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Tese Mestrado Fernano Félix - Estudo Geral

1. Finisterra XXVII LOUREN O Luciano 1996 As Serras de Xisto do Centro de Portugal Disserta o de Doutoramento apresentada FLUC Coimbra 756 pp LOUREN O Luciano 1998 Tipos de tempos correspondentes aos grandes inc ndios florestais ocorridos em 1986 no Centro de Portugal Finisterra XXIII 46 p 241 270 LOUREN O Luciano MALTA Paula 1993 Elementos estat sticos Inc ndios florestais em Portugal continental na d cada de 80 e anos seguintes Finisterra XXVIII 55 56 1993 pp 261 277 LOUREN O Luciano BENTO GON ALVES Ant nio 1996 N cleo de Investiga o Cient fica de Inc ndios Florestais Breve resenha hist rica Cadernos de Geografia 15 p 107 109 P g 161 LOUREN O Luciano NAVE Adriano 2006 O papel dos socalcos na preven o de inc ndios florestais Exemplo das bacias hidrogr ficas dos rios Alva e Alvoco Serras do A or e da Estrela NICIF FLUC Coimbra LOUREN O Luciano BENTO GON ALVES Ant nio BENTO Manuela 2001 Interven o Humana e risco de Fogo Florestal Actas do II Col quio de Geografia de Coimbra N Especial de Cadernos de Geografia pp 91 98 LOURENCO Luciano QUINTANILLa Vitor 2003 Coimbra ponte e charneira entre territ rios desiguais com problemas comuns An lise de desequil brios ecol gicos provocados por inc ndios florestais em matas e Bosques de Pa ses Temperados Casos de estudo em Portugal
2. IPG FERNANDES I A C NUNES J P FERREIRA R S V VIEIRA D C S amp KEIZER J J 2010 Escorr ncia e eros o a m ltiplas escalas espaciais numa rea florestal mista recentemente ardida no Centro de Portugal Territorium 17 135 144 FERREIRA Tania 2007 Geografia Humana de Portugal Manual da unidade curricular Universidade Aberta FERREIRA LEITE Flora BENTO GON ALVES Antonio LOUREN O Luciano 2011 Grandes inc ndios florestais em Portugal Continental Da hist ria recente atualidade Cadernos de Geografia 30 31 81 86 P g 158 FERREIRA LEITE F BENTO GONCALVES A VIEIRA A amp OLIVEIRA MARTINS C 2010 A recorr ncia dos inc ndios na Serra da Cabreira Vieira do Minho Noroeste de Portugal como medida da manifesta o do risco de inc ndio florestal Territorium 17 93 98 FERREIRA LEITE Flora BENTO GON ALVES Antonio LOUREN O Luciano 2012 Grandes inc ndios florestais em Portugal Continental Da hist ria recente atualidade Comunica o apresentada no VII Coloquio de Geografia Coimbra FERREIRA M J et al 1999 Prospects for sustainable development in mountain area in Portugal conceptual and poly related issues In BOWLE Ian et al Progress in Research on Sustainable Rural Systems IGU Commission on The Sustainable of Rural Systens Centro de Estudos de Geografia e Planeamento Regional da Universidade Nova de Lisboa s rie estudos n 2 pp 16
3. Rede Nacional complementar Itiner rio Complementar IC Integram a Rede Nacional Complementar que no contexto do PRN assegura a liga o entre a rede nacional fundamental e os centros urbanos de influ ncia concelhia ou supraconcelhia mas infra distrital S o as vias que no contexto do PRN estabelecem as liga es de maior interesse regional Estradas Nacionais EN Integram igualmente a Rede Nacional Complementar Asseguram a liga o entre a Rede Nacional Fundamental IPs e os centros urbanos de influ ncia concelhia ou supra concelhia mas infra distrital Estradas Regionais ER Asseguram as comunica es p blicas rodovi rias do continente com interesse supra municipal e complementar rede rodovi ria nacional Estradas Municipais e a Municipalizar EMs cuja fun o assegurar a distribui o pr xima composta por vias estruturantes do espa o urbano com alguma capacidade de escoamento P g 128 Contudo como foi anteriormente referido a serra da Lous ocupa uma posi o geogr fica semi perif rica em rela o aos principais eixos rodovi rios de circula o nacional e regional pelo que complementarmente considerou se um sexto VT n vel relativo s estradas florestais EF que asseguram o acesso e desloca o dentro das manchas florestais fig 42 l ME Plano Rodovi rio Nacioal Hierarquia de redes Al Quateis de bombeiros IC EM Limite da rea de estudo EN
4. es traduziu se numa acelerada multiplica o de Corpos de Bombeiros Associa es Humanit rias embora nunca tenha havido uma defini o de crit rios rigorosos ou a elabora o de uma estrat gia nacional a diversas escalas para uma distribui o geogr fica dos quart is dos bombeiros de uma forma coerente e cuidada de P g 83 modo a que a localiza o dos mesmos possibilitasse uma operacionalidade eficaz nos seus v rios dom nios Com o alargamento da miss o dos bombeiros a outras reas os respetivos quart is passaram tamb m a assumir maior import ncia social tornando se cada vez mais presentes na vida das comunidades Assim veio a acontecer por exemplo com a disponibiliza o do servi o de auto maca e a instala o de postos de socorros E de modo refor ado a partir do momento em que a t tulo complementar procurando suprir necessidades de mbito local passaram a acolher postos de telefone p blico sal es de festas bibliotecas e infraestruturas desportivas entre outras vertentes de valoriza o moral e intelectual das popula es contribuindo para uma inquestion vel melhoria da qualidade de vida das comunidades Lacunas que o Estado demorava em dar resposta mas que conduziram a um r pido crescimento do associativismo nas suas v rias vertentes com real destaque na rea da prote o civil no caso particular das reas de montanha As associa es de bombeiros proliferaram por todo o territ rio naci
5. o de for as de prote o e socorro quer na defesa da floresta enquanto bem estrat gico do pa s quer na prote o das popula es e do ambiente Devido ao elevado n mero de ocorr ncias que se verificam no ver o um fator que se deve ter em conta mas que n o facilmente quantific vel a fadiga dos combatentes Devido ao reduzido quadro de ativos que geralmente cada corpora o de bombeiros tem a intensa frequ ncia das ocorr ncias a que s o chamados s v rias horas do dia e o tempo de atua o em cada ocorr ncia faz com que por vezes estes n o tenham o devido tempo de repouso de descanso entre uma interven o e a seguinte Por outro lado muitas vezes os bombeiros quando ativados para se deslocarem no aux lio de popula es e bens t m de percorrer longas dist ncias sendo o elemento tempo min um fator chave para o sucesso da primeira interven o levando a que eles num P g 104 esp rito de boa vontade e ajuda ao pr ximo arrisquem na velocidade e na realiza o de manobras n o totalmente seguras colocando em causa as suas pr prias vidas O atual estado das estradas portuguesas e do nosso parque autom vel especialmente dos Corpos de Bombeiros onde a manuten o dos mesmo se augura muito dif cil e a aquisi o de novos sem a ajuda do Estado quase imposs vel potenciada com as atitude por vezes pouco c vica de alguns condutores o excesso de velocidade as ultrapassagens manobras perigo
6. o dificultada pelos in meros obst culos que a superf cie da terra lhes oferece e que a todo o momento nos revelam pelo tra ado da sua rede hidrogr fica M SERRA 1961 Com uma orienta o nordeste sudoeste tem aproximadamente 30 quil metros de comprimento e a altitude m xima de 1205 metros no ponto denominado Altar de Trevim A rede hidrogr fica localiza se a sudeste maioritariamente no concelho da Pampilhosa da Serra fig 3 P g 33 Hipsometria m Limite rea de estudo Limite de concelho E 0 50 200 700 Distrito de Coimbra Rede hidrografica 50 100 EE 700 1000 Distrito de Leiria 100 200 HH gt 1000 Fig 3 Mapa de enquadramento da serra da Lousa Fonte de dados CAOP 2012 DGT e Atlas do Ambiente Quem a norte se desloca pela estrada N236 Foz de Arouce Lousa em dire o 4 serra ver sua frente a sul e sudeste chegada Lous uma superf cie aplanada mas que ao chegar base da serra se eleva abruptamente desde o n vel dos 200 at aos 1 205 metros fot 1 Fot 1 Vista panor mica da vertente norte serra da Lous Fotografia do Autor P g 34 1 1 2 Base litol gica e delimita o geomorfol gica O suporte litol gico predominante da rea de estudo o xisto um muro de xisto que lhe d forma e nome A SOUTO 2006 embora por vezes estas forma es sejam perfuradas por rochas de natureza magm tica que localmente metamorfiza
7. o residente bem como com a rea floresta a proteger e Analisar a import ncia do relevo no ndice de sinuosidade rodovi ria e Identificar as reas de maior suscetibilidade reas cr ticas que necessitam de uma primeira interven o atempada e Calcular a percentagem de estradas que permitem um tempo de desloca o de 0 5min 5 10min 10 15min 15 20min e gt 20min e Demonstrar a import ncia do destacamento de meios terrestres de ataque inicial para locais estrat gicos de pr posicionamento de modo a aumentar a efic cia da primeira interven o P g 17 Metodologia Recolha de dados A metodologia do presente estudo pressup s numa primeira fase uma constante pesquisa de material bibliogr fico pe as documentais consulta hist rica da legisla o registo de dados estat sticos para definir o enquadramento te rico do presente trabalho suster a sua problem tica e um maior aprofundamento dos temas O estudo dos inc ndios florestais implica uma componente geogr fica em fun o da distribui o espacial dos inc ndios e uma componente hist rica em virtude da evolu o temporal do n mero de ocorr ncias e das reas ardidas BENTO GON ALVES 2011 Por outro lado foram realizadas uma s rie de conversas diretas com bombeiros que permitiu obter a perspetiva operacional desta problem tica e a sua potencial aplica o pr tica Tendo como por um dos objetivos a produ o de elementos cartogr
8. 123 124 124 129 131 132 133 134 134 141 144 146 146 148 149 34 41 43 112 ndice de Quadros I Carater sticas dos munic pios da rea de estudo II Classes de declives e suas condicionantes II Distribui o do uso do solo na rea de estudo IV Evolu o da popula o residente nos concelhos que fazem parte da serra da Lous entre 1864 a 2011 V Varia o da popula o residente nos concelhos que fazem parte da serra da Lous entre 1864 a 2011 VI ndice de envelhecimento nos munic pios da serra da Lous entre 1991 e 2011 VII Popula o empregada por sectores de atividade entre 1991 e 2011 VIII Varia o da popula o empregada por sectores de atividade entre 1991 e 2001 IX Valores m dios do perfil de eleva o por cada Eixo Rodovi rio Principal X Distribui o das reas ardidas por classes de recorr ncia de inc ndios florestais XI rea ardida por classes de recorr ncia dos inc ndios florestais e por tipos de uso do solo XII Listagem das corpora es de bombeiros dos munic pios da serra da Lous em 2012 XII CB por ano de funda o e cota de localiza o do respetivo Quartel XIV reas e efetivos populacionais e operacionais dos munic pios da serra da Lous XV Distribui o de Bombeiros e de Meios por habitantes e superf cies XVI Principais anos de reas ardidas por ocorr ncia AA e per odo cr tico
9. EF Fig 42 Hierarquia de redes da serra da Lous Em termos de estrutura funcional da rede verifica se que a grande maioria do sistema rodovi rio integra em termos de extens o a rede de estradas municipais ou a municipalizar cerca de 44 Deste modo as principais rela es internas do sistema rodovi rio em an lise efetuam se preferencialmente com recurso rede de EMs P g 129 complementada pela rede de EN 34 A rede de hierarquia superior IC quase inexistente e encontra se afastada dos principais aglomerados urbanos localizada na bordadura ocidental da serra e servir para a realiza o de desloca es de m dio longo curso de liga o com o exterior QUADRO XIX Por outro lado as estradas florestais com cerca de 22 localizam se no grosso da serra embora seja vis vel e significativo que as liga es destes com os principais centros urbanos funcionem muitas vezes como o nico meio de liga o com as reas florestais QUADRO XIX Extens o da rede vi ria por n vel hier rquico PRN N veis hier rquico Km Itiner rio Complementar 2 726 66 0 37 Estradas Nacionais 248 621 16 33 96 Estradas Municipais ou a municipalizar 321 250 67 43 88 Estradas Florestais 159 494 42 21 79 Total 732 092 91 100 00 No caso do indicador geom trico da sinuosidade verificamos que apesar das diferentes tipologias de vias de comunica o todas elas s o
10. Fernando F lix ENSAIO METODOL GICO SOBRE A IMPORT NCIA DA MODELA O ESPACIAL DA SINUOSIDADE RODOVIARIA PARA APOIO A DECISAO NO ATAQUE INICIAL AOS INCENDIOS FLORESTAIS O EXEMPLO DA SERRA DA LOUSA Disserta o de Mestrado em Geografia F sica na rea de especializa o em Ambiente e Ordenamento do Territ rio orientada pelo Doutor Luciano Fernandes Louren o e coorientada pelo Doutor Jos Gomes Santos apresentada ao Departamento de Geografia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra 2014 UNIVERSIDADE DE COIMBRA Faculdade de Letras ENSAIO METODOL GICO SOBRE A IMPORT NCIA DA MODELA O ESPACIAL DA SINUOSIDADE RODOVI RIA PARA APOIO DECIS O NO ATAQUE INICIAL AOS INC NDIOS FLORESTAIS O EXEMPLO DA SERRA DA LOUSA Ficha T cnica Tipo de trabalho T tulo Autor Orientador Coorientador J ri Identifica o do Curso rea cient fica Especialidade Data da defesa Classifica o Disserta o de Mestrado Ensaio metodol gico sobre a import ncia da modela o espacial da sinuosidade rodovi ria para apoio decis o no ataque inicial aos inc ndios florestais O exemplo da serra da Lous Fernando F lix Professor Doutor Luciano Fernandes Louren o Professor Doutor Jos Gomes Santos Presidente Professor Doutor Ant nio Rochette Vogais Prof Doutora Ad lia Nunes 2 Prof Doutor Luciano Louren o 2 Ciclo em Geografia Geografia F sica Ambiente e Ordenamento do Territ
11. e deste modo produzir todo um conjunto de material de apoio decis o quanto mais pr ximos os agentes de prote o civil estiveram das igni es mais f cil ser a extin o do foco de inc ndio Assim necess ria a melhoria dos meios de planeamento quer dos recursos humanos quer dos meios de combate dispon veis de modo a assegurar uma primeira interven o atempada pelo menos onde a capacidade de propaga o dos inc ndios ser mais veloz mais destrutiva O fracasso da primeira interven o traduz se em mais rea ardida pois o inc ndio continua ativo sendo necess rio o refor o da capacidade do ataque ampliado um ataque mais musculado com recurso a mais meios humanos terrestres e a reos P g 80 coordenados at a extin o do inc ndio onde passa a ser necess rio uma melhoria da efic cia do rescaldo e vigil ncia p s rescaldo e por fim a melhoria da capacidade log stica de suporte defesa da Floresta Contra Inc ndios Resolu o do Conselho de Ministros n 65 2006 de 26 de Maio A Autoridade Nacional de Prote o Civil ANPC lan a anualmente a Diretiva Operacional Nacional DON que constitui um instrumento de planeamento organiza o coordena o e comando operacional do Dispositivo Integrado de Opera es de Prote o e Socorro DIOPS De modo a assegurar prontid o de resposta todos os anos o Estado constituiu ou assegura um Dispositivo Especial de Combate a I
12. nova ruralidade identidades sociais e destinos do territ rio No plano da historiografia destaca se o trabalho de M CAmpos Redes de sociabilidade e de poder Lous no seculo XIIP 2003 J no plano etnogr fico M Louz HENRIQUES tem uma s rie de estudos dos quais destacou Etnografia da serra da Lous 1989 e Tradi es artesanais da serra da Lous 1996 A serra da Lous como referido anteriormente foi cen rio de inspira o por parte de escritores poetas e narradores a t tulo de exemplo M TORGA 1970 J LUSO 1932 M BRAGA 1979 encontraram aqui v rias fontes para as suas escritas desde as dificuldades da vida em montanha ao isolamento passando pela rara beleza paisag stica que marca quem por l passa ou permanece Ao contr rio desta variedade quando analisamos isoladamente o fator da sinuosidade rodovi ria verificamos que a n vel da tem tica dos inc ndios ele n o tem sido muito abordado existindo apenas a n vel geral algumas refer ncias a esta vari vel pelo que o seu estudo atrever me ei a dizer inexistente ou simplesmente de muito dif cil acesso Contudo alargando a vari vel da sinuosidade para outras reas das Ci ncias Naturais como por exemplo a hidrografia esta tem sido alvo de diversos estudos ligados rede hidrogr fica nomeadamente sinuosidade de um rio e sua influ ncia na P g 25 capacidade de transporte de materiais etc S A SCHUMM 1
13. o urbana De 1864 a 1940 o concelho de Miranda do Corvo foi o que apresentou maiores valores mas a partir de 1940 e at 2011 foi o concelho da Lous aquele que registou o maior n mero de efetivos populacionais Podemos verificar que a vertente setentrional da serra da Lous proliferou em rela o sua vertente meridional talvez por esta se encontrar mais perto de Coimbra do que a vertente sul est de Leiria respetivas capitais de distrito Podemos assim distinguir dois per odos um per odo glorioso de 1864 at d cada de 40 do s culo XX onde se atingiu o valor m ximo de popula o residente 79 351 habitantes pelo que os munic pios que integram a serra da Lous viram a sua popula o residente aumentar em m dia cerca de 3 000 habitantes por d cada P g 44 Um outro per odo este de retrocesso a partir dos anos 40 onde se verificou uma acentuada diminui o dos efetivos populacionais que at aos dias de hoje que se traduziu na perda de popula o da maioria dos concelhos Comparando os efetivos do ano de 2011 com os de 1864 observa se que a maioria dos concelhos tem agora menos popula o com exce o dos concelhos da Lous e Miranda do Corvo Ao longo do per odo de 1940 a 2011 a perda de popula o em m dia foi de cerca de 3 500 habitantes QUADRO V A Ganho de Popula o Perda de Popula o T Fonte Censos 2011 e P CARVALHO 2008 1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930
14. rea estudada em cada concelho da serra da Lous 3 Mapa de enquadramento da serra da Lous 4 Mapa delimita o geomorfol gica da serra da Lous 5 Mapa de declives da serra da Lous 6 Cartografia do uso do solo na rea em estudo 7 Evolu o da popula o residente nos concelhos que fazem parte da serra da Lous de 1864 a 2011 8 Reparti o da popula o dos concelhos que integram a serra da Lous por freguesias em 2011 9 Distribui o da popula o por lugares na serra da Lous em 2001 10 Forma como se agrupam as casas que formam as diferentes povoa es 11 Sistema Rodovi rio Nacional da serra da Lous 12 Principais eixos rodovi rios entre quart is de bombeiros e as reas florestais da serra da Lous 13 Perfil topogr fico longitudinal do eixo Norte 14 Perfil topogr fico longitudinal do eixo Sul 15 Perfil topogr fico longitudinal do eixo Oeste 16 Perfil topogr fico longitudinal do eixo Este 17 Perfil topogr fico longitudinal do eixo Central 18 Varia o termopluviom trica anual em Coimbra de 1971 2010 19 Diagrama termopluviom trico de Coimbra referente a 1971 2000 20 Evolu o da rea ardida nos concelhos da serra da Lous 1975 2012 21 Mapa da rea ardida de 1975 2012 22 Mapa de recorr ncia de inc ndios florestais entre de 1975 2012 23 Evolu o institucional da organiza o do socorro em Portugal 24 Corpos de Bombeiros
15. Atendendo a que o ponto florestal mais alto Altar do Trevim est nos 1 205m de altitude os ve culos t m de se deslocar para altas altitudes em movimentos ascendentes VS 1011m e VM 781m o que coloca entraves velocidade em carros j de si pesados pelo que para garantir a efic cia do ataque inicial torna se imprescind vel a antecipa o de meios para locais estrat gicos de pr posicionamento de modo a reduzir estas dist ncias e o tempo de chegada da primeira interven o Contudo necess rio o uso racional destas for as homens e meios de modo a podermos dispers los harmoniosamente pelo territ rio nomeadamente pelas reas mais cr ticas Assim interessa nos saber o n mero total de homens e de meios de combate aos P g 87 inc ndios Florestais no sentido de obtermos o n mero de bombeiros por cada habitante e o n mero de meios terrestres de combate por rea municipal com especial destaque para os espa os silvestres povoamentos e matos Relativo vari vel dos Meios Humanos de cada Corpora o de Bombeiros s nos interessa o quadro de ativos e de comando Os quadros de honra e de reserva pela sua inoperacionalidade n o foram contabilizados Por sua vez no que diz respeito vari vel dos meios terrestres s no interessam os meios que s o ativados em primeira interven o ataque inicial a inc ndios florestais nomeadamente o VLCI e VECI A nossa rea de estudo tem 592 96km s concelhos da serra d
16. E 0 07 Zonas e Corpos de gua 0 293 1 30 0 26 gt gt kd bi s gt 22 473 100 00 21 096 100 00 11 86 100 00 5 20 100 00 0 614 100 00 0 045 100 00 Fonte dados CAOP 2012 rea ardida 1975 a 1989 OLIVEIRA S 2008 de 1990 a 2012 ICNF Corine Land Cover 2006 Deste modo a dimens o da rea ardida que resulta de uma igni o est associada n o s s condi es clim ticas mas tamb m s condicionantes geogr ficas em que ocorre nomeadamente a ocupa o do solo pelo que se torna crucial a modela o espacial da sinuosidade rodovi ria nas reas de montanha j que ela ir permitir delinear a rea de cobertura ideal para cada quartel de bombeiros desenvolver o seu ATI efetuando eventuais ajustamentos s atuais reas de atua o pr pria Com efeito a identifica o das reas cr ticas para onde pode ser feito o destacamento de meios terrestres de combate colocando os em locais estrat gicos de pr posicionamento fundamental para uma resposta atempada e consequente extin o dos focos de inc ndio nascentes visando a redu o da dimens o das reas ardidas P g 70 Capitulo II O Socorro em Portugal O caso particular dos inc ndios florestais BOMBEIRO Altas horas da madrugada A sirene faz se ouvir Ela grita alarmada Para o bombeiro acudir Para o quartel se apressa Sem saber o seu destino De momento nada lhe interessa O fogo o seu caminho Chegado ao inc n
17. a de atrito u tem de equivaler for a centr fuga que sentida no ve culo e nos seus ocupantes quando se descreve uma curva fig 34 Assim a for a centr fuga a for a que empurra a massa em movimento para o exterior da curva A resist ncia a esta for a assegurada por outra for a o atrito transversal uma for a centr peta que puxa o ve culo para dentro e que mobilizada na interface pneu pavimento pela componente do pr prio peso do ve culo e por isso se manifesta em sentido contr rio ao da for a centrifuga Para ajudar os ve culos a descreverem o arco sem derrapar usa se a inclina o lateral da estrada que ajuda o ve culo a manter a sua trajet ria INIR 2010 Contudo se P g 120 o coeficiente de atrito for relativamente baixo e a velocidade de entrada em curva for elevada o ve culo entra em subviragem e foge de frente ou seja alarga a trajet ria e n o consegue descrever a curva aquela velocidade de entrada sendo necess rio reduzir a velocidade para poder descrever o movimento circular em seguran a Num outro exemplo temos um ve culo com massa M que se desloca com velocidade constante v ascendendo por uma rampa fig 35 com inclina o 8 com a horizontal necessita que o seu motor desenvolva uma pot ncia capaz de anular a pot ncia das for as que resistem ao seu avan o Al m das for as de resist ncia exercidas pelo ar e pela pista de rolamento no ve culo a componente do peso
18. aa ME AHBV Pedrag o Grande AHBV Figueif dos Vinhos Ra id PE Limite rea de estudo Principais Eixos Rodovi rios Limite de concelho Fixo Norte s Limite vertente setentrional Limite vertente meridional Eixo Oeste Eixo Central Eixo Este A Quartel de Bombeiros Eixo Sul Fig 12 Principais eixos rodovi rios entre quart is de bombeiros e as reas florestais da serra da Lous Para quantificar a influ ncia da serra na geometria das estradas procedeu se ao seu levantamento cadastro e georreferencia o As estradas foram assim convertidas em ficheiro KMZ e o sistema de coordenadas foi projetado em WGS 1984 Web Mercator para a sua correta leitura no Google Earth Contudo mesmo com os m ximos cuidados e uso de diversas ferramentas a convers o das estradas do ArcMap programa geogr fico de excel ncia para o Google Earth mais pr tico em termos de visualiza o sofreu em casos pontuais um desvio de 1 a3 metros Como estamos a tratar de linhas do eixo de via isso significa que em alguns casos ele passou para a berma da estrada ou at para fora dela As pr prias estradas do P g 58 Google Earth n o batem certo com a imagem de sat lite e apresentam uma geometria retil nea mesmo em segmentos curvos Face a estes condicionalismos ao realizar os perfis de eleva o do terreno aparecem alguns casos duvidosos Contudo decidimos apresent los pois permitem
19. com base em dados do Corine Land cover 2006 Hoje pouco se vislumbra dessa vegeta o natural aut ctone um espa o florestal artificializado resultado da forte a o antr pica que tem modelado o territ rio s suas necessidades Da que a explora o florestal com planta o e corte de rvores seja a classe de uso do solo com maior representatividade mais de 4 26 15 Contudo uma explora o florestal vincadamente para a produ o de esp cies resinosas e folhosas de crescimento r pido e de v rios usos Caracteriza se por uma baixa diversidade de esp cies dado que a maior parte da rea florestal ocupado por apenas 2 esp cies pinheiro bravo Pinus pinaster e eucalipto Eucalyptus globulus Assim os territ rios artificializados tecido urbano equipamentos e transportes est o relacionados com as sedes de freguesias dos concelhos demograficamente mais din micos Lous Miranda do Corvo e Castanheira de Pera do mesmo modo que as reas agr colas se encontram maioritariamente a baixas altitudes Os matos que englobam a vegeta o esparsa t m a sua maior representatividade em Figueir dos Vinhos mas tamb m se encontram ao longo das linhas de cumeada nas altas atitudes em que o fator vento indisponibilidade de gua e a implementa o de estradas e de faixas de gest o de combust vel podem condicionar o seu aproveitamento florestal Por ltimo as florestas abertas cortes e novas planta es pro
20. metros e quil metros de terrenos baldios P CARVALHO 1998 2008 P g 55 S nos finais dos anos 20 do s culo passado no dia de 27 de Agosto de 1929 teve lugar a inaugura o da estrada da serra com a passagem de autom veis P CARVALHO 1998 Depois na d cada de 90 foi lan ado o IC8 fig 11 que cruza a extremidade sudoeste da serra e faz a liga o de Castelo Branco ao IC3 Set bal Tomar Coimbra e ao IC2 em Pombal assumindo se na atualidade como a mais importante via regional Contudo estando situado nas bordaduras da serra o espa o de montanha continua caracterizado por vias de cariz local que asseguram movimentos pendulares e a liga o aos centros urbanos mais pr ximos e s sedes concelhias bem como a liga o Rede Nacional Fundamental IP IC ER ainda que com fraca qualidade e N347 236 1 ps Google earth Fig 11 Sistema Rodovi rio Nacional da serra da Lous Fonte Google Earth Deste modo ao longo das ltimas d cadas e at aos nossos dias operou se uma tentativa de moderniza o do sistema rodovi rio da serra da Lous que tentou ganhar posi o na nova rede de comunica es entre o litoral e o interior montanhoso mas que continuou condicionada pela orografia belo monstro de xisto e granito com a terra a encher lhe os ocos do esqueleto imprimindo um tra ado sinuoso s estradas que a serpenteiam invariavelmente contorce se aqui alteia se acol abaixa se ma
21. ndios o que trabalha com bombas de inc ndios Soldado encarregue de fazer tiros de bomba Dicion rio de L ngua Portuguesa Contempor nea das Ci ncias de Lisboa 2001 e Membro de corpora o que se destina a prestar socorro em casos de inc ndio ou de sinistro soldado da paz soldado do fogo Dicion rio Houaiss da L ngua Portuguesa 2003 e Indiv duo que integrado de forma profissional ou volunt ria num corpo de bombeiros tem por atividade cumprir as miss es deste nomeadamente a prote o de vidas humanas e bens em perigo mediante a preven o e extin o de inc ndios o socorro de feridos doentes ou n ufragos e a presta o de outros servi os previstos nos regulamentos internos e demais legisla o aplic vel Decreto Lei n 241 2007 de 21 de Junho alterado pela Lei n 48 2009 de 4 de Agosto Gra as a alguns escritos legados pelos historiados romanos Publico Corn lio e Tito L vio ficamos a saber a exist ncia desde a antiguidade de servi os organizados contra inc ndios Durante o per odo da rep blica romana 509 27 A C j existia um servi o minimamente organizado uma guarda noturna composta por escravos destinada a prevenir os males dos inc ndios a Familia Publica Os membros da Familia Publica depois chamados de ediles incendiorum extinguedorum estavam obrigados a quedar se junto dos edif cios dando o alarme logo que avistassem qualquer sina
22. o n o s entre as for as de combate mas tamb m no relacionamento funcional entre o Planeamento Florestal nacional e regional e o Sistema de Gest o Territorial da escala nacional ao munic pio A partir deste marco foram v rias as altera es s leis org nicas de prote o civil pol tica florestal ordenamento do territ rio e a consequente produ o dos respetivos Decretos Lei dos quais destac mos as mais relevantes para o presente estudo escala sectorial e florestal a Estrat gia Nacional para as Florestas ENF Resolu o do Conselho de Ministros 114 2006 de 15 de Setembro aponta para a minimiza o dos riscos de inc ndios como primeira linha de a o O Decreto Lei n 204 99 de 9 de Setembro alterado pelo Decreto Lei n 16 2009 de 14 de Janeiro define a elabora o dos Planos Regionais de Ordenamento Florestal que devem contemplar uma caracteriza o do espa o que integra a avalia o da fragilidade face ao risco e perigo de inc ndio de modo a permitir a defini o de reas cr ticas Por sua vez o Relat rio do Programa Nacional de Pol ticas de Ordenamento do Territ rio PNPOT 2006 e Lei 58 2007 retificada pela 80 A 2007 de 7 de Setembro salienta a import ncia dos inc ndios florestais na lista dos 24 problemas para o ordenamento do territ rio Perante a constante destrui o de hectares da floresta portuguesa principalmente pelos inc ndios florestais foi preparado um Plan
23. rio 21 10 2014 18 valores UNIVERSIDADE DE COIMBRA Agradecimentos As primeiras palavras de agradecimento destinam se aos Orientadores deste estudo ao Prof Doutor Luciano Louren o e ao Prof Doutor Jos Gomes Santos por todo o apoio dado disponibilidade rigor e palavras de incentivo ao longo de todo este percurso Um forte abra o A seguir lembro aqueles que de um modo geral contribu ram para a realiza o deste estudo Da Escola Nacional de Bombeiros da Lous a Eng Ver nica Eng Luis Pita Comandante Parola e ao Bombeiro Z Lu s pelas enriquecedores conversas Aos formadores do Curso Condu o Fora da Estrada Carlos Ramalho e Ant nio Carvalho por todos os esclarecimentos prestados Do mesmo modo ao Comandante da For a Especial e Bombeiros Guilherme Isidro A todos os Corpo de Bombeiros da serra da Lous e seus Comandantes pela abertura e fornecimento dos dados Destaco os Bombeiros Municipais da Lous e seu Comandante Dr Jo o Melo pelo grande contributo que tiveram na tese pela disponibilidade dos homens e grande empenho evidenciado na realiza o das simula es dos trajetos com as duas viaturas de combate No mesmo sentido ao Vereador Ricardo Fernandes da C mara Municipal da Lous por ter autorizado o pedido sempre com a salvaguarda da operacionalidade da corpo dos Bombeiros Municipais da Lous A Prof Doutora Ana Bastos e Eng Bruno Santos do Departamento de Engenharia Civil do Laborat
24. tica rigoroso e est tico no que concerne ao ataque inicial A t tulo de exemplo nos per odos previs veis de menor perigo de inc ndio onde o dispositivo reduzido e a prontid o ser tamb m mais reduzida h cada vez mais situa es especiais provenientes de condi es meteorol gicas adversas fora de poca que face ao reduzido n mero de bombeiros e meios contratados acabam por se traduzir em grandes reas ardidas Pelo que seria mais eficaz dar liberdade s pr prias corpora es de bombeiros de decidirem o destacamento dos meios sempre que as condi es clim ticas locais e di rias o justifiquem Tendo Portugal tantos licenciados em rea relevantes para a tem tica dos inc ndios Florestais como a Geografia Engenharia Florestal Ambiental etc n o seria proveitoso o Estado dotar as Corpora es de Bombeiros com quadros t cnico superiores e assim com m o de obra qualificada emitir com rigor cient fico pareceres de destacamento dando tamb m autonomia de decis o ao Comandante do Corpo de Bombeiros Como refere A GOMES 1998 A valoriza o dos bombeiros portugueses P g 81 passa tal como j acontece na maioria dos pa ses europeus pela forma o de n vel superior destinada aos seus quadros A n vel dos pr prios meios de combate s o dispon veis de acordo com as fases de risco especialmente os meios a reos Contudo face s despesas que os meios a reos acarretam quer em termos de aluguer quer d
25. trica que traduz a diferen as de cotas entre os dois pontos in cio e fim de cada segmento reto ou curvo Como em ataque inicial o sentido de desloca o ser sempre o mesmo do quartel para as manchas florestais podemos simular a diferen as de cotas que nos dada pela diferen a entre o ponto de fim menos o ponto de in cio Assim os valores positivos indicam rampas e os valores negativos descidas Facilmente todos concordamos que a largura da via condiciona a velocidade por isso em marcha de emerg ncia a velocidade ser maior quanto mais larga for a via de circula o o que permite aos ve culos dos bombeiros especialmente os pesados e mais largos ir pelo centro da via possibilitando lhes transpor obst culos e curvas com maior velocidade Todavia a largura da via n o integrou os modelos de estima o dos tempos de desloca o por assumir valores fixos para cada um dos percursos de amostragem ou seja dentro do mesmo percurso as amostras apresentaram o mesmo valor logo a diferencia o dos valores foi muito fraca pelo que esta homogeneidade n o permitiu uma an lise com confian a da a op o por ela n o constar do o Modelo de TEDrr Tempo de Estima o de Desloca o que apresentamos para cada um dos ve culos P g 136 TEDYL Tempo de Estima o de Desloca o VLCI Vari vel dependente TEMPO DE DESLOCACAO VL M nimos quadrados Amostras 62 Vari veis Coeficiente Erro Padr o vaga Prob calcu
26. uma vez que a presen a daqueles elementos faz com que a velocidade m dia dos ve culos diminua aumentando o tempo de chegada da primeira interven o P g 140 Velocidade M dia Ligeiro Velocidade m dia Pesado O Observed Linear O Observed Linear z 3 T 2A 2A i 20 25 Sinuosidade horizontal amp y Sinuosidade horizontal Velocidade M dia Ligeiro O Observed O Observed Linear Linear difcotas Fig 48 Curvas de estima o da velocidade com base na sinuosidade rodovi ria e diferen a de cotas parao VLCI e VFCI Pelas curvas de estima o podemos concluir que a velocidade do VLCI cai mais facilmente do que a do VFCI quando a sinuosidade horizontal ou a diferen a de cotas aumentam facto que pode ser explicado pelo VLCI atingir maiores velocidades e quando se encontra perante curvas apertadas e ou aclives tem quebras perda de velocidade descendo para valores pr ximos do VFCI que tem uma velocidade mais linear embora reduzida Contudo o VLCI mesmo com perdas de velocidade mais significativas sempre mais r pido do que o VFCI mas em contrapartida este transporta quase 6 vezes mais gua do que o VLCI Por outro lado n o se consegue o objetivo de uma primeira interven o dentro dos primeiros 20 minutos em toda a rea de estudo pois existem locais muito afastados dos quart is de bombeiros onde n o se consegue chegar para um
27. 1367 9 BOANO Fulvio CAMPOREALE Carlo REVELLI Roberto RIDOLFI Luca 2005 Sinuosity driven hyporheic exchange in meandering rivers Department of Hydraulics Transport and Civil Infrastructures Politecnico di Torino Turin Italy GEOPHYSICAL RESEARCH LETTERS VOL 33 L18406 4 PP 2006 BONNESON J PRATT M MILES J e CARLSON P 2007 Development of Guidelines for Establishing Effective Curve Advisory Speeds Texas Transportation Institute Research Report 05439 1 Texas A amp M University College Station Boyko Dodov EFI Foufoula Georgiou 2004 Generalized hydraulic geometry Insights based on fluvial instability analysis and a physical model WATER RESOURCES RESEARCH VOL 40 W12201 doi 10 1029 2004WR003196 BRAGA M rio 1979 Serranos Lisboa Portug lia Editora 185 pp Buck C J 1936 Forest roads or forest fires Regional Forester U S Forest Service Pacific Sportsman 401 Sansome Street San Francisco California BUTLER B W ANDERSON W R and CACHPOE E A 2007 Influence of slope on fire spread rate USDA Forest Service Proceedings RMRS 46CD Carmo M Moreira F Casimiro P amp Vaz P 2011 Land use and topography influences on wildfire occurrence in northern Portugal Landscape and Urban Planning 100 1 169 176 CALDEIRA Nuno Duarte 2003 Reforma do Socorro em Portugal Revista ENB n 25 de Jan Mar o 2003 pp 15 21 CAMPOS Maria do
28. 2007 A B C D E O fator crucial para o c lculo e manuten o de uma velocidade constante ao longo de um percurso o comprimento do raio de um arco curva em cada um dos seus trechos velocidade espec fica JAE 1993 logo as velocidades em relevo acidentado ser o tendencialmente baixas devido ao reduzido comprimento do raio de um arco imposto pelo relevo Estas ser o ainda tendencialmente mais baixas para os meios terrestres de combate a inc ndios florestais j de si ve culos pesados mas aos quais s o adicionadas centenas de litros de gua o que faz aumentar o seu peso e dificulta a pr pria condu o devido altern ncia entre movimentos ascendentes e descendentes que t m grande influ ncia na manuten o de uma velocidade r pida Deste modo alguns autores como Piyoosh RAUTELA et al 2007 para al m da an lise geom trica adicionam ao ndice de sinuosidade o gradiente de declives pois referem que a cada ponto de in cio e de fim est associado um valor de cota altitude pelo que o gradiente de declives ser o inverso da tangente da diferen a entre estes Defini o do ndice de sinuosidade SI D d Gradiente de declives O tan lh hzl d D Dist ncia Observada d Dist ncia Expect vel A Cota do ponto de in cio B Cota do ponto do dois pontos independente do sentido de desloca o a dividir pela dist ncia expe
29. Aspectos Geol gicos e Geogr ficos da Serra da Lous In O Centen rio Tur stico da Serra da Lous CM L pp 7 17 GIR O Aristides de Amorim 1951 Uma Velha Descri o Geogr fica do Centro de Portugal In Boletim do Centro de Estudos Geogr ficos Coimbra nos 2 e 3 pp 3 11 GIR O Aristides de Amorim 1955 Ac o do Homem e Morfologia do Solo In Boletim do Centro de Estudos Geogr ficos Coimbra nos 10 e 11 pp 38 68 GOMES Artur 1998 A pol tica da forma o dos Bombeiros Portugueses Revista Escola Nacional de Bombeiros N 7 Trimestre Jul Set GOMEZ Basil MARRON Donna C 2006 Neotectonic effects on sinuosity and channel migration Belle Fourche River Western South Dakota Earth Surface Processes and Landforms Pag 159 GON ALVES Zorro LOUREN O Luciano 1990 Meteorological ndex of forest fire risk in the Portuguese mainland territory Proceedings of the International Conference on Forest Fire Research Coimbra Portugal GOVAN Vidhia 2012 Modelos de An lise de Acessibilidade Rodovi ria em SIG Aplica o ao caso de Mo ambique Disserta o para obten o do grau de Mestre em Engenharia na rea de Especializa o em Vias de Comunica o e Transportes Instituto Superior de Engenharia de Lisboa HENRIQUES Manuel Louz 1989 Etnografia da serra da Lous In Arounce Revista de Divulga o Cultural Lous CML n 2 pp 3 21 HENRI
30. CID CMA CNOS CODIS COM CONAC DE DECIF DGT DIOPS DN DO DON EAE ECIN EF EHATI EM EN EN ENB Lista de abreviaturas e acr nimos rea de Atua o rea de Atua o Pr pria Autoestrada Autoridade Florestal Nacional Associa o Humanit ria de Bombeiros Volunt rios Autoridade Nacional de Prote o Civil Agentes de Prote o Civil Ataque Ampliado Ataque Inicial Avi es de Ataque Inicial Base de Apoio Log stico Bombeiros Municipais Brigada de Sapadores Florestais Carta Administrativa Oficial Portuguesa Corpo de Bombeiros Comandante do Corpo de Bombeiros Centros de Coordena o Operacional Centro de Coordena o Operacional Distrital Centros de Coordena o de Socorros Centro de Coordena o Operacional Distrital Comando Distrital de Opera es de Socorro C digo de Identifica o Centros de Meios A reos Comando Nacional de Opera es de Socorro Comandante Operacional Distrital Comandante Operacional Municipal Comandante Operacional Nacional Dist ncia Expect vel ideal a rea em linha reta Dispositivo Especial de Combate a Inc ndios Florestais Dire o Geral do Territ rio Dispositivo Integrado de Opera es de Prote o e Socorro Di metro do Regulador de press o diferencial Dist ncia Observada Diretiva Operacional Nacional Estado de Alerta Especial Equipas de Combate a Inc ndios Florestais Estradas Florestais Equipa Helitransportada de Ataque Inicial Estradas Municipa
31. Com efeito na an lise da estrutura econ mica em 1991 o sector de atividade mais representado era o terci rio ombreado pelo secund rio pois o prim rio j se encontrava com valores menos significativos em todos os concelhos Em 2001 o sector terci rio ganhou mais relevo destacando se do sector secund rio como bem expressivo em Castanheira de Pera em que h uma perda de cerca de 20 no sector secund rio e um ganho quase proporcional no setor terci rio O sector prim rio v a sua representatividade reduzir se para metade como acontece no per odo seguinte de igual 2011 quando o sector secund rio entrou em colapso com valores negativos em todos os concelhos Inversamente o sector terci rio cresceu e representa 68 da popula o empregada QUADRO VII e VIII QUADRO VII Popula o empregada por sectores de atividade entre 1991 e 2011 1991 2001 2011 Concelhos i 2 8 Lous E A 2 8 Miranda do Corvo Vertente Setentrional G is 6 3 Penela E 2 3 Figueir dos Vinhos Castanheira de Pera Vertente Meridional Pedr g o Grande M dia Vertente Setentrional 13 9 M dia Vertente Meridional 17 5 M dia dos concelhos da Serra da Lous 15 4 Fonte Elabora o pr pria com base nos dados dos Censos de 1991 2001 2011 P g 51 QUADRO VIII Varia o da popula o empregada por sectores de atividade entre 1991 e 2001 1991 2001 2001 2011 Concelh
32. DE ORIGEM DO INC NDIO I RETAGUARDA OU CAUDA Garantir ou criar condi es para travar o inc ndio na sua fase inicial 5 a Reduzindo as reas ardidas Diminuindo a perda de recursos florestais danos nos ecossistemas Poupando recursos J DE ORIGEM DO INC NDIO financeiros necess rios para suportar toda uma log stica alargada de combate Fig 29 Al O Ataque inicial ao ponto de igni o n o foi eficaz A2 O inc ndio evoluiu sendo necess ria uma estrutura musculada de combate B O Ataque inicial eficaz que preservou a mancha florestal e as perdas financeiras Fonte Adaptado de C CASTRO et al 2003 P g 111 Ap s termos visto as v rias tentativas de organiza o da principal for a de combate aos inc ndios florestais e a operacionalidade desta for a de combate aos inc ndios florestais desde a dete o dos inc ndios florestais ao alarme e ativa o de meios de ATI interessa nos agora analisar o jogo entre a dist ncia e a velocidade com base neste cen rio assombroso at aqui descrito quer a n vel da dimens o das reas ardidas quer a n vel da morte dos nossos bombeiros que vimos propor uma nova abordagem para travar este cen rio calamitoso que ano ap s ano se abate sobre as nossas florestas e popula es 3 1 Para socorrer primeiro preciso l chegar Qualquer interven o dos Bombeiros no combate aos inc ndios florestais implica necessariamente a desloca o dos
33. Este estudo visa assim uma abordagem ao combate dentro das fases operacionais estabelecidas com as fases da antecipa o e do ataque inicial como fases chave para a obten o do objetivo pretendido a redu o das reas ardidas pelo que ser o objeto de estudo atrav s de uma an lise cr tica ao seu estado atual a qual levar ao estabelecimento de propostas que ajudar o no combate aos inc ndios florestais Deste modo partiu se de uma perspetiva operacional do problema para analisar um conjunto de situa es e fatores que poder o ter influ ncia no combate aos inc ndios florestais Desde logo sabemos que por raz es hist ricas a maioria dos quart is de bombeiros se encontram localizados dentro das reas urbanas ou seja mais pr ximos dos seres humanos e dos seus bens mais valiosos mas por isso mais longe dos espa os florestais bvio que n o pretendemos deslocar os quart is dos bombeiros pois para al m do combate aos inc ndios florestais desenvolvem todo um outro conjunto honroso de tarefas em que a proximidade ao ser humano essencial para o sucesso das mesmas Contudo iremos analisar minuciosamente todo um conjunto de fatores que influenciam a dist ncia entre o quartel dos bombeiros e os focos de inc ndio em manchas florestais Assim teremos de ter logo em conta um dos fatores ligados Geografia F sica o relevo que imp e um conjunto de condicionantes ao tra ado rodovi rio como a falta de visibilidade
34. Lous conseguirem manter a sua popula o jovem por causa da sua forte liga o a Coimbra o que permite a realiza o de movimentos pendulares bem como por estas reas serem pequenos polos dinamizadores escala local fixando a popula o A m dia da varia o do ndice de envelhecimento da popula o no per odo de 1991 a 2001 foi de cerca de 55 diminuindo ligeiramente no per odo de 2001 a 2011 47 2 QUADRO VI o que poder ser explicado pelo decr scimo de popula o e n o pela sua renova o Pelo que em m dia 1991 20011 o ndice de envelhecimento aumentou QUADRO VI Indice de envelhecimento nos munic pios da serra da Lous entre 1991 e 2011 no Varia o M dia Concelho 1991 2001 2011 1991 01 2001 11 1991 2011 frome 96 ows vie a E M dia da Vertente 176 9 42 9 35 5 Figueir dos Vinhos 124 7 188 8 90 5 154 3 2 Vertente Castanheira de Pera 122 5 194 7 72 2 1035 175 5 Meridional Pedr g o Grande 198 8 278 7 104 2 M dia da Vertente 148 7 220 7 293 4 72 4 M dia Serra da Lous 140 3 195 7 51 29 Fonte Elabora o pr pria com base nos dados dos Censos de 1991 e 2001 O despovoamento das reas de montanha seguiu o modelo do mundo rural embora de uma forma mais intensa e consolidada desde os anos 60 F CRAVID O 1994 As baixas densidades n o permitiram a efetiva o de equipamentos coletivos sociais infraestruturas b sicas nomeadamente
35. M555 como uma estrada mais antiga e de uma hierarquia inferior al m de que em esp cie de Zig zag denominada popularmente pelo Zorro da Lous que atravessa a vertente de um lado para o outro acaba por apresentar valores que n o se encontram t o desajustados quanto os da N236 Contudo esta errada aproxima o de valores fez com que o peso da diferen as de quotas n o assumisse os valores reais fazendo com que n o houvesse grandes diferen as entre as duas tipologias de ve culos da o erro no modelo criado de aproximadamente de 5min para o VFCI na estrada M555 Para solucionar esta lacuna tentou se trabalhar esta vari vel de v rias formas como dist ncia euclidiana gradiente de declives mas o erro manteve se Uma outra limita o do modelo foi a de que as amostras foram tiradas apenas de dia faltando testar o modelo em uso noturno j que muitos inc ndios teimam em aparecer durante a noite De facto durante a noite as caracter sticas da condu o s o diferentes o que pode interferir nos tempos de desloca o e por conseguinte apresentar valores algo diferentes dos obtidos para o per odo diurno Contudo o mais importante que o modelo conseguiu comprovar que as vari veis da sinuosidade horizontal e da diferen a de cotas t m signific ncia nos tempos de desloca o dos dois ve culos fig 48 pelo que necessitam de uma an lise cuidada para racionaliza o dos meios de combate com as reas cr ticas
36. Obs 9883m Sinuosidade 1 03 Dist Exp 95 71m Dif Cotas 3 17 Largura 5m Piso Alcatr o T Amostra 8 Velocidade de Entrada Velocidade de Sa da Tempo de desloca o Dist Obs 118 3m Sinuosidade 2 9 Dist Exp 40 81m Dif Cotas 2 37 Largura 5m Piso Alcatr o m Amostra 9 Velocidade de Entrada Velocidade de Sa da Tempo de desloca o Dist Obs 70 12m Sinuosidade 1 19 Dist Exp 58 99 Dif Cotas 1 43 Largura 5m Piso Alcatr o Metros 200 06 P g 3 Fig 47 Cartografia das amostras 7 8 e 9 P g 134 Deste modo obtivemos todo um conjunt o de informa es que depois de incorporada digitalmente foi analisada atrav s do SPSS Statistical Package for the Social Sciences e do EViews Com recurso a estas ferramentas realizou se uma an lise estat stica onde em primeiro lugar se verificou se a tabela obtida tinha relev ncia QUADRO XX QUADRO XX One Sample Test Test Value O 95 Confidence Mean Interval of the Sig 2 tailed i Difference Difference Velocidade de entrada Velocidade de sa da Tempo de desloca o Velocidade de entrada Velocidade de sa da Tempo de desloca o Dist ncia observada Dist ncia ideal 39 850 33 649 14 488 41 488 42 106 12 442 12 451 12 599 41 978 38 783 9 76857 50 115 51 140 7 64886 95 7665 79 35145 47 69 52 54 48 70 53 58 6 4135 8 8842 111 147 91 9459 Sinuosidade horizontal 28 600 1 2
37. Ros rio Casti o 2003 Redes de sociabilidade e de poder Lous no seculo XIIP Disserta o Doutoramento em Hist ria apresentada FLUC Coimbra CARDOSO J MACEDO A L KANELLAIDIS G FLOUDA A DIMITROPOULOS L PELTOLA H RANTA S e DUPRE G 1998 Improvement of Models on the Relations between Speed and Road Characteristics SAFESTAR Task 5 3 Report Laborat rio Nacional de Engenharia Civil Lisboa CASTRO Carlos Ferreira de SERRA Gouveia PAROLA Jos REIS Jos LOURENCO Luciano COREIA S rgio 2003 Combate a inc ndios florestais Manual de Forma o Inicial do Bombeiro Edi o Escola Nacional de Bombeiros Vol XIII 2 Edi o P g 156 CARVALHO A Martins de 1984 Guia de Portugal Lisboa Vol HI t I p 400 425 reimpr CARVALHO Paulo 1997 A Vila da Lous Contributo para um Estudo de Geografia Humana Disserta o de Mestrado em Geografia Humana apresentada a F L U C Coimbra 435 p CARVALHO Paulo 1998 A Estrada da Serra Lous Castanheira de P ra Notas para uma leitura Geogr fica Separara de Revista ARUNCE n 13 15 1998 2000 CARVALHO Paulo 2008 Patrim nio Constru do e Desenvolvimento em Areas de Montanha O exemplo da Serra da Lous Lous CML 1 Edi o 657 pp CASTRO Ferreira de 1979 A L e a Neve Guimaraes amp C Editores Lisboa 403 CERDEIRA Patr cia 2012 Para Salvar preciso Chegar Revista B
38. a tantos dom nios de atua o e quantitativo de ocorr ncias pelo que o cumprimento destes acordos de ajuda m tua ficam muito condicionados Em primeiro lugar para as corpora es est a defesa das popula es do seu concelho ou freguesias Por outro lado o esp rito de interajuda coopera o muito presente e enraizado nas popula es das reas de montanha fazem com que este sistema funcione e tenha apresentado resultados positivos de modo a que hoje a Diretiva Operacional Nacional j contempla esta operacionaliza o em vez de ativar o meio cuja AAP da sua responsabilidade ativa 3 meios das 3 corpora es mais pr ximas Deste modo o Decreto Lei n 247 2007 de 27 de Junho deixa cair o Pr pria e redefine a rea de Atua o como uma rea geogr fica predefinida na qual um corpo de bombeiros opera regularmente e ou respons vel pela primeira interven o No seu artigo 5 relativo s reas de atua o refere que 1 Cada corpo de bombeiros tem a sua rea de actua o definida pela ANPC ouvido o Conselho Nacional de Bombeiros de acordo com os seguintes princ pios a A rea de actua o de cada corpo de bombeiros correspondente do munic pio onde se insere se for o nico existente b Se existirem v rios corpos de bombeiros volunt rios no mesmo munic pio as diferentes reas de actua o correspondem a uma parcela geogr fica que coincide obrigatoriamente com uma ou mais freguesia
39. agro florestais estas porque s o espa os ainda cuidados trabalhados e a florestas mistas localizadas nas cotas mais baixas Classe 1 a floresta ardeu uma nica vez Diz respeito n o s s florestas de resinosas aquelas que mais arderam 27 mas tamb m s florestas abertas cortes e novas planta es cuja rea ardida se aproximou 25 Classes 2 e 3 a floresta ardeu duas ou tr s vezes Os valores mais altos correspondem a florestas abertas cortes e novas planta es respetivamente com 44 e 45 Classes 4 e 5 o espa o florestal ardeu quatro ou cinco vezes Os valores mais elevados algo distantes em rela o aos dos outros tipos de solos respeitam a florestas abertas cortes e novas planta es com 59 e 67 respetivamente Assim medida que aumenta a recorr ncia aumenta tamb m a relev ncia do uso do solo ocupado por florestas abertas cortes e novas planta es ou seja este uso do solo o mais critico P g 69 QUADRO XI rea ardida por classes de recorr ncia dos inc ndios florestais e por tipos de uso do solo Classes de Recorr ncia CASCO O O O Areas dgrigolas e agro 5 679 25 27 0 11 0 90 florestais Florestas abertas cortes e novas planta es Florestas de folhosas 1 507 6 71 i 2 83 23 84 2 779 12 37 5 09 5 22 44 00 Florestas de resinosas 5 192 23 10 E 9 37 Florestas mistas 5 658 25 18 K FR 12 02 Matos 0 617 2 75 x 9 53 Territ rios artificializados 0 749 3 33
40. com uma extens o de 71 78Km Espinhial 5 ay pyAlVares WAD a Castanneifaide P ra 4 Portelaido Fojo NS A Fig 14 Perfil topogr fico longitudinal do eixo Sul Eixo Oeste inicia se nas proximidades da localidade Lata na EN17 1 que do Destacamento de Semide passa pela AHBV de Miranda do Corvo sempre pela EN17 1 terminando nas localidades de Sol o e Carvalhais em Penela com uma extens o de 34 10Km N347 550 fel J v 7250 m altitude de vi P g 60 Eixo Este inicia se na EN342 em G is e prolonga se pela N2 em dire o a Alvares e daqui para Pedrog o Grande com uma extens o de 59 29 Km ZA D q 7 T EEEE t e lt 3 f NE y a stanh ira deP ra Q Fig 16 Perfil topogr fico longitudinal do eixo Este Eixo Central inicia se na nova N236 no sentido Coimbra Lous e faz a liga o ao centro da Vila ao CMB da Lous prolongando se em dire o serra Estrada da Castanheira que atravessa em dire o a Castanheira de Pera AHBV e daqui pela EN236 1 segue para Figueir dos Vinhos com uma extens o de 71 81Km Condeixa a Nova Px N236 P g 61 1 3 A problem tica dos inc ndios florestais A desarticula o do mundo rural que se traduziu no abandono dos campos das aldeias e dos seus modos de vida acarretaram profundas altera es no uso do solo proporcionando uma extensa e cont nua rea florestal n o ordenada Contudo a dispo
41. da Universidade de Coimbra NUNES A LOUREN O L BENTO GON ALVES A amp VIEIRA A 2013 Tr s d cadas de inc ndios florestais em Portugal incid ncia regional e principais fatores respons veis Cadernos de Geografia 32 133 143 MUNOZ R V 2000 La Definici n de Incendio Forestal La Defensa Contra inc ndios Forestales Fundamentos e Experiencias A G Brage Madrid McGraw Hill Interamericana de Espafia S A U 13 16 OLIVEIRA S L J 2008 An lise da frequ ncia do fogo em Portugal Continental 1975 2005 com a distribui o de Weibull MSc thesis ISA UTL Lisbon Portugal PACHECO Elsa 2004 Altera o das acessibilidades e din micas territoriais na Regi o Norte expectativas interven es e resultantes Porto Faculdade de Letras da Universidade do Porto GEDES 2004 Disserta o de Doutoramento apresentada Faculdade de Letras da Universidade do Porto para a obten o de grau de Doutor em Geografia P g 163 PAIVA Jorge 1988 O Coberto Vegetal da Serra da Lous in Jornadas de Cultura e Turismo C mara Municipal da Lous Lous PASSETTI K A e FAMBRO D B 1999 Operating Speeds on Curves with and Without Spiral Transitions Transportation Research Record n 1658 PEREIRA Gama SERQUEIRA A J D GOMES E M C 2004 A deforma o varisca do Maci o Hesp rico na regi o da Serra da Lous Portugal Central Caderno Lab Xeol xi
42. de estima o de velocidades em sec es atrav s de vari veis caraterizadoras dos tro os a montante e a jusante a influ ncia das expetativas dos condutores sobre o tra ado da estrada Neste sentido R KRAMMES et al 1995 e J BONNESON et al 2007 desenvolveram o conceito da velocidade na reta de aproxima o Por sua vez J MCLEAN 1981 prop s o conceito de velocidade desejada no tro o e como depois P ANDUEZA 2000 estudou o campo de vis o dos condutores ou seja as carater sticas do tro o a jusante Apesar dos numerosos modelos propostos tanto pela comunidade cient fica como por entidades p blicas e gestores de infraestruturas rodovi rias o modelo apresentado neste artigo distancia se dos aqui mencionados na medida em que todos estes modelos de estima o de velocidades s o realizados tendo por base os ve culos ligeiros normais exce o de DONNELL et al 2001 uma vez que o nosso estudo se centra unicamente nos ve culos especiais de combate a inc ndios florestais com caracter sticas de constru o diferentes especialmente por andarem munidos de um tanque de gua 500 3500L que condiciona a condu o P g 126 Um outro aspeto que estes modelos de estima o de velocidades s o para situa es normais de uso das estradas Contrariamente ao nosso estudo que se aplica em situa es de marcha de emerg ncia nomeadamente ap s a ocorr ncia de inc ndios florestais De salientar que as vari v
43. de resinosas 0 00 37 31 14 33 6 37 6 40 64 41 Florestas mistas 0 27 44 26 30 53 20 87 8 70 104 62 Matos 0 00 7 82 4 13 3 15 0 61 15 71 Territ rios artificializados 0 00 0 83 3 55 2 11 0 38 6 86 Zonas e corpos de gua 0 00 0 86 0 00 0 00 0 00 0 86 Total concelho 0 33 158 30 111 38 88 96 50 53 409 50 Vertente Meridional km Classes de uso do solo Castanheira Figueir Pampilhosa Pedrog o x ds de Pera dos Vinhos oa da Serra Grande ee aisha Areas agricolas e agro florestais 6 81 3 32 0 00 1 05 3 50 0 00 0 00 14 68 Florestas abertas cortes e novas planta es 12 48 22 50 0 00 0 01 12 60 0 00 0 13 47 72 Florestas de folhosas 9 35 17 17 0 00 3 72 4 84 0 00 0 00 35 08 Florestas de resinosas 16 02 6 74 2 02 7 18 25 98 0 08 0 00 58 03 Florestas mistas 9 43 5 95 0 00 1 76 1 95 0 00 0 00 19 10 Matos 11 54 12 01 0 00 0 00 0 00 0 00 0 00 23 55 Territ rios artificializados 1 13 0 00 0 00 0 00 0 00 0 00 0 00 1 13 Zonas e corpos de gua 0 00 0 00 0 92 2 68 0 45 0 15 0 00 4 20 Total concelho 66 78 67 69 2 94 16 40 49 32 0 23 0 13 203 49 Fonte Elabora o pr pria Dados Corine Landcover 2006 e CAOP IGEO ANEXO II Listagem das Esta es Meteorol gicas na serra da Lous Concelho Nome Altitude Ent Resp Tipo de Esta o Miranda do Corvo Carapinhal 13H 09UG 203 INAG LP Udom trica Lous Lous 13H 03UG 184 INAG I P Udom trica Coentral Grande 13H 08UG 952 INAG LP Udom trica Lou ainha Outeiro 13H 06C 754 INAG LP Climatol gica
44. de transportes e comunica o o que agravou ainda a mais as j dif ceis condi es de vida em montanha reas economicamente deprimidas P CARVALHO 2008 entrando numa bola de neve dif cil de se travar A perda de popula o levou ao abandono da agricultura e consequentemente do papel social do agricultor entendido hoje como o jardineiro e guardi o da montanha que era encarregado de preservar a paisagem e de fortalecer as identidades locais P CARVALHO 2008 pelo que a realidade da vida em montanha transmitida P g 50 muitas das vezes com uma forte carga po tica ligada ao viver do campo ao ciclo das esta es do ano ao levantar ao raiar do sol Contudo de um certo modo esta vida era e continua a ser uma vida ingrata de labuta dif cil onde tirar o sustento em solos ngremes uma tarefa rdua Exemplo disso s o os pequenos ret ngulos de terrenos em socalcos amparados por muros de xisto t o penosamente conservados pelo serrano que lhes dedica a vida e o melhor do seu suor e esfor o de modo a obter o seu alimento por vezes em v o e da que a serra tenha vindo a perder os seus agricultores O abandono destes locais tem levado ao desaparecimento n o s das atividades agr colas regulares de autossufici ncia mas tamb m dos seres humanos ocorrendo uma rea o em cadeia que se traduz numa rotura do equil brio destes espa os promovendo o aumento de riscos naturais P CARVALHO 2008
45. deles mais f cil determinar um coeficiente de rela o como o caso do tipo de coberto vegetal e dos declives j o fator vento dif cil de modelar pois no caso deste ltimo n o conseguimos prever os seus valores dado que estes s o vol teis e inconstantes ao contr rio dos outros dois referidos vegeta o e declives Apesar do Instituto Portugu s do Mar e da Atmosfera dar previs es sobre o vento rumo e velocidade esta previs o elaborada com base numa altitude 10m e no caso dos inc ndios florestais pretende se saber o vento a meia altura da chama 2m S MARTINS 2010 Apesar de hoje em dia j existir tecnologia para obter os dados do vento atualizados e escala local estes necessitam de ser reencaminhados para uma central onde posteriormente ser o processados e gerados cen rios informa o esta que devolvida para o agente de campo que a ir divulgar Contudo quando esta informa o lhe chegar j o vento pode ter mudado de rumo e velocidade Assim vemos uma grande limita o no processo de modela o espacial de cen rios na tentativa de preverem o comportamento do fogo e o risco de inc ndio florestal embora n o querendo dizer que estes n o sejam teis ou cred veis mas que devemos ter muito cuidado nas interpreta es dos resultados pelo que no presente estudo iremos prender nos com quest es mais direcionadas para o relevo nomeadamente os declives e a sinuosidade rodovi ria por ele impos
46. desarticula o produtiva e social G FERNANDES 2004 que se traduziu numa perda de mais de metade da sua popula o com profundas altera es na estrutura da popula o e nos setores de atividades como vamos ver nas an lises que a seguir se apresentam 1 2 1 Demografia O homem o complemento do quadro f sico sem o qual ficaria destitu do de vida movimento a o M SERRA 1961 A maioria das montanhas e particularmente as mediterr neas n o podem entender se margem de a o antr pica milenar Contudo em grande parte delas a ocupa o efetiva e generalizada relativamente tardia o que n o impediu que o povoamento se aproximasse do seu limite de capacidade de carga da montanha e que em muitos casos se traduziu num desequil brio que acarretou o retrocesso nas atividade tradicionais despovoamento e abandono generalizado P CARVALHO 2008 Nesta rea de montanha com todas as especificidades inerentes a esta tipologia de territ rio extremamente fragilizada em termos populacionais de dif ceis acessibilidades devido sua orografia o que acarreta na generalidade deficientes condi es de vida n o de estranhar que estas reas ficassem demograficamente desprezadas Nas ltimas d cadas a componente rural tem sido dominada pela redu o da popula o residente fig 7 e QUADRO IV atingindo em 2011 o seu valor mais baixo o que pode ser explicado pela crescente import ncia da popula
47. deu se uma invers o desta tend ncia com 3 anos acima da m dia 1981 1982 e 1983 seguidos de s um ano de descanso 1984 e com o ano seguinte de 1985 a disparar para cerca de 14 000 hectares ap s o que se voltou situa o inicial 3 anos de descanso 1986 87 e 88 Contudo desta vez eles foram seguidos por 3 anos com valores acima da m dia 1989 1990 e 1991 e novamente por tr s anos de descanso at 1995 fig 20 Deste modo ap s 1995 o intervalo de tempo suficiente para termos valores acima da m dia passou a ser de 4 anos de real ar que vamos j num per odo de 7 anos com valores abaixo de 3 460 hectares embora estes valores se desenvolvam no sentido crescente fig 20 Os anos de 2005 1991 e 1985 foram os que mais reas ardidas registaram ocupando respetivamente os tr s primeiros lugares do p dio P g 65 20000 E rea Ardida 18000 At 1995 Depois 1995 16000 14000 12000 10000 8000 6000 4000 3460 2000 0 ma Fig 20 Evolu o da rea ardida nos concelhos da serra da Lous 1975 2012 Fonte dos dados De 1975 a 1979 OLIVEIRA S 2008 de 1980 a 2012 ICNF Em regra a ocorr ncia de inc ndios florestais tem se traduzido invariavelmente em grandes reas ardidas que na maioria dos casos se localizam na rea de montanha Ora sendo florestal o uso do solo em cerca de 87 da rea de estudo podemo
48. e A C Batista editores 250p SOUTO Ana 2006 ELOZ de Serra e de Rios e de ELOS que se querem LA OS Apresenta o de uma abordagem Serra da Lous na prespectiva de quem a sente e assume como projecto de vida Revista Turismo amp Desenvolvimento N Y 6 2006 pp 145 150 SYPHARD A D RADELOFF V C KEELEY J E HAWBAKER T J CLAYTON M K STEWART S I HAMMER R B 2007 Human influence on California fire regimes Ecological Applications 17 THE HIGHWAYS AGENCY 2002 Geometric Design is the Design Manual for Roads and Bridges Vol 6 Road Geometry Section 1 Links Londres TORGA Miguel 1970 A cria o do Mundo II O Terceiro Dia Coimbra Gr fica Coimbra 4 Edi o TORGA Miguel 1999 Di rio Lisboa Publica es Dom Quixote 2 edi o integral 1 e 2 tomos volumes I a VIII IX a XVI 1786 pp TRANSPORTATION RESEARCH BOARD OF THE NATIONAL ACADEMIES TRB 2010 Highway Capacity Manual 2010 Washington D C 2010 P g 165 Vaz Maria Bela 1954 Advento duma nova era a da Electricidade Boletim do Centro de Estudos Geogr ficos Coimbra n 8 e 9 VENTURI Lu s NILTON Antunes ALZIR Felippe Buffara 2007 Determina o de locais timos para a implanta o de torres de vigil ncia para a detec o d einc endios florestais por meio de sistemas de informa o geogr ficos Floresta Curitiba PR v 37 n 2 mai ago VERDE Joao 2009
49. em 1972 realiza uma outra investiga o intitulada Le bassin de Lousa volution s dimentologique tectonique et morfologique S DAVEAU realiza um outro estudo em 1988 desta vez ligado Geografia Humana mas de grande import ncia denominado de Contribui o para uma Colect nea de Antigas Descri es Geogr ficas da Lous M SERRA e M ALEGRIA nas suas teses de licenciatura 1961 e 1976 respetivamente fizeram estudos sobre a bacia da lous nomeadamente um estudo sobre A bacia da Lous Estudo Geogr fico e A bacia topogr fica da Lous caracter sticas f sicas e utiliza o do solo Em 1954 foi publicado no Boletim do Centro de Estudos Geogr ficos o trabalho O que foi e o que a serra da Lous que a compila o de outros 3 estudos A Lous P g 24 dos antigos de M SANTO Advento duma nova era a da Electricidade por M Vaz e A paisagem humanizada da Lous por J BABO e A VILANOVA P DIAS e F REBELO deram estampa uma monografia Lous A Terra e as Gentes que foi editada em 1985 por iniciativa da C M da Lous Ainda dentro da escola de Coimbra F CRAVID O realizou uma s rie de estudos como Resid ncia Secund ria e Espa o Rural Duas aldeias da Serra da Lous Casal Novo e Talasnal e Resid ncia secund ria e revitaliza o do espa o rural publicados em 1989 e 1990 respetivamente P CARVALHO 2008 por outro lado refere tamb
50. em mau estado de conserva o P CARVALHO 1998 2008 P CARVALHO 1998 e 2008 refere que nos in cios da segunda metade do s culo XIX as principais estradas que compunham o sistema rodovi rio da serra da Lous eram na sua vertente norte a antiga estrada real de Lisboa a Almeida N17 que estabelecia a liga o de Lisboa com a Beira Alta no seu tra ado principal e a antiga estrada coimbr riscada na bacia topogr fica e nos contrafortes da bordadura meridional do Maci o Marginal de Coimbra Na vertente sul da serra da Lous vislumbra se um outro tra ado em dire o a poente refor ando a liga o de Castanheira de Pera Figueir dos Vinhos e Pedrog o Grande sua capital de distrito Leiria no sentido de aproximar o extremo oriental leiriense com o litoral tentando libertar se dos constrangimentos orogr ficos flanqueando pelo sul devido aos declives mais suaves a guarda avan ada ocidental do bloco noroeste da Cordilheira Central P CARVALHO 1998 2008 A sul da vila da Lous a montanha representa um obst culo orogr fico de primeira grandeza De entre a rede de caminhos adjacentes talhados pertinazmente no Maci o Antigo o mais utilizado na comunica o com a vertente Meridional era a estrada velha da serra pelos Soutos de Cacilhas que conduzia Catraia sem evitar a dif cil escalada da Lomba da Lous e daqui prosseguia a descida meridional em dire o ao Coentral Castanheira de Pera Pedrog o G
51. ficos de apoio decis o tornou se essencial a integra o dos dados em SIG Sistema de Informa o Geogr fica pois estes permitem o o tratamento computacional de dados geogr ficos e armazenam a geometria e atributos dos dados que est o georeferenciados isto localizados na superf cie terrestre e representados numa proje o cartogr fica C MARA et al 2002 Os dados obtidos de fontes diversas ICNF ANPC APA etc e de diferentes tipos estat sticos cartogr ficos etc foram transformados em dados geogr ficos vetoriais A nossa componente geogr fica da rea de estudo uma rea de montanha a serra da Lous Procedeu se pesquisa e levantamento das Corpora es de Bombeiros dos concelhos afetos serra da Lous Em cada uma destas Corpora es de Bombeiros foi inventariada a seguinte informa o Quadro de Homens Ativo e de Honra Quantitativo dos Meios Terrestres de Combate a Inc ndios Florestais acionados em Ataque Inicial Os Quart is de Bombeiros foram georreferenciados com a geometria de ponto e foi lhe associada toda esta informa o anterior A fase seguinte prendeu se com o sistema rodovi rio Tendo em conta a localiza o dos Quart is dos Bombeiros foram desenhados os principiais eixos rodovi rios de liga o entre os quart is A partir daqui foi poss vel definir uma quadr cula a nossa rea de estudo Ap s a limita o da nossa rea de estudo completou se o cadastro do
52. grave o que implica um planeamento estrat gico para o seu pr posicionamento em locais previamente definidos sempre que se verifiquem situa es meteorol gicas particularmente adversas Quadro XV Distribui o de Bombeiros e de Meios por habitantes e superf cies nda AHBV Miranda do Corvo iranda do Corvo Destacamento de Semide 83 50 1637 25 8 544 CMB da Lous Lous AHBV de Serpins 120 59 2 934 33 14 251 AHBV Gois G is Sec o de Alvares 76 07 1 065 00 34 191 Penela AHBY Penela 65 03 598 30 13 48 Figueir dos Array Figueir dos Vinhos 82 25 1 028 17 28 91 10 73 Vinhos cea AHBV Castanheira de Pera 48 35 1 01 0 89 455 86 9 54 8 40 Pedr g o AHBV Pedrog o Grande 54 38 559 29 Grande 1 M ximo acima da m dia M nimo abaixo da m dia Fonte dos Dados Censos 2011 CAOP 2012 Corine Land Cover 2006 Quadro de Homens e Meios terrestres de combate invent rio enviado a cada corpora o de Bombeiros Foram muitos os avan os tecnol gicos nos recursos dispon veis para o combate a inc ndios florestais por m na atualidade a sua efici ncia depende de um planeamento estrat gico eficaz que permita utilizar esses meios da melhor forma poss vel de modo a tirar o m ximo partido das suas potencialidades Hoje em Portugal as pessoas querem uma resposta r pida e eficaz que resolva o problema no ma
53. inc ndio no menor espa o de tempo poss vel e com o poder de gua suficiente para debelar inc ndio nascente levando o extin o P g 133 O Corpo de Bombeiros Municipais da Lous disponibilizou um Mitsubishi L200 com T Marca Renault Ano 1986 Modelo Midlum 220 14 Cavalos 113 Cilindrada 5500 4X4 Manual Cap Litros 3600 Peso Bruto 12000Kg Marca Mitsubishi Ano 2004 Modelo L200 Cavalos 85 Cilindrada 2477 4X4 Manual Cap Litros 600 Peso Bruto 3500Kg Fig 46 Carater sticas dos ve culos de simula o Antes de ir para o terreno foi preparada a cartografia dos percursos com as amostras de modo a que junto dos bombeiros pud ssemos localizar os trajetos e planear o uso racional dos meios e a melhor forma de abordarmos os dois percursos tendo em aten o que o sentido do trajeto teria de ser no sentido do quartel mancha florestal Assim para cada ponto de amostragem existia uma ficha com os seus principais atributos de forma a procedermos tanto valida o da informa o produzida em gabinete como que pretend amos recolher fundamental para a elabora o do modelo fig 47 designadamente e Velocidade de entrada e velocidade de sa da obtidas atrav s do veloc metro instalado nos ve culos e Tempo de desloca o foi obtido com recurso ao uso de um cron metro Amostra 7 Velocidade de Entrada Velocidade de Saida Tempo de desloca o Dist
54. invariavelmente para a implementa o das estradas se aproveitassem os eixos de mais f cil acesso designadamente os acidentes estruturais M PINA 1997 tais como linhas de fratura falha ou a rede hidrogr fica que tendem a seguir bem como as cotas mais altas que desenham a linha da cumeada aproveitando as gargantas evitando ou contornando os espor es espig es contrafortes de modo a tornar os projetos menos onerosos As tentativas iniciais de dotar a serra com mais vias de comunica o e mais modernas decorreu no per odo de 1863 a 1906 e depois at d cada de noventa Esta moderniza o do sistema rodovi rio foi acompanhada pela implementa o de infraestruturas b sicas equipamentos coletivos desenvolvimento industrial que foi mais significativo na setor meridional renova o urban stica como pra as e novos arruamentos urbanos entre outros P CARVALHO 1998 P g 54 Em 1977 a JAE informa que a rede rodovi ria nacional encontra se numa situa o de completo desajustamento perante as necessidades do tr fego Tra ados sinuosos e estreitos com pavimentos em degrada o progressiva a atingirem o colapso JAE MEPAT 1997 A renova o do sistema rodovi rio tradicional por estradas modernas s se verificou na abertura da segunda metade do s culo XIX M ALEGRIA 1990 Pelo que o acesso ao interior da serra da Lous era realizado por caminhos de muito dif cil tra ado e quase sempre
55. m das suas reais potencialidades J ARANHA 2004 Como diz J ARANHA 2004 necess rio conhecer as caracter sticas do terreno e da rede vi ria pois de outra forma os recursos dispon veis ficam muitas vezes impossibilitados de dar o seu contributo ao combate dos inc ndios florestais Estas caracter sticas tamb m condicionam o tempo e a facilidade de acesso a um determinado local a partir de um outro S GEERTMAN et al 1995 Tendo j sido abordado o principal agente de prote o civil a estrutura o e organiza o desta for a bem como a localiza o dos quart is de bombeiros com as suas reas de atua o e tamb m a import ncia do sistema rodovi rio nomeadamente da sinuosidade rodovi ria para o ataque inicial no pr ximo cap tulo abordaremos aspetos ligados modela o espacial dos tempos estimados de desloca o pois para socorrer preciso primeiro percorrer toda uma dist ncia por estrada ou abrindo o seu pr prio caminho at ao local da ocorr ncia mas antes disso vamos dar conta das vidas ceifadas a bombeiros no combate a inc ndios 2 6 Bombeiros Falecidos em Servi o Os inc ndios florestais propiciam condi es para o surgimento de situa es complexas que normalmente s o potenciadas por condi es meteorol gicas adversas podendo originar perdas de vidas humanas e bens exigindo por isso a prepara o e organiza o de um dispositivo adequado para os enfrentar atrav s da interven
56. meios humanos e mec nicos para as reas florestais cujos acessos e caminhos pela sua pr pria natureza apresentam dificuldades acrescidas progress o de homens e m quinas com o objetivo do ataque inicial projetar sobre o ponto de igni o no mais curto espa o de tempo poss vel a quantidade de gua necess ria e suficiente para a extin o do mesmo antes que ele assuma maiores propor es ENB 2001 A deflagra o de um foco de inc ndio tanto pode acontecer junto a uma estrada ou no interior da pr pria mancha florestal Neste caso os caminhos poder o ser de terra batida arenosos pedras soltas ou com a obst culos naturais ou artificiais como cepos rvores muros valas fossos etc pass veis de ser encontrados na floresta fot 4 Fot 4 Obst culos passiveis de se encontrar no p Fonte ENB 2001 P g 112 Os caminhos dos espa os florestais encontram se habitualmente deteriorados apresentando uma topografia irregular com subidas e descidas acentuadas e em certas situa es verifica se a sua aus ncia completa A solu o passa pela cria o e abertura de caminhos utilizando para esse efeito o pr prio ve culo o que por sua vez ir aumentar o tempo de resposta da interven o O combate ao inc ndio pode ser realizado de diversas formas com a pr pria vegeta o com terra que se encontra dispon vel quase em todo o lado o que possibilita o combate a uma dist ncia curta e segura en
57. n mero 2 a Ve culo Ligeiro de Combate a Inc ndios VLCI um ve culo ligeiro do tipo todo o terreno 4x4 de categoria L2 dotado de bomba de servi o de inc ndios destinado prioritariamente interven o nos inc ndios rurais e urbanos Possui tanque com uma capacidade m nima de 500 litros b Ve culo Florestal de Combate a Inc ndios VFCI um ve culo todo o terreno 4x4 de categoria M3 dotado de bomba de servi o de inc ndios destinado prioritariamente interven o nos inc ndios florestais e rurais Possui tanque com capacidade minima de 3 000 litros A raz o do estudo se centrar nestas duas subtipologias prende se com a necessidade de colocar os meios no local no mais curto espa o de tempo pelo que n o aconselh vel a ativa o de autotanques de grande capacidade para uma primeira interven o Face s especificidades de conce o e de constru o dos ve culos terrestres de combate a inc ndios florestais que contemplam diversos mecanismos que os capacitam para progredir em terrenos topograficamente acidentados e sinuosos Designam se por ve culos todo o caminho quando permitem a condu o em estrada e caminhos florestais e por ve culos todo o terreno quando o seu comportamento e desempenho est o diretamente relacionados com as suas caracter sticas estruturais o que lhes possibilita o seu uso fora de estrada a transposi o com maiores ou menores P g 114 dif
58. n vel distrital e nacional A CRUZ 2007 in A AMARO 2009 refere que a componente operacional do sistema s o os bombeiros volunt rios s o a espinha dorsal Eles cumprem mais de 90 das miss es de protec o civil e tendem a ser profis sionais na sua ac o O combate aos inc ndios ou melhor o socorro termo utilizado hoje em dia assenta quase exclusivamente num agente de prote o civil os bombeiros sobrecarregando os seus v rios dom nios de a o Da que o nosso estudo recaia unicamente sobre este agente P g 73 2 1 Evolu o hist rica e legislativa Numa an lise etimol gica da palavra bombeiro deriva de bomba mais o sufixo eiro Bomba pelo fr Pompe ou pelo it Pompa significa aparelho hidr ulico de bombagem por sua vez o sufixo eiro por um lado prov m da palavra artilheiro por outro lado significa arte ou profiss o R FREITAS et al 2010 Analisando alguma bibliografia poss vel encontrar algumas defini es de bombeiro que por muito que derivem nos termos ou na data de edi o mant m a n vel do enquadramento te rico uma base comum como podemos ver numa breve s ntese e Pessoas que t m por miss o extinguir os inc ndios com bomba segundo a raiz do termo e que por extens o acorrem a todos os acidentes que ponham em risco vidas e haveres Enciclop dia Verbo Luso Brasileira da Cultura 1998 e Pessoa que faz parte de um corpo organizado de combate a inc
59. no quartel devendo ser pr posicionados de modo a garantir tempos de resposta inferiores a 20 minutos Assim como o modelo elaborado n o se tornou eficiente para o c lculo do tempo de desloca o pelos motivos apresentados utilizou se a informa o do ICNF presente no Guia T cnico para a elabora o dos Planos Municipais de Defesa da Floresta contra Inc ndios Florestais Para reduzir o tempo de chegada depois de ativados os meios entre as outras vari veis descritas no Guia T cnico PMDFCI 2012 destacamos a an lise rede vi ria florestal que serve os espa os florestais atrav s das linhas is cronas relativas aos tempos de interven o a partir dos locais onde est o estacionadas as equipas de 1 interven o Nesse sentido o ICNF disponibiliza valores m dios por ve culo VFCI VRCI para cada tipo de via QUADRO XXIV Os valores resultam da velocidade m dia obtida em percursos n o inferiores a 10 km DIREC O DE UNIDADE DE DEFESA DA FLORESTA 2012 Contudo apesar de ao longo de 10km se conseguirem obter elementos geom tricos representativos retas e curvas com diferentes comprimentos de raios certamente que n o a mesma coisa fazer 10km de estrada numa nacional do litoral ou numa rea de montanha do interior Por esta raz o aconselh vel que em vez de se aplicarem velocidades tipificadas se fa a primeiro uma an lise aos elementos das estradas e suas caracter sticas de modo a que se possa
60. o Ataque Inicial aos inc ndios florestais 3 2 1 Proposta do TED Tempo Estimado de Desloca o para Ve culos de ATI Face ao exposto pareceu nos urgente criar um modelo que com base nas principais caracter sticas das estradas permitisse estimar o tempo minutos e segundos necess rios para os ve culos terrestres de ataque inicial percorrerem um trajeto de modo a que se possam garantir as condi es necess rias para um ataque inicial eficaz aos inc ndios florestais Assim numa primeira fase procedeu se vetoriza o e cadastro da rede vi ria dos munic pios afetos serra da Lous tendo sido georreferenciadas as principais estradas com o objetivo de criar uma rede que ligasse os Quart is de Bombeiros suas Sec es e Destacamentos s manchas florestais bem como entre eles Nesse sentido a rede vi ria em an lise teve em considera o as caracter sticas operacionais de cada via tendo sido respeitada a classifica o adotada no Plano Rodovi rio Nacional que segundo o Decreto Lei n 222 98 divide o sistema vi rio em 4 n veis hier rquico e Rede Nacional fundamental I Itiner rio Principal IP Constitui a Rede Nacional Fundamental S o vias de comunica o de maior interesse nacional servem de base de apoio a toda a rede P g 127 II IIL IV nacional e asseguram a liga o entre os centos urbanos com influ ncia supradistrital e destes com os principais portos aeroportos e fronteiras
61. o para estas reas baixas mais atrativas numa primeira fase por que estas reas baixas planas e extensas de superf cies aluviais s o mais produtivas para a agricultura e numa segunda fase porque foi nestas reas em que se instalaram as infraestruturas servi os etc Contudo quando estas reas n o saciam as necessidades dos que para a se deslocam eles tendem a migrar para as cidades mais pr ximas passando a residir a Este movimento realizado sobretudo pela popula o mais jovem visa a procura de trabalho e de mais qualidade de vida o que vai gerar desequil brios entre os diferentes grupos et rios existentes nas reas de partida e nas reas de chegada P g 49 A serra da Lous apresenta uma popula o envelhecida com diferentes valores em cada concelho Ao longo das tr s d cadas 1991 2001 e 2011 os concelhos de G is e Pedrog o Grande foram os que apresentam os valores mais elevados em que o n mero de idosos quase o triplo do quantitativo das suas popula es jovens Por sua vez em Penela Castanheira de Pera e Figueir dos Vinhos a popula o envelhecida quase o dobro da popula o jovem Com valores mais baixo contrastando um pouco com este cen rio temos os concelhos da Lous e Miranda do Corvo A popula o envelheceu nos concelhos da serra da Lous em m dia mais na sua vertente Meridional 72 4 do que na vertente Setentrional 35 59 isto devido aos munic pios de Mirando do Corvo e da
62. outrora penosamente conservados pelos serranos e que foram assimilados para uso florestal quer devido ao abandono dos campos quer pela pr pria explora o florestal Deste modo proporcionou se o aparecimento de matos originando manchas de combust vel mais cont nuas e com grande acumula o de biomassa logo uma maior disponibilidade de combust vel para P g 101 arder e por outro lado o decr scimo populacional traduziu se tamb m numa menor capacidade informal de dete o e participa o no combate aos inc ndios o que tem originado o aumento das reas ardidas R MUNOZ 2000 L LOUREN O 1992 Ao n vel da operacionalidade e efic cia da primeira interven o os dados das reas ardidas podem ser agrupadas conforme a sua dimens o mas basta que haja um grande inc ndio florestal para alterar significativamente esses valores De facto os anos em que se verificaram as maiores reas ardidas na serra da Lous foram os de 2005 2001 2002 2003 e 2012 QUADRO XVI A an lise estat stica mostrou que em cerca de 84 das ocorr ncias os focos de inc ndio foram extintos rapidamente n o passando de meros fogachos com reas ardidas inferiores a 1 hectare Por sua vez os inc ndios com dimens es compreendidas ente 1 10 hectares representam cerca de 10 das ocorr ncias Deste modo os fogachos e os pequenos inc ndios florestais juntos representam 94 das ocorr ncias QUADRO XVI Por outro lado os inc ndios florestais
63. pelo que n o admira que seja um espa o marcado pela ocorr ncia dos inc ndios florestais A m dia anual da rea ardida entre 1975 e 2012 situou se pelos 3 460 hectares fazendo com que cerca de 63 33 do territ rio j tenha ardido havendo uma reincid ncia de at 5 vezes pelo que hoje j quase nada se vislumbra da sua floresta aut ctone Considerando os 5 anos mais cr ticos a n vel das reas ardidas observou se que cerca de 70 da rea ardida decorreu fora do denominado per odo cr tico quando n o est assegurada a prontid o dos meios de combate aos inc ndios florestais A estrat gia de combate assenta no estacionamento dos meios nos quart is as especificidades do espa o de montanha imp em um tra ado sinuoso ao sistema rodovi rio o qual aumenta as dist ncias entre o quartel de bombeiros e as principais manchas florestais pois a influ ncia da topografia na sinuosidade rodovi ria not ria Neste trabalho a sinuosidade rodovi ria entendida como a diferen a entre a dist ncia observada e a dist ncia real foi analisada como um potencial fator que influencia a velocidade e a dist ncia efetiva percorrida pelos meios terrestres De facto na rea de estudo o ndice de sinuosidade de 1 150 na rea baixa lt 215m e de 1 402 na rea alta gt 215m o que atrasa o tempo de resposta da primeira interven o que se quer r pida ou seja inferior a 20 minutos mas em que cerca de 10 da rea se encont
64. projetos e interven es quer do sector privado quer do p blico para a arboriza o da serra e refloresta o das reas ardidas Os anos 20 e 30 ficaram marcados por v rios projetos de arboriza o e aproveitamento florestal P CARVALHO 2008 A BENTO GON ALVES 2011 No sentido de se dar uma maior vivacidade a estas reas populacionalmente silenciosas e economicamente mortas houve um forte crescimento da economia florestal os madeireiros instalaram se desenfreadamente nestas reas e com eles as esp cies de crescimento r pido como o pinheiro bravo Pinnus pinaster e o eucalipto Eucalyptus globulus geralmente sem qualquer tipo de regulamenta o ou politica estrat gia definida O fomento da ind stria madeireira nestas reas de montanha com a introdu o massiva de esp cies de crescimento r pido constitu das inicialmente por resinosas pinheiro bravo e depois por folhosas ex ticas eucalipto com o objetivo de dinamizar a ind stria levou ao abate desenfreado das rvores e acarretou um desequil brio destes ecossistemas que hoje se apresentam ca ticos quando n o s o constitu dos por apenas rocha nua P Carvalho 2007 citando umas das impress es das obras liter rias de M TORGA sobre as montanhas atrav s dos registos lavrados no Di rio IV 1999 453 cita sobre a serra da Lous O homem do passado viu estes montes cobertos de carvalhos e o homem do futuro h de v los cobertos de pinhe
65. rea de Concelho Distrito Estudo D ae Hectares Km km Ansi o Leiria 17609 4 176 09 0 13 0 07 0 Coimbra 31939 9 Oleiros Castelo Branco 47109 3 Pampilhosa da Serra Coimbra 39646 2 Sert e Castelo Branco 446732 446 73 023 005 0 1 Fonte Elabora o pr pria com base em dados CAOP 2012 DGT 4 4 4 4 4 Ansi o Coimbra Oleiros Pampilhos Penela Pedr g o Figueir G is Miranda e Lous Castanheira daSerra Grande dosVinhos de Pera rea do Concelho E Area da quadricula de estudo Concelhos da setra daTous Fig 2 rea estudada em cada concelho da serra da Lous Fonte dos dados CAOP 2012 DGT P g 16 Objetivos Em primeiro lugar apresentam se os objetivos gerais que depois s o seguidos pelos espec ficos Objetivos gerais A presente disserta o foca se na problem tica da dimens o das reas ardidas e ganha a a sua principal motiva o pelo que tentaremos descrever um conjunto de situa es que muito t m contribu do para a realidade atual Assim pretendeu se averiguar o grau de operacionalidade da primeira interven o dos bombeiros na medida em que a sua efic cia condiciona a dimens o da rea queimada Por um lado pretendeu se identificar e caracterizar a rede rodovi ria da serra da Lous de modo a aferirmos as acessibilidades aos diferentes espa os florestais Para isso foram re
66. resposta e consequente aumento da dimens o das reas ardidas Assim tentaremos caraterizar essas situa es para encontrar forma de dar resposta a estas quest es rea de estudo Face problem tica que os inc ndios florestais assumem na regi o Centro e com real destaque para a rea ardida escolhemos a serra da Lous como a nossa rea de estudo que se expande pelos munic pios de Penela Miranda do Corvo Lous e G is do distrito de Coimbra e Figueir dos Vinhos Castanheira de Pera e Pedrog o Grande do Distrito de Leiria fig 1 Limitej reasde estudo Estrada Distritos Coimbra I Castelo Branco DB Leiria Limites administrativos Al Quarteis de Bombeiros Fig 1 Localiza o da rea de estudo Fonte dados CAOP 2012 DGT P g 15 A serra da Lous vista como um todo como uma unidade geomorfol gica que se expande pelo territ rio dos 7 concelhos e condiciona tanto as suas caracter sticas demogr ficas como o uso do solo Dentro dos munic pios que pertencem serra da Lous a rea de estudo de cada concelho diferente QUADRO I O nico que foi abrangido na sua plenitude foi o concelho de Castanheira de Pera 100 seguido pelos concelhos da Lous 80 5 e Miranda do Corvo 70 Os menos abrangidos s o os de Figueir dos Vinhos 39 Pedrog o Grande 38 e Penela 37 fig 2 QUADRO I Carater sticas dos munic pios da rea de estudo rea total
67. saber qual a velocidade de circula o QUADRO XXIV Valores indicativos da velocidade m dia para uma viatura de combate a inc ndios florestais tipo VFCI VRCI por tipo de via e dist ncia percorrida em ATI 27 5 Km h estado de conserva o bom 19 0 Km h estado de conserva o m dio 6 63 Km 11 0 Km h estado de conserva o mau 3 67 Km Fonte Adaptado de DIREC O DE UNIDADE DE DEFESA DA FLORESTA 2012 P g 142 De real ar que o referido guia refere que as velocidades m dias devem ser ajustadas sempre que muda o tipo e ou o estado de conserva o da via por causa do efeito de atrito dos pneus ao solo faixa de rodagem que ser menor em terra batida do que em asfalto e por isso a for a motora n o ser exponenciada pelo que se perder velocidade como foi considerado na elabora o do nosso modelo Pela an lise do QUADRO XXIV verificamos que apesar das especificidades de constru o dos ve culos estes muito dificilmente atingir o quer a velocidade de m xima 100km h quer a de cruzeiro 80km h pelo que as suas reas de cobertura ser o reduzidas situa o que potenciada por na nossa rea de estudo a hierarquia de via Itiner rio Principal ser praticamente inexistente Assim com base nos valores das velocidades m dias por hierarquia de via e tipologia de ve culo VFCI procedemos ao c lculo do tempo de desloca o para a rede rodovi ria da nossa rea de estudo Nesse se
68. sacrif cios decorrentes das imposi es f sicas das reas de montanha Uma classifica o euro comunit ria das Zonas de montanha tem em conta os seguintes crit rios as desvantagens naturais latitude e situa o geogr fica relevo e natureza dos solos desvantagens socioecon micas fraca densidade populacional isolamento devido ao afastamento aos grandes centros urbanos econ micos e pol ticos dificuldade da acessibilidade e de comunica o etc P CARVALHO 2008 No plano mundial calcula se que cerca de 1 10 da popula o mundial vive em reas de Montanha e que mais de dois mil milh es de pessoas dependem das montanhas para a obten o de recursos alimentares energia hidr ulica madeira e minerais C GRA A 2003 in P CARVALHO 2008 As reas de montanhas no continente Europeu refletem se na grande extens o que estes maci os ocupam desde as regi es rticas at ao Mediterr neo passando pelos Alpes e outros maci os montanhosos nas regi es do clima temperado P CARVALHO 2008 Em Portugal O RIBEIRO 1945 refere que o pa s aparece separado em duas regi es de relevo n o s distintas mas de certo modo opostas O Sul possui 61 5 das terras baixas inferiores a 200 metros a regi o das planuras e dos planaltos m dios O Norte pelo contr rio compreende 95 4 das reas superiores a 400 metros A terra alta est presente por toda a parte e cimos de mais de 1000 metros levantam se a 5
69. sociais e destinos do territ rio In PORTELAS Jos e Caldas Jo o CASTRO orgs Portugal Ch o Lisboa Editora Celta editora pp 111 127 DIREC O DE UNIDADE DE DEFESA DA FLORESTA 2012 Plano Municipal de Defesa da Floresta contra Inc ndios PMDFCT Guia T cnico Autoridade Florestal Nacional Abril DEC DIRECTRIZES PARA A CONCEP O DE ESTRADAS 2000 Parte Condu o do Tra ado Departamento de Estradas de Rodagem de Santa Catarina Diretoria de Estudos e Projetos DONNELL E T NI Y ADOLINI M e ELEFTERIADOU L 2001 Speed Prediction Models for Trucks on Two Lane Rural Highways Transportation Research Record n 1751 ENB ESCOLA NACIONAL DE BOMBEIROS 2001 Manual T cnico de Condu o Fora de Estrada Cadernos Pr ticos FAIRBRIGDE R W 1968 Mountain and Lilly terrain mountain systems mountain types In R W FAIRBRIDGE ed Encyclopedia of Geomorphology New York Reinhold 745 761 FARIA Antonio Paulo 2005 Classifica o de montanhas pela altura Revista Brasileira de Geomorfologia Ano 6 n 2 FELGUEIRAS Jo o Jos da Silva 2005 Evolu o do risco de Inc ndio Florestal Disserta o de Mestrado em Gest o de Riscos Naturais apresentada Faculdade de Letras da Universidade do Porto FERNANDES Gon alo Jos Poeta 2004 Percep es e Significados dos Espa os de Montanha Da Desarticula o Produtiva Revaloriza o Eco Cultural ESEG
70. til a utiliza o de um medidor de tempos acionado automaticamente por feixes lazer passagem das estacas de in cio e fim das amostras aquando da passagem do ve culo e no mesmo sentido para a obten o das velocidades em vez do veloc metro manual dos ve culos o uso de um Radar Doppler o que n o foi poss vel Contudo mesmo com estas limita es o modelo mostrar se ia funcional e v lido n o tivesse sido uma outra limita o que fez com que tal n o acontecesse dado que a principal limita o do modelo criado a diferen a de quotas Com a equidist ncia das curvas de n vel de 10 em 10 metros criou se em ArcGis um Modelo Digital do Terreno MDT com recurso ferramenta do 3D Spacial Analyst Na elabora o do MDT utilizou a metodologia de Vizinho pr ximo dos pol gonos de Thiessen Posteriormente este MDT foi convertido num ficheiro de GRID para se poder fazer a interpola o dos pontos de in cio e de fim de cada segmento de estrada de modo a obter se o valor da cota altitude Ora como estas fermentas geram vertentes naturais e a vertente foi cortada sofreu a a o antr pica para a implementa o de uma estrada os valores entre o modelo e a P g 139 realidade foram bastante d spares Ainda para mais quando o trajeto da N236 acompanha as linhas de cotas m dias ao longo da vertente a metodologia de Vizinho pr ximo dos pol gonos de Thiessen assumes valores exagerados Por outro lado no trajeto
71. um deles divergiu tamb m no tempo embora se possa identificar algumas semelhan as entre eles nomeadamente no processo e na localiza o Para ter um quartel primeiro preciso ter um corpo ativo operacional e viaturas pr prias Os quart is numa primeira fase localizaram se nos principais lugares das respetivas vilas a maioria deles em locais cedidos pelas juntas de freguesias A morada deles era ent o em largos e nas pra as lugares p blicos de destaque dos tempos do antigamente e por isso confinados a um sistema de estrada estreitas medida que cada Corpo ia aumentando o seu n mero de bombeiros e capacidade de aquisi o de equipamentos muitos quart is tiverem que ser constru dos ou adaptados de modo a que pudesse digna e funcionalmente acolher os Soldados da Paz e fazer face s novas exig ncias Contudo a capacidade financeira nem sempre andou de bra o dado com as necessidades Da que em alguns casos eram ocupados espa os para a guarda das P g 85 viaturas enquanto que os restantes servi os se dispersavam por diversas depend ncias geralmente por edif cios das respetivas C mara Municipais em alguns casos os Corpos Gerentes das Associa es arrendavam garagens e outros espa os As respostas pol ticas dos diversos governos face problem tica dos inc ndios florestais tem sido na atribui o de mais financiamento s Corpora es de Bombeiros assim todos os anos se assiste dota o de mais verb
72. vel pela defesa de 1 129 63 habitantes e pela cobertura de 21 50 km de rea municipal e de 10 78 km de floresta Quando procedemos an lise dessa distribui o em cada concelho verificamos grandes desigualdades Com efeito enquanto em Castanheira de Pera existe um ve culo P g 88 de ATI por cada 10 km em G is cada um tem mais de 60Km para proteger Os munic pios de Penela Miranda do Corvo e Pedr g o Grande situam se entre 10 e 20 Km e os de Lous e Figueir dos Vinhos entre 20 e 30 Km pelo que o maior desequil brio diz respeito a G is Todavia tendo em conta que o combate aos inc ndios florestais se far apenas em uso do solo florestal a situa o mant m se ainda que com ligeiras modifica es das quais ressalta o agravamento do concelho de G is Assim Penela 4 42 km passa para primeiro lugar lt 5 km A categoria seguinte de 5 a 10km continua ocupada com tr s munic pios Pedrog o Grande 6 48 km Castanheira de Pera 8 40 km e Miranda do Corvo 8 54 km Seguem se lhes entre 10 e 15 km Figueir dos Vinhos 10 73 km e Lous 14 25km Destacado pela negativa pois neste caso a diferen a ainda maior aparece G is QUADRO XV com uma rea critica por ve culo ATI 37 75 km Contudo esta distribui o implicaria que os meios se encontrassem distribu dos pelos territ rio municipal o que n o acontece pois est o estagnados no quartel ou seja a situa o ainda mais
73. 0 avalia o de causas e efeitos L LOUREN O 2004 L LOUREN O et al 2011 BENTO GON ALVES et al 2007 evolu o geogr fica e temporal dos inc ndios A NUNES et al 2013 FERREIRA LEITE et al 2011 an lise espacial da sua recorr ncia FERREIRA LEITE et al 2010 impactos dos inc ndios florestais I FERNANDES et al 2010 N PEREIRA et al 2007 risco de inc ndio florestal J FELGUEIRAS 2005 J VERDE 2009 ou seja foi dado e bem especial destaque identifica o e localiza o das reas mais vulner veis mais suscet veis ocorr ncia dos inc ndios florestais no entanto h esse tema espec fico que n o tem sido muito investigado o do tempo de desloca o dos bombeiros associado geometria da estrada que resulta do relevo e que condiciona a rapidez e por conseguinte a efic cia da primeira interven o O presente trabalho visa uma abordagem diferente da habitual partindo do princ pio que o foco de inc ndio real que soou o alarme ou seja todas as barreiras de sensibiliza o preven o e vigil ncia foram ultrapassadas pelo que o que se pretende agora a ativa o dos meios terrestres de combate e a r pida progress o das equipas de combate pelo percurso ideal de modo a que o ataque ao foco de inc ndio se inicie at 20 minutos depois do alerta levando assim sua extin o antes que atinja propor es incontrol veis reduzindo deste modo e como consequ ncia a rea ardida
74. 0 quil metros do mar M FERREIRA 1999 identificou uma centena de concelhos a maioria com 400 700 metros de altitude correspondente a cerca de um ter o do territ rio nacional e a 15 da popula o Por sua vez L CUNHA 2003 afirmou que tendo em conta a dimens o do pa s a sua compartimenta o paisag stica e a articula o das caracter sticas naturais do P g 29 territ rio com os modos de vida das popula es podemos sem d vida falar em espa os geogr ficos de montanha ou pelo menos de espa os serranos que ocupam cerca de 18 do territ rio nacional Por ltimo P CARVALHO 2008 referiu que a montanha representa cerca de 20 do territ rio continental Ora os espa os de montanha s o sem sombra de d vida um marco no nosso territ rio nacional que carateriza bem algumas paisagens portuguesas tendo influenciado o desenvolvimento nas suas v rias vertentes do nosso pa s Os espa os de montanha entendidos como reas com fortes condicionalismos ao desenvolvimento de atividades econ micas especialmente nas m dias montanhas mediterr nicas registaram desde meados do s culo XX uma significativa desarticula o produtiva e social que se traduziu numa perda de mais de metade da sua popula o no abandono das atividades agro pastoris e no encerramento de numerosas unidades fabris G FERNANDES 2004 Os esfor os e sacrif cios que a montanha imp e face s suas imposi es f sicas as g
75. 07 Forest roads increase human fire ignition probability by providing road accessibility da que alguns inc ndios florestais deflagrem em zonas adjacentes s vias de comunica o Contudo as estradas possibilitam tamb m uma maior cobertura pelos meios de socorro a reas outrora isoladas e por outro lado um n mero significativo de inc ndios florestais termina na proximidade das estradas fire boundaries tend to occur near roads because roads facilitate fire suppression and act as physical barriers G NARAYANARAJ et al 2013 As estradas criam faixas cont nuas desprovidas de vegeta o proporcionando diferentes microclimas em rela o s reas florestais adjacentes efeitos que se estendem para al m dos limites das pr prias estradas da que a severidade da rea ardida seja menor na proximidade de estradas florestais G NARAY ANARAJ et al 2013 Pesando ambos os lados a presen a de estradas pode contribuir para um aumento do risco de igni o de um inc ndio mas a possibilidade de estes progredirem para grandes inc ndios florestais muito menor C BUCK 1936 Pelo que uma pergunta se levanta Shall we have protected forests with roads or unprotected forests without roads The lesson of the past is so plain that it cannot be missed The protection of the forest demands speed in putting out fires and speed in these days of motor vehicles means roads C BUCK 1936 Quanto mais r pido os meio
76. 09 PETIT LAROUSSE ILLUSTRE NOVEAU DICTIONNAIRE ENCYCLOPEDIQUE Pari Librairie Larousse AUTORIDADE FLORESTAL NACIONAL 2008 Brochura 5 anos ap s os inc ndios florestais de 2003 Outubro de 2008 BABO Jorge VILANOVA Alberto 1954 A paisagem humanizada da Lous Boletim do Centro de Estudos Geogr ficos Coimbra n 8 e 9 pp 47 57 BAGHERI George L Nasser BENWELL amp HOLT Alec 2005 Measuring spatial accessibility to primary health care Presented at SIRC 2005 The 17th Annual Colloquium of the Spatial Information Research Centre University of Otago Dunedin New Zealand November 24th 25th 2005 BATES R L amp JACKSON J A 1984 Dictionary of Geological Terms New York Anchor Books 571p Pag 155 BENTO GONCALVES A LOUREN O L amp DIAS da SILVA J 2007 Manifesta o do risco de inc ndio florestal causas e investiga o criminal Territorium 14 81 87 BENTO GON ALVES A VIEIRA A FERREIRA LEITE F OLIVEIRA MARTINS C amp COSTA SILVA F 2010 A desestrutura o do mundo rural em reas de montanha e o risco de inc ndio o caso da serra da Cabreira Vieira do Minho Territorium 17 109 117 BENTO GONCALVES Ant nio 2011 Geografia dos Inc ndios em Espa os Silvestres de Montanha caso da serra da Cabreira Lisboa FCG FCT Minist rio da Ci ncia Tecnologia e Ensino Superior Textos Universit rios de Ci ncias Sociais e Humanas ISBN 978 972 31
77. 09 b DON 2012 P g 82 Atendendo sua dimens o e popula o Portugal tem uma presen a muito densa de Corpos de Bombeiros embora mal distribu dos bombeiros estes j testados e experientes n o seria mais proveitoso em termos de efic cia e menos oneroso o destacamento dos meios de combate do que o recurso exaustivo aos meios a reos Com tremendo capital humano testado seria genoc dio o n o aproveitamento desta m o de obra minimamente qualificada para a sua diversifica o e profissionaliza o se mil gritos n o fazem uma raz o h aqui raz es que valem mil gritos A AMARO 2000 2 2 Os Quart is dos Bombeiros localiza o e seus meios humanos e mec nicos O registo do termo quartel aparece no final s culo XVIII e in cios do s culo XIX Antes o imp rio romano denominava os quart is de bombeiros de Excunitoria J NETO 2001 posteriormente face evolu o dos pr prios meios de combate passou a utilizar se a express o casa da bomba que identificava o local em determinado lugar aldeia vila ou cidade onde era guardada primorosamente a bomba manual de combate a inc ndios Com a expans o do servi o de inc ndios e medida que se foi intensificando a sua organiza o quer do ponto de vista estrutural quer operacional acarretou uma transforma o das caracter sticas dos pr prios quart is de bombeiros Durante muito tempo estes quart is funcionaram em espa os que eram d
78. 0kg ou com lota o superior a nove lugares incluindo o do condutor O peso bruto do ve culo deve respeitar a homologa o do IMTT Entenda se por Carga Util Peso Bruto o somat rio do a Peso do chassis b Peso da superestrutura c Peso do equipamento P g 115 d Peso da guarni o m dia 90kg bombeiro e Peso dos agentes extintores Estes ve culos em ataque inicial ou seja em marcha de emerg ncia s o considerados ve culos priorit rios que o C digo de Estrada no artigo 64 define como veiculo que transite em miss o de pol cia de presta o de socorro ou de servi o urgente de interesse p blico assinalando adequadamente a sua marcha Refere ainda no mesmo artigo que estes ve culos priorit rios podem quando a sua miss o o exigir deixar de observar as regras e os sinais de tr nsito Contudo estes n o devem nunca p r em perigo os demais utentes da via pelo que s o obrigados a suspender a sua marcha perante o Agente regulador de tr nsito ao sinal vermelho e ao sinal de paragem obrigat ria em cruzamento ou entroncamento STOP artigo 64 Estes perdem tamb m prioridade nas entradas de autoestradas e vias reservadas e a ve culos que saiam de uma passagem de n vel artigo 65 Por outro lado o artigo 65 do C digo da estrada refere ainda que os utentes da via p blica devem deixar livre a passagem detendo a sua marcha se necess rio para permitir o tr nsito d
79. 1 301 1 500 1 501 2 000 Baixa 60 gt 2 000 A Quartel dos Bombeiros Fig 43 Influ ncia da topografia na sinuosidade rodovi ria P g 131 Nesse sentido depois de criadas as estradas as linhas foram partidas manualmente de modo a asseguramos que a sua geometria curva ou reta n o era comprometida fig 44 Fig 44 Exemplo de estrada partida geometricamente A fase seguinte centrou se no processamento em cada um destes segmentos dos seus atributos Assim s estradas vetorizadas foram associadas v rios atributos tais como de Localiza o Concelho Freguesia Altitude Bacia lt 215m ou Serra gt 215m Identifica o Nome Categoria PRN CID Caracteriza o Sentidos Largura estrada Largura faixa de rodagem Tipo de Piso Geom tricos Cumprimento do arco ou reta Dist ncia a rea Sinuosidade Horizontal Altim tricos Cota ponto de in cio e do fim Diferen as de Cotas Sinuosidade vertical e Gradiente de declives Depois do levantamento destes dados e sua estabiliza o em Sistemas de Informa o Geogr fica tornou se essencial a realiza o de simula es com as viaturas terrestres de ataque inicial VLCI e VFCI Face s dificuldades que os Corpos de Bombeiros hoje sentem em vez de se realizarem percursos de amostras pelos diversos concelhos e por v rios locais o que tornaria necess rio contactar os Corpos de Bombeiros dessas reas de atua o op
80. 19 1 30 Largura via 88 329 5 581 5 71 Diferen a de cotas 4 621 19 660 28 166 De facto atrav s do teste estat stico One Sample Test podemos concluir que todas as vari veis possuem uma amostra suficiente para an lise porque o valor p Sig menor que 0 05 QUADRO XX Depois de testada a relev ncia da tabela pretendeu se apurar quais as vari veis que influenciam o tempo de desloca o para cada tipologia de ve culo Para esse efeito utiliz mos uma regress o linear atrav s do m todo MQO M nimos quadrados ordin rios Este m todo permitiu nos obter informa o estatisticamente relevante quanto que condiciona o tempo de desloca o pelo que todas as outras vari veis devido sua insignific ncia foram retiradas uma a uma at termos a regress o final com a signific ncia desejada ou seja para se aceitar a regress o as suas vari veis teriam de ter um intervalo de confian a de 90 sendo por isso admitido o valor p significado estat stico at 0 1 inclusive Pela regress o linear estimada atrav s do m todo OLS pudemos concluir que as vari veis velocidade de entrada velocidade de sa da varia o da velocidade e velocidade P g 135 m dia n o possuem relev ncia no teste pois n o cumprem com o requisito do valor p ser inferior a 0 1 ou seja n o atingem o intervalo de confian a requerido de 90 Estas vari veis s o o resultado dos levantamentos realizados nas amostras ou seja s o o efeito
81. 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011 Fig 7 Evolu o da popula o residente nos concelhos que fazem parte da serra da Lous de 1864 a 2011 QUADRO IV Evolu o da popula o residente nos concelhos que fazem parte da serra da Lous entre 1864 a 2011 D cadas Concelho 1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011 Miranda do Corvo Lous G is Setentrional Penela Figueir dos Vinhos Castanheira de Pera gg Es 25 Pedr g o Grande Vertente Setentrional Vertente Meridional Total 57745 63765 67005 70140 73283 72348 74189 79351 78477 71415 58328 59441 54509 55760 54222 Fonte Elabora o pr pria com base nos dados dos Censos de 2011 e P CARVALHO 2008 P g 45 QUADRO V Varia o da popula o residente nos concelhos que fazem parte da serra da Lous entre 1864 a 2011 Vertnte Setentrional Vertente Concelho Miranda do Corvo D cadas 1864 1878 1878 1890 1890 1900 1900 1911 1911 1920 1920 1930 1930 1940 Total D cadas Meridional Lous G is Penela Figueir dos Vinhos Castanheira de Pera Pedr g o Grande Total dec nio Total Vertente Setentriona Vertente Meridional 6020 3240 3135 314
82. 2 the annual average of burned area was 3 460 ha 63 33 of the study area was burned at least once and the recurrence of fires reached up to 5 times resulting in the almost complete disappearance of the native forest Considering the 5 most critical years regarding burned areas it was found that near 70 of the burned area occurred outside the critical period when is not assured the readiness of forest fires combating means The firefighting strategy is based on the vehicles being located in the fire stations the particular conditions of mountain areas impose a sinuous shape to the roads increasing the distances between the fire stations and the main forested areas and demonstrating the strong influence of the topography on the sinuosity of the roads In this study the sinuosity defined as the difference between the observed and the real distances was analyzed as a potential factor that influences the velocity and the effective distance covered by the terrestrial means In fact in the study area the sinuosity index is of 1 150 in the low area lt 215m and of 1 402 in the high area gt 215m These conditions delay the response time of the first intervention of firefighters which is intended to be quick under 20 minutes however in around 10 of the study area this threshold is surpassed Assuming that forest fires despite the efforts to prevent their ignition will continue to occur in a considerable number measures should be
83. 3 935 1841 5162 21606 M dia decenal 3086 Total Concelho Total 1940 1950 1950 1960 1960 1970 1970 1981 1981 1991 1991 2001 2001 2011 D cadas Miranda do Corvo Lous G is Penela Figueir dos Vinhos Castanheira de Pera Pedr g o Grande Total dec nio 874 7062 13087 1113 4932 1251 1538 25129 M dia decenal 3589 Fonte Elabora o pr pria com base nos dados dos Censos de 2011 e P CARVALHO 2008 As reas urbanas seduzem mais as popula es em especial as mais jovens contudo quando estas est o longe ou s o de acessibilidades dif ceis as sedes concelhias destas reas tendem a drenar para si a popula o circundante das reas mais rurais funcionando como pequenos centros urbanos fig 8 e 9 P g 46 i T 8 8 3 Legenda Limites Administrativos Sede de Freguesia A Sede Concelhia Popula o residente por Sede e Freguesia Censos 2011 100 500 501 1000 ES 1001 2000 E 2001 4000 EE gt 4000 Fig 8 Reparti o da popula o dos concelhos que integram a serra da Lous por freguesias em 2011 Fonte Elabora o pr pria com base nos dados dos Censos de 2011 Os Censos permitem uma an lise da popula o desagregada por principais lugares localidades contudo o IGeoE apenas produz uma shapefile de pontos com a localiza o das sedes de f
84. 3 enumera tais como o raio o grau da curva a taxa de varia o da curvatura ou o ngulo de deflex o J MORRALL amp R TALARICO 1994 K PASSETTI amp D FAMBRO 1999 P MISAGHI amp Y HASSAN 2005 e G KANELLAIDIS et al 1990 Para al m dos fatores acima referidos outras vari veis t m sido geralmente consideradas pelos investigadores na modela o de velocidades tais como a extens o de retas ou curvas R KRAMMES et al 1995 A VOIGT et al 1996 J CARDOSO et al 1998 e K SCHURR et al 2002 a sobreeleva o A VOIGT et al 1996 G GIBREEL et al 2001 e J BONNESON 2007 ou o limite legal de velocidade R LAMM et al 1998 e SCHURR et al 2002 Por outro lado A LOBO et al 2013 refere tamb m outros autores que procederam an lise da modela o da velocidade com base ainda em outros indicadores menos usuais como foi o caso de DONNELL et al 2001 que procedeu modela o da velocidade de ve culos pesados em curvas horizontais tendo em considera o as inclina es das retas imediatamente a montante e a jusante Por sua vez com a abordagens distintas outros autores como R LAMM e CHOUEIRI 1987 R LAMM et al 1998 e MELO et al 2012 estudaram os efeitos da largura do perfil transversal largura da via e da berma na velocidade e propuseram v rios modelos de velocidades consoante as diferentes categorias de largura de via Um outro fator que tem vindo a ser abordado e introduzido nos modelos
85. 3 173 FERREIRA T 2006 Manual da unidade curricular Geografia Humana de Portugal curso de Hist ria da Universidade Aberta wwww cursodehistoria com sapo pt FITZPATRICK K ELEFTERIADOU L HARWOOD D W COLLINS J M MCFADDEN J ANDERSON I B KRAMMES R A IRIZARRY N PARMA K D BAUER K M e PASSETT K I 2000 Speed Prediction for Two Lane Rural Highways Publica o FHWA RD 99 171 Federal Highway Administration U S Department of Transportation Washington D C FREITAS Raquel Azevedo FERREIRA Mario MOREIRA Isabel 2010 Almas de Fogo Editora Lugar da Palavra 1 Edi o Abril Rio Tinto GEERTMAN S C M e VAN ECK J R R 1995 GIS and models of accessibility potencial an application in planning International Journal of Geographical Information Science Taylor and Francis Vol 9 No 1 p 67 80 GEIGER Rudolf 1980 Manual de Microclimatologia o clima da camada de ar junto ao solo Trad de Ivone Gouveia e Francisco Caldeira Cabral Funda o Calouste Gulbenkian Lisboa GIBREEL G M EASA S M HASSAN Y and EL DIMEERY I A 1999 State of the Art of Highway Geometric Design Consistency Journal of Transportation Engineering n 125 GIBREEL G M EASA S M HASSAN Y and EL DIMEERY I A 2001 Prediction of Operating Speed on Three Dimensional Highway Alignments Journal of Transportation Engineering n 127 GIR O Aristides de Amorim 1938
86. 5 hectares do que a m dia nacional L LOUREN O 2007 pelo que face a este cen rio a nossa rea de estudo corresponde aos munic pios que integram a serra da Lous nomeadamente Penela Miranda do Corvo Lous e G is pertencentes ao distrito de Coimbra e Figueir dos Vinhos Castanheira de Pera e Pedrog o Grande do distrito de Leiria Vivemos hoje na chamada sociedade do conhecimento com r pidos e fortes progressos quer metodol gicos quer tecnol gicos Se hoje sabemos mais do que sab amos h 15 anos atr s porque que n o conseguimos obter melhores resultados no que diz respeito ao combate aos inc ndios florestais Sem conseguir responder completamente a esta quest o pois in meros fatores teriam de ser tidos em conta posso enunciar um em que na nossa opini o muito tem contribu do para a realidade atual e que diz respeito ao tempo de desloca o dos bombeiros associado geometria da estrada que resulta do relevo e que condiciona a rapidez da primeira interven o Com efeito muitos dos trabalhos realizados sobre inc ndios florestais olharam o problema apenas por um dos lados e por uma f cil pesquisa pela internet verificamos um aglomerado de estudos sobre os tipos de tempos favor veis ocorr ncia de inc ndios florestais L LOUREN O 1988 L LOUREN O et al 2013 M PEREIRA et al 2005 P g 13 carateriza o demogr fica e socioecon mica das regi es mais afetadas BENTO GON ALVES et al 201
87. 7 de 29 de Mar o de 2007 Decreto Lei n 241 2007 de 21 de Junho de 2007 Decreto Lei n 247 2007 de 27 de Junho de 2007 Decreto Lei n 159 2008 de 8 de Agosto Decreto Lei n 16 2009 de 14 de Janeiro de 2009 Decreto Lei n 17 2009 de 14 de Janeiro de 2009 Decreto Lei n 248 2012 de 21 de novembro de 2012 Decreto Regulamentar n 55 81 de 18 de Dezembro de 1981 Lei n 10 79 de 20 de mar o de 1979 Lei n 48 2009 de 4 de Agosto de 2009 Resolu o do Conselho de Ministros 114 2006 de 15 de Setembro Portaria n 449 2001 de 5 de maio de 2001 Portaria n 571 2008 de 3 de Julho de 2008 P g 166 ndice Agradecimentos Sum rio Resumo Abstract Introdu o rea de estudo Objetivos Objetivos gerais Objetivos espec ficos Metodologia Recolha de dados Trabalho de campo An lise estat stica e SIG Estado da arte Capitulo I Os espa os de montanha A desarticula o do mundo rural e o apogeu dos inc ndios florestais 1 1 Os espa os de montanha Breve apresenta o da Serra da Lous 1 1 1 Enquadramento geogr fico da Serra da Lous 1 1 2 Base litol gica e delimita o geomorfol gica 1 1 3 Declives 1 1 4 Uso do Solo 1 1 5 Coberto Vegetal 1 2 A desarticula o do mundo rural 1 2 1 Demografia 1 2 2 As estradas de montanha 1 3 A problem tica inc ndios florestais 1 3 1 Condi es atmosf ricas favor veis ocorr ncia de inc ndios florestais 1 3 2 Inc ndios Florestais na Serra da
88. 7 e 1988 G GIBREEL et al 1999 A velocidade um dos fatores mais importantes para a avalia o do desempenho de uma estrada A velocidade fortemente reconhecida pelos planeadores projetistas e utilizadores de estradas como uma medida fundamental na avalia o do n vel de servi o na defini o dos limites legais de velocidade na avalia o da consist ncia do tra ado na an lise de seguran a rodovi ria entre outros estudos JAE 1993 A LOBO et al 2013 A velocidade de uma determinada estrada estabelecida com base na classifica o funcional pretendida AE IP IC EN ER EM EF pois constituem o ponto de partida dos projetistas para a defini o das carater sticas geom tricas do tra ado as quais permitem que a estrada corresponda s expetativas dos condutores em termos de velocidade e do tempo de viagem O estudo de A LOBO et al 2013 refere que o Highway Capacity Manual 2010 aponta a velocidade como o indicador mais apropriado para an lise econ mica e ambiental de estradas de duas vias incluindo a avalia o dos efeitos produzidos no ru do e na qualidade do ar e define a velocidade livre de circula o free flow speed FFS como a velocidade que traduz a resposta dos condutores s carater sticas geom tricas e ambientais da estrada quando n o circulam constrangidos pela presen a de outros ve culos De um modo similar a American Association of State Highway and Transportation Officials AASHTO
89. 89 quase uma d cada depois o seu valor quase que duplicou existindo 60 143 km de estradas A extens o e densidade do sistema rodovi rio discrepam muito consoante as regi es em fun o do relevo da densidade populacional da presen a de aglomera es urbanas mais ou menos importantes T FERREIRA 2007 P g 53 Realizando um balan o sobre a constru o de estradas entre 1937 e 1957 O RIBEIRO in S DAVEAU 1999 refere que quase se n o aumentou a rede ferrovi ria as estradas alcatroadas passaram de 3 564Km a 7 495Km e os transportes autom veis tomaram enorme incremento assegurando a desloca o das pessoas e a circula o de mercadorias mas s nos ltimos anos as estradas penetraram na montanha come ando a quebrar o isolamento em que viviam as suas popula es e o autocarro com maior plasticidade do que o caminho de ferro correndo mesmo com ele nalguns s tios chamou vida de rela o lugares onde este nunca chegaria Esta nova realidade maior flexibilidade na desloca o que o autom vel e a estrada trouxeram como que abrindo caminhos tamb m contribu ram embora de uma forma indireta para uma maior dispers o da popula o mais vincada nos espa os de montanha devido aos modos de vida A configura o e caracter sticas da rede rodovi ria portuguesa de infra estruturas de transportes terrestres o resultado de esfor os empreendidos por homens que por raz es econ micas p
90. 962 B DODOV et al 2004 M MARTINEZ 2005 B GOMEZ 2006 F BOANO et al 2006 A WARD et al 2008 e H HUANG et al 2010 Outros estudos mais apegados pr pria rede rodovi ria e logo mais preponderantes para o presente estudo trataram aspetos como a sinuosidade do tra ado e o grau de acessibilidade aos servi os prim rios de sa de em que foram abordados os efeitos das diferentes classes de sinuosidade e a sua direta influ ncia no tempo de resposta dado pelas ambul ncias N BAGHERI et al 2005 e outros mais na rea das engenharias ligados ao risco de ocorr ncia de acidentes rodovi rios quer em segmentos geom tricos de curva tra ados sinuosos R KUMARA et al 2011 quer em segmentos de estradas de montanha P RAUTELA et al 2007 Um outro estudo de Cara LAUDER et al em 2001 procedeu modela o espacial do acesso aos servi os atrav s de an lise do custo do caminho Tentou demonstrar t cnicas eficazes para o seu c lculo atrav s de um conjunto de dados como a cobertura do solo e um ndice de sinuosidade As shapes das estradas frequentemente cont m informa es que descrevem as caracter sticas das estradas e informa es adicionais sobre a curvatura das estradas podem ser obtidos a partir de c lculo da sinuosidade dos arcos de via o na rede Este c lculo da sinuosidade permitir estimar velocidades de desloca o rodovi ria C LAUDER et al 2001 No mesmo seguimento M CLAVERO realiz
91. ANCO 1995 in AMARO 2009 Em finais do s culo XX a hist ria dos bombeiros portugueses continuou a enriquecer em 1995 estavam em funcionamento 426 associa es e 46 corpos de bombeiros os recursos humanos nas diversas categorias e fun es ascendiam a 51 844 elementos dispondo de um total de 7 663 ve culos de diversa natureza J MENDES 1999 Contudo um dos aspetos negativos deste associativismo livre que hoje se faz sentir como conseguir organizar estas for as de combate que se dispersaram por todo o territ rio garantindo harmonia entre elas e um matriz comum de procedimentos com planos pr vios de interven o de modo a assegurar uma operacionalidade eficiente destas for as O Decreto Lei n 35857 de 11 de Setembro de 1946 que criava o Conselho Nacional do Servi o de Inc ndios ao qual competia entre outras incumb ncias fomentar a cria o de corpos de bombeiros nas localidades onde se tornam necess rios e indicar aos corpos existentes os servi os que mais convenha estabelecer SANTOS 1995 32 in A AMARO 2009 O ano de 1981 marca uma importante viragem no que concerne ao combate aos inc ndios Florestais At ent o a responsabilidade sobre o ordenamento destes espa os florestais a preven o e o combate aos inc ndios florestais estava entregue aos Servi os Florestais Contudo com a publica o do Decreto Regulamentar n 55 81 de 18 de Dezembro esta situa o modificou se dividindo e clari
92. Baixa as popula es estendem se ou ramificam se ao longo das principais vias de comunica o como que acompanho as no seu percurso fig 10 a P g 48 por sua vez na Zona Alta h um agrupamento mais n tido formando pequenos aglomerados dispersos isolados sem casas a lig los fig 10 b Acima dos 400m de altitude verifica se uma diminui o brusca de aglomerados populacionais logo menor n mero de popula o mas tamb m do n mero de casas caracterizando se por pequenos n cleos dispersos Nas reas baixas planas verifica se maior n mero de fogos e de popula o fig 9 ost a gt bbe e me a Pron eta E PETI hd Disperso e Ordenado Aglomerado e isolado Fig 10 Forma como se agrupam as casas que formam as diferentes povoa es A Povoamento disperso e ordenado na bacia da Lous B Povoamento aglomerado e isolado na serra da Lous Fonte M SERRA 1961 Esta distribui o coloca grandes dificuldades ao combate aos inc ndios florestais A concentra o de popula o no tecido urbano nas proximidades do quartel como que o sufoca impedindo atrav s de uma malha urbana muito preenchida a f cil desloca o dos meios de combate que t m que prestar auxilio a todo a sua popula o a todos os cidad os mesmo queles que se encontram isolados nas reas altas com fracas acessibilidades e onde a dist ncia a percorrer aumenta significativamente H uma mobilidade da popula
93. E oos 2007 ooo DM 2011 E 196 E 1998 E 2000 O 2002 NN 2004 WM 2008 ME 2006 DS 2010 E 2012 Fig 21 Mapa da rea ardida de 1975 2012 a rea ardida de 1975 1984 b rea ardida de 1985 1994 c rea ardida de 1995 2004 a rea ardida de 2005 2012 Fonte dos dados rea ardida 1975 a 1989 OLIVEIRA S L J 2008 1990 a 2012 ICNF P g 67 Um outro aspeto que podemos destacar prende se com a recorr ncia dos inc ndios florestais A localiza o das reas ardidas demonstra uma sobreposi o de camadas layers que nos indica que um n mero significativo de inc ndios florestais reincidiram sobre o mesmo local em anos diferentes Esta situa o est mais relacionada com o uso do solo e os modos de vida De facto as diferen as existentes entre os espa os urbanizados com a proximidade de infraestruturas e aglomerados populacionais bem como de reas agr colas circundantes e os espa os florestais mais afastados flagrante no que recorr ncia e dimens o dos inc ndios florestais diz respeito fig 22 Limite da rea de estudo 2 5 5 o 10 Recorr ncia de inc ndios florestais Rede rodovi ria Al Quartel dos Bombeiros EM o 1 2 EE NH Fig 22 Mapa de recorr ncia de inc ndios florestais entre de 1975 2012 Fonte dos dados Area ardida 1975 a 1989 OLIVEIRA S 2008 de 1990 a 2012 ICNF P g 68 Com efeito verific mos que na nossa rea de estudo existem esp
94. Lei determinou um conjunto de estruturas normas e procedimentos de natureza permanente e conjuntural que assegurem que todos os agentes de prote o civil atuam no plano operacional articuladamente sob um comando nico sem preju zo da respetiva depend ncia hier rquica e funcional Esta resenha hist ria mostra que o combate aos inc ndios florestais era da responsabilidade dos Servi os Florestais do Minist rio da Agricultura que com uma experi ncia secular tinham uma primeira interven o eficaz debelando facilmente os focos de fogo nascentes Havia as Circunscri es Florestais por Regi es que estavam divididas por Administra es Florestais estas por sua vez segmentadas em Per metros Florestais e estes divididos em Cant es Cada Cant o estava sobre a responsabilidade de um Guarda Florestal que fiscalizava as diversas a es sobre o territ rio tinha ao seu encargo Mestres e t cnicos florestais e outros que trabalhavam e cuidavam da terra jornaleiros bem como na dete o de fogos que quando avistados era acionada uma for a espec fica de combate ao inc ndio que j se encontrava nesse cant o bem como os P g 78 meios de combate e caso n o conseguisse extinguir o inc ndio o Guarda Florestal tinha autonomia para contratar jornaleiros para ajudarem no combate Mais tarde o Estado decidiu incutir a estes a responsabilidade do combate aos inc ndios florestais aos Bombeiros For a que n o estava estruturalmen
95. Lous 2 Capitulo II O Socorro em Portugal O caso particular dos inc ndios florestais 2 1 Evolu o hist rica e legislativa 2 2 Os Quart is dos Bombeiros localiza o e seus meios humanos e mec nicos 2 3 Organiza o do Ataque Inicial 2 3 1 Dete o dos inc ndios Florestais 2 3 2 Alerta e Alarme 2 3 3 Ataque inicial 2 4 A import ncia das estradas no combate aos inc ndios florestais 2 5 A efic cia da primeira interven o no combate aos inc ndios florestais 2 6 Bombeiros Falecidos em Servi o P g 167 0 ON W 1 15 17 17 17 18 18 19 20 20 27 32 33 35 37 38 41 44 44 53 62 62 65 71 14 83 90 91 93 96 99 101 104 3 Capitulo HI Modela o Espacial dos Tempos Estimados de Desloca o para o Ataque Inicial 3 1 Para socorrer primeiro preciso l chegar 3 1 1 Carater sticas dos ve culos terrestres de combate a inc ndios florestais 3 1 1 1 Condu o dos ve culos fora da estrada contributo do condutor 3 1 2 A sinuosidade rodovi ria 3 2 Modela o da Velocidade 3 2 1 Proposta do TED Tempo Estimado de Desloca o para Ve culos de ATI Conclus o Bibliografia ndices ndice de Figuras ndice de Fotografias ndice de Quadros Anexos Lista de abreviaturas e acr nimos P g 168 109 112 113 116 119 125 127 152 155 167 169 170 171 172 176 ndice de Figuras 1 Localiza o da rea de estudo Fonte dados CAOP 2012 2
96. O hist rico e sempre atual interesse dos ge grafos pelas reas de montanha est diretamente relacionado com o que foi anteriormente descrito bem como pelas fragilidades que estas apresentam sendo necess rio uma reconvers o e reorienta o funcional destes espa os de a modo a que possam ultrapassar a crise social econ mica e territorial que no geral atinge as montanhas P CARVALHO 2008 Segundo A FARIA 2005 os espa os de montanha s o percebidos como reas de grandes imposi es f sicas existindo varias tipologias para classificar o relevo em fun o da sua origem a exemplo de R FAIRBRIDGE 1968 como pode ser do ponto de vista est tico ou pela altura altitude e ainda pela forma L KING 1967 elaborou uma classifica o que leva em conta apenas as montanhas produzidas nos cintur es orogen ticos deixando todos os outros tipos de fora Para a geomorfologia em geral considera se montanha como uma eleva o cuja altura em rela o base maior que 300 metros e com vertentes de inclina o acentuada Esta a forma mais simples para classificar montanhas de acordo com R BATES amp 1 JACKSON 1976 e L PRICE 1991 P CARVALHO 2008 refere que a montanha enquanto entidade geogr fica classificada usual e qualitativamente de espa o barreira espa o sagrado espa o grandioso M MOLINA 2002 mas por outro lado tamb m percebido como espa o vazio temido maldito e odiado L CUNHA 2003 pelos
97. PES Pedro 1995 A import ncia da efic cia da primeira interven o Actas do IH Encontro Pedag gico sobre Risco de Inc ndio Florestal Coimbra 20 de Novembro LOUREN O Luciano 1986 Consequ ncias geogr ficas dos inc ndios florestais nas serras de xisto no centro de Portugal Primeira abordagem Actas do IC Col quio Ib rico de Geografia Coimbra LOUREN O Luciano 1987 Inc ndios Florestais Estudos realizados e actividades em curso no Instituto de Estudos Geogr ficos Coimbra LOUREN O Luciano 1988 Inc ndios florestais entre o Mondego e o Z zere no per odo de 1975 a 1985 Cadernos de Geografia n 7 LOUREN O L BENTO GONCALVES A SOARES Hernani 1988 Distribui o espacial dos inc ndios florestais no Centro de Portugal no per odo de 1983 a 1987 Contribui o para um mapa de risco de inc ndio Florestais Jornadas Cient ficas sobre Inc ndios Florestais Coimbra vol II p 4 5 1 a 26 LOUREN O Luciano 1989 Representa o Cartogr fica dos inc ndios Florestais ocorridos em Portugal continental Biblos Vol LXV LOUREN O Luciano 1990 Impacte ambiental dos inc ndios florestais Cadernos de Geografia Coimbra IEG n 9 LOUREN O Luciano 1991 Aspectos s cio econ micos dos inc ndios florestais em Portugal Biblos Vol LXVII LOUREN O Luciano 1992 Avalia o de Risco de Inc ndio nas Matas e Florestas de Portugal Continental
98. Penela Lou ainha Simonte 13H 04C 664 Climatol gica Penela 13G 01UG 253 INAG LP Udom trica Gois G is 131 01G 190 INAG LP Udografica Cadafaz 131 02UG 592 INAG LP Udom trica Fieueir dos Vinhos Campelo 13H 07UG 439 INAG LP Udom trica g Figueir dos Vinhos 14H 01UG 451 INAG LP Udom trica Castanheira de Pera Castanheira de Pera 13H 05UG 471 INAG LP Udom trica Pedrog o Grande Pedrog o Grande 141 01UG 369 INAG LP Udom trica Fonte http snirh pt index php idMain 2 amp idItem 1 Pag 172 ANEXO III Mapa das Comunica es do Reino 1882 Fonte http purl pt 6275 1 P1 html P g 173 ANEXO IV Bombeiros Falecidos em Servi o por tipo de ocorr ncia durante o per odo de 2000 2013 Ano Data 11 de Jun Distrito Bragan a Corpora o de Bombeiros BV do Vimioso Mortes Ocorr ncia Transporte de doentes 16 de Jun Santar m BV de Ma o Inc ndio florestal 24 de Jun Bragan a BV de Celorico de Bastos Inc ndio florestal 13 de Jul Lisboa BV de Colares Inc ndio florestal 30 de Ago Set bal BV de Santo Andr Lavagem de estrada 28 de Jun Total de falecidos BV Agualva Cac m Inc ndio em viatura 23 de Ago Total de falecidos BV de Oliveira de frades Inc ndio florestal 12 de Set Sapadores de gaia Inc ndio industrial 02 de Ago Guarda Total de falecido
99. Poemas Inconjuntos Heter nimo de FERNANDO PESSOA P g 109 Sabemos que todos os grandes inc ndios florestais come am por ser pequenos focos de inc ndio O que os distingue a inefici ncia e fracasso da primeira interven o que deve ser dada no menor e mais curto espa o de tempo dependendo da dist ncia a percorrer e da velocidade do ve culo bem como das caracter sticas f sicas que podem potenciar o comportamento do fogo Em ambos os casos a geometria do tra ado rodovi rio assume um papel de relevo pois influencia as primeiras e influenciado pelas segundas Com base no que hoje sabemos sobre o comportamento din mico do fogo vimos tentar garantir condi es para um ataque inicial eficaz a fogos nascentes onde estrat gias de alerta decis es atempadas e fi veis para o pr posicionamento e avan o das viaturas apropriadas com base no jogo entre a dist ncia e a velocidade constituem condi o nuclear para garantir uma operacionalidade eficiente e eficaz no combate aos inc ndios florestais Deste modo evita se que evoluam vertiginosamente para contornos incontrol veis cuja extin o passa a acarretar toda uma estrutura alargada musculada num teatro de opera es TO que se prolonga no tempo fig 29 Comportamento do fogo Comportamento do fogo gt ss E FRENTE PRINCIPAL wr V FRENTE PRINCIPAL OU CABE A i RANCO OU CABECA ye Q Um exemplo em que o Ataque Foco Inicial n o foi SECUND RIO D
100. QUES Manuel Louz 1996 Tradi es artesanais da serra da Lous In Arounce Revista de Divulga o Cultural Lous CML nos 7 10 pp 3 14 HORNBY A S 2000 OXFORD Advanced Learner s Dictionary of Current English OXFORD University Press HUANG Heqing CHEN Guang and ZHANG Qian Feng 2010 The Influence of River Sinuosity on the Distribution of Conservative Pollutants Journal of Hydrologic Engineering INIR INSTITUTI DE INFRA ESTRUTURAS RODOVIARIAS IP 2010 Sistemas de Reten o Rodovi rios Manual de aplica o Documento Base Lisboa novembro JAE 1994 Norma de Tra ado Junta Aut noma de Estradas Almada 1994 JAE MEPAT 1997 70 Anivers rio Projectos Especiais JULIVERT M FONTBOTE J RIBEIRO A e CONDE L N 1974 Mapa Tectonico de la Pen nsula Ib rica y Baleares Memoria do Instituto Geologico y Minero de Espafia Ministerio de Industria y Energia Madrid 1980 113 p KANELLAIDIS G GOLIAS J e EFSTATHIADIS S 1990 Driver s Speed Behavior on Rural Road Curves TrafficEngineering and Control n 31 KING L C 1967 The Morphology of the Earth Edinburgh Oliver and Boyd KRAMMES R A BRACKETT Q SHAFEr M A J OTTESEN L ANDERSON I B FINK K L COLLINS K M PENDLETON O J and MESSER C J 1995 Horizontal Alignment Design Consistency for Rural Two Lane Highways Publicagao FHWA RD 94 034 Federal Highway Administration U
101. REITAS et al 2010 P g 100 A ansiedade a emotividade a concentra o e a responsabilidade perante a imprevisibilidade e o perigo constante s o algumas das caracter sticas que demonstram a exig ncia desta atividade distinguindo a das demais R FREITAS et al 2010 pelo que medida que aumenta a dist ncia at ocorr ncia ao longo de um caminho sinuoso de curvas e contracurvas cruzamentos descidas e subidas fazem com que os n veis de efic cia des am No entanto Capaz tem de ser o bombeiro de ultrapassar qualquer falha no sistema de manter a frieza entre o tempo de alerta a ativa o dos meios os percal os no caminho e as dificuldades encontradas no local da ocorr ncia R FREITAS et al 2010 Se o tempo de resposta estiver bem planeado eles n o precisam de arriscar na velocidade ou em manobras n o totalmente seguras A condu o em estradas de montanha marcada pela imprevisibilidade inseguran a na ultrapassagem fadiga que indiretamente influenciam a velocidade Se os bombeiros chegarem cedo ao ponto de igni o facilmente conseguem proceder extin o do fogo reduzido a rea ardida e o risco de perdas de vidas que assim ser muito reduzido 2 5 A efic cia da primeira interven o no combate aos inc ndios florestais Todos os cidad os portugueses independentemente do munic pio onde habitam litoral ou interior t m direito a uma assist ncia qualitativa e eficaz no m
102. Risco de Inc ndio Florestal em Portugal Continental M todo e Cartografia Tese de Mestrado em Geografia Area de Especializa o em Geografia F sica Recursos e Riscos Ambientais FLUL Orienta o Jos Lu s Z zere VIEGAS Domingos Xavier LOUREN O Luciano 1989 Os inc ndios florestais na regi o Centro Revista Sociedade e Territ rio N 9 VIEGAS Domingos Xavier 2006 Parametic Study of Eruptive Fire Behaviour Model International Journal of Wildland Fire 15 2 VoIGT A P e KRAMMES R A 1996 An Operational and Safety Evaluation of Alternative Horizontal Curve Design Approaches on Rural Two Lane Highways Texas Transportation Institute Research Report 04690 3 Texas A amp M University College Station WARD Andy D AMBROSIO Jessica L 2008 Stream Classification The Ohio State University Department of Food Agricultural and Biological Engineering and the Ohio NEMO Program WRIGHT H A amp BAILEY A W 1982 Fire Ecology United States and Canada New York John Wiley amp Sons Inc 1982 501 p LEGISLACAO Decreto Lei n 35857 de 11 de Setembro de 1946 Decreto Lei n 78 75 de 22 de fevereiro de 1975 Decreto Lei n 204 99 de 9 de Setembro de 1999 Decreto Lei n 49 2003 de 25 de Mar o de 2003 Decreto de Lei 156 2004 de 30 de Junho de 2004 Decreto Lei 134 2006 de 25 de Julho de 2006 Decreto de Lei n 124 2006 de 28 de Junho de 2006 Decreto Lei n 75 200
103. S Department of Transportation Washington D C KUMARA Ratheesh ILLIYASB Faisel T MANIC Shibu K 2011 An investigation on road accident prone curves of national highway 220 in Kottayam district Kerala Disaster Risk and Vulnerablity Conference 2011 School of Environmental Sciences Mahatma Gandhi University India in association with the Applied Geoinformatics for Society and Environment Germany March 12 14 LAMM R e CHOUEIRI E M 1987 Recommendations for Evaluating Horizontal Alignment Design Consistency Based on Investigations in the State of New York Transportation Research Record n 1122 LAMM R CHOUEIRI E M HAYWARD J C and PALURI A 1988 Possible Design Procedure to Promote Design Consistency in Highway Geometric Design on Two Lane Rural Roads Transportation Research Record n 1195 Pag 160 LAUDER Cara BSC SKELLY Dr Chris BRABYN Dr Lars 2001 Developing and validating a road travel time network for cost path analysis The 13th Annual Colloquium of the Spatial Information Research Centre University of Otago Dunedin New Zealand LOBO Ant nio COUTO Ant nio RODRIGUES Carlos 2013 Modela o da Velocidade Livre de Circula o em Estradas Portuguesas de Duas Vias Portugal Universidad do Porto LOBO P A COUTO A e RODRIGUES C M 2012 Road Cross Section Width and Free Flow Speed in Two Lane Rural Highways Transportation Research Record in press LO
104. XVII Bombeiros falecidos em servi o por tipo de ocorr ncia durante o per odo de 2000 2013 XVIII Especifica es de constru o dos ve culos de ATI XIX Extens o da rede vi ria por n vel hier rquico XX One Sample Test XXI Compara o entre os dois ve culos e os seus respetivos modelos XXII Compara o entre tempos de desloca o obtidos para dois ve culos XXIII Tempos de desloca o nos percursos N236 e M555 XXIV Valores indicativos da velocidade m dia para uma viatura de combate a inc ndios florestais tipo VFCI VRCI por tipo de via e distancia percorrida em ATI XXV Tempos de desloca o XXVI Classifica o da rea de estudo quanto suscetibilidade a inc ndios florestais P g 171 16 38 39 45 46 50 51 52 59 69 70 85 86 88 89 103 106 115 130 135 138 138 139 142 145 147 Anexos ANEXO I Distribui o das classes de uso do solo por concelhos da serra da lous Vertente Setentrional Km Classes de uso do solo Coimbra G is Lous Miranda do Penela Total Corvo reas agr colas e agro florestais 0 06 5 61 22 31 18 55 6 00 52 54 Florestas abertas cortes e novas planta es 0 00 36 67 34 18 30 80 10 89 112 54 Florestas de folhosas 0 00 24 94 2 34 7 12 17 55 51 95 Florestas
105. a o de um pequeno foco de inc ndio para um grande inc ndio florestal que ir necessitar de um ataque prolongado musculado que acarreta custos quer financeiros para suportar toda uma log stica de combate pesada e alargada quer pela perda de recursos florestais de paisagens nicas das consequ ncias ambientais ap s inc ndios florestais e de processos Judiciais que entopem os nossos tribunais A descri o detalhada de alguns destes procedimentos apresentada mais frente nos cap tulos correspondentes para permitir uma melhor compreens o da an lise realizada e dos resultados obtidos Trabalho de campo Ap s a defini o das reas de amostragem que correspondem a segmentos de estrada curvas e retas com diferentes caracter sticas como sejam o tipo de piso o indice de sinuosidade ou a diferen a de cotas foram realizados dois ensaios com duas viaturas diferentes VLCI e VFCI e em dois trajetos diferentes N236 e M555 Cada uma destas viaturas tem caracter sticas t cnicas de constru o e especificidades de combate diferentes pois uma corresponde a um ve culo ligeiro enquanto que a outra diz respeito a um ve culo pesado O objetivo destas simula es foi o de sabermos a velocidade real que cada tipologia de ve culo consegue alcan ar ao transpor uma curva que pode ser suave ou apertada em subida ou em descida ou uma reta Em cada amostra ao longo dos percursos foram registados a velocidade de entrada a ve
106. a da primeira interven o o que denominamos de preven o operacional que permitir um ataque inicial eficaz aos pontos de igni o e deste modo reduzir as reas ardidas O fil sofo grego Arist teles no ano 384 A C refere porque em qualquer dia a qualquer hora em qualquer lugar prov vel que algo de improv vel venha a acontecer No futuro pretende se dar continuidade a esta linha de investiga o considerando a import ncia de melhorar a efic cia do ataque inicial no combate aos inc ndios florestais Para tal ser importante aprofundar a influ ncia dos fatores analisados principalmente a sinuosidade rodovi ria atualizando o mapa das estradas e utilizando tecnologias avan adas para a recolha de dados mais precisos Para al m disso a aplica o do procedimento metodol gico e do modelo desenvolvido a outras reas onde a ocorr ncia dos inc ndios florestais relevante ser outra possibilidade para dar continuidade a esta investiga o P g 154 Bibliografia ALEGRIA Maria Fernanda 1976 A bacia topogr fica da Lous caracter sticas f sicas e utiliza o do solo In Finisterra Lisboa vol 21 2 pp 187 212 ALEGRIA Maria Fernanda 1990 A Organiza o dos Transportes em Portugal 1850 1910 As Vias e o Tr fego Centro de estudos Geogr ficos Universidade de Lisboa p 560 ALMEIDA A Ribeiro de 1993 Combate aos fogos florestais o ltimo recurso Atas I Encontro Peda
107. a os que entre 1975 e 2012 j arderam 5 vezes QUADRO X Assim numa an lise pormenorizada podemos constatar que cerca de 37 do territ rio nunca foi atingido pelos inc ndios florestais Esta rea corresponde grosso modo aos espa os habitados ou de infraestruturas que servem de suporte atividade humana Por outro lado as classes de recorr ncia 1 e 2 afetaram mais de metade do territ rio 54 As reas mais cr ticas classes de 3 4 e 5 representam 10 do territ rio percorrido pelo fogo O valor m ximo da recorr ncia de 5 o que significa que ao longo de 37 anos 1975 a 2012 estas reas arderam em m dia de 7 em 7 anos per odo de retorno QUADRO X Distribui o das reas ardidas por classes de recorr ncia de inc ndios florestais Recorr ncia Classes 224 15 36 67 36 67 1 210 97 Be 42 53 77 2 118 63 Be 35 63 33 052 05 8 49 006 14 1 00 mi H 07 a FE Total 612 99 99 100 00 00 100 00 100 00 Fonte dados CAOP 2012 rea ardida 1975 a 1989 OLIVEIRA S 2008 de 1990 a 2012 ICNF Cruzando a informa o espacial verificamos que em todas as classes de recorr ncia o uso do solo de territ rios artificializados urbanos e zonas de corpos de gua foram aquelas que menos arderam em todas as classes de recorr ncia QUADRO XD Assim na an lise por classes verificamos que Classe O nunca ardeu Corresponde a reas agr colas e
108. a Lous sendo que 517 52km s o de uso do solo florestal cerca de 87 Por outro lado a popula o residente nos concelhos que integram a rea de estudo de 54 222 habitantes Deste modo s o necess rios recursos humanos e meios mec nicos para proteger 54 222 habitantes e dos inc ndios florestais 517 52km2 de floresta Para esse objetivo a serra da Lous est munida com 8 Corpora es de Bombeiros que totalizam 655 elementos dos quadros de ativos e de comando e 48 Ve culos terrestres de primeira interven o um n mero reduzido de homens e meios para a rea em quest o QUADRO XIV QUADRO XIV reas e efetivos populacionais e operacionais dos munic pios da serra da Lous AHBV Miranda do Corvo 12 637 80 Destacamento de Semide CMB da Lous 13 840 00 AHBV de Serpins AHBV de Gois 26 330 20 Sec o de Alvares 13 480 00 AHBYV de Penela AHBV de Figueir dos 17 344 00 Vinhos 6 677 50 AHBV de Castanheira de Pera AHBV de Pedrog o 12 874 80 Grande Fonte dos Dados Censos 2011 CAOP 2012 Corine Land Cover 2006 Quadro de Homens e Meios terrestres de combate invent rio enviado a cada corpora o de Bombeiros Em m dia nos munic pios da serra da Lous existe 1 bombeiro para 82 78 habitantes 1 58 km de rea concelhia e 0 79 km do uso florestal do solo QUADRO XV Por outro lado cada meio terrestre de combate a inc ndios respons
109. a alcan a a coluna de fumo e nesse caso s temos um azimute Outras vezes a dete o dada pelas redes de vigil ncia m vel ou por populares onde os elementos de localiza o se prendem mais com a topon mia topografia local ou elementos urban sticos de relevo local como a igreja capela biblioteca fabrica etc Assim a efic cia dos Postos de Vigia depende das capacidades do pr prio vigilante em reconhecer uma coluna de fumo diferenciando a de outros fumos inerentes da atividade humana do dia a dia para n o ativar falsamente os escassos meios de combate bem como dos meios de que disp e para entrar em contacto com os centros de decis o Por sua vez a vigil ncia m vel pode ser feita a p a cavalo em ve culos aeronaves Em regra a rea observada limitada pois realizada ao longo das estradas ou junto a divis rias de terrenos locais pr ximos a vilas e povoados o que reduz o grau de visibilidade Uma vantagem deste sistema a possibilidade de nos per odos mais cr ticos se intensificarem as patrulhas Logo aqui na primeira fase de combate vemos um entrave efic cia do ataque inicial pois o atual sistema por vezes n o permite aos decisores tomarem as a es mais ajustadas realidade espec fica de cada ocorr ncia ganhando tempo e poupando os recursos Antes com base numa informa o que no m nimo n o rigorosa aplicam os procedimentos vigentes no manual operacional desencadeando um co
110. a da Lous uma esp cie de guarda avan ada que marca o limite ocidental da Cordilheira Central o mais importante bloco montanhoso do nosso pa s e a espinha dorsal da Pen nsula Ib rica P DIAS amp F REBELO 1985 P CARVALHO 2008 A Cordilheira Central o mais importante conjunto montanhoso portugu s um horst bastante complexo constitu do por 2 blocos um NW com a Serras da Estrela A or e da Lous e ou outro a SE com as Serras da Gardunha Muradal e Alvelos F REBELO 1992 A serra da Lous uma serra do centro de Portugal Continental e como que um prolongamento da serra da Estrela integra o sistema montanhoso luso espanhol da Meseta Ib rica Do ponto de vista administrativo a serra da Lous est enquadrada a n vel da NUT HI Nomenclatura de Unidade Territorial no Pinhal Interior Norte e faz a transi o administrativa entre o distrito de Coimbra e o de Leiria Pertence a norte ao distrito de Coimbra abrangendo os concelhos de Lous Gois Penela e Miranda do Corvo e a sul ao distrito de Leiria com os concelhos de Figueir dos Vinhos Castanheira de Pera e Pedrog o Grande A serra situada entre dois rios O Ceira a NW e o Z zere a SE Os rios s o o principal agente de eros o s o eles o pincel do artista que pouco a pouco num trabalho lento mas pertinaz v o esculpindo o bloco gigantesco do globo terrestres Os rios como art rias de circula o do sangue da terra t m a sua a
111. a obtermos o tempo segundo No QUADRO XXI poderemos ver a compara o entre os dois ve culos em an lise e os seus respetivos modelos por tipologia de ve culo QUADRO XXI Compara o entre os dois ve culos e os seus respetivos modelos Dist ncia Sinuosidade Tipo de Diferen a de Observada Horizonal Piso cotas Ve culo pi p2 p3 p4 VLCI Ve culo Ligeiro der Combate a Inc ndios 0 047758 1 802342 2 017459 0 028970 VFCI Ve culo Pesado de Combate a Inc ndios 0 050889 2 540033 1 394960 0 048624 Segue se um exemplo de tempos de desloca o que podemos obter para um VLCI e VFCI QUADRO XXII Os dados s o referentes amostra 8 do M555 QUADRO XXII Compara o entre tempos de desloca o obtidos para dois ve culos Dist ncia Sinuosidade Tipo de Diferen a de observada Horizontal Piso Cotas p3 p4 Ligeiro Tempo de desloca o 118 30x0 047758 2 900x 1 802342 0x2 017459 2 37x0 02897 u 10 95 seg ms Pesado Tempo de desloca o 68 797x0 050889 1 001x2 540033 1x1 39496 6 53x0 048624 u 13 50 seg ms O tempo total de desloca o portanto o somat rio dos betas BLX1 B2X2 B3X3 B4X4 u dos diversos segmentos que comp em o percurso ou seja do percurso que foi partido geometricamente retas e curvas e ao qual foram associadas as diferentes dist ncias observadas sinuosidades diferen as de cotas e tipo de piso importante referir que u e
112. a primeira interven o dentro dos 20 minutos estabelecidos Sendo assim coloca se a seguinte quest o qual dos ve culos terrestres de combate a inc ndios dever o ser preferencialmente acionados para o ataque inicial VLCI ou VFCI Se por um lado o VLCI sempre mais r pido contudo n o deixa de ser limitado em termos de capacidade de carga min de 500L max de 1000 pelo que um foco de inc ndio a arder h mais de 20 minutos sobretudo em situa es de risco elevado de P g 141 inc ndio florestal provavelmente quando o ATI se concretiza as chamas j devem ser intensas e o inc ndio j ter evolu do pelo que os 500L de gua poder o n o ser suficientes para a extin o Por outro lado o VFCI sempre mais lento mas tem uma capacidade de gua mais alargada min de 3000L max de 3500L pelo que ter mais poder de gua para fazer frente a um inc ndio mais evolu do Contudo demorar mais tempo a chegar do que o VLCI Assim surge a segunda quest o o que interessar mais o Tempo de Desloca o ou a Capacidade de gua A resposta a esta pergunta f cil pois interessa chegar ao ponto de igni o no menor tempo poss vel e com a disponibilidade de gua suficiente para proceder extin o do foco de inc ndio pelo que e necess rio planear e ajustar os tempos de desloca o dos meios terrestres de combate ao risco de inc ndio Nestas situa es os meios n o podem permanecer estagnados aglomerados
113. a que s o sujeitos quer pelo tempo que urge para salvar uma vida onde cada segundo conta quer porque lhes interdito indecis es imprecis es e muito menos falhas R FREITAS et al 2010 No entanto ap s irromper o toque da sirene e durante a ativa o dos meios muita coisa pode ocorrer naquele espa o de tempo que vai desde a correria desenfreada para o equipamento de prote o individual o ve culo a trabalhar a entrada na viatura e a corrida desenfreada durante todo um trajeto at ao local da ocorr ncia pelo que um desafio procurar compreender como os bombeiros e demais t cnicos de emerg ncia olham para o rel gio e ser ousado querer conceber o que diz uma sirene a um bombeiro R FREITAS et al 2010 O som da sirene transporta significados e simbologias como sendo urg ncia desespero p nico perigo e dor mas promove a emotividade transportando um turbilh o de sentimentos levando acelera o dos batimentos card acos que determinar a rea o o comportamento Durante o percurso dentro do ve culo tudo se altera ao longo do caminho gerando se um sentimento de apreens o ansiedade desde o condutor do ve culo passando pelo chefe de equipa aos demais elementos de combate instalando se a incerteza e o pequeno trajeto at a local torna se longo atormentado pela dificuldade de desloca o imposta pelo caminho de perfil dif cil onde os segundos tendem a acelerar mais que o condutor R F
114. a sua responsabilidade a ativa o dos meios para essa corpora o Pelo que n o de estranhar que os inc ndios de fronteira geralmente apresentem grandes reas ardidas Tamb m n o de estranhar que os bombeiros ficassem na linha delimitativa do concelho espera do inc ndio pois operacionalmente o Estado assim o imponha A atua o dos corpos de bombeiros em locais exteriores sua rea de atua o pr pria tem lugar apenas como refere 5 al nea do mesmo artigo a Em caso de accionamento pelo CCS respectivo b Em caso de accionamento pelo inspector de bombeiros competente c Em caso de accionamento pelo comandante das opera es de socorro d Quando determinado em planos pr vios de interven o e Quando previsto em acordos de ajuda m tua no caso de corpos de bombeiros com AAP adjacentes Deste modo quando cai uma chamada de socorro na central de comunica es de uma corpora o de bombeiros cujo local da ocorr ncia n o pertence sua AAP a al nea 6 do artigo 5 refere que este recolhe os dados respectivos e acciona o corpo de bombeiros competente para intervir dando conhecimento ao respectivo CCS Se j se perdeu tempo na dete o do foco de inc ndio mais o tempo necess rio para proceder localiza o do ponto de origem e dar o devido despacho quando detetado pelo Dispositivo de Combate aos Inc ndios Florestais ou no caso de serem os populares a darem o alerta em ambo
115. afetadas por constrangimentos f sicos ou urban sticos que obrigam a que as estradas apresentem um tra ado tortuoso acarretando graves insufici ncias na minimiza o dos tempos de desloca o e a na penosidade das viagens fig 43 A proemin ncia da sinuosidade salienta se em todo o seu esplendor quando tentamos atravessar a serra da Lous principalmente na vertente setentrional A rea baixa lt 215m apresenta um ndice de sinuosidade de 1 150 ao passo que na rea alta gt 215m o ndice de sinuosidade de 1 402 Entre as diferentes hierarquias de vias n o se verificam diferen as significativas quando confrontadas com o respetivo relevo Exemplo disso o trajeto da Lous em dire o a Castanheira de Pera com ambas estradas N236 e M555 a apresentarem ndices de sinuosidade rodovi ria superiores a 2 0 Isto demonstra a dificuldade que existe na implementa o dos tra ados rodovi rias nas reas de montanha e depois as dificuldades para serem transpostos pelos ve culos de combate a inc ndios florestais pelo que o perfil longitudinal de uma estrada de extrema import ncia Sendo a estrada o somat rio dos seus elementos geom tricos ser til para cada segmento obter a informa o sobre a altitude do ponto de in cio e de fim de cada segmento de estrada P g 130 5 Sinuosidade Limite da rea estudo Alta 1205 1 000 1 001 1 150 Altimetria 1 151 1 300
116. agonizados por intemp ries mais ou menos violentas L LOUREN O e J FIALHO 2006 Nos ltimos tempos os inc ndios florestais constituem uns dos principais riscos P g 32 naturais associados s reas de montanha e agentes modificadores da paisagem L CUNHA 2003 L LOUREN O e A NAVE 2006 O presente estudo tendo a ver com inc ndios florestais centra se em dois aspetos iniciais do combate um diz respeito ao alarme o que significa que h um ponto de igni o ou seja que o foco de inc ndio real e o outro tem a ver com a exist ncia da serra onde ocorreu a igni o que est l com todas as suas condicionantes f sicas e humanas Ora partindo destes dois pressupostos queremos demonstrar as implica es que um espa o de montanha imp e ao combate aos inc ndios florestais desde os declives tipo de ocupa o do solo o desordenamento territorial etc que influenciam a capacidade de propaga o e em que necess ria a chegada atempada dos meios de combate a inc ndios a todas as situa es muitas das quais implicam a desloca o por estradas de montanha sinuosas com base nesta perspetiva que elaboramos os pontos que se seguem para a caracteriza o da rea de estudo uma das Serras Setentrionais das Serras de Xisto da Cordilheira Central a serra da Lous onde recaiu a nossa aten o por ser a mais ocidental e pr xima de Coimbra 1 1 1 Enquadramento geogr fico da Serra da Lous A serr
117. alizadas rigorosas an lises espaciais com base em diversos indicadores geom tricos e de caracteriza o com real import ncia para o conceito da sinuosidade rodovi ria As acessibilidades referem se capacidade de alcan ar ou ser alcan ado por bens e servi os Existem muitos fatores que afetam as acessibilidades a qualidade das mesmas o grau de cobertura o tipo de transporte e a pr pria mobilidade movimento f sico mec nico que gravemente afetado por uma topografia irregular com relevos acidentados t pica de reas de montanha que necessitam de uma estrat gia e planeamento ajustados a essa realidade territorial Em suma pretende se responder seguinte quest o ser que estas reas de montanha pelas condicionantes espec ficas que apresentam n o necessitam de uma estrat gia de combate a inc ndios florestais adequada a essa realidade territorial Objetivos espec ficos Tentaremos demonstrar que o fator da sinuosidade rodovi ria deveria constar obrigatoriamente dos planos operacionais e municipais de defesa da floresta contra inc ndios pois estes colocam muitos entraves operacionalidade do combate a inc ndios florestais pelo que tentaremos e Analisar a recorr ncia dos inc ndios florestais na rea de estudo e a relev ncia do uso do solo para este indicador e Averiguar a rela o entre os recursos dispon veis quadro de ativos e n mero de meios terrestres de combate a inc ndios florestais e a popula
118. as as campanhas de sensibiliza o e estruturas de preven o vigil ncia e fiscaliza o n o foram totalmente eficazes o fogo ultrapassou esta barreira pelo que o que se pretende agora extinguir rapidamente o foco de inc ndio antes que este atinja grandes propor es Pelo que entramos assim nas Fases Operacionais FO de combate Deste modo o presente estudo d real destaque s fases da Antecipa o e do Ataque Inicial pois visa contribuir para a diminui o das reas ardida Depois de detetado e sido dado o alerta h a ativa o dos meios de ataque inicial Segundo a Diretiva Operacional Nacional n 2 DFCI 2012 o Ataque inicial visa Garantir o ATI como uma interven o organizada e integrada sustentada por um despacho inicial at 2 dois minutos depois de obtida a localiza o do inc ndio de forma musculada e consistente e em triangula o de meios terrestres de combate a inc ndios florestais provenientes dos 3 tr s Corpos de Bombeiros CB mais pr ximos do local do inc ndio se dispon veis DON 2014 No per odo de funcionamento dos Centros de Meios A reos CMA da ANPC e se a localiza o do inc ndio se encontrar no raio de atua o de meios a reos de ATI dever ser acionado se dispon vel apenas 1 um meio a reo dos que se encontrem mais pr ximos Este ATI deve permitir colocar o primeiro meio de interven o operacional no in cio de um inc ndio at 20 vinte minutos depois do de
119. as e ao refor o de meios de combate J ARANHA 2004 As Corpora es de Bombeiros com a ajuda das suas popula es atrav s de pedit rios doa es oferendas festas e cortejos de angaria o quotiza o entre outras e com a alguma ajuda financeira por parte do Estado tendo sido de grande import ncia os desaparecidos Planos de reequipamento e atualmente o Quadro de Refer ncia Estrat gico Nacional QREN foram ganhando alguma sustentabilidade financeira que permitiu fundos para a aquisi o de equipamentos viaturas remodela o das estruturas existentes e at que se criassem de raiz novos quart is de bombeiros Estes novos quart is acompanharam o desenvolvimento do tecido urbano e deslocaram se para as principais Avenidas ou suas adjac ncias em ruas geralmente designadas por Ruas dos Bombeiros Volunt rios ganhando uma maior centralidade dentro do tecido urbano e com caracter sticas inerentes sua tipologia ruas largas facilitando a desloca o de meios dentro do tecido urbano logo maior trafego A Corpora o mais antiga a da Lous que data do ano de 1904 seguida do Corpo de Bombeiros de Figueir dos Vinhos 1935 uma de cada lado da serra N S A Corpora o mais recente a de Penela que data de 1980 fato que pode ser explicado por ser o concelho que menos rea tem afeta serra da Lous Outro aspeto a ter em conta com bastante relev ncia a localiza o da sede da Corpora o ou
120. as que esbarram com fortes declives a Sueste at se atingirem as linhas de cumeada medida que depois nos deslocamos para Sul os declives tendem a ficar mais suaves fig 5 Declives graus Limite da rea de estudo Limite de concelho ES lt 1 1 1 6 6 1 11 Fig 5 Mapa de declives da serra da Lous A serra da Lous fortemente sulcada por uma rede ramificada de vales que ao erguer se abruptamente dos 200 metros at perto dos 900 1000 metros de altitude coloca uma forte barreira passagem de uma vertente para a outra da serra sobretudo devido aos declives abruptos do seu rebordo Noroeste P g 37 As classes de declives com maior representa o est o compreendidas entre 0 e 25 graus estando a m dia dos declives situada nos 16 graus A orografia limita o uso dos meios mec nicos de combate ligeiros e pesados na medida em que os terrenos acidentados dificultam a desloca o em seguran a reduzindo a efici ncia de uma primeira interven o que se quer r pida QUADRO II QUADRO II Classes de declives e suas condicionantes Classes de declive Condicionantes lt 2 lt 1 rea de infiltra o m xima 2 10 1 1 6 Pratic veis por pessoas e ve culos normais 11 20 21 50 gt 50 Fonte Adaptado de L LOUREN O e A NAVE 2006 Assim facilmente identific vel o belo monstro de xisto e granito F DE CASTRO 1979 que se erg
121. assim salvaguardados de qualquer poss vel acidente durante as referidas manobras P g 118 3 1 2 A sinuosidade rodovi ria Podemos olhar para a sinuosidade sobre duas perspetiva uma no sentido abstrato onde podemos definir sinuosidade como algo que obscuro algo a que n o se avista o fim algo que imp e dificuldades e uma outra no sentido da geometria onde podemos definir a sinuosidade como algo que n o reto que tem uma forma ondulante que quanto mais irregular for maior ser a sua sinuosidade Sinuoso significa que descreve uma curva linha mais ou menos irregular ondulante tortuoso Do latin sinuosu Porto Editora 1998 A sinuosidade a Qualidade do que sinuoso volta curva rodeio tergiversa o evasiva Porto Editora 1998 Texto Editores 2006 Na terminologia francesa segundo o dicion rio PETIT LAUROUSSE Claude AUGE 1909 a an lise mais geom trica pois define a sinuosidade como a Perpendiculaire men e d unes des extr mit s de l arc au rayon qui passe par l autre extr mit Por outro lado o dicion rio de OXFORD A S HORNBY 2000 define algo que sinuoso como turning while moving in a graceful way havnig many curves Nesta defini o h mais rela o com o movimento j que os ingleses na modela o da velocidade em projeto t m em conta este conceito da sinuosidade THE HIGHWAYS AGENCY 2002 in A LOBO et al 2012 No fundo a sinuosidade traduz a ra
122. ate com grande autonomia e agora temos as for as e os meios longe das manchas florestais e num sistema operacional centralizado pouco aut nomo e com duas estruturas pesadas aos diversos n veis hier rquicos organiza o pol tica versus organiza o operacional De acordo com o Decreto Lei n 241 2007 de 21 de Junho alterado pela Lei n 48 2009 de 4 de Agosto dever entender se por Corpo de Bombeiros uma unidade operacional oficialmente homologada e tecnicamente organizada preparada e equipada para o cabal exerc cio das miss es previstas na lei A Entidade detentora de um Corpo de Bombeiros pode ser uma entidade p blica ou privada designadamente o munic pio ou a associa o humanit ria de bombeiros que cria det m ou mant m um corpo de bombeiros A cada corpora o de bombeiros atribu da uma rea de Atua o pela qual respons vel pela interven o P g 84 Na presente rea de estudo foram contabilizadas em 2012 a exist ncia de 8 Corpora es de Bombeiros com duas sec es destacadas contabilizando 10 quart is sendo 7 representativos do Comando Distrital de Opera es de Socorro CDOS de Coimbra e 3 do CDOS de Leiria Sete s o de Associa es Humanit rias Volunt rias e apenas um Municipal QUADRO XII QUADRO XII Listagem das corpora es de bombeiros dos munic pios da serra da Lous em 2012 CDOS de Coimbra CDOS de Leiria Concelho Corp
123. az de originar grandes inc ndios florestais fig 21 Tal fica a dever se vulnerabilidade da cobertura vegetal dada a sua continuidade espacial dete o tardia e ao dif cil acesso aos locais P g 66 onde os inc ndios come am pois a rede vi ria apresenta um tra ado sinuoso aumentando a dist ncia entre os corpos de bombeiros e as manchas florestais Portanto em compara o com a zona costeira estas regi es de montanha s o caracterizadas por um menor n mero de inc ndios que queimam uma rea muito maior J PEREIRA et al 1998 pelo que a expectativa de rea queimada associada a estas igni es em reas de montanha dezenas ou centenas de vezes maior do que a das reas costeiras Limite de conceho Limite rea de estudo Limite de concelho Limite rea de estudo Inc ndios Florestais AA Inc ndios Florestais AA 1975 1984 1985 1994 E EM EM EM FI O ioes HE 1967 HE 1900 E 1001 E 19093 E ioe NE 1072 E 1900 E 1952 O 1004 EE 1986 DONO 1908 E 1990 17 1952 MM 1904 jo J N j j Eu N f j s a q y E PR E ff sv AM j y A y Ja MES lt rw f Povero os wnnos pro i E e Ke i i fi A 1 2 a ASTANHEIRA DE P RA Limite de concelho Limite rea de estudo He gen sao Linha iran le ota z Inc ndios Florestais AA Inc ndios Florestais AA 1995 2004 AMB canas E 1005 O 1997 O 1900 E 200 E 2003
124. berto vegetal Os par metros meteorol gicos s o dos principais fatores determinantes do tipo de vegeta o existente num dado local e as comunidades flor sticas est o fortemente associadas s caracter sticas clim ticas de um determinado local Ao longo de todo o ano podem surgir ocorr ncias causados por condi es meteorol gicas adversas ou por outras circunst ncias agravantes do risco que poder o dar origem a altera es da normalidade da vida das popula es e danos econ micos e ecol gicos importantes capazes de desencadear situa es de emerg ncia que carecem de uma resposta eficaz e eficiente Um grande n mero igni es significa uma maior e constante secura do combust vel que vai aumentar as ocorr ncias o que se traduz numa P g 64 maior lentid o no processo de despacho e na menor disponibilidade de meios para a primeira interven o J PEREIRA et al 2005 Deste modo a identifica o pr via escala local de reas historicamente mais suscept veis a determinados fen menos meteorol gicos como por exemplo trovoadas secas bem como uma an lise permanente e logo atempada da evolu o di ria ou at hor ria do risco meteorol gico de inc ndio florestal permitiria a difus o de avisos espec ficos e a ado o de comportamentos operacionais de preven o ajustados o que possibilitaria uma gest o integrada e racional dos meios humanos e mec nicos para fazer face ocorr ncia de modo a gara
125. bito do socorro e da emerg ncia que dever ser homog nea em qualquer parte do territ rio nacional A GOMES 1998 Mas como j foi visto a expectativa da rea ardida nas reas de montanha e do interior dezenas ou centenas de vezes maior do que a das reas costeiras L LOUREN O 1988 1989 1993 J PEREIRA et al 1998 O mosaico das reas do litoral com a fragmenta o da paisagem periurbana evita a ocorr ncia de grandes inc ndios pois facilita a sua dete o e a sua rede rodovi ria mais retil nea e densa facilita um r pido ataque inicial e consequente extin o dos fogos nascente M PEREIRA et al 2005 o que contrasta com os distritos da Regi o Centro e do interior de Portugal onde o mosaico do uso do solo caracterizado por extensas reas cont nuas de florestas e matos e onde a topografia mais acidentada o que dificulta o ataque inicial ao tornar a dete o mais tardia e onde o sistema rodovi rio pelo baixo grau de cobertura e tipo de tra ado tende a colocar obst culos progress o das equipas de combate o que condiciona a operacionalidade de todo o processo do ataque inicial As altera es registadas ao longo das ltimas d cadas nos padr es de utiliza o do uso do solo nas reas de montanha s o fatores determinantes na evolu o dos inc ndios florestais associadas ao forte despovoamento sentido nessas reas xodo rural que por uma lado disponibilizou espa os de uso agr cola
126. cas inerentes ao sistema rodovi rio dos seus elementos geom tricos e perfil longitudinal que pode ou n o favorecer a r pida desloca o dos meios terrestres pelo que nas reas de montanha as estradas dificilmente permitem manter uma velocidade homog nea ao longo de todo o percurso al m de que as velocidades tendem a ser baixas Uma forma de contrariar esta limita o dist ncia e velocidade pode ser pela antecipa o dos meios terrestres de combate paras as reas cr ticas sempre que as condi es atmosf ricas aumentem o risco de inc ndio florestal Entende se por Antecipa o segundo a Diretiva Operacional Nacional n 2 DFCI 2012 1 Antecipar a es de preven o operacional sob a coordena o da GNR em zonas mais suscept veis aos inc ndios em permanente articula o com os CDOS 2 Antecipar as a es de combate pr posicionando meios de ATI no territ rio em locais estrat gicos de pr posicionamento LEPP por despacho do CDOS ou meios de refor o nas BAL por despacho do CNOS nos per odos em que est declarado o estado de alerta especial de n vel amarelo ou superior tendo como base a an lise decorrente da avalia o da situa o di ria da previs o do perigo de inc ndio do envolvimento do dispositivo e da situa o do pa s e em permanente articula o com o dispositivo de preven o operacional sob coordena o da GNR Como vimos at aqui a efic cia do ataque inicial est
127. co de Laxe Coru a Vol 29 pp 203 214 PEREIRA J M C CARREIRAS J M B VASCONCELOS M J P 1998 Exploratory data analysis of the spatial distribution of wildfires in Portugal 1980 1989 Geograph Systems 5 4 355 390 PEREIRA M rio G TRIGO Ricardo M CAMARA Carlos C PEREIRA Jos M C SOLANGE M L 2005 Synoptic patterns associated with large summer forest fires in Portugal Agricultural and Forest Meteorology 129 2005 11 25 Elsevier B V PEREIRA N amp LOUREN O L 2007 Riscos de cheias e inunda es ap s inc ndios florestais O exemplo das bacias hidrogr ficas das ribeiras do Pi d o e de Pomares In Riscos Ambientais e Forma o de Professores Actas das VI Jornadas Nacionais do Prosepe pp 123 149 PINA Maria Helena Mesquita 1997 A regi o Duriense Alguns apontamentos sobre a sua rede de transpores s c X VII XIX II Congresso da Geografia Portuguesa Porto Setembro Edi es Colubri e APG PITA L P VIEGAS D X amp RIBEIRO L M 2005 Iniciativa inc ndios florestais projecto COTEC aplia o de sistemas avan ados de detec o e monitoriza o de inc ndios florestais na zona do Pinhal Interior Centro ADAI CEIF Universidade de Coimbra Portugal PRICE L W 1991 Mountains and Man University of California Press Berkeley RAS L 1995 Richtlinien fuer die Anlage von Strassen Teil Linienfuehrung Forschungsgesellschaft
128. critical areas of high susceptibility but also to plan the times of intervention where the displacement of terrestrial firefighting means for strategic locations chosen beforehand is crucial for a timely response Keywords Sinuosity Index Spatial Modeling Initial Attack Firefighting Means Forest Fires P g 9 Introdu o PORTUGAL Essa mancha alaranjada Que at do espa o reluz Portugal a arder Essa conversa fiada Que o deputado produz Portugal a perder A vida sacrificada Que o povo todo reduz Portugal a sofrer A ode bem recitada Que a todos n s nos seduz Portugal a dizer VITOR CINTRA No livro Dist ncia P g 11 Todos n s estamos habituados pelo menos durante o per odo de ver o a ouvir soar o alarme no quartel de bombeiros de cada uma das nossas terras bem como o entoar estridente da sirene das viaturas de combate a inc ndios enquanto circulam pelas estradas em marcha de emerg ncia acudindo a popula es e bens que se encontram em perigo Por outro lado tamb m repetidamente vemos nos telejornais e ouvimos nos notici rios n o s a afli o de popula es decorrente da perda da floresta que lavrada pelas chamas mas tamb m relatos da bravura dos nossos bombeiros que enfrentam grandes labaredas de fogo tentando extinguir os inc ndios que ano ap s ano consomem hectares da nossa floresta Face consecutiva repeti o deste cen rio ao
129. ct vel que fim nos d o valor do gradiente de declives em graus fig 41 Fig 41 Sinuosidade e gradiente de declives Fonte P RAUTELA et al 2007 P g 124 Estes fatores comprimento do raio de curva e perfil topogr fico ter o uma influ ncia potencial quando combinados Deste modo no que concerne ao combate aos inc ndios florestais com meios terrestres ser til e urgente desenvolver uma metodologia que analise a rela o que a presen a destes dois elementos ter o na velocidade e consequentemente nos tempos de desloca o 3 2 Modela o da Velocidade Ao longo dos tempos a velocidade tem se constitu do num foco de interesse primordial n o s para as entidades gestoras das infraestruturas rodovi rias mas tamb m para os muitos investigadores do mundo acad mico que se t m debru ado sobre a problem tica da modela o das velocidades e da geometria do tra ado tendo sido desenvolvidos numerosos modelos de velocidade aplic veis s diversas regi es do globo A LOBO et al 2013 A LOBO et al 2013 referem que muitos autores t m explorado os efeitos produzidos na velocidade por um conjunto alargado de vari veis resultando em propostas de modelos para os diferentes elementos geom tricos reta e curva tipos de ve culos e condi es ambientais Estes estudos t m originado algumas metodologias de avalia o da consist ncia do tra ado de estradas R KRAMMES et al 1995 R LAMM et al 198
130. de Vigia e ainda constante recorr ncia de inc ndios florestais que produz altera es no uso do solo quer no tipo de esp cies florestais presentes quer no alargamento ou diminui o da sua respetiva mancha florestal que podem condicionar a visibilidade R SOARES et al 2007 Devido ao n mero de Postos de Vigia e consequentemente grande dispers o entre os postos de vigil ncia a dist ncia visual m xima de uma torre de observa o dependendo das condi es locais situa se entre 8 e 15 km Desta forma cada torre pode cobrir uma rea de 8 000 a 15 000 ha SOARES et al 2007 pelo que nem sempre obtida a localiza o do foco de inc ndio com rigor Os Postos de Vigil ncia est o equipados com um goni metro medidor de ngulos horizontais que cont m um visor dotado de P g 92 movimentos circulares e que montando sobre um c rculo graduado fixo e que regra geral est predefinido com o valor zero e orientado para o norte magn tico Assim olhando se atrav s do visor para o local da coluna de fumo um indicador acoplado ao visor marcar no c rculo graduado o azimute do local do inc ndio Para obtermos a localiza o exata do foco de inc ndio necess rio que dois ou mais postos de vigil ncia forne am os azimutes para que nos centros operacionais se cruzem as linhas de modo a obterem uma intersec o que d as coordenadas geogr ficas do ponto de igni o Contudo por vezes s um posto de vigi
131. de erro 10 mas no caso do VFCI j estamos a falar de mais de 8 minutos pelo que n o torna vi vel aplica o do modelo devido a um conjunto de situa es inerentes a um estudo de mestrado sem financiamento e sem possibilidade de utiliza o de tecnologia diversa e especializada ajudam a explicar esta situa o Uma delas ficou a dever se ao facto das amostras terem sido partidas em ArcGis onde foi poss vel calcular a dist ncia de cada segmento Contudo depois no terreno na cartografia de apoio que permite localizar e identificar a curva reta da amostra com o ve culo em movimento n o poss vel garantir que tenha realizado com precis o todos os metros que constam da base de dados nem que a dist ncia percorrida na mesma amostra na tiragem dos tempos nos dois ve culos tenha sido exatamente a mesma Para tal seria necess rio o uso de estacas indicando o in cio e fim de cada amostra e assegurando atrav s do uso de uma roda m trica que a dist ncia entre eles corresponde da base de dados para o que seria necess rio empenhar muito mais tempo e dispor de algum apoio financeiro Por conseguinte o tempo de desloca o foi tirado com recurso a um cron metro digital em que o tempo de um simples click no in cio e no fim de cada elemento corresponde a segundos que podem ter sido contabilizados por excesso ou por defeito e assim podem ser diferente entre os dois ve culos Para evitar eventuais discrep ncias seria
132. de m dia dimens o 10 100 hectares representam aproximadamente 3 das ocorr ncias neste per odo enquanto que os grandes inc ndios florestais definidos pela ANPC como todos os que t m dimens es superiores a 100 hectares apesar de aqui serem os que t m menos significado a n vel das ocorr ncias 2 96 eles sozinhos 300corr ncias em 5 anos s o respons veis por 93 93 das reas ardidas ou seja 23 374 45 hectares QUADRO XVI Um outro aspeto relevante a ter em conta que cerca de 70 do total da rea ardida registada nestes 5 anos ocorreu dentro do per odo cr tico quando o Dispositivo de Defesa da Floresta Contra Inc ndios Florestais est no seu auge Contudo como a estrat gia de combate assenta na estagna o dos meios estacionados nos quart is o que associado sinuosidade do sistema rodovi rio que atrasa o tempo de resposta de uma primeira interven o que se quer r pida vai contribuir para o aumento das reas ardidas Por outro lado cerca de 30 da rea ardida registada fora do per odo critico quando a prontid o de meios humanos e mec nicos menor assim como o sistema de vigil ncia e preven o se encontra reduzido condicionando fortemente o tempo da primeira interven o P g 102 QUADRO XVI Principais anos de reas ardidas por ocorr ncia AA e per odo cr tico Eae e Hectares Florestal Povoamentos e matos 1 inc ndios o 89 rea ardida em Espa o Florestal Povoamen
133. de uns breves instantes arrancam uns bravos e destemidos homens saem em marcha de emerg ncia em aux lio do pr ximo sem olhar para tr s sem olhar para os seus entes queridos sabem que v o desconhecem se regressam uns chamam lhes de soldados da paz outros homens enlouquecidos intriguistas ou simplesmente pir manos chamam lhes de lenha para arder Tu Bombeiro lembra te que se exige o que est n a tua divisa Vida por Vida A AMARO 2000 P g 107 Capitulo HI Modela o Espacial dos Tempos Estimados de Desloca o para o Ataque Inicial Para Al m da Curva da Estrada Para al m da curva da estrada Talvez haja um po o e talvez um castelo E talvez apenas a continua o da estrada N o sei nem pergunto Enquanto vou na estrada antes da curva S olho para a estrada antes da curva Porque n o posso ver sen o a estrada antes da curva De nada me serviria estar olhando para outro lado E para aquilo que n o vejo Importemo nos apenas com o lugar onde estamos H beleza bastante em estar aqui e n o noutra parte qualquer Se h algu m para al m da curva da estrada Esses que se preocupem com o que h para al m da curva da estrada Essa que a estrada para eles Se n s tivermos que chegar l quando l chegarmos saberemos Por ora s sabemos que l n o estamos Aqui h s a estrada antes da curva e antes da curva H a estrada sem curva nenhuma ALBERTO CAEIRO in
134. dependente de muitas vari veis Vejamos um exemplo concreto fig 27 correspondente a uma mancha florestal com combust vel onde por alguma causa se d a deflagra o de um foco de inc ndio O Dispositivo de Preven o Dete o Vigil ncia e Fiscaliza o tem demonstrado dificuldades na dete o de um foco de inc ndio na sua origem pois estes usualmente localiza se dentro das manchas florestais dentro do denso mato pelo que o seu visionamento na raiz se torna dif cil Contudo ap s algum tempo o fumo denuncia o sendo este depois detetado pela estrutura de vigil ncia desde as torres de vigia GNR GIPES ou mesmo pelo simples cidad o A partir deste momento d se o alerta quer atrav s das linhas de r dio internas quer no caso do cidad o comum atrav s de telefonema para o 112 A chamada ser redirecionada para o respetivo Comando Distrital de Opera es Socorro CDOS que ir proceder localiza o do inc ndio e ir comunicar um despacho para as 3 corpora es de bombeiros que se encontram mais perto do foco de inc ndio Este despacho n o deve ultrapassar os 2 minutos P g 97 Os corpos de bombeiros acionados recebem esta informa o e fazem soar o alarme Ao longo destas fases desde a dete o ao acionamento dos meios de combate n s n o conseguimos contabilizar com precis o o tempo j despendido ou seja n o sabemos h quanto tempo as chamas est o a carburar pelo que o r pido avan o da
135. dio O reconhecimento ele faz Mandando avan ar Os meios que acha eficaz Rui Martins escrito a 26 de agosto de 1986 Fonte http ruimartins blog pt 187361 P g 71 Seguran a prote o civil socorro e gest o de crises t m assumido grande import ncia na sociedade moderna pelo que se procura uma resposta mais r pida e eficaz a todo um conjunto de riscos naturais ou antr picos que possam afetar a qualidade de vida das popula es independente dos danos ou frequ ncia com que possam ocorrer A AMARO 2009 Assim as cat strofes geraram uma demanda cient fica crescente por quest es relacionadas como os riscos e a gest o de crises e consequentemente pela procura de servi os de prote o e socorro que tendem a ser especializados nas suas diversas modalidades onde se requer e cada vez mais se exige uma resposta de excel ncia em todo o seu desempenho No caso portugu s os inc ndios florestais s o o risco que mais m s recorda es traz junto das popula es quer pela sua gravidade e dimens o quer porque ocorrer com relativa frequ ncia Os inc ndios florestais de 2003 e 2005 puseram a nu as defici ncias do sistema de preven o e socorro Foram ent o suscitadas s rias interroga es ao n vel pol tico e social quanto adequa o da Organiza o de Prote o Civil e sobretudo do seu principal agente os corpos de bombeiros de matriz predominantemente volunt ria para assegurar em tempo ti
136. do jogo entre a dist ncia e a velocidades ou seja os tempos de desloca o e como 60 da rea de estudo da classe de suscetibilidade elevada pelo que muito representativa optou se por filtrar apenas as classes de suscetibilidade muito elevada e m xima 77 79 e 0 09 que se concentram no bloco central e se estendem para nordeste e sudoeste com algumas reas isoladas a norte de Serpins e de Miranda do Corvo fig 53 Limite rea de estudo Suscetibilidade reas criticas GE Muito Eevaa E m xima Tempo de desloca o min 0 5 5 10 10 15 15 20 gt 20 Popula o residente f 1 E 25 50 50 100 100 139 por principats gares ponj i 9 O Fig 53 Localiza o das reas de suscetibilidade muito elevada e maxima a inc ndios florestais e confronta o com o tempo de desloca o dos meios terrestres de combate e principais lugares situados a mais de 15 minutos de desloca o P g 149 A metodologia usada foi o de confrontar as reas de suscetibilidade muito elevada e m xima com os tempos de desloca o com destaque para os tempos superiores a 15 minutos de modo a validar se a interven o atempada estar assegurada ou onde se verifica a aus ncia de acessos e ainda se adicionou a vari vel demogr fica da popula o residente nos principais lugares cujos tempos de desloca o s o superiores a 15 minutos e se encontram sobrepostos ou na proximidade de rea
137. do ve culo paralela pista op e se ao seu movimento A for a que traciona os ve culos pela rampa acima a for a de atrito entre os pneus e o pavimento nas rodas de tra o Quanto melhor for a for a de atrito u melhor ser o aproveitamento da for a motora gerada que permitir que o ve culo prossiga a sua marcha Por outro lado em subidas a massa do ve culo M ou seja o seu peso funcionar no sentido oposto gra as a o da gravidade dificultando a sua progress o Outro aspeto importante relativo condu o de ve culos pesados diz respeito s descidas Quando um ve culo pesado prossegue a sua marcha no sentido descendente ou seja no sentido do declive fig 36 a pot ncia desenvolvida pela for a gravitacional potenciada pela massa do ve culo M funcionar como uma pot ncia motora aumentado a sua velocidade o que poder causar despistes ou acidentes Apesar de parte da pot ncia assim gerada ser dissipada pelas for as de resist ncia do ar e resist ncia ao piso for a de atrito u uma grande parte desta pot ncia necessita de ser dissipada pelo sistema de travagem do ve culo trav es convencionais e motor sob pena de superaquecimento dos trav es convencionais sob pena da velocidade crescer at ao ponto de perda de controlo Deste modo as descidas nem sempre se traduzem em ganhos de tempos pois apesar de aumentarem a velocidade a aproxima o do ve culo a outro elemento geo
138. e por custos financeiros n o se podem abrir t neis ou construir pontes para ligar os lugares pelo que as estradas tendem a contornar os acidentes topogr ficos Deste modo em vez de um tra ado retil neo passamos a ter um tra ado mais curvo que aumenta a dist ncia e tem influ ncia na velocidade que vai acarretar consequ ncias nos tempos de desloca o Deste modo o elemento geom trico curva assume um papel determinante para a manuten o da velocidade desejada da que a curva seja trabalhada sob diversos indicadores extens o da curva raio de curvatura grau da curva taxa de varia o da curvatura Atrav s de uma simples olhar sobre o mapa rodovi rio da rea de estudo modelado ao relevo facilmente identificamos um dos problemas com que os bombeiros se deparam no combate aos inc ndios florestais a forte sinuosidade do tra ado rodovi rio O principal agente de prote o civil a espinha dorsal cumprem mais de 90 das miss es de protec o civil A CRUZ 2007 in A AMARO 2009 pelo que o bombeiro constitui o principal recurso disposi o da emerg ncia e socorro Portanto o primeiro a ser exposto s consequ ncias dos riscos R FREITAS et al 2010 Deste modo os bombeiros actuam e movem se em situa es extremas extremas quer pelo caos gerado pela ocorr ncia extremas pelo risco onde voluntariamente se exp em para socorrer extremas pela press o psicol gica
139. e Abr Lisboa BV Agualva Cac m Servi o interno 10 de Jul Guarda BV Gon alo Inc ndio florestal 12 de Jul Aveiro BV Arrifana Inc ndio florestal 13 de Ago Porto BV Porto Inc ndio florestal 29 de set Bragan a BV Bragan a Acidente rodovi rio 27 de Nov Braga BV Braga Acidente rodovi rio Total de falecidos P g 174 2007 30 de Jan Lisboa BV Camarate Inc ndio urbano 30 de Abr vora BV Mour o Acidente rodovi rio 06 de Jun Viseu BV Cinf es Acidente n utico 08 de Ago Lisboa BV Azambuja Acidente rodovi rio 09 de Ago Santar m BV Our m Inc ndio industrial 09 de Set Braga BV Guimar es Inc ndio industrial 18 de Dez Santar m Municipais de Abrantes Acidente rodovi rio 27 de Mar Portalegre Total de falecidos BV Ponte de Sor Transporte de doentes 23 de Jul Set bal BV Sesimbra Servi o interno 08 de Set Leiria BV de Benedita Acidente rodovi rio 14 de Jun Total de falecidos Bv Amarante Acidente rodovi rio 27 de Set BV Esposende Acidente rodovi rio Jan Vila Real Total de falecidos BV Cerva Socorro a vitima 20 de Fev madeira BM Funchal Inunda o Enxurrada Jul Aveiro BV Arrifana Forma o 01 de Ago Lisboa BV Cabo Ruivo Acidente rodovi rio 10 de Ago Leiria BV Alcoba a Acidente rod
140. e meios a reos existentes em Portugal 25 Mapa de localiza o dos quart is dos bombeiros 26 Organiza o Global da resposta Diretiva Operacional 27 As diversas fases de acionamento dos meios de combate aos inc ndios florestais 28 Bombeiros falecidos em servi o durante o per odo de 2000 2013 29 Al O Ataque inicial ao ponto de igni o n o foi eficaz 29 A2 O inc ndio evoluiu sendo necess ria uma estrutura musculada de combate 29 B O Ataque inicial eficaz que preservou a mancha florestal e as perdas financeiras 30 Exemplo do m ximo de aclive e declive que um VFCI consegue transpor em seguran a 31 Bombeiro condutor a calcular a subida e carro acidentado 32 Elementos geom tricos do tra ado de uma estrada segundo o plano horizontal 33 Formas de desenvolvimento do tra ado de uma estrada P g 169 15 16 33 36 37 40 45 47 48 49 56 58 59 60 60 61 61 63 64 66 67 68 78 82 87 91 98 105 111 111 111 117 118 119 120 34 Jogo de for as em curva 35 Jogo de for as em rampa 36 Jogo de for as numa descida 37 Concord ncia isolada dos elementos geom tricos entre o plano horizontal e o perfil longitudinal 38 Concord ncia da estrada entre o plano horizontal e o perfil longitudinal Fonte DEC 2000 39 Formas de sinuosidade rodovi ria de uma estrada 40 Diagrama esquem tico representando aumento do ndice d
141. e metros in C SILVA amp L LOUREN O 1995 De facto como refere M Pereira et al 2005 Em Portugal a varia o meteorol gica inter anual explica cerca de 80 da varia o da rea ardida Assim de um modo geral podemos afirmar que os inc ndios florestais t m maior ocorr ncia nos meses de Ver o que se caraterizam no clima mediterr neo pela coincid ncia temporal das temperaturas mais altas com os valores de humidade relativa e de precipita o mais baixos do ano Em particular muitos inc ndios t m in cio a meio das tardes visto que estando os materiais combust veis sujeitos a elevada temperatura e a baixa humidade do ar o que lhes diminui o seu teor de humidade por esta altura que a inflamabilidade dos combust veis maior Por outro lado ocorrem ap s a esta o chuvosa o que permite uma elevada produ o de coberto vegetal e o aumento por conseguinte da disponibilidade de biomassa combust vel Com a chegada do Ver o e um P g 62 alongado per odo quente e seco gt 2 meses o teor de humidade dos combust veis diminui e geram se as condi es para que essa biomassa arda mais facilmente Para a igni o de focos de inc ndios florestais crucial analisar a rela o entre a temperatura m xima di ria e a humidade relativa m nima di ria Estas duas vari veis meteorol gicas analisadas em conjunto permitem acompanhar a evolu o do teor de humidade existente nos combust veis uma vez q
142. e n o a causa pois estas vari veis dependem dos atributos da via Depois de v rios testes cheg mos a uma modelo final com as vari veis que explicam com signific ncia o tempo de desloca o para cada um dos ve culos e que s o Dist ncia observada uma vari vel que assume a extens o metros de cada segmento De um modo geral quanto maior for a extens o a percorrer maior ter de ser o tempo de desloca o Tipo de piso Esta uma vari vel dummy onde o valor O corresponde a asfalto e o valor 1 a todos os outros tipos de piso terra batida macadame toutvenant pedras cubos saibro e outros Assumiu se que o ideal onde n o ocorreriam significativas perdas de velocidade seria ter a estrada toda asfaltada Este tipo de piso permite um melhor aproveitamento da for a motora gerada pois a for a de atrito entre o ve culo e o piso n o estar condicionada Em todos os outros tipos de pisos o efeito de atrito entre a viatura e a estrada est condicionado enfraquecido havendo dispers o de energia motora pelo que o ve culo se movimentar mais lentamente Sinuosidade horizontal uma vari vel geom trica que como vimos traduz a ratio diferencial entre a dist ncia observada e a dist ncia ideal expect vel Em segmentos retos a sinuosidade horizontal nula Em curvas traduz a dificuldade de um ve culo transpor o segmento consoante o cumprimento do raio de curvatura Diferen a de cotas uma vari vel altim
143. e no Chile Cadernos de Geografia n mero especial Coimbra p 135 151 LOUREN O L 2004 Meio geogr fico e fogos florestais Rela es de causa efeito In Manifesta es do Risco Dendrocaustol gico Colect nea pp 167 174 Coimbra Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra LOURENCO Luciano SERRA Gouveia MOTA Luc lia PA L Jos J CORREIA S rgio PAROLA Jos REIS Jos 2006 Manual de Combate a Inc ndios Florestais para equipas de Primeira Interven o 3 Edi o revista e actualizada Escola Nacional de Bombeiros Sintra LOUREN O L FERNANDES S BENTO GONCALVES A CASTRO A NUNES A VIEIRA A 2011 Causas de inc ndios florestais em Portugal Continental An lise estat stica da investiga o efetuada no ltimo quind nio 1996 a 2010 Cadernos de Geografia 30 31 61 80 LOUREN O Luciano BERNARDINO Sofia 2013 Condi es meteorol gicas e ocorr ncia de inc ndios florestais em Portugal Continental 1971 2010 Cadernos de Geografia n 32 Coimbra FLUC pp 105 132 Luso Jo o 1932 Viajar Rio de Janeiro Ed Braz Lauria pp 87 91 MACEDO Edivaldo Lins 2012 No es de Topografia Para Projetos Rodoviarios Funda o Universidade Federal do Rio Grande Departamento de Materiais e Constru o MARTINS Samuel David Rodrigues 2010 Inc ndios florestais comportamento seguran a e extin o Mestrado interdisciplinar em din micas sociais riscos na
144. e opera o ser que o pa s precisa de tantos aparelhos Ser que a distribui o dos meios a reos ajustado n o s s dimens es do pa s mas tamb m s reas em que o combate terrestre de dif cil opera o para os meios terrestres como s o as reas de montanha e onde por quest es demogr ficas existem menos volunt rios e meios nas corpora es P RIBEIRO referiu em 2002 que Em Portugal continental existem 444 corpos de bombeiros dos quais 30 est o sediados na franja do Litoral logo menos sens vel problem tica dos inc ndios Florestais Por sua vez em 2009 A AMARO refere a exist ncia de um n mero total de 437 corpora es de bombeiros divididas por 413 Corpos de Bombeiros Volunt rios Associativos fig 24 Tendo em conta este quantitativo de corpora es de bombeiros ser que justifica o n mero de meios a reos N o ser o pr prio sistema de combate que se encontra desajustado Dispositivo de Helis ATI 2012 J distritos ES Helis ATi 2012 35 Legenda J cobertura ati 2012 Raio de Ac o 40km me es Perigosidade de Inc ndio Volunt rios E Muto Baca A Municipais G amp Ea M dia Mun Sapadores i E Ae EB Privativos BE muro nro E Y 4 Nota O dispositivo a reo de 35 Helic pteros de Ataque Inicial contempla dois helic pteros no CMA de Arcos de Valdevez Fig 24 Corpos de Bombeiros e meios a reos existentes em Portugal Fonte A AMARO 20
145. e sinuosidade com o aumento da curvatura de um percurso de uma determinada estrada 41 Sinuosidade e gradiente de declives 42 Hierarquia de redes da serra da Lous 43 Influ ncia da topografia na sinuosidade rodovi ria 44 Exemplo de estrada partida geometricamente 45 Percursos e pontos de amostragem 46 Carater sticas dos ve culos de simula o 47 Cartografia das amostras 7 a 9 48 Curvas de estima o da velocidade com base na sinuosidade rodovi ria e diferen a de cotas parao VLCI e VFCI 49 Tempos de desloca o por via a rea e por estrada 50 Organigrama metodol gico do mapa de suscetibilidades 51 Mapa de suscetibilidade de inc ndio florestal na serra da Lous 52 Areas suscet veis a inc ndios florestais e tempos de desloca o na serra da Lous 53 Localiza o das reas de suscetibilidade muito elevada e m xima a inc ndios florestais e confronta o com o tempo de desloca o dos meios terrestres de combate e principais lugares situados a mais de 15 minutos de desloca o ndice de Fotografias 1 Vista panor mica da vertente norte serra da Lous 2 Apeto do coberto vegetal da vertente Norte serra da Lous 3 Serras nuas esquel ticas e ossadas Em primeiro plano pormenor do Alto de Santo Ant nio da Neve e depois vista para Sueste 4 Obst culos pass veis de se encontrar no percurso na rea florestal P g 170 121 121 121 122 123
146. e ve culos priorit rios Devido s normas do c digo da estrada para ve culos que circulem em marcha de emerg ncia opt mos por n o proceder ao levantado da sinaliza o rodovi ria por n o ter mos achado preponderante para o estudo Embora o sinal vermelho e o de STOP obriguem suspens o da marcha mesmo para ve culos em marcha de emerg ncia estas s o situa es muito espec ficas e de frequ ncia muito reduzida pelo que n o justifica a sua integra o em modelos de estima o dos tempos de desloca o al m de que hoje raro algum de n s vermos um ve culo em marcha de emerg ncia parado num vermelho e muito menos num STOP O Agente regulador de tr nsito como n o tem um local fixo na nossa rea de estudo tamb m n o foi levantado Quanto maior for a possibilidade de chegar mais cedo e mais perto da frente do inc ndio no menor tempo de desloca o maior ser a capacidade de interven o com um menor recurso aos meios mec nicos e esfor o do pessoal envolvido traduzindo se numa maior taxa de rentabilidade dos meios humanos e materiais logo numa maior efici ncia menor onerosidade no combate e menor rea ardida 3 1 1 1 Condu o dos ve culos fora da estrada contributo do condutor a forma o de condu o fora da estrada anteriormente designada por todo o terreno que habilita os motoristas a uma condu o eficiente e sempre em seguran a Obter um melhor desempenho dos ve culos todo o terr
147. ecomunica es com pedidos de ajuda e levando a que os meios ao inv s de estarem concentrados no inc ndio aumentando o poder de gua sejam dispersos para socorrer as popula es Devido topografia destas reas ser bastante irregular com percursos bastante sinuosos e penosos aumenta o tempo de resposta s popula es bem como nos reabastecimentos de gua e atrasa se o regresso ao combate gerando se o caos no teatro de opera es Caso o nosso modelo dos tempos estimados de desloca o fosse aceite e funcionasse para os dois ve culos VLCI e VFCI o objetivo passava agora por encontrar posicionamentos estrat gicos para o destacamento de meios de modo a que as reas mais cr ticas fig 52 estivessem cobertas por VFCI com mais poder de gua e com tempos de primeira interven o at os 10 minutos As restantes classes de suscetibilidades elevada moderada e reduzida seriam protegidas por VLCI no primeiro caso com tempo de desloca o at os 15mintos e as restantes com tempos da primeira interven o at os 20 minutos cen rio que na nossa opini o contribuir para a redu o das reas ardidas Contudo s com um bom conhecimento das caracter sticas do terreno e da suscetibilidade acompanhado de uma profunda an lise s caracter sticas da rede vi ria e das especificidades de cada ve culo de combate se consegue realizar um planeamento cabal e uma ex mia coordena o das for as existentes de modo a que a uti
148. ed Differential on Two Lane Rural Roads Journal of Transportation Engineering n 131 MONTEL MOLINA Cristina 2002 Tradici n renovaci n e innovacion en los usos y aproveitamentos de las reas rurales de montana Comunica o apresentada ao XI Coloquio de Geografia Rural da Associa o de Ge grafos Espanhois Santander MONTEIRO Paulo 1985 Terra que j foi Terra An lise sociol gica de nove lugares agro pastoris da serra da Lous Col Tempos Modernos n 2 Lisboa Edi es Salamandra 290 pp MORRALL J e TALARICO R J 1994 Side Friction Demanded and Margins of Safety on Horizontal Curves Transportation Research Record n 1435 NARAYANARAJ Ganapathy and WIMBERLY M C 2013 Influences of forest roads and their edge effects on the spatial pattern of burn severity International Journal of Applied Earth Observation and Geoinformation NETO Jos Manuel Geraldes 2001 A preven o contra os inc ndios Florestais antes de 1935 Actas do II Encontro Nacional sobre a Historia dos Bombeiros Portugueses AHBV de Coimbra NOGUEIRA Jos F lix Henrique 1976 Estudos sobre a reforma em Portugal Lisboa Imprensa Nacional Casa da Moeda p 23 153 NUNES Ad lia 2007 Abandono agr cola no Interior Centro de Portugal implica es na ocorr ncia de inc ndios florestais e nos processos de eros o h drica Cadernos de Geografia Departamento de Geografia da Faculdade de letras
149. eis das densidades de interse es e de constru o marginal que por quil metro traduzem o n mero de interse es com outras estradas p blicas ou com edif cios constru dos margem da estrada de pouco signific ncia para o presente estudo na medida em que sendo ve culos priorit rios em marcha de emerg ncia n o s o obrigados pelo c digo da estrada a parar em todos os entroncamentos e cruzamentos De referir ainda que sendo as densidades de interse es e de constru o marginal mais relevantes nas reas urbanas onde a rede de estrada mais densa como estamos da falar de inc ndios florestais o n meros de interse es e de constru do em reas florestais diminuta Um outro aspeto de grande relev ncia prende se com a falta de signific ncia estat stica que a inclina o perfil longitudinal assume na maioria desses modelos levando a que a sua aplica o n o seja recomendada em estradas de montanha Por outro lado quest es relacionadas com as expetativas dos condutores face aos trechos a jusante tamb m n o s o no nosso entender de grande relev ncia para o nosso estudo pois os bombeiros condutores dos ve culos terrestres de combate a inc ndios florestais s o condutores experientes e que conhecem bem o territ rio do seu concelho designadamente as suas estradas e caminhos florestais Por todas estas raz es opt mos por elaborar um modelo que permite calcular o Tempo Estimado de Desloca o TED para
150. eixados ao abandono sofrem um processo de simplifica o face ao desaparecimento de determinados usos do solo Os corredores tornam se mais largos e pequena escala a heterogeneidade decresce A NUNES 2007 Os que ainda permanecem a viver do sector da agricultura mant m pr ticas ancestrais de cultivo ex queimadas o que vai aumentar o risco de inc ndio florestal Uma bola de neve que n o para de rolar aumentando as suas consequ ncias e a severidade das mesmas pelo que necess rio o estabelecimento de uma estrat gia que requalifique estes espa os dotando os de vida e infraestruturas de modo a diminuir o risco de inc ndio florestal e ao mesmo tempo encurtar as dist ncias para a primeira interven o 1 2 2 As estradas de montanha Reconhecido o valor que as estradas possuem nomeadamente por permitirem e desenvolverem quer o tr fego de passageiros quer o de mercadorias com o consequente escoamento dos produtos agr colas e industriais das regi es antes mais isoladas e carentes de infraestruturas como s o as reas de montanha de real ar o papel que as vias de comunica o podem assumir respondendo s necessidades das popula es locais promovendo os movimentos pendulares aumentando os fluxos de desloca o e as reas de procura funcionando deste modo como um motor de fixa o das popula es ao criar oportunidades para o seu desenvolvimento local E PACHECO 2004 Ao longo de todos os tempos a ser
151. em A Policy on Geometric Design of Highways and Streets define a velocidade operacional operating speed como sendo aquela que tamb m pode ser afetada pela perce o de risco dos condutores pelos limites legais de velocidade pelas a es de fiscaliza o pelas diferentes culturas de condu o e pelo grau tecnol gico dos ve culos A LOBO et al 2013 referem que estes aspetos motivaram numerosas propostas para modela o de velocidades t m sido apresentadas ao longo dos tempos e para diferentes regi es do globo Da que se encontrem diversos manuais de refer ncia e v rias normas de P g 125 tra ado de estradas de diferentes pa ses com propostas e recomenda es sobre a velocidade operacional para determinados tro os de estrada em fun o de elementos espec ficos como o caso da Norma de Tra ado JAE 1994 relativamente s velocidades base e de tr fego em Portugal Noutros pa ses tais como a Alemanha RAS L 1995 e o Reino Unido THE HIGHWAYS AGENCY 2002 as velocidades operacionais dependem da taxa de varia o da curvatura e da largura pavimentada no primeiro caso e da sinuosidade e da velocidade m dia no segundo caso Sendo a velocidade o fator crucial para avalia o do desempenho de uma estrada a geometria da diretriz reta ou curva tem sido correntemente apontada como o fator mais condicionante da velocidade podendo a curvatura ser caraterizada por diferentes indicadores que A LOBO et al 201
152. eno algo que n o se improvisa Os motoristas devem possuir bons conhecimentos das caracter sticas e mecanismos dos ve culos bem como forma o em condu o Fora da Estrada efetuando regularmente o treino necess rio para evoluir fora dos caminhos C CASTRO et al 2003 O curso Condu o Fora de Estrada visa dotar os formandos com conhecimentos e compet ncias gerais para a avalia o das condicionantes f sicas do terreno ajustada aos diversos ve culos utilizados bem como a aquisi o de t cnicas especificas necess rias P g 116 condu o fora de estrada em ve culos com tra o 4x4 para a progress o em terrenos irregulares com desn veis acidentados e com baixo teor de ader ncia em situa es de elevado grau de dificuldade com obst culos como passagem de relheiras valas e rios cruzamentos de pontes subidas e descidas acentuadas com recurso a pranchas troncos roldanas guinchos e Hi Lift e outras ferramentas e equipamentos espec ficos privilegiando sempre as vertentes da efic cia e seguran a ENB 2001 ainda dada particular aten o aos aspetos relacionados com a manuten o dos ve culos Os motoristas que com eles operam devem ser conhecedores de uma forma t o abrangente quanto poss vel de todos os elementos estruturais mec nicos e el tricos o seu modo de funcionamento e t cnicas b sicas de manuten o bem assim como das t cnicas elementares de condu o de ve culos todo o terreno cu
153. ente encontramos formas de relevo como contrafortes espig es espor es gargantas e colos que obrigam a que o seu tra ado se desvie da forma retil nea fig 33 Fig 33 Formas de desenvolvimento do tra ado de uma estrada A Tra ado em ziguezague C Tra ado acompanho as curvas de nivel B Tra ado acompanhando o talvegue D Tra ado cruzando espig o pelo colo Fonte E MACEDO 2012 Por outro lado devido s caracter sticas topogr ficas das reas de montanha a escolha do perfil ideal e a implementa o de uma estrada necessita geralmente de uma grande movimenta o de terra bem como devido s suas caracter sticas geol gicas geot cnicas e hidrogr ficas podem implicar a estabiliza o de vertentes aterros drenagens ou seja servi os especializados que elevam os custos da sua constru o Assim cada elemento geom trico que comp e curvas e o perfil topogr fico s o as vari veis que mais limita es colocam r pida desloca o dos meios para combate a inc ndios florestais devido atua o de um conjunto de for as designadamente for a centr fugas gravidade e de atrito Ao percorrer uma curva horizontal a uma certa velocidade v um ve culo fica sujeito a o de uma for a centr fuga Fcf que atua no sentido de dentro para fora da curva tendendo a mant lo em trajet ria retil nea tangente curva Para que um ve culo mantenha a trajet ria sem derrapar a for
154. er sticas destas reas Partindo da premissa de que os inc ndios florestais apesar dos esfor os para evitar a sua eclos o continuar o a ocorrer em quantidade consider vel devem ser adotadas medidas que n o s visem dificultar a sua propaga o mas tamb m potenciem a sua r pida extin o atrav s do combate Pelo que crucial proceder modela o espacial dessas condicionantes n o s para identificar reas cr ticas de suscetibilidade elevada mas tamb m para planear os tempos de interven o onde o destacamento de meios terrestres de combate para locais estrat gicos de pr posicionamento fundamental para uma resposta atempada Palavras chave ndice de Sinuosidade Modela o Espacial Ataque Inicial Meios de Combate Inc ndios Florestais P g 8 Abstract The mountain areas are undoubtedly a landmark in the national territory representing around 20 of the continental area of the country P CARVALHO 2008 Given the mediterranean characteristics of the Portuguese climate and the specificities of the mountain areas forest fires find their apogee in these areas which therefore show large burned areas The landscape of the study area the Lous mountain has suffered important anthropic actions with 26 15 of its area being currently occupied by transitional woodland scrub land cover It is thus not surprising that this territory is marked by the occurrence of forest fires Between 1975 and 201
155. es do Manual T cnico de Condu o Fora de Estrada ENB 2001 quando se deslocam para a ocorr ncia devem faze lo com o tanque cheio Depois de iniciarem o combate se n o utilizarem a totalidade da gua dispon vel caso tenham de se deslocarem para uma outra frente de fogo ativa ou iniciarem a marcha de regresso devem despejar totalmente o tanque de gua por quest es de seguran a antes de iniciarem a marcha pois a movimenta o de l quidos durante marcha pode provocar a sua derrocada QUADRO XVII Bombeiros falecidos em servi o por tipo de ocorr ncia durante o per odo de 2000 2013 Inc ndio florestal gt SA B A Q U E Acidente rodovi rio gt O S S E U S ACTO S N AO Inc ndio industrial M AT A M S 0 Inc ndio urbano A PAI O R E S Servi o interno Transporte de doentes Acidente n utico Colis o com viatura ligeira Despiste da ABTM contra pesado Doen a s bita Forma o Inc ndio em viatura Inunda o Enxurrada Lavagem de estrada Miss o internacional Preven o Salvamento de v timas Socorro a v tima Treino recuperador salvador Total Sree Fonte dados P CERDEIRA 2012 Fonte da imagem C B de Famalic o da Serra P g 106 Em 2012 e pela primeira vez a Diretiva Operacional Nacional DON 2 d nfase ao tema da seguran a na condu o de ve culos P CERDEIRA 2012 Toca a sirene e dentro
156. esbo ar uma aprecia o geral da topografia de cada eixo QUADRO IX QUADRO IX Valores m dios do perfil de eleva o por cada Eixo Rodovi rio Principal 49 8 4 7 71 78 25 3 24 4 957 5 3 34 10 16 2 17 9 3 5 4 1 71 81 33 1 30 8 6 2 6 0 59 29 22 8 24 0 4 3 4 9 286 78 25 82 2 4 88 5 1 Assim o Eixo Central que atravessa a Serra aquele que apresenta maiores entraves desloca o dos meios terrestres de combate a inc ndios florestais seguido pelo Eixo Sul Por sua vez tanto o Eixo Oeste como o Eixo Este apresentam menos dificuldades a essa circula o O Fixo Norte ocupa uma posi o interm dia como se deduz pela visualiza o dos respetivos perfis fig s 13 a 17 n Eixo Norte composto pela M568 do Senhor da Serra a Miranda do Corvo ligando a AHBV de G is pela EN342 3 e a AHBV de Serpins pela EN236 ao Destacamento de Semide com uma extens o de 49 08Km N17 9 Lo RD 60 Rapa raz e r erpins Casalide Ermio Ri s a Vilarinho F S Guia de Turismo i 274 Fig 13 Perfil topogr fico longitudinal do eixo Norte P g 59 Eixo Sul permite a liga o de Penela pela M558 ao Espinhal onde apanha ligeiramente a EN17 1 seguindo depois o percurso sinuoso da EN347 em dire o AHBV de Castanheira de Pera Ao longo do percurso cruza se com a EN236 1 de Figueir dos Vinhos estendendo se pela N2 para Pedr g o Grande e para G is at AHBV de Alvares
157. este os valores variam entre O e 4 sendo que valores muito pr ximos de O ou de 4 denotam que existe autocorrela o dos erros Como os valores s o muito pr ximos de 2 nos dois modelos tal significa que os erros n o est o autocorrelacionados Foi tamb m efetuado um teste White para testar a heterocedasticidade dos erros tendo se comprovado que est o dentro dos par metros aceites para o modelo logo possu mos um modelo que permite assegurar a fiabilidade dos dados Na leitura das vari veis que integram os dois modelos podemos constatar atrav s do sinal que precede essas vari veis que a dist ncia observada a sinuosidade horizontal e a diferen a de cotas t m um peso positivo no tempo de desloca o ou seja quanto maior forem os seus valores mais aumentam o tempo de desloca o P g 137 No tipo de piso como se trata de uma vari vel bin ria Dummy podemos constatar que ela assume igualmente um valor positivo nos modelos do VLCI e do VFCI sendo que todos os tipos de piso que n o asfalto tem um peso positivo no tempo de desloca o ou seja a circula o tanto do VLCI como do VFCI ser mais lenta em terra do que em asfalto A leitura do tempo de desloca o foi feita em segundos pois a nossa base de dados de partida foi toda homogeneizada para metro segundo A cada uma das vari veis B Betas o modelo estipulou um coeficiente para cada ve culo por qual os valores das vari veis deve ser multiplicado de modo
158. ficando compet ncias Os Servi os Florestais passam a ser respons veis pela preven o e dete o os Corpos de Bombeiros P g 76 pelo combate e rescaldo dos inc ndios florestais e os Munic pios assumiram a responsabilidade da prote o civil municipal e da dinamiza o das Comiss es Municipais Especializadas de Fogos Florestais L LOUREN O 2006 O referido Decreto Regulamentar veio assim consagrar aos corpos de bombeiros pela primeira vez a responsabilidade do combate aos inc ndios florestais o que n o quer dizer que at aqui em alguns casos eles n o ajudassem no combate aos inc ndios florestais ou seja a partir da publica o deste decreto que em termos legislativos a responsabilidade do combate a inc ndios florestais incumbida aos corpos de bombeiros Contudo esta passagem de testemunho com mais de 100 anos de hist ria com conhecimentos e pr tica acumulada e testada pelos Servi os Florestais n o foi devidamente planeada acautelada para uma incorpora o faseada de tais conhecimentos pelas Corpora es de Bombeiros Os Bombeiros inicialmente estavam mais vocacionados para o combate aos inc ndios urbanos pelo que n o possu am conhecimentos sobre o combate em reas de montanha e floresta pelo que faziam um uso excessivo e sistem tico do combate com gua como a nica forma de extinguir um inc ndio BENTO GONGALVES 2011 Este cen rio veio provocar um corte radical na organiza o e atividade
159. fuer Strassen und Verkehrswesen Col nia RAUTELA Piyoosh PANT Swarn Shikher 2007 New methodology for demarcating high road accident risk prone stretches in mountain roads Current Science Vol 92 no 8 25 April REBELO F 1980 Condi es de tempo favor veis ocorr ncia de inc ndios florestais An lise de dados referentes a Julho e Agosto de 1975 na rea de Coimbra Biblos Coimbra LVI p 653 673 REBELO F 1992 Relevo de Portugal uma introdu o Inforgeo Lisboa 4 p 17 35 REBELO Fernando 1994 Risco e Crise Grandes Inc ndios Florestias Actas do II Encontro Pedag gico sobre Risco de Inc ndio Florestal Coimbra 21 a 24 de Fevereiro REBELO Fernando 2003 Riscos naturais e ac o antr pica estudos e reflex es 2 edi o revista e aumentada Imprensa da Universidade Coimbra REBELO Fernando 2005 Os Riscos na Investiga o Cient fica realizada na Universidade de Coimbra Territorium n 12 P g 164 RIBEIRO Orlando 1945 Portugal o Mediterr neo e o Atl ntico Estudo Geogr fico Coimbra Coimbra Editora 245 pp RIBEIRO Orlando 1949 Le Portugal central Livro Guia da Excurs o ao Centro de Portugal Lisboa pp 121 146 reimpress o da 1 edi o 1982 RIBEIRO Orlando e t al 1999 Geografia de Portugal O Povo Portugu s vol II 3 ed Edi es Jo o S da Costa Lisboa Ribeiro Patr c
160. g gico sobre Risco de Inc ndio Florestal Coimbra 22 de outubro ALMEIDA Campar NUNES Ad lia FIGUEIREDO Albano 2007 Din mica da popula o intraconcelhia no Interior Centro e Norte de Portugal Cadernos de Geografia Departamento de Geografia da Faculdade de letras da Universidade de Coimbra ALMEIDA Rui 2003 Sistema Nacional de Detec o de Inc ndios Florestais SNDIF Oeiras 19 de Novembro AMARO Antonio Duarte 2000 Bombeiros de Portugal For a e Limites do seu Voluntariado Revista Escola Nacional de Bombeiros N 16 Trimestre Out Dez AMARO Antonio Duarte 2009 O socorro em Portugal Organiza o forma o e cultura de seguran a nos corpos de bombeiros no quadro da Protec o Civil Tese de Doutoramento Faculdade de Letras Universidade do Porto AMERICAN ASSOCIATION OF STATE HIGHWAY AND TRANSPORTATION OFFICIALS AASHTO 2011 A Policy on Geometric Design of Highways and Streets 6th Edition Washington D C 2011 ANDRADE Fernanda 1995 Fogos Florestais 1995 Portugal Actas do III Encontro Pedag gico sobre Risco de Inc ndio Florestal Coimbra 20 de Novembro ANDUEZA P J 2000 Mathematical Models of Vehicular Speed on Mountain Roads Transportation Research Record n 1701 ARANHA J 2004 ndice de Aptid o para o Combate a Fogos Florestais VII Encontro de Utilizadores de Sistemas de Informa o Geogr fica ESIG Oeiras AUGE Claude 19
161. gal come ou se a dar grande destaque a esta problem tica a partir do 25 de Abril de 1974 que com a abertura da pol tica e consequente liberdade de impressa toda a gente come ou a falar de inc ndios florestais bem como a apontar poss veis respons veis F REBELO 2005 De acordo com o autor o primeiro estudo surgiu na Universidade de Coimbra tendo sido publicado em 1980 na revista Biblos da autoria do Professor Doutor Fernando REBELO intitulado Condi es de tempo favor veis ocorr ncia de inc ndios florestais an lise de dados referentes a Julho e Agosto de 1975 na rea de Coimbra Este estudo pioneiro em Portugal desencadeou um grande desenvolvimento de estudos neste mbito nas d cadas seguintes de 80 e 90 L LOUREN O 1987 De real ar que a partir do ano letivo de 1985 86 a investiga o sobre os inc ndios florestais passou a processar se de uma forma mais sistem tica e desde ent o muitos t m sido os docentes e investigadores a dedicarem a sua aten o a aspetos particulares desta problem tica L LOUREN O 1996 Depois em 1986 no IV Col quio Ib rico de Geografia organizado pelo Instituto de Estudos Geogr ficos L LOUREN O apresentou uma comunica o pertinente sobre as Consequ ncias geogr ficas dos inc ndios florestais nas serras do xisto de Portugal Contudo esta problem tica n o intrigava s os Ge grafos F sicos dado que o Prof Doutor Domingos Xavier VIEGAS do Departamen
162. have implied a remarkable increase of fuel accumulation which lead to more severe and intense fires and consequently to higher negative impacts on soils and vegetation resilience P g 38 Deste modo desde o aparecimento do Homem sobre a Terra at aos nossos dias a t cnica e a arte de trabalhar os recursos florestais t m evolu do continuamente desde o processo manual e primitivo at vasta massifica e engenhosa ind stria florestal moderna A floresta portuguesa ocupa uma rea aproximada a 3 4 milh es de hectares cerca de 40 do territ rio nacional AFN 2008 A serra da Lous como uma rea de montanha por excel ncia quer pelas suas caracter sticas f sicas geomorfol gicas quer pelos modos de vida que imp e aos seus habitantes um espa o em que as florestas e os seus meios naturais e seminaturais represam 86 90 do seu uso do solo QUADRO III fig 6 e ANEXO I QUADRO III Distribui o do uso do solo na rea de estudo Uso do Solo rea hec o Florestas abertas cortes e novas planta es 160269258 39 26 15 Florestas mistas 123718160 26 20 18 Florestas de resinosas 122436409 16 19 97 86 90 Florestas de folhosas 87034030 32 14 20 Matos 39260892 77 6 40 Areas agricolas e agro florestais 67217841 38 10 97 Territ rios artificializados 7997390 86 1 30 13 10 Zonas e corpos de gua 5059098 80 0 83 612993081 93 100 100 Fonte Elabora o pr pria
163. i es para que essa biomassa arda facilmente mas tamb m porque geralmente estes espa os de montanha albergaram um denso coberto vegetal e ostentam vigorosos declives que fazem aumentar a capacidade de propaga o das chamas logo do inc ndio sabido que o comportamento do fogo determinado pelo declive vento e combust veis A an lise do vento e do declive em contexto de combate s o essenciais para prever a velocidade e intensidade nas diferentes dire es de propaga o S MARTINS 2010 A simbiose entre o fator vento e os declives assumem um fator fundamental no comportamento do fogo pois possibilitam uma aproxima o das chamas aos combust veis superiores possibilitando uma maior radia o e pr aquecimento dos combust veis e induzem o efeito de convec o que faz aumentar a velocidade de propaga o do fogo pelo que desde logo essencial a sua an lise minuciosa para um combate que se quer seguro e eficaz aos inc ndios florestais P g 30 CURRY amp FONS 1938 1940 in B BUTLER et al 2007 escreveram que o efeito dos declives relativamente baixo na aus ncia de vento mas que o efeito combinado do vento e do declive pode ser dram tico Ao longo de um inc ndio florestal todos estes 3 fatores referidos assumem um car cter din mico e mesmo que se conhe am com precis o alguns destes fatores condicionantes n o certo que se consiga prever o seu comportamento com precis o Se em alguns
164. ia 2002 A For a das Chamas Revista Protec o Civil II S rie N 2 Abril 2002 SANTO Maria do Espirito 1954 A Lous dos antigos Boletim do Centro de Estudos Geogr ficos Coimbra n 8 e 9 pp 91 34 SCHUMM S A 1962 Sinuosity of Alluvial Rivers on the Great Plains Geological Society of America Bulletin SCHURR K S McCoy P T PESTi G e HUFF R 2002 Relationship of Design Operating and Posted Speeds on Horizontal Curves of Rural Two Lane Highways in Nebraska Transportation Research Record n 1796 SERRA Maria Beatriz Alv o 1961 A bacia da Lous Estudo Geogr fico Tese de Licenciatura em Ci ncias Geogr ficas apresentada FLUC 72 pp SERRANO M e MARTINS V 2002 Sistema de apoio a emerg ncias do Parque Natural do Alv o Proceedings do VII Encontro de Utilizadores de Sistemas de Informa o Geogr fica ESIG2002 Oeiras SILVA Carlos LOUREN O Luciano 1995 Rede de esta es pirometeorol gicas no Centro de Portugal N cleo de Investiga o Cientifica de Inc ndios Florestais Instituto de Estudos Geogr ficos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra SILVA Rui Santos 1999 Bombeiros Portugueses Recordar o passado Preparar o Futuro Atas o I Encontro Nacional sobre a Hist ria dos Bombeiros Portugueses Sintra SOARES R V BATISTA A C 2007 Inc ndios florestais controle efeitos e uso do fogo Curitiba R V Soares
165. ia a percorrer na manuten o de uma velocidade homog nea e na seguran a da condu o P g 31 1 1 Os espa os de montanha Breve apresenta o da Serra da Lous Serra montanha monte muito alto e extenso terreno acidentado entrecortado de vales e escarpas eleva o sin nimo do termo e da nossa gente e regi o que existe e se assume em torno da pedra que a forma e lhe d o nome lousa ou xisto pedra negra e agreste t o id ntica alma dos povos de antanho que a habitam e a sulcaram para al m da inacessibilidade dos seus trilhos ou mais tarde j em meados bem entrados do s culo XX da sua estrada sinuosa Ana SOUTO 2006 Segundo G PEREIRA 2004 A Serra da Lous fica inserida no bordo mais ocidental e central do Maci o Hesp rico onde truncado por uma estrutura tect nica maior de dire o norteada que separa duas importantes zonas geotect nicas do Soco Varisco OU Herc nico da Ib ria as Zonas Centro Ib rica e de Ossa Morena Podemos enunciar tr s grandes conjuntos de relevo que constituem as Serras de Xisto da Cordilheira Central as Serras Setentrionais Lous Caveiras e A or Serras Meridionais Alvelos Zibreiro e Maun a e o Fosso do M dio Z zere ocidental oriental e interm dio L LOUREN O 1996 Ao analisarmos de um modo geral a morfologia desta regi o depar mo nos logo como a imensa diversidade de terrenos que a comp em uma regi o de contacto en
166. iculdades de obst culos pass veis de serem encontrados na floresta e o acesso a locais inacess veis aos outros ve culos ENB 2001 QUADRO XVIII QUADRO XVIII Especifica es de constru o dos ve culos de ATI Ve culo de Ataque Inicial Imagem Standard M xima Velocidade R Cruzeiro M ximo de perfil longitudinal M ximo de inclina o da estrada Capacita de gua m nima 500 L 3 000 L Capacita de gua m ximo 1 000 L 3 500 L ngulo de Ataque gt 23 S 35 Angulo de Sa da gt 30 ngulo de Rampa gt 30 Altura ao Solo gt 200mm gt 4000mm Autonomia Estrada de ee acidentado 2 3 Horas Bomba de Servi o gt 4 Horas Pneus Todo o terreno DN 25 10 15 Langos de DN 38 5 15 mangers pas DN 70 2 Fonte Despacho n 21638 2009 de 28 de setembro Para a realiza o do presente trabalho foram executadas duas simula es com 2 viaturas terrestre de combate um VLCI com capacidade para 600L de gua e um VFCI com 3500L em dois trajetos diferentes A diferencia o entre um ve culo ligeiro e um pesado dada pelo C digo da Estrada no seu art 106 que refere as classes e tipos de autom veis Assim os ve culos classificam se por a Ligeiros ve culos com peso bruto igual ou inferior a 3500kg e com lota o n o superior a nove lugares incluindo o do condutor b Pesados ve culos com peso bruto superior a 350
167. id ncia Aberta sobre Ambiente efetuada pelo Presidente da Rep blica Dr M rio Soares F REBELO 2005 Estes estudos encontros publica es debates entre outros permitiram despontar por todo o Portugal um vasto conjunto de autores institui es n cleos associa es que dedicaram as suas for as investiga o deste fen meno que assola ano ap s anos florestas e popula es Nos ltimos anos o fen meno dos inc ndios florestais nas regi es mediterr neas tem vindo a ser estudado sob m ltiplas perspetivas Contudo no que se refere aos estudos realizados sobre o combate aos inc ndios florestais do nosso entender que nenhum deles se debru ou profundamente sobre a operacionalidade dos meios de combate aos inc ndios florestais nomeadamente no que respeita efic cia do ataque inicial Com efeito existem fatores como a sinuosidade do sistema rodovi rio a diferen a de cotas a influ ncia das caracter sticas dos ve culos terrestres de combate e da conce o das pr prias estradas que interferem na velocidade pelo que se torna necess rio estudar se o tempo do ataque inicial 20 minutos est garantido pelo menos nas reas de risco de inc ndio elevado e muito elevado Com efeito este flagelo apesar de ser comum a todo o territ rio continental n o se distribui de uma forma uniforme As v rias 5 Regi es portuguesas apresentam valores d spares quer no que respeita quer ao n mero de ocorr ncia
168. idas v rias vezes pelas chamas os seus est dios de desenvolvimento naturais foram interrompidos quase j n o existem forma es vegetais espont neas em estado puro posto que o sobrepastoreio e os repovoamentos florestais foram alterando os ecossistemas naturais diminuindo os endemismos dos maci os montanhosos pelo que o seu cl max em vez de derivar para florestas aut ctones edafo climaticamente adaptadas s caracter sticas locais e aos regimes do fogo t m na maioria das suas vezes derivado antropicamente para eucaliptais e giestais L LOUREN O et al 2003 Estes espa os de montanha apresentam fortes declives que contribuem diretamente para o aumento do risco de inc ndio florestal entre outros fatores mas por outro lado estas fortes rugosidades atuam tamb m de uma forma indireta no risco de inc ndio nomeadamente no comportamento do fogo na sua capacidade propaga o pois a orografia bastante acidentada n o s pode ajudar a aumentar a velocidade das chamas como imp em um tra ado sinuoso s vias de circula o fazendo com que os meios de combate serpenteiem invariavelmente entre o quartel de bombeiros e o ponto de igni o Alguns estudos j fizeram refer ncia a este aspeto do tra ado sinuoso apesar de n o se debru arem especificamente sobre eles Contudo tal j era percet vel em alguns dos estudos realizados nomeadamente num estudo que pretendeu investigar as principais causas humanas adjacentes ocor
169. ignificativamente mais baixos que a verba para o combate Deste modo conclu mos que para a resolu o deste problema o Estado tem apostado repetidamente na ado o de mais verbas para o combate quer para constru o e melhoramento de infraestruturas aquisi o de equipamentos cada vez mais sofisticados e que se fazem acompanhar por manuais de instru o mais espec ficos e especializados R FREITAS et al 2010 aloca o de meios a reos etc No entanto o combate dever ser sempre o ultimo recurso A de ALMEIDA 1997 Na impossibilidade de eliminar todas as ocorr ncias e tendo em contas que algumas igni es ir o sempre ocorrer por vezes em n mero consider vel torna se fundamental planear e definir estrat gias de combate ajustadas s especificidades de cada territ rio de modo a que se possam garantir condi es para um ataque inicial eficaz aos focos nascentes com tempos de respostas consonantes com os indicadores de comportamento de fogo e as suscetibilidades do territ rio de modo a que se possa tirar o maior proveito das potencialidades dos recursos humanos e mec nicos dispon veis e assim realizar o objetivo primordial desta tese a diminui o das reas ardidas Estando a dimens o da rea ardida resultante de uma igni o associada n o s s condi es meteorol gicas mas tamb m a outras condicionantes geogr ficas onde destacamos a orografia uma vez que esta limita o uso dos meios terrestres de c
170. imados enquanto que a dispers o operacional organizada dos meios pelo territ rio permitir a redu o dos tempos de desloca o e funcionariam como elementos de dissuas o uma vez que os agentes ao estarem no terreno desencorajam potenciais pir manos bem como possibilitam uma fiscaliza o in situ dos comportamentos das suas popula es e uma vigil ncia mais r pida e com uma maior rea de cobertura Todos os inc ndios florestais come am por ser pequenos focos de inc ndio O tempo da primeira interven o o aspeto essencial para facilmente se conseguirem controlar e extinguir os focos nascentes reduzindo os custos financeiros de um combate que viria a ser alargado musculado e prolongado no tempo preservando a floresta salvaguardando recursos e evitando feridos ou mesmo mortes Para socorrer primeiro preciso l chegar e diz a sabedoria popular que a pressa inimiga da perfei o Para o c lculo dos tempos de desloca o temos duas vari veis a dist ncia e a velocidade Sendo a dist ncia uma vari vel f cil de obter o c lculo da velocidade num determinado trajeto assume se como algo mais complexo Desde logo porque dever o ter se em conta as caracter sticas do ve culo e por outro lado as diversas carater sticas da estrada que t m influ ncia na velocidade O presente estudo abriu assim uma janela com este ensaio metodol gico para o desenvolvimento de um modelo que possibilite o calculo de te
171. inc ndio Assim o Dispositivo de combate estrutura se em duas fases sendo a primeira delas a Preven o Dete o Vigil ncia e Fiscaliza o e a seguinte o pr prio Combate a P g 90 Inc ndios Florestais fig 26 Cada uma destas fases envolve agentes e servi os que adv m de diferentes organismos do Estado Dispositivo de Preven o Dete o Vigil ncia e Fiscaliza o Operacionaliza o Municipal E EE E 55 ES ESA Ouros Agentes AroceLCA Esr Dispositivo Especial w de Combate a Inc ndios Florestais 2 N vel Fases Operacionais Rescaldo e vigil ncia p s rescaldo 3 N vel Forgas sa a Outros Armadas Agentes Fase ALFA 1 de Janeiro a 14 de Maio Fase BRAVO 15 de Maio a 30 de Junho Fase CHARLIE 1 de Julho a 30 de Setembro Fase DELTA 1 de Outubro a 15 de Outubro Fase ECHO 16 de Outubro a 31 de Dezembro Fig 26 Organiza o Global da resposta Diretiva Operacional Fonte Adaptado de A AMARO 2009 O facto de se ter de ativar a segunda fase do Dispositivo Especial de Combate a Inc ndios Florestais significa que tudo o que est para tr s a primeira fase de Preven o Dete o Vigil ncia e Fiscaliza o n o foi totalmente eficaz O que se pretende nesta segunda fase a r pida ativa o dos meios de ataque inicial de modo a debelar o foco de inc ndios antes que este atinja grandes propor es Pelo que a seguir iremos ver c
172. incerteza na ultrapassagem fadiga entre outros e que al m disso influencia um outro fator geom trico a que iremos dar real destaque o da sinuosidade rodovi ria Todos n s sabemos que a menor dist ncia entre dois pontos uma linha reta projetada numa superf cie horizontal Contudo tamb m todos n s sabemos que em estradas de montanha o trajeto tende a ser sinuoso com curvas atr s de curvas seguidas de mais curvas e que geralmente estas estradas s o estreitas Estando os quart is de bombeiros na sua maioria localizados dentro dos agregados populacionais geralmente dentro das reas urbanas consolidadas vemos aqui logo uma P g 14 grande condicionante ao pr prio combate aos inc ndios florestais que a r pida desloca o progress o dos meios terrestres de combate at ao ponto de igni o do foco de inc ndio ou seja o ataque inicial que dever ser conseguido dentro dos 20 minutos DON 2012 depois de ter sido dado o despacho por parte do Comando Distrital de Opera es de Socorro CDOS aos 3 quart is de bombeiros mais pr ximos De facto essa r pida desloca o fica gravemente condicionada pelas caracter sticas dos espa os de montanha em grande parte devido ao ndice de sinuosidade rodovi ria que atua de duas formas por um lado aumentando a dist ncia entre o quartel de bombeiros e o ponto de igni o por outro lado pelos entraves que coloca velocidade de desloca o aumentando assim o tempo de
173. iros Dantes a natureza e a sua espontaneidade amanh a natureza disciplinada e utilizada Serras nuas esquel ticas e ossadas fot 3 mas de uma beleza que nem o passado viu nem o futuro h de adivinhar Com ou sem eucaliptos e ac cias a continuar a onda de inc ndios dos ltimos anos as nossas montanhas caminham vertiginosamente para a desertifica o com o consequente assoreamento dos rios Ali s muitas das nossas montanhas s o atualmente zonas des rticas pois at forma es secund rias como o tojo giestas urzes e carquejas que ainda seguravam o resto do solo empobrecido t m sido devastadas pelos inc ndios J PAIVA 1988 P g 42 Fot 3 Serras nuas esquel ticas e ossadas Em primeiro plano pormenor do Alto de Santo Ant nio da Neve e depois vista para Sueste Fonte http portugalfotografiaaerea blogspot pt 2011 09 serra da lousa html P g 43 1 2 A desarticula o do mundo rural Os actuais espa os florestais portugueses configuram simultaneamente importantes recursos mas tamb m parcelas do territ rio dotadas de grande vulnerabilidade em mat ria ambiental BENTO GON ALVES et al 2010 A orografia e o clima pelos condicionalismos que imp em tornam estes espa os problem ticos para quem a quer residir e exercer a sua atividade profissional A serra da Lous semelhan as das m dias montanhas mediterr nicas registou desde meados do s culo XX uma significativa
174. is Estradas Nacionais Norma Europeia Escola Nacional de Bombeiros P g 176 ENF EPI ER FA FEB FO GIPS GNR GTF IC ICNF IGeoE IGUC INSTROP IP IS JAE L2 LEPP M3 MAI NUT PDDFCI PMDFCI PME PNDFCI PNPOT POM PRN QREN RBP RNPV SIG SIOPS SMPC SNBPC SNPC TED TO VFCI VLCI VM VRCI VS Estrat gia Nacional para as Florestas Equipa de Primeira Interven o Estradas Regionais For as Armadas For a Especial de Bombeiros Fases Operacionais Grupo de Interven o de Prote o e Socorro da GNR Guarda Nacional Republica Gabinete T cnico Florestal Itiner rio Complementar Instituto de Conserva o da Natureza e das Floresta Instituto Geogr fico do Exercito Instituto Geof sico da Universidade de Coimbra Instru es Operacionais Itiner rio Principal ndice de Sinuosidade Junta Aut noma de Estrada Locais Estrat gicos de Pr Posicionamento Ve culos fora de estrada Ministro da Administra o Interna Nomenclatura das Unidades Territoriais Plano Distrital de Defesa da Floresta Contra Inc ndios Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Inc ndios Plano Municipal de Emerg ncia Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Inc ndios Programa Nacional de Pol ticas de Ordenamento do Territ rio Planos Operacional Municipal Plano Rodovi rio Nacional Quadro de Refer ncia Estrat gico Nacional Revista Bombeiros Portugueses Rede Nacional de Postos de Vigia Sistemas de Infor
175. is adiante para altear de novo e logo se ramifica que nem centopeia de pesadelo F DE CASTRO 1979 Em meio s culo o discurso sobre mobilidade da popula o alterou se substancialmente n o s pelo incremento do uso do autom vel mas tamb m porque P g 56 antes as pessoas abandonavam os campos para procurar melhores oportunidades nas cidades tendo se verificado na d cada de 60 um forte xodo rural hoje abandonam as cidades porque lhes poss vel residir em reas mais sossegadas mais afastados dos locais de trabalho ou seja a dist ncia quilom trica perde sentido com o aumento da velocidade nas desloca es dotando a maioria dos lugares de boas condi es de acessibilidade E PACHECO 2004 Contudo a serra da Lous herdou uma rede cuja estrutura atual revela a sua insufici ncia na minimiza o dos tempos de desloca o e a penosidade das viagens O interior com destaque para as reas de montanha ficaram isoladas dos principais eixos nacionais e das suas caracter sticas inerentes a essa tipologia n de faixas de rodagem largura da via velocidade de circula o A rede de estradas da serra da Lous apenas pretendeu fazer a liga o s reas locais de maior densidade de ocupa o estimular o comercio e a ind stria local mas sem responder a estrat gias de re ordenamento do territ rio urbano e florestal em outros casos serviu para satisfazer o capricho de alguns particulares e protagonis
176. is curto espa o de tempo poss vel e com o m nimo de consequ ncias Ora esta resposta n o se compadece com tempos de espera e na disponibilidade dos P g 89 bombeiros A primeira interven o do socorro uma quest o de tempo e deve ser profissionalizada COSTA 2008 39 in A AMARO 2009 S o volunt rios mas t m de tender a estar dispon veis para receber uma forma o cada vez mais abrangente e qualificada A vertente da efic cia da primeira interven o deve estar sustentada por bombeiros que possam treinar se todos os dias e com forma o cont nua permanente A AMARO 2009 esta a perspetiva da profissionaliza o da primeira interven o sem preju zo da prestimosa e insubstitu vel contribui o complementar do voluntariado Nesta linha face ao despovoamento dos espa os de montanha principalmente da popula o mais nova at quando vai ser vi vel continuar a manter um sistema de socorro baseado em Corpos de Bombeiros volunt rios com falta de disponibilidade forma o e seguran a Para al m de ser fundamental um investimento na forma o e profissionaliza o dos Corpos de Bombeiros necess rio uma estrat gia de combate adequadas s especificidades locais de cada territ rio bem como livre operacionalidade em dias cr ticos exigindo se responsabilidade nas a es de modo a que se possa beneficiar quer da generosidade do voluntariado quer das potencialidades dos meios terrestres de co
177. ja opera o obriga a uma atitude ainda mais respons vel considerando alguns riscos inerentes ao trin mio homem m quina terreno ENB 2001 No entanto poucos s o os manuais existentes ou pelo menos de acesso ao p blico em geral Contudo segundo a DIRECTION DE LA D FENSE ET DE LA S CURIT VIVILES 1998 verificamos que o m ximo de aclives declives que os ve culos de combate a inc ndios podem transpor em seguran a de 50 26 e o m ximo de inclina o lateral da estrada em seguran a de 30 17 fig 30 Inclina o longitudinal M ximo de 50 ou 26 Fig 30 Exemplos dos m ximos de inclina o que um VFCI consegue transpor em seguran a Fonte Adaptado de DIRECTION DE LA D FENSE ET DE LA S CURIT VIVILES 1998 A inclina o numa subida ou descida de um ve culo modifica a reparti o das cargas sobre os rodados Os pneus e a suspens o da parte inferior da inclina o suportam o peso mais importante enquanto os pneus e a suspens o da parte superior ficam mais leves aumentando os efeitos da inclina o Nas inclina es laterais a proje o horizontal do centro de gravidade n o deve sair das rodeiras do ve culo ENB 2001 Sempre que se desloque com inclina o lateral ou num declive apreci vel por seguran a nunca progredir se o tanque n o estiver completamente cheio j que o deslocamento do l quido pode desequilibrar o ve culo Se o terreno se encontrar molhado ou inst
178. l de 1987 Com o objetivo de reunir estes tr s Organismos foi criado o Servi o Nacional de Bombeiros e Prote o Civil SNBPC atrav s do Decreto Lei n 49 2003 de 25 de Mar o No entanto esta n o era a solu o mais indicada pelo que volvidos quatro anos com a publica o do Decreto Lei n 75 2007 de 29 de Mar o de 2007 foi criada a Autoridade Nacional de Prote o Civil ANPC que substitui o SNBPC fig 23 P g 77 gt 1886 gt 1979 1980 2003 2003 2007 gt 2007 Fig 23 Evolu o institucional da organiza o do socorro em Portugal Fonte Adaptado de A AMARO 2009 As a es de prote o civil integram obrigatoriamente agentes e servi os que adv m de organismos do Estado das Regi es Aut nomas das Autarquias Locais de organiza es n o governamentais entre outras Ao longo dos ltimos 15 anos coube ao Servi o Nacional de Prote o Civil primeiro e ao Servi o Nacional de Bombeiros e Prote o Civil depois a dire o de grande parte das opera es de prote o e socorro e o comando em teatro de opera es Hoje com o Decreto Lei 134 2006 de 25 de Julho que criou Sistema Integrado de Opera es e Socorro SIOPS as a es de socorro s o integradas numa opera o de prote o civil que pode envolver agentes e servi os que adv m dos diferentes organismos do Estado das diferentes regi es das autarquias locais e das organiza es n o governamentais entre outros Este Decreto
179. l de fogo Jos NETO 2001 No ano VI da nossa era o Imperador Augusto alarmado sobre a problem tica dos inc ndios efetuou como que uma reestrutura o dos servi os p blicos de Roma e reorganiza totalmente o Corpo de Vigiles aumentando o seu n mero para 7 000 homens divide a cidade de Roma em sete reas diferentes ficando respons vel por cada uma delas uma cochorte de mil Vigiles J NETO 2001 Face problem tica crescente dos inc ndios florestais os Vigiles usufru am de estatuto social elevado j que desfrutavam da admira o nutrida pelo pr prio imperador P g 74 bem como estavam alojados em excelentes quart is Excunitoria dotados com banhos e gin sio para prepara o e recupera o f sica J NETO 2001 Competindo aos Vigiles prevenir os inc ndios florestais atrav s da vigil ncia ou ronda e combat los tinham o direito de entrar em qualquer resid ncia ou local em que suspeitassem existir fogo J NETO 2001 J na Roma antiga se sentiu a necessidade de formar equipas espec ficas para a preven o e combate aos inc ndios estrategicamente dividindo o territ rio e atribuindo a responsabilidade de prevenir e extinguir focos de inc ndios de cada uma dessas reas for a destacada Para isso aumentou se o n mero de homens deu se lhes um bom estatuto social e remunera o compat vel bem como condi es para prepara o f sica e repouso aumentando assim a prontid o de respos
180. l e em situa o de emerg ncia uma resposta de socorro bem articulada para a prote o de pessoas e bens A AMARO 2009 Desde que o Homem descobriu o fogo primeiro aprendeu como manuse lo depois tratou de descobrir estrat gias de como apag lo Ao longo da nossa hist ria para apagar o fogo v rios imp rios reinos e governos atribu ram essa compet ncia espec fica a uma equipa restrita de homens hoje em dia conhecidos como bombeiros De facto neste quadro de amea as seguran a humana em sociedades com um elevado grau de complexidade e risco como a nossa os Corpos de Bombeiros profissionais mistos ou volunt rios constituem entre n s a base da resposta para o socorro das popula es e salvaguarda do patrim nio ao n vel local distrital ou nacional A AMARO 2009 No pre mbulo do Decreto Lei n 247 2007 de 27 de Junho designado por Regime Jur dico dos Corpos de Bombeiros claramente referido que em Portugal o socorro s popula es assenta nos corpos de bombeiros e assim continuar a ser mesmo que entretanto se tenham criado brigadas de sapadores ou o grupo de interven o de protec o e socorro que colaboram no mbito da primeira interven o em inc ndios florestais ou se venham a formar mais agentes e constituam outras for as Os corpos de bombeiros profissionais mistos ou volunt rios s o portanto a base para uma resposta a n vel local e articuladamente sob um comando nico ao
181. l o primeiro lugar ocupado pela regi o Centro com cerca de 20 hectares por fogo Seguiu se a regi o Sul com pouco mais de 10 hectares e a regi o Norte com ma m dia de 8 ha por fogo L LOUREN O 1989 No Norte mormente nos distritos do Porto e de Viana do Castelo foi mais sentida a import ncia do n mero de inc ndios florestais enquanto que no Centro foram especialmente significativas as reas ardidas tanto nos distritos da Guarda e de Coimbra em rela o s suas respetivas superficies distritais as reas mais afetadas corresponderam a concelhos com relevo mais acidentado aqueles que se desenvolvem pelas serras da Cordilheira Central L LOUREN O 1989 Jassocia o das regi es montanhosas do Centro e Norte aquelas que apresentam as maiores extens es percorridas pelo fogo L LOUREN O et al 1993 Das cita es supra mencionadas leva nos a refletir profundamente sobre esta situa o Ora se previamente j sabemos onde a destrui o da nossa floresta se traduz de forma mais expressiva porque que essas reas de montanha n o foram ainda sujeitas a outras estrat gias e diretrizes espec ficas adequadas realidade territorial local capazes de aumentar significativamente a efic cia do combate nomeadamente do ataque inicial e desta forma reduzir a dimens o das reas ardidas As reas de montanha apresentavam uma vasta e diversa cobertura florestal mas como j foram percorr
182. lado DISTANCIA OBSERVADA 0 047758 0 007164 6 666519 0 0000 TIPO DE PISO 2 017459 0 882059 2 287216 0 0269 SINUOSIDADE HORIZONTAL 1 802342 0 862197 2 090407 0 0423 DIF COTAS 0 028970 0 015481 1 871279 0 0678 R 0 617112 M dia da vari vel dependente 9 768571 R2 ajustado 0 591586 Desv padr o da vari vel dep 4 719625 Soma dos erros da regress o 3 016184 Crit rio de informa o Akaike 5 123969 Soma dos R 409 3814 Crit rio Schwarz 5 278404 Fun o log probabilidade 121 5372 Crit rio Hannan Quinn 5 182561 Durbin Watson Estat stica 1 980009 TED EC Tempo de Estima o de Desloca o VFCI Vari vel dependente TEMPO DE DESLOCACAO VF M nimos quadrados Amostras 62 Valor de T Vari veis Coeficiente Erro Padr o Prob calculado DISTANCIA OBSERVADA 0 050889 0 005733 8 876462 0 0000 TIPO DE PISO 1 394960 0 795771 1 752966 0 0864 SINUOSIDADE HORIZONTAL 2 540033 0 929349 2 733131 0 0089 DIF COTAS 0 048624 0 014277 3 405811 0 0014 R 0 720934 M dia da vari vel dependente 7 648860 R2 ajustado 0 696128 Desv padr o da vari vel dep 4 346893 Soma dos erros da regress o 2 396207 Crit rio de informa o Akaike 4 680290 Soma dos R 258 3813 Crit rio Schwarz 4 871493 Fun o log probabilidade 112 0073 Crit rio Hannan Quinn 4 753101 Durbin Watson Estatistica 2 016266 A regress o linear de cada modelo do tempo estimado de desloca o foi testada quanto autocorrela o de u atrav s do teste de Durbin Watson Neste t
183. liferam pelas vertentes da serra tanto a norte como a sul se bem que a vertente Norte tenha mais do dobro do que a vertente sul com o concelho de G is a assumir se como o mais representativo nas 4 classes de floresta P g 39 Uso do Solo 7 Limite da rea de estudo MM Territ rios Artificializados BA Florestas mistas i Limite de concelho reas agr colas e agro florestais ES Florestas abertas cortes e novas planta es E Florestas de resinosas l Matos Florestas de folhosas a Zonas e corpos de agua Fig 6 Cartografia do uso do solo na area em estudo Fonte Elabora o pr pria com base em dados do Corine Landcover 2006 P g 40 1 1 5 Coberto Vegetal A import ncia da floresta das reas de montanha inquestion vel pois encontramos a as grandes coberturas vegetais e nelas podemos presenciar uma grande biodiversidade bem como alguns endemismos flor sticos A serra da Lous um s tio de apreci vel valor paisag stico com importantes cristas quartz ticas de valor geomorfol gico significativo acompanhada pela exist ncia de cascalheiras dep sitos de vertente reas de importante manuten o de ec tipos de elevado valor gen tico pois a Serra da Lous deveria ter sido um imenso carvalhal constitu do predominantemente pelo carvalho alvarinho Quercus robur L e talvez tamb m nos pontos mais altos pelo negral Quercus pyrenaica Willd com sobreirais Quercus suber L nas
184. liza o destes recursos aproveite todas as suas potencialidades e deste modo contribua para a redu o das reas ardidas P g 150 Conclus o Os inc ndios florestais s o sem sombra de d vida o maior flagelo que afetam o territ rio portugu s que todos os anos com maior frequ ncia e ou dimens o deixa marcas vis veis no territ rio por vezes irrecuper veis Contudo o principal problema dos inc ndios florestais encontra se a montante dos mesmos ou seja no desordenamento florestal na falta do cadastro e planeamento florestal no tipo de propriedade no perfil do propriet rio florestal e acima de tudo deve o pa s definir politicamente se a floresta ou n o importante para Portugal L LOUREN O 1992 Embora Portugal tenha produzido nos ltimos anos grandes quantidades de legisla o florestal nos seus v rios dom nios a sua aplica o pr tica e responsabiliza o dos infratores tem ficado por cumprir Esta indecis o sobre a import ncia do sector florestal para o pa s e o sentimento de impunidade tem contribu do para que Sempre que se aproxima a poca dos fogos voltamos a dar nos conta que as matas continuam a n o estarem preparadas para enfrentar o terr vel flagelo dos inc ndios florestais L LOUREN O 1992 Face a esta situa o a resposta do Estado tem sido como nos demonstram os consecutivos Or amentos de Estado em que a verba para a sensibiliza o e preven o tem valores s
185. locidade de sa da e com recurso a um cron metro digital o tempo de desloca o quer por cada segmento geom trico de amostragem quer para o trajeto total P g 19 An lise estat stica e SIG Com o registo hist rico das reas ardidas fornecidos pelo Instituto de Conserva o da Natureza e das Florestas ICNF em formato de xls excel e em shapefile procedeu se a um conjunto de an lises Distribui o dos inc ndios florestais que ocorreram na rea de estudo entre 1975 e 2012 e Grandes inc ndios gt 100 hectares e Recorr ncia de reas ardidas Os valores obtidos das amostras foram incorporados num documento de Excel e posteriormente processados em softwares de an lise estat stica como o SPSS e o EViews que foram o suporte para o desenvolvimento do modelo de tempo estimado de desloca o para ataque inicial Posteriormente em ambiente SIG ArcMap 10 1 ESRI a rede rodovi ria foi vectorizada a uma escala 1 500 sobre ortofotomapas do ano de 2005 Foi criado um modelo digital do terrenos com base nas curvas de n vel de 10 em 10 metros obtidas de cartas militares 1 25 000 O sistema de coordenadas utilizado foi o Datum 73 Hayford Gauss IPCC Os diversos layers de informa o foram analisados e os resultados representados em mapas que poder o servir de apoio ao processo de tomada de decis o Estado da arte Fogo um fen meno que condicionou fortemente a evolu o do ser Humano O fogo est est
186. longo dos ltimos anos muitas t m sido as estrat gias adotadas na tentativa de reduzir o elevado n mero de ocorr ncias de inc ndios florestais que atingem os concelhos de Norte a Sul de Portugal embora sem os resultados pretendidos Contudo nosso entender que sendo a redu o do n mero de ocorr ncias um objetivo fundamental n o menos importante a redu o da rea ardida pelo que ser nela que se centrar a nossa aten o Nos ltimos anos o fen meno dos inc ndios florestais nas regi es mediterr neas tem vindo a ser estudado sob m ltiplas perspetivas Em Portugal tem se dado particular aten o aos estudos de preven o incid ncia e causas dos inc ndios florestais L LOUREN O 1991 L LOUREN O et al 2011 A NUNES et al 2013 Face aos avan os tecnol gicos bem como ao desenvolvimento de softwares e ao forte crescimento cient fico nesta rea as reas de risco de inc ndio florestal j se encontram suficientemente bem identificadas e localizadas L LOUREN O 1988 e 1998 Contudo este flagelo apesar de ser comum a todo o territ rio continental n o se distribui de forma uniforme pelo que as v rias regi es portuguesas apresentam valores d spares quer no que respeita ao n mero de ocorr ncias quer no que respeita quantifica o das reas ardidas L LOUREN O 2004 A NUNES et al 2013 sendo a regi o Centro aquela que tem desde sempre os valores mais elevados ardendo em m dia mais
187. lvimento local Centro de Estudos Geogr ficos Faculdade de Letras Universidade de Coimbra CURRY J R FONS W L 1938 Rate of spread of surface fires in the ponderosa pine type of California J Agr Res 57 239 267 CURRY J R FONS W L 1940 Forest fire behavior studies Mech Engng N Y 219 25 DAVEAU Suzanne 1972 Evolu o geomorfol gica da bacia da Lous Lisboa Centro de Estudos Geogr ficos pp 38 DAVEAU Suzanne BIROT Pieer RIBEIRO Orlando 1985 Le bassin de Lousa volution sedimentologique tectonique et morfologique Centro de Estudos Geogr ficos 1985 1986 2 vol Mem rias do Centro de Estudos Geogr ficos 8 P g 157 DAVEAU Suzanne 1988 Contribui o para uma Colect nea de Antigas Descri es Geogr ficas da Lous In Livro das Jornadas de Cultura e Turismo Lous DEvy VARETA Nicole 1994 Dos carvalhos aos eucaliptais evolu o espacial da rvore e da floresta em Portugal Actas do III Encontro sobre Risco de Inc ndio Florestal Coimbra 9 de Julho Dias Eduardo Jos 1994 A legisla o portuguesa e o risco de inc ndio Actas do II Encontro Pedag gico sobre Risco de Inc ndio Florestal Coimbra 21 a 24 de Fevereiro DIAS Pedro REBELO Fernando 1985 Lous A Terra e as Gentes Lous C M da Lous 95 pp Dinis Isabel MALTA Miguel 2001 Da desvitaliza o da Serra da Lous nova ruralidade identidades
188. m trico da estrada exige a brusca redu o de velocidade pelo que o jogo de ganho e perda acaba por ser nulo com exce o de quando a extens o das descidas muito significativa Fig 36 Jogo de for as numa descida P g 121 Ser a concord ncia entre o plano horizontal e o plano vertical que ir definir o tipo de tra ado de uma estrada fig 37 e 38 Logo o relevo um fator crucial para o tipo de tra ado pois O tipo de relevo decisivo para proje o do tra ado de uma estrada Isto significa que a condu o do tra ado relacionada s dimens es dos raios tra ado de rela o importante acentuadamente para estradas em relevos relativamente acidentados como por exemplo em montanhas DEC 2000 Elemento do Plano Elemento do Plano Elemento Geom trico Espacial Resultante Horizontal Vertical PETET ee N Plano Reta em plano Tese subida Reta em subida Reta em lomba Curva em plano Curva em colo Curva em lomba Fig 37 Concord ncia isolada dos elementos geom tricos entre o plano horizontal e o perfil longitudinal Fonte Adaptado de DEC 2000 P g 122 Fig 38 Concord ncia da estrada entre o plano horizontal e o perfil vertical Fonte DEC 2000 A presen a de obst culos topogr ficos obriga a que a estrada serpenteie em procura dos melhores locais para os transpor Ser desta forma ao analisarmos todo o trajeto que encontramos o grau de sinu
189. m a rocha encaixante e outras vezes sobre as forma es dominantes de car ter xisto grauvac ide repousam sobre estreitas e alongadas bandas de rochas quartz ticas O seu substrato constitu do essencialmente por xistos e grauvaques ante ordov dicicos pouco metarmorfizados muitas vezes j alterados e frequentemente atravessados por fil es de quartzo com v rias dire es e espessura vari vel ALEGRIA 1976 Destacam se ainda alguns afloramentos de quartzito entre as mais importantes as imponentes bancadas quartz ticos ordov cios enraizados e alcandorados nas suas extremidades bem individualizados pela eros o GIR O 1938 batizados pelos top nimos Crista do Espinhal 854m e Penedos de G is 1043 Localizam se algumas rochas intrusivas como o granito alcalino na vertente sul da serra nas imedia es dos Coentrais e mais para sul em Figueir dos Vinhos e em Pedrog o Em Vila Nova Miranda do Corvo e no limite setentrional da freguesia de Espinhal verificam se a presen a dos quartzodioritos A GIR O 1938 M ALEGRIA 1976 L LOUREN O 1996 G PEREIRA et al 2004 Os xistos Prec mbricos que constituem a serra da Lous imprimem 4 paisagem um fei o especial pois s o mic ceos e ferruginosos Dada a origem dos xistos rocha metam rfica formada a partir de argila podemos esperar um comportamento algo semelhante s outras rochas brandas A gua perdendo se por escorr ncia vai boleando
190. m que a escola coimbr desde sempre realizou viagens de estudo s serras do Centro de Portugal quer com os estudantes das diferentes disciplinas do curso quer no mbito de Congressos das quais cabe referir as organizadas pelo Centro de Estudos Geogr ficos por exemplo em 1994 Cordilheira Central Livro guia da Viagem B do IV Congresso da Geografia Portuguesa e mais recentemente em 2010 a do II Congresso Internacional e VI Encontro Nacional de Riscos Cordilheira Central serras da Lous A or e Estrela Cova da Beira e Beira interior com livros guia da autoria de L LOUREN O que tem publicados dezenas de trabalhos com refer ncias serra da Lous nas mais diversas reas hidrologia an lise da evolu o de vertentes processo de eros o riscos naturais e inc ndios florestais Salientamos um dos mais importantes que em 1987 L LOUREN O defendeu em provas de Doutoramento Serras de Xisto do centro de Portugal Contribui es para o seu conhecimento geomorfol gico e geo ecol gico P CARVALHO 2008 no seu estudo comtempla ainda soci logos historiadores e poetas que tamb m encontraram na serra da Lous motivos para a dedica o e realiza o de estudos Soci logos como P MONTEIRO que iniciou em 1979 uma investiga o sociol gica sobre a serra da Lous que em 1985 resultou na obra Terra que j foi Terra I DINIS e M MALTA publicaram em 2001 o artigo Da desvitaliza o da Serra da Lous
191. m que os inc ndios tendem a acontecer mais vezes onde h mais disponibilidade de combust vel onde este mais inflam vel e onde o comportamento do fogo ser mais din mico influenciado pelos declives Nesse sentido us mos os mapas de declives de uso do solo e de recorr ncia j apresentados que foram reclassificados e somados diretamente para darem origem a um novo mapa de suscetibilidades a partir do qual se pretendem identificar as reas criticas fig 50 E CHUVIECO et al 1997 P g 145 Mapa de Mapa de Mapa de Recorr ncia Declives Uso do Solo Recorr ncia Classe Graus Classe Uso do Solo Classe lt 1 Territ rios artificializados reas e agr colas e agroflorestais 1 1 6 Floresta abertas cortes e novas planta es 6 1 12 Floresta das Folhosas 12 1 26 Matos e Florestas Mistas gt 26 Floresta das Resinosas Y Mapa de Suscetibilidades reas criticas Fig 50 Organigrama metodol gico do mapa de suscetibilidades Verificamos ent o que a maior parte do territ rio na nossa rea de estudo se encontra em reas de suscetibilidade elevada ou superior fig 51 fortemente relacionadas com a serra quer em termos de uso do solo quer dos declives 10 Suscetibilidade reas criticas Limite rea de estudo E Reduzida BE moderada 7 Elevada BBB Muito Elevada E M xima Fig 51 Mapa de suscetibilidade de inc ndio florestal na serra da Lous P g 146 A classe de s
192. ma o Geogr ficos Sistema Integrado de Opera es e Socorro Servi o Municipal de Prote o Civil Servi o Nacional de Bombeiros e Prote o Civil Servi o Nacional de Prote o Civil Tempo Estimado de Desloca o Teatro de Opera es Ve culo Florestal de Combate ao Inc ndio Florestal Ve culo Ligeiro de Combate ao Inc ndio Florestal Vertente Meridional Ve culo Rural de Combate ao Inc ndio Vertente Setentrional P g 177
193. mbate de modo a que essa generosidade de traduza num combate eficaz e eficiente aos inc ndios florestais 2 3 Organiza o do Ataque Inicial O Decreto de Lei n 124 2006 de 28 de Junho alterado pelo alterado pelo Decreto Lei n 17 2009 de 14 de Janeiro estabeleceu as medidas e ac es estruturais e operacionais relativas preven o e prote o das florestas contra inc ndios a desenvolver no mbito do Sistema Nacional de Defesa da Floresta contra Inc ndios Este sistema assenta em tr s pilares fundamentais o primeiro relativo preven o estrutural o segundo referente vigil ncia detec o e fiscaliza o e o terceiro respeitante ao combate rescaldo e vigil ncia p s inc ndio e enquadra num modelo activo e estruturante duas dimens es de defesa que se complementam a defesa de pessoas e bens e a defesa da floresta Cada um destes pilares da responsabilidade de uma entidade pelo que compete I A Autoridade Florestal Nacional a coordena o das ac es de preven o estrutural nas vertentes de sensibiliza o planeamento organiza o do territ rio florestal silvicultura e infra estrutura o Il A Guarda Nacional Republicana a coordena o das ac es de preven o operacional relativas vertente da vigil ncia detec o e fiscaliza o HI A Autoridade Nacional de Protec o Civil a coordena o das a es de combate rescaldo e vigil ncia p s
194. mpos estimados de desloca o TEDsr aplicados ao ataque inicial aos inc ndios florestais Assim a par dos outros modelos referidos verificou se que o fator geom trico a curva que ao longo de um percurso nos traduz um ndice da sinuosidade rodovi ria tem influ ncia no tempo de desloca o Apesar de n o conseguirmos aplicar o modelo proposto s duas tipologias de ve culos pelos motivos anteriormente explicados demonstrou se que dentro das vari veis estudadas a dist ncia observada a diferen a de cotas e o tipo de piso s o fatores importantes na estima o do tempo de desloca o Se n o conseguimos prever o local onde a igni o vai ocorrer podemos e devemos estimar modelando cen rios da realidade quais os locais onde a sua deflagra o ter consequ ncias mais destrutivas de modo a que possamos mitigar os danos Uma vez que P g 153 cerca de 22 da rea de estudo ter uma resposta de primeira interven o com tempos iguais ou superiores a 20 minutos num territ rio em que cerca de 70 de suscetibilidades elevadas n o podemos combater apenas quando h fumo Onde que est a preven o A preven o tamb m se realiza atrav s da antecipa o no destacamento de meios de ataque inicial para locais estrat gico de pr posicionamento com base num estudo da sinuosidade rodovi ria dist ncia e velocidade reduzindo as dist ncias entre o quartel e as manchas florestais obtendo um menor tempo de respost
195. nc ndios Florestais DECIF que garanta em perman ncia a resposta operacional adequada e articulada em conformidade com os graus de gravidade e probabilidade de inc ndios florestais durante os per odos de perigo considerados atrav s da contratualiza o de Equipas de Combate a Inc ndios Florestais ECIN para assegurarem a primeira interven o O DECIF organiza se e funciona de forma distinta quer pela perman ncia do conjunto de for as bombeiros ECIN e meios escolhidos e destacados do conjunto das corpora es de bombeiros em conformidade com os fases de risco O Decreto de Lei 156 2004 de 30 de Junho definiu que o per odo de maior probabilidade de ocorr ncia de inc ndios florestais se centra entre os dias 1 de junho e 30 de setembro e define cinco fases de risco Fase ALFA oaae de 01 janeiro a 14 maio Fase BRAVO de 15 maio a 30 junho Fase CHARLIE de 01 julho a 30 setembro Fase DELTA de 01 outubro a 31 outubro Fase ECHO naiaiaee de 01 novembro a 31 dezembro O estado de prontid o normal ou de alerta especial definido pelo Comandante Nacional de Opera es de Socorro Apesar da organiza o do DECIF pretender ser flex vel e diferenciada face probabilidade ou hist rico das ocorr ncias previsibilidade de intensidade e suas consequ ncias bem como do grau necess rio de prontid o e mobiliza o das estruturas for as e unidades de prote o e socorro na pr
196. nibilidade de combust vel torna se um fator de risco quando as condi es atmosf ricas s o favor veis para que estas ardam BENTO GONCALVES et al 2010 1 3 1 Condi es atmosf ricas favor veis ocorr ncia de inc ndios florestais dadas as caracter sticas mediterr neas do clima portugu s um dos principais riscos que afeta hoje a vida das popula es mesmo em Montanha sem sombra de d vida o risco de inc ndio florestal L CUNHA 2003 A simbiose entre elevadas temperaturas falta de precipita o e secura do ar nos meses de Ver o geram nas regi es de montanha mediterr neas condi es favor veis ocorr ncia de inc ndios florestais um dos maiores problemas que sem sombra de duvida afeta a floresta portuguesa Muitos estudos cient ficos nesta rea t m comprovado que h uma estreita correla o n o s entre a eclos o e a consequente propaga o do inc ndio mas tamb m entre a ocorr ncia de grandes inc ndios florestais e determinados factores meteorol gicos tais como a temperatura e humidade relativa do ar rumo e velocidade do vento C SILVA amp L LOUREN O 1995 R GEIGER 1980 no seu manual de Microclimatologia refere que o clima de plan cie nada tem a ver com o clima de montanha mesmo que virtualmente cont guos Tamb m o clima de uma encosta virada a Norte diferente do clima de uma encosta virada a Sul mesmo que a dist ncia entre ambas n o exceda a centena d
197. njunto de a es operacionais standarizadas 2 3 2 Alerta e Alarme Depois de detetado e localizado o inc ndio florestal segue o despacho do CDOS para a Corpora o de Bombeiros ativando os meios de combate processo que n o dever ultrapassar os dois minutos Mas para qual quartel se d o despacho para ativar os meios Durante muitos anos o alarme era dado para a Corpora o de Bombeiros cuja localiza o do foco de inc ndio fosse da sua rea de Atua o Pr pria AAP conforme estabelecia a Portaria n 449 2001 de 5 de maio que no seu artigo 4 definia a AAP Cada corpo de bombeiros tem uma rea de actua o pr pria AAP pela qual respons vel que no caso dos corpos de bombeiros sapadores ou municipais corresponde rea total do respectivo munic pio Continua afirmando que As AAP dos corpos de bombeiros coincidem obrigatoriamente com a divis o administrativa do Pa s que segundo a CAOP os limites s o concelhos ou freguesias P g 93 Aqui pode estar um dos fatores que pode ajudar a explicar a dimens o das reas ardidas registadas no passado Sabendo que os Corpos de Bombeiros foram fundados devido vontade local e s o suportadas pelas quotas dessas mesmas popula es n o de estranhar que a sua atua o se prenda essencialmente com a salvaguarda dessas mesmas popula es e bens Assim apesar de poderem estar mais perto do foco de inc ndio do que a corpora o cuja rea de atua o d
198. ntido utilizaram se os valores de 45 Km h para as Estradas Nacionais 33km h para as Municipais e no caso das estradas florestais devido dificuldade em averiguar o seu estado de conserva o e por a sua maioria ser de terra batida utilizou se o valor m dio de 19km h valores que foram aplicados a estradas no plano horizontal ou seja tendo em conta a sua sinuosidade geometria Em sentido oposto elaborou se um valor m dio destas tr s velocidades utilizadas para a realiza o da an lise a rea em linha reta atrav s dos buffers A necessidade de utiliza o de um valor m dio prendeu se com a necessidade de que este traduzisse as diferentes hierarquias de vias que o buffer iria apanhar Verific mos que pela dist ncia a rea em linha reta toda a serra a nossa rea de estudo estaria coberta no tempo de 15min j que s uma rea minima a sudoeste se encontra a 20min fig 48 Contudo quando temos em conta as especificidades do tra ado a sua geometria o cen rio altera se fortemente Logo partida nota se a exist ncia de estradas que se encontram a mais de 20 minutos do quartel dos bombeiros tanto a nordeste como a sudoeste Estradas entre 15 e 20 minutos dos quart is tamb m ganham grande relev ncia O exemplo mais flagrante o da exist ncia de reas no munic pio de G is que em dist ncia a rea est o dentro do raio dos 5 minutos mas que pela estrada se situam entre 15 e 20minutos Deste modo a rea de cobert
199. ntir a prote o das pessoas do patrim nio da floresta e do ambiente bem como limitar mitigar as suas consequ ncias 1 3 2 Inc ndios Florestais na Serra da Lous Como vimos a hist ria at aqui contada das reas de montanha e em particular da serra da Lous consiste na desarticula o do mundo rural e dos seus modos de vida e na prolifera o da fileira florestal caracterizada por uma ind stria intensa de forte produ o florestal monoespec fica que se desenvolve sem uma estrat gia territorial que descaracteriza e empobrece estas reas outrora sustent veis e repletas de biodiversidade mas que agora quase se reduzem recorr ncia de inc ndios florestais Os concelhos da serra da Lous apresentam um territ rio cicatrizado pela ocorr ncia dos inc ndios florestais No per odo de 1975 a 2012 n o houve um nico ano com aus ncia de inc ndios florestais com 131 478 62 hec de floresta destru da A m dia anual de rea ardida durante este per odo foi de 3 460 hectares Tomando este valor como referencial podemos definir dois per odos de tempo um que vai desde o ano de 1975 at 1995 e o outro depois de 1995 Assim ap s o ano de 1975 verific mos a exist ncia de 3 anos de descanso 1976 1977 e 19 78 ou seja com valores das reas ardidas inferiores m dia Depois em 1979 o valor da rea ardida atingiu quase 6 000 hectares seguido depois de um novo ano de descanso 1980 Entretanto
200. nto LEE constituem pontos no territ rio onde se considera ptimo o posicionamento de unidades de 1 interven o garantindo o objectivo de m xima rapidez nessa interven o e secundariamente os objectivos de vigil ncia e dissuas o eficazes Guia T cnico PMDFCI 2012 Com os LEE pretende se otimizar o tempo da 1 interven o reduzindo a dist ncia entre os meios e o ponto de igni o Todas as fases de combate est o dependentes de qual o tempo da dete o do foco do alerta da ativa o dos meios e por fim da chegada destes ocorr ncia onde se inicia o ataque direto pelo que o destacamento dos meios ir potenciar todas estas fases e ainda resultar em preven o proactiva O Guia T cnico PMDFCI 2012 refere que cada concelho dever analisar as is cronas dos temos de desloca o de modo a que a instala o dos LEE entre outras condi es se localizem fora do raio de tempo de interven o de 20 minutos a partir dos locais de estacionamento das equipas de combate ou de 1 interven o j existentes quart is de bombeiros outros Guia T cnico PMDFCI 2012 Ora o raio estamos a falar de dist ncias a reas que como vimos dificilmente traduzem a realidade de quando o trajeto realizado por estrada No sentido de proceder ao destacamento de meios para os LEPP para al m da localiza o das reas que se encontram a mais de 20 minutos interessa nos saber quais as reas cr ticas aquelas e
201. o Nacional de Defesa da Floresta Contra Inc ndios PNDFCI publicado pela Resolu o do Conselho de Ministros n 65 2006 de 26 de Maio com o intuito de estabelecer uma estrat gia que visa a defini o de a es e de objetivos a prazo que possam diminuir a destrui o da floresta Portuguesa P g 79 O PNDFCI est organizado de forma hier rquica por interm dio de tr s tipos de planos desde o mbito Nacional ao Plano Distrital de Defesa da Floresta Contra Inc ndios PDDFCI e ao Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Inc ndios PMDFCI O Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Inc ndios tem por base cinco eixos estrat gicos de atua o Resolu o do Conselho de Ministros n 65 2006 de 26 de Maio 3513 I aumento da resili ncia do territ rio aos inc ndios florestais Il redu o da incid ncia de inc ndios HI melhoria da efic cia do ataque e da gest o dos inc ndios IV recuperar e reabilitar os ecossistemas V adapta o de uma estrutura org nica e funcional eficaz O PNDFCI realizado para dois per odos temporais foram definidos objetivos diferentes para cada um desses per odos 1 Entre 2006 e 2012 pretende se reduzir para menos de 150 o n mero de inc ndios com dura o superior a 24h e reduzir a rea ardida a menos de 100 mil hectares por ano 2 Entre o per odo 2012 2018 os objetivos propostos s o reduzir a rea ardida anual a 0 8 da superf cie florestal constitu da p
202. o a ler se Se existirem v rios corpos de bombeiros volunt rios no mesmo munic pio as diferentes reas de atua o correspondem a uma parcela que coincide em regra com uma ou mais freguesias cont guas Este Decreto Lei veio retirar a rigidez das reas de atua o e permitir que fossem ativados meios de combate das corpora es mais pr ximas sem que fosse necess rio o estabelecimento de acordos de ajuda m tua Anteriormente quando havia um foco de inc ndio arrancava a corpora o de bombeiros cuja rea de Atua o era da sua P g 95 responsabilidade hoje em dia v o meios das tr s corpora es mais pr ximas ocorr ncia equipas e brigadas que est o no terreno al m dos meios a reos O tempo outrora perdido entre a dete o e a ativa o dos meios de combate alicer ado com o tempo que medeia entre a igni o do foco de inc ndio e o tempo at sua dete o ou seja h quanto tempo est a arder conjugado com a rigidez das reas de Atua o em muito contribu ram para a destrui o de hectares da nossa floresta pois reinou o pensamento Se h algu m para al m da curva da estrada Esses que se preocupem com o que h para al m da curva da estrada Se n s tivermos que chegar l quando l chegarmos saberemos Por ora s sabemos que l n o estamos FERNANDO PESSOA 2 3 3 Ataque inicial Este estudo tem em considera o que o foco de inc ndio real que soou o alarme ou seja tod
203. o na segunda metade do s culo XIX deveu se ao forte desenvolvimento socioecon mico e crescimento demogr fico que fizeram aparecer novas necessidades que o Estado a seu tempo n o estava em condi es de as satisfazer Viviam se tempos pr speros mas longe do Welfare state devido s lacunas que o Estado n o conseguia resolver o que levou o Homem a associar se para constituir diversos tipos de organiza es para suprimir essas lacunas J MENDES 1999 J NOGUEIRA 1823 1858 foi um grande apologista da associa o em 1851 declara que Quisera que a associa o origem de maravilhas se estendesse a todas as classes da sociedade e principalmente queles que vivem do seu sal rio Em 1855 acrescentou Queremos a associa o e dela esperamos prof cuos resultados para todas as classes e mui principalmente para as oper rias mas queremo la livre espont nea nascida das conveni ncias individuais e n o das precis es da lei ou dos rigores do sistema No s culo XIX deu se a expans o do associativismo nos bombeiros Nos primeiros dez anos do s culo XX esta expans o continuou tendo se fundado 21 associa es e entre 1910 e 1929 foram criadas 95 associa es de bombeiros volunt rios 2 corpos de bombeiros municipais e 1 corpo de bombeiros privativo SANTOS 1995 in AMARO 2009 Nos anos 40 do s culo XX foram constru dos de raiz os primeiros quart is com instala es mais adequadas miss o dos bombeiros BR
204. oados aos bombeiros e ou adaptados para o efeito com as insufici ncias operacionais t picas de infraestruturas desajustadas devido sua conce o que eram denominados de esta o Com o tempo esta lacuna foi ultrapassada com a constru o de edif cios de raiz Na sua maioria apresentando condi es modestas vulgarmente designadas de corpora es da prov ncia mas que se tornaram pontos de refer ncia sendo interiorizados pelas popula es como algo muito seu consequ ncia l gica do movimento associativo da sociedade civil que presidiu funda o das institui es passando hoje em dia a ser aplicado o voc bulo quartel ou templos de paz conforme um dia algu m se lembrou de qualificar os quart is de bombeiros A funda o e distribui o geogr fica dos Corpos de Bombeiros obedeceu inicialmente a o esfor ada de pessoas unidas por interesses e ideais comuns das pr prias comunidades locais ou de algum nobre com a finalidade de acautelar essas popula es do concelho ou da rea abrangente do local de resid ncia Seguran a que lhes devida e constitucionalmente garantida pelo Estado mas que assume a forma de voluntariado dado por essas mesmas Associa es Posteriormente passou a haver a interven o de uma ou outra C mara Municipal por press o dos respons veis superiores dos bombeiros nos concelhos onde n o havia corpos de bombeiros G MOURA 2007 in A AMARO 2009 O sucesso destas associa
205. ol ticas sociais e ou militares foram re construindo ao longo do tempo uma malha vi ria condicionada por factores geogr ficos e pelos avan os t cnicos procurando responder a din micas territoriais sucessivamente mais complexas E PACHECO 2004 A MATOS 1980 refere que os elementos de ordem natural foram desenhando o tra ado das estradas de Portugal pelo menos at meados de oitocentos onde a rede de estradas se concentrava no litoral acompanhando e penetrando sempre que poss vel a rede fluvial naveg vel mas diluindo se nas zonas montanhosas do interior Estas regi es j de si d beis viam se isoladas pelos custos onerosos que a implementa o de uma estrada em montanha acarreta A serra da Lous ocupou uma posi o geogr fica semi perif rica em rela o aos principais eixos rodovi rios de circula o regional e nacional Anexo III e a moderniza o do seu sistema rodovi rio processou se de uma forma lenta M ALEGRIA 1990 in P CARVALHO 2008 A serra da Lous herdou uma heran a pesada devido aos seus constrangimentos estruturais onde est patenteado o isolamento com incid ncia secular transversal a toda a serra P CARVALHO 2008 A serra da Lous face aos condicionalismos geomorfol gicos a que esteve sujeita apresenta ainda nos dias de hoje grandes entraves implementa o de uma estrada Tendo em conta os meios t cnicos existentes data da sua abertura n o devemos estranhar que
206. ombate ligeiros ou pesados De facto os terrenos acidentados dificultam a desloca o em seguran a e o acesso aos locais onde os inc ndios come am reduzindo a efici ncia de uma primeira interven o que se quer r pida contribuindo para que um foco de inc ndio P g 152 nascente possa evoluir progredindo pelas vertentes declivosas e vales encaixados aumentado consideravelmente a rea ardida e onde o combate passa a ser mais dif cil podendo causar feridos e mesmo mortes Torna se crucial a modela o espacial de modo a obter se um profundo conhecimento das caracter sticas do territ rio incluindo o relevo uso do solo a rede vi ria para identificar as reas cr ticas de suscetibilidade elevada que conjugadas com as especificidades de cada ve culo de combate tornam poss vel a execu o de um planeamento capaz uma ex mia coordena o e o uso racional das for as existentes onde o destacamento dos meios terrestres de combate para locais estrat gicos de pr posicionamento assegurando tempos de desloca o inferiores a 20 minutos permitir um ataque inicial mais eficaz e em seguran a aos focos nascentes de modo a que a utiliza o destes recursos aproveite todas as suas potencialidades Se os meios terrestres de combate estiverem estagnados estacionados no mesmo local a esfera de cobertura atua o n o potenciada ou seja saindo do mesmo ponto de partida todos os meios ir o chegar com tempos muito aprox
207. ombeiros de Portugal RBP edi o de Maio Liga dos Bombeiros Portugueses CHUVIECO E SALAS F VEGA C 1997 Remote Sensing and GIS for Long Term Fire Risk Mapping Megafires project ENV CT96 0256 Alcala de Henares pp 91 108 CLAVERO Matias Poch 2012 Determinaci n de factor de sinuosidad para la estimaci n de tiempos por arcos a partir de un modelo de velocidades seg n tipo de carpeta de una red vial IV Jornadas de Latinoam rica y Caribe de gvSIG Cesciendo en Cominidad Montevideo 24 al 26 de Septiembre de 2012 CosTA Luis Belo 2008 A primeira interven o tem de ser profissionalizada Revista Alto Risco n 32 Lisboa pp 35 41 CRAVIDAO Fernanda 1989 Resid ncia Secund ria e Espa o Rural Duas aldeias da Serra da Lous Casal Novo e Talasmal Coimbra FLUC Estudos n 10 90 pp CRAVID O Fernanda 1990 Resid ncia secund ria e revitaliza o do espa o rural Apresentada no 5 Col quio Ib rico de Geografia L on Espanha Novembro CRAVIDAO Fernanda LOUREN O Luciano 1994 Cordilheira Central In Livro Guia das Excurs es do II Congresso da Geografia Portuguesa Coimbra APG IEG pp 37 62 CRUZ Arnaldo Jos R 2007 A miss o proteger as pessoas e o patrim nio Revista Alto Risco n 26 2 S rie Lisboa pp 32 39 CUNHA L cio 2003 A montanha do centro portugu s espa o de ref gio territ rio marginal e recurso para o desenvo
208. omo se desencadeia todo esse processo at ativa o dos meios de ataque inicial 2 3 1 Dete o dos inc ndios Florestais A primeira fase de combate aos inc ndios florestais come a com a sua dete o avistamento A dete o de um foco de inc ndio um fator determinante para o desenrolar de todas as restantes a es a partir da dete o e da forma como esta informa o chega aos centros operacionais que se desencadeiam todos os subsequentes procedimentos P g 91 desde logo a ativa o dos meios de combate A dete o portanto a primeira fase de combate R ALMEIDA 2007 O seu principal objetivo a redu o do tempo entre o in cio do inc ndio e a interven o dos meios necess rios para procederem ao seu controlo e extin o As condi es que permitem uma dete o r pida dos focos de inc ndios pressup em a exist ncia de uma estrutura complexa Tradicionalmente a vigil ncia da nossa floresta realizada com base em postos fixos de vigil ncia 236 em Portugal continental no ano de 2005 O sistema de dete o de focos de inc ndios em Portugal apresenta duas componentes uma fixa onde fazem parte toda a Rede Nacional de Postos de Vigia e uma m vel terrestre que fazem parte todas aos elementos das For as Armadas FA da GNR das C maras Municipais e Juntas de Freguesias dos Bombeiros Equipas de Sapadores Florestais e Brigadas do ICNF em alguns casos verificou se o recurso a pessoas contratadas pa
209. onal mas sem qualquer contacto entre elas elas ganhavam vida devido a determinadas lacunas espec ficas de cada local N o existia uma estrat gia nacional Como disse J NOGUEIRA Queremos a associa o mas queremo la livre espont nea nascida das conveni ncias individuais e n o das precis es da lei ou dos rigores do sistema Embora o autor se estivesse a relatar s v rios formas de associa o mas no que concerne aos corpos de bombeiros esta livre associa o sem uma estrat gia no nosso entender descentralizada com uma vis o de operacionalidade intermunicipal mas antes nascida das conveni ncias individuais levou a que estas fossem desajustadas s caracter sticas espec ficas de cada local mas pelo contr rio eram as dificuldades vivenciadas que faziam nascer as associa es embora sem uma perspetiva futura e sem uma an lise mais global do territ rio apenas era tido em conta na maioria dos casos a envolv ncia da rea de resid ncia Se numa primeira fase t nhamos os meios humanos e mec nicos no local os quart is dos bombeiros Excunitoria localizam se desde os tempos de antanho dentro das muralhas Familia Publica Corpo de Vigiles Gu t Royal e os Florestais De igual modo na atualidade devido ao associativismo sem uma estrat gia nacional eles encontram se dentro do tecido urbano consolidado ou n o Por outro lado antes havia uma descentraliza o operacional do comb
210. or povoamentos reduzir para menos de 75 o n mero de inc ndios ativos com dura o superior a 24h e diminuir para menos de 0 5 o n mero de reacendimentos O presente trabalho como assenta na redu o das reas ardidas visa contribuir para a execu o o eixo III principalmente na sua primeira parte melhoria da efic cia do ataque e do eixo II redu o da incid ncia de inc ndios O segundo eixo redu o das incid ncias dos inc ndios assenta em medidas de sensibiliza o e educa o das popula es na capacidade de dissuas o e fiscaliza o e melhoria do conhecimento das causas dos inc ndios De um modo geral podemos dizer que v a diminui o das reas ardidas pela diminui o das ocorr ncias Por sua vez a execu o do terceiro eixo mais complexa necess rio a defini o de a es que visam a articula o dos sistemas de vigil ncia e dete o com os meios de primeira interven o onde a melhoria das comunica es entre todos os agentes de prote o civil fundamental para reduzir o tempo que media entre a dete o e o alarme bem como para o refor o da capacidade de primeira interven o onde fatores como a mobilidade acessibilidade rapidez de interven o e capacidade de gua devidamente ajustados ao risco s o cruciais para o sucesso da primeira interven o crucial conhecer o territ rio e todas as suas condicionantes de modo a melhoramos a previs o
211. ora o Concelho Corpora o Miranda do AHBV de Miranda do Corvo Figueir dos Vinhos AHBV de Figueir dos Vinhos Corvo Destacamento de Semide Castanheira de Pera AHBV de Castanheira de Pera Lousi CMB da Lous Pedrog o Grande AHBV de Pedrog o Grande AHBV de Serpins AHBV de Gois G is Sec o de Alvares Penela AHBV de Penela A constitui o das diferentes corpora es de bombeiros e a implementa o dos seus respetivos quart is na serra da Lous foram realizadas com diferen as temporais devido necessidade comum de dotar as suas popula es com meios de combate a inc ndios florestais medida que os concelhos iam implementando os ent o servi os de salva o p blica iam se criando os respetivos Corpos Ativos de Bombeiros que com a aprova o dos seus estatutos passaram posteriormente a adquirir o t tulo de Associa es Humanit rias de Bombeiros Volunt rios exce o de Lous que um passou a Corpora o Municipal A dispers o das popula es pelo territ rio levou a que algumas destas corpora es criassem Sec es Destacadas como foi o caso de Semide em Miranda do Corvo e de Alvares em G is Por exemplo esta sec o dista aproximadamente 15 km da sede em linha reta mas por estrada essa dist ncia perfaz sensivelmente quase o dobro mais precisamente 28 km No munic pio da Lous al m do CMB existe uma AHBV em Serpins A cria o de sede pr pria quartel de cada
212. os Prim rio Secund rio Terci rio Prim rio Secund rio Terci rio Miranda do Corvo Lous G is Vertente Setentrional Penela Figueir dos Vinhos Castanheira de Pera Vertente Meridional Pedr g o Grande 7 R M dia Vertente Setentrional 6 8 4 2 10 9 3 5 9 9 13 4 M dia Vertente Meridional 10 2 5 2 15 4 2 5 8 7 11 2 M dia dos concelhos da 82 46 12 9 31 9 4 12 5 Serra da Lous Fonte Elabora o pr pria com base nos dados dos Censos de 1991 2001 2011 Nos tempos de antanho durante s culos o Homem fazia uma gest o racional do territ rio que derivada da necessidade de se alimentar e de dar alimento aos seus animais dom sticos sustentada num sistema de agro silvo pastoril com uma organiza o social complexa e hierarquizada e com um elevado grau de adapta o s condi es ambientais locais O territ rio estava sujeito a diferentes intensidades de explora o de modo a extrair os seus recursos mas dentro de um sistema sustent vel de interdepend ncia onde n o podia havia roturas A NUNES 2007 Como refere F CRAVID O 1994 semelhan a do que sucede em outras reas do pa s tamb m aqui se verifica uma progressiva terciariza o da popula o Trata se por m e quase sempre de terci rio inferior ligado frequentemente ao com rcio e servi os conectados com empresas locais No conjunto da popula o ativa a agricult
213. os xistos dando um cunho caracter stico paisagem M SERRA 1961 No extremo ocidental da Serra aparecem afloramentos quartz ticios do Ordov cico complicando ainda mais a geologia desta regi o S o testemunhos do dep sito que constitu a a Pen nsula Ib rica e que sofreu a a o de movimentos importantes realizados ap s a sedimenta o dos quartz ticos M SERRA 1961 A serra da Lous delimitada geomorfologicamente por duas falhas estruturais principais que permitiram o soerguimento do bloco a norte e a oeste pela falha da Lous e a sul pela falha de Cebola A nascente fechada pelas cristas quartz ticas dos penedos de Gois fig 4 P g 35 tg gre Es 10 Altitude m Limite da rea de estudo Crista quartzitica 0 50 EE 200 300 Es 500 750 Limite de concelho Limite vertente setentrional 50 100 300 400 750 1000 1747 Quartzito pp Limite vertente meridional EE 100 200 E 400 500 gt 1000 Fig 4 Mapa delimita o geomorfol gica da serra da Lous P g 36 1 1 3 Declives A serra da Lous ostenta linhas de cumeada entre 800 e 1 200 metros com declives acentuados originando encostas ngremes e vales muito encaixados por vezes dificilmente acess veis nas vertentes a Norte enquanto que a Sul s o mais suaves e onde mais se fazem sentir as influ ncias clim ticas mediterr neas Na parte Norte Noroeste na base da serra observamos reas mais plan
214. osidade dos percursos fig 39 Fig 39 Formas de sinuosidade rodovi ria de uma estrada A Tra ado retil neo aus ncia de sinuosidade horizontal B Tra ado com sinuosidade razo vel C Tra ado bastante sinuoso A sinuosidade rodovi ria calculada pela rela o diferencial entre a Dist ncia Observada DO e a Dist ncia Expect vel ideal a rea DE entre dois pontos Este indicador d nos assim a dist ncia que se encontra em excesso caso o segmento que unisse dois pontos fosse em linha reta logo pelo menor percurso Valores pr ximos a 1 0 indicam que a estrada tende a ser retil nea Se o valor da sinuosidade for igual a 1 5 significa que em m dia qualquer viagem efetuada por esse percurso tem uma extens o 50 superior ao caminho em linha reta fig 40 Uma estrada com um percurso fortemente acidentado como o caso de estradas que atravessam montanhas o ndice de sinuosidade pode mesmo ser igual a 4 V GOVAN 2012 P g 123 DO DE IS 100 00 100 00 1 00 100 00 90 00 1 11 100 00 80 00 1 25 100 00 70 00 1 43 100 00 66 50 1 50 100 00 60 00 1 67 100 00 50 00 2 00 100 00 40 00 2 50 100 00 30 00 3 33 100 00 25 00 4 00 100 00 20 00 5 00 Fig 40 Diagrama esquem tico representando aumento do ndice de sinuosidade com o aumento da curvatura de um percurso de uma determinada estrada Fonte Adaptado de P RAUTELA et al
215. ou um estudo em 2012 intitulado Determinaci n de factor de sinuosidad para la estimaci n de tiempos por arcos a partir de un modelo de velocidades seg n tipo de carpeta de una red vial onde estimou o tempo de resposta para uma Rede de Transportes P blicos com base na tipologia da via tipo de piso e sinuosidade da rede Como demonstrado mais frente no trabalho o ndice de sinuosidade a diferen a entre a dist ncia observada e a dist ncia ideal Foi com sustent culo nestes ltimos estudos que nos debru amos sobre a sinuosidade rodovi ria aplicando tais metodologias tem tica dos inc ndios florestais com os ajustes necess rios e sempre com o rigor Como teremos ensejo de ver ser algo de inovador pelo menos esse o nosso entender P g 26 Capitulo I Os espa os de montanha A desarticula o do mundo rural e o apogeu dos inc ndios florestais Encostado ao vale paralelamente ao rio h mais um amontoado de serranias que muitas vezes mudam de nome sem mudar de dorso e se alonga da Estrela Lous Chamam lhe a serra nada mais A MARTINS DE CARVALHO 1984 p 409 410 P g 27 As montanhas constituem espa os de excecional valor ambiental quer pela sua riqueza de formas patentes nas singularidades geomorfol gicas quer pela manuten o da biodiversidade marcada nas paisagens naturais de esp cies pouco comuns e pela integridade dos seus recursos e reservas G FERNANDES 2004
216. ovi rio 03 de Ago Aveiro BV Lourosa Inc ndio florestal Nov Porto Batalh o do Porto Inc ndio urbano 22 de Fev Aveiro Total de falecidos BV Lourosa Inc ndio florestal 26 de Mai Set bal BV Pinhal Novo Acidente rodovi rio 08 de Jul Santar m BV Minde Inc ndio florestal 11 de Jul Set bal BV Gr ndola Acidente rodovi rio 29 de Jul Aveiro BV Pampilhosa do Bot o Acidente rodovi rio 14 de Ago Aveiro BV Mealhada Doen a s bita 01 de Jul Total de falecidos BM Abrantes Inc ndio florestal 09 de Ago BV Figueir dos Vinhos Inc ndio florestal 15 de Set BV Coja Inc ndio florestal 21 de Set BV Coja Inc ndio florestal Total de falecidos BV Miranda do Douro Inc ndio florestal BV Miranda do Douro Inc ndio florestal BV Covilh Inc ndio florestal BV Alcabideche Inc ndio florestal BV Estoril Inc ndio florestal BV Carregal do Sal Inc ndio florestal BV Valen a do Minho Inc ndio florestal Total de falecidos Total de falecidos Fonte Adaptado de Revista Bombeiros de Portugal Maio 2012 P g 175 GCiniViAn tReet Rel Re RIL R LR LR LR LAL RL Rl Rl RL RL RIN RL RL RL RL RL RL rR PR OD RR TOR RR loO mapa AA AAP AE AFN AHBV ANPC APC ATA ATI AVATI BAL BM BSF CAOP CB CCB CCO CCOD CCS CCON CDOS
217. para o Ataque Inicial 3 1 Para socorrer primeiro preciso l chegar 3 2 Modela o da Velocidade 3 2 1 Proposta do TED Tempo Estimado de Desloca o para Ve culos de ATI Conclus o Bibliografia Indices P g 5 A serra corre de Nordeste a Sudoeste como imensur vel raiz de outra cordilheira rompesse longe do seu tronco Belo monstro de xisto e granito com a terra a encher lhe os ocos do esqueleto ondula sempre contorce se aqui alteia se acol abaixa se mais adiante para altear de novo num bote de serpente que quisesse morder o Sol Ao distender se forma altivos promont rios dos quais se pode interrogar o infinito e logo se ramifica que nem centopeia de pesadelo criando entre suas pernas tr gicos despenhadeiros e tortuosas ravinas onde nascem rios e as guas rumorejam eternamente FERREIRA DE CASTRO 1979 p 61 P g 7 Resumo Os espa os de montanha s o sem sombra de d vida um marco no territ rio nacional representando cerca de 20 do espa o continental P CARVALHO 2008 Dadas as caracter sticas mediterr neas do clima portugu s e as especificidades destes espa os os inc ndios florestais encontram nas reas de montanha o seu apogeu da a exist ncia de grandes reas ardidas A paisagem da rea de estudo a serra da Lous sofreu importante a o antr pica onde as florestas abertas e as reas de cortes ou de novas planta es representam 26 15 do uso do solo
218. pois devido s suas caracter sticas est o mais sujeitos a perdas de velocidade 3 1 1 Carater sticas dos ve culos terrestres de combate a inc ndios florestais Como qualquer interven o dos bombeiros independente da ocorr ncia implica a desloca o dos meios mec nicos pelo que necess rio tamb m analisar as suas caracter sticas No que concerne ao combate ao inc ndios florestais devido s igni es nem sempre se localizarem na junto s estradas ou nas suas proximidades os ve culos terrestres pr prios para esse combate t m de estar dotados de caracter sticas espec ficas desde as especifica es t cnicas de constru o integra o de mecanismos e dispositivos especiais que os tornem capazes de ultrapassar obst culos e atingir zonas inacess veis para um ve culo comum podendo mesmo em circunst ncias excecionais ter de abrir os seus pr prios trajetos ENB 2001 Naturalmente que a utiliza o de equipamentos espec ficos implica forma o espec fica de modo a que se tire o m ximo proveito das potencialidades oferecidas por estes ve culos pelo que a aquisi o deste tipo de aptid es s o uma forte arma n o s para P g 113 a redu o do n mero de mortes ou feridos mas tamb m para uma maior efic cia no combate aos inc ndios florestais Estamos a falar de ve culos com caracter sticas todo o terreno dotados de dispositivos e mecanismos concebidos para facilitar a progress o em terreno
219. r ncia e propaga o do fogo florestal na regi o Centro onde abordou entre outras Vari veis de ordem f sica e operacional maior altitude m xima e maior dist ncia ao quartel de bombeiros L LOUREN O et al 2001 P g 23 O mesmo estudo real ou que Os fatores f sicos podem tamb m contribuir de forma indireta para os inc ndios florestais Um excelente exemplo disso a forma como o relevo vigoroso e acidentado vai agravar o risco de inc ndio n o s porque ao proporcionar elevadas diferen as de altitude com declives consider veis mas tamb m porque imprime um tra ado sinuoso s estradas o qual condiciona a velocidade m xima de circula o rodovi ria aumentando o tempo necess rio para percorrer as distancias entre os quart is de bombeiros e os pontos mais afastados da sua esfera de atua o j de si longos mas a assumirem maior significado quando se trata de combate a inc ndios florestais e muito em especial do primeiro ataque a fogos nascentes L LOUREN O et al 2001 A orografia atrav s de fortes declives t pica das regi es de montanha que caracteriza bem esta rea de estudo coloca graves entraves ao combate aos inc ndios florestais devido sinuosidade que o sistema rodovi rio apresenta e que acarreta consequ ncias quer indiretamente na velocidade com que os meios de combate o conseguem percorrer quer diretamente no aumento da dist ncia entre o quartel dos bombei
220. ra com tempos de desloca o gt 20 minutos Ora como qualquer interven o dos Bombeiros para combate a inc ndios florestais implica necessariamente a desloca o de meios humanos e mec nicos abastecidos de gua para as reas florestais a qualidade dos acessos torna se um aspeto fundamental a ter em considera o Todavia nem sempre as estradas e caminhos florestais facilitam essa tarefa pois pela sua pr pria natureza apresentam dificuldades acrescidas para a progress o de homens e m quinas sinuosidade diferen as de cotas tipo de piso largura da via pelo que um dos objetivos do ataque inicial o de colocar no local do inc ndio o primeiro meio de interven o operacional at 20 minutos ap s o despacho est partida bastante condicionado nas reas de montanha o que dificulta que no mais curto espa o de tempo poss vel se possa projetar sobre o local de igni o a quantidade de gua necess ria e suficiente para a sua extin o por forma a evitar que o inc ndio assuma maiores propor es Para al m disso foi tamb m realizada uma avalia o do n vel de suscetibilidade no territ rio em estudo atrav s da pondera o e an lise dos tipos de uso do solo da reincid ncia de inc ndios e das classes de declives Verificou se que cerca de 68 das suas reas s o cr ticas suscetibilidade elevada muito elevada e m xima o que se reflete na necessidade de adequar a dispers o de meios de combate s carat
221. ra da Lous um mar de serras sobre serras F de SAMPAIO 1938 in A SOUTO 2006 sempre existiu como qual barreira comunica o ao crescimento econ mico e ao desenvolvimento generalizado das comunidades de aqu m e al m montanha Tal refletia se na vida rdua e de permanente labuta dos povos serranos na dificuldade de tirar da terra o seu sustento nas invernias cinzentas e g lidas nos caminhos sinuosos t o dif ceis de percorrer separando as suas comunidades de aqu m e al m montanha A SOUTO 2006 Numa breve resenha hist rica no ano de 1852 havia em Portugal apenas 218 km de estradas pavimentadas e s ent o a sua constru o tomou incremento O primeiro tro o de caminho de ferro entre Lisboa e o Carregado na extens o de 36 km foi inaugurado em 1856 Em 1993 a extens o total seria 3 513 km T FERREIRA 2007 O primeiro autom vel veio para Portugal em 1893 o que se pode considerar precoce escala europeia Em 1915 a rede de estradas compreendia j 13 000 km A Companhia Geral de Camionagem foi fundada em 1919 e gradualmente foi se evidenciando a maior flexibilidade do novo meio de transporte em rela o ao caminho de ferro cujo predom nio n o esteve em causa durante largos dec nios Em meados da d cada de 20 registou se significativo impulso na generaliza o do transporte autom vel e consequente constru o de estradas Em1952 a rede rodovi ria passou para 29 000 km e em 1980 para 34 000 km Em 19
222. ra o efeito quer em a es de preven o quer de vigil ncia e que podem ser incorporados em a es de combate L PITA et al 2005 O sistema de dete o tem assim duas componentes 1 Fixa 2 M vel 1 1 Postos de Vigia 2 1 Brigadas de vigil ncia e primeira interven o 1 2 C mara de Vigil ncia 2 2 Brigadas de investiga o de fogos florestais 1 3 Sensores fumos e ondas 2 3 Brigadas Aut rquicas de calor 2 4 GNR GIPS 1 4 2 5 Sapadores florestais 2 6 Volunt rios Jovens pela Floresta 2 7 Cidad os Populares Sendo a dete o um elemento chave no combate aos inc ndios florestais um dos fatores que condiciona a sua efic cia a proximidade dos agentes detetores ao local do inc ndio que nem sempre elevada o que por sua vez n o permite uma localiza o exata do ponto de igni o nem a elabora o de um relat rio imediato consistente com informa o atualizada sobre o inc ndio e a sua envolvente Assim a informa o que chega aos centros operacionais onde se tomam decis es s o geralmente feitas com base no conhecimento adquirido e da pr tica e da intui o do pr prio agente detetor A Rede Nacional de Postos de Vigia embora satisfat ria necessita de aumentar o seu n mero e de alguns ajustamentos geogr ficos pois a reas montanhosas da regi o Centro e Norte de Portugal devido s caracter sticas orogr ficas presentes que condicionam o grau de visibilidade destes postos
223. rande e Figueir dos Vinhos P CARVALHO 1998 2008 Assim se permitia a comunica o e a troca de mercadorias entre a vertente setentrional e a meridional A Catraia era um importante centro de neg cios e um ponto de passagem nas liga es entre o Z zere e o Mondego P CARVALHO 1998 2008 Contudo a liga o com a vertente sul da serra permanecia um pouco indefinida tal era a dificuldade em conseguir transp la A vertente sul da serra da Lous at aos confins de Pedrog o Grande e Figueir dos Vinhos continuava marcada pela fraca acessibilidade devido insufici ncia quantitativa e qualitativa de tra ados vi rios por causa da orografia acidentada marcada pelos altos relevos da extremidade ocidental da Cordilheira Central e pelo grande desn vel no contacto com as bacias da Lous Arganil P CARVALHO 1998 2008 Da a necessidade de uma nova estrada que ligasse estas duas comunidades outrora de costas voltadas e que fosse capaz de aproximar o litoral do interior Assim n o foi de estranhar que nos alvores dos anos 60 do s culo XIX se projetasse a constru o da estrada da Serra Lous Castanheira de Pera mas que s se iniciou mais tarde nos finais de 70 ou no alvor de 80 e por iniciativa dos homens da Castanheira no lado setentrional l avan ou os primeiros quil metros subindo a Serra em frente vila pela encosta da Alforeira lan ando se no interior da montanha atrav s de uma serpente por entre quil
224. randes limita es de solo e clima os baixos rendimentos o isolamento a escassez de servi os s o fatores que contribu ram historicamente para a sa da das suas gentes e consequentemente para a desarticula o da sua estrutura socioecon mica Estes aspetos s o agravados quando as montanhas se localizam em regi es interiores j elas com graves debilidades estruturais o que gera processos de migra o e de rotura com o sistema produtivo tradicional conduzindo para uma situa o de crise estrutural agravada simultaneamente pela sua fragilidade G FERNANDES 2004 Este abandono da vida rural do viver no e do campo levou a que muitos dos campos agr colas outrora cultivados fossem abandonados e consequentemente invadidos pela floresta circundante geralmente por matos e esp cies invasoras de crescimento r pido o que contribuiu para o aumento do risco de inc ndio florestal Citando L CUNHA 2003 dadas as caracter sticas mediterr neas do clima portugu s um dos principais riscos que afeta hoje a vida das popula es mesmo em Montanha sem sombra de d vida o risco de inc ndio florestal De facto ele est presente n o s porque existe uma altern ncia entre uma esta o chuvosa que permite uma elevada re produ o do coberto vegetal e consequente disponibilidade de biomassa combust vel e um alongado per odo seco e quente gt 3 meses que normalmente se inicia com a chegada do ver o e em que se geram cond
225. reguesia em que os pontos correspondem localiza o da igreja matriz da freguesia pelo que recorremos ao Google Earth para obter as coordenadas de localiza o dos pontos das localidades que atualizamos numa shapefile com a popula o residente 2011 Foram levantados 346 principais lugares que nos deram cera de 65 da popula o residente 34 777 hab Assim foi poss vel verificar que a popula o se aglomera nas cotas baixas inferiores a 400m situa o mais vis vel a Norte Nas altitudes mais elevadas temos pequenos focos de popula o que se encontram dispersos fig 7 P g 47 Legenda Popula o residente 2011 por Sede de Freguesia por principais lugares Limites Administrativos 100 500 e 0 10 Limite rea de estudo 501 1000 10 25 A Sede Concelhia HG 1001 2000 25 50 O 500 1000 Sede de Freguesia E 2001 4000 O 50 100 gt i gt gt 1000 Localidades 4000 O 100 250 O 250 500 Fig 9 Distribui o da popula o por lugares na serra da Lous em 2001 Fonte Elabora o pr pria com base nos dados dos Censos de 2011 Sabendo se que a maioria da dete o dos inc ndios florestais e respetivo alerta dado pelos populares ICNF 2012 o despovoamento das reas florestais traz graves consequ ncias para um combate atempado a focos de inc ndios nascentes Um outro aspeto a ter em conta a forma como se agrupam as casa que formam as diferentes povoa es Na Zona
226. rio de Urbanismo Transporte e Vias de Comunica o pela abertura interesse demonstrado e fornecimento de material did tico Ao Dr Fl vio Lopes pela ajuda nas an lises estat sticas Dr Sofia Bernardino pela apoio nas simula es dos percursos Doutora Sandra Oliveira por toda a ajuda e tradu es A minha esposa Marlene Ferreira por toda a for a apoio e perseveran a ao longo desta rdua caminhada que apesar do tempo roubado nunca deixou de acreditar Obrigado P g 3 Sum rio Introdu o rea de estudo Objetivos Objetivos gerais Objetivos espec ficos Metodologia Recolha de dados Trabalho de campo An lise estat stica e SIG Estado da arte Capitulo I Os espa os de montanha A desarticula o do mundo rural e o apogeu dos inc ndios florestais 1 1 Os espa os de montanha Breve apresenta o da Serra da Lous 1 2 A desarticula o do mundo rural 1 3 A problem tica dos inc ndios florestais 2 Capitulo II O Socorro em Portugal O caso particular dos inc ndios florestais 2 1 Evolu o hist rica e legislativa 2 2 Os Quart is dos Bombeiros localiza o e seus meios humanos e mec nicos 2 3 Organiza o do Ataque Inicial 2 4 A import ncia das estradas no combate aos inc ndios florestais 2 5 A efic cia da primeira interven o no combate aos inc ndios florestais 2 6 Bombeiros Falecidos em Servi o 3 Capitulo II Modela o Espacial dos Tempos Estimados de Desloca o
227. ritamente ligado evolu o da nossa esp cie Segundo A H WRIGHT et al 1982 h mais de 500 000 anos que o Homem utiliza o fogo sendo que nos ltimos 200 000 anos houve um grande aprendizagem sobre o uso do fogo Se verdade que nos prim rdios o uso do fogo foi um fator que influenciou positivamente o nosso desenvolvimento pois permitiu aquecer e cozinhar os alimentos facilitou a ca a a guerra a limpeza das matas e dos pastos e em que posteriormente as cinzas resultantes foram aproveitadas como fertilizantes de terrenos entre outros n o menos verdade que nos dias de hoje o uso exagerado do mesmo tem acarretado consequ ncias negativas quer para a manuten o da biodiversidade do planeta Terra quer para a seguran a do pr prio ser humano que atrav s de fogachos e queimadas que derivam para inc ndios florestais descontrolados t m colocado em perigo popula es e bravos homens que arriscam a vida ao combater o fogo Os inc ndios florestais n o s o um fen meno end mico pois n o est o restritos a um nico local no planeta Terra A sua ocorr ncia demonstra uma grande distribui o embora n o homog nea pelas diversas coordenadas do nosso planeta Temos relatos de grandes inc ndios florestais com efeitos calamitosos quer no Canad quer na Austr lia F FERREIRA LEITE et al 2012 De igual modo a Europa tamb m n o escapa ilesa a este fen meno apresentando um passado e presente com uma grande manife
228. ros e o foco de inc ndio bem como no d fice existente relativo ao grau de acessibilidades dentro destas reas de montanha nomeadamente aos espa os florestais A serra da Lous tem sido alvo de inspira o de v rios autores e dos diversos dom nios cient ficos e sociais desde a geografia pintura que ajudam a perceber esta rea de montanha e cria o de uma imagem muito pr pria deste ambiente serrano O contributo dos ge grafos tem sido mais ou menos cont nuo desde os anos 30 como refere P CARVALHO 2008 Exemplifica o autor com Ge grafos consagrados como Aristides de Amorim GIR O realizaram investiga es pertinentes nesta rea de montanha Em 1938 A GIR O publicou um artigo intitulado Aspectos Geol gicos e Geogr ficos da Serra da Lous Depois em trabalhos mais gerais continua a referir se serra da Lous em 1951 Uma Velha Descri o Geogr fica do Centro de Portugal e em 1955 Ac o do Homem e Morfologia do Solo Um outro nome sonante O RIBEIRO uma d cada depois deu o seu contributo ao entendimento do Centro de Portugal atrav s de um Livro Guia da Excurs o ao Centro de Portugal onde escreve algumas p ginas sobre os tra os geogr ficos da serra e bacia da Lous S DAVEAU com a colabora o de P BIROT e O RIBEIRO realizou uma s rie de estudos ligados geografia f sica em 1972 um estudo sobre a Evolu o geomorfol gica da bacia da Lous e um pouco mais tarde
229. rr ncias Patr cia CERDEIRA 2012 seguido de 2007 e 2013 que juntos t m quase metade das mortes Que tr gico cen rio 18 16 14 12 10 0 T E T i T T K T T T T T T T T i T 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Fig 28 Bombeiros falecidos em servi o durante o per odo de 2000 2013 Fonte dos dados P CERDEIRA 2012 P g 105 Nas causas de morte segundo a tipologia da ocorr ncia 38 bombeiros faleceram na sequ ncia de inc ndios florestais e 16 de acidentes de via o com viaturas de servi o Em ambas as situa es que juntas t m cerca de 70 das mortes dos bombeiros em servi o o elemento estrada um fator comum No caso dos acidentes rodovi rios a estrada por causa de curvas perigosas falta de visibilidade poder ter contribu do para o sinistro quer dos pr prios quer dos demais utentes da via J no segundo caso relativo aos inc ndios florestais n o sabemos se as mortes ocorreram durante o trajeto e a as curvaturas das estradas podem ter contribu do para o acidente ou j durante o combate Aqui no combate a estrada poder ter contribu do para o atraso na primeira interven o pelo que o combate torna se mais dif cil e perigoso No combate ampliado a estrada poder n o ter permitido vias escapat rias ou n o ter largura suficiente para o cruzamento de ve culos De acordo com os autor
230. rro uma componente aleat ria de y onde s o inclu dos todos os efeitos que n o s o poss veis explicar e que no nosso caso dizem respeito sinaliza o de tr nsito tr fego destreza e estado psicol gico do motorista etc Ap s estes c lculos que possibilitaram a cria o do modelo corremo lo para todos os segmentos dos dois percursos de amostragem N236 e M555 fazendo a extrapola o para todos os segmentos dos percursos com e sem amostras O objetivo foi o de obter os tempos de desloca o para cada segmento dos percursos de modo a calcular o tempo total de desloca o para cada um deles e confront los com os totais dos percursos levantados a quando da realiza o das amostras QUADRO XXIII P g 138 QUADRO XXIII Tempos de desloca o nos percursos N236 e M555 Percurso Trajeto N236 M555 Tipo de Ve culo VLCI VFCI VLCI VFCI Tempo de desloca o real 15 21 05 21 35 00 21 38 02 29 15 02 Tempo de desloca o no modelo 16 32 54 21 14 58 BEM TRIAS Como podemos observar o tempo do modelo na N236 aproximou se do tempo real do nosso levantamento tendo ficado essa diferen a dentro da margem de 10 a que nos propusemos ou seja dentro do intervalo de confian a de 90 que definimos Contudo na M555 os valores j n o ficaram dentro dessa margem de erro ainda que a diferen a do VLCI tivesse sido muito ligeira por meros 2 segundos n o se situou dentro da margem
231. s BV de Figueira de Castelo Rodrigo Inc ndio florestal 13 de Ago Portalegre BV de Castelo de Vide Inc ndio florestal 19 de Ago Porto BV de Valongo Salvamento de 2 vitimas 22 de Set Aveiro BV de Albergaria a Velha Despiste da ABTM contra pesado 27 de Ago Lisboa Total de falecidos BV Dafundo Miss o internacional 15 de Dez Viseu BV de Vila Nova de Paiva Colis o com viatura ligeira 13 de Jan Faro Total de falecidos BM de Faro Treino recuperador salvador 23 de Fev Coimbra BV de Soure Transporte de doentes 28 de Fev Coimbra CBS Coimbra Inc ndio florestal 01 de Mar Bragan a BV de Guimar es Inc ndio urbano 15 de Abr Porto BSB Porto Servi o interno 07 de Jul Porto BV Pa o de Sousa Inc ndio florestal 12 de Jul Coimbra BV Pampilhosa da Serra Inc ndio florestal 12 de Ago Aveiro BV Oliveira Azem is Inc ndio florestal 13 de Ago Vila Real BV Santa Marta Penagui o Inc ndio florestal 15 de Ago Bragan a BV Mogadouro Inc ndio florestal 19 de Ago Aveiro BV Oliveira de Azem is Inc ndio florestal 04 de Nov Coimbra BM Lous eS OLR Rel e RR Rl Rl Rl Re Ale e INi e DR gt RR e LR LR N m eR m Inc ndio florestal 01 de Jan Set bal Total de falecidos BV Set bal pi N Preven o 15 d
232. s quer quantifica o das reas ardidas Apesar da Regi o Norte apresentar um quantitativo mais elevado do n mero de ocorr ncias na Regi o Centro que a rea ardida se manifesta com maior significado pois apresenta os valores mais elevados Os seis distritos da Regi o Centro correspondentes a 1 3 dos distritos e a 31 da superf cie do Continente possuem 34 da rea florestal do nosso Pa s registaram 66 da rea queimada por inc ndios florestais em Portugal nestes 10 anos 1978 1987 valor que reflete bem a incid ncia de grandes fogos na floresta da Regi o Centro Incid ncia de grandes inc ndios tamb m comprovada pela superf cie m dia queimada por fogo que em Portugal durante este per odo foi de 17 5 hectares enquanto na Regi o Centro esse valor foi bem superior a essa m dia com 22 5 hectares ou seja mais de 5 hectares por fogo X VIEGAS e L LOUREN O 1989 Assim tais reas suscet veis n o s ocorr ncia dos inc ndios florestais mas tamb m por historicamente terem grandes reas ardidas encontram se desde h muito tempo suficientemente bem identificadas e localizadas como se traduz pelas seguintes cita es P g 22 As serras de xisto do Centro de Portugal s o todos os anos uma das reas mais afetadas por inc ndios florestais L LOUREN O 1988 Numa an lise regional verificamos que tamb m os valores da rea consumida em m dia em cada inc ndio floresta
233. s afirmar que a dimens o das reas ardidas dever estar relacionada com o declive Tal deve se ao comportamento din mico dos inc ndios florestais mas tamb m aos fortes entraves que os declives colocam desloca o das viaturas terrestres de combate a inc ndios e consequente redu o da efici ncia da operacionalidade da primeira interven o que se quer r pida M PEREIRA et al 2005 referem que os distritos costeiros costumam ter uma alta densidade populacional e possuem uma mistura complexa de v rios tipos de uso do solo com amplas adjac ncias entre as reas agr colas ou industriais e florestais uma caracter stica que respons vel por um grande n mero de igni es No entanto a fragmenta o da paisagem periurbana evita a ocorr ncia de grandes inc ndios facilita a sua dete o e a rede vi ria densa facilita um r pido ataque inicial e consequente extin o dos fogos nascente Isto ajuda a explicar o grande n mero de pequenos inc ndios nos distritos de Porto Braga Lisboa e Set bal pelo que a expectativa de rea queimada no momento da igni o tende a ser inferior a 1 hectare Por sua vez nos distritos da Regi o Centro e no interior de Portugal onde a topografia mais acidentada a paisagem dominada por extensas reas cont nuas de florestas e matos e a densidade populacional muito menor do que no litoral pelo que o reduzido n mero de igni es nestas reas despovoadas no entanto cap
234. s cont guas 2 Havendo no mesmo munic pio um corpo de bombeiros profissional ou misto e um ou mais corpos de bombeiros volunt rios a responsabilidade de actua o priorit ria e comando cabe ao corpo de bombeiros profissional ou quando este n o exista ao corpo de bombeiros misto sem preju zo de eventual primeira interven o de algum dos outros em benef cio da rapidez e prontid o do socorro 3 Fora dos casos previstos no n mero anterior havendo no mesmo munic pio v rios corpos de bombeiros volunt rios a responsabilidade de actua o priorit ria cabe ao corpo de bombeiros da respectiva rea de actua o ainda que exista interven o conjunta de outros corpos de bombeiros sem preju zo de eventual primeira interven o de algum dos outros em benef cio da rapidez e prontid o do socorro O presente decreto de lei em termos de terminologia fez cair a palavra Pr pria passando apenas a designar se de rea de Atua o Mas que em termos pr ticos no terreno a situa o manteve se Pelas restantes al neas podemos verificar que continuaram a existir reas de atua o sob a responsabilidade de cada Corpora o e que r gida pois est diretamente relacionada com os limites administrativos bem como com uma hierarquiza o na operacionalidade A grande mudan a ocorreu com o Decreto Lei n 248 2012 de 21 de novembro que veio alterar a al nea b do artigo 5 relativo s reas de Atua o passand
235. s criticas A an lise distribui o da popula o mostrou que o principal problema j n o se encontra no bloco central da serra mas sim nas suas bordaduras embora no concelho de G is esta popula o se situe no meio dos dois corpos de bombeiros enquanto que no caso do concelho da Lous a popula o se encontra distribu da ao longo das duas estradas que atravessam a serra A sudoeste existem tamb m algumas situa es na transi o do concelho de Miranda do Corvo para o de Penela com este a apresentar a sul grandes lacunas devido grande dist ncia entre estas reas e as corpora es de bombeiros mais pr ximas A miss o dos bombeiros salvar pessoas e bens Ser que estas pessoas sabem dos riscos que correm Saber o Estado Pagando estas pessoas os seus impostos n o ter o direito mesma seguran a e garantia de uma r pida interven o como a restante popula o A solu o passar irremediavelmente pela dispers o estrat gica dos meios pelo territ rio como media de preven o pro ativa O registo do passado indica nos que nestas reas de grande presen a de combust vel bastante inflam vel e pelas suas caracter sticas que potenciam o comportamento do fogo quando n o se consegue uma interven o atempada os inc ndios evoluem para dimens es consider veis Nestas condi es d o origem a novos focos de inc ndios colocando n cleos populacionais em risco que come am a congestionar as rede de tel
236. s de amostragem o que totaliza 65 amostras No entanto no terreno com curva atr s de curva n o se conseguiu levantar a totalidades das amostras propostas nas duas simula es e nem sempre se obteve a mesmo resultado por amostra para o par de ve culos mas n o houve possibilidade de repetir a simula o para as amostras em falta ou com resultados n o coincidentes Perfil Geom trico Amostras Valores Retas 11 IS 1 Retas com Ligeira Curva 2 IS 1 001 1 007 Curvas Ligeiras 8 IS 1 008 1 035 Curvas Apertadas 35 IS 1 036 1 490 Curvas Muito Apertadas 9 IS gt 1 500 Total 65 Perfil Longitudinal Amostras Valores Declives 9 Plano 14 Aclives 42 Total 65 N236 A C 12 848 39m Total de 36 amostras min seg mseg Tempo VLCI 600L 15 21 05 Tempo VFCI 3500L 21 35 00 M555 B C 12 807 31m Total de 29 amostras min seg mseg Tempo VLCI 600L 21 38 02 empo VFCI 3500L 29 15 02 Fig 45 Percursos e pontos de amostragem Os dois percursos foram realizados com um VLCI e um VFCI O objetivo era verificar o comportamento de cada uma destas tipologias de ve culos ao longo dos elementos geom tricos e do perfil longitudinal de modo a tentar determinar qual o ve culo mais apropriado para as reas de montanha ou para determinados perfis de estrada partindo do princ pio de que necess rio colocar os meios terrestres de combate no local de
237. s deparamos com uma miss o dif cil de conseguir desde logo pela sinuosidade rodovi ria e diferen a de cotas que ter o influ ncia na diretriz do tra ado contribuindo para uma geometria curva que afetar a velocidade base de circula o pelo que crucial analisar cuidadosamente os aspetos relacionados com a estrada P g 98 2 4 A import ncia das estradas no combate aos inc ndios florestais Partindo da premissa de que os inc ndios florestais apesar dos esfor os para evitar o seu in cio continuar o a ocorrer em quantidade consider vel devem ser adotadas medidas que visem n o s dificultar a sua propaga o mas tamb m que potenciem por meio do combate a sua extin o O combate aos inc ndios florestais implica a desloca o de meios at ao ponto de igni o Para combater um inc ndio florestal levando sua extin o primeiro necess rio colocar l meios de combate Desde os tempo de antanho que as bombas eram puxadas pelo homem depois por cavalos e hoje deram origem a motores destinados a estradas As estradas como refere G NARAY ANARAJ et al 2013 podem ser vistas numa dupla perspetiva Roads are a predominant feature across many forested landscapes and play a significant role in influencing wildfire ignition and cessation A exist ncia de elevados graus de acessibilidades possibilitam o acesso a esses espa os florestais por potenciais agentes de igni o como refere A SYPHARD et al 20
238. s dif ceis Em ltimo recurso utilizando os mecanismos com que se encontram dotados poder o abrir os seus pr prias caminhos evitando percursos muito agressivos ou inseguros quer para a equipa quer para a m quina considerando que nunca deve ser descurado o fator da seguran a Segundo o Despacho n 21638 2009 de 28 de Setembro de 2009 do Presidente da Autoridade Nacional de Prote o Civil Ve culo Florestal 0 ve culo a motor capaz de utilizar todos os tipos de vias p blicas bem como terrenos acidentados equipado com chassis todo o terreno da categoria 3 de acordo com a EN 1846 1 2 3 No Capitulo II dos ve culos na Sec o I Tipologia de Ve culos no artigo 3 refere que os ve culos dos Corpos de Bombeiros atendendo ao fim a que se destinam e natureza do equipamento que transportam classificam se em v rias tipologias sendo preponderantes para este estudo os denominados na al nea a de Ve culos de Socorro e Combate a Inc ndios O artigo 4 na al nea n mero 7 define os Ve culos de Socorro e Combate a Inc ndios como ve culos de primeira interven o equipados com bomba de inc ndio EN 1028 1 e 1028 2 tanque de gua e outros equipamentos necess rios para o salvamento e combate a inc ndios Como o presente estudo se centra no ataque inicial foram realizadas amostras dos ve culos de socorro e combate a inc ndios que t m as seguintes designa es de subtipologias segundo a al nea
239. s dos corpos de bombeiros posto que os meios humanos n o tinham forma o ajustada s respetivas miss es de combate na floresta nem tinham os meios de combate adequados Al m disso salvo raras exce es subsistia ainda o isolamento operacional entre os v rios corpos de bombeiros Ainda n o tinha sido criada uma estrutura org nica unificante globalizante de escala nacional que regulasse e produzisse a n vel operacional normas e procedimentos de natureza operacional conjunta SANTOS 1995 in A AMARO 2009 Instalou se a confus o nas Corpora es de Bombeiros Depois de instaurada a anarquia foram v rias as tentativas para reorganizar as for as e criar um sistema operacional eficaz que garantisse uma harmonia entre as diversas for as e agentes que pudesse resultar numa interven o eficaz em termos de prote o civil Com efeito em 1975 com o Decreto Lei n 78 75 de 22 de fevereiro tinha sido criado o Servi o Nacional de Prote o Civil SNPC ap s a extin o em 1974 da Defesa Civil do Territ rio Cinco anos passados a Lei n 10 79 criou o Servi o Nacional de Bombeiros SNB o que deu um car cter bic falo organiza o a Prote o Civil por um lado e os Bombeiros com os inc ndios florestais por outro lado al m de que os inc ndios florestais tamb m estavam sob a al ada da Comiss o Especializada de Fogos Florestais CNEFF criada atrav s da Resolu o do Conselho de Ministros de 23 de Abri
240. s os casos a chamada ser redirecionada para a Corpora o de Bombeiros cuja rea de atua o pr pria da sua responsabilidade perdendo mais tempo na ativa o dos meios sabendo que as chamas n o esperam Contudo devido aos cen rios tr gicos vividos anos ap s anos principalmente nos meses de ver o e em particular nas reas de montanha onde os inc ndios florestais assumem o seu apogeu as Corpora es de Bombeiros desses locais para assegurarem uma maior rea de cobertura seguran a das suas popula es e uma primeira interven o mais eficaz estabelecem acordos de ajuda m tua de modo a que como indica a al nea 7 do artigo 5 O corpo de bombeiros que recebe uma chamada de socorro para intervir em local de uma AAP adjacente sua do qual esteja mais pr ximo que o corpo de bombeiros competente desloca para esse local meios de primeira interven o e d conhecimento imediato ao corpo de bombeiros respons vel Contudo estes acordos s o realizados de livre vontade pelas corpora es em quest o n o s o obrigat rios Sabendo que em alguns casos tamb m existe rivalidades entre popula es picardias pol ticas mau relacionamento entre de comandantes etc O despovoamento vivido nas reas de montanha e as mudan as realizadas no estatuto do bombeiro fazem com que os quadros de ativos dessas corpora es sejam reduzidos e os pr prios meios terrestres de combate sejam escassos para darem resposta P g 94
241. s procederam ao ataque inicial mais f cil ser o controlo do inc ndio menor ser o risco de perdas humanas e a rea ardida ser m nima As estradas que num primeiro momento podem contribuir para a deflagra o dos inc ndios nos momentos seguintes atuam contra o inc ndio florestal por possibilitarem a desloca o dos meios de combate e por possibilitarem a exist ncia de locais que dificultam a passagem do fogo constituindo faixas de redu o de combust vel Assim na nossa opini o as estradas ser o sempre um fator positivo no combate aos inc ndios florestais Ser a dist ncia que os meios ter o de percorrer e a velocidade com que o conseguem fazer entre o local onde se encontram geralmente nos quart is e as manchas florestais que determinar em parte o grau de efic cia do ataque inicial aos P g 99 focos de inc ndios nascentes que consequentemente depende das caracter sticas das estradas pois s o elas que influenciam a dist ncia a percorrer bem como a velocidade de desloca o pelo que o tempo de viagem varia consoante as caracter sticas das estradas Como analisaremos mais frente a velocidade o fator crucial para avalia o do desempenho de uma estrada que pode ser analisado atrav s das suas carater sticas geom tricas reta e curvas no plano horizontal Na implementa o de uma estrada o tipo de relevo presente decisivo para proje o e implementa o do tra ado desejado Obviamente qu
242. s viaturas 20min crucial para o dom nio e extin o do foco de inc ndio As corpora es de bombeiros fazem soar o alarme e d se a sa da da Equipa de Primeira Interven o EPI que constitu da por 1 motorista mais 4 bombeiros sendo um destes o chefe de equipa A EPI entra para a viatura terrestre de combate com um dep sito atestado de gua entre 500L para o VLCI e 3500L para o VFCI e tem que percorrer todo um trajeto entre o quartel onde se encontrava estacionada a viatura e o foco de inc ndio dentro de uma mancha florestal Para a efic cia do ataque inicial a Diretiva Operacional Nacional n 2 DFCI 2012 refere que estes devem conseguir chegar ao local at 20min depois de acionados os meios Salta nos logo vista que em todo este processo o fator chave para a efic cia do Ataque inicial o fator tempo min que nos dado pela dist ncia que os bombeiros t m de percorrer entre o quartel e o foco de inc ndio bem como pela velocidade com que o conseguem fazer Quantelde Bombeiros Todo o tempo gasto anteriormente em todo este processo n o o conseguimos contabilizar pelo que os 20min dever o ser rigorosamente cumpridos Equipade ItenVviencao 4 Bomberos IMotonista Fig 27 As diversas fases de acionamento dos meios de combate aos inc ndios florestais Tendo presente as condicionantes f sicas de um espa o de montanha por excel ncia como a serra da Lous desde logo no
243. sas e o tr fego nas reas urbanas dificultam fortemente a mobilidade e a rapidez dos ve culos priorit rios necess rios para acudir aos locais da ocorr ncia o que implica uma adequa o da velocidade de condu o dos ve culos priorit rios mesmo em marcha de emerg ncia Em resposta a estas car ncias os bombeiros t m de se adaptar e aperfei oar as t cnicas de condu o de ve culos priorit rios para dar resposta s necessidades cada vez maiores que lhes s o solicitadas pela sociedade atual resposta que ter de ser dada sempre com seguran a rapidez e efic cia ep tetos que devem caracterizar qualquer atua o dos bombeiros Contudo al m dos elevados danos materiais n o s o infelizmente raros os casos de bombeiros e utentes transportadas que se transformam em feridos e mesmos em mortos devido a acidentes em estrada com ve culos priorit rios ou dentro do pr prio teatro de opera es no combate aos inc ndios florestais O que separa o quartel da ocorr ncia todo um trajeto tenebroso por caminhos sinuosos onde o resultado final tende a ser dram tico quando se trata de combate aos inc ndios florestais fig 28 QUADRO XVII e ANEXO IV No per odo de 2000 2013 foram contabilizadas 79 v timas mortais de bombeiros falecidos em servi o O que d quase de 6 mortes por ano O ano de 2005 foi aquele onde infelizmente se registaram mais mortes de bombeiros um ano em que arderam 325 000 mil hectares em 35 212 oco
244. seja do seu quartel Pela an lise das ruas verificamos que desde a sua primeira localiza o at aos dias de hoje que estes se encontram dentro da malha urbana logo a baixas altitudes QUADRO XIII e fig 25 QUADRO XIII CB por ano de funda o e cota de localiza o do respetivo Quartel CDOS Concelho Corpora o ano ue uta Fundacao m Comba Rinne doCoa AHBV de Miranda do Corvo 10 11 1946 104 Destacamento de Semide 01 06 2008 185 Coimbra Lous CMB da Lous 01 05 1904 173 AHBV de Serpins 11983 110 2 AHBV de Gois 14 09 1956 200 Sonate S Sec o de Alvares 11987 334 Coimbra Penela AHBV de Penela 19 07 1980 250 Leiria Figueir dos Vinhos AHBV de Figueir dos Vinhos 18 05 1935 431 Leiria Castanheira de Pera AHBV de Castanheira de Pera 04 06 1948 467 Leira Pedrog o Grande AHBV de Pedrog o Grande 17 071964 375 Fonte Inqu rito telef nico e webpage de cada corpora o Altitude Atlas do Ambiente P g 86 Limite de concelho Eleva es m Limite da rea de estudo 0 50 ES 200 300 500 750 50 100 HE 300 400 750 1000 EE 100 200 E 400 500 gt 1000 A Quartel de Bombeiros Estradas principais Fig 25 Mapa de localiza o dos quart is dos bombeiros As corpora es localizam se a baixas altitudes fig 25 sendo que as da vertente setentrional est o a uma altitude m dia de 194m e as da vertente meridional a 424m
245. sistema rodovi rio com a georreferencia o das principais estradas e caminhos que os Bombeiros t m de percorrer desde o quartel at s manchas florestais Esta vari vel assumiu a geometria de linha e foram lhe associados os seguintes atributos Concelho Sentidos Rua Nome Tipo de Piso Hierarquia da via Extens o P g 18 Ap s a cartografia desta vari vel executou se um conjunto de procedimentos metodol gicos e de an lises que entre outros permitiram calcular o ndice de sinuosidade a diferen a de cotas e os tempos de desloca o bem como definir reas de amostragem De seguida foi realizado um ensaio metodol gico para a modela o espacial de conceitos relacionados com os da sinuosidade do tra ado em termos geom tricos m sinuosidade horizontal e em termos de diferen a de cotas m sinuosidade vertical entre outros O intuito principal era o de desenvolver produtos cartogr ficos de apoio decis o de car cter operacional que permitissem ao centro de coordena o tomar decis es atempadas cred veis e fi veis para o uso racional dos recursos e a aloca o dos meios terrestres de acordo com a suscetibilidade do territ rio a inc ndios florestais o tempo previsto de resposta e as especifica es t cnicas dos meios mec nicos dispon veis Deste modo pretende se garantir uma operacionalidade eficiente e eficaz no combate a inc ndios florestais evitando a r pida evolu o e propag
246. spacho inicial O empenhamento adicional de meios a reos de ATI est dependente de autoriza o pr via do CNOS para as freguesias n o elencadas em INSTROP Instru es Operacionais do CNOS O ATI desenrola se de forma intensa com r pida progress o das equipas terrestres independentemente da sua titularidade e explorando todas as suas capacidades eventualmente apoiadas por meio a reo de ATI e equipa helitransportada quando aplic vel Esta a o termina quando o inc ndio for considerado dominado em resolu o pelo COS no local ou no momento em que o inc ndio passa a ATA nesta parte que o nosso estudo foi buscar inspira o e tenta contribuir para um melhor combate aos inc ndios florestais e redu o das reas ardidas P g 96 Depois de deflagrado detetado e localizado o foco de inc ndio o principal objetivo passa a ser o da coloca o dos meios terrestres de combate no ponto de igni o no mais curto espa o de tempo Como referido o ATI deve permitir colocar o primeiro meio de interven o operacional no in cio de um inc ndio at 20 vinte minutos Este aspeto depende da dist ncia que t m que percorrer entre a localiza o dos meios que salvo algumas exce es se encontram no quartel e a rea florestal onde se localiza o ponto de igni o Por outro lado o ATI desenrola se de forma intensa com r pida progress o das equipas terrestres aspeto que depende das caracter sti
247. sta o de ocorr ncias Contudo dentro do continente Europeu nos pa ses da bacia do Mediterr neo que o fen meno assume os seus valores mais elevados P g 20 As caracter sticas clim ticas mediterr neas s o prop cias ocorr ncia de inc ndios florestais em que os ver es apresentam normalmente temperaturas elevadas a precipita o reduzida a humidade do ar baixa a evapora o forte e a vegeta o devido secura estival apresenta se facilmente inflam vel assim se o desenvolvimento espont neo do fogo embora poss vel raro o seu desencadeamento na sequ ncia de trovoadas pode acontecer e o seu desencadeamento por a o humana criminosa ou n o frequente F REBELO 2003 15 Portugal como pertence aos pa ses do sul da Europa sofre de influ ncia do clima mediterr neo e com maior ou menor passividade habitu mo nos a assistir todos os anos destrui o de milhares de hectares de floresta consumida pelo fogo e altera o dos ecossistemas florestais L LOUREN O 1991 A NUNES et al 2013 De facto este fen meno despertou grande interesse junto da comunidade cient fica no sentido de se averiguarem as causas da sua ocorr ncia ou as suas propor es bem como de mitigar as suas consequ ncias sociais econ micas e ambientais adotando estrat gias de preven o eficazes e desenvolvendo a es de combate eficientes para reduzir as suas mal ficas ocorr ncias Em Portu
248. sto o servi o p blico florestal existe em Portugal como entidade aut noma desde 1824 ano em que criada a Administra o Florestal das Matas do Reino que em 1886 daria lugar aos Servi os Florestais do Minist rio da Agricultura Por isso cuidar da floresta e do bravio uma profiss o antiga Os profissionais que cuidavam da explora o da ca a e da madeira entre o s culo XIII e o princ pio do s c XIX eram chamados Monteiros das matas do reino Os Monteiros entendiam as matas como habitat da fauna cineg tica e como produtoras de lenha madeira e frutos pelo que as vigiavam e mantinham a ordem nos territ rios sobre a sua responsabilidade O reino Portugu s desde os tempos de antanho tinha homens florestais que cuidavam da floresta N o s da explora o da madeira mas tamb m da preven o e combate aos inc ndios florestais Eram conhecedores do seu territ rio quais agentes locais j que neles trabalhavam e cuidavam bem como no caso de combate a inc ndios florestais dominavam v rias t cnicas de combate com recurso a v rios meios manuais como a enxada a t cnicas mais evolu das como o contra fogo P g 75 S mais tarde no terceiro quartel do s culo XIX mais concretamente em 1868 que surge o associativismo em Portugal quando criada em Lisboa a Companhia de Volunt rios Bombeiros transformada em 1880 na Associa o de Bombeiros Volunt rios de Lisboa J MENDES 1999 O sucesso do associativism
249. ta A organiza o destas for as de combate foram evoluindo ao logo dos s culos e com ela as estrat gias de preven o e de combate embora de forma menos expressiva Na Europa foram se registando algumas evolu es no combate aos inc ndios Em Inglaterra em 1066 o Rei Guilherme o Conquistador introduziu medidas de preven o contra os inc ndios como o Curfew Bell o toque do sino para recolher Em Fran a mais propriamente em Paris o Rei Lu s IX instituiu a Gu t Royal Ronda Real para vigiar a cidade Em Portugal o Rei D Fernando 1367 1383 ficou com um lugar de destaque no que concerne hist ria dos bombeiros portugueses devido s medidas tomadas designadamente na Carta R gia de 12 de Setembro de 1383 onde se fala pela primeira vez da seguran a dos cidad os Para tal e semelhan a a outros pa ses da Europa foram nomeados quadrilheiros a quem competia zelar pela seguran a das popula es J NETO 2001 Mas foi com o rei D Jo o I Mestre de Aviz 1385 1433 que nasceu o belo documento que hoje admiramos e que nos permite classific lo como o primeiro entre os que de alguma forma puseram disposi o do pa s servi os organizados de preven o e combate ao flagelo dos inc ndios Nele instituiu que os calafates os carpinteiros e as mulheres munidos dos seus machados e c ntaros ou potes acudissem aos fogos R SILVA 1999 e J NETO 2001 Segundo o Decreto Lei n 159 2008 de 8 de Ago
250. taken not only to hamper their spread but also to enhance their rapid extinction through firefighting activities As such since any intervention of firefighters regarding forest fires implies inevitably the displacement of human and mechanical means to the forest areas with water available the quality of the roads and paths becomes a crucial aspect to consider Nevertheless the paved and forest roads do not always facilitate this task as they may present conditions that make it difficult for men and machines to move sinuosity differences of altitude type of cover material width As one of the objectives of the initial attack is to put the first operational mean vehicle of intervention at the fire location in less than 20 minutes this is rather difficult to achieve in mountain areas hindering the purpose of spraying enough water over the ignition spot in the shortest time possible in order to prevent fire spread and the occurrence of large burned areas Furthermore an assessment of the level of susceptibility to fires was also carried out in the study area by weighting and analyzing the types of land use fire re incidence and slope classes It was verified that around 68 of the area is critical high very high and maximum risk levels which reflects the need of adjusting the dispersion of firefighting means to the characteristics of the area The spatial modeling of these conditions is of utmost importance not only to identify the
251. tas da vida pol tica e econ mica E PACHECO 2004 Esta situa o levou a um incremento do sentimento de inseguran a nas reas de montanha junto das popula es rurais mais pr ximas ou at mesmo absorvidas pela mancha florestal pois as popula es embora relativamente acess veis encontram se isoladas e afastadas no caso dos inc ndios florestais dos quart is dos bombeiros em grande parte este sentimento de inseguran a que levou cria o das corpora es de bombeiros em certos locais de modo a garantir condi es para socorrer atempadamente essas popula es Ora como j foi visto anteriormente as estradas condicionam a forma das aglomera es da popula o e foram condicionadas pelo isolamento e pela dispers o da popula o nas zonas altas e baixas que veio aumentar as dist ncias que necessitam de serem percorridas para socorrer essas popula es ou seja os equipamentos est o nas reas baixas e h popula es nas reas altas que tamb m pagam impostos e t m o mesmo direito a uma primeira interven o r pida e eficaz Face a esta evolu o do sistema rodovi rio e no que concerne ao combate aos inc ndios florestais identific mos na nossa rea de estudo 5 Eixos Principais que permitem a liga o e a desloca o dos meios existentes nos Quart is de Bombeiros para as manchas florestais fig 12 P g 57 Yestacaments de Semide AHBV Serpins ka YF BV Mirandg do Corvo AHBV Penela
252. te organizada nem dotada de meios e t cnicas para o combate a inc ndios florestais em reas de montanha j que estes como nasceram para resolver lacunas da comunidade local estavam mais vocacionados para o combate aos inc ndios maioritariamente urbanos mas que viram os seus dom nios de atua o cresceram hoje condensado numa palavra sobre a terminologia de socorro Entenda se socorro em termos da legisla o em vigor como a actividade de car cter de emerg ncia de socorro s popula es desenvolvido em caso de inc ndios inunda es e de um modo geral em caso de acidentes de socorro a n ufragos de buscas subaqu ticas e de urg ncia pr hospitalar Portaria n 571 2008 de 3 de Julho Quem ainda n o estava dotado com pessoal t cnico qualificado viu os seus dom nios de atua o aumentarem o que proporcionou ainda mais confus o num sistema j de si baralhado com as constantes altera es a n vel organizativo das for as de combate o que tem contribu do para o aumento das reas ardidas exemplo disso s o os anos de 2003 e de 2005 em que ficou vis vel que o sistema de socorro do ainda SNPC n o funcionou A AMARO 2009 porque operacionalmente as estrat gias n o decorreram conforme delineadas e planeadas no papel Portugal n o estava preparado para o sucedido Ap s estas duas vagas de inc ndios 2003 e 2005 em que ardem mais de 750 000 hectares no pa s tornou se evidente a falta de articula
253. ticas para que conjugando as com o mapa anterior dos tempos de desloca o se verifique se est o ou n o cobertas por meios de ATI com tempos de chegada lt 20min de modo a que se possa fazer um uso racional dos meios terrestres existentes distribuindo os pelo territ rio em vez da sua concentra o j que o tempo de resposta ser sempre o mesmo para a mesma tipologia de ve culo Perante a situa o atual em que saem 3 meios das 3 corpora es mais pr ximas em triangula o de modo a que se possa ter um grande poder de gua com a dispers o distribui o estrat gicas dos meios manter se ia este poder de gua pois os 3 meios terrestres destacados mais pr ximos seriam ativados e assegurava se um menor tempo de resposta da primeira interven o Por outro lado ao estarem destacados dispersos no territ rio possibilitariam num primeiro momento o aumento da capacidade de dete o j que estas reas de montanha encontram se isoladas e com efetivos populacionais muito baixo e nalguns casos mesmo nulos Depois num segundo momento possibilitariam a diminui o do tempo que medeia entre a dete o e o acionamento do meio uma vez que poderia ser realizada pelo pr prios Face a quase 70 do territ rio ser de suscetibilidade elevada ou superior assume se facilmente que com a localiza o dos quart is na malha urbana e nas cotas baixas dificilmente os meios conseguir o cobrir a maioria destas reas dentro dos 20 min
254. tio existente entre a dist ncia real ou observada DO e a dist ncia ideal ou expect vel DE S SCHUMM 1962 C LAUDER et al 2001 B DoDOY et al 2004 M MARTINEZ 2005 N BAGHERI et al 2005 B GOMEZ et al 2006 P RAUTELA et al 2007 F BOANO et al 2006 A WARD et al 2008 H HUANG et al 2010 R KUMARA et al 2011 M P CLAVERO 2012 A sinuosidade rodovi ria pode ainda ser vista numa an lise geom trica isolada dos seus elementos reta ou curva fig 32 pois uma curva mesmo isolada sempre sinuosa pois aumenta a dist ncia entre dois pontos consoante o comprimento do seu raio ANA Fig 32 Elementos geom tricos do tra ado de uma estrada segundo o plano horizontal Fonte DEC 2000 Sendo o elemento curva aquele que no plano horizontal acarreta mais condicionantes negativas na velocidade o somat rio dos seus elementos e a sequ ncia destes ao longo de toda a extens o do percurso que vai ligar dois pontos A B ser sempre da maior relev ncia A melhor forma de liga o entre dois pontos A B por meio de uma estrada atrav s de um segmento reto Contudo tal s seria poss vel se n o houver entre esses dois pontos a presen a de obst culos que obriguem o tra ado a desviar se da sua diretriz principal P g 119 Com efeito as regi es topograficamente elevadas apresentam caracter sticas desfavor veis implementa o de um sistema rodovi rio retil neo Nestas reas facilm
255. to Na presen a de declives muito acentuados ou mesmo de desfiladeiros um inc ndio pode acelerar continuamente desde o sop at linda de cumeada atingindo velocidades muito elevadas 5 6 km h Este efeito designado por eruptivo A partir de 30 de declive a rela o do declive com a velocidade quase exponencial pelo que deve ser dada especial aten o a declives superiores a este valor X VIEGAS 2006 MCARTHUR 1968 in B BUTLER et al 2007 sugere que os declives podem afetar significativamente a taxa de propaga o do inc ndio especialmente imediatamente a seguir sua igni o Ele sugere que quando comparado com terreno plano a taxa de propaga o da frente de fogo vai aumentar duas vezes quando os declives forem de 10 e quatro vezes quando passam a 20 Deste modo fundamental que o ataque inicial a focos de inc ndios nascentes seja eficiente para n o deixar que um ponto de igni o evolua para um foco de inc ndio maduro com uma grande frente de fogo e focos secund rios Para tal deve dar se especial aten o a locais com fortes declives M CARMO et al 2011 pelo que dever o ser alvo de estrat gias espec ficas porque necessitam de uma resposta de interven o ainda mais r pida que a habitual n o s pela velocidade de propaga o dos inc ndios em fortes declives mas tamb m pela sinuosidade rodovi ria que assume o seu apogeu nos espa os de montanha e que tem implica es na dist nc
256. to de Engenharia e Mec nica de Fluidos da Faculdade de Ci ncias e Tecnologia da Universidade de Coimbra tamb m realizava estudos sobre fogos florestais e em 1988 organizou as I Jornadas Cient ficas sobre Inc ndios Florestais onde entre outros autores L LOUREN O BENTO GON ALVES e H SOARES apresentaram uma comunica o sobre a Distribui o espacial dos inc ndios florestais no Centro de Portugal no per odo de 1983 a 1987 Contribui o para um mapa de risco de inc ndio Florestais O sucesso destes estudos e destes encontros rapidamente deram origem a congressos internacionais pelo que em 1990 teve lugar a primeira International Conference on Forest Fire Research onde foram apresentados v rios estudos de P g 21 diversos n cleos de investiga o nacionais e internacionais destacando um outro estudo da escola de Coimbra de Z GON ALVES e L LOUREN O Meteorological index of forest fire risk in the Portuguese mainland territory F REBELO 2005 A escola geogr fica de Coimbra foi ganhando merecidamente nome e sendo convidada a participar em congressos em v rios locais bem como a publicar os estudos em livros e revista de renome O reconhecimento da import ncia da investiga o cient fica da escola de Coimbra sobre os inc ndios florestais teve o seu apogeu em 1994 com dois debates Fogos Florestais e O futuro da Floresta Portuguesa e o seu enquadramento internacional no mbito da Pres
257. tos e matos Hectares 2001 2002 2003 2005 f 202 J Ha Ha H Ha Hal Grandes 100 1000 954 41 5531 55 31 09 2435 80 9935 06 Inc ndios gt 1000 0 11 697 09 13 439 39 2345 7 1 130 70 17 793 55 2836 16 24 885 40 Fora Periodo Critico 3 399 43 6 724 94 Dentro do Per odo Critico 84 340 14394 12 15 999 38 Fonte Elabora o pr pria com dados do ICNF Com efeito a operacionalidade e a efic cia da primeira interven o s o sempre de extrema import ncia nunca podendo ser descuradas Como vimos uma s ocorr ncia pode transformar um ano de grande mestria no combate aos inc ndios num o ano negro na defesa da floresta contra inc ndios florestais Deste modo o Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Inc ndios Florestais que se assume como um documento base para a elabora o dos Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Inc ndios Florestais deve contemplar uma estrat gia poss vel de ser ajustada territorialmente s especificidades de cada local bem como temporalmente deve ser assegurada em perman ncia uma prontid o de homens e meios que viabilizem uma primeira interven o atempada s ocorr ncias O sistema de voluntariado da maioria das nossas Corpora es de Bombeiros tem se traduzido num n mero reduzido de quadro de ativos pois tornou se pouco atrativo ser bombeiro onde planear turnos uma tarefa quase imposs
258. tou se por realizar dois percursos de categorias diferentes uma estrada Nacional N236 e uma estrada Municipal e Florestal M555 com aproximadamente 12 800 00m cada um por na Lous existir um Corpo de Bombeiros Municipais Nesse sentido contactamos o Vereador da Prote o Civil da Lous Eng Ricardo Emanuel Fernandes que autorizou o pedido para realizar estes dois percursos N236 e M555 com dois carros VLCI e VFCI tendo solicitado ao Comandante dos Bombeiros Municipais da Lous Dr Jo o Melo que connosco providenciasse a melhor articula o salvaguardando sempre os crit rios de operacionalidade do Corpo dos Bombeiros Ap s contacto com o Dr Jo o Melo que gentilmente nos recebeu estes percursos foram realizados nos dias 19 de outubro de 2011 e 5 de julho de 2012 Assim foram realizadas simula es em dias de sol e com o piso seco Deste modo a primeira simula o P g 132 foi realizada fora do per odo cr tico e a segunda dentro do per odo cr tico dos inc ndios florestais embora n o se verificaram diferen as significativas nos tempos das amostras pois a estrada n o mudou Ao longo de dois percursos N236 e M555 no plano geom trico foram tiradas amostras de 13 segmentos retos e ligeiramente curvos e 52 curvas diferentes J ao n vel do perfil longitudinal foram efetuadas amostras em 14 segmentos planos 9 descidas e 42 subidas fig 45 Na N236 foram totalizadas 36 pontos de amostragem e no M555 29 ponto
259. tre as chamas onde n o necess rio o carregamento de mangueiras e permite o combate em locais de dif cil acesso quer de homens ve culos e equipamento e com a gua A disponibilidade de gua principalmente em reas de montanha diminuta ou rara principalmente nos meses do per odo cr tico de inc ndios e mesmo quando existem pontos de gua artificias esta rede n o apropriada para abastecimento dos meios terrestres em situa es de Ataque Inicial Por outro lado alguns destes pontos de gua s o privados pelo que s o regularmente utilizados para a rega dos campos agr colas o que faz com que na poca estival se encontram vazios Por estas e outras raz es de natureza pr tica em termos operacionais a gua tem de ser transportada at ao ponto de igni o nos tanques de armazenamento com que os ve culos terrestres de combate a inc ndios florestais se encontram equipados pelo que as caracter sticas dos ve culos terrestres de combate aos inc ndios florestais que possibilitam o transporte de tanques de gua pelas estradas em reas de montanha condicionam o combate aos inc ndios florestais A estrada assim um fator preponderante na efic cia do combate aos inc ndios florestais pelo que dever ser minuciosamente analisada sob dois pontos de vista a velocidade e a dist ncia que podem ser englobadas num conceito mais alargado o da sinuosidade proposto que influ ncia o tempo de desloca o nestes ve culos
260. tre o Maci o Antigo e a Orla Mesoz ica Ocidental uma regi o retalhada por forma es das mais diversas idades imprimindo ao territ rio uma morfologia bastante variada Os picos agrestes das forma es quartz ticas contrastam com as lombas arredondadas da serra xistosa M SERRA 1961 A diferente constitui o geol gica dos terrenos tem um papel important ssimo no modelado da crusta terrestre condicionado pelo maior ou menor grau de dureza das rochas que vai determinar o comportamento das mesmas face aos movimentos tect nicos e aos agentes erosivos a sua maior ou menor permeabilidade do conjunto de todos estes fatores que a superf cie terrestre apresenta as suas formas contrastando entre montanhas e plan cies planaltos e depress es M SERRA 1961 Nos pontos que se seguem fazemos uma caracteriza o de cunho geogr fico da rea de estudo em algumas das suas vertentes que achamos mais pertinentes para este trabalho N o pretendemos demonstrar a forma o da serra e a sua evolu o pois estes relevos correspondem a um horst complexo em que a sua forma o e delimita o n o se confina apenas em crit rios topogr ficos e litol gicos mas principalmente sobre aspetos da a o das for as tect nicas durante sucessivas orogenias L LOUREN O 1996 Por isso as serras da Cordilheira Central de Portugal t m sido desde h milh es de anos palco de epis dios espetaculares uns mais que os outros mas todos prot
261. turais e tecnol gicos Faculdade de Ci ncias e Tecnologia Departamento de Engenharia Mec nica Universidade de Coimbra MARTINEZ Maur lio 2005 Aplica o de par metros morfom tricos de drenagem na bacia do rio Pirap o perfil longitudinal Universidade Estadual de Maring MATOS Artur Teodoro 1980 Transportes e Comunica es em Portugal A ores e Madeira 1750 1850 vol 1 Ponta Delgada Universidade dos A ores 1980 p 478 MCARTHUR A G 1968 Fire Behaviour in Eucalypt Forests Leaflet No 107 Ninth Commonwealth Forestry Conference India MCLEAN J 1981 Driver Speed Behaviour and Rural Road Alignment Design Traffic Engineering and Control n 22 pp 208 211 MELO P LoBo A COUTO A e RODRIGUES C M 2012 Road Cross Section Width and Free Flow Speed in Two Lane Rural Highways Transportation Research Record in press Pag 162 MENDES Jos Armando 1999 Hist ria das Organiza es Associa es e Corpos de Bombeiros Atas do I Encontro Nacional sobre a Hist ria dos Bombeiros Portugueses Sintra MENDES Jos Manuel SILVA Hirondina SILVA Jo o FRETAS Francisco 2008 Caracteriza o sociogr fica das institui es de emerg ncia e socorro e percep o do risco no Distrito de Coimbra Centro de Estudos Sociais Laborat rio Associado Faculdade de Economi da Universidade de Coimbra MISAGHI P e HASSAN Y 2005 Modeling Operating Speed and Spe
262. ue a condicionam e cuja diminui o potenciada quando as reservas de gua do solo estiverem quase esgotadas como sucede no final do ver o pelo que se torna pertinente analisar as condicionantes clim ticas na rea em estudo tendo em conta as suas potenciais implica es para a ocorr ncia de inc ndios florestais Das doze esta es meteorol gicas implementadas na serra da Lous ANEXO ID nenhuma tem informa o atualizada por se se encontrarem ao abandono sem manuten o Foram realizados contactos com algumas das c maras municipais e associa es florestais no entanto nenhuma delas tinha dados atualizados nem fazia a manuten o aos equipamentos Assim a maior parte destas esta es tinha apenas dados est veis e fi veis entre os anos de 1965 e 1980 Depois deste ano os dados possuem muitas lacunas e s ries incompletas Por este motivo foi utilizada a esta o meteorol gica do IGUC Instituto Geof sico da Universidade de Coimbra como base de an lise clim tica apesar da sua maior dist ncia rea de estudo Em rela o distribui o anual da temperatura e da precipita o m dias anuais no per odo 1970 2010 verifica se uma variabilidade inter anual significativa para ambos os par metros com um ligeiro aumento da temperatura m dia anual fig 18 Por sua vez os totais de precipita o mostram grandes varia es entre os v rios anos com 2004 e 2005 a apresentarem os valores mais baixos enquanto q
263. ue abruptamente dos 200m fig 4 colocando um forte entrave desloca o dos meios terrestres de combate principalmente a norte e que condiciona fortemente a implementa o de um sistema rodovi rio retil neo 1 1 4 Uso do Solo Sendo o clima um elemento chave para a deflagra o e propaga o dos inc ndios florestais R GEIGER 1980 in C SILVA e L LOUREN O 1995 demonstrou que o clima do bosque varia em fun o das esp cies florestais da densidade do seu escalonamento vertical Sendo assim na an lise do risco de inc ndio florestal para al m da an lise das vari veis clim ticas e topogr ficas torna se necess rio englobar o uso do solo com real destaque para o tipo da floresta e o meio natural ou seminatural em que est inserida de modo a que se possam identificar as reas criticas que necessitam de um ATI mais r pido para que se debelem os focos de inc ndios sua nascen a de modo a que a sua extin o seja mais f cil e antes que atinjam grandes propor es e obriguem a uma interven o mais musculada As recentes mudan as no uso do solo verificadas nos pa ses desenvolvidos com o abandono das pr ticas rurais tradicionais implicaram o aumento de acumula o de combust vel que levou a inc ndios mais severos e intensos tal como nos dizem CHUVIECO amp AGUADO 2010 Recent changes in land use management in developed countries with an increasing abandonment of traditional rural practices
264. ue o ano de 1977 apresentou o quantitativo mais elevado seguido pelo de 1978 e depois pelos de 1996 e 1997 P mm T 2C 1600 18 1400 r 16 12 1000 F 10 800 8 600 H F6 400 La 200 II Lo oo as hr LST ASL SL E SAL SPCR US IS RP SA A CR 0 da x oa a 32 SOD para RR KR D A 6 a Ba aoa a ao a aa DAD a aa S aa a aa a aa aaa q aa EM Precipita o M dia Anual mm Temperatura M dia Anual C Fig 18 Varia o termopluviom trica anual em Coimbra de 1971 2010 Fonte Elabora o pr pria com base em dados do IGUC 1200 1973 1975 gy 1976 RR 1977 1980 Sess 1981 1983 SS 1986 TRE 1990 RN 1992 M 1993 1994 1995 A an lise da temperatura e da precipita o m dias mensais nas proximidades da serra da Lous Coimbra e no per odo 1971 2000 permitiu verificar a exist ncia de dois meses secos quando a precipita o em mm ultrapassa o dobro da temperatura em C correspondentes a Julho e Agosto A m dia da temperatura manteve se acima de 15 C entre Maio e Outubro enquanto que a precipita o foi mais elevada entre Novembro e P g 63 Fevereiro O m s de Mar o denotou uma descida acentuada dos valores da precipita o que voltou a aumentar nos dois meses seguintes fig 19 No entanto s o as condi es meteorol gicas de momento que ditam as condi es em que o inc ndio eclode e vai evoluir pelo q
265. ue o conhecimento da evolu o hor ria da temperatura e da humidade relativa do ar crucial para minimizar as consequ ncias dos inc ndios 1 LOUREN O 1992 pois quando elas s o mais cr ticas podem desencadear o pr posicionamento de meios P mm T 2C 140 120 100 4 80 4 40 60 4 F 30 40 20 20 4 10 04 r T T E T H r T 0 Jun Jul Ago S Jan Fev Mar Abril Mai et Out Nov Dez m Precipita o m dia mensal Temperatura m dia mensal Fig 19 Diagrama termopluviom trico de Coimbra referente a 1971 2000 Fonte Elabora o pr pria com base em dados do IGUC De facto a influ ncia da meteorologia na ocorr ncia de inc ndios pode assumir diversas formas por um lado valores elevados de precipita o nas esta es antes do Ver o resultam na acumula o de combust vel que estar dispon vel para arder na esta o mais seca quando os valores de precipita o s o baixos e as temperaturas elevadas Por outro lado baixos valores de precipita o anual resultam em situa es de seca e afetam as reservas de gua no solo que por sua vez afetam o teor de humidade dos combust veis A an lise da variabilidade mensal e anual destes par metros permite desta forma compreender melhor a rela o entre a ocorr ncia de inc ndios e as condi es meteorol gicas Para al m disso importa considerar os efeitos das condi es clim ticas e dos tipos de tempo no desenvolvimento do co
266. ura em que cada quartel de bombeiros consegue atuar dentro dos 20 minutos e dos outros locais que ficam fora desta esfera de atua o atempada vari vel de concelho para concelho fig 49 com cerca de 10 das estradas a situarem se a mais de 20 minutos de desloca o QUADRO XXV P g 143 Dist ncia min Limite da rea estudo a A rea Real Limites administrativos 33Km h estrada Gi Quartel dos Bombeiros 8 0 5 5 10 O wx 15 20 gt 20 Fig 49 Tempos de desloca o por via a rea e por estrada P g 144 QUADRO XXV Tempos de desloca o Tempos de desloca o Extens o de estrada m 0 Smin 199 159 04 27 20 5 10 min 226 047 85 30 88 78 17 10 15 min 147 089 36 20 09 15 20 min 87 476 20 11 95 21 83 gt 20 min 72 320 45 9 88 732 092 91 100 00 Com efeito apesar de muito se poder ganhar com o destacamento e a antecipa o dos meios de ATI para Locais Estrat gicos de Pr Posicionamento LEPP a DON n 2 de 2014 refere que antecipa o dos meios efetuada ordem do respetivo CDOS quando declarado o estado de alerta do SIOPS de n vel amarelo ou superior e em concord ncia com o previsto no PLANOP distrital no Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Inc ndios PMDFCI e no Plano Operacional Municipal POM o que infelizmente dificilmente acontece Os locais estrat gicos de estacioname
267. ura silvicultura t m vindo a perder progressivamente import ncia Como vimos e semelhan a da maioria dos munic pios do interior de Portugal a popula o tem n o s diminu do de uma forma continuada ao longo das ltimas d cadas mas tamb m se tem verificado um aumento das movimenta es intra e interconcelhias concelhias em busca de reas mais urbanas acentuando se assim o abandono rural Existe uma dr stica macrocefalia populacional uma centripetividade vis vel pelo aumento percentual das freguesias para a sede concelhia ou n cleo urbano mais pr ximo o que se traduz numa tend ncia de esvaziamento populacional das reas rurais C ALMEIDA et al 2007 Com esta perda de popula o perdem se os h bitos de trabalhar a terra Juntamente com a melhoria das acessibilidades embora em muitos casos estas sejam apenas pontuais ou de benefic ncia pouca significativa Contudo olhando ao passado a situa o progrediu o que tem permitido o aumento dos movimentos pendulares e a dist ncia dos mesmos alcan ando locais mais atrativos A CAMPAR et al 2007 Tudo isto resulta n o s no envelhecimento efetivo da popula o pois quem se desloca s o os jovens mas tamb m no abandono dos campos que deixam de ser trabalhados e s o apropriados por matos passando a dominar forma es arbustivas monoespec ficas de esp cies florestais invasoras P g 52 Estes espa os outrora cultivados e minuciosamente cuidados s o d
268. uscetibilidade mais representativa a elevada cerca de 60 que com a classe muito elevada e m xima representam cerca de 68 da rea de estudo Por sua vez a classe de suscetibilidade moderada com cerca de 20 a segunda com maior representatividade e que juntamente com a classe baixa representam cerca de 32 QUADRO XXVI As reas de suscetibilidades elevada e superiores necessitam de una an lise cuidada n o s localizando as mas verificando qual ser o tempo de resposta se houver uma igni o Por outro lado nestas tr s classifica es de elevado muito elevado e m ximo ser que os 20 minutos n o ser tempo em excesso para que se consiga depois extinguir facilmente os focos de inc ndios levando diminui o das reas ardidas QUADRO XXVI Classifica o da rea de estudo quanto suscetibilidade a inc ndios florestais Suscetibilidades Hectares Km Reduzida 70786071 61 70 786 07 11 64 31 92 Moderada 123322796 20 123 322 80 20 28 Elevada 366430549 20 366 430 55 60 26 Muito Elevada 46972325 67 46 972 33 7 712 68 08 M xima 556820 06 556 82 1 0 09 Total sem rede hidrogr fica 608 068 562 75 608 068 56 100 00 100 00 Como pudemos verificar a rea de estudo serra da Lous uma rea muito critica no que concerne suscetibilidade aos inc ndios florestais pelo que necess rio um correto planeamento e identifica o destas reas mais cr
269. utos estabelecidos pois grande parte destas reas mais cr ticas situadas no grosso da serra da Lous encontra se afastada dos quart is dos bombeiros fig 52 Olhando de Norte a Sul P g 147 ao erguer se o bloco montanhoso verificamos que a suscetibilidade aumenta e como vimos anteriormente a sinuosidade rodovi ria tamb m Com efeito os declives e a cotas m dias e altas devido sua forte aptid o permitem o aproveitamento para a produ o florestal agravando essa situa o Em algumas destas reas cr ticas verificamos a aus ncia de acessos pelo que nestes casos no acionamento dos meios deve ser dada prioridade ativa o dos meios a reos passando os meios terrestres para as reas circundantes controlando a evolu o do inc ndio ajudando nas instru es ao meio a reo e averiguando potenciais proje es que podar o originar focos de inc ndio secund rios 10 Suscetibilidade reas criticas Limite rea de estudo 7 Reduzida 77 Moderada DM Elevada E muito Elevada JM Maxima Tempo de desloca o min 0 5 5 10 10 15 15 20 gt 20 Fig 52 Areas suscet veis a inc ndios florestais e tempos de desloca o na serra da Lous P g 148 A distribui o proposta dos meios terrestres permitir a redu o de muitas horas de voo uma vez que uma maior efic cia do combate seria assegurada pela maior proximidade dos meios terrestres Assim de modo a real ar a import ncia
270. ve culos e demais equipamentos operacionais que podem ser usados pelos Corpos de Bombeiros Vejamos a t tulo de exemplo a capacidade de transporte de gua pois n o ser o mesmo transpor aclives de 50 com 500 ou com 3500 litros de gua pelo que a velocidade ser certamente diferente Para uma progress o em seguran a em terrenos acidentados obrigat rio efetuar o reconhecimento do local verificando o tipo de terreno a exist ncia de obst culos e se poss vel transp los Se estivermos perante um declive acentuado devemos avali lo garantindo que est dentro da percentagem de seguran a estabelecida Dever ser sempre o bombeiro condutor a verific lo podendo solicitar ao chefe de equipa que saia do ve culo para servir de escala e com base na experi ncia adquirida deve avaliar a olhar sobre o terreno se os aclives declives e a inclina o lateral da estrada est o dentro dos par metros para evitar que os bombeiros passem por situa es confrangedoras como j tem sucedido fig 31 Fig 31 Bombeiro condutor a calcular a subida e carro acidentado Fonte a adaptado de ENB 2001 b P CERDEIRA 2012 chegada ao teatro de opera es durante as manobras de invers o de marcha ou de posicionamento ou quando se circula em zonas dif ceis todo o pessoal deve desembarcar ficando s o motorista no ve culo pois os restantes elementos da equipa n o necessitam de permanecer no seu interior e est o
271. vel O Dispositivo de Combate aos Inc ndios Florestais assume o seu auge na Fase Charlie mas vai descurando todos as outras fases pelo que se t m vindo a verificar inc ndios florestais fora de poca alguns deles com grandes reas ardidas A estrat gia nacional de combate n o tem dado grande import ncia s Fases Operacionais da Antecipa o e do Ataque Inicial onde muito se podia ganhar pelo destacamento de meios para locais estrat gicos de pr posicionamento diminuindo as dist ncias s reas florestais e assegurando deste modo um Ataque inicial mais eficaz ao mesmo tempo que funcionariam como fatores de preven o e vigil ncia ativa P g 103 Para travar esta calamidade as entidades pol ticas adotaram muitas estrat gias mas sem terem os resultados pretendidos pois a resposta das autoridades competentes tem sido sempre a mesma o refor o do investimento na aquisi o de mais meios e em a es de combate M SERRANO amp V MARTINS 2002 in J ARANHA 2004 Todos os anos ardem milhares de hectares quer de floresta quer de matos e todos os anos se levanta o problema do combate aos fogos Efectivamente todos os anos se assiste dota o de mais verbas e ao refor o de meios de combate quer terrestres quer a reos sem uma boa coordena o e sem um bom conhecimento das caracter sticas do terreno topografia e vegeta o e da rede vi ria tipo e estado a utiliza o dos recursos fica muitas vezes aqu
272. vel e ainda na presen a de rochas pedras e covas necess rio o maior cuidado pois pode ou podem provocar o aumento da inclina o e provocar o derrubamento do ve culo ENB 2001 P g 117 Ser sempre mais perigoso as manobras com inclina es laterais da estrada elevadas do que em aclives rampas pois no primeiro caso estas podem provocar que o ve culo tombe devido ao peso j no segundo caso se o ve culo n o tiver for a para subir o mais certo o mesmo voltar ao local de onde iniciou a marcha Logo que o ve culo deixa uma estrada alcatroada e se embrenha num caminho florestal o motorista deve recolher os espelhos retrovisores para estes n o se partirem e ou para evitar fazer golpes bruscos com o volante para se desviar das rvores ou arbustos Os vidros das portas dever o estar fechados para n o ser atingido na cara pela ramagem Quando em opera es de combate a inc ndios muito importante o fecho de todas as janelas n o s para evitar o fumo que dificulta a condu o mas tamb m para que n o entrem no ve culo part culas inflamadas ENB 2001 Assim a n vel do conte do pedag gico deste manual verificamos que poucas s o as instru es definidas para cada caso tendo em conta a tipologia dos ve culos marca de constru o caracter sticas estabelecidas no Despacho n 21638 2009 de 28 de Setembro que regulamenta os tipos as caracter sticas as classifica es a normaliza o t cnica de
273. zonas de climas mais temperados e secos Testemunhos destas forma es s o os resqu cios de carvalhos que se encontram nalguns vales da Serra da Lous J PAIVA 1988 A devasta o da floresta atingiu de tal forma o nosso pa s em particular as montanhas portuguesas outrora revestidas por imensos carvalhais que atualmente uma grande parte delas constituem forma es de rocha nua J PAIVA 1988 em parte devido aos inc ndios das ltimas d cadas Ora devido reincid ncia dos inc ndios florestais e a o antr pica o arranjo flor stico da serra da Lous foi modificado e hoje caracteriza se pela exist ncia de extensas reas de monocultura do pinheiro bravo Pinus pinaster e de eucalipto Eucalyptus globulus fot 2 As forma es arbustivas s o na sua maioria constitu das por matos compostos por esp cies mediterr neas de elevada inflamabilidade nomeadamente diversas variedades de urzes Erica sp giestas Citisus sp e tojos Ulex sp e al m destas tamb m o medronheiro Arbustus unedo a carqueja Chamaespartium tridentatum e a esteva Citus ladanifer L LOUREN O e A NAVE 2006 Fot 2 Apeto do coberto vegetal da vertente Norte serra da Lous Fotografia do autor Pag 41 Primeiro face explora o florestal descontrolada e ao sobrepastoreio do espa o serrano e depois em resultado dos muitos e grandes inc ndios florestais que t m descaraterizado estas reas muitos foram os

Tese Mestrado Fernano Félix - Estudo Geral

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