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Poluição sonora urbana: principais fontes

1. Animais em cativeiro por outro lado est o submetidos a um ambiente artificial que pode diferir do ambiente natural tanto pelas amea as como pelos est mulos aversivos que recebem Um estudo preliminar realizado na Funda o Z o Bot nica de Belo Horizonte FZB registrou uma m dia de 83 0 dB nos n veis de press o sonora variando entre um m nimo de 57 6 dB e um m ximo de 94 3 dB n veis influenciados pelo n mero de visitantes e a intensidade da conversa o entre eles O ru do provocado pelos humanos representa uma fonte potencial de estresse para os animais dos zool gicos provocando lhes altera es comportamentais fisiol gicas e diminui o do bem estar N veis sonoros acima de 90 dB podem causar defici ncia na capacidade de se comunicar e s o associados a comportamentos anormais como agress o e redu o de comportamentos sociais aumento de press o arterial diminui o de fun o auditiva e altera es cardiovasculares MENDES Solange 2010 Efectos de la contaminaci n ac stica en cuatro especies de aves silvestres Tese de Doutorado Universidad de Salamanca Espanha 2010 di QUADROS S YOUNG R J O Problema do Ru do nos Zool gicos Modernos In Anais do XXII Encontro da Sociedade Brasileira de Ac stica Belo Horizonte MG 2008 30 3 CONCEITO E DEFINI O DA POLUI O SONORA Ao tratar dos n veis de press o sonora nota se a diversidade de termos e conceitos vertidos
2. A FAA reivindicou a regula o do ru do aeron utico criando a sua pr pria regulamenta o e ignorando o NCA 72 Embora a EPA continuasse com a compet ncia para regular as demais fontes n o obteve colabora o dos fabricantes contrariamente ao 5 LANG William W Global versus local issuea in noise control policy In Noise amp Vibration Worldwide Volume 34 Number 2 February 2003 p 18 36 que aconteceu com o FAA que obteve o ap io dos fabricantes e monopolizou a E zn 58 regulamenta o conseguindo avan os efetivos na regulamenta o Segundo LANG os fabricantes preferiam ir justi a para discutir a jurisdi o da EPA de estabelecer limites e a metodologia de medi o do que desenvolver o controle de ru dos em seus produtos A Environmental Protection Agency EPA dedicou muito tempo e Siad de E 59 recursos financeiros como consequencia nos processos judiciais nesse sentido No in cio da d cada de 80 ocorreu uma mudan a significativa o governo federal de Reagan em 1982 declarou que o ru do um problema local e extinguiu a ONAC enfraquecendo certas pol ticas de san o que se tornaram mais heterog neas ao longo do pa s Kenneth Feith cientista s nior do EPA declarou que n o se faziam mais pesquisas sobre ru do pois n o havia verbas nem pessoal para faz lo Os programas locais foram deixados por conta pr pria sem a ajuda financeira do Governo central Embora vigentes as
3. inviol vel a liberdade de consci ncia e de cren a sendo assegurado o livre exerc cio dos cultos religiosos e garantida na forma da lei a prote o aos locais de culto e a suas liturgias grifamos De outro lado temos o direito universal a um bem de uso comum de um meio ambiente ecologicamente equilibrado no art 225 da Constitui o Federal verbis Art 225 Todos t m direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida impondo se ao Poder P blico e coletividade o dever de defend lo e preserv lo para as presentes e futuras gera es grifamos 72 Agravo n 1 0105 07 238114 5 001 Comarca de Governador Valadares Agravante s Igreja Universal do Reino de Deus Agravado a s Minist rio P blico do Estado de Minas Gerais Relator Exmo Sr Des Beliz rio de Lacerda ale Agravo de Instrumento N 1 0521 09 085826 2 001 Comarca de Ponte Nova Agravante S Igreja Universal Reino Deus Agravado a s Carlos Bartolomeu Relator Exmo Sr Des Alberto Henrique Ementa A o de Obriga o de fazer Culto Religioso Polui o Sonora Inc modo ao Sossego Viola o ao princ pio do contradit rio N o ocorr ncia Antecipa o de tutela Requisitos comprovados Redu o do valor da multa 183 Afigura se inicialmente um confronto entre dois princ pios constitucionais igualmente protetores de direitos fundamentais pois quem se s
4. 1 c c art 2 e 3 da Lei n 9 605 98 por causar polui o sonora e desconforto s pessoas que residiam nas imedia es da chopperia O HC impetrado perante o Tribunal de Justi a de Mato Grosso pedindo o trancamento da a o penal por in pcia da inicial foi negado Todavia subindo ao Supremo Tribunal de Justi a o Min Gilson Dipp concedeu o writ entendendo que a den ncia n o descrevia qualquer liga o do acusado com o fato da m sica produzida na empresa de sua propriedade estar fora dos limites legalmente estabelecidos Sob o mesmo argumento o Min Dipp concedeu a ordem no HC n 773 747 SP 2006 0284799 7 em favor dos pacientes dados como incursos no crime de polui o sonora pelo simples fato de serem l deres da igreja o que segundo o julgador n o autoriza a instaura o de processo criminal A inexist ncia absoluta de elementos h beis a descrever a rela o entre os fatos delituosos e a autoria ofende o princ pio constitucional da ampla defesa tornando inepta a den ncia fundamentou H que se lembrar de que o tipo penal do art 54 exige que a polui o seja em n veis tais que resulte ou possa resultar em danos sa de humana al m de provocar a mortandade de animais ou a destrui o significativa da flora A condena o do propriet rio de uma boate e manuten o da decis o recorrida na Apela o Criminal n 71002322238 foi fundamentada pelo magistrado no fato de que o r
5. O DO MINIST RIO P BLICO O Minist rio P blico tem sido um importante agente no combate polui o sonora Isso porque al m da iniciativa do pr prio Parquet a coletividade por vezes apela ao rg o como ltimo recurso na tentativa de salvaguardar o direito ao sossego e a um meio ambiente saud vel Reiterados julgados que deram por ileg tima a iniciativa do Parquet levou FINK a tratar a quest o de modo a estabelecer crit rios em rela o s A es Civis P blicas movidas contra a polui o sonora Em longa argumenta o tece algumas considera es que podem fundamentar a legitimidade do Minist rio P blico na defesa de interesses e direitos difusos coletivos e individuais homog neos analisando essa legitimidade em face do fen meno da polui o sonora Assim conclui verbis Cuidando a hip tese de polui o sonora somente a an lise de caso a caso que determinar se o Minist rio P blico tem ou n o legitimidade para tutela dos interesses em quest o Isso porque os sons s o vari veis em intensidade e volume possibilitando que um menor ou maior n mero de pessoas sejam afetadas pela polui o sonora Contudo e somente a t tulo de exemplo entendemos poss vel identificar algumas situa es onde aprioristicamente podemos classificar o tipo de interesse envolvido tendo em vista a evid ncia das circunst ncias de fato que contornam o problema vizinho de apartamento que causa ru do por inst
6. encargos ambientais art 131 2 e 3 do CTB Num prazo de 120 dias a partir da aprova o da Resolu o n 418 09 o IBAMA dever regulamentar os procedimentos de avalia o dos ve culos em uso que prev um procedimento de avalia o do n vel de ru do de escapamento art 30 II E num prazo de 12 meses dever disponibilizar em seu s tio na internet as caracter sticas do ve culo necess rias para a realiza o da inspe o veicular art 35 A fiscaliza o mais uma vez ser de extrema import ncia para o sucesso destes programas pois um ve culo pode apresentar se como regular na inspe o anual e ser modificado no dia seguinte circulando irregularmente o ano todo principalmente no que diz respeito ao ru do Basta lembrar que o escapamento aberto sem silenciador ou sem catalisador al m de dar um ar de esportividade aumenta o desempenho do motor Dai a prefer ncia de se circular sem esses itens obrigat rios 112 Se considerarmos que conforme o DETRAN 30 da frota est irregular a fiscaliza o torna se imperiosa e imprescind vel Os dados da Abramet Associa o Brasileira de Medicina de Tr fego d o conta de uma pesquisa sobre infra es no entorno da Regi o Metropolitana de S o Paulo mostrando que s o cometidas 17 5 milh es de infra es por dia sendo que apenas uma em cada 3 360 s o efetivamente multadas 6 1 1 2 Resolu es CONTRAN O C digo de Tr nsito Brasileir
7. o livre Hans Peter Wilhem Arp 1886 1966 pintor e poeta As pessoas t m medo de ficarem sozinhas Este medo uma marca dominante em nossa sociedade O entretenimento preenche cada fenda da nossa cultura Ningu m parece querer e ningu m consegue encontrar um lugar trangiiilo porque quando se est num lugar trangiiilo deve enfrentar se a realidade Todavia muitos na presente gera o teimam em n o faz lo porque a sua realidade os leva falta de significado ent o enchem as suas vidas de entretenimento mesmo que seja apenas ru do tradu o livre Francis Schaeffer 1912 1984 fil sofo e te logo Dedicado A minha esposa Marilda pelo ap io ao meu desenvolvimento acad mico e em especial a este trabalho Aos meus pais Anat lio e Maria pelos legados de f conduta tica e consci ncia social AGRADECIMENTOS A Deus pela vida sa de e inspira o na busca dos ideais de preserva o e prote o do meio ambiente em que nos colocou oikos de nossa exist ncia terrena Profa Dra Consuelo Yatsuda Moromizato Yoshida exemplo de dedica o ao magist rio e causa ambiental pelos ensinamentos vertidos em sala de aula pelas oportunidades com que nos brindou e pela confian a depositada em n s desde o ingresso no programa de p s gradua o at a orienta o e concretiza o do presente trabalho A Banca Examinadora pelas contribui es que direta e indiretamente
8. 1 0598 03 900251 7 001 Comarca de Santa Vit ria Autor a s es Remetente Jd Da Comarca de Santa Vit ria Debral Delfino de Souza e Outro R u s Munic pio de Santa Vit ria Igreja Evang lica Assembl ia de Deus Relator Exmo Se Des Kildare Carvalho 182 multa de R 5 000 00 por cada ato de descumprimento O agravo impetrado perante o TJMG n o prosperou nr Um vizinho valeu se da A o de Obriga o de Fazer para proibir que uma igreja produzisse ru dos de n vel sonoro superior a 70 dB durante o dia e 60 dB durante a noite sob pena de multa de R 5 000 00 para cada descumprimento devidamente constatado Tudo porque solicitadas provid ncias Prefeitura esta constatou n veis de 81 4 dB mas nada fez Em sua defesa perante o TJMG ao qual recorreu e que manteve a senten a a igreja alegou que a real motiva o por tr s das alega es dos moradores era o preconceito e a intoler ncia religiosa 6 2 3 2 Confronto entre Direitos Fundamentais A julgar pelos principais argumentos deduzidos em ju zo pelas partes temos por um lado o direito constitucional inserto no art 5 VI da Carta Magna da liberdade de culto verbis Art 5 Todos s o iguais perante a lei sem distin o de qualquer natureza garantindo se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pa s a inviolabilidade do direito vida liberdade igualdade seguran a e propriedade nos termos seguintes VI
9. 162 como a es estrat gicas para a gest o da Pol tica Ambiental a de controlar as fontes de polui o sonora e criar instrumentos para controlar o ru do difuso art 57 V VI No tocante s festas populares o carnaval destaca se como um dos mais degradantes em termos de polui o sonora FREITAS evoca estudo realizado por m dicos baianos para os quais a expans o e profissionaliza o do carnaval foram os respons veis pela lideran a do carnaval baiano em termos de consumo de equipamentos de som chegando ao ponto da OMS declarar que na Bahia que se encontra a maior tonelagem per capita de som no mundo A quest o n o se resolve pelo simples fato de permitir indiscriminadamente os festejos carnavalescos com o argumento de que tal atividade traz benef cios ao munic pio preterindo o sossego e sa de p blicos e o consequente lucro dos empreendedores privados em detrimento da sa de e bem estar da popula o N o toler vel do ponto de vista ambiental que o lucro seja privatizado e os preju zos socializados mais uma vez A tratamento do assunto deve observar um importante aspecto mencionado por ANTUNES ao citar jurisprud ncia portuguesa de que juridicamente mais importante o direito do cidad o ao sossego e descanso do que o direito de outro cidad o de explorar uma atividade comercial ou industrial ruidosa ou inc moda Esta consci ncia deve prevalecer no entendimento ta
10. Posteriormente veio a Lei n 6 803 80 que estabeleceu as diretrizes b sicas do Zoneamento Industrial de modo a compatibilizar as atividades industriais com a prote o ambiental Assim a instala o de ind strias nas reas cr ticas que conforme o art 4 do Decreto Lei n 1 1417 75 deveria obedecer ao zoneamento urbano classificadas o zoneamento urbano em zonas estritamente industriais predominantemente industriais e uso diversificado A Lei autoriza os munic pios a baixar normas locais de combate polui o e controle ambiental dentro de sua compet ncia para evitar que os res duos de sua atividade dentre eles o ru do causem perigo sa de e o bem estar da popula o art 2 Sabe se que 2 2 o zoneamento n o a panac ia para todos os males Mas conforme a pondera o de 24 ANTUNES op cit p 192 169 MACHADO Ainda que o zoneamento n o constitua por si s a solu o de todos os problemas ambientais um significativo passo 6 2 2 1 Direito adquirido de poluir garantia constitucional conforme o art 5 XXXVI da CF o direito adquirido o ato jur dico perfeito e a coisa julgada Nesse sentido poder amos aduzir que uma vez instalada a ind stria e cumpridas as exig ncias legais municipais e as relativas ao licenciamento ambiental a mesma n o poderia a posteriori ser penalizada por emitir polui o sonora vizinhan a mormente quando esta se alocou na
11. de extrema import ncia pois se as normas ambientais pretendem implementar medidas de prote o certamente impor o limita es s liberdades individuais em prol do bem comum da prote o do meio ambiente e da sa de Nada mais coerente pois que brindar lhes informa es a respeito e principalmente acerca dos efeitos nocivos sobre a sa de Diga se de passagem a divulga o dos dados de mapeamentos sonoros poderiam servir de base para a desvaloriza o imobili ria ou a es indenizat rias caso n o seja feito criteriosamente A partir dai os Estados Membros dever o aprovar um plano de a o Anexo V com o objetivo de prevenir e reduzir o ru do ambiente nas reas onde ele cr tico e preserv lo onde o ambiente ainda bom As medidas a serem implementadas s o destinadas a atacar as principais fontes ve culos infra estruturas rodovi rias e ferrovi rias aeronaves equipamento industrial e de exteriores e maquin rio m vel No art 2 a DIRECTIVA n 49 delimita a sua rea de aplica o 1 A presente diretiva aplic vel ao ru do ambiente a que os seres humanos se encontram expostos em especial em reas constru das parques p blicos ou noutras zonas trangiilas de uma aglomera o em zonas trangiilas em campo aberto nas imedia es de escolas hospitais e outros edif cios e zonas sens veis ao ru do 2 A presente diretiva n o aplic vel a ru dos produzidos pela pr pria pessoa ex
12. lo em seu sentido Enfim ao Judici rio caber ressaltar a relev ncia do uso do princ pio da proporcionalidade assegurando justa rela o entre as partes sem coment rios depreciativos Como dissemos de suma import ncia n o deixar margem de d vida que possa alimentar a tese de preconceito religioso ou at de persegui o a determinados cultos tanto na atua o administrativa do Poder P blico inclu do o Judici rio como por parte do Parquet Na decis o anterior as manifesta es do relator deixaram d vidas Da mesma forma o pedido do Minist rio P blico na Apela o C vel com Revis o n 625 711 5 0 00 de que se impe a a propaga o de ru dos da apelada genericamente para todos os seus templos 188 sem a exist ncia de qualquer circunst ncia de fato que comprove a emiss o de n veis 277 sonoros acima do permitido O tema escabroso se n o tratado com as devidas cautelas separando claramente o que defesa do equil brio do meio ambiente e o que respeito liberdade de culto Caso contr rio com justi a os devotos alegar o persegui o e intoler ncia religiosa A julgar pelos dados do PSIU paulistano de janeiro a meio de 2008 foram realizadas 398 fiscaliza es em templos No mesmo per odo de 2009 foram apenas 165 opera es o que representa uma diminui o de 58 5 que para a Secretaria de Coordena o das Subprefeituras deve se adapta o das igrejas legis
13. munic pio ser consultado Em 2005 a SVMA exigiu da Infraero o estudo de impacto ambiental cujo termo de refer ncia a Infraero apresentou em 2006 Aprovado a Infraero recebeu um prazo de 1 um 140 ano para a elabora o do EIA RIMA e como esse prazo n o foi cumprido foi multada em R 10 milh es em 2008 Em setembro do mesmo ano a Infraero fechou contrato com a empresa VPC Brasil Tecnologia Ambiental e Urbanismo Ltda para a realiza o do referido estudo cujo EIA RIMA foi conclu do em dezembro de 2008 Ap s an lise os t cnicos da SVMA sugeriram 93 exig ncias ao CADES 11 das quais referentes polui o sonora a maior quantidade de exig ncias por item O EIA RIMA apontou que as opera es emitem n veis de press o sonora acima do limite previsto na legisla o O ru do excessivo atinge hospitais resid ncias escolas e os pr prios passageiros tanto no terminal principal quanto no sagu o destinado s autoridades Os t cnicos da SMVA pretendem que ap s a emiss o da licen a ambiental a Infraero implemente num prazo m ximo de seis meses um Programa de Monitoramento de Ru do Aeron utico emitindo relat rios bimestrais sobre o n vel de ru do nos arredores do aeroporto Como expomos anteriormente o C digo Brasileiro de Aeron utica prev a implanta o de Planos de Zoneamento de Ru do para os aeroportos Por sua vez cada aeroporto delimitar as Curvas de Ru do I e II estabelecendo as zon
14. o das obriga es do EPA com a sua falta de recursos Para refor ar essa situa o enviou dois relat rios O primeiro intitulado The Dormant Noise Control Act and Options to Abate Noise Pollution 1991 A Lei adormecida de controle de ru do e as op es de redu o da polui o sonora escrito por Sidney A Shapiro professor de direito que examinava a redu o de ru do na d cada de 60 antes do estabelecimento do Noise Abatement and Control ONAC Descreveu as atividades da ONAC na sua tentativa de implementar o Noise Control Act of 1972 NCA depois de fechada A conclus o de Shapiro foi de que o alvo do NAC de um pa s mais silencioso n o merece o tratamento irrespons vel que o Congresso e o EPA lhe deram O segundo relat rio Noise and Its Effects 1991 O ru do e seus efeitos escrito por Alice H Suter consultora em ac stica apresentava uma resenha do ru do e seus efeitos na popula o e cuidadosamente inclu a estudos sobre os efeitos do ru do que foram conduzidos ap s o fechamento da ONAC Seu relat rio continha a defini o de ru do como um assunto de sa de e discutia os efeitos do ru do na audi o sa de sono aprendizado e comportamento social Sua conclus o era de que o ru do tem um impacto significativo na qualidade de vida do norte americano Diante da Recommendation 92 6 Implementation of the Noise Control Act Junho 1992 de que o Congresso recha asse o Noise Control Act ou
15. o das pupilas dist rbios do sono pois o barulho causa irritabilidade cansa o e dificuldade de concentra o cansa o altera o do rendimento no trabalho estresse falta de aten o e concentra o preju zo no desempenho de algumas tarefas redu o da pot ncia sexual mudan as na conduta e no humor depress o e ansiedade Pelas rea es fisiol gicas conhecidas a OMS considera o n vel de 50 dB A como o fim do conforto e o de 55 dB A como o in cio do estresse O m dico otorrinolaringologista Ektor Onishi coordenador a Campanha Nacional da Sa de Auditiva no Brasil lembra que o volume de som e seu impacto sobre o organismo dobra a cada cinco decib is A respeito do descanso noturno comenta Quem fica sob barulho constante se queixa de dor de cabe a lcera press o alta e dificuldade para dormir O ambiente ruidoso considerado pelo 28 organismo como estressante Segundo PIMENTEL SOUZA dist rbios do sono e da sa de em geral no cidad o urbano devidos direta ou indiretamente ao ru do atrav s do estresse ou perturba o do ritmo biol gico foram revistos na literatura cient fica dos ltimos 20 anos Em vig lia o ru do de at 50 dB A Leq pode perturbar mas adapt vel A partir de 55 dB A provoca estresse leve excitante causando depend ncia e levando a dur vel desconforto O estresse degradativo do organismo come a pr ximo dos 65 dB A com desequil brio bioqu mico aumentando
16. o do n vel de ru do em dB a para edifica es submetidas ao ru do aeron utico M todo de ensaio a NBR 9834 1995 Fixa o dos n veis de ru do aceit veis para as depend ncias dos terminais dos passageiros aeroportu rios e a NBR 10268 1995 Ru do nas depend ncias dos terminais dos passageiros aeroportu rios Medi o dos n veis 134 NABINGER pretendeu verificar se a aplica o dos ndices de isolamento ac stico de 35 a 40 dB recomendados pela NBR 8572 1984 e as vigentes na rea II do Plano Espec fico de Zoneamento de Ru do PEZR do aeroporto Salgado Filho POA eram compat veis com as recomenda es da NBR 10 152 1987 Concluiu dentre outros aspectos que ao se utilizar o indicador LM x recomendado pelas mais consagradas institui es internacionais da avia o os ndices de isolamento ac stico preconizados pela NBR 8572 1984 n o atendem aos n veis de conforto ac stico estabelecidos pela NBR 10 152 1987 dependendo do tipo de aeronave e do procedimento de pouco ou decolagem Da mesma forma as medi es efetuadas no estudo levaram no conclus o de que o ru do medido em Leq n o atende aos n veis recomendados pela NBR 10 151 2000 para nenhum tipo de rea especificado na norma para o turno diurno restando 14 6 dB A acima do requerido para a rea estudada rea mista com voca o comercial e administrativa Mister lembrar que o Manual de Implementa o de Aeroport
17. o do sossego no art 5 Chega se ao ponto de prescrever no art 11 que Os equipamentos e o m todo utilizado para medi o e avalia o dos n veis de som e ru do obedecer o s que lhes sucederem mostrando que a d vida quanto a norma a ser citada se perpetuou na reda o incompleta do texto Mister destacar contudo a preocupa o do legislador em incluir os animais quanto aos efeitos negativos gerados pelo ru do No que tange aos n veis sonoros estabelece nos moldes da citada Portaria Minter n 92 no art 7 dois crit rios gerais ART 7 ficam estabelecidos os seguintes limites m ximos permiss veis de ru dos I O n vel de som proveniente da fonte poluidora medidos dentro dos limites reais da propriedade onde se d o suposto inc modo n o poder exceder 10 dez decib is dB A ao n vel de ru do de fundo existente no local II independente do ru do de fundo o n vel de som proveniente da fonte poluidora medido dentro dos limites reais da propriedade onde se d o suposto inc modo n o poder exceder os n veis fixados na tabela I que parte integrante deste Decreto Note se que a medi o do ru do se d na propriedade que recebe o som perturbador e que o ru do de fundo considerado no inciso I da seguinte forma se o som da fonte poluidora for maior de 10 dB A do que o ru do de fundo no local a fonte ser autuada Se o ru do de fundo for muito alto a fonte ainda ter
18. o do tr fego com o objetivo de diminuir a emiss o global de poluentes art 24 XVN Ocorre que nos munic pios brasileiros especialmente das grandes capitais o crescimento da frota veicular trouxe consigo a polui o atmosf rica e sonora potencializada pelos congestionamentos cr nicos Estudo realizado em 2002 por MOURA DE SOUZA revelou n veis excessivos de polui o sonora nas vias urbanas do Munic pio de S o Paulo apresentando m dias de n veis de press o sonora acima dos limites estabelecidos pela norma NBR 10 151 da ABNT Informa que nos pontos de medi o localizados em reas estritamente residenciais de hospitais ou de escolas os resultados apresentaram n veis de ru do de 4 2 a 18 65 dB A acima do limite recomendado Nos pontos localizados em reas 102 se Eta o nbs Ae Os pontos de medi o foram escolhidos dentre vias urbanas de tr nsito r pido arteriais coletoras e locais ABNT 1978 CET 1999 procurando representar todas as categorias de ruas e avenidas largas ou estreitas comerciais ou residenciais Os resultados das medi es feitas por MOURA DE SOUZA s o reproduzidos a seguir VIAS R PIDAS Av Prof Francisco Morato 81 44 dB Av Gal Ol mpio da Silveira 80 62 dB Rua Freire Melo 79 46 dB Rua Hungria 78 59 dB Av Francisco Matarazzo 78 20 dB Av Rebou as 77 93 dB Av Rep blica do L bano 77 84 dB Av Rudge 77 81 dB Av Brigadeiro Luis Ant nio 77 37 dB Av
19. o sonora Diferentemente a experi ncia da Comunidade Europ ia em que a harmoniza o se tornou a palavra chave o programa vem sendo implementado h v rios anos No Brasil poder se ia iniciar com a implanta o do Programa Sil ncio e posteriomente outros mecanismos como o programa de Gest o em n vel nacional Para poder gerir a polui o sonora necess rio um esfor o mancomunado de t cnicos e experts que contribuam nas mais variadas reas de incid ncia da polui o sonora Nesse sentido a tese de Doutorado de Denise da Silva Souza da COOPE UFRJ de 2004 intitulada Instrumentos de Gest o de Polui o Sonora para a Sustentabilidade das Cidades Brasileiras O instrumento por ela vislumbrado evoca a transversalidade incluindo tem ticas ambientais sa de do trabalhador sa de p blica transporte ind stria turismo e planejamento e gest o das cidades temas a serem tratados por diversos grupos de Trabalho GT s respons veis da elabora o da proposta em sua rea espec fica O pontap inicial seria dado por um documento elaborado no mbito da Sociedade Brasileira de Ac stica SOBRAC que congregando o maior n mero de especialistas da 216 rea ac stica no Brasil detenta a capacidade t cnica e legitimidade necess rias para a tarefa O documento deveria conter um levantamento da problem tica da polui o sonora em n vel nacional analisando a gest o seguida em todas as esf
20. praticamente in cua em muitos munic pios como o da capital paulista S o in meros os depoimentos encontrados na internet especialmente nos f runs de discuss o que relatam a frustra o da popula o que procura ajuda para coibir a polui o sonora mediante a interven o da Pol cia Militar E quando algu m ousa criticar essa in rcia das A PNE s EEA E E 297 autoridades Administrativas e Policiais corre o risco de ser processado criminalmente Outro meio que a coletividade tem para defender e preservar o meio ambiente ecologicamente equilibrado em rela o perturba o sonora a a o judicial Os anais do Judici rio evidenciam a es civis com pedidos de obriga o de fazer n o fazer indenizat rias a es penais incursos no tipo do art 54 LCA ou art 42 LCP a es coletivas ACP por polui o ambiental sonora tanto individuais como coletivas O que tem se verificado nesse sentido a heterogeneidade de fundamentos nas diversas senten as Se em algumas a es c veis h condena o do poluidor em outras o entendimento de que o autor pasmem escolheu viver em rea barulhenta pelo que improcedente o pedido As a es por crime ambiental renderam poucas senten as positivas motivadas pela d vida de se a polui o sonora causa ou n o danos sa de No que diz respeito contraven o penal h tamb m pareceres divergentes Se por um lado acolhida a queixa por outro re
21. prioridade dos agentes p blicos a an lise do benef cio econ mico que tal atividade possa trazer aos cofres p blicos do que a prote o do meio ambiente A Constitui o Federal de 1988 a diferen a das anteriores dedica um cap tulo ao meio ambiente Cap tulo VI do T tulo VIII considerando o como bem jur dico aut nomo conforme reda o do art 225 caput Art 225 Todos t m direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida impondo se ao Poder P blico e coletividade o dever de defend lo e preserv lo para as presentes e futuras gera es 7 MILAR ob cit p 186 47 Para PIVA o bem de uso comum a que se refere o texto constitucional o direito ao meio ambiente equilibrado FIORILLO ampliando o conceito entende que na somat ria de ambos os aspectos de ser um bem de uso comum do povo e de ser essencial sadia qualidade de vida que se estrutura constitucionalmente o bem ambiental Destaca MILAR que ao proclamar o meio ambiente como bem de uso comum do povo o constituinte reconhece a sua natureza de direito p blico subjetivo pelo que exig vel e exercit vel em face do pr prio Estado que tamb m tem a miss o de proteg lo Pelo fato de estar inserido na Constitui o esse direito deve ser considerado em primeiro lugar como direito constitucional conclui YOSHIDA Dessa forma destaca se a
22. um limitador que s o os n veis da tabela 91 anexa Significa que se o n vel de ru do de fundo for muito baixo privilegia a sua manuten o Por m o primeiro vizinho que elevar o som de sua atividade ligando o r dio por exemplo mesmo dentro dos limites da tabela anexa ser autuado Digna de men o a medida adotada no art 8 em rela o perturba o causada pelo tr fego veicular nas propriedade adjacentes ART 8 Quando o n vel de som proveniente de tr fego vier medido dentro dos limites reais da propriedade onde se d o suposto inc modo ultrapasse os n veis fixados na tabela I caber a SUDEMA articular se com rg os competentes visando a ado o de medidas para a elimina o ou minimiza o do dist rbio sonoro Certamente imp e se ao Poder P blico Municipal a compet ncia de promover a diminui o de ru dos causados pela tr nsito veicular conforme o C digo Brasileiro de Tr nsito Lei n 9 503 97 art 24 II e XVI Ressalte se a inclus o que a legisla o faz da tutela do meio ambiente das perturba es advindas das vibra es de que trata o art 10 As vibra es ser o consideradas prejudiciais quando ocasionarem ou puderem ocasionar danos materiais a sa de e ao bem estar p blico De fato os equipamentos utilizados pelas obras geot cnicas que s o realizadas nas regi es urbanas impactam o meio ambiente com ru dos e vibra es e devem ser controlados sob
23. 33 A emiss o de sons e ru dos em decorr ncia de atividades industriais comerciais e de presta o de servi os obedecer no interesse da sa de da seguran a e do sossego p blico aos padr es crit rios e diretrizes estabelecidos neste Regulamento Par grafo nico Consideram se prejudiciais sa de seguran a e ao sossego p blico os sons e os ru dos que I atinjam no ambiente exterior do recinto em que d o origem n vel de som de mais de 10 dez decib is dB A acima do ru do de fundo existente no local sem tr fego II independentemente do ru do de fundo atinjam no ambiente exterior do recinto em que t m origem de mais de 70 setenta decib is dB A no per odo diurno das 7 s 19 horas e 60 sessenta decib is dB A no per odo noturno das 19 s 7 horas do dia seguinte e HI alcan ar no interior do recinto em que s o produzidos n veis de sons superiores aos considerados aceit veis pela Norma NB 95 da Associa o Brasileira de Normas T cnicas ABNT ou das que lhe sucederem Art 34 Na execu o dos projetos de constru o ou de reformas de edifica es para atividades heterog neas o n vel de som produzido por uma delas n o poder ultrapassar os n veis estabelecidos pela Norma NB 95 da ABNT ou das que lhe sucederem Art 35 A emiss o de ru dos e sons produzidos por ve culos automotores e os produzidos no interior dos ambientes de trabalho obedecer o s norm
24. Limites de emiss o sonora 1 N o vedado aos munic pios a teor do art 30 II da CF suplementar a legisla o estadual quanto aos limites de emiss o sonora definindo os padr es adequados ao interesse local pois neste assunto ante as peculiaridades de cada munic pio se mostra imposs vel estabelecer uniformidade 2 A o direta julgada improcedente 223 Poder amos concluir ent o de que a legisla o ambiental n o prevalecer sObre a legisla o municipal quando aquela n o seja justific vel ante a realidade local entendendo por realidade local a atividade explorat ria do munic pio e n o o mandado constitucional de preservar o meio ambiente art 23 VI 24 O art 9 8 1 da Lei 9 868 98 reza Em caso de necessidade de esclarecimento de mat ria ou circunst ncia de fato ou de not ria insufici ncia das informa es existentes nos autos poder o relator requisitar informa es adicionais designar perito ou comiss o de peritos para que emita parecer sObre a quest o ou fixar data para em audi ncia p blica ouvir depoimentos de pessoas com experi ncia e autoridade na mat ria grifamos 158 ouvido peritos e autoridades na mat ria como lhe faculta o art 9 1 da pr pria Lei n 9 868 98 citada antes de proferir o seu voto Caso semelhante o do Munic pio de Uruguaiana em que a ADIN n 70019028745 em face das altera es do art 241 da Lei n 1 970 88 dadas pelas
25. No final do s culo XVII chegava o motor el trico e em meados do s culo XIX o motor de combust o interna E por causa deles o mundo jamais seria o mesmo O maquin rio industrial e os ve culos de transporte movido por essas inven es principalmente pela combust o interna desencadeou o fen meno do ru do n o mais restrito perturba o do sono mas como elemento pernicioso dentro do ambiente de trabalho e logo nos ambientes p blicos Diferentemente da degrada o causada pelos res duos s lidos l quidos e gasosos oriundos da industrializa o que atingiam indiretamente o ser humano atrav s da degrada o dos recursos naturais como a gua o ar e o solo o ru do atingiu o homem diretamente E como a perda auditiva em geral se d de forma cumulativa no tempo percept vel quanto o preju zo auditivo j est presente o ru do se transformou na sociedade p s revolu o industrial num inimigo invis vel O advento do autom vel e do avi o no fim do s culo XIX e come o do s culo XX aumentou o n vel de ru do urbano de forma vertiginosa o que levou ao pr mio Nobel em Psicologia ou Medicina em 1906 o bacteriologista Dr Robert Koch a vaticinar o mal que o ru do traria sociedade humana dizendo vir o dia em que o homem lutar contra o ru do impiedoso como o pior inimigo de sua sa de E os n veis de ru do cresceram de tal forma que a sociedade come ou a exigir provid ncias do
26. S o Paulo 2003 p 179 APELA O C VEL n 269698 8 Curitiba 2 Vara da Fazenda P blica 2005 A O DE REPARA O DE DANO ALEGADA ILEGITIMIDADE PASSIVA DO MUNIC PIO EM FIGURAR NO P LO PASSIVO DA DEMANDA INOCORR NCIA OMISS O DO MUNIC PIO QUANTO AO PODER DE POL CIA EM ESTABELECIMENTO QUE POSSU A ATIVIDADES SONORAS COM N VEIS SUPERIORES AO PERMITIDO LEGALMENTE OCORR NCIA DANO CAUSADO RESID NCIA NEXO DE CAUSALIDADE DEMONSTRADO ENTRE O EVENTO OCORRIDO E O DANO RESPONSABILIDADE CIVIL DO MUNIC PIO INDENIZA O DEVIDA RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO SOB A MODALIDADE DO RISCO ADMINISTRATIVO RECURSO IMPROVIDO EMENTA A Municipalidade competente para tomar provid ncias quanto polui o sonora origin ria de estabelecimento ante ao que disp e as Leis Municipais n 8 593 95 e 8 726 95 n o podendo assim falar em ilegitimidade do mesmo em figurar no p lo passivo da demanda Ao Munic pio compete o exerc cio do poder de pol cia sempre que haja a necessidade de limitar o exerc cio dos direitos individuais em benef cio do interesse p blico sendo portanto respons vel pela falta de prote o do bem estar e do sossego 57 No mesmo sentido MILAR ao admitir a possibilidade de as pessoas de direito p blico interno virem a ser responsabilizadas pelos danos causados ao meio ambiente tanto quando constroem estradas aterros sanit rios emissores de esgotos sanit rios etc como quando se omitem no
27. Sucom da Prefeitura de Salvador por ocasi o da comemora o do Dia Municipal Contra a Polui o Sonora 7 de maio institu do pela Lei Municipal n 6 972 06 Sob o lema Reduza o volume e aumente essa id ia os visitantes podiam submeter se a audiometrias para verificar o estado da audi o receber material educativo e assistir apresenta o de um v deo que mostra as consequ ncias da polui o sonora para o ser humano Um dos eventos anuais que evocam o Carnaval o JF Folia Carnaval Fora de poca foi alvo de a o indenizat ria perante a 6 Vara C vel da comarca de Juiz de Fora MG pois a festa realizada no estacionamento do est dio municipal da cidade atravessava a noite e seguia ainda pela manh impossibilitando o repouso noturno As r s apelaram mas o TJMG manteve a decis o do ju zo a quo condenando as solidariamente ao pagamento de R 11 4 mil por danos morais a Em sentido contr rio e a respeito do mesmo evento o mesmo tribunal rejeitava o x 237 dano moral em a o semelhante sob argumento de que os transtornos vivenciados por pessoas que residem pr ximo ao est dio onde realizada festa popular reunindo grande 2335 Exposi o mostra os males do som alto Prefeitura de Salvador 10 05 2007 Disposn vel em http www salvador ba gov br index php option com content amp task view amp id 771 amp Itemid 42 Acessado em 20 05 2007 26 INDENIZA O DANOS MORAIS EXCE
28. UFRGS 2005 NUNES Maria Fernanda de Oliveira e SATTLER Miguel Aloysio Percep o do Ru do Aeron utico em Escola da Zona I do PERZ do Aeroporto Internacional Salgado Filho Dispon vel em lt http www uff br engevista 3 6Engevistal pdf gt Acessado em 03 12 2009 PETERS Edson Luiz PIRES Paulo de Tarso de Lara Manual de Direito Ambiental 2 ed Curitiba Juru 2002 PIMENTEL SOUZA Fernando A Polui o Sonora Urbana no Trabalho e na Sa de Dispon vel em lt http www icb ufmg br lpf gt Acessado em 01 03 2009 229 PINTO Victor Carvalho Regime Jur dico do Plano Diretor In FREITAS Jos Carlos de Coordenador Temas de Direito Urban stico 3 S o Paulo Minist rio P blico Imprensa Oficial 2001 Dispon vel em lt http www senado gov br conleg insti consultores victor carvalho htm gt Acessado em 05 01 2010 PIVA Rui Carvalho Bem ambiental S o Paulo Ed Max Limonad 2000 PORFIRIO J NIOR Nelson de Freitas Responsabilidade do Estado em face do Dano Ambiental Malheiros Editores S o Paulo 2002 QUADROS S YOUNG R J O Problema do Ru do nos Zool gicos Modernos In Anais do XXII Encontro da Sociedade Brasileira de Ac stica Belo Horizonte MG 2008 QUEIROZ ANA Cristina I Encontro T cnico Ru do Aeron utico nas reas de Entorno de Aeroportos no Brasil Infraero Rio de Janeiro 6 04 2006 Dispon vel em lt http www infraero gov br upload arquivos meio apresentacaoanacristinaqu
29. blica contra a polui o sonora Por maioria a Turma deu provimento entendendo que a polui o sonora enquadra se no conceito de polui o n o sendo apenas um inc modo mas grave amea a sa de mormente quando impede o sono O decisium versou sobre a classifica o da legitimidade em exclusiva quando a lei atribui legitimidade um nico sujeito que em regra atribu da ao titular do direito legitimidade concorrente quando a lei atribui legitimidade a mais de um sujeito tamb m chamada de co legitima o ou legitima o disjuntiva legitimidade ordin ria quando a lei atribui legitimidade ao titular da rela o jur dica discutida ou seja a parte corresponde com o legitimado que defender em nome pr prio direito pr prio e legitimidade extraordin ria quando o legitimado n o coincide com o titular do direito portanto ser legitimado para agir em nome pr prio defendendo interesse alheio Esta ltima acep o encontra se no art 6 do CPC verbis Ningu m poder pleitear em nome pr prio direito alheio salvo quando autorizado por lei A legitimidade do MP pode ser encontrada na Lei da A o Civil P blica Lei n 7 347 85 art 5 para propor a a o civil p blica principal e a a o cautelar Tamb m dentre as fun es do MP contidas no art 129 III da CF est a de promover o inqu rito civil e a a o civil p blica para a prote o do patrim nio p blico e social do meio ambi
30. diversas legisla es inibidoras do ru do deixaram de ser implementadas por desinteresse governamental Diante da falta de ap io do Governo central a uma pol tica nacional LANG conclui quando falta legisla o que estabele a os limites de emiss es da fontes de ru do as for as econ micas do mercado livre ir o determinar o n vel de ru do de seus produtos E de fato nesse sentido a voz de alarme sem a ONAC n o h ningu m a cargo da regula o e sem a gs 62 esta ag ncia para supervisionar o ru do se elevou a novos patamares A representante Nina Lowey levou ao Congresso em 1997 um projeto de lei para restabelecer a ONAC dentro da EPA O projeto conhecido como Quiet Communities Act HR 536 dotaria o rg o de uma verba de USD 31 milh es de d lares para os exerc cios de 1998 a 2002 mas o projeto acabou sendo rejeitado 58 Idem LANG idem so CHEPESIUK RON Decibel Hell Environmental Health Service Volume 113 N mero 1 Janeiro 2005 S LANG ob cit p 19 62 BRONZAFT Arline L A Voice to End the Government s Silence on Noise in Hearing Rehabilitation Quarterly Vol 23 num 1 1998 Dispon vel em lt http www lhh org noise archives 23 1 voice html gt Acessado em 30 11 2009 37 Diante das queixas da sociedade a EPA solicitou Administrative Conference of the United States Confer ncia Administrativa do Estados Unidos que recomendasse ao Congresso a reconcilia
31. do em especial de motocicletas maior fonte m vel de polui o sonora As campanhas de esclarecimento popula o e da cria o de instrumentos para o ru do difuso ainda n o s o percept veis Embora n o se conceitue o que seja ru do difuso na referida lei pode ser entendido como o ru do cuja fonte n o se pode determinar se considerados os n veis de emiss o ou que atinge um n mero indeterminado de pessoas se considerados os n veis de imiss o A Diretiva n 2002 49 CE conceitua o ru do ambiente como o som externo indesejado ou prejudicial criado por atividades humanas incluindo o ru do emitido por meios de transporte tr fego rodovi rio ferrovi rio a reo e instala es utilizadas na atividade industrial O Plano Diretor de Belo Horizonte por exemplo criado pela Lei n 7 165 1996 menciona a polui o sonora como diretriz relativa ao meio ambiente no art 22 XVII no sentido de estabelecer o efetivo controle controle este que se discute em face da aprova o da Lei n 9 037 2005 que anistia veladamente estabelecimentos que clandestinamente se j 2 130 instalaram em rea residencial havia dois anos antes de vigorar a lei PINTO pondera que a primazia dada ao Plano Diretor na Constitui o Federal bem como no Estatuto da Cidade busca garantir que os enormes poderes conferidos ao Munic pio para a regula o do mercado imobili rio sejam utilizados exclusivamente na 130 Sobre
32. n o dif cil inferir que regi es pr ximas a aeroportos rodovias atividades noturnas dentre outras provoquem o mesmo receio Poucos os estudos produzidos a esse respeito Alguns desses estudos consultaram o valor dos im veis em reas aeroportu rias Um deles conduzido por ELLER e SCATOLINI no entorno do aeroporto de Congonhas mostrou uma varia o entre os pre os de oferta dos im veis nos bairros de Moema e Jabaquara Foram analisados im veis com as mesmas caracter sticas em reas de forte impacto aeron utico e fora da rea de ru do embora as diferen as encontradas n o fossem muito expressivas Todavia outros estudos conduzidos por ELLER d o conta de diferen as em alguns aeroportos da ordem de 30 de desvaloriza o Na Vila Madalena bairro que tem uma das maiores concentra es de bares em S o Paulo v rios moradores de casas e pr dios que sofrem com a folia dos bares reclamam s quatro da manh isto fica um inferno tem um pessoal que fica batucando at esse hor rio no bar Outro vizinho da Rua Mourato Coelho onde mora h 40 anos colocou o im vel para alugar Por m diz que n o h interessados 2 2 EFEITOS NA FAUNA Assim como os humanos os animais tamb m s o afetados pela polui o sonora Alguns estudos sugerem efeitos das vibra es na flora Todavia sendo que os elementos da flora n o possuem aparelho auditivo e serem escassos os estudos dispon veis n o iremos in
33. na Resolu o CONAMA N 01 90 bem como na legisla o as normas NBR 10 151 e NBR 10 152 da ABNT devem ser observadas compulsoriamente 7 2 NBR 10 151 A norma NBR 10 151 Ac stica Avalia o do ru do em reas habitadas visando o conforto da comunidade Procedimento foi publicada em junho de 2000 com erratas sendo v lida a partir de 31 07 2000 Revogou a vers o anterior de 1987 Os objetivos da norma s o litteris 192 1 1 Esta Norma fixa as condi es exig veis para avalia o da aceitabilidade do ru do em comunidades independente da exist ncia de reclama es 1 2 Esta Norma especifica um m todo para a medi o de ru do a aplica o de corre es nos n veis medidos se o ru do apresentar caracter sticas especiais e uma compara o dos n veis corrigidos com um crit rio que leva em conta v rios fatores 1 3 O m todo de avalia o envolve as medi es do n vel de press o sonora equivalente LAeg em decibels ponderados em A comumente chamado dB A salvo o que consta em 5 4 2 grifamos Note se que os n veis de aceitabilidade de ru dos nas comunidades deve ser verificado mesmo que n o aus ncia de reclama es o que contraria a nossa cultura de que agir somente em caso de reclama o Dentro dos condom nios o s ndico geralmente age quando h reclama o Nos estacionamentos ou em frente de lojas escolas e faculdades assistimos a um festival de infra es paradas em fi
34. o obrigat ria apenas na cidade de S o Paulo e Rio de Janeiro Os demais estados t m frota abaixo de 2 milh es de ve culos com exce o de Santa Catarina aprox 2 995 684 e Goi s aprox 2 066 179 A inspe o veicular realizada regularmente em 51 pa ses Na Am rica Latina essa fiscaliza o feita no Uruguai Argentina Chile Costa Rica e Peru Recentemente em agosto de 2009 formou se um Grupo de Trabalho no mbito do CONAMA com o objetivo de compilar todas as normas existentes referentes inspe o veicular ambiental Res n 07 93 15 94 16 95 18 95 227 1997 251 99 252 99 e 256 99 em um nico texto de forma a contemplar todos os temas relevantes j normatizados e eliminar as contradi es repeti es e lacunas presentes no corpo normativo examinado Posteriormente avaliar e discutir o avan o e o aperfei oamento da regulamenta o legal da inspe o veicular de emiss es e ru do sobretudo a fun o do programa de inspe o ambiental como um instrumento de gest o de fontes m veis e a sua adequa o tecnol gica 146 Dispon vel em lt http www abrac com br online artigo asp id 163 amp tipo A gt Acessado em 2009 09 16 z Dispon vel em lt http g1 globo com Noticias Carros 0 MUL1348856 9658 00 html gt Acessado em 24 10 2009 Junto com os munic pios os rg os respons veis de cada regi o ter o 12 meses para apresentar um plano de inspe o dos ve culos aos rg os estad
35. o da ONU com o tema tal que a Conven o Sobre as Esp cies Migrat rias em 2008 afirmou que a polui o sonora de origem humana um problema para os mam feros que usam sons para se comunicar ao ponto de colocar em risco a sobreviv ncia das esp cies submarinas O barulho submarino feito pelo homem j provocou uma esp cie de nevoeiro ac stico e uma cacofonia de som em muitas partes dos mares e oceanos do mundo disse Mark Simmonds Medidas como a ado o de motores mais silenciosos alarmes menos danosos e restri o dos testes s smicos utilizados na prospec o de petr leo e g s est o sendo solicitadas pela ONU aos governos e ind strias O aumento da acidez da gua do mar traz como consegii ncia uma diminui o em 10 na absor o das fregii ncias baixas pelo meio contribuindo para o aumento da polui o sonora no oceano Estudo realizado com o p ssaro Troglodytes Aedon efetuou medi es em 3 pontos s margens da Rodovia Dom Pedro I pr ximo de Campinas evidenciando que os p ssaros 3 USA Today 28 04 2006 Crocodile attacks chainsaw in Australia Dispon vel em lt http www usatoday com news offbeat 2006 04 28 crocodile chainsaw x htm gt Acessado em 30 03 2006 4 ONU diz que polui o sonora amea a animais marinhos Estad o OnLine 03 12 2008 Dispon vel em lt http www estadao com br vidae not vid287862 0 htm gt Acessado em 5 12 2008 28 definiram o seu habitat numa rea situa
36. o de equipamentos especiais de controle e nos casos mais graves relocaliza o Significa que a busca inicial pelos equipamentos de controle Em ltima an lise da relocaliza o 6 2 3 Cultos Os cultos passaram na ltima d cada a ocupar lugar de destaque na m dia em rela o polui o sonora A sonoriza o dos servi os religiosos e atividades correlatas a freq ncia das atividades antes restrita aos finais de semana a aus ncia de tratamento ac stico diante do uso de amplificadores de voz e som nos locais de culto os fen menos carism ticos entre evang licos e cat licos a aglomera o de pessoas e ve culos no entorno dos locais de culto dentre outros aspectos tem feito com que as manifesta es religiosas antes despercebidas se tornassem alvo de den ncias por perturba o do sossego e polui o sonora Segundo o Minist rio P blico Paulista as reclama es de vizinhos de igrejas lideram as reclama es neste ano o que motivou o rg o busca de um acordo com as institui es para que os limites legais sejam respeitados O criador de um site que combate o inc modo sonoro de cultos religiosos que j alcan ou a marca de um milh o de visitantes informa que o resultado de uma enquete 2 MACHADO ob cit p 195 176 mostra que a perturba o sonora religiosa causada por evang licos cat licos e centros de 263 umbanda quase que na mesma propor o O proble
37. o de ru do e restri es operacionais em determinados per odos do dia deve considerar caso necess rio a desativa o do aeroporto As m tricas e indicadores aplicados ao ru do aeron utico devem priorizar a prote o da sa de e bem estar da popula o e n o apenas o resguardo das atividades aeron uticas em face das a es coletivas da popula o 222 26 As atividades de lazer sujeitam se aos limites de emiss es estabelecidos pela Resolu o CONAMA n 01 90 As legisla es municipais e estaduais devem estar harmonizadas com essa resolu o podendo ser mais restritivas n o mais permissivas A fiscaliza o do Poder P blico fundamental para coibir atividades irregulares e com n veis acima dos permitidos exigindo se a adequa o ac stica quando for o caso O ru do de fundo n o pode impedir a autua o dos infratores nem servir para consolidar situa es de fato 27 O munic pio deve implementar uma estrutura eficiente de modo a atender com rapidez s den ncias de polui o sonora dos mun cipes estabelecendo conv nio com a Pol cia Militar ou Ambiental caso necess rio para a fiscaliza o ostensiva da polui o sonora 28 As ind strias enquanto empreendimentos e atividades efetiva ou potencialmente poluidoras est o sujeitas a licenciamento ambiental e realiza o de estudos pr vios de avalia o de impactos ambientais tais como EIA EIV ou RAP bem como outros estudos Devem adeq
38. o direta voltada para a erradica o da pobreza por meio do fortalecimento dos programas de emprego e geradores de renda Dispon vel em lt http www mma gov br gt Acessado em 09 12 2009 29 Princ pio 5 da Declara o do Rio Dispon vel em lt http www mma gov br gt Acessado em 09 12 2009 260 O uso irregular n o pode ser fonte de direito e n o configura direito adquirido MACHADO ob cit p 195 261 Vide o artigo A POLUI O SONORA E A IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA AMBIENTAL M rcia Bastos Balazeiro Promotora de Justi a PE P s Graduanda do Curso Especialista em Gest o do Minist rio P blico FCAP PE Disposn vel em http www mp pe gov br uploads CxSudXmAvSaG liU2TJ ow b UbhKiKuluRcxiUmHOW Aw poluio sonoral doc 175 A Lei n 6 803 80 estabelece um ponto na linha no tempo que separa a situa o anterior da nova regulamenta o No caso da lei em comento n o consolida nem revoga as situa es anteriores mas lhes define um rumo de adequa o Dizer o contr rio for ar o texto da lei Como afirma MACHADO categoricamente que n o h direito adquirido de 262 poluir O art 1 estabelece um norteador das a es a compatibiliza o das atividades com a prote o ambiental A palavra chave portanto a compatibiliza o E no 3 que as ind strias j existentes que n o resultarem confinadas nas zonas industriais definidas de acordo com esta Lei ser o submetidas instala
39. o resta d vida de que a legisla o n o visa a preserva o da boa qualidade de vida dos habitantes mas atender aos interesses de lucro do com rcio e lazer e o consegiiente aumento de receita do munic pio Nesse sentido melhor seria destinar o local somente para quem pretende se divertir ininterruptamente sem pretens o de descanso Se esse o intuito desnecess ria qualquer distin o de hor rio e limita o de n veis sonoros E salve se quem puder Pior ainda O per odo diurno come a s 7h e termina s 19h pelo que a popula o local e os turistas est o sujeitos a n veis de at 85 dB durante um per odo de 12 horas com a permiss o municipal Ora conforme a NR 15 Atividades e Opera es Insalubres aprovada pela Portaria n 3 214 78 do Minist rio do Trabalho no seu Anexo n 1 a exposi o m xima di ria permiss vel de 8 horas para um n vel de 85dB e a popula o de Torres pode estar sujeita ao mesmo n vel durante 12 horas e nos meses de dezembro a 156 mar o em que o mesmo n vel se estende das 10h s 2h a exposi o de 16 horas Significa pois que o ambiente urbano da cidade de Torres insalubre Essa situa o flagrantemente contr ria ao disposto na pr pria Lei Org nica do Munic pio de Torres a cuja administra o compete prover a tudo que diga respeito ao bem estar de sua popula o destacando cassar a licen a que houver concedido ao estabelecimento que se tor
40. pelo menos 2 metros dos limites propriedade no exterior da habita o do reclamante ou no interior da habita o do reclamante abrindo a possibilidade do mesmo indicar outros pontos que constar o no relat rio de medi o Para os efeitos da aplica o da NBR 10 151 n o se mede a fonte de polui o sonora dentro do local da pr pria fonte Talvez essa confus o adveio do erro ocorrido na publica o da Resolu o CONAMA n 1 90 que nos itens II e III fez refer ncia norma NBR 10 152 quando na verdade no item II se refere NBR 10 151 O erro foi retificado no DOU em 16 08 90 Esse erro tem levado a renomados juristas despercebidamente a falar da norma NBR 10 152 em lugar da NBR 10 151 Pior ainda quando se toma a Tabela 1 da NBR 10 152 como crit rio de limites de n veis sonoros Nesse caso a tentativa de limitar os cultos religiosos margem de 40 50 dB A totalmente equivoca Mais ainda se o agente p blico autu los por ultrapassar esses limites No mais o referido dispositivo tende evidentemente a resguardar as atividades religiosas do rigor da lei de combate polui o sonora seja por motivos religiosos ou n o Certa feita fomos procurados por um candidato a um cargo pol tico que pretendia se eleger com os votos de certo grupo religioso sob a bandeira de que os seus cultos eram objeto de persegui o por parte do poder p blico sob a forma de combate polui o sonora O candidato pro
41. rg os ambientais dos Estados e Distrito Federal ter o 12 meses a contar da publica o da resolu o para elaborar aprovar e publicar o Plano de Controle de Polui o Veicular PCPV bem como dar ci ncia do mesmo aos respectivos conselhos de meio ambiente art 5 exceto os munic pios com mais de 3 milh es de ve culos S nico No mesmo prazo o IBAMA deve publicar no seu s tio na internet as caracter sticas do ve culo necess rias para a realiza o da inspe o art 35 O PCPV caso necess rio incluir um Programa de Inspe o e Manuten o de Ve culos em Uso I M que tem por objetivo a identifica o das desconformidades dos ve culos em uso O programa I M dever ser implantado em at 18 meses da data de publica o do PCPV art 12 1 e somente ap s a elabora o do PCPV art 10 S nico O Programa I M definir dentre outros aspectos a frota alvo sujeita a inspe o art 6 A responsabilidade pela execu o do Programa I M ser do rg o ambiental estadual art 13 e a periodicidade da inspe o veicular anual Art 16 O in cio efetivo das inspe es tanto de emiss es de poluentes como ru do ser comunicado pelo rg o respons vel ao rg o executivo de tr nsito do Estado art 21 formalmente para que seja dado cumprimento ao previsto no C digo de Tr nsito Brasileiro isto condicionar o licenciamento anual realiza o da inspe o veicular e aus ncia de
42. ria educativa e conscientizadora dos efeitos prejudiciais causados pelo excesso de ru do c Introduzir o tema polui o sonora nos cursos secund rios da rede oficial e privada de ensino atrav s de um Programa de Educa o Nacional d Incentivar a fabrica o e uso de m quinas motores equipamentos e dispositivos com menor intensidade de ru do quando de sua utiliza o na ind stria ve culos em geral constru o civil utilidades dom sticas etc e Incentivar a capacita o de recursos humanos e apoio t cnico e log stico dentro da pol cia civil e militar para receber den ncias e tomar provid ncias de combate para receber den ncias e tomar provid ncias de combate polui o sonora urbana em todo o Territ rio Nacional f Estabelecer conv nios contratos e atividades afins com rg os e entidades que direta ou indiretamente possa contribuir para o desenvolvimento do Programa SIL NCIO Art 20 O Programa SIL NCIO ser coordenado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov veis IBAMA e dever contar com a participa o de Minist rios do Poder Executivo rg os estaduais e municipais de meio ambiente e demais entidades interessadas Art 30 Disposi es Gerais Compete ao IBAMA a coordena o do Programa SIL NCIO Compete aos estados e munic pios o estabelecimento e implementa o dos programas estaduais de educa o e controle da polui o sonora em conformidade
43. segundo o PZR n o corresponderia a nenhuma condi o para rea residencial segundo a NBR 10 151 Para os pesquisadores essa incompatibilidade geraria os conflitos com a vizinhan a dificultando a aplica o do PZR ao zoneamento das cidades E prop em que em vez de se utilizar as curvas de ru do em DNL sejam elaboradas 5 curvas de ru do em L A egD e outras 5 em L A eqN com os n veis sonoros iguais aos NCAs da NBR 10151 criando seis reas em torno do aeroporto s quais vs 186 o zoneamento municipal se adequaria O Night Noise Guidness for Europe 2007 Guia de Ru do Noturno para Europa da Organiza o Mundial da Sa de OMS refor a que do ponto de vista cient fico o melhor crit rio para se escolher um indicador a capacidade de prognosticar o efeito Assim para efeitos como transtornos cardiovasculares mais significativo um indicador que resuma a situa o ac stica durante um longo per odo de tempo como a m dia anual do n vel externo noturno Lnight outside aO passo que para efeitos instant neos como os dist rbios do sono mais apropriado o indicador do m ximo n vel por evento L Amax como a passagem de uma aeronave ou trem Por outro lado do ponto de vista pr tico os indicadores devem ser de f cil explica o ao p bico entendidos intuitivamente Dessa forma o indicador Light outside adotado na Europa seria um indicador tanto cient fico quanto pr tico Dentre os atuais indicadores usados c
44. sua transcend ncia e o fato de ficar a salvo das constantes muta es pol ticas das normas infraconstitucionais Em segundo lugar considera o como direito social pois embora n o figure no rol do art 6 da Carta Federal previsto em cap tulo pr prio no t tulo da ordem social E em terceiro lugar como direito fundamental visto estar voltado a assegurar a vida e a dignidade da pessoa humana constitui se em direito inalien vel imprescrit vel e irrenunci vel de aplicabilidade imediata e pertencente terceira gera o de direitos o dos direitos dos povos ou da solidariedade Quando a Constitui o Federal fala em meio ambiente ecologicamente equilibrado se refere ao meio ambiente globalmente considerado que um bem jur dico aut nomo de natureza imaterial Distinto dos elementos que o comp em denominados recursos ambientais geralmente de natureza material n o se trata da mera somat ria dos elementos 4 independentes entre si mas de um conjunto de rela es estabelecidas entre elas uma cadeia ecol gica na qual cada componente afeta e est afetado pelos demais independente X x 75 de sua considera o aut noma assevera YOSHIDA 7l PIVA Rui Carvalho Bem ambiental S o Paulo Ed Max Limonad 2000 p 114 72 FIORILLO ob cit p 52 7 MILAR ob cit p 186 74 YOSHIDA Consuelo Yatsuda Moromizato Polui o em Face das Cidades no Direito Ambiental Brasileiro Degrada
45. u confessou a autoria ao admitir a precariedade do isolamento ac stico E quanto potencialidade de dano sa de remeteu se norma NBR 10 151 cujos n veis foram ultrapassados fato comprovado pelas medi es efetuadas E por trata se de crime formal n o exigiu o resultado natural stico Dado por incurso no crime do art 54 1 da Lei n 108 ApCrim n 71002322238 TJRS 2009 CRIME AMBIENTAL POLUI O SONORA ARTIGO 54 1 DA LEI 9 605 98 PRESEN A DE LAUDO PERICIAL CRIME QUE N O EXIGE RESULTADO NATURAL STICO Estabelecimento dedicado promo o de bailes em per odo noturno Emiss o de ondas sonoras em n veis superiores aos legalmente permitidos e capazes de causar danos sa de humana Autoria e materialidade comprovadas APELA O IMPROVIDA 63 9 605 98 foi condenado a 06 seis meses de deten o no regime aberto e a 15 quinze dias multa fixada a unidade em 1 30 do sal rio m nimo Outros julgados negaram a tutela pretendida em rela o polui o sonora com base nesse artigo pelo simples fato de n o aceitar que a polui o sonora possa causar danos sa de humana O recente julgado do STJ de lavra da Min Laurita Vaz 103 ilustra esse entendimento A decis o assim justifica Depois n o posso deixar de observar que a polui o sonora como conduta t pica teria que se exteriorizar em tais n veis que provocasse ou pudesse provocar danos sa de humana ou que causasse a m
46. vidas como veremos mais adiante A segunda parte do texto in comento se refere prote o dos locais de culto e suas liturgias O C digo de Posturas e Obras do Munic pio de Curitiba Lei n 699 53 art 808 garante a prote o dos templos de picha es nos seguintes termos As Igrejas os templos e as casas de culto s o locais tidos e havidos por sagrados e por isso devem ser respeitados sendo proibido pichar suas paredes e muros ou neles pregar cartazes No que tange liturgia n o h norma que lhe prescreva ou limite as formas posto que pr prias de cada culto O que o legislador tem dispensado apenas a prote o quando da realiza o de prociss es caminhadas marchas e demais atos religiosos 274 ABC News 07 06 2009 Dispon vel em lt http abcnews go com US wireStory id 7755883 gt Acessado em 10 11 2009 185 Por derradeiro no texto sob an lise o constituinte incluiu a express o na forma da lei permitindo que o legislador ordin rio pudesse vir a restringir a aplica o dessa norma constitucional de efic cia contida conforme a doutrina de Jos Affonso da Silva O licenciamento da municipalidade precede a qualquer instala o de local de culto e sua aus ncia pode ensejar a interdi o das atividades Senten a do TJRS j decidiu nesse sentido posto que mesmo a catedral de qualquer religi o n o poderia ser igualmente erguida sem a aprova o das plantas pelo munic pio de mod
47. 01 90 e consequentemente aos da NBR 10 151 ABNT conforme os com cios sejam realizados antes e depois das 22h hor rio em que termina o per odo diurno e come a o per odo noturno A Resolu o n 22 718 do TSE de 28 de fevereiro de 2008 que disp e sobre a propaganda eleitoral e as condutas vedadas aos agentes p blicos reproduz no art 8 o disposto no art 243 do C digo Eleitoral Lei 4737 65 N o ser tolerada propaganda VI que perturbe o sossego p blico com algazarra ou abuso de instrumentos sonoros ou sinais ac sticos Lembre se que o inciso III do mesmo art 243 reza que n o ser tolerada propaganda que contravenha a posturas municipais e a outra qualquer restri o de direito Assim sendo se norma municipal pro be a circula o de ve culos de propaganda ap s um determinado hor rio antes mesmo das 22h a propaganda eleitoral em carro de som dever se sujeitar mesma Nesse sentido o juiz eleitoral Marupirajara Ramos Ribas da 105 Zona Eleitoral que proibiu que carros de som fossem utilizados na campanha eleitoral no centro da cidade de Caruaru na regi o do Agreste de Pernambuco 158 Al m da proibi o h uma lei de janeiro de 2002 que n o permite publicidade m vel em algumas ruas de Caruaru como a pra a Coronel Jo o Guilherme as ruas da Concei o 13 de Maio e 15 de Novembro al m da Avenida Rio Branco O candidato que descumprir a lei pode ser multado Di
48. 05 79 ART 49 CONSTRU O RECOMENDA O INEXISTENCIA DE LIMITA O ADMINISTRATIVA 126 O Departamento de Avia o Civil desde o in cio dos anos 80 vem elaborando Planos Diretores Aeroportu rios Planos Aerovi rios Estaduais e Planos Espec ficos de Zoneamento de Ru do A grande maioria dos aeroportos nacionais teve o seu Plano de Zoneamento de Ru do PZR aprovado atrav s da Portaria n 629 GM 5 84 O Plano Espec fico do Aeroporto de Santos Dumont RJ foi aprovado pela Portaria n 571 DGAC 94 o de Viracopos SP pela Portaria n 102 DGAC 99 o da Zona da Mata MG pela Portaria n 261 DGAC 2003 e o Aeroporto Nacional de Avia o Goi nia atrav s da Portaria n 260 DGAC 2003 A Portaria n 1 141 GM5 87 do Minist rio da Aeron utica disp s sobre as zonas de prote o e aprovou o Plano B sico de Zona de Prote o de Aer dromos o Plano B sico de Zoneamento de Ru do o Plano B sico de Zona de Prote o de Heliportos e o Plano de Zona de Prote o Navega o A rea A finalidade dos Planos Espec ficos de Zoneamento de Ru do diretamente vinculada ao potencial de aproveitamento dos s tios aeroportu rios a de disciplinar por meio da a o conjunta do Minist rio da Aeron utica e dos rg os governamentais locais a ocupa o do solo nas reas de entorno dos aeroportos estabelecendo limites ao gabarito das constru es e ao seu uso e tipo em compatibilidade com o n vel de ru do ae
49. 11 de abril de 1994 e respectivas altera es subsegiientes 97 Os n veis m ximos de emiss o de ru do foram fixados pela Portaria Intersecretarial n 01 do SEMAB SAR SEHAB SMT GCM 96 seguindo determina o do art 10 do Decreto n 34 741 1994 que tomou por base a NBR 10 151 aumentando em 5dB os n veis noturnos para as reas industriais e mista estipulando os hor rios diurno e noturno em fun o do zoneamento municipal Uma outra norma contribui indiretamente com a redu o dos n veis de ru do durante o per odo noturno Trata se da Lei n 12 879 99 conhecida como a Lei da 1 hora Isso porque o referido dispositivo legal pro be o funcionamento dos bares de portas abertas entre lh e 5h da manh A proibi o n o se aplica a bares que possuem isolamento ac stico estacionamento funcion rios destinados seguran a e n o atrapalham o sossego p blico Atualmente a legisla o espec fica de zoneamento Lei n 13 885 2004 incorporou os n veis de ru do para cada zona pelo que se faz necess rio cotejar individualmente cada uma delas para verificar o n vel m ximo de press o sonora permitido O Decreto n 45 817 2005 regulamenta a classifica o dos usos em categorias subcategorias tipologias residenciais bem como em grupos de atividades e atividades n o residenciais para fins da legisla o de uso e ocupa o do solo O art 29 na se o V Da instala o dos usos n o residenciais es
50. 1338 3 TJDF 133 SOARES Luc ia Martins Estatuto da Cidade Coment rios Lei Federal 10 257 2001 S o Paulo Malheiros 2002 p 293 83 pelo ente estatal a fim de evitar o desequil brio no crescimento urbano e garantir condi es de m nimas de ocupa o dos espa os habit veis Dessa forma a Lei Municipal dever definir quais os empreendimentos e atividades tanto p blicas como privadas em rea urbana que depender o de elabora o do Estudo Pr vio de Impacto de Vizinhan a EIV que precisem de licen as pr vias ou autoriza es tanto para construir ampliar ou mesmo funcionar O EIV n o se confunde com o EIA conforme se depreende do art 38 do Estatuto da Cidade que reza A elabora o do EIV n o substitui a elabora o e a aprova o de estudo pr vio de impacto ambiental EIA requeridas nos termos da legisla o ambiental Inclusive ao tratar se dos instrumentos da pol tica urbana o art 4 possibilita a realiza o de ambos os estudos concomitantemente Assim o EIA est direcionado ao licenciamento ambiental no entanto que o EIV ao urban stico E um instrumento muito utilizado para diversos empreendimentos principalmente em espa os urbanos como shopping centers A simples constru o de um empreendimento comercial pode ensejar a realiza o de um EIV O estudo dever contemplar os aspectos negativos e positivos e apontar as alternativas para minimizar ou eliminar as negati
51. 15 afins E tocante ao ser humano pela medicina em especial pela fonoaudiologia O direito deve valer se da produ o t cnica e cient fica para positivar as medidas de preven o combate e gest o da polui o sonora em suas variadas formas sob pena de tornar in cua a legisla o e os esfor os na tutela do meio ambiente equilibrado Como lembra FRANCO o jurista no mbito do Direito do Ambiente n o vai muito longe sozinho n o vai muito longe se se fechar no Direito se n o abrir essas janelas do conhecimento para outros ramos do saber a t cnica a economia a engenharia etc se n o souber trabalhar em conjunto com os outros profissionais sociais O presente trabalho adotar portanto um vi s multidisciplinar tratando dos aspectos jur dicos relativos ao meio ambiente e da polui o sonora nele inserido dos agentes envolvidos e de sua participa o e adentrando tamb m nos aspectos t cnicos e cient ficos que comp em a tutela jur dica atual e devem continuar a aprimorar a tutela futura do Direito p trio em face da polui o sonora urbana 12 Apud FREITAS op cit p 16 16 2 EFEITOS DA POLUI O SONORA Os efeitos da polui o sonora est o diretamente relacionados com o sentido da audi o tanto em humanos como em animais Essa fun o pe a fundamental na integra o com o ambiente e a constru o do complexo sistema da comunica o As altera es na percep o auditiva levam a prob
52. 191 Em 1957 Congonhas ocupava o terceiro lugar entre os maiores aeroportos do mundo em volume de carga a rea ficando atr s apenas dos de Londres e Paris segundo o livro No Ar 60 Anos do Aeroporto de Congonhas da historiadora Giselle Beiguelman Em 1986 com a inaugura o do Aeroporto de Cumbica em Guarulhos absorvendo quase a totalidade dos v os dom sticos Congonhas ficou s moscas O aeroporto perdeu 50 no volume de passageiros e 30 no de aeronaves Desolados os lojistas planejam transform lo em shopping center plano vetado pela Infraero Mas o movimento foi aos poucos retomado pelas empresas regionais como TAM e Rio Sul operando com jatos menores e pelas empresas de t xi a reo No anivers rio de 60 anos do aeroporto em 1996 o cen rio j era de plena recupera o econ mica com o aeroporto tendo registrado um ano antes em 1995 o maior n mero de pousos e decolagens da Am rica Latina Um novo projeto de amplia o no valor de US 150 milh es R 300 milh es come ou a ser elaborado prevendo a constru o de um shopping center um novo terminal de passageiros dois edif cios garagem e um hotel Congonhas opera com m dia de 630 pousos e decolagens ao dia contra 430 do Aeroporto Internacional de Guarulhos na regi o metropolitana Congonhas hoje o aeroporto mais movimentado do Pa s e da Am rica do Sul Texto de Teresa Ribeiro extra do do artigo Hist ria do Aeroporto de Congonha
53. 1995 Direito Brasileiro 7 Ed S o Paulo Malheiros 1998 228 MENDES Solange Efectos de la contaminaci n ac stica en cuatro especies de aves silvestres Tese de Doutorado Universidad de Salamanca Espanha 2010 MILAR dis Direito do Ambiente 3 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 2004 MMA Minist rio do Meio Ambiente Declara o de Rio Dispon vel em lt http www mma gov br sitio index php ido conteudo monta amp idEstrutura 1 8 amp idConteudo 576 gt Acessado em 15 12 2009 MMA Minist rio do Meio Ambiente Agenda 21 Global Dispon vel em lt http www mma gov br sitio index php ido conteudo monta amp idEstrutura 1 8 amp idConteudo 587 gt Acessado em 15 12 2009 MOURA DE SOUZA Carolina Ru do Urbano N veis de Press o Sonora na Cidade de S o Paulo Disserta o de Mestrado Faculdade de Sa de P blica da USP S o Paulo 2002 MUKAI Toshio O Estatuto da Cidade Anota es Lei n 10 257 de 10 de junho de 2001 S o Paulo Saraiva 2001 MUNOZ Ana Problem tica Ambiental na Avia o Civil In Revista Brasileira de Direito Aeron utico e Espacial C digo 1792 2007 Dispon vel em lt http www sbda org br revista Anterior 1792 htm gt Acessado em 03 12 2007 NABINGER Luciano Balbino Medi es de Ru do Aeron utico dentro da rea II do Plano Espec fico de Zoneamento de Ru do do Aeroporto Salgado Filho Porto Alegre RS Disserta o de Mestrado
54. 2002 surgiu a DIRECTIVA n 2002 49 CE do Parlamento Europeu e do Conselho referente Avalia o e Gest o do Ru do Ambiente cujo principal objetivo encontra se enunciado no art 1 1 1 O objetivo da presente diretiva de definir uma abordagem comum para evitar prevenir ou reduzir numa base priorit ria os efeitos prejudiciais da exposi o ao ru do ambiente incluindo o inc modo dela decorrente Para esse efeito ser o progressivamente postas em pr tica as seguintes a es a Determina o da exposi o ao ru do ambiente atrav s da elabora o de mapas de ru do com base em m todos de avalia o comuns aos Estados Membros b Informar o p blico sobre o ru do ambiente e seus efeitos c Aprova o pelos Estados Membros de planos de a o baseados nos resultados da elabora o de mapas de ru do a fim de prevenir e reduzir o ru do ambiente sempre que necess rio e em especial quando os n veis de exposi o forem suscept veis de provocar efeitos nocivos para a sa de humana e preservar a qualidade do ambiente ac stico quando seja boa 2 A presente diretiva destina se tamb m a fornecer a base para desenvolver medidas comunit rias de redu o do ru do emitido pelas principais fontes nomeadamente ve culos e infra estrutura rodovi rias e ferrovi rias aeronaves equipamento industrial e externo e maquin rio m vel Para esse efeito a Comiss o apresentar ao Parlamento Europeu e ao Conselho o m
55. EPI ou redu o do ru do ou enclausuramento da fonte sonora Ainda que n o ultrapassados os n veis de press o sonora da NRI5 de 85dB A ocorrem outros efeitos sobre o ser humano como os efeitos extra auditivos 2 1 3 Extra auditivos Al m dos efeitos auditivos provocados pelo ru do temos os efeitos extra auditivos que n o produzem perda auditiva mas prejudicam a sa de e bem estar do homem A Environmnetal Protection Agency EPA Ag ncia de Prote o Ambiental norte americana na sua publica o Os impactos sociais do ru do de dezembro de 1971 reconhece que o ru do tem v rias caracter sticas em comum com os demais poluentes Uma dessa caracter sticas que os efeitos do ru do s o tanto biol gicos como psicol gicos e sociais Os efeitos extra auditivos do ru do foram notados em 1930 em um estudo publicado por E L Smith e D L Laird no Volume 2 do Jornal da Sociedade Americana de Ac stica que mostrava que a exposi o ao ru do causava contra es estomacais em pessoas saud veis Em outubro de 1997 o Comit de Sa de Ambiental da Academia Americana de Pediatria Committe on Environmental Heatlh of the American Academy of Pediatrics concluiu que a exposi o excessiva do tero de uma gr vida ao ru do podia resultar em perda auditiva nas altas frequ ncias nos rec m nascidos e que o ru do excessivo nas unidades neonatais podia interromper o crescimento natural e o desenvolvimento dos pr
56. I5 de julho de 1989 e Considerando que os problemas dos n veis excessivos de ru do est o inclu dos entre os sujeitos ao Controle da Polui o de Meio Ambiente Considerando que a deteriora o da qualidade de vida causada pela polui o est sendo continuamente agravada nos grandes centros urbanos Considerando que os crit rios e padr es dever o ser abrangentes e de forma a permitir f cil aplica o em todo o Territ rio Nacional resolve I A emiss o de ru dos em decorr ncia de quaisquer atividades industriais comerciais sociais ou recreativas inclusive as de propaganda pol tica obedecer no interesse da sa de do sossego p blico aos padr es crit rios e diretrizes estabelecidos nesta Resolu o TI S o prejudiciais sa de e ao sossego p blico para os fins do item anterior os ru dos com n veis superiores aos considerados aceit veis pela Norma NBR 10 151 1 Avalia o do Ru do em reas Habitadas visando o conforto da comunidade da Associa o Brasileira de Normas T cnicas ABNT HI Na execu o dos projetos de constru o ou de reformas de edifica es para atividades heterog neas o n vel de som produzido por uma delas n o poder ultrapassar os n veis estabelecidos pela NBR 10 152 N veis de Ru do para conforto ac stico 2 da Associa o Brasileira de Normas T cnicas ABNT IV A emiss o de ru dos produzidos por ve culos automotores e os produzidos no interior dos ambient
57. Leis n 3 434 05 e 3 575 06 que ampliava hor rios e n veis sonoros para clubes entidades sociais e igrejas De fato os n veis estabelecidos pela lei antes mesmo da modifica o eram superiores aos da NBR 10 151 Com as altera es em zonas residenciais aumentava se em at 20dB os n veis da NBR 10 151 O voto do relator citou longamente o voto da ADIN n 70000697003 n o acatando o pedido de inconstitucionalidade pleiteada O voto vencido da Des Maria Isabel de Azevedo Souza em acertado posicionamento jur dico e evidente compreens o da mat ria repetia o voto dado ADIN n 70018417956 nos seguintes termos de ser julgada procedente a presente a o direta de inconstitucionalidade da norma municipal que elevou o limite da polui o sonora de 35 dB prevista na legisla o federal e estadual para 85 dB que n o cabe ao Munic pio ampliar o limite de polui o sonora A um porque a compet ncia comum prevista no artigo 23 da Constitui o da Rep blica para proteger o meio ambiente e combater a polui o tem car ter material e administrativo n o se enquadrando a a norma ora impugnada A dois porque os Munic pios n o det m compet ncia para suplementar toda a legisla o federal e estadual A compet ncia suplementar municipal exige a presen a de interesse local No caso a regula o n o atende a interesse local O controle da polui o sonora est ligado sa de da popula o que em
58. MANTIDA RECURSO DESPROVIDO Segundo o relat rio cuidam os autos de A o Civil P blica com pedido de liminar ajuizada pelo Minist rio P blico contra o Munic pio de Sete Lagoas visando impedir a polui o sonora decorrente da realiza o do evento carnavalesco denominado CARNA 7 A respeit vel senten a de fls 281 301 julgou parcialmente procedente o pedido e condenou o r u na Obriga o de n o fazer ou seja n o permitir o uso de trios el tricos ou quaisquer equipamentos eletr nicos superior a 70 decib is durante o dia e sessenta decib is noite n o interditar as Avenidas mencionadas na exordial devendo a Secretaria Municipal do Meio Ambiente realizar a competente medi o do n vel de emiss o de ru dos e se ultrapassados os n veis permitidos dever comunicar imediatamente organiza o do evento e n o sendo atendido ser acionada a PMMG e para caso de descumprimento das da referidas Obriga es de fazer restou estipulada multa di ria de R 50 000 00 234 Dispon vel em lt http www somsimbarulhonao com br index php cartilha gt Acessado em 22 03 2010 164 cont m ainda conceitos jur dicos e legisla o b sica torna se um poderoso instrumento de conscientiza o popular Mais um iniciativa destac vel que busca associar divers o com prote o sa de auditiva foi a exposi o de equipamentos apreendidos pela Superintend ncia de Controle e Ordenamentos do Uso do Solo do Munic pio
59. Os atos do poder de pol cia auto execut rios mostram a supremacia geral que o Estado exerce sobre a coletividade em nome do interesse social poder que MEIRELES a20 conceitua como a faculdade de que disp e a Administra o P blica para condicionar e restringir o uso e gozo de bens atividades e direitos individuais em benef cio da coletividade ou do pr prio Estado O aspecto fiscalizat rio portanto um exerc cio impreter vel do Poder Executivo posto que fundamental para a efetividade da preserva o e prote o ambiental dando cabal cumprimento legisla o vigente E justamente esta tem sido a principal falha do executivo E comum ouvir declara es das autoridades municipais a respeito das defici ncias na 291 fiscaliza o O diretor do PSIU de S o Paulo em entrevista informava que a prefeitura 289 O art 78 do C digo de Direito Tribut rio Nacional reza considera se poder de pol cia atividade da administra o p blica que limitando ou disciplinando direito interesse ou liberdade regula a pr tica de ato ou absten o de fato em raz o de interesse p blico concernente seguran a higiene ordem aos costumes disciplina da produ o e do mercado ao exerc cio de atividades econ micas dependente de concess o ou autoriza o do Poder P blico a trangiiilidade p blica ou ao respeito propriedades e aos direitos individuais ou coletivos Para Mar al Justen Fil
60. Se se exigisse essa exclusividade essa privacidade essa unicidade bem reduzido ficaria o mbito da Administra o local aniquilando se a autonomia de que faz pra a a Constitui o Mesmo porque n o h interesse municipal que n o seja reflexamente da Uni o e do Estado membro como tamb m n o h interesse regional ou nacional que n o ressoe nos Munic pios como partes integrantes da Federa o brasileira O projeto de lei PL N 334 2007 que resultou na Lei n 4 092 2008 do Distrito Federal em sua justificativa admitia que a ocorr ncia de polui o sonora nas reas urbanas s ocorre com o consentimento do poder p blico local ou pela inefici ncia ou neglig ncia dele mormente no que diz respeito localiza o territorial das atividades poluidoras Sendo compet ncia municipal esta ltima validada estaria a sua compet ncia Mas 225 MEIRELLES Hely Lopes Direito Brasileiro 7 Ed S o Paulo Malheiros 1998 p 99 160 oportunamente argumenta sobre a polui o sonora a Uni o j legislou at os limites de sua compet ncia cabendo aos Munic pios legislar sobre os aspectos aplic veis conviv ncia urbana tendo como base normas t cnicas editadas e atualizadas pelos rg os normatizadores ABNT e INMETRO nesse sentido o nosso entendimento H espa o para a legisla o municipal regendo aspectos locais da polui o sonora mas n o para estabelecer n veis m ximos e hor rios menos
61. a Lei n 6 803 80 que estabeleceu as Diretrizes B sicas do Zoneamento Industrial evidenciava a preocupa o em compatibilizar as atividades industriais com a prote o ambiental Assim a instala o de ind strias deveria obedecer ao zoneamento urbano em zonas estritamente industriais para evitar que o res duos de sua atividade dentre eles o ru do causasse dano sa de e o bem estar da popula o Autorizava os munic pios a baixar observados os limites da sua compet ncia normas locais de combate polui o e controle ambiental 2 Um importante instrumento criado por essa lei o Licenciamento Ambiental disposto no art 10 que condiciona toda e qualquer atividade que se utiliza dos recursos naturais considerada potencialmente poluidora ao licenciamento pr vio dado pelo Org o Estadual competente integrante do SISNAMA e IBAMA Desta tamb m trata a Constitui o Estadual do Estado de S o Paulo nos primeiros artigos referentes ao Meio Ambiente tratados do art 191 ao 216 verbis Art 191 O Estado e os Munic pios providenciar o com a participa o da coletividade a preserva o conserva o defesa recupera o e melhoria do meio ambiente natural artificial e do trabalho atendidas as peculiaridades regionais e locais e em harmonia com o desenvolvimento social e econ mico Art 192 A execu o de obras atividades processos produtivos e empreendimentos e a explora o de recurs
62. a caracteriza o infracional administrativa que ocorra o dano mas apenas a inobserv ncia de regras jur dicas de uso gozo promo o prote o e recupera o do meio ambiente que devem estar previstas em lei O mero fato de operar sem licen a ambiental exig vel j caracteriza a infra o MILAR admite que a utiliza o de tipo infracional aberto como na Lei n 9 605 98 d certa liberdade discricion ria autoridade administrativa mas defende essa modalidade de tipo j que admitida na esfera penal n o pode despertar d vidas quanto legalidade na esfera administrativa E repercute li o de CASTRO e COSTA et alli de que a utiliza o de tipos penais abertos e normas penais em branco constitui um mal necess rio para que seja poss vel assegurar maior efetividade tutela penal ambiental Ora se pode ser sustentada a compatibilidade deste ponto de vista com a ordem jur dica em se tratando do direito penal com muito mais razoabilidade tal pode acontecer cuidando se das infra es administrativas Cabe salientar que essa discricionariedade est atrelada indica o objetiva da base de c lculo para a aplica o das multas o que pode evitar a subjetividade do agente p blico na lavratura dos autos de infra o art 8 caput e nico S o muitas as legisla es municipais que estabeleceram em lei diversos patamares de multa conforme a quantidade de decibels que foram ultrapassados pelo polui
63. a interesses econ micos apenas sem observar o equil brio ecol gico do meio ambiente essencial sadia qualidade de vida de todos os administrados das presentes e futuras gera es ou sucumbindo ao simples argumento dos custos de implementa o ambiental Mas deve sim executar o seu trabalho com o devido cuidado e precau o Temos ainda a hip tese de atividades que por d cadas permaneceram margem da legalidade com a total anu ncia do poder p blico ou melhor daqueles que ocuparam os cargos p blicos na ocasi o que simplesmente fecharam os olhos para os problemas ambientais Nessa hip tese n o pode se um tal empreendimento sem a devida licen a pois sem ela n o h como se falar sequer em direito muito menos adquirido Ainda h o caso e bastante fregiiente do favorecimento dos administradores p blicos para a explora o de atividades que certamente n o comportariam o rigor de um estudo de impacto ambiental Certamente que tais empreendimentos n o podem prevalecer Nesses casos torna se imperiosa a responsabiliza o dos agentes e administradores p blicos que se comportam com improbidade lesando o bem p blico 257 Idem p 35 258 Ttem 3 3 do Cap tulo 3 COMBATE POBREZA Faz parte dessa a o juntamente com o apoio internacional a promo o de um crescimento econ mico nos pa ses em desenvolvimento um crescimento ao mesmo tempo sustentado e sustent vel associado a uma a
64. abril de 1990 Se o 1 p gina 6408 Disp e sobre o Programa Nacional de Educa o e Controle da Polui o Sonora lt SIL NCIO gt O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE CONAMA no uso das atribui es que lhe confere o inciso I do 20 do art 80 do seu Regimento Interno e inciso I do art 80 da Lei no 6 938 de 31 de agosto de 1981 e Considerando que os problemas de polui o sonora agravam se ao longo do tempo nas reas urbanas e que som em excesso uma s ria amea a sa de ao bem estar p blico e qualidade de vida Considerando que o homem cada vez mais vem sendo submetido a condi es sonoras agressivas no seu Meio Ambiente e que este tem o direito garantido de conforto ambiental Considerando que o crescimento demogr fico descontrolado ocorrido nos centros urbanos acarreta uma concentra o de diversos tipos de fontes de polui o sonora Considerando que fundamental o estabelecimento de normas m todos e a es para controlar o ru do excessivo que possa interferir na sa de e bem estar da popula o resolve Art lo Instituir em car ter nacional o Programa Nacional de Educa o e Controle da Polui o Sonora SIL NCIO com os objetivos de a Promover cursos t cnicos para capacitar pessoal e controlar os problemas de polui o sonora nos rg os de meio ambiente estaduais e municipais em todo o pa s b Divulgar junto popula o atrav s dos meios de comunica o dispon veis mat
65. cia Militar de Santa Catarina s o reclama es a respeito de sons excessivos De modo que se a Pol cia Militar pudesse contribuir como o faz em muitos lugares do territ rio nacional de forma conveniada com os munic pios locais para atender s reclama es certamente ter amos um impacto contundente sobre a consci ncia popular especialmente sobre a minoria que perturba da necessidade de combater a polui o sonora O enquadramento pode ser com base no art 42 das Contraven es Penais ou art 54 da Lei de Crimes Ambientais ou ainda com base nas infra es administrativas locais O importante que a fiscaliza o c lere e efetiva 214 A presente gera o j foi educada ou mal educada pelo que a a o priorit ria deve ser a educadora repressiva ficando em segundo plano a educadora informativa e conscientizadora A nossa gera o entende que o uso dos seus bens particulares est isento de qualquer restri o em nome da liberdade Mas precisamos alert los de que o uso dos seus bens n o pode lesar o direito de todos de desfrutar de um meio ambiente sonoro ecologicamente equilibrado Assim ve culos sem escapamento ou com som subwoofer em alto volume devem ser alvo de repress o imediata A conscientiza o informa o e educa o devem priorizar as novas gera es atrav s das iniciativas que o Programa Sil ncio indica isto a divulga o popula o atrav s dos meios de comunica o dispon
66. com o estabelecido no Programa SIL NCIO Compete aos estados e munic pios a defini o das sub regi es e reas de implementa o previstas no Programa SIL NCIO Sempre que necess rio os limites m ximos de emiss o poder o ter valores mais r gidos fixados a n vel estadual e municipal Em qualquer tempo este Programa estar sujeito a revis o tendo em vista a necessidade de atendimento a qualidade ambiental Art 40 Esta Resolu o entra em vigor na data de sua publica o FERNANDO C SAR DE MOREIRA MESQUITA Presidente do Conselho em Exerc cio JOSE CARLOS CARVALHO Secret rio Executivo em Exerc cio Este texto n o substitui o publicado no DOU de 2 de abril de 1990
67. consulta de consult rio dent rio 35 45 dB Est dios para radiodifus o televis o e grava o 35 45 dB Mot is 35 45 dB Salas de proje o de Cinemas N o exceder 18 dB Copa e Cozinha de Restaurantes 53 63 dB Oficinas para manuten o el trica ou eletr nica 53 63 dB Lavanderias 53 63 dB Grandes Lojas 53 63 dB Salas de Controle de Casas de For a ar condicionado sistemas hidr ulico e pneum tico 58 68 dB Locais de trabalho onde a comunica o verbal ou telef nica n o requerida 63 78 dB Sal es de dan a danceterias discotecas boates clubes academias pistas de dan a e outros N o exceder 90 dB Locais de gin stica academias clubes e outros n o exceder 85 dB Parece estranho aos objetivos da norma estabelecer padr es ac sticos aceit veis para diversos recintos internos sujeitos ao ru do gerado por opera es aeron uticas vir a tratar do conforto ac stico de tais recintos Da mesma forma question vel o interesse de um Comiss o de Aeron utica vir a estabelecer padr es ac sticos de mot is cozinha de restaurantes assim como permitir at 90 dB A em sal es de dan a e at 85dB A em locais de gin stica O fato evidencia a necessidade de harmoniza o e trabalho conjunto nas quest es de ru do entre as diversas comiss es da ABNT 184 As seguintes normas forma canceladas em 01 09 1995 e substitu das pela NBR 12 314 1994 a NBR 9720 1987 Medi o da redu
68. da farta e esparsa legisla o produzida em todos os n veis no terreno da realidade isto das atividades degradadoras as normas ambientais n o foram capazes de alcan ar os objetivos que justificam sua exist ncia alerta MILAR para quem a assistematicidade da legisla o as normas ambientais com esp rito e idade diversos e a estrutura o em retalhos da legisla o ambiental contribuem para esse cen rio de contradi es defasagem e lacunas normativas No que tange polui o sonora o panorama n o diferente Carecemos de uma norma federal que unifique ao menos em n vel nacional os crit rios de aceitabilidade de n veis de press o sonora lacuna notada por MILAR quando de sua participa o no Anteprojeto de Lei de Consolida o da Legisla o Ambiental Brasileira que sequer menciona a polui o sonora Valemo nos hoje da uma Resolu o do CONAMA V rios projetos de lei tramitaram no Congresso sempre alvo de disputas pol ticas que ora retalham o seu conte do ora aumentam no Muitos deles simplesmente foram arquivados regimentalmente por ter findo a legislatura durante a tramita o Vejamos dois desses projetos que ainda tramitam no Congresso O PL 1024 2003 pretende estabelecer normas gerais sobre o controle da polui o sonora dispondo sobre os limites m ximos de intensidade de emiss o de sons e sinais ac sticos ru dos e vibra es resultantes de atividades urbanas aos quais se sujei
69. dados pela NBR 10 151 em que os n veis s o determinados em fun o do hor rio e 75 do uso e ocupa o do solo bem como os da NBR 10 152 que cuida dos n veis de conforto ac stico interno para as diversas atividades humanas Em segundo lugar estabelecendo um m todo de medi o e requisitos quanto aos equipamentos a serem utilizados que devem atender s normas IEC especificadas bem como a calibra o dos mesmos que devem ser executadas pela Rede Brasileira de Calibra o RBC ou Inmetro conforme determinado a NBR 10 151 item VTI Destarte as entidades e rg os p blicos competentes nas esferas federais estaduais e municipais no uso do respectivo poder de pol cia dever o dispor sobre a emiss o ou proibi o da emiss o de ru dos produzidos por qualquer meio ou de qualquer esp cie conforme o seu ditame compatibilizando o exerc cio das atividades com a preserva o da sa de e do sossego p blico considerando para esse fim os locais hor rios e a natureza das atividades emissoras item V N o obstante a tentativa de padroniza o nacional as diversas legisla es que surgiram ap s a publica o da Resolu o CONAMA n 01 90 n o seguiram os crit rios por ela estabelecidos aumentando os n veis de press o sonora da NBR 10 151 tornado os mais permissivos excetuando a propaganda eleitoral bem como outras atividades poluidoras e estabelecendo m todos pr prios de medi o Embora a NBR 1
70. dano decorrente da infra o e em conformidade com a grada o do impacto Portanto para a aplica o desta infra o em rela o polui o sonora haver necessidade deste laudo CAPELLI ao tratar do crime do art 54 da Lei n 9 605 98 analisa duas situa es conforme se sustente ser o crime com rela o sa de humana de perigo abstrato ou concreto Se abstrato bastaria aferir se os n veis de press o sonora ultrapassaram os padr es de emiss o para a configura o do delito pois haveria uma presun o de que a mencionada ilicitude teria o cond o de causar danos sa de humana Se concreto indaga se a per cia seria o instrumento probat rio capaz de comprovar essa potencial les o argumentando nos seguintes termos E de que tipo de per cia se trata Daquela capaz de relacionar os problemas de sa de ps quica ou f sica de uma algumas ou v rias pessoas atividade produtora de polui o sonora O documento h bil a comprovar tal probabilidade de dano o atestado m dico porque n o se poderia exigir a comprova o atrav s de auto de exame de corpo de delito les es f sicas oriundas da modalidade de polui o sonora produzida no caso em exame que em casos como o dos autos ru dos provenientes de danceteria ou boate n o h normalmente perda ou redu o de fun o auditiva t pica da submiss o produ o de ru dos em ambiente de trabalho Ou seja caso se exija a prova de perd
71. de 21 2 interesse local Nada mais equ voco A maioria de legisla es municipais e estaduais fazem refer ncia norma NBR 10 151 ABNT ora para utilizar os seus crit rios limitadores de n veis sonoros ora para se utilizar dos procedimentos de medi o nela contidos Relembrando a NBR 10 151 estabelece limites sonoros para cada zoneamento distinguindo entre os per odos diurno e noturno e seis tipos de zoneamento Por bvio servir apenas de refer ncia pois muitos munic pios t m mais do que esse n mero de zonas ou reas no seu crit rio de uso e parcelamento do solo Percebe se no entanto que o legislador municipal tem optado por adotar crit rios pr prios s vezes clonados de outros munic pios ou fazendo uma mistura sui generis dos mesmos transformando o dispositivo legal em dicion rio de f sica e ac stica Em que pese o preciosismo adotado critic vel a iniciativa de tornar um dispositivo legal em norma t cnica Cabe perguntar se se os servidores municipais est o preparados para a interpreta o e aplica o da lei No que tange aos n veis adotados em muitos casos o legislador desconsiderou os limites estabelecidos pela Resolu o CONAMA n 01 90 e NBR 10 151 ou os tornou mais permissivos Um exemplo emblem tico o da Lei n 3 586 2001 do Munic pio de Torres RS que estabeleceu para as zonas predominantemente residenciais o limite de 65 dB A para o 21
72. de 1997 131 6 1 2 2 Helic pteros O helic ptero um meio de transporte muito utilizado pela sua rapidez no transporte dentro dos grandes centros urbanos cada vez mais abarrotados de ve culos S o Paulo concentra a maior frota nacional Segundo a ANAC h 473 helipontos no Estado de S o Paulo dos quais 45 se encontram na capital Do total de 1 194 helic pteros no Brasil a frota paulistana soma 309 helic pteros 61 das 503 aeronaves registradas no Estado e 26 da frota nacional 18 Ainda no final de 2008 o cadastro da SEMPLA Secretaria Municipal de Planejamento do Estado de S o Paulo contabilizava 272 helipontos em S o Paulo dos quais apenas 81 estavam regulamentados pela Prefeitura da capital Como fruto da intensifica o da fiscaliza o por parte da ANAC e da Prefeitura foi fechamento do heliponto do Hospital Santa Casa de Miseric rdia que operava havia mais de 30 anos sem autoriza o e O Plano Diretor de S o Paulo Lei n 13 430 02 estabelece que a instala o reforma e amplia o de aer dromos e heliportos est condicionada apresenta o de Estudo de Impacto Ambiental e respectivo relat rio EIA RIMA E acrescenta no par grafo nico que no caso de helipontos fica condicionada apresenta o do Estudo de Impacto de Vizinhan a EIV art 102 Quando o referido Plano entrou em vigor em 2002 previa expressamente a apresenta o C mara no prazo de um ano de lei regulament
73. de Calibra o RBC ou INMETRO contrariando o disposto na NBR 10 151 pelo que os dados coletados n o possuem confiabilidade podendo ser impugnados em ambos os Relat rios de Impacto Ambiental A 1 audi ncia p blica para a apresenta o do EIA RIMA do Aeroporto de Congonhas aconteceu no dia 29 01 2009 e a 2 em 16 04 2009 recheada de questionamentos de moradores e associa es de moradores acerca da inviabilidade de amplia o do aeroporto a desapropria o de im veis com esse fim a extrapola o da capacidade operacional do aeroporto e os insuport veis n veis de press o sonora A Associa o de Moradores no Entorno de Congonhas contestou o documento apresentado pela VPC Brasil Tecnologia Ambiental e Urbanismo Ltda por consider lo falho com problemas t cnicos e contradi es faltando pesquisas de campo capazes de avaliar com mais precis o o impacto na vida das pessoas Tocante ao ru do alega falhas nas medi es e quantidades insuficientes questiona a metodologia aplicada reclama da n o apresenta o detalhada dos registros de calibra o dos equipamentos aponta que a medi o de ru do de aeronaves foi sem carga o que registra n veis menores Por conta disso entrou com representa o do Minist rio P blico a Da mesma forma o ex diretor de planejamento da ANAC Sr Alexander Pereira manifestou se na pr pria audi ncia p blica quanto metodologia de medi es alegando que as mesmas n o po
74. de medi o utilizados Ou seja os medidores de n vel sonoro devem atender s normas IEC 60651 e IEC 60804 caso possua fun o de integra o Leg e o calibrador de n vel sonoro norma IEC 60942 A nica forma de corroborar se deveras atendem ou n o calibr los utilizando os procedimentos que essas mesmas normas indicam Mais ainda a NBR 10 151 prescreve no item 4 3 que o medidor de n vel de press o sonora e o calibrador ac stico devem ter certificado de calibra o da Rede Brasileira de Calibra o RBC ou INMETRO De fato no caso dos equipamento utilizado no EIA RIMA de Congonhas e 195 A lei n 11 182 2005 que criou a Ag ncia Nacional de Avia o Civil ANAC estabelece no art 8 X que a ela compete regular e fiscalizar os servi os a reos os produtos e processos aeron uticos a forma o e o treinamento de pessoal especializado os servi os auxiliares a seguran a da avia o civil a facilita o do transporte a reo a habilita o de tripulantes as emiss es de poluentes e o ru do aeron utico os sistemas de reservas a movimenta o de passageiros e carga e as demais atividades de avia o civil 1 Medidor Minipa Modelo MSL 1352C n de s rie MSL 13500229 e Calibrador Marca Minipa Modelo MSL 1326 n de s rie Ms132600045 142 Campo de Marte nem os procedimentos de calibra o obedecem s normas IEC citadas nem os certificados de calibra o foram emitidos pela Rede Brasileira
75. de votos em negar provimento aos recursos 151 fechado por falta de documenta o ou com aux lio de for a policial por motivo de polui o sonora O total de multas aplicadas foi de 467 sendo fechados 964 estabelecimentos por ficarem abertos ap s a 1h da manh violando a Lei n 12 879 99 Os dados mostram a gravidade da situa o Se considerarmos a popula o do munic pio estimada em 10 4 milh es segundo o Censo 2000 temos 1 den ncia a cada 450 habitantes Segundo dados estat sticos do PSIU as reclama es em 2001 tinham como principal fonte poluidora a m sica ao vivo respons vel por 32 9 das reclama es seguidas pela m sica mec nica com 22 algazarra na rua com 18 m quinas e equipamentos com 10 igrejas com 8 e outras fontes com 9 No ano seguinte o karaok videok e as m quinas de fichas que estavam inclu dos dentro da categoria de m sica ao vivo passaram a ser identificados como fontes poluidoras aut nomas recebendo categoria individualizada Assim no ano de 2002 a algazarra na rua passou a ocupar o primeiro lugar sendo respons vel por 28 das den ncias a m sica ao vivo em segundo lugar com 23 seguidas da m sica mec nica com 20 igrejas com 10 karaok videok com 6 m quinas de fichas com 3 e outras fontes com 10 Entre os dias 02 e 07 de maio de 2006 o PSIU vistoriou 271 estabelecimentos nas 31 subprefeituras da cidade sendo que 27 foram notificados 5 multados 3 la
76. defini o dada pela lei da Pol tica Nacional do Meio Ambiente Lei n 6 938 81 2 A vida no planeta pressup e a utiliza o dos recursos naturais para nossa sobreviv ncia O lan amento de energia na forma de energia ac stica acompanha necessariamente o processo produtivo O que h que se observar n o o sil ncio absoluto mas a conviv ncia pac fica entre a degrada o e a qualidade de vida saud vel obedecendo se os limites legais Alguns autores criticam a alega o de empreendedores em sua defesa de que geram empregos e tributos e que os custos de implanta o de medidas mitigadoras s o altos demais N o pode se desprezar o fato de que a atividade privada gera empregos e 256 impostos receitas com as quais o Estado mant m a Administra o P blica executa as pol ticas p blicas e remunera o Executivo o Legislativo o Judici rio e o Minist rio 254 ANTUNES Paulo de Bessa Ind stria Sider rgica impactos ambientais e controle da polui o Uma outra vis o ou defesa de uma agress o injusta Dispon vel em lt http www abaa org br artigos indsiderurgica htm gt Acessado em 03 12 2009 Segundo o autor Uma tend ncia bastante marcante no chamado movimento ambientalista a do preservacionismo que pretende a intocabilidade dos bens ambientais e a chamada polui o zero Conceitualmente os adeptos de tal maneira de compreender a realidade a simples emiss o de produtos no ambiente se con
77. descarga aberto ou silencioso adulterado ou defeituoso II produzidos por aparelhos ou instrumentos de qualquer natureza utilizados em preg es an ncios ou propaganda na via p blica ou para ela dirigidos III produzidos por buzinas ou por preg es an ncios ou propaganda viva voz na via p blica em local considerado pela autoridade competente como zona de sil ncio IV produzidos em edif cios de apartamentos vila e conjuntos residenciais ou comerciais em geral por animais instrumentos musicais ou aparelhos receptores de r dio ou televis o ou reprodutores de sons tais como vitrolas gravadores e similares ou ainda de viva voz de modo a incomodar a vizinhan a provocando o desassossego a intranqiiilidade ou desconforto V provenientes de instala es mec nicas bandas ou conjuntos musicais e de aparelhos ou instrumentos produtores ou amplificadores de som ou ru do tais como radiolas vitrolas trompas fanfarras apitos t mpanos campainhas matracas sereias alto falantes quando produzidos na via p blica ou quando nela sejam ouvidos de forma inc moda VI provocados por bombas morteiros foguetes roj es fogos de estampido e similares VI provocados por ensaio ou exibi o de escolas de samba ou quaisquer outras entidades similares no per odo de 0 hora s 7 horas salvo aos domingos nos dias feriados e nos 30 trinta dias que antecedem o tr duo carnavalesco quando o hor rio ser livre VIII p
78. do Judici rio In Desafios do Direito Ambiental no S culo XX Sandra Akemi Shimada SILVA Solange Teles da SOARES In s Virg nia Prado KISHI orgs S o Paulo Editora Malheiros 2005 Jurisdi o e Compet ncia em Mat ria Ambiental n MARQUES Jos Roberto Leitura Complementares de Direito Ambiental Ed Podivm Salvador Bahia 2008 p 29 55 O novo papel do Judici rio e dos magistrados na sociedade contempor nea reflex es em tempos de reforma Dispon vel em lt http sisnet aduaneiras com br lex doutrinas arquivos judiciario pdf gt Acessado em 05 12 2009 WHO Night Noise Guidelines for Europe World Health Organization WHO 1999 Dispon vel em lt http www who int whr 1999 en whr99 en pdf gt Acessado em 30 11 2009 WHO Night Noise Guidelines for Europe World Health Organization WHO 2007 Dispon vel em lt http ec europa eu health ph projects 2003 action3 docs 2003 08 frep en pdf gt Acessado em 30 11 2009 232 ANEXOS RESOLU O CONAMA n 1 de 8 de mar o de 1990 Publicada no DOU n 63 de 2 de abril de 1990 Se o 1 p gina 6408 Disp e sobre crit rios de padr es de emiss o de ru dos decorrentes de quaisquer atividades industriais comerciais sociais ou recreativas inclusive as de propaganda pol tica O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE CONAMA no uso das atribui es que lhe confere o Inciso I do 20 do art 80 do seu Regimento Interno o art 10 da Lei no 7 804 de
79. ds Janeiro 1997 e S o Paulo 2008 somente dois munic pios implantaram a inspe o veicular Rio de A Lei n 11 733 95 alterada pela Lei n 12 157 96 e Lei n 14 717 2008 criou o Programa de Inspe o e Manuten o de Ve culos em Uso I MSP no munic pio de S o Paulo e foi regulamentada pelo Decreto n 50 232 2008 al m de outras Portarias da Secretaria do Verde e Meio Ambiente SVMA aplic veis O Decreto n 50 232 2008 estabeleceu que o in cio da inspe o para ve culos diesel se daria em 05 05 2008 e para os ve culos equipados com o motor do ciclo Otto bem como motos em 01 02 2009 A frota alvo seria definida por portaria da SVMA mas o Decreto n 50 351 2008 alterou o art 4 II indicando que a frota alvo dos ve culos do ciclo Otto seriam os fabricados a partir de 2003 Essa medida foi alvo de dois processos judiciais Um deles o processo n 53 09 017112 0 perante a Vara da Fazenda P blica da Capital concedeu tutela antecipada 151 A Obrigatoriedade foi dada pela Resolu o CONAMA n 418 2009 publicada em 25 11 2009 109 autora liberando o seu veiculo da inspe o veicular e consequente autua o e permitindo o licenciamento junto ao DETRAN SP sem a referida inspe o Segundo o magistrado a medida discriminat ria violaria o princ pio constitucional da igualdade A Prefeitura agiu amparada no art 12 da Lei Federal n 8 723 93 bem como o art 4 a Resolu o CONAMA n 7 93
80. e Emprego em car ter obrigat rio Na rea consumerista no art 18 6 II da Lei n 8 078 90 C digo do Consumidor s o considerados impr prio ao uso e consumo os produtos em desacordo com as normas regulamentares de fabrica o distribui o ou apresenta o configurando pr tica abusiva o 190 desrespeito s normas expedidas por rg os oficiais ou t cnicas conforme o art 39 VIII do mesmo diploma legal vedado ao fornecedor de produtos ou servi os dentre outras pr ticas abusivas colocar no mercado de consumo qualquer produto ou servi o em desacordo com as normas expedidas pelos rg os oficiais competentes ou se normas espec ficas n o existirem pela Associa o Brasileira de Normas T cnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia Normaliza o e Qualidade Industrial Conmetro Patente portanto a import ncia que a norma t cnica adquire em nosso contexto jur dico quando na aus ncia de norma espec fica emanada dos rg os oficiais competentes tornam se compuls rias as normas da ABNT ou outras entidades credenciadas pelo CONMETRO A Norma Brasileira aprovada pela ABNT precedida da nota o NBR fundamentada no consenso da sociedade elaborada em comiss es de estudo com a participa o de todas as partes interessadas isto produtores consumidores universidades laborat rios centros de pesquisas e Governo Deve ser revisada no m x
81. ecologicamente equilibrado e essencial sadia qualidade de vida de se notar que o Decreto n 99 274 90 que regulamentou a Lei n 6 938 81 imp e multa di ria de 61 70 a 6170 BTN proporcional degrada o ambiental causada a quem descumprir as Resolu es do CONAMA art 34 II e multas de 308 50 a 6 170 BTN a quem causar polui o de qualquer natureza que possa trazer danos sa de ou amea ar o bem estar art 35 ID Da mesma forma que em outras reas o CONAMA editou v rias resolu es que tratam do ru do associadas a diversas fontes que trataremos oportunamente Todavia duas delas merecem destaque as Resolu es n 1 e 2 de 1990 14 5 1 4 1 Resolu o 01 90 A Resolu o n 1 de 1990 foi a primeira resolu o a tratar da polui o sonora urbana e continua a ser o mais importante referencial nesse sentido pois tem por objetivo estabelecer normas crit rios e padr es tocantes emiss o de ru dos Os crit rios por ela estabelecidos dever o ser obedecidos no interesse da preserva o da sa de e do sossego p blicos Quanto fonte de emiss o de ru dos a resolu o de forma gen rica abrange quaisquer atividades sejam elas industriais comerciais sociais ou recreativas inclusive as de propaganda pol tica Note se que o rol exemplificativo e n o exaustivo Somente excetua se de forma expl cita a emiss o de ru dos produzidos por ve culos automotores e os produzidos n
82. ele causa polui o em raz o da atividade de terceiros assim como o transportador de produtos perigosos em caso de derramamento Z E comum ver a aglomera o em postos de gasolina lojas de conveni ncias pequenos bares de grande quantidade de carros e pessoas consumindo bebidas alco licas e ouvindo m sica em altos n veis de press o sonora perturbando a vizinhan a e a at a ordem p blica Nesse caso embora o propriet rio do estabelecimento n o seja o causador da atividade perturbadora pode ser responsabilizado objetivamente como poluidor indireto em x Ee 91 raz o da polui o sonora causada pelos seus clientes l TJMS Apela o C vel AC 56 MS 2005 000056 2 Apelante Minist rio P blico Estadual Apelado Auto Mania Lava Jato e Conveni ncia 30 Horas Marcos Gongora Rodrigues ME Relator a Des Joenildo de 55 A responsabilidade objetiva do poluidor est inserta no art 14 1 da Lei n 6 839 81 Dessa forma n o se afere se o poluidor teve ou n o culpa nem se ele est observando ou n o as regras ou padr es ambientais Existindo o dano o poluidor ter o dever de indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros atingidos pela sua atividade No mesmo diapas o o art 225 3 da Constitui o Federal de 1988 que estabelece que as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitar o os infratores pessoas f sicas ou jur dicas a san es
83. ent o delegasse essa atribui o EPA restabelecendo o ONAC o Congresso se manteve inerte A ag ncia EPA ainda possui autoridade para investigar e estudar o ru do e seus efeitos disseminar informa o sobre a polui o sonora ao p blico e avaliar a efetividade da regulamenta o existente na prote o da sa de e bem estar p blicos em conformidade com Ag ncia Federal independente criada por Kennedy em 1961 encarregada de fazer apenas recomenda es de melhoria s ag ncias administrativas com nfase na efici ncia e equidade Acabou sendo extinta em 1995 38 o Noise Control Act de 1972 e o Quiet Communities Act de 1978 Mas n o tem autoridade ais 2 j e 64 regulat ria para determinar a quest o do ru do nas comunidades locais 4 2 COMUNIDADE EUROP IA A Comunidade Europ ia enfrenta a problem tica do ru do h d cadas V rios programas ao longo dos anos foram executados desde 1973 at o presente No terceiro programa 1982 a 1986 o ru do j integrava uma das reas de atua o em especial o produzido pelos meios de transporte Tomou se ci ncia paulatinamente de que o ru do ambiental causado pelo tr nsito atividades industriais e recreativas era o principal problema ambiental na Europa O ru do tinha perdido espa o na prioridade ambiental para a polui o da gua e do ar tomando um novo f lego a partir de 1993 com o quinto programa 1993 a 2000 Surgiu em 1996 o The Gree
84. es dos prazos obtidos 205 Diante da complexidade dos conflitos ambientais o magistrado n o conta somente com a intui o e a lei para o seu convencimento mas tamb m com a sua cosmovis o exigindo se dele um maior conhecimento extrajur dico Assim a reflex o de YOSHIDA Se assim ineg vel o papel da ideologia no processo de convencimento Judicial notadamente quando se trata de implementar a justi a social de que exemplo a justi a ambiental voltada para a prote o da parte vulner vel da rela o jur dica litigiosa Ideologia e justi a social andam lado a lado O juiz deve ser imparcial mas em sua atividade decis ria influenciam os valores que est o agregados sua forma o educacional s cio cultural entre outras A vis o de mundo que ele tem o influencia na hora do julgamento Da a import ncia do conhecimento e do desenvolvimento da consci ncia ambiental do magistrado para que possa aquilatar adequadamente diante de cada caso concreto os interesses e os valores em conflito buscando a decis o mais justa e equ nime do ponto de vista do meio ambiente holisticamente considerado e da sadia qualidade de vida da coletividade atingida ou amea ada direta ou indiretamente pela degrada o ambiental O magistrado deixou de ser um mero aut mato de aplica o da lei raz o pela qual cabe ao magistrado o desenvolvimento da consci ncia ambiental para pesar adequadamente os valores e interesses env
85. fontes Neste cap tulo abordaremos de forma sucinta como o tema foi tratado nos Estados Unidos e na Comunidade Europ ia 4 1 ESTADOS UNIDOS Nos Estados Unidos da Am rica ocorreu uma produ o de legisla es federais a partir de 1960 culminando no National Environmental Policy Act de 1969 NEPA Lei da Pol tica Ambiental Nacional que dera origem Environmental Protection Agency EPA Ag ncia de Prote o Ambiental O conhecido The Clean Air Act Lei do Ar Limpo de 1970 estabelecia o controle veicular e em conjunto com a EPA atrav s do Office of Noise Abatement and Control ONAC Gabinete de Redu o e Controle do Ru do estudaria os efeitos do ru do de diferentes fontes na sa de e bem estar p blicos Essa atividade legislativa culminou no Noise Control Act of 1972 NCA 72 Lei do Controle de Ru do que entre outros assuntos estabelecia a pol tica dos Estados Unidos em rela o s fontes de ru do que prejudicam a sa de e bem estar p blicos dando EPA autoridade para estabelecer normas sobre ru dos inclusive para muitos produtos A falha do Congresso com respeito ao NCA 72 se deu em n o ter designado um nico respons vel pela implementa o da legisla o dividindo a entre a EPA e a Federal Aviation Administration FAA Administra o Federal de Avia o dentre outras Este fato levou a EPA a se envolver em disputas jurisdicionais em rela o regula o das fontes de ru do
86. formula o das pol ticas p blicas urbanas organizando se em associa es civis que lhe permitam uma maior representatividade na luta contra a polui o sonora e a preserva o da qualidade ambiental em vista do direito ao meio ambiente sonoro ecologicamente equilibrado 224 BIBLIOGRAFIA ABNT Associa o Brasileira de Normas T cnicas Brasil Ac stica n veis de ru do para conforto ac stico NBR 10 152 1987 Rio de Janeiro 1997 ABNT Associa o Brasileira de Normas T cnicas Brasil Ac stica Avalia o do ru do em reas habitadas visando o conforto da comunidade Procedimento NBR 10 151 1999 Rio de Janeiro 1999 ALVES S rgio Lu s Mendon a Estado Poluidor S o Paulo Ed Juares de Oliveira 2003 ANAC Manual de Procedimentos MPR 280 Rev 00 Certifica o de Ru do de Aeronaves ANAC 2009 Cap tulo 1 3 ES o Dispon vel em lt www anac gov br certificacao MPH Textos MPR 280 P pdf gt Acessado em 15 11 2009 ANTUNES Paulo de Bessa Direito Ambiental 7 Ed Rev Ampl e Atual Ed Lumen Juris Rio de Janeiro 2004 Ind stria Sider rgica impactos ambientais e controle da polui o Uma outra vis o ou defesa de uma agress o injusta Dispon vel em lt http www abaa org br artigos indsiderurgica htm gt Acessado em 03 12 2009 ARA JO Giovanni Moraes REGAZZI Rog rio Dias Per cia e Avalia o de Ru do e Calor Passo a Passo Teoria e Pr tica Rio d
87. imediata realoca o dos moradores que assim desejarem para outra unidade habitacional de padr o semelhante nesta cidade ou o pagamento aos moradores que assim desejarem de aluguel de im vel de padr o semelhante e das despesas condominiais das unidades que forem desocupadas e como 21 SANTOS Carvalho C digo Civil Brasileiro Interpretado Rio de Janeiro 1934 C digo Civil v 1 p 54 22 ACP n Processo n 564012004015339 8 4 Vara C vel S B Campo distribuida em 27 04 2004 172 pedido principal a condena o dos r us nas obriga es de fazer necess rias repara o dos danos ambientais urban sticos e aos consumidores que forem estabelecidas em liquida o Perceba se que mesmo tendo ocupado a rea com anterioridade as medidas protetivas exigidas tendem prote o do meio ambiente sonoro livre de ru dos prejudiciais sa de humana A montadora no que lhe coube teve que se adequar tomando as medidas necess rias Toda essa situa o embara osa e prejudicial poderia ter sido evitada preventivamente pela pr pria Prefeitura antes de liberar a rea para a constru o das edifica es residenciais Face aos novos princ pios trazidos pela Constitui o Federal de 1988 a propriedade tem uma fun o social e portanto o direito adquirido deixou de ser um direito absoluto intoc vel para ser relativo mormente se contr rio ao interesse p blico entendendo por interesse p blico o interes
88. imediato das ocorr ncias Nesse sentido o art 9 prescreve que quem tiver o seu sossego perturbado pelos sons e ru dos n o permitidos poder solicitar provid ncias Secretaria de Estado de Seguran a P blica atrav s da Delegacia de Pol cia local para cessar a perturba o O aspecto negativo fica por conta da permiss o do ru do provocado por m quinas e equipamentos utilizados em constru es demoli es e obras em geral no per odo das 7h s 22h o que tira o sossego dos moradores art 4 VI per odo muito extenso se considerado o alto n vel de press o sonora provocado por essas atividades ainda que se exija prote o das serras em recintos protegidos contra ru dos nico No Estado do Rio Grande do Sul a Lei Estadual n 11 520 2000 modificada pela Lei n 12 995 2008 estabeleceu o C digo Estadual do Meio Ambiente dedicando cinco artigos no Cap tulo XII ao tratamento Da Polui o Sonora A emiss o de sons de qualquer atividade seja industrial comercial social recreativa ou outras que envolvam amplifica o ou produ o de sons ter como crit rio limitador aqueles estabelecidos por normas estaduais e municipais acima dos quais as emiss es ser o consideradas prejudiciais sa de e ao sossego p blico Na aus ncia desses crit rios ser o utilizadas as normas da ABNT V rios munic pios ent o estabeleceram suas pr prias legisla es em geral muito permissivas coniventes c
89. n 6 938 81 e CONAMA composto pelo governo sociedade civis e representantes das reas cient ficas e empresariais O segundo atrav s do zoneamento ecol gico econ mico ZEE Como referido anteriormente a Resolu o CONAMA n 1 90 inclui o ru do causado pela atividade industrial dispondo explicitamente que a emiss o de ru dos em decorr ncia de quaisquer atividades industriais comerciais sociais ou recreativas inclusive as de propaganda pol tica obedecer no interesse da sa de do sossego p blico aos padr es crit rios e diretrizes estabelecidos nesta Resolu o Antes mesmo da promulga o da Lei n 6 938 81 da Pol tica Nacional do Meio Ambiente outros dispositivos legais indicavam que a atividade industrial deve ser confinada a regi es especiais dentro do ordenamento urbano das cidades Com efeito o Decreto Lei n 1 417 75 dispunha tanto as ind strias instaladas ou que vierem a se instalar no territ rio nacional s o obrigadas a promover as medidas necess rias a prevenir ou corrigir os inconvenientes e preju zos da polui o e da contamina o do meio ambiente art 1 A norma teve efeito retroativo obrigando s empresas que j estivessem instaladas poca da promulga o do Decreto Lei deveriam corrigir os efeitos nocivos 244 sobre o meio ambiente que porventura promovessem Na li o de ANTUNES a norma n o reconheceu e nem poderia o direito adquirido de poluir
90. n aesan SSR 91 6 FONTES iasassossiaiesscenisanireisossssaeiaiassas castro ss senoosan coreano eie sasoie ase iisas 101 6 1 FONTES M VEIS cedens aa aaa a ore Res EE 102 O Veiculos nnna o a a eaa Salas a LES R aR 102 6 1 1 1 Resolu es CONAMA cseeeeeessesseeeessessessrresessssserrressssseseresessss 105 6 1 1 2 Resolu es CONTRAN ceeeeeeesererrererersrrrrssererssrrressreress 112 6 1 1 3 Propaganda Eleitoral siss teississrcsinsseseisisissisoisiesetnsssiorrisiaseneneknissk 116 6 12 Aroha V S ni aiaa Eaa E A E DA SIS CaA ASEE S Re SRSA 119 6 1 2 1 Plano de Zoneamento de Ru do er reerrrerrererereaaeess 121 0 1 2 2 Helic ptero Sse ea e co dedo nd Fanta na NASAL DOR SAE UR a atado NL AA NTE do dona 131 6 1 2 3 Normas ABNE est CESAR AE ECA od 132 6 1 2 4 Licenciamento e Regulariza o crietereeerererrerereeeeaerarero 137 6 2 FONTES FIXAS si iair as E r EE AEE EEE EAE E ai saida e nana ana EES eia e 146 DD LAZER dio er iea E a a OA E E ARA ASR O O 146 6 2 1 1 Legisla o Municipal versus Conama ssseeeeeeseeeeeeeere 152 EORPA OITIS E E E EE ET EAA E E A A A E E T T a E EE 166 6 2 2 1 Direito adquirido de poluir o ae 169 GDI CUIOS cast EET rio Latas ANAE Edita se Seagal E EEE 175 6 2 3 1 Tratamento no Judici rio ieeeeeeeerrereeeeeereereereraaaeeneeeea 181 6 2 3 2 Confronto entre Direitos Fundamentais eeeeerereeremeraees 182 7 NORMAS ABN E uscsssesessseremesospenesir
91. naturais A norma NB 95 encontra se atualmene cancelada tendo sido substituida pela NBR 10 152 46 O CONAMA atrav s de Resolu o n 1 87 criou a C mara T cnica de Acompanhamento de temas ambientais junto da Constituinte em clara demonstra o da preocupa o de que os temas ambientais fossem contemplados no texto da nova Constitui o Posteriormente entrada em vigor da Constitui o Federal de 1988 a Lei n 7804 de 1989 alterou alguns artigos da Lei n 6 938 da Pol tica Nacional do Meio Ambiente considerando esta ltima como a regulamenta o do art 225 da novel Carta Magna 5 1 1 Constitui o Federal Uma dos avan os da Constitui o Federal de 1988 ter inclu do dentre os princ pios da ordem econ mica a defesa do meio ambiente art 170 VD texto ampliado pela Emenda Constitucional n 42 2003 incluindo nessa defesa o tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e servi os e de seus processos de elabora o e presta o Portanto a livre iniciativa um dos fundamentos da ordem econ mica tem na defesa do meio ambiente um importante limitador A livre iniciativa que se insurja contra o meio ambiente n o pode prevalecer No que concerne ao tema da polui o sonora comum ver o surgimento de empreendimentos que mesmo autorizados pelo Poder P blico pouco ou nenhum caso prestam polui o sonora que provocam com suas atividades Via de regra
92. no caput explicitamente as pessoas jur dicas Art 16 A pessoa f sica ou jur dica que infringir qualquer dispositivo desta Lei seus regulamentos e as demais normas dela decorrentes fica sujeita s seguintes penalidades independentemente da obriga o de cessar a infra o e de outras san es c veis e penais I advert ncia por escrito na qual dever ser estabelecido prazo para o tratamento ac stico quando for o caso II multa HI embargo de obra ou atividade IV interdi o parcial ou total do estabelecimento ou da atividade poluidora 99 V apreens o dos instrumentos petrechos equipamentos ou ve culos de qualquer natureza utilizados na infra o VI suspens o parcial ou total de atividades poluidoras VII interven o em estabelecimento VIII cassa o de alvar de funcionamento do estabelecimento IX restritivas de direitos As san es restritivas de direito s o as mesmas do art 20 do Decreto n 6 514 2008 e compreendem a suspens o de registro licen a ou autoriza o o cancelamento de registro licen a ou autoriza o a perda ou restri o de incentivos e benef cios fiscais a perda ou suspens o da participa o em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de cr dito e a proibi o de contratar com a Administra o P blica pelo per odo de at tr s anos 87 do art 16 Como nota de curiosidade mencione se o art 29 que obri
93. o plano diretor a disciplina do parcelamento do uso e da ocupa o do solo e o zoneamento ambiental art 4 III a b c em rela o ao zoneamento que a NBR 10 151 estabelece os diferentes limites de n veis sonoro O Plano Diretor obrigat rio segundo prescreve o art 182 81 da CF pois trata se do instrumento b sico da pol tica de desenvolvimento e expans o urbana Se h um problema cr nico em nossas administra es urbanas a falta de planejamento que nos legou uma expans o desordenada dos centros urbanos s quais est o associados in meros problemas Lembra nos FREITAS que o Estatuto da Cidade introduziu no nosso ordenamento jur dico um instrumento da mais alta relev ncia para as quest es relacionadas com a polui o sonora que o Estudo de Impacto de Vizinhan a EIV previsto no art 4 VI junto com o estudo pr vio de impacto ambiental EIA 5 1 5 1 Plano Diretor Obrigat rio para cidades com mais de 20 mil habitantes conforme a Carta Magna o Estatuto da Cidade ampliou o quadro para abranger as cidades que integram regi es 128 FREITAS ob cit p g 30 80 metropolitanas e aglomera es urbanas Tamb m onde o Munic pio pretenda exigir do propriet rio do solo urbano n o edificado subutilizado ou n o utilizado a sua adequa o para aproveitamento do solo sob pena de parcelamento ou edifica o compuls rios IPTU progressivo no tempo ou desapropria o
94. o Paulo criou se o Relat rio Ambiental Preliminar RAP atrav s da Resolu o SMA n 42 94 SP para os casos previstos no art 2 da Resolu o CONAMA n 1 86 Dessa forma ap s an lise do RAP o rg o ambiental poder exigir o EIA RIMA ou at dispens lo O RAP dentre outros dever caracterizar o meio f sico indicando a emiss o de ru do durante as fases de implanta o e opera o do empreendimento utilizado com freqii ncia para estudos de dispers o atmosf rica e dos n veis de ru dos das mais variadas atividades 242 GON ALVES Giglio de Oliveira e IGUTI Aparecida Mari An lise de programas de preserva o da audi o em quatro ind strias metal rgicas de Piracicaba S o Paulo Brasil In Cadernos de Sa de P blica V 22 n 3 Rio de Janeiro Mar 2006 2 Em rela o perda auditiva do tipo induzida pelo ru do PAIR para cada ramo as preval ncias foram as seguintes 58 7 no editorial gr fico 51 7 no mec nico 45 9 no de bebidas 42 3 no qu mico petroqu mico 35 8 no metal rgico 33 5 no sider rgico 29 3 no de transportes 28 0 no de alimentos e 23 4 no t xti Perda Auditiva Induzida pelo Ru do em Trabalhadores Industriais da Regi o metropolitana de Salvador Bahia In IESUS VII 1 Jan Mar 1998 p 87 168 Dois instrumentos fundamentais para o equil brio ambiental s o a fixa o de padr es de qualidade e o zoneamento ambiental O primeiro impulsionado pela Lei
95. o de Subprefeituras nos primeiros sete meses do ano foram 417 infra es lei do sil ncio sendo que em 2008 totalizaram apenas 254 o que significa um crescimento de 64 Segundo declara es do diretor do PSIU o aumento estat stico se deve prolifera o de bares em reas residenciais e ao aumento de fiscais que atinge o n mero de 60 atualmente Para o professor da Coope UFRJ Fernando Castro do laborat rio de ac stica e vibra es o primeiro vil o contra o sossego dos cariocas a falta de educa o O segundo o desconhecimento das leis por parte daquele que perturba No entanto a sensa o dos prejudicados da in rcia do poder p blico sentimento resumido nas declara es de um morador carioca do Recreio Estamos abandonados pelas autoridades que criam as leis e depois as ignoram Onde moro h um clube que agora resolveu realizar shows sem a menor preocupa o com o barulho O propriet rio lucra e a vizinhan a sofre Alguns cr ticos apontam a demora do atendimento por parte do poder p blico diante das den ncias como fator preponderante da inefici ncia do servi o Certa feita acionamos o rg o competente de uma prefeitura local diante da perturba o sonora e vibrat ria advinda do im vel vizinho onde se pretendia retirar uma escada de cimento com uma britadeira O ru do ensurdecedor e as vibra es da estrutura fez com que fosse imposs vel a perman ncia nos im veis cont guos A p
96. o execu o do muro ou a n o realiza o da poda ensejam Administra o P blica a possibilidade de multar o administrado desobediente sem necessitar do pr vio reconhecimento desse direito exigir o muro ou a poda de rvores por parte do poder Judici rio ou mesmo a execu o 287 REALE Miguel Li es Preliminares de Direito Ed Saraiva S o Paulo 1996 288 GASPARINI Di genes Direito Administrativo 6 ed rev atual e aumentada Ed Saraiva S o Paulo 2001 p 70 202 dessas tarefas pela pr pria Administra o P blica e posterior cobran a do respons vel por essas obriga es Outro importante atributo dos atos administrativos a auto executoriedade que d Ox ensejo Administra o P blica de executar o ato direta e imediatamente Esse atributo o encontrado nos atos que recebem da lei essa distin o ou quando for indispens vel imediata salvaguarda do interesse p blico leciona GASPARINI Exemplo t pico a destrui o de bens impr prios para o consumo p blico ou a demoli o de obra que apresenta risco iminente de desabamento ou embargo de obra Assim se o agente p blico constatar que um estabelecimento apesar de ter sido autuado e notificado de que emite n veis de press o sonora acima dos limites legais continua na conduta vedada poder interditar o local imediatamente Os particulares diferentemente ter o que ingressar com uma a o perante o Judici rio
97. o por acaso o desafio que a cria o do Plano Diretor imp s levou a muitos munic pios a postergar a sua implanta o at o final do prazo legal em outubro de 2006 27 Apela o C vel n 910 948 5 4 00 S o Paulo Apelante YAMAR IND STRIA METAL RGICA LTDA Apelada CETESB Multa ambiental Empresa que se instala em zona predominantemente residencial e emite ru dos em escala superior permitida al m de subst ncias odor feras Licen a de altera o f sica e de amplia o indeferida pela CETESB Continuidade do exerc cio e das Obras Multas bem lavradas Apelo da infratora ambiental desprovido 248 RE 185487 SP S O PAULO Relator a Min MARCO AUR LIO Julgamento 07 11 2000 rg o Julgador Segunda Turma Publica o DJ 16 02 2001 RECTE MUNIC PIO DE S O PAULO RECDO JACQUES NARCISSE HENRI DUVAL Ementa AUTONOMIA MUNICIPAL PODER DE POL CIA ZONEAMENTO Longe fica de implicar viol ncia autonomia municipal ao poder de pol cia do Munic pio decis o que ante situa o constitu da em data anterior nova legisla o de zoneamento classificando o local como estritamente residencial reconhece o direito manuten o de consult rio odontol gico 249 TJES Apelacao Civel AC 35030065508 ES 35030065508 Relator a ARNALDO SANTOS SOUZA Julgamento 08 05 2007 rg o Julgador PRIMEIRA C MARA C VEL Publica o 14 06 2007 Administrativo e constitucional Zoneamento urbano Norma superve
98. o risco de infarto derrame cerebral infec es osteoporose etc Provavelmente MEDEIROS Luana Bernardines Ru do Efeitos extra auditivos no corpo humano 1999 Monografia Especializa o em Audiologia Cl nica Centro de Especializa o em Fonoaudiologia Cl nica CEFAC 1999 p 36 Programa Psiu de SP recebe em m dia dez reclama es por dia 27 07 2009 Dispon vel em lt http www guiame com br m5 asp cod noticia 19002 amp cod pagina 1456 amp titulo Programa Psiu de SP recebe em mY E9dia dez reclama E7 F5es por dia gt Acessado em 30 08 2009 PIMENTEL SOUZA Fernando Op Cit s p 24 a 80 dB A j libera morfinas biol gicas no corpo provocando prazer e completando o quadro de depend ncia Em torno de 100 dB A pode haver perda imediata da audi o As perturba es sonoras est o sendo cada vez mais identificadas como causadoras de dano sa de e n o apenas como inc modo social subjetivo Pesquisa realizada em 1988 por Braz em S o Paulo revelava que 14 das pessoas atribu am suas ins nias a fatores externos 95 das quais atribu das exclusivamente ao ru do 20 Quanto qualidade do sono PIMENTEL SOUZA conta que o maior estudo em laborat rio foi realizado por Terzano Parrino Fioriti Orofiamma e Depoortere em 1990 submetendo 6 jovens de 25 anos em m dia a diversos n veis de ru do rosa aquele que inclui todas as frequ ncias do espectro sonoro durante o sono O resul
99. o tema vide parecer de Nelson Luiz Guedes Ferreira Pinto Lei n 9 037 2005 do Munic pio de Belo Horizonte rea de diretrizes especiais da Pampulha Usos comerciais agressivos Lei org nica do Munic pio Plano diretor Estatuto da Cidade Polui o sonora Defici ncia de infra estrutura de saneamento e sistema vi rio Anistia a usos desconformes FADE Pampulha In Revista de Direito Ambiental ano 10 n 40 out dez 2005 p 251 31 PINTO Victor Carvalho Regime Jur dico do Plano Diretor In FREITAS Jos Carlos de Coordenador Temas de Direito Urban stico 3 S o Paulo Minist rio P blico Imprensa Oficial 2001 Dispon vel em lt http www senado gov br conleg insti consultores victorcarvalho htm gt Acessado em 05 01 2010 82 busca do interesse p blico A utiliza o de legisla o posterior para modificar o Plano Diretor para benef cio particular j foi atacada em diversas ADINSs 133 Mencione se de passagem que a norma NBR 12 267 Normas de Elabora o do Plano Diretor da ABNT de 1992 fixa as condi es para orientar a elabora o de Planos Diretores nos termos do artigo 182 da Constitui o Federal conte do convergente com o disposto na lei 5 1 5 2 Estudo de Impacto de Vizinhan a EIV O Estudo de Impacto de Vizinhan a EIV encontra se previsto no Estatuto da Cidade como instrumento de prote o ao meio ambiente municipal no artigos 36 e 37 verbis Art 36 Lei municipal definir
100. os carros de som dos candidatos Eles usam um volume v rias vezes maior que o m ximo permitido por lei ignoram hor rios e a proximidade com hospitais e reparti es p blicas A recente Lei n 12 034 2009 DOU 30 09 09 que valer para as elei es de 2010 d nova reda o ao art 39 da Lei n 9 054 97 acrescentando dois par grafos permitindo dentre outros carros de som que transitem pela cidade divulgando jingles ou mensagens de candidatos at as 22h do dia que antecede a elei o 9 e vedando a utiliza o de trios el tricos em campanhas eleitorais excetuada a sonoriza o de com cios 10 A medida muito salutar haja vista o alt ssimo n vel de press o sonora que irradiam capazes de causar danos instant neos audi o al m de estremecer portas e janelas dos im veis por onde passa 6 1 2 Aeronaves Em conjunto com o tr fego veicular o tr fego aeron utico uma das maiores fontes m veis de polui o sonora urbana Embora o aeroporto tenha localiza o fixa o maior poluente sonoro continua sendo o tr fego aeron utico fonte m vel Um estudo conduzido por Lars Jarup pesquisador ambiental do Imperial College de Londres concluiu que pessoas que vivem nas proximidades de um aeroporto movimentado ou sob a rota deste por pelo menos cinco anos t m maior risco de desenvolver hipertens o cr nica Segundo o estudo um aumento de 10 decib is no ru do noturno eleva em 14 o risc
101. os competentes os meios para controlar o ru do e eliminar o dist rbio 100 O dispositivo em comento refor a um importante requisito do qual depende toda a confiabilidade da medi o a saber que os equipamentos de medi o isto o medidor de n vel de press o sonora e o respectivo calibrador de n vel sonoro devem ser calibrados regularmente pela Rede Brasileira de Calibra o RBC ou INMETRO conforme a ABNT NBR 10 151 Art 12 101 6 FONTES O termo fonte indica numa de suas acep es a causa origem ou princ pio de alguma coisa Fonte sonora por exemplo o corpo ou instrumento que produz som Ao falarmos em fonte de polui o sonora nos referimos ao corpo instrumento ou atividade que emite um n vel de press o sonora acima dos limites legais permitidos V rias s o as classifica es poss veis em rela o aos poluentes do meio ambiente Em sentido amplo as fontes de polui o atmosf rica podem ser classificadas quanto sua causa em naturais e antropog nicas S o exemplos das primeiras os odores e gases da decomposi o de mat ria org nica de animais e vegetais a maresia dos mares e oceanos as cinzas e gases de emiss es vulc nicas as tempestades de areia e poeira e a evapora o natural S o exemplos das ltimas os efluentes gasosos lan ados por ind strias e ve culos pela queima de combust veis e processos qu micos queimadas de floresta e cana queima de lixo a c u aberto
102. os empreendimentos e atividades privados ou p blicos em rea urbana que depender o de elabora o de estudo pr vio de impacto de vizinhan a EIV para obter as licen as ou autoriza es de constru o amplia o ou funcionamento a cargo do Poder P blico municipal Art 37 O EIV ser executado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento ou atividade quanto qualidade de vida da popula o residente na rea e suas proximidades incluindo a an lise no m nimo das seguintes quest es I adensamento populacional II equipamentos urbanos e comunit rios II uso e ocupa o do solo IV valoriza o imobili ria V gera o de tr fego e demanda por transporte p blico VI ventila o e ilumina o VII paisagem urbana e patrim nio natural e cultural Par grafo nico Dar se publicidade aos documentos integrantes do EIV que ficar o dispon veis para consulta no rg o competente do Poder P blico municipal por qualquer interessado Pode ser definido como documento t cnico a ser exigido com base em lei municipal para a concess o de licen as e autoriza es de constru o amplia o ou funcionamento de empreendimentos ou atividades que possam afetar a qualidade de vida da 133 eq popula o residente na rea ou nas proximidades Segundo SOARES mais um dos instrumentos trazidos pelo Estatuto da Cidade que permite a tomada de medidas preventivas 132 Adin n
103. qualquer de suas formas art 23 VI da CF e do dever constitucional de defender e preservar o meio ambiente equilibrado art 225 caput da CF o caso de se responsabilizar objetivamente o munic pio repara o do dano ambiental causado mesmo que indiretamente pelo fato de n o se adotarem medidas eficazes para diminuir os n veis de polui o sonora urbana causada pela circula o de ve culos 5 1 3 Leis de Crimes Ambientais A Lei de Crimes Ambientais trazida pela Lei n 9 605 98 um dos marcos da legisla o ambiental p tria Segundo reza na declara o de veto do artigo 1 o projeto original tinha por objetivo dispor sobre a cria o e aplica o de multas de conformidade com a Lei n 4 771 65 do novo C digo Florestal e da Lei n 7 803 89 que o substituiu Todavia durante a sua longa tramita o desde 1991 sofreu amplia es e modifica es resultando num diploma diferente do proposto Inicialmente chama a aten o o fato de uma lei do mbito penal considerada a ultima ratio vir a tutelar o meio ambiente Mas como pondera MILAR essa interven o se justifica pois o meio ambiente ecologicamente equilibrado um direito fundamental 103 MOURA DE SOUZA op cit p g 49 104 Idem p g 55 61 Todavia ressalva que a tutela penal deve ser utilizada t o somente para as hip teses de ha 105 atentados graves ao bem jur dico ambiental E a danosidade ambiental que pode compro
104. que consome e dos servi os que s o colocados sua disposi o No que tange polui o sonora as normas da ABNT varias das quais citamos neste trabalho s o compuls rias quando relativas a produtos e servi os colocados no mercado de consumo o not rio quando nos referimos s normas ABNT aplic veis ao ve culos automotores tanto indicando as especifica es de fabrica o como os testes relativos ao ru do e na inspe o veicular Conv m lembrar que o C digo de Defesa do Consumidor fala tamb m em servi os colocados no mercado de consumo A Resolu o CONAMA n 01 90 aponta como prejudiciais sa de e ao sossego p blicos os ru dos acima dos estabelecidos na norma NBR 10 151 Significa que qualquer servi o colocado no mercado cuja atividade ultrapasse os limites sonoros estabelecidos pela NBR 10 151 vedada pelo CDC Da mesma forma como muitas legisla es estaduais e municipais a Resolu o CONAMA n 01 90 prescreve como m todo de medi o os estabelecidos pela NBR 10 151 Dessa forma os servi os de medi o de ru dos urbanos oferecidos no mercado devem ser prestados observando o disposto na norma NBR 10 151 tanto no que diz respeito ao m todo quanto aos equipamentos utilizados e a respectiva calibra o prestada pelo Inmetro ou Laborat rio da Rede Brasileira de Calibra o Caso contr rio ser o considerados pr tica abusiva Pelo fato de serem referenciadas como limites de ru do
105. que embora n o tenha reconhecido a incid ncia no caso concreto o crime de polui o ao menos acolheu a possibilidade de se tipificar a polui o sonora como crime de polui o ao dizer que para a caracteriza o do delito previsto no art 54 da Lei 9 605 98 a polui o gerada deve ter o cond o de ao menos poder causar danos sa de humana Observe se que se faz imprescind vel em todos os casos a apresenta o de laudo que comprove a potencialidade lesiva do ru do ao ultrapassar os n veis estabelecidos na legisla o ou do efetivo dano sa de da v tima 5 1 3 1 Decreto 6 514 2008 O Decreto Federal n 6 514 2008 que regulamenta a Lei n 9 605 98 disp e sobre as infra es e san es administrativas ao meio ambiente estabelecendo o processo administrativo federal para apura o destas infra es dentre outras provid ncias e 4 117 revogando as normas precedentes nesse sentido O decreto considera como infra o administrativa toda a o ou omiss o que viole as regras jur dicas de uso gozo promo o prote o e recupera o do meio ambiente repetindo a reda o do art 70 da Lei n 9 605 98 Assim sendo qualquer regra jur dica emanada de um dos entes federativos quando violada d ensejo infra o administrativa A descri o das infra es administrativas feitas no decreto a mesma das condutas tipificadas na Lei n 9 605 98 considerada pela doutrina uma subvers o da s
106. respeitado sem digress es nem interfer ncias quanto a sua atua o Querer dosar o que pode ou o que n o pode ser feito creditando ser esta ou aquela conduta religiosa exagerada na sua forma de manifesta o n o se afigura apropriado vez que se estaria tolhendo a liberdade de consci ncia e pensamento dos cidad os o que indubitavelmente n o se admite num Estado Democr tico de Direito A quest o aqui tratada deveria ter se limitado t o somente legalidade ou n o do abrandamento da polui o sonora nos templos religiosos conforme objeto da lide e nada mais Assim com refer ncia liberdade de cren a entendo que o que se deve buscar diante da colis o de direitos e garantias fundamentais o equil brio a pondera o a compatibiliza o entre tais direitos Por essa raz o a aplica o do direito sempre dever aferir o peso de cada um vista das circunst ncias sem exageros ou extremismos de ndole cr tica censuradora Sua aplica o portanto n o dever ser no esquema tudo ou nada mas graduada levando se em conta os direitos e garantias fundamentais cuja prote o foi destacada na Constitui o Federal como forma de concretiza o do princ pio da dignidade da pessoa humana Deve se lan ar m o do m todo da pondera o de interesses de modo a preservar o m ximo de cada um dos valores em conflito realizando um ju zo apto que importe a menor les o ao outro sem contudo extirp lo ou esvazi
107. restritivos do que estabelecido em mbito federal nem dispensar requisitos a respeito dos equipamentos utilizados e sua calibra o em dos m todos de medi o que dever o se adequar Resolu o CONAMA n 01 90 e s normas da ABNT por ela apontadas NBR 10 151 e NBR 10 152 Um aspecto que merece aten o o do ru do de fundo Muitos munic pios restringem a polui o sonora causada por boates discotecas clubes noturnos e quaisquer outros estabelecimentos de com rcio ou servi os que apresentarem m sica ao vivo e ou mecanizada obrigando os a dar o devido tratamento ac stico ao local Por m em lugar de fixar os limites externos a serem obedecidos estabelecem que a emiss o de ru do n o ultrapasse por exemplo um m ximo de 5 dB do ru do de fundo 528 Essa previs o legal tem a sua coer ncia na medida em que faz pouco sentido autuar uma atividade por emitir n veis de press o sonora acima dos limites permitidos quando naquele local o ru do de fundo maior do que o da fonte perturbadora Mas em contrapartida o ru do de fundo poderia ser o de atividades semelhantes isto casas de com rcio bares restaurantes boates ind strias etc o que serviria de subterf gio para evitar a autua o e consolidar a situa o posta Exemplo disso o que acontece na rua Mourato Coelho no bairro da Vila Madalena de S o Paulo onde encontramos 56 estabelecimentos bares nos 6 quarteir es entre as ruas dos Pinhei
108. rios segmentos da comunidade art 2 II da Lei n 10 257 2001 Como destaca MILAR a participa o da coletividade na formula o e execu o das pol ticas p blicas uma forma eficiente de atua o na defesa do meio ambiente Esse espa o deve ser dado pelo Administra o P blica e a coletividade n o pode desperdi ar 8 Sociedade dos Amigos e Moradores do Bairro Cerqueira C sar SAMORCC Vide jornal Folha de S o Paulo 31 01 2010 se o cotidiano C4 2 Apud ALVES ob cit p 218 219 211 9 CONSIDERA ES FINAIS A polui o sonora assunto interdisciplinar que como adiantamos no come o do trabalho envolve aspectos das ci ncias naturais m dicas e sociais Naturais porquanto o estudo das ondas sonoras se d no mbito da f sica sendo objeto de disciplinas relativas engenharia por exemplo quanto pot ncia e energia sonora das fontes emissoras e s propriedades ac sticas e isolantes dos materiais Tamb m da arquitetura porquanto o desenho das constru es e os materiais utilizados dentre outros aspectos s o fundamentais para o sucesso do conforto ac stico do homem seja na sua casa como na cidade onde habita M dicas porquanto precisamos entender como o ru do afeta o ser humano Nesse sentido em particular a Fonoaudiologia tem contribu do muito para se entender que al m da perda autiva conhecido mal no mbito do trabalho h outros efeitos igualmente mal ficos que
109. ru dos sons e vibra es provenientes de fontes fixas no Munic pio obedecer aos n veis m ximos fixados para suas respectivas imiss es medidas nos locais do suposto inc modo 137 Dispon vel em lt http www cmbh mg gov br index php option com content amp task view amp id 16053 amp Itemid 241 gt Acessado em 12 12 2009 93 Os n veis m ximos para sons e ru dos externos na Lei n 9 341 2007 estavam vinculados ao zoneamento municipal e ao sistema vi rio estabelecido pela Lei n 7 166 96 expondo um problema da metr pole incapaz de ser atingido imediatamente Dada a pol mica criada teve a sua efic cia suspensa pela ADIN n 07 458483 0 Se a legisla o anterior exemplo da maioria das legisla es que seguem os crit rios da NBR 10 151 apontada pela Resolu o CONAMA n 01 90 fixava limites diferenciados para os per odos diurnos e noturnos considerando o zoneamento no local a legisla o atual estabeleceu um s crit rio sem distin o de zoneamento para os diferentes per odos diurno 70 dB A vespertino 60 dB A e noturno 50 dB A at as 23 59h e 45 dB A a partir da meia noite O n vel do per odo diurno 70 dB A equivale ao n vel de zona predominantemente industrial indicado na NBR 10 151 e o vespertino 60 dB A equivale zona mista com voca o comercial e administrativa na NBR 10 151 Da mesma forma o n vel de 50 dB A fixado at meia noite equivale zona predominanteme
110. s o os efeitos extra auditivos Estudos mostram cada vez mais como somos afetados pelos ru do em praticamente todas as atividades desenvolvidas no ambiente urbano E sociais porquanto a polui o sonora afeta a vida social como expomos neste trabalho tanto na rela o dos indiv duos entre si como em rela o ao meio ambiente que o rodeia Essas rela es interessam ao Direito que tem positivado ao longo das ltimas d cadas in meros dispositivos legais para combater a polui o sonora Procuramos trazer cola o todos esses aspectos para que se perceba que o operador do Direito necessita atentar para o que as outras ci ncias nos informam a respeito do ru do de suas componentes fontes efeitos de como reagimos e ele individual e coletivamente como podemos combat lo e como podemos control lo O Prof Jules Slama UFRJ costuma dizer que o ru do n o um mal necess rio e tem solu o O Direito dependente dos aspectos t cnicos conhecimentos que evoluem constantemente como as ci ncias a quem pertencem Nesse sentido n o conveniente que o legislador reproduza os conceitos da f sica na legisla o relativa polui o sonora definindo o que seja som ru do ru do impulsivo ru do intermitente decibel etc assemelhando se a um tratado de f sica Temos suficientes defini es dadas pela Pol tica Nacional do Meio Ambiente e pelas normas t cnicas al m das publi
111. saber a Carta da Terra ou Declara o do Rio a Declara o sobre Florestas a Conven o sobre a Diversidade Biol gica a Conven o Quatro sobre Mudan as Clim ticas e a Agenda 21 A Declara o do Rio no Princ pio 7 declara que Os Estados ir o cooperar em esp rito de parceria global para a conserva o prote o e restaura o da sa de e da integridade do ecossistema terrestre Na Agenda 21 Global a preocupa o com o ru do j se faz presente na se o 6 41 quando trata dos Desafios da Sa de Urbana estabelecendo que Os programas de a o definidos nacionalmente com aux lio apoio e coordena o internacionais quando necess rio devem incluir nesta rea g Ru do Desenvolver crit rios para determinar n veis m ximos permitidos de exposi o a ru do e incluir medidas de verifica o e controle de ru dos nos programas de sa de ambiental grifamos Mais adiante na se o 7 48 ao tratar dos Sistemas Sustent veis de Energia e Transporte reconhece Nos pa ses em desenvolvimento a r pida motoriza o e a insufici ncia de investimentos em planejamento de transportes urbanos e manejo e infra estrutura do tr fego est o criando problemas cada vez mais graves em termos de acidentes e danos sa de ru do congestionamento e perda de MACHADO Paulo Affonso Leme Direito Ambiental Brasileiro 14a ed Revista atualizada e ampliada S o Paulo Malheiros Edito
112. se reconhecer a responsabilidade penal objetiva 77 O Mandado de Seguran a foi o meio utilizado por moradores para atacar viola o ao direito l quido e certo de um meio ambiente ecologicamente equilibrado visto que a autoridade coatora no caso o prefeito do munic pio de Santa Vit ria MG n o coibiu o funcionamento de igreja que n o detinha alvar de funcionamento por falta de isolamento ac stico A A o Civil P blica tem sido largamente utilizada pelo Minist rio P bico para coibir os excessos sonoros nas liturgias Em alguns casos com pedido de tutela antecipada para que a R n o proceda realize ou permita que se fa a ato ou atividade que provoque a partir de seu estabelecimento emiss o ou propaga o de sons e ru dos em n veis superiores aos estabelecidos nas normas federais estaduais e municipal sob pena de pagamento de 2770 STJ HABEAS CORPUS HC 73747 SP 2006 0284799 7 Relator a Ministro GILSON DIPP Julgamento 16 05 2007 rg o Julgador T5 QUINTA TURMA Publica o DJ 29 06 2007 p 680 Ementa Criminal HC Crime ambiental Indiciamento dos r us ap s o recebimento da den ncia Constrangimento ilegal Configura o Trancamento da a o penal In pcia da den ncia Inexist ncia de individualiza o das condutas Necessidade de descri o m nima da rela o dos pacientes com o fato delituoso Ofensa ao princ pio da ampla defesa Ordem concedida 21 Reexame necess rio n
113. se tratando de polui o sonora n o se prende a aspectos locais H de se proteger a sa de da popula o contra os efeitos nocivos da polui o sonora independentemente do territ rio em que se acha O aumento da toler ncia legal da polui o sonora atinge a sa de da popula o indistintamente do ponto geogr fico A eleva o do limite de polui o sonora de 35 dB para 85 dB em manifesto ataque sa de de seus mun cipes em viola o s normas editadas pela Uni o e pelo Estado pois inconstitucional por n o haver interesse local grifamos A ADIN n 598448355 atacava a Lei n 1 98 do Munic pio de Novo Hamburgo que alterava a Lei n 142 92 que Disp e sobre a polui o sonora de qualquer natureza Ao que nos parece foi o mais antigo precedente Digno de men o o fato do executivo que tanto pleiteou o reconhecimento da constitucionalidade dessa norma acabou por revogar a Lei n 1 98 atrav s da Lei n 1 105 2004 159 A sequ ncia de julgados favor veis autonomia municipal em rela o liberdade de fixa o de limites de n veis sonoros acima de legisla es estaduais e federais parece ter sido quebrada por um recente julgado do TJRS o que depreende da ADIN n 70024564536 que considerou inconstitucional o art 131 F da LC n 40 2007 do Munic pio de S o Borba ementado nos seguintes termos ADIN S o Borja Art 131 F da LC n 40 de 6 de agosto de 2007 que disciplina os ru d
114. sendo que 11 teve perda auditiva Estudos na Fran a examinando a audi o de 1 208 jovens entre 18 e 24 anos mostrou que 60 foram expostos a fontes de ru do com altos n veis dos quais 15 teve perda nas altas fregii ncias Davis et al 1998 demonstraram que 23 dos jovens foram expostos a n veis potencialmente perigosos de ru do social no final da d cada de 90 comparados com os 7 correspondentes ao mesmo per odo da d cada de 80 No come o da d cada de 80 na Noruega 30 mil jovens de 18 anos que ingressavam no servi o militar fizeram testes de audi o mostrando que 15 tinha tido uma perda auditiva significativa nas fregii ncias altas caracter stico do dano provocado por ru do de concertos de rock e clubes noturnos 11 WHO 2003 Report of the WHO noise technical meeting on exposure response relationships of noise on health p 103 Dispon vel em lt http www euro who int document NOH exposerespnoise pdf gt Acessado em 15 07 2004 19 Da mesma forma os testes de Meyer Bisch 1996 demonstraram que 44 dos que fregiientaram concertos de rock uma vez por m s tiveram sintomas como zumbidos na orelha comparados com os 11 que n o s o frequentadores t o ass duos Metternich and Brusis 1999 examinaram 24 sujeitos depois de um trauma ac stico ap s um concerto de rock verificando que 67 tinha tido perda auditiva como resultado de uma nica exposi o a um tal evento Os fregiientadores de club
115. sensa o sonora As c lulas ciliadas que funcionam como transdutores n o se reproduzem e sua falta ou les o leva perda total e permanente da audi o que somente pode ser recuperada em certos casos por implante coclear Todo e qualquer esfor o no sentido da preserva o da qualidade auditiva est mais do que justificada A OMS vem alertando sobre o ru do urbano desde 1980 apontando os efeitos nocivos da polui o sonora 2 1 1 Organiza o Mundial da Sa de OMS Segundo a Organiza o Mundial de Sa de OMS em torno de 40 da popula o nos pa ses da Uni o Europ ia est o expostas diariamente ao ru do de tr fego com n veis acima de 55 dB A e aproximadamente 20 a n veis acima de 65 dB A considerado como limite para aus ncia de danos ao homem Estima se que o limiar de inc modo para o ru do cont nuo seja de 50 dB A medidos em LAeq para o per odo diurno situando os n veis noturnos de 5 a 10 dB abaixo dos diurnos de modo a garantir um ambiente sonoro equilibrado Uma exposi o continuada a n veis de press o sonora de 55 a 65 dB A provoca irrita o e preju zos comunica o e ao aprendizado produzindo danos sa de Se considerarmos que o n vel de press o sonora 14 SBORL Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia Jornal ORL No 77 2003 On line Dispon vel em lt http www sborl org br biblioteca outros jornal 0077 pdf gt Acessado em 01 09 2003 p 13 5
116. sofre varia o espacial ao longo do tempo E o caso de ve culos e aeronaves que s o fontes de polui o sonora que se locomovem No caso das atividades aeroportu rias pela sua natureza as trataremos dentro deste t pico 6 1 1 Ve culos Dentre todas as fontes os ve culos s o os maiores respons veis pela polui o sonora urbana Nas cidades brasileiras o aumento de ve culos emplacados cresce 140 assustadoramente Em Maring Paran o n mero de carros cresceu 36 entre 2005 e 2009 sete vezes mais do que a popula o no mesmo per odo 5 19 sendo que em todo o territ rio nacional a quantidade de ve culos licenciados anualmente aumentou 83 desde 2005 Em fevereiro de 2008 a frota de ve culos licenciados na cidade de S o Paulo chegou aos 6 milh es de unidades considerando carros motos nibus e caminh es Nos pa ses da Uni o Europ ia os dados revelam que cerca de 40 da popula o est exposta ao ru do de tr fego rodovi rio durante o dia a n veis equivalentes de press o sonora acima de 55 dB A e 20 acima de 65 dB A Mais de 30 est o expostos durante a noite a n veis equivalentes de press o sonora acima de 55 dB A com a conseqgiiente perturba o do sono Nos pa ses em desenvolvimento os n veis ao longo de vias com tr fego denso considerando um per odo de 24h podem chegar a 80 dB A E Segundo o IBGE as campe s de crecimento de frota de carros entre 2008 e 2009 for
117. sonora ao passo que as favor veis pela rejei o entendem que o assunto j est devidamente tratado pela legisla o federal talvez se referindo Resolu o CONAMA n 01 90 e que a mat ria deve ser relegada ao mbito municipal Ambos os projetos revelam se inadequados ora remetendo se a transcrever o que reza na Resolu o CONAMA n 01 90 ora querendo suprir o vetado art 59 da Lei de Crimes Ambientais Em muito pouco ir o contribuir para um plano em n vel nacional al m do que atualmente temos com a referida resolu o do Conama Quando pensamos na incumb ncia do poder P blico na defesa e preserva o da higidez ambiental sonora lastima nos constatar a pouca aten o dispensada ao tema por parte dos legisladores que se encontram mais interessados em outros temas pol ticos Basta lembrar o caso do C digo Ambiental do Estado de Santa Catarina que ap s a elabora o de um anteprojeto custeado por uma ag ncia alem viu o mesmo trocado por outro no 201 encaminhamento Assembl ia Legislativa O fato que o C digo Estadual Ambiental foi aprovado mesmo afrontando a legisla o federal abrindo um perigoso precedente de autonomia do ente federativo em rela o ao meio ambiente Importante ter uma legisla o federal unificadora dos crit rios a respeito da polui o sonora Mais ainda uma Pol tica Nacional E para isso preciso um grande esfor o que integre c maras t cnicas tem ticas par
118. tornem absolutamente insuport veis em raz o da polui o produzida pela unidade industrial Isto poss vel na 45 MACHADO op cit p 191 246 ANTUNES op cit p 194 170 medida em que o licenciamento ambiental em realidade feito mediante a concess o de licen as administrativas por prazo certo Com efeito empresa que det m licen a de funcionamento e solicita ao rg o ambiental competente licen a de instala o para regulariza o de rea ampliada instala o de novos equipamentos e ou amplia o o hor rio de funcionamento pode ter o seu pedido indeferido se incompat vel com o zoneamento pretendido para o exerc cio da atividade e o 247 n o comprovar qualquer medida de controle da polui o sonora O Judici rio tem reconhecido o direito de perman ncia de empreendimentos que apesar da mudan a de zoneamento concedeu lhes o direito de perman ncia no local desde que n o se verifique amea a ao meio ambiente sadio Dada a expans o desordenada das cidades muitas das ind strias que antes se encontravam em lugares afastados confundem se hoje com o panorama urbano A falta de precau o dos munic pios fez com que os terrenos mais pr ximos sejam ocupados por moradias alguma delas erguidas pelos pr prios funcion rios do empreendimento E tudo isso ocorrendo diante do olhar ap tico do poder p blico cuja in rcia o torna c mplice da ocupa o irregular e desordenada do solo N
119. um fen meno tempor rio a audi o volta ao normal ap s um per odo de repouso auditivo tendendo a ser recuperada nas primeiras duas a tr s horas ap s cessada a estimula o sonora Todavia freq entes exposi es ao ru do poder o causar mudan a permanente no limiar auditivo ocasionando uma Perda Auditiva Induzida por Ru do PAIR O ambiente laboral o ambiente protegido pela legisla o trabalhista h v rias d cadas No Brasil as normas regulamentadoras do Minist rio do Trabalho aprovadas pela Portaria n 3214 78 tratam exaustivamente do assunto A NR 15 considera como insalubres as atividades que se desenvolvem num ambiente laboral com n vel de press o sonora superior a 85 dB A para um per odo de exposi o de 8 horas Para cada incremento de 5 dB A a exposi o deve ser reduzida pela metade Acima desse limites o ru do torna se um fator de risco pelo que devem ser 20 SANTOS Ubiratan de Paula org Ru do e Preven o S o Paulo Hucitec 1999 A Conceituada pela Ordem de Servi o INSS DSS N 608 de 5 de agosto de 1998 como uma diminui o gradual da acuidade auditiva decorrente da exposi o continuada a n veis elevados de press o sonora 2 FIORINI A C A import ncia do monitoramento audiom trico no programa de conserva o auditiva Revista de Ac stica e Vibra es Vol 13 julho p 95 102 Florian polis 1994 21 adotadas medidas de prote o individual como o uso de
120. 0 151 seja citada em muitas dessas legisla es um olhar atento revela a inobserv ncia da mesma 5 1 4 2 Resolu o 02 90 A Resolu o CONAMA n 02 90 estabeleceu o Programa Nacional de Educa o e Combate Polui o Sonora Sil ncio Os v rios aspectos preocupantes relativos vida nos grandes centros urbanos s o enumerados nos considerandos da resolu o que os problemas de polui o sonora agravam se ao longo do tempo nas reas urbanas e que som em excesso uma s ria amea a sa de ao bem estar p blico e qualidade de vida que o homem cada vez mais vem sendo submetido a condi es sonoras agressivas no seu Meio Ambiente e que este tem o direito garantido de conforto ambiental que o crescimento demogr fico descontrolado ocorrido nos centros urbanos acarreta uma concentra o de diversos tipos de fontes de 76 polui o sonora que fundamental o estabelecimento de normas m todos e a es para controlar o ru do excessivo que possa interferir na sa de e bem estar da popula o O referido Programa SIL NCIO tem como objetivos capacitar t cnica e logisticamente o pessoal dos rg os de meio ambiente estaduais e municipais em todo o pa s divulgar junto popula o mat ria educativa e conscientizadora dos efeitos prejudiciais causados pelo ru do introduzir o tema Polui o Sonora nos curr culos escolares de 2 grau incentivar a fabrica o e uso de m quinas e eq
121. 0 60 45 55 Igrejas e Templos Cultos meditativos 40 50 35 45 Locais para esporte Pavilh es fechados para espet culos e atividades 45 60 40 55 esportivas Fonte ABNT 1987 Mister salientar que o intuito desta norma t cnica nortear os projetos construtivos dos diversos ambientes para adequ los aos n veis aceit veis Uma institui o educacional dever construir a sua biblioteca de forma a garantir que no seu interior um n vel de conforto no caso entre 35 e 45 dB A Se avaliados em termos do espectro sonoro das curvas NC entre 30 e 40 NC Se med ssemos o n vel sonoros dentro de um desses recintos sem pessoas dentro e n o ach ssemos o n vel de conforto esperado a qualidade ac stica do recinto estaria comprometido em rela o finalidade pretendida Uma sala de aulas com n veis acima de 50 dB A compromete totalmente o aprendizado al m de prejudicar a voz do professor que ter que concorrer com o ru do ambiente para estabelecer a comunica o De fato grande parte das salas de institui es de ensino prim rio m dio e superior tem n veis de press o sonora internos que excedem os estabelecidos pela NBR 10 152 o que demonstra a inadequa o ac stica do recinto para tal atividade 197 8 EFETIVIDADE DO COMBATE POLUI O SONORA O dispositivo constitucional basilar do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida
122. 1 prescrevia proibido perturbar o sossego e bem estar p blicos e da vizinhan a com sons de qualquer natureza que ultrapassem os limites previstos para as diferentes zonas de uso e hor rios na presente lei e seus regulamentos Observe se que o legislador tutelava tanto o sossego p blico como o de vizinhan a algo raramente contemplado na legisla o atual Os diferentes n veis eram adequados por zonas conforme os crit rios de uso e ocupa o do solo e certas atividades como obras de constru o e servi os p blicos deviam se adequar a certos limites segundo o per odo em que se desenvolvia diurno 7h s 16h e 16h s 19h ou noturno 19h s 7h 138 Inicialmente previsto em 80dB A o limite foi diminuido para 75dB A pela Lei n 3 342 de 28 12 2001 95 Al m de impor restri es s obras de constru o civil e obras p bicas tratava nos artigos 8 a 11 dos sons produzidos por fontes m veis e automotoras remetendo ao CONTRAN a fixa o dos n veis m ximos No per metro urbano por exemplo era proibido o uso de buzina a ar comprimido ou similares art 10 e transitar com ve culo sem o dispositivo silencioso de escapamento conforme fornecido pelo fabricante art 11 Alguns dos limites de press o sonora segundo as reas de zoneamento eram estritamente industriais 79 dB A predominantemente industriais 75 dB A mista de alta densidade 71 dB A mista de baixa densidade 67 dB A pre
123. 10 151 da ABNT Os equipamentos de medi o dever o ser calibrados no m ximo bienalmente conforme procedimento estabelecido nas normas IEC apontadas pelo fabricante dos equipamentos pela Rede Brasileira de Calibra o RBC ou INMETRO 220 Todavia os resultados constantes nos respectivos certificados de calibra o dever o evidenciar que os equipamentos atendem efetivamente aos crit rios de toler ncias das referidas normas IEC referidas 16 O Programa Nacional de Educa o e Controle da Polui o Sonora institu do pela Resolu o CONAMA n 02 90 pode ser considerado o Programa que mais se aproxima de uma pol tica nacional a respeito da polui o sonora devendo ser implantado por estados e munic pios 17 O Plano Diretor o estudo pr vio de impacto ambiental EIA e estudo pr vio de impacto de vizinhan a EIV s o importantes instrumentos da pol tica urbana estabelecidos pelo Estatuto da Cidade Lei n 10 257 2001 O primeiro deve incluir dentre os seus objetivos a redu o e controle da polui o sonora urbana em toda as suas formas Os segundos devem evidenciar atrav s de medi es confi veis os reais impactos de polui o sonora dos empreendimentos sob estudo 18 O uso e ocupa o do solo deve ser objeto de um zoneamento coerente de modo a n o produzir confronto entre moradores e estabelecimentos exigindo se destes o necess rio isolamento ac stico quando necess rio A voca o eco
124. 2 A C mara Municipal apresenta as informa es de fls 56 60 defendendo a constitucionalidade dos dispositivos atacados pois cuidam de mat ria do interesse predominante do Munic pio Frisa que pode haver par metros diferentes entre os Munic pios quanto ao tema e que Torres cidade balne ria e portanto zona de atividade predominantemente tur stica no ver o Diz no item 10 que o Decreto 23 340 74 data de quase tr s d cadas sendo suas regras impratic veis para os dias atuais O Prefeito Municipal apresenta as informa es de fis 68 71 defendendo a constitucionalidade dos dispositivos combatidos na inicial A respeito da prote o ambiental invoca o artigo 23 VI da Constitui o Federal Acrescenta que o Decreto Estadual anterior s normas constitucionais invocadas e estabelece par metros que hoje s o at mesmo inferiores ao pr prio ru do natural emitido em uma cidade em seu dia a dia Invoca em continua o o art 30 I da C F Cita doutrina de Uadi Lammego Bulos sObre Interesse local Por fim d nfase s peculiaridades locais e que o legislador municipal estabeleceu limites diferentes para a temporada de ver o em rela o aos que devem vigorar para a p s temporada 220 vide Decreto n 5851 98 do Munic pio de Porto Alegre 155 per odo diurno das 7h s 19h e 60 dB A para o per odo noturno das 19h s 07h portanto 10 dB A a mais do que o recomendado pela NBR 10 151 para esse tipo d
125. 51 a respeito dos n veis externos com a mesma divis o de hor rios diurno e noturno e especificando n veis diferentes conforme as diferentes reas de ocupa o do solo Quanto aos ambientes internos embora seja citada a NBR 10 152 que trata de n veis de conforto a mesma n o tomada com refer ncia Usa se a pr pria NBR 10 151 que conforme item 6 2 3 corrige os n veis da Tabela 1 subtraindo 10 dB para medi o dentro do ambiente com as janelas abertas Uma importante exig ncia se d no art 7 83 ao estabelecer que escolas creches bibliotecas hospitais ambulat rios casas de sa de ou similares dever o providenciar o tratamento ac stico para isolar o ru do externo tendo como base os n veis de conforto da norma NBR 10 152 ABNT Caso o n vel de press o sonora no local onde esses estabelecimentos estiverem instalados estiver acima dos limites da norma os mesmos ter o 5 cinco anos para se adequarem art 28 A mesma exig ncia de tratamento ac stico se d quando a atividade potencialmente poluidora em termos sonoros para impedir a propaga o do som ao exterior art 14 O texto do artigo excetuava os estabelecimentos de natureza religiosa exce o atacada pela ADI 2009 00 2 001564 5 e declarada inconstitucional pelo TJDFT DJ 21 1 2010 As san es administrativas previstas para a viola o do disposto na lei s o praticamente as mesmas do art 72 da Lei de Crimes Ambientais incluindo
126. 7 e o novo C digo de Minera o Decreto Lei n 227 1967 Antes de 1980 lembra MILAR que a legisla o ambiental n o tinha a preocupa o de cuidar do meio ambiente de forma espec fica ou global mas de forma dilu da mesmo casual na exata medida de atender a explora o pelo homem Todavia como resultado da Confer ncia das Na es Unidas sobre o Meio Ambiente Humano realizada em Estocolmo em 1972 surgem importantes marcos legislativos p trios que por sua vez provocaram uma ampla produ o de normas federais estaduais e municipais regendo a prote o do meio ambiente em seus mais variados aspectos segundo a compet ncia de cada ente federativo A seguir trataremos brevemente da legisla o nas tr s esferas da federa o interessados precipuamente nos dispositivos legais que direta ou indiretamente se aplicam problem tica da polui o sonora sa MILAR dis Direito do Ambiente doutrina Jurisprud ncia gloss rio 4 ed rev atual e ampl S o Paulo Revista dos Tribunais 2005 p 138 S Idem p 141 44 5 1 LEGISLA O FEDERAL At o presente momento a Uni o n o editou uma lei espec fica que trate da polui o A P z 68 P 3 E sonora embora tenham tramitado e ainda tramitem v rios projetos de lei nesse sentido A preocupa o com o Meio Ambiente no Brasil como mencionamos anterior atual Constitui o Federal de 1988 No passado mais recente
127. A medida segundo a pr pria prefeitura aliada aos esfor os de conscientiza o tem dado resultados positivos A puni o dos infratores implica na apreens o do equipamento sonoro e multa de R 7 mil que dobra em caso de reincid ncia Merece destaque o esfor o da referida Prefeitura no sentido de promover campanhas educativas para elucidar os moradores a respeito da polui o sonora realizando semin rios com a presen a das agremia es e associa es carnavalescas para tratar dentre outros assuntos da pr pria Lei do Carnaval Outra iniciativa louv vel e a do Minist rio P blico de Pernambuco que editou em 2009 uma Cartilha sobre Polui o Sonora com uma tiragem inicial de tr s mil exemplares tratando dos aspectos da polui o sonora na forma de hist ria em quadrinhos excelentemente did tico Silento o personagem principal n o consegue descansar por causa do ru do e acaba tendo problemas de sa de por conta disso Recheada de ilustra es 23 APELA O C VEL REEXAME NECESS RIO N 1 0672 02 077425 9 001 Julg 23 11 2006 COMARCA DE SETE LAGOAS REMETENTE JD V FAZ PUBL AUTARQUIAS COMARCA SETE LAGOAS APELANTE S MUNIC PIO DE SETE LAGOAS APELADO A S MINIST RIO P BLICO ESTADO MINAS GERAIS RELATOR EXMO SR DES ISALINO LISB A EMENTA MEIO AMBIENTE POLUI O SONORA EVENTO CARNAVALESCO EM REA URBANA LIMITA O DE RU DOS E LOCAIS IMPOSTOS JUDICIALMENTE POSSIBILIDADE SENTEN A
128. A norma P TB 143 ABNT definia energia ac stica como sendo a energia mec nica sob a forma de som O conceito se repete na NBR 10 151 e na vers o revisada da norma NBR 10 152 Portanto mesmo que utilizemos indistintamente os termos ru do ou barulho para nos referirmos aos eventos sonoros prejudiciais e perturbadores com n veis excessivos de press o sonora o importante ter claro que o que chega s nossas orelhas uma forma de energia 3 2 LEGAL O conceito legal da polui o sonora pode ser encontrado na pr pria defini o de polui o dada pela Lei n 6 938 81 da Pol tica Nacional do Meio Ambiente no art 3 Art 3 Para os fins previstos nesta Lei entende se por HI polui o a degrada o da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente a prejudiquem a sa de a seguran a e o bem estar da popula o b criem condi es adversas s atividades sociais e econ micas c afetem desfavoravelmente a biota d afetem as condi es est ticas ou sanit rias do meio ambiente e lancem mat rias ou energia em desacordo com os padr es ambientais estabelecidos Conforme vimos na se o anterior o som se propaga no meio atrav s de ondas sonoras Sendo uma forma de energia podemos identificar a polui o sonora na letra e do art 3 do artigo supracitado 51 4 i p a O n mero de decibels igual a 10 vezes o logaritmo da raz o entre
129. CONAMA 210 alguns poucos queixosos Em outros casos magistrados n o entendiam que o tema da perturba o sonora estivesse relacionada com o meio ambiente Outra via que coletividade utiliza para lutar contra a polui o sonora a forma o de associa es civis em sua ampla maioria de moradores de bairro As vezes mais abrangentes como a da Associa o Antipolui o Sonora de Salvador BA e a ONG S cios da Natureza Ararangu SC ambas atuantes em seus respectivos munic pios Uma dessas associa es conseguiu fechar nos ltimos 6 anos 29 estabelecimentos na regi o dos Jardins em S o Paulo regi o que detentava a vida noturna mais agitada da cidade Embora o zoneamento na regi o seja de uso misto a press o junto das autoridades p blicas por causa do inc modo foi decisiva para o fechamento dos estabelecimentos Tanto mais efetiva ser a contribui o da coletividade na preserva o e defesa do meio ambiente equilibrado quanto mais abertura seja dada s ONGs e associa es civis por parte do P blico O Estatuto da Cidade prev como uma das diretrizes da pol tica urbana a gest o democr tica Significa que durante as etapas de formula o execu o e acompanhamento de planos programas e projetos de desenvolvimento urbano que visam ordenamento do desenvolvimento das fun es sociais da cidade e da propriedade urbana deve haver participa o da popula o e associa es representativas dos v
130. Congresso Internacional de Direito Ambiental S o Paulo 2001 148 jornal S o Francisco Chronicle a incluir na sua lista dos 100 melhores restaurantes da sl vu x x 209 regi o informa es sobre o n vel sonoro que se pode esperar no local O maior fator de preocupa o todavia quanto fiscaliza o principalmente quando omissa A prevarica o dispensa coment rios mas lamentavelmente pr tica em munic pios onde os infratores em fun o do v nculo de amizade s o dispensados da autua o pelas autoridades competentes H casos em que o servidor p blico carece de treinamento operacional quanto medi o ou acerca da legisla o e sua aplica o Em outros casos ainda faltam equipamentos de medi o ou ve culos para atender s ocorr ncias imediatamente ou at mesmo ap io policial Comenta MATOS Promotor de Justi a que infelizmente no contexto geral os munic pios no Brasil n o exercem a contento esse controle e a popula o est submetida a dezenas de agress es sonoras tais como bares carros de som mini trios trios el tricos samb es batucadas e tantas outras manifesta es agressivas e perturbadoras da tranquilidade p blica E diante da falta de estrutura administrativa facilita se a prolifera o de atividades dessa ordem danosas para o conv vio social e geradores de centenas de problemas Quanto omiss o do poder p blico recentemente o TJRJ condenou a P
131. Constitui o Federal que tratam da Pol tica Urbana pol tica essa que executada pelo Poder P blico municipal objetiva ordenar o pleno desenvolvimento das fun es sociais da cidade e da propriedade urbana art 2 E o faz em prol do bem coletivo da seguran a e do bem estar dos cidad os bem como do equil brio ambiental art 1 S nico 127 Campanha Som sim barulho n o Dispon vel em lt http www somsimbarulhonao com br gt Acessado em 22 03 2010 19 Note se que a pol tica urbana atribui fun o social tanto propriedade urbana como cidade E n o poderia ser diferente pois se a propriedade per se deve atender a sua fun o social art 5 XXIII da CF quando inserida no ambiente urbano o conjunto delas tamb m deveria E o equil brio ambiental encontra se como fim da pol tica urbana Indubitavelmente a polui o sonora est inserida nesse contexto Dentre as diretrizes da pol tica urbana se destaca a ordena o e controle do uso do solo art 2 VI fundamental para se evitar a polui o e a degrada o ambiental art 2 VI g e a prote o preserva o e recupera o do meio ambiente natural e constru do art 2 XID onde se concentram as principais fontes da polui o sonora Ao tratar dos instrumentos de que a pol tica urbana se utiliza para a consecu o do seu objetivo o referido diploma legal menciona o planejamento municipal e em especial
132. Ermano Marchetti 77 24 dB Av Marqu s de S o Vicente 77 21 dB Av Santo Amaro ponto II 77 15 dB Rua da Consola o 76 99 dB Av Dr Arnaldo 76 88 dB Av Pacaemb 76 65 dB Av Gal Edgar Fac 76 18 dB R Guaicurus 76 15 dB Av Santo Amaro ponto I 76 09 dB Av Paulista 76 09 Av Raimundo Pereira de Magalh es 75 57 dB Av Jabaquara 775 52 dB Pra a Manoel da Costa Negreiros 75 33 dB Av Indian polis 74 75 dB Av Rio Branco 74 74 dB Av Brigadeiro Faria Lima 74 41 dB Av S o Jo o 74 30 dB Av Nazar 73 88 dB Av Inajar de Souza 73 46 dB Av Sena Madureira 73 39 dB Marginal Pinheiros 71 46 dB Av Prof Frederico Hermann J nior 70 82 dB Av Volunt rios da P tria 70 34 dB e Av Zumkeller 70 28 ARTERIAIS R Ant nio de Andrade Rebelo 62 69 dB Pra a Guilherme Kawall 62 89 dB R Dona Germaine Burchard 64 17 dB R Martiniano de Carvalho 66 16 dB R Dr Albuquerque Lins 66 84 dB R Vit ria 69 59 dB R Dr M rio Ferraz 67 67 dB R Agostinho Gomes 70 08 dB Alameda Ja 71 46 dB Av Treze de Maio 73 10 dB R Hugo Carotini 73 94 dB Pra a Dona Micaela Vieira 78 48 dB Av Itaquera 78 70 dB COLETORAS R Major Almeida Queir s 60 32 dB Av Piassanguaba 61 49 dB R Em lio Mallet 64 43 dB R Dr Virg lio de Carvalho Pinto 64 50 dB R Jacutinga 64 63 dB R Baronesa de Itu 64 71 dB Rua dos Ingleses 65 08 dB e R Santo Afonso 65 70 dB
133. Estado de forma que os danos causados ao meio ambiente n o se po tornassem irrevers veis A maioria dos autores parece concordar que a Declara o da Organiza o das Na es Unidas ONU sobre o Meio Ambiente Humano realizada de 5 a 16 de junho de 1972 em Estocolmo contribuiu para o desenvolvimento da legisla o ambiental internacional Conforme MACHADO o documento emanado da Confer ncia de The day will come when man will fight merciless noise as the worst enemy of his health THOMPSON J WILLIAM and SORVIG KIM SORVIG Sustainable landscape of construction A guide to green building outdorrs Island Press 2 Ed Washington DC 2008 p 312 PORFIRIO J NIOR Nelson de Freitas Responsabilidade do Estado em face do Dano Ambiental Malheiros Editores S o Paulo 2002 p 29 FREITAS Gilberto Passos de Polui o Sonora Aspectos Legais Santos Ed UNISANTA Universidade Santa Cec lia 2002 p 35 13 Estocolmo salientou que o homem tem direito fundamental a adequadas condi es de vida em um meio ambiente de qualidade O problema do ru do se torna um problema ambiental N o por acaso ao lado da polui o do ar e das guas a polui o sonora foi considerada pela Organiza o Mundial da Sa de OMS como uma das tr s prioridades ecol gicas D cadas depois a confer ncia se realizou no Rio de Janeiro de 3 a 21 de junho de 1992 trazendo luz cinco importantes documentos a
134. Intencionalmente ou n o a nova lei provoca um enorme e perigoso retrocesso na pol tica ambiental do munic pio em rela o polui o sonora O abrandamento proposto beneficia o poluidor em detrimento da sociedade e de forma velada pretende o mesmo benef cio aos templos dado nas leis declaradas inconstitucionais A lei foi imediatamente atacada pelo Executivo atrav s de uma ADIN Na concess o da liminar pelo Des Eros Piceli do TJSP o magistrado alega estarem presentes a razoabilidade em raz o do direito alegado assim o v cio da iniciativa e a ofensa pelo menos ao princ pio da isonomia uma vez que a lei estabelece multas reduzidas em rela o a outros estabelecimentos em raz o da express o locais de reuni o bem assim como a irreparabilidade em decorr ncia da aplica o imediata e indevida da lei 2 verdade que os cultos n o s o atividades que buscam auferir lucro mediante a promo o de atividades barulhentas como as atividades comerciais e de lazer e que as pequenas comunidades eclesi sticas locais espalhadas nos mais de 5 500 munic pios brasileiros s o em regra de escassos recursos financeiros salvo algumas exce es Mas esse argumento n o basta para que o legislador queria amenizar o rigor da puni o pois de uma tal tentativa como da lei impugnada inferir se ia a busca de uma via menos dolorosa de se manter a situa o poluidora antes que considerar se o efetivo preju zo da
135. LAR ob cit p 839 9 Apela o C vel n 70027354 10 C mara C vel TJRS Apelante DIETER FRIEDRICH Apelado MUNICIPIO DE SANTA CRUZ DO SUL APELADO Data julgamento 29 10 2009 100 O ju zo a quo assim sentenciava Isto posto julgo PROCEDENTE EM PARTE a a o para CONDENAR os r us Estado e Munic pio a que procedam em conjunto o primeiro ao policiamento ostensivo atrav s da Brigada Militar e o segundo a fiscaliza o do tr nsito e de estabelecimentos comerciais na rea compreendida pela Avenida do Imigrante e adjac ncias nos hor rios de pico do per odo entre as 22 00 horas das sextas feiras e 24 00 horas de domingo tudo com vistas a coibir os abusos ali verificados especialmente a polui o sonora modo de preservar a sa de e bem estar dos cidad os sob pena de pagamento de multa di ria de R 1 000 00A omiss o da fiscaliza o pode levar o Munic pio e o Estado a responder APELA O C VEL n 70030158075 TJRS 58 da Lei n 6 938 81 responsabilizando o objetivamente art 14 81 da Lei 6 938 81 entendendo que o nexo causal era estabelecido pela n o fiscaliza o O decisium sugere ainda a a o de regresso por parte do Munic pio em face do Prefeito art 37 6 da cF MILAR opina pela responsabilidade solid ria do Estado diante de danos ambientais provocados por terceiros j que o seu dever de fiscalizar e impedir que os danos aconte am Para o doutrinador o dano
136. LOCAIS Pra a Rui Washington Pereira 52 02 dB R Ant nio Soares Lara 55 33 dB R Camar es 55 77 dB R Caraputinga 55 89 dB R Prof Jos Sant anna do Carmo 56 03 dB R Prof Egas Moniz 56 67 dB R Ernesto Nazareth 58 56 dB R Henrique de Carvalho 60 14 dB R Ribeir o das Almas 60 22 dB R Ara oiaba 60 74dB R Eponina Afonseca 60 96 dB R Jequita 61 89 Rua do Engenho 61 92 dB R Lourival Siqueira 62 57 dB R Dr Guilherme Cristoffell 63 14 dB R Ararib ia 64 15 dB R Batalha do Piraj 64 38 dB R Napole o de Barros 64 78 dB R Inoc ncio Tobias 64 80 dB R Neves de Carvalho 66 01 dB e Pra a dos Aran s 68 65 dB Para verificar os demais pontos mediso consultar o trabalho completo MOURA DE SOUZA 2002 Op Cit p g 39 e ss 60 mistas de 8 29 a 18 94 dB A e em reas mistas com voca o comercial e administrativa de 9 59 a 21 44 dB A Como se percebe os n veis de ru do urbano no Munic pio de S o Paulo s o um problema de Sa de P blica como conclui MOURA DE SOUZA 2 configurando um dano higidez da popula o paulistana Diante da compet ncia dos munic pios antes mencionada n o somente de planejar como de implantar as medidas que reduzam a circula o veicular e reorientem o tr fego com o intuito de diminuir os n veis de polui o diante da compet ncia comum de todos os entes federativos de proteger o meio ambiente e combater a polui o em
137. ONTRAN 35 98 Art 1 Todos os ve culos automotores nacionais ou importados produzidos a partir de 01 01 1999 dever o Obedecer nas vias urbanas o n vel m ximo permiss vel de press o sonora emitida por buzina ou equipamento similar de 104 decib is dB A conforme determinado no Anexo Art 2 Todos os ve culos automotores nacionais ou importados produzidos a partir de 1 de janeiro de 2002 dever o Opedecer o n vel m nimo permiss vel de press o sonora emitida por buzina ou equipamento similar de 93 decib is dB A conforme determinado no Anexo 117 O par grafo 4 mencionado acima estende o hor rio at as 24h quando da realiza o de com cios e a utiliza o de aparelhagem de sonoriza o fixa Note se que esse par grafo foi alterado pela Lei n 11 300 06 sendo que a reda o anterior apenas permitia a realiza o de com cios no mesmo hor rio 8h a 24h sem qualquer men o utiliza o de aparelhagem de som fixa Ainda que o hor rio previsto para o funcionamento de alto falantes ou amplificadores de som seja de 8 s 22h e o dos com cios e utiliza o de aparelhagem de sonoriza o fixa at as 24h a Lei n 9 504 97 nada diz em rela o aos limites de emiss o desses dispositivos de amplifica o sonora e nem poderia pois o intuito da legisla o eleitoral n o tem esse cond o Destarte os n veis sonoros dessas atividades devem se adequar aos da Resolu o CONAMA n
138. PONTIF CIA UNIVERSIDADE CAT LICA DE S O PAULO PUC SP Daniel Fernando Bondarenco Zajarkiewicch Polui o sonora urbana principais fontes Aspectos jur dicos e t cnicos MESTRADO EM DIREITO S O PAULO 2010 PONTIF CIA UNIVERSIDADE CAT LICA DE S O PAULO PUC SP Daniel Fernando Bondarenco Zajarkiewicch Polui o sonora urbana principais fontes Aspectos jur dicos e t cnicos Disserta o apresentada Banca Examinadora da Pontif cia Universidade Cat lica de S o Paulo como exig ncia parcial para obten o do t tulo de MESTRE em Direito das Rela es Sociais sob a orienta o da Profa Doutora Consuelo Yatsuda Moromizato Yoshida S O PAULO 2010 SUM RIO INTRODUCA Ona a AD a RE A NEN 9 1 CONTEXTUALIZA O DO TEMA ssesseesseersessscossoossoosscsssesescoseoseosscosssossessscesseesee 11 2 EFEITOS DA POLUI O SONORA se seseesssesescosccescoossosscossesssesescoseceseosseosseossesss 16 21 NOHOMEM opuronnroru iieii o asi aA E E a ia a i 16 2 1 1 Organiza o Mundial da Sa de OMS sssssnessnesseseesesesssssseesesssssesereressssseeees 17 988 89 2 NKE E LASIEN E E E E 20 2 VI Extra aUditivos serken reien caio EEE e E EE a Spa aaa ana STRES 21 2 2 EPEITOS NA FAUNA i oii Satr L EEE a EE E E N aE a 26 3 CONCEITO E DEFINI O DA POLUI O SONORA s sssesesessccseccescosscosseossesse 30 SC E ENICO Eos caio EEE pod ua caga aa pa Cuca ca VOA det nao cam 30 3 2 LEGAL aeie rea do si a E AEA EAE
139. Pa s e fiscalizar as entidades dedicadas pesquisa e manipula o de material gen tico HI definir em todas as unidades da Federa o espa os territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos sendo a altera o e a supress o permitidas somente atrav s de lei vedada qualquer utiliza o que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua prote o 198 IV exigir na forma da lei para instala o de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degrada o do meio ambiente estudo pr vio de impacto ambiental a que se dar publicidade V controlar a produ o a comercializa o e o emprego de t cnicas m todos e subst ncias que comportem risco para a vida a qualidade de vida e o meio ambiente VI promover a educa o ambiental em todos os n veis de ensino e a conscientiza o p blica para a preserva o do meio ambiente VII proteger a fauna e a flora vedadas na forma da lei as pr ticas que coloquem em risco sua fun o ecol gica provoquem a extin o de esp cies ou submetam os animais a crueldade fai O leque de verbos utilizados preservar restaurar prover preservar fiscalizar definir exigir dar publicidade controlar promover e proteger mostram o tamanho da responsabilidade que cabe ao Poder P blico E n o poderia ser de outra maneira posto que ele det m muito mais ferramentas dentro da organiza o estatal que a coletividade In
140. SSO DE RU DOS ILEGITIMIDADE PASSIVA DANO CONFIGURADO QUANTUM INDENIZAT RIO A empresa que colabora de forma ativa para a realiza o do evento e para a aferi o de lucro parte passiva leg tima para o pedido de indeniza o fundado naquele empreendimento A perturba o ao sossego fato suficiente para causar dano moral prejudicando a paz e o descanso do cidad o e resultando em aborrecimentos e desconforto vizinhan a A fixa o do quantum indenizat rio a t tulo de danos morais tarefa cometida ao juiz devendo o seu arbitramento operar se com razoabilidade proporcionalmente ao grau de il cito ao n vel s cio econ mico da parte ofendida o porte do ofensor e ainda levando se em conta as circunst ncias do caso Preliminar rejeitada Apela o n o provida TJMG Apela o n 1 0145 07 378752 8 001 Relator Desembargador Afr nio Vilela Data do Julgamento 10 07 2008 27 APELA O C VEL PRELIMINAR DE N O CONHECIMENTO DO RECURSO N O EXAMINADA AUS NCIA DE FUNDAMENTA O FESTA POPULAR J F FOLIA TUMULTO EVENTO DE PEQUENA DURA O ABALO MORAL N O CARACTERIZA O TIMG D cima Primeira C mara C vel Apela o n 1 0145 07 378124 0 001 Relator Desembargador Afr nio Vilela Data do Julgamento 03 10 2007 Data da Publica o 12 10 2007 165 n mero de foli es n o h bil caracteriza o de abalo moral haja vista a pouca durabilidade do evento cuja ocorr ncia ch
141. WHO Community Noise 1999 16 BERGLUND B LINDVALL T SCHWELA D H Guidelines for community noise WHO 1999 p 159 18 de uma conversa normal de aproximadamente 50 dB A ru dos de fundo de mais de 35 dB A interferem na inteligibilidade da mesma Nos eventos esportivos como motocross corridas de carros arrancadas e similares atingem se n veis de press o sonora entre 97 e 100 dB A medidos a 10 metros da fonte No caso de motos 85 a 96 dB A medidos a 30 metros da fonte Uma corrida carros pode alcan ar os 130 dB A Os shows de rock s o largamente os mais barulhentos Estudos na Franca Meyer Bisch registraram n veis superiores a 110 dB A e nos Estados Unidos de 110 a 150 dB A representando s rios riscos sa de auditiva A legisla o laboral do Reino Unido estabelece que os empregados devem estar protegidos de n veis de press o sonora acima de 85 dB A Por m os freqiientadores de shows de rock com n veis entre 97 e 110 dB A est o expostos a n veis bem acima dos recomendados na rea laboral sem que haja legisla o que os proteja desse risco como consumidores Nas ltimas duas d cadas com o surgimento de poderosos equipamentos de som criou se a cultura do quanto mais alto melhor Pesquisas na Su a 2001 envolvendo 700 jovens revelaram que 79 fregiientam discotecas 52 concertos e 35 festas Techno Para 53 deles o n vel de exposi o Leg foi de 87 dB A ou mais
142. a A fiscaliza o deve guardar a moralidade e imparcialidade na autua o dos infratores em obedi ncia aos princ pios da administra o p blica Infelizmente recebemos pessoalmente o testemunho de funcion rios e diretores de fiscaliza o que ap s um primoroso trabalho t cnico de apura o de n veis de press o sonoros acima dos n veis permitidos e consequente autua o viram frustrados os seus esfor os pela interven o de pol ticos e at do pr prio Prefeito em favor dos infratores livrando os das san es Um ex diretor do PSIU paulistano em entrevista jornal stica corroborou esse tipo de situa es Outro aspecto que o Poder P blico n o pode negligenciar a publicidade dos seus atos Alguns anos atr s os resultados da atua o do PSIU podiam ser acompanhados na p gina na internet da Prefeitura do Munic pio de S o Paulo Dados a respeito da quantidade de den ncias mensais recebidas novas e reincidentes estabelecimentos oficiados vistoriados vistorias intimados ou autuados interditados fechados e multados podiam ser consultados para aferir a atua o do rg o bem como analisar estatisticamente os dados Por m praticamente desde 2004 os dados n o s o mais disponibilizados na internet Recai sobre o Poder Executivo a necessidade de exigir a devida Avalia o de Impactos Ambientais AIA como pressuposto para a autoriza o ou licenciamento das diversas atividades que potencial ou efetiva
143. a o e seria 205 empresas lucrando ilicitamente com o alto som nas ruas Embora as manifesta es culturais n o sejam objeto deste trabalho mister reconhecer lhes a sua import ncia e prote o no contexto constitucional Todavia n o se pode conceber que tais manifesta es dispensem o respeito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado bem comum do povo e essencial sadia qualidade de vida art 225 como se o exerc cio desse direito possa se sobrepor aos demais Como no coment rio do par grafo anterior empresas lucram at na ilegalidade organizando eventos e megaeventos movidos apenas por interesses econ micos que pouco ou nenhuma rela o t m com uma manifesta o ou tradi o cultural a n o ser o nome do evento como mero pretexto Esse aspecto levou SANTANA a reconhecer que se por um lado o boom da m sica baiana fomenta o desenvolvimento regional por outro imp e um pesado nus aos direitos do cidad o a saber a perturba o do sossego e da sa de p blica face voraz busca do lucro f cil das empresas produtoras destas atividades culturais que as pretendem promover sem o devido investimento em isolamento ac stico ou sem levar em considera o o hor rio destinado ao repouso noturno da comunidade O inc modo provocado por restaurantes atinge at os pr prios frequentadores que n o conseguem manter uma conversa normal com os seus acompanhantes o que l
144. a ABNT por consider los prejudiciais sa de e ao sossego p blico Por sua vez a norma NBR 10 151 estabelece esse crit rio levando em considera o os hor rios diurno e noturno e os tipos de uso do solo s tios e fazendas estritamente residencial urbana ou de hospitais ou escolas mista predominantemente residencial mista com voca o comercial e administrativa mista com voca o recreacional e predominantemente industrial Essas classifica es est o contempladas nas legisla es locais referentes ao uso e ocupa o do solo que tratam do zoneamento Quem det m a responsabilidade de estabelecer o zoneamento urbano o Munic pio e n o a NBR 10 151 Essa norma determina quais os n veis m ximos que cada rea deve observar por exemplo a predominantemente residencial Todavia quem determina quais reas territoriais ser o predominantemente residenciais o munic pio quem dever preservar essas caracter sticas quando da autoriza o ou n o do funcionamento de atividades nessas reas Da mesma forma quanto s industriais em fun o das caracter sticas pr prias de tais atividades considerando a emiss o sonora Antes da implanta o do Plano Diretor o Munic pio de S o Paulo determinava atrav s da Portaria Intersecretarial n 01 SEMAB SAR SEHAB SMT GCM 96 quais os n veis m ximos que cada zona urbana deveria obedecer tomando como base os crit rios da NBR 10 151 Ap s a aprova o do Pla
145. a LAURITA VAZ Julgamento Publica o DJe 06 11 2009 110 Segundo Fiorillo o tipo penal descrito no art 54 da Lei n 9 605 98 trata se de tipo anormal o que significa que n o composto somente de lementos descritivos mas tamb m normativos Como sabemos estes ecigem do magistrado um ju zo de valor acerca da interpreta o de termos jur dicos ou extrajur dicos Pois bem ao ser descrita a conduta de causar les o ou amea a de les o ao meio ambiente a express o polui o constitui um termo jur dico que reclama do int rprete a valora o do seu conte do Como sabemos a Lei da Pol tica Nacvional do Meio Ambiente Lei n 6 938 81 descreve no art 3 III seu conceito de modo que se faz imporescind vel ao aplicador da norma o preenchimento do tipo penal atrav s do substrato trazido por esta lei Curso de Direito Ambiental Brasileiro p 119 64 aplicados apenas em situa o de maior gravidade ficando os fatos menores v g aparelho de som ligado a altas horas da noite para a figura do art 42 da Lei das Contraven es mn Penais N o podemos esquecer o fato de que o anteprojeto inclu a um artigo espec fico a respeito da polui o sonora o art 59 cujo tipo assim dispunha verbis Art 59 Produzir sons ru dos ou vibra es em desacordo com as prescri es legais ou regulamentares ou desrespeitando as normas sobre emiss o e imiss o de ru dos e vibra es resultantes de quaisquer ativida
146. a o devido tratamento dos diferentes aspectos envolvidos na polui o sonora Na falta de presteza dos legisladores as c maras t cnicas do CONAMA t m elaborado in meras normas para regular a polui o sonora urbana e os programas nacionais de ve culos automotores com as quais contamos hoje No plano Executivo o Poder P blico tamb m detenta o monop lio coercitivo Na dic o de REALE verbis O Estado a organiza o da na o em uma unidade de poder a fim de que a aplica o das san es se verifique segundo uma propor o objetiva e transpessoal Para tal fim o Estado det m o monop lio da coa o no que se refere distribui o da justi a por isto que alguns constitucionalistas definem o Estado como a institui o detentora da coa o incondicionada Como por m a coa o exercida pelos rg os do Estado em virtude da compet ncia que lhes atribu da mais certo ser dizer que o Estado no seu todo consoante ensinamento de Laband tem a compet ncia da compet ncia O Estado como ordena o do poder disciplina as formas e os processos de execu o coercitiva do Direito A coercibilidade ou exigibilidade um dos atributos de que gozam os atos administrativos emanados do Poder P blico essa qualidade que segundo GASPARINPE impele o destinat rio obedi ncia das obriga es a ele impostas sem necessidade de qualquer ap io judicial E exemplifica Com efeito a n
147. a ou redu o de fun o auditiva jamais poder se vislumbrar o delito do art 54 aos casos mais comuns de polui o sonora ambiental E preciso tamb m que se admita um conceito amplo de prote o sa de envolvendo n o s a sa de f sica como a ps quica 122 CAPPELLI ob cit p 208 209 123 A Resolu o CONAMA n 01 90 reza no item II S o prejudiciais sa de e ao sossego p blico para os fins do item anterior os ru dos com n veis superiores aos considerados aceit veis pela Norma NBR 10 151 1 Avalia o do Ru do em reas Habitadas visando o conforto da comunidade da Associa o Brasileira de Normas T cnicas ABNT A mesma express o prejudiciais sa de repetida por in meras legisla es municipais 12 Para FIORILLO a conduta criminosa j estar caracterizada com a potencialidade de dano sendo desnecess ria para a tipifica o a realiza o do resultado natural stico danoso Os abundantes estudos demonstram essa potencialidade de dano sa de quando ultrapassados certos limites de press o sonora A quest o portanto reside em se aceitar de que a express o danos sa de humana n o se confunde com danos auditivos isto acusia acusia ou surdez total a incapacidade de receber os sons H que se considerar outros danos sa de humana provocados por n veis de press o sonora excessivos denominados efeitos extra auditivos aos quais nos r
148. a terceira pista toda a parte no que tange a ru do produzido pela opera o das amplia es propostas foi subentendida como equacionada e tudo o que se relacionava com a polui o sonora do aeroporto estaria implicitamente solucionado pelo TAC N o foi realizado qualquer diagn stico e avalia o referente aos aspectos sonoros que comprove n o haver interfer ncias impactantes no meio ambiente Ainda que n o se implante a terceira pista existe a necessidade de se realizar estudo da propaga o sonora do ru do espacializa o das curvas de ru do gerado pela opera o das aeronaves nas amplia es propostas em raz o de que as novas t xi ways o p tio 3 e sobretudo o p tio 4 estarem locados em reas que est o pr ximas a assentamentos humanos situados praticamente de forma lindeira ao s tio aeroportu rio o Infelizmente a precariedade dos Estudos de Impacto Ambientais tem levado o concess o de licen as ambientais que jamais poderiam ter sido expedidas E resta sociedade suportar o nus dos danos conseq entes consagrando mais uma vez o fato consumado E a regulariza o de aeroportos n o exce o Os EIA RIMA de Congonhas e Campo de Marte tratam a polui o sonora de maneira superficial sem o devido rigor sendo um dos primeiros problemas em rela o circula o de aeronaves Os m todos utilizados s o controversos e os equipamentos de 200 ACP n 2009 61 19 005930 1 O processo em
149. abriga e rege a vida em todas as suas formas A import ncia da defini o est em caracterizar bem o objeto do Direito Ambiental O meio ambiente portanto n o se confunde com os recursos naturais tais como o ar as florestas ou a fauna Ao procuramos a prote o constitucional do art 225 caput reivindicamos o equil brio ecol gico inclusive em face da polui o sonora para que a vida se desenvolva com qualidade que o objetivo da lei em comento Esse requisito se faz imprescind vel especialmente no meio ambiente artificial urbano onde se sobrep em in meras atividades humanas degradadoras potenciais do meio ambiente sonoro A degrada o da qualidade ambiental definida como a altera o adversa das caracter sticas do meio ambiente O conjunto de leis influ ncias e intera es manifesta certas caracter sticas como a interdepend ncia dos seus elementos e processos Por obvio qualquer altera o que comprometa uma das partes compromete o todo Um recurso amea ado amea a o todo Rompe se o equil brio ecol gico Degrada se o equil brio do ar 9 MILAR op cit p 101 54 pela emiss o de gases t xicos emanados de ind strias ve culos e aeronaves Degrada se o equil brio do meio ambiente pela emiss o excessiva de ondas sonoras A polui o definida como a degrada o da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente a prejudiquem a sa de a seguran a e
150. ados para o p tio do Departamento Estadual de Tr nsito Detran onde s ser o liberados ap s pagamento de multa a ser estabelecida pela Justi a Eleitoral As abordagens aos carros de som dos candidatos ocorreram em v rios pontos da capital como Centro Monte Castelo Cohab Bairro de F tima e Cidade Oper ria Segundo o promotor eleitoral Cl udio Guimar es o principal Objetivo da a o fazer com que a legisla o eleitoral seja respeitada O volume de som dos carros apreendidos estava acima permitido Em alguns o decibel metro aparelho que mede a sonoridade registrou volume acima de 80 decib is Todos os propriet rios dos ve culos responder o pelo delito cometido afirmou o promotor Dispon vel em http www tvcanal13 com br noticias macarros de propaganda eleitoral sao apreendidos 3 Acessado em 03 09 2008 16l Dispon vel em lt http www otaboanense com br noticia 526 Ju C3 ADza determina apreens C3 A30 dos aparelhos de som dos candidatos que descumprirem Lei Eleitoral gt Acessado em 30 09 2008 119 Os candidatos ainda n o perceberam de que a propaganda eleitoral contraproducente se gera inc modo no potencial eleitor Louv vel a iniciativa por exemplo do juiz eleitoral de Itabuna BA Dr Antonio Laranjeira que optou por reunir entidades do com rcio OAB e partidos pol ticos para reclamar do abuso dos carros de som pelos candidatos Segundo o magistrado o itabunense tem vivido horas de agonia com
151. ados quanto emiss o de ru dos em inspe o obrigat ria segundo periodicidade a ser estabelecida pelo CONAMA art 104 sujeitando o ve culo a reten o 154 O coment rio do autor da pesquisa ao rep rter da CBN em 26 11 2009 atribuia a defici ncia fiscalizat ria pouca quantidade de fiscais e previsibilidade do modus operandi dos mesmos Abramet apresenta n meros preocupantes ap s pesquisa sObre infra es em rodovias SP 10 04 2006 Dispon vel em http www abcr org br noticias noticia php cod 23512 Acessado em 30 11 2008 113 caso n o aprovado na referida inspe o 85 Salienta ainda ser requisito para o licenciamento anual art 131 83 Tocante s infra es de tr nsito pune se com infra o leve com pena de multa o uso de buzina art 227 nas seguintes situa es lugar e modo I em situa o que n o a de simples toque breve como advert ncia ao pedestre ou a condutores de outros ve culos II prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto III entre as 22 e 6 horas IV em locais e hor rios proibidos pela sinaliza o V em desacordo com os padr es e fregii ncias estabelecidas pelo CONTRAN Os padr es referidos no inciso V foram regulamentados pela Resolu o CONTRAN n 35 98 estabelecendo que a partir de 01 1 1999 para todos os ve culos automotores nas vias p bicas nacionais ou importados o n vel m ximo permiss vel de press o sonora emitida por buzina ou equip
152. ais tardar em 18 de Julho de 2006 propostas legislativas adequadas Ao faz lo dever levar em considera o os resultados do relat rio a que se refere o n 1 do artigo 10 A primeira provid ncia a ser tomada segundo a Diretiva a realiza o de um levantamento da situa o presente atrav s da elabora o de Mapas de Ru do nos Estados Membros Os mapas referem se a uma compila o de dados sobre uma situa o de ru do existente ou prevista em termos de um indicador de ru do demonstrando a ultrapassagem de qualquer valor limite pertinente em vigor o n mero de pessoas afetadas em determinada zona o n mero de habita es expostas a determinados valores de um indicador de ru do em determinada zona Um Mapeamento de Ru do uma representa o visual da distribui o espacial dos ndices de ru do ambiente que se constitui num meio de diagn stico que revela em detalhe as emiss es sonoras a influ ncia das diferentes fontes e a exposi o das popula es ao ru do ambiente Inicialmente elaborado de forma manual hoje feito atrav s de modelos matem ticos gerenciados por um software que permitem combinar os dados referentes ao uso e ocupa o do solo fontes de ru do localiza o das fontes quantidade e frequ ncia das fontes m veis dentre outros dados 40 Os requisitos m nimos do Mapeamento de Ru do Estrat gicos encontram se detalhadas no Anexo IV da pr pria Diretiva A segunda a o
153. al dos investimentos A Portaria n 1 598 DGAC 02 define os aeroportos que obrigatoriamente devem possuir Plano Diretor Aeroportu rio A entidade aeroportu ria tem a incumb ncia de elaborar revisar e manter os respectivos Planos Diretores Aeroportu rios seguindo a metodologia e procedimentos da NSMA 58 146 Norma para Elabora o Revis o Aprova o e Tramita o de Planos Diretores Aeroportu rios aprovada pela Portaria n 898 GMS5 94 Os aeroportos do Grupo 1 aeroportos internacionais operando servi o de transporte a reo regular internacional dever o apresentar o respectivo Plano Diretor atualizado num prazo de 12 meses a contar da data de publica o da portaria DOU 18 11 2002 Os aeroportos do Grupo 2 aeroportos dom sticos e internacionais operando servi o de transporte a reo regular com emprego de aeronaves acima de 60 sessenta assentos ou acima de 45 500 kg de peso m ximo de decolagem e Grupo 3 aeroportos e aer dromos abertos ao tr fego a reo p blico cuja localiza o ou caracter sticas operacionais sejam considerados de import ncia para o desenvolvimento do Sistema de Avia o Civil deveriam faz lo num prazo de 24 meses art 2 82 Cabe ao Instituto de Avia o Civil IAC promover a normatiza o dos procedimentos t cnico cient ficos necess rios elabora o dos Planos Diretores Aeroportu rios pelas organiza es respons veis e habilitadas Portaria 375 GM 5 de 27 de maio
154. ala o de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degrada o do meio ambiente estudo pr vio de impacto ambiental a que se dar publicidade Quanto exigibilidade e compet ncia do estudo a Resolu o CONAMA n 1 86 Art 2 IV assim reza Art 2 Depender de elabora o de Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relat rio de Impacto Ambiental RIMA a serem submetidos aprova o do rg o estadual competente e da SEMA em car ter supletivo o licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente tais como IV aeroportos conforme definidos pelo inciso I art 48 do Decreto Lei n 32 de 18 de novembro de 1966 grifamos 189 Quanto degrada o os aeroportos s o considerados de alto potencial de polui o e grau de utiliza o de recursos naturais pelo Anexo VII da Lei n 6 938 81 Lei da Pol tica Nacional do Meio Ambiente anexo introduzido pela Lei n 10 165 2000 Ocorre que 27 dos aeroportos brasileiros carecem de licen a ambiental por terem sido constru dos muito antes da lei segundo declara es de Paulo Sergio Ramos Pinto diretor de Engenharia e Meio Ambiente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportu ria INFRAERO embora os mesmos se encontrem em fase de regulariza o 189 O Decreto Lei n 32 de 1966 C digo Brasileiro do Ar foi revogado pela Lei n 7 565 de 1986 atual C digo Brasileiro de Aeron utica 19 Campo de Mart
155. alho bem como sobre as repercuss es do processo produtivo no meio ambiente VI sociedade como um todo manter aten o permanente forma o de valores atitudes e habilidades que propiciem a atua o individual e coletiva voltada para a preven o a identifica o e a solu o de problemas ambientais A inser o do meio ambiente nos curr culos educacionais assim como a capacita o da Pol cia Militar para combater a polui o sonora t mida Merece destaque contudo as iniciativas de divulga o junto popula o de mat ria educativa e conscientizadora dos efeitos prejudiciais causados pelo ru do preconizadas no Programa Sil ncio como a do Minist rio P blico de Pernambuco exemplo a ser seguido pelas autoridades Federais Estaduais e Municipais Saliente se que como fruto da resolu o de incentivar a fabrica o e uso de m quinas e equipamentos com n veis mais baixos de ru do operacional foi criado o selo ru do atrav s da Resolu o CONAMA n 20 94 obrigat rio para aparelhos eletrom sticos nacionais e importados implementado para secadores de cabelo liquidificadores e aspiradores de p Todavia o incentivo e capacita o da Pol cia Civil Militar para combater a polui o sonora urbana ainda prec rio salvo raras exce es 5 1 5 Estatuto da Cidade A Le n 10 257 de 10 07 2001 denominada Estatuto da Cidade veio regulamentar os artigos 182 e 183 da
156. altera o da prote o ac stica art 6 Em 1995 surgiu a Lei 11 804 ainda em vigor cuidando da aceitabilidade de ru dos na Cidade de S o Paulo visando o conforto da comunidade A referida lei veio revogar a Lei n 8 106 74 e o seu Decreto Regulamentar A lei considera como prejudiciais sa de e ao sossego p blico emiss es de ru dos em n veis superiores ao estabelecidos pela NBR 10 151 da ABNT art 2 E no par grafo nico estabelece que o m todo a ser utilizado para a medi o ser o da pr pria NBR 10 151 Todavia estabelece o per odo diurno a partir das 6h quando segundo a NBR 10 151 deve come ar s 7h art 2 ID O Projeto de Lei PL n 319 07 pretendeu alterar o in cio do per odo diurno para as 8h mas ap s sofrer o veto total por parte do Executivo municipal veto confirmado pela C mara foi arquivado em 22 09 2009 13 Decreto Municipal n 49 969 2008 PMSP Se o VIII Das atividades geradoras de fonte sonora Art 38 Ser exigido laudo t cnico comprobat rio de tratamento ac stico para os estabelecimentos instala es ou espa os inclusive aqueles destinados ao lazer cultura hospedagem divers es culto religioso e institui es de qualquer esp cie que utilizarem fonte sonora com transmiss o ao vivo ou por amplificadores acompanhado da descri o dos procedimentos adotados para o perfeito desempenho da prote o ac stica do local de acordo com as disposi es da Lei n 11 501 de
157. alterada pela Resolu o n 272 00 alterou o art 20 e os 20 e 30 do art 70 e novos limites estabelecidos para ve culos constru dos a partir janeiro de 2001 Os ensaios para medi o de ru dos devem ser executados em conformidade com as normas NBR 8433 ABNT Ve culos rodovi rios automotores em acelera o Determina o do n vel de ru do e NBR 9714 ABNT Ve culos rodovi rios automotores Ru do emitido na condi o parado medi o esta que deve ser efetuada nas proximidades do escapamento do ve culo Importante destacar que o art 2 conforme reda o dada pela Resolu o n 272 00 agregou a preocupa o metrol gica s medi es ao estabelecer a que os equipamentos para realizar os ensaios de medi o de n veis de ru do devem ser calibrados pela Rede Brasileira de Calibra o RBC ou INMETRO Concomitantemente o CONAMA publicou a Resolu o CONAMA n 02 93 dispondo sobre os limites m ximos de ru dos em acelera o e na condi o parado de motocicletas motonetas triciclos ciclomotores e bicicletas com motor auxiliar e ve culos assemelhados nacionais e importados n o contemplados na Resolu o n 01 93 Ambas as resolu es prev em que os limites devem ser respeitados durante todo o per odo de garantia concedido e sob as condi es especificadas pelo fabricante e ou importador O ve culo novo ser verificado na condi o de parado conforme limites estabe
158. am Porto Velho 15 7 Boa Vista 14 1 Macap 13 Rio Branco 12 3 Cuiab 12 1 S o Luis 10 8 Teresina 10 6 Manaus 10 8 Aracaj 9 3 Belo Horizonte 9 1 Jo o Pessoa 8 9 Macei 8 5 Bel m 8 4 Goi nia 8 2 Bras lia 8 9 S o Paulo 5 2 E m dia nacional de 7 7 Dispon vel em lt http tools folha com br print site emcimadahora amp url http 3A 2F 2Fwwwl1 folha uol com br 2Ffolha 2Fcotidiano 2Fult95u690598 shtml gt 1 O Di rio on Line Maringa PR Dispon vel em lt http odiariomaringa com br noticia 233845 gt Acessado em 11 01 2010 142 GICOM Edi o S o Paulo Not cias de 21 02 2008 Dispon vel em http g1 globo com Noticias SaoPaulo 0 MUL308225 5605 00 html gt Acessado em 25 08 2008 13 WHO 1999 p 4 103 MOURA DE SOUZA a estudando os n veis de press o sonora na cidade de S o Paulo alerta para o problema como sendo um caso de sa de p blica e citando dentre os efeitos extra auditivos do ru do altera es no sistema cardiovascular hipertens o altera es end crinas altera es do sono desordens f sicas dificuldades mentais e emocionais como a irritabilidade fadiga estresse e conflitos sociais O tr fego de ve culos automotores um dos aspectos dessa fonte de polui o sonora dentre os quais tamb m s o considerados os aspectos normais de rodagem como ru dos produzidos pelo motor pelo vento aspecto aerodin mico pneus e ve
159. amente 330 milh es de pessoas passam anualmente por suas unidades contabilizando 113 milh es de passageiros 2 milh es de pousos e decolagens e 1 2 milh o de toneladas de cargas de importa o exporta o e dom stica segundo dados de 2008 A INFRAERO a que mais se ocupa da pol tica ambiental relativa aeron utica pol tica que desenvolve desde 1995 Utilizando se das recomenda es da International Civil Aviation Organization ICAO Organiza o de Avia o Civil Norte americana na formula o de diretrizes para a realiza o de suas a es elaborou em 2004 um documento sobre a produ o de ru do na regi o de influ ncia dos aeroportos Quatro grandes linhas s o levadas em considera o para o gerenciamento do ru do aeron utico a redu o do ru do na fonte geradora a adapta o dos procedimentos de pouso e decolagem para a realidade de cada aeroporto a restri o da opera o de aeronaves em determinados per odos e a fiscaliza o da ocupa o do solo no entorno do s tio aeroportu rio provid ncia que segundo declara a Infraero cabe ao poder p blico municipal No Relat rio Ambiental 2003 2004 a INFRAERO reconhecia o ru do aeron utico como um dos maiores impactos ambientais resultantes da atividade aeroportu ria entendendo que a forma mais eficaz de reduzi los seria o controle do ru do gerado na fonte 163 O GLOBO 2008 02 14 Barulho de aeroporto cria hipertens o instant nea diz
160. amento similar de 104 dB A Da mesma forma de 93 dB A o limite para os ve culos produzidos a partir de 01 01 2002 O art 228 do CTB estabelece como infra o grave com pena de multa e reten o do ve culo para regulariza o o uso de som em volume ou fregii ncia que n o autorizados pelo CONTRAN O dispositivo pune o uso inadequado do equipamento com som em volume ou fregii ncia e n o o fato de t lo instalado Essa situa o somente pode ser verificada em flagrante At a edi o da Resolu o CONTRAN n 204 2006 esse artigo carecia de regulamenta o A referida resolu o estabelece que a utiliza o em ve culos de qualquer esp cie de equipamento que produza som s ser permitida nas vias terrestres abertas circula o em n vel de press o sonora n o superior a 80 decib is dB A medidos a 7 m sete metros de dist ncia do ve culo Mencione se em primeiro lugar que a resolu o se refere a equipamento que produza som Portanto n o se refere apenas ao equipamento de som automotivo mas a 153 VE CULO DE PUBLICIDADE POLUI O SONORA BUSCA E APREENS O COMPET NCIA DA AUTORIDADE POLICIAL PARA RETER O VE CULO E DETERMINAR A REGULARIZA O Ve culo de publicidade que trafega com som exageradamente elevado Compet ncia da autoridade policial para reter o ve culo e determinar a respectiva regulariza o conforme art 228 do C digo de Tr nsito Brasileiro In cua a
161. ancelada pelo poder p blico municipal Percebe se novamente uma postura aprior stica do julgador no sentido de que o evento pretensamente uma festa carnavalesca mas como o pr prio nome denuncia realizado anualmente fora de poca merece toda a preemin ncia e o sacrif cio incondicional da popula o no seu entorno porque chancelada pelo poder p blico municipal Ambos os desembargadores definem o dano moral como o o sofrimento experimentado por algu m no corpo ou no esp rito ocasionado por outrem direta ou indiretamente derivado de ato il cito No entanto um deles deduziu que a priva o do sono e sossego por quatro noites s o meros aborrecimentos fatos corriqueiros e atinentes vida em sociedade e portanto incapazes de afetar o psicol gico do ofendido al m de consider lo l cito por conta da chancela municipal Desacertada data venia a afirma o do magistrado Quanto ao dano moral negado cite se o voto do Min Francisco Rezek no RE n 172720 9 RJ RT 740 205 em que rejeitava a tese adotada pelo Tribunal recorrido de que a simples sensa o de desconforto ou aborrecimento que a perda de bagagem causou ao recorrente n o constitu a dano moral objeto de repara o civil taxando a de tese equ voca No mesmo sentido o Desembargador Malfatti Por isso como regra ampla e geral onde existir o desconforto o transtorno o a 7 l PERNS 23 inc modo haver lug
162. ando a instala o dos helipontos o que somente ocorreu em 2007 atrav s do PL n 41 07 transformado na Lei n 15 003 09 Conforme o referido diploma legal s o condicionantes para a aprova o municipal da constru o opera o instala o reforma amplia o e utiliza o de heliportos e helipontos dentre outras a apresenta o de parecer favor vel da ANAC em conformidade com a Instru o IAC 4301 a viabilidade urban stica atestada pela CTLU Comiss o T cnica de Legisla o Urban stica e a aprova o do EIA RIMA para heliportos ou EIV 8 Dispon vel em http www anac gov br imprensa anacConvocaProprietariosDeHelipontos SP asp Acessado em 15 02 2009 I8 Dispon vel em http www estadao com br esportes not esp271105 0 htm Acessado em 02 02 2009 132 para helipontos por parte da SVMA local Este ltimo dever contemplar os efeitos positivos e negativos do ru do de pouso e decolagem na qualidade de vida a popula o circunvizinha obedecendo ao disposto nas normas t cnicas brasileiras e disposi es legais pertinentes O n vel de press o sonora emitido pela aeronave no pouso e decolagem n o poder ultrapassar os 95 dB 49 969 08 com as altera es do Decreto Municipal n 50 943 09 medidos da plataforma Art 4 A VII do Decreto Municipal n Contudo a autoriza o da prefeitura n o suficiente para a libera o de funcionamento de um heliporto O Judici rio j te
163. ao meio ambiente redunda em responsabilidade objetiva e sendo o empreendedor quem recolhe os benef cios de sua atividade deve ele de prefer ncia ser o indicado para suportar os riscos imanentes a sua atividade bem como o dever ressarcit rio Indiretamente o pr prio Estado que atrav s de rg o seu tem o poder dever de coactar a danosidade ambiental O Supremo Tribunal de Justi a no REsp n 604 725 PR 2005 reconheceu a responsabilidade objetiva do Estado do Paran como poluidor indireto por omiss o das cautelas fiscalizat rias quanto s licen as ambientais concedidas decis o assim ementada O Estado recorrente tem o dever de preservar e fiscalizar a preserva o do meio ambiente Na hip tese o Estado no seu dever de fiscaliza o deveria ter requerido o Estudo de Impacto Ambiental e seu respectivo relat rio bem como a realiza o de audi ncias p blicas acerca do tema ou at mesmo a paralisa o da obra que causou o dano ambiental O repasse das verbas pelo Estado do Paran ao Munic pio de Foz de Igua u a o a aus ncia das cautelas fiscalizat rias no que se refere s licen as concedidas e as que deveriam ter sido confeccionadas pelo ente estatal omiss o concorreram para a produ o do dano ambiental Tais circunst ncias pois s o aptas a caracterizar o nexo de causalidade do evento e assim legitimar a responsabiliza o objetiva do recorrente Assim independentemente da exist ncia
164. aptar a sua vocaliza o ao ru do de tr fego veicular Ainda que no ru do urbano haja predomin ncia das baixas frequ ncias o ru do afeta toda a faixa usada pelos p ssaros As esp cies que usam fregii ncias mais baixas na sua vocaliza o manifestam uma frequ ncia m nima maior do que a do seus cong neres em espa os n o urbanos o que indica que a sua sobreviv ncia no meio urbano um grave problema Estudos com duas esp cies do Brasil e duas da Espanha como Turdus leucomelas e Turdus merula Troglodytes musculus e Troglodytes troglodytes demonstram que estas 41 CAVALCANTE Krisdany Vin cius S M MENDES Solange CORBO Milena SCHWABE Wilfrid Keller Avalia o Ac stica Ambiental de um Habitat Urbano do P ssaro Troglodytes Aedon Exposto ao Ru do de Tr fego em Campinas In Anais do XXII Encontro da Sociedade Brasileira de Ac stica Belo Horizonte MG 2008 HU Y and CARDOSO G C Are bird species that vocalize at higher frequencies preadapted to inhabit noisy urban areas Originally published online on October 7 2009 Behavioral Ecology 20 6 1268 1273 Dispon vel em lt beheco oxfordjournals org cgi content abstract 20 6 1268 gt Acessado em 20 12 2009 29 esp cies aumentaram as freq ncias m nimas e m ximas de seus cantos para superar os altos n veis de ru do urbano al m de outros par metros como a versatilidade do canto mudan as na dura o das notas e concentra o de energia
165. ar para a indeniza o por dano moral Quanto aos os males causados pela polui o sonora a OMS j os preconiza de longa data Somem se as importantes pesquisas do Dr Pimentel da UFMG que h tempo evidenciam os efeitos nocivos da polui o sonora sobre o sono A Comarca de Diadema SP reconheceu os danos ps quicos sofridos por uma menor causados pelo ru do 238 ias E O Ac rd o recorrido havia considerado que a simples sensa o de desconforto ou aborrecimento ocasionado pela perda ou extravio de bagagem n o constitui dano moral suscet vel de ser Objeto de repara o civil 23 Apela o C vel n 7 012 417 3 TJSP Julgamento 25 04 2008 Dispon veis em lt http www icb ufmg br Ipf pfhumanaexp html gt 166 prolongado do latido de c es num canil da prefeitura pr ximo de sua casa O dano foi P nR E r Aneen Dal demonstrado atrav s de per cia e a senten a do juiz confirmada em segunda inst ncia Certamente pelo teor decis rio ficar amos inclinados a pensar que o julgador na situa o dos incomodados n o se afastaria do aconchego do seu lar por quatro dias mas assistiria com resigna o como lecionou atrav s do seu voto euforia dos foli es de ocasi o e ao lucro f cil dos organizadores A prop sito destes mencione se que no pr prio processo a empresa Front Produ es Ltda tinha sido declarada parte ileg tima no ju zo a quo por ter deixado de ex
166. art 182 4 CF Se o munic pio integra rea de especial interesse tur stico ou rea de influ ncia de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental seja de mbito regional ou nacional tamb m estar obrigado implanta o do Plano Diretor O Plano Diretor dever ser aprovado por lei municipal art 40 Lei n 10 257 2001 e revisto pelo menos a cada dez anos art 40 3 Ir influenciar o plano plurianual as diretrizes or ament rias e o or amento anual do munic pio que dever o se adequar a ele art 40 1 Sua elabora o e fiscaliza o contar com a participa o da popula o e de associa es representativas garantindo se publicidade e acesso aos documentos e informa es produzidas art 40 849 2 Caso o munic pio ultrapasse os 500 mil habitantes o Plano Diretor dever incluir um plano de transporte urbano integrado art 41 82 O prazo limite para a sua elabora o era de cinco anos a partir da entrada em vigor do Estatuto da Cidade em 10 10 2001 art 50 Todavia a Lei n 11 673 2008 ampliou em pouco mais de 20 meses este prazo estabelecendo a data limite em 30 06 2008 para que os munic pios incursos das hip teses dos incisos I e II do caput do art 41 da Lei n 10 257 2001 e que n o tinham Plano Diretor aprovado at 10 10 2001 o implantassem Quanto ao seu conte do dever incluir no m nimo a delimita o das reas urbanas em que se dar o par
167. as de prote o dentro das quais s o proibidas determinadas constru es de uso A Infraero responsabiliza os munic pios pela invas o urbana dessas reas Todavia a Portaria n 1 141 GM5 87 do Minist rio de Aeron utica estabelece que esta responsabilidade precipuamente do COMAR sen o vejamos Art 74 Para o cumprimento desta Portaria compete I Aos Comandos A reos Regionais COMAR l fiscalizar em conjunto com as entidades municipais estaduais e federais competentes as implanta es e o desenvolvimento de atividades urbanas quanto sua adequa o aos Planos de que trata esta Portaria 2 promover a interdi o remo o ou demoli o por meio adequado das implanta es ou dos usos que contrariem o disposto nas normas aqui fixadas grifamos No mesmo sentido o art 44 4 da referida portaria que imp e s Administra es P blicas a compatibiliza o do zoneamento nas reas vizinhas aos aer dromos das restri es especiais constantes dos Planos B sicos e Espec ficos sendo que a autoridade aeron utica que pode embargar ou demolir os obst culos art 45 194 Parecer tem 93 exig ncias para avalizar aeroporto Ag ncia Estado 06 11 2009 Dispon vel em http ultimosegundo ig com br economia 2009 11 06 parecer tem 93 exigencias para avalizar aeroporto 9032937 html Acessado em 11 11 2009 141 O tr gico em todo esse assunto que o Plano de Prote o de Ru do de Cong
168. as expedidas respectivamente pelo Conselho Nacional de Tr nsito CONTRAN e pelo Minist rio do Trabalho Os n veis crit rios s o os da norma NB 95 da ABNT que informa que se encontra cancelada e que possui substituta no caso a norma NBR 10 152 ABNT que aparece com a denomina o secund ria de NB 95 Da mesma forma ao se referir aos medidores de n vel sonoro que devem ser utilizados estipula que os mesmos devem atender s recomenda es da norma EB 386 74 ABNT Essa norma que adotou a nomenclatura de NBR 5480 ABNT tinha por objeto a especifica o de medidores de n vel de som utilizados nas determina es de ru do emitidos por ve culos automotores e usos an logos Foi canelada em 01 04 1990 Essas normas como dissemos constavam da Portaria Minter n 92 do Minist rio de Estado do Interior de 1990 Nota se que muitas legisla es oriundas do in cio da d cada de 89 80 se referiam s normas NB 95 e EB 386 74 Contudo legisla es municipais bem mais recentes continuam a citar essas normas ABNT que se encontram revogadas mostrando o pouco cuidado do legislador pela mat ria que se limita em muitos casos a reproduzir o que outros munic pios implementaram Da mesma forma acontece no Estado de Minas Gerais com a Lei Estadual n 7 302 78 que com a altera o dada pela Lei n 10 100 de 17 de janeiro de 1990 tamb m reproduziu a Portaria Minter 92 fixando os mesmos limites citando as mesmas n
169. as poder o ser autorizadas eventualmente pelos rg os municipais competentes mediante aprova o do Departamento de Avia o Civil DAC Por fim na rea HI n o h restri es Todavia podem ser eventualmente estabelecidas pelo Plano Espec fico de Zoneamento de Ru do art 71 com rela o aos n veis de inc modo sonoro Todo parcelamento do solo localizado em rea do Plano de Zoneamento de Ru do deve observar o disposto nos arts 69 e 70 art 73 Todavia as restri es poder o ser alteradas na elabora o de um Plano Espec fico de Zoneamento de Ru do em fun o de necessidades locais mediante ato do Ministro da Aeron utica art 72 Como conseqgii ncia da Portaria n 1 141 86 foi editada a Resolu o CONAMA n 4 95 que estabeleceu reas de Seguran a Portu ria ASAs proibindo a instala o de atividades de natureza perigosa entendidas como foco de atra o de p ssaros tais como 129 matadouros curtumes vazadouros de lixo culturas agr colas que atraem p ssaros assim como quaisquer outras atividades que possam proporcionar riscos semelhantes navega o a rea A proibi o se d num raio de 20 km para aeroportos que operam de acordo com as regras de v o por instrumento IFR e 13 km para os demais aer dromos Os procedimentos operacionais de mitiga o de ru do foram implementados atrav s de procedimentos de pouso e decolagem A primeira medida foi dada pela Po
170. at rio colacionado aos autos que a apelada respons vel ainda que indiretamente pelas disputas de som automotivo pela gritaria e pela arrua a que ocorre em frente ao seu estabelecimento comercial durante toda a noite e madrugada causando danos ao meio ambiente nos termos do art 3 II a da Lei n 6 938 81 deve ser dado provimento ao recurso para julgar procedente o pedido formulado em a o civil p blica que visa restri o de seu hor rio comercial das 7 horas s 22 horas 2 Apud MILAR op cit p 830 Apud ALVES op cit p 157 56 O Estado tamb m pode ser um poluidor indireto 2 A Lei n 6 938 81 responsabiliza tanto o poluidor direto como o indireto solidariamente pelos danos causados Na li o de BENJAMIN O dever de prote o do meio ambiente do particular mas tamb m do Poder P blico conforme expressamente firmado pela Constitui o Federal Da resulta que o Estado co respons vel pelos danos da advindos podendo ser chamado a compor preju zos individuais ou coletivos tanto mais quando olvida seu dever poder fiscalizat rio de fundo constitucional e legalmente imposto cumprido por atos administrativos vinculados e portanto obrigat rios ALVES afirma categoricamente que o Estado polui quando apartando se dos instrumentos da pol tica nacional do meio ambiente em sua fun o de responsabilidade por atos comissivos ou omissivos decorrentes de seu poder de pol cia
171. aulo Affonso Leme Direito Ambiental Brasileiro 14a ed Revista atualizada e ampliada S o Paulo Malheiros Editores 2006 p 106 83 YOSHIDA op cit p 36 51 Se n o editada e enquanto n o editada tal norma geral os Estados e o Distrito Federal s o autorizados a legislarem plenamente sobre a mat ria para atender as suas peculiaridades art 24 3 inclusive estabelecendo normas gerais Em tal situa o sobrevindo a norma geral federal eventual conflito resolve se pela suspens o da efic cia da legisla o estadual no que lhe for contr ria 849 acrescentamos A generalidade deve ser pautada pelo estabelecimento de princ pios bases e diretrizes gerais cabendo a suplementariedade aos demais entes federativos Tocante ao tema da polui o sonora leciona MACHADO verbis Em raz o do sistema constitucional de reparti o das compet ncias j estudado genericamente assinalamos que as diretrizes da Resolu o 001 90 CONAMA incorporando os valores da NBR 10 152 sic 86 s o normas gerais conforme o art 24 81 da Constitui o Federal Assim os estados e os munic pios podem suplementar esses valores para exigir mais isto fixar ndices menores de decib is no sentido de aumentar a prote o ac stica Contudo estados e munic pios n o poder o diminuir os ndices de conforto ac stico apontados na norma federal grifamos Contudo alguns Munic pios tendem a adotar n veis
172. bitante enfatizando a mitiga o da forma o de ilhas de calor e da polui o sonora al m da conserva o da biodiversidade Outra medida a cria o do Sistema Vi rio de Interesse Metropolitano SIVIM Decreto n 50 684 2006 que inclui dentre os seus objetivos medidas de controle da polui o sonora no conjunto de vias principais e respectivas reas de influ ncia utilizados pelos servi os metropolitanos de transporte coletivo urbano de passageiros sobre pneus Da mesma forma a Pol tica de Desenvolvimento do Ecoturismo e do Turismo Sustent vel Lei 10 892 2001 art 5 deve contemplar a preserva o das caracter sticas da paisagem prevenindo a polui o sonora visual e atmosf rica na localidade No Estado do Rio de Janeiro a Lei Estadual n 126 1977 alterada pela Lei n 3827 2002 estabelece que s o considerados prejudiciais sa de seguran a ou ao sossego p blicos os ru dos que atinjam no ambiente exterior ao que tem origem acima de 85 dB na escala C uma pondera o que n o faz nenhuma corre o para a audi o humana como a pondera o A de uso consolidado Cita se como m todo de medi o a norma MB 268 da ABNT que n o vige mais e nem possui substituta Um aspecto interessante a proibi o independentemente da medi o de n vel sonoro de v rias situa es tutelas em rela o aos ru do art 3 86 I produzidos por ve culos com o equipamento de
173. bmetido a ru do intenso Revista Brasileira de Otorrinolaringologia 1993 Dispon vel em lt http www rborl org br conteudo acervo print acervo asp id 2417 gt Acessado em 14 11 2009 SOARES Luc ia Martins Estatuto da Cidade Coment rios Lei Federal 10 257 2001 S o Paulo Malheiros 2002 p 293 SHAW Edgar A G Noise Environmets outdoors and the effects of comunity noise exposure Noise Control Engineering Journal NY USA Volume 44 Number 3 1996 U s Environmental Protection Agency EPA Dispon vel em lt http publicaccess custhelp com cgi bin publicaccess cfg php enduser std adp php p faq id 1765 gt Acessado em 30 11 2009 VIJAYALAKSHMI Dr Miss K S Noise Pollution in Martin J Bunch V Madha Suresh and T Vasantha Kumaran eds Proceedings of the Third International Conference on Environment and Health Chennai India 15 17 December 2003 Chennai Department of Geography University of Madras and Faculty of Environmental Studies York University Pages 597 603 Dispon vel em lt http www yorku ca bunchmj ICEH proceedings Vijayalakshmi KS ICEH papers 597to 603 pdf gt Acessado em 15 02 2009 YOSHIDA Consuelo Yatsuda Moromizato Polui o em Face das Cidades no Direito Ambiental Brasileiro Degrada o Social e Degrada o Ambiental Tese de Doutorado Pontif cia Universidade Cat lica S o Paulo 2001 231 A Efetividade na Prote o do Meio Ambiente e a Participa o
174. busca e apreens o na garagem da empresa propriet ria do carro de som j que o equipamento deve ter um controle instant neo de som s podendo ser flagrada a infra o quando em uso Apela o improvida unanimidade Apela o Crime N 70008103178 4 C mara Criminal TJRS Relator Gaspar Marques Batista 19 08 2004 114 qualquer dispositivo que seja capaz de produzir som em volumes e freqii ncias desautorizadas pelo DETRAN consoante o art 228 do CTB Em segundo lugar o equipamento emissor de som pode estar sendo utilizado em ve culos de qualquer esp cie Para identificar as diferentes esp cies de ve culos vejamos o pr prio art 96 do CTB que assim as define Art 96 Os ve culos classificam se em II quanto esp cie a de passageiros 1 bicicleta 2 ciclomotor 3 motoneta 4 motocicleta 5 triciclo 6 quadriciclo 7 autom vel 8 micro nibus 9 nibus 10 bonde 11 reboque ou semi reboque 12 charrete b de carga 1 motoneta 2 motocicleta 3 triciclo 4 quadriciclo 5 caminhonete 6 caminh o 7 reboque ou semi reboque 8 carro a 9 carro de m o c misto 1 camioneta 2 utilit rio 3 outros d de competi o e de tra o 1 caminh o trator 2 trator de rodas 3 trator de esteiras 4 trator misto f especial g de cole o grifamos Da lista acima o art 2 da resolu o excetua o som produzido por buzi
175. ca es 212 cient ficas E ainda com a vantagem de serem revisadas periodicamente segundo as melhores t cnicas existentes ao contr rio da legisla o que tende estagna o As Resolu es do CONAMA elaboradas por grupos e c maras t cnicas passando pelo crivo pol tico com participa o de entidades da sociedade civil t m mostrado uma maior contribui o para com o meio ambiente em geral do que as longas discuss es pol ticas no seio do legislativo onde o aspecto t cnico fica bastante prejudicado N o que se tenha que desprezar o processo legislativo O que n o se pode desprezar no processo legislativo a participa o t cnica que no caso da polui o sonora fundamental Ainda em rela o legisla o h que se dizer que o arcabou o jur dico p trio amplo na prote o do direito constitucional ao meio ambiente ecologicamente equilibrado conforme preceito constitucional Por m quanto ao tema da polui o sonora dispomos apenas das Resolu es do CONAMA Os projetos de lei s o desastrosos e n o t m o cond o de proteger a coletividade dos males causados pela polui o sonora Antes em geral tendem a favorecer situa es de interesse dos promotores do projeto aberta ou veladamente E surgiram nos ltimos anos uma grande quantidade de legisla es municipais que ignoram os limites estabelecidos pela Resolu o n 01 90 que considerada norma geral em n vel federal e a
176. celamento a edifica o ou utiliza o compuls rias as disposi es requeridas pelos arts 25 28 29 32 e 35 al m de um sistema de acompanhamento e controle A modo de exemplo cite se o Plano Diretor do Munic pio de S o Paulo institu do pela Lei n 13 430 2002 que fixa como um dos objetivos da pol tica ambiental o controle e redu o dos n veis de polui o e de degrada o em quaisquer de suas formas art 55 II E 129 A ausencia de participacao das entidades comunitarias legalmente constituidas na definicao do plano diretor e das diretrizes gerais de ocupacao do territorio bem como na elaboracao e implementacao dos planos programas e projetos que lhe sejam concernentes pode dar ensejo declara o de inconstitucionalidade A O DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE N 70003026564 TRIBUNAL PLENO TRIBUNAL DE JUSTI A DO RS RELATOR CLARINDO FAVRETTO JULGADO EM 16 09 2002 81 como algumas a es estrat gicas dessa pol tica temos o controle das fontes de polui o sonora art 57 V a cria o de instrumentos para controlar o ru do difuso art 57 VD o desenvolvimento de campanhas para esclarecer a popula o quanto emiss o de ru dos art 57 VID e a implanta o de programa de controle das emiss es veiculares isto Programa de Inspe o e Medi o art 57 VID O munic pio implantou o Programa de Inspe o Veicular embora somente em 2010 deva cuidar efetivamente do controle de ru
177. ciais e econ micos de modo a melhor tutel lo 4 O som uma forma de energia que se propaga em formas de ondas portanto um fen meno ondulat rio transmitido por vibra es atrav s de um meio el stico s lido l quido ou gasoso intensidade dessas ondas a quantidade de energia vibrat ria que se propaga que pode ser expressada em termos de press o sonora cuja unidade o N m2 ou Pascal Para efeitos de express o num rica usa se uma escala logar tmica em Decibels dB equivalente a 20 vezes o logaritmo da raz o de duas press es sonoras correspondentes 5 A polui o sonora portanto a degrada o da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente lancem energia em desacordo com os padr es ambientais estabelecidos conforme defini o dada pela Pol tica Nacional do Meio Ambiente Lei n 6 938 81 art 3 III e Os referidos padr es encontram se nas Resolu es do CONAMA em especial a Resolu o CONAMA n 01 90 em normas t cnicas da ABNT por ela apontadas NBR 10 151 e NBR 10 152 bem como em outras normas da ABNT Portarias do CONTRAN e demais legisla es federais estaduais e municipais 218 6 A falta de uma lei geral que estabele a limites de emiss es das diversas fontes de ru do bem como a falta de centraliza o da compet ncia para estabelec los marcou a mal sucedida experi ncia norte americana onde os interesses dos produtores das fontes emissora
178. clu los neste trabalho Dono de quiosque atira e mata cliente em Caraguatatuba Di rio de S o Paulo 06 02 2008 Dispon vel em lt http oglobo globo com sp mat 2008 02 06 dono de quiosque atira mata cliente em caraguatatuba 425489198 asp gt Acessado em 07 02 2008 38 ELLER Rog ria de Arantes Gomes Impacto do ru do aeron utico sobre o valor dos im veis residenciais o caso do Aeroporto Internacional de S o Paulo Disserta o de Mestrado Instituto Tecnol gico de Aeron utica S o Jos dos Campos SP 2000 27 Um interessante caso a respeito dos efeitos do ru do na fauna vem do Norte da Austr lia da reserva natural de Corroboree Park Tavern na ba a pr xima da cidade de Darwin Ali vive Brutus um crocodilo de gua salgada de aproximadamente 4 5 metros Ap s a passagem de um ciclone um funcion rio do parque cortava os galhos ca dos com uma motosserra pr ximo ao lugar onde se encontrava o r ptil Enquanto cortava Brutus incomodado com o ru do pulou fora da gua e avan ou em sua dire o arrancando lhe a motosserra das m os O funcion rio somente parou de fugir quando percebeu que o animal mastigava a m quina com os seus poderosos dentes destro ando a por completo depois de uma hora e meia Segundo a mat ria os crocodilos de gua salgada s o conhecidos por atacar pequenos botes movidos por motores fora de borda aparentemente porque n o gostam do ru do que provocam A preocupa
179. crados e 1 interditado Informa se que no momento da vistoria 194 estabelecimentos estavam fechados e 41 respeitavam os limites permitidos Resta evidente que a vistoria em hor rio em que o estabelecimento n o funciona torna completamente in cua toda e qualquer a o de aos 216 combate polui o sonora De janeiro a 31 de julho de 2008 foram 34 fechamentos 6 549 notifica es e 289 multas De janeiro a outubro de 2007 foram 35 fechamentos 3 929 notifica es e 493 multas As maiores reclama es recebidas pelo munic pio no ano de 2008 foram ilumina o p blica 4 023 qualidade no atendimento 2 918 sa de 1 794 jardinagem eme Portal da Prefeitura de S o Paulo 09 05 2006 Dispon vel em lt http www prefeitura sp gov br portal a cidade noticias index php p 9473 gt Acessado em 15 10 2008 217 Folha On Line 05 10 2008 Cresce o n mero de queixas sObre barulho em S o Paulo Dispon vel em lt http www folha uol com br folha cotidiano ult95u452341 shtml gt 152 922 buraco em via p blica 640 com rcio irregular 594 e Psiu Programa do Sil ncio Urbano 577 6 2 1 1 Legisla o Municipal versus Conama A principal refer ncia legislativa quanto polui o sonora urbana emana da Resolu o CONAMA n 1 90 que limita a emiss o de ru dos decorrentes de quaisquer atividades comerciais sociais ou recreativas e propaganda eleitoral aos estabelecidos pela norma NBR 10 151 d
180. curava por obvio argumentos que subsidiassem a sua plataforma eleitoral E necess rio distinguir dois aspectos dessa situa o Em primeiro lugar o som alto prejudica tanto a quem o produz quanto a quem o recebe seja dentro ou fora do local de culto N o se pode confundir a percep o do som com os efeitos f sicos e biol gicos do mesmo Toleramos ami de certos sons que nos agradam em volume at exagerado e repelimos outros que nos desagradam Mas o n vel 178 sonoro em n veis inapropriados ser prejudicial independentemente do fato de gostarmos do som e de toler lo E o que acontece com o freqientador de uma boate que curte a balada submetido a n veis de 95 dB A por mais de 2 horas ininterruptas aos A m sica pode comportar diversas classifica es inclusive a de sagrada e profana No plano da metaf sica talvez poderia se utilizar tal distin o mas no plano da f sica entendemos que n o N o duvidamos dos efeitos espirituais que a m sica possa trazer alma dos indiv duos n o somente pelo expresso nas suas letras como na combina o dos sons que acompanha a hist ria humana desde os seus prim rdios Mas entendemos que do ponto de vista da f sica as ondas sonoras conduzem a mesma energia ac stica E quando em n veis exorbitantes afetam a sa de humana Z E o que pretendeu mostrar o Des Renato Nalini quando afirmou que ru do sempre ru do independentemente do motivo ra
181. da a 120m da rodovia tolerando n veis de press o sonora de LTa m x menores que 56 6 dB Segundo artigo as aves utilizam se do canto como um sinal de comunica o permitindo lhes o reconhecimento escolha e localiza o do parceiro para o acasalamento Tamb m permite a comunica o entre filhotes e pais Se esse ambiente ac stico das aves alterado o ru do de fundo por mascarar a comunica o o que durante o acasalamento pode induzir redu o do n mero de indiv duos e at mesmo a extin o de esp cies Pode prejudicar da mesma forma a comunica o para a defesa e prote o contra predadores Recente estudo da Royal Society for the Protection of Birds RSPB sugere que p ssaros vivendo pr ximos s estradas n o podem ouvir uns aos outros gerando dificuldade no aprendizado de cantos e na comunica o com parceiros em potencial Um recente estudo comparou a fregii ncia das vocaliza es entre esp cies de p ssaros do ambiente urbano e n o urbano Os resultados mostram que os urbanos cantam ou vocalizam em fregii ncias dominantes mais altas que seus cong neres de espa os n o urbanos Da mesma forma as esp cies que vocalizam em freqii ncias mais baixas acabam por elevar as fregii ncias m nimas o que acarreta um maior esfor o muscular por parte da ave As evid ncias sugerem que as esp cies que usam frequ ncias mais baixas s o as mais sens veis ao ru do urbano e os primeiros a ad
182. da polui o sonora urbana Com raras exce es os projetos de lei que tramitaram ou ainda tramitam no Congresso Nacional seguem a tend ncia de legisla es estaduais e municipais que positivaram o teor protetivo da Resolu o Conana n 1 90 de que a emiss o de ru dos em decorr ncia de quaisquer atividades devem obedecer aos crit rios aceit veis da norma NBR 10 151 da ABNT considerando os n veis superiores a essa norma t cnica como prejudiciais sa de e ao sossego p blico A referida Resolu o do CONAMA vem a suprir a falta de norma federal emanada do Congresso Nacional Isso porque cabe ao Conselho Nacional do Meio Ambiente CONAMA rg o consultivo e deliberativo do Minist rio do Meio Ambiente a compet ncia dada pela Lei n 6 938 91 art 6 II verbis Art 6 Os rg os e entidades da Uni o dos Estados do Distrito Federal dos Territ rios e dos Munic pios bem como as funda es institu das pelo Poder P blico respons veis pela prote o e melhoria da qualidade ambiental constituir o o Sistema Nacional do Meio Ambiente SISNAMA assim estruturado Il rg o consultivo e deliberativo o Conselho Nacional do Meio Ambiente CONAMA com a finalidade de assessorar estudar e propor ao Conselho de Governo diretrizes de pol ticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar no mbito de sua compet ncia sobre normas e padr es compat veis com o meio ambiente
183. das ava nal ol ES TT cad EAT 32 4 DIREITO ESTRANGEIRO ssssissescosisscosssesecesessssostsess sresesotsssssossssoesessssostsssossi sredi ce 35 4 1 ESTADOS UNIDO Sherine eneee a e a ia aa saga Tosa E oaeee eea 35 4 2 COMUNIDADE EUROP IA ssssssesseseseseessestesssresesretssrrtesesresssrteessereesssresssreeessreressseo 38 5 DIREITO NACIONAE s essseseregeosisessspinices secas Copessiistisoacurees co sneisan nsiesoei ossos sises sdti 43 3 1 LEGISLA O FEDERAL essezissosusssomes ts eani eea rio les eea inte eaan aa So tapenho 44 5 1 1 Constitui o Federala annn ienaa A AA A A dra tir aces emana ndo 46 Sidi Compet ncias sas mid a o ia Soo and JRR SAR TS RIA cota ddr Ton ad oca aE 48 5 1 2 Pol tica Nacional do Meio Ambiente sseneeeseesnseenessssssseesssessssesssessssssssss 52 9 J 3 Leiside Crimes AMBIENTS derrien ier aces siman aa aaee s ah 60 3 1 3 1 Decreto 6 3514 2008 rnain n a a a a babisdinhas 67 SkA Resolu es CONAMA rrenan e eaea E E S at ia a 13 5 1 4 1 Resolu o 01 90 nie a a i na 74 5 14 2 Resolu o 02 90 asa rn eeraa ere enee aeaa Ne nE eea S ETETE OEA ESSEE 75 5 1 5 Estatuto d Cidade serranas a onorario E o eE NEAS A EEKE AEI IERA Lia ESAS 78 Dvd d Plano Diretos site teias a e e Anon a Eiaa 79 5 1 5 2 Estudo de Impacto de Vizinhan a EIV 82 5 2 LEGISLA O ESTADUAL orars siemens eieae nnan eee E ea onenean SEa nS 84 5 3 LEGISLA O MUNICIPAL ike sinisr i inssin nienn aa a ESRI EE a
184. de culpa o poluidor ainda que indireto Estado recorrente art 3 da Lei n 6 938 81 obrigado a indenizar e reparar o dano causado ao meio ambiente responsabilidade objetiva o APELA O C VEL N 70025599655 21 C mara C vel do TJRS Data Julgamento 20 08 2008 A O MONIT RIA DIREITO AMBIENTAL POLUI O SONORA DEVER DE FISCALIZA O DO MUNIC PIO I Dever do ente municipal de fiscalizar coibir e impor san es administrativas aos respons veis pela polui o sonora nos termos dos arts 225 e 23 VI da CF arts 251 e 13 I e V da CE e arts 125 a 131 do C digo Sanit rio Estadual Decreto Estadual n 23 430 74 Obriga o comum a todos os entes pol ticos inclu das as autoridades administrativas Brigada Militar autoridade de tr nsito n o eximindo o Munic pio da fiscaliza o relativa infra o administrativa II A demanda envolve a defesa do meio ambiente sendo no caso objetiva a responsabilidade do Munic pio de Santa Cruz do Sul II Sucumb ncia redistribu da em face do decaimento das partes 59 Observe se que o C digo Brasileiro de Tr nsito Lei n 9 503 97 no seu o art 24 informa ser compet ncia dos rg os e entidades executivos de tr nsito dos Munic pios no mbito de sua circunscri o planejar projetar regulamentar e operar o tr nsito de ve culos art 24 II e planejar e implantar medidas para redu o da circula o de ve culos e reorienta
185. de e bem estar da popula o a causando v rios efeitos extra auditivos sobre o organismo humano Tamb m que afeta as rela es sociais entre os indiv duos bem como pode causar a desvaloriza o de im veis c O ru do pode afetar a comunica o entre os animais al m de provocar lhes estresse e outros efeitos org nicos c claro que para aferir estas formas de polui o n o dispomos de padr es ambientais pelo que ter o que ser utilizados outros meios de prova No mbito da conceitua o e defini o legal a polui o sonora sem d vida uma forma de polui o ambiental Ela degrada as caracter sticas de equil brio do meio a reo Assim se assume no primeiro considerando da Resolu o CONAMA n 01 90 ao reconhecer que os problemas dos n veis excessivos de ru do est o inclu dos entre os sujeitos ao Controle da Polui o de Meio Ambiente O ru do a que somos sujeitos nos diversos ambientes da vida social tem feito com que o mesmo seja comparado ao fumo passivo Analogamente o ru do passivo um 34 poluente indesejado produzido por terceiros que nos imposto sem consentimento contra a nossa vontade em lugares tempo e quantidades acima do nosso controle E esse conceito n o novo O Dr Robert Koch pr mio Nobel de Psicologia ou Medicina em 1906 j dizia o ru do como a fuma a um lento agente de morte Z O ar no qual o ru do passiv
186. de quanto propaganda eleitoral denominador comum nas legisla es municipais muito embora a Resolu o CONAMA n 01 90 lhes imponha as mesmas restri es de qualquer atividade Assim a lei em comento permite independentemente dos n veis emitidos os ru dos e sons que provenham de propaganda eleitoral com uso de instrumentos eletroeletr nicos respeitados o hor rio compreendido entre 8 e 18 horas e a legisla o eleitoral pertinente Saliente se que a legisla o eleitoral n o estabelece restri es de n vel de press o sonora para a propaganda eleitoral que deve ser buscada em outras legisla es Outra atividade permitida no art 11 a de ru dos e sons que provenham de cultos realizados no interior de templos religiosos em quaisquer rea de zoneamento no per odo diurno e noturno respeitado o limite m ximo de 75dB medidos na curva A do medidor de intensidade de som Sem d vida nenhuma uma permissividade desprovida de coer ncia Saliente se que conforme a pr pria Prefeitura as reclama es internas de condom nios assim como ru dos provenientes de carros de som itinerantes vendedores ambulantes aglomera es de pessoas em logradouro p blico ou ru dos de tr nsito n o s o atendidas pelo rg o p blico municipal No munic pio de S o Paulo remontemo nos Lei n 8 106 74 que embora revogada nos lembra a evolu o ou involu o legislativa a respeito do tema O art
187. de que o Plano B sico de Zoneamento de Ru do estabelecido de acordo com a classifica o especificada nos itens 22 a 27 do Artigo 3 e em fun o das normas de aproveitamento do uso do solo nas reas I Ile II definidas nos arts 69 e 70 da Portaria A rea I est delimitada pela Curva de N vel de Ru do 1 que a de maior n vel de ru do 75 dB A Entre as Curvas de N vel de Ru do 1 e 2 temos contida a rea II que a de menor n vel de ru do 65 dB A Fora da Curva de N vel 2 temos a rea II Na rea I a mais afetada pelo ru do s o permitidas as seguintes atividades art 69 o Produ o e extra o de recursos naturais agricultura piscicultura silvicultura minera o e atividades equivalentes o Servi os P blicos ou de Utilidade P blica esta o de tratamento de gua e esgoto reservat rio de gua cemit rio e equipamentos urbanos equivalentes o Comercial dep sito e armazenagem estacionamento e garagem para ve culos feiras livres e equipamentos urbanos equivalentes o Recrea o e lazer ao ar livre pra as parques reas verdes campos de esporte e equipamentos urbanos e equivalentes o Transporte rodovias ferrovias terminais de carga e passageiros aux lio navega o a rea e equipamentos urbanos equivalentes o Industrial Caso haja atividades edifica es ou equipamentos embora n o citados j existentes na rea I quando da entrada em vigo
188. decib is dB A acima do ru do de fundo existente no local de tr fego b independentemente de ru do de fundo atinjam no ambiente exterior do recinto em que tem origem mais de 70 setenta decib is dB A durante o dia e 60 sessenta decib is dB A durante a noite c alcancem no interior do recinto em que s o produzidos n veis de som superiores aos considerados aceit veis pela Norma NB 95 da Associa o Brasileira de Normas T cnicas ABNT ou das que sucederem No mesmo ano a Lei n 6 803 80 estabelecia as Diretrizes B sicas do Zoneamento Industrial evidenciando a preocupa o de compatibilizar as atividades industriais com a prote o ambiental Assim a instala o de ind strias deveria obedecer ao zoneamento urbano em zonas estritamente industriais para evitar que os res duos de sua atividade dentre eles o ru do causasse dano sa de e o bem estar da popula o Essa lei autorizava os munic pios a baixar observados os limites da sua compet ncia normas locais de combate polui o e controle ambiental Um ano depois em 31 de agosto de 1981 promulgada a Lei n 6 938 que disp e sobre a Pol tica Nacional do Meio Ambiente que constituiu o Sistema Nacional do Meio Ambiente SISNAMA e o CONAMA rg o consultivo e deliberativo com a finalidade de assessorar estudar e propor ao Conselho de Governo diretrizes de pol ticas governamentais para o meio ambiente e os recursos
189. dera o art 18 da CF tendo ainda men o espec fica no art 30 I em se tratando de interesse local Evidente que as quest es ambientais por serem de interesse universal gozam do interesse de todos os entes federativos Resta perquirir se a utiliza o dos crit rios de predomin ncia geral peculiar e local legitimaria aos Munic pios a legislarem sobre meio ambiente a despeito da legisla o federal e ou estadual sob o argumento de que sejam assuntos de interesse local Se por um lado a previs o constitucional permite que Estados possam suplementar as lacunas e defici ncias da legisla o federal implica que a norma federal deveria existir ao tempo da cria o da norma estadual De outra forma estar se ia suplementando uma norma que n o ainda existe no mundo jur dico ressalva MACHADO Nesse sentido YOSHIDA afirmando que o direito federal prevalece sobre o estadual distrital e municipal se estiver dentro da normatividade gen rica que lhe pr pria Significa que se a norma federal for detalhada demais especificando peculiaridades ou aspectos locais estaria invadindo a compet ncia de outras esferas federativas E justifica o problema n o de hierarquia mas de compet ncia constitucional Traz a baila a compet ncia concorrente cumulativa que novidade na Constitui o Federal de 1988 e que surge na hip tese da inexist ncia de norma geral federal verbis 8 amp 2 MACHADO P
190. deral Estados Distrito Federal e Munic pios art 23 e setores concorrentes entre Uni o Federal e Estados cabendo Uni o o estabelecimento de pol ticas diretrizes e normas gerais CF arts 21 XIX XX XXI 22 IX XXI XXIV e 24 p 1 e aos Estados e Munic pios a compet ncia suplementar CF 24 8 2 e 3 art 30 IN No que tange compet ncia legislativa concorrente a Constitui o Federal segue o sistema vertical de compet ncias na qual encontramos a Uni o os Estados e Distrito Idem p 46 8 BASTOS Celso Ribeiro Curso de Direito Constitucional 20 ed aual Editora Saraiva S o Paulo 1999 p 294 295 8l YOSHIDA Consuelo Yatsuda Moromizato Jurisdi o e Compet ncia em Mat ria Ambiental In MARQUES Jos Roberto Leitura Complementares de Direito Ambiental Ed Podivm Salvador Bahia 2008 p 32 50 Federal art 24 Adota a regra da compet ncia concorrente limitada 1 e 29 e a concorrente cumulativa 88 3 e 4 Na concorrente limitada a Uni o edita normas gerais restando aos Estados e Distrito Federal a suplementa o da legisla o federal conforme as suas peculiaridades Os munic pios n o foram inclu dos dentro da compet ncia concorrente legislativa embora haja muitos defensores dessa compet ncia impl cita no fato de que os munic pios foram colocados no mesmo plano de autonomia que os demais entes dentro da esfera pol tico administrativa da fe
191. deriam ter sido feitas com um nico decibel metro e que deveriam ter abrangido um per odo de 24 horas para o computo do som e a energia Assim como Congonhas o Aeroporto Internacional de S o Paulo Guarulhos Andr Franco Montoro inaugurado em 1985 operou sem licen a por duas d cadas a despeito de vigorar poca a Lei n 6 938 81 da Pol tica Nacional do Meio Ambiente A ocupa o no entorno do aeroporto j preocupava as autoridades envolvidas Dada a compet ncia exclusiva da Uni o nas quest es aeron uticas e a compet ncias exclusiva da Prefeitura nas 197 JusBrasil 22 04 2009 Moradores v o ao MP contra amplia o de Congonhas Dispon vel em lt http www jusbrasil com br noticias 1015482 moradores vao ao mp contra ampliacao de congonhas gt Acessado em 28 08 2009 143 quest es de uso e ocupa o do solo o embate o caminho menos apropriado para o enfrentamento do problema Em 1995 um of cio da Secretaria do Meio Ambiente registrava a necessidade de uma a o em conjunto Temos a informar que a an lise t cnica do EIA RIMA das obras de amplia o do Aeroporto de Guarulhos encontram se interrompidas por conta da inexist ncia no referido estudo de propostas concretas para a solu o do conflito social instalado no entorno imediato obra em quest o aproveitamos a oportunidade para solicitar a vossa senhoria a colabora o do Minist rio P blico com a finalidade de propor e
192. des Pena deten o de tr s meses a um ano e multa Como sabido o referido artigo foi vetado pelo Presidente da Rep blica sob alega o de que O bem juridicamente tutelado a qualidade ambiental que n o poder ser perturbada por polui o sonora assim compreendida a produ o de sons ru dos e vibra es em desacordo com as prescri es legais ou regulamentares ou desrespeitando as normas sobre emiss o e imiss o de ru dos e vibra es resultantes de quais atividades O art 42 do Decreto Lei n 3 688 de 3 de outubro de 1941 que define as contraven es penais j tipifica a perturba o do trabalho ou do sossego alheio tutelando juridicamente a qualidade ambiental de forma mais apropriada e abrangente punindo com pris o simples de 15 quinze dias a 3 tr s meses ou multa a perturba o provocada pela produ o de sons em n veis inadequados ou inoportunos conforme normas legais ou regulamentares Tendo em vista que a reda o do dispositivo tipifica penalmente a produ o de sons ru dos ou vibra es em desacordo com as normas legais ou regulamentares n o a perturba o da trangiilidade ambiental provocada por polui o sonora al m de prever penalidade em desacordo com a dosimetria penal vigente torna se necess rio o veto do art 59 da norma projetada O bem tutelado pelo artigo vetado a qualidade ambiental e o tutelado na Lei de Contraven es Penais a perturba o do trabal
193. dessas normas a serem editadas pelo CONAMA est sendo aplicada a regulamenta o da ANAC 163 O C digo Brasileiro do Ar Decreto Lei n 32 66 revogado pelo atual C digo Brasileiro de Aeron utica dedicava o Cap tulo II do T tulo IV ao tema das Zonas de Prote o dos Aer dromos estabelecendo restri es especiais s propriedades vizinhas dos aer dromos atrav s de planos que seriam administrados pelos munic pios Note se a preocupa o do legislador com o tr fego a reo e as propriedades em solo ao ponto de inserir no art 61 que o v o sobre as propriedades privadas n o dever prejudicar o uso da propriedade do solo tal como o define a legisla o civil Notadamente o maior preju zo que o sobrev o de aeronaves pode causar s propriedades no solo o impacto sonoro A Lei n 7 565 86 C digo Brasileiro de Aeron utica CBA que revogou o C digo Brasileiro do Ar diferentemente ao tratar do tr fego a reo prescreve que ningu m poder opor se em raz o de direito de propriedade na superf cie ao sobrev o de aeronave sempre que este se realize de acordo com as normas vigentes art 16 reda o que se repete no Projeto do Novo C digo Aeron utico di O CBA estabeleceu no seu art 1 que o direito aeron utico p trio regulado pelos Tratados Conven es e Atos Internacionais de que o Brasil fa a parte pelo pr prio c digo e pela legisla o complementar Internacionalmente o r
194. dever atender tamb m IEC 225 ou as que lhes sucederem Esta ltima refere se ao filtro ou analisador de oitavas e fra es que para efeitos de medi o ser considerado o espectro sonoro considerando se as diferentes frequ ncias do espectro que ser o comparadas com as curvas NC da tabela 2 que n o reproduziremos aqui A seguir reproduziremos a tabela 1 da norma que estabelece os valores crit rios para o conforto ac stico dos diversos ambientes Tabela 1 Valores dB A e NC Locais dB A NC Hospitais Apartamento enfermarias ber rios e centros 35 40 30 40 cir rgicos Laborat rios e reas para uso do p blico 40 50 35 45 Servi os 45 55 40 50 Escolas 196 Bibliotecas salas de m sica e salas de desenho 35 45 30 40 Salas de aula e laborat rios 40 50 35 45 Circula o 45 55 40 50 Hot is Apartamentos 35 45 30 40 Restaurantes e salas de estar 40 50 35 45 Portaria recep o e circula o 45 55 40 50 Resid ncias Dormit rios 35 45 30 40 Salas de estar 40 50 35 45 Audit rios Salas de concertos e teatros 30 40 25 30 Salas de confer ncias cinemas e salas de uso 35 45 30 35 m ltiplo Restaurantes 40 50 35 45 Escrit rios Salas de reuni o 30 40 25 35 Salas de ger ncia e salas de projetos e da 35 45 30 40 administra o Salas de computadores 45 65 40 60 Salas de mecanografia 5
195. dever constitucional de proteger o meio ambiente conduta caracterizada pela falta de fiscaliza o ou inobserv ncia das regras informadoras dos processos de licenciamento A omiss o do Munic pio de Santa Cruz do Sul RS diante da polui o sonora reinante na cidade rendeu lhe v rias a es judiciais Diante de um pedido indenizat rio de um morador da regi o de maior incid ncia de polui o sonora o munic pio foi condenado ao pagamento de 50 sal rios m nimos por danos materiais causados sa de f sica e danos morais Em outra a o em raz o da omiss o Estado e Munic pio foram responsabilizados solidariamente pela primeira inst ncia decis o confirmada pelo Tribunal Em mais uma a o movida por moradores o Munic pio foi considerada omisso em rela o ao dever constitucional da prote o ambiental art 225 considerando que a polui o sonora degradadora do meio ambiente e prejudicial sa de art 3 III a e IV p blico provocados com ru dos urbanos vibra es sons excessivos ou inc modos de qualquer natureza produzidos por qualquer forma que contrarie a legisla o que venha ocasionar dano a particular devendo desse modo ser responsabilizado A obriga o de indenizar decorre do preceito constitucional que adotou a responsabilidade objetiva do Estado sob a modalidade do risco administrativo em face da falha do servi o p blico No m rito um trecho da decis o reza Emb
196. dicial o caso de outra fonte de ru do geralmente excetuada nas legisla es sinos de igrejas e de templos religiosos desde que sirvam para indicar as horas ou anunciar a realiza o de atos ou cultos religiosos Contudo um bispo na cidade americana de Phoenix Arizona foi condenado a 10 dias de pris o por tocar os sinos da igreja de modo a violar as leis do sil ncio da cidade E em Blumenau SC os sinos da Igreja Martin Luther foram interditados pela FAEMA por emitirem n veis de 87 dB em m dia bem acima dos 60 dB permitidos por lei Z E necess rio observar que o texto constitucional citado art 5 VI da CF quer garantir dentre outras hip teses expressas no caput a liberdade de cren a em car ter inviol vel E garante a inviolabilidade desse direito de duas formas assegurando livre exerc cio dos cultos religiosos e garantindo a prote o aos locais de culto e a suas liturgias na forma da lei Resta claro que o exerc cio de culto inviol vel n o podendo ser coibido nem administrativa nem judicialmente de extrema import ncia que este aspecto fique claro e transparente tanto na a o fiscalizat ria do poder p blico ou do Minist rio P blico quanto no mbito decis rio do Judici rio para n o deixar margem de d vida de que o culto alvo de autua o ou a o n o est tendo tolhido o seu direito constitucional ao livre exerc cio do mesmo Parece bvio mas a pr tica tem deixado d
197. didor seja aprovado na verifica o metrol gica significa que os resultados da calibra o realizadas conforme os procedimentos das normas de constru o do medidor TEC 61672 IEC 60651 IEC 804 est o dentro dos crit rios de toler ncias especificadas por essas normas Se o medidor n o cumpre esse requisito a medi o e autua o podem ser impugnadas Essa informa o est dispon vel no certificado de calibra o O C digo de Tr nsito Brasileiro tamb m considera infra o m dia com pena de multa e apreens o do ve culo e medida administrativa de remo o do ve culo usar concretos assim entendido aquele que pro be a atividade de divulga o de propaganda sonora em vias p blicas constitucional lei municipal proibindo an ncios ou propagandas sonoras em logradouros p blicos independentemente de medi o de n vel sonoro visto haver permissivo legal estadual dispondo sObre a mat ria pelo que n o h falar em viola o a direito l quido e certo TIMG Processo 1 0106 02 006148 2 001 Data Julgamento 17 08 2004 116 indevidamente aparelho de alarme ou que produza sons e ru dos que perturbem o sossego p blico em desacordo com as normas fixadas pelo CONTRAN art 229 A Resolu o n 37 98 que regulamenta o referido artigo estipula que o dispositivo sonoro do sistema de seguran a n o poder emitir sons cont nuos ou intermitentes de advert ncia por um per odo superior a 1 um minuto ne
198. do a demonstra o de que os n veis sonoros s o danosos potencial ou efetivamente sa de humana Portanto imprescind vel que seja apresentado laudo comprobat rio dessa condi o Se considerado crime de perigo abstrato laudo de medi o demonstrando que os n veis ultrapassaram os limites da legisla o em vigor que tem o cond o de serem prejudiciais sa de Se de perigo concreto laudo comprobat rio desse efetivo dano sa de 13 A polui o sonora considerada infra o ambiental conforme o art 61 do Decreto n 6 514 2008 quando em n veis tais que resultem ou possam resultar em danos sa de humana o que dever ser comprovado da mesma forma que o crime ambiental atrav s de laudo de medi o de press o sonora que identifique a dimens o do dano decorrente da infra o e em conformidade com a grada o do impacto 14 A Resolu o CONAMA n 01 90 que estabelece crit rios de padr es de emiss o de ru dos aplica se como norma geral do mbito federal a quaisquer atividades sejam elas industriais comerciais sociais ou recreativas inclusive as de propaganda pol tica S o considerados prejudiciais sa de e ao sossego os n veis de emiss o de ru dos acima dos estabelecidos como aceit veis pela norma t cnica NBR 10 151 da ABNT E para efeitos de conforto ac stico interno os da NBR 10 152 15 O m todo de medi o e os equipamentos utilizados devem seguir o disposto na norma NBR
199. dominantemente residenciais e especiais variavam de 63 dB A a 59 dB A e estritamente residenciais 55 dB A Os estabelecimentos comerciais industriais institucionais de presta o de servi os e as resid ncias tinham que se adaptar aos n veis de som do Quadro IV da lei conforme os hor rios Apenas a modo de exemplo um estabelecimento comercial em zona predominantemente residencial tinha como limite 59 dB A no per odo diurno e 50 dB A no per odo noturno Em zona mista de alta densidade 71 dB A no per odo diurno e 59 dB A no per odo noturno Essa norma foi revogada no que lhe era contr ria pela Lei n 11 501 94 em vigor e totalmente pela Lei n 11 804 95 A Lei n 11 501 94 uma das normas aplicadas polui o sonora atualmente A referida norma da mesma forma que a da capital carioca trata da emiss o de ru dos em decorr ncia de quaisquer atividades sociais ou recreativas em ambientes confiados que obedecer o aos padr es crit rios e diretrizes estabelecidas na pr pria lei sem preju zo da legisla o federal e estadual aplic vel Nesse caso viger a que seja mais restritiva art 1 A modifica o introduzida pela Lei n 11 986 1996 ampliou o conceito de espa os confinados antes restritos ao espa os cobertos para abranger como espa os confinados aqueles cobertos ou n o O art 3 estabelece a obrigatoriedade do tratamento ac stico com a finalidade de limitar a passage
200. dor A respeito comentam Vladimir e Gilberto Passos de Freitas Poder acontecer que um artigo de lei seja gen rico e atribua autoridade administrativa o poder de definir as hip teses em que ocorrer a infra o A preciso fazer se a distin o A delega o pura e simples poss vel pois nem sempre se consegue na lei relacionar todas as situa es 118 FREITAS ob cit p 308 119 MILAR ob cit p 758 120 Apud MILAR ob cit p 757 69 pass veis de san o O que n o se admite mesmo que uma simples portaria ou resolu o crie uma figura infracional e imponha multa Dentre as san es s infra es administrativas do art 2 constam a multa simples multa di ria a suspens o parcial ou total das atividades e a restritiva de direitos FREITAS traz a cola o dois casos pertinentes Um a respeito do fechamento de estabelecimento tocante ao tema da executoriedade das medidas administrativas de pol cia administrativa segundo a li o de Celso Bandeira de Mello O fechamento de estabelecimento industrial que exceda o n vel de ru dos toler vel e legalmente estabelecido cab vel sempre que a empresa se mostre recalcitrante e se recuse a atender s intima es administrativas que lhe imponham a ado o de medidas necess rias redu o dos ru dos perturbadores da coletividade O segundo caso a interdi o de estabelecimento por autoridade competente cujo ato qua
201. dromos e helipontos a autoridade aeron utica e que caber aos munic pios necess ria adequa o aos Planos na sua legisla o de uso e ocupa o do solo Note se que a restri o somente se d ap s o a aprova o do Plano pela Aeron utica Assim qualquer obra ou constru o que venha a contrariar os Planos B sicos ou Espec ficos de cada aeroporto pass vel de embargo por parte da autoridade aeron utica art 45 e at de demoli o sem direito a indeniza o salvo quando pr via publica o dos respectivos Planos art 46 176 ADMINISTRATIVO DESAPROPRIA O INDIRETA LIMITA O ADMINISTRATIVA PLANO DE ZONEAMENTO DE REA DE RU DO DE AEROPORTO PRE EXIST NCIA DA LIMITA O PRESCRI O 1 N o merece prosperar a o de desapropria o indireta manejada para Obten o de indeniza o por limita o administrativa imposta a im veis situados em rea inclu da em plano de zoneamento de ru do de aeroporto quando a limita o preexistia aquisi o do im vel e ao Decreto Municipal que criou o loteamento onde o bem se situa 2 Hip tese ademais de a o ajuizada ap s cinco anos da cria o da limita o administrativa donde deve ser reconhecida a prescri o Decreto n 20 910 32 art 1 3 Improvimento da apela o AC 1999 33 00 002785 0 BA Rel Juiz Saulo Jos Casali Bahia conv Terceira Turma DJ p 118 de 06 09 2002 17 ADMINISTRATIVO PLANO DE ZONA DE RUIDO DEC 83 399 DE 03
202. duas intensidades de energia ou 20 vezes o logaritmo da raz o de duas press es sonoras correspondentes 5 GERGES ob cit p 2 53 A referida norma foi cancelada em 08 12 2008 pelo comit de aeron utica CB 08 e substitu da pela NBR 11 415 90 33 Assim a polui o sonora pode ser definida legalmente como a degrada o da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente lancem energia em desacordo com os padr es ambientais estabelecidos Toda energia lan ada no meio ambiente incluindo aquela sob a forma de som que extrapole os limites estabelecidos pelos padr es ambientais polui o meio ambiente Os padr es ambientais em termos de polui o sonora podem ser encontrados em v rias normas emitidas pela Associa o Brasileira de Normas T cnicas ABNT Resolu es CONAMA e Portarias do CONTRAN bem como em legisla es estaduais e municipais A norma NBR 10 151 Avalia o do Ru do em reas Habitadas visando o conforto da comunidade da ABNT a norma apontada pela Resolu o CONAMA n 01 90 que considera que os n veis de press o sonora superiores aos estabelecidos naquela como prejudiciais sa de e ao sossego p blico DR Todavia a identifica o da polui o sonora com a energia referida na letra e n o esgota o conceito legal de polui o sonora Ao tratarmos dos efeitos da polui o sonora vimos que a mesma tamb m prejudica a sa
203. dubitavelmente temos que lembrar como o faz MACHADO S que o Poder P blico aqui se refere aos tr s poderes o Legislativo o Executivo e o Judici rio haja vista que todos s o Poderes da Uni o independentes e harm nicos entre si art 2 da Constitui o Federal No plano legislativo o Poder P blico detenta o monop lio da elabora o das normas jur dicas pois a soberania interna do Estado se traduz no monop lio da edi o do direito positivo e no monop lio da coa o f sica leg tima para a efetividade das suas regula es e 284 dos seus comandos Cabe lhe portanto a elabora o das normas constitucionais e infraconstitucionais que implementem a Pol tica Nacional do Meio Ambiente regulamentando os seus mais variados aspectos E nessa legisla o que ser o embasadas as diversas pol ticas p blicas que o Executivo ir levar a cabo Os artigos 22 24 e 30 I e II da Constitui o Federal elencam o rol de compet ncias legislativas das diferentes esferas federativas inclusive a respeito do meio ambiente Citamos nos cap tulos precedentes alguns dispositivos legais de produ o legislativa Federal Estadual e Municipal que encampam a prote o do meio ambiente tocante polui o sonora 2833 MACHADO ob cit p 122 284 CANOTILHO Jos Joaquim Gomes Direito Constitucional e Teoria da Constitui o 7a ed Coimbra Edi es Almedina 2003 p 89 90 199 Nota se todavia que apesar
204. e Janeiro s n 2002 BAIGORRI Artemio Apuntes para una Sociologia del Ru do Congreso Espa ol de Sociolog a Granada 1995 GRUPO 30 SOCIOLOG A DEL MEDIO AMBIENTE Sesi n 2 Dispon vel em lt http www unex es sociolog B AIGORRI papers ruido2 pdf gt Acessado em 12 02 2006 BENJAMIN Ant nio Hermann Responsabilidade civil pelo dano ambiental In Revista de Direito Ambiental S o Paulo Revista dos Tribunais 1998 n 9 225 BERGLUND B LINDVALL T SCHWELA D H Guidelines for community noise WHO 1999 Dispon vel em lt http whglibdoc who int hg 1999 a68672 pdf gt Acessado em 12 01 2009 BRONZAFT Arline L A Voice to End the Government s Silence on Noise in Hearing Rehabilitation Quarterly Vol 23 num 1 1998 Dispon vel em lt http www lhh org noise archives 23 1 voice html gt Acessado em 30 11 2009 CANOTILHO Jos Joaquim Gomes Direito Constitucional e Teoria da Constitui o 7a ed Coimbra Edi es Almedina 2003 CAPPELLI Silvia In Revista de Direito Ambiental 2007 Pareceres Dispon vel em lt http www mp go gov br portalweb hp 9 docs doutrina poluicao sonora pdf gt Acessado em 05 12 2009 CARMO L via Ism lia Carneiro do Ffeitos do Ru do Ambiental no Organismo Humano e suas Manifesta es Auditivas Disserta o de Mestrado Centro de Especializa o em Fonoaudiologia Cl nica CEFAC Goi nia 1999 CARNEIRO Waldir de Arruda Miranda Perturba es son
205. e acordo com a norma NBR 10 151 com equipamento devidamente calibrado e no local do reclamante em vez de no interior do recinto de culto subtraindo do valor medido o ru do de fundo 82 Tamb m que constatada a irregularidade seria dado um prazo de 90 noventa dias para san la Os artigos 3 e 4 que dispunham sobre as multas a serem aplicadas foram vetados pelo executivo Todavia outra lei modificativa desta foi promulgada em 9 de janeiro de 2002 a Lei n 13 287 estabelecendo diferentes patamares de multas conforme a capacidade de pessoas que os templos comportassem 23 Estad o 14 09 2009 Dispon vel em http www estadao com br noticias geral multa por barulho cresce 64 em sp diz secretaria 434486 0 htm Acessado em 15 09 2009 264 Par quias de Portugal Dispon vel em lt http www paroquias org noticias php n 1083 gt Acessado em 16 01 2009 177 A ressalva que a lei fez quanto ao lugar da medi o pertinente no sentido de que inadequado efetuar medi es dentro da propriedade onde se encontra a fonte geradora de ru dos para efeitos de atendimento de reclama es da vizinhan a A alega o do autor do projeto de lei vereador Carlos Apolin rio era de que as medi es estavam sendo feitas no hall dos templos ou ainda dentro dos mesmos Como vimos no cap tulo espec fico a NBR 10 151 estabelece tr s possibilidades de medi o no exterior das edifica es que cont m a fonte distante
206. e defend lo e preserv lo n o somente de forma imediata com vistas s presentes gera es como de forma mediata para as futuras gera es igualmente titulares desse direito Diante dessa imposi o h que se entender o que seja o equil brio ecol gico do meio ambiente E para isso h necessidade de se recorrer a conhecimentos fora do mbito jur dico como o campo das ci ncias naturais pelo que configurada a interdisciplinaridade da mat ria ambiental conclui ANTUNES a como veremos mais adiante 5 1 1 1 Compet ncias A Constitui o Federal de 1988 a primeira dentre as suas antecessoras a tratar a quest o ambiental assumindo a mat ria em termos amplos e modernos Embora tratada em 78 MACHADO Paulo Affonso Leme Direito Ambiental Brasileiro 14a ed Revista atualizada e ampliada S o Paulo Malheiros Editores 2006 p 116 77 ANTUNES Paulo de Bessa Direito Ambiental 7 Ed Rev Ampl e Atual Ed Lumen Juris Rio de Janeiro 2004 p 68 78 Idem p 66 49 cap tulo espec fico permeia todo o seu texto e se correlaciona com os demais temas fundamentais da ordem constitucional Assim a li o de Jos Afonso da Silva litteris O equil brio federativo por meio de uma reparti o de compet ncias que se fundamenta na t cnica de enumera o dos poderes da Uni o arts 21 e 22 com poderes remanescentes para os Estados art 25 1 e poderes definidos indicativamente para os mun
207. e em SP tem solo amea ado diz estudo Ag ncia Estado 22 04 2009 Dispon vel em lt http www estadao com br noticias geral campo de marte em sp tem solo ameacado diz estudo 358621 0 htm gt Acessado em 24 05 2009 138 E o caso do aeroporto de Congonhas que iniciou as suas atividades em 1936 mas Taite 192 somente iniciou o processo de licenciamento em 2002 Ora n o h que se falar em licenciamento de uma obra conclu da e muito menos em estudo pr vio de uma atividade instalada Seria mais apropriado falar se em regulariza o da atividade instalada que deve ser objeto de estudos de Conformidade Ambiental estudos estes que guardar o rela o de proporcionalidade com os estudos necess rios para fins de licenciamento ambiental da atividade empreendimento no mbito da Licen a Ambiental Pr via Cite se a modo de exemplo a Licen a Ambiental de Regulariza o LAR institu da pelo art 2 IX do Decreto Estadual n 1 777 07 do Estado do Esp rito Santo para empreendimentos ou atividades que j estejam em funcionamento ou em fase de implanta o Mediante celebra o pr via de Termo de Compromisso Ambiental TCA t tulo executivo extrajudicial o rg o ambiental emite uma nica licen a consistente em todas as fases do licenciamento LP LI e LO onde se estabelecem as condi es restri es e medidas de controle ambiental para adequar o empreendimento s normas ambientais vigentes
208. e fato a Portaria n 147 SVMA G 2009 DOU 18 11 2009 confirma que para o exerc cio de 2010 as medi es de ru do n o ter o car ter reprovat rio sendo apenas registrados para an lise e defini o de diretrizes art 11 Ainda assim o propriet rio ser notificado a fim de efetuar os reparos necess rios e a irregularidade anotada no Certificado de Aprova o ou Relat rio de Inspe o do ve culo 52 Inspe o veicular ficar mais r gida em SP Ag ncia Estado 22 10 2009 Dispon vel em http ultimosegundo ig com br economia 2009 10 22 inspecao veicular ficara mais rigidatem sp 8912912 html Acessado em 25 10 2009 110 A Portaria n 147 SVMA G 2009 amplia a obrigatoriedade da inspe o para todos os ve culos registrados no Munic pio de S o Paulo art 2 No final de 2009 foi aprovada a Resolu o CONAMA n 418 09 que torna obrigat ria a inspe o veicular em todos os estados e munic pios brasileiros com mais de 3 milh es de ve culos A regra vai abranger todos os ve culos automotores motociclos e ve culos similares independentemente do tipo de combust vel que utilizem A inspe o entretanto poder ser feita em apenas uma parcela da frota licenciada em cada uma das regi es Sua amplia o ou restri o ficar a crit rio do rg o respons vel que definir estas quest es no Plano de Controle de Polu o Veicular PCPV Os munic pios com frotas abaixo de 3 milh es podem estabel
209. e incinera o de lixo comercializa o e armazenamento de produtos vol teis A polui o sonora nesse quadro pode ser classificada como antropog nica Quanto ao tipo de agente a Norma Regulamentadora NR 9 aprovada pela Portaria n 3 214 MTB GM 78 do Minist rio do Trabalho considera tr s tipos de riscos ambientais f sicos qu micos e biol gicos No item 9 1 5 1 considera como agentes f sicos as diversas formas de energia tais como ru do vibra es press es anormais temperaturas extremas radia es ionizantes radia es ionizantes bem como o infra som e o ultra som Portanto trata se de um agente f sico Quanto localiza o da fonte o Regulamento da Lei Estadual n 997 76 do Estado de S o Paulo aprovado pelo Decreto n 8 468 76 no seu art 4 considera como fontes de polui o todas as obras atividades instala es empreendimentos processos opera es dispositivos m veis ou im veis ou meios de transporte que direta ou indiretamente causem ou possam causar polui o ao meio ambiente E no par grafo nico consideram se como fontes m veis todos os ve culos automotores embarca es e assemelhados e como fontes estacion rias todas as demais Dessa forma dividiremos as principais fontes de polui o sonora a serem tratadas neste trabalho em fontes m veis e fixas 102 6 1 FONTES M VEIS As fontes m veis podem ser conceituadas como as fontes cujo lan amento de poluentes
210. e tange s restri es s propriedades vizinhas o C digo Brasileiro de Aeron utica estabelece planos espec ficos dentre os quais o Plano de Zoneamento de Ru do Art 43 As propriedades vizinhas dos aer dromos e das instala es de aux lio navega o a rea est o sujeitas a restri es especiais Par grafo nico As restri es a que se refere este artigo s o relativas ao uso das propriedades quanto a edifica es instala es culturas agr colas e objetos de natureza permanente ou tempor ria e tudo mais que possa embara ar as opera es de aeronave ou causar interfer ncia nos sinais dos aux lios a radio navega o ou dificultar a visibilidade de aux lios visuais Art 44 As restri es de que trata o artigo anterior s o as especificadas pela autoridade aeron utica mediante aprova o dos seguintes planos v lidos respectivamente para cada tipo de aux lio navega o a rea I Plano B sico de Zona de Prote o de Aer dromos II Plano de Zoneamento de Ru do HI Plano B sico de Zona de Prote o de Helipontos IV Planos de Zona de Prote o e Aux lios Navega o A rea 4 As Administra es P blicas dever o compatibilizar o zoneamento do uso do solo nas reas vizinhas aos aer dromos s restri es especiais constantes dos Planos B sicos e Espec ficos A teor do 4 fica evidente que quem estabelece as restri es especiais nas reas vizinhas aos aer
211. e zoneamento E para zonas comerciais ou aquelas s quais n o se oponha o Plano Diretor a lei de Torres estabeleceu 85 dB A para o per odo diumo e 80 dB A para o per odo noturno ultrapassando em 25 dB A o recomendado para zonas mistas com voca o recreacional comercial e administrativa e em 20 dB A o recomendado pela NBR 10 151 durante o per odo noturno para zonas predominantemente industriais A justificativa do munic pio que o mesmo est localizado numa regi o predominantemente tur stica Dai a previs o de que o limite de 85 dB A se aplica durante os meses de dezembro a mar o entre 10h e 2h para casas de com rcio ou divers es p blicas como bares caf s restaurantes cantinas hot is ou assemelhados nas quais haja reprodu es de n meros musicais por conjuntos orquestras instrumentos isolados ou aparelhos E fora desse hor rio dever o obedecer ao limite de 80 dB A pasmem de modo a n o perturbar o sossego da vizinhan a Com esses n veis sonoros no per odo noturno equivalentes aos encontrados no ambiente interno industrial dif cil se n o imposs vel pensar que algum vizinho possa ter o seu sossego preservado com a diminui o de apenas 5 dB A Se levarmos em considera o os dados do munic pio temos que o mesmo conta com uma popula o de 33 6 mil habitantes que visitada nos tr s meses do ver o por 400 mil turistas dos quais 100 mil s o veranistas fixos e 200 mil flutuantes n
212. ecer facultativamente os seus pr prios PCPV art O Como dissemos no final da se o anterior o CONAMA tinha criado um grupo de trabalho para compilar todas as normas referentes inspe o veicular ambiental com vistas cria o de um programa nacional obrigat rio Com efeito dessa compila o resultou a Resolu o CONAMA n 418 09 que incorporou v rios aspectos das resolu es que revogou Veio a dispor sobre os crit rios do Plano de Controle de Polui o Veicular PCPV criado pela Resolu o CONAMA n 18 95 revogada e implanta o do Programas de Inspe o e Manuten o de Ve culos em Uso I M cujos crit rios eram definidos pela Resolu o CONAMA n 7 93 revogada Os crit rios desta ltima encontram se no Anexo I da nova resolu o Os crit rios de ru dos estabelecidos pela Resolu o n 252 99 revogada foram incorporados tamb m cuja tabela de limites m ximos de ru do emitidos por ve culos automotores na condi o de parado para ve culos em uso foi reproduzida no Anexo I Essa tabela se aplica a ve culos nacionais e importados para os quais n o haja informa es de ru do divulgadas pelo fabricante Caso contr rio os limites m ximos ser o os valores certificados e divulgados pelos fabricantes sempre na condi o de parado 153 Essa resolu o revogou as Resolu es do CONAMA n 7 93 n 15 94 n 18 95 n 227 97 n 251 99 n 252 99 e n 256 99 111 Os
213. ecida pela Resolu o n 07 do CONMETRO de 24 de agosto de 1992 como nico Foro Nacional de Normatiza o o rg o respons vel pela normaliza o t cnica no pa s fornecendo a base necess ria ao desenvolvimento tecnol gico brasileiro tamb m membro fundador da ISO International Organization for Standardization da COPANT Comiss o Panamericana de Normas T cnicas e da AMN Associa o Mercosul de Normaliza o Segundo a ABNT a normatiza o a atividade que estabelece em rela o a problemas existentes ou potenciais prescri es destinadas utiliza o comum e repetitiva com vistas obten o do grau timo de ordem em um dado contexto Dai encontrar se presente na fabrica o dos produtos na transfer ncia de tecnologia na melhoria da qualidade de vida atrav s de normas relativas sa de seguran a e preserva o do meio ambiente Al m de promover a redu o de custos da produ o e do produto final contribui para a manuten o e melhoria da qualidade dos mesmos 7 1 LEGISLA O E NORMAS ABNT A legisla o n o tem o cond o de adentrar em quest es t cnicas Recorre fregiientemente a estas para preencher esse importante aspecto nas rela es sociais que interessam ao Direito Assim podemos encontrar normas t cnicas auxiliando a nossa legisla o nas mais diversas reas dentre as quais a trabalhista onde a NR Norma Regulamentadora estabelecida pelo Minist rio do Trabalho
214. eferimos no Cap tulo 2 que s o igualmente prejudiciais Assevera MACHADO que o munic pio pode criar atrav s de lei tipos de infra es ambientais para as quais seja previstas san es administrativas E se o munic pio n o tiver previs o deve pesquisar a exist ncia de normas federais estaduais sobre polui o sonora e se existirem exigir o cumprimento das mesmas Para MILAR essa atividade legislativa seria consegi ncia da compet ncia concorrente dentro da qual a Uni o somente edita normas gerais art 24 81 da CF Assim os arts 70 a 76 da Lei n 9 605 98 bem como o Decreto n 6 514 2008 n o seriam as nicas normas sobre infra es administrativas s quais se somam as definidas nas legisla o estadual distrital e municipal relativas ao meio ambiente Um novo dispositivo do art 80 apena com multa de R 1 000 00 mil reais a R 1 000 000 00 um milh o de reais a quem deixar de atender a exig ncias legais ou regulamentares quando devidamente notificado pela autoridade ambiental competente no prazo concedido visando regulariza o corre o ou ado o de medidas de controle para cessar a degrada o ambiental A adequa o do isolamento ac stico pode ser enquadrada nesta hip tese 124 FIORILLO ob cit p 162 125 FREITAS ob cit p 40 126 MILAR ob cit p 754 13 5 1 4 Resolu es CONAMA Como mencionamos anteriormente n o h a lei federal tratando
215. ei n 9 873 99 que estabelece os prazos de prescri o para o exerc cio de a o punitiva pela Administra o P blica Federal direta ou indireta Diante de uma infra o administrativa ambiental a Administra o conta com um prazo de cinco anos para lavrar o auto de infra o contado da pr tica do ato A lavratura do ato indica o in cio da a o administrativa Assim o texto legal verbis Art 21 Prescreve em cinco anos a a o da administra o objetivando apurar a pr tica de infra es contra o meio ambiente contada da data da pr tica do ato ou no caso de infra o permanente ou continuada do dia em que esta tiver cessado lo Considera se iniciada a a o de apura o de infra o ambiental pela administra o com a lavratura do auto de infra o Outro prazo prescricional intercorrente dar se se o procedimento administrativo ficar parado por mais de tr s anos verbis 2o Incide a prescri o no procedimento de apura o do auto de infra o paralisado por mais de tr s anos pendente de julgamento ou despacho cujos autos ser o arquivados de of cio ou mediante requerimento da parte interessada sem preju zo da apura o da responsabilidade funcional decorrente da paralisa o Todavia mesmo ocorrendo a prescri o punitiva da administra o persiste a obriga o do infrator quanto repara o do dano ambiental art 21 4 H que se lembrar que o direito a um meio amb
216. eiroz pdf gt Acessado em 15 01 2009 REALE Miguel Li es Preliminares de Direito S o Paulo Ed Saraiva 1996 ROCHA J lio C sar de S da Fun o ambiental da cidade direito ao meio ambiente urbano ecologicamente equilibrado S o Paulo Juarez de Oliveira 1999 ROCHA Renata de Brito e SLAMA Jules Ghislain Adequa o do Zoneamento Urbano ao Zoneamento Sonoro dos Aeroportos Dispon vel em lt http www tgl ufr br viisitraer palestras sao conrado 26 1 1 tarde 15h00 jules pdf gt Acessado em 07 11 2009 SANTOS Ant nio Silveira Ribeiro Polui o Sonora e Sossego P blico Dispon vel em lt http www aultimaarcadenoe com artigol2 htm gt Acessado em 15 12 2006 SANTOS Carvalho C digo Civil Brasileiro Interpretado C digo Civil v 1 Rio de Janeiro 1934 SANTOS Ubiratan de Paula Ru do Riscos e Preven o 3 ed S o Paulo Editora Hucitec 1999 230 SANTANA H J ou GORDILHO H J S De uma Forma Silenciosa Estudo sobre a norma aplic vel aos casos de Polui o sonora do meio ambiente In 5 Congresso Internacional de Direito Ambiental S o Paulo 2001 S O PAULO Estado Secretaria do Meio Ambiente Coordenadoria de Planejamento Ambiental Estrat gico e Educa o Ambiental Educa o ambiental Vinte anos de pol ticas p blicas Secretaria de Estado do Meio Ambiente CPLEA S o Paulo SMA 2003 SELIGMANN Jose Efeitos n o auditivos e aspectos psicossocias no indiv duo su
217. ematuros E recomendou ainda que os efeitos induzidos pelo ru do em fetos e rec m nascidos s o de import ncia cl nica e de sa de p blica merecendo estudos posteriores SELIGMANN ap s revis o da bibliografia existente na mat ria classificou as altera es provocadas pelo ru do de forma t pica e did tica Environmental Health Perspectives Volume 113 Number 1 January 2005 Dispon vel em lt http www ehponline org members 2005 113 1 focus html gt Acessado em 25 11 2007 24 SELIGMANN Jose Efeitos n o auditivos e aspectos psicossocias no indiv duo submetido a ru do intenso Rev Bras de Otorrinolaringol 1993 Dispon vel em lt http www rborl org br conteudo acervo print acervo asp id 2417 gt Acessado em 14 11 2009 22 Comunica o a defici ncia auditiva associada ao ru do proporciona o isolamento social do indiv duo durante o trabalho com graves consegii ncias em sua natureza interativa Neurol gicas comprovadamente estudos eletroencefalogr ficos demonstraram que ru dos mesmo de fraca intensidade provocam ou um complexo K ou a passagem tempor ria de um estado de sono profundo para outro mais leve Estes epis dios duram entre 5 e 15 podendo n o ser lembrados pelo paciente ao acordar Um n mero significativo de interrup es desta natureza seguramente pode trazer efeitos desastrosos no dia a dia do indiv duo Cardiovasculares constri o dos pequenos vasos sangu neos com con
218. emplo o aumento do t nus muscular hiperreflexia redu o do peristaltismo intestinal dist rbios digestivos ang stia inquieta o varia es na din mica circulat ria e aumento da amplitude respirat ria mostrou que descargas sonoras de 85 dB em forma de pulsos durante 3 do tempo sobre um n vel de fundo de 70 dB nos per odos diurnos e 50 dB de fundo no per odo noturno desencadearam durante os 40 dias do experimento um aumento 2 CARMO L via Ism lia Carneiro do Efeitos do Ru do Ambiental no Organismo Humano e suas Manifesta es Auditivas Goi nia 1999 Disserta o de Mestrado Centro de Especializa o em Fonoaudiologia Cl nica CEFAC p 32 2 PIMENTEL SOUZA Fernando A Polui o Sonora Urbana no Trabalho e na Sa de Dispon vel em lt http www icb ufmg br lpf 11 2 html gt Acessado em 01 03 2009 23 de 25 do colesterol Os pacientes submetidos ao experimento eram jovens saud veis de 20 anos e portanto menos suscept veis aos efeitos nocivos do ru do Segundo MEDEIROS o excesso de ru do afeta o indiv duo sob v rios aspectos causando perda auditiva e outras altera es org nicas altera es emocionais e altera es sociais Em estudo por ele realizado destaca essas altera es atualmente citadas na literatura tais como vertigem n useas e v mito desmaio diarr ia ou pris o de ventre dor de cabe a dist rbios hormonais dist rbios cardiovasculares dilata
219. ente e de outros interesses difusos e coletivos No mesmo sentido o art 14 da Lei 6 938 81 1 quando destaca que o Minist rio P blico da Uni o e dos Estados ter legitimidade para propor a o de responsabilidade civil e criminal por danos causados ao meio ambiente Deduz se portanto que se o Parquet possui legitimidade ad causam para as A es Civis P blicas que tratem da prote o do meio ambiente e tem legitimidade para a 26 STJ REsp 1 051 306 MG Rel origin rio Min Castro Meira Rel para ac rd o Min Herman Benjamin Julgado em 16 10 2008 208 propositura de A o Civil P blica por polui o sonora tendo em vista que a polui o sonora pode ser considerada como um dano ao meio ambiente Esta decis o mas do que legitimar o Minist rio P bico nos brindou com um novo paradigma a saber de que a polui o sonora polui o ambiental de natureza difusa e n o apenas inc modo subjetivo individual e do direito de vizinhan a 8 3 PAPEL DA COLETIVIDADE O art 225 da CF imp e Coletividade junto com o Poder P blico o dever de defender e preservar o meio ambiente ecologicamente equilibrado Todavia a coletividade n o goza dos mesmos mecanismos e poderes que detenta o Poder P blico como vimos anteriormente Portanto pode se dizer que desvantajosa a sua situa o comparativamente O particular quando sofre os efeitos da polui o sonora n o pode agir por conta p
220. ente perturbado pela polui o sonora emanada de cultos religiosos invoca o art 225 da CF e quem cultua invoca o art 5 VI do mesmo diploma Discursando sobre o embate entre direitos fundamentais oportuno reproduzir o parecer da Procuradoria Geral de Justi a na ADIN n 70024564536 perante o TJRS A pondera o de bens pelo Poder Judici rio nos casos que envolvam colis o entre direitos fundamentais ou entre direitos fundamentais e bens coletivos tem sido objeto de intenso desenvolvimento te rico e jurisprudencial Um dos m todos mais respeitados o produzido e constantemente aprimorado pelo jusfil sofo alem o ROBERT ALEXY Conforme esse autor v ALEXY Robert On Balancing and Subsumption A Structural Comparison Ratio Juris vol 16 n 14 p 433 49 dez 2003 para realizar e fundamentar objetivamente a pondera o de bens nos casos de colis o de direitos fundamentais o int rprete deve examinar dois aspectos fundamentais 1 deve avaliar o grau de interfer ncia produzido por uma determinada medida no direito sacrificado 2 deve avaliar o grau de import ncia da satisfa o do direito que ser protegido A seguir ele deve ponderar se o peso ou a medida de import ncia da satisfa o de um direito admite o sacrif cio do direito colidente ou rival Para fazer essa pondera o ele pode lan ar m o de uma escala tri dica que permite classificar tanto a interfer ncia em um direito como a imp
221. equipamento atende s toler ncias das normas de constru o declaradas pelo fabricante A pr pria Organiza o Mundial da Sa de em 1999 instru a que a calibra o muito importante para se assegurar um completo plano de qualidade Assim os medidores 7 E 281 de n vel de press o sonora devem ser calibrados anualmente Depois de tratar no item 5 os procedimentos de medi o a NBR 10 151 trata no item 6 dos hor rios e dos n veis crit rios de avalia o 2381 WHO 1999 pag 13 194 A norma somente faz men o a dois per odos estabelecendo lhes apenas os limites diurno das 7h s 22h e noturno das 22h s 7h Mas conforme os h bitos da popula o as autoridades poder o definir outros limites A norma todavia faz ressalva que o per odo noturno n o pode come ar depois das 22h e n o pode terminar antes das 7h 82 Assim garante se um per odo de sossego e descanso de pelo menos 9 horas Nos domingos e feriados o t rmino do hor rio noturno n o pode se dar antes das 9h da manh V rios munic pios t m legislado adotando um per odo intermedi rio chamado de vespertino que come a s 19h e termina s 22h quando come a o per odo noturno medida se alinha perfeitamente com os limites de hor rios da NBR 10 151 Contudo h que se manter a compatibilidade dos n veis de press o sonora do per odo vespertino com o n veis diurnos da NBR 10 151 Os n veis crit rios da norma para os pe
222. eras federativas as normas da ABNT utilizadas efeitos na sa de e qualidade de vida propostas de estrat gias e uma estimativa dos danos causados popula o por conta da aus ncia de a es integradas em busca da redu o da polui o sonora Finalmente os custos para implanta ao do Programa Certamente um projeto de longo prazo que seguiria ao Programa Sil ncio ou iniciaria concomitantemente com ele Projeto oportuno e defens vel 217 10 CONCLUS ES 1 A polui o sonora urbana tem tomado propor es alarmantes que exigem provid ncias das autoridades e do Direito A OMS alerta sobre o riscos provocados pelo ru do urbano desde a d cada de 80 considerando o n vel de 50 dB A como o fim do conforto e o de 55 dB A como o in cio do estresse 2 A polui o sonora produz efeitos auditivos como a perda da audi o acima dos 85 dB dependendo do tempo de exposi o Todavia abaixo desse valor ocorrem outros efeitos denominados de efeitos extra auditivos que ainda que n o tenham o cond o de provocar perda auditiva s o igualmente prejudiciais sa de e bem estar dos seres humanos bem como animais 3 A problem tica da polui o sonora deve ser abordada de forma multidisciplinar O Direito deve valer se dos conhecimentos trazidos pelas diversas disciplinas das ci ncias naturais para melhor compreender o fen meno da polui o sonora seus efeitos sobre o ser humano bem como outros aspectos so
223. eron utico n o temos d vida Todavia cabe pergunta se qual a finalidade de toda essa diversidade de m todos m tricas ndices e crit rios E qual finalidade de sua harmoniza o Se a resposta n o estiver direcionada prote o da popula o de pouco aproveitam os esfor os nesse sentido Lembre se que o Princ pio 1 da Declara o do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento 1992 estabelece que os seres humanos est o no centro das preocupa es com o desenvolvimento sustent vel tendo direito a uma vida saud vel e produtiva em harmonia com a natureza Os argumentos dos desenvolvimentistas que permeiam os licenciamentos e amplia es aeroportu rias preterem o princ pio basilar do desenvolvimento sustent vel ao desconsideram o bem estar da popula o em termos de polui o sonora 137 6 1 2 4 Licenciamento e Regulariza o Embora a constru o e amplia o de aeroportos e aer dromos p blicos dependa da autoriza o do Diretor Geral de Avia o Civil conforme a Instru o de Avia o Civil IAC no 2328 0790 IMA 58 10 de 16 de julho de 1990 deve ser precedida do correspondente licenciamento dos rg os ambientais competentes A prop sito como atividade de significativa degrada o ambiental insere se na exigibilidade de estudo pr vio de impacto ambiental conforme preceitua o art 225 81 IV da Constitui o Federal verbis IV exigir na forma da lei para inst
224. es Vol 13 julho Florian polis 1994 p 95 102 FREITAS Gilberto Passos de Polui o Sonora aspectos legais Santos Ed UNISANTA Universidade Santa Cec lia 2002 FREITAS Vladimir Passos e Gilberto Passos Crimes contra a natureza De acordo com a Lei 9 605 98 7 Edi o S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 2001 GASPARINI Di genes Direito Administrativo 6 ed rev atual e aumentada S o Paulo Ed Saraiva 2001 GERGES Samir Nagi Yousri Ru do fundamentos e controle 2 ed Florian polis S N Y Gerges 2000 GOINES Lisa and HAGLER Louis Noise Pollution A Modern Plague In Southern Medical Journal Volume 100 March 2007 pages 287 294 GON ALVES Giglio de Oliveira e IGUTI Aparecida Mari An lise de programas de preserva o da audi o em quatro ind strias metal rgicas de Piracicaba S o Paulo Brasil In Cadernos de Sa de P blica V 22 n 3 Rio de Janeiro Mar 2006 HALPEN Stevens Som Sa de Rio de Janeiro Ed Tecbox 1985 HU Y and CARDOSO G C Are bird species that vocalize at higher frequencies preadapted to inhabit noisy urban areas Originally published online on October 7 2009 221 Behavioral Ecology 20 6 1268 1273 Dispon vel em lt beheco oxfordjournals org cgi content abstract 20 6 1268 gt Acessado em 20 12 2009 JONATO Sirlei F tima Trentin TONI TO Tiago O meio ambiente ecologicamente equilibrado e a relocaliza o das ind strias situadas na
225. es ambientes laborais e que consegiientemente se propaga ao exterior A Resolu o CONAMA n 237 97 sujeita os empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras bem como os empreendimentos capazes sob qualquer forma de causar degrada o ambiental art 2 ao licenciamento pr vio pelo rg o ambiental competente em qualquer uma das esferas federativas Como as ind strias diferem muito em tamanho e agressividade ao meio ambiente o rg o ambiental considera o as especificidades os riscos ambientais o porte e outras caracter sticas do empreendimento ou atividade ir definir os crit rios de exigibilidade o detalhamento e a complementa o do anexo 1 que lista as atividades Em geral atividades que utilizam recursos naturais ter o que realizar o EIA RIMA tais como Ind strias de Extra o e Tratamento de Minerais Metal rgica Mec nica Papel e Celulose e T xtil na pr pria elabora o estudo ser o contempladas as emiss es sonoras Todavia em se tratando de atividades que n o sejam potencialmente poluidoras outros estudos poder o ser determinados pelo rg o ambiental art 3 nico E dependendo da natureza caracter sticas e peculiaridades da atividade ou empreendimento poder estabelecer procedimentos simplificados para atividades e empreendimentos de pequeno potencial de impacto ambiental art 12 1 No Estado de S
226. es de trabalho obedecer o s normas expedidas respectivamente pelo Conselho Nacional de Tr nsito CONTRAN e pelo rg o competente do Minist rio do Trabalho V As entidades e rg os p blicos federais estaduais e municipais competentes no uso do respectivo poder de pol cia dispor o de acordo com o estabelecido nesta Resolu o sobre a emiss o ou proibi o da emiss o de ru dos produzidos por qualquer meio ou de qualquer esp cie considerando sempre os locais hor rios e a natureza das atividades emissoras com vistas a compatibilizar o exerc cio das atividades com a preserva o da sa de e do sossego p blico VI Para os efeitos desta Resolu o as medi es dever o ser efetuadas de acordo com a NBR 10 151 Avalia o do Ru do em reas Habitadas visando o conforto da comunidade da ABNT VII Todas as normas reguladoras da polui o sonora emitidas a partir da presente data dever o ser compatibilizadas com a presente Resolu o VII Esta Resolu o entra em vigor na data de sua publica o FERNANDO C SAR DE MOREIRA MESQUITA Presidente do Conselho em Exerc cio JOS CARLOS CARVALHO Secret rio Executivo em Exerc cio Este texto n o substitui o publicado no DOU de 2 de abril de 1990 1 Retificado no DOU de 16 de agosto de 1990 p g 15520 2 Retificado no DOU de 16 de agosto de 1990 p g 15520 233 RESOLU O CONAMA n 2 de 8 de mar o de 1990 Publicada no DOU n 63 de 2 de
227. es noturnos boates e afins t m de que se preocupar tamb m principalmente com a chegada da cultura rave e club Os clubes noturnos europeus produzem n veis de press o sonora entre 95 a 110 dB A Estudos franceses mostram evidencias de zumbidos em 44 dos frequentadores regulares de clubes noturnos contra 14 em frequentadores eventuais A influ ncia de uma nica exposi o a m sica mec nica de 4 horas a um n vel de 97 dB A mostrou uma eleva o dos limiares auditivos nas frequ ncias de 1 a 5 kHz N o por acaso Su a e Fran a limitaram as emiss es de press o sonora em concertos e discotecas a 93 dB A e 100 dB A respectivamente No que tange perturba o do sono a Profa Sonia Nevismalova relatou que quando uma pessoa tem dist rbios de sono por causa do ru do s o observados os seguintes efeitos redu o da efici ncia do sono maior n mero de despertares noturnos aumento de altern ncia entre os est gios do sono aumento dos tempos dos movimentos aumento do est gio REM diminui o do sono de ondas lentas NREM 3 4 e diminui o do tempo total do sono O Prof Alain Muzet mostrou que a motilidade do corpo muda com os est mulos de ru do em n veis relativamente baixos como Lmax de 32 dB A Os efeitos do ru do no homem dependem da intensidade da frequ ncia e de tempo de exposi o Podem ser como veremos adiante auditivos ou extra auditivos 18 WHO 2004 Report on the
228. estudo Dispon vel em lt http oglobo globo com mundo mat 2008 02 14 barulho de aeroporto cria hipertensao instantanea diz estu do 425654148 asp Acessado em 31 07 2008 121 o zoneamento e a fiscaliza o do uso do solo nas reas de entorno dos aeroportos Encomendou COOPE UFRJ a realiza o de estudos tocantes s curvas de ru do nos aeroportos de Guarulhos Bras lia Recife Gale o Salvador e Congonhas Outro estudo visava emiss o sonora dos equipamentos de apoio no solo para aeronaves visando a redu o de ru do nos p tios dos aeroportos O Relat rio de 2005 n o apresentou nenhum avan o na quest o do Programa Ru do Nesse mesmo ano foi criada a Ag ncia Nacional da Avia o Civil ANAC extinguindo se o Departamento de Avia o Civil DAC No per odo que se segue conforme o Relat rio de 2006 2007 foram instalados sistemas de monitoramento de ru do de aeronaves em tempo real nos aeroportos de Bras lia e Guarulhos com o intuito de obter dados da emiss o e propaga o dos ru dos provocados pelas aeronaves Em outros aeroportos promoveram se campanhas de monitora o manual atrav s de medi es em v rios pontos nos arredores dos aeroportos nos per odos diurno e noturno Na vis o de MUNOZ S desde a introdu o da aeronave a jato o ru do tem sido considerado como sendo talvez o problema ambiental mais importante associado avia o civil Se por um lado a tend ncia de s
229. etivo sem preju zo de outras licen as exig veis grifamos No mesmo sentido o art 5 III da Resolu o CONAMA n 237 97 estabelecendo como competente o rg o ambiental estadual para ao licenciamento de empreendimentos e atividades cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais de um ou mais Munic pios como o caso do aeroporto de Congonhas Embora territorialmente se encontre localizado dentro dos limites do munic pio de S o Paulo a polui o sonora decorrente do pouso e decolagem de aeronaves atinge mais de um munic pio sem falar dos demais impactos Entretanto segundo consta do Parecer T cnico n 34 2009 da C mara T cnica III do CADES Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent vel que tem como uma de suas atribui es apreciar e pronunciar se sobre Estudos e Relat rios de Impacto Ambiental EIA RIMA no mbito do Munic pio de S o Paulo art 3 III do Decreto Municipal n 33 804 93 a Infraero encaminhou Secretaria do Verde e Meio Ambiente SVMA municipal atrav s da CF n 6442 MBGR de 27 de agosto de 2002 a decis o do rg o ambiental estadual sobre o pedido feito pela Infraero de licenciamento ambiental do Aeroporto de S o Paulo Congonhas O entendimento e a orienta o da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de S o Paulo SMA Of cio n CG 233 2002 foi de que se houvessem impactos estes seriam locais e que deveria o rg o ambiental do
230. evou ao 205 Folha On Line 11 09 2007 A pesquisa do IBGE mencionada foi feita em 48 470 domic lios pelo pa s incluindo perguntas sOore a qualidade de vida das fam lias Entre elas quest es sobre problemas nas proximidades das moradias como polui o sonora N o uma medi o de ru do objetiva a percep o da fam lia do domic lio sobre se o vizinho e a rua s o barulhentos afirmou o diretor de Informa es Geogr ficas do IPP e ex presidente do IBGE S rgio Besserman Dispon vel em lt http www folha uol com br folha cotidiano ult95u115371 shtml gt Acessado em 11 11 2007 206 so PA EE E Art 215 CF O Estado garantir a todos o pleno exerc cio dos direitos culturais e acesso s fontes da cultura nacional e apoiar e incentivar a valoriza o e a difus o das manifesta es culturais 207 UOL Not cias 30 08 2009 Barretos tem uma forte conota o sexual para os visitantes a maioria deles atr s de beijos agarros e de alguma aventura no Parque do Pe o ou na avenida 43 no centro da cidade N o por nada 72 dos turistas s o solteiros segundo estat stica dos pr prios organizadores da festa Dispon vel em lt http noticias uol com br festa peao barretos ultimas noticias 2009 08 30 ult781 1u34 jhtm gt Acessado em 01 09 2009 208 SANTANA H J ou GORDILHO H J S De uma Forma Silenciosa Estudo sobre a norma aplic vel aos casos de Polui o sonora do meio ambiente In 5
231. exig ncias foram a apresenta o de estudo de linhas isof nicas do aeroporto de Congonhas estudo de ru do com m todos e modelos previamente aprovados pela SVMA estudo e cronograma de implanta o de novo local apropriado para realiza o dos testes de motores das aeronaves estudo para os testes de motores de aeronaves em solo em reas externas estudo referente a limita o de hor rios e as medidas para restri o de ru dos em geral pelo uso de m quinas e equipamentos no solo assim como unidades auxiliares de energia de aeronaves APU estudo de viabilidade das altera es dos procedimentos operacionais de decolagem e pouso reduzir o hor rio de opera o das aeronaves civis de asa fixa que atualmente das 6 s 23h para as 7 s 22h reduzir o hor rio nos domingos e feriados de opera o tamb m de aeronaves de asa fixa que atualmente das 6 s 23h para s 9 s 22h o hor rio local atendendo a recomenda o da NBR 10 151 plano de monitoramento de ru do aeron utico e de ru do provocado por equipamentos de apoio do sitio aeroportu rio registros de funcionamento dos helic pteros programa de monitoramento de ru do aeron utico e visando avaliar os ru dos gerados nos corredores de circula o de helic pteros com origem destino Congonhas relat rio do movimento mensal de helic pteros o reduzir o hor rio de opera o dos helic pteros do aeroporto de Congonhas que atualmente das 6 s 23h para das 7 s 20h o redu
232. funde com polui o e atividade il cita 255 E a prop sito da polui o zero cita um julgado do TRF4 bastante elucidativo cuja ementa assim disp e ADMINISTRATIVO A O CIVIL P BLICA DIREITO AMBIENTAL LIMINAR PARA PARALISA O DAS ATIVIDADES DA EMPREENDEDORA REQUISITOS N O PREENCHIMENTO 1 Cassada a liminar que determinou a paralisa o das atividades de implanta o do projeto Porto da Barra O Juiz pode tomar esse tipo de provid ncia a qualquer tempo se entender necess rio mas no caso dos autos houve autoriza o do FATMA e do IBAMA mediante expedi o de Licen a Ambiental Pr via LAP e de Licen a Ambiental de Instala o LAI raz o pela qual invi vel a pretendida paralisa o j que as atividades foram iniciadas face expedi o de ato administrativo cuja presun o de legalidade n o foi desfeita 2 Toda a atividade humana pode causar danos ao meio ambiente n o h POLUI O ZERO de forma que a id ia de natureza intocada um mito moderno Por outro lado a rea em discuss o sofre press o populacional crescente e a ocupa o desordenada pode ser ainda mais degradante ao meio ambiente Dessa forma n o h necessidade de paralisa o das atividades pois no transcorrer da A o Civil P blica haver meios para que com o aux lio de profissionais chegue se a uma solu o menos degradadora do meio ambiente Essa orienta o est em conformidade com a id ia de que a
233. g o mais influente nas quest es relacionadas aeron utica a International Civil Aviation Organization ICAO fundada em Chicago em 1944 da qual 167 o Brasil faz parte Foi no mbito da ICAO que come aram as medidas para reduzir o problema do ru do aeron utico no seio da 16 Assembl ia em 1968 trazendo luz o Anexo 165 Manual de Procedimentos MPR 280 Rev 00 Certifica o de Ru do de Aeronaves ANAC 2009 Cap tulo 1 3 f g Dispon vel em lt www anac gov br certificacao MPH Textos MPR 280 P pdf gt Acessado em 15 11 2009 166 A reda o mantida no art 16 do Projeto de Lei do Novo C digo Aeron utico em tramita o 167 A Conven o Internacional de Avia o Civil foi firmada pelo Brasil pelo Decreto n 21 713 46 123 16 Prote o Ambiental e a Resolu o Al6 3 Ru do de Aeronaves na Vizinhan a de Aeroportos Anos depois na Assembl ia de 2001 surgiu a Resolu o A33 7 abordando a quest o do ru do atrav s da pol tica da abordagem equilibrada Guidance on the Balanced Approach to Aircraft Noise Management Doc 9829 que consiste em identificar o problema de ru do e analisar as medidas dispon veis e aptas para reduzir ru dos atrav s de quatro elementos redu o do ru do na fonte geradora planejamento e gest o do uso do solo procedimentos operacionais de mitiga o de ru do e restri es operacionais em determinados per odos do dia Seg
234. ga os estabelecimentos comerciais em que o n vel de press o sonora do ambiente interno ultrapassar os 80 dB A a colocar um aviso com os seguintes dizeres A polui o sonora a partir de 80 dB pode provocar lcera irrita o excita o man aco depressiva desequil brios psicol gicos estresse degenerativo e pode aumentar o risco de infarto derrame cerebral infec es osteoporose hipertens o arterial e perdas auditivas entre outras enfermidades Verifique os n veis de press o sonora a que voc est se expondo e reflita Como o fregiientador poder verificar os n veis a que est exposto A medida salutar se fosse para qualquer n vel e n o quando este ultrapassar os 80 dB O estabelecimento deveria contar com um painel eletr nico que indique em tempo real o n vel em dB A com prop sitos educativos Por m acima de 80 dB in cuo pois o estabelecimento estaria confessando que o n vel interno exorbita os 80 dB Lembremos que acima de 85 dB conforme a NR15 estamos num ambiente laboral insalubre em que os pr prios funcion rios do estabelecimento deveriam usar EPI s Muito importante contudo a previs o do 84 do art 7 que trata do ru do do tr fego indicando que se o n vel de press o sonora por ele gerado ultrapassar os n veis fixados na lei isto da NBR 10 151 para os diversos zoneamentos e hor rios caber ao rg o respons vel pela via buscar com a coopera o dos demais rg
235. gada a se debru ar sobre o problema elaborando os primeiros estudos em 1952 Um deles mostrava que a partir de 45 dB medidos em Leq Nivel de Press o Sonora Equivalente cont nua a comunidade come ava a reclamar e que acima de 55 dB as reclama es podiam ir desde amea as at a es coletivas contra as autoridades Observa se pois que a preocupa o das autoridades militares na d cada de 50 n o estava relacionada com o transtorno do ru do aeron utico na comunidade e sim com o tipo de inc modo que a comunidade poderia causar em fun o dos n veis de ru do Guardando rela o com essa metodologia a mesma preocupa o foi manifestada no Brasil atrav s da ado o do ndice Ponderado de Ru do IPR em 1981 que estabelecia a rea o da comunidade ao ru do a partir de 53 dB e a es comunit rias acima de 60 dB Dai a conclus o de NUNES e SATTLER Pode se interpretar essa rela o como uma forma de precau o das autoridades aeron uticas no sentido de se defender do inc modo que a comunidade possa causar com reclama es e a es judiciais A rela o estabelecida n o mostra uma inten o clara de preocupa o com aspectos relacionados aos efeitos do ru do causados na comunidade O debate a respeito das m tricas acirrado E o tema eminentemente t cnico Que seja pertinente o aprimoramento e harmoniza o dos m todos m tricas ndices e crit rios a respeito do ru do em especial do a
236. hado essas recomenda es Para diminuir o ru do na fonte a Portaria 13 GM 5 94 estabeleceu diversos prazos para que certas aeronaves civis subs nicas fossem gradativamente retiradas de opera o seguindo os padr es de ru do 168 O assunto j tinha sido Objeto das Portarias n 220 GM 5 84 819 GM 5 85 e 628 GM 5 92 124 adotados pela Norma de Sistema do Minist rio da Aeron utica NSMA 58 36 que adota tanto o FAA FAR 36 Noise Standards Aircraft Type and Airworthiness Certification como o Volume I of the Annex 16 to the Convention on International Civil Aviation of the International Civil Aviation Organization ICAO E A referida portaria estabeleceu que a partir de 31 12 1996 ficaria proibida a matr cula de aeronaves n o certificadas NC a partir de 31 12 1998 estariam proibidas de operar nos aeroportos de Congonhas CGH Santos Dumont SDU Recife RFC Vit ria VIC e Fortaleza FOR as aeronaves n o certificadas NC sendo que nos demais aeroportos a proibi o seria apenas entre as 23h e 6h a partir de 31 12 2000 a proibi o de opera o para aeronaves n o certificadas NC seria estendida para todos os aeroportos brasileiros a partir de 31 12 1998 estaria proibida a matr cula de aeronaves do Cap tulo 2 72 a partir de 31 12 1999 as empresas a reas deveriam retirar progressivamente de opera o as aeronaves Cap tulo 2 de sua frota no m nimo a raz o de 10 ao ano e finalme
237. hagem onde caixas ac sticas enormes ganham as ruas Aqui barulho sin nimo de poder relatando que at juiz entrou atirando numa caixa de som porque n o conseguia dormir Na mesma reportagem o presidente da Comiss o de Combate Polui o Sonora da OAB PA criada para esse fim 203 A Lei Municipal n Lei n 11 938 95 de S o Paulo regulamentada pelo Decreto n 47 990 06 proibe a utiliza o de sistemas de som em lojas e ve culos para o an ncio da venda de produtos Os infratores est o sujeitos advert ncia multa de R 8 094 que dobra em caso de reincid ncia apreens o do equipamento sonoro ou do ve culo e fechamento do im vel 20a Pesquisa Or amento Familiar N 20051202 Dez 2005 IPP Pref da Cidade do Rio de Janeiro Dispon vel em lt http www armazemdedados rio rj gov br arquivos 1639_re185 20 20 20pof PDF gt Acessado em 15 12 2009 A pesquisa leva em conta a percep o dos entrevistados que declaravam morar junto de vizinhos ou ruas barulhentas Bel m 44 2 Belo Horizonte 44 Porto Alegre 39 Salvador 38 8 S o Paulo 37 4 Aracaju 36 4 Florian polis 35 4 Macap Recife Vit ria Manaus Natal Fortaleza Jo o Pessoa Rio Branco Macei Teresina Curitiba 27 2 Rio de Janeiro 26 6 S o Luis Bras lia Porto Velho Boa Vista Campo Grande Cuiab Palmas Goi nia 20 7 147 em 2005 atribu a o barulho a tr s motivos o aspecto cultural a falta de fiscaliz
238. ho O poder de pol cia administrativa a compet ncia administrativa de disciplinar o exerc cio da autonomia privada para a realiza o de direitos fundamentais e da democracia segundo princ pios da legalidade e da proporcionalidade 20 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 22 edi o Malheiros 1995 21 O direitor do PSIU em S o Paulo declarou ao rep rter da R dio Eldorado em 03 12 2009 de que o rg o possui somente 60 fiscais e que necess rio um esfor o conjunto da prefeitura do estado e de outros rg os afetos para combater a polui o sonora Salienta que h necessidade de educa o O PSIU n o fiscaliza ru do nas cal adas e ruas Para isso deve se acionar a Policia Miliar 203 n o atendia ocorr ncias de polui o sonora oriundas da rua seja de algazarras ou carros E orientava aos radio espectadores a que procurassem a Pol cia Militar nesses casos O Poder P blico principalmente o municipal deve estruturar se para atender adequadamente a esta quest o E sem deixar de lado o aparelhamento adequado lastim vel ver muitos munic pios bem como muitas unidades da Pol cia Militar e Ambiental valendo se de equipamentos paup rrimos que n o suportam o rigor de uma calibra o executada pelo pela RBC ou INMETRO o que torna inv lida a medi o o laudo que baliza a multa e demais san es administrativas e torna in cuo todo esfor o no combate polui o sonor
239. ho e sossego alheio como confirmam as raz es O cap tulo IV do Decreto Lei n 3 688 41 trata das Contraven es referentes Paz P blica incluindo no mesmo capitulo as contraven es de Associa o secreta art 39 Provoca o de tumulto Conduta inconveniente art 40 e Falso alarma art 41 N o 111 FREITAS Vladimir Passos e Gilberto Passos Crimes contra a natureza De acordo com a Lei 9 605 98 7 Edi o Editora Revista dos Tribunais S o Paulo 2001 p 183 65 se pode dizer ent o que ambos dispositivos tutelem o mesmo bem jur dico As raz es do veto se nos afiguram como mero pretexto No mesmo sentido FIORILLO que entende que ambos dispositivos tutelam objetos jur dicos distintos No art 42 das Contraven es Penais a prote o est destinada a algu m portanto individual ao passo que no art 54 da LCA o bem jur dico tutelado tem car ter de difusibilidade Com o art 59 vetado a tentativa reiterada tem sido de enquadrar a polui o sonora no tipo do art 54 do mesmo diploma que trata da polui o em geral como vimos anteriormente ainda que a pena do art 54 reclus o de um a quatro anos e multa bem mais gravosa do que a pretendida pelo legislador no vetado art 59 deten o de tr s meses a um ano e multa considerada de menor potencial ofensivo Para FIORILLO a despeito do veto a polui o sonora ainda subsiste como crime a teor do disposto
240. ic pios arts 29 e 30 mas combina com esta reserva de campos espec ficos reas comuns em que se prev em atua es paralelas da Uni o Estados Distrito Federal e Munic pios art 23 e setores concorrentes entre Uni o e Estados em que a compet ncia para estabelecer pol ticas gerais diretrizes gerais e normas gerais cabe Uni o enquanto se defere aos Estados e at aos munic pios a compet ncia suplementar arts 24 e 30 BASTOS opina que ainda assim mant m um vi s centralizador pois reserva um papel hegem nico Uni o na atividade legislativa atribuindo amplas compet ncias Uni o a diversos t tulos diante das quais a participa o dos Estados se torna evanescente YOSHIDA destaca que a federa o brasileira seguiu a tend ncia centr peta dos Estados federais evoluindo em dire o ao federalismo cooperativo caracterizado pelo primado dos poderes da Uni o em detrimento dos Estados e Munic pios visando um desenvolvimento conjunto e integrado de atividades nacionais em prol do bem estar da popula o Nesse sentido assim resume verbis A Constitui o de 88 adotou a t cnica de enumerar poderes Uni o art 21 22 e deixar os remanescentes aos Estados art 25 81 al m de definir explicitamente os poderes dos Munic pios art 30 e combinou a t cnica acima com possibilidades de delega o art 22 par grafo nico reas comuns com previs o de atua es paralelas da Uni o Fe
241. ica Europ ia como m todo alternativo ao estabelecido para monitoramento de ru do de motociclos 108 O IBAMA trav s da Instru o Normativa n 127 2006 no art 3 estabeleceu que para efeito dos programas de inspe o e manuten o de ve culos os fabricantes importadores de ve culos inseridos nas exig ncias do PROCONVE e do PROMOT deviam disponibilizar em suas p ginas oficiais na Rede Mundial de Computadores no prazo de 90 dias contados da publica o da mesma os valores declarados de ru do na condi o parado Esses valores se referem s configura es de cada MARCA MODELO produzidas ou importadas desde que foi institu da a sua exig ncia de acordo com as Resolu es CONAMA n 1 93 2 93 e 272 2000 no que diz respeito ao ru do Essas informa es podem ser encontradas hoje nas p ginas dos fabricantes na internet A Lei Federal n 10 203 01 que alterou os arts 9 e 12 da Lei n 8 723 2003 ratificou a disposi o da Resolu o CONAMA n 256 99 no sentido de autorizar os Estados implanta o do Programa I M e aos munic pios com frota superior a 3 milh es de ve culos com processos e procedimentos diferenciados bem como limites e periodicidades mais restritivos A resolu o supracitada tamb m regulou a harmoniza o deste Programa com o futuro Programa de Inspe o de Seguran a Veicular Todavia como a implanta o do Programa I M estava autorizada por m sem obrigatoriedade
242. iente ecologicamente equilibrado bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida inserto no art 225 caput da Constitui o Federal direito fundamental imprescrit vel No cap tulo das infra es e san es administrativas contra o meio ambiente relativas polui o o art 61 do Decreto n 6 514 2008 disp e sobre a polui o de qualquer natureza a que se refere o art 54 da Lei n 9 605 98 litteris Art 61 Causar polui o de qualquer natureza em n veis tais que resultem ou possam resultar em danos sa de humana ou que provoquem a mortandade de animais ou a destrui o significativa da biodiversidade Multa de R 5 000 00 cinco mil reais a R 50 000 000 00 cingiienta milh es de reais Par grafo nico As multas e demais penalidades de que trata o caput ser o aplicadas ap s laudo t cnico elaborado pelo rg o ambiental competente identificando a dimens o do dano decorrente da infra o e em conformidade com a grada o do impacto 71 Como vimos a criminaliza o da polui o sonora atrav s do art 54 da Lei n 9 605 98 tem tido relativa aceita o pela jurisprud ncia embora subsista a possibilidade de enquadramento desde que se demonstre ter o cond o de poder causar danos sa de humana Segundo o art 6l par grafo nico supracitado previamente aplica o das penalidades o rg o ambiental dever elaborar um laudo que identifique a dimens o do
243. imo a cada 5 anos o que permite acompanhar as novas tecnologias conforme o caso Embora de car ter volunt rio para o fornecedor a norma NBR pode se tornar obrigat ria quando essa condi o estabelecida pelo poder p blico E nesse caso ainda que n o tenha o cond o de lei acaba tendo for a de lei indiretamente pelo fato de ser referenciada por uma norma jur dica Este o pr prio entendimento da ABNT Nesse sentido o entendimento de renomados juristas E Se existem normas expedidas por rg os oficiais ou pela Associa o Brasileira de Normas T cnicas ou outra entidade credenciada pelo INMETRO sic devem elas ser cumpridas mesmo n o sendo obrigat rias para o fornecedor espec fico Nesse sentido o CDC inclui no art 39 em seu inciso VIII como pr tica comercial abusiva colocar no mercado qualquer produto ou servi o em desacordo com estas normas A finalidade da norma melhorar a qualidade de vida do 29 ABNT NBR a sigla de Norma Brasileira aprovada pela ABNT de car ter volunt rio e fundamentada no consenso da sociedade Torna se obrigat ria quando essa condi o estabelecida pelo poder p blico Dispon vel em lt http www abnt org br m2 asp cod_pagina 963 gt 280 MARQUES Cl udia Lima BENJAMIN Ant nio Herman MIRAGEM Bruno Coment rios ao C digo de Defesa do Consumidor Revista dos Tribunais S o Paulo 2004 p 507 191 brasileiro melhorando a qualidade dos produtos
244. inado durante todos os per odos diurnos de um ano Levenins que o n vel sonoro m dio de longa dura o ponderado A conforme definido na norma ISO 1996 2 1987 determinado durante todos os per odos vespertinos de um ano e Light que o n vel sonoro m dio de longa dura o ponderado A conforme definido na norma ISO 1996 2 1987 determinado durante todos os per odos nocturnos de um ano 42 Para as pr ximas etapas h necessidade de preparar mapas de ru do e planos de a o para as aglomera es de mais de 100 mil habitantes Os mapas devem ficar prontos para 2012 e os planos de a o para 2013 43 5 DIREITO NACIONAL O direito nacional disp e de um importante arcabou o jur dico de legisla o ambiental Com o in cio da Rep blica a produ o legislativa ambiental se deu de forma mais acentuada impulsionada pelo C digo Civil de 1916 embora possam ser identificados embrionariamente tra os de tutela ambiental no per odo pr republicano A partir dai surgem legisla es mais espec ficas dentre as quais o C digo de guas Decreto n 2 643 1934 o C digo Florestal Decreto n 23 793 1934 o C digo de Pesca Decreto Lei n 794 1938 e o C digo de Minas Decreto Lei n 1985 1940 E na d cada de 60 dentre outros o Estatuto da Terra Lei n 4 504 64 o novo C digo Florestal Lei n 4 771 1965 Lei de Prote o Fauna Lei n 5 197 1967 o novo C digo de Pesca Decreto Lei n 221 196
245. ion rios t m recebido telefonemas e depoimentos da popula o que est de olho em cada detalhe das propagandas e no comportamento dos candidatos C mara Municipal e prefeitura de Jo o Pessoa Na orla da Capital a equipe que fiscaliza a propaganda eleitoral de rua apreendeu nesta manh um carro de som que fazia publicidade para um candidato a vereador porque o ve culo n o havia sido cadastrado pelo partido na Justi a Eleitoral para sair s ruas com a propaganda De acordo com as novas regras os carros de som precisam ser cadastrados e passar uma medi o de som na Secretaria do Meio Ambiente devendo cumprir com as normas de volume Dispon vel em http www paraibal com br noticia aberta id 10090 Acessado em 10 08 2008 160 Vinte e quatro carros de som de candidatos a prefeito e vereador de S o Lu s foram apreendidos ontem em mais uma opera o conjunta do Tribunal Regional Eleitoral do Maranh o TRE MA do Minist rio P blico Eleitoral MPE das pol cias Federal Civil e Militar do Batalh o de Pol cia Ambiental e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente Sema Os ve culos estavam circulando pelas ruas e avenidas da capital maranhense veiculando propaganda eleitoral com volume acima dos 54 decib is permitidos pela Lei do Sil ncio Todos os carros de som foram levados inicialmente para a Delegacia de Meio Ambiente na avenida Beira Mar onde foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorr ncia TCO Depois foram encaminh
246. ionados na via p blica ou algazarras na rua A op o restante recorrer Pol cia Militar As estat sticas da PM de Santa Catarina mostram que o barulho d mais trabalho aos policiais militares do que furtos e agress es haja vista de 80 das liga es recebidas durante os finais de semana s o reclama es de som alto que s o enquadradas como contraven o de perturba o do sossego alheio Outro motivo a contum cia dos poluidores A Prefeitura Paulistana lacrou mas de uma vez estabelecimentos como os bares Santa Helena e Vila Izabel em S o Paulo por polui o sonora e aus ncia de alvar de funcionamento Mas ambos reabriram desobedecendo decis o administrativa A insist ncia dos bares levou a Subprefeitura Vila Mariana a denunci los ao Distrito Policial por crime de desobedi ncia Um artif cio fregiiente obter o alvar da Prefeitura para uma determinada atividade e depois transform la em outra produzindo inc modos sonoros Todavia essa artimanha configura desvio de finalidade atac vel administrativa e judicialmente 2 No Munic pio de S o Paulo os ltimos dados divulgados atrav s do s tio na internet davam conta de que no ano de 2002 o Programa de Sil ncio Urbano PSIU tinha recebido um total de 22 863 den ncias das quais 6 520 eram den ncias novas e 16 343 den ncias reincidentes Como resultado 5 670 estabelecimentos foram oficiados 6 638 vistoriados 432 intimados e autuad
247. ional legislation besides the experience of America and the European Community deals with noise pollution in federal state a local level Also will examine the competence of each federation member the National Environmental Policy regulations of the Nationals Environmental Counsel CONAMA the urban policy laws and its main instruments reviewing some state a local laws Follows a study of the main sources of noise pollution non stationary and stationary sources vehicles airplanes bars and restaurants industries and religious services Finally the roll of the Public Power Public Attorneys and Society in the effectiveness of the Environment protection Keywords Noise Pollution Environmental Right Urban Environment Noise INTRODU O Neste trabalho iremos abordar a problem tica da polui o sonora urbana no mbito nacional fazendo breve men o s experi ncias estrangeiras em particular europ ia e norte americana No Cap tulo 1 faremos uma contextualiza o do tema mostrando brevemente a evolu o dessa preocupa o com a polui o sonora no mbito da OMS e a sua inser o no mbito do direito ambiental No Cap tulo 2 trataremos dos efeitos da polui o sonora come ando pelas informa es divulgadas pela OMS Posteriormente abordaremos os efeitos auditivos e extra auditivos dando nfase a estes ltimos por serem os respons veis pela maioria dos dist rbios sofridos pela popula o exposta
248. ir teres socestea seagate es tocoe ico su eienda see cacosa seas exstnaso vieico 189 7 1 LEGISLA O E NORMAS ABNT ii eeereeeeeeeereeeeeeaneeaaneaaeaaaeaaananas 189 T NBR ES seus DS ndo cont de aa a A lo UR AL UR RE OA REA a s 191 7 9 NBRATQ o raciais dia da saia E ala Se ab dao SRA d aba DS AS EEAS 195 8 EFETIVIDADE DO COMBATE POLUI O SONORA cceeereeneereensenes 197 8 1 ATUA O DO PODER P BLICO cccciisieteeeererereeeeeaeanearererereatanearererereananata 197 8 2 FUN O DO MINIST RIO P BLICO ccteeesrrreeeeeeaeeerrrerereraneererererenaaanta 206 8 3 PAPEL DA COLETIVIDADE seeretari eanes EA Ea aE a A EOE asi canos E E alas et OAN 208 9 CONSIDERA ES FINAIS seeseesesosssoossosssesesosecoseoescosscossooseessseseeceseosseosscosssssses 211 10 CONCLUS ES Ea a 217 BIBLIOGRAFIA c scssseisassosesesiossorsesiroseresra sen issdosocebasas sa cassbcietata set senene ooo sso ostsee 224 ANEXOS T nar canta Guiana rico iara Cacaso EE 232 Banca Examinadora Breve o sil ncio ser uma lenda O homem deu as costas para o sil ncio Dia ap s dia inventa m quinas e dispositivos que aumentam o ru do e distraem a humanidade da ess ncia da vida da contempla o medita o Japitando uivando gritando batendo rangendo fazendo barulho amortece o seu ego Sua ansiedade subsiste Seu vazio desumano se espalha monstruosamente como uma vegeta o cinzenta tradu
249. iro de 1974 que aprova Instru es para Opera o de Helic pteros e para Constru o e Utiliza o de Helipontos ou Heliportos e o Normas da Associa o Brasileira de Normas T cnicas ABNT Conforme a Instru o IAC 4301 5 1 A autoriza o de constru o e ou modifica o de caracter sticas f sicas e ou operacionais emitida pelo DAC n o isenta o interessado 130 quanto ao cumprimento das posturas Municipais e Estaduais e demais Federais bem como da obten o do licenciamento junto aos rg os Ambientais E ainda 5 2 Caso venham a ser implantadas edifica es ou outras estruturas que interfiram nos gabaritos dos Planos de Zona de Prote o ou de Zoneamento de Ru do o aer dromo poder ser objeto de restri es podendo inclusive ter o seu Registro cancelado 5 4 De acordo com a an lise sobre o impacto de ru do aeron utico na rea de influ ncia do aer dromo relacionando o respectivamente com o uso do solo e o ndice de ocupa o urbana existente o DAC poder estabelecer procedimentos espec ficos restringindo sua opera o O aeroporto um equipamento urbano e como tal precisa orientar a implanta o desenvolvimento e expans o de uma unidade aeroportu ria de maneira ordenada e ajustada evolu o das demandas do transporte a reo visando ao pleno aproveitamento do potencial do s tio aeroportu rio para atendimento dessa demanda e orientando ainda uma aloca o racion
250. is restritivos bem como suplementar a Resolu o para atender aos costumes locais Estabelece apenas limites para o per odo diurno e noturno diferenciando esses n veis conforme o tipo de uso e ocupa o do solo os m todos de medi o os requisitos quanto aos equipamentos a serem utilizados e os cuidados com a calibra o dos mesmos Essas medidas de car ter geral s o m nimas para que a cadeia de medi o seja confi vel Todavia uma boa legisla o harmoniosa em n vel nacional n o ser eficaz se n o acompanhada de uma severa fiscaliza o As fontes poluidoras sejam fixas ou m veis devem ser objeto do exerc cio poder de pol cia de forma a inibir o mais rapidamente poss vel os ru dos excessivos Para isso o Programa Sil ncio prev a capacita o atrav s de cursos t cnicos dos agentes envolvidos com o controle da polui o sonora lastim vel corroborar a falta de preparo de alguns deles quanto aplica o da legisla o requisitos e uso dos equipamento de medi o metodologia e c lculo o que prejudica o efeito controle da polui o sonora O Programa Sil ncio prev o incentivo capacita o de recursos humanos e apoio t cnico e log stico dentro da pol cia civil e militar de forma que estes possam receber as den ncias e tomar provid ncias de combate polui o sonora urbana em todo o Territ rio Nacional Lembremos que 80 das liga es recebidas durante os finais de semana pela Pol
251. istem tica do Direito Resultante da mera viola o ao ordenamento jur dico tutelar do meio ambiente a responsabilidade administrativa n o se funda na culpa a teor do artigo 70 da Lei n ART 20 1 DO C DIGO PENAL HIP TESE EM QUE O ESTABELECIMENTO N O TINHA ALVAR DE FUNCIONAMENTO DATA DOS FATOS LICEN A ADMINISTRATIVA QUE AL M DE INEXISTENTE N O PERMITIRIA AOS APELADOS A AGIR EM DESCONFORMIDADE COM A LEI EXERC CIO DE ATIVIDADE EMPRESARIAL QUE PRESSUP E O CONHECIMENTO DAS NORMAS LEGAIS ATINENTES ESP CIE ESPECIALMENTE NO CONCERNENTE AOS N VEIS DE POLUI O SONORA PROVA OUTROSSIM DE QUE OS APELADOS J TINHAM SIDO NOTIFICADOS PELO RG O COMPETENTE ACERCA DOS LIMITES SONOROS CONDENA O QUE SE IMP E RECURSO CONHECIDO E PROVIDO 117 No art 153 revogou expressamente os Decretos nos 3 179 de 21 de setembro de 1999 3 919 de 14 de setembro de 2001 4 592 de 11 de fevereiro de 2003 5 523 de 25 de agosto de 2005 os arts 26 e 27 do Decreto n 5 975 de 30 de novembro de 2006 e os arts 12 e 13 do Decreto n 6 321 de 21 de dezembro de 2007 68 9 605 98 a menos que haja expressa previs o legal exigindo a presen a do elemento subjetivo tal como no 3 do art 72 que trata da multa simples Das dez san es previstas no art 72 nove utilizam o crit rio da responsabilidade sem culpa ou objetiva seguindo o sistema da Lei n 6 938 81 afirma FREITAS 8 N o se faz necess rio para
252. istir como pessoa jur dica Por m como constam no autos tinha sido uma das organizadoras do evento do ltimo ano Perceba se nesse fato a perversidade da situa o a vizinhan a por decis o do magistrado deve suportar a polui o sonora de uma empresa que autorizada pela municipalidade n o existe juridicamente e nem recolhe os impostos devidos Aos mun cipes resta ent o o duplo preju zo de ficar sem os benef cios financeiros indiretos da atividade e com o preju zo da perturba o sonora 6 2 2 Ind strias As atividades industriais como fonte de polui o sonora resultante do seu processo produtivo afeta tanto aos seus pr prios funcion rios como a vizinhan a no seu entorno O aspecto interno n o desenvolvido neste trabalho que se avoca ao aspecto externo e que tratado por normas do Minist rio do Trabalho e do Minist rio de Previd ncia Social Quanto s emiss es externas de ru do as ind strias com maior potencial poluidor s o em geral as que possuem maquin rio pesado para o desenvolvimento de sua atividade tais como pedreiras tecelagem metal rgicas papel e celulose vidros moinho e farinha dentre outros Isso pode ser inferido pela maior incid ncia de PAIR Perda Auditiva 1 SANTOS Ant nio Silveira Ribeiro Polui o Sonora e Sossego P blico Dispon vel em lt http www aultimaarcadenoe com artigo1l2 htm gt Acessado em 15 12 2006 167 242 243 Induzida pelo Ru do ness
253. jeitada mormente quando o r u o s cio ou respons vel pelo estabelecimento poluidor Nas A es Civis P blicas da mesma forma temos decis es favor veis e desfavor veis Visto que o Minist rio P blico largamente quem mais prop e este tipo de a es muitas delas foram extintas sem julgamento do m rito por ilegitimidade ativa alegando se que o Parquet n o estaria legitimado a promover a ACP em favor de um ou 27 Por conta do artigo intitulado O OUTRO LADO DA VIOL NCIA Tadeu da Silva Santos coordenador da ONG S cios da Natureza Ararangu SC foi objeto de queixa crime No artigo criticava as autoridades locais Policia Militar Promotoria P blica e Diretoria do Detran por incompet ncia neglig ncia e improbidade administrativa em rela o ao combate polui o sonora local A o Penal n 004 06 005592 1 Vara Criminal de Ararangu SC 27 06 06 Lembre se que o TRF4 no Recurso Criminal em Sentido Estrito n 2004 72 01 006215 4 SCM em que em situa o an loga a senten a consignou Dizer que uma autoridade contrariou a lei ao inv s de defend la afirma o que se situa ainda aqu m daquele campo abrangido pela norma penal inoportuno manifesta o de ignor ncia muitas vezes grosseiro por certo Mas n o crime A ONG S cios da Natureza foi a quarta mais votada no pa s na elei o ocorrida dia 05 02 2009 para ocupar uma das 11 vagas nacionais na bancada ambientalista do
254. la o municipal Se os templos est o fazendo a sua parte cabe s autoridades fazerem o pr prio para que seja poss vel a coexist ncia pac fica de respeito a ambos os direitos fundamentais 277 TJSP Apela o Com Revis o CR 6257115000 SP Relator a Almeida Sampaio Julgamento 11 06 2008 rg o Julgador 13 C mara de Direito P blico Publica o 05 09 2008 Apela o C vel com Revis o n 625 711 5 0 00 Ementa A o Civil P blica Polui o sonora Absten o por igreja da produ o de som e de novas instala es sem o pr vio tratamento ac stico dos templos Legitimidade do Minist rio P blico Pedido prejudicado em parte devido a entrega de um dos im veis Car ter gen rico do pedido com refer ncia aos demais im veis Fiscaliza o dos efeitos dos cultos e dos ru dos a cargo da Municipalidade Improced ncia da a o Preliminar rejeitada e pedido acolhido em parte 778 Di rio de S Paulo 21 06 2009 Som alto durante missas e cultos lidera lista de queixas no Minist rio P blico de SP Dispon vel em lt http oglobo globo com cidades sp mat 2009 06 21 som alto durante missas cultos lider gt Acessado em 22 06 2009 189 7 NORMAS ABNT No Cap tulo anterior foram citadas v rias normas da Associa o Brasileira de Normas T cnicas ABNT Cabe portanto alguns esclarecimentos a respeito dessas normas A ABNT fundada em 1940 uma entidade privada sem fins lucrativos reconh
255. la dupla estacionamento atr s de outros ve culos em locais proibidos como vaga de deficiente guia rebaixada etc movidos pela convic o de que se ningu m reclamar est tudo bem Agir preventivamente ou pela simples convic o do dever parece algo ultrapassado fora de moda o que se observa frequentemente na a o ou melhor na omiss o do Poder P blico em rela o polui o sonora Ainda que haja previs o expressa do CTB art 228 quanto ao som alto dos carros in meros ve culos passam pelos postos policiais com o som em alt ssimo volume fazendo vibrar os vidros das janelas da vizinhan a disparando os alarmes dos ve culos estacionados sem ser obstados pelas autoridades policiais que presenciam o fato A seguir a norma NBR 10 151 estabelece algumas defini es tais como n vel de press o sonora equivalente LAeq em decibels ponderados em A dB A e as caracter sticas dos equipamentos de medi o a serem utilizados Reza o item 4 1 que O medidor de n vel de press o sonora ou o sistema de medi o deve atender s especifica es da IEC 60651 e que possua recursos para medi o de n vel de press o sonora equivalente ponderado em A LAeg conforme a IEC 60804 ou s que lhes sucederem 193 Esses requisitos s o extremamente importantes As normas IEC 651 e IEC 804 s o normas que especificam tanto as caracter sticas construtivas dos equipamentos como os pr
256. larece que as normas referentes polui o causada por ru dos ser o fixados por decretos espec ficos Na compensa o de emiss es segundo as altera es introduzidas pelo Decretos n 50 753 2006 e 52 469 2007 o ru do um dos par metros a serem aferidos pela CETESB para autorizar a utiliza o dos cr ditos gerados por fontes m veis art 42 A 85 1 85 Cabe destacar que o Decreto n 12 342 1978 que aprovou o Regulamento referido pelo art 22 do Decreto Lei n 211 1970 dispondo sobre normas de promo o preserva o e recupera o da sa de no campo de compet ncia da Secretaria de Estado da Sa de trata da polui o do meio ambiente e da compet ncia da CETESB para o caso de polui o da gua do ar e do solo E no par grafo nico do art 343 do referido Decreto sons vibra es e ru dos inc modos s o considerados poluentes ambientais Artigo 343 Quando a polui o do meio ambiente gua ar e solo oferecer risco sa de a autoridade sanit ria alertar a CETESB para as provid ncias cab veis Par grafo nico A ocorr ncia de sons vibra es e ru dos inc modos configura polui o do meio ambiente grifamos Medidas indiretas de mitiga o como o Programa Permanente de Amplia o das reas Verdes Arborizadas Urbanas Lei n 13 580 2009 visam aumentar por meio de projetos de plantio de rvores o ndice de rea Verde IAV de 12 m2 doze metros quadrados por ha
257. lecidos pela norma NBR 9714 A esse n vel m ximo especificado pelo fabricante ser o acrescidos 3 dB A para efeitos de fiscaliza o do ve culo em circula o Conforme j previsto na Resolu o n 18 86 a Resolu o CONAMA n 07 93 veio a estabelecer padr es de emiss o para ve culos em uso uniformizando os procedimentos a serem adotados na implanta o dos Programas de Inspe o e Manuten o de Ve culos em Uso I M pelas administra es estaduais e municipais Dentre outros poluentes tratou do ru do de ve culos com motor do ciclo Otto e Diesel 107 Dispunha a respeito da inspe o obrigat ria art 3 para os ve culos automotores com motor de combust o interna seguindo a metodologia da norma NBR 9714 e utilizando se de medidor calibrado pela Rede Brasileira de Calibra o RBC ou INMETRO E a altera o introduzida pela Resolu o CONAMA n 227 1997 no art 2 introduzia a inspe o do item ru do nos Programas I M sem estabelecer ainda quais seriam os limites de emiss o A Resolu o n 07 93 foi complementada pela Resolu o n 252 99 incluindo a verifica o obrigat ria de itens relacionados com a emiss o de ru do e estabelecendo limites m ximos de ru do nas proximidades do escapamento para a fiscaliza o das emiss es sonoras dos ve culos que circulam nas vias p blicas Todavia os valores limites estabelecidos seriam utilizados como refer ncia para fins de inspe
258. lemas no desenvolvimento da fala linguagem leitura na aprendizagem e at na socializa o de crian as adultos e idosos Da mesma forma compromete a comunica o entre os animais sua sobreviv ncia individual bem como a da esp cie Dai a import ncia de se conhecer e entender a fisiologia da audi o e a interfer ncia sofrida pela polui o sonora 2 1 No HOMEM A orelha o nico rg o dos sentidos a permanecer alerta 24h por dia suportando no m ximo o som ambiente correspondente a aproximadamente 60 decibels Tomando como base a fisiologia humana oportuno citar a explica o simples por m did tica que ARA JO e REGAZZI fazem para que possamos compreender a complexidade e fragilidade do rg o auditivo As partes externa e interna da orelha t m a fun o de captar e transmitir os est mulos para a orelha interna onde est o localizados os receptores sensoriais O pavilh o auditivo e o canal externo conduzem o som at o t mpano membrana que vibra com as varia es de press o Esta vibra o transmitida aos oss culos martelo bigorna e estribo ocorrendo uma transmiss o e amplifica o por vibra o Este ltimo est ligado janela oval que separa a orelha m dia da interna Na orelha m dia existem tamb m m sculos cuja finalidade amortecer eventualmente a movimenta o dos oss culos para proteger a orelha interna Na orelha m dia encontra se tamb m uma extremidade da tro
259. locidade do carro E associado ao pneu a rugosidade do asfalto das vias Alguns fabricantes al m de medir os ru dos normais de rodagem utilizam novas tecnologias que permitem mensurar tamb m os chamados ru dos transit rios origin rios do ranger de cabos e trincos e vibra es de chapas O Conselho Nacional do Meio Ambiente CONAMA determinou atrav s da Resolu o n 10 84 que a sua Secretaria Executiva promovesse estudos sobre polui o causada pelos ve culos automotores e apresentasse proposta de resolu o para a ado o de medidas destinadas ao Controle da Polui o por Ve culos Automotores O CONAMA a partir de 1993 baseado em propostas elaboradas pela CETESB autorizou a implanta o regional de programas de inspe o veicular que al m dos par metros de emiss es de gases e fuma a preta inspecionassem o ru do dos ve culos O CONTRAN regulamentou a inspe o veicular em 1995 permitindo que os governos estaduais a implantassem integrando tanto os aspectos de seguran a como de emiss es de gases poluentes Essa inspe o acabou sendo revogada pelo CONTRAN e suspensa em outra ocasi o Essa deliberada paralisia da autoridade m xima de tr nsito resultou na transfer ncia da defini o das regras da ITV Inspe o de Tr nsito Veicular para o Congresso onde um ambicioso e pol mico projeto de lei tramita h anos concentrando o poder da execu o da inspe o veicular em toda extens o do te
260. m conjunto com os rg os respons veis envolvidos neste processo Infraero Prefeitura Municipal de Guarulhos e Secretaria de Estado de Meio Ambiente encaminhamento para solu o do problema da ocupa o irregular do entorno do Aeroporto de Cumbica Of cio SMA CPRN DAIA 217 95 1 8 Os primeiros estudos foram apresentados em 1992 e um segundo estudo em 2002 O Parecer sobre a Situa o Atual do Aeroporto Internacional de S o Paulo Guarulhos Andr Franco Montoro de maio de 2004 emitido pela Prefeitura Municipal de Guarulhos lembra que no EIA as medi es realizadas no per odo diurno revelaram que em todos os pontos medidos ocorre ultrapassagem do padr o legal NBR 10 151 que determina o limite de 50 decib is entre 57 e 72 decib is de Leq especialmente para escolas e hospitais E propunha medidas mitigadoras como a prote o ac stica de equipamentos urbanos escolas hospitais etc altera es operacionais tais como proibi o de tr fego de aeronaves ruidosas em determinados per odos mudan a da zona de aproxima o e decolagem conforme o hor rio e dire o do vento entre outras vari veis QUEIROZ Gerente Regional de Meio Ambiente da INFRAERO admitia em 2006 que os processos de licenciamento revelavam os efeitos do ru do sobre as comunidades vizinhas ao Aeroporto propondo como medidas vi veis para enfrentamento do problema o controle de v os altera o dos procedimentos de pous
261. m de som para o exterior de estabelecimentos instala es ou espa os inclusive aqueles destinados ao lazer cultura e hospedagem e institucionais de toda esp cie que se utilizem de fonte sonora com transmiss o ao vivo ou qualquer sistema de amplifica o 96 Quando da solicita o dos respectivos Alvar de Funcionamento para locais de reuni o ou da Licen a de Localiza o e Funcionamento dever ser providenciado dentre outros documentos um laudo t cnico que comprove o tratamento ac stico art 4 exig ncia ratificada pelo Decreto n 49 969 2008 art 38 O laudo ser elaborado por empresa id nea com a assinatura de todos os profissionais devidamente identificados incluindo habilita o layout do im vel descri o detalhada do projeto ac stico perda de transmiss o ou isolamento sonoro das parti es preferencialmente em bandas de frequ ncia de 1 3 um ter o de oitava comprova o t cnica da implanta o ac stica efetuada levantamento sonoro em reas possivelmente impactadas e apresenta o dos resultados obtidos contendo as normas legais seguidas croquis com os pontos de edi o e conclus es art 5 A validade do Alvar de Funcionamento para locais de reuni o ter validade de 1 um ano e a Licen a de Localiza o e Funcionamento de 2 dois anos podendo ser cassados a qualquer tempo se houver qualquer altera o f sica do im vel ou reformas que impliquem na
262. m se posicionado nesse sentido O local da constru o de heliponto deve ser tal que o ru do de pouso e decolagem n o traga inc modo coletividade vizinha respeitados os limites sonoros da legisla o vigente Portaria n N 18 GM5 74 Dever observar tamb m a IAC 2328 90 Portaria n 1 141 87 e IAC 4301 2001 6 1 2 3 Normas ABNT V rias s o as normas t cnicas elaboradas no mbito da ABNT relacionadas ao ru do aeron utico A seguir destacaremos algumas delas A NBR 8572 1984 fixa os valores de redu o de n veis de ru do proporcionados por fachadas e ou coberturas de edifica es localizadas na rea II dos Planos de Zoneamento de Ru dos de Aeroportos Segundo essa norma para aeroportos como de Guarulhos Congonhas Gale o Porto Alegre dentre outros os ambientes acusticamente tratados devem ter uma redu o de 30 a 40 dB A entre o n vel de ru do externo e o interno edifica o A norma ser utilizada para adequar os recintos que se encontram nas reas I e II do Plano de Zoneamento de Ru do 182 A Lei omite a que indicador o n vel de 95dB 183 Perturba o ao sossego Utiliza o de heliporto Autoriza o da prefeitura Irrelev ncia Direito de vizinhan a Uso nocivo da propriedade Utiliza o de heliporto Zona residencial Constru o aprovada pela prefeitura municipal e n veis de ru do compat veis com o IPT Instituto de Pesquisas Tecnol gicas Irrelev ncia Perigo para os
263. m superar o n vel indicado na Resolu o CONTRAN n 35 98 7 6 1 1 3 Propaganda Eleitoral Conforme verificamos na Resolu o CONAMA n 01 90 a propaganda pol tica est especificamente citada entre as atividades emissoras de ru dos que devem atender ao n veis m ximos da NBR 10 151 Entretanto comum encontrar legisla es municipais que omitem ou excetuam a propaganda eleitoral de atender aos n veis m ximos de ru do Resta evidente que os legisladores desses diplomas legais n o est o alinhados com o interesse da sa de e do sossego p blico como destaca a Resolu o CONAMA n 01 90 e at as legisla es municipais mas com seus pr prios interesses eleitoreiros A legisla o eleitoral Lei n 9 504 97 estabelece no seu art 39 83 que o funcionamento de alto falantes ou amplificadores de som ressalvada a hip tese contemplada no par grafo seguinte 4 somente permitido entre as 8h e 22h sendo vedados a instala o e o uso daqueles equipamentos em dist ncia inferior a 200 metros I das sedes dos Poderes Executivo e Legislativo da Uni o dos Estados do Distrito Federal e dos Munic pios das sedes dos Tribunais Judiciais e dos quart is e outros estabelecimentos militares II dos hospitais e casas de sa de III das escolas bibliotecas p blicas igrejas e teatros quando em funcionamento Por incr vel que possa parecer esta infra o a infra o mais comum 57 A Resolu o C
264. ma extrapola fronteiras Em Portugal com a entrada em vigor Regime Legal sobre polui o sonora institu do pelo Decreto Lei n 292 2000 at os sinos das igrejas come aram a silenciar que as queixas da popula o fizeram com que a Dire o Geral do Ambiente notificasse as dioceses a respeito da observ ncia da nova lei proibindo p A 264 inclusive que os sinos marcassem as horas durante a noite entre 22h e 7h da manh Os cultos n o escapam ao disposto na Resolu o Conama n 1 90 que estabelece que a emiss o de ru dos em decorr ncia de quaisquer atividades industriais comerciais sociais ou recreativas inclusive as de propaganda pol tica obedecer no interesse da sa de do sossego p blico aos padr es crit rios e diretrizes estabelecidos nesta Resolu o Portanto os n veis crit rios da NBR 10 151 al m das legisla es estaduais e municipais pertinentes regem as emiss es advindas dessa atividade social Uma dessas legisla es foi a Lei n 13 190 01 do Munic pio de S o Paulo que disp s sobre o controle da polui o sonora emitida nos Templos de Culto Religiosos trazendo tona a pol mica do lobby de grupos religiosos nos meios legislativos visto que a referida lei beneficiava templos de culto religioso organiza es sem fins lucrativos e de atividade intermitentes Dispunha o referido dispositivo no 1 do art 1 que a medi o do ru do desta fonte seria efetuada d
265. menos restritivos do que a legisla o federal sob alega o de estar atendendo a interesses locais Assim fazendo gi 87 estariam ferindo o patamar m nimo nacional ambiental Em termos de compet ncia administrativa ou material temos a exclusiva e a comum Dentre as exclusivas temos as da Uni o art 21 a dos Estados art 25 819 e a dos Munic pios art 30 I a VIII E na compet ncia comum temos a da Uni o a dos Estados a do Distrito Federal e a dos Munic pios art 23 conforme texto constitucional litteris 34 Idem p 34 Art 23 compet ncia comum da Uni o dos Estados do Distrito Federal e dos Munic pios VI proteger o meio ambiente e combater a polui o em qualquer de suas formas grifamos 8 MACHADO op cit p 642 86 Nota no texto o autor confunde a norma NBR 10 152 com a NBR 10 151 certamente por conta do erro na publica o da Resolu o CONAMA 01 90 sanado posteriormente como consta no rodap da publica o 837 YOSHIDA op cit p 39 52 Ainda que essa sobreposi o de compet ncias oriunda da compet ncia administrativa comum seja foco de conflitos representa segundo YOSHIDA um avan o no sentido da coopera o administrativa entre os entes federativos pois descentraliza a administra o n o por conta dos conv nios que possam ser celebrados mas por for a da pr pria Constitui o Com isso Estados e Munic pios podem exec
266. mente causem degrada o ambiental bem como a a o fiscalizat ria Muitos dos estabelecimentos que causam inc modo aos moradores 22 Ex diretor do Programa de Sil ncio Urbano Psiu o coronel da reserva da Pol cia Militar Fernando Coscioni citou os empreendimentos de Lilian Gon alves como exemplos de redutos intoc veis de fiscaliza o na cidade Disse que era comum receber telefonemas de pol ticos e visitas de chefes de gabinete logo ap s multar ou fechar um estabelecimento pedindo que as casas fossem abertas com agilidade 204 sequer possuem alvar de funcionamento o que refor a a tese de que o trabalho fiscalizat rio de regularidade dos estabelecimentos uma medida preventiva eficaz para se coibir a polui o sonora N o menos importante revela se a incumb ncia do Poder P blico no plano do Judici rio dizendo o direito quando provocado Esperar se ia que os conflitos que envolvem as quest es ambientais fossem solucionados no mbito administrativo pela pr pria a o do Poder Executivo A crescente contum cia dos infratores a falta de fiscaliza o estatal os interesses pol ticos conflitantes tanto em face de outros entes federativos como da pr pria coletividade bem como a simples omiss o do Estado em promover pol ticas p bicas protetivas do meio ambiente tem levado a um crescimento exagerado da judicializa o dos conflitos Por outro lado diante da provoca o do Parq
267. meter a sobreviv ncia de muitas esp cies e da vida humana inclusive justifica a tr plice responsabilidade estipulada pela Carta Magna no art 225 83 a saber penal administrativa e civil Esperar se ia que a esfera administrativa fosse capaz de prevenir o dano ambiental A pr tica por m mostra que isso est longe de ser verdade A in rcia omiss o ou inefici ncia do Poder P blico fortalece a contum cia dos poluidores que avan am desenfreadamente atrevidamente destemidamente na consecu o do lucro ao arrepio da lei em detrimento do meio ambiente Sendo o direito ao meio ambiente um direito fundamental FIORILLO justifica que a sua tutela tenha sido implementada de forma t o severa calcado no preceito constitucional inserto no art 5 XLI da Constitui o Federal a lei punir qualquer discrimina o atentat ria dos direitos e liberdades fundamentais A criminaliza o resultou num inibidor da atividade poluidora muito embora n o resultou na panac ia para todos males al Se anteriormente prevista no 83 do art 225 da Constitui o Federal a responsabiliza o penal da pessoa jur dica por crime ambiental veio a ser implantada pelo art 3 da Lei 9 605 98 que assim disp e Art 3 As pessoas jur dicas ser o responsabilizadas administrativa civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei nos casos em que a infra o seja cometida por decis o de seu representante legal ou c
268. moradores Exist ncia Inadmissibilidade Embora a constru o de heliporto em bairro estritamente residencial tenha sido autorizada por ato administrativo junto Prefeitura de S o Paulo e muito embora tenha o laudo pericial constatado que o ru do existente quando do pouso e decolagem do helic ptero seja compat vel com as normas t cnicas pertinentes o enfoque da quest o deve levar em considera o n o apenas o sossego mas acima de tudo a seguran a dos vizinhos Ap s rev 517 388 12 C m do 2 TACSP j 27 8 98 rel Gama Pellegrini 133 A NBR 12 314 1997 tem por objetivo estabelecer os procedimentos para medir calcular corrigir e analisar os dados e estabelecer padr es ac sticos aceit veis para diversos recintos internos sujeitos ao ru do gerado por opera es aeron uticas e similares visando compatibilizar o local com as atividades desenvolvidas A vers o de 1992 dessa norma cancelou e substitui tr s normas que tratavam de assuntos afins A norma supracitada foi elaborada pela Comiss o de Estudos pertencente ao Comit Brasileiro de Aeron utica CB 08 da ABNT Embora o t tulo indique referir se a recintos sujeitos ao ru do aeron utico patente a similaridade da Tabela 2 Crit rios de ru do ambiente para recintos internos dessa norma com a Tabela 1 da NBR 10 152 1987 Chama a aten o alguns dos crit rios abrangidos pela NBR 12 314 que n o s o mencionados na NBR 10 152 Sala de
269. mpa de Eust quio cuja finalidade de equalizar a press o do ar em ambos os lados do t mpano Na orelha interna encontram se tr s se es que s o o vest bulo os canais semicirculares e a c clea A c clea um canal triplo espiralado ao redor de um eixo sseo Na c clea que uma coluna cheia de flu do encontram se as c lulas ciliadas que constituem o rg o de Corti fundamental para a audi o Nessas c lulas ciliadas encontram se terminais nervosos 13 ARA JO Giovanni Moraes REGAZZI Rog rio Dias Per cia e Avalia o de Ru do e Calor Passo a Passo Teoria e Pr tica Rio de Janeiro s n 2002 p 95 17 As varia es de press o chegam orelha externa e v o atuar sobre o t mpano fazendo com que o mesmo vibre Esta vibra o transmitida aos oss culos da orelha m dia que por sua vez transmitem o movimento orelha interna e consegiientemente ao flu do que se encontra na c clea Este sendo l quido incompreens vel formar ondas Os picos da movimenta o do flu do ir o variar com a frequ ncia do movimento vibrat rio e assim zonas diferentes do rg o de Corti ser o atingidas por sons de fregii ncias diferentes As c lulas ciliadas do rg o de Corti possuem a capacidade de transformar o est mulo mec nico recebido em est mulos nervosos e desencadear impulsos nas fibras nervosas Estes sinais v o chegar ao c rebro atrav s do VIII par craniano onde ser o interpretadas como
270. n a individual e coletiva desenvolvendo se por meio da manifesta o das suas variadas liturgias nos locais p blicos ou n o Ela se inclui entre as liberdades espirituais Sua exterioriza o forma de manifesta o de pensamento Mas sem d vida de conte do mais complexo pelas implica es compreendendo tr s formas de express o a liberdade de cren a b de culto c e a liberdade de organiza o religiosa Assim o magistrado n o re ne poderes para impor suas leis em rela o ao tipo de cerim nia a ser realizada na igreja ou proibi o do uso de cerim nias j aceitas aprovadas e praticadas por qualquer igreja como ainda sequer tem poder para determinar que n o se cante grite bata palmas ore em voz alta porque se assim o fizesse destruiria a pr pria religi o o objetivo desta apenas cultuar a Deus segundo a sua pr pria maneira 187 Emitir restri es quanto exterioriza o da linha religiosa seguida n o se coaduna nem de longe com os padr es m nimos da liberdade de cren a Trata se portanto de liberdade de consci ncia e de cren a de garantia inviol vel em todos os seus termos nela compreendendo se al m da garantia de exterioriza o da cren a a garantia de fidelidade dos h bitos e cultos H que se preservar ao m ximo a convic o religiosa de cada um e sua forma de exterioriz la senti la Frise se o exerc cio de culto livre e como tal dever ser reconhecido e
271. n mica do Munic pio n o pode comprometer a higidez urbana 19 A polui o sonora proveniente de ve culos tratada desde 1986 por programas de controle da polui o e quanto ao ru do desde 1993 atrav s de Resolu es do CONAMA culminando na inspe o obrigat ria dada pela Resolu o CONAMA n 418 09 Resta a sua implementa o e principalmente uma fiscaliza o eficiente dos ve culos em uso 20 A polui o sonora causada pelos equipamentos de som instalados em ve culos deve ser energicamente combatida com a aplica o da Resolu o CONTRAN n 204 2006 que regulamenta o art 228 do CTB e que limita a emiss o desses equipamentos a 80 dB A medidos a 7 m sete metros de dist ncia do ve culo Os trio el tricos e carros de som devem ser igualmente fiscalizados com base nessa resolu o 21 A propaganda eleitoral n o obstante a legisla o espec fica que diz respeito a hor rios locais e modalidade de sonoriza o da propaganda eleitoral est sujeita s 221 limita es de n veis de emiss o de ru dos estabelecidas pela Resolu o CONAMA n 01 90 que expressamente inclui a propaganda eleitoral bem como s restri es das legisla es municipais em rela o veicula o de propaganda 22 O ru do proveniente de aeronaves est sujeito Resolu o CONAMA n 01 90 A rela o de atividades citadas pela resolu o n o exaustiva abrangendo quaisquer atividades dentre as
272. n o s um inc modo mas uma esp cie de polui o de acordo com a Pol tica Nacional do Meio Ambiente porque energia ac stica Veremos como a legisla o nacional al m da experi ncia Norte americana e da Comunidade Europ ia lida com a polui o sonora em mbito federal estadual e municipal Examinaremos a compet ncias dos diferentes entes federativos a Pol tica Nacional do Meio Ambiente as Resolu es do Conselho Nacional do Meio Ambiente CONAMA o Estatuto da Cidade e os seus principais instrumentos revendo algumas legisla es estaduais e municipais Segue se um estudo das principais fontes de polui o sonora fontes m veis e fixas ve culos aeronaves lazer ind strias e cultos religiosos Finalmente o papel que o Poder P blico o Minist rio P blico e a Coletividade t m na efetividade da preserva o do meio ambiente Palavras chave Polui o Sonora Direito Ambiental Meio Ambiente Urbano Ru do ABSTRACT Sound and noise come along with humanity from the beginning Yet was from the Industrial Revolution that noise pollution took unimaginable proportions becoming a problem of public health Besides the auditory effects man suffers from extra auditory effects produced by noise which don t lead him do deafness but cause injuries in health Noise is not only a nuisance but a kind of pollution according to the National Environmental Policy Act because is an acoustic energy We will examine how nat
273. n Paper on Future Noise Policy Livro Verde Sobre a Futura Pol tica de Ru do o primeiro passo para o desenvolvimento de uma pol tica sobre o ru do Nele se estimava que 20 da popula o europ ia cerca de 80 milh es de pessoas estaria exposta a n veis inaceit veis de ru do ambiental Outros 170 milh es habitariam em rea cinzentas com n veis elevados capazes de causar inc modos s rios durante o dia Destacava positivamente uma redu o em 85 no ru do dos carros desde 1970 Diga se de passagem que v rias Diretivas trataram da aproxima o entre as legisla es dos Estados Membros a respeito do n vel sonoro admiss vel a partir da d cada de 70 a Diretiva n 70 157 CEE de 1970 referente ao dispositivo de escapamento dos ve culos a motor a Diretiva n 77 311 CEE de 1977 referente ao n vel sonoro que se d altura dos ouvidos dos condutores de tratores agr colas ou florestais a Diretiva n 80 51 CEE de 1979 referente limita o de emiss es sonoras de aeronaves subs nicas a Diretiva n 92 61 CEE de 1992 relativa recep o dos ve culos a motor de duas ou tr s rodas e a Diretiva n 2000 14 CE de 2000 relativa s emiss es sonoras dos equipamentos para utiliza o externa amp U S Environmental Protection Agency EPA Dispon vel em lt http publicaccess custhelp com cgi bin publicaccess cfg php enduser std adp php p faqid 1765 gt Acessado em 30 11 2009 39 Em 25 de junho de
274. nar prejudicial sa de higiene ao sossego art 12 XVI e proteger o meio ambiente e combater a polui o em qualquer de suas formas art 14 XV Quanto Pol tica da Sa de respeito ao meio ambiente e controle da polui o ambiental art 157 ID e fiscalizar as agress es ao meio ambiente que tenham repercuss o sobre a sa de humana art 157 VII Quanto Pol tica do Meio Ambiente dever atuar no sentido de assegurar a todos os cidad os o direito ao meio ambiente ecologicamente saud vel e equilibrado bem de uso comum do povo e essencial qualidade de vida art 190 e atuar mediante planejamento controle e fiscaliza o das atividades p blicas e privadas causadoras efetivas ou potenciais de altera es significativas no meio ambiente art 191 N o por acaso que a referida lei foi alvo da ADIN n 70004993143 movida pelo MP RS alegando viola o ao Decreto Estadual n 23 430 74 que estabelecia um limite de 60 dB A para o per odo diurno e 30 dB A para o per odo noturno al m do flagrante desrespeito aos limites da NBR 10 151 O TJRS em 18 03 2003 por maioria julgou improcedente a a o vencidos os desembargadores Englert Mangabeira e Alfredo Foerster Infelizmente a decis o seguiu a de outros casos semelhantes de outros munic pios ga chos que tiveram suas legisla es tocantes aos n veis de ru dos atacados por ADINs e serviram de precede
275. nas alarmes sinalizadores de marcha a r sirenes pelo motor e demais componentes obrigat rios do pr prio ve culo Desses equipamentos ocupam se outros dispositivos legais Outra exce o s o os ve culos prestadores de servi o com emiss o sonora de publicidade divulga o entretenimento e comunica o desde que estejam portando autoriza o emitida pelo rg o ou entidade local competente Note se que carros de som e trio el tricos n o est o isentos devendo ter e portar autoriza o do rg o ou entidade competente local Da mesma forma excetuam se ve culos de competi o e os de entretenimento p blico desde que nos locais de competi o ou de apresenta o devidamente estabelecidos e permitidos pelas autoridades competentes o caso da F rmula Indy 300 na cidade de S o Paulo al m dos diversos aut dromos existentes Quando o interesse local assim o dispuser legisla o municipal regulamentar os limites de n vel de press o sonora da propaganda sonora e se for o caso a proibir 139 156 MANDADO DE SEGURAN A LEGISLA O MUNICIPAL RESTRI O POLUI O SONORA CONSTITUCIONALIDADE E cab vel mandado de seguran a contra ato normativo de efeitos 115 Em terceiro lugar a Resolu o n 204 2006 estabelece que o n vel de press o sonora limite ser de 80 dB A medido a 7 metros do ve culo O Anexo inclui uma tabela com os valores equivalentes na medida que se aumenta ou dimin
276. ndo questionado na Justi a mereceu a aprecia o do magistrado do TJSP no sentido de que o laudo apresentado era unilateral pois contrariava o que sentem os mais de 30 vizinhos que se queixavam do barulho infernal E complementa A autoridade competente agiu dentro do atributo do discricionarismo aplicou a penalidade adequada viol ncia da impetrante em rela o vizinhan a o seu ato era auto execut vel e dotado de coersibilidade na remo o do obst culo que a impetrante vinha opondo notifica es para cessar o desrespeito aos vizinhos Caso a infra o seja cometida por pessoa jur dica as san es restritivas de direito aplic veis s o suspens o de registro licen a permiss o ou autoriza o cancelamento de registro licen a permiss o ou autoriza o suspens o de registro licen a ou autoriza o cancelamento de registro licen a ou autoriza o perda ou restri o de incentivos e benef cios fiscais perda ou suspens o da participa o em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de cr dito e proibi o de contratar com a administra o p blica art 20 I a V Regularizada a conduta que deu ensejo san o esta poder ser extinta O art 21 do Decreto n 6514 08 trata da prescri o das infra es administrativas ambientais assunto que n o era abordado no Decreto n 3 179 99 e era tratado de forma 121 FREITAS ob cit p 42 70 gen rica na L
277. necessidade de se adequar ao seu ditame Pior ainda quando a discuss o levada ao Judici rio e este ratifica o entendimento do Executivo ou Legislativo Municipal de que a polui o sonora um assunto local Isso porque entende se ainda que o ru do apenas um inc modo super vel pr prio dos chatos sociais Ocorre que perscrutando a jurisprud ncia percebe se a diversidade de conceitos que permeiam o entendimento dos magistrados a respeito do ru do de suas caracter sticas e de seus efeitos O que nos faz pensar que s o eles em primeiro lugar os que necessitam recepcionar os novos conhecimentos a respeito do fen meno da polui o sonora mormente extra jur dicos Se os magistrados entendessem que o ru do em excesso uma forma de polui o o mesmo vale para as vibra es de efeitos nocivos tanto f sica ps quica social como economicamente inclinar se iam a barrar as tentativas dos legisladores em criar leis a 213 respeito da polui o sonora desrespeitando as normas gerais existentes dentre a quais as Resolu es do CONAMA n 1 e 2 de 1990 Indiretamente estariam contribuindo para a harmoniza o da legisla o a respeito do tema um grande empecilho para qualquer tentativa de a o conjunta entre os rg os integrantes do SISNAMA Saliente se que a norma geral n o tolhe e nem fere a compet ncia municipal posto que deixa aberta a possibilidade dos demais entes aplicarem n veis ma
278. niente que torna vedada atividade de peixaria em certa zona municipal Colisao entre princ pios constitucionais Direito adquirido decorrente do regular licenciamento versus supremacia do interesse p blico quanto Observ ncia das regras urban sticas Regra da concord ncia pr tica praktische konkordanz do direito alemao Inexist ncia de amea a garantia ao meio ambiente sadio Caso concreto que exige a preval ncia do direito adquirido Senten a reformada 250 JONATO Sirlei F tima Trentin TONI TO Tiago O meio ambiente ecologicamente equilibrado e a relocaliza o das ind strias situadas nas reas urbanas frente ao direito adquirido de pr ocupa o F rum de Direito Urbano e Ambiental FDUA Belo Horizonte ano 8 n 45 mai jun 2009 p 57 58 171 Cite se a li o de SANTOS a respeito do 2 do art 6 da LICC de que a novel norma n o retroage no que atina ao direito em si mas tem o cond o de ser aplicada no que tange ao uso ou exerc cio desse direito mesmo em rela o s situa es j existentes antes de sua publica o Assim o que se pretende n o a priori relocalizar as empresas que restaram presas no meio urbano mas adequar o seu funcionamento aos novos padr es de modo a tornar o desenvolvimento sustent vel ecologicamente falando O caso da f brica da FORD em S o Bernardo do Campo digna de men o Instalada em rea predominantemente industrial foram constru dos ao se
279. no Diretor promulga o da Lei n 13 340 2002 estabeleceu se um novo zoneamento com limites sonoros para cada zona Resumidamente o PSIU informa que nas zonas residenciais o limite de 50 dB entre 7h e 22h Das 22h s 218 Prefeitura de S o Paulo Dispon vel em lt http portal prefeitura sp gov br ouvidoria balanco 2008 0001 gt Acessado em 31 01 2009 153 7h 45 dB Nas zonas mistas das 7h s 22h entre 55 e 65 dB dependendo da regi o Das 22h s 7h entre 45 e 55 dB Nas zonas industriais entre 7h e 22h entre 65 e 70 dB Das 22h s 7h entre 55 e 60 dB A norma NBR 10 151 faz distin o entre os per odos Diurno e Noturno permitindo que cada autoridade lhes fixe os limites desde que observados certos crit rios 6 2 2 Os limites de hor rio para o per odo diurno e noturno da Tabela 1 podem ser definidos pelas autoridades de acordo com os h bitos da popula o Por m o per odo noturno n o deve come ar depois das 22h e n o deve terminar antes das 7h do dia seguinte Se o dia seguinte for domingo ou feriado o t rmino do per odo noturno n o deve ser antes das 9h Portanto extremamente coerente o texto da norma t cnica ao permitir que os h bitos da popula o sejam levados em considera o pelas autoridades que inclusive poder o estabelecer hor rios diferentes desde que o in cio do hor rio noturno comece s 22h e n o mais tarde e termine s 7h e n o mais cedo Isso porque o hor
280. no art 54 da Lei n 9 605 98 visto que trata da polui o de qualquer natureza E sendo que a natureza jur dica do ru do de poluente conforme a Lei da Pol tica Nacional do Meio Ambiente a conduta de causar polui o sonora pode subsumir se ao tipo do art 54 aludido A tutela do direito penal ultima ratio certamente mostra maior for a perante a a o dos poluidores Tomemos como exemplo o caso sub judice no HC n 54 536 MS 2006 0032046 2 Trata se de um individuo que estacionou o seu carro pr ximo de uma Unidade de Conserva o de Prote o Integral num domingo ou feriado com o som ligado em alto volume produzindo um n vel de press o sonora de 94 dB conforme aferido pelo laudo de medi o numa zona em que se permitia apenas 50 dB para o hor rio vespertino Certamente a perturba o provocada pelos 1 000 Watts de pot ncia instalados no ve culo era tamanha que mereceu a interven o do Poder P blico E como consequ ncia foi denunciado pelo Minist rio P blico como incurso no crime de polui o do art 54 poss vel que poca ainda n o tivesse sido editada a Resolu o n 204 do CONTRAN publicada no dia 10 11 2006 Essa resolu o estabelece que o som automotivo 112 FIORILLO ob cit p 161 113 Idem 114 O n vel de press o sonora de 94dB semelhante ao de um cortador de grama gasolina 66 n o pode ultrapassar o n vel de 80 dB A medidos a 7 metros da fonte N
281. no sentido de que cabia aos rg os ambientais estaduais e municipais considerando as necessidades e possibilidades regionais a defini o da frota alvo do Programa que poder ser apenas uma parcela da frota licenciada na regi o de interesse A Portaria 079 SVMA G 2008 no art 5 estabeleceu que a medi o dos limites m ximos admiss veis de ru do que constam do Anexo II ser realizada sistematicamente conforme estabelecido na Resolu o CONAMA n 252 99 com procedimentos que garantam a aleatoriedade dos ve culos diesel pesquisados a crit rio da Concession ria com a finalidade de levantar dados estat sticos As medi es seriam executadas de acordo com a norma NBR 9714 com equipamento previamente calibrado pela Rede Brasileira de Calibra o RBC ou INMETRO A Portaria n 147 SVMA G 2009 na imin ncia da entrada em vigor da Resolu o CONAMA n 418 09 adotou a tabela de limites de ru do dessa resolu o que por sua vez esta baseada na revogada Resolu o n 252 99 Em S o Paulo a concession ria respons vel pela Inspe o Veicular compilou os referidos valores de ru do e de opacidade em acelera o livre conforme Nota Informativa do IBAMA n 143 08 como valores limite oficiais para os efeitos do Programa de I M SP conforme indica a Portaria 079 SVMA G 2008 Segundo a concession ria a puni o do E f 152 ru do veicular em desacordo com as normas somente ser levado a cabo em 2011 D
282. norma NBR 9714 ABNT Por sua vez a Resolu o CONAMA n 01 93 disp s sobre os limites m ximos de ru dos com o ve culo em acelera o e na condi o de parado para ve culos automotores nacionais e importados Essa resolu o mencionava nos seus considerandos que o ru do excessivo causa preju zo sa de f sica e mental e afeta particularmente a audi o que h necessidade de se reduzir a polui o sonora nos centros urbanos que os ve culos rodovi rios automotores s o as principais fontes de ru do no meio ambiente que a utiliza o de tecnologias adequadas e conhecidas permite atender s necessidades de controle da polui o sonora E principalmente considerava os objetivos do Programa Nacional de Educa o e Controle da Polui o Sonora SIL NCIO 1 Dispon vel em lt http Awww mma gov br port conama processo cfm processo 02000 000921 2009 44 gt Acessado em 24 10 2009 150 Dispon vel em lt http www cetesb sp gov br Ar emissoes ruido asp gt Acessado em 16 09 2009 106 A resolu o supracitada sofreu v rias altera es dadas pela Resolu o n 8 93 que alterou o art lo e e tabela 1 pela Resolu o n 17 95 alterou o anexo 1 no caso do ve culo ser produzido a partir de um chassi para nibus ou plataforma rodante para nibus fornecido por terceiros complementada pela Resolu o n 242 98 para ve culos com caracter sticas especiais para uso fora de estradas tabela 1
283. ntal inalien vel imprescrit vel e irrenunci vel car ter difuso Como bem imaterial que n o depende de dominialidade o direito ao equil brio ecol gico sonoro do meio ambiente condiciona o uso de qualquer bem ou recurso natural seja p blico ou privado que possa comprometer esse equil brio 10 A compet ncia concorrente legislativa em mat ria ambiental estabelece que a Uni o edita normas gerais restando ao Estado e Distrito Federal a suplementa o da legisla o federal art 24 88 1 e 2 da mesma forma que os munic pios art 30 II Portanto legisla o protetiva do meio ambiente e controle da polui o sonora art 24 VI cabe aos Estados Distrito Federal e Munic pios complementar as normas gerais dadas pela 219 Resolu o CONAMA n 01 90 e n o dispor diferentemente ou em n veis menos restritivos aos estabelecidos por essa resolu o 11 O poluidor seja direito ou indireto pessoa de direito p blico ou privado responde objetiva e solidariamente pela repara o ou indeniza o dos danos causados pela polui o sonora O Estado pode ser poluidor direito ou indireto e pode ser responsabilizado objetivamente tanto pela polui o sonora a que der causa diretamente como de forma indireta pela omiss o de inibir a polui o sonora causada pelas atividades sujeitas ao seu poder de pol cia 12 A polui o sonora pode ser considerada crime ambiental do art 54 da Lei n 9 605 98 exigin
284. nte em 31 12 2010 todas as aeronaves do Cap tulo 2 estariam proibidas de operar nos aeroportos brasileiros Note se que as empresas que operam aeronaves mais silenciosas e em hor rios adequados pagam as mesmas tarifas que as que operam aeronaves mais ruidosas bem como em hor rios cr ticos como durante a noite o que significa um desest mulo s companhias a reas para renovar a sua frota por aeronaves mais silenciosas o que n o se coaduna com o princ pio do poluidor pagador Conforme Regulamento Brasileiro de Homologa o Aeron utica 36 RBHA 36 NSMA 58 36 aprovada pela Portaria n 299 STE 1999 7 Em portugu s Organiza o da Avia o Civil Internacional OACI 7l Aeronaves que n o atendem ao Anexo 16 B 707 B 727 100 DC 8 Caravelle Concorde DC 10 30 novos motores 72 Alterado pela Portaria n 717 GC 5 99 para 31 12 2002 73 Alterado pela Portaria n 717 GC 5 99 A partir de 31 12 2004 as empresas a reas dever o retirar progressivamente de opera o no m nimo 20 vinte por cento das aeronaves Cap tulo 2 de sua frota por gt gt ano 74 Aeronaves rea o subs nicas anteriores a 6 10 1977 B 727 200 B 747 100 B 737 200 DC 9 30 DC 10 30 75 NABINGER Luciano Balbino Medi es de Ru do Aeron utico dentro da rea II do Plano Espec fico de Zoneamento de Ru do do Aeroporto Salgado Filho Porto Alegre RS Disserta o de Mestrado UFRGS 2005 125 No qu
285. nte residencial da NBR 10 151 e o n vel de 45 dB A ap s a meia noite s estritamente residenciais hospitais e escolas na NBR 10 151 Portanto o munic pio fixou os n veis limites acima dos recomendados pela NBR 10 151 no per odo diurno e impratic veis no per odo noturno mormente da meia noite s 7h A legisla o do Munic pio do Rio de Janeiro reproduz em boa medida o estabelecido na legisla o estadual Inicialmente fixa como limites os estabelecidos pela NBR 10 151 diferenciando os per odos diurno vespertino e noturno segundo os zoneamento estabelecidos pela municipalidade Todavia os valores constantes na Tabela I do Anexo aumenta alguns n veis fixados naquela norma em particular para o per odo noturno Dentre as atividades poluidoras em termos sonoros que a lei autoriza independentemente do n vel de ru dos art 9 encontra se a crava o de estacas percuss o e m quinas ou equipamentos utilizados em obras p blicas ou privadas desde que n o pass veis de confinamento atendidas as medidas de controle de ru dos seja na fonte ou na trajet ria nos dias teis e observada a melhor tecnologia dispon vel respeitado o hor rio entre 10 e 17 horas Se h tecnologia dispon vel a mesma possibilita atingir certos n veis 94 menos prejudiciais os quais deveriam ser limitadores dessa atividade obrigando os respons veis por essas atividades a utiliz las S Z A permissivida
286. ntes jurisprudenciais para o julgamento desta S o eles Uruguaiana S o Louren o do Sul e Novo Hamburgo que tamb m tiveram desfecho desfavor vel 221 Decreto Estadual n 23 430 74 Art 125 proibido perturbar o bem estar p blico ou particular com sons ou ru dos de qualquer natureza que ultrapassem os n veis m ximos de intensidade fixados por este Regulamento e Normas T cnicas em vigor Art 131 Ficam estabelecidos os seguintes n veis de sons e ru dos permitidos de acordo com o hor rio de atividade a Hor rio Noturno at 30 dB trinta decib is medidos na curva A do medidor de intensidade de som decibel metro b Hor rio Diurno at 60 dB sessenta decib is medidos na curva B do medidor de intensidade de som 157 O voto do relator da ADIN n 70000697003 em face do Munic pio de S o Louren o do Sul RS cita li o de Jair Eduardo Santana no sentido de que cabe legisla o municipal legislar sobre meio ambiente n o somente quando haja um espa o normativo n o preenchido pelas legisla es estadual e federal mas sobretudo quando a legisla o ambiental existente n o seja justific vel ante a realidade local E comparando munic pios que exploram atividades carnavalescas de vida noturna e lazer com outros que exploram atividades de descanso como realidades diferentes conclui n o h a menor possibilidade de se estabelecer uma diretriz geral um limite ideal de emi
287. nto do executivo do legislativo como do Judici rio Cada vez mais pessoas se queixam dos ensaios carnavalescos Em S o Paulo cinco escolas de samba forma alvo de reclama es por parte da vizinhan a segundo o PSIU Gavi es da Fiel P rola Negra Unidos de Vila Maria Vai Vai e X 9 Paulistana Nesse sentido a decis o do TJMG na Apela o C vel n 1 0672 02 077425 9 001 1 de lavra do Des Isalino Lisboa entendendo que embora o carnaval seja respons vel por uma avultada movimenta o financeira traz consigo a insustent vel polui o sonora e que toda a aparelhagem eletr nica e de amplifica o faz com que os 230 FREITAS ob cit p g 25 21 SANTANA op cit p 412 232 UOL Not cias 30 01 2008 163 trios el tricos causem ru dos ensurdecedores capazes de ofender a sa de do cidad o em especial daquele que n o adepto do evento j que o fan tico n o se incomoda Su Justific vel pois a iniciativa da Prefeitura de Olinda palco tradicional do carnaval nordestino em editar a Lei do Carnaval Lei n 5 306 2001 O dispositivo legal pro be o uso de aparelhos de som acima de 70 dB A e a forma o de focos de anima o n o oficiais A tentativa da legisla o evitar que movidos por equipamentos de som caseiros em alto volume mormente postados em frente s resid ncias provoquem a aglomera o de foli es e dificultem a passagem dos blocos tradicionais
288. o lan ado um recurso ambiental por excel ncia essencial vida humana N o pertence a uma pessoa ou grupo mas a todos Pessoas comerciantes e organiza es n o t m o direito de emitir ru dos ao bel prazer como se o som se restringisse aos limites de suas propriedades Ao contr rio t m a obriga o de usar o bem 7 E 2 56 comum de maneira compat vel com os demais usu rios 5 GOINES Lisa and HAGLER Louis Noise Pollution A Modern Plague In Southern Medical Journal Volume 100 March 2007 p 287 294 5 Noise like smog is a slow agent of death Vijayalakshmi Dr Miss K S Noise Pollution in Martin J Bunch V Madha Suresh and T Vasantha Kumaran eds Proceedings of the Third International Conference on Environment and Health Chennai India 15 17 December 2003 Chennai Department of Geography University of Madras and Faculty of Environmental Studies York University Pages 597 603 Dispon vel em http www yorku ca bunchmj ICEH proceedings Vijayalakshmi KS ICEH papers 597t0603 pdf Acessado em 15 02 2009 56 NONOISE Dispon vel em lt http www nonoise org quietnet sienc whatisn htm gt Acessado em 15 10 2008 35 4 DIREITO ESTRANGEIRO A hist ria da industrializa o europ ia assim como a norte americana nos precedem no tempo Ambas se depararam com a problem tica do ru do urbano associada ao fen meno industrial e tiveram que adotar medidas de controle das v rias
289. o Lei n 9 503 97 estabelece como compet ncia da Pol cia Rodovi ria Federal dos rg os e entidades executivos rodovi rios e de tr nsito da Uni o dos Estados do Distrito Federal e dos Munic pios arts 20 XI 21 XIII 22 XV 24 XX a fiscaliza o do n vel de emiss o de poluentes e ru do produzidos pelos ve culos automotores ou pela sua carga em conformidade com o art 66 Ocorre que o referido art 66 cuja reda o exprimia que nenhum ve culo poderia transitar sem atender s normas gerais estabelecidas pelo CONAMA pelo PROCONVE com rela o emiss o de poluentes e que o CONTRAN e Munic pios no mbito de suas compet ncias e os Estados e o Distrito Federal em car ter concorrente estabeleceriam os procedimentos adequados para atender o disposto no artigo foi vetado pelo executivo sob alega o de que geraria conflitos de atribui es entre rg os federativos no cumprimento de suas compet ncias As altera es das caracter sticas de f brica n o s o proibidas desde que feitas com a anu ncia da autoridade competente sendo respons veis executante e propriet rio pelo atendimento aos limites de ru do previstos pelos rg os ambientais competentes e pelo CONTRAN art 98 caput e S nico Lembre se que o dispositivo de controle de ru dos equipamento obrigat rio art 105 V Ao tratar da seguran a veicular o c digo estabelece que os ve culos em circula o dever o ser avali
290. o Social e Degrada o Ambiental S o Paulo 2001 Tese de Doutorado Pontif cia Universidade Cat lica p 13 Idem p 15 48 Na dic o de MACHADO esse direito ao meio ambiente equilibrado de cada pessoa mas n o s dela sendo ao mesmo tempo transindividual Por isso entra na categoria de interesse difuso n o se esgotando numa s pessoa mas se espraiando para uma coletividade indeterminada Cabe destacar outro importante aspecto do direito ao meio ambiente equilibrado como bem comum do povo a quebra com o conceito tradicional de que os bens de uso comum s podem ser bens p blicos Segundo ANTUNES a Constitui o Federal estabeleceu que mesmo no dom nio privado podem ser fixadas obriga es para que os propriet rios assegurem a frui o por todos dos aspectos ambientais de bens de sua propriedade Dessa forma o propriet rio de uma floresta n o perde a sua propriedade mas est obrigado a n o degradar as caracter sticas ecol gicas que estas sim s o de uso comum tais como a beleza c nica a produ o de oxig nio o equil brio t rmico gerado pela floresta o ref gio dos animais silvestres etc Percebe se assim que o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado bem imaterial independe da sua dominialidade p blica ou privada de natureza difusa e de tal import ncia para a vida humana que se imp e tanto ao Poder P blico como coletividade o dever d
291. o V Congresso Espanhol de Sociologia Granada 1995 tratando da sociologia do ru do citava Schopenhauer para quem o ru do uma tortura para os intelectuais e a mais impertinente das perturba es sendo que a quantidade de ru do que algu m pode suportar sem se incomodar est na propor o inversa de sua capacidade mental E continua o soci logo Marcuse afirmou que as condi es de aglomera o e estrondosidade das sociedades de massas provocam no indiv duo todo tipo de frustra es repress es e medos que se resolvem em aut nticas neuroses O capitalismo nos precisaria atordoados pois de outro modo seriamos incapazes de suportar esta sociedade demente irracional e injusta N o poder amos atender sequer s necessidades produtivas do sistema e o ru do seria quase como uma droga Cita ainda o pioneiro do conservacionismo Curry Lindhal para quem a contamina o por ru do uma lament vel e irremedi vel caracter sticas da nossa civiliza o t cnica pois com efeito os profetas da modernidade tem visto no ru do um s mbolo un voco do progresso O ru do pode provocar efeitos psicol gicos O som incessante e perturbador de bares vizinhos o som alto das m sicas e da algazarra promovida pelos fregiientadores levaram o comerciante Jos Pereira a sair atirando contra os perturbadores com um rev lver calibre 38 decido a acabar com aquele inferno que atormenta os moradores principalmente no
292. o a garantir a seguran a dos fi is ou a qualidade da edifica o Em muitos casos o legislador fez previs o quanto aos n veis sonoros emanados dos cultos Cite se como exemplo a Lei n 10 625 2002 do munic pio curitibano que no seu art 11 VIII excetua das proibi es da lei os ru dos e sons produzidos por culto religioso quando realizados no per odo diurno e vespertino e desde que n o ultrapassem o limite de 65 dB A O dispositivo representa uma prote o da liberdade de culto e sua liturgia estabelecendo contudo uma limita es de hor rios e n veis de emiss o sonora Saliente se mais uma vez que a limita o legal n o diz respeito ao modus faciendi da liturgia em si Dito isso observemos a A o Civil P blica movida pelo MP perante o 2 Vara C vel do Tatuap em face da Igreja Evang lica Assembl ia de Deus em que o magistrado condenou a R a pagar R 7 000 00 a t tulo de danos morais por emitir n veis de press o sonora de 88 dB quando o permitido eram 60 dB Mesmo assim o MP na sua apela o pediu que fosse vedado R o uso de instrumentos musicais Esse pedido evidentemente era descabido visto que tal proibi o implicaria na viola o da prote o constitucional liturgia do culto Assim o esp rito decis rio da Des Jacobina Rabello que exarou a senten a nos seguintes termos Frise se o exerc cio de culto livre encontrando limites apenas no que se refere polui o son
293. o art 225 da Constitui o Federal que disp e na sua segunda parte do caput que se imp e ao Poder P blico e Coletividade o dever de defend lo e preserv lo para as presentes e futuras gera es Not ria a coer ncia dessa imposi o visto que o primeiro o Poder P blico como representante da Coletividade deve no m nimo preservar lhe as condi es dignas de vida tais quais insertas no pre mbulo da Carta Magna assegurar o exerc cio dos direitos sociais e individuais a liberdade a seguran a o bem estar o desenvolvimento a igualdade e a justi a como valores supremos de uma sociedade fraterna Todavia os instrumentos legais de que ambos dep em para exercer essa incumb ncia s o diferentes como veremos a seguir 8 1 ATUA O DO PODER P BLICO O texto constitucional no art 225 imp e ao Poder P blico em primeiro lugar o dever de defender e preservar o meio ambiente ecologicamente equilibrado Com essa finalidade o 1 enumera mas n o esgota uma s rie de a es espec ficas que o Poder P blico pode de tomar com vistas efetividade dessa defesa e prote o do meio ambiente verbis Art 225 1 Para assegurar a efetividade desse direito incumbe ao Poder P blico I preservar e restaurar os processos ecol gicos essenciais e prover o manejo ecol gico das esp cies e ecossistemas II preservar a diversidade e a integridade do patrim nio gen tico do
294. o bem estar da popula o b criem condi es adversas s atividades sociais e econ micas c afetem desfavoravelmente a biota d afetem as condi es est ticas ou sanit rias do meio ambiente e lancem mat rias ou energia em desacordo com os padr es ambientais estabelecidos Resta claro que a polui o um resultado antr pico de atividades de origem humana Os ru dos emanados da natureza certamente podem atrapalhar o sono de quem estiver muito pr ximo do mar onde rompem as ondas O canto estridente de uma araponga tamb m pode ser perturbador do repouso mas n o podem ser caracterizados como polui o O poluidor qualquer pessoa f sica ou jur dica de direito p blico ou privado respons vel direta ou indiretamente por atividade causadora de degrada o ambiental Note se que a figura do poluidor adquire uma dimens o bastante ampla Que a pessoa natural pode poluir n o cabe d vida Mas com o advento da industrializa o os processos produtivos se transformaram no vil o do meio ambiente E n o somente a ind stria pois existem in meras atividades fora da produ o de bens que tamb m poluem Nesse sentido importante mencionar as figuras de poluidor que nos traz a norma a do poluidor direto e indireto A figura do poluidor direto se d quando a polui o causada pela sua pr pria atividade como uma ind stria qu mica que despeja os efluentes l quidos sem tratamento A de poluidor indireto quando
295. o caso caso em tela tratar se ia de infra o grave conforme o art 228 do CTB com pena de multa e reten o do ve culo para regulariza o medida bem mais c lere e efetiva na ocasi o No entanto outros casos n o podem ser resolvidos dessa forma Carecemos de uma atua o r pida e eficiente das autoridades que obstem de imediato tais tipos de perturba o que pode chegar a ser desesperadora Quem v tima de uma festa surpresa num lava r pido vizinho em que os ve culos estacionados no seu interior embalam a festa em alto e bom som ou melhor ruim tem dificuldades em invocar o art 228 do CTB para coibir a pr tica danosa pois se o ve culo se encontra dentro de uma propriedade privada a pol cia militar em geral n o atende a ocorr ncia posto que fora a via p blica remetendo o caso municipalidade Por sua vez dependendo do munic pio este atender a ocorr ncia no melhor dos casos no dia seguinte sen o dias depois Desse modo fica para os poluidores a alegria da divers o e para as v timas os preju zos das noites sem dormir Na ApCrim n 70 019 766 401 que cuidava de a o penal em face dos respons veis de uma boate como incursos no art 54 por polui o sonora e n o sendo acolhida a tese pelo ju zo a quo CAPPELLI opinava que para configura o do tipo criminal do art 54 bastava apenas a exist ncia do perigo divergindo a doutrina se crime de perigo abstrato ou concreto Assim bas
296. o de hipertens o em homens e mulheres Dos quase 5 000 pesquisados um grupo de 140 teve a sua press o sangu nea monitorada de forma remota enquanto um gravador digital identificava a fonte Ainda que o n vel de ru do tivesse sido o maior fator o impacto do ru do a reo foi o mais significativo Sabemos que o ru do do tr fego a reo pode ser uma fonte de irrita o mas nossa pesquisa mostra que pode ser tamb m nociva sa de das 1 Dispon vel em lt http eleicoes morenafm com arquivo cat itabuna html gt Acessado em 12 12 2008 120 pessoas o que particularmente significativo luz dos planos de ampliar os aeroportos 4 A 163 internacionais declara Jarup A problem tica do ru do aeron utico abrange v rios aspectos desde o desenho da pr pria aeronave o seu sistema de propuls o desenho da turbina as opera es de aproxima o pouso decolagem e ainda as opera es no p tio como taxiamento testes de motores e equipamentos de apoio A Empresa Brasileira de Infra Estrutura Aeroportu ria INFRAERO empresa p blica criada pela Lei n 5 862 72 com a finalidade de implantar administrar operar e explorar industrial e comercialmente a infra estrutura aeroportu ria que lhe for atribu da pelo Minist rio da Aeron utica art 2 respons vel atualmente pela administra o de 68 aeroportos 81 esta es de apoio navega o a rea e 32 terminais de carga Estima se que aproximad
297. o dos malef cios do ru do excessivo Mister que se hajam instrumentos legais que venham a regular quais s o os n veis aceit veis de press o sonora toler veis dentro do conceito de desenvolvimento sustentabilidade Mister que hajam instrumentos efetivos de educa o controle e gest o dessa problem tica Nas ltimas seis d cadas o ru do urbano deixou de ser um mero inc modo um problema de vizinhan a para se transformar num problema generalizado global difuso O ru do tem sido considerado pelo p blico em geral como o maior fator de dist rbio ambiental do dia a dia percep o que se confirma pela grande quantidade de estudos que t m sido realizados para avaliar os efeitos adversos da exposi o ao ru do efeitos que podem ser divididos em espec ficos auditivos e n o espec ficos extra auditivos que por sua vez podem ser subdivididos em subjetivos inc modo e objetivos interfer ncia na Eru Poe 11 comunica o dist rbios do sono etc Por tratar se de uma grandeza pertencente s ci ncias naturais as quest es atinentes ao ru do s o tratadas no mbito da f sica da ac stica da arquitetura e outras disciplinas 10 A Agenda 21 Brasileira come ou a ser elaborada em 1996 e concluida em 2002 MUZET Alain NOISE EXPOSURE FROM VARIOUS SOURCES SLEEP DISTURBANCE DOSE EFFECT RELATIONSHIPS ON ADULTS in WHO Technical meeting on exposure response relationships of noise on health Bonn Germany 2002
298. o e decolagem hor rio 198 Idem Fez QUEIROZ ANA Cristina I Encontro T cnico Ru do Aeron utico nas reas de Entorno de Aeroportos no Brasil Infraero Rio de Janiero 6 04 2006 Dispon vel em lt http www infraero gov br upload arquivos meio apresentacaoanacristinaqueiroz pdf gt Acessado em 15 01 2009 144 de opera o de aeronaves utiliza o de modelos menos ruidosos de compet ncia da Autoridade Aeron utica e controle do uso e ocupa o do solo Finalmente em mar o de 2008 a Secretaria de Meio Ambiente do Estado de S o Paulo aprovou o EIA RIMA firmando um termo de ajustamento de conduta de rati retifica o nos autos do Processo SMA n 13 536 02 perante essa secretaria Nesse termo a Infraero se obrigava a diversas obriga es de fazer para mitigar os impactos negativos que a instala o e opera o da obra de amplia o traria efetivamente para o meio ambiente Inconformado com o teor do estudo aprovado o Minist rio P blico ingressou com A o Civil P blica solicitando liminarmente a suspens o do projeto perante a 6 Vara Federal de Guarulhos Dentre as diversas falhas t cnicas no EIA RIMA apontadas na inicial destacamos a relativa polui o sonora Outro ponto a destacar em rela o ao chamado meio f sico se refere polui o sonora decorrente das opera es das aeronaves Com a retirada de objeto de aprecia o das implica es ambientais decorrentes da implanta o d
299. o interior dos ambientes de trabalho haja vista que tais assuntos s o tratados especificamente por normas expedidas pelo Conselho Nacional de Tr nsito CONTRAN e pelo rg o competente do Minist rio do Trabalho Essa resolu o de vital import ncia pois estabelece que os ru dos produzidos por quaisquer atividades item I s o considerados prejudiciais sa de e ao sossego quando ultrapassarem os n veis estabelecidos pela norma NBR 10 151 Avalia o do Ru do em reas Habitadas visando o conforto da comunidade da ABNT Associa o Brasileira de Normas T cnicas item ID Portanto a lesividade da emiss o de ru dos uma presun o normativa da mesma forma que o fazem as legisla es municipais A resolu o tamb m abrange como fontes de emiss es de ru dos prejudiciais sa de e ao sossego os projetos de constru o ou de reformas de edifica es para atividades heterog neas sendo que o n vel de som produzido por uma delas n o poder ultrapassar os n veis estabelecidos na norma NBR 10 152 N veis de Ru do para conforto ac stico da ABNT Associa o Brasileira de Normas T cnicas ABNT 1987 A pretens o da resolu o de compatibilizar todas as normas reguladoras da polui o sonora expressamente das emitidas a partir da sua publica o item VID Dois aspectos fundamentais s o estabelecidos Em primeiro lugar os n veis m ximos de press o sonora em reas habitadas item II e II
300. o meio ambiente observados os que forem estabelecidos pelo CONAMA 2 Os Munic pios observadas as normas e os padr es federais e estaduais tamb m poder o elaborar as normas mencionadas no par grafo anterior Ra Se bem houve algum interesse inicial por parte de alguns munic pios na implanta o do Programa Sil ncio com o passar do tempo as medidas de cunho restritivo ao ru do especialmente no que diz respeito s atividades de lazer desencorajaram muitos deles At aqueles que o implantaram sofreram o impacto A diretoria do Programa Sil ncio do IBAMA atribuiu essa falta de continuidade do programa dentre outras causas mudan a do executivo municipal de quatro em quatro anos O insucesso deu se tanto pela falta de coordena o do IBAMA respons vel pelo Programa Sil ncio como pela falta de ades o dos munic pios Como podemos verificar nos munic pios brasileiros o que mais foi implantado um disque sil ncio um servi o atrav s do qual os mun cipes podem encaminhar as suas reclama es a respeito de polui o sonora Muitas das vezes como complemento da edi o de normas locais contra a polui o sonora Mas esses servi os bem como a legisla o local encontram se muito distantes do intuito original do Programa Nacional de Educa o e Controle da Polui o Sonora SIL NCIO Um dos objetivos do Programa Sil ncio a de introduzir o tema polui o sonora nos cursos sec
301. o obrigat ria e fiscaliza o de ve culos em uso na fase inicial dos programas sem san es para os ve culos reprovados at se atingir um dimensionamento estat stico Os dados serviriam de base para a revis o da tabela de limites de ru dos dessa resolu o A Resolu o CONAMA n 230 97 por sua vez veio a proibir o uso dos itens de a o indesej vel entendendo como tais quaisquer pe as componentes dispositivos sistemas softwares e procedimentos operacionais em desacordo com a homologa o do ve culo que reduzam ou possam reduzir a efic cia do controle da emiss o de ru do Os infratores ficariam sujeitos s penalidades impostas pelo IBAMA quais sejam suspens o de emiss o de novas LCVM e recolhimento dos ve culos envolvidos para o reparo ou substitui o desses itens sem preju zo das san es previstas na Lei n 6 938 81 A Resolu o CONAMA n 256 99 cuidava da aprova o na inspe o de emiss es de poluentes e ru do prevista no art 104 da Lei 9 503 97 C digo de Tr nsito Brasileiro CTB um exig ncia para o licenciamento de ve culos automotores nos munic pios abrangidos pelo Plano de Controle da Polui o por Ve culos em Uso PCPV nos termos do art 131 par grafo 3 do CTB Como ainda carecemos de uma norma t cnica para ru do em motocicletas a Resolu o CONAMA n 268 2000 passou a aceitar o m todo indicado no Cap tulo 9 da Diretiva 97 24 EC da Comunidade Econ m
302. ocedimentos de calibra o peri dica dos mesmos Na pra a encontram se equipamentos cujo fabricante declara no pr prio manual que o mesmo n o atende s normas de constru o recomendando que seja utilizado como hobby No entanto muito comum ver profissionais se utilizando de tais equipamentos para medi es de ru do urbano Mesmo que conste no manual ou no corpo do equipamento que o mesmo atende norma IEC 651 ou IEC 804 preciso aferir se isso de fato acontece atrav s do procedimento de calibra o peri dica Por isso a norma NBR 10 151 no item 4 3 trata da calibra o dos instrumentos estabelecendo que o medidor de n vel de press o sonora e o calibrador ac stico devem ter certificado de calibra o da Rede Brasileira de Calibra o RBC ou INMETRO renovado no m nimo a cada dois anos no certificado de calibra o que se verifica se o equipamento atende ou n o referida norma de constru o E esse certificado n o pode ser emitido por qualquer laborat rio de calibra o mas por aqueles pertencentes Rede Brasileira de Calibra o RBC ou INMETRO Infelizmente s o in meros os laudos t cnicos estudos de impacto sonoro e at EIA RIMA elaborados com equipamentos inid neos que passaram despercebidos deixando se de conferir se o certificado de calibra o foi emitido por laborat rio da RBC ou INMETRO e se os resultados da calibra o expressos no certificado indicavam que
303. olvidos na lide e dar uma solu o justa e equ nime do ponto de vista do meio ambiente holisticamente considerado e da sadia qualidade de vida da coletividade atingida ou amea ada direta ou indiretamente pela degrada o ambiental pondera YOSHIDA Esse aspecto freq entemente notado nas decis es dos tribunais que continuam imbu dos de preceitos civilistas desdenhando o aspecto difuso que envolve o meio ambiente e remetendo em muitos casos os conflitos em torno da polui o sonora a mero inc modo subjetivo individual cuja composi o deve se dar no mbito do direito de vizinhan a Resta evidente pois a import ncia que o Poder P blico tem tanto na esfera do Legislativo Executivo como Judici rio diante da incumb ncia constitucional de defender e preservar um ambiente ecologicamente equilibrado livre das perturba es sonoras 23 YOSHIDA Consuelo Yatsuda Moromizato O novo papel do Judici rio e dos magistrados na sociedade contempor nea reflex es em tempos de reforma Dispon vel em lt http sisnet aduaneiras com br lex doutrinas arquivos judiciario pdf gt Acessado em 05 12 2009 294 YOSHIDA Consuelo Yatsuda Moromizato A Efetividade na Prote o do Meio Ambiente e a Participa o do Judici rio In Desafios do Direito Ambiental no S culo XX Sandra Akemi Shimada SILVA Solange Teles da SOARES In s Virg nia Prado KISHI orgs Editora Malheiros S o Paulo 2005 P 452 206 8 2 FUN
304. om fins regulat rios temos o Lag Lamax teis para prognosticar A 187 efeitos na sa de de curto prazo ou instant neos NUNES e SATTLER ao considerar o hist rico das medi es de ru do aeron utico observaram que nos Estados Unidos ap s a Segunda Guerra Mundial multiplicaram se as bases a reas pelo interior do pa s em virtude do surgimento das primeiras aeronaves militares a jato Como essas bases estavam instaladas em reas predominantemente rurais ou semi rurais o impacto sonoro era muito significativo haja vista que o ru do aeron utico contrastava muito com o baixo ru do de fundo dessas reas o 8 ROCHA Renata de Brito e SLAMA Jules Ghislain Adequa o do Zoneamento Urbano ao Zoneamento Sonoro dos Aeroportos Dispon vel em lt http www tgl ufr br viisitraer palestras sao conrado 26 11 tarde 15h00 jules pdf gt Acessado em 07 11 2009 8 Night Noise Guidelines for Europe World Health Organization WHO 2007 Dispon vel em lt http ec europa eu health ph projects 2003 action3 docs 2003 08 frep en pdf gt Acessado em 30 11 2009 88 NUNES Maria Fernanda de Oliveira e SATTLER Miguel Aloysio Percep o do Ru do Aeron utico em Escola da Zona I do PERZ do Aeroporto Internacional Salgado Filho Dispon vel em lt http www uff br engevista 3 6Engevistal pdf gt Acessado em 03 12 2009 136 que desencadeou a rea o das comunidades circunvizinhas A For a A rea Americana foi obri
305. om os excessos de ru do em nome do desenvolvimento econ mico do munic pio Em Santa Catarina a Lei Estadual n 5 793 80 disp s sobre a prote o e a melhoria da qualidade ambiental Anterior Lei n 6 938 81 da Pol tica Nacional do Meio Ambiente define os conceitos de meio ambiente degrada o e recursos naturais no seguintes termos art 2 Art 2 Para os fins previstos nesta Lei I meio ambiente a intera o de fatores f sicos qu micos e biol gicos que condicionam a exist ncia de seres vivos e de recursos naturais e culturais II degrada o da qualidade ambiental a altera o das propriedades f sicas qu micas e biol gicas do meio ambiente causada por qualquer forma de energia ou subst ncias s lidas l quidas ou gasosas ou combina o de elementos produzidos por atividades humanas ou delas decorrentes em n veis capazes de direta ou indiretamente a prejudicar a sa de a seguran a e o bem estar da popula o b criar condi es adversas s atividades sociais e econ micas 88 c ocasionar danos relevantes flora a fauna e outros recursos naturais II recursos naturais s o a atmosfera as guas interiores superficiais e subterr neas os estu rios o mar territorial o solo a fauna e a flora O Decreto n 14 250 81 que a regulamentou reproduz nos artigos 32 a 35 o texto da Portaria Minter n 92 do Minist rio de Estado do Interior nos seguintes termos Art
306. onhas foi aprovado em 2007 Portanto as invas es urbanas s reas de prote o n o foram obstadas nem pelas autoridades municipais nem pelas autoridades aeron uticas a quem mormente incumbia esse nus E como consegii ncia nefasta dessa neglig ncia refor ada pela compet ncia dada ANAC a maior queixa da vizinhan a hoje a polui o sonora A empresa respons vel pelo EIA RIMA de Congonhas efetuou as medi es de press o sonora com um dos medidores mais econ micos do mercado A despeito desse fato o certificado de calibra o que atesta a confiabilidade do equipamento A c pia do certificado de calibra o do referido equipamento citado no Anexo III do Volume II do EIA RIMA n o se encontra nas c pias disponibilizadas pela Prefeitura de S o Paulo no seu s tio na internet No EIA RIMA do Aeroporto de Campo de Marte elaborado pela mesma empresa foi utilizado o mesmo medidor identificado pelo mesmo n mero de s rie em ambos os relat rios Portanto os coment rios a seguir se aplicam a ambos EIA RIMA de Congonhas e de Campo de Marte A norma utilizada como refer ncia de limites de n veis sonoros bem como m todo de medi o a NBR 10 151 da ABNT vers o 2000 v lida a partir de 31 07 2000 Essa vers o substituiu a vers o de 1987 que embora revogada ainda continua a ser referenciada por alguns estudos A NBR 10 151 prescreve no item 2 quais as normas de refer ncia dos equipamentos
307. onora bem como uma Pol tica Nacional de Educa o Combate e Gest o da Polui o Sonora 32 Imp e se ao Executivo em raz o do monop lio da coersibilidade a fiscaliza o das atividade poluidoras no exerc cio do poder de pol cia que em virtude da sua coercitividade e auto executoriedade revela se efetivo para a cessa o imediata das atividades poluidoras da higidez sonora 33 Imp e se ao Judici rio o tratamento do ru do como polui o sonora admitindo se que os efeitos extra auditivos causam dano sa de humana afastando as normas municipais e ou estaduais que contrariem o estabelecido na Resolu o CONAMA n 01 90 como crit rio geral Cabe aos magistrados o desenvolvimento da consci ncia ambiental e a busca por conhecimentos extra jur dicos que ampliem a vis o a respeito da polui o sonora e dos males que causa 34 O Minist rio P blico representa um imprescind vel defensor da tutela coletiva em favor da preserva o do meio ambiente em face da polui o sonora A recente decis o do Supremo Tribunal de Justi a no REsp 1 051 306 MG o consagrou como legitimado para propor a o civil p blica contra a polui o sonora por consider la polui o e n o mero inc modo 35 Coletividade imp e se a fiscaliza o das atividades poluidoras externada atrav s de den ncias perante o Poder P blico a busca do judici rio quando couber e a participa o na gest o democr tica da cidade na
308. ontratual ou de seu rg o colegiado no interesse ou benef cio da sua entidade Par grafo nico A responsabilidade das pessoas jur dicas n o exclui a das pessoas f sicas autoras co autoras ou part cipes do mesmo fato 105 MILAR op cit p 848 10 FIORILLO op cit p 56 107 Nesse sentido as considera es do Min Sep lveda Pertence no RHC n 80 362 SP referidas por Milar n o posso deixar de explicitar minha convic ao de que ante o quadro de not ria impot ncia do Judici rio para atender demanda multiplicada de jurisdi o e de outro tamb m not ria impot ncia do Direito Penal para atender aos que pretendem transform lo em mir fica mas ilus ria solu o de todos os males de vida em sociedade tendo cada vez mais aplaudir a reserva san o e ao processo penal do papel da ultima ratio e sempre que poss vel a sua substitui o por medidas civis ou administrativas menos estigmatizantes e de aplicabilidade mais efetiva 62 Todavia a responsabiliza o penal da pessoa jur dica de dif cil caracteriza o No que diz respeito polui o sonora tem sido fregiiente a tentativa de responsabiliza o dos dirigentes dos estabelecimentos perturbadores No HC n 48 276 MT 2005 0159228 6 o paciente pelo fato de ser s cio propriet rio de um estabelecimento foi denunciado como incurso nas san es do art 54 caput c c art 15 inciso II al neas a h e
309. op ia os resultados das medi es utilizando os indicadores de ru do de cada Estado Membro devem ser convertidos para este para efeito de compara o Outras duas Diretivas foram elaboradas posteriormente A Diretiva n 2005 88 CE de 2005 que altera a Diretiva n 2000 14 CE estabelecendo as regras a serem aplicadas em mat ria de emiss es sonoras de equipamento para utiliza o externa procedimentos de avalia o da conformidade regras sobre marca o do equipamento de documenta o t cnica e de colheita de dados sobre as emiss es sonoras para o ambiente com vistas a contribuir para a prote o da sa de e bem estar das pessoas bem como para o funcionamento harmonioso do mercado E a Diretiva n 2002 30 CE do Parlamento Europeu e do Conselho de 26 de Mar o que estabelece as regras e os procedimentos para a introdu o de restri es de opera o relacionadas com o ru do nos aeroportos Os Estados Membros deveriam p r em vigor as disposi es legislativas regulamentares e administrativas que forem necess rias para dar cumprimento DIRECTIVA n 2002 49 CE at 18 de julho de 2004 art 14 A Comiss o apresentaria ao Parlamento Europeu e ao Conselho um relat rio sobre a aplica o da presente diretiva at 18 de julho de 2009 65 definido por uma f rmula contendo outros 3 ndices Liay que o n vel sonoro m dio de longa dura o ponderado A conforme definido na norma ISO 1996 2 1987 determ
310. opula o A par disto a Via o Redentor se mostra relutante em mudar o p tio dos nibus mesmo ap s ter assumido tal compromisso com rg o p blicos Portanto os fatos recomendam se manter a liminar para que n o exer a suas atividades no per odo noturno entre 22 00 e 7 00 horas 195 refer ncia a ele Quem define o zoneamento territorialmente falando a legisla o de uso e ocupa o do solo do munic pio Portanto para se verificar se uma fonte poluidora est ou n o acima dos limites h que se consultar primeiro a legisla o local para constatar em que zoneamento se encontra a fonte poluidora para depois correlacionar esse zoneamento com os da tabela da NBR 10 151 Cabe ressaltar que a ltima vers o da norma NBR 10 151 a de 2000 ainda em vigor visto que v rios estudos e profissionais ainda se valem da vers o anterior de 1987 que se encontra revogada 7 3 NBR 10 152 A norma NBR 10 152 N veis de Ru do para Conforto Ac stico em vigor a publicada em dezembro de 1987 embora uma revis o esteja em fase de consulta p blica Como expresso no seu objetivo fixa os n veis de ru do compat veis com o conforto ac stico em ambientes diversos Ressalva que as quest es relativas a riscos de danos a sa de em decorr ncia de ru do ser o estudadas em normas espec ficas Remete as defini es bem como os procedimentos de medi o NBR 10 151 O medidor al m de atender norma IEC 651
311. ora objeto da tutela nesta a o A r pode utilizar quaisquer instrumentos musicais na celebra o dos cultos desde que respeite os limites de tolerabilidade quanto emiss o dos sons e ru dos dispostos na legisla o ae Templos religiosos devem ter licenciamento da prefeitura local para funcionar O entendimento un nime da 4 C mara C vel do Tribunal de Justi a do Rio Grande do Sul Em janeiro de 2001 a prefeitura de S o Leopoldo RS determinou o fechamento da Casa M os Dadas Centro Hol stico de Umbanda Esot rica por estar funcionando sem alvar Processo n 70004096707 276 AC 648 543 5 1 00 TJSP 186 De forma diversa na ADIN n 141 238 0 5 00 TJSP em que o relator data venia exarou coment rios inadequados quanto ao culto sub judice quando diz que se estimulam alguns adeptos a exteriorizarem sua f em altos brados ou em cantoria o que paradoxal que a religi o cuja finalidade promover a religa o entre a criatura e o Criador possa legitimar pr ticas lesivas higidez f sica e mental de seus fi is ou ainda que a li o evang lica era Pedi e recebereis e n o Gritai e recebereis e que n o condizem com a prega o religiosa as explos es vocais os gritos os berros o entusiasmo o fervor inaudito e at mesmo a histeria 2 Entrar no m rito dessas express es violar a prote o da liturgia dada pela Constitui o no art 5 VI O il
312. ora o apelante se exima da responsabilidade alegando que n o se fez omisso no cumprimento dos deveres legais o nexo de causalidade entre a falha constatada pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente quando da vistoria observando irregularidades na atividade do estabelecimento supranominado isto que n vel de press o sonora de 65 dB proveniente de som mec nico e aus ncia de isolamento ac stico sem condi es para desenvolver qualquer tipo de atividade sonora devido ao espa o f sico reduzido f 46 e o evento danoso frustra es e aborrecimentos por ter que ir a v rios rg os administrativos e judiciais para se fazer ouvir e por ter recebido amea as e ter sido agredido por fregiientador do bar fls 97 98 restou demonstrado de maneira induvidosa pelo conjunto probat rio constantes dos autos tais como v rias certid es da Pol cia Militar do Paran que demonstram a ocorr ncia do atentado ao sossego dos moradores da regi o vizinha fls 21 37 bem como o processo administrativo pleiteando a a o municipal para acabar com a bagun a sem que tal pleito fosse atendido fls 39 66 o abaixo assinado dos moradores da regi o fls 18 19 e os documentos de fls 70 79 Desse modo evidente se encontra a atitude omissiva do apelante pois constando problemas de polui o sonora com o estabelecimento f 46 n o tomou nenhuma provid ncia no sentido de fazer cessar as atividades daquele j que se apresentavam irregulares MI
313. oras nas edifica es urbanas doutrina jurisprud ncia e legisla o 2 ed ver e ampl S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 2002 CAVALCANTE Krisdany Vin cius S M MENDES Solange CORBO Milena SCHWABE Wilfrid Keller Avalia o Ac stica Ambiental de um Habitat Urbano do P ssaro Troglodytes Aedon Exposto ao Ru do de Tr fego em Campinas In Anais do XXI Encontro da Sociedade Brasileira de Ac stica Belo Horizonte MG 2008 CHEPESIUK RON Decibel Hell Environmental Health Service Volume 113 N mero 1 Janeiro 2005 ELLER Rog ria de Arantes Gomes Impacto do ru do aeron utico sobre o valor dos im veis residenciais o caso do Aeroporto Internacional de S o Paulo Disserta o de Mestrado Instituto Tecnol gico de Aeron utica S o Jos dos Campos SP 2000 226 ENVIRONMENTAL HEALTH PERSPECTIVES Volume 113 Number 1 January 2005 Dispon vel em lt http www ehponline org members 2005 113 1 focus html gt Acessado em 25 11 2007 FIORILLO Celso Antonio Pacheco Curso de Direito Ambiental Brasileiro 7 ed rev Atual e ampliada S o Paulo Saraiva 2006 FINK Daniel Roberto A Polui o Sonora e o Minist rio P blico Dispon vel em lt http www conjur com br 1998 nov 25 posicao ministerio publico diante problema gt Acessado em 15 08 2003 FIORINI A C A import ncia do monitoramento audiom trico no programa de conserva o auditiva In Revista de Ac stica e Vibra
314. ormas ABNT Note se neste ponto que a Resolu o CONAMA n 01 foi publicada no DOU em 2 de abril de 1990 sendo que ela mesma reproduz em parte o conte do da citada Portaria por m fazendo refer ncia s normas atualizadas da ABNT Em lugar da NB 95 se refere NBR 10 152 e em lugar da EB 386 74 se refere NBR 10 151 onde constam as caracter sticas dos medidores utilizados E em lugar de estabelecer os n veis m ximos para os per odos diurno e noturno aponta aos estabelecidos na NBR 10 151 da ABNT Outra norma citada na Lei n 10 100 1990 a NBR 7731 ABNT Guia para execu o de servi os de medi o de ru do a reo e avalia o dos seus efeitos sobre o homem de 1993 ainda vigente Todavia a utiliza o da NBR 10 151 Avalia o do ru do em reas habitadas visando o conforto da comunidade se afigura mais adequada pois se refere ao ru do proveniente de qualquer atividade e n o apenas ao ru do aeron utico No Estado da Para ba a Lei n 4 335 81 que disp e sobre Preven o e Controle da Polui o Ambiental reproduz os conceitos de meio ambiente dado pela Lei n 6 938 81 bem como o da polui o com algumas altera es O Decreto n 15 357 93 em particular estabelece os padr es de emiss es de ru dos e vibra es al m de outros contaminantes No seu art 3 elenca v rias defini es dentre elas da Polui o Sonora Art 3 Para os efeitos do presente Decreto conside
315. ort ncia do outro em tr s n veis leve moderado e grave no original light moderate e serious Como destaca ALEXY essa medi o feita levando em conta a import ncia dos direitos no sistema constitucional e n o na opini o do int rprete Al m disso o int rprete deve considerar a interfer ncia concreta no direito e n o a interfer ncia abstrata H que se perquirir ent o em que medida a limita o da propaga o de emiss es sonoras ao exterior impostas aos cultos dentro de certos limites e hor rios interfere no exerc cio da liberdade de culto e na sua liturgia Parece nos em princ pio que os cultos que durante s culos mantiveram se imunes a esse tipo de acusa o n o sofreriam preju zo no que tange ess ncia do culto na adequa o legisla o de combate polui o sonora seja pelo isolamento do local seja pela adequa o do uso das tecnologias de som E da mesma forma avaliar a import ncia do direito a ser protegido in casu o equil brio ecol gico do meio ambiente essencial sadia qualidade de vida amea ado pela polui o sonora A religiosidade em nossa cultura det m tal import ncia que praticamente todas as legisla es municipais excetuam do cumprimento da lei o som produzido por bandas de 184 m sica em prociss es S o ocasi es em que o sacrif cio do direito ao sossego d lugar express o de devo o religiosa Contudo qualquer excesso sonoro preju
316. ortandade de animais ou a destrui o significativa de esp cimes da flora Dif cil que tais resultados possam advir de instrumentos musicais equipamentos de som e assemelhados Como mostramos anteriormente dentre os efeitos da polui o sonora est o os efeitos extra auditivos que mesmo n o provocando a perda auditiva efeitos auditivos s o capazes de provocar efeitos nocivos sobre a sa de humana Portanto esses argumentos aprior sticos da magistrada deveriam ceder lugar s evid ncias cient ficas que demonstram o contr rio No julgamento do HC n 60 654 PE 2006 0123484 1 em 2008 o Min Nilson Naves entendeu que a conduta de realizar atividades em bar com a emiss o de sons e ru dos ainda que muito acima do volume permitido n o se enquadra na conduta relativa ao art 54 da Lei n 9 605 98 que disp e sobre condutas e atividades lesivas ao meio ambiente Percebe se portanto que no entendimento do julgador a emiss o de sons e ru dos ainda que acima dos n veis permitidos n o s o capazes de agredir o meio ambiente em fragrante descompasso com o art 3 III e da Lei 6 938 81 1 Acrescente se ainda o entendimento dos participantes do anteprojeto de lei que resultou na Lei de Crimes Ambientais Vladimir Passos de Freitas e Gilberto Passos de Freitas comentado o referido art 54 certo contudo que tais dispositivos devem ser 193 Agravo de Instrumento n 1097242 RS Relator a Ministr
317. os IAC ao tratar da Gest o e Controle do Meio Ambiente prev como obrigat ria a Implanta o do Programa de Controle do Uso do Solo no Entorno para dentre outros aspectos minimizar o impacto do ru do aeron utico na vizinhan a indicando como subs dio a Resolu o CONAMA n 01 90 que por sua vez aponta NBR 10 151 e NBR 10 152 Como comentado anteriormente v rios s o os indicadores utilizadas para a medi o do ru do Por exemplo L A eq N vel de press o sonora equivalente que m dia das press es instant neas em um determinado tempo L A egD L A eq para o per odo diurno de 7h s 22h e L A egN L A eq para o per odo noturno de 22h s 7h DNL Day Night Level que a m dia da energia sonora para 24h utilizado para calcular o percentual de pessoas altamente incomodadas pelo ru do Este ltimo indicador utilizado para o estabelecimentos das Curvas de N vel 1 e 2 no PEZR segundo a Portaria n 1141 GMS Segundo estudos da COPPE UFRJ n o haveria uma rela o biun voca entre a m trica do PZR o DNL calculado para 24h e as m tricas da NBR 10151 L A egD calculado para 15h e L A eqN calculado para 9h Dessa forma quando se calculam as curvas do PZR de Congonhas o DNL 65dB A corresponderia a L A eqD de 64 5dB A e L A egN de 45 5 dB A Nesse caso a condi o DNL lt 65dB A que autorizaria o uso 185 NABINGER op cit p 112 135 residencial na vizinhan a de aeroportos
318. os e 42 interditados e autuados Nenhum estabelecimento foi 215 TJPR Apela o C vel AC 1033294 PR Apela o C vel 0103329 4 Relator a Eugenio Achille Grandinetti Julgamento 12 02 2003 rg o Julgador 4 C mara C vel Publica o 24 02 2003 DJ 6316 NUNCIA O DE OBRA NOVA 1 alvar concedido para constru o de resid ncia unifamiliar sendo erigida edifica o para realiza o de aulas de dan a Desvio de finalidade do alvar Comprova o pelas provas periciais de ru dos acima dos limites fixados al m de falta de Observa o dos limites de divisa fixados no c digo de posturas municipais 2 alega o de fato novo entrada em vigor de nova lei de zoneamento que n o foi levada em conta para a prola o da senten a al m do fato de n o demonstrar a apelante quais os dispositivos em que a nova lei ampararia suas alega es percebe se que a mesma continua mantendo restri es constru o efetuada pelo uso ao qual se destina a constru o 3 julgamento extra petita inocorr ncia art 462 4 do cpc concede o ordenamento jur dico poderes ao juiz para que em se tratando de Obriga o de fazer imponha a multa independentemente do pedido do autor adotando provid ncia no sentido de assegurar o resultado pr tico equivalente ao adimplemento de tal Obriga o recurso desprovido Acordam os desembargadores integrantes da 4 C mara C vel do Tribunal de Justi a do estado do Paran por unanimidade
319. os naturais de qualquer esp cie quer pelo setor p blico quer pelo privado ser o admitidas se houver resguardo do meio ambiente ecologicamente equilibrado 1 A outorga de licen a ambiental por rg o ou entidade governamental competente integrante de sistema unificado para esse efeito ser feita com observ ncia dos crit rios gerais fixados em lei al m de normas e padr es estabelecidos pelo Poder P blico e em conformidade com o planejamento e zoneamento ambientais 68 o caso dos Projetos de Lei n 263 07 e n 1024 03 45 2 A licen a ambiental renov vel na forma da lei para a execu o e a explora o mencionadas no caput deste artigo quando potencialmente causadoras de significativa degrada o do meio ambiente ser sempre precedida conforme crit rios que a legisla o especificar da aprova o do Estudo Pr vio de Impacto Ambiental e respectivo relat rio a que se dar pr via publicidade garantida a realiza o de audi ncias p blicas Em 19 de junho de 1980 o Minist rio do Interior promulgou a Portaria MINTER n 92 que estabeleceu padr es crit rios e diretrizes relativos emiss o de sons e ru dos Essa portaria inspirou v rias resolu es e legisla es A referida portaria considerava prejudiciais sa de seguran a e ao sossego p blico os sons e ru dos que a atinjam no ambiente exterior do recinto em que t m origem n vel de sons de mais de 10 dez
320. os sonoros para igrejas ou templos em n veis superiores aos da rbita federal e estadual Toda emiss o de ru dos sonoros de forma excessiva afeta a qualidade de vida e traduz polui o ambiental Direito constitucional ao meio ambiente equilibrado e saud vel Compatibilidade das normas Resolu o n 1 90 do CONAMA com for a de lei Compete Uni o estabelecer normas gerais em mat ria de meio ambiente e controle de polui o nos termos do art 24 VI 881 e 4 da Carta Federal Autoriza o para legisla o supletiva somente no v cuo da legisla o federal Em mat ria de meio ambiente e controle de polui o n o h predomin ncia do interesse do munic pio Normatividade federal de car ter geral como par metro razo vel qual devem estar vinculadas as normas estaduais e municipais Bloqueio de compet ncia Precedentes jurisprudenciais e sua interpreta o Ofensa aos princ pios da proporcionalidade e da razoabilidade Afronta aos arts 24 VI 88 1 e 4 30 H e 225 caput da Carta Federal arts 8 e 250 caput da Carta Estadual e Resolu o n 1 90 do CONAMA Proced ncia da a o UN NIME Louv vel a decis o em considerar que a polui o sonora n o um problema de predomin ncia do interesse local Nesse sentido o coment rio de MEIRELLES Interesse local n o interesse exclusivo do Munic pio n o interesse privativo da localidade n o interesse nico dos Munic pios
321. ou de autoridade ou por atos de gest o privada ou seja de atos de explora o direta de atividades potencialmente degradadoras da qualidade ambiental Assim se o Estado omisso no exerc cio do poder de pol cia em limitar o exerc cio dos direitos individuais em prol do benef cio do interesse p blico acaba sendo respons vel pela falta de prote o contra a polui o sonora H Para exemplificar ALVES cita alguns exemplos elucidativos dessa postura dentre alguns relativos polui o sonora Uma mat ria publicada no Jornal Folha de S o Paulo no dia 09 11 1996 diz respeito imensa procura pelo PSIU com reclama es de ru dos molestos O Poder P blico admitia que n o tinha equipes suficientes como para coibir o abuso Outra mat ria de 12 11 1999 informava que os instrumentos desenvolvidos pelo poder P blico contra apolui o sonora eram pouco consistentes pelo que as medidas n o podiam ser identificadas como uma pol tica p blica Admitindo que a responsabilidade pelo Programa Sil ncio estava nas m os de uma Secretaria sem organiza o para tal fim embora ligada ao meio ambiente o Prefeito a transferiu para outra que nenhum v nculo tinha com a prote o do meio ambiente BENJAMIN Ant nio Hermann Responsabilidade civil pelo dano ambiental In Revista de Direito Abiental Revista dos Tribunais S o Paulo 1998 n 9 p 37 ALVES S rgio Lu s Mendon a Estado Poluidor Ed Juares de Oliveira
322. pena de causar inc modos humana Embora n o seja objeto deste trabalho mencione se que a norma ISO 2631 2 1989 tem por objeto a avalia o da exposi o humana vibra o de corpo inteiro 5 3 LEGISLA O MUNICIPAL A atual legisla o do Munic pio de Belo Horizonte Lei n 9 505 2008 trata da emiss o de ru dos sons e vibra es em decorr ncia de atividades exercidas em ambientes confinados ou n o o que a diferencia de outras legisla es municipais que somente atendem reclama es oriundas de locais confinados Revogou a Lei n 9 341 de 22 de 136 O efeito das vibra es depende da sua fregii ncia Vibra es de baixa frequ ncia podem provocar les es nos ossos entre 40 e 125 Hz provocam efeitos vasculares entre 70 e 150 Hz chegam at s m os superiores a 150 Hz afetam principalmente os dedos e superiores a 600 Hz provocam efeitos neuromusculares 92 fevereiro de 2007 e anistiou as penalidades aplicadas durante a tumultuada vig ncia da mesma A disputa travada em torno da legisla o tocante polui o sonora nesse munic pio retrata por um lado a necessidade de se rever as pol ticas p blicas e por outro as dificuldades inerentes ao assunto A autora do projeto legislativo que resultou na Lei n 9 341 2007 alegava a necessidade de se atualizar a legisla o oriunda da d cada de 40 em face da crescente polui o sonora verdadeiro caso de sa de p blica e para atender aos
323. penais e administrativas independentemente da obriga o de reparar os danos causados LEITE entende que esse dispositivo mostra claramente que a Constitui o Federal recepcionou a Lei n 6 938 81 no que tange responsabilidade objetiva Da mesma forma NERY opina que a nova Constitui o em nada alterou a sistem tica da responsabilidade objetiva da Lei n 6 938 81 que foi portanto integralmente recepcionada pela nova ordem constitucional Se o poluidor pode ser pessoa de direito p blico o legislador admite que a polui o pode ser causada pelo pr prio Estado De fato qualquer empresa ou rg o p blico potencialmente um poluidor direto se a polui o se d por conta da sua atividade a exemplo da Petrobr s Sousa Chaves Julgamento 19 08 2008 rg o Julgador 1 Turma C vel Publica o 03 09 2008 EMENTA APELA O C VEL A O CIVIL P BLICA MEIO AMBIENTE POLUI O SONORA CONVENI NCIA QUE FUNCIONA 24 HORAS POR DIA VENDA DE BEBIDA ALC OLICA DURANTE A MADRUGADA PARA CONSUMIDORES QUE ESTACIONAM SEUS VE CULOS EM FRENTE S RESID NCIAS E LIGAM SOM AUTOMOTIVO EM VOLUME INSUPORT VEL POLUIDORA INDIRETA RESPONSABILIDADE OBJETIVA RECURSO CONHECIDO E PROVIDO O art 3 da Lei de A o Civil Publica possibilita a imputa o ao degradador de obriga o de fazer a fim de restaurar o bem lesado e ou de n o fazer para que cesse a atividade lesiva Uma vez verificado do farto conjunto prob
324. pios que assim constituem o Sistema Nacional do Meio Ambiente SISNAMA cujo rg o consultivo e deliberativo o Conselho Nacional do Meio Ambiente CONAMA tem como finalidade 88 Idem p 3 MILAR op cit p 432 53 assessorar estudar e propor ao Conselho de Governo diretrizes de pol ticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais bem como deliberar no mbito de sua compet ncia sobre normas e padr es compat veis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial sadia qualidade de vida art 6 II Merece destaque a atua o do Conselho Nacional CONAMA cujos grupos t cnicos t m produzido um importante conjunto de resolu es que estabelecem crit rios gerais balizadores das a es governamentais e dos particulares em rela o ao ru do na fonte e ou nas diversas atividades Destaque se dentre o seus princ pios o controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras e a educa o ambiental em todos os n veis de ensino inclusive da comunidade com o objetivo de capacit la para que possa participar ativamente na defesa do meio ambiente art 2 Ve XX A seguir define no art 3 importantes conceitos necess rios ao tema a saber meio ambiente degrada o polui o e poluidor O meio ambiente definido como o conjunto de condi es leis influ ncias e intera es de ordem f sica qu mica e biol gica que permite
325. polui o sonora tentar a adequa o ac stica do recinto ou promover a mudan a de comportamento mais saud vel para benef cio pr prio e da comunidade vizinha 292 Globo com Dispon vel em lt http gl globo com Noticias SaoPaulo 0 MUL 1545054 5605 00 JUSTICA DEFERE LIMINAR QUE SUSPENDE A LEI QUE ALTER A REGRAS DO PSIU html gt Acessado em 25 03 2010 181 6 2 3 1 Tratamento no Judici rio O ru do excessivo oriundo de cultos j foi atacado de diversas formas Uma delas queixa de perturba o do sossego p bico com fulcro no art 42 da Lei de Contraven es penais Nesse sentido encontramos decis es em ambos os sentidos Da mesma forma como tipifica o do crime previsto art 54 caput da Lei n 9 605 98 combinado com o art 29 caput e art 71 caput ambos do C digo Penal em que geralmente s o denunciados os pastores ou l deres religiosos o caso do HC n 73 747 SP 2006 0284799 7 em que os pacientes tiveram o writ concedido pelo STJ para trancamento da a o penal que tinha sido negado pelo TJSP O relator considerou inepta a den ncia pois o simples fato de os r us serem l deres da igreja n o autoriza a instaura o de processo criminal por crimes praticados no mbito da institui o se n o restar comprovado ainda que com elementos a serem aprofundados no decorrer da a o penal a m nima rela o de causa e efeito entre as imputa es e a condi o de dirigentes sob pena de
326. polui o sonora sem contudo sofrer perda auditiva Todavia esses efeitos implicam em preju zos sa de humana Tangenciaremos os efeitos sofridos pela fauna em rela o polui o sonora mencionando alguns estudos a respeito No Cap tulo 3 verificaremos os conceitos e defini es que a f sica d ao fen meno da polui o sonora de modo a entender quais s o os componentes e grandezas envolvidas vinculando os com a defini o de polui o dada pela lei da Pol tica Nacional do Meio Ambiente No Cap tulo 4 consideraremos brevemente a experi ncia norte americana e sua abordagem da polui o sonora Da mesma forma quais os esfor os europeus sobre o tema e o programa de harmoniza o em andamento entre os pa ses membros No Cap tulo 5 trataremos do tema no mbito do Direito Nacional Come ando pela legisla o federal faremos uma revis o dos preceitos constitucionais relativos prote o do meio ambiente incluindo as compet ncia dos diferentes entes federativos tocante ao meio ambiente A seguir a Pol tica Nacional do Meio Ambiente importante marco da legisla o p tria passando pelos conceitos de meio ambiente degrada o polui o e poluidor e a responsabilidade objetiva deste ltimo Quanto tutela penal e administrativa cotejaremos a lei de Crimes Ambientais e o seu decreto regulamentador tocante ao tema da polui o 10 sonora Um importante agente a ser tratado ser o CONAMA c
327. posta a ru dos provenientes de atividades dom sticas a ru dos produzidos por vizinhos a ru dos em locais de trabalho ou dentro dos meios de transporte ou ainda devidos a atividades militares em zonas militares Resta claro que a preocupa o da Diretiva com o ambiente em geral aquele que recebe a perturba o sonora patente na express o a que os seres humanos se encontram expostos Uma aten o especial dada s reas p blicas Todavia em rela o s fontes exclui os ru dos dom sticos e de vizinhan a ru dos no ambiente laboral e advindos de atividades militares nas zonas a elas reservadas 41 Define os conceitos utilizados da Diretiva Dentre eles ru do ambiente e efeitos prejudiciais Art 3 Para efeitos da presente diretiva entende se por a Ru do ambiente um som externo indesejado ou prejudicial criado por atividades humanas incluindo o ru do emitido por meios de transporte tr fego rodovi rio ferrovi rio a reo e instala es utilizadas na atividade industrial tais como as definidas no anexo I da Diretiva 96 61 CE do x Conselho de 24 de Setembro de 1996 relativa preven o e controle integrados da polui o b Efeitos prejudiciais efeitos nocivos para a sa de humana Os ndices a serem utilizados nas medi es e levantamentos o Laen dia fim de tarde noite Se Light sendo que at que se torne obrigat rio o mesmo m todo para toda a Comunidade Eur
328. principalmente no mbito do judici rio tanto nas pe as processuais como nas decis es gerando interpreta es diversas do fato sub judice e consequentemente no direito aplicado ao caso Em parte deve se ao fato de serem v rias as fontes geradoras de ru dos e pouca a difus o dos conceitos que envolvem o tema Em algumas ocasi es o fen meno tratado como mero inc modo de cunho subjetivo e individual que deve ser tratado na esfera das contraven es penais Por vezes o assim denominado barulho restrito s rela es de vizinhan a remetendo se o seu tratamento ao campo das rela es civis Em outras circunst ncias o ru do assume um aspecto coletivo todavia sem perder o foco civil e ou administrativo Nos ltimos anos como fruto da divulga o de estudos na rea da sa de OMS fonoaudiologia da f sica ac stica da zoologia etc al m do crescimento de associa es civis de luta contra o ru do o fen meno passou a receber conota es ambientais sendo conceituando como polui o propriamente dita causadora de altera es prejudiciais ao meio em que habitam homens e animais 3 1 T CNICO freqiente o uso do termo ru do e som como sin nimos embora som geralmente utilizado para as sensa es prazerosas como m sica e fala ao passo que ru do usado para descrever sons indesej vel como buzina explos o tr nsito e m quinas Alguns definem o
329. quais as atividades comerciais compreendidas as transporte aeron utico de passageiros e cargas A Pol tica Nacional do Meio Ambiente estabelece a compet ncia do CONAMA para estabelecer privativamente as normas e os padr es nacionais de controle da polui o oriundas de aeronaves conforme o art 8 VI da Lei n 6 938 81 23 A restri es quanto ao uso e ocupa o do solo no entorno dos aeroportos s o de responsabilidade tanto da autoridade aeron utica como do munic pio O primeiro estabelecendo os Planos B sicos de Ru do e Prote o dos Aeroportos e o segundo adequando o uso e ocupa o do solo a estas restri es especiais A ambos compete a fiscaliza o do cumprimento dessa limita o podendo embargar e at demolir as edifica es irregulares 24 A regulariza o dos aeroportos n o pode sacrificar o bem estar das comunidades circunvizinhas Os Estudos de Impacto Ambiental EIA RIMA devem sofrer o rigor da exig ncia de equipamentos e metodologias adequadas que incluam al m do aspecto t cnico os anseios da popula o do entorno antes mesmo de se conceder ou mesmo negar qualquer licen a ambiental O poder p blico n o pode efetuar concess es que consagrem o fato consumado 25 O uso da abordagem equilibrada para tratar da problem tica do ru do aeron utico al m de considerar a redu o do ru do na fonte geradora o planejamento e gest o do uso do solo os procedimentos operacionais de mitiga
330. r odos diurno e noturno s o os da tabela abaixo NBR 10151 N vel de crit rio de avalia o para ambientes externos em dB A Tipos de reas Diurno Noturno reas de s tios e fazendas 40 35 reas estritamente residencial urbana ou de hospitais 50 45 ou de escolas rea mista predominantemente residencial 55 50 rea mista com voca o comercial e administrativa 60 55 rea mista com voca o recreacional 65 55 rea predominantemente industrial 70 60 Fonte ABNT 1999 Como se pode observar a tabela n o adota um crit rio nico um para o per odo diurno e outro para o noturno Os n veis crit rio s o definidos de acordo com o uso e ocupa o do solo Saliente se que a norma NBR 10 151 n o define zoneamento apenas faz 82 A O CIVIL P BLICA LIMINAR DEFERIDA POLUI O SONORA E ATMOSF RICA EMPRESA DE NIBUS DESCANSO NOTURNO PARALISA O DAS ATIVIDADES DA EMPRESA NO PER ODO DAS 22 00 S 7 00 HORAS DECIS O ACERTADA AGRAVO DE INSTRUMENTO IMPROVIDO H prova suficiente nos autos de que o local onde est situada a empresa de nibus impr prio e contraria a legisla o notadamente a Lei de Zoneamento Urbano n 9 800 00 Al m disso vem produzindo ru dos al m do permitido o que foi constatado por per cia contrariando a Lei 10 625 02 e ainda o seu grau de polui o atmosf rica vem se mostrando incompat vel com o local o que vem causando in meros gravames p
331. r pria para inibir as fontes poluidoras e muito menos agir pela for a H de se valer de outros mecanismos como mencionaremos a seguir A forma mais usada para combater a polui o sonora sem d vida a da den ncia ao Poder P blico Em geral as Prefeituras divulgam seja atrav s do site ou por outro meio os telefones de seus diversos departamentos Um deles certamente ser respons vel por receber e processar as den ncias relativas polui o sonora Nos ltimos anos tem crescido o n mero de prefeituras que implantaram o servi o do disque sil ncio Dependendo da estrutura da administra o p blica local as den ncias ser o respondidas com mais ou menos celeridade Onde a polui o sonora n o tratada por um rg o espec fico o atendimento tende a ser mais demorado Todavia aquelas que disp em de um servi o exclusivo podem ser mais c leres dependendo da quantidade de den ncias recebidas ocasi o em que pode haver necessidade de agendamento caso a quantidade de fiscais n o seja suficiente para o atendimento da demanda Quando se trata de uma perturba o continuada oriunda de um estabelecimento industrial ou comercial a provid ncia faz sentido mesmo que deferida no tempo Todavia em se tratando de uma perturba o eventual por m insuport vel o atendimento torna se ineficaz 209 A orienta o ent o de se procurar a Pol cia Militar Quem precisou sabe que essa provid ncia
332. r desta portaria os mesmos n o ser o pass veis de amplia o Nos casos espec ficos de esta o de tratamento de gua e esgoto cemit rio dep sito e armazenagem estacionamento e garagem para ve culos e terminais de carga e 19 A representa o gr fica dessas Curvas de N vel de Ru do dada pela fig 30 da Portaria n 1 141 128 passageiros somente se dar a implanta o uso e desenvolvimento das atividades desde haja o tratamento ac stico dos locais de perman ncia de p blico e funcion rios conforme as normas legais vigentes e mediante aprova o pr via do Departamento de Avia o Civil DAC Tamb m depende de aprova o pr via do DAC a implanta o uso e desenvolvimento de atividades industriais rodovia e ferrovia e as atividades ou equipamentos equivalentes mencionadas no art 69 No que diz respeito rea II n o s o permitidas as seguintes atividades art 70 o Residenciais de Sa de hospital e ambulat rio consult rio m dico asilo e equipamentos urbanos equivalentes o Educacionais escola creche e equipamentos urbanos equivalentes o Servi os P blicos ou de Utiliza o P blica hotel e motel edifica es para atividades religiosas centros comunit rios e profissionalizantes e equipamentos urbanos equivalentes o Cultural biblioteca audit rio cinema teatro e equipamentos urbanos equivalentes O par grafo nico estabelece que as atividades acima referid
333. ral ligado a igreja vereador de sp propoe abrandar psiu 366260 0 htm gt Acessado em 16 03 2010 179 No tocante s multas reproduz ipsis litteris os valores contemplados na Lei n 13 287 2002 Quanto ao procedimento fiscalizat rio reproduz o disposto na Lei n 13 190 2001 quanto ao m todo de medi o Alguns coment rios s o pertinentes Em primeiro lugar que o texto da lei substituiu o termo templos por locais de reuni o na tentativa de fugir de uma nova ADIN e o autor do projeto fugir do estigma de fan tico Por m p blica e not ria a luta do vereador contra o PSIU luta que pode lhe render dividendos eleitorais O texto da lei n o define o que se deve entender por locais de reuni o Todavia o Decreto Municipal n 49 969 2008 trata os locais de reuni o como recintos fechados destinados a reuni es p blicas com lota o igual ou superior a 250 duzentos e cingiienta que pretendam instalar se por tempo indeterminado para o exerc cio de atividades geradoras de p blico incluindo dentre outras assemelhadas I cinemas audit rios teatros ou salas de concerto II templos religiosos II buffet sal es de festas ou dan as IV gin sios ou est dios V recintos para exposi es ou leil es VI museus VII restaurantes bares lanchonetes e choperias VIII casas de m sica boates discotecas e danceterias IX aut dromo hip dromo vel dromo e h pica X clubes as
334. ram se aplic veis as seguintes defini es I POLUI O SONORA Toda emiss o de som que direta ou indiretamente seja ofensiva ou nociva sa de seguran a e ao bem estar da coletividade ou transgrida as disposi es fixadas neste Decreto II MEIO AMBIENTE conjunto formado pelo espa o f sico e os elementos naturais nele contidos at o limite do territ rio do Estado pass vel de ser alterado pela atividade humana 90 HI SOM fen meno f sico provocado pela propaga o de vibra es mec nicas em um meio el stico dentro de faixas de frequ ncia de 16 Hz a 20 Hz e pass vel de excitar o aparelho auditivo humano IV RU DO qualquer som que cause ou tenda a causar perturba es ao sossego p blico ou produzir efeitos psicol gicos e ou fisiol gicos negativos em seres humanos e animais Como se percebe o conceito de polui o sonora bastante abrangente contrariamente ao do meio ambiente que ficou limitado ao territ rio do Estado defini o desnecess ria pois contradit ria com a Lei n 4 335 81 Estadual e com a pr pria Lei n 6 938 81 da Pol tica Nacional do Meio Ambiente Da mesma forma dedica pelos menos dez incisos do art 3 a defini es do mbito da f sica desnecessariamente O texto revela pouco cuidado do legislador em reproduzir conceitos de outras legisla es citar normas inadequadas e repetir dispositivos veda a perturba o do sossego no art 1 e pro be a perturba
335. recebemos na Banca de Qualifica o nas sala de aulas e nas obras e ou artigos publicadas A minha esposa que suportou a minha aus ncia durante tantas noites finais de semana e feriados em favor da dedica o a este trabalho Profa Regina Vera Villas B as pelo ap io e est mulo pelas oportunidades de reflex o acerca dos fundamentos dos Direitos Difusos e Coletivos e abrir as portas de sua casa para as confraterniza es Aos meus colaboradores na Total Safety em especial ao meu s cio e irm o Enrique por compreender e apoiar o tempo dedicado aos estudos e voca o que nos move Aos meus familiares por compreender as minhas aus ncias nas reuni es e celebra es Aos meus colegas de estudos pelos momentos de aprendizado e descontra o Ao Prof Arthur Luis Mendon a Rollo que cedo nos incentivou pr tica do magist rio brindando nos oportunidades para tal e ao ingresso na p s gradua o A todos os que direta ou indiretamente contribu ram com os conhecimentos vertidos neste trabalho bem como nos apoiaram nesta importante etapa de nossa jornada terrena RESUMO Os sons e ru do acompanham a humanidade desde o come o Todavia a partir da Revolu o Industrial tomou propor es inimagin veis transformando se num problema de sa de p blica Al m dos efeitos auditivos o homem sofre os efeitos extra auditivos produzidos pelo ru do que n o provocam surdez mas provocam danos sa de O ru do
336. reclamos da popula o em rela o aos abusos e a falta de fiscaliza o E para isso admite ter se espelhado na legisla o curitibana Ainda em 2001 a Lei n 8 204 pretendia implantar no munic pio uma rede de monitora o da polui o sonora com a finalidade de fazer medi o peri dica dos n veis de sons e ru dos dados que seriam disponibilizados popula o Como resultado das medi es seriam determinadas medidas para atenuar os n veis de ru dos onde fossem constatados n veis em desacordo com os padr es estabelecidos pelo Executivo at alcan ar os n veis toler veis de sons e ru dos A iniciativa sem d vida louv vel apontando se o estudo da situa o atual para depois tomarem se medidas corretivas dando publicidade a esses dados Por m foi revogada pela atual legisla o A proposta da legisla o anterior Lei n 9 341 2007 refor ava a incumb ncia do executivo na preven o e controle da polui o sonora a fiscaliza o das fontes de polui o sonora realiza o de estudos t cnicos e aplica o da san es Tomando como base legisla o existente em outro munic pio introduziu modifica es substanciais Em lugar de condicionar a emiss o de sons e ru dos medindo nos limites da propriedade onde se d a emiss o conforme os crit rio das normas da ABNT restringe a medi o ao local onde se d o inc modo A legisla o atual refor ou esta mudan a ao dizer que a emiss o de
337. refeitura do Rio de Janeiro ao pagamento de R 10 mil a um morador que era perturbado por uma Kombi que estacionava em frente da sua casa para vender alimentos diariamente das 22h s 5h O som alto dos frequentadores atrapalhava o seu sono havia mais de 2 anos O propriet rio do ve culo tamb m foi condenado a retirar o ve culo do local sob pena de multa de R 200 00 Segundo o Tribunal era evidente que o dano causado ao autor foi em ra oo pid 2i decorr ncia da omiss o do poder p blico 20 San Francisco Chronicle Top 100 Home Restaurants O crit rio estabelecido UM SINO Agradavelmente calmo menos de 65 dB DOIS SINOS Pode se conversar facilmente 65 70 dB TR S SINOS Conversar normalmente se torna dif cil 70 75 dB QUATRO SINOS Consegue se conversar somente em voz alta 75 80 BOMBA Demasiado barulhento para conversar normalmente acima de 80 dB Dispon vel em lt http www sfgate com food top 100 gt Acessado em 24 05 2009 210 MATOS Eduardo Lima Polui o sonora deve ser combatida como problema de sa de p blica Dispon vel em lt http www conjur com br 2004 mai 24 questao tratada problema saude publica gt Acessado em 15 12 2006 21 TJRJ APELACAO APL 200900152948 RJ 2009 001 52948 Relator a DES CLEBER GHELFENSTEIN Julgamento 14 10 2009 Org o Julgador DECIMA QUARTA CAMARA CIVEL Publica o 16 10 2009 149 Em S o Paulo conforme dados divulgados pela Secretaria de Coordena
338. refeitura somente compareceu ao local para atender a den ncia uma semana depois Em alguns casos o atendimento a posteriori necess rio mediante agendamento por causa da grande demanda de reclama es e dos poucos fiscais dispon veis Por outro lado o vazamento de informa es da agenda dos fiscais o que ocorre mais do que se pensa possibilita ao poluidor a diminui o dos n veis de som no dia da fiscaliza o O diretor de um rg o municipal respons vel pela fiscaliza o da polui o sonora nos relatou pessoalmente a ocorr ncia desse tipo de vazamentos que acabou por revelar um esquema de propinas que levou ao afastamento dos fiscais 212 Estad o 14 09 2009 Dispon vel em http www estadao com br noticias geral multa por barulho cresce 64 em sp diz secretaria 434486 0 htm Acessado em 15 09 2009 273 O globo 22 10 2009 Barulho tira sono de cada vez mais cariocas Dispon vel em lt http oglobo globo com rio mat 2009 10 22 barulho tira sono de cada vez mais cariocas 776668408 asp gt Acessado em 01 11 2009 214 Idem 150 Em muitos casos a legisla o municipal trata somente da polui o sonora advinda de ambientes confinados como bares boates restaurantes sal es de festas templos religiosos ind strias e obras como o caso da legisla o paulistana N o s o atendidas portanto ocorr ncias de polui o sonora cujas fontes sejam domic lios apartamentos condom nios carros estac
339. res 2006 p 45 1 FREITAS op cit p 16 8 MMA Minist rio do Meio Ambiente Declara o de Rio Dispon vel em lt http www mma gov br sitio index php ido conteudo monta amp idEstrutura 18 amp idConteudo 576 gt Acessado em 15 12 2009 MMA Minist rio do Meio Ambiente Agenda 21 Global Dispon vel em lt http www mma gov br sitio index php ido conteudo monta amp idEstrutura 18 amp idConteudo 587 gt Acessado em 15 12 2009 14 produtividade semelhantes aos que ocorrem em muitos pa ses desenvolvidos Embora bem mais tardia do que a Agenda 21 Global a Comiss o de Pol ticas de Desenvolvimento Sustent vel e da Agenda 21 Nacional CPDS respons vel pela constru o da Agenda 21 Brasileira selecionou as reas tem ticas e a forma de consulta e constru o do documento As reas foram gest o dos recursos naturais agricultura sustent vel cidades sustent veis infra estrutura e integra o regional redu o das desigualdades sociais e ci ncia e tecnologia para o desenvolvimento sustent vel E no que diz respeito ao t pico cidades sustent veis dentre as a es e estrat gias propostas estava o de implementar campanhas de esclarecimento popula o sobre a produ o de ru dos divulgando o valor m dio de decib is toler veis relativos ao tipo de rea e per odo do dia Percebe se que essas iniciativas mostram a necessidade de se velar pela prote o do ser human
340. riado pela Pol tica Nacional do Meio Ambiente produtor de muitas Resolu es que servem de crit rios gerais inclusive para o nosso tema Ainda dentro da legisla o federal observaremos os instrumentos que o Estatuto da Cidade fornece para o combate da polui o sonora Por fim mencionaremos algumas legisla es estaduais e municipais tratantes do tema destacando aspectos positivos e negativos No Cap tulo 6 trataremos das principais fontes de polui o sonora seguindo a classifica o de fontes m veis e fixas Dentre as m veis a produzida por ve culos automotores e aeronaves Dentro de cada uma verificaremos as normas legais e t cnicas aplic veis emanadas do CONAMA CONTRAN e ABNT Tratando da aeronaves abordaremos a problem tica dos aeroportos que embora poderiam ser entendidas como fontes fixas t m como maior produtor de ru do as fontes m veis Dentre as fontes fixas abordaremos as provenientes de atividades de lazer ind strias e cultos discutindo alguns aspectos de cada uma delas Quanto ao lazer o embate entre os crit rios em n vel federal dado pela Resolu es do CONAMA e o estabelecidos pelas legisla es locais Quanto s ind strias se aquelas que ocuparam as reas urbanas com anterioridade tem direito adquirido de poluir Quanto aos cultos o embate entre direitos constitucionais No Cap tulo 7 trataremos das principais normas produzidas pela Associa o Brasileira de Normas T cnicas ABNT q
341. rio noturno o mais critico em termos de polui o sonora e o mais perturbador ao repouso e mais danoso sa de da popula o N o h flexibilidade na norma em termos de n veis mas apenas de hor rios Lembremos que a Resolu o CONAMA n 1 90 estabelece que V As entidades e rg os p blicos federais estaduais e municipais competentes no uso do respectivo poder de pol cia dispor o de acordo com o estabelecido nesta Resolu o sobre a emiss o ou proibi o da emiss o de ru dos produzidos por qualquer meio ou de qualquer esp cie considerando sempre os locais hor rios e a natureza das atividades emissoras com vistas a compatibilizar o exerc cio das atividades com a preserva o da sa de e do sossego p blico EA VII Todas as normas reguladoras da polui o sonora emitidas a partir da presente data dever o ser compatibilizadas com a presente Resolu o grifamos E o Programa Sil ncio criado pela Resolu o CONAMA n 2 90 estabelece que sempre que necess rio os limites m ximos de emiss o poder o ter valores mais r gidos iX v u unici n gidos fixados a n vel estadual e municipal n o menos r gidos 154 Contudo n o o que acontece nos munic pios brasileiros V rias s o as legisla es municipais que disp em de forma diferente em termos de n veis de ru do alegando a compet ncia do art 30 I da CF sob argumento de que a polui o sonora uma quest o
342. rmos de energia watt m2 ou em termos de press o N m2 ou Pascal Por outras palavras Um corpo vibrando no ar tem um movimento oscilat rio Nesse movimento de ida ele empurra uma camada de ar para frente comprimindo a e aumentado sua densidade e temperatura Na volta o corpo a descomprime causando a diminui o dessas duas grandezas Nosso ouvido ora sente aumento da press o do ar ora sente a depress o em intensidades e per odos definidos pelo corpo vibrante gt A nossa orelha percebe sons na faixa de freqii ncias de 20 Hz a 20 000 Hz que vai desde o limiar de audi o at o limiar de dor privilegiando a faixa de 500 Hz a 6 000 Hz O limiar de dor o som mais forte que podemos ouvir sendo o limiar de audi o o mais fraco Essa faixa corresponderia em unidades de press o sonora Pa a valores entre 0 00002 Pascal e 20 Pascal Dada a dificuldade de expressar numa mesma escala linear tais GERGES Samir Nagi Yousri Ru do fundamentos e controle 2a ed atual e ampliada NR Editora Florian polis 2000 p 5 48 Idem p 1 SANTOS op cit p 7 5 ARA JO e REGAZZI op cit p 87 32 n meros adotou se a escala logar tmica em dB Decibel Por ser uma raz o logat mica e n o linear 20 dB n o correspondem ao dobro de 10 dB GERGES leciona que o som uma forma de energia que transmitida pela colis o de mol culas do meio umas com outras sucessivamente
343. roduzidos em Casas Noturnas acima de 55 decib is a partir das 22 horas A legisla o a respeito da polui o sonora em geral evita incluir os ru dos de vizinhan a ou dentro de condom nios como faz a norma supracitada incluindo os ru dos produzidos por animais e aparelhos de som no mbito condominial Essa perturba o sonora extremamente nociva e em geral somente atacada no mbito da conven o do condom nio ou regulamento interno o que raramente resulta em a es efetivas Da mesma forma certos elementos perturbadores na via p blica Chama a aten o a veda o dos ensaios das escolas de samba ou atividades similares da meia noite s 7h salvo na v spera dos festejos carnavalescos Certamente uma medida salutar independentemente da voca o da unidade federativa em prol da sa de da popula o que n o pode ser prejudicada e que precisa do descanso noturno Destaca se a proibi o de emiss o de n veis acima de 55 dB por casas noturnas ap s as 22h que obriga indiretamente adequa o ac stica dessas atividades para o cumprimento dessa determina o legal N o obstante essa previs o legal no mbito estadual o Munic pio de Rio de Janeiro informa que n o atende ocorr ncias de ru do provenientes de reclama es internas dos condom nios nem de aglomera es de pessoas em logradouro p blico carros de som itinerantes e vendedores ambulantes 87 Uma dificuldade fregiente a do acionamento
344. ron utico incidente sobre as diferentes reas do entorno No Cap tulo XII tratando dos Planos de Zoneamento de Ru do classifica as pistas dos aer dromos em fun o do movimento de aeronaves e do tipo de avia o em categorias de I a VI que se encontram definidas no art 3 da pr pria Portaria n 1 141 O mesmo artigo define a Curva de N vel de Ru do 1 como sendo a linha tra ada a partir dos pontos nos quais o n vel de inc modo sonoro igual a um valor predeterminado e especificado pelo Departamento de Avia o Civil DAC em fun o da utiliza o prevista para o aer dromo 1 N o ha proibi o e sim recomenda o para n o se construir na zona de ru do 2 Se ocorre impedimento para construir n o se pode falar em limita o administrativa Nesta hip tese verifica se interdi o do uso da propriedade ficando em consegii ncia o poder p blico Obrigado a indenizar 3 Apela o denegada 178 Anexo LXXXI foi revogado pela Port 725 GMS de 03 11 89 Anexo LXXXT foi revogado pela Port 301 DGAC de 14 08 90 O Anexo XV foi revogado pela Port 198 DGAC de 19 06 92 O Anexo LXXIX foi revogado pela Port 1053 DGAC de 31 12 1997 O Anexo XC foi revogado pela Port 102 DGAC de 05 03 1999 127 O n vel de inc modo sonoro representado por esta curva maior do que o representado pela Curva de n vel de Ru do 2 7 A import ncia dessas defini es reside no fato
345. ros e Wisard Conforme o procedimento dos fiscais se a rua estiver mais barulhenta que o bar o empreendimento n o pode ser multado mesmo que esteja descumprindo os limites de ru do permitidos Mas o ru do de fundo nesse caso dos outros 55 estabelecimentos Perfeito um bar ajuda o outro a escapar da autua o N o de 26 p 7 A ad g z Ru do de fundo aquele presente no local na aus ncia do ru do gerado pela fonte sonora em quest o 161 se estranhar a afirma o da prefeitura de que n o tem controle sobre o n mero de bares Sis 4739027 instalados em uma nica rua ou regi o E a consegii ncia obvia se os estabelecimentos n o podem ser multados porque o ru do da rua maior por que n o aumentar a permissividade dos n veis para os bares o que argumenta do Diretor Jur dico do Sindicato dos Hot is Restaurantes Bares e Similares de S o Paulo O ru do m ximo 60 decib is hoje impratic vel O mais prudente seria elev lo para 75 decib is Os moradores da cidade est o sujeitos diariamente a um n vel sonoro prejudicial ao 25229 ponto de S o Paulo ter sido chamada de cidade liquidificador mormente por causa do ru do de fundo presente na cidade Um assunto considerar o ru do de fundo durante a medi o conforme previsto no item 6 2 4 da pr pria norma NBR 10 151 ABNT pois se o ru do de fundo ambiente for maior do que o da fonte do ponto de vi
346. rrit rio 144 MOURA DE SOUZA Carolina Ru do Urbano N veis de Press o Sonora na Cidade de S o Paulo S o Paulo 2002 Disserta o de Mestrado Faculdade de Sa de P blica da USP p 4 145 Formado por uma estrutura semelhante a um globo o sistema dotado de softwares 31 microfones e 12 c meras que sobrep em os registros de imagens e ru dos Desse modo permite visualizar a movimenta o e intensidade dos sons em um ngulo de 360 graus https www ford com br sobre ford desenvolvimento asp 104 nacional no DENATRAN Departamento Nacional de Tr nsito vinculado desde 2003 ao Minist rio das Cidades comentava Rubens Lara Presidente da CETESB e Olimpio de Mello lvares Jr do setor de Opera es Programas e Regulamentos do mesmo rg o Com o PL n 5 979 2001 tramitando sem defini o o Ministro do Meio Ambiente tentou antecipar se ao projeto aprovando uma resolu o que estendesse para todo o Pa s a obrigatoriedade de vistorias anuais dos ve culos de motor a explos o para controle da emiss o de poluentes o que efetivamente ocorreu em 25 de novembro de 2009 com a publica o da Resolu o CONAMA n 418 2009 que torna obrigat ria a inspe o veicular nos estados e cidades do pa s com mais de 3 milh es de ve culos o caso dos estados de Minas Gerais com aprox 6 033 110 unidades em circula o Paran aprox 4 576 904 e Rio Grande do Sul aprox 4 318 099 Atualmente a verifica
347. rtaria n 220 GM5 84 que previa que as aeronaves propulsionadas a turborrea o e a turbo lice que n o obedeciam aos limites dados na pr pria portaria deveriam executar procedimentos operacionais de redu o de ru do tanto no sobrev o aproxima o como decolagem Progressivamente entre 01 01 1986 e 01 01 1996 as aeronaves que n o atendessem aos limites estariam proibidas de operar entre 23h e 5h ou 20h e 6h conforme crit rios do DAC at a proibi o total no final desse per odo arts 3 a 8 Contudo dois anos antes a proibi o j vigorava para os aeroportos de S o Paulo Guarulhos e Congonhas Rio de Janeiro Santos Dumont Recife Porto Alegre Vit ria Fortaleza e Bras lia art 7 Por outro lado os aer dromos privados t m a sua constru o reforma e registro previstas na Instru o IAC 4301 de 2001 aprovada pela Portaria 1593 DGAC de 2001 O registro tem validade de 5 anos podendo ser renovado por solicita o do interessado com 30 dias de anteced ncia A portaria estabelece que nenhum aer dromo pode ser aberto ao funcionamento sem pr via autoriza o Diretor Geral do Departamento de Avia o Civil atrav s de Portaria de Registro Essa autoriza o levar em considera o a obedi ncia dentre outros aos seguintes documentos o Portaria 1 141 GMS de 08 de dezembro de 1987 que disp e sobre Zona de Prote o de Aer dromo e de Zoneamento de Ru do o Portaria 18 GM5 de 14 de fevere
348. rtigo 2 Considera se polui o do meio ambiente a presen a o lan amento ou a libera o nas guas no ar ou no solo de toda e qualquer forma de mat ria ou energia com intensidade em quantidade de concentra o ou com caracter sticas em desacordo com as que forem estabelecidas em decorr ncia desta lei ou que tornem ou possam tornar as guas o ar ou no solo I impr prios nocivos ou ofensivos sa de II inconvenientes ao bem estar p blico HI danosos aos materiais fauna e flora IV prejudiciais seguran a ao uso e gozo da propriedade e s atividades normais da comunidade Artigo 3 Fica proibido o lan amento ou libera o de poluentes nas guas no ar ou no solo Par grafo nico Considera se poluente toda e qualquer forma de mat ria ou energia que direta ou indiretamente causa polui o do meio ambiente de que trata o artigo anterior Define como fonte de polui o qualquer atividade sistema processo opera o maquinaria equipamentos ou dispositivo m vel ou n o previsto no regulamento desta lei que cause ou possa vir a causar a emiss o de poluentes art 5 S nico obrigando s fontes constantes no regulamento da lei a registra se no rg o estadual de controle da polui o do meio ambiente e a obter a licen a de funcionamento artigo nico das disposi es transit rias O referido regulamento veio atrav s do Decreto n 8 468 76 que no art 115 esc
349. ru do como a emiss o de energia originada por um conjunto de fen menos vibrat rios a reos percebidos pelo sistema auditivo e que causa perturba o Segundo ARA JO e REGAZZI o som do ponto de vista da f sica consiste em um fen meno ondulat rio transmitido por vibra es atrav s de um meio el stico s lido l quido ou gasoso 45 SANTOS Ubiratan de Paula ob cit p 1 49 ARA JO e REGAZZI Rog rio Dias ob cit p 87 31 Leciona GERGES que teoricamente o som se propaga em formas de ondas esf ricas a partir de uma fonte pontual dependendo da trajet ria e dos obst culos que encontre ou n o pelo caminho Considerando os aspectos f sicos e sensoriais do som temos que O som se caracteriza por flutua es de press o em um meio compress vel No entanto n o s o todas as flutua es de press o que produzem a sensa o de audi o quando atingem o ouvido humano A sensa o de som s ocorrer quando a amplitude destas flutua es e a frequ ncia com que elas se repetem estiver dentro de determinada faixa de valores A frequ ncia representada pelo n mero de vibra es completas em um segundo sendo sua unidade de medida expressa em Hertz Hz e nos d a sensa o do tom agudo ou grave conforme a frequ ncia aumenta ou diminui A intensidade a quantidade de energia vibrat ria que se propaga nas reas pr ximas a partir da fonte emissora Pode ser expressa em te
350. rumento musical direito puramente subjetivo casas noturnas restaurantes bares ou similares que se utilizam de m sica ao vivo ou por qualquer outro processo interesses individuais homog neos aeroportos em zona urbana ou qualquer processo de propaganda que se utilize de ve culos com alto falantes divulgando mensagens ou m sicas interesses difusos O referido posicionamento mostra que a polui o sonora nem deveria ser chamada de polui o pois evidencia o conceito de que as perturba es sonoras s o um fen meno subjetivo considerado difuso apenas quando houver um n mero maior de pessoas envolvidas um n mero quase que indeterminado de incomodados Todavia mesmo um aeroporto ou o sobrev o das aeronaves um carro de som emitir energia ac stica limitada 25 FINK Daniel Roberto A Polui o Sonora e o Minist rio P blico Dispon vel em lt http www conjur com br 1998 nov 25 posicao ministerio publico diante problema gt Acessado em 15 08 2003 207 a um certo raio geogr fico pelo que o car ter difuso seria facilmente descaracterizado como de fato foi em in meros julgados remetendo o a um mero conflito de vizinhan a Recente decis o do Supremo Tribunal de Justi a no REsp 1 051 306 MG atuando como Relator origin rio o Min Castro Meira e Relator para o ac rd o o Min Hermann Benjamin tratou a quest o de se saber se o Minist rio P blico tem ou n o legitimidade para propor a o civil p
351. s reas urbanas frente ao direito adquirido de pr ocupa o F rum de Direito Urbano e Ambiental FDUA Belo Horizonte ano 8 n 45 mai jun 2009 JUSTEM FILHO Mar al O Direito Administrativo Reescrito problemas do passado e temas atuais artigo publicado na Revista Neg cios P blicos ano II n 6 39 41 LACERDA MAGNI MORATA MARQUES e ZANNIN Ambiente Urbano e Percep o da Polui o Sonora In Ambiente amp Sociedade Vol VIII n 2 jul dez 2005 LANG William W Global versus local issue in noise control policy In Noise amp Vibration Worldwide Volume 34 Number 2 February 2003 MACHADO Paulo Affonso Leme Direito Ambiental Brasileiro 14 ed Revista atualizada e ampliada S o Paulo Malheiros Editores 2006 MARQUES Cl udia Lima BENJAMIN Ant nio Herman MIRAGEM Bruno Coment rios ao C digo de Defesa do Consumidor S o Paulo Revista dos Tribunais 2004 MATOS Eduardo Lima Polui o sonora deve ser combatida como problema de sa de p blica Dispon vel em lt http www conjur com br 2004 mai 24 questao tratada problema saude publica gt Acessado em 15 12 2006 MEDEIROS Luana Bernardines Ru do Efeitos extra auditivos no corpo humano 1999 Monografia Especializa o em Audiologia Cl nica Centro de Especializa o em Fonoaudiologia Cl nica CEFAC 1999 P g 36 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 22 edi o S o Paulo Malheiros
352. s controlar e fiscalizar as fontes de polui o sonora em reas de dom nio da Uni o e em car ter supletivo em todo o territ rio nacional Os n veis m ximos ser o aqueles estabelecidos pelas normas espec ficas da ABNT Uma interessante medida proposta nesse PL diz respeito ao n vel de ru do proveniente de tr fego que n o poder o ultrapassar os n veis propostos cabendo ao rg o estadual e municipal a elimina o do dist rbio De prosperar tal projeto certamente os Estados e Munic pios das grandes capitais estar o em apuros Atualmente o PL aguarda desde 2005 resposta do recurso interposto para aprecia o do PL no Plen rio Outro projeto ainda em tramita o o PL 263 2007 que pretende dispor sobre o controle e fiscaliza o da emiss o de sons e ru dos de qualquer natureza polui o sonora considerando prejudiciais sa de e ao sossego p blico quando superiores aos da norma NBR 10 151 da ABNT O m todo de medi o ser o proposto nessa mesma norma Limita o hor rio para emiss o de sons e ru do ao per odo das 5h s 22h e estabelece ainda san es administrativas O PL encontra se desde 16 04 2009 na Comiss o de Meio Ambiente e Desenvolvimento sustent vel com o relator designado O tempo de tramita o revela o pouco interesse legislativo na mat ria As manifesta es em torno da aprova o enaltecem a iniciativa de proteger o bem estar da popula o diante da relev ncia da perturba o
353. s do glamour trag dia publicado no jornal Estado de S o Paulo em 18 07 2007 Dispon vel em lt http render estadao com br cidades not_cid20851 0 htm gt Acessado em 24 05 2009 192 INFRAERO Not cias 16 01 2009 Nota sobre divulga o de EIA RIMA do Aeroporto de Congonhas Dispon vel em lt http www infraero gov br impr noti prev php ni 1061I amp orig home gt Acessado em 21 03 2009 193 Assim o Estudo de Conformidade Ambiental previsto no art 6 e S nico da Resolu o CONSEMA n 1 2006 do Estado de Santa Catarina 139 Conforme a supracitada Resolu o CONAMA n 1 86 art 2 IV se o licenciamento de aeroportos deve ser submetido aprova o do rg o estadual competente precedida do EIA RIMA n o poderia ser de outra maneira no caso de regulariza o O art 10 da Lei n 6 938 81 reproduzido no art 19 da Lei Estadual n 9 509 97 do Estado de S o Paulo aponta para a compet ncia estadual do licenciamento verbis Art 10 A constru o instala o amplia o e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais considerados efetiva e potencialmente poluidores bem como os capazes sob qualquer forma de causar degrada o ambiental depender o de pr vio licenciamento de rg o estadual competente integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente SISNAMA e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renov veis IBAMA em car ter supl
354. s carruagens fazia com que eles rangessem o que dava ensejo a multa Igualmente em 1912 um ato municipal proibia o estalo de chicotes por parte daqueles que conduziam carruagens Esses sons perturbadores desagrad veis dissonantes discordantes que viemos a chamar de ru dos foram terrivelmente multiplicados com o advento da Revolu o Industrial adquirindo propor es antes inimagin veis A concentra o humana em cidades cujo desenvolvimento trouxe avan os econ micos tecnol gicos e industriais trouxe tamb m o desequil brio ambiental Percebeu se desde logo o impacto degradativo da industrializa o nos recursos naturais tais como a gua o ar e o solo impactos claramente percept veis a olho nu O moinho de vento e a roda hidr ulica foram substitu dos por uma nova fonte de energia com a inven o da m quina a vapor no in cio do s culo XVIII Quem teve a oportunidade de conhecer uma locomotiva movida a vapor sabe da intensidade do som provocada pelas descargas de vapor Foi o vapor que impulsionou motores para bombeamento de gua e transporte e impulsionou a ind stria t xtil movendo os seus teares SHAW Edgar A G Noise Environmets outdoors and the effects of comunity noise exposure Noise Control Engineering Journal NY USA Volume 44 Number 3 1996 p 109 2 FIORILLO Celso Antonio Pacheco Curso de Direito Ambiental Brasileiro 7 Edi o Ed Saraiva S o Paulo 2006 p 267 12
355. s fins 35 de semana e feriados Em depoimento um engenheiro de 50 anos morador de um sobrado que fazia divisa de um lado com um bar de roda de samba e de outro com um restaurante reclamava do ru do nos seguintes termos N o me considero um chato que reclama de b bado Minha vida se desestruturou depois disso Em Caraguatatuba SP o dono de um quiosque na Praia Massagua u se irritou com o alto volume do som do ve culo de um fregiientador O cliente advertido pela esposa do BAIGORRI Artemio Apuntes para una Sociologia del Ru do Congreso Espa ol de Sociolog a Granada 1995 GRUPO 30 SOCIOLOGIA DEL MEDIO AMBIENTE Sesi n 2 Dispon vel em lt http www unex es sociolog B AIGORRI papers ruido2 pdf gt Acessado em 12 02 2006 35 Ag ncia Estado 16 11 2000 Dispon vel em http www estadao com br agestado cidade 2000 nov 16 378 htm gt Acessado em 20 10 2008 3 Folha de S o Paulo 14 03 2003 Dispon vel em lt http Awww1 folha uol com br folha cotidiano ult95u7 1132 shtml gt Acessado em 20 05 2008 26 dono de que o estabelecimento poderia ser multado por emiss o de ru dos excessivos nada 37 fez O dono acabou por atirar no cliente que morreu Dentre os efeitos do ru do pode ser apontados os imobili rios Im veis pr ximos de escolas gin sios campos de futebol grandes avenidas tendem a afastar os compradores que temem a perturba o sonora de tais locais Portanto
356. s imedia es da empresa exigindo se a sua relocaliza o Temos que lembrar que segundo a Lei n 6 803 80 bem o Decreto Lei n 1 417 75 as ind strias j instaladas dever o se adequar aos aspectos protetivos ao meio ambiente Assim o teor do disposto no art 1 3 da Lei n 6 803 80 as ind strias ou grupos de ind strias j existentes que n o resultarem confinadas nas zonas industriais definidas de acordo com esta Lei ser o submetidas instala o de equipamentos especiais de controle e nos casos mais graves relocaliza o Portanto diante dos novos padr es de zoneamento a ind stria que n o esteja localizada nas zonas industrias referidas deve adotar uma solu o de compromisso de controle ou caso contr rio ser relocalizada o que significa que em mat ria ambiental n o h como se afirmar que haja direito adquirido de poluir Poderia invocar o direito adquirido com o intuito de permanecer no local mas n o o de continuar poluindo Para ANTUNES tanto o Decreto Lei n 1 417 75 como a Lei n 6 803 80 apresentam o conceito jur dico do n o reconhecimento ao direito adquirido de pr ocupa o do solo assunto que exp e nos seguintes termos O que a lei pretende afirmar e afirma que uma empresa mesmo que regularmente licenciada e autorizada em determinado local pode ser transferida deste local para outro desde que as condi es de conviv ncia entre a comunidade e a empresa se
357. s normas constitucionais nesse assunto tem o Objetivo de preserva o de um m nimo de pondera o ecol gica 3 O perigo na demora e a grave les o de dif cil repara o podem ser verificados no fato de que o empreendedor direcionou recursos para a atividade de modo que se ela for inviabilizada o investimento ser redirecionado para outras atividades com o que a comunidade prejudicada 4 Agravo provido TRF da 4 REGI O AG Proc 1998 04 01 016742 3 SC 3 TURMA Data da Decis o 20 08 1998 DJ 02 09 1998 pg 278 JUIZA MARGA INGE BARTH TESSLER grifamos 256 A ind stria tem que ser vista n o somente como problema ambiental o que incontest vel do que como setor de atividade em si gerador de empregos e tributos Agenda 21 Brasileira resultado da consulta nacional Comiss o de Pol ticas de Desenvolvimento Sustent vel e da Agenda 21 Nacional 2 ed Bras lia Minist rio do Meio Ambiente 2004 174 P blico A cria o empregos e renda oportuno lembrar contribui para a consecu o dos objetivos da Agenda 21 Brasileira e Agenda 21 Global e da Declara o do Rio RR Com efeito a instala o de uma atividade industrial pouco ou muito degradadora exige sim grandes investimentos Dependendo do tamanho da ind stria qualquer investimento na instala o em determinado munic pio somente se justifica no longo prazo quest o de d cadas Isso n o significa que o Poder P blico tenha que se dobrar
358. s prevaleceu Contrariamente o tratamento coordenado na busca de uma abordagem comum focada na preven o e redu o dos efeitos prejudiciais da exposi o da comunidade ao ru do capazes de provocar efeitos nocivos para a sa de humana deslanchou um audacioso programa de Avalia o e Gest o do Ru do Ambiente harmonizando os esfor os dos Estados Membros que desde 1982 marca um paulatino e seguro avan o em dire o a sua concretiza o 7 Carecemos em n vel federal de uma lei espec fica tratante da polui o sonora urbana ou de uma pol tica nacional a respeito Contudo essa lacuna preenchida por duas Resolu es do CONAMA A Resolu o n 01 90 que estabelece crit rios de padr es de emiss o de ru dos decorrentes de quaisquer atividades industriais comerciais sociais ou recreativas inclusive as de propaganda pol tica e a Resolu o n 02 90 que estabelece o Programa Nacional de Educa o e Combate Polui o Sonora Sil ncio 8 Ambas resolu es estabelecem padr es gerais com as quais todas as normas reguladoras da polui o sonora deveriam ser compatibilizados Todavia as legisla es estaduais e municipais estabelecem os seus pr prios crit rios diferente ou contrariamente ao disposto nelas 9 O direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida inserto no art 225 caput da Constitui o Federal direito fundame
359. se p blico prim rio e n o o secund rio do Estado A esse respeito oportunas as palavras de JUSTEM FILHO Ora juridicamente o titular do interesse p blico o povo a sociedade no seu todo ou em parte Mas os governantes refugiam se nesse princ pio para evitar o controle de seus atos pela sociedade Fundar decis es no interesse p blico produz a ades o de todos elimina a possibilidade de cr tica Mais ainda a invoca o do interesse p bico imuniza as decis es estatais ao controle e permite que o governante fa a o que ele acha deve ser feito sem a comprova o de ser aquilo efetivamente o mais compat vel com a democracia e com a conveni ncia coletiva E um dos direitos fundamentais que o interesse p blico deve preservar insculpido no art 225 caput da Carta Magna este Todos t m direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida impondo se ao Poder P blico e coletividade o dever de defend lo e preserv lo para as presentes e futuras gera es E se direito fundamental indispon vel 253 JUSTEM FILHO Mar al O Direito Administrativo Reescrito problemas do passado e temas atuais artigo publicado na Revista Neg cios P blicos ano II n 6 39 41 173 254 O td P a menos da extin o imediata da ra a Deveras n o existe polui o zero humana cuja atividade que provoca a polui o a teor da
360. second meeting on night noise guidelines p 4 Dispon vel em lt www mfe govt nz rma call 02 douglas pringle evidence appendix 3 pdf gt Acessado em 12 01 2009 1 Idem p 5 20 2 1 2 Auditivos Os efeitos auditivos s o aqueles que provocam altera es diretamente na orelha SANTOS menciona tr s altera es de audi o causadas pela exposi o ao som excessivo 1 o trauma ac stico que a perda auditiva provocada pela exposi o a ru do abrupto e muito intenso tais como disparos de arma de fogo e explos es geralmente unilateral e vem acompanhada de zumbido 2 altera es transit rias da audi o que ocorrem devido a uma exposi o prolongada a sons intensos causando uma redu o na sensa o auditiva retorna ao normal quando cessa a exposi o 3 altera es permanentes da fun o auditiva quando h exposi es prolongadas e repetidas a sons de intensidade elevada sem repouso entre uma exposi o e outra caracteriza a PAIR perda auditiva induzida por ru do Nos locais de lazer como boates ocorrem muitas altera es temporais na audi o nos fregiientadores mas tamb m efeitos definitivos aos que permanecem diariamente no local como m sicos e atendentes Segundo FIORINI a mudan a tempor ria do limiar consiste na redu o do limiar auditivo logo ap s a exposi o ao ru do uma diminui o tempor ria da audi o que causada pela fadiga das c lulas ciliadas externas Sendo
361. segiiente redu o do volume de sangue e altera es do fluxo bem como varia es na press o arterial e taquicardia s o relatadas por v rios autores Qu mica sangii nea temos encontrado relatos de modifica es dos ndices do colesterol das triglic rides e do cortisol plasm tico Vestibulares dificuldades no equil brio e na marcha vertigens nistagmos desmaios e dilata es de pupilas Digestivas diminui o do peristaltismo enj os v mitos perda do apetite dores epig stricas gastrites lceras Comportamentais mudan as da conduta e do humor cansa o falta de aten o e concentra o ins nia e inapet ncia cefal ia redu o da pot ncia sexual ansiedade depress o e stress 25 5 E CARMO assevera que o ru do provoca rea es de alarme consistentes em respostas r pidas de curta dura o sob a a o de um ru do repentino E escreve CANTRELL Essa atitude reflexa se manifesta atrav s do ato de fechar os olhos h aumento da freq ncia card aca e respirat ria aumento da press o arterial e secre o salivar dilata o pupilar contra o brusca da musculatura e aumento da secre o dos horm nios e rea es neurovegetativas em que a a o geral do ru do exerce uma resposta lenta com varia es durante a estimula o auditiva influenciando e promovendo transtornos considerados como verdadeiras doen as de adapta o de instabilidade do sistema neurovegetativo como por ex
362. sociativos recreativos e esportivos art 4 Portanto o benef cio pretendido apenas para os templos acabou por ser estendido a um leque maior de estabelecimentos Assim uma boate que comporte at 500 pessoas mesmo produzindo polui o sonora acima do permitido pagar uma multa de R 500 00 Pela lei anterior pagaria 200 UFM aprox R 19 000 00 para locais com lota o acima de 200 pessoas Outro aspecto negativo diz respeito a uma inova o desastrosa a saber que as medi es devem ser realizadas vista do denunciante do denunciado e de testemunhas art 1 43 Na pr tica significa o fim da den ncia an nima sendo que estas s o respons veis pela maioria das den ncias Pretender que a medi o seja feita na presen a do reclamado tirar toda a seriedade do procedimento fiscalizat rio e da f p blica dos agentes Al m do fato de que a falta de anonimato inibir o denunciante praticamente imposs vel se 268 Idem 180 imaginar que o reclamado n o tomar de antem o providencias para diminuir os n veis sonoros emitidos por sua atividades no dia e hora da medi o A nova lei tamb m impede que a medi o seja feita na rea externa ao local objeto da den ncia mas no local do reclamante contrariando o disposto na norma NBR 10 151 que se alega seguir Como mencionamos em outro parte do trabalho a norma t cnica da ABNT estabelece tr s situa es de medi o e n o apenas esta
363. spon vel em lt http gl glObo com Noticias 0 MRP708608 15693 00 html gt Acessado em 03 09 2008 118 No art 12 da resolu o supra que assegura o direito dos partidos pol ticos de instalar e fazer funcionar durante o per odo eleitoral no hor rio das 8h s 22h alto falantes ou amplificadores de som lembra a necessidade da observ ncia da legisla o comum al m dos 1 e 2 Esses par grafos referem se ao disposto na Lei n 9 504 97 art 39 8 3 e seus incisos A legisla o comum aquela que vige para todos os munic pios como o caso da Resolu o CONAMA n 01 90 que estabelece limites de ru dos em reas habitadas segundo a NBR 10 151 132 Por conta do volume acima dos 54 dB permitidos pela Lei do Sil ncio de S o Luis do Maranh o foram apreendidos 24 carros de som que veiculavam propaganda eleitoral Em Tabo o da Serra SP acatando requerimento do Minist rio P blico a ju za Eleitoral Carolina Conti Reed al m de determinar a apreens o dos equipamentos de som instalados em ve culos que realizavam propaganda eleitoral irregular determinou o envio de of cio CETESB para que um perito constatasse o poss vel excesso de ru do produzido por propaganda eleitoral feita atrav s de aparelhos sonoros 19 Den ncias e muitas fiscaliza es movimentam a manh deste domingo 10 na 76 Zona Eleitoral de Jo o Pessoa No plant o do setor de Propaganda Eleitoral de Rua os func
364. ss o sonora para 223 todos os munic pios do Estado E arremata Urge decidir se o Munic pio de S o Louren o do Sul pode resolver algo t o banal quanto os limites de emiss o sonora atendendo as particularidades daquela urbe ou deve se curvar ao centralismo estadual necessariamente geral N o h como saber se a legisla o local pior ou melhor do que a estadual e por isso o parecer mencionado no art 9 1 da Lei 9 868 98 2 nada resolveria Acolhe ainda de plano outro conceito equ voco agora do Procurador Geral de Justi a do Estado no sentido de que a quest o de limites de emiss o sonora ainda que considerada como de ndole ambiental diferentemente de outras quest es ambientais relativas flora fauna recursos naturais guas e prote o ecol gica etc a emiss o de ru dos assunto de interesse predominantemente local Percebe se no caso a import ncia da conceitua o do que seja a polui o sonora e do conhecimento da mat ria extrapolando a norma jur dica para investigar as normas t cnicas Os argumentos do relator assim como a do PGE revelam a flagrante desinforma o sobre o assunto Sendo mat ria eminentemente t cnica o relator deveria ter 22 ADI n 70000697003 Rel Des Araken de Assis julgado em 20 11 00 alusiva Lei n 2 374 99 do Munic pio de S o Louren o do Sul EMENTA Constitucional A o direta Compet ncia supletiva do munic pio
365. sta t cnico n o h mais do registrar se o ru do da fonte ultrapassa ou n o o ru do ambiente Outra assunto definir o ru do de fundo legalmente como crit rio pois dessa forma o poder p blico municipal a quem compete a prote o do meio ambiente e o combate polui o em qualquer de suas formas art 23 VI da CF acaba por legaliz la na forma de ru do de fundo ou ru do difuso Em vez de adequar a cidade aos n veis sonoros recomendados n o somente pela NBR 10 151 mas tamb m a OMS a popula o deve adequar se aos n veis sonoros da cidade N o se trata de ser mais ou menos tolerante com a voca o da cidade A orelha n o tem como ser regulada S o as atividades humanas que devem s lo N o cabe popula o apenas sofrer as consequ ncias mal ficas da polui o sonora Cabe s autoridades o regulamento e controle do ru do de fundo ambiental ou difuso da cidade Oportuno mencionar neste ponto que o munic pio paulistano atrav s do seu Plano Diretor Lei n 13 340 2002 ratificou a sua responsabilidade constitucional ao estabelecer 227 Folha On Line 05 10 2008 Cresce o n mero de queixas sobre barulho em S o Paulo Dispon vel em lt http www folha uol com br folha cotidiano ult95u452341 shtml gt 28 Idem 22 Folha On Line Barulho faz de SP a cidade liquidificador 31 07 2005 Dispon vel em http www folha uol com br folha cotidiano ult95u111527 shtml Acessado em 25 09 2008
366. tabelece que as mesmas dever o atender tamb m aos par metros de incomodidade definidos por zona de uso nos Quadros n 02 a a 02 g anexos quanto emiss o de ru do A cr tica que a CPI da polui o fez ao PSIU de S o Paulo em 2006 era de que o rg o carecia de aparelhamento material e pessoal incluindo tecnologia de informa o pois o fluxo de dados est baseado em tecnologia de informa o superada tornando lenta a fiscaliza o de um tipo de polui o que exige resposta imediata o flagrante j que desligada a fonte a contamina o sonora deixa de existir A Lei n 4 092 2008 do Distrito Federal disp e sobre o controle da polui o sonora e os limites m ximos de intensidade da emiss o de sons e ru dos resultantes de atividades urbanas e rurais Incorpora textos semelhantes a de outras legisla es em mbito nacional como a defini o de v rios termos t cnicos desnecessariamente a inclus o dos animais na defini o de ru do e dist rbio por ru do e uma nova defini o de meio ambiente como o conjunto formado pelo meio f sico e os elementos naturais sociais e econ micos nele contidos 98 Estabelece como n veis m ximos de press o sonora em ambientes internos e externos e m todo para sua medi o e avalia o os estabelecidos pela NBR 10 151 e pela NBR 10 152 da ABNT especificados nas Tabelas I e II dos Anexos I e II Art 7 E de fato reproduz a Tabela 1 da norma NBR 10 1
367. tado da experi ncia mostrou que quando o n vel de ru do aumentou de 30dB para 75dB o tempo total de sono diminuiu em 38 8 minutos N veis de 60 dB A provocam estas rea es inconscientes governadas pelo sistema nervoso vegetativo e s o independentes do fato do ru do estar sendo considerado inc modo ou n o 2 O ru do pode provocar efeitos sociol gicos HALPEM relata uma experi ncia realizada por pesquisadores norte americanos a respeito de como o ru do pode interferir no comportamento social Nela um pesquisador com o bra o engessado deixava cair uma pilha de livros e pap is na cal ada entre os pedestres Ao mesmo tempo em que tenta apanhar os livros com ar de des nimo de quem precisa de ajuda outro pesquisador manipulava um barulhento cortador de grama a poucos metros de dist ncia O resultado da experi ncia mostrou que quando o cortador de grama estava desligado 80 dos pedestres paravam para ajudar no entanto que apenas 15 deles o fizeram quando o cortador estava ligado 30 Idem 3 PIMENTEL SOUZA Fernando Perturba o do sono pelo ru do Dispon vel em lt http www icb ufmg br lpf 2 23 html gt Acessado em 30 11 2004 32 LACERDA MAGNI MORATA MARQUES e ZANNIN Ambiente Urbano e Percep o da Polui o Sonora In Ambiente amp Sociedade Vol VIII n 2 jul dez 2005 33 HALPEN Stevens Som Sa de Rio de Janeiro Ed Tecbox 1985 25 O soci logo espanhol BAIGORRI durante
368. tado um ranking de ru do nos restaurantes e bares em n vel nacional talvez nos surpreendamos com as prefer ncias dos clientes E se medidas forem adotadas pelos estabelecimentos certamente ir para com os frequentadores os funcion rios e com a vizinhan a 215 O Programa Sil ncio pode nos ajudar no curto prazo de modo a estabelecer um patamar comum Mas ao abordarmos o tema do ru do veicular e aeron utico e o tr fego associado o Programa Sil ncio n o se mostra uma ferramenta capaz de gerir essas problem ticas Tanto ve culos como aeronaves iniciaram um demorado processo de redu o do ru do na fonte h v rios anos atr s Levam se d cadas de pesquisas e desenvolvimento al m de pesados investimentos para reduzir apenas alguns decibels do ru do na fonte O avan o tem sido not rio tanto para ve culos como para aeronaves Mas como mencionamos oportunamente a quest o do tr fego algo mais complexo de se resolver do que por uma simples legisla o ou resolu o Para tratar mais adequadamente essas problem ticas ser necess rio um plano de longo prazo mais audacioso por m necess rio uma Pol tica Nacional de Educa o Combate e GEST O da Polui o Sonora Urbana A experi ncia norte americana nos mostra que a falta de um nico comando competente para o estabelecimento dos limites de emiss es das fontes bem como do ru do urbano resultou praticamente no fracasso do controle da polui
369. tar o quaisquer fontes ou atividades localizadas ou praticadas em reas urbanas Ap s uma exaustiva defini o de termos como polui o sonora meio ambiente som ru do som intermitente e impulsivo manifesta es culturais populares folcl ricas e religiosas e liturgia desnecess rias ao nosso entender estabelece tr s per odos com limites diferenciados diurno vespertino e noturno Aponta o IBAMA como competente para tomar medidas para impedir ou reduzir a polui o sonora em conjunto com rg os ambientais estaduais e municipais utilizando como diretrizes b sicas as normas e regulamentos estabelecidos pelo CONAMA al m de elaborar Programa Nacional de Controle de Ru dos 285 A este respeito Milar cita artigo de Ives Gandra da Silva Martins intitulado Infla o Legislativa de 1998 cujo trecho reproduzimos Embora Mundial no Brasil o problema banha dimens o especial pois raros s o os pa ses que podem ostentar a desidrata o legislativa aqui verificada que n o permite sequer s autoridades acompanhar o que produzem Em nosso pa s no momento h mais de 5 5 mil Constitui es vigendo entre Constitui o Federal e suas 23 emendas 26 Constitui es estaduais e a do Distrito Federal e mais de 5 500 mil leis org nicas municipais pois a nica federa o do mundo que outorga ao Munic pio estatuto de ente federativo MILARE p 143 286 MILAR ob cit p 142 200 Urbano
370. taria provar a intensidade da polui o sonora capaz de causar danos sa de humana ainda que potencialmente Todavia alertava CAPPELLI alguns precedentes jurisprudenciais tinham acolhido a possibilidade de enquadramento da polui o sonora como crime do art 54 Um o caso do TJPR na ApCrim n 339 111 9 que condenou tanto da pessoa jur dica pena de multa no valor equivalente a dois sal rios m nimos como o seu propriet rio um ano e dois meses de reclus o e 11 dias multa convertidas em duas penas restritivas de direito 115 CAPPELLI Silvia In Revista de Direito Ambinetal 2007 Pareceres Dispon vel em lt http www mp go gov br portalweb hp 9 docs doutrina poluicao sonora pdf gt Acessado em 05 12 2009 H EMENTA APELA O CRIMINAL CRIME AMBIENTAL ART 54 CAPUT LEI N 9 605 98 PESSOA JUR DICA LEGITIMIDADE PASSIVA ARTIGO 3 DA LEI N 9 605 98 C C ARTS 173 85 E 225 DA CONSTITUI O FEDERAL PRECEDENTES DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTI A POLUI O SONORA ESTABELECIMENTO DEDICADO PROMO O DE BAILES EM PER ODO NOTURNO EMISS O DE ONDAS SONORAS EM N VEIS SUPERIORES AOS LEGALMENTE PERMITIDOS E CAPAZES DE CAUSAR DANOS SA DE HUMANA AUTORIA INCONTESTE MATERIALIDADE COMPROVADA POR LAUDOS DO INSTITUTO AMBIENTAL DO PARAN SENTEN A QUE ABSOLVE OS APELADOS INVOCANDO A DESCRIMINANTE PUTATIVA DO 67 Outro precedente o do STJ no julgamento do HC n 54 536 MS 2006 0032046 2
371. tr mite dava prazo de 10 dias em 09 02 2010 para manifesta o das requeridas quanto possibilidade de acordo proposto pelo Minist rio P blico 145 medi o inadequados e ainda sem a devida calibra o pela Rede Brasileira de Calibra o RBC ou INMETRO pelo que nulos os laudos apresentados O Parecer T cnico n 34 CADES 2009 aprovado na 119 Reuni o Plen ria Ordin ria do Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent vel CADES atrav s do Resolu o n 130 CADES 2009 de 19 de novembro de 2009 revela a seriedade do problema com a polui o sonora pela quantidade de exig ncias apresentadas o que nos leva concluir que todos esses estudos deveriam ter sido solicitados anteriormente realiza o do pr prio EIA RIMA antes mesmo da concess o da Licen a de Opera o LO A manuten o da licen a de opera o LO outorgada est condicionada ao cumprimento das quase 100 exig ncias fixadas na Resolu o n 130 CADES 2009 com prazos variando entre 30 dias e 1 ano Para salvaguardar os interesses da coletividade a Associa o Brasileira de Parentes e Amigos das Vitimas de Acidentes A reos Abrapavaa protocolou uma A o Civil P blica na J usti a Federal de S o Paulo contra a INFRAERO com o intuito de obrig la a sanar as irregularidades existentes no Aeroporto de Congonhas previamente ao qualquer novo empreendimento planejado para a Copa de 2014 21 Algumas das
372. u lado dois condom nios residenciais o San Giacomo e o San Genaro com a anu ncia das autoridades municipais A f brica antevendo conflito alertou imediatamente a Prefeitura sobre o risco de os condom nios serem atingidos pela polui o sonora gerada pela empresa o que causou a imediata cassa o dos alvar s das obras Inconformada a empreendedora ingressou com a o buscando o prosseguimento da obra o que resultou num acordo judicial em que os empreendedores se obrigavam a eliminar os riscos provocados pela polui o especificamente ru do e vibra es obtendo a libera o das obras Todavia as medidas restaram infrut feras fato corroborado pela CETESB visto que os n veis de emiss o estavam acima do permitido para essa rea Ap s as provid ncias da montadora a CETESB ainda constatou que os n veis que atingiam os condom nios eram incompat veis com zonas residenciais Isto embora situada em zona compat vel com a sua atividade os n veis eram inadequados ao padr es residenciais do condom nios O Minist rio P bico ent o ingressou com A o Civil P blica em face das Empreendedoras Incorporadoras e Construtoras a Prefeitura de S o Bernardo por a o e omiss o e a Ford por polui o requerendo a antecipa o dos efeitos da tutela para que fossem tomadas as seguintes medidas alternativas a paralisa o das atividades industriais da FORD no per odo noturno medida revogada posteriormente a
373. uais de meio ambiente A partir de sua implementa o ve culos que n o tenham passado pela fiscaliza o n o ter o a licen a renovada 18 Dispon vel em lt http noticias ambientebrasil com br noticia id 49047 gt Acessado em 24 10 2009 105 face ao estado atual da tecnologia veicular principalmente no que se refere a procedimentos e limites de inspe o 6 1 1 1 Resolu es CONAMA A emiss o de ru do por ve culos autom veis motocicletas caminh es e nibus foi objeto de estudos por parte da CETESB estudos esses que contribu ram diretamente no estabelecimento das bases do Programa Nacional de Controle de Ru do Veicular d O Programa de Controle de Polui o do Ar por Ve culos Automotores PROCONVE foi institu do pela Resolu o CONAMA n 18 de 1986 em car ter nacional para homologa o de ve culos novos Em princ pio esse programa n o menciona limites para emiss o de ru dos focando a sua preocupa o na emiss o de gases poluentes Um dos seus objetivos era a cria o do Programa de Inspe o e Manuten o de Ve culos Automotores em Uso I M que viria a ser introduzido mais tarde A Resolu o CONAMA n 282 01 complementou a referida resolu o estabelecendo que o ru do dos ve culos nos quais tenham sido instalados conversores catal ticos n o pode ser aumentado nem na condi o de acelera o e nem na condi o de parado devendo aferir esta condi o segundo a
374. uar se ao cumprimento da legisla o limitadora das emiss es de ru dos em rela o ao seu entorno mesmo que tenham ocupado a rea com anterioridade Visto n o existir direito adquirido de poluir a perman ncia no local est condicionada ao controle das emiss es sob pena de relocaliza o 29 A liberdade de cren a inviol vel direito fundamental protegido constitucionalmente assegurando se o livre exerc cio dos cultos religiosos e a prote o na forma da lei dos locais e liturgias a eles associados Esse direito contudo n o conflita nem se sobrep e ao direito ao um meio ambiente ecologicamente equilibrado igualmente direito fundamental mas apenas limita em rela o ao exerc cio dos cultos a emiss o de ru dos ao exterior que ultrapassem os n veis protetivos da sa de e bem estar da popula o fixados em lei 30 As normas da ABNT cumprem um importante papel t cnico na regulamenta o do controle da polui o sonora estabelecendo m todos de medi o especifica es quanto instrumenta o a ser utilizada e calibra o dos mesmo Sendo que as normas devem ser revistas periodicamente garante se uma atualiza o das melhores t cnicas dispon veis 223 31 Imp e se ao Legislativo em raz o do monop lio da produ o de normas jur dicas um papel preponderante na defesa e preserva o do meio ambiente ecologicamente equilibrado atrav s da produ o de normas protetivas contra a polui o s
375. ubstituir as aeronaves por outras cada vez mais silenciosas por outro h um aumento na fregii ncia dos v os tend ncia que por causa do ru do e congestionamento de aeronaves torna se um empecilho para a expans o da capacidade dos aeroportos em alguns casos E por conta desse e outros problemas ambientais alguns Estados est o analisando a limita o das opera es das aeronaves nos aeroportos com base nas considera es ambientais em lugar da capacidade do aeroporto Em outras palavras a capacidade operacional do aeroporto padr o substitu da por medidas de capacidade baseadas em par metros ambientais 6 1 2 1 Plano de Zoneamento de Ru do Ao tratar de aeronaves devemos lembrar que consoante o art 22 I da Constitui o Federal legislar sobre direito aeron utico compet ncia privativa da Uni o 164 MU OZ Ana Problem tica Ambiental na Avia o Civil In Revista Brasileira de Direito Aeron utico e Espacial C digo 1792 2007 Dispon vel em lt http www sbda org br revista Anterior 1792 htm gt Acessado em 03 12 2007 122 Conv m destacar todavia que a Pol tica Nacional do Meio Ambiente estabelecida pela Lei n 6 938 81 disp e no seu artigo 8 VI ser compet ncia do CONAMA estabelecer privativamente as normas e os padr es nacionais de controle da polui o oriundas de aeronaves mediante audi ncia dos Minist rios competentes o que inclui a polui o sonora Mas na aus ncia
376. ue tratam da polui o sonora em particular a que estabelece os n veis m ximos de press o sonora em reas urbanas NBR 10 151 e a que trata do conforto ac stico NBR 10 152 No Capitulo 8 abordaremos a efetividade do combate polui o sonora observando de forma cr tica a atua o dos seus principais agentes o Poder P blico a Coletividade e o Minist rio P blico No Cap tulo 9 faremos alguns considera es finais apontando sucessos e insucessos no tratamento da polui o sonora em n vel nacional e caminhos que ao nosso entender poderiam contribuir para um melhor tratamento do tema 11 1 CONTEXTUALIZA O DO TEMA O som acompanha o ser humano desde a sua cria o Essencial para a comunica o em especial com os demais seres humanos o som resulta prazeroso quando proveniente do murm rio do vento ou de um riacho ou do canto de um p ssaro ou de uma voz afinada ou ainda quando fruto da harmonia de um instrumento musical Sons de todo tipo acompanham a vida do homem percept vel gra as ao maravilhoso e complexo rg o da audi o a orelha Todavia os sons tem se tornado inc modos em certas circunst ncias mormente quando perturbador do repouso noturno Por esse motivo na antiga Roma a passagem de carruagens pela metr pole em determinados locais estava proibida noite de forma a preservar justamente o descanso noturno FIORILLO nos lembra que em 1840 a falta de graxa nos eixos da
377. uet ou da Sociedade Civil quando lan am m o da A o Civil P blica dentro outros instrumentos para pleitear a defesa do meio ambiente dign ssima a atua o do Judici rio em responsabilizar e ou condenar os infratores lesivos ao meio ambiente tanto nas obriga es de fazer ou n o fazer de medidas preventivas ou reparadoras e indenizat rias dos danos provocados dando fiel cumprimento ao mandado constitucional A constitui o de C maras Especiais Ambientais nos Tribunais e Juizados tem contribu do para o melhor tratamento das quest es ambientais O caso da COSIPA ilustrativo nesse sentido quando da apela o contra embargo de execu o da multa aplicada pela CETESB em 1997 por poluir o meio ambiente A 4 C mara C vel do Tribunal de Justi a de S o Paulo entendeu que o t tulo n o poderia ser executado porque havia sido concedido um prazo de dois anos a partir do tr nsito em Julgado para que a empresa se ajustasse ambientalmente Ocorre que a ind stria tinha firmado v rios Termos de Ajustamento de Conduta entre 1992 e 1999 deixando de cumpri los o que na pr tica significava a continua o da atividade poluidora com o consegiiente preju zo ambiental Em novo julgamento nesta oportunidade pela C mara Especial do Meio Ambiente com uma perspectiva ambiental o Des Renato Nalini negando o recurso assim declarava N o existe direito adquirido a continuar a poluir por for a de cont nuas dila
378. ui a dist ncia de medi o Assim se medido a 0 5 metros o valor m ximo de 104 dB A Se medido a 14 metros 74 dB A Observe se que legisla o anterior ou diversa deve adequar se aos n veis determinados nesta Resolu o Cite se a modo de exemplo o Decreto n 4793 2003 do munic pio de Jo o Pessoa que estabelece que Art 12 Os trios el tricos e ve culos similares dever o obedecer ao limite m ximo de 85 dB A oitenta e cinco decib is na curva de pondera o A medidos a uma dist ncia de 5 cinco metros da fonte de emiss o a altura de 1 20 m um metro e vinte cent metros do solo A Resolu o n 204 estabelece um limite de 80 dB A a 7 metros o que equivaleria a 83 dB A a 5 metros Assim o referido decreto mais permissivo estipulando 85 dB A Contudo pertinente a iniciativa de cadastrar os carros de som aferindo que estejam dentro dos limites de ru do aceit veis e outorgando um selo de identifica o de cadastro com o intuito de combater a polui o sonora e coibir os poss veis excessos com a r pida identifica o do propriet rio A medi o dever ser feita com um medidor de n vel sonoro ou de press o sonora vulgo decibel metro que conforme o art 3 II e III deve ser aprovado na verifica o metrol gica calibra o realizada pela Rede Brasileira de Calibra o RBC ou INMETRO verifica o cuja periodicidade n o poder ultrapassar os 12 meses Que o me
379. uipamentos com n veis mais baixos de ru do operacional incentivar a capacita o da Pol cia Civil Militar para combater a polui o sonora urbana estabelecer conv nios contratos e atividades afins com rg os e entidades que possam contribuir para o desenvolvimento do programa Segundo o art 3 da Resolu o a compet ncia pela coordena o do programa do IBAMA cabendo aos Estados e Munic pios a implementa o dos programas de Educa o e Controle da Polui o Sonora em conformidade com o estabelecido no Programa Sil ncio definir as sub regi es e reas de implementa o previstas no Programa Sil ncio e estabelecer sempre que necess rio limites m ximos de emiss o mais r gidos fixados em n vel Estadual e Municipal Fica claro ent o que Estados e Munic pios poder o ser mais exigentes Exemplificando se a norma Federal fixou o limite de ru dos da zona predominantemente industrial em 70 dB A para o per odo diurno nada impede que o munic pio os fixe em 65 dB A para o mesmo per odo Vedado por m fix los em 75 dB A ou mais Os rg os de Meio Ambiente s o os respons veis por implementar o Programa Sil ncio conforme disp e a Lei 6 938 81 da Pol tica Nacional do Meio Ambiente nos 1 e 2 do art 6 Art 6 1 Os Estados na esfera de suas compet ncias e nas reas de sua jurisdi o elabora o normas supletivas e complementares e padr es relacionados com
380. und rios da rede oficial e privada de ensino atrav s de um Programa de Educa o Nacional Em 27 de abril de 1999 surgiu a Lei n 9 795 que disp e sobre a educa o ambiental e institui a Pol tica Nacional de Educa o Ambiental A teor do art 3 as incumb ncias s o Art 3 Como parte do processo educativo mais amplo todos t m direito educa o ambiental incumbindo I ao Poder P blico nos termos dos arts 205 e 225 da Constitui o Federal definir pol ticas p blicas que incorporem a dimens o ambiental promover a educa o ambiental em todos os n veis de ensino e o engajamento da sociedade na conserva o recupera o e melhoria do meio ambiente II s institui es educativas promover a educa o ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem II aos rg os integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente SISNAMA promover a es de educa o ambiental integradas aos programas de conserva o recupera o e melhoria do meio ambiente IV aos meios de comunica o de massa colaborar de maneira ativa e permanente na dissemina o de informa es e pr ticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimens o ambiental em sua programa o 78 V s empresas entidades de classe institui es p blicas e privadas promover programas destinados capacita o dos trabalhadores visando melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trab
381. undo o Doc 9916 da Assembl ia da ICAO de 2008 foram aperfei oados os ensaios de ru do do Anexo 16 Prote o do Meio Ambiente Volume I Ru do de Aeronaves e do Manual t cnico ambiental sobre aplica o dos procedimentos de homologa o ac stica das aeronaves Doc 9501 para garantir clareza e concord ncia nas pr ticas de homologa o mais recentes De fato a reuni o em outubro de 2009 em Montreal mant m a vers o consolidada da Resolu o A36 22 da 36 Assembl ia de 2007 e urge os Estados Membros a adotarem a abordagem equilibrada Doc 9829 O documento encoraja os Estados Membros a a promover e apoiar estudos pesquisas e programas de ajuda tecnol gica para redu o do ru do na fonte b requer o planejamento no uso do solo e pol ticas de gest o de modo a limitar a intrus o do desenvolvimento incompat vel em reas sens veis ao ru do e medidas de mitiga o em reas afetadas pelo ru do consistentes com o Ap ndice F desta Resolu o c requerer a diminui o do ru do nos procedimentos operacionais quanto poss vel sem comprometer a seguran a d n o requerer restri es operacionais como primeira medida mas depois de considerar os benef cios obtidos dos outros elementos da abordagem equilibrada e numa maneira que seja consistente com o Ap ndice F desta Resolu o e levando em conta o poss vel impacto de tais restri es aos aeroportos A legisla o p tria tem acompan
382. ustre relator criticou as liturgias e exterioriza o da f parafraseou as palavras de Jesus Cristo registradas no texto sagrado tirando as do seu contexto para for ar um argumento que estava devidamente fundamentado juridicamente Desnecess rio era ter adentrado em seara alheia de forma t o desrespeitosa levando ao Des Celso Limogni que era favor da inconstitucionalidade m rito da a o a proferir um voto vencido que bem reproduz o que aqui argumentamos Com a devida v nia do entendimento do Sr Relator embora concordando com a proced ncia da a o de inconstitucionalidade vejo me obrigado a assinalar que a discuss o alimentada nesse julgado tomou rumos e contornos n o proporcionais sua raz o de ser extrapolando o limite legal do contexto motivo pelo qual declaro meu voto Sabido e ressabido que a Constitui o Federal assegura o livre exerc cio do culto religioso enquanto n o contr rios ordem trangiilidade e sossego p blicos bem como compat veis com os costumes Tais ressalvas entretanto denotam perigosamente a amplitude do comando constitucional quanto subordina o a conceitos morais male veis e subjetivos tais como ordem bons costumes trangiiilidade e sossego p blicos Dessa forma as prega es religiosas devem ser analisadas de modo a n o obstaculizar a liberdade religiosa garantida constitucionalmente O princ pio da liberdade de express o religiosa tem como pressuposto a cre
383. utar normas federais na defesa do meio ambiente 5 1 2 Pol tica Nacional do Meio Ambiente A Pol tica Nacional do Meio Ambiente foi estabelecida pela Lei n 6 938 81 um dos marcos da legisla o ambiental p tria incorporando e aperfei oando algumas normas estaduais j vigentes afirma MILAR Conforme o seu artigo 1 a Lei n 6 938 81 regulamenta os art 23 VI e VII e o art 225 da Constitui o Federal de 1988 Surgiu menos de uma d cada depois da Confer ncia das Na es Unidas sobre o Meio Ambiente Humano realizada em Estocolmo em 1972 em que o Brasil adotou uma postura de defesa do desenvolvimento econ mico postura que propiciou o enriquecimento das na es do hemisf rio norte em detrimento da prote o ambiental Note se que a Pol tica Nacional do Meio Ambiente art 2 declara ter por objetivo a preserva o melhoria e recupera o da qualidade ambiental qualidade esta que propicia a vida E esse objetivo visa al m da seguran a nacional assegurar as condi es necess rias ao desenvolvimento s cio econ mico e prote o da dignidade da vida humana N o h como negar o cunho antropocentrista da lei a despeito da defini o de meio ambiente que dever ser entendida conforme a defini o dada no art 3 III para os fins desta lei Para o cumprimento dos seus objetivos e lei teceu uma verdadeira rede de prote o composta pelos rg os ambientais da Uni o dos Estados e dos Munic
384. veis de mat rias educativas que mostrem os efeitos prejudiciais causados pelo excesso de ru do Mais ainda que seja inserida nos cursos secund rios da rede p blica e privada de ensino a mat ria polui o sonora atrav s do Programa Nacional de Educa o Muitas iniciativas abrangendo escolas p blicas e privadas aderiram a essa iniciativa com a cria o de escolas e ou cursos ambientais que formam a tenra consci ncia da nova gera o em prol da sustentabilidade e da defesa e preserva o do meio ambiente Falta a implementa o da polui o sonora Se as campanhas de conscientiza o do males do fumo foram positivas o mesmo podemos dizer a respeito da polui o sonora Uma vez que a popula o tome conhecimento dos efeitos nocivos e dos mecanismos para combat los certamente daremos uma guinada na consci ncia popular Nenhum foli o do Carnaval baiano pagar caro por um abada para prejudicar a sua audi o atr s de um trio el trico Certamente como bom e atento consumidor exigir como contrapresta o as devidas garantias de que isso n o ocorrer O que levar os prestadores de servi o a implementarem medidas nesse sentido Dessa forma todos lucram Os frequentadores de bares e restaurantes n o necessariamente querem ouvir m sica em alto volume o que inibe a comunica o a troca inteligente de informa es impress es e sentimentos ou simplesmente a desejada paquera Se fosse implan
385. vidades Pode ser exigido independentemente do impacto conforme leciona MUKAT Contudo enquanto o EIA exig vel somente nos casos em que haja potencialmente significativa degrada o do meio ambiente o EIV exig vel em qualquer caso independente da ocorr ncia ou n o de significativo impacto de vizinhan a Todavia lei municipal definir quais as atividades que depender o de EIV para a obten o da licen a de funcionamento constru o e amplia o 134 Estudo e Relat rio de Impacto de Vizinhan a Constru o de Empreendimento Comercial Av Visconde do Rio Branco esquina com a Rua XV de Novembro Bairro Centro Regi o Praias da Ba a 2008 135 MUKAI Toshio O Estatuto da Cidade Anota es Lei n 10 257 de 10 de junho de 2001 S o Paulo Saraiva 2001 p 32 84 5 2 LEGISLA O ESTADUAL Alguns estados brasileiros legislaram em rela o polui o sonora seja de forma direta ou indireta seguindo o comando constitucional do art 24 da CF da compet ncia concorrente inclu do o tema dentro de dispositivos legais relativos ao meio ambiente Citaremos brevemente algumas delas destacando alguns aspectos positivos e ou negativos No Estado de S o Paulo a Lei n 997 76 que disp e sobre o controle do meio ambiente ingressou no mundo jur dico antes mesmo da edi o da Lei da Pol tica Nacional do Meio Ambiente No art 2 conceitua polui o e poluentes nos seguintes termos A
386. z o ou finalidade de sua produ o 2 Em segundo lugar fora a hip tese de persegui o ideol gica exigindo se a aplica o da lei apenas aos cultos o que seria totalmente repudi vel e inconstitucional h motivos justos para se preocupar com a polui o sonora mormente porque as leis que a combatem alcan am a todos assim como protegem a todos Com efeito as referidas leis paulistanas foram alvo de A o Direta de Inconstitucionalidade n 141 238 0 5 00 TJSP proposta pelo Minist rio P blico por viola o ao princ pio constitucional da isonomia visto criar benef cios ao cultos religiosos abrandado lhes as puni es N o satisfeito o mesmo vereador Carlos Apolin rio DEM prop s um novo projeto de lei em 2007 com o mesmo teor Trata se do PL 400 2007 que foi vetado pelo executivo Todavia gra as a um acordo pol tico conseguiu derrub lo e aprovar o projeto transformado o na Lei n 15 133 2010 em vigor desde 16 03 2010 que ressuscita as leis impugnadas 265 A NR 15 do Minist rio do Trabalho estipula que o tempo m ximo de exposi o a 95 dB A de 2 horas 266 A o Direta de Inconstitucionalidade de Lei n 141 238 0 5 00 rg o Especial do Tribunal de Justi a do Estado de S o Paulo Relator Renato Nalini j 20 08 2008 DJU 14 10 2008 257 Ligado igreja vereador de SP prop e abrandar Psiu Agencia Estado 06 05 2009 Dispon vel em lt http www estadao com br noticias ge
387. zir o hor rio no domingo e feriado de opera o de helic ptero que atualmente das 6 as 23h para das 9 s 20h Dispon vel em lt http www prefeitura sp gov br cidade secretarias upload chamadas ATA 119RO 1260802730 pdf gt 202 Processo n 2010 61 00 000060 2 protocolado em 11 01 2010 na Justi a Federal 2a Vara SP Capital Civel 146 6 2 FONTES FIXAS As fontes fixas podem ser conceituadas como as fontes cujo lan amento de poluentes se d no mesmo local invariavelmente Em geral s o atividades desenvolvidas em determinado local fixo onde se origina a polui o sonora E o caso das fontes que trataremos a seguir as atividades de lazer as ind strias e os cultos 6 2 1 Lazer As emiss es sonoras produzidas por bares restaurantes e atividades de lazer t m tirado o sono e o sossego de muitos pelo Brasil a fora As vezes o som estridente dos alto falantes de lojas que competem entre si para conquistar o fregu s literalmente no grito o que obrigou a algumas prefeituras a legislar a respeito Em Bel m PA capital brasileira do barulho segundo estudos sistematizados pelo Instituto Pereira Passos IPP da Pesquisa de Or amentos Familiares POF feita pelo IBGE entre julho de 2002 e agosto de 200322 criou se a cultura do barulho segundo declarava reportagem Rejane Bastos vice presidente da Associa o Amigos do Sil ncio H caixas de som instaladas em postes festas de aparel

Poluição sonora urbana: principais fontes

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