Home

IRAIR ALVES RODRIGUES

1. o I tornar certa a obriga o de indenizar o dano causado pelo crime BRASIL 1940 Os arts 63 e 64 do C digo de Processo Penal BRASIL 1941 deixam expressamente a autoriza o da cobran a de indeniza o na esfera c vel ap s a condena o Art 63 Transitada em julgado a senten a condenat ria poder o promover lhe a execu o no ju zo c vel para o efeito da repara o do dano o ofendido seu representante legal ou seus herdeiros Art 64 Sem preju zo do disposto no artigo anterior a a o para ressarcimento do dano poder ser proposta no ju zo c vel contra o autor do crime e se for caso contra o respons vel civil BRASIL 1941 52 Como exemplo da impossibilidade de questionamento em rela o a fatos decididos em esfera criminal e ou em rela o ao autor do fato Luciano Salem cita que Assim por exemplo j que esta obra direcionada a Acidentes do Trabalho um patr o que penalmente condenado por culpa por acidente que vitimou seu empregado n o poder mais questionar na esfera c vel sobre a exist ncia do fato ou negar sua autoria no dano Isto porque j consta decidido na esfera criminal ser ele culpado pelo acidente de seu empregado Se o empregado propor a o indenizat ria contra esse empregador j constar decidido que o fato existiu que o autor do ato que lesionou o empregado o patr o Poder o quando muito ser discutidas quest es relativas ao tipo
2. o e entendimento Desta forma os pa ses que ratificam as recomenda es e conven es passam a ter obriga es de mant las respeitadas Ainda que a OIT tenha estabelecido certa descri o a cerca do teletrabalho n o existe conven o ou recomenda o a respeito do tema em espec fico Logo utilizando se mais uma vez da analogia o teletrabalho deve basear se nas regras j existentes quanto ao trabalho em domic lio segundo a Conven o n 177 e Recomenda o n 184 da OIT respeitadas s diferen as entre esses dois institutos com rela o s suas caracter sticas pr prias JARDIM 2003 p 72 A conven o n 177 e a recomenda o n 184 tratam das regras gerais que devem ser adotadas para o desenvolvimento de trabalho em domic lio ocorre que a conven o n o fora recepcionada pelo Brasil e a recomenda o n o suficiente para estabelecer as regras pr prias do teletrabalho Ainda assim nada impede que o teletrabalho baseie se nas regras apontadas pela OIT 19 Vale ressaltar ainda que o teletrabalho possui de fato caracter sticas determinantes desta categoria mas de forma geral n o deve haver qualquer diferencia o com rela o ao trabalho desenvolvido na sede da empresa no que diz respeito aos direitos e deveres gerais 2 3 Vantagens e Desvantagens Embora o teletrabalho tenha crescido de forma consider vel nos ltimos tempos sua influ ncia tende a crescer ainda mais perante empresas d
3. 89 BRASIL Tribunal Superior do Trabalho Recurso de Revista ACIDENTE DE TRABALHO CULPA DO EMPREGADOR TEORIA SUBJETIVA DO RISCO TEORIA OBJETIVA No Direito Brasileiro a responsabilidade indenizat ria pressup e a ocorr ncia concomitante do dano do nexo causal e da culpa do empregador Sem a conjuga o de todos esses requisitos n o se h falar em responsabilidade Regra geral a an lise dos pleitos relativos indeniza o por danos morais e materiais se d luz da responsabilidade subjetiva pois imprescind vel a comprova o da culpa do empregador o que se extrai da exegese dos arts 186 e 927 caput do C digo Civil Em se tratando de atividade empresarial que implique risco aos empregados a responsabilidade objetiva isto independe de culpa do empregador porquanto em tais hip teses a exig ncia de que a v tima comprove erro na conduta do agente quase sempre inviabiliza a repara o A responsabilidade objetiva tem lugar somente quando o risco inerente atividade desenvolvida ou seja quando h grande probabilidade de que ocorra o infort nio No caso em tela o Regional registra que a prova dos autos n o permitiu concluir que a atividade desenvolvida era de risco nem que existiam riscos ambientais descumprimento das normas reguladoras ou utiliza o de equipamentos inadequados Diante da n o configura o da atividade risco n o h que se falar em responsabilidade objetiva mas sim em responsa
4. BRASIL Tribunal Regional do Trabalho Recurso Ordin rio ACIDENTE DE TRABALHO RESPONSABILIDADE ATO IL CITO DO EMPREGADOR CARACTERIZA O 1 A indeniza o por dano decorrente de acidente de trabalho reclama a demonstra o de dolo ou culpa do empregador art 7 inciso XXVIII da CF salvo nas hip teses abarcadas pelo art 927 par grafo nico do CCB que complementa e n o contrasta a regra constitucional 2 Sem embargo da presen a de elementos a atrair essa previs o legal a moldura f tica evidencia conduta imprudente e negligente da empresa que findou no acidente de trabalho levando o empregado a bito 3 Emergindo o dever de indenizar o valor da repara o h de guardar harmonia com o sofrimento imposto fam lia do trabalhador falecido sem alterar de forma substancial as suas condi es econ micas Inobservados tais par metros comporta eleva o o quantum arbitrado na inst ncia de primeiro grau DANO MATERIAL PENSIONAMENTO ART 950 PAR GRAFO NICO DO CCB INCID NCIA REQUISITOS 1 O art 950 par grafo nico do CCB n o confere potestade absoluta ao credor inclusive pela inexist ncia de direito com tal fei o no ordenamento jur dico Para a incid ncia do preceito h de aflorar a irreversibilidade do dano requisito presente na hip tese dos autos 2 A fixa o da indeniza o n o tem assento na mera multiplica o do valor mensal devido ao empregado a t tulo de pens o pelo n mero d
5. o Federal como a reda o atual determinada pela Emenda Constitucional 28 2000 O que se faz necess rio aplicar este dispositivo em conson ncia com a previs o da S mula 278 do Superior Tribunal de Justi a quanto ao termo inicial do prazo prescricional na hip tese especial ali indicada A exist ncia de previs o especifica de hierarquia constitucional afasta a possibilidade de incid ncia ao acaso de regras diversas e gen ricas existentes no C digo Civil quanto a outros prazos prescricionais GARCIA 2011 p 679 Soares 2011 p 81 aponta ainda uma terceira corrente a qual n o adota nem o prazo prescricional de tr s anos nem o prazo bienal e quinquenal apontados anteriormente Essa corrente apontaria como sendo o prazo de dez anos o aplic vel ao caso de acidentes do trabalho Apontado por ele Uma outra vertente interpretativa no entanto afasta o prazo prescricional de tr s anos e adota o prazo geral de dez anos previsto no art 205 do novo C digo Civil Para alguns abalizadores estudiosos tal postura justifica se sob o fundamento de que a indeniza o n o se traduz em credito trabalhista ou repara o civil stricto sensu sendo concernente a direitos de ndole constitucional fundamental albergados em cl usulas p treas SOARES 2011 p 81 Muito embora Soares 2011 p 86 tenha feito o levantamento de uma terceira possibilidade de aplica o da prescri o em se tratando de acidente do tra
6. o para a an lise do ambiente selecionado como rea de trabalho o que se segue Ora justamente a prop sito do cumprimento efetivo destes deveres de colabora o entre as partes no contrato de trabalho que se coloca a problem tica da fiscaliza o da execu o da presta o de trabalho Falamos obviamente de dois planos da fiscaliza o por parte do empregador e no mbito do exerc cio do seu poder de dire o e do controle exercido por parte das entidades p blicas que fiscalizam em geral o exerc cio das condi es de trabalho REBELO 2004 p 74 Pires Fincato acredita que uma das possibilidades de fiscaliza o do ambiente do teletrabalhado quando desenvolvido em domicilio esta mesmo relacionada anu ncia do empregado para que haja a entrada do empregador por m o empregado estaria vinculado a condi es de inseguran a Aponta que o empregado a parte hipossuficiente da rela o contratual pela sua natureza em si mas estando este em seu ambiente domiciliar estaria ainda mais fr gil frente inseguran a da permiss o da entrada de qualquer pessoa em seu 69 domic lio pela quantidade de ndices de crimes em resid ncias Desta forma a pol tica de identifica o daquele que ir fiscalizar e os acordos pr vios devem ser estipulados para se evitar a incid ncia de crime FINCATO 2008 p 169 Ainda em rela o concord ncia pr via do empregado em rela o autoriza o da fiscali
7. Data de Publica o 07 03 2014 no DEJT grifo nosso BRASIL 2011 39 J no terceiro caso o TRT compreende que n o ser aplicada a responsabilidade objetiva quando a atividade n o for potencialmente lesiva julgando de acordo com o entendimento de regra geral aplicado pelo TST em seus julgamentos ACIDENTE DE TRABALHO INDENIZA O POR DANO MORAL E MATERIAL RESPONSABILIDADE OBJETIVA O disposto no art 927 par grafo nico do C digo Civil que fixa a responsabilidade civil objetiva desvinculada da culpa est em sintonia com o art 7 caput da Constitui o ao estabelecer que s o direitos dos trabalhadores al m daqueles ali arrolados outros direitos que visem melhoria de sua condi o social N o obstante tais considera es a atividade exercida pela Reclamada terraplanagem n o potencialmente lesiva de modo a se aplicar a teoria da responsabilidade objetiva prevista no par grafo nico do art 927 do C digo Civil Recurso desprovido 00709 2013 101 10 00 8 RO Relator Desembargador Jos Leone Cordeiro Leite Data de Julgamento 12 02 2014 3 Turma BRASIL 2013 Desta forma a regra de aplica o da responsabilidade do empregador baseia se na subjetividade gerando assim a necessidade de se comprovar o dano o nexo de causalidade e o dolo ou culpa por parte do empregador Por outro lado admite se a aplicabilidade da responsabilidade objetiva frente a casos de atividades de risco inerente Para
8. Par grafo nico O prejudicado se preferir poder exigir que a indeniza o seja arbitrada e paga de uma s vez Para o TRT o dano material deve ser efetivamente pago quando n o houver condi o de retorno do dano sofrido claro que o pagamento da indeniza o n o dever estar atrelado apenas ao recebimento pelo empregado mas tamb m justa aplica o para impedir que haja o enriquecimento sem causa pautando se sempre na razoabilidade Vejamos ACIDENTE DE TRABALHO RESPONSABILIDADE ATO IL CITO DO EMPREGADOR CARACTERIZA O 1 A indeniza o por dano decorrente de acidente de trabalho reclama a demonstra o de dolo ou culpa do empregador art 7 inciso XXVIII da CF salvo nas hip teses abarcadas pelo art 927 par grafo nico do CCB que complementa e n o contrasta a regra constitucional 2 Sem embargo da presen a de elementos a atrair essa previs o legal a moldura f tica evidencia conduta imprudente e negligente da empresa que findou no acidente de trabalho levando o empregado a bito 3 Emergindo o dever de indenizar o valor da repara o h de guardar harmonia com o sofrimento imposto fam lia do trabalhador falecido sem alterar de forma substancial as suas condi es econ micas Inobservados tais par metros comporta eleva o o quantum arbitrado na inst ncia de primeiro grau DANO MATERIAL PENSIONAMENTO ART 950 PAR GRAFO NICO DO CCB INCID NCIA REQUISITOS 1 O art
9. RECURSO DE REVISTA PRESCRI O RECOLHIMENTOS PREVIDENCI RIOS As contribui es previdenci rias revestem se de natureza acess ria em rela o s verbas decorrentes da rela o de trabalho encontrando se sujeitas portanto mesma prescri o a elas aplic vel ou seja aquela prevista no artigo 7 XXIX da Constitui o da Rep blica Recurso de revista conhecido e provido RR 167340 46 2004 5 03 0025 Primeira Turma Redator Ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho Data de Julgamento 22 06 2011 1 Turma Data de Publica o 23 09 2011 Disponivel em http aplicacaoS tst jus br consultaunificada2 inteiroTeor do action printInteiroTeor amp format html amp highlight true amp numeroFormatado RR 20 20167340 46 2004 5 03 0025 amp base acordao amp rowid A A ANGhABIA A AEXS AAJ amp dataPublicacao 23 09 2011 amp query Acesso em 15 de fev 2014
10. forneceu equipamentos para o desenvolvimento da atividade como linha telef nica computador impressora e m veis considero caracterizada hip tese de teletrabalho visto que o ajuste envolvia execu o de atividade especializada com o aux lio da inform tica e da telecomunica o TRT da 3 Regi o Processo RO 31973 09 Data de Publica o 26 11 2009 rg o Julgador S tima Turma Relator Convocado Jesse Claudio Franco de Alencar Revisor Maria Perpetua Capanema F de Melo Divulga o 25 11 2009 DEJT Pagina 97 BRASIL 2009 Ronaldo Maur cio Cheib 2010 tamb m compreende que existe uma subordina o no teletrabalho mas n o acredita que o controle da jornada de trabalho e o desempenho das tarefas sejam de f cil verifica o frente ao enfrentamento da barreira da privacidade Para ele Como se v no teletrabalho a subordina o jur dica deve ser vista de maneira diferente Ressalvado o absurdo de o empregador determinar ao empregado o uso constante de uma web cam em seu computador quando ent o poderia monitora lo diuturnamente situa o que se admite apenas para argumentar embora tida por intoler vel por seus contornos de invas o irrestrita de privacidade n o existe um controle direto pelo empregador que se v impedido pelas circunst ncias de vigiar e fiscalizar a todo tempo a presta o de servi os do empregado por m n o se pode negar a presen a desse pressuposto oriundo do poder empregat c
11. o aos teletrabalhadores elemento intr nseco ao contrato de trabalho Referido elemento na verdade o que o diferencia do trabalhador aut nomo que tem autonomia assumindo os riscos de sua atividade econ mica e presta servi o de forma habitual e por conta pr pria Segundo Martins 2012 p 89 A natureza jur dica da rela o depender do tipo de situa o f tica que envolva as partes Pode ser um contrato de trabalho um contrato de presta o de servi o sem v nculo de emprego etc De acordo com Estrada 2002 p 2 ainda que haja um contrato de trabalho os olhos devem ser voltados para cada caso em concreto vez que o contrato pode ter v rias naturezas processuais desde a c vel a comercial ou a trabalhista O autor apresenta os principais pontos do teletrabalho como sendo os preponderantes desta rela o mas ainda mant m a ideia de que o teletrabalho deve sempre possuir liberdade quanto a forma de contrata o fugindo desde logo da forma tradicional de presta o de servi o quais sejam devemos determinar tamb m se est o presentes os requisitos que configuram a rela o de emprego como a trabalho prestado por pessoa f sica b de forma n o eventual c onerosidade d subordina o e e personalidade No caso do teletrabalho devemos de dar mais nfase aos requisitos de subordina o e personalidade pelo fato de estes ficarem desconfigurados com este novo tipo de trabalho De
12. par grafo nico da CLT BRASIL 1943 que n o admite a diferencia o com base no trabalho desenvolvido pelo intelecto do trabalhador e por meio de instrumentos tecnol gicos O art 6 e seu par grafo nico da Lei 12 551 2011 d o nfase equipara o desta nova modalidade a modalidade de trabalho j existente Antes mesmo de qualquer defini o a respeito da subordina o vale ressaltar que por se tratar de teletrabalho o qual n o possui regulamenta o espec fica h d vidas a respeito de tal modalidade em rela o ao fato de que n o estaria elencada na subordina o original do trabalho tradicional que passaram a ser questionadas Por m resta lembrar que segundo o acr scimo existente no art 6 da Lei 12 551 2011 n o existem mais d vidas quanto ao reconhecimento dos mesmos direitos em rela o ao teletrabalho ainda que este seja desenvolvido fora da sede do empregador dessa forma passa a ser claro a equipara o Diz o art 6 par grafo nico da Lei 12 551 201 1 BRASIL 2011 Art 6 N o se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador o executado no domic lio do empregado e o realizado a dist ncia desde que estejam caracterizados os pressupostos da rela o de emprego Par grafo nico Os meios telem ticos e informatizados de comando controle e supervis o se equiparam para fins de subordina o jur dica aos meios pessoais e diretos de comando controle e su
13. proposto para algumas categorias que desenvolvem as atividades por meio de esfor o f sico e somente no final da meta se cumpre o que foi proposto e se efetua o pagamento Assim mostrado por Winter 2005 p 141 Na atualidade muitos juristas sustentam que embora em alguns aspectos o teletrabalhador se assemelhe ao trabalhador a domic lio pelo trabalho realizado fora da empresa em outros se diferencia notadamente Os teletrabalhadores est o mais vinculados supervis o do empregador do que os demais trabalhadores a domic lio que recebem suas instru es antes de iniciarem as tarefas e apenas ao entregarem o resultado do trabalho s o avaliados Assim o teletrabalhador on line fica sob depend ncia do empregador que pode at mesmo controlar se a atividade foi feita pelo pr prio empregado mediante o uso de senhas em face da necessidade de n o divulga o de dados da empresa ou do tempo gasto para controle da utiliza o de determinado programa Tais controles v o redundar na caracteriza o da rela o de emprego inclusive no c mputo de jornada extraordin ria Embora ambos estejam ligados ao domic lio do empregado as atividades s o totalmente diferentes visto que uma atividade est ligada a tecnologias e a outra est ligada a atividades manuais O teletrabalho tamb m pode ser compreendido como trabalho externo previsto no art 62 inciso I da CLT BRASIL 1943 uma vez que em caracter sticas parecidas ambos
14. rio sua estipula o ser nula Mas a regra geral de que n o ocorra a altera o do contrato de trabalho Como bem aponta o Professor Josaph Francisco 2002 as altera es n o s o proibidas em se tratando de altera es bilaterais ou unilaterais basta que se tenha sempre a anu ncia de ambas as partes desde que n o causem preju zos ao trabalhador sejam elas 27 diretas ou indiretas presentes ou futuras para que ocorra a altera o no contrato de trabalho e que se mantenha observadas as altera es impostas pela pr pria lei ou a manuten o dos direitos principais do contrato de trabalho Acontece que geralmente essas altera es servem para discriminar nova forma de pagamento de sal rio novo local de trabalho modifica o quanto jornada de trabalho dentre outras Quando a modifica o se der apenas por vontade do empregador e gerar preju zos ao empregado cometer este falta grave patronal e a modifica o ser nula pelo v cio no contrato SANTOS 2002 ps 55 56 S rgio Pinto Martins set 2012 p 100 compreende que quando n o houver adapta es por parte do empregado que desenvolva o trabalho em casa enquadrando se no teletrabalho poder existir uma previs o em contrato do seu retorno n o se caracterizando assim causa de nulidade contratual Seria poss vel haver uma cl usula no contrato de trabalho de revers o situa o anterior de trabalhar em casa e passar a prestar serv
15. se basear em norma pr definidas assim como ocorre no caso do acidente de trabalho na categoria tradicional desenvolvido na sede da empresa Mas neste aspecto frente falta de regras espec ficas ainda dever haver a cria o de lei especifica que abarque por completo as situa es pr prias do acidente de trabalho no teletrabalhado e n o apenas a continua o da aplicabilidade por analogia das regras j existentes como aponta parte da doutrina para fim de n o se manter a impunidade do causador do dano 84 REFERENCIAS ALMEIDA L cio Rodrigues de O dano moral e a repara o trabalhista doutrina pr tica e jurisprud ncia Lucio Rodrigues de Almeida Rio de Janeiro Ed Aide 1999 ALVARENGA R bia Zanotelli de O teletrabalho e a subordina o estrutural a nova Lei 12 551 2011 Decis rio Trabalhista n 218 p 5 7 set 2012 ANN BAL Fernandes O acidente do trabalho do sacrif cio do trabalho preven o e repara o evolu o legislativa atualidade e perspectiva lei doutrina jurisprud ncia S o Paulo LTr 2003 AUTUORI Maria Helena Villila GREGORIN Daniela Internet o direito na era virtual Lu z Eduardo Schoueri organizador Rio de Janeiro Forense 2001 p 125 140 BASTOS Guilherme Augusto Caputo TELETRABALHO telework ou telecommuting uma nova forma de ver o tempo e o espa o nas rela es de trabalho 27 out 2013 Dispon vel em lt htt blogdoteletrabalho wordpress com
16. 1 INTRODUCA O as usas pede Mave eens Bt E Gt e o GR R nearer 7 2 TELEFRABALHO 4 ccinansniauniseuiauniiii anions 8 2 Conceitos Direren cla C OOS seoser ssassvesscnccbeseusssuphonesbotbendeustesaposebeassenee sphobe5esohobadelobespbsioessezess 8 2 1 1 Diferen a entre trabalho em domic lio e teletrabalho em domic lio eee eeseeeeeeneeeeeees 11 2 1 2 Diferen a entre trabalho aut nomo e teletrabalho cece eccccceccceeeeeeeenneeeeeeeeeeeeesneeeeeeeeeeeees 12 2 2 Origem e Desenvolvimento Regulamenta o eee eeeeseeeeeesseeeceesneeeesessneeeseesaeeesessaeeeeee 13 2 2 1 Legisla o no Brasil a respeito do teletrabalho erre 16 2 2 2 A Organiza o Internacional do Trabalho e o seu posicionamento a respeito do teletrabalho 18 23 Nantasens e Desvantagens 4 naddgadwter ion a oaah eos boheme hab ei a 19 2 4 O contrato de trabalho e sua aplica o no teletrabalho 20 0 0 eee eeeseeeceeesneeeceesseeeeeesnaeeeeee 23 3 ACIDENTE DE TRABALHO praia a e a a a 28 Zle Conceitos e diferencia es aisir a a a E EEE ECEE OOOO 28 3 2 Responsabilidade civil por acidente do trabalho erra 34 3 21 Dano Material so it toda atira tio ricuelieidorta A ek Uri Oba Ta eh caterers 45 S22 Dano moral du secetes acon e E E EE TENDE REDE E th co RE Eee Ted 47 3 3 Responsabilidade penal por acidente do trabalho erra 50 3 4 Prescri o das a es aeident rias po
17. Civil de 2002 IV Isso em raz o da supremacia da norma constitucional ainda que oriunda do Poder Constituinte Derivado sobre a norma infraconstitucional segundo se constata do artigo 59 da Constitui o pelo que n o se pode absolutamente cogitar da revoga o do artigo 7 inciso XXVIII da Constitui o a partir da superveni ncia da norma do nico do artigo 927 do C digo Civil de 2002 n o se aplicando evidentemente a regra de Direito Intertemporal do 1 do artigo 2 da LICC Recurso conhecido e desprovido RR 1 832 2006 026 12 00 Quarta Turma Relator Min Barros Levenhagen Data de Publica o DJ 24 10 2008 Dispon vel em http brs02 tst jus br cgi bin nph brs d ITRE amp sl amp sectl 1 amp s2 1832 amp s3 2006 amp s4 026 amp s5 12 amp s6 00 amp s9 amp s 10 amp s 11 amp s12 amp s20 amp s21 amp s7 amp s24 K amp s8 Ks 13 amp s 14 27026 27 amp s 15 2712 27 amp s 16 2 700 27 amp s17 amp s18 amp s 19 amp s25 amp s22 amp s23 amp s26 amp pg1 ALL amp pg2 NUMT amp pg3 AN OT amp pg4 amp pg5 amp pg6 amp pg7 amp pg8 TIPT amp pg9 GABT amp pgl0 GABT amp pg11 GABT amp pg1 2 GABT amp pg13 amp pg14 VART amp pg15 TRIT amp pg1l6 SEQT amp pg17 COOJ amp pg18 amp pg19 amp pg20 amp pg21 amp pg22 amp pg23 amp pg24 EMEN amp sect2 1 amp u http 3A 2F 2Fwww3 tst ju s br 2Fwww3 tst jus br 2Fjurisprudencia 2Fn_brs 2Fn_nspit 2Fn_nspitgen_un html amp p 1 amp r 0 amp f S amp 1 0 Acesso em 15 de dezembro de 2013
18. Regional do Trabalho Recurso Ordin rio DANOS MORAIS DOEN A ADQUIRIDA PELO EMPREGADO EM RAZ O DAS CONDI ES DO TRABALHO AUS NCIA DE FISCALIZA O DO USO DE EQUIPAMENTO DE PROTE O INDIVIDUAL REPARA O DEVIDA Obriga se o reclamado satisfa o de indeniza o reparat ria do dano moral assim entendido aquele que afeta o ser humano de maneira especialmente intensa vulnerando profundos conceitos de honorabilidade na hip tese de diagn stico de doen a que embora tida como insuscet vel de incapacitar o reclamante para o trabalho foi adquirida por culpa daquele ao deixar de fiscalizar o uso de equipamento de prote o individual apto a elidir as condi es adversas higidez DANOS MATERIAIS DOEN A ADQUIRIDA PELAS CONDI ES DO TRABALHO AUS NCIA DE COMPROMETIMENTO DA CAPACIDADE LABORAL E DE REPERCUSS O SOCIAL INDENIZA O REPARAT RIA INDEVIDA Ainda que diagnosticada patologia com etiologia ocupacional s obrigar o empregador satisfa o de danos patrimoniais a detec o da incapacidade definitiva para o desempenho de id nticas fun es e ou do comprometimento das rela es sociais do empregado Interpreta o consent nea com o art 104 5 do Decreto n 6 939 2009 que alterou dispositivos do dispositivos do Regulamento da Previd ncia Social aprovados pelo Decreto n 3 048 RO 10709620105020 SP 00010709620105020462 A28 Segunda Turma Relatora MARIANGELA MURARO Publica o em 03 12 2013 Dispon
19. S o Paulo LTr 2011 TROPE ALBERO Organiza o virtual impactos do teletrabalho nas organiza es Rio de Janeiro Ed Copyright 1999 VENOSA S lvio de Salvo Direito civil responsabilidade civil 4 ed S o Paulo Atlas 2004 87 VIEIRA Patricia Ribeiro Serra A responsabilidade civil objetiva no direito de danos Rio de Janeiro Forense 2004 WINTER Vera Regina Loureiro Teletrabalho uma forma alternativa de emprego S o Paulo Ed LTr 2005 88 JURISPRUDENCIA BRASIL Tribunal Superior do Trabalho Recurso de Revista RECURSO DE REVISTA DANO MORAL E PENS O VITAL CIA A comprova o do dano moral est condicionada culpa subjetiva dependendo de prova de neglig ncia imprud ncia e imper cia do empregador Recurso de revista n o conhecido JUSTI A GRATUITA A responsabilidade pelo pagamento dos honor rios periciais da parte sucumbente na pretens o objeto da per cia salvo se benefici ria da justi a gratuita artigo 790 B da CLT Recurso de revista conhecido e provido RR 79400 14 2002 5 03 0025 Segunda Turma Relator Min Renato de Lacerda Paiva Data de Publica o DJ 13 06 2008 Diponivel em lt https aplicacaoS tst jus br consultaunificada2 gt Acesso em 15 de dezembro de 2013 BRASIL Tribunal Superior do Trabalho Recurso de Revista RECURSO DE REVISTA INDENIZACAO POR DANOS PROVENIENTES DE INFORTUNIOS DO TRABALHO RESPONSABILIDADE SUBJETIVA DO EMPREGADOR DE QUE TRATA O ARTI
20. Seguran a do Trabalho que s o respons veis pela fiscaliza o da legisla o federal pela elabora o de per cias em quest es judiciais e a orienta o a trabalhadores e empresas sobre a solu o de problemas relativos preven o de acidentes e doen as ocupacionais C FUNDACENTRO Funda o Centro Nacional de Seguran a Higiene e Medicina do Trabalho Vinculada administrativamente ao Minist rio do Trabalho e Emprego seus principais objetivos s o o estudo de problemas e a realiza o de pesquisas na rea de higiene e seguran a do trabalho a forma o e treinamento de pessoal especializado e o assessoramento dos rg os governamentais envolvidos em assuntos de sa de higiene e seguran a do trabalho 32 D INSS Secretaria de Servi os Sociais O INSS o respons vel pelo desenvolvimento de programas de preven o de acidentes do trabalho E Universidades Institutos Escolas Vinculados aos mais diversos Minist rios t m import ncia no contexto da Seguran a do Trabalho principalmente nas a es relacionadas pesquisa VIEIRA 2005 p 37 38 Diante disso importante salientar que os equipamentos utilizados em cada categoria s o de extrema relev ncia e devem ser inspecionados rotineiramente tanto pelas entidades reguladoras quanto pelo empregador Afirma Vieira 2005 que a Seguran a do Trabalho quanto s formas de preven o contra acidentes do trabalho deve ser vista n o apenas como u
21. acident rias No segundo cap tulo discutiremos os desdobramentos a respeito do que vem a ser o acidente do trabalho dar se uma investiga o da s rie de acidentes de trabalho existentes as formas de responsabiliza o e at mesmo em rela o ao prazo de prescri o das a es acident rias A demonstra o dos acidentes do trabalho e das doen as se mostrar no decorrer do trabalho insuficientes frente ao aparecimento de outras modalidades que acompanham o novo desenvolvimento do teletrabalho Por fim no terceiro cap tulo o assunto tratado se manteve especificamente em rela o aos acidentes de trabalho no teletrabalho sua fiscaliza o o limite da investiga o frente ao direito privacidade e intimidade do empregado e as preven es de acidentes sempre em busca da responsabilidade do empregador frente a um acidente de trabalho causado no domic lio do empregado 2 TELETRABALHO O processo cada vez mais r pido da transmiss o de dados e de comunica o permite nos avan ar em diferentes tipos de trabalho visando agilidade no desenvolvimento das atividades em diferentes ramos Os meios de comunica o existentes possibilitam maior flexibilidade para o empregado que n o precisa mais estar constantemente na sede principal da empresa Desta forma gera uma nova categoria de trabalho qual seja o teletrabalho Este empregado por sua vez necessitar portar aparelho de tecnologia avan ada com aplicativos capazes d
22. de 2011 Di rio Oficial da Uni o Dispon vel em lt http www planalto gov br gt Acesso em 10 novembro de 2013 CAIRO JR Jos Curso de Direito do Trabalho Direito individual e coletivo do trabalho Bahia Ed Jus Podivm 2010 CAVALIERI FILHO Sergio Programa de Responsabilidade Civil 6 edi o S o Paulo Malheiros Meditores 2006 CHEIB Ronaldo Maur cio O Direito Do Trabalho dos novos tempos As novas tecnologias e garantias constitucionais e processuais o direito intimidade e de privacidade do empregado e do empregador Rio de Janeiro Ed Lumen Juris 2010 DALLEGRAVE NETO Jos Affonso Responsabilidade civil no direito do trabalho S o Paulo LTr 2005 DUARTE Juliana Bracks O trabalho no domic lio do empregado controle da jornada e responsabilidade pelo custeio dos equipamentos envolvidos Justi a do Trabalho v 22 n 258 p 50 58 jun 2005 ESTRADA Manuel Mart n Pino Tecnologia da informatiza o O teletrabalho transfronteiri o no Direito brasileiro e a globaliza o n 1 4 30 dez 2002 Dispon vel em lt http www conjur com br 2002 dez 30 teletrabalho_transfronteirico_direito_brasileiro pagina 2 autores gt Acesso em 24 jul 2013 Acidente de trabalho no teletrabalho O trabalho n 182 p 6648 6653 abr 2012 FINCATO Denise Pires Sa de higiene e seguran a no teletrabalho reflex es e dilemas no contexto da dignidade da pessoa humana trabalhadora Direitos Fundamentai
23. de responsabilidade a valores e outros detalhes Conclui se que transita em julgado o fato e a autoria SALEM 2004 p 465 Leandro Nascimento 2001 aponta a possibilidade de indeniza o de acidente do trabalho na esfera penal com o exemplo de morte do empregado como causa do empregador assim descreve Especificamente no que concerne ao objeto do presente estudo um acidente do trabalho al m das indeniza es na esfera da responsabilidade civil tamb m pode acarretar uma condena o na esfera criminal como por exemplo na hip tese de falecimento de um empregado com a deflagra o do processo penal relativamente ao crime de homic dio SOARES 2001 p 143 Ante ao exposto em rela o responsabilidade penal se observa que ocasionado o dano pun vel na esfera criminal dever haver investiga o que levar condena o de repara o dano Ainda que esta obriga o n o seja adimplida pelo causador do dano a parte lesionada n o ficar sem amparo vez que passa a possuir titulo executivo judicial com a senten a que declara o empregador culpado Tal senten a poder gerar a o de indeniza o na esfera c vel a fim de ter o seu dano reparado 3 4 Prescri o das a es acident rias O prazo prescricional das a es acident rias fator condicionado de diversos pontos de vista H quem entenda tratar se do mesmo prazo prescricional previsto na CLT que se baseia em per odo bienal e quinquenal Ou
24. de transporte e seguran a de valores que a hip tese dos autos 4 Assim n o h como se atribuir responsabilidade Empregadora pelos danos morais e materiais decorrentes de acidente de trabalho que levou ao bito o pai e marido das Reclamantes apenas considerando a teoria da responsabilidade objetiva Recurso de revista parcialmente conhecido e provido RR 140 2008 105 03 00 7 Relator Ministro Ives Gandra Martins Filho Data de Julgamento 18 03 2009 7 Turma Data de Publica o 27 03 2009 BRASIL 2009 Apresentam se abaixo outros exemplos de aplicabilidade da responsabilidade objetiva frente a teoria do risco inerente a atividade de desempenho consubstanciadas nos Julgados exemplificativos das reiteradas decis es a respeito do caso perante o posicionamento da Min Rosa Maria Weber DANOS F SICOS MORAIS E FINANCEIROS DECORRENTES DE ACIDENTE DO TRABALHO RESPONSABILIDADE OBJETIVA NUS DA PROVA Entendo que a an lise dos pleitos relativos Indeniza o por danos morais e materiais em virtude de acidente de trabalho se d luz da responsabilidade objetiva bastando se comprovar de acordo com a teoria do risco da atividade o dano e o nexo de causalidade entre este e a atividade desempenhada pela v tima Na esp cie conforme consignado no ac rd o regional restou provado o dano e o nexo causal do acidente com o trabalho do empregado de modo que deve responder a reclamada pelo pagamento da indeniza o corresponde
25. es intersubjetivas podem ser patrimoniais e morais S o patrimoniais os danos de natureza econ mica decorrentes de viola es a bens materiais ou imateriais como o preju zo causado pela perda de um neg cio ou ao autom vel de determinado pessoa em virtude de acidente de tr nsito morais as sensa es dolorosas dor afli o humilha o desgosto angustia complexo decorrentes de les es vida sa de conforma o f sica reputa o intimidade vida privada liberdade de locomo o e de manifesta o intelectual BELMONTE 2001 p 69 70 Segundo Luciano Salem 2004 p 477 o dano moral est relacionado les o psicol gica de cada agente que sofrera o dano uma modalidade subjetiva de dif cil mensura o vez que depende do caso concreto e varia a depender do valor que cada um estipula para a sua honra por exemplo Para ele Dano moral todo dano que causa um sofrimento ao agente passivo H conceito que ensina que o dano moral atinge a honra a moral do indiv duo mudando seu conceito na sociedade Em geral o dano moral se caracteriza quando h perda na imagem tanto est tica como moral Opinamos que n o h necessidade de o dano moral atingir a opini o de terceiros para que se caracterize Basta que cause um sofrimento ao agente passivo basta que o ocorrido lhe passe um sofrimento psicol gico moral intr nseco para que se caracterize num dano moral Mesmo sem repercuss o em terceiros O dan
26. falar em responsabilidade objetiva A teoria do risco possui cinco modalidades A teoria do risco proveito relaciona se a responsabilidade de indeniza o por aquele que retira proveito da atividade danosa O problema esta relacionado ao reconhecimento do proveito pois a sua comprova o se dar quando estiver ligado ao lucro ou vantagem econ mica ou tamb m a qualquer tipo de lucro comprovado por parte da v tima abarcando desta forma qualquer pessoa f sica que adquira o servi o causando dano e obtendo vantagem CAVALIERI FILHO Sergio 2006 p 156 Na teoria do risco profissional o risco sempre suportado pela empresa por ser respons vel pela profiss o desempenhada de forma direta Desta forma quando o empregador se aproveita da m o de obra deve tamb m arcar com os preju zos resultantes da atividade e os riscos que possam vir a ser gerados Sendo assim independente de culpa arcar com o custo relacionado ao seguro com rela o aos danos gerados no acidente de trabalho como previsto no artigo 7 inciso XXVII da CF DELEGRAVE NETO Jose Affonso 2005 p 107 110 J na teoria do risco excepcional a responsabilidade ser reconhecida quando o dano tiver sido gerado por excepcionalidade da atividade como por exemplo o acidente gerado pela alta tens o de fios de eletricidade quando na verdade a atividade esta relacionada manuten o da rede A teoria do risco criado diz respeito a um risco criado pelo empregado seja por n
27. gt UnicEURB SAAR ORE eera Centro Universit rio de Brasilia UniCEUB Faculdade de Ci ncias Juridicas e Sociais FAJS Curso de Direito IRAIR ALVES RODRIGUES TELETRABALHO EM DOMICILIO ACIDENTE DE TRABALHO E RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR Brasilia 2014 IRAIR ALVES RODRIGUES TELETRABALHO EM DOMICILIO ACIDENTE DE TRABALHO E RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR Monografia apresentada para a obten o do titulo de Bacharelado em Direito pela Faculdade de Ci ncias Jur dicas e Sociais FAJS do Centro Universit rio de Bras lia UniCEUB Orientador Prof Roberto Krauspenhar Bras lia 2014 RODRIGUES Irair Alves Teletrabalho em domic lio acidente de trabalho e responsabilidade do empregador Irair Alves Rodrigues Bras lia O autor 2014 80 fl Monografia apresentada para a obten o do t tulo de Bacharelado em Direito pela Faculdade de Ci ncias Jur dicas e Sociais FAJS do Centro Universit rio de Bras lia UniCEUB Orientador Prof Me Roberto Krauspenhar 1 Teletrabalho 2 Acidente de Trabalho 3 Acidente de Trabalho no Teletrabalho Dedico o presente trabalho aos meus pais Benedita e Jos pelos anos de incentivo e por terem se dedicado tanto para que eu chegasse aonde cheguei me ensinando sempre a n o desistir e a lutar pelos meus objetivos Ao meu marido Cristiano pela fundamental import ncia de ter acreditado e investido em mim sem ter d vidas do meu sucesso Ao
28. inciso XXXII a proibi o de distin o entre trabalho manual t cnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos Consequentemente a reda o da Constitui o Federal esta amparada pela previs o de proibi o de distin o entre empregados com rela o ao art 3 par grafo nico da Consolida o das Leis Trabalhistas BRASIL 1943 Art 3 Considera se empregado toda pessoa f sica que prestar servi os de natureza n o eventual a empregador sob a depend ncia deste e mediante sal rio Par grafo nico N o haver distin es relativas esp cie de emprego e condi o de trabalhador nem entre o trabalho intelectual t cnico e manual BRASIL 1943 Genehr 2008 p 1088 1089 bem observa que esta nova modalidade de trabalho n o possui legisla o pr pria ou regras pr prias Acredita a autora que como esta modalidade ya surge e se mant m no mercado de trabalho com o crescimento significativo far se necess rio estipula o de regras e normas espec ficas n o sendo suficientes as regras j existentes em rela o ao trabalho exercido nas empresas por possuir vis veis peculiaridades Vejamos Esta nova realidade nas rela es de trabalho ainda n o encontra abrigo nos dispositivos legais existentes no Brasil como j acontece em Portugal e Chile por exemplo Entretanto na nossa legisla o trabalhista encontramos a esta forma de trabalho a fim de n o obsta
29. lise dos pleitos relativos indeniza o por danos morais e materiais se d luz da responsabilidade subjetiva pois imprescind vel a comprova o da culpa do empregador o que se extrai da exegese dos arts 186 e 927 caput do C digo Civil Em se tratando de atividade empresarial que implique risco aos empregados a responsabilidade objetiva isto independe de culpa do empregador porquanto em tais hip teses a exig ncia de que a v tima comprove erro na conduta do agente quase sempre inviabiliza a repara o A responsabilidade objetiva tem lugar somente quando o risco inerente atividade desenvolvida ou seja quando h grande probabilidade de que ocorra o infort nio No caso em tela o Regional registra que a prova dos autos n o permitiu concluir que a atividade desenvolvida era de risco nem que existiam riscos ambientais descumprimento das normas reguladoras ou utiliza o de equipamentos inadequados Diante da n o configura o da atividade risco n o h que se falar em responsabilidade objetiva mas sim em responsabilidade subjetiva do empregador Dessa forma imprescind vel a ocorr ncia da culpa empresarial para o surgimento do dever de indenizar que entretanto consoante o quadro expresso pelo Regional n o foi comprovada Recurso de Revista conhecido e n o provido RR 11500 03 2002 5 24 0066 Relator Ministro Carlos Alberto Reis de Paula Data de Julgamento 24 09 2008 3 Turma Data de Publi
30. o acidente do trabalho por culpa do empregador nascer o direito indeniza o Segundo Luciano Salem 2004 p 432 a indeniza o surge para reparar o dano daquele que se encontra lesionado e sem expectativa de retornar a sua condi o ao exato estado em que se encontrava Por m como n o poss vel na maioria das vezes a indeniza o vem em forma de pagamento em pec nia a fim de se restabelecer o status anterior do agente ainda que de forma valorada para compensar o dano causado Segundo Belmonte 2001 p 23 Responsabilidade civil o dever garantido por lei obriga o ou contrato de reparar no campo civil o dano moral ou patrimonial causado por ato pr prio do agente ou por pessoa animal coisa ou atividade sob sua tutela Annibal Fernandes 2003 aponta a poss vel forma de responsabilidade civil qual seja na modalidade objetiva apresentada por mais de uma corrente doutrin ria Segundo ele Para essa corrente o empres rio deveria indenizar o dano decorrente do infort nio mesmo sem que houvesse falta impon vel a quem quer que fosse O empregador sendo o propriet rio assumia a responsabilidade pelo dano ainda mesmo que este fosse acarretado por outros trabalhadores animais ou coisas FERNANDES 2003 p 51 A teoria objetiva acabou por eliminar a necessidade de demonstra o de culpa com rela o aos v rios graus existentes vez que por exemplo basta apenas que o empregador seja dono do m
31. o de trabalhadores exige m todos mais eficazes e flex veis de trabalho em meio ao avan o tecnol gico que propicie maior rendimento Diante da cria o de aparelhamento com tecnologia avan ada conectividade ilimitada wireless e de f cil transporte por serem port teis as empresas tendem a acompanhar tal evolu o por meio da cria o do teletrabalho Segundo Boucinhas 2012 p 8 Embora o ambiente tradicional propicie maior controle e intera o f sica entre as pessoas as gera es X e Y tendem a rejeit lo por evidenciar rela es hier rquicas formalidade e burocracia Esses novos trabalhadores privilegiam a informalidade estruturas mais flex veis e com infraestrutura tecnol gica As rela es nesse caso passam a ser muito mais virtuais do que f sicas Al m disso o foco em resultados permite mais autonomia na gest o do tempo o que propicia mais qualidade de vida uma vez que a decis o de como alocar as horas cabe ao profissional Inicialmente pode ser compreendido como uma categoria mais flex vel desenvolvida em locais escolhidos pelo teletrabalhador de acordo com o tempo e o modo determinado pelo mesmo Em contrapartida alguns autores entendem n o ser sin nimo de flexibiliza o por haver possibilidade de monitora o estipula o de regras e metas a serem seguidas Segundo Jack Nilles 1988 apud JARDIM 2003 p 53 primeiro autor a tratar do assunto com mais profundidade existem duas formas d
32. o est sob o poder de dire o de algu m Ao contr rio auto organiza e assim exerce a sua atividade profissional Desta forma o trabalho aut nomo pode ser entendido como sendo o desempenhado por atividade que se divide em duas teorias A primeira relaciona se pessoa f sica que 13 mant m a responsabilidade a sua conta em risco A segunda prende se a ideia de uso de instrumentos ou seja caso o equipamento seja de terceiro e entregue ao trabalhador resta caracterizado a condi o de empregado por outro lado caso seja equipamento pessoal do trabalhador ent o se trata de trabalhador aut nomo NASCIMENTO 2005 p 201 Ainda que a segunda teoria apontada anteriormente tenha fundamenta o doutrin ria vale ressaltar que a categoria de teletrabalho abrange a condi o de tele empregado que desempenhe atividade domiciliar com os equipamentos pr prios frente cl usula contratual mas que mant m a sua condi o de empregado Desta forma embora o teletrabalho se assemelhe ao trabalho aut nomo em um primeiro momento este possui principal caracter stica diferenciadora relacionada exist ncia de subordina o No teletrabalho ainda que se mantenha independ ncia funcional relacionada fixa o de hor rios por exemplo a depender do contrato de trabalho possuir subordina o 2 2 Origem e Desenvolvimento Regulamenta o O teletrabalho significa literalmente trabalho dist ncia referente a um trabalh
33. o j exaurido anteriormente 4 2 Fiscaliza o do ambiente de desempenho do teletrabalho Vale ressaltar inicialmente que nem sempre o teletrabalho ser executado a domic lio pois poder ser desempenhado de qualquer lugar a depender da escolha do empregado e do estipulado pelo empregador exatamente essa liberdade de escolha que faz 63 do teletrabalho uma modalidade em crescimento pela facilidade de execu o e pela organiza o do tempo por parte do executor Dever haver uma fiscaliza o do teletrabalhador e da efetiva o de tarefas no per odo determinado como de desempenho funcional Tal fiscaliza o poss vel atrav s do poder de dire o exercido pelo empregador Marthos da Silva explica como esse poder de dire o ser efetuado no teletrabalho Conforme segue Pode se entender ent o como sendo poder de dire o a prerrogativa que o empregador possui de determinar de que forma ocorrer a presta o de servi os por parte do empregado Ocorre o controle do empregador sobre o empregado e consequentemente a dire o sobre o mesmo quando quele d ordens de servi o a este No teletrabalho este poder diretivo poss vel e concretizado atrav s de equipamentos de monitoramento remoto onde o empregador capaz de fiscalizar a atividade do teletrabalhador SILVA 2011 p 217 J lio C sar Machado 2010 p 69 faz um levantamento em rela o s in meras possibilidades de mo
34. o valor pretendido ajusta se situa o posta em julgamento a compreender as 93 circunst ncias do caso a gravidade do dano a situa o da pessoa que lesa a condi o do lesado preponderando como orienta o central a ideia de san o do ofensor como forma de obstar a reitera o de casos futuros BITTAR Carlos Alberto A Repara o do dano moral Rio de Janeiro Forense p 89 O valor da indeniza o muito embora por vezes n o seja suficiente para apagar as marcas dos danos impostos n o deve servir para o enriquecimento injustificado da parte tamb m n o deve pouco significar para o patrim nio do lesante j que n o serviria para desestimul lo repeti o do ato 01287 2012 102 10 00 3 RO Primeira Turma Relatora Desembargador Pedro Luis Vicentin Foltran Publicado em 28 03 2014 Dispon vel em http trt 10 jusbrasil com br jurisorudencia 114687082 recurso ordinario ro 1287201210210003 df 01287 2012 102 10 00 3 ro inteiro teor 114687092 Acessado em 30 de mar o de 2014 BRASIL Tribunal Superior do Trabalho Recurso de Embargos RECURSO DE EMBARGOS INTERPOSTO SOB A GIDE DA LEI N 11 496 2007 INDENIZA O POR DANOS MORAIS ACIDENTE DO TRABALHO DOEN A PROFISSIONAL PRESCRI O 1 Orienta se o entendimento recente desta SBDI I no sentido de que a regra prescricional aplic vel pretens o relativa a indeniza o por danos morais decorrente de acidente do trabalho definida a partir da data em que a
35. por Marthos da Silva 2011 p 218 a intimidade corresponde parcela da privacidade em que o indiv duo resguarda para si de forma ntima protegida da intromiss o at mesmo daqueles que fazem parte de sua vida como a fam lia e amigos pr ximos Em dizeres mais simplistas a intimidade a liberdade do indiv duo de possibilitar a plena disponibilidade sobre a sua vida e sobre as suas rela es pessoais o direito de estar s SILVA 2011 p 218 O desenvolvimento do teletrabalho no domic lio do empregador gera grande incid ncia de confus o entre a vida profissional e a vida pessoal claro que o teletrabalho surge em meio necessidade de se manter mais conforto na realiza o de trabalho acarretando maiores desenvolvimentos e menos desgastes da sa da da resid ncia at a sa da do trabalho S o in meros os benef cios causados pela implementa o deste trabalho por m ainda existem quest es a solucionar Gl ria Rebelo compreende haver uma necessidade de colabora o entre todas as partes de uma rela o contratual de trabalho devendo colaborar com a fiscaliza o o pr prio empregador e at mesmo o Estado no que diz respeito vigil ncia dos direitos m nimos de condi o de trabalho Ainda em decorr ncia da colabora o faz se necess rio o apontamento de que o pr prio empregado dever participar por meio da concord ncia e da autoriza o do acesso sua resid ncia e da colabora
36. que passar o a acordar uma rela o onerosa de trabalho Desta forma as cl usulas devem ser bem espec ficas as condi es devem respeitar os direitos do trabalhador e devem estabelecer o retorno por meio do trabalho do empregado No teletrabalho n o muito diferente O contrato deve se manter bilateral de forma onerosa exigindo pessoalidade subordina o e estabelecendo a forma de remunera o e desempenho do trabalho Quando se celebra um contrato sem v nculo de emprego quer se dizer que existir o direito de receber pela presta o de servi o e a obriga o de prest lo por m sem v nculo de responsabilidades por parte do empregador vez que n o existe rela o de emprego por se tratar de uma modalidade aut noma O teletrabalho poder ser desenvolvido tanto na modalidade aut noma quanto em modalidade com v nculo empregat cio Ocorre que em se tratando de uma forma aut noma ainda assim haver subordina o pois difere da modalidade aut noma prestada na atividade comum de trabalho Quando se fala em teletrabalho aut nomo se quer dizer que o teletrabalhador poder exercer a sua atividade de forma mais livre sem muitas regras ou estipula es de produ o o que n o quer dizer que n o exista subordina o como afirma Karoline Marthos SILVA 2011 p 216 24 O teletrabalhador pode ser tanto empregado como trabalhador aut nomo sendo que a subordina o jur dica ou a telessubordina o em rela
37. reduzir as suas incid ncias vejamos A finalidade de evitar ou reduzir os riscos do trabalho sempre foi acentuada pelos estudiosos da quest o social e das atividades do trabalhador especialmente porque a cada dia com o crescimento no progresso da maquinaria e a inven o de novos instrumentos aumentam os riscos profissionais ARNALDO et al 2005 p 922 Diz o artigo 157 da CLT BRASIL 1943 que as empresas t m a obriga o de entregar os materiais necess rios para que se evite qualquer incidente e dever fiscalizar o seu uso frequente Vejamos Art 157 Cabe s empresas I cumprir e fazer cumprir as normas de seguran a e medicina do trabalho II instruir os empregados atrav s de ordens de servi o quanto s precau es a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doen as ocupacionais HI adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo rg o regional competente IV facilitar o exerc cio da fiscaliza o pela autoridade competente BRASIL 1943 A n o fiscaliza o por parte do empregador poder vir a causar o reconhecimento de falta grave a depender do grau do dano causado ao empregado Diz o art 158 da CLT BRASIL 1943 Art 158 Cabe aos empregados I observar as normas de seguran a e medicina do trabalho inclusive as instru es de que trata o item II do artigo anterior II colaborar com a empresa na aplica o dos dispositivos deste Cap tulo P
38. responsabilidade subjetiva a qual exige a comprova o do dano independente do grau em que fora sofrido bastando apenas a sua exist ncia Nas palavras de Luciano Salem SALEM 2004 p 452 A responsabilidade subjetiva se alicer a na culpa pressup e culpa por negligencia imper cia ou imprud ncia Denominada tamb m de teoria da culpa ou subjetiva pressupondo a culpa como fundamento da responsabilidade civil Nesta teoria n o havendo culpa n o h responsabilidade civil porque a ideia de culpa passa a ser um requisito necess rio para a indeniza o do dano causado Muito mais o dolo se mostrar obviamente como pressuposto da responsabilidade civil Assim dentro esse conceito o causador do dano somente ser responsabilizado civilmente se agiu com dolo ou culpa SALEM 2004 p 452 O C digo Civil Brasileiro adota a responsabilidade subjetiva como regra geral a qual necessita da comprova o da culpa e a comprova o de nexo de causalidade e n o define quais os graus de culpa apenas estipula quais os casos expressos em lei dever o respeitar a responsabilidade civil subjetiva Por m o mesmo C digo em artigos esparsos tamb m adota a responsabilidade objetiva O art 186 do C digo Civil BRASIL 2002 assim demonstra a aplicabilidade da responsabilidade subjetiva Art 186 Aquele que por a o ou omiss o volunt ria neglig ncia ou imprud ncia violar direito e causar dano a outrem ain
39. s o realizados fora da sede da empresa Por m o trabalho externo se caracteriza como sendo aquele desenvolvido de forma livre em qualquer lugar que n o seja a empresa desde que n o tenha nenhum tipo de controle por parte do empregador o que n o ocorre com frequ ncia no teletrabalho que pauta se em diversos modos de fiscaliza o J o teletrabalho possui diverg ncia doutrinaria quanto a ser efetuado apenas em domic lio ou tamb m em qualquer lugar escolhido pelo trabalhador uma vez que necessita ser prestado por meio de uso da inform tica e telecomunica es Observado este ponto divergente aplica se ao caso do home 12 office de que a este tamb m incidem as regras do art 62 inciso I da CLT de forma paradigm tica BRASIL 1943 Note se que o entendimento de que poder ser o teletrabalho desenvolvido no domic lio ou em qualquer outro lugar que n o seja o da sede da empresa o mais razo vel j que a pr pria altera o do artigo 6 da CLT com o advento da Lei 12 551 11 BRASIL 2011 estabelece que deva ser executado no domic lio do empregado e o realizado dist ncia desde que estejam caracterizados os pressupostos da rela o de emprego Diante disso o teletrabalho passou a ter espa o na lei como reconhecida forma de trabalho externo que necessita do mesmo enquadramento que as demais modalidades de trabalho existentes 2 1 2 Diferen a entre trabalho aut nomo e teletrabalho O trabalho aut no
40. segundo Fincato 2008 p 158 159 ao citar o apontado por Thibault Aranda dever ser aplicada a invers o do nus da prova frente dificuldade de comprova o por parte do empregador Desta forma caber ao empregado comprovar que se acidentou enquanto estava em hor rio de trabalho Vejamos Mas e nos contratos com liberdade de hor rio como costuma ser na maioria dos casos de teletrabalho j que uma de suas destacadas vantagens Neste caso entendem os doutrinadores espanh is pela invers o do nus da prova ou seja incumbe ao teletrabalhador provar o nexo de causalidade ou como entre brasileiros se estabelece os fatos constitutivos de seu direito art 333 I do CPC FINCATO 2008 p 158 159 Por mais que o Judici rio Brasileiro tente se manter sempre atualizado frente aos casos em constante evolu o da sociedade n o fora poss vel encontrar jurisprud ncia a respeito do acidente do trabalho no teletrabalho especificamente Tal fato causou a motiva o do tema em estudo com base em uma solu o vi vel e razo vel a fim de se evitar que futuramente este caso passe despercebido A presente dificuldade n o fora apresentada apenas por parte desta pesquisa mas tamb m pelo Diretor Acad mico da Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades SOBRATT Manuel Mart n Pino Estrada 2012 p 6651 o qual aponta em sua pesquisa que n o achou ac rd o referente relacionado sobre aci
41. tecnologias e computadores por exemplo Tal equipara o d lugar inclus o de fiscaliza o de pausas para que haja o controle e preven o de doen as no caso do teletrabalho j que os operadores do teletrabalho est o ligados intimamente ao uso de computadores e constante digita o o que disp e a S mula n 346 do Tribunal Superior do Trabalho DIGITADOR INTERVALOS INTRAJORNADA APLICA O ANAL GICA DO ART 72 DA CLT mantida Res 121 2003 DJ 19 20 e 21 11 2003 Os digitadores por aplica o anal gica do art 72 da CLT equiparam se aos trabalhadores nos servi os de mecanografia datilografia escritura o ou c lculo raz o pela qual t m direito a intervalos de descanso de 10 dez minutos a cada 90 noventa de trabalho consecutivo Aponta Denise Pires Fincato 2009 p 120 que a import ncia da pausa de dez minutos a cada noventa minutos trabalhados corresponde necessidade de o trabalhador utilizar esse tempo para alongar as m os bra os e coluna inclusive com a interrup o e travamento do pr prio sistema de inform tica pode ser medida eficaz na preven o de doen as como Les es por Esfor os Repetitivos LER ou Doen as Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho DORT FINCATO 2009 p 120 Ainda na vis o de Pires Fincato 2009 p 120 existe a preven o por meio de avisos aos empregados por parte do empregador com rela o utiliza o das ferramentas
42. trabalho nos termos do artigo anterior as seguintes entidades m rbidas I doen a profissional assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exerc cio do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva rela o elaborada pelo Minist rio do Trabalho e da Previd ncia Social II doen a do trabalho assim entendida a adquirida ou desencadeada em fun o de condi es especiais em que o trabalho realizado e com ele se relacione diretamente constante da rela o mencionada no inciso I 1 N o s o consideradas como doen a do trabalho a a doen a degenerativa b a inerente a grupo et rio c a que n o produza incapacidade laborativa d a doen a end mica adquirida por segurado habitante de regi o em que ela se desenvolva salvo comprova o de que resultante de exposi o ou contato direto determinado pela natureza do trabalho BRASIL 1991 O art 21 da mesma lei equipara a acidente do trabalho tamb m os atos de terrorismo praticado por terceiros ofensa f sica intencional inclusive de terceiros por disputa relacionada ao trabalho dentre outros Leia se Art 21 Equiparam se tamb m ao acidente do trabalho para efeitos desta Lei I o acidente ligado ao trabalho que embora n o tenha sido a causa nica haja contribu do diretamente para a morte do segurado para redu o ou perda da sua capacidade para o trabalho ou produzido les o que exija aten o m dica p
43. uma fun o compat vel com sua situa o p s acidente quando no retorno ao trabalho SALEM 2004 p 77 A estabilidade provis ria do trabalhador ser mantida pelo prazo de um ano ap s o retorno empresa cessado o pagamento do benef cio previdenci rio pago pelo INSS de acordo com as regras previstas no art 118 da Lein 8 213 91 Vejamos Art 118 O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida pelo prazo m nimo de doze meses a manuten o do seu contrato de trabalho na empresa ap s a cessa o do aux lio doen a acident rio independentemente de percep o de aux lio acidente 34 Cairo J nior 2010 p 652 entende que condi o sine qua non para a aquisi o da referida estabilidade provis ria o pr vio recebimento do beneficio previdenci rio Desta forma f cil perceber que o trabalhador dever estar sempre amparado pelo judici rio seja na esfera trabalhista seja na previdenci ria seja na penal ou seja na esfera c vel gerando desta forma adequa o do direito j existente a cada caso concreto 3 2 Responsabilidade civil por acidente do trabalho Ao longo dos anos a responsabilidade c vel se modificou em acompanhamento evolu o do pr prio Direito do Trabalho Antes para que houvesse a caracteriza o da responsabilidade c vel e a devida indeniza o em meio ao acidente do trabalho fazia se necess ria a comprova o de culpa grave do empregad
44. vigor ou seja 11 1 2003 e findando em 11 1 2006 4 Ajuizada a presente a o em 8 3 2004 n o h prescri o a ser decretada relativamente pretens o repara o por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente do trabalho 5 Recurso de embargos conhecido e provido E RR 293 2004 01 1 03 00 4 Rel Min L lio Bentes Corr a DJ 16 10 09 Dispon vel em http brs02 tst jus br cgi bin nph brs d ITRE amp sl amp sectl 1 amp s2 2938 amp s3 2004 amp s4 011 amp s5 03 amp s6 00 amp s9 amp s10 amp sll amp s12 amp s20 amp s21 amp s7 amp s24 amp s8 amp s13 8s14 27011 278s15 2703 27 amp s16 270 0 27 amp s17 amp s18 amp s19 amp s25 amp s22 amp s23 amp s26 amp pg l ALL amp pg2 NUMT amp pg3 ANOT amp pe4 amp pg5 amp pg6 amp pg7 amp pg8 TIPT amp pg9 GABT amp pgl0 GABT amp pg11 GABT amp pg12 GABT amp pg13 amp pgl4 VART amp pg15 TRIT amp pgl6 SEQT amp pg17 COOJ amp pg18 amp pgl9 amp p g20 amp pg21 amp pg22 amp pg23 amp pg24 EMEN amp sect2 1 amp u http 3A 2F 2Fwww3 tst jus br W2Fwww3 tst jus br 2Fjurisprudencia 2Fn brs 2Fn nspit 2Fn nspitgen un html amp p 1 amp r 0 amp f S amp 1 0 Acessado em 07 de janeiro de 2014 BRASIL Tribunal Superior do Trabalho Recurso de Embargos INDENIZA O POR DANOS MORAIS DOEN A PROFISSIONAL PRESCRI O TRIENAL REGRA DE TRANSI O Tratando se de pretens o de indeniza o por dano moral decorrente doen a profissional tendo os eventos danosos ocorrido em maio d
45. voca do evento danoso Ocorrido o acidente ou cientificada a parte da incapacita o ou redu o da sua capacidade laboral em ocasi o posterior ao advento da Emenda Constitucional n 45 2004 por meio da qual se definiu a compet ncia da Justi a do Trabalho para processar e julgar tais demandas a prescri o incidente a prevista no artigo 7 XXIX da Constitui o da Rep blica porquanto indiscut vel a natureza trabalhista reconhecida ao evento Contrariamente verificado o infort nio anteriormente entrada em vigor da referida emenda constitucional prevalece a prescri o civil em face da controv rsia que pairava nas Cortes quanto natureza do pleito circunst ncia que n o pode ser tomada em desfavor da parte 2 Na presente hip tese a les o restou configurada com a demiss o da autora portadora de doen a profissional ocorrida em 30 1 2001 ou seja em data anterior edi o da Emenda Constitucional n 45 2004 A prescri o incidente portanto a civil com a regra de transi o consagrada no artigo 2028 do C digo Civil de 2002 porquanto n o transcorridos mais de dez anos at a data da entrada em vigor do referido C digo 3 Assim em face da regra contida no indigitado dispositivo de lei for oso concluir que a prescri o aplic vel no presente caso a trienal estabelecida no artigo 206 3 V do novel C digo Civil iniciando se a contagem a partir da sua entrada em vi
46. 3 O contrato de trabalho para a grande maioria da doutrina visto como uma concep o mista de teorias Quando a CLT fora editada os aspectos de determina o de contrato de trabalho acabaram por estipular a necessidade de acordo entre as partes segundo a teoria contratualista e institucionalista quando fala em rela o de emprego MARTINS 2002 p 100 Josaph Santos 2002 p 52 compreende que a natureza jur dica do contrato de trabalho se mant m determinada em meio a duas categorias para al m da teoria contratualista existe tamb m a teoria anticontratualista E o que segue Agrupam se em duas grandes categorias as diversas doutrinas que procuram revelar a natureza jur dica do contrato individual de trabalho De um lado os que defendem a orienta o latina com a teoria contratualista e do outro lado a teoria anticontratualista de origem econ mica Teoria Contratualista sustenta que o v nculo entre empregado e empregador tem natureza de acordo de vontades portanto um contrato art 442 da CLT Teoria Anticontratualista para esta o v nculo entre empregado e empregador n o um contrato Neste caso a admiss o do empregado n o tem natureza negocial contratual o empregado simples come a a trabalhar art 9 e artigo 444 da CLT SANTOS 2002 p 52 O art 444 da CLT BRASIL 1943 mostra bem a teoria contratualista quando identifica a possibilidade de livre estipula o de contrato por ambas
47. 51 Segundo a Constitui o Federal de 1988 BRASIL 1988 em seu art 7 inciso XXVIII ser responsabilizado o empregador a indenizar o empregado acidentado quando 40 tiver dado causa ao acidente por sua culpa ou dolo nao informando o grau de culpa ou dolo Nestes termos Art 7 Sao direitos dos trabalhadores urbanos e rurais al m de outros que visem melhoria de sua condi o social XXVIII seguro contra acidentes de trabalho a cargo do empregador sem excluir a indeniza o a que este est obrigado quando incorrer em dolo ou culpa BRASIL 1988 Luciano Salem 2004 p 19 ainda aponta a lei do risco qual basta que se tenha a comprova o de ocorr ncia do acidente do trabalho para se ter o dever de indenizar por parte do empregador ignorando a necessidade de comprova o de dolo ou culpa por parte do empregado ou por parte do empregador e incluindo assim na responsabilidade objetiva do empregador Com o levantamento da lei do risco apontado pela doutrina o direito trabalhista como um todo estaria merc da inseguran a jur dica vez que bastaria a ocorr ncia do acidente para se caracterizar a responsabilidade de indenizar Assim a comprova o de inexist ncia de acidente estaria atrelada comprova o de m f por exemplo Ocorre que a teoria do riso esta atrelada ao fato de estar o empregador frente a uma atividade de risco iminente e inerente a profiss o desta forma justo se
48. 950 par grafo nico do CCB n o confere potestade absoluta ao credor inclusive pela inexist ncia de direito com tal fei o no ordenamento jur dico Para a incid ncia do preceito h de aflorar a irreversibilidade do dano requisito presente na hip tese dos autos 2 A fixa o da indeniza o n o tem assento na mera multiplica o do valor mensal devido ao empregado a t tulo de pens o pelo n mero de meses necess rios ao atingimento da expectativa m dia de vida pois do 47 importe compat vel com a antecipa o das parcelas vincendas preservando do equil brio entre o princ pio da restitutio in integrum e a veda o ao enriquecimento sem causa 01633 2011 009 10 00 9 RO Relator Desembargador Jo o Am lcar Acord o 2 Turma BRASIL 2011 Sempre que o acidente do trabalho gerar dano material dever ocorrer indeniza o como forma de devolu o daquilo que fora perdida uma vez que o mesmo bem n o poder ser reposto ao status anterior O dano material poder ser calculado com base no mesmo valor do preju zo e quando se tratar de perda de membro superior como bem aponta Salem o valor dever ser aproximado aos poss veis ganhos futuros referentes quela perda caso n o tivesse havido o chamado lucro cessante 3 2 2 Dano moral Inicialmente de forma ampla e exemplificativa Belmonte 2001 p 69 70 define a diferencia o de danos patrimoniais e morais como sendo Os danos decorrentes das rela
49. GO 7 INCISO XXVII DA CONSTITUI O EM DETRIMENTO DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA CONSAGRADA NO NICO DO ARTIGO 927 DO C DIGO CIVIL DE 2002 SUPREMACIA DA NORMA CONSTITUCIONAL INAPLICABILIDADE DA REGRA DE DIREITO INTERTEMPORAL DO 1 DO ARTIGO 2 DA LICC I sabido que o acidente de trabalho e a mol stia profissional s o infort nios intimamente relacionados ao contrato de emprego e por isso s os empregados que t m direito aos benef cios acident rios da ser impondo a conclus o de a indeniza o prevista no artigo 7 inciso XXVIII da Constitui o se caracterizar como direito genuinamente trabalhista II Essa conclus o n o infirm vel pela vers o de a indeniza o prevista na norma constitucional achar se vinculada responsabilidade civil do empregador Isso nem tanto pela evid ncia de ela reportar se na realidade ao artigo 7 inciso XXVIII da Constitui o mas sobretudo pela constata o de a pretens o 10 indenizat ria provir n o da culpa aquiliana mas da culpa contratual do empregador extra da da n o observ ncia dos deveres contidos no artigo 157 da CLT III Sendo assim havendo previs o na Constitui o da Rep blica sobre o direito indeniza o por danos material e moral provenientes de infort nios do trabalho na qual se adotou a teoria da responsabilidade subjetiva do empregador n o cabe trazer cola o a responsabilidade objetiva de que trata o nico do artigo 927 do C digo
50. I BRASIL 1988 como sendo direito dos trabalhadores incluindo aqueles que desempenham trabalho urbano ou rural sem diferencia o Vejamos Art 7 S o direitos dos trabalhadores urbanos e rurais al m de outros que visem melhoria de sua condi o social XXVIII seguro contra acidentes de trabalho a cargo do empregador sem excluir a indeniza o a que este est obrigado quando incorrer em dolo ou culpa BRASIL 1988 sabido que antes do Decreto n 3 048 99 ligado Previd ncia Social e demais provid ncias indenizat rias havia tratamento diferenciado queles que desempenhavam suas atividades no ambiente rural daqueles que os faziam em ambiente urbano e sobre os empregados dom sticos Por m ap s a Constitui o Federal e o decreto supracitado tal diferencia o n o permaneceu quebrando se desta forma qualquer tratamento desigual NETO 2001 p 16 Vieira 2005 conceitua acidente do trabalho como sendo todo aquele que ocorre sem que haja uma previs o pr via aquele que ocorre independente da vontade do trabalhador e quando este menos espera o acidente do trabalho gera algum tipo de les o desde a les o 29 f sica at mesmo a les o psicol gica todos interligados pelo desempenho da atividade o que se segue Todo acidente geralmente uma ocorr ncia violenta e repentina com consequ ncias normalmente imprevis veis e s vezes at catastr ficas em que todos traba
51. III da Constitui o a partir da superveni ncia da norma do nico do artigo 927 do C digo Civil de 2002 n o se aplicando evidentemente a regra de Direito Intertemporal do 1 do artigo 2 da LICC Recurso conhecido e desprovido TST RR 1 832 2006 026 12 00 4 Turma Rel Min Barros Levenhagen DJ 24 10 2008 grifo nosso BRASIL 2008 Por outro lado por mais que o TST mantenha a linha reiterada dos julgamentos pela condi o de reconhecimento da responsabilidade civil na modalidade subjetiva como regra geral n o retira a possibilidade de julgados de casos concretos aplicando a responsabilidade objetiva do acidente do trabalho quando compreende apenas a necessidade de comprova o de que houve dano capaz de repara o por parte do agente causador em se tratando de atividade que gere risco inerente No julgado abaixo por exemplo ainda que o caso em quest o seja compreendido com enquadramento na responsabilidade subjetiva o TST entende que haver responsabiliza o objetiva quando estiver frente a uma atividade que traga a previsibilidade de risco futuro por exemplo ACIDENTE DE TRABALHO CULPA DO EMPREGADOR TEORIA SUBJETIVA DO RISCO TEORIA OBJETIVA No Direito Brasileiro a responsabilidade indenizat ria pressup e a ocorr ncia concomitante do dano do nexo causal e da culpa do empregador Sem a conjuga o de todos esses requisitos 36 n o se ha falar em responsabilidade Regra geral a an
52. M QUE MESMO FORA DO AMBIENTE LABORAL O TRABALHADOR SE ENCONTRA DESENVOLVENDO ATIVIDADE EM PROL DO EMPREGADOR INGEST O DE CAF E TABAGISMO FORA DO ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL TOR O DE TORNOZELO EVENTO QUE N O SE EQUIPARA A 81 ACIDENTE DE TRABALHO NEXO DE CAUSALIDADE COM O LABOR PRESTADO EM PROL DA RECLAMADA INEXISTENCIA A Lei n 8 213 91 ao equiparar ao acidente de trabalho os eventos a que faz alus o no seu art 21 IV tem por escopo proteger o empregado todas as vezes que mesmo fora do estabelecimento empresarial se ativar em prol do empregador Necess rio portanto o nexo de causalidade entre o acidente sofrido e o trabalho prestado fora do ambiente laboral Na hip tese dos autos a tor o do tornozelo da reclamante ocorreu quando ela encontrava se ingerindo caf e praticando tabagismo fora do estabelecimento empresarial motivo por que ausente o indispens vel nexo de causalidade ao reconhecimento de que o infort nio de que foi v tima a autora equipara se ao acidente de trabalho a que alude a legisla o tutelar do prestador de servi os subordinados Recurso de revista conhecido e provido RECURSO DE REVISTA PRESCRI O RECOLHIMENTOS PREVIDENCI RIOS As contribui es previdenci rias revestem se de natureza acess ria em rela o s verbas decorrentes da rela o de trabalho encontrando se sujeitas portanto mesma prescri o a elas aplic vel ou seja aquela prevista no artigo 7 XXIX da Co
53. Portaria do Minist rio do Trabalho n 3 214 78 Denise Pires faz uma 74 observa o quanto norma regulamentar n mero 17 a qual muito embora trate de uma das modalidades do teletrabalho qual seja o telemarketing n o abrange toda a categoria A fim de se utilizar de par metro a autora compreende que esta previs o dever ser compreendida como aquela que abarca todas as formas de teletrabalho ante a falta de regulamenta o profunda do assunto Aponta que a Portaria do Minist rio do Trabalho de n 3 214 78 que institui as normas regulamentares sobre sa de seguran a e medicina do trabalho norma que visa prevenir qualquer adversidade ao trabalhador que possa ser gerada de seu trabalho bem como institui penalidades no caso de descumprimento As Normas Regulamentares ou como conhecidas as NR s estipulam condi es ou par metros m nimos sobre diversos enfoques desde ilumina o at mat rias de trabalho a fim de evitar se les es f sicas e ps quicas que o trabalho e o meio ambiente onde desenvolvido possam causar ao trabalhador Com rela o ao teletrabalho a Portaria n 3 214 78 possui uma NR que trata especificamente de uma das possibilidades de teletrabalho o trabalho realizado em teleatendimento telemarketing NR 17 em seu anexo II FINCATO 2009 p 108 Deste modo ainda que o teletrabalho n o possua uma larga regulamenta o em rela o seguran a do trabalho e havendo
54. Recurso de revista conhecido e provido RR 79400 14 2002 5 03 0025 Relator Ministro Renato de Lacerda Paiva Data de Julgamento 07 05 2008 2 Turma Data de Publica o DJ 13 06 2008 grifo nosso BRASIL 2008 Compreende ainda que o acidente do trabalho abrange a forma subjetiva de responsabiliza o devendo ser comprovada a sua exist ncia ACIDENTE DE TRABALHO RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR SUBJETIVA Consoante o entendimento sedimentado nesta Corte a responsabilidade a ser imputada ao empregador em caso de acidente de trabalho a subjetiva Assim n o estando comprovada a culpa ou o dolo por parte do 35 empregador n o se fala em responsabiliza o por danos materiais e morais Recurso de revista conhecido e n o provido TST RR 740 2006 009 05 00 5 Turma Rel Min Emmanoel Pereira DJ 31 10 2008 grifo nosso BRASIL 2008 Em julgado ao RR 1 832 2006 esclarece que a depender do caso em concreto a responsabilidade subjetiva se sobrep e responsabilidade objetiva RECURSO DE REVISTA INDENIZA O POR DANOS PROVENIENTES DE INFORT NIOS DO TRABALHO RESPONSABILIDADE SUBJETIVA DO EMPREGADOR DE QUE TRATA O ARTIGO 7 INCISO XXVII DA CONSTITUI O EM DETRIMENTO DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA CONSAGRADA NO NICO DO ARTIGO 927 DO C DIGO CIVIL DE 2002 SUPREMACIA DA NORMA CONSTITUCIONAL INAPLICABILIDADE DA REGRA DE DIREITO INTERTEMPORAL DO 1 DO ARTIGO 2 DA LICC I sabido que o acidente de tr
55. S MATERIAIS E MORAIS DANOS ESTETICOS AUSENCIA DE CULPA CONCORRENTE NUS DA PROVA ARTIGOS 818 CLT E 333 CPC Consoante disp e o artigo 186 do C digo Civil Aquele que por a o ou omiss o volunt ria neglig ncia ou imprud ncia violar direito e causar dano a outrem ainda que exclusivamente moral comete ato il cito A necessidade de estabelecer o liame causal como requisito da indeniza o funda se na conclus o l gica de que ningu m deve responder por dano a que n o tenha dado causa No que tange ao acidente de trabalho insta salientar a responsabilidade objetiva do empregador que na qualidade de gerenciador das atividades laborais assume os riscos do empreendimento e tem o dever de zelar pelo ambiente de trabalho de modo a torn lo seguro a seus empregados inclusive com o fornecimento de equipamentos de prote o individual artigo 166 CLT Todavia tal presun o poder ser elidida pela prova de que o empregado por dolo ou por culpa tenha provocado o acidente ou que de qualquer modo tenha concorrido para seu resultado No caso em tela n o restou demonstrado que o reclamante tivesse provocado o acidente ou concorrido de algum modo para o resultado deste artigos 818 da CLT e 333 II do CPC TRT 10 RO 00966201181110002 DF 00966 2011 811 10 00 2 RO Primeira Turma Relator Desembargador Dorival Borges de Souza Neto Data de Publica o 07 03 2014 no DEJT Dispon vel em _ http trt 10 jusbrasil com br jurisprudenc
56. a SALEM 2004 p 449 Por mais que se trate de causador de dano trabalhista que ser responsabilizado perante o Juizado Especial Criminal n o h que se falar em prejudic lo em rela o aos benef cios estipulados pela lei vez que acima de tudo um cidad o comum que faz jus aos benef cios constitucionais Luciano Salem 2004 aponta que Com efeito n o pode o Magistrado a despeito de o autor do fato demonstrar estar desprovido de pec nia para ressarcir o dano negar a concess o da suspens o do processo no momento de sua propositura sempre claro ter ele preenchido os requisitos objetivo subjetivos SALEM 2004 p 448 Segundo o art 935 do C digo Civil BRASIL 2002 a responsabilidade civil independente da criminal e n o poder haver mais contesta o dos fatos mas apenas no que disser respeito ao dano que ainda n o fora reparado por motivos alheios a esfera c vel Vejamos Art 935 A responsabilidade civil independente da criminal n o se podendo questionar mais sobre a exist ncia do fato ou sobre quem seja o seu autor quando estas quest es se acharem decididas no ju zo criminal BRASIL 2002 Da mesma forma o art 91 inciso I do C digo Penal BRASIL 1940 descreve como efeito da condena o a certeza da obriga o ou seja uma vez decretada a decis o gerar titulo executivo judicial possibilitando a cobran a na esfera c vel Art 91 S o efeitos da condena
57. a It lia pela Lei n 533 de 11 de agosto de 1973 Surgiu para a prote o do trabalhador aut nomo a fim de conferir maior seguran a e rapidez quanto s solu es jur dicas Para Jair Teixeira a parassubordina o estaria ligada a uma subordina o com certa autonomia caracter stica do trabalho aut nomo Os trabalhadores aut nomos possuem contrato de trabalho e s o subordinados mas conseguem manter certa autonomia no trabalho Afirma que A parassubordina o seria uma categoria intermedi ria entre a subordina o e a autonomia tendendo a ser muito utilizada por empregados que det m uma grande especializa o REIS 2007 p 84 No teletrabalho ainda que as caracter sticas de desenvolvimento de trabalho n o possuam regras fixas como o que ocorre no trabalho tradicional possui autonomia sem perder de vista a subordina o existente entre empregado e empregador Ainda que seu enquadramento pare a ser poss vel afirma o autor que a parassubordina o acaba se confundindo com a pr pria subordina o vez que a autonomia presente no teletrabalho diferente do trabalho aut nomo REIS 2007 p 84 Desta forma por mais que a parassubordina o seja utilizada para a prote o dos trabalhadores aut nomos n o poder ser enquadrada quanto ao teletrabalho por se confundir com o conceito de subordina o Assim quanto ao teletrabalho ainda que exista autonomia e flexibilidade aplica se o conceito de subordina
58. a e previdenci rio v 24 n 279 p 85 105 set 2012 Direito do Trabalho 27 ed S o Paulo Atlas 2011 Direito do Trabalho 15 ed S o Paulo Atlas 2002 NASCIMENTO Amauri Mascaro Inicia o ao Direito do Trabalho S o Paulo LTr 2005 NETO Jos Salem Acidente do trabalho na teoria e na pr tica 2 ed S o Paulo 2001 REBELO Gl ria Teletrabalho e privacidade contributos e desafios para o Direito do Trabalho RH Lda Lisboa 2004 REIS Jair Teixeira dos Subordina o jur dica e o trabalho dist ncia LTr S o Paulo 2007 SALEN NETO Jos Princ pios do Direito do Trabalho na pr tica Campinas Servanda 2002 Acidentes do trabalho na teoria e na pr tica 2 ed S o Paulo LTr 2001 SALEM Luciano Rossignolli Pr tica forense nos acidentes do trabalho S o Paulo JH Mizuno 2004 SANTOS Josaph Francisco dos Inicia o ao Direito do Trabalho Rio de Janeiro Am rica Jur dica 2002 SILVA Karoline Marthos da Com controlar quem n o visto Breves reflex es sobre o exerc cio do poder de vigil ncia sobre o teletrabalhador e suas implica es jur dicas Revista Trabalhista direito e processo v 10 n 37 p 211 221 jan mar 2011 SOARES Leandro Nascimento Prescri o e indeniza es por acidente de trabalho S o Paulo LTr 2011 TEIXEIRA J NIOR Jos Guido Quantifica o dos danos morais e materiais e o acidente do trabalho no setor sucroalcooleiro
59. abalho como a de n o concorr ncia durante certo tempo mediante o pagamento de uma indeniza o b 25 cl usula de exclusividade para n o divulgar dados de interesse do empregador Pessoas n o autorizadas n o poderiam ter acesso a dados incluindo por exemplo a esposa do empregado e seus filhos etc c cl usula de utiliza o pessoal e exclusivamente em servi o do material do empregador como para prote o a disquete da mem ria do computador etc MARTINS p 100 Para al m do que j fora dito o contrato de trabalho poder ser por tempo indeterminado ou por tempo determinado basta que haja acordo entre as partes e estipula o em contrato mas a forma mais tradicional o contrato por tempo determinado como demonstrado no art 443 da CLT BRASIL 1943 Art 443 O contrato individual de trabalho poder ser acordado t cita ou expressamente verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado 1 Considera se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vig ncia dependa de termo prefixado ou da execu o de servi os especificados ou ainda da realiza o de certo acontecimento suscet vel de previs o aproximada 2 O contrato por prazo determinado s ser v lido em se tratando a de servi o cuja natureza ou transitoriedade justifique a predetermina o do prazo b de atividades empresariais de car ter transit rio c de contrato de experi ncia BRASIL 194
60. abalho etc Ainda de acordo com J lio C sar Machado 2010 p 72 existem mecanismos pr prios de identifica o do uso dos equipamentos de trabalho do empregado por mais que o computador utilizado esteja no modo off line Vejamos embora a conex o entre os computadores seja off line permanece plena a possibilidade de fiscaliza o dos trabalhos desempenhados pelo trabalhador atuais recursos tecnol gicos existentes na rea de programas de computador softwares permitem que a cada conex o com o computador central sejam transferidos de forma autom tica arquivos de registro detalhando o n mero de toques no teclado o n mero de vezes em que foram pressionados os bot es do mouse quais arquivos foram impressos hor rio de in cio e fim da jornada di ria MACHADO 2010 p 72 Vale ressaltar que para al m da fiscaliza o do desempenho profissional o empregador deve estar atento s manobras do empregado em rela o s fraudes e a comprova o de efetivo trabalho a fim de recebimento de indeniza o futura Duarte 2005 67 p 58 destaca que Caso se verifique que o empregado home office esta descumprindo a regra apenas para forjar provas de extrapola o de jornada cabe adverti lo suspend lo e at rescindir seu contrato gradativamente caso haja reincid ncia Tudo evidentemente se o profissional n o estiver de fato trabalhando para a empresa o que se for a hip tese justifica o pa
61. abalho e a mol stia profissional s o infort nios intimamente relacionados ao contrato de emprego e por isso s os empregados que t m direito aos benef cios acident rios da ser impondo a conclus o de a indeniza o prevista no artigo 77 inciso XXVIII da Constitui o se caracterizar como direito genuinamente trabalhista II Essa conclus o n o infirm vel pela vers o de a indeniza o prevista na norma constitucional achar se vinculada responsabilidade civil do empregador Isso nem tanto pela evid ncia de ela reportar se na realidade ao artigo 7 inciso XXVIII da Constitui o mas sobretudo pela constata o de a pretens o 10 indenizat ria provir n o da culpa aquiliana mas da culpa contratual do empregador extra da da n o observ ncia dos deveres contidos no artigo 157 da CLT III Sendo assim havendo previs o na Constitui o da Rep blica sobre o direito indeniza o por danos material e moral provenientes de infort nios do trabalho na qual se adotou a teoria da responsabilidade subjetiva do empregador n o cabe trazer cola o a responsabilidade objetiva de que trata o nico do artigo 927 do C digo Civil de 2002 IV Isso em raz o da supremacia da norma constitucional ainda que oriunda do Poder Constituinte Derivado sobre a norma infraconstitucional segundo se constata do artigo 59 da Constitui o pelo que n o se pode absolutamente cogitar da revoga o do artigo 7 inciso XXV
62. acordo com as defini es que achar pertinente frente s condi es de cada regi o O que existe uma s rie de previs es nos artigos das chamadas Leis P blicas Pino Estrada p 48 50 em estudo ao tratamento do teletrabalho nos Estados Unidos faz o levantamento do n mero das leis que falam sobre o assunto S o elas Lei P blica 108 447 divis o B 622 dezembro de 8 2004 Lei P blica 108 199 divis o B 627 janeiro de 23 2004 Lei P blica 106 346 359 outubro de 23 2000 Lei p blica 105 277 ato Omnibus da apropria o t tulo IV 630 outubro de 21 1998 e Lei P blica 104 52 620 31 USC 1348 Nov de 1995 No Brasil n o se utilizam outras leis como comparativo mas se usa a lei j existente em rela o ao trabalho tradicional como analogia j que o teletrabalho necessita de solu es trabalhistas assim como nas demais categorias 2 2 1 Legisla o no Brasil a respeito do teletrabalho O teletrabalho foi inicialmente introduzido no Brasil em meados dos anos 80 segundo o Ministro Guilherme Augusto BASTOS 2013 acessado em 09 de fev 2014 Pela primeira vez o Estado se manifestou expressamente por meio da Lei 12 551 2011 BRASIL 2011 reconhecendo o teletrabalho quando alterou de forma significativa o rol de trabalhos realizados fora da sede da empresa entendidos anteriormente como sendo aqueles desenvolvidos apenas em casa Por m a sua altera o apenas incluiu o reconhecimento dos teletrabalha
63. acordo com o artigo 442 da CLT BRASIL 1943 o contrato individual de trabalho ser todo acordo expresso ou t cito entre empregado e empregador que corresponda rela o de emprego com o devido preenchimento dos requisitos de pessoalidade subordina o onerosidade de forma n o eventual e prestado por pessoa f sica O teletrabalho tamb m dever se prender aos requisitos impostos como regra geral de acordo de contrato de trabalho por n o possuir regulamenta o pr pria Vejamos Art 442 Contrato individual de trabalho o acordo t cito ou expresso correspondente rela o de emprego Par grafo nico Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa n o existe v nculo empregat cio entre ela e seus associados nem entre eles e os tomadores de servi os daquela BRASIL 1943 Para fins de contrata o o acordo dever ser livre entre as partes e aceito por ambos respeitando sempre os direitos e os deveres que ser o cumpridos ao longo do tempo Segundo S rgio Pinto Martins 2012 p 100 cl usulas espec ficas devem ser analisadas frente flexibiliza o de trabalho e ao modo de desenvolvimento do mesmo que poder manusear importantes documentos por exemplo de interesse da empresa De acordo com sua vis o a respeito das cl usulas contratuais Em decorr ncia do tipo de informa o a que o empregado tem acesso haver necessidade de estabelecer certas cl usulas no contrato de tr
64. ade com a amplia o da Lei 12 551 2011 em seu art 6 n o fora suficiente apenas o acr scimo deste artigo vez que a falta de legisla o pr pria acaba por gerar d vidas quanto solu o de problemas espec ficos sendo necess rio o uso da analogia Um dos principais problemas que se transformou em tema deste trabalho acad mico se encontra na incid ncia de acidentes de trabalhos no teletrabalho estes s o em rela o sua identifica o como se dar o controle do trabalho no ambiente domiciliar s quest es que envolvem a prote o da privacidade ao uso de equipamentos fornecidos pelo empregador ao uso de equipamentos pr prios do empregado por fim como se dar a subordina o O acidente do trabalho gera d vidas quanto ao seu reconhecimento j que outros aspectos acabam por influenciar sua comprova o em meio a esta nova modalidade de trabalho que ainda possui muitas caracter sticas pr prias n o previstas em lei 4 1 Aspectos referentes subordina o trabalhista e a pessoalidade condi es de reconhecimento de rela o de trabalho Os arts 2 e 3 da CLT BRASIL 1943 apresentam a necessidade de haver sempre pessoalidade e subordina o para que haja o reconhecimento da rela o de emprego Em an lise dos artigos anteriormente citados se observa que necess ria a presen a de depend ncia e de fiscaliza o de tarefas entre empregado e empregador e de pessoalidade exercida por parte do e
65. ade f sica ou no seu patrim nio O agente passivo que sofre um dano material aquele que sofre uma perda Assim por exemplo o empregado que em um acidente do trabalho perde anatomicamente um dos membros superiores e tem sua capacidade limitada sofreu um dano material O empregado que teve sua imagem lesada sofreu um dano material Assim tamb m a pessoa que tem seu ve culo roubado sofreu um dano material no seu patrim nio E todo dano causado h que ser ressarcido Dano material como o pr prio nome prenuncia causa preju zo de ordem material repar vel monet ria e matematicamente em pec nia podendo ser calculado na exata medida da perda SALEM 2004 p 474 Para Teixeira J nior 2011 p 114 Dano material a les o que provoca preju zo ou perda de bem patrimonial o dano que repercute sobre o conjunto de bens da v tima aplic veis economicamente Entende o mesmo autor 2011 p 115 que Toda ofensa a um bem jur dico gera como consequ ncia a obriga o de indenizar Assim quando o acidente do trabalho provoca dano material ou patrimonial surge o dever de repara o por meio de indeniza o pelo agente respons vel guardando se equival ncia ou proporcionalidade em rela o ao preju zo financeiro sofrido pela v tima TEIXEIRA J NIOR 2011 p 115 46 E importante frisar que Se a perda for f sica em consequ ncia de um acidente a per cia que vai determinar o quantum indenizat r
66. ade subjetiva derivada de culpa ou dolo do agente da les o em mat ria trabalhista CF art 7 XXVIII 2 In casu o Regional confirmou a senten a condenat ria de pagamento de indeniza o por danos morais e materiais decorrentes de acidente de trabalho sob o fundamento de que a responsabiliza o da Empregadora seria objetiva na forma do art 927 par grafo nico do CC na medida em que desempenha atividade empresarial intrinsecamente perigosa transporte e seguran a de valores Conforme analisado pela Corte Regional verificou se que o assalto que resultou no bito do Ex Empregado n o decorreu de ato culposo ou doloso atribu vel Empregadora mas de fato relacionado a terceiros qual seja os assaltantes que utilizaram armas calibre ponto 50 capazes de perfurar a blindagem do carro forte no qual estava o de cujus 3 el trica Lei 7 369 85 art 1 o que descartaria em tese Se por um lado a norma civil n o alcan a a esfera trabalhista iluminada pelo comando constitucional do art 7 XXVIII por outro nenhuma atividade laboral est infensa a riscos de acidente no pr prio dizer de Guimar es Rosa 37 em sua epopeia Grande Sert o Veredas viver muito perigoso mas a CLT somente admite o adicional de 11 periculosidade para as atividades de risco acentuado nsito ao manuseio de explosivos inflam veis art 193 e energia a invoca o da responsabilidade objetiva por risco em rela o ao setor
67. ais categorias o teletrabalho necessita de provas documentais virtuais contratuais etc para que haja a aferi o de horas trabalhadas de quantas horas foram ultrapassadas de como se deu o acidente de trabalho dentre outros Afirma Marthos da Silva que Constr i se uma ativa o autom tica na pr pria consci ncia do trabalhador de uma vigil ncia totalizadora MARTHOS DA SILVA 2011 p 218 Desta forma o uso de um mecanismo cotidiano de vigil ncia em que embora se tenha liberdade para desempenhar a atividade a presta o de contas em rela o ao cumprimento dos objetivos e de reclama es em rela o s altera es no ambiente de trabalho ou at mesmo da sua sa de levar o a um menor risco de surgimentos de acidentes gerando preven o do mesmo pela habitualidade de fiscaliza o criada pelo mecanismo tecnol gico e pela mente de empregado em manter se atento Ao se posicionar frente ao ponto de vista do empregador com rela o ao monitoramento do teletrabalhador Duarte 2005 p 54 55 compreende que ele deve abster se de tal fiscaliza o quando o seu interesse for o de n o efetuar o pagamento de horas extras por exemplo Afirma que por se tratar de uma categoria desenvolvida no domic lio do empregado por exemplo o controle de todas as formas de desenvolvimento de tarefas por meio de presta o de contas n o seria interessante a fim de reconhecimento de hora extra trabalhada Ainda que haja in meras deci
68. al de sua prefer ncia Muitas vezes a confian a tanta que d lugar falta de lealdade por parte do teletrabalhador gerando desta forma preju zos empresa que poder vir a ter por exemplo a revela o de um segredo ou at mesmo o desempenho de fun o por parte do trabalhador para outra empresa quando na verdade deveria trabalhar de forma exclusiva Em trecho nas palavras de Winter 2005 p 131 o que levaria a pratica de trabalhar para outros empregadores durante a jornada prevista pelo empregador Diante do explicitado embora esta flexibiliza o de trabalho venha alcan ando mais espa o a cada ano que se passa e a cada gera o nova que surge com sede de mudan as de paradigmas o que se deve preservar s o as condi es de vida e de sa de dos trabalhadores observando as vantagens e desvantagens de trabalho que ser desempenhado no domic lio por exemplo e as vantagens preponderando desta forma o melhor para o trabalhador Embora as desvantagens aparentem serem muitas as vantagens devem ser destacadas de forma significativa Esta modalidade tem despertado muito interesse para ambas as partes da rela o contratual e at mesmo para trabalhadores aut nomos que tamb m fazem parte do teletrabalho uma vez que apresentam melhor autonomia e at mesmo mais tempo de lazer para se desfrutar com a fam lia dentre outros que ser o destacados a seguir As vantagens na utiliza o do teletrabalho como profiss
69. alho que sequer est o previstos no decreto acima mencionado Para Luciano Salem e Din Salem 2004 p 23 a defini o de acidente do trabalho de uma forma bem abrangente estaria ligada a todos os tipos de acidentes ocorridos em ambiente de trabalho e at mesmo fora dele desde que possuam um nexo de causalidade em rela o ao desempenho da fun o Em palavras literais afirmam que Antes de qualquer informa o insta DEFINIR o que seja ACIDENTE DO TRABALHO Genericamente e leigamente todo acidente sofrido ou doen a adquirida pelo empregado quando em desempenho de sua fun o empregat cia ou nas depend ncias da empresa ou ainda a caminho de ida e ou volta ao servi o mesmo n o estando exatamente no desempenho das suas fun es laborais SALEM 2004 p 23 A Lei n 8 213 de 24 de julho de 1991 BRASIL 1991 assim define acidente do trabalho em seu art 19 Art 19 Acidente do trabalho o que ocorre pelo exerc cio do trabalho a servi o da empresa ou pelo exerc cio do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art 11 desta Lei provocando les o corporal ou perturba o funcional que cause a morte ou a perda ou redu o permanente ou tempor ria da capacidade para o trabalho BRASIL 1991 J no art 20 a lei referida anteriormente equipara doen a profissional e doen a do 30 trabalho a acidente do trabalho BRASIL 1991 Art 20 Consideram se acidente do
70. anismos que possam evitar o seu acontecimento ACIDENTE DE TRABALHO DANOS MATERIAIS E MORAIS DANOS EST TICOS AUS NCIA DE CULPA CONCORRENTE NUS DA PROVA ARTIGOS 818 CLT E 333 CPC Consoante disp e o artigo 186 do C digo Civil Aquele que por a o ou omiss o volunt ria neglig ncia ou imprud ncia violar direito e causar dano a outrem ainda que exclusivamente moral comete ato il cito A necessidade de estabelecer o liame causal como requisito da indeniza o funda se na conclus o l gica de que ningu m deve responder por dano a que n o tenha dado causa No que tange ao acidente de trabalho insta salientar a responsabilidade objetiva do empregador que na qualidade de gerenciador das atividades laborais assume os riscos do empreendimento e tem o dever de zelar pelo ambiente de trabalho de modo a torn lo seguro a seus empregados inclusive com o fornecimento de equipamentos de prote o individual artigo 166 CLT Todavia tal presun o poder ser elidida pela prova de que o empregado por dolo ou por culpa tenha provocado o acidente ou que de qualquer modo tenha concorrido para seu resultado No caso em tela n o restou demonstrado que o reclamante tivesse provocado o acidente ou concorrido de algum modo para o resultado deste artigos 818 da CLT e 333 II do CPC TRT 10 RO 00966201181110002 DF 00966 2011 811 10 00 2 RO Relator Desembargador Dorival Borges de Souza Neto Data de Julgamento 26 02 2014 1 Turma
71. aquin rio e que o acidente do trabalho tenha ocorrido nas suas depend ncias para 42 caracterizar a responsabilidade e consequentemente gerar a indeniza o basta a comprova o de culpa Teixeira Junior 2011 p 85 ao tratar da responsabilidade objetiva tamb m afirma n o ser necess ria a comprova o de culpa do agente e com base nos ensinamentos de Jos de Aguiar afirma que Na responsabilidade objetiva para o ressarcimento do dano n o se exige prova de culpa do agente pois ela presumida ou objetivamente prevista por lei Conforme Dias no sistema objetivo responde se sem culpa ou melhor esta indaga o n o tem lugar DIAS apud TEIXEIRA J NIOR 2011 p 85 Em defini o responsabilidade objetiva Belmonte 2001 p 43 explica a exist ncia de duas teorias a teoria do risco proveito e a teoria do risco criado A teoria do risco criado prop e a repara o de todos os preju zos causados como decorr ncia de pr pria atividade exercida em proveito do causador enquanto a teoria do risco proveito sustenta que aquele que obt m o proveito de uma atividade l cita deve indenizar as v timas de acidentes por ela provocadas como ocorre com o patr o que ao utilizar m o de obra em proveito de sua empresa deve indenizar o empregado vitimado por acidente de trabalho BELMONTE 2001 p 43 Mas para Luciano Salem SALEM 2004 al m da responsabilidade na modalidade objetiva existe tamb m a
72. ar grafo nico Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada a observ ncia das instru es expedidas pelo empregador na forma do item II do artigo anterior b ao uso dos equipamentos de prote o individual fornecido pela empresa BRASIL 1943 Vale ressaltar que para al m da fiscaliza o por parte do empregador as SRTE s Superintend ncias Regionais do Trabalho e Emprego dever o manter a fiscaliza o do ambiente das empresas com rela o ao cumprimento da seguran a do trabalho e da medicina legal Diz o art 156 da CLT BRASIL 1943 Art 156 Compete especialmente s Delegacias Regionais do Trabalho nos limites de sua jurisdi o I promover a fiscaliza o do cumprimento das normas de seguran a e medicina do trabalho II adotar as medidas que se tornem exig vel em virtude das disposi es deste Cap tulo determinando as obras e reparos que em qualquer local de trabalho se fa am necess rias III impor as penalidades cab veis por descumprimento das normas constantes deste Cap tulo nos termos do Art 201 BRASIL 1943 72 Entende Arnaldo 2005 p 923 ser necess rio uma preven o de acidentes de trabalho at mesmo em rela o sociedade como um todo ante ao enfrentamento de preconceitos que o trabalhador enfrentara perante a sociedade caso mantenha algum tipo de les o grave e que poderia ter sido evitada Aponta que Do conjunto de medidas precon
73. ar preju zo ou proporcionar proveito c em viagem a servi o da empresa inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacita o da m o de obra independentemente do meio de locomo o utilizado inclusive ve culo de propriedade do segurado d no percurso da resid ncia para o local de trabalho ou deste para aquela qualquer que seja o meio de locomo o inclusive ve culo de propriedade do segurado BRASIL 1991 Ou seja estando o empregado em desenvolvimento de trabalho por ordem do empregador ter direito responsabilidade deste com rela o ao pagamento de seus direitos trabalhistas para fins de responsabilidade do empregador e de reconhecimento de seguro do trabalho como bem previsto pela lei 8 213 91 4 6 Prevencoes dos tipos de acidente e doen a do trabalho no teletrabalho Hoje em dia existem v rias formas para se prevenir o aparecimento de doen as profissionais e para impedir acidentes do trabalho Gin sticas laborais pausas para descanso rod zio nas fun es e outras formas vem sendo instaladas nas empresas como pol tica de preven o e preocupa o com a sa de dos empregados Acontece que no teletrabalho n o diferente Para al m dessas formas com exce o do rod zio de tarefas entre funcion rios existem maneiras pr prias de se evitar o desgaste o aparecimento de doen as espec ficas desta modalidade e os acidentes de trabalho Com rela o ao contr
74. ara a sua recupera o II o acidente sofrido pelo segurado no local e no hor rio do trabalho em consequ ncia de a ato de agress o sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho b ofensa f sica intencional inclusive de terceiro por motivo de disputa relacionada ao trabalho c ato de imprud ncia de neglig ncia ou de imper cia de terceiro ou de companheiro de trabalho d ato de pessoa privada do uso da raz o e desabamento inunda o inc ndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de for a maior III a doen a proveniente de contamina o acidental do empregado no exerc cio de sua atividade IV o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e hor rio de trabalho a na execu o de ordem ou na realiza o de servi o sob a autoridade da empresa b na presta o espont nea de qualquer servi o empresa para lhe evitar preju zo ou proporcionar proveito c em viagem a servi o da empresa inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacita o da m o de obra independentemente do meio de locomo o utilizado inclusive ve culo de propriedade do segurado d no percurso da resid ncia para o local de trabalho ou deste para aquela qualquer que seja o meio de locomo o inclusive ve culo de propriedade do segurado 1 Nos per odos destinados a refei o ou descanso ou por ocasi o da satisfa o de outras n
75. as demais empresas que pensam em incluir o teletrabalho Ocorre que ainda que mantenha o intuito de estimular o teletrabalho nas suas depend ncias o Tribunal Superior do Trabalho gera certa diferencia o entre os empregados que desempenha a atividade em seu estabelecimento daqueles que desempenham a atividade nas depend ncias no domic lio Desta maneira ao apontar que haver possibilidade de 80 desempenho da atividade por meio do teletrabalho escolha do empregado estipulando um aumento de produ o de no m nimo 15 para aqueles que optarem por tal trabalho age em desconformidade com o prop sito de tal categoria Desta forma para al m do tratamento desigual entre trabalhadores age de forma desestimuladora e de aproveitamento do trabalhador retirando uma das ess ncias do teletrabalho qual seja a de n o sobrecarregar o empregado ocasionando desgastes futuros Ainda que o TST possua o trabalho em quest o em efetivo crescimento dentro do rg o n o existem julgados acerca do acidente do trabalho e responsabilidade do empregador no teletrabalho em domic lio Existem julgados em rela o ao aferimento de horas extras no teletrabalho outra preocupa o frente flexibiliza o a fiscaliza o e a comprova o e tamb m em rela o ao reconhecimento de subordina o mas n o em rela o ao objeto de estudo Desta forma resta a an lise de julgados referentes ao reconhecimento de direitos indeniza o por acid
76. as partes ressalvadas s disposi es referentes prote o ao trabalho das quais existem para manter o equil brio entre a rela o de hipossufici ncia entre empregado e empregador a fim de evitar os abusos na rela o de trabalho quando se tem maior necessidade em rela o aos ndices de procura de emprego Vejamos 26 Art 444 As rela es contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipula o das partes interessadas em tudo quanto n o contravenha s disposi es de prote o ao trabalho aos contratos coletivos que lhes sejam aplic veis e s decis es das autoridades competentes BRASIL 1943 Amauri Mascaro Nascimento 2005 compreende se tratar sim de uma rela o contratualista haja vista que ainda que o empregador estipule boa parte das condi es de trabalho caber tamb m ao empregado estipular suas condi es de aceita o como por exemplo em rela o ao sal rio e carga hor ria de desempenho da atividade Desta forma ainda que haja um controle estatal a fim de se garantir igualdade entre a rela o das partes e a fim de evitar o esmagamento do empregador em rela o s condi es do empregado ainda assim existira livre contrata o entre ambos Vejamos Desse modo em conclus o o v nculo entre empregado e empregador e de natureza contratual ainda que no ato que lhe deu origem nada tenha sido literalmente ajustado mas desde que a presta o de servi os se tenha in
77. ausal s ser afastado em casos de culpa exclusiva da v tima 44 ou em caso fortuito ou de for a maior Afora essas hip teses o nexo entre a causa do dano e a responsabilidade do agente dever ser sempre comprovada Diante de um caso de culpa exclusiva da v tima o dever de indenizar por parte do empregador deixa de existir Ainda que n o haja previs o expressa no C digo Civil a doutrina e a jurisprud ncia reconhecem o afastamento da indeniza o quando o dano tenha sido gerado por culpa exclusiva da v tima VENOSA 2004 p 46 47 Em rela o ao caso fortuito e de for a maior sua afastabilidade prende se ao fato de ter o C digo Civil previsto a n o responsabiliza o do devedor quanto a preju zos causados nesta condi o Diz o art 393 do CC BRASIL 2002 Art 393 O devedor n o responde pelos preju zos resultantes de caso fortuito ou for a maior se expressamente n o se houver por eles responsabilizado Par grafo nico O caso fortuito ou de for a maior verifica se no fato necess rio cujos efeitos n o era poss vel evitar ou impedir BRASIL 2002 Afora tais condi es de afastamento da responsabilidade do empregador resta a necessidade de tratar a respeito da culpa concorrente dos agentes da rela o trabalhista A culpa concorrente ocorrer quando ambas as partes derem causa ao dano sofrido passando a dividir a responsabiliza o e consequentemente o valor da indeniza o O que n o quer d
78. balho este afirma entender como mais preciso o prazo prescricional de tr s anos estipulados pelo C digo Civil de 2002 em seu artigo 206 3 V Por conseguinte revendo a posi o at ent o adotada cremos que o mais correto a aplica o do prazo prescricional de tr s anos previsto neste ultimo dispositivo legal para a pretens o de repara o civil mesmo no que concerne a indeniza es ou danos morais ou est ticos SOARES 2011 p 86 O entendimento do Tribunal Superior do Trabalho atrav s da decis o de Subse o I Especializada em Dissidios Individuais SBDI I no sentido de que a pretens o de indeniza o decorrente de dano gerado no acidente do trabalho dever seguir o prazo prescricional de tr s anos quando tenha sido iniciada na vig ncia do C digo Civil de 2002 e anterior a Emenda Constitucional n 45 2004 Ademais seguir o o prazo prescricional de tr s anos quando n o tenham transcorrido mais da metade do prazo com rela o ao per odo estipulado polo C digo Civil de 1916 Vejamos 55 RECURSO DE EMBARGOS INTERPOSTO SOB A EGIDE DA LEI N 11 496 2007 INDENIZACAO POR DANOS MORAIS ACIDENTE DO TRABALHO DOEN A PROFISSIONAL PRESCRI O 1 Orienta se o entendimento recente desta SBDI I no sentido de que a regra prescricional aplic vel pretens o relativa a indeniza o por danos morais decorrente de acidente do trabalho definida a partir da data em que a parte tem ci ncia inequ
79. bilidade subjetiva do empregador Dessa forma imprescind vel a ocorr ncia da culpa empresarial para o surgimento do dever de indenizar que entretanto consoante o quadro expresso pelo Regional n o foi comprovada Recurso de Revista conhecido e n o provido RR 11500 03 2002 5 24 0066 Terceira Turma Relator Min Carlos Alberto Reis de Paula Data de Publica o DEJT 24 10 2008 Dispon vel em lt https aplicacaoS tst jus br consultaunificada2 gt Acesso em 15 de dezembro de 2013 BRASIL Tribunal Superior do Trabalho Recurso de Revista RECURSO DE REVISTA INDENIZA O POR DANOS MORAIS E MATERIAIS ASSALTO AO CARRO FORTE EM QUE LABORAVA O EX EMPREGADO BITO INEXIST NCIA DE NEXO DE CAUSALIDADE DE CULPA OU DOLO DA RECLAMADA RESPONSABILIDADE OBJETIVA INAPLICABILIDADE CF ART 7 XXVIII 1 Para a exist ncia do dever de reparar o dano causado alguns pressupostos devem estar presentes sem os quais o pr prio instituto da responsabilidade n o pode subsistir quais sejam o dano experimentado pelo ofendido a a o ou a omiss o do causador o nexo de causalidade e a culpa ou o dolo Trata se do estabelecimento do nexo causal entre les o e conduta omissiva ou comissiva do empregador sabendo se que o direito trabalhista brasileiro alberga t o somente a teoria da responsabilidade subjetiva derivada de culpa ou dolo do agente da les o em mat ria trabalhista CF art 7 XXVIII 2 In casu o Regional confirmou a se
80. ca o DEJT 24 10 2008 grifo nosso BRASIL 2008 Em an lise ao segundo caso o TST compreende que a teoria objetiva mais uma vez s poderia ser arguida frente ao risco inerente da atividade com rela o ao empregador de forma direta Ainda que a profiss o de transporte e seguran a de valores mantenha riscos inerentes atividade possibilitando desta forma o levantamento da responsabilidade objetiva no caso em tela o fato gerador do dano fora causado por terceiro afastando a culpa do empregador no dever de zelar pela seguran a dos empregados vez que o carro fora atingido por calibre superior ao suportado pela blindagem do veiculo de transporte de valores Vejamos RECURSO DE REVISTA INDENIZA O POR DANOS MORAIS E MATERIAIS ASSALTO AO CARRO FORTE EM QUE LABORAVA O EX EMPREGADO BITO INEXIST NCIA DE NEXO DE CAUSALIDADE DE CULPA OU DOLO DA RECLAMADA RESPONSABILIDADE OBJETIVA INAPLICABILIDADE CF ART 7 XXVIII 1 Para a exist ncia do dever de reparar o dano causado alguns pressupostos devem estar presentes sem os quais o pr prio instituto da responsabilidade n o pode subsistir quais sejam o dano experimentado pelo ofendido a a o ou a omiss o do causador o nexo de causalidade e a culpa ou o dolo Trata se do estabelecimento do nexo causal entre les o e conduta omissiva ou comissiva do empregador sabendo se que o direito trabalhista brasileiro alberga t o somente a teoria da responsabilid
81. cipal preocupa o diz respeito a poss veis modifica es no ordenamento jur dico j existente Diante de tal levantamento Leonaldo Silva LEONALDO SILVA apud WINTER 2005 p 25 26 afirma existirem duas vertentes a respeito do tema quais sejam a primeira defende a ideia de modifica o do Direito do Trabalho e a flexibiliza o do direito paternalista em rela o aos empregados por acreditar que estes possuem livre arb trio nas decis es e livre condi o de modificar os contratos e fazer exig ncias De tal forma n o seria mais necess rio interven o do Estado ao acreditar serem os empregados a parte mais fraca da rela o contratual j a segunda corrente entende que devem ser mantidas as regras vigentes uma vez que por anos se lutou para obter tais benef cios custa de muita dificuldade n o devendo desta forma ser abandonado t o facilmente apenas pelo surgimento desta flexibiliza o de trabalho De acordo com Winter 2005 o Direito do Trabalho deve sim pautar se em poss veis modifica es para o alcance do crescimento do pr prio direito do trabalho e alcance das novas modalidades de trabalho em busca sempre do equil brio Por m acredita que as mudan as devem ocorrer de forma progressiva e n o agindo de forma comparativa a outros 15 pa ses e atropelando desta forma a evolu o de nosso pa s que visivelmente n o a mesma dos demais Nas palavras da escritora 2005 p 27 Sem d
82. condi o de empregado j que possuir a garantia de retorno s condi es anteriores ao teletrabalho 28 3 ACIDENTE DE TRABALHO Uma das maiores preocupa es do exerc cio de qualquer atividade est ligada aos riscos que a mesma pode vir a proporcionar O acidente do trabalho por mais que seja constante a depender da classe de trabalho vem ocupando cada vez mais espa o no mundo atual frente preocupa o com o bem estar dos funcion rios e com o melhor desenvolvimento de cada classe com base em maior fiscaliza o e rigor em rela o ao estruturamento a fim de evitar e diminuir os registros de acidente do trabalho Na atualidade as empresas s o obrigadas a se preocupar n o somente com o resultado final de cada tarefa que lhe trar lucro mas tamb m com o bem estar e com a qualidade de vida de seus funcion rios Preven es de acidentes do trabalho podem ser vistas por meio dos rod zios nas fun es estabelecidas pelas empresas pausas para descanso pausas para gin stica laboral dentre outros Por mais que se tenham preven es eficazes a respeito do acidente do trabalho ainda n o suficiente pois s o constantes registros de acidentes causados muitas vezes por falta de equipamentos adequados ou at mesmo por falta de fiscaliza o por parte do empregador 3 1 Conceitos e diferencia es A prote o contra o acidente do trabalho est previsto na Constitui o Federal em seu art 7 inciso XXVII
83. da empresa no percurso para casa estivesse em condu o fornecida pelo empregador e a culpado acidente tivesse sido por exemplo do motorista da empresa n o resta d vida caberia a uma a o c vel indenizat ria contra a empresa por culpa c vel alicer ada no C digo Civil e C digo de Processo Civil mas n o na Lei Previdenci ria 8 213 91 que fundamenta a a o infortun stica contra INSS SALEM 2004 p 18 Mais importante que se falar nos direitos que cada empregado possui ao se acidentar no trabalho ou fora dele desde que contenha nexo de causalidade s o os cuidados e precau es que devem existir a fim de se evitar tais acidentes Para tanto dever existir uma pol tica de precau es tanto por parte de entes respons veis quanto por parte do empregador Vieira 2005 afirma existirem cinco entidades oficiais que s o respons veis pela fiscaliza o do ambiente de trabalho e pelo acompanhamento do desempenho de fun es a fim de evitar poss veis acidentes S o elas A Minist rio do Trabalho e Emprego Secretaria de Seguran a e Sa de no Trabalho um rg o federal vinculado diretamente ao Minist rio Do Trabalho e Emprego tem fun o normativa sendo o respons vel pela pol tica governamental no campo da Seguran a e Higiene Industrial B DRT Servi os de Higiene e Seguran a do Trabalho Vinculado s Delegacias Regionais do Trabalho composto pelas se es de Sa de do Trabalho e de
84. da que exclusivamente moral comete ato il cito BRASIL 2002 Em explica o ao artigo citado anteriormente Teixeira J nior 2011 p 85 assim descreve 43 Em outras palavras provocada a culpa proveniente de neglig ncia imprud ncia ou imper cia ou o dolo inten o consciente que ocasione dano a outra parte haver responsabilidade do agente Ao contr rio n o havendo ato il cito baseado no dolo ou culpa inexiste responsabilidade de indenizar ou reparar o dano Vale ressaltar ainda que aquele que gera dano a outrem por ato il cito passar a ter o dever de indenizar segundo o artigo 927 nico do C digo Civil BRASIL 2002 Vejamos Art 927 Aquele que por ato il cito arts 186 e 187 causar dano a outrem fica obrigado a repar lo Par grafo nico Haver obriga o de reparar o dano independentemente de culpa nos casos especificados em lei ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar por sua natureza risco para os direitos de outrem BRASIL 2002 O pagamento de indeniza o s ser devido quando restar comprovada a culpa do empregador Para Teixeira J nior 2011 p 86 a indeniza o somente ser cab vel se estiverem presentes o dano acidente ou doen a o nexo de causalidade do evento com o trabalho e a culpa do empregador Da mesma forma entende Belmonte 2001 p 24 ao afirmar que ser o considerados requisitos de resp
85. de trabalho diante o risco que ter o empregado caso n o utilize as ferramentas com base nas explica es pr vias ou que n o indique a necessidade de manuten o das mesmas a fim de se evitar acidentes de trabalho pela falta de informa o Ainda compreende que por tratar se de uma categoria desenvolvida fora da sede da empresa dever haver uma forma eficaz de comunica o direta entre empregado e empregador para que haja questionamentos em caso de d vidas e a devida solu o do problema Por fim a mesma autora compreende que deve haver o acompanhamento psicol gico do empregado de forma gratuita e de acesso f cil a fim de se acompanhar a correspond ncia 79 corporal com a mental a fim de evitar doen as que est o intimamente ligadas ao isolamento e ao estresse principais causadoras de desequil brio mental capaz de gerar transtorno e insatisfa o no desenvolvimento do trabalho FINCATO out dez 2009 p 121 Desta forma a preocupa o deve voltar se n o para as causas p s acidentes de trabalho mas sim para a preven o de surgimento de doen as e de acidentes de trabalho O teletrabalho ainda est desamparado pela legisla o quanto aos seus aspectos principais s suas peculiaridades e at mesmo em rela o ao julgamento de acidentes do trabalho pois ainda n o existem Ainda assim n o existem motivos para fechar os olhos para essa nova classe de trabalhadores Pelo contr rio deve haver a inclus o do
86. dente de trabalho e a sua rela o como teletrabalho por esta raz o pelos conceitos supracitados entende que o fato de levar o trabalho para a casa ou para qualquer lugar seja o parque o t xi trem s tio fazenda etc o teletrabalhador subordinado est levando junto com ele o seu ambiente de trabalho portanto vai ter sim a exist ncia da probabilidade de acidente de trabalho e a sua respectiva indeniza o mesmo quando este trabalhador distancia estiver trabalhando em sua casa ou em qualquer lugar que ele escolha ESTRADA abr 2012 p 6651 Diante do exposto anteriormente n o existe espa o para a argumenta o de n o equipara o do reconhecimento do acidente do trabalho ou do aparecimento de doen as do trabalho no teletrabalho Ocorre que as causas dos acidentes e at mesmo as doen as que 77 venham a aparecer em decorr ncia do teletrabalho sao diferentes por conter caracteristicas pr prias Uma boa forma de demonstra o de reconhecimento quanto ao acidente de trabalho sofrido fora do local de trabalho consta do art 21 inciso IV da Lei 8 213 91 BRASIL 1991 Diz o artigo Art 21 Equiparam se tamb m ao acidente do trabalho para efeitos desta Lei IV o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e hor rio de trabalho a na execu o de ordem ou na realiza o de servi o sob a autoridade da empresa b na presta o espont nea de qualquer servi o empresa para lhe evit
87. do de outro modo utiliza o de fac s mile correio telefone convencional telex e tel grafo O slogan levar o trabalho ao trabalhador ao inv s do trabalhador ao local de trabalho foi extremamente tomado ao p da letra O teletrabalho apresenta assim uma variedade de caracter sticas heterog neas e no futuro um desenvolvimento maior ir dar um melhor sentido aos termos teleworking e telecommuting cunhados por Jack Nilles Por m de acordo com Marthos da Silva 2011 p 212 213 n o seria poss vel afirmar a origem do teletrabalho uma vez que existem v rias poss veis vertentes Afora as apresentadas anteriormente quais sejam os primeiros rumores de trabalho dist ncia em 1857 por meio de tel grafos descoberto por J Edgard Thompson e o reconhecimento do teletrabalho atrav s da proposta de Jack Nilles A autora apresenta uma terceira poss vel origem do teletrabalho Outra experi ncia conta que na Inglaterra em 1962 Stephane Shirley teria criado por um pequeno negocio chamado Freelance Programmers para ser gerido por ela em casa escrevendo programas de computador para empresas Em 1964 o Freelance Programmers j havia se tornado a F Internacional com mais 4 pessoas trabalhando e em 1988 era o F I Group PLC que contava com aproximadamente 1 100 teletrabalhadores Com a implementa o desta nova modalidade e flexibiliza o de trabalho surgem as d vidas referentes sua regulamenta o A prin
88. dores existentes mas n o estipulou as regras espec ficas que regulam o trabalho desta categoria Todavia existe um projeto de Lei n 4 505 A 2008 BRASIL 2008 que visa regulamentar as principais caracter sticas pr prias do teletrabalho mas que n o foi aprovado at o presente momento A Lei 12 551 11 alterou o art 6 da CLT BRASIL 1943 que passa a vigorar com um conceito mais amplo desta modalidade de trabalho abrangendo desta forma tamb m os teletrabalhadores n o distinguindo o trabalho realizado no estabelecimento do empregador do realizado no domic lio do empregado e do realizado dist ncia Preocupou se em equiparar os efeitos jur dicos das subordina es exercidas no teletrabalho por exemplo exercida por meios pessoais e diretos como o caso do trabalho tradicional Vejamos Art 6 N o se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador o executado no domic lio do empregado e o realizado a dist ncia desde que estejam caracterizados os pressupostos da rela o de emprego 17 Par grafo nico Os meios telem ticos e informatizados de comando controle e supervis o se equiparam para fins de subordina o jur dica aos meios pessoais e diretos de comando controle e supervis o do trabalho alheio BRASIL 1943 Observa se tamb m que a Constitui o Federal pro be a distin o entre a esp cie de emprego e a condi o de trabalhador Afirma em seu art 7
89. e responsabilidade objetiva nos casos em que dessa atividade surgisse risco potencial integridade f sica do trabalhador Por certo que o cumprimento do contrato de trabalho pode dar origem a les es seguran a ou sa de do trabalhador seja por meio das chamadas doen as ocupacionais profissionais ou do trabalho propriamente ditas ou pela ocorr ncia de acidente de trabalho em sentido estrito Maur cio Godinho Delgado Contudo imp e se reconhecer que a potencialidade do infort nio acompanha a realiza o do trabalho humano desde os prim rdios da humanidade reve o emprego de novas tecnologias e a globaliza o das atividades produtivas In casu o conjunto probat rio n o confirma a atua o culposa da empregadora no acidente porquanto ausente o necess rio nexo de causalidade com as atividades resultantes da execu o do contrato de trabalho raz o por que resta incab vel o acolhimento da pretens o inicial Recurso ordin rio conhecido e provido 00520 2008 111 10 00 5 RO Relatora Desembargadora Mazoni C rcio Ribiro 3 Turma BRASIL 2008 No segundo julgado entende que ainda que a responsabilidade subjetiva seja adotada por boa parte da doutrina no caso em quest o dever ser aplicada a responsabilidade objetiva por ter o empregador obriga o de manter as condi es de trabalho independente de oferecer risco ou n o como bem aponta a teoria do risco frente ao acidente de trabalho ocasionado por falta de mec
90. e 1999 e a a o ajuizada em 94 11 1 2006 e considerando se que na data da entrada em vigor do atual C digo Civil ainda n o havia transcorrido mais da metade do prazo prescricional de 20 anos CCB 1916 art 177 c c CCB 2002 art 2 028 incide a prescri o trienal prevista no art 206 3 do C digo Civil Brasileiro A prescri o prevista no art 7 inc XXIX da Constitui o da Rep blica incidir somente nos casos em que a les o se deu em data posterior vig ncia da Emenda Constitucional 45 2004 Recurso de Embargos de que se conhece e a que se d provimento E RR 227 2006 085 02 00 8 Data de Julgamento 20 08 2009 Relator Ministro Jo o Batista Brito Pereira Subse o I Especializada em Diss dios Individuais Data de Divulga o DEJT 28 08 2009 Disponivel em lt www jusbrasil com br diarios 42028328 tst 05 11 2012 pg 327 gt Acessado em 07 de janeiro de 2014 BRASIL Tribunal Regional do Trabalho Recurso Ordin rio HORAS EXTRAS TRABALHADOR EXTERNO CONTROLE DE JORNADA Para que o empregado se enquadre na exce o do art 62 I da CLT n o basta o exerc cio de atividade externa devendo haver impossibilidade do controle de jornada por parte da reclamada Restando provada a possibilidade de efetivo controle da jornada faz jus o empregado ao recebimento das horas extras laboradas Recurso desprovido TRT18 RO 0001029 21 2012 5 18 0008 Rel PAULO PIMENTA 2 TURMA 14 06 2013 BRASIL Tribunal
91. e armazenar dados e transmiti los para o fim desejado sem que este esteja de fato na empresa ou em suas proximidades pois para os meios de comunica o avan adas as barreiras de tempo e espa o se tornam menores Esse fato gera para o empregado satisfa o no trabalho devido flexibilidade e para o empregador agilidade na montagem do trabalho em si 2 1 Conceitos e Diferencia es O teletrabalho uma modalidade nova que pode ser desenvolvida longe da sede da empresa vinculada utilizando se de aparelhos de informatiza o e meios tecnol gicos compat veis com a fun o a ser desempenhada ou seja uma forma de emprego desenvolvido para a utiliza o de novas tecnologias visando novos meios de aperfei oamentos e utilizando o intelecto do empregado Com a evolu o tecnol gica se torna necess rio um maior aproveitamento de tarefas nas empresas visando um maior rendimento sejam elas com menores custos e mais flexibilidade eis que surge o chamado teletrabalho Utilizado de forma a dar maior autonomia ao trabalhador para que possa desempenhar sua atividade em domic lio ou caso se trate de uma modalidade mais flex vel em local de sua prefer ncia e visando o menor custo para o empregador uma vez que ter redu o de estrutura empresarial Tal categoria possui maior influ ncia no s culo XXI era da tecnologia avan ada Muito embora o trabalho presencial permane a com frequ ncia em grandes empresas a nova gera
92. e do empregado Aponta S rgio Pinto Martins 2012 p 96 que Entretanto o empregado pode ter o controle de sua atividade por interm dio do pr prio computador pelo n mero de toques por produ o por relat rios pelo hor rio da entrega dos relat rios ou do servi o etc Para que haja a identifica o da subordina o dever o ser analisados aspectos relacionados ao uso de equipamentos fornecidos pelo empregador presta o de contas ou controle da jornada de trabalho por exemplo dentre outros Ocorre que ainda que o teletrabalhador esteja utilizando os seus equipamentos poder haver o reconhecimento da subordina o Tal an lise deve sempre se basear primeiramente no estipulado no artigo 3 da CLT BRASIL 1943 que define empregado como aquele que presta servi o de forma n o eventual a empregador sob a sua depend ncia e mediante o recebimento de sal rio Em julgado a um caso espec fico de presta o de servi o na resid ncia da empregada com uso de telefone e de atividade desenvolvida pelo computador o TRT da 3 Regi o reconheceu o v nculo empregat cio e consequentemente a subordina o Vejamos EMENTA RELA O DE EMPREGO A presta o de servi os na resid ncia do empregado n o constitui empecilho ao reconhecimento da rela o de emprego quando presentes os pressupostos exigidos pelo artigo 30 da CLT visto que a hip tese apenas evidencia trabalho em domic lio Ali s considerando que a empresa
93. e fiscaliza o que antes era r gida e centralizada passar a ser atenuada e o conceito de subordina o dever se ajustar realidade a ser concebido numa perspectiva de rela o contratual AUTUORI e GREGORIN 2001 p 134 Desta forma Silva conclui que se observados os elementos caracterizadores da rela o de emprego quais sejam pessoalidade habitualidade subordina o onerosidade e pessoa f sica certamente o v nculo de emprego se perfectibilizar e considerar se assim empregado o teletrabalhador estando portanto sujeito s normas celetistas SILVA 2011 p 217 Diante disso resta caracterizar que o teletrabalho poder sim fazer jus ao v nculo empregat cio Basta que se preencham os requisitos de uma rela o de emprego e que se fa am comprovados mediante os meios admitidos em lei Por m ante a falta de regulamenta o espec fica as solu es se dar o em cada caso concreto No teletrabalho as provas poder o ser apresentadas por meio de e mails com o envio e o recebimento de confirma o de contrato o recebimento de fax contrato escrito dentre outros Como o teletrabalho envolve o uso de tecnologias nada mais natural que se aceite a comprova o tecnol gica como bem aponta S rgio Martins O empregado pode ser contratado pela Web Poder fazer prova da contrata o por interm dio de e mail Dependendo do caso a prova poder ser feita por criptografia que come a a se
94. e grande porte e trabalhadores da nova gera o que preferem ter maior qualidade de vida n o se podem fechar os olhos para as poss veis desvantagens tendentes a desmotivar parcela de teletrabalhadores O contrato de trabalho poder ter maior flexibilidade diante ao acordado entre teletrabalhador e empregado por m n o poder haver cl usulas abusivas prevalecendo sempre os direitos fundamentais m nimos j existentes na CF e na CLT Ocorre que embora possua v rias vantagens esta modalidade de trabalho vem acompanhada de v rios problemas que podem vir a gerar a insatisfa o e at mesmo preju zos para ambas s partes da rela o contratual em meio a poss veis n o observa es de regras b sicas que acompanham a categoria diferenciada Duarte 2005 p 50 51 aponta as principais desvantagens do teletrabalho De forma sucinta apresenta um rol exemplificativo a seguir Historicamente o trabalho em domic lio j foi duramente criticado pela doutrina trabalhista por entenderem os juristas que o empregado seria prejudicado por utilizar espa o de sua pr pria casa a energia el trica que ele mesmo pagar a maquinaria por mais rudimentar que esta seja de sua propriedade Outras caracter sticas negativas seriam a falta de colegas de trabalho a dificuldade em separar a vida pessoal da profissional a falta de metodologia as menores chances de ascens o na carreira uma maior probabilidade de demiss o em caso de grandes co
95. e meses necess rios ao atingimento da expectativa m dia de vida pois do importe compat vel com a antecipa o das parcelas vincendas preservando do equil brio entre o princ pio da restitutio in integrum e a veda o ao enriquecimento sem causa 01633 2011 009 10 00 9 RO Segunda Turma Relator Desembargador Jo o Am lcar Ac rd o Data da publica o 21 03 2014 Dispon vel em http trt 1 jusbrasil com br jurisprudencia 114420907 recurso ordinario ro 1633201100910009 df 01633 201 1 009 10 00 9 ro inteiro teor 114420917 Acessado em 25 de mar o de 2014 BRASIL Tribunal Regional do Trabalho Recurso Ordin rio DANO MORAL MENSURA O DO QUANTUM COMPENSAT RIO Doutrina e jurisprud ncia t m sedimentado que a fixa o do quantum compensat rio a ser arbitrado na repara o de dano moral deve ficar ao livre e prudente arb trio do magistrado nico legitimado a aferir a partir de seu convencimento a extens o da les o e o valor cab vel que a ela corresponda O ponto de partida para que o juiz proceda avalia o do dano moral ou seja estime o quantum reparat rio h de ser se presente o valor pedido pelo autor que em tese num primeiro momento obviamente seria o nico capaz de mensurar o quantum suficiente para minimizar os sentimentos de revolta e indigna o aliados ao natural desejo de punir voltado que est para a pr pria dor Num segundo instante caberia a interven o do juiz que passaria a apreciar se
96. e objetiva bastando se comprovar de acordo com a teoria do risco da atividade o dano e o nexo de causalidade entre este e a atividade desempenhada pela v tima Na esp cie conforme consignado no ac rd o regional restou provado o dano e o nexo causal do acidente com o trabalho do empregado de modo que deve responder a reclamada pelo pagamento da indeniza o correspondente Dessarte o Tribunal Regional ao excluir da condena o o pedido de pagamento das indeniza es por danos f sicos morais e financeiros sob o fundamento de que n o houve culpa por parte da r acabou por violar os arts 818 da CLT e 333 H do CPC tendo em vista que irrelevante a discuss o acerca do nus da prova da culpa da reclamada pois o elemento subjetivo n o constitui requisito necess rio para a responsabiliza o pelo acidente do trabalho Recurso conhecido e provido no item RR 385 2002 191 05 00 8 Terceira Turma Relatora Min Rosa Maria Weber DEJT 28 8 2009 Dispon vel em lt http tst jusbrasil com br jurisprudencia 5351714 recurso de revista rr 385001920025050191 38500 1920025050191 inteiro teor 11681542 Acesso em 15 de dezembro de 2013 BRASIL Tribunal Superior do Trabalho Recurso de Revista RECURSO DE REVISTA ACIDENTE DO TRABALHO INDENIZA O POR DANO MORAL E EST TICO RESPONSABILIDADE OBJETIVA NUS DA PROVA A an lise dos pleitos relativos indeniza o por dano moral e est tico em virtude de acidente do trabalho se d
97. e teletrabalho apresentados por ele como sendo o teleworking e telecommuting Este ltimo refere se a um trabalho tempor rio realizado fora da sede da empresa mas por determina o de prazo de realiza o J o primeiro diz respeito ao desempenho de atividade de forma duradoura tamb m longe da sede da empresa evitando desta forma o desgaste de locomo o do trabalhador at a sede da empresa Vejamos no trecho abaixo Os termos teleworking e telecommuting foram cunhados pela primeira vez pelo americano Jack Nilles Esse autor define Teleworking qualquer forma de substitui o de viagem ao local de trabalho pelas tecnologias da informa o tais como meios de telecomunica es e computadores movimentando se o trabalho ao trabalhador ao inv s de moverem se os trabalhadores ao local de trabalho Telecommuting trabalho peri dico realizado fora do escrit rio principal durante um ou mais dias da semana em casa do trabalhador no local do cliente ou em um centro de teletrabalho Como forma reconhecida de conceito a respeito do teletrabalho necess ria a apresenta o do ponto de vista da Organiza o Internacional do Trabalho OTT citado por Francisco das C Lima Filho jan 2012 p 34 quem estabeleceu o conceito de maneira expressa o teletrabalho a forma de trabalho realizada a partir de um lugar distante da empresa e ou estabelecimento que permite a separa o f sica entre o local de pr
98. ecentros ii teletrabalho em domic lio iii teletrabalho n made PEDREIRA 2000 apud AUTUORI e GREGORIN 2001 p 130 Paolo Pizzi 2000 apud AUTUORI e GREGORIN 2001 p 130 131 em continuidade ao explicitado anteriormente define cada divis o de teletrabalho da seguinte forma A primeira modalidade o teletrabalho em telecentros aquela relativa ao trabalho realizado em locais da pr pria empresa situadas por m fora do seu centro de produ o O local bem como os instrumentos de trabalho pertencem empresa que teria portanto maior controle sobre a atividade desenvolvida pelo teletrabalhador O teletrabalho em domic lio aquele executado pelo trabalhador em sua resid ncia ou em qualquer outro local por ele escolhido A terceira modalidade o teletrabalho n made relativa ao trabalho realizado por trabalhadores que n o t m um lugar fixo de presta o de servi o e que por isso passam a maior parte do tempo fora da empresa Finalmente ainda citada a exist ncia de uma quarta modalidade denominada teletrabalho transnacional na qual s o utilizados trabalhadores de v rias partes do mundo para realiza o de tarefas administrativas e de tratamento de textos atrav s de liga es eletr nicas Diante dos conceitos apresentados a conclus o poss vel de que o teletrabalho pode ser compreendido como sendo aquele desempenhado fora da sede da empresa seja de forma integral ou parcial Suas reg
99. ecessidades fisiol gicas no local do trabalho ou durante este o empregado considerado no exerc cio do trabalho 2 N o considerada agrava o ou complica o de acidente do trabalho a les o que resultante de acidente de outra origem se associe ou se superponha s consequ ncias do anterior BRASIL 1991 31 Um dos questionamentos de acidente do trabalho estava relacionado situa o de ter ocorrido o acidente no percurso da casa do trabalhador at ao local de trabalho ou vice e versa o chamado acidente de trabalho in intinere Alguns doutrinadores vinham admitindo a incid ncia dos mesmos direitos na esfera trabalhista para estes casos com incid ncia em acidente in intinere por m afastava a culpa do empregador gerando desta forma a impossibilidade de questionamentos na esfera c vel SALEM 2004 p 18 Em observa o aos questionamentos a respeito de acidente de trabalho in intinere Luciano Salem 2004 reconhece a responsabilidade apenas na esfera trabalhista do empregador e quanto aos direitos do empregado referentes ao pagamento dos quinze primeiros dias de aus ncia do trabalho estabilidade provis ria e comunica o esfera previdenci ria quando se tratar de acidente gerado no autom vel pr prio do empregado Mas levanta questionamento a respeito do acidente gerado por transporte oferecido pela pr pria empresa Agora supondo se que ao inv s de estar ele em sua condu o pr pria ao sair
100. egligencia imprud ncia ou imper cia Neste caso diferencia se da teoria do risco proveito pois o dano n o fora criado com o intuito de obter algum tipo de vantagem mas 41 criado pela inobserv ncia da empresa por exemplo CAVALIERI FILHO Sergio 2006 p 156 157 Por fim a teoria do risco integral pontua o dever do empregador responsabilizar se mesmo quando n o se tenha comprovado o nexo de causalidade ou at mesmo quando a culpa for do empregado Como o pr prio nome diz o empregador assume o risco integralmente de qualquer dano causado na dura o da profiss o Acontece que tal teoria fora adotada apenas em algumas circunstancias como por exemplo quando relacionado a danos o ao meio ambiente tamb m a atividades de explora o da atividade nuclear dentre outras CAVALIERI FILHO Sergio 2006 p 157 165 Para que haja a caracteriza o da responsabilidade c vel do empregador necess rio que se identifique o dano sem dano n o se pode falar em indeniza o Caso contr rio geraria enriquecimento il cito Luciano Rossignolli Salem 2004 entende que O dano caracter stica essencial na responsabilidade N o h responsabilidade jur dica sem dano mesmo porque n o h o que reparar Entretanto a responsabilidade moral intr nseca a cada indiv duo pode existir e ser sentida mesmo que os olhos da sociedade n o tenha havido dano algum SALEM 2004 p 429 Quando identificado o dano e havido de fato
101. eja ele material ou moral 45 3 2 1 Dano material Comprovada a redu o patrimonial daquele que sofrera o acidente do trabalho dever ser identificado o enquadramento em uma das duas formas de dano patrimonial que se divide em direto e indireto Dano patrimonial direto seria o imediatamente posterior a o melhor dizendo seria o imediato preju zo patrimonial revertido em pec nia J o dano patrimonial indireto seria aquele que acaba por afetar o patrim nio intimamente ligado ao que fora lesionado BELMONTE 2001 p 25 26 Diante disso se torna necess ria a exemplifica o por meio do caso da batida que envolve uma pessoa civil e um taxista Ao colidir em um taxista haver o dano patrimonial direto o qual seria o carro e seu conserto e o dano patrimonial indireto o qual seria o tempo que o taxista perderia sem trabalhar por estar seu instrumento de trabalho inutilizado momentaneamente BELMONTE 2001 p 25 26 Como forma exemplificativa de representa o do dano material ocorrido em casos de acidente do trabalho Luciano Salem 2004 p 474 cita a perda de membro superior do empregado ocasionado pelo acidente gerando desta forma a impossibilidade de continuar a exercer profiss o manual por exemplo e tendo por consequ ncia preju zos em seu desenvolvimento de costume No que se segue Na ocorr ncia de dano material o agente ativo causador do dano atinge o agente passivo sofredor do dano na sua integrid
102. ente de trabalho ao trabalhador aut nomo ou ao trabalhador externo ainda que n o utilizem meios telem ticos ou que n o estejam ligados ao domic lio do empregado Como bem aponta Estrada 2012 p 6651 ap s a Emenda Constitucional 45 2004 com a reforma do Judici rio a Justi a do Trabalho passou a ser competente em rela o a causas oriundas da rela o de trabalho e complementa dizendo que tais causas devem ser compreendidas como rela o de trabalho lato sensu ou seja em sentido geral por esta raz o a contrata o de trabalhador aut nomo n o exime o patr o de eventual responsabilidade civil Por isso se houver um acidente caracterizado como de trabalho o respons vel quem contratou os servi os com base no artigo 927 caput do C digo Civil que trata da responsabilidade civil subjetiva ESTRADA 2012 p 6651 Por tal motivo o julgado a seguir deve ser encarado como base para julgados futuros do teletrabalho em rela o ao acidente de trabalho ocorrido na sede do domic lio do empregado Desta forma como bem fora apontado na decis o estando caracterizado o trabalho desenvolvido para a empresa e no caso do teletrabalho em domic lio se tenha ainda a condi o de exclusividade haver o reconhecimento do dever de indenizar do empregador desde que comprovado o nexo de causalidade Vejamos RECURSO DE REVISTA ACIDENTE DE TRABALHO ART 21 IV DA LEI N 8 213 91 SITUA ES E
103. ente sempre livre de acidentes Ampara se assim em ato o ofendido e desestimula se em pot ncia a pr tica de novas infra es Responsabilidade civil portanto o meio jur dico utilizado para obten o de satisfa o do dano por meio do ressarcimento pecuni rio de responsabilidade do causador ALMEIDA 1999 p 32 No teletrabalho como j dito por v rias vezes n o existe defini o expressa em lei de seguran a do trabalho Desta forma aplica se de forma direta o j previsto para o trabalhador tradicional Denise Pires Fincato 2009 p 107 bem compreende que as normas em rela o seguran a do trabalho devem ser observadas por meio da aplica o direta da lei j existente quanto ao trabalho tradicional aplica o da Constitui o Federal a CLT conven es da OIT e a Portaria n 3 214 78 Ainda aponta que a CLT dever ser sempre aplicada como forma geral para todas as reas de trabalho Sendo assim ainda que n o trate do caso do teletrabalho em espec fico quanto seguran a do trabalho este tamb m ter a aplica o das regras j utilizadas Vejamos Entende se que as normas da CLT s o todas aplic veis ao teletrabalho sem quaisquer discuss o principalmente no que concerne aos hor rios de trabalho Isso porque as normas celetistas na sua maioria tratam de normas gerais que t m aplicabilidade em todos os ramos trabalhistas FINCATO out dez 2009 p 108 Ao tratar na
104. er os transportes sempre em condi o de uso confort vel a qualquer hora do dia no aux lio na redu o da polui o ambiental dentre outros Uma das vantagens que despertam interesse nos teletrabalhadores diz respeito maior autonomia e ao maior conforto inclusive em rela o s vestimentas utilizadas em casa formas mais confort veis que proporcionam maior desenvoltura no trabalho FILHO 2012 p 5 Conforme explicitado por Boucinhas Filho 2012 p 5 que aponta De fato o teletrabalho assim como as demais formas de trabalho realizado a dist ncia assegura em certa medida mais liberdade para o trabalhador em raz o de ser realizado sem a presen a f sica dos superiores hier rquicos Isso permite por exemplo que o trabalhador escolhe com maior liberdade os trajes que usar e em alguns casos decida os hor rios em que cumprir suas tarefas e a forma como o far Duarte 2005 p 51 apresenta afora as demais vantagens citadas anteriormente outras formas de vantagens para o teletrabalhador como por exemplo aumento do bem estar maior disponibilidade para a fam lia diminui o de despesas com vestu rio alimenta o transporte aus ncia de competi o menor rotatividade de pessoal maior capacidade de concentra o autodisciplina e organiza o pessoal e maior tempo livre Para S rgio Pinto Martins 2012 um dos pontos de destaque diz respeito poss vel efetua
105. esfor o repetitivo Com efeito a produ o flex vel ou especializa o flex vel produziu um aumento na intensifica o do trabalho ou aumento das solicita es de trabalho Essa mudan a do ritmo das atividades gerou igualmente um crescimento do volume de acidentes proporcionais ao aumento de produ o e das mudan as nos postos de trabalho Igualmente as condi es ambientais do trabalho mudam uma vez que os equipamentos tecnol gicos demandam novas posturas em rela o ao processo produtivo e as outras posi es do trabalho do ponto de vista ergon mico WINTER 2005 p 145 Ainda segundo Winter 2005 p 145 146 na pr tica muitas vezes o empregado acaba trabalhando mais e n o respeitando as pausas para descanso pensa apenas em terminar a meta estipulada Com isso em meio compulsividade do teletrabalhador em desempenhar de pronto suas atividades e n o se atentando ao fato da quantidade de tempo que perdeu para isso abre espa o para o surgimento de doen as do trabalho retirando a natureza principal do teletrabalho qual seja a autonomia nos hor rios de trabalho e n o a sobrecarga que gera preju zos f sicos e mentais Vejamos A pr tica demonstra que muitas vezes o pr prio empregado laborando em casa ou em centros de teletrabalho ultrapassa a carga hor ria aumentando o ritmo do trabalho e diminuindo em contrapartida as pausas de descanso para findar a tarefa contratada uma vez que a remunera o
106. evantem a quest o de limites quanto fiscaliza o frente ao direito privacidade acredito que como o teletrabalhador em domic lio dever escolher uma rea da resid ncia como sendo a de atua o do trabalho n o existe espa o para a tese de interfer ncia pessoal em meio a uma fiscaliza o diaria por exemplo O controle deixar clara a fun o de fiscaliza o do empregador e o empregado se ver pressionado a cumprir para al m das metas os ditames da empresa quanto a sua pol tica de preven o de acidentes e doen as do trabalho Desta forma ainda que hoje os mecanismos de controle n o se mostrem eficazes o argumento por parte dos empregadores de dificuldade com a fiscaliza o do domic lio do empregado n o exclui sua responsabilidade perante o acontecimento de acidente de trabalho e o surgimento de doen as do trabalho A maior preocupa o encontra se em prevenir os acidentes de trabalho a fim de se 83 garantir a manuten o dos trabalhadores Mas ap s o surgimento destes o empregador dever ser responsabilizado comprovada a sua conduta que gerou o dano Sendo assim ainda que o teletrabalho n o possua regras pr prias o mesmo dever arcar com a indeniza o dos danos para fim de devolu o do que fora sofrido e como forma de preven o de demais causas de acidentes Concluo desta maneira que a responsabilidade do empregador frente a um acidente de trabalho no teletrabalho em domic lio dever
107. fera resolver o caso concreto ser necess ria basicamente uma an lise referente rela o de trabalho e o nexo de causalidade do acidente do trabalho como bem aponta a Emenda Constitucional n 45 04 com a altera o da compet ncia para processar e julgar a es de acidente de trabalho Ou seja em se tratando de acidente do trabalho que envolva a o dolosa ou culposa ou omiss o por parte do agente causador este responder de forma pessoal na esfera penal Na esfera civil admite se a responsabiliza o quando houver acidente com culpa por parte do empregador resultando em repara o de danos materiais e morais Poder haver ainda a compet ncia civil quando se tratar de culpa exclusiva do empregado em que n o haver 33 direito de recebimento de indeniza es e a culpa concorrente dos agentes em que ser o repartidos todos os custos A esfera previdenci ria est ligada prote o do empregado enquanto ausente do trabalho que vai desde uma indeniza o pelo tempo n o trabalhado at o reconhecimento de impossibilidade total de se manter em servi o levando desta forma aposentadoria por invalidez por exemplo SALEM 2004 p 19 Na esfera trabalhista o direito do trabalhador frente ao acidente do trabalho dever seguir primeiramente a comunica o ao INSS Instituto Nacional de Seguro Social posteriormente ocorrer o pagamento dos quinze primeiros dias de afastamento decorrente do acidente de traba
108. gamento de horas extras independentemente de qualquer comunicado interno em sentido contr rio DUARTE jun 2005 p 58 Salienta se ainda que o poder de fiscaliza o do empregador a amplia o das op es e as formas dos meios que o levam a tal ato poder o acarretar ainda uma invas o de privacidade do empregado Basta lembrar que os equipamentos utilizados para o desenvolvimento do trabalho poder o ser dos pr prios empregados ou fornecidos pelo empregador a depender do estipulado em contrato de trabalho Quando se tratar de equipamento fornecido pelo empregador o seu monitoramento ser visto de forma mais natural vez que seus dados estar o ligados ao fim profissional Por outro lado quando o equipamento pertencer ao empregado com a invas o do empregador a fim de monitoramento seus dados pessoais poder o ser acessados gerando desta forma a quebra da privacidade Tal quest o ser solucionada logo adiante 4 3 O direito privacidade e a intimidade do empregado no teletrabalho O art 5 inciso X da Constitui o Federal garante o direto privacidade e intimidade prevendo at mesmo a indeniza o caso ocorra a sua viola o Vejamos Art 5 Todos s o iguais perante a lei sem distin o de qualquer natureza garantindo se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pa s a inviolabilidade do direito vida liberdade igualdade seguran a e propriedade nos termos segu
109. gor ou seja 11 1 2003 e findando em 11 1 2006 4 Ajuizada a presente a o em 8 3 2004 n o h prescri o a ser decretada relativamente pretens o repara o por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente do trabalho 5 Recurso de embargos conhecido e provido E RR 293 2004 011 03 00 4 Rel Min L lio Bentes Corr a DJ 16 10 09 grifo nosso BRASIL 2004 INDENIZA O POR DANOS MORAIS DOEN A PROFISSIONAL PRESCRI O TRIENAL REGRA DE TRANSI O Tratando se de pretens o de indeniza o por dano moral decorrente doen a profissional tendo os eventos danosos ocorrido em maio de 1999 e a a o ajuizada em 11 1 2006 e considerando se que na data da entrada em vigor do atual C digo Civil ainda n o havia transcorrido mais da metade do prazo prescricional de 20 anos CCB 1916 art 177 c c CCB 2002 art 2 028 incide a prescri o trienal prevista no art 206 3 do C digo Civil Brasileiro A prescri o prevista no art 7 inc XXIX da Constitui o da Rep blica incidir somente nos casos em que a les o se deu em data posterior vig ncia da Emenda Constitucional 45 2004 Recurso de Embargos de que se conhece e a que se d provimento E RR 227 2006 085 02 00 8 Data de Julgamento 20 08 2009 Relator Ministro Jo o Batista Brito Pereira Subse o I Especializada em Diss dios Individuais Data de Divulga o DEJT 28 08 2009 BRASIL 2009 56 Afora os prazos apresentados anteri
110. gt Acesso em 09 fev 2014 BELMONTE Alexandre Agra Danos morais no Direito do Trabalho identifica o tutela e repara o dos danos morais trabalhistas Rio de Janeiro Renovar 2001 BOUCINHAS Celeste As novas gera es e as rela es no trabalho Jornal Trabalhista Consulex v 29 n 1421 p 8 abr 2012 BOUCINHAS FILHO Jorge Cavalcanti Teletrabalho Interpreta o da Lei n 12 551 de forma a impedir a superexplora o do trabalhador Jornal Trabalhista Consulex v 29 n 1458 p 3 10 dez 2012 BRASIL CLT 1943 Consolida o das Leis do Trabalho Bras lia 2014 BRASIL Constitui o 1988 Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil Bras lia Senado Federal 2014 BRASIL C digo Penal 1940 Lei de Instru o ao C digo Penal Bras lia 2014 BRASIL C digo de Processo Penal 1941 Lei de Introdu o ao C digo Processual Penal Bras lia 2014 BRASIL CC 2002 C digo Civil Bras lia 2014 BRASIL Projeto de Lei N 4 505 A de 2008 Dispon vel em lt http www camara gov br gt Acesso em 12 novembro de 2013 BRASIL Lei N 8 212 de 24 de julho de 1991 Di rio Oficial da Uni o Dispon vel em lt http www planalto gov br gt Acesso em 10 novembro de 2013 BRASIL Lei N 8 213 de 24 de junho de 1991 Di rio Oficial da Uni o Dispon vel em lt http www planalto gov br gt Acesso em 10 novembro de 2013 85 BRASIL Lei N 12 551 de 15 de dezembro
111. i os na empresa Para o empregado que exerce cargo de confian a do empregador e deixa de faz lo h respaldo no par grafo nico do art 468 da CLT que disp e n o se considerar altera o unilateral a determina o do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo anteriormente ocupado deixando o exerc cio de fun o de confian a MARTINS set 2012 p 100 Diz o art 468 e seu par grafo nico da CLT BRASIL 1943 Art 468 Nos contratos individuais de trabalho s l cita a altera o das respectivas condi es por m tuo consentimento e ainda assim desde que n o resultem direta ou indiretamente preju zos ao empregado sob pena de nulidade da cl usula infringente desta garantia Par grafo nico N o se considera altera o unilateral a determina o do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo anteriormente ocupado deixando o exerc cio de fun o de confian a BRASIL 1943 Desta forma como o teletrabalho apresenta um crescimento significativo mas que ainda necessita de adapta es para que funcione de maneira natural poder haver a presen a desta cl usula de retrocesso situa o anterior de trabalho que n o dever ser vista como fase de experi ncia mas sim de seguran a ao empregado caso n o se adapte ao novo jeito de trabalho qual seja o teletrabalho O seu retorno n o ser visto como preju zo e sim como seguran a da sua
112. ia 113789975 recurso ordinario ro 966201181110002 df 00966 2011 811 10 00 2 ro ref home Acessado em 10 de mar o de 2003 BRASIL Tribunal Regional do Trabalho Recurso Ordin rio ACIDENTE DE TRABALHO INDENIZA O POR DANO MORAL E MATERIAL RESPONSABILIDADE OBJETIVA O disposto no art 927 par grafo nico do C digo Civil que fixa a responsabilidade civil objetiva desvinculada da culpa est em sintonia com o art 7 caput da Constitui o ao estabelecer que s o direitos dos trabalhadores al m daqueles ali arrolados outros direitos que visem melhoria de sua condi o social N o obstante tais considera es a atividade exercida pela Reclamada terraplanagem n o potencialmente 92 lesiva de modo a se aplicar a teoria da responsabilidade objetiva prevista no par grafo nico do art 927 do C digo Civil Recurso desprovido 00709 2013 101 10 00 8 RO Terceira Turma Relator Desembargador Jos Leone Cordeiro Leite Data de Julgamento 12 02 2014 Dispon vel em lt http www trt10 jus br search q cache www trt10 jus br consweb_gsa gsa_segunda_instanci a php 3Ftip_processo_trt 3DRO 26ano_processo_trt 3D2013 26num_processo_trt 3D 12150 26num_processo_voto 3D365613 26dta_publicacao 3D28 02 2014 26dta_julga mento 3D 12 02 2014 26embargo 3D 26tipo_publicacao 3DDEJT responsabilidade o bjetiva amp access p amp output xml no dtd amp client default frontend amp proxystylesheet metas gt Acessado em 03 de mar o de 2014
113. iciado sem oposi o do tomador dos servi os NASCIMENTO 2005 p 179 Deste modo o contrato de trabalho ser sempre bilateral com as anu ncias de ambas as partes com condi es espec ficas de trabalho presta o onerosa frente ao pagamento de sal rio devida observa o da prote o do trabalho e garantido o equil brio entre as partes No teletrabalho as condi es de contrata o s o as mesmas o que pode mudar s o as cl usulas existentes no contrato desta nova categoria Por se tratar de um ambiente flex vel de trabalho as regras do contrato devem ater se sempre forma de desenvolvimento do trabalho s formas de fiscaliza o do mesmo e em como se dar a comprova o e o controle dos acidentes dentre outros Ainda em rela o ao contrato de trabalho um grande problema surge frente possibilidade de altera o do mesmo no teletrabalho Como solucionar o fato de ter o empregado sido autorizado a trabalhar em domic lio por exemplo mas que n o conseguiu adaptar se de modo que sua produ o rendesse mais e sua condi o de trabalho se visse mais flex vel j que n o conseguiu separar o ambiente domiciliar do ambiente de trabalho Pois bem e extremante poss vel a altera o do contrato de trabalho em uma rela o trabalhista tradicional bastando que se mantenham as condi es fundamentais do trabalho que a altera o tenha a anu ncia do empregado e que n o cause preju zos ao mesmo Caso contr
114. intes X s o inviol veis a intimidade a vida privada a honra e a imagem das pessoas assegurado o direito a indeniza o pelo dano material ou moral decorrente de sua viola o XI a casa asilo inviol vel do indiv duo ningu m nela podendo penetrar sem consentimento do morador salvo em caso de flagrante delito ou desastre ou para prestar socorro ou durante o dia por determina o judicial Por mais que tal garantia seja constitucional sua verifica o n o deve ser compreendida literalmente quando disser respeito ao domic lio ser inviol vel No teletrabalho h necessidade de fiscaliza o do ambiente de trabalho e para que isso aconte a ser necess rio que se fiscalize a parte interior da resid ncia do empregado Em rela o inviolabilidade da intimidade e vida privada estas sim devem ser compreendidas como marco principal de limite do teletrabalho E claro que a fiscaliza o n o ser de forma livre e a todo o instante Regras devem 68 ser estipuladas a fim de nao se adentrar a esfera pessoal do empregado prejudicando seu conv vio familiar e invadindo a sua privacidade Esta mais uma das v rias quest es mal solucionadas no que diz respeito ao teletrabalho Mais uma vez a falta de lei espec fica para uma atividade cheia de condi es minuciosamente diferentes atrai uma s rie de questionamentos a respeito do tema Inicialmente vale destacar a defini o de direito intimidade apontada
115. io CHEIB 2010 p 68 De acordo com Garcia 2013 p 135 136 a subordina o poderia ser monitorada pelos pr prios meios telem ticos utilizados no teletrabalho Desta forma haveria certo 60 controle por parte do empregador garantindo a subordina o existente entre empregador e empregado ainda que n o esteja apegada a forma pessoal de fiscaliza o Segundo ele Em raz o disso passou se a verificar se que o entendimento de que o per odo em que o empregado est sujeito ao comando controle e supervis o por meios telem ticos ou informatizados como telefone celular deve ser remunerado como horas de sobreaviso se o trabalhador ficar de plant o aguardando ser chamado ou mesmo como horas extras se o trabalhador estiver laborando a dist ncia com a utiliza o dos recursos tecnol gicos mencionados GARCIA 2013 p 135 136 Lima Filho 2012 p 36 refor a a ideia de subordina o ao compreender n o se tratar apenas de uma quest o jur dica mas tamb m de subordina o propriamente dita j que as tarefas s o estipuladas conforme a condi o do trabalho exija e conforme o empregador necessite Para ele claro que o teletrabalhador n o se encontra apenas juridicamente subordinado mas tamb m estruturalmente pois na grande maioria das vezes suas atribui es fazem parte dos objetivos essenciais da empresa e por isso nela se insere como qualquer outro trabalhador n o sendo apenas o fa
116. io devido dependendo da incapacidade causada ainda que falando apenas em dano material SALEM 2004 p 475 Em havendo o dano material sua repara o dever ser total como bem ensina Teixeira Filho 2011 P 115 Existindo um dano material a repara o precisa ser integral ou seja deve possibilitar que o bem jur dico retorne ao estado anterior ocorr ncia do fato lesivo Desse modo o dano patrimonial obriga ou proporciona a exig ncia da completa indeniza o Assim na ocorr ncia de dano material o efeito essencial da responsabilidade civil a repara o integral a cobertura de todo o preju zo experimentado pela parte lesada Em raz o disso o ressarcimento envolve a avalia o pecuni ria da perda concreta para a possibilitar a repara o do dano por meio de indeniza o pelo respons vel TEIXEIRA J NIOR 2011 P 115 Frente ocorr ncia de dano material dever ocorrer a indeniza o como forma reparat ria mas para tanto devem ser respeitados os requisitos impostos no artigo 950 nico do CC que diz Art 950 Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido n o possa exercer o seu of cio ou profiss o ou se lhe diminua a capacidade de trabalho a indeniza o al m das despesas do tratamento e lucros cessantes at ao fim da convalescen a incluir pens o correspondente import ncia do trabalho para que se inabilitou ou da deprecia o que ele sofreu
117. is e materiais decorrentes de acidente de trabalho que levou ao bito o pai e marido das Reclamantes apenas considerando a teoria da responsabilidade objetiva Recurso de revista parcialmente conhecido e provido RR 140 2008 105 03 00 7 S tima Turma Relator Min Ives Gandra Martins Filho Data de Publica o 27 03 2009 Dispon vel em http brs02 tst jus br cgi bin nph brs d ITRE amp sl amp sectl 1 amp s2 1408s3 2008 amp s4 105 amp s5 03 amp s6 00 amp s9 amp s10 amp sll amp s12 amp s20 amp s21 amp s7 amp s24 amp s8 amp s13 8814 27105 278s15 2703 278s16 270 0 27 amp s17 amp s18 amp s19 amp s25 amp s22 amp s23 amp s26 amp pg l ALL amp pg2 NUMT amp pg3 ANOT amp pg4 amp pgs amp pgb6 amp pg7 K amp pg8 TIPT amp pg9 GABT amp pgl0 GABT amp pg11 GABT amp pg12 GABT amp pg13 amp pgl4 VART amp pg15 TRIT amp pgl6 SEQT amp pg17 COOJ amp pg18 amp pg19 amp p g20 amp pg21 amp pg22 k amp pg23 amp pg24 EMEN amp sect2 1 amp u http 3A 2F 2Fwww3 tst jus br 2Fwww3 tst jus br 2Fjurisprudencia 2Fn_brs 2Fn_nspit 2Fn_nspitgen_un html amp p 1 amp r 0 amp f S amp 1 0 Acesso em 15 de dezembro de 2013 BRASIL Tribunal Superior do Trabalho Recurso de Revista DANOS FISICOS MORAIS E FINANCEIROS DECORRENTES DE ACIDENTE DO TRABALHO RESPONSABILIDADE OBJETIVA NUS DA PROVA Entendo que a an lise dos pleitos relativos Indeniza o por danos morais e materiais em virtude de acidente de trabalho se d luz da responsabilidad
118. izadas pela seguran a e medicina do trabalho e das que visam preven o dos acidentes resultar sobretudo um beneficio maior para a sociedade porque n o h indeniza o ou pens o que sane o imenso dano social que a exist ncia de mutilados cujos defeitos e mol stia poderiam ter sido evitados ARNALDO et al 2005 p 923 Diante do apontamento da classifica o da Seguran a e Medicina do Trabalho se faz necess rio a supervis o e fiscaliza o deste desenvolvimento pelo Minist rio do Trabalho e Emprego por meio de qualquer per cia ARNALDO et al 2005 p 937 938 Com rela o ao detalhamento da per cia Arnaldo 2005 p 939 compreende que O ideal que essa per cia no estabelecimento ou local de trabalho suspeito seja feita antes de qualquer a o judicial dos empregados visando percep o dos respectivos adicionais Da ter a lei facultado s empresas e aos sindicatos requerer ao Minist rio do Trabalho e Emprego a realiza o de per cia para a exist ncia ou n o de atividades insalubres ou perigosas caracteriza o ARNALDO et al 2005 p 939 verdade que algumas empresas preferem efetuar o pagamento de multas exorbitantes ao inv s de melhorar e prevenir o ambiente de trabalho quanto a acidentes futuros Por m a Justi a do Trabalho em sua maioria adotando o posicionamento mais favor vel ao empregado acaba aplicando multas de valor consider vel quando n o se cu
119. izer que a indeniza o ser dividida de maneira exata entre as partes pois depender da an lise dos graus de responsabilidade de cada parte podendo gerar valores diferenciados Patr cia Ribeiro 2004 compreende haver uma divis o em rela o culpa concorrente Vejamos A culpa concorrente como normalmente derivada da biparti o das culpas do autor material do fato e da alegada v tima do preju zo tamb m atua como excludente parcial ou total de responsabilidade Como excludente total oriunda da partilha dos preju zos acarreta a reparti o dos preju zos em partes iguais nas hip teses de igualdade de culpas ou de impossibilidade de prova do grau de culpabilidade de cada uma das pessoas envolvidas Quando se consegue produzir a prova do grau de culpabilidade de cada um dos co autores no caso de se verificar a desigualdade nas respectivas situa es culposas aplica se a reparti o dos preju zos em partes proporcionais SERRA VIEIRA 2004 p 45 A culpa do empregador estar relacionada presen a de omiss o neglig ncia ou imprud ncia como bem estipula o C digo Civil Desta forma a conduta se torna culposa por a o do empregador que ocasiona o acidente do trabalho gerando o direito do empregado de ser indenizado Ademais para que haja de fato o dever de indenizar por parte do empregador para al m da comprova o de culpa na modalidade subjetiva dever restar comprovado o dano s
120. l que n o mantenha as regras de pausa para descanso ou alimenta o levando ao trabalhador se preocupar em cumprir as metas e que se responsabilizar por mais carga de trabalho a fim de demonstrar servi o que deixe de ir ao banheiro que passe muito tempo em frente ao computador acarretando em poss veis doen as de trabalho dentre outros Francisco das C Lima Filho 2012 p 36 compreende que o teletrabalhador est submetido ao meio tecnol gico mas mais do que isso tamb m est sujeito estipula o do empregador Para ele o teletrabalhador encontra se submetido a um programa inform tico que confeccionado pela empresa e que lhe permite dirigir e controlar a sua atividade LIMA FILHO 2012 p 36 Para J lio C sar Machado 2010 caso o teletrabalho esteja sendo desenvolvido na forma off line ou on line em que em ambos os casos o computador da empresa se mant m conectado no computador do empregado ser poss vel o controle de suas atividades Ou melhor no sistema on line a conex o direta e o controle autom tico bastando que o empregador interrompa o trabalho para que o aviso apare a ao empregado e este fique ciente de que ultrapassou o tempo limite ou que utilizou do instrumento de trabalho para fim pessoal por exemplo No sistema off line o controle se mant m quando o empregado autoriza o seu monitoramento seja para o envio de dados recebimento de dados ou seja para a confirma o de recebimento de tr
121. lada em contrato autorizam a sua busca por detalhamentos de pr tica de desenvolvimento do trabalho e avalia o do seu ambiente de trabalho Sua fiscaliza o n o pode ser questionada desde que claro n o ultrapasse os limites do razo vel e nem ultrapasse a esfera da privacidade Marthos da Silva 2011 p 217 218 apresenta as v rias formas de fiscaliza o por parte do empregador frente s infinidades de tecnologias que est o ao seu favor Vejamos Dessa forma pode se controlar a produ o por toques no teclado verificando a entrada e sa da de dados por registros feitos pelo pr prio computador que inclusive 64 pode indicar hor rios poss vel ainda exercer o poder de fiscaliza o do teletrabalhador atrav s de smartphones laptops computadores com c mera de v deos acoplados bem como atrav s de conversas por msn celulares com acesso internet tablets dentre outros MARTHOS DA SILVA 2011 p 217 218 Ainda que o teletrabalho enfrente dificuldades em rela o fiscaliza o quanto ao ponto de n o ultrapassar os limites da esfera da privacidade do empregado f cil perceber que existem in meras formas para que se possa ter exatid o do tempo empregado no trabalho e de boa condi o de ambiente de trabalho Tal fiscaliza o se faz necess ria vez que n o porque se trata de uma modalidade flex vel que o simples apontamento de trabalho de forma falada seja suficiente Assim como nas dem
122. lhadores empregadores e a pr pria na o saem perdendo O acidente do trabalho poder gerar problemas sociais de toda monta como sofrimento f sico e mental do trabalhador e sua fam lia perdas materiais intensas redu o da popula o economicamente ativa etc estes s o alguns custos da inseguran a VIEIRA 2005 p 53 Segundo Salem Neto 2001 p 17 al m de n o ser poss vel definir de imediato o que seria acidente do trabalho vez que estaria sujeito a constantes modifica es adapt veis ao cotidiano resta a impossibilidade de ser restringir o seu mbito de incid ncia Relata que Quanto doen a do trabalho profissional e n o profissional o Decreto n 3 048 99 exigiu em sua caracteriza o a rela o direta e constante dos anexos que cuidaram da doen a profissional e do trabalho Mas a conceitua o de acidente do trabalho lato sensu e n o stricto sensu isto abrange tamb m as doen as que dependem das condi es especiais do servi o mesmo n o previstas no referido decreto SALEM NETO 2001 p 17 Ocorre que embora o Decreto n 79 037 76 traga consigo o rol de poss veis acidentes de trabalho os questionamentos come aram a surgir em rela o s outras formas de acidentes que n o estavam previstas de forma expressa Diante disso o rol apresentado pelo decreto deve ser compreendido apenas como sendo um rol exemplificativo ante in meras possibilidades de acidentes de trab
123. lho por parte do empregador e os demais dias ser o pagos pelo INSS enquanto perdurar a condi o de n o aptid o para o trabalho Em caso de recupera o e retorno empresa este trabalhador acidentado far jus a estabilidade trabalhista Segundo Luciano Salem 2004 na esfera trabalhista ao se acidentar o trabalhador passa a ser detentor de direitos referentes ao acidente do trabalho como o pagamento dos quinze primeiros dias de tratamento e ainda far jus estabilidade em caso de regressar Vejamos Na rea trabalhista o empregado adquire direitos advindos do acidente do trabalho como o pagamento dos 15 primeiros dias de tratamento a estabilidade provis ria pagamento de direitos trabalhistas aos dependentes no caso de morte etc SALEM 2004 p 19 Al m do direito adquirido pelo trabalhador referente ao pagamento pela empresa dos quinze primeiros dias de aus ncia por causa do acidente do trabalho o empregado possui tamb m estabilidade provis ria pelo acontecimento do acidente do trabalho ou seja em caso de recupera o total do trabalhador este poder retornar sede da empresa sem correr o risco de demiss o Ensina Luciano Salem 2004 que O acidente do trabalho tratado na esfera trabalhista visa al m da comunica o do acidente ao rg o previdenci rio al m do pagamento dos primeiros 15 dias de afastamento pelo acidente do trabalho concede tamb m a estabilidade provis ria do acidentado e
124. lorativamente equivalente Vejamos Dano moral no seu sentido jur dico a ofensa ou viola o que n o fere os bens patrimoniais de uma pessoa mas seus bens de ordem moral os que se referem sua liberdade profiss o nome imagem honra sua pessoa ou a sua fam lia N o o interesse material vulner vel que impede o individuo lesado a exigir uma satisfa o mas sim a dor moral que lhe causa o dano de que v tima ALMEIDA L cio Rodrigues de 1999 p 53 em sede de danos morais a compensa o deve ser estipulada de forma exemplar de forma a inibir o ofensor quanto a novas investidas recompor a considera o social ou a dignidade pessoal ofendida a servir como lenitivo para aplacar a dor intima do ofendido consideradas a condi o pessoal das partes a intensidade da culpa e a extens o do dano BELMONTE 2001 p 87 Trata se de um dano causado personalidade do sujeito n o estando atrelado portanto de forma principal ao patrim nio mas sim ao estado emocional ao posicionamento social dentre outros Logo diante de um dano moral causado a outrem surge a necessidade de repara o deste que por mais que n o seja de cunho patrimonial possui tamb m um valor para aquele que sofreu o dano A repara o do dano acaba por agir como inibidora de futuros danos por parte do causador principal de novas a es de mesmo tipo BELMONTE 2001 p 123 124 Desta forma Belmonte entende ser ex
125. luz da responsabilidade objetiva bastando a comprova o de acordo com a teoria do risco da atividade do dano e do nexo de causalidade entre este e a atividade desempenhada pela v tima 12 Configurada viola o dos arts 927 par grafo nico do C digo Civil e 333 II do CPC Recurso de revista conhecido e provido RR 830 2007 009 06 00 6 Terceira Turma Relatora Min Rosa Maria Weber Data de Divulga o DEJT 13 11 2009 Dispon vel em http ftst jusbrasil com br jurisprudencia 53517714 recurso de revista rr 3850019200025050191 38500 1920025050191 inteiro teor 11681542 Acessado em 15 de dezembro de 2013 BRASIL Tribunal Regional do Trabalho Recurso Ordin rio ACIDENTE DE TRABALHO RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR NEXO CAUSAL Embora doutrinadores de renome entre os quais Maur cio Godinho Delgado Curso de direito do trabalho 2 ed S o 91 Paulo Ltr 2003 p 614 j debatam a aplica o do art 927 do C digo Civil s rela es trabalhistas este emerge como exce o regra geral da responsabilidade subjetiva mediante aferi o da culpa do autor do dano no caso o empregador CF art 7 XXVIII e CC art 186 Dessarte n o se afigura razo vel a repara o dos preju zos advindos do acidente de trabalho independentemente da comprova o de culpa ou dolo do empregador Isso porque tal racioc nio vai de encontro ao estabelecido no dispositivo constitucional citado na medida em que cria perigosa variante
126. m grande avan o trabalhista no que diz respeito ao maior cuidado com a sa de do empregado mas tamb m como forma de maior benef cio para o empregador vez que com a diminui o de afastamentos e perda de funcion rios sobrar le mais rendimento de tarefas e maior lucro Vejamos A Seguran a do Trabalho mais recentemente tamb m tem sido vista como fator de produ o uma vez que acidentes ou at incidentes influem de forma negativa em todo o processo produtivo j que o mesmo respons vel por perda de tempo perda de mat rias diminui o da efici ncia do trabalhador aumento do absente smo preju zos financeiros S o fatores que resultam em sofrimento para o homem mas que tamb m afetam a qualidade dos produtos ou servi os prestados VIEIRA 2005 p 40 Por maior que seja o cuidado por parte de entidades fiscalizadoras em evitar acidentes do trabalho ou ainda por maior que seja o cuidado at mesmo do empregador os empregados continuam sujeitos ao acidente do trabalho Uma vez ocorrida e identificada causa e qual o tipo de acidente dentre os v rios poss veis onde poder o empregado recorrer ao judici rio procura da melhor solu o para seu caso em concreto Por mais que haja certa abrang ncia em rela o ao alcance do acidente do trabalho sua solu o pode dar se por meio de quatro esferas jur dicas quais sejam a trabalhista a previdenci ria a c vel e a penal Para se identificar qual es
127. mais que a responsabilidade criminal demande muito estudo e maior detalhamento por aqueles que realmente aprofundaram no tema em seu estudo raso mas n o menos importante assim como este trabalho aponta que Por hora basta destacar que a condena o na esfera criminal exige o preenchimento de requisitos bem mais r gidos do que aqueles necess rios para uma condena o a uma presta o indenizat ria em sede de responsabilidade c vel onde por exemplo basta a constata o de culpa leve do agente que praticou o ato il cito SOARES 2011 p 144 Ao ser caracterizado o dano por culpa ou dolo do empregador ou seja quando der causa ao acidente do trabalho dever ser responsabilizado na esfera penal e diante ao Juizado 51 Especial Criminal ter sua estipula o de pena Uma vez condenado repara o do dano por meio da indeniza o dever efetuar o pagamento Caso n o efetuado o pagamento pela livre e espont nea vontade do agente causador do dano o empregado acidentado poder efetuar a cobran a na esfera c vel Ainda que o autor do fato n o consiga efetuar o pagamento o simples apontamento de sua condi o financeira desfavor vel n o suficiente para afastar o nus como bem entende Luciano Salem N o se est aqui querendo demonstrar que basta pura e simplesmente ao autor do fato alegar a sua car ncia financeira Caber a ele provar pois estar alegando fato impeditivo ao direito da v tim
128. mo est previsto no art 12 inciso V al nea h da Lei n 8 212 91 BRASIL 1991 como sendo Art 12 S o segurados obrigat rios da Previd ncia Social as seguintes pessoas f sicas V como contribuinte individual h a pessoa f sica que exerce por conta pr pria atividade econ mica de natureza urbana com fins lucrativos ou n o BRASIL 199 grifo nosso Trata se de uma forma de desempenho de atividade econ mica da qual a pessoa f sica efetua a realiza o de tarefas por sua conta em risco quer dizer que assumir todos os riscos que derivarem da sua execu o de forma a ser pessoa f sica de maneira eventual e final stica CAIRO J NIOR 2010 p 135 Segundo Cairo J nior 2010 p 135 o trabalho aut nomo possui dois g neros dos quais enguadram o trabalho aut nomo de forma individual e aplicado a profissionais liberais Vejamos Representa uma das esp cies do g nero rela o de trabalho lato sensu da qual faz parte tamb m as rela es derivadas verbi gratia do contrato de empreitada do contrato de representa o comercial da presta o de servi os dos profissionais liberais como advogado m dico dentistas engenheiros arquitetos economistas etc desde que n o haja subordina o CAIRO JUNIOR 2010 p 135 Mascaro Nascimento 2005 p 201 compreende que o Aut nomo trabalha sem subordina o Essa a ideia b sica Portanto o aut nomo n
129. mpre a determina o judicial a fim de punir ao erro mas acaba transferindo a sensa o de preven o de novos acontecimentos e afastando a prefer ncia de pagamento do que melhoramento do ambiente de trabalho por parte dos empregadores Ainda que o empregado venha a n o utilizar o equipamento de seguran a fornecido pelo empregador o empregador ser responsabilizado pelo dever de fiscalizar o uso do mesmo e n o apenas de fornecer Diz Almeida que O objetivo da responsabilidade civil buscar a repara o ou a compensa o do dano causado pelo ato il cito a fim de restabelecer o equil brio jur dico econ mico que preexiste entre o autor do ato lesivo e o prejudicado ALMEIDA 1999 p 29 Com rela o responsabilidade do empregador quanto ao fornecimento do equipamento de trabalho e a fiscaliza o do uso deste o julgado abaixo aponta a responsabiliza o pelo dano moral sofrido ainda que o empregador tenha fornecido os equipamentos necess rios para desempenho da fun o vez que tal atitude n o resta suficiente necessitando de fiscaliza o do ambiente de trabalho e do uso devido dos materiais fornecidos Assim define 73 DANOS MORAIS DOENCA ADQUIRIDA PELO EMPREGADO EM RAZAO DAS CONDICOES DO TRABALHO AUSENCIA DE FISCALIZACAO DO USO DE EQUIPAMENTO DE PROTE O INDIVIDUAL REPARA O DEVIDA Obriga se o reclamado satisfa o de indeniza o reparat ria do dano moral assim entendido aquele que afeta o se
130. mpregado em rela o a uma atividade que s poder ser exercida pessoalmente por ele ou seja trata se de uma rela o intuito personae conforme a seguir Art 2 Considera se empregador a empresa individual ou coletiva que assumindo os riscos da atividade econ mica admite assalaria e dirige a presta o pessoal de servi o 1 Equiparam se ao empregador para os efeitos exclusivos da rela o de emprego os profissionais liberais as institui es de benefic ncia as associa es recreativas ou outras institui es sem fins lucrativos que admitirem trabalhadores como empregados 2 Sempre que uma ou mais empresas tendo embora cada uma delas personalidade jur dica pr pria estiverem sob a dire o controle ou administra o de outra constituindo grupo industrial comercial ou de qualquer outra atividade econ mica ser o para os efeitos da rela o de emprego solidariamente respons veis a empresa principal e cada uma das subordinadas 58 Art 3 Considera se empregado toda pessoa f sica que prestar servi os de natureza n o eventual a empregador sob depend ncia deste e mediante sal rio Par grafo nico N o haver distin es relativas esp cie de emprego e condi o de trabalhador nem entre o trabalho intelectual t cnico e manual BRASIL 1943 No teletrabalho os requisitos para que haja o reconhecimento da rela o de emprego tamb m s o os mesmos como se v no art 3
131. nitoramento do teletrabalho frente ao pr prio uso da tecnologia que tende a se aprimorar ainda mais com a evolu o da sociedade Quando o trabalho desenvolvido na sede da empresa a fiscaliza o pessoal suficiente para o controle de produ o Ocorre que ao se transferir o empregado a um ambiente que n o seja o da sede da empresa seja ela o domicilio do empregado ou outro lugar que este tenha escolhido os meios de fiscaliza o acabam por ficarem mais detalhados passando a ter acesso ao conte do dos e mails enviados quantidade de tempo de descanso precis o de quantas tecladas foram feitas quais hor rios utilizou do computador para fins pessoais dentre outros Segundo ele Portanto estar se ia em princ pio em face de duas conclus es conflitantes de um lado admite se que o afastamento f sico e a amplia o do teor intelectual elementos presentes no Teletrabalho reduzam a subordina o de empregado ao empregador de outro conclui se que inversamente a pr pria tecnologia telem tica disp e de mecanismos que permitem um maior grau de vigil ncia fiscaliza o ou controle sobre o empregado fato do qual decorreria um incremento na intensidade da subordina o na mencionada rela o de emprego MACHADO 2010 p 69 Pois bem o controle do empregador passa a ser ainda mais rigoroso e preciso O acordo anterior efetiva o do trabalho com a assinatura e concord ncia de ambas as partes estipu
132. nstitui o da Rep blica Recurso de revista conhecido e provido RR 167340 46 2004 5 03 0025 Redator Ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho Data de Julgamento 22 06 2011 1 Turma Data de Publica o 23 09 2011 TST acesso em 15 de fev 2014 BRASIL 2011 Ainda que n o seja exatamente o mesmo conte do levando em considera o as caracter sticas pr ximas de desenvolvimento externo de trabalho pode se observar que existe a responsabilidade do empregador ainda que o empregado esteja desenvolvendo o seu trabalho fora da empresa Bastando a comprova o do nexo de causalidade do acidente do trabalho e que naquele momento o empregado estava subordinado ao empregador prestando lhe servi os No teletrabalho por mais que esteja o empregado em seu domic lio estando em condi o de subordina o e demonstrando o nexo de causalidade entre o acidente de trabalho e a culpa do empregador sendo assim bastar para fazer jus ao direito a ele pertencente como por exemplo o pagamento dos quinze primeiros dias de trabalho por afastamento do empregado em causa de acidente de trabalho por haver responsabilidade por parte do empregador 82 5 CONCLUSAO No in cio deste trabalho o desconhecimento a respeito do tema e a falta de legisla o especifica levaram a um entendimento de que os problemas que envolvem o teletrabalho estariam ligados a aplica o da lei j existente de forma adaptada ao caso dos teletrabalhos N
133. ntado para a parte lesada mas sem deixar de avaliar as condi es daquele que dever efetuar o pagamento Como em apontado no julgado abaixo o valor arbitrado n o dever ser exorbitante a fim de reparar ao Maximo o dano sofrido gerando e nem t o irris rio a ponto de abandonar a condi o preventiva da san o Vejamos DANO MORAL MENSURA O DO QUANTUM COMPENSAT RIO Doutrina e jurisprud ncia t m sedimentado que a fixa o do quantum compensat rio a ser arbitrado na repara o de dano moral deve ficar ao livre e prudente arb trio do magistrado nico legitimado a aferir a partir de seu convencimento a extens o da les o e o valor cab vel que a ela corresponda O ponto de partida para que o juiz proceda avalia o do dano moral ou seja estime o quantum reparat rio h de ser se presente o valor pedido pelo autor que em tese num primeiro momento obviamente seria o nico capaz de mensurar o quantum suficiente para minimizar os sentimentos de revolta e indigna o aliados ao natural desejo de punir voltado que est para a pr pria dor Num segundo instante caberia a interven o do juiz que passaria a apreciar se o valor pretendido ajusta se situa o posta em julgamento a compreender as circunst ncias do caso a gravidade do dano a situa o da pessoa que lesa a condi o do lesado preponderando como orienta o central a ideia de san o do ofensor como forma de obstar a reitera o de casos fu
134. nte Dessarte o Tribunal Regional ao excluir da condena o o pedido de pagamento das indeniza es por danos f sicos morais e financeiros sob o fundamento de que n o houve culpa por parte da r acabou por violar os arts 818 da CLT e 333 II do CPC tendo em vista que irrelevante a discuss o acerca do nus da prova da culpa da reclamada pois o elemento subjetivo n o constitui requisito necess rio para a responsabiliza o pelo acidente do trabalho Recurso conhecido e provido no item RR 385 2002 191 05 00 8 Rel Min Rosa Maria Weber 3 Turma DEJT 28 8 2009 grifo nosso BRASIL 2009 RECURSO DE REVISTA ACIDENTE DO TRABALHO INDENIZA O POR DANO MORAL E EST TICO RESPONSABILIDADE OBJETIVA NUS DA PROVA A an lise dos pleitos relativos indeniza o por dano moral e est tico em virtude de acidente do trabalho se d luz da responsabilidade objetiva bastando a comprova o de acordo com a teoria do risco da atividade do dano e do nexo de causalidade entre este e a atividade desempenhada pela v tima 12 Configurada viola o dos arts 927 par grafo nico do C digo Civil e 333 II do CPC Recurso de revista conhecido e provido Processo RR 830 2007 009 06 00 6 Data de Julgamento 14 10 2009 Relatora Ministra Rosa Maria Weber 3 Turma Data de Divulga o DEJT 13 11 2009 Grifo nosso BRASIL 2009 Vale demonstrar a aplicabilidade da responsabilidade do empregador por parte dos Julgad
135. nten a condenat ria de pagamento de indeniza o por danos morais e materiais decorrentes de acidente de trabalho sob o fundamento de que a responsabiliza o da Empregadora seria objetiva na forma do art 927 par grafo nico do CC na medida em que desempenha atividade empresarial intrinsecamente perigosa transporte e seguran a de valores Conforme analisado pela Corte Regional verificou se que o assalto que resultou no bito do Ex Empregado n o decorreu de ato culposo ou doloso atribu vel Empregadora mas de fato relacionado a terceiros qual seja os assaltantes que utilizaram armas calibre ponto 50 capazes de perfurar a blindagem do carro forte no qual estava o de cujus 3 el trica Lei 7 369 85 art 1 o que descartaria em tese Se por um lado a norma civil n o alcan a a esfera trabalhista iluminada pelo comando constitucional do art 7 XXVIII por outro nenhuma atividade laboral est infensa a riscos de acidente no pr prio dizer de Guimar es Rosa em sua epopeia Grande Sert o Veredas viver muito perigoso mas a CLT somente admite o adicional de 11 periculosidade para as atividades de risco acentuado nsito ao manuseio de explosivos inflam veis art 193 e energia a invoca o da responsabilidade objetiva por risco em rela o ao setor de transporte e seguran a de valores que a hip tese dos autos 4 90 Assim nao ha como se atribuir responsabilidade 4 Empregadora pelos danos mora
136. o avaliadas quest es como a fiscaliza o do ambiente de trabalho e do desempenho da atividade direito privacidade e a intimidade do empregado as doen as caracter sticas do teletrabalho e quais as causas do acidente de trabalho bem como a preven o e a falta de jurisprud ncia perante a solu o dos casos em concreto Palavras chaves Teletrabalho Teletrabalho em domic lio Acidente do trabalho Responsabilidade do empregador ABSTRACT Telework will be addressed as to an accident at work in the home of the employee subject to which gaps still persist Its analysis will take into consideration the various aspects pointed out by renowned authors and connoisseurs of the subject in discussion The search for the solution of the pointing of the liability of the employer when a work accident occurred in teleworking follow a line parameters with the existing legislation Thus Law 12 551 2011 will be approached from a critical point of view regarding damage caused by the lack of further specification on the subject Finally questions will be evaluated as the monitoring of the working environment and the performance of the activity right to privacy and intimacy of the employe the characteristics of telecommuting diseases and the causes of the accident as well as prevention and the lack of jurisprudence to solve the real cases Keywords Telecommuting Teleworking at home Work accident Responsibility of the employer SUMARIO
137. o desenvolvido fora da sede da empresa para evitar uma s rie de desgastes Para melhor compreens o da palavra teletrabalho temos como tele vem do grego e significa longe e ou distante na jun o da palavra tele trabalho entende se trabalho perif rico ou trabalho remoto conforme explicitado por S rgio Pinto Martins MARTINS 2012 O primeiro caso de trabalho dist ncia surgiu com o uso do tel grafo em 1857 nos Estados Unidos meio de comunica o existente antes do telefone que fora utilizado pela Companhia Estrada de Ferro Penn para gerenciamento das equipes que trabalhavam distante do escrit rio central Somente no ano de 1973 Jack Nilles ap s abandonar a carreira na Aerospace com a ajuda da Funda o Nacional para a Ci ncia redigiu uma proposta que visava uma maior intera o entre a telecomunica o e o transporte Tal proposta fora projetada inicialmente com a inten o de desafogar o tr nsito que naquela poca j era considerado ca tico O projeto foi aceito e implantado com sucesso MARTINS 2012 A partir de tal aceita o Jack Nilles passou a ser considerado o pai do teletrabalho MARTINS 2012 14 Como forma de complemento a origem do teletrabalho Jardim 2003 p 38 afirma que O teletrabalho na realidade foi iniciado quando n o existia o computador pessoal nem a massifica o da internet Nas d cadas de 60 e 70 quando o teletrabalho despertou a aten o da sociedade ele era realiza
138. o decorrer do trabalho casos com caracter sticas pr prias e ess ncia diferenciada da categoria apresentaram como bem aponta parte da doutrina a necessidade de se criar uma Lei espec fica condizente com as necessidades dos empregados e at mesmo em rela o aos empregadores se apresentaram pertinentes Por mais que a Lei 12 551 2011 tenha modificado o art 6 da CLT passando a impor a n o diferencia o entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador o executado em domic lio e o realizado dist ncia n o fora suficiente para abarcar por completo o assunto do teletrabalho Assim ainda existe muita dificuldade em rela o ao amparo trabalhista dos teletrabalhadores que gera desta forma certa inseguran a por parte dos empregados e aproveitamento dos empregadores os quais se prendem ao fato de haverem impedimentos de fiscaliza o por exemplo a fim de remover a sua responsabilidade Por isso considero que as investiga es por parte do empregador do desempenho do trabalho devem ser estipuladas previamente por meio de mecanismos de acompanhamento do teletrabalho Muito embora se trate de uma atividade flex vel e aut noma n o significa que o teletrabalhador dever se manter totalmente fora de vigil ncia e controle A subordina o dever dar lugar cria o de mecanismos de acompanhamento di rios por meio de estipula o de hor rio para desempenho profissional por exemplo Ainda que os doutrinadores l
139. o do trabalho em qualquer lugar do mundo com o envio via e mail fax etc Surge o aproveitamento da era tecnol gica que passa a auxiliar o trabalhador e a dar lhe maior aproveitamento de seu tempo At mesmo os Tribunais j se enquadram nessa nova era tecnol gica com o invento dos protocolos eletr nicos dando maior liberdade e tempo para os 23 advogados bem como menos locomo o vez que poder ocorrer o protocolo pelo modo eletr nico Logo ap s os posicionamentos doutrin rios apontados anteriormente resta observar que embora o teletrabalho seja revestido de vantagens seja para o teletrabalhador o empregador a sociedade e o governo as vantagens e as desvantagens devem ser ponderadas antes da celebra o do contrato a fim de evitar preju zos e falta de comprova es por partes dos que contratam 2 4 O contrato de trabalho e sua aplica o no teletrabalho O teletrabalho est associado celebra o de um contrato de trabalho seja com v nculo de emprego ou n o Quando se admite existir uma rela o de emprego as condi es de desenvolvimento do mesmo e as regras de desempenho devem ser pr estabelecidas em contrato seja este na forma escrita com a anota o na Carteira de Trabalho e Previd ncia Social CTPS na forma verbal ou t cita quando se passa a executar tarefas de trabalho admitindo a subordina o e recebendo remunera o O contrato de trabalho deve conter a anu ncia bilateral das partes
140. o e ascens o est o ligadas a quatro aspectos para o trabalhador para a empresa para a sociedade e para o governo As vantagens para o teletrabalhador est o ligadas ao aumento da produtividade desempenhando suas obriga es com o trabalho em menos tempo do qual seria gasto se realizado no escrit rio outra vantagem est ligada quantidade de interrup es e interfer ncias pois estas acontecem em menos quantidade do que no pr prio escrit rio da empresa Para o teletrabalhador com necessidades especiais tamb m uma vantagem pois o deslocamento dificultaria a realiza o da atividade em menos tempo e nem sempre as empresas possuem locais adaptados para as condi es do trabalhador com necessidades especiais No que diz respeito empresa as vantagens est o associadas redu o de custos e despesas sejam elas com espa o e mob lia Outra vantagem para a empresa que dificilmente o teletrabalhador estar ausente De acordo com Autuori e Gregorin 2001 p 135 as principais vantagens est o relacionadas n o s para o teletrabalhador e o empregador partes de uma rela o contratual mas tamb m para a sociedade como um todo Acaba de certa forma com a desigualdade existente entre funcion rios com defici ncias e mulheres pois poder o desempenhar suas fun es em qualquer lugar que seja de mais conforto e poder demonstrar desta forma a 22 mesma produtividade dos demais trabalhadores Afora a redu o de desig
141. o moral tem caracter sticas profundamente subjetivas de mbito ps quico e emocional a dor ou sofrimento de qualquer esp cie causada pela perda de algo Como j foi dito o dano moral consigna via de regra mas n o necessariamente um dano material pr ou p s existente SALEM 2004 p 477 Para que haja um dano material ou moral basta que a a o danosa configure preju zo parte lesada causando lhe diminui o patrimonial ou at mesmo redu o moral Cita Belmonte 2001 p 24 Evidente n o h responsabilidade civil em n o ocorrendo preju zo supondo a no o de dano uma les o a qualquer tipo de interesse ainda que n o qualificado 48 como direito subjetivo propriamente dito Esse prejuizo pode ser moral ou patrimonial e verificado pela diminui o ou destrui o de um bem jur dico pertencente a algu m BELMONTE 2001 p 24 Analisado por outro ponto de vista mas n o contr rio ao que j fora explicitado anteriormente afirma Belmonte 2001 P 87 que o dano moral estaria ligado condi o abstrata da les o sofrida ou seja estaria atrelada a impossibilidade de valora o exata para o ressarcimento em pec nia desta forma possuir um valor aproximado como forma reparadora e preventiva do dano J para Almeida 1999 p 53 a repara o do dano moral estaria ligado a condi o de respeito pela dor sofrida de modo a tentar retomar a condi o perdida ainda que de forma va
142. o quando n o se encontra em condi es de prestar servi os ao empregador MARTINS 2002 p 579 Aponta Manuel Mart n que a empresa respons vel pelo controle de uso de equipamentos individuais ou coletivos dos seus trabalhadores para evitar o acontecimento de problemas na dura o do trabalho e em decorr ncia deste Vejamos A empresa respons vel pela ado o e uso das medidas coletivas e individuais de prote o de sa de do trabalhador Constitui contraven o penal pun vel com multa deixar a empresa de cumprir as normas de seguran a e higiene do trabalho dever da empresa prestar informa es pormenorizadas sobre os riscos da opera o a executar e do produto a manipular ESTRADA abr 2012 p 6650 Nos mais diversos pa ses a maior preocupa o em rela o seguran a e a medicina do trabalho esta concentrada no aspecto de garantir aos trabalhadores boas condi es de trabalho e a afastar a periculosidade principal causadora de danos futuros sa de dos empregados ARNALDO et al 2005 p 921 No Brasil de acordo com o Arnaldo a higiene e seguran a do trabalho s ganhou hierarquia constitucional em 1946 art 154 VIII sendo da mesma forma referida na Carta Magma de 1967 reformulada em 1969 art 165 IX A Constitui o de 1988 incluiu entre os direitos sociais do trabalhador a redu o dos riscos inerentes ao trabalhador por meio de normas de sa de higiene e segu
143. odu o ou de execu o da presta o de trabalho e o local onde funciona a empresa mediante o recurso a tecnologias que facilitam a informa o e a comunica o De acordo com Juan Jos de Andr s Gills 2001 apud LIMA FILHO jan 2012 p 34 o teletrabalho possui um diferencial positivo e determinante no grande aumento desta categoria qual seja intera o r pida de fun es e presta es de servi os por tratar se de um 10 trabalho desempenhado por meio eletr nico de f cil movimenta o e resultado Diz o trecho a seguir Essa esp cie de trabalho marcado pela mobilidade ilimitada do trabalhador por meio de fluxos de informa es e comunica es a partir da internet Tem v rias defini es A mais comum define o teletrabalho como sendo uma modalidade de presta o de servi os desenvolvida num local situado fora das instala es da empresa com utiliza o de meios inform ticos e ou telem ticos que permitem simultaneamente a separa o geogr fica e a comunica o Conforme os autores Pedreira 2000 Autuori 2001 e Gregorin 2001 ambos sugerem que ocorra uma divis o no que remete ao teletrabalho possibilitando uma melhor compreens o no desenvolvimento e apontamento das caracter sticas dessa modalidade Pinho Pedreira ao se aprofundar a respeito do tema em estudo acaba por citar Paolo Pizzi o qual prop e a divis o do teletrabalho em tr s modalidades distintas i teletrabalho em tel
144. ole na sa de dos empregados deve haver uma constante vigil ncia de acompanhamento m dico quanto realiza o de exames para que se possa evitar o aparecimento de doen as ou at mesmo para que se possa provar o aparecimento destas no decorrer do trabalho Denise Pires Fincato 2009 p 120 explica a necessidade deste tipo de acompanhamento Em suas palavras sugerem se medidas como a realiza o de exames m dicos peri dicos com maior frequ ncia a fim de serem detectados com maior anteced ncia problemas de sa de como perda de vis o desgastes ou les es ortop dicas redu o da capacidade auditiva etc FINCATO out dez 2009 p 120 78 Disp e o art 72 da CLT BRASIL 1943 que aquele que desenvolver trabalho de mecanografia ou seja aquele que operar m quinas para datilografia escritura o ou c lculo dever ter um repouso diferenciado a fim de evitar o aparecimento de LER por exemplo Diz o dispositivo Art 72 Nos servi os permanentes de mecanografia datilografia escritura o ou c lculo a cada per odo de noventa minutos de trabalho consecutivo corresponder um repouso de dez minutos n o deduzidos da dura o normal do trabalho BRASIL 1943 A S mula n 346 do TST aplica aos digitadores as mesmas regras dos mecanogr ficos ao compreender tratar se de analogia quanto ao intervalo pr prio destes que trabalhem com m quinas e daqueles que tamb m operem com o uso constante de
145. om interesses sociais limitados e excesso de trabalho Garcia 2013 p 132 aponta poss veis preju zos causados vida pessoal do teletrabalhador uma vez que alguns profissionais podem estar preparados para o desempenho da fun o por m despreparados para a aplica o desta no ambiente domiciliar Jardim 2003 p 39 compreende que um dos grandes problemas do teletrabalho est atrelado a qualifica o dos teletrabalhadores por parte de pa ses desenvolvidos e os pa ses em desenvolvimento Observa que existe uma enorme distin o entre a remunera o mais justa em pa ses de origem do que em pa ses estrangeiros A m o de obra escrava que se concentra nos pa ses em desenvolvimento e a valoriza o dos teletrabalhadores frente a pa ses desenvolvidos por exemplo um engenheiro hindu poder receber menos que um engenheiro americano Deve se ter em conta que para os padr es americanos a remunera o paga a um engenheiro hindu pode representar escraviza o enquanto em seu pa s de origem o hindu goze de uma boa renda Na realidade o que esta por tr s da alega o da escraviza o da m o de obra off shore a entrega da atividade para um cidad o que n o faz parte da sociedade na qual a empresa est situada a briga por mais empregos consequentemente mais oportunidades de trabalho e renda a briga por mais empregos consequentemente mais oportunidades de trabalho e renda A educa o outro par me
146. onsabilidade civil o dano a a o lesiva e o nexo de causalidade Dano para efeito de responsabilidade civil o preju zo causado a bem jur dico de determinado sujeito do direito ou de coletividade por a o ou omiss o imput vel a outrem Segundo Cavalieri Filho 2006 p 41 para al m dos pressupostos de responsabilidade subjetiva atrelados conduta culposa e o dano dever haver a comprova o do nexo causal qual seja a liga o direta e imediata entre o acontecimento do fato gerador do dano que levou sua efetiva o e a conduta do agente que causou o dano no aspecto que deve haver o dano e a comprova o de participa o do agente ainda que gerado de forma culposa para evitar a responsabilidade daquele que n o deu causa Na mesma linha de racioc nio em rela o ao nexo causal compreende Giordani se tratar de rela o de causa e efeito entre a conduta do agente e o dano Trata se de um pressuposto essencial da responsabilidade na medida em que n o se pode impor o pagamento de verba indenizat ria a determinada pessoa que n o tenha efetivamente causado o dano que se pretende que seja ressarcido Assim fundamental que o dano tenha decorrido da conduta do agente GIORDANI 2004 p 49 Para Silvio Venosa 2004 p 45 o nexo causal o liame que une a conduta do agente ao dano e necessita de comprova o ainda que a responsabilidade seja subjetiva Compreende ainda que o nexo c
147. or pelo empregado Na atualidade basta comprova o de culpa seja ela de grau leve ou grave para que se tenha direito indeniza o devida A responsabilidade civil se divide em subjetiva ou objetiva Frente necessidade de comprova o de aspectos relacionados a causas trabalhistas adota se a teoria subjetiva a fim de manter a isonomia entre as partes quando se tratar de causas relacionadas a quest es comumente solucionadas e que n o possuem caracteriza o espec fica Caso contr rio ser adotada a teoria objetiva que esta atrelada a causas em que existe risco inerente da atividade por exemplo O Tribunal Superior do Trabalho adota como regra a responsabilidade subjetiva mas com rela o a casos espec ficos adota hora a teoria objetiva e hora a teoria subjetiva Com rela o ao apontamento de decis es que tendem a declarar a responsabilidade subjetiva o TST compreende que o dano moral relaciona se diretamente com a culpa subjetiva dependendo desta forma de comprova o por parte do empregador RECURSO DE REVISTA DANO MORAL E PENS O VITAL CIA A comprova o do dano moral est condicionada culpa subjetiva dependendo de prova de neglig ncia imprud ncia e imper cia do empregador Recurso de revista n o conhecido JUSTI A GRATUITA A responsabilidade pelo pagamento dos honor rios periciais da parte sucumbente na pretens o objeto da per cia salvo se benefici ria da justi a gratuita artigo 790 B da CLT
148. ormente o TST entende que ap s o ano de 2005 em que se passou a ter o deslocamento de compet ncia para julgar qualquer empregado ou trabalhador os acidentes de trabalho com rela o ao dano moral seguir o o prazo bienal e quinquenal previsto na CLT inciso II do artigo 11 o prazo da prescri o intercorrente trabalhista de 2 dois anos ou seja quando encerrado o contrato de trabalho ter o empregado at dois anos para ajuizar a a o ou ter o prazo de 5 cinco anos quando ainda houver rela o laboral No conjunto apresentado se verifica que a correta aplica o do prazo prescricional estaria relacionada ao previsto no C digo Civil de 2002 ao qual estabelece o prazo de tr s anos para a pretens o de repara o civil segundo art 206 3 V do CC BRASIL 2002 para pretens o de indeniza o decorrente de danos gerados em acidente de trabalho segundo entendimento do TST Desta forma estabelecido a partir do conhecimento do fato ou ato danoso gerador do acidente do trabalho estaria sujeita a prescri o a a o de indeniza o no prazo de tr s anos 57 4 ACIDENTE DO TRABALHO NO TELETRABALHO A evolu o da sociedade como um todo e a necessidade de se ampliar os meios de desenvolvimento de trabalho acaba por fazer surgir o teletrabalho que passa a ser cada vez mais frequente ante ao avan o tecnol gico Acontece que a preocupa o em manter expresso em lei o anseio populacional a respeito desta modalid
149. orrer uma reforma na legisla o do Brasil adequando ao crescimento do teletrabalho e estabelecendo regras pr prias a esta nova modalidade como forma de acompanhamento da evolu o social GENEHR 2008 p 1088 1089 Desta forma com apoio inclusive em orienta es internacionais o ideal seria que observassem para uma efetiva reforma legislativa no Brasil colocando essa nova modalidade de trabalho que com certeza veio pra ficar perdurando em nossas atividades e assim dever ser corretamente regrada Diante das observa es e pondera es apontadas em rela o ao teletrabalho uma regulamenta o pr pria referente ao tema seria o mais razo vel vez que possui caracter sticas pr prias diante ao crescimento exponencial da era tecnol gica dando lugar cada vez mais ao trabalho efetuado de forma mais flex vel Com a cria o de normas e regras no teletrabalho passaria a existir maior seguran a para os teletrabalhadores no desenvolvimento de suas atividades pois n o estariam merc das analogias ou lacunas frente a uma nova realidade n o existente na CLT que fora criada em 1943 era em que sequer existia computador e internet 2 2 2 A Organiza o Internacional do Trabalho e o seu posicionamento a respeito do teletrabalho A OIT fora criada para fins especificamente trabalhistas possui car ter universal e estipula formas interpretativas de determinados assuntos a fim de gerar uniformiza o da sua aplica
150. os do Tribunal Regional do Trabalho da 10 Regi o Observa se que este Tribunal tende a reconhecer hora a responsabilidade subjetiva hora a responsabilidade objetiva no que tange a acidentes de trabalho se posicionando da mesma maneira do Tribunal Superior do Trabalho Em an lise ao primeiro julgado o TRT entende tratar se de responsabilidade subjetiva frente a necessidade de comprova o de nexo de causalidade para n o haver a 38 responsabiliza o do empregador independente de apresenta o de culpa ou dolo do mesmo gerando responsabiliza o injusta ACIDENTE DE TRABALHO RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR NEXO CAUSAL Embora doutrinadores de renome entre os quais Maur cio Godinho Delgado Curso de direito do trabalho 2 ed S o Paulo Ltr 2003 p 614 j debatam a aplica o do art 927 do C digo Civil s rela es trabalhistas este emerge como exce o regra geral da responsabilidade subjetiva mediante aferi o da culpa do autor do dano no caso o empregador CF art 7 XXVIII e CC art 186 Dessarte n o se afigura razo vel a repara o dos preju zos advindos do acidente de trabalho independentemente da comprova o de culpa ou dolo do empregador Isso porque tal racioc nio vai de encontro ao estabelecido no dispositivo constitucional citado na medida em que cria perigosa variante qual seja a de que a assun o dos riscos da atividade econ mica pelo empregador CLT art 2 seria o grande albergu
151. para o civil art 206 3 V Se o dano moral decorre do contrato de trabalho o credito trabalhista e n o civil MARTINS 2011 p 706 Garcia 2011 p 678 alerta que para aqueles que apontam o prazo prescricional previsto no C digo Civil mais uma quest o dever ser observada Para ele aqueles que j tiverem mais da metade do prazo prescricional corrido em rela o ao per odo de vinte anos estipulado pelo C digo Civil de 1916 ter o computado ao t rmino deste prazo n o sendo a eles aplicado o novo prazo de tr s anos previsto no novo C digo Civil de 2002 J para aqueles que ainda estavam em inicia o do prazo prescricional a poca da institui o do Novo C digo Civil de 2002 ter o aplicado o novo prazo de tr s anos Em ambos os casos o acidente do trabalho dever ter ocorrido antes de 2002 54 Por mais que haja discuss o a respeito do prazo prescricional Garcia 2011 p 679 acaba com qualquer d vida existente ao afirmar que o acidente do trabalho deve respeitar o prazo prescricional previsto na jun o do art 7 inciso XXIX da Constitui o Federal de 88 BRASIL 1988 e de s mula 278 do STJ Aponta o argumento de tratar se de lei hierarquicamente superior ao C digo Civil E o que segue A pretens o de repara o das viola es de direitos decorrentes da rela o de emprego como se sabe tem o seu prazo prescricional especificamente regulado pelo art 7 inciso XXIX da Constitui
152. parte tem ci ncia inequ voca do evento danoso Ocorrido o acidente ou cientificada a parte da incapacita o ou redu o da sua capacidade laboral em ocasi o posterior ao advento da Emenda Constitucional n 45 2004 por meio da qual se definiu a compet ncia da Justi a do Trabalho para processar e julgar tais demandas a prescri o incidente a prevista no artigo 7 XXIX da Constitui o da Rep blica porquanto indiscut vel a natureza trabalhista reconhecida ao evento Contrariamente verificado o infort nio anteriormente entrada em vigor da referida emenda constitucional prevalece a prescri o civil em face da controv rsia que pairava nas Cortes quanto natureza do pleito circunst ncia que n o pode ser tomada em desfavor da parte 2 Na presente hip tese a les o restou configurada com a demiss o da autora portadora de doen a profissional ocorrida em 30 1 2001 ou seja em data anterior edi o da Emenda Constitucional n 45 2004 A prescri o incidente portanto a civil com a regra de transi o consagrada no artigo 2028 do C digo Civil de 2002 porquanto n o transcorridos mais de dez anos at a data da entrada em vigor do referido C digo 3 Assim em face da regra contida no indigitado dispositivo de lei for oso concluir que a prescri o aplic vel no presente caso a trienal estabelecida no artigo 206 3 V do novel C digo Civil iniciando se a contagem a partir da sua entrada em
153. peratura inapropriada ao desempenho de atividades laborais excesso de ru do utiliza o de equipamentos tecnologicamente ultrapassados que dificultem o desempenho das atividades do teletrabalhador etc Tal inspe o deve acontecer n o apenas ao in cio das atividades profissionais do teletrabalhador mas tamb m ao longo de toda presta o laboral peri dica e regulamentar FINCATO out dez 2009 p 119 Portanto ainda que haja o desenvolvimento do teletrabalho no domic lio do empregado a fiscaliza o deve ser frequentemente efetuada a fim de evitar poss veis complica es e a fim de manter presente o direito do trabalhador de trabalhar em boas condi es Para tanto ainda que o domic lio do empregado seja o mais indicado para se ter um bom rendimento al m da preocupa o com o pr prio funcion rio as empresas devem se manter alertas quanto ao local de trabalho isentando se de poss veis responsabiliza es pecuni rias em rela o descoberta de doen as profissionais ligadas por mau ambiente de 66 trabalho em que desempenha a sua fun o e por falta de acompanhamento do empregador Ainda que estejamos diante de um trabalho externo sede da empresa poss vel que haja a di ria fiscaliza o do tempo efetivo de trabalho Tal controle se faz necess rio ante a necessidade de se impedir que o teletrabalhador se mantenha conectado ao trabalho por muitas horas que acabe sobrecarregado pela exig ncia pessoa
154. pervis o do trabalho alheio BRASIL 2011 Ou seja por mais que a falta de regulamenta o espec fica cause uma grande lacuna frente ao entendimento em rela o a esta nova modalidade o artigo anteriormente citado preocupou se em equiparar os trabalhos sejam eles desenvolvidos dentro ou fora da sede da empresa Desta forma existe sim uma subordina o entre o trabalhador e o empregador ainda que de forma mais flex vel Segundo S rgio Pinto Martins 2012 p 96 a quest o da verifica o de desempenho trabalhista que gera a subordina o restar muito fr gil frente possibilidade de se manter uma rela o mais flex vel a depender do contrato entre as partes da rela o trabalhista Para al m dessa compreens o aponta que para haver uma subordina o passaria a existir em uma nova modalidade qual seja a da telessubordina o Segundo ele o teletrabalho Acaba criando a nova tecnologia uma nova forma de subordina o pois o empregado pode at n o ficar subordinado diretamente ao empregador mas indiretamente Essa telessubordina o mencionada anteriormente uma forma pr pria de subordina o a qual estaria sendo efetivada dist ncia mas que n o deixaria de ser um 59 controle da jornada de trabalho e do comportamento do empregado frente quantidade de tarefas estipuladas pela produ o espec fica da sua categoria Neste mesmo diapas o tamb m estaria sendo exercida a subordina o por part
155. qual seja a de que a assun o dos riscos da atividade econ mica pelo empregador CLT art 2 seria o grande albergue responsabilidade objetiva nos casos em que dessa atividade surgisse risco potencial integridade f sica do trabalhador Por certo que o cumprimento do contrato de trabalho pode dar origem a les es seguran a ou sa de do trabalhador seja por meio das chamadas doen as ocupacionais profissionais ou do trabalho propriamente ditas ou pela ocorr ncia de acidente de trabalho em sentido estrito Maur cio Godinho Delgado Contudo imp e se reconhecer que a potencialidade do infort nio acompanha a realiza o do trabalho humano desde os prim rdios da humanidade reve o emprego de novas tecnologias e a globaliza o das atividades produtivas In casu o conjunto probat rio n o confirma a atua o culposa da empregadora no acidente porquanto ausente o necess rio nexo de causalidade com as atividades resultantes da execu o do contrato de trabalho raz o por que resta incab vel o acolhimento da pretens o inicial Recurso Ordin rio conhecido e provido 00520 2008 111 10 00 5 RO Terceira turma Relator Des Mazoni C rcio Ribiro Data do Julgamento 26 02 2014 Dispon vel em lt http tst jusbrasil com br jurisprudencia 5677530 recurso de revista rr 830 830 2007 009 06 006 inteiro teor 11836103 gt Acesso em 02 03 2014 BRASIL Tribunal Regional do Trabalho Recurso Ordin rio ACIDENTE DE TRABALHO DANO
156. que o TST aplique as duas formas de responsabilidade seja na modalidade subjetiva seja na modalidade objetiva analisar cada caso em concreto por m tende a aplicar como regra geral a responsabilidade subjetiva principalmente no que diz respeito a causas de acidente de trabalho e indeniza o por danos morais ou materiais Annibal Fernandes 2003 p 51 aponta a teoria contratual em que ocorre a invers o do nus da prova do empregado para o empregador gerando desta forma a presun o juris tantum de culpa do patr o por haver o dever de fiscaliza o e impedimento do acidente causado em sua sede Segundo ele Os defensores desse modelo de repara o sustentavam que a responsabilidade do patr o pelos acidentes decorrido n o da culpa Aquiliana mas da rela o jur dica estabelecida entre empregador e empregado expressa no contrato individual de trabalho Tal pacto criava implicitamente a obriga o por parte do patr o de zelar pela seguran a do trabalhador contra todo acidente dito profissional E de v lo retornar inc lume ao final da jornada FERNANDES 2003 p 51 Por mais que a teoria contratual tamb m fosse uma boa forma de se chegar ao pagamento da indeniza o este modelo n o fora adotado pois os casos n o estavam sendo solucionados tendo em vista o levantamento de motivos de for a maior e de caso fortuito por parte do empregador os quais n o afastam o pagamento de indeniza o FERNANDES 2003 p
157. r regulamentada no nosso sistema legal MARTINS 2012 p 94 Em rela o ao aspecto da pessoalidade do teletrabalho Sergio Pinto Martins aponta uma quest o de dificuldade de aferi o frente ao afastamento do empregador em rela o fiscaliza o do empregado Poder existir uma fiscaliza o a depender do que fora estipulado em contrato mas inicialmente falando esta analise n o conseguir aferir ao certo quem est a realizar a tarefa estipulada de modo que poder ser desenvolvida pelo contratado da empresa ou por seus filhos e esposa por exemplo MARTINS set 2012 p 100 62 Ainda que o teletrabalho seja uma modalidade flex vel n o deixa de perder a sua condi o intuito personae vez que o que muda a forma como o trabalho ser desenvolvido seja dentro ou fora da sede da empresa por uma escolha do empregador ou do empregado a depender do caso concreto Com isso ainda que uma das formas de ambiente de desenvolvimento possa vir a ser o domic lio do empregado este dever fazer uma separa o da sua vida pessoal e da sua vida profissional estabelecendo desta forma barreiras de controle Para que n o restem d vidas quanto ao controle de fiscaliza o de desenvolvimento do trabalho ambas as partes da rela o de trabalho devem estipular quais os meios de fiscaliza o que ser o utilizados no decorrer do desempenho profissional Segundo Carla Carrara 2003 p 65 o trabalho parassubordinado fora criado n
158. r a aplica o do direito do trabalho por falta de normas legais tudo com amparo no art 8 da CLT Diz o artigo 8 da CLT BRASIL 1943 que Art 8 As autoridades administrativas e a Justi a do Trabalho na falta de disposi es legais ou contratuais decidir o conforme o caso pela jurisprud ncia por analogia por equidade e outros princ pios e normas gerais de direito principalmente do direito do trabalho e ainda de acordo com os usos e costumes o direito comparado mas sempre de maneira que nenhum interesse de classes ou particular prevale a sobre o interesse p blico BRASIL 1943 Afirma a autora Genehr 2008 p 1088 1089 que dever tamb m se basear na prote o estipulada na Constitui o Federal em seu art 7 incisos XXVII e XXXII BRASIL 1988 A Lex Major em seu art 7 incisos XXVII e XXXII adotou como princ pio a prote o do trabalhador em face da automa o na forma da lei e a proibi o de distin o entre trabalho manual t cnico e intelectual ou entre profissionais respectivos Quanto automa o o teletrabalho visualizado como meio de modernizar a organiza o do trabalho o que pode fornecer um equil brio melhor do trabalho com a vida privada dando aos teletrabalhadores uma maior autonomia e n o simplesmente ser uma amea a a absten o dos postos efetivos de trabalho como o desemprego 18 De acordo com a mesma autora citada anteriormente dever oc
159. r humano de maneira especialmente intensa vulnerando profundos conceitos de honorabilidade na hip tese de diagn stico de doen a que embora tida como insuscet vel de incapacitar o reclamante para o trabalho foi adquirida por culpa daquele ao deixar de fiscalizar o uso de equipamento de prote o individual apto a elidir as condi es adversas higidez DANOS MATERIAIS DOEN A ADQUIRIDA PELAS CONDI ES DO TRABALHO AUS NCIA DE COMPROMETIMENTO DA CAPACIDADE LABORAL E DE REPERCUSS O SOCIAL INDENIZA O REPARAT RIA INDEVIDA Ainda que diagnosticada patologia com etiologia ocupacional s obrigar o empregador satisfa o de danos patrimoniais a detec o da incapacidade definitiva para o desempenho de id nticas fun es e ou do comprometimento das rela es sociais do empregado Interpreta o consent nea com o art 104 5 do Decreto n 6 939 2009 que alterou dispositivos do dispositivos do Regulamento da Previd ncia Social aprovados pelo Decreto n 3 048 grifo nosso RO 10709620105020 SP 00010709620105020462 A28 Relatora MARIANGELA MURARO julgamento em 27 11 2013 rg o julgador TRT 2 regi o TURMA publica o em 03 12 2013 grifo nosso BRASIL 2013 O car ter de restitui o do dano n o deve ser visto apenas como car ter devolutivo mas tamb m preventivo e por tal motivo as multas s o severas para que se crie obrigatoriamente a consci ncia do empregador de manter o seu ambi
160. ran a art 7 XXII e determina o pagamento de adicionais de remunera o ao empregado que executa atividades penosas insalubres ou perigosas na forma da lei art 7 XXIII ARNALDO et al 2005 p 922 Ainda em rela o regulamenta o da seguran a do trabalho Martins 2002 p 579 compreende que na fase anterior Revolu o Industrial n o havia preocupa o por parte dos empregadores e do Estado com a sa de do trabalhador Ap s a Revolu o com a observ ncia de uma s rie de problemas aparecidos durante o per odo de trabalho principalmente com empregados jovens e posterior ao tempo de servi o com o desenvolvimento de doen as advindas do trabalho com aparecimento demorado que se passou a voltar os olhos a esta quest o de sa de e interesse p blico A preocupa o com a seguran a do trabalho passou a tomar lugar na regulamenta o expressa das suas regras Sergio Pinto Martins aponta que 71 foi editada a Lei n 6 514 77 que deu nova reda o aos arts 154 a 201 da CLT tendo sido complementada pela Portaria n 3 214 78 que disp s entre outras coisas sobre servi o especializado em seguran a e medicina do trabalho equipamento de prote o individual atividades e opera es insalubres e perigosas etc MARTINS 2002 p 579 A Seguran a e Medicina do Trabalho possuem uma finalidade de evitar riscos de acidente do trabalho por exemplo mas tamb m de
161. ras ficam adstritas forma escolhida pelo empregador e empregado que estar o integralizadas em contrato estipulando de forma minuciosa quest es como hor rios de trabalho desempenho local de desenvolvimento estipula o de regras e metas dentre outros Vale ressaltar que o teletrabalho poder ser desenvolvido tamb m por trabalhadores aut nomos que embora se encontrem em tal situa o fazem jus s regras estabelecidas na Consolida o das Leis Trabalhistas CLT O teletrabalho visa desta forma o melhor aproveitamento do trabalho a fim de evitar desgastes de ambas s partes 11 2 1 1 Diferen a entre trabalho em domic lio e teletrabalho em domic lio Ap s a apresenta o de conceitos acerca do teletrabalho surge a necessidade de diferenciar teletrabalho e trabalho em domic lio diante da grande incid ncia de comparativos em rela o a ambos os temas O teletrabalho pode ser desenvolvido no domic lio do trabalhador ou fora dele dependendo de como estar estipulado em contrato previamente aceito por ambas as partes e em rela o fixa o das regras de desempenho Este trabalho ser desempenhado da mesma forma como se estivesse na sede da empresa tendo em vista que trabalha com meios tecnol gicos e com o intelecto do trabalhador Sendo assim as metas s o constantes e estipuladas no cotidiano J o trabalho em domic lio dever ser desenvolvido por meio de metas com termos finais de desempenho assim como
162. reconhece tal pratica para ent o acarretar no cancelamento de um dos matrim nios Tal ato gera efeito na esfera penal mas n o de imediato Ser necess rio a comprova o por parte de instaura o de inqu rito policial oferecimento de denuncia e inicia o de processo penal Diferentemente do procedimento contrario em que a senten a penal gera responsabilidade civil pass vel de cobran a por haver titulo executivo judicial Vejamos Assim concebe se at mesmo como natural a ila o de que a senten a penal pode repercutir na a o de indeniza o baseada na responsabilidade civil quando discute o mesmo evento Isso n o significa que a atividade de um ju zo c vel n o possa gerar efeitos na esfera penal sendo usual o exemplo da decis o no c vel que reconhece a pratica de bigamia ficando a decis o criminal na depend ncia da anula o do primeiro ou do segundo casamento Mas como regra geral diante das premissas j expostas o natural que a senten a penal possa repercutir na esfera c vel relativamente ao mesmo evento VENOSO apud SOARES 2011 p 144 certo que para que haja a condena o na esfera criminal ser necess ria a comprova o de uma s rie de requisitos essenciais para a elucida o do crime diferentemente da esfera c vel que necessita apenas da comprova o do dano e culpa do agente que sequer dever ser apontado em grau bastando apenas a sua comprova o Para Leandro Nascimento por
163. rion a e a sam EEE EE iio nv ave 52 4 ACIDENTE DO TRABALHO NO TELETRABALHO 000 eeesceceesneeeeeesneeeeeesseeesensaes 57 4 1 Aspectos referentes subordina o trabalhista e a pessoalidade condi es de reconhecimento derela o de trabalho iesiri eenen kaa AAAA EAE EAE A EE aeei 57 4 2 Fiscaliza o do ambiente de desempenho do teletrabalho os 62 4 3 O direito privacidade e a intimidade do empregado no teletrabalho 67 4A Sepuran a do Trabalho css 5 505s0 0230 15 csspesasyiepsvsieraenesaeespnessoegpessusesopessee AESNL ap AESA Lao ESA dE SE Skok 69 4 5 Acidente e doen a no teletrabalho 0 0 eee eee eseecceseneeeeeesseeeeeessaeeecesseeeceesaeeceessaeeesessaeeeeees 74 4 6 Preven es dos tipos de acidente e doen a do trabalho no teletrabalho 77 4 7 An lise do julgado do Recurso de Revista n 167340 46 2004 5 03 0025 pelo Tribunal Superior do Trabalho que pode ser utilizado como paradigma para a aplica o em analogia ao caso dos teletrabalhadores assis assess E aE EEES EEE EESE EEEE E EEES SY 79 OP SCONC IL O rr fra area E ere pa ER CERA capa te 82 REREREN IAO eee eR eR Pe a RO DOADO DESA ODE RO DO AO ROO OA OO OO ADO O OO og 84 1 INTRODU O A apresenta o do tema de suma import ncia frente ao crescimento do teletrabalho em meio grande procura dos empregados que necessitam da atualiza o de suas fun es por meio de
164. rtes na empresa pois h menor envolvimento emocional com a organiza o etc Outra desvantagem apontada por Filho J 2012 p 5 diz respeito press o psicol gica que pode ser exercida nos trabalhadores que pela falta de monitoramento acabam por produzir em grande escala a fim de demonstrarem maior produtividade Do mesmo modo o excesso de trabalho al m de gerar maior press o psicol gica vir acompanhado de doen as como por exemplo o stress ou at mesmo uma Les o por Esfor o Repetitivo LER Ocorre que o pr prio teletrabalho j uma modalidade diferenciada que busca m o de obra qualificada excluindo desta forma profissionais com menor qualifica o Com a incid ncia de novas doen as causadas pelos excessos e a falta de controle de produ o afirma Winter 2005 p 131 ser necess ria afora a sele o natural de desempenho com o dom nio da era tecnol gica e o intelecto desenvolvido mais uma sele o de 20 trabalhadores aptos a tal modalidade com caracter sticas psicol gicas e biol gicas que evitem essas doen as gerando mais desigualdade nesta classe Vejamos O trabalho em excesso como qualquer v cio comportamental pode levar a doen as relacionadas a stress exaust o ou conflitos familiares refletindo sobre a queda da produtividade da a necessidade de uma sele o de tele empregadores analisando inclusive a pr pria personalidade pois h correla o entre pessoas c
165. rutural por carregar consigo regras pr prias de desempenho do trabalho e formas diferenciadas de subordina o a qual n o costuma ser de intensa fiscaliza o j que esta categoria se desenvolve fora da sede da empresa o que n o quer dizer que n o possui subordina o Maur cio Godinho Ministro do TST e precursor desta teoria citado por Alvarenga leciona que Estrutural pois a subordina o que se manifesta pela inser o do trabalhador na din mica do tomador de seus servi os independentemente de receber ou n o suas 61 ordens diretas mas acolhendo estruturalmente sua din mica de organiza o e funcionamento DELGADO 2006 apud ALVARENGA 2012 p 13 A subordina o no teletrabalho dever se ater ao caso concreto com demonstra es de sua exist ncia Por se tratar de uma modalidade nova ainda sem regulamenta o pr pria n o se faz suficiente aplica o das regras j existentes em rela o ao trabalho tradicional Logo para que haja a solu o dever ocorrer an lise de casos concretos com suas devidas peculiaridades Segundo Autuori e Gregorin no teletrabalho n o haveria propriamente uma aus ncia do poder de comando ou de dire o do empregado verdade que o teletrabalhador gozar de maior autonomia e liberdade de a o em virtude do trabalho realizado a dist ncia mas sempre haver certos par metros estabelecidos pelo destinat rio do servi o A hierarquia
166. s es a respeito do tema n o existe pacifica o h in meros julgados a favor e contra o reconhecimento de sobrejornada Desta forma o nus probat rio estaria incumbido a quem o alega no caso ao empregado e n o haveria um acompanhamento rotineiro em seu ambiente de trabalho DUARTE 2005 p 54 55 Em an lise do julgado abaixo data v nia ao entendimento anteriormente citado pela autora Duarte 2005 resta claro que muito embora n o se tenha a efetiva fiscaliza o por parte do empregador tal argumento n o suficiente para afastar a sua responsabilidade de controle de jornada e de poss veis danos ao trabalhador O levantamento de que n o existe 65 efetivo controle de jornada de trabalho por parte do empregador necessita para al m de ser o trabalho externo da comprova o de impossibilidade de fiscaliza o Vejamos HORAS EXTRAS TRABALHADOR EXTERNO CONTROLE DE JORNADA Para que o empregado se enquadre na exce o do art 62 I da CLT n o basta o exerc cio de atividade externa devendo haver impossibilidade do controle de jornada por parte da reclamada Restando provada a possibilidade de efetivo controle da jornada faz jus o empregado ao recebimento das horas extras laboradas Recurso desprovido TRT18 RO 0001029 21 2012 5 18 0008 Rel PAULO PIMENTA 2 TURMA 14 06 2013 BRASIL 2012 Ainda que o art 5 inciso XI da Constitui o Federal BRASIL 1988 aponte o domic lio como sendo ambien
167. s E Justi a n 9 p 101 123 out dez 2009 Acidente do trabalho e teletrabalho novos desafios dignidade do trabalhador Direitos Fundamentais E Justi a n 4 p 146 173 jul set 2008 GARCIA Gustavo Felipe Barbosa Teletrabalho e sobreaviso decorrente de aparelhos de comunica o eletr nicos Revista de Direito do Trabalho v 39 n 151 p 127 140 mai jun 2013 Manual de Direito do Trabalho 3 ed rev e atual S o Paulo M todos 2011 GENEHR Fabiana Pacheco A normatiza o do teletrabalho no direito brasileiro uma altera o bem vinda S o Paulo Revista LTr 2008 GIORDANI Jos Acir Lessa A responsabilidade civil objetiva gen rica no C digo Civil de 2002 Rio de Janeiro Ed Lumen Juris 2004 JARDIM Carla Carrara da Silva O teletrabalho e suas atuais modalidades S o Paulo Ed LTr 2003 LIMA FILHO Francisco das C O reconhecimento legal da rela o de emprego do teletrabalhador Revista LTr Legisla o de Trabalho v 76 n 1 p 34 38 jan 2012 MACHADO J lio Cesar Amplia o do poder de vigil ncia sobre o trabalhador no regime 86 de teletrabalho Disponivel em lt http www pgt mpt gov br publicacoes seguranca vigilancia_sobre_regime_teletrab pdf gt Acesso em 08 mar 2014 MARTINS FILHO Ives Gandra da Silva Manual esquematizado de direito e processo do trabalho 21 ed S o Paulo Saraiva 2013 MARTINS Sergio Pinto Teletrabalho Revista S ntese trabalhist
168. s eletr nicos etc FINCATO 2009 p 117 Fincato 2008 p 162 tamb m aponta outras s ries de riscos para a sa de do empregado quais sejam Alguns riscos s o destacados como corriqueiros nas rela es de trabalho a distancia como por exemplo as enfermidades psicol gicas que podem somatizar se decorrentes do isolamento do trabalhador e da sobrecarga derivada da necess ria rigidez na organiza o de tarefas laborais e familiares quando se labora em domic lio as geradas pelos esfor os repetitivos ou les es osteomusculares as provindas de m postura laboral e do uso excessivo das tecnologias de informa o em especial das telas de computadores les es oculares ou at mesmo a fadiga decorrente da aus ncia em tese de limites para a jornada de trabalho FINCATO jul set 2008 p 162 Para Vera Regina os ndices de acidentes de trabalho v m crescendo significativamente vez que por se tratar de uma modalidade mais flex vel os teletrabalhadores desempenham mais atividades em busca de reconhecimento de produtividade Consequentemente visando um trabalho mais confort vel em rela o ao ambiente da empresa os empregadores enviam mais tarefas acreditando ter o trabalhador mais tempo para organizar e produzir Desta maneira para a autora No tocante sa de o novo grau de exig ncias acarretou um crescimento da incid ncia de stress do trabalho e as patologias principalmente ligadas ao
169. s mesmos por meio de analogia s legisla es j existentes e aos casos j julgados que se aproximem s suas condi es Os teletrabalhadores est o sujeitos a causas de doen as pr prias e ao acontecimento de acidentes diferenciados principalmente pelo local de desenvolvimento do trabalho N o porque o teletrabalho est sendo desenvolvido no domic lio do empregado por exemplo que este n o esteja sujeito a estas causas 4 7 An lise do julgado do Recurso de Revista n 167340 46 2004 5 03 0025 pelo Tribunal Superior do Trabalho que pode ser utilizado como paradigma para a aplica o em analogia ao caso dos teletrabalhadores Como j dito anteriormente n o fora encontrado nenhum ac rd o espec fico de acidente de trabalho ocorrido no domic lio do empregado em atividade de teletrabalho Muito embora o pr prio TST tenha reconhecido o teletrabalho como uma poss vel forma de desenvolvimento de trabalho por meio da resolu o administrativa n 1499 de 1 de fevereiro de 2012 que regulamenta o teletrabalho no mbito do Tribunal Superior do Trabalho e d outras provid ncias n o existem julgados a respeito do caso em estudo O TST tem se mantido sempre atualizado frente evolu o do trabalho O pr prio reconhecimento e a implementa o do teletrabalho nas suas depend ncias demonstra o interesse em acompanhar e regulamentar os avan os da era tecnol gica A Resolu o n 1499 do TST serve de par metro para
170. s meus irm os Claudio Irtemir e em especial Iramira e Irlandir por terem me acompanhado e me ajudado de maneiras inesquec veis por toda a minha jornada E por ltimo mas n o menos importante aos meus sogros e meu enteado por terem participado diretamente da evolu o deste trabalho AGRADECIMENTOS Agrade o primeiramente a Deus por ter me acalmado nos momentos mais dif ceis Aos meus pais pela ajuda e pelo carinho Ao meu marido por ter me proporcionado as condi es necess rias para fazer o curso dos meus sonhos e por ter me passado for a nesses cinco anos Aos familiares enteado e amigos por me incentivarem sempre e por me passarem seguran a Agrade o tamb m ao meu orientador Prof Me Roberto Krauspenhar por toda a ajuda paci ncia e dedica o que me levaram a conclus o deste trabalho RESUMO O teletrabalho abordado quanto ao acidente de trabalho no domicilio do empregado tema ao qual ainda persistem lacunas Sua an lise pauta se em considera o as v rias vertentes apontadas por autores renomados e entendedores do assunto em quest o A busca pela solu o do apontamento da responsabilidade civil do empregador frente a um acidente de trabalho ocorrido no teletrabalho seguir uma linha de par metros com a legisla o j existente Desta forma a Lei 12 551 2011 ser abordada do ponto de vista cr tico quanto aos preju zos causados pela falta de maiores especifica es a respeito do tema Por fim ser
171. s padr es de conduta que s o razo veis e l gicas atuando com boa f SANTOS 2002 p 19 Para Ives Grandra o princ pio da razoabilidade se resume sendo A conduta das partes deve fundar se em motivos racionais e n o arbitr rios ou carentes de uma justifica o razo vel Corresponde ao uso moderado dos meios na leg tima defesa Direito Penal e ao agir do b nus pater fam lias Direito Civil Crit rio geral e intuitivo com certa subjetividade que sup e o senso comum compartilhado pela comunidade MARTINS FILHO Ives Gandra da Silva 2013 p 70 Desta forma para se chegar conclus o de que a fiscaliza o do ambiente de trabalho n o estar causando quebra do direito intimidade e privacidade dever o julgador analisar o caso concreto e fazer o uso da aplica o da razoabilidade 4 4 Seguran a do Trabalho 70 O trabalho est ligado n o apenas execu o de tarefas ou efetiva o de lucros mas deve ser visto como um conjunto de rela es entre as partes entre o ambiente de trabalho entre as condi es de trabalho entre os equipamentos utilizados dentre outros Para S rgio Pinto Martins o conceito de seguran a e medicina do trabalho anteriormente conhecida como higiene e seguran a do trabalho pode ser compreendido como sendo o segmento do Direito do Trabalho incumbido de oferecer condi es de prote o sa de do trabalhador no local de trabalho e de sua recupera
172. ser percebida em geral por tarefa A inobserv ncia dos padr es ergon micos a exposi o a temperaturas inadequadas fadiga ocular ru do s o fatores causadores de danos a m dio e a longo prazo ao empregado comuns no trabalho com computadores assim como riscos de choques el tricos pela m utiliza o dos equipamentos sem que haja o resguardo pela legisla o ainda WINTER 2005 p 145 146 76 Manuel Martin 2012 p 6651 aponta algumas das formas de acidente do trabalho no teletrabalho que devem ser reconhecidas como tal pois ainda que o empregado esteja fora do ambiente tradicional de trabalho estaria este sob a responsabilidade do empregador por se manter comprovadamente em hor rio de trabalho o que segue No caso do teletrabalhador trabalhando em casa e vai para o banheiro e escorrega e se machuca vai ser sim acidente de trabalho se este est num parque com seu laptop e de repente atacado por um cachorro e tem o bra o mordido tamb m vai ser acidente de trabalho al m disso se a empresa adota o sistema de teletrabalho estar ciente que poder haver acidentes de trabalho ESTRADA 2012 p 6651 Para tanto por m ser necess rio que este teletrabalhador al m de ser subordinado tenha em contrato a estipula o do hor rio de trabalho ou ainda que n o seja fixo mas sim estimado para fins de caracteriza o da responsabilidade do empregador Quando houver liberdade de hor rio
173. te inviol vel resta necess ria a complementa o de que a fiscaliza o n o ser impedida haja vista fazer parte da rela o de trabalho para garantir boas condi es de trabalho para o empregado Desta forma o efetivo acompanhamento das condi es da resid ncia ainda que apenas no local estipulado como trabalho dever ser previamente autorizado pelo empregado a fim de n o incorrer em indeniza es por viola o da mesma Denise Pires Fincato 2009 p 118 aponta uma preocupa o voltada diretamente s condi es do ambiente selecionado Por mais que a fiscaliza o n o seja direta como de costume na sede da empresa dever haver um controle das condi es em que est instalado o empregado mesmo estando este em seu domic lio Ressalta ainda que o ambiente de trabalho n o envolve apenas quest es f sicas mas tamb m psicol gicas sociais visuais auditivas etc Ainda com rela o ao controle do ambiente de trabalho por meio da fiscaliza o a mesma autora apresenta uma forma de se manter uma boa fiscaliza o sugerindo algumas iniciativas que deveriam ser tomadas pelo empregador como por exemplo a contrata o de T cnicos de Seguran a do Trabalho especializados na inspe o de ambientes de teletrabalho com o embasamento t cnico necess rio para identificar riscos potenciais no ambiente do teletrabalhador dentre os quais defici ncias relacionadas ergonomia do mesmo postura inadequada tem
174. teriza o como rela o de emprego ou de trabalho h que se ter uma regulamenta o espec fica que abranja notadamente esta gama de atividade introduzidas com a tecnologia e que resguarde de maneira efetiva a pr pria organiza o do trabalho e o meio ambiente Ainda que n o se tenha um marco inicial exato a respeito do teletrabalho a preocupa o em se elaborar uma legisla o espec fica no Brasil torna se primordial Como bem fora apontado anteriormente outros pa ses se baseiam em leis existentes em rela o ao tema mas por outro lado existem aqueles que entendem ser necess ria a cria o de leis pr prias que regulamentam o teletrabalho de acordo com as regras de sua regi o O Chile j especificou o tema e suas regras por meio da Lei n 19 759 2002 Assim como a Col mbia que tamb m elaborou a Lei n 1 221 2008 Al m disso outros pa ses est o propondo projetos de Lei que esperam o reconhecimento e a devida aprova o o caso da Argentina Projeto de Lei n 2 337 2007 do Uruguai Projeto de Lei n 16 2010 do Peru Projeto de Lei n 4 901 2011 e da Republica Dominicana Projeto de Lei n 947 2010 por exemplo J Portugal por mais que ainda n o tenha criado Lei espec fica do teletrabalho faz apontamentos a respeito do tema em seu C digo do Trabalho do artigo 233 at o artigo 248 16 Nos Estados Unidos n o existe lei nica e pr pria de teletrabalho cada Estado organizar o assunto de
175. to de laborar fora das instala es f sicas desta que aufere sua for a de trabalho elemento suficiente para afast lo na prote o das normas laborais LIMA FILHO 2012 p 36 Ainda como forma de preocupa o e de exaurimento do reconhecimento do teletrabalho o mesmo autor LIMA FILHO 2012 p 37 faz transparecer o entendimento de que o teletrabalho faz parte das mesmas condi es e direitos que o trabalho tradicional possui devendo ser respeitado principalmente pelo fato de agora estar previsto em lei nacional ainda que de forma incompleta Segundo ele Nessa perspectiva os elementos presentes no teletrabalho convergem no sentido de se reconhecer o teletrabalhador como um verdadeiro empregado inserido no processo produtivo do benefici rio de seu labor e portanto sob a tutela das normas laborais como finalmente reconhecido expressamente pelo legislador nacional por for a da Lei n 12 551 2011 que a toda evidencia tem aplica o a todas as rela es de trabalho que se encontrem na hip tese nela reconhecida independente do per odo em que tenham tido in cio ou vigido At porque assim recomenda a nova norma art 2 LIMA FILHO 2012 p 37 Segundo Alvarenga 2012 o teletrabalho n o faria parte da subordina o jur dica pois se diferencia da modalidade tradicional de trabalho e possui caracter sticas peculiares Desta forma para a autora o teletrabalho tende a ser uma modalidade de subordina o est
176. trabalhos inovadores e em rela o aos empregadores que acompanham a evolu o da era tecnol gica e precisam se inteirar dos riscos e benef cios causadores que acompanham esta nova categoria Visa o esclarecimento da poss vel condena o em indeniza o de danos trabalhistas em meio ao acidente de trabalho por parte do empregador no teletrabalho O estudo se basear em posicionamentos doutrin rios legisla es e Jurisprud ncias do egr gio Tribunal Superior do Trabalho Muito embora o Brasil tenha avan ado de forma significativa quanto ao teletrabalho com a cria o da Lei 12 551 2011 e a implementa o da altera o do art 6 da Consolida o das Leis Trabalhistas CLT BRASIL 1943 ainda existem muitas quest es obscuras e sem solu o a respeito do tema Desta forma ser o analisados alguns dos principais problemas enfrentados por esta categoria a falta de jurisprud ncia espec fica a necessidade de cria o de lei pr pria e a insufici ncia da aplica o anal gica da Lei 8 213 91 que trata de acidentes de trabalho e suas modalidades equiparadas j existentes frente s condi es espec ficas desta categoria No primeiro cap tulo an lises e defini es a cerca do que vem a ser o teletrabalho desde a sua origem e desenvolvimento at s diferencia es em rela o ao trabalho em domic lio j existente e suas peculiaridades as peculiaridades do contrato de trabalho e o prazo de prescricional das a es
177. tremamente necess ria a indeniza o com o fim de retornar o estado anterior daquele que sofreu o dano Quando o dano moral n o f cil se chegar ao valor real Por m a estimativa da indeniza o deve ser suficiente para que n o haja preju zo Vejamos Concluindo a responsabilidade por danos morais tem por finalidade compensar o sofrimento decorrente dos traumas sentimentais advindos dos atentados a direitos da personalidade do sujeito do direito n o estando necessariamente ligada a uma les o imediata ou mediata de ordem patrimonial dano patrimonial BELMONTE 2001 p 125 Luciano Rossignolli entende que al m do dano moral ser subjetivo tamb m resulta de um dano personal ssimo do qual apenas o sujeito que sofreu a perda poder dizer o quanto aproximadamente valeria o seu preju zo Por ser personalissimo o dano moral s 49 corretamente avaliado por quem o sente porque ele n o pass vel de medida por outrem alheio ao sentimento que o envolve SALEM 2004 p 477 Em an lise a jurisprud ncia do TRT da 10 Regi o vale ressaltar que a aplicabilidade do valor arbitrado como forma de restitui o do dano sofrido ficar a cargo do julgador da reclama o trabalhista frente impossibilidade de valora o exata j que se trata de dano relacionado ao ntimo do que sofrera Desta forma o correto e razo vel seria a aplica o do valor correspondente ao caso concreto baseado no valor aprese
178. tro visto que muitas atividades de trabalho off shore s o desenvolvidos por pessoal altamente capacitado sendo sua compet ncia sendo reconhecida al m das fronteiras Isso certo nos pa ses desenvolvidos j nos pa ses em desenvolvimento e nos menos desenvolvidos a premissa inverte se existe um grande contingente de m o de obra sujeita a tornar se futura escrava da net no tocante s condi es de trabalho pela sua baixa qualifica o A redatora anteriormente citada JARDIM 2003 p 42 43 em conclus o elenca um rol exemplificativo das poss veis modalidades de desvantagens como por exemplo Fragmenta o do trabalho Falta de vis o dos teletrabalhadores do conjunto da empresa e seu mercado Controle invis vel pelo computador central da empresa por meio de programas de mensura o da produtividade Pouco ou nenhum contato com colegas e com a hierarquia Dispers o dos trabalhadores pelo territ rio dificultando as a es sindicais Isolamento social N o separa o entre vida privada e vida profissional Tratamento diferenciado referente a sal rios Defici ncia na prote o jur dica Menos oportunidade de promo o e de ascens o na carreira profissional EAN Para Winter 2005 p 131 os empregadores tamb m ficam sujeitos ao alcance das desvantagens do teletrabalho vez que confiam a administra o da empresa ao teletrabalhador 21 que a desempenha em seu domicilio ou em outro loc
179. tros entendem se tratar de prazo imprescrit vel Independente do real prazo aplic vel s a es de acidente do trabalho vale ressaltar que a depender da les o gerada o empregado lesionado ir busca de seus direitos o mais breve poss vel Segundo Teixeira J nior 2001 p 161 O prazo prescricional incidente nas a es de responsabilidade civil por acidente do trabalho n o assunto que gera concord ncia Uma posi o sustenta que a natureza civil do pedido de repara o por danos morais ou materiais de ato il cito praticado na rela o de trabalho enseja aplica o do prazo prescricional previsto no art 206 53 3 inc V do C digo Civil de 2002 pois a controv rsia de direito material deve ser resolvida com as regras do Direito Comum TEIXEIRA JUNIOR 2011 p 161 Descreve o artigo anteriormente citado que prescrever em tr s anos a pretens o de repara o civil Sergio Pinto Martins 2011 aponta o prazo bienal e quinquenal como sendo o prazo geral de prescri o da possibilidade de a o trabalhista como um todo e ainda entende n o tratar se de um direito imprescrit vel Vejamos O prazo de prescri o para o empregado urbano ou rural propor a o na Justi a do Trabalho de dois anos a contar da cessa o do contrato de trabalho art 7 XXIX a da Constitui o Observado esse prazo poss vel o empregado postular os direitos relativos aos ltimos cinco anos a contar do aj
180. turos BITTAR Carlos Alberto A Repara o do dano moral Rio de Janeiro Forense p 89 O valor da indeniza o muito embora por vezes n o seja suficiente para apagar as marcas dos danos impostos n o deve servir para o enriquecimento injustificado da parte tamb m n o deve pouco significar para o patrim nio do lesante j que n o serviria para desestimul lo repeti o do ato 01287 2012 102 10 00 3 RO Relatora Desembargador Pedro Luis Vicentin Foltran 1 Turma BRASIL 2012 Diante disso dever sempre ocorrer indeniza o no dano moral ainda que a sua mensura o seja dif cil por tratar se de dano muito subjetivo com valor estimado em cada caso em concreto Seu pagamento se dar com base em justa devolu o e como pol tica de 50 preven o de futuros danos a fim de punir o empregador que der causa ao acidente do trabalho ainda que culposamente para que tenha mais cautela com os demais funcion rios 3 3 Responsabilidade penal por acidente do trabalho A responsabilidade penal pode vir acompanhada da responsabilidade c vel isto quando n o for adimplida no Juizado Especial Criminal mas a rec proca n o acontece SALEM 2004 p 442 Data v nia desse entendimento Leandro Nascimento apud SOARES 2011 p 144 entende ser poss vel sim que a responsabilidade iniciada na esfera c vel venha acarretar responsabilidade criminal posterior Como exemplo cita o caso da bigamia quando a esfera C vel
181. ualdade tamb m s o formas de vantagens redu o de gastos tanto para o teletrabalhador quanto para a empresa diminui o no tr nsito dentre outros Vejamos S o apontados como vantagens para o empregado a maior autonomia na forma de execu o do trabalho a redu o dos gastos com transporte e locomo o al m da diminui o do stress provocado pelo tr fego intenso das grandes capitais Como consequ ncia de uma maior satisfa o inclusive em virtude de uma vida familiar e social mais intensa haver o aumento de produtividade Para as empresas s o apontadas como vantagens na utiliza o desse tipo de trabalho a diminui o de custos com energia el trica combust vel e horas extraordin rias al m da aus ncia de interrup es e faltas do emprego Obviamente a empresa tamb m seria beneficiada com o aumento de produtividade dos empregados Para a sociedade a ado o do teletrabalho poder significar melhoria da qualidade de vida proporcionada pela diminui o dos problemas de trafico e transporte tamb m poder atenuar os ndices de desemprego dos deficientes face utiliza o de pessoas que n o podem e ou t m dificuldade de locomo o As vantagens para a sociedade e para o governo est o ligadas a gera o de empregos tanto na zona urbana como na zona rural Contribui com a diminui o de congestionamentos nas grandes cidades com a diminui o do uso dos transportes p blicos passando a mant
182. uizamento da a o S 308 I do TST Os cr ditos trabalhistas s o prescrit veis como se verifica do inciso XXIX do art 7 da Constitui o e do art 11 da CLT N o se pode dizer portanto que os cr ditos trabalhistas n o prescrevem MARTINS 2011 p 701 Garcia 2011 tamb m compreende ser imposs vel falar em imprescritibilidade da pretens o punitiva do agente por parte daquele que sofrera o dano Descreve Assim em termos jur dicos n o se pode dizer que a indeniza o por danos morais e materiais referentes ao contrato de emprego mesmo quando decorrentes de acidente do trabalho ou doen a ocupacional seja imprescrit vel GARCIA 2011 p 677 Por mais que Sergio Pinto Martins 2011 aponte o prazo bienal e quinquenal como sendo o prazo prescricional geral ao falar de danos morais passa a entender existir controv rsia em rela o aplica o do prazo trabalhista e o prazo civilista afirma A primeira entende que a prescri o a prevista no inciso XXIX do art 7 da Constitui o O empregado tem dois anos para ajuizar a a o contados do t rmino do contrato de trabalho ou reclamar os ltimos cinco anos se o contrato estiver em vigor A segunda teoria afirma que a indeniza o civil devendo ser observada a prescri o contida no C digo Civil Na vig ncia do C digo Civil de 1916 o prazo era de 20 anos art 177 No C digo Civil de 2002 o prazo de tr s anos para a pretens o de re
183. uma portaria que deve ser compreendida como abrangente de toda a categoria n o se pode apontar a falta de fiscaliza o e a falta de observa o das condi es impostas como argumento de que esta categoria n o estaria inclusa vez que a CLT ser aplicada por analogia ao caso dos teletrabalhadores 4 5 Acidente e doen a no teletrabalho O acidente do trabalho no teletrabalho deve compreender as mesmas regras e estipula es j existentes como exposto anteriormente pela falta de legisla o espec fica do teletrabalho O teletrabalho uma categoria em expans o tendo em vista as in meras vantagens que traz consigo No entanto apesar de envolver um grande interesse em aplica o por parte das empresas e visibilidade por parte dos empregados est transvestido de desvantagens intimamente ligadas sa de do empregado Para al m de suas pr prias particularidades e diante da falta de legisla o espec fica o teletrabalho em rela o ao acidente do trabalho enfrenta problemas externos como o limite da privacidade e a fiscaliza o do ambiente de trabalho frente ao elevado custo e dificuldade de estabelecimento de hor rios como j fora avaliado Denise Fincato aponta algumas causas de danos sa de do empregado como por exemplo isolamento do trabalhador sobrecarga de fun es e atividades ambiente 75 laboral inadequado riscos de acidentes em raz o da utiliza o ou manuten o de equipamento
184. vel em http trt 2 jusbrasil com br jurisprudencia 24889194 recurso ordinario ro 10709620105020 sp 00010709620105020462 a28 trt 2 ref home Acessado em 07 de mar o de 2014 BRASIL Tribunal Superior do Trabalho Recurso de Revista RECURSO DE REVISTA ACIDENTE DE TRABALHO ART 21 IV DA LEI N 8 213 91 SITUA ES EM QUE MESMO FORA DO AMBIENTE LABORAL O TRABALHADOR SE ENCONTRA DESENVOLVENDO ATIVIDADE EM PROL DO EMPREGADOR INGEST O DE CAF E TABAGISMO FORA DO ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL TOR O DE TORNOZELO EVENTO QUE N O SE EQUIPARA A ACIDENTE DE TRABALHO NEXO DE CAUSALIDADE COM O LABOR PRESTADO EM PROL DA RECLAMADA 95 INEXISTENCIA A Lei n 8 213 91 ao equiparar ao acidente de trabalho os eventos a que faz alus o no seu art 21 IV tem por escopo proteger o empregado todas as vezes que mesmo fora do estabelecimento empresarial se ativar em prol do empregador Necess rio portanto o nexo de causalidade entre o acidente sofrido e o trabalho prestado fora do ambiente laboral Na hip tese dos autos a tor o do tornozelo da reclamante ocorreu quando ela encontrava se ingerindo caf e praticando tabagismo fora do estabelecimento empresarial motivo por que ausente o indispens vel nexo de causalidade ao reconhecimento de que o infort nio de que foi v tima a autora equipara se ao acidente de trabalho a que alude a legisla o tutelar do prestador de servi os subordinados Recurso de revista conhecido e provido
185. vida o Direito do Trabalho deve ser din mico e pautado em regras suscet veis de altera es e adapta es em busca do equil brio das for as do capital e do trabalho modernizando se progressivamente Por m deve se estar atento s necessidades peculiares do processo laboral brasileiro e n o pretender adaptar se as rela es trabalhistas brasileiras flexibilidade norte americana ou rigidez europeia Embora a maioria dos pa ses se baseie na regulamenta o j existente quanto ao trabalho desenvolvido na sede da empresa e na sua totalidade aplique essa regulamenta o nos casos do teletrabalho acredita que dever ocorrer uma regulamenta o pr pria ante as classes de trabalhadores com caracter sticas nacionais pr prias conforme citado abaixo WINTER 2005 p 140 Em face da expans o do teletrabalho embora com nuan as diversas conforme o pa s em que se est desenvolvendo h que se buscar uma regulamenta o espec fica e n o como a maioria adota a mesma aplic vel ao trabalhador a domic lio O fato do exerc cio extra empresa n o leva a identific los visto que a predomin ncia do trabalho tecnol gico no primeiro se dist ncia das atividades manuais deste ltimo Com a preocupa o de que haja uma regulamenta o adequada do teletrabalho no domic lio Winter 2005 p 141 compreende que Portanto pela diversidade entre o teletrabalhador e o trabalho a domic lio e a pr pria carac
186. za o do ambiente de trabalho aponta Fincato 2009 p 119 que dever ser fiscalizado apenas o ambiente estipulado pelo empregado como sendo o ambiente em que desenvolve duas atividades profissionais di rias Vejamos A concord ncia pr via e expressa do teletrabalhador chancela a possibilidade de fiscaliza o entretanto importante que a referida inspe o limite se ao efetivo espa o destinado ao ambiente laboral do teletrabalhador no interior de seu domic lio n o se estendendo a ambientes que n o os utilizados para o desempenho de suas atividades Para tanto importante que empregado e empregador estabele am qual ser o c modo da resid ncia destinado presta o das atividades laborais daquele bem como que sejam determinados os dias e hor rios em que tal inspe o poder ser realizada al m da periodicidade em que a mesma ser levada a efeito por este FINCATO out dez 2009 p 119 N o existe afinal uma estipula o de regra quanto fiscaliza o do ambiente de trabalho para que n o haja a invas o da privacidade Em confronto com um comando Constitucional e a necessidade de se manter fiscalizado o ambiente de trabalho para se evitar danos f sicos e at mesmo psicol gicos dever haver o uso da razoabilidade Segundo Josaph Francisco o principio da razoabilidade consiste na afirma o de que o homem deve portar se em suas rela es conforme a raz o do homem comum adotando go o

IRAIR ALVES RODRIGUES

Contents

Download Pdf Manuals

Related Search

Related Contents