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Avaliação da aplicação experimental do

1. 16 ANEXOS Desenho do her i hero na 17
2. Apesar de tudo quando est atento muito participativo revelando enormes potencialidades ao n vel da aprendizagem M um crian a do g nero masculino com 11 anos e 2 meses Segundo os encarregados de educa o tia e tio o M tem alguns problemas de aprendizagem porque continua ainda muito afetado e com dificuldade em concentrar se Ao referirem que est afetado referem se morte da m e de M Esta morte ocorreu enquanto frequentava o 2 ano algum tempo ap s a crian a ter sido retirada aos pais por neglig ncia e ter ido viver com os tios paternos Nessa altura al m disso teve que 32 mudar de escola e de colegas pois os tios viviam numa outra localidade Quanto aos professores referem que o M uma crian a com muitas dificuldades de aprendizagem revelando falta de interesse pelo estudo labilidade emocional problemas no relacionamento com os pares impulsividade e fraca toler ncia as repreens es Foi lhe feita uma avalia o formal por parte de um psic logo e pedopsiquiatra e pouco antes do in cio da interven o come ou a tomar medica o por suspeita de Hiperatividade e D fice de Aten o e Concentra o referindo ainda nesta avalia o que M apresenta uma intelig ncia dentro do esperado para a idade tendo at resultados superiores m dia para a sua idade em algumas provas que avaliam diferentes correlatos da intelig ncia Z Z de 9 anos de idade e 4 mese
3. De entre as v rias possibilidades de escolha de question rios que avaliam o comportamento da crian a aqueles que permitem uma vis o mais alargada vinda de m ltiplas fontes s o prefer veis pois permitem uma vis o integrada das v rias perspetivas e consequentemente uma vis o mais completa dos fen menos sociais e comportamentais da vida das crian as Segundo Achenbach 1991a as raz es para utilizar m ltiplas fontes para avaliar o comportamento das crian as incluem as seguintes a os problemas compet ncias e comportamentos observados das crian as t m uma grande probabilidade de diferir entre os diversos contextos onde as mesmas se movimentam b diferentes informantes acerca do comportamento das crian as observam diferentes amostras comportamentais c os informantes diferem no que se refere sua consci ncia dos v rios aspetos do comportamento da crian a e no que se refere base para analisar e relatar o que observam d a presen a dos v rios informantes tem diferentes efeitos sobre o comportamento das crian as e as correla es entre os relatos de diferentes informantes s o na generalidade modestas numa m dia de 0 60 entre informantes em contextos semelhantes ex m e vs pai professor vs professor e 0 28 entre informantes que veem a crian a em contextos diferentes ex pais vs professores e 0 22 entre auto relatos das pr prias crian as e os relatos de pais professores e profissionais de sa de mental Achenb
4. 14 Bibliografia 15 1926 Semrud Clikeman M 2007 Social Competence in Children New York Springer Shure M B 1993 I can problem solve ICPS Interpersonal cognitive problem solving for young children Early Child Development and Care 96 49 64 Shure M B 2001 I Can Problem Solve ICPS An Interpersonal Cognitive Problem Solving Program for Children Residential Treatment For Children amp Youth 18 3 14 Shure M B amp Spivack G 1982 Interpersonal Problem Solving in Young Chil dren A Cognitive Approach to Prevention American Journal of Community Psychology 10 341 356 Sternberg P amp Garcia A 2000 Sociodrama Who s in Your Shoes second ed London Praeger Tweet J Cook M Williams S Baker R amp Adkinson P 2003 Dungeons amp Dragons Player s Handbook Core Rulebook I v 3 5 Renton Wizards of the Coast West J V 2006 The Pool A role playing game Retrieved 18 fevereiro 2012 from http www randomordercreations com thepool rtf Yalom I D amp Leszcz M 2005 The Theory and Practice of Group Psychotherapy fifth ed New York Basic Books Anexos Folha de Her i Hero na Nome do jogador Nome do her i hero na Pontos de experi ncia Ataque N vel For a Defesa ___ Destreza Proteg es Atributos For a Destreza Intelig ncia Poderes do her i hero na
5. 1977 Childhood and Society London Paladin Grafton Books Estell D B Farmer T W Pearl R Van Acker R amp Rodkin P C 2008 Social status and aggressive and disruptive behavior in girls individual group and classroom influences Journal of School Psychology 46 2 193 212 doi 10 1016 j jsp 2007 03 004 Fleiss J L 1973 Statistical Methods for Rates and Proportions New York John Wiley amp Sons Inc Fonseca A Sim es A Rebelo J Ferreira J amp Cardoso F 1994 Um invent rio de compet ncias sociais e de problemas do comportamento em criangas e adolescentes o Child Behaviour Checklist de Achenbach CBCL Psychologica 12 55 78 Fonseca A Sim es A Rebelo J Ferreira J amp Cardoso F 1995 O invent rio de comportamentos da crian a para professores Teachers Report Form TRF Revista Portuguesa de Pedagogia 2 81 102 Frauenknecht M amp Black D R 2004 Problem Solving Training for Children and Adolescents Em E C Chang T J D Zurilla amp L J Sanna Social Problem Solving Theory Research and Training Washington DC American Psychological Association Gardner H 2011 Frames of Mind The Theory of Multiple Intelligences third ed New York Basic Books Goleman D 2006 Social Intelligence The New Science of Human Relationships New York Bantam Books Greenbaum P E Dedrick R F amp Lipien L 2004 The Child Behavior Checklist
6. A PRPI surgiu como continuidade dos trabalhos desenvolvidos aquando do desenvolvimento da Prova Cognitiva de Intelig ncia Social PCIS Candeias 2007 Tal como a PCIS a PRPI caracteriza se pela operacionaliza o do construto de intelig ncia social com base numa abordagem cognitivista e contextual Assim segundo a perspetiva defendida pela autora reunindo influ ncias das teorias psicom tricas e cognitivistas a intelig ncia social considerada ao contr rio do defendido na presente investiga o um conceito mais abrangente que a compet ncia social Considerando por isso a compet ncia social como a componente comportamental da intelig ncia social Esta diferen a conceptual n o impede a utiliza o desta prova como m todo de avalia o na presente investiga o pois apesar das diferen as conceptuais esta prova permite fazer uma avalia o da intelig ncia social enquanto capacidade cognitiva de resolu o de problemas sociais Candeias 2007 que aquilo que se pretende avaliar com esta investiga o Segundo Candeias 2007 2008 esta capacidade cognitiva de resolu o de problemas sociais pode ser operacionalizada tendo em conta tr s n veis 1 os elementos do processo de resolu o de problemas a descodifica o da informa o 42 social a conce o de um plano de resolu o e a respetiva implementa o e avalia o 2 os elementos relativos ao nivel de conhecimento expresso pela crian a
7. Falar com animais s animais pequenos Feiti os de cura po es Feiti os de prote o Em seguida pedido s crian as que atribuam s suas personagens um conjunto de caracter sticas For a Destreza e Intelig ncia um nome e que digam qual o poder especial da personagem que escolheram S pode haver uma personagem com cada poder por isso s o lan ados os d20 e os poderes s o escolhidos pela ordem come ando CAPITULO 2 MECANICA DE FUNCIONAMENTO 10 pelo jogador que tem o valor mais alto Se tiverem valores iguais no dado esses dois ou mais jogadores lan am novamente o dado As caracter sticas v o ser distribu das pelas crian as sendo que no in cio cada um tem 5 pontos que pode distribuir v o ser usadas em combates e em algumas fases do roleplay sendo adicionadas ao lan amento do dado V o ser ainda atribu dos s personagens 5 pontos de vida na forma de 5 marcadores pedrinhas Por fim ser dado a cada jogador um recurso especial na forma de uma arma instrumento ou objeto m gico pertencente personagem que escolheram e que lhes dar algum poder especial na aventura 2 3 Cria o da Aventura O primeiro passo na cria o de uma aventura pensar o Universo em que a mesma decorre seja ele um mundo onde existe floresta por todo o lado um mundo em que s existem cidades um mundo id ntico ao real um mundo subaquatico as possibilidades s o infinitas e todas plaus veis desde
8. UNIVERSIDADE DE EVORA ESCOLA DE CIENCIAS SOCIAIS DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA Avalia o da aplica o experimental do programa de desenvolvimento de compet ncias sociais Conquistadores de Masmorras Manuel Pedro Carreiras da Silva Carona Orienta o Prof 2 Doutora Sofia Tavares Mestrado em Psicologia Area de especializa o Psicologia Cl nica e da Sa de Disserta o vora 2014 UNIVERSIDADE DE EVORA ESCOLA DE CIENCIAS SOCIAIS DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA Avalia o da aplica o experimental do programa de desenvolvimento de compet ncias sociais Conquistadores de Masmorras Manuel Pedro Carreiras da Silva Carona Orienta o Prof 2 Doutora Sofia Tavares Mestrado em Psicologia Area de especializa o Psicologia Cl nica e da Sa de Disserta o vora 2014 Avalia o da aplica o experimental do programa de desenvolvimento de compet ncias sociais Conquistadores de Masmorras Resumo V rios m todos de interven o com vista diminui o de comportamentos disruptivos e melhoria nos relacionamentos sociais em crian as em idade escolar t m sido desenvolvidos e aplicados em contextos formais Com este estudo pretende se avaliar a aplica o experimental do m todo Conquistadores de Masmorras CM Este utiliza uma metodologia diferente pois surge num contexto l dico permitindo desenvolver habilidades de resolu o de problemas sociais levando em t
9. es sociais dependiam da capacidade para lidar com os problemas interpessoais e que a forma como se lidava com esses problemas pessoais dependia de uma combina o complexa de fatores emocionais e cognitivos Shure 2001 Estes autores defendiam ainda que se as crian as pudessem aprender compet ncias cognitivas de resolu o de problemas que pudessem ser generalizadas grande variedade de situa es da vida real podiam de forma independente aplicar este processo para lidar com diversos problemas que ocorrem no dia a dia Shure 1993 Com esta premissa e tendo essa mesma refer ncia te rica surgiu o programa I Can Problem Solve ICPS Shure 1992 Este programa tem como foco o ensino de processos metacognitivos que permitem a descoberta de solu es alternativas antecipa o de consequ ncias identifica o e adequa o dos meios para atingir os objetivos pretendidos nas intera es sociais Antes da fase metacognitiva s o ainda treinadas compet ncias que segundo os autores s o tidas como pr requisitos para o treino das supracitadas meta compet ncias como o caso das compet ncias de linguagem e de empatia Importa por isso perceber um pouco melhor a que se referem essas compet ncias pr requeridas 2 2 1 Compet ncias Pr requeridas Os conceitos de treino da teoria da conserva o de Piaget 1926 s o aplicados no ICPS o que sugere que o significado das palavras e a linguagem utilizada pela
10. o das aprendizagens uma melhoria nas compet ncias de resolu o de problemas uma melhoria no funcionamento relacional na toler ncia frustra o e na diminui o da taxa de comportamentos agressivos antissociais Rijo et al 2006 Programa GOAL Going for the Goal Danish et al 1992a 1992b 22 Este programa desenvolvido por Danish e colegas no ano de 1992 foi adaptado e traduzido para portugu s por Jos Cruz Claudia Dias Ant nio Rui Gomes Mariana Cardoso Daniela Gomes Helena Oliveira Manuel Pereira e Andr Alves equipa do Instituto de Educa o e Psicologia da Universidade do Minho em 1998 tendo sido denominado por Programa Goal Lutar pelos objetivos Este programa tem como popula o alvo crian as e adolescentes com idades compreendidas entre os 10 e os 14 anos com problemas comportamentais Os principais objetivos deste m todo passam pela promo o do desenvolvimento de compet ncias sociais e pessoais que levem ao desenvolvimento de resili ncia nos adolescentes de modo a que estes possam ser mais aut nomos no planeamento do futuro e na tomada de decis es sem ter que recorrer a outros para tal Segundo este programa as principais compet ncias a desenvolver s o a identifica o de objetivos de vida positivos b import ncia de nos centrarmos no processo de concretiza o de objetivos c uso de um modelo geral de resolu o de problemas d identifica o de comportamentos qu
11. o e um aumento da coopera o preocupa o com outros em apuros e rela es positivas com pares Shure 1997 Crian as treinadas na pr escola e nos primeiros anos do primeiro ciclo exibiram menos comportamentos de risco observados no quarto ano Em suma a conceptualiza o de solu es alternativas foi a compet ncia que mais se associou mudan a comportamental porque as crian as que conseguem individualmente identificar solu es alternativas mais dificilmente ficaram impacientes com sentimentos exacerbados agressivos inibidos n o populares e demonstraram menos falta de empatia pelos sentimentos dos outros Shure 1997 2 3 Projeto de melhoramento da consci ncia social e da compet ncia de resolu o de problemas sociais Improving Social Awareness Social Problem Solving Project Bruene Butler Hampson Elias Clabby amp Schuyler 1997 Elias amp Clabby 1988 Estes autores desenvolveram uma abordagem sistem tica baseada nas compet ncias sociais que enfatiza o autocontrolo a consci ncia social a participa o grupal e os processos de pensamento cr tico O protocolo desenvolvido para ser aplicado em contexto escolar denominado 16 Projeto de melhoramento da consci ncia social e da compet ncia de resolu o de problemas sociais Improving Social Awareness Social Problem Solving Project ISA SPS foi desenvolvido para alunos do primeiro ciclo e iniciado durante o quarto ano para m
12. o ou outro tipo de dificuldades nas rela es sociais como o caso de crian as t midas ou com ansiedade social como interven o Para isso nas aventuras ser o colocadas situa es em que ser o dentro do enquadramento das mesmas ensinadas treinadas e testadas compet ncias de resolu o de problemas soci ais e de perce o gest o das emo es Nestas situa es consoante o desempenho dos Jogadores o Mestre de Jogo ir refor ar ou punir de forma leve utilizando pontos de experi ncia ou outros benef cio puni es enquadrados no jogo No primeiro cap tulo v o ser apresentados os fundamentos te ricos subjacentes ao uso deste m todo tendo por base diversas obras de diversas correntes te ricas No segundo cap tulo ir ser explicada a mec nica de funcionamento a qual ins pirada em dois jogos de roleplay e simula o narrativa um deles bastante conhecido denominado Dungeons amp Dragons TM Gygax 1978 Heinsoo Collins amp Wyatt 2008 Tweet Cook Williams Baker amp Adkinson 2003 e outro menos conhecido denomi nado The Pool West 2006 Ambos t m mec nicas de funcionamento semelhantes e que privilegiam a participa o narrativa dos jogadores no desenrolar da hist ria atrav s das suas personagens Por outro lado baseiam se ambos no lan amento de dados como m todo de decis o quando algo que possa ter resultados aleat rios surge na aventura O m todo aqui descrito ter por base esses mesmos p
13. 2011 Social skills and social competence in interactions with peers Em P K Smith amp C H Hart Eds The Wiley Blackwell Handbook of Childhood Social Development pp 393 412 London Blackwell Danish S Mash J Howard C Curl S Meyer A Owens S amp Kendall K 1992a 67 Going for the goal leader manual Department of Psychology Virginia Commonwealth University Danish S Mash J Howard C Curl S Meyer A Owens S amp Kendall K 1992b Going for the goal student activity manual Department of Psychology Virginia Commonwealth University Deluty R H 1981 Alternative thinking ability of aggressive assertive and submissive children Cognitive Therapy and Research 5 3 309 312 doi 10 1007 BF01193414 De Winter J C F 2013 Using the Student s t test with extremely small sample sizes Practical Assessment Research amp Evaluation 18 10 1 12 Dias C Cruz J amp Danish S 2001 O desporto como contexto para a aprendizagem e ensino de compet ncias de vida programas de interven o para crian as e adolescentes An lise Psicol gica 19 1 Dias 2003 Programa Going for the goal Lutar pelos objetivos um programa de compet ncias de vida aplicado a crian as do 4 ano de escolaridade Disserta o de Mestrado Universidade de Coimbra Faculdade de Psicologia e Ci ncias da Educa o Dias M 2008 Programa de Promo o de Compet ncias Pessoais
14. 39 65 New York John Wiley amp Sons Inc Chang E C D Zurilla T J amp Sanna L J Eds 2004 Social Problem Sol ving Theory Research and Training Washington DC American Psychological Association Gygax G 1978 Advanced Dungeons amp Dragons Players Handbook TSR Games Heinsoo R Collins A amp Wyatt J 2008 Dungeons amp Dragons Player s Hand book Arcane Divine and Martial Heroes Core Rulebook v4 0 Renton Wi zards of the Coast Kazdin A E 2000 Psychotherapy for children and adolescents directions for research and practice New York Oxford University Press Kendall Tackett K A Williams L M amp Finkelhor D 1993 Impact of Sexual Abuse on Children A Review and Synthesis of Recent Empirical Studies Psy chological Bulletin 113 164 180 Lochman J E amp Wells K C 2002 Contextual social cognitive mediators and child outcome A test of the theoretical model in the Coping Power program Development and Psychopathology 14 945 967 Lochman J E Wells K C amp Lenhart L A 2008 Coping Power Child Goup Program Facilitator Guide New York Oxford University Press Mills J C amp Crowley R J 1986 Therapeutic Metaphors for Children and the Child Within New York Brunner Mazel Piaget J 2005 Language and Thought of The Child third ed M Gabain amp R Ga bain Trans London and New York Routledge Original work published
15. 7 Material Plasticina Atividade 1 Foi pedido aos sujeitos que fizessem um monstro em plasticina 2 Mostrar e explicar as habilidades do monstro aos colegas 8 Material L pis de cor canetas de feltro Atividade 1 Cada sujeito escolheu um l pis caneta de uma cor espec fica 2 O facilitador pegou numa folha e fez um simples tra o 3 Cada sujeito continuou aquele tra o vez acrescentando um tra o sem levantar o l pis Esta atividade foi repetida v rias vezes at todos concordarem que o desenho estava acabado 9 Material L pis Caneta e papel Atividade Jogo do Stop escrever diversas palavras para cada grupo e g nomes animais frutas 10 Visionamento de um filme de anima o 76 Anexo I Planeamento de Sess es Conquistadores de Masmorras problemas sociais Planeamento alternativas e antecipa o de consequ ncias cria o de um plano para a resolu o de problemas sociais antecipando as consequ ncias do mesmo e testando v rias alternativas 77 Sess o Objetivos Objetivos espec ficos Procedimentos Estrat gias gerais 1 Apresenta o Apresenta o do Se as crian as n o se conhecerem umas e primeiro jogo e seu m todo s outras ser necess rio fazer uma contacto como de funcionamento pequena apresenta o jogo m todo Ap s a cria o dos her is cada crian a Apresenta o das vai apresentar o seu her i ao grupo em crian
16. Segundo estes modelos a resolu o de problemas sociais resulta de um processo sociocognitivo constitu do por v rios passos os quais segundo Sternberg e Sternberg 2012 podem ser descritos como ocorrendo num ciclo Ao considerar estes passos importante tamb m salientar a import ncia da flexibilidade no seguimento dos v rios passos do ciclo Uma resolu o de problemas bem sucedida pode envolver ocasionalmente a toler ncia de alguma ambiguidade no que concerne melhor forma de proceder raro conseguir se resolver problemas seguindo uma sequ ncia pr definida e perfeita de passos ou seja pode alterar se a ordem e at saltar alguns passos Sternberg amp Sternberg 2012 Assim sendo segundo Sternberg e Sternberg 2012 esta sequ ncia consiste 1 na identifica o do problema 2 na defini o e representa o do problema 3 na formula o da estrat gia 4 organiza o da informa o 5 na distribui o de recursos 6 na monitoriza o e finalmente 7 na avalia o Para al m disso existem alguns fatores que podem influenciar a capacidade de resolu o de problemas sejam estes sociais ou n o Sternberg amp Sternberg 2012 Um desses fatores inclui a capacidade para autorregular as emo es Bar On 2006 Lochman amp Wells 2002a Saarni 1999 Semrud Clikeman 2007 Sternberg amp Sternberg 2012 o que em conjunto com a capacidade para usar e falar acerca das emo es para o envolvimento emp
17. atrav s de diversos m todos como por exemplo invent rios Rose Krasnor 1997 O problema desta defini o de compet ncia social prende se com a dificuldade de defini o dos comportamentos que constituem estas habilidades ou comportamentos socialmente competentes Para alcan ar tal defini o diferentes autores tentaram diferentes m todos nomeadamente a recolha da opini o de um conjunto de especialistas acerca de que comportamentos s o teoricamente tidos como socialmente competentes b usar os valores sociais tal como definidos por professores e pares para definir quais os comportamentos que demonstram um maior n vel de compet ncia social c comportamentos escolhidos tendo como base a sua correla o com ndices de compet ncia social d usar uma estrat gia normativa para identificar os comportamentos socialmente competentes Contudo segundo Rose Krasnor 1997 esta abordagem tem pontos fortes nomeadamente a facilidade de cria o de listas de comportamentos alvo e consequentemente o desenvolvimento de invent rios de observa o dos mesmos Por outro lado apresenta tamb m v rias limita es Os diferentes m todos de defini o das habilidades ou comportamentos socialmente competentes descritos anteriormente geraram desacordo entre os investigadores quanto aos crit rios de sele o dos comportamentos alvo Hops amp Finch 1985 O facto desta abordagem localizar a compet ncia social nos indiv du
18. divergem Enquanto que as met foras liter rias devem evocar um senso de familiari dade imag stica tendo como fun o principal a descri o as met foras terap uticas por outro lado t m como principais objetivos alterar reinterpretar e restruturar Mills amp Crowley 1986 Para atingir esses objetivos a met fora terap utica deve evocar tanto uma familiaridade imag stica como uma familiaridade relacional baseada num sentimento de experi ncia pessoal A hist ria em si mesma deve falar de experi ncias de vida comuns do ouvinte e deve usar para isso uma linguagem familiar ao mesmo Na constru o das met foras terap uticas e liter rias segundo Mills and Crowley 1986 h que ter em conta diversos fatores comuns aos Contos de Fadas Cl ssicos a Estabelecer uma tem tica geral de conflito metaf rico em rela o aos protagonis tas b Personificar processos inconscientes na forma de her is ou ajudantes represen tando as capacidades e recursos do protagonista e vil es ou obstru es representando os medos e cren as negativas do protagonista c Personificar situa es paralelas de aprendizagem nas quais os protagonistas s o bem sucedidos d Apresentar uma crise metaf rica num contexto de resolu o inevit vel atrav s da qual os protagonistas ul trapassam e resolvem o s seu s problema s e Desenvolver um novo sentimento de identifica o para com os protagonistas como resultado da sua viagem de he
19. es um n mero muito reduzido para a interven o que se pretende levar a cabo com o Manual deste jogo sendo que o ideal seria terem sido realizadas no m nimo 30 sess es com a dura o de 90 minutos por sess o f seria igualmente interessante considerar se um estudo longitudinal g h ainda que ter em conta a forma o do facilitador pois neste caso o mesmo n o tinha nenhum tipo de forma o espec fica na din mica de grupos nem em ludoterapia ou outra terapia espec fica tendo simplesmente a forma o comum em Psicologia Cl nica e da Sa de Em aplica es futuras seria interessante acautelar essa vari vel Em suma face s suas limita es a grande finalidade deste estudo consistiu principalmente em deixar em aberto a possibilidade de se conduzir um novo estudo com um design mais ajustado Por isso pretendeu se explicar da melhor forma o que correu menos bem Uma vez que a consci ncia de como seria ideal que fosse conduzido este estudo tamb m uma forma de produzir ci ncia Pois h que ter tamb m a humildade de verificar que nem sempre as condi es ideais dependem da nossa vontade e que os meios e circunst ncias acabam por conduzir a tentativas e erros que pelo menos cumprem a sua fun o na medida em que explicam e abordam n o s o que n o deve ser feito ou correu menos bem mas principalmente porque possibilita que seja dito como deveria ser feito Concluindo apesar das limita es e dificuld
20. figurantes NPC s e jogadores 8 Materiais para construir os cen rios por exemplo rvores ervas ou casas mesas etc Podem ser feitos em papel por exemplo CAPITULO 2 MECANICA DE FUNCIONAMENTO 9 10 11 12 13 2 2 Pedrinhas marcadores para simbolizar a vida das personagens Folhas de personagem ver Anexos Representando os atributos atribu dos pelos jogadores s mesmas For a Destreza e Intelig ncia Uma representa o de arma objeto m gico para cada uma das personagens que vai ser entregue ao jogador que escolher determinado poder habilidade especial Um martelo de madeira para esmagar os monstros quando forem aniquilados pelos personagens Recompensas para os personagens que podem ser trocadas por algum tipo de poder ou arma e que podem ser ganhas ao longo do jogo Cria o de Personagens As personagens ser o criadas tendo como base algumas figuras pequenos bone cos da LEGO Playmobil ou outros Al m das figuras os jogadores ter o sua escolha diversos tipos de poderes especiais que se definem de seguida 1 2 Controlo do fogo acender a lareira pegar fogo roupa dos inimigos Controlo da gua criar congelar ferver e evaporar uma pequena quantidade de gua Levita o de objetos pequenos Habilidade com espadas e escudos Habilidade com arcos e flechas Instrumento musical m gico deixar certos inimigos ou NPC s a dormir
21. tentando com as mesmas n o ser injusto para uns jogadores favorecendo outros Al m disso este m todo tem uma inspira o sociodram tica logo todas as sess es iniciam se com um aquecimento tendo como objetivo preparar os participantes para trabalhar em conjunto e para se focarem no aqui e agora Sternberg amp Garcia 2000 Ap s esta fase inicial ocorrem duas fases mais ou menos diferenciadas que se v o repetindo e alternando ao longo das sess es as quais t m diferentes significados terap uticos Estas fases s o a fase de roleplay e a fase de combate A fase de roleplay pode ocorrer em qualquer altura at durante os combates e a fase projetiva por excel ncia na qual os jogadores interagem uns com os outros e com o Mestre de Jogo atrav s dos di logos entre as personagens entre as personagens e os NPC s Non Player Characters personagens que s o importantes para a hist ria CAPITULO 2 MECANICA DE FUNCIONAMENTO 8 aliados ou n o das personagens que n o s o controladas pelos jogadores mas sim pelo MJ e entre as personagens e os inimigos tamb m controlados pelo MJ A fase de combate a fase mais l dica em que as personagens e aliados lutam contra os inimigos e na qual v o jogar por turnos podendo contudo falar uns com os outros enquanto est o a combater os monstros Nesta fase s o utilizados dados para decidir os ataques e qualquer a o que os jogadores pretendam fazer uma a o por
22. tico para distinguir entre a experi ncia emocional subjetiva e a express o externa da mesma para lidar com emo es aversivas para ter consci ncia da comunica o emocional nas rela es e para a auto efic cia emocional define a compet ncia emocional Saarni 1999 V rios autores defendem por isso que a compet ncia emocional uma parte importante da compet ncia social Salovey amp Mayer 1990 que estes dois conceitos s o indissoci veis e que as abordagens terap uticas que interv m a este n vel devem ter isso em conta Em suma a compet ncia social inclui habilidades referentes a todos os passos da resolu o de problemas e requer que estes sejam realizados de forma o mais natural e eficaz poss vel Rose Krasnor 1997 e para tal necess rio que os indiv duos compreendam a paisagem social e as intera es que os rodeiam A t tulo de exemplo Lochman White e Wayland 1991 referem que as crian as agressivas percecionam de forma incorreta as inten es por tr s dos comportamentos dos outros logo a sua resposta inadequada s situa es Outros autores perceberam tamb m 10 que a quantidade de solu es alternativas que uma crian a consegue conceptualizar para resolver um problema social est diretamente relacionada com a sua compet ncia social e com o seu comportamento face aos pares e outros intervenientes na sua vida Deluty 1981 Shure 1993 2001 2 M todos de interven o empiricamen
23. turno por personagem inimigo NPC N o se pode dizer que estas sejam duas fases totalmente diferenciadas mas para uma mais f cil an lise e compreens o deste m todo achou se pertinente esta divis o Apesar de n o existir um conjunto de regras como o definido para v rios jogos neste caso o objetivo intervir a n vel comportamental e cognitivo com o intuito de le var a que as crian as desenvolvam um comportamento mais adaptado permitindo lhes no futuro evitar o desenvolvimento de alguns tipos de psicopatologia ou comportamen tos desviantes Shure 2001 1993 Shure amp Spivack 1982 Lochman et al 2008 Para isso ser o ao longo das aventuras criadas diversas situa es que permitam s crian as desenvolver estrat gias alternativas de resolu o de problemas sociais de controlo e auto e heteromonitoriza o das emo es 2 1 Materiais Para a utiliza o desta t cnica s o necess rios diversos materiais listados abaixo 1 Um ou mais dado d20 dado de 20 lados se poss vel um para cada um 2 V rios dados d6 de seis lados um para cada jogador 3 Uma caixa de areia ou uma base quadriculada 4 Plasticina de v rias cores Para construir os monstros 5 Uma r gua medidor para medir dist ncias na caixa de areia para poder reproduzir l os cen rios desenhados 6 Folhas de papel quadriculado para desenhar os cen rios a reproduzir na caixa de areia 7 Pequenos bonecos para representar os
24. 1999 no segundo e terceiro ciclos Carvalho 2012 no ensino secund rio Loureiro 2013 e at no ensino superior M Dias 2008 Al m disso foram ainda aplicados a popula es t o d spares como por exemplo trabalhadores aut rquicos com problemas de depend ncia de subst ncias t xicas Cardoso 2012 ou reclusas de um estabelecimento prisional Amaral 2008 19 Ainda que sejam varios os m todos utilizados para o treino de compet ncias sociais estes apresentam se na sua maioria muito semelhantes no que concerne s tem ticas abordadas e forma como as mesmas s o veiculadas Por exemplo muitos destes m todos recorrem ao treino da assertividade E grande parte deles tem como base os trabalhos desenvolvidos por Matos 1997 como seja o Programa de Promo o de Compet ncias Sociais PPCS ou os trabalhos desenvolvidos por Jardim e Pereira 2004 no Programa de Desenvolvimento de Compet ncias Intrapessoais Interpessoais e Profissionais PDCIIP utilizando sempre uma metodologia psico educacional Estes dois programas de interven o Jardim amp Pereira 2004 Matos 1997 est o entre os m todos mais largamente utilizados e validados no nosso pa s Assim para o presente estudo importa somente descortinar de forma resumida os m todos que est o mais relacionados em termos de popula o com o estudo atual nomeadamente a o Programa Aventura Social PAS e o PPCS Matos 1997 b o Programa G P S Gerar
25. 2 3 Projeto de melhoramento da consci ncia social e da compet ncia de resolu o de problemas sociais Improving Social Awareness Social Problem Solving Project Bruene Butler Hampson Elias Clabby amp Schuyler 1997 Elias amp Clabby 1988 16 2 4 Treino de compet ncias sociais em Portugal rare 19 2 5 Conquistadores de Masmorras ic eteee aa eaa ane aeanenaa aan reeaananaana 25 HES Metodologia ersarriocmanesso tot eta tisenusdtmunnnsintaneniadactuuscshs tethered emansiad eng nie contada adegas tia snAta dra as 27 1 Natureza do Estudo Problema de Investiga o e Objetivos 27 2 Participantes us ssishecsisec a a E E ada DE PE ce DE quad qr Mev a estada nasal asia danada ees 30 2 1 Descri o dos participantes eee araaaa aa aaaaa ana cenaaaanana 31 IV InstrumentoS secs eiisaa tas ais E coer cede Sade E E LER OU UNOS ARDE RR E 36 1 Avalia o Multiaxial de Achenbach Child Behavior Checklist 4 18 Achenbach 1991b e Teacher s Report Form Achenbach 1991C 0 cc ccccccneeeeneeeeb eee eeeeneeeeeteceeeeeeeeeeseenesneeee 37 2 Prova de Resolu o de Problemas Interpessoais Candeias et al 2008 41 V Procedimentos 22 24 04 cin nata a dd Aa REA a ndo Da a aia ate 43 1 Recolha ide dados cas assa as Avie sat A A ated Da 43 2 Tratamento de dadOS sas esmas e
26. 56 1 63 0 05 dita Processo Nota p lt 0 05 para cada um dos teste de equival ncia cl nica unicaudais Neste caso o p value o maior de entre os obtidos atrav s dos dois testes de equival ncia cl nica unicaudais Nesta prova verifica se que os resultados para a maior parte das vari veis parecem ser ambiguos nenhum dos testes significativo para os respetivos n veis de signific ncia 3 5 60 Compreens o do Problema Identifica o da situa o problema Conce o de um plano de resolu o conte do Conce o de um plano de resolu o processo enquanto que as restantes vari veis parecem apresentar resultados clinicamente significativos teste de equival ncia cl nica significativo e teste tradicional n o significativo para os respetivos n veis de signific ncia 2 5 40 Resolu o Propriamente Dita Conte do e Resolu o Propriamente Dita Processo 59 4 Grupo A TO amp Grupo A T1 GrupoB T1 Fig 7 Representa o gr fica dos resultados obtidos pelos dois grupos com a prova TRF para todas as vari veis e valores de refer ncia normativos para o momento T Em suma muito embora o Grupo A pare a apresentar uma melhoria em v rias vari veis da prova TRF e CBCL como se pode verificar atrav s de uma avalia o percetiva das Fig 5 e Fig 6 este n o considerado clinicamente equivalente ao grupo normativo na maior
27. Em primeiro lugar de modo a acautelar essa situa o para os instrumentos de Achenbach os resultados brutos foram transformados numa medida de posi o 44 relativa nomeadamente em valores T M 50 DP 10 de modo a poder comparar individuos de g neros e idades diferentes as m dias e desvios padrao normativos sao diferentes para estes diferentes subgrupos Para as provas CBCL e TRF idealmente os valores T seriam calculados de maneira diferente pois os pontos centrais seriam associados a determinados percentis de modo a ter em conta o facto de determinados valores serem menos frequentes na popula o para uma descri o mais pormenorizada consultar Achenbach 1991a Contudo para a popula o portuguesa n o foi poss vel obter os valores necess rios para realizar os c lculos por isso foi utilizada a f rmula Ary Jacobs Sorensen amp Walker 2013 X X 5 50 T 10x onde X resultado bruto X M dia da distribui o desvio padr o da distribui o Esta f rmula permite assim obter os valores T para cada sujeito tendo em conta as caracter sticas demogr ficas de cada um deles logo partindo da m dia e desvio padr o populacionais associadas a essas mesmas caracter sticas Seguidamente com os dados obtidos para cada indiv duo de cada grupo foram calculadas as m dias para cada escala em cada grupo Foi ent o realizada num primeiro momento uma an lise de equival ncia cl nica par
28. Grupo A e os valores normativos Foram tamb m apresentados os gr ficos Fig 5 e Fig 6 onde se pode verificar atrav s de uma an lise percetiva que houve uma melhoria que por vezes faz os valores descerem at ao intervalo normativo Apesar desta aparente melhoria a mesma n o suficiente para considerar que o Grupo A se aproximou suficientemente dos dados normativos para que se possa ser considerado clinicamente equivalente ver Tabela 5 e Tabela 6 Contudo e apesar de o Grupo A apresentar em m dia valores considerados patol gicos e por isso ser mais f cil baixar estes valores at ao intervalo normativo no Grupo B acontece o mesmo tendo at uma redu o maior em grande parte das vari veis ver Fig 5 e Fig 6 em compara o com a Fig 2 e Fig 3 Este resultado que parece contradit rio pode ter uma explica o plaus vel nomeadamente a professora de substitui o que poder ter exercido uma influ ncia positiva neste grupo de crian as Deste modo podemos concluir que os resultados obtidos no Grupo A apesar de denotarem uma ligeira melhoria em algumas vari veis do pr teste para o p s teste esta diferen a n o suficientemente significativa de modo a que se possa concluir que a aplica o do m todo CM produziu nas crian as alvo o efeito pretendido Ou seja seria necess rio um maior poder estat stico para que se pudessem retirar conclus es acerca da efic cia do m todo no treino de compet ncias socia
29. Investiga o e Objetivos Com a realiza o deste estudo pretende se obter dados que permitam um 27 melhor desenvolvimento e adapta o do m todo Conquistadores de Masmorras de modo a permitir uma re constru o do mesmo com base na sua aplica o pr tica ao inv s de uma fonte somente te rica Os m todos empiricamente validados como s o os casos dos m todos Coping Power Lochman et al 2008 Can Problem Solve Shure 1992 e o Programa de Promo o de Compet ncias Matos 1997 que permitem intervir ao n vel da melhoria das compet ncias sociais utilizam normalmente uma metodologia na qual atrav s de diversas estrat gias que incluem por exemplo refor os e puni es tentam ensinar s crian as pais e professores estrat gias de resolu o de problemas sociais de consciencializa o emocional entre outras O m todo CM em an lise nesta investiga o ainda que tendo como base alguns dos pressupostos te ricos dos m todos anteriores traz com ele uma pequena inova o metodol gica nomeadamente o facto de a interven o se basear na intera o entre os indiv duos na modelagem de comportamentos e coopera o utilizando para tal um contexto l dico como base para a mesma Deste modo este estudo tenta trazer alguma luz ao modo como esta pequena modifica o associada a um m todo novo pode influenciar ainda que num n mero limitado de sess es 10 os comportamentos de um grupo de crian a
30. M 2007 The Coping Power Program Preventive intervention at the middle school transition Em J Szapocznik amp S Sambrano Eds Preventing youth substance abuse Science based programs for children and adolescents Washington DC American Psychological Association Lochman J E White K J amp Wayland K K 1991 Cognitive Behavioral Assessment and Treatment with Agressive Children Em P C Kendall Ed Child and Adolescent Therapy Cognitive Behavioral Procedures pp 25 57 New York Guilford Press Loureiro C 2013 Compet ncias Sociais de Estudantes do Ensino Secund rio Constru o Implementa o e avalia o de um programa de interven o Tese de Doutoramento em Ci ncias de Enfermagem Instituto de Ci ncias Biom dicas Abel Salazar Porto Luthar S 1999 Poverty and Children s Adjustment 1 edition Thousand Oaks Calif SAGE Publications Inc Martins M 2012 Descoberta Um programa de promo o de compet ncias sociais e emocionais Relat rio de Mestrado em Psicologia da Educa o Universidade dos A ores Ponta Delgada Matos M 1997 Programa de Promo o de Compet ncias manual de utiliza o PPES Minist rio da Educa o Matos M Ed 2008 Comunica o Gest o de Conflitos e Sa de na Escola 4 ed Lisboa Faculdade de Motricidade Humana edi es Matos M Sim es C amp Carvalhosa S Eds 2000 Desenvolvimento de compet ncias de vida na
31. Tremblay amp LeMarquand 2001 que incluem fracas compet ncias sociocognitivas e de decis o fraca capacidade de auto regula o de perce o do contexto de pares e pouca capacidade para resistir press o dos pares e b fatores contextuais que incluem pouco envolvimento dos cuidadores ao n vel dos cuidados emocionais e de disciplina da crian a Wasserman amp Seracini 2001 Tamb m se assume que fatores 11 de risco concernentes a um contexto mais alargado como o caso do nivel de viol ncia no bairro onde a crian a se insere Luthar 1999 afetam estes processos mediadores e o comportamento subsequente da crian a O programa Coping Power baseado neste modelo aplicado a crian as e pr adolescentes agressivos e aos seus pais Este programa inclui uma componente de interven o com a crian a que consiste numa interven o em grupo de 34 sess es e uma componente de 16 sess es para os pais Ambas foram desenhadas com o objetivo de serem aplicadas durante um per odo de tempo de 16 a 18 meses Cada sess o da componente de interven o com a crian a foi desenhada para ter a dura o de 50 a 60 minutos sendo que os grupos devem incluir de quatro a seis crian as O Coping Power normalmente aplicado perto da altura em que as crian as passam para o segundo ciclo de escolaridade A interven o pode come ar no ano da mudan a para o segundo ciclo o quinto ano do ensino b sico e continuar para o segundo ano d
32. frequ ncia quinzenal apresentando alguma imaturidade dificuldades em manter a aten o um ritmo de trabalho lento e muito desorganizado al m disso a professora refere ainda que este aluno tem falta de acompanhamento por parte da fam lia mas que apesar de tudo 33 apresenta um comportamento adequado na sala de aula e nao revela dificuldades de aprendizagem Numa avalia o formal feita por uma psic loga ficou patente que P apesar de manifestar algumas dificuldades ao n vel da aten o e concentra o este n o tem dificuldades cognitivas que condicionem a realiza o de aprendizagens escolares com sucesso Refere se ainda que um aluno que se esfor a por realizar aprendizagens mas necessita de maior orienta o e aten o no contexto familiar de forma a sentir se motivado e apoiado na sua progress o escolar Grupo B No que se refere ao Grupo B todas as crian as partilhavam a mesma professora sendo esta ltima uma professora de substitui o que estava a substituir a professora principal desde o in cio do ano letivo em que foi desenvolvida a presente investiga o pois a anterior professora apresentava se de baixa Este grupo pertencia a uma escola diferente do Grupo A e todas as crian as partilhavam a mesma sala O uma crian a do g nero feminino com 8 anos e 2 meses de idade e que frequenta o 2 ano do primeiro ciclo do ensino b sico O que mais p
33. mais poder estat stico para confirmar os resultados contudo pode suspeitar se da exist ncia de diferen as significativas Tabela 1 Resultados dos testes Tradicionais e de Equival ncia para as cota es na prova CBCL entre o grupo A e o grupo B no momento To Grupo A Grupo B o Diferen a Tradicional Equival ncia n 5 n 5 Dif de Erro Vari vel M DP M DP t p t p m dias Padr o Opos Imat 60 42 15 20 43 30 7 34 17 11 7 55 10 2 03 0 08 0 05 0 48 Agressividade 65 54 2254 42 50 3 64 23 04 10 21 10 2 02 0 08 0 05 0 31 Hiper Aten o 61 94 9 23 44 39 12 21 17 55 6 84 10 2 29 0 05 0 32 0 38 Depress o 68 98 16 28 55 29 12 77 13 68 9 25 10 1 32 0 22 1 05 0 16 Prob Sociais 53 83 15 12 43 98 7 32 9 85 7 51 10 1 17 0 27 0 76 0 23 Queixas Som 63 52 23 60 47 94 7 17 15 58 11 03 10 1 26 0 24 0 30 0 38 Isolamento 51 67 7 92 48 37 6 96 3 30 4 72 10 0 63 0 55 1 46 0 09 Ansiedade 60 48 7 71 48 62 8 13 11 86 5 01 10 2 12 0 07 0 08 0 47 Obse Esquiz ide 60 89 11 96 49 77 1158 11 12 7 44 10 1 34 0 22 0 13 0 45 eGrupoA Grupo B Fig 2 Representa o gr fica dos resultados obtidos pelos dois grupos com a prova CBCL para todas as vari veis e valores de refer ncia normativos no momento To os gr ficos representam a m dia e as barras de erro o desvio padr o de cada grupo em cada vari vel em an lise 50 Quanto a prova TRF pode constatar se que em grande parte das variaveis os resu
34. ncias sociais nos primeiros anos da escola Uma inova o poss vel Inova o 12 2 53 73 Rodkin P C Farmer T W Pearl R amp Van Acker R 2000 Heterogeneity of popular boys antisocial and prosocial configurations Developmental Psychology 36 1 14 24 Rogers J L Howard K 1 amp Vessey J T 1993 Using significance tests to evaluate equivalence between two experimental groups Psychological Bulletin 113 3 553 565 doi 10 1037 0033 2909 113 3 553 Rose Krasnor L 1997 The Nature of Social Competence A Theoretical Review Social Development 6 1 111 135 doi 10 1111 j 1467 9507 1997 tb00097 x Rubin K H Bukowski W M amp Parker J G 2007 Peer Interactions Relationships and Groups Em Handbook of Child Psychology pp 571 645 New York John Wiley amp Sons Inc Saarni C 1999 The development of emotional competence New York Guilford Press Salovey P amp Mayer J D 1990 Emotional Intelligence Imagination Cognition and Personality 9 185 211 Semrud Clikeman M 2007 Social Competence in Children New York Springer 72 Shadish W R Cook T D amp Campbell D T 2002 Experimental and quasi experimental designs for generalized causal inference Houghton Mifflin Shure M B 1992 I Can Problem Solve An Interpersonal Cognitive Problem Solving Program Intermediate Elementary Grades Illinois Research Press Shure M B 1993 can pro
35. novo para o seu boneco ao que o facilitador respondeu Se conseguirem derrotar mais monstros pode ser que consigam encontrar mais acess rios para os bonecos Cada um seguiu ent o pelo seu caminho O facilitador disse ent o Est a ficar de noite o que que fazem Nesta altura todos os participantes dispersaram e come aram a brincar em grupos com os bonecos Ao fim de um bocado o facilitador disse Pronto agora j passou a noite e n o aconteceu nada entretanto F come ou a tentar chamar a aten o subindo acima da mesa o facilitador pegou nele e colocou o no banco e Z proferiu algumas palavras agressivas Parvo P ra quieto Ap s o grupo estar mais calmo o facilitador continuou Ent o continuam pela estrada e come am a ver pessoas l ao fundo viram uma aldeia Foram ent o colocadas no terreno de jogo umas tendas de ndios e uns bonecos de ndios pequenos mais pequenos que os legos O facilitador disse ent o Assim que l chegavam as pessoas cheias de medo escondiam se logo dentro das casas O que que voc s fazem Lancem os dados para ver quem que diz primeiro o que faz F come ou novamente a pedir para jogar primeiro mas ao ser lhe explicado que o dado que decidia n o pediu mais O primeiro a dizer o que fazia foi P que foi at uma casa e disse Desculpem l n o foi por mal Quem s o voc s perguntou uma voz vinda da casa N s estamos procura de
36. o ele podia atac los a todos Voltaram a utilizar a t cnica de contar at 10 e l conseguiram derrotar o monstro dando se por terminada a sess o Sess o 9 87 Esta sess o come ou com o reencontro com o feiticeiro e com o druida Al m da flauta o druida tinha arranjado uma po o para curar aqueles que s o envenenados pelo monstro e ficam a dormir Andaram durante mais um dia at encontrarem o covil do monstro Assim que eles chegaram l perceberam que o monstro n o tinha apanhado os ndios para os matar ou comer mas sim para lhe fazerem companhia estavam todos s os e salvos presos em gaiolas O meio monstro come ou a irritar se e os personagens tiveram que o acalmar novamente enquanto lutavam contra o monstro Z queria fazer um casamento pela segunda vez surgiu esta tem tica e o facilitador disse que assim que derrotassem o monstro podiam casar e fazer uma festa contudo a sess o acabou antes de derrotarem o monstro porque duas crian as tiveram que sair para outras atividades extra curriculares Sess o 10 Na ltima sess o s houve tempo para derrotar o monstro e depois teve que se utilizar a mesma para aplicar pela segunda vez a prova PRPI pois as crian as iriam entrar de f rias Contudo enquanto uns estavam espera de outros que iam respondendo ao question rio foram brincando livremente com os legos e a plasticina 88 Anexo IV Manual Conquistadores de Masmorras M todo experimental Manu
37. o fazia fazer mais birras e dirigiu se at F e disse V vamos destruir monstros Z disse Olha s F uma mala cheia de monstros anda l brincar esta mala est cheia de brinquedos muito bonitos daqueles que tu gostas F anda brincar duas espadas grandes para tu e o P brincarem P disse Eu empresto te a espada queres mas F continuou a fazer birra e as restantes crian as come aram a dispersar e tivemos que terminar a sess o Sess o 4 Come mos esta sess o com a recorda o da aventura passada at aqui foi desenhado um mapa no quadro medida que os participantes iam dizendo o que aconteceu Depois os personagens seguiram pela estrada atr s dos ndios que iam a seguir o rasto do monstro Todos queriam ir frente depois todos queriam falar com os ndios Foi lhes pedido que lan assem os dados para ver quem que ia falar primeiro com os ndios M falou primeiro e perguntou Tu j viste o monstro ao que o ndio respondeu Infelizmente j Ele era um ndio como n s s que maior e mais forte um dia come ou a fazer maldades aos outros gozava com eles virava os de cabe a para baixo para lhes roubar o dinheiro ou outras coisas e por isso foi expulso da aldeia depois foi falar com um feiticeiro mal fico que o transformou num monstro e agora ele tem vindo apanharam os nossos amigos ele tem um veneno muito poderoso t o poderoso que assim que nos toca deixa nos log
38. os conceitos de intelig ncia resolu o de problemas e habilidades sociais 1 1 A origem do conceito A primeira tentativa de defini o de compet ncia social ter surgido em 1920 Thorndike 1920 Nesta defini o a compet ncia social era encarada como sendo uma parte integrante da intelig ncia Segundo Thorndike 1920 a intelig ncia era dividida em intelig ncia abstrata mec nica e social Entendia se deste modo por intelig ncia social a capacidade para compreender e gerir pessoas Este autor tentou ainda desenvolver um m todo de medi o deste tipo de intelig ncia Depois deste autor muitos outros tentaram abordar estas mesmas compet ncias contudo nem a nomenclatura nem as pr prias compet ncias em causa trouxeram consenso comunidade cient fica Por isso atualmente h autores que falam em compet ncia social Semrud Clikeman 2007 outros que referindo se s mesmas caracter sticas falam em intelig ncia social Goleman 2006 em intelig ncia emocional Salovey amp Mayer 1990 ou interpessoal e intrapessoal Gardner 2011 ou juntam num s v rios conceitos demonstrando a interliga o entre os mesmos e a impossibilidade da sua dissocia o como quando se referem a intelig ncia socio emocional Bar On 2006 ou a interligagao entre compet ncia social e emocional Saarni 1999 As principais diferen as entre as varias defini es e nomenclaturas prendem se com os paradigmas q
39. os jogadores Desenrola se na imagina o tanto das crian as como do facilitador Mestre de Jogo e em parte intera o social conto de fadas e lan amento de dados Deste modo pode ser designado como um jogo de simula o narrativa e o conte do projetivo analisado ser o pr prio conte do do discurso das crian as jogadores O Mestre de Jogo pode ser algu m com forma o em psicoterapia e que tenha um m nimo entendimento das din micas internas e do desenvolvimento infantil O objetivo deste jogo levar a que cada jogador atrav s da sua personagem viva uma aventura num mundo de fantasia onde existe uma parafern lia de seres fant sti cos e todo o tipo de monstros e ra as mitol gicas e onde a magia comum Atrav s dessas aventuras ser o vividas as problem ticas do mundo interno da crian a de forma metaf rica atrav s de met foras terap uticas desenvolvidas pelo Mestre de Jogo e in clu das na aventura por exemplo atrav s de vil es her is personagens em apuros ou at mesmo enredos ou cen rios a imagina o o limite Al m do conte do metaf rico das mesmas as aventuras ser o constru das de modo a trabalhar a compet ncia social das crian as Deste modo este m todo pode ser utili zado em crian as sem qualquer problema que afete significativamente a sua vida como preven o prim ria ou em crian as com problemas comportamentais como agressivi CONTEUDO 3 dade e problemas de oposi
40. popula o Deste modo n o se trata aqui de estat stica inferencial mas de estat stica ilustrativa 46 O primeiro teste tem como hip tese nula que a diferen a entre as m dias dos dois grupos menor ou igual ao limite inferior da amplitude de proximidade e o segundo testa a hip tese nula de que a diferen a entre os grupos superior ao limite superior da amplitude de proximidade Um resultado significativo em ambos os testes significa que a diferen a de m dias se encontra no intervalo predefinido logo que os dois grupos n o s o clinicamente diferentes 3 ent o conduzido um teste de hip teses tradicional bilateral de compara o de m dias entre os dois grupos neste caso testada a hip tese nula de que as m dias dos dois grupos s o iguais 4 S o ent o interpretados os resultados do teste tradicional e dos testes de equival ncia cl nica em conjunto Os autores prop em uma classifica o dos resultados de acordo com a seguinte tabela Teste Estat stico Tradicional Efeito Significativo Efeito n o significativo Efeito Estatisticamente diferentes Clinicamente Teste de Significativo clinicamente equivalentes equivalentes Equival ncia ore X Resultados amb guos i Efeito n o Diferentes n o Clinica or NE f requer mais poder significativo clinicamente equivalentes estatistico Fig 1 Classifica o dos resultados dos testes de signific ncia estat stica dos efeito
41. por me emprestarem a casa onde vivi durante estes longos anos de estudo e pela alegria que me permitiram em tempos de dor Dedico esta disserta o ao av Quim que com a sua presen a ausente esteve sempre c quando eu mais precisava e com poucas palavras dizia tudo o que era preciso apoiando me incondicionalmente nunca duvidando das minhas compet ncias como mais ningu m o fez Abalou com a tristeza de n o me ver com o curso terminado por isso a ele dedico todo o curso e este trabalho que o culminar do mesmo que sem a sua ajuda nunca teria sido poss vel Alice a minha inspira o e motiva o e Bela minha indel vel companheira e ajudante de trabalhos ndice l Introdu o ea e E araa e a aa Eae NUR ATO EREE Ae FEEF EESTE Cad De pa aa a 1 l Enquadramento te rico nn a a a a heen den eet ones e ees 4 1 Compet ncia sociala ae a RAR SS aa anaana vistas a 4 Ll F origem dO CON e O RAR DR RR RA RP a ai aaa aE A a A a a Aaaa 4 1 2 Defini es operacionais gerais de compet ncia social 5 2 M todos de interven o empiricamente validados que visam melhorar as compet ncias de resolu o de problemas sociais eee aaaeaaaereereeeaaanea ana ernanananaaa 11 2 1 Coping Power Lochman et al 2008 erre 11 2 2 Can Problem Solve Shure 1992 ii eis einissrisasaasaasessanaaaeeericeaninenacaadana 13
42. que sejam o mais simples poss vel e que estimu lem a imagina o dos jogadores de modo a que eles se sintam parte desse mundo Depois importante pensar na hist ria de forma geral na tem tica que pretendemos trabalhar nas met foras que vamos utilizar para atingir os nossos objetivos terap uti cos na miss o dos jogadores nos inimigos nos aliados e nos obst culos obten o dos objetivos S o tamb m pensadas e criadas as situa es em que ser o treinadas as compet ncias sociais de modo a que em cada sess o seja treinada a compet ncia que est definida no planeamento das sess es O passo seguinte na constru o de uma aventura criar cada cen rio que vai surgir criando uma descri o sucinta dos edif cios que l existem do tipo de pessoas que por l vagueiam e das primeiras impress es que todo esse cen rio deixa nas personagens aquilo que chama vista e o que se est a passar Seguidamente s o pensados e descritos os objetos presentes em cada espa o ce n rio Uma forma simples de organizar os objetos no espa o fazendo um desenho em folha quadriculada de cada espa o em que v o estar as personagens para depois reproduzir no terreno de jogo seja ele uma caixa de areia ou uma base quadriculada Esta organiza o do cen rio ser somente reproduzida para os jogadores no caso de haverem combates caso contr rio ser apenas utilizado como refer ncia para o Mestre de Jogo Na pr xima fase impo
43. que tinham que escolher um nome para a personagem cada um fez um desenho da mesma escolheu um boneco lego de entre os dispon veis e escolheu os poderes que a mesma ia ter de entre os dispon veis Estes poderes eram simbolizados por objetos que tinham uma representa o de tamanho pequeno objeto utilizado pela personagem e outra de tamanho grande um objeto de tamanho real que podia ser utilizado pelas crian as Estes objetos e poderes correspondentes eram os seguintes a um colar poder do fogo b Uma estrela do mar poder da gua c espada poder da for a d uma flauta poder da m sica e um chap u poder de curar os outros f osso poder de falar com os animais 9 varinha m gica lan ar m sseis m gicos De entre estes foram escolhidos pelas crian as o colar sujeito M a espada sujeito TP a flauta Sujeito F o chap u Sujeito CZ e a varinha m gica sujeito G Nesta escolha haviam v rias crian as que queriam o mesmo objeto poder por isso foi utilizado um dado que foi lan ado por todas as crian as e foram assim organizadas por ordem descendente de acordo com o valor obtido no mesmo F teve dificuldade em aceitar a frustra o de n o poder ficar com a espada que TP escolheu primeiro e fez uma birra sentando se numa outra mesa com a cabe a entre os bra os O facilitador conseguiu contornar a birra n o cedendo tentativa de manipula o dizendo ao outro participante que lhe d
44. three self report measures before and after the intervention The analisys of these measures in conjunction with the facilitator notes and the reports from parents and teachers have allowed some conclusions about what needs to be done to improve the method Keywords Social competence Social skills Problem Solving disruptive behavior Aggressiveness Children Agradecimentos A presente investiga o desempenhou um papel muito importante enquanto peso e amarra que me impediu de avan ar e enquanto forma de constata o das minhas dificuldades e limita es enquanto estudante e pessoa Nomeadamente em termos de gest o do tempo dificuldade em pedir ajuda incapacidade de reconhecer a minha aus ncia de experi ncia entre outras Ainda assim o balan o positivo e a possibilidade de aplicar este m todo foi uma oportunidade nica e extremamente prazerosa que me fez redescobrir a minha paix o pelo trabalho psicoterap utico com crian as aquilo que quero fazer na minha vida profissional e pelo qual vou lutar apesar de todas as dificuldades que consigo vislumbrar Em primeiro lugar gostaria de agradecer Professora Sofia por ter aceite orientar uma disserta o que tantos riscos e indefini es trazia com ela Sem o seu consentimento esta investiga o n o teria sido poss vel Em segundo lugar n o posso deixar de agradecer s crian as e aos pais sem os quais n o teria sido poss vel a realiza o desta inves
45. todos os monstros Ah Ainda bem n temos sido atacados por monstros e eles t m levado os nossos amigos E como que s o um monstro que assim mole e com umas orelhas grandes Voc s v o nos ajudar Sim Ent o v malta vamos embora nos cavalos Os ndios deram ent o aos personagens uns cavalos para eles e enviaram com eles uns ndios tamb m para lhes indicarem o caminho Sess o 3 Nesta sess o foi feita uma tentativa de retomar uma ideia inicial de come ar a sess o com uma atividade de descontra o para permitir que mais facilmente se 84 focassem na atividade seguinte Foi por isso pedido as crian as que andassem pela sala calmamente e que quando passassem por algu m que o cumprimentassem N o foi uma ideia muito bem sucedida e acabou por faz los distrairem se ainda mais pois a sala onde est vamos era uma sala de m sica cheia de instrumentos musicais com um computador um rg o e outros Nesta sess o G n o esteve presente Todas as crian as come aram a implicar com F devido aos seus comportamentos mais infantis como as birras O facilitador tentou que os mais velhos percebessem a perspetiva de F enquanto isso F sentou se a um canto da sala com a cabe a entre os bra os Foi pedido ent o s outras crian as que ajudassem a tentar perceber o que que o faria sentir se melhor P respondeu Pod amos dar lhe as coisas que ele quer M disse Mas isso s
46. valida o do mesmo com base na evid ncia pensando se que o facto de se basear em teorias previamente criadas so por si dar validade ao mesmo Nesta investiga o seguiu se por isso uma abordagem que permitisse perceber o reflexo que a aplica o deste m todo teve no grupo espec fico de crian as que dele foram alvo recorrendo ao uso de um grupo de controlo na tentativa de reduzir a influ ncia de algumas amea as validade Veerman e van Yperen 2007 no seu artigo acerca do desenvolvimento de m todos de interven o em crian as defendem que estes devem ser constru dos e avaliados em v rias fases est dios Deste modo os autores tentam demonstrar uma maneira de pegar em pr ticas derivadas da evid ncia e transform las em pr ticas baseadas nas evid ncias Por isso defendem que a recolha de dados acerca da efic cia de uma qualquer interven o deve ser realizada em n veis sucessivos de evid ncia Esses n veis segundo estes autores s o quatro 1 descritivo os elementos essenciais da interven o objetivos grupo alvo m todos requisitos s o explicitados 2 te rico como em 1 mas a interven o apresenta agora um racional plaus vel uma teoria de base que explique como que esta pode funcionar e com quem 3 indicativo como os primeiros mas aqui j foi demonstrado que a interven o leva claramente aos resultados pretendidos 4 causal como os anteriores mas aqui j existem evid ncias substanciai
47. valores de refer ncia normativos para o momento Th 56 Tabela 6 Resultados dos testes Tradicionais e de Equival ncia para as cota es na prova TRF entre o grupo Ae os Dados Normativos da prova no momento Th 57 Figura 6 Representa o gr fica dos resultados obtidos pelos dois grupos com a prova TRF para todas as vari veis e valores de refer ncia normativos para o momento Th 58 Tabela 7 Resultados dos testes de fiabilidade inter ju zes ndice kappa de Cohen para o MOMONIO N JE a E Scots END ENE OR DOBRO EE PODRE ERES ED EERO RODA ERR RNA PENDENDE RR PR elias 58 Tabela 8 Resultados dos testes Tradicionais e de Equival ncia para as cota es na prova PRPI entre o grupo Ae os Dados Normativos da prova no momento Th 59 Figura 7 Representa o gr fica dos resultados obtidos pelos dois grupos com a prova TRF para todas as vari veis e valores de refer ncia normativos para o momento Th 60 vi Introdu o Ao longo dos anos v rios foram os m todos utilizados para desenvolver compet ncias sociais em crian as com vista diminui o dos comportamentos agressivos e antissociais e aumento dos comportamentos pr sociais tanto em Portugal Hern ndez amp Hern ndez 2001 Matos 1997 como no estrangeiro Chang D Zurilla amp Sanna 2004 Lochman Wells amp Lenhart 2008 Shure 1992 Apesar de todos estes m todos h ainda
48. vez que sofrem um ataque de um monstro perdem uma pedrinha de vida e quando estas pedrinhas se esgotarem a personagem desmaia Depois de desmaiar ainda resiste a mais cinco ataques at morrer Quando morre h a possibilidade de ressuscitar caso algumas das outras personagens queira transport la s costas at algum s tio definido para o efeito Quanto s vidas e ao ataque dos monstros vari vel de monstro para monstro estes podem at por vezes ter alguns tipos de venenos ou poderes que podem afetar as personagens de diversas maneiras dependendo da imagina o do Mestre de Jogo Bibliografia Academia das Ci ncias de Lisboa 2001 Dicion rio da Lingua Portuguesa Contem por nea Vol II Lisboa Editorial Verbo Ariel S 2002 Children s Imaginative Play A Visit to Wonderland London Praeger Barker P 1996 Psychotherapeutic Metaphors A Guide to Theory and Practice Bristol Brunner Mazel Bay Hinitz A K Peterson R F amp Quilitch H R 1994 Cooperative Games A Way to Modify Agressive and Cooperative Behaviors in Young Children Jour nal of Applied Behavior Analysis 27 435 446 Bettelheim B 2011 Psican lise dos Contos de Fadas 14 ed C H da Silva Trans Lisboa Bertrand Editora Original work published 1975 Burks H F 2001 Using the imagine game as a projective technique In C Schaefer amp S E Reid Eds Game Play Therapeutic Use of Childhood Games second ed pp
49. 2 9 51 4 48 10 2 12 0 03 0 11 0 46 Nota p lt 0 025 para o teste tradicional bicaudal p lt 0 05 para o teste de equival ncia cl nica unicaudal No que diz respeito prova TRF os resultados presentes na Tabela 6 parecem denotar tal como acontece para a prova anterior que apenas uma das vari veis Obsessivo 1 7 14 29 se aproxima suficientemente dos dados normativos para que possa ser considerada clinicamente equivalente teste de equival ncia cl nica significativo e teste tradicional n o significativo Duas outras vari veis Agressividade Antissocial e Comportamentos Estranhos 2 7 28 57 parecem assinalar resultados diferentes ou n o clinicamente equivalentes teste tradicional significativo e teste de equival ncia cl nica n o significativo As restantes vari veis Problemas de Aten o Isolamento Problemas Sociais e Ansiedade por apresentarem resultados n o significativos tanto no teste tradicional p gt 0 025 como no teste de equival ncia cl nica p gt 0 05 n o nos permitem dizer que sejam diferentes ou equivalentes sendo aqui definidos como ambiguos 57 4 Grupo A TO amp Grupo A T1 Grupo B T1 Fig 6 Representa o gr fica dos resultados obtidos pelos dois grupos com a prova TRF para todas as vari veis e valores de refer ncia normativos para o momento T No que se refere fiabilidade inter jui
50. 4 18 CBCL 4 18 Em M J Hilsenroth amp D L Segal Eds Compreensive Handbook of Psychological Assessment Vol Personality Assessment pp 179 191 New Jersey John Wiley amp Sons Inc Gygax G 1978 Advanced D amp D Players Handbook TSR Games Hartup W W 1996 The Company They Keep Friendships and Their Developmental 69 Significance Child Development 67 1 1 13 doi 10 1111 j 1467 8624 1996 tb01714 x Heinsoo R Collins A amp Wyatt J 2008 Dungeons amp Dragons Player s Handbook Arcane Divine and Martial Heroes Core Rulebook v4 0 Renton Wizards of the Coast Hernandez P amp Hernandez M 2001 PIELE Programa Instrutivo para a Educa o e Liberta o Emocional Lisboa CEGOC TEA Hops H amp Finch M 1985 Social competence and skill A reassessment Em B Schneider K H Rubin amp J Ledingham Eds Children s peer relations Issues in assessment and intervention pp 23 39 New York Springer Verlag Hughes J 1990 Assessment of social skills Sociometric and behavioral approaches Em C Reynolds amp R Kamphaus Eds Handbook of psychological and educational assessment of children pp 423 444 New York Guilford Press Jardim J amp Pereira A 2004 Manual do Programa de Desenvolvimento de Compet ncias PDCIIP Coimbra GAP SAS Universidade de Coimbra Kazdin A E 2005 Parent Management Training Treatment for Oppositional Aggressi
51. 55 58 14 07 5 58 4 49 10 1 24 0 21 0 99 0 16 Isolamento 50 10 55 77 12 13 5 77 4 48 10 1 28 0 20 0 94 0 17 Ansiedade 50 10 58 51 4 11 8 51 4 47 10 1 90 0 06 0 33 0 37 Obse Es 50 10 55 75 13 71 5 75 4 49 10 1 28 0 20 0 95 0 17 Esquiz ide Nota p lt 0 025 para o teste tradicional bicaudal p lt 0 05 para o teste de equival ncia cl nica unicaudal Atrav s da an lise dos resultados da aplica o da prova CBCL no momento T pode verificar se que apenas numa das vari veis Problemas Sociais 1 9 11 11 de todas as vari veis se podem considerar os resultados do grupo A suficientemente pr ximos dos dados normativos para poderem ser considerados clinicamente significativos pois a nica que apresenta resultados significativos no teste de equival ncia cl nica p 0 03 lt 0 05 e n o significativos no teste tradicional p lt 0 025 Em tr s outras vari veis Oposi o Imaturidade p 0 02 Agressividade p 6 8x107 e Depress o p 3 9x10 3 9 33 33 os resultados s o considerados clinicamente diferentes teste tradicional significativo p lt 0 025 e teste de equival ncia cl nica n o significativo p gt 0 05 enquanto que nas restantes Hiperatividade Atengao Ansiedade Queixas Som ticas Isolamento e 55 Obsessivo Esquiz ide 5 9 55 56 os resultados podem ser classificados como ambiguos nao significativo em nenhum dos teste
52. Erro padr o da diferen a entre o grupo alvo e os dados normativos nn N mero de indiv duos que constituem a amostra normativa N N mero de indiv duos que constituem o grupo alvo DP Desvio padr o do grupo normativos DP Desvio padr o do grupo alvo E C Equival ncia cl nica trad Tradicional Neste caso foi utilizado o teste t Student pois o teste mais adequado para amostras extremamente pequenas N lt 5 desenvolvido especificamente para tal pelo autor original Student 1908 ainda que v rios autores tenham questionado a utiliza o de testes param tricos em amostras extremamente pequenas ex Siegel 1956 devido principalmente impossibilidade de testar os pressupostos principalmente o de normalidade Recentemente alguns autores t m testado a hip tese de que estes testes s o mais eficazes em amostras extremamente pequenas do que os testes n o param tricos com resultados que refletem isso mesmo de Winter 2013 de Winter 2013 refere ainda que neste caso h que acautelar outras quest es sendo que a utiliza o destes testes est dependente tamb m do uso que pretendemos dar aos resultados No presente caso os resultados deste teste pretendem somente ter uma ideia da aproxima o dos dados obtidos aos dados normativos sendo completados com gr ficos para os valores significativos N o se pretende por isso fazer uma generaliza o at porque os dados n o foram retirados aleatoriamente de uma
53. Percursos Sociais Rijo et al 2006 c o Programa GOAL Going for the Goal Danish et al 1992a 1992b e por fim d o Programa Instrutivo para a Educa o e Liberta o Emocional PIELE Hernandez amp Hern ndez 2001 Aqui n o ser aprofundado o programa PDCIIP Jardim amp Pereira 2004 pois destina se somente a indiv duos que est o em idade profissional ou seja maiores de 18 anos Popula o esta que est fora do mbito do presente estudo Programa Aventura Social PAS e Programa de Promo o de Compet ncias Sociais PPCS Matos 1997 Tendo em vista uma melhor compreens o do PAS e do PPCS optou se por falar de ambos em conjunto pelo facto de se encontrarem relacionados n o s ao n vel te rico mas tamb m em termos de coordena o Deste modo pode dizer se que o Programa Aventura Social um programa sediado na Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa com cerca de 27 anos Desde a altura em que foi implementado tem desenvolvido in meros estudos e projetos no que concerne promo o de sa de e comportamento social A equipa de investigadores associados a este programa coordenada por Margarida Matos e t m vindo a desenvolver diversos projetos associados ao mesmo programa a Aventura Social amp Risco desenvolvimento de programas de 20 compet ncias sociais em varias institui es por exemplo hospitais psiqui tricos estabelecimentos tutelares de
54. a ainda uma descri o espec fica de cada participante utilizando dados referentes por um lado informa o constante dos question rios aplicados a pais e professores e por outro a outras fontes de informa o De modo a obter a presente amostra foi feito um pedido de autoriza o formal ao Diretor do Agrupamento de escolas em an lise Ap s aprova o do projeto por 30 parte do mesmo foi pedida uma reuniao com os professores dos alunos de modo a poder apresentar o projeto e solicitar a sua colabora o Nessa reuni o foi pedido aos professores que fizessem uma lista de crian as que no seu entender tivessem problemas ao n vel das compet ncias sociais nomeadamente que tivessem problemas de agressividade ou oposi o ou que pelo contr rio fossem excessivamente t midos e inibidos nas rela es sociais Ap s os professores terem feito a lista de crian as foi atrav s deles enviado um pedido de autoriza o aos encarregados de educa o Na sele o dos participantes que da adveio face aus ncia de uma popula o suficientemente grande que permitisse a utiliza o de um m todo de amostragem aleat rio recorreu se a um m todo natural stico Assim os grupos foram naturalmente constitu dos sendo obtidos dois grupos de crian as com 5 elementos cada de duas escolas diferentes do mesmo agrupamento com idades compreendidas entre os 6 e os 11 anos e apresentando problemas nos relacionamentos sociais Deste
55. a contabiliza o de ocorr ncias ou an lise mais textual n o seria poss vel na medida em que os relatos das sess es que ser o alvo de an lise n o s o transcri es literais mas sim recorda es e resumos das mesmas feitos pelo investigador logo s o uma vis o enviesada e que s pode ser interpretada para efeitos de melhoramento do m todo em aplica es futuras e n o para retirar ila es te ricas dos mesmos VI Resultados Os resultados v o ser apresentados em duas sec es diferentes referentes parte quantitativa e ao coment rio qualitativo respetivamente 1 An lise quantitativa dos dados Com a an lise quantitativa dos dados resultantes da aplica o das provas CBCL TRF e PRPI tentou se perceber em primeiro lugar se antes da interven o os dois grupos eram clinicamente equivalentes Para tal foram realizados testes de equival ncia cl nica entre os dois grupo A e grupo B para todas as vari veis dos tr s instrumentos utilizados Para a realiza o destes testes foi utilizado o programa R R Development Core Team 2007 no qual foi inserida a f rmula desenvolvida por Rogers e colegas 1993 Segundo estes autores dois grupos n o podem ser considerados equivalentes utilizando somente testes de igualdade de m dias pois poderia ser rejeitada a hip tese de equival ncia quando na realidade essa equival ncia existe n o ao n vel estat stico mas ao n vel cl nico Sabendo que part
56. a perceber se os dois grupos alvo e de controlo eram equivalentes no pr teste para as medidas em causa Nesta an lise h uma hip tese nula de que a diferen a entre os dois grupos pelo menos t o grande quanto aquela especificada pelo investigador e uma hip tese alternativa que defende que a diferen a entre os dois grupos menor que a especificada Rogers Howard amp Vessey 1993 Esta an lise foi conduzida como descrito por Rogers Howard e Vessey 1993 Segundo os autores esta realiza se atrav s de 5 passos 1 definida a amplitude de proximidade 5 para cada teste em espec fico um intervalo no qual a amostra pode ser considerada clinicamente equivalente ao grupo de compara o Neste caso para as provas de Achenbach 6 10 por serem utilizados os valores T a distribui o dos resultados apresenta M 50 e 45 DP 10 e para a prova PRPI 6 DP correspondendo este desvio padr o ao valor do desvio padr o normativo populacional para a quest o em an lise 2 Seguidamente s o conduzidos dois testes de equival ncia cl nica Correspondendo a dois teste t Student Unicaudais utilizando se para tal as seguintes f rmulas Testes de equival ncia cl nica M M 6 an n c z ct gl Teste t tradicional M M EP n c tradt gl Em que n 1 DP n 1 DP 1 1 me n n 2 n n M M dia dos dados normativos M M dia do grupo cl nico ou grupo alvo EP
57. a que tenha baixo no outro Os tr s primeiros s ndromes Isolamento Queixas Somaticas Ansiedade Depress o pertencem ao agrupamento de Internaliza o e os dois ltimos Comportamento Delinquente e Comportamento Agressivo pertencem ao de Externaliza o Os restantes s ndromes n o t m valores de correla o suficientemente altos para serem inclu dos em nenhum dos agrupamentos 1 1 1 Adapta o popula o portuguesa Na interpreta o destas duas provas foram utilizados os resultados obtidos nas aferi es portuguesas das provas Fonseca et al 1994 1995 pois ambas as aferi es demonstraram boas qualidades psicom tricas nas provas boa consist ncia interna e uma validade convergente satisfat ria Fonseca et al 1994 p 55 1995 p 102 Nestas adapta es foram somente tidas em conta as escalas de s ndromes e 40 n o as escalas de compet ncias sociais Nestes testes de adapta o da prova surgiram novas organiza es dos s ndromes sendo que para a prova CBCL surgiram os fatores oposi o imaturidade agressividade hiperatividade problemas de aten o depress o problemas sociais queixas som ticas isolamento ansiedade obssessivo esquiz ide para a prova TRF surgiram os seguintes 7 fatores agressividade antisocial problemas de aten o dificuldades de aprendizagem isolamento social obssessivo problemas sociais impopular comportamentos estranhos esquiz ide ansiedade Por est
58. a um NPC o jogador tem que lan ar o dado d20 e adicionar a sua intelig ncia se o personagem tiver um resultado maior que o valor que o MJ definir para a capacidade de perceber mentiras do NPC ou se calhar 20 no dado a mentira ser bem sucedida Neste caso se o NPC for inteligente ou a mentira bvia de mais ser mais dif cil ser bem sucedido Assim ser o decididas todas as situa es Em primeiro lugar o jogador deseja fazer uma determinada a o depois o MJ define um valor que tem que sair no dado para a a o ser bem sucedida seguidamente o jogador lan a o dado se sair um valor igual ou acima do designado pelo MJ a a o bem sucedida caso contr rio n o ser bem sucedida o que pode acarretar consequ ncias para a personagem Tomando o exemplo anterior se o personagem falhar na tentativa de mentir o NPC pode descobrir que ele lhe estava a tentar mentir e pode zangar se e atac lo Nos casos mais complicados em que o jogador sinta que a sua personagem corre perigo ainda existe um recurso Nestes casos pode ser usado o d6 facultado a cada jogador e que pode ser usado uma vez por sess o para adicionar ao resultado do d20 Al m disso o roleplay refere se ainda a coisas que v o surgindo no caminho dos personagens por exemplo perceber que num determinado s tio est uma armadilha ou resistir a um frio imenso ou manter se acordado quando n o dormiu dois dias inteiros ou ainda conseguir saber informa o acerca de determin
59. acalmar as crian as alvo de modo a que se mantivessem concentradas n o ligando s incita es das outras crian as no recreio Entretanto come ou se a colocar elementos como rvores no terreno de jogo de modo a construir uma floresta Quando terminaram o facilitador disse e agora come aram a ouvir uns barulhos estranhos vindos do meio dos arbustos As crian as do recreio continuaram a bater porta mas as crian as alvo mantiveram se concentradas na atividade agora metam os vossos bonecos num s tio parados e lancem todos os dados para vermos quem que ouviu os barulhos primeiro como as crian as do recreio continuavam a bater porta cada vez com mais for a CZ virou se para tr s e disse agressivamente Ep calem me essa nao terminou a frase parecendo que estava a reparar que os outros n o faziam nada e estavam concentrados voltando se novamente para o jogo Cada um lan ou o dado vez Quando se viu quem tinha o valor mais alto apareceu um monstro de plasticina sa do dos arbustos Foi perguntado a quem teve o valor mais alto no dado o que pretendia fazer cada um foi ent o atacando o monstro vez lan ando sempre o dado para ver se acertava e adicionando o valor do ataque quando o monstro atacava o facilitador lan ava o dado para ver se o valor era superior defesa dos personagens at ser terminada a batalha quando os pontos de vida do monstro chegaram ao fim 81 Nessa altura todos
60. ach 1991a Deste modo sendo imposs vel utilizar um instrumento que cobrisse os diversos contextos onde a crian a se movimenta foram utilizados nesta investiga o tr s testes dois pertencentes ao mesmo modelo de avalia o multiaxial e outro externo 36 com o intuito de avaliar o mais fielmente poss vel as compet ncias sociais das crian as atrav s de correlatos relacionados como o caso da resolu o de problemas sociais comportamentos de isolamento e de agressividade s crian as foi aplicada a Prova de Resolu o de Problemas Interpessoais PRPI Candeias et al 2008 ao encarregado a de educa o foi aplicado o Invent rio de Compet ncias Sociais e de Problemas do Comportamento em Crian as e Adolescentes CBCL Child Behavior Check list Achenbach 1991b aferi o portuguesa por Fonseca Sim es Rebelo Ferreira e Cardoso 1994 e a o professor a foi aplicado o Invent rio de Comportamentos da Crian a para Professores TRF Teacher s Report Form Achenbach 1991c aferi o portuguesa por Fonseca Sim es Rebelo Ferreira e Cardoso 1995 sendo que estes dois ltimos pertencem ao mesmo modelo de avalia o multiaxial e na vers o original s o mesmo utilizados em compara o um com o outro pois s o constitu dos por escalas problema equivalentes Seguidamente ser feita uma pequena apresenta o de cada um tendo em conta a sua valida o e origem te rica 1 A
61. ades do estudo em causa pode se continuar a acreditar nas potencialidades do m todo CM para popula es de crian as com problemas nos relacionamentos sociais e por isso s o refor adas estas diversas quest es metodol gicas de modo a deixar espa o em aberto para novos estudos 65 Refer ncias Achenbach T M 1991a Integrative Guide for the 1991 CBCL 4 18 YSR and TRF Profiles Burlington VT University of Vermont Dept of Psychiatry Achenbach T M 1991b Manual for Child Behavior Checklist 4 18 and 1991 Profile Burlington VT University of Vermont Dept of Psychiatry Achenbach T M 1991c Manual for the Teacher s Report Form and 1991 Profile Burlington VT University of Vermont Dept of Psychiatry Achenbach T M 1995 Empirically based assessment and taxonomy Applications to clinical research Psychological Assessment 7 3 261 274 doi 10 1037 1040 3590 7 3 261 Achenbach T M amp Rescorla L A 2001 Manual for the ASEBA School Age Forms amp Profiles Burlington VT University of Vermont Research Center for Children Youth amp Families Afonso S 2011 O efeito da frequ ncia de um programa de promo o de compet ncias pessoais e sociais em crian as institucionalizadas Disserta o de Mestrado em Psicologia Cl nica Instituto Superior Miguel Torga Coimbra Amaral J 2008 Compet ncias Sociais e Pessoais Actividades Prisionais num Estabelecimento Especial da Regi
62. ado monstro ou s tio Para todas estas situa es o dado d20 ser utilizado como meio de resolu o O roleplay ent o a parte essencial deste m todo terap utico e neste caso tal como no resto do jogo o decisor na resolu o das situa es o dado d20 e ele ser a par com o Mestre de Jogo e com as pr prias personagens o grande decisor do resultado da aventura 2 5 Combate Quando surgem monstros aterradores que atacam as personagens ou quando estas mesmas procuram atac los surge esta fase de jogo o Combate Nesta fase os jogadores v o movimentar as suas personagens por turnos um de cada vez no terreno de batalha caixa de areia ou papel quadriculado Em cada turno t m direito a fazer uma a o seja ela por exemplo atacar correr andar fu gir esconder se beber uma po o fazer um feiti o ou outra coisa qualquer falar n o considerado como uma a o e pode ser usado indiscriminadamente durante o combate seja o seu turno ou n o Quando essa a o andar ou correr esta movimenta o ser regulada pela r gua ou CAPITULO 2 MECANICA DE FUNCIONAMENTO 13 medidor sendo que cada personagem ou monstro s pode movimentar se no m ximo uma medida por turno Quanto ao ataque s pode ser feito um ataque por turno seja ele com uma espada um bast o ou um arco e flecha ou at mesmo um feiti o Se a personagem pretender trocar de arma ter que gastar um turno Quanto vida das personagens cada
63. al pode ser analisado em maior profundidade com recurso ao manual constante dos anexos Seguidamente apresentada a parte relativa ao estudo emp rico Nesta incluem se os objetivos de investiga o e a natureza do estudo a metodologia os participantes onde feita uma descri o de cada um dos participantes No subcap tulo seguinte ser o apresentados os tr s instrumentos utilizados no decorrer desta investiga o de modo a analisar tr s perspetivas diferentes acerca do comportamento das crian as Em seguida s o apresentados os procedimentos recolha tratamento e an lise dos dados os resultados com respetivas tabelas e gr ficos e por fim apresentada a discuss o limita es e sugeridas melhorias para um estudo deste tipo que possa ser realizado no futuro ll Enquadramento te rico A presente investiga o assenta em alguns conceitos chave que por vezes se interligam e cuja defini o pode ser d bia a compet ncia social b intelig ncia social c capacidades de resolu o de problemas sociais e d intelig ncia compet ncia emocional importando por isso clarific los primeiramente 1 Compet ncia social A defini o de compet ncia social n o de todo consensual Existem diversas defini es do conceito que variam consoante a corrente te rica de cada autor Deste modo pretende se resumir aqui as principais correntes te ricas referentes s compet ncias sociais e sua rela o com
64. alida o contudo j foram feitos v rios estudos de valida o da mesma e g Candeias e colegas 2008 A utiliza o desta prova tem como objetivo recolher informa o atrav s das crian as participantes neste estudo por interm dio do seu autorrelato com o prop sito 41 de tentar perceber quais as suas compet ncias cognitivas de resolu o de problemas sociais Para al m disso a utiliza o desta prova permite uma maior abertura a novas possibilidades quer ao n vel da avalia o intra individual quer ao n vel do diagn stico do processo e das estrat gias cognitivas utilizadas na resolu o de problemas sociais Candeias 2007 A informa o foi recolhida junto das crian as atrav s da apresenta o de est mulos pict ricos num formato representativo de situa es interpessoais em que as personagens deparam com uma situa o pouco estruturada na qual est impl cito um problema interpessoal A apresenta o destas situa es est mulo articulada mediante instru es e quest es que orientam a resolu o da tarefa de teste As quest es utilizadas s o estruturadas em escalas de tipo Likert ou quest es abertas Candeias et al 2008 Deste modo pretende se que sejam avaliados os componentes cognitivos e metacognitivos da resolu o de problemas sociais atrav s do desempenho e da qualidade dos conte dos expressos nas respostas s tarefas situacionais que s o apresentadas Candeias et al 2008
65. ama CPS Shure 1993 utilizando compet ncias de questionamento para despoletar nas crian as a utiliza o do modelo de resolu o de problemas sociais na resolu o de problemas reais em tempo real e mais eficaz quando aplicado a problemas sociais verdadeiros que proporcionam momentos de ensino durante as atividades na sala de aula 2 3 4 Avalia o do programa Este programa foi avaliado e validado duas vezes pelo Department of Education dos Estados Unidos da Am rica em 1989 e 1995 Chang et al 2004 Nas duas revis es os pressupostos do programa foram suportados pela evid ncia emp rica Elias amp Tobias 1992 Os estudantes melhoraram na aten o e nas compet ncias de autocontrolo especialmente nas reas da consci ncia interpessoal e de manuten o da calma em situa es problem ticas Os estudantes melhoraram ainda na compreens o da perspetiva do outro das consequ ncias nas expetativas positivas de resolu o de problemas e no pensamento meios fins Para a fase de aplica o os professores melhoraram a sua capacidade de ensino das compet ncias 18 de resolu o de problemas sociais ao aplicarem eficazmente o questionamento facilitativo durante as aulas Mais importantes s o ainda as evid ncias de que as compet ncias de resolu o de problemas sociais e de tomada de decis o permitiram aos estudantes enveredar por comportamentos pro sociais e mais saud veis Para al m dis
66. as O que podem fazer os nossos her is para resolver esta situa o 5al Identifica o Ensinar s crian as Estrat gias de gest o das emo es 8a 10 treino de estrat gias de Autocontrolo e gestao das emo es Continua o do treino de resolu o de problemas interpessoais Desenvolver compet ncias interpessoais p essoais ter em considera o os seus sentimentos e os dos outros Colocar se na perspetiva do outro e v rias formas de ver um mesmo acontecimento Ter conhecimento de solu es consequ ncias meios e fins diversas estrat gias de autocontrolo e gest o das emo es Mostrar s crian as as express es n o verbais das emo es Trabalhar dilemas problemas mais complexos que permitam desenvolver um maior autocontrolo e monitoriza o das emo es perceber que existem v rias formas de ver um acontecimento dependendo da perspetiva e perceber que existem diversos meios para atingir os mesmos fins uns mais v lidos que outros 78 Distra o Cognitiva Raiva Self talk Todas as emo es Medita o e relaxamento Todas as emo es mas mais para a ansiedade medo A express o n o verbal das emo es vai ser apresentada s crian as quando os her is chegarem a umas aldeias atacadas por um feiticeiro mal fico cujas pessoas ele enfeiti ou de modo a que s consigam exprimir uma emo o O autocontrolo da raiva
67. as ao grupo roleplay como se fosse o pr prio her i a falar Cria o dos her is Ap s isto na caixa de areia v o ser colocados os her is e um feiticeiro Pequena aventura de controlado pelo psic logo que vai mostrar experi ncia do tipo s crian as como que elas podem fazer tutorial para lutarem contra os monstros lutando ele contra um que surge de repente 2a4 Resolu o de Ajudar as crian as na Nestas sess es ser o treinadas as compet ncias de resolu o de problemas recorrendo cria o de um plano antecipa o das suas consequ ncias e teste do mesmo A personagem do feiticeiro confere lhes uma habilidade muito poderosa o poder de resolver problemas dif ceis e ensina os a construir um plano e a prever o seu resultado e depois a testar as diversas possibilidades Quando aplicarem bem este modelo independentemente de serem bem sucedidos ou n o ser o refor ados com pontos de experi ncia que ao atingirem um determinado valor dar o origem a novos poderes e habilidades Espera se que as crian as venham a aplicar este modelo a todas as situa es problem ticas ao longo do jogo e que generalizem as compet ncias adquiridas s situa es da vida real Por exemplo Um Ogre gigante ataca constantemente uma aldeia de duendes para tro ar deles e os roubar os duendes tentaram falar com os seres humanos que s o maiores mas eles n o lhes ligam nenhuma porque est o ocupados a fazer as suas cois
68. as s o conceptualizados como dimens es mais ou menos cont nuas ao inv s de classes categ ricas c Os problemas refletem uma taxonomia na qual formam diferentes clusters organizados em diferentes n veis ex S ndromes de curto e largo espectro e problemas totais Como denotado por Achenbach a identifica o emp rica de s ndromes n o assume que j sabemos a etiologia dos problemas ou que j temos uma teoria espec fica acerca deles Ao inv s disso proporciona nos uma base para as descobertas e teorias etiol gicas Achenbach 1991a 1991b d Uma avalia o completa deve incluir m ltiplos pontos de vista e g Pais professores e crian as acerca dos comportamentos da crian a Greenbaum Dedrick amp Lipien 2004 Na presente investiga o foram unicamente utilizadas as escalas de 38 problemas sindromes resultantes da valida o portuguesa da prova Fonseca et al 1994 1995 pois a escala de compet ncias tal como conceptualizada e cotada por Achenbach tem levantado algum criticismo principalmente devido a forma exageradamente restrita como conceptualizou os itens que medem a compet ncia social e s incongru ncias na sua valida o Drotar Stein amp Perrin 1995 Por isso esta ltima vai ser interpretada unicamente de uma forma qualitativa ajudando a completar os dados obtidos junto de pais e professores Por essa raz o e porque pelo contr rio a escala de sindromes problemas tem muitas qualidades psicom
69. asculino que frequenta atualmente o 3 ano do 1 ciclo do ensino b sico Para a professora a maior preocupa o quanto a este aluno a sua falta de autonomia e de dedica o ao estudo em casa A maior preocupa o para a m e s o as crises asm ticas que lhe cortam um ritmo regular e normal para uma crian a da sua idade Il Tem 10 anos e de g nero feminino frequentando atualmente o 3 ano do 1 ciclo do ensino b sico Segundo a professora uma aluna dentro da m dia mas com fraca autonomia na organiza o do seu trabalho estando habituada a que a ajudem a organizar se para ent o ela fazer o trabalho sendo isto que mais preocupa a professora Por outro lado o que mais preocupa a m e o rendimento escolar de l 35 sendo que ao contrario do referido pela professora a mae refere organizada como uma das melhores qualidades da sua filha IV Instrumentos Para a realiza o deste estudo recorreu se aplica o de tr s testes Child Behavior Check list CBCL Achenbach 1991b Teacher s Report Form TRF Achenbach 1991c e Prova de Resolu o de Problemas Interpessoais PRPI Candeias Oliveira amp Franco 2008 com a finalidade de avaliar a compet ncia e intelig ncia social das crian as participantes Estes testes foram utilizados em dois momentos distintos antes e ap s a interven o pr teste To e p s teste T respetivamente
70. blem solve ICPS Interpersonal cognitive problem solving for young children Early Child Development and Care 96 49 64 Shure M B 1997 Interpersonal cognitive problem solving Primary prevention of early high risk behaviors in the preschool and primary years Em G Albee amp T Gullotta Eds Primary prevention works pp 167 188 Thousand Oaks CA Sage Shure M B 2001 Can Problem Solve ICPS An Interpersonal Cognitive Problem Solving Program for Children Residential Treatment For Children amp Youth 18 3 14 Shure M B amp Spivack G 1982 Interpersonal Problem Solving in Young Children A Cognitive Approach to Prevention American Journal of Community Psychology 10 341 356 Siegel S 1956 Nonparametric statistics for the behavioral sciences New York McGraw Hill Spivack G Platt J J amp Shure M B 1976 The problem solving approach to adjustment San Francisco Jossey Bass Publishers Spivack G amp Shure M B 1974 Social adjustment of young children A cognitive approach to solving real life problems Vol xviii Oxford England Jossey Bass Sternberg R J amp Sternberg K 2012 Cognitive Psychology sixth ed Belmont Wadsworth Student 1908 The Probable Error of a Mean Biometrika 6 1 1 25 doi 10 1093 biomet 6 1 1 Taveira T 2011 Aprendizagem Cooperativa Contributos para o desenvolvimento de Compet ncias Sociais em crian as do pr escolar Di
71. caso destas provas a aus ncia de patologia define se pelo facto do valor obtido estar menos de 1 DP acima da m dia ou seja um valor que esteja abaixo da m dia est sempre dentro de um intervalo normativo n o patol gico independentemente se menos ou mais que M DP Deste modo s o ent o apresentadas as tabelas com os resultados dos testes tradicionais e de equival ncia e os gr ficos com os valores obtidos nas provas No que se refere prova CBCL como se pode constatar ao visualizar a Fig 2 not ria a diferen a entre os dois grupos sendo at poss vel perceber que o grupo A em grande parte das vari veis apresenta valores superiores a M DP zona cinzenta enquanto que por outro lado os valores apresentados pelo grupo B se encontram todos na zona cinzenta grande parte deles contando mesmo com as barras de erro que representam neste caso os valores do desvio padr o nos resultados Logo tal como seria de esperar e ao consultar a Tabela 1 verifica se que n o h uma nica vari vel cujos valores sejam considerados significativos para um n vel de signific ncia de 0 025 no teste tradicional bicaudal e para um n vel de signific ncia de 0 05 no teste de equival ncia cl nica unicaudal Assim sendo segundo a classifica o presente na Fig 1 os resultados para todas as vari veis da prova CBCL 49 em To podem ser considerados ambiguos Deste modo pode dizer se que nestas vari veis seria necess rio
72. ceber que os professores eram um melhor ve culo de implementa o do programa do que o psic logo Hern ndez amp Hern ndez 2001 Em suma pode dizer se que em Portugal no que se refere aos m todos utilizados para o treino de compet ncias sociais j tem sido desenvolvido algum trabalho em crian as e adolescentes e com resultados comprovados contudo em grande parte das vezes a popula o alvo s o adolescentes j com problemas de comportamento graves Aqui propomos intervir um pouco mais cedo logo assim que seja significativo para as crian as o trabalho em grupo ou seja a partir dos 7 anos Nesse sentido surgiu o m todo analisado na presente investiga o e que seguidamente iremos especificar 2 5 Conquistadores de Masmorras Para uma melhor compreens o do presente estudo fundamental uma leitura do manual Conquistadores de Masmorras Anexo IV que lhe deu origem sendo que torna se imperativo perceber o seu funcionamento e as bases te ricas que lhe est o subjacentes visto que a presente investiga o centra se sobretudo na avalia o da aplica o pr tica do mesmo Teoricamente este m todo baseou se em parte nas teorias subjacentes aos m todos anteriormente descritos sendo que aquilo que lhe permite diferenciar se dos mesmos a sua componente essencialmente l dica Antes de mais para melhor compreender as origens deste manual e do pr prio m todo em si preciso perceber o que s o
73. clareira e chocam uns com os outros foi colocado pelo facilitador um novo personagem um velho feiticeiro Ap s chocarem todos o velho feiticeiro disse Boa noite forasteiros O que est o a fazer por aqui a estas horas da noite Foi pedido que cada um respondesse na sua vez TP respondeu Eu estava a cortar lenha para fazer uma fogueira CZ respondeu Eu estava a ca ar lobos para ganhar pontos de vida M respondeu Eu ia matar ah TP Perguntou veados n o achas matar le es isso O facilitador perguntou ent o Estavas a matar le es sozinho no meio da floresta e a meio da noite isso ao que M respondeu Sim estava a matar le es facilitador Ok mas n o deviam ser f ceis de encontrar seguidamente perguntou a G e tu G O que estavas a fazer G Eu estava procura duma nova aventura Facilitador Ent o como j sabemos o que que cada um andava a fazer no meio da floresta agora de repente esbarravam todos uns com os outros no meio de uma clareira no meio da floresta o facilitador colocou ent o aqui o novo personagem velho feiticeiro Chocaram todos e ent o o velho feiticeiro perguntou Ent o o que est tanta gente a fazer a esta hora no meio da floresta Todos responderam o que tinham dito anteriormente O velho feiticeiro disse ent o Mas t o perigoso hoje em dia andar pela floresta durante a
74. crian a s o requisitos t o importantes quanto a aprendizagem de compet ncias cognitivas em si mesma Shure 1997 Deste modo s o ensinados s crian as os significados das palavras que descrevem os sentimentos e a eles associadas as palavras que descrevem comportamentos Al m disso com as crian as ainda desenvolvido um treino de tomada de consci ncia aplicado aos problemas interpessoais que envolvem os sentimentos ou perspetiva de outra pessoa e g as nossas a es podem magoar os outros Uma compet ncia pr requerida adicional ent o a orienta o din mica ou a habilidade para compreender a motiva o do outro 13 de modo a que se consiga decidir como responder adequadamente Shure 1997 face a determinada situa o 2 2 2 Solu es alternativas Crian as pequenas 4 5 anos j t m a capacidade de pensar em solu es alternativas para os problemas interpessoais Assim com este m todo as crian as s o ensinadas a pensar no m ximo de maneiras poss veis para resolver os problemas e a reconhecer as diferen as e semelhan as entre as diversas solu es para determinado problema utilizando t cnicas de ensino apropriadas s idades tais como desenhos hist rias e fantoches De facto Shure 1993 defende que o mais poderoso mediador do CPS em crian as parece ser a capacidade para conceptualizar m ltiplas solu es para os problemas interpessoais 2 2 3 Previs o de consequ ncias Assi
75. e Sociais um Estudo no Ensino Superior Tese de Doutoramento em Psicologia Universidade de Aveiro Aveiro Dodge K A amp Murphy R 1984 The assessment of social competence of adolescents Em P Kawly amp J Steffan Eds Adolescent behavior disorders Foundations and contemporary concerns pp 61 96 Lexington M A Lexington Drotar D Stein R E K amp Perrin E C 1995 Methodological issues in using the Child Behavior Checklist and its related instruments in clinical child psychology research Journal of Clinical Child Psychology 24 184 192 D Zurilla T J amp Goldfried M R 1971 Problem solving and behavior modification Journal of Abnormal Psychology 78 1 107 126 doi 10 1037 h0031360 Elias M J amp Clabby J F 1988 Teaching Social Decision Making Educational Leadership 45 6 52 55 Elias M J Gara M A Schuyler T F Branden Muller L R amp Sayette M A 1991 The promotion of social competence Longitudinal study of a preventive school based program American Journal of Orthopsychiatry 61 3 409 417 68 doi 10 1037 h0079277 Elias M J amp Tobias S 1992 Building social problem solving skills San Francisco Jossey Bass Enfield G 2007 Becoming the Hero The Use of Role Playing Games in Psychotherapy Em L C Rubin Ed Using Superheroes in Counseling and Play Therapy pp 227 241 New York Springer Publishing Company Erikson E H
76. e ainda 3 os elementos atitudinais como seja a autoconfian a a familiaridade o interesse e ades o a tarefa Por fim nesta investiga o a an lise dos protocolos das provas foi feita por tr s ju zes familiarizados com a an lise da prova Sendo os resultados obtidos o reflexo de uma pondera o realizada pelos ju zes em conjunto ap s cada um ter feito a sua an lise individualmente e ter sido calculado o consenso de modo a perceber se todos os ju zes utilizaram o mesmo crit rio de avalia o V Procedimentos 1 Recolha de dados Com o intuito de recolher os dados pretendidos para a elabora o da presente investiga o os quais essencialmente se prendem com a aplica o do m todo de interven o em an lise foi necess rio aplicar tr s instrumentos Child Behaviour Checklist 4 18 Achenbach 1991b aplicado aos encarregados de educa o Teacher s Report Form Achenbach 1991c aplicado aos professores e a Prova de Resolu o de Problemas Interpessoais Candeias et al 2008 aplicada s crian as Com a aplica o dos testes de Achenbach Achenbach 1991b 1991c pretende se por um lado obter informa o acerca do comportamento disruptivo das crian as em an lise reflexo das compet ncias sociais das mesmas e das suas compet ncias e ainda sobre outros aspetos relevantes da vida das crian as e g atividades que desenvolvem no seu dia a dia desempenho acad mico Estas ltimas foram avaliadas a
77. e controlar e que pode ser encarado como um erro de elabora o da mesma ou como um desafio e consequentemente uma oportunidade para desenvolvermos uma melhor investiga o futura Neste caso pode dizer se que o presente estudo apresenta muitas limita es no que se refere amostragem s provas de avalia o utilizadas e metodologia adotada Contudo estas limita es ajudam a refletir sobre a aplica o deste m todo e sobre o modo como esta aplica o pode e deve ser aperfei oada para aplica es futuras Mais especificamente no que se refere amostragem de referir que o n mero de sujeitos dispon vel 10 no total 5 em cada grupo era partida reduzido que a constru o dos grupos n o foi aleat ria sendo os mesmos constitu dos de modo natural stico de acordo com a escola a que pertenciam que o facto de os sujeitos n o terem sido selecionados de acordo com algum crit rio objetivo de sele o mas sim escolhidos pelos professores levou a que os mesmos n o fossem equivalentes partida Idealmente a amostragem deveria ter sido feita a partir de um n mero maior de sujeitos com problemas de intera o social selecionados a partir de uma popula o normativa atrav s de provas gerais de avalia o do comportamento como as de Achenbach Achenbach 1991b 1991c e agrupados aleatoriamente 62 No que se refere s provas de avalia o utilizadas de salientar que poderiam ter sido aplicadas prova
78. e invent rio que os professores fa am um c rculo volta do valor que melhor descreve o comportamento do aluno 0 1 ou 2 sendo que neste question rio pedido aos professores ao contr rio do que acontece partida no CBCL que baseiem a sua cota o no comportamento da crian a nos ltimos dois meses Este per odo reduzido foi escolhido com o intuito de permitir aplicar o question rio v rias vezes ao longo do ano letivo ao inv s de ser somente aplicado uma vez por semestre Em ambos os invent rios os valores das respostas dos pais professores s o atribu dos aos respetivos s ndromes sendo que o resultado de cada s ndrome o somat rio de todos estes valores Os s ndromes identificados pelo autor e comuns ao CBCL e TRF s o os seguintes Isolamento Queixas Som ticas Ansiedade Depress o Problemas Sociais Problemas de Pensamento Problemas de Aten o Comportamento Delinquente e Comportamento Agressivo Inclui ainda uma parte referente a outros problemas para itens que n o foram atribu dos a nenhum dos s ndromes permitindo a identifica o entre outras de perturba es de sono de linguagem e de alimenta o O autor prop e ainda uma outra organiza o dos s ndromes dividindo os em externaliza o e internaliza o Estes agrupamentos s o o resultado de associa es estat sticas entre as escalas Estes n o s o mutuamente exclusivos ou seja um sujeito que tenha um valor elevado num deles n o signific
79. e podem viver as suas aventuras e ultrapassar v rios desafios e enigmas mas nas quais a imagina o est limitada e confinada quilo que aparece no ecr e quilo que os criadores desenharam com o objetivo de proporcionar um entretenimento moment neo instant neo Contudo se se recuar cerca de 100 anos at s origens deste tipo de jogos pode encontrar se uma abordagem mais interessante tem tica dos jogos de roleplay Em 1913 H G Wells publicou um livro denominado Little Wars Wells 2003 no qual descreve um jogo em que cada jogador controla um ex rcito sendo que cada um movimenta os seus ex rcitos por turnos Baseado nestes jogos de guerra miniatura e tendo como cen rio a mitologia e um ambiente de fantasia medieval dos famosos livros de J R R Tolkien O Senhor dos An is Gary Gygax criou em 1974 a primeira edi o do jogo de roleplay do seu g nero Advanced Dungeons amp Dragons D amp D Depois disto diversas varia es do jogo surgiram e pode dizer se que este esteve assim na origem dos atuais jogos de RPG para os diversos dispositivos eletr nicos Em suma neste jogo D amp D n o muito conhecido nem muito divulgado em Portugal cada jogador encarna uma personagem por ele criada e vive aventuras imaginadas em grupo resolvendo todo o tipo de problemas sob a orienta o de um 26 Mestre de Jogo o qual inventa todos os cen rios hist rias e personagens que povoam a imagi
80. e podem comprometer a sa de e que podem impedir a obten o dos objetivos e identifica o de comportamentos de promo o de sa de que podem facilitar a concretiza o dos objetivos f import ncia de procurar e criar estruturas de apoio social g identifica o de formas de transferir estas compet ncias de um contexto de vida para outros I Dias 2003 Quanto metodologia o programa aplicado em 10 sess es com a dura o m dia de sessenta minutos cada um programa aplicado a estudantes mais novos por estudantes formadores selecionados cuidadosamente e bem treinados peer leaders que t m a fun o de ajudar pessoas indiv duos fam lias organiza es e ou comunidade a atingirem o seu potencial a identificarem objetivos relacionados com as suas possibilidades inspirando lhes confian a para atingirem os seus objetivos ensinando lhes a desenvolverem e a implementarem um plano para atingirem tais objetivos e encorajarem nos a partilhar o que aprenderam com outros indiv duos da sua comunidade Danish et al 1992a 1992b No que diz respeito aos resultados de referir que o Programa Goal foi aplicado a mais de 25000 estudantes em pa ses como os Estados Unidos da Am rica Austr lia e Nova Zel ndia enquanto que em Portugal foi aplicado a trinta e cinco estudantes do ensino b sico I Dias 2003 sendo que os resultados obtidos referem melhorias ao n vel acad mico e uma redu o da agressividade e do envolv
81. e promotora de bem estar Matos 2008 Programa G P S Gerar Percursos Sociais Rijo et al 2006 O Programa G P S tem dois objetivos principais por um lado pretende intervir ao n vel da preven o do comportamento desviante antissocial delinquente e por outro ao n vel da reabilita o de jovens com marcado desvio social Este programa tem como grupos alvo jovens dos 15 aos 22 anos em situa o de delinqu ncia ou pr delinqu ncia exclus o social abandono escolar ou v timas de maus tratos O objetivo principal por isso a reinser o social com recurso forma o socioprofissional dos mesmos Para esse efeito este programa est estruturado para um total de sessenta horas divididas por 40 sess es com uma dura o de 90 minutos cada integrando ainda sess es de follow up para perceber se houve generaliza o das aprendizagens Sendo que o grupo deve ter entre 6 e 12 elementos com o recurso a dois facilitadores animadores Rijo et al 2006 de referir que este programa apresenta um manual G P S Gerar Percursos Sociais que est dividido em cinco m dulos de forma o sequenciais nomeadamente Comunica o Relacionamento Interpessoal Distor es Cognitivas Controlo Emocional e Armadilhas do Passado Rijo et al 2006 No que concerne aos resultados deste programa os autores referem uma aprendizagem eficaz dos conte dos transmitidos nas sess es uma generaliza
82. e resolu o de problemas sociais e de tomada de decis o No que se refere ao ensino do processo de resolu o de problemas sociais e de tomada de decis o pode dizer se que esta fase de instru o utiliza oito passos para organizar o pensamento a procurar por sinais de sentimentos diferentes no pr prio e nos outros b dizer para si mesmo qual o problema c decidir qual o objetivo d pensar no m ximo de solu es poss veis para o problema e pensar nas 17 consequ ncias de cada solu o f escolher a melhor solu o g planear a solu o e fazer uma an lise final e por ltimo h tent la e repens la Bruene Butler et al 1997 2 3 3 Aplica o do processo de resolu o de problemas sociais e de tomada de decis o Esta fase do programa SA SPS proporciona s crian as oportunidades para aplicar as compet ncias de autocontrolo de resolu o de problemas sociais e de tomada de decis o a problemas sociais reais O treino de aplica o pr tica do programa desenhado especialmente para professores permite lhes usar a espontaneidade estruturada para introduzir o modelo nas suas respetivas disciplinas usando li es estruturadas Elias Gara Schuyler Branden Muller amp Sayette 1991 Esta fase proporciona ainda aos professores a oportunidade de treinar a utiliza o do questionamento facilitativo ou resolu o de problemas guiada Esta abordagem semelhante ao dialoguing do progr
83. e timidez face a outros adultos ou pares Esta inibi o um preditor do desen volvimento futuro de algumas perturba es do foro psicopatol gico como o caso da depress o ou ansiedade Shure 2001 Com quatro anos de idade as crian as j conseguem ou conseguem aprender a reconhecer que os comportamentos t m causas e consequ ncias que as pessoas t m sentimentos e que h mais de uma solu o para resolver um problema Shure 1993 Segundo Shure e Spivack 1982 e Shure 1993 e 2001 a capacidade para gerar so lu es alternativas para os problemas do dia a dia correlaciona se negativamente com os comportamentos negativos como impulsividade e inibi o observados na sala de aula e positivamente com os comportamentos prossociais como a capacidade para se relacionar com os outros preocupar se partilhar Na resolu o dos seus problemas do dia a dia as crian as saud veis utilizam es trat gias de resolu o variadas sendo que algumas delas passam por estrat gias agres sivas Por isso a diferen a entre as crian as adaptadas e as crian as com problemas comportamentais e na rela o com os pares precisamente o facto de as primeiras conseguirem al m das estrat gias de resolu o agressivas ou de inibi o afastamento pensar em estrat gias alternativas sendo que segundo Shure 2001 quanto mais va riadas forem estas alternativas mais facilidade ter a crian a em relacionar se com os pares e com os adu
84. el Carona 3 de Setembro de 2012 Conte do Introdu o 1 Fundamenta o Te rica 1 1 1 2 1 3 1 4 1 5 1 6 Met foras Terap uticas 2 e Porqu usar um jogo cooperativo soaa Porqu usar um m todo experiencial Como pode este m todo ajudar a desenvolver a compet ncia social das crian as e consequentemente diminuir a agressividade e o isolamento 2 Mec nica de Funcionamento 21 Materiais ris fans eee Re PIPER PRS ESA Le A 2 2 Cria o de Personagens ooa 2 3 Cria o da Aventura oaoa ee ee ee 2A Roleplay ee ke be gsc BS eee eis qa e BOR A a ERS 2 3 Combate ss aro ae eee bd oes BE he ee PR ee he Bee toc da Bibliografia Anexos Folha de Her i Hero na 0 0 0 20 000 eee ee eee WWW ja o Bs Introducao onquistadores de Masmorras pretende ser um m todo terap utico e de avali a o projetivo e experiencial Tem uma base te rica integrativa reunindo influ ncias cognitivo comportamentais e de teorias humanistas nomeada mente da ludoterapia centrada na crian a Pode ser utilizado com grupos de 5 a 7 crian as com idades compreendidas entre os 7 eos 12 anos Este manual representa uma vers o experimental que carece valida o emp rica Este jogo no sentido l dico da palavra n o tem em conta a parte competitiva comummente associada mesma Neste jogo n o h vencedores nem vencidos pelo contr rio tem como base a coopera o entre
85. elhorar a adapta o ao segundo ciclo Elias amp Clabby 1988 O desenvolvimento de compet ncias levado a cabo pelo SA SPS organizado em tr s fases a prepara o para a tomada de decis o b ensino do processo de resolu o de problemas sociais e de tomada de decis o c aplica o do processo de resolu o de problemas sociais e de tomada de decis o de situa es reais Bruene Butler et al 1997 2 3 1 Prepara o para a tomada de decis o Esta fase do programa ISA SPS inclui em primeiro lugar o desenvolvimento de compet ncias de autocontrolo e de consci ncia social Bruene Butler et al 1997 Elias amp Tobias 1992 Estas compet ncias consistem no a controlo das emo es e das rea es emocionais b comunicar ouvir especialmente seguir dire es ser assertivo e comunicar n o verbalmente c focar se nas tarefas e por ltimo d manter se calmo Resumidamente estas compet ncias de consci ncia social ensinam aos jovens a aceita o dos pares e a participa o grupal Mais especificamente estas incluem a capacidade para comunicar de modo a partilhar ideias e sentimentos conversar expressar aprecia o e pedir dar e receber ajuda A consci ncia social inclui ainda a aceita o do criticismo construtivo olhar para um assunto a partir de outra perspetiva escolher amigos que s o cuidadores e trabalhar cooperativamente como uma equipa Elias amp Tobias 1992 2 3 2 Ensino do processo d
86. ent o disse assim tive uma ideia o que que costumam fazer para se acalmarem quando est o irritados M respondeu Distrair se pensar em coisas boas em chocolate pensa em chocolate e o ndio gritou para o monstro Pensa em chocolate o monstro respondeu Arrrgh N o gosto de chocolate o ndio voltou a falar Mais alguma ideia Cantar uma m sica de embalar disse P O ndio tentou mas sem sucesso Mais alguma Como ningu m mais teve ideia do que fazer para o acalmar o ndio disse Podemos ajud lo a contar at 10 e assim conseguiram que ele se acalmasse E assim terminou a sess o Sess o 8 Esta sess o come ou na caverna com o personagem a agradecer por o terem ajuda a acalmar e a explicar que estava ali naquela caverna porque tinha medo dele pr prio porque n o conseguia acalmar se e quando estava irritado n o reconhecia ningu m e derrubava todos e s acalmava quando todos estavam no ch o Para lhes agradecer ele ofereceu lhes uma flauta m gica que conseguia adormecer at os maiores monstros s n o o conseguia acalmar a ele Ele pediu tamb m para ir com o grupo de aventureiros ajudar a derrotar o monstro e salvar os ndios presos A flauta foi dada a F pois era o nico que sabia toc la Seguiram ent o caminho e ao fim de um bocado come ou a anoitecer e apareceu um monstro Os personagens tiveram que ajudar aquele que se transformava em monstro a acalmar se sen
87. entos os quais devem ser minimizados e endere ados as sim que poss vel como uma parte do pr prio processo Ariel 2002 preciso ter em aten o tamb m que o facto de juntar crian as impulsivas e t mi das pode levar exclus o de algumas crian as menos participativas e participa o excessiva de outras que n o apresentam essas dificuldades Capitulo 2 Mecanica de Funcionamento Mec nica de funcionamento deste m todo terap utico tem por base os dois Jogos de roleplay anteriormente referidos sendo que ser o utilizadas v rias partes da mec nica de jogo de cada um com vista a adaptar este jogo popula o alvo crian as Nas sec es seguintes ir o ser explicadas as partes gerais do funcionamento deste m todo tendo em conta os jogos de origem e somente a parte t cnica dos mesmos tendo por base a teoria explicitada no cap tulo anterior Apesar de um dos jogos referidos Dungeons amp Dragons ter regras muito res tritas e complexas aqui optou se por simplificar n o s com o intuito de adaptar o funcionamento popula o alvo como referido acima mas tamb m para permitir uma maior liberdade de express o imagina o s crian as Esta op o ter claras repercus s es nomeadamente no incremento que vai trazer para o trabalho do Mestre de Jogo Ao n o ter um conjunto de regras definido e restrito que oriente as sess es o MJ ter que basear as decis es na sua intui o e sensibilidade
88. eoria a uma melhoria nos comportamentos Para a aplica o deste m todo foram selecionados dois grupos de 5 crian as cada e com idades compreendidas entre os 6 e os 11 anos sendo a um dos grupos aplicado o m todo CM e com o outro desenvolvidas atividades l dicas Foram utilizados tr s testes de auto relato aplicados antes e ap s a interven o A an lise destes testes foi interligada com as notas do facilitador e com relatos feitos pelos pais e professores sendo retiradas da ila es para melhoria do m todo Palavras chave Compet ncias sociais Aptid es sociais Resolu o de problemas Comportamentos disruptivos Agressividade Crian as Evaluation of the experimental implementation of the social competence development program Conquistadores de Masmorras Abstract Various interventions have been developed with the aim to reduce disruptive behaviors and improve social relations in school aged children most of all applied on formal contexts The aim of this research is to evaluate the experimental application of the Conquistadores de Masmorras CM method It uses a play context allowing the children to develop social problem solving skills which in theory will improve behavior To the application of this method were selected two groups of 5 children each with ages ranging from 6 to 11 years old On one of these groups was used the CM method and with the other were developed simple play activities It were used
89. er que aquele monstro era muito perigoso e que deviam ir a uma caverna que existia ali pr xima onde havia qualquer coisa que os podia ajudar Eles continuaram caminho e a sess o terminou por aqui Sess o 7 Esta sess o come ou novamente com a recorda o das sess es anteriores Depois continuaram o seu caminho at que chegaram caverna S um dos ndios que entrou porque os outros tinham medo Os personagens iam a entrar na caverna mas n o conseguiram porque havia uma barreira m gica a bloquear a entrada Por cima havia um letreiro que dizia S pode entrar o mais pequeno para o maior Os personagens experimentaram ent o v rias possibilidades sem sucesso como por exemplo entrar a correr mas depois pararam um pouco para pensar e come aram a 86 organizar se eu vou para a frente tu vais para ali ele para tras e acabaram por descobrir que tinham que entrar por ordem crescente de idades Ap s entrarem na caverna come aram a explor la mas ela n o era muito grande e de repente come aram a ouvir uma voz irritada a dizer Saiam j daqui Eu quero estar sozinho Rual ao que um deles respondeu N s s vimos procura de uma coisa para nos ajudar a derrotar o monstro mas o personagem j estava t o irritado que n o ouvia nada e come ou a crescer a crescer e transformou se num monstro verde Z e G atacaram no e acertaram nele mas ele era t o forte que acabou por derrub los O ndio
90. eren 2007 o presente m todo de interven o encontra se num n vel te rico logo pretende se perceber se na pr tica esta interven o utilizando uma metodologia diferente faz sentido enquanto ve culo do racional te rico que lhe subjaz ou seja perceber se na pr tica esta interven o pode levar aos resultados pertendidos sendo os mesmos neste caso uma redu o de comportamentos agressivos ou antissociais e um aumento dos comportamentos prossociais Para obter os dados necess rios para corroborar a hip tese levantada com esta investiga o n o essencial que os dois grupos sejam selecionados aleatoriamente da mesma popula o mas que os mesmos tendam para a equival ncia em todas as vari veis em estudo no momento do pr teste Shadish Cook amp Campbell 2002 ou seja que os mesmos sejam clinicamente equivalentes nas vari veis em an lise Para tal num momento inicial foram realizados testes de equival ncia para perceber se o grupo alvo e o grupo de controlo tendiam para a equival ncia em todas as vari veis 2 Participantes No presente estudo foi utilizada a designa o participantes em detrimento de amostra devido ao car ter misto do mesmo fazendo deste modo uma aproxima o designa o utilizada em m todos qualitativos como os estudos de caso Al m disso esta designa o utilizada tamb m porque nesta sec o al m de uma descri o simples da amostra enquanto todo feit
91. erta e interessada A professora refere ainda que em algumas ocasi es D gosta de quebrar regras noutros contextos que n o a sala de aula sendo da falta de regras que deriva o seu comportamento Segundo a m e D tem problemas de escrita leitura e hiperativa os quais se come aram a manifestar a partir dos cinco anos de idade sendo o que mais a preocupa o seu comportamento e o seu aproveitamento escolar R uma crian a de g nero masculino com 8 anos e 11 meses de idade e que frequenta atualmente o terceiro ano do primeiro ciclo do ensino b sico A professora refere que R est a ser acompanhado por uma psic loga e est a ser avaliado para entrar no Regime de Educa o Especial devido dislexia Apesar do problema da dislexia o desempenho acad mico de R est dentro dos valores normais Contudo o que mais preocupa a professora n o se prende com este problema de leitura mas sim com a sua falta de humildade e compreens o em rela o s dificuldades dos outros Esta descreve o ainda como inteligente e perspicaz O que mais preocupa a m e a discrep ncia entre os conhecimentos em mat rias como a matem tica estudo do meio hist ria e ao n vel da leitura e da escrita devido ao problema de dislexia Tanto a m e como a professora referem que R tem uma grande apet ncia para as artes e que muito criativo T uma crian a com 9 anos e 3 meses de g nero m
92. es fatores s ndromes n o serem partilhados entre as duas provas os resultados das mesmas n o podem ser comparados diretamente sendo interpretadas como provas separadas o que tamb m n o seria a inten o do presente estudo Deste modo as duas provas v o ser interpretadas como provas separadas Nestas adapta es portuguesas das provas de Achenbach n o foram tamb m analisados os agrupamentos de s ndromes de Externalizagao Internaliza o e Problemas totais logo os mesmos tamb m n o ser o aqui analisados Mais recentemente foi publicada uma vers o atualizada dos question rios de Achenbach Achenbach amp Rescorla 2001 os quais integram um m todo de avalia o multiaxial denominado agora ASEBA Achenbach System of Empiracally Based Assessment Est a ser desenvolvida a valida o portuguesa da prova contudo no momento do in cio do desenvolvimento da presente investiga o n o foi poss vel obter nem uma vers o traduzida do invent rio nem as folhas de cota o o que levou a que se optasse pela vers o de 1991 Achenbach 1991b 2 Prova de Resolu o de Problemas Interpessoais Candeias et al 2008 Com o prop sito de avaliar as aptid es cognitivas de resolu o de problemas interpessoais uma das componentes da compet ncia social considerou se importante recorrer utiliza o da Prova de Resolu o de Problemas Interpessoais PRPI Candeias et al 2008 Esta uma prova ainda em fase de v
93. espa o interpessoal gesticula o express o facial contacto visual apar ncia f sica sorriso e voz da assertividade cumprimentar responder a pedidos dif ceis dar e receber elogios exprimir desacordo defender uma opini o convencer algu m lidar com a injusti a lidar com a recusa e da resolu o de problemas sociais compreender e pensar procurar alternativas antecipar consequ ncias escolher alternativas aplica o das alternativas escolhidas avalia o das consequ ncias no dom nio das compet ncias sociais Estas tem ticas s o normalmente trabalhadas ao longo de 12 sess es com uma dura o de aproximadamente 80 minutos cada Contudo a quantidade e dura o das sess es pode variar consoante as necessidades do grupo alvo Foram desenvolvidos v rios estudos aplicando este m todo nomeadamente a jovens sujeitos a medidas tutelares pelo Tribunal de Menores do Sistema de Justi a Portugu s com comportamentos antissociais Matos 1997 Matos Sim es amp 21 Carvalhosa 2000 e a crian as e adolescentes do Ensino Basico e Secund rio integrados em turmas de risco Matos 2008 Os resultados destas aplica es sugerem que o programa produziu uma evolu o positiva e acautelou uma evolu o negativa produzindo um efeito preventivo em termos de recorr ncia de comportamentos antissociais Para al m disso os participantes relataram ainda que esta foi uma experi ncia enriquecedora pertinente v lida
94. esse a espada mas dando lhe uma outra espada pequenina para o seu personagem al m da flauta aos outros foram dados a escolher tamb m outros acess rios como arcos chap us escudos entre outros 79 Foram ent o dados a cada crian a 10 pontos que podiam distribuir pelos atributos For a Destreza e Intelig ncia e com estes valores foram calculados o Ataque e a Defesa de cada personagem atrav s de somas simples Estes valores foram utilizados posteriormente nos combates com os monstros adicionando os aos lan amentos dos dados Esta opera o n o se revelou simples nem de f cil compreens o para as crian as sendo ainda mais dif cil para algumas crian as nomeadamente TP e F O primeiro apesar de frequentar o terceiro ano denotou algumas dificuldades de escrita e de c lculo simples enquanto para F sendo que ainda frequentava o segundo ano estas dificuldades seriam de esperar De entre v rios bonecos LEGO cada crian a escolheu um sendo lhes cedido tamb m um objeto pequeno que era a representa o do objeto grande que tinham escolhido e outros objetos para personalizar o boneco que escolheram Ap s isto uma das crian as F teve que sair para frequentar uma atividade extra curricular Apesar de este participante ter sa do foi come ada a aventura o que n o aconteceria se o tempo n o fosse t o limitado Foi dito aos participantes Agora est o todos no meio da selva durante a noite chegam a uma
95. etivos interpessoais fins reconhecer potenciais obstaculos que possam interferir com a realiza o desses objetivos e compreender que a resolu o de problemas demora tempo Devido ao facto destes processos cognitivos de elevada ordem tipicamente s surgirem no meio da inf ncia esta aprendizagem ocorre de forma mais eficaz quando veiculada durante o quarto ano ou na passagem do quarto para o quinto ano Pellegrini amp Urbain 1985 2 2 5 T cnicas de treino Shure 1993 inclui no seu manual do m todo ICPS duas t cnicas de treino di logo dialoguing e distanciamento distancing A t cnica do di logo treina os professores e pais para usarem o processo de resolu o de problemas sociais quando surgem problemas na vida real do dia a dia na sala de aula ou em casa De facto este treino demonstrou ser o maior mediador de mudan a comportamental nas crian as Os cinco princ pios da t cnica do di logo como descritos por Shure 1993 s o os seguintes a tanto a crian a como o adulto devem ser capazes de identificar o problema b a primeira solu o da crian a e g bater n o deve ser considerada como problema principal c o problema identificado deve permanecer relevante para a crian a e n o deve ser alterado para satisfazer as necessidades do adulto d o adulto deve permitir crian a resolver o problema ou guiar a crian a at solu o e a nfase deve ser colocada na forma como a crian a pensa em vez de se
96. gent sort of girl who likes boys games and books Obtido de http www gutenberg org ebooks 3691 Yin R K 2008 Case Study Research Design and Methods 4th ed SAGE Publications Inc 74 Anexos Anexo Planeamento de sess es Grupo de Controlo Cada sess o teve a dura o de aproximadamente 60 minutos Foi tentado que a interven o do facilitador fosse m nima neste caso havendo uma aus ncia de interpreta es ou qualquer outra interven o que se julgue terap utica Foram utilizados diversos materiais de express o art stica como l pis de cor canetas de feltro plasticina etc 1 Material Plasticina Atividade 1 Cada um fazer se a si mesmo em plasticina 2 Explicar aos colegas aquilo que fez 2 Material L pis de cor e folhas de papel Atividade 1 Desenhar um her i com um super poder 2 Explicar aos colegas o desenho 3 Material L pis de cor e folha de papel Atividade 1 Pegar no desenho do her i e desenhar um vil o e o her i a derrot lo com o seu super poder 2 Explicar o desenho aos colegas 4 Continua o da atividade anterior 5 Material L pis de cor e folhas de papel Atividade 1 Foi contada um hist ria Peixe de cabe a dourada 2 Foi pedido aos sujeitos que inventassem eles uma hist ria para contar aos colegas e que a desenhassem 3 Depois foi lhes pedido que contassem a hist ria aos colegas mostrando o desenho 6 Continua o da atividade anterior
97. ia das vari veis Logo n o se pode dizer que a interven o tenha feito surtir melhorias comportamentais significativas nas crian as deste grupo pelo menos no que concerne aos instrumentos utilizados 2 Breve coment rio qualitativo Ap s a viv ncia das v rias sess es e apesar das dificuldades e consequentes limita es deste estudo n o ser de admirar que os resultados n o sejam apenas o apresentar da compara o entre o pr teste e p s teste Talvez o mais importante a retirar deste estudo seja de facto a experi ncia em si e a viv ncia da mesma enquanto observador participante E tamb m por essa raz o os resultados quase que se misturam com a discuss o Pois ao expor o que resultou desta experi ncia s o quase inevit veis as interpreta es ou explica es encontradas como poss veis face aos resultados obtidos 60 Deste modo n o poderia deixar de comentar aquilo de que os n meros nao falam nomeadamente do decorrer das sess es e da experi ncia pr tica da aplica o do m todo em an lise na presente disserta o Como se pode constatar ao comparar o planeamento realizado antes da interven o Anexo Il e o resumo das sess es Anexo Ill verifica se que est o muito longe de ser iguais Somente se conseguiu abordar uma das tem ticas planeadas nomeadamente o controlo das emo es e muito brevemente a tem tica da resolu o de problemas Al m disso foi not ria tamb m a dificuldade do facilitad
98. ida o grupo A tinha valores em grande parte das vari veis mais de 1 DP superiores m dia normativa M 50 DP 10 como se pode verificar 48 por exemplo nas duas primeiras colunas da Tabela 1 ou na Fig 2 o mesmo n o se verificou com o grupo B por exemplo terceira e quarta colunas da Tabela 1 ou Fig 2 Contudo para perceber se ainda assim os mesmos poderiam ser compar veis em termos cl nicos foram realizados testes de equival ncia cl nica de compara o entre os dois no primeiro momento de teste To Para tal em primeiro lugar foi definido o crit rio de equival ncia 0 V rias podem ser as estrat gias utilizadas para definir este valor Este pode ser definido como uma percentagem da m dia e g como 10 da m dia tal como utilizado num dos exemplos em Rogers e colegas 1993 contudo no presente caso optou se por escolher o valor do Desvio Padr o pois segundo Kendall e colegas 1999 este um bom indicador da proximidade de algum valor m dia Deste modo para o presente caso como os valores foram padronizados em valores T os mesmos passam a seguir uma distribui o com M 50 e DP 10 logo 6 10 No caso das provas de Achenbach apenas necess rio realizar um dos testes univariados uma vez que n o interessa perceber neste caso se o valor est abaixo de M 6 mas sim se o mesmo se encontra suficientemente pr ximo da m dia para que possa ser considerado clinicamente equivalente Pois no
99. imento em 23 comportamentos de risco C Dias Cruz amp Danish 2001 Programa Instrutivo para a Educa o e Liberta o Emocional PIELE Hernandez amp Hern ndez 2001 O Programa Instrutivo para a Educa o e Liberta o Emocional PIELE Hern ndez amp Hern ndez 2001 um programa cognitivo motivacional que se desenvolve num contexto de ensino aprendizagem e fundamenta se em crit rios e em estrat gias psicopedag gicas Este tem como popula o alvo crian as e adolescentes a partir dos 10 anos mas especialmente entre os 10 e os 15 anos sendo que uma interven o que pode decorrer em meio escolar de forma individual ou coletiva E cujo principal objetivo passa pelo desenvolvimento afetivo e social das crian as e jovens Importa ainda referir que em Portugal o PIELE foi traduzido e validado por Alexandra Figueiredo de Barros e Ant nio Menezes Rocha em 1999 sendo publicado pela CEGOC denominando se como PIELE Programa Instrutivo para a Educa o e Liberta o Emocional Aprender a viver Barros amp Rocha 1999 No que diz respeito metodologia o PIELE constitu do por treze unidades podendo cada uma delas ser desenvolvida numa ou mais sess es atendendo ao tempo dispon vel e ao ritmo do grupo durante as quais s o abordados temas como a o medo b o autoconceito c o que nos p e tristes d a fam lia e a culpabilidade f a toler ncia frustra o g a resolu o de proble
100. is de notar que esta impossibilidade de retirar ila es a partir dos dados se deve tamb m em grande parte s diversas limita es j referidas Assim sendo n o foi poss vel alcan ar este primeiro objetivo No que se refere ao objetivo de perceber em que medida o CM se adequava na pr tica realidade das crian as poss vel concluir que este m todo parece adequar se realidade das crian as participantes uma vez que foi percet vel o envolvimento que as crian as alvo dedicaram ao mesmo Contudo surgiram tamb m da pr tica v rias limita es e v rias melhorias poss veis H a denotar alguns pontos pass veis de serem melhorados principalmente ao 64 nivel da aplicagao pratica do m todo a seria interessante a possibilidade de ter em conta os problemas individuais de cada crian a na elabora o da aventura b seria tamb m interessante pegar nas partes de imag tica deste m todo e retirar ou simplificar ainda mais as regras de modo a serem as crian as a construir a aventura ou seja como uma ludoterapia centrada no grupo c seria til tamb m o uso de um mapa sempre em cima da mesa de modo a que fosse mais f cil as crian as situarem se ou at mesmo utilizar uma aventura por sess o ao inv s de uma nica aventura que se prolonga pelas v rias sess es d seria interessante abordar a tem tica da comunica o assertiva e o n mero de sess es foi desde logo uma das limita es a ter em conta 10 sess
101. is impreterivelmente trazem 1 2 4 Abordagens funcionais da compet ncia social No que concerne s abordagens funcionais estas s o consistentes com as teorias etol gicas de resolu o de problemas sociais D Zurilla amp Goldfried 1971 Shure amp Spivack 1982 Spivack amp Shure 1974 sist micas e sociocognitivas contextuais Lochman amp Wells 2002a Estas s o espec ficas para cada contexto e incidem na identifica o de objetivos e de tarefas sociais Estas abordagens focam se ainda nas consequ ncias dos comportamentos sociais e nos processos que levam s mesmas Estas consequ ncias s o vistas como um produto das a es dos indiv duos e das respostas dos outros a essas mesmas a es Uma importante contribui o destas abordagens funcionais para a defini o de compet ncia social foi o desenvolvimento de modelos processuais de compet ncia os quais integram v rias componentes das habilidades sociais Os modelos de processamento de informa o das habilidades sociais basearam se essencialmente nas investiga es desenvolvidas no mbito da resolu o de problemas sociais Sendo que as compet ncias de resolu o de problemas sociais tal como acontece com todos os outros problemas com que uma pessoa se pode confrontar na sua vida s o compet ncias cognitivas logo podem associar se a estas habilidades as mesmas que s o utilizadas na resolu o de problemas em geral Sternberg amp Sternberg 2012
102. llessen amp Bellmore 2011 Rubin et al 2007 defendem que o principal crit rio que distingue amizade de outros tipos de rela o a reciprocidade da mesma Por isso quando s o feitas avalia es das amizades em grupos de crian as sempre necess rio utilizar uma medi o independente de reciprocidade como modo de garantir uma defini o consensual entre as crian as e outros intervenientes e os investigadores Concluindo a abordagem da compet ncia social baseada no estatuto perante os pares apesar de ser muito til para perceber quais s o as crian as que t m problemas ao n vel das compet ncias sociais nada nos diz acerca da natureza origem desses mesmos problemas pois n o existe uma correla o direta entre estes indicadores e comportamentos espec ficos Dodge amp Murphy 1984 1 2 3 Abordagens relacionais das compet ncias sociais A capacidade das crian as para formar rela es positivas h muito que considerada como importante para um desenvolvimento saud vel Segundo esta perspetiva a compet ncia social avaliada tendo em conta a qualidade das rela es dos indiv duos a qual por sua vez depende das aptid es sociais de ambos os indiv duos Rose Krasnor 1997 Este aspeto transacional da compet ncia vai de encontro teoria de Vygotsky 1978 a qual fala do conceito de zona de desenvolvimento proximal Segundo esta teoria uma crian a que interaja com outra que tenha mais compet ncia
103. ltados s o ambiguos suspeitando se da diferen a entre os grupos principalmente devido ao que podemos verificar atrav s da Fig 3 Contudo neste caso existe uma vari vel Obsessivo cujos resultados parecem apontar para a equival ncia cl nica Ainda assim continua a ser somente 1 7 14 3 de todas as vari veis o que claramente n o significa a equival ncia cl nica dos dois grupos Tabela 2 Resultados dos testes Tradicionais e de Equival ncia para as cota es na prova TRF entre o grupo A e o grupo B no momento To Grupo A Grupo B Diferen a Tradicional Equival ncia n 5 n 5 i Dif de Erro Vari vel M DP M DP t p t p m dias Padr o Agressividade 70 14 25 20 56 78 10 56 13 36 12 22 10 0 98 0 36 0 84 0 21 Antissocial Prob Aten o 61 86 2 74 53 93 6 61 7 93 3 20 10 2 22 0 06 0 40 0 35 Isolamento 59 98 12 52 53 12 5 81 6 85 6 17 10 0 99 0 35 0 003 0 50 Obsessivo 48 23 6 14 48 05 1 83 0 18 2 86 10 0 06 0 96 2 24 0 03 Prob Sociais 56 16 10 53 59 53 29 52 3 37 14 02 10 0 22 0 84 0 59 0 29 Comp 61 58 5 44 50 37 6 95 11 21 3 95 10 2 54 0 04 0 31 0 38 Estranhos Ansiedade 58 76 11 49 53 02 8 67 5 73 6 44 10 0 80 0 45 0 18 0 43 Nota p lt 0 05 para o teste de equival ncia cl nica unicaudal Fig 3 Representa o gr fica dos resultados obtidos pelos dois grupos com a prova TRF para todas as vari veis e valores de refer ncia normativos no momento To 51 No se refere pr
104. ltos Posto isto este m todo pretende reunindo influ ncias de v rias abordagens com resultados comprovados Shure 2001 Shure and Spivack 1982 Shure 1993 Lo chman and Wells 2002 Lochman et al 2008 Chang D Zurilla and Sanna 2004 construir uma interven o integrativa que permita intervir de modo a cultivar nas cri an as que padecem destes problemas uma maior compet ncia social Estas compet ncias sociais de monitoriza o e controlo das emo es e de reso lu o de problemas sociais ser o desenvolvidas em grupo em situa es criadas pelo facilitador permitindo em primeiro lugar que desenvolvam compet ncias sociais b sicas como esperar a sua vez v rias fases do jogo funcionam por turnos respeitar os outros e comunicar as suas ideias com clareza ao grupo Seguidamente que as cri an as percebam que existe mais que uma forma de lidar com um problema podendo CAPITULO 1 FUNDAMENTACAO TEORICA 6 em grupo desenvolver solu es alternativas fomentando por um lado a coopera o e por outro a sua capacidade de resolu o de problemas e por fim treinar essas mesmas compet ncias 1 6 Precau es no uso deste m todo Este m todo tal como todo o tipo de psicoterapia deve ser usado com precau o principalmente por ser desenvolvido em grupo h que ter em conta que os movimentos feitos pelo grupo para endere ar o problema de um dos elementos podem ter efeitos inesperados nos outros elem
105. m que a compet ncia de conceptualiza o de solu es alternativas desenvolvida as crian as desenvolvem a capacidade de previs o de consequ ncias aumentando a sua compreens o da causalidade Shure 1997 A compreens o das liga es entre causa e efeito permite s crian as determinar o que deve acontecer a seguir a terem implementado alguma das solu es identificadas Shure 1997 Esta capacidade expande se eventualmente para a previs o de m ltiplas consequ ncias para a mesma solu o e ajuda a crian a a determinar se uma solu o para um determinado problema boa ou m O treino de previs o de consequ ncias envolve tamb m o emparelhamento solu o consequ ncia o que permite que a crian a sendo lhe dada uma determinada solu o consegue automaticamente identificar a consequ ncia que se segue rejeitando logo alguns pares solu o consequ ncia partida Este processo permite s crian as escolher a melhor solu o de um determinado n mero de solu es tendo em conta as consequ ncias mais prov veis Assim medida que as crian as crescem 8 9 anos lhes pedido para pensarem em v rios passos sequenciais para atingir determinado objetivo interpessoal A esta compet ncia os autores chamam pensamento meios fins 14 2 2 4 Pensamento meios fins Shure 1997 descreve este processo de pensamento como a capacidade para planear passos sequenciados meios com o intuito de atingir determinados obj
106. mas h o modo de como se pode fazer melhor i a atitude positiva face aprendizagem j como tirar proveito do estudo k a amizade e as rela es com as outras pessoas Hern ndez amp Hern ndez 2001 No que se refere dura o das sess es o tempo dedicado a cada uma pode ser vari vel e deve estar tamb m adaptado s circunst ncias concretas da aplica o ainda de salientar que estas treze unidades est o divididas em sec es que devem focar as ideias principais a narra o a elabora o por escrito e a discuss o Deste modo as atividades propostas contemplam a leitura silenciosa ou em voz alta as respostas escritas a discuss o em grupo o psicodrama a exemplifica o e a realiza o de compromissos Hern ndez amp Hern ndez 2001 Os autores aplicaram o PIELE em dois momentos distintos numa primeira fase a 70 alunos do 6 ano do Ensino B sico Hernandez amp Garcia in Hern ndez amp Hern ndez 2001 e numa segunda fase a 159 alunos com o mesmo n vel de escolaridade Garcia in Hernandez amp Hern ndez 2001 Em ambas as aplica es foi 24 utilizado um grupo onde se aplicava um programa placebo como grupo de controlo Atrav s destas aplica es foi poss vel constatar que os alunos aos quais foi aplicado o PIELE apresentaram melhorias significativas no seu ajustamento pessoal e social ao contr rio dos indiv duos aos quais foi aplicado o programa placebo Al m disso foi poss vel per
107. mas sociais e ao utilizar m todos cooperativos seria de esperar em teoria que a compet ncia social geral sofresse um incremento e a agressividade e os comportamentos antissociais um decr scimo Deste modo o objetivo deste estudo por um lado perceber se o m todo experimental CM segue o esperado teoricamente a redu o dos comportamentos agressivos ou de isolamento e consequente melhoria das compet ncias sociais das crian as alvo e por outro perceber se o CM se adequa na pr tica realidade das crian as e como que este pode ser melhorado e aperfei oado para futuras aplica es para colmatar os problemas e limita es que surgiram durante esta aplica o Assim sendo o presente trabalho foi organizado de modo a ir de encontro aos objetivos propostos Num primeiro momento tem lugar um enquadramento te rico no qual se pretende de uma forma clara explicitar todas as influ ncias te ricas que levaram conce o e elabora o desta investiga o Primeiramente s o explicados os conceitos chave essenciais para a compreens o da abordagem m todos e instrumentos utilizados Ainda no enquadramento te rico s o apresentados alguns m todos utilizados na melhoria das compet ncias sociais Estes s o na sua maioria validados empiricamente e com resultados comprovados sendo alguns deles aplicados e validados para a popula o portuguesa Por fim um pequeno resumo do m todo em an lise nesta disserta o o qu
108. menores e centros de apoio a crian as e jovens em risco b Aventura Social amp Sa de funciona em colabora o com a Organiza o Mundial de Sa de OMS na elabora o de estudos com o objetivo de conhecer os estilos de vida e os comportamentos dos adolescentes portugueses nos seus v rios contextos de vida estes ocorrem de quatro em quatro anos e est o inseridos na rede europeia Health Behaviour in School Aged Children c Aventura Social amp Comunidade junta ao programa a participa o da popula o com vista ao desenvolvimento das suas a es atividades englobando v rios recursos comunit rios tais como escolas institui es de solidariedade social juntas de freguesia e c maras municipais Estes projetos t m como principal objetivo desenvolver programas de desenvolvimento de compet ncias pessoais e sociais destacando se aqui o Programa de Promo o de Compet ncias Sociais Matos 1997 Este programa de interven o destina se a crian as com idades compreendidas entre os 8 e os 10 anos ou a adolescentes com idades compreendidas entre os 13 e os 15 anos utilizado com grupos de 10 a 12 elementos havendo a possibilidade de aumento dos mesmos sendo nesse caso necess rio a adi o de mais um facilitador monitor por cada 5 alunos Este programa sempre ministrado por pelo menos dois facilitadores No que concerne aos conte dos incide sobre alguns aspetos da comunica o n o verbal postura
109. mp Cillessen A H N 2006a Heterogeneity of Girls Consensual Popularity Academic and Interpersonal Behavioral Profiles Journal of Youth and Adolescence 35 3 412 422 doi 10 1007 s10964 005 9023 4 Bruyn E H de amp Cillessen A H N 2006b Popularity in Early Adolescence Prosocial and Antisocial Subtypes Journal of Adolescent Research 21 6 607 627 doi 10 1177 0743558406293966 Candeias A A 2007 PCIS Prova Cognitiva de Intelig ncia Social Manual T cnico Lisboa CEGOC TEA Candeias A A Oliveira M amp Franco G 2008 Prova de Resolu o de Problemas Interpessoais PRP l Estudos de Desenvolvimento com Crian as 7 11 anos Em A P Noronha C Machado L Almeida M Gon alves S Martins amp V Ramalho Eds Braga APPORT Cardoso M 2012 Treino de habilidades sociais em meio laboral com trabalhadores aut rquicos Relat rio de Est gio Universidade do Algarve Faro Carvalho J 2012 Estudo dos Efeitos de um Programa de Promo o da Resili ncia e de Compet ncias Pessoais e Sociais em Adolescentes com Dificuldades Intelectuais e Desenvolvimentais Estudos de Caso Disserta o de Mestrado em Reabilita o Psicomotora Universidade T cnica de Lisboa Lisboa Chang E C D Zurilla T J amp Sanna L J Eds 2004 Social Problem Solving Theory Research and Training Washington DC American Psychological Association Cillessen A H N amp Bellmore A D
110. muito a explorar nesta rea de interven o Assim para a presente investiga o foi desenvolvido o programa Conquistadores de Masmorras CM ver Anexo IV Este utiliza uma abordagem que visa que as compet ncias sociais sejam treinadas num contexto l dico no qual as crian as encarnam personagens que medida que v o resolvendo os v rios problemas que lhes v o surgindo num ambiente de aventura v o desenvolvendo em grupo compet ncias sociais que lhes permitir o uma melhor adapta o ao contexto social em que se inserem e uma diminui o dos comportamentos disruptivos agressivos Pretende se ent o que atrav s deste m todo as crian as n o conquistem apenas Masmorras mas que possam conquistar compet ncias sociais que possam trein las e desenvolv las num contexto de brincadeira Assim no presente estudo pretende se avaliar a aplica o experimental deste novo m todo CM o qual teve na sua origem um Role Playing Game RPG denominado Dungeons amp Dragons D amp D Gygax 1978 Heinsoo Collins amp Wyatt 2008 Tweet Cook Williams Baker amp Adkinson 2003 Neste tipo de jogos os jogadores encarnam uma personagem que se movimenta com outras personagens num mundo criado por um l der Mestre de Jogo ou Dungeon Master um mundo onde todos os cen rios personagens hist ria e restantes pormenores s o descritos perante os jogadores pelo Mestre de Jogo No in cio os jogos de roleplay derivaram de jog
111. na o coletiva que deste jogo surge 2 5 2 M todo atual O presente m todo CM utiliza a brincadeira algo inato para a maior parte das crian as como ve culo de desenvolvimento de compet ncias de resolu o de problemas sociais Ao aumentar as compet ncias sociais atrav s da componente de resolu o de problemas sociais Chang et al 2004 Kazdin 2010 Lochman et al 2008 Shure 1992 este m todo permite em teoria melhorar os comportamentos das crian as reduzindo os comportamentos agressivos e aumentando os comportamentos pr sociais Al m disso as met foras utilizadas na aventura constru da que representam a jornada do her i com os seus obst culos e descobertas podem ser algo muito significativo para as crian as E como algo muito presente nos desenhos animados e bandas desenhadas permite de certo modo que este m todo se aproxime do mundo da crian a dando lhe teoricamente um outro potencial interventivo 2 5 3 Aplica o pr tica do m todo Nesta aplica o experimental o m todo CM foi aplicado em 10 sess es num per odo de 6 meses Cada sess o teve a dura o de aproximadamente 60 minutos e era constitu da por 3 partes essenciais 1 Recorda o da aventura da sess o anterior 2 Continua o da aventura e 3 Arruma o da sala Em anexo apresenta se o planeamento de sess es ver Anexo Il e o manual Anexo IV lll Metodologia 1 Natureza do Estudo Problema de
112. nda assim para crian as mais pequenas pos s vel existir identifica o com uma personagem projetando nela contudo o seu mundo interno Um exemplo de uma opera o deste tipo ocorre ao fazerem de conta A atividade mental silenciosa que subjaz fazer de conta envolve animar alguma imagem mental identificar se com ela e negar a seriedade de ambas estas opera es mentais Ariel 2002 Deste modo um m todo projetivo permite por um lado analisar o mundo interno da crian a atrav s da proje o que a mesma faz nas personagens e por outro ajudar a crian a a encontrar formas mais funcionais de interagir com o mundo e com os ou tros atrav s dos movimentos e aprendizagens feitos pela personagem com a qual se identifica 1 5 Como pode este m todo ajudar a desenvolver a com pet ncia social das crian as e consequentemente di minuir a agressividade e o isolamento social A compet ncia social a capacidade para colocar se na perspetiva do outro tendo em conta determinada situa o aprender a partir de experi ncias anteriores e apli car essa aprendizagem paisagem social em constante altera o Semrud Clikeman 2007 A compet ncia social ent o por isso a funda o sobre a qual as expetativas de futuras intera es com outros s o constru das e sobre as quais as crian as desenvolvem perce es acerca do seu pr prio comportamento Semrud Clikeman 2007 As experi ncias sociais est o intimamen
113. noite Eu ando atr s de uns monstros que t m 80 atacado as aldeias aqui pr ximas e vim parar aqui TP disse admirado Monstros mas como ningu m mais disse ele pediu a todos Agora vamos dizer todos Monstros e todos responderam em un ssono e num tom de admira o Monstros e o feiticeiro respondeu Sim monstros S o uns monstros muito nojentos assim cheios de baba que parecem extraterrestres Eles atacaram a minha aldeia e eu vim a persegui los Se calhar o melhor fazermos uma fogueira n o acham e sentar nos todos aqui ao p do fogo porque j est a ficar frio Algu m tem fogo M respondeu Eu tenho aqui fogo e eu tenho aqui madeira respondeu tamb m TP G disse Vamos ganhar de certeza aos monstros Depois de estarem todos os bonecos sentados o feiticeiro come a a perguntar mais coisa acerca dos personagens como o nome e o s tio de onde v m Entretanto algumas outras crian as come aram a bater porta e s janelas possivelmente com curiosidade ao verem brinquedos pois as portas eram de vidro e as janelas davam para o recreio e as crian as alvo come aram a distrair se levando a que o facilitador tivesse que ir fechar a persiana e trancar a porta para as crian as que estavam no recreio n o entrassem As crian as do recreio continuaram a bater porta e ent o CZ levantou se e foi a correr para as afastar agressivamente Posto isto o facilitador tentou
114. o Pode ser que ganhem uma luz mais para a frente mas agora s quem tem luz o feiticeiro e o M que tem o poder do fogo Agora j est o todos na clareira lancem todos os dados um de cada vez Quando todos j tinham lan ado os dados e tinha se decidido a ordem de a o o facilitador disse Agora come am outra vez a ouvir um barulho vindo do meio da floresta e este coloca em cima do terreno de jogo um urso gigante feito de plasticina nesta altura come am semelhan a da anterior sess o outras crian as no recreio a bater porta CZ e TP iam a deslocar se at porta para afastar agressivamente as outras crian as mas o facilitador disse Deixem nos estar quanto mais l forem mais eles v m entretanto uma crian a abre a porta perguntando Posso ir a buscar gua ao que o facilitador respondeu N o fecha a porta e foi la ele pr prio trancar a porta e os participantes voltaram a concentrar se no jogo Ent o os participantes come aram a jogar por turnos O primeiro foi F que tocou a flauta para inspirar os colegas que ganharam 1 em tudo A 82 seguir foi M que resolveu subir a uma rvore dizendo Eu n o o vou atacar ele ainda n o atacou ningu m A seguir foi CZ que tentou lan ar uma flecha que falhou o alvo Depois jogou G que atacou o urso com um m ssil m gico acertando lhe A seguir foi o urso que atacou G com a boca e com as garras A seguir foi o velho feiticeir
115. o infantil para a idade e dificuldade em seguir as regras tendo rea es como chorar gritar e fazer birras quando contrariado No que concerne ao desempenho acad mico um aluno m dio A m e demonstrou alguma preocupa o com o facto de F ter uma imagina o muito f rtil que o fazia distrair se na escola e o isolava dos colegas e amigos G G uma crian a do g nero masculino com 8 anos de idade O que mais preocupa os encarregados de educa o o facto de isolar se a brincar e a fraca intera o com outras crian as nos jogos Al m disso os pais referem tamb m a sua dificuldade em acatar ordens e muitas vezes fazer de conta que n o ouve e ainda sentem que lhe falta um pouco de auto estima pois quando come a algo diz logo que n o consegue Segundo a professora esta uma crian a que n o apresenta problemas a n vel acad mico tendo notas dentro do n vel esperado para a idade em todas as reas curriculares disciplinares e n o disciplinares A professora refere que quando n o est desatento o G tem um n vel de aprendizagem superior m dia mas o que mais a preocupa precisamente a sua falta de aten o concentra o sendo um aluno que est constantemente desatento nas aulas balan a in meras vezes a cadeira e raramente responde primeira vez quando advertido por estar sem aten o Al m disso demora bastante a terminar os seus trabalhos porque se distrai
116. o IV e com o Grupo B foram desenvolvidas atividades puramente l dicas sem qualquer componente terap utica funcionando deste modo como um placebo A avalia o da interven o ocorreu em dois momentos distintos Antes do in cio da interven o To e depois do fim da componente experimental T Em ambos os momentos foram aplicados os tr s instrumentos referidos um aos sujeitos outro o professor a e outro a o encarregado a de educa o A cada sujeito individualmente foi aplicada a Prova de Resolu o de Problemas Interpessoais PRPI Candeias et al 2008 a o encarregado a de educa o foi aplicado o Invent rio de compet ncias sociais e de problemas do comportamento em crian as e adolescentes CBCL Child Behavior Check list Achenbach 1991b aferi o portuguesa por Fonseca Sim es Rebelo Ferreira e Cardoso 1994 e o professor a foi aplicado o invent rio de comportamentos da crian a para professores TRF Teacher s Report Form Achenbach 1991c aferi o portuguesa por Fonseca Sim es Rebelo Ferreira e Cardoso 1995 Al m dos dados obtidos atrav s das provas foram tidos em conta as notas tiradas durante o curso das sess es e os coment rios dos professores e pais 2 Tratamento de dados Como os grupos n o s o equivalentes entre si em termos socio demogr ficos foram utilizados procedimentos que permitem estudar os resultados obtidos sem interven o destas vari veis
117. o Norte Monografia de Licenciatura Universidade Fernando Pessoa Porto American Psychiatric Association 2000 Diagnostic and statistical manual of mental disorders 4th ed text rev Washington DC Author Ary D Jacobs L Sorensen C amp Walker D 2013 Introduction to Research in Education Cengage Learning Bandura A 1969 Social Learning Theory Of Identificatory Processes Em D A Goslin Ed Handbook Of Socialization Theory And Research pp 213 261 Chicago Rand McNally amp Company Bandura A 1977 Social Learning Theory Oxford Prentice Hall Bandura A 1978 Social Learning Theory of Aggression Journal of Communication 28 3 12 29 doi 10 1111 j 1460 2466 1978 tb01621 x Bar On R 2006 The Bar On model of emotional social intelligence ESI Psicothema 18 13 25 66 Barros A amp Rocha A 1999 PIELE Programa Instrutivo para a Educa o e Liberta o Emocional Aprender a viver CEGOC Botelho A 2012 A Rela o do Treino das Compet ncias Sociais e a Aprendizagem numa Perspetiva Inclusiva Disserta o de Mestrado em Educa o Especial Escola Superior de Educa o Jo o de Deus Lisboa Bruene Butler L Hampson J Elias M J Clabby J F amp Schuyler T F 1997 The Improving Social Awareness Social Problem Solving Project Em G Albee amp T Gullotta Eds Primary prevention works pp 239 267 Thousand Oaks CA Sage Bruyn E H de a
118. o de atividade grupal que possa ser realizada com crian as pertencentes a esta faixa et ria Piaget 1926 2005 da a escolha para este m todo terap utico de um grupo pertencente faixa et ria dos 7 aos 12 anos 1 3 Porqu usar um m todo experiencial A import ncia de este m todo ser experiencial est no facto de o foco estar no presente e no significado da experi ncia para o paciente expresso de forma projetiva na sua personagem Sendo a nfase colocada na rela o com o facilitador Mestre de Jogo e com os outros jogadores e tendo como objetivo proporcionar a todos os parti cipantes condi es para o seu crescimento e desenvolvimento Kazdin 2000 Al m disso este m todo tem como objetivo proporcionar novas experi ncias de aprendiza gem como meio de mudan a de comportamento e de aprendizagem de compet ncias sociais Kazdin 2000 um fator terap utico do pr prio grupo e que ser desenvolvido pela pr pria experi ncia do participante ao longo das sess es atrav s de comportamen tos de imita o dos comportamentos de outros participantes ou do pr prio facilitador ou das personagens por ele criadas Yalom amp Leszcz 2005 1 4 Porqu um m todo projetivo S com o desenvolvimento do racioc nio hipot tico dedutivo ou seja com o surgi mento da adolesc ncia surge a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro ainda CAPITULO 1 FUNDAMENTACAO TEORICA 4 que em refer ncia ao grupo de pares Ai
119. o dormir e assim mais f cil levar nos para o seu covil A seguir foi a vez de F que disse eu queria dizer ao ndio que ele e o cavalo dele tinham que ir frente ajudar me a encontrar o feiticeiro o ndio respondeu n o podemos ir frente muito perigoso afastar nos do 85 grupo com tantos monstros por ai a solta Mais nenhum participante quis falar com o ndio e come ou a anoitecer uns participantes v o meter o cavalo a comer outros dizem que v o apanhar lenha para fazer uma fogueira A noite passa e nada acontece e termina aqui esta sess o Sess o 5 Come ou se com a recorda o da sess o anterior Depois os personagens continuaram o caminho com os ndios entretanto o feiticeiro contactou os atrav s da pedra que lhes tinha dado e eles contaram lhe o que se tinha passado at alie que o monstro tinha um poder especial O feiticeiro disse lhes que ia contactar o seu amigo druida e que depois falava com eles outra vez Continuaram novamente viagem e ao fim de um bocado encontraram um grupo de monstros que os atacou Este grupo era constitu do por dois monstros maiores e dois mais pequenos Durante o resto da sess o foi o combate contra os monstros Sess o 6 No in cio da sess o foi continuado e terminado o combate Ap s o mesmo continuaram viagem mas come ou a ficar de noite e tiveram que acampar Durante a noite n o se passou nada mas de manh o feiticeiro voltou a contact los para diz
120. o que disse Parem amigos Este o meu amigo Trutafix Trutafix o que que est s a fazer N o te queremos fazer mal Est s transformado em urso porqu e nisto o urso transformou se num homem O facilitador tirou o urso do jogo e colocou um novo boneco Este disse Porque que me atacaram Eu n o fa o mal a ningu m estava procura dos monstros pensava que voc s eram monstros Mas n s somos humanos respondeu M E tu porque que me tiraste pedras da vida Perguntou G Desculpem pensei que voc s eram monstros respondeu o druida Ent o o druida pediu personagem de CZ que curasse os companheiros feridos e ela assim o fez CZ disse com a sua personagem E eu pe o imensa desculpa por te ter atirado uma seta N o faz mal voc s pensavam que eu era um monstro como eu pensava que voc s eram monstros disse o druida enquanto decorria esta conversa todos os participantes estavam concentrados menos F que estava a brincar com o boneco independentemente e a tocar a flauta para si mesmo Lutamos contra outro que era mesmo verde o urso era feito de plasticina verde tal como o primeiro monstro como tu continuou CZ Neste momento CZ lembrou se que tinha que ir a uma atividade extra curricular e teve que sair Os personagens prepararam se ent o para perseguir os monstros com o druida que era o nico que conseguia seguir lhes o rasto Entretanto CZ voltou
121. o segundo ciclo sexto ano O programa desenvolvimentalmente apropriado para crian as desde os 7 anos at aos 11 anos e podem ser usados durante os anos letivos do terceiro at ao s timo ano de escolaridade Este programa foi aplicado a crian as alvo que foram identificadas atrav s de escalas de cota o para professores e pais como manifestando comportamentos agressivos numa escala relativamente alta e a crian as cujos sintomas iam de encontro aos crit rios para o diagn stico de problemas de comportamento e de problemas de oposi o Importa referir ainda que a componente do programa Coping Power para as crian as consiste no treino de autocontrolo resolu o de problemas sociais e compet ncias sociais em geral Enquanto que a componente de interven o com os pais foca se no treino de compet ncias parentais comportamentais Este programa foi avaliado em dois principais estudos que se focaram em pr adolescentes agressivos Lochman amp Wells 2002a 2002b 2003 De forma geral tendo por base as avalia es na fase p s interven o e um seguimento realizado um ano ap s a interven o foi demonstrado que este programa produz efeitos preventivos significativos para delinqu ncia agress o e consumo de subst ncias t xicas 12 2 2 Can Problem Solve Shure 1992 Durante a d cada de 70 Spivack Platt e Shure 1976 desenvolveram uma teoria que defendia que o ajustamento social e a qualidade das rela
122. obtidos pelos dois grupos com a prova CBCL para todas as vari veis e valores de refer ncia normativos no momento To 50 Tabela 2 Resultados dos testes Tradicionais e de Equival ncia para as cota es na prova TRF entre o grupo Ae o grupo B no momento To cece eeeeseeeeeeeeeeeeeneeeeetedeeeseeeshaeeenereedeeeeereeenee 51 Figura 3 Representa o gr fica dos resultados obtidos pelos dois grupos com a prova CBCL para todas as vari veis e valores de refer ncia normativos no momento To 51 Tabela 3 Resultados dos testes de fiabilidade inter ju zes ndice kappa de Cohen para o momento D o znare cias rerania icimestage Id ari comedia da TND gi UdE REE a EE e a eis caudas 52 Tabela 4 Resultados dos testes Tradicionais e de Equival ncia para as cota es na prova PRPI entre o grupo Ae o grupo B no momento To 2 0 ccccccceeceeeceeeeceseesenedetandeneceeeedeteeeteedeneeeenedeneeteasees 53 Figura 4 Representa o gr fica dos resultados obtidos pelos dois grupos com a prova PRPI para todas as vari veis e valores de refer ncia normativos para o momento To 54 Tabela 5 Resultados dos testes Tradicionais e de Equival ncia para as cota es na prova CBCL entre o grupo Ae os Dados Normativos da prova no momento Th ii 55 Figura 5 Representa o gr fica dos resultados obtidos pelos dois grupos com a prova CBCL para todas as vari veis e
123. or em manter as crian as alvo focadas devido a certas conting ncias do contexto nomeadamente o facto das sess es coincidirem com a hora do recreio e as salas terem janelas para o mesmo levando a que as crian as no recreio levadas pela curiosidade que os objetos utilizados neste m todo suscitam tentassem interromper as sess es pedindo para participar tamb m ou mais subtilmente para irem buscar alguma coisa sala ou at mesmo batendo porta para chamar aten o dos participantes O facto das sess es se realizarem numa sala de m sica com instrumentos disposi o e a presen a de um nico facilitador para cinco crian as tamb m dificultou o decorrer e o aproveitamento das sess es Ao longo das sess es foi muito dif cil lidar com F na medida em que muito facilmente se distra a e a sua imagina o fazia o desconcentrar da atividade Quando contrariado fazia muito facilmente birras e amea ava ir se embora ao n o ser refor ado nesta birra ele voltava para a sala mas sentava se a um canto de cabe a baixa Estes comportamentos foram muito importantes para o grupo na medida em que os ajudou a desfocarem se de si mesmos e ajudarem uma outra crian a mais pequena Alguns sujeitos mais facilmente faziam esse processo propondo at quando questionados maneiras v lidas de podermos lidar com estes comportamentos Curiosamente estas situa es foram tamb m uma oportunidade de tentar aplicar alguns dos conceitos abordad
124. os de guerra miniatura como foi o caso do jogo Little Wars inventado pelo famoso escritor de fic o cient fica H G Wells em 1913 Wells 2003 Deste derivaram v rios jogos de guerra miniatura propriamente ditos e outros em que o foco muda para a intera o entre os jogadores como o caso do D amp D Nestes o objetivo dos jogadores muda de ganhar a guerra competi o estrat gia para uma a o mais cooperativa na qual em conjunto um grupo de jogadores tenta resolver diversos enigmas encontrando pelo caminho diversos tesouros travando lutas com monstros e tudo aquilo que a imagina o do Mestre de Jogo lhes permitir Este movimento t o caracter stico da inf ncia permite aos jogadores aprenderem mais acerca da sua pr pria identidade atrav s da experimenta o de outras identidades e leva tamb m a uma melhoria das compet ncias sociais Bowman 2010 Contudo este jogo foi desenvolvido para adolescentes e adultos O m todo CM desenvolvido e aplicado nesta investiga o foi uma adapta o deste jogo para crian as com idades compreendidas entre os 6 e 11 anos Sendo que para tal foi criada uma aventura para a qual cada crian a criou a sua personagem Assim o m todo CM baseou se em v rios conceitos sendo o conceito chave compet ncia social Este conceito foi tido em conta n o enquanto objeto direto da interven o mas enquanto reflexo da mesma ou seja ao intervir nas compet ncias de resolu o de proble
125. os enquanto um tra o ou habilidade individual inconsistente com o conceito de multifinalidade o qual defende que cada a o pode ter diversas fun es em diferentes indiv duos ou em diferentes circunst ncias Dodge amp Murphy 1984 Hughes 1990 Waters amp Sroufe 1983 Por fim ao serem analisados comportamentos habilidades individuais pode ser menosprezada a an lise da capacidade de todo o sistema para organizar as a es de modo a atingir os objetivos Logo um comportamento pode ser visto como competente enquanto entidade individual mas o indiv duo pode ser incapaz de integrar e sequenciar esses comportamentos de modo a atingir um objetivo de forma eficaz Rose Krasnor 1997 1 2 2 Abordagens baseadas no estatuto sociom trico No que se refere s abordagens baseadas no estatuto perante os pares sociom trico os investigadores procuram informa es acerca das consequ ncias de ser rejeitado ou popular perante os pares para o desenvolvimento e ajustamento subsequente Teorias influentes nesta rea do conhecimento defendem que rela es adequadas entre pares desempenham fun es importantes para o desenvolvimento 6 social e cognitivo Hartup 1996 Tendo como base estes pontos de vista esperado que a rejei o exclus o e vitimiza o tenham consequ ncias negativas para o desenvolvimento enquanto que pelo contr rio no que se refere popularidade inclus o e relacionamentos cooperativos e
126. os jogos de roleplay e recuar s suas origens 2 5 1 Roleplaying Games RPG s Roleplay significa assumir as atitudes a es e discurso de outrem 25 especialmente em situa es de faz de conta num esfor o para compreender um ponto de vista ou intera o social diferente Este ato de assun o das atitudes a es ou discurso de outrem tem sido utilizado em diversos contextos e com resultados muito variados Muitas vezes o que se pretende o treino de compet ncias normalmente enraizadas nos relacionamentos sociais Do ponto de vista terap utico roleplay pode ser definido como uma tentativa para simular ou replicar por es significativas do ambiente extra terap utico com o intuito de observ lo e manipul lo na presen a do terapeuta Enfield 2007 Ainda no ceio da psicoterapia v rios autores refletiram e utilizaram o potencial terap utico do roleplay V rios m todos psicoterap uticos cognitivo comportamentais utilizam no como uma ferramenta de aprendizagem e mudan a de comportamentos por exemplo no treino de compet ncias parentais Kazdin 2005 no treino de compet ncias sociais Kazdin 2010 Kazdin Siegel amp Bass 1992 entre outros utilizados na interven o em diversas problem ticas Atualmente no s culo XXI na era das novas tecnologias quando se pensa em RPG s estes podem mais facilmente ser associados a jogos de computador nos quais se joga incorporando uma ou v rias personagens qu
127. os objetivos Em ltima an lise s o os jogadores que constroem a aventura ao agirem sobre o que os rodeia e ao arranjarem novas solu es para os problemas sociais ou n o que v o surgindo e v o sendo criados pelo MJ 2 4 Roleplay Durante toda a aventura haver o partes em que os personagens est o em pleno com bate com monstros e inimigos ou at mesmo entre eles mas maior parte do tempo ser passado em di logos entre os jogadores atrav s das suas personagens e entre as per sonagens e os NPC s Isto pode ocorrer mesmo durante a fase de combate sendo que falar n o considerado como uma a o e pode ser feito indiscriminadamente durante esta fase tamb m Estes per odos s o denominados de per odos de roleplay Esta parte da aventura a mais exigente para o Mestre de Jogo pois tamb m a que permite mais liberdade aos jogadores Eles podem falar e fazer o que quiserem nestas partes do jogo podem movimentar se livremente pelo mundo imaginado pelo MJ destruir construir mo dificar meter conversa com os NPC s os limites ser o feitos pelo Mestre de Jogo Nas conversas gozam tamb m de grande liberdade por exemplo podem ser provocat rios amig veis amea ar ajudar as possibilidades s o a imagina o dos jogadores e MJ Contudo apesar desta liberdade quando existem situa es cujo resultado pode ser CAPITULO 2 MECANICA DE FUNCIONAMENTO 12 aleat rio por exemplo quando uma personagem tenta mentir
128. os pelo m todo Conquistadores de Masmorras vida real como por exemplo o controlo emocional ao resistirem tenta o de acorrerem porta quando um colega do recreio l est a bater ou as aptid es de resolu o de problemas quando tentaram ajudar um dos colegas a lidar com a sua frustra o Logo embora n o t o corretamente como se desejaria esta duas acabaram por ser trabalhadas atrav s de conting ncias do contexto O n mero de sess es 10 revelou se muito limitado e o tempo de cada sess o aproximadamente 60 min tamb m Muitas vezes alguma das crian as tinha 61 que sair mais cedo para frequentar uma ou outra atividade extra curricular o que tamb m quebrava o ritmo e a concentra o do resto do grupo No que concerne ao Grupo B as sess es decorreram com normalidade e sem dificuldades contextuais devido tamb m hora em que decorriam as sess es manh Apesar da calma que os indiv duos do Grupo B apresentavam comparativamente ao Grupo A houveram ainda assim v rias ocasi es em que o facilitador poderia ter tido uma interven o direta nomeadamente em alguns problemas no relacionamento entre os colegas mas tal foi evitado de modo a n o intervir fosse de que modo fosse VII Discuss o Limita es e Dire es Futuras No desenvolvimento de uma investiga o por mais que se consiga planear o seu design e m todo h sempre algo que pode surgir que n o se pode ou n o se consegu
129. ova PRPI nao foi necess rio padronizar os valores transformando os em valores T pois os dados normativos n o distinguem entre g nero ou idades n o havendo por isso diferen as nos dados normativos entre rapazes e raparigas e faixas et rias Para esta prova al m do procedimento acima descrito e utilizado foram ainda realizados testes de fiabilidade inter ju zes Para tal foi calculado o ndice kappa de Cohen Tabela 3 Resultados dos testes de fiabilidade inter ju zes ndice kappa de Cohen para o momento To To Kappa Juiz 1 vs Juiz2 0 37 Juiz 2 vs Juiz3 0 75 Juiz 1 vs Juiz3 0 38 Assim atrav s da observa o da Tabela 3 pode constatar se que um dos ju zes poderia estar a usar um conjunto de crit rios de avalia o pr prios e diferente dos outros dois ju zes Juiz 1 obtendo um valor inferior a 0 4 designado por Fleiss 1973 como pobre na sua correla o com ambos os outros ju zes enquanto os restantes estariam a utilizar o mesmo crit rio na atribui o das cota es obtendo um valor igual a 0 75 considerado pelo mesmo autor como excelente Ap s a constata o destes resultados os Ju zes discutiram as cota es uma a uma e chegaram a um consenso acerca das mesmas sendo os valores resultantes desta discuss o aqueles aqui utilizados 52 Tabela 4 Resultados dos testes Tradicionais e de Equival ncia para as cota es na prova PRPI entre o grupo A e o grupo B no momento To Grupo A Gru
130. po B Diferen a Tradicional Equival ncia n 5 n 5 Dif de Erro Vari vel M DP M DP t p t p m dias Padr o Comp do prob Ident da 88 4 76 8 8 2 05 0 2 32 6 45 0 1 2 78 0 01 situa o prob Conce o de um plano de 3 1 58 2 2 0 84 0 8 0 80 1 76 0 89 0 40 1 20 0 13 resolu o Conte do Conce o de um plano de 2 4 0 89 1 8 1 30 0 60 0 71 1 74 0 76 0 47 1 62 0 07 resolu o Processo Resolu o propriamente 2 82 1 10 2 80 0 45 0 0 53 1 69 0 1 3 19 0 01 dita Conteudo Resolu o propriamente 3 2 1 30 3 1 41 0 20 0 86 1 68 0 21 0 84 1 72 0 06 dita Processo Nota p lt 0 05 para cada um dos teste de equival ncia cl nica unicaudais Neste caso o p value o maior de entre os obtidos atrav s dos dois testes de equival ncia cl nica unicaudais Como se pode observar na Tabela 4 ao contr rio do que acontece para as outras duas provas na prova PRPI parece observar se uma equival ncia cl nica teste de equival ncia cl nica significativo p lt 0 05 e teste tradicional n o significativo p gt 0 025 para um n vel de signific ncia de 0 05 em maior parte das vari veis 3 5 60 enquanto que as restantes apresentam resultados amb guos e necessitariam de maior poder estat stico para confirmar a diferen a Como se pode ver na Fig 4 os resultados de ambos os grupos apresentam se muito pr ximos contudo neste caso ambos se situam dentro do intervalo normativo zona cinzenta o
131. preven o do desajustamento social Lisboa Faculdade de Motricidade Humana Instituto de Reinser o Social Minist rio da Justi a Parker J Rubin K Price J amp DeRossier M 1995 Peer relationships child development and adjustment A developmental psychopathology perspective Em D Cicchetti amp D Cohen Eds Developmental psychopathology Vol 2 71 Risk disorder and adaptation pp 96 161 New York Wiley Pellegrini D S amp Urbain E S 1985 An evaluation of interpersonal cognitive problem solving training with children Journal of Child Psychology and Psychiatry and Allied Disciplines 26 1 17 41 Philip C Kendall Abbe Marrs Garcia Sanjay R Nath amp Radley C Sheldrick 1999 Normative Comparisons for the Evaluation of Clinical Significance Journal of Consulting and Clinical Psychology 67 285 299 doi 0022 006X 99 S3 00 Piaget J 1926 Language and Thought of the Child London and New York Routledge R Development Core Team 2007 R A Language and Environment for Statistical Computing Vienna Austria R Foundation for Statistical Computing Obtido de http www R project org Rijo D Sousa M Lopes J Pereira J Vasconcelos J Mendon a M Massa S 2006 G P S Gerar Percursos Sociais Programa de preven o e reabilita o para jovens com comportamento social desviante Ponta Delgada Equal Rocha C amp Morais A 1999 Desenvolver compet
132. principalmente ser treinado tamb m quando os nossos her is t m que ajudar um pequeno ser a controlar as suas emo es porque quando se zanga ele transforma se num monstro que ataca tudo e todos e que por isso vive sozinho e triste isolado numa caverna Ser o criados v rios dilemas na aventura personagens que os her is t m que ajudar que as crian as t m que resolver em grupo Avaliando a plausibilidade e as consequ ncias de todas as possibilidades em que pensam tendo em conta n o s os fins a atingir como tamb m os meios que levam a tal Por exemplo Existem duas personagens que t m que os ajudar dois feiticeiros que s em conjunto poderiam derrotar o vil o que n o se suportam e que dizem Se o X for eu n o vou As crian as atrav s dos seus her is t m que arranjar uma ou v rias solu es para este problema antecipar poss veis entraves pr s e contras de cada uma e por fim test las Aqui j s utilizar o as estrat gias mais v lidas selecionadas de entre as que lhes v o surgindo Anexo III Resumo das sess es Grupo A Sess o 1 Nesta primeira sess o foi apresentado s crian as o jogo Conquistadores de Masmorras e foi realizado o processo de constru o das personagens As folhas de personagem preenchidas podem ser vistas em anexo As sess es decorreram numa sala de m sica a nica dispon vel naquela altura do dia 15 30 Foi dito pelo facilitador
133. problema seja errada mas muitas vezes n o traz o resultado desejado Barker 1996 Um exemplo que de monstra isso claramente o caso de uma crian a que sabe que certo comportamento errado mas n o consegue alter lo Neste caso uma abordagem menos diretiva poder CAPITULO 1 FUNDAMENTACAO TEORICA 2 atuar sobre a parte menos racional na qual n o existem padr es j instaurados e estra t gias de defesa que se manifestam contra a mudan a caracter sticos da parte racional Barker 1996 As met foras terap uticas veiculadas pelos contos de fadas ou hist rias ao serem vistos como algo que n o real que imaginado fantasiado confere lhes a capacidade de contornar estas defesas Barker 1996 Deste modo pode dizer se que os contos de fadas s o um excelente exemplo de como as met foras podem ser usadas tanto como um instrumento liter rio quanto terap utico As hist rias s o contadas numa linguagem colorida e repleta de imagens e cont m ao mesmo tempo uma mensagem psicol gica importante Bettelheim 1975 2011 Ambos os tipos de met foras terap uticas e lite r rias t m em comum a correspond ncia ou seja uma boa met fora tem que ser capaz de nos levar a experienciar uma sincronia imediata entre a mesma e o que quer que seja que esta descreve o seu referente Mills amp Crowley 1986 A correspond ncia pode ocorrer a v rios n veis no leitor mas a que as met foras terap uticas e liter rias
134. que significa que 53 logo a partida ja se aproximam da m dia normativa O que nos coloca ainda mais algumas reservas no que concerne a utiliza o desta prova como medida da efic cia da interven o melhoria na componente cognitiva das compet ncias sociais Fig 4 Representa o gr fica dos resultados obtidos pelos dois grupos com a prova PRPI para todas as vari veis e valores de refer ncia normativos para o momento To Ap s a aplica o do m todo Conquistadores de Masmorras foram aplicadas as mesmas tr s provas e os resultados foram comparados desta vez com os dados normativos das provas utilizando novamente os testes de equival ncia cl nica Seguem se as tabelas onde constam os resultados de tais testes 54 Tabela 5 Resultados dos testes Tradicionais e de Equival ncia para as cota es na prova CBCL entre o grupo A e os Dados Normativos da prova no momento T Dados Grupo A of nonante Normativos i Diferen a Tradicional Equival ncia n n 1327 ure Dif de Erro Variavel M DP M DP 5 t p t p m dias Padr o Opos ae 50 10 60 53 12 64 10 53 4 48 10 2 35 0 02 0 12 0 45 mat Agressividade 50 10 65 41 2407 15 41 4 51 10 3 41 6 8x10 1 20 0 12 Hiper id 50 10 57 43 11 82 7 43 4 48 10 1 66 0 09 0 57 0 28 Atengao Depress o 50 10 62 99 13 69 12 99 4 49 10 2 89 3 9x10 0 67 0 25 Prob Sociais 50 10 51 53 11 49 1 53 4 48 10 0 34 0 73 1 89 0 03 Queixas Som 50 10
135. r i vitoriosa f Culminar com uma celebra o na qual o valor especial das personagens reconhecido Al m de todos estes fatores importante ter em conta a fase do desenvolvimento em que a crian a se encontra pois corremos o risco de construir met foras terap uticas em que o conflito retratado n o faz sentido para a mesma Todos estes fatores v o ser tidos em conta na constru o da aventura CAPITULO 1 FUNDAMENTACAO TEORICA 3 1 2 Porqu usar um jogo cooperativo Os jogos cooperativos t m um efeito positivo sobre o comportamento principal mente na diminui o do comportamento agressivo e no aumento dos comportamentos prossociais Bay Hinitz Peterson amp Quilitch 1994 As situa es de viol ncia fa miliar ou extra familiar na inf ncia muitas vezes t m como consequ ncia por exem plo sintomas de stress p s traum tico e problemas comportamentais Kendall Tackett Williams amp Finkelhor 1993 sendo que uma poss vel manifesta o destes sintomas nas crian as a agressividade Deste modo este jogo poder trazer consequ ncias positivas na abordagem destes problemas comportamentais devido sua componente cooperativa As crian as com idades compreendidas entre os 5 e os 7 anos t m prefer ncia por brincar individualmente Piaget 1926 2005 e al m disso t m um pensamento ca raterizado pelo egocentrismo t pico do per odo pr operacional do desenvolvimento cognitivo que dificulta qualquer tip
136. r nas solu es ou consequ ncias que a crian a refere Ap s a fase de di logo introduzido o distanciamento O distanciamento quando um adulto p e quest es abertas crian a o que permite crian a considerar potenciais op es para o problema com que se est o a confrontar 2 2 6 Avalia o do programa 15 A avalia o mais recente deste programa indicou que crian as impulsivas e inibidas s quais foi ensinado o CPS na escola tiveram benef cios comportamentais que duraram durante pelo menos um ano completo ap s o termino da interven o Shure 1993 Crian as s quais foi ensinado o CPS na escola por um professor e em casa por um cuidador demonstraram melhorias semelhantes em termos de compet ncias e comportamentos Al m disso crian as que foram treinadas durante dois anos consecutivos na escola demonstraram compet ncias superiores na gera o de solu es alternativas e previs o de consequ ncias que as crian as treinadas apenas durante um ano De forma similar crian as treinadas durante um ano na escola e em casa demonstraram uma compet ncia comportamental semelhante quelas treinadas somente na escola mas durante dois anos e al m disso eram ainda capazes de generalizar as compet ncias de resolu o de problemas sociais entre casa e a escola Shure 1993 Para al m disso foram ainda notadas melhorias comportamentais significativas tais como uma redu o da impulsividade e da inibi
137. ra pesem as limita es deste estudo os resultados obtidos s o pass veis de ser e devem ser devidamente analisados e discutidos Assim de relembrar que se partiu para este estudo com o objetivo de perceber se o m todo experimental CM promovia uma melhoria das compet ncias sociais e consequente redu o dos comportamentos agressivos ou de isolamento das crian as alvo E por outro lado perceber se o CM se adequava na pr tica realidade das crian as e como que este poderia ser melhorado e aperfei oado para futuras aplica es Face aos objetivos propostos nomeadamente no que se refere efic cia do CM de salientar que neste estudo foi adotado um design quasi experimental e que nestes casos n o essencial segundo Shadish e colegas 2002 que o m todo de amostragem seja aleat rio contudo essencial que os dois grupos sejam equivalentes em todas as vari veis em estudo no pr teste Tal n o acontece na presente investiga o como se pode constatar atrav s da an lise percetiva dos 63 gr ficos Fig 1 e Fig 2 e tabelas Tabela 1 e Tabela 2 Apesar de os grupos n o serem clinicamente equivalentes no primeiro momento de avalia o pode constatar se que o Grupo A apresenta resultados m dios superiores a M DP para grande parte das vari veis na primeira avalia o ver Fig 2 e Fig 3 tanto na prova CBCL como na prova TRF Por isso no p s teste foi testada a equival ncia cl nica entre os valores do
138. reocupa a professora a sua inseguran a e depend ncia do adulto descrevendo a como muito insegura estando constantemente a solicitar a ajuda do adulto Al m disso a professora refere ainda que tem boas capacidades mas n o est a aproveit las devidamente N o chumbou nenhum ano e segundo os pais tem bom comportamento com todas as pessoas e o que mais os preocupa a rela o que O tem com as outras crian as porque esta n o gosta de conflitos fica triste e por vezes at chora quando os outros ficam chateados com ela e n o querem brincar D Tem 8 anos e 10 meses e encontra se a frequentar o 2 ano do ensino b sico Est a ser acompanhada pela equipa de Educa o Especial devido a problemas emocionais e por uma Pedopsiquiatra por apresentar problemas que derivam da instabilidade emocional consequente do div rcio dos pais que est o a dificultar a sua aprendizagem O que mais preocupa a professora o facto de D n o conseguir acompanhar o curr culo apesar de j estar pela segunda vez a frequentar o 2 ano Segundo a mesma D estava a ser medicada no in cio do ano continuando ainda 34 assim com um comportamento desadequado deprimida aparentemente sem motiva o desinteressada Ap s o contacto com a doutora que a acompanha a medica o foi alterada Agora a D s toma um caf pela manh e foi lhe retirada a restante medica o Apresenta se mais desp
139. rinc pios Neste cap tulo v o ser ainda descritos os materiais necess rios para a aplica o do mesmo Capitulo 1 Fundamenta o Te rica S personagens do mundo fant stico tal como as origin rias da mitologia e as origin rias dos contos de fadas carregam com elas uma carga emocional Burks 2001 e s o cr nicas fi is e fant sticas dos est dios psicol gicos imperativos que ocorrem no desenvolvimento humano Bettelheim 1975 2011 Deste modo ao dar s crian as jogadores a possibilidade de encarnar estas personagens e vivenciar de forma metaf rica as problem ticas que surgem muitas vezes nos contos de fadas ir permitir por um lado que elas ajam sobre essas mesmas problem ticas de forma inconsciente e n o directiva e por outro permitir por se realizar em grupo e pelas situa es sociais criadas no seio do mesmo trabalhar terapeuticamente problemas de socializa o 1 1 Met foras Terap uticas A met fora uma figura de ret rica na qual h uma altera o do sentido habitual da palavra estabelecendo uma analogia entre dois referentes ou realidades sendo ba sicamente referida como uma compara o em que a conjun o como est ausente e cuja descodifica o se prende com os fen menos de emiss o e rece o Academia das Ci ncias de Lisboa 2001 Na psicoterapia o uso de met foras traz a possibilidade de atuar perante o pro blema de forma indireta n o que uma abordagem diretiva do
140. rtante criar os NPC s Non Player Characters persona gens que n o s o os jogadores mas que podem ser figurantes somente ou entrar ativa CAPITULO 2 MECANICA DE FUNCIONAMENTO 11 mente na hist ria para cada cen rio H personagens destas que nunca ir o interagir com as personagens dos jogadores ou que ir o interagir muito pouco mas importante fazer um pequeno planeamento quanto s suas habilidades de combate caracter sticas de temperamento e de personalidade Por exemplo numa floresta pode estar um per sonagem que seja extremamente irrit vel e qualquer coisa que algum personagem diga pode irrit lo outro pode existir que por mais que algum dos personagens o tente irri tar n o surte qualquer efeito Estas caracter sticas das personagens v o basear se nos tipos encontrados nos contos de fadas e desenhos animados ou seja com exageros de alguma caracter stica espec fica importante ter alguns bonecos que possam representar as personagens sendo que para os inimigos ser o constru dos uns bonecos em plasticina para poderem ser esmagados quando derrotados nos combates Isto ser feito com um martelo que ir ser disponibilizado nessa altura e o jogador cuja personagem conseguir matar o monstro pode destru lo com esse mesmo martelo Numa ltima fase ser ent o organizado o fio condutor da hist ria tudo com algum grau de flexibilidade deixando para os jogadores v rias possibilidades de caminhos para atingir
141. s uma crian a de g nero feminino cujos encarregados de educa o tios referem como apresentando problemas ao n vel dos comportamentos pois segundo eles Z apresenta um comportamento desadequado que lhe perturba a concentra o Referem ainda como preocupante a falta de respeito que ela tem para com os colegas professores auxiliares e at em casa e ainda a falta de capacidade para se integrar e obedecer s regras da sociedade apresentando comportamentos como roubo ou comportamentos sexualizados Segundo os professores Z tem boas capacidades de aprendizagem e n o revela dificuldades contudo raramente consegue a concentra o necess ria estando constantemente a mexer no que n o deve durante as explica es tendo que ser frequentemente chamada aten o P uma crian a com 9 anos e 8 meses de idade e de g nero masculino Segundo os encarregados de educa o P tem falta de aten o na escola sendo que j chumbou um ano na passagem do 2 para o 3 do primeiro ciclo Ainda assim a m e n o acha que este seja um problema relevante descrevendo o filho como acima da m dia em todas as outras atividades n o relacionadas diretamente com a escola como futebol nata o trabalhos manuais canto e at mesmo nas tarefas dom sticas como compras e arrumar o quarto Segundo os professores P beneficia de acompanhamento psicopedag gico com
142. s Para atingir os objetivos pretendidos na presente investiga o foi utilizado um m todo quantitativo quasi experimental complementado com dados qualitativos provenientes das observa es do investigador e dos relatos dos pais e professores Ambas as an lises apresentam contudo limita es que impedem partida a generaliza o dos resultados impedindo a utiliza o de um design experimental nomeadamente a n o aleatoridade dos grupos sendo os mesmos obtidos de forma natural stica ou seja s o grupos constitu dos naturalmente por circunst ncias contextuais A escolha deste design deveu se a diversos fatores a n mero de sujeitos dispon vel 5 em cada grupo no presente caso b necessidade de interpretar mais informa o que n o somente quantitativa c riqueza de informa o que esta abordagem permite atingir tendo em conta os objetivos do estudo d o objetivo n o somente perceber se o m todo foi eficaz ou n o mas principalmente permitir o desenvolvimento do mesmo servindo como mote para estudos e aplica es futuras Segundo Yin 2008 a fundamenta o dos resultados em m ltiplas fontes permite que seja feita uma interliga o dos mesmos beneficiando por um lado do 28 desenvolvimento anterior de teorias e por outro da riqueza de dados que surgem da analise qualitativa Por vezes quando se tenta aplicar um m todo novo principalmente na area das ci ncias sociais pode n o se ter em conta a
143. s necessitando de mais poder estat stico para se poder retirar alguma ila o Fazendo uma observa o do gr fico da Fig 5 parece denotar se uma melhoria no caso das provas de Achenbach melhoria refere se a uma redu o do valor em v rias vari veis 6 9 66 67 sendo que em tr s delas o valor obtido passa a estar dentro da zona normativa nomeadamente a vari vel Hiperatividade Aten o Queixas Som ticas e Ansiedade 4 Grupo A TO amp Grupo A T1 E Grupo B T1 Fig 5 Representa o gr fica dos resultados obtidos pelos dois grupos com a prova CBCL para todas as vari veis e valores de refer ncia normativos para o momento T 56 Tabela 6 Resultados dos testes Tradicionais e de Equival ncia para as cota es na prova TRF entre o grupo A e os Dados Normativos da prova no momento T Dados Grupo A Normativos n 5 Diferen a Tradicional Equival ncia n n 1433 Dif de Erro Vari vel M DP M DP t p t p m dias Padr o Agressividade 50 10 66 68 21 63 16 68 3 88 10 3 70 2 3x10 1 48 0 07 Antissocial Prob Aten o 50 10 58 12 3 40 8 12 4 47 10 1 82 0 07 0 42 0 34 Isolamento 50 10 56 07 8 52 6 07 4 48 10 1 35 0 18 0 88 0 19 Obsessivo 50 10 47 81 4 89 2 19 4 48 10 0 49 0 63 2 72 0 003 Prob Sociais 50 10 54 42 10 18 4 42 4 48 10 0 92 0 32 1 25 0 11 Comp 50 10 60 46 9 80 10 46 4 48 10 2 33 0 02 0 10 0 46 Estranhos Ansiedade 50 10 59 51 11 3
144. s utilizando testes tradicionais e de equival ncia cl nica adaptado de Kendall Marrs Garcia Nath e Sheldrick 1999 5 Por fim foram constru dos gr ficos ilustrativos dos resultados que permitem visualizar os dados com mais clareza Esta an lise foi repetida para a compara o entre o grupo alvo Grupo A e os dados normativos As limita es no processo de amostragem e nos m todos quantitativos em geral utilizados nesta investiga o levaram a que se optasse por complement los com registos qualitativos provenientes da observa o dos comportamentos das crian as por parte do investigador dos pais e dos professores Assim foram tidos em conta os dados obtidos atrav s das notas do investigador e a interpreta o foi feita relacionando os relatos em pormenor dos casos espec ficos pertencentes ao grupo 47 alvo e os correspondentes dados resultantes da an lise estat stica permitindo fazer uma interliga o triangulation dos dados como descrita por v rios autores relacionados com os m todos de investiga o qualitativos ex Yin 2008 Al m disso de modo a sistematizar essa mesma an lise esta foi dividida em temas acerca dos quais se far um coment rio qualitativo temas estes que se baseiam em quest es j colocadas pelo investigador antes da aplica o do m todo e com ideias que foram surgindo durante a mesma Foi escolhida esta abordagem pois neste caso uma an lise de conte do baseada n
145. s cognitivas vai mostrar compet ncias al m daquilo que essa mesma crian a mostraria sem essa intera o Desta feita aparentemente parece uma aplica o totalmente diferente da teoria original que se aplicava ao desenvolvimento cognitivo contudo na realidade algumas compet ncias sociais s o tamb m cognitivas Semrud Clikeman 2007 Sternberg amp Sternberg 2012 Assim segundo Rose Krasnor 1997 pode aplicar se 8 esta teoria esfera das compet ncias sociais Deste modo uma crian as que interaja com uma outra mais socialmente competente vai ter uma rela o de maior qualidade e parecer mais competente do que ao interagir com outra menos competente Rose Krasnor 1997 Nesta defini o de compet ncia social cabe ainda a perspetiva da aprendizagem social Segundo esta perspetiva os comportamentos s o aprendidos de forma vicariante ou por modelagem ou seja conseguimos atrav s da observa o dos comportamentos dos outros e das suas consequ ncias aprender comportamentos tanto prossociais como antissociais e at mesmo elabor los melhorando e antecipando as suas consequ ncias Bandura 1969 1977 1978 Assim podemos concluir que a aprendizagem de compet ncias sociais ocorre do mesmo modo que a aprendizagem da agressividade Atrav s da observa o de modelos competentes e das consequ ncias dos seus comportamentos podem desenvolver se compet ncias para lidar com os diversos problemas que as intera es socia
146. s de que os resultados s o causados pelo efeito direto da interven o Ao longo destes est dios os investigadores v o tendo uma crescente certeza causal mas menos graus de liberdade quanto s metodologias designs referido explicitamente pelos autores Veerman amp van Yperen 2007 que a efic cia demonstrada por determinada interven o n o pode ser analisada corretamente se n o for tido em conta o n vel de desenvolvimento da mesma por isso as metodologias de investiga o utilizadas devem tamb m adaptar se podendo num momento inicial ser escolhidas de um leque mais variado como estudos descritivos observacionais an lise de documentos ou condu o de entrevistas e caminhando ao longo do desenvolvimento da interven o para m todos de an lise estat stica derivados de ensaios aleatoriamente controlados controlando as amea as validade atrav s da aleatoriedade da amostragem e de grupos de controlo ou de estudos de 29 caso replicados utilizando as mesmas condi es em diferentes situa es de modo a perceber se os resultados obtidos se devem aos efeitos diretos da interven o Veerman amp van Yperen 2007 Teoricamente o presente m todo baseia se em v rios pressupostos que nos permitem supor que o mesmo poder trazer benef cios ao n vel das aptid es sociais e consequentes compet ncias sociais principalmente em crian as com problemas nos relacionamentos sociais Assim segundo Veerman e van Yp
147. s dois grupos foi aleatoriamente selecionado um grupo experimental Grupo A e um grupo de controlo Grupo B Ambos os grupos eram equivalentes no que se refere idade Miadesjay 8 8 DPigadesn 66 Migaces g 8 4 DPidacesis 24 O mesmo n o acontece no que se refere ao g nero sendo que o Grupo B constitu do por tr s crian as de g nero feminino e o Grupo A apenas por uma crian a do g nero feminino 2 1 Descri o dos participantes Com o prop sito de se obter uma melhor compreens o individual de cada crian a participante essencial para a an lise qualitativa dos dados foi elaborada uma breve descri o de cada crian a de ambos os grupos com base nas informa es recolhidas junto dos as encarregados as de educa o e dos as professoras atrav s dos question rios de Achenbach CBCL e TRF preenchidos pelos pais e professores e dos relatos destes acerca das crian as A cada crian a foi atribu do um nome fict cio correspondente a uma letra de modo a manter o anonimato e a preservar a confidencialidade de cada caso Grupo A 31 No que se refere ao Grupo A apenas duas crian as Z e P partilhavam a mesma turma professora sendo que as restantes tr s F M e G pertenciam a turmas e anos diferentes mas frequentavam a mesma escola F A crian a F do g nero masculino que come ou a interven o com 6 anos e 5 meses de idade Segundo os professores apresentava um comportamento demasiad
148. s mais direcionadas para as compet ncias sociais e n o para os comportamentos gerais contudo as provas de Achenbach Achenbach 1991b 1991c estavam mais facilmente acess veis e possibilitavam uma avalia o geral dos comportamentos das crian as ao n vel social tanto por pais como por professores Quanto prova PRPI Candeias et al 2008 embora se encontre ainda em fase de valida o a sua utiliza o prendeu se com a necessidade de avaliar a perspetiva das crian as Contudo neste caso n o se revelou til porque ambos os grupos se encontravam no primeiro momento de avalia o num valor dentro do intervalo normativo ver Fig 4 n o sendo assim poss vel perceber a sua evolu o de um momento de avalia o para o outro Seria ainda interessante utilizar provas sociom tricas que avaliassem a opini o dos pares colegas de turma acerca das crian as alvo da interven o Quanto metodologia adotada dadas as limita es de amostragem poderia ter sido utilizada neste caso uma abordagem totalmente qualitativa como a Grounded Theory a an lise de conte do ou at mesmo uma abordagem de estudo de caso mais exaustiva caso essa hip tese tivesse sido acautelada partida e tivessem sido realizadas entrevistas estruturadas com os pais professores e com as pr prias crian as Deste modo poderiam ter sido obtidos resultados mais interessantes no que se refere qualidade e quantidade da informa o obtida Muito embo
149. so foi conduzido um estudo longitudinal que seguiu os estudantes que tinham recebido anteriormente o programa ISA SPS durante o seu quarto e quinto anos Esses mesmos estudantes foram novamente reavaliados nos nono e d cimo primeiro anos e comparados com estudantes que n o receberam esta interven o Assim foi poss vel constatar que os alunos treinados com compet ncias de resolu o de problemas sociais e de tomada de decis o demonstraram n veis mais elevados de comportamentos pro sociais e n veis reduzidos de comportamentos autodestrutivos e antissociais Elias et al 1991 Acresce ainda que os dados referentes a autorrelatos indicaram especificamente que os estudantes que receberam o programa reportaram menos consumo de lcool e tabaco compra e troca de lcool com outras pessoas vandalismo amea a ou viol ncia sobre outros e ataque a outros com a inten o de magoar Elias et al 1991 2 4 Treino de compet ncias sociais em Portugal Em Portugal ao longo dos anos desde o surgimento relativamente recente da Psicologia t m sido utilizados alguns m todos para o treino de compet ncias sociais e emocionais grande parte das vezes em utiliza es nicas e com intuitos interventivos muito espec ficos Estes m todos ou programas interventivos foram aplicados a diversas popula es desde crian as em idade pr escolar Taveira 2011 no primeiro ciclo Afonso 2011 Botelho 2012 Martins 2012 Rocha amp Morais
150. spera se que tenham m ltiplos efeitos positivos Rubin Bukowski amp Parker 2007 Ser bem visto ou aceite pelos pares tem sido frequentemente considerado como uma medida de compet ncia social Cillessen amp Bellmore 2011 Rose Krasnor 1997 Um dos pontos fortes deste tipo de avalia o sociom trica o facto de refletir uma vis o combinada das avalia es dos pares permitindo analisar os componentes comportamentais e afetivos da compet ncia social Hops amp Finch 1985 Outra vantagem desta abordagem que o estatuto perante os pares sociom trico correlaciona se diretamente com outros ndices de ajustamento permitindo prever consequ ncias futuras de alguns tipos de relacionamentos disfuncionais com os pares Cillessen amp Bellmore 2011 Rose Krasnor 1997 Por exemplo existem evid ncias consider veis que indicam uma correla o significativa entre a rejei o por parte dos pares e futuros comportamentos de risco como o caso da delinqu ncia e desist ncia escolar Parker Rubin Price amp DeRossier 1995 V rios autores Cillessen amp Bellmore 2011 Rose Krasnor 1997 Rubin et al 2007 referem dois medidores comuns e que t m vindo a ser muito utilizados em estudos relativos an lise das rela es entre os pares Estes medidores s o as amizades e a popularidade Cillessen amp Bellmore 2011 Rose Krasnor 1997 Rubin et al 2007 Segundo Cillessen e Bellmore 2011 existem dois tipos de pop
151. sserta o de Mestrado em Educa o Pr Escolar Universidade de Tr s os Montes e Alto Douro Vila Real Thorndike E L 1920 Intelligence and its uses Harper s Magazine 140 120 235 Tremblay R E amp LeMarquand D 2001 Individual risk and protective factors Em R Loeber amp D Farrington Eds Child delinquents Development interventions 73 and service needs pp 137 164 Thousand Oaks CA Sage Tweet J Cook M Williams S Baker R amp Adkinson P 2003 Dungeons amp Dragons Player s Handbook Core Rulebook v 3 5 Renton Wizards of the Coast Veerman J W amp van Yperen T A 2007 Degrees of freedom and degrees of certainty A developmental model for the establishment of evidence based youth care Evaluation and Program Planning 30 2 212 221 doi 10 1016 j evalprogplan 2007 01 011 Vygotsky L S 1978 Mind in society The development of higher psychological processes Cambridge Harvard University Press Wasserman G A amp Seracini A G 2001 Family risk factors and interventions Em R Loeber amp D Farrington Eds Child delinquents Development interventions and service needs pp 165 189 Thousand Oaks CA Sage Waters E amp Sroufe L A 1983 Social competence as a developmental construct Developmental Review 3 79 97 Wells H G 2003 Little Wars a game for boys from twelve years of age to one hundred and fifty and for that more intelli
152. te ligadas compet ncia emocional raro existir compet ncia social sem que haja um funcionamento emocional apropriado Semrud Clikeman 2007 O conceito de compet ncia social engloba ainda outros construtos como capacida des sociais social skill comunica o social e comunica o interpessoal e requer uma correta perce o da intera o social Semrud Clikeman 2007 A impulsividade pode manifestar se como agressividade incapacidade em adiar a gratifica o e em lidar com a frustra o Shure 2001 Esta impulsividade na inf ncia um fator de risco e preditor do desenvolvimento de consumos de subst ncias aditivas delingu ncia e comportamentos violentos Lochman amp Wells 2002 Shure 2001 Segundo o modelo sociocognitivo e contextual da agressividade na inf ncia Lochman amp Wells 2002 existem dois conjuntos relevantes de mediadores potenci CAPITULO 1 FUNDAMENTACAO TEORICA 5 ais no desenvolvimento de comportamentos antissociais na adolesc ncia 1 fatores espec ficos da crian a que incluem fracas capacidades sociocognitivas e de decis o fracas capacidades de autorregula o e de perce o do contexto de pares e fraca capa cidade de resist ncia press o dos mesmos e 2 fatores contextuais que incluem fraco envolvimento parental e deficiente disciplina da crian a Lochman Wells amp Lenhart 2008 A inibi o por outro lado consiste na incapacidade para defender os seus direitos medo
153. te validados que visam melhorar as compet ncias de resolu o de problemas sociais Existem diversos m todos que foram desenvolvidos com o intuito de melhorar as compet ncias sociais das crian as atrav s da sua componente de resolu o de problemas sociais e cujo principal objetivo consiste em melhorar o seu comportamento nos v rios contextos em que a crian a se movimenta Assim sendo s o agora apresentados alguns m todos empiricamente validados e com resultados comprovados que interv m ao n vel do treino de compet ncias de resolu o de problemas sociais Os m todos apresentados aplicam se faixa et ria dos 7 aos 11 anos amplitude de idades qual pertencem as crian as participantes nesta investiga o Para uma revis o de m todos destinados a outras faixas et rias sugere se a leitura da revis o realizada por Frauenknecht e Black 2004 Por fim ser apresentado o m todo analisado na presente investiga o 2 1 Coping Power Lochman et al 2008 O programa Coping Power Lochman et al 2008 baseia se num modelo sociocognitivo contextual da agressividade na inf ncia Lochman amp Wells 2002a Lochman Wells amp Murray 2007 o qual permite sinalizar o desenvolvimento de comportamentos de risco e abuso de subst ncias na adolesc ncia Este modelo indica para esse efeito dois conjuntos de potenciais mediadores do comportamento antissocial na adolesc ncia a fatores ao n vel da crian a
154. tiga o Ao diretor do agrupamento de escolas e professora Maria da Paz pela disponibilidade e prontid o e aos professores que amavelmente aceitaram colaborar no estudo Desde a inf ncia a fantasia e a magia dos contos de fadas t m estado muito presentes na minha vida introduzidas aqui e ali por diversas pessoas com quem fui crescendo e s quais n o poderia deixar de agradecer Antes de mais quero agradecer Palholha por me ter mostrado com a sua criatividade atrav s das suas hist rias da Alice no Pa s das Maravilhas a capacidade criativa e a flexibilidade dos contos de fadas av Mimi pela sua incans vel confian a em mim e pela liberdade que me permitiu no desenvolvimento das minhas ideias Ao Pinky Cab Kiwi pelas longas horas de brincadeira e inven o conjuntas que tornaram a minha inf ncia mais saud vel Ao meu primo Duarte por me ter feito notar bastante cedo a diferen a entre jogar e brincar Tamb m tenho que deixar aqui uma palavra de agradecimento ao Alex Alferes Morais Barbaro Ruben Bota e Telmo por me introduzirem num outro mundo de fantasia que em conjunto com a fase do ciclo vital pela qual estava a passar adolesc ncia fez sobressair as minhas idiossincrasias fazendo me ao pertencer a este grupo sentir especial e unico atrav s das longas tardes e dias passados no mundo de magia e imagina o do Dungeons amp Dragons av Luz e ao av Fernando por todo o seu apoio
155. tiveram a oportunidade de espalmar o monstro de plasticina batendo lhe com o martelo do drag o A todos foram atribu dos 10 pontos de experi ncia e por fim todos ajudaram na arruma o da sala Sess o 2 A segunda sess o ocorreu numa outra sala pois na primeira estava a decorrer uma aula de m sica Esta foi iniciada com um resumo da sess o anterior Depois o velho feiticeiro disse O raio dos monstros J vi que voc s lutam muito bem quem quer vir comigo atr s dos monstros responderam todos Eu Ent o temos que ir procura do meu amigo druida Trutafix que ele que sabe seguir bem os rastos dos monstros Venham Vamos por aqui Mas aten o que nem todos os monstros s o maus Ent o o facilitador diz enquanto narrador Agora seguiam por um caminho atr s do feiticeiro o que que foram fazendo nesta altura foi mais dif cil obter a aten o dos participantes visto que se passou do plano dos bonecos para a imagina o Andaram pelo meio da floresta andaram andaram at que encontraram Um livro m gico perguntou G N o uma clareira uma clareira O feiticeiro ia frente porque tinha uma luz M disse Eu tamb m tinha uma luz porque tenho poder do fogo F disse Eu tamb m quero uma luz Mas tu tens uma flauta magica tem outros poderes F voltou a repetir Mas eu quero uma luz O facilitador disse ent
156. trav s de quest es abertas sobre os s ndromes e compet ncias sociais presente nestes question rios Deste modo permitiria refletir duas vis es acerca do comportamento das crian as em dois contextos diferentes atrav s das suas duas vers es para pais e para professores A PRPI Candeias et al 2008 tinha como objetivo obter informa es acerca das compet ncias cognitivas de resolu o de problemas sociais dos sujeitos refletindo a capacidade que os mesmos t m para compreender e resolver situa es sociais sendo estas mesmas capacidades teoricamente reflexo da compet ncia social geral Permite avaliar outra perspetiva do comportamento das crian as sendo 43 desta feita analisada atrav s duma avalia o direta do desempenho das crian as na supracitada prova Percebeu se tamb m ao longo da aplica o do presente m todo de interven o que os dados estat sticos obtidos atrav s das provas n o eram suficientes para descrever com precis o o que acontecia nas sess es Assim foram analisados dados de registo qualitativos que se julga permitirem uma descri o mais fiel e rica dos acontecimentos e dos desenvolvimentos que ocorreram na pr tica A interven o teve a dura o de 3 meses e foram realizadas um total de 10 sess es com cada grupo com periodicidade semanal sendo que cada sess o tinha a dura o de aproximadamente 60 minutos Ao Grupo A foi aplicado o m todo Conquistadores de Masmorras ver Anex
157. tricas reconhecidas e a sua validade est largamente comprovada vai ser descrita em maior pormenor Ainda que n o avalie diretamente a compet ncia social esta escala permite perceber a evolu o dos problemas comportamentais das crian as Os quais por sua vez refletir o teoricamente as melhorias na capacidade de resolu o de problemas sociais e por isso tamb m a compet ncia social Escalas de problemas s ndromes CBCL 4 18 Os itens problema foram constru dos com o intuito de permitir aos pais descrever os problemas comportamentais e emocionais dos seus filhos dos 4 aos 18 anos de uma forma padronizada com um m nimo de interfer ncia poss vel Para encorajar os pais a reportarem problemas n o listados no invent rio foram colocados itens de resposta aberta Achenbach 1991a 1991b 1991c Aos respondentes pedido que avaliem cada item que descreve o seu filho agora ou nos ltimos 6 meses no caso da presente investiga o foi reduzido o tempo para 2 meses para refletir o tempo da interven o situa o em que o autor refere ser poss vel reduzir o tempo abrangido Achenbach 1991a numa escala constitu da por tr s valores 0 1 ou 2 correspondendo respetivamente a O Falso ao que os respondentes julgam saber 1 s vezes ou de Algum modo 2 Muito verdadeiro ou maior parte das vezes verdadeiro TRF 39 Tal como acontece com o invent rio para pais pedido para o preenchimento dest
158. triste pois o autocarro que os transportava para a atividade extra curricular j tinha abalado Novamente as outras crian as do recreio come aram a bater porta e o grupo n o conseguiu voltar a concentrar se totalmente durante o resto da sess o principalmente CZ como seria expect vel mas consegui se continuar a aventura com alguns elementos do grupo mais concentrados que outros Os personagens foram agora seguindo o druida e foram vendo rvores ca das e destrui o pelo caminho e o druida ficou muito triste e zangado com os monstros porque tinham feito desaparecer todos os animais da floresta e no caminho n o encontraram um nico animal O druida irritado disse Arrgh vou apanh los todos seus malandros M disse N o p ra s vezes os monstros tamb m s o bons verdade tens raz o alguns tamb m s o bons Come ou a anoitecer e chegaram a uma encruzilhada onde haviam tr s caminhos O druida encontrou rastos de pegadas nos tr s caminhos Ent o os participantes decidiram que iam todos por um caminho o 83 druida por outro e o feiticeiro por outro Os participantes tiveram que chegar a um consenso na escolha do caminho a seguir Ap s escolherem o caminho o velho feiticeiro deu lhes uma pedra para os ajudar a seguir os rastos dos monstros nesta altura tornou se o feiticeiro teve que dar a um a pedra e deu a a Z nesta altura F come ou a fazer novamente uma birra desta vez porque queria um cabelo
159. ts iti eee eiek e Gis Aa na dea nd GUNS Dna eet 44 VI ResultadoS sa serias sentar parar tndtsig PADRE de ER SN Da E US EaD Une OS a eine E even E Da 48 1 An lise quantitativa dos dados eee eenaaeeaaareererenaaaanaaaaaaacaaaanaanas 48 VII Discuss o Limita es e Dire es Futuras e eeteeeeeesenaaaeeeeaaanaanaa 62 RETEr NCIaAS 4 es ssa dora DTD Seen CATR TOSA DENSO TS CUIDA S DS Po RSS AT Oe ee ETR 66 ANEXOS js 2eh saa reeesaxtornarsntacy caes todo sat rasas read duncan teehee tesa Sea citas emas date aed Ubaldo radiador gue nat 76 Anexo Planeamento de Sess es Grupo de Controlo e 77 Anexo Il Planeamento de Sess es Conquistadores de Masmorras 0esseeeeeeee anes 78 Anexo III Resumo das Sess es Grupo A sis enesssssssssasaniscosanenanieaasaniasanadasaniaaas 80 Anexo IV Manual Conquistadores de Masmorras e eeesieeaeereeaaeaaaeea 90 indice de Figuras e Tabelas Figura 1 Classifica o dos resultados dos testes de signific ncia estat stica dos efeitos utilizando testes tradicionais e de equival ncia cl nica i essere 47 Tabela 1 Resultados dos testes Tradicionais e de Equival ncia para as cota es na prova CBCL entre o grupo Ae o grupo B no momento To ss sieeneesesssssecenaecananadaansrsinnaaasaaas sn aaasananaada 50 Figura 2 Representa o gr fica dos resultados
160. ue lhes subjazem e as teorias que a partir deles se desenvolveram Assim no meu entender ao analisar se a literatura referente a estes conceitos percebe se que ainda que nenhum autor o refira explicitamente o conceito de intelig ncia social ou emocional refere se aos correlatos cognitivos da compet ncia e esta inclui al m dos cognitivos tamb m outros correlatos como o caso dos correlatos interacionais e ambientais ou contextuais Deste modo nesta disserta o vai ser usado o conceito de compet ncia social num sentido mais alargado definindo se aqui como efetividade na intera o social e englobando em si a perspetiva do pr prio e do outro Rose Krasnor 1997 Ou seja este conceito engloba os conceitos de intelig ncia social e intelig ncia compet ncia emocional 1 2 Defini es operacionais gerais de compet ncia social Segundo Rose Krasnor 1997 a compet ncia social na pr tica pode ser operacionalizada de quatro modos diferentes a enquanto habilidades espec ficas b enquanto estatuto sociom trico c enquanto compet ncias relacionais e por ltimo c enquanto resultado funcional das intera es sociais Importa por isso esmiu ar e perceber melhor cada uma destas defini es 1 2 1 Compet ncia social enquanto um conjunto de habilidades espec ficas A compet ncia social tem sido descrita como um conjunto de aptid es skills desej veis as quais s o suscet veis de medi o
161. ularidade A popularidade sociom trica que analisada perguntando s crian as qual o colega que gostam mais e o que gostam menos e a popularidade percecionada que medida perguntando s crian as qual o colega mais popular e o menos popular Esta defini o dual de popularidade desenvolveu se porque se percebeu que a influ ncia da popularidade na compet ncia social n o t o linear quanto se julgava partida Percebeu se que nem sempre a popularidade est associada a comportamentos prossociais e est mesmo por vezes associada a comportamentos agressivos de manipula o e de bullying tanto em raparigas Bruyn amp Cillessen 2006a Estell Farmer Pearl Van Acker amp Rodkin 2008 como em rapazes Bruyn amp Cillessen 2006b Cillessen amp Bellmore 2011 Rodkin Farmer Pearl amp Van Acker 2000 As amizades sao importantes para o desenvolvimento pois permitem as crian as sentirem se parte de um grupo ao inv s do sentimento de isolamento rejei o Erikson 1977 V rios estudos longitudinais indicaram que a rejei o por parte dos pares na inf ncia um preditor de um largo espectro de problemas de externaliza o na adolesc ncia incluindo delinqu ncia problemas de comportamento dificuldades de aten o e abuso de subst ncias Rubin et al 2007 Deste modo a avalia o deste construto levanta algumas quest es principalmente no que se refere defini o de amizade V rios autores Ci
162. valia o Multiaxial de Achenbach Child Behavior Checklist 4 18 Achenbach 1991b e Teacher s Report Form Achenbach 1991c Achenbach desenvolveu um processo de avalia o multiaxial que foi posteriormente validado e que foi tamb m largamente utilizado em investiga o Este processo de avalia o utiliza relatos de diversas fontes nomeadamente de pais professores crian as no caso de serem adolescentes e avalia es f sicas e cognitivas de modo a ter uma compreens o mais abrangente dos problemas comportamentais das crian as e adolescentes O instrumento para pais Child Behavior Checklist for ages 4 18 CBCL 4 18 foi a base para cada um dos outros Na constru o dos outros instrumentos alguns itens foram modificados retirados ou adicionados de modo a adequar os invent rios ao auto relato dos adolescentes Youth Self Report Y SR e ao relato de professores Teacher s Report Form TRF Foram constru dos para cada instrumento perfis constitu dos por escalas de compet ncias e escalas de problemas sindromes e todas elas foram normalizadas em amostras aleat rias grandes de crian as de popula es n o cl nicas de modo a 37 proporcionar um procedimento de cota o que refletisse de forma precisa as caracter sticas relatadas por cada tipo de informante para crian as de cada sexo nas v rias amplitudes de idades Achenbach 1991a Este autor desenvolveu para isso uma taxonomia espec fica na qual organi
163. ve and Antisocial Behavior in Children and Adolescents New York Oxford University Press Kazdin A E 2010 Problem Solving Skills Training and Parent Management Training for Oppositional Defiant Disorder and Conduct Disorder Em Evidence Based Psychotherapies for Children and Adolescents 2 edi o New York The Guilford Press Kazdin A E Siegel T C amp Bass D 1992 Cognitive Problem Solving Skills Training and Parent Management Training in the Treatment of Antisocial Behavior in Children Journal of Consulting and Clinical Psychology 60 733 747 Lochman J E amp Wells K C 2002a Contextual social cognitive mediators and child outcome A test of the theoretical model in the Coping Power program Development and Psychopathology 14 945 967 Lochman J E amp Wells K C 2002b The Coping Power program at the middle school transition Universal and indicated prevention effects Psychology of Addictive Behaviors 16 4 Suppl 840 854 doi 10 1037 0893 164X 16 4S 840 Lochman J E amp Wells K C 2003 Effectiveness of the coping power program and 70 of classroom intervention with aggressive children Outcomes at a 1 year follow up Behavior Therapy 34 4 493 515 doi 10 1016 S0005 7894 03 80032 1 Lochman J E Wells K C amp Lenhart L A 2008 Coping Power Child Group Program Facilitator Guide Oxford Oxford University Press Lochman J E Wells K C amp Murray
164. za v rios sintomas em s ndromes espec ficos O termo s ndrome aqui utilizado como descrevendo um conjunto de problemas que tendem a co ocorrer Estes foram identificados recorrendo a procedimentos estat sticos de an lise de componentes principais e an lise fatorial Achenbach 1991a Achenbach amp Rescorla 2001 Este conjunto de instrumentos foi desenvolvido em primeiro lugar como uma resposta inadequa o de um modelo de psicopatologia essencialmente baseado na idade adulta o qual foi em grande parte influenciado por um modelo m dico de diagn stico categorial e g Manual de Diagn stico e Estat stica das Perturba es Mentais 4 edi o texto revisto American Psychiatric Association 2000 Achenbach tentou ent o desenvolver uma identidade independente para a psicopatologia da crian a n o sendo esta meramente uma extrapola o dos modelos dos adultos Achenbach 1995 Para esse efeito o CBCL 4 18 e os outros instrumentos a que deu origem TRF e YSR focam se em identificar empiricamente comportamentos problem ticos e compet ncias comportamentais e emocionais das crian as e adolescentes Impl cito a este modelo est o v rios pressupostos acerca da natureza da psicopatologia na crian a Estes incluem os seguintes a problemas relevantes incluem pensamentos comportamentos e emo es cujas manifesta es podem mudar consoante a idade e g medida que as crian as crescem e consoante o g nero b Os problem
165. zes tal como aconteceu em To o Juiz 1 parece utilizar diferentes crit rios de cota o apresentando assim valores abaixo de 0 4 ou seja considerados pobres segundo Fleiss 1973 Entre o Juiz 2 e 3 continua a haver consenso obtendo aqui um valor ainda superior kappa 0 89 considerado excelente Tal como aconteceu no primeiro momento os ju zes reuniram e discutiram os valores um a um sendo que os valores analisados s o o resultado desta pondera o Tabela 7 Resultados dos testes de fiabilidade inter juizes ndice kappa de Cohen para o momento T T Kappa Juiz 1 vs Juiz2 0 37 Juiz 2 vs Juiz 3 0 89 Juiz 1 vs Juiz 3 0 38 58 Tabela 8 Resultados dos testes Tradicionais e de Equival ncia para as cota es na prova PRPI entre o grupo A e os Dados Normativos da prova no momento T Dados Grupo A Normativos n 5 Diferen a Tradicional Equival ncia n n 488 Dif de Erro Vari vel M DP M DP fo t p t p m dias Padr o Comp do prob Ident 10 40 6 45 8 20 5 36 2 20 2 90 6 45 0 76 0 45 1 47 0 07 da situa o prob Conce o de um plano de 3 17 1 76 1 60 1 34 1 57 0 79 1 76 1 99 0 05 0 23 0 41 resolu o Conte do Conce o de um plano de 3 02 1 74 1 40 1 14 1 62 0 78 1 74 2 07 0 04 0 16 0 44 resolu o Processo Resolu o propriamente dita Conte do 2 59 1 69 2 40 1 52 0 19 0 76 1 69 0 24 0 81 1 98 0 02 Resolu o propriamente 2 65 1 68 2 20 2 17 0 45 0 76 1 68 0 59 0

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