio fixa as desvaloriza es do d lar e da libra inglesa e como machadada final a subida do custo das mat rias primas e as duas crises petrol feras dos anos de 1970 O Ocidente soma a estes acontecimentos hist ricos dat veis a progress o lenta mas segura de medidas estat sticas demogr ficas que lhe tolhem tamb m elas o hori zonte Ao aumento das taxas de trabalho femininas soma se o aumento da esperan a de vida E estes dois tra os em si mesmo aparentem
75. capitalismo ao o que resulta o que resulta das terceiras vias comprometidas entre uma protec o social ainda robusta e a organiza o capitalista da produ o Percorrendo parte desta quase infind vel colec o de vis es chegamos perspec tiva te rica estrutural funcionalista de Niklas Luhmann que nos prop e olhar a quest o social pelos prismas dos diversos sistemas que constituem a sociedade um exerc cio de observa o de observa es que pela an lise das express es dos sistemas de cons ci ncia seres humanos leva ao estabelecimento de distin es rela es e generaliza es que h o de permitir ler a comunica o que estrutura os sistemas sociais e que se oferece ac o contingente dos sujeitos sob a forma de informa o assimetrizada Da leitura dessas formas de express o dos sistemas que observam a quest o social portuguesa resultam claras articula es sem nticas opondo realismo a vontade economia a pol tica passado a futuro numa amplitude de op es contingentes que em cada momento se d o escolha de indiv duos organiza es e institui es permitindo op es m ltiplas objectivadas em programas num deambular esquivo e de futuro incer to de rumo quase indecifr vel para o Estado social Abstract There is a constant concern present both in written communication and in the expressions of subjectivity on the fate of the welfare state To that concern it corres po
76. cessidade pela compara o com o exterior a da prosperidade econ mica 56 mas de expans o das institui es de cr dito O aumento da actividade banc ria irres tritamente tido como positivo Vir depois a racionaliza o o reflexo e a reflexividade a conten o a introdu o da linguagem da melhoria e da especializa o contra o mero crescimento Ha ainda sobre esta problem tica uma refrac o da linha de vis o L de fora captam se j as problem ticas ligadas s manipula es financeiras Enquanto olhando para Portugal os agentes falam a linguagem do fomento olhando para o estrangeiro falam j da necessidade de estabilidade monet ria e de controlo dos especuladores internacionais os especuladores s o c os pequenos intermedi rios a grande finan 52 Nesta linguagem nascente produzir n o exige apenas esfor o forma o inves a timento com o Estado a promover o fomento exige j estabilidade dos mercados essa condi o que condiciona que torna os agentes independentes dos seus m ritos e at do seu esfor o e que a certa altura o estado do Estado um estado de impot ncia Se o fomento visa o desenvolvimento a articula o harmoniosa e crescente dos facto res o patamar seguinte traduz se na gest o do contexto com o Estado colocado na defensiva frente adversidade Curioso regresso sob novel signo das finan as glo bais do fado que resulta da ced nc
77. ciais n o fosse a explora o recorrente das incongru ncias que est o na base das opera es de agrupamento O momento em que o tratamento do grupo como grupo se torna socialmente vi vel o surgimento do grupo como resultado de uma opera o conceitual de agrupamento socialmente generalizada pode resultar num imediato de tratamentos preferenciais ou inferiorizantes para os sujeitos concretos cuja individualidade submersa pelo relevar da qualidade agregante O grupo subentende distin o inferioriza ou eleva subtraindo o sujeito sua con di o de ser em si E lan a se a competi o pela filia o no grupo conveniente ou pela cria o de um estatuto conveniente grupo naturalmente existente Deste desli gamento do m rito individual e da sua substitui o pela presun o de um m rito grupal resulta preju zo para o regime meritocr tico assente nas caracter sticas e no esfor o pessoais Em termos de grupos sociais a profiss o constitui se como um factor de agrega o Quanto mais os profissionais executam tarefas de complexidade elevada e social mente reconhecidas mais o controlo que se pretenda exercer sobre eles por si coop tado dif cil controlar o que n o se compreende bem M dicos ou ju zes por exemplo podem com legitimidade simb lica reivindicar um tratamento distintivo por for a de 15 Em 1968024 os pequenos criminosos s o divididos em pobres e f teis
78. cionada a partir de duas premissas conflituais primei ra de que os Estados est o a perder a capacidade para orientar pol ticas sociais pr prias as limita es econ micas a vit ria global do modelo neoliberal com o fundamentalismo do livre mercado e a abertura de fronteiras conduzem emerg ncia de um Estado minimalista segunda de que nenhum Estado do Primeiro Mundo parece inclinado a abdicar por completo da prossecu o do modelo social dito europeu E tenho o paradoxo que convida pesquisa 2 ideia muito difundida de que o Estado provid ncia tal como hoje existe n o funciona contamina da pela representa o mais concreta da famosa m e celibat ria afro americana como se o Estado social constitu sse em ltima inst ncia um programa destinado a acudir s m es negras celibatarias Zizek 2006 22 3 Cf Berger 2006 221 223 Conjugando esta imensa pluralidade de leituras com a depend ncia de muitos estudos em rela o recolha de opini es atitudes e comportamentos assentes nessas leituras poderemos chegar ainda mais radicalmente consta o de Richard Sennett de que a maior parte da realidade social moderna ileg vel para os que procuram descobrir o seu sentido Sennett 2007 19 12 2 Viagem pela tem tica 2 1 emerg ncia da quest o social Existe algum consenso sobre a forma de caracterizar a emerg ncia da sociedade ocidental com as caracter sticas que actualm
79. cional marcada pelo princ pio estratificat rio sociedade contempor nea organizada em sistemas sociais distintos visando a execu o de diferentes fun es complementa res e cada vez mais especializadas Estes sistemas complexificam se e diferenciam se constantemente alterando a aloca o de pap is aos sujeitos concretos Enquanto na sociedade estratificada se assistia a uma divis o clara entre camadas sociais qual cor respondia a representa o da sociedade pelas classes colocadas no topo da pir mide vai surgir em seu lugar uma multiplicidade de homens universal e igualmente relevan tes que assumem pap is complementares nos distintos sistemas funcionais A defini o destes sistemas funcionais a marca distintiva da teoria de Luhmann autopoi ticos e autorreferenciais n o s fabricam os seus pr prios elementos e os organizam mar cando pela diferen a a sua estrutura comunicacional pr pria como se estabelecem como limite dos outros sistemas fazendo parte do seu meio e acrescentando lhe com plexidade e intranspar ncia No que se refere quest o social e por extens o ao Estado de bem estar os diversos subsistemas s o resultado de um processo selectivo da multiplicidade de pos sibilidades factos e circunst ncias que se apresentam na realidade A an lise da socie dade n o assenta j no evoluir das for as produtivas ou no lento mas seguro efeito das realidades demogr f
80. com o objecto e procurar recusa dos conceitos pr vios revelar na consci ncia do sujeito cognoscente a sua objectiva constitui o Da impossibilidade de observar directamente a estrutura do sistema resulta como vimos uma observa o indirecta a de falas prenhes de subjectividades de nuan ces de inten es primeiras e segundas at de lapsos e defici ncias lingu sticas sobre elas que avan amos para conhecer o que intencionalmente queremos conhecer Temos que chegar sua ess ncia essa estrutura escondida por tr s do evento do processo da opini o E temos tamb m que em nome da objectividade afastar do caminho do conhecimento a nossa individualidade a redu o fenomenol gica husserliana far se desde in cio por essa dupla suspens o das teorias preexistentes e dos julgamentos pr prios 87 A comunica o s ocorre atrav s de uma liga o continua entre os sistemas conscientes ps quicos Mas a reprodu o cont nua da comunica o atrav s da comunica o autopoiesis especificada e condi cionada na sua pr pria rede independentemente do que ocorre nas mentes dos sistemas ps quicos Luhmann 2006 70 71 88 Luhmann parte do pressuposto de que observa o subjaz a suposi o de que as regularidades per cebidas no comportamento do sistema observado remetem a estruturas causais internas que n o s o sus cept veis de ser observadas 2007 68 Tal reconduz nos
81. dades racionais A possibilidade de coexist ncia das urg ncias de e dos efeitos da moderniza o com a manuten o de formas de ser e at de viver tradicionais pode assim ser feita atrav s de uma composi o harm nica de sons diversos em que os sujeitos mant m as suas formas de ser e de pensar protagonizando uma vida em dois ou mais mundos nos quais se faz a realiza o paralela e simult nea da modernidade e da tradicionalidade A harmoniza o no quotidiano dessa dupla filia o poder ser efectuada conta de uma distancia o ao papel no sentido de Goffman vivendo a exist ncia de forma c nica atrav s de algum grau de dissocia o entre a subjectividade e a sua exterioriza o 2 5 quest o social pelo prisma dos sistemas A perspectiva estrutural funcionalista de Niklas Luhmann pensando a mesma ques t o social sobre que nos temos vindo a debru ar v a de um ngulo diferente O autor coincide com Spencer Durkheim ou Parsons ao descrever a evolu o social como um processo de diferencia o das sociedades sendo certo que em cada sociedade histori camente localizada persistem tra os das que a antecederam Assim distingue em ter mos relativamente cl ssicos tr s tipos de diferencia o social o segmentario o estratifi cat rio e o funcional 57 Vallesp n in Luhmann 2007 12 13 29 O Estado de bem estar emergir da transforma o que leva da sociedade tradi
82. de o apoio directo aos necessi 19 Sobre a competi o entre Estado e privado ver 1988001 130 Cf 1968009 De entre os necessitados ganham estatuto de exemplares os que n o tendo para dar se d o Substituem o dar material pelo sacrif cio pessoal Substituem o pedir do necessitado pela imo la o do her i d o n o pedem mesmo que a sua situa o de vida objectiva os pare a inclinar para isso 64 tados pelo apoio s condi es para apoiar 4 Numa reflexividade extrema limite que ultrapassa o imediato percept vel e brande a ci ncia econ mica e o longo prazo como argumentos principais o Estado vai apoiar institui es financeiras e empresas Dois tipos de agentes que n o cessam de pedir em simult neo gua e vinho protec o e liberda de de ac o Faz se por transfer ncia da discuss o do plano do real pr ximo plano dos princ pios racionais que permitem equacionar determinadas medidas a sem ntica da sustentabilidade que afirma o econ mico sobre social Curioso que muitas das vozes que se levantam contra este tipo de ajuda o n o fazem pelo princ pio liberal da livre concorr ncia e da auto responsabiliza o pelo pr prio destino mas ain da por um princ pio de car cter moral n o beneficiar os culpados muito menos com meios que fazem falta solidariedade social No balancear desta situa o encontramos a falta de uma vis o estrat gica capita
83. de outra forma A observa o fenomenol gica de segunda ordem retira do dado concreto a sua ess ncia coloca o entre par ntesis enquanto 9 No sentido de que n o s o escolhidos em raz o de pura aleatoriedade ou por qualquer forma cega de amostragem mas em termos fenomenol gicos como o resultado de um tender para de um pr vio ser consciente de algo cf Mora 2004 1878 1884 19 O apreender e ter intuitivos e directos da cogitatio s o um conhecer as cogitationes s o os primeiros dados absolutos O conhecimento intuitivo da cogitatio imanente Husserl 2008 21 9 Esse adequadamente dado em si mesmo inquestion vel e que permitido utilizar idem 22 41 acontecido hist ria e faz emergir a sua totalidade unidade de diferen as que essa estrutura comunicacional O conhecimento pelo dado discreto da forma como o acon tecido aconteceu de como a sociedade se foi resolvendo no dia a dia transmite a pers pectiva hist rica do p s Na vers o sociol gica e mais restritamente na sua linha estru tural funcionalista o acontecimento discreto o facto fala nos s de como foi mas de como poderia ter sido A Sociologia ao contr rio da Hist ria n o se fica por esse facto discreto revela as estruturas em que ele se integra e as rela es de sentido que estas estabelecem Coloca se pois n o no acontecimento mas antes dele no ponto de conting ncia aquele oc
84. do comunista para tomar conta do poder 18 06 1968 7 1968023 ANI Pompidou acusa n o devemos esquecer o grande perigo a tentativa do Partido comunista para tomar conta do poder 18 06 1968 7 1968023 ANI Pompidou acusa n o devemos esquecer o grande perigo a tentativa do Partido comunista para tomar conta do poder 18 06 1968 7 1968024 Tribunais 18 06 1968 8 91 1968025 Um Sindicato dos jogadores de futebol pedido ao Minist rio das Corpora es 18 06 1968 1968026 Mal sucedida uma tentativa de emigra o clandestina 18 05 1968 4 1968027 Agita o estudantil 18 05 1968 1 8 1968028 R Aviso N o podemos conservar 300 000 soldados na Europa dizem os Estados Unidos aos seus aliados 18 05 1968 16 1968029 Com uma comunica o do prof Adriano Moreira encerram se os trabalhos do col quio sobre a Europa 18 05 1968 6 1968030 Lisboa uma grande garagem Limitar a circula o no centro da cidade solu o alvitrada mas n o estuda da pelos t cnicos 18 07 1968 1 9 1968031 Revolu o A primeira declara o do Chefe do Governo Franc s 18 07 1968 7 1968032 O Problema Habitacional da Cidade do Porto 18 07 1968 10 1968033 Jo o Salvado Experi ncia Admir vel em Salvaterra de Magos Milagre da Juventude Estudantes universit rios portugueses e estrangeiros constroem casas para pobres 18 07 1968 15 16 1968034 O pedido de aumento das tarifas dos el ctrico
85. do di logo imediato e frontal por mon logos brandidos na pra a p blica com o objectivo de criar partido originando dificuldades ao alcan ar de acor dos no espa o fechado da negocia o directa entre parceiros A abertura num campo tenta condicionar o destino no outro Entre o conflito surdo e o di logo franco o equi l brio dif cil 134 O que pode permitir a reivindica o de mais meios mesmo em situa o de crise financeira cf 2008063 135 Cf 1988022 e de novo a compara o por diferen a com a Europa 38 Em 1988032 acusa se a actividade contestat ria sindical de ser respons vel pela infla o 17 Em 1988030 denunciam que se pretende a redu o da fun o social do Estado 52 De natureza diversa mas com efeito nalguns casos similar s o as conflu ncias da pol tica partid ria e do sindicalismo que podem levar este ltimo a desfocar se das suas finalidades naturais Se alguns sindicatos e partidos se alimentam mutuamente de tal retira especial vantagem uma esquerda comunista tradicional oper ria que produz e reproduz o movimento sindical e colhe dele grande parte da sua for a Isto leva por reac o ao surgimento de sindicatos ditos paralelos amarelos de diferentes orienta es doutrin rias Tamb m na base desta inven o program tica parece estar mais a pol tica do que o trabalho Os partidos do arco do poder um centro pol tico de meridiano encostado dir
86. e com isso pretendem atribuir se penas diferentes a crimes iguais Em 1968037 opera se uma distin o os jovens filhos de traba lhadores rurais para com base numa outra distin o de classe baixa honesta os compensar com uma col nia de f rias Em 2008014 encontramos uma distin o dentro de uma distin o aqueles funcion rios diferentes porque s o p blicos s o diferentes dentro do funcionalismo p blico porque s o insula res Ver tamb m 1988049 uma pretens o n o basta ser justa est for ada a provir dos justos Em 2008003 a progress o salarial ligada ao sector de actividade diferente no p blico e no privado para as mesmas actividades Em 2008021 as escolas t m excesso de professores por isso t m de os colocar em fun es para as quais n o est o tecnicamente preparados acusa se a corpora o de com a protec o aos seus criar disfuncionalidades Em 2008037 os homens gay t m um c rebro igual ao das mulheres hetero a ci ncia redistribui o masculino e o feminino Em 2008053 ligam se as m s condi es do bairro origem africana e juventude dos residentes na mesma linha em 2008054 o homic dio num bairro tnico explica se porque os seus habitantes ainda t m que aprender a viver em comunidade 106 Cf 2008014 Ver ainda 1988049 a forma como os jovens exigem da C mara Municipal direitos dos jovens Em 1988051 releva se a tens o entre o n mero de
87. e expans o pode esperar se num esquema de sistemas funcionais crescen temente diferenciados e especializados o fracasso da ci ncia da educa o da econo mia da religi o do direito da fam lia etc fracasso generalizado j que nenhum sistema capaz de controlar suficientemente as interdepend ncias do seu 7 in Luhmann 2007 25 Leitura aparentemente paradoxal da hierarquia funcional do presen te o papel rector da pol tica n o decreta o fim do primado da economia Sobre a vis o luhmanniana do sistema pol tico ver Izuzquiza 2008 298 302 78 Luhmann 2007 75 33 3 Definir e desenhar a investiga o 3 1 Regressar com um problema Feita desde o in cio a elei o da quest o social como objecto de estudo e ap s esta breve e mal iniciada viagem por algumas das perspectivas que sobre ela foram sen do produzidas h que regressar com um problema Ao definir originariamente a quest o social como a percep o de uma dist ncia realiza o do modelo social europeu ou sua mera possibilidade produz se de imediato a abertura de todo um leque de problem ticas conexas hierarquicamente infe riores tal na ptica da redu o pragm tica do campo de estudo deveria implicar uma op o a escolha ora de um ngulo de observa o ora de uma rea restrita onde focar a aten o A dificuldade reside nessa percep o de que a quest o social tudo desem p
88. e offered to the contingent action of human under the form of asymmetric information From the reading of the different ways of expression of the systems that observe the Portuguese social question we extract clear semantic links that oppose realism to will economy to politics past to future in a extensive pack of contingent options that in any moment are offered to the options of individuals organizations and institutions allowing multiple options transformed in programs in a erratic walking of uncertain fu ture designing an almost indiscernible direction to the social state Indice Partir de um Problema sao ES RS 11 2 Viagem pela tem tica ass eed O UE 13 2 1 emerg ncia da quest o social errar 13 22 O modelo social confrontando 516 18 2 3 O eterno retorno do Estado s ni eien EE Ee Ee aai 22 2 4 Liberdade ou 00 14042 2 0 600 0008553 3 24 2 5 quest o social pelo prisma dos 29 3 Definir e desenhar a 35 3 1 Regressar com um 35 3 2 Delimitando op es metodol gicas erre 36 3 3 Corol rios m
89. eia de que o n vel mais elevado mais impoluto mais capaz da decis o conforme lei e aos princ pios e da solu o tecnicamente compe tente Num limite a Europa que mande em n s nestes anos de oitenta talvez o Governo nos possa governar o local no outro limite governa se Neste quadro o ape lo ao povo vigilante come a a emergir ainda como proposta t mida por exemplo sob a forma dos or amentos participativos O pr ximo que governa e peca apenas uma parcela menor do bom povo que far regressar os bons costumes 243 Em 1988011 o interior geogr fico procura meios humanos m dicos que o Estado central n o parece capaz de lhe proporcionar A legisla o acusada de fracassar sucessivamente 1988012 refere se tam b m a essa dificuldade de orienta o dos meios humanos pelo Estado Em 1988014 aborda se a quest o do tratamento diferenciado dos funcion rios p blicos insulares que devem ser beneficiados em rela o aos do continente Em 1988040 o espa o regional surge em vez do Estado como localiza o das inter ven es mais de vinte por cento da popula o da Comunidade Europeia vive em regi es com atraso de desenvolvimento 24 Ver 1988019 e a desconfian a na regionaliza o 2008075 e aven a principesca ao familiar do presidente de C mara 245 liga o simb lica do aut rquico a interesses econ micos t o inconfess veis como omnipresentes encontra se na aplica
90. eiro numa solu o que s chocar os politicamente esclareci dos Mas a dicotomia tradicionalismo progressividade coloca nos ami de perante o car cter et reo do segundo componente do dueto As propostas de mudan a v o tan tas vezes desacompanhadas da necessidade simb lica sentida dessa mudan a que a sua formula o se some rapidamente no v cuo o que se passa por exemplo com a pro posta da altera o da designa o de emigrante para n o residente que n o vinga na linguagem comum a do sistema sociedade e fica destinada a refugiar se numa obrigato riedade burocr tica de letra sem subst ncia 2 Este procurar do termo distintivo novo para for ar a realidade a acompanh lo corresponde a uma proposta do meio ao sistema o qual sem a descartar de imediato a congela para poss vel consumo futuro 1 Em 1988032 apela se lei fundamental para recuperar antigos estatutos que s o no caso mais pro gressivos que os que se pretendem ora impor 19 Assim em 1988002 2 Colocando se a direita pol tica numa situa o de nega o de diferen as de identidades A simplifica o que tal introduz na arena pol tica casa se com a preval ncia de uma dicotomia esquerda direita a ser cooptada pelos partidos eleitoralmente mais representativos os do centro 93 Ver 1988015 A sociedade n o far a transi o sem ntica que os pol ticos lhe pretendem impor 67 Politica e orde
91. eita na tradicional divis o de lugares no parlamento patroci nam sindicatos democr ticos usando a dicotomia anti democr tico comunis ta democratico Neste cosmos sindical desvirtuado pela coopta o que dele fazem alguns partidos joga se um jogo de poder de que outros ficam arredados Os sindicatos de maior implanta o s o oposi o de esquerda tradicional ao poder burgu s uma oposi o que executam em confus o t ctica com os partidos que se lhes colam Educa o Em 1968 o ensino parece ser fundamentalmente instrumental no sentido da fun o econ mica a inten o formar m o de obra A falta de qualifica o da popula o portuguesa apresentada como bice ao desenvolvimento e a educa o vista pelo prisma da economia pelo menos quando nos referimos educa o das classes popula res a necessitarem a bem da na o de uma forma o t cnica especializada e n o obrigatoriamente de n veis educacionais anos de escolaridade elevados A subida deste ltimo indicador sobretudo no per odo que se segue Revolu o de Abril leva na din mica progressiva e cumulativa das pretens es a satisfazer pelo Estado social 8 Esta forma de conjugar posi es surge nos tamb m noutras situa es como quando se torna necess rio ultrapassar constrangimentos corporativos 2008013 e o pacto da justi a Cf 1988035 Em 1988039 uma central sindic
92. el org 2005 O pensamento de Niklas Luhmann Covilh Universidcade da Beira Interior Artigos de Jornal Di rio de Not cias 1968001 250 mil oper rios da constru o civil abrangidos pelo contrato colectivo de trabalho e novos benefici rios do regime do seguro de sobreviv ncia 18 01 1968 7 1968002 j na pr xima ter a feira o leil o de arte a favor das v timas das inunda es 18 01 1968 7 1968003 Organiza o de Estaleiros de Constru o Civil 18 01 1968 8 1968004 Venderam Carne Impr pria J Rejeitada pela Inspec o Sanit ria 18 01 1968 13 14 1968005 A Produ o Industrial Est a N vel Inferior ao da Plena Utiliza o de Capacidade 18 02 1968 2 1968005 A Produ o Industrial Est a N vel Inferior ao da Plena Utiliza o de Capacidade 18 02 1968 2 1968005 A Produ o Industrial Est a N vel Inferior ao da Plena Utiliza o de Capacidade 18 02 1968 2 1968006 F P Toiros e Picadores Espanh is num grande festival taurino a favor das v timas das inunda es 18 02 1968 1 5 1968007 F P O fim de uam Obra Benem rita Josephine Baker foi vencida pelos credores e ter de dissolver seu lar infantil 18 02 1968 8 1968008 R J A Inglaterra Entrou Hora da Europa 18 02 1968 9 1968009 Vi va e M e de Seis Filhos 18 02 1969 9 1968010 ANI Um General Franc s Afirma sem Rebu o cada discurso de Robert Kennedy uma vit ria para o Viet cong 18 03 1968
93. elas estruturas A crescente pulveriza o em caleidosc pio dos valores com eles dos costumes em virtude de uma moral mais fluida mais dada op o individual corresponde possibilidade de relativizar tudo Um certo grau de fus o entre as ci ncias sociais e econ micas e a pol tica mis tura das linguagens da verdade e da vontade descredibiliza as primeiras A ci ncia poli ticamente enviesada afirmando e negando os mesmos factos e a sua interpreta o no mesmo momento pode parecer descer ao n vel do palpite promovendo se um err tico 163 Ver 1968004 64 Cf 1968005 18 Cf 2008011 e a forma como problemas de solu o antes aparentemente estabilizada s o trazidos discuss o p blica sob novos prismas 60 navegar vista sob os ditames da conjuntura e dos estudos de opini o Assim embora no campo das previs es cient ficas o l xico pretenda ser o acerta n o acerta d se um deslocamento para o campo das inten es e dos interesses pr vios um saber preconceituoso Nesta transla o os n meros deixam de ser a linguagem da ci n cia e passam a ser alvo de disputa e desconfian a nada impedindo que as decis es se tomem n o com base neles mas na d vida que eles deixam Desconfia se das an lises e desconfia se da desconfian a nas an lises Mas a ci ncia nomeadamente a econ mica surge aqui ainda com outra fun o a de n o decis o o ponderar o
94. empre pela sua compet ncia ou forma o mas pela sua hist ria de vida Ter sido integrado numa empresa ou num servi o estatal em determinado per odo e n o alguns meses depois pode determinar uma situa o con tratual completamente diferente Tal leva a sentimentos de impot ncia as coisas n o parecem ter uma raz o limitam se a acontecer e a determinar o curso da vida Numa perspectiva iliberal para usarmos a terminologia de Boudon 2005 os sujeitos n o s o livres mas tamb m j n o est o condicionados apenas pelas cl ssicas estruturas e sistemas discriminantes e no entanto bem vis veis a classe de perten a a educa o o status que lhes acontece n o lhes acontece sempre porque muitas vezes acontece porque aconteceu Biogr fico o percurso individual pode ser ainda o esperado de uma exist ncia de cariz moderno ou j dela completamente dissociado Podemos encontrar tamb m aqui os condimentos para um sentimento de priva o relativa cerceador da iniciativa individual a priva o da sorte n o apoia o faz te vida das ideologias libe rais e isso pode ter repercuss es generalizadas Pertencem ainda a um s culo XX que p de acreditar por um momento ter definitivamente conso lidado este edif cio atrav s dos regimes de protec o social Mas ei lo doravante abalado pela internacio naliza o econ mica e pela crise do Estado provid ncia Fitoussi e Rosanvallon 1997 2
95. ente apresenta Os movimentos conjugados da globaliza o econ mica e da moderniza o tecnol gica provocaram rupturas na organiza o da vida social e for aram os sujeitos a optar entre uma pl iade de ocupa es que t m cada vez menos que ver com as op es dos seus antepassados Nas sociedades ocidentais deu se uma metamorfose ligada quilo a que se denomina de ter ciariza o do mercado de trabalho for ada pela moderniza o tecnol gica pela reorga niza o produtiva e pela deslocaliza o de empresas para pa ses menos desenvolvidos sob os ditames das eis das vantagens comparativas agora consideradas efectivamente uma escala que podemos chamar de g obal total A sociedade altera se No Ocidente as taxas de ocupa o na agricultura e na ind stria caem vertiginosamente tornando se nal guns casos residuais Quando Peter Drucker nos fala da emerg ncia de uma sociedade p s capitalista marcada pelo conhecimento e pela terciariza o percebemos que as altera es que se v m desenvolvendo progressiva e paulatinamente se traduzem em novos tipos de rela o entre as velhas for as do trabalho e do capital O emprego est vel e as formas de regula o fordista deixam de constituir o modelo imperante para se transformarem consoante as perspectivas ainda num padr o de refer ncia a escorar uma sociedade coesa ou j num modelo obsoleto economicamente lesivo do cresci mento e da competitividade indispens ve
96. ente positivos tornam dif cil obter um resultado favor vel da actual equa o da sociedade provid ncia Vai ter de se articu lar uma maior correla o entre o sustento e o trabalho dependente que a deser o da agricultura provocou um decr scimo das possibilidades de apoio por parte da socie dade provid ncia que a migra o para as cidades com quebra dos la os tradicionais de fam lia e vizinhan a operou Estas transforma es em cascata n o afectam apenas estat sticas t m um efeito directo na ontologia Muitos ocidentais encontram ainda aconchego numa sociedade de que se pode esperar uma certa regularidade e uma certa previsibilidade Apesar das not cias da crise muitos vivem ainda num universo de seguran a de protec o social n o ocidental ou ainda os que apontam o computador a informa o como o centro da mudan a ele elege um acontecimento da d cada 1940 a Carta dos Direitos do Militar o Gl Bill of Rights que deu cada soldado americano regressado da guerra a Guerra Mundial o dinheiro necess rio para fre quentar a universidade o que representou a viragem para a sociedade do saber Drucker 1993 3 Cf Judt 2009 517 ss sobre as expectativas diminu das do mundo ocidental a partir da d cada de 1970 Em Fran a as curvas demogr ficas mostram que os dados mudam fundamentalmente a partir meados dos anos 60 A formid vel baixa de fecundidade
97. ento da produ o e da produtivida de quando se fala dos seus resultados no passado recente fala se de conguistas a pre servar A desloca o da discuss o para esta segunda argumenta o de per si defensiva traduz uma fragilidade argumentativa das pol ticas sociais do Estado de bem estar a sua generosidade irrealista Em termos ideol gicos as desigualdades de que se veste a nossa sociedade podem ser vistas ora como funcionais premiando o m rito e fazendo a seria o dos sujeitos segundo as suas capacidades e o seu esfor o ora como meras inequidades afastando partida certos indiv duos de qualquer possibilidade de uma vida social positiva e produ tiva Elas dever se o segundo as perspectivas ao esfor o ao funcionamento das estru turas de reprodu o social ou t o simplesmente ao acaso Pela diversidade dos contex tos pela omnipresen a dos pr ju zos e pela multiplicidade das abordagens te ricas a imensa pertin ncia do tema contrasta com a pequena possibilidade de sobre ele estabe lecer consensos A esta mesma limita o de contextualidade n o escapa a pretensa veracidade da asser o de que se chegou a uma situa o sem recuo a protec o social robusta ser hoje uma impossibilidade econ mica nos termos id licos do Estado provid ncia ideal t pico Da decorre esse imperativo contempor neo que consiste em convocar sociedade civil o terceiro sector que esta pode providenciar e as redes
98. es d spares subsistemas surpreendentes por que improgram veis que evoluem no tempo assincronamente O que a democracia 6 Donde resulta uma pluralidade de sistemas sociais que combinam uma alta sensibilidade para deter minadas quest es com indiferen a para com tudo o resto o que h de sempre pagar se com a falta de aten o sobre outras perspectivas idem 47 6 idem 26 intranspar ncia resulta da exist ncia daquilo a que fenomenologicamente se chama caixa negra o inacess vel por detr s da informa o que sistema transmite em sina aberto 6 Como consequ ncia destes problemas de fundo saem luz uma multiplicidade de conhecidos aspec tos singulares Os problemas n o se podem tratar ali onde aparecem mas em outro lugar n o se podem resolver portanto remetendo s suas causas assim s se trasladam transformam s o diferidos Luhmann 2007 74 67 Jn Luhmann 2006 15 68 sociedade n o se pode ser percebida portanto a partir de supostas categorias centrais como sociedade civil Estado sociedade capitalista sociedade socialista ou outras S a partir da sua defini o como sistema funcionalmente diferenciado integrado por distintos subsistemas pol tica direito edu ca o religi o fam lia etc pode trazer se luz toda a sua multiplicidade Vallesp n in Luhmann 2007 13 62 Hoje trata se na ess ncia de transferir cr tica da domina o da
99. gar se generosidade e irresponsabilidade E no circo medi ti co que a exist ncia exteriorizada teatral do multipartidarismo democr tico a gene rosidade como irresponsabilidade pode ser tamb m pronunciada pelo poder Entra no jogo com um estatuto de eveza proposicional a fazer parte mais da representa o elei toral que da governan a s ria Modernidade e tradicionalismo Contra o afirmativo orgulhosamente s s emergir uma combina o cedentista de exemplo estrangeiro modernidade e aliena o de soberania Esta ced ncia ridiculari za a conserva o de valores e atitudes e torna dif cil inclinar o campo das op es a favor da estabilidade e do viver tradicionais O novo enquanto diferen a ao antigo ganha na assimetriza o desta dicotomia Mas modernidade e tradicionalismo conjugam se com uma facilidade s aparente mente contradit ria exemplo a posi o do Centro Democr tico Social sobre algumas presta es sociais que liga posi o conservadora apoio privilegiado aos idosos por via das pens es com perspectiva iberaf os arrumadores que trabalhem em vez de se 189 encostarem ao rendimento social de inser o O apoio discricion rio do Estado 17 Cf 1988037 A necessidade pode levar o campo de op o a ignorar o racioc nio econ mico ver 2008014 188 Ver 1988047 Sendo curiosamente esta a posi o expressa por t cnicos do RSI que elogiam quem
100. gun do numa no o clara de reescrita biogr fica vigiada imposta sob o eufemismo de 13 Na sua acompanhamento social Um acompanhamento que pretensamente liberta formula o inicial o rendimento m nimo garantido traduz este refinar program tico do agrupamento largo o rendimento social de inser o por sua vez a reintrodu o de dis crimina es mais estreitas Esta simplifica o simb lica do meio por evolu o da codifica o n o permite apenas aos ora exclu dos uma leitura simplificada da sua posi o no campo vai facilitar tamb m a par da simplifica o e estandardiza o das medidas sociais a oferecer lhes a tomada de posi o daqueles que olhando o sistema do prisma pol tico ou econ mico se deparam com dualismos como apoiar liberalizar ou incluir excluir e lhes aplicam as suas opera es l gicas defender atacar pagar n o pagar Outra separa o de sentido a que se cava entre consumidores e trabalhadores pretendendo se que os primeiros querem os melhores pre os e os segundos devem aceitar as condi es de trabalho que os permitam No processo aparentemente o pro dutor n o consumidor A emerg ncia do ow cost associado a uma imensidade de argumenta o utilizada em 2008081 alterar a f rmula de c lculo das pens es toda car reira contributiva vai contar traz impl cita no tempo verbal esta ideia do direito adquirido vai contar
101. ia do bin mio poder activismo ao do impot n cia passividade Mais que encolher o poder eleito redirige se para campos onde efectivo ainda que essa efectividade se expresse em bandas marginais grande estrada social o poder adapta se s suas possibilidades realisticamente encolhe se Entre 1968 e os tempos mais recentes a linguagem da economia parece criar novo vocabul rio Se falava a dicotomia do paga n o paga passa a falar tamb m a do rende n o rende A crise financeira um ente relativamente obscuro longe da experi ncia quo tidiana da gest o corrente e escondida em espa os globalizados o que o mesmo que dizer em toda a parte e em parte nenhuma Torna se poss vel verificar a simultanei dade de melhoria geral dos n veis de vida e a imin ncia da crise o paradoxo de uma cri se no seio da abund ncia sem um culpado identific vel Essa linguagem do rende n o rende s do dom nio dos peritos dos mercados parece ultrapassar a capacidade do controlo pol tico nacional e escapar escorregadia reflexividade econ mica tradicional 152 Cf 1968005 1968011 com o apelo ao controlo dos especuladores por institui es internacionais Tamb m 1968013 e o recurso mem ria para evitar a repeti o da crise de 31 Em 1988003 especula o outro nome para actividade econ mica 133 Em 1968042 os Estados devem tentar resistir especula o A posi o quase passiva de resis
102. icas e econ micas que sob o pano de fundo da globaliza o Luhmann parte de Wilenski 1975 para uma primeira defini o de Estado de bem estar The es sence of the welfare state is government processed minimum standards of income nutrition health hous ing and education assured to every citizen as a political right not has charity 2007 49 9 Diz nos idem 31 e 33 que o Estado de bem estar que se desenvolveu nas zonas mais altamente industrializadas do mundo n o pode ser suficientemente compreendido quando se concebe como Estado social quer dizer como um Estado que reage frente s consequ ncias da industrializa o com medidas de preven o social Uma vez que o conceito da compensa o reconhecido e praticado como funda mento das pretens es p e se em marcha essa din mica particular que conduz do Estado social ao Estado de bem estar Vallespin in Luhmann 2007 13 6 Luhmann 2007 48 62 Vallesp n F in Luhmann 2007 14 63 Contra toda a apar ncia o marxismo e outras teorias esquerdistas similares carecem de toda radicalidade n o de radicalidade pol tica mas de radicalidade te rica O problema nico da proprie dade dos meios de produ o considera se assim a quest o central da sociedade moderna Isto permite essa transfer ncia da cr tica da domina o da pol tica para a economia mas n o permite uma an lise pene trante das realidades sociais no final do s culo
103. iciente e confere assim uma inaca b vel capacidade de estase decis o Por contraposi o exig ncia do decidir informado que corresponde ami de a n o decidir aparece uma sem ntica da realiza o que surgindo como valor supremo eleva a simplifica o informativa a valor O eu fa o aparece como contraponto ao eu penso Tamb m neste campo o novo e o diferente se v o assumindo como valores dominantes o que permite a perman ncia nas suas margens do antigo e cl ssico pen samento estabilizado em doutrinas Este velho quadro mental desactualizado d refe r ncia e oportunidade ao novo que lhe actualiza os princ pios para o ajustar ao evoluir dos tempos O exerc cio do poder coercivo da prosaica manuten o da ordem assumi damente um exerc cio contido pelo menos nos regimes democr ticos Os limites do direito o legal ilegal tornam se el sticos na pr tica di ria Decide se ora ser compla cente e compreensivo ora agir de forma exemplar e r gida Em regra o poder agita o primado da lei da ordem mas acrescenta lhe um A op o reprimir n o reprimir conjuga em geometria vari vel os limites do direito e a vontade da pol tica acrescentando lhes em doses quase aleat rias pontos de vista human sticos ou religio sos Prever o comportamento do poder constitui se neste contexto num exerc cio difi cil de quase adivinha o 213 Em 1988026
104. iciosas a cum prir l mais para frente o espa o do outro retirando amplitude dife 28 Em 1988039 o Governo legisla simultaneamente sobre o seguro social o regime geral da segu ran a social e os seus regimes n o contributivos o regime especial agr cola a pens o social o complemento de c njuge a cargo o seguro social A oposi o corporizada nos sindicatos considera escandalosos e inadmiss veis por escassos os montantes econ micos envolvidos Em 2008006 o sub s dio de desemprego normal ou social Em 2008059 um jornal faz o balan o do cumprimento das promessas governamentais 207 Como exemplo 1988033 e a possibilidade de erradica o do analfabetismo a n vel mundial at ao ano 2000 N o se acredita no atingir da meta mas cria se Comiss o para a organiza o dos Dia e Ano Internacionais 2 Em 1988038 alerta se para a fuga ao fisco de actores privilegiados 209 Cf 1968023 O governo franc s compromete se a dar aquilo que o Partido Comunista na tentativa de tomar o poder prop s Ver 2008035 e as promessas sobre pol ticas ambientais futuras que j foram promessas no passado Ver tamb m 2008057 72 ren a proposicional No campo dos direitos sociais este caminho leva primariamente ao acolhimento de mais pretens es de mais regalias no campo mais estrito da pol tica estreita por contra
105. idade de produ o de pol ticas alternativas porque se alter o outro n o para o caso o outro doutrinariamente antag nico ideologica mente opta se entre o mesmo A resolu o da dicotomia diz essencialmente respei to ao poder pelo poder redu o de certas diferen as a pormenores aparentemente irrelevantes corres ponde em termos de estrat gia organizativa a multiplica o de actores institucionais s o os micro partidos os sindicatos amarelos as organiza es c vicas s o ainda as ten d ncias dissid ncias sem ruptura institucional sob o ponto de vista da clareza do campo de debate pol tico estas exist ncias constituem uma nebulosa que autoriza a des focagem dos conflitos principais O n mero de intervenientes aumenta o n mero de interpreta es e interesses a din mica pode levar a momentos de inextrincabilidade das op es em confronto tal a sua dispers o Esta dificuldade de discernir claramente entre posi es cresce quando os sistemas estabelecem alian as Quando a economia e a pol tica ou o realismo e o poder por exemplo chamam a si campos mais atraentes como a ecologia ou a solidariedade o dinheiro passa a ser florido e a decis o transporta compaix o Por outro lado a dicotomia poder oposi o que levar ao emergir daquilo a que em linguagem corrente usa chamar se de medidas populares confronta se mesmo em democracia com uma outra dicotomia a de realis
106. idade que resolve uma outra dicotomia a do perene imediato a favor do imediato do inconstante no tempo porque deixado ao sabor dos ventos que sopram de l de fora Neste sentido a dicotomia depend ncia independ ncia sempre presente vai se inclinando na resolu o da sua conting ncia para o primeiro membro da express o No entanto a dor da ced ncia convoca o b lsamo da ast cia t ctica a do aproveitar que afasta o progredir consequente A depend ncia pois um problema de fundo espe cialmente porque se converte em fatalismo quando a rendi o circunst ncia molda negativamente o car cter Est presente por contradi o nas declara es de n s podemos que mais n o parecem que o desafio 2226 25 inconsequente fatalidade da governa o de c por 4 Desta forma e a uma certa altura a dicotomia independ ncia depend ncia em que o pr prio Estado se enreda a capacidade pr pria para governar e se governar sem o encosto aos outros parece resolver se por um terceiro termo que julgariamos mais pr ximo dos sistemas de consci ncia indig ncia 92 Curiosamente caminhar se para uma grande converg ncia de opini es pol ticas no arco do poder quando as decis es sobre que elas versam prov m da Europa O destino europeu do pa s assume laivos de resigna o Contra outras formula es do Portugal fora de Portugal do imp rio por exemplo que fazem crescer a ideia de si do
107. ido por vezes menos bem sucedido No entanto este movimento dial ctico de extrapola o objectividade fica me como parte integrante e indispens vel do m todo Fica tamb m a persist ncia neste texto de muitas dessas extrapola es atribuo lhes a funcionalidade ben vola de se tor narem parte de um sempre inacabado coleccionar de problemas a resolver 4 1 Coleccionando e relacionando observa es Dividir para ordenar A identifica o de conjuntos humanos como grupos um fen meno que reflecte selec o e simplifica o transforma o de real sincr tico em real identific vel tamb m uma das formas que os sistemas encontram para ordenar o meio envolvente Os crit rios de agrupamento nem sempre pac ficos 2 s o alvo de discord ncias um dos fun damentos e argumentos da luta pol tica e das pr ticas que rodeiam o Estado social 19 Em 2008024 a m e solteira trabalhadora a recibos verdes j n o s mulher primeira identifica o de grupo tamb m discriminada porque lhe negam a pretens o ao subs dio pr natal A an lise de sentido junta as duas mulher discriminada 1 Avan ando um exemplo ver 2008067 e a pol mica em redor das pens es para os ex combatentes do ultramar 43 Agrupar promover uma uni o de diferen as uma homogeneiza o for ada que seria socialmente ptima em termos de governan a e de simplifica o estandardiza o das rela es so
108. idos ou instalados situa es emergentes ou privil gios adquiridos e com isto da manuten o cria o ou extin o de que programas ou m guinas institucionais Este Estado social vive fundamentalmente da acumula o das pretens es do novo que se traduz em mais servi os em mais qualidade em mais exig ncia Numa for mula o circular depois do novo pode ter se mais novo sob a forma de mais qualidade e depois sob a forma de maior aten o ao cliente e por a fora at ao esgotamento dos meios Neste movimento cont nuo falta leme Pode pois construir se a sociedade contra ou a favor do thelos igualit rio mas pode construir se tamb m contra ou a favor da livre iniciativa privada Habitualmente vagueia se entre possibilidades fica se num equil brio indeciso ou como diria M rio de S Carneiro em qualquer coisa de interm dio Presa a sociedade neste meio termo e mesmo em situa o de dificuldade finan ceira a crise as possibilidades de op o pol tica s o quase ilimitadas n o na escolha fracturante entre grandes linhas ideol gicas mas na forma como se misturam e matizam todas as micro op es que se constituem em programas de interven o e em propostas pol ticas Esta possibilidade de op o condensada na actividade governativa consubstan cia aquilo a que muitos chamam arte da gest o um sopesar permanente de alternati vas que resultam na possibilidade de fazer op es discrici
109. iplicidade de caracter sticas ind genas negativas v g falta de forma o de capacidade exportadora e de crescimento que s o medidas ami de pelo exemplo dos pa ses civilizados A rela o com o estrangeiro evolui de fase selectiva de exemplos positivos pon tuais e espec ficos sob um pano geral de rejei o da sua influ ncia em 1968 para um outro discurso tamb m ele amb guo que surge no contexto da ades o Comunidade Econ mica Europeia o de um aproveitar dos fundos j que todos os outros o fazem a nega o da nossa capacidade positiva de rela o com o outro a nega o da exemplaridade singular e afirmativa do nosso car cter Se a melhor explica o para Ver 1988029 15 Assim em 1988048 5 Cf 1968005 57 Ver 2008049 2008051 sobre a irreflexividade dos portugueses 58 Vide 1968017 O recurso ao exemplo estrangeiro recorrente encontramo lo tamb m em 2008012 a prop sito de boas pr ticas m dicas em 2008027 na abordagem do Rendimento Social de Inser o em 2008029 na fixa o do pre o dos combust veis 9 Ver 2008013 e o aproveitar das migalhas europeias 58 um comportamento med ocre nos dom nios econ mico e social a de que n o esta mos s s de que estamos juntar nos aos vamos num xtase de comunh o negativa perder a capacidade de nos fecharmos de reflexivamente nos caracterizarmos para nos afirmarmos com personalidade Essa incapac
110. is sobreviv ncia na actual arquitectura dos mercados mundializados Para al m da emerg ncia destes tra os novos essencialmente relacionados com a economia e o trabalho salta tamb m vista o redesenhar das fronteiras com a perda de centralidade dos Estados na o imperantes na modernidade Uma das perspectivas aquela que retira import ncia s divis es tradicionais e recentrando o poder o coloca Cf Sennett 2007 e a diferen a de percursos de Enrico e Rico Como refere Drucker 1993 74 entre 1960 e 1990 a produ o industrial americana cresceu mais de duas vezes e meia Contudo o emprego industrial n o cresceu baixando quase para metade nesses trinta anos Por outro lado durante esse tempo a for a de trabalho americana duplicou mas foi absorvida por empregos que nada tinham a ver com fazer e transportar coisas 13 nas cidades ditas globais conjuntos urbanos que se afirmam contra para l e apesar dos Estados Falo daquilo que Saskia Sassen denomina de capacidade de controlo global referindo se concentra o das fun es de gest o comunica o pesquisa e finan as em grandes cidades como Nova lorque Londres Paris T quio ou Singapura dando origem cria o de um mercado laboral de especialistas bem treinados e principesca mente pagos e sombra dos seus rendimentos emerg ncia de uma imensa mole de empregados nos mais diferentes tipos de servi os pess
111. l ctica poder oposi o num ambiente inst vel de altern ncia democr tica A op o pol tica j n o s o resultado de uma escolha de uma inclina o ou assimetri za o de op es contradit rias ela tamb m temporal de uma perenidade que vive na medida inversa da estabilidade de um poder inst vel pela omnipresen a das alternativas Assim a oposi o faz se tanto em termos de grandes op es de tipo de sociedade j principalmente micro op es em pormenores A pol tica sofre uma mudan a de paradigma a tradicional dicotomia poder oposi o assente na defini o cla de actores partidos ligados a posi es n o menos claras ideologias transita para uma sem ntica mais fluida mais iquida de min cias Noutros termos podemos concluir que se abdica da diferen a de vis o estrat gica para se resumir o jogo pol tico guerra t ctica a uma luta pela posse e pela autoria do mesmo em que deixam de se 19 Em 1988024 vemos este jogo quase alienante do novo da cria o do passar a haver Em 1988039 ao discurso governativo da multiplica o dos p es na seguran a social responde a oposi o com o do miserabilismo dos aumentos das presta es 68 identificar claramente ideias e op es de mundo e passam a divisar se principalmente interesses A dicotomia mesmidade alteridade herdada da pol tica moderna mant m se o que se estreita a sua capac
112. la o de evid ncia N o vi porque pro curando n o procurei o suficiente Talvez fraqueza e for a Na identifica o cumulativa das estruturas dos sistemas sociais os que mais se d o imanentemente constituir o o mago da problem tica Na quest o social portuguesa a sa de constituir assim uma preocupa o individual e organizacional que n o sist mica Ter talvez resolvido a dicotomia em que a coloca o sistema ci ncia com uma profunda inclina o para a verdade Ter resolvido a dicotomia da exclus o clamando inclu do Mas o m todo ditatorial e sem retrocesso Se quiser encontrar a sa de devo continuar a observar tudo acumulando evid ncia sobre evid ncia E vou me daqui com problemas 88 Refer ncias Bibliogr ficas Alund A amp Reichel I 2007 Civic Agency for Social Inclusion Reflections on Swedish Citizens Asso ciations Established on Ethnic Groundsedited In E Berggren B Likic Broric G Toks6z amp N Trimikliniotitis Irregular Migration Informal Labour and Community A Challenge for Europe pp 314 331 Maastricht Shaker Publishing Baudrillard J 2007 A sociedade de consumo Lisboa Edi es 70 Bauman Z 1998 Globalization The Human Consequences Cambridge Polity Press Beck U 2001 Ecological questions in a framework of manufactured uncertainties In S Seidman amp J Alexander The new social theory reader contemporary debates pp 267 275 Londre
113. la ousadia que esses mesmos objectivos constitu am 23 Ver 2008006 e como o desemprego de longa dura o obriga a juntar ao subs dio de desemprego tradicional o subs dio social de desemprego a apoiar situa es de exclus o prolongada do mercado de trabalho que se v o tornando vulgares nas ltimas d cadas 232 A esta separa o funcional n o tamb m alheia a no o de maior racionalidade dos estratos mais elevados de decis o presente em 1988020 78 os decrescentes de poder Num mundo assim hierarquizado construir um bairro social est no fundo da linha do poder no topo da linha do sentir N o admira que em 1968 se conjuguem Igreja e senhores o local caridoso humano e identific vel na resolu o de problemas como a habita o ainda n o social mas para pobres A transi o de pobre a necessitado vai corresponder uma transi o da fun o de socorro do privado para o colectivo a passagem do dever caritativo individual ao dever de solidariedade geral da obriga o moral facultativa e ntima obriga o social da na o Contudo esta n o uma transi o por absoluta obsolesc ncia e abandono da situa o pr via emerg ncia do colectivo Estado como devedor da solidariedade vai continuar a somar se a presen a do caritativo H uma liga o das sem nticas a um quem prop e ou proporciona cada um dos tipos de apoio esse quem asso ciam se natu
114. lemas sociais que lhes est o a jusante v g discri mina o racial ou problemas familiares Em 2008073 o argumento racional de que a actividade docente n o depende das provas a que os sindicatos se op em n o obsta a que elas tenham reflexo na vida aca d mica 81 program tica da dicotomia te rica liberalista socialista a protec o do funcionamento dos mercados concorrenciais em si mesma protec o social Consent nea com a evolu o para a organiza o em pacotes a transi o da meta regula o corporativa o Estado paternalista para a concerta o social O di lo go assente na tr ade sindicatos patronato Estado um programa baseado na ideologia positiva do conflito e assenta na cria o de um espa o para a sua institucionaliza o Tal sup e o objectivo de atingir n o a solu o ptima ou consensual mas a solu o nego ciada A sua teleologia pois a de uma s ntese dial ctica de posi es antag nicas resul tado amorfo de ced ncias rec procas e n o a da vit ria da reflexividade de uma solu o melhor Na falta de um princ pio rector diferentes solu es podem ser equacionadas para problemas de l gicas similares o caso da que permite a evolu o da pretens o da exis t ncia de servi os sociais direccionados para os mais necessitados para a linguagem do acesso da generalidade como equidade o movimento do desfazer dos grupos da des diferencia
115. lhes campos para observa es cita es e palavras chave No seu conjunto conservam em registo esse excesso de significa o que preservamos ap s a redu o fenomenol gica Em linguagem metodol gica enveredo de seguida por um procedimento anal ti co sint tico em que esta fase de registo compreendendo j opera es de sistematiza o da informa o ser o primeiro degrau da opera o anal tica a decomposi o do dado bruto em unidades identific veis Da fase de s ntese resultar a recomposi o do dado sob a forma mais abstracta do seu sentido da estrutura dos sistemas suas inter rela es seus meios de comunica o e respectivo c digo dicot mico E entramos j numa observa o de segunda ordem de observa es de segunda ordem numa leitura uhmanniana no verdadeiro sentido do termo O meu facto n o o acontecimento mas o acontecimento observado pelos sistemas sociais observados pelos observadores Os meus dados s o essas observa es de segunda ordem que os observadores produzem e o meu trabalho efectuar sobre elas as minhas pr prias observa es Observo obser va es relaciono as abstraio generalizo Daqui dever nascer Sociologia a mais abs tracta e geral das ci ncias humanas do concreto Ao colocar se antes da ac o esta Sociologia estruturalista os sistemas sociais s o estruturas A conting ncia resolvida o acontecimento acontecido apenas fala do evento como podendo dar se
116. lista que branda como princ pio o liberal ajuda te que numa perspectiva idealista se esperaria encontrar como voc bulo b sico do l xico 184 destes actores Quando se olha especificamente o aparelho banc rio ressalta uma imagem de poder sobre o povo e de poder sobre o poder um estatuto de superio ridade A fun o social do Estado define se no seio desta teia de interesses e solicita es transformados em pretens es E define se numa pluralidade de coopta es do seu sentido que permite a sua tradu o simb lica sob a forma de diferentes conceitos ou solidariedade ou efic cia econ mica ou justi a social ou e corporizado em diferentes institui es neocorporativas trabalhistas patronais Esta conviv ncia conceitual Em 1988039 juntam se noticias de novos apoios sociais a outros apoios que se d o s empresas Em 2008015 os bancos centrais acorrem necessidade de apoiar as institui es financeiras Assim em 2008060 O exerc cio de press o para que os bancos n o travem os empr stimos 2008085 s revela a impot ncia de um Estado que n o capaz de lhes impor comportamentos mas simultaneamente lhes concede garantias para se financiarem no exterior 83 Cf 200805 e a reforma inevit vel da Lei de Bases da Seguran a Social Ver tamb m 2008055 e necessidade de os idosos com fam lias de maiores rendimentos contribu rem mais para as IPSS que os aco
117. m A dispers o de perspectivas convive com o entrela ar das suas vis es num movi mento de confronto de aproxima o de posi es ou de conquista de espa os Se as ideias s o similares disputa se a sua autoria se n o se pode disputar essa autoria cla ma se a import ncia do pormenor diferente introduzido em artigo ou argumento Se a quest o social ou mais prosaicamente a qualidade de vida a prioridade mais evidente poss vel eleger prioridades distintas que num racioc nio banal desviam o olhar daquilo que essencial E no entanto as op es dadas elei o dos agentes podem n o ser concorrentes ou inconcili veis podem ser comensais ou indiferentes Mas poss vel fazer colidir prioridades a dicotomia do pol tico n o s a de poder oposi o mas tamb m muito a do priorit rio n o priorit rio ou como se diz hoje do agendado n o agendado O n o priorit rio no entanto recorrentemente chamado a sustentar a minha diferen a E isso essencialmente vem Mesmo fazendo a proposta com base em evid ncia escassa de que se regressa recorrentemente e sem remiss o aos problemas priorit rios uma caracter stica essencial do sistema a de pas sar frente propor fazer competir focos de aten o O poder pol tico e a sua ac o devem traduzir se em decis es vinculantes Mas o v nculo deixa de ser agregante socializador tranquilizante e estabilizante pelo uso sis tem tico da dia
118. magistrados entre minist rios 27 Ver 1968031 Crise socioecon mica e ordem interligam se a ultrapassagem de uma pressup e a exist ncia da outra 8 Em 1988038 as leis fiscais s o feitas para beneficiar ricos e grandes empresas Assim associa se o poder legislativo condi o social dos destinat rios 21 Ver 2008002 e a forma como uma lei recente come a a conhecer excep es particulares 2 PIDE Pol cia de Interven o e Defesa do Estado det m sem uso de par ntesis ou express es de d vida 1968026 21 Ver 2008052 e a forma como a inefic cia no combate criminalidade atribu da m distribui o de compet ncias no seio das pol cias 75 4 2 Programas institui es organiza es Em 1968 o risco pode aparecer como natural inerente s coisas a constatar depois da ocorr ncia que se lamenta uma sociedade de reac o e repara o n o uma sociedade de antecipa o ocorr ncia de calamidades que afectem bens e vidas responde a caridade Mas vai surgindo j a no o de que os problemas s o socialmente criados apela se hist ria para que n o se repita a hist ria com a presen a de uma reflexividade de um controlo social do perigo que configuram a emerg ncia de uma sociedade do risco com a generaliza o progressiva do conceito de responsabilidade social e a sua tradu o em solu es judiciais administrativas e t cnicas que op em irresponsabilidade
119. mas antes labir ntico Isto corresponde inten o de produzir verda des contingentes n o necess rias Na pr pria teoria surge atrav s deste procedimento um excesso de possibilidades de abstrac o Luhmann 2006 124 85 Em cada nova fase de forma o de sistemas sociais conserva se a forma precedente de forma o de sistemas sociais s se completa com novas possibilidades idem 151 3 Talvez seja em parte por isto que Luhmann considerado um autor conservador Descr da capaci dade dos movimentos revolucion rios talvez porque v neles esse ru do ca tico que prometendo alte rar a hist ria acaba por se ver reabsorvido pela normalidade da estrutura a diferen a no tempo entre os processos c leres retumbantes e repetidos por vezes aparentemente dilacerantes e o parado xo da preserva o no longo termo das estruturas sobre os quais pretendem actuar 38 sistema elabora os seus pr prios elementos n o se estruturando por resposta linear a demandas externas 3 4 Observa o e hermen utica Escolhemos na impossibilidade de observar directamente a sem ntica do sistema capt la a partir de um tipo espec fico de objecto os artigos de jornal produto em si mesmo de observadores de segunda ordem das problem ticas que rodeiam a quest o social Revelar a estrutura comunicacional partindo do texto escrito leva selec o do m todo fenomenoldgico op o por bater de frente
120. mesma sustentabilidade de que o afirmam arredado Os pessimistas ou realistas s o por ora conotados com a defesa da raz o pr tica prag m tica e olham no pelo prisma do sistema econ mico Os seus defensores s o cono tados com um passado ut pico e olham no pelo prisma do sistema pol tico Para os realistas o Estado social mata pelo lado dos custos o Estado social Para os outros a rela o positiva benef cio custo evidente tudo assenta em gest o distribui o e von tade pol tica Mas mesmo estes acabam por ser for ados a deslocar o ngulo de vis o para um sistema econ mico cuja ditadura paradoxalmente querem rejeitar O id lico quero n o quero posso n o posso pol tico cede ao pago n o pago tenho n o tenho econ mico Nesta divis o do olhar a sociedade ora pelo sistema econ mico ora pelo pol tico ficamos com o primeiro na dicotomia da impossibilidade possibilidade pr tica o segun do liberta se para falar essencialmente do sentir da possibilidade impossibilidade oniri ca que se solta das amarras do concreto Ao ditar as suas leis o primeiro atira o segun do para voos de regresso marcado o retorno ao imp rio da escassez neste contexto que a economia sob o signo da crise pode falar predominantemente a linguagem do n o pago reduzindo as ambi es sociais nos mais diversos mbitos Com a crise como pala vra chave e sob o pano de fundo de um Estado de bem estar em instala o in
121. mita o das compet ncias a conjuga 227 Em 1968037 os actores corporativos Estado Camara Municipal Corpora o da Lavoura padre individualidades locais juntam se cria o de uma col nia de f rias para os filhos dos trabalhadores rurais E o crescimento de um espec fico Estado social por sectores e paternalista 28 Ver 1968022 77 o das eternas conota es da especializa o com o conceito de frac o de uma solu o para um problema fraccionado Para a sua resolu o ser o criadas equipas multidisci plinares e interdisciplinares perspectivas hol sticas e abordagens integradas No todo o Estado social parecendo simplificar se evolui no sentido de uma maior complexifica o 1230 No entanto esta t cnica articulando saberes e tornando se mais apto e mais tota multiplica o de fun es e interven es especializadas d spares pode coloc lo em difi culdades amarra a decis o aos estudos dos peritos sob pena de se colar ao Estado o adjectivo irrespons vel A ambi o de totalidade do nosso Estado social tem se aprofundado nos ltimos dec nios H um permanente escrut nio de problemas e a cria o concomitante de ins titui es e organismos que os enfrentem Numa din mica em que criar mais f cil do que extinguir pode esperar se encontrar um sem n mero de organismos que persistam para l do cumprimento da fun o para que foram criados sobrecarregando o
122. nce ao jogo foi afastado pelo poder pol tico de um Estado autorit rio e paternalista Desta forma direitos e deveres s o fixados e n o negociados nunca alvo de disputa p blica Com o advento da democracia d se a institucionaliza o do conflito como forma de responder s necessidades organizativas de uma sociedade mais complexa menos dirigida Surgem as federa es e confedera es patronais e laborais Visam n o defesa de um sector mas de interesses dentro de um sector patr es e trabalhadores senhorios e inquilinos Com o Governo na posi o de arbitragem surge a solu o da concerta o social numa pretensa igualdade negocial das partes Este novo programa social objectiva a no o de s ntese dial ctica como mecanismo de progresso A pr tica social espalda se na teoria pol tica para organizar os seus actores Contudo o uso do conflito como forma de organiza o da actividade social pressuporia a conjuga o do bin mio raz o diferente for a igual sem ele as solu es tendem a seguir a moment nea rela o de poderes 5 Ver 20008031 onde se um grande empres rio para se dizer a prop sito dos pre os que mais do que zero muito 16 Ver 1968001 Um sindicato dos jogadores de futebol pedido ao Minist rio das Corpora es 1968025 ilustra a verticalidade das rela es 7 Em 1988008 a Confedera o do Com rcio representa os interesses patronais na reivindica o do
123. nds in the common language and in the philosophical and political productions a di versity of perspectives sometimes antagonistic that globally represent in symbolical terms either the difficult objective reading of the real either the incapacity of acting over it in the absence of large social consensus In this way the social question object of this study explode in a diversity of perspectives from the socialistic vision to the lib eral and neoconservative ones from the appeal to the interventions of state or to its reinvention from the perspective of individuals either as auto or hetero determinate from the possibility of a clear and affirmative political vision anchored in the old isms communism socialism capitalism to the what works is what works of the third ways compromised between a yet robust social protection and the capitalist organiza tion of work Walking through this almost infinite sum of visions that carry distinctive particulari ties we arrive to the sociological functional structuralist perspective of Niklas Luhmann that proposes a look to the social question through the prism of the different systems making part of the system society It s an observation of observations exercise that by the analysis of the verbal expressions of the systems of conscience human beings al lows the observer to establish distinctions relations and generalizations in an attempt to read the structures of social systems that ar
124. nico manual que se dar a necess ria propagandiza o reflexiva mas contracorrente primeiro do polit cnico depois do ensino profissional de n vel secund rio que se havia perdido Ver em 1988018 o discurso da necessidade do ensino t cnico um discurso que n o ignorando a dificuldade da mensagem procura ultrapassar o complexo simb lico que liga ensino t cnico a ensino de segunda a op o dos que n o t m acesso op o de maior pedigree 54 igualdade que se resolve uma estranha separa o a de trabalho manual estatuto com a fuga ao primeiro 9 Como frequentemente acontece a moeda tem duas faces pretendida democra tiza o no acesso corresponde um movimento de re distin o de re liga o simb lica que re conjuga acesso e estatuto social de origem O ensino privado pode ser apresen tado como uma faceta da liberdade de escolha com o uso da dicotomia igualda de liberdade a pretender desafiar a no o linear de igualdade no acesso Parece uma divis o simb lica ainda irresolvida e fonte portanto de cria o informativa e argumenta tiva presente e futura Permanecendo neste posto de vigia e avan ando no tempo levanta se uma ques t o sobre a recente recupera o pelo ensino p blico e s pelo ensino p blico com a conota o de servi o social dos cursos profissionais dos ensinos b sico e secund rio Se na linguagem institucional reflexiva o caminho que levou da forma o educa o
125. no pretender aceitar se em nome do realismo da ci n cia o n mero a ci ncia que interessa a quem o selecciona A instrumentaliza o da ci ncia pela pol tica reduz a ci ncia pol tica a verdade vontade No campo do conflito desvalorizam se os opositores negando lhes qualidade individual ou grupal para se oporem nossa pr pria e v lida posi o Paradoxalmen te nesse acto restitui se lhes muitas vezes o valor A simples refer ncia j uma atri 8 Ver em 1988009 a forma como os interesses procuram ultrapassar a legisla o restritiva que protege o ambiente Em 1988009 as express es podem aplicar se aos movimentos ambientalistas noutras circunst ncias aplicar se o defesa do consumidor aos sindicatos ou mesmo aos cientistas e por arrastamento aos movimentos pol ticos que cooptam os seus argumentos 19 Cf 1988036 e a interven o do Instituto Nacional de Estat stica INE no debate pol tico Cf 1968023 Os supostos estudantes oposicionistas s o reduzidos categoria de agitadores supostos nega a condi o de estudante E exemplifica se afirmando que o pr prio Partido Comunista Franc s de obedi ncia moscovita est contra apoio de grevistas a estudantes filhos familia transvia dos comandados por um indiv duo de origem alem Cohn Bendit que s obteve at agora uma nica aprova o e pela tangente agitador em miss o 1968027 48
126. nte discriminador asse gurou uma protec o superior Estas segmenta es dever o produzir diferentes sub jectividades com destaque para uma gera o mais jovem a quem est destinado o fardo de suportar o sistema actual com contribui es pesadas e a simult nea e concomitante perspectiva de n o usufruir das regalias que ele hoje ainda comporta Como poder tal traduzir se tamb m na cria o de subjectividades diversas Ou seja como poder a realidade ser diferentemente interiorizada e constituir se em dife rentes socializa es secund rias dos seus membros N o corresponder isto a produzir diferentes sociedades pela via da produ o de diferentes condi es de socializa o dos sujeitos E de na transforma o do indiv duo socializado em agente social produzir diferentes tipos de ac o e reac o diferentes percep es e atitudes Vem mente a forma e o sentido da liga o do ser individual com o viver comunit rio da subjectividade com a cultura Esta formula o serve nos a pretens o de reivindicar nosso qua dro de an lise a mesma possibilidade de produ o do social por produ o do sujeito que reproduz e produz o mundo social Da afirmativa interrogativa podem os indivi 52 nesta discuss o que tomam relevo situa es de segmenta o no interior da sociedade em geral e mesmo de muitos grupo profissionais Assim a t tulo de exemplo entre os servidores d
127. nto de Niklas Luhmann 19 70 Covilh Universidade da Beira Interior Luhmann N 1993 Risk a sociological theory Berlin Walter de Gruyter Luhmann N 1998 Sistemas sociales Linamientos para una teor a general Barcelona Anthropos Edito rial Luhmann 2007 Teoria politica en el Estado de Bienestar Madrid Alianza Universidad Lyotard J F 1986 A Fenomenologia Lisboa Edi es 70 Mora J F 2004 Diccionario de Filosofia Barcelona Ariel Popper K 2009 O Mito do Contexto Em defesa da ci ncia e da racionalidade Lisboa Edi es 70 Rawls J 1997 O Liberalismo Pol tico Lisboa Editorial Presen a Ricoeur P 2009 Teoria da Interpreta o O Discurso e o Excesso de Significa o Lisboa Edi es 70 Santos B d 2001 Globaliza o Fatalidade ou Utopia Porto Afrontamento Sassen S 1999 Cities in a world economy Thousand Oaks Pine Forge Press Sennett R 2007 A Corros o do Car cter as consequ ncias pessoais do trabalho no novo capitalismo 2 ed Lisboa Terramar Sennett R 2007 A cultura do novo capitalismo Lisboa Rel gio D gua Villemus P 2007 As deslocaliza es de empresa ainda teremos emprego amanh Porto Edi es Asa Wilson W J 1997 When work disapears The world of the new urban poor 1 ed New York Vintage Books 90 Zizek S 2006 Elogio da intoler ncia Lisboa Rel gio D gua Santos Jos Manu
128. o Pessoas infelizes v em mais televis o 18 11 2008 56 2008084 Patr cia Jesus Fic mos a mil camas do objectivo para 2008 18 11 2008 66 2008085 Paula Cordeiro Banca rejeita press o do Governo 18 12 2008 2 2008086 Jorge Bateira Associa es industriais queixam se da actua o da banca 18 12 2008 3 2008087 Jos Reis Crise trouxe novos consensos 18 12 2008 3 2008088 Jorge Bateira Bancos ignoram interesse p blico 18 12 2008 3 95 2008089 Padre Lino Maia Temo que o fosso se mantenha 18 12 2008 5 2008090 Diana Mendes Unica m dica de Montargil vai de f rias 18 12 2008 15 2008091 Lic nio Lima Autarca da Amadora critica constru o de bairros sociais 18 12 2008 22 2008092 Patr cia Viegas Manifestantes gregos pedem um protesto a n vel europeu 18 12 2008 28 2008093 Il dia Pinto Desempregados sem 7 milh es 18 12 2008 40 96 Anexos Anexo O Estado de bem estar um Estado cumulativo Sam O Guarda Ricardo in Di rio de Not cias 18 08 1988 17 97 98 Anexo II Estrutura da Base de Dados Nome do campo Tipo de campo Descri o Lan amento N mero NUMERIC N mero sequencal dos registos na base de dados E Nartigo N mero NUMERIC 1 Identifica o do texto ano 3 casas a iniciar em 001 da publica o Texto VARCHAR Identifica o da publica o ES Data Data Hora TIMESTAMP 1
129. o o Estado ao intervir n o fala de caridade da pobreza como condi o mas de erradica o ver 2008064 e um programa europeu de combate pobreza 1 Cf 2008006 a prop sito do desemprego de longa dura o 77 Caso paradigm tico da evolu o do conceito de rendimento m nimo garantido para rendimento social de inser o usando as diferentes linguagens da cidadania plena e da exclus o 78 1968008 O exemplo do aplauso medida inglesa de adoptar a hora da Europa traduz esta vis o da normaliza o como meta e da meta como o ultrapassar das fronteiras do tradicionalismo 63 que se arrastam no tempo se atrasam permanecem no antigo viver habitualmente O que normal passa a estar no tempo n o s para al m do que tradicional mas mes mo do habitual quotidiano Existe uma cis o entre normalidade e habitualidade que rompe com o seu sentido sinon mico e produz uma separa o de significado a caminho de uma inesperada dicotomiza o Em 1968 ainda o ide rio caritativo cat lico que aparece transpar ncia por tr s das iniciativas de solidariedade O dar sem a obriga o legal de dar n o mediado pelas contribui es para o Estado social diferente do Estado que apoia porque assumiu a obriga o de apoiar Na resist ncia posterior a esta hegemoneidade do Estado como prestador de assist ncia n o estar tamb m a sobreviv ncia de um estatuto o de quem pode dar j que
130. o Estado portu gu s existem hoje e por motivos que nem sempre se compreendem aqueles que t m v nculo permanen te e os outros que o t m prec rio embora exer am as mesmas fun es ou os que s o protegidos na doen a pelo sistema geral da Seguran a Social e os outros que o s o pelo sistema mais favor vel da Assis t ncia na Doen a aos Servidores do Estado ADSE tamb m dentro de um mesmo sector e consoante o tipo de v nculo que n o de atribui es ou de compet ncias as possibilidades de faltar ao servi o ou o direito a f rias s o diferenciados 53 transforma o de um indiv duo em membro uma sociedade corresponde interioriza o do mundo em que os outros vivem e o processo ontog nico pelo qual esta se realiza a socializa o completa e consistente introdu o de um indiv duo no mundo objectivo de uma sociedade ou de um sec tor da mesma Berger e Luckmann 2004 138 139 54 Convocando Ulrich Beck 1992 90 podemos come ar por postular que na moderniza o reflexiva o indiv duo ele pr prio se transforma na unidade de reprodu o do social no mundo concreto 55 Ainda de acordo com Beck na sociedade contempor nea a constru o do sujeito social resulta de uma tripla individualiza o o desincrustar o remover das formas e obriga es historicamente prescri tas dos contextos tradicionais de domina o e amparo a dimens o de liberta o a perda da
131. o sistema cient fico verdade mentira Vivem assim op es complexas que n o se esgotam em prefer ncia ideol gicas claras as quais s o antes encaradas com um misto de ades o rejei o complacente lassa bem expressa no popular n o vou em pol ticas Esta jgeireza de posi es n o atribui aos sistemas de consci ncia qualquer d fice cognitivo certos sujeitos podem simplificar o seu meio marcando posi o a tomam partido deixam depois aberta a porta op o ao avan o ou ao retrocesso e assim no acto pol tico de optar intervindo podem dar se ao con fronto com uma leveza desprendida que subsume as diferen as ideol gicas substantivas num jogo de avan os e recuos de luzes e sombras de momentos Deste modo as op es pol ticas no sentido das decis es individuais votos que ditam a conquista do poder democr tico n o se esgotam j e cada vez menos no cam po exclusivo da decis o vinculante livre assente em ideologias claras fracturantes Tomam em considera o outros sistemas Tal origina a possibilidade de os pol ticos imersos numa linguagem pr pria n o conseguirem nem decidir o essencial nem per ceber que o n o fazem Est o submetidos funcionalmente ao sistema pelo qual olham o mundo e s quando o impopular for popular no sentido de permitir jogar com vanta gem o jogo da manuten o altern ncia do poder o adoptar o como programa Nesta democracia as pol ticas correct
132. oais com vista a providenciar a satisfa o das sofisticadas necessidades de consumo dos De facto o crescen te desemprego e marginaliza o de certas categorias especialmente mulheres jovens e minorias tnicas providencia as bases para o crescimento de formas de trabalho perif ricas s mas dependentes das grandes companhias e dos seus escrit rios e gabinetes centrais A concentra o das esferas da gest o das finan as e da criatividade nestes centros altamente desenvolvidos com a manuten o na sua depend ncia de servi os de bem estar para os quadros talvez n o traga ao mundo ocidental as consequ ncias ben volas que os arautos das des ocaliza es captivas continuam a proclamar a transfe r ncia para os pa ses fracamente desenvolvidos da produ o industrial e a conserva o dos centros de decis o no mundo ocidental resultaria num putativo conjunto virtuoso que permitindo aos pa ses do Sul uma primeira aragem de desenvolvimento tornaria os Estados do Norte em sociedades libertas da preocupa o de produzir bens concretos As mais valias produzidas a Su e apropriadas a Norte pelos quadros das grandes empresas fariam florescer o modelo das cidades globais mantendo nelas uma forma de viver que se pode chamar falta de melhor termo de cosmopolita A polui o industrial e os ex rcitos de oper rios seriam varridos da paisagem e at aqueles cuja capacidade n o chegara para
133. ode aliar a incapacidade econ mica de satisfazer as pretens es com a incapacidade pol tica de lhes negar acolhimento Tal tender sobretudo impot ncia da pol tica enquanto vontade de impor rumos e consequente transfer ncia do problema o reino da escassez da aloca o de recursos a economia Independentemente de an lises contextuais ou progn sticas no espa o de contacto entre estes dois gran des subsistemas sociais que se encontram no essencial as respostas concretas aos pro at ao ponto em que chegam a quebrar as premissas de um fundamento nico de car cter natural moral jur dico Luhmann 2006 49 7 Um ataque incompet ncia do governo demonstra j quase a compet ncia da oposi o O cur to circuito consiste na t cnica de representar se a si mesmo na cr tica do outro Luhmann 2007 57 72 Seguindo sobretudo Marshall formularemos outro conceito de Estado de bem estar com ajuda do conceito sociol gico de inclus o O conceito de inclus o significa a incorpora o da popula o global nas presta es dos distintos sistemas funcionais da sociedade idem 47 48 3 Ver Luhmann 2007 Pense se no salto da ideia de assist ncia onde conced la pode ser um rasgo de intelig ncia pol tica de pretens o inicia um processo recursivo no qual o mesmo Estado de bem estar cria circunst ncias e problemas frente aos quais reage p 37 Estado que dot
134. odu o que caracterizam a modernidade que se passa ao reconhecimento da exist ncia de uma subclasse Esta nos termos da cl ssica teoria de classes por impossibilidade desta a integrar nas divis es que elaborou um mero conjunto de indivi duos ditado pela converg ncia de situa es concretas de vida e pela partilha de espa os peculiares de exist ncia e reprodu o social A sua n o leitura pela matriz das rela es de produ o for a a teoria Neste sentido a exist ncia da subclasse parece correspon der emerg ncia de uma sociedade diferente e n o ao surgimento de uma nuance no seio de uma velha sociedade de classes Para a caracterizar no o de exclus o sobre Termo com o qual identifica conjuntos citadinos pobres segregados nos quais uma maioria substan cial dos adultos ou est o desempregados ou foram afastados da for a de trabalho Wilson 1997 19 45 O crescimento da propor o de adultos sem emprego no interior das cidades est tamb m relacio nado com mudan as na composi o de classe ra a e idade das vizinhan as mudan as que conduziram a maiores concentra es de pobreza idem 42 4 Como reconhece Estanque 2006 11 este conjunto humano situa se de fora da estrutura conven cional de classes 26 p e se de explora o e colam se a ela toda uma s rie de resultados t o negativos como previs veis Ao conjugarmos as proposi es de Wils
135. on rias todas simultaneamen te defens veis e atac veis retoricamente 5 1 Partir com um pequeno alforge de problemas J citei Popper ou de como a investiga o deve partir de problemas para chegar a problemas Para o efeito interrompo agora definitiva e conscientemente a suspens o do ju zo em que me pretendi Permito assim um exerc cio de intersubjectividade entre dois eus numa tentativa de fuga ao proverbial so jpsismo fenomenol gico E constato 87 que da torre de vigia em que me instalei o eu observador de sistemas n o vislumbrou como o eu cidad o esperava a sa de Registei lhe e quase s isso a problem tica partilhada com outros sistemas do acesso Ser falha ou for a do m todo de pesquisa empregue Talvez for a Ao olhar tudo n o ca no enviesamento causado pela fixa o numa vari vel dependente se procuro s a sa de a sa de ocupa o mundo o mesmo se diga do mam fero em extin o antes deixei que os sistemas afirmassem naturalmente a sua presen a no campo e a sa de n o compareceu Por este lado a sua aus ncia um acha do Contra fenomenologicamente posso hipotetizar uma enorme caixa negra esta fenomenol gica que oculte o essencial do sistema ser a tecnicidade a simbologia herm tica o status social dos m dicos E vou daqui com problemas Por outro lado talvez fraqueza Contra fenomenologicamente ainda hipotetizo que o m todo necessita de uma enorme acumu
136. on com as de Fitoussi e Rosanvallon veri ficamos que a exist ncia do percurso biogr fico ainda e fundamentalmente associado ao trabalho que os dois ltimos assinalam pode assumir formas radicais nos casos que o primeiro identifica Se o que Fitoussi Rosanvallon sobrelevam a eros o de uma rela o est vel com o trabalho que afecta aleatoriamente alguns indiv duos e que permite a constitui o de uma sociedade em que a situa o de muitos j n o fundamentalmente ditada pelo emprego e pela remunera o porque inst vel um incerta a outra o que Wilson detecta a cria o de uma realidade parte Ao percebermos a exist ncia simult nea e concreta no seio das nossas sociedades das diferentes formas de vida de todas as diferentes formas de vida que eles mapearam e a sua persist ncia inclina mo nos para a atitude ibera de pretender que elas condicionam as subjectividades as ontologias e no esteio destas as atitudes A chamada berlinda da underclass casu stica serve o objectivo de hipotetizar que neste poliedro te rico a situa o objectiva dos sujeitos em rela o quest o social poder ser considerada como a express o das circunst ncias concretas dos acto res de uma exist ncia condicionada E actor esse termo t o bem transposto da arte dram tica para a Sociologia quer dizer simultaneamente int rprete tradutor re escritor do drama Aqui uma premissa as defini
137. onal e salarial de m dicos ou professores Tal acarreta que os problemas laborais des tes profissionais se resolvem na sa de e na educa o sistemas n o dotados de uma codifica o apropriada para essa finalidade Campo e sistema divergem H aqui um curto circuito do sistema na transla o das suas fun es simb licas para os seus pro gramas da comunica o para a legisla o que o impede de se focar nas atribui es que lhe s o pr prias e para as quais possui os c digos sem nticos adequados Tal permite ainda a vitimiza o herdamos os problemas mas n o os meios adequados com a correspondente desresponsabiliza o pelo mau desempenho funcional Do fomento para o pacote passa se de uma solu o teleologicamente orientada a finalidade de progresso imanente ao fomento para uma solu o de gest o de um todo a articula o das partes pela sua integra o no pacote uma etapa evolutiva impos ta pela complexifica o social que ao adicionar cumulativamente interesses a interesses e programas a programas originou a necessidade da contrapartida de um mecanismo de simplifica o a agrega o das partes Tal vai acabar por propor reflexivamente a cria o para al m dos programas j referidos da regula o institucionalizada numa dilui o 39 Em 1988002 e 1988007 o pacote laboral em 1988005 o pacote agr rio 20 Ver a forma como as escolas devem resolver prob
138. onem com a problem tica Em termos hermen uticos procedo tamb m a uma epoch que pretende excluir os efeitos do historicismo e do psicologismo e considerar os eventos e os processos na fugacidade da sua exist ncia Tal n o significa que os textos n o t m data e n o t m autor significa que se pretende encontrar neles aquela invariante a que vimos chamando estrutura Nesse sentido proceder se primeiro a uma an lise sincr nica e que leve em conta a cumulatividade da sem ntica A recolha da informa o ser para efeitos de conserva o e tratamento efectuada com aux lio de uma base de dados Nesse instrumento imediatamente abaixo da exis t ncia de uma primeira unidade f sica concreta o exemplar do jornal utilizarei dois tipos de unitiza o para a busca de sentido da comunica o o artigo a frase ambos de 9 Ricoeur 2009 20 93 Sobre esta no o de observa o de segunda ordem ver por todos Luhmann 1993 217 231 9 Sobre a centralidade dos rela es na teoria de Luhmann cf Izuzquiza 2008 86 88 e passim 95 Na pesquisa do dado imediato anterior a qualquer tematiza o cient fica e validando a a fenomeno logia revela o estilo fundamental ou a ess ncia da consci ncia deste dado que a intencionalidade Lyo tard 1986 11 Considerando o car cter fugaz do evento enquanto oposto estabilidade do sistema relacionando o com a prioridade ontol gica do discurso que resulta
139. opejsa 5 2 so 50 2 Boland woo og ensiunupe ou 2 26 esjog ogjuny eu eu sousyy sopiped 0 0 2 4 0 X9 UUIa SIS 8608002 sayed sep sep anb nas 5 ogs oe O sep oe 21205 1 ske sop IO SA asiuwuaap 03150101G 10 jeuonen SA 5 5 anus og do SBONSUSIIEIED 2 g 51 108002 ogdisod 58 38 opes anb ojad es puepi ouau 1 02 sesapue y sojad 20057 esed ojxajasd eu enuan 424 O 04511 opes ogu SA
140. orrec o de investimento pode traduzir diferen as consider veis de programa pol tico O regresso recorrente s imposi es da conjuntura aparece como freio sistem ti co a medidas pol tico econ micas progressivas No entanto num contexto de promes sas e avalia es que se d uma selec o dessas medidas O impulso para o pro gresso resiliente pode deslocar se para os dom nios onde se acentua o poder de impor mudan as Nas for as determinantes dos resultados poder o pontuar organis mos oportunistas que vivem da conjuntura adversa e que compreendem a possibilida de de dela tirar proveito Desta forma se trilha um progresso enviesado sem um the os social de vontade comum a realizar ou prosseguir Ser este desfecho inesperado S na imprevisibilidade dos seus resultados pr ticos O que exactamente previs vel a sua imprevisibilidade que vai no sentido da constata o de bom senso de que as socie dades contempor neas mais do que serem constru das se constroem a partir de ac es diversas e que o resultado de um tal processo uma arquitectura alheia a prumos e esquadrias dificilmente poder ser justo e equilibrado muito menos igualit rio Nos programas da pol tica entra ainda a coopta o das propostas alheias A posi o reage s propostas da oposi o propondo o que esta prop s Na impossibilidade de levar promessas pr tica a posi o pode propor metas ainda mais amb
141. os profissionais a cooptarem para as suas causas em detrimento de outros a import ncia social ou econ mica do seu sec tor de actividade Encontramos uma clara divis o do acompanhamento dos problemas por diversos subsistemas do sistema social A parti o funcional das interven es leva a que por exemplo pol cia e Santa Casa da Miseric rdia intervenham com funcionalidades diferen tes a repress o e o apoio social no mesmo processo de abandono de rec m nascido que a Directora sens vel de uma determinada institui o se prop e acompanhar com um interesse 7 Esta metodologia assegura equidade de tratamento problemas similares pode responder se mais com a repress o ou mais com a caridade ou ainda com o apoio m dico adeguado A nfase no tratamento diferenciado descamba no limite no tratamento diferencialmente discricion rio isto que permite que se fale comummente em interven es exemplares que s o tantas vezes aquelas que n o acolhem equili brio e a integra o das diversas perspectivas olhando a situa o de um s prisma por exemplo no judicial a pena exemplar Ao dividir funcionalmente a sua interven o por rg os e servi os o Estado pro cura responder melhor e de forma mais sens vel a situa es espec ficas por natureza necessitadas de um olhar especializado A divis o funcional contudo vai originar pro blemas de conflitualidade de perspectivas e de deli
142. pa s a Europa aparece como uma op o cerceadora resumida ao vector socioecon mi co que se imp e naturalmente e n o se discute Uma op o sem op es 60 Ainda 2008013 e a pequenez do imitar o pior que h nos outros sendo que nesse n vel que somos iguais Em 2008036 a admira o pela capacidade dos outros de dizer n o a prop sito da rejei o irlandesa ao Tratado de Lisboa 8 Em 1988024 apresenta se nos uma express o desta forma desafiante de lidar com essa for a maior que a Europa quando criticamos a sua curta pol tica de juventude e nos afirmamos como vanguarda como o novo perante a in rcia e a falta de vis o 162 Repousar nas solu es da Europa para n o ter que assumir uma posi o pr pria tal a solu o para um problema como captamos em 1988015 Em 1988037 associam se mis ria e arquitectura pol tica mundial numa imagem da impot ncia dos Estados Tamb m 2008017 e a globaliza o como produtora da fatal depend ncia nacional Ao sector das pescas n o resta sen o ser dirigido pelas vozes da Europa 2008039 Em direc o contr ria segue a argumenta o de que devemos aproveitar a nossa peguenez tirar proveito da aparente debilidade 2008044 59 A licitude ou ilicitude do acto econ mico aparece em 1968 ligada a uma dial ctica do moral imoral os agentes econ micos devem pautar a sua conduta pela rectid o num ethos simples A economia aparece como servindo a produ o
143. para gerar riqueza e dissipar as desigualdades econ micas 2007 704 27 Esse tipo de agir sobre social que assenta no acumular do conhecimento que sobre ele temos cf idem 700 701 20 c rculo como apropriadamente lhe chama Ralph Darhendorf poder ser levado cabo em grande parte com uma pol tica experimentalista a que podemos colar o prin c pio circular de que o que resulta o que resulta Giddens coloca da governa o actual sob o signo inicial do consenso vulgarizado entre os economistas de que numa economia moderna imposs vel ter simultaneamente or amentos equilibrados baixos n veis de desigualdade econ mica e elevados n veis de emprego asseverando tamb m que os governos podem de uma forma geral alcan ar duas destas metas Isto representa ter de escolher entre or a mento desigualdade e emprego qual deixar para tr s O pr prio Giddens coloca no entanto uma reserva o trilema poder n o ser verdadeiro como o mostram os escan dinavos Este argumento da resist ncia crise do modelo escandinavo exige a honesta constata o de que as suas pol ticas longe de constitu rem um processo reactivo t m uma hist ria longa e uma resili ncia que potenciada em tempos recentes por uma evolu o demogr fica bem mais positiva que a das Europas Central do Sul Mas ressal ve se que mesmo nesse Norte privilegiado as observa es de campo apontam para
144. pectativa a de que o sistema seja alargado numa segunda fase aos t xis eventualmente aos pesados de mercadorias Num registo diferente uma meta atingida somos um dos pa ses onde o numero de pobres mais se reduziu prop e enfrentar o sentimento de empobrecimento relativo de estratos da classe m dia 2008071 28 Em 1988023 a prop sito da reforma educativa fala se quase exclusivamente do Estatuto da Carrei ra Docente Em 1988050 conjuga se avalia o funcional sal rios e forma o para dizer que o Minist rio n o trata da educa o porque n o trata dos professores 80 conhecimentos os interesses de um sistema tornam se pr vios ou preponderantes no campo pr tico em que o outro sistema deveria impor a sua sem ntica o sistema funcio nal adeguado v dificultada a sua capacidade para apresentar a selec o informativa certa aos sistemas ps quicos que a ela deveriam aceder neste quadro racional que a solu o t cnica dos pacotes tentando integrar diversas medidas destinadas a determinado sector ao agrupar funcionalidades restritas numa funcionalidade mais global pode resultar disfuncional O sistema ensino resolve se no campo do ensino o sistema sa de resolve se no campo da sa de o trabalho no do trabalho Esta solu o equivale a utilizar as fun es ltimas primordiais ensino educa o labora o como campo de resolu o de problemas menores a progress o profis si
145. ponto a diferen a das propostas reduzindo o jogo pol tico disputa do poder pelo poder a disputa pelos lugares e influ ncias na m quina pol ti co partid ria O debate p blico que se vai adensando com o regime democr tico surge ami de como forma de retirar o poder de representa o s organiza es pol ticas especial mente constitu das para o efeito os partidos N o basta a elei o para que a legitimida de seja indubit vel o sufr gio popular raramente suficiente para apoiar a legitimida de das op es de governo O poder pode ser apresentado como desp tico sem se lhe negar a legitimidade formas nega se lha em fun o da mat ria a pol tica sectorial deve ser debatida com os sectores ou da compet ncia s os especialistas ou os interessa dos s o capacitados logo haver assuntos que pela especificidade e complexidade ultrapassar o os constrangimentos da legitimidade pol tica democr tica As alega es de despotismo do poder democr tico parecendo um contra senso marcam uma vida pol tica em que as elei es podem assemelhar se a designa es de uma parte com que dialogar a quem confrontar mais do que de um poder decis rio e temporariamente inquestion vel o emergir de um poder compromisso contra a naturalidade cl ssica de um poder discricionariedade Por outro lado o debate sobre as op es pol ticas torna se mais surdo se n o existe uma aceita
146. por excesso de um conjunto de possibilidades presentes e futuras de selec o contingencial da pr pria comunica o Cumulatividade e conting ncia n o se limitam a n o ser princ pios contra dit rios do modelo representam uma conjuga o necess ria os sistemas sociais ao evolu rem no tempo acrescentam e acumulam possibilidades de selec o contingencial que a cada momento podem ser recuperadas Do conjunto destes pressupostos resulta que as possibilidades de e tura do siste ma aceitam tamb m a experimenta o e o retrocesso Podem ser em cada momento hist rico assimetrizadas na sua conting ncia Dicotomias estruturantes como sim n o igual desigual ac o absten o inclus o exclus o podem assim ser pela comunica o inclinadas num dos sentidos produzindo formas globais de analisar e caracterizar os problemas aquilo a que Luhmann chama de efeitos demogr ficos dos sistemas sociais 3 3 Corol rios As estruturas sem nticas a teoria da comunica o alterando se no tempo a teo ria da evolu o dotadas de uma grande dose de autonomia a teoria dos sistemas fechados autopoi ticos e autoreferenciais constituem o mago da teoria geral dos sis temas sociais Uma abordagem aos sistemas que regem a quest o social h de levar em conta estas dimens es A tradu o emp rica da teoria luhmanniana pode ser feita pela emerg ncia natural de diversos corol rios Formulam se alguns f
147. profissionais numa carreira e a distin o a quantidade desvaloriza 17 Em 2008027 critica se implicitamente o funcionalismo p blico por ganhar mais 1550 contra 819 do privado sem se cuidar de explicar as diferen as de constitui o interna dos dois sectores eles s o o p blico e o privado diferen a onde se subsumem todas as diferen as 44 compet ncias que os separam do vulgo Assim nesta formula o neocorporativa OS interesses de certos sectores profissionais escapam sucessivamente as inten es domesticadoras do Estado numa constru o simb lica que mistura interesses sociais colectivos com interesses corporativos liberdade individual corporativizada com necessidade nacional Nesta ret rica esses profissionais saber o melhor que os gover nantes como governar a sua rea funcional Desta forma falham sucessivas tentativas de controlo por parte do Estado de m dicos ju zes Certos sindicatos bastam se na representa o dos seus associados s o estruturas aut nomas e auto suficientes especialmente pela dimens o simb lica que est adstrita profiss o que representam a outros falta desta dimens o e da for a pr pria que ela confere resta o recurso s jornadas nacionais de luta a dimens o da massa promovidas pelas cen trais sindicais Da constitui o de grupos passa se generaliza o aos seus constituintes das caracter sticas agregan
148. projecto comum 3 Cf Boudon 2005 19 a prop sito do liberalismo pol tico de Rawls da exig ncia de reposi o das condi es de exist ncia dos sujeitos dirigida ao Estado liberal como forma de assegurar a igualdade da participa o pol tica Para o desenvolvimento do tema Rawls 1997 37 Esping Andersen 1999 2 defende uma teoria englobante que parta do pressuposto de que as na es avan adas se dividem n o s em termos de como se constroem as suas politicas de bem estar mas tamb m na forma cimo tal influencia o emprego e a estrutura social em geral agrupando os Estados em tr s tipos de regime de acordo com a sua vis o das pol ticas sociais conservadores liberais e sociais democratas 38 Paradoxalmente foi a demiss o da soberania estatal e n o o seu triunfo que tornou a ideia de poder estatal statehood t o tremendamente popular Bauman 1998 64 39 Nas palavras de Zizek esta pol tica anti pol tica puramente humanit ria que consiste na simples pre ven o do sofrimento resume se de facto por conseguinte interdi o impl cita da elabora o de um projecto colectivo positivo de transforma o social e pol tica 2006 14 15 23 2 4 Liberdade ou condicionamento Bauman 1998 cita Sennett para dizer que numa gera o anterior a pol tica social se baseava na cren a de que as na es e dentro das na es as cidades podiam controlar as suas fortunas 55 Hoje
149. ralmente os diversos sentidos a sua posse sinal de espa o pr prio no Estado social Neste campo da solidariedade temos em 1968 os senhores A cari dade volunt ria que protagonizam passar para o Estado como obriga o Se de 1968 para a p s democracia a responsabilidade pelo bem estar dos cidad os passa para o Estado n o se extingue por completo o modelo caritativo e os programas que o supor tam associa es igrejas mutualismos Curioso notar que as institui es particulares de solidariedade social e no seu esteio o terceiro sector aparecem simbolicamente muito mais ligados este cariz caritativo a econ mico que quilo que se vem designan do como economia social A sociedade vai assim compatibilizar programas de aux lio de ndole quase anta g nica sem ter de optar o Estado republicano obriga se a integrar Igreja associa es diversas e particulares a auxiliar A resposta administrativa burocr tica e a resposta individualizada acodem muitas vezes sem qualquer articula o identifica o dos neces sitados por observa o cient fica de caracter sticas gerais no primeiro caso ou por identifica o vicinal 23 O que pode levar considera o racional de que as solu es pr ticas encontradas marcadas pelo sentir pela necessidade e pela pequenez reflexiva do local n o s o as mais adequadas 2008053 24 Ver 1968015 sobre o espa o ocupado pelo poder local na resolu
150. reequacionar o apresentar alternativas para transferir o problema o futuro Emerge um dueto de conjuntura rumo O segundo termo reservado para quando for poss vel Assim d se a queda nos ditames da conjuntura na resposta defen siva que tolhe as capacidades de decis o pol tica as limita ou desvia para assuntos late rais Esta submiss o da pol tica conjuntura que descrita ora como submiss o da poli tica economia ora globaliza o e apresentada como fatalidade pode esconder uma submiss o do interesse p blico a interesses outros numa transforma o comunicativa que pretende dirigir as decis es individuais uma objectiva o do poder simb lico de Bourdieu Neste contexto e em aparente contradi o com a sua natureza o direito dilui a positividade A dispers o a tecnicidade a direccionalidade para os casos e as situa es concretas v o produzindo um direito disperso n o integrado pol mico e litigante de Em 1988004 prop e se uma estrat gia de corcovas para a economia Em 1988025 esta apresen ta se como disciplina n o fi vel pass vel de leituras diversas aqui a ci ncia desce j abaixo do nivel do palpite ao degrau do manipul vel Em 2008001 usam se previs es discutiveis para sustentar a pol tica salarial Em 2008004 temos as estat sticas medida diferentes as do Instituto do Emprego e da Forma o Profissional das do INE 2008009 prev
151. rego e precariedade demografia e sustentabilidade desigualdade social e racionalidade econ mica sa de e educa o crescimento e crise perspectivas e teorias Esta diver sidade nem sempre parece resultar numa acumula o virtuosa antes numa indecifr vel logo racionalmente in til teia de op es cuja elei o sabe quase sempre a casualidade Nesta teia a proposta luhmanniana de identifica o das estruturas que subjazem s exist ncias e s viv ncias concretas dos sujeitos e mais especificamente de capta o intelig vel dos sistemas funcionais que condicionam as possibilidades de op o frente aos problemas concretos parece trazer novas Pugnando neste sentido por conjugar a inten o de iniciar uma investiga o emp rica com os resultados da breve viagem por alguma da produ o cient fica e filos fica sobre o objecto atribuo me em estado de ancoragem Teoria Geral dos Sistemas Sociais de Niklas Luhmann um novo problema que formulo sinteticamente sobre a forma de quest o De que falam e como falam os sistema sociais que observam a quest o social em Portugal 9 trabalho n o come a a recolha de dados mas com a escolha apurada de um problema pro metedor um problema que seja significativo na actual situa o problem tica que por sua vez est intei ramente dominada pelas nossas teorias Popper 2009 249 35 3 2 Delimitando op es metodol gicas Partindo da caracteriz
152. rg os institui es e pessoas de bem H reserva de um espa o ser ocupado ainda preferencialmente por quem pode e moralmente deve porque pode uma rea de interven o que zona de afirma o de distin o Surge ainda o senhor que det m simbolicamente o poder de ajudar porque det m o ter com que ajudar um poder dever num Estado m nimo para este efeito 71 Em 2008026 a legisla o que dissuade os funcion rios p blicos de se reformarem cedo penalizando os falha o objectivo 72 1968002 62 A figura do pobre como alvo da caridade associam se o senhor e a igreja esta ltima para al m das actividades directas pr prias de caridade e solidariedade medeia as ofertas das empresas privadas ainda n o imbuidas do conceito de responsabi lidade social Em fase posterior j marcada por uma tentativa de reserva simb lica pelo Estado do direito de intervir no social a Igreja e com ela diversos tipos de associa es ditas de solidariedade social v o continuar no campo e disputar o espa o de interven o con testando a primazia centralista do Estado Tal acentua a dicotomia carida de solidariedade a dimens o individual moral e a dimens o colectiva tica A solidariedade vir a ser subsumida nas vestes do Estado ficando a caridade nas margens como resqu cio como res duo de falta de modernidade como caracter stica incOmoda de uma socied
153. s Routledge Beck U 1992 Risk Society Towards a New Modernity Londres Sage Publications Berger P L 2006 Invitation la Sociologie Paris La D couverte Berger P L amp Luckmann T 2004 A constru o social da realidade Um livro sobre a sociologia do conhecimento 2 ed Lisboa Dinalivro Boltanski L amp Chiapello E 2001 Le nouvel esprit du capitalisme Gallimard Paris Boudon R 2005 Os Intelectuais e o Liberalismo Lisboa Gradiva Bourdieu P 1985 La distinction Critique sociale du jugement Paris Editions de Minuit Bourdieu P 1989 O poder simb lico 2 ed Lisboa Difel Castles S 2000 Ethnicity and Globalization Londres Sage Castles S amp Davidson A 2000 Citizenship and Migration Londres MacMillan Press Corcuff P 1997 As novas sociologias A realidade social em constru o Sintra VRAL Dahrendorf R 1996 A quadratura do c rculo Lisboa Edi es 70 Drucker P F 1993 Sociedade P s Capitalista Lisboa Difus o Cultural Elias N 1993 A sociedade dos indiv duos Lisboa Dom Quixote Esping Andersen G 1999 The Three Worlds of Welfare Capitalism Cambridge Polity Press Estanque E 2006 A quest o social e a democracia no in cio do s culo XXI Participa o c vica desi gualdades sociais e sindicalismo Finisterra 55 56 57 77 99 Estanque E amp Mendes J M 1988 Classes e desigualdades sociais em
154. s 18 09 1968 4 1968035 R O outro lado de Hollywood Um filme realista e desagrad vel sobre a do cinema 18 09 1968 12 1968036 A Freguesia de Louro prestou calorosa homenagem ao sr Artur Cupertino de Miranda durante a cerim nia do lan amento da primeira pedra da igreja paroquial 18 08 1968 5 1968037 18 08 1968 5 1968038 Numa era de cont nuas muta es n o podemos instruir os nosso filhos com os padr es gye serviram aos nossos pais 18 10 1968 2 1968039 Sabino Alonso Fueyo Reflex o sobre a Universidade 18 10 1968 8 1968040 Encarando com confian a as dificuldades do futuro A Lei de Meios para 1969 18 11 1968 1968041 A fam lia pais e dois filhos viajava toda na mesma motorizada Aconteceu um desastre e houve cinco feri dos 18 11 1968 2 1968042 Optimismo em Basileia Os banqueiros estiveram reunidos mas recusaram se a fazer declara es 18 1 1968 3 13 1968043 Aumentados os vencimentos dos professores de v rios graus de ensino 18 12 1968 1968044 A medicina portuguesa perante o momento que vivemos 18 12 1968 4 1968045 Aumento das tarifas dos t xis 18 12 1968 10 1968046 estudante a quarta parte da popula o do Barreiro 18 12 1968 8 17 1988001 Solidariedade social n o passa s pelo Estado 18 01 1988 4 1988002 Pacote laboral viola dignidade humana 18 01 1988 4 1988003 Empresas contestam ac o do Governo Ministro prometeu isen es mas apli
155. s entre os homens ao tornar homog neos as pessoas e os produtos que inaugura simultaneamente o reino da diferencia o sobre a perda das diferen as que se funda o culto da diferen a Baudrillard 2007 89 Tamb m Lipovetsky considera que o consumo ultrapassou a fase de cria o de status para libertar a auto constru o do sujeito o narciso p s moderno O universo do consumo tende a liber tar se dos confrontos simb licos Os prazeres passam a estar ligados aquisi o de coisas que t m menos a ver com a vaidade social do que com um mais poder sobre a organiza o das nossas vidas Lipovetsky 2007 44 O fen meno da constitui o de uma underclass guetizada constitu a por indiv duos submetidos a fen menos de desemprego estrutural prolongado subemprego subsidiodepend ncia fracas condi es habitacionais onde os imigrantes e outras categorias mulheres jovens t m uma representa o muito mais que proporcional em rela o sua presen a na sociedade foi tratado de forma muito expressiva na obra de William Julius Wilson When work disapears The world of the new urban poor 1997 Parecem me existir claros paralelos entre a constitui o de uma underclass dos guetos americanos por via da crise econ mica iniciada da d cada de 1970 e fen menos posteriores de subalterniza o e guetiza o de minorias exclu das na Europa e em Portugal 25 empregos ligados s novas tecnologias e
156. s para subtra rem a sua corpora o a esse ditame da globaliza o socioecon mica 19 Ver 2008077 e as tend ncias recentes de mudan a na estrutura do emprego em Portugal o go no quinto mais elevado agora mais inst vel e prec rio 130 1968035 Deslocaliza se com o fito nico no pre o do produto sem olhar sua qualidade final BI Em 1988016 Europa aparece uma vez mais como exemplo a harmoniza o O termo conju gado com a recorrente considera o do nosso atraso quer significar caminho nico 132 Caso paradigm tico a sempre presente falta de racionalidade da gest o de pessoal da administra o p blica em 2008038 procura se responder lhe com a Bolsa de Emprego P blico 33 Cf 1968035 Em Hollywood a arte cinematogr fica sai rua em protesto a deslocaliza o da activi dade traduzir se numa redu o do realismo das produ es em nome da mera redu o de custos 51 Tal ret rica pode reflectir se tamb m na escolha de o qu manter do Estado social Desta perspectiva esse gu pode ser definido n o por an lise minuciosa das necessidades e escolha criteriosa dos programas que as satisfa am mas pela manuten o de sectores inteiros margem das medidas racionalizantes a organiza o do sistema de sa de pode apresentar disfuncionalidades elevadas e contudo n o ser alvo de cortes nos custos 3 O mundo do trabalho digo do conjunto
157. se alcandorarem categoria de quadros bem remunerados poderiam ter sempre empregos nos servi os mais impos e mais liberais do que os que os seus antepassados haviam possu do na ind stria N o discuto aqui a possibilidade de realiza o pr tica do modelo mas moralizo sem neutralidade n o tem este modelo na sua Cf Sassen 1999 7 Para precis o do conceito ver P Villemus 2007 47 53 8 Villemus idem avan a a hip tese de um tiro pela culatra ao discernir no m dio prazo possibili dade de as grandes empresas ap tridas deslocalizarem j n o exclusivamente a produ o industrial mas tamb m o design a gest o e as finan as ou seja tudo 14 concep o do que devem ser as rela es entre regi es do mundo todos os ingredientes que caracterizam o colonialismo o eu e o outro o Norte e o Sul capataz e escravo Mas devemos situar temporalmente a mudan a os v rios p s ou post que hoje possamos eleger Hobsbawm identifica algumas das suas marcas e consequ ncias a morte do campesinato o crescimento a n vel universal das ocupa es que exigem edu ca o secund ria e superior a transforma o dos espa os industriais com o fim n o da condi o de oper rio mas das concentra es fordistas na acep o gramsciana e dos espa os de vida segregados a que estas davam origem e por fim o papel crescente das mulheres no mundo do trabalho H que ler por aq
158. sistent Gilets ae ee Ra ais a ee eke 37 3 4 Observa o e hermen utica nisin e a E EA A RS 39 4 Ler a Quest o Social Portuguesa pela 43 4 1 Coleccionando e relacionando observa es 43 Dividir AE R N A coueetones 43 Trabalho e conflito laboral eee 47 Educa o GH ae Re AES ahi ee ARS Mia eS 53 Economia ss sce sacs regras secs 56 Solidariedade paia 62 Modernidade tradicionalismo ssccesscecsseceececesceeenceceseeesaeeceeesencecseeeseneeceeeeeneeeees 66 Pol tica er ordem se 68 4 2 Programas institui es 76 5 Conclus o em forma de arremedo final de generaliza o 85 5 1 Partir com um pequeno alforge de problemas 87 Refer ncias Magenta 89 Partir de um Problema A discuss o sobre o modelo social europeu dirime se muito em dois campos dis tintos quando se estudam as suas condi es de sobreviv ncia faz se um diagn stico negro assente fundamentalmente nas vari veis demogr fica e econ mica s o necessida des a mais para muitos sem contrapartida no aum
159. ssume esta faceta reguladora agora entre o poder discricion rio do Governo e os trabalhadores independentes 2008023 242 Ver 2008041 e possibilidade de hospitais privados encerrarem servi os antes contratados com o Minist rio Em 2008055 a assist ncia a idosos pretende separar os que t m fam lias que podem pagar dos que n o t m Em 2008056 os lares cobram indevidamente incumprindo a lei aos idosos 82 23 O discurso da no do reconhecimento das particularidades locais que o afaste dele aloca o dos recursos ao local e tamb m dos recursos pol ticos vide capacidade de decis o sobre quest es importantes embate numa desconfian a que liga local e mes quinhez de interesses A desconfian a na regionaliza o a desconfian a nos poderes tacanhos que promovam a dissemina o e a generaliza o a n veis mais altos na medida dos recursos afectos da pequena corrup o j dada por generalizada Se na fase final do Estado Novo o poder local extens o do poder central parece comungar o seu ang lico desprendimento pelos bens terrenos a bem da na o a sua liberta o democr tica parece trazer lhe como presente envenenado a conjuga o sinon mica de poder aut nomo com corrup o A proximidade a rela o estreita suficientemente familiar para utilizar outros caminhos que n o os da lei coisa que rege rela es frias distantes e conflituais est presente e vive se nela Comunga se a id
160. stalada chegamos n o a uma redu o generalizada das disponibilidades econ micas para o cres cimento mas a uma competi o entre micro focos funcionais hoje privilegia se o apoio aos desempregados amanh ao emprego desapoiando os desempregados para que o procurem Esta esquizofrenia do Estado social rea esquece a defini o clara do que s o pragmaticamente as fun es sociais inegoci veis Com isto fica aberta a porta emer g ncia das restri es irrestritas E como a linguagem prevalecente a da economia com a dicotomia inclinada para o lado do n o paga a faceta program tica dos sistemas inte ressados no social acaba por ter que se reajustar internamente para fazer com que a m quina institucional se adeque s possibilidades do seu financiamento Cresce assim a competi o entre fun es na aloca o dos recursos Esta competi o mediada n o pela mera considera o dos m ritos comparativos dessas fun es mas pela ac o das 86 m quinas institucionais e organizacionais que os diversos programas foram criando Ha assim a cria o social do risco de que no seio desta competi o pelos recursos se esque a a finalidade ltima do Estado de bem estar um dilico proteger todos e tudo n o no sentido de uma mera compress o das possibilidades de apoio e do seu direccio namento para os mais necessitados mas na da resolu o de uma op o quase aleat ria sobre quem e o qu proteger desval
161. t n cia contr ria proactividade e quer significar que a situa o transcende as possibilidades do Estado 57 Escapa a uma racionalidade linear tamb m a distin o entre rendimento e quali dade de vida Os maiores sal rios nominais do mundo dos japoneses correspondem fraca qualidade de vida dos que n o t m tempo para se dedicar fam lia dado que trabalham mais horas A qualidade vida de medida multifactorial reage restri o da sua submiss o ao factor econ mico Pagar n o pagar diferente de ter n o ter quando este ltimo bin mio inclui factores distintos como o lazer ou a ecologia O Estado social ter que ver com esta ltima defini o de uma qualidade de vida integrado ra de diferentes dimens es ultrapassando ou esbatendo o mero problema da remunera o do trabalho e dirigindo se seguran a na sa de na educa o na velhice no meio ambiente na promo o dos tempos livres A sem ntica do fomento vai permanecer como contraponto dessa exist ncia con textual quase aleat ria que parece escapar vontade e ao controlo dessa sobrede termina o pelas condi es pelas finan as pela globaliza o essa demiss o da vontade de futuro pela rendi o a condi es pouco definidas especialmente quando s circuns t ncias objectivas se ligam factores t o et reos como a confian a dos agentes ou o clima econ mico pois uma mult
162. ta irrealista o caso das medi das dr sticas mais austeridade mais impostos tomadas sem qualquer considera 99200 o pelo aumento do custo de vida e que nos levam procurar resolver o paradoxo Assim em 2008034 a pretensa salva o da esquerda a aproxima o ao centro os partidos comunistas ficam reduzidos a uma esp cie de trav o social 1 Exemplo em 2008065 Ver 1988025 e a utiliza o pol tica das tend ncias 1 Em 2008028 os biocombust veis s o econ micos e ecol gicos mas retiram ao cultivo do p o arrisca se a fome a pol tica deve decidir contra eles Em 1988047 fala se da proposta de uma f brica do futuro em que um 3 sal rio referente parti cipa o nos resultados da empresa ser uma realidade A utopia desta realidade n o lhe retira realis mo no sentido de possibilidade poss vel quem lho vir a retirar ser o realismo da omnipresente cri se Em termos de confronto pol tico a proposta tender a ser tratada como devaneio irrespons vel quando sobre ela incidir o olhar do econ mico 200 Ver 1968017 69 de como o impopular sobrevive no seio da democracia e o popular pode ser apontado como o ponto fraco do regime Neste contexto os sistemas de consci ncia vivem de facto para l dos limites do sistema pol tico e observam no ao mesmo tempo que observam o sistema econ mico e usam as dicotomias vigentes d
163. tes Tal simplifica a vis o de conjunto as leis permitem aos ricos a fuga ao fisco a tributa o das mais valias apenas simb lica para as grandes empre sas os funcion rios p blicos ganham mais que os da privada Esta utiliza o das dis tin es est em si mesma na base de programas por exemplo as reformas a refor ma fiscal dever resolver situa es de inequidade a reforma do rendimento social de inser o dever separar necessitados de malandros Num determinado discurso o Estado social naturalizou se assim em muitas das suas caracter sticas Como tal pode aspirar a ser indiscut vel inquestion vel esta naturaliza o que alguns dos seus iconoclastas contestam N o se atacam muitas vezes os direitos constitu dos de per si mas a diferencia o da inclus o as c asses de inclui dos e de exclu dos Assim a prop sito da colagem da defesa de determinados direitos de certas classes manuten o do Estado social emerge a linguagem do privil gio que a linguagem da diferen a Certa defesa do Estado social assenta em princ pios que pare cem ser lhe antag nicos O direito adquirido cabe aqui em si mesmo um con 108 Sobre a evolu o do corporativismo sua adapta o aos tempos e as suas possibilidades de evolu o cf Lucena 1985 19 Ver 1988011 e 1988012 Em 1988050 a situa o profissional dos professores ligada pol tica geral d
164. tribuidor ou de produtor directo de servi os As invectivas ao Estado e sua inoper ncia traduzem se em posi es antag nicas as que querem menos Estado por vezes sob a formula o eufem stica de outro Esta do e as que sob o signo psicol gico da orfandade e em contraciclo com a tend ncia dos dec nios recentes colocam na arena do debate pol tico a reivindica o de mais Estado A crescente e recorrente falta de meios para manuten o das politicas sociais de antigamente determina op es realistas como o regresso das medidas paliativas de car cter essencialmente s cio caritativo ou a convoca o insistente da entrada em campo da chamada sociedade civil nomeadamente atrav s do terceiro sector Afasta se por pretenso imperativo econ mico a ideia da cidadania plena em que os sujeitos s o portadores de direitos inalien veis e constitucionalmente defendidos sintom tica des ta tend ncia a transforma o entre n s dos direitos constitucionalmente consagrados em tendencialmente gratuitos a incongru ncia de pagar por um direito n o se aproxima da extin o desse direito o que de facto abre caminho a uma progressiva e sempre discricion ria eros o desse direito como estando na esfera jur dica de cada cidad o enquanto cidad o a esta pol tica de equil brios e de solu es criativas que se op em alguns daqueles que ainda pensam que a cidadania deve e pode voltar a ser vivida como um
165. tualidade os question rios as entrevistas os focus groups Se o sistema existe e estruturado por comunica o ent o sem n tica que constitui o sistema ela a sua estrutura E enquanto existente dado presen te e acess vel observa o enquanto dado Se estrutura estabilidade torna se invi vel procurar discerni la no fervilhar das rela es face a face Na mesma linha regista se uma velocidade diferente entre a estrutura comunica cional que constitui o sistema e o ru do informativo do seu meio O sistema habitual mente mais lento e est vel A efervesc ncia do meio n o tem que provocar no sistema uma resposta adaptativa A comunica o interna do sistema essa sua estrutura pode sofrer poucas altera es e eventualmente sofr las na raz o inversa da confus o infor mativa que lhe chega do meio envolvente Corol rios pr ximos nas consequ ncias brotam directamente da teoria da evolu o o primeiro diz nos que para abarcar cognitivamente um sistema h que olhar o seu trajecto temporal captando a presen a de caracter sticas que n o parecendo mente funcionais no momento da observa o permanecem na estrutura por in rcia o segundo filho das no es de autopoiese autorreferencialidade e reflexividade diz que o 54 O aparelho conceptual e t cnico necess rio para esta tarefa bastante extenso e o curso da argu menta o n o linear nem circular
166. ui as evolu es que partem da concep o marxista da divis o de classes para a adaptar a uma realidade hist rica que n o cumpriu o des gnio de criar uma classe oper ria distinta e politicamente activa afir mando se pelo contr rio um universo do trabalho de estrutura diferente onde ainda podemos vislumbrar classes condicionadora de novas rela es e de novas mentalida des A procura de um acontecimento central que localize a mudan a no tempo e no espa o alvo de disputa Elejo o meu cria o do conceito de sociedade de 9 Essa palavra que facilita a n o precis o conceitual e que de acordo com Hobsbawm reflecte uma difi culdade dos intelectuais do s c XX quando enfrentam o que o seu passado n o as preparou para enfrentar as pessoas tacteiam em busca de palavras O mundo ou os seus aspectos relevantes tor nou se p s industrial p s imperial p s moderno p s estruturalista p s marxista E a maior transfor ma o social a mais sensacional r pida e universal da hist ria humana entrou na consci ncia das mentes pensadoras que a viveram sob o signo destas terminologias h bridas Hobsbawm 2008 284 285 19 Cf Gramsci 1974 138 ss Hobsbawm cit 284 ss atesta apoiando se em dados estat sticos que a redu o quantitativa do operariado em grande parte resultado de uma ilus o as novas unidades industriais tecnologicamente avan adas s o de menores dimens
167. um aumento recente das desigualdades com crescentes dificuldades n o em manter regi mes de inclus o superiores aos dos pa ses centrais e do Sul mas em os manter aos n veis do seu melhor per odo 28 tarefa que incumbe ao Primeiro Mundo no pr ximo e futuro consiste em conseguir a quadratura do c rculo entre cria o de riqueza coes o social e liberdade pol tica A quadratura do c rculo imposs vel mas pode haver uma aproxima o e um projecto realista de promo o do bem estar social n o pode provavelmente ter objectivos mais ambiciosos Dahrendorf 1996 16 J Judt 2009 527 descreve o problema dos Estados europeus como a dificuldade de fazer a quadratura do c rculo do pleno emprego dos sal rios reais elevados e do crescimento econ mico 9 Elucidativa a este respeito a obra de Giddens A Europa na Era Global que apresenta para cada problema a sua receita com um espec fico condimento um tempo de cozedura e uma diferen a regional ali faz se assim deu resultado acol Assim os diferentes tipos de sistema distinguem se em parte porque escolheram combina es vari veis 30 Giddens 2007 27 3 Anton Hemerijck e colegas contestaram de forma persuasiva que as provas emp ricas s o sur preendentemente d beis A hist ria recente da Escandin via mostra que de facto poss vel ter finan as p blicas s s baixa desigualdade e altos n veis de emprego ao
168. um processo de individualiza o seculariza o e perda do controlo pelas for as da tradi o das estruturas culturais da sociedade Numa das suas vers es actuais num dos 4 Utilizo o termo dominante e dominada no actual contexto de globaliza o para evitar o jarg o mais comum da an lise de classes cl ssica Poderia talvez com a vantagem de ter atr s de mim o peso da cita o usar como Bauman 1998 80 uma imagem de cota geogr fica a diferen a entre os do alto e os baixo que os primeiros podem deixar os segundos para tr s mas n o vice versa A dicotomia tamb m simplifica a exposi o N o confundamos esta caricatura do liberalismo cuja simplicidade no entanto serve muitas vezes de princ pio de afirma o pol tica com as diversidades por vezes profundas que existem entre os pen samentos liberais mais consistentes Sobre essa diversidade do pensamento liberal e de alguns mal entendidos a seu respeito ver Boudon 2005 15 55 24 seus p s a modernidade produz nas sociedades ocidentais novas formas de constru o dos sujeitos onde a posi o central do trabalho substitu da pela do consumo Olhando ora por um prisma mais liberal a sociedade transforma se por ac o dos sujeitos que agindo no seu interesse agem simultaneamente no interesse comum ora por um prisma mais socializante a estrutura social condiciona os indiv duos sendo estes moldados pelas rela
169. undamentais para este 82 As altera es do meio n o pressup em altera es correlativas do sistema Como refere Luhmann 1998 A autorrefer ncia e com ela todas as interdepend ncias estabelecidas em todos os momentos de sentido mant m se preservada mas na rela o com o meio agrega se um interruptor de interdepend n cia O sistema assimetriza se a si mesmo p 59 e passa a formas de causalidade que o subtraem em grande medida de uma manipula o exterior certeira p 62 83 poss vel que exista tamb m a efectividade demogr fica dos meios de comunica o de massas mediante a qual se formam mentalidades colectivas que d o lugar a condi es que todos os sistemas h o de ter em conta 1998 57 37 estudo e que s o e de acordo com a pr pria terminologia de Luhmann simples se ec es de entre um excesso de possibilidades Uma primeira e pol mica asser o de Luhmann a de que os sistemas sociais exis tem n o sendo meras constru es anal ticas destinadas a observar a sociedade a partir de uma matriz pr desenhada Ent o se os sistemas existem t m que ser encontrados um corol rio metodologicamente determinante partindo dele a pesquisa sociol gica de linha luhmaniana esquece o m todo dedutivo rejeita a formula o de hip teses elide a etapa da observa o directa dos acontecimentos descarta as metodologias de recolha de dados em situa o de presen a e de ac

Dissertação mestrado José Alfaiate

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