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saúde psíquica e condições de trabalho dos profissionais

1. Ensino m dio incompleto Ensino m dio completo Ensino superior incompleto Ensino superior completo P s gradua o especializa o resid ncia mestrado e ou doutorado Ainda estuda Sim N o Se sim que curso e s rie Se n o com que idade parou de estudar Com que idade come ou a estudar Foi estudante durante quantos anos Condi es de trabalho contratuais e jur dicas 001 Este trabalho sobre o qual voc est respondendo o seu nico trabalho remunerado Sim N o Se n o quantas horas por semana trabalha em m dia no s seu s outro s trabalho s 20 horas semanais Outras Se outra especifique horas semanais 30 horas semanais N o se aplica 40 horas semanais 002 Voc principalmente Aut nomo 002 1 Se aut nomo voc Aut nomo sem empregado Aut nomo com empregado Aut nomo com contrato de presta o de servi o sem empregado Aut nomo com contrato de presta o de servi o com empregados Empregado 002 2 Se empregado voc est empregado 002 3 Se empregado seu contrato em Sem carteira de trabalho assinada Empresas e organiza es p blicas Com carteira de trabalho assinada e tempor rio Empresas e organiza es privadas Com carteira de trabalho assinada por tempo Organiza es sem fins lucrativos por indeterminado ex
2. 21 Tem conseguido manter se em atividades e ocupado Mais que de costume Como de costume Um pouco menos que de costume Muito menos do que de costume 22 Tem gasto mais tempo para executar seus afazeres Mais r pido que de costume Como de costume Mais tempo que de costume Muito mais tempo do que de costume 23 Tem sentido que perde o interesse nas suas atividades normais di rias N o absolutamente N o mais que de costume Um pouco mais que de costume Muito mais do que de costume 24 Tem sentido que est perdendo interesse na sua apar ncia pessoal N o absolutamente N o mais que de costume Um pouco mais que de costume Muito mais do que de costume 25 Tem tido menos cuidado com suas roupas Mais cuidado que de costume Como de costume menos cuidado que de costume Muito menos cuidado do que de costume 26 Tem sa do de casa com a mesma frequ ncia de costume Mais do que de costume Como de costume Menos que de costume Muito menos do que de costume 27 Tem se sa do t o bem quanto acha que a maioria das pessoas se sairia se estivesse em seu lugar Melhor que de costume Mais ou menos igual Um pouco pior Muito pior 28 Tem achado que de um modo geral tem dado boa conta de seus afazeres Melhor que de costume Como de costume Pior que de costume Muito pior do que de costume 29 Tem se atr
3. HUOL A observa o participante mostrou ainda nesse fator a dificuldade em agregar profissionais para as a es No HUAB no dia da inaugura o do SIASS foi marcado outro evento em paralelo o que impossibilitou a participa o de boa parte dos profissionais do n vel superior Os de n vel m dio estavam ocupados em suas atividades rotineiras e tiveram participa o limitada de modo que as informa es acabaram por se concentrar na gest o No HUOL quando o SIASS realizou palestra informativa houve participa o muito limitada dos 145 profissionais de n vel m dio da UFRN sendo maior dos enfermeiros assistentes sociais e nutricionistas No entanto o audit rio foi preenchido por outros t cnicos administrativos e com bolsistas e volunt rios t cnicos de enfermagem curiosos em aprender algo novo O dado estat stico juntamente com a observa o participante e o grupo focal realizado apontam que as a es gerenciais adotadas para ofertar informa es de sa de n o est o conseguindo atingir o p blico a que se destina logo n o h efic cia nessas a es No fator Discrimina o o teste t mostrou que h diferen a entre as m dias t 1 56 para p lt 0 00 sendo este o fator com as menores m dias M 1 19 no HUOL e M 1 07 Chamou aten o no fator Discrimina o o escore m dio de 100 no primeiro intervalo no HUAB que indica que o funcion rio nunca exposto a isto Esta pesquisadora inserida no campo durante
4. doTotal 17 5 0 8 18 3 Somatizadores N de participantes 8 12 20 no total da amostra 40 0 60 0 100 0 por local 9 0 38 7 16 7 doTotal 6 7 10 0 16 7 Depressivos N de participantes 20 7 27 no total da amostra 74 1 25 9 100 0 por local 22 5 22 6 22 5 doTotal 16 7 5 8 22 5 Otimistas N de participantes 24 11 35 no total da amostra 68 6 31 4 100 0 por local 27 0 35 5 29 2 doTotal 20 0 9 2 29 2 Total N de participantes 89 31 120 do Total 74 2 25 8 100 0 164 Analisando se a distribui o total a Tabela 34 mostra que o grupo dos Otimistas representa 29 da amostra Os demais grupos como j descritos s o sintom ticos Esses grupos se distribuem proporcionalmente de maneira diferente nos dois hospitais y 23 534 para p 0 001 o que aponta existir rela o com as condi es de trabalho nesses ambientes organizacionais Ainda considerando a distribui o total assinala se que 100 dos indiv duos Pessimistas est o no HUOL Nesse hospital tamb m se cocentram os indiv duos Ambivalentes 95 Os Somatizadores est o distribu dos entre o HUOL 40 e HUAB 60 sendo a frequ ncia maior neste ltimo hospital O HUOL concentra ainda os indiv duos Depressivos 74 1 e os Otimistas 68 6 Quando cada hospital analisado isoladamente verifica se que na amostra local do HUOL os Otimistas est o em maior percentual 27 0 e os Somatizadores est o em menor percentual 9 qu
5. o federal direta aut rquica e fundacional de acordo com a pol tica de aten o sa de e seguran a do trabalho do servidor p blico federal estabelecida pelo Governo Em seu Art 3 o Decreto de cria o d defini es para I assist ncia sa de a es que visem preven o a detec o precoce e o tratamento de doen as e ainda a reabilita o da sa de do servidor compreendendo as diversas reas de atua o relacionadas aten o sa de do servidor p blico civil federal 45 II per cia oficial a o m dica ou odontol gica com o objetivo de avaliar o estado de sa de do servidor para o exerc cio de suas atividades laborais e II promo o preven o e acompanhamento da sa de a es com o objetivo de intervir no processo de adoecimento do servidor tanto no aspecto individual quanto nas rela es coletivas no ambiente de trabalho Como meio de integra o e divulga o das informa es geradas foi criado o Portal SIASS que pode ser acessado no endere o https wwwl siapenet gov br saude Portal Em sua p gina de apresenta o dito que o SIASS se apoia em tr s eixos assist ncia per cia promo o e vigil ncia sa de que est o inter relacionados e por uma gest o com base em informa es epidemiol gicas e trabalho em equipe O subsistema tamb m prev avalia o dos ambientes que considere as rela es de trabalho constituindo outro paradigma A mes
6. ocorre nos hospitais O resultado foi a publica o pela UFRN da Portaria n 583 12 R de 26 123 de abril de 2012 estabelecendo os crit rios da flexibiliza o da jornada nos hospitais da UFRN Com rela o aos rendimentos pela Tabela de Remunera o dos Servidores T cnico Administrativos em Educa o vigente o m dico tem jornada especial e recebe por 20 horas contratuais semanais o mesmo valor que os outros profissionais de n vel superior recebem pela jornada de 40 horas Determinadas categorias como Fisioterapeutas e Odont logos tem a jornada reduzida definida em Lei o que n o implica em redu o proporcional do sal rio porque a legisla o lhes d o direito de realizar expediente corrido de 30 horas semanais Os sal rios de n vel m dio em especial das categorias de enfermagem auxiliares e t cnicos s o informados pelos participantes da pesquisa nas conversa es durante a observa o participante como superiores aos pagos pelos hospitais particulares da cidade de Natal e aqueles divulgados nos editais de concursos p blicos das prefeituras de cidades do estado do Rio Grande do Norte Quanto aos auxiliares e t cnicos de enfermagem a Classifica o Brasileira de Ocupa es CBO institu da pela portaria ministerial n 397 de 9 de outubro de 2002 do Minist rio do Trabalho e Emprego descreve as atribui es de cada cargo o que seguido pela UFRN quando realizado concurso p blico para
7. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CI NCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES PROGRAMA DE P S GRADUA O EM PSICOLOGIA UFRN N VEL DOUTORADO SA DE PS QUICA E CONDI ES DE TRABALHO DOS PROFISSIONAIS DE SA DE NOS HOSPITAIS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE Maria Teresa Pires Costa Natal 2012 Maria Teresa Pires Costa SA DE PS QUICA E CONDI ES DE TRABALHO DOS PROFISSIONAIS DE SA DE NOS HOSPITAIS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE Tese elaborada sob orienta o da Prof Dr Livia de Oliveira Borges e apresentada ao Programa de P s Gradua o em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito parcial obten o do t tulo de Doutora em Psicologia Natal 2012 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CI NCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES PROGRAMA DE POS GRADUA O EM PSICOLOGIA A tese AVALIA O DA SA DE PS QUICA E CONDI ES DE TRABALHO DOS PROFISSIONAIS DE SA DE NOS HOSPITAIS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE elaborada por Maria Teresa Pires Costa foi considerada aprovada por todos os membros da Banca Examinadora e aceita pelo Programa de P s Gradua o em Psicologia como requisito parcial obten o do t tulo de DOUTORA EM PSICOLOGIA Natal 18 de dezembro de 2012 BANCA EXAMINADORA Prof Dr Livia de Oliveira Borges Orientadora Prof Dr Jos Newton Gon alves de Ara jo Prof
8. es proporcionadas pelo m todo de pesquisa o utilizada haver um refor o das estrat gias coletivas de promo o e prote o da sa de no trabalho Esse m todo ser descrito no Cap tulo 6 80 6 M todo Neste cap tulo ser apresentado o m todo descrevendo as t cnicas de pesquisa a serem empregadas tendo em vista o objetivo geral da tese que avaliar a rela o entre sa de ps quica e condi es de trabalho em profissionais de sa de nos hospitais da UFRN Tendo em vista orientar a consecu o do objetivo geral definiram se ent o os seguintes objetivos espec ficos Descrever reflexivamente o contexto de pesquisa em que atuam os participantes da pesquisa v Identificar as condi es de trabalho dos participantes do estudo compreendendo como as caracter sticas do contexto marcam tais condi es vy Avaliar a sa de ps quica de tais participantes discutindo como esse fen meno marcado pelo contexto de trabalho Y Compreender as rela es existentes entre a sa de ps quica e as condi es de trabalho dos participantes da pesquisa 6 1 Design da pesquisa Classifica se a presente pesquisa segundo seu m todo como pesquisa o De acordo com Tripp 2005 logo ap s Lewin ter cunhado o termo na literatura este foi empregado por outros pesquisadores para quatro tipos distintos de pesquisa pesquisa diagn stica pesquisa participante pesquisa emp rica e pesquisa experimental Tripp define ai
9. o burocr tica com grande divis o de tarefas Organismo As organiza es s o vistas como organismos vivos que interagem com o meio e os indiv duos fazem parte do sistema Constitui se uma ecologia social onde a satisfa o individual est relacionada com o sucesso da organiza o C rebro A ideia de um holograma onde a organiza o capaz de autorreproduzir se onde os indiv duos s o capazes de redesenhar processos e aprender a aprender Cultura Cada organiza o possui sua cultura e sub culturas Os indiv duos seguem normas e padr es de conduta Sistemas pol ticos Est o em jogo interesses conflitos e poder Os conflitos d o for a a mudan a Pris o ps quica Os indiv duos s o aprisionados por seus pensamentos e cren as e pelo excessivo racionalismo Fluxo e transforma o A luta entre opostos o determinante de toda a mudan a organizacional num movimento dial tico Instrumentos de A organiza o representa a domina o de indiv duos resultante de um modo domina o de produ o Fonte adaptado de Morgan 1996 35 A utiliza o das met foras propostas por Morgan 1996 como colocam Bastos Loiola Queiroz e Silva 2004 fornece uma perspectiva sempre parcial de compreens o do objeto Assim o uso de uma met fora sempre produz uma descoberta unilateral levando outras interpreta es para um papel secund rio p 107 O uso de cada met fora isoladamente n o permite uma an
10. 100 O fator em an lise menos percebido pelos Otimistas que n o apresentam sintomas ps quicos e t m sentimentos positivos com rela o ao trabalho e se distribuem entre HUOL 68 6 e HUAB 31 4 como visto no Cap tulo 09 necess rio observar que a m dia no fator M 3 04 DP 0 84 se encontra num intervalo que reflete que o profissional de sa de neste grupo se sente muitas vezes exposto ao fator sendo que a m dia dos Pessimistas se aproxima bastante da exposi o frequente Logo esta percep o das condi es de trabalho possui bastante impacto sobre a sa de ps quica dos participantes da pesquisa notadamente daqueles que est o no HUOL Tabela 35 167 Tabela 35 Percep o das condi es f sicas e materiais nos grupos de sa de ps quica N M dia Desvio padr o ANOVA F1 Aspectos Pessimistas 16 3 98 0 63 F 5 190 para p lt 0 001 psicobiol gicos Ambivalentes 22 3 61 0 83 Somatizadores 20 3 45 0 71 Depressivos 21 3 13 0 79 Otimistas 35 3 04 0 84 Total 120 3 36 0 84 F2 Espa o de Pessimistas 16 2 39 0 76 F 0 449 para p 0 773 Trabalho Ambivalentes 22 2 14 0 87 Somatizadores 20 2 19 0 64 Depressivos 21 2 34 0 75 Otimistas 35 2 19 0 70 Total 120 2 24 0 74 F3 Aspectos Pessimistas 16 2 07 0 62 F 0 706 para p 0 589 f sico qu micos Ambivalentes 22 1 95 0 69 Somatizadores 20 1 82 0 55 Depressivos 21 1 99 0 68 Otimistas 35 1 82 0 56 Total 120 1 92 0 60 F4 Exig ncia de Pessimistas 16 3 25 0 70 F
11. Aqui consigo me segurar Acho que se ficar afastada vai ser pior Entrevistado 11 HUAB Quando existe val ncia negativa e excita o baixa VNEB como apresentou a Tabela 33 os sentimentos negativos n o s o capazes de provocar ativa o do comportamento do sujeito mas nem por isso s o menos danosos ao bem estar ps quico do indiv duo que provavelmente sofre em sil ncio Mesmo assim seus sentimentos v o repercutir no seu ambiente de trabalho j que este tanto f sico como relacional A posi o assumida por Canguilhem 2006 e com a qual concordamos de que sa de um regulador das rea es dos atores sociais ao meio Deste modo indicadores de que a sa de ps quica est comprometida e que o bem estar ps quico foi afetado significam que a capacidade de ajustamento dos indiv duos diminuiu e que isto afetar numa rela o dial tica outros atores sociais em rela o com ele seja no trabalho ou em sua vida privada Agruparam se ent o os participantes da pesquisa segundo a afeta o de sua sa de ps quica A an lise de cluster a partir do escore fatores dos participantes no QSG 60 e na JAWS identificou 05 grupos cujos resultados est o expressos na Tabela 33 Esses agrupamentos n o apresentam uma hierarquia de severidade Traduzem como os participantes se percebem com rela o sua sa de ps quica 162 Tabela 33 Agrupamentos da sa de ps quica Agrupamentos Descri o do grupo Grupol
12. Avaliou se que a discuss o dos resultados durante o movimento grevista dos T cnicos Educativos em Educa o poderia resultar em conflitos organizacionais os quais os dirigentes preferiram evitar Acredita se que a n o discuss o dos resultados dispon veis na forma prevista caracteriza a pesquisa como foi planejada anteriormente como inacabada por m considerou se que tais resultados foram validados pelo cruzamento das t cnicas de pesquisa observa o participante grupo focal an lise documental e as entrevistas n o estruturadas permitindo a adequada apresenta o dos mesmos 6 4 Instrumentos de coleta de dados Os question rios estruturados aplicados foram organizados na forma de protocolo de pesquisa anexo 4 Esse consiste em quest es fechadas e de m ltiplas alternativas de resposta Foi formado pelo Question rio de Condi es de Trabalho desenvolvido pelo Grupo de Estudos de Sa de Mental e Trabalho GEST da UFRN e pelo Laborat rio de Estudo sobre o Trabalho Sociabilidade e Sa de Labtrab da UFMG pelo Question rio de Sa de Geral 60 QSG 60 pela Escala de Bem Estar Afetivo no Trabalho JAWS adaptada por Gouveia A greve foi deflagrada no dia 11 de junho de 2012 e perdurou at 27 de agosto 86 Fonseca Lins e Gouveia 2008 e por quest es referentes ao perfil dos participantes da pesquisa O Question rio de Condi es de Trabalho baseia se nas taxionomias propostas por autores como Alvaro e Garri
13. Dr Mary Sandra Carlotto Prof D Isabel Maria Farias Fernandes de Oliveira Prof Dr Pedro Fernando Bendassoli iii Se a apar ncia e a ess ncia das coisas coincidissem a ci ncia seria desnecess ria Karl Marx iv Dedico este trabalho mem ria dos meus pais Cristalino e Albertina e ao meu esposo Ant nio Eles me ensinaram que o amor incondicional existe Agradecimentos Meu Deus obrigado por ter me dado pais que me amaram e me ensinaram o caminho do bem Foi no dia em que eles me receberam como filha que minha jornada come ou Com eles aprendi a buscar o caminho certo mesmo que por vezes a caminhada tenha sido mais dif cil O esp rito livre de meu pai que se autointitulou Cristalino o Peralta em livro de mem rias ainda n o publicado me marcou profundamente Cresci vendo meu pai envolto nas palavras lendo discursando nas entidades de que fazia parte e conversando muito com quem dele se aproximasse Tinha verdadeiro interesse em ouvir e contar hist rias porque adorava estar com pessoas Fazia amizades com facilidade e seu interesse no outro era aut ntico Meu pai me fez gostar de livros e de gente Fez me crer que n o havia um limite para mim e n o me cobrava resultados Ficava feliz com cada coisinha e nunca jamais me criticou por nada Minha m e era a firmeza a determina o em pessoa Acho que sem ela talvez eu tivesse perdido o rumo de t o livre que me sentia De modo que com ela apr
14. Health Organisation Autor Taylor F W 2008 Princ pios de administra o cient fica S o Paulo Atlas Originalmente publicado em 1911 Taylor S J amp Bogdan R 1996 Introducci n a los m todos cualitativos de investigaci n la b squeda de significados Barcelona Paid s Teiger C 1992 Le travail cet obscur objet de rgonomie Em Actes du Colloque Interdisciplinaire Traval Recherche et prospective Th me Transversal N 1 Concept de Travail CNRS PIRTTEM ENS de Lyon Terssac G 1995 Le travail organis Faut il repenser le travail Actes du XXX Congr s de la Soci t d rgonomie de Langue Fran aise Biarritz Thiollent M 1996 Metodologia da Pesquisa A o S o Paulo Cortez Tiffin J amp McCormick E J 1959 Psicologia industrial M xico Editorial Diana Originalmente publicado em 1942 Torres C P 2001 A Atividade nas Centrais de Atendimento Outra Realidade as Mesmas Queixas Disserta o de Mestrado n o publicada Universidade de Bras lia Bras lia 194 Tripp D 2005 Pesquisa a o uma introdu o metodol gica Educa o e Pesquisa 31 3 443 466 T yry S R s nen K Seuri M Airimaa M Juntunen J Kujala S amp Husman K 2004 Increased personal medication use among Finnish physicians from 1986 to 1997 The British journal of general practice the journal of the Royal College of General Practitioners 54 498 44 6
15. Lisboa Edi es 70 Originalmente publicado em 1977 Batistella C 2007 Abordagens contempor neas do conceito de sa de In A F Fonseca A M D Corbo Org O territ rio e o processo sa de doen a pp 51 86 Rio de Janeiro EPSJV Fiocruz Bauer M W 2002 An lise de conte do cl ssica uma revis o In M W Bauer amp G Gaskell Org Pesquisa qualitativa com texto imagem e som um manual pr tico pp 343 364 Petr polis Vozes Bernard C 2003 An introduction to the study of experimental medicine In Images from the history of medicine division National Library of Medicine Recuperado em 23 10 2010 de http www ihm nim nih gov Publicado originalmente em 1865 Benevides Pereira A M 2002 Bournout quando o trabalho amea a o bem estar do trabalhador S o Paulo Casa do Psic logo 186 Bezerra S O amp Duarte M A D 2005 A inser o do assistente social no Complexo Hospitalar e de Aten o a Sa de da UFRN no contexto da agudiza o da quest o social Servi o social em revista 2 3 6 Recuperado em 20 02 2009 de http www ssrevista uel br c v7n2 suely htm servi o Blanch J M Espuny M J Gala C amp Mart n A 2003 Condiciones de Trabajo In J M Blanch M J Espuny C Gala amp A Mart n Teor a de las relaciones laborales Fundamentos pp 42 44 Barcelona Editorial UOC Boorse C 1975 On the distinction between disease and illness Philosophy and
16. M dico N de 0 0 1 0 0 2 T 10 participantes por cargo 0 0 10 0 0 0 20 0 70 0 100 0 do Total 0 0 0 8 0 0 1 7 5 8 8 3 Enfermeiro N de 0 0 3 2 0 3 20 28 participantes por cargo 0 0 10 7 7 1 0 10 7 71 4 100 0 do Total 0 0 2 5 1 7 0 2 5 16 7 23 3 Outros N de 0 1 1 1 5 7 8 23 profissionais participantes de n vel por cargo 50 4 3 4 3 4 3 21 7 30 4 34 8 100 0 SUPETIOT do Total 0 8 0 8 0 8 4 2 5 8 6 7 19 2 Profissionais N de 4 15 14 11 12 3 0 59 de n vel participantes m dio e por cargo 6 8 25 4 23 7 18 6 20 3 5 1 0 100 0 fundamental q doTotal 3 3 12 5 11 7 9 2 10 0 2 5 0 49 2 Total N de 4 16 19 14 17 15 35 120 participantes do Total 3 3 13 3 15 8 11 7 14 2 12 5 29 2 100 0 Como a remunera o dos participantes da pesquisa um dos componentes da renda familiar procurou se conhecer a parcela de contribui o dos rendimentos para a renda familiar dos pesquisados como est demonstrada na Tabela 18 125 Tabela 18 Participantes da pesquisa por contribui o na renda familiar O que voc ganha A nica renda de Quase a Aproximadamente Uma parcela sua fam lia totalidade da a metade da renda pequena da renda familiar familiar renda da fam lia Total HUOL Nde 29 21 29 10 89 participantes na amostra 32 6 23 6 32 6 11 2 100 0 local HUAB Nde 6 15 6 4 31 participantes na amostra 19 4 48 4 19 4 12 9 100 0 local
17. Mauro C C C Pinheiro M A S amp Silva V G 2010 Condi es de trabalho da enfermagem nas enfermarias de um hospital universit rio Escola Anna Nery 14 2 244 252 Recuperado em 20 de setembro de 2012 de http www scielo br scielo php script sci_arttext amp pid S1414 81452010000200006 amp lng en amp tlng pt McCue J D 1982 The effects of stress on physicians and theirmedical practice New England Journal of Medicine 306 458 63 M da D O 1999 O trabalho um valor em vias de extin o Lisboa Fim de S culo Mello Filho J 2002 Concep o Psicossom tica Vis o Atual S o Paulo Casa do Psic logo Merhy E E 1999 O ato de governar as tens es constitutivas do agir em sa de como desafio permanente de algumas estrat gias Ci ncias amp Sa de Coletiva 4 305 29 Mendes R Patologia do Trabalho 1995 Rio de Janeiro Atheneu 191 Metzner R J amp Fischer F M 2001 Fadiga e capacidade para o trabalho em turnos fixos de doze horas Revista de Sa de P blica 35 6 548 553 Mezomo J C 1995 Gest o da qualidade na sa de princ pios b sicos S o Paulo Edi es Loyola Minayo M C S 1994 O conceito de representa es sociais dentro da sociologia cl ssica In P A Guarechi amp S Jovchelovitch Orgs Textos em Representa es Sociais pp 89 111 Petr polis Vozes Minayo M C S Org 1997 Pesquisa Social teoria m todo e criatividade Petr pol
18. Os dados ser o guardados em local seguro e a divulga o dos resultados ser feita de forma a n o identificar os volunt rios Se voc tiver algum gasto que seja devido sua participa o na pesquisa voc ser ressarcido caso solicite E em qualquer momento se voc sofrer algum dano comprovadamente decorrente desta pesquisa voc ter direito a indeniza o Voc ficar com uma c pia deste Termo e toda a d vida que voc tiver a respeito desta pesquisa poder perguntar diretamente para Maria Teresa Pires Costa no GEST UFRN CCHLA 1 andar sala 11 Campus Universit rio ou pelo telefone 3215 3590 R 227 D vidas a respeito da tica dessa pesquisa poder o ser questionadas ao Comit de tica em Pesquisa da UFRN no seguinte endere o Pra a do Campus Universit rio Lagoa Nova Caixa Postal 1666 CEP59072 970 Natal RN Telefone Fax 84 215 3135 Consentimento Livre e Esclarecido Declaro que compreendi os objetivos desta pesquisa como ela ser realizada os riscos e benef cios envolvidos e concordo em participar voluntariamente da pesquisa Avalia o da Sa de Ps quica e Condi es de Trabalho dos Profissionais de Sa de nos Hospitais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte Nome do participante Assinatura Assinatura digital se necess rio na ALEI g 4 4 ATI liso Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Filosofia e Ci ncias Humanas Departamento de Psico
19. a e de outros agravos e o acesso universal e igualit rio s a es e servi os para sua promo o prote o e recupera o Em seu artigo 198 a Constitui o tamb m determina que As a es e servi os p blicos de sa de integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema nico organizado de acordo com as seguintes diretrizes I Descentraliza o com dire o nica em cada esfera de governo II Atendimento integral com prioridade para as atividades preventivas sem preju zo dos servi os assistenciais II Participa o da comunidade Par grafo nico o sistema nico de sa de ser financiado com recursos do or amento da seguridade social da Uni o dos Estados do Distrito Federal e dos Munic pios al m de outras fontes Atendendo a essas diretrizes e considerando que a rede de sa de citada faz parte do SUS os hospitais universit rios em estudo ficaram a ele subordinados cabendo lhes o papel de unidades de assist ncia terci ria que significa prestar servi os de m dia e alta complexidade sendo hospitais de refer ncia na rede Assim a es de car ter preventivo deveriam deixar de ser executadas pois s o atribui es da rede b sica constitu da por 107 unidades municipais de sa de Com isto a Unidade de Sa de Familiar e Comunit ria que era anexa ao HUOL foi transferida para a gest o do munic pio de Natal embora ainda permanecendo fisicamente na UFRN com quem
20. a practical guide for applied research London SAGE Publications Laplantine F 1988 Aprender etnopsiquiatria S o Paulo Brasiliense Leontiev A 1978 O Desenvolvimento do psiquismo Lisboa Livros Horizonte 190 Leriche R 1940 La Chirurgie de la douleur Paris Masson Lewin K 1978 Problemas de din mica de grupo S o Paulo Editora Cultrix Originalmente publicado em 1948 Lewin K 1965 Teoria de Campo em Ci ncia Social S o Paulo Pioneira Lima Junior J Alchieri J C amp Maia E M C 2009 Avalia o das condi es de trabalho em Hospitais de Natal Rio Grande do Norte Brasil Revista da Escola de Enfermagem 43 3 670 676 Lima M E A 2007 Contribui es da Cl nica da Atividade para o campo da seguran a no trabalho Revista Brasileira de Sa de Ocupacional 32 115 99 107 Linzer M Manwejj M B Willians E Bobula J A Brown R L Varkley A B Man B McMurray J amp Maguirre A 2009 Working Conditions in Primary Care Physician Reactions and Care Quality Annals of Internals Medicine 151 1 28 36 Recuperado em 05 de fevereiro de 2010 de http www annals org content 151 1 28 full pdf html Loiola E Bastos A Queiroz N amp Silva T 2004 Dimens es b sicas de an lise das organiza es Em Zanelli J Andrade J Bastos A Orgs Psicologia Organiza es e Trabalho no Brasil pp 91 144 Porto Alegre Artmed Loizos P 2002 V deo
21. e podem ser prestados em regime de internamento ou ambulat rio Compete lhe igualmente promover a investiga o e o ensino com vista a resolver problemas de sa de de forma conjunta e articulada com outras institui es Nesse contexto o hospital de ensino de acordo com a Portaria Interministerial N 1006 MEC MS de 27 de maio de 2004 um local de aten o sa de de refer ncia para a alta complexidade forma o de profissionais de sa de e o desenvolvimento tecnol gico numa perspectiva de inser o e integra o em rede aos servi os de sa de Segundo Mac Eachern 1988 conforme citado por Mirshawka 1999 p 22 o hospital tem como objetivo fundamental um simples prop sito receber o corpo humano quando por alguma raz o se tornou doente ou ferido e cuidar dele de modo a restaur lo ao normal ou t o pr ximo quanto poss vel do normal Verificou se anteriormente que dessa rela o hospital comunidade a finalidade principal da institui o hospitalar se resumiu ao cuidado da doen a Segundo Mirshawka 1999 as fun es do hospital foram sendo alteradas e atingiram tal complexidade que hoje imposs vel aceitarmos a ideia simplista do diagn stico e tratamento da doen a p 24 32 As fun es do hospital geral foram discutidas segundo Mirshawka 1999 pela Comiss o de Peritos em Assist ncia M dica da Organiza o Mundial de Sa de Essa comiss o concluiu que n o seria pos
22. es religiosas A partir da d cada de 1930 com a prolifera o das institui es beneficentes e filantr picas e as casas de caridade geridas por cidad os benem ritos os indigentes ou seja a parcela da popula o que n o tinha condi es de pagar pela assist ncia passou a ser melhor assistida Antes da cria o do Sistema nico de Sa de SUS a assist ncia hospitalar p blica no Brasil era mantida pelas contribui es dos institutos de previd ncia destacando se entre eles o Instituto Nacional de Assist ncia M dica da Previd ncia Social INAMPS N o havia ent o igualdade de condi es de assist ncia para os indigentes n o contribuintes contribuintes do INAMPS e pacientes particulares pagantes Somente com a Constitui o Federal de 1988 e a cria o do Sistema nico de Sa de SUS a popula o brasileira passou a ter direito a assist ncia hospitalar indiscriminadamente No Rio Grande do Norte a hist ria da assist ncia sa de confunde se com a hist ria dos hospitais da UFRN Dentre eles destaca se o Hospital Universit rio Onofre Lopes e a Maternidade Escola Janu rio Cicco respectivamente o primeiro hospital geral do estado e a primeira maternidade que durante a segunda grande guerra mundial foi utilizada como instala o militar Ambos se localizam em Natal 2 2 Classifica es dos hospitais O Minist rio da Sa de MS define hospital como parte integrante de uma organiza o m dica e social cu
23. es na pr tica derivada das informa es produzidas o que significa que o caminho tra ado pode ser alterado de acordo com o surgimento de novas hip teses a serem investigadas ou com a implementa o de mudan as decorrentes do conhecimento que vai sendo produzido ao longo do processo ou de outras altera es contextuais preciso diferenciar a o de pr tica para que os conceitos sejam adequadamente compreendidos Segundo Pimenta 2005 A pr tica pertence ao mbito do social e expressa a cultura objetivada o legado acumulado sendo pr pria das institui es p 523 Para a autora as a es dos sujeitos expressam pr ticas sociais criando as e ao mesmo tempo sendo geradas por essas pr ticas Portanto a pesquisa o n o se sustenta na epistemologia positivista pois pressup e a integra o dial tica entre o sujeito e sua exist ncia entre fatos e valores entre pensamento e a o e entre pesquisador e pesquisado Franco 2005 p 488 Cabe ent o ao pesquisador lembrar que pr ticas e a es mant m entre si uma rela o dial tica que a pesquisa o precisa contemplar sendo necess rio partir do contexto para o entendimento do campo a ser estudado A operacionaliza o desta pesquisa iniciou com um contato realizado com a Pr Reitoria de Recursos Humanos no qual foi apresentada a proposta da tese Em raz o de a PRH estar implantando naquela ocasi o o polo do SIASS para o estado do Rio Grande do Nor
24. hospitalar eventual que n o fazem parte da lota o do hospital assim como profissionais de n vel superior cedidos por outros rg os como a Secretaria Estadual de Sa de ou vinculados FUNPEC Essa situa o t m implica es nas condi es de trabalho dos funcion rios da 116 UFRN nos dois hospitais e se refletem tamb m na distribui o da lota o interna em unidades assistenciais apresentada na Tabela 11 Tabela 11 Participantes da pesquisa por lota o interna e local de trabalho Lota o interna Ambulat rio Unidade de interna o Total HUOL N de participantes 39 49 88 na amostra local 44 3 55 7 100 0 HUAB N de participantes 3 28 31 na amostra local 9 7 90 3 100 0 Total N de participantes 42 71 119 do Total 35 3 64 7 100 0 O Qui quadrado foi calculado y 12 46 para p 0 01 mostrando que n o h diferen a estatisticamente significante entre a lota o interna e o hospital onde os participantes atuam No entanto na observa o participante foi constatado que o fato do HUOL possuir uma quantidade maior de ambulat rios e de profissionais jovens de v nculos diversos na assist ncia favorece aos funcion rios com mais idade exercerem suas atividades nos ambulat rios Deste modo deixam de trabalhar em escalas de plant o e passam a ter turno fixo de segunda a sexta feira em hor rio diurno Eventualmente alguns desses funcion rios solicitam dar plant es eventuais na assist ncia por
25. m como o volume de plant es dispon veis precisa ser partilhado pelos profissionais do hospital o volume de plant es adicionais mensais pequeno No HUAB as observa es participantes juntamente com as entrevistas informais mostraram que s o raros os profissionais jovens nas unidades de interna o Foi explorada ent o a distribui o dos participantes por unidade assistencial interna o ou ambulat rio em rela o com o tipo de cargo 1 Os plant es eventuais foram institu dos pelo Minist rio do Planejamento para reduzir a falta de m o de obra qualificada nos hospitais universit rios Foram criados pela Lei 11 907 de fevereiro de 2009 e posteriormente regulamentados atrav s do decreto n 6 863 de 28 de maio de 2009 117 Tabela 12 Participantes da pesquisa por tipo de cargo e unidade assistencial Tipo de cargo Outros Profissionais profissionais de n vel de n vel m dio e M dico Enfermeiro superior fundamental Total Ambulat rio N de participantes 4 10 7 21 2 na amostra local 3 4 8 4 5 9 17 6 35 3 Unidade de N de participantes 6 18 16 37 71 interna o na amostra local 5 0 15 1 13 4 31 1 64 7 Total N de participantes 10 28 23 58 119 do Total 8 4 23 5 19 3 48 7 100 0 Relacionando se o tipo de cargo com a unidade assistencial onde os participantes da pesquisa realizam seu trabalho o teste Qui quadrado y 0 358 para p 0949 mostrou que h diferen a estatisticamente significativa H
26. muitas queixas como Agora tem mais gente que paciente N o d nem pr gente pegar no prontu rio o que atrasa o nosso servi o Entrevistado 5 HUAB referindo se aos profissionais preceptores e residentes presentes no posto de enfermagem para realizar anota es dos seus procedimentos nos prontu rios Outros conflitos s o resultantes da visita aberta O hospital com sua pol tica de humaniza o da assist ncia abriu a visita durante todo o dia mas a dificuldade em manter uma boa comunica o organizacional interna dificulta este procedimento Assim a equipe assistencial esquece se de informar quando a visita deve ser suspensa momentaneamente em determinada enfermaria ou leito para procedimento e a recep o s vezes falha no controle do acesso entrando mais de um visitante por vez o que n o permitido Outro ponto conflitante no HUAB diz respeito da ideia de qual o papel do acompanhante dos pacientes internos Eles n o est o no hospital para assumir sozinhos determinados cuidados mas a equipe de enfermagem muitas vezes aciona o Servi o Social ou a Psicologia para dar um jeito na m e porque ela n o est fazendo as coisas direito Fala de uma funcion ria solicitando uma interven o do Servi o Social colhida durante uma observa o participante Essas coisas ou atividades muitas vezes s o da responsabilidade da enfermagem como por exemplo o banho no leito que uma t cnica assistencial o
27. nicas LAC o Departamento de Assist ncia ao Servidor DAS pertencente a Pr Reitoria de Recursos Humanos e o Servi o de Fisioterapia do HUOL De acordo com seu documento de cria o constitu ram se como objetivos do Complexo y Economizar recursos financeiros em fun o tanto da falta de investimento na rea social quanto da nova l gica no trato das quest es relacionadas s despesas e receitas recursos e custos y A qualifica o dos Recursos Humanos y A otimiza o dos equipamentos e recursos existentes y Maior integralidade na aten o sa de v Coordena o das atividades evitando se fragmenta o e isolamento do SUS Culturalmente a articula o entre o ensino e a assist ncia foi enfraquecida pois a hegemonia da gest o docente precisou ao longo do tempo ser substitu da e subordinada gest o hospitalar Na pr tica a assist ncia deixou de ser territ rio comandado pelos professores que de mandat rios dos servi os passaram a serem clientes e colaboradores Estabeleceu se assim uma nova din mica funcional e organizacional nos hospitais do complexo o que implicou mudan as na organiza o e presta o dos servi os repercutindo nas condi es de trabalho dos seus funcion rios Em outras palavras ao passarem a fazer parte do SUS os hospitais precisaram adotar novos crit rios de gest o focalizados em metas de produtividade e arrecada o pouco compat veis com os par metros do exerc cio da
28. o escalares e representam a percep o da exposi o do participante ao fator 12 Embora n o fosse objeto desta tese a elabora o e valida o de um question rio a pesquisadora participou deste processo A an lise fatorial realizada para estabelecer estas dimens es est descrita em um artigo do qual esta pesquisadora co autora intitulado Question rio de condi es de trabalho reelabora o e valida o de construto Borges et al submetido O artigo foi submetido Revista de Avalia o Psicol gica e cont m o detalhamento do question rio e sua forma de avalia o Tabela 04 87 Categorias e subcategorias de avalia o das condi es de trabalho Condi es F sicas e materiais Processos e caracter sticas da atividade Subcategorias Aspectos Psicobiol gicos R 0 22 a 0 90 Perceber se exposto a riscos do ambiente f sico e material que podem ter impacto na sa de corporal e ps quica Espa o de Trabalho R 0 10 a 0 73 Perceber se exposto a realizar as atividades dentro de instala es espec ficas da organiza o e ou quanto necess rio ser realizado no campo e no espa o virtual Aspectos Fisicoqu micos R 0 08 0 0 64 Perceber se exposto a aspectos do ambiente f sico e material do trabalho como a presen a de vapores fuma a e poeira temperatura e ilumina o Exig ncias de Esfor o F sico R 0 06 a 0 81 Percebe se exposto a atividades de trabalho
29. o agrupadas em torno do termo que os autores organizam conceitualmente como um construto Tais vari veis exprimem condi es em que o trabalho realizado rela es de trabalho e organiza o do processo laboral Esses autores apresentam uma conceitua o para condi es de trabalho afirmando serem estas qualquer aspecto circunstancial em que se produzem as atividades de trabalho considerando tanto os fatores do entorno f sico em que o trabalho se realiza quanto as circunst ncias temporais em que se d e as condi es sobre as quais os trabalhadores desempenham seu trabalho Ramos Peir amp Ripoll 2002 p 35 Portanto para Ramos Peir e Ripoll 2002 o construto inclui todos os elementos que se situam em torno do trabalho e o trabalho em si mesmo adotando conceitua o semelhante aquela apresentada por Prieto 1994 por eles citado Para este ltimo autor as condi es de trabalho compreendem o conte do e as caracter sticas do ambiente de trabalho Ramos et al 2002 apresentam uma taxionomia das condi es de trabalho v Condi es de emprego contrata o sal rio estabilidade seguran a mercado de trabalho juntamente com condi es que constituem o contexto regulador do setor produtivo y Condi es ambientais ambiente f sico vari veis espa o geogr ficas e dimens o espacial arquitet nica v Condi es de seguran a relacionadas com a sa de do trabalhador consideram o estresse e o bem
30. o dos atores sociais Entre as vantagens da abordagem est a considera o do car ter s cio hist rico em que os fen menos ocorrem Isto resulta numa reflex o dial tica da teoria e da pr tica psicossociol gica Desta forma poss vel articular a aplica o do conhecimento gerado tanto na promo o quanto na preven o de agravos ou na assist ncia sa de A abordagem tamb m permite a compreens o adequada do nexo entre sa de e trabalho Diante das quest es que envolvem a sa de ps quica do trabalhador em que h dificuldades objetivas em evidenciar se o nexo diante de um agravo os conhecimentos gerados pela psicossociologia permitem por exemplo o estabelecimento do nexo epidemiol gico como o caso da s ndrome de bournout Azevedo Braga Neto e S 2002 evidenciam a necessidade de se compreender O conflito entre o desejo de cada um dos indiv duos de ser reconhecido em sua originalidade e especificidade de fazer se aceito em sua diferen a e por outro lado de ser igualmente reconhecido como um dos membros do grupo e da organiza o portanto semelhante aos seus pares formando um corpo social e n o um aglomerado de indiv duos p 241 Isto permite entender os pap is assumidos por profissionais de sa de que se refletem no modo como encaram suas pr prias vidas Socialmente as profiss es de sa de representam a luta incans vel do homem sobre a morte e o adoecimento logo representam a vida e se
31. o e de comunica o competitividade tend ncias ao conflito etc Viol ncia no lugar de trabalho Refere se aos aspectos que exp em o trabalhador a situa es de agress o f sica moral e psicossocial e sofrer discrimina es sociais e humilha es Possibilidades de agress o f sica Amea as de agress o Possibilidades de agress es e ass dio morais Promo o de discrimina o Riscos psicossociais burnout ass dio moral ou sexual etc 59 4 3 Condi es de trabalho em sa de De acordo com Pires 2000 trabalho em sa de um trabalho essencial para a vida humana e parte do setor de servi os um trabalho da esfera da produ o n o material que se completa no ato de sua realiza o N o tem como resultado um produto material independente do processo de produ o e comercializ vel no mercado O produto indissoci vel do processo que o produz a pr pria realiza o da atividade p 85 Essa descri o corresponde a de trabalho improdutivo em Marx 1987 e corroborada por Braverman 1980 Marx faz diferencia o entre trabalho produtivo e improdutivo no modo de produ o capitalista Para o autor trabalho produtivo o trabalho assalariado que na troca pela parte vari vel do capital o sal rio al m de reproduzir essa parte do capital produz mais valia para o capitalista O trabalho produtivo gera riqueza O trabalho improdutivo tamb m mantido pelo sal
32. rio de perfil dos participantes question rio de condi es de trabalho QSG 60 e JAWS 12 Coleta acidental Tratamento estat stico Uso do SPSS 91 A pesquisa documental foi inspirada em Bardin 1986 seguindo as seguintes etapas a princ pio foram definidos com crit rios de inclus o dos documentos tratar de assuntos referentes s condi es de trabalho ou da sa de ps quica dos participantes sequencialmente foi realizada uma pr an lise com organiza o do material que constitui o corpus da pesquisa Bardin 1986 uma an lise confronta o do material com o referencial te rico principalmente no que diz respeito s categorias de condi es de trabalho e o tratamento dos resultados compreendendo a infer ncia e a interpreta o desenvolvimento da reflex o e escrita da tese Os registros do grupo focal foram submetidos an lise de conte do tem tica e obedecendo s seguintes etapas sele o do material dispon vel leitura flutuante categoriza o do material reavalia o das categorias encontradas reagrupando as ou hierarquizando se Bardin 1986 Bauer amp Gaskell 2002 Minayo 2000 Os registros dos di rios de campo foram objeto de reflex o da pesquisadora exigindo leitura e releitura durante todo o processo de coleta e an lise de dados e em alguns momentos quando continham entrevistas informais exigindo tamb m an lise de conte do atrav s da t cnica exposta anteriormente Essa reflex o apoiou
33. rios dos quais relataram o sentimento de impot ncia pelas sucessivas tentativas de interven o no contexto familiar que nas suas percep es poderia ter evitado o tr gico fim crian a inclusive apelando para inst ncias legais sem sucesso 46 a w E gi po Situa es de risco materno e sobretudo de risco neonatal ou pedi trico s o recorrentes e envolvem a falta de leitos suficientes de UTI no sistema de sa de no Rio Grande do Norte 4T Esse acidente foi divulgado na m dia em 24 12 2011 Foi motivo de muitos coment rios e medos na equipe que usa o transporte regularmente e em alguns casos diariamente 152 de coleta de dados da pesquisa O trecho a seguir uma transcri o do di rio de campo contendo registros sobre o acontecimento S bado passado R morreu no hospital A morte aconteceu nas depend ncias do Edif cio Central de Interna o Era enfermeira tinha aproximadamente 40 anos e dava seu primeiro plant o ap s um afastamento do trabalho para tratar de depress o segundo contam as colegas de trabalho As t cnicas de enfermagem relataram que R chegou para assumir o plant o falando com todo mundo mais com o olhar triste O plant o n o era seu mas ela havia feito uma troca segundo relatou a pedido de uma colega Era enfermeira Fez suas atividades Conferiu o carro de urg ncia e avisou que o lacre do mesmo estava quebrado e que faltavam duas ampolas de As t cnicas do setor de Transplante Renal ficar
34. uma predomin ncia de pesquisados nas unidades de interna o compreendidas como enfermarias UTI centro cir rgico salas de parto e outras 64 7 e um menor n mero de profissionais nos ambulat rios 35 3 Os dados expostos retratam melhor a realidade do HUAB apreendida na observa o participante em que o atendimento ambulatorial reduzido dispondo de apenas sete salas para fins diversos Naquele hospital geralmente apenas um funcion rio t cnico ou auxiliar de enfermagem atende a todas as salas por turno de expediente No HUOL o ambulat rio grande e bastante movimentado distribu do ao longo de v rios andares e subdividido em setores espec ficos Esse contexto juntamente com a exist ncia de profissionais mais jovens mesmo que n o sejam do quadro da UFRN faz com que no HUOL exista a possibilidade do remanejamento dos profissionais de enfermagem com mais idade para a assist ncia ambulatorial Em seu conjunto os profissionais de sa de distribuem se de acordo com o n vel de instru o com apresenta a Tabela 13 O Qui quadrado foi calculado y 19 517 para p 0 01 mostrando que n o h diferen a estatisticamente significativa na distribui o dos participantes quando seu n vel de instru o relacionado com o local de trabalho 2 Esta complexidade no entanto dificultou a o acesso que proporcionaria a maior participa o dos profissionais na pesquisa 118 Tabela 13 Participantes da pesquisa por n vel de
35. 001 como com val ncia negativa e ativa o alta r 0 437 para p lt 0 001 Isto significa que o impacto desse fator das condi es s cio gerenciais provocou mudan as nos afetos impactando na sa de ps quica do grupo pesquisado Tabela 40 Correla o entre o ambiente sociogerencial e os indicadores de sa de ps quica F1 Organiza o F6 Viol ncia F7 Ambiente da atividade conflitivo Sa de Geral 0 225 0 235 0 204 Estresse 0 241 0 212 0 214 Desejo de morte 0 036 0 099 0 039 Desconfian a do desempenho 0 234 0 184 0 231 Dist rbio do sono 0 172 0 187 0 153 Dist rbio psicossom tico 0 260 0 326 0 281 Afetos com Val ncia Positiva e Excita o Alta 0 303 0 330 0 188 VPEA Afetos com Val ncia Positiva e Excita o Baixa 0 469 0 371 0 363 VPEB Afetos com Val ncia Negativa e Excita o Alta 0 464 0 390 0 522 VNEA Afetos com Val ncia Positiva e Excita o Baixa 0 437 0 383 0 416 VNEB Outro fator o Ambiente Sociogerencial correlacionado com a sa de ps quica a Viol ncia Este fator correlaciona se moderadamente com os afetos positivos r 0 390 para p lt 0 001 e negativos r 0 383 para p lt 0 001 com rela o ao trabalho mostrando que h um impacto sobre o bem estar ps quico dos profissionais de sa de pesquisados Estes ainda apresentam dist rbios psicossom ticos associados exposi o viol ncia no trabalho Quando o fator viol ncia foi analisado isoladamente n o apresentou escor
36. 029 2 Por qualidade no atendimento a outras pessoas 029 3 Erros t cnicos no desenvolvimento de seu trabalho Veja o verso 030 Nos ltimos 12 meses voc participou de algum tipo de forma o para melhorar as suas compet ncias Sim N o 030 1 Se sim quem pagou por esta forma o Voc Seu empregador Outro com anu ncia do empregador 030 2 Quanto tempo durou tal forma o dias 030 3 Participou de outro tipo de forma o ou aprendizagem por ex auto aprendizagem semin rios na internet etc JSim N o Condi es de trabalho ambiente sociogerencial 031 No ltimo ano voc Nunca Raramente Algumas vezes Muitas vezes Sempre N o se aplica 031 1 Teve uma discuss o franca com o seu chefe acerca do desempenho da sua fun o 031 2 Foi consultado sobre mudan as na organiza o do trabalho e ou nas suas condi es de trabalho 031 3 Foi sujeito a uma avalia o formal regular do desempenho das suas fun es 031 4 Discutiu com o seu chefe problemas relacionados ao trabalho 031 5 Foi informado sobre os riscos de acidentes no trabalho 031 6 Foi informado sobre os riscos de adoecimento decorrente do trabalho 032 Em seu trabalho voc est exposto a 032 1 Press o por decis es r pidas 032 2 Falta de material necess rio para a realiza o de suas tarefas 032 3 Falta de equipamentos
37. 1999 numa tentativa de regular e melhor gerenciar as a es de aten o sa de do trabalhador no servi o p blico federal Com isto o governo pretendia combater as doen as ocupacionais implantar na administra o p blica federal a es e diretrizes que j existiam no Regime Geral da Previd ncia desde 1977 como as que dizem respeito sa de e seguran a no trabalho como a NR 5 que regulamenta as Comiss es Internas Preven o a Acidentes Realizando uma leitura atenta do manual de procedimentos do SISOSP percebe se que o governo adotou a defini o positiva de sa de empregada pela Organiza o Mundial de Sa de estado de bem estar por m quando aborda a sa de mental n o proporciona meios adequados para o diagn stico que contemplem o contexto de trabalho Assim o discurso do 44 sistema integracionista no papel e reducionista em sua pr tica pois por um lado det m se a diagnosticar a patologia do indiv duo e por outro avalia o ambiente de trabalho apenas do ponto de vista das normas de sa de ocupacional cujo enfoque o ambiente f sico sem considerar os outros fatores que caracterizam essas condi es embora em seu art 2 V tenha como atribui o controle dos riscos e agravos sa de nos processos e ambientes de trabalho Considerando se que o que o Minist rio da Sa de 2001 classifica oficialmente como risco para a sa de e seguran a dos trabalhadores os fatores f sicos qu micos biol g
38. 2012 ap s grande discuss o em reuni o do Conselho Diretor do hospital com a presen a de muitos funcion rios do hospital da Reitora da UFRN dos Pr Reitores de Administra o e Gest o de Pessoas de representantes do Conselho Municipal de Sa de e do SINTEST 165 10 Compreens o da sa de ps quica em rela o com as condi es de trabalho nos hospitais da UFRN Este cap tulo parte do conceito de sa de proposto no Cap tulo 5 para compreender as rela es existentes entre a sa de ps quica as condi es de trabalho dos participantes da pesquisa No cap tulo anterior a sa de ps quica dos profissionais de sa de foi categorizada em cinco grupos diferentes de perfis sintom ticos e afetos com rela o ao trabalho No Cap tulo 8 foi mostrado que apesar de os dois hospitais fazem parte da mesma institui o e dos profissionais de sa de terem as mesmas condi es de trabalho contratuais e jur dicas contextualmente HUOL e HUAB s o duas organiza es diferentes nos aspectos das demais condi es 10 1 Sa de ps quica e condi es contratuais e jur dicas As condi es contratuais e jur dicas definem o v nculo do empregado com a organiza o de trabalho tendo forte influ ncia na forma como o trabalho ser realizado Nos hospitais em estudo as condi es contratuais e jur dicas s o semelhantes por exemplo regime de trabalho tabelas de remunera o carga hor ria contratual em raz o de todos os parti
39. 7 12 9 58 1 100 0 Total N de participantes 10 28 23 59 120 Total 8 3 23 3 19 2 49 2 100 0 O c lculo do Qui quadrado y 10 96 para p 0 12 mostra que n o h rela o estatisticamente significativa entre o local de trabalho e o tipo de cargo Aproximadamente metade da amostra corresponde aos profissionais de n vel m dio e fundamental 49 2 sendo o restante da distribui o concentrada em enfermeiros e outros profissionais de n vel superior Quando se analisa a concentra o de profissionais por categorias nos dois hospitais encontra se que no HUOL a amostra foi composta por 53 9 de profissionais de n vel superior e 46 1 de profissionais de n vel m dio enquanto no HUAB esse percentual foi de 41 9 de profissionais de n vel superior contra 58 1 de profissionais de n vel m dio Esta diferen a de concentra o de profissionais de n vel superior no HUOL pode ser decorrente da complexidade das a es assistenciais naquele hospital Na observa o participante constatou se que no HUOL h estagi rios dos cursos t cnicos de enfermagem em est gio n o obrigat rio remunerado e funcion rios vinculados FUNPEC em atividade no hospital Estes n o fizeram parte da amostra mas formam uma massa significativa nas fun es assistenciais No HUAB n o h estagi rios de n vel m dio em est gio n o obrigat rio remunerado No entanto nas fun es assistenciais h v rios plantonistas vinculados a uma escala de plant o
40. Grande Natal divulgado em 18 de novembro de 2011 e dispon vel no site http www parnamirim rn gov br private upload boletins 1 668 pdf 38 O Adicional de Plant o Hospitalar APH foi Institu do em 2009 pela Lei 11 907 e regulamentado pelo Decreto 7 186 10 sendo uma gratifica o exclusiva dos hospitais federais sendo um valor fixo e n o proporcional ao sal rio 124 finais de semana e R 7 84 nos dias teis Os profissionais de n vel m dio recebem por hora R 42 91 nos finais de semana ou feriados R 34 33 nos dias de semana e n o realizam plant es de sobreaviso Os rendimentos mensais dos participantes est o descritos na Tabela 17 e somam o sal rio mais os adicionais de plant o O Qui quadrado y 84 413 para p 18 mostrou que h diferen a estatisticamente significativa na distribui o dos participantes segundo o rendimento mensal quando comparado com o cargo Observando se a tabela v se que 29 da amostra constitu da por profissionais que recebem mais de R 9 000 00 Dentre eles os enfermeiros s o os profissionais mais bem remunerados 71 4 recebem mais de R 9 000 00 seguidos pelos m dicos 70 recebem mais de R 9 000 00 Tabela 17 Rendimentos mensais dos participantes da pesquisa Rendimentos mensais De R DeR DeR DeR DeR De 1 200 00 1 800 00 2 400 00 3 000 00 3 600 00 R 5 400 00 Acima a R a R a R a R a R a R de R 1 800 00 2 400 00 3 000 00 3 600 00 5 400 00 9 000 00 9 000 00 Total
41. Local N M dia Desvio t Sig Intervalos Padrao x lt 2 x gt 4 VPEA HUOL 89 3 43 0 90 0 347 0 820 7 9 31 5 43 8 16 9 Afetos positivos HUAB 31 349 0 82 3 2 355 48 4 12 9 e ativa odo Total 120 345 0 88 6 7 32 5 450 15 8 comportamento VPEB HUOL 89 3 59 0 91 0 135 0 144 9 0 21 3 43 8 25 8 Afetos positivos HUAB 31 362 0 72 3 2 29 0 48 4 19 4 EENG Total 120 3 61 0 86 7 5 23 3 45 0 24 2 let rgico VNEA HUOL 89 2 32 0 84 0 980 0 001 47 2 34 8 16 9 11 Afetos negativos HUAB 31 2 16 0 50 54 8 45 2 e ativa o do Total 120 2 78 0 77 49 2 37 5 12 5 0 8 comportamento VNEB HUOL 89 2 55 0 93 1 116 0 013 33 7 47 2 14 6 4 5 ai negativos HUAB 31 2 35 0 59 45 2 48 4 6 5 comportamento Total 120 2 50 0 86 36 7 47 5 12 5 3 3 let rgico Na escala val ncia negativa e excita o alta VNEA indica que o indiv duo possui afetos negativos em rela o ao trabalho e manifesta isto atrav s de comportamentos como raiva e f ria A tabela 32 mostra que no HUOL h um percentual de participantes que quase sempre 16 9 ou sempre 1 1 vivencia esses sentimentos com rela o ao trabalho A an lise por hospital mostra que no HUAB n o h indica o de negatividade associada ativa o do comportamento j que n o h respostas nesses intervalos de frequ ncia o que indica poss vel comportamento de conformismo diante de sentimentos negativos com rela o ao trabalho No entanto durante a observa o participante no HUAB um profissional de sa
42. Mais que de costume Como de costume Menos que de costume Muito menos do que de costume 37 Tem sentido que voc n o consegue continuar as coisas que come a N o absolutamente N o mais que de costume Um pouco mais que de costume Muito mais do que de costume 38 Tem se sentido com medo de tudo que tem que fazer N o absolutamente N o mais que de costume Um pouco mais que de costume Muito mais do que de costume 39 Tem se sentido constante mente sob tens o N o absolutamente N o mais que de costume Um pouco mais que de costume Muito mais do que de costume 40 Tem se sentido incapaz de superar suas dificuldades N o absolutamente N o mais que de costume Um pouco mais que de costume Muito mais do que de costume 41 Tem achado a vida uma luta constante N o absolutamente N o mais que de costume Um pouco mais que de costume Muito mais do que de costume 42 Tem conseguido sentir prazer nas suas atividades di rias Mais que de costume Como de costume Um pouco menos que de costume Muito menos do que de costume 43 Tem tido pouca paci ncia com as coisas N o absolutamente N o mais que de costume Um pouco mais que de costume Muito mais do que de costume 44 Tem se sentido irritado e mal humorado N o absolutamente N o mais que de costume Um pouco mais que de costume Mu
43. N 16 Indiv duos apresentam sintomas graves de ordem f sica e ps quica raros sentimentos Pessimistas positivos e frequentes sentimentos negativos com rela o ao trabalho Grupo N 22 Indiv duos que embora apresentem sintomas graves de ordem f sica e ps quica Ambivalentes igualmente sentimentos positivos e negativos com rela o ao trabalho Grupo3 N 20 Indiv duos que n o apresentam sintomas ps quicos como estresse desejo de morte ou Somatizadores desconfian a do desempenho mas apresentam sintomas graves psicossom ticos e do sono H um rebaixamento dos afetos positivos e dos negativos Grupo4 N 277 Indiv duos cujo nico sintoma grave o desejo de morte apresentando se sintom ticos Depressivos com rela o aos outros fatores do QSG 60 Esses indiv duos t m afetos positivos com rela o ao trabalho com predomin ncia daqueles que conduzem a um comportamento let rgico e tamb m apresentam sentimentos negativos da mesma ordem Grupos N 35 Indiv duos que n o apresentam sintomas possuem sentimentos positivos em rela o ao Otimistas trabalho e raramente manifestam sentimentos negativos Os indiv duos do Grupo 1 Pessimistas apresentam predomin ncia de sintomas depressivos e afetos negativos tanto ativadores quanto let rgicos com rela o ao trabalho e n o apresentam sentimentos positivos Isto significa que esses indiv duos tanto podem sofrer em sil ncio como reagir com viol ncia n o neces
44. Organiza o da Atividade 5l A uma t cnica de enfermagem do HUAB cujo nome foi ocultado para impedir a identifica o 175 Entre os profissionais classificados como outros profissionais de n vel m dio na qual se incluem as categorias de auxiliares e t cnicos de enfermagem h uma diferen a entre as causas que comprometem as condi es de trabalho e a forma de rea o dos trabalhadores diante do risco psicossocial A observa o participante mostrou que no HUAB em geral os profissionais s trabalham na UFRN e n o desenvolvem outras atividades fora do hospital Assim sua sobrecarga quando ocorre na pr pria unidade de trabalho e parece ser estabelecida consensualmente entre os atores sociais Os la os afetivos com os colegas e a chefia s o mais fortes Esses la os promovem suporte socioemocional mas por outro lado contribuem para que ocorra altera o nas condi es do Ambiente Sociogerencial dificultando o processo de gest o do trabalho Esses la os provavelmente afetam percep o e express o dos afetos com rela o ao trabalho pois como visto no Cap tulo 9 no HUAB predomina o grupo dos Somatizadores cuja caracter stica principal o rebaixamento global dos afetos positivos e negativos resultando em sintomas som ticos e dist rbios do sono O HUOL um hospital muito maior e mais complexo que o HUAB sendo as rela es de trabalho mais fragmentadas Os la os afetivos geralmente ocorrem dentro de pequ
45. Secretaria Municipal de Sa de e posteriormente no Hospital Universit rio Onofre Lopes da UFRN Em todos os locais atuou na assist ncia ao paciente e vivenciando as condi es de trabalho caracter sticas do sistema p blico de sa de Atuando no referido hospital a pesquisadora tornou se respons vel pelo gerenciamento dos recursos humanos e foi respons vel pela administra o de aspectos da vida laboral hospitalar que repercutiam direta ou indiretamente na sa de dos trabalhadores como o trabalho em turnos o trabalho noturno as condi es insalubres as condi es periculosas as rela es interpessoais entre pares com a clientela ou com os superiores diversos tipos de v nculos empregat cios com as institui es trabalho semelhante ao fabril nos setores de nutri o e processamento da roupa hospitalar a atua o rotineira a urg ncia e a emerg ncia No ambiente daquele hospital existiam tamb m situa es que exigem o exerc cio de fun es que n o s o exclusivas dos profissionais de sa de e que revelam interfaces como outras profiss es o caso do trabalho administrativo docente e assistencial Observou se que no hospital existem ambientes caracterizados pela alta tecnologia e outros em que os recursos s o prim rios ou quase inexistentes No momento seguinte a pesquisadora fez parte do grupo de gestores da Pr Reitoria de Recursos Humanos PRH da UFRN e logo comp s o grupo de profissionais que presta assist ncia dir
46. Sistema nico de Sa de e as pol ticas de assist ncia ao servidor p blico federal Os v nculos dimens es e fontes prescritas mencionadas s o todas din micas e constru das historicamente O cap tulo inicia realizando uma explana o hist rica sobre cada um dos hospitais e depois apresenta uma an lise institucional dos mesmos e a rela o destes com o SUS As informa es que fundamentaram o cap tulo foram coletadas em pesquisa de campo apoiada na observa o participante em entrevistas com informantes privilegiados nos tr s hospitais e em an lise documental abordando documentos institucionais e not cias da m dia sobre os hospitais 7 1 Contexto hist rico O Hospital Universit rio Onofre Lopes originou se do primeiro hospital p blico do estado criado em 1855 atrav s da Lei n 335 de 10 de setembro primeiramente denominado Hospital da Caridade mantido pelo estado e por doa es sendo extinto em 1906 por m conservando uma enfermaria em atividade para atender aos doentes miser veis Em 1909 o ent o Governador do Estado Alberto Maranh o reorganizou as a es de sa de e o comerciante Juvino Barreto doou uma resid ncia de veraneio no local onde hoje funciona o hospital na Av Nilo Pe anha n 620 Petr polis sendo criado o Hospital de Caridade Juvino Barreto como hospital geral que passou a funcionar no dia 12 de setembro 94 daquele ano com 18 leitos sendo dirigido por Dr Janu rio Cicc
47. Total N de 35 36 35 14 120 participantes do Total 29 2 30 0 29 2 11 7 100 0 Os dados apresentados demonstram que 59 2 dos participantes contribuem com mais da metade da renda familiar Desses os funcion rios do HUAB contribuem mais para a renda familiar que aqueles lotados no HUOL Evidencia se na tabela que no HUAB 68 8 dos participantes informam que seus rendimentos constituem a totalidade ou quase totalidade da composi o da renda familiar quando somados os escores de cada uma dessas faixas de contribui o do participante na renda familiar Talvez possa ser em parte explicado pelo fato de que o HUAB se encontra no interior do estado numa regi o socioecon mica em que existem poucos empregos e que a maioria dos respondentes conforme j apresentado na Tabela 5 foram os profissionais de n vel m dio Eles em sua maioria residem no pr prio munic pio ou em cidades circunvizinhas conforme mostrou a observa o participante Em s ntese com rela o s condi es contratuais e jur dicas os dados demonstram que s o previstas para os participantes da pesquisa iguais condi es de contrato por serem todos servidores federais e neste aspecto recebem recompensas organizacionais semelhantes na forma de sal rios e benef cios Mas na pr tica o contexto de cada hospital contribui na configura o de viv ncias e sentidos diferentes a essas mesmas condi es fruto das intera es dos trabalhadores entre si e com suas che
48. acidente de trabalho ou portador de doen a profissional e do trabalho II participa o no mbito de compet ncia do Sistema nico de Sa de SUS em estudos pesquisas avalia o e controle dos riscos e agravos potenciais sa de existentes no processo de trabalho III participa o no mbito de compet ncia do Sistema nico de Sa de SUS da normatiza o fiscaliza o e controle das condi es de produ o extra o armazenamento transporte distribui o e manuseio de subst ncias de produtos de m quinas e de equipamentos que apresentam riscos sa de do trabalhador IV avalia o do impacto que as tecnologias provocam sa de V informa o ao trabalhador sua respectiva entidade sindical e s empresas sobre os riscos de acidente de trabalho doen a profissional e do trabalho bem como os resultados de fiscaliza es avalia es ambientais e exames de sa de de admiss o e de demiss o respeitados os preceitos da tica profissional VI participa o na normatiza o fiscaliza o e controle dos servi os de sa de do trabalhador nas institui es e empresas p blicas e privadas VII revis o peri dica da listagem oficial de doen as originadas no processo de trabalho tendo na sua elabora o a colabora o das entidades sindicais e VIII a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao rg o competente a interdi o de m quina de setor de servi o ou de
49. adapta o uma das vantagens da escala que ela traz um modelo bidimensional de an lise mostrando o efeito dos sentimentos na a o humana no trabalho Tabela 5 Dimens es de avalia o do Bem Estar Afetivo no Trabalho Dimens o Caracter sticas comportamentais relativas aos afetos Val ncia Positiva Excita o Alta VPEA Com energia empolgado e entusiasmado Caracteriza se por sentimentos de prazer em rela o ao trabalho e ativa o do comportamento Val ncia Positiva Excita o Baixa VPEA Tranquilo contente e satisfeito Caracteriza se por sentimentos de prazer em rela o ao trabalho e comportamento let rgico Val ncia Negativa Excita o Alta VPEA Com raiva incomodado e furioso Caracteriza se por sentimentos de desprazer em rela o ao trabalho e ativa o do comportamento Val ncia Positiva Excita o Baixa VPEA Desencorajado desgostoso e triste Caracteriza se por sentimentos de desprazer em rela o ao trabalho e comportamento let rgico Adaptado de Gouveia Fonseca Lins e Gouveia 2008 O Question rio de Perfil dos Participantes cont m quest es sobre aspectos sociodemogr ficos como idade sexo n vel de instru o local de trabalho entre outros O roteiro do grupo focal Anexo 5 obedeceu o proposto por Krueger 1994 contendo aproximadamente 12 quest es divididas da seguinte forma v quest es abertas feitas a todos para identificar as caracter sticas comuns dos partici
50. adoecimento O servidor foi ent o encaminhado para assist ncia psiqui trica psicol gica e social Sua fam lia recebeu suporte e foram feitas interven es no seu local de trabalho tanto com car ter diagn stico como para posterior reintegra o do servidor a suas fun es profissionais A a o aqui descrita foi desenvolvida ao longo de tr s anos Posteriormente o servidor foi reintegrado a suas atividades profissionais e continuou tendo acompanhamento peri dico da DASS pois ocorreu no per odo a mudan a da nomenclatura do Departamento para Diretoria Ap s o afastamento da psic loga que acompanhava o servidor o mesmo ficou sem assist ncia psicol gica Seu psiquiatra assistente resolveu dar continuidade ao tratamento em consult rio pr prio embora sem nus para o funcion rio assistido Posteriormente o funcion rio foi aposentado por invalidez Este servidor n o era um trabalhador de sa de Se fosse talvez o caso jamais tivesse chegado ao departamento j que a observa o participante revelou uma tend ncia autoprote o dos profissionais de sa de que buscando ajudarem se mutuamente s vezes encobrem as patologias ps quicas minimizando suas consequ ncias o que parece ser um 2 Atual PROGESP 112 mecanismo de defesa em que negado o direito ao adoecimento s ao cuidar Tamb m oportuno mencionar que as a es realizadas no caso anteriormente citado como exemplo n o foram institucionalizadas nem
51. amostra acidental em que a acessibilidade e voluntariedade dos participantes foram os crit rios b sicos de inclus o na amostra Essa amostra resultou em 89 participantes no HUOL e 31 participantes no HUAB Para o grupo focal e entrevista a estrat gia foi propositiva na medida em que os participantes da pesquisa foram inclusos entre os presentes no momento da atividade de campo seguindo a evolu o da inser o da pesquisadora no campo de pesquisa O grupo focal contou com a participa o de 06 profissionais de sa de e foram entrevistados 15 profissionais de sa de no HUAB e 23 no HUOL totalizando 38 entrevistas 83 6 3 Atividade de campo Antes do in cio da atividade de campo o projeto de pesquisa foi submetido aprecia o do comit de tica e Pesquisa da UFRN cujo protocolo constitui o Anexo 1 Entretanto por se tratar de uma pesquisa o considera se que atividade de campo se iniciou no contato da pesquisadora com o campo no momento de explicita o dos objetivos de pesquisa para os diretores dos hospitais e coordenador do CHS o que j foi comentado anteriormente A pesquisa documental abrangeu documentos da UFRN e do Governo Federal que tratavam das condi es de trabalho e da sa de do trabalhador bem como not cias da m dia atas de reuni es nos hospitais informes nas m dias utilizadas pelo sindicato A coleta de dados utilizando question rios estruturados como instrumento de pesquisa foi desenvolvida na se
52. amostra local 25 8 48 3 25 8 100 0 HUAB N de participantes 14 17 0 31 na amostra local 45 2 54 8 0 0 100 0 Total N de participantes 37 60 23 120 do Total 30 8 50 0 19 2 100 0 Qui quadrado 10 99 para p 0 004 49 e z su y J N Essa profissional foi afastada pelo m dico do trabalho ap s per cia durante um processo de remo o Nos primeiros dias da licen a nos procurou para relatar sua ang stia em ter que parar de exercer suas atividades laborais 159 No HUOL h um percentual 25 8 de profissionais de sa de com comprometimento grave da sa de ps quica correspondente a sintomas psiqui tricos e al m destes quase a metade dos pesquisados 48 3 apresentam se sintom ticos inspirando cuidados No HUAB o percentual de casos sintom ticos superior a 50 mas n o existem casos graves o que denota melhor condi o de sa de ps quica dos participantes HUOL H que se considerar que escores sintom ticos s o sempre preocupantes e se n o h uma a o efetiva para reduzir sua ocorr ncia tendem ao agravamento A es que visem a qualidade de vida no trabalho podem ser uma estrat gia para o enfrentamento da situa o mas precisam ser adequadas ao contexto de trabalho dos profissionais de sa de para surtirem efeito Durante o per odo de observa o participante a UFRN lan ou um programa de qualidade de vida no trabalho e realizou algumas a es nos diversos ambientes organizacionais inclusive no am
53. amp L pez Corbal n J C 1999 Abuso de sustancias psicoactivas entre los profesionales de la salud Revista espa ola de anestesiologia y reanimaci n 46 8 354 8 Saravia E J 2002 Redes organiza es em rede e organiza es virtuais Revista Portuguesa e Brasileira de Gest o v 1 n 1 abr jun 2002 Sartre J P amp Ferreira V 1961 O existencialismo um humanismo Lisboa Editorial Presen a 193 Serva M amp Jaime Jr P 1995 Observa o participante e pesquisa em administra o uma postura antropol gica Revista de Administra o de Empresa 35 1 64 79 Schein E H 1982 Psicologia Organizacional Rio de Janeiro Prentice Hall Schraiber B L Peduzzi M Sala A Nemes M I B Castanhera E L R amp Kon R 1999 Planejamento gest o e avalia o em sa de identificando problemas Ci ncias e Sa de Coletiva 4 221 42 Silva C O 2002 Vida de hospital a produ o de uma metodologia para o desenvolvimento da sa de do profissional de sa de Tese de Doutorado n o publicada Funda o Oswaldo Cruz Rio de Janeiro Silva V F Argolo J C T amp Borges L O 2005 Exaust o emocional em profissionais de sa de da rede p blica de Natal In L O Borges Org Os profissionais de sa de e seu trabalho pp 247 258 S o Paulo Casa do Psic logo Smith A 1983 A riqueza das na es investiga o sobre sua natureza e suas causas L J Bara na Tra
54. ao que aquele autor chama de conceitos normativistas Para ele sa de e doen a t m aspectos objetivos que s o iguais para qualquer esp cie Deve se portanto excluir do conceito qualquer argumento valorativo Para Boorse 1975 a valora o no conceito de sa de representa o que desej vel para o indiv duo e a sociedade mas o autor defende que necess rio encontrar uma no o de sa de destitu da de quaisquer valores Prop e ent o sua defini o de sa de como aus ncia de doen a com duas consequ ncias a sa de como oposto doen a sendo este enfoque te rico e a 65 doen a como cumprimento deficiente de uma fun o biol gica sendo a resultante pr tica da aplica o do conceito te rico A doen a leva o indiv duo a uma disfuncionalidade e a certo grau de incapacita o que pode ser mensurado Esta ideia tamb m defendida por Claude Bernard 1865 2003 para quem o estado patol gico consiste na varia o quantitativa de um estado normal Logo para se descobrir se um indiv duo saud vel preciso mensurar usando como par metro a doen a A cr tica que se faz a Boorse n o est no fato de considerar o funcionamento org nico mas em desconsiderar as outras quest es envolvidas no processo sa de doen a Se aceitarmos o pressuposto existencialista j discutido no cap tulo inicial desta tese de que a mat ria precede a consci ncia ent o uma altera o no funcionamento ps quico precedida de uma
55. aten o sa de da mulher parte integrante da rede assistencial do munic pio como unidade de aten o terci ria realizando pr natal de alto risco cirurgias obst tricas e a es de planejamento familiar como a cirurgia de laqueadura tub ria e coloca o de dispositivos intrauterinos urg ncia obst trica e ginecol gica O hospital garante uma assist ncia integral gestante e pu rpera atrav s de a es como o M e Cidad um projeto de extens o universit ria em que mulheres com gravidez de alto risco s o preparadas para o parto e a maternidade O projeto M e Cidad contempla a es educativas que abordam os aspectos fisiol gicos psicol gicos nutricionais sociais entre outros relacionados com o per odo grav dico e puerperal com aten o especial prepara o para a amamenta o e para o diagn stico precoce de condi es que possam levar a intercorr ncias Desse projeto participam os profissionais de sa de do hospital e os residentes vinculados Resid ncia Multiprofissional em Sa de e da Resid ncia M dica Outro projeto mantido pelo hospital o Nascer na Adolesc ncia que trata de assistir a adolescente gr vida para minimizar riscos gestacionais de ordem f sica ou ps quica Como o HUAB n o disp e de UTI as emerg ncias de parto e as complica es sa de da gestante e da pu rpera que n o podem ser resolvidas no hospital s o encaminhadas para a MEJC em Natal ou na falta de vaga neste h
56. atividade foi o terceiro com maiores m dias por m n o negativo ou positivo em si mesmo Seu impacto sobre a sa de vai existir se a ele forem somados outros elementos das condi es de trabalho como gerenciamento inadequado falta de apoio social entre outros j que n o poss vel evitar a realiza o de tarefas complexas nem deixar de agir com rapidez ou se eximir da responsabilidade por danos e de tomar iniciativa diante do imprevisto quando se escolhe ser profissional de sa de 149 9 Avalia o da sa de ps quica dos profissionais de sa de nos hospitais da UFRN Os resultados a seguir apresentam a sa de ps quica dos participantes da pesquisa nos hospitais da UFRN que foram campo de pesquisa Para que fossem obtidos foram utilizados dois instrumentos de pesquisa o QSG 60 e a JAWS 12 ambos j descritos anteriormente no cap tulo referente ao m todo al m de entrevistas informais e observa es participantes nos dois hospitais Como a pesquisadora esteve imersa no campo durante a coleta algumas entrevistas foram demandadas pelos pr prios profissionais de sa de especialmente em dois momentos ap s a morte de uma enfermeira durante um plant o no HUOL e ap s o acidente fatal que vitimou uma psic loga do HUAB Essas condi es particulares fizeram emergir v rias preocupa es nos pesquisados e relatos de viv ncias que foram elucidativos para a compreens o dos dados da pesquisa quantitativa 9 1 Sa de p
57. condi es de trabalho em profissionais de sa de nos hospitais da UFRN 1 2 Relev ncia social O estudo ser realizado em dois hospitais da UFRN um hospital geral para adultos e um hospital maternidade com pronto socorro com atendimento ambulatorial e unidades de interna o Neste contexto existe a possibilidade da exposi o desses trabalhadores a v rios riscos ao mesmo tempo uma multiplicidade de condi es de trabalho que tamb m podem estar presentes em outras categorias profissionais podendo incentivar novas pesquisas a associa o no mesmo ambiente do trabalho docente e t cnico e atividades meio e fim Essas raz es tamb m justificam em parte a proposta Outra justificativa decorre da necessidade apontada pela III Confer ncia Nacional da Sa de do Trabalhador 2006 que em suas resolu es recomenda 144 Implantar e manter m todos e t cnicas que promovam a preven o aos desconfortos f sicos e mentais cinesioterapia laboral din mica de relaxamento de socializa o e interven es ergon micas e que sejam resultantes de uma avalia o pr via do trabalhador e de seu posto de trabalho visando manuten o da sa de e da qualidade de vida do trabalhador durante sua jornada de trabalho 22 Para que esses m todos e t cnicas sejam planejados selecionados e empregados mais adequadamente necess ria uma compreens o do contexto de trabalho em sua rela o com a sa de para a qual a pesquisa pode
58. de acordo com a OMS 2006 s o os de prevenir diagnosticar e restaurar as doen as educar e desenvolver pesquisas para a gera o de sa de As atividades preventivas devem ser concretizadas com o acompanhamento da gravidez e do nascimento com o desenvolvimento da crian a e do adolescente com programas de vacina o campanhas contra febres doen as sexualmente transmiss veis invalidez f sica e mental A restaura o da sa de realizada pelo hospital por meio das atividades de diagn sticos e tratamentos Se esses forem realizados com qualidade e rapidez os hospitais tornam se centros geradores de sa de As atividades educativas correspondem a programas de treinamento nas reas de servi os m dicos de diagn sticos tratamento interna o e de apoio gerencial para o p blico interno e externo Para prevenir diagnosticar restaurar doen as e educar para suas atividades o hospital deve ser din mico e manter se atualizado testando e pesquisando sistematicamente a tecnologia de servi os m dicos de diagn sticos e de apoio OMS 2006 Na realidade brasileira com o Sistema nico de Sa de a defini o se adequa melhor ao SUS Pode se ent o caracterizar um hospital como um estabelecimento de sa de possuidor de diferentes n veis de diferencia o e meios tecnol gicos cujo objetivo principal a presta o de cuidados de sa de durante 24 horas por dia Esses cuidados envolvem o diagn stico o tratamento e a reabilita o
59. de autogerenciamento e participa o na tomada de decis o Al m disso o hospital pequeno com poucos profissionais de n vel m dio que em geral s tem um emprego o que permite esse tipo de arranjo que possivelmente traz benef cios para a sa de ps quica No HUOL a observa o participante no contexto mostra um cen rio bem diferente Em geral n o h conflito de hor rio nos ambulat rios que disp e de muitas salas distribu das por cl nicas Assim quando necess rio os hor rios s o negociados previamente entre profissionais de uma mesma cl nica Nas unidades de internamento as trocas s o francamente desestimuladas e h todo um procedimento burocr tico para que ocorram entre os profissionais de sa de de n vel m dio e entre os enfermeiros Geralmente n o se d o entre outros profissionais de n vel superior exceto alguns m dicos plantonistas do hospital e da UTI pois suas atividades s o muito bem delimitadas por setor sendo tamb m seu quantitativo muito pequeno A observa o participante permite compreender que o n vel de complexidade do HUOL um fator que dificulta a autonomia dos profissionais quanto ao gerenciamento do tempo e de suas atividades O hospital muito grande e segmentado em setores tanto na interna o quanto na assist ncia ambulatorial Agrega profissionais de m ltiplos v nculos sobretudo na enfermagem alguns com cargas hor rias diferentes Muitos profissionais t m mais de um v nculo empr
60. de conhecido por sua irritabilidade e comportamentos de ira teve uma rea o contra uma colega de trabalho chegando a amea la Depois disso tem se mostrado pacato e em alguns momentos at aparenta melhora do humor Mas os colegas agora o temem mais ainda Uma dessas colegas de setor num momento informal confessou Eu fa o qualquer coisa para esquecer que eu existo Fa o todo o trabalho e deixo ele fazer s o que quer Tenho medo que ele me agrida de verdade Agora venho trabalhar preocupada No dia anterior j nem consigo dormir direito quando sei que ele estar no plant o O engra ado que agora ele fala comigo todo contente Entrevistado 15 HUAB 161 Possivelmente esse seja um exemplo do que foi explicitado anteriormente sobre a ativa o de sentimentos negativos com rela o ao trabalho Ressalte se que no HUAB sentimentos positivos e bem estar no trabalho foram mencionados em v rios momentos da observa o participante Um exemplo a fala de uma t cnica de enfermagem que havia perdido a filha num acidente automobil stico questionada sobre a possibilidade de uma licen a para que se mantivesse afastada do ambiente de trabalho carregado de lembran as j que a filha trabalhava no hospital Sua fala denota que o trabalho no seu caso ajuda a garantir sua sa de ps quica Aqui me sinto bem Saio de casa com vontade de chorar mas aqui tenho minhas amigas tenho as pacientes que precisam muito de mim
61. de transplantes de cirurgias card acas e de di lise leitos de enfermarias das diversas cl nicas e disciplinas cir rgicas e seu cliente a rede de sa de do estado uma vez que n o aceita a demanda espont nea Por sua vez os clientes da rede encaminhados ao HUOL s o principalmente adultos oriundos da capital e do interior do estado Em sua rela o com a doc ncia o HUOL abriga os departamentos de Medicina Cl nica e Cirurgia do curso de Medicina e campo de est gio para os cursos da rea da sa de ofertados para a UFRN mantendo estreita rela o com a rea acad mica Abriga tamb m Resid ncia M dica e a Resid ncia Multiprofissional em Sa de Em 2010 o HUOL incorporou como uma de suas unidades o Hospital de Pediatria Dr Heriberto Bezerra HOSPED para que fosse poss vel credenciar junto ao SUS uma unidade de terapia intensiva pedi trica Atualmente com a incorpora o j est o sendo realizadas pelo HUOL algumas atividades assistenciais em pediatria como exames laboratoriais exames de imagem consultas especializadas de algumas cl nicas para complementa o de diagn stico ou tratamento e o preparo das refei es dos pacientes pedi tricos internos As demais atividades como interna es e consultas continuam sendo realizadas no HOSPED Portanto esta incorpora o at o momento principalmente documental posto que o HOSPED ainda subsista como unidade f sica independente do HUOL com sua hist ria e
62. do ambiente de trabalho para lidar com as adversidades clim ticas e Risco de acidentes que indica o quanto os aspectos anteriores representam amea as integridade dos trabalhadores e as pr ticas para preven o de consequ ncias indesej veis tiveram a m dia igual ou abaixo de 2 24 O resultado mostra que os participantes da pesquisa provavelmente consideram as condi es adequadas pois suas respostas indicam que se sentem pouco expostos a estas condi es posto que apenas no fator Espa o de Trabalho existem respostas situadas entre algumas vezes e raramente sendo esta ltima a reposta correspondente m dia obtida nos outros dois fatores Buscou se saber se havia diferen a entre as m dias nos fatores por local de trabalho e como os participantes da pesquisa se distribu fam nos intervalos estimando se as m dias nos fatores para os participantes segundo os hospitais e aplicando se o teste t Tabela 21 Adicionalmente levantou se a frequ ncia dos participantes por intervalos dos escores nos fatores Observa se que al m da percep o dos riscos psicobiol gicos ser frequente esta mais acentuada no HUOL que no HUAB como mostra a Tabela 20 129 Tabela 20 Escores nos fatores das condi es f sicas e materiais por hospital Fatores Local N M dia Desvio f Sig Intervalos padr o x lt 2 2 lt x lt 3 3 lt x lt 4 x gt 4 F1 Aspectos HUOL 89 3 43 0 92 2 63 0 01 6 8 29 5 30 7 33 0 psicobiol gicos HUAB 31 3 03 0 68 6 5 35
63. doc ncia em sa de que at ent o funcionava com professores gerenciando enfermarias e leitos com 106 rotinas que se estabeleciam para atender aos requisitos das disciplinas que ministravam e n o por crit rios como teto financeiro pago por procedimento dias pr estabelecidos por procedimento realizado necessidade de rotatividade de leitos determina o das interna es por crit rios pactuados para atender as demandas do sistema e n o apenas da doc ncia A cria o do CHS representou tamb m uma tentativa de integrar unidades com culturas organizacionais diversificadas em virtude de seus hist ricos e do tipo de assist ncia que tradicionalmente prestavam Por m a integra o nunca se efetivou da forma esperada dada a complexidade do HUOL em rela o aos outros hospitais e s especificidades de cada uma das unidades hospitalares sendo o CHS extinto como unidade administrativa em janeiro de 2012 e substitu do pela Assessoria para a Gest o dos Hospitais Universit rios rg o assessor da Reitoria A vincula o dos hospitais universit rios ao SUS demandou novas quest es A primeira diz respeito necessidade de atendimento aos princ pios estabelecidos pela Constitui o Federal de 1988 que no cap tulo VIH da Ordem social na sec o II referente Sa de no artigo 196 define A sa de direito de todos e dever do estado garantido mediante pol ticas sociais e econ micas que visem a redu o do risco de doen
64. duo parece cri la sozinho O homem saud vel normativo em rela o s demandas do meio sendo portanto normal do ponto de vista do processo sa de doen a Quando falha a capacidade de normatividade surge a patologia Ainda de acordo com Canguilhem 2006 a patologia provoca modifica es na estrutura do indiv duo incluindo a sua personalidade ou seja quando a anomalia resulta em sintomas Provoca sofrimento contrariedade impot ncia diante da vida altera es funcionais impedimentos Hegenberg 1998 Canguilhem 2006 Este autor tamb m acrescenta que apenas o pr prio indiv duo tem condi es de avaliar o quanto est desviante do que lhe normal Mas essa avalia o vai se traduzir em sintomas que podem ser mensurados e classificados Se levarmos para o campo da sa de ps quica os sintomas que v o aparecer na avalia o ps quica de um indiv duo s o representativos da sua n o normatividade ou seja da sua n o capacidade de ajustamento s demandas do meio Esses sintomas v o ser agrupados 69 caracterizando um transtorno na forma como cada um descrito nas classifica es de doen as CID 10 DSM IV Canguilhem 2006 tamb m ressalta que anormal n o sin nimo de patol gico Se o fen meno observado for fora da norma geral mas apresentar funcionalidade para o sujeito ent o n o podemos dizer que n o h sa de No entanto se h disfuncionalidade resultando em sofrimento e sintomas estamos dian
65. e ainda subsiste em parte por uma diferen a de percep o quanto miss o do profissional de enfermagem Essa diferen a provavelmente se deveu lacuna extensa de tempo sem que houvesse concurso para cargos do ambiente sa de da UFRN mostrando que houve mudan a na forma o do perfil profissional Outra possibilidade talvez se deva ao fato de que muitas das enfermeiras mais 44 Como por exemplo a oficina conduzida por esta pesquisadora para redefinir o fluxo dos processos da Diretoria de Apoio Assistencial 147 jovens vieram do sistema privado em que as exig ncias de atua o eram diversas das encontradas no HUOL onde havia mais gerenciamento que interven o assistencial O ltimo fator em an lise por hospitais o Ambiente Conflitivo cujas m dias por hospital s o M 2 21 para o HUOL e M 2 25 para o HUAB Embora pare am pr ximas o h uma diferen a estatisticamente significante entre as m dias t 0 17 para p lt 0 001 sendo que os percentuais de respostas dos participantes no fator indicam que o ambiente conflitante mais informado no HUAB que no HUOL O dado semelhante ao encontrado na observa o participante onde se percebeu que os conflitos est o presentes e envolvem em geral disputa por lugar de trabalho e concep es sobre realiza o de tarefas Um ponto a se destacar a presen a de muitos residentes e de estagi rios dos cursos da sa de num hospital de pequeno porte como o HUAB H em virtude disto
66. e pol ticos nos quais os indiv duos vivem e nos quais s o constitu dos os conceitos e que regem suas vidas uma vez que aquilo que institu do passa a valer como norma social Ao mesmo tempo esses indiv duos estabelecem rela es dial ticas com as institui es Ent o medida que constroem o contexto s o constru dos por ele Deste modo conceitos como sa de doen a normalidade patologia psiquismo ou mentalismo prov m formalmente das institui es e s o introjetados pelas pessoas respaldando e explicando as a es de indiv duos e grupos No entanto se as institui es s o formadas por pessoas antecedendo o conceito formal j h uma ideia no senso comum sobre esta tem tica Eis a a conota o dial tica da constru o desses conceitos Canguilhem 2006 dedica se ao estudo epistemol gico do conceito de sa de j enunciado anteriormente quando se discutiu o conceito negativo de sa de e diferencia normatividade de normalidade Para ele normatividade a capacidade do indiv duo criar normas ajustar se a normas e estabelecer normas para si mesmo fazendo frente s diversas situa es de seu cotidiano enquanto normalidade aquilo que est de acordo com a norma A vida para o autor supramencionado normativa uma vez que subordinada a normas e estas aos homens que as instituem Sendo o homem um ser social em rela o dial tica com seu meio a norma ent o sancionada socialmente mesmo quando o indiv
67. estar psicol gico 4 Caracter sticas da tarefa tem rela o com a forma como o trabalho realizado e inclui aspectos como conflitos expectativas do trabalhador desempenho participa o etc 53 v Processo de trabalho diz respeito divis o e organiza o do trabalho v Condi es sociais ou organizacionais dizem respeito s rela es interpessoais no contexto do trabalho divis o da autoridade entre outros Esses autores agregam a dimens o s cio organizacional de an lise aos fatores estudados anteriormente por Muchinsky 1994 enfatizando o papel do clima organizacional Por m este conceito n o abrange todos os aspectos simb licos que condicionam o trabalho nas organiza es como a cultura organizacional que deveria ser compreendida como uma dimens o importante das condi es de trabalho Diferentemente dos autores citados anteriormente Ramos et al 2002 enfatizam as condi es de emprego Blanch Espuny Gala e Mart n 2003 conceituam condi es de trabalho como um conjunto de circunst ncias em que se desenvolvem as atividades laborais e que incidem significativamente tanto na experi ncia laborativa como na din mica das rela es que se estabelecem no trabalho seguindo a mesma linha te rica de Ramos Peir e Ripoll 2002 que consideram a rela o dial tica entre trabalhador e meio social no qual se insere De acordo com ele as mudan as nas condi es de trabalho repercutem na vida cotidiana de p
68. ferramentas adequadas 032 4 Exig ncias desproporcionais s condi es de trabalho 032 5 Conflitos com colegas e chefias 032 6 Exig ncias conflitantes com seus princ pios e valores 032 7 Realizar tarefas diferentes das suas 032 8 Sobrecarga de tarefas 032 9 Realizar tarefas conflitivas ou contradit rias 032 10 Realizar tarefas desagrad veis 032 11 Ficar sem fazer nada 032 12 Assumir responsabilidade por punir 033 No ltimo ano esteve sujeito no trabalho a Nunca Raramente Algumas vezes Muitas vezes Sempre N o se aplica 033 1 Agress es verbais 033 2 Amea as de viol ncia f sica 033 3 Viol ncia f sica 033 4 Intimida es persegui o 033 5 Discrimina o de sexo homem x mulher 033 6 Ass dio sexual 033 7 Discrimina es ligadas idade 033 8 Discrimina es ligadas nacionalidade 033 9 Discrimina es ligadas a quest es raciais 033 10 Discrimina o ligada classe social 033 11 Discrimina o ligada religi o 033 12 Discrimina o ligada a caracter sticas pessoais altura surdez cegueira gagueira etc 033 13 Discrimina o ligada a prefer ncias sexuais 033 14 Discrimina o ligada hist ria pessoal prostitui o ex presid rios portadores de doen as contagiosas ou cr nicas etc 0
69. gestor administrativo e financeiro do SUS respons vel pelo repasse de recursos a todas as inst ncias componentes do sistema Desta forma os hospitais universit rios foram postos diante do fato de que estavam obrigatoriamente integrados a um sistema que definia a pol tica assistencial e as prioridades e o seu papel n o era mais definido exclusivamente pelo Minist rio da Educa o Outro fator 38 crucial foi o financiamento das a es que passou para o Minist rio da Sa de Desta maneira a autonomia para o estabelecimento de crit rios exclusivamente educacionais para constitui o da clientela como n mero de atendimentos por profissional interna o e alta de pacientes tempo de dura o dos internamentos conduta dos profissionais e sua autonomia tiveram que ser alterados Coube ao MEC custear a folha de pessoal e ao Minist rio da Sa de remunerar os procedimentos De maneira que imp s se aos hospitais universit rios rever os crit rios de consultas interna es altas dias de interna o para cada procedimento aten o para os custos e registros entre outras coisas A vincula o dos custos receita para Bezerra e Duarte 2005 significou um divisor de guas na medida em que implicou a necessidade de maior racionaliza o dos recursos Isto provocou nos hospitais universit rios uma mudan a significativa com rela o autonomia de estabelecimento de crit rios de acesso e de fornecimento de servi os Extin
70. ingresso nos cargos No entanto conforme constatado na observa o participante as atividades desempenhadas nos hospitais da universidade s o exatamente as mesmas para as duas categorias apesar da remunera o dos auxiliares de enfermagem ser mais baixa como est descrito na tabela de remunera o vigente a qual j foi feita refer ncia Nos dois hospitais um acr scimo remunera o dos profissionais de sa de obtido atrav s de gratifica o denominada Adicional de Plant o Hospitalar APH percebida por profissionais que cumprem plant es eventuais cuja remunera o chega a acrescer o sal rio em 50 com aproximadamente 4 plant es para o n vel m dio No n vel superior esse adicional tem um impacto menor na remunera o em virtude de terem sal rios mais elevados Os profissionais de n vel superior recebem por hora R 70 63 nos finais de semana ou feriados R 56 50 nos dias de semana R 12 84 por plant es de sobreaviso nos feriados e 35 A tabela de remunera o vigente pode ser consultada em http www servidor gov br publicacao tabela remuneracao tab remuneracao tab rem 11 tab 56 2011 pdf 3 A jornada especial do cargo de m dico determinada pela Portaria n 1 100 de 6 de julho de 2006 da Secretaria de Recursos Humanos do Minist rio do Planejamento Or amento e Gest o publicada no DOU de 10 de julho de 2006 37 A t tulo de exemplo ver o Edital de Concurso P blico da Prefeitura de Parnamirim cidade da
71. instru o N vel de Instru o Ensino Ensino Ensino Ensino fundamental m dio superior superior P s completo completo incompleto completo graduado Total HUOL N de participantes 1 10 9 13 56 89 na amostra local 1 1 11 2 10 1 14 6 62 9 100 0 HUAB N de participantes 2 13 0 2 14 31 na amostra local 6 5 41 9 0 0 6 5 45 2 100 0 Total N de participantes 3 23 9 15 70 120 do Total 2 5 19 2 7 5 12 5 58 3 100 0 Procurou se ent o conhecer o percentual de profissionais de n vel m dio que tinham gradua o ou p s gradua o e os de n vel superior com p s gradua o Os resultados est o expressos na tabela 14 Tabela 14 Participantes da pesquisa por n vel de instru o e tipo de cargo N vel de instru o Ensino Ensino Ensino Ensino j fundamental m dio superior superior Tos a completo completo incompleto completo graduaan Total M dico N de participantes 0 0 0 0 10 10 na amostra 0 0 50 50 8 3 8 3 Enfermeiro N de participantes 0 0 0 2 26 28 na amostra 0 50 50 1 7 21 7 23 3 Outros N de participantes 0 0 0 2 21 23 profissionais na amostra 10 10 10 17 17 5 19 2 de n vel superior Profissionais N de participantes 3 23 9 11 13 59 de n vel m dio na amostra 2 5 19 2 7 5 9 2 10 8 49 2 e fundamental Total N de participantes 3 23 9 15 70 120 Total na amostra 2 5 19 2 7 5 12 5 58 3 100 0 O Qui quadrado foi aplicado y 66 438 para p 0 00 mostrando
72. lise psicossociol gica aprofundada mas auxilia a compreender o pensamento administrativo que levou organismos como o Minist rio da Sa de 2006 a OPAS 2004 e autores que se dedicam aos estudos organizacionais em hospitais como Borba 1989 e Mirshawka 1999 a adotarem conceitua es ora sist micas ora mecanicistas para descrever as organiza es hospitalares Para compreender as institui es hospitalares necess rio contudo atentar para o que prop e Guerreiro Ramos 1981 e avaliar problemas de ordena o dos neg cios sociais numa microperspectiva tanto quanto numa perspectiva macro p 35 Para ele n o poss vel estudar os fen menos organizacionais sem considerar as condutas individuais e vice versa Este posicionamento leva a adotar uma perspectiva psicossociol gica de an lise que pressup e uma abordagem mais ampla permitindo compreender a din mica organizacional em suas v rias facetas De acordo com Ramos Peir e Ripoll 2002 adotar essa perspectiva consiste em compreender que cada ato dos indiv duos tamb m um ato da organiza o Nesta mesma linha de pensamento Srour 2005 concebe as organiza es como sistemas abertos e campos de for as com peculiaridades e caracter sticas resultantes do cc contexto no qual est o inseridas e alerta que todo espa o social um terreno de contradi es em que agentes coletivos se defrontam com base em interesses divergentes e em credos ou ethos di
73. mais ampla Esses estudos abordaram aspectos transversais das condi es em que o trabalho era realizado mas n o delimitavam um construto te rico e por conseguinte n o estabeleciam limites de abrang ncia dos fen menos relativos s condi es de trabalho No entanto j adotavam um enfoque sist mico das rela es entre o indiv duo e seu trabalho 4 2 Conceitua es tipologias e taxionomias das condi es de trabalho Uma das primeiras tipologias sobre as condi es de trabalho que se identificou por meio da revis o de literatura especializada foi formulada por Tiffin e McCormick 51 1942 1959 Estes autores reconheceram que o trabalho humano dependia de v rias circunst ncias como as atitudes e interesses personalidade instru o e os est mulos decorrentes da situa o laboral propondo que as condi es de trabalho fossem estudadas a partir das condi es ambientais que inclu am as condi es atmosf ricas ilumina o e ru do e do tempo que inclu a horas de trabalho e descanso Esta tipologia resultava numa avalia o para a qual eram utilizados tr s crit rios o crit rio fisiol gico que dizia respeito s condi es f sicas do trabalhador o crit rio sociol gico que se reportava a rea o pessoal ao trabalho e o volume de produ o ou rendimento do trabalho Relacionando os crit rios com as tipologias os autores estudavam a fadiga humana no trabalho resultante das condi es em que este era
74. no HUAB o que foi visto tamb m na observa o participante O fator Infraestrutura e Press o foi o que apresentou as maiores m dias tanto no HUOL M 3 05 como no HUAB M 2 91 O teste t mostrou que h diferen a estatisticamente significativa entre elas t 0 61 para p lt 0 02 revelando que as percep es dos participantes sobre o fator diferem de acordo com o local de trabalho sendo as concentra es dos escores significativos de exposi o frequente maiores no HUOL 49 4 que no HUAB 25 89 revelando piores condi es de trabalho no primeiro hospital nominado considerado 144 este aspecto A observa o participante corroborou o achado da an lise quantitativa uma vez que as queixas relativas press o decorrente da infraestrutura e das condi es laborais foram maiores no HUOL onde foi frequente ouvir dos funcion rios o discurso de que existia o desejo de mudar de setor de trabalho n o acatado pela chefia Como exemplo pode se citar uma fala bastante significativa Eu n o sei por que minha chefe n o concorda em me mudar de setor se ela mesma sabe que eu poderia render mais se estivesse no setor Eu s acho que para mostrar que quem manda ela Ela sabe que sou graduada que trabalho nisso l fora e tamb m sabe o quanto eu sofro aqui N o aguento mais ver gente morrendo nessa droga de setor Entrevistado 10 HUOL A press o tamb m foi percebida pelos profissionais do HUAB e como no HUOL deve se
75. nscio de seu adoecimento As organiza es s o o espelho da sociedade e n o poderia ser diferente com os hospitais Historicamente esses s o a representa o da luta incans vel do homem contra o sofrimento e a morte e em prol da pr pria vida Refletem a dor a ang stia e a fraqueza do meio social mas tamb m a for a o desenvolvimento e a vontade de vencer Os hospitais ocupam portanto um lugar na sociedade que tanto simb lico quanto real uma vez que fazem parte de redes assistenciais 2 3 A inser o dos hospitais no Sistema nico de Sa de De acordo com Polignano 2007 s p o SUS foi concebido como o conjunto de a es e servi os de sa de prestados por rg os e institui es p blicas federais estaduais e municipais da administra o direta e indireta e das funda es 37 mantidas pelo Poder P blico A iniciativa privada poder participar do SUS em car ter complementar importante evidenciar que apesar do sistema de sa de ter sido definido pela Constitui o de 1988 foi regulamentado pela Lei 8 080 de 19 de setembro de 1990 denominada Lei Org nica Assist ncia a Sa de LOAS que define o modelo operacional do SUS propondo a sua organiza o e funcionamento adota uma defini o de sa de que tem fatores determinantes e condicionantes como a alimenta o a moradia o saneamento b sico o meio ambiente o trabalho a renda a educa o o transporte o lazer e o acesso a
76. o de a es O seu organograma mostra que o hospital possui cinco diretorias geral administrativa m dica de farm cia de apoio assistencial de enfermagem A estrutura se mant m no interior de cada uma delas levando ao entendimento de que estamos diante de uma organiza o burocr tica Observando se melhor fica evidente que elas se responsabilizam em separado pelo gerenciamento administrativo financeiro e da assist ncia de forma que um funcion rio lotado em um setor de trabalho assistencial tem duplo comando Pode se exemplificar com a UTI os recursos s o providos atrav s da dire o administrativa h um m dico chefe do setor e uma enfermeira cada um deles submetido a sua diretoria espec fica e respons vel pela sua pr pria categoria funcional A farm cia por sua vez fornece os medicamentos e suprimentos mas n o se subordina UTI Logo na pr tica n o existe uma 103 nica chefia que possa responder pelo servi o como um todo o que implica em condi es rela es e organiza o diferenciadas num mesmo setor de trabalho Desta forma a estrutura que melhor define o HUOL a matricial sendo esse hospital o que apresenta maior grau de diferencia o e departamentaliza o em sua estrutura organizacional Loiola Bastos Queiroz e Silva 2004 caracterizam a estrutura matricial como sendo aquela em que as pessoas apesar de possu rem uma vincula o maior com um determinado departamento funcional vinculam se
77. o de per cia m dica O documento tamb m d defini es para acidente e doen a profissional em seu art 166 Art 166 O funcion rio acidentado no exerc cio de suas atribui es ou que tenha adquirido doen a profissional ter direito a licen a com vencimento ou remunera o 1 Entende se por doen a profissional a que se deva atribuir como rela o de efeito e causa s condi es inerentes ao servi o ou a fatos nele ocorridos 2 Acidente o evento danoso que tenha como causa mediata ou imediata o exerc cio das atribui es inerentes ao cargo 3 Considera se tamb m acidente a agress o sofrida e n o provocada pelo funcion rio no exerc cio de suas atribui es O estatuto configura se num marco para a sa de do servidor que obt m outro avan o atrav s do Decreto Lei n 2 865 de 12 de dezembro de 1940 publicado no Di rio Oficial da Uni o D O U de 18 12 1940 que criou o Instituto de Previd ncia e Assist ncia dos Servidores do Estado Sa de IPASE que tinha como finalidade expressa em seu Art 2 realizar o seguro social do servidor do Estado e ainda cooperar na solu o de problemas de assist ncia que lhe sejam referentes Para cumprir sua finalidade o instituto era organizado em Divis es Uma delas a de A o Social subdividia se em Divis o de Assist ncia Social D A S Divis o de Assist ncia Educacional D A E Divis o de Assist ncia M dico Hospitala
78. o plant o A observa o participante mostrou que o fato continua ocorrendo como denota o relato a seguir que apresenta a dificuldade de um profissional em aceitar se doente Fu n o quero o atestado N o me sinto doente Quero trabalhar e n o entendo porque a universidade teima em me adoecer podendo me colocar em Natal onde eu posso trabalhar sem sentir essas coisas Entrevistado 2 HUAB diante da realidade do afastamento do trabalho por problema ps quico O sexto fator em an lise a sa de geral constitu da pelo somat rio dos escores de todos os outros fatores indicando a severidade das altera es ps quicas Um escore correspondente a grave significa a ocorr ncia de sintomas psiqui tricos A ocorr ncia desses sintomas nos profissionais de sa de pode resultar em situa o de risco para a clientela atendida pois pode afetar o desempenho no trabalho comprometendo o julgamento e a tomada de decis o A Tabela 31 demonstra que mais da metade dos participantes da pesquisa apresentam comprometimento da sa de geral 69 2 e que destes 19 2 apresentam sintomas graves O Qui quadrado foi calculado y2 10 99 para p 0 004 mostrando haver varia o na propor o desses escores por local de trabalho Tabela 31 Distribui o dos participantes da pesquisa por local de trabalho e escore sintom tico de sa de geral Sa de Geral Sem sintomas Sintom ticos Sintomas Graves Total HUOL de participantes 23 43 23 89 na
79. o teste de Bonferroni Este mostrou que os Pessimistas M 2 91 DP 0 79 situados no HUOL 100 com sintomas ps quicos graves e afetos negativos com rela o ao trabalho percebem que tem menos possibilidade de ter o controle sobre suas atividades profissionais que os Depressivos M 1 94 DP 0 67 concentrados no HUOL 74 1 cujo nico sintoma o desejo de morte e que tem afetos positivos e negativos com rela o ao trabalho A percep o dos Pessimistas tamb m difere da percep o dos Otimistas M 1 91 DP 0 68 na propor o de 68 8 no HUOL e 31 4 no HUASB que s o assintom ticos e que tem predominantemente afetos positivos com rela o ao trabalho A percep o dos Ambivalentes M 2 53 DP 1 20 que tamb m predominante no HUOL 95 5 tamb m difere dos Otimistas sendo que aqueles participantes tamb m percebem ter menos autonomia para organizar sua atividades profissionais Outro fator cujas m dias apresentaram diferen as entre os grupos foi aquele que verifica a viol ncia no trabalho Neste fator os Pessimistas M 2 05 DP 1 23 percebem a exposi o viol ncia diferentemente daqueles Depressivos M 1 18 DP 0 32 j caracterizados anteriormente e Otimistas M 1 52 DP 0 68 Como os Pessimistas se localizam no HUOL 100 pode se inferir que a percep o de que algumas vezes ocorrer viol ncia restrita quele local de trabalho uma vez que as m dias dos outros grupos se encontram no intervalo entre nunca e r
80. observa o participante entende se que a m dia e a distribui o das idades nos intervalos reflete uma condi o peculiar dos hospitais universit rios em estudo relativa contrata o de profissionais para renova o do quadro funcional Essa contrata o por concurso p blico teve lacunas de tempo havendo significativo ingresso de funcion rios nos hospitais no in cio da d cada de 1990 e posteriormente em 2003 A partir da os concursos foram mais pontuais A Tabela 8 evidencia ainda que n o h participantes acima de 70 anos por ser esta a idade limite para a aposentadoria compuls ria no servi o p blico federal O contexto descrito anteriormente auxilia o entendimento da distribui o dos participantes por tempo de trabalho nos hospitais descrita na Tabela 9 evidenciando que a m dia de tempo de trabalho dos participantes no trabalho atual de 16 64 anos com desvio padr o de 9 94 O c lculo do Qui quadrado y 10 96 para p 0 01 mostrou que n o existe diferen a entre o tempo de trabalho dos participantes da pesquisa em rela o com seu local de trabalho Observando se a Tabela 09 percebe se que 39 2 da amostra possui entre 15 e 25 anos de trabalho sendo esta distribui o homog nea nos dois hospitais Mas tamb m se nota que 35 dos participantes t m at 10 anos de servi o o que corrobora o que foi comentado anteriormente sobre a rela o entre a idade dos participantes e seu ingresso na UFRN Tabela 9 Partici
81. oferecer importantes contribui es O estudo se justifica tamb m pela responsabilidade que uma universidade possui em inovar e gerar novas formas de atender as demandas do meio no qual se insere sendo a aten o sa de do trabalhador uma delas Al m de que as informa es geradas pela pesquisa nos hospitais podem subsidiar o estabelecimento de pol ticas e a es da Pr Reitoria de Recursos Humanos PRH que atrav s do seu Departamento de Assist ncia ao Servidor deve promover a sa de ocupacional dos servidores da qual a sa de ps quica parte integrante Reconhecendo o exposto a PRH encaminhou documento coordena o do Complexo Hospitalar e de Sa de da UFRN rg o ao qual os hospitais est o vinculados explicitando o interesse na realiza o desta tese e solicitando colabora o no sentido da articula o com as dire es dos hospitais universit rios campos de pesquisa oportunizando sua viabiliza o 1 3 A perspectiva de an lise Como lembram Politzer Besse e Caveing 1970 adotar um ponto de partida filos fico implica optar por uma concep o de mundo que resulta em consequ ncias pr ticas ou seja em op es te rico metodol gicas decorrentes da fundamenta o epistemol gica subjacente escolha e que se apoia em pressupostos que direcionar o o olhar sobre o objeto Foi seguindo esse ponto de vista que se considerou necess rio expor aqui sucintamente a vis o de mundo que norteou a elabora o do p
82. participantes n o apresentam sintomas Os escores dos sintomas se distribuem proporcionalmente por local de trabalho Qui quadrado y 2 028 para p 0 36 Para Mello Filho 2002 o sintoma psicossom tico uma express o de sentimentos represados no inconsciente do indiv duo que se expressam no corpo Acredita se que este mecanismo que leva os participantes da pesquisa a apresentarem um escore t o elevado de sintomas psicossom ticos Tabela 30 Participantes da pesquisa por local de trabalho e escore sintom tico de Dist rbio Psicossom tico Dist rbios psicossom ticos Sintomas Sem sintomas Sintom ticos Graves Total HUOL N de participantes 13 48 28 89 na amostra local 14 6 53 9 31 5 100 0 HUAB N de participantes 8 15 8 31 na amostra local 25 8 48 4 25 8 100 0 Total N de participantes 21 63 36 120 do Total 17 5 52 5 30 0 100 0 Qui quadrado 2 028 para p 0 36 158 Na observa o participante aliada viv ncia desta pesquisadora nos anos em que foi primeiramente profissional de sa de e depois chefe de recursos humanos do HUOL percebeu se que nem sempre os diagn sticos das patologias reais quando estas eram de ordem ps quica apareciam nos atestados m dicos denotando que nesta situa o os profissionais de sa de tinham dificuldades em aceitarem se doentes Notou se em muitas vezes nem mesmo o atestado chegava a ser emitido pois diante de um adoecimento o profissional antecipa se e trocava
83. percep o de exig ncias desproporcionais s condi es de infraestrutura Oferta de Informa o de Sa de R 0 08 a 0 88 Diz respeito percep o dos participantes sobre a es gerenciais de preven o a acidentes de trabalho e a problemas de sa de ocupacional informando o trabalhador sobre os riscos existentes Discrimina o R 0 07 a 0 58 Refere se sujei o dos participantes a situa es de discrimina o baseadas em tra os pessoais por exemplo idade altura cegueira sexo Fazendo parte da dimens o sobre o ambiente sociogerencial alude portanto a percep o do participante quanto ao gerenciamento na organiza o que minimize a es discriminat rias Participa o R0 05 a 0 63 Itens referentes percep o dos participantes sobre as pr ticas interativas de consulta sobre mudan as na organiza o do trabalho e de abertura ao di logo em torno do desempenho no trabalho Viol ncia R2 0 05 a 0 80 Itens que aludem a amea as de viol ncia f sicas agress es verbais intimida es persegui es e discrimina o sexual Refere se portanto amistosidade das rela es interpessoais Ambiente Conflitivo R 0 04 0 0 80 Os itens descrevem a percep o do participante no que se refere s possibilidades de ser envolvido em conflitos interpessoais e em situa es que divergem de seus valores e princ pios Fonte adaptado de Borges Costa Alves Filho Souza amp L
84. quadro a UFRN promoveu em 1999 na gest o do Prof Ivonildo R go como Reitor o semin rio denominado Projeto de Reorganiza o dos Servi os de Sa de da UFRN que discutiu essas quest es Como resultado do semin rio surgiu a proposta de cria o do Complexo Hospitalar e de Aten o Sa de da UFRN CHS UFRN que recebeu 25 Como o Ambulat rio de Alto Risco o M e Cidad o Ambulat rio da Linha de Cuidados O Empoderamento na Pediatria entre outros 105 esta denomina o em raz o do pleito dos hospitais que reivindicaram que a nomenclatura os contemplasse de forma especial uma vez que representavam a maior por o do complexo Outra justificativa foi o fato de que algumas das unidades CDI LAC e UFSC eram de fato inseridas na estrutura dos hospitais e por quest es organizacionais tinham seus custos de manuten o e outros processos administrativos e organizacionais ligados a eles O CHS foi institu do atrav s da Resolu o N 004 2000 CONSUNI de 28 de abril de 2000 integrando as atividades de variadas e pr existentes institui es de sa de da UFRN Entre essas est o o Hospital Universit rio Onofre Lopes HUOL Hospital de Pediatria HOSPED Maternidade Escola Janu rio Cicco MEJC Hospital Universit rio Ana Bezerra HUAB Unidade de Sa de Familiar e Comunit ria USFC Unidade de Imagem que posteriormente passou a ser denominada Centro de Diagn stico por Imagem CDI o Laborat rio de An lises Cl
85. quantidade de horas que atualmente 20 horas semanais Menos horas que atualmente Outro Especifique 011 No total quantos minutos por dia demora normalmente no percurso de casa para o trabalho e do trabalho para casa soma minutos Trabalho onde moro 012 Com rela o s suas f rias e descanso semanal pode marcar mais de uma alternativa goza f rias anualmente recebe os adicionais de f rias semanalmente conta com ao menos um dia de descanso lazer vende uma parte das f rias vende anualmente as f rias completa mA 013 Com rela o aos benef cios o seu trabalho lhe proporciona pode marcar mais de uma alternativa creche ou aux lio creche incentivo financeiro para estudar custeio total ou parcial de cursos outros Quais previd ncia social plano de sa de ou aux lio sa de vale alimenta o ou aux lio alimenta o vale transporte ou aux lio transporte licen a para se capacitar sem suspens o do seu sal rio Raramente Algumas vezes Muitas vezes Nunca Sempre 014 Voc trabalha 014 1 o mesmo n mero de horas todos os dias 014 2 o mesmo n mero de dias todas as semanas 014 3 com hor rios fixos de entrada e de sa da 014 4 por turnos ou escala Veja o verso 015 Quanto voc ganha por m s Menos de R 560 00 De R 560 00 a R 900 00
86. que exigem uma execu o mec nica e movimentos repetitivos com uso de m quinas e equipamentos Riscos de Acidentes R 0 05 a 0 82 Percebe se exposto a diferentes riscos de acidentes de pequeno porte incapacitantes e fatais Espa o de Autonomia R 0 13 a 0 81 Contar na organiza o do trabalho com a possibilidade de decidir autonomamente pelos m todos planejamento e ritmo do que se realiza Espa o de a o Complexidade Responsabilidade e Rapidez R 0 10 a 0 75 Quanto se exige do trabalhador execu o de tarefas complexas rapidez responsabilidade por danos e iniciativa diante do imprevisto Organiza o do Tempo R 0 09 a 0 72 Quanto de autonomia se disp e para organizar o pr prio trabalho no tempo planejar intervalos folgas e f rias Est mulo colabora o R 0 05 a 0 63 Quanto poss vel contar com a colabora o dos pares e colaborar com eles na realiza o do trabalho Condi es do ambiente sociogerencial Organiza o das atividades R 0 27 a 0 81 Diz respeito natureza e distribui o das atividades no ambiente de trabalho Revela aspecto da percep o do participante sobre o exerc cio da fun o gerencial organizativa o que justifica a denomina o Infraestrutura e Press o R0 11 a 0 90 Refere se a press es diretas e indiretas por meio da fragilidade infraestrutural exposi o a situa es de falta de equipamentos e material de trabalho
87. revelado pela avalia o e percep o do indiv duo sobre sua pr pria vida correspondendo a estados afetivos e ao funcionamento psicol gico e social Chaves 2007 Adequando esta no o sa de ps quica no trabalho Peir 1993 considera que um inadequado ajustamento psicol gico pode levar a insatisfa o laboral ansiedade ins nias queixas som ticas e a comportamentos desajustados como incrementar ou aumentar o consumo de tabaco e o desejo de comer em excesso Pelo contr rio um bom ajustamento conduz geralmente a resultados positivos de bem estar psicol gico e de desenvolvimento pessoal Barbosa amp Borges 2006 Deste modo a avalia o do bem estar subjetivo pode ser um dos caminhos para a avalia o da sa de ps quica de trabalhadores De acordo com Warr 1987 citado por Borges amp Barbosa 2006 o bem estar psicol gico estrutura se em cinco dimens es bem estar afetivo compet ncia pessoal autonomia aspira o e funcionamento integrado que possuem rela o n o linear com caracter sticas do contexto de trabalho recursos econ micos seguran a f sica posi o social valorada oportunidade de controle do meio oportunidade de desenvolvimento de habilidades objetivos gerados pelo meio externo variedade de alternativas clareza ambiental e oportunidade para estabelecer rela es interpessoais Aplicando uma abordagem psicossociol gica aquele autor considera que as caracter sticas pessoais moderam o impact
88. se observar na Tabela 19 que os profissionais de sa de apresentam m dias com magnitudes diferentes entre fatores relacionados dimens o das condi es f sicas e materiais de trabalho o que corroborado pela ANOVA F 2754 43 para p lt 0 001 O teste Pos Hoc Bonferroni por sua vez corrobora que h diferen a entre todas as m dias Observa se ent o que os participantes se percebem expostos aos cinco fatores das condi es f sicas e materiais de trabalho na ordem apresentada na Figura 6 Como as diferen as entre as m dias s o acentuadas assinala se que os participantes da pesquisa percebem que h maior exposi o aos aspectos psicobiol gicos do trabalho seguidos pela exig ncia de esfor o f sico Essa parte do question rio inquire o participante sobre a frequ ncia com que se exp e a aspectos das condi es f sicas e materiais logo quanto maior o escore apresentado maior a percep o de que as condi es de trabalho avaliadas sob este aspecto n o s o adequadas como apresenta a Figura 6 127 Fl Aspectos psicobiol gicos M 3 36 DP 0 84 F4 Exig ncia de esfor o f sico M 2 81 DP 0 84 F2 Espa o de Trabalho M 2 24 DP 0 74 F4 F3 Aspectos f sico qu micos M 1 92 DP 0 61 F5 Risco de acidentes M 1 88 DP 0 70 Figura 06 Hierarquia das m dias nos fatores das condi es f sicas e materiais de trabalho Os Aspectos Psicobiol gicos indicam que os participantes se sente
89. sequer avaliadas pela equipe do SIASS na institui o embora estejam de acordo com a filosofia assistencial daquele subsistema e em especial diga respeito sa de mental que uma preocupa o dos gestores do SIASS a n vel nacional por ser a rea menos estruturada e que s recentemente recebeu pelo menos na legisla o a aten o devida Este caso tamb m mostra que a sa de ps quica tratada como caso particular e n o como pol tica assistencial Em termos de garantia da assist ncia o SIASS n o d conta de uma condi o peculiar que como j foi reportado foi o advento da filia o dos hospitais ao SUS Isto criou uma nova conting ncia na assist ncia dos pr prios funcion rios destes hospitais j n o poss vel a consulta via marca o no sistema do Hospital Onofre Lopes o nico com atendimento psiqui trico e psicol gico a adultos mas somente via central de marca o de consultas da Secretaria de Estadual de Sa de E a DASS fica territorialmente distante dos hospitais em especial do HUAB Criou se ent o uma via alternativa o atendimento atrav s de favor prestado pelos colegas profissionais de sa de Este um atendimento n o visto n o registrado que geralmente n o chega na junta m dica o sofrimento ps quico mascarado com o atestado que leva o C LD compat vel com a especialidade de quem fez o favor e n o com a patologia real o acobertamento dos quadros cl nicos que resultariam em afastame
90. servi o p blico federal tem suas origens no governo de Get lio Vargas com a cria o do Departamento Administrativo do Servi o P blico DASP atrav s do Decreto Lei n 579 de 30 de julho de 1938 De acordo com seu Art 2 competia ao rg o a O estudo pormenorizado das reparti es departamentos e estabelecimentos p blicos com o fim de determinar do ponto de vista da economia e da efici ncia as modifica es a serem feitas na organiza o dos servi os p blicos sua distribui o e agrupamentos dota es or ament rias condi es e processos de trabalho rela es de uns com os outros e com o p blico Decreto Lei 579 1938 Havia no decreto a preocupa o com o baixo custo e com a efici ncia de processos de trabalho e de outros aspectos sem a devida valoriza o da sa de do servidor A este decreto seguiu se o Decreto Lei n 1 713 de 27 de outubro de 1939 o Estatuto dos Funcion rios P blicos Civis da Uni o que no Cap VII Das Licen as em sua Sec o I Das Disposi es gerais reporta se sa de do servidor estabelecendo 40 Art 151 O funcion rio efetivo ou em comiss o poder ser licenciado I Para tratamento de sua sa de II Quando acidentado no exerc cio de suas atribui es II Quando acometido das doen as especificadas no art 168 O mesmo estatuto tamb m disp e em sua Sec o II sobre os crit rios para concess o da licen a estabelecendo crit rios para realiza
91. sticas culturais da regi o do estado onde o HUAB se encontra Os profissionais de sa de dadas as suas condi es de trabalho apresentam queixas frequentes de dist rbios do sono Embora comprometedora da sa de f sica e ps quica esta uma condi o de certa forma esperada posto que o trabalho em sa de demanda jornadas noturnas como j foi caracterizado quando foram apresentadas as condi es de trabalho contratuais e jur dicas no cap tulo anterior Como discutido na literatura essa condi o afeta a 156 sa de dos trabalhadores Glina Rocha Batista Mendon a amp Vieira 2001 O Dist rbio do Sono o quarto fator avaliado pelo QSG 60 A Tabela 29 evidencia que 82 5 dos participantes apresentam dist rbio do sono se somados os sintom ticos 52 5 e sintom ticos graves 30 nos dois hospitais Destes sendo tem sintomas graves e que a ocorr ncia do sintoma n o varia proporcionalmente de acordo com o local de trabalho Qui quadrado y 2 028 para p 0 36 Tabela 29 Participantes da pesquisa por local de trabalho e escore sintom tico de dist rbio do sono Dist rbio do sono Sem sintomas Sintom ticos Sintomas Graves Total HUOL N de participantes 13 48 28 89 na amostra local 14 6 53 9 31 5 100 0 HUAB N de participantes 8 15 8 31 na amostra local 25 8 48 4 25 8 100 0 Total N de participantes 21 63 36 120 do Total 17 5 52 5 30 0 100 0 Qui quadrado y 2 028 para p 0 36 A ob
92. tamb m por projetos e por produtos caracterizando maior integra o Quando os mesmos autores referem se s maneiras poss veis de compreens o dos ambientes organizacionais descrevem nos com relativo grau de incerteza ambiental resultante da combina o de complexidade e dinamismo e expostos a amea as do meio externo da organiza o O HUOL um cen rio de desigualdades n o apenas entre os atores sociais como na sua estrutura f sica e funcional Tecnicamente vem se modernizando e incorporando tecnologias de ponta especialmente nos ltimos doze anos Por m n o h mudan a significativa no quadro resultante da desarticula o de a es Um exemplo disto a distribui o de leitos At a d cada de 1980 os m dicos recebiam dota es de leitos nas enfermarias O prest gio de um profissional ou de uma rea m dica era percebido como maior de acordo com o n mero de leitos que recebia podendo alguns deles ter enfermarias sob seus cuidados Nelas e nos leitos n o havia interna o se n o fosse autorizada diretamente pelo m dico respons vel N o havia uma pol tica igualit ria de ocupa o e distribui o de poder autoridade e responsabilidade baseadas na finalidade assistencial da institui o Era comum haver filas de espera para determinadas enfermarias ou cl nicas na linguagem usual do hospital e sobra de vagas em outras Isto passou a ser uma caracter stica cultural no HUOL combatida com mudan a nas normas in
93. tanto a evolu o da observa o participante quanto serviu de pano de fundo para a an lise dos demais dados coletados Os dados coletados atrav s do protocolo de pesquisa anteriormente descrito foram registrados em banco de dados em formato compat vel com o SPSS Statistical Package for Social Science Todas as an lises estat sticas foram desenvolvidas a partir das rotinas do referido programa Para a parte referente ao Question rio de condi es de Trabalho foram feitas an lises de frequ ncia com uso do teste qui quadrado an lise de vari ncia ANOVA e teste pos hoc Bonferroni A An lise do QSG 60 obedeceu rotina proposta no manual do teste A an lise da JAWS 12 tamb m seguiu as recomenda es dos autores Gouveia et al 2008 O conjunto das t cnicas de pesquisa objetivou realizar uma avalia o da sa de ps quica em rela o com as condi es de trabalho contemplando o modelo de sa de ps quica apresentado nesta tese j que nele a avalia o da sa de ps quica resultante de um conjunto de an lises sobre a oferta dos servi os de sa de pela UFRN que traduzem o conceito de sa de adotado pela institui o na avalia o desses trabalhadores as significa es coletivas e formas de luta para a sa de ps quica obtida atrav s da manifesta o dos trabalhadores nos seus f runs de representa o como o sindicato o contexto de trabalho para que as condi es de trabalho sejam evidenciadas os resultados obtid
94. todo o ambiente de trabalho quando houver exposi o a risco iminente para a vida ou sa de dos trabalhadores 71 A lei evidencia que h um car ter assistencialista ao portador de agravo sa de em decorr ncia do trabalho Esse car ter assistencialista n o d conta adequadamente da avalia o da sa de no trabalho pois remete a diagn stico sintomatol gico como subs dio da pr tica Mas h tamb m na lei a determina o da realiza o de estudos e pesquisas no mbito do Sistema nico de Sa de com vistas avalia o de riscos provenientes do processo de trabalho abrindo espa o para novos modelos de avalia o da sa de no trabalho nela inclu da a sa de ps quica 5 5 Concep es sobre a rela o entre sa de ps quica e trabalho e sobre o nexo entre trabalho e adoecimento Uma evolu o na fei o legal da assist ncia sa de do trabalhador est ressaltada no Protocolo de Procedimentos M dico Periciais n 5 1 que reconhece que o nexo causal de um agravo ocorre entre a doen a e o trabalho Logo busca se um ente nosol gico O mesmo protocolo recomenda ao m dico perito buscar al m do exame cl nico f sico e mental e exames complementares os conhecimentos e as pr ticas de outros profissionais sejam ou n o da rea de sa de Art 2 da Resolu o CFM 1488 98 Desta forma abre se o espa o n o apenas para a constitui o do nexo epidemiol gico como tamb m da interven o de perspec
95. trabalho ent o realizado havendo um impacto na forma como concebido e executado tornando se fragmentado O enfermeiro concebe o trabalho mas n o o executa Os t cnicos e auxiliares executam mas perdem a vis o do todo embora no final o usu rio tenha recebido a assist ncia demandada pelo seu estado de sa de Deste modo o trabalho hospitalar caracteristicamente realizado por um grupo muito heterog neo de agentes embora possa haver homogeneidade de cargo ou categoria profissional como no exemplo dado e se subdivide numa grande variedade de tipos de processos o que resulta na dificuldade de identificar a responsabilidade por cada consequ ncia do servi o prestado Em algumas situa es o processo de trabalho se apresenta t o fragmentado que torna dif cil a compreens o de uma a o assistencial de seu in cio ao fim De acordo com Schraiber et al 1999 a divis o do trabalho na rea da sa de deveria resultar na complementaridade e interdepend ncia dos diversos trabalhos especializados No entanto numa equipe multiprofissional quando os agentes possuem autoridades desiguais ocorre o embate entre a complementaridade e interdepend ncia Em consequ ncia esses agentes buscam a amplia o apenas da autonomia t cnica quando na verdade deveriam ali la articula o de a es para obterem a efic cia e efici ncia que buscam Os autores n o discutem especificamente o trabalho hospitalar mas o trabalho em sa de como um
96. trabalho na institui o correspondendo a 9 35 das licen as em 2002 ano da coleta dos dados Por m constitui se na segunda maior causa de dias de trabalho perdidos o equivalente a 6 974 se somadas s diversas licen as dos trabalhadores Os resultados do estudo da UFRN n o abrangem a distribui o por categoria profissional Por m fazem refer ncia s unidades de lota o com maior incid ncia de licen as entre as quais se incluem dois de seus hospitais universit rios O trabalho pode se constituir em um poderoso fator de identifica o social e de bem estar psicol gico se for percebido como tal e em decorr ncia ser um promotor da sa de ps quica Dejours Dessors amp Desriauxs 1993 Os trabalhadores em sa de s o expostos a um s tempo a v rios fatores de risco entre esses est o o trabalho em turnos o stress decorrente do contato com clientes dif ceis press es de tempo e prazos dentre outros Borges et al 2002 Pitta 1990 Al m disso nesse grupo de trabalhadores a exist ncia de um transtorno ps quico leve pode gerar repercuss es graves na sa de de quem cuidado por eles em face da possibilidade de se cometer erros tomar decis es inadequadas e estabelecer rela es interpessoais conflitantes Na literatura sobre sa de ps quica do trabalhador por exemplo Costa Lima amp Almeida 2003 Murofuse Abranches amp Napole o 2006 Elias amp Navarro 2006 percebe se que quando existe a conex
97. uni o subordinado a nova secretaria n o havendo nenhuma mudan a com rela o sa de dos trabalhadores Em 1988 promulgada a nova Constitui o Brasileira BRASIL 1989 que prev o cuidado com o contexto de trabalho para evitar ou minimizar agravos Isto est posto em seu artigo 7 inciso XXII que garante como direitos dos trabalhadores a sa de e seguran a em rela o ao ambiente de trabalho inclusive com rela o preven o o que aponta para a obriga o da redu o de riscos Segundo Nascimento 2002 na esfera do Direito do Trabalho esse cuidado transcende o pr prio trabalho e refere se dignidade do trabalhador o qual para o autor possui direitos indispon veis que dizem respeito n o s a defesa biol gica al m da prote o econ mica fundamental para o trabalhador e que se volta para a indispensabilidade de dotar a sociedade de mecanismos estatais para proteger a sua sa de f sica e integridade no trabalho mas tamb m defesa a sua personalidade para cujo fim deve ser cercado de garantias legais m nimas cuja preserva o necess ria para que possa crescer como pessoa digna e participante integral do processo tico cultural em que devem estar inseridas todas as pessoas segundo uma perspectiva de concep o do trabalho como valor fundante da democracia e do progresso das civiliza es Nascimento 2002 p 905 O autor supramencionado nos remete a duas considera es importantes uma di
98. 2 Escores nos fatores dos Processos e Caracter sticas do Trabalho por 138 hospital 23 M dias nos fatores do Ambiente Sociogerencial 140 xii 24 25 26 27 28 29 30 31 392 33 34 35 36 37 38 39 40 Escores nos fatores do Ambiente Sociogerencial por hospital Participantes da pesquisa por local de trabalho e escore sintom tico de estresse Participantes da pesquisa por local de trabalho e escore sintom tico de Desejo de Morte Participantes da pesquisa por tipo de cargo e escore sintom tico de Desejo de Morte Participantes da pesquisa por local de trabalho e escore sintom tico de Desconfian a no Desempenho e Autoefic cia Participantes da pesquisa por local de trabalho e escore sintom tico de Dist rbio do Sono Participantes da pesquisa por cargo e escore sintom tico de Dist rbio Psicossom tico Distribui o dos participantes da pesquisa por cargo de contrata o e escore sintom tico de Sa de Geral Escores nos fatores da JAWS Agrupamentos da sa de ps quica Grupos da sa de ps quica por hospitais Percep o das condi es f sicas e materiais nos grupos de sa de ps quica Correla o entre os fatores da dimens o das condi es f sicas e materiais de trabalho os fatores do QSG 60 e as dimens es da JAWS 12 Percep o dos processos e caracter sticas do trabalho nos grupos de sa de ps quica Correla o entre os fatores da dimens o Processos e Caracter sticas d
99. 3 096 para p 0 018 esfor o f sico Ambivalentes 22 2 89 0 87 Somatizadores 20 2 34 0 65 Depressivos 21 2 91 0 80 Otimistas 35 2 73 0 89 Total 120 2 80 0 84 F5 Risco de Pessimistas 16 2 39 0 86 F 2 740 para p 0 032 acidentes Ambivalentes 22 1 85 0 82 Somatizadores 20 1 83 0 51 Depressivos 21 1 78 0 66 Otimistas 35 1 75 0 59 Total 120 1 88 0 70 A Exig ncia de Esfor o F sico foi outro fator das condi es de trabalho que o teste Bonferroni apontou como percebido em n veis diferentes entre os grupos De acordo com o mesmo teste com rela o ao fator os Pessimistas M 3 25 DP 0 70 percebem que O ON trabalho lhes exige mais esfor o f sico que os grupos 2 4 e 5 Isto mostra que o trabalho ON percebido como mais rduo no HUOL 100 do grupo 1 que no HUAB Esta percep o menor entre os Somatizadores M 2 34 DP 0 65 para quem o esfor o f sico parece ser menos percebido Este grupo o que apresenta mais sintomas psicossom ticos e dist rbio do sono e inibi o dos afetos com rela o ao trabalho tanto positivos quanto negativos e predomina no HUAB 60 Deste modo pode se dizer que apesar dos sintomas f sicos e ps quicos apresentados os profissionais do HUAB n o se percebem t o expostos ao esfor o f sico no trabalho quanto aqueles que est o no HUOL 168 Com rela o ao fator Risco de Acidentes o teste Bonferroni mostrou que os participantes percebem o risco de forma desigual sendo maior
100. 34 Quantas pessoas trabalham com voc aqui no setor ou unidade administrativa Sozinho 50a 99 pessoas 2a4 pessoas 100 a 249 pessoas 5a9 pessoas 250 a 499 pessoas 10a 49 pessoas 500 e mais pessoas 035 Quantas pessoas trabalham sob a sua dire o e dependem de voc para receber aumentos de sal rio pr mios ou promo es pessoas Nenhuma Veja o verso QSG 60 INSTRU ES Gostar amos de saber se voc tem tido alguma enfermidade ou transtornos e como tem estado sua sa de nas ltimas semanas Por favor marque com um X a resposta que a seu ver corresponde mais ao que voc sente ou tenha sentido Lembre se que queremos conhecer os problemas recentes atuais n o os que voc tenha tido no passado importante que voc RESPONDA A TODAS AS PERGUNTAS 1 Tem se sentido perfeitamente bem e com boa sa de Melhor que de costume Como de costume Pior que de costume Muito pior do que de costume 2 Tem sentido necessidade de tomar fortificantes vitaminas N o absolutamente N o mais que de costume Um pouco mais que de costume Muito mais do que de costume 3 Tem se sentido cansado fatigado e irritadi o N o absolutamente N o mais que de costume Um pouco mais que de costume Muito mais do que de costume 4 Tem se sentido mal de sa de N o absolutamente N o mais que de costume Um pouco mais que de costu
101. 5 548 32 F2 Espa o de HUOL 89 2 23 0 80 0 18 0 85 44 3 37 5 15 9 2 3 Trabalho HUAB 31 2 26 0 53 35 5 54 8 9 7 F3 Aspectos HUOL 89 1 89 0 62 0 16 0 87 61 4 31 8 6 8 f sico qu micos HUAB 31 1 89 0 53 51 6 48 4 F4 Exig ncia de HUOL 89 2 93 0 80 4 54 0 00 12 5 42 0 31 8 13 6 esfor o f sico HUAB 31 2 25 0 77 51 6 25 8 22 6 F5 Risco de HUOL 89 1 87 0 77 0 25 0 80 63 6 29 5 3 4 3 4 acidentes HUAB 31 1 85 0 49 74 2 226 3 2 E Os resultados da tabela ser o discutidos seguindo a hierarquiza o dos fatores apresentados na figura 07 e por isso apresenta se inicialmente o fator Fl Aspectos psicobiol gicos que na an lise por hospitais tamb m apresenta as maiores m dias tanto no HUOL M 3 43 como no HUAB M 3 03 O teste t mostrou que h diferen a estatisticamente significativa entre elas t 2 63 para p lt 0 01 A exposi o maior no HUOL resultado da maior complexidade do hospital e das patologias atendidas Como foi discutido no Cap tulo 7 o HUOL um hospital geral de grande porte que atende adultos com patologias diversas para assist ncia cl nica ou cir rgica O hospital tamb m possui UTI Alguns dos pacientes apresentam quadros cronificados e permanecem hospitalizados durante muito tempo Como o HUAB se destina apenas assist ncia materno infantil n o dispondo de UTI nem tendo possibilidade de prestar assist ncia a quadros mais graves a exposi o aos riscos psicobiol gicos torna se menos
102. CID 10 1993 Classifica o de transtornos mentais e de comportamento da CID IO Descri es cl nicas e diretrizes diagn sticas Porto Alegre Artes M dicas Clot Y 2006 A fun o psicol gica do trabalho Petr polis Vozes Codo W 1993 Indiv duo Trabalho e Sofrimento Uma Abordagem Interdisciplinar Petr polis Vozes Codo W Sampaio J J amp Hitomi a H 1992 Indiv duo trabalho e sofrimento Petr polis RJ Vozes Codo W Soratto L amp Menezes I V 2004 Sa de Mental e Trabalho In J C Zanelli J E Borges Andrade amp A V B Bastos Orgs Psicologia organiza es e trabalho no Brasil pp 276 299 Porto Alegre Artmed Coelho M T A D amp Almeida Filho N 2002 Conceitos de sa de em discursos contempor neos de refer ncia cient fica Hist ria Ci ncia Sa de Manguinhos N2 315 333 Conselho Nacional de Sa de 1996 Resolu o para pesquisa envolvendo seres humanos Resolu o 196 96 Bras lia Conselho Federal de Psicologia 2000 Resolu o para pesquisa com seres humanos Resolu o 016 2000 Bras lia Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil 1989 S o Paulo Editora Revista dos Tribunais Costa J R A Lima J V amp Almeida P C 2003 Stress no trabalho do enfermeiro Revista Escola de Enfermagem 37 3 63 71 Costa M T 2001 Estresse em enfermeiros que exercem fun es gerenciais um estudo em um hospital geral p bl
103. De R 900 00 a R 1 200 00 De R 3 600 00 a R 4 200 00 De R 1 200 00 a R 1 800 00 De R 4 200 00 a R 5 400 00 De R 5 400 00 a R 6 600 00 De R 6 600 00 a R 9 000 00 De R 9 000 00 a R 11 400 00 De R 11 400 00 a R 14 000 00 Acima de R 14 000 00 De R 1 800 00 a R 2 400 00 De R 2 400 00 a R 3 000 00 De R 3 000 00 a R 3 600 00 mm mm 016 O que voc ganha A nica renda de sua fam lia Aproximadamente a metade da renda familiar Quase a totalidade da renda familiar Uma parcela pequena da renda da fam lia 017 O que voc ganha PODE MARCAR MAIS DE UMA ALTERNATIVA sal rio fixo horas extraordin rias comiss o por desempenho ou produ o fixa participa o em lucro comiss o por produ o vari vel apenas de acordo com sua produ o 018 Se voc empregado voc recebe seu pagamento Diariamente Outros Especifique Semanalmente Mensalmente Anualmente N o aplic vel Condi es de trabalho f sicas e materiais Utilizando a seguinte escala de Nunca a Todo o tempo responda cada item marcando com X 019 Quanto voc se exp e s condi es de trabalho abaixo Nunca Raramente Algumas vezes Muitas vezes 019 1 Vibra es provocadas por instrumentos manuais m quinas etc 019 2 Ru dos t o fortes que obrigam a levantar a voz pa
104. E Sa de servi os trabalho psiquica Significa es coletivas e formas de lutas Figura 5 Modelo compreensivo de sa de ps quica no trabalho No modelo apresentado a sa de no trabalho resulta da interse o entre as caracter sticas individuais dos sujeitos possuidores de uma hist ria e de caracter sticas biopsicossociol gicas das condi es de trabalho compreendidas como rela es no trabalho organiza o do processo de trabalho e as condi es em que o sujeito exerce suas atividades da oferta de a es de sa de nos n veis de preven o aten o e reabilita o das cren as do coletivo de trabalhadores expressas nas estrat gias de luta que estes adotam em prol da pr pria sa de O modelo pretende ser compreensivo e n o explicativo de forma que os resultados encontrados nas an lises realizadas a partir dele em qualquer contexto de trabalho ser o singulares para o grupo analisado No entanto o modelo de ampla utiliza o na medida em que pode ser usado em contextos diversos de trabalho dando voz aos atores sociais e contribuindo para sua sa de na medida em que ao serem abordadas as estrat gias de luta dos trabalhadores estes tem oportunidade de pensar sobre a pr pria sa de o que pode resultar em novas pr ticas e lutas num c rculo virtuoso Ao apresentar o modelo proposto reconhecemos que n o podemos prescindir de conhecer os sintomas que traduzem a avalia o que o indiv duo faz de seu ajustamento ao
105. Evolu o do sistema hospitalar Uma perspectiva sociol gica Lisboa Disciplina de Sociologia da Sa de Disciplina de Psicossociologia do Trabalho e das Organiza es de Sa de Grupo de Disciplinas de Ci ncias Sociais em Sa de Escola Nacional de Sa de P blica Universidade Nova de Lisboa Textos T 1238 a T 1242 Gu rin F Laville A Daniellou F Durrafourg J amp Kerguellen A 1991 Comprendre le Travail Pour Le Transformer La Pratique L Ergonomie Paris Ed ANACT Hall P A amp Taylor R C R 2003 As tr s vers es do neo institucionalismo Lua Nova Revista de Cultura e Pol tica 58 193 224 Harding T W Arango M V Baltazar J Climent C E Ibrahim H H A Ignacio L L Murthy R S amp Wig N N 1980 Mental Disorders in primary health care a study of their frequency and diagnosis in four development countries Psychological Medicine 10 231 241 Herzberg F 1997 Novamente como se faz para motivar funcion rios In C W Bergamini amp R Coda Orgs Psicodin mica da Vida Organizacional Motiva o e Lideran a S o Paulo Atlas Hobsbawm E 2001 A Era dos Extremos S o Paulo Companhia das Letras Hovik D Baste V Brandsal E amp Moen B E 2007 Associations Between Self Reported Working Conditions and Registered Health and Safety Results Journal of Occupational and Environmental Medicine 49 2 139 147 Jacques M G 2007 O nexo causal em sa
106. GESP observar o que o Minist rio da Sa de Brasil 2001 classifica oficialmente como risco para a sa de e seguran a dos trabalhadores os fatores f sicos qu micos biol gicos ergon micos psicossociais mec nicos e de acidentes Precisa tamb m atentar ao que aponta Ramminger 2002 quando mostra que as doen as ocupacionais s o facilmente reconhecidas como efeito dos riscos ambientais aos quais os trabalhadores est o expostos sendo menos reconhecida a rela o entre transtornos ps quicos e trabalho e os chamados riscos psicossociais que para a autora incluem os fen menos de ordem neurofisiol gica cognitiva psicol gica social e organizacional Esses fen menos s o manifestados no contexto de trabalho que por sua vez ocorre numa organiza o no contexto em estudo em organiza es hospitalares que segue um modelo de gest o que tem implica es na forma como os fen menos s o tratados 7 Estes programas existem e em virtude deles s o realizados os exames peri dicos anuais obrigat rios e a avalia o dos ambientes de trabalho cumprindo o previsto nas Normas Regulamentadoras 07 e 09 mas nenhum dos dois contempla avalia o da sa de ps quica ou avalia o dos riscos psicossociais no local de trabalho 110 Por ser uma institui o federal de ensino superior a aten o sa de na UFRN obedece ao modelo adotado no servi o p blico federal que por sua vez est atrelado ao modelo de gest o de recursos h
107. M dico HUOL Buscou se ent o verificar se os escores de dist rbio do sono variavam com a frequ ncia do trabalho em turnos A hip tese foi rejeitada pois o Qui quadrado foi calculado y 13 046 para p 0 11 mostrando que os escores se distribu am proporcionalmente por distribui o de frequ ncia do trabalho em turnos Explorou se ent o a hip tese de que os escores de dist rbio de sono poderiam variar por tipo de cargo j que m dicos enfermeiros e demais profissionais de n vel m dio d o plant es enquanto que os outros profissionais de n vel superior n o A hip tese foi rejeitada pois o qui quadrado 9 4 21 para p 0 65 mostrou que os escores se distribu am proporcionalmente por tipo de cargo O quinto fator em an lise o referente a Dist rbios Psicossom ticos Para Mello Filho 2002 toda doen a humana psicossom tica j que incide num ser sempre provido de soma e psique insepar veis anat mica e funcionalmente O autor considera ainda que os processos biol gicos mentais ou f sicos s o simult neos variando apenas a maneira como se extereorizam e em sua an lise dependendo do ngulo pelo qual s o avaliados O fator dist rbios psicossom ticos reflete isto pois indicam sintomas org nicos de mal estar como dor de cabe a fraqueza entre outros A Tabela 30 mostra a ocorr ncia de dist rbios psicossom ticos em 82 5 dos participantes da pesquisa sendo que 30 deles t m sintomas graves Apenas 17 5 dos
108. ONG s funda es e cooperativas Com carteira assinada por per odo de experi ncia Estatut rio 003 Se voc empregado qual a sua condi o em rela o a empresa Voc efetivamente empregado na empresa onde seu trabalho se realiza Voc empregado de uma empresa terceirizada 004 Se voc empregado qual a principal atividade da empresa ou organiza o onde trabalha N o se aplica E 005 Seu contrato de trabalho aqui determina uma jornada de trabalho de quantas horas semanais 44 horas semanais Outras Especifique N o se aplica 20horas semanais 30horas semanais 40 horas semanais horas 006 E na pr tica quantas horas voc trabalha normalmente por semana aqui 20 horas semanais 44 horas semanais 30 horas semanais Outras Especifique horas 40 horas semanais 007 Normalmente quantos dias por semana voc trabalha aqui dias por semana 008 Normalmente quantas vezes por m s trabalha durante a noite pelo menos 2 horas entre as 10 horas da noite e s 5 horas da manh Noites por m s Nunca 009 Quantas vezes por m s em m dia trabalha aos domingos domingos por m s Nunca 010 Gostaria de trabalhar 010 1 Essa quantidade de horas de trabalho de minha prefer ncia 44 horas semanais representa 40 horas semanais Mais horas que no momento 30 horas semanais A mesma
109. Public Affairs 5 49 68 Borba V R 1989 Marketing hospitalar implementa o estrat gia casos pr ticos Rio de Janeiro Cultura M dica Borges Andrade J E amp Pagotto C P O 2010 O estado da arte da pesquisa brasileira em Psicologia do Trabalho e Organizacional Psicologia Teoria e Pesquisa 26 n especial pp 37 50 Borges L O Alves Filho A Costa M T P amp Falc o J T R no prelo Condi es de trabalho In P F Bendassoll amp J E Borges Andrade Org Dicion rio Brasileiro de Psicologia do Trabalho e das Organiza es Borges L O Argolo J C T Pereira A L S Machado E A P amp Silva W S 2002 A s ndrome de bournout e os valores organizacionais um estudo comparativo em hospitais universit rios do RN Psicologia Reflex o e Cr tica 15 1 189 200 Borges L O amp Barbosa S C 2006 Aspectos psicossociais do trabalho dos petroleiros dois estudos emp ricos no Rio Grande do Norte Natal Editora da UFRN Borges L O Costa M T Alves Filho A Souza A L R amp Leite C P R L A submetido Question rio de Condi es de Trabalho reelabora o e valida o de construto Borges L O Lima A M S Vilela E C amp Morais S S G 2004 Comprometimento no trabalho e sua sustenta o no contexto e na cultura organizacional RAE eletr nica 3 1 Recuperado em 25 de fevereiro de 2009 de http www rae com br eletronica index cfm Fu
110. R 2006 O Conceito de sa de e seus desdobramentos nas v rias formas de aten o sa de do trabalhador Fisioterapia em Movimento 19 4 89 97 Muchinsky P M 1994 Psicologia aplicada al trabajo una introducci n a la Psicolog a Industrial y Organizacional O Maiz amp M L Lupardo trad Bilbao Editorial Descl e de Brouver Muchinsky P M 2004 Psicologia Organizacional S o Paulo Thomson Murofuse N T Abranches S S amp Napole o A A 2005 Reflex es sobre estresse e Burnout e a rela o com a enfermagem Revista Latino Americana de Enfermagem 13 0 255 261 Nascimento A M 2002 O novo mbito do protecionismo no direito do trabalho Revista LTr Legisla o do trabalho 66 8 905 921 Nogueira Martins L A 2003 Sa de mental dos Profissionais de Sa de Revista Brasileira de Medicina do Trabalho 1 56 68 Organiza o Pan Americana da Sa de OPAS 2004 Estudo regional sobre a assist ncia hospitalar e ambulatorial especializada na Am rica Latina e Caribe Washington Autor Pasquali L Gouveia V V Andriola W B Miranda F J amp Ramos A L M 1994 Question rio de Sa de Geral de Goldberg QSG Adapta o brasileira Psicologia Teoria e Pesquisa 10 3 421 438 192 Pasquali L Gouveia V V Andriola W B Miranda F J amp Ramos A L M 1996 Question rio de Sa de Geral de Goldberg manual t cnico QSG S o Paulo Casa do Psic logo Pimen
111. TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Esclarecimentos Este um convite para voc participar da pesquisa Avalia o da Sa de Ps quica e Condi es de Trabalho dos Profissionais de Sa de nos Hospitais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte que coordenada por Maria Teresa Pires Costa Sua participa o volunt ria o que significa que voc poder desistir a qualquer momento retirando seu consentimento sem que isso lhe traga nenhum preju zo ou penalidade Essa pesquisa procura avaliar a sa de ps quica de trabalhadores do Complexo Hospitalar da UFRN em sua rela o com as condi es de trabalho Caso decida aceitar o convite voc responder a um question rio contendo quest es sobre o seu trabalho sua sa de ps quica e sobre seus dados pessoais excetuando se aqueles que podem identific lo Os riscos envolvidos com sua participa o s o voc ser identificado como respondente que ser o minimizados atrav s das seguintes provid ncias sua identifica o n o ser solicitada no question rio este termo de consentimento ser arquivado em separado do question rio impossibilitando qualquer tentativa posterior de identifica o O resultado da pesquisa possibilitar que os participantes e gestores universit rios possam refletir sobre a rela o entre trabalho e sa de ps quica nos hospitais da UFRN Todas as informa es obtidas ser o sigilosas e seu nome n o ser identificado em nenhum momento
112. Thurow L 1997 O Futuro do Capitalismo Como as For as Econ micas de Hoje Moldam o Mundo do Amanh Rio de Janeiro Rocco Vergara S C 2007 Projetos e relat rios de Pesquisa em Administra o S o Paulo Atlas Warr P 1987 Work unemployment mental health New York Oxford University Press Winnicott D W 1994 Explora es psicanal ticas Porto Alegre ArtMed Editora Originalmente publicado em 1966 Wisner A 1987 Por dentro do trabalho Ergonomia m todo e t cnica S o Paulo Editora FTA Obor Yakhot O 1975 O que materialismo dial tico Lisboa Est dios Cor 3 Confer ncia Nacional de Sa de doTrabalhador Resolu es da 3 confer ncia Nacional de Sa de do Trabalhador Vers o final Recuperado em 15 de setembro de 2008 de http portal saude gov br portal arquivos pdf relatorio final pdf 8 Confer ncia Nacional de Sa de Relat rio final Recuperado em 15 de setembro de 2008 de http portal saude gov br portal arquivos pdf 8 CNS Relatorio 20Final pdf Zanelli J C amp Bastos A V B 2004 Inser o profissional do psic logo em Organiza es e no Trabalho In J C Zanelli J E Borges Andrade amp A V B Bastos Orgs Psicologia Organiza es e Trabalho no Brasil pp 466 496 Porto Alegre Artmed 195 Anexos CAAE Certificado de Apresenta o para Aprecia o tica http portal2 saude gov br sisnep cep caae cfm VCOD 37151 MINIST RIO DA SA DE Conselh
113. XI de Espa a Editores Alvaro J L amp Garrido A 2006 Ocupaci n y bienestar In A Garrido Org Sociopsicolog a del trabajo Barcelona Editorial UOC lvaro J L Garrido A amp Torregrossa J R 2007 Psicologia social aplicada Madrid Mc Graw Hill Interamericana de Espa a Antunes R 2006 Adeus ao trabalho Ensaio sobre as metamorfoses e centralidade do mundo do trabalho S o Paulo Cortez Arruda A 1998 O ambiente natural e seus habitantes no imagin rio brasileiro Negociando a diferen a In Arruda A Org Representando a alteridade Rio de Janeiro Vozes Associa o Brasileira de Psiquiatria 2008 Recuperado de http www abpbrasil org br em 27 de agosto de 2008 Azevedo C S Braga Neto F C amp S M C 2002 Indiv duos e a mudan a nas organiza es de sa de contribui es da psicossociologia Cadernos de Sa de P blica 18 235 247 Bandura A Azzi R G amp Polydoro S A J Orgs 2008 Teoria Social Cognitiva conceitos b sicos Porto Alegre Artmed Barbosa Branco A Albuquerque Oliveira P R amp Matheus M 2004 Epidemiologia das Licen as no Trabalho por Doen a mental no Brasil 1999 2002 In 1 Congresso Internacional sobre Sa de Mental no Trabalho Anais Recuperado em 27 de setembro de 2008 de http www prtl8 mpt gov br eventos 2004 saude mental anais artigos 3 pdf Bardin L 1995 An lise de conte do L A Reto amp A Pinheiro
114. a quando um usu rio procura um hospital h possivelmente uma expectativa de sofrer exclus o do seu meio social e de seu papel de trabalhador ainda que por pouco tempo Este sofrimento ps quico do usu rio pode se refletir nas rela es que estabelecem com os profissionais de sa de tornando se um componente das condi es de trabalho destes Al m disto outras expectativas do usu rio e dos pr prios profissionais v o afetar suas condi es de trabalho e seu psiquismo porque contribuem para construir e caracterizar o ambiente psicossocial do hospital Entre elas est o a impot ncia diante da morte as limita es impostas pelas condi es assistenciais em que est o em jogo os recursos materiais tecnol gicos e humanos dispon veis o confronto com familiares e usu rios angustiados Outra caracter stica do trabalho em hospitais est em que o trabalho dividido e fragmentado Pires 2000 De acordo com o autor O trabalho compartimentalizado cada grupo profissional se organiza e presta parte da assist ncia de sa de separado dos demais muitas vezes duplicando esfor os e at tomando atitudes contradit rias Os profissionais envolvidos dominam os conhecimentos para o exerc cio das atividades espec ficas de sua qualifica o profissional no entanto os m dicos no mbito do trabalho coletivo institucional ao mesmo tempo em que dominam o processo de trabalho em sa de delegam campos de 8 Sobre isto ver vide
115. a Oficial da Institui o no per odo de janeiro a dezembro de 2002 Recuperado em 12 de setembro de 2008 de http www prh ufrn br D AS conteudo dhsmt morbidade htm Ramirez A G amp Shepperd J 1988 The use of focus group in health reserch Scandinavian Journal Primary Healthy Care 1 81 90 Ramminger T 2002 A sa de mental do trabalhador em sa de mental um estudo com trabalhadores de um hospital psiqui trico Boletim da Sa de 16 1 115 Ramos J Peir J M amp Ripoll P 2002 Condiciones de trabajo y clima organizacional In J M Peir amp F Prieto Org Tratado de psicolog a del trabajo la actividad laboral en su contexto pp 37 92 Madrid S ntesis Psicolog a Reich W 1972 Psicologia de massas do fascismo Rio de Janeiro Martins Fontes Originalmente publicado em 1933 Reich W 1989 A an lise do car ter Rio de Janeiro Martins Fontes Originalmente publicado em 1932 Resolu es vers o final 3 Confer ncia Nacional de Sa de do Trabalhador Recuperado em 15 de setembro de 2008 de http www2 dataprev gov br fap relatfinalcnst pdf Robbins S 2007 Comportamento Organizacional S o Paulo Pearson Prentice Hall 11 Ed Santana V S 2006 Sa de do Trabalhador no Brasil Pesquisa na P s Gradua o Revista de Sa de P blica 40 n mero especial 100 111 Recuperado em 15 de setembro de 2008 de http www scielo com br pdf rsp 40nsp 30629 pdf Sanz Yagiiez F
116. a de ps quica dos profissionais de sa de 7 6 Os participantes da pesquisa em seus contextos de trabalho Cap tulo 8 Avalia o das condi es de trabalho segundo os participantes da pesquisa 8 1 Condi es contratuais e jur dicas 8 2 Condi es f sicas e materiais de trabalho 8 3 Processos e caracter sticas da atividade 8 4 Ambiente Sociogerencial Cap tulo 9 Avalia o da sa de ps quica dos profissionais de sa de nos hospitais da UFRN 9 1 Sa de ps quica dos profissionais de sa de X 67 69 71 76 80 80 82 83 85 90 93 93 97 98 104 107 113 121 121 126 135 139 149 149 9 2 Bem estar afetivo no trabalho dos profissionais de sa de Cap tulo 10 Compreens o da sa de ps quica em rela o com as condi es de trabalho nos hospitais da UFRN 10 1 Sa de ps quica e condi es contratuais e jur dicas 10 2 Sa de ps quica e condi es f sicas e materiais 10 3 Sa de ps quica e processos e caracter sticas do trabalho 10 4 Sa de ps quica e ambiente sociogerencial Cap tulo 11 Considera es finais Refer ncias Anexos Anexo 1 Comprovante do protocolo de pesquisa apresentado ao Comit de Etica em Pesquisa da UFRN Anexo 2 Modelo da carta de solicita o de autoriza o dos hospitais para a realiza o da pesquisa Anexo 3 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Anexo 4 Protocolo de pesquisa Anexo 5 Roteiro do grupo focal An
117. a a sociedade norte riograndense e como se tornaram refer ncia em assist ncia sa de da popula o Essa import ncia percebida pelos atores sociais que neles trabalham e se reflete na cultura organizacional sendo manifestada simbolicamente de v rias formas como uso de vestu rio com o nome da institui o ades o a grupos nas redes sociais comemora es Outros aspectos culturais tamb m se manifestam no HUOL um dos motivos de orgulho do hospital segundo seus gestores o fato do hospital ser um dos nicos hospitais universit rios do pa s a se manter sem d vidas Seu diretor atual no cargo h 15 anos foi presidente da Associa o Brasileira de Hospitais Universit rios e o HUOL goza de prest gio entre os hospitais universit rios do pa s Mas os funcion rios n o compartilham desta percep o positiva Percebe se claramente uma lacuna entre o que pensa a gest o sobre o hospital e o que pensam seus trabalhadores que consideram o hospital pobre e sem recursos referindo se constantemente s condi es prec rias de trabalho mesmo quando se v a presen a de tecnologia de ponta como UTI e centro cir rgico Para a popula o assistida contudo o hospital uma refer ncia de seguran a de um atendimento qualificado O HUAB diferencia se tamb m por sua gest o o que marca fortemente sua cultura organizacional Sabe se que geralmente os hospitais t m como Diretor Geral um m dico Isto reflete a import nci
118. a atribu da categoria m dica e sua preponder ncia sobre as outras profiss es de sa de Por m no HUAB a diretora geral uma enfermeira sendo que entre os hospitais universit rios esse o segundo caso no Brasil No HUAB a transi o foi muito bem articulada e preparada pelo diretor m dico que a antecedeu e que foi posteriormente coordenador do CHS Esse profissional foi respons vel em grande parte pela mudan a cultural no HUAB incrementando a participa o dos funcion rios na tomada de decis o e a meritocracia ajudando a construir um ambiente de igualitarismo entre as profiss es e entre os trabalhadores 1 O uso de bata n o obrigat rio mas os profissionais as utilizam com o bras o da UFRN e o nome do Hospital 2 Existem grupos nas redes sociais como o M dico de Plant o do HUOL 2 Na comemora o dos 90 anos do HUOL o slogam foi HUOL 90 anos de hist ria e sa de 101 No HUAB a gest o se caracteriza pela preocupa o com a inova o com a participa o na tomada de decis o e com o envolvimento dos funcion rios Em virtude disto o HUAB tem sido nos ltimos anos um cliente frequente da Diretoria de Desenvolvimento de Pessoas rg o da Pr Reitoria de Gest o de Pessoas respons vel por promover cursos e eventos e em atender demandas locais de unidades da UFRN Neste sentido as solicita es do HUAB tem objetivado promover a qualifica o de seus servidores o que vem possibilitando maior e me
119. a mesmo diante dos r gidos padr es de higiene adotados O odor de alimentos advindo de sua prepara o no Servi o de Nutri o tamb m impregnava o andar em momentos espec ficos Hoje a qualidade do ar notavelmente superior Uma teoria que pode explicar o que ocorreu no HUOL a teoria de motiva o de Hezberg 1997 Analisado o caso do HUOL a partir desta teoria pode se dizer a mudan a apenas gerou a n o insatisfa o mas n o foi capaz de ter efeitos satisfacientes porque s houve mudan a no entorno da tarefa e n o na tarefa em si Outra teoria que pode auxiliar a compreens o da percep o dos funcion rios sobre as condi es de trabalho a teoria das representa es sociais Segundo Minayo 1994 p 108 as representa es sociais s o imagens constru das sobre o real um processo de natureza dial tica em que o ser humano em sua rela o com o mundo que o rodeia transforma o estranho em algo natural Isto se d pela objetiva o Para Moscovici 1978 p 110 objetivar reabsorver um excesso de significa es materializando as e adotando assim certa dist ncia a seu respeito tamb m transplantar para o n vel de observa o o que era apenas infer ncia ou s mbolo Isto acontece num movimento dial tico onde as significa es s o naturalizadas opera o em que o que era s mbolo se torna real e classificadas em que dada a realidade uma simbologia Moscovici 1978 Arruda 1998 A
120. a no setor de Nutri o e Diet tica n o foram relatados inc modos durante a observa o participante Por m foi observado que no HUAB ocorre mudan a de temperatura percebida e reportada pelos profissionais que atuam na Nutri o e na sa da das enfermarias do alojamento conjunto para o corredor As enfermarias s o climatizadas e ao sa rem delas os profissionais se deparam com o clima quente de Santa Cruz mas n o h queixas quanto a isso Com rela o Nutri o o calor encarado como parte do trabalho assim relatado pelos profissionais do servi o de nutri o e tamb m n o h queixas Compreende se que por raz es s cio hist ricas a percep o das condi es de trabalho uma constru o social Para o grupo de profissionais do HUAB os Aspectos F sico qu micos s o encarados como uma mostra de que o trabalho rduo e valoroso e n o de como ele fatigante 132 No HUOL embora se esperasse coment rios sobre a melhoria desse aspecto das condi es de trabalho com a mudan a do pr dio antigo n o climatizado em que a temperatura interna era desconfort vel para o ECT onde h climatiza o em novembro de 2011 n o houve nenhum relato No entanto facilmente observ vel que a temperatura nos ambientes de trabalho melhorou Al m disso quando as observa es para esta tese foram iniciadas no pr dio antigo especialmente no setor t rreo havia uma impregna o de odores nas enfermarias que resisti
121. a observa o participante percebeu que realmente n o h percep o de discrimina o entre os funcion rios mesmo quando seus postos hier rquicos s o bastante distantes Contribui para isto provavelmente a conviv ncia harmoniosa durante as refei es em um dos dias por exemplo um dos m dicos levou uma galinha caipira numa panela que foi aquecida pelas cozinheiras e copeiras que vieram sentar com ele e comeram todos felizes num clima de algazarra Nas refei es est o todos juntos N o h mesa de chefias de profissionais de n vel superior Quase todos os funcion rios se conhecem h muitos anos e a conviv ncia mais fraterna Outro fator contributivo a postura de igualitarismo da dire o que j se transformou em cultura pois j era adotada pelo gestor anterior que passou muitos anos no cargo Somando se as duas gest es h mais de 15 anos o hospital preza o igualitarismo Isto n o ocorre no HUOL com a mesma equipe gestora h tempo semelhante L o contexto cultural de separa o por categorias por setores criando castas de funcion rios por percep o de import ncia da tarefa por proximidade da gest o entre outros Isto contribui para que as pessoas se percebam mais distantes e que percebam que h discrimina o embora o escore nos intervalos que retratam isto tenha sido bastante pequeno Uma teoria que pode explicar a percep o de discrimina o e de n o igualitarismo por parte dos funcion rios a Te
122. a percep o dos Pessimistas M 2 39 DP 0 86 localizados no HUOL que dos Otimistas M 1 75 DP 0 79 que tamb m predominante no HUOL 68 6 Os outros fatores s o percebidos de forma semelhante pelos Ambivalentes 95 no HUOL Somatizadores 60 no HUAB e Depressivos 74 1 no HUOL Este o fator com menores m dias sendo que a mais alta corresponde percep o entre raras vezes e algumas vezes Notou se nos contextos de trabalho que o cuidado com a preven o de acidentes maior no HUOL que no HUAB Se n o h a percep o do risco tamb m vai haver menos cuidado com a preven o Foi realizada uma an lise de correla o entre os fen menos estudados na dimens o das condi es f sicas e materiais de trabalho os indicadores de sa de ps quica cuja ANOVA mostrou haver diferen as entre as m dias dos grupos Os resultados est o expressos na Tabela 36 e auxiliam a compreender como os diversos fatores de acordo com o contexto de trabalho explicam a sa de ps quica dos participantes inclusos nos grupos Note se o papel dos afetos positivos e negativos com rela o ao trabalho na percep o de sa de ps quica com rela o aos fatores estudados Tabela 36 Correla o entre as condi es f sicas e materiais de trabalho e os indicadores de sa de ps quica F1 Aspectos F4 Exig ncia de esfor o F5 Risco de psicobiol gicos f sico acidentes Sa de Geral 0 321 0 187 0 141 Estresse 0 338 0 200 0 116 Desejo
123. a sa de ps quica em outras categorias profissionais em contextos diversos e fazer estudos comparativos entre profissionais atuando em setores p blicos e privados Sugere se tamb m testar o modelo proposto para o DASS para poss vel valida o como metodologia de an lise das condi es de trabalho em rela o da sa de ps quica no mbito do SIASS 52 A pesquisadora docente na UFRN 185 Refer ncias Abrah o J I 1993 Ergonomia Modelo M todos e T cnicas Segundo Congresso Latino Americano e Sexto Semin rio Brasileiro de Ergonomia Florian polis Abergo Fundacentro Almeida Filho N amp Coelho M T A D 2002 Conceitos de sa de em discursos contempor neos de refer ncia cient fica Hist ria Ci ncias Sa de 9 2 315 333 Almeida Filho N amp Juc V 2002 Sa de como aus ncia de doen a cr tica teoria funcionalista de Christopher Boorse Ci ncia amp Sa de Coletiva 7 4 879 889 Almeida Filho N amp Andrade R F S 2003 Holopatog nese esbo o de uma teoria geral de sa de doen a como base para a promo o da sa de In D Czeresnia amp C M Freitas Orgs Promo o da Sa de conceitos reflex es e tend ncias Rio de Janeiro Editora Fiocruz APA 1994 Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders DSM IV Washington American Psychiatric Association lvaro J L 1995 Psicologia social perspectivas te ricas y metodol gicas Madrid Siglo X
124. acentuada O comportamento dos profissionais revelado na observa o participante demonstra que no HUOL h preocupa o com os riscos psicobiol gicos Viu se que a lavagem das m os frequente L tamb m h a presen a mais atuante da CCIH no controle dos riscos ambientais o que n o se observa no HUAB embora a comiss o exista No HUAB alguns profissionais dispensam o uso de jalecos adotando fardamentos mais leves e de menor capacidade de proteger o corpo da exposi o a agentes infectantes em especial na Pediatria que coincidentemente o setor de maior exposi o naquele hospital O relato dos funcion rios que o jaleco e a roupa branca assustam as crian as Eles dizem abrir a m o da autoprote o pelo bem estar de seus pacientes o que pode ser uma justificativa socialmente aceita para o descuido com a prote o individual no 39 A i oe Quando ocorrem casos de maior gravidade os pacientes s o transferidos hospitais de Natal 130 trabalho Isto revela que apesar de haver a possibilidade de contamina o com fluidos corporais essa n o parece ser uma preocupa o presente entre os profissionais de sa de do HUASB pois h pouca precau o em se evitar contamina es Com rela o Exig ncia de Esfor o F sico na observa o participante do contexto de trabalho e nas entrevistas realizadas n o se verificou carga de esfor o f sico que motivasse reclama es No entanto os escores da tabela mostram que
125. acervo pessoal Gabinete da Presid ncia da Rep blica 1940 Decreto Lei n 2 865 de 12 de dezembro de 1940 Fotoc pia de acervo pessoal Gabinete da Presid ncia da Rep blica 1952 Lei n 1 711 de 1952 Recuperado em 20 de janeiro de 2010 de http legislacao planalto gov br legisla legislacao nsf Viw Identificacao lei 201 711 195220penDocument Gabinete da Presid ncia da Rep blica 1990 Lei n 8 080 de 19 de setembro de 1990 Recuperado em 20 de janeiro de 2009 de http www planalto gov br ccivil 03 Leis L8080 htm Gabinete da Presid ncia da Rep blica 1990 Lei n 8 112 de 11 de dezembro de 1990 Recuperado em 20 de janeiro de 2009 de http www planalto gov br ccivil 03 leis 8112cons htm Gabinete da Presid ncia da Rep blica 1992 Lei n 8 490 de 19 de novembro de 1992 Recuperado em 20 de Janeiro de 2010 de http www planalto gov br cc vil 03 leis L8490 htm Gabinete da Presid ncia da Rep blica 2005 Lei n 11 0091 de 12 de janeiro de 2005 Recuperado em 20 de Janeiro de 2010 de http www planalto gov br ccivil 03 1eis L11091 htm Garrido A Org 2005 Sociopsicologia del trabajo Barcelona Editorial UOC Guerreiro Ramos A 1981 A nova ci ncia das organiza es S o Paulo Editora tica Giddens A 1997 A terceira via S o Paulo Record Gil A C 2002 Como elaborar projetos de pesquisa S o Paulo Atlas Glik D amp Gordon A 1988 A focus group methods forfor
126. al constitui se num marco pelo reconhecimento de que seja necess rio cuidar da sa de ps quica do servidor embora o termo ps quico n o seja empregado Mas ao reconhecer que uma altera o na sa de mental advinda do trabalho repercute nas outras esferas da vida do trabalhador como sua vida familiar e vice versa e ao admitir que trabalho n o s produtor de sofrimento mas tamb m gerador de satisfa o o secret rio executivo de planejamento e o coordenador do SIASS est o implicitamente evidenciando as condi es biopsicossociais que est o relacionadas com a sa de ps quica das quais o termo sa de mental n o d conta uma vez que nos remete ao dualismo corpo mente Apesar da inten o de integra o o SIASS disp e de uma nica unidade em funcionamento no territ rio nacional localizada em Bras lia Al m do mais ainda n o existe um modelo assistencial a ser seguido com rela o sa de ps quica dos servidores O reconhecimento da dimens o psicossocial como imprescind vel nas rela es de trabalho veio com a publica o da Portaria n 1 261 de 5 de maio de 2010 que trata dos Princ pios Diretrizes e A es em Sa de Mental que devem nortear a elabora o de projetos e a consecu o de a es de aten o sa de ps quica dos servidores p blicos federais De acordo com not cia publicada no Portal SIAPE wwwl siapenet gov br saude Portal o Os discursos de Jo o Bernardo Bringel e S rgio Car
127. am repercutindo novamente no ambiente de trabalho Portanto a es de melhoria das condi es de trabalho precisam ser estabelecidas para resultar no efeito inverso 176 proporcionando o aumento dos afetos positivos express o dos afetos e a redu o dos sintomas ps quicos 177 11 Considera es finais Esta tese se prop s a avaliar a rela o entre sa de ps quica e condi es de trabalho nos hospitais da UFRN adotando os pressupostos epistemol gicos da abordagem psicossociol gica para compreender o contexto de trabalho e sa de dos trabalhadores abordando os construtos te ricos Condi es de Trabalho e Sa de Ps quica tendo como objetivo geral avaliar a sa de ps quica em rela o com as condi es de trabalho de profissionais de sa de nos hospitais da UFRN Partiu se da compreens o de que o trabalho um ato volunt rio e um fen meno social que ocorre num dado contexto s cio hist rico possuindo materialidade sobre a qual se constitui o psiquismo Esta materialidade se expressa nas condi es em que o trabalho realizado que pode levar a riscos psicossociais e adoecimento mas tamb m pode ser produtor de bem estar ps quico Deste modo as condi es de trabalho constituem se num campo em que os atores sociais desempenham suas atividades Este campo pode ser compreendido como espa o mas tamb m um campo de significados dos quais o pesquisador s pode se apropriar a partir da intera o com os atore
128. am intrigadas pois o carro havia sido checado conferido e lacrado dias antes e nenhuma urg ncia havia ocorrido desde ent o o que justificaria a quebra do lacre Mas ningu m contestou a informa o de R Mais tarde ela foi a UTI e pediu mais duas ampolas de dizendo que havia uma urg ncia nas enfermarias Pouco tempo depois foi ao m dico de plant o e solicitou a prescri o de mais duas ampolas para fazer a reposi o no carro de urg ncia Uma das enfermeiras da UTI tentou checar se a hist ria era verdadeira ligando para o setor de R e soube que faltavam as duas ampolas do carro de urg ncia ent o a hist ria pareceu ver dica Depois R voltou ao setor que estava supervisionando e comentou que estava se sentindo mal Estava sudor tica enjoada n o conseguiu se alimentar direito As t cnicas sugeriram que ela fosse descansar um pouco pois o turno estava calmo Perto da passagem de plant o uma das t cnicas foi cham la para que se inteirasse das ocorr ncias para que pudesse passar o plant o para a enfermeira que chegaria para o turno Chamou e ela n o respondeu Percebeu ent o que havia algo errado Subiu numa cadeira e olhou pelo visor Viu a colega deitada na cama cian tica Imediatamente acionou o m dico de plant o os maqueiros e os outros enfermeiros dos outros setores Arrombaram a porta R estava morta Eu soube da hist ria quase que imediatamente ao ocorrido A not cia se espalhou imediatamente e uma das t cn
129. amentos e organiza es a fim de permitir o estabelecimento do diagn stico precoce e tratamento adequado das doen as Mirshawka p 35 1999 o que sup e a exist ncia de recursos tecnol gicos e pessoal especializado 33 De acordo com Borba 1989 a grande evolu o hospitalar ocorreu justamente atrav s da tecnologia No campo hospitalar e de sa de os produtos servi os m dicos t m evolu do de forma r pida e sens vel a tal ponto que as grandes inova es cient ficas se expressam neste campo principalmente atrav s da engenharia m dica Deste modo as ci ncias b sicas a gen tica e as ci ncias m dicas aplicadas t m recebido um sem n mero de novos e eficazes equipamentos o que tem provocado uma verdadeira revolu o tecnol gica p 8 Por m de nada adianta a tecnologia sem o elemento humano A revolu o tecnol gica s ocorre porque h um homem para pensar desenvolver ou operar a m quina A a o humana o desencadeador da evolu o e da mudan a E antes mesmo de qualquer mudan a s o os homens que formam as organiza es tanto do ponto de vista do que elas s o como do que nelas ocorre Os estudos organizacionais de acordo com Bastos Loiola Queiroz e Silva 2004 adotam vis es que assumem a organiza o ora como entidade ora como processo Vistas como entidade concebe se que as organiza es possuem normas valores e expectativas que antecedem o ingresso dos sujeitos e moldam as a es e co
130. amp Barbosa 2006 como Gouveia et al 2008 e Gouveia et al 2009 compreendem que o bem estar afetivo no trabalho tem rela o com a sa de ps quica e fruto das percep es do indiv duo sobre seu contexto de trabalho 5 3 Sa de como norma vital Como j foi discutido nos cap tulos anteriores o trabalho tem papel central na organiza o da vida humana e de todas as rela es que se estabelecem entre os homens A proposi o de Marx e Engels leva a concep o de um ser social A Psican lise n o desconsidera o papel do social no entanto caracteriza o homem principalmente como ser instintivo movido pela puls o Reich 1933 1972 apresenta uma teoria em que h uma concilia o das duas posi es Para ele o homem formado tanto por processos instintivos quanto pelos socioecon micos De maneira que para o autor o homem existe como mat ria e constitui se psiquicamente na rela o com o seu meio Reich afirma que as estruturas ps quicas s o modeladas em fun o de uma ordem social Reich 1932 1989 Essa ordem social est materializada no meio ao qual o indiv duo pertence Essa condi o material ent o se reflete na organiza o social da qual fazem parte as institui es Estas segundo Castoriadis 68 1975 constituem se numa rede formada por componentes funcionais e imagin rios que sancionada socialmente e possui um simbolismo As institui es podem ser entendidas como os contextos socioecon micos
131. ando comparados com os outros grupos No HUAB os Somatizadores predominam 38 7 sobre os Otimistas 35 5 Isto denota que no contexto do HUOL h maior facilidade de express o dos sentimentos que no HUAB Na observa o participante constatou se que h mais mobiliza o dos grupos e reivindica es sobre o trabalho no HUOL Um exemplo a discuss o sobre a ades o dos hospitais da UFRN Empresa Brasileira de Servi os Hospitalares EBSERH da qual os funcion rios do HUOL vem participando ativamente Embora se espere uma mudan a significativa nas condi es de trabalho para breve os profissionais do HUAB mant m se no geral neutros A principal caracter stica dos Somatizadores o rebaixamento dos afetos positivos e negativos associado aos dist rbios do sono e sintomas psicossom ticos Na observa o participante percebeu se que comum os profissionais do HUAB trabalharem 24 horas ou mais seguidamente sem queixas descumprindo a legisla o vigente Em geral isto ocorre por desejo pr prio e em acordo com a ger ncia Este comportamento impede o funcion rio de descansar as horas necess rias ap s um turno de trabalho comprometendo o sono podendo ocasionar o surgimento de sintomas som ticos V se ent o que o contexto de trabalho afeta profundamente a sa de ps quica dos participantes da pesquisa Estas rela es ser o exploradas no cap tulo 10 50 A Ades o do HUOL EBSERH ocorreu no dia 22 de outubro de
132. antidade de tempo e estabilidade ou n o de tal organiza o Condi es contratuais e jur dicas oferecidas contrapartidas socioecon micas ao Horas extraordin rias pagas trabalho realizado Assist ncias sociais e sanit rias benef cios Tempo N mero de horas semanais dura o Tipo de jornada regular m veis por plant o etc Mudan as de hor rio Turnos e hor rios de trabalho Trabalhos nos s bados e domingos Tempo de descanso e f rias Fatores f sicos do trabalho Abrange os aspectos que caracterizam o ambiente f sico em que o trabalho desenvolvido incluindo os aspectos relativos ao clima e ou o preparo do ambiente de trabalho para lidar com as adversidades clim ticas se referem principalmente a magnitudes como a temperatura a umidade n vel de ru do ilumina o ventila o e pureza do ar subst ncias nocivas contaminantes poeira ons exist ncia de vibra es e inclusive as condi es gerais de limpeza higiene e ordem no lugar de trabalho Ramos et al 2002 p 43 Lugar do trabalho Espa o geogr fico Refere se exist ncia de suficiente espa o para poder desenvolver a atividade laboral a distribui o desse espa o sua configura o e as rela es que se estabelecem entre o espa o e os trabalhadores privacidade intimidade territorialidade densidade dispers o condi es de isolamento Ramos et al 2002 p 43 N vel de
133. ao MEC este responde pela folha de pagamento dos trabalhadores que s o vinculados UFRN e bolsas de est gio O MS remunera os procedimentos contratualizados com o SUS H ainda a necessidade de investimentos em estrutura tecnologia e m o de obra especializada Com esta finalidade os hospitais em estudo aderiram ao Programa de Reestrutura o dos Hospitais Universit rios REHUF criado em 2010 que no ano de 2012 investir 270 milh es de reais aA E as 2 18 nos hospitais universit rios do pa s No entanto a libera o dos recursos implica cumprimento de metas Uma delas a taxa de ocupa o dos leitos Em reuni o realizada com a presen a dos diretores dos hospitais do pa s em Bras lia em julho de 2012 houve o comunicado oficial de que a taxa de ocupa o m dia mensal do HUAB para o MEC de 35 e a do HUOL superior a 75 valor m nimo esperado Isto compromete o repasse dos recursos para o HUAB e a viabilidade econ mica do pr prio hospital O dado refor a uma percep o mencionada por entrevistados de que dos hospitais da UFRN o de melhor situa o socioecon mica o HUOL embora exista a queixa constante dos seus gestores de que o hospital mant m outras unidades em raz o dos servi os disponibilizados aos outros hospitais da UFRN pelo Centro de Diagn stico por Imagem CDI e Laborat rio de An lises Cl nicas LAC que pertenciam ao CHS e n o ao HUOL e com a extin o do CHS passaram a pertencer defini
134. ara o entendimento de como os hospitais se organizam como institui es o que ser discutido a seguir 7 2 Classifica o dos hospitais Os hospitais da UFRN campos desta pesquisa atendem ao que o Minist rio da Sa de MS preceitua sendo ao mesmo tempo centros de assist ncia e de capacita o profissional em sa de constituindo a rede de servi os de sa de sendo o HUAB parte da rede assistencial da microrregi o do Trair no estado do Rio Grande do Norte e o HUOL da rede estadual de sa de pois alguns de seus procedimentos s o de refer ncia para o estado por exemplo o transplante renal O HUAB e o HUOL tamb m s o classificados como hospital de ensino de acordo com o que preconiza a Portaria Interministerial N 1006 MEC MS de 27 de maio de 2004 98 Ambos os hospitais passaram por certifica o do MS para serem reconhecidos como tal e recebem adicional financeiro do SUS para a manuten o da fun o de ensino Considerando a classifica o proposta pela OPAS 2004 o HUAB um hospital de m dia complexidade pertencente a uma rede Na pr tica isto n o se consolida posto que atualmente o hospital n o disp e de estrutura para atender aos casos mais graves e complexos em sa de materno infantil seu p blico de refer ncia Esses s o encaminhados para a Maternidade Escola Janu rio Cicco em Natal tamb m pertencente UFRN O HUOL atende aos crit rios tanto desta classifica o como os relativos a hospital de r
135. aramente Tabela 39 172 Tabela 39 Percep o do ambiente sociogerencial nos grupos de sa de ps quica N M dia Desvio padr o ANOVA F1 Organiza o da Pessimistas 16 2 91 0 79 F 6 943 para p lt 0 001 atividade Ambivalentes 22 2 53 1 20 Somatizadores 20 2 62 0 59 Depressivos 21 1 94 0 67 Otimistas 35 1 91 0 68 Total 120 2 28 0 88 F2 Infraestrutura e press o Pessimistas 16 3 06 1 09 F 0 677 para p 0 609 Ambivalentes 22 3 11 1 27 Somatizadores 20 3 18 0 77 Depressivos 21 3 08 1 16 Otimistas 35 2 78 0 85 Total 120 3 01 1 03 F3 Oferta de informa es Pessimistas 16 2 34 1 33 F 1 618 para p 0 174 de sa de Ambivalentes 22 2 18 1 23 Somatizadores 20 1 87 0 90 Depressivos 27 2 52 1 24 Otimistas 35 2 46 1 23 Total 120 2 42 1 21 F4 Discrimina o Pessimistas 16 1 11 0 28 F 1 489 para p 0 210 Ambivalentes 22 1 32 0 61 Somatizadores 20 1 10 0 28 Depressivos 21 1 08 0 25 Otimistas 35 1 19 0 37 Total 120 1 16 0 38 F5 Participa o Pessimistas 16 2 50 0 48 F 1 453 para p 0 221 Ambivalentes 22 2 16 0 96 Somatizadores 20 2 43 0 73 Depressivos 21 2 46 0 80 Otimistas 35 2 26 0 71 Total 120 2 46 0 78 F6 Viol ncia Pessimistas 16 2 05 1 23 F 5 209 para p lt 0 001 Ambivalentes 22 1 59 0 74 Somatizadores 20 1 65 0 42 Depressivos 21 1 18 0 32 Otimistas 35 1 39 0 46 Total 120 1 52 0 68 F7 Ambiente Conflitivo Pessimistas 16 2 77 1 06 F 4 160 para p 0 003 Ambivalentes 22 2 39 1 30 Somatizadores 20 2 63 1 00 Depressi
136. as profiss es da rea de sa de cujo exerc cio regulamentado enfermeiros m dicos odont logos assistentes sociais fisioterapeutas psic logos fonoaudi logos terapeutas ocupacionais farmac uticos bioqu micos nutricionistas t cnicos e auxiliares de enfermagem t cnicos de radiologia e de laborat rio t cnicos em higiene bucal entre outros que prestam assist ncia ao usu rio dos servi os de sa de Os participantes se restringem aqueles profissionais de sa de com v nculo empregat cio formal com a UFRN De acordo com Gonz lez Rey 2000 o conceito de amostra reflete os princ pios da pesquisa positivista de car ter correlacional objetivando significa o estat stica dos resultados generaliza o do conhecimento apresenta o dos fen menos em termos populacionais padroniza o da aplica o dos instrumentos no ambiente de pesquisa O mesmo autor evidencia que entre os pesquisadores que tentam romper com o positivismo surge o conceito de amostra propositiva definida pela natureza do problema e n o pela natureza estat stico populacional Essa amostra representa o grupo considerando que este um sistema constitu do e dotado de subjetividade e n o apenas uma soma de indiv duos A amostra vai se constituindo medida que o pesquisador interage com o grupo Nesta pesquisa como foram aplicadas v rias t cnicas a estrat gia de forma o amostral tamb m variou Para a aplica o do question rio formou se uma
137. asado para chegar ao trabalho ou para come ar seu trabalho em casa N o absolutamente N o mais atrasado que de costume Pouco mais atrasado que de costume Muito mais atrasado do que de costume 30 Tem se sentido satisfeito com a forma pela qual voc tem realizado suas atividades Mais satisfeito que de costume Como de costume Menos satisfeito que de costume Muito menos satisfeito do que de costume 31 Tem sido capaz de sentir calor humano e afei o por aqueles que o cercam Mais que de costume Como de costume Menos que de costume Muito menos do que de costume 32 Tem achado f cil conviver com outras pessoas Mais f cil do que de costume T o f cil como de costume Mais dif cl que de costume Muito mais dif cil do que de costume 33 Tem gasto muito tempo batendo papo Mais que de costume Como de costume Menos que de costume Muito menos do que de costume Veja o verso 34 Tem tido medo de dizer alguma coisa s pessoas e passar por tolo parecer rid culo N o absolutamente N o mais que de costume Um pouco mais que de costume Muito mais do que de costume 35 Tem sentido que est desempenhando uma fun o til na vida Mais til que de costume Como de costume Menos til que de costume Muito menos til do que de costume 36 Tem se sentido capaz de tomar decis es sobre suas coisas
138. astante homog neas com rela o s condi es de trabalho e sa de dos trabalhadores por m as manifesta es dos grupos do HUOL e do HUAB quando observados em atua o no contexto s o diferentes como exposto anteriormente no cap tulo 09 Todas essas evid ncias s o coerentes com os pressupostos epistemol gicos sobre a tem tica expostos no in cio desta tese 10 2 Sa de ps quica e condi es f sicas e materiais Para se compreender a rela o entre os fatores da segunda dimens o de an lise das condi es de trabalho Condi es F sicas e Materiais e os grupos segundo a sa de ps quica dos profissionais de sa de participantes da pesquisa aplicou se a an lise de vari ncia ANOVA conforme apresenta a Tabela 35 Constatou se que as m dias no fator Aspectos Psicobiol gicos difere entre os grupos F 5 190 para p 0 001 mostrando que os participantes nos grupos percebem os aspectos psicobiol gicos diferentemente por grupo Portanto os aspectos psicobiol gicos a exig ncia de esfor o f sico e riscos de acidentes diferenciam os grupos de sa de ps quica Dentre esses o fator Aspectos Psicobiol gicos foi o que mais contribuiu para a percep o dos riscos no trabalho O teste p s hoc Bonferroni mostrou que os aspectos psicobiol gicos s o mais percebidos pelos Pessimistas M 3 98 DP 0 63 que apresentam mais sintomas graves de sa de ps quica e mais afetos negativos Estes participantes concentram se no HUOL
139. atualmente respons vel por prestar esse servi o Esta hist ria tamb m tem rela o direta com o SUS At o advento da cria o do Sistema nico de Sa de e a pactua o dos hospitais universit rios com o SUS impedindo outras formas de acesso que n o a marca o de consultas dentro da agenda daquele sistema os funcion rios da UFRN eram atendidos atrav s de demanda direta nos hospitais universit rios onde havia guich s espec ficos e um n mero de fichas pr determinadas para eles Enquanto esses hospitais detiveram leitos particulares era poss vel tamb m receber uma forma diferenciada de assist ncia m dico hospitalar sem nus Tamb m funcionava em um dos hospitais universit rios a Junta M dica da UFRN Com a cria o da Pr Reitoria de Recursos Humanos pela Resolu o 009 95 CONSUNI surge o Departamento de Assist ncia ao Servidor DAS atualmente denominado DASS cuja finalidade o desenvolvimento de a es e programas que visem promo o da sa de do servidor Este departamento passou inicialmente a prestar assist ncia m dica e social abrigando posteriormente a junta m dica Atualmente est estruturado em duas divis es a Divis o de Assist ncia Sa de que presta assist ncia m dica psicol gica social e jur dica e abriga programas voltados para a sa de e a qualidade de vida do servidor e a Divis o de Sa de Seguran a e Medicina no Trabalho que abriga a junta m dica portanto a per cia m
140. biente sa de no qual se incluem os hospitais em estudo No entanto observou se que estas a es tiveram pouco impacto nos profissionais de sa de Alguns relataram que tiveram dificuldade de sair do seu posto de trabalho para participar e outros demonstraram desconhecer que as a es aconteciam 9 2 Bem estar afetivo no trabalho dos profissionais de sa de O bem estar afetivo dos profissionais de sa de nos hospitais da UFRN abrangeu o uso da Escala de Bem Estar Subjetivo no Trabalho JAWS 12 Os intervalos significam a frequ ncia dos afetos positivos e negativos em rela o com o comportamento no trabalho sendo que o intervalo x lt 2 indica que o indiv duo nunca vivencia o conjunto de sentimentos do fator 2 lt x lt 3 que vivencia raramente 3 lt x lt 4 que vivencia quase sempre e x gt 4 que vivencia sempre A Tabela 32 mostra que as maiores m dias se encontram na dimens o Val ncia Positiva e Excita o Baixa VPEB demonstrando que os profissionais de sa de t m mais frequentemente sentimentos de tranquilidade contentamento e satisfa o para com o trabalho As menores m dias foram no fator Val ncia Negativa Excita o Alta mostrando que os profissionais de sa de vivenciam menos sentimentos como raiva inc modo e f ria com rela o ao trabalho O teste t mostrou que h diferen a estatisticamente significativa entre as m dias nos dois ltimos fatores 160 Tabela 32 Escores nos fatores da JAWS Fatores
141. bilidade F3 Organiza o 2 99 0 06 18 3 58 3 23 3 do tempo F4 Est mulo 3 49 0 71 23 31 7 37 5 28 3 colabora o F 6608 46 para p lt 0 001 Pode se observar pela Tabela 21 que os profissionais de sa de apresentam m dias com magnitudes estatisticamente diferentes entre fatores relacionados dimens o dos processos e caracter sticas do trabalho o que corroborado pela ANOVA F 6608 46 para p lt 0 001 O teste Bonferroni foi aplicado e mostrou que h uma hierarquia entre essas m dias e que a m dia dos escores dos participantes no fator Est mulo Colabora o mais elevada significando que neste aspecto as condi es de trabalho s o percebidas como adequadas pois o fator diz respeito possibilidade de o trabalhador contar com a colabora o de seus pares na execu o de suas tarefas e de poder colaborar com eles O resultado do teste Bonferroni est representado na Figura 7 136 F4 Est mulo colabora o M 3 49 DP 0 71 F2 Complexidade e responsabilidade M 3 27 DP 0 62 F1 Espa o de autonomia F3 Organiza o do tempo M 2 81 DP 0 05 M 2 55 DP 0 06 Figura 7 Hierarquia das m dias nos fatores dos processos e caracter sticas do trabalho Dentre todos os fatores em an lise este foi o que apresentou maior ndice de respostas correspondentes a frequentemente expostos condi o 28 3 O fator tamb m apresenta um escore muito baixo correspondente resposta m
142. bre as condi es de trabalho e a sa de ps quica pelos pesquisados medida que as intera es ocorriam Tabela 3 Posi es de Thiollent 1997 sobre as caracter sticas da pesquisa o em compara o com a observa o participante PESQUISA O OBSERVA O PARTICIPANTE Car ter participativo integra o entre pesquisadores e Discuss o entre pesquisadores e membros da membros da situa o investigada situa o investigada Produz a o planejada sobre os problemas detectados Nem sempre possui a o planejada Requer legitimidade dos diversos autores e converg ncia de Lida com situa es de contesta o do poder interesses vigente N o se limita a descrever uma situa o Descreve uma situa o Gera acontecimentos ou resultados que podem desencadear mudan as Fonte Capelle 2002 Com a finalidade de observar o contexto a pesquisadora autora desta tese se inseriu no campo como plantonista eventual do HUAB em setembro de 2011 19 e como respons vel pela condu o de uma oficina de desenho de processos de uma diretoria assistencial do HUOL de julho a outubro do mesmo ano al m de realizar observa es nas depend ncias do hospital Paralelamente participou de reuni es nos dois hospitais sempre que o assunto abordava condi es de trabalho ou sa de do trabalhador O acesso foi facilitado pois a pesquisadora trabalhou 14 anos no HUOL e tamb m manteve um bom relacionamento profissional com o HUAB quan
143. caracter sticas pr prias Outro hospital campo de pesquisa para este estudo o Hospital Universit rio Ana Bezerra HUAB Localiza se no interior do estado mais precisamente na microrregi o da Borborema Potiguar cuja popula o caracteristicamente de baixa renda O HUAB surgiu como Associa o de Prote o Maternidade e a Inf ncia de Santa Cruz Inaugurado em 4 de fevereiro de 1952 foi constru do com recursos do governo estadual e municipal tendo como primeiro presidente da associa o mantenedora o Sr Jo o Bianor Bezerra e o primeiro Diretor Geral o Dr Dem crito Ramos da Rocha Cl nico Geral e Obstetra 14 Na Resid ncia M dica s o oferecidas vagas em anestesiologia cardiologia cirurgia geral cl nica m dica endocrinologia gastroenterologia medicina de fam lia e comunidade neurocirurgia neurologia neurocirurgia oftalmologia otorrinolaringologia patologia psiquiatria radiologia e urologia Na Resid ncia Multiprofissional em Sa de s o oferecidas vagas em Servi o Social Enfermagem Nutri o Fisioterapia e Farm cia 96 Em 1966 com a cria o do Centro Rural Universit rio de Treinamento e A o Comunit ria CRUTAC o hospital vinculou se UFRN passando a ser campo de est gio dos cursos da rea da sa de Nos dias atuais o hospital presta servi o exclusivamente ao SUS e atende a clientela de Santa Cruz e regi o do Trair atuando na aten o sa de da mulher e da crian a Na
144. ceitos da divis o do trabalho Taylor 1911 2008 Chiavenato 1996 Como Taylor Fayol e Ford tamb m acreditavam que o aumento da produtividade resultava da diminui o da fadiga f sica Deste modo preocuparam se com a realiza o da tarefa no menor tempo poss vel e com menor esfor o do trabalhador sem contudo haver preocupa o com o bem estar Da a nfase em planejamento da tarefa parcelamento Manteve se a tradu o para o portugu s adotada na tradu o da obra do verbo alem o subsumierem utilizado para expressar subordina o do trabalho ao capital Alguns autores discutem Marx adotando a tradu o como submiss o Seu interesse era voltado para o modo como as condi es de trabalho resultavam em ac mulo de capital n o havendo preocupa o com bem estar do trabalhador 50 treinamento operacional e adequa o de instrumentos e m todos de trabalho Braverman 1980 Chiavenato 1996 O reflexo da Administra o Cient fica para a Psicologia foi uma abordagem do trabalho voltada para a ind stria onde as preocupa es giravam em torno da adequa o do homem ao trabalho Para isto era preciso compreender a divis o de tarefas tempos e movimentos selecionar treinar e avaliar adequadamente os empregados Schein 1982 Zanelli e Bastos 2004 Borges Oliveira e Morais 2005 Borges Andrade e Pagotto 2010 As condi es em que o trabalho era realizado eram importantes na medida em que proporcionavam e
145. cio hist rica do contexto indispens vel para entender os fen menos em an lise As condi es de trabalho e a sa de ps quica foram abordadas interdisciplinarmente fundamentando a constru o de um modelo compreensivo de sa de ps quica que orientou a investiga o O caminho metodol gico utilizado foi a pesquisa o Essa foi desenvolvida utilizando t cnicas como an lise documental observa o participante entrevistas n o estruturadas grupo focal e aplica o de um protocolo de pesquisa composto pelo question rio de condi es de trabalho pelo Question rio de Sa de Geral QSG 60 pela Escala de Bem Estar Afetivo no Trabalho JAWS 12 e por quest es sociodemogr ficas A an lise dos resultados mostrou que os escores sintom ticos de sa de ps quica variam por hospitais e que a sa de ps quica sofre influ ncia das condi es de trabalho sobretudo em aspectos referentes a tr s dimens es condi es f sicas e materiais processos e caracter sticas do trabalho e o ambiente sociogerencial Em refer ncia primeira dessas dimens es destacaram se a exposi o aos riscos psicobiol gicos e de acidentes bem como as exig ncias de esfor o f sico Na segunda dimens o a complexidade das atividades e a responsabilidade implicada nas mesmas E na ltima os fatores de organiza o da atividade viol ncia e ambiente conflitivo Como a rela o do indiv duo com seu contexto dial tica os resultados encontrados corr
146. cipantes 2 6 14 6 88 na amostra local 2 3 6 8 84 1 6 8 100 0 HUAB N de participantes 7 5 18 1 31 na amostra local 22 6 16 1 58 1 3 2 100 0 Total N de participantes 9 11 92 7 119 do Total 7 6 9 2 77 3 5 9 100 0 Na observa o participante constatou se que existe flexibiliza o de hor rio para algumas categorias profissionais quando se trata do expediente cumprido nos ambulat rios Isto mais evidente no HUOL mas acontece tamb m no HUAB Quando submetidos a escalas de plant o o sistema de ponto com identifica o digital inibe a flexibiliza o do hor rio mas ainda ocorrem alguns casos Nos dois hospitais constatou se que as regras contratuais s o burladas com a coniv ncia de chefias O relato de um entrevistado exemplifica o que foi dito Eu sei que dou meu hor rio mas tamb m sei daqueles que ganham sem vir aqui Sabe Ela faz mestrado e nem est afastada mas s vem quando quer ou quando conveniente e todo mundo sabe Eu s queria arrumar minha escala sem diminuir as horas para viajar menos mas n o me deixaram Entrevistado 1 HUAB Durante a coleta de dados acompanhou se uma discuss o conduzida pelo Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educa o do Ensino Superior SINTEST no sentido de fazer cumprir o Decreto 1 590 95 que estabelece a possibilidade de jornada reduzida sem preju zo dos sal rios para aquelas unidades que desenvolvam atividades cont nuas e ininterruptas como
147. cipantes terem um s empregador o que ficou claro no Cap tulo 7 e no 8 Na imers o da pesquisadora no contexto foram observadas varia es entre os hospitais a saber a frequ ncia dos plant es eventuais que afeta as horas efetivamente trabalhadas semanalmente e a renda Foram ent o exploradas se estas varia es acompanhavam as diferen as nos indicadores de sa de Nos dois hospitais os plant es eventuais s o uma rotina se sobrepondo carga hor ria contratual e de acordo com a observa o participante s o mais frequentes no HUAB que no HUOL Examinou se ent o a rela o entre as horas trabalhadas semanalmente e os grupos O Qui quadrado y 13 650 para p 0 324 n o indicou a exist ncia de associa es entre as vari veis Da mesma forma foram examinadas as rela es entre a distribui o dos grupos e a renda y 8 484 para p 0 746 n o se encontrando varia es significativas nas propor es o que significa que as condi es contratuais e jur dicas s o percebidas de igual modo pelos participantes da pesquisa independentemente de exercerem suas atividades no HUOL ou no HUAB 166 Como discutido no Cap tulo 4 desta tese os trabalhadores em conjunto inseridos em um dado contexto estabelecem interpreta es de como deve ser o seu trabalho O sindicato uma representa o coletiva que traduz os anseios da categoria Quando avaliadas as reivindica es e bandeiras de luta do sindicato verifica se que estas s o b
148. com afetos positivos que n o provocam ativa o do sujeito 7r 0 363 para p lt 0 001 A an lise da correla o entre o bem estar afetivo e o Ambiente Conflitivo mostra ainda que afetos positivos que provocam ativa o do sujeito como entusiasmo empolga o e sensa o de estar com energia nessa popula o n o afetam a sa de ps quica no trabalho As altera es no ambiente sociogerencial afetam as outras dimens es das condi es de trabalho Durante a realiza o de uma observa o participante uma funcion ria do HUAB procurou o Servi o Social dizendo que algu m precisava fazer alguma coisa para impedir que A continuasse dando plant es seguidos afirmando que a colega estava doente se automedicando em servi o e que n o deixava de vir para os plant es eventuais pela remunera o Continuou dizendo que aquilo n o podia acontecer que sobrecarregava todo mundo que comprometia o servi o Foi explicado pela assistente social que esta era uma quest o para a ger ncia resolver Ela saiu decepcionada e deixou claro que acreditava que nada seria feito porque todos sabiam da situa o e n o resolviam o problema Nesse relato de observa o evidencia se que uma inadequa o no gerenciamento resultou num descumprimento das condi es contratuais e jur dicas de trabalho Isto permitiu que uma profissional excedesse em muito suas horas de trabalho sendo a dimens o sociogerencial afetada repercutindo tamb m na dimens o Processos e
149. com os m dicos Perguntei lhe ent o o que faziam quando n o havia nada para fazer vou ajudar as meninas dos outros setores ou n o fa o nada mas se em compensa o o plant o estiver muito agitado eu sei que vou ter ajuda Entrevistado 4 HUAB No HUAB o uso do espa o de autonomia aliado possibilidade de organiza o do tempo s vezes causa conflito de hor rio com outros profissionais em virtude da quantidade reduzida de salas de atendimento ambulatorial Isto mais comum entre os profissionais de n vel superior para quem decis es m dicas em geral preponderam sobre as outras categorias Nas unidades de interna o o conflito raramente se estabelece Ao contr rio a possibilidade de realizar trocas o inibe L comum ver profissionais t cnicos e auxiliares de enfermagem trocarem as escalas com colegas dobrarem hor rio ou fazerem altera es na sua pr pria escala trabalharem e somente depois comunicarem ger ncia de enfermagem Nesse hospital est o os profissionais com mais idade e tempo de servi o Inclusive boa parte dos t cnicos tem maior tempo de casa e maior idade que seus gerentes Ent o a antiguidade contribui para a autonomia e liberdade de escolha e para o entrosamento entre os colegas de trabalho de modo que os benef cios pessoais n o provocam desequil brio 139 nem desarmonia no servi o uma vez que as decis es de mudan a em geral s o tomadas para beneficio da equipe num movimento
150. condi es de trabalho Pitta 1990 Borges 2002 entende se que o trabalho dos profissionais de sa de desvalorizado 60 Um reflexo do lugar social ocupado pelo usu rio e do papel social desempenhado pelos profissionais de sa de est no uso da nomenclatura paciente que o termo de uso comum nos hospitais No sistema p blico h uma resist ncia velada de adotar a terminologia A despeito de todo o esfor o feito nos ltimos anos no sentido da humaniza o da assist ncia comum os profissionais tratarem seus usu rios por pacientes N o dif cil compreender esta l gica num sistema capitalista se n o h valor de troca ent o socialmente se imp e paci ncia para ficar a margem da sociedade Uma das caracter sticas do trabalho hospitalar est em lidar com a expectativa do usu rio Em primeiro lugar um dos desejos de qualquer indiv duo jamais precisar de um hospital pois ningu m almeja a doen a Em segundo lugar as institui es de sa de n o s o socialmente percebidas como lugar de vida e sim de dor e morte sobre isto ver Pitta 1990 Silva 2002 Em terceiro lugar hospitais s o locais de exclus o social pois quem est hospitalizado est temporariamente fora do sistema produtivo embora devessem ser vistos como locais de recupera o e reinser o social Como exemplo pode se citar o termo do senso comum encostado pela per cia usado quando algu m est de licen a m dica Desta maneir
151. condi o material Essa materialidade pode vir do organismo humano do seu contexto de trabalho do seu meio social o que para Boorse parece n o possuir relev ncia De acordo com Almeida Filho e Andrade 2003 autores como Kleineman Eisemberg e Good 1978 avan am em rela o concep o proposta por Boorse quando prop e uma distin o entre patologia e enfermidade Para eles patologia seria disfun o dos processos biol gicos ou psicol gicos e enfermidade diria respeito ao processo de significa o da doen a Desta maneira a distin o entre o normal e o patol gico sa de e a doen a se estabeleceria pelos rituais de cura que cada cultura adota Esta concep o decerto um avan o em rela o s demais embora continue pautada numa vis o negativa de sa de No campo da sa de ps quica a cr tica ao antagonismo entre normalidade e patologia n o recente e remonta a Freud para quem o normal e o patol gico s o produzidos pelos mesmos mecanismos mentais que em determinadas situa es podem produzir o ajustamento do sujeito ao seu meio de modo que n o est o em oposi o 5 2 Sa de como bem estar A defini o de maior impacto em sa de foi formulada pela Organiza o Mundial de Sa de WHO 1948 que conceituou sa de como o completo bem estar f sico mental e social do indiv duo Este conceito decerto representou uma evolu o da concep o negativa de sa de como aus ncia de doen a para uma vis o pos
152. constru dos por ela num movimento dial tico O campo antes de tudo um tema que contextualiza o objeto nele inserido Spink 2003 um espa o mas tamb m um significado num determinado tempo para o qual contribuem atores diversos A considera o de espa o e tempo reporta por sua vez a outra caracter stica da perspectiva psicossociol gica a saber o pressuposto segundo o qual todo fen meno psicossociol gico hist rico e suas vari veis mant m rela o dial tica entre si lvaro 1995 Alvaro amp Garrido 2007 Portanto a explica o de um aspecto de um fen meno n o est em si mesmo e sim na rela o que estabelece com outros aspectos do contexto em que ocorre O paradigma PA eee Embora existam outros autores que discutam o existencialismo nesta tese adotou se a perspectiva sartreana 25 cient fico tradicional tende a reduzir as investiga es a unidades fragmentadas de an lise quando necess rio um olhar sobre a totalidade do campo para delimitar o que poss vel fact vel e oportuno apreender dele num dado momento conservando se a no o de todo proposta por Lewin 1965 Esses elementos psicol gicos e n o psicol gicos formam um todo que o pr prio campo Portanto n o poss vel compreender a sa de ps quica e condi es de trabalho dos profissionais de sa de nos hospitais da UFRN a n o ser pelo olhar sobre este todo do qual o m todo adotado para a pesquisa dever dar con
153. cuja miss o tem variado menos ao longo da hist ria Evidentemente isto se reflete na representa o que os profissionais de sa de t m de si mesmos e que certamente contribui para a manuten o da divis o de classes e o surgimento de conflitos Observando se a hist ria v se que isto tem sido mantido ao longo de d cadas o que refor a nosso posicionamento de que as rela es entre pessoas e organiza es s o dial ticas Merhy 1999 e Schraiber et al 1999 ressaltam que a organiza o dos servi os de sa de obedecem uma l gica neoliberal que afetam a miss o e o uso da tecnologia resultando na ado o de pol ticas que desprotegem tanto o trabalho quanto o trabalhador Schraiber et al 1999 ainda chamam aten o para o fato de que regular o produtor do cuidado em sa de resulta em interfer ncia direta sobre seu trabalho Al m das consequ ncias sociais j descritas importante mencionar que a divis o em certa medida necess ria para a execu o da assist ncia Um dos exemplos a Sistematiza o da Assist ncia em Enfermagem SAE em que o enfermeiro avalia as a es de enfermagem a serem executadas para cada paciente e as prescreve para serem seguidas pelos t cnicos e auxiliares de enfermagem ficando cada um respons vel por uma parcela da assist ncia ao usu rio como a administra o de medicamentos o cuidado a feridas a 62 verifica o dos sinais vitais a coleta de exames laboratoriais entre outros O
154. d S o Paulo Abril Cultural Originalmente publicado em 1776 Spink P K 2003 Pesquisa de campo em psicologia social uma perspectiva p s construcionista Psicologia e Sociedade 15 2 18 42 Recuperado em 24 de julho de 2007 de www scielo br pdf psoc v15n2 a03v15n2 pdf Srour R H 2005 Poder cultura e tica nas organiza es o desafio das formas de gest o Rio de Janeiro Elsevier Staples S D Hulland J S amp Higgins C A 1999 A self efficacy theory explanation for the management of remote workers in virtual organization Organization Science 10 6 758 776 Subsistema Integrado de Aten o Sa de do Servidor 2009 Portal SIASS Recuperado em 23 de fevereiro de 2010 de https www2 siapenet gov br saude portal public index xhtml Autor Universidade Federal do Rio Grande do Norte 2000 Resolu o N 004 2000 CONSUNI de 28 de abril de 2000 Autor Universidade Federal do Rio Grande do Norte 2000 Relat rio Final do Projeto de Reorganiza o dos Servi os de Sa de da UFRN grupo de trabalho institu do pela Portaria 034 00 Natal Autor Universidade Federal do Rio Grande do Norte 2002 Complexo Hospitalar e de Aten o Sa de UFRN Autor Vasquez A S 1977 Filosofia da pr xis Rio de Janeiro Paz amp Terra Vergara S C 2005 M todos de Pesquisa em Administra o S o Paulo Atlas World Health Organization World Health Organization Constitution 1947 Genebra World
155. das adequadas para 43 3 dos participantes que manifestam a percep o de press o decorrente da infraestrutura seja por falta de equipamentos e material de trabalho ou por exig ncias desproporcionais s condi es para realizar as atividades Dadas as condi es do sistema de sa de estadual e municipal do Rio Grande do Norte enfrentando grave crise no per odo de coleta desta tese e a sobrecarga em volume de atendimentos que decorreu desta condi o nos hospitais universit rios em estudo o dado perfeitamente justific vel O teste Bonferroni mostrou que os participantes percebem com a mesma intensidade as condi es de trabalho representadas pelos fatores Oferta de Informa es de Sa de Participa o e Ambiente Conflitante O fator Oferta de Informa es de Sa de diz respeito percep o dos participantes sobre a es gerenciais que objetivem preven o de acidentes de trabalho e problemas de sa de ocupacional levando ao trabalhador informa es sobre os riscos existentes Avaliando os resultados expressos na tabela 24 v se que 50 8 dos participantes informam que nunca ou raramente recebem informa es de sa de O dado preocupante pois os profissionais de sa de est o expostos a v rios riscos ocupacionais que podem levar a acidentes e adoecimento Em raz o dos riscos existe a Norma Regulamentadora 32 NR 32 criada em 2005 que disp e sobre as condi es do trabalho em sa de Esta norma estabelece med
156. de doen a mental no trabalho uma demanda para a psicologia Psicologia e Sociedade 19 n mero especial 112 119 Jackson P Org 1999 Virtual working social and organizational dynamics London Routledge Joyce K Pabayo R Critchley J A amp Bambra C 2010 Flexible working conditions and their effects on employee health and wellbeing Cochrane Database of Systematic Reviews 2 Recuperado em 12 de mar o de 2010 de http www3 interscience wiley com homepages 106568753 CD008009 pdf Katzell R 1994 Contemporary meta trends in industrial and organizacional psychology In H C Triandis M D Dunnete amp L M Houg Orgs Handbook of industrial e organizational psychology pp 1 94 Calif rnia Palo Alto Kinzl J F Knotzer H Traweger C Lederer W Heidegger T amp Benzer A 2005 Influence of working conditions on job satisfaction in anaesthetists British Journal of Anaesthesia 94 2 211 215 Kleinman A Eisenberg L amp Good B 1978 Culture Illness and Care Clinical Lessons from Anthropologic and Cross Cultural Research in Analls of Internal Medicine Annals of Internal Medicine 88 2 p p 251 258 Recuperado em 23 de mar o de 2010 de http annals org article aspx articleid 691789 Konder L 1988 A derrota da dial tica a recep o das id ias de Marx no Brasil at o come o dos anos trinta Rio de Janeiro Campus Krueger R A amp Casey M A 2000 Focus group
157. de geral Pode se ent o presumir pelos resultados que quanto maior a responsabilidade e complexidade da tarefa maior o risco de adoecimento na popula o estudada Este dado chamou aten o porque uma tarefa mais complexa pode ser mais rica e mais motivadora Hezberg 1997 Na observa o participante nos dois hospitais as maiores queixas vieram de setores onde as tarefas eram mais complexas e os trabalhadores eram mais exigidos No entanto eram tamb m setores onde foi observado que o gerenciamento era mais falho ou ent o mais coercitivo A tabela mostra ainda que a correla o mais forte 1 0 392 para p lt 0 001 ocorreu entre o fator Complexidade e Responsabilidade e a dimens o Val ncia Negativa Excita o Alta que traduz 171 sentimentos negativos acompanhados de ativa o do sujeito mostrando que esse fator do trabalho capaz de desencadear raiva inc modo e f ria nesta popula o 10 4 Sa de ps quica e ambiente sociogerencial A ltima dimens o das condi es de trabalho a ser relacionada com os escores de sa de ps quica dos participantes o Ambiente Sociogerencial A ANOVA foi aplicada mostrando que h diferen a na maneira como os profissionais de sa de percebem os fatores Organiza o da Atividade Viol ncia e Ambiente Conflitivo o que est expresso na Tabela 39 Para que se pudesse conhecer como a percep o dos participantes se hierarquizava por fator de an lise do ambiente sociogerencial foi aplicado
158. de lota o atrav s da remo o funcional para Natal Um relato foi marcante nesse sentido Gostaria que o HUAB mudasse de lugar porque acho dif cil encontrar noutro lugar o que eu tenho aqui Adoro o hospital mas n o quero morrer Entrevistado 6 HUAB Al m disso ficam claras as tentativas de busca de suporte social e de apoio psicoemocional nos deslocamentos raro um profissional viajar s e o sentimento de gratid o para com quem aceita pegar a carona quando o normal seria o inverso deveria estar grato quem agraciado com a carona Esses relatos do HUAB n o foram explorados no question rio mas denotam que h uma altera o nas condi es de trabalho j que para boa parte dos profissionais o deslocamento de Natal ou outra cidade para Santa Cruz necess rio Os resultados referentes categoria das Condi es F sicas e Materiais de Trabalho revelam que os Aspectos Psicobiol gicos e a Exig ncia de Esfor o F sico s o os fatores de maior impacto para a an lise dessas condi es para os participantes da pesquisa O primeiro fator foi o que obteve maiores m dias como j discutido anteriormente sendo tamb m o mais mencionado nas observa es participantes e nas entrevistas o que corrobora sua posi o na estrutura fatorial Este o fator que concentra a maior parte da explica o da vari ncia Borges et al 2012 submetido O segundo fator da hierarquia das m dias da amostra embora com escores basta
159. de morte 0 132 0 040 0 065 Desconfian a do desempenho 0 282 0 206 0 147 Dist rbio do sono 0 167 0 067 0 106 Dist rbio psicossom tico 0 372 0 240 0 287 Afetos com Val ncia Positiva e 0 324 0 117 0 231 Excita o Alta VPEA Afetos com Val ncia Positiva e 0 365 0 149 0 335 Excita o Baixa VPEB Afetos com Val ncia Negativa e 0 353 0 225 0 358 Excita o Alta VNEA Afetos com Val ncia Positiva e 0 379 0 225 0 282 Excita o Baixa VNEB A Tabela 36 demonstra que a correla o moderada mais alta ocorre entre a dimens o VNEB e os Aspectos Psicobiol gicos Esses afetos n o v o implicar necessariamente num comportamento ativo do indiv duo No entanto uma vez desencadeados esses sentimentos eles ir o repercutir nos aspectos psicobiol gicos do trabalho uma vez que esses sentimentos 169 representam risco psicossocial no trabalho interferindo na rela o do sujeito com outros de seu grupo social Os aspectos psicobiol gicos por sua vez apresentam moderada correla o com os dist rbios psicossom ticos demonstrando que o trabalho pode ser desencadeador de altera es fisiol gicas produtoras de sensa es de mal estar e de perda da sa de 10 3 Sa de ps quica e processos e caracter sticas do trabalho Na terceira dimens o das condi es de trabalho Processos e Caracter sticas do Trabalho a ANOVA demonstrou que h diferen as nas percep es dos grupos de sa de ps quica com rela
160. de previamente estabelecidos Embora n o se desconsidere as caracter sticas individuais dos sujeitos sabe se que os atores sociais v o dar significados coletivos s quest es que envolvem sua sa de e estabelecer formas de luta para sanar o que lhes aflige e que esta compreens o importante para que as pol ticas de sa de de uma institui o regi o ou pa s possa ser tra ada Assim o conceito compreensivo de sa de adota um modelo em forma de c rculo para que n o se esque a da espiral dial tica nem que pensar sobre a pr tica se traduz em novas pr ticas Uma contribui o metodol gica que se espera ter efetivado com esta tese foi o uso da pesquisa o como m todo de investiga o com o uso de v rias t cnicas Este m todo se mostrou adequado abordagem psicossociol gica de estudo das condi es de trabalho em rela o com a sa de ps quica de trabalhadores por permitir uma triangula o metodol gica que tornou poss vel abordar a multidimensionalidade dos fen menos estudados A pesquisa o tamb m permitiu a plasticidade necess ria para que se adaptasse o m todo ao contexto na medida em que isso se fez necess rio Nesta discuss o tamb m vimos que a sa de ps quica deixa de ser verdadeiramente avaliada e sua rela o com as condi es de trabalho n o tem como ser estabelecida se n o h uma linha coerente de investiga o e a o institucional Cria se nos hospitais um espa o em que o n o dito passa a fala
161. de sa de atuam atendendo um dos pressupostos da abordagem psicossociol gica que o de que a mat ria precede a consci ncia de forma que o contexto vai ser determinante nas significa es dadas aos fen menos pelos atores sociais Os dois hospitais t m percursos hist ricos semelhantes sendo campos de atividades de ensino da UFRN e centros de assist ncia sa de nas regi es onde se inserem com destaque para o papel do HUOL como centro de refer ncia estadual para algumas cl nicas a exemplo da Nefrologia e do HUAB como refer ncia materno infantil para a microrregi o do Trair Verificou se que o HUOL um hospital geral de grande porte com alto grau de diferencia o e complexidade das tarefas Situa se na capital do estado O HUAB um hospital materno 179 infantil de pequeno porte situado no interior do estado Essas caracter sticas fazem com que os dois hospitais tenham acesso a verbas para sua manuten o de forma diferenciada O HUOL consegue pactuar servi os de m dia e alta complexidade mais facilmente com o SUS O HUAB precisaria como hospital escola ofertar servi os de maior complexidade o que eu n o poss vel dadas as suas caracter sticas institucionais e as caracter sticas da regi o onde se insere Por exemplo grande parte dos casos atendidos na Pediatria do hospital s o de gastroenterites e pneumonias que o Minist rio da sa de preconiza tratar na Estrat gia de Sa de da Fam lia evitando a hospitali
162. de trabalhadores europeus utilizando um instrumento de investiga o destas condi es cujos conte dos das quest es se aproximam bastante das taxionomias propostas por Ramos et al 2002 Blanch et al 2003 Peir e Prieto 2002 e Garrido 2005 56 Percebe se pelo exposto uma tentativa de sistematiza o de literatura sobre as condi es de trabalho e um ac mulo internacional de pesquisas que contribuem para uma melhor compreens o deste construto A partir das taxionomias apresentadas anteriormente e propostas por Ramos et al 2002 Blanch et al 2003 Peir e Prieto 2003 e Garrido 2005 e dos trabalhos do EWCO foi realizada por Borges Alves Filho Costa e Falc o in Bendassoli e Borges Andrade no prelo uma s ntese que resultou numa Taxionomia das Condi es de Trabalho que contempla quatro grandes categorias Y Condi es contratuais e jur dicas refere se aos aspectos jur dicos contratuais no caso de haver emprego estabilidade modalidades de contrato sistema de incentivo e tempo dedicado ao trabalho Y Condi es f sicas e materiais contempla aspectos mais concretos do entorno do trabalho como condi es f sicas instala es espa o arquitet nico condi es de seguran a f sica e ou material formas de lidar com o impacto do espa o geogr fico e condi es clim ticas Y Processos e caracter sticas do trabalho dizem respeito ao conte do das atividades de trabalho organiza o e divis
163. dica e o Servi o de Higiene Medicina e Seguran a no Trabalho SESMT que realiza per cia ambiental e avalia a sa de ocupacional Em 2006 o ent o DAS passou ser polo do Sistema Integrado de Sa de Ocupacional do Servidor P blico Federal SISOSP no Rio Grande do Norte institu do pelo Governo Federal atrav s do Decreto n 5961 de 13 de novembro de 2006 Com a cria o do SIASS vinculou se ao novo subsistema Pelo exposto anteriormente v se que a UFRN busca atualizar se no que diz respeito pol tica de sa de do trabalhador fato tamb m que possui a responsabilidade legal de minimizar os riscos inerentes sa de de seus trabalhadores Sabe se tamb m que judicialmente est implicada quando h um agravo decorrente do trabalho pois por meio da Diretoria de Assist ncia Sa de do Servidor a institui o cuida desses agravos e ao mesmo tempo os pericia quando o trabalhador adoece Desta forma o diagn stico e tratamento aumentam a responsabilidade pelas suas consequ ncias quando os riscos ocupacionais decorrentes do trabalho e de qualquer natureza n o s o levados em considera o Tratando se dos riscos ocupacionais os riscos f sicos qu micos biol gicos ergon micos mec nicos e de acidentes s o mais percept veis que os psicossociais dada a sua 109 natureza Por m os riscos psicossociais podem estar associados aos demais riscos na medida em que o trabalhador com a sa de agravada por eles pode ter o s
164. do 2006 Blanch et al 2003 Muchinsky 1994 Ramos et al 2002 e Warr 1987 e investiga as condi es de trabalho a partir da resposta de trabalhadores Esta taxionomia foi citada no quarto cap tulo desta tese Al m de tal taxionomia a elabora o desse question rio teve como ponto de partida o question rio usado European Foundation for the Improvement of Living and Working Conditions http www eurofound ie que realiza survey quinquenal sobre condi es de trabalho nos pa ses da Uni o Europeia Tal como aquele o question rio de Condi es de Trabalho utilizado aqui estruturado mas n o como uma escala nica em virtude da complexidade do fen meno O question rio foi submetido an lise fatorial sendo identificadas quatro categorias de an lise sendo a primeira delas condi es contratuais e jur dicas que diz respeito ao conjunto de aspectos da vincula o do trabalhador com o trabalho aut nomo versus empregado da formalidade ou n o do emprego estabilidade modalidades do emprego sistema de incentivo e tempo dedicado ao trabalho Borges Alves Filho Costa amp Falc o submetido Esta categoria cont m quest es n o escalares As outras tr s categorias condi es f sicas e materiais processos e caracter sticas do trabalho e ambiente sociogerencial est o detalhadas na tabela 04 que cont m as subcategorias e a explica o da vari ncia As partes do question rio que tratam dessas categorias s
165. do de sua passagem pela PRH como t cnica 10 e gt pio Permanecendo na atividade at o final da an lise dos dados 85 Inserida no campo a pesquisadora tamb m realizou entrevistas informais n o estruturadas no HUOL e no HUAB com o intuito de elucidar melhor os fen menos em estudo que foram se configurando na an lise de dados Foi prevista a realiza o de grupos focais a serem conduzidos pela pesquisadora em sala apropriada no local de trabalho dos participantes No entanto foi deflagrada uma greve durante a coleta de dados inviabilizando a realiza o desta t cnica no HUOL Aconteceu uma nica sess o de grupo focal no HUAB Este aconteceu no audit rio daquele hospital permitindo que o grupo funcionasse sem interrup es A sess o durou 90 minutos O tema foi relativo s condi es de trabalho e a sa de ps quica dos profissionais de sa de O roteiro do grupo focal foi semiestruturado o que significou que outras quest es puderam ser inclu das para elucidar o assunto investigado Previu se completando o ciclo de pesquisa o a discuss o dos resultados aos participantes tamb m como um momento de coleta de dados uma vez que conduziria a uma ressignifica o desses resultados Por m o movimento grevista deflagrado entre os funcion rios t cnico administrativos na UFRN impediu que isto acontecesse sendo prevista essa atividade no pr ximo ano quando a pesquisadora dever participar da discuss o do tema em um semin rio
166. do trabalhador dentro e fora do seu contexto laboral considerando como o trabalho produz efeito na vida cotidiana de indiv duos fam lias e meio social e como esses efeitos repercutem nas condi es laborais Garrido 2005 conceitua condi es de trabalho como um conjunto de vari veis que definem a realiza o de uma tarefa concreta e o entorno em qual esta se realiza assemelhando se nisto a Blanch et al 2003 Esta autora sugere que se adotem procedimentos gerais de an lise abordando os aspectos objetivos condi es objetivas do trabalho e subjetivos formas de valora o das condi es de trabalho pelos trabalhadores propondo uma taxionomia das condi es de trabalho em que s o abordados v Fatores f sicos do trabalho Lugar de trabalho Tempo Ritmos de trabalho Controle e autonomia Conte do do trabalho Sistemas de incentivo Informa o e participa o Igualdade de oportunidades anA R RK o E Sn S Viol ncia no lugar de trabalho Sua contribui o est no estudo da satisfa o e o seu modelo de abordagem das condi es de trabalho pode ser mais bem compreendida atrav s da Figura 1 que mostra que para Garrido a percep o e valora o das condi es de trabalho est o relacionadas tanto com a maneira como o trabalho realizado quanto com as caracter sticas do indiv duo e resultam na satisfa o destes A satisfa o por sua vez implica no resultado do trabalho afetando o rendimento do trabal
167. e Este cap tulo foi constru do com o objetivo de resgatar as discuss es sobre condi es de trabalho para em seguida discutir as condi es do trabalho em sa de 4 1 Estudos antecedentes sobre as condi es de trabalho A Revolu o Industrial al m de demarcar o in cio do modo de produ o capitalista despertou a aten o dos pesquisadores para as condi es em que o trabalho era realizado Os primeiros debates em consequ ncia disto giravam em torno de como deveria ser organizada a produ o em termos de tempo e custo e quanto deveria ser produzido por cada trabalhador sem que fosse dada import ncia s quest es sobre as rela es de trabalho Adam Smith 1776 1983 O autor de origem escocesa viveu na Inglaterra e interessou se pela maneira como as na es enriquecem e evoluem Para Smith o enriquecimento o resultado da natureza humana j que considera que o ser humano naturalmente direcionado ao desejo de progresso e busca de melhoramentos A evolu o resulta na busca de meios mais eficazes para realizar o trabalho entre eles a divis o do trabalho Para ele ent o esta divis o que implicava em uma condi o de trabalho na medida em que o trabalho de produzir uma pe a era dividido entre v rios trabalhadores era uma condi o natural e superior s formas anteriores tendo em vista o incremento produtivo Em uma vis o oposta est Marx que acredita que a evolu o resulta da luta de classes Ao contr
168. e administrativas e a hist ria n o escrita vivenciada no dia a dia de trabalho dos atores sociais envolvidos Como estudar sa de ps quica no trabalho implica um olhar sobre a conduta humana de acordo com lvaro Garrido e Torregrossa 2007 h tr s n veis de an lise diferentes pessoal interpessoal e social que na pr tica s o indissoci veis e um atravessa o outro E sem perder de vista essa no o de indissociabilidade outros autores por exemplo Katzell 1994 Schein 1982 Zanelli amp Bastos 2004 t m sublinhado o n vel meso de an lise como o organizacional que social mas n o societal Compreende se que a apreens o da rela o existente entre sa de ps quica e trabalho demanda se adotar uma perspectiva de an lise cujos pressupostos permitam compreender a complexidade dos fen menos considerando o car ter hist rico Outro pressuposto que se assumiu aqui diz respeito ao papel estruturante do trabalho para a vida humana De acordo com Engels 1876 2008 o trabalho a condi o b sica e fundamental de toda a vida humana E em tal grau que at certo ponto podemos afirmar que o trabalho criou o pr prio homem s p Marx diz que conceitualmente trabalhar agir intencionalmente sobre a natureza transformando a ao mesmo tempo em que o indiv duo transforma a si mesmo e sociedade Marx 1890 2008 E se o homem constr i a sociedade o trabalho estrutura n o s a vida do indiv duo como sua vida socia
169. e de costume 53 Tem se sentido esperan oso quanto ao seu futuro Mais que de costume Como de costume Menos que de costume Muito menos do que de costume 54 Considerando se todas as coisas tem se sentido razoavelmente feliz Mais que de costume Assim como de costume Menos que de costume Muito menos do que de costume 55 Tem se sentido nervoso e sempre tenso N o absolutamente N o mais que de costume Um pouco mais que de costume Muito mais do que de costume 56 Tem sentido que a vida n o vale a pena N o absolutamente N o mais que de costume Um pouco mais que de costume Muito mais do que de costume 57 Tem pensado na possibilidade de dar um fim em voc mesmo Definitivamente n o Acho que n o passou me pela cabe a Definitivamente sim 58 Tem achado algumas vezes que n o pode fazer nada por que est muito mal dos nervos N o absolutamente N o mais que de costume Um pouco mais que de costume Muito mais do que de costume 59 J se descobriu desejando estar morto e longe livre de tudo N o absolutamente N o mais que de costume Um pouco mais que de costume Muito mais do que de costume 60 Tem achado que a id ia de acabar com a pr pria vida tem se mantido em sua mente Definitivamente n o Acho que n o passou me pela cabe a Definitivamente sim Escala de Bem Estar Afeti
170. e e responsabilidade Para este resultado contribui provavelmente o porte do HUOL e seu n vel de complexidade que se reflete na atua o dos profissionais de sa de Este n o um aspecto negativo em si mesmo 138 Ao contr rio pode ser motivador para os profissionais que l atuam Os resultados est o expressos na tabela 22 Tabela 22 Escores nos fatores dos processos e caracter sticas do trabalho por hospital Fatores Local N M dia Desvio t Sig Intervalos Padr o Xx lt 2 lt X lt 3 lt x lt 4 x gt 4 F1 Espa o de HUOL 89 279 0 53 0 39 0 69 10 1 58 4 30 3 1 1 autonomia i 7 HUAB 31 2 84 0 54 6 5 58 1 32 3 3 2 o AE HUOL 89 435 072 28 00 2 2 31 5 494 169 Empresa HUAB 31 484 51 6 responsabilidade 3 03 0 46 F3 Organiza o HUOL 89 2 53 0 62 0 42 0 67 19 1 58 4 22 5 do Tempo HUAB 31 16 1 581 258 2 59 0 61 F4 Est mulo HUOL 389 3 45 0 80 0 93 0 35 2 2 33 7 36 0 28 1 colabora o HUAB 31 3 60 0 72 3 2 25 8 41 9 29 0 Embora os escores m dios das outras subcategorias sejam equivalentes as falas dos sujeitos apontam para diferen as percept veis no dia a dia da atua o profissional Com rela o ao espa o de autonomia no HUAB chamou aten o a fala de uma t cnica de enfermagem durante a realiza o de uma sess o de grupo focal sobre as condi es de trabalho Trabalho num setor timo Eu e minha colega que fazemos nossa rotina A chefe raramente passa l Decidimos tudo
171. e nenhum dos participantes percebeu que pode fazer isto com frequ ncia As respostas oscilaram entre muito raramente 18 3 raramente 58 3 e algumas vezes 23 3 demonstrando que para a maioria dos participantes n o poss vel ter o controle pleno do tempo no trabalho condi es esperadas dadas as caracter sticas do trabalho em sa de A observa o participante nos dois hospitais permitiu perceber que tanto a autonomia como a organiza o do tempo embora ocasionais s o mais frequentes entre os profissionais de n vel superior que entre os de n vel m dio embora ambas as distribui es obede am as limita es impostas pelos casos atendidos por hor rios de funcionamento ou escalas e por hor rios de procedimentos como medica es exames e outros da rotina hospitalar No n vel superior de acordo com a observa o participante o espa o de autonomia maior nas atividades ambulatoriais em que nos dois hospitais comum os profissionais solicitarem modifica es no agendamento de suas consultas sendo em uma maioria de vezes atendidos A categoria profissional dos m dicos prepondera nesse aspecto Buscou se conhecer como os fatores dos processos e caracter sticas do trabalho eram percebidos de acordo com os locais de trabalho dos participantes O teste t mostra que h diferen as estatisticamente significantes nos escores dos participantes quando s o separados por local de trabalho no que diz respeito complexidad
172. e odont logos Al m de autores como Laurell e Noriega 128 1989 o MTE reconhece esta condi o quando normatiza na NR 32 a es para minimizar os riscos ergon micos no trabalho em sa de como por exemplo o resultante das posi es dolorosas e fatigantes avaliada pelo fator Outros tipos de exposi o avaliados pelo fator s o decorrentes de ru dos como ocorre nas salas de espera dos ambulat rios dos hospitais de movimentos repetitivos em intervalos de tempo muito curtos e do uso de equipamentos com defeito Nos hospitais observou se que a exposi o a ru dos minimizada pelos avisos de sil ncio nos ambulat rios e pouco frequente nas unidades de interna o Os equipamentos nos dois hospitais encontram se em geral em bom estado e adequados ao uso Os movimentos repetitivos exaustivos e posturas que exigem esfor o ficam mais restritos aos fisioterapeutas e odont logos pelas caracter sticas dos procedimentos que realizam A m dia dos participantes M 2 81 no fator em an lise reflete o que foi observado pois as respostas relativas percep o da exposi o no fator est o situadas entre raramente e algumas vezes sendo mais pr ximas da segunda alternativa Os outros fatores em an lise Espa o de Trabalho que diz respeito ao espa o para realiza o do trabalho e ao espa o relacional Aspectos F sico qu micos que indica caracter sticas do ambiente f sico incluindo os aspectos relativos ao clima e ou o preparo
173. e reabilita o Os t cnicos que lidam com a assist ncia psicossocial acreditam que apesar disto ser um avan o sobretudo para as a es de sa de ps quica n o elimina a necessidade da aten o individualizada pois o adoecimento continuar acontecendo Os t cnicos que prestam assist ncia m dica continuam desempenhando suas fun es assistenciais sem grandes modifica es assumindo o papel curativo tradicional A rea do departamento que apresenta maior avan o em termos de discuss o do papel assistencial do SIASS a que gerencia as a es de sa de seguran a e medicina do trabalho Por m isto n o ocorre sem percal os pois ainda n o h clareza do que a sa de mental neste contexto A pr pria op o do uso do termo sa de mental pelo SIASS induz a uma concep o de dualismo corpo mente que o discurso ideol gico do programa n o consegue superar Como exemplo de aten o multidisciplinar sobre um fen meno multideterminado est a aten o prestada pelo antigo DAS a um servidor com transtorno mental Este servidor chegou ao Departamento ap s ter sido sofrido processo administrativo movido pela sua unidade de lota o O processo alegava conduta inapropriada e rela es interpessoais dificultosas Ao passar pela PRH por uma conting ncia causada pelo fato do Pr Reitor ser psic logo organizacional foram percebidos sintomas de adoecimento e o servidor foi encaminhado ao DAS Ao dar ser periciado constatou se o
174. ede de dados servidor 019 42 Uso da Internet e mail para fins profissionais 019 43 Usar vestu rio ou equipamento pessoal de prote o 019 44 Trabalhar em vias p blicas na rua Veja o verso Condi es de trabalho processos e caracter sticas de trabalho 020 Utilizando a seguinte escala de Nunca a Todo o tempo responda cada item marcando com X 020 O hor rio de seu trabalho Nunca Raramente Algumas vezes Muitas vezes 020 1 Definido pela empresa organiza o sem possibilidade de altera o 020 2 Uma escolha entre v rios hor rios de trabalho fixos determinados pela empresa organiza o 020 3 Adaptado por voc dentro de certos limites ex poder ocasionalmente trocar hor rio sob justificativa 020 4 Inteiramente determinado por voc 020 5 Combinado acordado entre voc e clientes 020 6 Combinado acordado entre voc colegas e outras pessoas 020 7 Alterado com frequ ncia pela chefia sem aviso pr vio a voc 020 8 Alterado com frequ ncia pela chefia com aviso pr vio a voc 021 O seu trabalho implica 021 1 Ritmo acelerado 021 2 Prazos muito r gidos e muito curtos 022 De uma maneira geral o seu ritmo de trabalho depende 022 1 Do trabalho feito pelos seus colegas 022 2 Dos pedidos diretos de pessoas como os clientes os passageiros os alunos os usu rio
175. efer ncia De acordo com esta categoriza o da OPAS 2004 os hospitais em estudo HUOL e HUAB tamb m atendem aos requisitos para serem aos mesmo tempo secund rios e terci rios embora devessem pelos crit rios do SUS prestar apenas assist ncia terci ria Quanto ao porte o HUOL se caracteriza como de grande porte e o HUAB como de m dio porte Quanto especialidade O HUOL hospital geral e o HUAB especializado na assist ncia materno infantil Embora seja classificado como hospital geral por seu porte e capacita o de seus recursos humanos o HUOL tamb m apresenta especialidades algumas com alta complexidade assistencial 7 3 An lise institucional dos hospitais O referencial adotado para a an lise organizacional dos hospitais em estudo constituiu se das dimens es propostas por Srour 2005 Como a pesquisadora trabalhou no HUOL no per odo que antecedeu ao doutorado tanto em cargos t cnicos como de gest o trouxe tamb m seu olhar sobre o contexto para ser somado s vis es descritas na pesquisa atual Do ponto de vista das rela es socioecon micas que incluem fun es e servi os produzidos j discutidos no hist rico rela o com o ambiente e fontes de recurso entre outros os hospitais da UFRN s o locais de trabalho improdutivo ou aquele que n o gera mais valia mas que d suporte a esta condi o Marx 1987 De acordo com Marx os servi os m dicos sanit rios e educacionais s o improdutiv
176. efine num dado contexto hist rico de determinada sociedade e em dado momento de seu desenvolvimento devendo ser conquistada pela popula o em suas lutas cotidianas CNS 1986 p 4 O texto da VIII CNS evidencia a necessidade de mobiliza o das esferas sociais para que o direito sa de seja acess vel a todos No entanto historicamente no sistema capitalista 70 o cuidado com a sa de tem sido primeiramente uma obriga o familiar seguida de um refor o feito atrav s da divulga o das medidas higi nicas pela escola e posteriormente encampada pelas organiza es que cuidam da sa de do trabalhador seguindo prescri es legais Nesse contexto as pr ticas em sa de do trabalhador tem tradicionalmente privilegiado a aus ncia de acidentes e de doen as ocupacionais deixando de considerar a integralidade do ser humano que trabalha Moser amp Kherig 2006 Um exemplo disto a Lei 8 080 90 em que a Sa de do Trabalhador conceituada numa perspectiva da aten o integral sa de atribuindo ao rg o de dire o nacional do SUS o Minist rio da Sa de a coordena o da pol tica de sa de do trabalhador Esta Lei em seu Art 3 reporta ao trabalho ser um fator condicionante e ou determinante da sa de Ademais em seu Art 6 par grafo 3 diz que as a es de sa de do trabalhador incluem a promo o a prote o a recupera o e a reabilita o abrangendo I assist ncia ao trabalhador v tima de
177. egat cio o que facilitado pelo acesso ao mercado de trabalho em Natal e pela refer ncia de atuar num hospital universit rio Isto resulta em ter que combinar os hor rios em mais de uma escala 8 4 Ambiente Sociogerencial A quarta categoria das condi es de trabalho diz respeito ao ambiente sociogerencial Esta categoria trata dos relacionamentos interpessoais e suas nuances entre pares superiores e subordinados e as pr ticas sociais de gerenciamento ou gest o Nesta parte do question rio o participante respondia aos questionamentos numa escala que variava de nunca a sempre como j exposto no cap tulo relativo ao m todo Os escores dessa categoria est o descritos na Tabela 23 H H contrata es pela Funda o Norte Riograndense de Pesquisa e Cultura FUNPEC funda o ligada UFRN funcion rios contratados pelo Estado do Rio Grande do Norte cedidos para exerc cio na UFRN e bolsistas e volunt rios ambos alunos de cursos t cnicos de enfermagem que cumprem escalas de trabalho de 30 horas semanais 140 Tabela 23 M dias nos fatores do ambiente sociogerencial M di Desvio Intervalos Fatores da padr o x lt 2 2 lt x lt 3 3 lt x lt 4 x gt 4 F1 Organiza o das 2 28 0 80 44 2 34 2 17 5 4 2 atividades F2 Infraestrutura e 3 02 0 94 18 3 38 3 30 0 13 3 press o F3 Oferta de 2 43 0 11 50 8 16 7 21 7 10 8 informa es de sa de F4 Discrimina o 1 16 0 35 95 8 3 3 0 8 social F5 Pa
178. eite submetido 88 O QSG 60 um question rio multidimensional autoadministr vel validado para identificar desordens psiqui tricas menores atrav s da identifica o do desvio do comportamento normal do respondente quando comparado o estado de sa de atual com o usual Foi desenvolvido por Goldberg em 1972 e consta de uma s rie de 60 perguntas em que se investiga se o respondente apresentou recentemente sintoma ou comportamento taxado numa escala de Lickert de 4 pontos variando de O a 3 Este instrumento foi adaptado para o Brasil por Pasquali Gouveia Andriola amp Ramos 1994 e avalia a sa de geral em seis fatores Estresse Ps quico Desejo de Morte Desconfian a do Pr prio Desempenho e Autoefic cia Dist rbio do Sono Dist rbio Psicossom tico e um ltimo fator referente soma dos anteriores que representa a presen a ou aus ncia dos dist rbios psiqui tricos n o psic ticos no respondente denominado Sa de Geral O primeiro fator Estresse Ps quico traduz as experi ncias de tens o sobrecarga e desgaste do indiv duo e composto por 13 quest es O segundo fator Desejo de Morte denuncia pensamentos sobre acabar com a pr pria vida e sentimentos de nulidade ou aniquilamento composto por 8 quest es O terceiro fator Desconfian a do Pr prio Desempenho e Autoefic cia mostra a cren a do indiv duo na capacidade de realizar suas tarefas di rias de forma satisfat ria composto por 17 quest es O quarto fa
179. em classifica o e inser o no Sistema Unico de Sa de 2 1 Hist rico da assist ncia hospitalar 2 2 Classifica es dos hospitais 2 3 A inser o dos hospitais no Sistema nico de Sa de Cap tulo 3 A assist ncia sa de do servidor p blico federal 3 1 Marcos legais e normativos da assist ncia sa de do servidor Cap tulo 4 Condi es de trabalho em sa de 4 1 Estudos antecedentes sobre as condi es de trabalho 4 2 Conceitua es tipologias e taxionomias das condi es de trabalho 4 3 Condi es de trabalho em sa de Cap tulo 5 Sa de ps quica dos profissionais de sa de 5 1 A sa de como aus ncia de doen a 5 2 Sa de como bem estar IX xii xiv XV xvi xvii 18 18 21 22 27 27 28 36 39 39 48 48 50 59 63 63 65 5 3 Sa de como norma vital 5 4 Sa de como direito 5 5 Concep es sobre a rela o entre sa de ps quica e trabalho e sobre o nexo entre trabalho e adoecimento 5 6 Proposi o de um modelo ampliado de sa de Cap tulo 6 M todo 6 1 Design da pesquisa 6 2 Participantes da pesquisa 6 3 Atividade de campo 6 4 Instrumentos de coleta de dados 6 5 An lise de dados Cap tulo 7 O contexto de pesquisa os hospitais e os profissionais de sa de 7 1 Contexto hist rico 7 2 Classifica o dos hospitais 7 3 An lise institucional dos hospitais 7 4 A inser o dos hospitais em estudo no SUS 7 5 A assist ncia s
180. em parte s caracter sticas do trabalho em sa de No entanto no HUAB os funcion rios em geral est o satisfeitos onde est o Provavelmente isto se deve autonomia j descrita anteriormente quando se tratou dos processos e caracter sticas do trabalho Com rela o ao fator Oferta de Informa es de Sa de nos dois hospitais os dados indicam que os profissionais s o pouco informados No entanto durante a realiza o da coleta de dados enquanto o question rio era aplicado nos dois hospitais houve apresenta es sobre sa de ocupacional nos dois hospitais sendo que no HUAB onde a frequ ncia m dia no intervalo que indica pouca exposi o s informa es foi mais alta 71 foi inaugurado um n cleo do SIASS com festa e presen a da equipe gestora do subsistema que se deslocou Natal at l visto que o hospital fica em uma cidade a 126 quil metros de dist ncia da capital Quando perguntados no grupo focal realizado no HUAB quais eram as a es de sa de realizadas o grupo de participantes todos t cnicos de enfermagem mencionaram apenas a es periciais da junta m dica desconhecendo qualquer outro tipo de interven o No HUOL a fala de um dos profissionais entrevistados denota que h a es mas na sua percep o n o s o eficazes para dar informa es de sa de Eu soube que houve alguma coisa a sobre a sa de mas voc sabe n o d pra gente sair do setor Devia ter outra forma de informar n Ent 12
181. emin rios nos hospitais com a participa o dos atores sociais envolvidos na pesquisa Na sequ ncia do movimento grevista a UFRN vivenciou um per odo bastante 184 conflituoso pela possibilidade da ades o dos seus hospitais universit rios gest o pela EBSERH fato que se concretizou no m s de outubro Foi feita uma avalia o do contexto pela pesquisadora em contato com as dire es dos hospitais e tomou se a decis o que esta etapa de pesquisa naquele momento poderia resultar em graves conflitos internos nas institui es Como era necess rio concluir a tese optou se por adiar a devolu o para um momento oportuno em 2013 Planeja se como continua o da pesquisa iniciada no Doutorado uma futura a o associada de pesquisa e extens o para que possa haver uma interven o sobre as pr ticas em sa de do grupo pesquisado Entende se que a limita o descrita n o inviabilizou a realiza o da pesquisa o que por ser um m todo interativo e dial tico proporcionou reflex es no grupo pesquisado Outra limita o da pesquisa diz respeito possibilidade de generaliza o do estudo para outras categorias uma vez que os contextos de trabalho s o diferentes e que o entendimento do contexto indissoci vel da compreens o de como se configura a sa de ps quica em um grupo de trabalhadores Diante dessas limita es como futuras pesquisas sugere se ampliar este estudo avaliando as condi es de trabalho em rela o com
182. endi a ser respons vel pelas escolhas que fiz ao longo da vida Por isso sou grata aos dois Agrade o ao meu esposo Ant nio por ter me ensinado o sentido do amor incondicional quando nem Karl Rogers havia ainda me convencido que existia Agrade o tamb m aos meus tr s filhos por terem sido a motiva o maior dos meus atos mesmo sem saber Perdoem me os as aus ncias e os erros e saibam que tudo que fiz na vida foi por voc s e para voc s Agrade o a minha irm An sia pelo apoio e amor dedicado Vit ria t o importantes durante minhas aus ncias Agrade o tamb m ao Prof Dr Ant nio Alves Filho com quem constru s lida amizade ao longo da jornada de vida e n o somente na academia Al m de ser colega de turma parceiro dos eventos e produ es acad micas Ant nio foi o amigo mais dispon vel coorientador extraoficial terapeuta nas horas vagas e tanto mais que daria uma tese sobre apoio psicossocial Quando batia aquele desespero t pico dos doutorandos em final de per odo era para ele que eu ligava primeiro Agrade o ao Prof Dr Nicolau de Souza pelas aulas sobre o marxismo e por todo o incentivo que me deu sempre Nicolau voc foi quem me deu o pontap inicial vi Um agradecimento especial precisa ser feito minha filha Maria Helena hoje tamb m docente numa IFE que me auxiliou na coleta de dados no HUAB e na digita o do banco de dados da tese Agrade o tamb m s pesquisadoras Denise e Larissa que atuara
183. enos grupos e h evidente separa o entre chefias e subordinados A express o de sentimentos positivos e negativos est mais presente No entanto a for a do coletivo de trabalhadores maior facilitando as lutas conjuntas por melhores condi es de trabalho Neste cap tulo foram relacionados os fatores das dimens es das condi es de trabalho com os escores de sa de ps quica dos participantes da pesquisa A an lise mostrou que h varia o nos escores sintom ticos de sa de ps quica por local de trabalho e que a sa de ps quica sofre influ ncia das condi es laborais sobretudo nos que diz respeito aos aspectos psicobiol gicos exig ncia de esfor o f sico e risco de acidentes na dimens o Condi es F sicas e Materiais da complexidade e responsabilidade avaliada na dimens o Processos e Caracter sticas do Trabalho e dos fatores Organiza o da Atividade Viol ncia e Ambiente Conflitivo da dimens o Ambiente Sociogerencial N o se pode afirmar que as condi es de trabalho em rela o com a sa de ps quica s o piores em um ou outro hospital H manifesta es igualmente graves nos dois hospitais Como s o contextos diferentes apesar de vinculados a uma mesma institui o a UFRN isto era esperado Como a rela o do indiv duo com seu contexto dial tica comprovou se que quanto mais desfavor veis as condi es de trabalho maior afeta o da sa de ps quica e dos afetos com rela o ao trabalho ocorrer
184. ente com a assist ncia hospitalar prestada resultaram no pr mio Hospital Amigo da Crian a concedido pela UNICEF As duas a es que a princ pio parecem ter seus efeitos apenas na assist ncia resultam tamb m em melhorias nas condi es de trabalho no HUAB uma vez que quanto menor for desgaste emocional do paciente e seus acompanhantes menor ser desgaste do profissional de sa de em contato com ele Contudo em sa de sempre existiu a cultura de que o paciente era responsabilidade integral da equipe assistencial e o acompanhante nunca foi plenamente aceito Logo no HUAB aceitar que o acompanhante participe ativamente dos cuidados emocionais do paciente resultou numa mudan a da cultura organizacional que s foi poss vel devido ao envolvimento do corpo 24 Aa us PE A placa referente ao pr mio encontra se afixada em um corredor do HUAB pr ximo ao rel gio de ponto de forma que os funcion rios a visualizam com frequ ncia 102 funcional resultante do estilo de gest o adotado Outro reflexo da mudan a cultural a integra o entre as profiss es A observa o participante realizada e as entrevistas informais permitem concluir que a exist ncia da Resid ncia Multiprofissional em Sa de contribuiu para que isto ocorra A luta entre a vida e a morte o eterno conflito existencial est presente numa institui o hospitalar tanto em suas caracter sticas expl citas como impl citas objetivo organizacional lutar cont
185. equipes entre outras destacando a o papel da rea de Gest o de Pessoas em subsidiar os gestores de outras reas e estabelecer pol ticas condizentes para que isto viesse a ocorrer Ao se incorporar nas pr ticas de sa de do trabalhador o conceito de sa de como norma proposto por Canguilhem 2006 cabe ao gestor considerar que as a es de um indiv duo em prol de sua sa de ou ao assumir determinados riscos por exemplo usar ou n o um equipamento de prote o individual n o dependem apenas dele mesmo o sujeito da a o mas do que ocorre no seu contexto de trabalho e que v o impactar nas suas condi es de trabalho Entra em cena aqui entre outros elementos a cultura tanto em seu aspecto organizacional como tamb m a cultura local da regi o em que a organiza o de trabalho est inserida e que v o influenciar a maneira como o coletivo de trabalhadores e o gestor compreendem a forma como o trabalho deve ocorrer afetando sobremaneira os aspectos referentes organiza o do processo de trabalho Tomando se o conceito de sa de como o direito os processos de gest o precisam inserir o coletivo de trabalhadores na discuss o elabora o e defini o das pol ticas de sa de utilizadas pela empresa e em conson ncia com o proposto pelo SUS Isto inclui a desde a discuss o do processo de trabalho e das condi es de trabalho a iniciativas conjuntas de 117 melhorias nessa rea passando pela oportuniza o de estudos e pes
186. eriais dos processos e caracter sticas do trabalho e dos aspectos sociogerenciais seguindo a tipologia das condi es de trabalho apresentada no cap tulo 4 Tabelas 2 e 3 8 1 Condi es contratuais e jur dicas A primeira categoria em an lise j descrita no cap tulo referente ao m todo trata das condi es contratuais e jur dicas Como todos os pesquisados s o contratados pelo regime estatut rio e por serem funcion rios p blicos federais civis da uni o com rela o a esta dimens o os participantes da pesquisa apresentam resultados bastante homog neos Seus v nculos de trabalho s o com a UFRN sendo a folha de pagamento de responsabilidade do Minist rio da Educa o Em virtude disto recebem sal rios mensais e benef cios previstos em lei como aux lio transporte aux lio alimenta o aux lio creche e aux lio sa de Outros benef cios previstos s o a participa o em cursos de qualifica o e capacita o Em virtude do Plano de Desenvolvimento dos Integrantes da Carreira de T cnicos Administrativos em Educa o a UFRN oferece vagas em cursos de gradua o e p s gradua o para servidores e treinamentos voltados para as compet ncias necess rias nos diversos ambientes organizacionais Os funcion rios podem pleitear o afastamento remunerado para curso de p s gradua o strictu sensu participar de treinamentos no hor rio de trabalho al m de poder solicitar legalmente a compensa o de hor rio se es
187. erminol gica se faz pelo uso do segundo termo em raz o dos pressupostos epist micos adotados e expostos no cap tulo inicial do estudo Ademais quando falamos de sa de mental automaticamente nos remetemos ao conceito negativo de sa de que a aus ncia de doen a Em oposi o quando adotamos o termo sa de ps quica reconhecemos que o corpo e a mente est o indissociavelmente integrados e em intera o com o meio e ainda reconhecemos que existe o nexo entre sa de e trabalho A rela o entre doen a trabalho normalidade e patologia relacionadas a ele s o preocupa es antigas da humanidade retratadas no desenvolvimento das ci ncias Podemos exemplificar com a Sociologia Durkheim 1893 1968 chegou a afirmar que a preocupa o principal de qualquer ci ncia seria diferenciar o que normal do que patol gico seja do ponto de vista individual seja do coletivo Esta preocupa o inicial tem permeado os discursos contempor neos de sa de Para que se compreenda o significado de sa de ps quica conv m antes fazer um esfor o para definir sa de A tarefa rdua posto que a preocupa o humana em definir o que doen a gerou mais discuss es epistemol gicas e filos ficas que o significado de sa de Batistela 2007 Coelho amp Almeida Filho 2003 Alguns modelos explicativos surgiram ao longo da hist ria para atender a esta demanda mas neste cap tulo ser o discutidas as abordagens contempor neas de sa de e sua im
188. es significativos no entanto os dados da observa o participante mostraram que havia exposi o viol ncia ps quica secund ria no HUAB pelo contato com o p blico assistido e viol ncia ps quica 174 prim ria no HUOL nas rela es estabelecidas no trabalho A tabela comprova que h uma correla o moderada r 0 326 para p lt 0 001 entre a viol ncia e a ocorr ncia de dist rbios psicossom ticos o que significa que os pesquisados diante da viol ncia no trabalho tem sensa o de mal estar e de perda da sa de f sica A observa o participante refor a esse dado encontrado Percebeu se sobretudo no HUAB que ap s a ocorr ncia de situa es encaradas como exposi o viol ncia aumentavam as queixas f sicas dos funcion rios com relatos Pp subjetivos como parece que eu levei uma surra Entrevistado 9 HUAB ap s resolver uma situa o problem tica numa visita domiciliar envolvendo maus tratos a uma crian a H ainda correla es entre o ambiente conflitivo e os afetos positivos e negativos no trabalho Na an lise dessa correla o ocorreu o valor mais alto r 0 522 para p lt 0 001 indicando a for a dos afetos negativos desencadeados pelo trabalho no grupo pesquisado e que estes afetos s o inc modo raiva e f ria como nominados anteriormente nesta tese quando se descreveu a JAWS 12 A correla o tamb m existe entre os afetos negativos relacionados com letargia r 0 416 para p lt 0 001 e
189. esma Lei tamb m cria a Secretaria de Sa de e Seguran a no trabalho vinculada ao Minist rio do Trabalho ficando a sa de dos servidores subordinada a dois minist rios distintos Em 29 de fevereiro de 1996 foi criado o Minist rio da Administra o e Reforma do Estado MARE pelo decreto n 1 825 que em seu Art 16 define as atribui es da Secretaria de Recursos Humanos Art 16 Secretaria de Recursos Humanos rg o de gerenciamento do Sistema de Pessoal Civil SIPEC compete propor as pol ticas a ele relativas controlar as a es do Sistema Integrado de Recursos Humanos SIAPE bem assim planejar coordenar controlar e supervisionar as atividades de remunera o carreiras seguridade social benef cios cadastro auditoria de pessoal desenvolvimento e capacita o dos servidores no mbito da Administra o P blica Federal direta aut rquica e fundacional N o h refer ncia alguma sa de do servidor que nos tempos do IPASE caminhava junto com a seguridade Na explana o entabulada at aqui se percebe que n o h efetivamente a discuss o da rela o trabalho sa de do servidor p blico federal quadro que o governo tenta reverter somente em 13 de novembro de 2006 com o Decreto n 5 961 que cria o Sistema Integrado de sa de Ocupacional do Servidor SISOSP vinculado ao Minist rio do Planejamento Or amento e Gest o fus o do MARE com o Minist rio do Planejamento e Or amento criado em
190. essoas fam lias e comunidades conferindo novos significados a mesma experi ncia laboral Blanch et al 2003 prop em uma taxionomia das condi es de trabalho que contempla v Contrato modalidade sal rio e condi es sociais e sanit rias v Ambiente f sico temperatura ru do ilumina o equipamento ergonomia etc 4 Ambiente social estrutura e configura o do espa o privacidade etc y Higiene e seguran a riscos f sicos e psicossociais V Tarefa autonomia responsabilidade criatividade etc V Rol ambiguidade conflito sobrecarga variedade etc y Processo organiza o e divis o y Tempo dura o da atividade intensidade e press o y Clima organizacional aspectos grupais estilos de dire o e comunica o etc A contribui o de Blanch et al 2003 para o construto condi es de trabalho reside na utiliza o da perspectiva multi e interdisciplinar enfocando as dimens es e divis es sociais do trabalho Estes autores incorporam com maior propriedade os aspectos simb licos do trabalho a partir da an lise do clima organizacional e consideram o papel dos riscos psicossociais relacionando os com a higiene e a seguran a no trabalho Retomam os fatores estudados anteriormente por Muchinsky 1994 e Ramos et al 2002 e al m de considerarem 54 a dimens o s cio organizacional de an lise das condi es de trabalho enfocam o impacto destas condi es na vida
191. estudos que mostram o impacto das condi es de trabalho sobre a sa de ps quica em categorias espec ficas Uma parte deles versa sobre o trabalho em sa de como o de Nogueira Martins 2003 Esse autor descrevendo os aspectos do trabalho m dico relativos jornada de trabalho e s press es estressantes resultantes do contato com os pacientes entre outros fatores relacionados com as condi es de trabalho diz Esta descri o sociol gica do trabalho m dico pode ser aplicada aos demais profissionais de sa de caracterizando se um estado de insalubridade ocupacional que tem repercuss es psicol gicas significativas no profissional e em sua rela o com os pacientes e que acaba resultando numa situa o insatisfat ria tanto para quem assiste o profissional como para quem assistido o paciente Nogueira Martins 2003 p 61 Em um estudo desenvolvido por Borges Argolo Pereira Machado e Silva 2002 em tr s hospitais universit rios do Rio Grande do Norte constatou se que o acometimento pela s ndrome de burnout estava presente em todos e que escores moderado e alto quando somados atingiam 93 da amostra Como a s ndrome de burnout uma consequ ncia do stress cr nico no trabalho fica evidente o comprometimento da sa de ps quica em decorr ncia do trabalho naquele ambiente de pesquisa Toma se como ilustra o o estudo de Costa 2001 realizado no estado do Rio Grande do Norte sobre stress em enfermeiros Esse est
192. eta ao servidor j em processo de adoecimento realizando a es de diagn stico e de tratamento psicol gico da sa de destes dentro do rg o da universidade designado para esta finalidade que o Departamento de Assist ncia ao Servidor DAS pertencente PRH o que proporcionou uma vis o integrada de v rios aspectos relacionados s condi es de trabalho e seus efeitos sobre a sa de ps quica dos servidores da UFRN 19 Ao lado da hist ria pessoal da pesquisadora importante assinalar aspectos te ricos e t cnicos que motivaram a pesquisa Estudos preliminares mostraram que a rela o entre sa de e trabalho tem sido alvo do interesse de v rios pesquisadores mas o foco na sa de ps quica no trabalho enquanto uma linha de pesquisa recente principalmente no Brasil Santana 2006 fazendo um levantamento sobre os estudos de p s gradua o no Brasil envolvendo a sa de do trabalhador at 2004 informa que o n mero de trabalhos escassos at 1979 tornou se crescente a partir da d cada de 1980 A autora mostrou que apenas 5 4 do total dos trabalhos at aquele ano foram relacionados rea de sa de ps quica e trabalho Por m analisando se as tem ticas descritas por ela percebe se que sa de ps quica e trabalho provavelmente tamb m est o sendo tratados quando se aborda temas como acidentes e viol ncia no trabalho 4 9 ambiente e trabalho 1 7 trabalho em turnos e noturno 1 4 entre outros H
193. etendeu Estimular os participantes a refletir sobre suas pr ticas a partir de um referencial de sa de direcionada integralidade do ser humano contemplando os eixos de assist ncia preven o vigil ncia e promo o da sa de SIASS 2009 46 Na abertura do evento o secret rio executivo do Minist rio do Planejamento Jo o Bernardo Bringel destacou a necessidade da cria o de uma pol tica p blica de aten o sa de mental dos servidores federais Na sua fala evidenciou a necessidade de tratar um problema que segundo ele afeta n o s o ambiente de trabalho mas tamb m o ambiente familiar das pessoas Seu discurso foi complementado pelo de S rgio Carneiro coordenador do SIASS que se pronunciou com rela o complexidade da tem tica da aten o sa de mental do servidor Segundo Carneiro 2009 O tema complexo por n o ser de f cil solu o mas acreditamos que compartilhando experi ncias podemos transformar situa es que aflijam os servidores no seu ambiente de trabalho O mesmo trabalho que est gerando sofrimento e doen a para alguns servidores pode ser gerador de satisfa o e prazer se o servidor receber a aten o devida S rgio Carneiro tamb m teceu considera es sobre a necessidade da constru o coletiva de um modelo assistencial adequado ao servi o p blico e as necessidades espec ficas dos contextos de trabalho O F rum de Sa de Mental do Servi o P blico Feder
194. eu julgamento afetado expondo se a outras formas de riscos Eis porque vemos estudos epidemiol gicos de patologias associadas sa de ps quica no trabalho Estes ajudam no estabelecimento do nexo epidemiol gico para a determina o do nexo causal por peritos protegendo o trabalhador de ser responsabilizado como o desencadeante de sua pr pria patologia se ela existe em decorr ncia das suas condi es de trabalho Mas ainda necess rio refinar a forma como a avalia o da sa de ps quica no trabalho consiga abranger de forma sistematizada e aplic vel o contexto de trabalho em sua rela o com a sa de ps quica do trabalhador As interven es para avalia o da sa de do trabalhador na UFRN realizadas pela DASS retratam isto pois se constituem em sua maioria de consultas individuais psicol gicas e m dicas ocorrendo quando o trabalhador procura ajuda quando h solicita o de uma licen a m dica ou quando uma crise no local de trabalho gera um conflito Estas podem ou n o ser acompanhadas de visita domiciliar ou ao local de trabalho ficando a cargo do profissional assistente do paciente demandar tal necessidade N o h um protocolo que estabele a uma rotina para essas avalia es que n o s o contempladas por programas como o Programa de Controle M dico e de Sa de Ocupacional PCMSO e Programa de Prote o aos Riscos Ambientais PPRA de realiza o obrigat ria por for a de lei Cabe portanto a PRO
195. evis o do desempenho do papel de doente pelo indiv duo Para este autor negar esta condi o de doente poderia sim constituir se num desvio da norma na medida em que o indiv duo afetaria o funcionamento de outros contribuindo para o desequil brio social O modelo de Parsons est relacionado com o modelo biom dico adotado pela psiquiatria em que se aceitar doente condi o para buscar a cura Por m quando falamos em sa de ps quica n o t o simples definir o que seja sa de ou doen a temas que vem preocupando a medicina desde os seus prim rdios Para a etnopsiquiatria de acordo com Coelho e Almeida Filho 2002 os crit rios de sa de ps quica seriam universais e aplic veis a todas as culturas seguindo a perspectiva transcultural de sa de ps quica proposta por Devereux 1971 Esses mesmos autores citam Laplantine 1988 para afirmar que existem quatro crit rios epistemol gicos que caracterizam a normalidade em diferentes culturas capacidade de comunica o simb lica solidariedade da cultura com os interesses do ego autoestima e reconhecimento da realidade Para a etnopsiquiatria o desajustamento representa a doen a enquanto normal aquele que mant m a capacidade de ajustar se ao seu meio A ideia de doen a pressup e um ente causador e que vai de encontro a uma fragilidade do indiv duo A Teoria Bioestat stica da Sa de de Boorse 1975 apresenta um conceito funcionalista e negativo de sa de em oposi o
196. exo 6 Modelo do di rio de campo xi 159 165 165 166 169 171 177 185 Lista de tabelas Tabela P gina 1 Resumo das met foras de Morgan 34 2 Taxonomias das condi es de trabalho 57 3 Posi es de Thiollent 1997 sobre as caracter sticas da pesquisa o em 84 compara o com a observa o participante 4 Categorias e subcategorias de avalia o das condi es de trabalho 87 5 Dimens es de avalia o do Bem Estar Afetivo no Trabalho 89 6 Estrat gias metodol gicas 90 7 Participantes da pesquisa por sexo 113 8 Participantes da pesquisa em intervalos de idades 113 9 Participantes da pesquisa por tempo de trabalho nos hospitais da UFRN 114 10 Participantes da pesquisa por tipo de cargo 115 11 Participantes por lota o interna e local de trabalho 116 12 Participantes da pesquisa por tipo de cargo e unidade assistencial 117 13 Participantes da pesquisa por n vel de instru o 118 14 Participantes da pesquisa por n vel de instru o e tipo de cargo 118 15 Participantes da pesquisa que ainda estudam 119 16 Participantes da pesquisa por jornada de trabalho estabelecida em 122 contrato 17 Rendimentos mensais dos participantes da pesquisa 124 18 Participantes da pesquisa por contribui o na renda familiar 125 19 M dia nos fatores das Condi es F sicas e Materiais 126 20 Escores nos fatores das Condi es F sicas e Materiais por hospital 129 21 M dias nos fatores dos Processos e Caracter sticas do Trabalho 135 2
197. ezes apenas um ou dois funcion rios Isto ocorre pelo porte do hospital e por uma caracter stica cultural e pol tica que a coopera o em lugar da competi o entre os setores e uma preocupa o com o envolvimento de todos e com a ajuda m tua Loiola et al 2004 descrevem as possibilidades de an lise das estruturas organizacionais existentes na literatura e caracterizam a estrutura matricial como sendo aquela em que as pessoas apesar de possu rem uma vincula o maior com um determinado departamento funcional vinculam se tamb m por projetos e por produtos caracterizando maior integra o Quando os mesmos autores referem se s maneiras poss veis de compreens o dos ambientes organizacionais mais uma vez recorrendo literatura da rea descrevem ambientes com relativo grau de incerteza ambiental resultante da combina o de complexidade e dinamismo e expostos a amea as do meio externo da organiza o V se que as duas descri es permitem a compreens o adequada das universidades e dos hospitais universit rios e ajuda a compreender sua inser o no sistema de sa de o que ser visto a seguir 7 4 A Inser o dos hospitais em estudo no SUS Com a cria o do SUS no mbito das organiza es de sa de da UFRN fez se necess rio aperfei oar os recursos e adequar os servi os para que os princ pios do sistema fossem atendidos ao mesmo tempo em que o ensino a pesquisa e a extens o fossem preservados Diante deste
198. fator portanto n o significa piores condi es de trabalho considerando se que a variedade das tarefas um dos fatores motivacionais segundo Hezberg 1997 e que a motiva o contribui para o bem estar no trabalho 137 Os fatores Espa o de Autonomia e Organiza o do Tempo tiveram m dias no mesmo n vel hier rquico O espa o de autonomia diz respeito possibilidade do trabalhador na organiza o do seu trabalho poder decidir por m todos planejamento e ritmo daquilo que realiza Maiores escores neste fator denotam maior autonomia logo os resultados demonstram que os profissionais de sa de percebem pouca autonomia no desenvolvimento do seu trabalho posto que somadas as frequ ncias nos intervalos 89 1 dos participantes pontuam seu espa o de autonomia entre 02 e 04 que varia de muito raramente exposto a raramente exposto Os estudiosos do trabalho e sua rela o com a sa de ps quica como Albrecht 1990 Benevides Pereira 2002 Mauro Mauro Pinheiro amp Silva 2010 estabelecem a rela o entre a diminui o da autonomia e a redu o do bem estar ps quico Entre os participantes da pesquisa a redu o do espa o de autonomia encontrado pode ser um fator predisponente para o adoecimento Outra fator igualmente percebido pelos participantes da pesquisa foi Organiza o do Tempo que diz respeito a quanto o trabalhador pode organizar o tempo no trabalho planejando pausas folgas e f rias As m dias no fator indicam qu
199. fias Como exemplo pode se citar a flexibiliza o dos hor rios que embora regulamentada em portaria depende de decis o gerencial para sua implementa o pois a chefia quem vai definir que funcion rios ter o hor rios diferenciados A unidade de lota o tamb m vai ter rela o direta com as condi es f sicas e materiais de trabalho como ser discutido a seguir 126 8 2 Condi es f sicas e materiais de trabalho A segunda categoria de an lise trata das condi es f sicas e materiais que dizem respeito ao entorno do trabalho contemplando o espa o geogr fico e arquitet nico condi es clim ticas e de seguran a f sica material para realiza o do trabalho A parte do question rio sobre esta categoria escalar e permite a medi o de cinco fatores como especificado no cap tulo 6 sobre o m todo Estimados os escores dos participantes por fator calculou se a m dia e o desvio padr o conforme exposto na Tabela 19 Tabela 19 M dias nos fatores das Condi es F sicas e Materiais M dia Desvio padr o Intervalos Fatores x lt 2 2 lt x lt 3 3 lt x lt 4 x gt 4 F1 Aspectos 3 36 0 84 3 3 34 2 37 5 25 0 psicobiol gicos F2 Espa o de 2 24 0 74 41 7 42 5 14 2 1 7 Trabalho F3 Aspectos 1 92 0 61 57 5 37 5 5 0 f sico qu micos F4 Exig ncia 2 81 0 84 20 8 35 8 33 3 10 0 de esfor o f sico F5 Risco de 1 88 0 70 66 7 21 5 3 3 2 5 acidentes F 2754 43 para p lt 0 001 Pode
200. filme e fotografias como documentos de pesquisa In M W Bauer amp G George Orgs Pesquisa qualitativa com texto imagem e som um manual pr tico pp 137 155 Petr polis Vozes Mann P 1975 M todos de investiga o sociol gica Rio de Janeiro Zahar Mari J amp Willians P A 1986 A validity study of a psychiatric screening questionnaire SRQ 20 in primary care in the city of S o Paulo British Journal of Psychiatry 148 23 26 Martins D S 2002 Custeio hospitalar por atividades activity based costing S o Paulo Atlas Martins M C A s d Factores de risco psicossociais para a sa de mental Recuperado em 10 de fevereiro de 2009 em http www esenfviseu pt ficheiros artigos factores risco pdf Marx K 2008 O capital cr tica da economia pol tica livro T Rio de Janeiro Editora Civiliza o Brasileira Originalmente publicado em 1890 Marx K 1987 Teorias da Mais Valia Volume 1 S o Paulo Bertrand do Brasil Originalmente publicado em 1863 Marx K amp Engels F A ideologia alem 2009 S o Paulo Boitempo Editorial Originalmente publicado em 1846 Mattos U A O Fortes J D N Shubo A M R Portela L F G mez M B Tabalippa M amp Shubo T 2003 Avalia o e diagn stico das condi es de trabalho em duas ind strias de baterias chumbo cidas no Estado do Rio de Janeiro Ci ncias e Sa de Coletiva 8 4 1047 1056 Mauro M Y C Paz A F
201. gerencial mostrou que o fator Infraestrutura e Press o seguido dos fatores Oferta de Informa es de Sa de Participa o e Ambiente Conflitivo tiveram maior impacto na avalia o das condi es de trabalho Esses aspectos s o influenciados por caracter sticas do contexto como a falta de condi es adequadas para a assist ncia em casos mais complexos no HUAB a possibilidade de maior participa o nas decis es no HUOL advinda de um maior acesso informa o N o foram apontados conflitos entre os pares e entre n veis hier rquicos mostrando os participantes da pesquisa avaliam que este fator contribui positivamente para as condi es de trabalho Ao se concluir o segundo objetivo espec fico da pesquisa encontra se que a avalia o das condi es de trabalho dos participantes revela que estas s o influenciadas pelo contexto em que o trabalho realizado como o porte do hospital sua inser o numa regi o geogr fica e no SUS entre outras O terceiro objetivo espec fico foi avaliar a sa de ps quica dos participantes da pesquisa discutindo como esse fen meno marcado pelo contexto de trabalho cujos resultados est o expressos no Cap tulo 9 Encontrou se no HUOL um percentual de aproximadamente um ter o dos participantes 25 8 com sintomas psiqui tricos detectados pelo QSG 60 e 48 3 de profissionais de sa de apresentando se sintom ticos No HUAB o percentual de casos sintom ticos foi superior a 50 mas n o foram ve
202. gramas de Resid ncia M dica e Resid ncia Multiprofissional em Sa de No caso da telemedicina o computador n o operado por profissionais de sa de e sim por t cnico em inform tica que d o suporte atividade mas esta uma representa o de que o espa o de trabalho tamb m espa o virtual e n o apenas aquele delimitado fisicamente por edifica es e mobili rio O uso da telemedicina ainda bastante pontual tendo ocorrido apenas uma vez durante o per odo de observa o participante e envolvido apenas residentes e um dos seus preceptores n o chegando a causar impacto nos demais profissionais de sa de em exerc cio alguns dos quais desconheciam que a atividade acontecia Em seguida procedeu se an lise dos Aspectos F sico qu micos Tamb m neste fator prevalece a baixa exposi o sendo a m dia M 1 89 comum aos dois hospitais n o havendo diferen a estatisticamente significativa entre elas t 0 16 para p lt 0 87 Os resultados da tabela mostram que os participantes da pesquisa se sentem pouco expostos a Aspectos F sico qu micos do trabalho significando que para eles o ambiente apresenta um n vel de conforto satisfat rio com rela o a essas condi es No HUAB todos os setores do hospital relativos interna o do paciente s o climatizados O mesmo acontece com as salas do ambulat rio Mesmo naqueles em que a exposi o ao calor faz parte da atividade como na rea de preparo de alimentos para quem trabalh
203. guinte sequ ncia contato com a dire o dos hospitais da UFRN em que os participantes trabalham solicitando a autoriza o para que os profissionais potenciais participantes fossem abordados contato com carta de apresenta o da pesquisa firmada pela pesquisadora e firmado tamb m pelo dirigente da organiza o institui o Anexo 2 contato com os participantes solicitando a sua ades o volunt ria a pesquisa aplica o do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Anexo 3 e aplica o do protocolo de pesquisa caso o participante de fato aceitasse participar voluntariamente e confirme sua decis o no TCLE Esta aplica o foi individual obedecendo s especificidades do campo de pesquisa e do grupo pesquisado A aplica o foi efetivada pela autora desta tese e por pesquisadoras treinadas para este fim No protocolo de pesquisa foi preservado o anonimato do participante e em virtude disso o TCLE foi arquivado separadamente de forma a tornar imposs vel vincular o termo a um protocolo de pesquisa respondido A observa o participante foi realizada pela pesquisadora nos dois hospitais De acordo com Serva e Jaime Jr 1995 observa o participante a situa o de pesquisa em que observador e observado encontram se face a face e em que o processo de coleta de dados se d no pr prio ambiente natural de vida dos observados que passam a ser vistos n o mais como objetos de pesquisa mas como sujeitos que interagem em dado projet
204. guiu se a possibilidade manuten o de leitos particulares e de clientela determinada por crit rios intr nsecos aos hospitais como as reservas de leitos e fichas para atendimento exclusivo para funcion rios p blicos Bezerra e Duarte 2005 tamb m apontam que a vincula o ao SUS evidenciou a defasagem desses hospitais tanto em rela o tecnologia quanto em rela o aos seus quadros profissionais Segundo as autoras isto consegu ncia da falta de investimentos nos setores sociais p blicos Desta maneira para adequarem se a rede assistencial foi necess rio que os hospitais se aperfei oassem tanto tecnologicamente quanto nos aspectos de gest o para ocupar seus lugares mantendo suas caracter sticas de hospitais de ensino Esta mudan a implicou na necessidade de adequa o dos profissionais de sa de ao novo contexto e modifica es nas suas condi es de trabalho pela incorpora o de novos processos organizacionais e pr ticas assistenciais Com rela o a estas pr ticas o SUS trouxe para os usu rios a possibilidade do acesso universal aos hospitais de ensino o que condizente com a no o de caridade e de amor ao pr ximo No entanto dificultou o acesso para os profissionais de sa de que atuam nesses hospitais que precisam procurar a rede b sica assistencial e seguir o que preconizado para qualquer cidad o brasileiro que utilize o sistema Ent o para os trabalhadores em sa de o acesso ao sistema tornou se mais d
205. hador e podendo provocar absente smo ou rotatividade 55 Condi es de Caracter sticas da trabalho pessoa Percep o e valora o das condi es de trabalho Satisfa o laboral Fonte adapta o de Garrido 2005 Figura 1 Satisfa o laboral em sua rela o com as condi es de trabalho Nos estudos atuais sobre as condi es de trabalho h uma predomin ncia daqueles que se det m a aspectos como a rela o com a satisfa o no trabalho higiene seguran a no trabalho e preven o dos riscos laborais Esta uma tend ncia mundial em que se mant m o enfoque sist mico das condi es de trabalho j utilizado desde Muchinsky 1994 e o enfoque pol tico incorporado por Ramos et al 2002 S o exemplos os estudos de McCue 1982 Sanz Yag ez e L pez Corbal n 1999 T yry et al 2004 Kinzl et al 2005 Hovik et al 2007 Linzer et al 2009 Joyce K et al 2010 e as pesquisas desenvolvidas pelo European Working Conditions Observatory EWCO que mantido pela Uni o Europeia Para aquele observat rio a promo o da qualidade de vida no trabalho se sustenta em quatro dimens es b sicas cuidado e seguran a no trabalho sa de e bem estar dos trabalhadores desenvolvimento de habilidades e compet ncias e concilia o entre trabalho e outras esferas da vida http www eurofound europa eu pubdocs 2006 20 en 1 ef0620en pdf acessado em 04 de mar o de 2007 O EWCO monitora as condi es de trabalho
206. http bvsms saude gov br bvs publicacoes pnhahO1 pdf 61 atividades a outros profissionais de sa de como enfermagem nutri o fisioterapia etc Esses profissionais executam atividades delegadas por m mant m certo espa o de decis o e dom nio de conhecimentos t pico do trabalho profissional p 89 Uma das considera es que se pode fazer a partir disto que o sistema de sa de reproduz a l gica do sistema capitalista com dominador e dominados como se os m dicos fossem os detentores do capital o poder de cura que a sociedade lhes atribui e os demais profissionais fossem os trabalhadores subsumidos Esta representa o t o forte embora n o verbalizada que no contexto de pesquisa desta tese se retrata na forte rejei o que os profissionais t m quando surge um relacionamento mais pr ximo entre trabalhadores de n veis diferentes por exemplo n vel m dio e superior e que se torna maior quando este relacionamento se d entre um m dico e um t cnico de n vel m dio sendo este o t cnico muitas vezes exclu do como se estivesse traindo a classe O mesmo ocorre quando um t cnico de n vel m dio gradua numa forma o superior e deixa de exercer suas atividades corriqueiras uma vez que mesmo sem amparo legal o desvio de fun o no contexto de pesquisa uma realidade De acordo com a OPAS 2004 os hospitais s o as institui es mais pragm ticas da organiza o dos servi os de sa de e aquelas
207. i es concretas em que o trabalho desempenhado s o fundamentais para os significados que o indiv duo atribui a ele e que v o ter um impacto na sua sa de ps quica Deste modo necess rio conhecer o papel do trabalho no grupo estudado considerando as condi es rela es e organiza o do trabalho Tal pressuposto b sico inclusive para a pr pria constitui o do campo do saber designado por sa de ps quica e trabalho no qual a presente pesquisa se situa E influencia diretamente o sentido central da tese aqui defendida a sa de ps quica de profissionais de sa de n o adequadamente avaliada por n o serem considerados os riscos psicossociais do trabalho Para que se possa compreender o campo em que um fen meno ocorre necess rio ao pesquisador conhecer aquilo que existe para o grupo pesquisado ou seja o que o grupo valida como real Para conhecer o papel do trabalho na sa de dos profissionais de sa de nos hospitais da UFRN o ponto de partida de busca dos conte dos deve ser o campo Um deles se refere rela o do pesquisador com o campo emp rico em que o estudo se desenvolver campo este j mencionado em que est o esses atores sociais e com o qual o pesquisador dever necessariamente se engajar e com ele interagir Numa perspectiva psicossociol gica o campo de pesquisa ganha um significado pr prio se o pesquisador adota o pressuposto de que os atores sociais ao mesmo tempo constroem a realidade e s o
208. i surpreendente pois esperava se que os profissionais do HUOL se percebessem com mais autoefic cia posto que como visto nos cap tulos anteriores os profissionais do HUOL s o melhor qualificados e tem ao seu dispor mais aparato tecnol gico para desempenhar suas atividades realidade diferente do HUAB O resultado encontrado corrobora com a ideia de que a n o a tecnologia dispon vel nem a qualifica o profissional dos participantes que influenciam a percep o do fator em an lise Indaga se se esta percep o n o est relacionada com o feedback sobre o desempenho Em v rios momentos da observa o participante foram escutadas verbaliza es de profissionais como nessas horas sei que estou fazendo um bom trabalho e que meu trabalho necess rio T cnica de enfermagem do HUOL comentando sobre um procedimento bem sucedido Esse coment rio retrata que esta profissional naquele momento se sentiu eficaz e que de alguma maneira obteve um retorno do resultado do seu trabalho A hip tese refor ada pelo resultado do HUAB 58 1 sem sintomas Naquele hospital h um relacionamento interpessoal mais pr ximo entre os diversos n veis hier rquicos o que favorece o feedback Na observa o participante observou se que este dado tanto pelos supervisores quanto pelos pr prios clientes assistidos que mant m com os profissionais de sa de uma rela o mais pr xima do que ocorre no HUOL Acredita se que isto decorra das caracter
209. ia Sa de OPAS 2004 O hospital uma empresa social porquanto suas a es se orientam ao cumprimento de objetivos fixados nas pol ticas p blicas de sa de de um pa s na medida em que produz servi os que respondem com efetividade s necessidades e s demandas sociais independente da natureza jur dica do estabelecimento 2004 p 124 30 Para cumprir seu papel com efici ncia e efetividade os hospitais integram se a um sistema sanit rio o que permite a OPAS classific los segundo sua posi o relativa numa rede como v Hospitais de baixa e m dia complexidade atendem a demanda espont nea sem deriva es intermedi rias Isto significa que o usu rio pode procurar o hospital sem necessidade de encaminhamento pr vio e que receber assist ncia prim ria ou secund ria de sa de preven o e promo o da sa de S o geralmente porta de entrada da rede assistencial O cidad o o cliente y Hospitais de baixa e m dia complexidade pertencentes a uma rede atendem a demanda espec fica do sistema com marca o ou encaminhamento pr vio para consulta de especialidade ou para hospitaliza o O cliente a rede de sa de da qual fazem parte y Hospitais de refer ncia proporcionam tratamento de alta complexidade N o atendem demanda espont nea prestando servi os rede Para a OPAS 2004 os hospitais tamb m podem ser categorizados pelo seu n vel de complexidade aten o prim ria ou p
210. icas que havia trabalhado no turno anterior a R e a tinha encontrado na passagem a Droga utilizada na analgesia de curta dura o durante o per odo anest sico pr medica o indu o e manuten o ou quando necess rio no per odo p s operat rio imediato sala da recupera o para uso como componente analg sico de anestesia geral e suplemento da anestesia regional para administra o conjunta com neurol ptico na pr medica o na indu o e como componente de manuten o em anestesia geral e regional para uso como agente anest sico nico com oxig nio em determinados pacientes de alto risco como os submetidos cirurgia card aca ou certos procedimentos neurol gicos e ortop dicos dif ceis para administra o espinhal no controle da dor p s operat ria opera o cesariana ou outra cirurgia abdominal 153 do plant o em que ela faleceu me ligou e contou No decorrer da semana outras colegas de R me abordaram com mais detalhes Algumas tem certeza do suic dio pois R tomou um medicamento usado em anestesia Outras acham que ela queria dormir e teve um efeito adverso O certo que ningu m sabe o que se passou naquele dia Suas colegas tamb m disseram que na segunda feira ela iria come ar a trabalhar como enfermeira de um setor no campus para se afastar do ambiente hospitalar mas morreu antes A per cia encontrou seringa e duas ampolas usadas e quatro outras ntegras Contam que R tinha hist rias de
211. iciones de trabajo el Cuestionario de Salud General GHQ 60 por la Escala de Bienestar Afectivo en el Trabajo JAWS 12 y preguntas sociodemogr ficas El an lisis de los resultados mostr que las puntuaciones sintom ticas de salud ps quica var an por hospital y que la salud ps quica sufre la influencia de las condiciones de trabajo principalmente en referencia a los aspectos referentes a tres dimensiones condiciones f sicas y materiales procesos y caracter sticas del trabajo y el medio ambiente sociogerencial En referencia a la primera de estas dimensiones se destacan la exposici n a los riesgos psicobiol gicos y de accidentes as como las demandas de esfuerzos f sicos En la segunda dimensi n la complejidad de las actividades y la responsabilidad implica en ellas Y en la ltima los factores de organizaci n de la actividad violencia y medio ambiente conflictivo Como la relaci n del individuo con su contexto es dial ctica los resultados encontrados corroboraron que cuanto m s las condiciones de trabajo son desfavorables m s crece la afectaci n de la salud ps quica y de los efectos con relaci n al trabajo reflexionando otra vez en el medio ambiente de trabajo Por lo tanto acciones para perfeccionar las condiciones de trabajo deben ser establecidas para generar el efecto inverso proporcionando el aumento de los afectos positivos y la reducci n de los s ntomas ps quicos Palabras claves salud ps quica condicio
212. ico da cidade de Natal Tese de Mestrado n o publicada Universidade Federal da Para ba Jo o Pessoa Cruz Neto O O trabalho de campo como descoberta e cria o In M C S Minayo Org Pesquisa Social teoria m todo e criatividade Petr polis Vozes 1997 Dejours C Dessors F amp Desriaux E 1993 Por um trabalho fator de equil brio Revista de Administra o de Empresas 33 3 98 104 Devereux G 1971 Some Uses of Anthropology Theoretical and Applied Washington The Anthropological Society of Washington Washington Durkheim E 1968 As regras do m todo sociol gico S o Paulo Nacional Originalmente publicado em 1893 Engels F 2008 4 situa o da classe trabalhadora na Inglaterra S o Paulo Boitempo Editorial Originalmente publicado em 1845 Engels F Sobre o papel do trabalho na transforma o do macaco em homem Recuperado em 15 de setembro de 2008 de http www culturabrasil org trabalhoengels htm Elias M A amp Navarro V L 2006 A rela o entre o trabalho a sa de e as condi es de vida negatividade e positividade no trabalho das profissionais de enfermagem de um hospital escola Revista Latino Americana de Enfermagem 14 4 514 25 Recuperado em 14 de novembro de 2009 em www eerp usp br rlae Franco M A S 2005 Pedagogia da Pesquisa A o Educa o e Pesquisa 31 3 483 502 Foucault M 1995 O sujeito e o poder In P Rabinow amp H Dreyfus Orgs Fo
213. icos ergon micos psicossociais mec nicos e de acidentes infere se que os riscos psicossociais deveriam estar contemplados no programa Tais observa es corroboram as afirma es de Ramminger 2002 quando mostra que as doen as ocupacionais s o facilmente reconhecidas como efeito dos riscos ambientais aos quais os trabalhadores est o expostos sendo menos reconhecida a rela o entre transtornos ps quicos e trabalho e os chamados riscos psicossociais que para a autora incluem os fen menos de ordem neurofisiol gica cognitiva psicol gica social e organizacional Para implantar o SISOSP o governo federal prop s a cria o de polos um dos quais abrigado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte Contudo mesmo antes da plena implementa o do sistema nas unidades da federa o o governo publica o Decreto n 6 833 de 29 de abril de 2009 que cria o Subsistema Integrado de Assist ncia a Sa de SIASS e revoga o decreto de cria o do SISOSP Analisando se a hist ria da aten o sa de do servidor fica evidente a lacuna entre pol tica atrelada a a es efetivas entre o governo Vargas e a cria o do SISOSP e a r pida evolu o at o SIASS Para suplantar o atraso de d cadas objetivo do SIASS Art 2 O SIASS tem por objetivo coordenar e integrar a es e programas nas reas de assist ncia sa de per cia oficial promo o preven o e acompanhamento da sa de dos servidores da administra
214. idas de prote o seguran a e sa de dos trabalhadores dos servi os de sa de referindo se aos riscos existentes e sua preven o A norma torna obrigat ria a realiza o do Programa de Controle M dico e de Sa de Ocupacional PCMSO regulamentado pela NR 07 e do Programa de Preven o de Riscos Ambientais PPRA constante na NR 09 Contudo a norma n o aborda os riscos psicossociais advindos do trabalho em sa de que podem predispor a outros riscos levando a acidentes e agravos Costa Lima amp Almeida 2003 Elias amp Navarro 2006 Murofuse Abranches amp Napole o 2006 O fator Participa o traz a percep o dos participantes sobre a possibilidade de serem consultados sobre o di logo sobre o desempenho e de opinarem sobre mudan as na organiza o do trabalho A avalia o da m dia nesse fator inversa aos anteriormente apresentados quanto menor a m dia menos os participantes percebem ter possibilidade de participar das decis es sobre seu trabalho e exatamente essa condi o que a Tabela aponta Sobre isto ver not cia em http noticias uol com br cotidiano ultimas noticias 2012 07 2 1 contra crise na saude do rn acao conjunta entre estado e uniao fara investimento de mais de r 100 mi htm 142 M 2 45 Para 76 6 dos profissionais de sa de que responderam ao instrumento de pesquisa a possibilidade de participa o reduzida O fator Ambiente Conflitivo apresenta a percep o dos pa
215. idente no exerc cio de suas atribui es ou em virtude de doen a profissional II quando acometido de tuberculose ativa aliena o mental neoplasia maligna cegueira lepra paralisia cardiopatia grave e outras mol stias que a lei indicar na base de conclus es da medicina especializada O Art 178 tr s ainda outras conceitua es importantes 1 Acidente o evento danoso que tiver como causa mediata ou imediata o exerc cio das atribui es inerentes ao cargo 2 Equipara se a acidente a agress o sofrida e n o provocada pelo funcion rio no exerc cio de suas atribui es 3 A prova do acidente ser feita em processo especial no prazo de oito dias prorrog vel quando as circunst ncias o exigirem sob pena de suspens o 4 Entende se por doen a profissional a que decorrer das condi es do servi o ou de fatos nele ocorridos devendo o laudo m dico estabelecer lhe a rigorosa caracteriza o A hist ria apresentada at aqui mostra que existia preocupa o com os agravos sa de dos servidores Essa preocupa o n o era extensiva preven o e promo o da sa de 42 Entre o advento da Lei n 1 711 de 28 de 1952 e o ano de 1986 n o aconteceram progressos significativos na gest o da sa de dos servidores federais Em 1986 foi ent o criada a Secretaria de Administra o P blica da Presid ncia da Rep blica pelo mesmo decreto que extingue o DASP ficando o pessoal civil da
216. if cil afetando suas condi es de trabalho e sa de o que ser discutido nos cap tulos posteriores 39 3 A assist ncia sa de do servidor p blico federal A explana o sobre a hist ria da assist ncia hospitalar e da inser o dos hospitais no SUS realizada no cap tulo anterior construiu uma primeira aproxima o do campo da pesquisa que mostra que os dois hospitais compartilham caracter sticas oriundas do contexto institucional e s cio hist rico e ao mesmo tempo apresentam singularidade em termos organizacionais culturais e de condi es de trabalho Portanto espera se que esses contextos causem impacto diferencial na sa de ps quica de seus trabalhadores O presente cap tulo foi ent o desenvolvido com o intuito de focalizar a assist ncia sa de dos trabalhadores dos hospitais como servidores p blicos federais A assist ncia sa de de trabalhadores um dos elementos das suas condi es de trabalho Assim o cap tulo d continuidade aproxima o do campo de pesquisa realizada no cap tulo anterior e enseja introduzir o tema das condi es de trabalho a ser aprofundado e ampliado adiante Para atingir o objetivo do cap tulo foi realizada consulta documental abrangendo documentos internos da UFRN legisla o sobre o SUS e sobre a assist ncia ao servidor federal 3 1 Marcos legais e normativos da assist ncia sa de do servidor A preocupa o com um modelo de gest o de recursos humanos no
217. impossibilitado de mobilizar o recurso gen rico e sem o suporte do coletivo Este isolamento pode resultar em repercuss es em sua sa de ps quica se assumimos que sa de bem estar e que este depende de bem estar afetivo compet ncia pessoal autonomia aspira o e funcionamento integrado como j discutido anteriormente Outro autor contribui para a compreens o do trabalho em sua rela o com a sa de ps quica Vasquez 1977 De acordo com o autor toda a o verdadeiramente humana requer consci ncia de uma finalidade p 187 Para o autor a pr tica humana tem uma finalidade que se apoia no social e que implica em modalidades de atua o que retornam ao meio social e o modifica Esta finalidade que torna a categoria ontol gica trabalho a o teleol gica em que h uma nega o consciente de um estado atual almejando uma condi o futura como prop s Marx 2008 1890 E que vai diferenciar a pr xis da atividade posto reflexo da interioridade do indiv duo Castro 2009 critica os autores como Leontiev 1978 por se limitar a an lise da atividade e Codo Sampaio e Hitomi 1992 por n o incorporarem o conceito de pr xis ao analisar a rela o entre sa de mental e trabalho De acordo com Castro 2009 incorporar o conceito de pr xis com suas consequ ncias pode resultar numa nova orienta o de homem e do objeto psicol gico para superar as lacunas referidas no campo da sa de mental e trabalho
218. ino e 24 do sexo masculino sendo a concentra o de participantes do sexo feminino um pouco superior no HUOL como demonstra a Tabela 7 A predomin ncia do sexo feminino nas duas amostras reflete uma caracter stica das profiss es assistenciais que historicamente atraiam esse p blico Tabela 7 Participantes da pesquisa por sexo Sexo Feminino Masculino Total HUOL N de participantes 73 16 89 82 0 18 0 100 0 HUAB N de participantes 23 8 31 74 2 25 8 100 0 Total N de participantes 96 24 120 Total 80 0 20 0 100 0 Outra caracter stica dos participantes a concentra o m dia de idades M 45 06 anos com desvio padr o de 10 23 expressa na Tabela 8 que tamb m mostra a distribui o das idades por intervalos Tabela 8 Participantes da pesquisa em intervalo de idades Intervalo de Idades At 30 At 40 At 50 At 60 At 70 anos anos anos anos anos Total HUOL N de 15 15 26 31 2 89 participantes HUOL 16 9 16 9 29 2 34 8 2 2 100 0 HUAB N de 2 8 9 11 1 31 participantes HUAB 6 5 25 8 29 0 35 5 3 2 100 0 Total N de 17 23 35 42 3 120 participantes Total 14 2 19 2 29 2 35 0 2 5 100 0 M 45 06 DP 10 23 114 Foi calculado o Qui quadrado 0 31 para p 0 76 mostrando que n o h diferen a significativa entre as idades dos participantes e o local onde trabalham Observando se a distribui o das idades apresentadas na tabela e relacionando se a isto os dados da
219. io da Linha de Cuidado em Pediatria A rede b sica e o Hospital Regional s o campos de pr tica para as resid ncias ofertadas pelo HUAB o que permite o estreitamento dos la os profissionais pelo conhecimento e auxilio m tuo o HUAB promove a capacita o profissional dos atores sociais da rede b sica na medida em que os convida a participar das aulas e outras atividades formativas das resid ncias como palestras discuss es de casos e constru es de protocolos assistenciais importante considerar que os hospitais da UFRN tem sua import ncia reconhecida socialmente de v rias maneiras como por exemplo quando a m dia faz men o aos hospitais divulgando suas realiza es quando divulgam suas dificuldades e o impacto social resultante disto como no movimento grevista em curso Uma manifesta o bem peculiar a que ocorre em Santa Cruz onde o com rcio local oferece descontos aos funcion rios do HUAB em restaurantes e pousadas Muito mais que uma estrat gia de marketing h um reconhecimento do valor social do hospital e dos seus trabalhadores visto que existem outros prestadores de servi o que n o obt m o desconto Essa rela o do trabalhador com o contexto hist rico do seu local de trabalho tem impacto nas condi es de trabalho e na sua sa de ps quica pois se refletem em seu estado motivacional nas rela es que estabelece com seu ambiente e tamb m na sua autoestima A compreens o do contexto hist rico contribui p
220. ionais ao usarem o elevador do pr dio de ambulat rio como retrata o di logo registrado no di rio de campo esse elevador vive parando muita maresia n o sei como n o j caiu A ascensorista interferiu nesse di logo e disse que os elevadores tinham manuten o e a conversa foi encerrada No HUASB h a preocupa o com o risco de risco de acidente de tr nsito e esta foi mencionada constantemente durante a observa o participante e as entrevistas informais V rios profissionais residem fora de Santa Cruz e se deslocam para a cidade algumas vezes diariamente Durante o ano de 2011 enquanto os dados desta tese eram coletados num espa o de poucos meses faleceram de acidente de tr nsito dois profissionais do HUAB No mesmo ano uma profissional de n vel superior se afastou do trabalho por problemas de sa de ps quica reportados a essas perdas Outro profissional manifestou se disposto a pedir 134 exonera o e fez outro concurso p blico com a inten o manifesta de deixar o HUAB Seu relato entre l grimas foi Eu adoro o HUAB e o meu trabalho mas s de pensar que vou viajar fico assim N o aguento mais Estou l a anos e sempre trabalhei direitinho mas n o posso mais passar por isso Assim que for chamada vou sair daqui Entrevistado 5 HUAB Durante a realiza o da coleta de dados outros profissionais queixaram se de ins nia na noite que antecede a viagem de medo de vontade de mudar
221. is Vozes Minayo M C S 2000 O desafio do conhecimento pesquisa qualitativa em sa de S o Paulo Hucitec Minist rio do Planejamento Or amento e Gest o 2006 Portaria n 1 675 de 06 de outubro de 2006 Anexo Manual para os Servi os de Sa de dos Servidores P blicos Civis Federais Recuperado em 28 de dezembro de 2007 de http portal saude gov br Minist rio da Sa de 2001 Doen as relacionadas ao trabalho manual de procedimentos para os servi os de sa de Recuperado em 12 de janeiro de 2008 de http www portal sa de gov br Minist rio da Sa de 2001 Programa Nacional da Humaniza o da Assist ncia Hospitalar Recuperado em 8 de agosto de 2008 de http bvsms saude gov br bvs publicacoes pnhah01 pdf Minist rio da sa de 2001 Protocolo de Procedimentos M dico Periciais n 5 1 Mirshawka V 1999 Hospital Fui bem atendido A vez do Brasil S o Paulo Makron Books Mintzberg H 1989 Mintzberg on management inside our strange world of organizations Nova York Free Press Moreno L C amp Moreno M I C 2004 Viol ncia do trabalho em enfermagem um novo risco ocupacional Revista Brasileira de Enfermagem 57 6 7146 749 Morgan G 1996 Imagens da Organiza o S o Paulo Atlas Moscovici S 1978 A representa o social e psican lise Rio de Janeiro Zahar Motta F C P 1996 Teoria geral da administra o S o Paulo Pioneira Mozer A D amp Kherig
222. is de sa de Resultados do DO a eDescri o do QSG 60 JAWS 12 A contexto de e entrevistas n o A assist ncia sa de estruturadas com do servidor e da os participantes pol tica assistencial Caracteristicas Oferta de individuais do servi os de sujeito sa de aN N Aly Significa es Condi es de coletivas e trabalho formas de lutas e Avalia o das condi es de e An lise das reivindica es trabalho question rio do sindicato grupo focal entrevistas n o estruturadas observa es participantes observa es participantes Figura 9 Modelo de avalia o da sa de ps quica dos profissionais de sa de Para dar conta do modelo proposto levando a consecu o do objetivo geral foi adotada a pesquisa o como m todo descrito no Cap tulo 6 Esse m todo tornou necess rio o uso de v rias t cnicas pesquisa documental observa o participante no contexto de pesquisa entrevistas n o estruturadas uma sess o de grupo focal e a aplica o de um protocolo de pesquisa composto pelo question rio de condi es de trabalho pelo QSG 60 e pela JAWS 12 e por dados sociodemogr ficos dos participantes Seguindo o percurso proposto para alcan ar o objetivo geral o primeiro objetivo espec fico estabelecido para a tese foi descrever reflexivamente o contexto de pesquisa em que atuam os participantes da pesquisa o que foi efetuado no cap tulo 7 que apresenta os hospitais em que os profissionais
223. is no SUS e a fun o de assist ncia sa de do servidor Ap s a abordagem do contexto nos termos mencionados nos cap tulos 4 e 5 ser apresentado o quadro te rico sobre condi es de trabalho e sa de ps quica do trabalhador O polo t cnico inicia no cap tulo 6 que descrever o delineamento da pesquisa o e seu detalhamento No cap tulo 7 ser retratado o contexto de pesquisa constitu do pelo Hospital Universit rio Onofre Lopes Hospital Maternidade Ana Bezerra e pela assist ncia sa de ps quica dos profissionais de sa de ofertada pela UFRN a esses profissionais O cap tulo 8 apresentar os resultados da avalia o das condi es de trabalho nos hospitais campos da pesquisa O cap tulo 9 mostrar a avalia o da sa de ps quica dos profissionais de sa de nesses hospitais O cap tulo 10 contemplar as rela es existentes entre sa de ps quica e condi es de trabalho encontradas no estudo As considera es finais ser o apresentadas no Cap tulo 11 e na sequ ncia deste ser o relacionadas s refer ncias utilizadas no estudo Para finalizar ser o disponibilizados para an lise dos leitores os instrumentos de pesquisa 27 2 Os hospitais sua origem classifica o e inser o no Sistema Unico de Sa de O trabalho de campo da pesquisa foi realizado em dois hospitais universit rios Desenvolveu se o presente cap tulo ent o para dar conta de questionamentos iniciais como e o que um hospital C
224. isa Aos colegas que auxiliaram minha inser o e se preocuparam com minha socializa o nos campos de pesquisa Em especial agrade o a Karla Vanessa e Joseneide Soares no HUAB e Jo o Alves e Ant nio Jos no HUOL Aos colegas profissionais de sa de pela colabora o como participantes da pesquisa e como incentivadores para que outros participassem vil Aos colegas do Grupo de Estudos Sa de Mental e Trabalho GEST UFRN atual GEPET pela paci ncia com minhas aus ncias depois que me tornei professora da UFRN Ao Centro Universit rio do Rio Grande do Norte UNIRN pelo apoio e incentivo dados sempre Aos colegas professores Profs Drs Maria Arlete Duarte de Ara jo e Afr nio Galdino do Departamento de Ci ncias Administrativas Sem o aux lio precioso deles eu n o teria tido o tempo necess rio para concluir a tese minhas querida monitora Amanda Menezes pelo auxilio valioso em sala de aula neste ltimo ano Finalmente agrade o UFRN onde iniciei minha trajet ria profissional ainda profissional de sa de onde me graduei me p s graduei e onde hoje exer o minhas atividades como professora viii Sum rio Lista de tabelas Lista de figuras Resumo Abstract Resumen Cap tulo 1 Apresenta o problematiza o objetivo e justificativa do estudo 1 1 Dos interesse e motiva es ao objetivo principal da tese 1 2 Relev ncia social 1 3 Perspectiva de an lise Cap tulo 2 Os hospitais sua orig
225. itiva de sa de como estado de bem estar Ser ou estar doente reporta ao indiv duo um papel de pouco ou nenhum controle sobre sua vida e tamb m induz ao pensamento de que a aus ncia de uma doen a percept vel pelos outros significa sa de Desta forma em muitos casos ficariam exclu dos os transtornos mentais e emocionais nem sempre claramente vis veis nem explic veis mas que afetam a 66 vida de muitos trabalhadores Entretanto a cr tica feita a este conceito que embora seja uma tentativa de superar o conceito negativo de sa de ut pico e pautado numa no o subjetiva de bem estar Almeida Filho amp Juc 2003 Compreendendo que os indiv duos est o em rela o dial tica com o meio no qual se inserem a OMS 2001 adotou em seu Livro Verde uma conceitua o mais ampla de sa de ps quica que engloba o bem estar subjetivo definindo crit rios para a sa de mental S o eles atitudes positivas em rela o a si pr prio crescimento desenvolvimento e autorrealiza o integra o e resposta emocional autonomia e autodetermina o percep o apurada da realidade dom nio ambiental e compet ncia social Esta defini o de sa de assume uma conota o psicossociol gica cujas implica es para a avalia o da sa de ps quica no trabalho s o considerar a rela o entre o indiv duo e seu contexto A abordagem do bem estar subjetivo BES considera que este pode ser encarado como sin nimo de sa de e
226. ito mais do que de costume 45 Tem ficado apavorado ou em p nico sem raz es justificadas para isso N o absolutamente N o mais que de costume Um pouco mais que de costume Muito mais do que de costume 46 Tem se sentido capaz de enfrentar seus problemas Mais capaz do que de costume Como de costume Menos capaz do que de costume Muito menos capaz do que de costume 47 Tem sentido que suas atividades tem sido excessivas para voc N o absolutamente N o mais que de costume Um pouco mais que de costume Muito mais do que de costume 48 Tem tido sensa o de que as pessoas olham para voc N o absolutamente N o mais que de costume Um pouco mais que de costume Muito mais do que de costume 49 Tem se sentido infeliz e deprimido N o absolutamente N o mais que de costume Um pouco mais que de costume Muito mais do que de costume 50 Tem perdido a confian a em si mesmo N o absolutamente N o mais que de costume Um pouco mais que de costume Muito mais do que de costume 51 Tem se considerado como uma pessoa in til sem valor N o absolutamente N o mais que de costume Um pouco mais que de costume Muito mais do que de costume 52 Tem sentido que a vida completamente sem esperan as N o absolutamente N o mais que de costume Um pouco mais que de costume Muito mais do qu
227. ity evaluated on the dimension processes and characteristics of labor and the factors of organization activity violence and environmental conflictive dimension environment sociogerencial As the individual s relationship with its context dialectic the found results corroborated that the more unfavorable working conditions greater affectation of mental health and affections toward work occurred reflecting again on the desktop Therefore actions to improve working conditions need to be established to produce in the opposite effect providing increased positive affect and reduced psychological symptoms Keywords mental health working conditions occupational health occupational health hospital work xvii 18 1 Apresenta o problematiza o objetivo e justificativa do estudo Este cap tulo apresenta a problematiza o que conduziu a constru o do objetivo geral de estudo bem como as raz es que o motivam e justificam Apresenta tamb m a perspectiva de an lise que nortear o desenvolvimento da pesquisa segundo os pressupostos epistemol gicos assumidos pois que ajudam a compreender a constru o do objetivo bem como a estrutura da tese como um todo 1 1 Dos interesses e motiva es ao objetivo principal da tese O interesse pelo estudo surgiu em parte da experi ncia profissional de 21 anos da doutoranda no trabalho em sa de atuando primeiramente em uma unidade municipal de sa de na sequ ncia no n vel central da
228. ja fun o b sica consiste em proporcionar popula o assist ncia m dica integral curativa e preventiva sob quaisquer regimes de atendimento inclusive o domiciliar constituindo se tamb m em centro de educa o capacita o de recursos humanos e de pesquisas em sa de bem como de encaminhamentos de pacientes De acordo com o MS cabe ainda aos hospitais supervisionar e orientar os estabelecimentos de sa de a ele vinculados tecnicamente 29 Mirshawka 1999 estabelece defini o diversa de hospital que seria destinado a atender pacientes portadores de doen as das v rias especialidades m dicas Diz ainda o autor que um hospital poder ter a sua a o limitada a um grupo et rio por exemplo hospital adulto a determinada camada da popula o hospital militar hospital previdenci rio ou a uma a finalidade espec fica hospital de ensino Tamb m poder ser um hospital especializado destinado predominantemente a pacientes necessitados de assist ncia de uma determinada especialidade m dica como por exemplo um hospital cardiol gico A classifica o apresentada n o corresponde realidade do sistema de sa de brasileiro pois ap s a implanta o do SUS mesmo os hospitais militares sendo mantidos por recursos p blicos tem obriga o de prestar assist ncia indistinta popula o Considera se aqui o exemplo do autor para finalidade equivocado pois o ensino n o subsiste sem a assist ncia que a raz o pri
229. l A rela o do indiv duo com o seu trabalho e a sociedade pois dial tica O trabalho implica na realiza o de tarefas que envolvem o disp ndio de esfor o mental e f sico com o objetivo de produzir bens e servi os para satisfazer necessidades humanas Giddens 1997 p 578 Estas necessidades n o s o apenas as do indiv duo que trabalha mas de um coletivo social O trabalho ent o al m de um ato volunt rio do homem um fen meno social que se concretiza pela atividade humana O trabalho realiza se num contexto pol tico e social que tamb m importante para a constitui o ps quica dos trabalhadores De acordo com Marx e Engels 1846 2009 o homem tem consci ncia Mas esta n o desde o in cio consci ncia pura O esp rito sofre desde o in cio a maldi o de estar contaminado pela mat ria p 34 24 Desta maneira o trabalho uma categoria central na organiza o da vida humana e de todas as rela es que se estabelecem entre os homens por gerar a materialidade sobre a qual se constr i a consci ncia que para Marx e Engels 1846 2009 a atividade humana Outro pressuposto adotado que a exist ncia precede a ess ncia Politzer Besse amp Caveing 1970 Sartre 1961 O homem o que ele faz logo precisa existir para ser Sua consci ncia constru da na exist ncia o que implica num plano material precedendo o ps quico e o social Desta forma as cond
230. lhor participa o destes na gest o O esfor o tem se traduzido numa melhoria significativa dos servi os ofertados popula o segundo relatamos entrevistados e pode ser interpretado como contributivo para a rela o do HUAB com o ambiente declarado por seus gestores e percebe se na conduta e na fala de seus funcion rios que o HUAB preza pelo contato com sua clientela e prima pelas boas rela es com a mesma Dos hospitais da UFRN foi o primeiro a implantar um Projeto de Gest o Humanizada em 1999 objetivando aprimorar a rela o entre profissionais de sa de e usu rio dos profissionais entre si e do hospital com a comunidade A a o supramencionada resultou em mudan as na estrutura do hospital e na sua oferta de servi os Como exemplo se pode mencionar o sucesso do parto humanizado em que as parturientes escolhem algu m de suas rela es de afeto para acompanhar o parto Este acompanhante recebe instru es e suporte dos funcion rios do hospital Como resultado o parto transcorre com maior serenidade Tamb m se deve mencionar as condi es da assist ncia pedi trica em enfermarias climatizadas com leitos para os acompanhantes brinquedoteca banheiros exclusivos para crian as e outro para seus acompanhantes e local para higieniza o adequada de seus objetos e roupas visto que o hospital atende uma popula o de baixa renda que as vezes prov m de munic pios vizinhos e n o tem onde ficar As instala es conjuntam
231. logia Laborat rio de Estudos sobre Trabalho Sociabilidade e Sa de Pol ticas P blicas Participa o Social e A o Coletiva UNIVERSI DO RIO GRANDE DO NORTE Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Ci ncias Humanas Letras e Artes Departamento de Psicologia Grupo de Estudos em Sa de Mental e Trabalho GEST QUESTION RIO SOBRE CONDI ES DE TRABALHO Apresenta o Este question rio um instrumento utilizado em uma pesquisa sobre condi es de trabalho Consideramos que o mapeamento das condi es de trabalho relevante porque o conhecimento gerado pode subsidiar a implementa o de a es concretas que visem melhoria da qualidade de vida e de trabalho dos profissionais A sua participa o respondendo a este question rio ser importante e desde j agradecemos pela colabora o Equipe do Grupo de Pesquisa em Sa de Mental e Trabalho GEST UFRN Equipe do Laborat rio de Estudos sobre Trabalho Sociabilidade e Sa de UFMG Natal Belo Horizonte 2011 Veja o verso Ficha individual Idade _ Sexo Feminino Masculino Tempo de trabalho Tempo no trabalho atual Profiss o Hospital da UFRN em que trabalha Sua lota o interna no hospital da UFRN onde trabalha em JUnidade do ambulat rio JUnidade de interna o N vel de instru o Nunca estudou Ensino fundamental incompleto Ensino fundamental completo
232. m expostos a riscos do ambiente f sico e material que podem ter impacto na sa de corporal e ps quica A literatura sobre condi es de trabalho em sa de por exemplo Costa Lima amp Almeida 2003 Murofuse Abranches amp Napole o 2006 Elias amp Navarro 2006 j discutida anteriormente e o Minist rio do Trabalho e Emprego MTE atrav s da NR 32 apontam que os hospitais s o locais de risco sa de do trabalhador em decorr ncia das condi es de trabalho Nos dois hospitais compreende se que a exposi o aos riscos psicobiol gicos existe pela tarefa assistencial e pelo n vel de complexidade das a es assistenciais A m dia dos escores no fator M 3 36 reflete isto indicando que os participantes consideram que sua exposi o a esses fatores acontece entre algumas vezes e muitas vezes o que foi corroborado pelas observa es participantes no contexto do estudo A Exig ncia de Esfor o F sico indica o quanto o trabalhador se percebe exposto a realizar atividades que implicam em movimento repetitivo com uso de m quinas e equipamentos ou exigem execu o mec nica O fator inclui o risco ergon mico O trabalho em sa de exige do trabalhador determinados movimentos e posturas que levam a situa es de desgaste sendo que este elemento foi considerado para o estabelecimento legal da redu o da jornada de trabalho de algumas categorias profissionais como foi comentado na sess o anterior sobre os fisioterapeutas
233. m no HUOL Aos meus amigos queridos F bio e Diana Celita e Silvano Aninha e Roberto que ouviram muitas queixas quando eu estava sobrecarregada que ficaram de lado sem reclamar quando eu fugia do contato para ter mais tempo para a tese que me faziam rir quando o clima ficava tenso e que topavam minhas viagens malucas de carro mesmo que durante os ltimos quatro anos tenham sido t o r pidas pela aus ncia de f rias verdadeiras minha orientadora professora L via de Oliveira Borges por todos os ensinamentos por ter tido paci ncia com minha teimosia em alguns momentos e por ter perdido a paci ncia quando foi necess rio me conduzir Espero prezar da sua amizade sempre Aos professores Drs Pedro Bendassolli Isabel Fernandes Mary Sandra Carloto e Jos Newton de Ara jo pelo aceite ao convite para participar da Banca Examinadora e contribui es tese Ao Prof Dr Jorge Tarc sio da Rocha Falc o pelo apoio incentivo e exemplo na minha vida acad mica e na minha carreira docente Cilene Secret ria do PPGPsi que tantas vezes escutou minhas preocupa es me incentivou n o me deixou desistir e cedeu espa o para que L via me orientasse quando vinha a Natal Aos docentes do Programa de P s gradua o em Psicologia da UFRN que contribu ram para meu aprendizado Aos diretores dos hospitais da UFRN Dr Ricardo Lagreca de Sales Cabral e Dra Maria Cla dia de Medeiros Rubim Costa por permitirem a realiza o da pesqu
234. ma p gina de apresenta o informa O SIASS n o visa definir formas de gest o internas aos rg os mas sim organiz las estimulando a realiza o de conv nios intermediados pela Secretaria de Recursos Humanos do Minist rio do Planejamento em prol da padroniza o dos procedimentos legais do uso racional dos recursos humanos financeiros e materiais da gest o das informa es sobre sa de e da promo o de a es de aten o sa de do servidor Portal SIASS 2009 Percebe se uma tentativa de mudan a na forma de gest o da sa de do servidor com a implica o dos mesmos como atores do processo quando a p gina divulga O grande pilar do SIASS a constru o coletiva Portal SIASS 2009 e convida os servidores a contribu rem com sugest es artigos e not cias e quando coloca para consulta p blica o seu manual de per cia em elabora o A pol tica de aten o sa de do servidor p blico federal preconizada pelo SIASS foi apresentada na Confer ncia Nacional de Recursos Humanos da Administra o P blica Federal 2009 Sa de Previd ncia e Benef cios do Servidor realizada no per odo de 6 a 9 de julho no Hotel Nacional em Bras lia Dando sentido ao que consta na sua apresenta o o SIASS realizou entre 5 e 7 de agosto de 2009 o F rum de Sa de Mental na Administra o P blica Federal Reflex es sobre a sa de mental no servi o p blico federal o que pensamos e o que fazemos que pr
235. mant m parceria Outra quest o importante com rela o inser o dos hospitais no SUS diz respeito vincula o dos hospitais da UFRN a dois minist rios diferentes e com demandas espec ficas pois com a incorpora o ao SUS os hospitais permaneceram pertencendo ao Minist rio da Educa o de onde se originam todas as a es relativas gest o de seus recursos humanos mas presta contas ao Minist rio da Sa de de onde prov m seus recursos financeiros atrav s do pagamento de procedimentos Esta dupla vincula o repercute evidentemente tanto na estrutura quanto no ambiente organizacional de cada um deles como foi explicitado anteriormente na an lise organizacional dos hospitais Outro ponto importante a considerar que a inser o dos hospitais no SUS e ao mesmo tempo numa dada regi o socioecon mica pode criar situa es de dif cil enfrentamento o caso do HUAB que necessita aumentar o n vel de complexidade para fazer frente s exig ncias ministeriais e obter mais financiamento mas no entanto a demanda da popula o atendida pelo n vel de pobreza e despreparo da rede de sa de na regi o necessita de cuidados de baixa complexidade ocorrendo v rias interna es recorrentes de crian as com diarreias e pneumonias que o Minist rio da Sa de preconiza tratar em casa com o suporte da Estrat gia de Sa de da Fam lia e de parturientes vindas de cidades vizinhas para um parto normal porque faltou o m dic
236. mativa research in child survival An ivorianexample International Quarterly of Community Health Education 8 4 297 315 Glina D M R Rocha L E Batista M L amp Mendon a M G V 2001 Sa de mental e trabalho uma reflex o sobre o nexo com o trabalho e o diagn stico com base na pr tica Cadernos de Sa de P blica 17 3 607 616 Recuperado em 12 de julho de 2012 de http www scielo br scielo php script sci_arttext amp pid 50102 311X2001000300015 amp lng en amp tlng pt Gon alves D M Stein A T amp Kapczinski F P 2008 Avalia o de desempenho do Self Reporting Questionnaire como instrumento de rastreamento psiqui trico um estudo comparativo com o Structured Clinical Interview for DSM IV TR Cadernos de Sa de Publica 24 2 380 90 Gonzales Rey F L 2005 Pesquisa qualitativa em psicologia caminhos e desafios S o Paulo Pioneira Thomson Learning 189 Gouveia V V Fonseca P Lins S B amp Gouveia R 2008 Escala de Bem estar Afetivo no Trabalho JAWS evid ncias de validade fatorial e consist ncia interna Psicologia Reflex o e Cr tica 21 464 73 Gouveia R S V Lins Z M B Lima T J S Freires L A amp Gomes A I A S B 2009 Bem Estar afetivo entre profissionais de sa de Revista Bio tica 17 2 p p 267 280 Recuperado em 19 de mar o de 2010 de http revistabioetica cfm org br index php revista_bioetica article viewFile 166 171 Gra a L 1996
237. me Muito mais do que de costume 5 Tem sentido dores de cabe a N o absolutamente N o mais que de costume Um pouco mais que de costume Muito mais do que de costume 6 Tem sentido dores na cabe a N o absolutamente N o mais que de costume Um pouco mais que de costume Muito mais do que de costume 7 Tem sido capaz de se concentrar no que faz Melhor que de costume Como de costume Menos que de costume Muito menos do que de costume 8 Tem sentido medo de que voc v desmaiar num lugar p blico N o absolutamente N o mais que de costume Um pouco mais que de costume Muito mais do que de costume 9 Tem sentido sensa es ondas de calor ou de frio pelo corpo N o absolutamente N o mais que de costume Um pouco mais que de costume Muito mais do que de costume 10 Tem suado transpirado muito N o absolutamente N o mais que de costume Um pouco mais que de costume Muito mais do que de costume 11 Tem acordado cedo antes da hora e n o tem conseguido dormir de novo N o absolutamente N o mais que de costume Um pouco mais que de costume Muito mais do que de costume 12 Tem levantado sentindo que o sono n o foi suficiente para lhe renovar as energias N o absolutamente N o mais que de costume Um pouco mais que de costume Muito mais do que de costume 13 Tem se sentido m
238. meio nem tampouco o que a norma nesse meio Embora reconhe amos o perigo desta medida nos remeter ao conceito negativo de sa de ps quica ela importante por traduzir o que o trabalhador pensa sobre si mesmo e se h a percep o de disfuncionalidade que de acordo com Canguilhem o que caracteriza o transtorno ps quico Ainda tomando a defini o de sa de de Canguilhem se h sintoma percebido pelo indiv duo ent o h comprometimento do bem estar ps quico 79 Como o foco do estudo a sa de ps quica de profissionais de sa de necess rio conhecer o contexto de trabalho desses profissionais em seus locais de atua o pois na rela o com o contexto que as normas dos grupos sociais s o estabelecidas Se tomarmos a contribui o da defini o ampliada de sa de como um direito e fruto das lutas di rias dos trabalhadores ent o tamb m necess rio conhecer a oferta de servi os de sa de aos trabalhadores e tamb m que estes n o apenas falem de seu contexto de trabalho e sa de ps quica mas pensem sobre sua pr tica para que possam ser agentes produtores de sua pr pria sa de A estrat gia de a o coletiva tamb m refor a o apoio psicossocial necess rio manuten o da sa de ps quica dos trabalhadores Embora n o seja objetivo desta tese estabelecer a es de promo o da sa de ps quica acredita se que medida que os trabalhadores reflitam sobre sua sa de ps quica a partir das contribui
239. meira da exist ncia de um hospital A Comiss o de Peritos em Assist ncia M dica da Organiza o Mundial de Sa de OMS em reuni o realizada em Genebra de 18 a 23 de junho de 1956 definiu hospital como uma parte integral de uma organiza o m dica e social cuja fun o prover completa assist ncia de sa de popula o curativa e preventiva cujos servi os atingem a fam lia e seu meio ambiente OMS 2006 tamb m um centro destinado ao treinamento de pessoal de sa de bem como pesquisa biossocial OMS 2006 Percebe se que esta defini o muito abrangente e certamente traduz a realidade de muitos outros pa ses em que os hospitais prestam quase toda a assist ncia dispon vel No Brasil com o SUS os hospitais tem um papel espec fico na rede assistencial No caso espec fico dos hospitais universit rios estes se constituem em unidades de refer ncia prestando assist ncia terci ria Martins 2002 adota uma conceitua o dos hospitais do ponto de vista econ mico financeiro e social De acordo com ele os hospitais podem ser descritos como grandes empresas pois seus ativos passivos custos diretos e indiretos e receitas m dicas somam milh es Por isso s o considerados recursos necess rios comunidade e devem ser administrados para gerarem servi os hospitalares resolutivos qualitativos com o menor custo poss vel para que se perpetuem De acordo com a Organiza o Pan americana de Assist nc
240. mpo suficiente para terminar o seu trabalho 025 7 Voc livre para decidir quando tira f rias ou dias de folga 025 8 Voc pode negociar com chefes e colegas quando tirar f rias e ou dias de folga 025 9 Voc tem oportunidade para fazer o que sabe fazer melhor 025 10 Voc pode fazer um trabalho bem feito nas condi es de trabalho atuais 025 11 Voc pode p r em pr tica as suas id ias 025 12 Voc intelectualmente exigido desafiado 025 13 Voc precisa apresentar emo es espec ficas 025 14 Voc precisa dissimular suas emo es 026 As suas atividades s o executadas 026 1 por voc sozinho 026 2 em equipe 027 O que voc faz definido 027 1 Previamente por setores aos quais voc tem pouco acesso 027 2 Em manuais de servi o que voc precisa seguir passo a passo 027 3 Por seu chefe administrador sozinho 027 4 Por seu chefe administrador ap s ouvir a equipe de trabalho 027 5 Pela equipe de trabalho 027 6 Por voc planejando independentemente 027 7 Por voc negociando com colegas e chefes 028 Suas atividades e fun es exigem 028 1 As qualifica es e experi ncia que voc j tem 028 2 Atualiza es 028 3 Forma o suplementar ao que j tenho 029 Quanto s suas responsabilidades voc re sponde por 029 1 Danos a equipamentos m quinas e objetos
241. mportamentos desses que sua subsist ncia temporal independe das pessoas Admite se tamb m que as organiza es possuem suas pr prias a es pol ticas e declara es s o capazes de aprender e possuem cultura pr pria e se relacionam com outras organiza es em seu ambiente Isto o que prop em te ricos incluindo os institucionalistas Hall e Taylor 2003 e North 1991 que consideram institui es como capazes de estruturar a natureza e os resultados dos conflitos nos grupos Tomadas como processo as organiza es resultam da intera o social onde os indiv duos s o os agentes causais e respons veis pelos fen menos organizacionais Por este prisma os indiv duos com poder definem estrutura normas e rotinas e modelam decis es estrat gicas Reconhece se ent o que os fen menos organizacionais s o dependentes da intera o das pessoas Esta tamb m a vis o de Reed 1999 que afirma serem as organiza es uma ordem socialmente constru da e sustentada necessariamente fundamentada em reservas localizadas de conhecimento em rotinas pr ticas e mecanismos t cnicos mobilizados por atores sociais em suas intera es e discursos do dia a dia Reed 1999 p 97 34 Azevedo Braga Neto e S 2002 entre outros autores que adotam uma perspectiva psicossociol gica de an lise prop em que uma institui o n o existe fora das organiza es concretas que ela produz e atribui sentido Assim se a insti
242. mum mas os trabalhadores se mant m distantes ligados pelo computador Jackson 1999 Saravia 2002 Staples Hulland amp Higgins 1999 praticamente inexistente Tanto no HUOL quanto no HUAB o uso do computador est presente e em algumas situa es traz benef cios ao trabalhador pois agiliza seus processos de trabalho mas n o poss vel caracterizar este uso como trabalho virtual No caso do HUOL a observa o participante revelou que o uso deste equipamento passou a ser uma rotina a partir da mudan a das enfermarias do pr dio antigo para o Edif cio Central de Interna o Nesta nova unidade as prescri es e solicita es dos profissionais de n vel superior como a prescri o m dica e a solicita o de exames complementares s o informatizadas O livro de ocorr ncias da enfermagem agora digitado e em breve passar a ser on line Mas o prontu rio f sico do paciente permanece em papel e nele s o anotados os procedimentos dos 131 auxiliares e t cnicos de enfermagem Todo esse contexto representou uma melhoria nas condi es de trabalho No HUAB h computadores em todos os postos de trabalho por m ele mais utilizado para fins pessoais No HUAB uma condi o que representa o Espa o de Trabalho a utiliza o da telemedicina onde s o realizadas consultas atrav s de videoconfer ncia com m dicos que est o em outra unidade hospitalar Esse avan o foi poss vel em virtude das necessidades advindas dos pro
243. nda a pesquisa o como um termo gen rico para qualquer processo que siga um ciclo no qual se aprimora a pr tica pela oscila o sistem tica entre agir no campo da pr tica e investigar a respeito dela p 445 446 A pesquisa o tamb m tratada por Vergara 2007 que conceitua esta ltima como um tipo particular de pesquisa participante e de pesquisa aplicada que sup e interven o participativa na realidade social Quanto aos fins portanto intervencionista p 14 Para Thiollent 1996 pesquisa o um tipo de pesquisa social com base emp rica que concebida e realizada em estreita associa o com uma a o ou com a resolu o de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situa o ou do problema est o envolvidos de modo cooperativo ou participativo p 14 A pesquisa social de acordo com Lewin 1948 1978 preocupa se concomitantemente com o estudo das leis gerais da vida grupal e com o diagn stico de situa es espec ficas 81 Assim o m todo da pesquisa o pode requerer o emprego de t cnicas variadas para atingir esses objetivos e mostrar a rela o entre a es e pr ticas nos grupos estudados Spink 2003 afirma que na pesquisa o s o utilizadas t cnicas de pesquisa consagradas que informam a a o que se decide tomar Este autor esclarece que o sequenciamento da a o resultante da monitora o de cada fase pode produzir altera
244. ndo fator em an lise o Desejo de Morte que traduz o descontentamento do indiv duo com a pr pria vida por consider la in til sem sentido sem perspectivas apontando para o risco de suic dio Os escores apresentados na Tabela 26 revelam percentuais que indicam sintomas graves de desejo de morte em propor es equivalentes nos dois hospitais Tabela 26 Participantes da pesquisa por local de trabalho e escore sintom tico de desejo de morte Desejo de morte Sem sintomas Sintom ticos Sintomas Graves Total HUOL N de participantes 26 26 37 89 na amostra local 29 2 29 2 41 6 100 0 HUAB N de participantes 14 10 7 31 na amostra local 45 2 32 3 22 6 100 0 Total N de participantes 40 49 31 120 do Total 33 3 40 8 25 8 100 0 Qui quadrado x 4 087 para p 0 13 Escores graves nesse fator s o relevantes pois resultam em risco real de morte Sobre isto menciona se a morte de uma enfermeira do HUOL em seu turno de trabalho no per odo No ltimo dia do ano de 2011 por exemplo uma crian a com interna es recorrentes no HUAB nascida no hospital e com apenas tr s anos de vida foi assassinada pelo pai em Santa Cruz No dia seguinte sua morte a m e da crian a e uma tia da mesma ambas com transtornos ps quicos estavam internadas para dar luz aos seus beb s enquanto a pol cia realizava buscas para prender o assassino A situa o gerou intenso desgaste emocional nos profissionais envolvidos v
245. neiro foram publicados na ntegra no portal SIASS cuja refer ncia encontra se no final desta tese 47 documento resultante das discuss es iniciadas no F rum de Sa de Mental na Administra o P blica Federal Reflex es sobre a sa de mental no servi o p blico federal o que pensamos e o que fazemos realizado em Bras lia entre os dias 5 e 7 de agosto de 2009 e j mencionado anteriormente Estas discuss es deram origem a uma consulta p blica que recebeu 78 contribui es originando os princ pios diretrizes e a es de que trata a portaria supramencionada consolidando conceitos experi ncias programas e projetos que surgem de uma concep o biopsicossocial do processo sa de e doen a no trabalho apoiados num referencial de sa de direcionado integralidade do ser humano As pr ticas recomendadas s o fundamentadas na gest o de dados epidemiol gicos na organiza o e interven o nos ambientes de trabalho e no investimento em forma o de equipes multiprofissionais para abordagem dos problemas Embora este seja o discurso a sa de do servidor ainda ocupa um lugar secund rio no servi o p blico pois o avan o da legisla o n o foi acompanhado de uma mudan a efetiva nas pr ticas de assist ncia sa de do trabalhador Nestas predominam ainda as a es voltadas para os agravos e para a per cia m dica e n o para a preven o ou para a promo o da sa de 48 4 Condi es de trabalho em sa d
246. nes de trabajo profesionales de salud salud del trabajador trabajo hospitalario xvi Abstract This thesis aimed to assess the relationship between mental health and working conditions in two hospitals of the Federal University of Rio Grande do Norte namely University Hospital Onofre Lopes and University Hospital Ana Bezerra It takes as its starting point the epistemological approach whereas psychosocial understanding of the socio historical context is essential for understanding the phenomena under consideration Working conditions and psychic health were approached with a interdisciplinary orientation what justified the construction of a comprehensive model of health It was theoretical support to this research The applied methodological way was action research This was developed for a set of techniques which include documentary analisis participant observation unstructured interviews focus group session and application of a protocol by the questionnaire of working conditions by General Health Questionnaire GHQ 60 and the Affective Well Being Scale JAWS 12 and questions about demographic characteristics The analysis of results showed that in the symptomatic of mental health scores varied for the workplace and that mental health is influenced by working conditions especially in regard to psychobiological aspects Requirement Exertion and Risk of Accidents in dimension physical conditions and materials complexity and responsibil
247. no HUOL os profissionais de sa de informam esfor o f sico M 2 93 em maior percentual que no HUAB M 2 25 o que foi corroborado pelo teste t que indicou que as diferen as entre essas m dias s o significativas t 4 54 para p lt 0 00 No HUAB predomina a percep o de que h pouca exig ncia de esfor o f sico no trabalho e n o h escores indicativos que este esfor o frequente No HUOL somadas as frequ ncias correspondentes a algumas vezes exposto e frequentemente exposto encontra se um percentual de 45 4 de participantes que avaliam que h esfor o f sico no trabalho que desempenham embora isto n o tenha sido corroborado nas observa es nem relatado nas entrevistas Conforme a hierarquia das m dias da amostra o terceiro fator com maiores escores foi Espa o de Trabalho Na an lise por hospital o teste t mostra que n o h diferen a significativa entre as m dias dos participantes da pesquisa lotados no HUAB e no HUOL t 0 18 para p gt 0 85 Nos dois hospitais os profissionais de sa de percebem que s o raramente ou muito raramente expostos a condi es como realizar seu trabalho fora dos hospitais onde trabalham ou exercer trabalho virtual sendo esses escores maiores no HUAB o que corrobora os dados da observa o participante Observe se que nos hospitais o trabalho virtual conforme caracterizado na literatura como aquele que realizado em organiza es virtuais ou mesmo convencionais em que h uma meta co
248. nos reportamos s defini es modernas de sa de os lugares onde s o exercidas essas profiss es como os hospitais s o locais onde se busca o reajustamento dos indiv duos ao seu meio social Os profissionais que neles trabalham s o vistos como abnegados dedicados devotados que encontram gratifica o em curar e aliviar o sofrimento alheio Elias amp 75 Navarro 2006 Nogueira Martins 2003 Para darem conta destas tarefas os profissionais de sa de em ambiente hospitalar muitas vezes negam a pr pria enfermidade sabido por quem atua nos departamentos de Recursos Humanos e em outras fun es de gest o em hospitais que h um mascaramento dos quadros cl nicos quando o cliente o profissional de sa de e que isto ocorre em especial quando h um acometimento da sa de ps quica N o s o incomuns os atestados dados por colegas apresentando um C I D diferente da patologia real e geralmente referindo se a um quadro f sico espec fico como uma virose para n o comprometer o papel do indiv duo doente perante o seu grupo de trabalho Tamb m n o incomum a troca de plant es e escalas de trabalho de maneira que o doente n o seja percebido como tal Tais estrat gias parecem ser formas adotadas pelo coletivo de trabalho para proteger o indiv duo Mas ao mesmo tempo a coletividade e o papel da institui o na sociedade s o protegidos Parece haver nos profissionais de sa de uma necessidade de ocultar sua doen a sob
249. nte significativos na estrutura fatorial n o foi mencionado nos relatos o que leva a crer que os profissionais de sa de encaram o esfor o como parte das atribui es de suas profiss es A an lise do fator Risco de Acidentes tamb m mostrou que no HUAB h uma preocupa o com os acidentes de tr nsito n o presente no HUOL e que esta afeta as condi es de trabalho de seus profissionais Faz se ent o necess rio conhecer os processos e caracter sticas da atividade dos profissionais de sa de 135 8 3 Processos e caracter sticas da atividade A terceira categoria das condi es de trabalho trata dos Processos e Caracter sticas da Atividade e diz respeito ao conte do das atividades de trabalho organiza o e divis o do trabalho as demandas oriundas do posto de trabalho os modos como as atividades s o executadas e ao desempenho do trabalhador Borges et al submetido A parte do question rio sobre esta categoria escalar e permite a medi o de quatro fatores como anteriormente descrito no cap tulo 6 sobre o m todo Estimados os escores dos participantes por fator calculou se a m dia e o desvio padr o conforme exposto na Tabela 21 Tabela 21 M dias nos fatores dos processos e caracter sticas do trabalho Intervalos M dia Desvio padr o Fatores x lt 2 2 lt x lt 3 3 lt x lt 4 x gt 4 F1 Espa o de 2 81 0 05 9 2 58 3 30 8 1 7 autonomia F2 complexidade e 3 27 0 62 1 7 35 8 50 0 12 5 responsa
250. nto com acordos internos com trocas de escala com colegas cobrindo hor rios Sobretudo o tratamento inadequado das altera es ps quicas que possuem pontos de contato com os processos de trabalho uma vez que n o h a o interdisciplinar no sentido do estabelecimento desta rela o Outra via de aten o sa de ps quica ocorre pela utiliza o do plano de sa de do servidor atrav s de sua a o individual O plano de sa de em parte subsidiado pelo governo federal vai dispor de rede assistencial pr pria podendo ter psic logo com um n mero limitado de sess es anuais e psiquiatra V se ent o que quando o servidor utiliza o plano de sa de n o poss vel institui o conhecer as demandas em sa de f sica ou ps quica a menos que isto resulte num atestado m dico Estas avalia es individuais tamb m n o permitem conhecer adequadamente a rela o entre a sa de ps quica e as condi es de trabalho uma vez que o profissional de sa de que recebe o caso tem acesso apenas ao que o servidor lhe reporta e n o ao contexto de trabalho em si Classifica o Internacional das Doen as Cada patologia recebe uma codifica o alfanum rica que colocada no atestado m dico 113 7 6 Os participantes da pesquisa em seus contextos de trabalho Participaram da pesquisa 120 profissionais de sa de como exposto anteriormente no m todo sendo 89 no HUOL e 31 no HUAB Desses participantes 96 eram do sexo femin
251. o 6 A tradu o dos autores O texto original est publicado em Castelhano idioma Espanhol 7 Idem Categorias conceitos 58 Subcategorias elementos componentes ou exemplos Processos e caracter sticas da atividade Controle e autonomia Diz respeito ao controle que o trabalhador disp e sobre os modos de execu o de suas atividades bem como sobre o tempo ritmo e demais condi es de trabalho o espa o de autonomia que o trabalho disp e Possibilidade de eleger o ritmo de trabalho os m todos e a ordem das tarefas Possibilidade de descansar Liberdade para eleger f rias Autonomia responsabilidade iniciativa exig ncia variedade interesses criatividade controle complexidade etc nas atividades que desenvolve Inser o na hierarquia da organiza o e n vel de autoridade no caso de emprego Ritmos de trabalho Refere se ao modo em que se define a velocidade cad ncia e sequ ncia em que as atividades s o executadas Velocidade de execu o das atividades de trabalho Necessidade de cumprir prazos Tempo dispon vel para cumprir com as tarefas e ou responsabilidades assumidas Conte do do trabalho caracter sticas da atividade Ajuste entre demandas e habilidades Possibilidades de aprender atividades novas Complexidade Monotonia Repeti o Necessidade de resolver problemas Processo Refere se s formas de organiza o e di
252. o m dico renomado na cidade e subordinado Inspetoria de Higiene e Sa de O hospital foi primeiramente mantido com recursos do Estado e posteriormente pela Sociedade de Assist ncia Hospitalar de 1927 a 1947 entidade sem fins lucrativos sendo doado a esta institui o em 1952 Compete registrar que em 1935 o hospital passara a se chamar Miguel Couto e em 1946 o hospital passou a ter 379 leitos sendo o maior hospital do Rio Grande do Norte Em 1955 com a cria o da Faculdade de Medicina o hospital passou a abrigar as atividades pr ticas daquele curso e mais tarde outros da rea de sa de assumindo um papel formador Por m apenas em 1960 foi federalizado por decreto do ent o Presidente da Rep blica Juscelino Kubitscheck passando a pertencer a Universidade Federal do Rio Grande do Norte e a denominar se Hospital das Cl nicas mantido pelo Minist rio da Educa o MEC e devendo ser campo de ensino pesquisa e extens o universit rias dos diversos cursos da rea de sa de A partir da Resolu o N 68 68 do Conselho Superior da UFRN o hospital passa a denominar se no ano de 1984 Hospital Universit rio Onofre Lopes com leitos p blicos e privados e lugar de destaque na assist ncia sa de do Rio Grande do Norte Em 1988 atrav s da Lei 8 080 que criou o SUS o hospital assim como seus cong neres no pa s foi incorporado ao referido sistema integrando a rede assistencial do estado como hospital de refe
253. o Trabalho os fatores do QSG 60 e as dimens es da JAWS 12 Percep o do ambiente s cio gerencial nos grupos de sa de ps quica Correla o entre o ambiente sociogerencial e os indicadores de sa de ps quica xiii 143 150 151 154 155 156 157 158 160 162 163 167 168 169 170 172 173 Lista de figuras Figura 1 Satisfa o laboral em sua rela o com as condi es de trabalho 2 Afetos com rela o ao trabalho 3 Modelo integrador de sa de e trabalho 4 Representa o esquem tica das conceitua es de sa de 5 Modelo compreensivo de sa de ps quica no trabalho 6 Hierarquia das m dias nos fatores das Condi es F sicas e Materiais de trabalho 7 Hierarquia das m dias nos fatores dos processos e caracter sticas do trabalho 8 Hierarquia das m dias no ambiente sociogerencial 9 Modelo de avalia o da sa de ps quica dos profissionais de sa de 10 Modelo de avalia o da sa de ps quica de servidores t cnico administrativos em educa o xiv P gina 55 67 12 T11 78 127 136 140 178 183 Resumo A tese se prop s a avaliar a rela o entre sa de ps quica e condi es de trabalho em dois hospitais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte a saber Hospital Universit rio Onofre Lopes e Hospital Universit rio Ana Bezerra Adotou como ponto de partida epistemol gico a abordagem psicossociol gica considerando que a compreens o s
254. o do meio sobre a sa de mental possuindo um car ter integrativo Embora a teminologia utilizada por Warr seja sa de mental suas palavras remetem a concep o de sa de ps quica termo cada vez mais utilizado no meio cient fico Outra forma de abordar o bem estar subjetivo foi proposta por Gouveia Lins Fonseca e Gouveia 2008 e Gouveia Lins Lima Freires e Gomes 2009 De acordo esses ltimos 67 autores O BES consiste em como os indiv duos avaliam suas pr prias vidas reconhecendo se que neste ato as pessoas avaliam as condi es diferentemente dependendo de suas expectativas valores e experi ncias pr vias p 267 sendo uma atitude Segundo os dois grupos de autores os afetos traduzem val ncias positivas ou negativas sobre o trabalho e levam a n veis de ativa o opostos que denominaram de excita o e letargia A figura a seguir apresenta as combina es poss veis de val ncia e excita o e os sentimentos relacionados como proposto por Gouveia et al 2009 Val ncia positiva alta excita o VPAE Val ncia negativa alta excita o VNAE Com energia Com raiva Empolgado Incomodado Entusiasmado Furioso Val ncia positiva baixa excita o VPBE Val ncia negativa baixa excita o VNBE Contente Desencorajado Tranquilo Desgostoso Satisfeito Triste Adaptado de Gouveia et al 2009 Figura 2 Afetos com rela o ao trabalho Tanto Warr 1987 citado por Borges
255. o Nacional de Sa de Comiss o Nacional de tica em Pesquisa CONEP a gt To PROJETO RECEBIDO NO CEP Projeto de Pesquisa WALIA O DA SA DE PS QUICA E CONDI ES DE TRABALHO DOS PROFISSIONAIS DE SA DE NOS HOSPITAIS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE gas isa e rea s Tem tica s Especial s N o se aplica 53841514472 MARIA TERESA PIRES COSTA Data de Entrega Recebimento 16 09 2010 CEP UFRN Assinatura MAT Este documento dever ser obrigatoriamente anexado ao Projeto de Pesquisa UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CI NCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES N CLEO AVAN ADO DE POL TICAS P BLICAS GRUPO DE ESTUDOS DE SA DE MENTAL E TRABALHO U VPL Natal 07 de abril 2010 Ilmo Sr Diretor do Hospital Vimos por meio desta solicitar a autoriza o para o desenvolvimento da pesquisa intitulada Avalia o da Sa de Ps quica e Condi es de Trabalho dos Profissionais de Sa de nos Hospitais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte a ser realizada por mim como trabalho de conclus o de curso de Doutorado em Psicologia Social e vinculada ao Grupo de Estudos de Sa de Mental e Trabalho GEST da Universidade Federal do Rio Grande do Norte orientada pela Prof Dr L via de Oliveira Borges da Universidade Federal de Minas Gerais cujo detalhamento segue no proje
256. o ao fator Complexidade e Responsabilidade Nos fatores Espa o de Autonomia M 2 81 DP 0 53 Organiza o do Tempo M 2 55 DP 0 62 e Est mulo colabora o M 3 49 DP 0 78 h homogeneidade na percep o dos participantes como mostra a Tabela 37 Tabela 37 Percep o dos Processos e Caracter sticas do Trabalho nos grupos de Sa de Ps quica N M dia Desvio padr o ANOVA F1 Espa o de Pessimistas 16 2 67 0 59 F 1 377 para p 0 246 autonomia Ambivalentes 22 2 99 0 37 Somatizadores 20 2 66 0 46 Depressivos 21 2 81 0 57 Otimistas 35 2 83 0 56 Total 120 2 81 0 53 F2 Complexidade e Pessimistas 16 3 13 0 77 F 1 471 para p 0 011 responsabilidade Ambivalentes 22 3 41 0 67 Somatizadores 20 3 31 0 64 Depressivos 27 3 11 0 60 Otimistas 35 3 08 0 63 Total 120 3 27 0 68 F3 Organiza o do Pessimistas 16 2 31 0 58 F 1 523 para p 0 200 Tempo Ambivalentes 22 2 73 0 64 Somatizadores 20 2 39 0 64 Depressivos 27 2 58 0 61 Otimistas 35 2 61 0 60 Total 120 2 55 0 62 F4 Est mulo Pessimistas 16 3 48 0 93 F 0 487 para p 0 745 colabora o Ambivalentes 22 3 51 0 73 Somatizadores 20 3 64 0 85 Depressivos 27 3 33 0 76 Otimistas 35 3 52 0 74 Total 120 3 49 0 78 170 Para se verificar como as percep es dos cinco grupos da sa de ps quica eram hierarquizadas no fator Complexidade e Responsabilidade foi aplicado o teste Bonferroni que mostrou que os Otimistas M 2 83 DP 0 56 composto por elementos assintom ticos com afetos p
257. o com o trabalho h pouca aten o para os riscos de origem psicossocial demonstrando a necessidade do avan o t cnico cient fico nesta rea 21 No ambiente hospitalar a sa de ps quica do profissional pode se relacionar com a assist ncia prestada popula o na medida em que perdas cognitivas e da estabilidade emocional de membros da equipe provocadas pelo adoecimento ps quico podem provocar s rias consequ ncias na aten o ao paciente Decis es erradas desaten o aos protocolos de assist ncia aos doentes falta de discernimento para julgar situa es e estabelecer diagn sticos podem levar a erros graves que comprometem a vida humana e a miss o institucional de um hospital que zelar por ela e o bom entrosamento das equipes de trabalho Desta maneira a qualidade da assist ncia prestada pode expressar a pr pria sa de ps quica dos profissionais de sa de em um hospital Como visto no in cio deste cap tulo j se conhece que existe agravo ps quico aos trabalhadores em sa de e tamb m naqueles que desempenham suas atividades nos hospitais da UFRN o contexto de pesquisa sendo necess rio que se elucide de que modo estes agravos est o relacionados com organiza o do processo de trabalho as rela es interpessoais estabelecidas no ambiente laboral e as demais condi es em que o trabalho realizado Diante de tudo o que foi exposto o objetivo geral desta tese avaliar a rela o entre sa de ps quica e
258. o de estudos Esta intera o est de acordo com os princ pios da pesquisa o Foi planejada uma atividade de observa o para coleta de dados que resultou na intera o entre a pesquisadora e os participantes no contexto de trabalho destes em que os limites entre formalidade e informalidade foram t nues O car ter formal institucional do estudo decorreu da inser o Essas duas etapas ocorreram nos meses de novembro e dezembro de 2010 e janeiro de 2011 84 da pesquisadora num grupo de pesquisa universit rio inserido num programa de p s gradua o e resultou em intera es para as quais as prescri es foram limitadas mas a informalidade resultou da espontaneidade que fez parte dos atos interativos de pesquisador e participantes A observa o participante objetivou apreender informa es que emergiram em tal contexto da espontaneidade Os dados foram registrados em di rios de campo Capelle 2002 apresenta um quadro das posi es de Thiollent 1997 sobre as caracter sticas da pesquisa o em compara o com a observa o participante que certamente ajuda a compreens o de como a observa o participante se inseriu na presente pesquisa como t cnica de coleta de dados Tabela 4 A escolha pela observa o participante como principal forma de intera o com os pesquisados decorreu do fato desta t cnica permitir uma compreens o do contexto pela pesquisadora ao mesmo tempo em que possibilitava uma reflex o so
259. o do trabalho as demandas do posto de trabalho os modos de execu o das atividades e ao desempenho do trabalhador Y Condi es do ambiente sociogerencial inclui aspectos das rela es verticais e horizontais de trabalho pr ticas sociais de ger ncia ou gest o e aquelas relacionadas com a inser o no mercado de trabalho como parcerias redes de trabalho formais e informais entre outras As categorias dividem se em subcategorias cujos conceitos e elementos componentes indicadores ent o expostos na Tabela 2 Borges Alves Filho Costa e Falc o no prelo Essas subcategorias podem ser diferentes por ocupa o como mostrou o estudo com oper rios da constru o civil docentes e profissionais de sa de Borges Costa Alves Filho Souza amp Leite submetido Tabela 2 Taxionomia das condi es de trabalho Categorias subcategorias conceitos Regime jur dico Diz respeito diferencia o entre trabalho e emprego e s condi es de contrata o no caso do emprego Remete ao mercado de trabalho 57 Elementos componentes indicadores ou exemplos Trabalho aut nomo versus emprego Emprego formal versus informal Modalidade do contrato indefinido temporal jornada completa parcial etc Sistema de incentivo Refere se variedade e as formas em que s o Sal rio Sal rio de base fixa ou pago por comiss o Diz respeito quantidade de horas dedicadas ao trabalho organiza o dessa qu
260. o na hora do parto Os hospitais da UFRN tamb m prestam assist ncia sa de dos servidores pois algumas a es da Diretoria de Aten o Sa de do Servidor DASS vinculada PROGESP necessitam deste suporte Esta diretoria presta assist ncia exclusivamente aos funcion rios da UFRN N o pertence ao SUS e seu atendimento n o aberto popula o mas utiliza se do SUS priorizando a assist ncia ao servidor pois obriga o institucional da UFRN cuidar dos seus trabalhadores Desta maneira quando isto ocorre os hospitais fogem aos princ pios de universalidade e equidade do Sistema nico de Sa de Vale ressaltar que a DASS mudou ao longo dos anos o seu papel de unidade b sica de sa de para um servi o de assist ncia mais complexo voltado para a sa de ocupacional atualmente devendo assistir sa de ps quica do servidor como ser discutido a seguir 7 5 A assist ncia sa de ps quica aos profissionais de sa de 26 Anteriormente denominado Departamento de Assist ncia ao Servidor passou a ter a denomina o de Diretoria de Assist ncia Sa de do Servidor DASS Conforme Regimento Interno aprovado pela Resolu o n 014 2011 CONSUNI de 11 de novembro de 2011 108 A hist ria da assist ncia sa de dos profissionais de sa de dos hospitais da UFRN se imbrica com a assist ncia sa de do servidor p blico federal e antecede a exist ncia de sua Pr Reitoria de Recursos Humanos que o rg o
261. o risco de acidentes de maneira geral Se existe o cuidado porque se percebe o risco A situa o descrita pode ser um reflexo da presen a de quadro funcional mais tecnicista e possivelmente da conviv ncia estreita com profissionais rec m formados e em forma o em alguns momentos em maior n mero que o corpo funcional da UFRN Isto bastante marcante no n vel m dio do corpo de enfermagem No HUAB n o se observou nem foi mencionada preocupa o com acidentes com o instrumental de trabalho nem com pequenos acidentes por exemplo com perfurocortantes Foram observadas condutas de risco por parte de alguns profissionais t cnicos e auxiliares de enfermagem como realizar pun es venosas sem luvas de procedimento no entanto essa quest o foi pontual A percep o de risco de acidente n o foi mencionada O hospital geralmente limpo Situa es pontuais existem em virtude dos acompanhantes em geral do setor de pediatria As queixas da enfermagem e os pedidos de aux lio Psicologia e ao Servi o Social no sentido de educar acompanhantes sobre a conduta no hospital retratam isso Com rela o ao risco de acidente f sico no local de trabalho apesar de o HUOL passar constantemente por reformas e de j ter no passado ocorrido acidente grave e incapacitante com um profissional de enfermagem no desempenho de suas atividades laborais n o houve relato de preocupa o com este tipo de acidente mas percebeu se o medo de alguns profiss
262. oboraram que quanto mais as condi es de trabalho s o desfavor veis maior a afeta o da sa de ps quica e dos afetos com rela o ao trabalho repercutindo novamente no ambiente de trabalho Portanto a es de melhoria das condi es de trabalho precisam ser estabelecidas para resultar no efeito inverso proporcionando o aumento dos afetos positivos e a redu o dos sintomas ps quicos Palavras chave sa de ps quica condi es de trabalho profissionais de sa de sa de do trabalhador trabalho hospitalar XV Resumen La tesis se propone a evaluar la relaci n entre la salud ps quica y las condiciones de trabajo en dos hospitales de la Universidad Federal del Rio Grande do Norte que son Hospital Onofre Lopes y Hospital Universit rio Ana Bezerra Adopt como punto de partida epistemol gico el abordaje psicossociol gica considerando que la comprensi n sociohist rica del contexto es fundamental para entender los fen menos en an lisis Las condiciones de trabajo y la salud ps quica fueron abordadas en un marco interdisciplinario fundamentando la construcci n de un modelo comprensivo de salud ps quica que ha guiado la investigaci n El camino metodol gico utilizado fue la investigaci n acci n Esta fue desarrollada utilizando t cnicas como an lisis documental observaci n participante entrevistas no estructuradas grupo de discusi n y aplicaci n un protocolo de investigaci n compuesto el cuestionario de cond
263. ociol gica exige um enfoque que considere a multidimensionalidade e multidetermina o dos fen menos como prop em lvaro 1995 ao assinalar a necessidade de considerar tal car ter nas pesquisas em Psicologia Social e Katzell 1994 com rela o Psicologia do Trabalho e das Organiza es Tal implica o da perspectiva de an lise nortear o polo te rico desse projeto como se ver adiante Est tamb m relacionada com o reconhecimento da necessidade de articula o entre os n veis de an lise individual interpessoal grupal organizacional e societal articula o essa j mencionada anteriormente e ademais favorece a utiliza o de conhecimentos provenientes de v rias disciplinas para se compreender os fen menos em sua magnitude inter e multidisicplinariedade 26 Essas considera es permitem supor que mais de uma t cnica de pesquisa ser necess ria para que se possa apreender a realidade dos hospitais da UFRN e aproxim la do conhecimento produzido de uma forma que permita uma compreens o s cio hist rica do homem frente a suas condi es de trabalho e da sa de ps quica como um processo em que o trabalho pe a fundamental permitindo a atua o produtiva do ser e o estabelecimento de grande parte de suas rela es sociais Como reflexo da perspectiva psicossociol gica os dois pr ximos cap tulos representar o aproxima es do campo de pesquisa tratando de marcos institucionais a inser o dos hospita
264. odelo de avalia o da sa de ps quica contribuir 76 5 6 Proposi o de um modelo ampliado de sa de A consequ ncia de adotar se o enfoque da sa de como aus ncia de doen a desconsiderar a percep o do sujeito sobre seu estado de sa de ou a import ncia do contexto em que se insere Deste modo as a es de gest o voltadas para as condi es de trabalho n o considerariam os aspectos de preven o prim ria sa de sobretudo aquelas que incidem sobre a possibilidade de risco psicossocial no trabalho Bastaria que o gestor mantivesse ativo um servi o de medicina do trabalho que tratasse dos agravos que porventura viessem a ocorrer registrasse os acidentes e mantivesse em dia o PPRA Programa de Preven o de Riscos Ambientais e o PCMSO Programa de Controle M dico de Sa de Ocupacional como legalmente determinado seja qual o for o conceito de sa de subjacente a pratica em sa de do trabalhador Considerando a sa de em seu aspecto de bem estar papel da gest o garantir ao trabalhador condi es que permitam e estimulem sua autonomia estabelecer rela es sociais adequadas no ambiente de trabalho participar da gest o em seu n vel decis rio entre outros Pautada por este conceito de sa de uma organiza o refor aria a es de preven o centradas nas condi es psicossociais de trabalho refor ando interven es sobre o clima organizacional utilizando medidas de socializa o desenvolvimento de
265. oduzir e se produzir como agentes da hist ria social As vis es apresentadas anteriormente assumem um car ter psicossociol gico de abordagem das organiza es evidenciando a aceita o que o homem produz o seu meio e produzido por ele e a constata o que o trabalho o elemento central neste processo uma vez que qualquer mudan a produtiva por m nima que seja ajuda a construir a mudan a social partindo se do reconhecimento de que toda a vida humana acontece no seio de institui es e que em intera o com elas o indiv duo introjeta valores e significados para as experi ncias vividas descobre interesses e constr i identifica es Seu mundo interior criado ao mesmo tempo em que seu comportamento individual e grupal modelado Ao mesmo tempo este indiv duo constr i o mundo que o rodeia e respons vel pelas escolhas que faz inserido num determinado contexto s cio hist rico A sociedade voltada para o mercado caracterizou o homem normal como um ser capaz de produzir e consumir bens Ao mesmo tempo a doen a o posiciona como produtor de baixa qualidade que precisa ser melhorado ou melhor administrado Assim o homem doente sofre no hospital a influ ncia dos fatores que permeiam a vida organizacional E em algumas vezes o doente n o apenas aquele que est ocupando o leito e solicitando os servi os mas aquele que ocupa o papel de seu cuidador ou seja o doente o pr prio trabalhador da sa de nem sempre c
266. omo historicamente se constitui essa institui o social A que fun es responde No Brasil que regula o o Minist rio da Sa de aplica a essa institui o Quais os princ pios norteadores de tal regula o Para responder quest es como essas e levantar indaga es sobre a rela o dos profissionais de sa de no contexto hospitalar desenvolveram se ent o levantamento bibliogr fico e consulta a documentos do governo federal e Minist rio da Sa de 2 1 Hist rico da assist ncia hospitalar A assist ncia aos doentes existe desde os prim rdios da humanidade embora hospitais como entidades distintas sejam bem mais recentes De acordo com Gra a 1996 a palavra hospital vem do latim hospitalis adjetivo derivado de hospes h spede estrangeiro viajante conviva significando tamb m o que d agasalho que hospeda O autor reporta que o H tel Dieu fundado no S c VII em Paris provavelmente por volta de 651 considerado hoje o mais antigo dos hospitais existentes em todo o mundo No ano de 1772 o hospital Hotel de Deus com 1700 leitos sofreu um inc ndio deixando a popula o desassistida Segundo ele renomados cientistas da poca como Tillet Tennon e Laplace uniram se para formular normas para a reconstru o sendo as primeiras normas de ordenamento hospitalar de que se tem not cia S em 1854 o Hotel de Deus voltou a operar com 1200 leitos e capacidade planejada de 5000 Para Borba 1989 em virtude de sua f
267. oria da Equidade atribu da a Stacy Adams Robbins 2009 segundo a qual os indiv duos avaliam a justi a relativa sua rela o de trabalho com a organiza o o que tem efeitos sobre sua motiva o e consequentemente sobre seu comportamento A partir da teoria pode se deduzir que se a rela o n o igualit ria mais presente a sensa o de ser discriminado Os funcion rios do HUAB informam participar menos que os do HUOL como mostram as m dias no fator Participa o que s o estatisticamente diferentes como mostra o teste t t 1 43 para p lt 0 03 Esse outro dado corroborado pela observa o participante Enquanto no HUOL quando necess rio se fazem reuni es e discuss es dos processos de 146 trabalho abertas e com convite s equipes no HUAB elas praticamente inexistem envolvendo outros profissionais fora da gest o Cria se um paradoxo interessante s o t o aut nomos no HUAB que nem precisam participar da tomada de decis o porque eles decidem por si em pequenos grupos Isto cria alguns problemas gerenciais que s o percept veis por um observador externo mas que n o s o sentidos ou s o n o tidos como importantes pelos gestores Assim se notou profissionais mudando escala sem avisar a ningu m profissionais batendo o ponto eletr nico e indo embora porque o colega era quem estava dando a escala outros assumindo uma carga hor ria desumana para folgar mais dias afetando o rendimento no trabalho mas com o a
268. orma o hist rica por muito tempo os hospitais foram tidos como casas de caridade de responsabilidade de grupos religiosos ou do Estado adotando um sistema paternalista e amador stico que para o autor se mant m at os dias atuais Para ele o pouco conhecimento que a comunidade possui dos mecanismos e estruturas que caracterizam o hospital como empresa contribui para a n o altera o dos processos organizacionais Borba 1989 Segundo Martins 2002 os primeiros hospitais brasileiros surgiram com o descobrimento do Brasil pelos Portugueses neles foi cristalizado o esp rito crist o e sempre foram reconhecidos como recursos necess rios comunidade A forma de assist ncia 28 utilizada teve origem no movimento iniciado na Idade M dia na It lia e denominado Miseric rdias que tinham como prop sitos amparar as pessoas com dificuldades diversas Da a evolu o para as Santas Casas de Miseric rdia que adquiriram personalidade jur dica e tornaram se unidades de assist ncia sa de dirigidas por leigos No Brasil a primeira Santa Casa de Miseric rdia foi fundada por Braz Cubas em Santos no ano de 1543 no Estado de S o Paulo A seguir surgiram casas nos estados da Bahia Pernambuco Rio de Janeiro Esp rito Santo Para ba Par Amazonas A assist ncia hospitalar no Brasil at 1930 era dedicada s pessoas que pagassem N o se constitu a em direito mas em ato de caridade geralmente praticado por institui
269. os 11 Nossa discuss o abordou resumo da tem tica discutida 12 Alguma coisa foi esquecida Di rio de campo Local da observa o Data Observa es e coment rios
270. os o que em ess ncia representaria pouco valor para o sistema capitalista Mas o mesmo autor tamb m reconhece que n o h exist ncia material sem o trabalho improdutivo No caso do trabalho em sa de apesar de improdutivo valorizado socialmente Um reflexo disto a eterna luta das institui es por mais recursos e dos profissionais por uma remunera o mais justa No caso dos hospitais universit rios em estudo esta luta por recursos se d de v rias formas atrav s de pleitos aos minist rios da Educa o e da Sa de na forma de projetos em discuss es nas comiss es bipartite e tripartite que regulam a distribui o dos recursos do SUS para estado e munic pio pela solicita o de 99 Z apoio para os projetos na bancada federal da C mara dos Deputados entre outros E importante ressaltar que apesar do apoio pol tico em nenhum momento esta informa o repassada aos funcion rios ou utilizada como elemento de marketing interno ou externo As lutas pela remunera o e pelas condi es de trabalho s o conduzidas pelo Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educa o do Ensino Superior do RN SINTEST que representa os trabalhadores das institui es federais de ensino do Rio Grande do Norte e que atualmente tem como presidente uma t cnica de enfermagem A manuten o dos hospitais universit rios da UFRN proveniente tanto do Minist rio da Educa o MEC como do Minist rio da Sa de MS No que concerne
271. os bens e servi os essenciais e define princ pios doutrin rios e organizativos do sistema Foram definidos como princ pios doutrin rios do SUS v Universalidade significando que o acesso s a es e servi os deve ser garantido a todas as pessoas independentemente de sexo ra a renda ocupa o ou outras caracter sticas sociais ou pessoais y Equidade que preconiza que o sistema deve garantir a igualdade da assist ncia sa de sem preconceitos ou privil gios de qualquer esp cie y Integralidade que pressup e que o cidad o assistido deve ser visto em sua totalidade e que as a es de sa de devem garantir isto Destes derivaram alguns princ pios organizativos y Hierarquiza o concebe as a es e servi os preventivos e curativos individuais e coletivos como um conjunto articulado em todos os n veis de complexidade do sistema criando assim a refer ncia e contra refer ncia ou seja O encaminhamento das a es para as inst ncias devidas de acordo com cada caso no sentido da mais baixa a mais alta complexidade com a garantia da retroa o medida que os problemas v o sendo diagnosticados e resolvidos y Participa o popular significa a democratiza o dos processos decis rios pautados na participa o dos usu rios dos servi os de sa de cuja representa o se d atrav s dos Conselhos Municipais de Sa de y Descentraliza o pol cia administrativa tornando o munic pio
272. os no QSG 60 e da JAWS 12 para perscrutar a exist ncia de sintomas indicando transtorno ps quico ou disfuncionalidade ou ent o normatividade ou seja a preserva o da capacidade de ajustamento ao meio Em seu 92 conjunto o modelo permite conhecer a rela o que estes trabalhadores fazem entre sua sa de ps quica e suas condi es de trabalho 93 7 O contexto de pesquisa os hospitais e os profissionais de sa de Este cap tulo apresenta a descri o do contexto de pesquisa constitu do por dois hospitais da UFRN HUOL e HUAB S o institui es e organiza es vinculadas a outra mais ampla que a universidade que os sedia De acordo com Srour 2005 toda institui o organiza o multidimensional exigindo para a sua descri o a apreens o de suas tr s dimens es socioecon mica fun es rela o com o ambiente fontes de recurso servi os produzidos etc estrutural organiza o das rela es de poder sistema de presta o de contas fiscaliza es a que se submete etc e simb lica que abrange os aspectos culturais como os sentidos da institui o organiza o constru dos por seus diversos atores como gestores usu rios e cidad os da comunidade local rg os fiscalizadores etc Al m disso sua complexidade se amplia a partir do v nculo com a pr pria UFRN pois implica estar permeado por m ltiplas fontes prescritivas entre as quais est o as fun es e pol ticas universit rias o
273. ositivos com rela o ao trabalho e divididos entre HUOL 68 6 e HUAB 31 4 sentem se confort veis com o n vel de complexidade e responsabilidade que o trabalho lhes exige sendo esta condi o avaliada como adequada enquanto que os Pessimistas M 2 67 DP 0 59 todos localizados no HUOL 100 sintom ticos graves e com afetos negativos em rela o ao trabalho percebem as exig ncias do fator como desagrad veis ou inadequadas Para se estabelecer que fatores estavam relacionados com esta percep o nos grupos foi feita uma an lise de correla o para o fator cuja ANOVA mostrou haver diferen as entre as m dias dos grupos Tabela 38 Tabela 38 Correla o entre os processos e caracter sticas do trabalho e os indicadores de sa de ps quica F2 Complexidade e responsabilidade Sa de Geral 0 308 Estresse 0 320 Desejo de morte 0 069 Desconfian a do desempenho 0 353 Dist rbio do sono 0 107 Dist rbio psicossom tico 0 302 Afetos com Val ncia Positiva e Excita o Alta VPEA 0 287 Afetos com Val ncia Positiva e Excita o Baixa VPEB 0 311 Afetos com Val ncia Negativa e Excita o Alta VNEA 0 392 Afetos com Val ncia Positiva e Excita o Baixa VNEB 0 342 Embora s tenham ocorrido correla es moderadas percebe se que entre os pesquisados a Complexidade e Responsabilidade no trabalho afeta a percep o de desempenho e autoefic cia Este fator tamb m se correlaciona com o estresse e a sa
274. ospital Fatores Local N M dia Desvio t Sig Intervalos Padr o x lt 2 2 lt x lt 3 3 lt x lt 4 x F1 HUOL 89 2 30 0 95 0 02 5 32 42 7 31 5 20 2 5 6 Organiza o HUAB 31 2 23 0 61 48 4 41 9 9 7 da atividade F2 Infra HUOL 89 3 05 1 10 0 61 0 02 21 3 29 2 34 8 14 6 estrutura e HUAB 31 2 92 0 77 9 7 64 5 16 1 9 7 press o F3 Oferta de HUOL 89 2 55 1 21 2 10 0 33 43 8 19 1 24 7 12 4 informa es HUAB 31 2 03 1 14 71 0 9 7 12 9 6 5 de sa de F4 HUOL 89 1 19 0 43 1 56 0 00 94 4 4 5 1 1 Discrimina o HUAB 31 1 07 0 20 100 0 0 0 0 0 F5 HUOL 89 2 52 0 80 1 46 0 03 33 7 39 3 24 7 232 Participa o HUAB 31 2 28 0 65 32 3 54 8 12 9 F6 Viol ncia HUOL 89 1 55 0 75 0 81 0 30 79 8 15 7 2 2 2 2 HUAB 31 1 43 0 47 83 9 16 1 0 0 0 0 F7 Ambiente HUOL 89 2 21 1 10 0 17 0 00 57 3 27 0 7 9 7 9 conflitante HUAB 31 2 25 0 73 51 6 41 9 3 2 3 2 Com rela o Organiza o da Atividade n o h diferen a estatisticamente significativa entre as m dias dos dois hospitais As m dias mostram que apenas uma pequena parcela de profissionais nos hospitais podem organizar suas atividades Isto no entanto n o interfere com suas percep es de autonomia como foi visto na discuss o dos processos e caracter sticas do trabalho Isto parece ser encarado como uma consequ ncia normal do trabalho em sa de Mas tamb m percept vel que no HUOL h uma possibilidade maior em se participar da organiza o da pr pria atividade que
275. ospital para o Hospital Estadual Dr Pedro Bezerra Na assist ncia em pediatria o HUAB atende demanda referenciada pelo Hospital Regional Alu sio Bezerra localizado em Santa Cruz Nesse hospital a crian a atendida em car ter de urg ncia e quando o caso demanda interna o hospitalar h o encaminhamento para o HUAB onde a crian a avaliada e internada Se necessitar de atendimento em UTI encaminhada para Natal sendo em geral referenciada para o Hospital Infantil Varela Santiago em Natal pois a UTI pedi trica do HUOL ainda n o se encontra em funcionamento O atendimento ambulatorial no HUAB n o possui demanda aberta destinado ao cuidado secund rio e terci rio ficando a rede b sica do munic pio com a aten o prim ria 15 A Resid ncia Multiprofissional em Sa de no HUAB tem foco na assist ncia materno infantil a ela est o vinculadas as seguintes profiss es Psicologia Enfermagem Servi o Social Farm cia Nutri o e Fisioterapia 16 A Resid ncia M dica oferece vagas em medicina da Fam lia e Comunidade e Pediatria 17 Hospital Estadual de Urg ncia conhecido como Hospital Santa Catarina localizado em bairro com este nome na zona norte da cidade de Natal 97 No entanto a crian a que nasce no HUAB e que se encontra em alguma condi o de risco seja f sico e ou psicossocial assistida tamb m a n vel ambulatorial podendo procurar diretamente a unidade sendo assistida pelo Ambulat r
276. p o quanto ao pr prio desempenho e autoefic cia Para Bandura 2008 uma das fontes de percep o de autoefic cia de uma pessoa a persuas o verbal logo o feedback pode funcionar como um indutor desta percep o associado a outros fatores do contexto laboral A Tabela 28 mostra que o sintoma est presente em 65 dos participantes da pesquisa quando somados os casos sintom ticos com sintomas graves O teste Qui quadrado xX 12 925 para p 0 002 foi aplicado mostrando que os escores de Desconfian a no Desempenho e Autoefic cia variavam de acordo com o local de trabalho Verifica se ao examinar a Tabela 28 que apenas no HUOL se encontram sintom ticos graves 19 1 dos participantes daquele hospital No HUAB 58 1 dos participantes n o apresentam sintomas significando que confiam no pr prio desempenho e se sentem eficazes quando apenas 27 0 dos respondentes no HUOL tem essa percep o Tabela 28 155 Tabela 28 Participantes da pesquisa por local de trabalho e escore sintom tico de desconfian a no desempenho e autoefic cia Desconfian a no desempenho e autoefic cia Sem sintomas Sintom ticos Sintomas Graves Total HUOL we de participantes 24 48 17 89 na amostra local 27 0 53 9 19 1 100 0 HUAB N de participantes 18 13 0 31 na amostra local 58 1 41 9 0 0 100 0 Total N de participantes 42 61 17 120 do Total 35 0 50 8 14 2 100 0 Qui quadrado y 12 925 para p 0 002 Este resultado fo
277. p 191 Para conhecer a pr xis o m todo deve dar conta de dialogar com a teoria e n o apenas ser uma aplica o desta e que os atores sociais devem estar implicados na elucida o de como sua sa de ps quica pode ser afetada pelo trabalho considerando se as condi es em que este realizado as rela es que se estabelecem e a organiza o do processo de trabalho E medida em que isto for feito os pr prios trabalhadores modificar o suas concep es sobre o trabalho e sua sa de ps quica Da discuss o empreendida at aqui compreende se que os conceitos de pr xis e de 2 atividade implicam aceitar que o trabalho uma constru o coletiva e mant m rela o 74 dial tica com a sa de do trabalhador No entanto quando se adota o materialismo hist rico como ponto de partida epistemol gico e uma vis o de mundo existencialista o conceito de pr xis o que melhor se ad qua compreens o dos atos do trabalhador entendimento este suportado em abordagem te rico metodol gica advinda da psicossociologia do trabalho De acordo com Azevedo Braga Neto amp S 2002 psicossociologia uma vertente da Psicologia Social que enfoca os grupos organiza es e comunidades em situa es cotidianas utilizando para tal a metodologia da pesquisa o p 240 Esta abordagem pauta se na interdisciplinaridade Tamb m possibilita a articula o de v rios n veis de an lise contemplando em cada um deles a participa
278. p s objetivar o mundo que o rodeia assumindo se uma teoria consensual sobre a realidade daquele grupo social a que pertence o indiv duo faz a ancoragem processo em que se vincula a representa o social a sentidos e saberes coerentes com o grupo a que pertence e se atribui um valor funcional a eles Segundo Leontiev 1978 as representa es sociais s o indissoci veis de comportamentos Isto pode explicar porque condi es de trabalho como os Aspectos F sico qu micos que para algu m n o pertencente ao grupo de profissionais de sa de parecem bastante rduas para os profissionais dos dois hospitais n o s o motivos de queixas Esses profissionais est o expressando aquilo que acreditam ser esperado para seu grupo social j que no imagin rio coletivo o trabalho em sa de um trabalho rduo RCI Edif cio Central de Interna o 133 O ltimo dos fatores das condi es f sicas e materiais do trabalho avaliado o que trata dos Riscos de Acidentes sendo este o fator que apresentou menores m dias no HUOL M 1 87 e no HUAB M 1 85 O teste t t 0 25 para p lt 0 80 diz que n o h diferen a significativa entre elas Se tomada a teoria das representa es sociais um ato representa um significado dado pelo indiv duo a partir da rela o dial tica com seu meio e em seu grupo como anteriormente discutido Moscovici 1978 No contexto do HUOL observou se o cuidado com os procedimentos assistenciais o que diminui
279. padr o de empregos de crescimento econ mico e de manuten o dos sal rios reais Thurow 1997 Hobsbawm 2001 Isto afetou a qualidade de vida destas popula es e se refletiu nas suas condi es de trabalho e vice versa num movimento dial tico Como a ci ncia tenta explicar a realidade social ocorre a multiplica o de pesquisas na rea abrangendo diversas profiss es e ou aspectos espec ficos das condi es de trabalho como exemplo Metzner amp Fischer 2001 Mattos et al 2003 Lima Junior Alchieri amp Maia 2009 oportuno mencionar que as pesquisas n o apresentam ainda 52 uniformidade no uso de uma tipologia espec fica das condi es de trabalho nem de uma conceitua o comum abordando apenas algumas vari veis relacionadas ao tema demonstrando a diversidade de abordagens que perdura at ent o e que justifica a amplia o de estudos sobre a tem tica Uma das tentativas de organizar conceitualmente condi es de trabalho foi realizada por Ramos Peir amp Ripoll 2002 Os autores discutem que o termo vem sendo usado de forma ampla e inespec fica tanto pela psicologia quanto pela sociologia Para os psic logos o estudo das condi es de trabalho est relacionado principalmente com as condi es ambientais Os soci logos se preocupam tanto com essas quest es como com o conte do da tarefa realizada pelo trabalhador Outra preocupa o de Ramos et al 2002 diz respeito gama de vari veis que s
280. pantes v quest es introdut rias formuladas para introduzir a discuss o e proporcionar aos participantes reflex o sobre experi ncias anteriores v quest es de transi o para mover a discuss o para as quest es chave que do estudo v quest es chave versando sobre os objetivos centrais da tese v quest es finais para proporcionar o fechamento da discuss o retomando o que foi abordado Estas quest es permitiram que os participantes considerando o que foi discutido refletissem sobre os pontos mais importantes v quest es resumo feitas pela pesquisadora com o objetivo de fazer um resumo do que foi discutido para aprova o ou reelabora o pelo grupo pesquisado v quest o final quest o padronizada perguntada ao final da realiza o do grupo focal Foi o momento de falar ao grupo sobre o que estava sendo pesquisado e perguntar se algo foi esquecido 90 O di rio de campo Anexo 6 foi destinado ao registro da observa o participante Este di rio um instrumento que consta de um campo contendo a identifica o do local e data em que foi feita a observa o e outro para registro do que foi observado As anota es foram realizadas medida que as observa es forem ocorrendo De acordo com Cruz Neto 1997 o di rio de campo um instrumento em que o pesquisador pode anotar suas percep es ang stias questionamentos e observa es n o obtidos por meio de outras t cnicas Na pe
281. pantes da pesquisa por tempo de trabalho nos hospitais da UFRN Intervalos em anos At 05 At 10 At 15 At 20 At 25 At 30 At 35 anos anos anos anos anos anos anos Total HUOL Nde 16 16 7 23 5 16 6 89 participantes 18 0 18 0 7 9 25 8 5 6 18 0 6 7 100 0 HUAB Nde 4 6 5 4 3 5 4 31 participantes 12 9 19 4 16 1 12 9 9 1 16 1 12 9 100 0 Total N de 20 22 12 27 8 21 10 120 participantes Total 16 7 18 3 10 0 22 5 6 7 17 5 8 3 100 0 M 16 64 DP 9 94 Os participantes da pesquisa pertenciam a diversos cargos de n vel superior como m dicos enfermeiros nutricionistas fisioterapeutas assistentes sociais e psic logos Nas 115 categorias de n vel m dio foram encontrados auxiliares e t cnicos de enfermagem t cnicos de radiologia de nutri o e de laborat rio Ap s a an lise de frequ ncia foram agrupados em quatro categorias descritas na Tabela 10 Esta decis o foi tomada considerando que algumas categorias profissionais nos hospitais possuem apenas um ou dois profissionais por categoria o que implicaria em risco de identifica o do participante da pesquisa Tabela 10 Participantes da pesquisa por tipo de cargo Tipo de cargo Outros Profissionais de profissionais de n vel m dio e M dico Enfermeiro n vel superior fundamental Total HUOL N de participantes 4 25 19 41 89 na amostra local 4 5 28 1 21 3 46 1 100 0 HUAB N de participantes 6 3 4 18 31 na amostra local 9 4 9
282. participantes 40 49 31 120 do Total 33 3 40 8 25 8 100 0 Qui quadrado 8 416 para p 0 015 Altera es da sa de ps quica de profissionais de sa de s o citadas na literatura Costa 2002 encontrou um n vel moderado de estresse em enfermeiros num hospital p blico em Natal RN comprometendo um ter o dos profissionais que faziam parte da amostra Outro estudo realizado nos hospitais da UFRN por Borges et al 2005 mostrou ser a s ndrome de bournout decorrente do estresse laboral end mica nos hospitais pesquisados Os escores inspiram cuidados pois se n o forem estabelecidas medidas de controle podem resultar em agravamento Al m disso o estresse acaba tendo consequ ncias como baixa concentra o diminui o das defesas org nicas Albrechet 1990 Pires Costa 2002 A Tabela 26 mostra ainda que o estresse est presente em ambos os hospitais havendo diferen as estatisticamente significativas na distribui o das propor es entre os dois hospitais No HUOL 70 8 dos participantes apresentam sintomas de estresse sendo que 32 6 apresentam sintomas graves Naquele hospital as condi es se diferenciam pelo grau de complexidade da assist ncia O hospital n o possui atendimento de urg ncia como o HUAB mas possui UTI centro cir rgico que atende cirurgias de alta complexidade como as card acas e os transplantes al m do internamento cl nico que geralmente resulta em per odos prolongados de contato com os profis
283. plica o para a sa de ps quica Esses modelos apontam para a compreens o da sa de como aus ncia de doen a como bem estar como uma dimens o normativa da vida e como um direito do cidad o 5 1 A sa de como aus ncia de doen a O conceito de sa de como aus ncia de doen a tanto difundida no senso comum como orienta a pr tica m dica medida que esta se pauta em curar Sob esta perspectiva o indiv duo saud vel pode ser classificado como o que n o est doente Para ser doente a doen a deve ser vis vel Em outras palavras a vis o por ser o sentido mais pr ximo da 64 linguagem e da raz o mobilizada na compreens o da doen a Batistela 2007 Foucault 1980 Machado 1981 e do seu oposto a sa de Buscam se ent o sinais de doen a e na aus ncia destes concebe se o indiv duo como saud vel S o as evid ncias emp ricas que v o ditar o que sa de a partir da n o doen a estabelecendo se um conceito negativo de sa de Esta a posi o de Leriche 1940 que de acordo com Canguilhem 2006 considera a sa de como a vida no sil ncio dos rg os p 57 Canguilhem 2006 tece suas cr ticas a este posicionamento no decorrer de sua obra e afirma ser a doen a uma norma vital Parsons 1951 considerou que a enfermidade uma condi o esperada na vida de todas as pessoas Portanto n o h em adoecer um desvio da norma social mas uma disfun o de certa forma esperada existindo a pr
284. poio de sua equipe de trabalho sem que a gest o do servi o se manifestasse Uma fala de um membro da equipe gestora nos chamou aten o no momento em que foi sugerida a realiza o do grupo focal no HUAB com t cnicos e auxiliares de enfermagem bom mesmo que voc fa a porque assim a gente fica sabendo o que eles pensam das condi es de trabalho Eu sou sincera em dizer que tenho receio de conduzir esses assuntos porque eu via o n vel de agressividade com que diziam as coisas ao gestor anterior Ele era muito calmo mas eu me sinto abalada Entrevistado 9 HUAB A Viol ncia outro fator com baixa informa o de exposi o como denotam as m dias M 1 54 no HUOL e M 1 43 no HUAB embora que tenha havido relato na fala de um entrevistado no HUOL Ela n o precisava falar assim comigo Eu sou igual a ela N o sou menos s porque gosto da assist ncia ao paciente Aqui j ouvi de uma dessas dinossauras se referindo a uma colega mais antiga que sou uma auxiliar graduada porque gosto de atuar e n o somente de gerenciar Eu que n o quero ser enfermesa termo pejorativo usado para a enfermeira que fica s na mesa de trabalho gerenciando o trabalho dos t cnicos Entrevistado 18 HUOL Essa situa o foi bastante pontual e resultou numa conversa ap s um conflito no trabalho em que uma profissional recebeu uma cr tica de outra As palavras usadas por ambas denotam a viol ncia ps quica O clima de conflito existiu
285. processo de constru o o projeto de um mestrado profissional em sa de a ser realizado na Faculdade de Ci ncias do Trair FACISA que poder atender aos profissionais lotados no HUAB j que existe a previs o de reserva de vagas para servidores em todas as p s gradua es da UFRN Este cap tulo tratou da descri o do contexto s cio hist rico de pesquisa mostrando como os hospitais se constitu ram como institui es demonstrando como se inserem no sistema de sa de do Rio Grande do Norte e quais as suas contribui es para o funcionamento deste sistema Viu se a import ncia dos dois hospitais em estudo nas regi es em que se inserem e no caso do HUOL no estado do Rio Grande do Norte como refer ncias em assist ncia e percebeu se como a sociedade reconhece este papel o que se reflete tamb m no comportamento dos seus funcion rios e transformando se em manifesta es da cultura organizacional que tamb m fortemente influenciada pelo estilo de gest o adotado em cada uma das unidades hospitalares em estudo o que foi revelada na an lise organizacional Ainda relativa a esta an lise mostrou se que do ponto de vista socioecon mico esses se caracterizam como locais de trabalho improdutivo mas socialmente valorizado Viu se tamb m que os 33 Cursos de qualifica o s o aqueles que conferem algum grau de titula o como por exemplo uma gradua o ou uma p s gradua o e os de capacita o s o os treinamentos vol
286. quatorze horas de trabalho di rio espoliados pela desnutri o e pelo frio Do choque de realidade resultou a obra A situa o das classes trabalhadoras na Inglaterra 1845 2008 que discute a situa o do proletariado na Inglaterra descrevendo e analisando criticamente suas condi es de vida e trabalho No final do Sec XIX outro te rico que manifestou interesse pelas condi es de trabalho foi Frederic Taylor que iniciou sua vida como oper rio nos Estados Unidos na Midvale Steel Co onde fez carreira chegando a engenheiro em 1885 Seu interesse girava em torno de como tornar a produ o mais gil Taylor 1911 2008 O autor tamb m considerou um aspecto que para ele naquele momento era motivacional os trabalhadores produziam mais se visualizassem um ganho salarial maior em consequ ncia disto Sua teoria foi importante na consolida o da Administra o como ci ncia A teoria pautava se no uso do m todo cient fico supunha a harmonia de interesses entre capital e trabalho coopera o dos empregados busca do rendimento m ximo e desenvolvimento do empregado para obter maior produtividade A aplica o da teoria resultava na organiza o do trabalho em termos de controle do tempo e par metros de produtividade na organiza o do trabalho atrav s da rotiniza o e nas rela es baseadas na hierarquia supervis o e trabalho coletivo embora cada trabalhador realizasse um fragmento da atividade total seguindo os pre
287. que n o h rela o entre o n vel de instru o em compara o com o tipo de cargo Observando se a tabela percebe se que 58 3 dos profissionais considerando se todos os n veis de instru o s o p s graduados e entre eles est o todos os m dicos que responderam ao instrumento de pesquisa Para os profissionais de n vel m dio e fundamental encontrou se que 20 do total excedem a escolaridade exigida pelo cargo j que possuem gradua o 9 2 ou p s gradua o 10 8 interessante salientar que apesar do n vel alto de instru o 39 dos 119 participantes da pesquisa lotados no HUOL ainda estudam enquanto apenas dois dos participantes do HUAB informam estudar como demonstra a tabela 15 Tabela 15 Participantes da pesquisa que ainda estudam Estuda Sim N o Total HUOL N de participantes 35 54 89 na amostra local 39 3 60 7 100 0 HUAB N de participantes 2 29 31 na amostra local 6 5 93 5 100 0 Total N de participantes 37 83 120 do Total 30 8 69 2 100 0 Fonte pesquisa de campo 2012 Considere se que a pol tica de capacita o do servidor p blico federal t cnico administrativo em educa o estabelece o incentivo financeiro para servidores ap s a realiza o de cursos de qualifica o de capacita o No entanto a maioria dos cursos de qualifica o gradua es e p s gradua es ocorre em Natal dificultando o acesso dos servidores lotados em Santa Cruz Atualmente est em
288. que os indiv duos do Grupo 4 aparentem ser pouco reativos ao meio dificultando a percep o aos demais de que necessita de ajuda importante comentar que afetos positivos com rela o ao trabalho auxiliam o bem estar mas que o sintoma depressivo pode se revestir de muita gravidade e levar ao risco real de morte O Grupo 5 Otimistas inclui os indiv duos que apresentam frequentemente afetos positivos com rela o ao trabalho e n o tem sintomas detectados pelos fatores do QSG 60 A an lise dos agrupamentos representativos da sa de ps quica dos profissionais de sa de nos hospitais evidencia que os sujeitos que mant m afetos positivos em rela o ao trabalho apresentam mais bem estar e menos sintomas de agravamento da sa de que aqueles cujos afetos s o negativos Mostra tamb m que os afetos ativadores que levam a possibilidades de rea o dos sujeitos mesmo quando negativos contribuem para que se adaptem melhor ao meio Os afetos s o consequ ncia da rela o do indiv duo com seu meio Em raz o disto se calculou a distribui o nos dos grupos da sa de ps quica por hospitais Tabela 34 Tabela 34 Grupos da sa de ps quica por hospitais Local HUAB HUOL HUOL HUAB Total Pessimist s N de participantes 16 0 16 no total da amostra 100 0 0 0 100 0 por local 18 0 0 0 13 3 doTotal 13 3 0 0 13 3 Ambivalentes N de participantes 21 1 22 no total da amostra 95 5 4 5 100 0 por local 23 6 3 2 18 3
289. quisas com a finalidade de compreender a rela o sa de trabalho No entanto nenhum desses modelos explica adequadamente a sa de do trabalhador e consequentemente n o permitem isoladamente sua adequada gest o Para isto necess rio um modelo integrador de sa de que contemple condi es de trabalho riscos inerentes ao trabalho aspectos biol gicos psicol gicos e sociol gicos e as a es de garantia do direito sa de do qual os modelos anteriores de sa de d o conta embora que isoladamente Faz se ent o necess rio construir um modelo que contemple as conceitua es de sa de expostas at aqui representadas esquematicamente na figura a seguir visto que cada uma delas traz uma contribui o para a compreens o da sa de ps quica Aus ncia de doen a Bem E Sta Sa de Norma hagi v Direito Figura 4 Representa o esquem tica das conceitua es de sa de Prop e se em decorr ncia do exposto um modelo ampliado de sa de que n o apenas reconhe a a sa de como um direito de todos mas numa perspectiva compreensiva parta da observa o e valoriza o das estrat gias de luta dos trabalhadores em prol da pr pria sa de para entender como se processa a rela o entre sa de e trabalho Graficamente o modelo de compreens o da sa de ps quica no trabalho proposto assim desenhado 78 aracteristicas individuais do sujeito Oferta Condi es de
290. r D A H e Divis o de Assist ncia no Trabalho D A T Embora o car ter principal do instituto seja a previd ncia social e assist ncia social e secundariamente sa de importante ressaltar que pela primeira vez na hist ria da administra o p blica uma divis o preocupa se com a assist ncia sa de no trabalho Em 1952 o Estatuto dos Servidores Civis da Uni o retificado pela Lei n 1 711 de 28 de 1952 publicada no Di rio Oficial da Uni o de 1 de novembro do mesmo ano O documento alterado no que diz respeito s aposentadorias Ao tratar se da aposentadoria por invalidez fica estabelecido 41 1 A aposentadoria por invalidez ser sempre precedida de licen a por per odo n o excedente de 24 meses salvo quando o laudo m dico concluir pela incapacidade definitiva para o servi o p blico 2 Ser aposentado o funcion rio que depois de 24 meses de licen a para tratamento de sa de for considerado inv lido para o servi o p blico Refor a se ent o a necessidade da per cia m dica para em seguida no mesmo documento em seu Art 178 serem melhores definidos os crit rios para a aposentadoria em decorr ncia de acidente e doen as sendo entre elas citada a aliena o mental Diz o Art 178 que o servidor ser aposentado I quando contar trinta anos de servi os ou menos em casos que a lei determinar atenta a natureza do servi o II quando invalidado em consequ ncia de ac
291. r ncia para diversos procedimentos Com a municipaliza o da sa de sendo Natal munic pio polo os servi os ofertados pelo HUOL popula o em geral e aos funcion rios da UFRN que tinham acesso diferenciado assist ncia foram progressivamente pactuados com o SUS que atualmente det m 100 de todos os procedimentos Estes s o agendados diretamente pela Central de Marca o do Estado que controla toda a demanda do SUS para suas unidades prestadoras Vinculado ao HUOL est o Centro de Diagn stico Por Imagem CDI que ao ser inaugurado foi considerado o segundo melhor centro de diagn stico por imagem do pa s entre os mantidos pelo SUS segundo informe publicit rio do pr prio Minist rio da Sa de Em novembro de 2010 o HUOL inaugurou o Edif cio Central de Interna o para abrigar as enfermarias cl nicas e cir rgicas e a unidade de transplante renal ficando na estrutura antiga a UTI e o Centro Cir rgico No novo edif cio as enfermarias disp em de no m ximo tr s leitos cada uma com seu banheiro arm rios individuais para os pertences dos 13 O nome dado ao hospital foi uma homenagem ao m dico Onofre Lopes da Silva primeiro Reitor da UFRN 95 pacientes separa o entre os leitos poltronas de repouso para os pacientes ou para seus acompanhantes Em raz o de sua classifica o como hospital terci rio o HUOL realiza procedimentos de pequena m dia e alta complexidade Possui UTI centro cir rgico unidade
292. r mais sobre a sa de ps quica dos seus atores sociais do que o conte do que comunicado oficialmente posto que uma junta m dica ao se deparar com um atestado somente pode avaliar parte do problema uma vez que n o h como contemplar conte dos que n o lhes chegam de forma adequada Sugere se em decorr ncia do estudo o modelo cujo fluxo de processo est descrito na Figura 10 183 Recebimento pelo DAS da demanda espont nea ou referenciada Y Acolhimento pela equipe multiprofissional Avalia o dos riscos do trabalho Risco psicossocial Risco f sico qu mico ou biol gico Avalia o psicol gica Avalia o do perito individual i do trabalho Avalia o psicossocial do contexto de E SRA Emiss o de laudo trabalho por psic logo organizacional pericial parcial Emiss o de laudo de avalia o da sa de ps quica em rela o com as condi es de trabalho Defini o da interven o e encaminhamento para o profissional de refer ncia Atendimento Interven o no individual sa de do contexto laboral servidor Figura 10 Modelo de avalia o da sa de ps quica de servidores t cnico administrativos em educa o Por fim registra se que esse estudo encontrou algumas limita es para sua realiza o Uma delas disse respeito finaliza o da pesquisa o O longo per odo de greve dos servidores t cnico administrativos em educa o inviabilizou a devolu o dos resultados atrav s de s
293. ra a morte e esta uma realidade em um hospital As for as de deteriora o presentes em qualquer tipo de organiza o tamb m se encontram no ambiente hospitalar e com notada virul ncia Contudo diferentemente de outras empresas que muitas vezes sucumbem diante dessas for as os hospitais se mant m O argumento de que doen as sempre existir o n o suficiente para explicar porque institui es muito fragilizadas quase terminais sobrevivam A sociedade n o permite que um hospital se entregue a morte organizacional assim como n o aceita que um ser humano pere a sem lutar pela vida Por m olhar para o hospital reconhecer que a finitude uma realidade As met foras Morgan 1996 notadamente a da pris o ps quica de conjuntamente com a met fora do Fluxo e Transforma o cuja ess ncia a mudan a auxiliam esta compreens o Assim entende se porque ao mesmo tempo em que a sociedade cobra uma postura onipotente da organiza o de seu corpo t cnico e do servi o prestado fecha os olhos para o adoecer institucional num aparente movimento de defesa ps quica Esta mesma defesa utilizada pelos funcion rios quando ocultam seu adoecimento e se protegem mutuamente como foi visto durante a observa o participante e se ouviu nas entrevistas informais o que afeta as condi es de trabalho e a agrava os problemas de sa de existentes Em sua dimens o estrutural o contexto de trabalho no HUOL marcado por uma setoriza
294. ra falar com as pessoas 019 3 Calor desconfort vel 019 4 Frio desconfort vel 019 5 Fuma a como fuma a de soldas ou de canos de escape p como p de madeira de algod o ou poeiras como poeira de cimento de barro etc 019 6 Inala o de vapores tais como de solventes diluentes e ou inseticidas 019 7 Manuseio ou contato da pele com produtos ou subst ncias qu micas 019 8 Radia es raio x radioatividade luz de soldadura raios laser 019 9 Fuma a de cigarro de outras pessoas 019 10 Manuseio ou contato direto com materiais que podem transmitir doen as infecciosas tais como lixo dejetos sangue fluidos corporais materiais de laborat rio 019 11 Exposi o prolongada ao sol 019 12 Mudan a brusca de temperatura 019 13 Excesso de umidade 019 14 Ilumina o insuficiente Todo o tempo N o se aplica 019 Quanto voc se exp e s condi es de trabalho abaixo Nunca Raramente Algumas vezes Muitas vezes Todo o tempo N o se aplica 019 15 Ilumina o excessiva 019 16 Acidentes f sicos desabamentos quedas de materiais etc 019 17 Acidentes com ferramentas instrumentos e maquin rios 019 18 Falta de higiene no local de trabalho 019 19 Contato com pessoas com doen as infecto contagiosas 019 20 Situa es que podem desenvolver doen as ocupacionais 019 21 E
295. realizado unicamente do ponto de vista do trabalhador Muchinsky 1994 aborda um conjunto de aspectos relacionados com as condi es de trabalho como estressores f sicos ergonomia no ambiente de trabalho em seus aspectos ergom trico biomec nico e fisiol gico fadiga f sica mental laboral e das habilidades acidentes de trabalho e sua rela o com caracter sticas pessoais do trabalhador trabalho em turnos alcoolismo e abuso de drogas relacionadas com outras reas da vida do indiv duo Acrescenta ao proposto por Tiffin e McCormick 1942 1959 uma vis o sist mica das condi es de trabalho Apesar de n o tratar ainda as condi es de trabalho como um construto Muchinsky 1994 oferece uma contribui o importante por sua abordagem multidisciplinar e por consequ ncia apontar para a multidimensionalidade e multicausalidade das condi es de trabalho embora estude as influ ncias das condi es de trabalho sobre os trabalhadores numa abordagem micro dos aspectos relacionados com a pr tica laboral Sua abordagem n o se remete ao mbito institucional e se prende ao que mais facilmente observ vel no ambiente de trabalho Mais recentemente a tem tica condi es de trabalho passou a despertar o interesse dos setores organizados da sociedade em virtude do desmoronamento da sociedade de bem estar nos pa ses capitalistas Com o envelhecimento das popula es e a automa o a economia capitalista n o conseguiu manter o
296. resente projeto de tese Nesta tese adotou se uma perspectiva que se enquadra nas tend ncias psicossociol gicas Segundo Alvaro e Garrido 2007 as tend ncias psicossociol gicas agregam conhecimentos da Psicologia e da Sociologia para o entendimento do mundo do trabalho Uma destas tend ncias decorre de uma vis o de mundo existencialista materialista dial tica Para permitir a compreens o de tal perspectiva aqui passaremos a identificar alguns de seus pressupostos b sicos que nortearam a elabora o do presente estudo A considera o do car ter s cio hist rico dos fen menos se associa na perspectiva psicossociol gica ao reconhecimento da necessidade de pressupor que o universal e o espec fico se relacionam de forma indissoci vel Politzer Besse e Caveing 1970 Yakhot Na gest o da UFRN iniciada em 2011 a Pr Reitoria de Recursos Humanos PRH passou a ser denominada Pr Reitoria de Gest o de Pessoas PROGEP conforme a Resolu o n 014 2011 CONSUNI de 11 de novembro de 2011 23 1975 Sartre 1961 N o poss vel compreender um fen meno psicossocial sem considerar os m ltiplos aspectos rela es e media es envolvidas Para entender a rela o sa de ps quica e trabalho nos profissionais de sa de nos hospitais da UFRN necess rio conhecer o contexto s cio hist rico espec fico em que o fen meno acontece Tal contexto abrange marcos hist ricos relativos aos hospitais prescri es legais
297. retudo quando se trata de uma altera o ps quica No contato com o contexto de pesquisa durante a vida profissional da pesquisadora e antecedendo os estudos desta tese observou se que h um encobrimento natural das patologias fruto da tentativa de manuten o do papel social do indiv duo que n o se permite colocar parte do processo produtivo que o lugar do doente na sociedade capitalista Isto refor ado por um sentimento de corpo dos profissionais de sa de que se protegem mutuamente Um dos sintomas pode ser o pequeno n mero de atestados e licen as m dicas que chegam ao DAS diante do que se observa nos hospitais Como resultado doentes no papel de profissionais atendem outros doentes aumentando potencialmente a ocorr ncia de erros graves e de acidentes de trabalho Reconhecer que existe doen a no grupo cuidador dos profissionais de sa de reconhecer a falibilidade do papel de produtor de sa de que tem um hospital dentro do contexto socioecon mico e social N o reconhecer assumir ser produtor de doen a justamente em quem por papel social deveria estar cuidando de doentes Isto passa diretamente pela concep o de g nero A nega o uma escolha existencial mas tamb m uma escolha do g nero Logo a mudan a deste quadro s poss vel com a reflex o dos diversos atores sociais envolvidos Por m para que haja reflex o e posterior mudan a necess rio elucidar aquilo que n o est claro no que um m
298. reventiva secund ria ou curativa e terci ria ou restaurativa por sua infraestrutura especializa o capacita o dos recursos humanos tecnologias incorporadas pelo seu n mero de leitos pequeno m dio ou grande porte pela sua dota o espec fica de recursos humanos especializa o pela subse o que atende especialidade oportuno esclarecer o conceito de redes de aten o como sistemas nos quais por meio de um conjunto de recursos assistenciais satisfazem se as necessidades de sa de de uma popula o determinada em uma rea geogr fica dada OPAS 2004 p 78 Esse conceito traz impl cito a compreens o dos componentes da rede e do pr prio hospital como um sistema aberto em intera o com seu meio que para Borba 1989 p 9 se constitui num organismo vivo que empresta sinergia vida comportamento e atitudes ao grupo que o comp e Destarte o hospital o espelho daquilo que seus dirigentes lhe imp em como cultura organizacional Por m uma organiza o o reflexo das pessoas que nela trabalham e estabelecem suas rela es sociais O pr prio Borba embora em sua conceitua o empreste vida organiza o como se ela n o fosse abstrata quando faz refer ncia cultura deixa transparecer que as pessoas d o a fei o daquilo que a organiza o vem a ser Evidentemente pessoas e organiza o v o manter entre si uma rela o dial tica 31 Os objetivos b sicos dos hospitais
299. rificados sintomas graves Os escores sintom ticos s o sempre preocupantes e necess rio minimizar sua ocorr ncia evitando o agravamento Com rela o ao bem estar ps quico os participantes da pesquisa nos dois apresentaram mais sentimentos positivos com rela o ao trabalho como tranquilidade contentamento e satisfa o Esses profissionais de sa de vivenciam menos sentimentos como raiva inc modo e f ria com rela o ao trabalho Foi realizada uma an lise de cluster com esses resultados sendo identificados cinco grupos que foram nominados tomando com base os afetos com rela o ao trabalho para evitar que os profissionais fossem rotulados pela presen a dos sintomas uma vez que o sintoma em si n o pode ser analisado 181 sem se considerar o contexto Esses grupos foram nominados de Pessimistas Ambivalentes Somatizadores Depressivos Otimistas Com exce o dos Otimistas os demais grupos apresentam altera es da sa de ps quica Entre eles os Pessimistas Depressivos e Ambivalentes demonstram com maior facilidade seus afetos com rela o ao trabalho enquanto os Somatizadores t m dificuldades na express o desses afetos Esses resultados mostraram que os profissionais de sa de do HUOL t m mais facilidade na express o dos afetos com rela o ao trabalho que aqueles que est o no HUAB onde os Somatizadores predominam Nesse ltimo hospital os la os afetivos que proporcionam apoio socioemocional s o maiores no entan
300. rio mas sua diferen a do produtivo que n o gera mais valia diretamente e sim depende da mais valia na medida em que no primeiro caso o trabalhador troca sua for a por capital e no segundo por renda O trabalho improdutivo independe da forma produtiva e a precede sendo respons vel por preparar manter e reciclar a for a de trabalho Antunes 2006 ressalta que no mundo contempor neo h uma maior inter rela o entre as atividades produtivas e as improdutivas Nessas ltimas se inclui a produ o do saber cient fico que d suporte ao aumento da produtividade seja atrav s da valida o de novas formas de organiza o do trabalho produtivo quanto por proporcionar o retorno de trabalhadores mais rapidamente produ o como se d com a expans o das ci ncias da sa de e seu reflexo na assist ncia hospitalar Os hospitais t m miss o restaurativa Buscam restabelecer a sa de devolvendo a sociedade um indiv duo produtivo ou que venha a se tornar produtivo no caso das maternidades e hospitais pedi tricos O trabalho desenvolvido por profissionais de sa de conceitualmente um trabalho improdutivo mas socialmente valorizado posto que encarado como uma miss o social sendo o trabalhador nos hospitais respons vel por devolver sociedade outros trabalhadores que est o temporariamente a margem dela Isto confere aos profissionais de sa de um lugar social de poder No entanto se a an lise focar se nos sal rios e nas
301. rio de Adam Smith Marx 1863 1987 faz uma cr tica contundente ao modo de produ o capitalista afirmando que A produtividade do capital antes de mais nada consiste mesmo considerando apenas a subsun o formal do trabalho ao capital na coer o para se obter trabalho excedente trabalho acima da necessidade imediata coer o que o modo capitalista de produ o partilha com modos de produ o anteriores mas que exerce e efetiva de maneira mais favor vel produ o Marx 1863 1987 p 384 certo que ao fazer esta cr tica a inten o de Marx n o era ainda discutir as condi es de trabalho mas acaba por faz lo quando exp e que no modo de produ o capitalista as condi es objetivas de trabalho material meios de trabalho e de subsist ncia n o s o 49 subsumidas ao trabalhador mas ao contr rio o trabalhador que subsumido a elas Marx 1863 1987 p 384 J se nota em Marx uma abordagem das rela es de trabalho Na mesma linha de pensamento de Marx Engels 1845 1986 foi um dos primeiros te ricos a discutir efetivamente condi es de trabalho ao abordar a vida de oper rios ingleses Em 1842 Engels chegou a Manchester na Inglaterra o centro do capitalismo da poca para cuidar dos neg cios da sua fam lia Influenciado pela filosofia cr tica alem logo percebeu que o progresso tecnol gico da poca gerava uma massa de trabalhadores maltrapilhos entre eles crian as extenuados por
302. rticipa o 2 46 0 70 33 3 43 3 21 7 1 7 F6 Viol ncia 1 52 0 63 80 8 15 8 1 7 1 7 F7 Ambiente 2 22 0 93 55 8 30 8 6 7 6 7 conflitante F 2236 16 para p lt 0 001 Foi aplicada a Anova que corroborou a diferen a entre as magnitudes das m dias nos fatores F 2236 16 para p lt 0 001 Foi ent o aplicado o teste Bonferroni para que estas m dias fossem hierarquizadas O resultado est expresso na figura 08 F2 Infraestrutura e press o M 3 01 DP 0 94 F3 Oferta de F5 Participa o F7 Ambiente informa es de sa de M 2 46 DP 0 70 conflitivo M 2 43 DP 0 11 M 2 22 DP 0 93 Fl Organiza o das atividades M 2 28 DP 0 80 F6 Viol ncia M 1 52 DP 0 63 F4 Discrimina o social M 1 16 DP 0 35 Figura 8 Hierarquia das m dias no ambiente sociogerencial Percebe se que h acentuada diferen a entre as m dias e uma maior exposi o ao fator Infraestrutura e Press o Esse avalia a percep o dos participantes quanto a press es diretas e indiretas sofridas no trabalho relativas exposi o a situa es como falta de equipamentos e material de trabalho e percep o de exig ncias desproporcionais s condi es de 141 infraestrutura No fator quanto maior o escore apresentado maior a percep o de que as condi es de trabalho avaliadas sob este aspecto n o s o adequadas Observa se a partir dos resultados que as condi es de trabalho n o s o considera
303. rticipantes sobre a possibilidade de ser envolvido em conflitos interpessoais e em situa es que divergem de seus valores e princ pios Tanto a hierarquia da m dia quanto a frequ ncia no escore das respostas no primeiro e segundo intervalos 86 6 refletem que para eles a possibilidade de envolvimento em conflitos interpessoais e diverg ncia de valores muito baixa sendo essa uma adequada condi o de trabalho Se por um lado as resposta parecem surpreender e ir de encontro ao que foi observado no contexto de pesquisa com a deflagra o da greve dos t cnico educativos em educa o quando as reclama es e conflitos foram frequentes por outro s o bastante coerentes mostrando que as reivindica es amplamente divulgadas pelo sindicato e na m dia n o afetam a rela o com colegas nos diversos n veis hier rquicos que dos conte dos das condi es de trabalho que o item avalia N o h tamb m conflito de interesses percebido a partir da an lise nem na observa o participante no contexto de pesquisa O fator Organiza o das Atividades revela a percep o dos participantes sobre a fun o gerencial Os itens que comp e o fator dizem respeito ao funcion rio ser instado a realizar tarefas desagrad veis contradit rias ou diferentes das suas De acordo com os dados constantes na tabela 24 a organiza o das atividades percebida como adequada para a maioria dos participantes uma vez que as 78 4 das respostas encontram
304. ru das coletivamente e que as rela es interpessoais estabelecidas s o determinantes nesse processo podemos compreender a partir dos resultados encontrados com as diversas t cnicas utilizadas que h risco no trabalho dos profissionais de sa de estudados O risco causado por m ltiplos fatores que se configuram na rela o dial tica do trabalhador com seu contexto de trabalho do qual fazem parte as condi es materiais e f sicas a organiza o dos processos e as rela es entre os atores sociais Portanto a contribui o epistemol gica desta tese est em evidenciar que os pressupostos da abordagem psicossociol gica s o adequados para a avalia o da sa de ps quica em rela o das condi es de trabalho de profissionais de sa de por considerarem a rela o entre o contexto de trabalho e a sa de ps quica 182 Teoricamente esta tese contribui ao propor um modelo da sa de ps quica de profissionais de sa de descrito no Cap tulo 5 que se presta ao entendimento do conceito de sa de de uma maneira mais ampla n o somente ps quica permitindo avalia es em diversos contextos de vida sejam eles laborais ou n o desde que se amplie a an lise da dimens o proposta como condi es de trabalho para condi es de vida Esta cren a no modelo conceitual parte do pressuposto de que toda a o de sa de uma tradu o de pol ticas em pr ticas assistenciais e que estas pol ticas s o frutos de conceitos de sa
305. ru do Temperatura Vibra es Inala o de vapores Manipula o de subst ncias t xicas Radia es Umidade Ilumina o Qualidade do ar Limpeza Higiene Trabalho em casa versus espa o organizacional Teletrabalho Trabalho executado na rua Trabalho realizado em espa o aberto Estrutura e configura o do espa o laboral privacidade distribui o territorial etc Desenho espacial arquitet nico Abrange o espa o e os materiais e equipamentos necess rios ao desempenho do trabalho configura o distribui o e desenho ergon mico do trabalho Condi es f sicas e materiais Trabalho em computadores Posturas prejudiciais Cargas pesadas Equipamentos mobili rio instrumentos Rela es do trabalho com esses aspectos ergonomia Condi es de seguran a Refere se a quanto os aspectos anteriores f sico espacial instala es e espa o arquitet nico representam amea as integridade f sico corporal dos trabalhadores bem como s medidas e s pr ticas adotadas tendo em vista a preven o de que as amea as se concretizem e de suas consequ ncias Riscos das condi es f sicas do ambiente Riscos gerados pelo uso de m quinas ferramentas e equipamentos Riscos oriundos no planejamento arquitet nico do espa o de trabalho Dispositivos de preven o Viv ncia do acidente de trabalho e suas consequ ncias e doen as do trabalh
306. s os pacientes etc 022 3 De objetivos quantitativos de produ o ou desempenho 022 4 Da velocidade autom tica de uma m quina ou do movimento de um produto 022 5 Do controle direto do seu chefe 023 O seu trabalho lhe exige 023 1 Respeitar normas administrativas t cnicas de seguran a etc 023 2 Avaliar por voc mesmo a da qualidade do seu trabalho 023 3 Resolver por voc mesmo a problemas imprevistos 023 4 Realizar tarefas mon tonas 023 5 Realizar tarefas repetitivas 023 6 Realizar tarefas complexas 023 7 Aprender coisas novas 023 8 Interromper uma tarefa para realizar outras 023 9 Ser contatado por e mail e ou por telefone fora do seu hor rio 024 Voc pode escolher ou modificar 024 1 A ordem das suas tarefas 024 2 Os seus m todos de trabalho 024 3 O ritmo da realiza o das tarefas Todo o tempo N o se aplica 025 Na execu o de suas atividades de trabalho Nunca Raramente Algumas vezes Muitas vezes Todo o tempo N o se aplica 025 1 Voc pode receber ajuda de colegas 025 2 Voc pode receber ajuda dos seus superiores chefes 025 3 voc pode receber ajuda externa empresa organiza o 032 4 Voc tem influ ncia sobre a escolha dos seus colegas de trabalho 025 5 Voc pode fazer pausa quando desejar 025 6 Voc tem te
307. s quica dos profissionais de sa de De acordo com o manual do QSG 60 foi calculado o percentil sintom tico em que o n vel 1 significa que n o h sintomas no fator em an lise o n vel 2 indica que os sintomas est o presentes e o n vel 3 indica que os sintomas causam preju zos graves sa de ps quica dos indiv duos para aquele fator O primeiro fator de sa de ps quica em an lise o Estresse Nos dois hospitais foram observadas situa es potencialmente estressantes t picas da rotina de profissionais de sa de Diversos autores Albrechet 1990 Pitta 1990 Pires Costa 2001 reportam que o estresse uma condi o esperada em profissionais de sa de pelas caracter sticas da tarefa assistencial que imp e o contato com os clientes e suas ang stias pelo trabalho em turnos pelas decis es complexas sob press o entre outras Os resultados encontrados Tabela 25 mostram que 66 6 dos profissionais de sa de da amostra apresentam sintomas de estresse sendo que destes 25 8 apresentam sintomas graves implicando em comprometimento grave da sa de e 40 8 n o apresentam sintomas 150 Tabela 25 Participantes da pesquisa por local de trabalho e escore sintom tico de estresse Estresse ae ae aaa 7 7 7 Total Sem sintomas Sintom ticos Sintomas Graves HUOL N de participantes 26 34 29 89 na amostra local 29 2 38 2 32 6 100 0 HUAB N de participantes 14 15 2 31 na amostra local 45 2 48 4 6 5 100 0 Total N de
308. s vel limitar suas atividades de assist ncia hospitalar somente aquelas curativo restaurativa e preventiva e com isso decidiu reavaliar suas fun es e organiz las no sentido de servir s necessidades do ensino e da pesquisa As fun es padronizadas por aquela Comiss o segundo o autor 1999 p 24 e 25 foram 1 Restaurativa compreendendo a diagn stico ambulat rio e interna o b tratamento da doen a curativo e paliativo envolvendo os procedimentos m dicos cir rgicos e especiais c reabilita o f sica mental e social d cuidados de emerg ncia acidentes e doen as mal s bito 2 Preventiva incluindo a supervis o da gravidez normal e nascimento da crian a b supervis o do crescimento normal da crian a c controle das doen as transmiss veis d preven o das enfermidades prolongadas e preven o da invalidez mental e f sica f educa o sanit ria g sa de ocupacional 3 Ensino incorporando a gradua o m dica b p s gradua o especialidades e praticantes em geral c enfermeiros t cnicos e auxiliares de enfermagem d interessados em Medicina Social e outras profiss es correlatas 4 Pesquisa reunindo a aspectos sociais psicol gicos e f sicos da sa de e da doen a b pr ticas hospitalares t cnicas e administrativas Assim a simples ideia de fun o restaurativa j deve pressupor a exist ncia de uma entidade provida de instala es equip
309. s com o cargo na amostra estudada Tabela 27 154 Tabela 27 Participantes da pesquisa por tipo de cargo e escore sintom tico de desejo de morte Desejo de morte Sintomas Sem sintomas Sintom ticos Graves Total M dico N de participantes 4 5 1 10 na amostra 40 0 50 0 10 0 100 0 Enfermeiro N de participantes 8 11 9 28 na amostra 28 6 39 3 32 1 100 0 Outros profissionais de N de participantes 6 8 9 23 n vel superior na amostra 26 1 34 8 39 1 100 0 Profissionais de n vel N de participantes 22 25 12 59 m dio e fundamental na amostra 37 3 42 4 20 3 100 0 Total N de participantes l 40 49 31 120 do Total 33 3 40 8 25 8 100 0 Qui quadrado x 3 00 para p 0 81 A desconfian a no desempenho e autoefic cia o terceiro fator de an lise do QSG 60 e diz respeito percep o de que o indiv duo capaz de realizar suas tarefas di rias de forma satisfat ria inclusive no trabalho Sabe se que as condi es de trabalho influenciam a sa de do trabalhador Mauro Mauro Pinheiro amp Silva 2010 Martins 2009 e que a tecnologia pode ser um fator de aux lio na execu o das tarefas Sabe se tamb m que melhor qualifica o profissional inclusive de gestores deveria significar uma adequada gest o do desempenho do qual o feedback parte integrante sendo essencial para que o trabalhador possa se comparar aos outros julgando se eficiente e eficaz o que contribui para sua perce
310. s do indiv duo Posto de trabalho Tarefas reais Forma o A ci Ambiente f sico Instrumentos Estado instant neo Organiza o Vida fora do trabalho Atividade de trabalho Rela es 5 E Carga de trabalho Sa de Acidentes Fonte Adaptado de Gu rin et al 1991 Produ o Qualidade Figura 3 Modelo integrador de sa de e trabalho Discutindo o trabalho Bendassoli 2011 diz que em um determinado grupo social a representa o de um objeto corresponde ao conjunto de informa es opini es e de cren as a ele relacionadas p 79 O autor explica que essas informa es n o s o constru das 13 aleatoriamente S o decorrentes das experi ncias pessoais e das rela es interpessoais passam a constituir a identidade do sujeito e ajudam a explicar a realidade Podemos ent o compreender que as representa es do trabalho para um indiv duo se constroem na rela o deste com a coletividade Esta coletividade lhe proporciona suporte social Isto se assemelha ao conceito de g nero Bakhtin 2003 Clot 2006 reportado como uma hist ria coletiva de como trabalhadores realizam uma atividade Neste entendimento do fazer coletivo o trabalhador encontra o suporte necess rio para sua atividade individual Lima 2007 p 101 afirma que com a degeneresc ncia do g nero deixa de existir um coletivo para amparar o sujeito O sujeito tende ent o a ficar isolado
311. s sociais e do conhecimento das reflex es destes sobre seu trabalho e sua sa de ps quica Os cinco cap tulos iniciais da tese promoveram essa discuss o abordando o percurso epistemol gico e te rico os pressupostos da abordagem psicossociol gica os hospitais como organiza o sua origem classifica o e inser o no sistema nico de sa de a assist ncia sa de dos servidores p blicos federais e as condi es de trabalho considerando o contexto e as conceitua es de sa de ps quica Esta discuss o permitiu concluir que n o poss vel avaliar a sa de ps quica dos trabalhadores sem considerar seu contexto em que estes desenvolvem suas atividades laborais Tampouco poss vel avaliar a sa de considerando que esta afetada somente em raz o das caracter sticas individuais dos atores sociais Foi proposto ent o um conceito compreensivo de sa de ps quica em rela o com as condi es de trabalho A utiliza o do conceito compreensivo de sa de para avaliar a sa de ps quica em rela o s condi es de trabalho dos participantes da pesquisa implicou assumir que era necess ria uma leitura dial tica da realidade estudada com uma postura reflexiva da pesquisadora e que seria necess rio obter dados de m ltiplas fontes Esse modelo est descrito na Figura 9 178 Avalia o da sa de ps quica em rela o com as condi es de trabalho de profissiona
312. sariamente f sica s demandas do ambiente Os indiv duos do Grupo 2 Ambivalentes tem afetos positivos em rela o ao trabalho e ativa o do comportamento mas tamb m apresentam afetos negativos Em virtude dos sentimentos negativos e positivos apresentados em rela o ao trabalho esses indiv duos podem demonstrar oscila es do comportamento Neste grupo provavelmente em fun o dos sentimentos positivos observa se que h uma redu o da gravidade do sintoma depressivo representado pelo desejo de morte Os indiv duos do Grupo 3 Somatizadores apresentam como caracter stica comum dist rbio do sono e sintomas psicossom ticos graves e rebaixamento dos afetos positivos e negativos A gravidade dos sintomas psicossom ticos indica que os indiv duos desse grupo provavelmente t m dificuldade de ter contato com os pr prios sentimentos sendo o sintoma psicossom tico uma defesa ps quica Winnincot 1994 1966 Mello Filho 2002 O dist rbio do sono grave apresentado que pode estar presente em quadros depressivos Por m como o sintoma de desejo de morte n o est presente mais prov vel que nesses indiv duos o dist rbio esteja ligado atividade laboral ou que seja consequ ncia dos sintomas psicossom ticos O nico sintoma grave do Grupo 4 Depressivos depress o representada pelo fator Desejo de Morte do QSG 60 Nesse grupo os afetos com rela o ao trabalho s o 163 positivos e prov vel
313. se entre nunca e algumas vezes O fator Viol ncia diz respeito amistosidade das rela es sociais no trabalho e inquire os participantes sobre estarem expostos viol ncia f sica agress es verbais intimida es persegui es e discrimina o sexual A m dia obtida M 1 52 demonstra que os participantes consideram adequadas as condi es de trabalho sob este aspecto o que corroborado pela a frequ ncia de 96 6 nos dois primeiros intervalos cujas respostas significam que o participante nunca est exposto ou est raramente exposto viol ncia O fator Discrimina o Social diz respeito percep o de estar exposto discrimina o baseadas em caracter sticas pessoais por exemplo idade altura cegueira sexo e o quanto a es gerenciais minimizam ou n o essas pr ticas discriminat rias As respostas no fator mostram que os participantes da pesquisa 95 8 n o se sentem discriminados A m dia Sobre isto ver not cia em http www reumatoguia com br interna php cat 92 amp id 1152 amp menu 92 143 M 1 16 mais aproximada da resposta nunca no question rio confirma o dado sendo este o ltimo fator na hierarquia perceptual dos participantes da pesquisa Procurou se verificar como os fatores do Ambiente Sociogerencial eram percebidos pelos participantes de acordo com os locais de trabalho Os resultados est o expressos na tabela 24 Tabela 24 Escores nos fatores do Ambiente Sociogerencial por h
314. seAction Artigo amp ID 1878 amp Secao 0RG ANIZA amp Volume 3 amp Numero 1 amp Ano 2004 gt Borges L O Oliveira A C F amp Morais L T W A 2005 O exerc cio do papel profissional da Psicologia Organizacional e do Trabalho Revista Psicologia Organiza es e Trabalho 5 2 101 139 Borges Org 2002 Os profissionais de sa de e seu trabalho S o Paulo Casa do Psic logo Braverman H 1980 Trabalho e capital monopolista Rio de Janeiro Zahar Canguilhem G 2006 O normal e o patol gico Rio de Janeiro Forense Universit ria 2006 Originalmente publicado em 1966 Capelle M C A 2002 Pesquisa a o uma proposta metodol gica para investiga o e interven o nas organiza es Anais do XXVI ENANPAD Salvador 22 25 9 2002 ANPAD cd rom Cardoso C amp Cunha F 1993 Empresas e institui es uma abordagem contempor nea Recife TGI Tecnologia Gerencial e Inform tica Castoriadis C 1982 A Institui o Imagin ria da Sociedade G Reynaud Trad Rio de Janeiro Paz e Terra Castro F G 2009 Materialismo hist rico e defini o de ps quico Psicologia e Sociedade 21 2 182 192 Chaves S S S 2007 O bem estar subjetivo e os valores humanos em m sicos e advogados da cidade de Jo o Pessoa Tese de doutorado n o publicada Universidade Federal do Rio Grande do Norte Natal Chiavenato I 1996 Teorias geral da administra o S o Paulo Makron Books 187
315. serva o participante associada a entrevistas n o estruturadas revelaram que profissionais de sa de nos dois hospitais trabalham mais horas que as regulamentadas pelo seu contrato de trabalho Em geral s horas deste s o somadas as horas de plant o eventual A demanda de plant es obrigat rios a mesma para os dois hospitais em estudo e dependem da carga hor ria contratual mas os plant es eventuais n o seguem essa regra sendo em maior n mero por profissional no HUAB que no HUOL em virtude daquele primeiro hospital dispor de menos m o de obra para cobrir sua escala de servi o No primeiro hospital se encontraram t cnicos de enfermagem m dicos e enfermeiros realizando 24 horas cont nuas de servi o somadas as horas normais previstas na escala e o plant o eventual Quando questionados esses profissionais justificaram a dist ncia do HUAB das suas cidades de origem e o desejo de evitar deslocamentos desnecess rios No HUOL h um cuidado maior com a distribui o das horas normais em rela o aos plant es eventuais sendo estes tamb m em menor n mero No entanto os funcion rios do HUOL relatam mais frequentemente o duplo v nculo profissional como demonstra o trecho de entrevista informal realizada no HUOL durante a observa o participante Trabalho aqui na UTI do e no meu consult rio Tem dias que emendo os plant es e depois quando chego em casa estou t o cansado que durmo mal 157 Entrevistado 23
316. sionais de sa de Os profissionais relatam o estresse como parte de sua rotina Oi Hoje o stress aqui est demais N o tive tempo de parar at agora Toda hora um paciente chama Auxiliar de enfermagem do HUOL durante minha visita s enfermarias No HUAB mais metade dos participantes 54 9 apresentam sintomas de estresse contudo apenas 6 5 apresentam a forma grave Naquele hospital as situa es estressoras reveladas na observa o participante s o mais pontuais embora algumas vezes muito intensas e est o mais relacionadas com fatos como a exposi o indireta viol ncia como em alguns 151 casos atendidos pelo setor de pediatria e as urg ncias nas situa es de parto Como o hospital n o possui UTI os casos de maior gravidade s o transferidos para a MEJC em Natal ou para outra unidade que disponha da vaga Isto torna os bitos mais raros Os per odos de internamento costumam ter maior brevidade em especial na maternidade Na pediatria existem interna es recorrentes e maior envolvimento entre usu rios e profissionais gerando maior mobiliza o emocional Outro fator possivelmente desencadeante do estresse o deslocamento entre Natal e Santa Cruz Fico estressada s de saber que vou ter que pegar o buz o da Jardinense Voc viu o que aconteceu ontem Menina pegou fogo Profissional de n vel superior do HUAB relatando acidente com o nibus que faz a linha Natal Santa Cruz O segu
317. sional em virtude da maioria dos cursos ocorrerem na capital dificultando o acesso dos profissionais do HUAB Deste modo o porte dos hospitais sua complexidade e localiza o geogr fica influenciam na forma como as condi es contratuais e jur dicas se configura em cada uma das unidades hospitalares em estudo Com rela o s condi es f sicas e materiais de trabalho os fatores que impactaram sobre a percep o de condi es adequadas de trabalho na an lise conjunta se repetiram por hospitais sendo os fatores Aspectos Psicobiol gicos e Exig ncia de Esfor o F sico os que mais impactaram sobre a avalia o que os trabalhadores fizeram do seu trabalho nesta categoria de an lise quando observados os escores do question rio No entanto como o 180 esfor o f sico esperado no trabalho de profissionais de sa de as falas dos participantes n o traduziram que este encarado como sobrecarga Na dimens o dos processos e caracter sticas da atividade o fator Est mulo Colabora o contribuiu para uma percep o positiva das condi es de trabalho nos dois hospitais O fator Complexidade e Responsabilidade n o foi negativo ou positivo em si mesmo uma vez que est associado a outras caracter sticas das condi es de trabalho como o porte do hospital assist ncia ofertada popula o e seu grau de diferencia o que consequentemente traz exig ncias diferenciadas na execu o das tarefas A an lise do ambiente socio
318. squisa o registra a intera o do pesquisador com os pesquisados do ponto de vista do primeiro al m de que registra e constr i informa es que elucidam situa es encontradas no campo que s vezes n o s o apreendidas por outros instrumentos 6 5 An lises de dados O conjunto de estrat gias metodol gicas e suas respectivas an lises de dados est o descritos na Tabela 6 e detalhados em sequ ncia Tabela 6 Estrat gias metodol gicas Participantes Instrumentos Procedimentos de coleta Procedimentos de an lise de dados Pesquisa documental Documentos referentes aos objetivos propostos para a tese Sele o e categoriza o dos documentos An lise de conte do Grupo focal Realizado apenas no HUAB em virtude da greve dos Tas Participaram 06 profissionais de sa de Roteiro semi estruturado Realizado no local de trabalho An lise de conte do Observa o participante Pesquisadora em intera o com os demais atores sociais Di rio de campo Realizada nos locais de trabalho Reflex o da pesquisadora pano de fundo para as outras an lises Entrevistas informais 38 entrevistas com profissionais de sa de 15 no HUAB e 23 no HUOL Roteiro estruturado n o Realizada durante as observa es participantes An lise de conte do Aplica o do protocolo de pesquisa 120 profissionais de sa de sendo 89 no HUOL e 31 no HUAB Question
319. ssonantes p 156 157 Para Srour 2005 p 152 diferentes tipos de rela es s o percept veis quando se realiza uma an lise organizacional as rela es estruturais que articulam classes e categorias sociais as rela es de consumo que vinculam a organiza o ao seu p blico alvo as rela es interpessoais ou interindividuais que conectam seus indiv duos Para o autor a an lise psicossociol gica focaliza esta ltima gama de rela es De acordo com ele o espa o social n o povoado por indiv duos mas por rela es sociais de que as pessoas s o portadoras Desta forma toda organiza o constitui um microcosmo com caracter sticas predominantes que permitem tr s dimens es anal ticas a econ mica que conduz s rela es de haver ou de produ o a pol tica que leva s rela es de poder a simb lica que aponta para as representa es imagin rias da coletividade O autor n o faz men o aos hospitais mas a perspectiva de an lise organizacional que prop e permite compreender o trabalho hospitalar como uma rela o de for as considerando o trabalho uma rela o social polarizada em 36 interesses individuais e coletivos em que cada polo da rela o sofre o efeito dos recursos poderes e apoios e saberes e conhecimentos Esta caracter stica de cont nuo vir a ser segundo Cardoso e Cunha 1993 marca tanto a trajet ria dos indiv duos quanto das organiza es que est o sempre em processo de pr
320. sta adequa o Desta forma o trabalho deveria ser realizado de forma a proporcionar o menor gasto de tempo poss vel com menor esfor o f sico de modo a se obter maior produtividade de cada trabalhador individualmente Se o enfoque principal de Taylor foi relativo ao modo de execu o da tarefa e no perfil do trabalhador os estudos de Elton Mayo realizados entre 1924 e 1932 na f brica da Western Eletric em Hawthorne no Estados Unidos resultou numa abordagem das rela es humanas no trabalho Chiavenato 1996 Motta 1996 Esse autor inicialmente abordou os efeitos da ilumina o do ambiente de trabalho sobre o rendimento dos trabalhadores mas ao final evidenciou o papel e a import ncia das rela es interpessoais e sociais no trabalho e seus efeitos na produtividade Portanto centrou se nas condi es de trabalho perif ricas a tarefa Tanto Mayo como outros te ricos entre eles Kurt Lewin John Dewey Morris Viteles e George C Homans fizeram oposi o Administra o Cient fica concluindo que o trabalho uma atividade grupal e que os trabalhadores reagem melhor aos est mulos do grupo que aos incentivos salariais Chiavenato 1996 Motta 1996 Zanelli amp Bastos 2004 Os estudos at aqui mencionados contribu ram para o surgimento na Administra o da Escola das Rela es Humanas Na Psicologia contribu ram para o salto da abordagem industrial apoiada em princ pios tayloristas para uma perspectiva organizacional
321. stribui o das atividades e encargos do trabalho aos m todos e t cnicas de produ o ou em outras palavras s demandas e planejamento do posto cargo de trabalho Refere se ao desempenho profissional Papel social Abrange a previs o das fun es sociais implicadas na realiza o ou execu o das atividades M todo e crit rio de organiza o do processo de trabalho Divis o de atribui es e responsabilidades Clareza de pap is Ambiguidade e conflito Condi es do ambiente sociogerencial Igualdade de oportunidades Diz respeito aos modos access veis ao trabalhador para lidar com as oportunidades existentes no mercado de trabalho e como suas atividades o projeta diante da sociedade Objeto de discrimina o sexual por idade por nacionalidade por incapacidades etc status poder Informa o e participa o Refere se ao acesso s informa es e possibilidades de participar e influir nos processos decis rios referentes aos processos e demais condi es de trabalho incluindo as condi es de contrata o no caso do emprego Informa o sobre riscos Possibilidade de discutir condi es de trabalho Clima Organizacional Refere se s caracter sticas das rela es interpessoais do ambiente sociogerencial sejam essas rela es horizontais sejam verticais Coes o grupal apoio m tuo coopera o empatia cordialidade harmonia etc Estilo de dire
322. ta S G 2005 Pesquisa a o cr tico colaborativa construindo seu significado a partir de experi ncias com a forma o docente Educa o e Pesquisa 31 3 521 539 Pires D 2000 Reestrutura o produtiva e consequ ncias para o trabalho em sa de Revista Brasileira de Enfermagem 53 251 63 Pitta A 1990 Hospital dor e morte como of cio S o Paulo Hucitec North D 1991 Institutions Institutional Change and Economic Performance New York Cambridge University Press Parsons T 1951 The social system Glencoe Free Press Peir J M 1993 Desencadeantes del Estr s Laboral Salamanca Endema Peir J M amp Prieto F 2002 Tratado de psicolog a del trabajo La actividad laboral em su contexto Madri Ed S ntesis Politzer G Besse G amp Caveing M 1970 Princ pios Fundamentais da Filosofia S o Paulo Hemus Livraria Portaria Interministerial N 1006 MEC MS de 27 de maio de 2004 Recuperado em 23 de mar o de 2010 de http www jusbrasil com br diarios 305732 dou secao 3 29 10 2004 pg 155 Portaria Conjunta SRH SOF MP n 1 de 29 de dezembro de 2009 Anexo tabela com valores Recuperado em 25 de fevereiro de 2011 de https conlegis planejamento gov br conlegis legislacao atoNormativoDetalhesPub htm id 7455 Pr Reitoria de Recursos Humanos 2002 Contribui o ao conhecimento sobre o Perfil de Morbidade em Servidores da UFRN a partir de dados registrados pela Junta M dic
323. ta para que dele possa emergir o conhecimento cient fico Embora se assuma tamb m que nunca se consegue apreender o todo plenamente O olhar do pesquisador sempre imperfeito e deve consistir na tentativa de aproximar se realidade que estuda ou explora Quando se adota uma abordagem psicossociol gica para a an lise de fen menos complexos como s o os pertencentes ao campo da sa de ps quica no trabalho apoia se num determinado contexto o campo como j designamos anteriormente no qual o objeto de estudo existe Ao fazermos isto reconhecemos que o conhecimento cient fico n o absoluto posto que fruto de um determinado momento hist rico e social no qual um problema elucidado Mas isto n o esgota todas as possibilidades de resolu o do problema pois o conhecimento n o estanque Por m prov vel que possa ser aplicado e replicado em contextos que se assemelhem O conhecimento cient fico relativo hist ria porque existe em um determinado contexto que a valida A produ o do conhecimento portanto processual Fontes 2001 necess rio portanto um m todo de pesquisa que d conta desta processualidade e ao holismo que o caracteriza Um m todo de pesquisa adequado a este novo paradigma a pesquisa o como proposto pelo pr prio Lewin e que ser adequadamente descrito no cap tulo de m todo No campo da sa de ps quica no trabalho no qual se insere este estudo a ado o da perspectiva psicoss
324. tados para o cargo que o servidor ocupa ou para as atividades que desempenha O incentivo est previsto na Lei 11 091 de 12 de janeiro de 2005 e regulamentado pelo Decreto 5 824 de 29 de junho de 2006 120 hospitais em estudo apesar de adotarem formalmente organogramas que refletem uma estrutura organizacional burocr tica se organizam efetivamente em estruturas matriciais informais como constatados na observa o participante Mostrou se ainda que os hospitais est o inseridos no SUS como terci rios por serem hospitais de ensino mas na pr tica prestam servi os secund rios e terci rios dada a regi o socioecon mica em que se inserem O cap tulo tamb m apresentou a maneira como realizada a assist ncia sa de ps quica dos profissionais de sa de que atuam nos hospitais em estudo e caracterizou o perfil dos participantes da pesquisa Todas as informa es contidas t m reflexos nas condi es de trabalho e na sa de ps quica dos profissionais de sa de o que ser discutido nos pr ximos cap tulos 121 8 Avalia o das condi es de trabalho segundo os participantes da pesquisa Este cap tulo apresenta a avalia o das condi es de trabalho nos hospitais segundo os participantes da pesquisa analisando os resultados da aplica o do question rio de condi es de trabalho e observa o participante Ser o discutidas as condi es nos seus aspectos contratuais e jur dicos das condi es f sicas e mat
325. tais empregadas para que a atividade seja realizada Isto envolve o processamento das informa es recebidas a tomada de decis o e a capacidade de resolu o de problemas Abrah o 1993 O componente ps quico relativo aos elementos afetivos relacionais psicol gicos psicossociol gicos e sociol gicos da atividade vari veis comportamentais motivacionais e psicopatol gicas Torres 2001 pXXID Gu rin Laville Daniellou Durrafourg e Kerguellen 1991 prop em um modelo integrador para que se compreenda a rela o entre o trabalho realizado o contexto de trabalho os resultados do trabalho em termos de produ o e de sa de do trabalhador No modelo a carga de trabalho advinda da atividade impacta sobre a sa de do trabalhador Se a atividade o pr prio trabalho no qual h um g nero este que vai explicar as condutas socialmente assumidas diante das quest es que envolvem a sa de do trabalhador tanto do ponto de vista destes quanto de quem tem a fun o de cuidar de sua sa de Quando falamos de condutas socialmente assumidas tomamos como defini o que as organiza es s o contextos sociais e que os trabalhadores mesmo quando pensam estar atuando individualmente fazem isto num dado contexto o que pode resultar em suporte social A Figura 3 apresenta o modelo proposto por Gu rin et al 1991 ORGANIZA O TRABALHADOR CONTRATO ATES gt a Tempo hor rio Tarefas prescritas Dado
326. te de uma condi o patol gica O autor afirma ainda que n o h sa de f sica sem sa de ps quica Canguilhem 2006 Como podemos perceber os conceitos de sa de e doen a normalidade e patologia de Canguilhem s o teis por incorporar a rela o do indiv duo com seu meio e o julgamento deste indiv duo sobre o seu pr prio ajustamento ao contexto em que vive 5 4 Sa de como direito Nas d cadas de 1970 e 1980 houve intensa mobiliza o nos pa ses da Am rica Latina em resposta crise dos sistemas de sa de No Brasil esta mobiliza o resultou na VIII Confer ncia Nacional de Sa de que provocou amplo debate resultando num conceito ampliado de sa de que se transformou em texto constitucional em 1988 A Constitui o Federal em seu Art 196 prescreve A sa de direito de todos e dever do Estado garantido mediante pol ticas sociais e econ micas que visem redu o do risco de doen a e de outros agravos e ao acesso universal e igualit rio s a es e servi os para sua promo o prote o e recupera o Brasil 1989 O texto da Lei representa o conceito ampliado de sa de em que esta caracterizada como resultante das condi es de alimenta o educa o habita o renda meio ambiente trabalho transporte lazer liberdade acesso e posse da terra acesso a servi os de sa de Diz ainda o texto da VIII Confer ncia Nacional de Sa de que A sa de n o um conceito abstrato mas que se d
327. te e do n mero de servidores federais atuantes na sa de ser bastante significativo foi emitido um documento institucional ao Complexo Hospitalar e de Sa de ao qual os hospitais est o vinculados evidenciando que os resultados da pesquisa s o de interesse institucional na medida em podem vir a gerar a es de melhorias para o grupo pesquisado Em seguida a coordena o do CHS colocou a apresenta o da proposta de tese como ponto de pauta na sua reuni o ordin ria com os diretores dos hospitais da UFRN apresentando tamb m o interesse da PRH Nesta reuni o os diretores conheceram a proposta da pesquisa e fizeram questionamentos pesquisadora Como caracter stico na pesquisa o este contato inicial gerou dados para a reflex o m tua pesquisadora e pesquisados representados pelos diretores hospitalares e coordenador do CHS A pesquisa o foi desenvolvida no campo abrangendo uma combina o de estrat gias a pesquisa documental a aplica o de um protocolo de pesquisa no formato de question rios 82 estruturados grupo focal observa o participante e entrevistas informais n o estruturadas durante o processo de observa o O desenvolvimento da aplica o de cada uma das t cnicas ser detalhado na sequ ncia deste cap tulo 6 2 Participantes da pesquisa A pesquisa foi desenvolvida com profissionais de sa de em dois hospitais da UFRN O uso do termo profissionais de sa de inclui como participantes
328. tentativas de suic dio anterior Di rio de campo HUOL em 28 08 2011 Este acontecimento mobilizou intensamente a todos no hospital inclusive esta pesquisadora O acontecimento suscitou algumas reflex es dos participantes da pesquisa sobre a rela o entre condi es de trabalho e sa de ps quica Uma t cnica de enfermagem comentou Como que uma pessoa que ficou afastada do trabalho porque tem depress o volta e vai trabalhar na mesma coisa S podia dar nisso a Entrevistado 26 HUOL Diante do coment rio outra t cnica falou Mas o trabalho n o tem nada a ver Ela que era perturbada mesmo Entrevistado 27 HUOL Essas profissionais de sa de discutiram por alguns minutos Uma defendia a ideia de que o trabalho pode ser t o penoso s vezes que podia levar algu m a querer morrer para parar de sofrer Entrevistado 26 HUOL A outra insistia que era preciso ter uma fraqueza na mente e que s o trabalho n o era suficiente para fazer algu m se matar Se fosse assim ningu m trabalhava aqui Porque aqui o trabalho pesado Entrevistado 27 HUOL O di logo com as participantes da pesquisa citadas anteriormente levou a pesquisadora a indagar se os escores de Desejo de Morte variavam com os cargos dos indiv duos Para explorar esta possibilidade o Qui quadrado foi aplicado y2 3 00 para p 0 81 mostrando que esses escores se distribu am proporcionalmente quando comparado
329. ternas da institui o a partir da d cada de 1980 Contudo at hoje perdura o poder estabelecido mudando apenas de locus Na ordem social vigente setores fechados como Unidade de Terapia Intensiva Transplante Renal Centro Cir rgico t m maior import ncia institucional recebendo recursos diferenciados e seus profissionais tem mais status na institui o Note se que n o se pretende defender que um leito de UTI seja igual a um de enfermaria geral Evidencia se que dentro da especificidade de cada setor em lugar de se trabalhar com o melhor recurso poss vel compat vel com a necessidade de cada unidade articulando as necessidades dentro de um projeto institucional mais amplo h uma prioriza o de uns setores em detrimento de outros Isto denota uma dificuldade de compreens o das quest es pol ticas e sua repercuss o na fun o assistencial gerando em 104 alguns profissionais um sentimento de menor reconhecimento que tem impacto no processo de trabalho O HUAB possui um organograma semelhante ao do HUOL e diferencia o e departamentaliza o em sua estrutura organizacional em que setores representam os diversos servi os de um hospital Tal como no HUOL o organograma aponta para uma organiz o burocr tica e a realidade para uma estrutura matricial ainda mais forte que no HUOL em virtude da assist ncia estar fortemente organizada em projetos No HUAB muitos dos setores que s o Divis o no organograma t m s v
330. tivamente ao HUOL importante considerar que nesse contexto o HUAB vive um momento de dificuldade pois para aumentar a arrecada o precisaria elevar a taxa de ocupa o o que seria poss vel com a amplia o da oferta de servi os popula o Mas n o h pessoal dispon vel nem previs o de contrata o pelo governo federal de imediato A distribui o atual de leitos tamb m contribui para a baixa taxa de ocupa o em virtude da 8 Ver not cia dispon vel em http institutopedrocavalcanti wordpress com 2012 07 13 hospitais universitarios ganham investimento 1 Informada pela Dire o do HUAB em reuni o administrativa com os gerentes em 16 07 2012 20 Originalmente eram quatro HUAB HUOL MEJC HOSPED sendo este ltimo incorporado ao HUOL como foi dito anteriormente Destes apenas dois HUOL e HUAB foram campos de pesquisa para esta tese 100 pactua o dos leitos da Pediatria com o munic pio sendo esses os que t m maior ociosidade Assim qualquer reordenamento interno depende de decis es tomadas no mbito da rede assistencial que inclui estado e munic pio e suas representa es colegiadas Logo vemos que a quest o da sobreviv ncia financeira dos hospitais universit rios depende de quest es contextuais e pol ticas que est o al m dos muros das institui es A descri o do contexto hist rico dos hospitais realizada anteriormente permite compreender a import ncia dos hospitais em estudo par
331. tivas como a psicossociologia do trabalho permitindo a compreens o da rela o do trabalhador com o seu contexto de trabalho e as repercuss es disto no seu bem estar Sobre esta tem tica Jacques 2007 afirma que a investiga o do nexo causal algumas vezes tem diminu do a responsabiliza o do trabalhador pelo seu pr prio agravo embora o modelo de investiga o ainda se paute na patologia Esta autora lembra com muita propriedade que a investiga o do nexo deve se constituir numa demanda para a psicologia Ademais sendo o trabalho uma categoria central da vida humana e o psic logo um cientista do humano n o poss vel entender o ser sem compreender seu trabalho e tampouco ajud lo a reencontrar o bem estar sem isto necess rio se compreender o trabalho como uma atividade humana para que as rela es entre este e a sa de ps quica se estabele am Algumas disciplinas se prop em a auxiliar nesta compreens o Uma delas a Ergonomia Esta reporta ao trabalho ser uma atividade humana individual ou coletiva final stica e organizada realizada num contexto espec fico Teiger 1992 Tersac 1995 Torres 2001 A atividade humana por sua vez formada por componentes f sico cognitivo e ps quico Wisner 1987 Abrah o 1993 O componente f sico diz respeito ao uso que o trabalhador faz do seu corpo para desempenhar suas atividades no trabalho O componente 12 cognitivo diz respeito s fun es perceptivas e men
332. to dificultam o gerenciamento permitindo situa es que agravam a sa de como o excessivo n mero de horas trabalhadas e que ferem os preceitos legais As formas de enfrentamento coletivo das dificuldades do contexto que afetam a sa de ps quica s o predominantes no HUOL embora os la os afetivos ocorram mais em pequenos grupos dada a complexidade e grau de diferencia o dos setores do hospital O ltimo dos objetivos espec ficos foi compreender as rela es existentes entre a sa de ps quica e as condi es de trabalho dos participantes da pesquisa Cap tulo 10 Evidenciou se que havia comprometimento da sa de ps quica na forma de redu o do bem estar afetivo no trabalho nos cinco grupos que se diferenciavam entre si por suas percep es sobre esta rela o e que a sa de ps quica variava por local de trabalho indicando a import ncia do contexto laboral As rela es mais importantes foram estabelecidas entre os aspectos psicobiol gicos exig ncia de esfor o f sico e risco de acidentes da dimens o condi es F sicas e Materiais complexidade e responsabilidade na dimens o Processos e caracter sticas do trabalho e organiza o da atividade viol ncia e ambiente conflitivo na dimens o Ambiente Sociogerencia H manifesta es graves nos dois hospitais que variam com o contexto laboral apresentado em cada um o que era esperado Se considerarmos que as significa es do trabalho na vida de um trabalhador s o const
333. to em anexo a esta correspond ncia Tal investiga o tem como objetivo avaliar a sa de ps quica de trabalhadores do complexo hospitalar da UFRN em sua rela o com as condi es de trabalho o que possibilitar construir um banco de dados sistem tico e abrangente A estrat gia geral para viabiliza o da investiga o proposta delineada como pesquisa a o inclui contatos visitas observa es entrevistas e aplica o de question rios nos diversos hospitais que comp em o Complexo Hospitalar e de Sa de da Universidade Federal do Rio Grande do Norte Os hor rios e dias cronograma de aplica o poder o ser estabelecidos entre nossos aplicadores e V Sa ou pessoa por V Sa designada de modo que haja interfer ncia m nima na rotina da institui o Certos de contar com a colabora o de V Sa agradecemos antecipadamente salientando que quaisquer esclarecimentos adicionais podem ser adquiridos diretamente com a pesquisadora Maria Teresa Pires Costa coordenadora da pesquisa no telefone 84 9109 7774 ou 3215 3590 R 231 Atenciosamente Maria Teresa Pires Costa Dda Coordenadora da pesquisa Autoriza o da institui o organiza o Nome da Organiza o Nome do dirigente respons vel Assinatura e carimbo UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CI NCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES N CLEO AVAN ADO DE POL TICAS P BLICAS GRUPO DE ESTUDOS DE SA DE MENTAL E TRABALHO
334. todo Como exposto anteriormente as condi es de trabalho s o fruto das rela es dial ticas entre o pensar e agir No fim do processo do trabalho aparece um resultado que j existia idealmente na imagina o do trabalhador De acordo com Marx 1890 2008 Ele n o transforma apenas o material sobre o qual opera ele imprime ao material o projeto que tinha conscientemente em mira o qual constitui a lei determinante do seu modo de operar e ao qual tem de subordinar sua vontade E essa subordina o n o um ato fortuito Al m do esfor o dos rg os que trabalham mister a vontade adequada que se manifesta atrav s da aten o durante todo o curso o trabalho p 211 212 Portanto pensar sobre o trabalho abre possibilidades e horizontes e permite ressignifica es importantes que ter o repercuss es nas condi es de trabalho na sa de ps quica e na assist ncia ao usu rio dos hospitais 63 5 Sa de ps quica dos profissionais de sa de Este cap tulo apresenta algumas concep es sobre a rela o sa de e trabalho para em seguida apresentar os modelos contempor neos de sa de suas implica es para a compreens o da sa de ps quica e o modelo de sa de ps quica no trabalho proposto para orientar a presente pesquisa numa perspectiva psicossociol gica Cabe comentar que embora a literatura especializada venha usando tradicionalmente o termo sa de mental em lugar de sa de ps quica nesta tese a op o t
335. tor Dist rbio do Sono mostra as altera es do sono que podem estar presentes composto por 6 quest es O quinto fator Dist rbio Psicossom tico se refere a problemas de ordem org nica como cefaleias sensa o de fraqueza e outras manifesta es A soma de todos os fatores tratada como Fator Geral e representa a presen a e severidade dos dist rbios n o psic ticos no respondente Deste modo o escore do Fator Geral no QSG 60 demonstra que o respondente apresenta dificuldades psicol gicas o que pode ser traduzido como comprometimento do seu bem estar ps quico e prov vel impossibilidade de manter uma vida pessoal e social satisfat rias De acordo com Pasquali et al 1994 a an lise de consist ncia interna dos fatores atrav s do alfa de Cronbach mostrou que os fatores 1 2 e 3 apresentaram coeficiente 0 89 o fator 4 apresentou 0 80 e o fator 5 obteve coeficiente 0 83 e por fim o QSG como um nico fator 60 itens apresentou um alfa 0 95 demonstrando uma boa consist ncia interna da escala A Escala de Bem Estar Afetivo no Trabalho JAWS 12 adaptada por Gouveia Fonseca Lins e Gouveia 2008 se prop e a avaliar o bem estar subjetivo no trabalho BES atrav s de afetos reportados pelos trabalhadores Esta adapta o cont m afetos relacionados com o trabalho que se agrupam em quatro dimens es como mostra a figura em sequ ncia e 89 n o apenas em duas como na vers o original Segundo os autores da
336. tudante de gradua o Al m disso a cada cinco anos de trabalho podem solicitar at tr s meses de licen a de capacita o destinada a estudos mediante comprova o de que esta finalidade ser atendida como no caso das p s gradua es lato sensu em que o afastamento remunerado n o permitido pela Lei 8 112 90 que determina o Regime Jur dico nico dos Servidores Civis Federais das visitas t cnicas e cursos de curta dura o 34 Os benef cios e suas regulamenta es est o dispon veis no site da Pr Reitoria de Gest o de Pessoas PROGESP UFRN www progesp ufrn br 122 Um fator em an lise nas condi es contratuais e jur dicas a distribui o da carga hor ria contratual expressa na Tabela 16 Nos hospitais da UFRN segundo o que determina a legisla o os m dicos s o contratados com 20 horas semanais os fisioterapeutas e assistentes sociais t m carga hor ria de 30 horas semanais os t cnicos de radiologia de 24 horas semanais e os demais profissionais de n vel superior s o contratados para 40 horas semanais Essas horas de todos os profissionais podem ser distribu das em regime de escalas ou de plant es ou em expedientes em turnos cont nuos ou com intervalo para refei es de acordo com a carga hor ria e a conveni ncia do servi o Tabela 16 Participantes da pesquisa por jornada de trabalho estabelecida em contrato 20h semanais 30h semanais 40h semanais Outras Total HUOL N de parti
337. tui o o lugar do poder a organiza o ser o lugar dos sistemas de autoridade da reparti o de compet ncias de responsabilidades Logo os hospitais embora sejam institui es s o em sua ess ncia organiza es de sa de em que o trabalho profissional complexo e especializado Nesse contexto os trabalhadores necessitam de autonomia e se valem de constante negocia o para realizar suas tarefas O poder partilhado ou dividido entre grupos e os conflitos s o frequentes como tamb m o processo de elabora o de estrat gias para fazer frente aos interesses de servi os que ora s o interdependentes ora funcionam autonomamente Mintzberg 1989 Outro autor que contribui para uma compreens o psicossociol gica das organiza es Morgan 1996 que prop e a utiliza o de met foras Segundo este autor Usar uma met fora implica um modo de pensar e uma forma de ver que permeia o modo como vemos nosso mundo em geral p 16 O pr prio autor reconhece que cada met fora provoca uma vis o parcial sobre o comportamento individual e coletivo Mas o conjunto de vis es permite uma compreens o do contexto A Tabela 1 apresenta as caracter sticas de cada met fora Tabela 1 Resumo das met foras de Morgan Met fora Caracter sticas M quina Espera se nos indiv duos um comportamento mecanizado preciso obediente e na organiza o que esta receba e processe seus insumos e os devolva ao ambiente A organiza
338. u a nebuliza o que administra o de medicamento Nesses casos os profissionais requisitados lembram que a finalidade do acompanhante principalmente dar o suporte s cio emocional ao paciente o que se torna conflitante pela n o percep o real desse papel por parte da equipe assistencial em alguns momentos No HUOL o ambiente conflitante se d em geral dentro das categorias profissionais e n o entre elas Em geral s o conflitos que envolvem subordina o hier rquica ou posturas profissionais como o que foi usado como exemplo do fator viol ncia 148 Ao t rmino do cap tulo conclui se que os mesmos fatores que contribu ram para a percep o de condi es adequadas de trabalho na an lise conjunta tamb m se repetiram naquela por hospitais Dentre eles o que mais impactou a percep o dos participantes da pesquisa foi o fator Est mulo Colabora o da dimens o dos processos e caracter sticas da atividade sendo provavelmente indutor do bem estar Foram fatores que influenciaram negativamente os Aspectos Psicobiol gicos da dimens o das condi es f sicas e materiais sendo o segundo fator com maior m dia e Infraestrutura e Press o da dimens o do ambiente sociogerencial o quarto fator com maior m dia Esses s o aspectos que podem ser alterados pela a o dos atores sociais minorando seu impacto sobre a sa de do trabalhador O fator Complexidade e Responsabilidade da dimens o dos processos e caracter sticas da
339. ucault uma trajet ria filos fica para al m do estruturalismo e da hermen utica pp 231 249 Rio de Janeiro Ed Forense Foucault M 1980 Nascimento da Cl nica Rio de Janeiro Forense Universit ria Fontes V 2001 Hist ria e Verdade In M Chiavatta amp G Frigotto Orgs Teoria educa o no labirinto do capital pp 130 155 Petr polis Vozes Gabinete da Presid ncia da Rep blica 1996 Decreto n 1 825 de 29 de fevereiro de 1996 Recuperado em 12 de janeiro de 2008 de http www planalto gov br ccivil_03 decreto 1996 D1825 htm 188 Gabinete da Presid ncia da Rep blica 2006 Decreto n 5 824 de 29 de junho de 2006 Recuperado em 12 de janeiro de 2008 de http www planalto gov br ccivil 03 decreto 2006 D5824 htm Gabinete da Presid ncia da Rep blica 2006 Decreto n 5961 de 13 de novembro de 2006 Recuperado em 12 de janeiro de 2008 de http www planalto gov br ccivil 03 Ato2004 2006 2006 Decreto D5961 htm Gabinete da Presid ncia da Rep blica 2009 Decreto n 6 833 de 29 de abril de 2006 Recuperado em 20 de janeiro de 2010 de http www dji com br decretos 2009 006833 2009 006833 htm Gabinete da Presid ncia da Rep blica 2010 Decreto n 7 082 de 07 de janeiro de 2010 Recuperado em 29 de janeiro de 2011 de http www planalto gov br ccivil 03 decreto 2010 D7082 htm Gabinete da Presid ncia da Rep blica 1938 Decreto Lei n 1 713 de 30 de julho de 1938 Fotoc pia de
340. udo demonstra que existe o adoecimento na forma de stress mas n o faz uma rela o precisa entre as condi es de trabalho e as patologias apresentadas Outro estudo sobre os profissionais de sa de e seu trabalho 20 desenvolvido por Silva Argolo e Borges 2005 mostra que existe exaust o emocional em profissionais da rede hospitalar p blica da cidade de Natal relacionada com o hospital onde o indiv duo trabalha de que se pode esperar que sejam os fatores relativos s condi es de trabalho que est o influenciando o surgimento do quadro avaliado Considera se tamb m o efeito da sa de ps quica sobre o trabalho Primeiramente pode se reportar aos resultados de levantamentos da Associa o Brasileira de Psiquiatria www abpbrasil org br reveladores de que as doen as mentais s o respons veis por cinco das dez principais causas de afastamento do trabalho no Brasil No ramo de atividade da Administra o P blica Defesa e Seguridade Social no qual se inserem as universidades de acordo com Barbosa Branco Albuquerque Oliveira e Matheus 2004 um trabalhador tem 14 vezes maior probabilidade de demandar benef cio por doen a mental que os de outros ramos Resultados de um estudo desenvolvido pela Divis o de Higiene Seguran a e Medicina do Trabalho da UFRN em 2003 www prh ufrn br que apresenta o perfil de morbidade dos servidores da UFRN apontam que os transtornos mentais constituem se na quinta maior causa de afastamento do
341. uito cansado e exausto at mesmo para se alimentar N o absolutamente N o mais que de costume Um pouco mais que de costume Muito mais do que de costume 14 Tem perdido muito sono por causa de preocupa es N o absolutamente N o mais que de costume Um pouco mais que de costume Muito mais do que de costume 15 Tem se sentido l cido e com plena disposi o mental Melhor que de costume Como de costume Menos l cido que de costume Muito menos l cido do que de costume 16 Tem se sentido cheio de energia com muita disposi o Melhor que de costume Como de costume Com menos energia que de costume Com muito menos energia do que de costume 17 Tem sentido dificuldade em conciliar o sono pegar no sono N o absolutamente N o mais que de costume Um pouco mais que de costume Muito mais do que de costume 18 Tem tido dificuldade em permanecer dormindo ap s ter conciliado o sono N o absolutamente N o mais que de costume Um pouco mais que de costume Muito mais do que de costume 19 Tem tido sonhos desagrad veis ou aterrorizantes N o absolutamente N o mais que de costume Um pouco mais que de costume Muito mais do que de costume 20 Tem tido noites agitadas e mal dormidas N o absolutamente N o mais que de costume Um pouco mais que de costume Muito mais do que de costume
342. uito raramente exposto 2 5 A colabora o entre membros de uma equipe uma condi o desejada para o trabalho em sa de tanto por motivos t cnico assistenciais quanto pelo apoio psicossocial que pode proporcionar ao trabalhador sendo este um dos fatores de preven o do adoecimento ps quico no trabalho como discutido anteriormente no Cap tulo 5 desta tese O segundo fator coforme a magnitude da m dia dos escores para os participantes da pesquisa foi Complexidade e Responsabilidade Este fator diz respeitos exig ncia de realizar tarefas complexas rapidez responsabilidade por danos e iniciativa diante do imprevisto Os escores mostram que os participantes se sentem raramente expostos 30 85 e algumas vezes expostos 50 a esta condi o indicando que os participantes consideram que as tarefas que desempenham exigem deles responsabilidade e que s o relativamente complexas O trabalho em sa de como j foi discutido no Cap tulo 4 vide Merhy 1999 Pires 2000 Schraiber et al 1999 complexo dada sua natureza de lidar com vidas o que implica em decis es r pidas e acertadas tamb m dentre os processos de trabalho existentes um dos que pouco se modificou em ess ncia quando se considera a responsabilidade pela tomada de decis o e iniciativa do trabalhador embora a tecnologia dispon vel para a assist ncia ao paciente tenha aumentado muito ao longo dos anos deixando as tarefas mais variadas Um escore mais alto neste
343. uma assistente social e seu caso encaminhado aos outros profissionais psiquiatra ou psic logo H naquele departamento uma tentativa de atendimento multidisciplinar mas a observa o participante mostrou que este fragmentado e individualizado n o permitindo estabelecer adequadamente as rela es entre o trabalho e o adoecimento ps quico Desta forma o adoecimento sempre uma quest o particular do servidor A pesquisa de contexto tamb m demonstrou que existe uma separa o entre o que pensam os t cnicos da DASS e o que prega o SIASS pois a orienta o interna de suspens o paulatina dos atendimentos individualizados por a es preventivas e de car ter grupal Isto fere um dos pilares do SIASS que a assist ncia que abrange como j foi mencionado 8 Durante a observa o participante a pesquisadora presenciou ao longo do tempo no HUAB uma situa o em que isto se confirmou e s foi sanada quando a funcion ria que necessitava de avalia o procurou espontaneamente seu m dico particular e iniciou o tratamento para o transtorno ps quico Enquanto a situa o perdurou os gestores locais fizeram ajustes de tarefas e os colegas foram colaborativos at que a servidora pudesse exercer novamente suas atividades Al m disso criou se uma rede de apoio psicossocial na qual colaboraram diversos colegas tanto no contexto de trabalho quanto no ambiente social e residencial da servidora 111 preven o tratamento
344. umanos adotado Nos hospitais universit rios em estudo os casos que demandam assist ncia sa de ps quica se tornam de conhecimento da gest o de recursos humanos da unidade quando o funcion rio passa a ter problemas com rela o ao desempenho no trabalho Em tais casos em geral o funcion rio chamado e entrevistado seu problema levantado e ele aconselhado a buscar assist ncia no DASS ou atrav s de seu plano de sa de As quest es administrativas s o gerenciadas no sentido de evitar perdas salariais e as chefias s o esclarecidas das delibera es do rg o gestor de pessoas ao qual o funcion rio est ligado diretamente O funcion rio orientado a procurar a junta m dica se seu caso demandar afastamento do trabalho Em casos em que o funcion rio n o procura espontaneamente a DASS e permanece trabalhando com sintomas ps quicos a observa o participante revelou que os gestores de pessoas das unidades solicitam avalia o da sa de ocupacional com avalia o da sa de ps quica De acordo com os gestores entrevistados tanto no HUOL como no HUAB n o h retorno satisfat rio dessas solicita es Se o trabalhador for ao seu m dico particular ou procurar assist ncia na DASS e necessitar afastamento do trabalho agendado um hor rio com a junta m dica para homologa o do atestado m dico Naqueles casos em que o servidor com altera o na sa de ps quica procura a DASS para a consulta inicial acolhido por
345. vo no Trabalho INSTRU ES Abaixo est o afirma es que mostram afetos diferentes que o trabalho pode fazer a pessoa sentir Por gentileza leia atentamente as frases abaixo e indique o quanto o seu trabalho tem feito voc sentir nos ltimos 30 dias cada um dos afetos listados Pedimos lhe que para cada afeto marque com um X a resposta que corresponde mais ao que tem sentido importante que voc RESPONDA A TODAS AS PERGUNTAS Muitas Nunca Raramente As vezes Sempre vezes Meu trabalho me faz sentir 01 Tranquilo 02 Incomodado 03 Com energia 04 Com raiva 05 Contente 06 Desencorajado 07 Entusiasmado 08 Desgostoso 09 Satisfeito 10 Triste 11 Empolgado 12 Furioso Veja o verso Roteiro do grupo focal 1 Que cargos voc s ocupam neste hospital 2 Descrevam este hospital da forma como voc s o v em 3 Quais s o as condi es de trabalho neste hospital 4 Existem diferen as entre o trabalho realizado por voc s e aquele esperado pela institui o 5 Existem funcion rios que apresentam problemas relativos sa de ps quica 6 Estes problemas possuem rela o com o trabalho 7 Como s o tratados estes problemas 8 Oque o SIASS 9 H alguma a o institucional espec fica para cuidar da sa de ps quica dos funcion rios 10 Para voc s quais os pontos mais importantes desta discuss o que tivem
346. vos 27 1 91 0 88 Otimistas 35 1 87 0 68 Total 120 2 22 1 02 O ltimo fator de an lise das condi es de trabalho o Ambiente Conflitivo j descrito no Cap tulo 8 desta tese O Teste Bonferroni mostrou que h diferen a entre como os Pessimistas M 2 77 DP 1 06 percebem a exist ncia de conflito no ambiente de trabalho em compara o com os Otimistas M 1 87 DP 0 68 Para o primeiro grupo mencionado situado no HUOL 100 o ambiente de trabalho mais conflituoso que para o segundo 68 8 no HUOL e 31 4 no HU AB que percebe que raramente o conflito se manifesta Os 173 demais fatores desta dimens o s o percebidos homogeneamente pelos participantes nos grupos Tabela 39 Para ampliar esta compreens o foi analisada a correla o entre os fatores da dimens o Ambiente Sociogerencial cuja ANOVA mostrou haver diferen a entre as m dias e os fatores do QSG 60 e dimens es da JAWS 12 Os resultados est o expressos na tabela 40 Dentre todas as dimens es das condi es de trabalho analisadas esta foi a que mais demonstrou correla o com a sa de ps quica A organiza o da atividade est correlacionada moderadamente e negativamente com afetos positivos em rela o ao trabalho tanto com n vel de ativa o r 0 303 para p lt 0 001 quanto com letargia r 0 469 para p lt 0 001 Tamb m est relacionada com afetos negativos em rela o ao trabalho tanto com val ncia negativa e ativa o baixa 7r 0 464 para p lt 0
347. xig ncias ps quicas estressantes 019 22 Riscos de pequenos acidentes de trabalho 019 23 Riscos de acidentes de trabalho incapacitantes 019 24 Riscos de acidentes de trabalho fatais 019 25 Riscos de acidentes no tr nsito 019 26 Agravo de doen as que voc contraiu por raz es diversas 019 27 Posi es dolorosas ou fatigantes 019 28 Levantar ou deslocar pessoas 019 29 Transportar ou deslocar cargas pesadas 019 30 Operar m quinas e ferramentas que lhes exigem acentuado esfor o f sico 019 31 Usar m quinas equipamentos e ou ferramentas com defeitos 019 32 Ficar de p ou andar 019 33 Movimentos repetitivos da m o ou do bra o 019 34 Repetir movimentos em intervalos menores que dez minutos 019 35 Repetir movimentos em intervalos de menos de um minuto 019 36 Trabalhar nas instala es da empresa organiza o 019 37 Trabalhar fora da empresa organiza o a partir de sua casa com um computador 019 38 Trabalhar em casa excluindo o trabalho fora da empresa organiza o com computador 019 39 Trabalhar noutros locais que n o sejam a sua casa ou instala es da empresa organiza o como por ex nas instala es de clientes em viagem 019 40 Estar em contato direto com pessoas que n o s o empregadas no seu local de trabalho por exemplo clientes passageiros alunos doentes etc 019 41 Trabalhar com computadores Computadores pessoais r
348. z respeito ao direito do trabalhador a sua sanidade ps quica como modo de preserva o da sua personalidade a outra nos conduz ao papel estruturante do trabalho tanto para a vida em sociedade quanto do indiv duo que dela participa e a um mesmo tempo sujeito e ator social Ora se o trabalho estruturante o que prov m da rela o que o indiv duo estabelece com ele pode produzir altera es no bem estar ps quico sendo o inverso tamb m verdadeiro De maneira que indissoci vel a rela o da sa de do trabalhador com seu contexto de trabalho Seguindo se a Constitui o de 1988 a Lei 8 112 de 11 de dezembro de 1990 cria o Regime Jur dico nico dos Servidores Civis da Uni o RJU revogando o Estatuto dos Servidores Civis da Uni o Esta lei traz muitos avan os no que diz respeito s rela es de trabalho emprego por m pouco acrescenta com rela o sa de do servidor exceto no tocante aos acidentes incluindo nos acidentes de trabalho aqueles sofrido no trajeto para o trabalho 43 Nos demais t picos relacionados com a sa de a reda o muito similar a Lei n 1 711 de 1952 Em 19 de novembro de 1992 foi promulgada a Lei 8 490 que reorganizou administrativamente o estado brasileiro De acordo com o texto da lei fica o Minist rio da Sa de respons vel pela sa de ambiental e a es de promo o prote o e recupera o da sa de individual e coletiva inclusive a dos trabalhadores e dos ndios A m
349. za o Naquele cap tulo tamb m foi discutida a assist ncia sa de prestada aos profissionais de sa de servidores da institui o pela UFRN dentro da pol tica do SIASS Viu se que h uma dist ncia entre o que prev a pol tica assistencial e as pr ticas decorrentes desta e que o discurso do SIASS integrador mas as pr ticas n o traduzem a es que permitam a adequada avalia o da sa de ps quica no trabalho por n o contemplar os riscos psicossociais advindos deste de modo satisfat rio O segundo objetivo espec fico da tese consistiu em identificar as condi es de trabalho dos participantes do estudo compreendendo como as caracter sticas do contexto marcam tais condi es Os resultados expressos no cap tulo 8 mostram que as condi es contratuais e jur dicas s o bastante semelhantes em virtude dos participantes terem um s empregador o governo federal sendo seus contratos regidos pelo Regime Jur dico nico dos Servidores Civis Federais constante na Lei 8 112 de 1990 Muito embora haja essa condi o comum cada um dos hospitais campos da pesquisa possui outras caracter sticas distintas que resultam em condi es de trabalho diferenciadas Por exemplo a distribui o de horas efetivamente trabalhadas em raz o dos plant es eventuais maior no HUAB que no HUOL em virtude da maior car ncia de pessoal no primeiro hospital mencionado No HUOL os funcion rios tamb m t m mais acesso capacita o profis

saúde psíquica e condições de trabalho dos profissionais

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