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eca – redeca – manual de gestao da rede

1. dades Em meados de agosto soubemos que a Telef nica financiaria projetos de rede de prote o integral on line um sistema de computadores interligados via Internet conso lidando dados e deixando as entidades em contato permanente enviando canais de comunica o com a sociedade Fizemos nosso projeto e fomos contemplados Da surgiu o projeto da Rede Crian a e Adolescente inicialmente composta pelas seguintes enti dades governamentais e n o governamentais Casa da Crian a Irm Crucifixa Casa do Adolescente de Bebedouro Centro de Estudos e Projetos para o Bem do Menor Educan d rio Santo Antonio de Bebedouro Centro Assistencial Esp rita Do Calv rio ao C u Asso cia o de Pais e Amigos dos Excepcionais de Bebedouro Desenvolvendo a Crian a e o Adolescente Associa o dos Deficientes de Bebedouro Centro de Educa o Infantil Louren o Santim Grupo Luta e Amor Vida Sociedade Recreativa Promocional e Cultu ral Jos do Patroc nio Associa o Assistencial Esp rita Casa de Maria Comunidade Educativa Figuls Assun o Casa de Santa Clara Fundo Social de Solidariedade Projeto Semeando o Futuro Casa Santo Expedito Centro Integrado de Equoterapia de Bebedouro Grupo de Escoteiro Sol e Lua Associa o de Valoriza o Integral do Defi ciente Auditivo Artsol e Praticare Foram se juntando rede os departamentos governamentais ligados educa o cul tura sa de esporte o Poder J
2. Manual de Gestao da Rede ve redeca DAS REDES PELO ECA Manual de Gest o da Rede N Sum rio Prefacio creaa A QU A E 4 Apresenta aO quis resa ia 6 LAEE ULE e P E E A A A EN VA 14 O ECA Estatuto da Crian a e do Adolescente sses 14 Hist rico das Redes do SGDCA no Brasil s sssessssssssressresrreerreerressees 15 Comentario Edson Seda sans real sai nando 16 Nato bio elf Apa RR RR RE ND DO E E SN 20 Os oito munic pios e a Funda o Telef nica uma Nova Prop assa rasas DT 20 Como mobilizar e manter uma Rede sasipismnsisorizoames obesa snig o 21 Gestao de ma Rede Ren MR NERD epa UR ie 23 Coment rio Alexandre Nascimento Mestre em Psicologia 25 RedeeletroniCa oe eis O 29 O que uma Rede Eletr nica e como serelaciona como SODA causais tatiiaainea aid ap annissa 29 O software REDECA saias iianndizasiabinsoinaaaadiiaaiasbsna aaa 30 tica profissional na Rede o papel dos acordos e das PED As suga anisaasnontiuiacaao dah peniano 33 Coment rio S rgio Amadeu da SIlMelta assistencia sais 35 Considera es finais do grupo Rede das Redes 37 Coment rio final especialista em rede C ssio Martinho 41 Refer ncias bibliogr ficas assassinadas elas aa 188 Funda o Telef nica Manual de Gest o da Rede q Pref cio As Redes e o Cio da Terra Dalberto Adulis Coordenador Executivo da ABDL Associ
3. Forma o de seus membros encontros semin rios cursos reuni es etc Cria o de la os de solidariedade entre os membros Realiza o de a es em conjunto S o alguns exemplos de a es que favorecem o trabalho em rede Mapear compet ncias e afinidades Proporcionar anima o Reeditar a es Dividir tarefas evitando sobrecarga e personaliza o Registrar regularmente as a es realizadas Criar grupos de trabalho virtuais ou n o Publicar boletins peri dicos Criar um ambiente amig vel para circula o e compartilhamento da informa o Realizar entregas de produtos desenvolvidos pela rede Essas s o algumas id ias compartilhadas pelas oito cidades Entretanto a maior li o aprendida foi o reconhecimento de que trabalhar em rede n o seguir regras ou copiar modelos criar de forma coletiva e democr tica pactos que fa am sentido para os atores da rede local acordos que possam orquestrar uma coordena o das autonomias de cada um dos membros da rede canalizando esfor os recursos e ativos para a realiza o de obje tivos comuns lidar com os desafios os conflitos e situa es de ac mulo de poder que pos sam vir a surgir E por mais oneroso que posso parecer o trabalho com muitos atores ele aos poucos torna se mais ben fico para todos A troca cont nua de aprendizados e enfrentamento das crises tamb m algo evidente e importante em a
4. A exist ncia de direitos fundamentais positivos e universais ajuda a promover a con sci ncia tica a ser difundida entre as diferentes na es e cria condi es para que se esta bele a o consenso entre os pa ses signat rios do que vem a se constituir prioridade da humanidade As metas do mil nio da ONU s o exemplos desse fen meno A prote o efe tiva de direitos sociais demanda pol ticas n o s universalistas mas tamb m espec ficas para grupos que vivem em risco social O processo que expande direitos tamb m o processo que reconhece grupos sociais mais vulner veis pobreza e exclus o social crian as mulheres idosos portadores de defici ncia e outros O Sistema de Garantia dos Direitos da Crian a e do Adolescente no Brasil foi influenciado em larga medida pelo sistema internacional de garantia de direitos fundamentais de 1924 a primeira declara o da ONU com reconhecimento de direitos da crian a A devasta o promovida pela 1 Guerra Mundial impulsionou a Declara o que pela primeira vez reconheceu o interesse superior da crian a A cria o da ONU promoveu a funda o do UNICEF Fundo das Na es Unidas para a Inf ncia em 1947 e atribui a esse rg o as a es de defesa e promo o dos direitos de crian as Em 1959 uma nova Declara o foi aprovada na Assembl ia Geral da ONU e nela foram articulados dez princ pios que buscavam ampliar e atualizar a prote o oferecida pela
5. Gest o da Rede 83 1 1 Mapeamento O mapeamento das organiza es governamentais e n o governamentais por meio de suas localiza es na cidade a forma mais adequada de identificar a estrutura e a dis tribui o nas reas em que as mesmas atuam Dividindo a cidade por regi o poss vel detectar quais reas t m maior ou menor cobertura dos servi os ofertados e suas poss veis lideran as regionais Em alguns casos as lideran as e movimentos n o est o devidamente organizados e ou registrados e o mapeamento das a es contribui para sua identifica o A express o f sica da rede no mapa da cidade um instrumento importante para que se inicie um diagn stico das condi es da inf ncia Al m de expressar a oferta de servi os esse mapeamento permite reconhecer as necessidades espec ficas de cada regi o da cidade Como exemplo disso podemos indicar mapas da exclus o inclus o social ou mapas de vulnerabilidade social que permitem a verifica o da realidade de cada territ rio e assim qualificam a an lise da oferta de servi os 1 2 Como identificar parceiros e alian as estrat gicas A parceria que nasce motivada por interesses e objetivos comuns supre necessidades e converte se em amplia o e irradia o dos efeitos de um trabalho coletivo Parcerias ampli am as sensibiliza es as mobiliza es e a co responsabiliza o de sujeitos em torno de a es voltadas para amplia o da cida
6. Quando o outro entra em cena nasce a tica Umberto Eco A tica no comportamento profissional dos membros da Rede de Prote o foi um tema recorrente nos debates das oito cidades ao lon go dos dois anos de desenvolvimento do projeto As perguntas mais frequentes diziam respeito a quem teria acesso ao banco de dados Como seriam os controles para acessar a rede eletr nica Quais os riscos que um sistema dessa natureza poderia trazer Nas reflex es ouvia se uma voz comum por mais seguran a que o sistema eletr nico ofere a e ele oferece ainda assim a quest o da tica dos profissionais que operam a rede eletr nica elemento fundamental para a seguran a e o correto funcionamento do sistema de informa es Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede o ee O risco concreto que todos temiam era o de expor as crian as e os adolescentes pelo uso indevido das informa es Para ajudar a entender a import ncia conceitual dessa tica o grupo prop s se a responder tr s perguntas que ajudaram a nortear o c digo O que um c digo de tica Por que um c digo de tica Para quem o c digo de tica As diretrizes criadas pelo grupo seguem um roteiro como o lis tado abaixo Implanta o e Manuten o Acompanhamento Usu rios Respeito ao usu rio Seguran a ao usu rio Valoriza o da diversidade Sigilo e privacidade Operadores Relacionamento entre os profissionais da rede Rela
7. o mas sim na compreens o de seus significados e nos usos que se pode fazer deles para gerir pol ticas Em um mar de informa es o que relevante saber Essa foi uma pergunta perma nente que norteou a Rede das Redes enquanto ela criava o software sistema de infor ma o Quais s o as vari veis determinantes priorit rias que mais interessam para gerir a pol tica de prote o Nesse sentido o grupo se referia a um conjunto b sico uma cesta b sica de indicadores sem os quais n o se consegue explicar o que est ocorrendo com cri an as e adolescentes no munic pio As an lises continuam baseadas em impress es n o se criam par metros objetivos para medir o impacto das a es da rede porque n o existem formas de avaliar o antes e o depois N o basta sabermos as porcentagens de crian as que est o em situa o de trabalho infantil no munic pio por exemplo preciso saber exata mente quantas quem s o onde est o Somente dessa maneira conseguiremos de fato mudar alguma realidade Dado por dado n o faremos nada se n o encontrarmos essas respostas na demanda social existente Os rg os centrais de governo Estado e Uni o t m grande capacidade t cnica para desenvolver tecnologia de informa es e assim subsidiar as pol ticas p blicas e faz isso sis tematicamente em v rias reas Na sa de com o DATASUS na educa o com v rios sistemas o Enade por exemplo na Assist ncia Social
8. o da Rede S o como pequenos centros que contribuem para essa anima o Abaixo temos alguns modelos de organiza o em rede que podem ser mais ou menos centralizados Rede centralizada Rede descentralizada Rede distribu da Policy Process Policy a Process KS Policy Eri Policy Process Pras Policy Polit Process y rocess Funda o Telef nica J Manual de Gest o da Rede mma 82 e k 5 E Estrutura spora EE 5 o Q da Rede E o 9 E na 5 S z D z O 2 LL De Q Er LL Como a forma ajuda a definir as fun es dentro de uma rede Estas imagens fazem parte da palestra apresentada por Dalberto Adulis no Il Progra ma Redes e Desenvolvimento promovido pela ABDL Fun es das redes Richard Portes and Stephen Yeo s Elas mostram perspectivas de organiza o que j vem sendo pensadas e experimentadas desde a d cada de 70 quando se come aram a estruturar as redes de Internet e computadores e nos servem de inspira o O trabalho em rede sempre organizado de forma horizontal sem subordina o de uma organiza o outra por isso as decis es n o emanam de um nico ponto mas s o compartilhadas Os integrantes mant m sua independ ncia em rela o rede e aos demais integrantes segundo Whitaker 1993 p 6 para quem as Redes devem ter estru turas horizontais onde todos s o co respons veis e t m diferentes fun es Para isso s o permanentemen
9. um assunto que causa inseguran a em quem est formando uma Rede Social Como ser o comando ou a inexist ncia dele De maneira geral as organiza es t m estrutura hier rquica de comando S o dirigidas por pessoas em cargos de ger ncia com atribui es de liderar equipes de trabalho dividir organizar e contro Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 24 lar as tarefas dos outros J quando se pensa em rede a estrutura horizontal caracterizada pela aus ncia do mando hier rquico Atribui se s lideran as um papel agregador na forma o e na con du o da rede Fala se em m ltiplos centros de comando dividido colegiado cuja auto gest o feita pelos membros da rede As atividades pr prias de uma Rede Social de Prote o Inf ncia e Adolesc ncia demandam formas horizontais de organiza o em que os membros da rede decidem e operacionalizam cada qual sua parcela de compet ncias No entanto algumas a es podem ter car ter verticalizado do ponto de vista da operacionaliza o das decis es colegiadas O cap tulo 5 do Manual prop e se a pensar e mostrar estru turas para se organizar e gerir uma Rede no SGDCA 1 Assembl ia Geral 2 N cleo Gestor 3 Gestor da Rede 3 Perfil do Gestor da Rede Habilidades do Gestor da Rede Aplicar conhecimento habilidade t cnica Definir Metas relacionar tarefas e planejar execu o Delegar Tarefas Articular e
10. CAPRA Fritjof As Conex es ocultas S o Paulo Cultriz 2002 CASTELLS Manuel A gal xia da internet reflex es sobre a internet os neg cios e a socieda de Rio de Janeiro Jorge Zahar Editor 2003 FARAH Marta Ferreira Santos Reforma de pol ticas sociais no Brasil iniciativas recentes de governos estaduais e municipais In Congresso Gest o do Setor P blico no Brasil Contexto de Reforma do Estado Apresenta o de Artigo do Projeto de Pesquisa CNPq FGV Agosto 2002 FAYOL Henri Administra o Industrial e Geral previs o organiza o comando coordena o e controle S o Paulo Atlas 1994 GUARNIERI Maria Cristina de Lourdes Redes novo paradigma RITS 2004 HOLIDAY Oscar Jar El trabajo em red tecer complicidades y fortalezas Rede ABDL 2001 INOJOSA Rose Marie Redes de compromisso social Rio de Janeiro Funda o Get lio Vergas Revista de Administra o P blica 1999 KOGA Dirce Medidas de cidades entre territ rios de vida e territ rios vividos S o Paulo Edi tora Cortez 2003 L VY Pierre Desenvolvimento humano e unidade das ci ncias Palestra proferida na Universi dade S o Marcos em 19 09 2005 Dispon vel em www universodoconhecimento com br Universo do Conhecimento LEMOS Ronaldo Direito Tecnologia e Cultura Rio de Janeiro FGV Editora 2005 Funda o Telef nica Manual de Gest o da Rede Lol a MARTINHO C ssio O projeto das redes Horizo
11. Para conhecer estes exemplos vide documentos em anexo O fato que o regimento inter no ter as caracter sticas de cada munic pio O N cleo Gestor dialoga com o CMDCA Em alguns munic pios os membros que ir o compor o N cleo Gestor precisam ser referendados pelo Conselho Municipal dos Direitos da Crian a e do Adolescente bem como as delibera es que dele emanam Em alguns munic pios o Gestor da Rede preside as reuni es do N cleo Gestor Em determinados munic pios o N cleo Gestor tem representantes das reas de sa de educa o assist ncia social CMDCA poder judici rio e organiza es n o governamentais de acordo com as solu es que cada comunidade formula Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 109 Um alerta importante n o confundir o papel do CMDCA com o papel do N cleo Gestor da Rede O CMDCA elabora as pol ticas p blicas e controla as pol ticas em execu o tal como determina o artigo 86 do ECA a pol tica dos atendimentos da crian a e do adoles cente far se atrav s de um conjunto articulado de a es governamentais e n o governa mentais da Uni o Estados e Munic pios As linhas de atua es seguem esse princ pio O papel da rede nesse sistema fazer a integra o das entidades dos equipamentos sociais dos rg os p blicos da justi a do minist rio p blico dos rg os p blicos respon s veis pelas pol ticas sociais que t m in
12. es fortes Em 1988 e 1989 garantimos uma legisla o extremamen te avan ada para tratar da situa o dram tica da inf ncia e adolesc ncia no pa s Se houver maior interesse poss vel visualizar a linha do tempo do SGDCA por meio do Portal Pro Menino O cen rio pol tico que cercou a formula o de todo o Sistema de Garantia foi tamb m o cen rio de grandes conquistas no campo da pol tica e da garantia de direitos sociais no Brasil Os processos econ micos sociais e pol ticos das ltimas tr s d cadas determinaram profundas reformas estruturais no Estado Brasileiro Costuma se chamar de Reforma do Estado no Brasil a esse conjunto de mudan as nas institui es p blicas que t m na Consti tui o de 1988 seu marco legal O ambiente democr tico que cercou a elabora o da Con stitui o de 1988 resultou em um texto constitucional avan ado para o momento hist ri co texto esse que na sua totalidade cria as condi es formais necess rias para a supera o de problemas sociais e pol ticos do pa s Quando o texto constitucional ficou pronto o pa s p de dispor de um norte para enfrentar seus problemas mais graves Se no Brasil os direitos sociais foram fortemente protegidos pela Constitui o de 1988 sua efetiva o segue delimitada por or amentos e entraves administrativos burocr ticos e gerenciais S o direitos que em larga medida dependem da discricionariedade do administrador p blico entre eles os Pr
13. lesc ncia as compet ncias se ampliam Novas tarefas todas elas pr prias da a o em rede tornam se mais complexas cotidianas sistem ticas permanentes A rede passa a ter hor rio de funcionamento funcion rios pr prios contratados para operacionalizar a implanta o e gerenciamento do software por exemplo espa o f sico para instala o do servidor servi o de apoio t cnico na rea de inform tica aos membros da rede Enfim a din mica da rede se transforma De atividades mais pol ticas e de articula o do trabalho social a rede amplia suas fun es e instala um servi o a ser prestado diuturnamente e aqui a anima o da rede se faz presente essa nova realidade que cria a necessidade do geren ciamento da verticalidade Se a rede social decide empreender a rede eletr nica ent o ser preciso administr la Administrar ou gerir s o express es comuns que denominam a exist ncia de comando Ambas as palavras administra o e gest o t m origem latina nos verbos gerere e administrare Gerere conduzir dirigir e governar Administrare a o com aplica o espec fica no sentido de gerir um bem um empreendimento defendendo os interesses dos que o possuem No campo das pol ticas p blicas pela sua natureza emprega se com frequ ncia o termo gest o E a quem assume esse comando chamamos gestor E o que gerir ou administrar Henri Fayol em sua obra cl ssica Prin
14. lo As pessoas envolvidas precisam ter vontade de us lo identificar alguma utilidade para ele no seu cotidiano participar dessa experi ncia preciso obter a ades o no sentido de escolha individual da op o pelo trabalho em rede O software n o pode ser entendido apenas como mero cadastro a ser preenchido e nesse sen tido a rede eletr nica vem sendo planejada dentro do projeto como um conjunto de usos dos recursos da inform tica que viabilizam a comunica o e a gest o integrada do SGDCA Desde o planejamento do software as oito cidades estiveram preocupadas com o usu rio do sistema que tem comportamentos pr prios A rede eletr nica n o pode ser mais um problema para ele administrar no seu dia a dia ela precisa ter utilidade no sentido de facil itar o trabalho da organiza o e n o de oner la ainda mais Alguns sistemas p blicos de informa o como o DATASUS o Cadastro nico etc s o mantidos rigorosamente em dia posto que t m os recebimentos dos recursos p blicos dessa rea atrelados ao preenchimento dos dados No caso da rede eletr nica de prote o inf ncia isso n o acontece Aqui a motiva o tem de ser de outra natureza e est ligada capacidade da rede de prote o de conseguir a ades o das institui es e pessoas rede A ess ncia e o esp rito do trabalho em rede precisam ser incorporados pelos atores que o realizam Eu estou na rede porque ela me beneficia e eu a ela Ou seja
15. pol ticas p blicas voltadas inf ncia e adolesc ncia Aqui eSeguem aquist o descritos os processos vividosenciados por oito8 munic pios paulistas apoiados pela Funda o Telef nica e que desejam compartilhar suas experi ncias A pretens o desteo tex to a de colaborar com as cidades que v mest o se perguntando como potencializar organizar e dar efic cia s in meras iniciativas Funda o Telef nica Manual de Gest o da Rede que desenvolvem na rea de inf ncia e adolesc ncia em suas cidades O apoio da Funda o Telef nica permitiu que isso acontecesse Elegendo o trabalho em rede na gest o do Sistema de Garantias dose Direitos dae Crian as e do Adolescentes SGDCA como um dos focos de suas a es a Funda o Telef nica passou a investir na id ia de redes e prote o integral h cerca de 9 anos At 2004 colaborou t cnica e financeiramente para a implanta o de 9 projetos de rede em cidades de 5 estados brasileiros Vit ria da Conquista e Salvador BA Vit ria e Vila Velha ES Caxias do Sul Novo Hamburgo e Santo ngelo RS Barueri SP e Aracaju SE Em 2005 realizou uma avalia o externa em 4 das 9 redes anteriormente apoiadas em diferentes est gios de desenvolvi mento e com estrat gias de trabalho diversas Foram realizadas entrevistas com v rios atores do SGDCA e grupos focais foram respondidos 86 question rios pelas organiza es participantes das redes 75 5 d
16. sobretudo gerir rela es vivas ou gerir vidas nesse lugar que atuamos quando buscamos garantir a prote o integral dos direitos humanos de crian as e adoles centes Sob o signo da situa o de risco da amea a vida que somos chamados a intervir Sob a cren a na prote o que investimos nos cuidados necess rios para que aquela crian a e aquele adolescente violados em seus direitos possam responder com o poder da vida com sua biopot ncia Assim tomamos aqui a rede como um dispositivo de gest o de pol tica p blica e todos os seus operadores como gestores Gestor aqui deixa de ser um posto de poder hier rquico para assumir um lugar de poder que se concretiza nas rela es cotidianas no fazer do profissional em campo na lida com as situa es de sofrimento humano de crian as ado lescentes e fam lias que s o atendidas pelos rg os e servi os que comp em a rede A rede vista dessa forma afirma a indissociabilidade existente entre gest o e assist ncia somos todos operadores e portanto gestores dessa m quina que tem o poder de segregar e de incluir O poder aqui est disseminado nas micro a es tal como diz Fou cault um poder microf sico presente nas rela es Ou como Deleuze explicita um poder sobre a vida biopoder Ou ainda como Pelbart anuncia a vida como alvo supremo do capital a vida capital As organiza es sociais podem ser vistas como sistemas vivos de
17. www abdl org br Associa o Brasileira para o Desenvolvimento de Lideran as WWww sp senac br terceirosetor redesocial Site sobre as redes sociais do Senac www redesedesenvolvimento org br Site do Semin rio Redes e Desenvolvimento ABDL S o Paulo 19 07 a 21 07 www aed org br Ag ncia de Educa o para o Desenvolvimento Funda o Telef nica Manual de ssa Gest o da Rede 191 www augustodefranco org Site de Augusto de Franco palestrante do Semin rio Redes e Desenvolvimento www cdi org br Comit para a Democratiza o da Internet http www wwf org br WWF Brasil MARTINHO C ssio Redes Uma introdu o s din micas da conectividade e da auto organiza o http www universodoconhecimento com site forum ciclos 2005 pierre phpf Palestra de Pierre L vy 2005 www wikipedia org Enciclopedia digital http www nupef org br atividade redessociais htm Pesquisa feita por Sonia Aguiar para o Nupef sobre o estado da arte dos estudos de redes sociais realizados no Brasil nos ltimos dez anos 1996 2006 Sites da Rede das Redes www afonsotoledo org br Ara atuba SP www recab sp gov br Bebedoutro SP www recad diadema sp gov br Diadema SP www redecardume org br Guaruj SP www kairos srv br dpiitap index htm l Itapecerica da Serra www secidas pmmc com br rede Mogi das Cruzes SP www saocarlos sp gov br S
18. 4 Guaruj 4 1 Caracteriza o As informa es sobre a situa o do munic pio do Guaruj foram obtidas por meio de dados do IBGE 2000 Funda o SEAD 2005 al m do diagn stico sobre a situa o da crian a e adolescente do munic pio elaborado em 2006 Perfil s cio econ mico Segundo previs o IBGE 2006 o munic pio do Guaruj conta com a popula o de 305 171 habitantes A taxa de urbaniza o de 99 97 A renda per capita m dia de 2 04 sal rios m nimos segundo a Funda o Seade S o 13 88 das fam lias com renda per capita de at gt sal rio m nimo O munic pio apresenta um ndice Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 168 amem M dio de Desenvolvimento Humano IDH de 0 788 sendo que comparado com outros munic pios no Brasil est em boa situa o ocupando a 838 posi o No estado de S o Paulo ocupa 256 posi o Em rela o ao ndice Paulista de Responsabilidade Social IPRS conforme a Funda o SEADE Guaruj foi classificado no Grupo 2 ou seja apesar de apresentar n vel elevado de riqueza n o exibe bons indicadores sociais Diagn stico Atualizado de Crian as e Adolescentes Foi realizado em 2006 pela consultoria Kair s um diagn stico das crian as e adolescentes do munic pio com dados de 2005 As fontes consultadas foram Secretarias Municipais Secretaria Estadual de Ensino DATASUS e entidades n o governamentais que atuam na rea Apresentamo
19. Gest o da Rede 165 direta ou indiretamente com crian as e adolescentes em situa o de vulnerabilidade social buscando a supera o das dificuldades nos atendimentos sobreposi o falta de cobertura etc A RECAD foi implantada com base em cinco eixos de atua o Rede de Informa es sociais elabora o de sistema integrado de informa es com acesso via Internet que se movimenta atrav s de P los de acesso computadores nas difer entes organiza es Fortalecimento institucional capacita o e qualifica o de gestores e profissionais da rea social atrav s de semin rios cursos confer ncias e participa o de grupos de estu dos buscando aperfei oamento da qualidade dos servi os prestados pelas organiza es Fortalecimento dos Conselhos Tutelares melhoria da infra estrutura dos dois Con selhos Tutelares e forma o para os as conselheiros as para um melhor atendimento popula o Consolida o da rede de atendimento constru o de sede para o NAICAF N cleo de Atendimento Integrado Crian a ao Adolescente e Fam lia Conselho Tutelar II regi o Centro um audit rio e sala de treinamento Esse sub projeto foi alterado devido ao in cio da implanta o dos CRAS na Cidade O espa o que seria destinado ao NAICAF foi indicado para estruturar as Secretarias Executivas dos Conselhos Municipais dos Direitos da Crian a e do Adolescente e da Assist ncia Social Visibilida
20. a o humana da tecnologia p 100 Trata se de um comportamento redundante dar um telefonema para avisar que um e mail foi enviado Na perspectiva do aparato t cnico uma conduta tipicamente disfuncional e anti econ mica Do ponto de vista da sociabilidade talvez a confirma o do v nculo aquilo que o ling ista russo Roman Jakobson classificou como a fun o f tica da linguagem a certifica o com efeito eminentemente sim b lico de que a conversa ocorre Tecnicamente desprez vel porque ineficiente a redund ncia do veja estamos conversando pode ser essencial para a consolida o dos v nculos entre os atores da rede 6 O Sistema de Garantia de Direitos da Crian a e do Adolescente da mesma forma parece ser um projeto sem fim O objetivo claro as metas postas sinalizam o horizonte da a o mas o processo n o termina n o terminar nun ca porque n o pode terminar 7 sintom tico que o grupo que produziu o Manual tenha se autodenominado de Rede das Redes posto que as din micas das redes locais provavelmente j n o cabiam em si mesmas Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 52 II A rede no contexto do sistema de garantia dos direitos da crian a e do adolescente Afirmar que as comunidades re nem hoje todas as condi es necess rias para pro teger suas crian as e adolescentes j n o utopia As ltimas duas d cadas marcaram mudan as significa
21. as e adolescentes ainda assim um bom diagn stico um importante ponto de partida para o conhecimento da realidade local e seus dados podem ser utilizados para formula o das pol ticas p blicas pensar prioridades etc O diagn stico informa o p blica e quando contratado ou elaborado pela rede deve ser disponibilizado para uso da comunidade As informa es colhidas podem desvendar situa es desconhecidas podem confrontar vis es que a rede tinha e que n o se confir Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 90 maram pode revelar com maior precis o a relev ncia ou n o de problemas Disseminar as informa es ajuda a legitimar as a es da rede importante que a comunidade entenda que as diretrizes da rede t m sustenta o no diagn stico n o s o a es isoladas Co nhecendo os dados a comunidade tem subs dios objetivos para avaliar as a es da rede O diagn stico um aliado na discuss o dos problemas sociais j que qualifica e legitima as a es da rede Embora o diagn stico seja imprescind vel as oito cidades afirmam que a efic cia na sua utiliza o est vinculada constante atualiza o dos dados Nesse sentido um bom diagn stico precisa ser formulado para que possa estabelecer um di logo com o software sistema de informa o da rede eletr nica ferramenta de trabalho que lida com a infor ma o do atendimento no dia a dia Esta uma vis o que a
22. cio das atividades de articula o at a operacionaliza o da rede eletr nica A comunidade Rede das Redes buscou elaborar um texto que fosse acess vel a todos e assim espera incentivar por meio dessa leitura novas localidades na implementa o de suas redes Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 73 1 Objetivos Comuns e Lideran as Comunit rias a articula o necess ria para a constru o da Rede O pressuposto fundamental para a forma o de uma rede a exist ncia de objetivos comuns entre pessoas e organiza es O trabalho em rede tem in cio quando v rios indiv duos necessitando discutir e resolver problemas comuns e executando atividades que atendam ao mesmo p blico precisam estabelecer um di logo Formar uma rede de prote o de crian as e adolescentes agregar pessoas e organi za es em torno dos objetivos comuns propostos pelo Sistema de Garantia dos Direitos da Crian a e do Adolescente Nela estar o inseridos os profissionais e as organiza es que atuam na rea A liga o entre os elementos que comp em a rede acontece quando h entendimento de que o resultado do trabalho n o ser alcan ado se for feito de forma fragmentada preciso unir as a es para garantir que a crian a e o adolescente n o te nham apenas atendimento espec fico de assist ncia e ou psicologia por exemplo mas que a rede que o assiste seja completa atendendo o em pol ticas
23. com o Cadastro nico e assim por diante Os rg os oficiais que coletam e analisam dados IBGE Funda o Seade Funda o Jo o Pinheiro PNUD etc tamb m agregam tecnologias de ponta nas reas de informa es Nenhum desses rg os entretanto ordena seu trabalho no sentido de criar instrumentos de gest o local de pol ticas p blicas instrumentos que possam ser operados em qualquer munic pio com a estrutura e o conhecimento tecnol gico com que a localidade pode contar O que as oito cidades acreditam que mais do que nunca necess rio fazer chegar conhecimento em tecnologias de informa o em todas as localidades preciso fazer descer o conhecimento e a capacidade t cnica dos rg os centrais para as localidades porque ali que est o sendo implementadas as pol ticas sociais O gestor local tem que se apropriar desse conhecimento Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 92 O processo que descentralizou pol ticas sociais ainda novo Essas s o demandas recentes dos gestores de pol ticas sociais nos munic pios um momento importante para que as localidades expressem suas necessidades e demandem dos rg os centrais outras formas de estruturar seus sistemas de informa es A consolida o de uma nova pol tica nacional de assist ncia social por exemplo est ordenando que os munic pios realizem seus mapas de inclus o e exclus o social sem os quais a cidade n o poder
24. distribui o de poder Nesse lugar de gestor da vida posto que o poder est disseminado indistintamente sobre todos os planos do viver que fazemos operar esse dispositivo chamado rede Rede de vidas rede de fazer viver assim podemos dizer quando em nossas a es exercemos nos Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 277 so poder de interven o sobre a vida do outro alvo de nossa atua o profissional Podemos visualizar ent o o modo de organiza o em rede como m todo de gest o da vida na sociedade contempor nea do capitalismo globalizado que se sustenta na criatividade e inova o na flexibilidade e adaptabilidade e na globaliza o e concentra o descentraliza da Para Castells a pr pria contemporaneidade pode ser definida por estar em rede As redes sociais s o intrinsecamente redes de comunica o que envolvem a lin guagem simb lica os limites culturais as rela es de poder CAPRA 2006 Nas palavras de Welman Os processos que sustentam a rede social s o processos de comunica o que geram um corpo comum de significados e regras de comportamento a cultura da rede e um corpo comum de conhecimentos 1999 Para Maturana a comunica o n o mera transmiss o de informa es mas antes uma coordena o de comportamentos entre organismos vivos onde a linguagem ocorre no fluxo de intera es e rela es de conviv n cia 1980 Nesse sentido promov
25. do total estadual O nico munic pio da regi o com mais de 100 000 habitantes Barretos 103 829 habitantes e Bebedouro o nico munic pio com popula o superior a 50 000 habitantes2 O produto interno bruto PIB da Regi o Administrativa de Barretos em 2000 foi de R 2 8 bilh es representando 0 8 do total do Estado O Valor Adicionado Fiscal VAF da regi o em 2001 foi de R 2 859 bilh es ou 0 9 do total do Estado A ind stria o setor de atividade com maior partici pa o no Valor Adicionado Fiscal respondendo por 54 o Com rcio vem em seguida respondendo por 22 os Servi os por 12 a Agropecu ria por 7 e Outros por 5 A agropecu ria o setor mais importante da economia regional com destaque para as culturas de cana de a car que v m ganhando espa o em detrimento das pastagens e planta es de c tricos Ocorreu ainda o aumento da rea ocupada com sorgo e seringueiras O principal produto agropecu rio da regi o a cana de a car respons vel por 36 do va lor da produ o agropecu ria regional que alcan ou em 2002 R 1 3 bilh o Esse montante representa 6 2 do valor da produ o agropecu ria estadual Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 154 emma A cana de a car tem obtido ganhos de produtividade na regi o inclusive atrav s da mecaniza o da colheita que se por um lado gera ganhos ambientais por outro torna ocioso um expressivo contingente de m
26. es como estas Os desafios e conflitos de relacionamento s o algo comum em qualquer processo mas ga nham um corpo maior neste tipo de trabalho no qual a negocia o e parceria s o conceitos fundamentais e precisam ser esclarecidas para continuarmos a atuar em rede 1 Orienta o e apoio s cio familiar II Apoio s cio educativo no meio aberto III Coloca o familiar IV Abrigo V Liberdade Assistida VI Semi liberdade VII Interna o 2 Pol ticas sociais b sicas II Pol ticas de assist ncia social III Pol ticas de prote o especial IV Pol ticas de defesa de direitos Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 105 IV Gest o da rede Estruturas atribui es perfis habilidades das lideran as A gest o uma pr tica que se conhece e se aprende na maioria das vezes por experi ncia primeiramente dos outros e posteriormente por nossas pr prias experi ncias Trata se de uma a o que enriquecida atrav s da reflex o o que permite atrav s da a o e da reflex o construir uma pr tica muito peculiar O conhecimento t cnico n o substitui a experi ncia Laurent Lapierre 2005 O termo gerir a rede cria controv rsias Rede tem gestor Esse um assunto que causa inseguran a em quem est formando uma rede Como ser o comando da rede ou a ine xist ncia dele O que se sabe com certeza que as redes n o s o geridas da forma tradi
27. estamos falando aqui da mesma l gica empregada nas comunidades de software livre em que otimizamos recursos tempo trocamos informa es e todos da rede se beneficiam no processo Capacita o e suporte precisam estar pr ximos precisam caminhar juntos da inclus o digital at a opera o do software movendo se da instala o at o suporte prontamente disponibilizado para quem estiver operando o sistema Essas s o na vis o das oito cidades as condi es necess rias para uma implanta o exitosa do software fator essencial que a capacita o refor ada na hora da implementa o continue a ocorrer depois tornando se permanente e dispon vel a todos os atores do sistema O suporte precisa ser refor ado na hora da implanta o mas tamb m deve continuar respondendo prontamente sempre que a entidade ou servi o demandar ajuda As pessoas precisam conversar ter espa os para perguntar e se ajudarem encontrando assim refer ncias e centros que movimentam essa rede Mesmo capacitadas as pessoas ter o problemas ao operar o software no dia a dia por isso a import ncia do di logo com a equipe t cnica da rede que podem ocorrer no con texto da Secretaria Executiva da Rede a equipe que operacionalizar as decis es cole giadas Se esses problemas t cnicos n o forem resolvidos se n o receberem respostas as pessoas ir o perdendo as conex es n o manter o a mesma credibilidade em rela o fer ramenta as lidera
28. ncia e adolesc ncia por meio da incorpora o de novas tecnologias de informa o e comunica o TICs teve in cio um trabalho inovador Os resultados j podem ser vistos um software livre sistema de informa o REDECA que permite a integra o entre m ltiplas organiza es do SGDCA e uma plataforma colaborativa para apoio ao desenvolvimento do software Essa ferramenta eletr nica j est sendo implantada com apoio das redes locais Contamos aqui a hist ria de como tem sido essa constru o at aqui Convite Como j foi mencionado em 2006 ao consolidar um processo cuidadoso de avalia o a Funda o Telef nica convidou oito cidades que tinham seus projetos rec m aprova dos a trabalharem juntas na constru o de um software livre para uso nas suas redes de prote o Ao inv s de cada cidade fazer o seu pr prio trabalho o convite era para que todas somassem recursos esfor os e talentos no sentido de construir um n cleo que servisse para igualmente todas que pudesse ser expandido conforme a necessidade de cada uma e ainda que pudesse tamb m ser utilizado por outras cidades do pa s eventual mente interessadas O primeiro encontro dessa etapa aconteceu em junho de 2006 em S o Paulo e o pon to de partida foi averiguar em conjunto o que j havia sido feito em cada cidade que vis o cada uma delas tinha de resultados no per odo de um ano e o que se pretendia aprender Muitas perguntas surg
29. o Carlos SP wwwvarzeapaulista sp gov br entrandonarede V rzea Paulista SP www centrodametropole org br mapa html Mapa da Vulnerabilidade Social do Munic pio de S o Paulo www criancaeadolescente2007 com br modulo Sistema de Diagn stico da Situa o da Crian a e do Adolescente na Cidade de S o Paulo Funda o Telef nica Manual de 4 Gest o da Rede m D E em Sites de rg os Oficiais Funda o Jo o Pinheiro www fjp gov br Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil Funda o Seade www seade gov br IBGE www ibge gov br Funda o Prefeito Faria Lima Cepam www cepam sp gov br Programa Sistema Agroindustrial Integrado SAI Sebrae SP Prefeitura Municipal de Ara atuba site dos 100 anos de Ara atuba Refer ncias Normativas Declara o Universal dos Direitos Humanos Estatuto da Crian a e do Adolescente Conven o das Na es Unidas sobre os Direitos das Crian as e dos Adolescentes Constitui o Brasileira NAS 2004 Norma Operacional B sica SUAS Documentos Anexos ao Manual Desafio do Nosso Tempo a atua o em rede no sistema de garantia dos direitos da crian a e do adolescente resultados e reflex es da avalia o do Programa Pr Direitos Matrizes demanda social e de infra estrutura tecnol gica Regimento Interno Rede Diadema Regimento Interno Rede Bebedouro Referencia site interativo Rede das Redes Texto explicativo Metaphone Le
30. o Pereira Pinho No ano passado essa EMEF foi representada pelo DEMEC CENPEC e Funda o Volkswagen com um projeto que possibili Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 157 ta a forma o de parcerias na busca de tomadas de decis es e a es A escola j havia disponibilizado todos os seus meios para resolver a quest o mas esbarrou em problemas de encaminhamento e avalia es t cnicas O Projeto A es em Rede promove e viabiliza essa aproxima o de entidades afins com objetivos comuns Foi o que aconteceu com a escola no ltimo semestre de 2007 Foram firmadas parcerias fortes com o Ambulat rio de Sa de Mental APAE Rede Cri an a CRAS UBS Ramiro de Souza e Supermercado Pratbom Houve inclusive contribui es para o fornecimento de passes aos alunos que fazem atendimentos especializados Esse projeto al m da vis o mais particularizada com objetivos pedag gicos tamb m desperta a escola para a necessidade de trabalho em conjunto com toda a comunidade escolar Destacam se tr s momentos da experi ncia em que era visado um maior envolvimento das fam lias com a escola O primeiro foi o lan amento do projeto com a apresenta o dos objetivos e caminhos para toda a comunidade escolar corpo docente funcion rios alunos e fam lias Seguiram se dois outros momentos de intera o num outro formato cujo enfoque era trazer cultura para essa comunidade o que ocorreu em duas noites memo r
31. o coletiva do texto por meio de uma comunidade virtual e posteriormente uma conex o permanente no Portal Pr Menino Foi uma maneira adequada e gil que permitiu ao grupo discutir e produzir um texto s ntese e de consenso que trata dos processos comuns nas oito cidades Para muitos dos participantes da Rede das Redes a experi ncia de produzir coletivamente um texto foi a primeira em suas atividades profissionais E isso s foi poss vel porque o grupo vinha de uma conviv ncia de dois anos quando aprendeu a decidir em conjunto a respeitar o ponto de vista do outro e a procurar nas diferen as o que lhes dava identidade e os agregava em torno de objetivos comuns A confian a entre os membros do grupo constru da ao longo dos dois anos de Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 76 trabalhos coletivos foi fundamental para que a experi ncia fosse conclu da de forma satisfat ria Vivenciar um trabalho coletivo deu ao grupo a dimens o real do que tra balhar em rede O texto n o prop e uma nica maneira de organiza o de rede que sirva para todas as localidades pelo contr rio reconhece que cada localidade tem nos seus arranjos sociais pol ticos e econ micos um caminho particular para seguir Mas o grupo tamb m reconhece que algumas etapas problemas resultados foram comuns nas suas experi n cias locais Compartilhando experi ncias as oito cidades puderam ajudar umas s outras e o
32. o fizeram de modo organizado O texto n o especifica qual ou se houve pro cedimento de divis o de tarefas usado no processo de elabora o do Manual De todo modo necess rio reconhecer tendo havido ou n o divis o do trabalho funcionou O Man ual um produto concreto palp vel pronto O documento uma comprova o de que a efic cia n o prerrogativa de formas tradicionais de organiza o do trabalho outros for matos organizacionais podem produzir seus pr prios caminhos para a efici ncia e a efic cia seja isso o que for A efic cia segundo os ditames da racionalidade t cnica tem sido a medida pela qual se pode avaliar a qualidade dos processos Mas vejamos no nosso caso espec fico qual a medida de efic cia da rede Quando se poder dizer pronto terminou o objetivo foi alcan ado Qual a finalidade total que pode tornar se par metro para a leitura da efic cia da rede Ao que parece mais do que instrumento a rede fim em si mesma Uma sociedade democr tica profunda e universalmente democr tica por suposto igualit ria o ser na medida em que propiciar favorecer e garantir a pr pria colabora o livre entre os atores sociais O trabalho conjunto uma finalidade das democracias A rede um projeto radical de exerc cio das faculdades democr ticas Nesse sentido finalidade sem medi a o E um processo que n o tem fim6 A op o horizontal de produ o do documento i
33. pios que norteiam o sistema de prote o respeito dignidade da pessoa humana direitos humanos fundamentais respeito diversidade etc Todas s o refer ncias que j est o previstas na Lei e que delimitam as quest es ticas da rede S o elas que v o Funda o Telef nica Manual de gua O TT Gest o da Rede S garantir o bom funcionamento da rede eletr nica Os acordos normas e regras a serem criados por cada uma das redes locais refor am reafirmam ressaltam a import ncia desses princ pios no comportamento de quem est operando a rede eletr nica A capaci ta o deve ser capaz de construir uma consci ncia cr tica nos membros da rede Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 146 VI Experi ncias pr ticas de trabalho em rede O presente cap tulo tem por objetivo partilhar experi ncias com atores que trabalhem ou desejem trabalhar em Rede Os exemplos que aqui vamos narrar foram amplamente dis cutidos analisados nos munic pios e tamb m pelo grupo Rede das Redes S o experi ncias que queremos partilhar a fim de contagiar outros a realizarem pr ticas transformadoras resultantes de um trabalho coletivo Tanto os resultados exitosos quanto os desafios a serem superados s o fontes de inspira o para a pr tica 1 Ara atuba Caracteriza o Ara atuba um voc bulo tupi que significa abund ncia de ara s Ara uma esp cie de fruta silvestre
34. que ministrou o curso Como Trabalhar em Rede e tamb m elaborou um diagn stico nas entidades e equipamentos que trabalham com crian as e adolescentes o que resultou na publica o de um manual de atendimento manual de atendimento disponivel em anexo Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 158 Temos um site www bebedouro sp gov br redecrianca e quase todas as entidades est o informatizadas gra as ao projeto apoiado pela Funda o Telef nica Fazemos reuni es mensais do Grupo Gestor e com todas as entidades Notamos que as entidades tinham dificuldades em disponibilizar t cnicos por isso foi sugerido que dividissemos nos so tempo com as reuni es do CMDCA Assim otimizamos o tempo o todos ganharam enti dades organiza o da rede CMDCA Al m dessas a es realizamos uma campanha do Imposto de Renda que aumentou a receita do fundo J realizamos capacita es em outros munic pios da regi o entre eles Guair Pirangi Taquaral e em diversas escolas da nossa cidade sobre a Rede e o SGDCA Fizemos audi n cias p blicas na C mara de Vereadores buscando seu apoio Cremos que grande parte do nosso crescimento devemos tamb m aos meios de comunica o impressa e radiof nica que nos cedem espa os Assim continuaremos juntos na busca por fortalecer a Rede Crian a e Adolescente de Bebedouro aprendendo a defender a felicidade de trabalhar cole tivamente lembrando os versos de Chico B
35. veis uma de contos de assombra o e outra de contos de ro a com a participa o de professores alunos e convidados que muito abrilhantaram os eventos As expectativas para o pr ximo ano s o as melhores poss veis ou seja todos profes sores diretores coordenadores alunos e comunidade esperamos continuar contando com esses parceiros e buscando outros para que os frutos colhidos ultrapassem os muros da escola Em 2008 ter in cio a multiplica o desse trabalho em outras EMEIs com todos os bairros da cidade atendidos Esse trabalho veio ampliar e somar se ao trabalho da rede em nosso munic pio Outro passo importante foram as capacita es da Rede Social S o Paulo A cada encontro da Regi o do Projeto Envolver levamos representantes de diversos segmentos para participar dos eventos Os temas escolhidos referiam se aos eixos da pol tica de atendimento crian a e ao adolescente Novos temas foram abordados como Justi a Restaurativa Ec metro e suas cinco r guas para medir o sistema de Garantia dos Direitos da Crian as e do Adolescente SGDCA ECA 18 ANOS Or amento Municipal e Fundo da Inf ncia e Adolesc ncia Direitos da crian a e Comunica o Al m disso foram trabalha dos os exemplos de boas pr ticas Assim a Rede Social tamb m contribuiu para a forma o dos membros de nossa rede J realizamos mais de dez semin rios em nosso munic pio al m de parceria com a FAFIBE
36. 2005 o CMDCA recebeu a proposta de participar de um Con curso de Projetos da Funda o Telef nica para a cria o de uma rede eletr nica tal e qual j a discut amos Concorrer com um projeto neste concurso j era uma consequ ncia dos acontecimentos Reuni es foram marcadas com o prop sito de alinhavar as linhas mestras do que seria o projeto que recebeu o nome de PROJETO CARDUME A sugest o do nome surgiu pela id ia que est vamos reunidos numa rede como peixinhos nadando juntos e for mando um CARDUME O PROJETO CARDUME foi selecionado entre diversos projetos enviados Funda o Telef nica tendo sido oito deles selecionados Foram escolhidos os projetos dos seguintes munic pios Guaruj Diadema Itapecerica da Serra S o Carlos Ara atuba Bebedouro Mogi das Cruzes e V rzea Paulista O Projeto de autoria do CMDCA conta com recursos da Fun da o Telef nica e da Prefeitura Municipal de Guaruj A execu o fica a cargo do CVG Centro do Voluntariado de Guaruj O Projeto possui uma Coordena o e um grupo pa rit rio Equipe Consultiva que discute o desenvolvimento dos trabalhos Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 170 Mais do que uma rede eletr nica a rede social isto ela fundamentalmente a reuni o de esfor os inten es desejos de todos aqueles que atuam com crian as e adoles centes no munic pio buscando a prote o integral dos direitos das crian as
37. 500 crian as Essa amplia o deu se tanto por atendimento direto do munic pio como por meio das parcerias com as Organiza es N o Governamentais no programa Creche Lugar de Crian a Atualmente s o 45 escolas municipais que atendem educa o infantil em per odo parcial e integral e 27 creches conveniadas Em rela o faixa et ria de 15 17 anos 83 2 frequentam a escola acima da m dia do Estado por m abaixo da m dia regional Indica se a necessidade de amplia o dos Pro gramas Adolescente Aprendiz Agente Jovem e A o Jovem a fim de garantir a perman n cia desses jovens na escola Esses programas prev em uma bolsa aux lio associada a cursos de qualifica o profissional e atividades s cio educativas Do total de 357 064 habitantes de Diadema crian as e jovens representam por faixa et ria Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede Faixa et ria Total 0Oa4anos 35 034 9 8 5Sa9anos 32 508 9 1 10 a 14 anos 34 022 9 5 15 a 19 anos 37 208 10 4 Total 138 775 38 8 Fonte Censo IBGE 2000 Diadema apresenta o segundo maior ndice de gravidez na adolesc ncia entre os sete munic pios da regi o embora tenha havido uma queda na taxa de m es adolescentes no per odo de 2000 02 em compara o aos anos anteriores Esse dado revela a necessidade de orienta o quanto aos m todos preventivos e contraceptivos principalmente nesta faixa et ria em que o ndice de morte de rec m nascidos ou
38. As a es escolhidas s o adequadas para tratar o diagn stico a 2 As a es eleitas contribuem para a realiza o dos objetivos do SGDCA b Como essas a es ser o realizadas b 1 As a es s o exequ veis ou seja d pra fazer b 2 De que forma elas ser o realizadas b 3 Qual o passo a passo de cada a o c Quando essas a es ser o realizadas c 1 Nos pr ximos anos e meses em que momento ser realizada qual a o c 2 Quais a es ser o priorizadas Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 9 c 3 O que pode ser feito primeiro O que pode ser deixado para ser feito mais adiante c 4 Quais a es dependem de outras que precisam ser realizadas primeiro d Quem fica respons vel por cada uma das A es d 1 Quem vai fazer o qu d 2 Qual a responsabilidade de cada uma das organiza es da rede d 3 Que habilidades existem na rede e que podem ser melhor aproveitadas na dis tribui o das tarefas e Quanto essas a es v o custar e 1 Quais os recursos necess rios para realizar as a es e 2 Existem recursos dispon veis ou ativos da comunidade que possam ser utilizados e 3 Como as a es ser o sustentadas Um Plano de A o ainda uma das etapas da atividade de planejamento quando detalhado ele produz a agenda de trabalho da rede divide as tarefas a serem realizadas entre os atores compromete a todos com o plano organiz
39. Avalia o do treinamento e revis o dos documentos 9 Elabora o final da Cartilha e Manual Pr tico dos documentos 10 Organiza o do evento de lan amento oficial da Cartilha e do Manual Pr tico envolvendo v rias inst ncias pol ticas participantes desse processo 11 Evento de lan amento 12 Monitoramento e avalia o Para a implanta o desses fluxos h uma proposta de treinamento para um uso cor reto do documento e para garantir um melhor entendimento dos fluxogramas pelas equipes dos diversos servi os Ao final do processo estar dispon vel para toda a rede uma Cartilha da REDE CAR DUME que conter os fluxogramas orienta es sobre o seu uso esclarecimentos de servi os e das leis que envolvem o atendimento de crian as e adolescentes al m da rela o de todos os servi os com endere os completos 5 Itapecerica da Serra 5 1 Caracteriza o O munic pio de Itapecerica da Serra fundado em 08 05 1877 tem em m dia 162 239 mil habitantes sendo 57 das pessoas do sexo feminino e 43 do sexo masculino Itapecerica da Serra est inserida na lei de prote o aos mananciais e 70 de seu territ rio coberto pela mata atl ntica O munic pio faz parte da zona fisiogr fica da serra Paranapi acaba Seus limites s o Embu e S o Paulo ao norte S o Paulo e Embu Gua u a leste S o Louren o da Serra ao sul e Cotia e Ibi na a oeste tem uma rea de 151 458 Km e est a 33 km de dist ncia do ma
40. Equipe de Coordena o da Rede Grupo de Entidades Grupo de Representantes das Entidades Comit Gestor entre outras denomina es o N cleo Gestor da Rede como a assembl ia geral um rg o colegiado Tem por m uma caracter stica fundamental a paridade dos seus membros por meio da qual se retratam todos os setores que comp em a rede com representantes de cada segmento eleitos por seus pares repre sentantes esses que operacionalizam as pol ticas p blicas da rede Em munic pios pequenos o N cleo Gestor confunde se com a Assembl ia Geral O n mero de membros da rede pequeno o que permite uma participa o direta de todos os seus membros quando se fala em colegiado Nesses mesmos munic pios s o todas as orga niza es todas as lideran as da rea Por isso muito dif cil definir um s modelo j que tudo depende das peculiaridades do munic pio Por isso cada comunidade tem autonomia para constituir suas estruturas da forma como julgar mais adequada Sabe se que h redes criadas por secretarias de governo e por ONGs mas de qualquer forma a escolha dos inte grantes desse N cleo Gestor deve obedecer a um regimento interno elaborado em conjun to com os participantes de toda a rede O regimento definir como os membros do N cleo Gestor ser o escolhidos qual o per odo de mandato quais suas atribui es N o h um ni co modelo contudo existem alguns exemplos de regimento que podem ser conhecidos
41. Garantias de Direitos de Crian as e Adolescentes como um dos focos de suas a es a Funda o Telef nica passou a investir na id ia de redes e prote o integral h cerca de nove anos Desenvolvido por oito munic pios em parceria com a Funda o Telef nica este material re ne experi ncias acumuladas nessas localidades durante dois anos Assim esses oito grupos encontraram na tecnologia um caminho para fortalecer suas Redes Sociais de Prote o As cidades envolvidas nesse processo s o Ara atuba Bebedouro Diadema Guaruj Itapecerica da Serra Mogi das Cruzes S o Carlos e V rzea Paulista Com base nos resultados verificados nas redes anteriormente apoiadas pela Funda o Telef nica e nos desafios comuns entre ess es oito novos munic pios foi proposta uma nova estrat gia de atu a o criar de forma coletiva um software e criar par metros para a implanta o de redes eletr nicas de suporte articula o do SGDCA Era necess rio construir um m dulo b sico comum a todas as cidades mas cujo formato permitisse que cada munic pio pudesse acrescentar elementos pr prios para atender tamb m suas particu laridades A Funda o Telef nica esteve presente em todas as etapas de cria o apoiando e financiando seu desenvolvimento Todos os envolvidos s o co autores deste processo denominado grupo Rede das Redes Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 21 De sa da f
42. Sistema de Garantia dos Direitos da Crian a e do Adolescente SGDCA Dentre os muitos dispositivos legais infra constitucionais o Estatuto da Crian a e do Adolescente sem d vida o de maior import ncia o artigo 227 da Constitui o Federal que emite a ordem ao restante das outras normas do Sistema de Garantia e que deve dar prioridade s a es de prote o a serem executadas pela fam lia pelas organi za es da sociedade civil e pelo governo Tais a es desenrolam se em in meras reas prote o familiar sustento moradia sa de educa o assist ncia social afeto lazer cul tura etc Quando um direito est protegido pela Constitui o Lei Maior que informa todo orde namento jur dico ele n o sugerido como direito mas uma ordem no caso concreto Se algo vai prejudicar a crian a o juiz obrigado a decidir em favor dela por isso ele determi na in meras medidas rede de servi os de aten o inf ncia e adolesc ncia Quando a norma emite esse comando que exige m ltiplas a es a serem realizadas por m ltiplos atores emite tamb m uma outra diretriz a de que a garantia de todos os direitos necess rios para proteger a crian a e o adolescente s se viabiliza por meio do tra balho em Rede O Sistema de Garantia concretiza se em prote o integral se e somente se houver em dada comunidade o envolvimento dos diferentes atores sociais na articula o do trabalho em Red
43. URSS Ela surge inicialmente da reorienta o da pesquisa norte americana e das tentativas do Departamento de Estado de construir uma forma de comu nica o que n o pudesse ser desarticulada em caso de um ataque nuclear Ou seja se um dos principais centros do poderio norte americano o Pent gono fosse atingido os dados n o se perderiam nem a comunica o cessaria A ARPANET criada pela ARPA sigla para Advanced Research Projects Agency fun cionava atrav s de um sistema conhecido como chaveamento de pacotes que Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 116 um esquema de transmiss o de dados em rede de computadores no qual as informa es s o divididas em pequenos pacotes que por sua vez cont m tre cho dos dados o endere o do destinat rio e informa es que permitiam a remontagem da mensagem original Assim foi inventada uma das ferramentas de comunica o mais eficientes e poderosas de todos os tempos o nico meio de comunica o que em apenas 4 anos con seguiria atingir cerca de 50 milh es de pessoas 7 Nascida naqueles anos da tens o pro movida pela Guerra Fria a rede foi incorporando as colabora es de pesquisadores acad micos e volunt rios de todas as reas do conhecimento em seu desenvolvimento enquanto distanciava se gradativamente dos interesses militares Criou se pouco a pouco uma comunidade cada vez maior de admiradores e usu rios fascinados A rede fo
44. a cidade Reforma do Ensino para a educa o Reforma Tribut ria compat vel com um novo Pacto Federativo Reforma Pol tica para a democracia Reforma Administrativa para a m quina p blica e muitas outras O Sistema de Garantia dos Direitos da Crian a e do Adolescente formatado como parte das a es das pol ticas de assist ncia social segue a mesma trajet ria da descentraliza o assim tamb m os Conselhos Gestores de Pol ticas P blicas Os Conselhos est o inscritos na Constitui o de 1988 na qualidade de instrumentos de express o representa o e partici pa o da popula o Quando superam a barreira da representa o e da tutela do poder exe cutivo local conseguem dar efetividade representa o e expressar demandas populares na condu o das pol ticas sociais Quando operam como determina a Lei tornam se espa os de forma o pol tica das lideran as sociais s o estruturas de apoio e colabora o da sociedade civil para com o Estado S o canais efetivos que ampliam formas de representa o e organi zam canais de express o dos m ltiplos interesses existentes na sociedade No final dos anos 1980 e durante parte dos anos 90 novos atores sociais entram em cena nas representa es sociais as Organiza es N o Governamentais ONGs constitu das a partir de redes associativas e compostas por pessoas que anteriormente estiveram envolvidas com os movimentos populares Os movimentos populares urbanos estiver
45. ainda maior Quando o debate sobre o trabalho infantil de novo emerge o desconforto Num contexto de direitos constitu dos por meio de um amplo sistema de garantia de prote o das crian as e dos adolescentes o restabelecimento do di logo com o mundo da inf ncia parece ser o grande desafio do nosso tempo Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 55 2 No es B sicas do Sistema de Garantia de Direitos de Crian as e Adolescentes A afirma o de que no Brasil existe um complexo e bem estruturado sistema de garantias de direitos de crian as e adolescentes corresponde a outra de que o pa s disp e de direitos juridicamente protegidos pela sua Constitui o Federal norma fundamental de onde emanam as diretrizes gerais de todas as outra normas que em nosso pa s regula mentam as quest es da inf ncia e da adolesc ncia Especificamente o princ pio da pro te o integral est assegurado na Constitui o de 1988 nos artigos 1 e 227 Isso se d a ver logo no artigo 1 que trata da dignidade da pessoa humana como fundamento essencial na organiza o do Estado no Brasil e no artigo 227 que determi na que crian as e adolescentes t m absoluta prioridade nas a es implementadas pela fam lia pela sociedade e pelo Estado Todos os outros dispositivos legais na rea da inf ncia e adolesc ncia emanam desses princ pios constitucionais e no conjunto d o corpo ao que se costuma chamar de
46. ap s a obten o do licenciamento e a cria o da comunidade por meio da comunidade virtual do software livre Os manuais elaborados para apoiar as localidades que desejam formar suas redes tamb m j est o dispon veis Manual T cnico de Insta la o do Software Manual do Usu rio do Software Manual de Gest o da Rede disponibilizado em anexo Os pr ximos desafios passam a ser o acompanhamento dessa implanta o assim como a amplia o darmos essa comunidade a partir dos 8hoje dos oito munic pios pioneiros no intuito de agregar novos atores em prol des ta colabora o No fundo este o convite e esta somente uma primeira etapa 1 Em Desafio do nosso tempo a atua o em rede no Sistema de Garantias de Direitos da Crian a e do Adolescente Resultados e reflex es da avalia o do Programa Pr Direitos Funda o Telef nica 2006 Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 14 Introdu o O texto a seguir uma vers o on line resumida do Manual de Gest o da Rede realizado por Redes de Aten o Crian a e ao Ado lescente de oito munic pios do Estado de S o Paulo que trabalharam em parceria com a Funda o Telef nica O documento relata as experi ncias vividas por este grupo Ara atuba Bebedouro Diadema Guaruj Itapecerica da Serra Mogi das Cruzes S o Carlos e V rzea Paulista Ao longo de dois anos debates sistem ticos entre protago nistas dessas cidades per
47. aux lio prote o do usu rio n o podendo ser utilizado para qualquer fim contr rio a este Seguran a ao usu rio A utiliza o das informa es da rede n o poder o em nenhuma circunst ncia ser usadas para invadir a privacidade do usu rio bem como de sua fam lia colocando as em risco e nem deixando as expostas situa es vexat rias Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 141 Valoriza o da diversidade Cada crian a e adolescente deve ser valorizada em sua realidade local respeitando as diferen as de etnia credo classe social e idade n o sendo estas caracter sticas motivo de discrimina o ou preconceito Sigilo e privacidade Todas as informa es contidas na rede dever o ser mantidas no mais absoluto sigilo promovendo sempre a prote o dos usu rios As informa es dever o ser utilizadas apenas para a promo o das vertentes j citadas acima de acordo com o Art 4 do ECA Operadores Consideram se operadores todos os profissionais e t cnicos que se utilizam da rede de atendimento e prote o crian a e ao adolescente Nas palavras de Ant nio Carlos Gomes da Costa Se voc fizer uma escolha tica e acrescentar ela vontade pol tica vontade de somar esfor os e agir para fazer acontecer voc estar contribuindo para criar novos rumos no cotidiano orientados essencialmente pelos direitos humanos pela no o de que todos os seres humanos s o deten
48. cnicos atuantes nas v rias institui es do Sistema de Garan tia de Direitos da Crian a e do Adolescente em Diadema come ou a se reunir informal mente para discutir casos espec ficos complexos referentes a crian as de rua adolescentes autores de ato infracional e em situa o de drogadi o para os quais encontravam dificul dades de encaminhamento Esse grupo come ou a perceber a necessidade de um trabalho integrado para diminuir a sobreposi o e garantir melhores resultados no atendimento Em 2001 come ava uma nova gest o no CMDCA Conselho Municipal dos Direitos da Crian a e do Adolescente de Diadema e uma nova gest o da Prefeitura Municipal de Diadema O grupo de t cnicos elaborou um documento que foi encaminhado ao CMDCA apontando a necessidade de desenvolver as a es na rea da crian a e do adolescente atrav s do tra balho em rede Em 2002 com a abertura de uma linha de financiamento do BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econ mico e Social voltado para as redes o CMDCA de Diadema for mou um grupo de trabalho com t cnicos das v rias secretarias e organiza es n o gover namentais do munic pio para articular um projeto O grupo contou com assessoria espe cializada que realizou um mapeamento da situa o de crian as e adolescentes no munic pio com nfase em situa o de rua trabalho infantil e ato infracional O estudo tam b m incluiu dados s cio econ micos levantamento de recursos e eq
49. crian as e adolescentes em munic pios do Brasil utilizan do se da licen a CC GNU GPL uma licen a livre adequada a legisla o brasileira desen volvido em php com banco de dados MYSQL para rodar no ambiente da Internet Veja abaixo essas rela es tecnol gicas Solu es tecnol gicas Padr es tecnol gicos para conceber o software a t Navegador Firefox ou Internet Explorer Componentes do software requisitos vistos de forma modular Framework CMS gt Zend com licen a CC GNU GPL Servidor de p ginas APACHE Liberdade sem lock in k E permite depois comunidade de colabora o para continuar aperfei oando o software Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 127 O software e toda documenta o t cnica podem ser baixados e instalados por todos aqueles que assim desejarem Para ter acesso a esta documentacao entre na comunidade livre deste software importante que a comunidade do software livre esteja ativa para que a colabora o n o cesse Como foi desenvolvido a partir de padr es internacionais de soft ware facilmente adapt vel a outras l nguas A principal quest o que precisa ser colocada o fato dele ter sido constru do com base em realidades e demandas sociais brasileiras No entanto como modular e flex vel tanto outros munic pios podem desenvolver outros m dulos para atenderem suas necessidades quanto outros pa ses podem se ap
50. da busca fon tica Buscando a palavra por sua pron ncia provocam se mais resultados o que possibilitaria que erros ou varia es de grafias possam convergir para uma nica representa o Dessa maneira pode se encontrar com mais facilidade um nome ou uma rua Para saber mais sobre esta solu o e a t cnica do Metaphone procure o documento em anexo Pensando no futuro embora a busca primordial esteja relacionada aos nomes tam b m pode ser usada para outros fins como a busca no dicion rio por palavras seme lhantes Para tal seria interessante dividir a atual implementa o em duas ou tr s partes uma restrita norma gramatical outra com adapta es para os estrangeirismos e uma poss vel terceira com um c digo metaf nico mais reduzido no qual v rios sons parecidos que naturalmente s o diferentes ou mesmo encontros consonantais sejam mapeados para uma mesma representa o ampliando assim o n mero de casos obtidos Como j foi tratado no cap tulo III Formar manter e mobilizar a rede local de pro te o inf ncia e adolesc ncia vale aqui ressaltar a import ncia do di logo entre o diag n stico das condi es de vida da crian a e do adolescente e o cadastro produzido pela rede eletr nica Um retrata as condi es gerais os indicadores s cio econ micos ligados vida das crian as e adolescentes o outro cria por meio do cadastro a ferramenta din mica que alimenta e atualiza permanentemente
51. da pastoral da crian a etc reunindo 80 pessoas das quais 72 acompanharam o processo do come o ao fim Nos encontramos durante oito meses quinzenalmente e avan amos na discuss o Realizamos ent o o planejamento da rede que organizou as a es que deveriam ser desenvolvidas durante o ano de 2007 Esse foi o nosso principal processo e durante este tempo fomos conhecendo nossa rede reconhecendo as pessoas que faziam parte dela nos aproximando dos principais problemas e tamb m das coisas boas que aconteciam Enfim nossa primeira experi ncia foi a de adquirir novas informa es e de humanizar as rela es sabendo que t nhamos com quem contar e compartilhar nossas hist rias d vidas e viv ncias Para selar esse momento fizemos uma festa bonita no final do ano com a participa o das crian as e adolescen tes porque afinal de contas o bem estar delas era e o nosso principal objetivo Assim selamos com festa nosso primeiro ano como rede sabendo que muito ainda estava por vir Em 2007 sistematizamos as a es da rede Em encontros mensais discutimos o regimento Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 187 interno da rede e montamos o site do projeto que hoje j se tornou um programa Progra ma Entrando na Rede Ampliamos muito os p los e com a rede mobilizada todos os servi os das secretarias de sa de educa o e assist ncia social s o hoje p los da rede assim como todas as entidades ca
52. de pol ticas intersetoriais As reuni es do Conselho Municipal dos Direitos da Crian a e do Adolescente aconteciam em ambiente fechado e os conselheiros tutelares n o participavam das mesmas reinando a apatia A demanda atendida pelo Conselho Tute lar n o era coberta por nenhum tipo de programa municipal e os adolescentes em cumpri mento de medidas s cio educativas eram atendidos em outra cidade As poucas a es desenvolvidas eram feitas de forma setorial quando pelo governo municipal e de forma individualizada quando pelas entidades da sociedade civil Neste cen rio a sensa o das pessoas era de solid o e abandono Com o in cio da gest o do governo municipal em 2005 as novas diretrizes para a participa o popular a abertura dos conselhos e o chamamento para a participa o de todos foi a primeira tare fa realizada Logo em seguida o CMDCA recebeu o convite para participar do concurso de projetos da Funda o Telef nica voltado articula o de redes locais de aten o crian a e ao adolescente Lemos o edital com certa estranheza De fato falar de rede naque le momento t o in spito em que todos estavam se conhecendo e reconhecendo parecia ao mesmo tempo confuso e esperan oso Mesmo assim iniciamos o feitio do projeto Como n o tinhamos muito conhecimento sobre o trabalho em redes iniciamos uma pesquisa na internet e a partir das informa es que coletamos escrevemos um projeto singelo pequeno que tin
53. de texto por qualquer pessoa autorizada Foi poss vel come ar esta produ o a partir de uma estrutura do documento constru da em conjunto em dois encontros em S o Paulo em janeiro de 2008 e conte do consolidado num encontro em junho de 2008 Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede y O p blico alvo dessa publica o s o as oito cidades e qualquer pessoa interes sada em trabalhar em rede O trabalho coletivo n o funcionou em rede virtual mas teve supera o ver o quanto entendemos e nos apropriamos dessa linguagem de inform tica Temos que lutar com uma cultura que n o essa essa linguagem n o est apro priada temos que fazer essa apropria o De forma paralela o GT e seus representantes passaram a trabalhar intensivamente com a equipe da f brica de software tendo sido inclusive necess rio estender o contrato desta com a Funda o Telef nica pois foram necess rias quatro vezes mais horas do que o previsto Aos poucos a entrega do software ia sendo feita conforme um cronograma esta belecido com muito cuidado por etapas e com constante acompanhamento e aprova o do GT sobre o que estava sendo desenvolvido Em abril de 2008 em mais um encontro em S o Paulo o grupo dedicou se a trocar id ias sobre como viabilizar a implanta o do software em cada cidade e que condi es deveriam ser criadas para isso Havia muita confian a de que o software seria entregue pront
54. dependente da atividade agr cola o munic pio expandiu se considera velmente na d cada de 1980 crescimento seguido por uma grande queda na d cada de 1990 quando houve grande recess o econ mica causando o fechamento de v rias ind s trias e de lojas e o consequente aumento do desemprego da informalidade do trabalho e do subemprego Muito embora a renda per capita do munic pio tenha crescido 24 63 de R 273 40 em 1991 para R 340 75 em 2000 a pobreza cresceu 7 69 passando de 14 8 em 1991 para 16 0 em 2000 A desigualdade cresceu o ndice de Gini que indica a concentra o de riqueza quanto mais pr ximo de 1 maior a concentra o passou de 0 50 em 1991 para 0 57 em 2000 Com a popula o concentrada na rea urbana a estrutura do munic pio n o oferece trabalho e moradia para toda a popula o Assim concentram se nas reas pe rif ricas os grandes contingentes da popula o exclu dos dos bens sociais o que os torna dependentes das a es dos programas sociais Evidentemente a falta de condi es para uma vida digna provoca o aumento do consumo de lcool de drogas de trabalho infantil de baixa frequ ncia e evas o escolar do n mero de agress es sofridas e provocadas por crian as e adolescentes Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 155 Hist rico da Rede em Bebedouro O Conselho Tutelar e o CMDCA em anos anteriores passaram por grandes dificul dades em decorr
55. desejo de compartilhar experi ncias alimentou a produ o do manual O trabalho nas oito cidades vem mostrando que a rede de prote o proposta pelo ECA pode ser efetiva mente uma realidade e a for a do trabalho coletivo na Rede sustenta o xito das a es de prote o O software teve o m rito de materializar uma constru o coletiva Tantos eram os entraves para um programa que atendesse a munic pios de tamanho e caracter sticas s cio econ micas t o diferentes que ver a concretiza o do trabalho em um sistema vivo operando na comunidade de software livre de dom nio p blico ativo para agregar cada vez mais conhecimento pessoas e novidades foi um resultado que atendeu todas as expectati vas do grupo Nesse sentido importante refor ar que est a a for a deste processo Sem a colabora o coletiva e o que cada um p de dar de melhor ao grupo o processo n o teria chegado onde chegou e o software s continuar a existir se incluir novos usu rios que divulguem as formas de sua utiliza o e as melhorias realizadas o sentido da colabora o que emana de forma inspiradora neste processo Nesse sentido comprometimento moti va o e generosidade s o caracter sticas essenciais para que haja continuidade e melhorias no software O trabalho n o acabou muito pelo contr rio A conclus o do software e dos manuais inaugura uma nova e importante etapa do trabalho A expectativa do grupo de que o esfor o de s
56. disponibilizados Contudo de suma import ncia que este manual n o seja redigido de forma tendenciosa ou manipuladora mas de acordo com o princ pio primeiro da cria o desta rede qual seja a promo o de uma vida digna e de qualidade crian a e ao adolescente Rela es hier rquicas De acordo com o item acima referente rela o entre profissionais da rede as infor ma es ser o lan adas e acessadas respeitando os diferentes n veis de acesso de acordo com a necessidade do servi o prestado em rela o crian a e ao adolescente importante ressaltar que n o se trata de n veis de import ncia do servi o ou da qualifica o t cnica mas tende se a lan ar e disponibilizar somente as informa es a serem trabalhadas dentro da tica multidisciplinar servindo se delas de maneira norteadora qualquer outra infor ma o mais espec fica dever ser obtida atrav s dos ind cios que a rede disponibiliza por meio do contato telef nico a troca de e mail ou qualquer outro meio de comunica o levando se em considera o que tais informa es ser o de inteira responsabilidade de quem as fornece bem como da maneira que utilizada por quem a recebe Rela es institucionais Faz parte tamb m dos preceitos ticos o bom e cordial relacionamento entre as insti tui es pertencentes rede que facilita a comunica o a fim de possibilitar uma maior efic cia na prote o ao usu rio importante que cada
57. do adulto diante de uma inf ncia que ele n o reconhece com a qual n o sabe lidar que n o entende enfim s o comuns em qualquer debate dos profissionais da rea Ao tomarmos consci ncia deste afastamento da crian a nos deparamos com um novo sentimento em rela o a ela Se antes o adulto lhe inspirava respeito e era at temido por ela hoje o quadro se inverte somos n s que tememos nossas crian as SOUZA 1998 p 12 Na atualidade a crian a passou a ser valorizada valoriza o essa que se materializa em direitos juridicamente protegidos o momento em que a crian a estimulada a se expressar reivindicar por m tamb m o momento em que o adulto se ausenta Se a crian a passa a ser reconhecida como sujeito na poca moderna e ganha um novo status sendo valorizada na sua capacidade de constituir di logo a aus ncia do interlocutor adulto faz com que ela seja condenada a um mon logo cujo des dobramento a forma o do gueto da inf ncia SOUZA 1998 p 12 Se todos s o respons veis pelo sistema de garantia de direitos de crian as e adoles centes n o necessariamente essa responsabiliza o resulta em mais aten o s crian as e adolescentes O desconforto e a perplexidade na fam lia na escola e na comunidade comu mente admitido por pais professores e lideran as comunit rias Um responsabiliza o outro pelas falhas Quando os direitos em pauta s o de adolescentes infratores esse desconforto
58. dos Direitos da Crian a e do Adolescente O sistema de controle eletr nico ganha seguran a medida que a conduta do profissional que det m a senha de acesso rede eletr nica delimitada pelo rigor tico O que um c digo de tica O c digo de tica um conjunto de princ pios norteadores assumidos publicamente de modo a moldar as atividades a que se aplica o c digo mediante anseios por honesti dade solidariedade justi a e outros do g nero Ao sistematizar as id ias com a seguran a na rede eletr nica identificou se a necessidade de aprofundar o papel dos acordos e das regras onde cada rede local deve estabelecer suas pr prias normas Esse conjunto de acor dos normas e regras com conte do tico pode fazer parte do regimento interno da rede ou vir a se constituir em um documento espec fico aqui genericamente chamado de C digo de tica da Rede Um C digo de tica deve ser nesse contexto formulado pela rede local com ampla participa o de seus membros tendo como objetivo definir qual ser a melhor conduta profissional diante dos dilemas ticos da rede Trata se portanto de um docu mento capaz de auxiliar os profissionais da rede nas suas escolhas Por que um c digo de tica Princ pios ou valores freq entemente entram em choque Um c digo de tica que articule esses princ pios ou valores pode ajudar a colocar esses mesmos princ pios e valores em perspectiva permitindo prioriz los mais
59. e acessado pela web seguindo padr es abertos que podem ser aprimorados e adequados realidade de cada usu rio Desenvolvido em Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 36 PHP e MySQL solu es do mundo do software livre o sistema e seu software poder ser constantemente melhorado sem incompatibilidade com vers es anteriores A licen a de software livre permitir que todo munic pio possa utiliz lo sem o paga mento de royalties O mais importante que a licen a livre e o c digo fonte aberto permi tir o que todos os usu rios do software possam analis lo sem restri es de acesso as roti nas de seu funcionamento e tamb m colaborar com a sua melhoria Tecnologias s o cria es coletivas e devem ser apropriadas pelas comunidades que a utilizam Tecnologias digitais abertas podem fomentar uma grande comunidade de desenvolvedores ao seu redor Podem estimular os coletivos a que aproveitem o potencial da intelig ncia distribu da presente entre os diversos agentes e ativistas na rede Colaborar mais eficiente que trabalhar isoladamente Esse sistema poder ser insta lado em qualquer munic pio onde existam redes de prote o a crian a e a adolesc ncia Poder ser acessado 24 horas por dia sete dias por semana Permitir que nenhuma infor ma o relevante seja desperdi ada Poder garantir que a rede social coopere com maior precis o e democratize muito mais as informa es e as p
60. e linguagens criadas pelo homem evolu ram rapida mente sempre em estreita correla o A maior conquista por m fruto do surgimento do computador essa nov ssima ferramenta processadora de linguagens a Internet cuja principal atividade possibilitar o contato entre os seres humanos e coletividades ao pon to de fazer desaparecer os limites f sicos e geogr ficos que os separam uns dos outros Como diz Pierry L vy4 O fato que usam se cada vez mais computadores os computadores est o interligados uns com os outros o que muda de maneira bastante radical a comu nica o entre os seres humanos um pouco como ocorreu na poca da inven o da imprensa do alfabeto ou da escrita Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 115 Trata se pois de uma rede interativa que permite superar a l gica da comunica o como mera transmiss o de informa es Na comunica o em rede possibilitada pelo advento da Internet baseiam se processos de constru o de conhecimento cada vez mais complexos Por meio da Internet tornou se poss vel como nunca antes na hist ria do homem o acesso em tempo real a um conhecimento produzido e transmitido individual e coletivamente Ao remetermos hist ria do ciberespa o notamos com Pierry L vy que Os computadores n o surgiram apenas porque foram inventados os transistores surgiram tamb m porque foram desenvolvidas linguagens formais calcul veis linguagens
61. entre as tr s nicas cidades com 100 de sua popula o vivendo na zona urbana o que significa dizer que V rzea Paulista uma das mais populosas entre as cidades de seu porte Vindos de outros estados e de outras cidades do pa s atra dos pela oferta de vagas nos setores terci rios e pela oferta de terras baratas principalmente em loteamentos irregu lares e ilegais muitos moradores acabaram por se instalar em reas de risco formando n cleos de submoradias espalhados por diversos pontos da cidade As estat sticas infor mam que 12 8 das fam lias residentes no munic pio vivem com meio sal rio m nimo o que ultrapassa a m dia do Estado de S o Paulo 11 19 A estratifica o por faixa et ria revelou que aproximadamente 40 da popula o da cidade composta por crian as e ado lescentes principalmente na faixa et ria entre 10 e 14 anos de idade Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 185 8 2 Hist rico da Rede de V rzea Paulista Com 40 anos de emancipa o completados em 2005 a cidade ainda apresentava v rios problemas relacionados interven o de pol ticas p blicas suficientes para o atendi mento das demandas apresentadas pela sua popula o Este cen rio n o era diferente para o tratamento das quest es voltadas inf ncia e adolesc ncia principalmente no que se referia ao acesso da sociedade civil s informa es da cidade participa o popular e ao desenvolvimento
62. es hier rquicas Rela es institucionais Regras de acesso rede eletr nica com descri o de acesso e perfil do operador vedado ao operador Puni es A import ncia da Capacita o Saiba mais Aprofunde se neste importante cap tulo 7 do Manual de Gest o da Rede no link na barra lateral esquerda Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 35 Coment rio Sergio Amadeu da Silveira Redes livres e intelig ncia colaborativa McLuhan afirmou que os meios de comunica o s o extens es do homem De certo modo os meios ampliam alguns de nossos sentidos Mas o que a Internet ampliou Certa mente nossa intelig ncia nossa capacidade de armazenar processar e distribuir infor ma es A rede mundial de computadores um arranjo comunicacional que permitiu a expans o de nossa intelig ncia coletiva Redes s o formas antigas de comunica o e tamb m de organiza o Com a emerg n cia das tecnologias digitais a comunica o em rede adquiriu grande relev ncia e import n cia por viabilizar a produ o colaborativa entre pessoas distantes e por superar as dist n cias pela velocidade dos fluxos informacionais Assim os computadores criados como m quinas de processar e calcular foram se transformando em m quinas de comunica o que permitem a troca de imagens sons e textos em um nico canal Como bem apontou o soci logo Manuel Castells os sistemas tecnol gicos s o socialment
63. es mais cr ticas do munic pio Jardim Jacira Valo Velho Parque Para so e Potuver Em todos os processos de articula o envolvemos os atores sociais promovendo as capacita es e mobiliza o nas regi es envolvidas O projeto visou moderniza o do funcionamento das entidades que atuam na rea de prote o total e a capacita o dos profissionais ligados mesma para apropria o de conhecimentos sobre a rede criando mecanismo de gerenciamento de informa o via rede on line para garantir a identifica o o cadastramento o mapeamento e o acompa nhamento da situa o de cada crian a e adolescente atendidos no munic pio METODOLOGIA A metodologia do projeto Rede Adoleta est concebida em etapas levando em conta as necessidades estruturais ESTRUTURA O Planejamento de a es para implanta o do projeto Defini o precisa dos limites e caracteriza o das reas vulner veis Articula o inter institucional In cio da discuss o da rede on line Aquisi o de Equipamentos Preparo para processo de cadastramento Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 174 eme IMPLANTA O DA REDE Defini o completa da rede on line Implanta o da rede on line Processo de cadastramento Mobiliza o da comunidade Avalia o DIFICULDADES Obter informa es precisas sobre a situa o das crian as e adolescentes do munic pio Acesso Inter
64. especializada W3s O que estava descrito ali seria utilizado pela empresa na fabrica o codifica o sistematiza o e por fim na elabora o de manuais t cnicos destinados aos usu rios e gestores das redes locais Essta segunda etapa a especifi ca o t cnica dos requisitos do software foi desenvolvida por um GT um Grupo de Trabalho composto por 4quatro representantes das Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 2 8oito cidades sempre com a intera o e o di logo com os problemas da realidade social O software concebido para apoiar a rede de prote o integral desenvolvido em c digo livre para favorecer a troca de informa es a colabora o e a incorpora o de melhorias no futuro foi fabricado em formato modular e flex vel com a finalidade de se ajustar s demandas sociais din micas por natureza e a realidades heterog neas das localidades Elabora o e aprendizado interdisciplinar fizeram parte da concep o doeste processo uma vez que identificaram o modelo espiral de desenvolvimento para constru o do software e dos par metros para a rede eletr nica uma evolu o em ciclos con t nuos de colabora o em que os documentos s o produzidos de for ma paralela e crescente e n o em cascata ou seja um ap s o outro Como a rede processo social e n o tecnologia o software sem pre foi compreendido pelos 8oito parceiros e pela Funda o Telef ni ca como uma
65. etapa importante e necess ria na forma o da mes marede por m n o suficiente para o sucesso de sua implementa o local Sem a articula o da rede social e sem um amplo debate de como os aspectos pol ticos sociais e econ micos interferem na din mica local n o haveria ferramenta tecnologicamente adequada capaz de fazer operar o SGDCA por meio do trabalho em rede O processo caminhava e cada vez mais o grupo identificava a necessi dade de explicar e compartilhar suas experi ncias para formar man ter e mobilizar suas redes locais Os manuais t cnicos destinados a apoiar os usu rios na com preens o e implanta o do software s o uma d as ferramentas que colaboram para a forma o manuten o e mobiliza o das redes locais mas s Sozinhos por m n o se concretizam de fato como meio de colabora o Essa constata o motivou ent o uma nova frente de trabalho sistematizar um outro material um manual de gest o da rede que contasse o que havia de comum entre a maneira como as oito cidades estavam trabalhando na Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 3 implementa o das suas redes sociais O presente texto o resulta do dessa decis o Neste ano de 2008 os primeiros resultados do trabalho at aqui desenvolvido come am a aparecer o software m dulo b sico est pronto para operar nas localidades e j pode aceitar novos m dulos e aportes o que ocorrer
66. facilmente A primeira fun o de um c digo de tica justamente a de tornar expl cito o padr o que o grupo a que ele se dirige con sidera aceit vel Uma das fun es de um c digo de tica tentar antes de mais nada articular os valores afirmados por um grupo e em seguida dar uma maior concretude a eles as normas que enuncia tentam funcionar como instrumentos para realizar os valores Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 138 afirmados No entanto um c digo de tica n o deve ser entendido apenas como um instru mento disciplinar repressivo de controle como um esfor o de articular e p r no papel em forma de um c digo aquilo que comp e o padr o tico do projeto que ser implantado Um c digo de tica portanto n o deve ser visto como algo que serve apenas para quem n o tem tica Provavelmente o inverso disso mais verdadeiro O C digo de tica tem fun o preventiva refer ncia para o profissional que se encontra diante de um caso concreto que exige uma decis o de natureza tica O c digo orienta o comportamento a ser seguido Para o funcionamento adequado da rede eletr ni ca preciso que se estabele am previamente quais padr es ticos ser o seguidos pelos operadores do sistema de informa o Esta n o uma decis o que pode ficar a cargo de cada um individualmente A rede precisa ter padr es que a protejam padr es minima mente organiz
67. favor vel e se mant m quando capaz de gerar movimento Ent o concluo o xito da caminhada est na produ o do caminho Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 26 O processo de tessitura da Rede das Redes uma experi ncia exemplar de anima o de rede Segue princ pios que podem retroalimentar as redes part cipes bem como inspi rar outros movimentos de redes A busca por aquilo que padr o nas oito redes para com por o conjunto de refer ncias expressas neste manual revela o pr prio padr o de organi za o da vida O padr o em rede comum a todas as formas de vida segundo Fritjof Capra 2005 Onde quer que haja vida h redes Tratamos ent o de redes vivas ou de vida nas redes Ou ainda de redes de vidas ou redes de gest o da vida E ao adentrarmos na l gica da vida nos deparamos com os seus processos intr nsecos de mudan a A vida a maior mestra da mudan a 1 Na concep o sist mica da vida as redes criam se e recriam se continuamente sejam atrav s da trans forma o m tua dos seus componentes ou da substitui o dos mesmos A concep o e a compreens o das organiza es humanas como sistemas vivos um dos maiores desafios da nossa poca A aplica o do conceito de rede no campo social portanto a aplica o do conheci mento dos padr es e princ pios b sicos de organiza o da vida realidade social Animar redes sociais
68. feita por meio de um encontro que apresente uma proposta de trabalho mostrando a efic cia e con tribui o da rede para o trabalho de cada esfera A realidade do trabalho dos parceiros deve ganhar visibilidade e identifica o tornando a proposta num objetivo comum Cada um por menor que seja sua contribui o deve ter sua participa o valorizada na rede Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 835 A constru o de um projeto de interven o se d coletivamente Para organizar as a es criada uma equipe Essa equipe elabora um planejamento estrat gico que ir definir as prioridades acordos compromissos e agenda em comum que ir sustentar a ani ma o da rede e essa participa o garante que os atores sintam se parte dela Nesse planejamento o papel de cada ator precisa ser claramente definido De forma freq ente devem ocorrer encontros nos quais todos os agentes sejam atualizados e contribuam para as propostas de a o dando sugest o e interagindo com o processo 2 Sistema de Garantia dos Direitos da Crian a e do Adolescente como participar O esfor o de mobiliza o da rede social sempre amplo e pode envolver at mesmo iniciativas que n o estejam formalizadas Em princ pio todos podem participar na formu la o das pol ticas de prote o inf ncia e adolesc ncia Entretanto quando o foco do tra balho da rede operacionalizar o Sistema de Garantia dos Dire
69. fortalecimento do CMDCA e na capacidade de gest o das organiza es s o pontos fundamentais para dar conta dos objetivos comuns colocados Dessa maneira podemos contemplar uma vis o sist mica de todas as a es e objetivos que complementam o trabalho em rede Sem a intera o entre elas torna se invi vel o cumpri mento das a es que vistas isoladamente n o ajudam no desenvolvimento do trabalho o qual na ess ncia pretende ser articulado em si numa palavra sist mico Segundo Fritjof Capra 1982 p 245 246 A concep o sist mica v o mundo em termos de rela es e integra o Os sis temas s o totalidades integradas cujas propriedades n o podem ser reduzidas s de unidades menores Em vez de se concentrar nos elementos ou substancias b sicas a abordagem sist mica enfatiza conceitos b sicos de organiza o uma totalidade integrada e portanto um sistema vivo Um outro aspecto dos sistemas uma natureza intrinsecamente din mica Suas formas n o s o estru turas r gidas mas manifesta es flex veis embora est veis de processos subja centes Nas palavras de Paul Weiss as caracter sticas de ordem manifestadas na forma particular de uma estrutura e na organiza o e distribui o regular de suas subestruturas nada mais s o do que o indicador vis vel de regularidades da din mica subjacente que operam no seu dom nio A forma viva deve ser vista essencialmente como um indicador
70. gera sempre muito trabalho ela gera atividades permanentes Por isso importante compreender que ser preciso envolver a todos Por exemplo em Diade ma para constituir os grupos de estudo um sobre fam lia e outro viol ncia dom stica o grupo articulou uma entidade respons vel pela viol ncia dom stica que ir oferecer essa discuss o para toda a rede 3 1 Perfil do Gestor da Rede Na vis o das oito cidades do projeto certo que o s Gestor es da Rede exerce m um papel t pico de lideran a Assim fundamental que a escolha do Gestor seja pautada na identifica o de pessoas que possuam caracter sticas tais como Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 111 meme saber ouvir dando oportunidade para que todos os outros part cipes exponham suas id ias reconhecer potencialidades de cada um de sua equipe sabendo atribuir a estes fun es com as quais se identifiquem fazendo assim com que o trabalho seja feito com satisfa o e habilidade ser criativo ter pensamento r pido e estar sempre atualizado sem medo de tomar decis es urgentes e inovadoras ter capacidade de enxergar o todo do projeto e ao mesmo tempo identific lo por partes ser articulado isto ter um bom tr nsito entre as diversas esferas sejam de governo da sociedade civil ou do Poder Judici rio possuir e manifestar no cotidiano elevados princ pios ticos e morais 3 3 Habilidades do Gestor da Red
71. infor ma o deveria ser algo a ser cuidado pelo grupo de entidades e que para isso o c digo pre cisaria ser estruturado organizado e documentado segundo padr es internacionais A colabora o far com que as cidades economizem recursos a m dio e longo prazos e que o sistema se mantenha vivo por mais tempo Depois de dois anos se cada um fizer a sua pr pria modifica o aleatoriamente cada um vai ficar ref m do que produziu e n o vai aproveitar o trabalho do outro Quanto maior for a unidade quando uma cidade qualquer entrar ela vai poder se tornar uma colaboradora tomar procedimentos adotados por comunidades de c digo aberto Fortaleceu se assim a no o de que os esfor os deveriam concentrar se na constru o de um m dulo b sico o motor do sistema envolvendo autentica o permissionamento estrutura de tabelas e organiza o das informa es Outros m dulos poderiam ser desen volvidos futuramente por diferentes cidades e colabora es mas seriam plugados ao m dulo b sico arquitetura por componentes O legal de usar uma ferramenta similar que todo mundo vai aprender com todo mundo A vis o do sistema lentamente constru da no encontro e posteriormente a ele com punha se de quatro elementos fundamentais uma descri o dos problemas a serem enfrentados uma vis o das poss veis solu es uma descri o dos benef cios a serem gera dos pela ado o das di
72. institui o tenha clareza de seus limites e possibilidades importante tamb m a constru o de fluxos de atendimento como forma de otimizar o processo dos usu rios na rede Outro tema a ser discutido o do encaminhamento Todos devem ter clareza de que o fato de encaminhar n o significa que o trabalho tenha sido conclu do mas que preciso tamb m acompanhar o usu rio mantendo se atento ao seu movimento na rede Regras de acesso rede eletr nica com descri o de acesso e perfil do operador De acordo com o item Relacionamento entre os profissionais da rede acima expos to que descreve a necessidade da cria o do C digo Municipal de tica da Rede o acesso Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 143 a rede de acordo com o perfil do usu rio dever ser especificado no mesmo sendo citados todos os operadores e suas possibilidades de acesso vedado ao operador a Utilizar se de qualquer informa o da rede para interesses pessoais ou de terceiros b Utilizar se de qualquer informa o da rede para prejudicar ou discriminar um usu rio c Fornecer sua senha de acesso para qualquer pessoa d Alterar acrescentar ou cancelar informa es indevidamente Puni es As infra es ticas podem ser de diversas naturezas e graus de gravidade A forma como ser o tratadas deve tamb m ser fruto de acordos negociados dentro da rede munic ipal Sempre que ho
73. locais descreve em detalhes a opera o de um sistema de informa o As alterna tivas apresentadas podem ser pertinentes ou n o corretas ou equivocadas vi veis ou de dif cil execu o de todo modo sempre discut veis mas isso o que importa menos O importante que o Manual de Gest o de Redes estabelece uma pauta de discuss o Todas as quest es te ricas e metodol gicas acerca do trabalho colaborativo e da a o em rede encontram se ali O objetivo deste artigo expor e discutir de forma breve algumas delas Trabalhar junto n o o mesmo que trabalhar em rede Todo o trabalho desenvolvido pelo projeto da Funda o Telef nica em parceria com as redes de oito munic pios Ara atuba Bebedouro Diadema Guaruj Itapecerica da Serra Mogi das Cruzes S o Carlos V rzea Paulista baseia se na premissa da sinergia e do aumento da capacidade de a o O Manual a express o desse projeto sin rgico Ao inv s de cada cidade fazer o seu pr prio trabalho o convite era para somarem recursos esfor os e talentos para construir um n cleo que servisse para todas as cidades que pudesse ser expandido e ainda que pudesse tamb m ser utilizado por outras cidades do pa s 2 Tal premissa fundamentalmente correta Poucos objetariam quanto necessidade efetiva da combina o de esfor os para o enfrentamento dos desafios sociais em especial no caso em tela da defesa e garantia dos direitos d
74. mais diversas Os animais t m reunidas em sua estrutura fisiol gica as condi es necess rias para garantir sua sobre viv ncia O elefante tem sua for a o rinoceronte sua coura a e agressividade o leopardo a velocidade necess ria para ca ar Os macacos vivem no alto das rvores onde se alimentam e se protegem dos predadores O homem embora possua o organismo mais fr gil de todo o reino animal tem na intelig ncia a base n o apenas de sua sobreviv ncia como tamb m de seu dom nio sobre o universo material Novamente citando Pierre L vy3 O que vai multiplicar a pot ncia da linguagem humana provavelmente ser aquilo que ter influ ncia mais positiva sobre o desenvolvimento do conheci mento porque o que diferencia a cogni o humana da cogni o animal a lin guagem articulada No in cio foram os dom nios do fogo a inven o das linguagens e das t cnicas que auxiliaram o ser humano a reduzir sua incompletude biol gica para sobreviver e construir a cultura Posteriormente a escrita como linguagem privilegiada passou a garantir a dura tividade da mem ria de indiv duos e sociedades Linguagens e ferramentas entrela aram se desde o in cio da hist ria humana para dar origem a grandes inven es como a impren sa O r dio a televis o que ampliaram e facilitaram imensamente nossa comunica o sem falar nas outras in meras mudan as que trouxeram cena do mundo De l para c as ferramentas
75. manifesto da ou uma pista para a din mi ca dos processos formativos subjacentes Por meio da rede busca se uma maneira de trabalhar em conjunto com ampla parti cipa o de todos de tal forma que cada integrante sinta se beneficiado pelo retorno que Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 80 obt m na melhora dos servi os que presta e na efetiva o da miss o de sua organiza o no SGDCA Tal resultado s pode ser obtido pela uni o e o esfor o coletivo A participa o dos integrantes de uma rede o que a faz funcionar Amplo e complexo esse sistema de garantia muitos s o os atores e as organiza es que em uma comunidade s o membros potenciais da rede de prote o Quanto maior a cidade mais complexo esse sistema de garantia A forma como as pol ticas de prote o inf ncia e adolesc ncia est o organizadas na comunidade pode primeira vista fazer supor que a rede de aten o de crian as e adolescentes est restrita rede de atendimen to direto Um exame mais cuidadoso dos elementos da prote o integral remete como mencionado acima para a amplia o dessa rede incluindo no rol dos seus interlocutores todas as lideran as e organiza es que atuam nas diversas reas das pol ticas sociais Nos dois anos de debates no grupo Rede das Redes in meras foram as vezes em que o grupo n o sabia de quais membros da rede estavam falando Foi necess rio reafirmar
76. na prote o e incluem No eixo da defesa de direitos os rg os da justi a Juizados da Inf ncia e Minist rio P blico das defensorias p blicas advocacia geral da uni o e procu radorias gerais dos estados No eixo da promo o de direitos a pol tica de atendimento desenvolvida por rg os p blicos nas pol ticas p blicas e presta o de servi os p blicos e nas atividades desenvolvidas pelas entidades sociais nas medidas de prote o e s cio educativas No eixo do controle e efetiva o dos direitos as inst ncias p blicas colegiadas que deliberam e controlam a execu o de pol ticas na rea da inf ncia como conselhos dos direitos de crian as e adolescentes conselhos setoriais de formu la o e controle de pol ticas p blicas e rg os de controle interno e externo Assim como os direitos fundamentais da pessoa humana tamb m o direito de crian as e adolescentes s o constru dos historicamente e derivam do processo de apri moramento pol tico da conviv ncia do homem em sociedade Bobbio defende que os direitos do homem por mais fundamentais que sejam s o direitos hist ri cos ou seja nascidos em certas circunst ncias caracterizados por lutas em defe Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 5 sa de novas liberdades contra velhos poderes e nascidos de modo gradual n o todos de uma vez e nem de uma vez por todas 2004 p 25 Os direitos individuai
77. na qualidade do atendimento efetuado pelas entidades inte grantes da rede social de prote o crian a e ao adolescente 3 Dotar a rede com informa es s cio econ micas dados prim rios e secund rios organizados por territ rios e ordenados em torno dos fen menos que caracterizam a vul nerabilidade social como meio de ordenar as atividades desenvolvidas pelas organiza es parceiras do projeto dados que permitam aos atores sociais aprofundar seu conhecimen to da realidade do munic pio e das condi es de vida de crian as e adolescentes em Ara atuba 4 Implantar o software e site do projeto que permita a comunica o r pida e eficaz entre as organiza es sociais p blicas e privadas que integram os servi os de atendi mento e prote o da inf ncia e adolesc ncia no munic pio Cadastrar por meio do software as crian as e adolescentes atendidos pela rede acompanhando o seu desen volvimento e atuando de forma preventiva os eventos que vulnerabilizam a inf ncia e adolesc ncia 5 Dar dinamismo ao site com links para as 28 organiza es p blicas e privadas integrantes 6 Ampliar a comunica o entre as entidades participantes do projeto melhorando a qualidade do atendimento efetuado pela rede no munic pio Ter sempre em perspectiva a inclus o de novos atores que poder o integrar se rede ao longo do tempo 7 Formar lideran as para atuar em redes de prote o integral e direcionar pol ticas p blica
78. ncia A proposta de trabalho em rede coloca todos os participantes ou integrantes como co respons veis pelas a es Diante disso aponta se para a necessidade do trabalho articula Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 7 do e de treinamentos conjuntos capacita es para assegurar a efetiva o de pol ticas p blicas integradas e complementares no sentido de superar o isolamento ou seja a desar ticula o e falta de padr o nos atendimentos prestados A finalidade do trabalho conjunto alcan ar maiores n veis de participa o que aumentem a efic cia do trabalho de cada um A rede possibilita que crian as e adolescentes sejam prioridades absolutas como foco dos servi os num primeiro momento e n o a organiza o a entidade e o servi o que o atendem O objetivo da rede efetivar o Sistema de Garantia dos Direitos da Crian a e do Adolescente SGDCA No entanto se essas organiza es as Entidades de Atendimento art 90 ECA 1 que realizam as chamadas Pol ticas de Atendimento art 87 ECA 2 n o estiverem fortalecidas n o poder o cumprir esse o objetivo de melhor atender as crian as adoles centes e fam lias nos munic pios A rede uma forma de organiza o que contribui para o fortalecimento dessas entidades sejam elas governamentais ou n o governamentais A influ ncia do trabalho em rede nas pol ticas p blicas da inf ncia e juventude na melhoria dos atendimentos prestados no
79. nica e planejar a pr xima etapa do processo O conceito de cluster ou melhor de rea facilitou a organiza o da informa o e assim decidiu se estruturar o software a partir de um eixo central a crian a e o adoles Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede n2 cente ao redor e a partir dos quais seriam conectadas as demais informa es por rea sobre sa de escola fam lia moradia amigos e refer ncias s cio economia benef cios esporte e outros Se essas s o as reas de acesso informa o precisam estar separadas de modo que cada um s veja a rea devida Essa organiza o foi essencial por exemplo para o trabalho sobre permissionamen to e sigilo das informa es O desafio de encaixar bem as pe as ainda estava aberto e o consultor da WebUse foi a campo visitar duas cidades S o Carlos e Bebedouro discutir melhor a realidade de cada munic pio compreender o fluxo de algumas informa es na rede e testar alguns modelos com os t cnicos mais envolvidos Uma revis o do escopo do projeto geral tamb m foi feita nesse momento com uma clara op o pela simplicidade e pelo que era essencial Para fazer uma rede eletr nica preciso rever os fluxos e intera es na rede social Em dez meses n s fizemos uma vis o de alto n vel agora vamos ter que apro fundar tecnicamente e descobrir as vari veis para poder aprofundar Paralelamente como o cronog
80. o n o h como dar efetividade prote o Se a responsabilidade de todos a solu o envolve a todos envolve trabalho conjunto por meio de rede o que se extrai do disposto no artigo 86 do ECA A pol tica de atendimento dos direitos da crian a e do adoles cente far se atrav s de um conjunto articulado de a es governamentais e n o governa mentais da Uni o dos Estados do Distrito Federal e dos munic pios 1 Hist ria da Inf ncia e Desafios Contempor neos O espa o social que crian as e adolescentes ocupam na sociedade muda ao longo dos tempos e tem rela o direta com contextos sociais pol ticos econ micos e culturais mais amplos Todos os direitos garantidos para a crian a e o adolescente s o frutos do processo hist rico resultado da forma como a sociedade tem visto suas crian as ao longo da hist ria Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 53 Desse modo cada poca ir proferir o discurso que revela seus ideais e expectativas em rela o s crian as tendo estes discursos consequ ncias constitutivas sobre o sujeito em forma o SOUZA 1998 p 3 A maneira como se conceitua a inf ncia e a adolesc ncia determina o modo de agir da sociedade com rela o a ela Conhecer a hist ria da inf ncia deparar se com contextos sociais onde pouca ou nenhuma import ncia lhe era dada Crian as j foram consideradas seres descart veis e sua conviv ncia com os pais ne
81. o copernicana aninhada na no o de rede uma id ia assustadora assus tadora porque na superf cie tal id ia significa abolir a pr pria ordem aqui que a leitura cuidadosa das teorias de rede pode produzir um certo alento n o a ordem que se esboroa com a rede mas t o somente uma determinada forma de organiza o Rede n o se administra Um equ voco frequente nos processos concretos de constitui o de redes sociais ou organizacionais o entendimento de que a organiza o chamada rede algum tipo de institui o As organiza es coletivas como associa es federa es confedera es gru pos etc s o n o apenas necess rias como representam um sinal importante do grau de democratiza o de uma sociedade Contudo em que pese o papel vital da representa o institucional das organiza es coletivas democr ticas redes n o s o institucionalidades em fun o das caracter sticas estruturais acima apresentadas A fluidez e a plasticidade das din micas de conectividade a condi o aberta e a topologia sem centro ou periferia da rede fazem dela a ant poda de uma forma institucional Como se trata de uma n o institucionalidade redes n o s o administr veis Acredi ta se que seja poss vel agir sobre elas mas n o administr las operar com elas mas n o geri las Fica a pergunta como seria poss vel gerenciar um conjunto multifacetado de rela es sociais que se multiplica de f
82. o de obra que n o reabsorvida pelo mercado formal de trabalho Em Bebedouro esse problema agravado em virtude da n o ocupa o do trabalhador rural da colheita de citrus j que ele n o totalmente absorvido na colhei ta de cana de a car e os poucos que conseguem inserir se nesse ltimo mercado de tra balho t m sido em grande parte dispensados em decorr ncia da mecaniza o caindo na informalidade Este fato aumenta consideravelmente o n mero de ambulantes e catadores de material recicl vel pelas ruas da cidade n o existem dados estat sticos sobre essa migra o da m o de obra do mercado formal para o mercado informal mas se constata o empobrecimento da popula o no aumento da procura pelos servi os sociais do munic pio A ind stria na regi o de Barretos apresenta forte especializa o na produ o de ali mentos e bebidas que a maior empregadora e gera a maior parte do valor adicionado da ind stria Em Bebedouro o cultivo da laranja mais intenso lembrando que os pomares t m sido gradativamente substitu dos pela cultura da cana de a car sendo o produto industrializado para a produ o do suco de laranja e exportado para diversos pa ses Desta ca se tamb m no munic pio a produ o de leos vegetais Com uma economia baseada na agricultura prevalecendo nas ltimas d cadas a monocultura da laranja e nos ltimos anos o aumento das planta es de cana de a car com uma ind stria
83. o foi feita pelo servidor ligado ao setor de informa o das prefeituras Os departamen tos de inform tica t m uma din mica pr pria com estrutura realizam beckup e possuem nobreak que s o elementos importantes para a seguran a do sistema al m disso t m via larga e toda a infra estrutura de tecnologia Todos os oito munic pios entenderam que seria mais f cil e mais adequado hospedar o servidor nos servi os de inform tica municipal A hospedagem da rede junto s prefeituras tem a vantagem de n o onerar a rede com nenhum custo uma infra estrutura j dispon vel no entanto preciso arcar com um servidor especifico para manter o software da rede no local o que pode custar at R 10 000 00 em valores atuais Outros tipos de hospedagem podem gerar alugu is men sais Entretanto independentemente de onde o servidor for hospedado o controle das informa es fica reservado a um corpo t cnico de natureza p blica Outro aspecto deter minante na escolha da Prefeitura como o local de hospedagem do servidor da rede tem li ga o com o compromisso p blico com a prote o da inf ncia e adolesc ncia Um projeto de pol tica p blica dessa natureza deve cuidar da seguran a e sigilo dos dados Informa es sobre a vida de crian as e adolescentes s o de responsabilidade p blica Os servidores p blicos t m responsabilidades criminais com rela o s informa es dessa natureza e isso ajuda a proteger o banco de dados da re
84. o trabalho em rede A forma o continuada essencial para desenvolver e valorizar as habilidades e compet ncias necess rias para a rede A forma o continuada identifica e fortalece as afinidades entre os atores e o sentimento de perten a fatores decisivos para a articula o a integra o e a sustentabilidade da rede Capacitados os atores sociais podem atuar de forma propositiva e educativa no desenvolvimento da crian a e do ado lescente Essa a o contribui para melhorar a qualidade dos atendimentos prestados for talece a gest o das organiza es envolvidas que assim podem desenvolver novas vis es do que j realizam no dia a dia e ter acesso a outras ferramentas de trabalho aos quais normalmente n o teriam Alguns munic pios integrantes da Rede das Redes buscaram parcerias com universi dades para qualificar seus programas de capacita o O que se pode afirmar que essas parcerias potencializam os programas de capacita o quando possibilitam a organiza o de cursos maiores com projetos pedag gicos mais amplos e uma carga hor ria que permite a certifica o como cursos de extens o universit ria A universidade colabora disponibi lizando seus ativos em infra estrutura para os cursos sala de aula data show laborat rios de inform tica etc enfim os recursos que potencializam a a o da rede A implanta o do software demanda um programa espec fico de capacita o que muitas vezes precisa ser iniciado
85. org wiki Web 2 0 12 http pt wikipedia org wiki Web 2 0 13 http pt wikipedia org wiki Web 2 0 Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 135 14 LEMOS Ronaldo Direito Tecnologia e Cultura Rio de Janeiro FGV Editora 2005 p g 72 15 http pt wikipedia org wiki Creative Commons http creativecommons org 17 http www comciencia br 200406 reportagens 06 shtm l 16 A Free Software Foundation FSF Funda o para o Software Livre uma organiza o sem fins lucrativos fun dada em 1985 por Richard Stallman e que se dedica elimina o de restri es sobre a c pia redistribui o entendimento e modifica o de programas de computadores bandeiras do movimento do software livre em ess ncia Faz isso promovendo o desenvolvimento e o uso de software livre em todas as reas da computa o mas particularmente ajudando a desenvolver o sistema operacional GNU e suas ferramentas At meados da d cada de 1990 a funda o dedicava se mais escrita do software Como hoje existem muitos projetos independentes de software livre a FSF dedica se mais aos aspectos legais e estruturais da comunidade do software livre Entre suas atribui es atuais encarrega se de aperfei oar licen as de software e de documenta o como a GNU General Public License GPL ou a GNU Free Documentation License GFDL de desenvolver um aparato legal acerca dos dire itos autorais dos programas criados sob essas licen as d
86. ou mais programador e consis tem em uma s rie de rotinas encadeadas Richard Stallman costuma dizer que software como uma receita de bolo A receita do software o seu c digo fonte Conhecendo a lin guagem em que ela foi escrita podemos saber todas as instru es que o software cont m Quando o c digo fonte compilado ou seja transformado em linguagem bin ria aquela que os computadores entendem dizemos que ele est em c digo execut vel No modelo do software livre temos acesso n o s ao c digo execut vel o bolo pronto mas tamb m ao Funda o Telef nica Manual de guia Gest o da Rede 126 c digo fonte a receita do bolo e assim podemos alter lo melhor lo ou desenvolv lo colaborativamente E podemos fazer o bolo ficar cada dia melhor As licen as para software livre s o in meras e podem ser utilizadas por qualquer pes soa No entanto estamos trabalhando com estas por tratarmos de projetos de pol tica p blica na rea da inf ncia e juventude Assim tudo indica que o modelo do software livre n o mudou apenas a hist ria do software mas tamb m criou uma nova forma de organi za o econ mica com impacto profundo nas formas de produ o e organiza o globais como um todo LEMOS 2005 p 82 O grupo Rede das Redes que re ne esses oito munic pios mais a Funda o Telef nica desenvolveu um software livre espec fico para fortalecer a articula o da rede de aten o
87. por meio da inclus o digital A habilidade a ser desen volvida com essa capacita o est relacionada n o s opera o do software mas tamb m capacidade da rede comunicar se por meio eletr nico usando para isso sites e mails etc Os profissionais da rea de tecnologia que atuam nessas capacita es bem como na ope ra o do sistema devem estar habilitados para o di logo com a rede social Esse tema est abordado de uma forma mais consistente no capitulo da rede eletr nica Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 88 Nas oito cidades da Rede das Redes ocorrem algumas iniciativas relacionadas capacita o da comunidade ampliando os cursos para al m dos atores que trabalham diretamente na rede de atendimento promovendo oficinas palestras f runs semin rios mais amplos de tal sorte que a agenda de trabalho da rede pode se transformar em objeto de reflex o de setores sociais mais amplos 4 Construindo uma Agenda Comum O planejamento uma importante ferramenta para uma gest o colegiada tal como demanda a rede Planejar preparar os caminhos para atingir objetivos comuns descreven do os meios necess rios para isso Quando o planejamento conta com a participa o dos envolvidos os compromissos com os objetivos e as a es a serem executadas ganham for a A participa o tamb m melhora a qualidade das a es ao incorporar m ltiplas vis es sobre problemas complexos Para
88. prematuros alto No que se refere taxa de crescimento populacional por grupo de idade Diadema percentualmente um munic pio com grande n mero de crian as e adolescentes na faixa et ria de O 14 anos superior m dia da regi o do Grande ABCD e em rela o s outras faixas et rias Na faixa et ria de 15 a 24 anos verificamos que o ndice de crescimento negativo Ao cruzarmos com os dados de morte por causas externas nessa faixa et ria O maior ndice da regi o em ambos os sexos O munic pio tem realizado investimentos em ilumina o p blica implementa o de efetivos de guardas municipais e na Lei Seca que estabelece o fechamento de bares ap s as 23 horas e tudo isso vem fazendo com que a taxa de viol ncia reduza gradativamente des de a implanta o desta Lei Segundo estudos realizados pelo Pacific Instituto For Research And Evaluation PIRE dos Estados Unidos e pela UNIFESP Universidade Federal de S o Paulo a chamada LEI SECA pode ter evitado 273 assassinatos em dois anos Tamb m h investimentos nas reas sociais tais como a Cria o do Centro de Refe r ncia da Juventude o Programa Adolescente Aprendiz 14 a 16 anos al m dos Centros Culturais nos Bairros e da intensifica o dos trabalhos desenvolvidos por ONGs entidades sociais nessa faixa de idade Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 164 Hist rico da Rede em Diadema Em 1998 um grupo de t
89. que chama bastante aten o nesse meio o software livre que teve como escopo transformar a prote o da propriedade intelectual para cri ar bens intelectuais abertos amplamente acess veis tanto com rela o ao uso quanto com rela o possibilidade de inova o e modifica o n o s do ponto de vista econ mico como tamb m do ponto de vista cognitivo14 Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 119 Fica claro portanto que com o passar do tempo a rede mundial de computadores abre mais e mais oportunidades e se torna parte da vida de milh es no mundo inteiro Desse fen meno surge outro ainda mais interessante a forma o das redes sociais Sites como Orkut MySpace Facebook favorecem o contato entre pessoas de forma ass ncrona enquanto mensageiros como o MSN Skype etc favorecem o contato imediato e on line Os grupos se formam pelo interesse e afinidade O que comum na rea de tecnologia expande se para outros segmentos da sociedade como contribui o da ferramenta para a troca de conhecimento nesse ponto que a tecnologia serve de fator aglutinador favore cendo o aparecimento e o fortalecimento das redes sociais por meio de um mecanismo que minimiza o esfor o do contato e facilita a troca da informa o 2 Rela es poss veis ferramentas tecnol gicas e o SGDCA Esta foi uma breve hist ria da Internet dos computadores e do impacto que essas fer ramentas e suas linguage
90. que se levar em conta de um modo mais amplo o processo de mobiliza o em torno da Prote o Integral que ser gerado pela implanta o deste projeto um chamado para a a o transformadora O projeto tem seu embri o na pr pria rede s cio assistencial existente no Munic pio a qual teve uma grande mobiliza o a partir da Rede Social S o Paulo quando tornou se um dos P los Experimentais de implanta o do Projeto Aprimorar Ao receber o edital da Funda o Telef nica o CMDCA formatou o projeto com o apoio das representatividades de todo o SGDCA J nos primeiros momentos da execu o do projeto contamos com forte resist ncia por parte do Minist rio P blico local que a partir da assinatura do contrato passou a ter entendimento divergente da grande maioria dos outros atores do SGDCA especialmente no tocante forma de destina o dos recursos via Fundo Municipal dos Direitos da Crian a e do Adolescente pois o consenso da promotoria central de que esse tipo de doa o con siderado doa o casada pr tica n o aprovada pelo ent o promotor A partir disso muitos foram os desencontros diverg ncias de pensamento e dificuldades de execu o das a es culminando inclusive com uma liminar que suspendeu o projeto por alguns meses muito embora ainda hoje estejamos sob forte press o de uma a o na justi a contestando a sua exist ncia Apesar disso continuamos na luta e com muitas dificuldades inclu
91. que trabalham com crian as e adolescentes principalmente nas entidades sociais Nesses casos o C digo de tica da rede o nico instrumento que h para orientar sua conduta profissional Na elabora o das normas e regras que orientam a conduta profissional na rede os c digos das profiss es j regulamentadas s o fontes de inspira o para as normas que ser o constru das pela rede de prote o entre eles o sigilo profissional previsto em todos os c digos de conduta profissional A import ncia da Capacita o Criar padr es ticos de conduta profissional demanda capacita o Qualquer docu mento que estabele a os acordos as normas e as regras de car ter tico na opera o da rede eletr nica s ser absorvido pelos profissionais da rede se eles participarem da sua cria o e forem sistematicamente capacitados para enfrentar o dia a dia do atendimento Esse um dos muitos temas da rede que precisam de forma o continuada situa es onde as quest es do dia a dia s o postas e discutidas para que os membros da rede possam for mar suas convic es ticas A constru o dos acordos normas e regras deve ser pedag gi ca educativa e informativa Deve envolver cada um dos profissionais que ao se reconhecer como membro do grupo assume sua parcela de responsabilidade e se compromete com os objetivos da rede imprescind vel haver um processo de capacita o permanente que traga aos profis sionais os princ
92. rio uma aldeia inteira para educar uma crian a Esta iniciativa teve duas propostas primeiro fortalecer a rede por meio da cria o de di logos para o conhecimento de todos os trabalhos para perceber o tamanho da rede e todas as suas possibilidades de a o que existem entre os pontos as entidades da sociedade civil e os programas e servi os das diversas secretarias municipais Entre elas deve haver uma amarra local capaz de superar as dificuldades e oferecer um trabalho qua lificado para a crian a e o adolescente Segundo com a l gica da modernidade interlig las por meio de um sistema de informa o que compartilhe dados e respalde a constru o de indicadores que ajudem na realiza o de diagn sticos com a finalidade de pensar e repen sar nossa pr tica otimizar recursos e construir propostas para melhorar a qualidade do servi o de nossa rede social voltada para crian as e adolescentes Assim chegamos a tecer uma rede numa trama firme Ainda n o a que sonhamos pois v rios n s precisam ser dados para que outros desenhos surjam entre os pontos com pletando a nossa obra Ou talvez essa obra nunca termine pois uma manh sempre substitu da pela noite que precisa sempre de uma nova manh Mas continuaremos escrevendo a nossa hist ria j que h uma vida inteira para lutar Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 183 8 V rzea Paulista 8 1 Caracteriza o Na origem
93. sociais ou s pol ticas p blicas a no o de horizontalidade nunca foi uma quest o pac fica e permanece sendo objeto e motor de intermin veis querelas e contendas A proposi o de uma coordena o n o hier rquica dos processos colaborativos uma esp cie de nervo exposto Constitui aquilo que grande parte dos adeptos sinceros ou n o das redes n o consegue ou n o pode assumir curioso como a atratividade da id ia de rede esbarra neste nus quase insuport vel da mudan a do habi tus pol tico n o haver sentido em comandar ou em ser comandado Pois nos organogra mas tradicionais a no o de comando e de subordina o o componente nuclear de toda a estrutura Subtrair o comando e a subordina o da estrutura organizacional equivale a desorganizar a estrutura a desestrutur la quer dizer a destruir a organiza o N o toa que num n mero bastante elevado de projetos de rede social os organogramas e correspondentes estruturas de gest o sejam concebidos imagem e semelhan a das organiza es hier rquicas algumas vezes de forma acintosamente con centradora como no caso das redes com presid ncia outras vezes de modo mais brando Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede ec e plano como nas diretorias colegiadas ou nos conselhos de gest o Superar a barreira da hierarquia suplantar a hierarquia por meio do desenvolvimento de uma ordem sem chefe a revolu
94. todo trabalho conjunto faz rede Aqui importante ressaltar que apesar das muitas e pos s veis semelhan as trabalho conjunto e rede s o fen menos estruturalmente diferentes Trabalhar junto uma opera o rede uma forma de organiza o Para sermos mais pre cisos rede uma forma de organiza o que configura de modo espec fico a opera o de colaborar3 O trabalho conjunto pode tomar a forma de uma colabora o transit ria e fugaz ou regular e duradoura pode ser instrumental e manifestar se como servi o numa rela o do tipo cliente fornecedor pode caracterizar se pela reciprocidade ou pela complementari dade naquilo que se costuma chamar comumente de parceria pode ter car ter espont neo e emergir t o somente pela sociabilidade pode ser institucional e mediado por estru turas burocr ticas pode estabelecer se por meio e em fun o de rela es de subordina o baseadas em hierarquia pode realizar se de modo horizontal e n o hier rquico pode ori entar se pela perspectiva da uni o da fus o ou da unidade pode orientar se pela perspec tiva de uma certa conectividade autonomista N o h d vida de que h trabalho conjunto tanto num ex rcito quanto num grupo de amigos h colabora o tanto entre amantes quanto entre um escravo e seu senhor A passagem da id ia de trabalho conjunto para a no o de rede exige uma mudan a de n vel requer o recurso a um projeto de organiza o justa
95. transmitidos entre os seres humanos e que eles compartilham t m tr s caracter sticas funda mentais e inteiramente novas Esses sinais s o ub quos uma vez que entram na rede est o em toda a parte Eles s o interconectados e t m capacidade de a o e rea o aut nomas gra as ao software Ser que n o poder amos nos basear nessas capacidades para imaginar uma esp cie de revolu o cient fica nas ci n cias humanas assim como houve uma revolu o cientifica no s culo XVII nas ci ncias naturais Em outras palavras temos um lugar onde tudo o que tem a ver com a din mica das intera es entre os seres humanos est ali estocado de uma maneira digital e portanto podemos imaginar a possibilidade de observar todas essas intera es a partir do momento em que codificarmos os dados de uma maneira correta e conseguimos sintetiz los Atualmente a tecnologia a servi o dos direitos sociais n o mais uma utopia j que poss vel dirigir e potencializar o uso dos meios tecnol gicos para fazer chegar mais r pido e com maior efic cia realidade objetiva os instrumentos de garantia dos Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 114 direitos sa de educa o ao desenvolvimento saud vel dignidade vida enfim de nossas crian as e adolescentes 1 O contexto das ferramentas de comunica o na hist ria da humanidade A natureza dota suas criaturas de caracter sticas as
96. uma das origens do REDECA Isso s foi poss vel gra as aos encontros que colocaram lado a lado profissionais que dificilmente se encontrariam agentes sociais e especialistas em tecnologia Do di logo entre ambos chegou se a um consenso que definiu algumas caracter sticas fundamentais do REDECA O REDECA sistema de informa o um software gratuito pois foi desenvolvido a partir de c digo aberto soft ware livre que pode ser facilmente instalado em qualquer munic pio des de que sejam seguidas risca as recomenda es e seja mantido con stante o di logo com equipe de tecnologia no munic pio O REDECA pode ser acessado para download por meio do Portal Pr Menino na se o Trabalhando em Rede Condi es b sicas para implanta o e especifica es t cnicas preciso ter conex o de Internet banda larga Para uma cidade de 100 mil habitantes necess rio um servi dor local com 1Gb RAM ECC Xeon ou Opteron com dois ou quatro n cleos e 2 HDs SAS 73Gb ou maior em RAID 1 e m nimo de 2Ghz de clock real Deve haver computadores em cada ponto da rede imprescind vel que haja uma equipe de tecnologia para apoio na implanta o e entendimento das solu es preciso existir uma articula o constante da Rede Eletr nica com as necessidades da Rede Social Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 32 Instalado o software que n o ocupa nem 1GB todos
97. vem de fora para dentro Em um ambiente democr tico a coes o por mais dif cil que seja provoca uma movimenta o mais forte pois nasce de dentro para fora A partir deste contexto surgem as redes eletr nicas da uni o de v rios aparatos tecnol gicos usados para dar sustenta o rede social A rede eletr nica pode ser um fator que auxilie na coes o social mas nunca a substituir pois seu papel de ser um facilitador e auxiliador na tomada de decis es otimizando o tempo de cada um Como pudemos acompanhar no cap tulo da rede eletr nica a expans o do uso de computadores e Internet por um maior n mero de usu rios fez crescer a colabora o e os meios de intera o entre as pes soas utilizando as ferramentas tecnol gicas para beneficiar as a es do dia a dia Baseando se nas premissas expostas por Pierry L vy e Fritjof Capra acima citados este o mesmo princ pio que gostar amos de incentivar para as a es em rede dentro do SGDCA Quanto mais pessoas pensarem desenvolverem redes para beneficiar as pol ticas da inf ncia e juventude em seu munic pio mais teremos conhecimento para compartilhar Dessa forma beneficiaremos a qualidade das pol ti cas p blicas na rea assim como a qualidade dos atendimentos presta dos a esses jovens crian as e fam lias Ainda h muito o que fazer 1 Universo do Conhecimento Universidade S o Marcos palestra de Pierre L vy 19 09 2005 Desenvolvimento
98. vezes parece ser o elemento estrat gico do projeto Decerto vem a s lo na exata circunst ncia hist rica caracterizada pela aus ncia de um sistema de informa o cuja necessidade evidente Talvez se trate apenas de uma nfase t tica Talvez se trate de uma aprecia o excessiva da efici ncia instrumental Os integrantes da rede parecem ter alguma ci ncia dos riscos de um certo fetichismo da tecnologia De todo modo prudente precaver se contra o canto de sereia da t cnica como panac ia para os males da incomunica o a produ o de sentido social que viabiliza os sistemas de informa o e n o s o as ferramentas os elementos capazes de produzir esse sentido preciso demarcar a zona de risco do fetichismo da t cnica Nunca demais alertar para as armadilhas do caminho Diz noutra passagem o documento A mudan a tecnol gica introduz mudan a no padr o de trabalho muda a organiza o do trabalho e tudo no entorno se altera Estamos falando de uma nova maneira de pro duzir trabalho social uma nova divis o das fun es mediada pela tecnologia p 98 Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 17 ec Ora numa outra perspectiva ser tamb m v lido afirmar a mudan a do paradigma organizacional que far tudo no entorno se alterar Em outras palavras a mudan a do sen tido social da ordem que produzir outra ordem do trabalho sim potencializada pela tec nologia q
99. 5 munic pios IBGE 2000 O Or amento Anual Realizado outro importante instrumen to de avalia o do munic pio Em 2006 o total de arrecada o da cidade foi de R 76 040 894 67 com renda per capita de R 681 38 Isso demonstra um aumento em rela o arrecada o em 2004 que foi de R 51 999 587 16 No mesmo ano V rzea Paulista ocupava a 511 posi o no ranking de Or amento Realizado Per Capita dentre os 519 munic pios do Estado de S o Paulo que passaram informa es or ament rias Secretaria do Tesouro Nacional Dentre as cidades que pertencem regi o de governo de Jundia V rzea Paulista apresenta a menor arrecada o conforme quadro abaixo V rzea Paulista Jundia Cabre va Campo Limpo Paulista Itatiba Itupeva Louveira Morungaba 538 41 1 474 34 870 19 941 53 1 064 00 1 363 64 2 389 19 1 477 96 Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 184 H uma diverg ncia entre os n meros populacionais que se refletem no Or amen to Anual Realizado Per Capita fornecidos pelo IBGE e pela Secretaria do Tesouro Nacional STN esta tabela foi produzida pela STN O munic pio de Jarin n o forneceu dados or a ment rios fonte Fonte Secretaria do Tesouro Nacional 2004 Como podemos notar confirmando as disparidades regionais existentes no Brasil a Regi o de Governo de Jundia tamb m apresenta contradi es V rzea Paulista ainda con tinua em ltimo lugar do rank
100. 92 Dados sobre as condi es da inf ncia e da adolesc ncia em Ara atuba que comp em o IDI ndice de Desenvolvimento Infantil revelam que em 2004 o n mero de crian as at 6 anos de idade no munic pio era de 17 589 Desse n mero cerca de 10 s o crian as cujos pais t m escolaridade prec ria ou seja menos de quatro anos de estudos O per centual de crian as at 6 anos matriculadas em pr escolas em Ara atuba era de 85 em 2004 A cobertura de crian as menores de 1 um ano vacinadas era de 100 Houve uma melhora significativa da assist ncia pr natal Em 1999 apenas 42 das mulheres gr vi das tinham 6 ou mais consultas pr natais mas esse percentual chegou a 84 em 2004 Os dados expostos aqui determinam um IDI da ordem de 0 899 indicador que coloca Ara atuba na 33 posi o em condi es de vida da inf ncia no Estado de S o Paulo e na 50 posi o no Brasil A economia de Ara atuba baseia se na atividade agropecu ria e industrial Parcela sig nificativa das propriedades rurais encontra se ocupada pela cana de a car A agroind s tria de cana vem sendo apontada como a principal atividade econ mica de toda a regi o noroeste do Estado impulsionada por pol ticas de incentivo produ o do lcool com bust vel A monocultura tanto gera riqueza como problemas sociais A sazonalidade da safra deixa os trabalhadores b ias frias sem emprego de dezembro a abril de cada ano A mecaniza o j em cur
101. A rede sempre se manifesta como rede expandida Conectar juntar e estender O que colocar no lugar Falar de gest o de rede parece ser diante do que foi exposto uma tentativa arriscada A n o ser que por gest o se entenda um projeto que n o pressuponha controle que ao con tr rio prescinda do controle em nome de uma aposta na capacidade criadora de um coleti vo difuso que fabrica organiza o na medida em que pratica a a o Falar de gest o de rede talvez n o seja apropriado devido n o institucionalidade das redes ao seu dinamismo e sua inquietante fluidez O que colocar no lugar Talvez a pr pria opera o Se existe algum fundamento no significado de ordem emergente e se h alguma prova de xito das din micas de colabora o n o hier rquicas parece que a experi ncia da rede de redes uma delas ent o talvez seja v lido levar adiante o racioc nio Se redes s o din micas produtoras de ordem processos efetivos de auto organiza o dos atores sociais ent o torna se plaus vel efetuar a troca no lugar da gest o co opera o impor tante frisar n o se trata do abandono da pr tica do zelo da a o do cuidado A troca de quadro de refer ncia no caso das redes a substitui o da administra o pela pura a o conjunta f cil imaginar o alarido que essa proposi o poderia produzir mas como fazer com que uma a o seja bem sucedida A resposta uma s cooper
102. Declara o anterior al m de incorporar novos par metros de prote o dos direitos da inf ncia e da juventude Foram documentos importantes mas que ainda demandavam reconhecimento dos Estados Membros Nesse sentido em 1979 declarado o Ano Internacional da Crian a pela ONU ampli aram se os debates pol ticos em dire o efetiva o desses direitos gerando um movi mento que desembocou na Conven o sobre os Direitos da Crian a de 1989 O Brasil assi nou a Conven o em 26 de janeiro de 1990 A ratifica o foi feita pelo Congresso Nacional em 14 09 1990 por meio do Decreto Legislativo n 28 Significativa foi a influ ncia dos ideais da Conven o de 89 na formula o do Estatuto da Crian a e do Adolescente Com isso o Brasil rapidamente p de contar com uma moderna legisla o em defesa da inf n cia e adolesc ncia Tal legisla o encontraria um ambiente favor vel de mudan as O Brasil tinha uma imagem ruim no exterior na rea da inf ncia id ia que havia sido formada em torno de in meras den ncias de maus tratos abandono e explora o Mudar radicalmente a forma Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 59 de tratar nossas crian as e adolescentes era um desejo de parcela significativa da sociedade brasileira Quando uma legisla o criada em ambiente democr tico ela ten de a tratar dos problemas mais graves que afligem a sociedade e isso feito de forma radical S o legisla
103. Eles em si diagn stico e software s o boas ferramentas para fortalecer o SGDCA e juntos evidenciam mais e mais essa caracter stica O diagn stico s tem utilidade se contribuir para a formula o de planos de a o que interfiram na realidade e resolvam os problemas da inf ncia e adolesc ncia nas localidades As informa es produzidas na opera o da rede eletr nica complementam e dinamizam o diagn stico que assim sempre atualizado se transforma em uma potente ferramenta de gest o das pol ticas de aten o inf ncia e adolescente utilizada pelo CMDCA e todos os outros atores que comp em o SGDCA Ao pensar no desenvolvimento de um diagn stico Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 9g para a cidade importante ter uma vis o de longo prazo como atualizar os dados ano a ano Como pode haver apropria o dos atores locais sobre a metodologia empregada Ao fazer a op o por contratar empresas preciso tomar o cuidado para n o se tornar ref m isto a cada atualiza o precisar desembolsar fundos Com a Internet pode se acessar centenas de dados s cio econ micos de informa es setoriais etc Com a inform tica n o h mais barreiras para compilar dados relacionar var i veis e produzir relat rios que ajudem a conhecer a localidade em todos os seus aspectos sociais pol ticos e econ micos O estrangulamento portanto n o est na exist ncia de dados e na sua organiza
104. Estado de S o Paulo nas ltimas d cadas Cidade eminentemente agr cola Ara atuba vivencia de forma intensa as r pidas transforma es que o novo ciclo sucro alcooleiro trouxe regi o Nos ltimos cinco anos segundo estudos realizados pelo Programa Sistema Agroindustrial Integrado SAI Sebrae SP a cana de a car tem crescido em larga escala em fun o da demanda nacional e mundial pelo etanol O noroeste paulista a regi o do Estado de S o Paulo que apresenta maior expans o desse setor mudando de forma definitiva seu cen rio s cio econ mico Segundo a UDOP Uni o dos Produtores de Bioenergia a regi o j conta com 72 usi nas em funcionamento e projeta a instala o de mais 14 unidades at 2010 quando ent o dever estar moendo cerca de 200 milh es de toneladas de cana por ano num crescimen to que deve vir acompanhado de v rios outros investimentos em setores complementares que comp em a cadeia produtiva sucro alcooleira Ainda de acordo com a pesquisa do Sebrae SP essa expans o n o imp e desafios somente aos produtores voltados ao setor sucro alcooleiro mas tamb m aos produtores que concentram suas atividades na pecu ria de corte e leite principalmente na agricultura com o enfrentamento do problema da qual ifica o da m o de obra Um dos problemas que mais preocupa os profissionais que atuam nas pol ticas soci ais do munic pio o da atra o de m o de obra de v rias regi es do pa s para
105. Hist ria j nos mostrou que nas conquistas das dimens es civil s culo XVIII e pol tica s culo XIX dos direitos humanos a crian a era invis vel Ningu m pensava em igualdade liberdade e fraternidade ou em pol tica p blica para crian as S no S culo XX com a visibilidade do sofrimento de crian as e adolescentes quando das duas mais horrorosas guerras da humanidade come aram se a perceber os direitos humanos infanto juvenis Foi a que se deu depois das dimens es civil e pol tica a conquista da dimens o social desses direitos E a percep o pelas esferas mais sens veis e sensatas do povo e dos gover nantes de que h cuidados sociais a serem garantidos com prioridade absoluta para as crian as e os adolescentes ao lado dos cuidados civis e pol ticos Trata se de ter como viver com dignidade com bons h bitos bons usos bons costumes sem viol ncia agressivi dade criminalidade e terror Ter como aprender o respeito e a empatia com os semelhantes no ambiente em que se vive A crian a passa nesse contexto a n o ser mais percebida como o cidad o do futuro mas sim como o adulto do futuro e cidad o do presente a servi o desse presente que a Telef nica p e a mais avan ada tecnologia de ponta no in cio do terceiro mil nio Ao servi o da dimens o tica do nosso pensar sentir querer e agir Como o Brasil partiu antes de todos os outros pa ses para a efetiva o dos direitos de
106. Humano e Unidade das Ci ncias Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 41 Coment rio C ssio Martinho Professor consultor e especialista em processos de rede e din micas de colabora o horizontal no mbito da sociedade civil Cooperar no lugar de gerir Notas sobre os desafios de rede e uma surpresa importante trabalhar junto A essa pergunta praticamente qualquer um de n s diante dos desafios sociais brasileiros responderia com um sonoro e imperturb vel sim Governos organiza es da sociedade civil empresas cidad os por mais meios de que disponham n o t m a capacidade de resolver sozinhos os problemas da desigualdade da mis ria do racismo da viol ncia da degrada o ambiental da solid o urbana etc a lista das mazelas contempor neas extensa Por isso necess rio que os atores sociais busquem combinar esfor os somar recursos e capacidades numa palavra ganhar pot n cia para confrontar os desafios e super los importante trabalhar junto Certamente Aqui j se responde por qu Esta obviedade como costuma ocorrer com a maior parte do que se toma tacita mente por premissa esconde problemas mais dif ceis O que seria exatamente esse tra balhar junto E ainda a quest o que tem tirado o sono de gera es e gera es de mili tantes sociais como gerenciar e operar o trabalho coletivo N o tem sido f cil construir respostas a essa seg
107. Wikipedia esclarece que em 1996 a palavra Internet j era de uso comum principalmente nos pa ses desen volvidos referindo se na maioria das vezes WWW Essa confus o entre a nomenclatura Internet e Web frequente at hoje mas importante ressaltar que a Web s uma parte da Internet 9 Para compreender a hist ria desses processos vale a pena revisitar tamb m a hist ria dos computadores At o final da d cada de 70 eles eram gigantescos ocupando uma sala ou um andar inteiro al m de dif ceis de manusear Era preciso pessoas especializadas para Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 117 oper los e eram utilizados somente por grandes empresas pois custavam muito caro Naquela poca a maioria dos escrit rios funcionava mais ou menos da mesma maneira que no come o do s culo Arquivos de metal m quinas de escrever papel carbono e mem orandos faziam parte do dia a dia 10 Os computadores eram m quinas enormes e desajeitados mas aos poucos com o aparecimento dos microcomputadores foram criados novos modelos cujo manuseio tinha mais rela o com um hobby No final da d cada de 80 os mesmo come aram a se configurar modestamente como uma ferramenta til no dia a dia Criados de maneira mais compacta e de mais f cil utiliza o os computadores foram tomando espa os nas empresas e nas casas Essa mesma revolu o tecnol gica invade nosso cotidiano por meio dos c
108. a Gest o da Rede 68 O terceiro encontro deu se em Diadema uma cidade com rede forte e que j trabalha h algum tempo na constru o de um sistema pr prio de rede eletr nica A RECAD Rede de Aten o Crian a e ao Adolescente de Diadema recad diadema sp gov br come ou a surgir em 1998 quando um grupo de t cnicos que tinha casos em comum come ou a se reunir para discuti los Em 2006 j havia uma rede social forte com ampla participa o das entidades e m ltiplas atividades coordenadas por um n cleo gestor e uma secretaria executiva capacita es semin rios reuni es de p los e um projeto de fortalecimento institucional Temos uma cultura de constru o coletiva A sociedade civil teve que bater na porta da prefeitura e foi se construindo a possibilidade de di logo O sistema eletr nico de informa o de Diadema em constru o se compunha de duas partes um site din mico na Internet e um sistema de cadastro do atendimento direto O site mais para quem lida com comunica o do que com software A propos ta fazer tamb m do site um espa o de trabalho Est se trabalhando o comunicar com as pessoas a ferramenta n o o pro blema A longo prazo todos v o entrar e publicar pior fazer um cadastro errado do que um cadastro novo Depois tem que ficar corrigindo preciso esgotar as possibilidades de integrar antes de propor redig
109. a o Como administrar recursos escassos distribuir as tarefas dar coer ncia aos processos de trabalho Coopera o E como conseguir que as pessoas cumpram prazos e compro missos Ainda coopera o Afinal como fazer com que as pessoas efetivamente cooperem Qual o m todo eficaz para produzir coopera o N o h nada que indique que a resposta n o possa ser a mesma O paradigma da coopera o a assun o te rica tica pol tica e metodol gica de que os sujeitos s o capazes em processos coletivos de colabora o de encontrar todas as solu es na medida mesma de suas necessidades e dos desafios que enfrentam Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 5 Para muitos esta ainda a grande surpresa do trabalhar junto em rede o fato de o processo de colabora o produzir resultados concretos evidentes verdadeiros O Manual da rede de redes e a rede eletr nica s o exemplos de surpresa O efeito mais inusitado contudo da pr tica de rede a percep o carregada de rara express o pol tica e est tica de que poss vel ao mesmo tempo e sem concess es trabalhar junto e ser livre 1 Manual de Gest o de Redes p g 12 2 Idem p 33 3 Colaborar co laborar co trabalhar trabalhar em conjunto trabalhar junto 4 Conceitos formulados pelo autor 5 H um exemplo emblem tico de produ o de sentido social exibido no documento como uma falha da apropri
110. a o Brasileira para o Desenvolvimento de Lideran as As redes exercem um fasc nio crescente nos dias de hoje des pertando o interesse e a aten o de diferentes p blicos por raz es distintas Inicialmente a no o de redes se referia interliga o entre pontos que permitiam a constru o de estruturas de transporte e de comunica o Depois passou se a utilizar a id ia de rede para pensar na conex o entre computadores sistemas e a pr pria Internet Mais recentemente o conceito de rede passou a ser utilizado para se designar novas formas de organiza o que fogem aos modelos tradi cionais baseados na hierarquia e na autoridade formal No campo social as redes podem ser compreendidas como uma forma de articula o de atores sociais aut nomos em torno de obje tivos comuns baseada na no o de horizontalidade participa o e colabora o O mais interessante nas redes que elas permitem a supera o de barreiras tanto das impostas pelo tempo e pelo espa o atrav s da comunica o e colabora o em tempo real como daquelas mantidas pelas burocracias e estruturas de poder t o comuns na nossa sociedade Por m importante compreender que as redes assim como as tecnologias s o apenas um meio atrav s do qual os indiv duos podem promover as transforma es que contudo s correm quando os atores se apropriam das tecnologias em um caso e da pr pria rede em outro E este processo pode ser mais co
111. a o das lideran as locais e formas de gest o compartilhada de programas e projetos de prote o inf ncia e adolesc ncia O Projeto Ciranda ao implementar a rede social de pro te o crian a e o adolescente de Ara atuba ser capaz de operacionalizar um sistema municipal de monitoramento e avalia o das pol ticas e programas desenvolvidos pelo poder p blico e pela sociedade civil no atendimento s crian as e aos adolescentes integrar e Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 152 mem articular programas e projetos intersetoriais que tenham interface com a aten o integral s crian as e aos adolescentes formular sistematicamente pol ticas de atendimento s crian as e aos adolescentes articular os ativos da comunidade para o atendimento das necessidades da inf ncia e adolesc ncia cuidar da forma o continuada das lideran as que atuam com a inf ncia e adolesc ncia tanto no poder p blico como na sociedade civil 1 3 4 A es 1 Construir a Rede de Prote o Social implementando uma agenda de sensibiliza o para a articula o do trabalho em rede envolvendo as lideran as integrando as ao trabal ho da Rede buscando o apoio de parceiros estrat gicos para o fortalecimento da Rede 2 Prover 28 entidades integrantes da rede eletr nica organiza es governamentais e n o governamentais parceiras da rede com equipamentos e mobili rios adequados ple na comunica o e melhoria
112. a o do ECA ainda desconheciam o sis tema de prote o ou o que pior tinham dele uma vis o preconceituosa atuando dentro do sistema de forma a retardar conquistas legais de direitos fundamentais de crian as e adolescentes Nos primeiros encontros com as lideran as da rea de inf ncia e adolesc ncia uns responsabilizavam aos outros pelos problemas e todos esperavam das fam lias e do gover no no sentido abstrato a solu o para os conflitos A alta criminalidade e prostitui o envolvendo jovens e a viol ncia crescente contra crian as e adolescentes criavam um cen rio de urg ncia Esta foi a for a propulsora para que nossa pr tica como comunidade fosse revista estavam sendo formulados os objetivos comuns da nossa rede Nesse momento a Funda o Telef nica lan ava um edital e a Secretaria de Assist n cia Social do Munic pio se organizava para elaborar um projeto que ajudasse na forma o da sua rede Os objetivos do Programa da Telef nica vinham ao encontro s necessidades do Sistema de Garantia dos Direitos da Crian a e do Adolescente de Ara atuba O CMDCA aderiu de pronto Quando o projeto j estava sendo elaborado a Secretaria de Assist n cia Social da Prefeitura identificou um novo parceiro o Instituto Afonso Toledo ligado a uma tradicional escola de ensino superior o Centro Universit rio Toledo UNITOLEDO A t nica do projeto entre outras prioridades tinha na capacita o uma forte diretriz e a p
113. a mento da rede dos rg os colegiados do rg o gestor No regimento interno da rede est o descritos os acordos de coopera o entre os atores da rede e os termos de respon sabilidade de cada parceiro Para ter acesso ao documento vide anexo Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 86 2 2 Leis Municipais Como estamos falando de redes em pol ticas p blicas as Leis Municipais s o impor tantes instrumentos para que as a es da rede sejam reconhecidas e legitimadas Minima mente precisamos de uma Lei que crie a rede em outros casos de leis autorizativas para a celebra o de conv nio no sentido de facilitar o recebimento de verbas de financiadores por meio do Fundo Municipal da Crian a e do Adolescente em outros ainda de leis que autorizem o repasse de equipamentos para a estrutura o das unidades que comp em a rede Uma rede pode existir sem estar formalizada na Lei por m a regulamenta o legal n o s cria condi es para que a rede receba recursos como tamb m garante sustentabili dade mesmo em situa es de mudan as governamentais ou de instabilidade nos rg os de sustenta o das pol ticas de aten o s crian as e adolescentes A administra o p blica pautada pelo princ pio da legalidade A circula o de recur sos que sustentam as atividades da rede em sua grande parte proveniente de recursos p blicos O Cadastro de Pessoa Jur dica do CMDCA
114. a afirmarem com convic o que o diagn sti co n o a primeira coisa a se fazer Os atores precisam primeiro conhecer o SGDCA viven ciar sua din mica e a sim sentir a necessidade de informa es mais precisas Essa uma das nicas formas de um diagn stico complexo e detalhado n o acabar como mais um caderno uma publica o chata que ningu m l Para que o diagn stico efetivamente sirva gest o do SGDCA preciso certa maturidade da rede Entre as in meras metodologias utilizadas para diagn stico algumas delas foram tra balhadas pela Rede das Redes Uma delas mede especificamente os elementos da pol tica de atendimento na rea social o Ec metro desenvolvido pela Rede Social S o Paulo http www condeca sp gov br pagina asp pag projetos que prop e com uma metodologia muito simples medir a pol tica de atendimento de acordo com cinco indicadores planejamento sist mico resolu o de casos comunica o e articula o institucional itiner rio e flu ncia dos atendimentos e financiamen to de pol ticas p blicas Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede cp Por meio do site do BNDES www bndes gov br sagi poss vel acessar o Sis tema nico de Assist ncia Social onde o munic pio pode encontrar a s ntese das informa es sociais e os dados b sicos organizados por munic pios uma ferramenta que pode ser acessada por qualquer pessoa e ainda tem campos mais rest
115. a crian a e do adolescente Como o documento expressa de forma expl cita Ter no pa s um amplo e complexo Sistema de Garantias de Direitos de Crian as e Adolescentes um passo importante em dire o prote o integral por m a efetividade desses direitos demanda luta constante e capacidade de articula o das for as sociais que militam na rea de inf ncia e adolesc ncia 2 Desse modo o documento exp e de forma clara a motiva o do trabalho conjunto aqui entendido como o significado do termo articula o empregado no texto Em outros trechos h um mesmo e reiterado apelo aos esfor os combinados Mas desta vez a express o rede que ganha defesa enf tica protegeremos a crian a e o adolescente somente se trabalharmos em rede p 31 proteger crian as no Brasil tarefa de cada comunidade por meio do trabalho em rede p 38 se a responsabilidade de todos a solu o envolve a todos envolve trabalho conjunto por meio de rede p 27 e assim por diante Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede o ec Como se pode perceber pelos exemplos acima no documento faz se uma associa o direta entre a no o de trabalho conjunto e a id ia de rede Se tal associa o procede no entanto ela n o assim t o autom tica Trabalhar junto n o o mesmo que trabalhar em rede Se toda a o em rede pressup e a exist ncia de algum n vel de a o conjunta nem
116. a do atendimento e da legitimidade frente sociedade e incentivar o trabalho em rede A vis o do m dulo b sico que d base aos outros foi examinada em detalhes e ao final desse encontro estava estabelecida e legitimada O grupo de trabalho GT assumiu a miss o de detalhar cada requisito do software especifica es de baixo n vel avaliar cada uma das demandas levantadas e colaborar com as consultorias de tecnologia Nas redes sociais locais o desafio era manter os interessados informados a ponto de n o perderem a cren a de que o projeto daria certo pois havia muita expectativa O sexto encontro da Rede das Redes s foi acontecer mais de quatro meses depois para avaliar o que o GT constru ra e planejar os passos seguintes O GT trabalhou exaustiva e criativamente nesse per odo entre encontros e agora era de fato a equipe que realizava a constru o do software Agora havia duas grandes tarefas a serem realizadas a consoli da o dos requisitos e todos os documentos de apoio para implanta o do software e a produ o de um manual de gest o da rede Estamos fechando um per odo de concep o para entrar num per odo de con cretiza o Concretiza o A cria o do Manual de Gest o da Rede foi realizada de maneira colaborativa entre coordenadoras da rede social e profissionais de tecnologia inclusive utilizando um soft ware wiki pt wikipedia org wiki wiki que permite a edi o
117. a o cronograma f sico financeiro das a es e pontua a sustentabilidade das propostas O Plano de A o tamb m d subs dios para os programas de capacita o ou seja estabelecidas quais a es ir o se realizar pode se identificar as habilidades que precisam ser desenvolvidas ou fortalecidas na rede Um Plano de A o precisa ser um organismo vivo Reavaliado periodicamente ele poder adequar se s mudan as aos imprevistos adaptan do o planejado ao realizado um documento que delimita uma rota a ser seguida mas tem flexibilidade para enfrentar fatos da realidade que n o haviam sido previstos 4 3 Monitoramento e Avalia o do Trabalho em Rede Monitoramento e avalia o s o mecanismos gerenciais de acompanhamento e controle de a es planejadas com base em indicadores qualitativos e quantitativos Per mitem a socializa o de informa es sobre resultados alcan ados e o impacto dessas a es Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 9 sobre a qualidade de vida da popula o importante a cria o de um plano de monitora mento e avalia o para a rede e que o mesmo possa incluir mecanismos de devolu o de informa es para os envolvidos Um processo de avalia o conseq entemente um processo de aprendizagem para os atores envolvidos este o desafio 4 3 1 Monitoramento o estudo e o acompanhamento cont nuo e sistem tico de comportamentos de fen menos e
118. ados em torno de princ pios ticos Para quem o c digo de tica Para todos os envolvidos na rede de prote o crian a e ao adolescente Um c digo de tica de uma entidade por exemplo deve ser primariamente dirigido a todos os que comp em aquela entidade uma vez que se refere a todos no que t m de comum ser parte do mesmo projeto O c digo de tica ganha materialidade na a o das pessoas s vezes as peculiaridades de determinadas carreiras ou de determinadas atividades de alguns funcion rios pedem normas espec ficas Nada impede que essas normas apare am no c digo de tica sendo aplic veis a todos cujas atividades caracterizem se por possuir aquelas peculiaridades Implanta o e Manuten o A tica a capacidade de criar e escolher uma forma de viver que consiste em fazer poss vel a vida digna para todos Bernardo Toro Implanta o Para ser bem sucedido na implanta o de um C digo de tica necess rio desen cadear um conjunto de a es concretas relacionadas ao mais dif cil de todos os terrenos o comportamento das pessoas n o bastando a simples divulga o de um documento que Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 139 contenha princ pios de conduta Implantar efetivamente um C digo de tica implica inter ven es em todas as esferas de relacionamento pois uma entidade ou rg o em si mesmo n o pensa decide ou age quem faz tudo isso
119. al de Gest o da Rede 9 da por alto custo para a cria o do software projetos ref ns de empre sas de tecnologia pouca sinergia entre rede social e rede eletr nica pouca apropria o do desenvolvimento do software pelos partici pantes atores locais infra estrutura tecnol gica fr gil No mesmo ano a Funda o passou a atuar somente no Estado de S o Paulo pois a empresa restringiu seus neg cios a nessta regi o Dessa maneira por meio de uma convocat ria de projetos enviada aos 200 Conselhos Municipais de Direitos da Crian a e do Adoles cente das cidades de maior popula o do Estado de S o Paulo foram selecionados 8 projetos respectivamente das cidades de Ara atuba Bebedouro Diadema Guaruj Itapecerica da Serra Mogi das Cruzes S o Carlos e V rzea Paulista Com a avalia o dos projetos anteriores e iniciando uma nova etapa em 8oito cidades a Funda o Telef nica tamb m refletia sobre seu papel no apoio forma o de redes e se perguntava Que papel pode exercer para fortalecer o desenvolvimento dos softwares nas cidades apoiadas a fim de que para que tenham gan hem mais efici ncia e efic cia Como pode colaborar para que esses projetos locais possam operemar como multiplicadores regionais Como pode auxiliar na cria o de ferramentas que possam numa perspectiva regional promover a interliga o entre diferentes bancos de dados Como pode auxiliar na cria
120. alham com a rea infanto juvenil Muito embora o grupo ap s quase 3 anos n o tenha tido continuidade id ia de organizar a Rede continuou sendo trabalhada Quando o sr H lio de Almeida Bastos assum iu seu mandato em 1 de fevereiro de 2005 criou junto ao seu gabinete a Rede Crian a e Adolescente Foram convidadas a organizar a rede as sras Maria Alice Alves Coelho e M r cia Ramalho Paschoal Toller Assim elas come aram por capacitar os gestores das entidades sobre rede juntamente com o Senac Fafibe e CMDCA A Rede Crian a e Adolescente e o CMDCA atuam interligados para atender o dis posto no artigo 86 do ECA com a finalidade de que as Pol ticas de Atendimento possam ser implementadas com maior agilidade de forma integrada O Senac de Bebedouro ofer eceu o curso do Formatos Brasil a todos os gestores das entidades inscritos no CMDCA Esse curso falava muito sobre redes planejamento estrat gico parcerias e financiamen tos Outro parceiro muito importante que encontramos logo de in cio foi uma faculdade a FAFIBE cuja coordenadora do curso de psicologia Dra Taiza Helena Figueiredo visitou com suas alunas as entidades para providenciar o preenchimento de um formul rio por n s elaborado O intuito era trabalhar dados e elaborar um manual de orienta o do atendimento social em nossa cidade e para isso fizemos v rias reuni es com as enti Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 156
121. aliza um contrato ou termo como um c digo de tica para participar da rede eletr nica e que seja assinado por cada usu rio que a utiliza Assim como algumas cidades disponibi lizam termos de entregas para os computadores s entidades um termo de compromisso do usu rio ades o do software passa a ser fator importante No entanto essa discuss o ainda precisa ser amadurecida e isso s acontecer nos momentos de implanta o do sis tema Os termos que a comunidade ir criar para melhor resolver essas quest es podem ser disponibilizados na medida em que forem sendo levantados Afinal todas essas a es e conceitos s o inspirados a partir da pr tica do trabalho em rede 1 Trecho extra do da palestra Desenvolvimento Humano e Unidade das Ci ncias proferida por Pierre L vy na Uni versidade S o Marcos em 19 09 2005 2Idem 3 Trecho extra do da palestra Desenvolvimento Humano e Unidade das Ci ncias proferida por Pierre L vy na Uni versidade S o Marcos em 19 09 2005 4 Idem 5 Trecho extra do da palestra Desenvolvimento Humano e Unidade das Ci ncias proferida por Pierre L vy na Uni versidade S o Marcos em 19 09 2005 6 http pt wikipedia org wiki HistWC3 B3ria da Internet 7 http pt wikipedia org wiki Hist C3 B3ria da Internet 8 http pt wikipedia org wiki Hist C3 B3ria da Internet 9 http pt wikipedia org wiki Hist C3 B3ria da Internet 10http pt wikipedia org wiki Computador pessoal 11http ptwikipedia
122. am como que paralisados por toda a d cada de 1990 Uma nica exce o nesse per odo foi o Movimento dos Sem Terra Nesse contexto de aparente crise e desmobiliza o come am a operar novas formas de organiza es as organiza es civis de interesse p blico Com car ter propositivo n o negam o papel do Estado mas se colocam como parceiras deste na execu o das pol ticas p blicas e no enfrentamento dos problemas sociais Aproveitando as mudan as no cen rio pol tico da d cada de 90 v o participando da cria o de novos espa os de articula o entre a sociedade civil e o governo O contexto de amplia o da atu a o da sociedade civil nas atividades t picas do Estado est tamb m relacionado Refor ma do Estado e a op o pelo Estado M nimo Em 1989 o primeiro processo nacional de descentraliza o das pol ticas sociais acon teceria com a cria o do SUS Sistema nico de Sa de que municipaliza a Sa de Desde ent o todo o direcionamento das atividades prestacionais do Estado passam a seguir padr es de descentraliza o como se pode depreender das pol ticas de Assist ncia Social Educa o Pol tica Urbana Turismo Seguran a Meio Ambiente etc Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 6 3 Principais Pap is dentro de uma rede de prote o de direitos Em todas as pol ticas que foram descentralizadas na forma da Lei vamos encontrar quatro elementos comuns Plano M
123. an a de prepar los para novas atividades profissionais As transforma es na vida das v rias cidades da regi o noroeste s o vis veis Ara atu ba como munic pio sede de regi o vive o impacto do novo ciclo econ mico de forma ainda mais intensa N o temos relato de trabalho infantil no setor sucro alcooleiro Mas temos relatos de aumento da viol ncia nos bairros perif ricos da cidade do aumento da prostitu i o da gravidez na adolesc ncia e aumento do alcoolismo Hist rico da Rede em Ara atuba A rede de prote o inf ncia e adolesc ncia de Ara atuba est em processo de for ma o Como comum nos munic pios do Estado de S o Paulo Ara atuba organizou ao longo das ltimas d cadas uma importante estrutura p blica de presta o de servi os nas reas sociais Na sa de criou unidades b sicas e implantou o Programa de Sa de da Fam lia em todo o munic pio estruturou os servi os de educa o infantil e ensino fundamental com amplo atendimento buscou programas e projetos financiados pelos Governos Federais e Estaduais na rea da assist ncia social Al m das atividades p blicas nas reas sociais entre elas a da inf ncia e adolesc ncia sempre p de contar com in meras organiza es civis entidades privadas que se dedicam s a es sociais no munic pio Juntos setor p bli co e privado formam uma pulsante e complexa teia de atividades que diariamente aten dem crian as adolescentes e sua
124. ara acessar a rede eletr nica Quais os riscos que um sistema dessa natureza poderia trazer Nas reflex es uma voz era comum por mais seguran a que o sistema eletr nico ofere a e ele oferece ainda assim a quest o da tica dos profissionais que operam a rede eletr nica elemento fundamental para a seguran a e o correto funcionamento do sistema de informa o A preocupa o dos coordenadores das redes locais expressava as apreens es que estes encontravam nas suas localidades quando explicavam a implanta o da Rede Eletr nica As entidades que formam o sistema de prote o t m dificuldade de compartilhar as infor ma es H uma certa disposi o para a competi o comum encontrar situa es onde as entidades disputam financiamentos recursos apoios dentro da comunidade o que acirra a competi o devendo portanto ser um elemento a ser superado na forma o da rede Todos querem participar da rede mas nem sempre t m disposi o de compartilhar Essa dificul dade se traduz em uma s rie de empecilhos que os participantes colocam a cada passo de consolida o do trabalho em rede Nesse cen rio adverso partilhar informa es um desafio este assunto tamb m est sendo explorado no cap tulo da rede eletr nica Dificuldades parte o risco concreto que todos temiam era o de expor as crian as e os adolescentes pelo uso indevido das informa es Como meio de dar seguran a rede tr s medidas foram to
125. arceria com a Universidade era essencial n o s pela disponibilidade f sica adequada capacita es como pela capacidade de agregar conhecimento e certificar como extens o universit ria os cursos disponibilizados para a rede O projeto propunha identificar as lideran as locais que atuam no SGDCA e capacit las desenvolvendo as habilidades necess rias gest o integrada de programas e proje tos de aten o crian a e ao adolescente e desse modo contribuir para a constru o de um sistema articulado capaz de potencializar a capacidade de gest o dos agentes p bli Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 151 cos e da sociedade civil Previa ainda dar s institui es as condi es materiais m nimas para que pudessem integrar a rede de prote o principalmente no que se refere aos recursos tecnol gicos de inform tica e comunica o eletr nica A exclus o digital era um grande fator limitador da forma o da rede de prote o O processo que capacitaria as lideran as deveria ser capaz de promover tamb m a inclus o digital Para esse fim a parceria com a UNITOLEDO era mais uma vez fundamental Os laborat rios de infor m tica da universidade ociosos durante o dia poderiam ser disponibilizados como um importante ativo do projeto Outra decis o do projeto foi usar a capacita o e a implanta o da rede eletr nica como meio para formar a rede e dar s lideran as as condi es n
126. ardi o daquele que o grande farol que nos guia o ECA Depois da cria o desses dois Conselhos o CMDCA e o CT S o Carlos nunca mais foi a mesma N o que se tenha chegado a uma formula perfeita ou que ao longo dos caminhos percorridos n o se tenham vivido retrocessos por m a comunidade lan ou se ao desafio de superar um paradigma antigo para efetivamente construir um novo modelo Crian a e ado lescente principalmente os mais empobrecidos n o podiam mais ser considerados um problema Eram sim sujeitos de direitos Por meio do cuidado e zelo com essas crian as e adolescentes ter amos condi es de construir uma rede de aten o e prote o capaz de torn los pequenos cidad os Alguns pontos entraram na pauta pol tica da cidade criar condi es para o acesso educa o for mal creche e a programas de complementa o escolar que aumentassem o repert rio s cio cultural apoiar as fam lias em dificuldades salvaguardar as condi es para o desen volvimento f sico e emocional prever um canal eficiente de den ncia para qualquer tipo de explora o e maus tratos garantir a presen a de respons vel afetivo em caso de hospi taliza o oferecer uma alternativa melhor do que a rua como possibilidade de sobreviv n cia oferecer atendimento digno em qualquer institui o de aten o garantir diante de algum delito cometido a oportunidade de recome ar a partir de um plano pedag gico de reflex o do ato in
127. assim permanecem realizando seu trabalho de forma isolada Da mesma maneira alguns importantes prestadores de servi os p blicos na rea social tamb m n o se integram Em cada localidade essa din mi ca muito particular Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 100 ema Formar uma rede trabalhoso assim como mant la em funcionamento mobiliza da em torno de objetivos comuns enfrentando as dificuldades do dia a dia as diverg n cias e os conflitos de interesses e poder demandam cuidados permanentes Cada cidade tem uma forma pr pria de fazer O que se pode observar nos relatos das oito cidades sobre as etapas necess rias para formar manter e mobilizar suas redes que os proces sos s o lentos t m altos e baixos sempre h organiza es entrando e se afastando da rede assim como atores que passam pelas capacita es evidenciando uma alta rotativi dade desses recursos humanos sofrem influ ncia da din mica social e pol tica do munic pio marcadas pelas trocas de governo amea as de descontinuidade dependem da a o de lideran as fortes ancoram suas atividades no planejamento e na capacita o permanente estabelecem formas colegiadas de gest o do trabalho da rede de forma que todos se identifiquem com as decis es e com elas se comprometam A mobiliza o demanda uma agenda espec fica ou seja al m das atividades pr prias da rede na busca dos seus objetivos preciso realizar a es sis
128. ativas de trabalhadores e trabalhadoras de ap io s cio familiar de amplia o do n mero de vagas na creche e na educa o infantil do fortalecimento da educa o b sica e das entidades da sociedade civil que oferecem servi os crian a e ao adolescente e que direta e indiretamente ap iam a fam lia Foi criado um Centro de Aten o Psico Social para adolescentes envolvidos com consumo abusivo de lcool e outras drogas por meio de programas de sa de que est o pr ximos da fam lia e da comunidade de atua o das reas da sa de para diminuir os Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 182 amem ndices de mortalidade infantil de erradica o do trabalho de meninos e meninas que bus cavam sobreviv ncia econ mica na rua o que os levava a grande vulnerabilidade Em 2005 depois de amadurecidos por alguns processos vividos com a crian a e a juventude tendo virado macro prioridades nasceu em S o Carlos a Secretaria Municipal Especial de Inf ncia e Juventude cuja responsabilidade de coordenar a pol tica p blica nessa rea fortalecer a integra o e fomentar projetos de prioridade do governo municipal No bojo dessa iniciativa com a indispens vel parceria com o Conselho Municipal dos Direitos da Crian a e do Adolescente nasceu a ReCriAd Rede de Inf ncia e Adolescente Nosso lema colhido da sabedoria de um prov rbio africano como j mencionado no come o deste manual diz tudo necess
129. c di go fonte espec fico bem como aplic lo para quaisquer prop sitos E n o s o autor confere tamb m liberdade para redistribuir e copiar livremente o software em quest o Esse rol de direitos chamado nos Estados Unidos de copyleft em oposi o defini o de copyright direito autoral tradicionalmente existente Desse modo a viola o aos direitos do autor no caso de um software livre ocorre quando algum agente tenta transformar esse software mantido em regime de copyleft novamente em regime de copyright direito de autor Em outras palavras quando o agente tenta fechar o c digo fonte impedir o acesso a ele impedir a livre redistribui o do software etc Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 124 eme O que se discute ent o frente aos softwares livres o direito de usar conhecer e alter ar completamente o software que se usa O movimento do software livre foi bem sucedido em conclamar a partici pa o integra o de quaisquer indiv duos interessados no mbito da coletivi dade como um todo quebrando a distin o entre membros e n o membros agentes e pacientes aperfei oadores e usu rios de um modo que sob os ausp cios do modelo tradicional de propriedade intelectual n o teria sido poss vel Ele foi criado por programadores insatisfeitos com o regime institucional do dire ito autoral ao perceberem no como um obst culo concretiza o de modelos de
130. c pios Gerais de Administra o enuncia no in cio do s culo XX as fun es prec puas da ger ncia administrativa fun es que no conjunto constituem o processo administrativo planejar comandar organizar controlar e coordenar Os neocl ssicos pensamento majorit rio nas teorias da administra o na atualidade retomam os postulados cl ssicos por m com forte nfase nos aspectos pr ticos e instru mentais da administra o A Teoria Neocl ssica considera os meios em busca da efici ncia Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 107 mas enfatiza os fins e resultados em busca de efic cia O administrador tem de saber e entender quais s o as metas da organiza o em termos de desempenho S se atingem objetivos quando se tem plena consci ncia deles valorizando se assim a fun o de plane jar Com esses novos conceitos a teoria neocl ssica da administra o retoma e simplifica as fun es da administra o que passam ent o a ser enunciadas nos dias de hoje como PLANEJAR ORGANIZAR DIRIGIR e CONTROLAR Gerir a rede portanto seria o mesmo que executar as atividades de planejamento organiza o dire o e controle desta tarefas que podem ser realizadas de forma mais ou menos democr tica mais ou menos colegiada dependendo do perfil de gest o que se dese ja constituir Na experi ncia de dois anos da Rede das Redes em fun o de tudo o que ana lisaram conheceram e di
131. ca que tenha muitos usu rios adeptos Software com vida longa para al m do ponto de equil brio evolui com as necessi dades da rede um projeto org nico com vida com novas pessoas novas cidades partici pando e colaborando para o avan o do grupo e para implanta o das novas necessidades Est relacionado capacidade dos interessados no software em definir os rumos do pro jeto em conjunto atender as demandas de todos os participantes otimizar recursos atrav s do desenvolvimento compartilhado aproveitar conhecimento gerado por outros criar e devolver conhecimento para o grupo superar limites t cnicos proporcionar crescimento profissional aos participantes facilitar a entrada de participantes sem recursos e padronizar estruturas mantendo a individualidade de cada cidade Essas caracter sticas est o pre sentes em bons projetos de c digo aberto e na arquitetura por componentes o software pensado como pe as de Lego que se encaixam Quando h demora grande entre a montagem coletiva do plano e a implan ta o o descr dito pode aumentar Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 71 O encontro de Bebedouro foi marcado pelo exame da vis o constru da por cada cidade Com base nessas vis es foram feitas recomenda es para a constru o da vis o da Rede das Redes Entre as principais recomenda es dos profissionais de inform tica estavam Dar supor
132. caso o Sistema de Garantia de Direitos de Crian as e Adolescentes eminentemente local e envolve toda a comunidade Dessa forma proteger crian as e adoles Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 16 centes no Brasil tarefa de cada uma das comunidades locais nos munic pios brasileiros Mas essa prote o integral s ser poss vel se realizada por meio do trabalho em Rede O artigo 86 do ECA determina que a pol tica de atendimento dos direitos da crian a e do adolescente far se atrav s de um con junto articulado de a es governamentais e n o governamentais da Uni o dos Estados do Distrito Federal e dos munic pios Ao longo de 18 anos a cria o e articula o de Redes de Aten o no Brasil passou por uma longa trajet ria cujos resultados podem ser sentidos atualmente apesar de ainda existir muito trabalho a ser feito Entender como se formaram essas redes no pa s e seguir seu processo hist rico significa aprimorar o presente e assim melhorar o futuro Saiba mais Conhe a mais sobre o hist rico das Redes de Prote o Crian a e o Adolescente no Brasil no link para o cap tulo 2 do Manual de Gest o das Redes na barra lateral esquerda Coment rio Edson Seda Por Edson S da procurador federal membro da Comiss o redatora do Estatuto da Crian a e do Adolescente Pr mio Crian a e Paz do UNICEF Do ano de 1995 consultor internacional de direitos Hu
133. cia atualmente com o setor sucro alcooleiro Alguns dados s cio econ micos do ano 2000 expressam as condi es de vida da pop ula o do munic pio taxa de urbaniza o de 97 16 mortalidade infantil de 12 36 popula o maior de 60 anos na faixa de 0 11 rendimento m dio mensal das pessoas Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 147 respons veis pelos domic lios na ordem de R 1 010 55 n mero m dio de moradores por domicilio de 3 4 Dados que classificam o munic pio um alto ndice de Desenvolvimento Humano Municipal IDHM 0 849 O Mapa da Pobreza do Estado classifica Ara atuba em seu ranking como sendo um munic pio entre ruim e menos ruim e o motivo dessa classifica o fica por conta da baixa renda da maioria das fam lias Segundo o ltimo censo do IBGE a grande parte da renda est concentrada nas m os de apenas 3 74 da popula o que tem renda acima de 20 sal rios m nimos A renda no munic pio encontra se assim distribu da 33 59 ganham de 1a 3 sal rios m nimos 30 12 ganham de 3 a 5 sal rios m nimos 36 29 acima de 5 sal rios m nimos O munic pio de Ara atuba apresenta ainda os seguintes indicadores intensidade da pobreza 35 88 da popula o intensidade de indig ncia 54 48 percentual de crian as em domic lios com renda per capita menor que 75 50 reais 18 24 percentual de crian as e adolescente fora da escola na faixa et ria de 15 a 17 anos 13
134. cializados no munic pio para casos como drogadi o viol ncia maus tratos medidas s cio educativas A cria o de uma rede on line ir apoiar estruturalmente o sistema e o funcionamento de cada ponto de atendimento O reordenamento geogr fico baseado em Diagn stico da Situ a o das Crian as e Adolescentes procurar estender a rede por todo o munic pio A organiza o em rede ser a forma de garantir a m xima abrang ncia de atendi mentos para crian as e adolescentes que estejam sob risco de viola o de qualquer direito Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 176 previsto no ECA M xima abrang ncia aqui tem um sentido pelo menos duplicado signifi ca em primeiro lugar buscar cobrir a totalidade da popula o infanto juvenil e para cada atendimento prestado faz lo de forma integral levando em conta o conjunto das necessi dades da crian a e do adolescente e procurando dar conta da totalidade das quest es envolvidas em cada caso Por isso a rede ao buscar informa es sobre as crian as e adoles centes de forma organizada e sistem tica com o uso da tecnologia de informa es como tarefa de todos e de cada um dos atores sociais vamos ampliar a abrang ncia no primeiro sentido ao atuarmos em conjunto propiciando a cada crian a e adolescente todos os encaminhamentos que forem identificados como necess rios Com isso a express o pro te o integral ganha concretude H
135. cional Comumente as organiza es t m estrutura hier rquica de comando S o dirigidas por pessoas em cargos de ger ncia com atribui es de comandar equipes de trabalho dividir organizar e controlar as tarefas dos outros J quando se pensa em rede a estrutu ra horizontal o que denota aus ncia do mando hier rquico piramidal A import ncia das lideran as ressaltada nos textos que tratam da forma o manuten o e mobiliza o da rede Atribui se a essas lideran as um papel agregador na forma o e na condu o da rede Fala se em m ltiplos centros de comando Um comando dividido colegiado a auto gest o feita pelos membros da rede Parece contradit rio ent o falar em estrutura horizontal e ao mesmo tempo em gestor da rede Uma entidade ou servi o de aten o inf ncia e adolesc ncia entra na rede por von tade pr pria Todos t m a mesma parcela de poder Ent o n o tem sentido um delegar tare fas para o outro um cobrar e outro cumprir Quando se fala de horizontalidade fala se em reuni es onde n o h mando e sim consenso todos t m oportunidade de falar expressar sua opini o seu potencial suas dificuldades S o tomadas de decis es de forma horizontal As atividades pr prias de uma rede social de prote o inf ncia e adolesc ncia demandam formas horizontais de organiza o com estrutura colegiada onde os membros da rede decidem e operacionalizam cada qual sua parcela de comp
136. consegi ncia muito mais est vel e sofisticado do que um sistema operacional desenvolvido com base em modelos centralizados derivados do regime de direito autoral tradicional Ade mais do ponto de vista econ mico o Linux livre para ser copiado distribu do utilizado e modificado LEMOS 2005 p 72 74 Trata se de um grupo de programadores que criou uma outra maneira de fazer sem liga o direta com uma empresa espec fica um modelo em ess ncia colaborativo Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 125 O software livre entretanto n o significa necessariamente software gratuito Ocorre que sua ado o muda a abordagem de um contrato de propriedade para um contrato de servi os Al m disso o software tamb m exige uma licen a de uso espec fica para assegurar a liberdade do usu rio Tal contexto demanda um novo olhar jur dico sobre o tema para entender quais as impli ca es do software livre na legisla o nacional As licen as dos programas de computador s o criadas para suprimir a liberdade de compartilhar ou modi ficar o software j que ele considerado um produto de venda e seus direitos autorais s o protegidos por lei No Brasil a Lei n mero 9609 98 que disp e sobre a prote o da propriedade intelectual de programa de computador e sua comercializa o no pa s 17 O que precisamos identificar qual a melhor licen a para cada caso E para responder a esta quest o nec
137. construir objetivos comuns e escolher o melhor caminho at eles preciso construir uma estrat gia Quando se analisa a natureza do trabalho em rede em que a forma de fazer coleti va a estrutura de comando horizontal isto todos opinam todos contribuem todos pre cisam se comprometer com o que foi decidido coletivamente Assim poss vel perceber que ferramentas de planejamento estrat gico participativo s o extremamente adequadas para organizar o trabalho da rede Entre outras coisas essas ferramentas permitem lidar com situa es complexas como as que envolvem a inf ncia e adolesc ncia situa es das quais muitos atores participam opinando discordando negociando etc Tais ferramentas t m como escopo a constru o dos consensos sem os quais o trabalho em rede n o caminha Dito dessa forma o planejamento ganha na rede uma dimens o pr pria um modus operandi espec fico do trabalho em rede As reuni es de trabalho com os atores da rede s o momentos de planejamento a constru o de diagn sticos s o etapas do planejamento a comunica o e a interatividade s o potencializadas no trabalho planejado em conjunto A forma de operacionalizar o trabalho na rede remete ao uso permanente de formas de trabalho planejado Na rede ningu m sai fazendo sozinho primeiro se discute depois as decis es s o tomadas e s ent o as a es s o implementadas Isto planejamento tra balhar com modos horizontais de toma
138. crian as e adolescentes tamb m agora n s brasileiros passamos a fazer experi ncias de ponta na cria o dos meios para a garantia de direitos e de deveres H uma frase tradicional conhecida h muito pelas pessoas de bom senso e muito usada pelos juristas principalmente nos Tribunais Quem n o tem os meios n o tem como alcan ar os fins Para fins eticamente avan ados no mundo complexo conflitante intensa mente interativo e alterativo transformador mut vel da modernidade nada como os mais avan ados meios em tecnologia de ponta da rede eletr nica Essa a import ncia das experi ncias que se fazem em Ara atuba Bebedouro Diadema Guaruj Itapecerica da Serra Mogi das Cruzes S o Carlos e V rzea Paulista Ocorre por m que n s vivemos enredados em complicados conflitos desentendi mentos dificuldades maus h bitos usos e costumes seja na esfera pessoal de nossas vidas seja no mbito em que operam as pol ticas p blicas que deve servir ao bem comum Ningu m escapa a essa rede de virtudes e de v cios humanos que se entrecruzam Nem Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 18 idosos adultos adolescentes ou crian as Nem servidores p blicos Nem ONGs Temos que aprender continuamente a fazer corre es em nossos equ vocos nossos fracassos nossos desvios de conduta Da que n o apenas nessas oito cidades experimentais mas no conjunto dos 5 560 munic pios b
139. d cada de 1980 por m emergiram a luta e o trabalho cotidiano de tantas m os que juntas se uniram em torno de uma id ia escrita crian a prioridade absoluta e sujeito de direitos Que cidade ficou de fora deste processo Talvez nenhuma Iniciava se uma longa madrugada que em 1990 traria para n s uma grande manh um sonho que virou uma lei uma lei que vira realidade ao longo do tempo o Estatuto da Crian a e do Adolescente Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 180 Foi assim que se come ou a lan ar um grito a cada instante para que tec ssemos uma grande manh Em 1991 estava criado com for a de lei municipal o fruto do trabalho de todos que precisou superar diferen as e encontrar um ponto comum do cora o crian a e adolescente como prioridade absoluta Estava assim criado o Conselho Municipal dos Dire itos da Crian a e do Adolescente de S o Carlos Este seria o grande protagonista e respon s vel por pensar uma pol tica de prote o integral e articulada entre os diversos setores governamental e n o governamental um catalisador de v rias vontades de v rias vis es um conselho atento para reconhecer os pontos fortes desta rede e apontar com cr tica firmeza e responsabilidade as fragilidades do atendimento Em 1993 ap s constru o rdua da caminhada que se constr i ao caminhar mais um sonho era realizado estava criado no munic pio de S o Carlos o Conselho Tutelar o gu
140. da de decis o e modos verticais do ponto de vista da execu o e anima o da rede frente ao planejamento das a es 4 1 Diagn sticos Os diagn sticos da situa o da inf ncia e adolesc ncia subsidiam as decis es na rede Para sustentar o processo de trabalho necess rio saber como andam os servi os Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 839 oferecidos pela cidade preciso constatar se h cobertura em todas as reas se o traba Iho extensivo a todas as regi es preciso estabelecer um diagn stico da realidade da crian a e do adolescente por meio de um processo permanente de descoberta das fragili dades e potencialidades do munic pio preciso confrontar as necessidades com as a es implementadas de modo a favorecer cada vez mais a prote o integral crian a e ao ado lescente preciso avaliar o que foi feito para poder reafirmar caminhos ou corrigir rotas Enfim as informa es dos diagn sticos s o mat ria prima do planejamento In meras s o as metodologias Muito se tem avan ado na forma de realiza o de diagn sticos nas reas sociais entretanto essas metodologias nem sempre s o acess veis aos munic pios principalmente os menores Custam e custam caro Em linhas gerais as oito cidades afirmam que para expressar a realidade local o diag n stico deve abranger no m nimo o levantamento e an lise a respeito a das amea as e viola es de direit
141. dania e do enfrentamento de problemas sociais As institu i es parceiras preservam suas identidades e ganham ao partilhar um objetivo comum a prote o integral de crian as e adolescentes Por meio de parcerias as organiza es podem desenvolver novas atividades iniciar novos projetos abrir frentes de atua o fortalecer pro jetos em andamento ampliar o leque de conhecimentos captar recursos e aumentar a capacidade de interven o Ao longo da constru o de um trabalho em rede a identifica o de parceiros e alian as estrat gicas se faz presente importante salientar que quem faz parte da rede s o pessoas que buscam um atendimento que garanta respeito dignidade e cidadania s crian as e adolescentes em conson ncia com a legisla o vigente Constitui o Federal Estatuto da Crian a e do Adolescente Sistema nico da Assist ncia Social em torno des ses valores e ideais comuns que se formam a tica e os objetivos da rede Tamb m fazem parte dela os que trabalham com efici ncia qualidade que participam das decis es de pol ticas p blicas e colocam as necessidades das crian as e adolescentes como prioridade Encontramos os parceiros e alian as nos servi os prestados pelos Governos Federal Esta dual e Municipal com suas Secretarias Projetos e Programas na Sociedade Civil com as Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 84 Organiza es e Entidades do Segundo e Terceiro Se
142. dastradas no CMDCA Em 2008 ainda estamos traba lhando na mobiliza o tentando sensibilizar a rede estadual de ensino a pol cia militar e a pol cia civil Se conseguirmos sensibilizar todos esses atores teremos 78 p los cujo objeti vo ser o de cadastrar 20 000 crian as e adolescentes na rede eletr nica 1 Fontes dos dados IBGE SEADE Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil 2 Os dados seguintes foram colhidos do Caderno da Regi o Administrativa de Barretos elaborado pelo Governo do Estado de S o Paulo em 2004 Fonte Observat rio de Pol ticas P blicas de Diadema Fonte Censo IBGE 2000 3 Jo o Cabral de Melo Neto Tecendo a Manh 4 DIMENSTEIN G Jornal Folha de S o Paulo de 20 03 2005 Funda o Telef nica Manual de i Gest o da Rede s lt ly o Refer ncias bibliogr ficas ACOSTA Ana Rojas e VITALE Maria Am lia Faller org Fam lia redes la os e pol ticas p bli cas S o Paulo Cortez 2007 ADULIS Dalberto O Desafio das redes Rede ABDL AMARAL Viviane Redes uma nova forma de atuar Rede ABDL AQUINO J lio Groppa Confrontos na sala de aula S o Paulo Summus 1996 BARREIRA Carmen Uma quest o para pensar parcerias e alian as estrat gicas www rits org br BOBBIO Norberto MATTEUCCI Nicola PASQUINO Gianfranco Dicion rio de Pol tica 5 ed S o Paulo Editora UNB e Imprensa Oficial 2004 CAPRA Fritjof O Ponto de muta o S o Paulo Cultrix 1982
143. de No in cio do projeto as oito cidades n o sabiam o que era melhor Individualmente cada rede local foi procurando fazer seus acordos e todas chegaram mesma decis o Isso indica entre outras coisas que embora a rede se constitua entre atores da rea go vernamental e n o governamental o protagonismo do poder p blico municipal na ope ra o das redes de prote o da maior import ncia O poder local representa a maioria da popula o do munic pio e independentemente de concord ncias ou discord ncias pol ticas e situa es conjunturais ele o maior respons vel pelas pol ticas de inf ncia e adolesc ncia ele quem legisla quem aloca recursos quem executa e fiscaliza as a es nessa rea Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 122 Assim a decis o de instalar se na Prefeitura foi tomada pelas oito cidades em fun o do controle da informa o e da responsabiliza o mesmo porque o servidor p blico tem isso como padr o inerente sua fun o se ele cometer algum deslize responde por crime O C digo Penal tem um cap tulo inteiro dedicado apenas aos crimes praticados pelo servi dor p blico e o trabalhador comum n o tem esse n vel de responsabiliza o Essa decis o na vis o das oito cidades amplia a seguran a do sistema e garante qualidade e rigor nas informa es Este tema est melhor aprofundado no cap tulo da tica profissional na rede o papel do
144. de e Transpar ncia realiza o de campanhas publicit rias produ o de per i dicos v deos cd rom visando sensibiliza o na rea de crian as e adolescentes em situ a o de vulnerabilidade social a transpar ncia da a o p blica da RECAD e dinamiza o do FUMCAD Com a assinatura do contrato em 2004 a RECAD come ou a se estruturar e constitu iu uma Secretaria Executiva um Grupo Gestor al m de criar um Regimento Interno Nesse mesmo ano foi iniciado o Projeto Semeando Caminhos financiado pela Petrobr s voltado para capacita es que foram realizadas nas ONGs nos espa os municipais e em centros de conven es Foram realizadas forma es nas reas da Inform tica Jogos Cooperativos e Enfrentamento Explora o Sexual Infanto Juvenil Nessa primeira fase foram realizadas oficinas de Gera o de Renda com as m es de crian as e adolescentes inseridos no PETI Programa de Erradica o do Trabalho Infantil Em 2005 constitu ram se v rios grupos de trabalho para discutir as a es da rede GTs de Cadastro de Capacita es e do Site No mes mo ano iniciou se a constru o do pr dio da RECAD A RECAD participou do Ciclo de Premi Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 166 a o do Pr mio Gest o P blica e Cidadania da Funda o Get lio Vargas Das setecentas e dez iniciativas inscritas ficou entre as 20 finalistas que foram contempladas com um pr mio de seis mil reai
145. de sa de esporte cul tura lazer educa o assist ncia social conviv ncia familiar e comunit ria profissiona liza o prote o no trabalho etc A base s lida de uma rede a vontade de seus integrantes de realiz la o esp rito do trabalho em rede Valores e objetivos compartilhados unem os diferentes membros de uma Rede Segundo Whitaker 1993 p 6 A participa o assumida livre e consciente dos que realizam uma a o coletiva ser tanto maior quanto mais forem preenchidas tr s condi es b sicas que a realiza o do objetivo seja vital para quem participa da a o que o objetivo s possa ser alcan ado se houver efetivas participa es que seja aceito como legi timo pelos participantes de a es o poder dos quem dirige comanda coordena ou serve os que agem Todas as organiza es p blicas e privadas que atuam nas a es destinadas inf ncia e adolesc ncia s o potencialmente membros da rede Numa vis o pragm tica at que exis tam relacionamentos entre eles ser o somente pontos de rede no sentido est tico Pontos que podem vir a ser elos por onde passam as rela es necess rias para que se realize um trabalho conjunto de prote o de crian as e adolescentes A rede mesmo s se instala quan do existem essas liga es esses relacionamentos entre os elos da rede assim poss vel identificar em cada cidade os elos de uma rede que atua na rea de inf ncia e adolesc
146. de todas as grandes obras houve uma fermenta o de sonhos projetos e aspira es Houve uma dedica o apaixonada quilo que n o existia para que chegasse a existir Houve uma situa o de possibilidades in ditas e um lan ar se furiosamente ao futuro N o basta ter grandes desejos para realiz los mas ningu m realiza obras sem ter grandes desejos Jos Combline V rzea Paulista que iniciou sua hist ria como vila situa se ao lado de Jundia e con siderada uma das reas de maior desenvolvimento da regi o A cidade surgiu em 1886 como bairro rural de Jundia e ganhou o nome de V rzea em alus o ao territ rio ribeirinho baixo e plano A localiza o privilegiada 57 km da capital paulista e a 7 km do centro de Jundia e a inaugura o da esta o de trem em 1891 que faz parte da Estrada de Ferro Santos Jundia deram subs dios para o crescimento econ mico e populacional da vila A cidade teve sua emancipa o pol tico administrativa em 21 de mar o de 1965 e atual mente com 43 anos de emancipa o V rzea Paulista considerada pobre e com alto ndice de problemas sociais O Censo 2000 do IBGE identificou um ndice de Desenvolvimento Humano do Munic pio IDHM de 0 795 ou seja pr ximo a atingir 0 800 limite m nimo de IDHM bom segundo o Programa das Na es Unidas para o Desenvolvimento PNUD Em rela o ao Estado de S o Paulo em 2000 V rzea Paulista ocupava a 209 posi o dentre os 64
147. delos prontos insistentemente testados e estudados da efici ncia gerencial notadamente empresarial nunca demais esclarecer e seu extenso rol de ferramentas dos mais variados matizes metodol gicos O arsenal da gest o repleto de instrumentos De outro lado o documento evidencia a compreens o de um outro horizonte de possibilidades organizacionais novas para os atores sociais envolvi dos O discurso da autonomia da coopera o da horizontalidade em suma o discurso da rede enunciado pelo texto mesmo que de forma t mida ou imprecisa primeiro como aceit vel depois como desej vel por fim como exeq vel O projeto da chamada rede eletr nica sistema de informa es desenvolvido de for ma coletiva pelos integrantes das redes dos oito munic pios tamb m o signo dessa ambival ncia paradigm tica Primeiro e de maneira enf tica diz o documento a rede eletr nica n o uma solu o por si s e sim uma ferramenta p 78 O sistema de cadas tro eletr nico apenas a ponta do iceberg do processo de colabora o entre os atores da rede local Em seguida Rede processo social e n o tecnologia p 10 afirma o texto O alerta til Embora tenham sido feitas as devidas ressalvas acerca do aspecto subsidi rio da fer ramenta eletr nica em rela o s din micas vivas de comunica o e troca de informa o entre os agentes concretos participantes da rede a rede eletr nica muitas
148. desenvolvimento de software que propiciassem sua capacidade integral indo al m dos prop sitos exclusivamente econ micos Essa insatisfa o tomou forma a partir de uma constata o cognitiva o direito autoral tradicional gera um incentivo centraliza o do desenvolvimento do software do ponto de vista in telectual na medida em que o produto final controlado desenvolvido e explo rado exclusivamente pelo detentor de direitos sobre ele Esses programadores agentes do movimento do software livre perceberam que as possibilidades de inova o seriam muito maiores se o desenvolvimento de software fosse descen tralizado Depois do surgimento do movimento do software livre ficou claro que esse regime tradicional representa em diversos aspectos um obst culo ino va o O movimento do software livre na medida em que incentiva a coopera o entre programadores muitas vezes de todas as partes do mundo n o s demon strou as inefici ncias do regime de direito autoral tradicional aplicado ao soft ware como tamb m provou ser muito mais eficiente e dotado de um grau muito superior de sofistica o um passo significativo no sentido de um regime mais receptivo inova o e muito mais eficiente em termos econ micos Os resulta dos foram impressionantes Um sistema operacional como o Linux desenvolvido em regime de software livre com a participa o e a coopera o de progra madores de v rias partes do mundo tornou se como
149. do de riqueza e bom n vel nos indicadores social No que diz respeito popula o total temos para os anos de 2000 a 2006 a seguinte distribui o por faixas et rias Funda o Telef nica Manual de Gest o da Rede am Popula o Total de S o Carlos em faixas et rias para o ano de 2000 a 2006 POPULA O Popula o de 00 a 04 anos Popula o de 05 a 09 anos Popula o de 10 a 14 anos Popula o de 15 a 19 anos Popula o de20 a 24 anos Popula o de 25 a 29 anos Popula o de 30 a 34 anos Popula o de 35 a 39 anos Popula o de 40 a 44 anos Popula o de 45 a 49 anos Popula o de 50 a 54 anos Popula o de 55 a 59 anos Popula o de 60 a 64 anos Popula o de 65 a 69 anos Popula o de 70 a 74 anos Popula o de 75 e mais TOTAL ANO DE 2000 14 569 15 170 16 619 18 442 18 366 16 697 15 344 15 456 13 967 11 484 9 313 6 915 6 045 5 053 4 065 5 134 192 639 Dados Funda o Seade http www seade gov br 2004 Consulta realizada em 09 03 2007 ANO DE 2006 15 324 15 076 15 813 17 644 20 418 21 224 19 018 16 559 15 855 14 444 11 975 9 572 7 057 5 764 4 623 6 474 216 840 Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 179 Hist ria da Rede de Prote o da Crian a e do Adolescente em S o Carlos Assim disse o poeta3 Um galo sozinho n o tece uma manh ele precisar sempre de outros galos De um que apanhe esse grito que e
150. dor do Software municipal Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 113 V O que e como funciona a rede eletr nica Na escala da evolu o hist rica o desenvolvimento da comunica o um fator favor vel toler ncia e abertura t Pierre L vy A rede eletr nica n o uma solu o por si s mas uma ferramenta que auxilia os processos sociais Ao compreender as a es sociais dentro do sistema de garantia de direitos de crian as e adolescentes como um processo no desenvolvimento humano pode se inferir que uma ferramenta tecnol gica algo que pode ser colocado a servi o dessa realidade O setor da assist ncia social o mais carente do ponto de vista or ament rio e poucas s o as ferramentas que v m auxiliar o trabalho do dia a dia dos atores envolvidos nessa inst ncia Por esse motivo importante compreender e aplicar da melhor maneira poss vel as ferra mentas que d o suporte s demandas da rea social e que de fato ajudam a resolver seus problemas de uma forma mais eficaz Uma velha met fora pode ilustrar o papel que as fe rramentas eletr nicas desempenham elas s o apenas a ponta do iceberg Isso significa que sem levar em conta toda a dimens o humana e concreta que lhes d sentido e as alimenta as ferramentas eletr nicas ser o incapazes de cumprir esse papel De acordo com Pierre L vy2 Atualmente n s chegamos a uma situa o onde os sinais que s o
151. duziram resultados mais ricos e detalhados Quanto mais perto das insti tui es mais se aprende sobre elas e novas necessidades s o descobertas O correr do tem po e o estreitamento dos la os com as entidades tendem a gerar vontade e necessidade de aperfei oar o software da rede A solu o que vamos dar aos nossos munic pios vai ter o tamanho exato do nos so amadurecimento Em S o Carlos agosto de 2006 as cidades conheceram a experi ncia de Caxias do Sul apresentada por l deres do processo no munic pio Caxias desenvolveu o Recria www recria org br sistema de rede eletr nica considerado refer ncia no pa s O processo come ou por l em 1995 em reuni es das entidades de atendimento crian a a primeira vers o do sistema foi lan ada em 2002 e a segunda em 2004 mas a capacita o das enti dades ainda era uma atividade em andamento Caxias tinha cadastrado mais de seis mil fam lias mais de onze mil crian as e adolescentes e cerca de dezoito mil adultos al m de cinquenta e tr s entidades entre governamentais n o governamentais conselhos delega cia e judici rio Esse sistema foi feito considerando a realidade de Caxias Ele pode ser cus tomizado para cada realidade O m nimo o cadastro de fam lias de enti dades e de usu rios Quem n o faz atendimento n o cadastra Segundo a an lise dos representantes das cidades presentes no encontro o processo de Caxias tem alg
152. e No site da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presid ncia da Rep blica um texto did tico conceitua o Sistema de Garantia dos Direitos da Crian a e do Adolescente como aquele Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 56 constitu do pela articula o e integra o das inst ncias p blicas governa mentais e da sociedade civil na aplica o de instrumentos normativos e no fun cionamento dos mecanismos de promo o defesa e controle para a efetiva o dos direitos da crian a e do adolescente nos n veis Federal Estadual Distrital e Municipal O sistema de garantia n o s o sistema de atendimento imediato da crian a que demanda prote o pontual espec fica tais como as medidas s cio educativas o atendi mento no Conselho Tutelar o abrigamento ou servi o semelhante que s o de atendi mento imediato O sistema composto por uma teia muito mais ampla e complexa Falar em SGDCA pensar tamb m na rede que envolve unidade de sa de de educa o de assist ncia social de desenvolvimento econ mico de habita o de emprego de pol tica urbana de esporte de cultura de lazer de entidades sociais de interesse p blico de fam lia etc Portanto somente poderemos proteger a crian a e o adolescente se tra balharmos em rede Na defini o de Sistema de Garantia vem inclu da a id ia de Rede por meio da articu la o das inst ncias p blicas e privadas que atuam
153. e Muitas s o as habilidades necess rias do Gestor da Rede Entre elas os grupos das oito cidades destacam 3 3 1 Aplicar conhecimento habilidade t cnica O gestor deve conhecer as quest es relativas prote o de direitos assim como ter co nhecimento pr tico e t cnico das necessidades que envolvem a popula o atendida pela rede devendo assim aplicar tais conhecimentos para o bom desenvolvimento de seu trabalho 3 3 2 Definir Metas relacionar tarefas e planejar execu o O gestor deve ter consci ncia do principal objetivo da rede a fim de definir as metas planejar quais e como elas ser o executadas quais as atividades para se alcan ar cada meta e identificar dentro de sua equipe a s pessoa s respons vel is por cada atividade 3 3 3 Delegar Tarefas A atitude do gestor deve ser pautada numa pr tica descentralizadora de a es O fun cionamento da rede deve ser estendido a todos os seus integrantes para que a rede fun cione com o exerc cio do consenso evitando se que na aus ncia de um elemento toda a rede sofra o preju zo da interrup o de seu trabalho Dessa forma pode se garantir que a Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 112 eme rede seja equipamento de sociedade com participa o baseada no consenso H m ltiplas lideran as envolvidas no processo 3 3 4 Articular e envolver a equipe O envolvimento dos participantes fundamental para o sucesso da rede As pessoa
154. e Ciranda Em Diadema o Banco Real tem um programa chamado Amigo Real que auxilia no desenvolvimento de diagn sticos s cio econ micos Com ampla experi ncia em fazer esses diagn sticos o programa utiliza uma metodologia que envolve a comunidade local O trabalho feito na RECAD Rede de Aten o Crian a e ao Adolescente de Diadema recad diadema sp gov br por uma comiss o de atores locais que atuam diretamente nas quest es da inf ncia elegem os principais indicadores analisam os dados e colaboram na elabora o do diagn stico com plementando os indicadores recolhidos na cidade www prattein com br Conhecer para transformar Guia de diagn stico municipal da realidade da crian a e do adolescente Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 95 O Instituto Lidas tamb m desenvolveu uma metodologia por meio do geo processamento de dados que busca colher informa es n o somente de fontes oficiais disponibilizadas pelo IBGE etc mas encontrar fontes que de fato dialoguem com cada regi o do munic pio e com o que preco niza o ECA O Instituto Lidas desenvolveu o diagnostico da situa o da inf ncia no munic pio de S o Paulo e inicia um trabalho com a Recriad de S o Carlos www linkway com br recriad Para saber mais acesse http www criancaeadolescente2007 com br modulo index htm A Kairos Desenvolvimento Social tem uma forma de trabalhar que contempla as cinco reas de prote o t
155. e Crescimento Anual da Popula o ano 2005 de 1 99 a a portanto maior que a taxa medida para a Regi o de Governo que foi de 1 84 e de 1 52 para o Estado de S o Paulo no mesmo per odo Ainda assim S o Carlos foi capaz de manter bons ndices de qualidade de vida como por exemplo com rela o mortalidade infantil em que o munic pio registra uma taxa de 9 72 menor que a registrada no mesmo per odo para a Regi o de Governo 10 79 e para o Estado que fica em 13 44 Outro indicador que podemos citar relativo Taxa de Analfa betismo da popula o de 15 anos e mais que em S o Carlos fica em 5 64 2000 SEADE e para a Regi o de Governo e o Estado no mesmo per odo fica respectivamente 7 e 6 64 Quanto infra estrutura S o Carlos registra n vel de atendimento da coleta de lixo um percentual de 99 63 de domic lios atendidos maior do que da Regi o de Governo 99 46 e que do Estado 98 90 Em termos de abastecimento de gua S o Carlos atende 99 73 da popula o um pouco mais do que o percentual da Regi o de Governo 99 54 e do percentual do Estado 97 38 Sobre o esgoto sanit rio S o Carlos atende 99 31 da popula o total registrando portanto uma taxa maior que a Regi o de governo 98 53 e maior que a m dia estadual 85 72 Estes entre outros indicadores sociais colocam S o Carlos no grupo dos munic pios com ndice de Desenvolvimento Humano Municipal IDHM que possuem n vel eleva
156. e adolescentes Dessa forma o projeto da rede estimula encontros capacita es o conhecimento da reali dade troca de informa es um calend rio de atividades elaborado com essa finalidade Alguns dos trabalhos desenvolvidos ocorreu por meio de consultorias que contribu ram com o processo No ano de 2006 foi escolhida aquela que em meio a diversas an lises apresentou a melhor proposta de trabalho ao CMDCA cumprindo as exig ncias do projeto Essa consultoria a Kair s que representada na pessoa do Elvis realizou alguns encontros com excelentes resultados V rias atividades comp em o calend rio de capacita es tais como Gest o das Organiza es Sociais e em Inform tica para capacita o ao uso do equipamento eletr nico Al m dessas a es outras s o realizadas tais como a compra dos equipamentos eletr nicos e mobili rios para as organiza es sociais que necessitam deles S o analisadas propostas para a compra de equipamentos procurando identificar o melhor produto com o melhor pre o para que sejam atendidas as necessidades da rede eletr nica Dois Grupos de Trabalhos foram formados a partir das capacita es Eles atuam como molas propulsoras para que a rede defina espa os de a o e mantenha se atuante atingin do seus prop sitos S o os Grupos Fortaleza e Fraqueza O Grupo Fortaleza trata de garantir que sejam desenvolvidas a es construtivas fechando buracos que a rede apresenta Assim
157. e catalogar e disponibilizar um servi o com os softwares livres desenvolvidos o Free Software Directory e de discutir e aperfei oar a pr pria defini o de software livre http pt wikipedia org wiki Free Software Foundation www fsf org 17 O sistema operacional Unix um software que gerencia o hardware do computador e assim como outros sistemas operacionais o UNIX aloca recursos escalona tarefas processa requisi es de usu rios e executa fun es administra tivas e de manuten o para o sistema Unix um sistema operacional multi usu rio interativo de tempo compar tilhado time sharing Cada usu rio pode se comunicar diretamente com o computador atrav s de um terminal enviando comandos e recebendo resultados destes programas A hist ria do Unix come a em 1969 na Bell Lab oratories AT amp T Murray Hill New Jersey em um PDP 7 m quina em que Ken Thompson Denis Ritchie e outros t c nicos iniciaram as pesquisas que deram origem ao Unix A primeira vers o do Unix foi escrita em linguagem assembly para o DEC PDP 7 por Ken Thompson com o objetivo de prover um ambiente de programa o mais flex vel e poderoso para o desenvolvimento de software O nome Unix surgiu como um trocadilho do sistema operacional Multics um sis tema multi usu rio existente na poca Inicialmente o Unix era chamado Unics UNiplexed Information and Com puting System Fonte http www cesup ufrgs br GuiaUsuario 5SOUNIXGU htm
158. e civil as organiza es n o governamentais Organiza es Sociais Organiza es da Sociedade Civil de Interesse P blico etc E h ainda a constitui o de Conselhos Gestores de Pol ticas O terceiro eixo emerge no sentido da moderniza o administrativa e na incorpora o de novos instrumentos de gest o do planejamento do controle de custos e das ferramentas de avalia o Muitas foram as mudan as trazidas pela Constitui o para o fortalecimento da democracia e garantia de direitos sociais entre elas a fun o que destinou ao Minist rio P blico para velar pela integridade da ordem democr tica da defesa da ordem jur dica e dos interesses sociais e individuais indispon veis O Minist rio P blico canal direto de reivindica o e den ncia dispon vel para toda a popula o O Sistema de Garantia dos Direitos da Crian a e do Adolescente ao mobilizar fam lia sociedade e governos no contexto da descentraliza o pode ser acionado a partir de cada comunidade Proteger crian as no Brasil pois tarefa de cada comunidade que se efetiva por meio do trabalho em rede Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 6 I Hist ria da rede das redes para al m do ponto de equil brio Que hist ria essa 1 Quando o pequeno grupo formado por atores de redes sociais de oito cidades paulis tas aceitou o desafio da Funda o Telef nica de buscar novas formas de trabalho na rea de inf
159. e dados assim como a correta correla o do indiv duo com o espa o f sico justamente para contemplar esses requisitos que encontram a problem tica de v rios softwares na hora da busca deste dado Normalmente um software de cadastro emprega uma chave prim ria num rica auto incrementada por ser mais simples de trabalhar e quando muito o CPF Na pr tica acaba se deixando o CPF como uma chave nica e um campo num rico como chave prim ria para identificar o indiv duo Com menos cuidado dependendo do porte do progra ma feito o cadastro do endere o comumente um espa o aberto a ser digitado Esses procedimentos embora funcionem n o atendem a um conjunto de atividades necess rias que os softwares n o est o preparados para resolver H pessoas que possuem nenhum ou todos os documentos RG CPF Certid o de Nascimento etc mas que precisam ser cadastradas Nomes de ruas digitados manualmente podem n o conferir com outras bases oficiais Ou sua busca atrav s de semelhan a com algoritmos at ent o existentes torna se Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 130 infrut fera e ou imprecisa Isso impede a localiza o da pessoa no local atrav s de um outro cadastro com informa es geogr ficas outro problema particularmente afeta a migra o de dados de um sistema para outro a fim de mesclar informa es para se extrair relat rios estrat gicos Uma t cnica para resolver isso a
160. e gest o da rede tamb m uma ferramenta importante na elabo ra o de projetos para captar recursos Um bom diagn stico auxilia nas justificativas de projetos para capta o de recursos para a rede Bem justificados e demonstrando conheci mento da realidade os projetos tornam se mais consistentes em seus prop sitos e o diag n stico sem d vida um fator que auxilia nessa tarefa 4 2 Plano de A o da Rede O Plano de A o nasce para responder ao diagn stico sobre a situa o da inf ncia e adolesc ncia Ele contribui para encaminhar as atividades que ser o desenvolvidas pela rede em fun o das prioridades identificadas Com ele poss vel planejar per odos futu ros apontar o que ser executado Nas metodologias de Planejamento Estrat gico tem se a recomenda o pelo planejamento dos pr ximos 3 ou 5 anos com a reavalia o anual Algumas cidades do grupo Rede das Redes trabalham com o per odo de um ano No setor p blico in meras s o as exig ncias legais quanto ao planejamento das pol ticas p blicas por meio de Planos Pluri Anuais Lei de Diretrizes Or ament rias Lei do Or amento etc Esses documentos p blicos devem conter todas as a es a serem realizadas e as dota es or ament rias que poder o dispor cada unidade de governo e a periodicidade determi nada por lei O Plano de A o da Rede precisa responder a algumas perguntas a O que ser feito pela rede nos pr ximos anos a 1
161. e informa o ou ainda por uma ferramenta que explore as op es do que explicitamos como sendo web 2 0 algo mais interativo para que o usu rio possa contribuir com a produ o do conte do disponibiliza do Em documento anexo poss vel ter acesso a uma refer ncia estudada pelo grupo Rede das Redes Atualmente na maioria dos munic pios cada organiza o que participa do SGDCA ret m as informa es que usa em suas atividades guarda essas informa es para si e pouco troca com as outras entidades ou institui es que trabalham com a mesma crian a com a mesma fam lia Quando levantam problemas de funcionamento no SGDCA h uma Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 123 queixa comum n o temos informa es Tudo come a do zero a cada novo atendimento A primeira coisa que a rede eletr nica faz partilhar informa es quebrando o paradigma de que a crian a da entidade que a est atendendo Entramos aqui em outro ponto muito importante o do software sistema de infor ma o que beneficia essa troca de informa es sobre os atendimentos e atividades que as organiza es oferecem dentro da rede Isso facilita os encaminhamentos as resolu es de casos e otimiza os recursos existentes No pa s n o existem muitas experi ncias de redes que se utilizam dessa ferramenta O ECA faz 18 anos neste ano de 2008 e a a o em rede leva tempo para se concretizar um passo a mais seria uti
162. e produzidos Sim eles podem ser retrabalhados e reconfigurados pela cultura de seus usu rios As redes s o con stantemente reconfiguradas A Internet que surgiu de um projeto militar tornou se muito mais importante para melhorar as condi es de vida de milhares de pessoas Aqui se coloca a seguinte quest o como a Internet pode expandir e melhorar a a o de nossas institui es entidades e organiza es que trabalham com a prote o e apoio as crian as e adolescentes Como a rede eletr nica pode expandir nossas redes sociais Como os contatos virtuais podem refor ar as a es presenciais das redes locais que tra balham os diversos aspectos da inf ncia e adolesc ncia Como podemos fazer nosso tra balho ser mais eficaz Muitos afirmam que as redes s o ferramentas Sem d vida mas s o de tipo bem diferente de um martelo ou uma m quina qualquer Redes podem ser entendidas como instrumentos que ampliam nossa intelig ncia que podem ser constantemente reconfigu radas por ela mas que tamb m atuam sobre ela modificando o comportamento de seus usu rios Redes digitais podem alterar nossa cogni o nossa capacidade e forma de apren der e de encontrar solu es Redes digitais estimulam pr ticas recombinantes O grupo Rede das Redes envolvendo oito munic pios mais Funda o Telef nica e se baseando em experi ncias concretas desenvolveu um sistema de informa o que utiliza tecnologias livres e poder ser alimentado
163. e total miserabilidade sem nen hum rendimento Aspectos s cio econ micos Segundo pesquisa realizada pelo IMES Instituto Municipal de Ensino Superior em 1995 4 setores industriais formais absorviam 60 23 do pessoal ocupado nos setores de artigos pl sticos e borracha de ve culos automotores reboques e carrocerias de m quinas e equipamentos e de produtos met licos Em 20041 segundo dados do Plano Municipal de Assist ncia Social as atividades pre dominantes eram de servi os com rcio varejista n o especializado repara o de ve culos automotores objetos pessoais e dom sticos al m da presta o de servi os na rea de ali menta o O perfil dos trabalhadores apresentava entre outras caracter sticas uma peque na utiliza o de capital fixo baixo grau de escolaridade da m o de obra e do pr prio empres rio pouca disponibilidade de recursos pr prios Em 2002 o n mero de traba lhadores ambulantes em Diadema indicava que 65 eram homens 1 271 33 eram mu lheres 652 e 2 eram desconhecidos 33 Aspectos Educacionais e Sociais Os ndices da popula o analfabeta ou analfabeta funcional est o acima da m dia do Estado e da regi o correspondendo a 6 5 da popu la o acima de 10 anos No ano 2000 25 5 das crian as na faixa et ria de O a 6 anos fre quentavam a escola abaixo da m dia do Estado Eram 12 246 crian as frequentando creche escola de educa o infantil que passam em junho de 2008 para 17
164. e um universo de 114 organiza es pesquisadas levando em conta um conjunto de 11 indicadores quali e quantita tivos que deram origem uma publica o Desafio do Nosso Tempo a atua o em rede no Sistema de Garantia de Direitos da Crian a e do Adolescente disponibilizado em anexo Em 2006 o Professor Antonio Carlos nesse mesmo trabalho publicado pela Funda o Telef nica dizia que uma iniciativa assim exige compromisso com o m dio e longo prazos coes o de distin tos segmentos e muita const ncia de prop sito 1 Havia ent o se encerrado Tinha acabado de haver um semin rio com a presen a de v rias cidades representadaspresentes atrav s de por presi dentes de CMDCAs gestores de projetos e conselheiros Uma das conclus es desse encontro foi a deera que ainda havia muito a ser feito Considerou se especialmente considerou se que o fato de que o desenvolvimento uso e integra o de sistema de infor ma o um desafio importante para as redes e para o SGDCA pois e que Funda o Telef nica Manual de Gest o da Rede 8s dif cil promover a es integrais de aten o crian a e ao adolescente sem que as diversas organiza es envolvi das na cadeia progressiva de cuidados comuniquem se entre si e tenham acesso de maneira permanente a um documento que registre a hist ria de atendimento das crian as e adolescentes no munic pio A id ia de uma rede ele
165. ecess rias para o trabalho integrado Como etapa da capacita o com a participa o de todos o diagn stico das condi es de vida da inf ncia e da adolesc ncia seria elaborado e as diretrizes da pol tica estabelecidas para os pr ximos anos em um Plano Municipal de Aten o Integral das Crian as e Adolescentes de Ara atuba E assim nasceu a Rede Ciranda estimulada por um amplo projeto da Secretaria de Assist ncia Social da Prefeitura de Ara atuba em parceria com a Funda o Telef nica e o Instituto Afonso Toledo com o objetivo de estruturar a rede de prote o inf ncia e ado lesc ncia de Ara atuba 1 3 Objetivos e Principais A es da Rede Ciranda em Ara atuba 1 3 3 Objetivos O Projeto Ciranda tem por objetivo implementar a Rede Social de Prote o da Inf ncia e da Adolesc ncia em Ara atuba dotando o munic pio de uma gest o articulada da pol tica de atendimento s crian as e aos adolescentes por meio de tecnologias sociais apropriadas e rede eletr nica cuja finalidade realizar a prote o integral segundo preconiza o Estatu to da Crian a e do Adolescente Objetiva ainda sensibilizar e formar lideran as que atuam na rea da inf ncia e adolesc ncia em v rios munic pios da regi o noroeste do Estado de S o Paulo pr ximos Ara atuba A rede de prote o integral de crian as e adolescentes do munic pio de Ara atuba tem pois como proposta desenvolver a o integrada com partici p
166. efeitos Munici pais agentes executores das principais pol ticas sociais do pa s No Brasil p s 88 uma parcela significativa dos indicadores de desenvolvimento seriam produzidos pela a o dire ta dos governos locais A descentraliza o fez aproximar a agenda pol tica do munic pio da agenda pol tica nacional No plano pol tico a crise de autoridade do governo militar resultava da perda de credibilidade medida que os efeitos do milagre econ mico diminu am A d cada de 80 traria para o campo pol tico o desafio de democratizar o Estado depois de 20 anos de ditadura descentralizando recursos e compet ncias em contraposi o ao modelo cen tralizador do governo militar Esse foi o contexto em que nasceram as propostas de descentraliza o fortalecendo na Federa o os n veis locais de poder A ditadura militar enfraquecida cedeu espa o aos movimentos sociais que haviam aliado suas lutas rede mocratiza o do pa s Numa op o quase que un nime das for as pol ticas contr rias aos militares elegeu se a via democr tica para a transi o pol tica cujo marco legal viria a ser a nova Constitui o Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 60 Os males da Na o Brasileira demandavam supera o Uma nova arquitetura para o Estado deveria necessariamente enfrent los Surgiam em in meras reas diversas pro postas de mudan a Reforma Sanit ria para a sa de Reforma Urbana para
167. eflexo de uma mudan a mais profunda e de import ncia central para a contextualiza o da quest o das crian as e dos adolescentes de Mogi o resgate no atraso hist rico em rela o s pol ticas sociais e ao ECA com sua doutrina de prote o integral Devido concep o pol tica de grupos que se sucederam no comando do governo municipal Mogi s veio a criar estruturas b sicas do ECA o Conselho Tutelar e o Fundo Municipal em 2001 2002 per odo em que come am a ser montadas e aplicadas tamb m pol ticas sociais mais efetivas No contexto da rea de crian a e adolescente ainda importante mencionar a insta la o do Sipia para o Conselho Tutelar Al m disso de grande import ncia no apoio ao CT h o GAP Grupo de Apoio Psicol gico para atendimento continuado aos casos encamin hados pelo conselho Ele gerido por conv nio com o CREAS Centro de Refer ncia Espe cializado da Assist ncia Social A Rede Mogi de Prote o Integral vai promover a reordena o conceitual e geogr fica das entidades da rea de crian as e adolescentes e a moderniza o operacional das enti dades envolvidas A estrutura o se baseia conceitualmente na forma o de uma rede com tr s n veis aten o prim ria por meio de centros de refer ncia regionais e conselho tute lar rede de atendimento continuado formado por organiza es governamentais e n o gov ernamentais do munic pio e rede de refer ncia de atendimentos espe
168. elef nica em tra ar coletiva mente um caminho e percorr lo passo a passo vivenciando toda a densidade dos debates em busca por consensos em torno de quest es t o complexas como as que envolvem a garantia dos direitos da crian a e do adolescente no mbito local reflete em si mesma uma experi ncia exitosa O xito est no processo de constru o de um ambiente de colabora o em torno do objetivo comum de elabora o do software e das suas ferramentas de operacionaliza o Independente de se chegar ao resultado final esperado a caminhada em si o que desta co como inova o criativa desse empreendimento Mas isso n o t o bvio Saber amos de imediato identificar o marco final de sucesso desse projeto De certo poderiamos dizer que a finalidade chegarmos ao pleno uso de fato do software sendo este incorporado no cotidiano das entidades de atendimento que comp em essas redes claro que como meio para se alcan ar a prote o integral dos direitos infanto juvenis Mas logo poder amos identificar tamb m que o uso dessa ferramenta eletr nica ir produzir novas demandas e quest es para serem atendidas at que se alcance o objetivo final Assim posso dizer que a incompletude comp e o processo Ou melhor que o ato de tecer a rede a pr pria completude presente em exerc cio que n o se esgota que est sem pre em constante muta o e produ o de novos fazeres Uma rede emerge quando h ambiente
169. elulares e laptops m quinas que cabem em nossas m os e que viabilizam a comunica o instan t nea Conhecemos hoje o que alguns chamam de web 2 0 um termo que vem sendo uti lizado desde 2004 para designar uma nova vers o da web com ferramentas de colabora o wiki blogs software livre sites cada vez mais interativos formas mais interativas que desenvolvedores e usu rios t m para trabalhar com a web Segundo Tim O Reilly12 Web 2 0 a mudan a para uma internet como plataforma e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma Entre outras a regra mais importante desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais s o usados pelas pessoas aproveitando a intelig ncia coletiva Por meio da wikipedia podemos acessar uma intrincada e democr tica rede de con hecimento compartilhado que nos permite compreender os elementos fundamentais do conceito e da pr tica da web 2 0 Outro conceito da web 2 0 que interfere na programa o chama se Beta perp tuo Na web 2 0 acabaram se os ciclos de lan amento de programas Estes s o corrigidos alterados e melhorados o tempo todo e o usu rio participa deste processo dando sugest es reportando erros e aproveitando as melhorias constantes Em oposi o ao que acontece com softwares tradicionais retidos em suas caixas com instal adores e dependentes de um sistema operacional os aplicativos web podem ser atualiza do
170. em v rios momentos de quem e de quais organiza es o grupo estava tratando Hoje quando se referem aos atores da rede est o incluindo a as pessoas e as organiza es cuja a o direta ou indireta t m interface com o SGDCA Quanto maior a mobiliza o de diferentes setores mais ampla e forte a rede local Como o tema da inf ncia interessa a todos n o dif cil imaginar que pode fazer parte da rede n o s quem trabalha direta mente com crian a e adolescente Essa teia pode ser ampliada pela participa o de setores representativos da sociedade civil empres rios associa es sindicatos etc A essa mobiliza o que amplia os interlocutores na rede local o grupo da Rede das Redes chama rede expandida Se a amplitude pol tica da rede de prote o da inf ncia e adolesc ncia assim t o grande ent o preciso muita cautela quando se afirma que temos rede quando todos est o mobilizados todos est o trabalhando em conjunto A cidade inteira est envolvida na rede Na verdade esse um sonho de quem atua na rea da inf ncia e adolesc ncia ver o tema ganhar a ades o de toda a sociedade pelo significado que confere vida da comu nidade Na pr tica essa ampla mobiliza o dif cil e rara Na narrativa das oito cidades a mobiliza o encontra campo f rtil em muitos setores e resist ncias em tantos outros Os oito munic pios tiveram certa facilidade em trazer para a rede os profissionais que t
171. ender para nos aproximarmos das realidades locais A oportunidade de rever a pr pria pr tica e apren der com a do outro alinhar escolhas a partir dos estudos de caso Todos esses foram fatores e caracter sticas que beneficiaram este processo Lidamos muito com dois dilemas principais encontrados em processos de trabalho em rede coordena o x participa o e resultados x processos A base metodol gica foi baseada nas con cep es de software livre e web 2 0 j bem explicitadas durante o cap tulo da rede eletr nica do ponto de vista conceitual O desafio ent o continuarmos olhando para a pr tica investir mos na implanta o continuarmos na produ o coletiva agregando conhecimentos de outros atores que n o somente destes oito munic pios Investir no desenvolvimento humano como explora Pierry L vy O meu objetivo ent o n o a intelig ncia artificial a intelig ncia ampliada essa intelig ncia pessoal e coletiva aumentada porque tudo isso s o ferramentas que s o com partilhadas Temos que lembrar que a intelig ncia coletiva o motor do desenvolvimento humano ent o ganhamos em todos os aspectos ao mesmo tempo aumentando as capaci dades das ci ncias sociais e humanas dando a elas uma lin guagem para poder resolver o significado e ao mesmo tempo diretamente aumenta se a intelig ncia coletiva Isso n o vai suprimir nem a morte nem o sofrimento nem os conflitos Mas se j houve pro
172. endimento di rio adotar uma conduta de respeito que d seguran a ao usu rio que valorize a diver sidade que preserve seu direito ao sigilo e privacidade Cada cidade deve estabelecer as bases do relacionamento entre os profissionais da rede definindo como v o trabalhar e sob quais princ pios de seguran a v o trocar infor ma es As rela es hier rquicas dentro das institui es bem como as rela es institu cionais v o interferir na defini o dos fluxos do atendimento na rede Os limites ao serem estabelecidos permitir o que cada um possa conhecer o seu papel importante que cada trabalho tenha continuidade e se integre aos outros trabalhos da rede a es em conjun to que se complementam O fluxo de informa es vital para a integra o da o cuidado para que isso ocorra de forma segura e com responsabilidades bem delimitadas Respeito ao usu rio De acordo com o art 4 do ECA dever da fam lia da comunidade da sociedade em geral e do poder p blico assegurar com absoluta prioridade a efetiva o dos direitos referentes vida sa de alimenta o educa o ao esporte ao lazer profissional iza o cultura dignidade ao respeito liberdade e conviv ncia familiar e comu nit ria A utiliza o da rede deve basear se neste preceito Ao acessar qualquer dado do sistema este deve ser utilizado e manipulado com responsabilidade servindo apenas para fins de
173. entrar no Sistema nico de Assist ncia Social Tais informa es ir o subsidiar as redes sociais de um modo geral Dessa forma qualquer investimento p blico ou privado na rea de tecnologias de informa o deveria partir da necessidade de quem est na ponta e precisa de informa es para gerenciar os servi os que prestam Sem essa concep o os investimentos em sistemas de informa o s servem aos controles burocr ticos dos rg os centrais de governo Na vis o das oito cidades preciso mapear as informa es que realmente interessam para a rede no momento em que ela precisa N o h necessidade de se levantar todas as informa es dispon veis de nada adiantam os diagn sticos extensos com informa es detalhadas de todas as reas se o que a rede precisa um n mero muito menor de infor ma es Quando temos muita informa o h o perigo de n o termos informa o alguma Os dados mudam muito rapidamente n o adianta mapear tudo de uma vez preciso esta belecer prioridades A informa o s faz sentido se a rede precisar dela e utiliz la para favorecer a realidade local S o as necessidades dos atores locais da rede que v o determi nar quais s o as informa es priorit rias As primeiras quest es levantadas est o sempre relacionadas ao desejo de conhecer a oferta de servi os instalada no munic pio pois os atores querem saber com o que podem contar na rede No senso comum muitas vezes confunde
174. envolver a equipe Monitorar Resultados Manter a qualidade e otimizar recursos Cumprir o Regimento da Rede aprovado por sua comunidade Saiba mais Conhe a esta proposta na ntegra no link para o cap tulo 4 na barra lateral esquerda Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 25 Coment rio Alexandre Nascimento Educador socioambiental e psic logo Mestre em Estudos da Subjetividade pelo Departamento de Psicologia da Universidade Federal Fluminense H vinte anos desenvolve projetos voltados inf ncia e juventude nas reas de educa o assist ncia social meio ambiente e direitos humanos Atua como consultor em avalia o pesquisador professor e assessor em atendimento dos direitos humanos infanto juvenis em projetos sociais rg os de governo movimentos sociais e institui es de ensino e pesquisa Rede Municipal de Aten o Integral Crian a e ao Adolescente de Niter i N cleo Especial de Aten o Crian a e ao Adolescente V timas de Viol ncia Dom stica e Sexual de S o Gon alo MMSG Sub Secretaria de Inf ncia e Adolesc ncia Secretaria de Estado de Assist ncia Social e Direitos Humanos Comiss o de Direitos Humanos do Conselho Regional de Psicologia RJ e CLAVES Centro Latino Americano de Pesquisas sobre Viol ncia e Sa de da FIOCRUZ Sobre formar manter e mobilizar redes sociais redes de vida redes de fazer viver A aventura dessas oito cidades paulistas e da Funda o T
175. equipamento Para o servidor preciso pensar em alguns requisitos m nimos o que ocupa de disco muito pouco para instala o mas medida que o banco for crescendo e com a possibili dade que j tem de gerar relat rio melhor ter mais espa o para rodar esses dados com mais rapidez Tudo instalado n o ocupa nem 1 GIGA e se formos falar num n mero ideal a longo prazo podemos falar em 60 Giga HD espa o em disco e 1 de mem ria Resumindo um servidor bom suficiente para atender uma cidade de at 100 000 habitantes seria 1Gb Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 121 RAM ECC Xeon ou Opteron com 2 ou 4 n cleos e 2 HD SAS 73Gb ou maior em RAID 1 e m nimo de 2Ghz de clock real Para quem da rea social esses s o pontos que n o compreendemos muito bem por isso a import ncia da interlocu o com t cnicos de inform tica Esses t cnicos podem ser cedidos para o projeto pela pr pria prefeitura ou contratados como consultoria externa Na maioria das cidades do grupo Rede das Redes o servidor com os dados da rede eletr nica est instalado nas prefeituras municipais A totalidade deles ficou alocada junto aos servi os de inform tica da prefeitura que o local onde j existem recursos de seguran a manuten o condi es f sicas adequadas para armazenar o computador que gerencia a rede eletr nica Mesmo em cidades que tem uma secretaria de inf ncia e adolesc ncia a op
176. er estudado modificado aperfei oado e distribu do gratuitamente Entre 2006 e 2008 este foi o principal investimento da Funda o Telef nica foi direcionado para n essta linha de apoio At a conclus o do software foram mais dois anos de trabalho em que ocorreram diversos encontros presenciais e virtuais entrecom coordenadores dos projetos e t cnicos envolvidos foram necess rios Estes eram sempre eventos sempre marcados pela preocupa o de aproximar as demandas da rea tecnol gica com as necessidades efetivas da rea social di logo imprescind vel para o sucesso da ferramenta que esta va sendo produzida O caminho tra ado durante o processo de trabalho coletivo dos oito parceiros foi desenvolver uma vis o geral do software a partir dos interesses e interessados por meio dehouve um levantamento minucioso da infra estrutura tecnol gica desses munic pios assim como de suas demandas sociais locais A partir da cada cidade p de desenvolver o seu documento vis o relato detalhado do sistema local de garantia principais problemas e fluxos de atendimento a partir do qual e criou se um guia de boas pr ticas para a infra estru Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 1 tura tecnol gica adequada na implanta o disponibilizado em anexo Afinal os grupos das 8 cidades precisavam descobrir a que perguntas esse software deveria responder Nesste processo foram realizadosram di
177. er redes sociais fomentar a comunica o j que esta poten cializa se com uso das novas tecnologias A constru o de uma linguagem comum para ser utilizada no software da rede eletr nica foi sobretudo um processo de aprendizagem em que foi preciso rever os fluxos e as intera es das redes envolvidas E agora com a colo ca o em uso do software se abrir um novo campo de possibilidades fato inexor vel nestes tempos de informatiza o E se esse o caminho que devemos percorrer que seja desde j um processo de valoriza o da diversidade onde cada elemento nodo de sus tenta o dessa rede na qual o grupo se auto regula se retro alimenta e se auto controla por par metros ticos pr prios Esse aprendizado sim se constitui no capital social produzido na pr tica formando o que podemos chamar de forma o de uma comunidade de pr tica se usamos o conceito cunhado pelo te rico da comunica o Etienne Wenger 1996 para definir o produto das rela es estabelecidas por um determinado per odo por um grupo com objetivos comuns Esse mesmo autor aponta tr s caracter sticas principais da comunidade de pr tica um compromisso assumido entre os membros um empreendimento comum e um repert rio comum de rotinas conhecimentos e regras t citas de conduta constru das com o tempo A pr tica resultante torna se o elo que liga visivelmente as pessoas envolvidas A pro du o de um contexto comum de signif
178. esp rito de constru o coletiva pois a exist ncia de uma rede social pr requisito para a exist ncia de uma rede eletr nica Manter um sistema no ar bem mais f cil do que manter uma rede social ativa uma rede de prote o por meio da qual se articulam atores e recursos locais sob uma vis o mais ou menos comum Na rede social o processo de mobiliza o tende a ser permanente um desafio que demanda tempo e investimento cont nuo H possibilidade de errar se o di logo entre sistema social e tecnol gico n o estiver bem constru do A rede sobrevive pelos pontos de encontro Um levantamento de interessados no SGDCA revelou um grande n mero de atores com diversos interesses promotor entidades culturais e esportivas entidades assistenciais Conselho Tutelar empres rios CMDCA Poder P blico sa de educa o assist ncia cultura esportes Juizado da Inf ncia e Juventude entidades de atendimento Escola Fam lia Minist rio P blico Poder Judici rio Guarda Municipal Pol cia Militar Delegacia da Mulher ONGs Creche e outros como o NAI N cleo de Atendimento Integrado Ao organizar os interesses desses atores em perguntas chegou se conclus o de que a rede eletr nica deveria ajudar a respond las Como garantir sustentabilidade para a rede Como melhorar a a o com as fam lias no munic pio Como potencializar programas de educa o dentro do SGDCA Como est o
179. essitamos voltar um pouco tamb m a sua hist ria A hist ria do soft ware livre est relacionada cria o da Free Software Foundation16 O movimento do soft ware livre foi iniciado em 1983 por Richard Stallman quando este lan ou um projeto chamado GNU iniciais de GNU is Not UNIX Stallman queria desenvolver programas livres de computador que tivessem a mesma qualidade do sistema operacional Unix que era pro priet rio Para apoiar essa iniciativa foi criado a FSF Free Software Foundation cuja inten o transformar cada vez mais softwares propriet rios em livres Para isso desen volveu se o princ pio do copyleft deixar copiar que utiliza as legisla es de copyright para inverter o seu resultado A lei do copyright permite que o autor diga como deve ser a licen a de uso de sua cria o As licen as propriet rias s o usadas para restringir o acesso mas as licen as livres s o usadas para assegurar a c pia e o compartilhamento Assim a FSF criou a licen a GPL General Public Licence que libera ao inv s de restringir a c pia e o acesso s rotinas que o software possui em seu c digo fonte que passa a ser aberto Open Source O mais importante aqui notar que todo software pode ser livre ou propriet rio Isso vai depender da escolha da licen a de quem o desenvolveu Um software livre tem o seu c digo fonte aberto O que isso Todo software um conjunto de c digos Esses c digos foram escritos por um
180. est o expostos no capitulo da rede eletr nica 8 A es de Fomento In meras s o as formas de manter o trabalho da rede Abaixo enumeramos algumas iniciativas que os oito munic pios est o implementando As reuni es peri dicas com os rg os gestores da rede e grupos das institui es que pertencem rede favorecem o conhecimento o saber ouvir estimula o di logo e auxiliam Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 102 meme as decis es de consenso Nessas reuni es s o discutidas as propostas do atendimento cri an a e ao adolescente Na reuni o dos rg os gestores s o estudados os meios para imple mentar as a es propostas Os grupos de trabalho constitu dos para estabelecer um espa o de troca de experi n cias a partir de temas espec ficos garantem a discuss o interdisciplinar e muitas vezes outras formas de interven o em uma determinada situa o Os N cleos de Estudos Te ricos e Pr ticos espa os destinados capacita o continu ada A id ia central estabelecer discuss es acerca de temas da rea da inf ncia e juven tude bem como das pr ticas existentes Como exemplo podem ser citados o N cleo de Estudos Te ricos e Pr ticos sobre Fam lia e o N cleo de Estudos Sobre Viol ncia Dom stica Contra Crian as e Adolescentes As Visitas Institucionais s o importantes para se obter conhecimento acerca dos pro jetos dos funcion rios do trabalho no dia a dia Iss
181. et ncias Essa uma refer ncia de desenvolvimento das atividades da rede As organiza es que pertencem rede de prote o t m suas atribui es pr prias e al m delas executam tarefas espec ficas Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 106 que foram decididas em conjunto com seus pares e que visam sustentar o trabalho da rede de prote o Muito do fazer da rede pode ser resolvido dessa forma conjunta capacita es eventos articula es elabora o de planos debates reuni es peri dicas de avalia o etc Um comando central parece contudo dispens vel Por mais que se diga na teoria que a rede se auto governa na pr tica ela depende de lideran as de coordena o de anima o As atividades de coordena o que operacionalizam as a es pr prias de uma secretaria exec utiva como marcar reuni es reproduzir e distribuir materiais etc s o sempre necess rias e assim preciso compreender o que significa a horizontalidade e a verticalidade na rede A horizontalidade est ligada s delibera es do Sistema de Garantia dos Direitos da Crian a e do Adolescente s diretrizes da pol tica de aten o aos objetivos mais amplos da rede s delibera es gerais aos estudos de indicadores ao planejamento das a es ao monitoramento e avalia o Essas s o atividades t picas de um colegiado Ao inserir a rede eletr nica como atividade da rede de prote o inf ncia e ado
182. etimento dessas entidades com a rede Outro desafio encontrado pelo grupo foi no sentido direto da utiliza o do software Ou seja al m das quest es de licenciamento j expostas acima com o software livre van Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 134 tagens e desvantagens como podemos licenciar quais s o os caminhos ainda h uma outra discuss o levantada pelo grupo o que os usu rios das entidades que manusear o o software e o computador doado pelo projeto da rede podem ou n o fazer Quais s o os ter mos para isso Quais s o os acordos que precisamos estabelecer para que possamos mini mamente organizar a utiliza o como por exemplo os c digos de tica de quem vai operar o software e as informa es das crian as adolescentes e fam lias O que precisa ser pensa do e elaborado basicamente um contrato de uso do software para al m do licenciamen to j discutido Ou seja h uma senha para entrar no sistema com toda uma l gica e debate que precisa ser realizado no munic pio o que cada profissional pode ou n o fazer e quais s o os permissionamentos poss veis dentro de uma estrutura gen rica j desen volvida para facilitar os encaminhamentos desta discuss o apresentada acima neste cap tulo Quest es que precisam ser acordadas por exemplo n o divulgar os nomes e as infor ma es de forma inapropriada n o divulgar a senha para terceiros etc A sugest o que se re
183. ferentes solu es tecnol gicas e uma descri o detalhada dos requi sitos para fabrica o do software Quando se tem esses quatro andares noventa por cento do problema est resolvido Em termos de requisitos tr s tipos foram considerados Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 70 Requisitos funcionais Requisitos n o funcionais ou estruturais Requisitos futuros No primeiro encontro a gente n o sabia nem por onde come ar Agora j vis lumbramos Ap s reuni o envolvendo t cnicos das cidades representantes da f brica de software W35 o consultor da WebUse e a Funda o Telef nica al m de muita troca de informa o via eletr nica v rios requisitos tecnol gicos do software foram estabelecidos Pontos cr ticos do software facilidade de instala o determina a velocidade de largada do projeto manuten o com boa rela o custo benef cio n o entrar em lock in tecnol gico que deixa os clientes ref ns dos seus fornecedores Caracter sticas desej veis do software reaproveitamento de c digo adotar solu es tecnol gicas que sejam acess veis em ambientes com muitas restri es como por exem plo aus ncia de programadores facilidade de encontrar profissional linguagens mais dif ceis levam mais tempo para serem aprendidas e o profissional requer uma remunera o maior Internet como forma de apoio entrar em uma onda tecnol gi
184. forte Ter a m dia for madora de opini es como parceira contribui para mudan a de olhar da sociedade em rela o crian a e ao adolescente Com o apoio da imprensa o ECA est sendo mais aceito e mais divulgado S o a es que d o certo e que portanto quando bem divulgadas pro movem um maior acolhimento dessas id ias para o todo da popula o 11 Li es Aprendidas Formar manter e mobilizar a rede de prote o da inf ncia e adolesc ncia na comu nidade demanda atividade permanentemente e um recome ar todo dia A medida que os problemas v o sendo resolvidos novos desafios surgem Por mais amplo que tenha sido o programa de capacita o sempre haver novos atores precisando ser capacitados nos con te dos b sicos A rede eletr nica implementada demandar novos ajustes para adequar se s necessidades espec ficas das demandas sociais locais Lideran as podem vir a se afastar novas lideran as podem surgir Como processo s cio cultural e pol tico complexo o camin har da rede acompanha a din mica do munic pio Sua continuidade deve ser uma grande preocupa o de todos os integrantes Algumas dicas de boas pr ticas para a estabilidade da rede e manuten o do seu fun cionamento podem ser apontadas tais como Identifica o de objetivos comuns Circula o de informa es base comum de todo e qualquer tipo de rede Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 104
185. fracional para uma mudan a real de vida garantir a conviv ncia familiar e comunit ria pondo fim ao abrigamento sem crit rios motivado muitas vezes por quest es socioecon micas Enfim entraram na pauta da cidade essas e muitas outras a es que garantem os direitos das crian as e adolescentes No final da d cada de 1990 um fato tr gico inaugurou em S o Carlos um trabalho relevante no sentido da concretiza o do ECA Em 1999 ocorria mais uma rebeli o violen ta na Funda o Casa antiga FEBEM e a presen a de duas autoridades de S o Carlos nesse Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 181 meme epis dio desencadearia um processo que mudaria definitivamente a hist ria da pol tica de atendimento prote o especial ao adolescente em conflito com a lei Vamos aos fatos A hist ria come ou numa trag dia Em outubro de 1999 um padre salesiano e o juiz da inf ncia ambos de S o Carlos estavam em S o Paulo quando explodiu uma rebeli o gigantesca nas instala es da FEBEM que fica localizada nas proximidades da rodovia dos Imigrantes Foram cenas de terror Ao voltarem para casa o juiz e o padre estavam decididos a fazer algo em S o Carlos que funcionasse na preven o delinqu ncia juvenil Sensibilizaram pol ticos associa es comunit rias e empres rios locais Articularam uma alian a entre a prefeitura e a FEBEM para a cria o de um projeto experimen
186. garantir que os encaminhamentos da rede aconte am de fato um grande prop sito desse Grupo Al m disto o Grupo tamb m se responsabiliza pela produ o de uma cartilha que contenha informa es importantes sobre quem comp e a rede apresenta o do funcionamento de alguns rg os importantes da rea e dos fluxos de determinadas demandas O Grupo Fraqueza trata de difundir o conhecimento da REDE CARDUME procurando fazer com que a rede seja conhecida pelo maior n mero de pessoas pois s assim pode se garantir que ela se torne um instrumento amplo e eficiente de troca de informa o e de encaminhamentos que sirva igualmente a todos Dentre diversas a es desenvolvidas por esses dois grupos podemos citar a mais recente a elabora o do Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 171 Documento de refer ncia e contra refer ncia Para garantir o xito da rede e conforme o Estatuto da Crian a e do Adolescente ECA Lei 8 069 de 13 de julho de 1990 Art 4 par grafo nico Proced ncia de Atendi mento nos servi os p blicos ou de relev ncia p blica foi elaborado um documento de REFER NCIA E CONTRAREFER NCIA o qual foi discutido e aprovado no CMDCA tornando se documento oficial do munic pio para os encaminhamentos realizados com crian as e adolescentes Uma comiss o integrada por representantes de servi os governamentais e n o gover namentais de diferentes reas foi criada para discu
187. gistro no CMDCA e ser reconheci da dentro do munic pio como um espa o de atendimento e de execu o das pol ticas p bli cas que comp em o SGDCA H um outro cap tulo neste manual que trata especificamente da gest o da rede seus rg os colegiados deliberativos e executivos Nele se exploram com maior rigor as dife rentes formas que as oito cidades t m encontrado para operacionalizar suas redes Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 101 7 Sustentabilidade da Rede A sustentabilidade um desafio para as redes que freq entemente originam se de ini ciativas da sociedade civil e encontram dificuldades em envolver setores do governo em suas a es O apoio financeiro fundamental para dar sustentabilidade ao projeto da rede de pro te o Para Schlithler 2004 p 74 75 esse desafio deve ser compartilhado com os finan ciadores que muitas vezes s o favor veis forma o de redes O envolvimento do finan ciador seja privado ou p blico n o se limita ao recurso financeiro ele importante para colaborar no crescimento e desenvolvimento do projeto garantindo assim sua continuidade A exist ncia de benef cios fiscais para a rea da inf ncia e adolesc ncia cria oportu nidades de financiamento de redes de prote o A previs o de recursos do Fundo para a Inf ncia e Adolesc ncia FIA uma sa da tendo em vista que uma rede bem estruturada trar benef cios para a popula
188. gressos na hist ria humana por que n o haveria mais agora 1 Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 39 Como vimos a forma o de redes de prote o aos direitos da crian a e adolescente s o mecanismos sociais novos ante a hist ria da humanidade H uma lenda do a a que conta a est ria de uma tri bo que por falta de comida teve seus rec m nascidos mortos para evitar que todos perecessem At que a filha do cacique la ou la teve uma filha morta Triste ela rezava a Tup por um jeito de acabar com o assassinato dos pequenos Uma noite ela viu a imagem da sua filha aos p s de uma rvore la foi at sua filha e ao v la desaparecer acabou por morrer com um estranho sorriso nos l bios A rvore estava carregada de frutos que foram distribu dos tribo Assim foi suspensa a ordem de matar os rec m nascidos Os frutos foram chamados de a a em homenagem filha do cacique O cuidado com as crian as e adolescentes se refletir na sociedade de amanh com eles como adultos pais e m es de fam lia A constru o de um grupo unido sob a diversidade de caracter sticas representa a realiza o total da democracia pois cada qual ter dire ito ao seu espa o e n o se omitir das decis es importantes que fazem parte de sua vida Cada pessoa n o temer pela sua vida sua fam lia ou sua seguran a Essa sociedade futura representar um marco na hist ria onde cada um
189. ha como objetivo a articula o entre alguns representantes da rede a prefeitura representada pela Secretaria Municipal de Educa o Secretaria Municipal de Sa de e Secretaria Municipal de Cidadania e Assist ncia Social Poder Judici rio Conselho Tutelar APAE e Casa Transit ria As secretarias municipais naquele momento seriam representadas apenas pelo setor de cadastro de informa es que ficava lotado dentro de cada secretaria Assim ter amos 8 p los reunidos na rede Para o planejamento da rede eletr nica solicitamos a ajuda de uma t cnica da prefeitura que estava respons vel por outro projeto mas que concordou em aju dar e montou o primeiro planejamento Como n o sab amos como seria a ades o ao proje to pensamos que ela poderia ser um convite e um desafio para o trabalho em rede e demos ao projeto o nome Entrando na Rede que refletia muito bem o nosso momento Ficamos surpresos quando soubemos que o projeto fora aceito pela Funda o Telef nica e ao mes Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 186 mo tempo gratos pela aposta de que poderiamos conseguir mudar a realidade de nossas crian as e adolescentes Iniciamos a implanta o do projeto com a forma o de um grupo gestor que teve rep resentantes dos 8 p los da Rede e do CMDCA A partir de reuni es com esse grupo monta mos toda a s rie de capacita es e percebemos que poder amos ampliar os atores dessa rede Nessas d
190. i con stru da por acad micos engenheiros volunt rios e hackers no sentido original do termo desde o seu princ pio O soci logo Manuel Castells escreveu em seu livro Gal xia da Inter net que a Internet nasceu da improv vel intersec o entre a big science da pesquisa militar e da cultura libert ria CASTELLS 2003 p 19 Com a amplia o do interesse pela Internet mais e mais pesquisas passaram a con tribuir com a evolu o dessa ferramenta e a integrar a comunidade de conhecimento que se formava Em 1989 Tim Berners Lee do CERN o c lebre Conseil Europ en pour la Recherche Nucl aire Centro Europeu de Pesquisas Nucleares desenvolveu a primeira ver s o do modo gr fico da Internet criando o que conhecemos hoje como World Wide Web da qual resultou a abreviatura www Esse tamb m foi um importante acontecimento que permitiu a populariza o da rede que ganhou maior divulga o p blica a partir de 1990 8 Como uma gigantesca constru o coletiva v rias contribui es se somaram para permitir que a Internet se expandisse rapidamente pelo planeta entre elas a linguagem HTML e do protocolo HTTP Os navegadores ou browsers criados para interpretar o padr o web tamb m evolu ram muito desde o nascimento do pioneiro Mosaic em 1990 Todas essas linguagens asseguraram que a Internet deixasse de ser uma rede principalmente acad mica para passar a fazer parte do cotidiano de pessoas comuns A
191. i de Cria o da Rede em Bebedouro Publica o Bebedouro Publica o Guaruj fluxos documento refer ncia e contra refer ncia Manual do Usu rio e Manual T cnico do Software REDECA Guia boas pr ticas de infra estrutura tecnol gica Funda o Telef nica
192. iam entre as lideran as das cidades tais como Qual ser a linha de trabalho da Rede das Redes Qual o modelo de software Como conseguir articular o cronograma entre os oito munic pios Como ser o desenvolvimento do banco de dados Onde hosped lo Como deve ser o servidor Como unificar os cadastros de todas as entidades da rede Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 63 Como incluir tantas crian as no banco de dados Como manter o cadastro atualizado e evitar re trabalho Como ser a restri o e distribui o de acesso E a seguran a E os relat rios Como conciliar capacita o da rede local e elabora o do software para chegarem juntos Quem vai cuidar da rede Como dar sustentabilidade rede Este software para quem Decidiu se ent o realizar uma s rie de encontros com pelo menos dois dias de dura o idealmente cada um em uma cidade diferente com intervalo de cerca de dois meses entre eles Foram contratadas duas consultorias para apoiar o grupo sendo uma tec nol gica para orientar a constru o do software e outra processual para facilitar a apren dizagem do grupo Ficou claro naquele momento que era preciso conhecer em detalhes os recursos tecnol gicos de cada cidade determinar os principais interessados na implanta o da rede eletr nica e seus interesses e garantir que todas as perguntas seriam tratadas nos encontros Parale
193. icados de conhecimentos e de regras de relaciona mento cria o sentimento de pertencimento uma certa identidade de grupo caracter stica que define a comunidade Capra vai dizer que a vida de uma organiza o sua flexibili dade seu potencial criativo sua capacidade de aprendizado reside em suas comunidades informais de pr tica 2006 E que o meio mais eficaz para intensificar o potencial de cria Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 283 tividade e aprendizado de uma organiza o o melhor meio para mant la sempre viva e vibrante consiste em apoiar e fortalecer as suas comunidades de pr tica Esse o m rito que destaco desse empreendimento catalisado pela Funda o Tele f nica a metodologia de constru o coletiva do conhecimento que tornou esse processo de mudan a significativo para as pessoas e organiza es envolvidas assegurou lhes a partici pa o e um ambiente fecundo criatividade Chegar produ o desse manual ora apre sentado publicamente um marco a ser comemorado Ao se deparar com esse produto o leitor deve imaginar como deve ter sido a constru o de cada conceito id ia e imagem nele expostos representa es de um ide rio perseguido por um grupo mas que representa fiel mente os anseios de todos n s que lutamos pela prote o integral dos direitos humanos das crian as e adolescentes de nosso pa s Refer ncias bibliogr ficas CAPRA Fritjof A
194. idos na sua realiza o para que haja uma associa o entre avalia o externa e auto avalia o pontuando din micas internas da organiza o e dos servi os prestados criando movimentos de reflex o gerando aprendizado planeja mento a o e auto avalia o A avalia o deve ser qualitativa e quantitativa buscando amparar as a es da rede como por exemplo Rede Eletr nica Fortalecimento S cio Insti tucional e Visibilidade e Transpar ncia Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 99 5 A Rede Eletr nica A rede eletr nica parte da concep o do trabalho em rede Com ela poss vel esta belecer uma interliga o das organiza es mapear a cidade conhecer os servi os de atendimento e tra ar pol ticas p blicas com as indica es das demandas A rede eletr nica tamb m auxilia na mobiliza o das organiza es para o trabalho em rede potencializada por meios r pidos e seguros de comunica o entre os atores que atuam no SGDCA O tema extenso e ser tratado no cap tulo espec fico sobre esse assunto 6 Manter e Mobilizar Para manter e mobilizar a rede articulada necess rio estabelecer uma gest o par ceira e com compromisso tico pol tico com o Sistema de Garantia dos Direitos da Crian a e do Adolescente necess rio estabelecer uma forma de trabalho que organize e oriente o funcionamento da rede A organiza o da rede implica a defini o de pap is e responsab
195. ifundidas e aceitas por quem integra a rede N o poss vel alegar desconhecimento A natureza p blica do Sistema de Garantia dos Direitos da Crian a e do Adolescente faz dos seus operadores pessoas que executam fun o p blica e para todos os seus efeitos legais respondem semelhan a de servidores p blicos Um C digo de tica na Rede s Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 144 meme ressalta faz lembrar aos operadores da rede essa responsabilidade que existe indepen dentemente do c digo Muitos dos profissionais que trabalham no Sistema de Garantia t m seus pr prios C digos de tica Profissionais como por exemplo psic logos assistentes sociais fisioter apeutas terapeutas ocupacionais m dicos enfermeiros etc E respondem por suas condu tas junto aos seus rg os de classe A pergunta que pode surgir n o haveria um conflito ou uma sobreposi o de tantos C digos de Conduta As normas e regras espec ficas da rede de prote o certamente reproduzir normas de conduta profissional de c digos profissionais tendo em vista que s o condutas espe radas e corretas para o exerc cio de in meras profiss es Nesses casos o C digo de tica da Rede estar apenas refor ando aquilo que bvio para esses profissionais Entretanto muitos dos operadores do Sistema de Garantia n o t m forma o universit ria e nem s o profissionais em carreiras estruturadas mas funcion rios leigos
196. ilidades na condu o das a es para que se garanta a efetiva o dos direitos garantidos pela Lei O que se encontra hoje na maioria dos munic pios s o a es desarticuladas nas reas sociais As entidades privadas que primeiro se formam nas localidades atendendo s demandas sociais organizam suas a es em torno de causas de grupos religiosos em que cada um atua a partir de seus pr prios interesses As pol ticas p blicas nas reas sociais s o fatos recentes na din mica do poder local como j nos referimos no in cio desse trabalho Cada nova compet ncia municipal na rea social foi sendo instalada segundo um racioc nio pr prio pois a maioria dos munic pios tem estruturas desarticuladas com as entidades tra balhando de maneira truncada e as pol ticas p blicas tamb m A desarticula o o grande obst culo da rede de prote o inf ncia e adolesc ncia e sua supera o o maior desafio do Sistema de Garantia dos Direitos Todas as organiza es que pertencem ao Sistema de Garantia dos Direitos da Crian a e do Adolescente s o potenciais elos da rede Em todas as oito cidades a rede foi sendo for mada aos poucos envolvendo os Conselhos as entidades uma a uma os rg os do judi ci rio a promotoria os servi os municipais que atuam na rea social paulatinamente Em todas as localidades existem organiza es do SGDCA que n o est o trabalhando de forma integrada n o pensam e n o agem em grupo e
197. ilidades que este ciberespa o nos oferece Segue um resumo dos pontos fundamentais para esta infra estru tura tal como tem sido atualmente pensada As entidades atores da rede precisam ter uma infra estrutura m nima para partici pa o na rede eletr nica equipamentos micro computador e impressora mobili rio link de banda larga de acesso internet e pessoal capacitado em inform tica A equipe gestora da rede eletr nica dever manter sob sua administra o o n cen tral da rede ou seja servidor computadores impressoras infra estrutura de rede mobil i rio profissional para administra o t cnica do servi o e equipe t cnica capacitada para suporte aos usu rios e entidades O software da rede deve ser instalado em equipamento servidor compat vel com o servi o a ser executado e com capacidade de suportar o acesso de todos os usu rios p los O servidor dever estar hospedado em ambiente controlado com pol tica de segu ran a f sica de acesso backups di rios para evitar a perda de dados e conex o com a Inter net atrav s de link com capacidade compat vel para o acesso de todos os usu rios sem o risco de interrup o do sistema por falta de capacidade de acesso O que compreendemos por meio de muitas discuss es e da pr tica uma facilidade do poder p blico em manter esses servidores em espa os apropriados que eles normalmente j t m dispon veis Isso facilitar a manuten o e seguran a do
198. inda n o foi explorada mas que faz parte desta concep o da rede eletr nica em constante di logo com a realidade da rede social sendo constru da de baixo para cima Quando idealizam uma forma mais adequada de elaborar diagn sticos as oito cidades imaginam uma metodologia adequada e simples que mostre as fragilidades e potenciali dades do sistema de garantia de direitos que permita conhecer as condi es de vida da inf ncia e adolesc ncia na localidade que seja capaz de viabilizar se independentemente do tamanho e das condi es t cnicas e sociais que existem nos munic pios Uma metodologia capaz de produzir informa es estrat gicas para o planejamento das a es da rede e ainda dialogar com o software para manter o diagn stico atualizado Trabalhar na constru o dessa ferramenta da mesma forma como trabalharam coletivamente a constru o do soft ware o desejo das oito cidades e poder se transformar no novo empreendimento da Rede das Redes O di logo do diagn stico com a rede eletr nica fundamental porque o software que d sustenta o rede eletr nica foi desenvolvido com tecnologia para gerar um banco de dados com informa es s cio econ micas das fam lias informa es que podem ser orde nadas por territ rios da cidade Toda essa possibilidade trazida pela implanta o da rede eletr nica sustentando a din mica da rede social cria condi es para humanizar os n meros dar sentido aos dados
199. ing da regi o Isso tem reflexos na dificuldade de implan ta o de novos servi os p blicos com recursos pr prios da a necessidade de realizar parce rias com Governos Estadual e Federal al m de empresas A boa localiza o junto estrada de ferro e o pioneirismo econ mico renderam V rzea Paulista uma situa o privilegiada em rela o quantidade de ind strias instaladas Atualmente o munic pio de possui cerca de 1 758 empresas comerciais industriais e de presta o de servi os e 27 produtores agropecu rios inscritos na Secretaria da Fazenda do Estado de S o Paulo 1 1 Territ rio e Popula o At 1970 o pequeno munic pio registrava uma popula o de aproximadamente 10 000 habitantes A contagem populacional realizada pelo IBGE em 2007 mostra que V rzea Paulista tem hoje uma popula o de 100 416 habitantes numa rea de 35 km com densidade demogr fica estimada em cerca de 2 869 habitantes por km O crescimen to da cidade n o ocorreu de forma planejada A explos o demogr fica injustamente n o foi acompanhada com implanta o de pol ticas p blicas eficazes pelas administra es pas sadas Atualmente com 43 anos de emancipa o a cidade de V rzea Paulista considera da pobre e com alto ndice de problemas sociais O munic pio tem uma particularidade que se destaca entre a maioria das cidades pertencentes Divis o Regional de Assist ncia e Desenvolvimento Social DRADS Campinas est
200. ino www promenino org br da Funda o Telef nica O registro da experi ncia da Rede das Redes O Manual de Gest o da Rede aqui apresentado foi escrito a nove m os Redigiram o texto as oito cidades e a Funda o Telef nica que comp em a Rede das Redes Assim como a constru o do software esta tamb m uma obra coletiva Todos opinaram sobre o con te do todos ajudaram a organizar a forma de apresenta o todos produziram textos sobre temas espec ficos todos opinaram em todos os temas Com esse trabalho a Rede das Redes procura contribuir para que lideran as locais ten ham compreens o da necessidade do trabalho em rede nas pol ticas de prote o no con texto do SGDCA Sistema de Garantia de Direitos da Crian a e do Adolescente Para pro duzir o trabalho primeiro deliberaram sobre quais temas julgavam relevantes nas suas experi ncias e gostariam de relatar Os conte dos propostos foram ordenados e divididos Cada cidade assumiu um cap tulo e desenvolveu o texto b sico Cada cidade tamb m pro duziu um material caracterizando seu munic pio contando a hist ria de sua rede e apon tando em sua experi ncia os aspectos positivos e os desafios que ainda est o postos para as suas comunidades protegerem suas crian as e adolescentes Para realizar o trabalho conjunto foram promovidos encontros presenciais e uti lizada uma ferramenta na Internet o wiki livro forma inovadora que potencializou a produ
201. ireitos s crian as e aos adolescentes brasileiros O ECA apresenta um novo cen rio em que a sociedade envolve se efetivamente no sentido de garantir esses direitos por meio do fortalecimento de cada comunidade que organizada horizontal e coletivamente passa a ser um agente efetivo na defesa de crian as e adolescentes em situa es de risco por meio da implementa o de pol ticas e entidades de atendimento assim como dos direitos fundamentais Dessa nova possibilidade de organiza o nascem as Redes Soci ais que unem diversos atores como a fam lia o Estado e a sociedade e cuja organiza o e divis o de responsabilidades agem em prol de um objetivo comum As crian as e os adolescentes passam a ser vis tos como sujeitos de direitos E a vis o do trabalho em rede agrega se ao conceito da incompletude institucional em que cada organiza o n o precisa ser respons vel por todos os atendimentos necess rios para garantir a prote o integral Hist rico das Redes do SGDCA no Brasil O Sistema de Garantias de Direitos de Crian as e Adolescentes SGDCA foi projetado nos limites de um novo Estado Democr tico de Direito cujo marco legal a Constitui o de 1988 Em 1990 o Estatuto da Crian a e do Adolescente ratifica e sistematiza os novos direitos conquistados Na Constitui o de 1988 foram produzidas as mudan as institucionais necess rias para garantir efetividade aos direitos sociais em n vel local N o por a
202. is anos em torno de um fazer que pudesse auxiliar na supera o das a es fragmentadas de prote o de crian as e adolescentes Independentemente do tamanho da carac ter stica econ mica e social e das peculiaridades de cada um dos oito munic pios as etapas descritas foram consideradas necess rias ten do sido sempre norteadas pela busca da prote o integral de crian as e adolescentes Conhe a um pouco das etapas propostas pelo grupo detalhadas no cap tulo a seguir Objetivos comuns e lideran as comunit rias a articula o necess ria para a constru o da Rede Mapeamento Como identificar parceiros e alian as estrat gicas Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 23 Como propor a forma o da Rede Sistema de Garantia dos Direitos da Crian a e do Adolescente como participar Registros no CMDCA e CMAS Leis Municipais Capacita o forma o de lideran as e meio de mobiliza o Construindo uma Agenda Comum Diagn sticos Plano de A o da Rede A Rede Eletr nica Manter e Mobilizar Sustentabilidade da Rede A es de Fomento Conectividade Comunica o Li es Aprendidas Saiba mais Os temas acima relacionados fazem parte do cap tulo 3 do Manual de Gest o da Rede e podem ser acessados na integra no link na barra lateral esquerda Gest o de uma Rede O termo gerir a rede cria controv rsias Rede tem gestor Esse
203. isam superar a barreira do h bito da inseguran a nesse sentido que as oito cidades foram un nimes preciso ter capacita o e suporte continuos As entidades sociais que comp e e SGDCA n o tiveram recursos para se modernizar Muitas sequer t m computadores e num primeiro momento pensam que entrar na rede a oportunidade de ganhar um computador nesse contexto que a rede eletr nica vai ser implementada Por mais longo que seja o caminho de trazer as entidades para um novo padr o de trabalho ele deve ser percorrido Retrocedendo um pouco este seria o in cio de tudo A inclus o digital das entidades semelhante a um processo de alfabetiza o de adultos implantar a rede eletr nica no SGDCA o mesmo que alfabetizar para uma nova forma de comunica o e organiza o do trabalho na rea social A capacita o pre cisa ser permanente n o apenas para quebrar barreiras mas tamb m para garantir que as novas pessoas que entram no sistema recebam a mesma capacita o das que j est o inseridas nele importante que a rede estabele a crit rios onde cada organiza o garan ta um quadro efetivo de profissionais integrados no trabalho em rede A rotatividade nesse meio profissional grande por isso mais um motivo para a capacita o continua da Sempre h gente capacitada saindo e gente sem capacita o chegando Por mais que isso seja dif cil e oneroso necess rio conquistar e manter o comprom
204. iscuss es fomos percebendo a import ncia da articula o da rede social que esse trabalho vinha primeiro que as pessoas precisavam estar sensibilizadas para a quest o da prote o de crian as e adolescentes e que essa era uma agenda que transcendia a agen da da rede eletr nica Ao mesmo tempo come amos a participar do grupo Redes das Redes e aprender com a experi ncia de outras cidades Essas discuss es foram essenciais para o projeto de V rzea Paulista Outro fator fundamental foi o total apoio do poder p blico municipal para o processo que na figura do prefeito foi colocando a rede na agenda dos secret rios municipais Isso facilitou muito o tr nsito e favoreceu a articula o da primeira rede a rede intersetorial de pol ticas sociais desenvolvidas pela prefeitura Atrav s do CMDCA as entidades n o governamentais e o Conselho Tutelar foram ganhando voz e o Governo Municipal come ou a implantar novos programas e novas a es para ampliar o atendimento de crian as e adolescentes em sua rede O di logo com as entidades tamb m foi ampliado Com essa forte retaguarda iniciamos no ano de 2006 a mobiliza o para a capacita o Atrav s de um processo de licita o realizado pela prefeitura contratamos um instituto para realizar a capacita o que teve como principal discuss o o sistema de garantia de direitos Al m dos p los inclu mos os trabalhadores da sa de assist ncia social e educa o da guarda municipal
205. issional respons vel pela Inform tica e um Agente Administrativo Al m dessa equipe existe ainda um Administrador do pr dio Atualmente o pr dio da RECAD conta com um audit rio sala de treinamento biblioteca sede do Conselho Tutelar Il e das Secretarias Executivas do CMDCA CMAS e RECAD A RECAD hoje reconhecida enquanto espa o pol tico atuando na garantia dos dire itos das crian as e dos adolescentes Ao longo desses dez anos de constru o e implemen ta o no trabalho em rede podemos destacar algumas experi ncias Participa o do Poder P blico na libera o da equipe de servidores para compor a Secretaria Executiva agilizando o desenvolvimento das a es Cria o do banco de dados que est em fase de implanta o Diversas capacita es forma es e reuni es realizadas para adolescentes edu cadores t cnicos e gestores atingindo um total de 3 937 pessoas Podemos destacar algu mas dessas capacita es em Inform tica M dulo B sico Oficina de Jogos Cooperativos Enfrentamento ao Abuso Sexual e Explora o Sexual Media o de Conflitos Trabalho em Rede Elabora o de Projetos Sociais Medidas S cio Educativas em Meio Fechado a Con fer ncia L dica de Diadema a Confer ncia Municipal dos Direitos da Crian a e do Adoles Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 167 eme cente 2005 Inform tica Windows Internet e Word B sico Pedagogia da Coopera o Mobi
206. istematiza o dessas experi ncias de redes nos oito munic pios possa auxiliar outras localidades na forma o das suas pr prias redes garantindo assim a integralidade na prote o de suas crian as e adolescentes Parafraseando um prov rbio africano pre ciso uma aldeia inteira para cuidar de uma crian a Sejam bem vindos 1Todas as frases entre aspas s o anota es dos coment rios dos membros da comunidade Rede das Redes feitos durante os encontros que realizaram Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 77 Ill Formar manter e mobilizar a rede local de prote o inf ncia e adolesc ncia Os dois anos de conviv ncia do grupo Rede das Redes permitiram s oito cidades par ticipantes a troca sistem tica de informa es Nos semin rios realizados sempre havia espa o reservado para discutir os processos que estavam ocorrendo em suas localidades Dessa conviv ncia todos os envolvidos puderam extrair li es e constatar a exist ncia de um padr o semelhante em muitas das etapas que percorreram para colocar em funciona mento suas redes de prote o As diferen as n o foram empecilhos para que os atores reconhecessem as semelhan as no processo de forma o manuten o e mobiliza o das suas redes Assim n o estamos aqui excluindo a for a das especificidades de cada munici pio pelo contr rio pois foi somente a partir dessas diferen as que pudemos realizar trocas e encontra
207. itar para as entidades O encontro de Diadema marcou uma importante mudan a de concep o deixou se de utilizar express es do tipo ficha nica e cadastro nico e o grupo passou a se esfor ar por conceber um sistema de informa o abandonando a id ia de que o software sin ni mo de ficha cadastral utilizada na organiza o Tamb m ficou mais clara a diferen a entre o que se estava construindo e o software utilizado pelo governo federal do cadastro nico do bolsa fam lia O software de Bras lia feito para atender necessidades de pol tica geral que n o t m nada a ver com o munic pio o munic pio faz o que obrigado a fazer mandado de cima Nem agregado est porque n o foi feito para gerir a pol tica local Em que medida conseguimos reler esse esfor o brutal do pes soal da sa de da educa o e da assist ncia social e dar suporte para desafi ar pol ticas Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 69 uma luta conseguir integrar as pol ticas no munic pio e a crian a adolescente obriga a isso que o processo de descentraliza o ainda n o permitiu A gente est confrontando a l gica desses mecanismos e vai demandar para cima outras mudan as de comportamento Vamos ter que estabelecer esse di lo go n o podemos abandonar isso Em termos tecnol gicos consolidava se a id ia de que o software sistema de
208. itas vezes os meios a burocracia se tornam ou se mant m historicamente como mais impor tantes que os fins os quais s o as formas efetivas do cidad o ter como acessar servi os que lhe garantam o reconhecimento de ser cidad o Ter reconhecida sua capacidade de formu lar ju zos pr prios e interferir com efetividade na garantia de seus direitos direitos que s o direitos por um lado e s o deveres do outro lado da moeda Portanto a rede de garantia de direitos subsidiada por tecnologia de ponta rede eletr nica visa a corrigir a rede hist rica de burocracia brasileira nos oito e em todos os 5 560 munic pios brasileiros para que ela seja meio da rede fim que a rede de cidada nia Quanto ao instrumental do sistema assim organizado ele se prop e a capacitar os operadores da rede de cidadania para que aprendam a distinguir o que burocracia e o que cidadania Se reduzirmos progressivamente o tamanho da primeira ela atingir o grau exato para servir cidadania infanto juvenil Para organizar o conjunto das a es da Uni o dos Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 19 Estados e dos Munic pios Para que se logre a conflu ncia de todos os recursos humanos t cnicos materiais e financeiros em dire o s comunidades onde vivemos n s idosos e adultos E onde vivem os adolescentes e as crian as a que se constr i o bem comum Ou a agressividade a viol ncia a criminalidade e o
209. ito usado com par vel com o do software livre se h muitas pessoas olhando muitos erros podem ser encontrados mais rapidamente e corrigidos mais facilmente Para isso existem comu nidades que se auto moderam atrav s da participa o dos usu rios indicando ao sistema qual usu rio n o deve mais participar Dentro dos princ pios da web 2 0 o conte do deve ser aberto utilizando licen as como por exemplo Creative Commons que flexibilizam os direitos autorais permitindo que o usu rio reutilize republicando alterando ou colaborando o conte do O com partilhamento de informa es deve dar ao usu rio a possibilidade de reutiliz lo Al m do conte do editorial e noticioso na web 2 0 o conte do de alguns sites visa gerar comunidades seja atrav s de sites de relacionamento coment rios em not cias e blogues12 No entanto h criticas que compreendem que esse fen meno diz respeito expans o da Internet e do n mero de usu rios ou seja consequ ncia do aumento de usu rios na rede e que a web 2 0 mais um conceito para identificar esse fen meno e n o a possibili dade de espa os mais interativos pois estes j existiam desde o come o da hist ria Enfim as discuss es permanecem As defini es ainda n o est o claras nessa rea e por esse motivo h quem chame esse movimento at de webware relacionando estes aplicativos da Internet a verdadeiros softwares online 13 Um movimento
210. itos da Crian a e do Adoles cente algumas formalidades s o necess rias Vale ressaltar que neste caso a instala o da rede eletr nica como meio de comunica o da rede torna esses cuidados ainda maiores 2 1 Registros no CMDCA e CMAS A porta de entrada de identifica o das entidades atuantes da cidade acontece atrav s dos registros destas nos conselhos de direitos e de controle social Como princ pio b sico para ser participante da rede da crian a e do adolescente necess rio que se tenha o registro no CMDCA Conselho Municipal dos Direitos da Crian a e do Adolescente da Cidade independentemente da entidade possuir registros em outros conselhos Para a obten o do registro e de acordo com artigo 91 do ECA Estatuto da Crian a e do Adoles cente Lei 8 069 90 a organiza o e ou entidade deve estar regularmente constitu da ou seja ter personalidade jur dica possuir inscri o no CNPJ Cadastro Nacional de Pessoas Jur dicas Ata de Funda o ou Constitui o Estatuto Social que define a finalidade pol ti ca de atendimento forma de gest o entre outros Ata de elei o e posse da Diretoria Plano de A o Instala es f sicas adequadas ao atendimento profissionais qualificados e em quantidade compat vel capacidade de atendimento o regimento interno da rede que especifica os requisitos necess rios para a enti dade participar da rede eletr nica que organiza e descreve a composi o e o funcion
211. itura deste texto esta que ocorre agora um agenciamento da rede portanto constitui se como componente do pr prio processo de constru o incessante que nunca termina dessa mesma rede Tal processo continua Neste exato instante continua Em seu ritmo de fluxo segue em frente Essa din mica de rede fundamentalmente inclusiva Desde que foi iniciada agregou por conectividade atores os mais diversos desde aqueles mais de dentro mili tantes e profissionais dos direitos da crian a e do adolescente at agentes mais perif ricos de v nculos fracos com a causa e permanecer na mesma toada se o projeto persistir Tais din micas de conectividade fazem da rede uma configura o mais ampla e compreensiva do que se costuma admitir Redes extravasam seus pr prios limites redes n o s o institu cionalidades s o fluxos de colabora o Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 50 desse modo que se pode compreender que as fronteiras aplicadas s redes s o arbi tr rias e n o necess rias e que de fato esta ou aquela rede espec fica propriamente n o existe O processo se alimenta das contribui es novas provenientes tanto de dentro quan to de fora dos membros e dos n o membros estejam onde estiverem desde que conec tados Desde fora ou desde dentro quando conectados membros ou n o membros com p em o mesmo tipo de forma pl stica a mesma mat ria viva
212. l a linguagem C abriu o mer cado UNIX Atualmente Unix ou nix o nome dado a uma grande fam lia de Sistemas Operativos que partilham muitos dos conceitos dos Sistemas Unix originais sendo todos eles desenvolvidos em torno de padr es como o POSIX Portable Operating System Interface e outros Alguns dos Sistemas Operativos derivados do Unix s o BSD FreeB SD OpenBSD e NetBSD Solaris anteriormente conhecido por SunOS IRIX AIX HP UX Tru64 Linux nas suas cente nas de distribui es e at o Mac OS X baseado em um kernel Mach BSD chamado Darwin Existem mais de quarenta sistemas operacionais nix rodando desde celulares a supercomputadores de rel gios de pulso a sistemas de grande porte http pt wikipedia org wiki Unix Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 136 VII A tica profissional na rede o papel dos acordos e das regras Quando o outro entra em cena nasce a tica Umberto Eco A tica no comportamento profissional dos membros da Rede de Prote o foi um tema recorrente nos debates travados entre os grupos das oito cidades ao longo dos dois anos de desenvolvimento do projeto Nos encontros da Rede das Redes muitos foram os momentos em que os coordenadores das redes locais faziam refer ncias seguran a do software e ao uso das informa es As perguntas mais freq entes diziam respeito a quem teria acesso ao banco de dados Como seriam os controles p
213. laborar o diagn stico A constru o coletiva e apropria o desses conceitos pelos atores locais do SGDCA fundamental para que a a o tenha sustentabilidade Para viabilizar a Rede Eletr nica preciso uma boa infra estru tura tecnol gica no munic pio que conte com computadores ade quados equipados com hardware e software e servidor local Al m disso s o necess rias tamb m uma estrutura mobili ria de segu ran a para essas m quinas bem como uma equipe de tecnologia especializada para apoiar essas a es Cursos b sicos de inclus o digital s o muito bem vindos no in cio do processo Muitos foram os desafios encontrados para viabilizar essas a es E todos os desafios e solu es encontradas pelo grupo est o compartilhados na parte do cap tulo que pode ser acessada na nte gra logo abaixo O software REDECA Como funciona esse software Entre os tr s eixos que formam a Rede Eletr nica a servi o do SGDCA destaca se o software sistema de informa o Batizado de REDECA o sistema surge como uma resposta aos problemas levanta dos pelos membros dos oito munic pios que participaram de seu desenvolvimento foram ouvidas demandas de 400 entidades de naturezas distintas A necessidade desse sistema de informa o Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 31 m onde todos os atores da Rede pudessem acessar informa es sobre as crian as e os adolescentes atendidos foi
214. lamente acertou se que o grupo utilizaria um espa o virtual colaborativo na Internet para se comunicar como primeiro exerc cio de rede eletr nica Empreender aprendendo O primeiro encontro da Rede das Redes como se auto denominam os parceiros desse projeto aconteceu em julho de 2006 em Mogi das Cruzes Fez se um estudo de caso da experi ncia de Barueri www redecrianca barueri sp gov br com base num deta lha do e vivo depoimento das lideran as do projeto de rede eletr nica desenvolvido na quela cidade Barueri j vivia um processo de rede h v rios anos o qual se basea va em tr s pilares um diagn stico social da rea da crian a e do adolescente www kairos srv br dpibarueri index html o site da rede Rede Crian a e um banco de dados com limita es de acesso Barueri colocou um sistema no ar mas viveu uma crise importante porque o sistema se tornou inst vel e isolado O Jap o inventou um lema mais f cil copiar as boas a es do que inventar as boas a es Ficamos bastante tempo trabalhando o ECA foram seis encontros de capac ita o e foi tratado o tema da prote o integral O grande m rito foi ter colo cado esse tema na agenda da cidade Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 64 eme Com base na experi ncia de Barueri ficou evidente a import ncia de haver um tra balho de articula o e capacita o anterior implanta o de um sistema num
215. le e o lance a outro de um outro galo que apanhe o grito de um galo antes e o lance a outro e de outros galos que com muitos outros galos se cruzem os fios de sol de seus gritos de galo para que a manh desde uma teia t nue se v tecendo entre todos os galos Tecer uma rede social como tecer uma manh uma trama social que une fios de pro te o em n s de confian a e reciprocidade capazes de amarrar compromissos superar lim ites contradi es e diferen as num processo continuo de v rias madrugadas perseverantes e esperan osas Assim a trama ganha forma de um tecido coeso como uma manh dese nhada no c u a partir dos esfor os de v rios gritos que sozinhos n o seriam nada mas juntos trazem a luz para manh Trazem luz para um dia que ser melhor do que o outro porque rico em novas possibilidades Assim foi com S o Carlos uma cidade do interior paulista localizada a quase 240 km da capital no sentido oeste Uma cidade como qualquer outra deste Brasil imenso que her dou de um passado de desigualdade e descuido uma inf ncia sem direitos uma inf ncia perdida no olhar de crian as empobrecidas pela desnutri o infantil pela exclus o da esco la pela explora o do trabalho infantil pela fragilidade dos la os familiares por andar pelas ruas pedindo um pouco para sobreviv ncia cotidiana por tantas outras mazelas sociais que construiu ao longo dos anos um futuro sem futuro No final da
216. liza o de Recursos Treinamento para utiliza o do site da RECAD Educa o e as a es de Prote o Inf ncia e Adolesc ncia Forma o do Cadastro Eletr nico da RECAD Sistema de Prote o Inf ncia e Adolesc ncia no Munic pio workshop Gerenciando Conflitos na Escola e na Comunidade Jovens Mediadores Avalia o de Projetos Sociais Pr confer ncias e Confer ncia Municipal da Crian a e do Adolescente em 2007 Gest o Financeira e Cont bil Aspectos Jur dicos Legisla o Trabalhista e Fam lia Constru o de Alternativas de Interven o Alguns dos resultados deste trabalho em rede seguem abaixo Composi o do N cleo Gestor de forma parit ria reafirmando o envolvimento do poder p blico e sociedade civil na busca da garantia dos direitos da crian a e do adolescente Participa o dos p los nas reuni es enfatizando a integra o e troca de experi ncias Aumento da arrecada o do Fundo Municipal da Crian a e do adolescente Aumento do registro de entidades no Conselho Municipal dos Direitos da Crian a e do Adolescente Desenvolvimento de parcerias com financiadores Funda o Telef nica BNDES FGV e Petrobr s possibilitando a concretiza o das a es da rede Processo de avalia o como forma de melhorar as a es desenvolvidas Realiza o de visitas institucionais grupos de trabalho e reuni es regionalizadas com vistas articula o e o fortalecimento da rede
217. lizar essas ferramentas pois fazendo as contas sobram poucos casos para contarmos No entanto j poss vel colher alguns apren dizados e visualizar uma nova era para o SGDCA Estamos come ando a engatinhar Vale salientar algumas diferen as entre softwares privados e livres quest o muito bem colocada por Ronaldo Lemos diretor do Centro de Tecnologia e Sociedade da Escola de Direito da Fun da o Get lio Vargas no Rio de Janeiro e representante do Creative Commons 5 no Brasil Sob o regime tradicional aplic vel prote o ao software consistente nas insti tui es de direito autoral o detentor dos direitos sobre ele tem a prerrogativa de limitar o acesso dos usu rios ao seu c digo fonte Essa limita o de acesso ao c digo fonte tem dois planos pois ocorre tanto do ponto de vista f tico o soft ware tecnicamente n o permite acesso ao seu c digo fonte quanto do ponto de vista jur dico trata se de viola o ao direito de autor obter acesso ao c digo fonte contrariamente aos termos da licen a concedida por ele Como conse qu ncia somente o autor tem condi es por exemplo de modificar o software em quest o Software em regime livre entretanto requer exatamente o opos to o autor exige valendo se de suas prerrogativas como tal que o software deve conferir a qualquer usu rio o direito de acesso ao seu c digo fonte incluindo liberdade para usar modificar e criar trabalhos derivados a partir daquele
218. m diagn stico com o mapeamento da rede Por certo que o mapeamento faz parte do diagn stico por m este muito mais amplo e profundo medida que os programas de capacita o e os encontros da rede avan am mais e mais os atores se d o conta das vari veis que influenciam o SGDCA nesse momento que as perguntas e o desejo de conhecer a realidade de forma mais qualificada come am a surgir Quando conseguimos desenvolver na rede a habilidade necess ria para lidar com informa es s cio econ micas a sim poss vel pensar em um diagn stico inicial Os atores enxergam a necessidade desejam conhecer melhor suas potencialidades e defi ci ncias na rea da inf ncia e juventude no munic pio Antes desse despertar pode n o faz er sentido o investimento do diagn stico no sentido de relatar a demanda por informa o e a necessidade de delimitar o que se buscar que as oito cidades propuseram o recorte nos dados que precisam ser trazidos pelo diagn stico a exemplo do que Diadema com o apoio da empresa Prattein Consulto Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 93 ria e Desenvolvimento Social realizou no seu munic pio O diagn stico tem assim indi cadores que expressam as amea as de viola o de direitos por meio dos atendimentos dos conselhos tutelares do sistema de justi a da seguran a p blica das pol ticas de prote o no caso abrigos atendimentos de viol ncia dom stica medidas
219. m sem pre foi importante Os ndices elevados de mortalidade infantil na Idade M dia s o alar mantes pois afinal morrer na inf ncia era o normal era o esperado Crian as j foram con sideradas seres imperfeitos incompletos que precisavam rapidamente ser moldados aos padr es dos adultos s recordar que nossas bisav s e at mesmo av s frequentemente casavam se com 12 ou 13 anos Na modernidade a preocupa o com a crian a e sua forma o SOUZA 1998 p 4 limita se a transformar seres imperfeitos incompletos em adultos capazes de pro duzir Apressar a fase de desenvolvimento a t nica pois quanto mais cedo essas crian as se transformarem em adultos produtivos melhor A valoriza o da inf ncia s come a a ganhar import ncia quando a vida til dos trabalhadores ganha relev ncia no processo de acumula o econ mica O desenvolvimento das ci ncias humanas e entre elas as ci ncias sociais a psi cologia e a educa o nos s culos XIX e XX geraram novos conhecimentos sobre as caracter sticas pr prias da inf ncia e do seu desenvolvimento Foram ci ncias que lan aram luz sobre quest es da inf ncia mas tamb m serviram para delimitar normas de conduta para pais e educadores classificando formulando e padronizando conceitos muitas vezes idealizados O que poderia ser compreendido como uma constru o do sujeito mediada por sua inser o hist rico cultural adultera se num proces
220. madas pelas oito cidades Como primeira medida todas as cidades optaram por deixar o servidor com a base de dados junto aos Departamentos de Tecnologia das Prefeituras Municipais reafirmando assim o car ter p blico das informa es do Sis tema de Garantia dos Direitos da Crian a e do Adolescente Uma segunda medida foi a cri a o de travas ou senhas para o acesso s informa es no software e o resultado disso pode ser visto no cap tulo da rede eletr nica como j foi mencionado no item sobre os per Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 137 missionamentos Com esses recursos tecnol gicos poss vel limitar o acesso e liberar infor ma es s para determinados profissionais E por fim como terceira medida identificou se a necessidade de estabelecer padr es r gidos de tica profissional para os membros da rede com acesso ao banco de dados da rede eletr nica A import ncia da tica profissional na rede de prote o de crian as e adolescentes fez com que o grupo optasse por um cap tulo espec fico para tratar do tema O acesso ao banco de dados por meio de senhas permite ao administrador da rede o controle de todos os profissionais que manipulam informa es na rede O software contro la toda a entrada e supress o de dados e o autor que promoveu as altera es Cada profis sional que adquire uma senha de acesso tem responsabilidades profissionais com o Sis tema de Garantia
221. mais do Gestor da Rede que administra as senhas de permissionamento etc um servi o com expediente que precisa ser comandado Por ou tro lado as demandas de articula o social da rede continuam as capacita es os semi n rios as reuni es etc A din mica da rede requer trabalhos de natureza t cnica na rea de informa o e de natureza social na rea da articula o da rede de prote o da crian a e do adolescente Dessa forma os profissionais lideran as locais que comp em essa equipe de anima o da rede incluindo as quest es da rede eletr nica constituem a Secretaria Exe cutiva da Rede O comando da rede pode ficar com a lideran a social por meio do trabalho de articu la o por m este n o ser um trabalho eficaz se n o conseguir estabelecer di logo com os profissionais de tecnologia de informa o com os profissionais de comunica o social com os profissionais de assist ncia social etc O que relevante o trabalho da equipe em que cada um det m parte das habilidades necess rias para o funcionamento eficaz da rede Na experi ncia das oito cidades esses profissionais que d o suporte aos trabalhos executivos acabam sendo na sua maioria funcion rios do poder p blico municipal Em munic pios muito pequenos esses profissionais do poder p blico municipal dificilmente se dedicaram apenas aos trabalhos da rede S o profissionais que atuam nas pol ticas sociais de maneira geral A rede
222. manos Tais experi ncias de rede na prote o integral da crian a e do adolescente operam na ess ncia dos valores que caracterizam o in cio do S culo XXI A constru o da dimens o ti ca da cidadania Como todos sabemos ou intu mos a cidadania constitui um conjunto de for as algumas das quais emanam e se exercem no ntimo das pessoas v m de dentro de cada um de n s e outras se efetivam na esfera das a es p blicas no exerc cio dos gover nos no conjunto dos rg os do Estado Em outras palavras a cidadania consiste no equil brio entre o conjunto de for as que realizam o bem comum aquilo que bom para todos e das que asseguram os direitos de cada pessoa de cada cidad o aquilo que do interesse individual A crian a e o ado lescente nascem desenvolvem se e vivem no permeio desses dois conjuntos de for as Uma rede de prote o integral portanto um apanhado de interven es pessoais comu Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 17 nit rias e estatais que efetivam os mais avan ados valores humanos Os valores das pessoas e os valores do meio em que vivem as pessoas As experi ncias aqui relatadas mostram a iniciativa da Funda o Telef nica que p e disposi o das pessoas das comunidades e dos operadores do Estado a mais avan ada tecnologia de ponta a servi o dos direitos humanos com prioridade absoluta para a crian a e o adolescente A
223. mente a onde o debate e a pr tica de rede encontram seu maior desafio Organiza o ordem A horizontalidade n o uma quest o pac fica A populariza o vertiginosa da id ia de rede em fun o entre outros fatores da onda da internet tornou frequente a formula o de discursos pr rede sem a necess ria men o aos seus atributos organizacionais distintivos como se rede fosse um conceito nulo oco preench vel com subst ncia de qualquer tipo Se existe alguma novidade melhor relev ncia no conceito de rede justamente o fato de apontar uma perspectiva organizacional distinta dos outros formatos existentes Se organiza o ordem como men cionado acima ent o rede sinaliza um modelo de ordem outro que se distingue dos mode los conhecidos representa uma experi ncia organizativa de outra ordem n o se trata de uma nova roupagem mais contempor nea ou tecnol gica de um velho padr o n o se tra ta de mais do mesmo pelo menos o que gostar amos de crer Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede g As teorias de rede existentes bastante divulgadas j no pa s apontam alguns tra os constitutivos desse padr o organizacional o fen meno se conforma com base em proces sos de conex o n o lineares capazes de espraiamento e recursividade retroalimenta o portanto de auto regula o as din micas de redes s o inst veis e pl sticas os fluxos t m primazia sobre as estru
224. mento adquirido e transmitir as informa es a outras pessoas sa mos pelas ruas para alertar a popula o comentou a Assistente de Coordena o de Projetos Ana Maria de Souza Pereira Durante os encontros os adolescentes tamb m produziram cartazes com frases de impacto que foram utilizados na campanha para chamar a aten o da popula o Com essa campanha o obje tivo do grupo de jovens foi atingido Diadema Caracteriza o Aspectos demogr ficos A cidade de Diadema com 30 65 kme faz parte da regi o metropolitana de S o Paulo Localiza se entre os munic pios de S o Bernardo do Campo e de S o Paulo a uma dist ncia de 17 km da Capital do Estado O munic pio est organizado em 11 bairros sua topografia acidentada com poucas reas planas Com rela o distribui o da popula o o Censo de 2000 IBGE aponta para um total de 357 064 habitantes sendo 175 109 de homens 49 e 181 955 51 de mulheres Diadema o munic pio do ABCD que det m a maior densidade demogr fica 11 6 mil habi tantes por km considerada a segunda maior densidade demogr fica do pa s e a primeira no estado de S o Paulo Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 162 mam No tocante distribui o da popula o por faixa de renda os dados indicam a situ a o de pobreza da popula o do Munic pio 35 dos habitantes vivem com at 2 sal rios m nimos sendo que 14 da popula o vive em situa o d
225. mitiram a cria o de alguns produtos um software sistema de informa o REDECA par metros para implan ta o da rede eletr nica manuais que contribuem tanto para a mobiliza o social quanto para instala o e utiliza o do REDECA A vers o integral dos sete cap tulos que formam o Manual est dispon vel ao final de cada resumo inclu do neste arquivo Lem bramos ainda que al m do Manual de Gest o da Rede h uma outra publica o sobre este processo Tecnologia a Servi o das Redes Sociais que pode ser encontrada para download no Portal Pr Meni no na se o Trabalhando em Rede Desejamos que voc s leitores aproveitem as informa es aqui contidas ECA Estatuto da Crian a e do Adolescente Toda crian a e todo adolescente ser o atendidos por organiza es da sociedade civil e pelos governos de sua cidade estado e pa s e por todos os adultos que se unir o para que tenham seus direitos garantidos pela lei Ap s a nova Constitui o de 1988 as pol ticas de prote o crian a e ao adolescente no Brasil foram ampliadas para garantir direitos historicamente conquistados O ECA Estatuto da Crian a e Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 15 do Adolescente surge como uma das mais avan adas legisla es nessa rea e tem sido respons vel por uma s rie de mudan as na for ma como a fam lia a sociedade e o Estado se mobilizam para garan tir d
226. mplexo do que se imagina Para se promover a apropria o social das tecnologias necess rio assegurar as condi es de acesso e em seguida estimular o uso das ferramentas para finalmente fomentar a apropria o social Funda o Telef nica Manual de Gest o da Rede No caso das redes o passo inicial geralmente a defini o do prop sito da pr pria rede que deve ser compartilhado por todos Em seguida procura se identificar princ pios e valores comuns assim como definir as a es priorit rias que ser o desenvolvidas no mbito da rede E finalmente chega se ao maior desafio que a ado o por indiv duos e organiza es da pr tica do trabalho em rede Ao aceitar este desafio os integrantes da rede d o in cio a processos de mudan a e se entusiasmam com os princ pios da autonomia e da horizontali dade vivenciam a colabora o e se encantam com o potencial de transforma o das redes levando a semente do trabalho em rede para outros espa os e organiza es Este processo cont nuo de transforma o das organiza es que nos cercam que nos permite pensar na constru o de uma sociedade em rede E o lan amento deste livro ilustra bem o poten ciale os desafios desta empreitada De um lado os manuais e o soft ware s o o resultado do trabalho de organiza es diversas empen hadas na constru o de redes para atender melhor s crian as e aos adolescentes Organiza es que acreditaram
227. n ta o no CMDCA o Conselho Gestor numa sub rede bem consolidada no NAl e na Secre taria Municipal da Inf ncia e Juventude Al m disso exp s que importante zelar pelo equil brio entre iniciativas governamentais e n o governamentais para o desenvolvimento da rede O encontro em S o Carlos evidenciou que havia muito trabalho pela frente e algu mas etapas a serem percorridas at chegar fabrica o do software Essas etapas agora que o processo estava bem legitimado junto ao grupo de cidades consistiam 1 na coleta de informa es sobre as demandas das entidades e sobre a infra estrutura de cada cidade 2 na elabora o do documento vis o vis o do software por cada cidade 3 na constru o de uma vis o comum do sistema 4 no desenvolvimento de requisitos do software e finalmente 5 na constru o do software englobando programa o documenta o e testes A implanta o do sistema s poderia acontecer depois disso As equipes nas cidades trabalharam muito entre os encontros Nesse momento especi ficamente o desafio era triplo consolidar uma boa matriz de demanda social construir o mapa da infra estrutura e com base nisso elaborar uma vis o do sistema ideal para a cidade Por conta desse exerc cio as entidades est o se conhecendo mais e a rede social est se formando Sem matriz da demanda social n o se consegue fazer vis o direito Funda o Telef nica Manual de gu
228. n as se dissolver o Enfim preciso um esfor o renovado para retomar diariamente as mesmas ou novas situa es Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 133 preciso pedir que as entidades se comprometam realizando acordos elaborando termos de compromissos e de seguran a das informa es a serem compartilhadas na rede No entanto isso ainda n o suficiente A rede precisa dar retorno a fim de melhorar o tra balho de todos Este ser o diferencial o resto s o a es burocr ticas que tamb m precisam acontecer mas n o garantem o funcionamento da estrutura como uma lei aprovada no congresso ela existe mas se ningu m fiscalizar o que realmente est sendo feito ela n o acontece para os cidad os fica retida nos gabinetes nos livros na constitui o trancada atr s das mesas at o pr ximo debate ou elei o Durante os dois anos em que as oito cidades permaneceram mobilizando estruturan do formando e mantendo suas redes sociais elas puderam identificar muitas resist ncias s formas de comunica o eletr nica Os grupos relatam com freq ncia que s obt m resultado na comunica o quando agregam ao e mail um telefonema avisando que man daram o e mail Por mais estranho que isso possa parecer para quem j est inclu do digi talmente o fato de terem sido treinadas e do ponto de vista t cnico estarem aptas para se comunicarem eletronicamente algumas pessoas ainda prec
229. na for a das redes e investiram energia tempo e esperan as em um processo de constru o coletiva De outro lado este lan amento indica o in cio de uma nova fase marcada por novos desafios como a ado o e o uso do software e o processo de transforma o das pr prias organi za es que integram as redes Este livro que um dos frutos do trabalho desenvolvido pela Funda o Telef nica e os oito munic pios que participaram do proje to nos ltimos anos pode servir de alimento para todos que est o envolvidos na constru o e fortalecimento das redes de aten o crian a e ao adolescente Em outras palavras um momento de colheita em que podemos nos fartar de p o para depois nova mente afagar a terra e fecundar o ch o dando continuidade ao processo de transforma o da nossa sociedade Funda o Telef nica Manual de Gest o da Rede 5 O Cio da Terra Milton Nascimento e Chico Buarque Debulhar o trigo Recolher cada bago do trigo Forjar no trigo o milagre do p o E se fartar de p o Decepar a cana Recolher a garapa da cana Roubar da cana a do ura do mel Se lambuzar de mel Afagar a terra Conhecer os desejos da terra Cio da terra a prop cia esta o E fecundar o ch o Funda o Telef nica Manual de Gest o da Rede 6 Apresenta o Ap s 1988 as pol ticas de prote o crian a e ao adolescente no Brasil foram ampliadas para garantir direitos hist
230. ncia da insufici ncia de recursos financeiros e estruturais para o atendi mento de fam lias vulnerabilizadas e em situa o de risco incluindo suas crian as e ado lescentes Al m disso os integrantes do Conselho Tutelar encontraram barreiras junto aos rg os p blicos e tamb m s entidades sociais para a solu o de problemas imediatos Tamb m desejavam uma melhor capacita o para as conselheiras que as adequasse real idade concreta e ajudasse a melhorar a organiza o e a efici ncia do atendimento Na poca o CMDCA convidou v rios t cnicos psic logos assistentes sociais peda gogas e professores de diversas entidades envolvidas com crian as e adolescentes para for marem um grupo que pudesse se reunir semanalmente com o objetivo de dar suporte ao Conselho Tutelar buscando solucionar imediatamente casos emergenciais e propondo v rias a es Esse grupo chamava se Parceiros da Esperan a No grupo eram discutidos os casos e provid ncias eram tomadas num compromisso conjunto e volunt rio facilitando assim os encaminhamentos acompanhamentos e a prote o das crian as e adolescentes Desse grupo resultaram algumas a es importantes para a melhoria do atendimento crian a e ao adolescente tais como a capacita o dos membros do Conselho Tutelar eleito em 2003 o suporte t cnico ao Conselho Tutelar um curso de extens o universit ria sobre Viol ncia sobre o ECA voltado para todos os atores que trab
231. ndo mais transpar ncia Desenvolver novas estrat gias para o fortalecimento da sustentabilidade pol tica e financeira das organiza es e da rede Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 161 came Abaixo temos mais alguns exemplos das atividades desenvolvidas pela Rede de Bebedouro Para a sustentabilidade do projeto a Rede Crian a e Adolescente formada pelas orga niza es governamentais e n o governamentais desenvolveu parcerias com a FAFIBE Senac empresas locais Funda o Telef nica e agora com o BNDES Um exemplo concreto disso acontecer no munic pio de Bebedouro quando adolescentes participantes do proje to Clicando a Vida desenvolvido pelo DCA Desenvolvendo a Crian a e o Adolescente e financiado pela Unimed realizar o uma campanha de conscientiza o sobre as DST o uso de preservativos e a import ncia de procurar o servi o de sa de Acompanhados por edu cadores da ONG os adolescentes percorrer o as regi es das Pra as Monsenhor Aristides da Silveira Leite e Bar o do Rio Branco abordando a popula o e oferecendo informa es sobre como se prevenir das DST AIDS Na ocasi o ser o distribu dos preservativos e folhetos informativos A id ia da campanha surgiu a partir de rodas de discuss o de que esses adolescentes participam O grupo pesquisou tudo sobre doen as sexualmente transmiss veis e par ticipou de muitos debates sobre o assunto Depois para refor ar o conheci
232. net Falta de comprometimento dos atores sociais CONQUISTAS Troca de conhecimento e experi ncias Maior interatividade entre as entidades e as Secretarias Mobiliza es feitas com sucesso Maior participa o dos conselhos Divulga o das a es da Rede por meio da imprensa local Cria o de um site para a divulga o de todas as a es das entidades e organiza es n o governamentais DESAFIOS Aumentar e fortalecer a batalha pela defesa dos direitos das crian as e adolescentes Organizar e promover debates a respeito do atendimento crian a e ao adolescente Criar mecanismos de intera o entre todos os envolvidos com a rede local para fort alecer este movimento Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 175 6 Mogi das Cruzes 6 1 Caracteriza o Mogi das Cruzes o centro vital de sua regi o uma cidade produtora de riquezas mas com fortes desigualdades e concentra o de renda Este quadro faz com que o munic pio seja considerado no ndice Paulista de Responsabilidade Social como pertencente ao grupo 2 munic pios que embora com n veis de riqueza elevados n o exibem bons indicadores sociais um munic pio de grande porte com popula o estimada em 2005 de 361 35 mil habitantes dos quais 128 6 mil s o crian as e adolescentes 6 2 Hist rico da Rede de Mogi das Cruzes O in cio de recupera o na rea da inf ncia e adolesc ncia r
233. niza es que per tencem rede Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 103 Em uma rede a informa o circula livremente emitida de pontos diversos sendo encaminhada de maneira n o linear a uma infinidade de outros pontos que tamb m s o emissores de informa o O importante nesses fluxos a realimenta o do sistema retorno feedback considera o e legitimidade das fontes s o essenciais para a participa o colaborativa e at mesmo para avalia o de resultados e pesquisas preciso investir na profissionaliza o da comunica o para obter resultados dar vis ibilidade e consolidar publicamente o trabalho da rede A divulga o das atividades da rede demanda apoio de profissionais da rea de comunica o social ou jornalismo assessoria de imprensa etc que s o importantes para viabilizar essa parte do trabalho A rea de comu nica o respons vel tamb m pela comunica o interna da publica o de peri dicos dos materiais de divulga o como folders cartilhas revistas e filmes boletins notas em jornais regionais e publica es p blicas A implanta o e manuten o do site da rede tamb m atividade da rea de comunica o A comunica o eletr nica a mais indicada por ser r p ida e atingir a todos as unidades de forma nica O cap tulo da rede eletr nica explora mais este tema sobre o site da rede O bom relacionamento da rede com a imprensa um ponto
234. ns acarretam em nosso cotidiano No entanto o aspecto da rede eletr nica que pretendemos explorar neste manual como essas ferramentas podem con tribuir para fortalecer as a es da rea social dentro do contexto do SGDCA Em projetos de rede de aten o crian a e ao adolescente compreende se a rede eletr nica como uma fer ramenta que viabiliza a comunica o eficiente entre os membros da rede uma via de comunica o que d ao SGDCA as informa es necess rias para uma gest o eficiente e efi caz Tal ferramenta agiliza o trabalho em rede permite maior flexibilidade na din mica e no funcionamento da rede social fortalece os v nculos entre as entidades e institui es e o SGDCA em seu objetivo comum Ao transportar informa es de um ponto para outro a rede eletr nica um recurso tecnol gico que potencializa o trabalho da rede social desenvol vendo as rela es dos que fazem parte dessa rede A rede eletr nica pode ser considerada num quadro b sico como um site para fazer circular todas as informa es das entidades e das a es da rede servindo tamb m como refer ncia de pesquisa sobre o tema um software sistema de informa o que agiliza os atendimentos de forma conecta da entre todos da rede mantendo atualizado o hist rico dessas crian as assim como os dados b sicos das entidades que as atendem Alguns chamam a isso de cadastro eletr nico um centro de diagn stico com informa es sobre a si
235. nsolidar alguns aprendizados dificuldades e desafios do grupo tamb m foi funda mental e este material ajudar na dissemina o da experi ncia Neste trabalho pudemos otimizar os recursos compreender o que cada um podia dar em cada momento para beneficiar o produto final almejado pois afinal temos habilidades diferenciadas Essa perspec tiva do pensar sistemicamente faz lembrar novamente Capra Isso significar a formula o gradual de uma rede de con ceitos e modelos interligados e ao mesmo tempo o desen volvimento de organiza es sociais correspondentes Do mesmo modo nenhuma das novas institui es sociais ser superior ou mais importante do que qualquer uma das outras e todas elas ter o que estar conscientes umas das outras e se comunicar e cooperar entre si CAPRA 1982 p 244 Pudemos evitar armadilhas em que sozinhos teriamos ca do como diz o velho ditado dez cabe as pensam melhor que uma E Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 38 assim aprimoramos o produto final a partir de todos esses olhares respaldados numa credibilidade entre os munic pios uma vez que esta solu o foi desenvolvida com base na realidade de diversas regi es com realidades s cio econ micas culturais de atendimento e matura o da rede diferenciadas A partir dos encontros pudemos agregar valor s a es locais a cada novo encontro novas id ias Respostas que busc vamos ent
236. ntalidade e insubordina o Rede ABDL www abdl org br filemanager fileview 377 POCHMANN M CAMPOS Andr e outros Atlas da exclus o social no Brasil volume 2 din mica e manifesta o territorial 2 ed S o Paulo Cortez 2004 S Lais Mour o Redes para sustentar a vida Rede REBEA 2005 http www rebea org br vnoticias php cod 1087 SARMIENTO Suzana A Rede social como ponto de partida rumo ao desenvolvimento local Rede ABDL SILVA Carlos Ant nio Monitoramento e aplica o de redes DLIS RITS http www rits org br redes teste rd monitora cfm O que s o Redes RITS http www rits org br redes teste rd ogredes cfm SILVA Luiz Ant nio de Paula e Utilizando o planejamento como ferramenta de aprendizagem S o Paulo Instituto Fonte 2000 SOUZA Solange Jobim e PEREIRA Rita Marisa Ribes Inf ncia conhecimento e contempora neidade In Kramer Sonia e Leite Maria Isabel F P orgs Inf ncia e produ o cultural Cam pinas Papirus 1998 SCHLITHLER C lia Redes de desenvolvimento comunit rio iniciativas para a transforma o social S o Paulo Global 2004 MARQUES Walter Ernesto Ude Afinal o que um trabalho em rede Belo Horizonte Bons Conselhos 2006 WITHAKER Francisco Redes uma estrutura alternativa de Organiza o Rede ABDL 1993 http www abdl org br filemanager fileview 378 Funda o Telef nica e Instituto Fonte Desafio do nosso tempo a atua o em
237. nte para os gestores que s o respons veis pela organiza o Com isso a rede tamb m se fortalece pois os profissionais passam a se encontrar e trocar experi ncias criando projetos em parceria Os cursos semin rios simp sios f runs e encon tros s o meios de realizar a forma o continuada na rede Por esses motivos concretizam se tamb m como a es de mobiliza o para o trabalho em rede Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 837 Os semin rios t m por objetivo juntar os atores sociais trazer novos conhecimentos e id ias partilhar experi ncias debater e assim fortalecer a rede Dessa maneira tamb m os v rios eixos da Pol tica de Atendimento Crian a e ao Adolescente devem fazer parte dos temas escolhidos para os semin rios A import ncia de participa o dos jovens nesses eventos como protagonistas est vinculada ao est mulo para o surgimento de novas lideran as Nos cursos mais extensivos h necessidade de estabelecer conte dos m nimos de for ma o capazes de inspirar nos atores as habilidades para o trabalho em rede Esses con te dos est o relacionados principalmente a uma ampla vis o da sociedade do Estado e das pol ticas p blicas Outros conte dos de extrema relev ncia para os atores da rede s o aqueles relacionados compreens o do mundo da inf ncia e adolesc ncia A capacita o um programa continuado de forma o de recursos humanos para
238. o contradi o OK diversidade OK falta de padr o OK Na perspectiva das redes est OK A rede existe como rede expandida Tomando como par metro a mesma perspectiva de rede seria um outro equ voco con ferir especial import ncia ao documento do Manual de Gest o de Redes ou ao sistema inform tico da rede eletr nica Como fatos ou produtos eles n o s o relevantes o s o sim os processos e fluxos que eles promovem ou agenciam Por isso as an lises sobre o documento do Manual que encontram se na origem e conformam este artigo n o s o importantes O que deve merecer aten o o processo n o o documento o agenciamen to da a o n o o resultado dela Nesse sentido h um aspecto crucial das din micas de rede presente aqui que n o pode passar sem men o expl cita e sem uma considera o enf tica de sua vasta poten cialidade O processo de 18 m os que resultou no Manual o mesmo fluxo que agencia a produ o deste artigo e a sua leitura Fazemos parte o texto o autor o leitor da mesma din mica iniciada em 2006 com o pretexto de formatar um software para uso das entidades participantes do Sistema de Garantia dos Direitos da Crian a e do Ado lescente em oito munic pios paulistas ali s din micas deflagradas certamente muito tempo antes Este artigo uma demanda dos atores da rede que produziu o software e o Manual torna se assim parte integrante dessa rede e do que ela faz A le
239. o de sistemas de informa es que efetivamente se transformem em instrumentos de gest o do SGDCA Se um dos principais desafios encontrados no processo de avali a o havia sido a implanta o de redes eletr nicas ent o esse era ent o o ponto que demandava uma revis o por parte da Funda o Telef nica uma revis o Assim foi proposta uma nova estrat gia de atua o acordada com os oito munic pios que iniciavam seus tra balhos construir de forma coletiva um software e criar par metros Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 10 para a implanta o de redes eletr nicas de suporte articula o do SGDCA Construir um m dulo b sico comum a todas as cidades mas que em seu formato modular permitisse que cada munic pio pudesse acrescentar elementos pr prios para atender tamb m suas particularidades Um belo desafio Para dar in cio a este processo foram contratadas 3 consultorias WebUse webuse com br site especializada em processos de comu nica o e de aprendizagem formal e n o formal semi presenciais e a dist ncia Instituto Fonte www fonte org br especializado em gest o do terceiro setor e processos de desenvolvimento individuais e de organiza es W3S www w3s com br especializada em merca do de TI desenvolve solu es baseadas em tecnologias que utilizam o modelo Open Source ou Software Livre cujo c digo fonte aberto a quem se interessar podendo s
240. o diagn stico Ambos partem de um pressuposto fundamental para o planejamento das pol ticas de prote o organizam as informa es por territ rios na cidade Distribuem e agregam os dados por bairros setores regi es dentro da cidade As informa es produzidas e analisadas podem ser mat ria prima para artigos f runs e debates no site da rede eletr nica 4 Desafios da Rede Eletr nica estrat gias de mobiliza o e implanta o Obter sucesso na implementa o da rede eletr nica eis o desafio posto para as oito cidades At ent o as experi ncias que foram estudadas demonstraram quest es estrutu rais consider veis que impediam uma solu o abrangente Essa foi a preocupa o do grupo todo o tempo e motivou um cuidado redobrado para que houvesse na solu o tecnol gica encontrada um di logo permanente entre a rede eletr nica e rede social Criou se na Rede das Redes uma disposi o de todos para superar as barreiras entre os t cnicos que for mulavam os estudos para o software e os coordenadores e t cnicos das reas sociais Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 131 respons veis pela implanta o da rede Cada um precisou superar sua barreira pessoal Os t cnicos de inform tica participaram de debates intermin veis sobre quest es jur dicas pol ticas e de a o social O pessoal da rea social teve de compreender que n o s pedir para fazer do jeito que a gente que
241. o fortalece o relacionamento e a articu la o das organiza es que pertencem rede assim como estreita os la os entre elas e entre os rg os colegiados e executivos Tamb m uma forma da institui o apontar os pontos onde a rede contribui quais ela pode contribuir e o que est faltando na rede Pode ser um espa o para a institui o contar sua hist ria e mostrar o que est realizando para alimentar o site por exemplo 9 Conectividade As liga es na rede s o sustentadas pelos valores e objetivos comuns A id ia de rede como um tecido de rela es e intera es que se estabelecem para atingir finalidades comuns tem nas a es e nos projetos os meios para a intera o O conceito em quest o vem sendo constru do baseado nas experi ncias dos grupos sociais que se organizam para melhor atender as necessidades da vida social cultural material e afetiva Ela abrange espa os geogr ficos pol ticos e sociais espec ficos que contudo tendem a ter mobilidade na medida em que as redes devem estar atentas ao movimento dos grupos e das organiza es sociais 10 Comunica o A comunica o precisa ser entendida como um fluxo de interliga o das a es da rede Com ela se estabelece a comunica o dos rg os executivos da rede com as organi za es que pertencem a ela e das entidades e unidades de servi os umas com as outras A comunica o d ainda visibilidade aos financiadores e promove as orga
242. o mesmo da Prefeitura o Fundo Municipal uma conta p blica ou seja a opera o da rede est fortemente ancorada na gest o p blica municipal Nesse sentido criar leis que formalizem a exist ncia da rede de prote o criar condi es efetivas de sustentabilidade da rede Formalizada em lei a rede ganha garantia de continuidade principalmente porque a elabora o e a aprova o de uma lei dessa natureza demanda ampla mobiliza o pol tica Com essa seguran a institucional a rede diminui os riscos e a instabilidade das a es na pol tica de prote o integral Para ter acesso a exemplos de lei vide documento em anexo e neste link http www cmdiadema sp gov br leis_integra php chave 237504 3 Capacita o forma o de lideran as e meio de mobiliza o As capacita es s o promovidas pela rede para garantir a qualifica o dos profissionais por meio dessa qualifica o poss vel garantir o fortalecimento das organiza es O objetivo que os participantes possam multiplicar na organiza o o que foi aprendido e tamb m melhorar a pr tica em suas a es Na maioria das oito cidades participantes da Rede das Redes os conte dos das forma es foram divididos e direcionados por categorias profis sionais que atuam na rede Em linhas gerais podemos agrup los em tr s reas para os edu cadores que trabalham com a crian a e ou adolescente para t cnicos que atuam com a fam lia da crian a e ou adolesce
243. o no prazo combinado juntamente com uma comunidade no Source Forge http redeca sourceforge net para apoiar o seu desenvolvimento futuro Se a gente fizesse testes em todas as cidades teria gasto muito mais dinheiro organizar os t cnicos para acompanharem os testes em S o Carlos Pensar em capacita es espec ficas Fomentar articula o nacional troca de experi ncias entre projetos da Fun da o do BNDES www bndes gov br Fazer pr lan amento do software em um semin rio Redes e Desenvolvimento da ABDL www abdl org br Recome o Julho de 2008 o software est pronto com toda a documenta o necess ria O Ma nual de Gest o da Rede est escrito e revisado As equipes das cidades est o preparadas para iniciar a implanta o do software Muitas pessoas das entidades locais j participaram de v rios cursos e reuni es preparat rias No fim do m s haver um semin rio sobre redes com centenas de pessoas participando Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 75 Se tiver um grupo formado forte apoiado por uma institui o independente o projeto vai continuar Para saber como continua essa hist ria visite a comunidade virtual da Rede das redes http www promenino org br tabld 76 default aspx url http www promenino o rg br ferramentas index cfm amp id comunidade 65 amp pg comunidade virtuallhome e o portal do Programa Pr Men
244. o que trabalha junto ao CMDCA O eixo da sustentabilidade re ne a es que refor am a visibilidade da rede tanto nos aspectos de recursos financeiros quanto nos de sua exist ncia Por isso a transpar ncia e a fidelidade das a es s o impor tantes para que haja coopera o de parceiros Al m desses fatores campanhas para mobi lizar o aumento de arrecada o do fundo por pessoa f sica ou jur dica s o v lidas Embora os recursos sejam imprescind veis qualquer munic pio pode iniciar seu tra balho de articula o da rede sem aporte extra de recursos A articula o entre os atores da rede demanda trabalho de natureza pol tica e institucional Para a rede eletr nica entre tanto h necessidade de recursos voltados para equipamentos e infra estrutura tecnol g ica A capacita o outra atividade que demanda recursos No entanto a capta o de recursos n o se restringe especificamente a dinheiro As unidades da rede podem receber equipamentos para o seu desenvolvimento institucional e implanta o da rede eletr nica Em casos assim comum que a fonte financiadora exija a celebra o de conv nios para que seja documentado o repasse do equipamento para uma entidade que esteja em dia com as suas a es civis e judiciais Dessa forma a rede ter condi es de requerer o equipamento de volta caso a organiza o deixe de participar do trabalho coletivo Alguns desses acordos e termos para utiliza o dos equipamentos
245. o trabalho no corte manual da cana e a perspectiva da mecaniza o da lavoura da cana A consequ ncia que se avizinha como j foi dito o desemprego no campo In meros trabalhadores recru tados no Maranh o no Piau no Vale do Jequitinhonha na Zona da Mata da Bahia e outras regi es pobres do pa s t m se instalado na regi o Cidades pequenas com crescimento ve Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 149 getativo negativo t m sofrido com o aumento dos alugu is por falta de oferta de moradias populares Profissionais que atendem nos servi os sociais relatam que esses trabalhadores t m vindo sozinhos na primeira safra e quando retornam no ano seguinte trazem a fam lia Temos assistido o aumento da demanda por matr culas nas escolas p blicas nos postos de sa de nos servi os m dicos de urg ncia nos plant es de atendimento social nos f runs com a es de reconhecimento de paternidade pedidos de alimentos etc A mecaniza o da lavoura da cana uma realidade cada dia mais presente e os trabal hadores rurais recrutados como cortadores de cana bem como os agricultores familiares e assalariados rurais t m baix ssima qualifica o Sua coloca o em outros setores da econo mia regional n o ser autom tica Uma das medidas para minimizar os impactos sociais e o aumento do desemprego a capacita o desses trabalhadores e de suas fam lias em cursos profissionalizantes na esper
246. ode contar com o apoio de profissionais para dar suporte t cnico administrativo e financeiro para gerir a rede Algumas redes t m nessa estrutura de apoio profissional de inform tica profissional administrativo profissional de comuni ca o social e assistente social Esta uma estrutura grande que s se sustenta em munic pios maiores Novamente cada munic pio deve escolher seu caminho e estabelecer o perfil de suas estruturas de organiza o da rede em seu regimento interno Na equipe que operacionaliza a rede o profissional de inform tica que d suporte t c nico rede eletr nica na compreens o das oito cidades subordina se ao Gestor da Rede a Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 110 eme menos que o Gestor da Rede seja tamb m o profissional de inform tica que al m das habil idades t cnicas uma lideran a social A esse profissional que cuida da rede eletr nica algumas cidades chamam de administrador da rede eletr nica A instala o da rede eletr nica assim como as articula es da mobiliza o social demandam uma estrutura administrativa m nima O motivo para criar essa estrutura m nima s o as novas atribui es que gera alugar um espa o para o servidor e manter e zelar pelo funcionamento da rede on line Isso demanda um administrador do sistema que fica olhando o computador que faz adapta es no software que faz backup que restaura dados que delibera sob ordens for
247. ogias trazem para a vida das organiza es que comp em o sistema de prote o da crian a e do adolescente s o evidentes As entidades sociais e o poder p bli co n o ser o os mesmos depois de se integrarem numa nova forma de realizar os traba lhos sociais Certamente que as mudan as nunca v m sem resist ncia A rede de prote o da crian a e do adolescente estar on line ligada em tempo inte gral atendendo e fazendo fluir as informa es Essa parte da rede eletr nica n o apenas um cadastro a ser preenchido fora do contexto do atendimento Ela muda a forma de atendimento Da o perigo da resist ncia embora a aceita o seja mesmo um processo a longo prazo que demanda muita energia e capacita o cont nua sobre o assunto Para que os traumas inevit veis sejam minimizados preciso muito di logo permanente entre os envolvidos muito treinamento e suporte t cnico Ter o software sistema de informa o dispon vel para uso livre conseguir computadores para instalar em cada ponto de rede colocar o software para rodar saibam a parte mais f cil Todas as oito cidades t m reser vado recursos e redobrado esfor os para a implementa o do software para capacita o e o suporte t cnico em todos os projetos Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 132 A experi ncia das oito cidades mostra que n o adianta implantar o software e infor mar que ele existe preciso utiliz
248. ogram ticas de efic cia contida cuja aplicabilidade depende em boa medida da discricionariedade do administrador p blico H uma grande dist ncia entre direito reivindicado direito reconhecido ou positivado e direito efetivamente protegido Compreend los como express o dos anseios e desejos humanos como direitos de todos os homens e n o de alguns reconhecer que eles est o postos nos fundamentos que criam e recriam a todo o momento o Estado de Direito S o express es da luta de interesses que se trava na sociedade moderna Em um pa s como o Brasil com toda a sua desigualdade social concentra o de renda e a dualidade econ mica e social pr pria da sua trajet ria de pa s subdesenvolvido a pobreza nega acesso aos direitos fundamentais historicamente conquistados pela humanidade dentre eles os de crian as e adolescentes Ter no pa s um amplo e complexo Sistema de Garantia de Direitos de Crian as e Adolescentes um passo importante em dire o prote o integral A efetividade desses direitos por m demanda luta con stante e capacidade de articula o das for as sociais que militam na rea de inf ncia e Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 58 adolesc ncia Foi o processo de universaliza o dos direitos humanos que permitiu a for ma o de um sistema normativo internacional de prote o da pessoa humana do qual tamb m derivam os princ pios de prote o inf ncia
249. onibilizar t cnicos das entidades para participar dos grupos de forma o De disponibilidade entre n veis de conhecimento sobre inform tica De demora nas licita es Falta de pontos telef nicos Funda o Telef nica Manual de guia Gest o da Rede 160 CONQUISTAS Maior conhecimento dos projetos das entidades Partilha de experi ncias Participa o das Secretarias da Prefeitura Municipal Aprendizado do uso do computador Participa o das entidades para elaborar o cadastro Amplia o de comunica o entre as entidades Realiza o de a es conjuntas Maior integra o dos conselhos Maior inscri o das entidades no CMDCA Apoio da imprensa para divulgar as a es da rede Ter um SITE DESAFIOS Aprofundar a luta para o trabalho conjunto e qualificado Fortalecer e ampliar a luta e a defesa dos direitos da crian a e do adolescente Fortalecer os v nculos com os participantes da Rede das Redes Refor ar e ampliar as alian as com outras redes de organiza es e movimentos sociais do Brasil Redefinir estrat gias e prosseguir o debate sobre a identidade Ongs e Marco Legal Promover debates e divulgar modelos da pol tica de atendimento crian a e ao adolescente Construir posicionamento pol tico sobre a rela o com o setor privado Participar de modo mais incisivo nos processos de democratiza o e do direito comunica o Aprimorar os processos de gest o obte
250. or articula o entre as entidades O diagn stico realizado em 2006 teve como prerrogativa minimizar os problemas de falta de planejamento de pol ticas p blicas baseadas em diagn stico e a falta de co nhecimento da realidade sobre a situa o da crian a e do adolescente principalmente entre a comunidade Neste segundo ano de projeto junto ao apoio da Funda o Tele f nica uma das atividades dar conta de tamb m melhorar outro problema verificado que a aus ncia de um planejamento conjunto e participativo entre as organiza es estabelecendo regras comuns e consensuais o que fortalece o trabalho em rede 4 2 Hist rico da Rede no Guaruj No ano de 2005 a Rede Social S o Paulo desenvolveu um trabalho de articular os diversos setores que formam o Sistema de Garantia dos Direitos da Crian a e do Adoles cente SGDCA de algumas regi es do Estado de S o Paulo e incluiu a regi o da Baixada Santista Foram realizadas diversas atividades para discuss o de como os diversos organis mos realizavam a importante tarefa de garantir os direitos das crian as e adolescentes pre vistos no Estatuto da Crian a e do Adolescente ECA Foram realizadas atividades conjun tas dos v rios munic pios e outras j desenvolvidas nas cidades No Guaruj os encontros geraram diversos frutos culminando com propostas que naquele momento j vislum bravam uma rede eletr nica de aten o crian a e ao adolescente No segundo semestre de
251. oram contratadas tr s consultorias WebUse especial izada em processos de comunica o e de aprendizagem formal e n o formal semi presenciais e dist ncia Instituto Fonte especializado em gest o do Terceiro Setor e em processos de desenvolvimento indi viduais e de organiza es W3S especializada em mercado de TI que desenvolve solu es baseadas em tecnologias que utilizam o modelo Open Source ou Software Livre cujo c digo fonte aberto podendo ser estudado modificado aperfei oado e distribu do gratuitamente Entre 2006 e 2008 esse foi o principal investimento da Funda o Telef nica nessa linha de apoio Diversos encontros presenciais e vir tuais com coordenadores dos projetos e t cnicos envolvidos foram necess rios Os eventos eram sempre marcados pela preocupa o de aproximar as demandas da rea tecnol gica com as necessidades efetivas da rea social Em 2008 os primeiros resultados do trabalho desenvolvido come aram a aparecer o software livre sistema de informa o m dulo b sico est pronto para operar nas localidades e j pode aceitar novos m dulos e aportes Os manuais elaborados para apoiar os munic pios que desejam formar suas redes tamb m est o dispon veis O objetivo agora acompanhar a implanta o dessa Rede Eletr nica e ampliar a comunidade Rede das Redes Saiba mais Conhe a como foi esse processo do primeiro encontro concretiza o do software no link pa
252. oricamente con quistados O Estatuto da Crian a e do Adolescente como uma das mais avan adas legisla es nessa rea tem produzido in meras mudan as nas formas de agir dacomo a fam lia da sociedade e do Estado devem no sentido da garantiar dos direitos s crian as e aos adolescentes As comunidades locais cCComp em oesse novo cen rio de garantia de direitos as comunidades locais respons veis que s o em larga medida pela prote o integral e pelo comando do Sistema de Garantia dose Direito dae Crian as e do Adolescentes por meio da fam lia do Estado e da Ssociedade Prote o que vem demandando trabalho em rede forma de organiza o coletiva e horizontal em que onde os in meros atores compartilham responsabilidades e dividem compet ncias Desse modo formular e implementar pol ticas de pro te o da inf ncia e adolesc ncia antes de tudo organizar trabalho em Rede Em 2008 o ECA completou sua maioridade Muito j foi feito mas v rias diretrizes que ali se encontram ainda dependem de uma longa jornada para se concretizar o trabalho em rede nesta rea da inf ncia e juventude uma delas Sabemos que h poucas sistematiza es de experi ncias sobre este tema algumas redes no pa s completaram apenas dez anos de atua o ainda s o crian as Por esse motivo o intuito do texto que se segue o de dar mais um passo na caminhada do trabalho em rede para o desenvolvimento local e fortalecimento das
253. orma es sejam transmiti das com seguran a e oferecer um acompanhamento gil Uma das solu es encontradas pela comunidade Rede das Redes foi o fortalecimento da Rede Eletr nica com a finalidade de estreitar e aumentar o fluxo de comunica o entre os atores envolvidos em cada Rede Social Definiu se ao longo de dois anos de trabalho que a Rede Eletr nica seria dividida em tr s eixos para auxiliar na garantia inte gral dos direitos da inf ncia e adolesc ncia Site para circular todas as informa es das entidades e das a es da rede servindo tamb m como pontos de pesquisas sobre o tema Software sistema de informa o para agilizar os atendimen tos de forma conectada entre todos da Rede manter dados e hist ri co dessas crian as atualizados assim como das entidades que as atendem etapa conhecida tamb m por cadastro eletr nico Diagn stico com informa es sobre a situa o da inf ncia e juventude no munic pio para subsidiar o CMDCA na estrutura o de melhores pol ticas p blicas voltadas inf ncia e juventude Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 30 Pr requisitos para que a Rede Eletr nica saia do papel Para a Rede Eletr nica funcionar devidamente preciso que esteja em sintonia com as a es de mobiliza o e sensibiliza o dos atores da Rede Social Dessa forma preciso investir nas capaci ta es para uso do software do site e para e
254. orma n o linear e do qual n o se conhece muito bem onde come a e onde termina Por outro lado uma institui o como uma empresa uma ONG um rg o estatal se administra com muita efici ncia no caso de uma boa gest o ou nenhuma esse tipo de organiza o que foi e objeto das teorias da adminis tra o n o redes Os cl ssicos manuais de gest o derivam da tradi o gerencialista O documento analisado aqui certamente tribut rio dessa tradi o chega a descrever as compet ncias e habilidades de um gestor com base num presumido car ter institucional da rede Trata se decerto da decorr ncia de uma avalia o contextual o documento trata de redes de organiza es locais de atendimento crian a e ao adolescente vinculadas a inst ncias p blicas de delibera o conselhos de direitos todos entes de inelut vel configura o institucional A op o por uma abordagem gerencialista da rede justifica se pelas condi es concretas da a o coletiva Contudo tal op o n o deixa de ser tamb m a reitera o de um antigo paradigma Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 46 a produ o de sentido social que viabiliza os sistemas de informa o Nesse sentido o documento a express o fiel dos dilemas das contradi es e dos desafios presentes na experi ncia concreta de quem tenta busca e batalha por fazer rede no Brasil De um lado estamos s voltas com os mo
255. os nos atendimentos dos Conselhos Tutelares no Sistema de Justi a na Seguran a P blica b da popula o e a s cio economia do munic pio c do sistema de atendimento governamental e n o governamental d das pol ticas sociais b sicas edu ca o sa de cultura lazer esporte e assist ncia fam lia e das pol ticas de prote o pro gramas de abrigo v timas de viol ncia dom stica medidas s cio educativas situa o de rua e trabalho infantil Al m de outros dados espec ficos e relevantes para inf ncia e ado lesc ncia de cada realidade local Nos debates entre as oito cidades esse foi um tema muito discutido mas que ainda precisa amadurecer Nesse contexto algumas cidades contrataram servi os de terceiros que realizaram um diagn stico para subsidiar o trabalho das suas redes Mesmo com muitas informa es dispon veis as cidades que contrataram diagn sticos apontam para a inexist ncia de informa es importantes que n o est o dispon veis S o dados que s podem ser apurados pelas unidades prestadoras de servi os na sistematiza o do atendi mento s crian as e adolescentes defici ncias que pretendemos ver superadas com a implanta o da rede eletr nica Mas para esta conex o acontecer precisamos ainda de muitos estudos e aprendizado Um passo de cada vez Entretanto por mais est tico que seja um diagn stico contratado por mais que ele retrate um momento das condi es de vida das crian
256. os atores da rede podem acess lo a partir de um computador as especifi ca es m nimas podem ser lidas na ntegra nos arquivos abaixo indi cados O REDECA roda nos sistemas operacionais Windows e Linux e em navegadores Firefox e Internet Explorer Mais informa es sobre especifica es t cnicas est o no Manu al T cnico de Instala o do Software no Manual do Usu rio do Soft ware e no Guia de Boas Pr ticas de Infra Estrutura Tecnol gica disponibilizados em anexo Alguns desafios Ter sucesso na implementa o da Rede Eletr nica este era o desafio posto para as oito cidades e a Funda o Telef nica Durante o processo de desenvolvimento do REDECA experi ncias de sistemas de outros munic pios foram estudadas e revelavam fragilidades estruturais consider veis que as impediram de conseguir uma solu o abrangente Essa foi uma preocupa o do grupo que todo o tempo motivou um cuidado redobrado para que houvesse na solu o tecnol gica um di logo permanente entre a Rede Eletr nica e Rede Social Criou se ent o na comunidade Rede das Redes uma disposi o de todos para superar as barreiras entre os t cnicos que formulavam as solu es para o software e os coordenadores das reas sociais respons veis pela mobiliza o da Rede Social Cada qual precisou superar obst culos de natureza pessoal Os t cnicos de inform tica participaram de debates intermin veis sobre quest es jur dicas pol tica
257. os servi os que temos a disposi o no munic pio Qual a condi o de vida de crian as e adolescentes que vivem no munic pio Como potencializar programas de sa de dentro do SGDCA Como melhorar a efici ncia do Conselho Tutelar Como a rede pode contribuir para o cumprimento do ECA Como combinado a cidade que sediou o encontro no caso Mogi das Cruzes tam b m apresentou o trabalho que serviu de caso para a aprendizagem dos partici pantes A mobiliza o da rede local Rede Mogi da Crian a e do Adolescente www secidas pmmc com br rede que foi iniciada em 2001 e lan ada formalmente em 2006 tinha como base quatro grupos de trabalho visibilidade das a es da Rede Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 65 capacita o fluxo de atendimento e primazia dos direitos Enquanto acontecia a refor mata o do plano diretor da cidade estava em andamento um processo de capacita o de profissionais das entidades e um diagn stico da prote o integral no munic pio www kairos srv br dpimogi A rede tamb m passou a fazer parte da Rede Social S o Paulo www redesocialsaopaulo org br Com base no trabalho de Mogi concluiu se que um equ voco pensar que o site portal ir resolver garantir o funciona mento da rede social porque a tecnologia uma ferramenta auxiliar Pode ser um erro n o se ancorar em inst ncias inferiores de governo para que su
258. ossibilidades de atendimento s necessidades da inf ncia e da adolesc ncia de cada localidade Assim poderemos levar muito mais a s rio o prov rbio africano de que preciso uma aldeia inteira para cuidar de uma crian a Uma aldeia que agora estar conectada em padr es abertos com softwares livres que capaz de aumentar sua intelig ncia cooperativa recombinando as melhores experi ncias em solu es criativas e adequadas a cada realidade Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 37 Considera es finais A ess ncia deste trabalho foi aprender com os problemas do dia a dia que nos apareceram como oportunidades de criarmos algo novo necessit vamos desta solu o era algo latente Essa mesma ess ncia tem a ver com o di logo conversa entre pessoas e aprender com a nossa pr tica De respeitar os processos as etapas de cada fase planejamento dos encontros gest o das expectativas paradas para avalia o e realinhamentos momentos espec ficos de GTs Gru pos de Trabalhos consensos abertura para discuss o de quest es individuais de cada munic pio De navegarmos a partir da nau mais lenta A vontade de trabalhar em prol de uma causa maior ir al m do previsto da jornada estrita de trabalho A colabora o respeito dig nidade mod stia responsabilidade vontade de dar certo o fato de termos menos consci ncia do EU e mais do COLETIVO A sistematiza o do conhecimento para co
259. otal do ECA al m de informa es recolhidas a partir de di logos com secretarias e pesquisas de dados oficiais Para saber mais acesse http www kairos srv br diagitapeti apresentacao htm Koga Dirce Medidas de cidades entre territ rios de vida e territ rios vividos S o Paulo Cortez 2003 Mapa da exclus o inclus o da cidade de S o Paulo S o Paulo Cedest 2000 2002 Mapa da vulnerabilidade social de fam lias da cidade de S o Paulo CEM CEBRAP SAS PMSP 2003 Campos A Pochmann M Amorim R Silva R Atlas da Exclus o social no Brasil volume 2 S o Paulo Cortez 2003 IBGE IPEA Funda o Jo o Pinheiro e PNUD ONU Novo Atlas do desenvolvi mento humano no Brasil Bras lia IBGE IPEA JP PNUD ONU 2002 Pochmann M Campos Andr e outros autores Atlas da Exclus o Social no Brasil volume 2 din mica e manifesta o territorial 2 ed S o Paulo Cortez 2004 Estas s o algumas das metodologias com que o grupo travou contato nesses dois anos de trabalho Isso n o quer dizer que h uma ou outra regra pontual que devamos seguir N o S o refer ncias maneiras de fazer que gostar amos de compartilhar para que outras pessoas tamb m se apropriem do conhecimento Outras metodologias podem ser aqui apresentadas para aprendermos e trocarmos ainda mais O diagn stico al m de ser um Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 96 potente instrumento d
260. portem mudan as governamentais A sustentabilidade da rede social e da rede eletr nica envolve emancipa o de conhecimento n o ficar dependendo de consultorias capta o constante do Fundo mobiliza o constante em f runs e eventos para cuidar da motiva o dos atores manter a chama acesa abertura a parceiros novos clareza e simplicidade nas ferramentas tecnol gicas utilizadas Pode ser um erro n o mobilizar a sociedade civil pois ela precisa reconhecer a Rede e ela gera press o pol tica O aprendizado acaba fazendo com que o movimento se multiplique A tecnologia tende a resolver seus problemas o problema operar todos os setores envolvidos localmente como eles v m raciocinar juntos Ainda em Mogi o grupo preparou se para fazer uma matriz de demanda da realidade social de cada munic pio dos interessados e um mapa da infra estrutura tecnol gica operacional t tica e estrat gica vide documentos em anexo A matriz de demanda tinha como principal fun o orientar um contato direto com cada uma das enti dades institui es para conhecer sua demanda bem de perto O envio de uma matriz de demanda para as institui es sem contato direto com elas produziu um resultado pouco satisfat rio Estrat gias mais interativas como din micas de grupo e visitas feitas por algu Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 66 mas cidades pro
261. que eram t o mec nicas que m quinas podiam faz las funcionar n o apenas seres humanos Isso um computador n o mesmo uma m quina capaz de fazer funcionar uma linguagem t o r gida e ao mesmo tempo t o boba Elas foram feitas r gidas e bobas porque eram m quinas que tinham que fazer funcionar essas linguagens N o podemos expressar muitas coisas com essas linguagens a n o ser coisas puramente l gicas Sabemos que a lin guagem humana ultrapassa a l gica e por isso que os primeiros computadores eram t o dif ceis de usar Mas depois softwares e interfaces foram desenvolvi dos camadas de linguagens e conven es camadas de softwares que tornaram mais flex vel essa rigidez l gica das m quinas Surge o Personal Computer o PC N o apenas os especialistas podiam fazer os computadores funcionarem mas tamb m usu rios comuns que n o eram profissionais Em seguida conseguimos fazer com que os computadores se comunicassem uns com os outros gra as a normas comuns que s o conven es Tais normas comuns s o as normas da Internet Na etapa seguinte o HTML e assim por diante N o apenas con seguimos trocar e mails e arquivos mas pudemos interconectar por links e hipertextos todos os documentos que estavam nos computadores Resgatando a hist ria desses acontecimentos lembramos que a Internet surgiu na d cada de 1960 em plena Guerra Fria em meio ao cen rio da disputa de hegemonia pol ti co econ mica entre EUA x
262. r que o computador automaticamente resolve Nada autom tico e a cada demanda da rea social uma opera o complexa na rea t cnica precisa ser desencadeada N o sem motivo que muitos sistemas acabam sendo insuficientes In meras ini ciativas governamentais na cria o de sistemas de informa es nas reas sociais t m sofrido percal os na implementa o Especificamente na rea de inf ncia e adolesc ncia o ECA j tem 18 anos e ainda n o foi poss vel incorporar novas tecnologias de informa o que potencializem a gest o e o trabalho em rede voltados ao SGDCA Esse foi o motivo pelo qual a Rede das Redes optou por um software modular livre e disponibilizado como uma vers o b sica pass vel de ser adaptada a qualquer regi o e com capacidade para que cada munic pio a partir da vers o b sica fa a as adequa es necess rias s especifici dades da sua rede O m dulo b sico est em permanente constru o e seu sucesso depende dessa colabora o Qualquer sistema que venha a ser produzido depender da colabora o dos atores da rede N o vai haver comunica o se os atores assim n o o desejarem A mudan a tec nol gica introduz mudan a no padr o de trabalho transforma a organiza o do trabalho e ent o tudo no entorno se altera Estamos falando de uma nova maneira de produzir tra balho social de uma nova divis o das fun es mediada pela tecnologia As interfer ncias que essas tecnol
263. r refer ncias e n o regras para estes processos Sem a pretens o de produzir um receitu rio posto que a forma o de rede processo social cultural e pol tico e cada qual tem suas especificidades os grupos das oito cidades sentem se vontade para afirmar que alguns passos s o indispens veis e portanto per corr los ajuda na estrutura o das redes locais O esfor o de sistematiza o das experi n cias foi no sentido de n o somente identificar o que havia em comum entre as oito cidades mas tamb m de ressaltar as etapas consideradas essenciais para o fortalecimento da rede O debate central nos v rios encontros da Rede das Redes girou em torno de um fazer que pudesse auxiliar na supera o das a es fragmentadas de prote o de crian as e ado lescentes fato comum em todas as oito cidades participantes Independentemente do tamanho das caracter sticas econ micas culturais e sociais e das peculiaridades de cada um dos oito munic pios as etapas aqui descritas foram consideradas necess rias e estive ram sempre norteadas pela busca da prote o integral de crian as e adolescentes Cada cidade enfrentou a seu modo a realidade local para implantar sua rede e isso fica claro no relato das experi ncias pr ticas onde todas elas contam suas hist rias A id ia de chamar este material de manual pretendeu caracterizar um texto simples uma narra tiva de experi ncias que reconstru sse o trajeto desde o in
264. ra o cap tulo 1 na barra lateral esquerda Como mobilizar e manter uma Rede O ECA completou sua maioridade 18 anos em 2008 ainda uma legisla o jovem cuja trajet ria at o presente aponta para um Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 2 futuro promissor Se o tema da garantia dos direitos de crian as e adolescentes novo no pa s n o de se estranhar que muitas redes sociais voltadas a essa finalidade tenham apenas uma d cada de exist ncia Os desafios s o muitos mas as experi ncias daqueles que j est o frente neste longo caminho em prol de uma inf ncia e uma juventude brasileiras mais protegidas ajudam a guiar as redes que acabaram de nascer as que est o por surgir ou ainda as que t m mais bagagem mas que precisam se fortalecer Sem a pretens o de produzir um receitu rio mas levando em conta sua hist ria as oito cidades se sentem vontade para afirmar que alguns passos s o indispens veis e que percorr los ajuda efeti vamente na estrutura o das Redes locais O esfor o de sistematiza o das experi ncias acontece no senti do de identificar o que existiu em comum entre as oito cidades e tam b m de ressaltar as etapas que julgamos essenciais para o fortaleci mento de uma rede Nossa inten o compartilhar os aprendizados e desafios observados ao longo do processo O debate central nos v rios encontros do grupo Rede das Redes ocorreu durante do
265. raba lham nas entidades e nos servi os de atendimento direto a crian as e adolescentes Tam b m os profissionais que atuam na assist ncia social s o mobilizados rapidamente Por m quando a rede busca seus interlocutores nas outras pol ticas p blicas da rea social as primeiras resist ncias surgem Na educa o esporte lazer nem sempre a ades o imedia ta Na rea da sa de as resist ncias se ampliam Poucas s o as lideran as da sociedade ci vil de outras reas que participam da rede Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 8 Mobilizar todos os atores sempre uma etapa muito trabalhosa que precisa ser rea lizada de forma permanente Quando a comunidade se envolve e a rede se torna expandi da os resultados do trabalho ganham outra dimens o O debate amplo abre espa o para novos saberes novas op es solu es criativas e novas lideran as As solu es ganham subst ncia o preconceito diminui a responsabiliza o da comunidade aumenta Existe uma diferen a entre atores da rede e lideran as da rede Quando a refer ncia feita a atores que participam da rede o que se est caracterizando s o todas as pessoas e orga niza es participantes dela o que diferente de lideran as que atuam na rede Ou seja se os atores s o todos as lideran as s o aquelas que de alguma forma influenciam no com portamento dos outros e com isso ajudam na mobiliza
266. rama inicial estava vencendo alguns dos projetos das cidades foram renovados pela Funda o Telef nica de modo a assegurar condi es para a continuidade do trabalho Isso tamb m representou uma revis o da lideran a que a pr pria Funda o estava exercendo a qual ganhou for a e qualidade com a defini o de que uma profissional da equipe se dedicaria em tempo integral coordena o a fim de poten cializar a intera o com e entre as lideran as das cidades Havia agora um centro mais bem definido na din mica do processo Come ava a surgir um grupo de trabalho engajado e capaz de alcan ar o n vel de profundidade e de detalhamento necess rios Em S o Paulo julho de 2007 mais uma vez representantes de todas as cidades se reuniram para conversar com base em algumas convic es Concentrar em partes b sicas do software Esse m dulo b sico n o vai aten der a todas as necessidades de todas as cidades O papel da Funda o contribuir para o cora o do software e oferecer condi es para os m dulos espec ficos Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 73 Momento de fecharmos um ciclo e come armos outro O software vai contemplar a prote o integral n o s a prote o especial ser modular e flex vel agilizar encaminhamentos promover o conhecimento da realidade para influenciar pol ticas p blicas contribuir para a melhori
267. rasileiros nos deparamos com uma luta contra a nefasta rede de burocracia que incorpora os maus h bitos usos e costumes hist ricos das fracassadas pol ticas do passado E a favor da rede de cidadania pela qual se batem os operadores da rede fim que a rede social de prote o integral a crian as e adolescentes e da rede meio que a rede eletr nica posta em din mica com o patroc nio da Funda o Telefonica Os fins os juristas dizem a teleologia da rede social de garantia de direitos da crian a e do adolescente s o a organiza o municipal tripartite do sistema de prote o integral devido ao princ pio constitucional da descentraliza o pol tico administrativa Ela composta da inst ncia que delibera sobre a pol tica local que o Conselho Municipal dos Direitos da Crian a e do Adolescente da inst ncia que executa os programas de prote o que a Assist ncia Social e a inst ncia que controla a garantia dos direitos individuais que o Conselho Tutelar Assim deve ser para que a crian a viva em conviv ncia familiar e comunit ria E viva com orienta o e apoio s cio familiar E tenha meios mantidos pela organiza o pol tico administrativa local com a participa o comunit ria em conselhos deliberativos e contro ladores das a es para termos efetivados nossos direitos quando estes forem amea ados ou violados Em todos os munic pios brasileiros temos muito a aprender nessa luta em que mu
268. rco zero da capital localizado na Pra a da S Seus principais acessos s o Rodovia Federal Regis Bittencourt BR 116 Rodovia Estadual Estrada Amando Salles Estrada Prefeito Bento Rotger Domingues e Estrada M Boi Mirim Seu crescimento ocorreu de forma desordenada principalmente nos territ rios que precisam urgentemente de a es para combater a exclus o social Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 173 5 2 Hist rico da Rede de Itapecerica da Serra A rede rea de prote o total em Itapecerica da Serra denominada Rede Adoleta um projeto da Secretaria de Inclus o e Desenvolvimento Social da Prefeitura Municipal de Itapecerica da Serra com apoio da Funda o Telef nica O projeto foi criado com base no ECA Estatuto da Crian a e do Adolescente que em seu quarto artigo disp e que direito da Fam lia da comunidade a efetiva o dos direitos referentes vida sa de alimen ta o profissionaliza o educa o ao esporte ao lazer cultura dignidade ao respeito liberdade e conviv ncia familiar e comunit ria O projeto Rede Adoleta que antes chamava se Rede reas de Prote o Total teve in cio em 2005 no munic pio atrav s de articula o entre as a es governamentais e n o go vernamentais Durante esse per odo foram criadas junto comunidade 4 reas de Prote o Total envolvendo 15 mil crian as e adolescentes residentes nas regi
269. rede no Siste ma de Garantia de Direitos da Crian a e do Adolescente S o Paulo 2006 Li es aprendidas capitaliza o da experi ncia da Rede Amiga da Crian a no Maranh o 2003 2005 Maranh o Terre des Hommes 2006 Refer ncias na Internet Www recria org br www recab sp gov br Bebedouro SP www kairos srv br Kair s Desenvolvimento Social http www centrodametropole org br mapa html Mapa da Vulnerabilidade Social do Muni c pio de S o Paulo Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 190 ace www inter redes org br A Inter Redes um espa o de articula o de redes e f runs de organiza es da sociedade civil brasileira que atuam de diversas formas e em diversos temas para o fortalecimento da esfe ra p blica promo o de direitos e proposi o de pol ticas www redeamigadacrianca org br Experi ncia Rede Amiga da Crian a Maranh o www crisbrasil org br Direito comunica o na sociedade da informa o WWWw apc org Associa o para o Progresso das Comunica es www cidade usp br blog Cidade do Conhecimento USP www gife org br Grupo de Institui es Funda es e Empresas www rebea org br Rede Brasileira de Educa o Ambiental www rededlis org br Desenvolvimento Local Integrado e Sustent vel www rits org br Rede de Informa o do Terceiro Setor Www setor3 com br Site sobre o Terceiro Setor
270. ritos em que o Conselho Municipal de Assist ncia Social entrar com sua senha Os Programas da Abrinq www fundabring org br ppac destinados aos Gover nos Municipais trazem um roteiro que deve ser preenchido Nele s o solicitadas in meras informa es sobre a crian a e o adolescente e o que acaba sendo pro duzido um mapa das condi es da inf ncia e adolesc ncia na localidade um bom ponto de partida para iniciar o diagn stico Ara atuba optou por um amplo programa de capacita o dos membros da rede e como etapa da capacita o o estudo dos indicadores s cio econ micos de Ara atuba Trabalharam na elabora o de um diagn stico situacional da inf ncia e adolesc ncia agregando s an lises in meros indicadores dispon veis Uti lizando as salas de inform tica do Centro Universit rio UNITOLEDO os membros da rede tiveram oportunidade de buscar os dados dispon veis sobre Ara atuba para subsidiar o diagn stico situacional A capacita o teve como atividade pr ti ca a elabora o do diagn stico O resultado ainda que limitado quando con frontado com diagn sticos complexos que podem ser adquiridos pelo munic pio foi adequado s necessidades da rede e apropriado pelos seus membros A partir do diagn stico foi formulado um Plano de Aten o Integral s Crian as e aos Adolescentes de Ara atuba para os pr ximos cinco anos com revis es anuais Documento que passou a ser a agenda de trabalho da Red
271. ropriar e modific lo de acordo com o que se necessita Claro que tecnicamente nada t o simples assim mas foram tomados cuidados como desenvolv lo numa linguagem que muitos t c nicos conhecem e com todas as instru es de instala o e conceitos que o baseiam fican do assim muito mais f ceis esses outros aportes Um ponto muito importante que toda documenta o referente aos seus conceitos t cnicos e sociais est reunida neste conjunto de manuais e software Sem esses cuidados n o ter amos possibilidade de multiplica o dessa iniciativa Al m das documenta es que sustentam a concep o do software as for mas de opera o dessa parte da rede eletr nica est o detalhadamente descritas no Manu al T cnico de Instala o do Software e no Manual do Usu rio do Software que podem ser acessados nos documentos em anexo Vale lembrar que quest es como seguran a das informa es e sigilos nos casos em que essa demanda existe foram levados em considera o e muito discutidos pelo grupo Rede das Redes Primeiramente o fato do software ser livre significa que seu c digo fonte ou seja a estrutura em que foi pensado seu esqueleto est liberado para qualquer pes soa acessar copiar modificar Isso n o significa que as informa es de crian as e adoles centes usu rios dos servi o tamb m podem ser acessadas N o H toda uma pol tica de acesso e privacidade das informa es que foi exaustivamente disc
272. ros e consigo mesmo Para ressaltar o que se considera positivo e esperado pelas pes soas envolvidas recomenda se a divulga o de pr ticas atitudes e a es bem sucedidas do ponto de vista tico Uma sugest o para ajudar no acompanhamento seria a cria o de uma comiss o de tica na rede n o com a tarefa de julgar a a o das pessoas mas com atribui es de acom panhar as decis es que est o sendo tomadas pela rede os fluxos e qualidade de atendi mento e principalmente o sigilo que est sendo estabelecido A principal atribui o da comiss o acompanhar as pr ticas e a es desenvolvidas Trata se pois de um grupo de pessoas que se dedica com mais profundidade a acompanhar do ponto de vista tico as a es da rede Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 140 Usu rios Consideram se usu rios desse c digo as crian as e adolescentes atendidos pela rede bem como suas fam lias As crian as e os adolescentes s o sujeitos de direitos indiv duos que est o em uma fase peculiar de desenvolvimento A sistem tica de atendimento deve portanto considerar as diferen as individuais as condi es de cada adolescente e de cada fam lia com suas especificidades Crian as e adolescentes s o prioridades para a fam lia a sociedade e o estado brasileiro O conjunto de atores que participam de seu atendimento amplia a complexidade das quest es ticas Cabe aos operadores da rede no at
273. s cio educativas situa o de rua e trabalho infantil e ainda dados do sistema do atendimento governamental nas pol ticas sociais b sicas existentes no munic pio sa de cultura educa o esportes lazer assist ncia O trabalho com indicadores envolve conhecimento t cnico algumas vezes muito espec fico Para promover uma vida digna para crian as e adolescentes necess rio acionar in meros setores sociais e cada um desses setores envolve um conhecimento espec fico O diagn stico acaba traduzindo uma complexidade que pr pria do sistema de prote o Por esse motivo preciso fixar a coleta de dados s informa es essenciais de cada rea A quest o portanto n o comprar um bom diagn stico Mesmo que isso seja feito ainda assim preciso preparar os atores do sistema para trabalhar com o diagn sti co posto que ele subsidia as decis es colegiadas da rede como j mencionado o segre do est na apropria o desses dados pelas pessoas que fazem o SGDCA acontecer na pr ti ca Todos precisam aprender a ler os indicadores preciso capacita o para desenvolver essa habilidade na rede e emancipar seus atores para terem o dom nio da informa o O diagn stico al m de direcionar a a o da rede ainda permite avaliar o que a pol tica est fazendo na rea A informa o produz empoderamento d poder a quem conhece e rea liza o trabalho na pr tica Esse o motivo que leva as oito cidades
274. s devem estar envolvidas com os acontecimentos falar a mesma linguagem e ter bem clara a sua miss o Al m disso uma equipe articulada fundamental para o trabalho em rede O gestor tem como uma de suas principais atribui es a de manter sua equipe articulada e envolvida 3 3 5 Monitorar Resultados Para garantir que a rede est cumprindo o papel a que se prop e importante haver um monitoramento constante dos resultados das a es planejadas O gestor a pessoa que deve ter em mente essa preocupa o definindo os indicadores que ser o usados para essa avalia o e usando os como controle de qualidade Ele deve igualmente saber identificar onde e quando ocorrem as defici ncias e definir solu es para melhor las 3 3 6 Manter a qualidade e otimizar recursos de fundamental import ncia que o gestor consiga alcan ar as metas com qualidade e otimiza o dos recursos ou seja aproveitando ao m ximo os recursos materiais e humanos dispon veis 3 3 7 Cumprir o Regimento da Rede aprovado por sua comunidade O regimento pode reunir dentre outros os seguintes temas a Defini o do prazo de mandato do Gestor es da Rede b Descri o das responsabilidades do Administrador do Software sistema de infor ma o em rela o ao usu rio c Quem ir administrar o software sistema de informa o em n vel local d Como as entidades dever o escolher o Gestor da Rede e Como deve ser o perfil do Administra
275. s o seus integrantes por meio da qualidade de seus m ltiplos relacionamentos Portanto o C digo de tica s ganha materialidade nas a es das pessoas Acompanhamento Acompanhar processos de mudan a n o uma tarefa simples O que medir como medir como ponderar s o crit rios que geralmente exigem um esfor o de planejamen to consider vel Num terreno mais abstrato como o da implementa o de valores tais dificuldades s o amplificadas O acompanhamento do comportamento moral requer reuni es peri dicas de avalia o e feedback evitando se formas injustas de patrul hamento dela es ou outras pr ticas que venham a invadir a privacidade dos envolvidos disseminar a paran ia e a desconfian a portanto fundamental a discuss o sobre o C digo sua implanta o funcionamento e acompanhamento Exceto em casos que envolvam viola es flagrantes de normas sociais mais amplas discrimina o racial fur to apropria o ind bita ass dio sexual etc as pessoas n o t m muita consci ncia de que seu comportamento pode n o estar sendo o mais adequado Com isso ao serem con frontadas com uma cr tica tendem a reagir mal o que ressalta a import ncia do C digo n o como um cumprimento de regras mas como um conjunto de orienta es internal izadas essenciais para o bom e correto desenvolvimento de um determinado trabalho um pacto entre as pessoas que seja capaz de pautar as atitudes de um na rela o com os out
276. s primeiros a serem reivindicados partem da id ia de que o homem enquanto tal tem direitos por natureza os quais nem mesmo o Estado pode lhe subtrair Os direitos sociais surgem quando podem ser protegidos no mbito do Estado que os reconhece S o direitos do cidad o n o mais do homem e precisam da a o do Estado para serem realizados nesse contexto de direitos sociais que vamos encontrar a maioria dos direitos que comp em o Sistema de Garantia dos Direitos da Crian a e do Adolescente SGDCA A Declara o de 1948 torna esses direitos universais a todos os homens Quando reconhecidos pelas Constitui es positivados esses direitos passam a ser pro tegidos judicialmente ganhando for a para sua efetiva o Quando al ados a um acordo da Comunidade Internacional tem in cio um processo importante que formar valores mundi ais e exercer influ ncias no sentido de garantir direitos para a vida humana no planeta Os direitos sociais ligados diretamente s garantias de um Estado provedor do bem estar social cuja finalidade melhorar a qualidade de vida dos menos favorecidos t m enfrentado in meras barreiras para sua implementa o nas na es menos desenvolvidas Em muitos pa ses os direitos sociais ainda que positivados n o s o considerados como ver dadeiros direitos fundamentais concep o refor ada pelas teorias de aplicabilidade das normas constitucionais onde os direitos sociais s o meras normas pr
277. s Conex es Ocultas Ci ncia para uma vida Sustent vel S o Paulo Cultrix 2005 CASTELLS Manuel A Sociedade em Rede A Era da Informa o S o Paulo Paz e Terra 1996 DELEUZE G O que um dispositivo In Michel Foucault Philosophe Rencontre International Paris Deux Travaux Seuil 1988 FOULCAULT Michel Microf sica do Poder Rio de Janeiro Graal 1979 MATURANA Humberto e VARELA Francisco Autopoiesis and Cognition the realization of the living Boston D Reidel Publishing Company 1980 WENGER Etienne Communities of Practice in Helathcare Forum Journal Cambridge Cambridge University Press 1996 WELMAN Barry org Networks in the Global Village Colorado Westview Press Boulder 1999 PASSOS Eduardo e BARROS Regina Benevides Cl nica pol tica e as modula es do capitalismo Revista Lugar Comum Rio de Janeiro Revan 2004 PELBART Peter P l Vida Capital in Ensaios de biopol tica S o Paulo Iluminuras 2003 1 Nas palavras de Margareth Wheatley e Myron Kellner Rogers te ricos da organiza o Capra 2005 Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 2 em m Rede eletr nica O que uma Rede Eletr nica e como se relaciona com o SGDCA N o importa de onde venha a crian a e o adolescente Eles pre cisam de pronto atendimento precisam que seus direitos sejam rapidamente garantidos Mas como fugir da burocracia que acom panha esses tr mites fazer com que as inf
278. s abaixo alguns desses indicadores Mortalidade infantil bitos at um ano de idade para cada mil nascidos vivos 14 91 Baixo peso ao nascer de nascidos com peso inferior a 2 5Kg 9 06 Pr Natal Insuficiente de nascidos cujas m es realizaram menos de sete consultas pr natal 45 79 Gravidez Precoce de nascidos vivos de m es com at 19 anos de idade 22 54 Crian as fora da Escola de crian as de 7 e 14 anos que n o frequentam a escola 3 21 Adolescentes fora da Escola de adolescentes entre 15 e 18 anos que n o frequen tam a escola 27 53 Agress o Crian as casos de interna o por agress o a crian as de O a 14 anos 484 casos Desemprego Juvenil taxa de desemprego de pessoas de 15 a 19 anos 29 43 Percep o sobre a situa o atual No primeiro ano do projeto foi observado que apesar do munic pio dispor de uma significativa quantidade de organiza es que traba lham na rea da crian a e do adolescente os resultados alcan ados n o eram eficazes dev ido a alguns fatores predominantes como organiza es atuando de forma desarticulada sem estrutura e capacita o dos agentes al m da falta de uma troca de informa es mes mo entre entidades governamentais No primeiro ano come amos a trabalhar com foco Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 169 eme nestas quest es capacitando e estruturando OGs e ONGs para o trabalho em rede o que resultou em uma melh
279. s acordos e das regras 3 Rede eletr nica no SGDCA explorando cada uma das possibilidades V rios s o os recursos tecnol gicos da rede eletr nica e sua utiliza o pode dotar a rede de in meras formas geis de comunica o como por exemplo o site da Rede lugar onde as not cias da localidade na rea da inf ncia e adolesc ncia circulam onde se disponi bilizam estudos textos contatos agenda da rede etc e um Portal que uma refer ncia para todos aqueles que se interessam pelo setor de prote o da inf ncia e adolesc ncia e com o qual in meras pessoas podem colaborar Dentro dos sites h os f runs de discuss es onde os interessados deixam suas opini es sobre v rios temas existem ainda as bibliote cas virtuais tem ticas com os textos e trabalhos espec ficos relacionados ao tema da inf n cia e adolesc ncia todas as formas usadas como atributos de uma rede eletr nica S o fer ramentas de trabalho da rede no dia a dia atendendo s necessidades da rede de ordenar as informa es de forma colaborativa funciona como uma estrutura de articula o da rea de prote o aos direitos das crian as e adolescentes como um p lo de compartilhamento e concretizando se como um importante meio de comunica o e de troca de conhecimen to entre os membros da rede Para os casos de desenvolvimento de sites ou portais na Internet temos a possibili dade de optar por algo mais tradicional est tico que transmit
280. s de forma constante linear e independente da a o do usu rio final No caso de atualiza es de seguran a e desempenho por exemplo o usu rio da apli ca o seria imediatamente beneficiado sem mesmo tomar conhecimento disso Na web 2 0 os programas s o abertos ou seja uma parte do programa pode ser utilizado por qual quer pessoa para fazer um outro programa S o utilizadas APIs para deixar que outros sites utilizem partes dos dados em seus servi os Ao inv s de grandes servidores provendo uma Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 118 meme enorme quantidade de arquivos na web 2 0 incentivou se muito o uso das redes P2P nas quais cada usu rio um servidor de arquivos e os arquivos s o compartilhados As redes P2P foram descobertas inventadas e sua dissemina o foi um dos principais ingredientes para o surgimento da express o web 2 0 At o ano passado 70 do tr fego da internet era das redes P2P O conte do dos websites tamb m sofreu um enorme impacto com a web 2 0 dando ao usu rio a possibilidade de participar gerando e organizando as informa es Mesmo quando o conte do n o gerado pelos usu rios este pode ser enriquecido atrav s de coment rios avalia o ou personaliza o Algumas aplica es web 2 0 permitem a per sonaliza o do conte do mostrado para cada usu rio sob forma de p gina pessoal per mitindo a ele a filtragem da informa o que considera relevante O conce
281. s e a es da sociedade civil de aten o crian a e ao adolescente nos munic pios da regi o noroeste do Estado de S o Paulo E especificamente em Ara atuba atuar na capacita o dos agentes participantes da rede instituindo uma cultura de forma o con tinuada aos integrantes do sistema de garantia de direitos crian a e ao adolescente no munic pio Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 153 Como etapa da forma o de lideran as formular implementar e avaliar o Plano de Aten o Integral Crian as e ao Adolescentes de Ara atuba implantar sistema de moni toramento e avalia o dos resultados do projeto Bebedouro Caracteriza o O munic pio de Bebedouro foi fundado em 03 05 1884 Localiza se na regi o Norte do Estado de S o Paulo onde ocupa uma rea de 684 4 km e sua densidade demogr fica de 109 3 hab km Sua popula o segundo dados do IBGE censo 2000 de 74 815 habitantes sendo 69 964 na rea urbana e 4 851 na zona rural Ou seja 93 51 da popula o vivem na zona urbana e 6 49 na zona rural t A estrutura et ria da popula o em 2000 estava assim distribu da Menos de 15 anos 19 690 15 a 64 ANOS essi ate teresadiecoranaiana siena naaa ain 49 593 65 ANOS CMAIS aii iasisir emas sissasassada nim assesisasantesado 5 532 Bebedouro pertence regi o administrativa de Barretos cuja popula o total em 2000 era de 394 835 habitantes representa 1 1
282. s e a publica o da experi ncia no caderno Hist ria de um Brasil que funciona governos locais ajudando a construir um pa s mais justo Tamb m em 2005 foi elaborado um projeto de rede junto Funda o Telef nica para a implanta o da mesma Aprovado o projeto come ou a ser realizado em 2006 A Funda o Telef nica ap ia oito projetos de rede no Estado de S o Paulo as cidades que constituem o grupo Rede das Redes cujos objetivos principais eram o compartil hamento das experi ncias a troca de informa es e a constru o de um software A Gest o da RECAD est estruturada por um N cleo Gestor composto paritaria mente por 14 p los participantes que t m por finalidade dirigir todas as a es desen volvidas pela rede As reuni es do N cleo Gestor s o realizadas mensalmente e as pro postas de a o s o referendadas nas reuni es de P los As a es da rede que necessitam da aprova o do CMDCA Conselho Municipal de Direitos da Crian a e do Adolescente como a aprova o da composi o do N cleo Gestor e recebimento de verbas s o discuti das e deliberadas em suas reuni es As quest es administrativas e jur dicas s o encami nhadas para a SASC Secretaria de Assist ncia Social e Cidadania que a representante legal da rede A Secretaria Executiva da RECAD que executa as a es deliberadas pelo N cleo Gestor composta por uma Coordena o um Assistente Social um Comunicador Social um prof
283. s e de a o social O pessoal da rea social teve que compreender que n o s pedindo para fazer do jeito que a gente quer que o computador automaticamente resolve N o por acaso que muitos sistemas acabam sendo insuficientes In meras iniciati vas governamentais e n o governamentais na cria o de sistemas de informa es nas reas sociais t m sofrido percal os na implanta o Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 33 A Rede de Aten o Crian a e ao Adolescente estar on line em tempo integral atendendo pessoas e fazendo fluir as informa es N o se trata por m de um simples cadastro eletr nico a ser preenchido fora do contexto do atendimento A Rede Eletr nica muda a forma de atendimento um processo de longo prazo que deman da muita energia e capacita o cont nua sobre o assunto Estamos vivendo agora esse processo de amadurecimento Saiba mais A experi ncia do grupo na constru o e desenvolvimento desta Rede Eletr nica de seus tr s eixos as especificidades do software as estrat gias de implanta o e mobiliza o o con texto das ferramentas de comunica o na hist ria da humanidade o que um software livre e detalhes sobre o REDECA est o no cap tulo cinco do Manual Acesse o para obter infor ma es na ntegra sobre o cap tulo 5 acesse o link na barra lateral esquerda tica profissional na Rede o papel dos acordos e das regras
284. s fam lias Existem lacunas pontuais quanto oferta de servi os cuja demanda sempre supera a capacidade instalada mas a maior dificuldade desse complexo sistema de atendimento era a falta de articula o entre os servi os prestados N o existia trabalho integrado entre os rg os governamentais nem t o pouco entre estes e os n o governamentais O resul tado era a fragmenta o a superposi o e as dificuldades de comunica o Infra estrutu Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 150 ra e recursos acabavam assim dispersos em esfor os pulverizados pontuais e isolados A maior defici ncia pois estava na integra o das pol ticas p blicas entre si e na integra o do setor p blico com as organiza es civis que atendem crian as e adolescentes de Ara atuba Da forma como o sistema funcionava era imposs vel estabelecer com clareza a dimens o dos problemas e determinar racionalmente as prioridades nas a es Cada institui o decidia segundo racioc nios conjunturais j que faltava estrat gia de atua o e um padr o assistencialista persistia em muitas das organiza es do sistema Al m disso as institui es que atuam na rea apontavam para a necessidade de qualifica o dos seus profissionais carentes de informa es e meios para lidar com problemas complexos alguns desses profissionais demonstravam nos debates iniciais de forma o da rede que h 18 anos da promulg
285. scutiram seus participantes conclu ram que s o m ltiplas as for mas e as denomina es que as cidades criam para organizar o funcionamento das suas redes locais em fun o das suas especificidades H no entanto alguns padr es comuns que as oito cidades entendem como um bom exemplo de gest o de rede de prote o da inf ncia e adolesc ncia com comuni ca o por meio de rede eletr nica O objetivo deste cap tulo descrever na forma de sugest es as estruturas organizacionais da rede as atribui es o perfil e as habilidades dos gestores Representante n GESTOR Entidade 3 DA REDE N CLEO GESTOR SECRETARIA E Entidade 2 Entidade 1 EXECUTIVA DA Fortalecimento socio institucional dac o rede eletr nica Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 108 1 Assembl ia Geral o rg o colegiado superior da rede Superior no sentido de que seus componentes s o respons veis pelas decis es estrat gicas da rede a inst ncia que decide em plen rio ou seja tem a representa o m xima A assembl ia geral delibera sobre a forma o de todas as outras estruturas de funcionamento da rede Nessa inst ncia deliberativa s o aprovados planos de a o regimentos e diretrizes gerais da rede que s o levadas ao CMDCA rg o respons vel pela pol tica local de prote o inf ncia e adolesc ncia 2 N cleo Gestor Tamb m chamado de
286. seguran a das informa es sigilosas A rede eletr nica pode fornecer as bases para o sigilo mas n o pode impor a forma de sigilo mesmo porque as din micas sociais que a determinan te para a realiza o das a es de prote o crian a e ao adolescente s o diferentes em cada munic pio Para alcan ar seu objetivo o software da rede eletr nica precisa lidar com uma s rie de fatores entre eles Considerar a fam lia e seus relacionamentos os quais tem import ncia fundamental para a identifica o de crian as e fam lias em situa o de risco Considerar a exist ncia de pessoas sem documentos N o se trata de substituir a fun o dos cart rios mas de concluir que haver pessoas com todas as combina es de documentos existentes e mesmo crian as sem documentos Considerar o mapeamento da situa o da pessoa para a identifica o de situa es de riscos Auxiliar as entidades nos seus mais diversos cadastros e formas de registrar atendimentos Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 129 A inform tica possui hoje condi es para resolver todas essas quest es contudo n o existem ferramentas prontas ou pr ximas para atender esta demanda diferentemente de softwares voltados para controle de estoque ou fluxo de caixa Para nosso caso necess rio vencer algumas barreiras t cnicas e outras que a inform tica n o o pode automaticamente estabelecer tendo de relegar ao pac
287. sive na quest o da mobiliza o social que foi muito fragilizada pela possibilidade de uma inter ven o jur dica contra os conselheiros de direito que n o se posicionam conforme as orien ta es emanadas pelo Minist rio P blico local Mesmo assim o projeto conseguiu atingir todas as fases propostas de capacita o aquisi o de equipamentos e participou com os demais munic pios participantes da Rede das Redes da constru o coletiva do software que ser o cora o do programa Se ousar lutar ousar vencer pensamos que estamos caminho da vit ria Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 177 7 S o Carlos 7 1 Caracteriza o O munic pio de S o Carlos est localizado na regi o central do Estado de S o Paulo distante cerca de 230 Km da capital paulista A rea total do munic pio corresponde a cer ca de 1 140 9 km sendo que sua rea urbana corresponde a 67 25 km A popula o do total de S o Carlos segundo o ltimo censo de 197 187 habitantes IBGE Deste total apenas 5 da popula o residem na zona rural que ocupa 94 do territ rio municipal e 95 da popula o moram em zona urbana ocupando os 6 restantes da rea de todo munic pio Por m nas ltimas estimativas da Funda o Sistema Estadual de An lise de Dados Funda o SEADE a popula o de S o Carlos para o ano de 2006 est estimada em 216 840 habitantes registrando uma Taxa Geom trica d
288. so de assujeitamento da crian a a um modelo de desenvolvimento cientificista universalizante e a hist rico SOUZA 1998 p 6 Nas mudan as vertiginosas da p s modernidade pode se identificar a separa o cada vez mais forte entre o mundo da crian a e o mundo do adulto Se antes as crian as estavam misturadas com os adultos e toda reuni o para o trabalho o passeio ou o jogo juntava crian as e adultos hoje como desde o fim do s culo XIX percebemos a tend ncia crescente de separar o mundo das crian as do mundo dos adultos SOUZA 1998 p 11 Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede a A escola tem um papel fundamental no contexto desse afastamento entre o adulto e a crian a Para modelar na inf ncia o adulto adequado para o mundo do trabalho tem se valorizado a educa o formal perante qualquer outra forma de aprendizado que possa envolver a fam lia Tal distanciamento se traduz numa separa o f sica e espacial tamb m dentro de casa Excesso de atividade na agenda da crian a a televis o com fun o educativa pais que trabalham fora ausentes da forma o da crian a falta de di logo em casa o afeto trans ferido para o consumo a Internet e o mundo virtual como um forte componente da vida na inf ncia a precocidade da sexualidade a amplia o do individualismo s o atualmente alguns dos elementos constitutivos do cotidiano de crian as e adolescentes A perplexidade por parte
289. so nos canaviais amea a que ronda esse trabalhador sem qualifi ca o que ter pela frente a dura realidade de desemprego A cria o de gado bovino outra importante atividade econ mica do munic pio Sede de regi o o com rcio e a rede de servi os de Ara atuba atende a uma popula o estimada Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 148 de 680 000 habitantes Nessa rede de servi os importante destacar o papel das institu i es de ensino superior que recebem alunos de todos os munic pios da regi o O sol o cli ma quente a gua abundante t m apontado para o turismo como uma atividade econ mi ca a ser desenvolvida no munic pio Parcela significativa da popula o sobrevive do mercado de trabalho informal o qual n o lhes d acesso a uma seguran a material Trata se de um cen rio social dif cil resulta do de uma estrutura j fragilizada por perdas rupturas falta de instru o conflitos fami liares que por vezes condicionam as fam lias a viverem dentro de um processo de exclus o social que s n o se agrava ainda mais pelos investimentos nas pol ticas sociais hoje em larga medida de compet ncia do governo local A cidade de Ara atuba j foi conhecida pela sua atividade pecu ria Foi o boi gordo que projetou a cidade no cen rio nacional Foi tamb m de Ara atuba que sa ram boa parte do milho arroz soja feij o e tomate que abasteceram v rias regi es do
290. sto o processo de trabalho coletivo de muitas m os imprimiu marcas n tidas no resultado final O Manual um produto inacabado Segundo determinados crit rios n o est pronto Efetivamente a depender dos crit rios utilizados n o est pronto e jamais estar O Manual tamb m um produto imperfeito As imperfei es manifestam se pela heterogeneidade estil stica por uma certa descontinuidade no tratamento dos assuntos pela repeti o dos temas pela imprecis o na abordagem conceitual pela aus ncia de padr o na apresenta o das experi ncias Segun do determinados crit rios n o passaria num exame de controle de qualidade O documen to deixa entrever nele a exist ncia de muitas vozes e que n o cantam em un ssono Efeti vamente a depender dos crit rios de qualidade assim como ocorre com as redes jamais seria aprovado Neste ponto fica evidente que o paradigma da colabora o horizontal solicita outros crit rios de avalia o que sejam compat veis com os seus princ pios e com o seu Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede e projeto Resultado de um intenso manuseio as imperfei es do Manual s o ao contr rio de defeitos de montagem os signos do sucesso do modo horizontal de co operar As mar cas de muitas vozes e de muitas m os s o os sinais de uma qualidade de rede como naqueles tipos de selo que se cola nos produtos de modo a indicar inspe o encontram se no document
291. t pica do Brasil e tyba significa grande quantidade abund ncia O munic pio segundo dados do IBGE conta com uma popula o estimada de 169 254 habi tantes Situa se a 530 km da Capital do Estado de S o Paulo cidade sede da Regi o Alta Paulista que abrange 43 munic pios A hist ria de Ara atuba est ligada constru o da estrada de Ferro Noroeste do Brasil NOB que no in cio do s culo XX fez parte de uma pol tica que visava a interioriza o do pa s e sua liga o com outros pa ses da Am rica do Sul A estrada teve seus trabal hos iniciados no dia 15 de novembro de 1904 com a constru o do trecho que ligava Bau ru cidade de Itapura A regi o era habitada pelos ndios caingangues exterminados no processo de coloniza o O Rio Tiet serviu de caminho para a expans o do territ rio do Estado de S o Paulo A abertura de estradas cortando o sert o at as barrancas do Rio Paran somada ferrovia norteou a ocupa o de todo o oeste paulista primeiro com a vin da de bugreiros e grileiros depois por comiss es estaduais de ge grafos ge logos e padres mission rios E mais tarde por imigrantes europeus japoneses e rabes O desenvolvimento do munic pio n o foi linear pois v rios ciclos econ micos mar caram sua forma o O primeiro deles foi o do caf seguido pelo do algod o e a partir dos anos 1950 veio o ciclo da pecu ria que predomina at os dias de hoje dividindo sua import n
292. tal bati zado de NAI N cleo de Atendimento Integrado que viria a funcionar em 20041 durante a gest o do PT cujo prefeito foi reeleito em 2004 A crian a deveria ser atendida e encaminhada com rapidez a uma rede integrada de servi os Um acordo com o Poder Judici rio assegurou que a pris o administrada pela FEBEM em S o Carlos deveria ocorrer s em ltimo caso Antes disso seriam oferecidas penas alternativas como a liberdade assistida a semiliberdade e a presta o de servi os comunit rios O NAI uma porta de entrada para o jovem infrator onde ele em poucos dias toma conhecimento da pena A rapidez reduz a sensa o de impunidade A agilidade ocorre em raz o da integra o dos servi os Num nico espa o est o juiz delegado promotor defen sor p blico conselheiro tutelar e assistente social Soma se rapidez da senten a uma rede de servi os para a execu o de medidas s cio educativas Tamb m est o instalados no pr dio do NAI os representantes das secre tarias da Educa o da Cultura da Sa de e dos Esportes al m de entidades assistenciais da comunidade 4 Nesta poca tamb m um olhar mais focado foi adotado por parte do poder p blico municipal sobre a fam lia em situa o de vulnerabilidade o que motivou a a o em dire o ao fortalecimento desse lugar de primeira grandeza na vida de uma crian a com a cria o de programas de complementa o de renda de incentivo a cooper
293. te a componentes e fabrica o de novos componentes Facilitar a comunica o autom tica entre sistemas receber e enviar O m todo de permissionamento deve ser bem estruturado e discutido Os profissionais da rea social recomendaram Cuidado na manuten o do v nculo entre as cidades visando o progresso do sistema N o perder a orienta o para a prote o integral incluindo as dimens es dessa pro te o na constru o do software vida e sa de educa o esporte e lazer liberdade respeito e dignidade profissionaliza o e prote o ao trabalho conviv ncia familiar e comunit ria Facilitar encaminhamento e retorno a respeito do encaminhamento Incluir algum sistema de alerta Considerar algo como uma central de vagas Com a contribui o do consultor da WebUse a no o de um sistema baseado no conceito de componentiza o ganhou for a e passou a ser refer ncia no trabalho de constru o de requisitos Montagem do quebra cabe a Embora a constru o da vis o estivesse em andamento na pr tica ainda havia muito a ser feito em termos de detalhamento de requisitos Transformar id ias em software n o t o f cil quanto parece Um software possibilita o registro o acesso e o processamento de informa es Preocupada com esse desafio a Funda o Telef nica promoveu uma reuni o com as coordenadoras locais de modo a consolidar uma vis o
294. te necess rias coletas e distribui o de informa es de modo que todos estejam afinados com a miss o os objetivos os desafios e as perspectivas de trabalho Entretanto mesmo essa maneira de trabalhar n o pode prescindir da lideran a que fun ciona como uma refer ncia articulando agregando animando mobilizando a todos para o trabalho coletivo A forma o de redes na rea da inf ncia e adolesc ncia depende de ideran as sociais trabalhando ativamente em sua multiplicidade A rede precisa do protagonismo das lideran as comunit rias sejam elas do poder p blico ou de organiza es n o governamentais Fato que a relev ncia pol tica dos temas da inf ncia e adolesc ncia tem demandado novas posturas por parte do poder local Nas oito cidades participantes da Rede das Redes a import ncia do protagonismo dos governos municipais na implanta o de uma pol tica de prote o integrada foi fator decisivo na forma o da rede Embora seja necess ria em igual medida a participa o da sociedade civil e o envolvimento dos diver sos atores o poder p blico local disponibiliza uma infra estrutura importante para o apoio das atividades Nesse sentido como j comentado em outros cap tulos trata se de pol tica p blica a qual portanto prescinde do apoio deste setor para ser mais um ator e n o apropriar se de forma singular produzindo efeitos que chamamos de prefeituriza o Funda o Telef nica Manual de gua
295. tem ticas mantendo a mobiliza o ani mando e dinamizando a rede no dia a dia Essa const ncia busca fazer toda a diferen a para manter a chama acessa e assim enfrentar os desafios da dinamicidade e os resulta dos de longo prazo medida que a rede se consolida processos mais formais v o sendo requisitados e a rede tende a se institucionalizar Ali s esses s o mecanismos que prev em a sustentabili dade de a es em rede que envolvem quest es de pol ticas p blicas como j foi comenta do no item 2 2 Leis Municipais neste mesmo cap tulo Os cuidados com a mobiliza o con tinuam e a formaliza o ajuda a consolidar o trabalho em rede sendo uma ferramenta a mais de luta mas que sozinha n o garante continuidade Formas mais avan adas de orga niza o s o descentralizadas comportam m ltiplas estruturas organizadas por bairros ou por setores Um exemplo de rede j institucionalizada a RECAD de Diadema com seus P los Participantes que s o n cleos alimentadores da rede ou seja inst ncias que det m as informa es sobre crian as adolescentes e fam lias de determinada regi o ou setor e que v o eleger representantes para as reuni es plen rias realizadas periodicamente com finalidade de estabelecer conex es entre os diferentes atores da rede Das reuni es e plen rias participam um representante de cada p lo Para ser um p lo participante da rede a organiza o deve seguir os crit rios formais de re
296. terface com o atendimento crian a e ao adoles cente Pela natureza do trabalho da rede a intera o com o CMDCA deve ser completa A rede trabalha junto com o CMDCA ele mais um ator Essa uma forma de trabalhar de operacionalizar o SGDCA S o atribui es do N cleo Gestor avaliar e deliberar sobre quest es referentes s a es da rede e acompanhar o desempenho dos gestores e a execu o de planos aprovados em assembl ias gerais As assembl ias re nem se esporadicamente mas o N cleo Gestor encontra se com frequ ncia delibera sobre quest es operacionais e decis es do cotidiano enquanto executa as atividades de monitoramento e avalia o da rede 3 Gestor da Rede o comando executivo da rede tamb m chamado de Presidente da Rede Secret rio Executivo Coordenador da Rede entre outras denomina es O Gestor da Rede uma importante lideran a local que cuida do fortalecimento institucional da rede A fun o do Gestor da Rede de natureza executiva Ele executa as decis es cole giadas Ele representa o consenso que foi constru do Ele cumpre as metas estabelecidas pela rede e os membros sentem se representados pelas suas a es Quando o gestor fala em nome da rede expressa a opini o dos seus membros Desse ponto de vista uma lideran a Ou claro pode haver m ltiplas lideran as A maioria das cidades constituem Secretarias Executivas uma estrutura de gest o m nima onde o Gestor da Rede p
297. terror Tudo depende de aprendermos a cor rigir ou n o nossos desvios O essencial da rede de prote o integral servida pela rede eletr nica preparar crian as e adolescentes para a cidadania do presente A Constitui o brasileira 1988 incluiu a crian a no mundo da efetiva o dos direitos humanos e no mundo da cidadania um ano antes da Conven o dos Direitos da Crian a da ONU 1989 N s brasileiros est vamos determinados a entrar no S culo XXI j no ano de 1989 Quem fala em direitos fala automaticamente em deveres porque os direitos de cada pessoa idosa adulta adolescente ou crian a terminam onde come am os deveres de cada um de n s para com os familiares os vizinhos os amigos os estranhos os professores as autoridades em geral assim leitor porque n o vivemos nem no mbito da Uni o administrada pelo Governo Federal nem na esfera do Estado mas sim no munic pio com suas comunidades suas vizinhan as suas peculiaridades locais suas aspira es humanas Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 20 Redes Sociais As Redes e a Funda o Telef nica uma nova proposta Em 2008 o ECA completou sua maioridade Muito j foi feito mas v rias diretrizes ainda dependem de uma longa jornada para se concretizar Justamente o trabalho em rede nesta rea da inf ncia e juventude uma delas Ao eleger o trabalho em rede na implanta o do Sistema de
298. tir e definir o formato do que se enten deu tratar se dos fluxos entre os servi os envolvidos com o documento acima citado Etapas da elabora o do fluxo 1 Defini o das principais queixas e demandas relacionadas crian a e ao adolescente no Munic pio com a participa o de Organiza es Governamentais e N o Governamentais 2 Cria o de Comiss o Executiva Municipal Inter setorial de elabora o dos fluxos 3 Organiza o de diversos encontros para a constru o dos fluxos que foram Ato infracional Uso e abuso de drogas Trabalho Infantil Situa o de Rua Viol ncia f sica Viol ncia sexual Explora o comercial sexual Sa de sexual e reprodutiva Atrasos de desenvolvimento Dist rbios de aprendizagem Evas o escolar Suic dio 4 Apresenta o da proposta e pactua o com o Poder Judici rio e Minist rio P blico 5 Apresenta o e pactua o dos fluxos e da proposta de treinamento com as princi pais Secretarias envolvidas na execu o da pol tica de prote o integral crian a e ao ado lescente Educa o Sa de e A o Social Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 172 eme 6 Apresenta o do documento e das propostas aos Conselhos Municipais de Direitos Sa de Assist ncia Social Educa o da Crian a e do Adolescente do Deficiente e da Comis s o de Enfrentamento a Viol ncia contra a Crian a e Adolescente 7 A realiza o dos treinamentos 8
299. tivas na sociedade e na organiza o do Estado no Brasil A proposta de reconstruir o Estado de Direito no Brasil veio acompanhada de uma redefini o da inter ven o do Estado nas reas sociais com a es programadas para execu o nas localidades Houve converg ncia de esfor o no sentido de descentralizar compet ncias atribui es e recursos Norteou essa op o pol tica a id ia de que no n vel local s o reais as possibili dades de se criar sistemas mais efetivos de democracia participativa fundada na cidadania e assim garantir direitos sociais O Sistema de Garantia dos Direitos das Crian as e Adoles centes foi projetado nos limites de um novo Estado Democr tico de Direito cujo marco legal a Constitui o de 1988 Em 1990 o Estatuto da Crian a e do Adolescente ratifica e sistematiza os novos direitos conquistados Na Constitui o de 1988 foram produzidas as mudan as institucionais necess rias para garantir efetividade aos direitos sociais e essa garantia teve sua execu o programa da para o n vel local O Sistema de Garantia de Direitos de Crian as e Adolescentes emi nentemente local e envolve toda a comunidade Assim proteger crian as e adolescentes no Brasil de hoje tarefa de cada uma das comunidades locais nos munic pios brasileiros Prote o que s ser poss vel e integral se feita por meio do trabalho em rede Sem a integralidade das a es de prote o em todos os n veis de aten
300. to social os procedimentos necess rios Uma das difi culdades t cnicas vencidas pelo software sistema de informa o REDECA criado pela Rede das Redes foi a identifica o da pessoa parte baseada no pacto social parte em uma t cni ca chamada METAPHONE Foi uma solu o criada por um dos t cnicos participantes do grupo para evitar duplicidades no cadastro das crian as H v rios indicadores sociais ou econ micos que permitem uma melhor avalia o do comportamento da cidade do que ela carece em termos de indiv duos assim como do que ela tem de melhor Como por m a unidade de medida a pessoa poss vel extrair muito mais informa es do que uma tabela com dados que representam uma regi o sem ofere cer a possibilidade de identificar o indiv duo na sociedade Outro fator relevante para essa an lise o espa o geogr fico Cada espa o traz uma caracter stica da comunidade que o ocupa Pode ser um bairro um conjunto de bairros pequeno ou grande limitado por acidentes geogr ficos naturais ou artificiais linha de trem rodovia morros A hist ria daquele local e sua cultura somados ao indiv duo possi bilitam an lises imprescind veis para a realiza o da justi a social necess ria ao equil brio no conv vio da comunidade Para que esses dois fatores o cadastro do indiv duo e a identifica o de seu espa o aconte am satisfatoriamente preciso garantir a unicidade da informa o dentro do banco d
301. tor no Sistema de Justi a atrav s do Minist rio P blico Vara da Inf ncia e Juventude e Defensoria P blica na Seguran a P bli ca atrav s das Pol cias Civis e Militares e Guardas Civis Municipais Mas como iniciar essas parcerias Quanto mais parcerias a organiza o desenvolver mais f cil e r pido ser o processo A seguir sugest es de quatro etapas segundo Carmen Barreira http www rits org br gestao teste ge testes ge mat01 parc parctxtpagoo cfm 1 Identifica o 2 Valoriza o 3 Negocia o 4 Implementa o Essas etapas compreendem sete passos ou atividades que devem ser seguidos para facilitar a forma de parcerias 1 definir estrat gias e objetivos 2 avaliar parceiros em potencial 3 avaliar as possibilidades e o que se oferece em troca 4 definir a oportunidade 5 avaliar o impacto da a o conjunta 6 planejar a integra o 7 implementar a integra o fundamental examinar oportunidades de parcerias com objetivos claros e definidos sabendo porque e como queremos criar esses v nculos 1 3 Como propor a forma o da Rede O CMDCA pe a fundamental para mobilizar todos os atores Atrav s dele pode ser feito um convite a todas as organiza es para que conhe am a id ia de trabalho em rede A sensibiliza o da import ncia da rede uma etapa que exige perseveran a pois a id ia de rede abstrata para a maioria dos atores Inicialmente a sensibiliza o pode ser
302. tores de direitos inalien veis e de que a solidariedade fundamental na rela o entre as pessoas independen temente da condi o de cada uma delas S assim o encontro entre educadores e educandos no mbito de uma comunidade s cio educativa poder colocar vidas em movimento rumo a uma sociedade capaz de respeitar os direitos de todos os cidad os em qualquer circunst ncia esse olhar da solidariedade que deve pautar os acordos e as regras que a opera o da rede eletr nica deve estabelecer N o h como se estabelecer um sistema nico para todas as comunidades um modelo fechado cada rede tem que sistematizar suas normas e regras Relacionamento entre os profissionais da rede A comunica o e a troca e informa es entres os profissionais da rede dever basear se sempre na prote o integral das crian as e adolescentes bem como de suas fam lias O lan amento acesso e utiliza o dos dados dever o observar os preceitos b sicos de tica relacionados a cada rea t cnica e sua respectiva profiss o Cabe cada profissional den Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 142 tro de sua especialidade t cnica compartilhar as informa es necess rias e pertinentes uma situa o espec fica imprescind vel que cada munic pio desenvolva seu C digo Municipal de tica da Rede especificando de acordo com sua realidade local o n vel de acesso e compartilhamento que ser o
303. tr nica municipal ganhava import ncia ao mesmo tempo em que outras vulnerabilidades eram constatadas em projetos anteriores da mesma natureza com esse car ter envol vendo desde conex es muito lentas com a Internet at pessoas com baix ssima familiaridade com o uso de softwares Os desafios eram Integra o com o softwares do governo federal utilizado pelo poder judici rio Integra o de diferentes bancos de dados escritos em diferentes linguagens e com l gicas distintas como os prontu rios da rea da sa de e da educa o Defini o de par metros de sigilo de informa es Disponibilidade de recursos financeiros para investimen tos em software e hardware Capacita o dos profissionais das organiza es Estrutura para atualiza o cont nua das informa es Todos os indicadores apontavram para desempenhos entre os n veis m dio e alto ressaltando a relev ncia social dessta linha de apoio Resumidamente tivemos como resultado os seguintes pontos fortes apontados o fortalecimento do CMDCA a melhor articula o entre as organiza es influ ncias das redes em pol ticas p blicas a melhoria da capacidade de gest o das organiza es E como um dos principais pontos fracos apareceu a implanta o de redes eletr nicas nas cidades como um importante instrumento de comunica o da rede social A implanta o das redes eletr nicas era ent ofoi marca Funda o Telef nica Manu
304. tua o da inf ncia e juventude no munic pio para subsidiar o CMDCA na estrutura o de melhores pol ticas p blicas voltadas inf ncia e juventude Para viabilizar essas redes preciso ter uma boa infra estrutura tecnol gica no munic pio tanto de servidor quanto de banda larga para acesso a Internet e computadores Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 120 mam adequados com hardware e software como diz o ditado hardware aquele que a gente chuta e software aquele que a gente xinga Al m disso uma boa infra estrutura mobil i ria de seguran a para essas m quinas e uma equipe de tecnologia especializada para apoiar essas a es Claro que para a rede eletr nica funcionar preciso que esteja em extrema sintonia com as a es de mobiliza o e sensibiliza o para o trabalho em rede entre os atores da rede social Dessa forma s o fundamentais para que esta a o tenha sus tentabilidade as capacita es para uso do software site diagn stico e a constru o coleti va desses conceitos O grande desafio as pessoas se apropriarem dessas ferramentas Nesse sentido e para dar conta de todos esses requisitos cursos b sicos de inclus o digital s o muito bem vindos no in cio do processo Estas s o algumas refer ncias do que com preendemos ser rede eletr nica neste contexto No entanto outras id ias e ferramentas podem emergir para serem implementadas frente a tantas outras possib
305. turas fixas redes s o formas descentradas ou no m nimo pos suem um centro m vel tamb m ele inst vel e impermanente um anti centro o fen meno opera numa perspectiva de desfecho aberto poder amos dizer de finalidade indefinida ou sempre a definir a ordem decorr ncia dos processos agenciados pela rede numa palavra uma emerg ncia Na acep o concernente aos processos de organiza o e mobiliza o da sociedade civil as chamadas redes sociais ou redes organizacionais tamb m possuem uma bem recortada especificidade conceitual S o formas de organiza o baseadas em pactua o e compartilhamento de objetivos princ pios e m todos de a o e especialmente em hori zontalidade ou seja na exist ncia de uma coordena o destitu da de hierarquia Tanto num caso quanto noutro o conceito de rede n o quer dizer qualquer coisa Ao contr rio situa se na constela o das teorias organizacionais na extremidade do espectro justamente pelo seu teor radical Rede um fen meno organizacional capaz de auto regula o produzido por uma din mica de conectividade Ou rede um padr o de orga niza o constitu do por atores sociais aut nomos que de forma horizontal co operam entre si 4 N o estamos acostumados com ordem emergente num caso nem com aus ncia de hierarquia no outro Estas ainda nos soam como id ias demasiadamente estranhas No que se refere em espec fico s lutas
306. u o tecnol gica que o traduziu A ferramen ta wiki deu express o operacional l gica de trabalho e de organiza o previamente ado tada Pelo menos neste caso n o foi a tecnologia que engendrou o m todo mas a aposta num m todo que buscou e encontrou a tecnologia que o pudesse executar O sentido social precedeu e produziu a op o t cnica Outro aspecto importante de cunho metodol gico o processo ao que tudo indica gerou ele pr prio o m todo de opera o que o delineou A defini o do modo de trabalhar em rede foi produzida pelo modo de trabalhar Em outras palavras e n o sem motivo que se trata de um processo emergente o modo de fazer foi criado pelo modo de fazer foi auto gerado criou se a si pr prio ao se fazer enquanto se fez Trata se de uma ocorr ncia comum nas din micas coletivas de car ter aberto num primeiro momento n o h nada ali no instante seguinte eis que algo surge Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 48 No que se refere ao exerc cio da horizontalidade o documento pelas informa es que expressa o exemplo claro e bem sucedido da capacidade organizativa e operacional de um modelo n o hier rquico Trata se efetivamente de uma obra coletiva Todos opinaram sobre o conte do todos ajudaram a organizar a forma de apresenta o todos produziram textos de temas espec ficos todos opinaram em todos os temas p 25 Ora se todos tra balharam
307. uarque Todos juntos somos fortes Somos flechas e somos arcos Todos n s no mesmo barco N o h nada pra temer Ao meu lado h um amigo Que preciso proteger Todos juntos somos fortes N o h nada pra temer 1 3 Objetivos e Principais A es da Rede Crian a e Adolescente de Bebedouro Planejando a Rede Princ pios EXIST NCIA DE UM PROP SITO UNIFICADOR PARTICIPANTES INDEPENDENTES MULTIPLICIDADE DE L DERES Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 1 SDS INTERLIGA O E PAR METROS Construir confian a Compartilhar valores Dar e receber Criar produtos e eventos Investir em lideran as Sistematizar conhecimentos METODOLOGIA Mobilizar e capacitar a Forma o de um Grupo Gestor b Reuni o com Ongs Ogs e equipamentos sociais distribuir trabalho em rede c Cursos de forma o para trabalho em rede d e Confec o de boletins informativos Realiza o de Semin rios sobre Pol ticas P blicas e Controle Social f Realiza o de diagn stico de atendimento das Ongs coleta de dados tabula o de dados estat sticos g Publica o dos resultados h Estrutura e implanta o do sistema informatizado Monitoramento e avalia o de reuni es J l m Participa es em encontros da REDE SOCIAL S O PAULO Semin rio de Avalia o Territ rio Escola A es em Rede DIFICULDADES De coleta de informa es De disp
308. udici rio o Minist rio P blico e a Delegacia de Defesa da Mul her da Crian a e Adolescente Atualmente gra as s a es realizadas o Prefeito Municipal enviou um projeto de Lei N 3750 de 12 de mar o de 2008 nascida em uma das reuni es da Rede das Redes quando o munic pio de Diadema falou acerca da elabora o de Lei da Rede Adaptamos a id ia nossa realidade e apresentamos ao Prefeito Veja a Lei que cria a Rede Crian a e Adolescente de Bebedouro em anexo Nosso trabalho em rede foi crescendo gra as divulga o e transpar ncia das a es Hoje o Departamento de Educa o em parceria com a Funda o Volkswagen criou o projeto Territ rio Escola A es em Rede cujo objetivo ampliar as oportunidades de aprendizagem presentes no territ rio por meio de articula o entre escolas e outras insti tui es p blicas governamentais n o governamentais empresas etc na perspectiva da educa o integral de crian as e adolescentes Inicialmente para participar de capacita es realizadas com o CENPEC foram inclu das tr s escolas municipais de ensino fundamental com representantes entre gestores coordenadores professores alunos pais de alunos membros de ONGs empresas de cada micro territ rio conselheiros e professores universit rios Essas capacita es inclu ram estudos de v rios textos visitas semin rios e divulga es de resultados Como exemplo citamos o trabalho realizado pela EMEF Jo
309. ue hoje certamente talvez n o antes capaz de dar conta de operacionalizar o novo modelo N o a tecnologia repita se mas a forma de organiza o esta que somente concebida pela interlocu o e pelo pacto coletivo dos atores que constr i a experi ncia da rede A tecnologia pelo menos neste caso contudo pode fornecer condi es plenas de exerc cio do novo formato de ordem Neste ponto da argumenta o ser necess rio recorrer a um exemplo concreto para a demonstra o das potencialidades da forma horizontal da rede de seus desdobramentos e implica es para o trabalho social Como n o poderia deixar de ser este exemplo vem do documento Na verdade o pr prio documento O intenso manuseio faz um manual O texto relata como se deu o processo de constru o do sistema de informa o a rede eletr nica e do pr prio Manual de Gest o da Rede Ambos s o resultado direto de um lon go ciclo de colabora o de car ter coletivo e horizontal Um r pido exame da experi ncia pode apresentar algumas li es e talvez recolocar em chave nova alguns dilemas da pr ti ca de rede mencionados aqui A tecnologia teve papel relevante na constru o do Manual uma ferramenta de com partilhamento da edi o de texto wiki baseada na internet permitiu concretizar a oper a o de trabalhar em conjunto O processo aberto participativo e democr tico da reda o a 18 m os p de ocorrer por meio de uma sol
310. uipamentos do munici pio e dados de atendimento do Conselho Tutelar O Projeto foi encaminhado ao BNDES e precisou ser redesenhado modificando a linha de financiamento Mais tarde com as alter a es efetuadas foi aprovado Em 2003 0 que era um Departamento de Assist ncia Social com cinco entidades con veniadas uma de idosos e outras quatro com atua o junto a crian as e adolescentes quase sem projetos pr prios transforma se em Secretaria de Assist ncia Social e Cidadania SASC Nessa poca 80 dos recursos eram direcionados para crian as e adolescentes A partir da o leque de entidades conveniadas se ampliou iniciaram se as capacita es para os profissionais as pol ticas alternativas para igualdade racial g nero direito e cidadania come aram a ser implementadas o or amento ficava maior a cada ano e buscavam se recur sos para ampliar a oferta de programas sociais A rede de assist ncia estava no imagin rio dos t cnicos para amarrar todas as pol ticas setoriais Nesse per odo o projeto RECAD Rede de Aten o Crian a e ao Adolescente de Diadema finalizado foi apresentado ao BNDES como uma rede em defesa dos direitos da crian a adolescente e suas fam lias Seu objetivo o de promover maior articula o e integra o do conjunto de organiza es governamen tais e n o governamentais conselhos setoriais e sistema de justi a inst ncias que trabalham Funda o Telef nica Manual de gua
311. umas caracter sticas que precisam ser levadas em considera o em ini ciativas como essa Foi passo a passo Manteve se centrado no atendimento e em otimizar recursos Esteve mais preocupado em cruzar dados das entidades Come ou pela base Fez o m dulo em cima da fam lia Tem preocupa o de capacitar continuamente Implantou por pequenos grupos tem ticos Levou 3 5 anos planejando antes de come ar Partiu do que j existia Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 677 Teve continuidade pol tica por participa o da sociedade civil e integra o dos poderes p blicos Atendeu s necessidades de cada entidade que se comprometeu a preencher o cadastro No entanto encontramos uma dificuldade com rela o solu o tecnol gica do soft ware de Caxias do Sul que segue determina es muito especificas no universo da maioria dos profissionais de tecnologia Python Zope Plone Este detalhe fez com que conti nu ssemos a pesquisa em busca de solu es de maior poder de multiplica o ou seja solu es que a maior parte do mercado de profissionais conhece e que facilitem o momen to da implanta o do software nos munic pios que o desejarem O estudo da experi ncia da Recriad Crian as e Adolescentes em Rede de S o Carlos www linkway com br recriad mostrou que a rede por l tinha uma boa base de suste
312. unda quest o de car ter metodol gi co T cnicas organizacionais jeitos de fazer processos operacionais diversos um amplo leque de modelos e receitas est o disposi o nos supermercados metodol gicos da atu alidade Muitas dessas t cnicas as chamadas ferramentas funcionam outras n o Todas elas dependem da configura o espec fica de cada caso do contexto hist rico das caracter sticas do desafio e da natureza dos atores envolvidos Em suma nada certo De todo modo o problema metodol gico expresso na pergunta sobre como trabalhar junto s pode ser solucionado se antes for claramente respondida a quest o anterior Em verdade definir primeiro qual a natureza do trabalho conjunto pretendido o que tra balhar junto condiciona a busca pelas solu es de m todo e de opera o o como fazer Por que importante trabalhar junto O que trabalhar junto Como trabalhar jun to Essas s o as quest es que o Manual de Gest o de Redes suscita ap s uma leitura aten ta Se o documento n o tem a inten o estrita de debater tais quest es numa perspec tiva conceitual coloca as sob exame indiretamente ao buscar ou apontar caminhos Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 42 metodol gicos pr ticos como solu es poss veis para esses problemas O documento afir ma e indica algumas formas de fazer prop e t cnicas apresenta m todos de organiza o de redes
313. unicipal que organiza as diretrizes da pol tica no n vel local Fundo Municipal com recursos vinculados execu o da pol tica Conselho Munici pal com representa o parit ria entre poder p blico e usu rios e por fim Confer ncias Municipais peri dicas A qualidade de vida que todos desejam resultado em parte das pol ticas p blicas nas reas sociais e de infra estrutura e respondem por um desenvolvimento com menor exclus o social Tr s eixos centrais sustentaram as mudan as na forma de condu o das pol ticas p blicas medida que foram descentralizadas A Professora Marta Farah 2002 p 32 esclarece que o primeiro grande eixo foi o de novas pol ticas que se sustentam na mudan a de concep o sobre a natureza dos servi os prestados por exemplo a mudan a de abordagem de medicina curativa para programas preventivos como o Programa de Sa de da Fam lia ou a es no sentido de trazer novas respostas para novos desafios por exemplo a universaliza o da oferta no ensino funda mental ou ainda implanta o de programas de governo voltados para segmentos da popula o exclu dos da a o do poder p blico por exemplo programas direcionados a idosos deficientes mulheres etc As pol ticas de prote o inf ncia est o localizadas nesse eixo O segundo eixo constitui se nas novas formas de gest o com mudan as na rela o entre Estado e Sociedade Civil incluindo novos atores e entidades da sociedad
314. utida contemplando diversas situa es que envolvem o atendimento de crian as jovens fam lias situa es judi ciais do Conselho Tutelar de entidade para entidade da pr pria entidade das rela es entre profissionais da mesma rea e com diferentes fun es dentro de uma organiza o Enfim uma s rie de situa es que podem ser acompanhadas nas documenta es espec fi cas sobre cada assunto Esse cuidado garante tranquilidade para os atores entidades e be nefici rios finais do processo pois nada que est l de acesso p blico Abaixo segue o desenho de uma solu o gen rica para permissionamento dos usu rios Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 128 meme m quem cria Admin Coordenador Admin Sistema Sistema perfi usu rios grupos m dulos permiss es psic logo leandro A 1 acesso pes DO AZaterar sa de fernando A 3 Inserir f rum x i gt regina gerente 1 assistente gt geren pode alterar social Des 9 sigilo padr o gt talita t cnico 1 i o l Sigilo E Ad 1 Entidade operaci nal 2 meu perfi 3 p blico Entidade Tipos de usu rios gerente coordenador perfi tecnico operacional e Alguns chamam a este processo de cadastro colaborativo uma ficha de cadas tro comum a todos Para se tornar realidade o cadastro colaborativo precisa ter registro de altera es colaboradores comprometidos confian a entre os atores e na
315. uver um caso que suscite d vida com rela o tica no comporta mento profissional o membro da rede deve ter garantias de que o problema ser esclare cido com sigilo e a ele dado o direito de ampla defesa Uma comiss o de tica pode apurar casos de infra o tica verificando a veracidade das informa es e fazendo recomen da es Quando as quest es tiverem natureza grave devem ser encaminhadas ao Consel ho de Direitos da Crian a e do Adolescente ou ao Minist rio P blico como determina a legisla o A representa o a um rg o de classe como por exemplo Conselho Regional de Servi o Social OAB Conselho Regional de Psicologia tamb m importante em casos que tratem da conduta profissional O ECA trata das irregularidades nas unidades de atendi mento estabelece como ser o apuradas as infra es s normas de prote o crian a e ao adolescente e prev medidas punitivas legais em caso de infra es A rede social se forma em torno de um contrato social entre seus membros A orga niza o que vai entrar na rede passa por uma s rie de formalidades Deve ser inscrita no CMDCA deve ter atua o reconhecida na rea da inf ncia e adolesc ncia assina termos de responsabilidade quando recebe os equipamentos eletr nicos os computadores e o soft ware o profissional que ir deter uma senha assina documentos de responsabilidade Em todos esses documentos existem normas de responsabiliza o amplamente d
316. ventos e situa es espec ficas cujas condi es desejamos identificar avaliar e comparar Dessa forma poss vel estudar as tend ncias ao longo do tempo ou seja veri ficar as condi es presentes projetando situa es futuras Com o processo cont nuo o monitoramento acompanha a evolu o da rede facilitan do e complementando a a o de avaliar O monitoramento recolhe informa es sobre a execu o e as registra Podemos evidenciar o que bom e trabalhar o que est ruim O monitoramento pode ocorrer por meio de visitas a es em grupo grupo de trabalho reuni es regionais e gerais buscando sempre os indicadores que ir o reg lo Com o moni toramento a rede se fortalece ganha consist ncia e todos podem aprender com base em suas experi ncias di rias 4 3 2 Avalia o A avalia o aprecia o que o monitoramento armazena segundo os crit rios da efic cia alcance dos objetivos propostos da efici ncia com qualidade e da efetividade gerando o impacto previsto Dever ser peri dica a fim de permitir verificar se as a es em curso est o de fato solucionando os problemas se devem ser reformuladas ou mes mo canceladas quando necess rio ferramenta fundamental para manter a rede pois com seus indicadores ser poss vel reavaliar as a es ou dar continuidade ao processo realizado com sucesso importante que os principais atores interessados gestores t c nicos e educadores sejam envolv
317. ver o outro como seu semelhante e com panheiro e toda desigualdade ser extinta assim como tudo necess rio sobreviv ncia humana ser provido por esse organismo coletivo onde cada qual encontra seu espa o para contribui o Toda grande transforma o lenta se comparada com outras aplicadas a um contexto mais homog neo de indiv duos contudo ela se torna irrevers vel na marcha da humanidade A cria o do ECA Estatuto da Crian a e do Adolescente representou um marco na hist ria brasileira de garantia dos direitos como mecanismo para alcan ar tal harmonia social ao criar diversos mecanismos s cio educativos que fossem eficazes na transforma o de crian as em homens e mulheres de bem As redes sociais s o mais um grande mecanismo para transfor mar a sociedade Tamb m demandam grande esfor o na sua con Funda o Telef nica Manual de gua Gest o da Rede 40 cretiza o j que o principal trabalho agregar pessoas imersas em contextos individuais ou restritos de uma entidade e transp las para um contexto de maior amplitude envolvendo v rias entidades e pes soas distintas todas em sintonia criando uma estrutura nica que visa reeducar e auxiliar a crian a o adolescente e a sua fam lia que o ambiente de refer ncia deles Essa forma o espont nea e desejada por cada um desta rede o que a fortalece pois em um ambiente dita torial a coes o se d pela for a porque
318. versos estudos de caso redes que obtiveram algum xito e outras insucesso na implanta o da rede eletr nica A inten o com desses estudos era clara trocar aprendizados assim como identificar a possibilidade de fortalecer iniciativas j existentes para n o reinventar a roda Ao longo desses dois anos de trabalho conjunto descobrimos que esses momentos tornaram se importantes espa os de forma o para essas lideran as locais Manifestou se assim a inten o de sis tematizar esse conhecimento como uma base para ser futuramente revista modificada de acordo com as demandas sociais em situa o dem imperman ncia A gest o desseo conhecimento tamb m pas sou pois a ser tamb m fundamental medida que os estudos avan avam mais e mais os oito par ceiros se convenciam de que fora ra adequada a decis o de constru ir um software comum E esse era estava sendo um fato in dito na hist ria do SGDCA uma solu o tecnol gica constru da de baixo para cima Do dia a dia do SGDCA nas em oito 8 localidades para uma solu o de tecnologia que atendesse a todos esse trajeto seria uma tarefa rdua com muitos obst culos mas necess ria Identificado o escopo do m dulo b sico os grupos puderam ent o entrar numa outra etapa de detalhamento do software um trabalho de muita concentra o e responsabilidade pois estavam sendo produzidos os documentos que subsidiariam a fabrica o do software pela empresa

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