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IMPACTO DA IMPLEMENTAÇÃO DOS KITS DE

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1. Em Mo ambique o mesmo formul rio de levantamento de dados usado por todos os par ticipantes no cluster de abrigo A metodologia usada para se preencherem os formul rios participativa e explicitamente encoraja a contribui o das lideran as mulheres e os mais vul ner veis O envolvimento de todos os intervenientes chaves fundamental para se assegurar os direitos humanos inerentes ao abrigo seguro A comunidade afectada organizada atraves de organiza es baseadas na comunidade formais e informais determinante para uma an lise inicial que lever ao levantamento e identifica o bem como eventual elei o de uma resposta adequada O processo de levantamento que parte da comunidade quer seja atrav s dos membros dos Comit s de Gest o de Risco ou atrav s dos l deres comunit rios que submetem ao COE distri tal a lista de pessoas com necessidade de abrigo estas listas s o canalizadas ao COE provincial que coordena com todos os outros intervenientes Obras P blicas Sa de Mulher e Ac o Social ONGs baseadas na provincia e nos distritos as necessidades das comunidades nas zonas afectadas os Kits de abrigo s o uma das componentes da resposta a desastres a CVM como as outras ONGs parte do COE provincial inst ncia em que cada organiza o declara os recursos que tem dispon veis e nessa base feita a sua aloca o s comunidades mais afectadas A informa o colhida no campo no acto de levan
2. entidades constante com as 5 intemaconas TEVLA E E CO Farma Verdca o con sol ca o micrma o para apresen W 20 Director do INGC O Drector do INGC convoca conseino ransmie informa o Act va o Paroa Ou Totali go O Drecty do INGC informa o sobre o evento informa o Consero Coordenado para tomar taraa na Situa o Monitoria Monitoria Saua o critica institucional constante constante do activa o da normal do fen meno UNAPROC fen meno e mobiza o de Apelo Prepara o recursos e Internacional de recursos activa o do coordena o de ajuda im mm anian al Figura 6 Processo de Declara o de Alertas Institucionais CENOE A coordena o do CENOE permite a interven o de v rias equipes multisectoriais incluindo a do cluster de abrigo O CENOE est baseado em Maputo com centros regionais em Vilanculo Inhambane Caia Sofala e Angoche Nampula e tem mecanismo de activar centros m veis a nivel provincial e distrital sempre que se julgue necess rio Existe um processo de desactiva o parcial ou total do CENOE considerando a situa o actual do evento quantidade de recursos activos situa o actual das reas afectadas entre outrosO processo de desactiva o tem em vista dar por terminadas formalmente as ac tividades dos sectores interven
3. o de Kits de abrigo em Mo ambique desde 2005 n o existem relatorios sobre avalia es do programa Kits de abrigo De acordo com os t cni cos da CVM a nivel distrital a CVM faz a demonstra o do uso do Kit na pr tica e depois faz a monitoria acompanhando a montagem feita pelos membros da comunidade no que diz respeito a grupos vulneraveis os t cnicos mobilizam os activistas que ajudam os que precisam de apoio Ap s a montagem a CVM intervem com outros programas como seja o de gua e saneamento recentemente terminado em da Costa e Namacurra mas n o existe um m todo que permita monitorar a satisfa o entre os beneficiarios A monitoria em rela o assist ncia humanit ria feita atrav s dos diferentes clusters Se guran a Alimentar abrigo gua e Saneamento Sa de Nutri o Educa o Recupera o e Protec o que congregam a informa o em publica es peri dicas partilhadas entre os dife rentes intervenientes Ao longo dos primeiros meses de 2013 o cluster de abrigo coordenou periodicamente a infor ma o com o grupo de trabalho do CTGC tendo indicado que entre 17 000 a 20 000 casas tinham sido parcial ou totalmente danificadas e a precisar de reabilita o em todo o pa s depois do alerta laranja decretado pelo governo o cluster de abrigo continuous a avaliar o impacto negativo das inunda es e em colabora o com as autoridades locais usoou os re sultados da sua monitoria e
4. Kit S o distribu das muitas vezes sem o saco com as ferramentas assim como outras organiza es fazem distribui o das suas pr prias lonas ou fazem procurement Existe um outro Kit distribu do pela Vis o Mundial denomi nado Couverage Kit com lonas e corda Corda F considerada muito grossa mas sempre com a possibilidade de ser desfiada como visto em alguns casos serve por vezes como apoio para outras fun es O Serrote F em todos os grupos contactados foi considerado a ser substitu do por um serrote de arco pois mais f cil de ser manuseado e oferece uma agilidade maior para as necessidades do trabalho a efectuar Os Pregos com anilha C raramente utilizados s o muitas vezes guardados para virem a ser utilizados quando houver oportunidade de montar um telhado de zinco Existe a probabili dade de serem vendidos A P em conjunto com a enxada s o dois elementos bastante teis Mas uma vez que esta a p j distribu da no Kit latrina ponderamos que possa ser considerada como ele mento complementar tamb m usado principalmente por homens Cruz Vermelha de Mo ambique Enxada em conjunto com as lonas de pl stico a corda s o o grande elemento de apoio na recupera o quer do abrigo assim como utilizada na mais diversas situa es Parece nos que esta ferramenta poder substituir em diversas situa es a necessidade da p fazer pa
5. fessores Figura 4 Tabela de Grupos Focais A discuss o de grupos focais desagregados por sexo trouxe diferentes interpreta es e per cep es do processo de Kits de abrigo o que permitiu fazer se o cruzamento e verifica o dos dados referentes a resultados e impactos da distribui o montagem e uso dos Kits de abrigo Os grupos focais permitiram ainda fazer se o levantamento de boas pr ticas e li es que ser vem para se avan ar com um modelo mo ambicano do Kit de abrigo V LIMITA ES No decurso do presente estudo constituiram limita es de destaque os seguintes pontos Este relat rio foi elaborado com base em documentos existentes no dom nio p blico e nos acervos da CVM e parceiros ambos caracterizados pela escassez de estudos ou documentos cientificos que retratem o tema em quest o Cruz Vermelha de Mo ambique 15 O acervo de documenta o limitado disperso a CVM n o tem base de documen ta o que possa ser facilmente consultada Alguns documentos usados n o est o devidamente referenciados Em casos de fonte ou autor n o devidamente identificados e ser considerados como refer ncias para os autores do relat rio de avalia o O estudo e trabalho de campo foram feitos depois de terminada a ac o de implementa o do trabalho de resposta usando o Kit de abrigo e num ano em que a distribui o pela CVM foi limitadana provincia da Zam
6. Cruz Vermelha de Mo ambique O fraqueza de sistemas de triagem o que leva em alguns casos duplica o de levantamentos Aponta se falta de transpar ncia em casos de listas submetidas pelas autoridades comunit rias que inscrevem os seus familiares em detrimento das pessoas mais vulner veis na comu nidade A CVM solicitada a treinar outras organiza es na montagem de um abrigo Durante a tem pestada Fundso em Fevereiro de 2013 que assolou o baixo Zambeze a CVM n o tinha dis pon veis Kits de abrigo para distribui o no entanto os t cnicos provinciais e distritais em entrevistas afirmaram que se deslocaram s zonas afectadas em Nante districto de Maganja da Costa e Burue distrito de Namacurra para treinar membros dos comit s de gest o de risco de desastres e volunt rios da Concern a montarem os seus abrigos Membros das comunidades dificilmente se lembram dos Kits de abrigo da CVM e isto deve se ao facto dos mesmos terem sido distribuidos em anos passados durante os grupos focais realizados em Morla e Mugerere membros destas comunidades afirmaram que os Kits tinham sido distribuidos por membros da CVM em 2007 que se deslocaram ao local e quiseram sa ber que pessoas tinham perdido as suas casas No entanto segundos estes as pessoas n o visitaram as casas destru das para identificarem claramente aquelas pessoas ou familias ne cessitadas de abrigo Compreendemos que por vezes o Kit de abrigo observado
7. O Kit de abrigo mo ambicano apresentado como uma proposta a ser estudada tendo em conta a avalia o feita sobre o Kit de abrigo da FICV e a sua adapta o ao contexto s ciocul tural do pa s De acordo com as li es aprendidas sobre o uso do Kit de abrigo da FICV um Kit de abrigo adaptado realidade de Mo ambique ao qual chamar lhe emos de Kit de abrigo mo am bicano ser composto por 2 lonas e uma corda de acordo com as especifica es do manual t cnico sobre o Kit de abrigo da FICV LONA DE PL STICO Esta lona feita em tecido polietileno HDPE de alta densidade com fibras pretas plastificada de ambos os lados e revestida com polietileno de baixa densidade LDPE A medida recomen dada de 4m x 6m para permitir um espa o suficiente que acomode 5 pessoas n mero m dio de membros de uma fam lia INE As lonas s o o elemento principal do Kit de abrigo Podem ser usadas para a cobertura para as paredes e para o ch o CORDA Com 12 metros de comprimento e 12 mm de di metro al m de poder ser desfiada de modo a ser utilizada com mais facilidade a corda serve tamb m para esticar a lona atar as uni es assim como amarrar a estrutura no dia a dia das fam lias afectadas poder ser utilizada para pendurar a roupa prender os animais etc SERRA DE ARCO Serve para cortar a madeira e outro tipo de materiais duros medida necess ria Cruz Vermelha de Mo ambique O ENXADA Serve para preparar o ch o
8. fazer as funda es do abrigo a construir pode tamb m servir para cavar as valas de drenagem em volta do abrigo caso seja necess rio e pode ainda ser usada como uma ferramenta para cultivar a terra abrir buracos ou qualquer outro uso no dia a dia das familias afectadas CATANA Serve para fazer a limpeza do terreno onde o abrigo ser implementado moldar a madeira ou bamb e cortar capim cani o e outros materiais MARTELO DE ORELHAS Serve para pregar e remover pregos e para trabalhar com outras ferramentas para fazer uni es ALICATE Serve para cortar arame cordas lonas e chapas met licas PREGOS COM ANILHAS 500 gramas de pregos com anilhas de 75 mm 3 5 servem para prender as lonas estrutura sem danificar a lona garantindo a impermeabilidade podem ser reutilizados numa fase pos terior se forem usados com cuidado ARAME 25 metros com 1 5 mm de di metro serve para prender as lonas para prender as uni es e amarrar a estrutura do abrigo Estas s o componentes b sicas que asseguram uma abordagem baseada em direitos huma nos na medida em que com recurso a outros materiais localmente dispon veis como estacas bamb ou cani o o abrigo montado confere seguran a prote o e respeito pela privacidade da fam lia O empoderamento promovido atrav s de um trabalho em conjunto envolvendo os pr prios afectados como as primeiras pessoas na resposta e a participa o ao fortalecer a capacidade dos membros d
9. ncia em 2012 e 3 300 Kits foram usados na provincia de Gaza em 2013 Impacto da Implementa o dos Kits de Abrigo Em Mo ambique Ill OBJECTIVOS DO ESTUDO Segundo os Termos de Refer ncia o presente estudo tem por objectivo Contribuir para a me lhoria do modelo do Kit de abrigo adaptado s necessidades e expectativas da popula o afec tada pelas emerg ncias em Mo ambique Especificamente pretende se 01 Fazer um levantamento focalizado para providenciar informa o extensiva sobre o uso distribui o e utiliza o dos Kits de abrigo como uma alternativa adequada para uma r pida resposta as emerg ncias 02 Prover alternativas por via de uma s rie de produtos focados na melhoria do modelo do Kit de abrigo O produto um relat rio de avalia o do uso e impacto que a distribui o do Kit de abrigo teve junto da popula o afectada atrav s da an lise da recolha de informa o existente de emerg ncias acontecidas em diferentes partes do pa s entrevistas com informantes chave e trabalho de campo em Maganja da Costa Namacurra Nicoadala Chokw e Guij Este re lat rio inclui recomenda es pr ticas concretas e aplic veis sobre o uso do Kit de abrigo em Mo ambique IV METODOLOGIA A metodologia adoptada pelos consultores consiste num estudo de curta dura o focaliza do na avalia o nos locais ou zonas de interven o do programa usando uma metodologia consistente e estruturada com base
10. uma abordagem multissectorial por parte do governo sob a lideran a t cnica do INGC e coordenada pelos minist rios chave e que integra 1 gua e Saneamento envolvendo os clusters de Sa de Nutri o Educa o Prote o Social e Seguranca Alimentar 2 Infraestruturas liderada pelo Minist rio de Obras P blicas e Habita o e apoiada pelo clus ter de Recupera o R pida e Abrigo 3 Informa o e Planifica o liderada pelo INGC e apoia da pelo cluster de Log stica e Telecomunica o e 4 O sector de Comunica o que liderado pelo INGC e apoiado pelo secretariado do HCT O Sistema das Na es Unidas o portal para a comunidade doadora e envia em situa o de estado de alerta parcial os seus pontos focais que s o enquadrados nos sectores em funcio namento no mbito do CENOE No estado de alerta total o CENOE funciona na sua m xima capacidade de acordo com o fen meno O alerta total acontece quando a situa o de emerg ncia n o pode ser controlada com os fundos alocados no Plano de Conting ncia global e a situa o exige a interven o de todos os sectores que fazem parte do Conselho Coordenador de Gest o das Calamidades Na maior parte dos casos este alerta activado quando o desastre est em curso e pode resultar num apelo comunidade internacional Cruz Vermelha de Mo ambique E INSTITUCIONAIS INAM ARAs GABINFO Otcuas de aviso pr vio Geoioga mant m comuraca o CENACARTA
11. DE ABRIGO Durante toda a fase de avalia o fomos questionando as pessoas sobre os elementos que fazem parte do Kit de abrigo As respostas foram muito variadas sendo que de dentro das co munidades as pessoas consideram que todas pe as do conjunto s o fundamentais e querem acrescentar outros elementos por exemplo mais lonas rede mosquiteira e at sementes Mais interessante foi que os t cnicos distritais e provinciais corroboram na maioria dos casos com as necessidades apontadas pelas pessoas sendo estes que t m um contacto directo com as comunidades Foi tamb m com estes que tivemos conhecimento que no Chokw o Kit de abrigo aquando da sua distribui o foi dividido em duas partes Kit de abrigo lonas e corda e Kit ferramentas saco contendo as ferramentas Os parceiros da CVM que fazem parte do cluster t m outra vis o das ferramentas e algumas opini es diferentes quanto as ferramentas Denotou se nas v rias entrevistas a necessidade de se compreender o que todos os Kits que s o distribu dos cont m para que n o sejam dis tribu dos as mesmas ferramentas ou utens lios Mas mesmo assim conseguimos individualizar quais os elementos que devem ser considerados como fulcrais F e aqueles que podem ser considerados complementares C e at os que devem ser revistos em termos de qualidade F Apresentamos de seguida as conclus es sobre cada uma das ferramentas As lonas de pl stico s o a base de todo
12. avalia o para divulgar o n mero de casas e infre estruturas que precisavam de ser reabilitadas e constru das A informa o agregada pelo cluster cruzada com aquela aferida pelo governo atrav s das suas estruturas locais e os n meros usados como indiadores para programas de recupera o ap s os desastres VIII ASSUNTOS TRANSVERSAIS A equipa de consultores debru ou se sobre os assuntos transversais g nero HIV SIDA e am biente em rela o aos Kits de abirgo considerando o seu impacto na resposta a desastres e mais especificamente no programa de Kits de abrigo G NERO Considerando que mulheres raparigas homens e rapazes t m diferentes necessidades pap is e responsabilidades em rela o ao abrigo a abordagem de g nero n o est inclu da no manual t cnico da FICV a forma o sobre a montagem do abrigo careceu de uma programa o para que se assegurasse que as pessoas homens e mulheres afectadas beneficiassem igualmente do abrigo seguro O programa do Kit de abrigo surge depois da ocorr ncia de um desastre Cruz Vermelha de Mo ambique ED portanto num ambiente complexo em que a prioridade ajudar as pessoasafectadas a lida rem com os aspectos t cnicos e log sticos para a montagem dos Kits Durante os grupos focais com mulheres nas reas alvo deste estudo estas indicaram nunca terem sido especificamente consultadas sobre as suas necessidades espec ficas afirmaram no entanto que as brigadas de vol
13. bahr et al 2005 Ecology and Society Resilience and vulnerability Complemtentary or conflict concept The Sphere Project 2011 Humanitarian Charter and Minimum Standards in Humanitarian Response B WEBGR FICAS Ajuda Oficial para o Desenvolvimento a Mo ambique http www odamoz org mz Dartmouth College http dartmouth edu http www plastic sheeting org Humanitarian Response http www humanitarianresponse info Inter Agencie Standing Comitee http www humanitarianinfo org IASC International Charter Space and Major Disasters http www disasterscharter org Organiza o Internacional para as Migra es http www iom int Oxfam http www oxfam org Red de Informaci n Humanitaria para Am rica Latina y el Caribe http www redhum org Relief Web http reliefweb int Services and Applications For Emergency Response http safer emergencyresponse eu TheShelterCluster https www sheltercluster org The Sphere Project http www sphereproject org TheUniteNations Office forDisasterRiskReduction http www unisdr org The United Nations Development Programme http www undp org The United Nations Human Settlements Programme http www unhabitat org United Nations Office for the Coordination of Humanitarian Affairs http www unocha org World Food Programme http www wfp org World Vision http www worldvision org Cruz Vermelha de Mo ambique OS PRINC PIOS FUNDAMENTAIS M
14. cluster e com a pr pria CVM foi sempre mencionada a falta do recurso de estacas para se erguerem as estruturas dos abrigos Impacto da Implementa o dos Kits de Abrigo Em Mo ambique As solu es apresentadas no manual para diferentes estruturas s o tamb m escassas sendo dada primazia a materiais como a madeira e o bamb Esttes recursos s o escassos e mesmo inexistentes no distrito o que resulta numa dificuldade quanto capacidade de utiliza o ime diata do Kit No caso de Namacurra e Maganja da Costa as dificuldades detectadas s o bastante diferen tes existem recursos locais suficientes para o corte de estacas para as estruturas dos Kits de abrigo mas h um elemento contra a madeira que ali se encontra demasiado dura para que os pregos disponibilizados nos Kits consigam penetrar e dar estabilidade Por vezes ob serv mos pregos dobrados e que feriam a lona danificando a Esta situa o cria infiltra es quando chove e pode de algum modo piorar a qualidade do abrigo mesmo que provis rio pois numa madeira dura as ferramentas disponibilizadas degradam se mais rapidamente A observa o directa participativa permitiu verificar tamb m que as lonas t m uma maior dura o comparativamente a outros pl sticos e lonas usados pela comunidade e que as pessoas preferem as lonas da CVM pela sua qualidade e dura o Foi considerada pertinente a inclus o de uma rede mosquiteira pois tanto na fase de emer g n
15. de distribui o de material de abrigo deve seguir um processo repetido de levantamento planifica o implementa o revis o e avalia o Este modelo de ciclo de projecto usado neste estudo como uma cadeia que ajuda a analisar cada fase e no caso o Kit de abrigo A metodologia adoptada pelos consultores consistiu numa avalia o da assist ncia providen ciada por Kits de abrigo da CVM a comunidades em situa o de emerg ncia os consultores priorizaram o uso de metodologias participativas conforme abaixo se descreve tendo em vista que os projectos ECHO s o desenhados para promover e fortalecer a capacidade de rea o local e preparar as comunidades para a resposta a futuras ocorr ncias As comunidades afectadas de Namacurra Maganja da Costa e Chokw foram escolhidas como uma amostra representa tiva nesta avalia o consultadas e envolvidas nas fases da avalia o para se assegurar que as suas preocupa es reais fossem tratadas atrav s de uma abordagem bottom up REA DE ESTUDO Este estudo focalizado nas ac es desenvolvidas nos distritos de Namacurra Maganja da Costa e Nicoadala na Prov ncia da Zamb zia e nos distritos de Chokw e Guij na Prov ncia de Gaza em Mo ambique incorporando os estudos de caso e experi ncias preliminares levadas a cabo conjuntamente em Mo ambique assim como em outros pa ses durante emerg ncias passadas GE Impacto da Implementa o dos Kits de Abrigo Em Mo am
16. e deve ser refor ada ou inclu da na forma o de Kits de abrigo disponibilidade de recursos chave para uma identifica o adequada das necessidades em abrigo As partes interessadas incluindo a CVM devem logo reconhecer esta necessida de e comprometerem a sua participa o efectiva Os recursos para a resposta a desastres devem estar disponiveis como parte do seu ciclo normal de or amenta o Os programas de forma o sobre Kits de abrigo devem incluir a montagem com outro tipo de estruturas e para isso ter o que ser formados os t cnicos locais com conhecimento nes se campo Temas como estrutura feita com capim mais difundido como constru o com canas ou at mesmo constru es em terra j de conhecimento local mas com diferentes op es como por exemplo o adobe ou o super adobe devem ser estudados na forma o sobre Kits de abrigo COORDENA O As mensages chaves principais devem ser disseminadas e durante o processo deve se ava liar se estas foram devidamente entendidas Por exemplo quando definimos grupos vulne r veis temos que ter a certeza que todas as partes vulner veis comungam da mesma defini o Pessoas idosas podem ser invisiveis e excluidas devido discriminacao ou cren as locais feiti aria rela es de poder podem excluir mulheres de homens que praticam a poligamia CVM precisa de refor ar a divulga o do Kit de abrigo junto aos parceiros do Cluster o que
17. mortes resultantes de surtos de c lera nas prov ncias do norte do pa s Cruz Vermelha de Mo ambique Vari vel Casas destru das Casas afectadas D Sem Dados lt 63 63 lt 188 188 lt 570 sro lt 1408 E 1408 lt 6402 uma gt 6492 Figura 2 Mapa de Mo ambique com casas destru das e casas afectadas por desastres Os Kits de abrigo da Federa o Internacional da Cruz Vermelha FICV adoptados pela Cruz Vermelha de Mo ambique CVM fizeram parte da resposta na fase da recupera o ini cial estes Kits constitu dos por 2 lonas e outras ferramentas visam n o apenas serem usados na reconstru o ou montagem de abrigo como proporcionam instrumentos que permitem que membros da comunidade possam reiniciar as suas actividades e restaurar os seus meios de vida Ademais implicam um processo participativo de inter m tua e colabora o envolve a criatividade e o trabalho dos membros da comunidade de homens e mulheres para a recu pera o da sua dignidade humana privacidade seguran a e prote o contra doen as e contra os efeitos adversos do clima A CVM tem vindo a implementar Kits de abrigo em Mo ambique como uma resposta que respeita os direitos humanos e que est em alinhamento comas normas previstas no Projecto Esfera Segundo ados fornecidos pela CVM um total de 2 500 Kits de abrigo foram distribu dos na Zamb zia durante as cheias que assolaram a prov
18. ncia ao mesmo tempo que as tendas e outros abrigos caso estejam dispon veis s o distribu dos sem que obdecem aos padr es advocados pela CVM A coordena o parte integrante do cluster do abrigo o que tem contribuido para uma maior abrang ncia e impacto do Kit de abrigo As diferentes organiza es envolvidas na resposta de emerg ncia t m estado a trabalhar em coordena o formal ou informalmente como forma de compartilhar boas pr ticas e melhor uso de recurso Por exemplo a nivel nacional existe a coordena o informal que engloba a COSACA importante em quest es operacionais como controle de qualidade escolha e compra do material e ferramentas necess rias para se com p r o Kit de abrigo No entanto autoridades locais em Nante e Birua afirmam haver duplica o de listas devido fraca coordena o a nivel provincial uma vez que cada institui o faz a sua lista e na distribui o da ajuda os bens acabam beneficiando as mesmas pessoas segundo eles a distribui o feita de acordo com a disponibilidade de cada organiza o dizem que h levantamento sobre o apoio que as pessoas precisam mas a interven o depende do que esta disponivel e a dispo nibilidade dita o tipo de interven o Segundo um informante chave a coordena o desapa rece assim que termina a fase da resposta A gest o da ajuda humanit ria constrangida por quest es log sticas e de coordena o Durante desastres a decis o pa
19. o 285 000 pessoas precisaram de assist ncia alimentar durante meses Em 2008 50 000 foram realojadas devido as cheias e entre 150 000 a 200 000 pessoas afectadas segundo os media internacionais 4600000 3680000 Afectados 2760000 1840000 920000 to Co oo 5007 900 600 6 6 c86L 986T T66T v66T L66T 000 Figura 1 Gr fico de pessoas afectadas e pessoas v timas de desastres em Mo ambique 1979 2012 O maior impacto dos eventos extremos tem sido na habita o e muitas casas t m sido des tru das ou danificadas de destacar que as casas das comunidades mais pobres feitas de materiais naturais locais e mais economicamente acess veis s o bastante afectadas A vul nerabilidade dos assentamentos humanos caracterizada pela sua exposi o a riscos e fraca qualidade de constru o o que torna o abrigo uma componente importante na resposta a desastres No in cio de 2013 os n veis hidrom tricos das bacias dos mais importantes rios no sul centro de Mo ambique aumentaram e o impacto das cheias aumentou significativamente afectando as prov ncias de Gaza e Zamb zia para al m da capital Maputo e da Prov ncia de Inhambane no sul do pa s e ainda Nampula Cabo Delgado e Niassa a norte O Governo de Mo ambique accionou o Alerta Amarelo seguido do Vermelho e indicou que cerca de 420 000 pessoas ti nham sido afectadas pelo pa s tendo 119 perdido a vida apara al m de
20. o Kit de abrigo o que cont m dentro de ele as ac es de forma o tanto de par ceiros como de t cnicos locais nas artes de constru o reconstru o e compreens o das ferramentas devem ser mais sistem ticas incluindo um levantamento de outros Kits e com preender como todos eles se podem tornar complementares e o impacto Kit de abrigo da CVM ser maior se for aumentada a sua abrang ncia atempada Cruz Vermelha de Mo ambique A coordena o durante os desastres dever ser refor ada para se ter uma gest o de recursos disponiveis durante o ciclo de desastre que seja racional transparente e que preste contas Coordenar externamente Coordenar com as outras organiza es para assegurar que o n vel de apoio prestado n o crie desequil brio com os projectos de outras organiza es O Cluster de Abrigo em Emerg ncia criado para apoiar a coordena o A coordena o dever aconte cer antes do pre posicionamento ao n vel provincial Assegurar a coordena o entre clusters e a gest o de informa o na fase da recupera o r pida em forte colabora o com o gover no parceiros humanit rios e doadores de modo a assegurar an lise de dados de qualidade e uma boa troca de informa o Os mecanismos de coordena o ao n vel provincial devem ser refor ados para permitir um maior fluxo de informa o e processos mais transparentes Coordenar internamente Coordenar internamente com os outros sectores da
21. sibilidade para pessoas afectadas de fazerem a auto constru o num esp rito de inter ajuda e m tua colabora o que envolve os membros da comunidade a participarem na sua de um abrigo base para o per odo entre o desastre e a recupera o reconstru o das suas habita es H 3 aspectos fortes que contribuem para a adop o do Kit de abrigo da CVM em Mo ambique Impacto da Implementa o dos Kits de Abrigo Em Mo ambique 1 A QUALIDADE O Kit de abrigo da CVM obedece a um padr o de qualidade pr definido que assegura uma resposta em abrigo com dignidade para a pessoas afectadas garantindo lhes direitos humanos fundamentais como seja a privacidade a seguran a a prote o e sa de FORMA O CVM reconhecida como l der a n vel nacional provincial e distrital na forma o em constru o reconstru o usando o Kit de abrigo O trabalho dos volunt rios baseados nas comunidades afectadas propensas ao risco tem sido fundamental para a dis semina o de t cnicas de constru o sustent veis usando o Kit de abrigo da FICV PARTICIPA O a montagem de Kits de abrigo da CVM feita com base num trabalho de integra o e participa o que promove uma cidadania activa e uma cultura que respeita e consagra os direitos dos grupos mais vulner veis como sendo as crian as rf s os idosos as pessoas portadoras de defici ncia e os doentes cr nicos para quem os membros mais activos da comunid
22. usarem as ferramentas do Kit de abrigo foi declarado pelos pr prios em entrevistas semi estruturadas com membros da comunidade que as ferramentas s o teis os grupos de discuss o de mulheres afirmaram no entanto que as ferramentas s o usadas pelos homens sendo a enxada a nica ferramenta que elas usam para come ar a cultivar a terra as mulheres sugerem que seja inclu da alguma roupa nos Kits assim como os idosos disseram que um conjunto de medicamentos ser lhes ia bastante til ap s a ocorr ncia dum desastre nas discuss es com os homens estes sugerem que sejam inclu das sementes Nem todas as fam lias afectadas t m a capacidade de constru rem o seu abrigo com as fer ramentas dos Kits de abrigo e dificuldades diferentes quanto capacidade das pessoas de utilizarem os recursos ao seu alcance Observamos exemplos em que a dificuldade era tal que mesmo o exemplo mais simples das instru es n o foi seguido Em algumas situa es por fal ta de estacas ou capacidade de constru o de uma estrutura noutras por falta de interac o e partilha entre a comunidade para uma inter ajuda necess ria No Chokw a maior e mais evidente dificuldade para as fam lias afectadas de encontrarem materiais para erguerem as estruturas dos abrigos num ambiente natural de savana o n me ro de rvores e a capacidade de se obterem estacas bastante reduzida No contacto com as popula es locais assim como com os parceiros da CVM no
23. CIDADE Em cada pa s pode existir apenas uma Sociedade da Cruz Vermelha ou do Cres cente Vermelho Tem de ser aberta a todos Tem de realizar o seu trabalho humanit rio em todo o seu territ rio UNIVERSALIDADE O Movimento da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho em que todas as sociedades t m igual estatuto e partilham as mesmas responsabilidades e deveres de ajuda m tua universal pMB QUE VAADA Yy 7 n o
24. Eo Impacto da Implementa o dos Kits de Abrigo Em Mo ambique A discuss o de grupos focais desagregados por sexo trouxe diferentes interpreta es e per cep es do processo de Kits de abrigo o que permitiu fazer se o cruzamento e verifica o dos dados referentes a resultados e impactos da distribui o montagem e uso dos Kits de abrigo Os grupos focais permitiram ainda fazer se o levantamento de boas pr ticas e li es que ser vem para se avan ar com um modelo mo ambicano do Kit de abrigo LOCAL DATA N MERO DE PARTICIPANTES GRUPO FOCAL Morla Nante 03 07 2013 17 homens e 5 mulheres Membros da comunidade Maganja da Costa e autoridades locais Mugoloma Nante 04 07 2013 20 homens e 7 Membros da comunidade Maganja da Costa mulheres e autoridades locais Lugela Birua e 06 07 2013 149 mulheres Grupo de mulheres dos Muguerege 3 postos administrativos Lugela Birua e Muguerege Lugela Birua e 06 07 2013 120 homens Grupo de homens dos 3 Muguerege Furquia postos administrativos Namacurra Lugela Birua e Muguerege Lugela 06 07 2013 N D Membros do Comit de Gest o de Riscos Birua 06 07 2013 N D Membros do Comit de Gest o de Riscos Mugerege 06 07 2013 N D Membros do Comit de Gest o de Riscos Birua Mugerege e 07 07 2013 13 homens e 5 Autoridades Locais r Lugela Namacurra mulheres gulos chefes de posto chefes de povoado de 1 escal o e 2 escal o pro
25. Mo ambique Relat rio de Avalia o Kits de Abrigo IMPACTO DA IMPLEMENTA O DOS KITS DE ABRIGO EM MO AMBIQUE COMISS O EUROPEIA A o EH Este documento foi elaborado com o apoio financeiro da Comiss o Europeia As opini es emitidas neste documento n o devem ser consideradas de nenhuma forma para reflectir a opini o da Comiss o Europeia Ficha T cnica T tulo RELAT RIO DE AVALIA O KITS DE ABRIGO IMPACTO DA IMPLEMEN TA O DOS KITS DE ABRIGO EM MO AMBIQUE Adapta o HAS Pesquisa Consultoria e Servi os Layout Publifix imagem da capa est baseada numa serigrafia desenhada pelo artista mo ambica no Malangatana para Cruz Vermelha de Mo ambique dentro da iniciativa destinada a apoiar as v timas das cheias do ano 2000 Cruz Vermelha de Mo ambique Av Agostinho Neto 284 Maputo Tel 258 21 497721 4981 39 Fax 258 21 49 77 25 E mail cvm redcross org mz Novembro de 2014 Maputo Mo ambique NDICE GLOSS RIO DE ACRONIMOS Ne LISTA DE FIGURAS A tktbbnA aaa aa Aak AA EA EbE naasa raara tate naa annaas SUM RIO EXECUTIVO j CONTEXTO CR Ill OBJECTIVOS DO ESTUDO ssisss ia IV_ METODOLOGIA aii cris Sa np VI O QUE O Kit DE ABRIGO DA VII AN LISE DA CADEIA DO Kit DE ABRIGO VII 1 LEVANTAME
26. NTO E IDENTIFICA O COMPOSICARO VIl 3 PLANIFICA O sis gira VIl 4 COORDENA O nas VII 6 LOG STICA E DISTRIBUI O RN VIE7 CAPACITACAO sairia add dd VII 8 MONITORIA E AVALIA O RN VII ASSUNTOS TRANSVERSAIS IX CONSTATA ES LI ES APRENDIDAS X RECOMENDA ES XI Kit DE ABRIGO Ne BIBLIOGR FICAS WEBGR FICAS sais fi SS RA 10 11 14 15 17 17 20 22 24 27 28 29 30 30 33 35 38 41 41 41 GLOSS RIO DE ACRONIMOS CENOE Centro Nacional Operativo de Emerg ncia COE Centro de Opera es de Emerg ncia CVM Cruz Vermelha de Mocambique FICV Federe o Internacional da Cruz Vermelha IFRC Sigla em Ingles da Federecao Internacional Sociedades da Cruz Vermelha e Cres cente Vermelho INGC Instituto Nacional de Gest o de Calamidades OCHA Office for the Coordination of Humanitarian Affairs UN OIM Organiza o Internacional de Migra o NU Na es Unidas Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 LISTA DE FIGURAS Gr fico de pessoas afectadas e pessoas v ti
27. OVIMENTO INTERNACIONAL DA CRUZ VERMELHA DO CRESCENTE VERMELHO HUMANIDADE O Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho nas ce da preocupa o de prestar aux lio sem discrimina o aos feridos no campo de batalha esfor a se na sua capacidade internacional e nacional de prevenir e aliviar o sofrimento hu mano seja l o que pode ser encontrado O seu prop sito de proteger a vida e a sa de e de promover o respeito pela pessoa humana Favorecer a compreens o a coopera o e a paz duradoura entre os povos IMPARCIALIDADE N o faz nenhuma discrimina o quanto a nacionalidades ra as credos re ligiosos condi es sociais ou opini es pol ticas empenhando se exclusivamente em socorrer todos os indiv duos na medida dos seus sofrimentos e da urg ncia das suas necessidades e dar prioridade aos casos mais urgentes de infort nio NEUTRALIDADE A fim de conservar a confian a de todos abst m se de tomar parte em hos tilidades ou em controv rsias de ordem pol tica racial religiosa ou ideol gica INDEPEND NCIA O Movimento independente As Sociedades Nacionais enquanto auxilia res dos servi os humanit rios dos respectivos governos e sujeitas lei dos respectivos pa ses t m de manter sempre a sua autonomia para poderem sempre actuar de acordo com os prin c pios do Movimento VOLUNTARIADO um movimento de al vio volunt rio n o se movendo de modo algum pelo desejo de ganho UNI
28. a comunidade na auto constru o Os cuidados de sa de devem fazer parte do programa Kit de abrigo atrav s do Kit b sico de Primeiros Socorros que deve ser assegurado a um volunt rio da CVM para que possa prestar assist ncia em casos de ocorr ncia de acidentes ferimentos ou no surgimento de alguma epi O Impacto da Implementa o dos Kits de Abrigo Em Mo ambique demia entre a comunidade afectada Embora existam organiza es cujo enfoque est em Kits de sa de em desastres importante a complementaridade entre o Kit de abrigo e os outros por exemplo acrescentar uma rede mosquiteira em cada Kit de abrigo poder ser uma mais valia Embora o manual t cnico do Kit de abrigo da FICV apresente exemplos de montagem de abri gos com recursos a madeira e bamb em Mo ambique dever se analisar cada uma das regi es e prov ncias e os seus recursos de modo a que as comunidades estejam melhor pre paradas para as situa es de emerg ncia Nos casos onde existam poucos recursos de madeira e bamb dever o ser desenvolvidas outras solu es baseando se em t cnicas locais como a taipa a folha de palmeira o matope adobe e super adobe ou at a constru o de estrutu ras com o cani o Propomos que sejam desenvolvidos estudos a n vel provincial de an lise e compreens o das t cnicas locais e desenvolvimento da capacita o atrav s de forma es de t cnicos e elementos dos comit s locais de gest o de riscos de desast
29. ade se disp em a ajudar e cuidar H tamb m a salientar 3 factores que pouco contribuem para o sucesso ou adop o do Kit de abrigo da CVM em Mo ambique 1 COORDENA O a complementaridade das ac es e recursos de v rios parceiros durante a interven o na resposta na rea do abrigo de certa forma fragilizada e os escassos recur sos da CVM n o permitem uma Constata es interven o mais alargada dos Kits de abrigo A CVM carece de recursos para uma efectiva implementa o do projecto Kits de abrigo o que reduz a sua capacidade de interven o efectiva e limitando o seu papel forma o da montagem de abrigos e limitando tamb m uma monitoria sistem tica do uso dos Kits de abrigo que serviria para trazer evid ncias para o processo de planifica o refor ando todas as outras fases do projecto Os pap is das diferentes institui es incluindo o da CVM mere ce maior entendimento por parte de todos os intervenientes e uma coordena o refor ada n o corre o risco de se perder depois da fase de recupera o O MECANISMO DE COORDENA O como a informa o da base de dados deve ser enco rajado pois tem capacidade de melhorar a escolha de grupos alvo bem como expandir a abrang ncia e impacto positivo das ac es intencionadas por cada ag ncia MONTAGEM do Kit de abrigo ainda pouco disseminada a partilha de conhecimentos e experi ncias deve ser refor ada pela CVM a dois n veis a n vel inter ins
30. ais de gest o de riscos de desas tres nos distritos de Maganja da Costa e Namacurra a CVM pretende treinar os seus membros para a montagem de Kits de abrigo Contudo n o existe ainda forma o suficiente sobre a montagem do Kit de abrigo quer ao nivel institucional por parte dos parceiros quer ao nivel comunit rio Tratando se de uma actividade comunit ria e participativa a forma o sobre montagem de Kits de abrigo nas comunidades tem sido feita aquando da ocorr ncia do desastre membros das comunidades em Nante afirmaram que os materiais foram usados em alguns casos para reconstruir casas danificadas e noutros para montar um abrigo seguro para acomodar familias A partir da observa o directa em Nante constatou se que membros da comunidade vivem em tendas distribuidas por diferentes organizacoes incluindo a CVM o mesmo se passa no bairro de Namitangurino no distrito de Nicoadala onde as lonas serviram tamb m para res guardar as paredes da pequena igreja erguida pela comunidade no mesmo bairro foram j erguidas casas em blocos de cimento por membros da comunidade que ali recomecaram a sua vida em abrigos feitos de lonas A maior parte deles ainda vive em tendas ou abrigos de lonas notando se que os Kits de abrigo da CVM n o s o exclusivos a uma so comunidade O Kit quando utilizado na fase de recupera o poder ter v rias vertentes de utiliza o na constru o reconstru o e recupera o Compreendemos que por v
31. amidades o decisor de um estado de emerg ncia na cional quando os recuros alocados no Plano de Conting ncia se esgotam A decis o pol tica tomada pelos Ministros membros do Conselho Coordenador de Gest o das Calamidades CCGC presidido pelo Primeiro Ministro O n vel t cnico formado pelo CTGCN o Sistema de Oficiais Permanentes e o Sistema de Pontos Focais coordenados pelo Director do INGC Este n vel t cnica providencia permanentemente as informa es aos seus dirigentes m ximos presentes no CENOE para que estes tomem atempadamente as decis es necess rias Dependendo da evolu o do fen meno que pode provocar um desastre em qualquer parte do territ rio nacional activa se o CENOE em conson ncia com os n veis de alerta institucional assim estabelecidos Verde Amarelo Laranja Vermelho O CENOE activado sempre que o fen meno for de alerta Alaranjado activa o parcial ou vermelho activa o total e ultrapassar a capacidade de resposta local A HCT coordena e supervisa a implementa o de interven es da recupera o r pida ap s desastres assim que lan ado o alerta no pa s pretende a colabora o com as autoridades comunit rias as organiza es baseadas na comunidade e os representantes dos benefici rios atrav s da abordagem do cluster e com o apoio do Grupo de Trabalho do HCT composto pelas ag ncias das Na es Unidas e pelas ONGS O cluster de abrigo no mbito do HCT estabeleci
32. aos membros do comit de gest o de riscos No caso de Furquia durante a discuss o do grupo focal de mulheres o Kit de abrigo foi confundido com o Kit de gua e saneamento Constatou se que a n vel comunit rio pouca diferen a existediferentes Kits de abrigo distribu dos por diferentes organiza es Quanto s institui es durante entrevistas com representantes de ONGs baseadas na Zam b zia e que trabalham na rea de gest o de riscos foi constatado que existem outros Kits de abrigo que se diferenciam dos da CVM A Vis o Mundial distribuiu lonas em emerg ncias passadas denominado como o Kit de cobertura a ONG Save the Children tamb m usou o Kit de cobertura A Kukumbi uma organiza o n o governamental sediada na Zamb zia usa o Kit familiar para 5 pessoas O de abrigo da CVM tem sido completado e tem tamb m completado outros Kits como sejam o Kit de cozinha de gua e saneamento e de alimenta o e nutri o Os Kits de abrigo s o uma solu o pr tica e sustent vel para ajudar homens mulheres crian as e pessoas idosas a restabelecerem vidas condignas ap s terem sido afectadas por desas tres Informantes chaves nas provinicias da Zamb zia e de Gaza indicaram durante as entrevistas e grupos focais que a solu o prestada pelo Kit de abrigo era relevante til necess ria e que oferecia possibilidades de n o apenas construirem os seus abrigos e reconstruirem as suas casas danificadas como tamb
33. ar a devida assist ncia s comunidades o pre posicionamento em armazens regionais bem como no mercado local e regional outro factor a ser considerado Em Mo ambique a resposta de abrigo feita de duas formas principais tendas e Kits de abrigo O Kit de abrigo da FICV o nico que est regulado em termos de padr o indicando a qualidade e quantidade de materias e ferramentas que devem estar contidos num Kit de abri go As outras formas de resposta de abrigo n o s o regulados em termos de padr o e como resultado n o garantem uma melhor qualidade tendo o risco de n o oferecerem o intencio nado abrigo com dignidade aos benefici rios as A decis o de compra de material e ferramenta necess ria para a composi o de Kit de abrigo feita de forma informal obdecendo a crit rios tais como custo disponibilidade no mercado experi ncia anterior da organiza o entre outros A tomada de decis o sem forte evid ncia fragiliza de certa forma uma resposta sustent vel No entanto reconhece se que as lonas que fazem parte do Kit de abrigo da CVM s o de quan tidade e qualidade apreci veis pelos benefici rios e nessa base a CVM consultada sobre as medidas das lonas no caso de organiza es que compram localmente lonas e ou pl sticos como parte do seu Kit de abrigo Foi repetidamente referido que a distribui o n o obdece aos n meros aferidos durante o levantamento e a chegada tardia dos Kits de abrigo da CVM ou me
34. as suas inter ven es nos ltimos anos com base num esfor o de coordena o e lideran a Contudo para que haja uma resposta mais adequada torna se necess rio o desenvolvimento e maior par tilha de conhecimentos e boas pr ticas o que implica responsabilidades elevadas tanto em fazedores de pol ticas como nos implementadores de actividades As solu es dispon veis para as necessidades de abrigo das comunidades afectadas n o s o comuns entre os diferentes intervenientes nesta rea Este estudo baseia se na an lise do Kit de abrigo em Mo ambique com vista a extrair o seu impacto melhores pr ticas e avan ar com uma proposta de modelo de Kit de abrigo para o caso mo ambicano Cruz Vermelha de Mo ambique O Kit de abrigo relevante e determinante para a sobreviv ncia das pessoas nas fases iniciais de um desastre necess rio para assegurar seguran a pessoal e prote o do clima para pro mover resist ncia a doen as e para salvaguardar a privacidade da pessoa portanto impor tante para a dignidade humana para a preserva o familiar e para a vida comunit ria garan tindo que as pessoas afectadas por um desastre possam rapidamente recuperar do impacto negativo desse desastre O abrigo e os materiais e ferramentas que o acompanham deveriam apoiar as estrat gias existentes de lidar com os desastres e promover a auto sufici ncia e au to gest o das pessoas afectadas A montagem do Kit de abrigo precisa de ser
35. b zia Kukumbi Vis o Mundial Concern Caritas N cleo das Associa es Femininas da Zamb zia NAFEZA e CECHOAS e A n vel distrital Delega es distritais da CVM de Maganja da Costa Namacurra Nicoadala Chokw e Guij aos representantes das institui es locais nomeadamente Administra o dos distritos de Namacurra e Maganja da Costa Chefe do Posto Administrativo de Nante t cnicos do INGC de Maganja da Costa membros dos comit s locais de gest o de desastres de Mugoloma e Morla no posto administrativo de Nante distrito de Maganja da Costa Lu gela Muguerege e Birua no posto administrativo de Furquia distrito de Namacurra ver anexo B lista de entrevistados Por via destas entrevista os avaliadores adquiriram um quadro mais claro sobre os diferentes intervenientes e o seu papel na resposta e recupera o de desastres Aperceberam se tam b m dos pontos fortes e das fraquezas da coordena o e lideran a dos processos de ajuda humanit ria em Mo ambique com especial foco no abrigo em emerg ncias Foram ainda ex ploradas as oportunidades que existem para uma adop o do Kit de abrigo da CVM tendo em conta as suas especifica es e sobretudo a garantia de direitos humanos que o abrigo confere as fam lias afectadas GRUPOS FOCAIS Foram realizados 8 grupos focais de discuss o com membros da comunidade l deres comuni t rios r gulos e informantes chave nos distritos de Maganja da Costa e Namacurra
36. b zia o que n o facilitoua memoria dos benefici rios a nivel individual e da comunidade no geral VI O QUE O KIT DE ABRIGO DA CVM FICV Mo ambique um dos paises do mundo com grande risco de ser assolado por calamidades naturais desvatadoras O pa s tamb m propenso a calamidades causadas pelo homem liga das desloca o de pessoas internas e externas e dist rbios na ordem p blica Cheias ciclones terramotos desloca es for adas refugiados e deslocados e disturbios de ordem p blica podem levar destrui o parcial ou completa da habita o obrigando a que os seus usu rios vivam ao relento Sociedade Desastre Natural Recuperada Sistema Social Padr o Per odo de Resili ncia Local Reconstru o Per odo de Preven o e Recupera o Prepara o de Desastres Per odo de Emerg ncia Figura 5 Ac o Humanit ria O Kit de abrigo surge no mbito da ac o humanit ria tal como nos apresenta a figura 5 etra ta se de um conceito relativamente novo e em uso em Mocambique desde 2005 concebidos pela FICV foram adoptados pela CVM desde essa altura Desde a sua incep o estima se que o pa s tenha beneficiado de 10 000 Kits de abrigo O Kit de abrigo n o tem o mesmo significado para todos os intervenientes Durante o periodo de avalia o tom mos conhecimento que v rias partes interessadas t m defini o diferencia da do Kit de abrigo a sa
37. ber O Impacto da Implementa o dos Kits de Abrigo Em Mo ambique A Segundo a CVM o Kit de abrigo consiste em duas lonas corda e um conjunto de ferramen tas 1 enxada 1 catana 1 tesoura de corte 1 serrote pregos para tecto pregos simples 1 p arame e 1 martelo B A Concern define o Kit de abrigo como o conjunto de lonas e bidons de gua A Kukumbi considera o seu Kit de abrigo como Kit de fam lia e inclui esteiras panelas copos pratos e esteiras A lona e corda como Kit de abrigo n o s o necessariamente distribuidos na mesma altura que o Kit de ferramenta Ademais Kit uma palavra emprestada da lingua Inglesa o que entedemos durante o de correr da avalia o que poder estar sendo usada de forma n o critica pelas comunidades e diferentes ag ncias Em portugu s a palavra Kit vem antes da palavra que descreve o con te do por exemplo Kit de abrigo Kit de dignidade Kit the cozinha etc enquanto o contr rio acontece na lingua inglesa e g shelter Kit dignity Kit Kitchen Kit etc e da a provavel confus o no entendimento de referir que na planilha de cordena o durante a resposta das cheias de 2013 o cluster de abrigo segregou a sua base de dados em lonas Kit de cobertura Kit de ferramenta e plastic roll do INGC Entre os membros da comunidade como o caso de Morla durante a discuss o de grupo focal para estes o Kit de abrigo significa Kit de primeiros socorros distribu dos
38. bique REVIS O DA LITERATURA A revis o da literatura constituiu a primeira parte do estudo uma vez que permitiu que os pesquisadores compreendessem as teorias e conhecessem a informa o dispon vel que foi usada para a compreens o do problema Foi feita uma revis o da literatura sobre os projectos de emerg ncia particularmente de Kits de abrigo o Plano Nacional de Emerg ncia do INGC assim como as estat sticas existentes e documentos operacionais foram consultados a fim de entender quantas pessoas foram afectadas pelos desastres naturais no pa s a distribui o e montagem dos Kits de abrigo e o seu impacto Foram tamb m utilizados os dados recolhidos na forma de relat rios dos intervenientes INGC Shelter Cluster CVM Foi revista a literatura internacional de interven es similares pela internet OBSERVA O DIRECTA A observa o foi selecionada como uma das t cnicas de recolha de dados neste estudo de vido possibilidade de se captar uma variedade de situa es s quais n o se teria acesso so mente por meio de perguntas realizadas aos benefici rios dos Kits de abrigo Pelo que foram realizadas visitas s fam lias em reas de realoca o nomeadamente em Nante distrito de Maganja da Costa Lugela no Posto Administrativo de Furquia distrito de Namacurra e Na mitangurino distrito de Nicoadala no Sexto Bairro de Lionde distrito de e em Guij de modo a se fazer o levantamento da situa
39. ceder a uma melhor identifica o das suas necessidades em termos de abrigo incluindo no processo homens e mulheres assim como os mais vulneraveis portadores de defici ncia pessoas idosas doentes cr nicos entre outros Existem ainda desafios que a serem endere ados iriam consideravelmente melhorar a res posta prestada em termos de abrigo As reas definidas como as de alto risco e portanto com um pre posicionamento de bens de resposta a desastre incluindo os Kit de abrigo n o s o necessariamente as mais afectadas durante a emerg ncia Por exemplo para a temporada chuvosa 2012 13 houve pre posicionamento de bens de abrigo no distrito de Chinde avalia do por v rias organiza es como o de maior risco contudo o distrito mais afectado durante o mesmo periodo foi o da Maganja da Costa Esta situa o resultou numa resposta tardia na zona da Maganja da Costa o que levou s pessoas afectadas a viverem desnecessariamente expostas ao clima e sem dignidade durante tempo consider vel Impacto da Implementa o dos Kits de Abrigo Em Mo ambique VII 4 COORDENA O As necessidades priorit rias em termos de abrigo s o identificadas atrav s de miss es conjun tas de avalia o do cluster com o Governo membros do Humanitarian Country Team HCT e actores locais feita uma revis o das contata es por forma a consolidarem se os dados as actividades e recursos para a recupera o r pida que s o complementares aos e
40. cia como na fase seguinte ser fundamental que a fam lia se possa proteger dos mosqui tos normal existirem surtos de mal ria ap s desastres em Mo ambique principalmente ap s inunda es e ciclones A ac o em rela o aos outros Kits usados durante a resposta a desastre tem sido espor dica e de forma ad hoc As mulheres por exemplo expressaram o desejo de verem os Kits de dignidade e de cozinha a serem distribu dos na mesma altura que os Kits de abrigo Tanto os benefici rios como algumas organiza es indicaram que para o caso das cheias a vulnerabilidade mal ria das comunidades atingidas crescia de forma exponen cial Desta forma a combina o da distribui o do Kit de abrigo com a das redes mosquiteiras tinha o potencial de incrementar o conforto bem como salvar a vida dos afectados benefici rios VIl 3 PLANIFICA O Houve um avan o significativo nos ltimos anos na capacidade de resposta r pida em tempo de desastre O pre posicionamento de bens de resposta a desastres que inclui o Kit de abrigo veio de certa forma garantir que a resposta dada seja cada vez mais adequada e atempada mente No entanto informantes chave na Zamb zia referem que nas ltimas cheias Janeiro e Fevereiro de 2013 que assolaram o sul da provincia os Kits de abrigo da CVM n o estavam pre posicionados em lugares que foram pesadamente assolados A chegada foi bastante tardia os t cnicos da CVM foram envolvidos nas opera es de
41. destru das e consultando com r gulo e os l deres da comunidade quem eram os mais necessitados em termos de abrigo O conceito de vulnerabilidade entendido diferentemente entre as comunidades e as insti tui es governamentais e n o governamentais durante os os encontros com os grupos focais tivemos conhecimento de que as comunidades acham que os crit rios de sele o dos mais vulner veis ora em uso n o possuem din mica suficiente para endere ar a multitude de vul nerabilidades que os mesmos pretendem resolver Por exemplo a sele o dos mais vulner veis feita com base em par metros rigidos do topo para base sem envolver directamente os pr prios benefici rios ou tomar em conta devidamente a multitude de vulnerabilidades O Impacto da Implementa o dos Kits de Abrigo Em Mo ambique registo de benefici rios por parte do COE ao n vel distrital e provincial continua como desafio fundamental pois o mesmo n o efectivo e carece de valida o das necessidades dos bene fici rios A confian a e o respeito m tuo devem ser a base para um processo de consulta e di logo que leva identifica o r pida e sustent vel das necessidades de abrigo das comunidades afecta das Por exemplo durante este processo de identifica o que se dever confirmar a neces sidade de abrigo se for o caso o tipo de abrigo se apropriado para o contexto e abrag ncia para os mais vulner veis VII 2 COMPOSI O DO Kit
42. do como forma de resposta quest o de abrigo causada por desastres O governo de Mo ambique atrav s das suas ag ncias especia lizadas das ag ncias das Na es Unidas e organiza es n o governamentais nacionias e inter nacionais s o membros do cluster de abrigo O cluster de abrigo activado indepedenmente EM Impacto da Implementa o dos Kits de Abrigo Em Mo ambique da magnitude do desastre e tamb m no periodo p s desastre como catalizador do trabalho de redu o de risco A lideran a do cluster de abrigo em Mo ambique est formalmente sob a responsabilidade da CVM FICV Contudo na pr tica a situa o no terreno pode ditar que um outro interviniente esteja efectivamente a liderar a resposta do cluster de abrigo Nas cheias de 2013 coube OIM a lideran a do cluster de abrigo Quanto transfer ncia informal para outro actor que n o seja o CVM FICV entende se que seja o resultado da falta de disponibilidade de recursos por parte da CVM FICV Existe tamb m a percep o de que existe uma disputa entre a FICV e a nivel global quanto lideran a do cluster de abrigo a nivel de Mocambique VII 6 LOG STICA E DISTRIBUI O No geral os recursos disponiveis e pre posicionados ditam o tipo de interven o a ser adoptada Isto tambem verdade em rela o ao tipo de apoio em abrigo O impacto do Kit de abrigo est tamb m condicionado disponibilidade de Kits de abrigo em n mero suficiente para prest
43. er goradas pela frusta o de n o saber us los de forma segura particularmente entre as mulheres por outro as mesmas podem ter destinos n o previstos no projecto tais como armazenagem venda troca entre outros Conforme vem explicitado no manual da FICV o Kit poder prever a evolu o de uma constru o que partir do Kit de abrigo e que poder vir a ser melhorada at se substitu rem a maior parte dos materiais disponibilizados Estes ltimos podem ser reutilizados para outras fun es que sejam necess rias no agregado familiar Observ mos em algumas situa es que algumas fam lias afectadas ap s alguns meses iniciam o processo de substitui o das paredes de lona e iniciam a refazer as suas paredes Nos exemplos que observamos raras s o as vezes em que os membros da comunidade ao substitu rem ou ao reconstru rem as paredes se precav m com os exemplos vistos no manual do Kit de abrigo Por exemplo n o foi observado em ne nhuma das situa es a coloca o da diagonal de modo a aumentar a rigidez e resist ncia da estrutura Por vezes as comunidades afectadas utilizam estruturas bem diferentes das apre sentadas no manual demonstrando capacidade de utilizarem o Kit de abrigo de formas bem diferentes e de terem conhecimentos suficientes para a utiliza o do mesmo O nivel de organiza o a nivel de base diferenciado em v rias partes do pa s Comunidades com uma organiza o de base forte s o capazes de pro
44. exuais ocasionais muitas vezes sem protec o aumentando o risco de infec o bem como a propaga o de v rus no caso de pessoas j infectadas Das entrevistas tidas com os activistas da CVM o trabalho destes depende da forma o rece bida e tem enfoque nas seguintes tarefas inter relacionadas Incentivar o di logo entre os pais irm os filhos tios tias primos amigos e vizinhos sobre o HIV SIDA Discutir com as comunidades pr ticas correntes que podem constituir perigo sobre a infec o com o HIV Promover sess es de sensibiliza o para mulheres gr vidas e a necessidade de se evitar a transmiss o da m e para o filho em casos em que a m e esteja infectada Implementar campanhas eporta a porta em comunidades reassentadas para identificar doentes cr nicos e ajud los a dirigirem se aos centros de sa de mais pr ximos Fazer o acompanhamento de doentes cr nicos no tratamento recebido nos centros de sa de e estabelecer a liga o com Agentes Polivalentes de Sa de para a supervis o de doentes cr nicos identificados MEIO AMBIENTE Quest es ambientais constituem assuntos presentes em situa es de emerg ncia com desta que particular para a sua protec o sobretudo no que concerne protec o de ecossistemas vegetais ou naturais e a gest o de res duos A instala o do Kit de abrigo em casos de ocorr ncia de emerg ncias e reassentamento de pessoas afectam conside
45. ezes o Kit de abrigo observado pelas popula es afectadas como uma habita o substituta Contudo as pessoas tamb m percebem que o Kit de abrigo serve s como ref gio provis rio e que o material dis tribu do n o tenciona a substitui o da necessidade de reconstruirem as pr prias casas As fam lias e popula es afectadas desenvolvem m todos pr prios para a evolu o e adapta o do Kit de abrigo Observamos v rios casos de constru o de paredes e de telhados com m todos locais O tamanho das constru es s o com base no tamanho dos Kits de abrigo n o se procurando aumentar o espa o da habita o Observamos que os abrigos erguidos servem de quarto de dormir pois vive se muito o espa o exterior raramente existem janelas o que justific vel para se manter o fresco da sombra e evitar a entrada do calor do ar exterior Embora ao nivel do INGC ao n vel central exista centralmente a percep o de que as lonas s o demasiado quentes e que limitam a circula o de ar os membros da comunidade entre vistados em Nicoadala e da Costa afirmaram que se sentem albergados e protegidos obervou se que as lonas por si s n o constituem o abrigo mas que s o usadas como reves O Impacto da Implementa o dos Kits de Abrigo Em Mo ambique timento ou tecto ou mesmo ch o de um abrigo onde vivem agregados familiares por largos meses VI 8 MONITORIA E AVALIA O Embora a CVM tenha iniciado a distribui
46. ha de Mo ambique r se considerar como demorada dever especificamente demonstrar que tal ir mudar para o melhor a situa o dos benefici rios A tarefa de montagem constru o geralmente do dominio de um grupo especializado espe c fico nas comunidades que atrav s de compra de servi os tem a tarefa de erguer a estrutura principal da casa Tom mos conhecimento durante a avalia o que o grupo de especialistas na constru o de habita o composto normalmente por homens Outros membros da co munidade como homens n o especializados bem como mulheres apoiam a equipe de cons tru o como assistentes da constru o recolha de capim e barro gua coloca o de barro etc Conforme vem explicitado no manual o Kit poder prever a evolu o de uma constru o que partir do Kit de abrigo e que poder vir a ser melhorada at se substitu rem a maior parte dos materiais disponibilizados Estes ltimos podem ser reutilizados para outras fun es que sejam necess rias no agregado familiar Observ mos em algumas situa es que algumas fa m lias afectadas ap s alguns meses iniciam o processo de substitui o das paredes de lona e iniciam a refazer as suas paredes Nos exemplos que observamos raras s o as vezes que os membros da comunidade ao substitu rem ou ao reconstru rem as paredes se precav m com os exemplos vistos no manual do Kit de abrigo VII 5 LIDERAN A O Conselho T cnico de Gest o de Cal
47. ia e Nante a rela o entre a disponi bilidade e procura de combust vel lenhoso desproporcional existindo uma diferen a abismal da procura o que significa que as florestas s o incapazes de satisfazerem a procura actual em necessidades energ ticas dos agregados familiares Ficou patente na discuss o grupal com mulheres que estas s o as que mais se dedicam nesta procura de fontes de energia que compreende essencialmente lenha e carv o na confec o de alimentos ilumina o e aquecimento Em Chiaquelane distrito de Chokwe e no distrito da Maganja da Costa as mulheres revelaram que os fog es tradicionais por elas usados s o extremamente ineficientes gastando muita energia da biomassa Ac es de sensibiliza o levadas a cabo por activistas ou membros dos comit s locais de ges t o de risco s o ainda raras incluindo a discuss o de quest es relevantes decorrentes do reas sentamento e da press o exercida sobre os recursos naturais como a degrada o ambiental e consequentemente as mudan as clim ticas com repercuss es directas sobre os agregados familiares advindas de eventos an malos IX CONSTATA ES LI ES APRENDIDAS O Kit de abrigo foi introduzido pela FICV em Mo ambique em 2005 como resposta a sucessivas emerg ncias que ocorrem no pa s pretendendo assegurar direitos huma nos para os mais afectados O de abrigo uma ptima ferramenta para a fase de recupera o uma vez que tr s a pos
48. ica o de necessidades usados por alguns intervenientes como o caso da CVM e do cons rcio COSACA destaca claramente o registo de diferentes grupos vulner veis crian as idosos pessoas portadoras de defici ncia agregados chefiados por mu lheres vi vas entre outros contudo se as mulheres n o estiverem envolvidas na constru o de abrigos n o poder o ser apoiadas a participar significativamente em tais actividades HIV SIDA As quest es sobre doen as end micas e neste caso particular sobre o HIV SIDA afiguram se pertinentes na defini o do Kit de abrigo com particular realce para a defini o da composi o dos materiais que constituem o Kit e nas medidas de preven o e mitiga o decorrentes de pr ticas e atitudes de pessoas vivendo com o HIV SIDA ou vulner veis A composi o do Kit de abrigo mesmo com diferentes interpreta es como as atr s referidas consideram os materiais imprescind veis para a constru o de abrigo que permite a devida protec o contra chuvas e outros eventos an malos bem como em alguns casos inclui uten s lios de uso dom stico que permitem a confec o de alimentos A integra o do HIV SIDA implica necessariamente a defini o de medidas de preven o tratamento e mitiga o que em situa es de emerg ncia e com aglomerados populacionais se afigura um enorme desafio O conceito de integra o do HIV SIDA na pr tica tem significado uma abordagem baseada em direitos e
49. ientes do CENOE uma vez normalizada a situa o de crise OHCT coordena e supervisa a implementa o de interven es de resposta ou r pida recupe ra o como Comida para Trabalho food for work em colabora o com autoridades comuni t rias organiza es baseadas na comunidade e representantes dos benefici rios atrav s da abordagem de cluster com o apoio do Grupo de trabalho do HCT que composto por ag ncias das Na es Unidas e ONGs Enquanto que o governo tem a sua pr pria estrutura de grupos de trabalho formados no mbito do Plano Director para a Preven o e Mitiga o de Calamida des Naturais 2005 e liderada pelo INGC h uma estrutura paralela de coordena o liderada pelo HCT O cluster relativamente novo em Mo ambique 2006 e a parceria e coordena o com o governo apresenta alguns desafios para uma coordena o mais efectiva em tempos de ES Impacto da Implementa o dos Kits de Abrigo Em Mo ambique desastres evitando se duplica o de esfor os e aclarando se os pap is dos diferentes inter venientes O governo de Mo ambique subscreve se a tratados internacionais que encorajam a vida com digninade a homens mulheres criancas pessoas idosas e vulner veis durante desastres Contudo n o existe em Mo ambique uma legisla o que padronize o Kit de abrigo em caso de desastre O Kit de abrigo da FICV informalmente aceite pelo governo e recomendado como forma de resposta em caso de emerg
50. isco seria um recurso pr tico e sustent vel O impacto positivo do Kit de abrigo depende sobremaneira de um trabalho de base apurado especialmente durante a identifica o T cnicas de identifica o devem ser disseminadas e familiarizadas entre as partes interessadas a todos os niveis nacional at comunidade antes dos desastres atrav s dos comit s locais de gest o de risco de desastre onde seja possivel COMPOSI O O pre posicionamento de Kits de abrigo em regi es propensas demonstrou ser uma pr tica com potencial de resposta adequada e atempada durante o periodo de emerg ncia que de ver ser encorajada e revista para que sirva cada vez melhor as pessoas afectadas O Kit de Abrigo poder incluir ferramentas de melhor qualidade conforme se descreve no cap tulo a seguir e a sua embalagem mais refor ada e segura Um dos principais objectivos do sector de abrigo ao n vel do cluster de abrigo no pa s me lhorar a provis o de servi os sociais por exemplo acesso educa o cuidados de sa de etc e as condi es de habita o das comunidades afectadas Este objectivo poder ser al can ado atrav s do fornecimento de materiais de constru o como poles estacas e atrav s de assist ncia t cnica e coordena o de interven es entre os membros do cluster de abrigo e os parceiros do Governo de Mo ambique O conceito de BBB voltar a construir melhor e a integra o destas pr ticas em po
51. l ticas a nivel local e nacional podem assegurar uma mu dan a no mbito das normas de constru o ES Impacto da Implementa o dos Kits de Abrigo Em Mo ambique PLANIFICA O Durante a planifica o dever se identificar a capacidade t cnica de uso do Kit pelos bene fici rios e caso necess rio fortalec la O trabalho de fortalecimento da capacidade dever prestar a devida aten o ao papel tradicional que a comunidade confere aos seus membros incluido a divis o de tarefas entre homens e mulheres identifica o macro efectuada pelas estruturas centrais de governo e ONGs nacionais e internacionais fundamental Contudo essa indentifica o deve ser validada a nivel local junto s organiza es de base CBO formais e informais bem com as estruturas locais O programa de Kits de abrigo deve envolver as comunidades afectadas na constru o de abrigos para as fam lias vulner veis os comit s locais de gest o de risco devem ser refor a dos por forma a apoiarem tamb m as lideran as comunit rias a implementarem processos mais transparentes de identifica o de fam lias vulner veis O programa de Kits de abrigo deve incluir a forma o em Primeiros Socorros sobretudo quando se tratar de forma o dirigida a volunt rios e t cnicos da CVM A forma o em Pri meiros Socorros necess ria quando se distribuem Kits de Primeiros Socorros ao n vel das comunidades afectadas pelos desastres
52. lias que usa ram os Kits de abrigo os volunt rios da CVM e membros dos comit s locais de gest o de riscos de desastres que estiveram envolvidos na distribui o e montagem e a comunidade em geral A equipa usou para as entrevistas um gui o de perguntas ver anexo A adaptado do questio n rio de an lise do Kit de abrigo contido no Manual T cnico do Kit de abrigo da FICV que pela sua natureza permitiu uma recolha sistematizada da informa o As perguntas foram dispostas de forma sistem tica e as respostas foram registadas resultando numa imagem das diferentes fases do projecto Kits de abrigo a adequa o do Kit de abrigo da CVM ao contexto mo ambicano As entrevistas ajudaram a ter perce es sobre indiv duos no que concerne ao uso dos Kits de abrigo e possibilitaram um entendimento de aparentes incoer ncias ou lacunas encontradas em documentos escritos servindo tamb m para confirmar informa es e dados Deste modo as entrevistas foram dirigidas a 3 n veis A n vel nacional Pessoal da CVM e Cruz Espanhola T cnicos do CENOE INGC UN Ha bitat e ONGs que trabalham em programas e projectos de Ac o Humanit ria Concern Save the Children Care COSACA e A n vel provincial T cnicos do Governo do Distrito Direc o Provincial de Obras P blicas e Habita o INGC Departamento T cnico e T cnicos distritais de Chinde Mopeia e Mor rumbala Delega o Provincial da CVM em Gaza e na Zam
53. m de poderem usar os materiais contidos no Kit para as suas actividades de subsist ncia A complexidade de desastres que Mocambique enfrenta traz consigo desafios especificos em rela o identifica o de ac o apropriada na rea de abrigo Existem no pa s mecanismos e Cruz Vermelha de Mo ambique organismos para garantir uma resposta a desastres que seja efectiva e eficaz O governo CE NOE e o Cluster de Abrigo liderado pela Cruz Vermelha de Mocambique CVM estabeleceram a nivel nacional uma estrutura rede base capaz de ser mobilizada e coordenar a resposta de abrigo com dignidade s pessoas afectadas com desastre Contudo existem ainda desafios que afectam a estrutura a nivel regional provincial e distrital A abordagem de cluster e dife rente da abordagem sectorial uma vez que um sector entendido como uma rea espec fica da actividade humanit ria enquantoque o cluster um grupo de organiza es e intervenien tes que trabalham juntos para uma rea espec fica identificada Espera se que a proposta de lei sobre gest o de calamidades naturais ora em tramita o no parlamento em Mo ambique venha trazer um quadro legal capaz de continuar a garantir dig nidade a pessoas afectadas por desastres no pa s Cheias e ciclones s o os desastres que mais danos fisicos causam em especial propriedade pessoal casas machambas etc e a infra estrutura social escolas hospitais etc Uma das consequ ncias directas dos princi
54. m que a comunidade lideran a o desenvolvimento de compet ncias sobre o HIV SIDA atrav s da transfer ncia de conhecimento ou de desenvolvimento de habilidades para Impacto da Implementa o dos Kits de Abrigo Em Mo ambique a vida O papel da comunidade torna se critico a todos os n veis a partir dos servi os no ter reno passando pelas pol ticas ao n vel nacional Contudo existe uma lacuna no que concerne a material para assuntos de HIV SIDA nomeadamente brochuras cartazes e outros materiais de sensibiliza o n o obstante a distribui o de preservativos pelos activistas da CVM e de outras organiza es que trabalham em HIV SIDA como World Vision Concern e Save the Chil dren s para citar algumas Durante a realiza o de grupos focais com membros da comunidade tanto em Furquia assim como em Nante na prov ncia da Zamb zia e ainda nas entrevistas com os l deres comunit rios tamb m em Chiaquelane distrito de Chokwe prov ncia de Cabo Delgado e grupos focais com mulheres ficou claro que o Kit de abrigo n o inclui materiais de sensibiliza o sobre o HIV SIDA Membros da comunidade participantes do grupos focais realizados confirmaram a exposi o a situa es de vulnerabilidade em rela o ao HIV SIDA devido a uma grande interac o entre pessoas com particular nfase para crian as quando v o buscar gua ou quando v o escola A concentra o de pessoas reassentadas propicia a ocorr ncia de actos s
55. mais disseminada atrav s de actividades de for ma o e com base em recursos locais a partilha de conhecimentos e experi ncias deve ser refor ada pela CVM a dois n veis a nivel inter institucional e a n vel pr tico nas comunidades junto aos implementadores das actividades de gest o de risco ao n vel local e junto s lideran as comunit rias O presente estudo reflete essencialmente sobre uma an lise do projecto Kit de abri go Apresenta os objectivos e sua metodologia aborda os resultados de um projecto participativo analisa solu es de montagem para a pr tica de reabilita o e sugere redefini es para um modelo a ser mais disseminado e institucionalizado 1 CONTEXTO Mo ambique extremamente vulner vel a eventos clim ticos extremos frequentemente fustigado por cheias ciclones e secas que tendem a transformar se em calamidade Esta sus ceptibilidade do pa s variabilidade clim tica deve se por um lado a factores de ordem geo fisica e por outro a factores de natureza humana Devido sua localiza o costeira e clima eventos extremos tornam se comuns contudo o impacto que estes t m na vida das comuni dades em fun o do seu grau de vulnerabilidade e da exist ncia ou n o de mecanismos de preven o mitiga o e resposta a estes eventos De acordo com dados das Na es Unidas NU sobre desastres hidrol gicos o n mero de de sastres naturais cresceu nos ltimos 30 anos as estat
56. mas de desastres em Mo ambique 1977 2012 Mapa de Mo ambique com casas destru das e casas afectadas por desastres em 2012 Cadeiado Kit de Abrigo Tabela de Grupos Focais Ac o Humanit ria Processo de declara o de alertas institucionais CENOE SUM RIO EXECUTIVO A Cruz Roja de Espanha atrav s do seu escrit rio em Maputo recebeu um financiamento da Comiss o Europeia para os Assuntos Humanit rios ECHO para a implementa o em parceria com a Cruz Vermelha de Mo ambique do DIPECHO Ill numa iniciativa intitulada To reduce the vulnerability of Mozambique s population exposed to climate related hazards by streng thening the disaster management capacities of communities living in the most prone areas together with government and civil Society Este projecto surge no mbito das avalia es realizadas durante as cheias e os ciclones Dando Funso e Giovana que aconteceram entre Janeiro e Fevereiro de 2012 em diferentes regi es de Mo ambique e pretende responder atrav s de solu es adequadas de abrigo de emerg ncia no caso de desastres naturais desenvolvendo uma s rie de manuais e guias que ser o usados como refer ncia aos niveis nacional provincial e distrital Nos ltimos anos e atrav s do apoio do Departamento de Shelter amp Settlements em Genebra a FICV tem apoiado o papel da Cruz Vermelha de Mo ambique em quest es relacionadas com o abrigo de emerg ncia A FICV desenvolveu uma s rie de conceit
57. no ciclo de projecto do Kit de abrigo demonstrando evi d ncias sobre o seu impacto junto s comunidades afectadas e para os decisores em rela o adop o do Kit de abrigo da em Mo ambique como forma de resposta de abrigo no caso de desastres O quadro conceptual est assente numa abordagem baseada nos direitos humanos que analisou Liga o com Direitos em termos de protec o preven o resposta e mitiga o em re la o a desastres e Presta o de contas de que forma iniciativas de resposta e mitiga o s o formuladas e implementadas Empoderamento das pessoas em risco de desastre e as primeiras na resposta a desastres e Participa o como forma de fortalecer a capacidade comunit ria e confian a em gerir fu turos riscos e N o discrimina o aten o aos grupos vulner veis uso de m todos inclusivos veis Considerando as diferentes etapas que compreendem um programa de Kits de abrigo foi elaborada a sua cadeia analisando cada uma das suas componentes representada pela figura que se segue Cruz Vermelha de Mo ambique 2 Identifica o Movimento Composi o do Avalia o Kit de abrigo CAPACITA O KIT DE ABRIGO PLANIFICA O Log stica e Distribui o Pa 27 Figura 3 Cadeia do Kit de abrigo COORDEN O poi Dq De acordo com o Manual T cnico da Montagem do Kit de abrigo qualquer projecto in cluindo um projecto
58. o dos abrigos no que concerne sua mon tagem e s necessidades b sicas das comunidades em estado de emerg ncia A observa o directa permitiu cruzamento de dados recolhidos atrav s da revis o documental depoimen tos dos v rios intervenientes dos entrevistados grupos focais e informantes chave e permitiu tamb m avaliar os diferentes tipos de constru o e reconstru o com base no Kit de abrigo as dificuldades enfrentadas na montagem do abrigo os materiais usados para a montagem de abrigos e o uso que as comunidades d o aos diferentes componentes do Kit IMPACTO DA IMPLEMENTA O DOS KitS DE ABRIGO EM MO AMBIQUE A observa o directa foi feita em comunidades onde a CVM esteve directamente envolvida na montagem dos Kits bem como em lugares onde outros parceiros tais como a Save the Chil dren Samarithan Purse e Concern estiveram a liderar o trabalho ver ficha de observa o no Anexo A ENTREVISTAS SEMI ESTRUTURADAS O estudo privilegiou a realiza o de entrevistas individuais e discuss es em grupo Segundo a nossa percep o h v rios actores que participam em ac es de emerg ncia nomeadamente institui es p blicas ONGs sector privado bem como individuais contudo coordenados pelo CENOE INGC Cruz Vermelha de Mo ambique E Esta t cnica foi usada para recolha de informa o a n vel dos benefici rios ONGs e Governo Ao n vel das comunidades as entrevistas serviram para obter percep es das fam
59. os de abrigo tal como o Ma nual T cnico sobre o Kit de abrigo forma o manuais e documentos que poder o ser adap tados ao contexto mo ambicano Na qualidade de co lider do cluster de abrigo a FICV tem o mandato de coordenar as diferentes ag ncias que trabalham na rea numpa s afectado em es pec fico em nome da FICV a CVM tem o papel de liderar o Cluster de abrigo em Mo ambique Este estudo iria originalmente focar se na prov ncia da Zamb zia por ser uma das mais afecta das por desastres nos ltimos anos no entanto a equipa de consultores estendeu a sua rea de estudo a prov ncia de Gaza mais especificamente os distritos do e Guij considerando a recente implementa o do programa Kits de abrigo pretende avaliar o im pacto do uso do Kit de abrigo em Mo ambique com a finalidade de se extra rem boas pr ti cas e li es aprendidas e se avan ar com uma defini o do Kit de abrigo a ser distribu do em Mo ambique como uma solu o tempor ria de abrigo para fam lias afectadas depois de uma emerg ncia e como uma ferramenta para a fase de recupera o uma vez que tr s a possibi lidade s pessoas afectadas de poderem fazer a recupera o reconstru o e auto constru o com base no abrigo base das suas habita es Ao n vel provincial e distrital os intervenientes na implementa o de programas na rea de gest o de risco de desastres e resposta humanit ria a desastres t m alargado
60. os niveis elevar o conhecimento e a sensi biliza o sobre a quest o dos direitos humanos inerentes a este instrumento de resposta e a influenciar a decis o de um modelo de abrigo adoptado por Mo ambique MONITORIA E AVALIA O necess rio apoio t cnico para a monitoria e avalia o do projecto Kits de abrigo da CVM por forma a assegurar que o abrigo seja uma situa o transit ria para os afectados e que atrav s do abrigo sejam respeitados os seus direitos humanos Este trabalho poder ser fei to com o refor o de recursos para a rea de monitoria e avalia o da CVM O Impacto da Implementa o dos Kits de Abrigo Em Mo ambique Um Sistema de Monitoria e Avalia o dever ser refor ado pela CVM com vista a uma boa gest o e presta o de contas a informa o extra da da Monitoria e Avalia o constitui evi d ncia que apoiar a planifica o e implementa o de futuros programas de Kit de abrigo Uma monitoria refor ada permitir uma maior troca de experi ncias conhecimentos aprendizagem organizacionais e oferecer a oportunidade dos intervenientes sobretudo os benefici rios darem a sua opini o sobre os Kits de abrigo A CVM poder usar a evid ncia extra da da monitoria para promover uma plataforma de aprendizagem e troca de experi n cias com outros intervenientes e deste modo influenciar a expans o do uso do Kit de abrigo da CVM em Mo ambique XI KIT DE ABRIGO MO AMBICANO
61. pais desastres que assolam Mo ambique o colapso do j d bil e deficiente sistema de saneamento do meio e de pr ticas de constru o n o adaptadas aos diferentes riscos a que est o expostas as comunidades VII AN LISE DA CADEIA DO Kit DE ABRIGO LIDERAN A A cadeia do Kit de abrigo compreende 8 fases essenciais nomeadamente Levantamento e Identifica o Composi o Planifica o Coordena o Lideranca Logistica e Distribui o e Monitoria e Avalia o VII 1 LEVANTAMENTO E IDENTIFICA O Segundo o projecto Esfera Norma M nima 2 os levantamentos providenciam uma compreen s o da situa o de desastre e uma clara an lise das amea as vida dignidade sa de e meios de vida com vista a determinar em consulta com as autoridades relevantes se uma resposta C Impacto da Implementa o dos Kits de Abrigo Em Mo ambique externa necess ria e se for o caso a natureza da resposta Os levantamentos t m por objec tivo assegurar que as necessidades dos benefici rios bem como as suas capacidades sejam identificadas O processo de levantamento e identifica o da resposta em caso de desastre envolve rela o de poder e din mica a todos os niveis entre e dentre os intervenientes principais Uma inter ven o adequada passa necessariamente por uma identifica o pr via do tipo de danos em rela o ao abrigo Existe um formul rio de avalia o r pida para a rea de abrigo e infraestru tura
62. pelas popula es afectadas como uma nova habita o Observ mos que o tempo de recupera o se extende por largos meses como no caso de Namutamguino Nicoadala na provincia da Zamb zia e muitos poucos agregados familiares constroem as suas casas de forma mais segura e definitiva Foi salientado durante as entrevistas semi estruturadas com membros dos comit s locais de gest o de risco e volunt rios da Cruz Vermelha de Mo ambique que os materiais tal como s o ensacados constituem um atentato seguran a dos que os transportam e manuseiam visto serem cor tantes e n o estarem envolvidos de forma segura Durante as discuss es de grupos focais com mulheres em Furquia estas denunciaram alguns casos processos de identifica o pouco transparentes e participativos por exemplo disseram n o entender como apenas cinco pessoas com defici ncia receberem Kits de abrigo tratan do se das mesmas que receberam tanques de gua Outro exemplo foi dado por membros da comunidade em Morla que afirmaram que no ano anterior havia chegado uma brigada da CVM de Maputo que se reuniu com a comunidade e perguntou quem eram as pessoas mais afectadas ou seja que tinham ficado sem as suas casas relataram que uma mulher idosa e doente por n o se ter dirigido ao local do encontro n o recebu nenhum Kit de abrigo No en tanto reconheceram que no presente ano tinham se deslocado t cnicos da CVM que percor reram a localidade identificando as casas
63. pr pria CVM a provis o de abrigo um processo e pode requerer a interven o nas reas de saneamento meios de vida gua sa de HIV SIDA e outros sectores assegurar uma capacidade log sti ca efectiva para que possa responder adequadamente aos pedidos de apoio log stico tais como transporte e armazenamento pr ximo de reas propensas a desastres como cheias e ciclones Os programas de Kits de abrigo em coordena o com outros programas p s desastres deve r o fornecer incentivos para a melhoria da qualidade de t cnicas existentes de constru o de modo a reduzir as vulnerabilidades existentes e apoiar as comunidades a voltarem a cons truir as suas casas LIDERAN A Para que o Kit de abrigo da FICV seja conhecido e usado pelas partes interessadas dever se adoptar uma estrat gia que inclui 1 sensibiliza o 2 divulga o 3 adop o institucio nal pelas partes interessadas CVM precisa de aumentar a sua capacidade de influenciar a adop o dos par metros esta belecidos pelo Kit de abrigo melhorar a sua informa o e advocacia por forma a influenciar uma adop o do Kit de abrigo mo ambicano O aumento de sensibiliza o e marketing por parte da CVM sobre o Kit de abrigo e uma dissimina o focalizada para os decisores e ges tores das equipes de emerg ncia do governo e dos parceiros necess ria para resultar em maior impacto O lobby e advocacia sobre o Kit de abrigo a todos
64. ra uso do Kit de abrigo dever ser feita de forma premeditada e consciente para que ela logre impactos positivos A evid ncia colhida junto dos informantes principais durante o periodo de avalia o indica que no geral o Kit de abrigo eleito porque est dispon vel como parte de recursos existentes no local e nas reas proximas do desastre O resultado negativo desta forma de proceder pode resultar na perca de oportunidade de oferecer aos benefici ros durante a concepcao do pacote de Kit de abrigo Bem pensado o uso do Kit de abrigo poder ser eleito em v rios periodos ap s o desatre Contudo a calendariza o um factor muito importante pois o impacto do Kit de abrigo est directamente ligado tamb m calendariza o da ac o Durante o trabalho de campo para esta avalia o tivemos conhecimento de distribu o de Kits de abrigo durante o m s de Junho de 2013 para responder ao desastre do periodo chuvoso que teve o seu pico no m s de Feve reiro de 2013 portanto passados quatro meses A Declara o de alerta se procede depois da analise t cnica sobre a monitoria do evento e das consequ ncias prov veis no territ rio nacional Na teoria o Kit de abrigo poder ser usado em qualquer altura ap s o desastre como forma de recupera o r pida A experi ncia contudo demonstra que logo ap s o acontecimento do desastre que as necessidades de abrigo s o mais acentuadas Toda a interven o que pode Cruz Vermel
65. ravelmente por es significativas de terra e forma es florestais Experi ncias decorrentes de reassentamentos usando o Kit de abrigo ou outras formas de abri go tanto em Namacurra bem como na Maganja da Costa prov ncia da Zamb zia bem como no distrito de Chokwe Gaza locais visitados durante a realiza o do presente estudo revelaram uma grande press o sobre ecossistemas vegetais com particular destaque para esp cies em Cruz Vermelha de Mo ambique E florestas nativas com alto valor comercial afectando a biodiversidade e a disponibilidade para gera es vindouras Grupos focais realizados sobretudo na Maganja da Costa revelaram o abate indiscriminado de esp cies madereiras sem se respeitarem as mais elementares medidas de protec o como por exemplo o abate de rvores com um di metro a altura do peito DAP igual ou superior 0 50m Entrevistas conduzidas junto dos Servi os Distritais de Actividades Econ micas SDAE tanto em Namacurra assim como no distrito de Guija revelaram o abate de esp cies arb reas para a abertura de campos de reassentamento e consequente instala o de Kits de abrigos Uma quest o que igualmente constitui preocupa o e revelada pelos comit s de gest o de recursos naturais CGRNs relaciona se com a produ o de lenha e carv o vegetal para a sa tisfa o das necessidades energ ticas dos agregados familiares reassentados Conforme se apurou durante a realiza o dos grupos focais em Furqu
66. res incluindo grupos afectados ou em zonas de risco de desastre IX REFER NCIAS No caso de situa es como a de Chokw na prov ncia de Gaza onde os recursos florestais foram excessivamente utilizados e a madeira e o bamb s o escassos o uso do cani o pode ser promovido para a estrutura de abrigos desde que um estudo de caso possa trazer evid n cias e conhecimento da sua t cnica de constru o acompanhado pelo reflorestamento de esp cieis autoctenes arb rias em zonas espec ficas na prov ncia Este recurso n o poder ser incentivado se n o for acompanhdo por um programa de sensibiliza o comunit ria sobre a sustentabilidade das comunidades A BIBLIOGR FICAS Angela Abdula andKatia Taela 2005 AVALIA O DAS CAPACIDADES DE GEST O DO RISCO DE DESASTRES em Mo ambique Netherlands Climate Change Studies Assistance Programme Phase Antonio F Y Bottai VILLAGE RESETTLEMENT IN MOZAMBIQUE TOWARDS AN ENDOGENOUS APPROACH Thesis Submitted for the Degree of Doctor of Philosophy School of the Built Envi ronment Heriot Watt University December 2002 Chemane D Motta H amp Achimo M Vulnerability of coastal resources to climate changes in Mozambique a call for integrated coastal zone management Ocean amp Coastal Management Vol 37 No 1 pp 63 83 1997 Gender and shelter in emergencies IASC Gender Handbook Office of the United Nations Disaster Relief Co ordinator 1982 Guidelines for Assistance Os
67. resgate e ajuda para apoiarem outros actores na distribui o e montagem de outros Kits Os Kits de abrigo segundo os entrevistados ainda n o cobrem na totalidade as necessidades de abrigo das popula es afectadas sendo que ou n o se encontram pre posicionados ou armazenados ou chegam tardiamente reduzindo deste modo o seu impacto na ajuda huma nit ria Embora a FICV defina no seu manual t cnico do Kit de abrigo especifica es detalhadas para cada componente estas apenas se limitam aos Kits de abrigo da CVM informantes chave de Cruz Vermelha de Mo ambique E outras ONGs que fazem distribui o de Kits de abrigo referem que estes s o compostos ape nas por 2 lonas e uma corda CONCERN ou 2 lonas e uma esteira KUKUMBI o nico crit rio usado para aquisi o de lonas por parte de outros intervenientes prende se s medidas das lonas e referem consultar a CVM sobre isso Quanto INGC tanto a nivel nacional quanto ao nivel provincial refere que as especifica es n o s o do dom nio da institui o Nas consultas com membros do cluster do abrigo sentimos que existe uma necessidade de compatibilizar os v rios tipos de Kit tornando os mais complementares na sua distribui o A planifica o para o uso do Kit de abrigo n o business as usual ou por outras palavras n o se trata de uma planifica o padronizada Se por um lado o entusiasmo e interesse de usar as ferramentas contidas no Kit podem s
68. rte do Kit de abrigo A Catana F como j explicado tem algumas limita es mas bastante til Ponderar se poder ser substitu do por um machado que ajude no corte de madeira em zonas com maio res quantidades de floresta A Tesoura C sempre criticado pela falta de qualidade uma ferramenta considerada complementar pois o arame tem sempre outras maneiras de poder ser cortado ou moldado Os Pregos Grandes F s o os mais utilizados na estrutura pois s o suficientemente compri dos para as uni es Muitas vezes tamb m utilizados para prender as lonas Os Pregos Pequenos C mais utilizados para prender as lonas s o tamb m mal utilizados Pois nas suas utiliza es n o s o pregados com anilhas e ferem as lonas de pl stico che gando mesmo a ser um dos principais factores de degrada o destas Considerados comple mentares pela maior val ncia dos pregos grandes O Arame F por vezes considerado curto um elemento em conjunto com a corda sempre utilizado nas mais diversas situa es O Martelo F faz parte das ferramentas fundamentais mas por vezes considerado com m qualidade O Saco muitas vezes chega rasgado devido quantidade de elementos que fazem parte do Kit Poder ser um elemento bastante til quando cheio com terra para fazer pequenas represas de gua Elemento pouco utilizado e com grande potencial No que diz respeito capacidade dos benefici rios
69. sfor os do governo e dos actores humanit rios e de desenvolvimento O governo de Mo ambique atrav s do INGC centraliza todos os esfor os de coordena o da gest o de desastres no pa s O Centro Nacional Operativo de Emerg ncia CENOE foi criado para implementar ac es pr ticas de prontid o para responder a situa es de emerg ncia e centraliza os esfor os de coordena o intersectorial inter institucional e internacional de modo a dar resposta r pida eficiente e eficaz as popula es afectadas e necessitadas bem como salvaguardar bens materiais racionalizando os recursos dispon veis Trata se de uma estrutura de coordena o multisectorial e de tomada de decis es onde convergem represen tantes das institui es organiza es e grupos de actores que participam directamente nas opera es de resposta a calamidades Em estado de vigil ncia sem alerta o CENOE centraliza a sua ac o na recolha processamento de informa o em coordena o estreita com os sectores considerados geradores de infor ma o para monitoria dos fen menos Nesta fase o CENOE recebe informa es do INAM SETSAN SARCOF SADC EW DNA MIREM MISAU Provinciais Comit s Distritais de Gest o de Risco e tamb m das Regi es Operativas Os clusters humanit rios em colabora o com o Governo de Mo ambique e os seus sectores ligados emerg ncia usam os recursos dispon veis para ajudar as pessoas afectadas em ne cessidades b sicas H
70. smo a indisponibilidade dos mesmos apontada como um ponto fraco do processo A falta de recursos para uma log stica eficiente e atempada torna a CVM dependente de aju das de outras organiza es que procuram o apoio t cnico da institui o para forma o e montagem A depend ncia externa da CVM quanto distribui o de Kits de abrigo resulta numa moral enfraquecida por parte da sua larga rede de volunt rios e t cnicos que muito embora sejam formados carecem de meios para uma interven o mais efectiva Cruz Vermelha de Mo ambique 29 VII 7 CAPACITA O A distribui o de Kits de abrigo acompanhada por uma demonstra o da montagem dos mesmos Segundo t cnicos da CVM em Maganja da Costa Namacurra e Nicoadala estes n o apenas fazem demonstra es como treinam outras organiza es sobre a montagem do Kit de abrigo o caso da AGRA organiza o alem accao agraria alema que focaliza a sua intere ven o no distrito do Chinde e cujos t cnicos beneficiaram foram pela CVM Para al m da montagem do Kit de abrigo os t cnicos da CVM na Zamb zia foram envolvidos em apoiar pessoas deficientes e idosas em diferentes distritos da prov ncia nos ltimos anos A forma o sobre montagem de Kits de abrigo por parte do pessoal t cnico da CVM feita em cascata o t cnico provincial treinado tem a incumb ncia de treinar os t cnicos distritais Apenas em Junho de 2013 foram restruturados os comit s loc
71. sticas das NU registaram um total de oito desastres hidrol gicos entre 1980 e 1989 nos pa ses situados na bacia do Zambeze O n mero aumentou para 12 na d cada seguinte e para 77 entre 2000 e 2009 Mo ambique um dos pa ses mais atingidos onde o n mero de pessoas afectadas foi cinco vezes mais alto na ltima d cada Chuvas fortes e ciclones em Fevereiro e Mar o de 2000 causaram as maiores cheias dos l timos anos devastando a capital e o pa s e afectando directamente mais do que um milh o de pessoas Douglas et al 2008 190 contudo a severidade com que as cheias afectaram a popula o em 1977 e 2001 e a seca de 1983 84 1994 e 2003 teve um maior impacto na popula o rural Na Prov ncia de Gaza atrav s da qual passam os rios Limpopo e Changane mais de 380 000 pessoas foram movidas das suas zonas de origem Osbahr et al 2008 1953 ED Impacto da Implementa o dos Kits de Abrigo Em Mo ambique A intera o das cheias do Zambeze e o aumento do n vel de gua do mar na rea do delta t m um grande impacto Chinde o distrito afectado pelo aumento do n vel do mar e pelas cheias do Zambeze Chemane et al 1997 70 Em Fevereiro de 2007 cerca de 50 000 foram retiradas das suas zonas de origem nas reas da bacia do Zambeze mas cerca de 150 000 afectadas na generalidade As cheias de 2010 foram seguidas de uma seca severa O ciclone Favio agravou o cen rio das cheias em 2007 e segundo o Programa Mundial de Alimenta
72. tamento e identifica o alimenta uma base de dados que por sua vez consolida os dados globais O governo atrav s do COE tem a tarefa de centralizar os dados colhidos bem como us los para efeitos de coordena o Para o caso especifico do cluster de abrigo a CVM lidera o processo de recolha de dados em rela o ao abrigo e infrastruturas sociais Esta cadeia de recolha de levantamento de dados e identifica o existe a nivel nacional provincial districal localidade municipal e comunidade comit s locais de gest o de risco de calamidades Os dados em rela o area do abrigo reco lhidos durante o processo de levantamento e identifi o s o consolidados e compartilhados com todos os actores participantes em reuni es formais e informais troca de correspond cia e atrav s do site www sheltercluster org Informantes chave indicam contudo que as necessidades identificadas n o s o directamente ligadas a recursos existentes e ao disp r nos v rios planos de contig ncia tanto do governo como das ONGs Entendem que parte consider vel da resposta a desastre resulta de apelos de financiamento internos e externos tanto a nivel de governo ou das ONGs Existe uma opini o comum entre os entrevistados que os n meros resultantes do levantamen to n o coincidem com os n meros reais das pessoas afectadas e nem com os n meros do que a seguir distribu do apontado se a processos viciados a nivel das lideran as comunit rias e
73. titucional e a n vel pr tico junto s comunidades e junto aos implementadores das actividades de gest o de risco ao n vel local O LEVANTAMENTO E AVALIA O marcados em alguns casos por processos menos trans parentes aliados a uma distribui o n o atempada limitam o impacto do Kit de abrigo Embora os componentes do Kit sejam avaliados como teis alguns deles como o caso do serrote e o alicate n o se ajustam s necessidades dos usu rios pela sua fraca qualidade Cruz Vermelha de Mo ambique 35 X RECOMENDA ES O processo de identifica o logo ap s durante o desastre dever ser de forma par ticipativa e deve se prevelegiar a transpar ncia e presta o de contas accountabily como parte integrante da resposta LEVANTAMENTO E IDENTIFICA O As equipes multisectorias de avalia o existem contudo estas devem trabalhar mais a fim de se lograr um registo efectivo dos benefici rios havendo uma maior comunica o com os benefici rios actores locais e decisores O registo dos benefici rios requer mais trabalho a ser feito dentro do cluster de abrigo para que o registo das necessidades em termos de abrigo sejam validadas Os crit rios de sele o dos benefici rios mais vulner veis devem ser din micos e capazes de assegurar que dada prioridade aos mais necessitados O fortalecimento da voz e ac o da comunidade como parte integrante dos trabalhos dos comit s de gest o de r
74. unt rios da CVM ajudam a montar Kits para casos de pessoas idosas dificiente ou vi vas H portanto uma sensibilidade sobre a for a f sica necess ria para se montar um Kit de abrigo que as mulheres n o t m e h uma divis o de tarefas durante o processo que limita o papel da mulher do processo de constru o Quanto aos diferentes pap is de homens e de mulheres no processo do abrigo n o existem sistemas institu dos que possam apoiar pessoas com necessidades espec ficas para montarem os seus abrigos Por outro lado n o existem mecanismos que possam prevenir abusos sexuais decorrentes da vulnerabilidade acrescida de mulheres e raparigas nas situa es p s desas tres que determinada tamb m por rela es de poder inibem as mulheres de se alistarem como chefes de fam lia no caso de rela es polig micas A equipa de consultores constatou ainda que n o existe assist ncia de Kits de abrigo diferenciada para mulheres gr vidas doen tes cr nicos e pessoas vivendo com HIV SIDA embora estes sejam apoiados nos casos de demonstra es de montagem feitas por t cnicos da CVM Durante o grupo focal com mulheres em Fourquia estas afirmaram que os componentes dos Kits de abrigo n o incluiam panelas segundo as mulheres poder preparar uma alimenta o logo ap s a instala o dos membros do agregado familiar num abrigo uma tarefa da respon sabilidade das mulheres que o Kit de abrigo n o oferece Os procedimentos de identif

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