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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

1. Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Em lio Manuel Ara jo Machado Disserta o de Mestrado Submetida para satisfa o parcial dos requisitos do grau de mestre do Mestrado em Inova o e Empreendedorismo Tecnol gico MIETE Orientador Mestre Manuel Au Yong Oliveira INESC Porto Faculdade de Engenharia Universidade do Porto Department of Economics Management amp Industrial Engineering University of Aveiro Co Orientador Professor Doutor Jo o Santos Baptista CIGAR Faculdade de Engenharia Universidade do Porto Universidade do Porto Faculdade de Engenharia FEUP Julho de 2011 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Resumo A seguir a uma revis o da literatura respeitante ao problema das les es m sculo esquel ticas resultantes do exerc cio da enfermagem em contexto hospitalar e baseado tamb m em alguma experi ncia em seguran a ocupacional o autor encontrou se motivado para a realiza o deste projecto V rias quest es eram vistas como estando em aberto sem solu o especialmente em Portugal nomeadamente 1 Que queixas est o associadas ao desempenho de tarefas de enfermagem 2 Em termos de n meros absolutos as les es m sculo esquel ticas s o s rias 3 Ser que o ambiente edif cios a tecn
2. 24 Quais as interven es poss veis no seu local de trabalho que poder o diminuir os riscos de desenvolver uma les o m sculo esquel tica 125 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais ANEXO F Imagens recolhidas pelo Autor durante a execu o das rotinas de enfermagem Agosto de 2010 Imagem 2 Ajudar paciente a Imagem 1 Levantar cae aciente do leito sentar no cadeir o ao lado da Imagem 3 Aplica o P cama de curativo aos membros inferiores As imagens 1 e 2 representam as actividades desenvolvidas pelos profissionais de enfermagem que apresentam maior risco de LMERT segundo revis o bibliogr fica realizada pelo autor tendo como factor agravante a repeti o das tarefas realizadas bem como a tipologia de pacientes a transferir ou mobilizar doentes com pouca mobilidade e autonomia e obesos A imagem 3 representa a postura err nea na presta o de cuidados a um doente nos membros inferiores conduzindo a sobrecarga e tens o nas regi es dorsal e cervical 126 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais ANEXO G Resultados globais do estudo representados em gr ficos Os gr ficos apresentados s o relativos m dia de todas as unidades hospitalares estudadas E Masculino B Feminino Distribui o da amostra por g nero Tempo na profiss o E inferi
3. 1 a5 anos 6 a 10 anos mais de 10 anos 4 Tempo anos no servi o actual 5 Fun o que desempenha actualmente Presta o de cuidados Gest o Ambas 6 Qual o hor rio actual de servi o Diurno Nocturno Rotativo M T N Anos 119 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais 7 Carga hor ria semanal em m dia Menos de 35 h 35h a 42h Mais de 42h 8 Indique o r cio enfermeiro doente no seu servi o em m dia PARTE 2 ACIDENTES DE TRABALHO 9 Ja teve algum acidente de trabalho com origem m sculo esquel tica Sim N o 10 Se respondeu sim qual o tempo de incapacidade dele resultante em dias 11 Que tipo de acidente sofreu PARTE 3 QUEIXAS E SINTOMATOLOGIA M SCULO ESQUEL TICA 12 Nos ltimos 12 meses sentiu alguma dor ou desconforto m sculo esquel tico em alguma parte do corpo N o avance para a parte 4 Sim Qual a sintomatologia e as partes do corpo afectadas SINTOMATOLOGIA Sintomas de ci tica Dor Formigueiro dorm ncia Diminui o da for a muscular Outra 120 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais REGI O CORPORAL AFECTADA Regi o cervical ombros e pesco o Regi o dorsal Regi o lombar M
4. Aprecia o do risco Processo de gest o do risco resultantes de perigos identificados tendo em conta a adequabilidade dos controlos existentes cujo resultado a decis o da aceitabilidade ou n o do risco Norma Portuguesa 4397 2008 Avalia o do Risco Processo din mico como objectivo de estimar a magnitude dos riscos para a seguran a e sa de dos trabalhadores Almeida 2007 Biomec nica Consiste numa rea de estudo que aplica as leis da f sica e conceitos de engenharia de forma a descrever o movimento de todos os segmentos do corpo bem como as for as exercidas durante os movimentos Nelson 2006 Componentes materiais do trabalho Local de trabalho ambiente de trabalho ferramentas e m quinas al nea f do artigo 4 da Lei 102 2009 de 10 de Setembro Controlo de risco Tem por finalidade a elimina o ou redu o da probabilidade da exposi o a um perigo que pode conduzir a um determinado acidente ou doen a profissional Freitas 2002 Doen a profissional Consideram se doen as profissionais as constantes da Lista das Doen as Profissionais e ainda as les es corporais perturba es funcionais ou doen as que apesar de n o estarem inclu das naquela Lista sejam consequ ncia necess ria e directa da actividade profissional e n o representem um desgaste normal do organismo Decreto Regulamentar n 76 2007 de 17 de Julho Enfermaria Local de trabalho onde os profissionais de s
5. o de doentes pelos diversos profissionais de enfermagem verifica se que em m dia o r cio enfermeiro doente atinge os 6 a 7 doentes por cada enfermeiro no entanto o turno da noite apresenta um maior r cio com uma m dia de 15 doentes por cada enfermeiro Relativamente exist ncia de acidentes de trabalho com origem m sculo esquel tica 85 dos participantes no estudo n o manifestou esse acontecimento contudo dos que responderam afirmativamente 50 relaciona o acidente com les o muscular nos membros superiores A totalidade dos profissionais 15 que indicaram ter sofrido 50 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais acidentes de trabalho com origem m sculo esquel tica identificou um per odo de baixa at um m s No que concerne ao tipo de acidente sofrido 50 dos acidentados referem les es nos membros superiores Embora a maioria dos participantes no estudo n o tenha manifestado acidentes de origem m sculo esquel tica 85 manifestam sintomas e apresentam dor ou desconforto da mesma origem nos ltimos 12 meses Em rela o ao quadro sintomatologia 66 da amostra refere claramente dor sendo que as queixas de formigueiro e dorm ncia est o presentes em 19 da amostra No que concerne regi o corporal mais afectada 37 de participantes no estudo evidenciam de forma clara a regi o lombar seguida das regi es dorsal com 23 e membros inferiores com 16 O quad
6. Forma o e Sa de Lda Pheasant S T 1991 Ergonomics work and health Macmillan Press Pompeii L A Lipscomb H J Schoenfisch A L Dement J M 2009 Musculoskeletal injuries resulting from patient handling tasks among hospital workers American Journal of Industrial Medicine 52 571 578 Robertson M M Huang Y H O Neill M J Schleifer L M 2008 Flexible workplace design and ergonomics training Impacts on the psychosocial work environment musculoskeletal health and work effectiveness among knowledge workers Applied Ergonomics 39 482 494 Rogers R and Salvage J 1988 Nurses at risk A guide to health and safety at work Oxford Heinemann Nursing Vieira E R 2007 Why do nurses have a high incidence of low back disorders and what can be done to reduce their risk Bariatric Nursing and Surgical Patient Care 2 2 141 147 108 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Vieira E R and Kumar S 2009 Safety analysis of patient transfers and handling tasks Qual Saf Health Care 18 380 384 Vieira E R Kumar S Coury H J C G Narayan Y 2006 Low back problems and possible improvements in nursing jobs Journal of Advanced Nursing 55 1 79 89 Wilson J R 2000 Fundamentals of ergonomics in theory and practice Applied Ergonomics 31 557 567 109 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais
7. Nelson et al 2003 e Nelson 2006 referem que existem quatro factores que mais contribuem para as les es m sculo esquel ticas em enfermagem as caracter sticas do profissional de enfermagem a fazer o levantamento a carga elevada ou seja o paciente o ambiente de trabalho e as tarefas de trabalho Por sua vez Rogers e Salvage 1988 consideram que as les es nas costas conseguem ser minimizadas mediante a adop o de medidas preventivas tais como pol tica de seguran a auxilio no levantamento forma o e treino n mero de funcion rios selec o de pessoal equipamentos e ambiente recursos A relev ncia do estudo das les es m sculo esquel ticas em enfermagem tamb m encontra pertin ncia nos elevados custos das les es m sculo esquel ticas com os enfermeiros Owen 1991 Segundo Best 1997 existe unanimidade na literatura relativamente ao facto de que a maioria das dores ou les es nas costas est o relacionadas com a exposi o cr nica e de alto risco no exerc cio das opera es de mobiliza o e transfer ncia Best 1997 refere ainda que medi es como a electromiografia a press o intra abdominal a observa o do comportamento e estudos epidemiol gicos de les es m sculo esquel ticas t m sido usados com o objectivo de quantificar e qualificar os esfor os envolvidos Nelson et al 2003 indicam a primeira medida para redefinir as tarefas de enfermagem de risco elevado que consistiu na execu o
8. Relativamente ao conhecimento sobre o risco de desenvolvimento de les es m sculo esquel ticas e as suas consequ ncias a totalidade dos participantes no estudo manifestaram esse conhecimento A aquisi o de conhecimento para 29 indica ter acontecido durante a sua forma o acad mica 20 refere que se comenta o assunto no servi o e 19 revela que foi atrav s da forma o em servi o Quando questionados em rela o s situa es que consideram contribu rem para o risco de desenvolvimento de les es m sculo esquel ticas 11 indicam a mobiliza o e posicionamento manual de doente a mesma percentagem aponta as camas cadeiras de rodas macas com rodas de dif cil movimenta o como causa de igual modo com 11 alude as superf cies de trabalho demasiado altas ou baixas e ainda 10 refere a diferen a de alturas entre cama e maca e transporte e movimenta o manual de equipamentos e doentes Para 29 dos participantes no estudo a rota o do tronco em p constitui uma das posturas que mais contribuem para o risco de desenvolver les es m sculo esquel ticas seguido de 27 pelo facto de alcan ar e sustentar peso afastado do corpo e 24 atrav s de movimentos de inclina o do tronco para a frente respectivamente 46 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Em caso de sobre carga f sica as interven es adoptadas por 48 dos participantes no estudo refere
9. esquel tico que resultam do acumular de tens es e sobrecargas mec nicas induzidas a uma parte do corpo ao longo de um per odo de exposi o em que o per odo de recupera o escasso A Comiss o Internacional de Sa de Ocupacional estabelece o conceito de patologias relacionadas com o trabalho Work related Musculoskeletal Disorders como enfermidades inerentes ao sistema m sculo esquel tico que encontram um factor causal relacionado com o trabalho Sendo enquadradas como tal as les es inflamat rias e degenerativas que provocam dor e perda de capacidade de trabalho WHO 1995 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais A biomec nica das actividades laborais constitui factor de cariz ergon mico que por sua vez poder ser originado pela elevada repetitividade do mesmo padr o de movimento na aplica o de for a com a m o ou dedos esfor o excessivo de grupos musculares ambiente t rmico desfavor vel mobili rio desajustado Oliveira 2001 Nunes 2006 refere tamb m que qualquer parte do corpo poder ser alvo deste tipo de patologia no entanto os membros superiores o pesco o e a zona lombar assumem maior preval ncia Sendo os sintomas mais frequentes desconforto dor e formigueiro rigidez articular fadiga diminui o da for a muscular incha o etc A t tulo ilustrativo importa considerar que a dor sempre que se torna aguda denomina se de
10. sofrer de dores nas costas Paralelamente Smith e Leggar 2003 citados por Smith et al 2004 referem que as les es m sculo esquel ticas assumem uma das causas mais relevantes de sinistralidade no trabalho e incapacidade na profiss o de enfermagem 11 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Smedley et al 1997 citado por Karahan 2004 referem que os enfermeiros s o o grupo profissional que se depara com os mais s rios problemas de dores e les es nas costas quando comparado com outras profiss es French et al 1997 citado por Karahan 2004 referem que a incid ncia de dores nas costas entre os enfermeiros t o elevada como a verificada na ind stria nas opera es manuais Pheasant 1991 e Stub 1983 citados em Hignett 1996 referem que relativamente popula o em geral os enfermeiros t m quase mais 30 de aus ncias ao trabalho devido a dores nas costas Opera es de transfer ncia de doentes s o referidas com as principais respons veis pelas dores lombares Hignett 1996 Neste contexto torna se premente perceber porque ocorrem estes problemas e qual a sua tend ncia em rela o inerente resolu o Nelson et al 2003 referem que os esfor os para diminuir significativamente os riscos m sculo esquel ticos relacionados com a presta o de cuidados aos pacientes t m sido largamente mal sucedidos durante as ltimas d cadas
11. Coloquei Voltaren e com repouso foi ao s tio Ao s tio n o foi pois sinto nas mudan as de tempo umas dores horr veis Tudo aconteceu porque o doente era muito pesado e ao tentar transferir com a assistente operacional o doente caiu sobre mim Ao fazer contra peso senti algo a rasgar nas costas Fiz mal n o liguei no momento A prioridade foi a presta o do cuidado e a minha sa de passou para segundo plano Tamb m utilizo meias de descanso Autor do estudo Sentiu dores ou desconforto m sculo esquel tico nos ltimos 12 meses Enfermeira Sim senti poucos dias s o os que n o sinto dor na regi o lombar Lombalgia O tratamento a que recorri o que todos nos recorremos no servi o Automedica o E verdade tamb m h sempre um colega da reabilita o que tem jeito para massagens e ajuda imenso 110 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Geralmente a dor passa com o repouso sem d vida s vezes sou tamb m obrigada a abrandar o ritmo e a alterar a forma de trabalhar Quando n o d mais uso os elevadores para as transfer ncias Apenas temos um elevador por servi o homens e mulheres ou seja sempre que o mesmo necess rio em simult neo o que acontece sempre algu m n o vai utilizar Tamb m pouco funcional Enquanto colocamos e montamos j adiantamos muito servi o Mas concordo que importante Dev amos ser mais sensibilizados a utilizar
12. Genaidy A Yeung S Deddens J Sauter S 2005 The relationship between protective and risk characteristics of acting and experienced workload and musculoskeletal disorder cases among nurses Original Research Article Journal of Safety Research Volume 36 Issue 1 Pages 85 95 Goh Y M Brown H Spickett J 2009 Applying systems thinking concepts in the analysis of major incidents and safety culture Safety Science Goldmam R H Jarrard M R Kim Loomis S e Atkins E H 2000 Prioritizing back injury risk in hospital employees application and comparison of different injury rates Journal of Occupational and Environmental Medicine 42 6 645 652 Grandjean E 1980 Fitting the Task to the Man Edi o Taylor amp Francis London Guedes M 2000 Dist rbios osteomusculares e o trabalho de enfermagem hospitalar estudos com auxiliares de enfermagem em unidade de ortopedia Rio de Janeiro Gupta P 2008 Inova o empresarial no s culo XXI Grupo Editorial Vida Econ mica Porto Harber P Shimozake S Gargner G Billet E Vojtechy M e Lanim L 1987 Importance of non patient transfer activities in nursing related back pain ll 95 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Observational study and implications Journal of Occupational Medicine 12 971 974 Harichaux P et Libert J 2003 Ergonomie et Prevention des Risques Profissio
13. Higiene e Sa de no Trabalho praticamente nula Nunes 2006 p 120 os enfermeiros entrevistados estavam cientes dos riscos inerentes sua fun o profissional Por outro lado concorda se com Nunes 2006 na medida em que A sa de dos trabalhadores nos locais de trabalho para al m de uma mat ria laboral econ mica e de sa de um assunto que exige responsabilidade social e cidadania pelo que implica uma maior aten o e envolvimento de diversos parceiros sociais incluindo a Administra o P blica Nunes 2006 p 120 Nunes 2006 p 120 refere ainda que se mant m na regi o uma perspectiva legal e culpabilizante na cultura da preven o dos acidentes de trabalho Concorda se com esta afirma o na medida em que h uma preocupa o legal nos hospitais com os quais foram efectuados os contactos e uma preocupa o em cumprir o que a legisla o exige ao inv s de existir uma cultura de seguran a que necess ria Ainda persiste a no o de que a seguran a no trabalho um custo e n o um benef cio a que os trabalhadores neste caso enfermeiros t m direito Embora se tenha evidenciado este problema no caso Portugu s n o se pensa que seja um problema nico para Portugal Mas n o deixa de ser preocupante por isso Foi muito interessante a visita ao terreno aos hospitais por um lado porque se observou a vertente humana mais de perto tanto dos profissionais como dos doentes por outro devid
14. es molares partilhadas entre os trabalhadores acerca do seu ambiente de trabalho Turner 1989 Conjunto de valores e cren as que interagem com as estruturas de uma organiza o e inerentes sistemas de controlo resultando na produ o de normas comportamentais Cox e Cox 2001 Cultura de seguran a reflecte as atitudes cren as percep es e valores que os trabalhadores partilham em rela o seguran a International Safety Advisory Cultura de Seguran a o conjunto de Group 1991 caracter sticas e atitudes nas organiza es e indiv duos que estabelece como prioridade principal as quest es de seguran a Clarke 1999 A principal caracter stica da cultura de seguran a a percep o compartilhada entre gestores e colaboradores sobre a import ncia da seguran a Pidgeon 1997 Um conjunto de cren as normas atitudes pap is e praticas sociais e t cnicas levadas a cabo com a preocupa o de minimizar a exposi o dos trabalhadores gestores clientes e membros do p blico a condi es consideradas perigosas 2 8 Behavioural Safety Uma corrente de pesquisa defende que a seguran a no trabalho depende da mudan a de comportamentos Assim seguran a comportamental ou o comportamento baseado na seguran a behavioural safety uma abordagem desenhada para mudar comportamentos relacionados com a seguran a directamente atrav s da aplica o de princ pios 23 A Tecnologia como
15. n o querendo descorar nenhum testemunho recolhido Hospital de Braga O Hospital de Braga designado aquando da realiza o do estudo de Hospital de S o Marcos designado por HSM considerado um Hospital Central e ocupa uma posi o fundamental no distrito Cobrindo nos servi os de primeira linha 300 000 habitantes e 1 100 000 nas val ncias altamente diferenciadas com a inclus o de todos os concelhos inerentes ao Distrito de Braga e Viana do Castelo Neste hospital foram inquiridos e entrevistados enfermeiros dos Servi os de Medicina Interna e Ortopedia que se encontravam ao servi o no momento da colheita de informa o O servi o de Medicina assume se com um servi o hospitalar de ac o m dica no qual se destacam as fun es de assist ncia e forma o No que concerne primeira fun o inclui o internamento consulta externa e urg ncia O servi o de internamento de doentes e a inerente presta o de cuidados constituiu o principal campo de an lise neste Servi o Em particular foram participantes no estudo enfermeiros do servi o de Medicina II Este servi o possui uma lota o de 36 camas com 3 por quarto com dois sectores divididos fisicamente com a mesma dimens o Homens e Mulheres Este servi o composto por 20 M dicos 36 Enfermeiros e 16 Assistentes Operacionais Como referido em fonte oficial por este hospital a taxa de ocupa o situa se entre os 90 e os 100 O servi o de Ortopedia ou CRO C
16. o e posicionamento manual de doentes enquanto que 12 referem a inexist ncia de material e equipamentos auxiliares 11 indica o transporte e movimenta o manual de equipamentos e doentes 10 salientam camas cadeiras de rodas macas com rodas de dif cil movimenta o e 10 refere equipamentos e mobili rio desadequados s actividades As posturas que mais contribuem para o risco de desenvolver les es m sculo esquel ticas s o para estes participantes no estudo a postura para alcan ar e sustentar peso afastado do corpo 24 e movimentos de inclina o do tronco para a frente 23 Em caso de sobrecarga f sica as interven es adoptadas por 23 dos participantes no estudo manifestam como solu o adoptada a solicita o do aux lio de colegas e tamb m 23 procuram orientar o doente para t cnicas de autonomia enquanto 20 recorrem utiliza o de equipamentos auxiliares e 17 procuram melhorar a postura Para 28 dos participantes no estudo existe colabora o entre colegas nas diferentes actividades enquanto 24 indica que h per odos do turno em que o ritmo de trabalho n o permite fazer uma pausa e 22 refere ainda que existe autonomia suficiente para decidir sobre o ritmo de trabalho Da amostra 33 revela que normalmente as camas cadeiras de rodas e macas apresentam rodas em mau estado e dif cil movimenta o 25 salientam que raramente existem equipamentos para aux lio nas actividades de maior esfor o
17. os Ainda no aux lio mobiliza o no leito a barra tipo trap zio sempre que o doente cooperante pode fornecer um aux lio importante minimizado o esfor o f sico do profissional A aquisi o de cadeiras sanita e equipamento de suporte higieniza o na banheira ou polib assume ainda espacial relev ncia com vista estabilidade do doente durante a realiza o destas rotinas 86 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Tabela 5 Quadro de Medidas de interven o apontadas pelos enfermeiros para melhoria das condi es de trabalho nos seus servi os Hospitais Guimar es Guimar es Fafe Braga Braga Hospital Outros Medicina Ortopedia Medicina Medicina Ortopedia Sul Hospitais Medidas Adop o de Elevadores de transfer ncia ii Ei i jj E E Forma o a a bg a Cintos de Transfer ncia Camas ajust veis el ctricas ii a E Equipamento mais moderno com mais automatismos j Reduzir o n de doentes por enfermeiro Contrata o 2 e de mais profissionais de enfermagem Equipamento em bom estado ji Marquesas Macas regul veis e el ctricas i Maior espa o no trabalho Rampas nos polib s das casas de banho A Adop o de camas articuladas e cadeira sanita em bom estado de conserva o 87 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais 5 Conclus es A problem tica
18. sendo extrapolado para outras reas Feng et al 2008 A materializa o de uma cultura de seguran a foi indicada como um meio de reduzir o potencial de desastres em larga escala e de acidentes associados a tarefas de rotina Cooper 2000 Geralmente o que define como seguran a adv m de um conjunto de pr ticas sustentadas num sistema de s mbolos e significados que norteiam a ac o Freitas 2002 As organiza es com as culturas de seguran a eficazes compartilham de um compromisso constante com a seguran a como uma prioridade de n vel superior que permeia toda a organiza o Pizzi O estudo refere ainda que este conceito inclui os seguintes componentes e Caracter sticas organizacionais que potenciam o erro e Responsabilizar mediante um ambiente livre onde os indiv duos s o capazes de relatar erros ou chamadas de aten o sem puni o e Expectativa de colabora o procurando solu es para as vulnerabilidades disposi o por parte da organiza o para direccionar recursos para responder a preocupa es de seguran a Seguidamente apresenta se a tabela 2 onde est o definidas v rias defini es de cultura de seguran a em fun o dos seus autores 22 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Tabela 2 Conceitos de cultura de seguran a Refer ncia Defini o de cultura de seguran a Zohar 1980 Um sum rio de percep
19. Alexandre 2007 Para avaliar tratar e consequentemente prevenir este tipo de les es torna se premente entender os mecanismos intr nsecos que originaram esta sintomatologia Genaidy et al 2005 No entanto os factores f sicos no manuseamento dos pacientes s o a causa mais referida para as les es de costas Yip 2001 Retsas e Pinikahana 2000 Marras et al 1999 Estes autores referem tamb m que actividades como a movimenta o de pacientes s o classificadas como potenciadoras de alto risco de les o Destacam se o reposicionamento ou ajuste de um doente no leito bem como actividades de transfer ncia de um paciente para a cama cadeir o ou mesmo auxiliar o doente durante um determinado percurso Skotte et al 2002 Owen 2004 Yip 2001 Engvist et al 1998 Garg 1991 A eleva o mobiliza o e transfer ncia de doentes apontada como a causa mais frequente da les o dorso lombar Holman 2009 Este autor menciona ainda que as enfermeiras expostas a este tipo de tarefas apresentavam um risco de les o de 26 em rela o aos trabalhadores n o expostos Entre os diversos factores referidos por Alexandre 2007 como causadores de dores nas costas destacam se os aspectos organizacionais aus ncia de equipamentos adequados defeitos cong nitos e posturais for a muscular entre outros Assim a utiliza o de dispositivos auxiliares a melhoria das instala es f sicas revis o de aspectos organizacionais program
20. Relative to the existence of work accidents which are related to musculoskeletal origins 75 of the sample did not manifest that occurring Of the 25 who indicated having had work accidents with musculoskeletal origins 32 did not present sick leave due to incapacity however 68 presented a two day to over one month s incapacity with particular relevance to 32 of the sample who indicated work incapacity of between one and two weeks As concerns the type of work accident suffered 48 revealed lower back injuries and 20 manifested muscular injuries in the superior members Although the majority of the sample had not manifested work accidents as having a musculoskeletal origin 81 had symptoms and presented pain or discomfort of this same origin in a part of their bodies during the last twelve months In relation to symptoms 58 presented localized pain and 18 stated that they had a tickling as well as a numb feeling The region of the body most affected with 40 of the answers is the lower back region followed by the cervical 20 and dorsal 18 regions 58 of the sample confirmed that they had used some form of treatment due to symptoms associated to musculoskeletal injuries Of the 58 of the sample who confirmed having used treatment associated to musculoskeletal symptoms 35 affirmed having used self medication 25 used physiotherapy 24 used prescribed medication and only 2 needed to resort to surgery For 39 of the sample
21. Safety Center of Inquiry Tampa Fl rida Veterans Health Administration and Department of Defense European Agency for Safety and Health at Work 2008 E fact 28 Patient handling techniques to prevent MSDs in health care acedido em Maio de 2010 em http osha europa eu pt publications e facts efact28 Feng X Bobay K Weiss M 2008 Patient safety culture in nursing a dimensional concept analysis Journal of Advanced Nursing Volume 63 Issue 3 pages 310 319 Fernandez Ana 2007 Higiene Seguran a e Preven o de Acidentes de Trabalho Edi es Verlag Dashofer Lisboa Fern ndez Mu iz B Montes Pe n J M e V squez Ord s C J 2007 Safety culture Analysis of the causal relationships between its key dimensions Journal of Safety Research 38 627 641 Ferreira M 2003 Quais os riscos de sa de dos enfermeiros nos locais de trabalho Revista Servir 51 60 67 Finch Guthrie P Westphal L Dahlman B Behnam K Ferrell D 2004 A patient lifting intervention for preventing the work related injuries of nurses Work 22 79 88 94 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Firmino M 2002 Gest o das Organiza es Conceitos e Tend ncias Actuais Escolar Editora Porto Fonseca M 2005 Contributo para avalia o da preval ncia de sintomatologia m sculo esquel tica auto referida pelos enfermeiros em meio hospitalar Disser
22. Somos uma classe esquecida na 34 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais vertente da seguran a no trabalho Estes estudos deveriam ser realizados com mais frequ ncia pois evidenciam os problemas concretos nos servi os Enfermeiro de um servi o de Medicina Interna Agosto de 2010 De forma a identificar os principais perigos nas principais tarefas observadas os enfermeiros foram observados durante a execu o das rotinas atrav s de sess es fotogr ficas Oliveira et al 2011 Durante as visitas aos estabelecimentos hospitalares foram sendo recolhidas informa es adicionais relativamente org nica dos servi os bem como s atribui es t cnicas da fun o enfermeiro por entender que contribuem para o enriquecimento do presente trabalho de investiga o ajudando a perceber o fulcro principal intr nseco s tarefas e din micas desenvolvidas em contexto hospitalar O n mero de participantes nas entrevistas foi de 62 enfermeiros obtidas entre Janeiro e Dezembro de 2010 A dura o m dia de cada entrevista rondou os 40 minutos Foram gravadas em udio aquelas entrevistas autorizadas pelos profissionais de enfermagem o que aconteceu maioritariamente fora dos hospitais locais habituais de trabalho As entrevistas que n o foram gravadas foram alvo de notas manuscritas do autor Foi ainda utilizada na realiza o das entrevistas recurso a tecnologias
23. World Bank Workshop on Safety Control and Risk Management Karlstad Sweden Veraszto E V 2009 Technology looping for a definition for the concept Prisma com n 8 Walter L 2008 Worthington Industries How a company s wellness program has resulted in happier healthier employees Occupational Hazards The Magazine of Safety Health and Loss Prevention April Wayne J Nadine Currie Jackson Carolyn A D 2007 A Survey of musculoskeletal injuries amongst Canadian massage therapists Journal of Bodywork and Movement Therapies 12 86 93 Wirth O e Sigurdsson S O 2008 When workplace safety depends on behaviour change Topics for behavioural safety research Journal of Safety Research 39 589 598 Wisner A 1987 Por dentro do Trabalho Ergonomia M todo amp T cnica Ed Obor Editorial Yin K 2003 Case Study Research Design and Methods 3rd ed Newbury Park Sage Publications Yip Y B 2001 A study of work stress patient handling activities and the risk of low back pain among nurses in Hong Kong Journal of Advanced Nursing 36 6 794 804 Zohar D 1980 Clima de Seguran a em organiza es industriais Implica es te ricas e aplicadas Journal of Applied Psychology 65 96 102 100 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais ANEXO A Reprodu o na ntegra de artigo cient fico apresentado e publicado nas proceedings da
24. as camas e inerentes sistemas de travagem que apresentam elevado desgaste potenciando instabilidade e risco ocupacional A adop o de novos equipamentos tamb m poder ser uma op o que garantir seguran a ao profissional de enfermagem se a mesma manuten o s o se configurar como sendo poss vel A pesquisa de novas solu es no mercado pode permitir mediante uma boa selec o a realiza o das tarefas com menor disp ndio f sico minimizando a probabilidade de ocorr ncia de les es Transcri o T3 Utilizo sempre equipamentos auxiliares nas tarefas de transfer ncia at porque determinados doentes s o extremamente pesados e dif ceis de mobilizar pois considero que fundamental para prevenirmos as les es no trabalho s vezes devido a entradas s bitas de doentes no servi o nem tempo temos para ir buscar o elevador no entanto depois penso que mais vale perder 5 minutos para ir buscar montar e depois arrumar do que perder anos de vida ou ficarmos com uma doen a incapacitante Enfermeira de um servi o de Ortopedia Agosto 2010 Coment rio T3 A utiliza o da tecnologia dever ser encarada numa primeira instancia como um factor de simplifica o e comodidade na realiza o das tarefas e n o um entrave ou condicionalismo s mesmas No contexto hospitalar verificou se em determinados cen rios que o profissional algumas vezes preferia realizar as tarefas sem aux lio do equipamento de mobiliza
25. aux lio movimenta o de doentes no leito 54 dos participantes no estudo indica a exist ncia de camas com altura ajust vel embora 62 indiquem que n o existem barras tipo trap zio no leito e 81 referem ainda a inexist ncia de marquesa com altura regul vel Relativamente ao conhecimento sobre o risco de desenvolvimento de les es m sculo esquel ticas e as suas consequ ncias a totalidade dos participantes no estudo manifesta esse conhecimento 29 referem a fonte deste conhecimento como sendo a sua forma o 51 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais acad mica 23 refere que o assunto comentado habitualmente no servi o e 21 refere a leitura de revistas artigos e trabalhos cient ficos Em rela o s situa es que os participantes no estudo consideraram contribuir para o desenvolvimento do risco de les es m sculo esquel ticas assumem o maior destaque a mobiliza o e posicionamento manual de doentes com 15 dos respondentes enquanto 14 refere diferen a de alturas entre cama e maca Factores como superf cies de trabalho demasiado altas ou baixas camas cadeiras de rodas macas com rodas de dif cil movimenta o transporte e movimenta o manual de equipamentos e doentes tamb m s o referidos frequentemente pelos participantes no estudo Para 52 dos participantes no estudo a rota o do tronco em p alcan ar e sustentar peso af
26. beds wheelchairs and stretchers which makes moving patients difficult could also reveal itself to be an important aid in moving and transporting patients thus presenting itself as a solution to the problem discussed herein on the one hand due to the number of injuries on the other due to the need for more professionals ACKNOWLEDGEMENTS Due to requests for privacy names are not divulged however our sincere thanks to all of the hospitals health care professionals nurses lecturers researchers and other specialists who participated making this study possible 107 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais REFERENCES Bell J 1999 Doing your research project a guide for first time researchers in education and social science 3 edition Open University Press Bouma G D and Atkinson G B J 1995 A handbook of social science research A comprehensive and practical guide for students 2 edition Oxford University Press Branney J and Newell D 2009 Back pain and associated healthcare seeking behaviour in nurses A survey Clinical Chiropractic 12 130 143 Burgelman R A Christensen C M Wheelwright S C 2009 Strategic management of technology and innovation 5 edition McGraw Hill International Collins J W and Menzel N N 2006 Scope of the problem In A Nelson editor Safe patient handling and movement A practical guide f
27. cuidados O equipamento de transfer ncia deveria ser considerado como ferramenta de trabalho Vamos acumulando les es mais les es mais les es e s quando j n o poss vel mais paramos Enfermeira de um servi o de Medicina Agosto 2010 Coment rio C4 Este servi o encontra se apetrechado com elevadores de transfer ncia verticais permitindo que o mesmo seja acoplado em diferentes enfermarias consoante a necessidade Contudo pode se verificar conjuntamente com um enfermeiro que o sistema de montagem n o muitas das vezes pr tico e r pido de executar devido dificuldade de acoplamento do sistema na calha Neste servi o encontra se ainda um transfer ou prancha de transfer ncia Outro aspecto a ressalvar a escassez de equipamentos dispon veis nomeadamente o transfer cuja utiliza o era repartida entre a enfermaria homens e mulheres Esta enfermeira entrevistada revela interesse pela utiliza o do transfer Considera ainda que o cinto de transfer ncia poder ter uma ac o preventiva bastante til Na opini o desta enfermeira a aquisi o de equipamento de trabalho com intuito de melhoria cont nua das condi es de Higiene Seguran a no trabalho ainda visto pelos respons veis como um desperd cio referindo que os mesmos n o conhecem as condi es reais de trabalho Estabelecendo uma analogia com a ind stria se n o 74 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Activi
28. das les es m sculo esquel ticas em contexto hospitalar tem vindo a ser analisada por diversos autores no contexto nacional e internacional Contudo neste ltimo contexto que estes estudos assumem a maior relev ncia em virtude da sua aplica o em diversos contextos hospitalares nos quais s o analisados de forma geral ou espec fica v rios factores intr nsecos ao ambiente hospitalar na vertente ergon mica O objectivo global do presente estudo consistiu em perceber nos contextos hospitalares em an lise de que forma as les es e dist rbios m sculo esquel ticos s o encarados e percepcionados quer pelos profissionais de enfermagem quer pelos respons veis dos servi os nomeadamente gestores ocupacionais e chefes de enfermagem O encarar a possibilidade de estudar esta problem tica em diversos contextos hospitalares de relev ncia no meio onde se inserem permitiu perceber a realidade ocupacional destes profissionais de enfermagem de uma forma participada e construtiva Os servi os analisados agregam em si mesmo um conjunto de tarefas que os caracterizam de forma clara dado que os doentes e inerentes patologias de tratamento acabam por se tornar rotinas de trabalho muito espec ficas Para se perceber a diferen a e a complexidade das tarefas executadas pode se referir que uma simples colheita de sangue a um doente poder ser uma tarefa com alguma complexidade devido aus ncia de coopera o do paciente devido a estados
29. de Enfermagem em Hospitais 2 13 Conclus es As les es m sculo esquel ticas t m vindo a aumentar nos enfermeiros Baixinho et al 2011 Estes profissionais na execu o di ria das suas tarefas de trabalho est o expostos a uma variedade de factores de risco que podem induzir o desenvolvimento de les es m sculo esquel ticas LME derivadas de opera es de mobiliza o e transfer ncia de pacientes Maia 2002 As posi es de risco adoptadas aquando do processo de presta o de cuidados com caracter sticas f sicas desajustadas o sistema de organiza o de trabalho nomeadamente o trabalho em regime de turnos rotativos e concomitantemente o elevado ndice de doentes nos respectivos servi os aliado s caracter sticas arquitect nicas e respectivos espa os de trabalho contribuem para o aumento das les es m sculo esquel ticas entre enfermeiros Fonseca e Serralheira 2006 Apesar de parecer evidente configura se numa dificuldade acrescida quando est se perante um grau elevado de depend ncia do paciente potenciado pela necessidade intr nseca de movimentar posicionar elevar e consequentemente transportar Ferreira 2003 31 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais 3 Apresenta o dos casos de estudo Nos servi os de medicina as cargas de trabalho s o maiores e mais acentuadas e a mobilidade dos pacientes reduzida Professora D
30. de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Bibliografia Alexandre N 2007 Aspectos ergon micos relacionados com o ambiente e equipamentos hospitalares Rev latino am enfermagem Ribeir o Preto v 6 n 4 p 103 109 Alexandre N 2007 Aspectos ergon micos e posturais e o trabalhador da rea de sa de Semina Ci ncias Biol gicas e da Sa de Londrina Almeida P 2007 Higiene Seguran a Sa de e Preven o de Acidentes de Trabalho Edi es Verlag Dashofer Vol 1 3 American Nurses Association ANA 2003 Report to the Congress on Nursing Practice and Economics Elimination of Manual Patient Handling to Prevent Work related Musculoskeletal Disorders Information Report ANA Congress on Nursing Practice and Economics Ando S Ono Y Shimaoka M Hiruta S Hattori Y Hori F Takeuchi Y 2000 Associations of self estimated workloads with musculoskeletal symptoms among hospital nurses Occup Environ Med 57 3 211 216 Bell J 1999 Doing your research project a guide for first time researchers in education and social science 3rd edition Open University Press Benedict R 1934 Padr es de Cultura Colec o Vida e Cultura Edi o Livros do Brasil Lisboa Best M 1997 An evaluation of manutention training in preventing back strain and resultant injuries in nurses Safety Science Vol 25 No 1 3 pp 207 222 Bolander V B 1998 Enfer
31. e de trabalhos com flex o e tor o do tronco Mialgia do trap zio dor do ombro resultante do abrir e subir os bra os S ndroma do t nel c rpio a situa o mais comum relatada com a designa o LME Consiste na compress o do nervo mediano pela bainha do tend o devido a movimentos repetidos do punho traduzindo se em dor formigueiro adormecimento e em determinados casos diminui o da for a da m o afectada S ndroma m o bra o diminui o da sensibilidade sensa o de formigueiro e dor nas m os por les o dos vasos sangu neos e nervos Doen a profissional segundo Decreto Regulamentar n 6 2001 de 5 de Maio Tendinite Inflama o da zona em que se unem o m sculo e o tend o ao n vel da m o punho cotovelo ou ombro Desencadeia dor inflama o vermelhid o com inerente dificuldade de utilizar a m o Doen a profissional segundo Decreto Regulamentar n 6 2001 de 5 de Maio Tenosinovite inflama o dos tend es causada por disfun o do sistema de lubrifica o na sequ ncia de movimentos repetitivos xii ndice de Conte dos GIOSSALIO usos cpa soga rios E NEEE do usas DR au TU Ta usb EEE E du aaa agonia au lento vi T Introdu o rai oS IES SAS TS AINE EEE LIE 1 1 1 Motiva o e contextualiza o do Stud ce eescesecesecesecsseceseeeseeeeneeeseeeseecsaecsaecsaecnaeenaeees 1 1 2 Estrutura do trabalho ck ee ie one et ead ai San edi se 2 2 Apresenta o do est
32. e fazer umas forma es pr ticas sobre isso Transfer tamb m s temos um Esses equipamentos temos todos com excep o da cama com regula o em altura Ali s as camas s o velhas e muitas vezes j n o fixam convenientemente Precisam de manuten o Tenho conhecimento como se contraem estas les es que adv m da minha forma o acad mica A forma o deveria ser mais frequente nos servi os Para mim a actividade mais cr tica a mobiliza o e as transfer ncias de doentes sem aux lio mec nico terr vel No entanto os espa os apertados e equipamento j obsoleto leva a que haja mais atrito e claro mais for a empregue Para mim os movimentos de inclina o para a frente e as tor es s o as mais perigosas para contrair uma les o As t cnicas que utilizo para reduzir o risco s o pedir aux lio aos colegas e o tentar corrigir a postura Medidas que deviam adoptar aqui s o basicamente elevadores de transfer ncia camas el ctricas e aumentar o n mero de profissionais no servi o Este ltimo ponto acho que urgente Entrevista 2 Entrevista realizada em 01 09 2010 no Hospital Sul Servi o de Especialidades M dicas Depois de uma noite de az fama de trabalho chegam as 8 horas hora da passagem das ocorr ncias dos enfermeiros da noite para os da manh No plano de distribui o di ria constam 6 enfermeiros distribu dos para 22 utentes dos quais um enfermeiro especializado em reabilit
33. e intitulado The occurrence of musculoskeletal injuries in nursing professionals An analysis of Portuguese hospitals pp 353 357 oense 101 ANEXO B Relato parcial de entrevistas para comunicar melhor o mbito e o conte do das entrevistas tealizadas r eae ceed caus cod coma alas doca Sessovensedacebacey soteaed sedans vies ua bd R rasta n bas 110 ANEXOC Matriz de palavras chave recolhidas numa selec o de entrevistas realizadas Exemplifica o da terminologia utilizada nas entrevistas erre 114 xiii ANEXO D Propostas de melhoria Sugest o de equipamentos para os servi os hospitalares analisados 2 2 cir oani Lacan tenpo listas ota Saes LEE cote ys neste ao Tala God oe EE adh as 116 ANEXO E Inqu rito aplicado isseccssssar aee et enaa EEEa EAE NEES E A EEEE 119 ANEXO F Imagens recolhidas pelo Autor durante a execu o das rotinas de enfermagem Agosto de 2010 srncie e t Lie ees 126 ANEXO G Resultados globais do estudo representados em gr ficos eeessereeseereseereeserrresreeresres 127 ndice de Tabelas Tabela 1 Conceitos de enfermagem eesssessssssesesesessreesstessrtssetsseeesseeessressesseesseeeeseeessrest 14 Tabela 2 Conceitos de cultura de Seguranga ceeccccssscccssscecssccecescceesscceesseceessecsessseesneeeeens 23 Tabela 3 Distribui o da AMOS aes sons aU e det ge ss pene rd dada 39 Tabela 4 Quadro S ntese dos resultad0s c cece c
34. estes re nem condi es O relato de incidente que vou passar a descrever ocorreu neste dia com uma colega enfermeira com 3 anos de actividade profissional que ao tentar posicionar no leito um utente com diagn stico neurol gico e totalmente dependente com a ajuda de uma auxiliar sofreu uma les o m sculo esquel tica havendo um potencial risco para o seu futuro pessoal e profissional Este incidente foi devidamente notificado e encaminhado pelo representante no servi o do gestor de risco para o gabinete da qualidade existente no hospital mediante o preenchimento de um documento j protocolado devidamente assinado pelas partes Assim segundo relatou a enfermeira em causa ap s o banho ao utente na cama esta pediu ao enfermeiro de reabilita o que fizesse umas mobiliza es activas e passivas bem como cinesiterapia dado que apresentava tamb m secre es Ap s estes exerc cios a enfermeira dirigiu se ent o com a auxiliar para posicionar o utente em semi fowler uma vez que lhe ia dar a alimenta o do pequeno almo o Achando conseguir apenas com duas pessoas uma de cada lado e sempre com o aux lio de um len ol que fazia ali de amparo para grande parte do peso corporal do utente deu indica es a auxiliar a direc o do movimento por m esta estando numa postura est tica e em p fez um movimento de inclina o do seu tronco para a frente rodou subitamente o tronco para cima e para o lado direito ficando com grande parte do pes
35. for Occupational Safety and Health indica que as mesmas consistem em les es ou doen as que afectam o sistema m sculo esquel tico nervoso perif rico ou neuromuscular sendo originadas ou agravadas pela exposi o ocupacional a riscos ergon micos Freitas 2002 p 256 Actualmente existe o conhecimento que as LME les es m sculo esquel ticas s o respons veis por graves problemas ocupacionais e s nos Estados Unidos da Am rica assumem 60 da totalidade das doen as profissionais Na Europa 45 do universo dos trabalhadores denotam sintomas de dores causadas devido a posturas err neas nos locais de trabalho Freitas 2002 Este tipo de les es tem vindo a constituir uma grande preocupa o devido s repercuss es na qualidade de vida do trabalho nas vertentes f sica e mental bem como pelos custos elevados que induzem socialmente Marras e Karwowski 2006 As LMERT les es m sculo esquel ticas relacionadas com o trabalho s o um conjunto amplo e diversificado de doen as m sculo esquel ticas e t m na sua g nese uma s rie de factores de risco que se articulam nas vertentes ergon mica organizacional e psicossocial Santos 2009 Karwowski et al 2005 tamb m consideram que a etiologia das les es m sculo esquel ticas complexa sendo lhe inerentes factores f sicos psicossociais individuais e socioculturais Nunes 2006 refere que as LMERT traduzem se em estados de doen a do sistema m sculo
36. forma que um grupo de pessoas se comporta de facto e Um armaz m de aprendizagem colectiva e Um conjunto de orienta es estandardizadas para problemas recorrentes e Comportamento aprendido e Um mecanismo para a regula o normativa do comportamento e Um conjunto de t cnicas para ajustamento tanto ao ambiente exterior como s outras pessoas Por sua vez o conceito cultura organizacional Hofstede 1997 envolve formas de pensar de sentir e de actuar dos membros de uma organiza o com inerentes consequ ncias ao n vel do social e do simb lico sublinha Firmino 2002 20 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Drucker citado por Teixeira 1998 refere que a ess ncia da cultura de uma organiza o caracterizada pelas seguintes vari veis e Identifica o simbiose entre a politica da empresa com os seus colaboradores e T nica no grupo estrutura o das tarefas como um todo e Focaliza o dos seus membros impacto das politicas e decis es da organiza o nos seus recursos humanos e Integra o dos departamentos interdepend ncia entre os v rios departamentos da empresa e Controlo Regras e regulamentos e Toler ncia de risco p r prova as capacidades humanas em fun o do risco e Toler ncia de conflitos gest o de conflitos e Crit rios de recompensa An lise de d
37. hospitais nomeadamente os guarda roupas carrinhos cadeiras c modas etc No mbito da ind stria da sa de reconhecido o risco de les es nas opera es de eleva o e transfer ncia de pacientes fisicamente dependentes As actividades principais traduzem se na 16 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais movimenta o que envolve transfer ncia vertical e horizontal de pacientes As actividades de movimenta o vertical de pacientes caracterizam se pela transfer ncia da cama para a cadeira da cama para o vaso sanit rio e da cadeira para o vaso sanit rio Loyd et al 2006 Actividades horizontais ou laterais de manuseamento de pacientes incluem a movimenta o da cama para a maca e actividades de reposicionamento Solu es tecnol gicas configuram se como indispens veis para combater as les es m sculo esquel ticas na actividade de enfermagem em particular em actividades de transfer ncia e mobiliza o de pacientes Loyd et al 2006 As tecnologias principais s o agrupadas de acordo com a sua fun o principal No que concerne s tecnologias para auxiliar na transfer ncia vertical do paciente est o inclu dos elevadores de corpo inteiro com funda base onde o paciente est elevadores com a base junto ao solo elevadores de tecto elevadores accionados pelo p auxiliares de eleva o sem motor e cintos de transfer ncia Loyd et al 200
38. hospital Quatro destes hospitais foram visitados pelo autor da pesquisa e alvo de an lise mais aprofundada 35 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Os resultados inclu dos no estudo s o portanto inerentes aos inqu ritos e entrevistas realizadas a enfermeiros que desempenham uma actividade profissional nos servi os referidos anteriormente S o combinadas as metodologias de pesquisa qualitativa e quantitativa garantindo paralelamente a interac o entrevistador entrevistado Bouma e Atkinson 1995 O Inqu rito foi testado e aplicado em outros estudos sobre les es m sculo esquel ticas em enfermeiros em Portugal ver por exemplo Martins 2008 e inclui quest es sobre dados biogr ficos ocorr ncia de les es m sculo esquel ticas queixas e sintomatologia inerente percep o do desenvolvimento das les es e an lise das condi es de trabalho em especial a tecnologia utilizada nos servi os As entrevistas foram realizadas por um nico entrevistador minimizando o vi s das mesmas Bell 1999 Diferen as essenciais entre o estudo do autor e entre Serralheira et al 2011 que por um lado este ltimo n o enveredou por aprofundar os dados dos inqu ritos com entrevistas nem foca por outro lado a tecnologia como vari vel fundamental na preven o do risco inerente ao enfermeiro em contexto hospitalar O autor no presente estudo fez tamb m observa es no
39. lombalgia A dor pode ser confinada ou estender se irradiando se em cerca de um ter o dos casos at s n degas e parte de tr s das coxas e pernas assumindo a denomina o de ci tica Ainda poder acrescer a sintomatologia de formigueiro nos membros inferiores Em algumas situa es a dor poder ainda irradiar para a virilha e para a parte frontal da coxa caracterizado por espasmos musculares e limita o de movimentos Em situa es extremas e mais gravosas verificam se sali ncias palp veis na coluna Pheasant 1991 A patologia m sculo esquel tica resultante de traumas repetidos sobre determinadas estruturas org nicas tem crescido de forma exponencial O diagn stico das mesmas nem sempre f cil calcula se que 60 a 95 das doen as profissionais n o s o diagnosticadas Coelho 2000 De acordo com Pheasant 1991 a dor lombar a mais comum entre os dist rbios osteomusculares relacionados com o trabalho e em termos econ micos a que causa mais custos Para Nunes 2006 o impacto das LMERT assume duas configura es Custos directos e indirectos Sendo as primeiras resultantes de indemniza es pagas a trabalhadores que contraem uma LMERT fruto do trabalho Os custos indirectos segundo o autor nem sempre s o quantificados e assumem a relev ncia na diminui o da produtividade e da qualidade do trabalho entre outros factores Segundo a autora em Portugal a maior percentagem deste tipo de les es n o s o
40. m dicas No conjunto destes relatos livres ser privilegiada a descri o dos participantes no estudo sem condicionalismos de forma a ser poss vel obter um refor o informativo mais rico Apenas foram gravadas as entrevistas cuja autoriza o foi permitida pelos participantes no estudo No entanto alguns participantes no estudo autorizaram a grava o apenas para facilitar a an lise da informa o impossibilitando a reprodu o dos seus relatos A globalidade dos participantes no estudo permitiu a autoriza o das cita es em formato de texto embora de forma an nima 40 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais 4 2 Uma vis o global dos resultados da investiga o No Anexo A poder ler se na ntegra o artigo cient fico The occurrence of musculoskeletal injuries in nursing professionals An analysis of Portuguese hospitals Machado et al 2011 artigo publicado nas proceedings da SHO 2011 e que n o faz refer ncia totalidade dos dados apurados por limita o de espa o Neste artigo indica se que no universo entrevistado de 168 enfermeiros 85 s o do sexo feminino e 15 do sexo masculino onde 64 dos participantes no estudo revelam idades compreendidas entre os 20 e 30 anos sendo que 39 desta percentagem apenas abrange idades entre os 26 a 30 anos Dos participantes no estudo 51 desempenha fun es nos servi os de medicina Como categoria
41. medir a tens o arterial e dar injec es aos doentes junto ao leito podem gerar elevadas cargas est ticas no sistema m sculo esquel tico dos enfermeiros Desta forma a enfermagem deve ser considerada uma profiss o com alta incid ncia e preval ncia de dor nas costas Branney e Newell 2009 Collins e Menzel 2006 referem tamb m que num estudo realizado em 1985 por Harber e colaboradores que estes examinaram mais de 500 enfermeiros num Hospital da Calif rnia e descobriram que mais de metade tinha sentido dores nas costas nos ltimos tr s meses Collins e Menzel 2006 referenciam que o estudo efectuado por Owen 1989 com uma amostra aleat ria de enfermeiros licenciados em Wisconsin indica que 52 das enfermeiras do hospital referiram ter sentido dor lombar no ltimo ano No mbito do mesmo estudo 48 destes afirmaram que o levantamento e reposicionamento do paciente na cama haviam desencadeado a sua dor lombar Tendo como sustent culo um question rio a 113 prestadores de cuidados de enfermagem na Fl rida no Veterans Health Administration VHA foi detectada um desconforto m sculo esquel tico de gravidade moderada em 62 dos prestadores de cuidados Menzel et al 2004 Segundo Menzel 2004 o problema das les es m sculo esquel ticas entre os enfermeiros n o est patente apenas nos EUA V rios estudos epidemiol gicos efectuados um pouco por todo o mundo detectaram e identificaram enfermeiros expostos a ele
42. na Actividade de Enfermagem em Hospitais ANEXO B Relato parcial de entrevistas para comunicar melhor o mbito e o conte do das entrevistas realizadas Entrevista 1 Entrevista com uma enfermeira de um Servi o de Medicina Interna em 12 07 2010 s 11 30h Enfermeira Trabalho no Servi o de Medicina Interna e sou enfermeira de n vel 1 Tenho uma experi ncia de cinco anos de trabalho que coincide com o meu per odo de experiencia profissional Presto cuidados em turnos rotativos turnos esses muitas das vezes mal estruturados em termos de planeamento Ultrapasso largamente as 42 horas ali s tenho um cr dito de 90 horas N o h tempo para descansar Os ritmos s o intensos h escassez de enfermeiros neste servi o para al m disso h colegas de baixa por motivo de gravidez doentes etc Os gestores do hospital deveriam preocupar se mais com a quest o da intensidade de trabalho neste servi o necessit vamos de mais 3 enfermeiros Temos doentes traquiostimizados com elevado n vel de depend ncia e muitos deles s o obesos A juntar a tudo isto alguns est o confusos mentalmente o que se torna num grande handicap para a realiza o normal das rotinas Neste momento digo lhe estamos a passar o turno mais tarde e a sair mais tarde tamb m J tive um acidente de origem m sculo esquel tica que na altura n o participei dei um jeito nas costas s no final do dia no per odo de repouso vi que n o me podia mexer
43. o nome os enfermeiros n o t m contentores de seguran a para colocar as agulhas infectadas e mais grave do que isso s o obrigados a recapsular as agulhas Um dos meus colegas de imediato disse isso horr vel como n o se recusam a trabalhar assim Realmente uma situa o terceiro mundista mas quando mudamos a agulha para a situa o das les es nas costas ou outro tipo de les o devido a sobrecargas f sicas passada para segundo plano e j n o tem a mesma visibilidade ou percep o do risco tudo uma quest o de preven o na minha ptica Realmente n o existe uma cultura de seguran a nos hospitais no contexto nacional Preocupamo nos imenso com as estat sticas associadas aos cuidados de sa de mas depois n o existe a mesma preocupa o quando falamos da sa de dos trabalhadores Enfermeira de um servi o de Medicina Interna Julho de 2010 Coment rio C1 Um dos primeiros par metros que importa salientar da transcri o anterior a minimiza o de import ncia dos actos inseguros que podem ser cometidos pelos profissionais de enfermagem num determinado servi o hospitalar subestimando os riscos e os danos resultantes dos mesmos mediante a n o adop o de medidas preventivas Por outro lado 71 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais percebe se que este efeito perceptivo redutor de import ncia do risco ou riscos materializa se publ
44. pain Collins and Menzel 2006 refer still further to a study by Lee and Chiou 1994 involving 3 159 younger nurses in Taiwan average age of 24 8 years that 69 7 had in their first year experienced back pain symptoms Other related studies include Daraiseh et al 2003 who refer that nursing professionals in view of evidence presented by several studies are more exposed to musculoskeletal symptoms MSS than the rest of the working population though there are workload differences between nursing jobs Vieira et al 2006 p 79 Vieira et al 2006 studied low back problems and possible improvements in nursing jobs in a hospital environment and state that the literature shows that low back injuries are common among nurses and intervention programs are needed to address this problem Vieira et al 2006 p 79 A later study by Vieira 2007 also addresses why nurses have a high incidence of low back pain and advance a solution to this most frequent and costly musculoskeletal disorder Vieira 2007 p 141 which will involve fitness for work job modifications and training programs Vieira 2007 p 141 Finally Pompeii et al 2009 also study musculoskeletal injuries resulting from patient handling tasks among hospital workers a study culminating in the implementation of a minimal manual lift policy METHODOLOGY The present study adopted both a quantitative and qualitative approach and followed the res
45. pesado com uma par sia quero dizer uma paralisia incompleta em uma parte do corpo resultante de dano nos centros nervosos ou resultante de les es do sistema nervoso perif rico num dos membros logo a autonomia do mesmo era diminuta O Doente quando efectuava press o num dos membros superiores de forma desequilibrada resultava numa ac o de contrapeso dificultando a mobiliza o Este acidente resultou num per odo de baixa superior a trinta dias Quando me questiona se tenho sentido sintomas de desconforto ou dor m sculo esquel tica nos ltimos doze meses 72 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais respondo com toda a certeza que sim As queixas s o frequentes Quando tive o acidente de trabalho tive que recorrer fisioterapia durante algum tempo mas a medica o receitada e automedica o eram recursos para minimizar a dor e desconforto s vezes mais prudente e sensato higienizar o doente no leito do que levarmos a peso ao chuveiro mesmo duas pessoas Por incr vel que possa parecer custa menos higienizar o doente no leito do que levar um doente que pode se tornar inst vel a qualquer momento Os nossos chefes s vezes n o gostam deste procedimento mas s o as nossas costas que est o em causa O parecer bem leva muitas das vezes a les es Enfermeira de um servi o de Medicina Interna Abril 2010 Coment rio C2 Esta transcri o retrata a
46. profissional 65 dos participantes no estudo manifestam ser enfermeiro de rau 1 enquanto apenas 8 indicam a categoria de enfermeiro especialista b Participantes no estudo na ordem dos 20 indicam que o seu tempo na profiss o inferior a 1 ano contudo 23 revelam tempo de trabalho superior a 10 anos Por outro lado 38 apontam para um per odo at 5 anos Apesar o tempo na profiss o revelado pelos participantes no estudo ter sido maioritariamente entre 1 e 5 anos o tempo dedicado ao actual servi o mostra que n o ultrapassa os 2 anos de trabalho no mesmo servi o A maioria dos participantes no estudo com 91 das respostas desempenha fun es de oe presta o de cuidados e apenas 3 exerce tarefas de gest o Para 86 dos participantes no estudo o seu hor rio rotativo e 92 dos participantes no estudo revelam que a sua carga hor ria semanal est compreendida entra 35 e 42h contudo 3 possui uma carga hor ria superior a 42h Em m dia o r cio enfermeiro doente atinge os 9 a 10 doentes por cada enfermeiro no entanto o turno da noite apresenta um maior r cio com uma m dia de 12 doentes por cada enfermeiro Relativamente exist ncia de acidentes de trabalho com origem m sculo esquel tica 75 dos participantes no estudo n o manifestou esse acontecimento Dos 25 que indicaram ter sofrido de acidentes de trabalho com origem m sculo esquel tica 32 n o apresentaram dias de inca
47. representa 24 dos respondentes Por ltimo a forma o em servi o foi indicada por 17 dos participantes no estudo Em rela o s situa es que os participantes no estudo consideram contribu rem para o risco de desenvolver les es m sculo esquel ticas 20 apontam para a mobiliza o e posicionamento manual de doentes enquanto que 14 referem diferen a de alturas entre cama e maca e 11 armazenamento de objectos pesados em locais demasiado altos ou baixos As posturas que mais contribuem para o risco de desenvolver les es m sculo esquel ticas s o a postura de alcan ar e sustentar peso afastado do corpo 36 movimentos de inclina o do tronco para a frente 25 e a posi o sentado com as costas sem apoio 18 Em caso de 60 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais sobrecarga f sica as interven es adoptadas s o a solicita o do aux lio de colegas 29 e recorrer utiliza o de equipamentos auxiliares 25 enquanto 23 procuram melhorar a postura 22 dos participantes no estudo indicam que existe colabora o entre colegas nas diferentes actividades enquanto 21 referem que poss vel parar e efectuar pausas de trabalho sempre que existe necessidade 21 transmitem curiosamente que h per odos do turno em que o ritmo de trabalho n o permite fazer uma pausa 19 referem ainda que frequente a rota o dos trabalhadores entre t
48. seguran a ocupacional ocultando em determinados contextos a verdadeira dimens o do problema A precariedade do emprego destes profissionais de enfermagem associada a uma aus ncia de uma cultura de notifica o pode ajudar a explicar esta ocorr ncia apesar de quase todos os participantes no estudo estarem bem informados sobre os riscos profissionais a que est o sujeitos designadamente no que respeita a les es m sculo esquel ticas e as suas consequ ncias Este conhecimento adquirido principalmente atrav s da forma o acad mica mas tamb m atrav s da leitura de publica es cient ficas e por meio de forma o no posto de trabalho O r cio enfermeiro doente foi um dos factores mais referidos pelos participantes do estudo como potenciadores da fadiga f sica Consequentemente a escassez de enfermeiros nos servi os sobretudo sentido nos turnos mais pesados A aus ncia de forma o peri dica tamb m referida como uma das defici ncias dos servi os em mat ria ocupacional Finalmente o uso mais generalizado de meios tecnol gicos em alguns hospitais camas com altura ajust vel barras do tipo trap zio elevadores de transfer ncia cintos de transfer ncia ou a adop o de procedimentos de manuten o tais como nas rodas em camas nas cadeiras de rodas e nas macas o que fundamental na transfer ncia de pacientes tamb m podem revelar se um importante aux lio na movimenta o e transporte de pacientes aprese
49. socorrido de auto medica o 21 recorreu a fisioterapia 21 utilizou medica o receitada Para 61 dos participantes no estudo as tarefas por si desenvolvidas s o pass veis de serem desempenhadas embora desencadeiem sintomas de problemas m sculo esquel ticos e 14 necessita mesmo de abrandar o ritmo de trabalho ou de alterar o modo de trabalhar indiciando pelo menos a presen a de um problema que importa investigar com precis o No que concerne disponibiliza o de equipamento de aux lio transfer ncia de doentes 100 dos participantes no estudo expressa a disponibilidade e a utiliza o do elevador de transfer ncia 80 manifesta a utiliza o e disponibilidade da prancha de transfer ncia para a maca mas todos 100 referem que n o existe cinto de transfer ncia Relativamente disponibiliza o de equipamento que permita a movimenta o aos doentes inclusive nas actividades de higieniza o importa evidenciar que n o existem bengalas 64 canadianas 60 e n o existe o banco para banheira ou polib 84 Contudo existem cadeiras de rodas 92 e cadeiras higi nicas para banho 96 Em rela o ao equipamento existente para aux lio movimenta o de doentes no leito 92 dos participantes no estudo indicam a exist ncia de barras tipo trap zio no leito enquanto 68 referem que n o existem de camas com altura ajust vel e 80 ainda referem a inexist ncia de marquesa com altura regul vel
50. terreno para confirmar dados que foram sendo recolhidos nos inqu ritos e entrevistas procedimento que Serralheira et al 2011 n o teve No cap tulo seguinte ser o expostos e analisados os dados referentes aos casos de estudo dos Hospitais anteriormente caracterizados 3 3 Apresenta o dos Servi os Hospitalares em estudo As escolhas das presentes Institui es hospitalares adv m fundamentalmente da proximidade geogr fica para o autor do presente estudo mas tamb m como fruto da rede de contactos abordada anteriormente Os hospitais apresentados e analisados possuem grande representatividade na regi o do Minho e em particular no distrito de Braga como sendo o Hospital de Braga e o Centro Hospitalar do Alto Ave Contudo e atendendo preciosa informa o que adveio da rede de contactos on line foi poss vel estabelecer comunica o com profissionais de enfermagem de outros locais a n vel nacional o que enriqueceu a presente investiga o embora sejam amostragem por conveni ncia Reis e Moreira 1993 Assim tamb m participaram neste estudo o Hospital Sul n o identificado aqui por raz es de confidencialidade e Outros Hospitais caracterizados seguidamente pelo que a selec o desta 36 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais amostra n o pretendeu ser representativa mas analisar tend ncias manifestadas pelos profissionais de enfermagem
51. the tasks that they perform are able to be performed by them however they will originate problematic musculoskeletal symptoms 34 need rest during a rest period at work to recover and 22 need really to slow down the work rythm or to alter the way work is performed As concerns availability of support equipment for transferring patients 51 of the sample stated that they have at their disposal and use a patient transferring lift 43 stated that they have and use a transferring board for transferring patients to a stretcher but 59 referred that they have no transferring belt at their disposal As concerns the availability of equipment for moving patients including for higiene activities it is relevant to refer that there are no walking sticks 25 no crutches 21 and there is no stool for bathing 15 There are however wheel chairs 18 and higiene chairs for bathing 17 In relation to the existing equipment for helping to move patients in bed 50 of the sample indicated the existence of beds with adjustable height though 34 indicated that there are no trapeze type supporting bars attached above the beds Relative to the knowledge about the risk of developing musculoskeletal injuries and their consequences 98 of the sample stated that they are aware of the risks About 32 of the sample indicated that the knowledge of the risks involved of developing musculoskeletal injuries was acquired during academic training 20 stated that
52. utiliza o e circula o e estabilidade Servi o de Ortopedia Do universo entrevistado 12 enfermeiros 67 s o do sexo feminino e 33 do sexo masculino Para 34 dos participantes no estudo as idades est o compreendidas entre os 26 e 30 anos sendo que 33 dos participantes no estudo ent o localizados no intervalo dos 41 aos 45 Torna se interessante referir que n o se encontram enfermeiros abaixo dos 26 anos assumindo uma configura o et ria diferente dos servi os de medicina interna Dos enfermeiros 58 dos participantes no estudo neste servi o s o graduados 42 dos profissionais trabalham na profiss o h mais de 10 anos A maioria dos participantes no estudo 92 desempenha fun es de presta o de cuidados Para 83 dos participantes no estudo o hor rio de trabalho rotativo e 82 dos participantes no estudo revelam que a sua carga hor ria semanal est compreendida entra 35 e 42h Em m dia o r cio enfermeiro doente atinge os 7 a 14 doentes por cada enfermeiro no entanto o turno da noite apresenta um maior r cio com uma m dia de 14 doentes por cada enfermeiro Relativamente exist ncia de acidentes de trabalho com origem m sculo esquel tica 67 dos participantes no estudo n o manifestou esse acontecimento No entanto a ocorr ncia de acidentes com esta g nese superior neste servi o o que poder estar ligado ao facto da m dia et ria dos profissionais ser superior aos outros servi os em an l
53. 0 anos e vejo que mudou muita coisa em enfermagem mas as condi es de trabalho nestes ltimos anos pouco mudaram Continu mos com o mobili rio nas enfermarias de h 20 anos totalmente disfuncional e desajustado aos tempos actuais por isso n o ergon mico Continuamos a ter cargas f sicas elevadas s vezes ainda mais pois os doentes s o cada vez mais obesos e por outro lado a taxa de ocupa o das camas tamb m superior Claro que a tecnologia evolui bastante mas not rio em alguns servi os com maior evid ncia Medicina interna continua a ser o patinho feio dos hospitais s o servi os de perman ncia com muitos doentes acamados Como n o s o economicamente rent veis o investimento menor Se for visitar o servi o de cuidados intensivos deste hospital XPTO v que existe equipamento do bom e do melhor Equipamento topo de gama ou tecnologia de ponta Aqui continuamos a fazer milagres o equipamento velho e escasso Enfermeira de um Servi o de Medicina Interna Junho de 2010 Coment rio F1 Constata se nesta transcri o uma caracteriza o das condi es de trabalho pouco ajustadas s exig ncias ergon micas dos profissionais de enfermagem em particular dos no servi o de medicina interna em que a t nica colocada na aus ncia de investimento reflectindo uma degrada o evidente das condi es materiais de trabalho Neste caso a constata o deste profissional com elevada antiguidade no ser
54. 09 Nos profissionais de sa de t m se verificado ndices de les es m sculo esquel ticas superiores a outros sectores profissionais Li et al 2004 Crawford et al 2008 As les es m sculo esquel ticas relacionadas com o trabalho constituem um problema significativo entre os trabalhadores hospitalares com especial nfase para os profissionais de enfermagem Alexandre 2007 Quando se particulariza a sua an lise verifica se que os estudos evidenciam que os enfermeiros como grupo profissional se destacam na ocorr ncia A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais deste tipo de les es profissionais Engkvistetal 1998 De Castro et al 2006 Josephson e Vingard 2005 Leboeuf Y de et al 1997 As actividades de enfermagem agregam riscos ergon micos cuja import ncia importa indagar As caracter sticas f sicas dos trabalhadores as condi es em que o trabalho realizado bem como a tipologia de tarefas a desenvolver s o factores que permitem analisar o risco ergon mico por carga f sica Queir s 1996 Condi es de trabalho caracterizadas por espa os desordenados equipamentos de dif cil acesso longas superf cies a percorrer temperatura ambiente muito elevada e deficiente ilumina o ajudam no agravamento do factor exposi o Queir s 1996 Este facto sustentado por Alexandre 2007 referindo que o exerc cio da pr tica de enfermagem encerra
55. 3 consideram que raramente existem equipamentos para aux lio nas actividades de maior esfor o f sico A utiliza o de forma repartida ou em alguns casos inexistente acaba por condicionar de forma efectiva o factor preven o Quando questionados sobre as situa es que condicionam postura durante as rotinas de trabalho foram identificadas por 26 dos participantes no estudo a diferen a de n vel entre a cama e a maca durante a transfer ncia do doente e com 24 a exiguidade de espa o salas de 52 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais trabalho enfermarias WC doentes sendo que por ltimo 19 identificou as cadeiras desconfort veis sem altura ajust vel No que concerne s interven es que consideram prementes no local de trabalho e que poder o diminuir ou evitar os riscos de desenvolvimento de les es m sculo esquel ticas foram apontadas por 25 dos participantes no estudo a redu o do r cio doentes enfermeiro e por 12 a aquisi o de camas com regula o el ctrica a adop o de equipamentos mais modernos foi referido tamb m por 12 dos participantes no estudo Neste servi o a vertente tecnol gica referenciada pelos profissionais de enfermagem deste servi o foi a aquisi o de camas articuladas de accionamento el ctrico bem como algum material de apoio nomeadamente carrinhos de medica o que n o se encontravam nas melhores condi es de
56. 6 Tecnologias para ajudar na transfer ncia lateral e reposicionamento dos doentes abrangem sistemas de insufla o de ar dispositivos de redu o da fric o ou atrito auxiliares de transfer ncia lateral pain is deslizantes cadeiras de transfer ncia entre outros Loyd et al 2006 Os elevadores de corpo inteiro s o provavelmente os sistemas tecnol gicos de eleva o de doentes mais utilizados existindo um leque alargado de modelos e configura es no mercado sendo tipicamente utilizadas para doentes com defici ncias f sicas e mentais Loyd 2006 Estes dispositivos de eleva o podem de forma global ser utilizados em todos os elevadores de transfer ncia A carga suportada pelo elevador que induz a pot ncia inerente causando menor possibilidade de danos para a sa de do cuidador De facto existe uma pan plia de fundas dispon veis para os elevadores de corpo inteiro Do ponto de vista da inova o e desenvolvimento de novas solu es as novas fundas s o de mais f cil instala o na parte inferior dos pacientes Os elevadores com a base junto ao solo ou tamb m denominados elevadores com suporte no solo s o arquitectados sobre uma base que manipul vel pelo ch o Loyd et al 2006 Nelson et al 2003 referem que o stress biomec nico infringido a um enfermeiro mais elevado quando o mesmo utiliza os elevadores com suporte no solo por compara o aos elevadores de suporte no tecto Alguns factores
57. 6 dos enfermeiros participantes no estudo neste servi o s o de n vel 1 Para 46 dos participantes no estudo o tempo de profiss o inferior a um ano enquanto que 23 referem um tempo de exerc cio de 1 a5 anos e 15 apresentam um tempo de profiss o de 6 a 10 anos O tempo na profiss o no actual servi o revelado pelos participantes no estudo maioritariamente 58 inferior a um ano e 11 apresenta um tempo de trabalho no actual servi o de 3 a 5 anos A maioria dos 61 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais participantes no estudo 80 desempenha fun es de presta o de cuidados Dos participantes no estudo 74 indicam que o seu hor rio rotativo e 89 dos participantes no estudo revelam que a sua carga hor ria semanal est compreendida entra 35 e 42h Em m dia o r cio enfermeiro doente apesar de n o ter sido definido em conson ncia com os turnos regista um n mero m nimo de 4 doentes e um n mero m ximo de 20 doentes Relativamente exist ncia de acidentes de trabalho com origem m sculo esquel tica 87 dos participantes no estudo n o manifestou esse acontecimento Dos 13 que indicaram ter sofrido acidentes de trabalho com origem m sculo esquel tica 40 referiu que o mesmo n o implicou nenhum dia de baixa 20 referiram 2 a 3 dias como per odo de baixa e 20 entre 1 a 2 semanas os restantes 20 referiram at um m s de baixa No que conc
58. Applied Ergonomics Volume 32 Issue 1 February Pages91 99 Dolza L 2008 Hist ria da tecnologia Teorema Duncan M Heighway P 2008 Health amp Safety at Work Essentials 5 Edition Lawpack London Edlich R F Winters K L Hudson M A Britt L D e Long W B 2004 Prevention of disabling back injuries in nurses by the use of mechanical patient lifting systems Journal of Long Term Effects of Medical Implants 14 6 pp 521 533 Ellis R J e Hartley L C 1998 Enfermagem Contempor nea Desafios quest es e Tend ncias S o Paulo Editora Artes M dicas Sul Ltda Engkvist I Hagberg M Hjelm E W Menckel E Ekenvall L 1998 The accident process preceding overexertion back injuries in nursing personnel Scandinavian Journal of Work Environmental Health 24 5 367 375 Engkvist I Hagberg M Hjelm E W Menckel E Ekenvall L 2001 Back injuries among nursing personel identification of work conditions with clusters analisys Safety Science 37 1 18 Engst C Chhokar R Miller A Yassi A 2004 Preventing back injuries to healthcare workers in British Columbia Canada and the ceiling lift experience In Charney W Hudson A Eds Back Injury Among Healthcare Workers Causes Solutions and Impacts Lewis Publishers Boca Raton pp 253 263 Ergnomics Technical Advisory Group 2001 Patient care ergonomics resource guide Safe patient handling and movement October Patient
59. Dos participantes no estudo 27 indica que existe colabora o entre colegas nas diferentes actividades enquanto que 23 manifestam que h per odos do turno nos quais n o poss vel fazer pausas e 20 referem que frequente a rota o dos trabalhadores entre tarefas com maior exig ncia f sica mas 44 dos participantes no estudo revelam que muitas vezes as camas cadeiras de rodas macas apresentam rodas em maus estado e de dif cil movimenta o e 22 indicam que raramente existem equipamentos para auxilio nas actividades de maior esfor o f sico Continuando na sequencia da quest o tecnol gica 19 respondem que normalmente os materiais e equipamentos auxiliares s o dif ceis de utilizar ou encontram se em mau estado As situa es que condicionam a sua postura durante as rotinas de trabalho foram identificadas por 26 dos participantes no estudo como sendo a diferen a de n vel entre a cama e a maca durante e transfer ncia do doente e exiguidade de espa o salas de trabalho enfermarias WC doentes com 24 Ainda assumem especial relev ncia neste servi o com 16 as cadeiras desconfort veis sem altura ajust vel e superf cies de trabalho demasiado altas ou baixas 16 As interven es poss veis no local de trabalho que poder o diminuir os riscos de desenvolver uma les o m sculo esquel tica foram apontadas por 17 dos participantes no estudo como a redu o do r cio doentes enfermeiro bem como a contrata o de m
60. Estabelecendo paralelamente um modelo de valores caracterizados por ritos rituais mitos lendas e ac es Teixeira 1998 Merritt e Helmreich citados por Freitas 2002 consideram que a cultura pode ser definida como um conjunto de valores s mbolos e condutas que os indiv duos partilham em sociedade e que permitem definir um grupo em rela o aos demais Segundo Benedict 1934 a antropologia consiste no estudo dos seres humanos como produtos da vida em sociedade fixando a sua aten o nas caracter sticas f sicas e inerentes t cnicas industriais bem como nas conven es e valores que diferenciam uma determinada comunidade de todas as outras que pertencem a uma tradi o diferente Benedict 1934 considera factor diferenciador em rela o s outras ci ncias sociais a inclus o no seu campo de estudo de sociedades que n o s o a nossa sociedade Por conseguinte ser considerado tamb m o estudo dos seres humanos e das suas culturas O reconhecido antrop logo Geertz 1973 na sua interpreta o de Kluckhohn e do seu trabalho sobre O Espelho para o Homem avan a uma s rie de defini es de cultura dez das quais s o reproduzidas em seguida Geertz 1973 pp 4 5 e O modo de vida total de um grupo de pessoas e O legado social que o indiv duo adquire do seu grupo e Um modo de pensar sentir e acreditar e Uma abstrac o do comportamento e Uma teoria da parte do antrop logo acerca da
61. Marras W S Davis K G Kirking B C Bertche P K 1999 A comprehensive analysis of low back disorder risk and spinal loading during the transferring and repositioning of patients using different techniques Ergonomics 42 7 904 926 Marras W Karwowski W 2006 Interventions Controls and Applications in Occupational Ergonomics Taylor amp Francis Martins J 2010 Gest o do Conhecimento Cria o e transfer ncia de conhecimento 1 Edi o Edi es S labo Lisboa Martins J 2008 Percep o do risco de desenvolvimento de les es m sculo esquel ticas em actividades de enfermagem Disserta o de Mestrado Universidade do Minho Martins J M C 2008 Percep o do risco de desenvolvimento de les es m sculo esquel ticas em actividades de enfermagem Master s dissertation in Human Engineering Universidade do Minho Escola de Engenharia Menzel N N Books S M Bernard T E Nelson A 2004 The physical workloadof nursing personnel association with musculosketal discomfort International Journal of Nursing Studies 41 8 859 867 Nelson A Loyd J D Menzel N e Gross C 2003 Preventing nursing backing injuries Redesigning Patient Handling Tasks AAOHN J Vol 51 No3 126 134 Nelson A Editor 2006 Safe Patient Handling and Movement A Practical Guide for Health Care Springer Publishing 97 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem e
62. Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais comportamentais e estrat gias m ltiplas tais como a observa o dos pares de comportamentos seguros o estabelecimento de metas feedback de desempenho e celebra es ou incentivos por atingir metas de seguran a Wirth e Sigurdsson 2008 p 589 O comportamento humano influencia directamente a atitude de cada indiv duo implicando resultados ben ficos ou n o em rela o seguran a quer no trabalho quer em casa ou nos demais contextos Desastres passados tais como os incidentes de Flixborough Kegworth Moorgate e o grave acidente da Petrol fera Piper Alfa reflectiram graves falhas ou inapropriados comportamentos como o principal factor explicativo Stranks 2007 No entanto importa primeiramente definir comportamento de forma a perceber melhor eventuais falhas de seguran a Assim segundo o mesmo autor o comportamento considerado como e A forma como o individuo se auto conduz e Uma ac o observ vel de um indiv duo Na psicologia ocupacional alvo de estudo o comportamento do individuo no trabalho agregando aptid es e necessidades muito espec ficas para o adequado desenvolvimento das tarefas Tamb m s o relevantes quest es como forma o e treino ajustado desenvolvimento de t cnicas de comunica o e gest o de conflitos Stranks 2007 A Perspectiva sociol gica estuda a import ncia do comportamento d
63. N N 2006 Scope of the problem Em A Nelson editor Safe patient handling and movement A practical guide for health care professionals New York Springer Publishing Company pp 3 26 Com lio M 2005 Avalia o de uma cadeira de banho utilizada em ambiente hospitalar uma abordagem ergon mica Revista Brasileira de Enfermagem Cox S amp Cox T 1991 A estrutura de atitudes dos funcion rios para a seguran a um exemplo de trabalho europeu e Stress 5 93 106 Crawford J O Laiou E Spurgeon A McMillan G 2008 Musculoskeletal disorderswithin the telecommunications sector a systematic review Int J Ind Ergon 38 56 72 Daniellou F 1990 4 an lise do trabalho crit rios de sa de crit rios de efici ncia econ mica Paris Daniels A C 2000 Bringing Out the Best in People How to Apply the Astonishing Power of Positive Reinforcement American Media International McGraw Hill Daraiseh N Genaidy A M Karwowski W Davis L S Stambough J and Huston R L 2003 Musculoskeletal outcomes in multiple body regions and work effects among nurses The effects of stressful and stimulating working conditions Ergonomics 46 12 1178 1199 Daynard D Yassi A Cooper J E Tate R Norman R Wells R 2001 Biomechanicalm analysis of peak and cumulative spinal loads during simulated patient handling activities a substudy of a randomized controlled trial to prevent lift and trans
64. SHO 2011 e intitulado The occurrence of musculoskeletal injuries in nursing professionals An analysis of Portuguese hospitals pp 353 357 Machado Em lio Manuel Oliveira Manuel Au Y ong Baptista Jo o dos Santos Faculdade de Engenharia Universidade do Porto Rua Dr Roberto Frias 4200 465 Porto Portugal emilio machado O gmail com gt INESC Porto Faculdade de Engenharia Universidade do Porto Rua Dr Roberto Frias 4200 465 Porto Portugal Department of Economics Management amp Industrial Engineering University of Aveiro Campus Universit rio de Santiago 3810 193 Aveiro Portugal moliveira fe up pt CIGAR Faculdade de Engenharia Universidade do Porto Rua Dr Roberto Frias 4200 465 Porto Portugal jsbap O fe up pt ABSTRACT The motivation to perform this particular research comes from a need which we feel exists for further research in this area It is necessary to answer a set of questions both empirical observed over the years in the area of health and safety and theoretical following an analysis of the international literature relative to the dimension of the problem of musculoskeletal injuries resulting from the exercise of the nursing profession in a hospital context Research questions addressed include 1 Are there complaints associated to the performing of nursing tasks 2 How serious in terms of absolute numbers are musculoskeletal injuries 3 What sort of influence does the env
65. a o n o tem utentes mas colabora com a equipa nomeadamente em actividades inerentes sua fun o e ainda na gest o O r cio utente enfermeiro de 4 5 utentes posi o defendida pela enfermeira chefe do servi o dada a complexidade das val ncias existentes que requerem do cuidador muita 111 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais disponibilidade sempre com o objectivo de alcan ar uma qualidade de cuidados de excel ncia O servi o comporta 4 especialidades m dicas Oncologia Neurologia Nefrologia e Neurocirurgia aqui recebem se os utentes referenciados rea de resid ncia mas j em fase de cronicidade p s cir rgica O servi o amplo e tem um design moderno boas acessibilidades para os utentes existe algum equipamento e material de apoio ao transporte e movimenta o dos mesmos tais como 2 elevadores 1 transfer v rios andarilhos e canadianas cadeiras de rodas bancos de apoio cadeira higi nica para banho barras de apoio na parede das casas de banho por m para a exig ncia que acarreta este tipo de utentes muito mais seria necess rio A manh come a com cada enfermeiro a preparar a sua medica o consoante o receitu rio em cardex e entre as demais solicita es para exames an lises e aux lio em variadas t cnicas este sempre acompanhado por uma auxiliar promove o conforto ao utente ao higieniz lo e prepar lo para o levante caso
66. a de m dicos enfermeiros e auxiliares t m contacto com as pessoas em situa o de doen a muitas vezes imobilizadas a quem necess rio prestar cuidados de sa de e muitas vezes cuidados de sa de e alimenta o Gon alves 2007 Epidemiologia Ramo da medicina que lida com o estudo das causas distribui o e controle da doen a na popula o Nelson 2006 vii Equipamentos de eleva o de pacientes Categoria de equipamentos cuja fun o consiste na eleva o mobiliza o e transporte dos pacientes da posi o sentada para a posi o deitada de um lugar para outro Esta categoria inclui os elevadores de tecto elevadores com base no solo e ascensores com assento Nelson 2006 Ergonomia Trata se do estudo cient fico da rela o entre os trabalhadores e a sua actividade equipamentos e meio ambiente Consiste no estudo cient fico do trabalho no estudo cient fico das inter rela es entre as pessoas e o seu trabalho o estudo cient fico da rela o entre o homem o equipamento com o qual ele laborae o meio ambiente em que esse sistema funciona Nelson 2006 Forma o em Seguran a e Sa de do Trabalho Por forma o deve entender se um processo estruturado de transmiss o de conhecimentos mudan a de comportamentos e atitudes relativos s estrat gias metodologias de organiza o e ac es preventivas tendo em vista a capacita o dos trabalhadores para a coopera o na seguran a e sa
67. a movimenta o dos doentes Em rela o necessidade de diminui o do r cio enfermeiro doente bem como a contrata o de mais profissionais tamb m uma componente Financeira mas tamb m de Cultura de Seguran a uma vez que implica reorganiza o no trabalho Seguidamente s o apresentadas algumas propostas de solu o mais concretas 4 9 Solu es de melhoria preconizadas pelos profissionais de enfermagem Numa organiza o de cariz hospitalar cada vez mais premente dar a palavra a quem conhece as reais condi es de trabalho Por isso deste estudo resultaram testemunhos e contributos fundamentais para que os gestores hospitalares e os t cnicos Superiores de Seguran a e Medicina Ocupacional possam intervir ou pelo menos reflectir o que importa avaliar para posteriormente intervir com objectividade e efic cia Neste contexto destaca se um conjunto de ideias real adas sistematicamente pelos profissionais de enfermagem em contexto hospitalar quando questionados se eventualmente tivessem possibilidade de intervir o que fariam para melhorar as condi es de trabalho dos respectivos servi os como pode ser analisado na tabela 5 Estas medidas s o meramente indicativas e t m como refer ncia a experi ncia e o conhecimento das reais condi es de trabalho dos profissionais de enfermagem sendo necess rio corroborar mediante apropriada avalia o das condi es de trabalho com especial nfase para as metodologias q
68. a actua o do indiv duo com inerentes implica es ao n vel do grupo tendo como refer ncia a import ncia das normas regulamentadoras O mesmo autor destaca ainda a import ncia das cren as ao n vel das atitudes Stranks 2007 real a ainda a import ncia da motiva o na persecu o de condutas seguras Esta motiva o incrementada pela consulta colectiva aos trabalhadores sobre o planeamento das tarefas assumindo um dos pilares fundamentais na componente de seguran a e higiene e sa de no trabalho Stranks 2007 O mesmo autor assinala a cria o de uma comiss o de seguran a ou de um grupo de trabalho como uma garantia de que o empenho por parte dos trabalhadores nesta tem tica um ponto de partida contudo deve ser trabalhado atrav s da cultura de seguran a A preven o de les es nas costas risco referido anteriormente assume especial relev ncia nos c digos de boas pr ticas para manipula o manual dos pacientes Best 1997 Ellis e Hartley 1998 referem que alguns estabelecimentos hospitalares disponibilizam c digos de boas pr ticas e orienta es intr nsecas ao procedimento que contempla o levantamento e transporte do paciente postura aos automatismos e mecanismos do corpo bem como a 24 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais outras t cnicas preventivas de les es nas costas mencionado em cap tulo anterior Krause 1990 d
69. a contrata o de mais profissionais de enfermagem como solu es poss veis e 17 referem ainda a necessidade de forma o 4 4 Centro Hospitalar do Alto Ave Servi o de Medicina Este estudo incide unicamente sobre o servi o de medicina do Centro Hospitalar do Alto Ave com 26 respondentes Nesta an lise o universo de enfermeiros participantes no estudo de 85 do sexo feminino e 15 do sexo masculino manifestando a tend ncia apresentada pela vis o global do presente estudo Machado et al 2011 Verifica se que 88 dos participantes no estudo revelam idades compreendidas entre os 20 e 30 anos sendo que 69 desta percentagem apenas abrange idades entre os 26 a 30 anos pelo que 85 dos enfermeiros participantes no estudo neste servi o s o de n vel 1 O tempo de profiss o revelado pelos participantes no estudo maioritariamente 73 de profissionais que trabalham num intervalo de 1 a 5 anos enquanto o tempo de trabalhado dos profissionais de enfermagem no actual servi o globalmente situa se de 1 a 5 anos 70 pelo que s o essencialmente profissionais jovens no inicio das suas carreiras profissionais No que concerne caracteriza o da actividade principal 95 dos participantes no estudo desempenha fun es de presta o de cuidados em turno rotativo A totalidade dos participantes no estudo revelam que a sua carga hor ria semanal est compreendida entra 35 e 42h Quando se analisa de forma particular a distribui
70. a de enfermagem composta por 64 enfermeiros O Servi o de Ortopedia assume a mesma estrutura f sica sendo a equipa de enfermagem constitu da por 23 enfermeiros O Servi o de Medicina da Unidade de Fafe situado em Fafe composto por 34 Enfermeiros sendo a disposi o f sica distribu da por um piso Hospital Sul e Outros Hospitais O Hospital Sul pertence a um Centro Hospitalar situado na zona do Ribatejo e integra duas unidades hospitalares que disponibilizam recursos para cerca de 850 000 utentes Neste Centro Hospitalar inquiridos e entrevistados profissionais de enfermagem dos servi os de especialidades m dicas Nefrologia Acessos Vasculares Di lise Peritoneal multidisciplinar de Doen a Renal Cr nica e de Hemodi lise os quais ser o apresentados em cap tulo posterior N o foram facultados dados inerentes ao n mero de profissionais de enfermagem da presente institui o hospitalar sendo o servi o em an lise constitu do por 20 enfermeiros As entrevistas e inqu ritos aplicados aos Outros Hospitais abrangem desde Norte a Sul do Pa s apresentando um conjunto de resultados pertinentes que evidenciam o problema em an lise para os quais o autor do estudo se deslocou desde Viana do Castelo Gaia Porto Viseu Coimbra Famalic o Lisboa Vila Real Faro Evora Aveiro e Matosinhos Foi ainda utilizada na realiza o das entrevistas a tecnologia VOIP voice over internet protocol ou Skype tecnologias q
71. ade O tempo na profiss o no actual servi o revelado pelos participantes no estudo situa se maioritariamente 78 de 1 a 2 anos Para 11 o tempo de trabalho no actual servi o de 3 a 5 anos A maioria dos participantes no estudo 94 desempenha fun es de presta o de cuidados 89 dos participantes no estudo indicam que o seu hor rio rotativo 89 dos participantes no estudo revelam que a sua carga hor ria semanal est compreendida entra 35 e 42h e 11 referem trabalhar em turno diurno Em m dia o r cio enfermeiro doente atinge 6 doentes por cada enfermeiro em cada turno de trabalho Isto interessante quando comparado com outros servi os em que existe uma varia o elevada do per odo diurno para o per odo nocturno Relativamente exist ncia de acidentes de trabalho com origem m sculo esquel tica 61 dos participantes no estudo n o manifestou esse acontecimento no entanto verifica se neste servi o uma percentagem de ocorr ncia de acidente bem superior aos outros servi os analisados 39 Tendo em conta que a carga de trabalho descrita por profissionais similar aos outros servi os pode se concluir que o n vel de participa o de acidentes superior Dos 39 que indicaram ter sofrido de acidentes de trabalho com origem m sculo esquel tica 43 referiu que o mesmo implicou um per odo de baixa entre 1 a 2 semanas enquanto que 29 identificou um per odo de baixa superior um m s No que concerne ao ti
72. ado da arte oo eie a ia e E E Ea EE TE E eCa EEEE ATER 3 2i AEON A oin e a e E Gia aes E E e ae eile aes A E EEEE 3 2 2 Les es m sc lo sq el ticaS sorcerien aie eee E E A a A T egad o 5 2 3 Riscos ergon micos na actividade de enfermagem hospitalar eseeeseeeeereeeeeseeereeeeereereeresee 7 2 4 A actividade de enfermagem em ambiente hospitalar 13 2 5 Tecnologias de transfer ncia e movimenta o de doentes em ambiente hospitalar 15 2 6 Tecnologias como solu o norises inonder iesise aves riiai eea 16 2 7 A cultura de seguran a como factor de preven o erre 20 2 8 Behavioural Safety aace eenn ete asp sato gel eta eet wh ee BR beds Sis Sacada a 23 2 9 Forma o Factor de preven o das les es muisculo esquel ticas ee ee eeeeeseeereeereeeeeee 25 2 10 Regulamenta o interna da seguran a ocupacional Um bar metro essencial politica de gest o da preven o ou um entrave organizacional eeecesceseceseeeeeeeeeeeees 26 2 11 A utiliza o de algoritmos como solu o preventiva segundo Nelson 2006 28 2 12 Outra Abordagem ao Objecto do Estudo 00 ee eesecssecesecsseceseceseceeeeeseesseeseaeeeseeesaeeneeenaes 29 2 13 ConclusOes pa ast lane in as SI a tay EA NIDA tada gol san aaa ah 31 3 Apresenta o dos casos deestud tsccc czetscenselh cetiscetecavestcgststsencstsascsedbes solesonedbceceeestieessstlaceusseteeussdesue 32 S
73. adores e associando um tema e a sua implementa o os especialistas podem contribuir com enorme sucesso para a empresa Gupta 2008 Les es m sculo esquel ticas LME Conjunto de doen as relacionadas com o trabalho causadas por traumatismos repetidos cumulativos e de tens o muscular tendo como causa principal os movimentos ou posturas for adas associados concep o de sistemas de trabalho Freitas 2002 Local de Trabalho Lugar em que o trabalhador se encontra ou de onde ou para onde deva dirigir se em virtude do seu trabalho no qual esteja directa ou indirectamente sujeito ao controlo do empregador al nea e do artigo 4 da Lei 102 2009 de 10 de Setembro Mec nica do Corpo Representa a forma de posicionamento do corpo dos enfermeiros durante a movimenta o e transfer ncia dos pacientes Nelson 2006 Medicina do Trabalho a especialidade m dica que se dedica preven o e controlo da doen a e incomodidade do trabalho da promo o da sa de e produtividade dos trabalhadores Freitas 2002 Mobilidade A qualidade ou estado de ser capaz de se mover rapidamente de um lugar para outro Nelson 2006 Percep o A consci ncia dos objectos qualidades ou eventos estimulados pelos sentidos de cada pessoa como processo de receber informa es atrav s dos canais sensoriais Stranks 2007 Perigo Propriedade intr nseca de uma instala o actividade equipamento um agente ou
74. ais Medicina i uimaraes Guimar es Fafe Sul Hospitais Ortopedia Med Interna Ortopedia Ortopedia Interna ACIDENTES DE ORIGEM M SCULO ESQUL TICA 25 29 18 15 33 18 39 13 DOR OU DESCONFORTO MUSCULO ESQUELETICO 81 96 55 85 58 67 89 92 SINTOMATOLOGIA HABITUAL 58 58 50 66 50 55 57 56 REGI O COSPORAL MAIS AFECTADA REGI O 9 9 9 9 9 9 9 9 LOMBAR 40 36 43 38 55 34 48 42 CONHECIMENTO DOS RISCOS DE LES ES e 5 h A 9 9 9 y 9 M SCULO ESQUEL TICAS 98 100 91 100 100 94 94 100 MATERIAIS E EQUIPAMENTOS NO LOCAL DE TRABALHO EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTA O CAMAS CADEIRAS E MACAS COM RODAS EM MAU 33 35 20 15 44 38 61 33 ESTADO RARAMENTE EXISTEM 23 17 27 23 22 31 9 25 S O UTILIZADOS MAS TORNAM A TAREFA 20 22 20 29 15 18 17 16 MAIS MOROSA 64 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais 4 7 Os resultados da an lise das entrevistas e a proposta de um Modelo TCF 4 7 1 Enquadramento geral e caracteriza o do problema Para colocar em evid ncia a problem tica em an lise ser o mostradas aqui transcri es parciais de entrevistas 1 A seguinte enfermeira menciona a dificuldade de trabalhar por turnos Tenho 34 anos e trabalho neste servi o h 6 anos num tempo total de profiss o de dez anos Fa o semanalmente mais de 42 horas de trabalho e o meu trabalho desenvolvido em turnos rotativo
75. ais profissionais de enfermagem Curioso analisar que 17 dos participantes no estudo referiram que deveriam 55 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais ser feitas interven es no servi o no entanto preferiram ou n o conseguiam identific las A aquisi o de equipamento mais moderno dotado de mais automatismos referido por 13 dos participantes no estudo enquanto que 10 refere a import ncia de aquisi o de camas el ctricas ajust veis e equipamento em bom estado Hospital de Fafe Do universo entrevistado 33 enfermeiros 79 s o do sexo feminino e 21 do sexo masculino Existe uma distribui o sim trica no que concerne ao escal o et rio 22 dos participantes no estudo revelam idades compreendidas entre os 31 e 35 anos sendo que 21 dos participantes no estudo ent o localizados no intervalo dos 36 e os 40 anos No escal o dos 26 aos 30 anos encontram se 18 dos participantes no estudo 55 dos enfermeiros participantes no estudo neste servi o s o graduados Neste servi o os enfermeiros possuem grande experiencia dado que 52 dos participantes no estudo apresentam um tempo de profiss o superior a 10 anos enquanto que 30 refere um tempo de profiss o de 1 a 5 anos 18 referem ainda ter um tempo de experiencia de 6 a 10 anos actividade O tempo na profiss o no actual servi o revelado pelos participantes no estudo inferior a 1 ano para 40 18 a
76. alidade A forma o dos profissionais de enfermagem est integrada no sistema de educa o a n vel do ensino superior desde 1988 Decreto Lei n 104 98 de 21 de Abril Estatuto da Ordem dos Enfermeiros O Regulamento do Exerc cio Profissional dos Enfermeiros denominado na profiss o pela sigla REPE obteve contexto legal em 1996 mediante o Decreto lei 161 96 de 4 de Setembro Este documento clarifica conceitos caracteriza os cuidados de enfermagem especifica compet ncias dos profissionais legalmente habilitados a prest los e paralelamente define as responsabilidades os direitos e os deveres inerentes O trabalho de enfermagem caracterizado pela assist ncia prestada ao indiv duo saud vel ou doente comunidade influindo na preven o de doen as na melhoria e recupera o da sa de Queir s 1996 Este autor ainda menciona enfermagem enquanto actividade inerente ao cuidar agregar tarefas como eleva o e transporte dificultadas por graus de defici ncia variados dos indiv duos Em determinadas circunst ncias est se perante uma depend ncia quase total A transfer ncia de pacientes onde o enfermeiro auxilia o paciente a mover se por exemplo de uma cadeira de rodas para uma cama ocorre com frequ ncia especialmente em ortopedia geriatria e medicina Os pr prios enfermeiros relataram que a transfer ncia de pacientes 13 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividad
77. alit ria entre todos os enfermeiros Muitas das vezes adoptamos estrat gias de 28 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais transfer ncia e mobiliza o que n o s o coordenadas nem articuladas demorando mais tempo por causa da redefini o da melhor op o Seria t o mais f cil se se tipificassem procedimentos atrav s da elabora o de um manual de boas pr ticas Quanto a mim conseguia se prevenir muitas les es aqui no trabalho Cita o de uma Enfermeira de um Servi o de Medicina Interna observada no presente estudo Tendo como sustent culo os crit rios de avalia o do estado de sa de do paciente os algoritmos dever o ser utilizados como gui es para o planeamento e execu o de actividades de movimenta o de pacientes Nelson 2006 Efectivamente estes algoritmos s o desenhados para profissionais que desempenham tarefas de mobiliza o e transfer ncia de pacientes Estas foram seleccionadas com base no n vel de risco frequ ncia de execu o e disponibilidade de recurso Nelson 2006 S o referidos algoritmos para uma Popula o Geral de Pacientes que se estrutura fundamentalmente nos seguintes vectores e Transfer ncias verticais a transfer ncia do paciente come a e termina na posi o sentado como por exemplo a transfer ncia da cama para a cadeira da cadeira para o vaso sanit rio da cadeira de rodas para o leito cadeira de r
78. am identificadas por 28 dos participantes no estudo como sendo cadeiras desconfort veis sem altura ajust vel e 22 referem a diferen a de n vel entre a cama e a maca durante e transfer ncia do doente As interven es poss veis no local de trabalho que poder o diminuir os riscos de desenvolver uma les o m sculo esquel tica foram apontadas por 39 dos participantes no estudo como a redu o do r cio doentes enfermeiro bem como a contrata o de mais profissionais de enfermagem 17 dos participantes no estudo referiram que deveriam ser adoptados cintos de transfer ncia e que necessitam de um maior espa o de trabalho A forma o tamb m referida por 14 dos enfermeiros participantes no estudo como sendo uma necessidade 58 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais 4 5 Hospital Sul Do universo entrevistado 18 enfermeiros 78 s o do sexo feminino e 22 do sexo masculino 44 dos participantes no estudo revelam idades compreendidas entre os 26 e 30 anos sendo que 22 dos participantes no estudo ent o localizados no intervalo dos 20 e os 25 anos Uma grande percentagem 94 dos enfermeiros participantes no estudo neste servi o s o de n vel 1 mas 45 dos participantes no estudo apresentam um tempo de profiss o de 1 a 5 anos sendo assim jovens com pouca experi ncia de trabalho enquanto que 33 apresentam um tempo de profiss o de 6 a 10 anos de activid
79. ansferring patients nurses main functions Collins and Menzel 2006 102 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Nursing is a profession with a high incidence of back pain Rogers and Salvage 1988 Vieira et al 2006 Vieira 2007 Branney and Newell 2009 Vieira and Kumar 2009 Rogers and Salvage 1988 refer that lower back pain in particular is the most frequent injury in nursing this seen to be due to biomechanical demands Vieira and Kumar 2009 Rogers and Salvage 1988 refer still further that one in six nurses will experience back pain or injury each year nurses thus having almost twice the absenteeism levels due to back pain than the rest of the working population Rogers and Savage 1988 estimate a loss of 764 000 work days per year National Health Service UK due to this disorder in particular Collins and Menzel 2006 refer that in a study done in 1985 by a team led by Harber who examined more than 500 nurses in a hospital in California that more than half had had back pain in the last three months Collins and Menzel 2006 refer further to a study by Owen 1989 involving a random sample of nurses who worked in Wisconsin in which they found that 52 of the hospital nurses referred that they had felt lower back pain over the previous year In this same study 48 of these nurses stated that lifting and re positioning patients in bed had led to their lower back
80. ar reduzir ou at mesmo eliminar os riscos existentes e que originam les es m sculo esquel ticas Sugest es para pesquisa futura Sugere se 1 A continuidade do estudo atrav s do alargamento a mais hospitais em Portugal A utiliza o das componentes inqu rito mais entrevista aconselhada pois chegaram se a dados mais enriquecedores com esta ltima isto para que seja poss vel auferir a dimens o do problema da seguran a ocupacional e para poder comparar institui es e regi es em Portugal 2 Tendo verificado que h por um lado profissionais de enfermagem sem sintomatologia de LME no meio de profissionais que t m as LME bem presentes no seu dia a dia sentem queixas nos ltimos 12 meses dado que os mesmos executam globalmente tarefas de cariz similar seria interessante comparar pr ticas dos dois grupos num estudo futuro 3 De referir ainda que algumas das situa es analisadas e que se prendem com a falta de material e equipamento em bom estado de conserva o poder o estar ligadas crise econ mica que se sente em Portugal h alguns anos crise essa muito focada na imprensa internacional com as ajudas da Uni o Europeia e do Fundo Monet rio Internacional FMI e que se prev v durar mais algum tempo Com a sa da gradual da crise seria bom monitorizar o equipamento hospitalar disposi o dos enfermeiros que dever melhorar e assim minorar o problema das LME nesta profiss o 91 A Tecnologia como Meio
81. arefas com maior exig ncia f sica 61 dos participantes no estudo revelam que muitas vezes as camas cadeiras de rodas e macas apresentam rodas em mau estado levando a dif cil movimenta o enquanto que 17 referem que de modo geral a utiliza o dos equipamentos auxiliares contribui para tornar a execu o mais morosa 13 referem ainda que normalmente os materiais e equipamentos auxiliares s o dif ceis de utilizar ou encontram se em mau estado As situa es identificadas que condicionam a postura dos enfermeiros durante as rotinas de trabalho s o diferen a de n vel entre a cama e a maca durante e transfer ncia do doente 33 a exiguidade de espa o salas de trabalho enfermarias WC doentes 22 e cadeiras desconfort veis sem altura ajust vel 209 As interven es poss veis no local de trabalho que poder o diminuir os riscos de desenvolver uma les o m sculo esquel tica s o segundo os respondentes a aquisi o de camas el ctricas ajust veis 22 altera es na organiza o do trabalho 14 e rampas nos polib s das casas de banho 11 4 6 Outros Hospitais Do universo entrevistado 44 enfermeiros 97 s o do sexo feminino e 3 do sexo masculino 53 dos participantes no estudo revelam idades compreendidas entre os 20 e os 25 anos sendo que 26 dos participantes no estudo est o localizados no intervalo dos 25 e os 30 anos Neste caso est se perante enfermeiros rec m licenciados onde 7
82. arra tipo trap zio no leito escada de cordas discos girat rios t bua de transfer ncia e blocos de m o antiderrapante s o fundamentais para a preven o de acidentes Gallasch 2003 Exemplificando a abordagem anterior deve ser visualizada a figura 2 reproduzida pelo Prevent Institute for Occupational Safety and Health 2007 na B lgica Figura 2 Elevador de transfer ncia Fonte http osha europa eu pt publications e facts efact28 de 11 01 2008 imagem reproduzida pelo Prevent Institute for Occupational Safety and Health da B lgica Contudo nem sempre estes meios est o dispon veis para aux lio nas movimenta es de pacientes Ellis e Hartley 1998 referem um dado fundamental que se traduz na ac o de determinados enfermeiros que ao desempenhar algumas tarefas se traduzem em pr ticas perigosas para estes profissionais dado que os mecanismos de aux lio mec nico ou humano podem n o estar dispon veis Estes autores evidenciam a necessidade dos enfermeiros terem que atender sua pr pria seguran a 19 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais 2 7 A cultura de seguran a como factor de preven o Cultura de uma organiza o um conjunto nico de caracter sticas que permite distingui la de qualquer outra Teixeira 1998 Equivale personalidade do indiv duo reflectindo a forma como os indiv duos se comportam no seio da mesma
83. as de apoio na parede Cadeiras de rodas Canadianas Bengalas Trip Andarilho AUX LIO MOVIMENTA O _ DE DOENTES NO LEITO Cama com altura ajust vel Marquesa com altura regul vel Barra tipo trap zio no leito 122 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais PARTE 5 PERCEP O DO RISCO DE DESENVOLVIMENTO DE LES ES OU DIST RBIOS M SCULO ESQUEL TICOS 16 Tem conhecimento sobre o risco de desenvolvimento de les es m sculo esquel ticas e as suas consequ ncias N o Avance para a quest o 18 Sim 17 Adquiriu esses conhecimentos atrav s de Forma o acad mica Curso de Higiene e seguran a no Trabalho Forma o em servi o Leitura de revistas artigos e trabalhos cient ficos Frequ ncia de palestras e semin rios No servi o comenta se este assunto 18 Quais as situa es que considera contribu rem para o risco de desenvolver les es m sculo esquel ticas Exiguidade dos espa os de trabalho Inexist ncia de material e equipamentos auxiliares Superf cies de trabalho demasiado altas ou baixas Equipamentos e mobili rio desadequados s actividades Diferen a de alturas entre cama e maca Camas cadeiras de rodas macas com rodas de dif cil movimenta o M
84. as de exerc cio f sico e uma inevit vel altera o ao estilo de vida constituem factores preventivos das les es m sculo esquel ticas em enfermagem Guedes 2000 indica que riscos ergon micos em enfermagem como a movimenta o e o transporte de pacientes posturas prolongadas e impr prias flex o repetida da coluna associada ao uso de equipamentos e mobili rio inadequados ao contexto de trabalho em enfermagem entre outros s o factores potenciadores de les es m sculo esquel ticas pode se A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais constatar esta evid ncia no estudo apresentado neste trabalho nomeadamente num dos servi os de um hospital analisado onde o carrinho de medica o se encontra em muito mau estado no que concerne s rodas e estabilidade do mesmo e onde os enfermeiros referem ser extremamente dif cil movimentar este carrinho devido ao enorme atrito ao solo do mesmo levando por iner ncia a uma aplica o de for a muscular excessiva esta e outras situa es ser o analisadas em cap tulo posterior Guedes 2000 refere ainda que os dist rbios osteomusculares incluindo as les es vertebrais estabelecem um dos riscos com maior incid ncia sobre os profissionais de enfermagem na rea hospitalar minimizando ou at mesmo impossibilitando as suas actividades ocupacionais Particularizando e segundo Harber et al 1987 simples tarefas como
85. as interven es adoptadas por 30 dos participantes no estudo manifestam como solu o adoptada a solicita o do aux lio de colegas 23 indicam a utiliza o de equipamentos auxiliares e 20 procuram melhorar a postura e 20 orientar o doente para t cnicas de autonomia Para 28 dos participantes no estudo existem per odos do turno nos quais n o poss vel fazer pausas mas referem que frequente a rota o dos trabalhadores entre tarefas com maior exig ncia f sica 23 Em rela o componente tecnol gica 27 dos participantes no estudo revelam que raramente existem equipamentos para aux lio nas actividades de maior 49 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais esfor o f sico enquanto 23 referem que normalmente os materiais e equipamentos auxiliares s o dif ceis de utilizar ou encontram se em mau estado As situa es que condicionam a sua postura durante as rotinas de trabalho foram identificadas por 25 dos participantes no estudo como sendo a exiguidade de espa o salas de trabalho enfermarias WC doentes e alcan ar objectos suspensos 21 As interven es poss veis no local de trabalho que poder o diminuir os riscos de desenvolver uma les o m sculo esquel tica foram apontadas por 33 dos participantes no estudo como a adop o de elevadores de transfer ncia e 17 tamb m apontam a redu o do r cio doentes enfermeiro bem como
86. astado do corpo s o as posturas que mais contribuem para o risco de desenvolver les es m sculo esquel ticas Movimentos de inclina o do tronco para a frente tiveram 23 das respostas Quando analisado o par metro sobrecarga f sica as interven es adoptadas para evitar esfor o ou poss veis les es leva constata o de 28 dos participantes no estudo que manifestam como solu o adoptada a solicita o do aux lio de colegas enquanto 24 procuram melhorar a postura e 20 indicam a utiliza o de equipamentos auxiliares bem como orientar o doente para t cnicas de autonomia 20 Numa an lise sobre as respostas afirmativas referente a factores de organiza o de trabalho verifica se que 30 dos participantes no estudo indicam que existem per odos do turno nos quais n o poss vel efectuar pausas 29 referem a colabora o entre colegas como factor importante no mbito preventivo Relativamente import ncia da rota o frequente dos trabalhadores entre tarefas com maior exig ncia f sica esta referida por 23 dos participantes no estudo Analisando as condi es de trabalho verifica se que 29 dos participantes no estudo consideram que de modo geral a utiliza o dos equipamentos auxiliares contribui para tornar a execu o mais morosa enquanto que 25 referem que normalmente os materiais e equipamentos auxiliares s o dif ceis de utilizar ou encontram se em mau estado Torna se importante ainda referir que 2
87. balho respondo sem reservas todas as que implicam exercer for a de bra os rota es estic es sobrecarga est tica N o temos tarefas ligeiras Quando falamos em les es nas costas nos enfermeiros obviamente diferente a exposi o quando diferenciamos por exemplo um enfermeiro de um servi o de medicina ortopedia ou neurocirurgia de um enfermeiro que trabalha na consulta externa Enfermeira de um Servi o de Medicina Agosto 2010 Coment rio C7 A especificidade dos servi os de medicina interna ou mesmo ortopedia ou neurocirurgia requer por parte do profissional de enfermagem uma observ ncia constante das poss veis posturas err neas que possa adoptar durante uma jornada de trabalho S o servi os de elevada perman ncia dos doentes acrescendo dificuldade pelo seu elevado peso e diminuta mobilidade A cria o de regulamentos de seguran a fornecimento de forma o e informa o melhoria das condi es de trabalho poder dependendo do grau interno de percep o e maturidade da vari vel seguran a constituir um sustent culo forma o de uma cultura de seguran a forte Possibilitando ao profissional de enfermagem a obten o de par metros de decis o que sustentem condutas seguras no local de trabalho Vari vel Recursos Financeiros Transcri o F1 76 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Eu trabalho neste servi o h mais de 2
88. balho com origem m sculo esquel tica 71 dos participantes no estudo n o manifestou esse acontecimento Dos 29 que indicaram ter sofrido de acidentes de trabalho com origem m sculo esquel tica 57 n o apresentaram dias de incapacidade contudo 14 apresentou uma incapacidade entre 2 e 3 dias com particular relev ncia para 29 a apresentar uma incapacidade no trabalho entre 1 a 2 semanas No que concerne ao tipo de acidente sofrido 71 revela les es lombares e 14 manifesta les es musculares nos membros superiores e na mesma percentagem para o tipo de les o dorsal Embora a maioria dos participantes no estudo n o tenha manifestado acidentes de origem m sculo esquel tica 96 t m sintomas e apresentam dor ou desconforto da mesma origem Em rela o sintomatologia 58 apresenta dor localizada e 51 expressa formigueiro e dorm ncia e diminui o da for a muscular Por sua vez a regi o corporal mais afectada com 36 de respostas a regi o lombar seguida das regi es cervical 24 e dorsal 18 Igualmente 67 dos participantes no estudo confirmou ter recorrido a tratamento decorrente de sintomatologia associada a les es m sculo esquel ticas Dos 58 de participantes no estudo que confirmou ter recorrido a tratamento decorrente de sintomatologia associada a 45 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais les es m sculo esquel ticas 42 afirmou ter se
89. bem estar Neuman 1982 Enfermagem responde a indiv duos grupos e comunidades que est o em constante interac o com os factores stressantes do meio ambiente que criam desequil brio Um ingrediente cr tico a habilidade do cliente de reagir ao stress e aos factores que ajudam na reconstitui o ou na adapta o Rogers 1984 Enfermagem arte e ci ncia humanista e humanit ria direccionada para o indiv duo humano Est preocupada com a natureza e a direc o do desenvolvimento humano 2 5 Tecnologias de transfer ncia e movimenta o de doentes em ambiente hospitalar A utiliza o de elevadores de tecto ou elevadores de transfer ncia port teis tem obtido sucesso na redu o da for a de compress o exercida sobre as costas em 60 Santaguida et al 2005 Owen e Garg 1991 durante a transfer ncia dos pacientes O limite de peso recomendado pelo Organismo NIOSH 1993 cifra se nos 3400 N 350 Kg de compress o a n vel das v rtebras L5 S1 que geralmente ultrapassado na execu o das tarefas realizadas no dia a dia pelos enfermeiros pelo que a adop o de medidas preventivas assume uma import ncia fundamental na preven o das les es A tecnologia refere se a conhecimento te rico e pr tico aptid es e artefactos que podem ser usados para desenvolver produtos e servi os assim como os seus sistemas de produ o e 2 k Hi 66 a entrega Assim a tecnologia pode ser representada por pes
90. bers are musculoskeletal injuries What sort of influence does the environment namely buildings play as well as technology equipment and work organization Furthermore what should be present in the workplace but is not Following the introduction to the article to be found below the reader will find a review of the literature which is seen to be closely related to our area of interest This is followed by a discussion of our methodology for the research an exposition of the results of the study and finally a discussion of our findings and other concluding remarks We have not intended to simply write a theoretical paper and so some practical solutions to the problems encountered are advanced at the end of the paper These solutions are connected to technology for example to take some of the physical workload off nurses which as some nurses in our study pointed out is not very commonplace technology tends more often than not to be associated to doctors rather than to nurses This is thus seen to be another novelty introduced by our research A REVIEW OF THE LITERATURE Ergonomics has earned an independent status as a discipline in its own right Wilson 2000 p 557 related to the design of interactions Wilson 2000 and basic ergonomic concepts are relevant to the nursing profession Ergonomics training and musculoskeletal health have been focused on in the literature see for example Robertson et al 2008 though in this case the
91. cadeiem sintomas de problemas m sculo esquel ticos 21 refere que a sintomatologia melhora com o repouso No que concerne disponibiliza o de equipamento de aux lio transfer ncia de doentes 100 dos participantes no estudo expressa a disponibilidade e a utiliza o do elevador de transfer ncia 94 manifesta a utiliza o e disponibilidade da prancha de transfer ncia para a maca mas 100 referem que n o existe cinto de transfer ncia Relativamente disponibiliza o de equipamento que permita a movimenta o aos doentes inclusive nas actividades de higieniza o importa evidenciar que n o existem bengalas 94 nem banco para banheira 78 Contudo existem cadeiras higi nicas para banho 100 barras de apoio na parede 61 e cadeiras de rodas 71 Em rela o ao equipamento existente para aux lio movimenta o de doentes no leito 100 dos participantes no estudo indica a exist ncia de camas com altura ajust vel embora 100 indiquem que n o existem barras tipo trap zio no leito E 89 referem que n o existe marquesa com altura regul vel Relativamente ao conhecimento sobre o risco de desenvolvimento de les es m sculo esquel ticas e as suas consequ ncias 94 dos participantes no estudo revelam esse conhecimento 42 dos enfermeiros adquiriram o conhecimento sobre a tem tica em an lise durante a sua forma o acad mica enquanto que a leitura de revistas artigos e trabalhos cient ficos
92. cc cee een e eee cece erre erre e ceras 63 Tabela 5 Quadro de Medidas de interven o apontadas pelos enfermeiros para melhoria das condi es de trabalho NOS seus Servi os assadas A sncuitea veseeoeaon tances wes aes 87 ndice de Figuras Figura 1 Probabilidade de LME saia g ceed te eh A eed 7 Figura 2 Elevador de transferencia e A a SENN A eI Ae 19 Figura 3 Sintomatologia referida pela amostra ssssssssssssssssssseeerrrrrssseresesrerresee 42 Figura 4 Regi o corporal afectada sssssesssserrrerrsrssssreerrrrrrssssssrerrrrrreeere 42 Figura 5 Medidas adoptadas em caso de sobrecarga f sica iiiiiiiiiiiiiiiiiiio 44 Figura 6 Modelo TCE asas assado apa ie oral asia E E E co 68 Figura 7 Processo de comunica o de ocorr ncia de les o ou acidente no trabalho 12 Figura 8 Modelo resultante da an lise das entrevistas 80 xiv A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais 1 Introdu o Fundamentalmente a Ergonomia preocupa se na maximiza o do desempenho do Homem e tamb m tanto quanto poss vel com a elimina o do potencial de erro humano Existe assim uma rela o entre a Ergonomia e a Engenharia Humana Tradu o adaptada de Stranks 2007 1 1 Motiva o e contextualiza o do estudo A motiva o para a realiza o da presente tem tica de disserta o adv m em primeira inst ncia do sent
93. cedo respons vel pela Seguran a Ocupacional do Hospital de Braga Ao Centro Hospitalar do Alto Ave o meu bem haja pelo excelente apoio e acolhimento log stico e processual fornecido em todo o per odo de estudo nas pessoas do Senhor Enfermeiro Director Jos Ribeiro e Senhor Enfermeiro Fernando Silva respons vel pela seguran a ocupacional cuja colabora o foi important ssima neste contexto e ainda a Senhora Enfermeira Carmezinda Martins Enfermeira Supervisora da Unidade de Fafe do Centro Hospitalar do Alto Ave Destacam se por fim os contributos basilares de enfermeiros de v rios hospitais nomeadamente a Enfermeira Susana do Hospital de Viana do Castelo a Enfermeira Andreia Fernandes do Hospital S o Jo o Porto a Enfermeira Diana do IPO Porto e a Enfermeira Margarida Costa e a Enfermeira Lic nia do Hospital de Torres Novas Do mesmo modo gostaria de referir os elevados contributos da Enfermeira Emanuela do Hospital de Braga e da Enfermeira Carla Silva do Hospital de Set bal devido sua interven o no terreno onde desempenharam um important ssimo papel na recolha de dados Por fim a todos que directa e indirectamente contribu ram e me apoiaram incessantemente fundamentalmente a minha fam lia que priva comigo de forma mais directa em particular In s pela compreens o dedica o e apoio fulcral nos momentos cr ticos Gloss rio Acidente Acontecimento imprevis vel muitas vezes resultan
94. cervical e membros inferiores com 14 2 Para 57 dos participantes no estudo comum o recurso a tratamento decorrente de sintomatologia associada a les es m sculo esquel ticas Destes 40 recorreu a fisioterapia 40 medica o receitada e 20 refere o descanso com factor primordial de recupera o 50 dos participantes no estudo indicam que as tarefas por si desenvolvidas s o pass veis de serem desempenhadas embora desencadeiem sintomas de problemas m sculo esquel ticos e 25 refere que a sintomatologia melhora com o repouso No que concerne disponibiliza o de equipamento de aux lio transfer ncia de doentes 82 dos participantes no estudo referem a indisponibilidade de utiliza o do elevador de 48 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais transfer ncia 55 manifesta a utiliza o e disponibilidade da prancha de transfer ncia para a maca mas 91 referem que n o existe cinto de transfer ncia Relativamente disponibiliza o de equipamento que permita a movimenta o aos doentes inclusive nas actividades de higieniza o importa evidenciar que n o existem bengalas trip e andarilho 91 canadianas 9 e n o existe a cadeira higi nica para banho 27 Contudo existem cadeiras de rodas 100 banco para banheira ou polib 91 e barras de apoio na parede 82 Em rela o ao equipamento existente para aux lio movim
95. cidir sobre o meu ritmo de trabalho Existe colabora o entre colegas nas diferentes actividades H per odos do turno que o ritmo de trabalho n o me permite fazer pausa 124 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais 22 Indique a sua opini o considerando os materiais e equipamentos no seu local de trabalho CONCORDO DISCORDO Normalmente os materiais e equipamentos auxiliares s o dif ceis de utilizar ou encontram se em mau estado De modo geral a utiliza o dos equipamentos auxiliares contribui para tornar a execu o mais morosa Raramente existem equipamentos para auxilio nas actividades de maior esfor o f sico H equipamentos que n o sei utilizar falta de forma o Muitas vezes as camas cadeiras de rodas macas apresentam rodas em maus estado e de dif cil movimenta o 23 Considerando o seu local de trabalho indique as situa es que condicionam a sua postura durante as rotinas de trabalho Exiguidade de espa o salas de trabalho enfermarias WC doentes Excesso de material ou pessoas nas salas obrigando ao trabalho com postura restrita Alcan ar objectos suspensos Diferen a de n vel entre a cama e a maca durante e transfer ncia do doente Cadeiras desconfort veis sem altura ajust vel Superf cies de trabalho demasiado altas ou baixas Outra
96. com o intuito de melhoria dos procedimentos de trabalho Kim 2002 Esta metodologia de trabalho foi originalmente desenvolvida por Thurman et al 1988 cujo principal objectivo centrava se em imbuir os trabalhadores nas diversas actividades do trabalho de forma volunt ria e participativa melhorando inevitavelmente os processos de trabalho conseguindo se por iner ncia uma rela o mais estreita entre a componente operativa e o trabalho O sucesso do PAOT encontra se documentado mesmo em diferentes sectores de actividades como por exemplo na ind stria Kawakami et al 2004 Kogi 2006 Globalmente pode se referir que esta metodologia encontra similitude na denominada forma o em contexto de trabalho Torna se premente analisar o enquadramento desta metodologia ainda que num plano te rico neste trabalho de investiga o dado que na aplica o pr tica dos question rios e entrevistas foram consideradas vari veis como forma o e conhecimento da tem tica das les es m sculo esquel ticas Neste contexto e tendo como sustent culo a abordagem PAOT foi desenvolvida a metodologia orientada para os profissionais de enfermagem em contexto hospitalar PAOTHN ou seja um estilo participativo de forma o ac o cujo principal objectivo seria evitar ou reduzir os dist rbios osteomusculares Nesta metodologia estavam inclusos cursos de forma o de curta dura o e semin rios t cnicos ministrados e apoiados por instrutores nesta
97. como a dificuldade em operarem em espa os ex guos nomeadamente em enfermarias demasiado pequenas e com um n mero de camas excessivo ou casas de banho demasiado pequenas s o destacados por Loyd et al 2006 Por outro lado esta tecnologia 17 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais encerra em si mesma a necessidade de manuten o frequente O facto de requerer um espa o pr prio para armazenagem encontra aqui tamb m uma desvantagem Loyd et al 2006 Os elevadores de tecto come am a assumir alguma preponder ncia e inerente adop o em diversos hospitais norte americanos e europeus Estes assumem caracter sticas diferentes em rela o aos elevadores com suporte no solo dado que est o acoplados em calhas no tecto em cada enfermaria n o dependendo da vari vel espa o manuseamento e armazenamento conforme indicado por Lloyd et al 2006 Os mesmos autores ainda indicam que a sua disposi o assume duas configura es no terreno ou seja uma nica faixa ou calha de circula o ou uma configura o transversal No que concerne ao primeiro sistema todas as actividades inerentes presta o de cuidados com apoio deste equipamento seguem um curso espec fico Os sistemas transversais devida a montagem perpendicular de duas faixas permite uma maior amplitude de cobertura numa enfermaria Este equipamento pode ser utilizado com total seguran a em pacientes mais a
98. comunicadas e por iner ncia os custos resultantes das mesmas n o s o calculados pelas institui es O mesmo autor refere ainda que tendo como sustent culo o 2 ingu rito europeu sobre as condi es de trabalho os problemas mais referidos pelos trabalhadores portugueses s o os problemas m sculo esquel ticos sendo que 39 dos trabalhadores portugueses declararam sofrer de dores nas costas 30 na Europa e 31 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais caracterizaram a presen a de dores musculares nos membros superiores e inferiores face aos 17 referidos a n vel europeu Figura 1 Probabilidade de LME adaptado de Freitas 2002 2 3 Riscos ergon micos na actividade de enfermagem hospitalar A dor nas costas a mais frequente les o m sculo esquel tica relacionada com o trabalho relatada Pheasant 1991 decorrendo das mesmas estimam se elevados custos econ micos e sociais Epidemiologicamente e segundo o mesmo autor estas les es t m vindo a ser estudadas com afinco servindo mesmo como modelo de suporte para as les es m sculo esquel ticas de uma forma global Este tipo de les o na regi o lombar pode ser aguda ou intensa por vezes difusa ou localizada Pheasant 1991 O t tulo exemplificativo nos Estados Unidos da Am rica entorses e distens es s o muito frequentes em acidentes de trabalho correspondendo a 85 das les es lombares Holman 20
99. confirmou ter recorrido a tratamento decorrente de sintomatologia associada a les es 42 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais m sculo esquel ticas 35 afirmou ter se socorrido de auto medica o 25 recorreu a fisioterapia 24 utilizou medica o receitada e apenas 2 necessitou recurso a cirurgia 39 dos participantes no estudo indicam que as tarefas por si desenvolvidas s o pass veis de serem desempenhadas embora desencadeiem sintomas de problemas m sculo esquel ticos 34 necessita de repouso em hor rio de pausa para recuperar e 22 necessita mesmo de abrandar o ritmo de trabalho ou de alterar o modo de trabalhar No que concerne a disponibiliza o de equipamento de aux lio para transfer ncia de doentes 51 dos participantes no estudo expressa a disponibilidade e a utiliza o do elevador de transfer ncia 43 manifesta a utiliza o e disponibilidade da prancha de transfer ncia para a maca mas 59 referem que n o existe cinto de transfer ncia Relativamente disponibiliza o de equipamento que permita a movimenta o aos doentes inclusive nas actividades de higieniza o importa evidenciar que n o existem bengalas 25 canadianas 21 e n o existe o banco para banho 15 Contudo existem cadeiras de rodas 18 e cadeiras higi nicas para banho 17 Em rela o ao equipamento existente para aux lio movimenta o de doentes
100. cultura de seguran a como meio de reduzir a sinistralidade no ambiente de trabalho Daniels 2000 Fern ndez Mu iz et al 2007 Walter 2008 Wirth e Sigurdsson 2008 Assim come a a ser aplicado o conceito o Comportamento Baseado na Seguran a BBS caracterizado posteriormente 21 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Uma cultura organizacional que fomenta a seguran a imprescind vel para a preven o da sinistralidade laboral e paralelamente das doen as profissionais Freitas 2002 Este autor refere ainda que a melhoria de condi es ocupacionais depende da elabora o e implementa o de programas de preven o no entanto o sucesso destes depende directamente da percep o e da valora o atribu da aos programas pelos trabalhadores no contexto organizacional Para Mansdorf citado por Freitas 2002 a obten o de um desempenho eficaz das var veis de seguran a ocupacional implica aliar um bom sistema de gest o a uma cultura empresarial que a sustente A cultura da seguran a assume especial relev ncia num relat rio sobre o desastre nuclear de Chernobyl esta o de pot ncia na URSS que foi elaborado pela International Nuclear Safety Advisory Group 1988 Feng et al 2008 O conceito desde ent o ganhou reconhecimento mundial em diversas ind strias especialmente as ind strias de alto risco tais como a energia nuclear e de avia o
101. cura melhorar a sua postura Materiais e equipamentos no seu local de trabalho Concordo E Normalmente os materiais e equipamentos auxiliares s o dif ceis de utilizar ou encontram seem mau estado _ E De modo geral a utiliza o dos equipamentos auxiliares contribui para tornar a execu o mais morosa b Raramente existem equipamentos para auxilio nas actividades de maior esfor o f sico E H equipamentos que n o sei utilizar falta de forma o E Muitas vezes as camas cadeiras de rodas macas apresentam rodas em maus estado e de dif cil movimenta o 131
102. dade de Enfermagem em Hospitais existirem boas ferramentas n o poder o ser produzidos produtos de qualidade assim num hospital se os equipamentos de trabalho forem fracos n o ser poss vel a presta o de cuidados com qualidade Transcri o C5 Tenho conhecimento destas tem ticas devido forma o acad mica Conv m relembrar que no servi o vai se comentando estas quest es Relativamente forma o em servi o nunca fiz no entanto j realizei cursos de higiene e seguran a no trabalho no hospital Entra para a estat stica mas nem sempre a forma o mais ajustada quilo que necessitamos aqui Enfermeira de um servi o de Ortopedia Julho2010 Coment rio C5 Tal como uma elevada percentagem de enfermeiros participantes no estudo atribuem o conhecimento das causas e medidas de preven o das LMERT forma o te rico pr tica e inerente aprendizagem durante a licenciatura em Enfermagem Transcri o C6 As situa es que considero contribu rem para o risco de desenvolver les es m sculo esquel ticas s o essencialmente a exiguidade dos espa os de trabalho Sabe servi os antigos levam sem d vida a que se aproveite todos os espa os de forma a rentabilizar esquecendo se depois que para aceder a um s tio ou material vai ser dif cil e muitas vezes obriga a adoptarmos posturas incorrectas Mas sem d vida a inexist ncia de material e equipamentos auxiliares tamb m contribui de igual for
103. dadeiramente preventivo de les es m sculo esquel ticas Em rela o prancha de transfer ncia este um equipamento identificado como existente num intervalo entre 55 a 96 pelos participantes no estudo O nico caso de estudo em que os participantes referiram a total aus ncia deste equipamento foi no Centro Hospitalar do Vale do Ave em Ortopedia Assim poss vel indicar que neste caso de estudo os acidentes de trabalho de origem m sculo esquel tica podem estar relacionados com a inexist ncia e consequente n o utiliza o da prancha de transfer ncia uma vez que o n mero de acidentes de trabalho neste servi o ultrapassa a m dia sendo mesmo o segundo valor mais alto Desta forma poder estar comprovada a relev ncia da componente tecnol gica Relativamente ao equipamento cinto de transfer ncia a maior parte dos participantes refere pouca exist ncia ou at mesmo inexist ncia excep o dos Outros Hospitais que indicam 83 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais uma presen a na ordem dos 37 o que neste caso n o dever ser relevante em termos de vari vel preponderante Ainda em rela o aos equipamentos de movimenta o e aux lio no leito deve referir se que em toda a amostra s o mencionados de forma compensat ria e articulada entre uns e outros No que concerne ao conhecimento do risco de desenvolvimento de les es m sculo es
104. das com a sua utiliza o Com lio et al 2005 Torna se ainda premente destacar a import ncia dos equipamentos de mobiliza o ou transporte de doentes como o elevador de transfer ncia Gallasch 2003 Real ando que esta tecnologia deveria estar sempre presente num servi o no qual se encontrassem doentes obesos ou de mobilidade reduzida 18 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Atendendo ao conceito de elevadores de transfer ncia segundo Alexandre 2007 s o dispositivos utilizados para actividades como a transfer ncia para o banho e outros procedimentos que impliquem risco para a seguran a do paciente e para o trabalhador de sa de O mesmo autor refere v rios modelos desses equipamentos que possibilitam o levante dos pacientes dependentes e a sua transfer ncia para cadeiras de rodas sanit rios banheiras etc Possuem assim um sistema de regula o de altura e de movimenta o de acordo com o tipo de procedimento a ser efectuado e inerente altura do trabalhador Disp em de alimenta o el ctrica ou hidr ulica e a sua estrutura constru da em a o inoxid vel ou a o revestido em material antioxidante S o acompanhados de um conjunto de acess rios como suportes e cintas de apoio para quadril regi o dorsal e membros inferiores Alexandre 2007 Este autor real a tamb m que outros equipamentos como pl sticos deslizantes pranchas cintos b
105. de comunica o dist ncia quando os participantes no estudo n o possu am disponibilidade para a realiza o das entrevistas presencialmente As entrevistas aconteceram depois do preenchimento do inqu rito fornecido pelo autor O inqu rito serviu assim de gui o para os temas tratados em entrevista permitindo o aprofundamento dos temas inerentes ao mesmo com os participantes em fun o da sua relev ncia Os inqu ritos num total de 168 dos quais 62 evolu ram e resultaram na realiza o de entrevistas presenciais foram enviados e recolhidos presencialmente por correio ou por e mail Houve ainda quatro hospitais que constitu ram estudos de caso com crit rios de relev ncia cient fica dimens o do caso de estudo analisado relev ncia das institui es hospitalares no meio envolvente onde se localizam Yin 2003 metodologia diferente da j utilizada num outro estudo de investiga o na rea de ergonomia hospitalar dado que o mesmo apenas focava um hospital Martins 2008 A realiza o de v rios casos de estudo d resposta variabilidade que dever ser considerada nos estudos de cariz ergon mico revelando o potencial de uma abordagem m ltipla Burgess Limerick e Green 2000 Os enfermeiros no activo participantes no estudo trabalham em hospitais localizados nas regi es de Tr s os Montes e Alto Douro um hospital Douro Litoral nove hospitais Estremadura dois hospitais Ribatejo um hospital e Algarve um
106. de confus o mental ou instabilidade que o poder o afectar num dado momento Durante a observa o das tarefas no terreno verificou se que uma das fun es principais na actividade de enfermagem hospitalar consiste na mobiliza o e posicionamento manual de doentes tarefa que tem a si associada elevado esfor o f sico Apesar da exist ncia de tecnologia factor que poder minorar o disp ndio f sico empregue nestas actividades nem sempre os hospitais est o dotados destes equipamentos ou mesmo se existentes poder o ser escassos para as necessidades dos servi os No que concerne exist ncia de acidentes de trabalho de origem m sculo esquel tica 75 da amostra n o manifesta esta ocorr ncia No entanto importante ressalvar o facto de que as les es m sculo esquel ticas n o serem geralmente consideradas acidentes de trabalho mas algumas classificadas como doen a profissional pelo Centro Nacional de Protec o Contra os Riscos Profissionais que utiliza como instrumentos fundamentais a Lista das Doen as Profissionais Decreto Regulamentar 88 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais n 6 2001 de 5 de Maio e a Tabela Nacional de Incapacidade por Acidentes de Trabalho e Doen as Profissionais Decreto Lei n 352 2007 de 23 de Outubro Verifica se segundo testemunhos recolhidos que nem sempre existe uma notifica o destas les es junto dos servi os de
107. de do trabalho Fernandez 2007 Higiene do Trabalho ou Higiene Industrial A Higiene do Trabalho definida como a ci ncia e a arte dedicadas ao reconhecimento avalia o e controlo dos factores ambientais gerados no ou pelo trabalho e que podem causar doen a altera o na sa de e bem estar ou desconforto significativo e inefici ncia entre os trabalhadores ou entre os cidad os da comunidade envolvente AIHA American Industrial Hygiene Association Informa o Fornece um prisma para interpreta o de acontecimentos ou objectos tornando percept veis os significados anteriormente impercept veis Reflecte um material ou meio necess rio para a inicia o e formaliza o do conhecimento e podendo por iner ncia ser visto a partir das perspectivas sint ctica e sem ntica O prisma sem ntico da informa o assume maior relev ncia dado que se foca no sentido transmitido Martins 2010 Informa o em Seguran a e Sa de do Trabalho Por informa o em seguran a e sa de do trabalho deve entender se um processo estruturado e permanente de recolha tratamento e disponibiliza o de dados e de padr es de refer ncia que viii permita desenvolver o conhecimento dos riscos profissionais e as metodologias do seu controlo Fernandez 2007 Inova o 2 A inova o a implementa o de ideias criativas que s o novas e nicas Mediante a centraliza o do poder criativo dos investig
108. de uma avalia o biomec nica intr nseca a cada tarefa a executar Estes autores sustentam que os m todos de recolha de dados t m vindo a ser aperfei oados ao longo dos anos 12 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Collins e Menzel 2006 referem mediante um estudo das les es m sculo esquel ticas em enfermeiros analisando a sua ocupa o idade sexo tempo de emprego e outros potenciais factores de risco que certos servi os apresentam condi es potenciadoras de les es m sculo esquel ticas Importa assim questionar e analisar se os factores de risco individuais relevantes na explica o da ocorr ncia de les es m sculo esquel ticas s o nomeadamente les es lombares Quest o que ser analisada neste trabalho 2 4 A actividade de enfermagem em ambiente hospitalar O exerc cio da profiss o de enfermeiro remonta no que concerne a Portugal a finais do s culo XIX no entanto ap s a 2 metade do s culo XX as altera es efectuadas nas compet ncias exigidas aos enfermeiros no mbito acad mico e profissional levaram a uma pr tica profissional sustentadamente mais complexa diferenciada e exigente Desta forma os enfermeiros integram na actualidade uma comunidade profissional e cient fica da maior relev ncia para o eficaz funcionamento do sistema de sa de e por iner ncia na garantia do acesso da popula o a cuidados de sa de com qu
109. di es de trabalho Referem ainda que os pacientes s o pesados imprevis veis e muitas das vezes n o s o colaborativos frequentemente em virtude da sua situa o debilitada requerendo um cuidado elevado na sua movimenta o Ainda segundo os mesmo autores e tendo em conta que a carga repartida por dois enfermeiros o peso repartido continua a ser elevado agravado pela frequ ncia de eleva o Per odo durante o qual os tecidos da coluna est o em stress constante Outros autores como Branney e Newell 2009 ainda refor am mais esta problem tica indicando que a enfermagem est referenciada como uma profiss o de risco associada a les es m sculo esquel ticas nomeadamente no que concerne a dores de costas na regi o lombar lombalgia Esta evid ncia salientada de outra forma por Daraiseh et al 2003 referindo que o grupo profissional dos enfermeiros face s evid ncias apresentadas em diversos estudos apresenta exposi o ao risco de MSS Sintomas m sculo esquel ticos Segundo Collins e Menzel 2006 a mobiliza o e a transfer ncia de pacientes assume a principal fun o dos enfermeiros designado mesmo por uma fun o principal Rogers e Salvage 1988 citados por Hignett 1996 e Gray 1996 referem que as les es dorso lombares s o consideradas um dos maiores e mais frequentes riscos intr nsecos ao exerc cio da profiss o de enfermeiro sendo que um em cada seis enfermeiros em cada ano de trabalho poder
110. di logos muito produtivos no que concerne caracteriza o da actividade de enfermagem No conjunto de todos os contactos desenvolvidos ficou bem patente a relev ncia que o problema das les es m sculo esquel ticas assume na vida pessoal dos profissionais de A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais enfermagem e permitiu simultaneamente multiplicar a rede de contactos registada em formato digital proporcionando uma maior amplitude ao estudo Em jeito de contextualiza o e considerando a enorme relev ncia importa mencionar alguns dos contactos com determinados profissionais de enfermagem cujo contributo foi essencial para o presente trabalho transmitindo situa es peculiares e pessoais as quais apenas poderiam ser conhecidas atrav s destes ve culos de comunica o 1 2 Estrutura do trabalho O presente estudo de investiga o est estruturado em cinco cap tulos No primeiro proporciona se uma contextualiza o do estudo mencionando se tamb m a motiva o inerente ao mesmo O segundo cap tulo assume o sustent culo na estrutura o de toda a investiga o apresentando se a revis o da literatura no qual s o abordadas tem ticas como a ergonomia les es m sculo esquel ticas resultantes do trabalho tecnologias preventivas das les es ergon micas em contexto hospitalar bem como o conceito de comportamento seguro No terceiro cap tulo s o apres
111. do em ferimentos Oxford Dictionary Qualquer desvio normal ao planeamento inicial geralmente resultando em les es Royal Society for the Prevention of Accidents Stranks 2007 Acidente tamb m considerado um incidente da qual resultou les o afec o da sa de ou morte Norma Portuguesa 4397 2008 Afec o da Sa de Condi o f sica ou mental adversa identific vel como decorrente de e ou agravada por actividades de trabalho e ou por situa es relacionadas com o trabalho Norma Portuguesa 4397 2008 Acidente de trabalho Qualquer preju zo como um corte fractura entorse amputa o etc que resulta de uma ocorr ncia relacionada com o trabalho ou a partir de uma nica exposi o instant nea no ambiente de trabalho Nelson 2006 Agentes biol gicos Microorganismos bact rias v rus e fungos incluindo os geneticamente modificados as culturas de c lulas e os endoparasitas humanos capazes de provocar infec es alergias ou intoxica es Nunes 2006 Auditoria de seguran a Consiste no levantamento sistem tico independente e documentado dos dados necess rios correcta an lise e avalia o das condi es de seguran a higiene e sa de no trabalho tendo em vista a inerente detec o c lere das defici ncias Dever resultar na recomenda o de melhorias necess rias para colocar o n vel de risco dentro dos limites considerados aceit veis Pinto 2004 vi
112. duty that day Outside these hospitals the sample of nurse respondents was random RESULTS A summary of the research findings follows below e As their professional category 65 of the nurses surveyed referred that they are level 1 nurses while only 8 indicated that they belong to the category specialist nurse e The nurses surveyed can be divided into three categories according to the number of years in the profession Thus we have a Less than one year 20 b Five years in the nursing profession 38 c In the nursing profession for over ten years 23 e Despite the time in the profession as indicated by the surveyed nurses being mainly between one and five years the time dedicated to their current duties shows that it doesn t pass over the two year mark in the same service e Most of the surveyed nurses sample a total of 91 of the answers perform care taking duties and only 3 perform management duties e 86 of the sample indicated that their time schedule rotates e 92 of the sample revealed that their time at work during the week is between 35 hours and 42 hours however 3 have a working time schedule which is over 42 hours 104 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais On average the ratio nurse patient reaches nine to ten patients per nurse however the night shift presents a higher ratio with an average of 12 patients per nurse
113. e de Enfermagem em Hospitais uma tarefa fisicamente exigente Garg et al 1992 Johnssona et al 2004 faz refer ncia a estudos realizados Yassi et al 1995 Hignett 1996 Lagerstrom e Hagberg 1997 Retsas e Pinikahana 2000 Engkvist et al 2001 Ore 2003 que tamb m t m mostrado uma rela o entre as transfer ncias de pacientes e as les es m sculo esquel ticas em enfermagem resultantes da presta o de cuidados a doentes com defici ncias f sicas Johnssona et al 2004 referem que mediante a utiliza o de t cnicas de trabalho seguras durante a transfer ncia dos pacientes consegue se prevenir de forma eficiente as les es m sculo esquel ticas As actividades t cnicas de enfermagem durante a transfer ncia de pacientes t m vindo a ser avaliadas mediante m todos subjectivos e objectivos como refere Johnssona et al 2004 A t tulo de exemplo s o utilizados question rios nos quais os inguiridos s o confrontados com um conjunto de quest es corroborando se os mesmos utilizam uma determinada t cnica ou n o em conson ncia com o referido pelos autores Lagerstrom e Hagberg 1997 Paralelamente t m sido tamb m utilizadas no contexto hospitalar an lise biomec nica de acordo com Schibye et al 2003 Ultimamente tem se presenciado uma preocupa o dos profissionais de enfermagem com a pr pria sa de procurando melhores condi es de vida e trabalho Com lio et al 2005 Ellis e Hartley 1998 definem en
114. e grupo o facto de 28 das respostas referirem que estes enfermeiros adquiriram o conhecimento sobre a tem tica em an lise durante a forma o em 54 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais servi o sobre a sua forma o acad mica incidem 27 das respostas enquanto a leitura de revistas artigos e trabalhos cient ficos representa 24 dos respondentes Em rela o s situa es que os participantes no estudo consideram contribu rem para o risco de desenvolver les es m sculo esquel ticas 13 apontam para a inexist ncia de material e equipamentos auxiliares 13 para a mobiliza o e posicionamento manual de doentes e 13 para superf cies demasiado altas ou baixas como factores de maior import ncia no entanto 11 salientam camas cadeiras de rodas macas com rodas de dif cil movimenta o Posturas que mais contribuem para o risco de desenvolver les es m sculo esquel ticas s o alcan ar e sustentar peso afastado do corpo 32 dos participantes no estudo e a rota o do tronco em p 20 dos participantes no estudo Em caso de sobrecarga f sica as interven es adoptadas por 25 dos participantes no estudo manifestam como solu o adoptada a solicita o do aux lio de colegas e igualmente 25 procuram melhorar a postura 23 dizem orientar o doente para t cnicas de autonomia e 15 ainda indicam a utiliza o de equipamentos auxiliares
115. e sobre a melhoria das condi es de trabalho Actualmente o trabalho industrial parece exigir menos esfor o f sico aos trabalhadores no entanto a carga do trabalho est a aumentar significativamente Com efeito com o aumento da competitividade empresarial as empresas tendem a reduzir os tempos de paragem aumentando o volume de trabalho Harrisson 2003 O mesmo autor salienta que numa an lise de influ ncia das inova es tecnol gicas sobre a vertente seguran a ocupacional premente considerar as inova es organizacionais e as abordagens gest o da mudan a 2 6 Tecnologias como solu o N o sendo a tem tica principal deste trabalho a an lise das estruturas f sicas dos estabelecimentos hospitalares conv m salientar que a escolha das tecnologias est condicionada em certa medida pelo ambiente f sico envolvente podendo implicar restri es na presta o do cuidado ao paciente Holman 2009 Posteriormente ser o analisadas as principais tecnologias dispon veis e existentes para mobiliza o e transfer ncia de pacientes A limita o de espa o muito frequente nos Servi os Hospitalares nomeadamente a dimens o dos quartos Segundo a American Nurses Association A N A 2003 os espa os ex guos ou uma arquitectura pouco funcional podem conduzir a adop o de posturas potenciadoras de les es Outro factor que poder ser periclitante o congestionamento por materiais ou mobili rio nas enfermarias dos
116. e uma falha grave quando se cria ou remodela um servi o de internamento de uma forma geral O servi o orientado e muito bem para o conforto do doente no entanto n o se pensa no profissional de sa de que ir trabalhar nesse mesmo servi o Os arquitectos os engenheiros n o falam com os enfermeiros antes de planearem altera es Eles apenas sabem que vamos prestar cuidados Adaptamos Mas de que forma N o seria mais rent vel para todos inclusive para o pa s sentar numa mesa todos os intervenientes As vezes tenta se inovar criar solu es quando nem sequer s o funcionais Enfermeira de um servi o de Medicina interna Julho de 2010 Coment rio T1 Neste trecho h uma alus o aos poss veis erros de concep o que podem ser cometidos em fase de projecto num determinado espa o de trabalho prejudicando a seguran a ocupacional e a funcionalidade Este Profissional refere que de uma forma geral os projectistas poder o n o envolver de forma sistem tica os trabalhadores que porventura conhecer o melhor as necessidades ao n vel do terreno Esta t nica reflecte que o desenvolvimento da vertente arquitect nica e tecnol gica nem sempre vai ao encontro das reais necessidades dos prestadores de cuidados Refere que algumas inova es eventualmente n o ser o funcionais e que dificultar o a utiliza o do equipamento nas enfermarias justificando a import ncia da inclus o da tecnologia enquanto aplica o do engenho
117. earch process as outlined by Bouma and Atkinson 1995 1 A clarification of the issue resorting to the literature and the subsequent selection of a research method 2 Data collection 3 Analysis and interpretation The main research question is How serious are musculoskeletal injuries in the nursing profession in a hospital context in Portugal In particular nurses are seen to be a high risk group for low back pain attributable to the physically demanding nature of their work Pheasant 1991 p 291 At the same time nurses reveal themselves as having high levels of stoicism due to the comparatively low sickness absence that they register despite this high prevalence of back pain Pheasant 1991 Can we improve the safety and health at work of nursing professionals namely resorting to technology and lifting aids This may require a fundamental change of thinking at the moment the use of lifting aids is the last resort Rogers and Salvage 1988 p 128 Other studies have applied questionnaires for the analysis of musculoskeletal symptoms and functional disability Kitis et al 2009 do so for industry workers and more specifically concerning upper extremity musculoskeletal complaints Vieira et al 2006 administered a questionnaire to nurses in hospitals with questions on workload history of back injuries problems possible solutions and psychophysical measures of exertion Vieira et al 2006 p 79 Our study i
118. efende um conjunto pr ticas comportamental para adop o de posturas correctas resultando numa boa mec nica corporal Outra vertente importante a motiva o para a seguran a que dever ser sustentada em sistemas de comunica o eficientes e eficazes que sejam equitativos na distribui o da informa o e simultaneamente que todos os intervenientes no sistema consigam aceder a uma informa o de f cil interpreta o e de c lere distribui o Stranks 2007 destaca ainda a import ncia de uma lideran a eficaz como factor fulcral no imbuir de um esp rito de seguran a conforme referido anteriormente A seguran a comportamental consiste na aplica o sistem tica do comportamento humano nas quest es relacionadas com a seguran a ocupacional Em conson ncia com o mesmo autor a experi ncia intelig ncia educa o e a forma o treino assumem especial relev ncia na explica o dos acidentes No mbito da preven o dos acidentes e les es m sculo esquel ticas em enfermagem e tendo com sustent culo a literatura esta sustenta a efic cia da forma o na movimenta o manual com resultados positivos 2 9 Forma o Factor de preven o das les es m sculo esquel ticas Apesar da aquisi o de equipamentos constitu rem uma solu o importante na preven o das les es m sculo esquel ticas em determinadas circunst ncias encontra no factor econ mico um entrave sua aplica o Concomitantemente determ
119. em em Hospitais injuries are not usually considered to be work accidents Furthermore only a medical doctor can consider musculoskeletal injuries to be an occupational disease The fact that the time dedicated to their current duties shows that nurses haven t passed over the two year mark in the same service should be beneficial in the context of musculoskeletal injuries as rotating services will mean that nurses will thus vary their musculoskeletal strain This in turn should protect them from performing tasks long enough to develop an injury Interestingly after analyzing the survey and interview data and having observed nurses at work accompanying them in their day to day tasks there is a global tendency to consider that over the last twelve months of work in a hospital context nursing professionals have felt pain or musculoskeletal discomfort in a part of their bodies However there are always discrepancies between the number of complaints registered and the number of notified injuries This leads us to conclude that this type of problem is not always reported by professional nurses and consequently is not accounted for by the occupational health services The precariousness of employment which we currently live under could explain this discrepancy Almost the entire sample of nurses are well informed concerning the professional risks to which they are subject namely concerning musculoskeletal injuries and their consequences and this k
120. em si um conjunto de riscos ergon micos de extrema relev ncia no contexto ocupacional Assumindo as les es m sculo esquel ticas com especial nfase as algias dor vertebrais s o por iner ncia reconhecidas pela sua relev ncia nos enfermeiros um amplo leque de trabalhos tem sido realizado investigando factores pessoais e profissionais aflorando a ocorr ncia de dores nas costas nos enfermeiros Alexandre 2007 As les es m sculo esquel ticas como consequ ncia dos riscos ergon micos especificamente as les es nas costas e sintomas de dor entre os profissionais de enfermagem constituem uma realidade relevante em diferentes contextos mundiais referenciando estudos pr vios elaborados por Engkvist et al 1998 Goldman et al 2000 e Hignett 1996 tendo como sustent culo o estudo elaborado por Engkvist et al 2001 Segundo este ltimo autor no mesmo estudo The accident process preceding back injuries among Australian nurses Engkvist et al 2001 refere que v rios outros estudos mostram relatos de les es dorsais entre os profissionais de enfermagem relacionando os mesmos com processos de transfer ncia de doentes mencionando estudos realizados por Dempsey 2001 e Engkvist et al 2001 Tamb m Ellis e Hartley 1998 identificaram que em virtude da enfermagem incluir o cuidado directo a pacientes incapacitados os problemas lombares representam um risco ocupacional comum no exerc cio das suas actividades Estes pr
121. embros superiores m os punho cotovelo bra o Membros inferiores p joelho coxa 13 Recorreu a algum tipo de tratamento N o Sim Quais Auto medica o Medica o receitada Fisioterapia Cirurgia 14 Na sequ ncia das queixas sintomatologia referidas anteriormente caracterize o inc modo causado no trabalho Consigo fazer o meu trabalho mas ele desencadeia sintomas Geralmente cede com repouso s vezes sou obrigado a abrandar o ritmo de trabalho ou alterar o modo de trabalhar Com frequ ncia sou obrigado a abrandar o ritmo de trabalho ou alterar o modo de trabalhar Sinto necessidade de faltar ao servi o em decorr ncia da dor ou desconforto 121 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais PARTE 4 DISPONIBILIDADE DE EQUIPAMENTO MATERIAL DE APOIO AO TRANSPORTE E MOVIMENTA O DE PACIENTES 15 Refira os equipamentos materiais dispon veis no servi o onde trabalha e tamb m se os utiliza no aux lio dos cuidados de enfermagem AUX LIO TRANSFER NCIA DE DOENTES DISPON VEL UTILIZADO Cinto de transfer ncia Prancha de transfer ncia para a maca Elevador de transfer ncia AUX LIO AS ACTIVIDADES DE HIGIENE E LOCOMO O Cadeira higi nica tamb m para banho Banco para banheira ou polib Barr
122. enta o de doentes no leito 100 dos participantes no estudo indica a exist ncia de camas com altura ajust vel 91 indicam que existem barras tipo trap zio no leito e marquesa com altura regul vel interessante contrastar estes dados dos 4 casos de estudo relativamente tecnologia Relativamente ao conhecimento sobre o risco de desenvolvimento de les es m sculo esquel ticas e as suas consequ ncias 91 dos participantes no estudo manifesta esse conhecimento Dos participantes no estudo 36 indicam que adquiriram esse conhecimento durante a sua forma o acad mica 24 referem que o conhecimento tem o seu sustent culo na forma o ministrada em servi o e 20 mencionam a leitura de revistas artigos e trabalhos cient ficos Em rela o s situa es que os participantes no estudo consideram contribuir para o risco de desenvolver les es m sculo esquel ticas 16 apontam para a inexist ncia de material e equipamentos auxiliares como o factor de maior import ncia no entanto 33 indicam a mobiliza o e posicionamento manual de doentes movimenta o manual de objectos diversos camas mesas outros e armazenamento de objectos pesados em locais demasiado altos ou baixos Em 32 dos participantes no estudo a postura est tica por tempo prolongado em p e a rota o do tronco em p com 28 s o as posturas que mais contribuem para o risco de desenvolver les es m sculo esquel ticas Em caso de sobre carga f sica
123. entados os casos de estudo no qual caracterizado o problema e justificado o tema de pesquisa e a metodologia adoptada No quarto cap tulo s o analisados os casos de estudo em que s o apresentados os dados e a inerente an lise e avalia o dos mesmos No quinto e ltimo cap tulo estabelecem se considera es finais em termos conclusivos assim como a perspectiva de futuros trabalhos de investiga o na presente tem tica A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais 2 Apresenta o do estado da arte A enfermagem est definida como uma profiss o de alto risco em rela o aos dist rbios osteomusculares e em especial s dores lombares Tradu o adaptada de Branney e Newell 2009 2 1 A Ergonomia Ergonomia encontra a sua origem nas palavras gregas Ergo trabalho e Nomos regras ou seja traduz se na disciplina que estuda a ac o do homem durante as actividades intr nsecas ao trabalho Freitas 2002 Neste contexto a ergonomia a ci ncia que estuda a adapta o do trabalho ao homem incluindo o conjunto de equipamentos e sistemas de trabalho que conferem seguran a aos trabalhadores Freitas 2002 A ergonomia o estudo do comportamento do homem em rela o ao seu trabalho Grandjean 1980 uma ci ncia interdisciplinar a qual sustenta as suas teorias na fisiologia psicologia antropometria e engenharia Grandjean 1980 Face necess
124. entro de Reabilita o e Ortopedia o maior do hospital e integra o CRO2 e CRO3 No que concerne s actividades principais reportam s reas de traumatologia e ortopedia A Unidade analisada constitu da por 22 enfermeiros Centro Hospitalar do Alto Ave Guimar es e Fafe O Centro Hospitalar do Alto Ave designado por CHAA integra actualmente as Unidades de Guimar es Fafe e Cabeceiras de Basto Este hospital tornou se EPE Empresas Publicas Empresariais reguladas pelo capitulo III do Decreto Lei 558 99 de 17 de Dezembro devido fus o dos antigos Hospitais Senhora da Oliveira e Hospital S Jos de Fafe em apenas um Centro Hospitalar Este hospital cobre uma popula o de cerca de 400 000 utentes contando com cerca de 1 700 profissionais 37 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Neste centro Hospitalar foram inquiridos e entrevistados enfermeiros dos servi os de Medicina Interna e Ortopedia na Unidade de Guimar es e Medicina Interna na Unidade de Fafe Em 2009 este Hospital era composto por um quadro cl nico de 371 M dicos e 616 Enfermeiros O servi o de Medicina Interna encontra se distribu do por dois pisos cuja disposi o estrutural similar j descrita anteriormente para o hospital de braga ou seja enfermarias divididas por alas se bem que neste caso assume a configura o p blica de Enfermaria Homens e Enfermaria Mulheres A equip
125. erne ao tipo de acidente sofrido foi identificado por 40 dos participantes no estudo les es lombares Embora a maioria dos participantes no estudo n o tenha manifestado acidentes de origem m sculo esquel tica 92 manifestaram dor ou desconforto m sculo esquel tico nos ltimos 12 meses de trabalho Em rela o sintomatologia 56 referem como principal sintomatologia a dor destacando se ainda com 20 a sintomatologia de queixas de formigueiro e dorm ncia A regi o corporal mais afectada com 42 de respostas a regi o lombar seguida da regi o cervical 19 e da regi o dorsal 18 Dos participantes no estudo 52 confirmou n o ter recorrido a tratamento decorrente de sintomatologia associada a les es m sculo esquel ticas revelando uma tend ncia diferente em rela o aos outros hospitais analisados Dos 48 de participantes no estudo que confirmou ter recorrido a tratamento decorrente de sintomatologia associada a les es m sculo esquel ticas 31 recorreu a automedica o 44 referem que geralmente a sintomatologia melhora com o repouso e 42 referem ainda que as tarefas por si desenvolvidas s o pass veis de serem desempenhadas embora desencadeiem sintomas de problemas m sculo esquel ticos No que concerne disponibiliza o de equipamento de aux lio transfer ncia de doentes 61 dos participantes no estudo expressa a disponibilidade e a utiliza o do elevador de transfer ncia e prancha de transfer
126. erta o consiste tamb m na import ncia do contributo da tecnologia na preven o de les es m sculos esquel ticas nos enfermeiros que trabalham em 32 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais contexto hospitalar A perspectiva adoptada a da percep o do profissional de enfermagem tendo como enfoque as les es lombares conforme referido anteriormente Pelos motivos supra mencionados decidiu se percepcionar poss veis solu es que possam eliminar ou pelo menos minorar o problema das les es m sculo esquel ticas dos enfermeiros Em concreto a quest o da tecnologia central Analisar como os enfermeiros poder o recorrer tecnologia como aux lio importante facto que torna tamb m este trabalho de pesquisa relevante Existem publica es nacionais no caso de Paiva 2006 e internacionais como por exemplo Overton et al 1977 Ergonomics Technical Advisory Group 2001 Charney e Hudson 2004 Edlich et al 2004 Spetz e Maiuro 2004 que focam cada vez mais tamb m este problema da tecnologia e da enfermagem Existe uma preocupa o nos enfermeiros com o facto de poderem sofrer les es no contexto das suas actividades profissionais di rias Collins e Menzel 2006 Como relatam estes autores A base do seu medo que uma les o nas costas por exemplo poder por fim s suas carreiras e sua capacidade de ganharem dinheiro Collins e Menze
127. esempenho das fun es ou tarefas e Orienta o para os objectivos Quais os meios utilizados para atingir os fins e Concep o de sistema aberto an lise de ambiente externo e capacidade de resposta face s altera es Fazendo alus o a Geertz 1973 pode se entender a cultura como uma heran a social que cada indiv duo partilha com o meio envolvente No caso que nos interessa esse grupo ser a organiza o onde o funcion rio trabalha que ir transmitir tamb m um legado relativo sa de e seguran a que afectar os funcion rios Ao longo das duas ltimas d cadas tanto investigadores como profissionais praticantes na rea da seguran a no trabalho t m aumentado o seu interesse no conceito de cultura de seguran a Fernandez Muiiz et al 2007 Segundo a ACSNI Advisory Committee on the Safety of Nuclear Installations 1993 a cultura de seguran a resulta de valores individuais e colectivos atitudes percep es compet ncias e padr es intr nsecos ao comportamento que condicionam a efic cia da gest o da seguran a e sa de no trabalho ao n vel organizacional Freitas 2002 Pretende se naturalmente uma cultura de seguran a positiva que crie uma atmosfera onde funcion rios est o cientes dos riscos no seu local de trabalho est o continuamente atentos a estes riscos evitando quaisquer ac es inseguras Fernandez Mufiz et al 2007 p 627 Cada vez mais existe um maior interesse numa
128. esquel tico esta tem na sua origem a estrutura das tarefas desempenhadas pelos enfermeiros dos servi os de medicina ortopedia ou especialidades m dicas que se defrontam com a presen a de clientes com caracter sticas muito particulares Citando a Senhora Professora Doutora Manuela Martins Docente da Escola Superior de Enfermagem do Porto quando questionada face carga f sica a que os profissionais de enfermagem est o expostos Nos servi os de medicina as cargas de trabalho s o maiores e mais acentuadas a mobilidade reduzida Na ortopedia o doente est limitado mas est consciente e colabora O Senhor Enfermeiro Fernando Silva Respons vel pelos Servi os de Medicina Ocupacional do Centro Hospitalar do Alto Ave comentou que Os Doentes dos Servi os de Medicina s o essencialmente idosos com mobilidade reduzida e obesos Os Doentes dos servi os de Ortopedia Homens concentram um elevado n mero de jovens que sofreram acidentes rodovi rios ou acidentes de trabalho sendo mais aut nomos e colaborantes Est se perante uma an lise de diferentes casos que reflectem realidades laborais e profissionais de enfermagem de diversos hospitais com caracter sticas diversas no entanto a aplica o de um instrumento de pesquisa uniformizado possibilitou detectar as tend ncias de resposta dos mesmos Na vari vel et ria verifica se uma tend ncia predominante para presen a de trabalhadores jovens como se consegue susten
129. estiga o esta dever ter in cio com a clarifica o da quest o recorrendo literatura e a posterior selec o de um m todo de pesquisa seguindo se a colheita de dados e por fim a sua an lise e interpreta o Neste contexto o presente estudo decorreu entre Janeiro e Dezembro de 2010 e iniciou se a partir de uma an lise bibliogr fica sobre as LMERT no sector de enfermagem hospitalar e selec o por iner ncia dos m todos mais adequados ao sector profissional em estudo J Siggelkow 2007 alerta para o facto de no caso de se enveredar por casos de estudo que sejam sobre situa o importantes e mpares A import ncia de se evitar a simples descri o de acontecimentos fulcral O objectivo originar uma discuss o motivante acerca de um tema neste caso das LMERT entre enfermeiros e como evit las Para isso foram escolhidos hospitais principais na zona Norte e um da zona Sul de Portugal Estes hospitais em especial foram alvo de investiga o mais aprofundada por achar que t m dimens o que fa a com que tenham o problema em an lise bem presente Por outro lado os participantes no estudo mostraram interesse suficiente na investiga o para partilhar aspectos mais particulares das suas viv ncias di rias no local de trabalho relacionadas com a tem tica das LMERT considerando fundamental a realiza o do presente estudo e de outros que poder o surgir no futuro Haja algu m que se preocupe com os enfermeiros
130. estudo as tarefas por si desenvolvidas s o pass veis de serem desempenhadas embora desencadeiem sintomas de problemas m sculo esquel ticos e 43 refere que a sintomatologia melhora com o repouso No que concerne disponibiliza o de equipamento de aux lio transfer ncia de doentes 58 dos participantes no estudo expressa a disponibilidade e a utiliza o do elevador de transfer ncia enquanto 100 manifestam a indisponibilidade de utiliza o da prancha de transfer ncia para a maca e tamb m n o disp em cinto de transfer ncia Relativamente disponibiliza o de equipamento que permita a movimenta o dos doentes inclusive nas actividades de higieniza o importa evidenciar que n o existem bengalas 75 nem trip 67 Contudo existem cadeiras de rodas e canadianas 100 e cadeiras higi nicas para banho 75 banco para banheira ou polib 75 e barras de apoio na parede 75 Em rela o ao equipamento existente para aux lio movimenta o de doentes no leito 50 dos participantes no estudo indica a exist ncia de camas com altura ajust vel embora 92 indiquem que n o existem barras tipo trap zio no leito e 100 dos participantes no estudo referem a inexist ncia de marquesas com altura regul vel Relativamente ao conhecimento sobre o risco de desenvolvimento de les es m sculo esquel ticas e as suas consequ ncias 100 dos participantes no estudo revelam esse conhecimento Dado curioso nest
131. f sico e 18 ainda referem que normalmente os materiais e equipamentos auxiliares s o dif ceis de utilizar ou encontram se em mau estado 63 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais As situa es que condicionam a postura durante as rotinas de trabalho foram identificadas como sendo exiguidade de espa o salas de trabalho enfermarias WC doentes 25 dos participantes no estudo diferen a de n vel entre a cama e a maca durante e transfer ncia do doente 19 dos participantes no estudo cadeiras desconfort veis sem altura ajust vel 15 dos participantes no estudo e excesso de material ou pessoas nas salas obrigando ao trabalho com postura restrita 15 dos participantes no estudo As interven es poss veis no local de trabalho que poder o diminuir os riscos de desenvolver uma les o m sculo esquel tica foram apontadas como sendo o ministrar forma o 10 dos inguiridos espa os de trabalho com maiores dimens es 8 dos inquiridos a aquisi o de camas ajust veis el ctricas 8 dos inquiridos e a necessidade de exist ncia de camas articuladas e cadeira sanita em bom estado de conserva o 8 dos inquiridos Em s ntese apresentado um resumo dos resultados obtidos na Tabela 4 Tabela 4 Quadro S ntese dos Resultados Hospital Barga Centro Hospitalar Alto Ave Par metros em an lise Resultados Guimar Hospital Outros E mar ae glob
132. fazer sess es de fisioterapia Mudan as de temperatura sinto as todas Aqui faz se muita forma o mas devia se intervir Fala se mas n o se faz nada As partes do corpo afectadas para mim s o a cervical e a lombar e a sintomatologia que sinto um formigueiro nas extremidades e dor N o tive necessidade para faltar Aque o a m quina e passa Enfermeira de um Servi o de Medicina Interna Mar o de 2010 65 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais 5 Este enfermeiro d indica o de que necessita de tomar uma injec o para poder trabalhar sem dor por outro lado sente grande responsabilidade nas suas tarefas de ordem cognitiva isto sugere que a tecnologia poderia ajudar bastante no sentido de aumentar a qualidade do seu trabalho no dia a dia ao aliviar a carga f sica Tenho dores musculares sempre que a carga f sica aumenta Tenho inclusive de tomar uma injec o para que possa executar as minhas tarefas sem dor As dores musculares s o intensas quando executo determinadas tarefas mais exigentes Acho que neste servi o de internamento prolongado n o haver nenhum enfermeiro que n o tenha sentido desconforto nos ltimos 12 meses Ali s vou mais longe n o haver nenhum enfermeiro que n o ter sentido desconforto ou dor de origem m sculo esquel tica A forma e o tipo de tarefas que temos de realizar potencia este tipo de les es s vezes dig
133. fer injury of health care workers Appl Ergon 32 3 199 214 de Castro Castro AB Hagan P Nelson 2006 A Prioritizing safe patient handling The American Nurses Association s Handle with Care Campaign J Nurs Adm 36 7 8 363 369 Decreto Regulamentar n 6 2001 D R 104 S rie I B de 5 5 2001 Aprova a lista das doen as profissionais e o respectivo ndice codificado Decreto Regulamentar n 76 2007 D R 136 S rie I de 17 7 2007 Altera a lista das doen as profissionais e o respectivo ndice codificado aprovado pelo Decreto Regulamentar n 6 2001 de 5 de Maio Decreto lei n 161 96 D R 205 S rie I A de 4 9 1996 Estabelece o Regulamento Profissional dos Enfermeiros REPE definindo os conceitos basilares para a profiss o como Enfermagem enfermeiro enfermeiro especialista e cuidados de enfermagem Decreto Lei n 104 98 D R n 93 S rie I A de 21 4 1998 Aprova o Estatuto da Ordem dos Enfermeiros e integra o C digo Deontol gico 93 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Decreto Lei n 558 99 DR n 292 S rie IA de 1999 12 17 Minist rio das Finan as que estabelece o regime jur dico do sector empresarial do Estado e das empresas p blicas Dempsey P Alex Burdorf Fadi A Fathallah Gary S Sorock Lobat Hashemi 2001 Influence of measurement accuracy on the application of the 1991 NIOSH equation Original Research Article
134. fermeiro como uma pessoa que nutre e protege estando preparado para cuidar dos doentes dos deficientes e dos idosos Seguidamente exp e se a tabela 1 na qual est o indicadas diversas defini es de enfermagem de autores citados por Ellis e Hartley 1998 Tabela 1 Conceitos de enfermagem Nightingale 1959 O objectivo da enfermagem colocar o doente em ptimas condi es para que a natureza actue sobre ele promovendo a altera o do ambiente em primeiro lugar Peplau 1952 Enfermagem vista como um processo interpessoal envolvendo a interac o entre dois ou mais indiv duos que tem como objectivo comum assistir aquele que est doente ou necessita de cuidados de sa de Henderson 1966 O papel da enfermagem assistir o indiv duo doente ou sadio a desempenhar aquelas actividades que ele realizaria caso tivesse for a o desejo ou conhecimentos necess rios Wiedenbach 1964 Enfermagem um servi o de ajuda de nutri o e de 14 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais cuidado que prestado com compaix o habilidade e 2 entendimento no qual a sensibilidade a chave para auxiliar a enfermeira a identificar o problema Orem 1980 A enfermagem preocupa se com as necessidades de auto ajuda dos indiv duos que a pr tica de actividades que os mesmos realizam em seu pr prio proveito para a manuten o da vida da sa de e do
135. funcionamento do sistema de controlo da organiza o Teixeira 1998 Neste contexto pode se referir que a disciplina numa empresa representa se pelo n vel de autocontrolo e comportamento adequado dos seus membros Consegue se perceber que norma de seguran a se traduz num conjunto de directrizes devidamente ordenadas com o objectivo de evitar situa es de risco para os colaboradores Freitas 2002 27 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Estas directrizes assumem um cariz mais espec fico atrav s dos procedimentos de seguran a que consistem em regras escritas direccionadas a uma fun o concreta definindo prescri es m nimas de seguran a e sa de de cariz gen rico aplic veis pol tica de preven o quer de cariz mais espec fico inerentes a condicionalismos de execu o da tarefa Freitas 2008 As organiza es dever o facultar todos os procedimentos devidamente actualizados e revistos para que os trabalhadores possam reparar falhas intr nsecas execu o das tarefas Freitas 2002 Paralelamente premente a exist ncia de procedimentos de autoriza o de trabalho que equivale a um registo documental com a assinatura dos respons veis pela concep o e execu o das tarefas dirigidas a caucionar que determinados trabalhos potencialmente suscept veis de originar acidentes graves sejam executados sob condi es controlada
136. gressivos inst veis e com limita es cognitivas Tendo a grande vantagem apontada pelos mesmos autores face aos elevadores de apoio no solo pois permitem a sua utiliza o com efic cia em espa os limitados com menor n mero de enfermeiros No entanto estes sistemas exigem um elevado investimento pelos hospitais Lloyd et al 2006 refere que o sector de sa de apresenta um elevado risco de les o envolvido no levantamento manual e correspondente transfer ncia de pacientes fisicamente dependentes Estes processos envolvem transfer ncias horizontais e verticais Assim Com lio et al 2005 mencionam que a utiliza o de equipamentos especiais tem gerado uma diminui o do risco de les es na coluna dos trabalhadores de enfermagem al m de satisfazerem as necessidades de conforto e seguran a dos pacientes Segundo Fonseca 2005 a movimenta o dos pacientes de forma intensa com muita frequ ncia e sem aux lio dos equipamentos mec nicos e potenciada ainda por posturas inadequadas conduz rota o do tronco flex o do pesco o e membros superiores durante a execu o das rotinas Um desses equipamentos a cadeira de banho utilizada rotineiramente nas ac es de higiene corporal dos doentes para auxiliar o trabalho e evitar les es nos trabalhadores de enfermagem No entanto num estudo desenvolvido durante as actividades pr ticas realizadas no hospital observaram se in meras dificuldades e inerentes queixas relaciona
137. humano a um ramo espec fico do conhecimento no modelo explicativo TCF Transcri o T2 Este carrinho de medica o extremamente dificil de ser moviementado e j caiu para um dos lados Devido ao atrito enorme que ele tem custa a movimentar e j dei um jeito nas costas por causa desta situa o Melhorava as condi es de trabalho mas tamb m a nossa produtividade se fosse comprado um carrinho novo ou se fosse feita manuten o ao equipamento N o facil transferir um doente quando as camas n o permitem a eleva o 69 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais mais conveniente obrigando nos a aadoptar posturas mais perigosas As vezes os trav es das camas n o funcionam e por vezes soltam se tornando a cama inst vel bem como a movimenta o do doente Esta situa o leva a que fa amos mais for a escusadamente Enfermeiro de um servi o de Medicina Interna Julho de 2010 Coment rio T2 A presente afirma o ilustra de que forma a tecnologia ou a degrada o da mesma pode influenciar a din mica da presta o dos cuidados num servi o de enfermagem A aquisi o de equipamentos obriga a uma pol tica de manuten o e substitui o efectiva dos equipamentos que apresentam degrada o ou risco para o utilizador em virtude do desgaste apresentado Esta ideia v lida quer para a situa o inerente ao carrinho de medica o bem como para
138. icamente pela aus ncia de comunica o de acidentes ou quase acidentes aos servi os de seguran a ocupacional ignorando o mecanismo correcto de comunica o interna como referido na Figura 7 Desta forma os dados quantitativos referentes ocorr ncia de les es quase acidentes ou sinistros laborais pecam por defeito IT 40 pio Enfermeiro Medicina Chefe Enfermeiro Ocupacional Figura 7 Processo de comunica o de ocorr ncia de les o ou acidente no trabalho elaborado pelo autor O mesmo entrevistado revelou ainda que esta aus ncia de comunica o aos respons veis n o acontece por responsabilidade dos profissionais de enfermagem que ocultam sentem receio ou n o percebem a import ncia da comunica o e registo desta informa o Derivando esta comunica o da percep o da import ncia ou gravidade da ocorr ncia Ainda se verifica no discurso referido uma despreocupa o da gest o relegando a aquisi o de equipamento de seguran a b sico aumentando de forma evidente o risco para os profissionais deste servi o Na ptica do profissional de enfermagem n o existe uma verdadeira cultura de seguran a no contexto nacional pautada pelo cumprimento das normas de seguran a e receptividade utiliza o da tecnologia conforme modelo TCF Transcri o C2 J sofri um acidente de cariz m sculo esquel tico quando transferia um doente do cadeir o para a cama Era um doente muito
139. idade de resposta a quest es importantes evidenciadas por situa es de trabalho insuficientes surge a Ergonomia Wisner 1987 Segundo Freitas 2002 a ergonomia investiga a preponder ncia dos equipamentos sistemas tarefas sobre a conduta humana tendo como sustent culo o seu ajustamento s caracter sticas e limita es dos trabalhadores O mesmo autor refere ainda que a ergonomia integra uma abordagem t cnica assumindo dois pontos fulcrais 1 Ergonomia enquanto concep o de produtos equipamentos de trabalho ambiente intr nseco ao trabalho e metodologias de trabalho que permitam alcan ar uma optimiza o de rentabilidade de seguran a e de conforto na dicotomia sistema homem m quina 2 Apoiando se no conhecimento da vertente anat mica psicol gica e fisiol gica do homem a ergonomia visa o ajustamento ao trabalhador dos equipamentos de trabalho e inerentes tarefas facilitando a sua utiliza o em contexto de trabalho Freitas 2002 Considera ainda que a ergonomia interv m nos seguintes dom nios Freitas 2002 e Avalia o do risco de sobrecarga f sica do trabalhador e Leitura de dispositivos de comando A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais e Exig ncias inerentes s informa es a municiar ao trabalhador e Influ ncia do aspecto f sico e Vari veis psicossociais Neste contexto pode se referir que a ergonomia adapta os mei
140. ido de forma sistem tica pelas chefias superiores e interm dias aquando das v rias interpola es acerca do investimento em tecnologia Os mesmos respons veis referem que numa situa o em que existe uma pondera o de decis o de aquisi o de um equipamento que poder melhorar a qualidade de vida de um profissional de enfermagem ou de uma tecnologia que poder melhorar a qualidade dos cuidados a 78 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais pondera o recai sobre esta ltima A an lise de custo benef cio assenta segundo alguns respons veis em l gicas de visibilidade e efici ncia no mbito m dico relegando para segundo plano o investimento na vertente ocupacional Transcri o F4 Os materiais deixam muito a desejar s vezes mais a imagem que a funcionalidade H necessidade de renova o do equipamento Apesar de algumas altera es terem melhorado significativamente n o t m em conta quem trabalha nos servi os nem sequer somos consultadas acerca de quais seriam as altera es que poderiam melhorar quer a qualidade dos cuidados quer a preven o das les es no trabalho Enfermeira de um servi o de Medicina interna Julho 2010 Coment rio F4 Encontra se neste trecho um dado importante no que refere funcionalidade dos equipamentos Durante as entrevistas os enfermeiros referiram que raramente eram ouvidos quando uma nova tecn
141. imento da necessidade de mais investiga o focada no campo da ergonomia em enfermagem permitindo assim dar resposta a um conjunto de quest es emp ricas observadas ao longo dos ltimos anos no desempenho da fun o de T cnico Superior de Seguran a no Trabalho tamb m objectivo ao mesmo tempo perceber a dimens o do problema das les es m sculo esquel ticas resultantes do exerc cio de pr ticas de enfermagem em contexto hospitalar Uma leitura e an lise da literatura internacional referem igualmente a elevada dimens o do problema Neste mbito assume especial relevo na consolida o da motiva o todo o conjunto de conversas informais mantidas ao longo dos ltimos dois anos no per odo imediatamente antes da escrita desta disserta o mas tamb m durante este trabalho de investiga o com profissionais de enfermagem de v rias latitudes geogr ficas No panorama nacional mediante um conjunto de contactos e pesquisas em bases de dados www forma te com de enfermagem f runs f rum enfermagem Academia de Ci ncias de Enfermagem blogues e redes sociais virtuais tais como Linkedin e Windows Live Messenger dispondo de uma vertente mais profissional e facilitando o acesso comunica o de voz e v deo presen a em semin rios no Hospital Magalh es Lemos sobre sa de mental em 2010 e tamb m confer ncias internacionais como SHO 2011 International Symposium on Occupational Safety and Hygiene permitiram encetar
142. in Viana do Castelo Gaia Porto Viseu Coimbra Famalic o Lisboa Vila Real Faro vora Aveiro and Matosinhos found that over the past year of work and in a hospital context the nursing professionals who participated in the study have felt pain or musculoskeletal discomfort in some part of their bodies Solutions identified point to the need for more safety at work training to the need for more adequate working spaces to the need for more nursing professionals to lessen work loads as well as to the need for the more widespread use of technology including beds with adjustable height trapeze type supporting bars attached above beds patient transferring lifts and transferring belts A theoretical TCF model based on the three pillars Technology Safety Culture and Finance is presented On the one hand more support financial and other is seen to be needed by senior management in hospitals on the other nursing professionals have to change their behavior to become more safety oriented and more open to the widespread use of supportive technology in their day to day tasks Agradecimentos A disserta o pela sua finalidade acad mica corresponde a um trabalho individual Contudo existem contributos diferenciados que n o podem e nem devem deixar de ser real ados Por essa raz o minha vontade tornar expresso os meus sinceros agradecimentos e o meu profundo bem haja Ao Senhor Mestre Manuel Lu s Au Yong Oliveira meu orientador
143. inadas institui es n o se encontram preparadas em termos de espa o para a utiliza o de determinados equipamentos e para a sua posterior aquisi o Hodder et al 2010 Face a este cen rio a forma o nas t cnicas de mobiliza o e transfer ncia de pacientes tem vindo a constituir se como uma alternativa que se caracteriza pelo baixo custo quando comparada com a aquisi o e inerente adop o de tecnologia Hignett e Crumpton 2007 Johnsson et al 2002 Garg et al 1991 Hodder et al 2010 refere que o desenvolvimento de novas interven es ergon micas tem vindo a assumir se uma dificuldade devido ao facto de que os doentes n o s o sim tricos e com n vel de rigidez baixo induzindo alguma imprevisibilidade s opera es Se a este facto acrescerem factores como aus ncia de colabora o do doente ou ac es s bitas dos mesmos nomeadamente exercendo for a no sentido contr rio induzem o risco de les o No entanto os programas de forma o nem sempre t m sido frut feros na redu o da incid ncia de les es Finch Guthrie et al 2004 Hignett 1996 25 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Ao longo dos ltimos anos um conjunto de abordagens do tipo participativo tendo como sustent culo o conceito forma o ac o denominado de Participatory Action Oriented Training PAOT tem vindo a ser utilizado sobretudo em pequenas empresas
144. ironment namely buildings play as well as technology equipment and work organization Furthermore 4 What should be present in the workplace but is not After analyzing survey of 168 active nurses in Portuguese hospitals and interview data and having observed nurses at work accompanying them in their day to day tasks there is a global tendency to consider that over the last twelve months of work in a hospital context nursing professionals have felt pain or musculoskeletal discomfort in a part of their bodies Research results point also to more training and more adequate working spaces being needed in order to decrease musculoskeletal injuries amongst nurses Furthermore the more widespread usage of technological means which are lacking in some hospitals such as beds with adjustable height trapeze type supporting bars attached above beds patient transferring lifts and transferring belts or in bad condition such as wheels on beds wheelchairs and stretchers which makes moving patients difficult could also reveal itself to be an important aid presenting itself as a solution to the problem discussed herein on the one hand due to the number of injuries on the other due to the need for more professionals Keywords Nurses Portuguese hospitals musculoskeletal injuries INTRODUCTION AND BACKGROUND This study is related to ergonomics in the nursing profession Ergonomics is defined herein as being a formal branch of learning Wil
145. iscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Serralheira et al 2011 referem no que concerne distribui o da sintomatologia na parte anat mica que esta se caracteriza pela seguinte preval ncia lombar 58 6 cervical 48 6 dorsal 40 2 ombros 35 1 e punhos 27 4 Destaca ainda que a sintomatologia de intensidade elevada referenciada com destaque na regi o lombar 10 3 Neste estudo quando analisada a exist ncia de sintomas nos ltimos 7 dias referida a coluna vertebral como a zona mais afectada Quanto ao absentismo relacionado com as queixas dos ltimos 12 meses mais uma vez assume se a regi o lombar com maior n mero de respostas afirmativas n 66 O posicionamento de doentes no leito n 252 e a transfer ncia ou transporte de doentes sem aux lio n 289 s o executados at 5 vezes num dia de trabalho Quando relacionadas as actividades realizadas com a inerente sintomatologia assume especial nfase o trabalho de p 59 8 o inclinar o tronco 63 3 o rodar o tronco 54 2 Neste question rio aplicado por Serralheira et al 2011 67 dos inquiridos refere sofrer de uma doen a com especial proemin ncia as h rnias discais V rios estudos efectuados no contexto nacional analisam a sintomatologia m sculo esquel tica em enfermeiros Ferreira e Serralheira 2006 Cotrim 2006 e Martins 2008 Globalmente o ndice de queixas elevado com especial refer ncia na regi o da colu
146. ise Dos 33 que indicaram ter sofrido de acidentes de trabalho com origem m sculo esquel tica 50 identificou um per odo de baixa entre 1 a 2 semanas No que concerne ao tipo de acidente sofrido foi identificado por 75 a les o lombar 53 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Embora a maioria dos participantes no estudo n o tenha manifestado acidentes de origem m sculo esquel tica 58 tem sintomas e apresenta dor ou desconforto da mesma origem Torna se tamb m interessante real ar o equil brio entre as respostas dos profissionais que apresentam sintomatologia m sculo esquel tica e os que n o sentem queixas nos ltimos 12 meses dado que os mesmos globalmente executam tarefas de cariz similar Em rela o sintomatologia 50 sente dor sendo a restante repartida por queixas de formigueiro e dorm ncia 20 e Ci tica 20 A regi o corporal mais afectada com 55 de respostas a regi o lombar seguida da regi o cervical 27 e regi o dorsal 18 Dos participantes no estudo 57 confirmou ter recorrido a tratamento decorrente de sintomatologia associada a les es m sculo esquel ticas Dos 57 de participantes no estudo que confirmou ter recorrido a tratamento decorrente de sintomatologia associada a les es m sculo esquel ticas 50 recorreu a medica o receitada e 25 a fisioterapia e 25 a automedica o Para 57 dos participantes no
147. ispon vel no servi o A entrevistada destaca a exist ncia de elevador de transfer ncia contudo refere que necessitam de articular a sua utiliza o com as necessidades de outros servi os Ainda no campo da mobiliza o e transfer ncia de doentes no leito refere que disp e de transfer As camas n o disp em de regula o e encontram se em mau estado de conserva o obrigando os enfermeiros a adoptar posturas indevidas Transcri o F3 A inexist ncia de material articulado uma das maiores defici ncias que encontro Tamb m as camas cadeiras de rodas e carrinhos t m rodas deficientes e degradadas Eu tenho uma postura defensiva ao fazer movimentos de rota o agora Porque j dei cabo de um joelho e na altura tive mesmo de ir urg ncia Enfermeira de um Servi o de Medicina Interna Novembro 2010 Coment rio F3 Est se perante uma situa o de d fice tecnol gico neste servi o Quer pela inexist ncia quer pelo mau estado A exist ncia de um elevador de transfer ncia e pranchas de transfer ncia neste servi o poderiam evitar a ocorr ncia de les es como a que vitimou esta enfermeira desde que utilizados devidamente Seria interessante cada vez mais uma maior articula o entre os fabricantes desta tecnologia e os respons veis hospitalares no sentido de obten o de solu es concertadas e funcionais O factor custo e a indisponibilidade para o investimento no presente momento actual foi sendo refer
148. ja entramos ao servi o e muitas das vezes temos os m sculos tensos e sem aquecimento Sentimo los quase como que a rasgar horr vel Uma vez fiquei ali mesmo imobilizada nem para tr s nem para a frente Enfermeira de um servi o de Medicina Junho 2010 66 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Por fim ser relevante acrescentar que se encontrou uma tend ncia global na amostra de haver dor na zona lombar como a regi o corporal mais afectada 40 dos participantes no estudo tal como referido em Machado et al 2011 Neste sentido esta abordagem em contexto nacional vai ao encontro da tend ncia representada pela literatura revista pelo que a estrutura das tarefas muito contribui para este tipo de resultados Alguns profissionais referiram ter algumas patologias decorrentes do exerc cio das suas fun es contudo cada caso dever ser analisado do seu todo 4 7 2 A proposta de um Modelo TCF Da an lise das entrevistas realizadas entre Janeiro e Dezembro de 2010 pelo autor foi poss vel extrair um modelo de representa o que integra os vectores considerados mais relevantes pelos participantes no estudo na compreens o da sintomatologia m sculo esquel tica sendo designado de Modelo TCF figura 6 Este modelo integra as vari veis Tecnologia Cultura de Seguran a e Recursos Financeiros sendo diferente de outros existentes na literatura ver por exem
149. l 2006 p 8 Uma les o nas costas constitui de facto o risco maior na profiss o de enfermagem segundo nos relatam Rogers e Salvage 1988 que acrescentam o caso dos enfermeiros sofrerem desta les o duas vezes mais que o resto da popula o activa Esta tend ncia confirmada tamb m por Owen 2004 que refere ainda que este problema de les es nas costas tende a ser de longo prazo no caso dos enfermeiros afectados Para al m de levantar manualmente cargas pesadas nomeadamente pacientes que podem colaborar ou n o com esta actividade ajudando ou n o o enfermeiro de servi o factor que depender da idade e condi o f sica e mental do paciente outras exig ncias f sicas dos enfermeiros incluem o inclinar se para a frente rota es e tentar chegar a determinados s tios quando se ministra a alimenta o ao doente se procede higieniza o assim como quando se trata ferimentos de pacientes que tamb m est o associados a um risco acrescido de les o m sculo esquel tica Collins e Menzel 2006 p 14 De facto as tarefas dos enfermeiros de levantar pacientes s o t o pesadas quanto aquelas no trabalho manual mais duro e as circunst ncias frequentemente piores Rogers e Salvage 1988 p 123 Uma les o derivada de um levante de uma transfer ncia da adop o de uma postura incorrecta durante a caracteriza o de uma entrada venosa perif rica potenciada por uma cad ncia sistematizada pode causar e
150. l as interviews of active nurses We thus combine distant quantitative research and close qualitative research relationships between the researcher and subject Bouma and Atkinson 1995 The survey has been tested and applied in other studies of Portuguese nurses see for example Martins 2008 and involves questions about biographical data musculoskeletal occurrences complaints and symptoms the perception of the development of injuries and other musculoskeletal disturbances and work conditions The interviews were performed by a single researcher as opposed to a team of interviewers thus minimizing the bias throughout Bell 1999 The sample includes 168 active nurses working in Portugal 15 of whom male and 85 of whom female Most of the sample 64 had ages between 20 years and 30 years of age 39 of these having ages between 26 and 30 years 51 of the sample works in the Internal Medicine Unit of hospitals units where older people with various health problems and conditions stay for what often could turn out to be prolonged periods of time Given that older people tend to have mobility problems the strain on nurses in these units tends to be greater thus younger and more able nurses often starting out their careers are the norm in the Internal Medicine Unit of hospitals In the various hospitals where a formal agreement for a more in depth participation in the research study was reached the nurses who responded were the nurses on
151. levados danos m sculo esquel ticos com inclusive incapacidade permanente Baixinho 2011 33 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Cabete 2000 considera que a profiss o de enfermeiro se assemelha s tarefas industriais mais pesadas mostrando um prevalecimento entre 35 a 52 no que concerne patologia osteo articular Trinkoff et al 2002 referem que a profiss o de enfermeiro ocupa a 6 posi o para as LME quando analisadas as outras profiss es Torna se premente referir em conson ncia com Bolander 1998 que os traumatismos lombares s o dispendiosos para os trabalhadores hospitalares para as Institui es e por iner ncia para os utentes Concomitantemente em Portugal os problemas dorso lombares representam 30 das reformas antecipadas e a segunda g nese de absentismo laboral Duarte e Sousa 2005 Estes autores referem que as les es com maior preval ncia s o as lombalgias contracturas h rnias discais escolioses e cifoses Todas estas considera es encontradas na literatura sustentam o objectivo deste trabalho cujo intuito responder s quest es de investiga o 3 2 Apresenta o da metodologia utilizada O presente estudo integra diversas metodologias de pesquisa utilizando uma abordagem quantitativa aplica o de inqu ritos e qualitativa realiza o de entrevistas Segundo Bouma e Atkinson 1995 que identifica passos da inv
152. lto Ave e 100 Hospital de Braga e Hospital Sul tem e usa elevador de transfer ncia assim como prancha de transfer ncia entre 55 e 96 Poder neste caso ter havido uma omiss o da parte dos inquiridos no sentido de exagerarem o uso da tecnologia em an lise Estas respostas incidem directamente sobre o profissionalismo dos enfermeiros uma vez que os enfermeiros sabem que devem usar estes equipamentos e n o o fazendo estar o a por em risco desnecessariamente os seus futuros e o do seu servi o No entanto os valores de 58 e 55 respectivamente que dizem usar equipamento de transfer ncia de doentes mesmo assim considerado muito baixo quase metade das vezes n o usado o equipamento adequado o que poder explicar os sintomas de dor e queixas comunicadas pela generalidade da amostra Contudo nos casos do Hospital de Braga Ortopedia e Fafe os participantes referem a inexist ncia completa do elevador No entanto e relacionando os dados n o se consegue encontrar uma liga o entre esta inexist ncia e o n mero de participantes que referem dor ou desconforto ou at mesmo acidentes Bem como tamb m n o se identificam causas directas entre os casos que manifestam a exist ncia total deste equipamento e a diminui o do desconforto ou dor Contudo pode se indagar at que ponto o equipamento quando existente sempre utilizado em todas as circunst ncias necess rias ou mesmo da forma mais correcta assumindo se como um factor ver
153. m Hospitais Norma Portuguesa 4397 2008 Nunes F 2006 Seguran a e Higiene do Trabalho Manual T cnico Amadora Edi es Gustave Eiffel Nunes R 2006 Acidentes de Trabalho na Ind stria Transformadora de Rochas Ornamentais da Regi o de Pero Pinheiro Proposta de um Instrumento de Recolha de Dados Tese de Mestrado em Engenharia de Seguran a e Higiene Ocupacionais Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Oliveira A Silva R Domingues J 2011 As les es M sculo esquel ticas nos T cnicos de Balneoterapia Col quio Internacional de Seguran a e Higiene Ocupacionais Universidade do Minho Portugal Overton P Schneck R e Hazlett C 1977 An empirical study of the technology of nursing subunits Administrative Science Quarterly 22 pp 203 219 Owen B D 1989 The Magnitude of low back pain problem in nursing Western Journal of Nursing 11 2 234 242 Owen B D 2004 Magnitude of the problem Em W Charney e A Hudson editores Back injury among healthcare workers Causes solutions and impacts Florida Lewis Publishers pp 5 14 Owen B D Garg A 1991 Reducing risk for back pain in nursing personnel American Association of Occupational Health Nurse Journal 39 1 24 32 Paiva A 2006 Sistemas de informa o em enfermagem Uma teoria explicativa da mudan a Coimbra Formasau Forma o e Sa de Lda Patton M Q 1990 Qualitative Evaluation and Research Meth
154. m utilizar equipamentos auxiliares e pedirem aux lio de um colega enquanto 21 procura uma melhor postura no trabalho por outro lado 15 orienta o doente para as t cnicas de autonomia Dos participantes no estudo 36 indica que existem per odos do turno nos quais n o poss vel fazer pausas mas 29 contam com a colabora o dos colegas para o desenvolvimento das actividades Em 35 dos participantes no estudo foi revelado que as camas cadeiras de rodas e macas apresentam rodas em maus estado e de dif cil movimenta o Por outro lado 22 referem que a utiliza o dos equipamentos auxiliares contribui para tornar a execu o mais morosa e a mesma percentagem apresentada para o facto dos materiais e equipamentos auxiliares se encontrarem em mau estado e por isso dif ceis de utilizar enquanto 17 referem que raramente existem equipamentos para aux lio nas actividades de maior esfor o f sico No que concerne s situa es que condicionam a sua postura durante as rotinas de trabalho foram identificadas por 19 dos participantes no estudo como sendo a exiguidade de espa o salas de trabalho enfermarias WC doentes e tamb m 19 refere a diferen a de n vel entre a cama e a maca durante a transfer ncia do doente Por outro lado 34 reconheceu como factor condicionante o excesso de material ou pessoas nas salas obrigando ao trabalho com postura restrita e cadeiras desconfort veis sem altura ajust vel As interven es
155. ma para as les es que sofremos a juntar diferen a de alturas existente entre a cama e a maca Como j lhe referi as camas cadeiras de rodas macas encontram se em mau estado e dificultam a movimenta o por demais evidente Mas quando analisamos a nossa actividade com toda a certeza a mobiliza o e o posicionamento manual de doentes e o transporte e movimenta o manual de equipamentos e doentes s o as duas mais importantes tarefas que levam a les o Enfermeira de um servi o de Medicina Interna Julho 2010 Coment rio C6 75 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Mais uma vez focada a import ncia do espa o como factor cr tico na preven o das LMERT Este profissional de enfermagem refere que uma sobrelota o quer das enfermarias quer dos espa os envolventes pode conduzir adop o de posturas inadequadas No entanto a organiza o dos espa os de trabalho tamb m se assume como um factor preponderante uma vez que permite uma maior acessibilidade e transporte de pessoas e materiais A inexist ncia de material e equipamentos auxiliares segundo a entrevistada contribui de sobremaneira para o agudizar dos problemas m sculo esquel ticos materializado com o exemplo do desfasamento de altura entre a maca e a cama na transfer ncia dos pacientes Transcri o C7 Quando refere quais as posi es mais cr ticas nas nossas rotinas de tra
156. magem em Hospitais Caracterize o inc modo causado no trabalho E Consigo fazer o meu trabalho 1 _ 1 gia mas ele desencadeia sintomas E Geralmente cede com repouso E s vezes sou obrigado a abrandar o ritmo de trabalho ou alterar o modo de trabalhar E Com frequ ncia sou obrigado a abrandar o ritmo de trabalho ou alterar o modo de trabalhar E Sinto necessidade de faltar ao servi o em decorr ncia da dor ou desconforto E N o refere sintomas Tem conhecimento sobre o risco de desenvolvimento de les es m sculo esquel ticas e as suas consequ ncias 2 EH N o Avance para a quest o 18 b Sim Situa es que considera contribuirem para o risco E Exiguidade dos espa os de de desenvolver les es m sculo esquel ticas trabalho Inexist ncia de material e equipamentos auxiliares E Superf cies de trabalho demasiado altas ou baixas E Equipamentos e mobili rio desadequados s actividades Hi Diferen a de alturas entre cama e maca Hi Camas cadeiras de rodas macas com rodas de dif cil movimenta o bi Mobiliza o e posicionamento manual de doentes 130 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Em caso de sobre carga f sica quais as interven es que adopta E Utiliza equipamentos auxiliares E P ra para fazer uma pausa la Diminui o uso de t cnicas manuais E Solicita o aux lio de um colega Hi Pro
157. magem fundamental abordagem psicofisiol gica pp 32 52 Lisboa Lusodidacta Bouma G D and Atkinson G B J 1995 A handbook of social science research A comprehensive and practical guide for students 2nd edition Oxford University Press Branney J and Newell D 2009 Back pain and associated healthcare seeking behaviour in nurses A survey Clinical Chiropractic 12 130 143 Burgelman R A Christensen C M Wheelwright S C 2009 Strategic management of technology and innovation 5th edition McGraw Hill International Burgess Limerick R e Green B 2000 Using multiple case studies in ergonomics an example of pointing device use International Journal of Industrial Ergonomics 26 381 388 Cabete D 2000 Risco penosidade e insalubridade uma realidade na profiss o de enfermagem Lisboa Sindicato dos enfermeiros Portugueses 22 24 Charney W e Hudson A editores 2004 Back injury among healthcare workers Causes solutions and impacts Florida Lewis Publishers 92 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Clarke S 1999 Percep es de seguran a organizacional implica es para o desenvolvimento da cultura de seguran a Jornal de Comportamento Organizacional 20 185 198 Coelho A 2000 Perturba es M sculo esquel ticas realidade nacional Sess o de lan amento da semana europeia 2000 Collins J W e Menzel
158. n several general hospitals Korean J Occup Health 41 3 131 141 Kogi K 2006 Participatory methods of Applied Ergonomics 37 547 554 Lagerstrom M Hagberg M 1997 Evaluation of a 3 year education and training program for nursing personnel at a Swedish hospital AAOHN J 45 83 92 Lee Y H and Chiou W K 1994 Risk factors for low back pain and patient handling capacity of nursing personnel Journal of Safety Research 25 3 135 145 Lei n 102 2009 de 10 de Setembro Li J Wolf L Evanoff B A 2004 Use of mechanical patient lifts decreased musculoskeletal symptoms and injuries among health care workers Inj Prev 10 4 212 216 Lloyd J Nelson A Matz M Chen F Siddharthan K Fragala G 2006 Development and evaluation of a multifaceted ergonomics program to prevent injuries associated with patient handling tasks Original Research Article International Journal of Nursing Studies Volume 43 Issue 6 August Pages 717 733 Machado E M Oliveira M Au Yong Baptista J S 2011 The occurrence of musculoskeletal injuries in nursing professionals An analysis of Portuguese hospitals Col quio Internacional de Seguran a e Higiene Ocupacionais Universidade do Minho Portugal Maia P M S 2002 Avalia o da capacidade laboral de Enfermeiros em contexto Hospitalar Tese de Mestrado Universidade do Minho Escola de Engenharia Departamento de Produ o e Sistemas Guimar es
159. na vertebral relacionando se por iner ncia com a especificidade das tarefas realizadas Serralheira 2011 nomeadamente mobiliza o e movimenta o dos doentes sem recorrer a ajuda mec nica ou seja sem ajudas tecnol gicas inerentes Desta forma o objectivo do estudo tamb m corroborado por Ellis e Hartley 1998 quando referem a import ncia da tecnologia em enfermagem indicando que os avan os tecnol gicos afectaram de uma forma muito relevante a defini o de enfermagem e por iner ncia do papel do enfermeiro Referem ainda que no momento actual os enfermeiros est o em centros de terapia intensiva e que os enfermeiros assumem cada vez mais responsabilidades humanas no mbito das suas actividades Zz A tecnologia uma faceta h muito ligada profiss o m dica que frequentemente d pareceres t cnicos ap s exames tecnol gicos como o Raio X as resson ncias magn ticas ou os TACs Tomografia Axial Computorizada O enfermeiro por seu lado tem um lado humano intimamente ligado ao seu dia a dia pois acaba por passar muito mais tempo com os pacientes do que outras profiss es no meio dos cuidados de sa de pois os enfermeiros Visam a promo o de estilos de vida saud veis tendo em conta o ambiente no qual a pessoa vive e no respeito pelas suas capacidades Os cuidados de enfermagem centram se na pessoa Paiva 2006 p 27 30 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade
160. ncia para a maca mas 63 referem que n o existe cinto de transfer ncia Relativamente disponibiliza o de equipamento que permita a movimenta o aos doentes inclusive nas actividades de higieniza o importa evidenciar que existem cadeiras de rodas 92 e cadeiras higi nicas para banho 79 62 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Em rela o ao equipamento existente para aux lio movimenta o de doentes no leito 74 dos participantes no estudo indicam a exist ncia de camas com altura ajust vel e 66 indicam que existem barras tipo trap zio no leito e 53 referem a inexist ncia de marquesa com altura regul vel Relativamente ao conhecimento sobre o risco de desenvolvimento de les es m sculo esquel ticas e as suas consequ ncias 100 dos participantes no estudo revelam esse conhecimento Para 41 dos enfermeiros o conhecimento adquirido sobre a tem tica em an lise foi obtido durante a sua forma o acad mica enquanto que 19 dos respondentes indicaram a leitura de revistas artigos e trabalhos cient ficos como fonte de conhecimento Por outro lado a forma o em servi o tamb m assume relev ncia com 17 dos participantes no estudo a indicar essa realidade Em rela o s situa es que os participantes no estudo consideram contribu rem para o risco do desenvolvimento de les es m sculo esquel ticas 13 apontam para a mobiliza
161. nforto Sim lombar dor Sim cervical dor Sim lombar dor Sim cervical dor Tecnologia Elevador de transfer ncia Transfer Carrinhos de medica o Transfer A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Conhecimento da ocorr ncia de les es m sculo esquel ticas onde adquiriu Sim forma o acad mica cursos de forma o e leitura de artigos Sim forma o acad mica cursos de forma o e leitura de artigos Sim forma o acad mica cursos de forma o e leitura de artigos Sim forma o acad mica cursos de forma o e leitura de artigos Forma o Realizei forma o em servi o Realizei h mais de 5 anos Realizei mas considero insuficiente era importante mais forma o pr tica em contexto de trabalho Ainda n o realizei aqui no servi o Factores que potenciam as les es Transporte e movimenta o manual de equipamentos e doentes Inexist ncia de material e equipamentos auxiliares Equipamentos desadequado s actividades Inexist ncia de material e equipamentos auxiliares e mobili rio Solu es organizacionais preventivas Contratar mais enfermeiros para os servi os Contratar mais enfermeiros para os servi os Contratar mais enfermeiros para os servi os Contratar mais enfermeiros para os servi os 115 A Tecn
162. nica Lagerstrom 2004 A direct observation instrument for assessment of nurses patient transfer technique DINO Applied Ergonomics 35 2004 591 601 Josephson M Vingard E 2005 Remaining in nursing work with a_ sustainable health Original Research Article International Congress Series Volume 1280 June Pages89 94 Karahan A Bayraktar N 2004 Determination of the usage of body mechanics in clinical settings and the occurrence of low back pain in nurses Original Research Article International Journal of Nursing Studies Volume 41 Issue 1 January Pages 67 75 Kawakami T and Kogi K 2005 Participatory action oriented training AOT programme Can Tho City The Centre for Occupational Health and Environment ntials of Medical Statistics Blackwell Scientific Publications Oxford Karwowski W Jang R Rodrick D Quesada P M Cronin S N 2005 Self evaluation of biomechanical task demands work environment and percieved risk of injury by nurses a field study Occupational Ergonomics 5 1 13 27 Kawakami T Kogi K Toyama N Yoshikawa T 2004 Participatory approaches to improving safety and health under trade union initiative experiences of POSITIVE training program in Asia Ind Health 42 2 196 206 96 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Kim Y O Koo J W 2002 Musculoskeletal symptoms and related factors on the nurses i
163. nnels Les Contrain tes musculo squelettiques et leur pr vention tome 2 Chiron Editeur Paris Harrisson D Legendreb C 2003 Technological innovations organizational change and workplace accident prevention Safety Science 41 2003 319 338 Hignett S 1996 Work related back pain in nurses Journal of Advanced Nursing 23 1238 1246 Hignett S 1996 Postural analysis of nursing work Original Research Article Applied Ergonomics Volume 27 Issue 3 June Pages 171 176 Hignett S Crumpton E 2007 Competency based training for patient handling Original Research Article Applied Ergonomics Volume 38 Issue Pages 7 17 Hodder J MacKinnon S Ralhan A Keir P Effects of training and experience on patient transfer biomechanics Original Research Article International Journal of Industrial Ergonomics Volume 40 Issue 3 May 2010 Pages 282 288 Holman G T Ellison K J Maghsoodloo S and Thomas R E 2009 Nurses perceptions of how job environment and culture influence patient handling Journal of Orthopaedic Nursing International Safety Advisory Group INSAG 4 1991 Safety culture No 75 INSAG 4 Safety Series Vienna International Atomic Energy Agency Johnsson C Carlsson R Lagerstrom M 2002 Evaluation of training in patient handling and moving skills among hospital and home care personnel Ergonomics 45 12 850 865 Johnssona Christina Katarina Kjellbergb Anders Kjellbergc Mo
164. no leito 50 dos participantes no estudo indica a exist ncia de camas com altura ajust vel embora 34 indiquem que n o existem barras tipo trap zio no leito Relativamente ao conhecimento sobre o risco de desenvolvimento de les es m sculo esquel ticas e as suas consequ ncias 98 dos participantes no estudo manifesta esse conhecimento Cerca de 32 indica que adquiriu esse conhecimento durante a sua forma o acad mica 20 atrav s de leitura de revistas e artigos cient ficos e 18 revela que foi atrav s da forma o em servi o Em rela o s situa es que os participantes no estudo consideram contribu rem para o risco de desenvolver les es m sculo esquel ticas 13 indicam a mobiliza o e posicionamento manual de doentes como factor principal e 10 apontam para a inexist ncia de material e equipamentos auxiliares Contudo 26 dos participantes no estudo revela que o facto de alcan ar e sustentar peso afastado do corpo das posturas que mais contribuem para o risco de desenvolver les es m sculo esquel ticas seguido de 22 e 21 para movimentos de inclina o do tronco para a frente e rota o do tronco em p respectivamente 43 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Em caso de sobrecarga f sica as interven es adoptadas pelos participantes no estudo s o a utiliza o de equipamentos auxiliares 21 a procura de uma melhor
165. nowledge is acquired mainly through academic training but also through the reading of scientific publications and through on job training It was signaled as a relevant factor by the surveyed nurses to distribute the physical weight of patients over a larger number of professionals The ratio patient nurse is seen to be a critical factor to prevent occupational injuries The excess work load has made it impossible to have pauses between tasks which leads to a greater number of injuries During the undertaking of the interviews the nurses referred constantly that training to prevent musculoskeletal injuries was insufficient and late in arriving One nurse in an internal medical unit at some point stated that I have done this training over five years ago and currently feel the need to review many of the procedures or mistakes even which I commit in my day to day duties while moving patients and repositioning patients Furthermore having more adequate working spaces such as patients WCs would make possible the adoption of better working postures by nurses Finally the more widespread usage of technological means which are lacking in some hospitals beds with adjustable height trapeze type supporting bars attached above beds patient transferring lifts transferring boards for transferring patients to a stretcher transferring belts as well as simpler equipment such as walking sticks and crutches or in bad condition such as wheels on
166. ntando se como uma solu o para o problema Por outro lado e em virtude do tempo de trabalho dos enfermeiros inquiridos n o ultrapassar a marca dos dois anos no mesmo servi o isto poder ser ben fico no contexto da preven o das les es m sculo esquel ticas uma vez que a rotatividade implica menor exposi o aos factores fixos variando por iner ncia a carga e a tens o m sculo esquel ticas Contudo depois da an lise dos dados totais de pesquisa compostos pelas entrevistas e inqu ritos e tendo os acompanhando nas suas tarefas do dia a dia verifica se uma tend ncia global dos enfermeiros em contexto hospitalar para considerarem que nos ltimos doze meses de trabalho sentiram dor ou desconforto m sculo esquel tico em alguma regi o do corpo No entanto h sempre discrep ncias entre o n mero de queixas ocupacionais registadas e o n mero de les es notificadas pelos respectivos servi os de medicina ocupacional Isso pode levar a concluir que este tipo de problema nem sempre relatado por enfermeiros e consequentemente n o s o contabilizados pelos servi os de sa de ocupacional conforme anteriormente referido 89 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Ao contr rio do que encontraram outros estudos na rea da Seguran a Higiene e Sa de no Trabalho nomeadamente por exemplo Nunes 2006 que afirma que A forma o dos trabalhadores em Seguran a
167. ntes no estudo indicam que o seu hor rio rotativo numa carga hor ria semanal que est compreendida entra 35h e 42h Em m dia o r cio enfermeiro doente atinge os 9 a 10 doentes por cada enfermeiro no entanto o turno da noite apresenta um maior r cio com uma m dia de 13 doentes por cada enfermeiro Relativamente exist ncia de acidentes de trabalho com origem m sculo esquel tica 82 dos participantes no estudo n o manifestou esse acontecimento Embora dos 18 que indicaram ter sofrido de acidentes de trabalho com origem m sculo esquel tica apenas 50 identificou um per odo de baixa entre 1 a 2 semanas No que concerne ao tipo de acidente sofrido 100 foi identificado como les o lombar Embora a maioria dos participantes no estudo n o tenha manifestado acidentes de origem m sculo esquel tica 55 afirmam ter sintomas e apresentam dor ou desconforto da mesma origem Torna se interessante real ar o equil brio entre as respostas dos profissionais que apresentam sintomatologia m sculo esquel tica e os que n o sentem queixas nos ltimos 12 meses dado que os mesmos globalmente executam tarefas de cariz similar Em rela o sintomatologia 50 refere sentir dor sendo que a restante sintomatologia repartida equitativamente por queixas de formigueiro e dorm ncia e diminui o da for a muscular A regi o corporal mais afectada com 43 de respostas a regi o lombar seguida das regi es dorsal 22 e
168. o aos pormenores que uma economia em crise e com falta de recursos financeiros deixa escapar nesta tem tica da seguran a ocupacional A metodologia qualitativa tamb m usada neste estudo permitiu uma riqueza de informa o que outras metodologias n o permitiriam Os problemas encontrados v o desde a falta de carrinhos em boas condi es que fazem o transporte de medicamentos observou se um carrinho com uma gaveta que est constantemente a cair n o havendo substituto em vista e outros carrinhos com as rodas danificadas dificultando a sua movimenta o at falta de camas regul veis pelo menos em altura para facilitar entradas e sa das de doentes Constata es essas que foram verificadas durante as visitas a alguns dos principais hospitais no Norte do pa s Com este estudo pretendeu se evidenciar embora parcialmente a quest o ergon mica inerente aos problemas desta profiss o que frequentemente passam despercebidos pela popula o em geral 90 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais O facto de se tentar introduzir uma forte componente tecnol gica neste estudo n o implicou a tentativa de redu o de meios humanos em prol de equipamentos mec nicos el ctricos ou electr nicos uma vez que estes n o s o capazes de fornecer o carinho empatia e aten o necess rios recupera o do ser humano debilitado A pretens o sempre foi no sentido de tent
169. o do utente tendo logo sintomatologia lgica o que lhe deu mau estar e vertigens Rapidamente abandonou o local pedindo a outro colega que a substitu sse e sentou se a fazer uma pausa embora muito queixosa e p lida com a consci ncia de que seria uma 112 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais situa o aguda e passageira Relatou ainda que tinha dor inspira o profunda e alguma dispneia de esfor o Prontamente foi de imediato socorrida pelos seus colegas e m dico do servi o que aconselhou a fazer Raio X da coluna e analg sico bem como ainda de se dirigir ao m dico da medicina do trabalho existente tamb m no hospital Posteriormente mantendo ainda as queixas fez analg sico endovenoso e saiu mais cedo para fazer repouso No dia seguinte mantendo ainda dorsalgias e lombalgias que agravavam de intensidade com os movimentos entrou de baixa e at ao momento sabe se que vai fazer exames para despiste de h rnia discal Mant m ainda analg sico e anti inflamat rio de 8 8 horas e repouso 113 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais ANEXO C Matriz de palavras chave recolhidas numa selec o de entrevistas realizadas Exemplifica o da terminologia utilizada nas entrevistas Entrevistado Enfermeirol Enfermeiro Enfermeiro3 Enfermeiro4 Sentiu desconforto m sculo esquel
170. o em jeito de brincadeira que temos uma actividade t o ou mais pesada do que na industria e ainda temos uma componente cognitiva de grande responsabilidade a acrescer tarefa Enfermeiro do Servi o de Medicina Interna Julho de 2010 6 No Servi o de Medicina Interna existir o doentes problem ticos do ponto de vista da carga f sica envolvida conforme relata a seguinte enfermeira Tenho doentes essencialmente dependentes cuidados paliativos ou fases terminais doentes que chegam de cirurgias e doentes com idade elevada Enfermeira de um Servi o de Medicina Interna Agosto 2010 7 O relato desta enfermeira retrata alguns riscos da profiss o riscos esses que poderiam ser minorados com os comportamentos correctos comportamentos esses que envolver o uma boa prepara o para o turno de trabalho i e aquecimento pr vio assim como o recurso tecnologia enquanto auxiliar nas tarefas f sicas mais pesadas Digo lhe no meu caso que nitidamente as posturas que considero contribu rem para o risco de desenvolver les es m sculo esquel ticas s o os perigosos movimentos de inclina o do tronco para a frente sobretudo quando estamos a administrar terap utica ou uma refei o Assim como o alcan ar e sustentar o peso afastado do corpo Repare n s temos doentes com mais de 90 kg e sem aux lio de um equipamento penoso Tamb m as rota es do tronco em p s o cr ticas porque s vezes a frio ou se
171. o ou transfer ncia dado que o mesmo estava guardado noutro servi o ou em local pouco acess vel levando a uma demora acrescida sobre a realiza o da tarefa Noutros contextos verifica se 70 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais que o transporte do elevador de transfer ncia para as enfermarias acabava por n o representar uma solu o simples dada a exiguidade do espa o devido sobrelota o de camas nas mesmas Vari vel Cultura de Seguran a Transcri o C1 De uma forma geral continuamos a incorrer num grave erro quando sentimos um determinado mal estar m sculo esquel tico pois minimizamos e subestimamos a import ncia da les o Digo lhe com toda a certeza que grande parte das situa es de les o m sculo esquel tica que ocorrem neste servi o n o s o nem comunicadas ao enfermeiro chefe nem ao respons vel pela medicina ocupacional Existe um enorme desfasamento entre a realidade dos servi os e aquilo que os servi os de seguran a no trabalho t m conhecimentos na verdade O mais grave que isto acontece sistematicamente Mas tamb m verdade a culpa totalmente nossa Uma picada por mais identificada que esteja a situa o tem um efeito de resposta por parte do profissional de enfermagem muito mais r pido Ele n o vai facilitar Por exemplo h dias um colega contava que numa determinada institui o hospitalar que n o vou referir
172. obiliza o e posicionamento manual de doentes Transporte e movimenta o manual de equipamentos e doentes Prepara o e administra o terap utica Movimenta o manual de objectos diversos camas mesas outros 123 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais 19 Quais as posturas que considera contribu rem para o risco de desenvolver les es m sculo esquel ticas Postura est tica por tempo prolongado em p Posi o sentado com as costas sem apoio Movimentos de inclina o do tronco para a frente Alcan ar e sustentar peso afastado do corpo Rota o do tronco em p 20 No seu local de trabalho em caso de sobre carga f sica quais as interven es que adopta Utiliza equipamentos auxiliares P ra para fazer uma pausa Diminui o uso de t cnicas manuais Solicita o aux lio de um colega Procura melhorar a sua postura Orienta o doente para as t cnicas de autonomia Procura alternar o tipo de actividade de trabalho PARTE 6 CONDI ES DE TRABALHO 21 Indique a sua opini o considerando o servi o onde habitualmente desempenha fun es CONCORDO DISCORDO E frequente a rota o dos trabalhadores entre tarefas com maior exig ncia f sica poss vel parar e efectuar pausas de trabalho sempre que existe necessidade Existe autonomia suficiente para de
173. oblemas de forma global s o uma evidente preocupa o s ria pois os mesmos interp em se na vida profissional do enfermeiro nos seus anos mais produtivos Um outro estudo realizado por Hignett 1996 e citado por Wayne et al 2007 refere que da revis o da literatura efectuada a 80 publica es inerentes ao exerc cio da profiss o enfermeiro 80 das actividades desenvolvidas desencadeiam sintomatologia de dores nas costas As actividades de trabalho realizadas pelos enfermeiros apresentam elevado risco de 8 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais dist rbios osteomusculares nomeadamente com a higieniza o do paciente ou mesmo ao ajudar o paciente a vestir se Garg et al 1992 Ando et al 2000 Daynard et al 2001 Lee e e Chiou 1994 Kim e Koo 2002 Nelson et al 2003 No Canad no per odo entre 1996 e 2000 a incid ncia de les es nas costas no sector de sa de foi superior totalidade das ind strias combinadas Engst et al 2004 As les es nas costas s o um problema significativo a longo prazo para os profissionais de enfermagem que prestam cuidados aos pacientes Owen 2004 Holman 2009 As les es dorso lombares e nos ombros constituem as principais preocupa es e prioridades podendo ser ambas altamente incapacitantes A profiss o de enfermeiro tem se mostrado como uma das profiss es de maior risco no que concerne s dores dorso lombares
174. ocorr ncia de uma les o durante uma transfer ncia de um doente da cama para o cadeir o que resultou num per odo de baixa superior a 30 dias Esta enfermeira refere ainda que ao longo dos ltimos doze meses sentiu frequentemente dor ou desconforto m sculo esquel tico recorrendo a fisioterapia medica o receitada e auto medica o Esta enfermeira ainda questiona alguns m todos e pr ticas de trabalho habituais no exerc cio da profiss o como o de transportar um doente manualmente at ao duche quando o mesmo pode ser higienizado no leito minimizado a carga f sica resultante da tarefa Transcri o C3 apesar de n o faltar em virtude do desconforto e dor lombar que venho sentido nestes ltimos dois anos consigo associar os sintomas ao esfor o que fa o no trabalho Enfermeira de um servi o de Medicina Setembro 2010 Coment rio C3 Na transcri o C3 est se perante uma situa o que n o se configura como limitativa no entanto o enfermeiro consegue relacionar o desconforto e dor lombar com o esfor o realizado no seu local de trabalho Transcri o C4 Sempre que poss vel utilizo equipamentos Temos calhas montadas em cada enfermaria e como tal apenas precisamos de levar o elevador connosco No entanto nem sempre o sistema 73 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais que permite acoplar o elevador calha funcional perdendo se alg
175. odas para o carro e Transfer ncias laterais os pacientes come am e acabam deitados na posi o inclinada ou deitada como por exemplo da cama para a maca cama para carrinho de banho ou da cama para o carrinho propenso e Combina o de transfer ncias laterais e verticais o paciente mudou da posi o sentada para a posi o deitada e vice versa como por exemplo transfer ncia da cadeira de rodas para a maca ou da cadeira de rodas para a mesa de exame e Reposicionamento no leito com inclus o do movimento de um lado para outro ou movimenta o do paciente em direc o da cabeceira da cama e Levantamento do paciente do ch o ap s a queda Finalmente s se pode saber da efici ncia destes algoritmos quando aplicados e testados nos Servi os 2 12 Outra Abordagem ao Objecto do Estudo O estudo apresentado seguidamente de Serralheira et al 2011 foi realizado entre Julho de 2010 e Janeiro de 2011 e contou com uma amostra de 716 respondentes inerentes a v rias institui es de sa de essencialmente do sexo feminino 76 9 maioritariamente hospitalar 61 sendo medicina interna o servi o com maior representatividade 11 4 apresentando alguma similitude com o estudo de disserta o apresentado ao longo deste trabalho que apesar de ter sido iniciado antes do estudo de Serralheira et al 2011 terminou posteriormente implicando alguma simultaneidade temporal 29 A Tecnologia como Meio de Preven o de R
176. ods Newbury Park California Sage Publications Pheasant S T 1991 Ergonomics work and health Macmillan Press Pidgeon N 1997 The limits to safety Culture Politics Learning and Man Made Disasters Jornal of contingencies and Crisis Management V 5 n 1 March Pinto A 2004 Manual de Seguran a Constru o Conserva o e Restauro de Edif cios 1 Edi o Edi es S labo Lisboa Pizzi L Goldfarb N David B Nash D Promoting a culture of safety Chapter 40 MBA Queir s P 1996 Carga F sica Risco Ocupacional nos Enfermeiros Revista Sinais Vitais N 6 Reis E e Moreira R 1993 Pesquisa de Mercados Lisboa Edi es S labo Retsas A Pinikahana J 2000 Manual handling activities and injuries among nurses an Australian hospital study Journal of Advanced Nursing 31 4 875 883 Rogers R e Salvage J 1988 Nurses at risk A guide to health and safety at work Oxford Heinemann Nursing Santaguida P Pierrynowski M Goldsmith C Fernie G 2005 Comparison of cumulative low back loads of caregivers when transferring patients using overhead and floor mechanical lifting devices Original Research Article Clinical Biomechanics Volume 20 Issue 9 November 2005 Pages 906 916 98 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Santos J 2009 Desenvolvimento de um gui o de selec o de m todos para an lise do
177. ok Objectivo do estds one esse ce dado atos pino ni sates goes gecu sar Dada alo Spa acl ou Sees oia sansa ease teas teens 32 3 2 Apresenta o da metodologia UtiliZada eee ee eeseeseeesseceseceseceseceseceseeeseesseeeeaeesseeeaaeenaes 34 3 3 Apresenta o dos Servi os Hospitalares em estudo re 36 4 An lise dos casos de estudo esscaceczenedecudtees iie ee EEE las h ua dosage ene Cine i EEE atos EE 39 4 1 Apresenta o e an lise dos dados do estudo rrenan 39 4 2 Uma vis o global dos resultados da investiga o errar 41 4 3 Hospital de Braga ss cosa nen di cbiets diva placas a dana pai ani a ae pao nao et ada deemed eine 45 4 4 Centro Hospitalar do Alto A Vessia beie ariii 50 AS Hospitals ules ecc css ceeds dstevse tudo Bi shies Gisele pa be db OR dE E a eet doa da nd dl De a le 59 4 0 Outros Hospitals esias iiae esse lei terete beh deans E das en los dees die teeicen de iota sett 61 4 7 Os resultados da an lise das entrevistas e a proposta de um Modelo TCF 65 4 8 Avalia o de resultados ionene irinn ioannas eiaeia ie 81 4 9 Solu es de melhoria preconizadas pelos profissionais de enfermagem 85 9 CONCIUS ES esn eon E aaa AE E AEE SE Ta EE A a E 88 Bibliografias snee e irina A EE E E EEE a E TE E EEE O a 92 ANEXO A Reprodu o na ntegra de artigo cient fico apresentado e publicado nas proceedings da SHO 2011
178. ologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais ANEXO D Propostas de melhoria Sugest o de equipamentos para os servi os hospitalares analisados Imagens recolhidas pelo autor na Escola Superior de Enfermagem do Porto ESEP e Escola Superior de Enfermagem de Coimbra ESEC entre Agosto e Setembro de 2010 Carrinho da medica o adequado ESEC Elevador de transfer ncia el ctrico ESEC Barra tipo trap zio no Leito ESEC 116 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Equipamento de suporte higieniza o na banheira ESEC Elevador de transfer ncia el ctrico ESEP Elevador de transfer ncia el ctrico ESEC 117 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Barra tipo trap zio no Leito ESEC Cama articulada el ctrica ESEC 118 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais ANEXO E Inqu rito aplicado Inqu rito adaptado de Martins 2008 PARTE 1 DADOS GERAIS E BIOGR FICOS Sexo M F Idade 1 Servi o onde desempenha fun es actualmente 2 Categoria profissional Enfermeiro n vel 1 Enfermeiro graduado Enfermeiro especialista 3 Tempo na profiss o inferior a 1 ano
179. ologia equipamento e a organiza o do trabalho desempenham um papel importante 4 O que precisa de estar presente no local de trabalho mas n o est O estudo envolveu a Um inqu rito a 168 enfermeiros no activo amostra de conveni ncia em hospitais Portugueses b Destes enfermeiros 62 foram ainda entrevistados para aprofundar o estudo e c Uma s rie de enfermeiros foram tamb m observados e acompanhados nas suas tarefas di rias para fornecer uma outra perspectiva do problema O estudo que levou o autor a passar mais tempo em Braga Guimar es Fafe e Ribatejo mas tamb m em Viana do Castelo Gaia Porto Viseu Coimbra Famalic o Lisboa Vila Real Faro vora Aveiro e Matosinhos conclui que ao longo do passado ano de trabalho e num contexto hospitalar os enfermeiros que participaram no estudo sentiram dor ou desconforto m sculo esquel tico em alguma parte do corpo Solu es identificadas apontam a necessidade de mais forma o sobre seguran a no trabalho de espa os de trabalho mais adequados para a necessidade de mais profissionais de enfermagem para minorar cargas de trabalho assim como a necessidade de uma maior utiliza o da tecnologia incluindo camas ajust veis em altura barras de suporte tipo trap zio no leito elevadores de transfer ncia de pacientes e cintos de transfer ncia Um modelo te rico TCF baseado em tr s pilares Tecnologia Cultura de Seguran a e Finan as apresentado Por um lado mais s
180. ologia era equacionada ou adoptada na vertente de mobiliza o ou transfer ncia de doentes Alguns profissionais referiam ter ideias de melhoria conhecimento de novos equipamentos e tecnologias que poderiam ser ganhos positivos nos diversos servi os No entanto de imediato apontavam que a aquisi o de equipamento ou tecnologia era morosa e muitas das vezes insuficiente face s necessidades presentes No entanto na ptica do gestor a vertente ocupacional seria sempre equacionada apesar das limita es financeiras da institui o hospitalar A Figura 8 foi constru da a partir da an lise de todas as entrevistas efectuadas e visa compilar a globalidade das ideias obtidas dessa mesma an lise Por outro lado elaborou se uma matriz de palavras chave Anexo C a qual poder facilitar a compreens o das vari veis do Modelo TCF 79 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais og mas samona to a ensa ie O solu e Figura 8 Modelo resultante da an lise das entrevistas elaborado pelo autor 80 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais 4 8 Avalia o de resultados Perante a an lise de resultados pode se referir que os dados acabam por confirmar as indica es municiadas pela revis o bibliogr fica No que concerne a preval ncia de sintomatologia de desconforto ou dor de cariz m sculo
181. or a 1 ano MilasSanos bi 6a 10 anos E mais de 10 anos Carga hor ria semanal em m dia 3 5 E Menos de 35h H35ha42h Ei Mais de 42h 127 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais R cio enfermeiro doente em m dia 15 1 2 y _ n 7 1p me a eas ME 5 Vv E a A A A a 5 m R cio h a E aa OD Tarde ae Noite sem defini o deturno ACIDENTES DE TRABALHO COM ORIGEM M SCULO ESQUEL TICA 25 E Sim t N o DIAS DE INCAPACIDADE NO TRABALHO es E nenhum dia E 1 dia 2a 3 dias E 1a 2 semanas E at 1 m s EH mais de 1 m s Sentiu dor ou desconforto m sculo esquel tico E N o b Sim 128 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Que tipo de acidente sofreu 0 3 Queda y Picada de agulha E Agress o pelo doente E Les o lombar E Les o dorsal mi Les o cervical SINTOMATOLOGIA 0 EH Sintomas de ci tica E Dor E Formigueiro dorm ncia HM Diminui o da for a muscular H Outra REGI O CORPORAL AFECTADA E Regi o cervical ombros e pesco o E Regi o dorsal Hi Regi o lombar E Membros superiores m os punho cotovelo bra o bi Membros inferiores p joelho coxa 129 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfer
182. or health care professionals New York Springer Publishing Company 3 26 Daraiseh N Genaidy A M Karwowski W Davis L S Stambough J and Huston R L 2003 Musculoskeletal outcomes in multiple body regions and work effects among nurses The effects of stressful and stimulating working conditions Ergonomics 46 12 1178 1199 Dul J and Neumann W P 2009 Ergonomics contributions to company strategies Applied Ergonomics 40 745 752 Kitis A Celik E Aslan U B Zencir M 2009 DASH questionnaire for the analysis of musculoskeletal symptoms in industry workers A validity and reliability study Applied Ergonomics 40 251 255 Lee Y H and Chiou W K 1994 Risk factors for low back pain and patient handling capacity of nursing personnel Journal of Safety Research 25 3 135 145 Martins J M C 2008 Percep o do risco de desenvolvimento de les es m sculo esquel ticas em actividades de enfermagem Master s dissertation in Human Engineering Universidade do Minho Escola de Engenharia Owen B D 1989 The Magnitude of low back pain problem in nursing Western Journal of Nursing 11 2 234 242 Owen B D 2004 Magnitude of the problem In W Charney and A Hudson editors Back injury among healthcare workers Causes solutions and impacts Florida Lewis Publishers 5 14 Paiva A 2006 Sistemas de informa o em enfermagem Uma teoria explicativa da mudan a Coimbra Formasau
183. os de trabalho globalidade da popula o trabalhadora procurando evitar em certa medida uma concep o dos postos e meios de trabalho que possam provocar exclus o dos pr prios trabalhadores Daniellou 1990 Desta forma a correcta aplica o dos princ pios ergon micos no momento de concep o dos equipamentos conduz consequente redu o da tens o nervosa e dos inerentes esfor os f sicos do trabalhador aperfei oando os desempenhos e a fiabilidade das opera es Freitas 2002 O projecto de concep o de um sistema de trabalho congrega a utiliza o de todos os recursos necess rios na realiza o de uma tarefa num espa o e ambiente ajustado carga de trabalho Harichaux 2003 Associado ao conceito de ergonomia o mesmo autor refere que importante uma boa defini o dos comandos e equipamentos de trabalho ajustados tarefa de forma a assegurar a seguran a e minimizar os riscos para a sa de do trabalhador aumentando por iner ncia o conforto de utiliza o O mesmo autor ainda refere que o projecto de um posto de trabalho dever considerar um conjunto de crit rios relacionados com o operador sexo e idade bem como a forma como ele realiza a sua actividade e ainda factores como a arquitectura do posto de trabalho A forma como se realiza a actividade condicionada pelo esfor o muscular envolvido pelo tempo dispon vel pela repeti o de movimentos pela postura de trabalho e pelas dist ncias perco
184. os resultados em maior detalhe e por institui o 44 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais 4 3 Hospital de Braga Servi o de Medicina Interna Este estudo de caso incide sobre o servi o de medicina interna do Hospital de Braga cuja amostra corresponde a 24 respondentes onde no universo de enfermeiros participantes no estudo 92 s o do sexo feminino e 8 do sexo masculino Da amostra 79 dos enfermeiros participantes no estudo tinham idades compreendidas entre os 20 e 30 anos sendo que 54 desta percentagem apenas abrange idades entre os 26 a 30 anos estando perante um grupo de trabalho jovem Neste contexto 21 indicaram que o seu tempo na profiss o inferior a 1 ano contudo 21 revelam que o tempo de trabalho de 6 a 10 anos Conjuntamente 46 apontaram ainda um per odo at 5 anos de exerc cio da profiss o O tempo dedicado ao actual servi o ronda maioritariamente um per odo entre 3 e 5 anos Ainda 96 desempenha fun es de presta o de cuidados maioritariamente em hor rio rotativo 96 A totalidade dos participantes no estudo revelam que a sua carga hor ria semanal est compreendida entre 35 e 42h Sendo que em m dia o r cio enfermeiro doente atinge os 8 a 10 doentes por cada enfermeiro no entanto o turno da noite apresenta um maior r cio com uma m dia de 13 doentes por cada enfermeiro Quando se analisa a ocorr ncia de acidentes de tra
185. ou se em tr s vectores distintos embora interligados a literatura a realiza o de entrevistas e inqu ritos e a observa o livre na qual a compreens o do fen meno que se observou aconteceu com a aus ncia total de estabelecimento de pr categorias para o entendimento do fen meno estudado Trivi os 1987 das principais tarefas realizadas pelos profissionais de enfermagem Esta configura o encontra suporte na literatura em Ghauri e Gronhaug 2005 que defendem o uso da triangula o que pode contribuir para o ju zo sobre se os dados obtidos e inerente credibilidade Triangula o essa que corresponde ao uso de m ltiplas fontes de dados entre as quais o material oriundo de diferentes participantes no estudo entrevistados e inquiridos recortes de jornais documentos e observa es feitas no terreno 39 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Numa primeira fase foi importante perceber o fen meno das les es m sculo esquel ticas mediante a defini o de uma amostra de conveni ncia que levou sucessivamente identifica o de alvos de inqu rito e entrevista em bola de neve uns contactos levando naturalmente a outros Patton 1990 Nomeadamente identificar a ocorr ncia de acidentes de trabalho com base nessa origem e caso o fen meno n o fosse evidente analisar a presen a de sintomas em conson ncia com a parte do corpo afectada Ao mesmo tempo
186. outora Manuela Martins Escola Superior de Enfermagem do Porto entrevistada em Agosto de 2010 Neste cap tulo apresenta se o prop sito que originou o presente trabalho e no qual definida a metodologia aplicada Com este estudo pretendeu se compreender qual a dimens o do problema das les es m sculo esquel ticas nos profissionais de enfermagem em contexto hospitalar analisando a import ncia dos componentes intr nsecos ao trabalho evidenciando as quest es da preven o 3 1 Objectivo do estudo Este estudo tem por objecto o enfermeiro que se dedica aos cuidados de enfermagem definida como sendo uma abordagem hol stica da pessoa a prescri o de interven es e a monitoriza o de resultados Paiva 2006 p 27 Contudo o objectivo do presente trabalho visa responder s seguintes quest es principais de investiga o ver Machado et al 2011 artigo que est no anexo A 1 Existem queixas associadas ao desempenho na actividade de enfermagem 2 Quais as condi es que influenciam a actividade do enfermeiro 3 A sintomatologia desconforto dor m sculo esquel tico manifesta se em toda a amostra 4 Que tipo de influ ncia que o meio ambiente a tecnologia o equipamento e a organiza o de trabalho t m na preven o de les es m sculo esquel ticas 5 O que deveria estar presente no ambiente de trabalho tecnologia ou recursos humanos mas n o est O problema abordado nesta diss
187. outro componente material do trabalho com potencial para provocar dano al nea g do artigo 4 da Lei 102 2009 de 10 de Setembro Preven o Conjunto de pol ticas e programas p blicos bem como disposi es ou medidas tomadas ou previstas no licenciamento e em todas as fases de actividade da empresa do estabelecimento ou do servi o que visem eliminar ou diminuir os riscos profissionais a que est o potencialmente expostos os trabalhadores al nea 1 do artigo 4 da Lei 102 2009 de 10 de Setembro Risco Combina o da probabilidade de ocorr ncia de um acontecimento ou de exposi o es perigosos e da gravidade de les es ou afec es da sa de que possam ser causadas pelo acontecimento ou pela s exposi o es Norma Portuguesa 4397 2008 Consiste na possibilidade alta ou baixa de algu m ser afectado por um perigo Duncan 2008 Sa de Ocupacional A Sa de Ocupacional foi definida por um grupo de trabalho que integrou membros da Organiza o Mundial de Sa de OMS e do International Labour Office ILO como sendo a rea que se dedica promo o e manuten o do mais elevado padr o de bem estar f sico mental e social dos trabalhadores de todos os sectores de actividade da preven o das altera es de sa de provocadas pelas suas condi es de trabalho da protec o dos trabalhadores contra os riscos resultantes de factores adversos no seu local de trabalho de proporcionar ao
188. pacidade contudo 68 apresentou uma incapacidade entre 2 dias e mais de um m s com particular relev ncia para 32 de participantes no estudo com incapacidade no trabalho entre 1 a 2 semanas No que concerne ao tipo de acidente sofrido 48 revela les es lombares e 20 manifesta les es musculares nos membros superiores 41 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Embora a maioria dos participantes no estudo n o tenha manifestado acidentes de origem m sculo esquel tica 81 tem sintomas e apresenta dor ou desconforto da mesma origem conforme evidenciado na Figura 3 Em rela o sintomatologia 58 apresenta dor localizada e 18 expressa formigueiro e dorm ncia A regi o corporal mais afectada com 40 de respostas a regi o lombar seguida das regi es cervical 20 e dorsal 18 em conson ncia com a Figura 4 Sentiu dor ou desconforto m sculo esquel tico E N o b Sim Figura 3 Sintomatologia referida pela amostra REGI O CORPORAL AFECTADA E Regi o cervical ombros e pesco o E Regi o dorsal Hi Regi o lombar E Membros superiores m os punho cotovelo bra o il Membros inferiores p joelho coxa Figura 4 Regi o corporal afectada Dos participantes no estudo 58 confirmou ter recorrido a tratamento decorrente de sintomatologia associada a les es m sculo esquel ticas Dos 58 de participantes no estudo que
189. pela mestria douta pela elevada disponibilidade e magnific ncia mostrada ao longo do desenvolvimento do trabalho bem como pelas cr ticas correc es e sugest es relevantes para a obten o do resultado final Ao Senhor Professor Doutor Jo o dos Santos Baptista meu co orientador neste projecto pela magn fica e inestim vel coopera o pela constante disponibilidade na aprecia o manifestada ao longo da elabora o da disserta o no que concerne valiosa partilha do saber especialmente no seu pelouro de investiga o Ao Senhor Professor Doutor Jo o Jos Pinto Ferreira Director do Mestrado em Inova o e Empreendedorismo Tecnol gico pela sua disponibilidade e apoio em todos os momentos da realiza o do Mestrado Ao Senhor Professor Doutor Fernando Henriques da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra pela abertura e disponibilidade na mostra das instala es e equipamentos intr nsecos tem tica vidente e presentes na referida escola Senhora Professora Doutora Manuela Martins da Escola Superior de Enfermagem do Porto pelo elevado e precioso fornecimento de informa es material de suporte fotogr fico intr nseco ao estudo vigente o que enriqueceu o desenvolvimento da Disserta o Aos Hospitais de Braga o meu bem haja a todos divis o de Recursos Humanos e Direc o de Enfermagem e a todos os Enfermeiros que colaboraram no estudo destacando a colabora o do Senhor Engenheiro Fernando Ma
190. pitalar reduzindo se tamb m o absentismo e aumentando se a satisfa o e motiva o dos trabalhadores Para isso ter o que existir gestores empenhados e visivelmente envolvidos nas ac es de seguran a na empresa assim como funcion rios participativos e que aplicam medidas e d o sugest es Fern ndez Mufiiz et al 2007 Ter em suma que haver como demonstra a figura 6 uma mudan a comportamental sustentada em recursos financeiros e numa abertura e receptividade para a tecnologia sendo necess rios para isso recursos humanos qualificados para poderem acompanhar e implementar o processo de melhoria cont nua As transcri es apresentadas seguidamente s o extractos de algumas das entrevistas realizadas no decorrer do presente estudo e s o apresentadas de forma parcial com a respectiva an lise em conson ncia com cada vertente do Modelo TCF Assim a sua apresenta o ser efectuada apenas tendo em considera o cada vari vel identificada no extracto da entrevista Em Anexo B est o apresentados dois relatos de entrevistas que embora parciais abrangem maior conte do 68 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Vari vel Tecnologia Transcri o T1 Considero que com a moderniza o dos servi os nomeadamente quanto aos espa os de trabalho continuam a ser ex guos mesmo depois de obras ou interven es N o fugindo do assunto principal exist
191. plo Goh et al 2009 que apesar de falar na import ncia da cultura de seguran a da tecnologia e dos recursos financeiros assim como nas rela es causa efeito n o se v nfase diagram tico dado a estas vari veis As transcri es citadas nesta sec o para al m de sugerirem a exist ncia de queixas m sculo esquel ticas generalizadas mostram um conjunto de relatos que sustentam a import ncia da cultura de seguran a como factor preventivo da tecnologia como aux lio e dos recursos financeiros sendo o patroc nio da gest o de topo fundamental quer para disponibilizar recursos humanos suficientes quer para assegurar a exist ncia de equipamentos adequados 67 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Cultura de Seguran a recursos humanos respons veis abertura e receptividade tecnologia Efeito positivo sobre o problema ocupacional Tecnologia Recursos Financeiros manuten o adequada de gest o de topo valoriza o problema equipamentos actualiza o dos canaliza o de fundos para minorar o equipamentos problema Queixas m sculo esquel ticas generalizadas Figura 6 Modelo TCF elaborado pelo autor O objectivo do Modelo TCF evidenciar os factores principais envolvidos na redu o de les es doen as e danos materiais nas organiza es reduzindo se assim o tempo perdido na produ o neste estudo em contexto hos
192. po de acidente sofrido foi identificado por 67 les es lombares e 33 les es dorsais Embora a maioria dos participantes no estudo n o tenha manifestado acidentes de origem m sculo esquel tica 89 manifestaram dor ou desconforto m sculo esquel tico nos ltimos 12 meses de trabalho Em rela o sintomatologia 58 referem como principal sintomatologia a dor sendo a restante sintomatologia repartida por queixas de formigueiro e dorm ncia 17 diminui o da for a muscular 13 e Ci tica 12 A regi o corporal mais afectada com 48 de respostas a regi o lombar seguida da regi o cervical 20 e os membros superiores 16 e regi o dorsal 16 63 dos participantes no estudo confirmou ter recorrido a tratamento decorrente de sintomatologia associada a 59 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais les es m sculo esquel ticas Dos 63 de participantes no estudo que confirmou ter recorrido a tratamento decorrente de sintomatologia associada a les es m sculo esquel ticas 41 recorreu a medica o receitada e 29 a fisioterapia e 24 a automedica o 6 da amostra foi ainda alvo de cirurgia em virtude destas les es 37 referem que as vezes sou obrigado a abrandar o ritmo de trabalho ou alterar o modo de trabalhar e a mesma percentagem refere ainda que as tarefas por si desenvolvidas s o pass veis de serem desempenhadas embora desen
193. poss veis no local de trabalho que poder o diminuir os riscos de desenvolver uma les o m sculo esquel tica foram apontadas por 30 dos participantes no estudo como a redu o do r cio doentes enfermeiro bem como a contrata o de mais profissionais de enfermagem 28 referem ainda a adop o de elevadores de transfer ncia e aquisi o de camas ajust veis de accionamento el ctrico como solu es poss veis Servi o de Ortopedia Do universo entrevistado 11 enfermeiros 73 s o do sexo feminino e 27 do sexo masculino Neste servi o 46 dos participantes no estudo revelam idades compreendidas entre os 20 e 30 anos sendo que 37 desta percentagem apenas menciona idades entre os 26 a 30 anos Torna se interessante referir que 60 dos enfermeiros participantes no estudo neste servi o s o especialistas Os Participantes no estudo na ordem dos 36 indicam uma experiencia de trabalho entre O e 5 anos e 55 apontam para um per odo superior a 10 anos 47 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais O tempo no actual servi o revelado pelos participantes no estudo corresponde maioritariamente 46 a profissionais que trabalham h mais de 10 anos no entanto 27 referem estar no servi o h menos de um ano Sem margem para incertezas a maioria dos participantes no estudo ou seja 91 desempenha fun es de presta o de cuidados A totalidade dos participa
194. postura no trabalho 21 e a solicita o do aux lio de colegas 26 conforme evidencia a Figura 5 Em caso de sobre carga f sica quais as interven es que adopta 4 a s ai k Utiliza equipamentos auxiliares P ra para fazer uma pausa E Diminui o uso de t cnicas manuais Solicita o aux lio de um colega Procura melhorar a sua postura Figura 5 Medidas adoptadas em caso de sobrecarga f sica Para 54 dos participantes no estudo existem per odos do turno nos quais n o poss vel fazer pausas mas contam com a colabora o dos colegas para o desenvolvimento das actividades Dos participantes no estudo 33 revelam que as camas cadeiras de rodas macas apresentam rodas em mau estado e de dif cil movimenta o As situa es que condicionam a postura durante as rotinas de trabalho foram identificadas por 44 dos participantes no estudo como sendo a exiguidade de espa o salas de trabalho enfermarias WC doentes e a diferen a de n vel entre a cama e a maca durante e transfer ncia do doente Os participantes no estudo indicam como solu es poss veis para diminuir os riscos de desenvolver uma les o m sculo esquel tica o seguinte a adop o de elevadores de transfer ncia 14 dos participantes no estudo a redu o do r cio doentes enfermeiro 14 dos participantes no estudo bem como a contrata o de mais profissionais de enfermagem Em seguida o autor ir apresentar
195. presentam um tempo de servi o de 1 a 2 anos sendo que a mesma percentagem tamb m atribu da aos profissionais que laboram h mais de 10 anos A maioria dos participantes no estudo 96 desempenha fun es de presta o de cuidados 91 dos participantes no estudo indicam que o seu hor rio rotativo 82 dos participantes no estudo revelam que a sua carga hor ria semanal est compreendida entra 35h e 42h no entanto 18 referem trabalhar em turno diurno Em m dia o r cio enfermeiro doente atinge os 5 a 8 doentes por cada enfermeiro no entanto o turno da noite apresenta um maior r cio com uma m dia de 12 doentes por cada enfermeiro Relativamente exist ncia de acidentes de trabalho com origem m sculo esquel tica 82 dos participantes no estudo n o manifestou esse acontecimento Dos 18 que indicaram ter sofrido acidentes de trabalho com origem m sculo esquel tica 67 referiu que o mesmo implicou um per odo de baixa at um m s enquanto que 33 identificou um per odo de baixa entre 1 a 2 semanas No que concerne ao tipo de acidente sofrido foi identificado por 60 les es musculares nos membros superiores Embora a maioria dos participantes no estudo n o tenha manifestado acidentes de origem m sculo esquel tica 67 tem sintomas e apresenta dor ou desconforto da mesma origem 56 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Torna se interes
196. quel ticas e de forma generalizada pode referir se que todos os participantes mostram ter esse conhecimento que maioritariamente foi adquirido em contexto acad mico No entanto evidencia se a excep o do servi o de Ortopedia do Centro Hospitalar do Vale do Ave que refere a forma o em servi o como a principal forma de obten o deste conhecimento Esta constata o pode advir do facto desta parte da amostra conter uma faixa et ria de profissionais entre os 41 e os 45 anos 33 pelo que j ter o frequentado o meio acad mico h mais tempo que os restantes Contudo e dado que cada vez mais se d import ncia Ergonomia e neste caso s les es m sculo esquel ticas conforme literatura abordada poss vel que nos programas acad micos esteja inserida cada vez mais esta tem tica Importante mencionar que embora com menor expressividade a leitura de revistas e artigos cient ficos e a forma o em servi o s o referidos por todos os participantes Das interven es adoptadas pelos participantes s o referidas como as principais a utiliza o de equipamentos auxiliares a procura de uma melhor postura e a procura do aux lio de colegas Relacionando todos estes resultados n o poss vel encontrar uma liga o que permita obter conclus es Contudo considera se interessante real ar o facto que os participantes revelaram que existem meios importantes de apoio movimenta o tais como as rodas das camas das maca
197. risco de les es m sculo esquel ticas relacionadas com o trabalho LMERT Universidade do Minho Faculdade de Engenharia Tese para obten o do grau de mestre em Engenharia Humana Schibye B Hansen A Hye Knudsen C Essendrop M B cher M Skotte J 2003 Biomechanical analysis of the effect of changing patient handling technique Original Research Article Applied Ergonomics Volume 34 Issue 2 March Pages 115 123 Serralheira F Cotrim T Rodrigues V Uva A 2011 Estudo nacional de caracteriza o da sintomatologia m sculo esquel tica em enfermeiros Resultados preliminares Col quio Internacional de Seguran a e Higiene Ocupacionais Universidade do Minho Portugal Siggelkow N 2007 Persuasion With Case Studies Academy of Management Journal 50 1 pp 20 24 Skotte J H Essendrop M Hansen A F Schibye B 2002 A dynamic 3D biomechanical evaluation of the load on the low back during different patienthandling tasks Journal of Biomechanics 35 1357 1366 Smith D Wei N Kang L Wang S 2004 Musculoskeletal disorders among professional nurses in mainland China Original Research Article Journal of Professional Nursing Volume 20 Issue 6 November December Pages 390 395 Spetz J e Maiuro L S 2004 Measuring levels of technology in hospitals The Quarterly Review of Economics and Finance 44 3 pp 430 437 Stranks J 2007 Human Factors and Behavioural Safety Paperback Bu
198. ro de queixas levou 50 dos participantes no estudo a confirmar terem recorrido a tratamento decorrente de sintomatologia associada a les es m sculo esquel ticas Dos 50 de participantes no estudo que confirmou ter recorrido a tratamento resultante de sintomatologia associada a les es m sculo esquel ticas 50 recorreu auto medica o e 25 fisioterapia e 25 a medica o receitada Acrescenta se ainda que para 41 dos participantes no estudo a sintomatologia melhora com o repouso enquanto 35 refere que s vezes obrigado a abrandar o ritmo de trabalho ou alterar o modo de trabalhar e 24 dos participantes no estudo indicam que as tarefas por si desenvolvidas s o pass veis de serem desempenhadas embora desencadeiem sintomas de problemas m sculo esquel ticos No que concerne disponibiliza o de equipamento de aux lio transfer ncia de doentes 100 dos participantes no estudo expressa a disponibilidade e a utiliza o do elevador de transfer ncia 96 manifesta a utiliza o e disponibilidade da prancha de transfer ncia para a maca mas 88 referem que n o existe cinto de transfer ncia Relativamente disponibiliza o de equipamento que permita a movimenta o aos doentes inclusive nas actividades de higieniza o importa evidenciar que existem cadeira higi nica 92 banco para banheira e polib 88 barras de apoio na parede 77 e cadeiras de rodas 77 Em rela o ao equipamento existente para
199. rridas Harichaux 2003 Consequentemente torna se fundamental salientar o conceito de ergonomia e a sua rela o com a preven o das les es m sculo esquel ticas em enfermagem Assim ergonomia consiste na rela o entre o homem e o meio ambiente Alexandre 2007 Neste mbito o contexto inclui o conceito ambiente que n o inclui apenas o meio em que o indiv duo trabalha mas tamb m todo um conjunto de instrumentos m todos de trabalho e a inerente organiza o do trabalho Outros factores assumem enorme relev ncia e s o referenciados pelo mesmo autor como suscept veis de influenciar o desempenho do indiv duo nomeadamente a natureza do pr prio homem ou seja as suas habilidades e capacidades referentes a psicofisiologias assim como as antropom tricas e biomec nicas explanados posteriormente Alexandre 2007 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais 2 2 Les es m sculo esquel ticas As les es m sculo esquel ticas de origem profissional de acordo com Freitas 2002 e Harichaux e Libert 2003 caracterizam se pelo conjunto de enfermidades relacionadas com as actividades laborais originadas por traumatismos repetidos cumulativos e de tens o muscular tendo como fonte primordial os movimentos e posturas for adas relacionadas com a cria o de sistemas de trabalho Outra caracteriza o e em conson ncia com a defini o de NIOSH The National Institute
200. s Freitas 2002 2 11 A utiliza o de algoritmos como solu o preventiva segundo Nelson 2006 A tomada da melhor decis o num processo dever ser sustentada em pareceres t cnicos ou algoritmos que assumem uma tipifica o com base num conjunto de crit rios de refer ncia para um exemplo tipo Nelson 2006 refere que a defini o de algoritmos permitem normalizar pr ticas estandardizadas de transfer ncia e mobiliza o de doentes por contraposi o adop o de pr ticas que tenham como principal sustent culo a experiencia e a forma o de cada prestador de cuidados 2 No entanto conv m perceber que um algoritmo uma ferramenta cl nica baseada em evid ncias prof cua na tomada de decis es de sa de A escolha do caminho definida em fun o de um conjunto de quest es inseridas numa caixa de texto fornecendo de forma sequencial as respostas e inerente conduta a adoptar ou seja por exemplo que tipo de equipamento dever ser utilizado em certa tarefa com o intuito de prevenir les es Nelson 2006 A limita o do n mero de entradas para as decis es mais importantes garante efici ncia mesma Esta ideia ganha sustent culo quando se analisa a opini o de uma enfermeira do servi o medicina em contexto hospitalar inquirida durante a realiza o do presente trabalho de investiga o referindo N s dever amos utilizar uma rvore de decis o ou uma tipologia de ac es de forma igu
201. s Estes turnos rotativos s o nefastos at porque normalmente n o consigo recuperar o sono com facilidade Sou enfermeiro de n vel um Enfermeira de um Servi o de Medicina Interna Fevereiro 2010 2 Esta enfermeira indica dor habitual na zona lombar A zona do corpo em que habitualmente sinto dor a zona lombar A Juntar ao mote tamb m desenvolvi uma h rnia discal fruto de pequenos estic es e sobrecargas que fui sofrendo ao longo dos tempos neste servi o Enfermeira de um servi o de Medicina Interna Agosto 2010 3 Nesta transcri o comunicada a ideia de que quem n o incomoda os respons veis visto como sendo bom funcion rio existir alguma press o ao longo do tempo para n o registar acidentes nem les es N o tenho registo de acidentes Mas transtornos como lombalgias sim Acidentes de trabalho de cariz m sculo esquel ticos n o tive mas existe uma lombalgia um esticar de costas que provoca dor Mas n o reporto estas les es n o incomodo os respons veis Sou uma boa funcion ria Mais tarde ou mais cedo sente se o acumular destas press es 4 Nesta entrevista h evid ncia de que n o existe uma cultura no sentido de efectivamente minimizar os riscos de les es e acidentes de trabalho Senti frequentemente desconforto nos ltimos 12 meses Frequentemente mesmo Estou estragadinha Em termos de apoio de medicina do trabalho n o temos nenhum Devia ser obrigat rio
202. s different in so far as it applies a questionnaire coupled to further interview interactions 103 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Survey responses from active nursing professionals were gathered in our study from January to December of 2010 Our study involved nurses from a number of hospitals rather than focusing on only one hospital as was the case for example in Martins 2008 The hospitals where the nurses surveyed work are located in the following regions Tr s os Montes e Alto Douro one hospital Douro Litoral nine hospitals Minho three hospitals Estremedura two hospitals Ribatejo one hospital Beira Litoral two hospitals and the Algarve one hospital Of note is that some of the surveys were gathered in face to face interactions others while using a video conferencing tool while still other respondents sent responses by e mail and by post A number of the respondents who answered the survey face to face sixty two respondents also gave other insights into their profession after the survey was finished the interaction continued in the form of an interview averaging a further 40 minutes following on from issues raised during the survey some of the interviews were tape recorded especially those conducted outside hospital premises which adds to the interest of the findings of the study Results included herein are thus concerning a survey as wel
203. s e das cadeiras de rodas em mau estado de conserva o e de dif cil movimenta o Este facto torna se mais relevante uma vez que estas percentagens ascendem a 44 e 61 no Centro Hospitalar do Vale do Ave Ortopedia e no Hospital Sul respectivamente e s o precisamente estas unidades hospitalares que t m a maior percentagem de acidentes de trabalho de origem m sculo esquel tica 33 e 39 respectivamente Assim a import ncia da componente tecnol gica na preven o deste tipo de acidentes poder ficar aqui comprovada Quando se solicitaram propostas de solu o aos participantes deste estudo foram indicadas principalmente a necessidade de aquisi o de elevadores de transfer ncia a diminui o do r cio enfermeiro doente a contrata o de mais profissionais e em alguns casos pontuais a forma o Nesta proposta podem se identificar todas as vertentes presentes no Modelo TCF 84 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais componente Tecnol gica Cultura de Seguran a e Recursos Financeiros O facto de apresentarem este conjunto de propostas mostra o facto de estarem sensibilizados para a problem tica em estudo e para isso devem possuir uma determinada Cultura de Seguran a que dever ser constantemente melhorada As componentes Tecnol gica e Recursos Financeiros s o vis veis quando se identifica a necessidade de aquisi o de equipamentos que auxiliem
204. s pr ticas formativas Kogi 2006 Contudo esta metodologia participativa carece ainda de avalia o dado ainda n o ter sido avaliada com exactid o no sector de enfermagem Kim 2002 refere que a aplica o do seu estudo teve como principal objectivo o desenvolvimento de interven es de forma a prevenir a ocorr ncia de dist rbios osteomusculares em enfermagem hospitalar tendo como sustent culo uma abordagem participativa 2 10 Regulamenta o interna da seguran a ocupacional Um bar metro essencial politica de gest o da preven o ou um entrave organizacional Os regulamentos s o guias de ac o espec ficos e detalhados que t m como finalidade conduzir as condutas e actua es dos recursos humanos de uma forma mais condicionada Habitualmente um procedimento desenvolve se em regulamentos Teixeira 1998 26 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Os procedimentos consistem em planos que se formulam um conjunto de etapas para atingir um objectivo espec fico Estes estabelecem o m todo de implementa o de actividades futuras Teixeira 1998 Em determinados contextos organizacionais o controlo ainda assume um sentido negativo pelos funcion rios de uma organiza o Este conceito agrega na mente dos recursos humanos a ideia de que algu m poder regular e condicionar as suas actividades referindo lhes o que fizeram de errado o que n o fi
205. sante real ar o equil brio entre as respostas dos profissionais que apresentam sintomatologia m sculo esquel tica e os que n o sentem queixas nos ltimos 12 meses 33 dado que os mesmos globalmente executam tarefas de cariz similar Em rela o sintomatologia 56 referem sentir dor sendo a restante sintomatologia repartida por queixas de formigueiro 17 e dorm ncia 17 e Ci tica 15 A regi o corporal mais afectada com 33 de respostas a regi o lombar seguida da regi o cervical 25 e os membros superiores 18 73 dos participantes no estudo confirmou ter recorrido a tratamento decorrente de sintomatologia associada a les es m sculo esquel ticas Dos 73 de participantes no estudo que confirmou ter recorrido a tratamento decorrente de sintomatologia associada a les es m sculo esquel ticas 45 recorreu a automedica o 30 a fisioterapia e 25 a medica o receitada Para 35 dos participantes no estudo a sintomatologia melhora com o repouso enquanto que 34 referem que as vezes sou obrigado a abrandar o ritmo de trabalho ou alterar o modo de trabalhar e 24 indicam ainda que as tarefas por si desenvolvidas s o pass veis de serem desempenhadas embora desencadeiem sintomas de problemas m sculo esquel ticos No que concerne disponibiliza o de equipamento de aux lio transfer ncia de doentes 100 dos participantes no estudo expressa a indisponibilidade e a utiliza o do elevador de tran
206. sco de desenvolver les es m sculo esquel ticas 13 apontam para a mobiliza o e posicionamento manual de doentes enquanto que 11 referem inexist ncia de material e equipamentos auxiliares camas cadeiras de rodas macas com rodas de dif cil movimenta o e 11 armazenamento de objectos pesados em locais demasiado altos ou baixos As posturas que mais contribuem para o risco de desenvolver les es m sculo esquel ticas s o a postura de alcan ar e sustentar peso afastado do corpo 23 movimentos de inclina o do tronco para a frente 22 e postura est tica por tempo prolongado em p 20 Em caso de sobrecarga f sica as interven es adoptadas por 28 dos participantes no estudo manifestam como solu o adoptada a solicita o do aux lio de colegas e 24 procuram melhorar a postura enquanto 19 dizem orientar o doente para t cnicas de autonomia e 19 indicam tamb m a utiliza o de equipamentos auxiliares 58 dos participantes no estudo indicam que existe colabora o entre colegas nas diferentes actividades e que h per odos do turno nos quais n o poss vel fazer pausas mas 38 dos participantes no estudo revelam que muitas vezes as camas cadeiras de rodas macas apresentam rodas em maus estado e de dif cil movimenta o e 31 indicam que raramente existem equipamentos para auxilio nas actividades de maior esfor o f sico As situa es que condicionam a sua postura durante as rotinas de trabalho for
207. sfer ncia e cinto de transfer ncia 91 manifesta a utiliza o e disponibilidade da prancha de transfer ncia para a maca Relativamente disponibiliza o de equipamento que permita a movimenta o aos doentes inclusive nas actividades de higieniza o importa evidenciar que n o existem bengalas 91 e o banco para banho 52 Contudo existem cadeiras higi nicas para banho 100 cadeiras de rodas 94 e barras de apoio na parede 76 Em rela o ao equipamento existente para aux lio movimenta o de doentes no leito 97 dos participantes no estudo indica a exist ncia de camas com altura ajust vel e 82 indicam exist ncia de barras tipo trap zio no leito 88 referem que n o existe marquesa com altura regul vel Relativamente ao conhecimento sobre o risco de desenvolvimento de les es m sculo esquel ticas e as suas consequ ncias 94 dos participantes no estudo revelam esse conhecimento 28 dos enfermeiros adquiriram o conhecimento sobre a tem tica em an lise durante a sua forma o acad mica enquanto que a leitura de revistas artigos e trabalhos cient ficos 57 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais representa 19 dos respondentes No servi o comenta se o assunto 18 e a forma o em servi o 17 assume as restantes respostas Em rela o s situa es que os participantes no estudo consideram contribu rem para o ri
208. soas materiais processos cognitivos e fisicos numa fabrica em equipamento e ferramentas As tecnologias sao usualmente o resultado de actividades de desenvolvimento para aplicar inven es e descobertas a uso pr tico Burgelman et al 2009 p 2 A tecnologia assume se como um conhecimento pr tico derivado directa e exclusivamente do desenvolvimento do conhecimento te rico cient fico atrav s de processos progressivos e acumulativos onde teorias cada vez mais amplas substituem as anteriores Veraszto 2009 p 3 15 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais O conceito tecnologia prov m da conflu ncia do termo tecno do grego techn ou seja saber fazer com o termo logia do grego logus ou seja raz o Neste contexto tecnologia significa a raz o de saber fazer Veraszto 2009 p 3 Assim para Tavares 2000 tecnologia a capacidade espec fica de interven o no meio f sico atrav s da aplica o e da operacionaliza o do conhecimento cient fico visando satisfazer necessidades da sociedade seguindo paradigmas de efici ncia efic cia sustentabilidade e equil brio em rela o ao meio ambiente A tecnologia envolvendo o engenho humano e as suas t cnicas Dolza 2008 ocupa cada vez mais uma posi o central na vida dos seres humanos As novas tecnologias e os novos processos de trabalho que os acompanham t m um impacto ambivalent
209. son 2000 p 557 more specifically as being a modern science based on the theoretical and fundamental understanding of human behaviour and performance in purposeful interacting socio technical systems and the application of that understanding to the design of 101 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais interactions in the context of real settings Wilson 2000 p 557 Nursing on the other hand is seen to be a holistic approach to people involving the prescription of interventions and the monitoring of results Paiva 2006 p 27 The motivation to perform this particular research comes from a need which we feel exists for further research in this area It is necessary to answer a set of questions both empirical observed over the years in the area of health and safety and theoretical following an analysis of the international literature relative to the dimension of the problem of musculoskeletal injuries resulting from the exercise of the nursing profession in a hospital context These concerns have been consistently reinforced by various studies developed by different researchers of which Rogers and Salvage 1988 Pheasant 1991 Owen 2004 and Collins and Menzel 2006 are examples Research questions addressed include 1 Are there complaints associated to the performing of nursing tasks 2 Which tasks are these 3 How serious in terms of absolute num
210. study is applied to a computer based office setting rather than to the nursing profession We see that the topic of ergonomics training is closely related to musculoskeletal health in the nursing profession as we discuss below Much as Robertson et al 2008 found we believe that positive significant effects will result from ergonomics training efforts Robertson et al 2008 found that ergonomics training coupled with technology a highly adjustable chair lead to lower musculoskeletal problems In this paper the focus is on technology as an alternative solution to the problem of musculoskeletal injuries Technology referred to herein as the theoretical and practical knowledge used to develop products the outcome of development activities to put inventions and discoveries to practical use Burgelman et al 2009 p 2 Vieira et al 2006 refer also to training and to lifting devices or technology as a solution to reduce injury amongst the nursing population Dul and Neumann 2009 go further and relate ergonomics to business performance and not just to occupational health and safety in order to strengthen the position of ergonomics and ergonomists Dul and Neumann 2009 p 745 We also see that ergonomics training can improve the performance of nurses in hospital settings as healthier nurses e g injury free will be able to attend to patients needs with more care and attention especially in tasks which involve moving and tr
211. t there is equipment that they do not know how to use so training is needed e The situations which condition the nurses posture during work are the inadequate availability of space work rooms nursing rooms patients WCs and the difference in height of the bed and stretcher when transferring patients 44 of the sample e The interventions in the workplace which can reduce the risks of developing musculoskeletal injuries are the use of transfer lifts 14 of the sample and diminishing the patients nurse ratio as well as hiring more nurses again 14 of the sample e Figure 1 below characterizes the discomfort caused by working as a nurse EI can do my work but it causes symptoms 39 amp Symptoms normally go away following rest 34 E Sometimes am obliged to to slow down my work pace or to alter my way of working 22 E Quite frequently am obliged to slow down my work pace or to alter my way of working 3 E feel the need to miss work due to pain or discomfort 1 td No symptoms referred 19 Figure 1 A characterization of the discomfort caused by working as a nurse DISCUSSION AND CONCLUSIONS Relative to the existence of work accidents which are related to musculoskeletal origins 75 of the sample did not manifest that occurring This is seen to be related to the fact that musculoskeletal 106 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermag
212. ta o de Mestrado em Sa de P blica Faculdade de Medicina e Instituto de Ci ncias Biom dicas Abel Salazar Porto Fonseca R e Serralheira F 2006 Sintomatologia m sculo esquel tica auto referida por enfermeiros em meio hospitalar Revista Portuguesa de Sa de P blica 6 37 44 Freitas Lu s Concei o 2002 Gest o da Seguran a e Sa de no Trabalho 2 Volume Edi es Universit rias Lus fonas G Talley Holman Kathy J Ellison S Maghsoodloo Robert E Thomas 2009 Nurses perceptions of how job environment and culture influence patient handling Original Research Article International Journal of Orthopaedic and Trauma Nursing Volume 14 Issue Pages18 29 Gallasch H 2003 Avalia o dos riscos ergon micos durante a movimenta o e transporte de pacientes em diferentes unidades hospitalares Revista de Enfermagem UERJ Garg A Owen B Beller D Banaag J 1991 A biomechanical and ergonomic evaluation of patient transferring tasks bed to wheelchair and wheelchair to bed Ergonomics 34 3 290 312 Garg A Owen B D Carlson B 1992 An ergonomic evaluation of nursing assistants job in a nursing home Ergonomics 35 979 995 Ghauri P N Gr nhaug K Research Methods in Business Studies A Practical Guide 3rd ed London Financial Times Prentice Hall 2005 Grunert K G Grunert S C Measuring Subjective M Geertz Clifford 1973 The interpretation of cultures Basic Books
213. tamb m foi importante relacionar a sua exist ncia com as condi es de trabalho relativamente presen a de tecnologia ou a sua aus ncia e como esta poder influenciar o aparecimento de les es m sculo esquel ticas Numa segunda fase foi efectuado um estudo mais particularizado no qual foram alvo de estudo alguns hospitais de Portugal Continental nomeadamente o Hospital de Braga Centro Hospitalar do Alto Ave Hospital Sul e Outros Hospitais Dentro destes o estudo abordou tr s servi os hospitalares designadamente Medicina Interna Ortopedia e Especialidades M dicas que apresentam pelas suas especificidades maior risco de les o m sculo esquel tica conforme referido em cap tulo anterior O estudo foi efectuado da seguinte forma no Hospital de Braga e Centro Hospitalar do Alto Ave foram abordados os servi os de Medicina Interna e Ortopedia no Hospital Sul analisaram se os servi os de Especialidades M dicas e o servi o de Medicina Interna foi tamb m analisado nos Outros Hospitais De forma a proporcionar uma leitura objectiva aos resultados inerentes s quest es de investiga o apenas ser o evidenciados ao longo deste cap tulo alguns valores apresentados em percentagens mais relevantes em cada par metro analisado Sendo os restantes apresentados graficamente em Anexo G A an lise dos resultados ser consubstanciada com excertos de entrevistas efectuadas nos servi os de medicina ortopedia e especialidades
214. tar pelo facto da totalidade da amostra 168 apresentar 64 dos enfermeiros com idades compreendidas entre os 20 e 30 anos sendo que 39 desta percentagem abrange idades entre os 26 a 30 anos conforme abordado anteriormente aquando da apresenta o do estudo integral ver sec o 4 2 e tamb m o Anexo G Sem d vida que o facto de se estar maioritariamente perante enfermeiros que trabalham em servi os de medicina interna ajuda a perceber a juventude da amostra Segundo alguns enfermeiros chefes dos servi os em an lise geralmente o servi o de medicina interna assume se como a porta de entrada nestas institui es Segundo estes mesmos profissionais os enfermeiros assim que poss vel pedem transfer ncia interna para outros servi os em que a carga f sica menor Ainda nesta vertente de an lise curioso real ar que nos servi os de ortopedia estudados esta tend ncia esbate se havendo mesmo refer ncia a profissionais na faixa et ria dos 40 anos 81 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Est se perante profissionais em in cio de carreira dado que de forma global 38 apontam para um per odo de experiencia at 5 anos Este valor ascende aos 46 no servi o de Medicina Interna do Hospital do Braga e 73 no servi o de Medicina do Hospital de Guimar es Outro resultado adv m do facto de globalmente os enfermeiros possu rem a categoria de n vel 1 sendo q
215. they acquired this knowledge through reading scientific journals and articles and 18 revealed that this knowledge was passed on to them during on job training In relation to the situations that the sample consider contribute to the risk of developing musculoskeletal injuries 13 indicated that moving and manually positioning patients is the main factor while 10 indicated that the lack of support material and equipment is the main cause 105 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais e 26 of the sample revealed that reaching and holding weight away from their bodies are the postures that most contribute to the risk of developing musculoskeletal injuries followed by 22 and 21 respectively for movements involving inclining the body forward and rotating the body while standing e When faced by excessive weight the interventions adopted by 42 of the sample involve using support equipment and searching for a better working posture while 26 stated that asking for the help of colleagues is their preferred solution e 54 of the sample indicated that there are shift periods during which it is not possible to have pauses but during those periods they count on the collaboration of colleagues to carry out their activities e 33 of the sample revealed that beds wheelchairs and stretchers have wheels in bad condition which makes moving patients difficult 23 of the sample indicated tha
216. tico nos ltimos 12 meses parte do corpo tipo de desconforto Sim lombar dor Sim lombar dor Sim lombar dor Sim lombar dor Tecnologia Elevador transfer ncia Elevador transfer ncia Elevador transfer ncia Elevador transfer ncia de de de de Conhecimento ocorr ncia de m sculo esquel ticas onde adquiriu Sim forma o acad mica servi o Sim forma o acad mica servi o Sim forma o acad mica servi o Sim forma o acad mica servi o da les es Forma o Realizei insuficiente Realizei insuficiente Realizei devia ser pr tica Realizei devia ser pr tica mas mas mas mais mas mais Factores que potenciam as les es Mobiliza o e posicionamento manual de doentes Mobiliza o e posicionamento manual de doentes Mobiliza o e posicionamento manual de doentes Transporte e movimenta o manual de equipamentos e doentes Solu es organizacionais preventivas Contratar mais enfermeiros para os servi os Contratar mais enfermeiros para os servi os Contratar mais enfermeiros para os servi os Contratar mais enfermeiros para os servi os 114 Entrevistado Enfermeiro5 Enfermeiro6 Enfermeiro7 Enfermeiro 8 Sentiu desconforto m sculo esquel tico nos ltimos 12 meses parte do corpo tipo de desco
217. trabalhador um ambiente de trabalho adaptado ao seu equil brio fisiol gico e psicol gico Gon alves 2007 Comportamento de seguran a A aplica o sistem tica de investiga o psicol gica sobre o comportamento humano para os problemas de seguran a no local de trabalho Como meio de obten o de melhorias no desempenho da seguran a atrav s de comportamentos seguros no local de trabalho Stranks 2007 Tempo de Trabalho Per odo normal de trabalho mas tamb m deve ser considerado o tempo despendido antes e depois desse per odo em actos de prepara o e conclus o do trabalho actos que de alguma forma est o relacionados com a execu o do trabalho bem como as pausas normais no trabalho e as interrup es for osas que tenham lugar no desenvolvimento do trabalho al nea b do artigo 8 da Lei n 98 2009 de 4 de Setembro Trabalhador Pessoa singular que mediante retribui o se obriga a prestar um servi o a um empregador e bem assim o tirocinante o estagi rio e o aprendiz que estejam na depend ncia econ mica do empregador em raz o dos meios de trabalho e do resultado da sua actividade al nea a do artigo 4 da Lei 102 2009 de 10 de Setembro Transfer ncia lateral As transfer ncias laterais paciente come a e acaba deitado na posi o de dec bito dorsal das quais s o exemplo da cama para a maca ou da cama para a cadeira sanita Nelson 2006 Valorar o risco E o processo atra
218. tterworth Heinemann Ltd Stranks J 2007 Human Factors and Behavioural Safety Butterwork Heinemann Elsevier Oxford Stranks W 2007 Humans factors and behavioral safety First Edition Elsevier Ltd Stubbs D A Buckle P W Hudson M P Rivers P M amp Worringham C J 1983 Back pain in nursing profession 1 epidemiology and pilot methodology Ergonomics 26 755 766 Tavares L 2000 4 Engenharia e a tecnologia ao servi o do desenvolvimento de Portugal Prospectiva e Estrat gia 2000 2020 Lisboa Verbo Texeira S 1998 Gest o das Organiza es Editora McGraw Hill de Portugal Lda Thurmam E Kogi K e Louzine C 1988 Higher health and productivity and better place to work Pratical ideias for owners and managers of small and m dium sized industrial enterprises Action manual Geneva International Labour Office Trinkoff A Lipscomb J A Geiger Brown J Brady B 2002 Musculoskental Problems of the Neck Shoulder and Back and functional Consequences in Nurses American Journal of Industrial Medicine 41 170 178 Trivifios A 1987 Introdu o pesquisa em ci ncias sociais a pesquisa em educa o S o Paulo SP Atlas 99 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais Turner B A Pidgeon N Blockley D Toft B 1989 Safety culture its importance in Juture risk management Position paper for the Second
219. ue a actividade principal a presta o de cuidados ficando as fun es de gest o para os respons veis ou chefes de servi o dos diversos servi os Como poss vel verificar em todos os casos de an lise sem excep o a fatia maior dos entrevistados do sexo feminino e apenas uma pequena parte do sexo masculino O hor rio maioritariamente trabalhado abarca o per odo entre as 35 e 42 horas semanais mas em algumas situa es 3 ultrapassa este n mero Por outro lado torna se tamb m importante analisar o r cio enfermeiro doente A m dia do estudo equivalente a 9 ou 10 doentes por enfermeiro aumenta e diminui em determinados casos Contudo n o poss vel relacionar os acidentes de trabalho ou at mesmo a sintomatologia de origem m sculo esquel tica com este factor Afere se em m dia que decorrente dos 25 da amostra que sofreu acidentes de trabalho de origem m sculo esquel tica a maior parte tem repercuss es ao n vel de les es lombares 40 e tamb m ao n vel dos membros superiores 20 Contudo salientam se casos neste estudo que n o reflectem esta tend ncia Nos Hospitais do Alto Ave no servi o de Medicina Interna e no Hospital de Fafe a maior percentagem de les es ao n vel dos membros superiores N o se conseguem identificar causas para esta discrep ncia No entanto importante indicar que a maior percentagem de les es lombares aparece quando o n mero de acidentes de trabalho de origem m sc
220. ue permitem avaliar cargas de esfor o na execu o das diversas rotinas di rias Contudo torna se importante notar que a classifica o efectuada pelos enfermeiros dos diversos servi os reflecte pontos de converg ncia entre os diversos servi os O que nos leva a ter em considera o para futuras investiga es nestes servi os ou em outros com caracter sticas similares estas medidas para a melhoria cont nua das condi es de trabalho 85 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais No Anexo D s o apresentadas imagens de equipamentos identificados pelo autor como propostas de melhoria tendo por base os resultados obtidos Uma das primeiras propostas relaciona se com a aquisi o de carros de fornecimento de medica o funcionais e com dimens es ajust veis ao espa o de trabalho dispon vel Na vertente da mobilidade e transfer ncia de doentes a proposta de aquisi o de elevadores de transfer ncia port teis el ctricos poder o dar para maior conforto e ergonomia ao profissional de enfermagem dado que requerem menor esfor o f sico De uma forma muito particular alguns enfermeiros referem que as camas das enfermarias se encontram em muito mau estado de funcionamento e conserva o Concretamente algumas n o possibilitam a regula o em altura Neste contexto em Anexo D s o apresentados alguns exemplos de camas el ctricas que poder o ser adoptadas nestes servi
221. ue permitem comunica o por voz atrav s da internet e Windows Live Messenger rede social da Microsoft quando os participantes no estudo n o possu am disponibilidade para a realiza o das entrevistas presencialmente Institui es Hospitalares 16 unidades n o foram identificadas por n o ter obtido autoriza o expressa para o mesmo No entanto est o inseridas no espa o nacional 38 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais 4 An lise dos casos de estudo 4 1 Apresenta o e an lise dos dados do estudo No universo hospitalar de Portugal Continental foi analisada uma amostra de 168 profissionais de sa de neste caso enfermeiros aos quais foram aplicados inqu ritos e entrevistas nas unidades caracterizadas anteriormente representada na Tabela 3 De considerar que ao longo do cap tulo se far refer ncia a participantes no estudo e dever ser interpretado como conceito amostra tendo por base as duas formas de abordagem directa Tabela 3 Distribui o da Amostra Minho tr s hospitais Hospital de Braga 35 e Centro Hospitalar Alto Ave Guimaraes 38 e Fafe 33 Ribatejo um hospital Hospital Sul 18 Tr s os Montes e Alto Douro um hospital Douro Litoral nove hospitais Estremadura dois hospitais Outros Hospitais 44 Beira litoral dois hospitais Algarve um hospital O presente estudo base
222. ulo esquel tica aumenta como o caso dos Hospitais de Braga no servi o de Medicina e Alto do Ave no servi o de Ortopedia Apesar da maior parte da amostra n o mencionar ter sido v tima de acidentes de trabalho da origem em an lise referem que sentiram dor ou desconforto dessa mesma origem LME num total de 81 Curioso o facto de ambos os servi os de Ortopedia estudados referirem percentagens bem inferiores relativamente aos restantes no que concerne a esta sintomatologia de dor e desconforto Este facto poder estar relacionado com as actividades exercidas ou at mesmo com a tipologia dos doentes Relativamente sintomatologia manifestada de facto a dor localizada o desconforto o formigueiro e a dorm ncia s o os efeitos mais referidos em todos os casos estudados 82 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais A regi o lombar indicada por todos aqueles que manifestaram ter sentido dor ou desconforto sempre numa percentagem muito superior s restantes regi es afectadas Pode se por isso dizer que a regi o lombar a principal regi o afectada em todos os casos analisados Em rela o vari vel tecnol gica apontando para a exist ncia ou n o e correspondente utiliza o de equipamentos e materiais no que respeita transfer ncia de doentes conv m referir que na generalidade a amostra indica que entre 58 Ortopedia Centro Hospitalar do A
223. um tempo nesta fase Respondendo sua quest o no servi o dispomos de elevador de transfer ncia e da prancha de transfer ncia para a maca vulgarmente denominada de transfer ou como nos chamamos aqui o Ferreirinha No entanto este ltimo considero ser insuficiente para a utiliza o na totalidade do servi o S o equipamentos que s o muito teis como se fosse a nossa ferramenta de trabalho e na verdade nem sempre est o dispon veis Relativamente ao cinto de transfer ncia considero que em certas ocasi es seria importante dispormos Fui uma vez a um workshop que tinha v rios equipamentos deste tipo e inclusive cintos de transfer ncia muito mais ajustados e modernos do que os que antigamente existiam tudo uma quest o de dinheiro o custo com o material de trabalho do enfermeiro ainda considerado um desperd cio Para que comprar se ele faz o trabalho sem o equipamento Acredito que os respons veis s vezes n o conhe am as verdadeiras condi es de trabalho das enfermarias Deveriam visitar mais estes espa os de trabalho e ver o que desperd cio o que til e o que preventivo e que ir melhorar as presta es de cuidados para um doente Numa ind stria se n o se tem boas ferramentas n o podem produzir se bons produtos aqui a mesma coisa sem tirar nem por se n o tivermos os equipamentos mais adequados para mobilizar e transferir os doentes obviamente tamb m n o poderemos prestar os melhores
224. uporte financeiro e outro da gest o de topo em hospitais visto como sendo necess rio por outro lado profissionais de enfermagem ter o que mudar o seu comportamento para se tornarem mais orientados para a seguran a e mais abertos para o uso generalizado da tecnologia como apoio das suas tarefas do dia a dia Technology as a means to prevent risks linked to the nursing profession in hospitals Abstract Following a literature review concerning the problem of musculoskeletal injuries resulting from the exercise of the nursing profession in hospitals and based also on some experience in health and safety the author was motivated to undertake this research project as several questions were seen to still remain unanswered especially in the Portuguese context Namely 1 What complaints are associated to the performing of nursing tasks 2 In terms of absolute numbers are musculoskeletal injuries serious 3 Do the environment namely buildings technology equipment and work organization play an important role 4 What needs to be present in the workplace but is not The study involved a survey of 168 active nurses convenience sample in Portuguese hospitals of these 62 were interviewed for further insights into the research problems furthermore nurses were also observed at work and accompanied in their day to day tasks The study which required that the author spend considerable time in Braga Guimar es Fafe and Ribatejo but also
225. v s do qual se compara a estima o magnitude do risco com os padr es de refer ncia da seguran a e sa de tendo como objectivo estabelecer se o risco aceit vel ou n o e no caso de ser qual o grau de aceitabilidade Almeida 2007 Les es mais comuns segundo Freitas 2002 Bursite Inflama o das pequenas bolsas localizadas entre os tend es e os ossos Atinge o ombro o cotovelo ou joelho desencadeando rigidez e dor Doen a profissional segundo Decreto Regulamentar n 6 2001 de 5 de Maio Cervicalgias dores no pesco o com o aumento crescente da sensibilidade resultante de posturas incorrectas Doen a de Quervain inflama o do tend o na base do polegar acompanhada de edema e palpa o dolorosa devido excessiva aplica o de for a ao apertar com a m o ou rodar o punho Dorsalgias dores ou les es na regi o dorsal decorrentes de posi es de trabalho inadequadas Entorses Les o das estruturas peri articulares xi Epicondilite inflama o ao n vel dos tend es do cotovelo resultante de movimentos repetitivos e seguidos de excessiva for a de rota o do punho para fora Doen a profissional segundo Decreto Regulamentar n 6 2001 de 5 de Maio Lombalgias enfermidades causadas por tens es musculares e inerentes ligamentos les es discais les es das articula es interap fis ricas e a espondilose resultante da indevida movimenta o manual de cargas
226. vados riscos m sculo esquel ticos nomeadamente no que concerne a lombalgias Na Inglaterra Stubbs et al 1983 referem que anualmente 43 dos enfermeiros sofrem de lombalgia constituindo o 10 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais dobro da popula o geral Estes autores consideram que 84 dos epis dios relatados encontram sustent culo em actividades de mobiliza o e apoio de pacientes Collins e Menzel 2006 referem um estudo de Lee e Chiou 1994 composto por 3 159 jovens enfermeiros no Taiwan cuja idade m dia rondava os 24 8 anos e que apresentavam 69 7 sintomatologia de dores nas costas no primeiro ano Rogers e Salvage no livro Nurses at risk publicado em 1988 referem que as les es dorso lombares s o as mais frequentes em enfermagem Rogers e Salvage 1988 dizem ainda nesta publica o que um em cada seis enfermeiros suscept vel de sofrer dores nas costas em cada ano de trabalho Pelo que os enfermeiros t m quase o dobro de faltas por doen a devido a dores nas costas que o resto da popula o activa Os mesmos autores estimam a perda de 764 000 dias de trabalho em cada ano de trabalho devido a este problema Assim importa saber quais ser o as raz es efectivas para tal ocorr ncia ou predisposi o para o risco Segundo Rogers e Salvage 1988 as tarefas envolvidas em enfermagem s o bastante pesadas agravadas pelas dif ceis con
227. vi o corroborada sistematicamente pelos profissionais mais novos e com menos tempo de servi o Nesta transcri o pode se analisar a tipologia de doentes que habitualmente preenchem este servi o doentes caracterizados pela perman ncia mobilidade diminuta e elevado peso Por outro lado a rentabilidade do servi o poder ditar a qualidade do equipamento de apoio Transcri o F2 Dispomos da cegonha uma esp cie de uma lona com um guindaste Temos um por piso no hospital N o temos um por servi o mas um por piso As vezes temos de pedir aos outros servi os mas conseguimos articular E temos uma prancha com umas roldanaszinhas que ajudam a mobilizar o doente Quanto movimenta o dos doentes no leito temos as camas piores do hospital nem se mobilizam s o horr veis Ainda h pouco fui buscar uma doente ao recobro e eu sozinha n o 77 A Tecnologia como Meio de Preven o de Riscos Profissionais na Actividade de Enfermagem em Hospitais consigo mobilizar a cama Nem sem o doente agora imagine com o doente de 90 ou 100 kg E s baixar p s e pouco mais As vezes coloca se na posi o mais ou menos para dar o conforto do doente previamente porque caso contr rio j n o se consegue alterar O nosso servi o tem equipamentos arcaicos Enfermeira de um servi o de Medicina Agosto 2010 Coment rio F2 Neste trecho a entrevistada foca a tecnologia de transfer ncia e mobiliza o de pacientes d
228. zeram e o que deveriam ter feito e o que nunca poder o fazer Existe uma determinada resist ncia ao controlo porque compreendido como algo que retira a liberdade de ac o dos indiv duos No entanto tamb m admitido que necess rio por vezes estabelecer algum controlo Teixeira 1998 De um modo global as atitudes negativas ao controlo surgem das seguintes circunst ncias Teixeira 1998 e Controlos inapropriados e Padr es inating veis e Exist ncia de vari veis incontrol veis ou padr es contradit rios O autor considera que um controlo inapropriado assente em escolhas inadequadas do fulcro a controlar redonda numa perda de efici ncia levando por iner ncia a que os indiv duos continuem com condutas pouco consent neas com o que s o as suas atribui es levando simultaneamente perda de confian a no sistema Por outro lado se os padr es definidos s o excessivamente ambiciosos ou assentam numa defini o d bia depreendendo se aprioristicamente que s o inating veis redonda numa redu o dos factores motivacionais afectando medidas que se encontram num dado momento em fase de implementa o Por ltimo se os padr es s o incontrol veis ou inst veis tamb m pode resultar em comportamentos de desmotiva o A atribui o de responsabilidades aos recursos humanos sem que haja condi es efectivas para o seu desempenho efectivo n o resulta apenas em frustra o mas tamb m municia um mau

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

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