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Dissertação de Mestrado Integrado_Sabrina da

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1. 3 237 superior m dia na condi o recesso M 17 012 DP 5 184 4 Estrat gias de Investimento de Tempo e sua Efic cia nos Acertos s Perguntas em Adultos Jovens e Adultos Idosos Saud veis As an lises de vari ncia mostram para os adultos jovens um maior investimento de tempo em perguntas de identifica o do g nero biol gico do antecedente perguntas do tipo I na condi o recesso que em perguntas do tipo I na condi o c comando Para os adultos idosos verifica se um maior investimento de tempo em perguntas de identifica o do g nero biol gico do antecedente perguntas do tipo I na condi o recesso que em perguntas do tipo I na condi o c comando Neste grupo et rio tamb m se detecta um maior investimento de tempo em perguntas de identifica o do antecedente perguntas do tipo II na condi o recesso que em perguntas do tipo II na condi o c comando No entanto no grupo dos adultos idosos a diferen a Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 37 entre os tempos de lat ncia nas condi es c comando e recesso mais acentuada do que nos adultos jovens sugerindo que possa haver neste ltimo grupo um mecanismo respons vel pela diferen a em causa distinto daquele que opera nos adultos idosos Quando consideramos os acertos s perguntas do tipo I enc
2. Psycholinguistic Assessment of Language usada na avalia o da afasia e de outros dist rbios da linguagem A tarefa de compreens o avalia 8 aspetos da compet ncia gramatical do sujeito frases ativas irrevers veis frases ativas revers veis frases passivas revers veis frases passivas irrevers veis frases relativas sujeito objeto frases dativas passivas adv rbios preposi es e part culas verbais Esta tarefa permite caracterizar o estado geral do sistema de processamento recrutado na compreens o de frases particularizando os subsistemas que eventualmente apresentem d fices no funcionamento Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 55 Anexo 3 Caracteristicas Clinicas do Grupo de Adultos Idosos Saudaveis da Amostra Adultos Idosos Saudaveis MMSE M 29 17 DP 972 A 27 30 GDS 30 M 5 05 DP 3 922 A 0 15 Pares de Palavras Evoca o Imediata M 12 32 DP 2 631 A 7 17 resultados padronizados Pares de Palavras Evoca o Diferida M 13 07 DP 2 733 A 7 17 resultados padronizados Mem ria L gica Evoca o Imediata M 13 93 DP 2 640 A 8 19 resultados padronizados Mem ria L gica Evoca o Diferida M 14 07 DP 2 534 A 8 19 resultados padronizados Compreens o de Frases P
3. o pronominal ao n vel sint tico uma vez que n o existe a rela o de acesso privilegiado entre antecedente e pronome tal como ocorre em situa es em que o antecedente c comanda o pronome Assim em b o pronome pode apenas ser resolvido no n vel de representa o discursivo em que se estabelece uma representa o para uma entidade referida pelo antecedente outra para uma entidade referida pelo pronome e finalmente que essas duas entidades s o id nticas A resolu o pronominal processada desta forma computacionalmente mais dispendiosa do que a resolu o pronominal processada ao n vel sint tico Koornneef et al 2006 Koornneef 2008 Koornneef 2010 Note se que se bem que implicando um custo computacional acrescido relativamente resolu o sint tica a possibilidade de resolu o discursiva est tamb m dispon vel nos contexto de tipo a Para al m das diferen as a n vel estrutural e de processamento as frases representadas em a e b contrastam tamb m ao n vel pragm tico ou seja a n vel da informa o extralingu stica que veiculada na frase representada em a ocorre uma viola o de uma conven o conversacional utiliza o de um pronome expl cito numa posi o em que seria mais habitual fazer ocorrer um pronome nulo e na frase representada em b n o ocorre viola o de qualquer conven o conversacional Veremos em sec es posteriores da disserta o que as frases representadas
4. o total na Avalia o Cognitiva de Addenbrooke Vers o Revista ACE R Mioshi Dawson Mitchell Arnold amp Hodges 2006 vers o experimental portuguesa de Sim es et al 2010 pelo menos 1 desvio padr o abaixo da m dia da amostra normativa para a faixa et ria e n vel de escolaridade do participante com d fice objetivo de mem ria pontua o padronizada no teste de Pares de Palavras I e II WMS IH Wechsler 2008 e na Mem ria L gica I e II WMS IHI Wechsler 2008 inferior a 7 que apresentavam um uso regular de antipsic ticos anticonvulsionantes bloqueadores B regularizadores de humor e medicamentos com marcada a o anticolin rgica com problemas na interpreta o de frases passivas revers veis simples pontua o inferior a 5 em frases passivas revers veis simples na PAL PORT 14 Caplan amp Bub 1990 vers o experimental portuguesa de Festas et al 2006 e adv rbios preposi es pontua o inferior a 5 em frases com adv rbios preposi es da PAL PORT 14 Caplan amp Bub 1990 vers o experimental portuguesa de Festas et al 2006 e com resultados que Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 22 evidenciem problemas no acesso ao significado dos verbos pontua o somatoria de frases do tipo ativa verbo e passiva verbo inferior a 10 na PAL PORT 14 Cap
5. 37 642 p lt 0 01 e para a vari vel Posi o Sint tica do Antecedente F 1 80 42 724 p lt 0 01 Relativamente vari vel Grupo Et rio constata se que o grupo de adultos idosos apresenta uma m dia de tempos de lat ncia M 4601 224 DP 1582 423 superior m dia dos adultos jovens M 2934 620 DP 1068 793 A an lise da vari vel Posi o Sint tica do Antecedente revela uma m dia de tempos de lat ncia na condi o recesso M 4097 014 DP 1723 465 superior condi o c comando M 3438 830 DP 1364 808 Verifica se tamb m uma intera o significativa Posi o Sint tica do Antecedente x Grupo Et rio F 1 80 5 550 p lt 0 05 Esta intera o foi interpretada examinando os testes das diferen as nos pares de condi es experimentais envolvidos No grupo de adultos jovens deteta se uma m dia de tempos de lat ncia na condi o recesso M 3145 101 DP 1099 222 superior m dia na condi o c comando M 2724 139 DP 1007 018 F 1 80 8 738 p lt 0 01 Nos adultos idosos F 1 80 39 535 p lt 0 01 tamb m se deteta uma m dia de tempos de lat ncia superior na condi o recesso M 5048 928 DP 1717 280 que na condi o c comando M 4153 520 DP 1307 967 Neste contexto a intera o detetada significa que para os adultos idosos a diferen a entre o tempo investido na condi o recesso relativamente condi o c comando significativamente superior a Informa o P
6. E Ghisletta P Ribaupierre A 2011 Age differences in text processing The role of working memory inhibition and processing speed Journal of Gerontology Psychological Sciences 66 B 311 320 doi 10 1093 geronb gbr002 Brito A 2003 Tipologia e distribui o das express es nominais In M R Delgado Martins Ed Gram tica da l ngua portuguesa pp 795 847 Lisboa Caminho Burke D M amp Shafto M A 2008 Language and aging In F Craik amp T A Salthouse Eds The handbook of aging and cognition pp 373 427 New York Psychology Press Caplan D 1992 Language structure processing and disorder Cambridge MA MIT Press Caplan D amp Bub D 1990 Psycholinguistic assessment of aphasia Mini Semin rio apresentado no The annual convention of the american speech language hearing association Seatle WA Carpenter P A Miyake A amp Just M A 1995 Language comprehension Sentence and discourse processing Annual Review of Psychology 46 91 120 doi 10 1146 annurev ps 46 020195 000515 Federmeier K D 2007 Thinking ahead The role and roots of prediction in language comprehension Psychophysiology 44 4 491 505 doi 10 1111 j 1469 8986 2007 0053 1 x Festas I Leit o J L Formosinho M D Albuquerque C Vilar M Martins C Teixeira N 2006 PALPORT Uma bateria de avalia o psicolingu stica das afasias e de outras perturba es da linguagem para
7. Porto Leit o J A Branco A Pifiango M M amp Pires L 2009 Pronoun resolution to commanders and to recessors a view from event related brain potentials Anaphora Processing and Applications Lecture Notes in Artificial Intelligence 5847 107 120 doi 10 1007 978 3 642 04975 0 9 Levinson S C 1991 Pragmatic reduction of the binding conditions revisited Journal of Linguistics 27 107 161 doi http dx doi org 10 1017 S0022226700012433 Mioshi E Dawson K Mitchell J Arnold R amp Hodges J R 2006 The addenbrooke s cognitive examination revised ACE R A brief cognitive test battery for dementia screening International Journal of Geriatric Psychiatry 21 11 1078 1085 doi 10 1002 gps 1610 Mitkov R 2002 Anaphora resolution London Pearson Education Oldfield R C 1971 The assessment and analysis of handedness The edinburgh inventory Neuropsychologia 9 1 97 113 doi http dx doi org 10 1016 0028 3932 71 90067 4 Peelle J E Troiani V Wingfield A amp Grossman M 2010 Neural processing during older adult comprehension of spoken sentences Age differences in resource allocation and connectivity Cerebral Cortex 20 773 782 doi 10 1093 cercor bhp142 Pickering M J Clifton C amp Crocker M W 2000 Architectures and mechanisms in sentence comprehension In M W Crocker M J Pickering amp C Clifton Eds Architectures and mechanisms for language pro
8. Quem tinha uma amiga Um Homem Uma Mulher 4 Frase na condi o b seguida de pergunta do tipo II Frase O familiar d a solteirona j k almo ou com o cavalheiro l a quem ELA 5 ia exigir um compromisso Pergunta Quem ia exigir um compromisso A Solteirona O Familiar 3 Procedimentos Tanto os participantes adultos jovens como os participantes adultos idosos ap s cumpridos os crit rios de inclus o e exclus o foram recrutados para a recolha de dados para as tarefas experimentais Foi por todos eles assinada uma declara o de consentimento informado e a sua colabora o foi volunt ria solicitada ap s descri o dos procedimentos envolvidos na Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 24 recolha dos dados As tarefas experimentais tiveram lugar em instala es apropriadas na FPCE UC num laborat rio acusticamente isolado Durante a aplica o da tarefa de compreens o de frases foi tamb m recolhido o registo eletroencefalogr fico dos participantes atrav s de 72 el trodos Os registos eletroencefalogr ficos recolhidos s o dados utilizados em outras investiga es n o sendo portanto informa o analisada no estudo que se apresenta nesta disserta o Inicialmente foram explicadas e clarificadas as linhas gerais do procedimento e feitas algumas recomenda es pr via
9. a um dos dois sintagmas nominais presentes no in cio da frase sendo que se o in cio das frases possu sse a conjun o copulativa e os participantes poderiam atribuir um papel a uma ou s duas personagens Cada uma das frases foi avaliada de acordo com a express o anaf rica que os participantes que a completaram utilizaram Se o participante decidisse mobilizar o antecedente em posi o c comando nestes casos a an fora poderia ser um pronome nulo um pronome expl cito ou um nominal repetido Se a op o correspondesse a um antecedente que se encontrasse em recesso genitivo a an fora poderia ser um pronome expl cito ou um nominal repetido Nas frases que no in cio apresentam uma conjun o copulativa e a avalia o tem em conta se o antecedente o nominal antes ou depois da conjun o da primeira ora o Caso seja o primeiro nominal a an fora poder ser um pronome expl cito ou o nominal repetido O mesmo acontece para as situa es em que o antecedente o segundo nominal da primeira ora o a an fora poder ser um pronome expl cito ou o nominal repetido Existem casos tamb m em que o antecedente se refere aos dois nominais e nestes casos a an fora pode ser um pronome nulo um pronome expl cito ou os nominais repetidos Foram realizadas an lises ao n vel de falantes com prefer ncia por distintas express es anaf ricas e ao n vel do n mero de enunciados produzidos com utiliza o de diferentes
10. constru o de um modelo de situa o Um modelo de situa o um tipo de representa o que excede a combinat ria dos significados estritamente veiculados pelas palavras alargando se a informa o adquirida inferencialmente e mobilizando possivelmente dispositivos representacionais comuns com o processamento visual e g Yarkoni Speer amp Zacks 2008 O n vel de processamento discursivo onde s o estabelecidas conex es entre v rias partes de um texto para que este seja compreendido integralmente Carpenter Miyake amp Just 1995 permite o processamento do conte do dos modelos das situa es descritas por frases consecutivas num discurso Do processamento de n vel discursivo resulta o estabelecimento de rela es entre essa sequ ncia de situa es designadamente atrav s da marca o de que algumas entidades num modelo de situa o s o as mesmas que algumas das entidades de modelos de frases anteriores Koornneef 2008 Consideremos o exemplo Os lobos su aisca mataram v rios carneiros ca aiscb Este ano eles lt 2 ie disc andam esfomeados No n vel de processamento sint tico o pronome eles pode ser referente a os lobos e a v rios carneiros pois em ambas as situa es o nominal tem o mesmo g nero e o mesmo n mero do pronome Assim o processamento sint tico atrav s das opera es de verifica o de concord ncia limita se a disponibilizar dois antecedentes para
11. esta n o deveria ter secado Neste caso a compreens o da implicatura convencional deriva do uso da conjun o contudo Ao contr rio das implicaturas convencionais as implicaturas conversacionais n o dependem do significado convencional das palavras mas de regras b sicas do ato comunicativo Grice 1989 sintetiza as regras b sicas do ato comunicativo no Princ pio de Coopera o O Princ pio de Coopera o refere que para uma mensagem lingu stica poder ser trocada entre dois interlocutores o mais inequivocamente poss vel essa mensagem tem de ser inconscientemente trabalhada entre os interlocutores de acordo com certas regras comuns m ximas do Princ pio de Coopera o que caracterizam um sistema cooperativo entre eles As regras do ato comunicativo ou as m ximas do Princ pio de Coopera o poder o n o ser sempre cumpridas pelo falante Contudo o falante espera que nessas situa es o ouvinte interprete a mensagem de uma forma cooperativa e portanto perceba que a regra n o foi cumprida e que isso poder trazer uma Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 informa o extra Ou seja o falante sabe que o ouvinte conhece as regras do ato comunicativo e vice versa logo o n o cumprimento das mesmas tem um outro significado impl cito este processo que acontece numa i
12. execu o de determinadas tarefas manuais quotidianas Avalia o Cognitiva de Addenbrooke Vers o Revista ACE R Mioshi Dawson Mitchell Arnold amp Hodges 2006 vers o experimental portuguesa de Sim es et al 2010 Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 53 A Avalia o Cognitiva de Addenbrooke Vers o Revista um instrumento de avalia o cognitiva breve Este instrumento avalia diferentes dimens es do funcionamento cognitivo nomeadamente aten o orienta o mem ria flu ncia linguagem e capacidade visuo espacial Adicionalmente o resultado total do ACE R inclui um valor equivalente ao resultado de outro instrumento de rastreio cognitivo o Mini Mental State Examination MMSE Folstein Folstein amp McHugh 1975 vers o portuguesa de Guerreiro Silva Botelho Leit o amp Garcia 1994 Escala de Depress o Geri trica 30 GDS 30 Yesavage et al 1983 vers o portuguesa de Barreto Leuschner Santos amp Sobral 2003 citado em Grupo de Estudos de Envelhecimento Cerebral e Dem ncias 2008 A GDS 30 um instrumento de avalia o da severidade da sintomatologia depressiva na popula o geri trica um question rio breve constitu do por 30 quest es de resposta simples resposta tipo Sim N o Este instrumento contempla sintomas afetivos e c
13. gias de Investimento de Tempo e sua Efic cia nos Acertos s Perguntas em Adultos Jovens e Adultos Idosos Saud veis 36 V DISCUSS n nani raanda aadis aaa aarda daana aad asiaa aliad aalan daadaa raadin 39 Ve CON CIUSOGS E E 45 Bibliografia rs c sesi2cccceds cess sedeacdecedesedsesducececeds sedcactuccdccde eedeesieccdeseceereesdisse 47 PAITIOX OS JE RD E E S E E E E 51 Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 indice de Quadros Quadro 1 Caracteristicas sociodemograficas dos sujeitos da amostra Quadro 2 Distribui o da prefer ncia pela utiliza o do pronome nulo para mobilizar um antecedente em c comando ao n vel do n mero de talantes cs Ro aa e a o ND E EA ee ER A a Re Rd a PO 28 Quadro 3 Estat sticas descritivas correspondentes utiliza o de pronomes expl citos e pronomes nulos para mobilizar um antecedente em c Comando 2 rsss eds te dos CU cinto Mai te E dd So o CARO ERR O tte SE eat a 28 Quadro 4 ANCOVA relativa utiliza o de pronomes expl citos e pronomes nulos para mobilizar um antecedente em c comando 29 Quadro 5 Estat sticas descritivas correspondentes aos tempos de lat ncia obtidos nas respostas s perguntas do tipo valores expressos em MIISSEQUAdOS susz asi ae Bice Shea adiada fhe E Shea Side Thee 30 Qu
14. p lt 0 05 Esta intera o foi interpretada examinando os testes das diferen as nos pares de condi es experimentais envolvidos No grupo de adultos idosos deteta se uma m dia de acertos na condi o c comando M 20 000 DP 2 439 superior m dia na condi o recesso M 17 707 DP 3 621 F 1 80 15 270 p lt 0 01 Relativamente aos adultos jovens n o se verificam diferen as significativas relativamente m dia de acertos nas condi es c comando e recesso 3 2 Perguntas de discrimina o p s interpretativa do antecedente do pronome perguntas do tipo Il 3 2 1 Tempos de Lat ncia Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 34 No Quadro 9 apresentamos as estat sticas descritivas para o cruzamento das vari veis Posi o Sint tica do Antecedente c comando recesso e Grupo Et rio adultos jovens adultos idosos relativas aos tempos de lat ncia na identifica o do antecedente perguntas do tipo II O Quadro 10 sumariza a ANOVA relativa aos tempos de lat ncia nas perguntas do tipo II Quadro 9 Estat sticas descritivas correspondentes aos tempos de lat ncia obtidos nas respostas s perguntas do tipo II valores expressos em milissegundos Adultos Jovens Adultos Idosos Total M 3293 065 M 5009 852 M 4151 458 Condi o c DP 1211 507 DP 16
15. perguntas de acesso p s interpretativo informa o de g nero biol gico do antecedente do pronome neste estudo a previs o relativa aos adultos jovens confirma se parcialmente n o se verificam diferen as relativamente aos acertos nas condi es c comando e recesso mas verifica se um efeito de facilita o avaliado pelos dados dos tempos de lat ncia que beneficia a condi o c comando relativamente condi o recesso A previs o referente aos adultos idosos n o se confirma o efeito de facilita o avaliado tanto pelos dados dos acertos como pelos dados dos tempos de lat ncia beneficia a condi o c comando relativamente condi o recesso O padr o de dados obtidos pelo estudo que apresentamos leva nos a questionar a liga o pressuposta entre a facilita o da identifica o do g nero biol gico do antecedente do pronome e a circunst ncia da resolu o pronominal ter eventualmente sido processada no n vel de representa o discursivo Por forma a tentar compreender os resultados que obtivemos relembramos e analisamos as sequ ncias de processamento teoricamente previstas para a resolu o pronominal das frases representadas por a condi o c comando e b condi o recesso em cada um dos grupos et rios Considerando uma frase na condi o a o grupo et rio dos adultos jovens inicia a sequ ncia de processamentos com o 1 teste de concord ncia gramatical de g nero do pronome e do ante
16. rio a inclus o dos anos de escolaridade como covari vel nas an lises de vari ncia que sucedem Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012
17. 1 teste de concord ncia gramatical de g nero do pronome e do antecedente em posi o c comando utiliza o da via sint tica ent o 2 detetada a viola o da m xima do modo de Grice utiliza o de um pronome expl cito numa posi o em que seria mais habitual fazer ocorrer o pronome nulo o que provoca o 3 bloqueio da via sint tica 4 iniciando se a resolu o discursiva com a cria o de uma representa o discursiva para o pronome 5 reiterado o teste de concord ncia de g nero do pronome e do antecedente em posi o c comando considerando desta vez o g nero sem ntico e a concord ncia do g nero destes permite o 6 completamento da resolu o Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 18 discursiva do pronome e induz a 7 computa o e integra o da implicatura pragm tica e g ela a fot grafa e n o o rep rter inter ncia cedeu o jipe ao rapaz J os adultos idosos ap s o 1 teste bem sucedido de concord ncia gramatical de g nero do pronome e do antecedente em posi o c comando utiliza o da via sint tica 2 segue se a resolu o do pronome utilizando a via de processamento sint tica Em frases b os adultos jovens e os adultos idosos partilham as mesmas sequ ncias pois as frases nesta condi o apenas permitem que o pronome seja
18. Ci ncias da Educa o da Universidade de Coimbra Coimbra Portugal Van der Linden M Hupet M Feyereisen P Schelstraete M A Bestgen Y Bruyer R Seron X 1999 Cognitive mediators of age related differences in language comprehension and verbal memory performance neuropsychology and cognition 6 1 32 55 doi http dx doi org 10 1076 anec 6 1 32 791 Wechsler D 2008 Escala de mem ria de Wechsler HI WMS IIT Manual Lisboa Cegoc Wingfield A amp Grossman M 2006 Language and the aging brain Patterns of neural compensation revealed by functional brain imaging Journal of Neurophysiology 96 2830 2839 doi 10 1152 jn 00628 2006 Yarkoni T Speer N amp Zacks J 2008 Neural substrates of narrative comprehension and memory Neuroimage 41 1408 1425 doi 10 1016 j neuroimage 2008 03 062 Yesavage J A Brink T L Rose T L Lum O Huang V Adey M B amp Leirer V O 1983 Development and validation of a geriatric depression screening scale A preliminary report Journal of Psychiatric Research 17 37 49 doi http dx doi org 10 1016 0022 3956 82 90033 4 Zacks R T amp Hasher L 1994 Directed ignoring Inhibitory regulation of working memory In D dagenbach amp T H Carr Eds Inhibitory processes in attention memory and language pp 241 264 San Diego CA Academic Press Zar J H 2010 Biostatistical analysis 5 edition Upper Saddle River
19. Valores Esperados Valores Residuais Prefer ncia pelo pronome nulo 47 36 5 10 5 N o prefer ncia pelo pronome nulo 26 36 5 10 5 X 1 6 041 p lt 05 Os valores apresentados sugerem que os valores observados nao se ajustam aos valores esperados X 1 6 041 p lt 05 sendo que a frequ ncia de sujeitos que manifestam prefer ncia pela utiliza o do pronome nulo pode considerar se diferente da frequ ncia de sujeitos que n o manifestam prefer ncia pela utiliza o do pronome nulo A frequ ncia de sujeitos que manifestam a prefer ncia pelo pronome nulo valor observado 47 valor esperado 36 5 superior frequ ncia de sujeitos que n o manifestam a prefer ncia pelo pronome nulo valor observado 26 valor esperado 36 5 De forma a apurar se h significativamente mais enunciados produzidos em que ocorre o pronome nulo para mobilizar um antecedente em c comando foi realizada uma ANCOVA para medidas repetidas tendo como vari veis o n mero de frases com pronome expl cito quando o antecedente c comanda o pronome e o n mero de frases com pronome nulo quando o antecedente c comanda o pronome e como covari vel a probabilidade de ocorr ncia de antecedentes em posi o de c comando O Quadro 3 apresenta as estat sticas descritivas relativas s frases em que foi utilizado um pronome expl cito e s frases em que foi utilizado um pronome nulo para mobilizar um antecedente em c comando Quadro 3 Esta
20. a popula o portuguesa In C Machado L Almeida A Guisande M Gon alves amp V Ramalho Eds XI Confer ncia internacional de avalia o psicol gica Formas e contextos pp 719 729 Braga Psiquil brios Fodor J A 1983 The modularity of mind Cambridge MA MIT Press Folstein M Folstein S McHugh P 1975 Mini mental state A practical method for grading the cognitive state of patients for the clinician Journal of Psychiatric Research 12 189 198 doi 10 1002 SICT 1099 1 166 199805 13 5 lt 285 AID GPS753 gt 3 0 CO 2 V Fran a S 2010 Resolu o de pronomes em idosos saud veis um estudo de potenciais evocados cognitivos Disserta o de mestrado integrado Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 48 Faculdade de Psicologia e Ci ncias da Educa o da Universidade de Coimbra Coimbra Portugal Frazier L 1987 Sentence processing A tutorial review In M Coltheart Ed Attention and performance XII The psychology of reading pp 559 586 Hillsdale NJ Erlbaum Friederici A D amp Lachman T 2002 From language to reading and reading disability Cognitive functions and their neural basis In E Witruk A D Friederici amp T Lachman Eds Basic functions of language reading and reading disability pp 9 21 Dordrecht Kluwer
21. acolhimento Ao meu av Ernst Berger pelas mem rias vivas que deixou Ao meu irm o Mischel pela toler ncia da minha aus ncia Especialmente ao F bio pela confian a Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 indice INtrodu o 5 5525555 0525520505 E E E sfoasc an dna sa Es fra na Es coca seas Roses 7 Enquadramento Conceptual 0ccccccesseeeseeeeeeeeeeseeeeseeeeeeeeeeeneeessnees 4 1 Processamento da Linguagem araras 5 1 1 Processamento de Informa o Lingu stica Modelo Modular Cl ssico 5 1 1 1 Processamento Sint tico e Processamento Discursivo 7 1 2 Processamento de Informa o Extralingu stica o Modelo de Grice 8 2 Processamento Anaf rico rear nana 10 P28 BS ANITA 9 fz Boner pn aca nec a pai errr a err aa a rere aa a a 10 2 2 Resolu o Anaf rica ira aeaaaareraaaa aaa 11 2 2 1 Resolu o Pronominal Intra Fr sica Modelo de Dupla Via 12 3 Processamento Lingu stico e Envelhecimento Saud vel 13 3 1 Altera es no Processo de Resolu o Pronominal Intra Fr sica 15 I Hip teses 15 5 5 5 5 55 5 5 505 5 5 5550505050505050005E5sLosGosss Ls dass Losso sad 18 III Metodologia ss ss osso ssssss
22. adultos idosos saud veis No grupo de adultos jovens 27 sujeitos s o do sexo feminino e 14 sujeitos s o do sexo masculino As idades est o compreendidas entre os 17 e os 29 anos situando se a m dia de idades nos 20 46 anos DP 0 384 O n vel de escolaridade est entre os 12 e os 16 anos situando se a m dia de anos de escolaridade nos 13 29 anos DP 0 122 cf Quadro 1 No grupo de adultos idosos saud veis 22 sujeitos s o do sexo feminino e 19 sujeitos s o do sexo masculino As idades est o compreendidas entre os 60 e os 78 anos situando se a m dia de idades nos 66 66 anos DP 0 850 Relativamente ao n vel de escolaridade os idosos saud veis apresentam entre 6 a 24 anos de escolaridade situando se a m dia nos 10 68 anos DP 0 541 cf Quadro 1 Quadro 1 Caracter sticas sociodemogr ficas dos sujeitos da amostra Adultos Jovens Adultos Idosos Saud veis N 41 41 G nero Feminino 27 Feminino 22 Masculino 14 Masculino 19 Idade M 20 46 DP 384 A 17 29 M 66 66 DP 850 A 60 78 Anos de M 13 29 DP 122 A 12 16 M 10 68 DP 541 A 6 24 Escolaridade 2 Escolha Entre o Pronome Nulo ou o Pronome Expl cito Para Mobilizar um Antecedente em C Comando no Processo de Produ o de Frases por Falantes de Portugu s Europeu De uma forma complementar ao estudo principal que esta disserta o apresenta foi realizada uma an lise de dados de produ o de frases que permiti
23. como o processo pelo qual um dos nominais dispon veis na frase ou no discurso selecionado como o nico antecedente para determinado pronome O pronome um elemento com significado incompleto por aus ncia de conte do referencial O antecedente constitui o elemento cujo conte do referencial ligado ao pronome completando o seu significado A rela o estrutural de c comando antecedente pronome um tipo de rela o sint tica cuja exist ncia aus ncia condiciona a resolu o pronominal quando pronome e antecedente ocorrem na mesma frase Quando o antecedente c comanda o pronome permitido que o pronome se comporte da mesma forma que uma vari vel assumindo o valor do antecedente que o c comanda logo no n vel de processamento sint tico e dispensando a forma o de uma representa o discursiva espec fica para o pronome Existem tamb m situa es em que o antecedente n o c comanda o pronome Tal acontece por exemplo quando o antecedente n o diretamente constituinte da frase encontrando se em vez disso encaixado no interior de um desses constituintes Estas posi es s o por vezes Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 2 designadas recessos sint ticos sendo delas exemplo os recessos genitivos o Jorge na frase o pai do Jorge comprou um carro i
24. condi o c comando A atribui o deste efeito utiliza o nos adultos idosos de n veis de representa o distintos sint tico para a condi o c comando e discursivo para a condi o recesso n o diretamente testada sendo antes introduzida nas interpreta es dos dados sob a forma de assun o te rica Neste estudo pretendemos transformar essa assun o num elenco de hip teses test veis que avaliaremos utilizando um conjunto de dados apropriados Assim o estudo apresentado na presente disserta o tem como objetivo verificar quais s o as diferen as entre adultos jovens e adultos idosos saud veis relativamente utiliza o de informa o pragm tica e informa o sint tica no processo de resolu o pronominal intra fr sica Mais especificamente este estudo pretende analisar quais s o as modifica es trazidas pelo envelhecimento saud vel na resolu o de pronomes em duas situa es de processamento diferenciadas a uma em que o pronome pode ser resolvido quer no n vel de representa o sint tico quer no n vel de representa o discursivo e induzida uma infer ncia pragm tica atrav s da Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 19 viola o da m xima do modo utiliza o de um pronome expl cito numa posi o em que seria mais habitual fazer oco
25. da segunda ora o perguntas do tipo II na condi o recesso relaciona se com o insucesso do processo que permite a identifica o correta do g nero do possessor na rela o genitiva da primeira ora o Tal compreens vel se considerarmos que n o est o dispon veis nos adultos idosos os detalhes literais da rela o genitiva que permitem aos adultos jovens recuperar a representa o do possessor a partir da palavra que designa o seu parceiro na rela o genitiva Nesta circunst ncia a recupera o da representa o do possessor necess ria para aceder informa o de g nero sem ntico teria que mobilizar o modelo da situa o resultante da interpreta o da frase completa e em particular a Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 45 representa o do possessor j no contexto da segunda ora o em que a entidade em causa det m agora o papel de agente Note se que a rela o genitiva n o integra o modelo da situa o descrita pela frase gist correspondendo em rigor a um atributo dos intervenientes nessa situa o verbatim Como j referimos as maiores lat ncias nas perguntas do tipo II traduziriam nos adultos idosos a deficiente inibi o do candidato preterido ao papel de agente da segunda ora o associando se assim a uma maior probabilidade de
26. depend ncias referenciais tal como acontece na resolu o de uma express o anaf rica implica a integra o de informa o lingu stica espec fica e informa o extralingu stica Koornneef 2008 No presente trabalho o processamento anaf rico utilizado para perceber diferen as na intera o entre processamento sint tico e processamento pragm tico inferencial entre adultos jovens e adultos idosos saud veis De seguida apresentamos informa o necess ria compreens o da forma como o processamento anaf rico foi manipulado nesta investiga o 2 1 An fora As an foras s o express es lingu sticas cujo significado depende da retoma de entidades lingu sticas mencionadas anteriormente os antecedentes Brito 2003 Estas express es s o especificamente produzidas pelo falante para induzirem no ouvinte a recupera o para o momento atual do discurso do conte do referencial de express es que se encontram em segmentos anteriores da frase ou discurso antecedentes As an foras apenas podem ser interpretadas em fun o da exist ncia de antecedentes Consideremos como exemplo a frase A solteirona FEM almo ou com o cavalheiro a quem ela ia pedir em casamento Neste exemplo podemos verificar que ela estabelece uma rela o de 4 as ne Veremos na subsec o 2 2 1 desta sec o que neste tipo de frases o antecedente do pronome encontra se encaixado num recesso genitivo Informa o Pragm tica
27. em a e b s o similares s frases utilizadas como est mulos lingu sticos no nosso estudo 3 Processamento Lingu stico e Envelhecimento Saud vel Habitualmente o processamento lingu stico encontra se bem preservado em adultos idosos saud veis Wingfield amp Grossman 2006 Peelle Troiani Wingfield amp Grossman 2010 Contudo tal como acontece em outros dom nios cognitivos tamb m na linguagem s o percet veis diferen as significativas relativamente a adultos jovens e g Burke amp Shafto 2008 Dentro do processamento lingu stico o processamento anaf rico e mais especificamente o processamento anaf rico intra fr sico est o muito pouco estudados no envelhecimento saud vel Abordamos nesta subsec o algumas altera es que ocorrem com o envelhecimento saud vel em alguns dom nios cognitivos n o lingu sticos que influenciam o processamento lingu stico e altera es que ocorrem no processamento Ver subsec o 1 2 da sec o I Processamento de Informa o Extralinguistica o Modelo de Grice 6 e 7 par grafos Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 14 lingu stico Teremos em especial aten o os resultados obtidos em anteriores estudos da equipa em que nos integramos que utilizam os mesmos estimulos lingu sticos que utilizamos no pre
28. frase seguinte As respostas s perguntas colocadas foram recolhidas atrav s de dois bot es de resposta um colocado na m o esquerda do participante e outro na m o direita A quest o de compreens o foi disposta no centro do ecr juntamente com duas op es de resposta uma no canto inferior esquerdo e outra no canto inferior direito do ecr Os participantes deviam premir o bot o que seguravam do mesmo lado que se apresentava a resposta correta A apresenta o foi seriada em 6 blocos com 10 minutos aproximadamente Ap s cada bloco procedia se a um pequeno intervalo O tempo total em tarefa tinha a dura o aproximada de uma hora Para a apresenta o das frases da tarefa de compreens o de frases bem como a recolha das respostas dadas pelos participantes foi utilizado o programa E Prime vers o 1 1 para Windows 4 Tratamento dos Dados para An lise Estat stica O programa E Prime vers o 1 1 para Windows tamb m permitiu recolher informa o relativa qualidade de processamento atrav s do registo Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 25 do n mero de acertos e tempos de lat ncia entre outras informa es para cada frase em cada participante O tratamento estat stico dos dados foi realizado atrav s do Statistical Package for the Social Sciences SPSS vers o 2
29. geral de que o processamento eficaz da infer ncia pragm tica em 1 que ocorreria apenas nos adultos jovens depende do bloqueio da resolu o sint tica do pronome e da sua subsequente resolu o por via discursiva encontrando se nos adultos idosos deficit ria a capacidade que permite o bloqueio em causa Este facto conduziu nos a uma an lise mais fina da sequ ncia de processamento associada resolu o pronominal nas duas condi es referidas e a uma reflex o detalhada acerca da rela o dessa sequ ncia com as vari veis que adot mos para operacionalizar a hip tese sob investiga o Uma das quest es levantadas por este estudo foi o efeito da integra o de informa o veiculada pela implicatura conversacional nos adultos jovens em frases na condi o 1 que parece influenciar a acessibidade p s interpretativa do antecedente do pronome nessa condi o facilitando a relativamente condi o 2 No caso dos adultos idosos saud veis salientamos a poss vel influ ncia de dois fen menos associados ao envelhecimento cognitivo a diminui o da efici ncia do processamento inibit rio e a menor capacidade de recupera o de detalhes literais de um texto verbatim Palavras chave Envelhecimento Saud vel Informa o Sint tica Informa o Pragm tica An fora Intra Fr sica Resolu o Pronominal Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamen
30. mesmo plano de investiga o instanciando a vari vel Grupo Et rio As an lises mostram que o processador lingu stico dos adultos jovens parece ter como prioridade maximizar a compreens o da informa o mesmo que tal implique um maior esfor o computacional bloqueio da resolu o sint tica e processamento da implicatura na condi o c comando J nos adultos idosos saud veis parece que a prioridade a minimiza o do esfor o computacional mesmo que isso implique a n o apreens o da informa o recebida na sua totalidade processamento sint tico e aus ncia de processamento da implicatura na condi o c comando Assim estudos recentes da equipa em que nos integramos t m vindo a sugerir que o sistema de processamento lingu stico dos adultos idosos difere do sistema lingu stico dos adultos jovens Os adultos jovens sacrificam a efici ncia computacional em benef cio de um acesso e integra o completas das modula es de sentido introduzidas sob a forma de informa o pragm tica Ou seja independentemente da possibilidade de resolu o pronominal por via sint tica que maximizaria a efici ncia computacional condi o c comando os adultos jovens optam pela utiliza o da via discursiva Os sujeitos desta faixa et ria preservam assim a possibilidade de enriquecimento do sentido fr sico uma vez que a utiliza o da via discursiva lhes permite integrar na interpreta o de uma frase o resultado Informa o
31. na condi o recesso o teste de concord ncia de g nero para o antecedente situado no recesso genitivo precedido pelo teste de concord ncia de g nero do candidato em posi o de c comando relativamente ao pronome Para que na condi o recesso o processo de interpreta o da frase resulte num modelo da situa o completo e n o amb guo necess rio que A as representa es das entidades envolvidas na rela o genitiva da primeira ora o sejam criadas e devidamente integradas na rela o genitiva e no modelo global da situa o da frase B o candidato em posi o c comando que falhou o teste de concord ncia de g nero com o pronome sujeito da segunda ora o seja devidamente inibido O padr o de correla es obtido no grupo de adultos jovens sugere que os acr scimos nos tempos de lat ncia para respostas s perguntas de identifica o do g nero biol gico do antecedente na condi o recesso se deve a um fracasso na constru o de uma representa o do possessor da rela o genitiva e g a fot grafa d o rep rter sendo o resultado deste processo inutiliz vel n o devidamente resolvido o processo descrito em A A indisponibilidade de uma representa o do possessor contribui para o aumento dos tempos de lat ncia nas perguntas do tipo I na medida em que nessa circunst ncia necess rio constatar que a resposta n o conhecida e decidir responder ao acaso Os participantes que mais demoram s o a
32. o da concord ncia opera sobre o g nero biol gico um tra o informativo sem ntico que identifica uma entidade discursiva como sendo biologicamente feminina ou masculina e g mulher homem Deste modo o acesso facilitado informa o de g nero traduzida num melhor desempenho nas perguntas do tipo I poderia ser tomado como marcador da resolu o pronominal no n vel discursivo Tendo em conta a assun o te rica introduzida pelos estudos anteriores da equipa Fran a 2010 Gon alves 2010 Leit o et al 2009 Teixeira 2011 esperamos que o padr o de desempenho n mero de acertos e tempos de lat ncia a perguntas de compreens o relativas s frases da condi o a e da condi o b reflita a resolu o ocorrer sempre no n vel discursivo para os adultos jovens Quanto aos adultos idosos saud veis esperamos a ado o da via sint tica na condi o c comando e da via discursiva apenas na condi o recesso Assim se nos adultos jovens a resolu o no n vel sint tico na condi o a realmente bloqueada e ocorre no n vel discursivo tal como acontece na condi o b os indicadores de acesso p s interpretativo bem sucedido informa o de g nero biol gico na representa o do antecedente no modelo discursivo do SN n mero de acertos e tempos de lat ncia s 7 Esta tarefa de compreens o de frases referida foi utilizada nos estudos anteriores da equipa referidos No trabalho que apresentamos analisamo
33. o pronome eles No n vel de processamento discursivo como existe a possibilidade de estabelecimento de rela es do conte do de modelos de situa o de uma 2 O sinal designa aqui opera es discursivas que projetam representa es do sinal sint tico e g sujeito suj complemento direto c d para o n vel discursivo estabelecendo a exist ncia de determinadas entidades no modelo da situa o e g suj disc a c d disc b e opera es discursivas que introduzem rela es de identidade entre representa es discursivas distintas no momento da sua cria o e g c d Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 frase para outra podemos perceber um nico antecedente para o pronome eles Dado que os lobos mataram v rios carneiros faz sentido que sejam os lobos a andarem esfomeados e n o os v rios carneiros que apenas foram mortos a entidade c do modelo de situa o da segunda frase eles a mesma que a entidade a do modelo de situa o da frase anterior os lobos Desta forma o n vel de processamento discursivo permite nos perceber que o antecedente do pronome eles os lobos 1 2 Processamento de Informa o Extralingu stica o Modelo de Grice O modelo de Grice encontra uma forma de explicar os efeit
34. participa na primeira ora o com os acertos em perguntas do tipo I na condi o recesso e com os acertos em perguntas do tipo II na condi o recesso Tamb m correlacion mos a magnitude da diferen a entre a lat ncia das respostas s perguntas do tipo II na condi o recesso sele o da palavra que designa corretamente o antecedente do pronome sondada com perguntas relativas ao evento de que essa entidade participa na segunda ora o e a lat ncia das respostas s perguntas do tipo II na condi o c comando sele o da palavra que designa corretamente o antecedente do pronome sondada com perguntas relativas ao evento de que essa entidade participa na segunda ora o com os acertos s perguntas do tipo I na condi o recesso e com os acertos s perguntas do tipo II na condi o recesso cf Quadro 13 Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 38 Quadro 13 Correla es entre tempos de lat ncia e acertos Coeficientes de Correla o de Pearson Adultos Jovens Adultos Idosos Saud veis Diferen a entre Acertos em tempos de lat ncia 383 171 perguntas do tipo das respostas as na condi o perguntas do tipo na recesso condi o recesso e na condi o c comando Diferen a entre Acertos em tempos de lat ncia 310 110 perguntas tipo II das resp
35. que o padr o de desempenho acertos e tempos de lat ncia a perguntas de compreens o relativas s frases da condi o c comando e da condi o recesso reflita a resolu o ocorrer sempre no n vel discursivo para os adultos jovens Quanto aos adultos idosos esperamos a ado o da via sint tica na condi o c comando e da via discursiva apenas na Ver sec o II Hip teses 4 par grafo Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 40 condi o recesso Se nos adultos jovens a resolu o no n vel sint tico na condi o c comando realmente bloqueada e ocorre no n vel discursivo tal como acontece na condi o recesso o n mero de acertos e tempos de lat ncia s perguntas de interpreta o do tipo I perguntas de acesso p s interpretativo informa o de g nero biol gico do antecedente do pronome n o se diferenciam entre a condi o recesso e a condi o c comando Se nos adultos idosos a resolu o na condi o c comando ocorre no n vel sint tico e na condi o recesso essa resolu o ocorre no n vel discursivo os acertos e tempos de lat ncia traduzem uma facilita o na condi o recesso maior precis o e rapidez relativamente condi o c comando Considerando os resultados obtidos pelas an lises de vari ncia relativas s perguntas do tipo I
36. resolvido por via discursiva Assim tanto os adultos jovens como os adultos idosos iniciam com o 1 teste de concord ncia gramatical de g nero do pronome e do antecedente em posi o c comando utiliza o da via sint tica O 2 teste de concord ncia gramatical de g nero fracassa o pronome e o antecedente em posi o de c comando n o concordam em g nero o que induz a 3 inibi o do antecedente em posi o c comando 4 iniciando se a resolu o discursiva com a cria o de uma representa o discursiva para o pronome ent o realizado um 5 teste de concord ncia de g nero sem ntico para as representa es do pronome e do antecedente em recesso genitivo completando se a 6 resolu o discursiva do pronome ap s a verifica o bem sucedida desta concord ncia de g nero Il Hip teses Como vimos as interpreta es apresentadas nos estudos anteriores da equipa introduzem a ideia de que na condi o c comando em adultos jovens o pronome seria resolvido no n vel de representa o discursivo ao passo que em adultos idosos nessa mesma condi o o pronome seria resolvido no nivel de representa o sint tico No entanto nessas investiga es os dados obtidos permitem apenas verificar que nos idosos mas n o nos jovens se observa na janela do efeito N400 uma diferen a entre a condi o c comando e a condi o recesso interpret vel como correspondendo a um esfor o computacional mais reduzido para a
37. sucesso na recupera o da palavra em falta Burke 1999 Segundo Federmeier 2007 a utiliza o de estrat gias preditivas tamb m declina com a idade O processamento preditivo pressup e uma organiza o hier rquica do sistema cognitivo onde na base se encontram os Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 15 sistemas percetivos e no topo os sistemas cognitivos mais complexos As informa es podem fluir da base do sistema para o topo processamento ascendente ou bottom up ou do topo do sistema para a base processamento descendente ou top down O processamento do tipo top down permite utilizar todas as fontes de informa o ao longo do processo de reconhecimento de palavras servindo o contexto para preparar ativamente o processamento de est mulos de ocorr ncia subsequente mais prov vel antecipando as suas caracter sticas modelo preditivo do processamento do significado fr sico Este modelo do processamento do significado fr sico caracter stico nos adultos jovens Federmeier 2007 Ao contr rio dos adultos jovens os adultos idosos tendem a utilizar um processamento do tipo bottom up nos est dios iniciais do processo de reconhecimento de palavras modelo integrativo do processamento do significado fr sico O modelo integrativo do processamento do sentido fr sico apre
38. um pronome expl cito numa posi o em que seria mais habitual fazer ocorrer o pronome nulo A utiliza o da via sint tica pelos adultos idosos impede que no n vel discursivo seja criada a representa o de uma entidade ligada express o pronominal processada no n vel sint tico Na aus ncia de liga o entre a express o pronominal e uma entidade especificamente introduzida por essa express o n o poder ter lugar qualquer passo inferencial que atribua entidade em causa propriedades particulares com base em caracter sticas da express o pronominal Assim torna se imposs vel para o sistema recetor dos adultos idosos produzir e integrar infer ncias com origem na forma pronominal selecionada pelo falante pronome expl cito em detrimento do nulo e ter como ponto de chegada a representa o do agente introduzido pelo pronome no modelo da situa o descrita pela frase e g ela a fot grafa e n o o rep rter inferancialcedeu o jipe ao rapaz Tendo em conta os resultados das investiga es supracitadas e as diferen as entre as frases das duas condi es instanciadas neste estudo frases na condi o a ou condi o c comando e frases na condi o b ou condi o recesso poderemos prever teoricamente as sequ ncias de processamento que ocorrem durante a resolu o pronominal para as frases de cada uma das condi es nos adultos jovens e nos adultos idosos saud veis Em frases a os adultos jovens iniciam com o
39. vel um efeito N400 com a sua lat ncia caracter stica interpretado como assinatura da dificuldade acrescida no processamento da condi o recesso relativamente condi o c comando no grupo de adultos idosos O efeito n o se encontrava presente no grupo de adultos jovens estudado em Leit o et al 2009 que parecem assim processar inicialmente de forma id ntica as duas condi es mobilizando a via discursiva O processamento das duas condi es neste grupo et rio divergia tardiamente tomando como refer ncia o efeito N400 observado nos adultos idosos constituindo o que pode agora ser visto sem ambiguidade como uma positividade tardia associada condi o c comando No grupo de adultos idosos saud veis n o seria identificada a presen a da informa o pragm tica veiculada pela infra o de uma conven o conversacional J no grupo de adultos jovens a dete o desta infra o determina na condi o em que poss vel a op o entre a via sint tica e a via discursiva condi o c comando o abandono da via sint tica e a op o pela via discursiva de forma a permitir a atribui o de significado Gon alves 2010 e Teixeira 2011 compararam tamb m atrav s da an lise de PECs o processo de resolu o pronominal utilizando os mesmos est mulos lingu sticos que os estudos anteriormente referidos em adultos Jovens e adultos idosos saud veis constituindo desta vez amostras pass veis de integrarem um
40. 0 0 para Windows Os dados extra dos relativamente aos acertos e tempos de lat ncia de cada participante foram previamente tratados antes de serem exportados para o SPSS Este tratamento consistiu na elimina o de valores correspondentes a respostas que demoraram mais de 15 segundos ou menos de 0 5 segundos a serem efetuadas Os valores utilizados para an lise comp em se pela m dia dos acertos e pela m dia dos tempos de lat ncia para cada participante n o tendo em conta os valores previamente eliminados nas diferentes condi es que s o avaliadas no presente estudo condi o a seguida de uma pergunta do tipo I condi o a seguida de uma pergunta do tipo II condi o b seguida de uma pergunta do tipo I e condi o b seguida de uma pergunta do tipo II IV Resultados Nesta sec o apresentamos os resultados da an lise de dados a que procedemos Come amos por uma descri o da amostra a n vel de caracter sticas sociodemogr ficas subsec o 1 De seguida expomos os resultados obtidos numa an lise complementar ao presente estudo relativa ao padr o de escolha entre a utiliza o do pronome nulo ou do pronome expl cito no processo de produ o de frases subsec o 2 Esta an lise complementar permitiu verificar empiricamente que realmente os falantes de Portugu s Europeu preferem utilizar o pronome nulo para mobilizar um antecedente em posi o de c comando Prosseguiremos com uma exposi o de re
41. 58 460 DP 1681 968 comando A 1744 96 7821 22 A 2384 53 11135 00 A 1744 96 11135 00 M 5773 114 M 4647 645 Condi o PE he DP 2169 990 DP 2072 990 recesso 4 5444 4g 7953 63 2039 60 12861 40 A 2144 48 12861 40 M 3407 621 M 5391 483 M 4399 552 Total DP 1194 867 DP 1957 311 DP 1898 215 A 1744 96 7821 22 A 2384 53 12861 40 A 1744 96 12861 40 Quadro 10 ANOVA relativa aos tempos de lat ncia nas perguntas do tipo II Fonte de Varia o Soma dos gl M dia F Eta Quadrado Quadrados Quadr tica Parcial Interparticipantes Grupo Et rio GE 161 364 156 933 1 161 364 156 933 34 185 299 Erro 377 629 815 785 80 4720 372 697 Intraparticipantes Posi o Sint tica do Antecedente 10 094 226 380 1 10 094 226 38 22 869 PSA 2924 509 976 1 2924509976 6 625 076 PSA x GE Erro 35312223 51 80 441402794 p lt 0 01 p lt 0 05 Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 35 Registam se efeitos principais significativos para a vari vel Grupo Et rio F 1 80 34 185 p lt 0 01 e para a vari vel Posi o Sint tica do Antecedente F 1 80 22 869 p lt 0 01 Relativamente vari vel Grupo Et rio constata se que o grupo de adultos idosos apresenta uma m dia de tempos de lat ncia M 5391 483 DP 1658 460 sup
42. 9 Leit o et al 2010 Teixeira 2011 As hip teses iniciais baseadas nas interpreta es dos dados das investiga es referidas n o foram integralmente corroboradas sendo que a an lise de novos dados dados n o eletroencefalogr ficos alerta para a maior complexidade da sequ ncia de processamento que realizada na resolu o pronominal das frases nas situa es a e b Uma das quest es levantadas pelo estudo foi o efeito de sali ncia contrastiva do antecedente em posi o de c comando relativamente ao SN em posi o recesso e g a fot grafa mas n o o rep rter ia ceder o jipe que ocorreria em frases na condi o a quando inferida por adultos jovens a informa o Considerando o exemplo de uma frase na condi o b A amiga do astr logo gostou da previs o com que ele tinha tentado dar lhe nimo seguida de uma pergunta do tipo I Quem tinha uma amiga e as op es de resposta Um Homem Uma Mulher os adultos jovens na resposta pergunta teriam como sequ ncia de processamento Quem tinha uma amiga o astr logo homem os adultos idosos teriam como sequ ncia de processamento Quem tinha uma amiga Quem tinha tentado dar nimo amiga o astr logo homem Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 46 extralingu
43. 928 DP 1717 280 A 2706 20 10502 21 M 4601 224 DP 1582 423 A 1891 00 10502 21 A 1562 10 8184 37 M 4097 014 DP 1723 465 A 1825 05 10502 21 M 3767 922 DP 1584 505 A 1562 10 10502 21 17 Foi realizada uma an lise da diferen a de anos de escolaridade entre adultos jovens e adultos idosos saud veis de forma a perceber a necessidade de utiliza o n o utiliza o dos anos de escolaridade como covari vel nas an lises de vari ncia N o consider mos necess rio a inclus o dos anos de escolaridade como covari vel nas an lises de vari ncia Esta an lise encontra se nos Anexos cf Anexo 5 Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 31 Quadro 6 ANOVA relativa aos tempos de lat ncia nas perguntas do tipo Fonte de Varia o Soma dos gl M dia F Eta Quadrado Quadrados Quadratica Parcial Interparticipantes Grupo Etario GE 113 880 294 607 1 113 880 294 607 37 642 320 Erro 242 029 693 715 80 3 025 371 171 Intraparticipantes Posi o Sint tica do Antecedente 17 761 480 936 1 17 761 480 936 42 724 348 PSA 2 307 256 281 1 2 307 256 281 550 PSA x GE 5 550 650 Erro 33358442 838 80 415 730 535 p lt 0 01 p lt 0 05 Registam se efeitos principais significativos para a vari vel Grupo Et rio F 1 80
44. AL E hogs PORT 14 Total M 46 07 DP 1 738 A 42 48 Anexo 4 Possibilidades de Avalia o do Completamento de Frases tarefa de produ o de frases apresentada na sec o IV Resultados subsec o 2 Encontram se enumeradas as possibilidades de avalia o de 1 a 12 juntamente com um exemplo de uma frase o que se encontra a sublinhado corresponde parte da frase que foi completada 1 Antecedente em posi o c comando Pronome Nulo A catequista do mission rio fugiu do combatente de quem tinha medo Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 56 2 Antecedente em posi o c comando Pronome Expl cito A catequista do mission rio fugiu do combatente de quem ela tinha medo 3 Antecedente em posi o c comando Nominal Repetido A catequista do mission rio fugiu do combatente de quem a catequista tinha medo 4 Antecedente em recesso genitivo Pronome Expl cito A catequista do mission rio fugiu do combatente de quem ele tinha medo 5 Antecedente em recesso genitivo Nominal Repetido A catequista do mission rio fugiu do combatente de quem o mission rio tinha medo 6 Primeiro nominal da primeira ora o Pronome Expl cito A ing nua e o brincalh o fugiram da aranha com que ela se assustou 7 Primeiro nominal da prime
45. Academic Publishers Friedman N Miyake A 2004 The relations among inhibition and interference control functions A latent variable analysis Journal of Experimental Psychology General 133 1 101 135 doi 10 1037 0096 3445 133 1 101 Gon alves M 2010 Localiza es cerebrais envolvidas no processamento de pronomes em adultos jovens e idosos um estudo com tomografia electromagn tica cerebral de baixa resolu o sLORETA Disserta o de mestrado integrado Faculdade de Psicologia e Ci ncias da Educa o da Universidade de Coimbra Coimbra Portugal Grice H P 1989 Logic and conversation In H P Grice Eds Studies in the way of words pp 22 40 Cambridge MA Harvard University Press Grupo de Estudo de Envelhecimento Cerebral e Dem ncias 2008 Escalas e testes na dem ncia Lisboa Novartis Guerreiro M Silva A P Botelho M A Leit o O amp Garcia C 1994 Adapta o popula o portuguesa da tradu o do Mini mental state examination MMSE Revista Portuguesa de Neurologia 1 9 10 Hasher L amp Zacks R T 1988 Working memory comprehension and aging A review and a new view In G H Bower Ed The psychology of learning and motivation Vol 22 pp 193 225 San Diego CA Academic Press Hildebrandt B Moratz R Rickheit G Sagerer G 1999 Cognitive modelling of vision and speech understanding In G Rickheit C Habel Eds Mental models in discours
46. M 22 000 M 18 244 M 20 122 comando DP 1 628 DP 3 367 DP 3 237 A 16 24 A 10 24 A 10 24 M 14 268 M 17 012 Condi o Mate ee DP 5 055 DP 5 184 recesso RARA A 2 23 A 2 24 A 6 24 E E Total M 20 878 M 16 256 M 18 567 osa DP 3 036 DP 4 714 DP 4 582 A 6 24 A 2 24 A 2 24 Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 36 Quadro 12 ANOVA relativa aos acertos as perguntas do tipo II Fonte de Varia o Soma dos gl M dia F Eta Quadrado Quadrados Quadr tica Parcial Interparticipantes Grupo Et rio GE 8383 374 1 8383 374 54 316 404 Erro 12347 504 80 154 344 Intraparticipantes Posi o Sint tica do Antecedente PSA 3 671 777 1 3671 777 46 011 363 PSA x GE 85 642 1 85 642 1 073 013 Erro 6384 123 80 79 802 p lt 0 01 p lt 0 05 Registam se efeitos principais significativos para a vari vel Grupo Etario F 1 80 54 316 p lt 0 01 e para a vari vel Posi o Sint tica do Antecedente F 1 80 46 011 p lt 0 01 Relativamente vari vel Grupo Et rio constata se que o grupo de adultos jovens apresenta uma m dia de acertos M 20 878 DP 3 036 superior m dia dos adultos idosos M 16 256 DP 4 714 A an lise da vari vel Posi o Sint tica do Antecedente revela uma m dia de acertos na condi o c comando M 20 122 DP
47. N LLI O a LL ED Universidade de Coimbra Faculdade de Psicologia e de Ci ncias da Educa o Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com Disserta o de Mestrado Integrado em Psicologia rea de especializa o em Psicologia Cl nica e da Sa de sub rea de especializa o em Psicogerontologia Cl nica sob a orienta o do Professor Doutor Jos Augusto Sim es Gon alves Leit o Informa o Pragmatica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Resumo Este estudo tem como objetivo analisar as diferen as de desempenho entre adultos jovens e adultos idosos saud veis em duas situa es que se diferenciam a n vel sint tico e a n vel pragm tico Para este efeito foi comparado um grupo de 41 adultos jovens com um grupo de 41 adultos idosos saud veis numa tarefa que implica a resolu o pronominal intra fr sica nas seguintes condi es 1 pronome resol vel quer por via sint tica quer por via discursiva numa frase que comporta uma viola o de uma conven o conversacional pass vel de induzir infer ncias pragm ticas e 2 pronome resol vel apenas por via discursiva numa frase onde n o ocorre viola o de qualquer conven o conversacional Os resultados obtidos n o corroboram a hip tese
48. New Jersey Prentice Hall Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 Anexos Anexo 1 rvores Sint ticas frases representadas em a e b na subsec o 2 2 1 sec o l a A fot grafaJFEM d o rep rterJMAS FEM confiou no rapaz a quem ela FEM ia ceder o jipe fot grafa P confiou LLAN de ART N NP VP A quem PRS V VP LAAN ela ia V NP AN ceder ART N o jipe b A amiga FEM d o astr logo MAS FEM gostou da previs o com que ele MAS tinha tentado dar lhe nimo astr logo NP dar CL nimo dhe 52 Tendo em conta o exemplo da frase a podemos verificar que o antecedente do pronome domina sintaticamente o pronome atrav s de uma rela o estrutural de c comando um n A e g o NP a fot grafa do rep rter c comanda um n B e g o NP o rapaz se a partir de um n de que A constituinte imediato e g S se constitui um percurso que termina no n B ao longo do qual todos os n s ocorrentes s o constituintes do n anterior Reinhart 1983 Na frase representada em b o antecedente encontra se encaixado num recesso genitivo sendo constituinte imediato do n PP sintagma preposicional a partir do qual n o poss vel atingir o pronome atrav s de um percurso com as caracter sticas
49. Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 17 da infer ncia relativa inten o de significado que motivou a utiliza o do pronome expl cito numa posi o em que seria mais habitual fazer ocorrer o pronome nulo e g ela a fot grafa e n o o rep rter jnferancialcedeu o jipe ao rapaz Os adultos idosos com o decl nio do processamento preditivo tendem a utilizar um modelo integrativo do tipo bottom up do processamento do sentido fr sico o que lhes dificulta a acomoda o de palavras ou conceitos previs veis e lhes provoca um decl nio da utiliza o das estrat gias preditivas Federmeier 2007 Sendo que o sujeito apenas consegue detetar uma infra o pragm tica se conseguir prever a express o que seria usada pelo emissor em circunst ncias em que essa infra o n o cometida podemos concluir que os adultos idosos apresentam dificuldade acrescida na dete o de informa o pragm tica deste tipo Desta forma o sistema envelhecido n o constata que exista uma possibilidade de enriquecimento de sentido fr sico a preservar e opta pela via de resolu o computacionalmente mais econ mica uma vez que n o deteta nas frases acess veis a resolu o por via sint tica em que ocorre uma viola o da m xima do modo de Grice a inten o de significado que motivou a utiliza o de
50. a o do g nero biol gico do antecedente 3 1 2 Na subsec o 3 2 s o apresentados os resultados da ANOVA relativa aos tempos de lat ncia na identifica o do antecedente 3 2 1 e da ANOVA relativa aos acertos na discrimina o do Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 30 antecedente 3 2 2 3 1 Perguntas de Acesso P s Interpretativo Informa o de G nero Biol gico do Antecedente do Pronome Perguntas do Tipo 3 1 1 Tempos de Lat ncia No Quadro 5 apresentamos as estat sticas descritivas para o cruzamento das vari veis Posi o Sint tica do Antecedente c comando recesso e Grupo Et rio adultos jovens adultos idosos relativas aos tempos de lat ncia na identifica o do g nero biol gico do antecedente perguntas do tipo D O Quadro 6 sumariza a ANOVA relativa aos tempos de lat ncia nas perguntas do tipo I Quadro 5 Estat sticas descritivas correspondentes aos tempos de lat ncia obtidos nas respostas s perguntas do tipo I valores expressos em milissegundos Adultos Jovens Adultos Idosos Total M 2724 139 M 4153 520 M 3438 830 c comando DP 1007 018 DP 1307 967 DP 1364 808 A 1562 10 6494 35 M 3145 101 DP 1099 222 A 1825 05 6016 38 M 2934 620 DP 1068 793 A 1562 10 6494 35 A 1891 00 8184 37 M 5048
51. ado no interior de um dos constituintes da frase A t tulo de exemplo consideremos as frases representadas em a e bj a A fot grafaJFEM d o rep rterJMAS FEM confiou no rapaz a quem ela FEM ia ceder 0 jipe b A amiga FEM d o astr logo MASJFEM gostou da previs o com que ele MAS tinha tentado dar lhe nimo Na frase representada em a o antecedente do pronome domina sintaticamente o pronome atrav s de uma rela o estrutural de c comando Na frase representada em b o antecedente encontra se encaixado num 5 J Pros Consultar Anexo 1 onde se encontram as rvores sint ticas das frases representadas em a e b Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 13 recesso genitivo a partir do qual n o poss vel atingir o pronome atrav s de um percurso com as caracter sticas que tipificam a rela o de c comando Os diferentes contextos de ocorr ncia do pronome apresentados pelas diferentes estruturas fr sicas de a e b implicam diferentes exig ncias de processamento Em condi es de c comando como em a o pronome pode ser processado como uma vari vel assumindo o valor do antecedente logo no n vel sint tico de representa o antes da forma o de representa es do n vel discursivo Koornneef et al 2006 Em b n o poss vel a resolu
52. adro 6 ANOVA relativa aos tempos de lat ncia nas perguntas do tipo Quadro 7 Estat sticas descritivas correspondentes aos acertos s respostas nas perguntas do tipo 1 serrana 32 Quadro 8 ANOVA relativa aos acertos s perguntas do tipo I 33 Quadro 9 Estat sticas descritivas correspondentes aos tempos de lat ncia obtidos nas respostas s perguntas do tipo Il valores expressos em MIlISSCQUNCOS ssa ssa o poetas DAS a E ra aaa 34 Quadro 10 ANOVA relativa aos tempos de lat ncia nas perguntas do tipo Quadro 11 Estat sticas descritivas correspondentes aos acertos s respostas nas perguntas do tipo Il eee 35 Quadro 12 ANOVA relativa aos acertos s perguntas do tipo Quadro 13 Correla es entre tempos de lat ncia e EVO IALO I sn state ai E a S a E ara E a IR nacre stg 38 Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 Introdu o No presente trabalho pretendemos verificar quais s o as diferen as entre adultos jovens e adultos idosos saud veis relativamente utiliza o de informa o pragm tica e informa o sint tica no processo de resolu o pronominal Mais especificamente analisaremos as modifica es trazidas pelo envelhecimento saud vel na resolu o de pronomes em duas situa es diferentes de processamento uma em que a forma pro
53. al estruturado Nestas provas os sujeitos s o confrontados com a evoca o imediata evoca o diferida e reconhecimento de duas hist rias diferentes ap s leitura de cada uma das hist rias pelo examinador Na prova Mem ria L gica I s o lidas pelo examinador duas hist rias diferentes e imediatamente ap s a leitura de cada Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 54 uma das hist rias pedido ao sujeito que as reproduza Na prova Mem ria L gica II que se deve administrar 25 a 30 minutos ap s a prova Mem ria L gica I existe uma tarefa de evoca o e outra de reconhecimento Na tarefa de evoca o pedido ao sujeito que reproduza novamente as hist rias lidas durante a prova Mem ria L gica I e na tarefa de reconhecimento pedido ao sujeito que responda a perguntas do tipo Sim N o acerca das referidas hist rias As pontua es baixas nestas provas podem sugerir d fice ou debilidade na aprendizagem ou mem ria do material conceptual apresentado PAL PORT 14 Compreens o de Frases Caplan amp Bub 1990 vers o experimental portuguesa de Festas et al 2006 A Compreens o de Frases uma tarefa constituinte da PAL PORT PAL PORT 14 A PAL PORT uma adapta o para falantes de Portugu s Europeu da PAL uma bateria destinada a falantes de Ingl s Americano PAL
54. amento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 23 na quest o nas perguntas de tipo I da condi o b Criou se tamb m um bloco de 6 frases de treino A sequ ncia de frases na presente tarefa foi aleat ria com algumas restri es aleatoriza o completa nomeadamente frases contendo o mesmo verbo principal e frases da mesma condi o experimental nunca eram apresentadas em sequ ncia imediata A Tarefa de Compreens o de Frases considerada no presente estudo assim composta por 210 frases Apresentamos de seguida exemplos de frases desta tarefa e respetivas perguntas em cada uma das condi es consideradas a seguido de uma pergunta de tipo I 1 a seguido de um pergunta do tipo II 2 b seguido de uma pergunta do tipo I 3 e b seguido de uma pergunta do tipo II 4 1 Frase na condi o a seguida de uma pergunta do tipo I Frase O fornecedor d a vendedora j k pensou n a caloteira l a quem ELE k tinha feito v rias amea as Pergunta Quem pensou na caloteira Um Homem Uma Mulher 2 Frase na condi o a seguida de uma pergunta do tipo II Frase A fot grafa d o reporter j k confiou n o rapaz l a quem ELA k ia ceder o jipe Pergunta Quem ia ceder o jipe A Fot grafa O Rep rter 3 Frase na condi o b seguida de uma pergunta do tipo I Frase A amiga d o astrologo j k gostou d a previs o l com que ELE j tinha tentado dar lhe nimo Pergunta
55. an foras com o intuito de testar a prefer ncia pelo pronome nulo quando se pretende mobilizar um antecedente em c comando De forma a testar a prefer ncia pelo pronome nulo ao n vel do n mero de falantes recorremos utiliza o do teste binomial com o objetivo de determinar se cada participante escolhe o pronome nulo para mobilizar um antecedente em posi o de c comando com uma frequ ncia superior quela expect vel se escolhesse ao acaso entre as op es gramaticalmente vi veis pronome nulo pronome expl cito e sintagma nominal repetido De seguida de acordo com os valores obtidos no teste binomial codificamos cada um dos participantes em sujeito que manifesta prefer ncia pelo pronome nulo ou sujeito que n o manifesta prefer ncia pelo pronome nulo O Quadro 2 apresenta os valores obtidos de uma an lise de ajustamento do qui quadrado que compara as frequ ncias da prefer ncia ou n o prefer ncia pelo pronome nulo 15 Apresentamos um exemplo de cada uma das possibilidades de avalia o do completamento de frases referida nos Anexos cf Anexo 4 Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 28 Quadro 2 Distribui o da prefer ncia pela utiliza o do pronome nulo para mobilizar um antecedente em c comando ao n vel do n mero de falantes Valores Observados
56. ases amb guas em que a interpreta o da frase caso o pronome seja resolvido no n vel sint tico seja diferente da interpreta o da frase caso o pronome seja resolvido no n vel discursivo uma estrat gia que poderia ser adotada para a diferencia o entre a resolu o pronominal sint tica e discursiva Para investiga es futuras parece nos pertinente realizar um estudo em que fossem analisados v rios dom nios cognitivos tal como a mem ria de trabalho a velocidade de processamento a efici ncia da inibi o e o processamento de modelos de situa o e o desempenho na tarefa de compreens o de frases que apresent mos de forma a verificar empiricamente que dom nios cognitivos influenciam realmente a resolu o pronominal intra fr sica tal como apresentada neste estudo Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 47 Bibliografia Almor A 1999 Noun Phrase anaphora and focus The informational load hypothesis Psychological Review 106 4 748 765 doi 10 1037 0033 295X 106 4 748 Arnold J E Eisenband J G Brown Schmidt S amp Trueswell J C 2000 The rapid use of gender information Evidence of the time course of pronoun resolution from eyetracking Cognition 76 B13 B26 Baddeley A D 1986 Working memory New York Oxford University Press Borella
57. c ncia Nos adultos idosos encontramos uma invers o do padr o de Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 44 correla es significativas identificado no grupo de adultos jovens as lat ncias das respostas s perguntas do tipo I n o mant m correla es significativas com os acertos em qualquer tipo de perguntas contudo as lat ncias das respostas s perguntas do tipo II correlacionam se significativamente com os acertos nos dois tipos de perguntas Cremos que esta invers o decorre de dois fen menos associados ao envelhecimento cognitivo abundantemente descritos na literatura a j mencionada diminui o da efici ncia do processamento inibit rio Friedman amp Miyake 2004 Hasher amp Zacks 1988 Zacks amp Hasher 1994 e a menor capacidade de recupera o de detalhes literais de um texto verbatim eventualmente compensada por recurso a n veis de representa o mais gen ricos gist como os modelos de situa o Radvansky amp Dijkstra 2007 Com base na literatura relativa aos efeitos do envelhecimento sobre o processamento inibit rio supomos que nos idosos um dos principais motivos para erros nas perguntas do tipo II na condi o recesso sele o da palavra que designa corretamente o antecedente do pronome sondada com perguntas relativas ao evento de que essa ent
58. cedente em posi o c comando utilizando a via sint tica ent o 2 detetada a viola o da m xima do modo de Grice o que provoca o 3 bloqueio da via sint tica de processamento 4 criada uma representa o discursiva para o pronome e o 5 teste de concord ncia de g nero do pronome e do antecedente em posi o c comando reiterado considerando desta vez o g nero sem ntico operando sobre representa es discursivas o teste verifica a identidade entre a informa o do g nero biol gico na representa o ligada ao pronome e aquela ligada ao seu potencial antecedente e a concord ncia do g nero destes permite o 6 completamento da resolu o discursiva do pronome e induz a 7 computa o e integra o da informa o veiculada pela implicatura pragm tica Considerando uma frase na condi o b o grupo et rio dos adultos jovens inicia a sequ ncia de processamentos novamente com o 1 teste de concord ncia gramatical de g nero do pronome e do antecedente em posi o Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 41 c comando no n vel sint tico de representa o O 2 teste de concord ncia gramatical de g nero fracassa o que induz a 3 inibi o do antecedente em posi o de c comando 4 criada uma representa o discursiva para o pronome e ent o r
59. cessing pp 1 28 Cambridge Cambridge University Press Radvansky G A 1999 Aging memory and comprehension Current Directions in Psychological Science 8 2 49 53 Radvansky G A amp Dijkstra K 2007 Aging and situation model processing Psychonomic Bulletin amp Review 14 6 1027 1042 Reinhart T 1983 Anaphora and semantic interpretation Chicago University of Chicago Press Salthouse T A 1994 Aging associations Influence of speed on adult age differences in associative learning Journal of Experimental Psychology Learning Memory amp Cognition 20 6 1486 1503 Sim es M R Sousa L Duarte P Firmino H Pinho M S Gaspar N Fran a S 2010 Avalia o cognitiva de addenbrooke vers o revista ACE R Manual t cnico de administra o e cota o Faculdade de Psicologia e Ci ncias da Educa o Universidade de Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 50 Coimbra Strauss E Sherman E M S amp Spreen O 2006 A compendium of neuropsychological tests administration norms and commentary 3 ed New York Oxford University Press Teixeira M 2011 Resolu o de pronomes em jovens e idosos saud veis Um estudo com potenciais evocados cognitivos Disserta o de mestrado integrado Faculdade de Psicologia e
60. cursivo do SN precis o e tempo de lat ncia das respostas s perguntas de interpreta o de tipo I traduzem uma facilita o na condi o b relativamente condi o a Espera se assim obter um n mero de acertos maior e tempos de lat ncia menores em frases da condi o b relativamente s frases da condi o a para o grupo de adultos idosos saud veis III Metodologia Nesta sec o pretendemos caracterizar a amostra adultos jovens e adultos idosos saud veis e os materiais utilizados no estudo tarefa de compreens o de frases que integra os est mulos lingu sticos utilizados no presente estudo subsec es 1 e 2 respetivamente Consideraremos tamb m os procedimentos que adot mos na aplica o da tarefa de compreens o de frases subsec o 3 bem como o tratamento dos dados recolhidos para an lise estat stica subsec o 4 1 Amostra A amostra da presente investiga o constitu da por um grupo de 41 adultos jovens e por outro grupo de 41 adultos idosos saud veis perfazendo o total de 82 sujeitos O recrutamento da amostra decorreu no per odo compreendido entre janeiro de 2009 e outubro de 2011 O grupo de 41 adultos jovens constitu do por 27 sujeitos do sexo feminino e 14 sujeitos do sexo masculino A idade deste grupo de sujeitos varia entre os 17 e os 29 anos e os anos de escolaridade entre os 12 e os 16 anos Todos os adultos jovens considerados s o alunos da Universidade d
61. dem mesma sequ ncia de processamentos que os adultos jovens iniciam com o 1 teste de concord ncia gramatical de g nero do pronome e do antecedente em posi o c comando no n vel de representa o sint tico o 2 teste de concord ncia gramatical de g nero fracassa o que induz a 3 inibi o do antecedente em posi o c comando segue se a 4 cria o de uma representa o discursiva para o pronome e a realiza o do 5 teste de concord ncia de g nero sem ntico para as representa es do pronome e do antecedente em recesso genitivo j veiculada informa o acerca do g nero biol gico do pronome completando se a 6 resolu o discursiva do pronome ap s a verifica o bem sucedida desta concord ncia de g nero A menor efici ncia dos processos inibit rios nos adultos idosos Friedman amp Miyake 2004 Hasher amp Zacks 1988 Zacks amp Hasher 1994 propicia na condi o b que a informa o relativa ao g nero gramatical do antecedente rejeitado em posi o de c comando 2 se propague para o sistema sem ntico e interfira no processo de recupera o da informa o de g nero biol gico do antecedente efetivamente selecionado Esta situa o conduziria a um alongamento dos tempos de lat ncia e a uma menor taxa de acertos para a condi o b Como o padr o de efeitos identificados pelas ANOVAs dos dados associados s perguntas de tipo I sugere a atua o de processos distintos 2 A
62. dente e o SN na posi o recesso relativamente ao antecedente e g a fot grafa mas n o o rep rter ia ceder o jipe Obtiveram se resultados significativos para a exist ncia de um maior n mero de acertos na condi o a relativamente condi o b no total dos sujeitos da amostra adultos jovens e adultos idosos saud veis Na aus ncia de intera o entre as vari veis PSA e GE podemos assim afirmar que nos adultos jovens o n mero de acertos na condi o a significativamente superior ao n mero de acertos na condi o b o que confirmado pelo teste do contraste acertos c comando versus acertos recesso considerando apenas o grupo de adultos jovens F 1 80 16 515 p lt 0 01 Relativamente aos tempos de lat ncia n o se obtiveram diferen as significativas entra as condi es a e b No grupo de adultos idosos prev se que a menor efici ncia dos processos inibit rios Friedman amp Miyake 2004 Hasher amp Zacks 1988 Zacks amp Hasher 1994 propicie na condi o b que a representa o do antecedente rejeitado na posi o c comando compita com a representa o do antecedente efetivamente selecionado na posi o recesso alongando os tempos de lat ncia e diminuindo o n mero de acertos Obtiveram se resultados significativos para a exist ncia de um maior n mero de acertos na condi o a relativamente condi o b no total dos sujeitos da amostra adultos jovens e adultos id
63. e Coimbra sendo que 32 s o alunos da Faculdade de Psicologia e Ci ncias da Educa o FPCE UC e alunos do 2 ano do Mestrado Integrado em 10 2 e a go Se Foram tamb m utilizados instrumentos de avalia o neuropsicol gica cujos resultados determinaram a inclus o ou a exclus o dos participantes adultos idosos saud veis na amostra Uma vez que os resultados nestes instrumentos n o s o vari veis do presente estudo apresentamos a caracteriza o dos referidos instrumentos nos Anexos cf Anexo 2 Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 21 Psicologia Os 9 sujeitos recrutados fora da FPCE UC s o todos do sexo masculino e permitiram aumentar o nimero de homens no grupo de adultos jovens A participa o dos sujeitos recrutados na FPCE UC foi compensada com uma bonifica o na classifica o de uma unidade curricular Os participantes adultos jovens tinham como crit rios de inclus o serem destros e possu rem vis o normal ou corrigida para normal Como crit rios de exclus o foram considerados a poss vel presen a de patologias neurol gicas ou psiqui tricas O cumprimento destes crit rios foi avaliado de forma informal previamente tarefa experimental de compreens o de frases O grupo de 41 adultos idosos saud veis constitu do por 22 sujeitos do sexo f
64. e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 11 depend ncia com a solteirona sendo que ela e solteirona se referem mesma entidade Ela constitui um elemento com significado incompleto e na rela o de depend ncia referencial a an fora especificamente um pronome Por outro lado a solteirona representa o antecedente cujo conte do referencial ligado an fora pronome completando o seu significado As an foras e portanto tamb m os pronomes estabelecem com o antecedente uma rela o de correfer ncia uma vez que se referem mesma entidade do universo discursivo Mitkov 2002 A rela o de correfer ncia um mecanismo indispens vel no estabelecimento de coes o discursiva atrav s do qual falantes e ouvintes cooperam no sentido de assegurar a coes o e a coer ncia entre o que est a ser enunciado e aquilo que j o foi Habitualmente a sele o da express o anaf rica feita pelo emissor para estabelecer correfer ncia com determinado antecedente ajuda o recetor na sele o do antecedente em causa de entre os candidatos dispon veis Almor 1999 Existem diversas express es anaf ricas nomeadamente pronomes pessoais pronomes demonstrativos pronomes reflexos sintagmas nominais definidos ou sintagmas nominais repetidos Em certos contextos gramaticais de l ng
65. e permite a distin o entre processamento sint tico e processamento discursivo Expomos tamb m o modelo de Grice um modelo til para compreender o processamento de informa o extralingu stica Abordamos por outro lado o conceito de an fora e o processamento anaf rico diferenciando e desenvolvendo as duas condi es de resolu o envolvidas no estudo resolu o pronominal quando o antecedente domina o pronome atrav s da rela o estrutural c comando e resolu o pronominal quando o antecedente se encontra encaixado num recesso genitivo Por ltimo abordando o tema da influ ncia do envelhecimento saud vel no processamento lingu stico e extralingu stico desenvolvemos o contributo de investiga es anteriores acerca da resolu o pronominal no envelhecimento saud vel integrando este trabalho no conhecimento cient fico atual do tema Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 1 Processamento da Linguagem A compreens o e a produ o da linguagem assentam no processamento de informa o intrinsecamente lingu stica e de informa o extralingu stica informa o fornecida pelo contexto em que ocorre a comunica o lingu stica Para que o objeto de estudo desta disserta o seja integralmente compreendido enunciamos uma abordagem geral do processamento lingu stico Des
66. e processing and reasoning Amsterdam North Holland Hopkins W G 2000 A new view of statistics Internet society for sport science Retrieved from http www sportsci org resource stats Koornneef A W 2008 Eye catching anaphora Disserta o de doutoramento Instituto de Lingu stica de Utrecht Utrecht Holanda Koornneef A W 2010 Looking at anaphora The psychological reality of the primitives of binding model In M Everaert T Lentz H de Mulder O Nilsen amp A Zondervan Eds The linguistics enterprise from knowledge of language to knowledge in linguistics pp 141 166 Amsterdam John Benjamins Koornneef A W Wijnen F amp Reuland E 2006 Towards a modular approach to anaphor resolution In R Artstein amp M Poesio Eds Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 49 Ambiguity in anaphora workshop proceedings pp 65 72 Malaga ESSLLI Kotz S A Friederici A D 2003 Electrophysiology of normal and pathological language processing Journal of Neurolinguistics 16 43 58 Leit o J Branco A Firmino H Gouveia J P Fran a S Pires L Leit o T 2010 April Pronoun resolution in young and older adults A study with event related brain potentials Poster apresentado no VIII Simp sio da Bial Aqu m e Al m do C rebro
67. ealizado um 5 teste de concord ncia de g nero sem ntico para as representa es do pronome e do antecedente em recesso genitivo j veiculada informa o acerca do g nero biol gico do pronome A 6 resolu o discursiva do pronome fica completa ap s a verifica o bem sucedida desta concord ncia de g nero A dete o da viola o da m xima do modo atrav s da utiliza o de um pronome expl cito numa posi o em que seria mais habitual fazer ocorrer o pronome nulo na fase de processamento pragm tico na condi o a conduz a um efeito de sali ncia contrastiva e g a fot grafa mas n o o rep rter ia ceder o jipe O efeito de sali ncia contrastiva facilita a inspe o da representa o discursiva do antecedente em posi o de c comando tornando mais r pida a identifica o de atributos sem nticos designadamente o g nero biol gico Este efeito n o serve especificamente o objetivo de destacar a informa o de g nero biol gico pelo que se compreende que n o se fa a sentir relativamente precis o de respostas acertos mas apenas relativamente aos tempos de lat ncia Os adultos idosos perante frases na condi o a ap s o 1 teste bem sucedido de concord ncia gramatical de g nero do pronome e do antecedente c comando no n vel sint tico de representa o 2 resolvem o pronome utilizando a via de processamento sint tica Perante frases na condi o b os adultos idosos proce
68. elementos de informa o que determinam a sele o do antecedente anaf rico a concord ncia de g nero de forma a permitir a sele o n o amb gua de um antecedente a concord ncia de g nero uma pista morfossint tica que ajuda a resolu o da an fora e permite excluir candidatos n o admiss veis por n o satisfazerem as condi es necess rias restringindo o conjunto de antecedentes admiss veis Arnold Eisenband Brown Schmidt amp Trueswell Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 12 2000 A forma como os diferentes tipos de informa o interv m no processo de resolu o anaf rica permite categoriz los em dois grandes grupos as restri es e as prefer ncias As restri es s o condi es obrigat rias impostas na rela o entre an fora e antecedente O fator da concord ncia de g nero pertence categoria das restri es restri es de g nero de que tamb m fazem parte as restri es de n mero e as restri es sint ticas Mitkov 2002 Tal como o pr prio nome indica as restri es de g nero imp em que a an fora e o antecedente partilhem o mesmo g nero gramatical As restri es sint ticas s o descritas pela Teoria de Liga o Binding Theory que pretende capturar as rela es sistem ticas que existem numa dada l ngua entre os diferentes
69. eminino e 19 sujeitos do sexo masculino A idade deste grupo varia entre os 60 e os 78 anos e os anos de escolaridade entre os 6 e os 24 anos Os sujeitos deste grupo foram recrutados nos Hospitais da Universidade de Coimbra centros de dia lares de terceira idade associa es culturais universidades s nior e na comunidade Os participantes adultos idosos saud veis tinham como crit rios de inclus o terem idade entre os 60 e 80 anos serem destros terem vis o normal ou corrigida para normal apresentarem leitura proficiente avaliada pela leitura dos participantes na PAL PORT 14 Caplan amp Bub 1990 vers o experimental portuguesa de Festas et al 2006 possu rem no m nimo o 4 ano de escolaridade e apresentarem uma pontua o maior ou igual a 27 no Mini Mental State Examination MMSE Folstein Folstein amp McHugh 1975 vers o portuguesa de Guerreiro Silva Botelho Leit o amp Garcia 1994 Eram exclu dos os participantes com hist ria de traumatismo craniano doen a psiqui trica crit rios para eixo I da DSM IV neurol gica e g epilepsia doen a de Parkinson esclerose m ltipla ou hipotiroidismo com presen a de sintomas depressivos pontua o na Escala de Depress o Geri trica 30 GDS 30 Yesavage et al 1983 vers o portuguesa de Barreto Leuschner Santos amp Sobral 2003 citado em Grupo de Estudos de Envelhecimento Cerebral e Dem ncias 2008 superior ou igual a 15 com d fice cognitivo pontua
70. entre os grupos comparados Decidimos portanto Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 58 analisar a rela o entre a vari vel anos de escolaridade com as vari veis dependentes das ANOVAs planeadas no grupo em que poderia ter algum significado a variabilidade interindividual na escolaridade adultos idosos Foram assim realizadas an lises correlacionais entre a vari vel anos de escolaridade e as vari veis tempos de lat ncia em perguntas de identifica o do g nero biol gico do antecedente perguntas do tipo I na condi o c comando tempos de lat ncia em perguntas de identifica o do g nero biol gico do antecedente perguntas do tipo I na condi o recesso tempos de lat ncia em perguntas de identifica o do antecedente perguntas do tipo II na condi o c comando tempos de lat ncia em perguntas de identifica o do antecedente perguntas do tipo II na condi o recesso acertos em perguntas de identifica o do g nero biol gico do antecedente perguntas do tipo I na condi o c comando acertos em perguntas de identifica o do g nero biol gico do antecedente perguntas do tipo I na condi o recesso acertos em perguntas de identifica o do antecedente perguntas do tipo II na condi o c comando e acert
71. erer 1999 Kotz amp Friederici 2003 Pickering Clifton amp Crocker 2002 Segundo Koornneef 2008 os m dulos admitidos pela maioria dos investigadores na rea da linguagem s o fonol gico lexical sint tico sem ntico e discursivo Ser o estes os m dulos admitidos no presente trabalho relativamente quest o da compreens o do processamento lingu stico como um sistema modular No processamento lingu stico o n vel fonol gico respons vel pelo invent rio dos sons da fala e das regras que os combinam Friederici amp Lachman 2002 O n vel lexical descrito pelo modelo de Caplan 1992 estabelece o contacto entre representa es lingu sticas e entidades exteriores ao sistema lingu stico tais como objetos concretos e a es O n vel sint tico corresponde aos processos que organizam palavras nas estruturas ou padr es formais pr prios das frases constituindo se estas estruturas como os algoritmos combinat rios necess rios utiliza o dos significados das palavras na express o ou compreens o de significados complexos designadamente aqueles que descrevem situa es ou eventos do mundo exterior O n vel sem ntico referente ao conhecimento do significado da palavra e das rela es desse significado com os dos outros elementos da frase O processamento sem ntico permite a atribui o de uma interpreta o quer palavra isolada quer s frases Kotz amp Friederici 2003 O n vel de representa
72. erior m dia dos adultos jovens M 3407 621 DP 1194 867 A an lise da vari vel Posi o Sint tica do Antecedente revela uma m dia de tempo de lat ncia na condi o recesso M 4647 645 DP 2072 990 superior condi o c comando M 4151 458 DP 1681 968 Verifica se tamb m uma intera o significativa Posi o Sint tica do Antecedente x Grupo Et rio F 1 80 6 625 p lt 0 05 Esta intera o foi interpretada examinando os testes das diferen as nos pares de condi es experimentais envolvidos No grupo de adultos idosos deteta se uma m dia de tempos de lat ncia na condi o recesso M 5773 114 DP 2169 990 superior m dia na condi o c comando M 5009 852 DP 1658 460 F 1 80 27 056 p lt 0 01 Relativamente aos adultos jovens n o se verificam diferen as significativas relativamente m dia de tempos de lat ncia nas condi es c comando e recesso 3 2 2 Acertos No Quadro 11 apresentamos as estat sticas descritivas para o cruzamento das vari veis Posi o Sint tica do Antecedente c comando recesso e Grupo Et rio adultos jovens adultos idosos relativas aos acertos s perguntas de identifica o do antecedente perguntas do tipo ID O Quadro 12 sumariza a ANOVA relativa aos acertos s perguntas do tipo II Quadro 11 Estat sticas descritivas correspondentes aos acertos s respostas nas perguntas do tipo Il Adultos Jovens Adultos Idosos Total Condi o c
73. escritivas os valores apresentados nos Quadros 7 e 11 dizem respeito aos registos de acertos n o transformado Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 33 Quadro 8 ANOVA relativa aos acertos s perguntas do tipo Fonte de Varia o Soma dos gl M dia F Eta Quadrado Quadrados Quadr tica Parcial Interparticipantes Grupo Et rio GE 3 659 963 1 3 659 963 31 494 282 Erro 9 296 781 80 116 210 Intraparticipantes Posi o Sint tica do Antecedente 597 150 1 597 150 10 844 119 PSA PSA x GE 274 658 1 274 658 4 988 059 Erro 4 405 423 80 55 068 p lt 0 01 p lt 0 05 Registam se efeitos principais significativos para a vari vel Grupo Et rio F 1 80 31 494 p lt 0 01 e para a vari vel Posi o Sint tica do Antecedente F 1 80 10 844 p lt 0 01 Relativamente vari vel Grupo Et rio constata se que o grupo de adultos jovens apresenta uma m dia de acertos M 21 585 DP 1 677 superior m dia dos adultos idosos M 18 854 DP 3 278 A an lise da vari vel Posi o Sint tica do Antecedente revela uma m dia de acertos na condi o c comando M 20 866 DP 2 210 superior condi o recesso M 19 573 DP 3 407 Verifica se tamb m uma intera o significativa Posi o Sint tica do Antecedente x Grupo Et rio F 1 80 4 988
74. for ada uma pergunta seguida de duas op es de resposta sendo que o sujeito dever escolher uma das op es Esta pergunta destina se a monitorizar a compreens o da frase e a resolu o do pronome Como j foi explicitado as perguntas poder o ser de acesso p s interpretativo informa o de g nero na representa o discursiva do antecedente do pronome condi o perguntas do tipo I ou de discrimina o p s interpretativa do antecedente do pronome condi o perguntas do tipo II O acesso facilitado informa o de g nero biol gico traduzida num melhor desempenho nas perguntas do tipo I pode ser tomado como marcador da resolu o pronominal no n vel discursivo Para as 48 frases apresentadas na condi o a 24 perguntas subsequentes s o do tipo I e 24 perguntas s o do tipo II Igualmente para as 48 frases apresentadas na condi o b 24 perguntas s o do tipo I e 24 perguntas s o do tipo II Foram tamb m criadas 108 frases de enchimento alheias manipula o experimental fillers Os fillers foram constitu dos de forma a criar sujeitos complexos da primeira ora o com dois participantes do mesmo g nero biol gico impedindo a forma o de uma estrat gia de resposta consistindo na sele o do g nero oposto ao da entidade mencionada 1 Ver sec o Il Hip teses 3 par grafo Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Process
75. idade participa na segunda ora o seja a exist ncia de ambiguidade quanto identidade do sujeito da ora o subordinada Tal verificar se ia porque na condi o recesso dever ocorrer em primeiro lugar um teste de concord ncia de g nero realizado com o fim de verificar a viabilidade do antecedente em posi o de c comando e a inibi o desse candidato a sujeito da segunda ora o Sendo essa inibi o deficiente n o devidamente resolvido o processo descrito em B no est dio p s interpretativo poder manter se indevidamente o acesso a ambos os candidatos considerados no processo de resolu o pronominal enquanto agentes da a o descrita pela segunda ora o Assim sendo nas perguntas do tipo II o aumento do tempo investido traduzir sobretudo a acessibilidade do antecedente candidato deficientemente inibido dificultando a sele o da resposta correta Simultaneamente essa maior acessibilidade torna mais prov vel que esse candidato seja selecionado erroneamente como resposta s perguntas do tipo II o que justifica a correla o observada entre as lat ncias e os acertos nas perguntas do tipo Ie do tipo II As lat ncias para as perguntas do tipo II no grupo dos adultos idosos mant m tamb m uma correla o negativa significativa com os acertos s perguntas do tipo I Ou seja ao contr rio do que se passa nos adultos jovens a dura o do processo que nos idosos conduz identifica o correta do sujeito
76. ira ora o Nominal Repetido A ing nua e o brincalh o fugiram da aranha com que a ing nua se assustou 8 Segundo nominal da primeira ora o Pronome Expl cito A ing nua e o brincalh o fugiram da aranha com que ele se assustou 9 Segundo nominal da primeira ora o Nominal Repetido A ing nua e o brincalh o fugiram da aranha com que o brincalh o se assustou 10 Ambos nominais da primeira ora o Pronome Nulo A ing nua e o brincalh o fugiram da aranha com que se assustaram 11 Ambos nominais da primeira ora o Pronome Expl cito A ing nua e o brincalh o fugiram da aranha com que eles se assustaram 12 Ambos nominais da primeira ora o Nominal Repetido A ing nua e o brincalh o fugiram da aranha com que a ing nua e o Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 57 brincalh o se assustaram Anexo 5 Diferen a de Anos de Escolaridade Entre os Grupos Etarios da Amostra O nivel de escolaridade no grupo de adultos jovens encontra se entre os 12 e os 16 anos situando se a m dia nos 13 29 anos No grupo dos adultos idosos os anos de escolaridade encontram se entre os 6 e os 24 anos situando se a m dia 10 68 anos Dados estes valores realiz mos uma an lise desta diferen a por forma a verificar a necessidade de inclus o n
77. l Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 39 Nos adultos idosos a magnitude da diferen a entre a lat ncia das respostas s perguntas do tipo II na condi o recesso e a lat ncia das respostas s perguntas do tipo II na condi o c comando encontra se significativamente correlacionada de forma negativa e moderada com a taxa de acertos em perguntas do tipo I na condi o recesso r 0 419 p lt 0 01 e significativamente correlacionada de forma negativa e muito alta com a taxa de acertos em perguntas do tipo II na condi o recesso r 0 724 p lt 0 01 As an lises correlacionais a que procedemos mostram que nos adultos jovens os participantes que mais demoram na resposta s perguntas de identifica o do g nero biol gico do antecedente perguntas do tipo I s o aqueles que mais erram nas perguntas de identifica o do g nero biol gico do antecedente perguntas do tipo I e nas perguntas de identifica o do antecedente perguntas do tipo ID No grupo de adultos idosos encontramos uma invers o do padr o de correla es significativas identificado no grupo de adultos jovens os participantes adultos idosos que mais demoram na resposta s perguntas de identifica o do antecedente perguntas do tipo II s o aqueles que mais erram nas perguntas de identifica o do g nero biol gico do antecedente perguntas do tipo I e nas pergun
78. lan amp Bub 1990 vers o experimental portuguesa de Festas et al 2006 Depois de realizada a avalia o neuropsicol gica e analisados os resultados certificando o cumprimento dos crit rios mencionados os sujeitos eram convidados a realizar a recolha de dados por tarefa experimental em instala es apropriadas na FPCE UC 2 Materiais 2 1 Tarefa de Compreens o de Frases Os est mulos lingu sticos considerados no presente estudo s o constituintes de uma tarefa de compreens o de frases que implica a resolu o de pronomes Tal como j foi referido nesta tarefa s o apresentadas aos sujeitos frases que representam duas situa es a frase onde o antecedente c comanda o pronome e que veicula uma viola o da m xima do modo atrav s da utiliza o de um pronome expl cito numa posi o em que seria mais habitual fazer ocorrer o pronome nulo e b frase onde o antecedente se encontra num recesso genitivo relativamente ao pronome e que n o viola nenhuma conven o conversacional A concord ncia de g nero pronome antecedente foi manipulada de forma a for ar a resolu o do pronome com SN em posi o de c comando condi o a ou com SN numa posi o de recesso genitivo condi o b Tanto a condi o a como a condi o b foram operacionalizadas atrav s da cria o de um conjunto de 48 frases para cada condi o Nesta mesma tarefa ap s cada frase apresentado ao participante uma pergunta de escolha
79. ltos jovens se altera de facto com o envelhecimento saud vel e se essa altera o reflete o sucesso nos adultos jovens fracasso nos adultos idosos do bloqueio da via de resolu o sint tica quando a forma pronominal viola a m xima do modo Tendo por base resultados obtidos anteriormente esperamos neste estudo que o desempenho medido atrav s de acertos e tempos de lat ncia em perguntas de compreens o relativas s frases da condi o c comando em que o pronome resol vel por via sint tica e por via discursiva e da condi o recesso em que o pronome resol vel apenas por via discursiva reflita para os adultos jovens a ado o exclusiva do processamento discursivo Para os adultos idosos espera se a ado o da via sint tica mais econ mica na condi o c comando ocorrendo a resolu o discursiva apenas na condi o recesso O conte do da presente disserta o foi dividido em 6 sec es Na primeira sec o Enquadramento Conceptual desenvolvemos tem ticas relacionadas com o estudo que apresentamos neste trabalho Dentro destas tem ticas expomos o modelo modular cl ssico do processamento da linguagem de forma a tornar claro quais s o as opera es realizadas por cada m dulo de processamento lingu stico com especial aten o para o processamento sint tico e o processamento discursivo Para al m do processamento de informa o lingu stica abordaremos tamb m o processamento de informa
80. lustra este modo particular de participa o de um nominal numa frase Nestes casos a resolu o do pronome n o pode ocorrer no n vel de processamento sint tico mas apenas no n vel discursivo Tal acontece porque o n vel discursivo permite que se estabele a uma representa o para uma entidade referida pelo antecedente outra para uma entidade referida pelo pronome e finalmente a representa o de uma rela o entre essas duas entidades estabelecendo que s o id nticas O processamento da resolu o pronominal quando o antecedente se encontra encaixado num recesso genitivo processamento discursivo computacionalmente mais dispendioso que quando o antecedente c comanda o pronome Koornneef Wijnen amp Reuland 2006 A utiliza o do pronome nulo a op o mais econ mica no Portugu s Europeu quando um pronome em posi o de sujeito utilizado para recrutar um antecedente que o c comanda Ou seja a frase A fot grafa confiou no rapaz a quem ia ceder o jipe seria mais provavelmente produzida que a frase A fot grafa confiou no rapaz a quem ela ia ceder o Jipe onde ocorre um pronome expl cito no lugar do pronome nulo A ocorr ncia de um pronome expl cito em tais contextos pode ser entendida como uma viola o de uma conven o conversacional denominada m xima do modo do Princ pio de Coopera o de Grice Grice 1989 A viola o da m xima do modo empregue pelo emissor para sinalizar que o sen
81. mento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 10 contraste do sintagma nominal SN o fornecedor relativamente ao SN a vendedora uma vez que o uso do pronome expl cito para selecionar o fornecedor numa circunst ncia em que poderia ser omitido requer uma justifica o para essa op o A justifica o mais facilmente acess vel sugerida pelo facto de a marca de g nero da express o pronominal que seleciona o fornecedor ele servir tamb m para rejeitar a vendedora enquanto antecedente do pronome e agente da segunda ora o Desta forma na fase de processamento pragm tico em frases como a frase a verifica se um efeito de sali ncia contrastiva o fornecedor e n o a vendedora o fornecedor mas n o a vendedora tinha feito v rias amea as caloteira Em frases como a frase b o pronome expl cito ela tem que ser necessariamente utilizado para produzir a interpreta o a solteirona ia exigir um compromisso Como tal n o havendo uma op o mais econ mica ou outra op o para transmitir a informa o que se pretende n o se verifica nenhuma viola o pragm tica e portanto n o gerada nenhuma implicatura conversacional 2 Processamento Anaf rico O processamento anaf rico constitui uma forma privilegiada para estudar a arquitetura global do sistema lingu stico humano o estabelecimento de
82. mplicatura conversacional um falante infringe intencionalmente uma regra do ato comunicativo com o objetivo de transmitir uma informa o adicional que se sobreponha ao significado literal do enunciado As categorias sistematizadas por Grice 1989 no Princ pio de Coopera o s o a categoria da quantidade da qualidade da rela o e do modo E como j foi anteriormente referido s o constitu das por m ximas regras do ato comunicativo A categoria da quantidade diz respeito quantidade de informa o que deve ser veiculada por uma determinada mensagem e tem como m ximas fa a com que a sua mensagem seja t o informativa quanto necess rio para a conversa o e n o d mais informa es que o necess rio A categoria da qualidade tem como m xima superior afirme coisas verdadeiras de onde resultam as m ximas n o afirme o que acredita ser falso e n o afirme algo para o qual n o pode fornecer uma evid ncia clara A categoria da rela o tem como m xima seja relevante Por fim a categoria do modo tem como m xima principal seja claro de onde derivam as m ximas evite obscuridade de express o evite ambiguidade seja breve evite prolixidade desnecess ria e seja ordenado Grice 1989 J conhecidas as m ximas das categorias do Princ pio de Coopera o regras do ato comunicativo segundo Grice e de forma a concretizarmos um exemplo de uma implicatura conve
83. nominal viola uma conven o conversacional e em que o pronome pode ser resolvido quer no n vel de representa o sint tico quer no n vel de representa o discursivo outra em que a forma pronominal n o viola conven es conversacionais e em que o pronome pode ser resolvido apenas no n vel discursivo de representa o O processamento sint tico diferenciado do processamento discursivo no modelo modular cl ssico do processamento da linguagem Como o pr prio nome indica este modelo recorre diferencia o entre m dulos Estes m dulos s o caracterizados por tipos de processamento da linguagem diferentes sendo que cada m dulo desempenha uma nica fun o aut noma relativamente fun o de outros m dulos O processamento sint tico constitui um m dulo e o processamento discursivo constitui outro m dulo distinto Sucintamente o processamento sint tico corresponde aos processos que organizam palavras nas estruturas ou padr es formais pr prios das frases bem formadas de uma linguagem Kotz amp Friederici 2003 e o processamento discursivo estrutura os objetos lingu sticos mais complexos como as narrativas e os argumentos Friederici amp Lachman 2002 Dentro de uma mesma frase um pronome pode ser resolvido adotando a via sint tica e em determinadas situa es em que a ado o desta via n o acess vel a resolu o pronominal pode requerer a ado o da via discursiva A resolu o pronominal entende se
84. num duplo do seu antecedente e recebendo automaticamente o valor referencial que para este ltimo for estabelecido no n vel discursivo 1 as bras As 2 Zs 4 Apesar de n o existir realiza o fon tica quando a express o anaf rica um pronome nulo o antecedente igualmente reativado tal como acontece com outras formas de express o anaf rica Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 A preserva o da possibilidade de enriquecimento de sentido fr sico implica pois que a via de resolu o sint tica seja bloqueada ocorrendo ent o a resolu o pronominal por via discursiva Dados pr vios Fran a 2010 Gon alves 2010 Leit o Branco Pifiango amp Pires 2009 Leit o et al 2010 Teixeira 2011 sugerem que este bloqueio ocorre para os jovens mas n o para os adultos idosos possivelmente devido a perda de capacidade de processamento antecipat rio Federmeier 2007 que n o permite que estes detetem a viola o da m xima do modo de Grice Atrav s da compara o dos acertos e tempos de lat ncia obtidos por adultos jovens e adultos idosos saud veis numa tarefa de compreens o de frases que implicou a resolu o de pronomes o estudo que apresentamos no presente trabalho pretende determinar se o padr o de efeitos verificados na resolu o de pronomes nos adu
85. o referred conditions and to a detailed reflection about the relation between this sequence and the variables we adopted to operationalize the hypothesis under investigation One of the questions raised by this study concerns the effect of integrating the information conveyed by the conversational implicature in young adults in sentences of condition 1 Such meaning enrichment seems to influence the post interpretative accessibility of the pronoun s antecedent in that condition facilitating access to the antecedent in condition 1 comparatively to condition 2 In the case of healthy older adults we point the possible influence of two phenomena associated with cognitive aging the decreased efficiency of the inhibitory processing and the reduced retrieval ability of verbatim details of a text Key Words Healthy Aging Syntactic Information Pragmatic Information Intra Sentential Anaphora Pronominal Resolution Informa o Pragmatica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 Agradecimentos Ao Professor Doutor Jos Augusto Leit o pela orienta o cient fica e aprendizagem proporcionada por todo o apoio na elabora o desta disserta o Aos meus tios Palmira e Joaquim Card o que me possibilitaram o ingresso no Ensino Superior Gisela pelo incans vel companheirismo Margarida pelo incans vel
86. o discursivo corresponde integra o das representa es de significados fr sicos em estruturas de n vel superior em que se estruturam os objetos lingu sticos mais complexos que as palavras e as frases como as narrativas e os argumentos Friederici amp Lachman 2002 Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 1 1 1 Processamento Sintatico e Processamento Discursivo Dos m dulos considerados pelo modelo modular cl ssico do processamento da linguagem o presente trabalho focar o processamento sint tico e o processamento discursivo Consideraremos luz deste modelo que o processamento sint tico opera de forma aut noma relativamente ao processamento discursivo e vice versa O processamento sint tico acompanha temporalmente a ocorr ncia consecutiva das palavras que v o formando uma frase Destina se a projetar a informa o morfosint tica das palavras que se v o sucedendo e g g nero n mero categoria sint tica para uma representa o das rela es estruturais que articulam num todo as palavras da frase Esta representa o codifica o modo como devem ser combinados os significados individuais das palavras para construir o significado global da frase em desenvolvimento Kotz amp Friederici 2003 O tipo de processamento que opera ao n vel sint tico n o possibilita a
87. o extralingu stica desenvolvendo o modelo de Grice Sucede a apresenta o do conceito de an fora e resolu o anaf rica onde enfatizamos a resolu o pronominal quando o antecedente c comanda o pronome e a resolu o pronominal na aus ncia dessa rela o de forma a explicitar as exig ncias de processamento que requer cada uma destas situa es de acordo com as rela es estruturais que s o estabelecidas na frase Por ltimo ser o abordados os efeitos do envelhecimento saud vel no processamento de linguagem focalizando o desenvolvimento de estudos anteriores relativamente tem tica de resolu o pronominal no envelhecimento saud vel Na segunda sec o deste trabalho apresentamos as hip teses estudadas A metodologia apresentada na terceira sec o aqui caracterizada com pormenor a amostra que recrut mos adultos jovens e Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 4 adultos idosos saud veis bem como os instrumentos de avalia o neuropsicol gica cujos resultados implicaram a inclus o ou exclus o dos participantes adultos idosos saud veis na amostra Para al m disso ainda nesta sec o apresentamos com maior pormenor a tarefa de compreens o de frases que este estudo tem por base os procedimentos envolvidos na sua utiliza o e como se procedeu ao tra
88. o inclus o da vari vel anos de escolaridade nas an lises de vari ncia que apresentamos na sec o IV Resultados subsec o 3 Desta forma foi realizada uma ANOVA de forma a comparar os anos de escolaridade de cada grupo et rio Estat sticas descritivas correspondentes aos anos de escolaridade do grupo de adultos jovens e de adultos idosos Adultos Jovens Adultos Idosos M 13 29 M 10 68 Anos de Escolaridade DP 782 DP 3 467 A 12 16 A 6 24 ANOVA relativa aos anos de escolaridade dos grupos etarios da amostra Fonte de Soma dos gl M dia F Eta Quadrado Variagao Quadrados Quadratica Parcial 139 622 1 139 622 22 102 216 Grupo Et rio Erro 505 366 80 6 317 p lt 0 01 Verifica se um efeito principal significativo para a vari vel Grupo Et rio F 1 80 22 102 p lt 0 01 sendo que a m dia de anos de escolaridade dos adultos jovens M 13 29 DP 0 782 superior m dia de anos de escolaridade dos adultos idosos M 10 68 DP 3 467 As particularidades desta vari vel nos grupos comparados designadamente a virtual aus ncia de variabilidade no grupo dos adultos jovens levaram nos a considerar que a diferen a detetada poderia resultar essencialmente desta homogeneidade no grupo dos jovens A ser assim ao introduzir a escolaridade como covari vel nas an lises subsequentes aumentar se ia o risco de erros do tipo II tendo como contrapartida o controlo de um fator esp rio de diferencia o
89. om in cio na janela temporal do efeito N400 mas residindo essencialmente na janela das positividades tardias e g P600 A interpreta o deste efeito n o pode pois sem mais ser isenta de ambiguidade coexistindo as possibilidades de o ver como negatividade associada condi o recesso ou como uma positividade associada condi o c comando Sendo a lat ncia dos efeitos N400 notoriamente est vel a primeira possibilidade seria a menos cred vel das duas ainda assim mais dados emp ricos seriam necess rios para desambiguar devidamente o efeito encontrado nesta investiga o Fran a 2010 tamb m utilizou PECs para contrastar os dois tipos de resolu o pronominal j referidos contudo analisou o efeito deste material Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 16 em adultos idosos saud veis Os resultados mostram que os adultos idosos produzem marcas claras de dificuldade acrescida durante a resolu o de pronomes na condi o recesso genitivo que requer o uso da via discursiva Aparentemente o sistema lingu stico dos adultos idosos sempre que poss vel utiliza a via sint tica computacionalmente menos dispendiosa tal como acontece em material lingu stico onde o antecedente domina o pronome atrav s da rela o de c comando Neste conjunto de dados foi nitidamente vis
90. omportamentais da depress o excluindo sintomas som ticos e vegetativos caracter sticos de doen as som ticas e quadros demenciais Strauss Sherman amp Spreen 2006 Pares de Palavras e Il WMS III Wechsler 2008 O Pares de Palavras um instrumento que avalia a mem ria sem ntica e epis dica e composto por uma tarefa de evoca o imediata uma tarefa de evoca o diferida e uma tarefa de reconhecimento Na prova Pares de Palavras I o examinador l ao sujeito uma lista de 8 pares de palavras A tarefa do sujeito consiste em evocar o par associado a cada palavra procedimento que repetido em tr s ensaios adicionais evoca o imediata Esta evoca o n o livre uma vez que o examinador refere ao sujeito a primeira palavra de cada par de palavras sendo que o sujeito dever evocar a segunda palavra correspondente ao par em quest o Ap s os quatro ensaios efetua se um intervalo entre 25 a 35 minutos ao fim do qual se administra a tarefa Pares de Palavras II Nesta prova pedido ao sujeito que volte a referir a palavra associada a cada par evoca o diferida No final realizada a tarefa de reconhecimento onde o sujeito ter de selecionar de entre 24 pares de palavras os pares de palavras pertencentes lista apresentada inicialmente aprendida Mem ria L gica e Il WMS III Wechsler 2008 As provas de Mem ria L gica I e II pretendem avaliar a mem ria imediata e diferida atrav s de material verb
91. ontramos um padr o id ntico ao que descortinamos relativamente aos tempos de lat ncia o que refor a a possibilidade da exist ncia do mecanismo diferencial que mencion mos associado s diferen as entre as condi es recesso e c comando nos adultos jovens por um lado e nos adultos idosos por outro J nas perguntas de identifica o do antecedente perguntas do tipo ID se bem que o tempo investido na resposta s quest es se apresente num padr o id ntico aquele que encontr mos nas perguntas do tipo I os acertos mostram que os dois grupos et rios s o afetados de forma id ntica pela dificuldade acrescida das quest es relativas s frases da condi o recesso De forma a identificar diferen as e ou semelhan as nas estrat gias de investimento de tempo maiores tempos de lat ncia e sua efic cia nos acertos s perguntas nos dois grupos et rios na condi o recesso foram realizadas an lises correlacionais Correlacion mos para adultos jovens e para adultos idosos a magnitude da diferen a entre a lat ncia das respostas s perguntas do tipo I na condi o recesso identifica o do g nero biol gico do antecedente sondado com perguntas relativas rela o genitiva de que o antecedente do pronome participa na primeira ora o e a lat ncia das respostas s perguntas do tipo I na condi o c comando identifica o do g nero biol gico sondado com perguntas relativas ao evento em que o antecedente do pronome
92. os de sentido que est o para al m do significado expresso em termos literais por um determinado enunciado O autor descreve a possibilidade de o que dito significar mais do que aquilo que realmente expressa Assim este modelo enuncia as regras que permitem a um determinado falante A transmitir algo al m da frase que enunciou a um ouvinte B e as regras que permitem ao ouvinte B entender a informa o extra transmitida pela frase do falante A Grice 1989 Grice 1989 introduziu o termo t cnico de implicatura implicature para designar informa o que n o foi literalmente expressa numa mensagem tendo antes sido implicitamente sinalizada pelo emissor e num passo inferencial compreendida pelo recetor Por outras palavras as implicaturas de Grice explicam as infer ncias pretendidas pelo falante e realizadas pelo ouvinte acrescentado significado ao que literalmente expresso numa mensagem lingu stica No modelo de Grice existem dois tipos b sicos de implicaturas as implicaturas convencionais e as implicaturas conversacionais As implicaturas convencionais dizem respeito a infer ncias que s o produzidas a partir do significado convencional das palavras Consideremos o exemplo A planta foi regada contudo secou Nesta frase o conte do que est expresso de uma forma literal a planta foi regada e a planta secou Para al m disso podemos inferir atrav s de informa o extra que nos dada que tendo a planta sido regada
93. os em perguntas de identifica o do antecedente perguntas do tipo II na condi o recesso Correla es entre os anos de escolaridade e as vari veis dependentes utilizadas no estudo Coeficiente de Correla o de Pearson Anos de Escolaridade dos Adultos Idosos Acertos em perguntas do tipo na condi o c comando 277 Acertos em perguntas do tipo na condi o recesso 192 Acertos em perguntas do tipo Il na condi o c comando 151 Acertos em perguntas do tipo Il na condi o recesso 161 Tempos de lat ncia em perguntas do tipo na condi o c comando 051 Tempos de lat ncia em perguntas do tipo na condi o c comando 182 Tempos de lat ncia em perguntas do tipo Il na condi o c comando 062 Tempos de lat ncia em perguntas do tipo Il na condi o recesso 005 p lt 0 05 N o se verificam correla es significativas entre os anos de escolaridade e as vari veis consideradas Desta forma podemos concluir que adultos jovens e adultos idosos distinguem se em anos de escolaridade Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 59 contudo as correla es entre os anos de escolaridade dos adultos idosos e as principais vari veis dependentes utilizadas na an lise de dados no estudo n o s o significativas Tendo em conta estas conclus es n o consider mos necess
94. osos saud veis Na aus ncia de intera o entre as vari veis PSA e GE podemos assim afirmar que nos adultos idosos o n mero de acertos na condi o a significativamente superior ao n mero de acertos na condi o b o que confirmado pelo teste do contraste acertos c comando versus acertos recesso considerando apenas o grupo de adultos idosos F 1 80 30 569 p lt 0 01 Relativamente aos tempos de lat ncia regista se uma maior rapidez na condi o a Os dados das an lises correlacionais mostram que para adultos jovens os participantes que mais demoram na resposta s perguntas de identifica o do g nero biol gico do antecedente perguntas do tipo I s o aqueles que mais erram nas perguntas de identifica o do g nero biol gico do antecedente perguntas do tipo I e nas perguntas de discrimina o do Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 43 antecedente do pronome perguntas do tipo ID No grupo de adultos idosos os participantes que mais demoram na resposta s perguntas de discrimina o do antecedente do pronome perguntas do tipo II s o aqueles que mais erram nas perguntas de identifica o do g nero biol gico do antecedente perguntas do tipo I e nas perguntas de discrimina o do antecedente do pronome perguntas do tipo II Como vimos
95. ostas s na condi o perguntas do tipo na recesso condi o recesso e na condi o c comando Diferen a entre Acertos em tempos de lat ncia 275 419 perguntas tipo na das respostas s condi o recesso perguntas do tipo II na condi o recesso e na condi o c comando Diferen a entre Acertos em tempos de lat ncia 182 724 perguntas tipo Il das respostas s na condi o perguntas do tipo Il recesso na condi o recesso e na condi o c comando p lt 0 01 p lt 0 05 Nos adultos jovens a magnitude da diferen a entre a lat ncia das respostas s perguntas do tipo I na condi o recesso e a lat ncia das respostas s perguntas do tipo I na condi o c comando encontra se significativamente correlacionada de forma negativa e moderada com a taxa de acertos em perguntas do tipo I na condi o recesso r 0 383 p lt 0 05 e com a taxa de acertos em perguntas do tipo II na condi o recesso r 0 310 p lt 0 05 1 Para a interpreta o dos coeficientes de correla o de Pearson foi utilizada a classifica o convencional sugerida por Hopkins 2002 correla o trivial r 00 a r 09 correla o pequena r 10 a r 29 correla o moderada r 30 a r 49 correla o alta r 50 a r 69 correla o muito alta 70 a r 89 correla o quase perfeita 90 a r 99 e correla o perfeita r 1 00 Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronomina
96. prefer ncia pelo pronome nulo por falantes de Portugu s Europeu nesta condi o foi comprovada atrav s da an lise de dados de produ o de frases subsec o 2 da sec o IV Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 42 daqueles visados pelas hip teses iniciais realizou se a an lise de vari ncias para perguntas do tipo II perguntas de discrimina o p s interpretativa do antecedente do pronome Procurou se desta forma perceber se as explica es que expusemos para os dados relativos s perguntas do tipo I podem eventualmente prever os dados relativos s perguntas do tipo II Assim prevemos que para o grupo et rio de adultos jovens o efeito de sali ncia contrastiva que se verifica na condi o a provoque uma maior taxa de acertos para a condi o c comando Tendo em conta os tempos de lat ncia prevemos que o potencial efeito facilitador associado a uma maior acessibilidade da representa o do antecedente em posi o de c comando na condi o em que essa representa o efetivamente selecionada seja contrariado pela maior complexidade da informa o recuperada que na condi o em causa envolve dois sintagmas nominais em consequ ncia da integra o da infer ncia pragm tica no significado da segunda ora o o SN na posi o c comando relativamente ao antece
97. pronome nulo M 31 808 DP 14 508 superior utiliza o do pronome expl cito M 18 712 DP 14 508 As an lises dos dados de produ o de frases mostram que existem significativamente mais falantes a preferir o pronome nulo para induzir no recetor a mobiliza o de um antecedente em c comando Verifica se tamb m a exist ncia de significativamente mais enunciados produzidos em que ocorre o pronome nulo quando se pretende mobilizar um antecedente em c comando 3 An lises de Vari ncia Como referimos anteriormente foram realizadas an lises de vari ncia para acertos e tempos de lat ncia relativas identifica o do g nero biol gico do antecedente na condi o c comando ou recesso sondada com perguntas do tipo I e identifica o do antecedente na condi o c comando ou recesso sondada com perguntas do tipo II para adultos jovens e adultos idosos saud veis Apresentamos de seguida os resultados das quatro ANOVAs Esta subsec o dividida em fun o do tipo de pergunta identifica o do g nero biol gico do antecedente na condi o c comando ou recesso perguntas do tipo I subsec o 3 1 e identifica o do antecedente na condi o c comando ou recesso perguntas do tipo ID subsec o 3 2 Na subsec o 3 1 s o apresentados os resultados da ANOVA relativa aos tempos de lat ncia na identifica o do g nero biol gico do antecedente 3 1 1 e da ANOVA relativa aos acertos na identific
98. que n o seja recuperada a representa o que corretamente preenche esse papel Esta precisamente a circunst ncia em que fracassar a estrat gia de aceder representa o do possessor da rela o genitiva da primeira ora o procurando ativ la a partir do papel que desempenha no modelo da situa o n o sendo ent o poss vel extrair a informa o solicitada nas perguntas do tipo I identifica o g nero biol gico do antecedente Compreende se assim a correla o que se verifica no grupo dos idosos entre as lat ncias para as perguntas do tipo II e os acertos s perguntas do tipo I VI Conclus es Cremos que esta disserta o permitiu acrescentar informa o acerca do processamento lingu stico humano tendo a vantagem de analisar os dados recolhidos de uma tarefa que n o s contrasta informa o lingu stica como tamb m informa o extralingu stica Para al m disso ao comparar um grupo de adultos jovens com um grupo de adultos idosos saud veis analisamos nesta disserta o modifica es normais da linguagem com o envelhecimento numa rea virtualmente n o estudada quanto aos efeitos do envelhecimento a resolu o anaf rica intra fr sica A an lise de desempenho acertos e tempos de lat ncia das respostas a uma tarefa de compreens o de frases adiciona tamb m informa o nova e complementar no contexto dos estudos desta linha de investiga o Fran a 2010 Gon alves 2010 Leit o et al 200
99. que tipificam a rela o de c comando Anexo 2 Instrumentos de Avalia o Neuropsicol gica No presente estudo foram utilizados instrumentos de avalia o neuropsicol gica para determinar a inclus o exclus o dos participantes da amostra pertencentes ao grupo de adultos idosos saud veis Entre estes instrumentos encontram se Question rio S cio Demogr fico Invent rio de Lateralidade Manual de Edinburgh Avalia o Cognitiva de Addenbrooke Vers o Revista Escala de Depress o Geri trica 30 Pares de Palavras I e II Mem ria L gica I e II e PAL PORT 14 De seguida apresentamos uma breve descri o de cada um dos instrumentos mencionados Question rio S cio Demogr fico O question rio s cio demogr fico utilizado o question rio s cio demogr fico utilizado nos Hospitais da Universidade de Coimbra Este question rio permite a recolha de informa es demogr ficas e informa es a respeito da hist ria cl nica do indiv duo Pode assim averiguar se a presen a de condi es psiqui tricas e neurol gicas relevantes para a inclus o exclus o da participa o dos sujeitos Invent rio de Lateralidade Manual de Edinburgh Oldfield 1971 O Invent rio de Lateralidade Manual de Edinburgh avalia a lateralidade para a m o mais especificamente a domin ncia de uma das m os em rela o outra Este invent rio composto por 10 itens onde requerido ao participante que indique a m o que habitualmente usa na
100. queles em que as tentativas de recupera o da representa o do possessor falham quanto mais tempo tanto mais prov vel que as representa es dos possessores n o sejam recuper veis o que implica erros nas perguntas relativas ao g nero biol gico do antecedente perguntas do tipo I e a perguntas de discrimina o do antecedente perguntas do tipo ID Compreende se assim o padr o de correla es observados no grupo de adultos jovens entre as lat ncias especificamente associadas s perguntas do tipo I na condi o recesso e aos acertos na condi o recesso nas perguntas do tipo I e do tipo II Ainda relativamente aos participantes adultos jovens e no que concerne s perguntas do tipo II o aumento do tempo investido pode traduzir quer a constata o de um fracasso como supomos ser o caso para as perguntas do tipo I quer a ocorr ncia de uma reconstru o da representa o deficiente do possessor e subsequente reinterpreta o da frase A reinterpreta o da frase poss vel nas perguntas do tipo II mas n o nas perguntas do tipo I porque a palavra que designa o possessor explicitamente apresentada na quest o fornecendo pistas utiliz veis para recuperar a representa o inicialmente codificada Desta forma estando presentes estas duas possibilidades compreens vel que as correla es entre as lat ncias para as perguntas do tipo II e os acertos nas perguntas do tipo I e do tipo II n o atinjam o limiar da signifi
101. ragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 32 essa diferen a no grupo de participantes adultos jovens 3 1 2 Acertos No Quadro 7 apresentamos as estat sticas descritivas para o cruzamento das vari veis Posi o Sint tica do Antecedente c comando recesso e Grupo Et rio adultos jovens adultos idosos relativas aos acertos nas perguntas de identifica o do g nero biol gico do antecedente perguntas do tipo I O Quadro 8 sumariza a ANOVA relativa aos acertos s perguntas do tipo I Quadro 7 Estat sticas descritivas correspondentes aos acertos s respostas nas perguntas do tipo Adultos Jovens Adultos Idosos Total coide M 21 732 M 20 000 M 20 866 on a DP 1 550 DP 2 439 DP 2 210 a A 19 24 A 14 24 A 14 24 Condi o recesso a M 17 707 M 19 573 ado 3 DP 3 621 DP 3 407 E A 10 24 A 10 24 dada M 21 585 M 18 854 M 20 220 pia DP 1 677 DP 3 278 DP 2 935 A 17 24 A 10 24 A 10 24 18 Para a realiza o das ANOVAs relativas aos acertos subsec es 3 1 2 e 3 2 2 da presente sec o procedeu se transforma o dos registos brutos de acertos no arco seno da ra z quadrada da propor o de acertos transforma o recomendada para vari veis que constituem contagens com um limite m ximo Zar 2010 Contudo para uma melhor compreens o das estat sticas d
102. rior na disponibiliza o da informa o resultante da atividade de processamento a outro dispositivo de processamento ou no armazenamento das representa es resultantes da atividade de processamento Diferentes tipos de objetivos s o cumpridos por m dulos de processamento especializados e g converter ondas sonoras em representa es de sons e cada m dulo desempenha uma nica fun o O processamento de cada m dulo aut nomo relativamente ao processamento de outros m dulos ou seja durante o decurso do processamento os m dulos n o s o influenciados pela atividade de outros m dulos Contudo os m dulos podem interagir atrav s de comunica es output input isto O output de um m dulo pode constituir o input de outro m dulo diferente Os m dulos propostos no modelo de Caplan 1992 organizam se em correspond ncia com os tr s n veis de funcionamento do c digo lingu stico n vel lexical n vel morfol gico e n vel fr sico Uma limita o caracteristicamente atribu da ao modelo do sistema lingu stico de Caplan a inespecifica o quanto ao n vel discursivo se bem que o autor admita a sua exist ncia e import ncia espec fica Na verdade os m dulos constituintes do sistema de processamento lingu stico bem como as suas defini es e terminologias adotadas para os descrever n o s o considerados por todos os autores da mesma forma e g Caplan 1992 Frazier 1987 Hildbrandt Moratz Rickheit amp Sag
103. rrer um pronome nulo e b outra em que o pronome pode ser resolvido apenas no n vel de representa o discursivo e n o induzida nenhuma infer ncia pragm tica Por forma a criar hip teses test veis a partir da assun o introduzida pelos estudos anteriores da equipa utilizamos dados relativos precis o e lat ncias numa tarefa de compreens o de frases que implica a resolu o de pronomes Na tarefa de compreens o de frases referida que integra os est mulos lingu sticos do estudo s o apresentadas aos sujeitos frases nas condi es a e b referidas Ap s a apresenta o de cada frase os participantes t m que responder a uma pergunta relativa frase Esta pergunta poder ser de acesso p s interpretativo informa o de g nero na representa o discursiva do antecedente do pronome perguntas do tipo I ou de discrimina o p s interpretativa do antecedente do pronome perguntas do tipo II A verifica o da concord ncia de g nero pronome antecedente no material fr sico utilizado um passo que antecede quer a resolu o sint tica quer a resolu o discursiva Na resolu o por via sint tica a verifica o da concord ncia opera sobre o g nero sint tico ou gramatical um tra o informativo desprovido de valor sem ntico sendo apenas uma marca informacional destinada a guiar as opera es de concord ncia neste n vel de processamento Na resolu o por via discursiva a verifica
104. rsacional examinemos as frases que a seguir se apresentam a O fornecedor da vendedora pensou na caloteira a quem ele tinha feito v rias amea as b O familiar da solteirona almo ou com o cavalheiro a quem ela ia exigir um compromisso As duas frases apresentadas s o diferentes relativamente informa o extralingu stica que veiculam Em frases como a frase a o Portugu s Europeu permite a utiliza o de um pronome nulo em lugar do pronome expl cito ele Ou seja a frase O fornecedor da vendedora pensou na caloteira a quem tinha feito v rias amea as seria uma frase mais econ mica Como n o se opta pela frase mais econ mica podemos verificar uma transgress o da m xima do modo de Grice seja breve evite prolixidade desnecess ria Esta transgress o pode induzir no sistema recetor a implicatura de que o sentido pretendido pelo emissor diferente do sentido que seria veiculado pelo uso da frase mais econ mica No caso da frase a o recetor poderia inferir por exemplo que apenas o fornecedor da vendedora n o a vendedora nem outra pessoa fez v rias amea as caloteira Verifica se assim dentro da frase representada em a um 3 a a s Veremos na subsec o 2 2 1 desta sec o que neste tipo de frases o pronome em posi o de sujeito utilizado para recrutar um antecedente que o c comanda Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelheci
105. s n o os PECs mas sim os dados de desempenho na tarefa nomeadamente os acertos e tempos de lat ncia a perguntas que a constituem Ver sub sec o 2 2 1 da presente sec o Os est mulos lingu sticos utilizados neste estudo ser o caracterizados com maior min cia na sec o III Metodologia subsec o 2 1 Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 20 perguntas de interpreta o de tipo 1 n o se diferenciam entre a condi o b e a condi o a Espera se assim obter um n mero de acertos e tempos de lat ncia para perguntas do tipo I semelhantes nas frases das condi es a e b para o grupo de adultos jovens Nos adultos idosos saud veis dever se verificar a mobiliza o de uma opera o gramatical de verifica o de concord ncia de g nero na resolu o pronominal na condi o a no n vel sint tico enquanto que na resolu o na condi o b que ocorre no n vel discursivo exigida a verifica o da informa o de g nero biol gico na representa o discursiva do antecedente Assim se a resolu o na condi o a ocorre no n vel sint tico e na condi o b essa resolu o ocorre no n vel discursivo os indicadores de acesso p s interpretativo bem sucedido informa o de g nero biol gico na representa o do antecedente no modelo dis
106. s para garantir o conforto dos participantes Depois de assinada a declara o de consentimento informado foi colocada a touca de fixa o e a rede de el trodos BioSemi Inc Os participantes sentaram se frente a um ecr de computador de 19 polegadas a uma dist ncia de aproximadamente 100 cm As instru es para a tarefa foram apresentadas seguidas de um bloco de 6 ensaios de treino Os participantes foram instru dos para prestarem aten o apresenta o da informa o no monitor do computador e tentarem compreender as frases Para efeitos do registo eletroencefalogr fico tamb m lhes foi solicitado para se moverem o m nimo poss vel e tentarem n o pestanejar durante a apresenta o de cada frase As frases foram apresentadas no centro do monitor do computador palavra a palavra No in cio de cada frase surgia no centro do monitor uma cruz de fixa o durante 500 ms de forma a lembrar os participantes que iria ser apresentada uma nova frase e portanto que deveriam parar de pestanejar Cada palavra era apresentada no monitor durante 300 ms antes da apresenta o da palavra seguinte Conclu da a frase eram dispostos no centro do ecr tr s pontos e 800 ms depois de cada frase era apresentada uma pergunta de escolha for ada A resposta a esta pergunta n o tinha limite de tempo O ensaio seguinte come a 2500 ms depois da resposta do participante pergunta de compreens o antecedido pela apresenta o do aviso vai ver a
107. senta vantagens no que respeita fidelidade ao est mulo ou veracidade na acomoda o de palavras ou conceitos que s o plaus veis mas n o previs veis Em contrapartida com o envelhecimento saud vel verifica se um decl nio da capacidade de perce o de mensagens lingu sticas impl citas Federmeier 2007 3 1 Altera es no Processo de Resolu o Pronominal Intra Fr sica Relativamente ao envelhecimento saud vel desenvolveremos as altera es que se verificam no processo de resolu o pronominal mais especificamente na resolu o pronominal sint tica e discursiva Para este efeito abordaremos resultados de investiga es anteriores dentro desta tem tica realizadas na equipa em que nos integramos Num estudo de Leit o et al 2009 foram contrastados dois tipos de resolu o pronominal em adultos jovens utilizando Potenciais Evocados Cognitivos PECs Os tipos de resolu o pronominal que foram analisados s o semelhantes aos tipos de resolu o pronominal j apresentados na subsec o 2 2 1 desta sec o condi es a e b Em suma o estudo focou a forma como adultos jovens processam a resolu o de pronomes em duas situa es de exig ncias computacionais diferenciadas a via sint tica e a via discursiva computacionalmente mais dispendiosa Esta investiga o demonstrou a exist ncia de um desvio tardio nos PECs associados s condi es experimentais c comando recesso genitivo c
108. sente estudo subsec o 3 1 Pensa se que o decl nio de algumas fun es cognitivas tais como a mem ria de trabalho a velocidade de processamento e a efici ncia da inibi o estejam na origem do decl nio de v rios dom nios cognitivos nomeadamente a linguagem e g Borella Ghisletta amp Ribaupierre 2011 A mem ria de trabalho tem se apresentado como a fun o cognitiva que exerce uma maior influ ncia sobre o decl nio da linguagem Van der Linden et al 1999 Borella et al 2011 O decl nio desta fun o cognitiva parece limitar o n mero de representa es que se mant m suficientemente ativas para serem re mobilizadas na interpreta o de express es a ocorrerem posteriormente Baddeley 1986 O decl nio da velocidade de processamento relaciona se com a redu o da velocidade com que opera es cognitivas s o executadas o que parece provocar uma dificuldade acrescida na manuten o de informa o lingu stica que poder ser relevante para a interpreta o de informa o lingu stica posterior Salthouse 1994 O decl nio da efici ncia da inibi o est associada a um decr scimo na capacidade para impedir que informa o irrelevante tenha acesso mem ria de trabalho bem como na capacidade para desativar informa o contextualmente relacionada com os alvos mas menos relevante e ainda a informa o que deixou de ser relevante Friedman amp Miyake 2004 Hasher amp Zacks 1988 Zacks amp Ha
109. sher 1994 Uma capacidade cognitiva que n o apresenta modifica es com o envelhecimento o processamento de modelos de situa o Radvansky 1999 Ou seja os adultos idosos n o apresentam dificuldade no acesso a n veis de representa o mais gen ricos gist Pensa se que a manuten o desta capacidade compensa quando poss vel processos deficit rios como por exemplo a menor capacidade de recupera o de detalhes literais de um texto verbatim Radvansky amp Dijkstra 2007 Considerando os d fices de compreens o de linguagem em adultos idosos saud veis podemos apontar a complexidade sint tica das frases como um fator que dificulta a perce o de informa o lingu stica Burke amp Shafto 2008 Os aspetos relacionados com a perce o fonol gica s o tamb m afetados sendo por vezes sugerido ser este o aspeto da rece o da linguagem mais afetado pelo envelhecimento efeito demonstrado em estudos de fonemas distorcidos e ou apresentados com ru do de fundo quando associados a uma diminui o da acuidade auditiva Burke amp Shafto 2008 Relativamente aos d fices de produ o de linguagem que surgem com o envelhecimento saud vel podemos referir uma maior produ o de frases inacabadas e um ritmo mais lento e hesitante na produ o de frases Burke amp Shafto 2008 Para al m disso a experi ncia palavra debaixo da l ngua tamb m mais frequente nesta faixa et ria se bem que habitualmente haja
110. sssscreenaaaaeasscanennnnaaaanas 20 AMOSA is sanar sara nner crc sa ER a TD ca a rrr cere Creer a uu 20 2 MAlONAIS sacou co cceererneeererarcrer aaa ada Ca eng a aaa qa 22 2 1 Tarefa de Compreens o de Frases 22 3 Procedimentos T TA An AE E S AE adn det eet heat eet ieee 23 4 Tratamento dos Dados para An lise Estat stica 24 I Resultados 5 5 7 500 0 2255020 7 2eDussGisadhossepesbasSiandiassiossbassiasdiasssasabas asa 25 1 Caracteriza o da Amostra raias 25 2 Escolha Entre o Pronome Nulo ou o Pronome Expl cito Para Mobilizar um Antecedente em C Comando no Processo de Produ o de Frases por Falantes de Portugu s Europeu araras 26 3 An lises de Vari ncia raa a aaaea ara anaaa 29 3 1 Perguntas de Acesso P s Interpretativo Informa o de G nero Biol gico do Antecedente do Pronome Perguntas do Tipo 1 30 3 1 1 Tempos de Lat ncia araras 30 E RE NOT g E1 o e ER ER RB RR E TS 32 3 2 Perguntas de discrimina o p s interpretativa do antecedente do Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 pronome perguntas do tipo ll i wsasavesesasavesesasavesecasavesecasavesarasadesesasacenslade 33 3 2 1 Tempos de Lat ncia inss a a a a aa 33 E ACOE eT E E E ld A 35 4 Estrat
111. stica presente no contraste pronome expl cito pronome nulo Outra quest o a ter em conta neste tipo particular de frases a complexidade da informa o a ser recuperada quando dois sintagmas nominais se apresentam como candidatos a antecedente do pronome No grupo de adultos idosos salienta se a poss vel influ ncia de fen menos associados ao envelhecimento cognitivo para a resolu o pronominal intra fr sica quando o antecedente se encontra em recesso genitivo relativamente ao pronome mais concretamente o decl nio da efici ncia dos processos inibit rios e g Friedman amp Miyake 2004 e a menor capacidade de recupera o de detalhes literais de um texto verbatim e g Radvansky amp Dijkstra 2007 Apesar de termos identificado efeitos relevantes associados resolu o pronominal intra fr sica tal como manipulada neste estudo estes mesmos efeitos obscurecem a esperada e potencial facilidade na resposta s perguntas relativas ao g nero biol gico do antecedente nas frases na condi o b perguntas que implicam a resolu o pronominal discursiva Ou seja a estrat gia com que nos propusemos sondar a ado o da via discursiva para a resolu o do pronome revelou se desadequada Como estrat gia alternativa para estudar a hip tese geral da ado o da via discursiva nas condi es a e b pelos adultos jovens e apenas em b pelos adultos idosos poderiam ser inseridas na tarefa apresentada no estudo fr
112. sultados obtidos com an lises de vari ncia para acertos e tempos de lat ncia relativas identifica o do g nero biol gico do antecedente nas condi es c comando e recesso e identifica o do antecedente nas condi es c comando e recesso para adultos jovens e adultos idosos saud veis subsec o 3 Terminaremos esta sec o com a apresenta o de an lises correlacionais que complementam informa es obtidas atrav s das an lises de vari ncia mais concretamente quais as estrat gias de investimento de tempo e sua efic cia nos acertos s perguntas em adultos jovens e adultos idosos saud veis subsec o 4 1 Caracteriza o da Amostra Z Como j vimos a amostra total deste estudo constitu da por 82 12 Consideramos que 15 segundos muito tempo para efetuar a resposta pois uma vez que a frase na qual baseada a pergunta j n o se encontra no monitor aquando da altura em que a resposta deve ser dada a demora na resposta deve se provavelmente ao facto de o sujeito n o saber a resposta Consideramos que 0 5 segundos tempo insuficiente para efetuar a resposta pois necess rio mais tempo para ler a pergunta e as op es de resposta Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 26 sujeitos sendo que 41 sujeitos s o adultos jovens e 41 sujeitos s o
113. t sticas descritivas correspondentes utiliza o de pronomes expl citos e pronomes nulos para mobilizar um antecedente em c comando M 18 712 DP 14 508 Pronome Expl cito A 0 55 M 31 808 Pronome Nulo DP 34 476 A 0 128 Tanto para as vari veis manipuladas nesta ANCOVA como para a covari vel foi realizada uma transforma o dos registos brutos no arco seno da ra z quadrada transforma o recomendada para vari veis que constituem contagens com um limite m ximo Zar 2010 Contudo para uma melhor compreens o das estat sticas descritivas os valores apresentados no Quadro 3 dizem respeito aos registos n o transformados Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 29 O Quadro 4 sumariza a ANCOVA supracitada que tem como objetivo testar a prefer ncia pelo pronome nulo ao n vel do n mero de enunciados produzidos Quadro 4 ANCOVA relativa utiliza o de pronomes expl citos e pronomes nulos para mobilizar um antecedente em c comando Fonte de Soma dos gl M dia F Eta Quadrado Parcial Varia o Quadrados Quadr tica Express o 9 295 1 9 295 29 080 291 Pronominal Erro 22 694 71 320 p lt 0 01 Verifica se um efeito principal significativo para a vari vel Express o Pronominal F 1 71 29 080 p lt 0 01 sendo a utiliza o do
114. ta forma expomos um modelo da representa o e processamento da informa o lingu stica no sistema cognitivo humano modelo modular cl ssico subsec o 1 1 enfatizando os conceitos de processamento sint tico e processamento discursivo dada a relev ncia destes para a conce o deste estudo Desenvolvemos tamb m um modelo relevante para a compreens o do processamento de informa o extralingu stica ou pragm tica o modelo de Grice subsec o 1 2 1 1 Processamento de Informa o Lingu stica Modelo Modular Cl ssico A linguagem um sistema altamente especializado e complexo que envolve uma intera o complexa entre v rios processos O modelo modular cl ssico prop e uma descri o te rica e empiricamente fundamentada da forma como a linguagem compreendida e produzida Neste modelo o processamento lingu stico categorizado em diferentes m dulos O contributo de Fodor 1983 com a sua monografia The Modularity of Mind tem influenciado muitos investigadores na sua conce o do sistema lingu stico como um sistema modular Para Fodor 1983 o processamento lingu stico reconhecido por tr s caracter sticas principais especificidade de dom nio autonomia e encapsulamento informacional Ou seja Fodor 1983 considera que funcionando apenas sobre determinados tipos de entrada de informa o especificidade de dom nio os m dulos n o dependem de outros sistemas cognitivos para realizarem o conjun
115. tamento dos dados para an lise estat stica Segue se na quarta sec o a apresenta o dos resultados obtidos Na quinta sec o apresentamos a discuss o que os resultados permitem integrando os no conhecimento existente de forma a contextualizar o que foi conseguido com o estudo apresentado A conclus o encontra se na sexta sec o onde refletimos acerca das implica es te ricas e pr ticas da presente investiga o explicitando perspetivas abertas para futuros estudos do tema que abord mos Enquadramento Conceptual No presente estudo pretendemos analisar as diferen as existentes entre um grupo de adultos jovens e um grupo de adultos idosos no processamento de uma express o pronominal em duas condi es distintas ao i n vel pragm tico e ao ii n vel sint tico uma condi o i comporta uma infra o da m xima conversacional do modo pass vel de induzir uma infer ncia pragm tica e ii a rela o estrutural antecedente pronome permite que o conte do referencial do pronome seja estabelecido quer por via sint tica quer por via discursiva na outra condi o i n o existe qualquer pista pass vel de induzir infer ncias pragm ticas e ii o pronome resol vel apenas por via discursiva De forma a explicitar os conceitos que estruturam este estudo encontra se no presente enquadramento conceptual uma exposi o te rica acerca do modelo modular cl ssico do processamento da informa o lingu stica qu
116. tas de identifica o do antecedente perguntas do tipo ID V Discuss o Relembramos que as an lises efetuadas t m como objetivo perceber as diferen as de desempenho entre adultos jovens e adultos idosos saud veis em duas situa es de processamento pronominal intra fr sico diferenciadas numa situa o a o pronome resol vel por via sint tica e discursiva numa frase onde ocorre uma viola o conversacional e numa outra situa o b o pronome apenas resol vel por via discursiva e n o ocorre nenhuma viola o conversacional Ap s a apresenta o de frases em ambas as situa es referidas realizada uma pergunta que poder ser do tipo I pergunta de acesso p s interpretativo informa o de g nero biol gico do antecedente do pronome ou do tipo II pergunta de discrimina o p s interpretativa do antecedente do pronome O acesso facilitado informa o de g nero traduzida num melhor desempenho nas perguntas do tipo I pode ser tomado como marcador da resolu o pronominal no n vel discursivo Na presente sec o analisaremos os resultados obtidos integrando os no conhecimento atual do tema e tendo em especial aten o a assun o te rica introduzida nas interpreta es dos dados das investiga es anteriores acerca do tema realizadas na equipa em que nos integramos Fran a 2010 Gon alves 2010 Leit o et al 2009 Teixeira 2011 Segundo a assun o te rica referida esperamos
117. tido que pretende veicular mais rico que o sentido literal obtido pela interpreta o da express o que instancia a viola o Isto na presen a deste tipo de viola o de uma conven o conversacional requer se processamento inferencial adicional por parte do recetor Grice 1989 Levinson 1991 No caso particular da viola o da m xima do modo atrav s da utiliza o de um pronome expl cito numa posi o em que seria mais habitual fazer ocorrer o pronome nulo a resolu o discursiva permite integrar na interpreta o da frase o resultado da infer ncia relativa inten o de significado que motivou a utiliza o do pronome expl cito J a resolu o por via sint tica impede que no n vel discursivo seja criada a representa o de uma entidade aut noma ligada express o pronominal processada no n vel sint tico Na aus ncia de liga o entre a express o pronominal ela e uma entidade especificamente introduzida por essa express o n o poder ter lugar qualquer passo inferencial que atribua entidade em causa propriedades particulares com base em caracter sticas da express o pronominal Assim na sequ ncia de uma resolu o por via sint tica n o ser poss vel integrar no sentido fr sico infer ncias relativas entidade referida pelo antecedente baseadas na forma da express o pronominal Esta express o desaparece enquanto forma logo no momento do seu processamento sint tico tornando se
118. tipos de express o anaf rica e as posi es sint ticas que devem ser ocupadas pelos seus antecedentes Koornneef 2008 A categoria das prefer ncias cria diferentes graus de aceitabilidade relativamente a diferentes antecedentes ou seja determinados antecedentes s o considerados melhores ou preferidos relativamente a outros antecedentes Mitkov 2002 No caso de a resolu o anaf rica ser inter fr sica situa o em que antecedente e an fora n o aparecem no mesmo dom nio onde as regras sint ticas podem ser aplicadas o processo de identifica o de um antecedente para determinada an fora guiado por prefer ncias No caso de ser intra fr sica o processo de identifica o de um antecedente guiado tanto por prefer ncias como por restri es Mitkov 2002 2 2 1 Resolu o Pronominal Intra Fr sica Modelo de Dupla Via O presente estudo considera a resolu o pronominal intra fr sica em duas situa es de processamento diferenciadas uma em que o antecedente domina o pronome atrav s de uma rela o estrutural de c comando e outra em que o antecedente se encontra encaixado num recesso genitivo A rela o estrutural de c comando um tipo de rela o sint tica cuja exist ncia aus ncia condiciona a resolu o pronominal intra fr sica O recesso genitivo um tipo particular de aus ncia de rela o c comando onde o antecedente n o diretamente constituinte da frase encontrando se em vez disso encaix
119. to de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 Pragmatic Information and Pronominal Resolution Routes Differences Associated With Aging in Pronominal Processing Abstract The present study intends to analyze the differences between young adults and healthy older adults performance in two situations that differ both with respect to syntactic and pragmatic features For this purpose a group of 41 young adults was compared with a group of 41 healthy older adults in a task that implies intra sentential pronoun resolution in the following conditions 1 pronoun resoluble either at the syntactic representation level or at the discourse representation level in a sentence that withholds a violation of conversational convention liable to trigger a pragmatic inference and 2 pronoun only resoluble at the discourse representation level in a sentence where no violation of conversational conventions occurs The results obtained do not corroborate the general hypothesis that the efficient processing of the pragmatic inference in 1 which would only occur in young adults depends on the blockage of pronominal resolution at the syntactic representation level followed by its resolution at the discourse representation level while in older adults the capacity that allows the referred blockage is hindered This fact led us to a more thorough analysis of the processing sequence associated with pronominal resolution in the tw
120. to de opera es que lhe s o pr prias autonomia produzindo assim uma sa da resultante das transforma es aplicadas s suas entradas Apenas a sa da produzida por um m dulo vis vel para os outros m dulos podendo ser tomada como entrada por alguns deles Desde a entrada de informa o sa da de informa o o conjunto de opera es definidas por cada m dulo denomina se de algoritmo Os algoritmos empregues por um determinado m dulo e os produtos interm dios criados durante a execu o desses algoritmos n o s o pass veis de apropria o por outros m dulos encapsulamento informacional Admitindo a no o de modularidade de Fodor 1983 Caplan 1992 prop e um modelo neuropsicol gico estrutural do sistema lingu stico O modelo de Caplan considera que os dispositivos de processamento de informa o assimilam informa o relativamente ao seu exterior input criando representa es internas dessa informa o A atividade de processamento consiste numa transforma o ou sequ ncia de transforma es subordinada a um determinado objetivo e aplicada a uma Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 6 representa o interna previamente criada O resultado da atividade de processamento output pode consistir na produ o de uma a o f sica sobre o exte
121. u verificar empiricamente que express o anaf rica pronome nulo ou pronome expl cito os falantes de Portugu s Europeu preferem utilizar para mobilizar um antecedente em posi o c comando A amostra desta an lise composta por 73 sujeitos 68 do sexo feminino e 4 do sexo masculino com uma m dia de idades de 20 1 anos 5 A amostra tamb m caracterizada tendo em conta caracter sticas cl nicas pontua es obtidas em instrumentos de avalia o neuropsicol gica nos Anexos cf Anexo 3 14 Existe um sujeito que pertence amostra em causa sobre o qual n o temos informa o acerca do g nero Informa o Pragm tica e Vias de Resolu o Pronominal Diferen as Associadas ao Envelhecimento no Processamento de Pronomes Sabrina da Rocha e mail sabrinarocha88 gmail com 2012 27 DP 3 735 e uma m dia de anos de escolaridade de 13 08 DP 0 884 Todos os sujeitos sao alunos da FPCE UC e alunos do 2 ano do Mestrado Integrado em Psicologia A tarefa que executaram consistiu no completamento de um conjunto de 144 in cios de frase Era apresentada a primeira ora o das frases e o in cio da segunda e g A catequista do mission rio fugiu do combatente de quem sendo pedido que cada participante completasse as frases de modo a que obtivesse frases com sentido procurando n o utilizar mais de 4 ou 5 palavras Para al m disso os participantes tamb m teriam que atribuir um papel na segunda ora o
122. uas como o Portugu s Europeu a an fora pode tamb m manifestar se como pronome nulo pro Brito 2003 2 2 Resolu o Anaf rica O processo atrav s do qual o recetor de uma mensagem lingu stica seleciona o antecedente que mais provavelmente o emissor dessa mensagem pretendia que fosse recuperado pela express o anaf rica denomina se resolu o anaf rica A resolu o anaf rica consiste assim na sele o de uma express o lingu stica dispon vel num determinado discurso constituindo se essa express o o antecedente da an fora e estabelecendo com ela uma rela o de correfer ncia Tendo em conta a localiza o do antecedente e da an fora podemos caracterizar a resolu o anaf rica como inter fr sica ou intra fr sica Mitkov 2002 A resolu o anaf rica inter fr sica quando o antecedente e a an fora se encontram em frases distintas e g Os lobos mataram v rios carneiros Este ano eles andavam esfomeados Quando o antecedente e a an fora se encontram numa mesma frase a resolu o anaf rica intra fr sica e g O fornecedor da vendedora pensou na caloteira a quem ele tinha feito v rias amea as Como veremos em sec es posteriores desta disserta o os est mulos lingu sticos que utilizamos neste trabalho exigem a resolu o pronominal intra fr sica A resolu o anaf rica um processo complexo guiado atrav s de diversos tipos espec ficos de informa o Mitkov 2002 Um dos

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