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Índice dos Anexos Pág. - Repositório da Universidade de Lisboa

1. RC N o esse amigo deu me assim umas dicas mas pronto passou assim uma conversa de rua em que ficou aqui um bichinho na a testificar comigo Mas no fundo o que fez a diferen a foi um amigo que eu tinha mesmo da velha vida que estava no programa na altura que depois n o sei bem como mas a m e dele falou com a minha m e disse olha o A perguntou por ti disse que era fixe tu ires e tal o que que tu achas ele est bem E o facto de eu ouvir falar algu m que eu conhecia o outro rapaz foi importante mas ele como estava no programa em si despertou em mim um interesse p se ele est bem eu estou assim deixa me l ir Depois eu vou ent o ao Caf Conv vio Ainda que depois houve uma paragem Houve uma paragem porque eu andava a consumir etc e depois como comecei a ir ao Caf Conv vio a minha vida naturalmente a minha fam lia come ou me a apoiar um bocadinho mais arranjei um trabalhinho recebi um dinheiro e tal mas depois quando vi o dinheiro e vi algum apoio durante um tempo esqueci me das minhas verdadeiras necessidades n o Depois tive que dar outra cabe ada enorme passado ai um m s e tal depois quando voltei a frequentar o Caf Conv vio a que ia mesmo j cheguei a ir a ressacar mesmo igreja e tudo e at levantar a m o quando era para receber Jesus e eu E Quanto tempo frequentou o Caf Conv vio RC A cerca de tr s meses tr s me
2. p mas prontos claro que as coisas entretanto mudam n o mudam e as pessoas come am se a aperceber quando querem perceber e quando querem realmente que aconte a qualquer coisa de novo Foi o que me aconteceu penso eu p Quem venha e quem esteja que continue e que aproveite e que tire o melhor e que saia daqui completamente diferente daquilo que era o meu desejo no fundo esse N o vou dizer que estou aqui n o vou dizer que estou aqui para servir mas at ham em termos futuros quem sabe se eu n o vou servir a Deus Mas quem sabe Ainda foi o que eu disse h bocado quem sabe se h a uma porta para mim e eu n o estou espera percebes E eu por acaso at j se me p s isso na m o apareceu me na m o para ir para os navios evangelizar Coincid ncia Eu sou marinheiro venho aqui parar e depois passados uns dias aparece me um panfleto na m o mas que isto Percebes Ser que eu n o serei uma ferramenta na m o de Deus neste aspecto Sabe se l n o Portanto no fundo isso Eu continuo na luta continuo na luta n o f cil j disse e torno a dizer n o nada f cil mesmo agora eu sinto me firme mas tenho alturas que eu vou me abaixo vou me abaixo come o com pensamentos n o pensamentos de voltar droga n o isso por acaso gra as a Deus n o tenho nada disso nem pensamentos nem o querer fazer a minha vida percebes Que isso muitas vezes que nos le
3. Entrevista 6 p 134 Anexo F O outro inquirido indicou o desejo de constituir fam lia Eu tenho em mente constituir uma fam lia ter a minha mulher e um filho constituir fam lia mas tamb m sei que tenho que ter a pessoa certa ao meu lado Eu acho que para sermos dois em um n s temos que ali s o homem e a mulher t m que se completar e eu acho que eu tenho que ter a pessoa certa Entrevista 1 p 123 Anexo F Anexo G3 Amostra de T cnicos 195 Tabela 36 Apresenta o geral t cnicos F C I R C Entrevista 7 Entrevista 8 Entrevista 9 Idade 46 Sexo Masc Fem Masc Habilita es Liter rias Licenciaturaem Licenciatura em 12 ano Psicologia Psicologia Ex toxicodependente N o N o Sim Posi o na institui o Coordenador dos Psic loga Conselheiro Caf s Conv vio Tempo na institui o 20 anos 7 anos A Tabela 36 resume a apresenta o dos t cnicos que foram entrevistados para este trabalho Dois dos entrevistados possuem cursos superiores enquanto o terceiro concluiu o 12 ano N o se recolheram as idades dos participantes apesar da m dia dever estar pr xima dos 35 anos Somente um dos entrevistados foi toxicodependente e a sua recupera o decorreu no Desafio Jovem Relativamente s responsabilidades dos entrevistados na institui o um dos participantes o actual coordenador dos Caf s Conv vio outro conselheiro numa das comunidades ter
4. por falta de condi es e a pr pria estrutura da organiza o que n o permite fazer certos ou desenvolver certos projectos que seriam positivos Entrevista 8 p 147 Anexo F Tabela 42 Como tenta fomentar a conclus o do programa t cnicos Categoria Frequ ncia Como tenta fomentar a Acompanhamento psicol gico n 1 R ERN durante Criar um ambiente familiar n 1 Fomentar a f espiritualidade n 2 Fomentar que estabele am objectivos sonhem n 2 Motiva o n 2 Ser modelo do que ensinam de esperan a n 2 Valoriza o encorajamento n 2 Prepara o para o Desenvolver a esperan a n 1 aa aes ae Explicar o programa e o modelo terap utico n 1 Valoriza o demonstra o de interesse n 1 201 A Tabela 42 resume as respostas dos t cnicos quest o Como que pessoalmente tenta fomentar que os utentes concluam o tratamento Nas suas respostas os t cnicos mencionaram que tentam fomentar a conclus o do tratamento valorizando encorajando e motivando os utentes fornecendo acompanhamento psicol gico e criando um ambiente familiar no centro aproveitamos sempre todas as oportunidades para refor ar o positivo n o que est o a viver nesta vida ham refor ar o qu o bem est o o qu o equilibrado o qu o diferentes est o agora de forma a motiv los a querer mais e melhor de uma vida sem drogas de uma vida mais ajustada de uma vida mais saud vel Entrevista 8 p 148 Anexo
5. Acho que h um versiculo que diz todo aquele que est em p que se previna para n o cair E assim eu tamb m n o vou estar a dizer que estou estou convicto do que quero realmente mas como at h bocado te disse acho que ainda tenho que subir esse meio ponto E Se lhe fossem concedidos tr s desejos o que que pedia para o futuro do Desafio Jovem e de todos os que c est o ou que ainda ir o passar F Tr s desejos Eu tenho desejado todo o melhor para o Desafio Jovem e que seja suprimido todas as necessidades tanto f sicas como em todos os aspectos Acho que j te disse o Desafio Jovem uma familia para mim eu pediria tudo do melhor que ha mesmo Que Deus d tudo do melhor para que e que possa aben oar dia ap s dia todos os Desafios Jovens em geral e especialmente tamb m para que se possa fazer trabalho nas ilhas nos A ores que est muito complicado tamb m por l porque h muitos jovens que tamb m 68 haja disponibilidade para conseguir abrir 14 um centro acolher gente para que se possa aben oar essa gente em Angola tamb m p que se possa reconstruir mais centros que o Desafio Jovem cres a mundialmente porque acho que precisamos todos precisamos de mais Desafios Jovens e de pessoas que est o ligadas ao Desafio Jovem Caf s Conv vio todas as pessoas em geral Que seja poss vel isso para que se possa salvar almas salvar vidas que se possa tirar pessoas
6. Muita for a a todos os alunos n o para esta jornada o meu terceiro desejo que Deus lhes d muita sabedoria a eles aos t cnicos n o para para que continuem este grande trabalho que eu estou muito grato a eles minha gratid o toda para eles porque n o h d vida que fazem um excelente trabalho e o meu desejo esse para que Deus supra todas as suas necessidades Entrevista 2 p 79 Anexo F No que diz respeito inten o de manter contacto com a igreja dois dos utentes responderam que sim e o outro respondeu que por motivos profissionais pretendia manter um contacto espor dico sempre que lhe fosse poss vel Ambos os utentes que mencionaram pretender manter contacto com uma igreja deram a entender que a dura o desse contacto seria vital cia Tabela 20 Fontes de esperan a para o futuro actuais utentes Categoria Frequ ncia Espiritualidade n 2 Mudan a ja concretizada n 1 179 Por ltimo a Tabela 20 sumaria as categorias de respostas dadas pelos utentes quest o O que lhe d esperan a num futuro bom que foi colocada com o objectivo de real ar novamente o positivo e de manter os utentes focalizados nos seus alvos focalizando se numa perspectiva tipicamente positiva no melhor da condi o humana e naquilo que faz a vida ser vivida Marujo et al 2007 p 116 Dois utentes indicaram que a espiritualidade representa a sua fonte de esperan
7. Nas palavras de I fundamental n s acreditarmos naquilo que fazemos n o se n s n o acreditamos que poss vel mudar que poss vel viver sem drogas ham fica dif cil acreditar at porque h sempre desist ncias Estarmos sempre informados n o ficarmos digamos conformados n o com aquilo que temos feito ao longo destes anos todos em que n o preciso estar sempre a investigar preciso continuar a estudar preciso reciclar preciso procurar sempre outras formas de melhorar aquilo que j fazemos Entrevista 8 pp 148 149 Anexo F 203 Tabela 43 Caracter sticas pessoais e fontes de for a para ajudar t cnicos Categoria Frequ ncia Que p e de si mesmo A rela o individual n 1 RR eres dos Aceita o n 1 Acreditar no que faz n 1 Amor n 1 Equil brio pr prio n 1 Espiritualidade n 1 Estudos saber n 1 Melhoramento cont nuo n 1 Paci ncia n 1 Ser um exemplo n 1 Tempo aten o n 1 Fontes de for a Acreditar no que faz n 1 Apoio social n 1 Melhoramento cont nuo n 1 Equil brio pr prio n 1 Espiritualidade n 2 Respostas na Entrevista 8 dadas em simult neo a ambas as quest es No que concerne ao que os outros dois t cnicos consideram p r de melhor de si mesmos na recupera o dos toxicodependentes com quem entram em contacto as suas respostas englobaram entre outros o tempo aten o a espiritualidade ser um exemplo os estudos o saber a ac
8. AM O que eu penso continuar a acreditar em Deus e ter os meus momentos de ora o os meus momentos devocionais e n o fugir da porque possivelmente fugindo da as coisas come am a ir para caminhos que se calhar j n o interessam n o No fundo isso resumindo manter continuar a manter aquilo que eu aprendi aqui e aquilo que eu tenho em mim aquilo que nasceu em mim novo n o Eu nasci de novo apesar de ter cinquenta e quatro anos n o eu nasci de novo e ent o tenho que manter isso Tenho que manter isso no fundo isso E No seu caso tendo em conta tamb m o seu trabalho que est bastante tempo fora imagina se a manter contacto com a igreja AM Pois isso uma das dificuldades que eu possivelmente irei ter porque se eu for ponhamos a hip tese de eu ir porque eu vou em princ pio Porque foi uma coisa que eu sempre desejei foi uma coisa que eu sempre o meu trabalho digamos assim e em termos profissionais n o temos muita op o aqui no nosso pa s em Portugal dif cil dif cil os empregos n o s o f ceis e eu tendo uma oportunidade uma segunda oportunidade que a empresa me deu n o e isto para mim foi um milagre e eu vou agarrar isto em termos profissionais vou agarrar este emprego n o j n o estou a p r sequer a situa o monet ria n o porque a situa o monet ria boa n o tem nada que ver com as situa
9. Agora eu a minha parte o que eu posso fazer somente isso n o estar dispon vel Entrevista 9 p 160 Anexo F O outro t cnico indicou n o saber de momento o que poder fazer de outra forma ou que mais poder fazer muito complicado nesta altura o que que a gente pode melhorar mais eu acho que nesta altura costumo brincar s vezes s se consumir por eles e eles terem prazer e eu a dor Certamente haver eu para j n o estou a descortinar Entrevista 7 p 144 Anexo F 207 Anexo H Refer ncias Bibliograficas Alcoholics Anonymous s d The Twelve Steps of Alcoholics Anonymous Acedido 15 de Mar o de 2008 atrav s do URL http www aa org lang en en pdfs smf 121 en pdf American Psychiatric Association 1996 Mini DSM IV A Baptista A P Vieira L C Pestana P Casquinha P Levy P Varandas amp V Ramos trad Lisboa Climepsi Editores Obra original publicada em 1994 Atkins Jr R G amp Hawdon J E 2007 Religiosity and participation in mutual aid support groups for addiction Journal of Substance Abuse Treatment 33 321 331 Bandura A 2003 On the psychosocial impact and mechanisms of spiritual modeling The International Journal for the Psychology of Religion 13 3 167 173 Ball S A Carroll K M Canning Ball M amp Rounsaville B J 2006 Reasons for dropout from drug abuse treatment Symptoms personality and motivation
10. Anexo F Transcri o das entrevistas Nota De forma a tornar mais percept vel a leitura das entrevistas no final deste anexo apresentado um gloss rio p 168 que abrange diversos termos utilizados ao longo das entrevistas Alguns destes termos relacionam se com a vida de rua com a toxicodepend ncia e com o tratamento da mesma enquanto outros dizem respeito cultura crist evang lica e as defini es apresentadas surgiram da interac o com a popula o estudada Em adi o no sentido de manter o anonimato dos entrevistados e das pessoas mencionadas nas entrevistas somente se registaram as iniciais de todos os nomes referidos Entrevista 1 Actual utente seis meses de programa F Chamo me F venho de Cucuj es tenho trinta e cinco anos tenho a maior parte da minha vida se calhar metade a minha adolesc ncia foi tudo drogas at ao per odo adulto perdi muitos anos uma vida que se pudesse voltar atr s como se costuma dizer o passado n o se pode mudar mas o futuro posso Ent o isso que tenho tentado desde que conheci o Desafio Jovem e Deus e isso que eu tenho estado a tentar fazer na minha vida tentar mudar o meu presente e o meu futuro H pessoal aqui do Desafio Jovem que tem sido uma grande b n o para mim Posso dizer que foi atrav s deles e da oportunidade que Deus me deu tamb m na vida apesar de j ter adquirido pronto estive mal j estive para mesmo um qu
11. Assuma uma maior responsabilidade em rela o comunidade Aprofunde a reflex o acerca de si mesmo Estabele a objectivos pessoais de curto e m dio prazo iniciando ac es pr ticas no sentido de os alcan ar Complete satisfatoriamente todo o programa acad mico que lhe seja proposto Seja pontual Trabalhe as suas rela es familiares e com outros significativos Coopere no estabelecimento de uma rela o de confian a com todo o pessoal da comunidade Demonstre estabilidade emocional Os privil gios do utente nesta fase incluem que este pode Receber ou fazer dois telefonemas por semana Enviar ou receber correspond ncia Receber visitas Readquirir alguns objectos pessoais Participar em algumas das actividades promovidas pelo Desafio Jovem fora da comunidade Novamente a passagem para a fase seguinte depende de uma avalia o que se segue ao xito do utente em completar os requisitos indicados sendo que a perman ncia nesta fase corresponde a um per odo m nimo de tr s meses e meio 3 Fase Avan ada Esta fase engloba uma retoma progressiva pelo utente de uma vida no exterior da comunidade O residente ir quinzenalmente passar um fim de semana a casa sendo que na 40 sua primeira sa da ser acompanhado pelo seu conselheiro Nesta fase poss vel aos directores das comunidades ou aos conselheiros dos utentes requerer lhes an lises para controlo de consumos Os objectivos
12. I Jo o 2 1 2 1 Meus filhinhos estas coisas vos escrevo para que n o pequeis e se algu m pecar temos um Advogado 32 para com o Pai Jesus Cristo o justo 2 E ele a propicia o pelos nossos pecados e n o somente pelos nossos mas tamb m pelos de todo o mundo I Pedro 5 1 4 1 Aos presb teros que est o entre v s admoesto eu que sou tamb m presb tero com eles e testemunha das afli es de Cristo e participante da gl ria que se h de revelar 2 Apascentai o rebanho de Deus que est entre v s tendo cuidado dele n o por for a mas voluntariamente nem por torpe gan ncia mas de nimo pronto 3 Nem como tendo dominio sobre a heran a de Deus mas servindo de exemplo ao rebanho 4 E quando aparecer o Sumo Pastor alcangareis a incorruptivel coroa de gl ria II Cor ntios 5 17 21 17 Assim que se algu m esta em Cristo nova criatura as coisas velhas j passaram eis que tudo se fez novo 18 E tudo isto prov m de Deus que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o minist rio da reconcilia o 19 Isto Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo n o Ihes imputando os seus pecados e p s em n s a palavra da reconcilia o 20 De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo como se Deus por n s rogasse Rogamo vos pois da parte de Cristo que vos reconcilieis com Deus 21 quele que n o conheceu pecado o fez peca
13. casu stico que h uma rela o com a divindade e que Deus n s n o estamos sozinhos mas isso tamb m meter Deus ao barulho Deus n o tipo hum a panaceia para tudo quer dizer Deus n o um comprimido que se toma para tudo H responsabilidades m tuas sei que posso contar em Deus mas tamb m sei aquilo que tenho que fazer enquanto pessoa Deus n o vem c baixo fazer por mim Pode ser muito nu e cru mas essa a realidade Ham h muito um trabalho muito relacional acima de tudo fazer as pessoas sentirem se parte da fam lia essa a nossa grande preocupa o para al m daquilo que eu tenho procurado fazer os meus colegas muito que as pessoas sintam que n s somos uma grande fam lia Da vivermos c porque mais do que sermos apenas pessoas que ensinam teorias ou conceitos n s queremos ser modelos que esta a melhor maneira de influenciar valores nas pessoas ham n s procuramos acima de tudo influenciar valores n o a abund ncia de valores por isso que temos as comunidades como temos arranjadinhas que sejam lugares acolhedores para as pessoas sentirem um contexto de fam lia n o ainda ontem nas ruas estava a falar anteontem com algu m uma pessoa que j fez o nosso programa que trabalhou connosco depois infelizmente teve que cumprir uma pena de pris o e j n o trabalha connosco h algum tempo mas est bem e a falar com outro utente que perguntava como que tinha sido e eu
14. tamb m que o Governo prestasse aten o ao trabalho que a institui o tem vindo a realizar No que diz respeito inten o de frequentarem uma igreja no futuro enquanto ainda se encontravam em tratamento os tr s graduados referiram que tencionavam manter contacto com a igreja quando terminassem o programa Exemplos se quisesse ter sucesso com o programa tinha que estar muito ligado a uma vertente espiritual n o percebia isso Eu percebi que quando sa sse do programa se n o frequentasse uma igreja ou um Caf Conv vio possivelmente tinha oitenta por cento de possibilidades talvez de cair outra vez Entrevista 4 p 109 Anexo F Anexo F 193 isso ja faz parte das regras do programa tu seres inserido numa igreja local para que possa haver acompanhamento espiritual porque n o fazia sentido o programa ter um nfase espiritual como tem e depois sa res c para fora o que muito pessoal diz p eu estou no centro A ou na institui o B ou na institui o C mas saio ca para fora e vou direito outra vez ao lixo porque n o h um acompanhamento daquilo que feito no programa Entrevista 6 p 133 Anexo F Tabela 34 Valoriza o do presente utentes graduados Categoria Frequ ncia Desenvolver relacionamentos n 2 familiares e sociais significativos Espiritualidade Os valores que agora tem n 1 Poder ajudar outros n 1 Viver n Uma das quest es efectuadas ao
15. 2003 e que por exemplo num caso em que o utente pretende abandonar o centro porque n o vale a pena concluir o tratamento permite a utiliza o de um argumento potencialmente v lido aos olhos do utente pelo seu conselheiro uma vez que os desejos e os objectivos apresentados nesse argumento ser o os que o pr prio utente expressou quando iniciou o tratamento Visto que o estabelecimento de objectivos deve ser totalmente efectuado em colabora o com o toxicodependente regressamos import ncia de que o contexto dos centros de tratamento apoie a autonomia dos seus utentes uma vez que a imposi o de mudan as dificilmente produz efeitos t o duradouros e positivos nos indiv duos como mudan as efectuadas de livre vontade que s o voluntariamente integradas na sua personalidade e no seu modo de vida Longshore amp Teruya 2006 Contextos que apoiam a autonomia facilitam a internaliza o da motiva o e a diminui o da resist ncia especialmente quando oferecem um racional para a adop o de determinados comportamentos espec ficos e quando a tomada de decis es e a instaura o de regras efectuada em conjunto com os utentes n o sendo imposta Longshore amp Teruya 2006 De facto estas premissas aparentam ser respeitadas no trabalho desenvolvido no Desafio Jovem 44 como os fundamentos da institui o atestam Sociedade B blica de Portugal 1968 I Pedro 5 1 4 Zacarias 4 6 ver Anexo C3 O Anexo C2
16. JA Eu acho que comigo na minha opini o de ver tem a ver com ter come ado o programa querer acabar o programa n o Durante este entretanto durante este intervalo entre o come ou e o acabou h uma s rie de como eu disse h bocado de sonhos que v o aparecendo h mensagens que nos v o dando acerca de o que eu fui um rapaz que depois de sair do centro nunca larguei uma igreja nem nunca larguei o Caf Conv vio Eu estive aqui perto de 15 anos a trabalhar no Caf Conv vio Parei voltei agora outra vez ou seja isto conclus o de que fruto de muita coisa que foi semeada durante o tempo do programa percebes Estou a falar daquilo que falei h bocadinho n o ter sa do como um ex toxicodependente mas ter sa do como um filho de Deus Portanto eu uma vez li num livro uma coisa espectacular que assim n s n o somos seres carnais a viver uma vida espiritual mas somos seres espirituais a viver uma vida carnal ou seja a nossa ess ncia n o tem que ver com a carne tem a ver com o esp rito Quando a gente percebe isso tudo nossa volta tamb m se transforma quer dizer o prop sito de andarmos aqui n o andarmos n o na carne n o n o h necessidade de andar em quez lias em guerras em falta de perd o em falta de amor na cobi a no dio na gan ncia n o tem a ver com isso o facto de n s andarmos aqui tem a ver com uma vida espiritual em que devemos fazer precisamente o contr rio o amar o
17. O que que p e de melhor de si na recupera o destas pessoas Onde vai buscar for a para ajudar na luta contra as drogas I Ham primeiro procuro acima de tudo eu pr pria estar em equil brio comigo mesma Eu acho que quando trabalhamos com uma popula o t o complicada muito importante n s mantermos a nossa congru ncia e a nossa sa de mental at porque somos ham digamos um grupo de risco n o a n vel dos burn outs e dos esgotamentos e ham por trabalharmos com uma popula o destas Ent o acho que muito importante n s mantermos a nossa sa de mental a nossa congru ncia enquanto pessoas enquanto profissionais ham porque s vai beneficiar os nossos utentes e as pessoas a quem acompanhamos Por outro lado tamb m fundamental n s acreditarmos naquilo que fazemos n o se n s n o acreditamos que poss vel mudar que poss vel viver sem drogas ham fica dif cil acreditar at porque h sempre desist ncias h sempre reca das n o ent o n s temos que balancear bastante esta quest o at que ponto que n s acreditamos de facto naquilo que fazemos Isso fundamental para l est para nos motivar no trabalho que fazemos e n o desistir nas primeiras circunst ncias mais adversas Outro factor que eu tamb m considero importante ham na nossa sa de mental acreditarmos ham e claro na reciclagem n o Estarmos sempre informados procurarmos sempre encontrar meios mais
18. Raz es para ades o ao programa utentes graduados Factores relacionados com a perman ncia no programa utentes graduados Objectivos durante o programa utentes graduados A espiritualidade do programa ajudou o utentes graduados Qualidades pessoais empregues no tratamento utentes graduados Fontes de energia coragem e for a utentes graduados Raz es para ter conclu do o programa utentes graduados Satisfa o na forma como lutou contra as drogas utentes graduados Desejos para a institui o utentes graduados Valoriza o do presente utentes graduados Fontes de esperan a para o futuro utentes graduados Apresenta o geral t cnicos Porque trabalha com o Desafio Jovem t cnicos Desejos para a institui o t cnicos Factores que influenciam a conclus o do programa t cnicos Sinais de sucesso potencial t cnicos Satisfa o com a ajuda que presta t cnicos Como tenta fomentar a conclus o do programa t cnicos Caracter sticas pessoais e fontes de for a para ajudar t cnicos Papel desempenhado pela espiritualidade t cnicos Factores centrais para a conclus o do programa t cnicos A melhorar no futuro t cnicos 181 182 183 185 188 188 190 190 191 191 192 193 194 195 195 196 197 199 199 200 203 204 205 205 Anexo A Desenvolvimento de temas abordados em II 1 1 Anexo Al Breve resenha hist rica de algumas drogas A exposi o seguinte da his
19. eu depois sa de l tornei a recair tornei a consumir tornei a meter me nas mesmas coisas a roubar a viver na rua a fazer tudo e mais alguma coisa a magoar muitas pessoas a eu n o tinha consci ncia do que fazia mesmo uma coisa mesmo fora de do qual me envergonho muito do que fiz e pronto tive oportunidade de entrar aqui para o Desafio Jovem estou c h cerca de seis meses de conhecer esta fam lia que para mim uma fam lia que me tem dado um amor que nunca o recebi nem da minha pr pria fam lia aceitarem me da maneira como me aceitaram incentivarem me mesmo por vezes eu sendo ingrato com eles porque eles s tentaram me ajudar e eu por vezes meto em causa porque foram muitos anos de rua ham muitas coisas que se adquiriram muitos h bitos Depois tornamo nos pessoas orgulhosas at pessoas com dificuldade em confiarmos nos outros em dialogarmos em expormo nos at percebes os nossos problemas as nossas coisas que nos ent o por vezes complicado eles lidarem com a gente percebes estou a falar no meu caso principalmente o meu caso Primeiro que come asse a confiar em algu m ainda hoje em dia tenho um bocado de dificuldade em confiar mesmo Pronto confio em Deus tenho uma rela o boa com Ele uma rela o ntima eu e Deus s isso tamb m por vezes precisamos um bocado terra a terra ou seja algu m vis vel e com quem nos momentos mais complicados possamos tamb
20. o dos relacionamentos familiares n 1 Depend ncia n 1 Desemprego n 1 Div rcio n 1 Estigmatiza o social n 1 Pris o n 1 Aprendizagem Espiritual n 1 Experi ncias nicas n 1 A Tabela 23 sumaria as respostas dos graduados s quest es Quais as maiores complica es na sua vida que pensa terem sido fruto dos seus consumos e O que considera ter aprendido na sua experi ncia de consumo de drogas Todos os indiv duos apontaram factores distintos entre eles A n vel das complica es um dos participantes J A mencionou a estigmatiza o social e a degrada o dos relacionamentos familiares o ambiente em casa tornou se frio insuport vel N s tornamo nos aquele tipo de pessoas que se vamos num lado do passeio a fam lia os vizinhos e passam todos para o outro lado porque n o se querem cruzar connosco isso talvez foi o que mais me marcou Tornamo nos um bicho no meio de uma sociedade talvez tenha sido isso Entrevista 4 p 99 Anexo F Por sua vez o segundo graduado entrevistado R L mencionou o seu div rcio como a principal consequ ncia negativa dos seus consumos O meu casamento foi por gua abaixo ficou desfeito acho que foi o ponto mais que me mandou mais abaixo foi esse porque eu constru a minha vida tinha uma fam lia formada tinha uma casa um carro e perdi tudo isso perder a minha fam lia foi mau n o P s que nunca consegui largar
21. raz o o motor para que de facto haja uma mudan a de vida uma mudan a nos comportamentos uma mudan a nas atitudes haja uma mudan a ham no estilo de vida Uma mudan a no seu car cter e digamos um aprimoramento da sua pr pria personalidade n o Deus faz toda a diferen a na medida em que quando eu fizer as coisas vou faz las em primeiro lugar porque vou pensar em Deus n o e n o tanto no que que as outras pessoas v o pensar ou no que que eu posso tirar da vantagem ham o que me ajuda digamos a controlar os meus impulsos n o os meus h bitos e os meus pr prios comportamentos E Estava a dizer que um motor para a mudan a I Ah em rela o quest o de terminar o programa n s damos digamos alta cl nica quando est o reunidas algumas condi es desde a estabilidade emocional a possibilidade da autonomia e independ ncia a possibilidade ou a capacidade de auto sustento em termos de trabalho e obviamente a quest o da mudan a dos comportamentos dos h bitos e da o factor que eu h pouco mencionei que importante o factor f na mudan a do estilo de vida ham quando as pessoas saem do programa saem com a perspectiva n o s do trabalho ou uma casa mas tamb m sabendo que est o capazes para prevenir a reca da e prevenir a reca da implica uma s rie de quest es como por exemplo n o voltar a frequentar determinados locais n o relacionar se com determinadas
22. s drogas dou dez Nunca tive anseio nem de fumar nem injectar nem traficar 107 E E porque raz o n o escolheu o numero abaixo Por causa disso JA Porque estamos a falar especificamente em rela o s drogas n o estamos a falar em rela o a outros objectivos estamos a falar s exclusivamente em lutar contra as drogas eu acho que n o querendo ser orgulhoso nem me querendo gabar acho que estou com muita consci ncia em rela o ao n o consumir ao n o voltar a esse estou com uma firmeza muito grande nesse sentido Estamos a falar especificamente em rela o s drogas se calhar h outras partes mais fr geis na minha vida E E o que teria que acontecer para al m da escala ter que ir at aos onze o que teria que ter acontecido para subir meio ponto JA p n o sei como que vou responder a essa pergunta n o sei eu apanhei uma consci ncia muito grande de n o voltar s drogas n o e decidi de maneira nenhuma p olha acabou n o quero nada contigo n o e quando a gente decide n o quero nada contigo n o quero mesmo nada contigo quer dizer n o te quero ver n o te quero telefonar n o te quero falar n o quero o teu retrato n o quero as tuas cartas n o quero nada contigo e eu quebrei esse namoro com a hero na e com a coca na n o quero nada com elas zanguei me com elas fiquei percebes N o sei se isso responde se n
23. vai ser tudo como era dantes maneira estou aqui sou tua filha eu adoro te s o melhor pai p isso d me muita for a sabes sabermos que estamos aqui estamos fechados estamos um bocado abstra dos do que se passa l fora mas dessa maneira conseguimos saber que as pessoas que est o l fora est o a torcer por n s percebes Isso d me muito nimo e muita for a Depois os livros eu gosto muito de ler eu curto ler bons livros e a B blia principalmente que o nosso manual de instru es Yah E Numa escala de um a dez em que um seria absolutamente nada e dez seria p n o h melhor qu o satisfeito est consigo mesmo na maneira como tem lutado contra as drogas JE Ham bem at aqui isso uma pergunta muito f cil de responder sabes porqu Porque eu estou fechado num casulo n o h aqui drogas dentro percebes A minha maior 79 luta vai ser quando eu sair daqui porque aqui n o ha drogas n o ha o que eu vejo vejo pela televis o s risos Portanto p a nossa vida aqui dentro no que diz respeito a drogas estamos bastante protegidos Sentimo nos eu sinto me com bastante for a assim que c chegamos n s assentamos os p s na terra n o e vimos que fazemos uma retrospectiva da nossa vida n o um balan o desde o momento que come mos a consumir at aqui com epis dios t o negativos e t o maus na nossa vida que n
24. 2005 Galanter 2006 Pardini et al 2000 Zinnbauer amp Pargament 2005 A espiritualidade religiosidade representam quest es culturais complexas e multifacetadas que n o podem ser reduzidas a outros fen menos e as suas influ ncias repercutem se a n veis biol gicos afectivos cognitivos morais relacionais da personalidade sociais e culturais para al m de que se podem desenvolver e n o representam conceitos est ticos Galanter 2006 Laudet et al 2006 Piedmont 2005 Zinnbauer amp Pargament 2005 Para al m de inclu rem n veis de an lise distintos mas relacionados da vida humana e g as dimens es biol gica social etc estes conceitos est o presentes em diversas culturas localizadas em tempos e espa os diferentes pelo que neste contexto as no es antropol gicas de defini es micas i e que capturam o significado de um termo dentro de um determinado contexto cultural e de defini es ticas i e que permitem a identifica o de elementos comuns de um determinado conceito ao longo de v rias culturas tornam se aplic veis Ambas as formas de defini o devem ser utilizadas em conjunto para permitir 51 que simultaneamente se atinjam a especificidade e a abrang ncia convenientes ao progresso do conhecimento Desligar a defini o de um fen meno das realidades que o criam quer pela falta de especificidade quer pela utiliza o de uma perspectiva demasiado estreita que n o permitisse
25. Dar testemunho Partilhar a experi ncia vivida e pessoal com Deus testemunhando perante uma assist ncia incentivando os outros a confiar Nele e agradecendo Lhe pelo seu amor e por ser um Deus presente mesmo no meio das adversidades e apesar das circunst ncias Dar uma chinesa Fumar hero na Discipulado Minist rio do corpo de Cristo onde todos os membros da igreja est o de alguma forma envolvidos com o objectivo de crescerem semelhan a de Cristo com o prop sito final de glorificar a Deus Dias s d Discipulado o que isso Domus Fraternitas Refer ncia comunidade terap utica de S Francisco em Braga Ecstasy Comprimido geralmente composto por MDMA metileno dioxi metanfetamina uma droga sint tica com efeitos psicoanal pticos que tamb m altera o estado sensorial muito consumido por jovens em discotecas e ambientes de m sica de dan a 163 Escola Dominical Minist rio desenvolvido nas igrejas evang licas dedicado ao culto das crian as Esp rito de Deus Esp rito Santo o que na B blia se descreve como o Consolador que desde que Jesus ressuscitou serve de elo entre Deus Jesus Cristo e os homens at ao regresso de Jesus Cristo Esp rito Santo Ver Esp rito de Deus Fanh es Refer ncia ao centro de Fanh es do Desafio Jovem que at h pouco tempo funcionava como comunidade terap utica e que inicialmente era a nica comunidade terap utica do Desafio Jovem em
26. E F se n o indiscri o ham que drogas consumia antes de entrar F Pois drogas tudo o que fosse coca na hero na haxixe lcool E Consumia h quanto tempo F Sim j consumo h uns anos largos Ao certo ao certo n o sei mas comecei a consumir assim mesmo agarrado sei l depois de vir da tropa devia ter vinte J consumia antes mas agarrado agarrado foi mesmo mal sa da tropa fiquei mesmo 61 E E ao dizer agarrado era F Dependente todos os dias E Mas relativamente a que subst ncia F De hero na principalmente da hero na E Para al m daquilo que j me tem vindo a falar quais que foram as maiores complica es na sua vida que pensa terem sido fruto dos seus consumos F Complica es tive bastantes assim perdi confian a perdi amigos perdi perdi tudo perdi se calhar amor por mim mesmo amor por mim mesmo sei l perdi esses valores todos os valores valores e dignidade Cheguei ao ponto de sei l de ter que fazer mal s pessoas pronto passava pela cabe a precisava daquela necessidade e fazia qualquer coisa para obter aquilo Nem que para isso tivesse que roubar como cheguei a roubar a minha falecida m e acamada roubava lhe o ouro roubar a minha fam lia amigos convidavam me para viam que eu tinha necessidade para comer ou para beber e eu se visse alguma coisa pousada roubava e j
27. N s somos meros servos estamos aqui dispon veis e aquilo que me leva a responder a essa pergunta somente isto eu preciso de me chegar mais perto de Deus mais perto da sua voz mais dispon vel para saber o que dizer como fazer mas isso tem tudo a ver com uma presen a n o Agora eu a minha parte o que eu posso fazer somente isso n o estar dispon vel Preciso de chegar mais perto para ficar mais esclarecido porque de resto n s somos o qu Somos n s somos nada somos o que Deus queira fazer de n s Se n o for Ele E Ent o e para al m das respostas que deu s quest es que lhe coloquei deseja acrescentar mais algumas coisa RC Oh p posso dizer te que acima de tudo nesta quest o de ganhar vidas e de sair da toxicodepend ncia pela experi ncia que eu tive eu acredito que h um momento chave na nossa vida por mais que haja investimento e haja todo o apoio eu creio mesmo que h um tempo n s temos que viver um tempo mesmo ham esse tempo juntamente com a abordagem de uma pessoa em conjunto faz toda a diferen a Porque se n o for o tempo certo ainda por mais apoios que tu possas ter podes dar tudo dar at o que tens e o que n o tens e n o far diferen a nenhuma Para o outro lado se for o tempo certo e te faltar este apoio tamb m n o resulta Porque h um tempo certo e s vezes a pessoa tem que ir mesmo l ao fundo tem que ir mesmo rua tem que mesmo perder tudo
28. O qual vendo Pedro e Jo o que iam entrando no templo pediu que lhe dessem uma esmola 4 E Pedro com Jo o fitando os olhos nele disse Olha para n s 5 E olhou para eles esperando receber deles alguma coisa 6 E disse Pedro N o tenho prata nem ouro mas o que tenho isso te dou Em nome de Jesus Cristo o nazareno levanta te e anda 7 E tomando o pela m o direita o levantou e logo os seus p s e artelhos se firmaram 8 E saltando ele p s se em p e andou e entrou com eles no templo andando e saltando e louvando a Deus 9 E todo o povo o viu andar e louvar a Deus 10 E conheciam no pois era ele o que se assentava a pedir esmola porta Formosa do templo e ficaram cheios de pasmo e assombro pelo que acontecera 11 E apegando se o coxo que fora curado a Pedro e Jo o todo o povo correu at nito para junto deles ao alpendre chamado de Salom o 12 E quando Pedro viu isto disse ao povo Var es israelitas por que vos maravilhais disto Ou por que olhais tanto para n s como se por nossa pr pria virtude ou santidade fiz ssemos andar este homem 16 E Deus pela f no seu nome de Jesus fez o seu nome fortalecer a este que vedes e conheceis e a f que por ele deu a este na presen a de todos v s esta perfeita sa de Ef sios 6 13 Portanto tomai toda a armadura de Deus para que possais resistir no dia mau e havendo feito tudo ficar firmes Filipenses 1 6 Ten
29. Sayre Novy Schmitz amp Grabowski 2007 Como exemplo inicial de abordagens criadas para o efeito Longshore e Teruya 2006 sugerem que a implementa o de protocolos que estabele am linhas orientadoras gerais para a forma correcta de lidar com a resist ncia torna se premente tanto ao n vel dos servi os que referem aos toxicodependentes os centros onde estes podem ser atendidos como ao n vel dos servi os que acolhem e prestam o seu aconselhamento Por exemplo ao n vel do processo de refer ncia evitar se for ar um indiv duo resistente a entrar em tratamento potencialmente arruinando a possibilidade de surgirem os efeitos positivos desejados com o mesmo e utilizarem se alternativamente t cnicas mais subtis de indu o e de motiva o poder n o representar uma tarefa demasiado complexa uma vez que se tenha no o de que nem sempre a confronta o representa uma estrat gia ben fica especialmente a longo prazo e face a indiv duos amb guos ou renitentes Longshore e Teruya 2006 tamb m exprimem a opini o de que testar se a efic cia e a proficuidade desses protocolos diferenciando os resultados entre clientes resistentes ao conte do e clientes resistentes aos processos envolvidos no tratamento e entre clientes cuja resist ncia aparenta ser um tra o e outros cuja resist ncia aparenta ser um estado passageiro poder proporcionar um refinamento gradual 43 da forma mais adequada de se lidar com cad
30. a um dos quais referiu tamb m a mudan a que j efectivou na sua vida O outro utente parece n o ter compreendido completamente a quest o ou n o ter respondido por ter divagado ao responder Exemplos as vezes n o f cil tamb m n o f cil ser crist o mas Ele j me deu provas que posso confiar Nele que viver com Ele uma vida muito mais pr spera muito mais feliz muito mais alegre e descansada e tranquila est s a ver e ent o toda a minha esperan a depositada Nele Entrevista 2 p 81 Anexo F Eu j estou a obter algumas coisas de que me tenho agradado estou a sentir algo na minha vida que nunca senti e isso tem me incentivado Entrevista 1 p 69 Anexo F 180 Anexo G2 Amostra de Utentes Graduados Tabela 21 Apresenta o geral utentes graduados J A R L J G Entrevista 4 Entrevista 5 Entrevista 6 Idade 48 47 38 Sexo Masc Masc Masc Habilita es Liter rias 12 ano 6 ano 9 ano Onde e com quem vivia Em casa dos Em casa do pai Em casa da mae antes de ingressar no DJ pais Lisboa Lisboa Lisboa Onde e com quem vive Com a talhet Sozinho Com a mulher e agora duas filhas Apresentam se os dados demogr ficos correspondentes aos graduados do Desafio Jovem i e ex utentes que completaram o programa com sucesso entrevistados na Tabela 21 A m dia de idades destes tr s participantes perfaz um total de 44 anos de idade e o tempo m dio que decorreu desde
31. depois juntamente ao apoio e a pessoas de Deus e etc e presen a isso far toda a diferen a Percebes onde que eu quero chegar A jun o entre o tempo e o apoio fundamental Muitas vezes a gente n o quer deixar que a pessoa v sofrer ou v para a rua mas ela vai ter mesmo que sofrer ela vai ter mesmo que gastar as ltimas energias ham chegar mesmo at ao fim por mais que isto doa a gente tem visto homens a que ent o vais para onde Vou para a rua ent o mas porqu Ent o como que tu p anda para aqui mas a nossa for a o nosso empenho e ele uma quest o de tempo N o vai agora vai daqui a um m s vai daqui a dois meses porque ele tem que chegar aquela no o aquele trabalho da vida sobre a pessoa que a vida tem que ensinar e tem que mostrar que de facto aquilo uma porcaria Tem 161 mesmo que ser a vida a mostrar e a gente temos que estar disponiveis para perceber esses momentos da vida nas pessoas Quando ela percebe que est no momento certo ent o a gente deve ir e apresentar Jesus Cristo e a vida e a alternativa e dizer que poss vel sair dai para fora Mas h um momento chave Nem sempre ele est sempre dispon vel e n s temos que ter essa percep o por isso que eu desejo para o pessoal do Caf Conv vio olha que acreditem sempre porque h a muitos homens que est o espera do momento de Deus e a gente pode levar essa presen a
32. me tem tocado muito que me tem ajudado a eu abrir o meu cora o e a renova lo e restaur lo era o que eu precisava Entrevista 1 p 62 Anexo F os testemunhos a mim d o me uma for a muita grande para ser sincero d o me muita for a os testemunhos Quando eu vejo que as pessoas realmente aconteceu algo de diferente nas vidas deles e algo mudou e isso que me incentiva a continuar e isso que me d for as para continuar uma das raz es que me d a mim pelo menos porque me d grande for a para continuar Entrevista 3 p 87 Anexo F No que diz respeito ao que mais tem ajudado a que permane am no programa todos os utentes referiram a espiritualidade e dois indicaram o desejo de n o voltar a consumir provavelmente devido s consequ ncias do consumo motiva o introjectada ou identificada Outros factores apontados foram o apoio social familiar ver progresso e desejar mais e tamb m ter o prop sito vontade de concluir o programa Como dificuldades a ultrapassar um utente apontou a intensidade relacional e as regras e rotina do centro Tabela 13 Objectivos actuais utentes Categoria Frequ ncia Objectivos pr vios Crescer espiritualmente n 1 Somente deixar as drogas n 2 Objectivos actuais Ajudar os outros n 1 Continuar a acreditar em Deus n 1 Melhorar o seu car cter n 1 Servir a Deus Ser m sico n 1 Trabalhar no Desafio Jovem n 1 A Tabela 13 resume as respostas dos utent
33. na alf ndega e ganhava j bom dinheiro quando me vou afundando cada vez mais 96 afundando afundando as drogas t m sempre uma continuidade mais crescente a n vel de v cio e mais prejudicial a n vel de sa de e de ficar agarrado ham e dei por mim na necessidade de fazer alguma coisa e ent o conheci indicaram me o programa de recupera o no Desafio Jovem Comecei por vir ao Caf Conv vio em que entrei em contacto com a Palavra de Deus n o sabendo o que era entrei em processo de admiss o fazendo an lises num psic logo entrevista conheci algu m do centro e habilitei me a fazer o programa de recupera o Entrei em 89 para o programa em Outubro se n o estou em erro E Mas frequentou o Caf Conv vio durante quanto tempo JA Frequentei o Caf Convivio da Marques da Silva durante pelo menos dois meses naquela altura as admiss es eram muito mais complicadas e havia um tempo de espera muito superior Frequentei o Caf Conv vio dei entrada para o programa muito fragilizado sem objectivos sem alvos nenhuns ham desesperado e querendo mudar mesmo completamente eu acreditava que tinha que viver um outro estilo de vida n o eu n o podia andar a viver com os bra os completamente picados n o podia andar a viver com dois dias do m s com o sal rio depois os outros vinte e nove ou trinta dias do m s a vender e a traficar e a roubar e quer dizer n o tem nexo de vida n o n o fazi
34. o se sabe 136 quem que morde quem se as pessoas n o est o muito motivadas para processo de mudan a apenas querem paragem de consumos a dada altura toda a din mica da comunidade que visa trabalhar se a autonomia de uma forma respons vel torna se enfadonha torna se muito exigente n o Ent o prefer vel eu ter arranjar um s tio onde eu dormir onde eu comer e n o complicado em Lisboa ham sem que me chateiem e que eu tenho que fazer isto ou fazer aquilo ou porque eu n o isso que eu quero penso que passar por a n o E Que sinais se algum considera indicar que um utente tem maior ou menor probabilidade de ter sucesso com o vosso programa FC Que sinais Bom no nosso programa visto que um programa que tem digamos o seu epicentro nas quest es espirituais embora n s n o descuramos todas as dimens es do ser humano medida que vemos a pessoa com os sinais s o medida que vemos a pessoa com alguma abertura para os relacionamentos uma boa disponibilidade tamb m para as coisas de Deus ham para uma reflex o pessoal e uma abertura para perceber ou tentar perceber minimamente este momento que est a viver e a import ncia de Deus ou n o na vida dele ham a iniciativa a responsabilidade nas pequenas tarefas do trabalho ham isso s o pequenos sinais que se percebe que as pessoas est o a fazer uma caminhada e que sentem crescer n o Ham porque se percebe qu
35. o ter indicado qual Relativamente s raz es apontadas pelos dois graduados para o facto dos tratamentos anteriores ao do Desafio Jovem n o terem resultado ambos apontam o tipo de terapia realizado Nas palavras de J A pronto mas a coisa n o deu porque aquilo era assim muito sei l muita consulta muito medicamento e n o funcionou Entrevista 4 p 100 Anexo F O graduado que tinha estado em v rios tratamentos anteriores tamb m indicou que o facto dos programas pelos quais passou n o abordarem a rea espiritual foi determinante para que n o resultassem n s agora conseguimos perceber que isto pode ou um problema espiritual E falta de princ pios que o ser humano poder ter porque quer queira quer n o n o h ningu m que n o precise de Jesus H sempre um vazio dentro de qualquer pessoa Entrevista 6 p 127 Anexo F Tabela 25 Raz es para ades o ao programa utentes graduados Categoria Frequ ncia Factores que influenciam a Cansa o acumulado e desejo de ter uma vida diferente n 2 ades o Decis o do pr prio n 1 Incentivo familiar n 3 Mais uma tentativa n 1 Press o familiar n 1 Prepara o para a ades o Frequ ncia de Caf Conv vio n 3 sim A an lise das respostas referentes s quest es Porque entrou para o programa do Desafio Jovem e Como come ou a frequentar o Caf Conv vio encontra se resumida na Tabela 25 Todos os graduados indicaram q
36. s n o queremos mesmo voltar s drogas mas a minha luta vai ser l fora Portanto eu estou numa escala sei l eu diria oito Oito n o porque eu sinto me com for a mas tenho medo de dizer dez porque a minha luta vai ser l fora l fora que eu vou ver mesmo se o J E tem for a ou n o n o mas dou um oito com toda a certeza E Ent o e se lhe fossem concedidos tr s desejos o que que pedia para o futuro do Desafio Jovem e de todos os que c est o ou que ainda ir o passar JE Ora em primeiro lugar n o era que acabassem com sucesso mas que quando eu digo acabar com sucesso era que entregassem todos a vida a Deus n o Acima de tudo que pudessem entregar as suas vidas a Deus que deixassem Deus lider las que iriam ser as pessoas mais felizes do mundo isso que eu desejo a todos a todas as pessoas que aqui passem Muita for a a todos os alunos n o para esta jornada e o ltimo desejo tamb m para directores e fam lias para esta maravilhosa gente que d a vida por n s percebes Que podiam estar c fora com os seus trabalhinhos chegar s seis ou sete da tarde estarem com as esposas e com os filhos em casa descansados e est o a levar aqui com uma m o cheia de amadores que n o nada f cil percebes Ent o eu queria que Deus ham o meu desejo que Deus supra todas as necessidades deles meu que lhes d sabedoria e for a e que os restaure e que os reno
37. tentar arranjar uma solu o pronto mas a coisa n o deu porque aquilo era assim muito sei l muita consulta muito medicamento e n o funcionou e ent o apareceu me um rapaz que tinha feito o programa Um amigo de inf ncia em que foi l a casa e usou uma terapia de choque Sentou me mesa com os meus pais com o pai e com a m e ele eu e declaradamente falou sabes quando n s quando vimos do centro a gente vem muito cheios da un o de Deus e da gra a de Deus n o e quem passou por aquilo muito frontal e muito directo chamo aquilo terapia de choque e ent o meteu tudo na mesa ham como ela era O meu estilo de vida ele retratou o meu estilo de vida em cima da mesa ao p dos meus pais qual seria a finaliza o das coisas como que se estava a viver na altura as mentiras os roubos contou tudo o que eles sabiam tamb m s que nunca tinha sido falado t o abertamente n o E vamos supor que iniciamos um pacto quase de Vars via que pronto a partir de agora esta a linha de avan ar para um 101 processo de recupera o O factor determinante e decisivo no meio da minha recupera o foi a minha m e nunca me ter abandonado no Caf Conv vio se era Ter a ela ia comigo se era ao S bado ela ia comigo se eu n o aparecia para ir ela ia minha procura para ir e depois l me encontrava e l iamos e lembro lembro claramente que se houve algum dia em que eu faltei foi precisamente
38. 18 demonstra que os tr s utentes entrevistados se encontram bastante satisfeitos com a forma como t m lutado contra as drogas Enquadrando se na metodologia proposta para aplica o da TBOS de Shazer amp Berg 1997 esta quest o pergunta escala permite aos utentes ponderarem acerca da sua luta contra as drogas e importante porque os ensina a valorizar o que j atingiram ao mesmo tempo que reconhecem o que ainda t m que fazer ou mudar Foi surpreendente o efeito positivo que esta quest o teve Recordo o sorriso pac fico de um dos inquiridos enquanto respondia A M na transcri o que se seguir referente a continuar assim e a confian a cautelosa dos outros dois De facto pareceu um reafirmar de inten es e acima de tudo um reconhecimento pr prio de tudo o que alcan aram at ao momento 176 No que diz respeito s raz es pelas quais valorizam a forma como t m lutado dois dos inquiridos referiram a mudan a que j alcan aram como se nota atrav s das palavras de F ainda penso muitas vezes e acho que isso me faz bem da maneira como eu estava da maneira como eu entrei aqui para o centro e da maneira como estou D para eu ver os degraus que subi Entrevista 1 p 67 Anexo F enquanto o outro inquirido respondeu de forma um pouco mais cautelosa indicando a facilidade em responder quest o no contexto protegido que o centro e tamb m o desejo de n o voltar a viver o que j ti
39. 2 p 80 Anexo F Foram tamb m individualmente mencionadas a necessidade de melhorar diariamente e de manter a mudan a j concretizada Melhorando dia ap s dia sentir me capacitado Deus me dar for as para isso como tem dado e me ajudar a ultrapassar tudo Ele sabe qual o meu desejo a minha vontade Entrevista 1 p 68 Anexo F manter continuar a manter aquilo que eu aprendi aqui e aquilo que eu tenho em mim aquilo que nasceu em mim novo n o Eu nasci de novo apesar de ter cinquenta e quatro anos n o eu nasci de novo e ent o tenho que manter isso Entrevista 3 p 90 Anexo F 174 Tabela 15 A espiritualidade do programa ajudou o actuais utentes Frequ ncia Exemplo qualquer coisa extraordin ria para quem experimenta at esquecemos a culpa J n o pomos em causa se vamos consumir ou se n o vamos agora ponho em causa o meu caminhar se acho que isto n o est bem feito vou tentar melhorar nesta rea tentar ser mais perfeito ningu m perfeito mas tentarmos sermos homens dignos honestos p acho que se o mundo fosse um pouco assim n o se passavam metade das coisas que se passam porqu Porque n s homens pensamos muito em n s II ios Sim em valores materiais Esquecemo nos um pouco de Deus do que Jesus fez por n s daquilo que nos tentou ensinar o que nos leva por vezes a cairmos
40. Addictive Behaviors 31 2 320 330 Batty D 1978 1988 Deus ter planos para o meu mundo Li o 101 Desafio Jovem do Brazil trad S o Paulo Desafio Jovem do Brazil Batty D 1978 1997 A express o do amor de Deus Desafio Jovem trad Loures Desafio Jovem Bell D C Atkinson J S Williams M L Nelson R amp Spence R T 1996 The trajectory of client progress A longitudinal pilot study Journal of Substance Abuse Treatment 13 3 211 218 Bergin A E 1991 Values and religious issues in psychotherapy and mental health American Psychologist 46 4 394 403 Boyatzis C J 2005 Religious and spiritual development in childhood Jn R F Paloutzian amp C L Park Eds Handbook of the psychology of religion and spirituality pp 123 143 New York The Guilford Press Brown B S O Grady K E Battjes R J amp Katz E C 2004 The Community Assessment Inventory Client views of supports to drug abuse treatment Journal of Substance Abuse Treatment 27 3 241 251 Cook C C 1988 The Minnesota Model in the management of drug and alcohol dependency Miracle method or myth Part II Evidence and conclusions British Journal of Addiction 83 735 748 Cook C C 2004 Addiction and spirituality Addiction 99 539 551 208 Cormier S amp Cormier W H 1997 Knowing yourself as a counsellor Jn S Cormier amp W H Cormier Interviewing strategies for helpers Funda
41. Gloss rio A Palavra Ver Palavra de Deus ABLA Associa o de Benefici ncia Luso Alem cidos Subst ncia sint tica psicodisl ptica Alucinog nicos Ver cidos Aluno Refer ncia a um utente do Desafio Jovem Alter Refer ncia comunidade terap utica do Desafio Jovem de Alter do Ch o Baptismo Relativamente s drogas a primeira vez que se consome determinada droga Baptismo no Esp rito Santo Segundo as palavras de Jesus Cristo quando ressuscitou e subiu ao c u Jesus enviou o Esp rito Santo para habitar em todos os que Nele cr em e direccion los ao longo da sua vida servindo de elo entre Deus Jesus Cristo e os homens ver Esp rito de Deus O baptismo reconhecido como o acto de receber essa d diva de Deus que se faz acompanhar de determinados dons como a variedade de l nguas a sabedoria etc Sociedade B blica de Portugal 1968 Actos 2 1 6 16 18 1 Cor ntios 12 4 11 Branca Coca na 162 Caf Convivio Centros de atendimento a toxicodependentes e a familias que colaboram com o Desafio Jovem CAT Centro de Atendimento a Toxicodependentes do SPTT CCVA Centro Crist o Vida Abundante Charro Cigarro de cannabis Cheirar Forma de consumir determinadas drogas em p aspirando as pelo nariz CRC Centro de Renova o Crista Dar na fruta Consumir injectar Dar sopa nalguma coisa N o ligar n o dar import ncia a alguma coisa
42. Hood Jr amp Belzen 2005 James 1902 cit por Miller 1998 Pargament amp Mahoney 2002 Piedmont 2005 e t m sido associadas a uma quantidade de resultados positivos de sa de Por exemplo a religiosidade tem sido considerada uma das caracter sticas das pessoas felizes Diener Suh Lucas amp Smith 1999 Assim surpreendente que s nas ltimas d cadas tenha vindo a ressurgir o interesse cient fico por este tema no campo do tratamento das depend ncias especialmente quando se tem em conta o longo curr culo de envolvimento de organiza es espirituais religiosas nesta rea White amp Whiters 2005 De facto durante a maior parte do s culo XX a Psicologia semelhan a dos outros campos da ci ncia n o abordou estas quest es Paloutizan amp Park 2005a Pargament amp Mahoney 2002 o que se poder explicar em parte pela dificuldade que existe em definir e medir a espiritualidade Laudet et al 2006 Pargament amp Mahoney 2002 pois a ci ncia come a pela defini o e observa o Miller 1998 p 979 O surgimento da psicologia positiva aumentou a aten o prestada rela o entre as cren as e os comportamentos espirituais e religiosos a aus ncia de problemas de sa de mental e a exist ncia de estados emocionais e psicol gicos positivos Joseph Linley amp 49 Maltby 2006 e tamb m a tra os de car cter como o perd o e a gratid o Boyatzis 2005 que entre outros s o concei
43. Tabela 10 Experi ncias pr vias de tratamento actuais utentes Tabela 11 Raz es para ades o ao programa actuais utentes Tabela 12 Factores relacionados com a perman ncia no programa actuais utentes Tabela 13 Objectivos actuais utentes Tabela 14 Previs o de necessidades futuras actuais utentes Tabela 15 A espiritualidade do programa ajudou o actuais utentes Tabela 16 Qualidades pessoais empregues no tratamento actuais utentes Tabela 17 Fontes de energia coragem e for a actuais utentes Tabela 18 Satisfa o na forma como tem lutado actuais utentes Tabela 19 Desejos para a institui o actuais utentes Tabela 20 Fontes de esperan a para o futuro actuais utentes Tabela 21 Apresenta o geral utentes graduados Tabela 22 Passado de consumos utentes graduados 12 20 54 55 56 166 167 167 168 169 170 171 172 174 174 175 175 177 178 180 180 Tabela 23 Tabela 24 Tabela 25 Tabela 26 Tabela 27 Tabela 28 Tabela 29 Tabela 30 Tabela 31 Tabela 32 Tabela 33 Tabela 34 Tabela 35 Tabela 36 Tabela 37 Tabela 38 Tabela 39 Tabela 40 Tabela 41 Tabela 42 Tabela 43 Tabela 44 Tabela 45 Tabela 46 Consequ ncias positivas e negativas dos consumos utentes graduados Experi ncias pr vias de tratamento utentes graduados
44. a profecia e a outro o dom de discernir os esp ritos e a outro a variedade de l nguas e a outro a interpreta o das l nguas 11 Mas um s e o mesmo Espirito opera todas estas coisas repartindo particularmente a cada um como quer I Jo o 1 1 O que era desde o principio o que ouvimos o que vimos com os nossos olhos o que temos contemplado e as nossas m os tocaram da Palavra da vida 2 Porque a vida foi manifestada e n s a vimos e testific mos dela e vos anunci mos a vida eterna que estava com o Pai e nos foi manifestada 3 O que vimos e ouvimos isso vos anunciamos para que tamb m tenhais comunh o connosco e a nossa comunh o com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo 4 Estas coisas vos escrevemos para que o vosso gozo se cumpra 5 E esta a mensagem que dele ouvimos e vos anunciamos que Deus luz e n o h nele trevas nenhumas Se dissermos que temos comunh o com ele e andarmos em trevas mentimos e n o praticamos a verdade 7 Mas se andarmos na luz como ele na luz est temos comunh o uns com os outros e o sangue de Jesus Cristo seu Filho nos purifica de todo o pecado 8 Se dissermos que n o temos pecado enganamo nos a n s mesmos e n o h verdade em n s 9 Se confessarmos os nossos pecados ele fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injusti a 10 Se dissermos que n o pec mos fazemo lo mentiroso e a sua palavra n o est em n s
45. a tudo a aparecer devagarinho como uma semente e vai tudo nascendo devagarinho n o P n o f cil algu m que entra debilitado fisicamente e emocionalmente e com a vida sem emprego e todo roto e sujo come ar outra vez a sonhar naquelas coisas o que certo que eles come am a injectar isso a injectar quer dizer come am a semear esses novos valores p tu podes ser um homem de fam lia tu ainda podes ter os teus pais de volta tu podes ter os teus grandes amigos Entrevista 4 p 104 Anexo F 190 Tabela 29 Qualidades pessoais empregues no tratamento utentes graduados Categoria Frequ ncia Confiar em Deus n 1 Determina o n 1 Entrega n 1 Gostar de ajudar n 1 Humildade n 2 Maturidade n 1 Perseveran a n 1 Respeito n 1 Simpatia n 1 A n vel das qualidades pessoais que colocaram no seu tratamento para ganhar as drogas e como se pode ver na Tabela 29 todos os participantes indicaram qualidades pessoais diferentes e g entrega gostar de ajudar perseveran a exceptuando o facto de que dois graduados mencionaram a humildade como uma dessas qualidades Esta quest o foi inclu da tamb m para os graduados de forma a poder comparar as suas respostas com as dos actuais utentes de se notar que apresar da grande heterogeneidade das respostas algumas categorias se repetiram Determina o Maturidade e Humildade foram termos referidos tanto pelos actuais como pelos ex utentes do pr
46. adequados mais ajustados ham n o ficarmos digamos conformados n o com aquilo que temos feito ao longo destes anos todos em que n o preciso estar sempre a investigar preciso continuar a estudar preciso reciclar preciso procurar sempre outras formas de melhorar aquilo que j fazemos E Que papel desempenha na sua opini o a espiritualidade na conclus o do vosso programa Portanto de que forma que essas cren as ajudam ou desajudam 149 I Hum hum Ham acho que a quest o aqui da espiritualidade ham est muito intimamente relacionada com a quest o da motiva o e com a quest o da adop o de um novo estilo de vida mais saud vel fundamental que independentemente daquilo que eles cr em n o haver um processo de mudan a enquanto pessoas Por um lado ham a n vel dos valores a n vel dos princ pios porque isso que vai permear uma vida mais saud vel a adop o de comportamentos e atitudes mais saud veis ham e relacionamentos mais estruturados ham e por outro lado a quest o da sa de mental n o estar minimamente equilibrados acreditarem que s o capazes terem uma dose q b de confian a em si n o isso fundamental Acontece quando juntamente com este processo natural de mudan a que ocorre em cada ser humano quando est o digamos reunidas as condi es favor veis a isso acrescentando o factor f faz toda a diferen a porque digamos o que d
47. ajuda a demonstrar esse facto em parte atrav s do relato de que semanalmente realizada uma reuni o comunit ria na qual os utentes t m espa o e tempo para fazer sugest es e de que por exemplo a hora do almo o foi alterada para satisfazer uma sugest o desse tipo Como abord mos na Introdu o a percentagem de toxicodependentes que chega a aderir a um programa de reabilita o realmente baixa pelo que a utiliza o de contactos telef nicos Simpson 2004 e de outros tipos de demonstra o de investimento e de preocupa o com a vida do toxicodependente poder o incitar a sua motiva o para o tratamento e para que se decida a aderir ao mesmo Novamente o trabalho efectuado pelos Caf s Conv vio poder englobar este aspecto como o respons vel geral pelos Caf s Conv vio entrevistado neste estudo indica ver Entrevista 7 pp 139 140 Anexo F Para os que aderem deve ter se em conta que a fase inicial dos tratamentos particularmente dif cil sendo associada a auto representa es disfuncionais a intensas sensa es de preocupa o falta de confian a em rela o ao futuro a sentimentos fortes de perturba o pessoal e ao recurso a estrat gias de coping n o adaptativas Neste sentido para minorar as taxas de desist ncia necess rio reduzir ao m ximo os estados de perturba o vividos pelos toxicodependentes nesta fase Ravenna et al 2001 A fase inicial do programa do Desafio Jovem representa
48. amor de Deus est derramado em nossos cora es pelo Esp rito Santo que nos foi dado 6 Porque Cristo estando n s ainda fracos morreu a seu tempo pelos mpios 7 Porque dificilmente algu m morrer por um justo pois poder ser que por um homem bom algu m ouse morrer 8 Mas Deus prova o seu amor para connosco em que Cristo morreu por n s sendo n s ainda pecadores 9 Logo muito mais agora sendo justificados pelo seu sangue seremos por ele salvos da ira 10 Porque se n s sendo inimigos fomos reconciliados com Deus pela morte do seu Filho muito mais estando j reconciliados seremos salvos pela sua vida 11 E n o somente isto mas tamb m nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo pelo qual agora alcan amos a reconcilia o Romanos 12 2 E n o vos conformeis com este mundo mas transformai vos pela renova o do vosso entendimento para que experimenteis qual seja a boa agrad vel e perfeita vontade de Deus 37 Romanos 13 9 10 9 Com efeito N o adulterar s N o matar s N o furtar s N o dar s falso testemunho N o cobi ar s e se h algum outro mandamento tudo nesta palavra se resume Amar s ao teu pr ximo como a ti mesmo 10 O amor n o faz mal ao pr ximo De sorte que o cumprimento da lei o amor Salmos 34 17 Os justos clamam e o Senhor os ouve e os livra de todas as suas ang stias Tiago 2 1 13 1 Meus irm os n
49. com o paradigma prevalecente neste campo que se foca na patologia N o obstante existem dados que sugerem que defini es deste tipo permanecem incompletas Por exemplo uma perspectiva acerca da recupera o bem disseminada nesta rea entende a como envolvendo mais do que a mera absten o do consumo dando import ncia a uma transi o psicossocial que engloba uma melhoria mais global da sa de de quem recupera Laudet 2007 Patr cio 1997 2006 Poage Ketzenberger amp Olson 2004 Ravenna H lzl Costarelli Kirchler amp Palmonari 2001 TBFICP 2007 White amp Kurtz 2006 White amp Whiters 2005 Na sua discuss o de diversas dimens es da recupera o White amp Kurtz 2006 referem as recupera es baseadas na abstin ncia as que s o baseadas na modera o e ainda as recupera es assistidas pela medica o que representam diversos estilos de recupera o v lidos Patr cio 1997 2006 White amp Whiters 2005 A recupera o encerra tamb m outras dimens es que incluem a sua abrang ncia profundidade estabilidade durabilidade e terminus ou conclus o e ainda duas que dizem respeito ao contexto auto ajuda ajuda m tua e tratamentos profissionais ver Anexo B3 e ao enquadramento religioso espiritual e secular nos quais a recupera o se inicia Em termos de abrang ncia a recupera o pode envolver a sa de qu mica prim ria a sa de qu mica secund ria e ainda a sa de global e a s
50. continuar ham deixa me dizer te que o programa n o nada f cil ham tamb m se fosse f cil n o teria sabor no fim n o porque as coisas f ceis n o sabem a nada N o f cil mas vale a pena mas vale a pena E Quando diz que n o f cil em que sentido que se est a referir JE Eu falo por mim falo por mim ham eu nunca tinha estado numa comunidade n o f cil viver em comunidade Em primeiro lugar porque eu tenho um feitio tu tens outro enquanto se misturam vinte ou trinta pessoas numa comunidade percebes cada um com o seu feitio cada um com o seu modo de vida percebes s o pessoas que vieram da pris o ou pessoas que moraram na rua ou pessoas mal tratadas ou pessoas percebes H pessoas muito angustiadas h pessoas amarguradas h pessoas que vieram aqui mesmo s para tirar a ressaca e se irem embora percebes Quando misturas essas pessoas todas h que conseguir um equilibrio para te poderes dar bem com toda a gente inclusivo contigo mesmo para poderes fazer este percurso n o para continuares aqui para te manteres aqui N o f cil Depois eu consumia a minha droga era feita de emo es altas a cocaina querias altas emo es e eu vim para a um sitio que pronto eu temos aquela rotina di ria est s a ver Foi muito ainda hoje em dia me muito dificil habituar me o levantar vamos capela sa mos almo o vamos trabalhar pronto eu perce
51. continuar n 2 m Bernd dove Espirituais n 2 Que o Governo se sensibilize pelo seu trabalho n 1 Que os futuros directores sejam como os actuais n 1 Desejos para os actuais Que conhe am e se entreguem a Deus n 1 ou futuros utentes 2 Que permane am n 1 Desejos para o pessoal Sabedoria n 1 Desafi m i do Desano dove Suprimento das necessidades n 2 A Tabela 33 resume a an lise das respostas dos ex utentes quest o Se lhe fossem concedidos tr s desejos que pedia para o futuro do Desafio Jovem e de todos os que c est o ou ir o passar Tal como todos os utentes tamb m um dos graduados indicou desejar que os actuais ou futuros utentes do Desafio Jovem entreguem as suas vidas a Deus Ainda em rela o aos actuais ou futuros utentes da institui o um dos tr s graduados desejou que consigam permanecer at ao final do programa Para al m disto dois participantes expressaram o desejo de que as necessidades da institui o e do seu pessoal fossem supridas e um dos tr s inquiridos desejou que o pessoal do Desafio Jovem tivesse discernimento sabedoria No que concerne aos desejos dos graduados para a institui o dois expressaram o desejo de que o Desafio Jovem crescesse e continuasse a fazer o que tem vindo a fazer Igual n mero de graduados referiu desejos espirituais para o Desafio Jovem Outros desejos mencionados relacionavam se com que os futuros directores da institui o fossem semelhantes aos que a dirigem actualmente e
52. desta fase englobam que o utente Continue a cumprir de forma aut noma e respons vel todos os requisitos das fases anteriores Demonstre um equil brio emocional consistente Continue a demonstrar h bitos de trabalho respons veis demonstrando tamb m uma atitude de orienta o e de ajuda aos outros residentes Procure re construir rela es apropriadas com o exterior de forma activa Complete satisfatoriamente todo o programa acad mico Comece a estabelecer objectivos pessoais a longo e a curto prazo iniciando ac es pr ticas de forma a alcan los Os privil gios cedidos aos utentes nesta fase englobam que este poder Passar um fim de semana em casa de quinze em quinze dias Receber ou fazer dois telefonemas por semana Receber e enviar correspond ncia Sair da comunidade para resolver assuntos pessoais sempre que justifique a sua aus ncia e que tenha permiss o do director da comunidade A passagem para a 4 fase depende da observa o destes requisitos da perman ncia nesta fase por um per odo m nimo de tr s meses e meio e de uma avalia o de passagem fase seguinte Esta avalia o engloba que o residente apresente previamente um plano escrito que especifique os seus objectivos para a fase seguinte tendo em conta a sua reinser o activa na sociedade e que dever incluir as suas perspectivas e expectativas a n vel acad mico laboral habitacional familiar e recreativo 4 Fase
53. dizendo am ns t midos Trata se da ora o de intercess o realizada todas as manh s de forma rotativa por um ou dois dos quartos da comunidade s 07h00m quebra se o sil ncio l fora quando se come am a ouvir vindos dos outros quartos que n o estavam de servi o resmungos de homens respeitosamente obrigados a deixar o sono De facto dif cil quebrar o h bito de n o ter h bitos em menos de 30 minutos os cerca de 20 utentes da comunidade conseguem reunir se na capela com o conselheiro que se encontra de servi o nesse dia para a primeira actividade matinal Cerca de uma hora depois por volta das 8h30m os utentes ou alunos como s o chamados nestas comunidades s o orientados na sua leitura di ria da B blia de forma a que aprofundem o seu conhecimento da Palavra de Deus de quem Ele e de o que Ele pretende s 09h00m ap s a refei o espiritual chega a altura de alimentar tamb m o corpo com o pequeno almo o Alguns utentes que necessitam de medicamentos recebem nos nesta altura Ap s cerca de 30 minutos existe uma nova reuni o na capela para ser realizada a rea acad mica s o estudos pessoais e aconselhamento individual nos quais se abordam quest es de car cter como a ira ou o amor e a auto estima atrav s da leitura de livros pessoais e da B blia da realiza o de trabalhos que abordam essas quest es e do estudo orientado por uma 4 P A A As segundas e sextas feiras
54. duma janela dum oitavo andar pensando que consegue voar normalmente como um p ssaro Est claro que o fim terr vel n o mas eu lembro me de ter eu lembro me de desatar a rir por uma coisa insignificante porque as c lulas decomp em se tu est s a olhar para aquilo apontou para uma cesta de verga as c lulas decomp em se e ent o tu tens um mundo de cor ham movimento de alucina o em que as coisas transcendem se e encolhem se assim como est s a olhar para esta mala e ela se tu a fixas isto n o se consegue bem descrever a nivel de palavras e muito menos a nivel de outra coisa qualquer mas a mala se tu est s a olhar para ela ela fala contigo ela mexe se ela levanta ela baixa ela encolhe ela estica e tu est s a olhar para aquilo quer dizer n o percebes como que aquilo est a acontecer quer dizer aquilo provoca te uma reac o no c rebro de tal maneira ou na vista de tal maneira incr vel que tu ficas maravilhado com aquilo as luzes aparecem te luzes como tu nunca vistes os sons por exemplo eu lembro me de uma vez estar a injectar uma anfetamina um produto branco tipo coca mas 100 assim mais a n vel farmac utico n o t o natural mas mais a nivel farmac utico em que por exemplo se tu riscas um f sforo ou estavas numa casa de banho a picar e puxas o autoclismo e o som era assim por exemplo tu riscas um f sforo e fshhiu fshhiu fshhiu fshhiu fshhiu e parecia te que o
55. e ia l com dificuldade porque ningu m gosta de ouvir s vezes aquelas orelhadas mas tipo quer dizer aquela orelhada tipo conselho que n s vemos que assim n o este rapaz est a dizer isto ent o se ele est a dizer isto porque para meu bem n o para eu andar aqui feito feito tolo e com orgulho E Actualmente isso ainda lhe d energia coragem e for a para RL Sim s vezes o C o meu patr o puxa me raz o tamb m chamo a aten o muitas vezes ao C porque s vezes ha coisas que ele est a fazer que n o se est a perceber como as vezes h coisas que eu estou a fazer que n o se est a perceber como s vezes os meus colegas de trabalho as coisas funcionam assim e eu hoje tamb m sou um bocado assim muito e aprendi isso no Desafio Jovem Porque n s no Desafio Jovem aprendemos a dizer n o e aprendemos a ouvir n o E isso muito importante mesmo ali s a Palavra ensina nos n o o Desafio Jovem a Palavra que nos ensina sim sim n o n o A Palavra que nos ensina isso risos Eu acho que estou a falar bem E Numa escala de um a dez qu o satisfeito est consigo mesmo na maneira como tem lutado contra as drogas Um seria nada satisfeito e dez seria n o podia estar mais satisfeito Refer ncia ao vers culos b blico que se encontra em Mateus 5 37 Sociedade B blica de Portugal 1968 ver Anexo C3 120 RL Eu
56. e Deus atrav s de mim que eu consiga trazer muitos tamb m salva o e percebes Yah e inserir me na igreja e tudo o mais yah 81 E Por ltimo o que que lhe d esperan a num futuro bom JE O que que me d esperan a p eu meto sempre Deus ao barulho A minha esperan a Ele porque eu j vi eu tenho trinta e seis anos eu j vi que sem Ele n o vou muito longe percebes As minhas ideias a minha vontade as minhas vontades os meus prazeres e os meus desejos s me deram uma vida de altos e baixos percebes n o tudo m s recorda es tenho recorda es boas pelo meio mas sem d vida que com Deus p vou ser muito mais feliz e a minha esperan a est toda Nele Eu deposito toda a minha esperan a e confian a Nele Yah Como p s vezes n o f cil tamb m n o f cil ser crist o mas Ele j me deu provas que posso confiar Nele que viver com Ele uma vida muito mais pr spera muito mais feliz muito mais alegre e descansada e tranquila est s a ver e ent o toda a minha esperan a depositada Nele Yah E OK para al m das respostas que me deu s perguntas que lhe fiz gostava de dizer mais alguma coisa JE p gostava de dizer para j muito obrigado por me dares esta oportunidade de exprimir o que eu estou a viver o que eu estou a passar e quero expressar a minha gratid o ao pessoal do Desafio Jovem e dos Caf s Conv vio que continuem est
57. era marinheiro em cruzeiros tur sticos esperando se que auferissem um sal rio elevado Em m dia os inquiridos completaram o 8 ano de escolaridade mas prov vel que este valor diminuisse caso se tivesse informa o referente ao n vel de escolaridade do primeiro participante 167 Tabela 8 Passado de consumos actuais utentes F J E A M Heroina X X Coca na X 2 Tempo que consumiu 14 anos 12 anos Experimentou outras drogas Sim Sim Sim A nivel da historia de consumos ver Tabela 8 dois entrevistados indicaram que a droga principal que motivou e precipitou o pedido de tratamento foi a heroina enquanto o outro indicou a cocaina Estes resultados correspondem de certa forma aos dados apresentados pelo Instituto da Droga e da Toxicodepend ncia 2007a que indicam que a heroina surge como principal droga associada aos pedidos de tratamento seguida pela coca na Em m dia os participantes consumiram essas drogas durante 13 anos apesar de que faltam dados para um dos inquiridos para o qual o tempo de consumo seria muito provavelmente maior Todos os inquiridos consumiram tamb m outros tipos de drogas Tabela 9 Consequ ncias positivas e negativas dos consumos actuais utentes Categorias Frequ ncia Consequ ncias Contrac o de doen as n 2 Desemprego n 1 D vidas n 1 Perda de valores n 1 Praticar actos criminosos n 1 Solid o n 3 Aprendizagem Espiritual n 2 Prazer moment n
58. esse Pronto e era uma qualidade que eu tinha Apesar de s vezes tamb m me estribar muito no meu entendimento porque cada caso um caso e as pessoas n o s o todas iguais e n s tamb m n o gostamos s vezes de ouvir aquilo que ouvimos como as outras pessoas n o gostam de ouvir aquilo que a gente diz e s vezes havia aqueles confrontos mas eram resolvidos fal vamos uns com os outros e era isso que eu risos n o praticamente n o tinha nada dessas coisas quais d s o bra o a torcer quais vais pedir desculpa e ali n o ali de facto as coisas funcionavam assim A gente chamava as 119 pessoas eu chamava a pessoa ele chamava me a mim e a gente conversava e as coisas ficavam bem E E que coisas pessoas ou situa es lhe deram mais energia coragem e for a para conseguir esta transforma o positiva na sua vida RL O meu conselheiro o meu conselheiro foi a pessoa que o director o pr prio director do centro Mesmo que eu n o fui uma pessoa de dar muito trabalho mas eles observam n o N s n o estamos a ver que eles est o a observar mas eles observam ent o s vezes chamavam e diziam olha n o fa as isto assim assim e eu vi de facto que o que eles diziam que era para o meu bem E foram as pessoas que me ajudaram mais o meu conselheiro ent o era uma pessoa espectacular nesse aspecto oh R v l olha n o fa as isso isto n o assim e eu meditava
59. esta actividade um culto enquanto nos outros dias da semana representa ora o 29 s rie de curr culos criados para o efeito Batty 1978 1988 1978 1997 Melo amp Marques 2006 2007 A meio da manh distribu da uma pe a de fruta a cada residente Quando se aproxima o meio dia enquanto cerca de metade dos utentes sai da capela para o amplo recinto da comunidade agora inundado de sol a outra metade permanece na capela para uma aula em grupo O tema da aula define se os utentes que ficam a assistir s mesmas s o os que se encontram nas fases mais avan adas do programa ou os que recentemente deram entrada no mesmo sendo que aqueles que s o dispensados das aulas aproveitam o ar livre para desenvolver actividades agropecu rias de floricultura de artesanato e de manuten o da comunidade como limpeza e repara es O almo o quebra essas actividades somente por volta das 13h00m em resposta ao pedido efectuado pelos utentes numa reuni o comunit ria de forma a que possam assistir parte final do notici rio ficando a saber as novas desportivas do mundo exterior O regresso manuten o do centro e s actividades exteriores desta vez com a participa o de todos os utentes inicia se por volta das 14h00m naquilo que se designa como a rea laboral do programa Esta quebrada a meio da tarde para uma nova pe a de fruta As 18h45m inicia se a actividade da noite que tal como a primeira da manh varia de aco
60. exemplo concretiza se na abordagem de refor o comunit rio na qual o terapeuta deve identificar comportamentos espec ficos do paciente cujo refor o compita com o refor o obtido pelos consumos O objectivo consiste na utiliza o das rela es familiares e sociais e das actividades recreativas e ocupacionais do cliente para que este sinta satisfa o com um estilo de vida incompat vel com o consumo Shearer 2007 O outro tipo de abordagem de gest o de conting ncias concretiza se na entrega de vales aos toxicodependentes por estes se manterem abstinentes facto comprovado atrav s de amostras de urina e a sua efic cia depende de factores como a qualidade e quantidade da recompensa e g dinheiro vales e o intervalo da recompensa imediata na semana seguinte etc de notar a recente utiliza o combinada de ambas estas t cnicas Nesta modalidade o toxicodependente recebe incentivos normalmente um vale que pode corresponder a bilhetes para os transportes p blicos servir para comprar equipamento de desporto ajudar a pagar despesas habitacionais etc por se manter abstinente como medido por testes de urina por conseguir um emprego ou por realizar determinadas actividades socialmente apropriadas O valor dos incentivos aumenta progressivamente caso o toxicodependente n o manifeste comportamentos prejudiciais e g ter um teste de urina positivo faltar a consultas Numa situa o dessas o valor dos vales regressaria
61. filhos e isto parecendo que n o s o coisas que o diabo roubou durante o 104 tempo de droga n o o tempo da toxicodepend ncia e agora aquilo come a tudo a aparecer devagarinho como uma semente e vai tudo nascendo devagarinho n o P n o f cil algu m que entra debilitado fisicamente e emocionalmente e com a vida sem emprego e todo roto e sujo come ar outra vez a sonhar naquelas coisas o que certo que eles come am a injectar isso a injectar quer dizer come am a semear esses novos valores p tu podes ser um homem de fam lia tu ainda podes ter os teus pais de volta tu podes ter os teus grandes amigos e isso desperta isso juntamente com a f e a espiritualidade isso desperta o desejo de querer pronto isto h dias estava aqui a compartilhar a Palavra e disse que quando estive no centro passado algum tempo quando passou a ressaca come ou a chover e eu comecei a cheirar p mas cheira me a terra eu disse p mas eu estou vivo ou seja a gente passa de um estado de completa dorm ncia n o e completa inactividade para um estado outra vez de viver com um f lego pronto em direito idade que temos naquela altura ou seja n s temos uma vontade muito grande de viver outra vez n o Est claro que a f e a espiritualidade as aulas o ensino o estudo b blico v m complementar tudo isso ou tudo isso vem complementar pronto isto aqui depo
62. grandes coisas de positivas nisso vejo mais at negativo porque uma coisa que rouba rouba te a vida uma coisa que te fica estagnada a tua vida n o muitas vezes leva te a fazer coisas que nunca irias fazer se n o andasses no consumo atitudes e e reac es e at modos de vida mesmo Portanto acho que tem muito mais negativo do que positivo positivo acho que pronto aprendi com os erros que cometi percebes o que eu posso e deu para ver que sem Deus sem Deus ham p n o somos nada n o somos mesmo nada E Frequentou outros programas de tratamento JE Nunca a primeira vez que estou numa comunidade E Onde vai buscar for as para ganhar esta luta contra as drogas JE Em Deus Ham principalmente em Deus porque eu vim mesmo aqui para o Desafio Jovem foi para ter um verdadeiro encontro com Deus para entregar a minha vida a Deus porque embora eu andasse desviado eu j pronto j conhecia este Deus n o embora nunca tivesse tido uma experi ncia mesmo a s rio eu j conhecia este Deus ham ent o foi Deus A minha filha tamb m que me ajuda tem me ajudado bastante a minha fam lia mas Deus principalmente E Ent o e o que que o est a ajudar mais para conseguir continuar no programa portanto apesar de JE Das dificuldades E Sim 75 JE E esse prop sito que Deus tem para a nossa vida sabes E isso que me est a fazer
63. ham a for a pode ser um pouco fruto do estar farto tamb m da vida que se leva parte dela Depois de entrar no programa a gente n o sabe o que que vai acontecer a gente n o sabe o que que se vai passar sabe que Deus mas ham qual Deus ham a gente no Caf Conv vio aceita Jesus dez vezes ou trinta sempre que se diz quem que quer aceitar Jesus a vamos n s por a fora muita carochos muita pedrados ei eu aceitar Jesus v vamos l orar por ti outra vez Ham ainda com a nossa for a com o facto de estar farto e se calhar tamb m de alguma press o familiar no sentido de p se n o for agora n o apare as em casa porque n o vale a pena est s riscado da nossa lista isso passou se comigo os meus irm os encostaram me parede e disseram me p se n o for desta vez escusas de contar connosco porque nunca mais te queremos ver P s o pessoas que est o muito bem na vida mas tamb m eles precisam de Jesus Meteram me assim um bocado entre a espada e a parede pa se calhar olha vou ter que fazer a vontade a eles n o era a mim eu vou ter que fazer a vontade a eles E fui me nessa for a nessa for a Tanto que eu s consigo ter um encontro real com Deus dentro do centro passado dois meses de estar l que eu consigo ver que realmente Deus existe ham Ele real isto aqui n o charlatice nenhuma vale a pena tentar
64. hoje uma vez de tempos a tempos at que chegou uma altura que quando eu dei por mim a hero na estava a fazer parte integrante da minha vida e muito mais a tomar conta dela E Isso foi com que idade JG Ham por volta dos dezassete dezasseis dei as primeiras chinesas que era o fumar na prata e tal ham dezasseis dezassete dezoito anos foi tr s anos que andei eu a conseguir controlar a hero na Mas depois a hero na deu nos a volta n o porque d sempre a volta e passou a hero na a tomar conta de mim Da vem um monte de situa es complicadas o desleixe de largares trabalho dependeres da hero na para te levantares qualquer coisa a hero na tem que estar presente Antes de antes de eu me levantar antes de eu me deitar antes de eu dar um passo para ir tomar um caf com os amigos porque p o meu estado normal ou o estado normal de um heroindmano consumir e depois fazer Dai ent o depois ao ficar dependente foi um passo muito pequeno Entretanto entrei na tropa na escola de marinha fa o o curso de fuzileiros E A consumir l dentro JG A consumir l dentro quando acabo o curso de fuzileiros que feito foi uma coisa que eu gostei bastante mas sempre debaixo do efeito e n o sei porqu mas consegui sempre manter o v cio porque conseguia traficar l dentro e ent o dava para sustentar me e ent o consegui fazer o curso de fuzileiros Cheguei a um estado
65. j tentei um dia fazer todos esses grupos faz los acreditar que poss vel viver depois de tudo isso E Na sua opini o que papel desempenha a espiritualidade na conclus o do vosso programa Portanto de que forma espec fica que acha que a espiritualidade fa a com que eles n o desistam RC Ham eu creio que essa rea espiritual quando ela colocada de parte ou em segundo plano ham como eu dizia numas perguntas anteriores eu creio que se n s descurarmos essa rea espiritual estaremos muito aqu m como homens que somos Somos um homem somos um corpo uma alma e um esp rito e da mesma maneira que precisamos de alimentar o nosso corpo precisamos alimentar a nossa alma e tamb m precisamos alimentar o nosso esp rito E e a parte espiritual como seres completos que n s somos se ela n o for alimentada e se ela n o for trabalhada ela n s como homens tamb m ficaremos sempre aqu m n o E agora esse papel faz toda a diferen a no nosso programa porque n s somos e por mais bom que o nosso programa seja ou por mais empenhados que n s possamos ser a n vel de cuidado a n vel de amizade a n vel de aconselhamentos podemos fazer tudo mas estaremos sempre limitados como homens que somos E por isso que promovemos a presen a de Deus e essa rea espiritual No meu entender quando eu falo disto e promovo isto na vida de um homem eu no fundo colocar os seus olhos em Deus e n o em mim porqu
66. lhe passou pela cabe a desistir ou sair F Sim sim sim E O que que fez com que ficasse 63 F Foi Deus a Palavra a Palavra de Deus e como eu te estava a dizer as pessoas aqui tamb m Tiveram algumas conversas comigo conselheiros directores pessoas mais maduras pessoas mais maduras que t m feito e t m ensinado que realmente a gente precisamos de mudar algumas reas da minha vida como o car cter e como eu te estava a acabar de dizer somos por norma pronto falo por mim eu era muito orgulhoso por muito mal que estivesse e quando me diziam as coisas mesmo que fossem para meu bem eu interpretava aquilo de uma forma pouco e pronto fazer as coisas minha maneira querer e ent o aqui tenho trabalhado nisso e tenho obtido bons resultados Dia ap s dia prontos n o penso que tudo tamb m de uma vez ainda n o estou preciso de trabalhar v rias reas ainda bastantes mas estou contente com a minha mudan a Estou muito contente com a minha mudan a porque j vejo frutos disso ou seja j estou a obter alguns frutos dessa minha mudan a Vejo a realidade de uma forma mais adulta mais consciente das coisas com convic o do que realmente quero com esperan a de obter a vida eterna que o que Deus nos prop e fazer quando nos tornamos homens de Deus E Ent o portanto quando pensa em desistir s o essas coisas que o fazem ficar F Sim Temos que lutar e
67. m uma coisa que eu eu n o sei o que que Ele tem para mim mas se estiver no meio disso yah E isso E E o que que lhe d que situa es pessoas ou coisas lhe d o mais energia coragem e for a para conseguir esta transforma o na sua vida JE Olha eu leio bons eu gosto muito de ler a B blia e ler bons livros ham tenho me aconselhado com pessoas ham com mais maturidade espiritual percebes Yah basicamente isso p eu leio muita livro leio muito a B blia gosto de ler bons livros est s a ver e isso tem me ajudado bastante Isso s o as minhas principais ferramentas E tamb m a ajuda da minha filha que a minha filha que me telefona a minha filha ham eu quando entrei para aqui ela n o sabia que eu consumia sempre a tentei proteger mas fui obrigado a ter uma conversa com ela antes de entrar para aqui disse que o pai precisava de ajuda e tudo o mais ent o ela quando me telefona para aqui est me sempre a dar for a percebes E isso tem sido uma ferramenta usada nas m os de Deus tamb m ela tem sido usada A minha filha nunca me abandonou infelizmente eu tenho visto aqui casos dentro de pessoas que n o t m fam lia que n o t m quem os ajude eu gra as a Deus tenho ham e Deus tem usado muito a minha filha para para eu conseguir est s a ver vencer esta batalha Ela 39 66 escreve me sempre com um incentivo sempre pai estou aqui quando vieres
68. minhas paran ias Deus t no controle disto tudo Todos esses esfor ozinhos percebes ham essa migalhinha aqui esse bocado do man ali uma codorniz a fugir pelo deserto acol e tal tudo isso percebes tem me dado um tem sido muito bom E o estar aqui a trabalhar agora no Caf Conv vio tem me derretido o cora o de uma maneira incr vel eu tenho andado a dormir mal e a minha mulher j me conhece e foste para o Desafio Jovem outra vez pronto j sei que est s a com prega es na cabe a e coiso o que que vais dizer ao H 1 o que que vais dizer ao outro e o que que j j sabia E verdade isto mexe tudo comigo percebes eu entendo isto como um homem espiritual e tudo isto todas estas coisinhas ham mexem comigo H dias levei uma chapada do Senhor aqui assim pronto Tinha acabado de tomar banho de p r perfume e tal aquelas mariquices e venho aqui e dou um abra o num gajo qualquer ai p n o sei se foi o A se foi o M aqueles que cheiram com aquele cheiro caracter stico da rua snif e eu cheirei aquilo e Deus disse me logo assim p J tu j nem conheces os cheiros pa porque o pessoal est todo preocupado em meter perfume e coiso e tal e depois chega aqui e apanha com aquilo eu disse p afinal o que que eu ando a pregar o que que eu ando a fazer onde que tem estado a minha paix o isso mexeu comigo pronto uma pal
69. ncias teve um grande impulso a partir de 1930 com o advento dos Alco licos An nimos AA a posterior prolifera o de grupos de 12 passos i e inspirados nos 12 passos que representam o fundamento do tratamento proposto pelos AA ver Tabela 3 e o surgimento de comunidades terap uticas a partir dos anos 60 Atkins Jr amp Hawdon 2007 Ferreira Borges amp Filho 2004a White amp Kurtz 2006 Os AA representam o exemplo mais conhecido deste tipo de organiza o e a sua hist ria encontra se bem documentada Laudet 2003 White amp Kurtz 2006 Actualmente existem cerca de 100 mil grupos espalhados por pelo menos 150 pa ses congregando mais de 2 milh es de membros para al m de que h um quarto de s culo atr s j se contavam pelo menos 250 tipos de grupos semelhantes aos AA e g Narc ticos An nimos cujo foco sobre drogas que come aram a surgir ap s o seu in cio em 1935 White amp Kurtz 2006 Yancey 1983 20 Diversos autores referem mecanismos terap uticos especificos as abordagens de 12 passos que t m sido amplamente estudadas Cook 1988 Shearer 2007 White Laudet amp Becker 2006 White amp Kurtz 2006 Esses mecanismos envolvem entre outros a aquisi o pelo indiv duo de um novo conjunto de atitudes e o seu envolvimento num sistema de apoio social abrangente e que promove rela es estruturantes Os 12 passos dos AA representam o fundamento de in meros grupos de ajuda m tua A v
70. nem comia assim ele se distraisse que eu E Hum e o que considera ter aprendido na sua experi ncia de consumo o que que pensa que pode ver de positivo F Positivo se calhar estou a come ar a ver o amor que Deus tem por n s porque eu acho que mesmo uma coisa sem palavras dif cil de explicar o amor que Deus tem mesmo por n s depois de tudo o que eu fiz dificilmente s Deus mesmo para perdoar e para nos dar uma oportunidade desta maneira porque n o sei dif cil de perdoar e eu n o sei se conseguiria Por muito forte que estivesse espiritualmente por muito que eu n o sei se conseguiria perdoar a algu m o mal que eu mesmo fiz ou seja tudo o que eu fiz fam lia s pessoas de fora a todas as pessoas ham complicado Da v se o amor de Deus por n s por n s todos E Antes de ter frequentado o Desafio Jovem frequentou outros programas de tratamento 62 F Sim frequentei nao foi bem um programa tive que frequentar uma comunidade por fui obrigado Ou ia para uma comunidade ou ia preso ent o fui obrigado a estar um ano numa comunidade E Qual era F Pronto a Domus Fraternitas mas assim conforme estava eu estava um grupo de jovens tamb m todos obrigatoriamente Ningu m estava ali de livre vontade ramos foi nos imposto Ou vais para ali ou vais para a cadeia ent o cadeia n o optei por l ir eu e mais um g
71. o Desafio Jovem faculta um curso de forma o aos seus cooperadores prestando apoio e acompanhamento quando solicitados Desafio Jovem s d Caf s Conv vio 28 Anexo C2 Um dia tipico em Castanheira do Ribatejo Apesar de que cada comunidade individual do Desafio Jovem tem liberdade para estabelecer o seu pr prio ritmo e as suas prioridades de acordo com as necessidades dos seus utentes e com o parecer do seu director logicamente desde que dentro dos par metros estabelecidos pela filosofia da institui o no sentido de dar uma ideia geral das poss veis viv ncias nas comunidades do Desafio Jovem ficciona se aqui um dia t pico na comunidade terap utica de Castanheira do Ribatejo localizada na grande Lisboa para o que se efectuaram v rias visitas comunidade e uma entrevista informal realizada com o director do centro S o 06h30m da manh e um grupo de homens algo ensonados re ne se de m os dadas e olhos quase sempre fechados alguns ainda pouco habituados a estas experi ncias outros com maior desvelo e pr tica Fala ou ora um dos mais antigos residentes da comunidade que j se encontra nela h cerca de 10 meses pedindo a um Deus que n o se v mas que se pressente cada vez mais que aben oe o dia que est a come ar a cada um dos seus colegas e a cada um dos cooperadores da comunidade ao director e a todas as pessoas que se encontram associadas ao Desafio Jovem Os outros concordam abanando a cabe a
72. o formos a fazer as coisas pela nossa iniciativa de querermos mudar complicado Temos que cair na realidade e dizer pa estou farto disto ainda quero ter uma vida nova Entrevista 1 p 62 Anexo F 169 Tabela 11 Raz es para ades o ao programa actuais utentes Categoria Frequ ncia Factores que Cansa o acumulado e desejo de ter uma vida n 3 influenciaram a ades o diferente Decis o do pr prio n 1 Espiritualidade n 1 Incentivo familiar n 2 Prepara o para a ades o Frequ ncia de Caf Conv vio Sim n 1 N o n 2 Os dados relacionados com as respostas dos utentes dadas s quest es Porque entrou para o Desafio Jovem Como come ou a frequentar os Caf s Conv vio e Quanto tempo frequentou os Caf s Conv vio s o apresentados na Tabela 11 Relativamente s raz es apontadas para terem aderido ao programa todos indicaram ter sentido cansa o relativamente vida que levavam e desejo de uma vida diferente o que confirma a ideia de que uma das principais raz es que leva os toxicodependentes a deixar de consumir a acumula o de consequ ncias negativas relacionadas com os consumos Laudet et al 2006 Laudet amp White 2008 Contudo apenas um dos inquiridos indicou explicitamente este motivo em resposta a esta quest o demonstrando uma motiva o introjectada ou identificada para mudar Nas palavras de F perdi muitos anos uma vida que se pudesse volta
73. o ju zo ser sem miseric rdia sobre aquele que n o fez miseric rdia e a miseric rdia triunfa do ju zo Zacarias 4 6 N o por for a nem por viol ncia mas pelo meu Esp rito diz o Senhor dos Ex rcitos 38 Anexo C4 As fases do programa do Desafio Jovem Nota Este anexo foi adaptado com base nas informa es presentes no site da institui o http www desafiojovem pt e num plano geral das diversas fases gentilmente cedido por um t cnico da institui o 1 Fase Orienta o A primeira fase denominada de Orienta o costuma decorrer ao longo de dois meses durante os quais o residente n o tem contacto com o exterior Esta fase serve especificamente para que o utente se volte para dentro de si mesmo de forma a que consiga restabelecer uma rela o consigo mesmo aprendendo novamente a identificar e a expressar os seus sentimentos e pensamentos de uma forma eficaz e apropriada orientando se e reorganizando se de uma forma mais ben fica e positiva e aprendendo formas novas de lidar com a press o Este representa um per odo de adapta o no qual o residente n o tem contactos com o exterior Os objectivos desta fase consistem em que o utente Aprenda a obedecer s regras e aos hor rios da comunidade Aprenda a filosofia do Desafio Jovem no que diz respeito aos problemas de controlo de vida que geram inadapta o social Mantenha uma atitude de respeito relativamente aos seus cole
74. o no bom caminho eu agrade o lhes bastante e de certeza que Deus n o se ir esquecer deles Que continuem assim p obrigado Yah Entrevista 3 Actual utente onze meses de programa A M Chamo me A M tenho 54 anos apesar de n o parecer ham e antes de vir para aqui este o d cimo segundo m s tenho andado embarcado Sou marinheiro ando nos navios de cruzeiros sou um oficial menor Antes de vir para aqui tive problemas com a hero na e etc etc Agarrei me hero na e j me tinha agarrado antes j tive problemas em tempos que l v o sei o que droga desde mi do mas sempre me aguentei n o sempre consegui fazer uma vida de juntar as duas coisas digamos assim e como andava l fora e o andar l fora as coisas proporcionavam se de uma maneira completamente diferente ham prontos mas entretanto tive outra vez uma reca da portanto h coisa de dois com um tr s anos talvez para a e houve uma altura que eu me estava a sentir muito mal j estava mesmo em baixo e conheci uma amiga minha que me apresentou um pastor que o pastor C P 82 ham e eu fui falar com ele n o convers mos eu nem sabia quem ele era nem conhecia o Desafio Jovem nem nunca tinha ouvido falar do Desafio Jovem nem num pastor nem nada disso Foi me apresentado tivemos uma conversa e ele fez me a proposta digamos assim de eu entrar no programa E eu pensei repensei e assentei na ideia e comecei a faze
75. o responde ou seja fiquei de tal maneira magoado com toda aquela viv ncia senti me defraudado roubado injuriado humilhado E Portanto se a escala fosse at onze era um onze JA Era um onze se fosse at doze seria doze percebes porque decididamente n o quero nada com drogas Cheguei a um ponto em que p se tiver que ajudar um toxicodependente e ele estar aqui dentro a mandar um caldo ou a fumar um charro estou na boa com ele e se aquele fumo tiver que me passar pelo nariz s para falar com ele por causa dele ter que mudar de vida na boa Se ele me pedir para acender se calhar o isqueiro debaixo da colher para lhe fazer o caldo desde que consiga demov lo na boa mas tudo o que em rela o a drogas comigo acabou Fic mos zangados percebes N o sei se mais directo que isto ham dif cil 108 E OK Se lhe fossem concedidos tr s desejos o que pedia para o futuro do Desafio Jovem e de todos os que l est o ou que ir o passar JA Certamente que os meus tr s desejos n o se comparam em nada com os tr s desejos da lideran a do Desafio Jovem n o eles devem ter desejos muito maiores n o Quanto a mim desejo que eles permane am sempre na linha e no objectivo que t m vindo a trilhar at aqui e que nunca saiam dos princ pios da Palavra de Deus se bem que as coisas t m que ser moldadas por causa dos governos e dos investimentos e da maneira como eles t m que gerir as qu
76. os outros vinte e nove ou trinta dias do m s a vender e a traficar e a roubar e quer dizer n o tem nexo de vida n o n o fazia sentido Ham at porque eu estudei tenho praticamente o d cimo segundo ano e sabia que as pessoas quando nascem n o t m que for osamente andar a viver mal as pessoas t m que ter alguns objectivos na vida e t m que ter alguma vontade de querer evoluir como ser humano e ent o busquei um processo de recupera o e entrei num centro Entrevista 4 p 96 Anexo F Novamente comprova se a no o j apresentada de que uma das duas formas como o desejo de mudar comportamentos relacionados com o consumo surge devido ao cansa o relacionado com as consequ ncias deste Laudet et al 2006 Laudet amp White 2008 Um inquirido indicou explicitamente que a ades o resultou de uma decis o pr pria a minha atitude era mesmo de pedir ajuda eu estava mesmo convicto daquilo que queria mesmo era mesmo aquilo que eu queria Entrevista 5 p 114 Anexo F e ainda outro mencionou que era mais uma tentativa no meio de tanta coisa que eu j tinha tentado disse que era mais uma n o havia raz o para n o tentar outra vez e ent o avancei para o Desafio Jovem Tabela 26 Entrevista 6 p 124 Anexo F Factores relacionados com a perman ncia no programa utentes graduados Fontes de for a Factores que ajudaram a concluir o programa Coisas que tiveram q
77. paisagem toda Eu consegui observar que havia pessoas bonitas minha volta consegui observar que podia ser um homem v lido para a sociedade eu costumo dizer a t tulo de brincadeira que nesta altura o meu problema n o a droga mas s o os drogados no sentido de ter que contribuir for osamente tamb m para os ajudar n o Porque pelo testemunho pela experi ncia pelas situa es e ent o considero me talvez um instrumento para para entrar nalguns terrenos nalguns cora es e poder de certa maneira pela vontade de Deus dar a volta aquilo a essa gente E Se n o indiscri o antes de entrar que drogas que consumia JA As drogas que eu consumia ham come ando numa escala de um a dez consumi talvez de um a dez n o experimentei todas praticamente E Mas o grande problema qual era JA O grande problema que no mundo das drogas a gente come a sempre a subir mais um bocadinho o grau de depend ncia come a a ser cada vez mais necess rio experimentar drogas cada vez mais fortes n o isto simples a gente come a pelas mais fracas como uma erva como o haxixe passamos depois para a parte mais qu mica a n vel dos Rohypn is drogas que hoje j n o existem a n vel de comprimidos que era os Mandrax os Somniums p tanta coisa a n vel de comprimidos n o Depois damos um saltinho talvez mais agressivo para a zona dos alucinog nicos
78. para trilhar ainda h muita coisa para ministrar ainda h muito cora o para conhecer a Deus E Na altura em que estava no programa imaginava se a manter contacto com a igreja JA Eu percebi a realidade do programa um bocado cedo percebi que ia estar sempre ligado a uma ali s eu percebi que se quisesse ter sucesso com o programa tinha que estar muito ligado a uma vertente espiritual n o percebia isso Eu percebi que quando sa sse do programa possivelmente se n o frequentasse uma igreja ou um Caf Conv vio possivelmente tinha oitenta por cento de possibilidades talvez de cair outra vez n o eu percebi isso Embora n o tivesse a dimens o do que isso envolvia n o o facto de ir a um culto o facto de ir a dois cultos o facto de ir a um semin rio embora n o tivesse essa no o eu percebi cedo que se largasse a vertente espiritual ia cair E O que que lhe faz dar valor ao seu presente JA O que me faz dar valor ao meu presente Ham o meu presente pode se basear em v rias reas n o como homem como filho como marido como ministro da Palavra de Deus o que me faz dar valor saber que no fundo n o tendo muito na minha vida ham pela gra a de Deus agora posso contribuir para vida de algu m ou seja isso para mim muito valioso Em termos pr ticos possivelmente quando estava no mundo das drogas ter uma conversa contigo era imposs vel n o porque n o tinha palav
79. pensar no amor de Deus porque mesmo assim O que Jesus fez por n s pela remiss o dos nossos pecados pela nossa vida n o precisava fazer aquilo fez para que a gente pud ssemos estar aqui agora ent o por muito mal que nos fa am a gente deve perdoar Se fomos perdoados porque que n o podemos perdoar os outros E ent o seguir em frente por muito que nos custe O princ pio pode ser doloroso mas o fundo das coisas ser bom E O que que pensa que tem que acontecer para que permane a no programa at ao fim F assim acho que temos que dar tempo ao tempo porque as falo por mim a gente quando larga entramos para o programa eu quando entrei para o programa ao princ pio era s com ideia de deixar a droga e deixar um pouco a vida por l Depois de entrar para o programa e come ar a conhecer a Palavra de Deus e o que Deus capaz de fazer nas nossas vidas a j comecei a meter outros objectivos Ent o como comecei a ver mudan a na minha vida comecei a pensar doutra forma atrav s de Deus e atrav s da Palavra e assim dia ap s dia claro que eu tenho de dar o passo devagar mas como eu estava a dizer por vezes queremos tudo pensamos muito em valores materiais e queremos isto e aquilo e 64 esquecemo nos de ou seja do que com Deus 0 gozo que temos a paz coisas mais importantes na nossa vida do que valores materiais ou coisas do g nero Ou a quest o de andarmos bem sentirmo nos bem t
80. pessoas ter um estilo de vida mais saud vel hor rios sono alimenta o enfim uma s rie de crit rios que com uma f a regularizar tudo isso acaba por ser mais f cil adoptar esse estilo de vida mais saud vel 150 E Parece que ja falamos nisto mas quais os factores que lhe parecem ser centrais para que uma pessoa conclua com sucesso o tratamento aqui no Desafio Jovem Portanto para al m da parte de f ou mesmo integrando isso I Sim n s temos v rios crit rios n o para dar a alta que de alguma forma acho que responde a esta quest o Primeiro estarem com uma perspectiva positiva face a si pr prios face 4 sua sa de e face vida H bitos mais saud veis comportamentos mais saud veis atitudes mais ajustadas realidade Segundo lugar a possibilidade de estarem integrados numa rede afectiva seja a n vel familiar ou a n vel da igreja local Normalmente durante o programa os rapazes e as mo as acabam por se integrar numa determinada igreja que vai ser como que a sua rede de suporte quando terminar o programa para se continuar todo o acompanhamento e todo o alimento n o espiritual que n s acreditamos que fundamental ter que existir dia a dia na vida das pessoas Ham e por outro lado a capacidade de auto sustento n o de ser independente de ser aut nomo de lutar pela sua pr pria vida n o s em termos de sustento financeiro e digamos das condi es f sicas mas tamb m a n v
81. porque ela tamb m n o foi de resto sempre estiveram ali sempre estiveram ali sempre estiveram ali isso foi extremamente importante A partir da come ou tudo Come ou todo um processo de recupera o E Onde foi buscar for as para ganhar a luta contra as drogas JA Ham costuma se dizer que tem que se ter muita vontade n o tem que se ter muita for a de vontade o que as pessoas dizem ah tiveste que ter muita for a de vontade para vencer n o geralmente as pessoas dizem isso eu n o me lembro eu vou ser muito sincero eu n o me lembro de ter muita for a de vontade A s rio n o me lembro lembro me doutros factores Lembro me de estar na capela do Desafio Jovem noite v rias noites seguidas a ressacar e a chorar sozinho e eu lembro me nessas noites de estar a pedir a Deus sem o conhecer de lado nenhum na minha pouca f na minha incredulidade at e pedir p Deus preciso ou estou completamente angustiado lembro me disso assim quer dizer n o sei se a for a de vontade foi minha ou se foi novamente a gra a de Deus que se foi aproximando e foi me dando essa for a de vontade n o mas come ou por a Lembro me claramente disso n o me lembro de dizer assim ah eu vou conseguir eu vou vencer eu vou ser assim n o me lembro nada disso Lembro me de estar a chorar de estar com dores nos rins de estar a pingar do nariz de estar com
82. practice Journal of Substance Abuse Treatment 33 243 256 Laudet A B Magura S Cleland C M Vogel H S amp Knight E L 2003 Predictors of retention in dual focus self help groups Community Mental Health Journal 39 4 281 297 Laudet A Morgen K amp White W L 2006 The role of social supports spirituality religiousness life meaning and affiliation with 12 step fellowships in quality of life satisfaction among individuals in recovery from alcohol and drug problems Alcoholism Treatment Quarterly 24 1 2 33 73 Laudet A B amp White W L 2008 Recovery capital as prospective predictor of sustained recovery life satisfaction and stress among former poly substance users Substance Use amp Misuse 43 1 27 54 Longshore D amp Teruya C 2006 Treatment motivation in drug users A theory based analysis Drug and Alcohol Dependence 81 179 188 Marujo H A Neto L M Caetano A amp Rivero C 2007 Revolu o positiva Psicologia positiva e pr ticas apreciativas em contextos organizacionais Comportamento Organizacional e Gest o 13 1 115 136 McKenzie J F Neiger B L amp Smeltzer J L 2005 Planning implementing and evaluating health promotion programs A primer 4 edi o San Francisco Benjamin Cummings Melo I amp Marques L R 2006 Gest o da ira Colec o Saber Viver Loures Desafio Jovem Melo I amp Marques L R 2007 Amor e aut
83. que os LSD os cidos essa coisada toda e depois mergulhamos mais a fundo no mundo das inject veis come ando talvez pela hero na que uma droga doce simp tica suave e depois espontaneamente provando tamb m cocaina que uma droga acelerativa muito espevitar e muito querer consumir cada vez mais ou seja a coca na talvez a droga talvez quanto a mim mais destrutiva porque exige muito do nosso ou seja n s exigimos muito dela e ela exige muito de n s uma 98 droga muito muito agressiva tens que consumir muito porque ela d um flash espectacular e depois percebes Mas pronto a caminhada vai por a vai por a n o pelas mais fracas E Mas no seu caso espec fico portanto quando entrou o grande problema em parar de consumir era que droga Todas JA N o porque depois h umas que por exemplo h uma altura da vida em que elas s o principais n o e depois conforme vamos caminhando elas tornam se irrelevantes e as outras que se tornam principais ou seja a hero na depois tornou se a principal delas todas n o a hero na tornou se a principal delas todas Eu lembro quando entrei no centro estava a consumir cerca de tr s gramas por dia A n vel monet rio era muito dinheiro tinha que ter o suficiente para vender consumir e ganhar dinheiro para depois ir comprar outras cinco ou outras dez para depois tornar a consumir e a vender e depois esse ciclo a
84. que come ou a consumir era mais no sentido de que complica es pensa que aconteceram por causa de ter estado nas drogas AM Ah as complica es que tive foi ter perdido sei l relacionamentos com pessoas com a fam lia neste caso por acaso j n o existem os meus pais j faleceram ham n o vou dizer que faleceram por causa disso mas uma das grandes causas foi essas m s vidas talvez parte do lado da minha m e ham foi ter perdido por exemplo o emprego j mais que uma vez foi ter tido situa es ter e estar em situa es monet rias bastante complicadas o ter ficado sem nada o ter perdido tudo o chegado fase das d vidas n o ainda tenho agora por exemplo tenho d vidas grandes p e no fundo no fundo eu mesmo n o Eu mesmo eu pr prio o que que eu levei da N o levei nada N o chegando agora realidade n o olhando para tr s eu vejo que realmente o que que houve n o N o houve nada houve desgra a e houve suspiro n o houve nada pronto no fundo isso E Nesse caso se alguma coisa o que que considera ter aprendido ou o que que de positivo acha que essa experi ncia lhe trouxe AM N o o positivo positivo positivo estranho estar a dar uma resposta destas porque positivo eu n o vejo nada positivo naquilo a euforia do momento Chamemos lhe assim talvez fosse bom na altura n o N o vou dizer que n o p
85. que nos passava j bastante ao lado Yah N o f cil mas vale a pena Yah n o f cil mas vale a pena O programa feito de fases s o fases que se conquistam ao longo dos meses somos avaliados sempre todos os dias temos um conselheiro como tu sabes n o e somos sempre avaliados conforme as nossas atitudes e a nossa postura perante as pessoas e o programa na rea laboral na rea espiritual e social a vamos evoluindo percebes Yah E E o que que o ajuda mais para mesmo quando v m esses pensamentos de desistir eu creio que possa j ter vindo algumas vezes JE Assobia Yah v rias vezes j pensei v rias vezes em desistir ham E O que que o ajuda mais para continuar JE esse prop sito com Deus ham em primeiro lugar eu n o quero voltar vida que eu tinha eu gostava de ser o J E que Deus quer que seja que eu seja n o Eu embora a consumir eu gra as a Deus sempre fui um bom pai um pai presente embora j separado da m e da minha filha sempre estive presente com a minha filha mas ham depois deu me uma branca perdi me qual a pergunta E Portanto a quest o o que que lhe ajuda mais para conseguir continuar apesar das dificuldades JE Ah yah Deus a minha vontade de vencer na vida sabes que at aqui n s come amos muita coisa e n o acabamos nada percebes desistimos a meio de muita coisa
86. que o ambiente dos centros terap uticos um dos factores importantes para a conclus o do programa Nas palavras da psic loga entrevistada primeiro o sentido de fam lia A possibilidade de encontrarem aqui novos relacionamentos novos la os familiares uma rede de suporte para os ajudar a ultrapassar as dificuldades e a baixa auto estima e assim construir um sentido n o um sentido de utilidade um sentido de que importante para algu m ham o que ajuda obviamente a construir um novo projecto de vida Entrevista 8 p 146 Anexo F Por fim um dos participantes indicou tamb m o factor da motiva o em resposta a esta quest o Se a pessoa de facto pressente que este um momento e um elemento bom para ele se reorganizar reaprender a viver a vida restaurar valores reorganizar se em termos afectivos e emocionais restaurar rela es com a fam lia no fundo d lhe algum equil brio Quando as pessoas n o fazem esse investimento se as pessoas n o est o muito motivadas para processo de mudan a apenas querem paragem de consumos a dada altura toda a din mica da comunidade que visa trabalhar se a autonomia de uma forma respons vel torna se enfadonha torna se muito exigente Entrevista 7 p 136 Anexo F Questionaram se os t cnicos acerca da exist ncia de sinais que na sua opini o indicassem maior ou menor probabilidade dos utentes do programa irem ter sucesso com o mesmo e as
87. relacionar cada ocorr ncia espec fica desse fen meno s suas restantes express es impediria a produ o de conhecimento cient fico acerca desse fen meno Zinnbauer amp Pargament 2005 A apresenta o das diferentes defini es que t m sido sugeridas para a espiritualidade religiosidade ultrapassa o objectivo deste trabalho para uma leitura mais aprofundada acerca deste tema ver Cook 2004 Pargament amp Mahoney 2002 Zinnbauer amp Pargament 2005 No entanto torna se necess rio indicar pelo menos sucintamente o que se entende por espiritualidade e por religiosidade Cook 2004 por todas as raz es explicitadas ao longo deste trabalho em rela o import ncia da clareza conceptual para a consequente clareza do conhecimento produzido por determinado estudo Nesse sentido especificamente em rela o espiritualidade e religiosidade torna se til basear a perspectiva adoptada no trabalho na compreens o que o pr prio grupo estudado tem desses mesmos conceitos Cook 2004 Zinnbauer amp Pargament 2005 O Desafio Jovem uma institui o crist de denomina o protestante mais especificamente evang lica pelo que a sua interpreta o de espiritualidade e de religiosidade assume contornos espec ficos que se relacionam de certa forma com a distin o comum entre estes conceitos discutida por Zinnbauer e Pargament 2005 e que pode ser compreendida atrav s das no es de religiosidade intr nseca e
88. repetidamente os clientes a est mulos associados ao consumo sem que possam consumir droga na tentativa de extinguir a associa o O Brien 1994 Shearer 2007 Desenvolvimentos recentes sugerem que 24 possibilitar que o toxicodependente consuma quantidades muito pequenas da droga seja uma potente forma de o ajudar a controlar os seus comportamentos pois a resposta fisiol gica imediata a pequenas doses da subst ncia pode servir sob condi es naturais como um est mulo para o consumo de doses maiores ver Siegel 2005 Tamb m a Preven o da Reca da cujo objectivo estabilizar e manter os novos padr es comportamentais adquiridos com o tratamento Simpson 2004 se baseia no condicionamento cl ssico As principais t cnicas que emprega incluem o treino de t cnicas de coping de resolu o de problemas para lidar com o desejo de consumir e com potenciais lapsos nos quais consuma e de t cnicas de assertividade para recusar drogas Shearer 2007 A no o de condicionamento operante postula que o refor o imediato do comportamento de consumo de drogas comportamento operante influencia a probabilidade de ocorr ncia desse comportamento Neste sentido foram desenvolvidas diversas t cnicas de gest o de conting ncias para enfraquecer e extinguir a pot ncia do refor o do comportamento dito adictivo Actualmente nos EUA recomenda se a implementa o de abordagens de gest o de conting ncias em programas de tratamento Um
89. sou fiel minha mulher n o n o me canso de dizer que ela bonita n o me canso de dizer que a amo n o me canso de tentar dar lhe o melhor Como filho n o me canso de andar com os meus pais ao colo no bom sentido da palavra de lhes telefonar de chegar a casa meter algum dinheiro de lev los s compras de lev los a passear Entrevista 4 p 110 Anexo F O outro valor indicado foi simplesmente o facto de viver A vida suspiro Viver Entrevista 6 p 133 Anexo F Tabela 35 Fontes de esperan a para o futuro utentes graduados Categoria Frequ ncia Constituir fam lia n 1 Espiritualidade n 2 Servir a Deus ajudar os outros n 1 Por ltimo a Tabela 35 sumaria as categorias de respostas dadas pelos ex utentes quest o O que lhe d esperan a num futuro bom que foi colocada com o objectivo de real ar novamente o positivo e de manter os indiv duos focalizados nos seus alvos positivos Dois utentes graduados indicaram que a espiritualidade representa a sua fonte de esperan a um dos quais referiu tamb m a possibilidade de servir a Deus ajudando os outros Deus assim com Deus n o estou te a ser o bacalhau espiritual como a gente tinha este termo l no centro mas acho que ele a base de tudo claro que tenho sonhos e um dos sonhos que eu tenho servir a Deus a tempo inteiro dentro do Desafio Jovem ou num futuro projecto que a igreja possa ter
90. tio onde eu me posso encontrar e conseguir ham voltar a ter aquelas coisas boas que eu tinha Encontrar ir buscar o que h de melhor de mim n o pronto as qualidades de car cter que n s precisamos para ser mais parecidos com Deus e tudo o mais e ent o pronto h sete meses que eu estou aqui sensivelmente Entrevistadora Quais s o as suas habilita es liter rias JE Eu tenho o s timo ano E Como come ou a frequentar os Caf s Conv vio Frequentou os Caf s Conv vio antes de entrar JE Yah yah estiva na Marques da Silva Na altura o meu Caf Conv vio estava fechado na minha zona eles estavam numa renova o daquilo restaurar aquilo ent o eu entrei pela Marques da Silva Quem me acompanhou foi o M J l era ele que me recebia e a L ham pessoas maravilhosas a quem eu devo muito tamb m e que me ajudaram bastante que levaram comigo nessa altura Eu estive sensivelmente um m s a frequentar a Marques da Silva antes de entrar E Portanto durante cerca de quanto tempo que consumiu JE Coca na E Sim JE Assobia p para a doze anos Doze anos Mas ao principio era uns cheiros de coca com muito ectasy mistura que eu sempre o meu mal sempre foi as anfetaminas speeds e coiso sempre gostei disso e ent o mas sensivelmente nove anos a mesmo a s rio coca na muito tr fico e consumo Yah Com a hero na foi para a dois anos e po
91. um ano ou pelo menos no meu tempo era porque eles estudaram e viram que um ano o tempo suficiente para uma pessoa ficar e 131 atingir um status espiritual para depois conseguir fazer uma vida normal ca fora Eu acho que foi muito isso que me fez permanecer no programa e terminar o programa com sucesso e ter a vida que tenho hoje p a vida que toda a gente tem que tem problemas tem altos e baixos sempre sempre controlados pela presen a de Deus porque eu tenho a convic o que Deus n o nos leva para l daquilo que n o conseguissemos suportar E Que qualidades pessoais suas que utilizou no seu tratamento para conseguir ganhar s drogas JG Ah vencer Vencer vamos falar na palavra vencer Que qualidades pessoais Vou te ser o mais sincero poss vel foi dizer n o percebo nada disto n o h nada que eu possa dar para vencer as drogas Eu estava habituado a viver sem regras sem hor rios chamado um bom vivant um sem abrigo mas dentro de casa tinha casa Ham mas a n vel de qualidades para vencer as drogas eu acho que cheguei l do tipo p fa am o que quiserem de mim porque eu n o tenho nada para dar que n o tinha mesmo Foi entrega porque eu n o tinha nada para dar N o conseguia ver em mim nada que conseguisse vencer aquilo E E que pessoas situa es ou coisas portanto o que que lhe deu mais energia coragem e for a para conseguir esta transform
92. um desejo de fazer uma coisa como deve ser esta verdade que revela um progresso e as coisas j aconteceram porque doutra maneira se eu tenho coisas eu posso fazer tipo uma capa uma m scara e digo s aquilo que conv m dizer e fazer e tamb m posso estar aqui um tempo normalmente essa malta fica sempre pelo caminho Aqueles que que se expressam assim s vezes at mesmo bruta assim sem sabedoria nenhuma mas que s o genuinos verdadeiros honestos percebes S o aqueles que no fim s o dif ceis de vencer mas que depois quando acontece acontece E Qu o satisfeito est na forma como ajuda os utentes a lutarem contra as drogas Isto portanto numa escala de um a dez em que um seria nada e dez seria mesmo o m ximo poss vel RC Oh p estaria no meio n o Estaria no meio no sentido de p tudo aquilo que eu fa o pela gra a de Deus estou muito feliz e Deus deu me capacidade e pouco a pouco tenho percebido que sou um homem melhor a n vel pessoal e naquilo que eu exer o e fa o fico muito feliz por muitas vezes desafiar o pessoal e depois ver que de facto eles entendem e entregam se a Deus e ficam at surpreendidos e dizem p tu no outro dia disseste me isso e depois vim a e aconteceu eu ver me usado muito fixe Agora para mim pessoalmente como homem e no meu car cter quando vejo algu m ir embora eu pergunto me sempre o que que n o fiz que devia faz
93. um papel determinante na vida das pessoas sabes os monitores os conselheiros do Desafio Jovem semelhan a do que se faz aqui no Caf Conv vio n s andamos com eles nas m os e oramos e damos um abra o e anda c n o penses assim e tal amanh vais pensar doutra maneira esta conversazinha assim miudinha ent o acho que eles s o especialistas nisso percebes Acho que eles gastam se e empenham se e fazem tudo por tudo para tentar mostrar a coisa da maneira mais positiva luz da Palavra e tentar elucidar nos para eu penso que foi isso talvez nalgumas conversas assim com o conselheiro que ele tenha mostrado por A mais B que era mais positivo ficar do que abandonar E Ent o nesse sentido considera que a f e a espiritualidade que viveu nesse programa o ajudaram de alguma forma a n vel de permanecer a n vel de concluir o programa JA Sim Sabes n o s a f e a espiritualidade mas toda a doutrina do Desafio Jovem apontam sempre para novos alvos novos objectivos ham promover a vida humana valorizar as nossas ambi es n o Por isso um aluno que entra l vai caminhando na f na espiritualidade tudo bem tem que ser assim n o porque sempre uma mais valia mas toda a doutrina do Desafio Jovem tem a ver com tu ainda podes ser um homem valente tu ainda podes ter a tua casa tu podes ter o teu emprego tu podes ter a tua mulher tu podes ter os teus
94. um per odo de tempo no qual o utente n o tem contacto com o exterior e no qual deve aderir s regras e tarefas que lhe s o estipuladas no programa Este per odo de introspec o e em conjunto com o foco espiritual religioso do programa estes factos poder o porventura aumentar o mal estar sentido pelo utente nesta fase inst vel Apesar disto a indu o que efectuada previamente ades o e o ambiente familiar da institui o poder o amenizar esses sentimentos Assim as precau es principais dos conselheiros e do staff dos programas especialmente nas primeiras semanas em que o utente se encontra em tratamento devem incluir o melhoramento do seu bem estar a todos os n veis de forma a que para al m do benef cio intr nseco de o fazer sentir se melhor e de melhorar a sua qualidade de vida este se sinta ajustado e enquadrado no tratamento e que seja capaz de tirar proveito do tratamento e de atingir os seus objectivos Bell Atkinson Williams Nelson amp Spence 1996 No entanto tendo em conta a pr pria natureza re estruturante de um programa de reabilita o relacionado com a toxicodepend ncia cujos novos utentes est o na maioria das vezes habituados a viver num mundo completamente desprovido de regras de hor rios de responsabilidades e de outras recompensas que n o as que prov m de estar sob o efeito de 45 droga parece inevitavel que exista algum nivel de desconforto Apesar disto os f
95. um sistema nervoso muito alterado percebes E eu lembro me de estar claramente mas isto lembro me claramente de estar deitado at no ch o da capela de Fanh es noite sozinho e pedia para que Deus me ajudasse n o s numa noite mas v rias noites seguidas Isso lembro me claramente n o e creio que toda a for a de vontade que houve a foi Deus que pegou em mim e me foi levantando a pouco e pouco E E o que que o ajudou mais para conseguir concluir o programa JA Ham o que me ajudou mais este programa muito ham muito apelativo n o Este programa muito excelente E h uma coisa que eu uma vez percebi que era assim ham quem acaba um programa do Desafio Jovem n o se torna um ex toxicodependente n o 102 Tu entras como toxicodependente mas para mim na minha maneira de ver as coisas n o acaba como um ex toxicodependente acaba como um filho de Deus n o e quando n s temos a percep o de que somos filhos de Deus ha uma responsabilidade espiritual muito grande sobre a nossa vida ou seja as drogas ficaram muito para tr s percebes N o sei se estou a fazer me compreender n o as drogas foi alguma coisa que nos levou at ali mas depois de um momento para o outro tudo se transformou H uma s rie de a necessidade de aprender quem somos porque estamos porque fazemos o que queremos fazer o que devemos fazer o que devemos aprender em que j n o tem muito a
96. vel n 1 Valoriza a vida fomenta um estilo de vida mais saud vel n 2 As respostas dos t cnicos quest o Que papel desempenha a espiritualidade na conclus o pelos utentes do vosso programa encontram se sumariadas na Tabela 44 Dois dos tr s t cnicos indicaram que fornece uma rede de apoio socioespiritual e igual n mero referiu que d valor s vidas dos utentes e fomenta neles um estilo de vida mais saud vel Exemplos sei que Deus n o se v mas tamb m sei que fruto dessa rela o com Deus e da rela o com outras pessoas que comungam as ideias que eu tenho com Deus aquilo a que chamamos a 205 igreja eu encontro uma rede de suporte muito grande desenvolvida uma f nova ou uma confian a nova na vida que a vida boa e que vale a pena viver Entrevista 7 p 142 Anexo F Um dos t cnicos indicou ainda que a espiritualidade representa uma refer ncia imut vel Podem mudar os sistemas ideol gicos pol ticos sociais mas digamos os valores e os princ pios espirituais n o mudam Prevalecem Tabela 45 Entrevista 7 p 142 Anexo F Factores centrais para a conclus o do programa t cnicos Categoria Apoio familiar Desejo de uma vida abstinente Espiritualidade Motiva o para a vida Frequ ncia n 1 n 1 n 2 n 2 A realiza o da pergunta Quais os factores que lhe parecem ser centrais para que uma pessoa conclua com sucesso o tra
97. viver estarem dispostas a lutar pela sua pr pria vida pronto n o serem dependentes seja do que 143 for ter uma boa estrutura familiar tamb m importante isso ajuda n o e conhecer Deus seriamente fazer de Deus um elemento indispens vel vida E Portanto fala em estruturas familiares h muitos utentes que FC Sim que n o t m ningu m esse um factor quem n o tem esse um dos factores quem n o tem os outros t m que estar isto como com os nossos sentidos quando um dos nossos sentidos desaparece ou o perdemos vis o audi o o que for naturalmente sem fazermos grande esfor o o nosso a tend ncia para a homeostase ou para o equilibro do nosso organismo leva a que um dos nosso sentidos se sobrevalorize para compensar n o isso a nossa tend ncia natural e a quem n o tem um suporte familiar quase que alguns desses factores t m que ser sobrevalorizados n o t m que ser mais experimentados que de facto ham a quest o deles estarem muito motivados para viver a vida quererem estar na vida a rela o com Deus sobretudo muito importante n o esses s o factores fundamentais porque sen o as pessoas que c temos connosco s o cada vez mais pessoas sofridas muito marcadas mesmo e esses s o factores que abandonando complicado Essa a raz o que as pessoas que terminam o programa mesmo j l fora a trabalhar com todos os factores present
98. 219 1241 Simpson D D 2004 A conceptual framework for drug treatment process and outcomes Journal of Substance Abuse Treatment 27 99 121 Simpson D D amp Joe G W 1993 Motivation as a predictor of early dropout from drug abuse treatment Psychotherapy 30 2 357 368 Simpson D D Joe G W amp Rowan Szal G A 1997 Drug abuse treatment retention and process effects on follow up outcomes Drug and Alcohol Dependence 47 227 235 Simpson D D Joe G W Rowan Szal G A amp Greener J M 1997 Drug abuse treatment process components that improve retention Journal of Substance Abuse Treatment 14 6 565 572 213 Sindelar J L amp Fiellin D A 2001 Innovations in treatment for drug abuse Solutions to a public health problem Annual Review Public Health 22 249 272 Sociedade Biblica de Portugal 1968 A Biblia sagrada contendo o velho e o novo testamento traduzida em portugu s por Jo o Ferreira de Almeida Edi o revista e corrigida Lisboa Sociedade B blica de Portugal Stotts A L Mooney M E Sayre S L Novy M Schmitz J M amp Grabowski J 2007 Illusory predictors Generalizability of findings in cocaine treatment retention research Addictive Behaviours 32 2819 2836 Substance Abuse amp Mental Health Services Administration 2001 Substance Abuse Prevention and Treatment Recovery Mental Health Services and Spirituality Partnerships That Work A L
99. F h muito um trabalho muito relacional acima de tudo fazer as pessoas sentirem se parte da fam lia essa a nossa grande preocupa o para al m daquilo que eu tenho procurado fazer os meus colegas muito que as pessoas sintam que n s somos uma grande fam lia Da vivermos c Entrevista 8 p 138 Anexo F Outras formas de fomentar a conclus o referidas pelos t cnicos inclu ram fomentar que os utentes estabele am objectivos recomecem a sonhar fomentar o desenvolvimento da sua f espiritualidade e viver o que ensinam ser modelos de esperan a acima de tudo atrav s de usando os princ pios da Palavra de Deus e levando os a acreditar e a sonhar Como Acima de tudo por aquilo que pelo meu testemunho pessoal Penso que a maior riqueza que a gente pode ter e que estes homens andam procura tem tudo a ver com n o com palavras prontos mas eles precisam de vida e a melhor vida que a gente pode dar a experi ncia que a gente j teve E acima de tudo faz los acreditar atrav s de uma coisa que eles podem conseguem ver n o palavras vas percebes nem vas nem vagas no sentido de dizer ah poss vel eles olharem e dizerem assim espera a mas onde que isso est quem que j viveu isso Penso que isso uma das mais valias que a gente pode ter no sentido de lhes dar faz los acreditar e sonhar mas perceber que isso pode ser pr tico e verdad
100. Foi num culto de 128 manha um culto de baptismo no Espirito Santo eu olhava para os lados e tal falar linguas diferentes e o caneco quais l nguas diferentes entretanto o C A come a a orar pelo pessoal ent o dentro de mim come a a sair uns sons esquisitos e naquele dia fomos todos baptizados no Esp rito Santo e eu eh isto que o baptismo no Esp rito Santo Ent o realmente tive um encontro com Deus at aqui tinha andado a apanhar bon s Pronto a partir da o programa do Desafio Jovem aquilo que o Desafio Jovem nos prop e come ou a fazer sentido E Ent o foi a que foi buscar for as JG Foi a que fui buscar for as ou seja a B blia diz esfor a te e tem bom nimo e eu entrei um bocado com isso porque foi antes de entrar para o programa eu fui a um culto e a prega o foi esfor a te e tem bom nimo porque eu venci o mundo Eu entrei nessa esfor a te e tem bom nimo esfor a te e tem bom nimo e tal vamos embora para a frente e tal at que tive um encontro com Deus no centro foi me dada uma folha onde eu li que Deus a cura total para o homem total A partir da comecei realmente comecei a ver que sem Deus p n o faz sentido Ainda que n s possamos ter muitas dificuldades e passar por muitas situa es dif ceis porque n o f cil a vida que uma pessoa leva c fora mas com Deus consegue se dar a volt
101. Jovem em Portugal Acedido a 20 de Janeiro de 2008 atrav s do URL http www desafiojovem pt artigo php tipo mostrar amp idartigo 2 Dias C A s d Discipulado o que Isso Acedido a 02 de Julho de 2008 atrav s do URL http paginas terra com br religiao bibliotecaevangelica Artigo Discipulado htm DiClemente C C 2003 Addiction and change How addictions develop and addicted people recover New York The Guilford Press Diener E Suh E M Lucas R E amp Smith H L 1999 Subjective well being Three decades of progress Psychological Bulletin 125 2 276 302 Feij o F 2004 Aspectos epidemiol gicos do uso de drogas In C Ferreira Borges amp H C Filho Alcoolismo e toxicodepend ncia Manual t cnico 2 pp 55 82 Projecto lcool tabaco drogas sa de Usos abusos e depend ncias Lisboa Climepsi Editores Ferreira Borges C amp Filho H C 2004 Aconselhamento Manual t cnico 1 Projecto lcool tabaco drogas sa de Usos abusos e depend ncias Lisboa Climepsi Editores 209 Ferreira Borges C amp Filho H C 2004a Alcoolismo e toxicodepend ncia Manual T cnico 2 Projecto Alcool tabaco drogas sa de Usos abusos e depend ncias Lisboa Climepsi Editores Ferreira Borges C amp Filho H C 2004b Caracteriza o e perspectivas hist ricas In Ferreira Borges C amp Filho H C Alcoolismo e toxicodepend ncia Manual t cnico 2 pp 3 27 Pr
102. Mahoney A 2002 Spirituality Discovering and conserving the sacred In C R Snyder amp S J Lopez Eds Handbook of positive psychology pp 646 659 Oxford UK Oxford University Press Patricio L D 1997 Face droga como re agir Lisboa Antunes amp Am lcar Lda Patr cio L D 2006 Droga Aprender para prevenir Abrantes Portugal Abrangr fica Piedmont R L 2004 Spiritual transcendence as a predictor of psychosocial outcome from an outpatient substance abuse program Psychology of Addictive Behaviors 18 3 213 222 Piedmont R L 2005 The role of personality in understanding religious and spiritual constructs Jn R F Paloutzian amp C L Park Eds Handbook of the psychology of religion and spirituality pp 253 273 New York The Guilford Press Poage E D Ketzenberger K E amp Olson J 2004 Spirituality contentment and stress in recovering alcoholics Addictive Behaviours 29 1857 1862 212 Poiares C A 2004 Evolu o da legisla o sobre subst ncias il citas Jn C Ferreira Borges amp H C Filho Alcoolismo e toxicodepend ncia Manual T cnico 2 pp 199 208 Projecto lcool tabaco drogas sa de Usos abusos e depend ncias Lisboa Climepsi Editores Polcin D L amp Zemore S 2004 Psychiatric severity and spirituality helping and participation in Alcoholics Anonymous during recovery The American Journal of Drug and Alcohol Abuse 30 3 577 592
103. Miller e Rollnick definiram as Entrevistas Motivacionais que representam provavelmente o tipo mais conhecido de terapias de melhoramento motivacional como um m todo directivo e centrado no cliente de melhoramento da motiva o intr nseca para a mudan a atrav s da explora o e resolu o da ambival ncia cit por Shearer 2007 p 44 Os componentes elementares das Entrevistas Motivacionais incluem empatizar desenvolver discrep ncia entre as auto imagens do cliente incompat veis com a que tem de si mesmo enquanto consumidor evitar se confrontar a sua resist ncia e apoiar se a sua auto efic cia Estes componentes processam se atrav s de quest es abertas de escuta activa de afirma es e de resumos Shearer 2007 Por sua vez as interven es comportamentais baseiam se em perspectivas de condicionamento cl ssico ou de condicionamento operante O condicionamento cl ssico postula que o est mulo que antecede o refor o potencia o comportamento e a sua aplica o abrange a compreens o do fen meno da reca da No contexto da toxicodepend ncia os est mulos externos e internos pr vios utiliza o cues associados repetidas vezes aos efeitos do consumo de drogas prazer sentido ap s a utiliza o come am a gerar a resposta condicionada o comportamento de consumo Siegel 20051 T m sido utilizadas determinadas t cnicas baseadas nesta teoria Por exemplo a Exposi o de Est mulos Cues na qual se exp em
104. N o n o tive passado de drogas 135 E Ent o na sua opini o o que que faz com que os utentes do Desafio Jovem que completam os seus programas n o desistam prematuramente FC Hum hum as pessoas que fazem o programa porque que n o desistem prematuramente Bom isso tem muitos factores na minha opini o ao fim destes anos algumas vezes tem a ver com acima de tudo tem a ver com a reorganiza o que cada um faz medida que est c dentro n o as pessoas podem vir tem a ver com a motiva o As pessoas podem vir para um programa apenas para ter um lugar onde possam pernoitar e sentir se cuidados onde dormir onde comer onde n o t m a responsabilidade de ter que de saber que v o ter que pagar renda gua luz por a adiante e entre estar nas ruas o estar c melhor que isso Outros podem vir porque querem apenas parar com consumos Se as pessoas t m apenas essa motiva o a dada altura um programa terap utico numa comunidade torna se um bocado rotineiro e at limitativo n o As pessoas acabam por ir embora porque est o cansadas de ter uma estrutura que os est a ajudar a crescer e n o essa a motiva o a motiva o apenas parar com consumos e apenas se calhar ter um lugar onde pernoitar e a h outras alternativas que permitem s pessoas fazer o que quer e apetece Se as pessoas v m e h digo assim um cansa o e h um desejo por mais do que apenas parar com consumos de reorga
105. Naturalmente este processo implica a monitoriza o cont nua do progresso do utente Simoneau amp Bergeron 2003 De facto h quem considere que a abordagem Rogeriana representa um elemento fundamental n o s do terapeuta mas tamb m de todo o staff do centro e at ao ponto em que for poss vel dos outros utentes do mesmo visto que facilita o estabelecimento de uma rela o terap utica forte positiva e que aumenta a esperan a do indiv duo sem o fazer sentir se pressionado nem for ado a assumir determinadas atitudes comportamentos ou escolhas Simoneau amp Bergeron 2003 Torna se fundamental notar a import ncia que a qualidade da rela o terap utica assume num processo de recupera o da toxicodepend ncia trata se de um processo que implica a reestrutura o global de um indiv duo o que por si s aparenta causar um desconforto substancial que para al m disso geralmente usufrui de pouco ou de nenhum apoio social e cujo passado relacional ter provavelmente marcado negativamente desequilibrado ou debilitado as suas capacidades sociais actuais Adicionando a este facto o contexto das comunidades terap uticas implica uma viv ncia muito pr xima prop cia ao desenvolvimento de relacionamentos fortes e marcantes pelo que a responsabilidade do conselheiro de servir de modelo funcional se torna expl cita 46 Neste sentido integrando elementos da Teoria da Aprendizagem Social de Bandura 2003 e do m
106. Portugal Actualmente esta Fanh es representa o centro de reinser o social e a sede da institui o Fazer um caldo Preparar a droga hero na coca na etc para a injectar desde a sua dissolu o sua introdu o na seringa Flash Sensa o ou viagem provocada pelos efeitos psicoactivos do consumo de diversas drogas IDT Instituto da Droga e da Toxicodepend ncia Joaquim Urbano Refer ncia ao Hospital Joaquim Urbano no Porto Mandar um caldo Injectar se Mandar um chuto Ver Mandar um caldo Mandrax Comprimidos que cont m Metaqualona principalmente consumidos na frica do Sul Esta subst ncia tem um efeito sedativo semelhante ao dos barbit ricos podendo ser categorizada como psicol ptica ou depressora do SNC Marques da Silva Refer ncia a um Caf Conv vio em Lisboa cuja morada na rua Marques da Silva perto dos Anjos 164 Opera o Josu Grupo evangel stico do Desafio Jovem que trabalha em pris es hospitais bairros degradados e de risco e na rua em geral Orar Falar com Deus Padrinho Um consumidor mais experiente que baptiza outro numa determinada droga Palavra de Deus A Biblia Patriache Refer ncia Associa o Le Patriache Pinto Coelho Refer ncia cl nica Dr Manuel Pinto Coelho Pregar Ensinar a B blia perante uma assist ncia Remar Refer ncia Associa o Remar Portuguesa Rohypnol Comp
107. Prochaska J O DiClemente C C amp Norcross J C 1992 In search of how people change Applications to addictive behaviors American Psychologist 47 9 1102 1114 Ravenna M H lzl E Costarelli S Kirchler E amp Palmonari A 2001 Diary reports on emotional experiences in the onset of a psychosocial transition Becoming drug free Journal of Community amp Applied Social Psychology 11 19 35 Ribeiro J S 2004 Pol ticas p blicas sobre subst ncias il citas Jn C Ferreira Borges amp H C Filho Alcoolismo e toxicodepend ncia Manual t cnico 2 pp 189 198 Projecto lcool tabaco drogas sa de Usos abusos e depend ncias Lisboa Climepsi Editores Scheier M F Wrosch C Baum A Cohen S Martire L M Matthews K A Schulz R amp Zdaniuk B 2006 The Life Engagement Test Assessing purpose in life Journal of Behavioral Medicine 29 3 291 298 Schuckit M A 1995 Drug and alcohol abuse a clinical guide to diagnosis and treatment 4 ed New York Plenum Press Shearer J 2007 Psychosocial approaches to psychostimulant dependence A systematic review Journal of Substance Abuse Treatment 32 41 52 Siegel S 2005 Drug tolerance drug addiction and drug anticipation Current Directions in Psychological Science 14 6 296 300 Simoneau H amp Bergeron J 2003 Factors affecting motivation during the first six weeks of treatment Addictive Behaviours 28 1
108. Reentrada A fase terminal do programa focaliza especialmente uma reinser o saud vel do utente de forma a que este reencontre o seu lugar na sociedade Neste sentido engloba um aumento na frequ ncia das suas idas a casa que passam a ocorrer de forma semanal e um aumento do tempo de fim de semana no sentido em que ap s decorrido o primeiro m s da 4 fase o residente poder abandonar a comunidade sexta feira noite Orienta se o residente na procura de emprego e este poder assumir fun es no mesmo quando tiver completado dois meses e meio na 4 fase Nessa altura o residente poder imediatamente requerer a sua transfer ncia para um apartamento terap utico ou casa de sa da continuando a 41 ter de comparecer na comunidade para participar em algumas reuni es Os objectivos espec ficos desta fase englobam que o utente Seja um exemplo s lido de estabilidade social emocional f sica e espiritual Tome a iniciativa continuando a reconstruir as suas rela es familiares e com outros significativos Continue a solidificar os seus planos e objectivos pessoais Apresente um relat rio mensal de auto avalia o relativamente aos seus progressos e necessidades em v rias reas laboral social emocional e espiritual definindo tamb m alvos para um futuro a curto prazo O fim do programa de reabilita o atingido com esta fase quando o residente come ar a exercer uma actividade profissional fora da ins
109. VI ANEXOS Indice dos Anexos Indice de Tabelas e Quadros Anexo A Desenvolvimento de temas abordados em II 1 1 Anexo Al Breve resenha hist rica de algumas drogas Anexo A2 Tipologias de subst ncias psicoactivas Anexo A3 Diferencia o entre uso abuso e depend ncia Anexo A4 Dados epidemiol gicos relativos toxicodepend ncia Anexo B Desenvolvimento de temas abordados em 1 1 2 Anexo Bl Modelos e teorias de mudan a relacionados com a rea do tratamento da toxicodepend ncia Anexo B2 Dimens es da recupera o Anexo B3 Diversos contextos para a recupera o Anexo C Acerca do Desafio Jovem Anexo Cl Apresenta o do Desafio Jovem Anexo C2 Um dia t pico em Castanheira do Ribatejo Anexo C3 Vers culos b blicos que fundamentam a ac o do Desafio Jovem Anexo C4 As fases do programa do Desafio Jovem Anexo D Desenvolvimento de temas abordados em 11 3 Anexo D1 T cnicas desenvolvidas para fomentar a conclus o dos tratamentos Anexo D2 Aspectos relevantes para a discuss o da espiritualidade religiosidade Anexo D3 Gui o de um inqu rito n o aplicado neste estudo Anexo E Gui o utilizado nas entrevistas realizadas Anexo F Transcri o das entrevistas Entrevista 1 Actual utente seis meses de programa Entrevista 2 Actual utente sete meses de programa Entrevista 3 Actual utente onze meses de programa Entrevista 4 Ex utente graduado ha dezass
110. a 133 JG assim o programa nas regras do programa estabelece se tu seres integrado na tua igreja local ao qual vais ter a oportunidade de escolheres uma igreja durante a fase do programa que est s a vir a casa e vais escolher uma igreja Eu escolhi o Centro Crist o Vida Abundante que na minha altura era em Lisboa na avenida Jo o XXI h dezassete anos atr s hoje em Moscavide e em Alvalade eu frequento o CCVA de Moscavide Portanto isso j faz parte das regras do programa tu seres inserido numa igreja local para que possa haver acompanhamento espiritual porque n o fazia sentido o programa ter um nfase espiritual como tem e depois sa res c para fora o que muito pessoal diz p eu estou no centro A ou na institui o B ou na institui o C mas saio c para fora e vou direito outra vez ao lixo porque n o h um acompanhamento daquilo que feito no programa E Mas na altura imaginava se a manter contacto com a igreja JG Sim claro porque fazia parte j tinha interiorizado isso quando sa sse do programa frequentar a minha igreja local inserir me na igreja local E At quando JG Ham at que Deus me diga para o ir servir a tempo inteiro E O que lhe faz dar valor ao seu presente JG A vida suspiro Viver E acima de tudo Deus A presen a de Deus E O que que lhe d esperan a num futuro JG Deus assim com Deus n o estou
111. a E Acredito que dentro do programa possam ter vindo por vezes pensamentos de desistir n o sei se se passou isso consigo ou n o mas nesse sentido eu queria perguntar o que que lhe ajudou mais para concluir o programa nessas situa es se que ocorreram JG assim dentro do programa ham n s passamos por v rias etapas cada um diferente vem pessoal de todo o lado pessoal de boas fam lias m s fam lias vem pessoal da pris o p vem conhecemos carradas de gente ham e passa nos muita coisa pela cabe a H uma altura no programa que a passagem de fase que n s eu falo por mim digo assim p j estou bom j me posso ir embora j me posso ir embora porque eu j estou bom E isso n o verdade porque a primeira fase do programa h uma ilus o dentro de n s e isso depois tem que ser ultrapassado com ajuda E E o que que o ajudou mais para conseguir continuar nessas alturas mesmo apesar disso 129 JG O que me ajudou mais Tive bastante ajuda do meu conselheiro p as promessas de Deus aquilo que est mesmo presente na B blia que Deus tem um prop sito tem um plano para n s e isso deu me bastante for a para seguir em frente porque eu j estava metido dentro disto p e uma pessoa que que est com Deus dificilmente sai n o a quest o de sair ham volta para tr s Tendo no o daquilo que se est a passa
112. a o positiva na sua vida JG Ham p o que que me deu mais energia Se calhar foi uma satura o uma satura o de vida sabes porqu Chega a um ponto a gente estamos saturados antes de chegar a um estado em que j estamos mais deplor veis e j a um estado que a gente costuma ver na rua ham foi uma quest o de satura o e e desconforto Porque eu tinha consci ncia que aquilo n o era vida para mim foi em parte essa situa o Satura o e desconforto que me levou a ir mais frente E Numa escala de um a dez qu o satisfeito est com a maneira como lutou contra as drogas Portanto um seria nada e dez seria n o podia estar mais satisfeito JG assim na minha situa o acho que eu vou para os dez porque consegui atingir o objectivo a que me predispus que foi acabar com as drogas na minha vida N o sabia o que vinha para al m das drogas se vinha alguma coisa de bom e realmente veio Deus E Porque n o escolheu o n mero abaixo 132 JG Porque acho que ou havia um ou dez Ou ganhava ou n o isto uma batalha ou ganhas ou perdes E E o que teria que acontecer para subir mais um ponto para al m da escala ter de aumentar JG O que tinha que acontecer p acho que a escala j vai nos vinte porque j aconteceram tanta coisa J aconteceu tanta coisa E Se lhe fossem concedidos tr s desejos o que pedia para o futuro
113. a A G E subjectiva ga R uma caracter stica humana natural H pessoal e S mal fica a I uma fonte de conflito interno T baseada na experi ncia J Baseia se em cren as so U Pode ser positiva ou negativa a K din mica Anexo E Gui o utilizado nas entrevistas realizadas Tabela 4 Gui o da Entrevista Realizada Amostra de Actuais Utentes do Desafio Jovem 54 Dados demograficos Razoes para adesao Passado de consumos Raz es para reten o Expectativas para o futuro 1 Idade 2 Sexo 3 Habilita es 4 Onde e com quem vivia antes de ingressar no Desafio Jovem 1 Porque entrou para o programa do Desafio Jovem 2 Como come ou a frequentar os Caf s Conv vio 3 Quanto tempo frequentou os Caf s Conv vio 1 Que drogas consumia antes de entrar 2 H quanto tempo consumia 3 Quais as maiores complica es na sua vida que pensa terem sido fruto dos seus consumos 4 O que considera ter aprendido na sua experi ncia de consumo de drogas 5 Frequentou outros programas de tratamento Quantos e quais Porque n o resultaram porque recaiu 1 Onde vai buscar for as para ganhar esta luta contra as drogas 2 O que est a ajudar mais para conseguir seguir o programa 3 O que tem que acontecer para que permane a nele at ao fim 4 A f e a espiritualidade que viveu neste programa ajudaram no a de alguma forma 5 Quais as qualidades pessoais que coloca no seu trat
114. a entre legalidade e ilegalidade de uma subst ncia psicoactiva depende de um conjunto de factores sociais culturais etc Contudo esta distin o n o tem um car cter puramente dicot mico visto que n o se restringe s subst ncias em si mesmas Na realidade podem ser imputados diferentes tons de legalidade forma como as subst ncias s o produzidas e comercializadas s quantidades e objectivos com que se transportam e s quantidades e circunst ncias nas quais s o consumidas A actual legisla o portuguesa no que diz respeito a drogas exemplifica este facto Ribeiro 2004 expondo uma terceira forma de classifica o das subst ncias psicoactivas de acordo com a legalidade ilegalidade de determinados aspectos da sua utiliza o prevista pela lei vigente num determinado contexto Anexo A3 Diferencia o entre uso abuso e depend ncia Por utiliza o podem entender se as experi ncias de consumo iniciais que poder o ou n o levar a consumos subsequentes e tamb m a utiliza o apropriada de determinadas subst ncias e g lcool como desinfectante Por sua vez o abuso e a depend ncia que representam formas de consumo problem ticas constam como categorias de diagn stico no DSM IV American Psychiatric Association APA 1994 1996 Schuckit 1995 com base no qual o abuso pode ser diagnosticado dependentemente da presen a de um ou mais dos crit rios indicados ver a Tabela 1 enquanto o diagn stico de depend n
115. a sentido Ham at porque eu estudei tenho praticamente o d cimo segundo ano e sabia que as pessoas quando nascem n o t m que for osamente andar a viver mal as pessoas t m que ter alguns objectivos na vida e t m que ter alguma vontade de querer evoluir como ser humano e ent o busquei um processo de recupera o e entrei num centro E E portanto vivia com quem antes de ingressar no Desafio Jovem JA Vivia com os pais E E agora onde vive e com quem JA Agora casei depois de ter sa do do programa casei vivo com a minha esposa n o temos filhos estamos casados h dezasseis anos e e gra as a Deus Nunca mais consumi nunca mais fumei bebo o que tenho que beber refei o e pronto tenho um grupo de amigos que se pode considerar excelentes pessoas porque t m valores morais altamente baseados na 97 Palavra de Deus e isso para mim uma mais valia para algu m se fundamentar num estilo de vida saud vel porque o homem precisa de ter o seu circulo social rodeado de amigos para as alturas boas e para as alturas m s e em que as nossas emo es n o se baseiam em fumar agora um charro ou mandar agora um chuto pronto tudo mudou o passado aquilo que parecia um grande obst culo e um grande pesadelo passado um ano ano e meio acho que estive mais algum tempo no programa acho que estive perto de dois anos ou dezoito meses ou o que que foi ham em dezoito meses Deus mudou a
116. a tipo de caso com que se podera posteriormente entrar em contacto Outro tipo de t cnicas potencialmente teis que se relacionam com a indu o do paciente ao tratamento e que naturalmente tamb m se localizam temporalmente antes do in cio do mesmo concretizam se na indu o dos clientes relativamente aos pap is que ir o desempenhar uma vez que se encontrem em tratamento Dessa forma os utentes estar o pr via e adequadamente preparados no que respeita s atitudes percep es reac es e comportamentos que dever o incorporar ao longo do programa e facilitar se que estabele am expectativas realistas em rela o aos conselheiros e ao staff do mesmo aos futuros colegas e ao pr prio programa de tratamento Simoneau amp Bergeron 2003 No Desafio Jovem este papel desempenhado actualmente pelos Caf s Conv vio Ainda neste sentido a discuss o pr via com o utente de alguns impasses e bloqueios que poder o surgir ao longo do tratamento como a sua potencial percep o prematura de que este j foi bem sucedido antes de o ter conclu do e das mudan as que efectuou terem sido firmemente consolidadas poder evitar que o utente ponha em risco a qualidade e at mesmo o sucesso da sua reabilita o abandonando precocemente o programa Outro elemento relevante deste tipo de t cnica concretiza se num estabelecimento inicial de objectivos uma vez que fortalece o compromisso com a mudan a Simoneau amp Bergeron
117. acho que dez Eu acho que a nota maxima mesmo eu tenho feito uma luta constante n o s comigo mas tamb m pelas outras pessoas que v m ao Caf Conv vio porque eu acho que n o a droga faz nos sofrer tanto e a mim faz me confus o e eu ainda h bocado mencionei isso a Palavra diz quem est de p cuide se para n o cair mas s vezes a mim faz me confus o que h pessoas que v o l mesmo direitinho saem do programa e v o l mesmo direitos a primeira coisa que fazem meterem se outra vez na droga e isso faz me confus o Portantos e eu luto eu luto contra isso Por isso que eu digo que dez o valor Tenho mesmo lutado contra isso E Porque que n o escolheu o n mero abaixo RL O n mero abaixo tamb m pode ser o nove tamb m pode ser porque est muito pr ximo do dez n s s vezes h aquelas falhas n s temos falhas n o reca das mas temos falhas v m carneirinhos ao pensamento mas escolhi porque eu acho que o dez o adequado Porque eu me tenho esfor ado bastante e depois assim h uma coisa que aqueles anos todos que eu estive no Desafio Jovem praticamente n s estamos numa redoma de vidro Eu at chamo ao Desafio Jovem as urg ncias de um hospital porque qualquer coisa que nos aconte a e n s temos ali as pessoas m o pessoas que servem a Deus que nos podem ajudar E tu vens c para fora tudo isso ficou para tr s Tens que ser tu com aqu
118. acto o objectivo que reiterou a inclus o desta quest o prendia se principalmente com fazer os inquiridos ponderar acerca das suas for as pessoais esperando se que a tomada de consci ncia dessas qualidades lhes permita potenci las ao longo do tratamento e escudarem se nelas em alturas dif ceis 175 Tabela 17 Fontes de energia coragem e for a actuais utentes Categoria Frequ ncia Apoio social familiar n 1 Espiritualidade n 3 Leitura n 1 Modelagem aprendizagem vicariante n 2 Ver progresso e querer mais n 1 A Tabela 17 resume as respostas dadas pelos utentes quest o O que lhe d mais energia coragem e for a para conseguir esta transforma o positiva na sua vida nas quais novamente todos os inquiridos referiram a espiritualidade Talvez a utiliza o do instrumento RCOPE Pargament Koenig amp Perez 2000 pudesse permitir discernir de que forma isto ocorre Dois participantes mencionaram ainda a modelagem enquanto o outro indicou o apoio familiar e a leitura e por fim somente um participante atribuiu import ncia a ver progresso e querer mais Tabela 18 Satisfa o na forma como tem lutado actuais utentes Categoria Frequ ncia Classifica o 9 n 2 8 n 1 Porque valoriza a forma A mudan a j alcan ada n 2 como tem lutado Ambiente de protec o no centro n 1 Desejo de n o voltar atr s n 1 O que ainda pode Continuar assim n 1 melhorar Fortalecer a mudan a n 2 A Tabela
119. afio Jovem que esta institui o tenha anos e anos e anos de vida e que continue a fazer o que tem feito at agora e aqueles que c est o que consigam fazer o programa e que consigam acreditar em Deus e que consigam fazer uma vida boa na sociedade inseridos na sociedade sem problemas p seja l do que for de lcool de drogas seja l do que for sexo o caneco tudo o que pronto o que mau digamos assim Ham e que haja mais pessoas ham a realizar o trabalho que eles est o a realizar n o em termos de conselheiros cooperadores directores pastores que saiam que haja fruto daqui de n s alunos n o Neste caso somos n s No fundo no fundo se formos a ver bem todos n s viemos de tirando excep es n o h casos que n o vieram das drogas n o E nem sequer t o pouco passaram pelo programa e hoje fazem parte do Desafio Jovem Temos v rias situa es mas talvez 90 95 n o sei n o posso estar agora a fazer com percentagens mas se calhar foi tudo o que passou pelo programa n o Portanto isso que eu posso desejar e isso que tenho no cora o que isto continue como institui o e cada vez melhor n o cada vez tenha mais for a para poder ajudar quem realmente necessita seja l a situa o que for Ham sim no fundo isso E E o que pretende atingir ao completar o programa AM p o que eu pretendo atingir ao continuar no programa continuar no
120. afio Jovem que homens e mulheres ham dispostos a gastar se por estas pessoas que t m problemas com drogas n o Esse descomprometimento tamb m atinge as pessoas que n o t m problemas com drogas e muitos crist os Gente sens vel e dispon vel para perceber que a nossa sociedade est a passar por momentos muito pr prios de o ser humano est entregue a si mesmo h uma desresponsabiliza o total e quando come a a haver problemas de ordem moral muito fortes de consci ncia n s legalizamos que para resolver o problema Aconteceu assim com o consumo de drogas aconteceu assim com o aborto e por a adiante e aqui n o tem a ver mesmo com a minha perspectiva nem com os valores crist os uma an lise puramente seca e real da realidade Portanto eu gostaria muito de ter gente que tem um desejo grande forte de ajudar pessoas e que estaria disposto a gastar se Desejava tamb m se calhar as pol ticas algum olhar que o governo tem para esta problem tica que quer ajudar pessoas e quer organiz las mas mais no mbito social que n o apare a que h muitos problemas mais do que ajudar pessoas em si portanto estamos mais preocupados com estruturas e com 145 din micas sociais e pol ticas sociais mais do que ajudar pessoas verdadeiramente E essas pol ticas t m levado a que as pessoas na rua estejam muito acomodadas e resignadas e conformadas Olhe e depois se calhar at por uma quest o de coer ncia gostava mui
121. ais influente para a recupera o do que determinados tratamentos profissionais como a preven o de reca da ou a terapia cognitiva Shearer 2007 Para al m disto diversos membros de organiza es de 12 passos avaliaram a sua participa o nesses grupos como bastante ou extremamente importantes para 22 a sua recupera o Galanter et al 2007 o que sugere a utilidade e benefic ncia deste tipo de organiza o Finalmente mencionam se alguns tipos de tratamentos profissionais e algumas das t cnicas utilizadas actualmente neste campo Existe uma quantidade de t cnicas psicoterap uticas especificas para o tratamento das depend ncias Sindelar amp Fiellin 2001 e diversos factores dificultam a sua efic cia ver White amp Kurtz 2006 p 36 comum os indiv duos s recuperarem ap s v rias tentativas e tratamentos evidenciando a exist ncia de um efeito cumulativo que potencia a mudan a Prochaska et al 1992 DiClemente 2003 White amp Kurtz 2006 De facto o tratamento para a toxicodepend ncia representa um processo complexo e continuo no qual necess rio envolver e manter os toxicodependentes encorajando os ao seu cumprimento Shearer 2007 Simpson 2004 As interven es e t cnicas existentes englobam diversas abordagens farmacoterapia aconselhamento profissional interven es focadas na melhoria motivacional t cnicas de Exposi o a Est mulos Cues t cnicas de Preven o de Reca das t cni
122. al como mostram muitos artigos dessa poca especialmente no final dos anos 80 e in cio dos anos 90 Bergin 1991 Ozorak 2005 Paloutzian amp Park 2005 Piedmont 2004 Zinnbauer amp Pargament 2005 Este interesse renovado deve se pelo menos em parte ao reconhecimento de que esses conceitos usufruem de um car cter central e nico ao ser humano Piedmont 2005 e no campo da sa de o interesse dos pr prios pacientes nesses assuntos parece ter desempenhado um papel importante Jornais americanos indicam que 88 dos doentes nos EUA acreditavam que a espiritualidade religiosidade e a f podiam ajudar recupera o e que 77 mostraram querer que os seus m dicos prestassem aten o s suas necessidades espirituais religiosas Especificamente na area do tratamento da toxicodepend ncia alguns toxicodependentes em recupera o tamb m indicam que preferiam que o seu programa de tratamento incorporasse a componente espiritual religiosa Galanter et al 2007 Para al m disto a rela o existente entre a disseminada modalidade de 12 passos e esses conceitos ver Anexo B3 e a percep o de que atribuem significado recupera o potenciando a sua estabilidade tem influenciado esse aumento de interesse Galanter 2006 Nos EUA a 50 Substance Abuse and Mental Health Services Administration SAMHSA 2001 tem vindo a apoiar organiza es baseadas na f envolvidas no tratamento para o abuso de subst ncias Uma das form
123. amb m s o muitas solicita es n o e acabamos por n o poder fazer tudo aquilo que gostar amos de poder fazer E Para al m das perguntas que lhe fiz tem mais alguma coisa que gostasse de acrescentar I Ham pronto s gostaria de dizer que deixar as drogas n o n o dificil o mais complicado viver longe delas e de facto fazer um programa apenas o princ pio para uma batalha muito grande que vai ser travada ao longo da vida da pessoa n o acredito que com a f com a rede de suporte com h bitos de vida saud veis a pessoa capaz de vencer esta batalha n o mas precisa de ajuda de todos e de todos implica fam lia implica t cnicos implica rede de sa de ham implica relacionamentos afectivos com significado e obviamente a igreja local que pode dar todo o suporte espiritual e toda a rede de ajuda a estas pessoas Entrevista 9 Conselheiro na Castanheira do Ribatejo R C Pronto o meu nome R C sou do Algarve e vivi muitos anos em Lagos Trabalhei j em v rias coisas na constru o civil trabalhei em varias empresas de constru o civil mas isso n o significa que n o tenha tido estudos tenho o d cimo segundo ano de contabilidade e gest o ainda que incompleto falta uma disciplina mas pronto tenho o curso t cnicoprofissional de contabilidade ham ainda que nunca enveredei por esse ramo E Quais que s o as suas fun es no Desafio Jovem e ha
124. amento para ganhar s drogas 6 O que lhe d mais energia coragem e for a para conseguir esta transforma o positiva na sua vida 7 Numa escala de 1 a 10 qu o satisfeito a est consigo mesmo na maneira como tem lutado contra as drogas Porque n o escolheu o n mero abaixo O que tem que acontecer para subir meio ponto 1 Se lhe fossem concedidos 3 desejos o que pedia para o futuro do DJ e de todos os que c est o ou v o passar 2 O que pretende atingir ao completar o programa 3 Como pensa atingir esses objectivos 4 Imagina se a manter contacto com a Igreja at quando 5 O que lhe d esperan a num futuro bom Tabela 5 Gui o da Entrevista Realizada Amostra de Utentes Graduados do Desafio Jovem 55 Dados demogr ficos Raz es para ades o Passado de consumos Raz es para reten o Expectativas que tinha para o futuro 1 Idade 2 Sexo 3 Habilita es 4 Onde e com quem vivia antes de ingressar no Desafio Jovem Onde e com quem vive agora Porque entrou para o programa do Desafio Jovem Como come ou a frequentar os Caf s Convivio Quanto tempo frequentou os Caf s Convivio Que drogas consumia antes de entrar H quanto tempo consumia Quais as maiores complica es na sua vida que pensa terem sido fruto dos seus consumos 4 O que considera ter aprendido na sua experi ncia de consumo de drogas 5 Frequentou outros programas de tratamento Quantos e q
125. an a poss vel Seguidamente surge o interesse e o desejo de obter ajuda para mudar e a prontid o para entrar num processo formal que oriente a mudan a Por ltimo tomado um compromisso com determinado plano de mudan a e executam se determinadas ac es que ajudam a cumprir esse plano ap s o que o indiv duo consegue reconhecer nele mesmo de forma est vel uma identidade s bria Joe Broome Rowan Szal amp Simpson 2002 Simpson amp Joe 1993 Dando um exemplo concreto no seu trabalho relacionado com comunidades terap uticas De Leon 1996 cit por Joe Simpson Broome 1998 e cit por Simoneau amp Bergeron 2003 foca seis fases de pr tratamento nega o ambival ncia motiva o extr nseca motiva o intr nseca prontid o para a mudan a e prontid o para o tratamento e quatro relacionadas com as experi ncias dentro do tratamento desintoxica o abstin ncia continua o e integra o e mudan a de identidade O modelo transte rico da mudan a comportamental de Prochaska e DiClemente Prochaska DiClemente amp Norcross 1992 DiClemente 2003 tamb m conhecido simplesmente por modelo das fases de mudan a certamente o mais conhecido Simoneau amp Bergeron 2003 Este modelo postula a exist ncia de 5 fases complementadas por processos distintos que representam experi ncias e actividades internas ou externas do indiv duo As diferentes fases denominam se por pr contempla o contemp
126. ando estou com algum mo o e consigo faz lo entrar no processo de recupera o penso que j tinha falado nisto e acompanho o no centro depois vejo ele vir a casa quando eu estive no centro estive no centro como conselheiro tive l um aconselhado que era um rapaz que tinha uma perna mais curta que a outra at por causa de um problema no f mur e isto andava assim h uma carrada de anos e a minha guerra com ele foi de o levar a um processo de m dico de lhe marcar uma opera o para ele levar um transplante de f mur percebes e eu andei quase um ano naquilo e conseguimos O rapaz foi operado hoje ele andava assim mimetiza coxear hoje coxeia 666 um bocadito quando eu vejo o gajo t o marreco como que e tal e coisa e isso para mim extremamente valioso percebes porque vejo que tive m o ali percebes porque possivelmente com o relaxe dele possivelmente com o desinteresse dele pela vida se calhar hoje ainda era capaz de ser um rapaz que andava ali a mancoxar P lembro me de ter um aconselhado que n o via as filhas ha um porrad o de tempo e n s tivemos uma luta incr vel procura de telefones de contacto de n o sei qu e de n o sei qu e depois ao fim de uma s rie de tempo portanto o homem aterrou e ao fim de uma s rie de tempo encontrou as filhas Hoje tem o seu trabalhinho tem uma casinha p e isto para mim pronto agora j n o faz vir as l grimas aos olhos porque j estou
127. ando somente pelo conhecimento da sua vontade para n s e pelo poder para a cumprir 12 Tendo tido um acordar espiritual como um resultado destes passos tentamos levar esta mensagem aos alco licos e praticar estes princ pios em todos os nossos assuntos Adaptado do site dos AA Alcoholics Anonymous s d The Twelve Steps of Alcoholics Anonymous 21 As principais barreiras mencionadas relativamente ao envolvimento em grupos de 12 passos passam fundamentalmente pelo seu aspecto espiritual mas tamb m pela no o de que este tipo de grupos se encontra associado a problemas de consumo mais graves Laudet 2003 O facto de que nem todos os indiv duos obtinham bons resultados ou desejavam participar em grupos de 12 passos contribuiu para o surgimento de abordagens de entreajuda alternativas explicitamente religiosas ou seculares White amp Kurtz 2006 e para o surgimento de algumas comunidades terap uticas Cook 1988 De entre as associa es mencionadas por White e Whiters 2005 conta se o Teen Challenge nome original do Desafio Jovem que surgiu inicialmente em 1961 nos EUA Como no caso do Desafio Jovem diversas organiza es de entreajuda baseadas na f oferecem tratamentos em comunidades terap uticas e g Vida e Paz e esta modalidade representa uma forma generalizada de tratamento para a toxicodepend ncia Ravenna et al 2001 O modelo de Minnesota mencionado no Anexo B1 constitui um exemplo de comunidades tera
128. anto tamb m me surgiu esta oportunidade de vir para o Desafio Jovem A empresa e eu ainda tive coragem de l ir fui l e a empresa negou me disse que n o me davam mais emprego porque eu tinha feito a asneira que fiz n o N o foi l em termos profissionais n o foi foi s porque n o fui na altura em que devia ter ido e n o respondi aos telefonemas etc etc ham e entretanto aquilo ficou por a Habilita es tenho o nono n o est completo o antigo quinto acho que me faltava matem tica ou qualquer coisa assim do estilo Em termos profissionais nunca me foi assim digamos que exigido ou n o foi bem necess rio J tive v rios empregos outras situa es mas desde que me meti na vida mar tima tamb m andei na pesca do bacalhau por mais incr vel que pare a andei logo uns cinco anos em Terra Nova no Canad na Gronel ndia aquela coisa toda quando era mais novo ham mas foi coisa que n o me agradou e deixei aquilo e nunca mais l pus os p s Entretanto surgiu uma oportunidade dos navios de passageiros onde eu me 83 aguentei mais tempo Portanto eu j tenho quinze anos bem largos de navios de passageiros com alguns interregnos n o Tipo uma vez estive c cinco anos em Portugal uma outra vez estive dois anos agora j c estou h dois Ent o mas nem sempre tive problemas com droga n o O lcool nunca tive problemas com lcool ham o meu problema sempre foi sempre pro
129. ao zero e a progress o recome aria Sindelar amp Fiellin 2001 De facto esta abordagem conjunta tem sido referida como o melhor 25 tratamento existente especialmente no caso da depend ncia de coca na e de psicoestimulantes Shearer 2007 Existe ainda um grupo de psicoterapias criadas primariamente para o tratamento da depress o e ou da ansiedade que foram adaptadas ao tratamento das perturba es relacionadas com o consumo de drogas e que englobam a Terapia Cognitivo Comportamental TCC a Terapia de Apoio Expressiva Supportive Expressive Therapy e a Terapia Interpessoal Woody 2003 O objectivo principal da TCC expressa se na reestrutura o das cogni es que influenciam a manuten o do consumo de drogas incluindo elementos t cnicos como a an lise funcional o treino de t cnicas de preven o de recaida adaptadas ao indiv duo a monitoriza o dos pensamentos relativos droga a identifica o de situa es de elevado risco para a reca da a administra o de trabalhos de casa e a pr tica de capacidades durante as sess es Shearer 2007 Outra abordagem psicoterap utica compreende a toxicodepend ncia como um resultado de problemas de relacionamentos interpessoais A Terapia Interpessoal foca se por conseguinte nos relacionamentos e experi ncias do individuo Shearer 2007 Por sua vez a Terapia de Apoio Expressiva Supportive Expressive Therapy examina a forma de comunicar do toxicodependen
130. ap uticas da institui o e a outra participante enquadra a equipa de psic logos profissionais Tabela 37 Porque trabalha com o Desafio Jovem t cnicos Categoria Frequ ncia Como tomou Atrav s da igreja n 1 eunaceimento Foi utente do programa n 1 Porque decidiu Desejo de ajudar pessoas n 1 colaborar Identifica o com a institui o n 1 Sonho que surgiu durante o programa n 1 A Tabela 37 resume as raz es apontadas pelos t cnicos entrevistados para terem decidido trabalhar no Desafio Jovem para al m da forma como contactaram com a institui o Pode observar se que um dos t cnicos contactou com a institui o tendo sido utente no programa enquanto outro dos t cnicos indicou ter tomado conhecimento do Desafio Jovem atrav s da igreja que frequentava As raz es apontadas pelos t cnicos para 196 terem decidido trabalhar na institui o incluem o desejo de ajudar pessoas a identifica o com a institui o e o surgimento desse sonho enquanto frequentava o programa Exemplos vim confer ncia do Desafio Jovem foi a primeira que eu vim e nessa altura decidi vir servir um pouco tamb m porqu Porque fruto de eu sempre tive um desejo foi crescendo um desejo de servir a Deus e de ajudar pessoas identifico me muito com a institui o com a forma de cuidar pessoas de ajudar pessoas mais a mais enquanto depois t m os mesmos ideais crist os n o espirituais que eu comungo tamb m e ent o foi i
131. apel que pensa que a espiritualidade desempenha portanto na conclus o do programa pelos vossos utentes Em fases em que est o com mais dificuldades e FC fundamental ham eu sei que esta pode ser uma express o para algumas pessoas meio estranha mas para mim fundamental por uma raz o simples N s seres humanos temos tend ncia de estar centrados em n s mesmos Centrados em n s mesmos somos uma um ser insaci vel que tem o defeito de ter a mem ria curta de nunca valorizar aquilo que tem e s dar valor s coisas quando as perde n o E somos umas pessoas que estamos num processo de transforma o e de mudan a e precisamos de referenciais E a a espiritualidade a rela o com Deus que bom ham isso est mais do que estudado e referenciado n o h quadros os valores crist os e o referencial divino ou espiritual n o tem mudan as n o Podem mudar os sistemas ideol gicos pol ticos sociais mas digamos os valores e os princ pios espirituais n o mudam Prevalecem Ent o da a espiritualidade ser muito importante porque de repente como se eu enquanto pessoa eu readquirisse ou me reposicionasse face vida n o apenas olhando a vida com os meus olhos s com os meus olhos humanos ham na dimens o dos meus sentidos e de vez em quando h mais do que raz es para n s desesperarmos e darmos um tiro na cabe a ou mandarmo nos ao rio mas de repente eu olho para a vida com um olh
132. aquilo aquilo que constru em sete anos ficou destru do Entrevista 5 p 115 Anexo F Finalmente o outro participante J G referiu uma experi ncia de encarcera o o 2 desemprego e a propria depend ncia como tendo sido as consequ ncias mais severas que advieram dos seus consumos 182 o desleixe de largares trabalho consegui fazer o curso de fuzileiros tinha acabado o curso para a h tr s meses come am os meus problemas com droga Tenho tr s deser es seguidas a ltima das quais com pol cia naval ham vieram me buscar a casa fui presente a tribunal estive preso em pris o militar n o tem nada a ver com pris o c fora dependeres da hero na para te levantares qualquer coisa a hero na tem que estar presente Antes de antes de eu me levantar antes de eu me deitar antes de eu dar um passo para ir tomar um caf com os amigos o estado normal de um heroin mano consumir e depois fazer Entrevista 6 pp 125 126 Anexo F Em rela o s aprendizagens que resultaram do seu passado de consumos o primeiro entrevistado J A referiu se somente s experi ncias pelas quais passou sob o efeito de subst ncias psicoactivas cheguei conclus o que as drogas alteram o estado ps quico visual auditivo de mem ria s o experi ncias que elas nos d o a n vel de experi ncias em que n o as arranjas noutra coisa qualquer altera a
133. aquilo que pediria aquilo que eu tenho visto a acontecer na minha vida e que vejo acontecer na vida de alguns homens Infelizmente n o acontece na de todos mas o cora o da institui o o cora o das pessoas que aqui trabalham o cora o desta instiui o e daquilo que a gente promove tem tudo a ver com isso com aquilo que pessoas que venham procura que precisam de uma sa da e que e que a encontram Basicamente seria isso que eu desejo n o porque acima de tudo continue a fazer a diferen a Porque como uma pessoa que entrou j viveu e hoje em dia oferece se tanta coisa mas eu acho que nem todas servem E O que ainda quer melhorar no futuro na forma como apoia os utentes para que cada vez haja mais a terem sucesso RC Eu creio que quanto mais perto a gente esta de Deus temos mesmo que falar de Deus porque isto um programa espiritual e eu creio que qualquer servo de Deus quanto mais 160 perto est de Deus melhor faz o seu trabalho tudo uma quest o de presen a de Deus ham porque aquilo que faz toda a diferen a e eu sublinho isto outra vez n o tem nada a ver comigo posso j ser um servo de Deus h algum tempo isso n o significa aquilo que faz a diferen a uma presen a de Deus na minha vida e o Esp rito de Deus a trabalhar sobre aquilo que eu digo O Esp rito de Deus que convence que coloca os n veis e as fases da vida as crises as situa es Deus Deus
134. ar que est muito para al m de apenas do actual n o e isso aumenta a minha esperan a a minha expectativa de vida a minha f face vida face s pessoas face aos outros bondade das pessoas e em momentos tr gicos e em momentos 142 dificeis faz me nao desistir faz me prevalecer em vez de socorrer me a substancias ou a outros subterf gios para eu gerir a minha press o ou as dificuldades eu sei que tenho Deus a quem posso invocar e eu tamb m sei que Deus n o se v mas tamb m sei que fruto dessa rela o com Deus e da rela o com outras pessoas que comungam as ideias que eu tenho com Deus aquilo a que chamamos a igreja eu encontro uma rede de suporte muito grande Uma rede de suporte espiritual que n o vejo abstracta que depois tem express o numa rede de suporte f sica n o que s o as pessoas que a igreja e a eu de repente n o estou sozinho a dois n veis quer ao n vel vamos p r assim abstracto quer ao n vel concreto que s o as pessoas que est o ao meu redor que comungam os meus ideais e a a espiritualidade fundamental N o quer dizer que n o haja pessoas eu conhe o uma s rie de gente que fez o programa noutras comunidades que n o t m a espiritualidade desenvolvida desta forma ou que nem t m sequer a dimens o espiritual a ser observada mas e que as pessoas de facto est o aut nomas e nunca mais consumiram drogas mas h sempre o qu ham todo o ser humano tem f mesm
135. arramos eu penso que muito mais dif cil a gente segurar se Estou a falar do que sinto e do que realmente do que eu sinto n o sei se os outros pensam assim tamb m n o me est a interessar muito agora risos Mas assim Entrevista 4 Ex utente graduado h dezassete anos Entrevistadora Para iniciar gostava que me dissesse a sua idade as suas habilita es onde e com quem vivia antes de ingressar no Desafio Jovem onde e com quem vive agora J A OK Pronto ham tenho 48 anos e comecei por entrar no mundo das drogas numa altura em que houve uma mudan a no nosso pais a n vel pol tico Portanto coincidiu com 75 passado mais um pouco houve um boom de despertar para a liberdade e ent o houve uma enchente de querer consumir foi o que aconteceu na altura n o na altura era estava na moda digamos assim e queria conhecer aquilo o que que se passou o que que n o se passou pronto E Que idade tinha na altura JA Sa h dezassete anos j estou como o Guterres mais milh es menos milh es n o andei para a dezasseis anos metido naquilo tinha vinte e pouco sei l dezoito anos vinte anos para a uma coisa assim ham aquilo era tudo muito agrad vel naquela altura pronto era uma sensa o diferente era nunca pensava no pesadelo que se iria tornar ham morava com os meus velhotes estava a estudar entretanto depois comecei a trabalhar
136. arto isolado doen as infecto contagiosas estive com tuberculose e com princ pios de anemia os m dicos tamb m diziam que pronto j n o conseguiria viver e gra as a Deus que me deu essa oportunidade falhei com Ele falhei com Ele prometi Lhe que se sa sse dali com vida se conseguisse sobreviver aquilo que n o me meteria mais nas drogas que seria fiel N o cumpri Deus cumpriu com a parte Dele como cumpre sempre e eu mais uma vez falhei os m dicos depois nem se acreditavam passado n o de eu ir l ao consult rio e eles nem se acreditavam que era eu que atrav s de uma senhora que me deu esperan a tamb m que era da Opera o Josu estive no Joaquim Urbano no Porto durante um ano l internado num quarto de fase terminal aonde pronto depois de conhecer essa pessoa que me levava l tinha l uma capelazinha ela muitas vezes dizia me pede a Deus que Ele ajuda te e tu vais ver que vais conseguir vencer esta fase da tua vida vais ver que Deus te vai dar uma oportunidade de tu viveres Eu ia todas as manh s com ela l ela vinha l me conseguia convencer e eu ia com ela para l e orava realmente pronto agora depois de eu conhecer Deus como tenho conhecido lembro me muito dessa 59 altura Na altura n o dei grande import ncia a isso mesmo depois de sair de l e de estar bem nunca dei import ncia a isso voltei outra vez para as drogas at vir agora para aqui e isso foi em 2003
137. as AM Ah as minhas qualidades as minhas qualidades pessoais foi o meu sentido de responsabilidade e a maturidade e etc porque eu a droga a mim s me fez foi perder o sentido da responsabilidade n o e os relacionamentos e etc e no fundo foi isso que me motivou n o ent o mas se eu j fiz asneira vou deixar de fazer as asneiras outra vez 88 Tamb m j n o sou nenhum mi do tamb m j n o tenho idade para andar a brincar p e tenho que assumir as responsabilidades outra vez n o meter as responsabilidades de lado e deixa andar o barco percebes E O que que lhe d mais energia coragem e for a para conseguir esta transforma o positiva na sua vida portanto situa es pessoas coisas AM No fundo aquilo que eu j disse a mim o que me est a dar coragem e o que me d for a e o que me incentiva os testemunhos n o Isto fazendo um apanhado Os testemunhos a mim d o me uma for a enorme E o conhecimento que eu tenho tido da realidade n o pessoas que eu conheci desde que aqui estou que eu n o conhecia nem nunca se me contassem e se me falassem dantes h um ano atr s de situa es que eu estou a viver agora eu n o n o n o nem pouco mais ou menos n o Ent o mas agora est o me aqui a contar hist rias Percebes Mas n o isso n o foi isso que me aconteceu o que me aconteceu que eu aquilo que eu estou a viver agora no p
138. as curou me Gra as a Deus eu fui curado da hepatite C ham eu ao princ pio as primeiras an lises que eu tirei eu pensei n o isto n o pode ser meu e eu fiz essas an lises e a seguir fui fazer outras a outro consult rio foi mesmo n o isto n o pode ser n o pode estar certo e estava certo Deus curou me gra as a Deus foi a primeira vez que meti prova mesmo e Ele provou o poder que Ele tem n o o poder que h no nome de Jesus e ent o isso deu me muita for a para fazer esta caminhada no Desafio Jovem para me entregar a Ele n o No que diz respeito coca na a coca na uma subst ncia que n o n o ressacamos a coca Ela n o eu nunca injectei portanto nunca h uma ressaca viva como a hero na muito mais psicol gica ham quando consumida com frequ ncia ataca o sistema nervoso cria muita depress o esgotamentos fobias paran ias e tudo mais Ham gra as a Deus eu posso dizer gra as a Deus e levanto muitas vezes as m os para o c u porque embora eu possa ter tido alguns momentos menos bons ham n o digo de isolamento mas aqueles momentos que precisamos de estar sozinhos eu diria que at era derivado coca na ham aqueles momentos estilo n o s porque derivado situa o em que me encontrava n o mas gra as a Deus a coca na nunca me trouxe grandes males n o assim no que diz respeito a que levasse a minha vida que visse a minha vida assim me
139. as recomendadas para limitar que o abuso de subst ncias e o HIV SIDA se espalhem consiste no envolvimento de comunidades de f e de l deres religiosos nestas mat rias SAMHSA 2001 Uma vez que grande parte da popula o possui cren as espirituais religiosas torna se evidente a necessidade de estudar e compreender melhor os seus efeitos em diversas reas dos cuidados de sa de incluindo em situa es de abuso de subst ncias Galanter et al 2007 Os resultados de alguns estudos indicam que as cren as espirituais religiosas dos indiv duos predizem a recupera o Flynn et al 2003 Galanter et al 2007 Polcin amp Zemore 2004 enquanto outros estudos n o encontraram essa associa o A variabilidade que se verifica neste tipo de resultados poder surgir do facto de que n o existem actualmente defini es universalmente aceites para a religiosidade e espiritualidade Pardini Plante Sherman amp Stump 2000 Piedmont 2005 apesar de que os indiv duos demonstram conseguir descrever as suas cren as de formas fi veis tendo ideias claras acerca do significado destes termos e conseguindo distingui los de outros conceitos e fen menos Na pr tica a experi ncia destes conceitos representa uma das suas mais importantes caracter sticas e o facto de que a espiritualidade e a religiosidade s o vividas de uma forma subjectiva e individualizada por cada pessoa explica em parte a indefini o associada a estes conceitos Boyatzis
140. assim Muitas das vezes parece que aparentemente o utente est a andar e as coisas est o a acontecer e depois de um momento para o outro percebe se que afinal n o era bem assim Para o outro 155 lado aqueles que muitas vezes come am gradualmente e aparentemente tamb m n o d s muito valor a verdade que de repente as coisas mudam e acontecem Mas acima de tudo como eu dizia numa das perguntas anteriores aquilo que eu tenho percebido que a Palavra de Deus ensina que e tem feito toda a diferen a que quando n s somos transparentes e verdadeiros Transparentes ao ponto de mostrarmos tudo aquilo que somos e verdadeiros ao ponto de porque a B blia diz que a verdade que nos liberta n o e o facto de quando a gente ditamos a verdade a verdade que as coisas acontecem Quer estejam bem quer estejam mal quer aconte a esteja alguma coisa ou n o esteja mas se eu n o tenho e digo que n o tenho o suficiente para a minha vida come ar a andar para a frente n o E essa transpar ncia e essa verdade sempre que n s vemos por exemplo um rapaz aqui h pouco tempo diz me assim olha p eu n o entendo e preciso de algumas respostas para entender e para perceber e se Eu a mim particularmente n o me faz confus o quando uma pessoa diz que n o compreende e n o entende esta rea espiritual e o programa e algumas coisas eu fico feliz porque eu vejo uma verdade que vem l de dentro e que expressa
141. at estava a dizer por sinal at sou padrinho de casamento dele ele disse p voc s parece que ficam assim ligados e de facto verdade quer dizer h gente que fica ligada outros n o porque as pessoas t m o seu percurso como qualquer filho n o mas acima de tudo muito motivar desafiar para sonhar com a vida valorizar potenciar as capacidades que eles t m ham manter viva a quest o da f da rela o com Deus e acima de tudo faz los sentir pessoas n o e que eles tenham valores 139 E Trabalhando na parte da prepara o dos Caf s Conv vio nesse n vel pensa que h alguma coisa que voc s fa am que permita que o utente venha melhor preparado FC Vamos ver um utente na pr tica nunca vem preparado para uma comunidade seja ela qual for Por muito que se explique mesmo outras institui es eu ainda na outra sexta visitei uma s o muito r gidos s o mais r gidos que n s na admiss o por muito que se explique por muito que se prepare as pessoas v m para um contexto novo que uma comunidade terap utica em que se vive 24 horas por dia junto com outros Na rua tamb m vivem mas ali h rela es diferentes Portanto quase que psicologicamente h esta ideia de eu estou num espa o limitado n o estou fechado embora as quintas s o em regime aberto as pessoas podem ir embora quando quiserem mas acho que acima de tudo aquilo que mais marca e que me
142. b m se quisermos encarar prepara o nesse sentido sim isto que os prepara melhor claro que depois n s procuramos ham explicar lhes como que funciona o programa perceberem que este um tempo tamb m para eles olharem para eles pr prios conhecerem Deus mas isso para eles na altura soa um bocado assim tipo a serm o a discurso acho que aquilo que os prepara que tem mais impacto se entendermos at como prepara o para aumentar a resili ncia a estar no programa ou ao desejo de desistir de facto o contacto humano o valoriz los mesmo na rua n o ter vergonha de estar com eles nos lugares onde 140 eles est o mesmo isso tem um impacto muito grande mesmo Pequenos gestos s vezes como dar um abra o como ter uma palavra mesmo de estimo dizer lhe p aprecio muito a tua vida orarmos com eles isso s o coisas que se entendermos isso se a prepara o for tamb m trabalhar muito a motiva o e a predisposi o para o programa esses s o os factores que influenciam muito n o Caf Conv vio n o E O que p e de melhor de si na recupera o destas pessoas FC O que ponho de melhor de mim isso mesmo o melhor tudo n o As pessoas n o t m de mim ham digamos o refugo A minha forma de estar na vida n o tanto tipo para Deus eu dou o melhor ou primeira classe para a minha fam lia j classe menos um N o aquilo que eu sou na casa ali s esses ute
143. b m n o ham eu h sete meses atr s sensivelmente antes de entrar para o centro eu estava numa situa o j estava a entrar num esfor o muito grande a coca na estava at a alma me estava a roubar muito sinceramente estava a dar cabo de mim a droga estava a roubar o melhor que eu tinha dentro de mim Ham e eu fui um dia igreja por iniciativa minha perten o ABLA ali em Polima o pastor C C ham e eu fui assistir a uma reuni o a um culto ham e nessa reuni o eu acho que a prega o aquilo foi acho que era certinha s para mim Eu absorvi toda aquela prega o ham e a prega o eu nunca mais me vou esquecer era acerca daquilo que Deus faz connosco quando n s abrimos o nosso cora o para Ele aquilo que Deus aquilo que Deus nos transforma nos d tudo o que Ele para n s n o quando n s nos propusermos a isso Ham ent o foi a desde esse dia e a minha fam lia tamb m j me tinha j tinha falado comigo acerca disso mas foi nesse dia que eu me propus a mudar de vida s que eu precisava de ajuda sozinho eu n o ia conseguir Ent o eu 71 tenho um irm o um irm o mais novo que ele esteve na Opera o Josu aqui ha uns anos bons atr s ele falou me do Desafio Jovem Falou me disto que isto um s tio n o s para largar as drogas mas um s tio onde se pode ter um verdadeiro encontro com Deus um s tio onde eu posso crescer espiritualmente ham um s
144. bes aquela rotina mas tamb m para nos habituar n o a sermos pessoas respons veis e tudo o mais Ao fim e ao cabo n s ham como que eu te hei de explicar conseguimos encontrar e ser pessoas com tal responsabilidade que n s nunca ter amos l fora coisas que j nos passavam ao lado percebes E ent o ham mas n o facil n o nada facil porque depois tens as leis do centro n s somos habituados aqui a ser obedientes a certas regras e leis e tudo e n o facil isso tamb m n o facil porque estamos com muita pessoa aqui cada um com o seu feitio n o cada um com o seu ponto de vista h pessoas que v m para aqui com eu n o vou dizer novidade nenhuma ha pessoas que v m para aqui para ter um encontro com Deus outras porque s o obrigadas a vir outras para tirar a ressaca percebes cada um tem o seu ponto de vista e n s cada pessoa tem que se vier para aqui com um prop sito tem que encontrar um equil brio N o Arranjar maneira de se dar bem com toda a gente e poderes fazer o teu programa com sucesso n o ham e a coisa mais importante deste programa o nosso crescimento espiritual Este o fundamento principal do programa n o largar as drogas que as drogas pod amos t las largado l fora em casa com medica o ou sem 76 medica o mas aqui ham principalmente ter um encontro verdadeiro com Deus e espiritualmente e moldar o nosso car cter que era coisas
145. ca da para indiv duos que deixaram as suas comunidades terap uticas h pelo menos dois anos se encontra entre os 80 e os 90 Desafio Jovem s d Grau de Sucesso do Programa do Desafio Jovem entre 1978 e 2002 27 nestas comunidades terap uticas que a institui o pretende facultar aos seus utentes as condi es necess rias ao desenvolvimento de compet ncias psicossociais e profissionais que lhes facilitem uma integra o efectiva na sociedade Actualmente o centro de Fanh es que tamb m a sede da institui o j n o funciona como uma comunidade terap utica ou centro de recupera o sendo agora um espa o vocacionado para a reinser o social dos utentes que completam o programa de reabilita o da institui o em qualquer outro dos seus centros Desafio Jovem s d Fanh es Comunidade de Inser o De acordo com as declara es presentes no dossier da institui o ver Fidalgo 2000 o programa de recupera o que se desenrola nas suas comunidades residenciais de estada prolongada pretende apresentar aos seus utentes alternativas para as suas vidas que lhes permitam viver e n o somente sobreviver na actual sociedade Neste processo o utente objecto de uma abordagem hol stica e centrada no indiv duo na qual se encara a sua vertente espiritual como a base para o seu relacionamento consigo pr prio e com os outros Para al m da liberdade da droga a institui o pretende que os seus utentes reor
146. cas que implicam a gest o de conting ncias e interven es adaptadas da Terapia Cognitivo Comportamental da Terapia de Apoio Expressiva Supportive Expressive Therapy e da Terapia Interpessoal Sindelar amp Fiellin 2001 Shearer 2007 Woody 2003 A farmacoterapia engloba a utiliza o de subst ncias que bloqueiam os receptores opi ceos tornando os consumos subsequentes de droga in teis e a sua utilidade espec fica depend ncia de hero na ou de outros opi ceos Geralmente s o utilizados f rmacos morfinomim ticos como a metadona e o levo alfa acetil metadol ou LAAM que t m efeitos agonistas i e semelhantes droga que substituem no sentido em que estimulam os receptores opi ceos no entanto os seus efeitos s o mais duradouros e menos intensos ou a buprenorfina cujos efeitos s o agonistas e antagonistas ou f rmacos exclusivamente antagonistas i e somente bloqueiam os receptores opi ceos sem os estimular dos quais o naltrexone representa o melhor exemplo A metodologia de administra o depende do tipo de f rmaco utilizado para uma explana o aprofundada deste tipo de terapia ver Patr cio 1997 pp 183 197 e Schuckit 1995 pp 365 375 Por enquanto ainda n o existem abordagens farmacol gicas inequivocamente teis para o tratamento da depend ncia de coca na e de outros psicoanal pticos Shearer 2007 apesar da exist ncia de alguns dados favor veis O Brien 1994 e de indica es ausp
147. certas pessoas que me davam pessoas que eram como eu outros piores outros melhores cada um com a sua maneira e foram me incentivando o que Deus tinha feito na vida deles Essas pessoas para mim tornaram se como um testemunho vivo onde eu pudesse ser capaz vou ouvir porque n o tem necessidade de me estar a mentir se j passei por tanta coisa n o consegui fazer as coisas da minha maneira vou tentar a fazer as coisas de 66 outra maneira agora vou tentar que me deixem moldar que me deixem ver o outro lado n o tenho nada a perder estou numa situa o tentar pelo outro lado pelo outro caminho e ent o procurar esse caminho Qualidades como eu te estava a dizer estou a adquirir algumas p algumas que as quero manter como a honestidade sinceridade essas coisas Humildade Amor Essas coisas porque n o f cil N o f cil complicado como a B blia diz amar os nossos inimigos um pouco complicado mas devemos o fazer com o treinamento com dia a dia nas nossas obras nas nossas amizades no que pudermos At mesmo pessoas que n o conhecemos devemos ter amor por elas Mesmo que saibamos que elas n o est o bem mas devemos am las na mesma e tentar ajud las Acho que isso um trabalho que nos compete Se me fizeram isso comigo tenho por obriga o fazer pelos outros E O que que lhe d mais energia portanto situa es ou pessoas ou coisas que lhe d o mais ene
148. cia depende da presen a de pelo menos tr s crit rios mais espec ficos ao longo de um mesmo per odo de 12 meses ver a Tabela 2 naquilo que constitui um diagn stico mais fi vel e v lido que o do abuso Schuckit 1995 p 6 A depend ncia engloba um padr o de auto administra o repetitivo que geralmente gera toler ncia s ndromes de abstin ncia e comportamentos compulsivos de consumo e que Existem alguns dados contradit rios em rela o a esta categoriza o Schuckit 1995 utiliza determinadas designa es de forma marcadamente diferente da que aqui se apresenta e g depressores do SNC e sugere mais categorias relativas aos efeitos das drogas ver Schuckit 1995 p 10 12 Actualmente em Portugal a legisla o em vigor desde 2001 estipula que s se aplicam san es punitivas em ltimo caso ao consumo e posse em pequenas quantidades que se considera serem para consumo pr prio de determinadas subst ncias e g a hero na a coca na a cannabis etc No entanto s o incondicionalmente conden veis a sua venda produ o e posse para tr fico Poiares 2004 Enquanto isto s o conhecidas as restri es contextuais utiliza o de determinadas quantidades de lcool e g conduzir com mais de 0 5 g L persiste apesar do impacto negativo dos consumos sobre varias esferas da vida do individuo APA 1994 1996 mas as perspectivas existentes acerca da depend ncia n o se esgotam nesta defini
149. ciada em psicologia e neste momento estou a fazer uma p s gradua o em rela o de ajuda Entrevistadora Antes de entrar para o Desafio Jovem n o consumia certo I N o E OK Na sua opini o o que faz com que os utentes do Desafio Jovem que completam os programas n o desistam prematuramente I Ham primeiro o sentido de fam lia A possibilidade de encontrarem aqui novos relacionamentos novos la os familiares ham o que permite que haja digamos uma rede de suporte para os ajudar a ultrapassar as dificuldades e a baixa auto estima e assim construir 146 um sentido um sentido de utilidade um sentido de que importante para algu m ham o que ajuda obviamente a construir um novo projecto de vida E por outro lado ham a f n o a f de que s o capazes de que podem conseguir a f de que n o est o sozinhos que para al m de n s n o acreditam num Deus que lhes vai dar as for as necess rias para os ajudar a ultrapassar as dificuldades e e assim iniciarem uma nova etapa na sua vida e portanto j falei da fam lia j falei da f e claro obviamente o acompanhamento que aqui t m n o o facto de serem vinte e quatro horas sobre vinte e quatro horas por outro lado um acompanhamento muito pr ximo muito relacional umas viv ncias muito muito intensas n o ham acaba por l est por ajudar a reconstruirem se a si pr prios e a constru rem novas maneiras de
150. ctivos que englobam essencialmente a preven o prim ria secund ria e terci ria da toxicodepend ncia o Desafio Jovem oferece programas distintos e g Caf s Conv vio ou centros de atendimento nos quais se acompanham toxicodependentes e as suas fam lias centros de recupera o ou comunidades terap uticas preven o escolar cujo reconhecimento tem merecido o apoio e a coopera o oficial de diversos organismos e g o Instituto da Droga e da Toxicodepend ncia o Minist rio do Trabalho e da Solidariedade o Minist rio para a Qualifica o e o Emprego O Desafio Jovem alcan ou o estatuto de Institui o Particular de Solidariedade Social IPSS em 1990 e possui actualmente seis centros Fanh es Salvaterra de Magos Lourel Castanheira do Ribatejo Cucuj es e Alter do Ch o que no seu total t m capacidade para receber cerca de 166 utentes num mesmo per odo de tempo Desafio Jovem s d Comunidade Terap utica As comunidades terap uticas do Desafio Jovem representam centros licenciados pelo Servi o de Preven o e Tratamento da Toxicodepend ncia SPTT desde 1996 97 e real ando a dimens o deste trabalho desde a inaugura o do centro de Fanh es at 2002 as admiss es nestes centros totalizavam 2899 utentes dos quais somente cerca de 26 completaram o programa com sucesso Estudos mencionados no site do Desafio Jovem e cujas refer ncias n o s o fornecidas indicam ainda que a taxa de sucesso i e n o re
151. da coca na ou base de coca na para uma explica o acerca da base de coca na crack e freebase ver Cornish amp O Brien 1996 demonstrando o potencial nocivo destas drogas IDT 2007a Em 2006 houve 216 mortes directamente relacionadas com o consumo de droga em Portugal IDT 2007a n mero que um pouco inferior m dia dos ltimos 9 anos 245 valor calculado com base no Quadro 27 apresentado pelo IDT 2007b p 47 os valores apresentados correspondem quantidade de resultados positivos em exames toxicol gicos que determinam se o defunto tinha recentemente consumido alguma droga 12 Quadro 1 Preval ncia do consumo de drogas em tr s popula es portuguesas popula o geral escolar e reclusa Popula o geral entre os 15 e os 64 anos em 2001 Consumo Ao longo da vida ltimos 30 dias Qualquer droga 7 8 2 5 Cannabis 7 6 2 4 Heroina 0 7 0 1 Coca na 0 9 0 1 Popula es escolares em 2003 e 2006 Consumo Ao longo da vida ltimos 30 dias Qualquer droga 17 7 Cannabis 15 1 8 2 Heroina 1 87 14 Cocaina 2 6 1 6 valores referentes a alunos de 16 anos no ano de 2003 gt valores que se referem a alunos do 6 8 e 10 anos no ano de 2006 Popula o reclusa em 2001 Consumo Ao longo da vida Em reclus o Qualquer droga 62 3 47 4 Cannabis 56 5 38 7 Heroina 46 9 27 0 Cocaina 45 6 20 1 Quadro elaborado com base no Relat r
152. da dois ou tr s dias e depois quando despertei tive ali uma fase assim complicada no hospital em que e depois quando sa falaram me ent o do Desafio Jovem foi um rapaz que eu j conhecia e p tu at n o me conheces j n o me conheces eu sou um homem novo e tal estive no programa e foi a que eu comecei a despertar para isto E E ent o entrou para o programa para deixar de consumir RC Em parte em parte em parte foi para parar o consumo mas tamb m j estava numa situa o mesmo de desespero mesmo em rela o vida ham j tinha tentado fazer outras paragens tinha estado noutro centro em que n o funcionou em que eu fui mesmo com o objectivo por causa da consequ ncia das drogas e tudo o que envolvia isso o facto de estar sozinho etc Nesta entrada no Desafio Jovem era isso mas j era muito mais do que isso J havia um desespero em rela o vida j nada fazia sentido a pr pria droga tudo n o j nada fazia significado Ent o ao ponto de eu entrar todo baralhado porque pronto porque tinha mais a ver com o conceito de vida do que propriamente a morte da droga E Frequentou os Caf s Conv vio antes de RC Sim E E como come ou a frequentar o Caf Conv vio 153 RC Como Estava a consumir mesma consumia estive um tempo l a frequentar E Mas foram eles que vieram ter consigo foi o tal amigo que o encaminhou ou
153. da escurid o que se possa dar oportunidade a mais pessoas para que possam realmente conhecer Deus ver o prop sito que Deus tem para cada um de n s Que esse prop sito seja concretizado E E o que que pretende atingir ao completar o programa F assim eu como te estava a dizer o programa para toda a vida os meus alvos era ficar a servir na Opera o Josu ou servir o Senhor no pronto vou continuar a lutar por isso para que consiga continuar no programa continuar no caminho do Senhor seguir em frente e aposto nisso Se n o for para a Opera o Josu servir na igreja o Caf Conv vio mas servir a Deus Quer dizer poder dar algo de mim fazer algo como j fizeram por mim E Mas no in cio quando entrou os seus objectivos pelo que j me disse eram outros certo F N o os meus objectivos quando entrei era estar aqui se calhar meio ano ou deixar as drogas e abalar mas entretanto pronto vim comecei a conhecer a Palavra do Senhor comecei a aceitar Jesus como meu Salvador nasci de novo entretanto agora quero continuar em frente Quero continuar em frente quero poder ajudar outras pessoas como fui ajudado Quero ser um bom testemunho quero ser uma pessoa que possa ser um incentivo para que outras pessoas queiram tamb m seguir o meu exemplo conhecer Deus ter Jesus na vida deles algo incompar vel uma coisa s sentindo mesmo Acho que que devo ser um incentivo
154. delo de Minnesota relacionado com a filosofia de 12 passos ver Anexo B3 Visto que tanto o programa do Desafio Jovem como aquele que se desenvolve em comunidades baseadas no Modelo de Minnesota orientam a mudan a dos seus utentes baseando se na apresenta o e viv ncia ou tentativa de viv ncia di ria de sistemas de cren as fixos abordam se aqui alguns dos dados presentes nessa revis o Algumas no es indicadas por Jerome Frank 1961 cit por Cook 1988 e Mahon 1973 cit por Cook 1988 alertam nos para o perigo de poss veis tentativas de manipula o que possam ocorrer em contextos de comunidades terap uticas para a recupera o da toxicodepend ncia Dois factores levam a crer que este n o representa o objectivo nem a realidade do que se passa no Desafio Jovem Em primeiro lugar a ades o ao programa mediada por um per odo mais ou menos extenso que geralmente tem uma dura o m nima de cinco semanas no qual o modelo terap utico e a filosofia digamos mesmo f da institui o e do seu programa s o apresentados ao futuro utente a quem obviamente cabe a decis o e a motiva o necess rias para aderir Esse per odo de pr tratamento serve como uma fase de conhecimento de e prepara o para o programa capacitando o futuro utente para uma tomada de decis o consciente ao melhor das suas habilidades dada a circunst ncia em que se encontra acerca da ades o ou n o ao programa Em segundo lugar a institu
155. diferenciar as subst ncias psicoactivas relativamente aos seus efeitos sobre o sistema nervoso central SNC tamb m pode resultar na distin o de tr s categorias de forma que os compostos qu micos que nelas se englobam podem ser descritos como psicol pticos psicoanal pticos ou psicodispl pticos respectivamente para uma explana o abrangente dos efeitos das diversas drogas ver Patr cio 1997 pp 79 105 Grosso modo as drogas psicol pticas e g pio e seus derivados determinados f rmacos morfinomim ticos benzodiazepinas t m um efeito depressor sobre o SNC as psicoanal pticas representam subst ncias estimulantes do SNC e g coca na e os seus derivados ecstasy nicotina cafeina e por ltimo as drogas psicodisl pticas e g derivados e hom logos da cannabis PCP t m um efeito perturbador do SNC Existem subst ncias como o lcool e algumas drogas sint ticas que podem ter efeitos diferentes dependendo das quantidades e condi es nas quais s o ingeridas e da personalidade do consumidor no entanto importa explicitar que a pureza das drogas adquiridas na rua incerta pelo que os efeitos de qualquer droga podem variar Patr cio 1997 Como se exemplifica no Anexo Al ao longo da hist ria e em regi es diferentes do globo as perspectivas sobre as subst ncias psicoactivas t m sido diversas e em diferentes contextos sociais a sua utiliza o tem sido proibida aceite ou encorajada pelo que a diferen
156. do Desafio Jovem e de todos os que l est o ou ir o passar JG p isso n o acho que olha um dos desejos que eu tenho conhecimento seria o Desafio Jovem conseguir realizar o sonho que tem porque era bom para os que est o e para os que v o passar ham um projecto que custa oito milh es de euros p e eu creio que Deus vai aben oar porque Deus um Deus fiel O outro era que o Desafio Jovem tivesse sempre pessoas frente ham frente do Desafio Jovem com o temor e com a integridade que t m tido at esta data E o terceiro que o Desafio Jovem pudesse fazer frente a todas as situa es para que a Palavra de Deus pudesse ser expandida e p para infinitos lugares Isto era ter centros com fartura infra estruturas ao mais alto n vel e ser acima de tudo ham mais reconhecido pelas identidades que competem que n o o que se est a passar neste momento E E atingiu o que pretendia atingir ao passar pelo programa JG Ham n o N o p porque para atingir aquilo que se pretende atingir porque depois l dentro h muitos sonhos h muitas coisas que nascem dentro de n s quando se passa por um programa do Desafio Jovem h muita coisa que nasce cresce mas que s se faz adulto c fora quando a gente sai Da eu dizer que n o consegui atingir todos os objectivos ainda n o os atingi E Imaginava se a manter contacto com a igreja enquanto estava no program
157. do por certo isto mesmo que aquele que em v s come ou a boa obra a aperfei oar at ao dia de Jesus Cristo Hebreus 12 1 2 1 Portanto n s tamb m pois que estamos rodeados de uma t o grande nuvem de testemunhas deixemos todo o embara o e o pecado que t o de perto nos rodeia e corramos com paci ncia a carreira que nos est proposta 2 Olhando para Jesus autor e consumador da f o qual pelo gozo que lhe estava proposto suportou a cruz desprezando a afronta e assentou se dextra do trono de Deus Jo o 14 22 27 22 Disse lhe a Jesus Judas n o o Iscariotes Senhor de onde vem que te h s de manifestar a n s e n o ao mundo 23 Jesus respondeu e disse lhe Se algu m me ama guardar a minha palavra e meu Pai o amar e viremos para ele e faremos nele 34 morada 24 Quem me nao ama nao guarda as minhas palavras ora a palavra que ouvistes n o minha mas do Pai que me enviou 25 Tenho vos dito isto estando convosco 26 Mas aquele Consolador o Espirito Santo que o Pai enviar em meu nome esse vos ensinar todas as coisas e vos far lembrar de tudo quanto vos tenho dito 27 Deixo vos a paz a minha paz vos dou n o vo la dou como o mundo a d N o se turbe o vosso cora o nem se atemorize Josu 1 8 9 8 N o se aparte da tua boca o livro desta lei antes medita nele dia e noite para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele
158. do por n s para que nele f ssemos feitos justi a de Deus Actos 2 1 6 1 E cumprindo se o dia de Pentecostes estavam todos reunidos no mesmo lugar 2 E de repente veio do c u um som como de um vento veemente e impetuoso e encheu toda a casa em que estavam assentados 3 E foram vistas por eles l nguas repartidas como que de fogo as quais pousaram sobre cada um deles 4 E todos foram cheios do Esp rito Santo e come aram a falar noutras l nguas conforme o Espirito Santo lhes concedia que falassem 5 E em Jerusalem estavam habitando judeus var es religiosos de todas as na es que est o debaixo do c u 6 E correndo aquela voz ajuntou se uma multid o e estava confusa porque cada um os ouvia falar na sua pr pria lingua Actos 2 16 18 16 Mas isto o que foi dito pelo profeta Joel 17 E nos ltimos dias acontecer diz Deus que do meu Esp rito derramarei sobre toda a carne e os vossos filhos e as vossas filhas profetizar o os vossos mancebos ter o vis es e os vossos velhos sonhar o sonhos 18 E tamb m do meu Esp rito derramarei sobre os meus servos e minhas servas naqueles dias e profetizar o 33 Actos 3 1 12 16 1 E Pedro e Jo o subiram juntos ao templo a hora da ora o a nona 2 E era trazido um var o que desde o ventre da sua m e era coxo o qual todos os dias punham porta do templo chamada Formosa para pedir esmola aos que entravam 3
159. do programa que sinais se algum considera indicar que um utente tem maior ou menor probabilidade de ter sucesso com o programa I Ham a motiva o fundamental n o quando eles v m motivados para efectuarem de facto um novo projecto de vida um projecto de mudan a h mais probabilidade de eles permanecerem no programa Quando est o c por imposi o ou da justi a ou dos pais ou 147 porque n o t m outras alternativas muito mais dif cil n o normalmente dispersam se mais e a primeira oportunidade quando se acham que j est o minimamente equilibrados fisicamente emocionalmente n o saltam para fora E E para al m da motiva o mais algum sinal que indique que a pessoa ir ter portanto que ir completar o programa que n o ir terminar prematuramente I Eu acho que a motiva o mesmo o principal o que faz toda a diferen a n o porque os outros factores ham se t m fam lia se n o t m fam lia se t m duplos diagn sticos se n o t m duplos diagn sticos ham digamos que as diferen as n o s o t o significativas como a quest o da motiva o pelo menos daquilo que n s temos observado E OK Qu o satisfeita est na forma como ajuda os utentes a lutar contra as drogas numa escala de um a dez na qual dez seria extremamente satisfeita e um seria nada satisfeita I OK ent o eu poria um oito n o h coisas que pelas faltas por falta de co
160. e p e eu propus me a acabar n o na carne naquela vou conseguir vou conseguir n o mas meti o prop sito no meu cora o p e Deus Deus Porque eu acredito que Deus tem um prop sito para cada um de n s n o e eu quero alcan ar isso quero alcan ar isso sem d vida nenhuma E E o que ter que acontecer para que permane a no programa at ao fim 77 JE O que que vai ter que acontecer Em primeiro lugar eu meto sempre Deus ao barulho percebes porque eu estou aqui s apenas por causa disso porque Deus porque p chegar me cada vez mais a Deus isso basicamente chegar me cada vez mais a Deus porque isso que me vai dar balan o depois l para fora percebes Porque n s l fora a vida n o nada f cil as lutas que temos c dentro vamos ter outras l fora n o e n s podemos ir l para fora e podemos at ser pessoas que n o nos drogamos eu posso at nunca mais pegar na droga p mas eu vejo as pessoas l fora mesmo antes quando eu antes de eu entrar para aqui mesmo as pessoas que n o consumiam p uma vida uma vida sem Deus uma vida de tanta rala o meu as pessoas vivem angustiadas a pagarem as rendas a pagar as letras do carro a fazerem isto e aquilo e vivem sufocadas no consumismo tudo mais e depois p n o t m um escape percebes Eu acho que o melhor escape que podemos ter Deus porque embora eu possa ir l
161. e talvez agrupar as pessoas em v rios grupos n o H uns que querem ser vencedores h outros que querem experimentar a vit ria mas n o ser vencedores ha outros que querem e eu decidi respeitar a filosofia do programa e decidi E Desde antes de entrar Sim eu sou U ue qu u i inar nao JA Sim sabes eu sou uma pessoa que quando ponho uma coisa gosto de terminar n o pa em varias areas da minha vida nao gosto de deixar as coisas a meio e decidi que quando entrasse iria permanecer at ao fim n o Eu tive v rias quebras com o meu conselheiro 103 porque eu achava que devia vir a casa naquela altura passado oito meses no programa p 6 C pa ent o oito meses de programa ent o n o posso ir a casa e tal p tem calma ainda nao estas preparado ainda coiso e tal e era um conflito que eu tinha com ele mas ainda assim respeitava pronto esta bem OK Eu lembro me de estar uma vez no centro a chorar porque para mim era injusto nao poder vir a casa ainda No entanto nada disso me levou a desistir p pronto passei aquelas l grimas passei algumas quezilias com ele E Mas nunca houve alturas de pensar em desistir JA Penso que n o se houve n o posso ser preciso nisso mas se houve foi muito ao princ pio E E o que que o ajudava a focar se naquilo que tinha decidido anteriormente JA Eu acho que os conselheiros l t m
162. e estou a reconquistar n o e acho que foi o ponto mais que me mandou mais abaixo foi esse porque eu constru a minha vida tinha uma fam lia formada tinha uma casa um carro e perdi tudo isso perder a minha fam lia foi mau n o P s que nunca consegui largar aquilo aquilo que constru em sete anos ficou destru do E Isso foi pouco antes de entrar para o programa RL N o depois ainda estive mais dois anos em casa do meu pai e depois foi como j te contei fui j directamente ao Desafio Jovem porque o meu irm o estava na Castanheira E E o que v de positivo que possa retirar da sua experi ncia com as drogas portanto o que considera ter aprendido com essa experi ncia RL Eu s me meti na droga porque aquilo de facto bom mas aquilo n o me ensinou praticamente nada Aquilo n o traz nada n o me trouxe nenhum discernimento Desculpa l mas algo de positivo n o consigo ver A gente quando consumia at tinha aquele aquela lucidez para conseguirmos fazer as coisas mas depois quando a ressaca voltava aquilo era pronto e depois era ir procura e ir orientar se para consumir de novo Quando a droga era boa estava o problema resolvido por mais um bocadinho o problema maior era quando a droga n o prestava mas realmente a droga boa quer dizer h aquele pessoal que se mete e n o gosta e ent o larga mas muito raro E Onde foi buscar for a para gan
163. e h iniciativa come a se a ver alguma alegria nas coisas que se faz h alguma responsabilidade em fazer n o fazer por fazer n o fazer com menor esfor o ou ir fazendo Quando percebemos que as pessoas est o h sinais percebe se h alguma alegria nas tarefas que fazem o empenho em querer fazer bem feito n o h abertura s coisas de Deus isso s o alguns sinais que se percebe que haver algum processo que depois pode ser interrompido ou n o se as pessoas perdem o foco tamb m n o isso ser o momentos s vezes de des nimo e se n o falam deles n o Tamb m na medida em que vemos que a pessoa fraca quanto mais aberto ele se percebe que h ali uma predisposi o para trabalhar sobre ele n o isso s o alguns indicadores E Qu o satisfeito est na forma como ajuda os utentes a lutarem contra as drogas numa escala de um a dez em que um seria nada satisfeito e dez extremamente FC assim eu n o posso estar vamos l ver em termos existenciais estou eu diria onze ou doze extremamente satisfeito porque eu n o me vejo a fazer outra coisa sen o isto ajudar pessoas Agora como por princ pio eu sou uma pessoa feliz com o que fa o mas 137 insatisfeito acredito que n s podemos sempre ham aprimorar nos e melhorar nos porque as pessoas n o s o um elemento est tico n o cada pessoa uma pessoa e eu tenho sempre o sentido cr tico e de auto critica para pe
164. e isso fez me andar muito muito para a frente Entrevista 5 p 118 Anexo F Porque a f o firmamento daquilo que n o se v e a prova daquilo que n o se tem a f e eu vivo por f Entrevista 6 p 130 Anexo F Um destes participantes indicou tamb m que a espiritualidade e a f permitem enfrentar a vida Agora consigo atingir esse ponto que p sem Deus nada faz sentido e a parte espiritual muito muito importante o mais importante na nossa vida para que n s possamos ter um equil brio n o Sinceramente acho que tenho tudo dito embora s vezes venham aqueles pensamentos p e tal sopa nisso qual Deus e tal s o os ataques que v m mas a gente p ra e pensa e diz Senhor isto n o n o de ti P n o sem a parte espiritual n s presentemente n o conseguimos viver porque n o temos for a para ultrapassar a selva que se vive a fora Entrevista 6 p 130 Anexo F O outro inquirido indicou somente o facto de que esses elementos fomentam que se recomecem a ter sonhos e objectivos toda a doutrina do Desafio Jovem tem a ver com tu ainda podes ser um homem valente tu ainda podes ter a tua casa tu podes ter o teu emprego tu podes ter a tua mulher tu podes ter os teus filhos e isto parecendo que n o s o coisas que o diabo roubou durante o tempo de droga n o o tempo da toxicodepend ncia e agora aquilo come
165. e se ele ficar somente em mim vai ficar t o limitado como eu sou se colocar os olhos em Deus ele vai contar para Deus todos os dias da vida dele e quando digo na sua eternidade porque n s tamb m promovemos isso que a vida muito mais do que este espa o mas um dia a nossa vida aqui ir terminar e n s iremos continuar no c u ou no inferno e assim sucessivamente A presen a de Deus a rea espiritual ela faz toda a diferen a porque leva nos para um patamar acima de n s mesmos e n s como homens precisamos disso E Quais s o os factores que lhe parecem ser centrais para que uma pessoa conclua com sucesso o tratamento aqui no Desafio Jovem 158 RC Um encontro com Deus fundamental Ele tamb m reconhecer e resolver o seu passado n s tamb m promovemos isso e na minha opini o acho que muito importante ham curar e sarar tudo aquilo que aconteceu anteriormente a n vel de sentimentos falta de perd o situa es por resolver muito muito muito importante fundamental depois t m esse tal encontro com Deus tem que acontecer Depois tamb m muito importante a fase reinser o n o Porque a fase de reinser o tamb m fundamental porque ser o s tio para onde o pessoal partida ir novamente ir se expor ganhar novas amizades n s tamb m fundamental tamb m o trabalho da igreja local como est vamos a falar h pouco do pessoal que antes teve a cuidar e foi eles que ti
166. efer ncias indicadas de forma a permitir uma maior compreens o das verdades que guiam o programa do Desafio Jovem O aprofundamento do estudo dos fundamentos da institui o servir para revelar 31 factores importantes relacionados com o seu programa permitindo uma compreens o mais completa e consequentemente mais v lida acerca desses fen menos Estudos subsequentes poderiam averiguar por exemplo o relacionamento da motiva o em todas as suas dimens es ver capitulo II 3 1 com a aceita o destas cren as ou a sua evolu o com a maior ou menor implementa o das verdades b blicas mencionadas pela parte dos t cnicos Estes factos justificam a extens o das passagens b blicas transcritas que se consultaram na edi o revista e corrigida pela Sociedade B blica de Portugal 1968 da tradu o de Jo o Ferreira de Almeida da B blia para portugu s I Cor ntios 12 4 11 4 Ora h diversidade de dons mas o Espirito o mesmo 5 E h diversidade de minist rios mas o Senhor o mesmo 6 E h diversidade de opera es mas o mesmo Deus que opera tudo em todos 7 Mas a manifesta o do Esp rito dada a cada um para o que for til 8 Porque a um pelo Esp rito dada a palavra de sabedoria e a outro pelo mesmo Esp rito a palavra da ci ncia 9 E a outro pelo mesmo Esp rito a f e a outro pelo mesmo Espirito dons de curar 10 E a outro a opera o de maravilhas e a outro
167. ei o que mas ele gostava que eu fosse l e n s at vamos falar um com o outro porque n o temos 92 tido assim muito relacionamento eu com ele e ele comigo mas n o n o se proporciona prontos e vamos falar at do meu futuro e eu possivelmente porque eu quando entrei para o programa e quando eu conversei com ele ele fez o programa n o sei se o conheces o C P uma pessoa impec vel uma pessoa impec vel ele fez o programa j h muitos anos ham hoje pastor tem o dom da palavra eu gosto de ouvi lo e ele tamb m me falava nisso no futuro e eu dizia lhe oh pastor C P isto assim eu n o vou para outro lado da minha situa o profissional n o n o logo se v o que que vai acontecer mas naquela altura eu estava fora do prontos mas tudo bem eu fui aceite e mas isto vem a prop sito de qu vem a prop sito de que eu estou sempre sujeito a claro que estou sempre aberto a ideias diferentes E OK Para al m das respostas que deu s quest es que eu coloquei gostava de adicionar mais alguma coisa AM p o que que eu posso dizer mais Olha s posso dizer que eu seja um exemplo para os outros e tenho sido um exemplo porque tamb m j quem est a j testemunharam e j disseram que eu tenho sido um exemplo no aspecto de qu P uma pessoa com as situa es que eu tenho n o tenho ningu m n o tenho p n o tenho nada e comp
168. eiro Entrevista 9 p 156 Anexo F Dado o facto de se ter entrevistado o actual coordenador dos Caf s Conv vio a entrevistadora aproveitou o contexto da entrevista para tamb m compreender um pouco melhor os esfor os que se realizam ao n vel de prepara o dos utentes para a experi ncia de tratamento F C indicou que a prepara o se baseia em desenvolver a esperan a dos futuros utentes na valoriza o e demonstra o de interesse pelas suas vidas e numa tentativa de 202 explica o do programa e do modelo terap utico que engloba a prepara o para e apresenta o de a vertente espiritual caracter stica do programa do Desafio Jovem h pequenos gestos o facto de n o se ter vergonha de estar perto deles o facto de s vezes se lhe dar um alimento tamb m levarmos roupa o facto de irmos com eles fazer an lises h um laborat rio p blico e eles s vezes t m de facto um aspecto um odor que ningu m quer estar pr ximo deles e n s vamos com eles isso tudo valoriza os muito predisp e os para perceber que o programa uma coisa que lhes far muito sentido n o Depois tamb m pelo facto de termos algumas pessoas que trabalham na equipa que s o ex utentes n o pessoas que fizeram o programa isso estimula os tamb m n o contrap e um bocado aquela ideia que uma pessoa viciada j n o tem esperan a j n o h solu o para ele mas ele de repente estou
169. eita o e a rela o individual com cada um as pessoas que est o na rua se calhar t m mais de mim do que a minha fam lia o meu desejo de voltar a estudar e a minha qualifica o teve apenas em mente isso poder ser uma pessoa melhor qualificada para al m de toda a experi ncia de vinte anos a trabalhar o melhor se calhar que eu lhes posso dar e que procuro dar n o ver cada pessoa como nica n o padronizar n o a interven o nem claro que os princ pios que eu acredito e que partilho com eles s o comuns s o iguais mas acima de tudo o escutar a rela o ao fim e ao cabo o melhor que eu lhes dou a rela o consider los enquanto pessoas independentemente de estarem na rua andrajosos ou estarem a acabar o programa e escut los e procurar de acordo com a sua realidade e a sua dimens o dar lhes os valores que eu acredito que eu penso que s o indispens veis para a pessoa viver uma vida livre de drogas Entrevista 7 pp 140 141 Anexo F 204 tento naquilo que lhes tento incutir e transmitir eu ser a primeira pessoa a viver isso Porque para lhes mostrar na pr tica aquilo que o cristianismo N o uma religi o n o algo que bonito que faz sentido que diferente daquilo que eles viviam mas acima de tudo uma pr tica alguma coisa que eles podem viver apesar de tudo aquilo que aconteceu antes Entrevista 9 p 156 Anexo F Em rela o s fontes das qua
170. el da preven o da reca da l est ser uma pessoa capaz de resistir a determinadas situa es de ter h bitos mais saud veis em detrimento de outros h bitos que anteriormente tinha a tal quest o da auto confian a e da auto estima equilibrada de forma a prevenir potenciais factores de reca da E Uma ltima quest o o que ainda quer melhorar no futuro na forma como apoia os utentes para que cada vez haja mais a terem sucesso I Eu acho que a n vel t cnico ainda precisamos de fazer muitos ajustes n s somos s tr s psic logas para seis comunidades e normalmente n s s damos resposta s situa es mais emergentes mais complicadas ham e muitos ficam de fora nesse processo Obviamente damos sempre um acompanhamento a todos mas a n vel sistem tico e regular acabamos por deixar de fora uns quantos que tamb m beneficiariam mas ou porque n o t m digamos situa es emocionais mais problem ticas ou n o s o t o problem ticos a n vel de comportamento acabam por passar um bocadinho despercebidos n o e ent o acredito que h sempre quest es todos eles pela vida que tiveram pelo estilo de vida que adoptaram h sempre quest es que precisam ser tratadas n o e acho que o ideal seria termos um t cnico um psic logo para cada comunidade terap utica e dar assim um acompanhamento mais sistem tico estar mais pr ximo e e claro tornar mais eficaz o trabalho que fazemos 151 Depois t
171. entualmente na primeira vaga de criminalidade associada obten o de droga A morfina que foi descoberta na Alemanha chegou a ser apelidada como o medicamento de Deus por ser um dos estupefacientes mais activos que existe e um produto de aplica o m dica de grande utilidade pela sua seguran a efeitos sic e efic cia Ferreira Borges amp Filho 2004b p 10 Nesta poca e de forma paralela em 1859 que Albert Niemann isola o princ pio activo da planta da coca ou Erythroxylon coca Surge a coca na que durante as d cadas seguintes foi comercializada com v rios prop sitos medicinais desde a anestesia local ao tratamento para perturba es digestivas e que representou um ingrediente principal de diversos produtos como o Vinho de Coca Mariani e a conhecida Coca Cola Nesta altura a coca na chegou inclusivamente a ser recomendada por Freud para a desabitua o de dependentes de morfina Ferreira Borges amp Filho 2004b Posteriormente quando um pesquisador ingl s C R Wright sintetizou a hero na a partir da morfina em 1874 j a depend ncia de morfina se tinha tornado um grande problema social No entanto a ingenuidade relativamente a esta nova droga exemplifica se com o facto de que em 1900 nos EUA chegaram a ser enviadas pelo correio doses gratuitas de hero na aos dependentes de morfina visto que na altura se considerava a hero na um medicamento eficaz para a resolu o da depend ncia de morfina Fer
172. eo n 1 A Tabela 9 apresenta os dados relacionados com as respostas dos utentes s quest es RE licac f TE TN Pe Quais as maiores complica es na sua vida que pensa terem sido fruto dos seus consumos e O que considera ter aprendido na sua experi ncia de consumo de drogas Os tr s participantes indicaram a solid o como uma consequ ncia negativa do consumo de drogas e dois tamb m indicaram a contrac o de doen as Para al m destas consequ ncias um participante indicou a perda de valores e a pr tica de actos criminosos e ainda outro falou do desemprego e de ter contra do dividas Em rela o aprendizagem que os individuos consideram ter extra do da experi ncia de consumo dois dos tr s inquiridos consideram que 168 serviu para crescer espiritualmente enquanto o outro refere somente o prazer moment neo referindo ainda que n o considera haver nada de positivo no seu passado de drogas Positivo se calhar estou a come ar a ver o amor que Deus tem por n s porque eu acho que mesmo uma coisa sem palavras dif cil de explicar o amor que Deus tem mesmo por n s depois de tudo o que eu fiz dificilmente s Deus mesmo para perdoar e para nos dar uma oportunidade desta maneira porque n o sei dif cil de perdoar e eu n o sei se conseguiria Por muito forte que estivesse espiritualmente por muito que eu n o sei se conseguiria perdoar a algu m o mal que eu mesmo fiz ou seja t
173. equipa dos cooperadores re ne se usufruindo tamb m de um tempo conjunto que serve para partilha e para refor ar as rela es de amizade entre eles Das 14h00m s 16h00m realiza se uma reuni o comunit ria focalizada explicitamente sobre o dia de jejum de forma a compar lo com os anteriores e a p r em perspectiva o que Deus tem vindo a fazer desses tempos s 16h00m faz se a quebra de jejum apesar de que nenhum dos utentes obrigado a jejuar sendo somente incentivados e motivados a participar visto que o jejum representa uma pr tica aconselhada na B blia Sociedade B blica de Portugal 1968 Mateus 9 14 17 ver Anexo C3 s 17h00m existe um tempo livre geralmente ocupado a jogar bola e s 19h00m feito um jantar especial na capela ao qual os residentes devem comparecer bem vestidos Importa referir que todos os dias existe logicamente tempo separado para os banhos que s o di rios e obrigat rios para todos os residentes e para a higiene pessoal para al m da realiza o de telefonemas nos casos dos utentes que j se encontram autorizados a tal da recep o de visitas e de reuni es espec ficas e que se demonstrem necess rias Anexo C3 Vers culos b blicos que fundamentam a ac o do Desafio Jovem mencionados em todo o trabalho Nota Este anexo incluiu se no sentido de facilitar a consulta dos fundamentos teol gicos da ac o da institui o estudada Pretende se facultar um acesso f cil s r
174. er assim olha J escreve isto E isso acontece me tanta vez Sei que quando estou muito ligado a Ele acontece A Deus d me qualquer coisa que eu logo levanto me acendo a luz tac tac tac tac tac tac tac tac tac pronto vou me deitar n o at pode ser que n o consiga dormir passado um bocadinho olha acrescenta isto e pim pim pim pim percebes e isso para mim um futuro bom sentir me satisfeito Satisfeito comigo saber que estou satisfeito com Deus e saber que isso depois repercute se na vida dos outros inevitavelmente n o Na maneira como olhamos na maneira como sorrimos na maneira como falamos como se Deus flu sse constantemente E isso um futuro bom Se calhar para outros era sair o euromilh es e ir para a Sui a ou sei l ou l para a Andorra ou l para os Alpes tamb m gostava mas estamos tamb m limitados a este tema H um que dizia assim um futuro bom para mim eu sou uma pessoa humilde isto uma hist ria sou uma pessoa humilde e um futuro bom para mim ter por exemplo uma pequena quinta um pequeno carr o um pequeno avi o um pequeno iate porque ele diz que era humilde e era tudo pequenino Ent o o futuro bom dele era esse percebes queria muita coisa muita coisa Mas um futuro bom basicamente a gente sentir se satisfeitos com Deus com os outros e esperar que Deus v falando E OK e para al m das respostas que deu s perg
175. er ou o que fiz que n o devia ter 156 feito eu sempre me questiono a mim e sempre tento numa de me melhorar e de perceber o que que eu posso fazer e a estou muito aqu m n o e dou um exemplo foi um exemplo que Jesus Cristo nos deixou n o Jamais virei a atingir mas no fundo percebo claramente que ainda tenho muito para aprender e sempre que h um nico homem que n o consegue encontrar essa verdade que a mim me libertou eu ponho em causa aquilo que que estou a fazer no sentido de vir a melhorar isso E Ent o e como que pessoalmente tenta fomentar a que os utentes concluam o tratamento RC Oh p acima de tudo atrav s de usando os princ pios da Palavra de Deus e levando os a acreditar e a sonhar Como Acima de tudo por aquilo que pelo meu testemunho pessoal Penso que a maior riqueza que a gente pode ter e que estes homens andam procura tem tudo a ver com n o com palavras prontos mas eles precisam de vida e a melhor vida que a gente pode dar a experi ncia que a gente j teve E acima de tudo faz los acreditar atrav s de uma coisa que eles podem conseguem ver n o palavras vas percebes nem vas nem vagas no sentido de dizer ah poss vel eles olharem e dizerem assim espera a mas onde que isso est quem que j viveu isso Penso que isso uma das mais valias que a gente pode ter no sentido de lhes dar faz los acreditar e sonha
176. ermos gozo no que fazemos termos sei l dificil at por vezes explicar o que eu tenho sentido ultimamente acho que nunca a n o ser em mi do quando tinha cinco ou seis anos sentir me leve por dentro andar bem comigo mesmo com as pessoas em meu redor andar com com import ncias se o outro tem ou deixa de ter se eu tenho um carro ou o outro n o tem P claro que importante a gente ter ambi o de certas coisas mas com o tempo por vezes n s pronto toxicodependentes ou os alco licos ou isto ou aquilo quando vimos para uma comunidade metemos muito em causa ah ainda agora deixei isto j quero um carro j uma casa j quero um c o h tantas coisas mais importantes do que valores materiais as coisas que com o tempo vir o Deus suprime tudo at porque Ele diz se voc s me souberem pedir eu vos darei E E nesse sentido portanto o que que ter que acontecer para que permane a at ao fim no programa F Acho que temos que nos empenhar e temos que manter uma mudan a na nossa vida teremos que aceitar Deus ou seja teremos que nascer de novo Deixarmos as coisas velhas para tr s eis que tudo se fez novo assim nascer de novo temos que aceitar Jesus como nosso Salvador Acreditar que ele realmente ressuscitou dos mortos para nos salvar Isso eu acho que importante porque se estamos aqui s para fazer o programa para passar dias acho que E Nes
177. ertente espiritual que lhes est associada tem sido amplamente estudada e reconhecida Cook 1988 Laudet 2003 Galanter 2006 Galanter 2007 Galanter Dermatis Bunt Williams Trujillo amp Steinke 2007 Shearer 2007 White amp Whiters 2005 Yancey 1983 Tabela 3 Os 12 passos dos Alco licos An nimos 1 Admitimos que ramos impotentes sobre o lcool que as nossas vidas se tinham tornado imposs veis de gerir 2 Viemos a acreditar que um poder maior do que n s mesmos nos poderia restaurar a sanidade 3 Fizemos a decis o de entregarmos a nossa vontade e as nossas vidas aos cuidados de Deus como n s o entendiamos 4 Fizemos uma an lise e um invent rio moral destemido de n s mesmos 5 Admitimos perante Deus para n s mesmos e a outro ser humano a natureza exacta dos nossos erros 6 Est vamos totalmente prontos para que Deus removesse todos esses defeitos de car cter 7 Pedimos Lhe humildemente que removesse as nossas falhas 8 Fizemos uma lista de todas as pessoas a quem t nhamos feito mal e dispusemo nos a redimir os nossos erros com todas elas 9 Redimimo nos directamente com essas pessoas onde quer que fosse poss vel excepto quando faz lo significaria mago las ou a outros 10 Continu mos a fazer o nosso invent rio pessoal e quando est vamos errados admitiamo lo prontamente 11 Procur mos melhorar o nosso contacto consciente com Deus como O compreendiamos atrav s da ora o e da medita o or
178. es quest o O que pretende atingir ao completar o programa Como objectivos pr vios dois utentes indicaram que pretendiam somente deixar as drogas e outro referiu o desejo de crescer espiritualmente Actualmente dois indicam o desejo de servir a Deus um atrav s do trabalho no Desafio Jovem e outro possivelmente servindo como m sico numa igreja Outros desejos mencionados foram o de ajudar os outros o de continuar a acreditar em Deus e o de melhorar continuamente o car cter A refer ncia ao desejo de continuar a acreditar em Deus poder demonstrar confus o e ou inseguran a no que concerne s novas cren as ou por outro lado maturidade e honestidade em rela o preocupa o com circunst ncias futuras de vida 172 Tabela 14 Previs o de necessidades futuras actuais utentes Categoria Frequ ncia Para completar Continuar a lutar n 3 o programa Espiritualidade n 3 N o ter pressa ter objectivos apropriados n 3 Para atingir os Atrav s da Aumentar o relacionamento com Deus n 2 seus objectivos espiritualidade Manter a mudan a que j ocorreu n 1 Melhorar diariamente n 1 No sentido de facilitar a exposi o dos dados reuniram se as an lises efectuadas acerca das respostas dos utentes s quest es O que tem que acontecer para que permane a at ao fim do programa e Como pensa atingir os seus objectivos na Tabela 14 No que diz respeito primeira quest o os tr s entrevistados responderam
179. es s vezes com fam lia com o trabalho como deve ser com dinheiro a ir igreja com gentes amigos e mesmo assim decidem cair porque para mim viola um dos factores aquilo que eles valorizam mais na vida n o Que de facto a vida e a fam lia e o valor s o quadros de valores da pessoa ao fim e ao cabo E O que que ainda quer melhorar na forma como apoia os utentes para que cada vez haja mais a terem sucesso FC Isso muito complicado nesta altura o que que a gente pode melhorar mais eu acho que nesta altura costumo brincar s vezes s se consumir por eles e eles tiverem prazer e eu a dor Eu acho que eu hoje tive uma reuni o no CAT de Set bal n s vivemos um contexto socioecon mico muito complicado em que as pessoas est o literalmente ham acomodadas e resignadas sua condi o de vida Nesta altura n s fazemos n s n o sei que mais conseguimos fazer nesta altura n s vamos rua vamos com eles fazer an lises s vezes damos roupa tratamos de documentos e houve casos em que fomos rua recolher as an lises eles estavam num estado que nem n o sa am dali para nada ham eu n o sei se haver muito mais que fazer Certamente haver eu para j n o estou a descortinar Talvez 144 o que pode haver e esse o processo que n s estamos a perceber tentar ir motivando as pessoas e responsabilizando n o medida que caminhamos com elas mas depoi
180. es chegar ao fim e muito bom concluir as coisas muito bom mesmo Eu n o podia continuar a ter uma vida daquelas e de facto eu estava no s tio certo para mudar de vida era aquele lugar era aquela gente que me podiam ajudar Eu na altura e ali s eu acho que ainda hoje ainda hoje eu digo s pessoas que se h lugar para dar a volta e vencer s drogas e outros problemas no Desafio Jovem Se bem que nem sempre foi f cil foi me muito dif cil receber Jesus sabes Eu estive cinco meses para receber Jesus talvez um bocado porque eu via aquelas pessoas que recebiam logo assim repentinamente e depois n o permaneciam fui observando fui me fortalecendo e ent o depois a sim que s vezes aquela nsia de s vezes a gente querer ser logo e conhece o Senhor e vamos embora vamos para a frente e acontece aquilo tudo assim parece que nos estamos a meter numa coisa sem estar cientes do que estamos a fazer eu tive que me fortalecer antes para depois poder faz lo n o me sentia uma pessoa saud vel n o estava mesmo nada bem Pronto eu na altura em que entrei pesava cinquenta e quatro quilos mal conseguia andar isto para tu veres como eu estava fisicamente E Considera que a f e a espiritualidade que viveu no programa o ajudaram de alguma forma na altura para concluir o programa e ainda hoje em dia RL Claro claro pois foi mesmo em f que eu conclu o programa Porque eu
181. es aqui em empregos normais n o tem nada a ver mas prontos eu tamb m tenho uma situa o um 91 bocado coiso de d vidas e isto tamb m bom para eu conseguir liquidar essas d vidas digamos assim P e eu vou tentar claro que eu igreja ali vai ser complicado por acaso tive esse aconselhamento com o V agora h dois dias e falou se nisso p nem que eu nem que eu quando estou em terra porque s o navios de cruzeiros os navios de cruzeiro todos os dias est o em terra depende de que zona que eu irei andar n o sei que eu j corri o mundo quase todo mas se eu andar nos Estados Unidos por exemplo eu quando estiver em porto e quando estiver a minha folga vou vou tentar ir a uma igreja evang lica e vou tentar procurar porque os Estados Unidos eu sei eu falo ingl s n o tenho um ingl s correcto mas falo assim tenho um ingl s suficiente para ir e para me aperceber do que que se passa e do que que n o se passa Portanto e vou tirar os meus momentos eu a bordo n o Porque fora do trabalho fora do hor rio de trabalho tenho os meus momentos de descanso digamos assim o navio tem capela s que uma capela s que prontos ser um capel o Porque eu estou a falar num navio com quarenta e sete ra as diferentes por acaso os meus marinheiros os marinheiros que trabalham para mim digamos assim s o indon sios ou s o filipinos e os filipinos 90 s o crist os os indon sios 90
182. esconfian a digamos assim que l fora uma luta e que se n s n o tivermos nada para nos agarrarmos muito facilmente a gente a gente cai N o essa a minha perspectiva agora porque eu agora sinto me sinto me diferente e sinto me forte em certas coisas e j tive a prova j tive a prova N o quer dizer que depois l fora no dia a dia e numa vida fora daqui completamente diferente desta que as coisas ham possam ser melindrosas n o mas eu penso que p eu agora na situa o que eu estou acho dif cil Mesmo muito dif cil Ali s nem vontade minha nem pouco mais ou menos E O que que tem que acontecer para que permane a no programa at ao fim 87 AM uma insist ncia da nossa parte o querer saber mais o querer entrar dentro da do Esp rito sei l do Esp rito de Deus querer alcan ar mais n o uma quest o de n o vou levar isso para o lado da protec o de estar assim protegido no fundo tamb m mas e no fundo querer acabar sei l n o querer desistir porque n s enquanto estamos aqui no programa temos tido muitos vai acontecendo durante o tempo todo n o desde o in cio at ao fim at onde eu estou e h uns que v o se embora h outros que ficam uns com mais tempo outros com menos tempo os testemunhos e isso a mim uma coisa que me faz um bocado de confus o confus o no bom sentido n o porque os testemunhos a m
183. est escrito porque ent o far s prosperar o teu caminho e ent o prudentemente te conduzir s 9 N o to mandei eu Esfor a te e tem bom nimo n o pasmes nem te espantes porque o Senhor teu Deus contigo por onde quer que andares Marcos 11 20 26 20 E eles passando pela manh viram que a figueira se tinha secado desde as raizes 21 E Pedro lembrando se disse lhe Mestre eis que a figueira que tu amaldi oaste se secou 22 E Jesus respondendo disse lhes Tende f em Deus 23 Porque em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte Ergue te e lan a te no mar e n o duvidar em seu cora o mas crer que se far aquilo que diz tudo o que disser lhe ser feito 24 Por isso vos digo que tudo o que pedirdes orando crede que o recebereis e t lo eis 25 E quando estiverdes orando perdoai se tendes alguma coisa contra algu m para que vosso Pai que est nos c us vos perdoe as vossas ofensas 26 Mas se v s n o perdoardes tamb m vosso Pai que est nos c us vos n o perdoar as vossas ofensas Marcos 16 15 20 15 E disse lhes Ide por todo o mundo pregai o evangelho a toda a criatura 16 Quem crer e for baptizado ser salvo mas quem n o crer ser condenado 17 E estes sinais seguir o aos que crerem Em meu nome expulsar o os dem nios falar o novas l nguas 18 Pegar o nas serpentes e se beberem alguma coisa mortifera n o lhes far da
184. estado em que eu estou espiritual eu continuar a acreditar em Deus eu refazer a minha vida eu conseguir a partir daqui ter uma vida sem sem p v cios sem tretas n o ter mais maturidade ter mais seguran a p e ser verdadeiro sei l n o vir com aqueles truques e com aquele com aquela como n s aqui usamos muito este termo com o jogo de 90 cintura com aquelas vidas antigas n o ter um caminho com Deus e isto o que eu posso o que eu sinto e o que eu pretendo n o Eu sei que vou ter dificuldades nisso ainda agora tive esse aconselhamento com o meu conselheiro estive quase duas horas a ser aconselhado por ele precisamente por isso Porque em termos de emprego eu possivelmente vou me afastar de igreja e vou me afastar de muita situa o n o Como eu estou sete meses o meu contrato sete meses e estou sete meses fora do pa s eu j te disse que trabalho em navios de cruzeiro n o sei posso ir para as Cara bas posso ir para o Alasca posso ir para o Mediterr neo j estive nesses s tios todos p e eu ando no navio um ambiente de trabalho percebes n o n o h igrejas durante sete meses estou ali n o 6 completamente diferente se eu vivesse aqui no dia a dia n o Portanto vai ser uma luta que eu vou ter vai ser uma luta constante e eu s tenho que comer e aguentar percebes E Como que pensa atingir esses objectivos que tem colocado
185. estive no Patriache umas semanas um programa com uma terapia esquisita muda daqui para p r ali descarrega o cami o daqui e carrega o cami o ali estive na Remar ham ao qual assaltei a dispensa deles a dispensa dos medicamentos e dos alimentos e vim de Espinho por a abaixo mais dois 127 companheiros Estive tamb m pouco tempo noutro sitio mas nada nada nada conseguiu resolver o problema E E porque que n o resultava JG N o resultava porque o problema continuava l n s agora conseguimos perceber que isto pode ou um problema espiritual falta de princ pios que o ser humano poder ter porque quer queira quer n o n o h ningu m que n o precise de Jesus H sempre um vazio dentro de qualquer pessoa n o h dinheiro que preencha n o h eu frequentei v rios programas e passei por v rios estados por v rios s tios e nenhum deles resultou Inclusive dentro da marinha estive internado numa cl nica da marinha ham estive l vinte dias a medica o mais vinte a dormir e nada disso resultou porque eu quando acordava o primeiro pensamento que vinha a mim era apanha o autocarro e vai direito ao Casal Ventoso porque era mesmo assim n o havia p tu acordavas e o que que eu vou fazer Oh Vou comprar E Ent o e onde foi ganhar for as para ganhar esta luta contra as drogas JG Isso uma pergunta muito boa
186. ete anos Pag Oo ne On a WwW 17 18 26 26 28 30 38 42 42 48 53 54 58 58 69 81 95 Entrevista 5 Ex utente graduado h sete anos Entrevista 6 Ex utente graduado h dezasseis anos Entrevista 7 Director dos Caf s Conv vio Entrevista 8 Psic loga Cl nica do Desafio Jovem Entrevista 9 Conselheiro na Castanheira do Ribatejo Gloss rio Anexo G An lise de conte do das entrevistas Anexo G1 Amostra de Actuais Utentes Anexo G2 Amostra de Utentes Graduados Anexo G3 Amostra de T cnicos Anexo H Refer ncias bibliogr ficas 113 123 134 145 151 161 166 166 180 195 207 Indice de Tabelas e Quadros Tabela 1 Crit rios de diagn stico para Abuso de Subst ncias Tabela 2 Crit rios de diagn stico para Depend ncia de Subst ncias Quadro 1 Preval ncia do consumo de drogas em tr s popula es portuguesas popula o geral escolar e reclusa Tabela 3 Os 12 passos dos Alco licos An nimos Tabela 4 Gui o da entrevista realizada amostra de actuais utentes do Desafio Jovem Tabela 5 Gui o da entrevista realizada amostra de utentes graduados do Desafio Jovem Tabela 6 Gui o da entrevista realizada amostra de t cnicos do Desafio Jovem Tabela 7 Apresenta o geral actuais utentes Tabela 8 Passado de consumos actuais utentes Tabela 9 Consequ ncias positivas e negativas dos consumos actuais utentes
187. extrinseca mencionadas por Bergin 1991 Como se refere no cap tulo 1 3 2 esta no o da parte da investigadora desenvolveu se com base na sua interac o com praticantes da f crist pelo que n o se pode concluir que esta defini o seja representativa da perspectiva do pessoal da institui o acerca destes conceitos A investigadora criou um question rio para avalia o dessas percep es baseado no trabalho de Zinnbauer e Pargament 2005 e que se apresenta no Anexo D3 mas a escassez temporal para aplica o e an lise do mesmo impediu a sua utiliza o Neste sentido enquanto a religi o tende a ser perspectivada como algo est tico institucional mau baseado na hipocrisia e nas apar ncias mesmo at descrito como algo desprovido de vida seco e morto sendo a religiosidade numa perspectiva teol gica associada muitas vezes forma de estar dos fariseus que foram os principais acusadores de Jesus Cristo a espiritualidade tende a ser compreendida como um conceito din mico pessoal bom genu no e de certa forma vivo Zinnbauer amp Pargament 2005 demonstrando as no es teol gicas de que Deus esp rito de que o Esp rito Santo est com 52 os crentes ao longo desta vida para os tornar pessoas melhores e de que a vida eterna ser espiritual Neste sentido dado que a espiritualidade tamb m vivida como um fen meno social comum n o inteiramente individual e que a forma como vivida pe
188. ganizem os seus estilos de vida encontrando um modelo de vida que lhes permita viver de forma mais equilibrada ajustada realidade com uma melhor inser o social e um relacionamento mais adequado consigo pr prios com os outros e com Deus para o que os ajuda a reencontrar o seu lugar econ mico social afectivo e emocional na sociedade A entrada para as comunidades terap uticas precede se na grande maioria dos casos por um per odo no qual o futuro utente acompanhado num dos centros de atendimento da institui o ou Caf s Conv vio Os Caf s Conv vio existem no nosso pa s h cerca de 25 anos e constituem um local informal de atendimento gratuito a toxicodependentes e s suas fam lias O primeiro contacto s rio com a institui o desenrola se normalmente nestes centros de atendimento cujos utentes recebem ajuda em regime ambulat rio sendo muitas vezes abordados por cooperadores dos Caf s Conv vio nas ruas e nos locais onde consomem este procedimento da institui o baseia se em determinados princ pios b blicos Sociedade B blica de Portugal 1968 Marcos 16 15 20 ver Anexo C3 Neste espa o os utentes s o incentivados a reduzir os seus consumos e s o lhes marcadas entrevistas avaliativas com o grupo cl nico do Desafio Jovem pelo que o processo de admiss o aos centros de recupera o da institui o avan ar medida que o utente compare a nas sess es Existem Caf s Conv vio a funcionar por todo o pa s e
189. gas e monitores Coopere no sentido de estabelecer uma rela o de confian a com o conselheiro que lhe for designado Demonstre sempre respeito por todos os meios materiais que lhe forem confiados Seja respons vel por todas as suas atitudes Esteja disposto a trabalhar no sentido de uma melhor auto imagem Se esforce para controlar especificamente poss veis sensa es de ira Complete satisfatoriamente todas as tarefas que lhe forem designadas Assista e participe em todas as actividades de grupo realizadas pela comunidade Complete o programa acad mico que lhe for designado Por sua vez as regras desta 1 fase incluem que n o permitido ao utente Estar sozinho a circular pela comunidade ou no sector de trabalho Fazer ou receber telefonemas Receber ou enviar correspond ncia Ter visitas Ausentar se da comunidade 39 Possuir certos objectos tais como joalharia fotografias e musica Ao completar com xito os requisitos mencionados tendo permanecido durante pelo menos 60 dias no programa o residente sera avaliado para determinar a sua passagem a fase seguinte 2 Fase Interm dia A fase Interm dia na qual se pretende consolidar as estruturas criadas na 1 fase e preparar progressivamente a retoma pelo utente de contactos com o exterior caracterizada pela reconquista gradual de privil gios e pelo consequente assumir de responsabilidades Os objectivos desta fase englobam que o utente
190. gia um bocado dos problemas O nico problema que n o devia ter acontecido e aconteceu foi dentro da tropa foi na marinha foi o problema que j expliquei foi o grande problema porque p h aquelas coisas aqueles roubos de estic o aquelas coisas assim mas isso nunca foram coisas que tivessem trazido consequ ncias nunca foi nada que fosse pronto declarado pol cia nem que a pol cia tenha andado atr s de mim nem doen as nem nada disso E O que considera ter aprendido na sua experi ncia com drogas O que que de positivo pensa que pode tirar dessa passagem JG assim eu costumo dizer se eu tive que passar pelas drogas para conhecer Jesus p foi bom A ver se compreendes se d para depois o pessoal compreender ham essa passagem para conhecer Jesus positivo valeu a pena porque se calhar se eu n o tivesse passado pelas drogas eu nunca conhecia Jesus Porque eu tinha tudo Eu tinha tudo n o me faltava nada Aos treze anos quis uma mota o meu pai comprou me uma mota e assim sucessivamente ia passar f rias quando queria sa a do pa s quando queria pegava na mochila metia me num inter rail e ia por ali fora basicamente essa parte a para mim que se eu passei pelas drogas para conhecer Jesus am n por isso sen o n o o tinha conhecido E E frequentou outros programas antes de entrar para o Desafio Jovem JG Estive no Patriache ham pouco tempo
191. har a luta contra as drogas RL Quando fui pedir ajuda eu pus na cabe a que tinha que ter um objectivo tomei uma atitude e no Caf Conv vio falava se muito e ainda hoje se fala em dar o passo certo Deus faz mas n s tamb m temos que fazer a nossa parte e eu acho que isso encaixou era mesmo aquilo que eu queria e hoje acho que o fruto est vista N o quer dizer que n o 116 tenho que continuar a lutar n o por ter vontade de consumir ou o que seja mas a Palavra de Deus avisa quem est de p para se cuidar para n o cair e eu acredito nisso E Ent o e pensa que foi a buscar for as sua decis o RL Sim fui lutando e lutando fui andando para a frente at que chegou uma altura prontos deixei de ter aquelas atitudes aquelas coisas a droga rouba nos muito essas coisas e ainda hoje eu estou a moldar o meu car cter n o Estou no s tio que gosto estou com as pessoas que gosto sinto me bem com o pessoal que serve a Deus e que Deus p s no meu caminho tamb m E O que o ajudou mais para conseguir seguir o programa RL Eu tinha um objectivo que era a conquista da minha filha n o e eu fui tra ando porque eu acho que eu para ter a minha filha bem eu para fazer a minha filha feliz e estar com ela tenho que ficar bem primeiro n o se n o n o valia a pena e pronto porque eu tamb m tinha esse objectivo e fui sempre lutando Eu vou ficar bem que
192. ho que mesmo a n vel de sa de Eu a n vel de sa de at me sinto bem como eu te disse entrei no programa com cinquenta e poucos quilos s para tu teres a no o a sa de n o era muita pronto e eu c estou na luta mas tamb m sei que que tenho que ter a pessoa certa ao meu lado Eu acho que para sermos dois em um n s temos que ali s o homem e a mulher t m que se completar e eu acho que eu tenho que ter a pessoa certa Se s porque eu quero constituir uma fam lia vou arranjar uma mulher e depois vou me dar mal a mesma coisa que eu estive aqueles cinco meses espera para ser baptizado no Esp rito Santo Tem que ser n o eu hoje em dia sou muito ponderado com respeito a isso J chega de sofrer O sofrimento que seja um sofrimento mais saud vel agora porque n s todos os dias sofremos Por isto ou por aquilo at a crescer E Para al m das respostas que deu s perguntas que lhe fiz tem mais alguma coisa que gostasse de acrescentar ou RL P ham que Deus aben oe esta casa Porque eu acho que estes Caf s Conv vio fazem muita muita falta para tirar esse pessoal que n o conhece Deus dessa vida de mis ria dessa vida de drogas que n o leva a lado nenhum Eu sou um testemunho vivo que o nosso Deus um Deus de milagres a nica coisa que eu quero acrescentar Que saia muito fruto deste Caf Conv vio e dos outros todos porque de facto Deus a solu o e a nica coisa
193. i o tem uma pol tica de portas abertas tanto a n vel de permitir que os seus utentes abandonem o programa quando quiserem n o implicando que os directores e conselheiros das comunidades n o tentem ajudar a que os utentes n o desistam devido a inten es derrotistas ou precipitadas como ao n vel de expor completamente todo o trabalho que realiza com as pessoas que ajuda Segue se um aspecto importante da revis o efectuada por Cook 1988 A convers o foi definida por William James 1902 cit por Cook 1988 como o processo gradual ou s bito atrav s do qual um self dividido e conscientemente errado inferior e infeliz se torna num self unificado e conscientemente certo superior e feliz como consequ ncia da sua maior aceita o de realidades religiosas ou espirituais p 744 Adler e Hammett 1973 cit por Cook 1988 demonstram outra compreens o do processo de convers o ao aplicarem as no es de crise convers o e forma o de culto mudan a experimentada por toxicodependentes em tratamentos baseados na f Para Adler e Hammett 1973 cit por Cook 1988 a crise representa uma condi o de instabilidade gerada pelos problemas associados toxicodepend ncia a convers o corresponde ao processo de adop o de um 17 sistema de cren as e valores novo partilhado pelo grupo que fornece o tratamento e a forma o de culto designa a frequ ncia desse grupo que estabelece e confirma a seguran a que
194. i V Mic U Romeo A amp Meduri M 2007 Temperament and character dimensions in opiate addicts Comparing subjects who completed inpatient treatment in 214 therapeutic communities vs incompleters The American Journal of Drug and Alcohol Abuse 33 5 707 715
195. ia o de recursos aqui na institui o n o as oficinas Em 2002 que a minha fun o actual assumi o departamento de ac o social que tem a ver com tudo o que interven o nas ruas Caf s Conv vio pris es hospitais ham as preven es nas escolas as equipas de rua Ham a minha forma o antes de vir eu tinha o secund rio por acabar recentemente terminei a minha licenciatura em Psicologia Estou de novo aqui em Fanh es desde 2000 E Como tomou contacto com o Desafio Jovem e como entrou para este programa para colaborar FC Eu j conhecia o Desafio Jovem por for a de ser crist o evang lico n o tinha ouvido falar do Desafio Jovem em oitenta e no princ pio no princ pio ham creio que eu casei em 86 talvez 84 83 ouvi falar do Desafio Jovem entretanto eu talvez na igreja local onde eu estava em Benfica depois mais tarde em 88 eu vim confer ncia do Desafio Jovem foi a primeira que eu vim e nessa altura decidi vir servir um pouco tamb m porqu Porque fruto de eu sempre tive um desejo foi crescendo um desejo de servir a Deus e de ajudar pessoas identifico me muito com a institui o com a forma de cuidar pessoas de ajudar pessoas mais a mais enquanto depois t m os mesmos ideais crist os n o espirituais que eu comungo tamb m e ent o foi isso que me fez vir trabalhar para c e ajudar gente E No seu caso o senhor anteriormente n o consumia drogas FC
196. iciosas de futuras inova es Sindelar amp Fiellin 2001 Existem interven es n o farmacol gicas alternativas para o tratamento deste tipo de toxicodependente e tamb m de outros utilizadores de subst ncias psicoactivas para as quais 23 existem farmacoterapias teis O aconselhamento por exemplo representa uma t cnica cujas caracter sticas s o heterog neas e vari veis A assist ncia prestada por grupos de entreajuda emprega frequentemente este tipo de t cnica Sindelar amp Fiellin 2001 que engloba caracter sticas de abordagens psicoterap uticas humanistas como a empatia Ferreira Borges amp Filho 2004 De facto a rela o terap utica que representa em si mesma um componente terap utico dos tratamentos desempenha um papel fundamental para a obten o de resultados favor veis tamb m no tratamento de perturba es relacionadas com consumos excessivos Laudet 2003 Simpson 2004 Fundamentadas neste tipo de abordagem centrada no cliente foram desenvolvidas t cnicas psicoterap uticas de melhoramento motivacional especificamente para o tratamento de perturba es relacionadas com o consumo de subst ncias O objectivo destas abordagens centra se em n o confrontar directamente a resist ncia que o cliente possa demonstrar compreendendo empaticamente e tentando resolver de uma forma subtilmente directiva a ambival ncia deste em mudar o seu comportamento em entrar ou em aderir a um determinado tratamento
197. ife in the Community For Everyone Acedido em Janeiro 2008 atrav s do URL http www samhsa gov FBCI background aspx The Betty Ford Institute Consensus Panel 2007 What is recovery A working definition from the Betty Ford Institute Journal of Substance Abuse Treatment 33 221 228 White W 2004 Transformational change A historical review Journal of Clinical Psychology In Session 60 461 470 White W L 2007 Addiction recovery Its definition and conceptual boundaries Journal of Substance Abuse Treatment 33 229 241 White W amp Kurtz E 2006 The varieties of recovery experience International Journal of Self Help and Self Care 3 1 2 21 61 White W Laudet A amp Becker J 2006 Life meaning and purpose in addiction recovery Addiction Professional 7 56 59 White W amp Whiters D 2005 Faith based recovery Its historical roots Counselor 6 58 62 Woody G E 2003 Research findings on psychotherapy of addictive disorders The American Journal on Addictions 12 Supplement 2 S19 S26 Yancey P 1983 The Midnight Church Christianity Today 27 96 97 Zinnbauer B J amp Pargament K I 2005 Religiousness and spirituality In R F Paloutzian amp C L Park Eds Handbook of the psychology of religion and spirituality pp 21 42 New York The Guilford Press Zocalli R Muscatello M R Bruno A Bilardi F De Stefano C Felletti E Isgr S Micalizz
198. ificante em compara o com o mesmo valor para os EUA em 2001 as percentagens da popula o nacional que tinha consumido drogas ao longo de toda a vida eram de 7 6 para a cannabis 0 9 para a coca na 0 7 para os opi ceos a grande maioria tendo consumido hero na e 0 7 para o ecstasy valores que est o acima das mesmas percentagens a n vel mundial Feij o 2004 IDT 2007a Tamb m em 2001 2 5 dos portugueses tinha consumido alguma droga nos ltimos 30 dias Balsa et al 2001 cit por IDT 2007a Estes valores agravam em popula es escolares e reclusas ver Quadro 1 J em 2006 registaram se cerca de 40000 pessoas em tratamento para a toxicodepend ncia em Portugal das quais 4228 estiveram em comunidades terap uticas Entre a popula o em tratamento nesse ano a percentagem de indiv duos infectados com o VIH situava se entre os 11 e os 22 enquanto 3 a 9 sofria de Hepatite B 42 a 54 de Hepatite C e 0 4 a 3 de tuberculose IDT 2007a A droga que mais se consome no mundo e em Portugal no sentido da defini o de droga avan ada no cap tulo II 1 1 a cannabis que se destaca com preval ncia de consumo muito superior das outras subst ncias nos estudos epidemiol gicos Feij o 2004 IDT 2007a mas os estudos de indicadores indirectos relacionados com a procura de tratamento e com bitos indicam que a n vel nacional a heroina surge como a droga central dos consumos problem ticos muitas vezes associa
199. igioso T o religioso Mais espiritual Totalmente espiritual e nada espiritual que espiritual como espiritual que religioso nada religioso 2 Tendo em conta a sua resposta anterior considera fundamental para o sucesso do programa a componente religiosa espiritual que indicou N o pouco Nem muito nem bastante Sim E desnecess ria importante pouco importante importante E indispens vel 1 2 3 4 5 3 Qual a sua fun o nesta comunidade terap utica 4 H quanto tempo trabalha na recupera o de toxicodependentes 5 O que para si a espiritualidade 6 O que para si a religi o 7 Fa a corresponder a espiritualidade e ou a religiosidade lista de caracter sticas seguinte escolhendo o n mero da op o que lhe parece mais indicada S o ambas S o ambas 1 Nenhuma 2 a E 3 masmaisa 4 oe 5 mas maisa 6 s cae espiritualidade espiritualidade igualmente religiosidade religiosidade A uma fonte de apoio social a L A sua experi ncia engloba uma B um dom de Deus ae sensa o de proximidade com Deus C ben fica M institucional o D Serve uma fun o um prop sito N relacionada com o sagrado 0 na vida individual O uma orienta o para a vida o E est tica ne P uma fonte de conflito externo o F uma for a motivacional a Q objectiv
200. iliar motiva o ext nseca e o cansa o da vida de depend ncia como factores que deram for a para ganhar a luta contra as drogas 186 a for a pode ser um pouco fruto do estar farto tamb m da vida que se leva se calhar tamb m o facto de alguma press o familiar os meus irm os encostaram me parede e disseram me p se n o for desta vez escusas de contar connosco porque nunca mais te queremos ver eu vou ter que fazer a vontade a eles E fui me nessa for a nessa for a Entrevista 6 pp 127 128 Anexo F Outro inquirido mencionou a determina o em resposta a esta quest o no Caf Conv vio falava se muito e ainda hoje se fala em dar o passo certo Deus faz mas n s tamb m temos que fazer a nossa parte e eu acho que isso encaixou era mesmo aquilo que eu queria e hoje acho que o fruto est vista N o quer dizer que n o tenho que continuar a lutar n o por ter vontade de consumir ou o que seja mas a Palavra de Deus avisa quem est de p para se cuidar para n o cair e eu acredito nisso Entrevista 5 p 116 Anexo F Relativamente aos factores que ajudaram a que os graduados conseguissem concluir o programa dois ex utentes indicaram explicitamente a espiritualidade Exemplo as drogas foi alguma coisa que nos levou at ali mas depois de um momento para o outro tudo se transformou H uma s rie de a necessidade de aprender quem somos porque e
201. ilo que aprendeste agora a lutar Por isso que eu esse dez est aplicado porque eu tenho feito tenho lutado com s vezes com algumas falhas porque n s somos fal veis n o E E nesse sentido para al m da escala ter que ir at dez e meio o que que tinha que acontecer para subir meio ponto RL Agora que me fintaste O que que teria que acontecer Eu n o te consigo dizer o que que teria que acontecer Porque eu acho que de facto Deus tem um prop sito para a minha vida n o sei qual ningu m sabe mas n o estou agora a ver N o te vou estar a mentir ali s mesmo assim n o consigo responder Se calhar um dia mais tarde sou capaz de te dizer olha est aqui o meio ponto percentual foi isto que aconteceu mas agora n o estou aver 121 E Se lhe fossem concedidos tr s desejos 0 que que pedia para o futuro do Desafio Jovem e para todos os que l est o ou ir o passar RL Como eu permaneci eu gostava que as pessoas fossem n o igual a mim n o mas que fossem um bocadinho como eu que permanecessem Ham porque assim n s acabamos o programa temos escolhas Fazemos escolhas temos op es H aquele pessoal que n o se mete na droga mas deixa de frequentar a igreja ou come a a fumar mas n o se mete na droga Eu se calhar se toda a gente que fez o programa do Desafio Jovem fosse assim fumasse mas que tivesse Deus est s a perceber e q
202. im marcam me muito porque s vezes n s temos d vidas ent o mas ser n o ser mas assim mas a gente pede e as coisas acontecem porque s vezes estamos um bocado na d vida e ent o ham sei l os testemunhos a mim d o me uma for a muita grande para ser sincero d o me muita for a os testemunhos Quando eu vejo que as pessoas realmente aconteceu algo de diferente nas vidas deles e algo mudou e isso que me incentiva a continuar e isso que me d for as para continuar uma das raz es que me d a mim pelo menos porque me d grande for a para continuar e pelo menos para chegar porque no fundo eu se for a ver bem j estou a acabar o programa n o Pelo que doze meses segundo o que parece me que assim Mas como eu tamb m j tinha dito ao in cio o programa para sempre E Ent o a f e a espiritualidade que viveu neste programa ajudaram no de alguma forma AM Sim sim Sim ajudaram ent o ajudaram n o t m ajudado sempre sen o tamb m o que que estava aqui a fazer Tentava se calhar era j estou bem estou curado n o tenho ressacas n o estou a dar na fruta n o Vou me mas embora vou me fazer vida Portanto h realmente h a no fundo a base no fundo a base n o porque sen o j n o fazia sentido estar aqui E E quais foram as suas qualidades pessoas que colocou no seu tratamento para conseguir ganhar s drog
203. intas mas um dos desejos que eu tinha era que eles nunca sa ssem do prop sito divino que est sobre aquela gente Isso um O segundo era talvez que que o cora o dos governantes se pudesse sensibilizar em rela o ao trabalho na toxicodepend ncia feito por eles olhando para os testemunhos que eles t m feito ao longo de trinta anos que quando se re nem se todos estivessem l era uma boa fatia dos toxicodependentes de Portugal que j estavam recuperados e certamente algu m tinha que dar aten o ao trabalho que foi ali desenvolvido Porque parece hoje que apesar de trinta anos e que apesar de tanto fruto que aquilo deu parece que a n vel de governo hoje em dia continua tudo adormecido e tudo insens vel e tudo de p atr s perante aquela terapia percebes Enquanto no fundo s o eles que est o a dar cartas em Portugal o terceiro desejo tu s pior que a fada madrinha ofereces logo tr s desejos de uma vez vamos frente E OK Ham atingiu o que pretendia atingir ao completar o programa JA Como o programa se baseia muito na rea espiritual e como n s depois temos tamb m a fazer parte dessa vis o essa pergunta muito extens vel Se atingi o que eu pretendia sendo eu um homem espiritual ham n s nunca atingimos o que pretendemos porque sendo um homem crist o n o o cristianismo n o apesar de n s podermos tirar muitos cursos b blicos e sermos muito te logos o cristianismo tem semp
204. io Anual de 2006 IDT 2007a 13 Anexo B Desenvolvimento de temas abordados em II 1 2 Anexo B1 Modelos e teorias de mudan a relacionados com a rea do tratamento da toxicodepend ncia Inicialmente no presente anexo referem se alguns modelos e teorias da mudan a relacionados especialmente com a mudan a incremental nomeadamente mencionando se a no o da auto efic cia Bandura 2003 e diversos modelos de fases de mudan a Seguidamente desenvolve se um pouco o conceito da mudan a transformacional e menciona se o processo de deriva Finalmente apresenta se uma descri o do processo de convers o religiosa espiritual tendo em conta o contexto da institui o em estudo Os toxicodependentes poder o perspectivar a sua recupera o como um acontecimento imposs vel ou extremamente improv vel Uma vez que diversos grupos de ajuda m tua de entre os quais se contam o Desafio Jovem e diversos grupos de 12 passos ver Anexo B3 fomentam que o indiv duo aceite as suas limita es reconhecendo que a mudan a est em grande parte fora do seu pr prio controlo mas que o poder de Deus suficiente para apoiar qualquer mudan a a entrada dos toxicodependentes neste tipo de grupo poder aumentar a sua auto efic cia Estes grupos reflectem a cren a de que a vontade e o poder de Deus mudam o indiv duo que deve assumir simultaneamente a responsabilidade pelos seus actos Laudet Magura Cleland Vogel amp Knight 2003 Ao ace
205. is um bocado tamb m ou tudo isso vem complementar a f e a espiritualidade e o ensino uma coisa ou outra assim E Alguma vez recaiu desde que saiu do programa JA N o E Onde foi buscar for as para completar o programa JA J fal mos disso acerca do querer come ar e do querer acabar as coisas Acerca destes objectivos todos de querer novamente ser um homem de valor na sociedade E Considera nesse sentido que as for as vieram de si pr prio De dentro de si dessa decis o de querer completar aquilo que tinha come ado Foi JA Sim E Foi uma for a interior 105 JA N o a gente n o est presos no centro a gente torna se um bocado n o independentes mas dependentes de Deus n o enquanto dantes ramos dependentes das drogas agora tornamo nos dependentes de Deus e quem est sens vel e quem est atento s prega es ao estudo porque aquilo bombardeado todos os dias diariamente no centro quem est atento a isso e quem mistura a f com a Palavra vai se apercebendo que h um caminho pela frente para percorrer quer dizer n o h necessidade nenhuma de voltar atr s aparece uma for a que n o te sei explicar se vem de mim se Deus que coloca em mim quer dizer ham ou eu n o percebi bem a pergunta mas pronto a quest o onde que vou buscar a for a para vencer onde que vou buscar a for a para terminar n o E Sim
206. is esses t cnicos obt m for a ambos mencionaram a espiritualidade e um dos dois referiu tamb m o apoio social Exemplos houve uma altura no programa que Deus disse me que Ele queria me usar Que aquilo que eu tinha experimentado era eu seria ego sta se eu ficasse somente com tudo isto para mim Que eu devia p r a minha vida expor a minha vida de forma a que os outros pudessem acreditar e sonhar e no fundo fazer na minha vida que ela tivesse sentido n o E entre eu ficar com tudo aquilo que aconteceu e ir usufruir e finalmente ter a minha vida e orientar me e etc eu optei por essa verdade que Deus me tocou no cora o de no fundo fazer com que outros que v o come ar agora como eu comecei um dia outros que est o a sofrer na rua como eu j sofri um dia outros que est o a tentar como eu j tentei um dia fazer todos esses grupos faz los acreditar que poss vel viver depois de tudo isso Entrevista 9 p 157 Anexo F a o factor Jesus perceber que aquilo que eu fa o n o meramente um esfor o meu ou uma ideia muito altru sta minha perceber que esta uma impress o muito forte de Deus no meu cora o Ent o mesmo em Jesus na rela o com Deus na reflex o na medita o Entrevista 7 p 141 Anexo F Tabela 44 Papel desempenhado pela espiritualidade t cnicos Categoria Frequ ncia Fornece uma rede de apoio socioespiritual n 2 Representa um referencial imut
207. itar a perspectiva destes grupos os toxicodependentes dever o sentir se mais capazes de conseguir efectuar as mudan as necess rias para recuperar caso n o se acomodem somente expectativa de uma interven o divina que n o implica a ac o do pr prio indiv duo Bandura 2003 Scheier e colegas Scheier Wrosch Baum Cohen Martire Matthews Schulz amp Zdaniuk 2006 adicionam a este pressuposto te rico que para al m da percep o de que a recupera o poss vel os indiv duos t m que valorizar a sua recupera o no sentido de alterarem o seu comportamento para a alcan arem A valoriza o dos objectivos pelos quais se luta implica ter um prop sito pelo qual a pessoa se envolve activamente na sua vida Os objectivos podem ser valorizados em si mesmos e g concluir um programa de recupera o porque o deseja concluir ou podem ser instrumentais para alcan ar outros objectivos concluir o programa porque se deseja modificar o estilo de vida ou porque existe uma identifica o com os valores da institui o que o promove Scheier et al 2006 Em segundo lugar existem diversos modelos de fases de mudan a White amp Kurtz 2006 e alguns s o apoiados por uma quantidade de dados emp ricos Simoneau amp Bergeron 2003 De uma forma geral as fases que este tipo de modelos descrevem iniciam se com o 14 reconhecimento dos problemas causados pelos consumos e da necessidade de mudar e com a cren a de que a mud
208. itui o e que os futuros utentes tenham for a para deixar as drogas e que se consigam reinserir de forma adequada na sociedade 178 Foi de notar a facilidade e pelo menos aparente sinceridade com que os entrevistados desejaram tudo de melhor para a institui o para outros utentes futuros e actuais e tamb m para os t cnicos da institui o De facto dois dos utentes indicaram mais do que tr s desejos e a sua capacidade de articular rapidamente esses desejos not vel especialmente se tivermos em conta o ego smo que costuma ser associado toxicodepend ncia e que estes homens foram toxicodependente at h menos de um ano antes de terem respondido a esta quest o Exemplos que seja suprimido todas as necessidades tanto f sicas como em todos os aspectos 0 Desafio Jovem uma fam lia para mim eu pediria tudo do melhor que h mesmo Que Deus d tudo do melhor para que e que possa aben oar dia ap s dia todos os Desafios Jovens em geral que o Desafio Jovem cres a mundialmente Entrevista 1 pp 67 68 Anexo F que esta institui o tenha anos e anos e anos de vida e que continue a fazer o que tem feito at agora que os utentes consigam fazer uma vida boa na sociedade inseridos na sociedade sem problemas p seja l do que for de lcool de drogas seja l do que for sexo o caneco tudo o que pronto o que mau digamos assim Entrevista 3 p 89 Anexo F
209. ive for a e n o foi a hero na foi a cocaina a seguir e o meu grande problema foi com a coca na Ham gra as a Deus eu tenho uma fam lia crist que muitas das vezes me dizia J entrega a tua vida a Deus entrega a tua vida e pronto eles foram uma grande ajuda para mim nesse aspecto Entretanto depois eu casei ham tenho uma filha que vai fazer catorze anos mas derivado s drogas houve um div rcio Gra as a Deus eu sempre consegui proteger a minha filha desse mundo n o a minha filha nunca me viu consumir nunca me pronto eu gra as a Deus nunca cheguei ao ponto de roubar ou eu andei muitos anos a traficar e tamb m foi o meu grande mal foi traficar cocaina e o consumo era muito grande Como disse depois divorciei me ham fui morar sozinho e desde 99 at agora entrar para o centro morei sozinho e foi a que comecei a adquirir muito mais ham porque n s morando sozinhos criamos maus h bitos ham envolvi me com uma pessoa neste caso a pessoa com a minha namorada tamb m consumia coca na e ent o foi escusado ser dizer que foi uma desgra a n o A nossa vida foi feita de altos e baixos ham posso dizer que na altura o que me fez come ar a traficar e tudo foi o dinheiro Como morava sozinho embora sempre trabalhei o dinheiro era uma coisa que me fazia falta e o dinheiro que nos alicia muitas das vezes e eu fui enganado por isso Mas o dinheiro roubou me a felicidade toda e a droga tam
210. josos ou estarem a acabar o programa e escut los e procurar de acordo com a sua realidade e a sua dimens o dar lhes os valores que eu acredito que eu penso que s o indispens veis para a pessoa viver uma vida livre de drogas n o basicamente isso E Hum hum onde vai buscar for as para ajudar na luta contra as drogas 141 FC o meu sentido de vida o servir a Deus perceber o que me fez h vinte anos deixar interromper um projecto de vida muito estruturado com um filho com quatro meses com uma boa condi o profissional e financeira precisamente isso porque as pessoas s o o meu foco n o O meu bem mais precioso digamos assim ham o valor que eu mais prezo a vida humana Ent o muito por eles claro que depois eu n o sou o Super Homem como nenhuma outra pessoa e h muitas pessoas que trabalham em institui es e a o factor Jesus perceber que aquilo que eu fa o n o meramente um esfor o meu ou uma ideia muito altru sta minha perceber que esta uma impress o muito forte de Deus no meu cora o Ent o mesmo em Jesus na rela o com Deus na reflex o na medita o uma disciplina pessoal espiritual mesmo a E claro nos colegas e nas pessoas que est o ao meu redor e nas pessoas que est o em lideran a sobre mim que d para n s conversarmos partilhar as dificuldades e as lutas que estamos a passar n o E Nesse sentido qual o p
211. l 2007 Por ltimo visto que o principal meio de coping dos toxicodependentes se concretizava nos seus consumos at ao momento em que entram em tratamento que no caso de programas como o do Desafio Jovem representa o momento em que deixam de poder consumir devem ser desenvolvidas as suas capacidades de coping de forma a que adquiram capacidades novas e menos prejudiciais O apoio social representa um apoio face ao stress que necess rio na maior parte das vezes re activar dado o isolamento social caracter stico de casos de toxicodependentes pelo que os programas devem envolver os outros significativos dos utentes ao longo de todo o processo de reabilita o Poder ser necess rio para haver algum proveito e at para possibilitar esse tipo de envolvimento que se treinem as capacidades de comunica o dos utentes uma vez que influenciam o funcionamento psicossocial e a capacidade de forma o de redes de apoio social de que o utente disp e e nesse sentido pode tamb m ser til trabalhar se as formas de relacionamento e de socializa o do mesmo Bell et al 1996 Tamb m deve ser dispendido um esfor o no sentido de ajudar o utente a que consiga restabelecer o contacto e uma rela o saud vel com pessoas que outrora poder ter ferido visto que diminuir os seus sentimentos de culpa e 48 consequentemente o seu n vel de perturba o emocional permitindo que recupere uma valiosa rede de apoio pelo que tamb m
212. la o prepara o para a ac o ac o e manuten o da mudan a Prochaska et al 1992 DiClemente 2003 Os processos permitem que o indiv duo progrida ao longo das fases atrav s da mudan a de afectos pensamentos comportamentos ou rela es associados a problemas particulares ou a padr es de vida podendo ser representados por interven es espec ficas para fases de mudan a diferentes De forma espec fica os processos cognitivos experienciais e g aumento da consci ncia reavalia o do self e do ambiente podem ser eficazes com pessoas que se encontram nas fases de pr contempla o e ou contempla o e processos do tipo comportamental e g condicionamento controlo de est mulos conting ncias de refor os aparentam ser mais apropriados quando se trabalha com indiv duos nas fases de prepara o ac o e ou de manuten o Prochaska et al 1992 DiClemente 2003 Independentemente do modelo no qual nos baseamos para enquadrar as fases de mudan a a progress o at recupera o est vel n o representa um decurso linear apesar de ser poss vel que determinado indiv duo transponha sucessivamente as diversas fases Como j vimos comum que os indiv duos n o recuperem primeira tentativa pelo que se considera este movimento de reciclagem como uma oportunidade de aprendizagem para o indiv duo 15 que dessa forma poder obter resultados melhores na sua pr xima tentativa A tentativa anterior fa
213. letamente coiso eu tenho me aguentado firme e a minha convic o forte e eu p n o desisto Vou at ao fim Pelo menos que eu sirva de exemplo para os outros n o E enquanto s o novos e enquanto t m tempo que acreditem naquilo que lhes est a acontecer e olhem para aqueles que t m uma certa idade que o meu caso n o h aqui muitos por acaso at est a um mais velho do que eu ham prontos n o interessa agora as raz es que ele tem quais s o os problemas dele mas que olhem para n s como um exemplo n o E que vejam p se eu tenho agora a oportunidade de estar bem vou agarr la com unhas e dentes n o vou deixar andar andar andar para um gajo chegar idade que eu tenho por exemplo e acontecer lhe o que me aconteceu n o Que seja um exemplo sei l O que que posso dizer mais No fundo isso Porque eu tamb m sou sincero e tamb m digo isto n o f cil p n o f cil Eu tenho assistido a montes de situa es de pessoas que n o conseguem p h montes de raz es diferentes umas das outras n o d agora para a gente estar a a falar nisso mas p eu acho que as pessoas quando v m e quando conhecem e quando c est o que tenham realmente consci ncia da realidade e que agarrem e que aproveitem porque bom e aquilo que a gente andava a fazer e aquilo que a gente passou pa nunca nos levou a lado nenhum s nos levou foi desgra a n o Seja l
214. lhada possibilita a correc o de determinados aspectos uma vez que o indiv duo possui agora algumas informa es acerca do que pode correr mal Prochaska et al 1992 DiClemente 2003 A mudan a transformacional por sua vez representa um tipo de experi ncia que demarca quem o indiv duo era antes e quem depois constituindo um dos mecanismos mais dram ticos e menos compreendidos da mudan a humana White 2004 p 461 Os seus componentes principais englobam uma crise pessoal geralmente denominada de bater no fundo ou crise existencial e uma experi ncia subsequente de descontinuidade e renova o resultando numa mudan a radical e positiva da identidade do indiv duo Estes componentes ocorrem em simult neo com determinadas fases nas quais se incluem um per odo de isolamento numa altura de descontentamento profundo uma exposi o a uma mensagem de esperan a a ocorr ncia de uma experi ncia reveladora a valida o da experi ncia e a entrada numa comunidade de apoio nova identidade A mudan a transformacional repentina extremamente v vida e positiva e envolve mudan as profundas e permanentes na identidade do individuo sendo validada e mantida pela entrada numa comunidade de experi ncias e ou de convic es partilhadas Tem sido notado que este tipo de mudan a se sucede de duas formas distintas uma que decorre de uma nova revela o ou consci ncia interna e outra que aparenta ser direccio
215. lhor prepara os utentes o facto de estarmos com eles na rua portanto n s fazemos quase que vamos busc los mesmo ao lugar mais degradante e h pequenos gestos que se fazem que os marca mais do que a grande prepara o em termos de explicar muito bem o programa procuramos fazer isso porque na altura eles est o eles dizem que sim que sim que ouvem mas a maior parte deles ham n o presta grande aten o eles est o desesperados querem ver se saem dali mas h pequenos gestos o facto de n o se ter vergonha de estar perto deles o facto de s vezes se lhe dar um alimento tamb m levarmos roupa o facto de irmos com eles fazer an lises ham h um lugar h um laborat rio p blico e eles s vezes t m de facto um aspecto um odor que ningu m quer estar pr ximo deles e n s vamos com eles isso tudo valoriza os muito f los sentir que n s temos um interesse Mais do que os preparar para o programa predisp e os para perceber que o programa uma coisa que lhes far muito sentido n o Depois tamb m pelo facto de termos algumas pessoas que trabalham na equipa que s o ex utentes pessoas que fizeram o programa h cinco seis dez anos dois anos isso estimula os tamb m n o contrap e um bocado aquela ideia tipo ham toda a gente diz que uma pessoa viciada j n o tem esperan a j n o h solu o para ele mas ele de repente estou pr ximo de gente que est a viver o contr rio e isso tam
216. los crist os evang licos depende em grande parte dos dogmas expressos na Biblia e at da forma como cada igreja tende a compreender o que est escrito na mesma pode se dizer que de facto existem dois tipos de religiosidade um direccionado para o crescimento pessoal atrav s da pr tica dos elementos correspondentes f que determinada religi o professa e outro orientado pela obten o de beneficios materiais e sociais que n o se encontrem associados ao crescimento espiritual individual Surgem assim os conceitos de religiosidade intr nseca orientada para o crescimento espiritual e extr nseca n o orientada para o crescimento espiritual relatados por Bergin 1991 complementando a no o de que o termo religi o utilizado para referir aspectos organizacionais e o termo espiritualidade para referir aspectos pessoais daquilo que constitui o elemento distintivo destes conceitos o relacionamento com o divino ou com o sagrado Paloutzian amp Park 2005a Pargament amp Mahoney 2002 Neste sentido a religiosidade intr nseca serviria o prop sito de fomentar e alimentar a vida espiritual e a espiritualidade seria o aspecto fundamental da participa o religiosa Laudet et al 2006 53 Anexo D3 Gui o de um inqu rito n o aplicado neste estudo 1 Classifique em que medida a religiosidade e espiritualidade s o partes integrantes do programa do Desafio Jovem O programa Totalmente religioso e Mais rel
217. m deitar um bocado para fora e tamb m conviver e aceitarmos uma opini o se essa pessoa pode nos ajudar neste assim essas pessoas t m se disponibilizado o meu conselheiro e o director t m sido e as fam lias t m sido uma fam lia como nunca tive Tenho que agradecer a Deus a oportunidade que me deu Pedi lhe perd o por aquilo que fiz fiz muita coisa de mal mas gra as a Deus Ele me tem ajudado a superar isso Entrevistadora Ent o e antes de ter entrado para o programa frequentou algum Caf Conv vio F Sim eu estive em 2003 eu ia a um Caf Conv vio em S o Jo o da Madeira que foi mais ou menos quando abriram o centro em Cucujaes Nessa altura tive oportunidade de l ir mas n o cheguei a dar entrada no Desafio Jovem porque pronto fui l duas ou tr s vezes as pessoas tentaram me fazer ver mais ou menos acho que foi 2003 ou antes at n o estou bem certo em datas mas sei que foi na altura em que abriu l um centro em Cucuj es E ent o pronto a partir da sabia que havia o Desafio Jovem mas nunca me disponibilizei para 60 entrar Entretanto tinha um irm o que tamb m era toxicodependente que entrou para o Desafio Jovem ele que entrou em 2003 para o Desafio Jovem foi para Alter e esteve l durante oito meses n o acabou o programa mas pronto Agora est arrependido diz ele que se fosse agora cumpria o programa e esse meu irm o tamb m me incentivou agora antes de eu ent
218. ma pessoa que saiba estar uma pessoa que saiba encaminhar uma pessoa que possa ajudar outra pessoa Continuar o programa o programa n o s o programa de um ano o Desafio Jovem o programa para toda a vida O programa caminhar sempre na direc o de Deus convicto do que quero realmente Convicto de manter esta minha mudan a 67 convicto de querer ir mais al m de aprender mais de saber mais e meter em pratica tudo o que aprendo no dia a dia Nao so o saber ir 4 Biblia ler ou saber o versiculo ou saber isto n o no dia a dia com as pessoas a minha maneira de ver p lo em pr tica N o me interessa saber muito da B blia e n o a p r em pr tica E Numa escala de um a dez qu o satisfeito est consigo mesmo na maneira como tem lutado contra as drogas F Nove estou surpreendido Estou mesmo surpreendido pronto como eu te dizia Quando entrei isso pronto as coisas velhas j passaram mas por vezes tamb m bom sentir eu pensar ainda penso muitas vezes e acho que isso me faz bem da maneira como eu estava da maneira como eu entrei aqui para o centro e da maneira como estou D para eu ver os degraus que subi Pronto n o sou perfeito tenho muita coisa onde possa trabalhar mas em rela o a drogas acho que subi numa escala muito grande E E por essa raz o que n o escolheu o n mero abaixo F Sim E E o que teria que acontecer para subir meio ponto F
219. mada assim do g nero como outras que tamb m aparecem se tiv ssemos mais tempo a gente ia comentando isso mas uma s rie de situa es assim E Hum hum O que que lhe d esperan a num futuro bom JA O que que me d esperan a num futuro bom eu acho que um futuro bom depende somente da gra a de Deus essa a esperan a que no qual estamos ancorados e no qual estamos arraigados conforme diz o apostolo Paulo Eu acho que um futuro bom sempre quando estamos perto do Senhor ham intimamente ligados com Ele Essa a grande 112 esperan a num futuro bom Porque sempre que a gente se todos n s temos crises de leituras e de ora o n o e eu noto na minha vida quando estou menos empolgado na ora o ou quando estou menos empolgado na leitura ou quando estou mais distra do o meu futuro n o t o bom Tamb m n o estamos a falar de futuro de sair agora o euromilh es ou do futuro de ter agora um emprego garantido estou a falar do futuro emocional e do futuro de satisfa o ntima percebes E um futuro bom para mim e coloco me neste campo num campo de realiza o pessoal um futuro bom para mim tem a ver com estar ham arraigado no Senhor n o aquele cantinho a s s aquele momentinho a s s aquela sensa o de ter com esperan a a ver se consegues perceber isto ter com esperan a um bloco de notas cabeceira com esperan a de um momento para o outro Deus diz
220. mental skills and cognitive behavioral interventions 4 Ed pp 11 34 Pacific Grove USA Thomson Brooks Cole Cornish J W amp O Brien C P 1996 Crack cocaine abuse An epidemic with many public health consequences Annual Review of Public Health 17 259 273 Cury A J 2000 4 pior pris o do mundo S o Paulo Editora Academia de Intelig ncia de Shazer S amp Berg I K 1997 What works Remarks on research aspects of Solution Focused Brief Therapy Journal of Family Therapy 19 121 124 Desafio Jovem s d A Origem do Desafio Jovem Acedido a 20 de Janeiro de 2008 atrav s do URL http www desafiojovem pt artigo php tipo mostrar amp idartigo 1 Desafio Jovem s d Caf s Conv vio Acedido a 20 de Janeiro de 2008 atrav s do URL http www desafiojovem pt local php tipo tipolocal amp idtipolocal 2 Desafio Jovem s d Comunidade Terap utica Acedido a 20 de Janeiro de 2008 atrav s do URL http www desafiojovem pt local php tipo tipolocal amp idtipolocal 1 Desafio Jovem s d Fanh es Comunidade de Inser o Acedido a 20 de Janeiro de 2008 atrav s do URL http www desafiojovem pt artigo php tipo mostrar amp idartigo 105 Desafio Jovem s d Grau de Sucesso do Programa do Desafio Jovem entre 1978 e 2002 Acedido a 20 de Janeiro de 2008 atrav s do URL http www desafiojovem pt artigo php tipo mostrar amp idartigo 22 Desafio Jovem s d O Desafio
221. mpenho seriedade e a tentativa consciente de melhorar o que j se faz Exemplos acredito que aquilo que eu fa o procuro faz lo com seriedade o melhor poss vel explico e examino a raz o porque fa o e como fa o as metodologias e sempre que necess rio fa o ajustes e mudo Entrevista 7 p 137 Anexo F 200 Um dos t cnicos tamb m referiu que se encontra espiritualmente satisfeito com a forma como tem apoiado os utentes nesta luta fico muito feliz por muitas vezes desafiar o pessoal e depois ver que de facto eles entendem e entregam se a Deus e ficam at surpreendidos e dizem p tu no outro dia disseste me isso e depois vim a e aconteceu eu ver me usado muito fixe Agora para mim pessoalmente como homem e no meu car cter quando vejo algu m ir embora eu pergunto me sempre o que que n o fiz que devia fazer ou o que fiz que n o devia ter feito Entrevista 9 p 156 Anexo F R C mostra nesta resposta no que concerne s melhorias que pensa ainda poder necessitar de efectuar na forma como tem ajudado na luta contra as drogas que considera importante que haja menos desist ncias Outros factores referidos relacionam se com o desenvolvimento de compet ncias e habilidades e com a melhoria das condi es da institui o h certamente ainda habilidades e compet ncias a desenvolver para ajudar melhor as pessoas Entrevista 7 p 137 Anexo F
222. muito muito debilitado ja tinha acabado o curso para a h tr s meses come am os meus problemas com droga Tenho tr s deser es seguidas tenho tr s deser es seguidas a ltima das quais com pol cia naval ham vieram me buscar a casa fui presente a tribunal estive preso em pris o militar n o tem nada a ver com pris o c fora entretanto dentro dos fuzileiros conhe o um comandante que o filho dele teve tamb m um problema com a hero na e esse comandante prop e me uma junta m dica se calhar a minha salva o de n o ter ficado na tropa para o resto da vida naquela altura fazia se muito tipo casar com a tropa Se calhar hoje ainda l estava ou se calhar nem estava c ele prop s me uma junta m dica e na altura havia um m dico muito conhecido que era o Dr C e fui a uma junta m dica onde consegui dar o salto de dentro da tropa Come o outra vez o Caf Conv vio que esse m s e meio que eu fiz mesmo a s rio porque eu fiz um interregno estive l mas sem compromisso depois de sair 126 da junta m dica ou pela junta m dica que entro outra vez mas determinado isto com vinte e dois anos em 92 E reiniciado o processo do Desafio Jovem e entro para o centro E Quais foram as maiores complica es na sua vida que pensa terem sido fruto dos seus consumos JG Eu nunca fui pessoa de me meter em grandes problemas fugia um bocado dos problemas Eu era um bocado reservado e fu
223. n o conseguia nada daquilo eu antes de entrar era como aquele pessoal que n o conhece e s vezes dizia se ah eu tenho a minha fezada eu acredito em Deus mas eu tenho a minha fezada eu tamb m brincava com os evang licos passava pelas igrejas e metia me com as pessoas verdade Eu tinha isso tudo enraizado na cabe a n o custou me um bocado a sair Como as drogas isso tamb m custa a sair Por isso que conclu foi na f tive que ter f para acreditar em Jesus Cristo e ser baptizado no Esp rito Santo Prontos depois Deus foi me ajudando n o Para al m disso eu para alcan ar aqueles objectivos eu tive que ter f eu tinha que ter f para alcan ar aqueles objectivos e isso fez me andar muito muito para a frente Fez me caminhar bem e pronto E Alguma vez recaiu desde que deixou o Desafio Jovem RL N o 118 E Porque conseguiu permanecer no programa at ao fim portanto apesar das situa es dif ceis que foram surgindo RL Porque eu acho que a realidade de vida que eu ia ter era aquela que eu queria era uma realidade de vida diferente uma vida com Deus totalmente diferente da vida que n s tinhamos Eu comecei a ser uma pessoa mais ponderada uma pessoa mais calma uma pessoa que sabe ouvir s que isso tudo fez me permanecer porque eu estava a aprender e estava me a inserir bem naquilo que estava a aprender era aquilo mesmo que eu queria E isso fe
224. nada por uma for a exterior que actua sobre o self Dado o seu passado rico como caminho para a recupera o das depend ncias as experi ncias de mudan a transformacional que podem ocorrer em contextos de convers o religiosa espiritual ou em contextos seculares comprovam que qualquer pessoa pode mudar White 2004 White amp Kurtz 2006 Por outro lado a inicia o de recupera o atrav s de um processo de deriva representa uma redu o gradual dos consumos que decorre das circunst ncias e n o da escolha consciente do individuo nem de um acontecimento memor vel que altere significativamente as suas atitudes cren as e ou expectativas Nestas situa es que podem resultar de um processo desenvolvimental de matura o ou de uma mudan a de ambiente o consumidor simplesmente segue a corrente para longe do meio e do consumo de drogas White amp Kurtz 2006 prov vel que este tipo de mudan a ocorra mais facilmente em indiv duos que ainda n o desenvolveram problemas de toxicodepend ncia visto que a capacidade de ir com a corrente indica a exist ncia de uma perturba o associada aos consumos de menor gravidade que n o afecte a vida do consumidor da mesma forma como o que se constata que ocorre com toxicodependentes ver Tabela 2 em Anexo A3 16 Por ltimo Cook 1988 rev alguns trabalhos relativos convers o religiosa aplicando os mudan a que ocorre em comunidades terap uticas baseadas no Mo
225. ncedidos tr s desejos que pedia para o futuro do Desafio Jovem e de todos os que c est o ou ir o passar Indagando acerca dos desejos dos entrevistados para toda a institui o e para a vida dos indiv duos que l est o ou que ir o por l passar esta quest o reflecte a focaliza o dos sonhos individuais e colectivos Marujo et al 2007 p 119 caracter stica do Inqu rito Apreciativo por estes serem vistos como mobilizadores eficazes e poderosos para a transforma o Marujo et al 2007 p 119 Todos os utentes desejam que os futuros utentes do Desafio Jovem e os que j se encontram l entreguem as suas vidas a Deus indicando novamente a sua identifica o com os valores cren as da institui o Nas palavras de J E Ora em primeiro lugar n o era que acabassem com sucesso mas que quando eu digo acabar com sucesso era que entregassem todos a vida a Deus n o Acima de tudo que pudessem entregar as suas vidas a Deus que deixassem Deus lider las que iriam ser as pessoas mais felizes do mundo Entrevista 2 p 79 Anexo F De facto este trecho demonstra a concord ncia de J E com o que se poder considerar o slogan do Desafio Jovem que enuncia que Jesus a cura total para o homem total Fidalgo 2000 Para al m disto os desejos expressos inclu ram o suprimento das necessidades da institui o e do seu pessoal o crescimento mundial e a longevidade da inst
226. nde quantidade de tempo em actividades necess rias obten o por exemplo visitar v rios m dicos ou conduzir para longas dist ncias e utiliza o da subst ncia por exemplo cadeia de fornecedores e recupera o dos seus efeitos S o abandonadas importantes actividades sociais ocupacionais ou recreativas devido utiliza o da subst ncia A utiliza o da subst ncia continuada apesar da exist ncia de um problema persistente ou recorrente fisico ou psicol gico provavelmente causado ou exacerbado pela utiliza o da subst ncia por exemplo utiliza o de coca na apesar da exist ncia de uma depress o induzida pela coca na ou manuten o do consumo de lcool apesar do agravamento de uma lcera devido ao consumo deste Tabela elaborada com base no Mini DSM IV APA 1994 1996 11 Anexo A4 Dados epidemiol gicos relativos toxicodepend ncia Estima se que em todo o mundo 200 milh es de pessoas tenham consumido alguma droga entre 2001 e 2002 valor que representa cerca de 3 4 da popula o mundial Feij o 2004 e estes consumos s o respons veis por cerca de 25000 mortes por ano somente nos EUA Sindelar amp Fiellin 2001 H mais de uma d cada nesse pa s cerca de 640 mil pessoas consumiam coca na semanalmente Cornish amp O Brien 1996 e existia aproximadamente um milh o de dependentes de hero na O Brien 1994 Em Portugal apesar do n mero de mortes ser quase insign
227. ndi es e a pr pria estrutura da organiza o que n o permite fazer certos ou desenvolver certos projectos que seriam positivos ent o digamos um oito oito nove que eu acho que ainda sempre poss vel fazer mais e melhor E Porque n o escolheu o n mero abaixo I Porque eu estou satisfeita gosto muito daquilo que fa o acredito que posso ajudar posso fazer a diferen a enquanto t cnica e enquanto pessoa ham na vida das pessoas que vivem nesta comunidade e s n o pus um n mero maior porque acredito que sempre poss vel fazer melhor E Pessoalmente como que tenta fomentar que os utentes concluam o tratamento I Enquanto t cnica ou enquanto pessoa Disse me pessoalmente portanto para al m do E Pessoalmente mas enquanto t cnica tamb m 148 I Enquanto t cnica pronto fa o acompanhamento n o e dependendo das circunst ncias ou da situa o do indiv duo ham estamos sempre a motiv los n o digamos a dar injec es entre aspas de motiva o durante todo o programa n o s atrav s do acompanhamento mas tamb m nas aulas que damos a eles aproveitamos sempre todas as oportunidades para refor ar o positivo n o que est o a viver nesta vida ham refor ar o qu o bem est o o qu o equilibrado o qu o diferentes est o agora de forma a motiv los a querer mais e melhor de uma vida sem drogas de uma vida mais ajustada de uma vida mais saud vel E
228. nha vivido uma pergunta muito f cil de responder n o h aqui drogas dentro percebes A minha maior luta vai ser quando eu sair daqui desde o momento que come mos a consumir at aqui com epis dios t o negativos e t o maus na nossa vida que n s n o queremos mesmo voltar s drogas Entrevista 2 pp 78 79 Anexo F No que concerne s melhorias que os utentes pensam ainda poderem necessitarem de efectuar na forma como t m lutado contra as drogas todos indicam a necessidade de fortalecer a mudan a que j iniciaram apesar de um ter respondido com uma grande confian a na mudan a que j alcan ou reflectindo porventura o facto desse utente se encontrar j no final do seu programa h um vers culo que diz todo aquele que est em p que se previna para n o cair Entrevista 1 p 68 Anexo F continuar como estou possivelmente n o Entrevista 3 p 89 Anexo F 177 Tabela 19 Desejos para a institui o actuais utentes Categoria Frequ ncia Desejos para o Crescimento continuar n 2 Desafio Jovem Fifa Te o Espirituais n 1 Suprimento das necessidades n 1 Desejos para os Inser o social adequada n 1 actuais ou futuros tontos Que conhe am e se entreguem a Deus n 3 Ter for a n 1 Desejos para o Sabedoria n 1 pessoal do Desafio Suprimento das necessidades n 1 Jovem A Tabela 19 resume a an lise das respostas dos utentes quest o Se lhe fossem co
229. nho visto a acontecer na minha vida e que vejo acontecer na vida de alguns homens Infelizmente n o acontece na de todos mas o cora o da institui o o cora o das pessoas que aqui trabalham o cora o desta instiui o e daquilo que a gente promove tem tudo a ver com isso com aquilo que pessoas que venham procura que precisam de uma sa da e que e que a encontram Entrevista 1 p 159 Anexo F Tabela 39 Factores que influenciam a conclus o do programa t cnicos Categoria Frequ ncia Ambiente dos centros n 2 Espiritualidade n 3 Motiva o n 1 A Tabela 39 resume as respostas dos t cnicos quest o O que faz com que os utentes do Desafio Jovem que completam o seu programa n o desistam prematuramente Todos os inquiridos referiram o factor espiritual nas suas respostas Exemplo creio que o factor f a quest o das pessoas encontrarem um elemento n o ou uma dimens o espiritual que n o est sujeita s varia es econ micas sociais e o que for h ali um factor de estabilidade de imutabilidade que leva as pessoas a perceber eu tenho aqui 198 valores que s o imut veis e que eu posso me agarrar e que o factor f tem sido muito importante tamb m nesse sentido Entrevista 7 pp 135 136 Anexo F o pessoal vence ou n o vence tem tudo a ver tamb m com um trabalho de Deus na vida deles Entrevista 9 p 154 Anexo F Dois dos t cnicos indicaram
230. nizarem se e encontrar um sentido para a vida n o uma coisa que lhes d sentido para a vida pelo qual eles acham que valha a pena lutar n o e a tem a ver com a vida em si enquanto bem enquanto ess ncia isso que leva as pessoas a ficar por c n o Tamb m n o esta a minha perspectiva at porque existem outros modelos que n o t m a dimens o espiritual como n s temos e as pessoas tamb m ficam no programa n o terminam mas eu creio que o factor f a quest o das pessoas encontrarem um elemento n o ou uma dimens o espiritual que n o est sujeita s varia es econ micas sociais e o que for h ali um factor de estabilidade de imutabilidade que leva as pessoas a perceber eu tenho aqui valores que s o imut veis e que eu posso me agarrar e que o factor f tem sido muito importante tamb m nesse sentido mas eu n o queria s espiritualizar H esta dimens o da f mas h tamb m tem muito a dimens o daquilo que a motiva o da pessoa para vir Se a pessoa de facto pressente que este um momento e um elemento bom para ele se reorganizar reaprender a viver a vida restaurar valores reorganizar se em termos afectivos e emocionais restaurar rela es com a fam lia no fundo d lhe algum equil brio Quando as pessoas n o fazem esse investimento quase como a velha quest o se o rabo est na boca da pescadinha ou a boca que est no rabo da pescadinha n
231. no algum e por o as m os sobre os enfermos e os curar o 19 Ora o Senhor depois de lhes ter falado foi recebido no c u e assentou se direita de Deus 20 E eles tendo partido pregaram por todas as partes cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram Amen 35 Mateus 5 37 Seja por m o vosso falar Sim sim N o n o porque o que passa disto de preced ncia maligna Mateus 6 6 15 6 Mas tu quando orares entra no teu aposento e fechando a tua porta ora a teu Pai que est em oculto e teu Pai que v secretamente te recompensar 7 E orando nao useis de vas repeti es como os gentios que pensam que por muito falarem ser o ouvidos 8 N o vos assemelheis pois a eles porque o vosso Pai sabe o que vos necess rio antes de v s lho pedirdes 9 Portanto v s orareis assim Pai nosso que est s nos c us santificado seja o teu nome 10 Venha o teu reino seja feita a tua vontade assim na terra como no c u 11 O p o nosso de cada dia nos d hoje 12 E perdoa nos as nossas d vidas assim como n s perdoamos aos nossos devedores 13 E n o nos induzas tenta o mas livra nos do mal porque teu o reino e o poder e a gl ria para sempre Am n 14 Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas tamb m vosso Pai celestial vos perdoar a v s 15 Se por m n o perdoardes aos homens as suas ofensas tamb m voss
232. nta que por vezes no decorrer das entrevistas os entrevistados mencionaram temas relacionados com as quest es colocadas quando discorriam sobre outro assunto uma vez que as quest es colocadas eram abertas e que de alguma forma as respostas se sobrep em umas s outras Nestes casos as informa es foram recolhidas e s o apresentadas nos quadros que se referem s quest es que se colocaram Anexo G1 Amostra de Actuais Utentes Tabela 7 Apresenta o geral actuais utentes F J E A M Idade 35 36 54 Sexo Masc Masc Masc Habilita es Liter rias l 7 ano 9 ano Onde e com quem vivia S sem abrigo S casa pr pria S casa pr pria Margem antes de ingressar no DJ Grande Porto Grande Lisboa Sul Situa o Profissional antes de entrar para o DJ Empres rio Marinheiro recentemente Desempregado Jardineiro desempregado Ao avaliar a demografia dos tr s participantes do grupo dos actuais utentes Tabela 7 sobressai que t m uma m dia de idades de 42 anos tendo passado uma m dia de 8 meses no programa do Desafio Jovem Todos s o do sexo masculino e habitavam sozinhos antes de entrarem para o programa Depreende se das entrevistas que enquanto o n vel de vida de um dos entrevistados era muito baixo era sem abrigo e encontrava se desempregado o dos outros dois participantes aparenta ter sido m dio alto um era empres rio e o outro at pouco tempo antes de ter dado entrada para o Desafio Jovem
233. ntes e as pessoas que est o na rua se calhar t m mais de mim do que a minha fam lia n o se calhar passo essa que a verdade mais tempo com alguns deles do que com a fam lia porque estou na rua mais tempo s vezes do que em casa Mas procuro dar o melhor de mim que eu tenho mesmo do tempo da paci ncia do amor ham daquilo que vou aprendendo muito daquilo ham o meu desejo de voltar a estudar e a minha qualifica o teve apenas em mente isso poder ser uma pessoa melhor qualificada para al m de toda a experi ncia de vinte anos a trabalhar poder ser cada vez mais eficaz naquilo que eu fa o n o e ter melhor conhecimento para ajudar pessoas portanto eu procuro mesmo dar lhes o melhor que eu tenho dou lhes o melhor do meu do meu tempo eu posso dizer que se calhar n o do meu tempo n o o meu tempo gasto de mil e uma maneiras mas o melhor pode ser a aten o o amor o cuidado ham a paci ncia o saber n o e acima de tudo o n o se calhar pode se sintetizar nesta express o o melhor se calhar que eu lhes posso dar e que procuro dar n o ver cada pessoa como nica n o padronizar n o a interven o nem claro que os princ pios que eu acredito e que partilho com eles s o comuns s o iguais mas acima de tudo o escutar a rela o ao fim e ao cabo o melhor que eu lhes dou a rela o consider los enquanto pessoas independentemente de estarem na rua andra
234. ntos era a hero na e era a cocaina etc etc E E a forma de consumo era fumar ou AM Ham tive uma fase que injectei mas depois parei e nunca mais Era fumado Ham a branca j tive todas as situa es que se possa imaginar de branca j passei por aquela fase dos cidos j estou a falar nos anos 70 e sessentas portanto tudo o que o que produtos il citos eu praticamente conheci todos n o risos Houve aquela fase que n s tivemos c em Portugal a nossa a minha gera o ham eu tenho 54 como j disse ora eu comecei para a com 18 anos 17 para a coisa do estilo e em frica Eu vivi tamb m em frica muitos anos Ham e entretanto pronto fiz daquilo tipo estilo de vida normal era uma coisa perfeitamente normal at come ar a ter a consci ncia e a realidade do que era mesmo chegar ao fundo do po o n o em termos de estar agarrado e etc etc n o fisicamente e espiritualmente e o caneco uma pessoa fica toda baralhada Pronto ham o que que eu posso dizer mais Entretanto foi assim prontos entretanto surgiu me esta oportunidade e eu vim para aqui para o programa iniciei o programa entrei em Junho de 2007 Entrei por Salvaterra e entretanto continuo no programa n o O programa se formos a ver em termos de pap is digamos assim ser doze meses n o Mas eu penso que o programa sempre para toda a vida sempre ham e eu agora estou numa fase mais de rein
235. num mundo complicado onde dif cil se viver a n o ser que estejam mesmo firmes na Palavra e com alguns objectivos ou seja vivermos num corpo como Deus diz a igreja onde nos possamos fortalecer para vencermos as adversidades que v m nossa vida e eu estou convencido disso Entrevista 1 pp 64 65 Na Tabela 15 poss vel verificar se que todos os utentes sentem que a f e a espiritualidade que viveram no programa do Desafio Jovem os ajudaram de alguma forma O exemplo retirado da Entrevista 1 demonstra claramente o potencial da espiritualidade como uma fonte de renova o de vida atrav s da qual o utente encontrou um novo sentido e significado para a sua vida que para al m de n o ser destrutivo como o era o consumo de drogas aparenta ser altamente construtivo e ben fico O utente reconhece que ningu m perfeito mas afirma o seu desejo de tentar ser mais perfeito e a import ncia de tentarmos ser homens dignos e honestos Tabela 16 Qualidades pessoais empregues no tratamento actuais utentes Categoria Frequ ncia Amor n 1 Auto controlo n 1 Determina o n 1 For a de vontade n 1 Humildade n 1 Maturidade n 1 Responsabilidade n 1 Sinceridade n 1 A n vel das qualidades pessoais que colocam no seu tratamento para ganhar s drogas e como se pode ver na Tabela 16 todos os participantes indicaram qualidades pessoais diferentes e g auto controlo humildade maturidade De f
236. o 2004b a hist ria das subst ncias psicoactivas atravessada por tr s per odos distintos nos quais se podem distinguir as suas origens e a sua forma de produ o e esta distin o resulta em tr s conjuntos subst ncias naturais semi sint ticas ou sint ticas A primeira fase hist rica da utiliza o deste tipo de qu micos foi marcada pela utiliza o exclusiva de subst ncias psicoactivas naturais plantas e os seus derivados directos e g coca cannabis cafe na nicotina lcool pio coca na e morfina e seguidamente o segundo per odo teve in cio com o s culo XIX no qual surgiu a utiliza o de subst ncias psicoactivas semi sint ticas Nessa etapa os princ pios activos eram sintetizados com base em derivados de plantas e g a hero na O aumento progressivo dos conhecimentos cient ficos e qu micos levariam ao terceiro e ltimo per odo que teve in cio entre a segunda metade do s culo XIX e o in cio do s culo XX Desde ent o come aram tamb m a ser utilizadas subst ncias psicoactivas sint ticas 1 e totalmente fabricadas em laborat rio sem a presen a de precursores vegetais como por exemplo a fenciclidina ou PCP o ecstasy diversos f rmacos morfinomim ticos e as benzodiazepinas Ferreira Borges amp Filho 2004b resultando no actual fen meno das chamadas designer drugs especialmente consumidas em ambientes de m sica de dan a frequentados maioritariamente por jovens Por outro lado
237. o Por exemplo Cury 2000 Miguel 2006 e Schuckit 1995 descrevem a depend ncia psicol gica e a depend ncia f sica como partes complementares e distintas daquilo que pode representar uma necessidade Tabela 1 Crit rios de Diagn stico para Abuso de Subst ncias DSM IV A Padr o desadaptativo da utiliza o de subst ncias levando a d fice ou sofrimento clinicamente significativo manifestado por um ou mais dos seguintes sintomas ocorrendo durante um per odo de 12 meses 1 Utiliza o recorrente de uma subst ncia resultando na incapacidade de cumprir obriga es importantes no trabalho na escola ou em casa por exemplo aus ncias repetidas ou fraco desempenho profissional relacionado com a utiliza o de subst ncias suspens es ou expuls es escolares relacionadas com a subst ncia neglig ncia das crian as ou deveres dom sticos 2 Utiliza o recorrente da subst ncia em situa es em que esta se torna fisicamente perigosa por exemplo guiar um autom vel ou trabalhar com m quinas quando diminu do pela utiliza o da subst ncia 3 Problemas legais recorrentes relacionados com a subst ncia por exemplo deten es por comportamentos desordeiros relacionados com a subst ncia 4 Continua o da utiliza o da subst ncia apesar dos problemas sociais ou interpessoais persistentes ou recorrentes causados ou exacerbados pelos efeitos da subst ncia por exemplo discuss es com o c njuge
238. o Desafio Jovem 42 Anexo D Desenvolvimento de temas abordados em II 3 Anexo D1 T cnicas desenvolvidas para fomentar a conclus o dos tratamentos Como referido no Enguadramento Te rico deste trabalho a forma o dos conselheiros profissionais semi profissionais ou volunt rios deve salientar o treino da sensibilidade n o s cultural e tamb m das diversas t cnicas referidas seguidamente para que possam implementar nos seus trabalhos uma por o das seguintes estrat gias abordagens e interven es de forma a que gradualmente reduzam os casos de insucesso neste tipo de terapia Existe de facto uma necessidade de que se desenvolvam e testem estrat gias que facilitem o envolvimento inicial e a reten o nos tratamentos que previnam a desist ncia e que incitem de forma c lere a nova ades o de utentes que possivelmente desistam prematuramente Ball Carroll Canning Ball amp Rounsaville 2006 Recordando t cnicas de elabora o de programas de preven o de sa de McKenzie Neiger amp Smeltzer 2005 a abund ncia de vari veis potencialmente influentes para a conclus o dos tratamentos indica que se deve estabelecer uma ordem objectiva para a selec o de quais as vari veis a trabalhar e a focalizar atrav s dessas interven es pelo que as vari veis alvo devem constituir se pelas mais acess veis e alter veis e que sejam simultaneamente mais influentes para os objectivos propostos Stotts Mooney
239. o Pai vos n o perdoar as vossas ofensas Mateus 7 12 12 Portanto tudo o que v s quereis que os homens vos fa am fazei lho tamb m v s porque esta a lei e os profetas Mateus 9 14 17 14 Ent o chegaram ao p dele os disc pulos de Jo o dizendo Por que jejuamos n s e os fariseus muitas vezes e os teus discipulos n o jejuam 15 E disse lhes Jesus Podem porventura andar tristes os filhos das bodas enquanto o esposo est com eles Dias por m vir o em que lhes ser tirado o esposo e ent o jejuar o 16 Ningu m deita remendo de pano novo em vestido velho porque semelhante remendo rompe o vestido e faz se maior a rotura 17 Nem se deita vinho novo em odres velhos ali s rompem se os odres e entorna se o vinho e os odres estragam se mas deita se vinho novo em odres novos e assim se conservam Mateus 18 19 20 19 Tamb m vos digo que se dois de v s concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem isso lhes ser feito por meu Pai que est nos c us 20 Porque onde estiverem dois ou tr s reunidos em meu nome a estou eu no meio deles Naum 1 7 O Senhor bom uma fortaleza no dia da ang stia e conhece os que confiam nele 36 Romanos 3 21 31 21 Mas agora se manifestou sem a lei a justi a de Deus tendo o testemunho da lei e dos profetas 22 Isto a justi a de Deus pela f em Jesus Cristo para todos e sobre todos os q
240. o aceita o Colec o Saber Viver Loures Desafio Jovem 211 Miguel N 2006 Da escuta activa e interessada elabora o de um olhar diferente Revista Toxicodepend ncias 12 1 79 84 Miller W R 1998 Researching the spiritual dimensions of alcohol and other drug problems Addiction 93 7 979 990 O Brien C P 1994 Overview The treatment of drug dependence Addiction 89 1565 1569 Ozorak E W 2005 Cognitive approaches to religion Jn R F Paloutzian amp C L Park Eds Handbook of the psychology of religion and spirituality pp 216 234 New York The Guilford Press Paloutzian R F amp Park C L Eds 2005 Handbook of the psychology of religion and spirituality New York The Guilford Press Paloutzian R F amp Park C L 2005a Integrative themes in the current science of the psychology of religion In Paloutzian R F amp Park C L Eds Handbook of the psychology of religion and spirituality pp 3 20 New York The Guilford Press Pardini D A Plante T G Sherman A amp Stump J E 2000 Religious faith and spirituality in substance abuse recovery Determining the mental health benefits Jounal of Substance Abuse Treatment 19 347 354 Pargament K I Koenig H G amp Perez L M 2000 The many methods of religious coping Development and initial validation of the RCOPE Journal of Clinical Psychology 56 4 519 543 Pargament K I amp
241. o com o Subutex antes de vir para o Desafio Jovem pelo CAT e s pronto O Subutex tamb m n o deu resultado tamb m quebrei e entretanto eu era para embarcar a minha psic loga at queria que eu fizesse o desmame embarcado que ela arranjava para ali uma maneira qualquer de eu levar os Subutex e n o sei qu n o sei qu mas entretanto eu reca e tamb m j sabia que vinha para aqui em princ pio e esperei e aguentei at vir para aqui para o programa do Desafio Jovem E E onde vai buscar for as para ganhar esta luta contra as drogas AM p as for as que eu estou a ganhar agora presentemente o relacionamento que eu tenho com Deus porque tirando isso n o estou a ver mais nada Porque n s aqui no centro no programa n o era bem assim que eu queria usar o termo mas n s estamos numa c pula eu considero isto aqui uma c pula porque n s aqui n o nos falta nada n s aqui temos tudo n o temos ambientes nocivos n o h tabacos n o h influ ncias n o h nada portanto a luta vai ser quando n s sairmos daqui e quando come armos a ter fins de semana eu j tive essa prova a primeira vez que sa daqui sozinho e fui a casa etc e encontrei amigos e etc e etc e etc e a a luta que est a E ent o eu vi por acaso at um amigo meu que est a consumir e foi um grande amigo meu e foi com ele com quem eu tive estes problemas duma das vezes e ele continua na mesma situa
242. o e eu vejo diferen as em mim no relacionamento que eu tive com ele n o nada do que era percebes Eu vejo 86 que ha qualquer coisa completamente diferente em mim Tanto que eu at estive pouco tempo com ele a conversa n o me interessou e eu arranquei fui me embora Mas a luta est ai e n o nada f cil n o nada f cil sei l e eu encontro for as em Deus e refugio me a E O que que o est a ajudar mais para conseguir seguir o programa AM O que que me est a ajudar mais Essa n o estou a perceber bem E Portanto a quest o o que que o ajuda eu penso que j tenha havido alguma situa o em que tenha pensado desistir AM Sim J j E Ent o o que que o ajudou a n o fazer isso AM P o que me ajudou foi eu ter a consci ncia que possivelmente n o estaria seguro ainda percebes N o quando eu tive a ideia de abandonar n o j tive essa ideia j tive Porque eu tamb m nem nunca pensei que fizesse o programa para ser sincero Um dia iniciei o programa depois de me ter passado aquela fase da ressaca e n o sei qu n o sei qu ham eu n o estava com a ideia ali s eu n o pensava chegar onde cheguei portanto ao outro lado mas o engra ado que cheguei n o E E Como AM P como Como uma luta do caneco orando pedindo a Deus isso tudo E ter a certeza ou pelo menos a d
243. o indiv duo deriva do seu novo sistema de cren as Notam se algumas semelhan as entre estas no es de convers o e o processo de mudan a transformacional descrito por White amp Kurtz 2006 no sentido em que ambos os processos envolvem de certa forma a ades o individual a um novo sistema de cren as que ocorre numa altura de crise e culmina com a entrada numa comunidade de f partilhada Desta forma pode compreender se a mudan a transformacional como apenas um tipo de convers o distintivo por representar um processo repentino e invulgar Estudos futuros poderiam estudar a mudan a em contextos espec ficos como o tratamento para a toxicodepend ncia em programas espiritualmente orientados partindo de uma perspectiva de integra o de modelos de convers o englobando a mudan a qu ntica e processos de convers o mais progressivos e de modelos de mudan a mais tradicionais como os modelos de fases de mudan a mencionados neste anexo opini o da autora desta tese que estudos desta natureza resultar o em modelos mais completos e consequentemente mais veros mis acerca dos processos de mudan a envolvidos na reabilita o das depend ncias que ocorre em programas baseados na f Anexo B2 Dimens es da recupera o De forma geral a recupera o de perturba es mentais foi definida como um processo que capacita as pessoas a viver trabalhar aprender e participar completamente na sua comunidade tendo esperan a de c
244. o milagre foi de tal forma que p eu hoje posso hoje vou a qualquer lado estou com qualquer pessoa podem estar a consumir podem estar a fumar digo te que fiquei liberto na totalidade de qualquer pensamento e vontade Embora te continue a dizer se tu me perguntares se a droga boa que a droga boa E Ent o e porque conseguiu permanecer at ao fim no programa JG Porque assim permanecer no programa at ao fim depende muito da tua atitude e do que estabelecido porque foi te proposto um tempo e tu sabes que dentro desse tempo p n o tens nada para fazer s tens que te come ar a enriquecer l est os tais dois meses que andei ali a apanhar bon s que a gente n o sabe o que anda ali a fazer e depois h aquele tempo que p olha se estou aqui vou aproveitar e vou desfrutar do m ximo que este pessoal me tem para dar e ent o vou esprem los ao m ximo e o permanecer no programa tem a ver com o evoluir do crescimento espiritual e o come ar a estabelecer alvos p tu s consegues permanecer no programa e isto o meu ponto de vista se tu tiveres uma progress o espiritual Porque se chegares a um ponto e estagnares ham n o faz sentido estares l porque estagnaste o que vem tua cabe a p vai te embora se calhar est s aqui a ocupar o lugar de outro Como te d o um tempo limite para estares l tu vais aproveitar porque o programa se dizem que
245. o nos um pouco de Deus do que Jesus fez por n s daquilo que nos tentou incentivar daquilo que nos tentou ensinar o que nos leva por vezes a cairmos num mundo complicado onde dif cil se viver a n o ser que estejam mesmo firmes na Palavra e com alguns objectivos ou seja vivermos num corpo como Deus diz a igreja onde nos possamos fortalecer para vencermos as adversidades que v m nossa vida e eu estou convencido disso E Quais s o as suas qualidades pessoais que tem colocado no seu tratamento para ganhar s drogas F As qualidades assim as qualidades quando vim para aqui poucas qualidades tinha ou nenhumas Eu era uma pessoa que tinha uma auto estima muito em baixo achava me que n o era capaz de fazer nada nem t o pouco e v pronto a gente temos todos caracteres pessoais e essas coisas ia ali para a capela e ent o era complicado Da eu dizer que estou muito grato com o trabalho que t m feito comigo porque eu punha em causa eu n o queria fazer nada eu n o sou capaz mas agora vou fazer isto e at pronto com o tempo come aram me a incentivar e a explicar me o que p faz porque isto uma maneira de tu aprenderes e ent o comecei me a incentivar e a pedir a Deus que me ajudasse e Deus pronto tem me ajudado Eu tenho feito esses trabalhos tem me ajudado muito bem atrav s da Palavra atrav s desses trabalhos atrav s das pessoas do testemunho de
246. o nosso programa era daqueles tempos que ainda se tinha que orar porta da dispensa porque n o havia muitos alimentos ainda se comia muito queijo americano ham com soja e era dif cil era dif cil Portanto era preciso muita for a e a presen a de Deus a presen a sobrenatural bem bem bem ali naquele s tio para que se conseguisse dar a volta situa o E Nesse sentido diria que a f e a espiritualidade que viveu no Desafio Jovem ajudaram no de alguma forma JG Sim ajudaram me de toda De forma total 130 E Quer desenvolver um pouco JG Porque a f o firmamento daquilo que n o se v e a prova daquilo que n o se tem a f e eu vivo por f Agora consigo atingir esse ponto que p sem Deus nada faz sentido e a parte espiritual muito muito importante o mais importante na nossa vida para que n s possamos ter um equil brio n o Sinceramente acho que tenho tudo dito embora s vezes venham aqueles pensamentos p e tal sopa nisso qual Deus e tal s o os ataques que v m mas a gente p ra e pensa e diz Senhor isto n o n o de ti P n o sem a parte espiritual n s presentemente n o conseguimos viver porque n o temos for a para ultrapassar a selva que se vive a fora E Alguma vez recaiu desde que deixou o Desafio Jovem JG Nunca reca Nunca reca porque n o sei porque o temor muito grande o temor a Deus Acho que
247. o os toxicodependentes na rua T m f quanto mais n o seja quando v o consumir que aquilo vai lhes produzir o efeito que eles esperam sem ter nenhum dado concreto cient fico que assim seja n o s que quanto mais n o seja mesmo aquelas pessoas que n o ligam espiritualidade e que terminam o programa com sucesso no m nimo h uma coisa que eles realizam todos que desenvolvida seja com que modelos forem com que terapias for uma cren a que resumam as atitudes e cren as face vida e desenvolvida uma f nova ou uma confian a nova na vida que a vida boa e que vale a pena viver de uma forma l mpida aut noma Enquanto as pessoas mant m isso prevalecem em limpo ou abstinentes Quando de repente fruto de algumas press es da vida variam da cabe a eles escondem se nas estruturas que mais lhes faziam sentido n o e aqui que depois marca a diferen a a espiritualidade De repente quando me apetece variar da cabe a quando estou a sofrer um momento de press o muito grande e eu digo eu sei que n o estou sozinho sei que posso invocar Deus sei que tenho amigos que eu posso falar e que podem ajudar a reflectir e a ponderar e ent o eu acho que ela indispens vel mesmo o papel mesmo esse E OK ham quais os factores que lhe parecem ser centrais para que uma pessoa conclua com sucesso o tratamento FC As pessoas quererem ter uma vida abstinente estarem motivadas de facto para
248. o que for 93 Seja a roubar seja a drogar seja a seja o que for p a gente s andou no fundo tudo ilus es tudo uma ilus o p prontos p n o vou estar a p r agora em termos era a idade porque era assim porque era assado p eu penso que agarrar a oportunidade agarrar a oportunidade porque as oportunidades tamb m n o v m assim quando a gente quer n o portanto a gente tem que ter cuidado com isso e ter a consci ncia que quando temos uma oportunidade agarr la p E eu tenho essa consci ncia tenho essa consci ncia agora agarrar a oportunidade e acreditar em Deus e p e orar e pedir a Deus um gajo que n o est a compreender mas a gente pede isto tamb m fazia me uma grande confus o Eu ao princ pio isto fazia me uma confus o que n o te passa pela cabe a p eu sou sincero eu entrei para aqui com a idade que tenho e eu nunca tive um relacionamento com Deus eu nunca li uma B blia Nunca nunca nunca nunca nunca eu sabia o que era uma B blia como bvio n o mas prontos eu nunca tinha lido uma B blia nunca tinha costumavam me perguntar e a minha resposta era sempre aquela p sou um crist o n o sou praticante n o eu agora hoje j vejo a coisa de uma outra maneira n o mas sei l a resposta que me surgia na altura era sempre essa E ent o ham p eu quando entrei isto fez me confus o ao princ pio que sinceramente
249. o tenhais a f do nosso Senhor Jesus Cristo Senhor da gl ria com parcialidade 2 Porque se no vosso ajuntamento entrar algum homem com anel de ouro no dedo com vestidos preciosos e entrar tamb m algum pobre com s rdido vestido 3 E atentardes para o que traz o vestido precioso e lhe disserdes Assenta te tu aqui num lugar de honra e disserdes ao pobre Tu fica a em p ou assenta te abaixo do meu estrado 4 Porventura n o fizestes distin o dentro de v s mesmos e n o vos fizestes ju zes de maus pensamentos 5 Ouvi meus amados irm os Porventura n o escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na f e herdeiros do reino que prometeu aos que o amam 6 Mas v s desonrastes o pobre Porventura n o vos oprimem os ricos e n o vos arrastam aos tribunais 7 Porventura n o blasfemam eles o bom nome que sobre v s foi invocado 8 Todavia se cumprirdes conforme a Escritura a lei real Amar s o teu pr ximo como a ti mesmo bem fazeis 9 Mas se fazeis distin o de pessoas cometeis pecado e sois redarguidos pela lei como transgressores 10 Porque qualquer que guardar toda a lei e trope ar em um s ponto tornou se culpado de todos 11 Porque aquele que disse N o cometer s adult rio tamb m disse N o matar s Se tu pois n o cometeres adult rio mas matares est s feito transgressor da lei 12 Assim falai e assim procedei como devendo ser julgados pela lei da liberdade 13 Porque
250. odelo de vincula o de Bowlby 1988 cit por Cormier amp Cormier 1997 a capacidade do conselheiro de servir como modelo e como base segura para a explora o do mundo por parte do utente poder ser fundamental para o sucesso do tratamento Sabendo que a for a e a qualidade da rela o terap utica influenciam a identifica o do utente com o seu conselheiro e o n vel de proximidade relacional que este capaz de estabelecer com o mesmo a import ncia das qualidades humanas apontadas por Rogers exacerbam se uma vez mais para as rela es de ajuda desta vez tamb m no caso do tratamento para a toxicodepend ncia Englobando a quest o da resist ncia discutida um pouco acima a motiva o assume como se indica no cap tulo II 3 1 em todos os seus contornos um valor crucial como factor influente para a conclus o e para os resultados e efic cia dos programas de reabilita o da toxicodepend ncia Nesse sentido a no o de que a motiva o representa um conceito din mico e alter vel toma uma import ncia extrema e a implementa o de procedimentos de melhoramento motivacional torna se quase impreter vel Miller 1998 Simoneau amp Bergeron 2003 Simpson 2004 Para al m das entrevistas de indu o de pap is j discutidas incluem se neste tipo de interven o a utiliza o de t cnicas bem conhecidas como as j mencionadas entrevistas motivacionais e de t cnicas mais recentes como por exemplo a elabora o de ma
251. ograma De facto o programa n o cria clones cada um utiliza as suas pr prias potencialidades para vencer esta batalha mas poder haver algumas caracter sticas temperamentais chave no que diz respeito aos que conseguem completar o programa Zocalli Muscatello Bruno Bilardi De Stefano Felletti Isgr Micalizzi Mico Romeo amp Meduri 2007 Tabela 30 Fontes de energia coragem e for a utentes graduados Categoria Frequ ncia Aconselhamento n 1 Desconforto n 1 Modelagem aprendizagem vicariante n 1 Satura o n 1 A Tabela 30 resume as respostas dadas pelos ex utentes quest o O que lhe deu mais energia coragem e for a para conseguir esta transforma o positiva na sua vida Referidas individualmente as categorias incluem o aconselhamento a satura o e o desconforto com o estilo de vida vivido e a modelagem 191 Tabela 31 Raz es para ter conclu do o programa utentes graduados Categoria Frequ ncia Determina o em mudar n 3 Espiritualidade n 3 Identifica o com os objectivos do programa n 3 Ver ter havido uma mudan a interior n 3 A Tabela 31 resume as respostas dos ex utentes s quest es Onde foi buscar for as para conseguir completar o programa e Porque conseguiu permanecer at ao fim no programa Estas quest es foram colocadas para dar novamente oportunidade aos ex utentes de falarem acerca dos factores por eles considerados importantes para a
252. ojecto lcool tabaco drogas sa de Usos abusos e depend ncias Lisboa Climepsi Editores Fidalgo A F 2000 Toxicodepend ncia Composi o e confronto de dois discursos dissonantes O Estado e o Desafio Jovem Semin rio de investiga o Lisboa Universidade Nova de Lisboa Faculdade de Ci ncias Sociais e Humanas Departamento de Sociologia Flynn P M Joe G W Broome K M Simpson D D amp Brown B S 2003 Looking back on cocaine dependence Reasons for recovery The American Journal on Addictions 12 398 411 Galanter M 2006 Spirituality and addiction A research and clinical perspective The American Journal on Addictions 15 286 292 Galanter M 2007 Spirituality and recovery in 12 step programs An empirical model Journal of Substance Abuse Treatment 33 265 272 Galanter M Dermatis H Bunt G Williams C Trujillo M amp Steinke P 2007 Assessment of spirituality and its relevance to addiction treatment Journal of Substance Abuse Treatment 33 257 264 Hood Jr R W amp Belzen J A 2005 Research methods in the psychology of religion In R F Paloutzian amp C L Park Eds Handbook of the psychology of religion and spirituality pp 62 79 New York The Guilford Press Instituto da Droga e da Toxicodepend ncia I P Departamento de Monitoriza o Forma o e Rela es Internacionais N cleo de Estat stica N cleo de Publica es e Documen
253. onduzirem uma vida com prop sito Galanter 2007 Laudet 2007 Recentemente diversos autores t m discutido a defini o de recupera o relativamente rea das depend ncias Laudet 2007 The Betty Ford Institute Consensus Panel TBFICP 2007 White 2007 White amp Kurtz 2006 e t m surgido v rias defini es cuja apresenta o ultrapassa o objectivo deste trabalho A dificuldade em definir a recupera o est relacionada com as diversas percep es da natureza da toxicodepend ncia bem como de quaisquer depend ncias de subst ncias psicoactivas Definir a recupera o depende da forma como se entende a perturba o em causa Se concordamos que a toxicodepend ncia afecta e se desenvolve com base em determinados factores e g socioecon micos esses mesmos factores ser o o fundamento para a defini o de recupera o da toxicodepend ncia e tamb m para a perspectiva acerca de como se inicia e mant m Laudet Morgen amp White 2006 White amp Kurtz 2006 Visto que existem m ltiplos caminhos para a recupera o os intervenientes neste campo tendem a 18 perspectiv la de formas bastante distintas pois as suas concep es do problema da toxicodepend ncia tamb m variam Numa revis o informal de artigos relacionados com a recupera o Laudet 2007 indica que os pesquisadores compreendem geralmente a recupera o em termos da abstin ncia de subst ncias psicoactivas demonstrando estar em concord ncia
254. orno a dizer p agarrarem se agarrarem se e lutarem e tentarem uma vida completamente diferente e em todos os aspectos Percebes No fundo no fundo resumindo e concluindo isso P porque isto o que eu estava te a dizer isto tamb m me fez confus o ao princ pio e nos primeiros meses eu tamb m me ia abaixo tive alturas que p eu queria me era mas prontos parece que arece n o havia mesmo havia algo que me fazia n o deixa te estar mas sossegado b pd 95 Percebes Esta o diabo est a puxar para um lado e Deus est a puxar para outro N o deixa te estar mas sossegado e deixa te mas de pensamentos marados e que n o levam a lado nenhum isso p isso no fundo isso Porque n s todos todos n s p para j somos humanos e nunca deixamos de ser humanos e todos n s temos tend ncias a para o prazer o prazer da carne o prazer disto o prazer daquilo mesmo assim somos n s a nossa natureza somos humanos E p e se n s n o temos um prop sito se n s n o temos O um p a gente desvia se Desvia se Porque hoje em dia tu sabes que a sociedade O tudo p s meter coisas na carola s pessoas tudo p os prazeres a desbunda o os valores etc etc etc e etc etc etc p e as pessoas s o fracas As pessoas v o e caiem e v o por esses caminhos Se n s n o tivermos onde nos ag
255. orque na altura em que eu usei em que eu usufru das drogas e n o s dos prazeres que a droga trazia eu vivia muito na lux ria no prazer eu n o vou dizer que na altura n o fosse bom eu tirei partido disso n o tirei e na altura deu me gozo e deu me situa es que n o que eu n o v esquecer mas deu me situa es que eu sei que foram boas ham agora revendo essa fase toda da 85 minha vida porque isto foram situa es espor dicas n o foram constantes n o tive fases em que estava bem e depois houve fases em que estava mal portanto n o foi uma situa o desde o in cio at agora sempre seguida n o houve altos e baixos Hoje eu reconhe o que que aquilo no fundo n o passou tudo de uma ilus o n o foi um perder de tempo possivelmente E Frequentou outros programas de tratamento antes de vir para o Desafio Jovem AM N o tive foi desintoxica es por interm dio do CAT A soro em Gondomar no Pinto Coelho atrav s do CAT j h uns tempos Consegui eh consegui estive l uma semana a soro em princ pio fisicamente sa de l curado n o A ressaca n o sentia nada e logo fui trabalhar e sa logo de Portugal e estive logo n o sei quantos anos outra vez suspiro sem consumos exagerados digamos assim N o estive em mais nenhum programa n o Portanto s desintoxica es chamemos lhe assim j tamb m nunca quis metadona estive h pouco temp
256. os que tamb m fizeram o programa Eu fui o segundo a entrar para o programa primeiro entrou o meu irm o C para a Castanheira entretanto atrav s do V V o director da Castanheira eu entrei para Alter do Ch o e depois eu mais o meu irm o C fomos buscar o outro nosso irm o mais novo que esteve em Salvaterra O N saiu mas depois teve uma reca da e hoje est bem fez duas vezes o programa Estamos no caminho com lutas e com esfor o o programa um ano mas depois para moldar o car cter toda a vida s vezes h aquela m xima que n s somos pessoas de risco mas eu n o considero isso eu acho que eu hoje sei o que que n o quero eu hoje sei o que que n o quero e eu n o quero voltar s drogas Quero sentir me bem no meio das pessoas quero que as pessoas digam olha eu tenho confian a naquele homem isso que eu quero um dos grandes objectivos que eu tenho apesar de eu ser um crente com sete anos e s vezes duvidar n o duvidar p r em causa muitas coisas mas Deus logo a seguir surpreende me com coisas que eu logo a seguir digo assim n o de facto isto mesmo assim Eu digo muitas vezes que comecei a viver depois dos quarenta anos e verdade estou a falar da rea espiritual e tamb m da minha parte espiritual porque isto um bocadinho tamb m s da minha vida muita coisa tem acontecido na minha vida em sete anos Mudei muito em sete anos eu era um homem que o que era
257. p uticas de ajuda m tua que se encontra bem disseminado no mundo O objectivo principal das comunidades terap uticas relacionadas com o Modelo de Minnesota aculturar os seus utentes filosofia subjacente aos grupos de 12 passos e fomentar que frequentem as reuni es desses grupos de forma a manterem a recupera o ap s deixarem a comunidade Cook 1988 Galanter 2006 Alguns profissionais acautelam acerca das limita es e dos perigos do envolvimento em organiza es de entreajuda fundamentando se na sua falta de profissionalismo i e a inexist ncia de apoio emp rico para a efic cia desses grupos e a falta de qualifica o profissional do seu staff no risco que os seus membros correm de ficarem demasiado dependentes do grupo ou de receberem maus conselhos de outros membros e numa no o de que a utilidade destas organiza es se restringe fase inicial da recupera o ou ao consumo de uma nica subst ncia Patr cio 1997 Laudet 2003 No entanto a efic cia das associa es de ajuda m tua tem tamb m sido referida Galanter 2006 Independentemente da organiza o na qual o indiv duo participa o seu envolvimento activo em grupos de entreajuda aumenta a probabilidade de se manter abstinente Atkins Jr amp Hawdon 2007 e apesar de haver ind cios mistos alguns resultados de estudos relativos ao tratamento da depend ncia de drogas psicoanal pticas t m demonstrado que a participa o nestes grupos pode ser m
258. pantes tamb m indicam que consideram este aspecto fundamental para a conclus o do programa 173 o querer fazer a minha vida percebes Que isso muitas vezes que nos leva a meter o p na argola N s temos tido aqui exemplos desses amigos meus que falharam no aspecto de n o acabarem o programa e de se iludirem p n o eu vou l para fora que j tenho trabalho pa j nem estou a ressacar j estou bem p Entrevista 3 pp 94 95 Anexo F pronto j me ocorreu ir me embora porque eu olho me ao espelho e estou mais gordinho estou mais bonito e mais coisa ah eu oriento me l fora agora trabalhar e com isto e com aquilo j n o consumo estou fixe e tal mas tenho me auto controlado est s a ver para permanecer aqui Entrevista 2 p 77 Anexo F Relativamente forma como pretendem atingir os seus objectivos dois utentes indicaram que para os atingir teriam que aumentar o seu relacionamento com Deus Nas palavras de J E p eu vou buscando cada vez mais a Deus para que esteja sens vel sua voz ao seu querer percebes P e vou busc Lo cada vez mais para tamb m ser obediente e confiar Nele porque Ele como nosso melhor amigo n s temos que fortalecer a nossa amizade com Ele n o isso que eu quero fazer e o que que Ele quer de mim Percebes Portanto busc Lo cada vez mais n o para ter direc o da parte Dele Entrevista
259. para a mi da ver que de facto tudo aquilo que se passou comigo eu hoje estou a tentar n o porque a gente nunca apaga por completo o passado nunca apagamos por completo mas apagamos um bocadinho mudamos e eu queria que ela olhasse para mim e tamb m se orgulhasse um bocadinho em mim e que visse em mim n o de facto o meu pai por aquilo que passou mas hoje uma pessoa que presente n o antes foi ausente mas agora presente mudou e isso interessa me Pronto reconquistar a minha filha e depois o objectivo de acabar o programa De acabar alguma coisa na vida que eu at ali risos nunca tinha acabado nada Aprendi que tinha que de facto ter objectivos na vida e que tinha que os concluir e este do programa eu tracei o assim vamos l acabar isto E o que aconteceu que de facto eu entrei estive l um ano fiz um ano de est gio e depois estive quatro anos em Fanh es nas oficinas e s depois eu sa E Teve que acontecer alguma coisa para que permanecesse no programa at ao fim Mesmo apesar dos pensamentos que penso que possam ter vindo por vezes de desistir RL Pronto como eu te disse ainda h bocado eu j naquela altura sabia o que eu n o queria e o que eu n o queria mesmo era voltar s drogas As vezes vinha me cabe a de 117 facto vinha me cabe a esse pensamento e eu ent o eu tinha que me definir porque de facto se queria ver o fim das coisas perceb
260. para com os outros Da maneira como me ajudaram a mim tamb m tenho que ajudar os outros para que eles possam arrepender se do mal que fizeram e ter uma nova vida ser novas criaturas E E como pensa atingir esses objectivos 69 F Melhorando dia ap s dia sentir me capacitado Deus me dar for as para isso como tem dado e me ajudar a ultrapassar tudo Ele sabe qual o meu desejo a minha vontade E Tenciona manter contacto com a igreja at quando F Manterei contacto com a igreja sim a igreja importante a igreja o corpo E O que que lhe d esperan a num futuro bom F Melhor o fim do que o princ pio n o Eu j estou a obter algumas coisas de que me tenho agradado estou a sentir algo na minha vida que nunca senti e isso tem me incentivado Tem me incentivado eu a caminhar cada vez mais com Deus E Para al m das respostas que deu s perguntas que lhe fiz gostava de dizer mais alguma coisa F Acho que j disse mais ou menos tudo mas pronto posso dizer quero agradecer pronto a ti especialmente por este bocadinho que tivemos foi porreiro Sempre que para falar da Palavra de Deus est se bem gostava de agradecer como j disse especialmente ham a esse agrade o todos os dias mas nunca demais a Deus pela oportunidade que me deu de poder mudar a minha vida e pelas oportunidades que me tem dado e continuar a caminhar e poder
261. para fora e tenha que ir pagar a letra do carro eu tenho que pagar a renda da minha casa eu tenho que comer e vestir eu tenho a minha filha e tenho isto e tenho aquilo mas com Deus ao meu lado n o P p vai ser tudo muito diferente vai ser tudo muito mais f cil percebes Por isso a minha luta c dentro e a minha perman ncia c dentro com Deus quero me chegar cada vez mais a ele para poder ter uma vida vitoriosa l fora est s a ver ser um crist o de sucesso em todas as reas da minha vida yah E Portanto considera que a f e a espiritualidade que tem vivido aqui o t m ajudado de alguma forma JE Yah E Quais as suas qualidades pessoais que coloca no seu tratamento para ganhar s drogas JE Como assim desculpa E Portanto que qualidades suas que tem empregue no tratamento para conseguir ganhar esta luta JE E p for a de vontade determina o ham dominio pr prio tamb m auto controlo porque j muitas vezes pronto j me ocorreu ir me embora porque eu olho me ao espelho e estou mais gordinho estou mais bonito e mais coisa ah eu oriento me l fora agora 78 trabalhar e com isto e com aquilo j n o consumo estou fixe e tal mas tenho me auto controlado est s a ver para permanecer aqui p e determina o ham para alcan ar o objectivo que me propus alcan ar n o que acabar o programa e servir a Deus porque tamb
262. pas de liga o entre n dulos node link mapping desenvolvidas por Donald Dansereau e colegas no Institute of Behavioral Research IBR da Texas Christian University Simpson 2004 Os mapas de liga o entre n dulos representam uma ferramenta de visualiza o conceptual que permite melhorar a comunica o e a resolu o de problemas que contribui para o melhoramento da rela o terap utica e que aumenta a memoriza o do conte do trabalhado em cada sess o uma vez que reduz a depend ncia da comunica o exclusivamente verbal e que aumenta o foco atencional dos participantes Brown O Grady Battjes amp Katz 2004 Flynn Joe Broome Simpson amp Brown 2003 Joe et al 1998 Longshore amp Teruya 2006 Simpson 2004 Simpson Joe amp Rowan Szal 1997 Simpson Joe Rowan Szal amp Greener 1997 Stotts et al 2007 Importa referir que especialmente nos contactos com os toxicodependentes que antecedem e os preparam para o tratamento a avalia o da fase de mudan a na qual se encontram assume uma import ncia bvia uma vez que se encontra estabelecida a utilidade de determinados processos para aumentar a motiva o de indiv duos que se encontram em cada uma das fases espec ficas Brown et al 2004 Ap s essa identifica o focalizam se 47 atrav s das interven es motivacionais e dos processos adequados a cada fase os pensamentos e as emo es espec ficas dos utentes que seja necess rio abordar pa
263. percep o de uma maneira incr vel n o uma coisa impressionante Entrevista 4 p 100 Anexo F Outro participante n o conseguiu referir qualquer factor que considerasse positivo acerca da sua experi ncia de consumos Eu s me meti na droga porque aquilo de facto bom mas aquilo n o me ensinou praticamente nada Aquilo n o traz nada n o me trouxe nenhum discernimento Desculpa l mas algo de positivo n o consigo ver Entrevista 5 p 115 Anexo F O outro graduado mencionou que possivelmente serviu como uma fonte de aprendizagem espiritual se eu tive que passar pelas drogas para conhecer Jesus p foi bom Entrevista 6 p 126 Anexo F Tabela 24 Experi ncias pr vias de tratamento utentes graduados Categoria Frequ ncia Outros programas Centro das Taipas n 1 Arequentados Patriache n 1 Remar n 1 Raz es para o fracasso N o espiritualidade n 2 Tipo de terapia n 1 183 O resumo dos dados relativos as experi ncias pr vias de tratamento dos graduados encontra se exposto na Tabela 24 Um dos ex utentes nunca tinha estado em tratamento para a toxicodepend ncia antes de ter aderido ao programa do Desafio Jovem Dos outros dois participantes um tinha estado uma vez no Centro das Taipas enquanto o outro tinha estado na Associa o Remar Portuguesa e no programa da Associa o Le Patriache Este graduado indica que tinha tamb m frequentado outro tratamento apesar de n
264. perdoar o dar o aben oar o abra ar o beijar n o E quando n s percebemos isso e o Desafio Jovem toda a ess ncia todo o cerne toda a espinha medula do Desafio Jovem consiste nisso no levantar um homem espiritual percebes Quando isso se levanta e quando n s temos clareza disso as coisas transformam se por elas pr prias um pouco por vontade nossa um pouco maior pela vontade de Deus mas tudo se vai transformando 106 E E quais que foram as suas qualidades pessoais que colocou no tratamento para ganhar s drogas JA Bom a perseveran a a determina o e coisas assim desse g nero quer dizer ham a confian a em Deus porque sabia que se estivesse perto Dele embora n o O conhecesse muito sabia que ali estavam os princ pios que eu desejava para a minha vida A gente est a falar talvez de princ pios ainda em que a coisas tamb m n o est o muito bem definidas n o por exemplo esta pergunta na altura no tempo e no espa o em que eu estava a viv la n o estava muita coisa definida n o Mas eu para mim a determina o e a perseveran a e o respeito Eu interpretei aquele programa com um respeito muito grande percebes Para mim o facto de ouvir por exemplo n o meter os outros de parte e sublevar este mas para mim ouvir o J M a pregar aquilo mexia me de uma maneira incr vel que dizer eu tinha o desejo de um dia ser como o J M Isto daquelas coisas como o ou
265. pr ximo de gente que est a viver o contr rio isto que os prepara melhor claro que depois n s procuramos ham explicar lhes como que funciona o programa perceberem que este um tempo tamb m para eles olharem para eles pr prios conhecerem Deus acho que aquilo que os prepara que tem mais impacto se entendermos at como prepara o para aumentar a resili ncia a estar no programa ou ao desejo de desistir de facto o contacto humano o valoriz los mesmo na rua n o ter vergonha de estar com eles nos lugares onde eles est o mesmo isso tem um impacto muito grande mesmo Pequenos gestos s vezes como dar um abra o como ter uma palavra mesmo de estimo orarmos com eles isso s o coisas que se entendermos isso se a prepara o for tamb m trabalhar muito a motiva o e a predisposi o para o programa esses s o os factores que influenciam muito Entrevista 7 pp 139 140 Anexo F A Tabela 43 resume as respostas dos t cnicos s quest es O que p e de melhor de si na recupera o destas pessoas e Onde vai buscar for as para ajudar na luta contra as drogas Numa das entrevistas ambas as quest es foram colocadas em simult neo por lapso da entrevistadora Entrevista 8 p 143 Anexo F pelo que respostas de I encontram se repetidas na tabela e assinaladas com um asterisco e perfazem as categorias Melhoramento cont nuo Equil brio pr prio e Acreditar no que faz
266. quanto tempo que est ca RC Eu j estou c desde 2000 fiz o programa at 2001 e tenho estado a cooperar Estive um ano e tal a cooperar sem ser conselheiro e agora j sou conselheiro em que acompanho assim o pessoal a tempo inteiro Entrevistadora E vivia com quem antes de entrar para o Desafio Jovem RC Com a minha m e Quer dizer antes de vir mesmo para c estava a viver na rua mas durante per odos de tempo vivi com a minha m e Os meus pais s o separados e ent o vivia com a minha m e mas depois dava me na cabe a pegava na trouxa e ia me embora l do Algarve ia para Lisboa para Espanha pronto 152 E Como que tomou contacto com o Desafio Jovem RC Pronto foi numa altura mesmo cr tica da minha vida porque foi uma altura em que estava mesmo como eu costumo dizer aqui naquelas alturas que todos os homens t m que passar quando metem se assim na vida que que a gente trabalha n o Que uma altura em que a gente vai perdendo tudo tudo tudo e na ltima numa das ltimas partes j estava mesmo a perder at era o amor vida e ent o entrei numa de pronto tomava tudo e mais alguma coisa entrei numa de overdoses e essas hist rias todas e ent o quando dei conta ca num hospital em coma ham fui apanhado em casa e mesmo assim ca para o lado ent o a minha m e chamou os bombeiros acabei por entrar em coma e depois comecei a ser reanimado estive em coma ain
267. que eu quero acrescentar Entrevista 6 Ex utente graduado h dezasseis anos J G Eu chamo me J G tenho trinta e oito anos ham antes de entrar no Desafio Jovem vivia com a minha m e na Ajuda e tenho o nono ano Conheci o Desafio Jovem atrav s de uma pessoa amiga da minha m e que tia do director do Desafio Jovem e no meio de tanta coisa que eu j tinha tentado disse que era mais uma p e n o valia de nada n o havia raz o para n o tentar outra vez e ent o avancei para o Desafio Jovem 124 Entrevistadora Frequentou os Caf s Conv vio antes de entrar JG Frequentei o Caf Conv vio da Marques da Silva E Quanto tempo l esteve JG Ham cinco meses quatro cinco meses dos quais tr s foi a brincar depois estive um m s e pouco teve que ser mesmo tive que me decidir e comprometer por a E E como que come ou a frequentar os Caf s Conv vio JG Ia com a minha m e Ter a e ao S bado Ao princ pio era sempre sobre chantagem s ia se houvesse alguma coisa para consumir e isto foi os tais tr s meses que eu andei a brincar amos com essa senhora nos primeiros tempos para nos podermos ambientar tomar um bocado conhecimento do que era Caf Conv vio para n o irmos um bocado assim deriva Nunca t nhamos ouvido falar de Caf Conv vio Desafio Jovem Deus o que isso E depois a partir da comecei a frequentar o Caf Conv vio mas numa base m
268. que graduaram no programa foi de 13 anos A nivel de habilita es liter rias em m dia os graduados tinham conclu do o 9 ano de escolaridade Antes de terem aderido ao programa do Desafio Jovem todos os graduados moravam em casa dos pais no caso de dois entrevistados viviam somente com um dos pais n o se determinou o motivo da aus ncia do outro progenitor em Lisboa De forma a compreender um pouco melhor o apoio social de que estes indiv duos usufruem questionou se com quem vivem actualmente Um dos participantes vive com a esposa e duas filhas outro reside somente com a esposa e por fim o outro participante relatou viver sozinho Tabela 22 Passado de consumos utentes graduados J A R L J G Hero na X X X 16 anos de Tempo que a consumiu 18 anos 6 anos consumos no geral Experimentou outras drogas Sim Sim Sim O passado de consumos dos participantes encontra se resumido na Tabela 22 Pode verificar se que a principal droga consumida pelos tr s graduados era a hero na A m dia de consumo desta droga foi de 12 anos visto que n o sabemos ao certo o tempo de consumo de hero na de J A muito provavelmente a m dia iria aumentar caso fosse calculada com base 181 tamb m nesse valor Todos os graduados experimentaram outras drogas para al m da heroina Tabela 23 Consequ ncias positivas e negativas dos consumos utentes graduados Categoria Frequ ncia Consequ ncias Degrada
269. que os 299 concluir e este do programa eu tracei o assim vamos l acabar isto Entrevista 5 pp 116 117 Anexo F Tamb m foi mencionado por um dos graduados que o facto de se ter a no o prematura de que se est curado representa um factor que dificultou a conclus o do tratamento H uma altura no programa que a passagem de fase que n s eu falo por mim digo assim p j estou bom j me posso ir embora j me posso ir embora porque eu j estou bom E isso n o verdade porque a primeira fase do programa h uma ilus o dentro de n s e isso depois tem que ser ultrapassado Entrevista 6 p 129 Anexo F No que diz respeito terceira quest o cujas respostas se encontram resumidas na Tabela 26 novamente todos os inquiridos indicaram o crescimento espiritual como algo que teve de acontecer para que permanecessem no programa at ao fim Nas palavras de J G o que me levou at ao fim foi encostar me a Deus e as coisas encarrilaram porque eu n o tinha outra alternativa tamb m at um certo ponto vivi naquela situa o p n o tenho outra alternativa A partir daquele momento que comecei realmente a ter no o daquilo que era Deus e do que Deus queria de mim comecei a dizer nao pa j n o por causa deles mas por causa de Deus Deus marca a minha vida e a partir da levei o programa todo seguido Entrevista 6 p 129 Anexo F E
270. que teriam que continuar a lutar para permanecerem no programa at ao fim e todos indicaram tamb m que a espiritualidade iria desempenhar um papel importante nesse acontecimento chegar me cada vez mais a Deus Entrevista 2 p 86 Anexo F teremos que aceitar Deus ou seja teremos que nascer de novo Deixarmos as coisas velhas para tr s eis que tudo se fez novo assim nascer de novo temos que aceitar Jesus como nosso Salvador Acreditar que ele realmente ressuscitou dos mortos para nos salvar Isso eu acho que importante Entrevista 1 p 64 Anexo F Um dos participantes referiu explicitamente em resposta a esta quest o que n o ter pressa e ter objectivos apropriados seria importante nesse processo acho que temos que dar tempo ao tempo claro que eu tenho que dar o passo devagar por vezes queremos tudo pensamos muito em valores materiais e queremos isto e aquilo e esquecemo nos de coisas mais importantes na nossa vida do que valores materiais a quest o de andarmos bem sentirmo nos bem termos gozo no que fazemos termos sei l dif cil at por vezes explicar o que eu tenho sentido ultimamente acho que nunca a n o ser em mi do quando tinha cinco ou seis anos sentir me leve por dentro andar bem comigo mesmo com as pessoas em meu redor Entrevista 1 pp 63 64 Anexo F De facto em outros momentos das entrevistas os outros dois partici
271. quilo que n o a faz desistir acima de tudo tem tudo a ver com em primeiro lugar uma aceita o a n vel assim f sico de algu m que lhe d aten o que promove que acredita que est perto mas isso vale o que vale mas se isso n o em ltima an lise n o desbocar e n o acabar num mover de Deus e promovermos a manifesta o de Deus ser um a primeira parte vale o que vale e n o far qualquer diferen a Porque eu j trabalho aqui h algum tempo tenho visto pessoal a abandonar o programa e alguns Deus at encontraram e acreditam e amam nos e percebem o valor que a gente lhes deu na vida e fizemos aquilo que mais ningu m fez mas se ficar somente por a depois a outra parte de promover a presen a e a manifesta o de Deus ser um trabalho incompleto n o Mas acima de tudo eu creio que o pessoal vence ou n o vence tem tudo a ver tamb m com um trabalho de Deus na vida deles N s somos meros participantes do reino Dele E Que sinais se algum considera indicar que um utente tem maior ou menor probabilidade de ter sucesso com o programa RC Eu penso que h ainda que isso sempre um pouco relativo ham nem sempre claro que h indicadores que revelam uma boa atitude como a gente costuma dizer mas no fundo ham muitas vezes como a Palavra de Deus diz Deus pega nas coisas loucas e nas coisas desprez veis para confundir as s bias e o nosso trabalho tamb m um pouco
272. r Ham por isso n o dei mais abaixo E Como que pessoalmente a n vel daquilo que faz e do programa tenta fomentar a que os utentes concluam o tratamento FC E assim eu n o estou directamente ligado com os utentes n o porque eu trabalho mais ao n vel digamos das ruas do alcance Ao n vel do tratamento eu n o estou muito ligado dir se ia poder se ia dizer eu sou o digamos o bra o armado da institui o eu estou pouco na comunidade Cruzo me com os utentes aqui na fase de inser o eu trabalho muito 138 mais na rua ou seja no antes do tratamento n o A minha experi ncia quando fui monitor e director da comunidade acima de tudo valorizar muito as pessoas muito encorajando ajudando as pessoas a estabelecer alvos a sonhar com a vida a valorizar a sua vida porque n s s lutamos por aquilo que valorizamos quer dizer eu n o luto por aquilo que n o me significativo Ent o digamos o trabalho muito feito um trabalho de motiva o para as pessoas n o desistirem da vida valorizarem mais do que se calhar menosprezarem ficarem presos aquilo que n o t m nem sabem e ao sofrimento e ao seu passado neste percurso das drogas perceberem os recursos e o potencial que t m e valorizarem isso Tamb m muito a quest o da rela o com Deus e o factor f n o muito tamb m uma coisa que fazemos ou que fa o no sentido deles perceberem que o que fazemos n o in cuo n o
273. r dificilmente volta para tr s S se tiver assim uma cena muito muito esquisita p mas a grande ajuda foi sempre encostar me aqueles que estavam firmes e procurar a sabedoria deles a experi ncia deles e que eles me tentassem ajudar no sentido de eu conseguir ver na B blia que foi aquilo que me deram o manual o que realmente era bom para mim e o que me dava for a Foi assim dessa forma que eu consegui ir at ao fim E E que mais teve que acontecer para permanecer no programa at ao fim Houve alguma situa o alguma conversa alguma coisa espec fica que se lembre JG N o porque aquilo foi feito eu por acaso h pessoal que tem muita dificuldade o que me levou at ao fim foi encostar me a Deus e as coisas encarrilaram porque eu n o tinha outra alternativa tamb m at um certo ponto vivi naquela situa o p n o tenho outra alternativa A partir daquele momento que comecei realmente a ter no o daquilo que era Deus e do que Deus queria de mim comecei a dizer n o p j n o por causa deles mas por causa de Deus Deus marca a minha vida e a partir da levei o programa todo seguido P h aqueles percal os durante o programa que as chamadas canas que o pessoal fica sem beber caf s porque o programa n o era f cil na altura n o tem nada a ver com os programas de agora eu costumo dizer p cada um que entrasse eu fazia o programa com ele
274. r ham nunca levava coca para fumar levava coca para cheirar e fumava a coca em casa em ambientes fechados Na rua sempre cheirei Injectar nunca injectei nada gra as a Deus E Quais foram as maiores complica es na sua vida que pensa terem sido fruto dos seus consumos JE Foi na hero na quando eu consumia hero na infelizmente ham eu contra a hepatite C e isto um epis dio bonito na minha vida porque foi a primeira vez que eu meti Deus prova a s rio na minha vida ham eu como contrai hepatite C como se sabe hoje em dia tem tratamento mas n o uma coisa que tem cura vista dos m dicos uma coisa como o HIV uma coisa que fica n o e eu foi uma das coisas das quais me deixou muito desgostoso foi contrair esse tipo de doen a fiquei desiludido comigo pr prio e tal mas gra as a Deus houve um dia e isto j agora um pouco antes de entrar para o centro houve um dia que eu estava a estudar a Biblia e encontrei uma passagem que em Mateus 8 17 salvo erro que Jesus tinha levado todas as nossas doen as na cruz do Calv rio n o e que Ele tinha nos lavado tinha nos purificado com o seu sangue n o Pa eu tinha aceitado Jesus e digo assim 73 ent o se eu sou Teu filho porque raz o eu hei de ter esta doen a Se tu s Deus cura me disto cura me que eu acredito se tu s Deus cura me E olha eu ham sabes que Deus ouviu me N o s ouviu me m
275. r atr s como se costuma dizer o passado n o se pode mudar mas o futuro posso Ent o isso que tenho tentado desde que conheci o Desafio Jovem e Deus e isso que eu tenho estado a tentar fazer na minha vida tentar mudar o meu presente e o meu futuro Entrevista 1 p g 56 Anexo F Para al m disto um entrevistado indica que aderiu por decis o pr pria enquanto os outros dois mencionaram terem tido incentivo familiar para aderir Destes um indicou que desejou entrar para o Desafio Jovem por motivos espirituais visto que j tinha cren as espirituais antes de ter aderido ao programa antes de entrar para o Desafio Jovem eu j conhecia Jesus at antes de entrar para o Desafio Jovem eu fui criado na Escola Dominical Ham gra as a Deus eu tenho uma fam lia crist que muitas das vezes me dizia J entrega a tua vida a Deus entrega a tua 299 vida Entrevista 2 pp 69 70 Anexo F 170 Este indiv duo j era crente e apesar de que os outros demonstram terem tido d vidas antes de entrar todos demonstram terem aceite e encorporado a filosofia cren as espirituais religiosas da intitui o Todos estes factores parecem relacionar se com a motiva o para a mudan a ou para o tratamento A Tabela 11 indica tamb m que apenas um participante frequentou o Caf Conv vio antes de entrar enquanto dos outros dois um nunca frequentou e o outro apenas frequentou um Caf Conv vio q
276. r conseguido deixar as drogas Todos os graduados mencionaram o facto de n o terem atingido os objectivos espirituais que surgiram ao longo do programa Exemplo N s como homens de Deus estou em crer que nunca vamos atingir n o a B blia diz que aquele que em v s come ou a boa obra n o e eu entendo que Deus come ou uma boa obra no momento em que eu entrei no centro do Desafio Jovem e isto conectando uma coisa com a outra ham a aperfei oar at ao dia da vinda de Jesus Cristo ou seja por mais oitenta anos que eu viva ou mais cento e oitenta anos ou mais duzentos e oitenta anos possivelmente nunca vou atingir aquilo que queria Entrevista 4 p 109 Anexo F Tabela 28 A espiritualidade do programa ajudou o utentes graduados Categoria Frequ ncia Sim n 3 Como Implica ter f n 2 Fomenta que se recomece a ter sonhos objectivos n 1 Permite enfrentar a vida n 1 189 Na Tabela 28 poss vel verificar se que todos os graduados sentem que a f e a espiritualidade que viveram no programa do Desafio Jovem os ajudaram de alguma forma Dois ex utentes indicaram que a forma como os ajudou relaciona se com implicar ter f tive que ter f para acreditar em Jesus Cristo e ser baptizado no Esp rito Santo Prontos depois Deus foi me ajudando n o Para al m disso eu para alcan ar aqueles objectivos eu tive que ter f eu tinha que ter f para alcan ar aqueles objectivos
277. r mas perceber que isso pode ser pr tico e verdadeiro E O que p e de melhor de si mesmo na recupera o destas pessoas RC Oh p eu tento como estava te a dizer antes tento naquilo que lhes tento incutir e transmitir eu ser a primeira pessoa a viver isso Porque para lhes mostrar na pr tica aquilo que o cristianismo N o uma religi o n o algo que bonito que faz sentido que diferente daquilo que eles viviam mas acima de tudo uma pr tica alguma coisa que eles podem viver apesar de tudo aquilo que aconteceu antes que eles verem se atrav s de mim a fazer E Ent o e onde vai buscar for as para ajudar nesta luta contra as drogas RC Olha nem sei muito bem onde que eu vou buscar mas eu acho que houve uma altura no programa que Deus disse me que Ele queria me usar Que aquilo que eu tinha experimentado era eu seria ego sta se eu ficasse somente com tudo isto para mim Que eu devia p r a minha vida expor a minha vida de forma a que os outros pudessem acreditar e 157 sonhar e no fundo fazer na minha vida que ela tivesse sentido n o E entre eu ficar com tudo aquilo que aconteceu e ir usufruir e finalmente ter a minha vida e orientar me e etc eu optei por essa verdade que Deus me tocou no cora o de no fundo fazer com que outros que v o come ar agora como eu comecei um dia outros que est o a sofrer na rua como eu j sofri um dia outros que est o a tentar como eu
278. r os preparativos digamos assim Nunca tinha ido a um Caf Conv vio mas nunca fui a um Caf Conv vio frequentei a igreja duas tr s vezes antes de ir para o programa a minha igreja neste caso que a minha igreja agora e comecei o programa Entrei em Salvaterra ham sei l n o fazia ideia nenhuma como era o programa como era isto entrei ressaquei estive quinze dias um m s para a mal entretanto estive l dois meses e meio e depois fui transferido para a Castanheira e estou aqui na Castanheira n o Portanto ser resumindo sei l o passado e talvez o presente n o Ham portanto sei l a droga foi um estilo de vida que eu tive fazia daquilo quase como que absolutamente normal nunca fui digamos assim fui ao fundo do po o em termos monet rios e em termos de rela es etc etc n o tenho fam lia n o tenho ningu m vivo sozinho ham perdi tudo o que tinha Entrevistadora Antes de entrar vivia sozinho AM Sim vivo sozinho Em termos familiares n o tenho ningu m sou sozinho Ham fiquei sem nada tudo o que tinha vendi percebes carros motas ham valores pessoais tamb m at estava num patamar bastante elevado e inclusive at o emprego perdi porque era suposto embarcar em Agosto e eu em Agosto n o estava bem e nem respondi aos telefonemas nem a nada n o respondia a nada a situa o j estava mesmo m entretanto acabei por n o ir n o n o embarquei entret
279. ra que avancem ao longo das fases Longshore amp Teruya 2006 Em situa es nas quais a presen a do utente no tratamento depende de alguma forma da coer o seja esta de cariz legal familiar etc as t cnicas de gest o de conting ncias referidas no Anexo B3 poder o servir para fomentar a reten o em tratamento apesar da fraca motiva o e da elevada resist ncia em participar e para al m disso poder o ainda possibilitar uma interioriza o das recompensas de forma a que a presen a do utente n o seja meramente f sica e dirigida pelas recompensas materiais mas que tamb m comece a ser genu na e que a sua motiva o se torne identificada como resposta sua experi ncia de novas formas de gratifica o Assumem um papel principal neste ponto as t cnicas que incorporam o refor o comunit rio e as t cnicas tradicionais de refor o oferta de vales dinheiro Este tipo de t cnica pode ser utilizada para aumentar a frequ ncia das sess es a reten o em tratamento e os comportamentos positivos agidos dos utentes Apesar de geralmente representar um tipo dispendioso de interven o de referir se que determinadas varia es de baixo custo t m demonstrado a sua efic cia pelo que a utiliza o da criatividade poder viabilizar a implementa o de projectos deste tipo juntamente com os benef cios que deles decorrem Ball et al 2006 Flynn et al 2003 Simpson 2004 Simpson Joe amp Rowan Szal 1997 Stotts et a
280. rar para c Foi atrav s dele que eu pronto que me ajudou a entrar para c n o conheci gente l do centro de Cucuj es entretanto fui l preencher as entrevistas e isto e aquilo mas Cucuj es era ali muito pr ximo de onde eu prontos nasci de onde eu conhecia ali pessoas que todas conhecia pessoas que prontos digamos que se queria mudar de vida n o podia ter aquilo aquelas pessoas como amizade como amigos Tenho os no meu cora o a todos se eu os puder ajudar puder incentivar a eles de mudar de vida incentivo mas para eu conviver com eles assim diariamente n o ainda n o me sinto com for a para isso Muito menos sozinho ent o a ideia agora continuar c por baixo a minha caminhada adiante com Deus e com esta fam lia que o Desafio Jovem E Ent o e antes de entrar no Desafio Jovem vivia onde F Vivia na rua vivia na rua habitava v rias fases da minha vida pronto houve alturas que trabalhava assim n o aquele trabalhar certo pessoas que precisavam disto ou daquilo iam me dando trabalho conforme necessitavam mas prontos n o fazia descontos nem essas coisas era s mesmo para chegar ao fim do dia e ter dinheiro para o consumo e essas coisas n o e outras alturas era estacionar carros a viver em casas abandonadas fez se um pouco de tudo isso roubar enganar as pessoas sei l um monte de coisas pelo qual j me arrependi e tenho pedido a Deus que me perdoe por isso
281. ras n o tinha tema n o tinha assunto porque n o tinha vis o porque n o tinha no o n o ou seja tudo o que foi colocado na minha vida tudo o que foi colocado no meu cora o isso d me valor para o meu presente Por exemplo hoje sou confrontado com por exemplo pessoas mais velhas que eu em que me v m desabafar problemas que eu nunca tive na vida mas compreendo e as 110 pessoas v m com confian a e v m com intimidade n o e isso muito importante para mim ou seja saber que as pessoas podem compartilhar os seus problemas e n o s isso saberem que est o a ser ouvidas saberem que dali pode vir uma palavra de Deus dali pode vir uma resposta de Deus isso para mim muito valioso Como marido p d me um gozo incr vel saber que sou fiel minha mulher n o n o me canso de dizer que ela bonita mas pronto n o me canso de dizer que ela bonita n o me canso de dizer que a amo n o me canso de tentar dar lhe o melhor Como filho n o me canso de andar com os meus pais ao colo no bom sentido da palavra de lhes telefonar de chegar a casa meter algum dinheiro de lev los s compras de lev los a passear percebes tudo isto que n o tinha na vida isso para mim hoje muito valioso Talvez para outras pessoas que n o tiveram estes problemas n o seja talvez sejam coisas banais e triviais mas para mim tudo isso muito valioso no meu presente no meu modo de vida Por exemplo qu
282. rceber se tudo o que eu tenho feito tem sido da forma mais correcta tem produzido o melhor efeito na vida das pessoas Portanto em termos digamos existenciais eu estou extremamente feliz com isso Se calhar em termos pr ticos ham eu n o daria um dez mas daria um oito ou coisa que o valha porque eu sei que n s n o somos detentores eu n o sou detentor de toda a sabedoria nem de todas as capacidades h certamente ainda habilidades e compet ncias a desenvolver para ajudar melhor as pessoas n o Isto tamb m um fen meno na rua e este tipo de problem tica n o uma coisa est tica ham est sempre em muta o fruto de v rias coisas Acho que esta a minha maneira de ver E OK ent o e porque n o escolheu o n mero abaixo FC O n mero abaixo do qu E Do oito FC Sim porque tamb m acredito que aquilo que eu fa o procuro faz lo com seriedade ham o melhor poss vel ham explico e examino a raz o porque fa o e como fa o as metodologias e sempre que necess rio fa o ajustes e mudo mas eu acho que seria muito n o sei se era presun oso ou seria estar pouco aberto mudan a ou a melhorar as coisas se dissesse que n o que era dez tamb m Portanto abaixo tamb m disso n o porque h uma seriedade h um empenho e h um cuidado de n o fazer por fazer ou de fazer experi ncias com as pessoas Procuro ponderar reflectir ler v rios sinais e estabelecer metas para caminha
283. rdo com o dia da semana e s 20h00m concedido um tempo livre aos utentes que pode ser aproveitado nas diversas actividades de lazer dispon veis como a leitura a socializa o os jogos desportivos ou de sala ou ent o atrav s do estudo uma vez que a actividade acad mica tamb m composta por testes peri dicos que avaliam o progresso dos utentes nas diversas reas tem ticas que nela se abordam Perto das 21h30m tem lugar uma ceia que se segue pelo recolher s 22h00m s 22h30m suposto que a comunidade se encontre novamente em sil ncio Esta rotina n o r gida apesar de se tentar que seja cumprida tanto quanto poss vel Existem dias da semana espec ficos para a pr tica de actividades desportivas nomeadamente as segundas e sextas feiras para al m de que uma vez por m s na quinta feira que procede 5 s segundas feiras fazem se pequenos grupos de aconselhamento s ter as feiras realiza se um culto no qual o pregador o director da comunidade Quartas feiras s o dias de estudo b blico no qual um colaborador apresenta um determinado tema Neste dia os utentes j integrados numa igreja local t m a possibilidade de ir a essa igreja assistir e participar nas actividades que nela se desenvolvam As quintas feiras este tempo reservado para a realiza o de reuni es comunit rias nas quais est o geralmente presentes todos os residentes A reuni o comunit ria representa um tempo no qual se apresentam novos
284. re mais um bocadinho para ensinar e mais um bocadinho para dar n o portanto n s nunca atingimos o que n o ainda que eu saiba amar muito ainda que saiba perdoar muito ainda que consiga amar mais e ainda que consiga perdoar mais n o consoante as circunst ncias consoante os momentos consoante o que me aparecer pela vida N s como homens de Deus estou em crer que nunca vamos 7 atingir n o a Biblia diz que aquele que em v s come ou a boa obra n o e eu entendo que Deus come ou uma boa obra no momento em que eu entrei no centro do Desafio Jovem e isto conectando uma coisa com a outra ham a aperfei oar at ao dia da vinda 109 de Jesus Cristo ou seja por mais oitenta anos que eu viva ou mais cento e oitenta anos ou mais duzentos e oitenta anos possivelmente nunca vou atingir aquilo que queria n o porque o cristianismo torna nos a vida muito f cil e torna nos a vida muito dif cil ao mesmo tempo F cil porque tudo o que era mau acabou por se esbater e desaparecer n o e dif cil porque h uma s rie de coisas que n s queremos fazer e s vezes n o conseguimos no sentido de inter ajuda no sentido de contribuir Portanto vai ficar a cinquenta por cento atingi o que queria a n vel de recuperar de drogas e doutros v cios e de ficar bem sucedido perante o programa do Desafio Jovem e os outros cinquenta por cento n o atingi como homem de Deus porque h muita coisa
285. rectamente de uma planta designada Papaver somniferum ou papoila do sono que aparentemente teve origem na regi o do actual M dio Oriente Ap s esta subst ncia ter sido difundida pela Europa Hip crates menciona a sua prescri o no s culo V a C Cerca de dois mil anos mais tarde em 1563 tamb m Garcia da Orta se referiu utilidade medicinal do pio numa altura em que o interesse Europeu pelas suas propriedades come ou a ressurgir Entretanto na China onde foi introduzido por volta do s culo VIII o pio foi utilizado como tratamento para a disenteria e at como substituto de alimentos em per odos de fome Fumar pio era nesse pa s um h bito bastante difuso e aceite no s culo XVII O seu baixo pre o e abund ncia levariam aos problemas sociais que originaram as tentativas chinesas de o banir iniciadas no s culo XVIII O esfor o chin s de controlar esta droga conduziria eventualmente s Guerras do pio 1839 e 1856 pois a Coroa Brit nica enviou a sua armada para a costa do pa s asi tico em reac o ordem chinesa de que os pa ses estrangeiros entregassem o seu pio Cury 2000 Ferreira Borges amp Filho 2004b No inicio do s culo XIX Friedrich Serturner extraiu quimicamente a morfina a partir do pio e as suas propriedades analg sicas levariam sua administra o em doses elevadas aos soldados envolvidos na guerra civil americana 1861 65 e na contenda franco prussiana 1870 71 facto que resultou ev
286. reira Borges amp Filho 2004b Apesar das perspectivas iniciais associadas aos benef cios decorrentes e utilidade de todas estas subst ncias o passar do tempo demonstrou o perigo que realmente representam para a sa de e bem estar individual e social De facto o in cio do s culo XX marcou o momento de transi o relativamente aceita o da utiliza o de heroina e coca na levando a que muitos toxicodependentes para obterem as drogas de que necessitavam recorressem a mercados ilegais que ainda hoje alimentam este problema Em 1914 os EUA proibiram a venda da maioria das subst ncias psicoactivas apesar de que at aos anos 40 se podia adquirir a coca na em farm cias europeias onde esta ainda era considerada uma droga legal Ferreira Borges amp Filho 2004b Anexo A2 Tipologias de subst ncias psicoactivas Para simplificar a compreens o do fen meno da toxicodepend ncia cuja complexidade se exemplifica pela quantidade de subst ncias psicoactivas actualmente existentes e pelas diversas formas nas quais estas se t m classificado descrevem se tr s formas distintas de agrupar as diferentes drogas Existem in meras formas de as classificar e agrupar Cury 2000 Schuckit 1995 que incluem a sua categoriza o de acordo com a sua proveni ncia tendo em conta os seus efeitos psicoactivos ou dependendo do car cter legal que determinada legisla o lhes atribui Por um lado de acordo com Ferreira Borges e Filh
287. resente faz faz sentido e sinto que h mudan as e pelo menos eu eu estou mudado E o testemunho o testemunho a mim d me uma for a enorme E Ent o e numa escala de um a dez em que um seria nada satisfeito e dez seria n o gt posso estar mais satisfeito qu o satisfeito que est consigo mesmo na forma como tem lutado contra as drogas AM Nove E E porque n o escolheu o n mero abaixo AM E p porque foi assim saiu me risos n o fa o ideia saiu me E Pois mas porque raz o sente que portanto porque raz o valoriza a forma como tem lutado contra as drogas AM E pa todo um processo que eu iniciei at agora eu tenho essa consci ncia um processo que eu iniciei que eu assumi o compromisso de vir para o Desafio Jovem e para o programa portanto s o doze meses um ano muito tempo eu tenho essa consci ncia 89 E O que que teria que acontecer para se sentir ainda mais satisfeito O que que teria que acontecer para subir meio ponto por exemplo AM Essa agora essa pergunta agora assim um bocado assim de repente o que que eu o que que poderia acontecer Sinceramente n o estou a ver continuar como estou possivelmente n o E OK se lhe fossem concedidos tr s desejos o que que pedia para o futuro do Desafio Jovem e de todos os que c est o ou ir o passar AM p olha eu posso desejar ao Des
288. rgia coragem e for a para conseguir esta transforma o positiva na sua vida F energia O que me d mais energia pronto Deus Deus d nos energia para isso mas o que me leva a eu caminhar estar a ver mudan a e querer mais Querer ser mais perfeito querer ver pronto como eu te estava a acabar de dizer ver o testemunho de algumas pessoas Ver que conseguiram vencer que s o pessoas dignas pessoas que t m a sua fam lia pessoas que claro o passado j passou s o pessoas novas caminho assim conseguiram e isso d me for a ver nessas pessoas a maneira como elas s o a maneira como elas lidam a maneira como vivem a maneira como me ajudaram Isso torna se um incentivo para mim para todo o caminhar percebes isso torna se um incentivo Leva me muitas vezes a pensar p aquela pessoa conseguiu o director o V conselheiros o C outros mais p s o um testemunho vivo testemunho com o qual lido todos os dias E vejo a maneira como eles lidam com todos n s mesmo errando e fazendo isto aquilo o carinho o amor que eles t m por n s a maneira como lidam connosco isso para mim torna se um incentivo percebes Torna se um incentivo porque come o a pensar p isto uma coisa que eu quero ter uma coisa que eu quero ter em mim quero ser assim Mesmo que n o consiga chegar a pastor mesmo que n o consiga p mas no caminho de Deus ser uma pessoa digna u
289. rimido que cont m Flunitrazepam uma benzodiazepina com efeitos hipn ticos e anest ticos de se destacar um trabalho portugu s recente que foca esta subst ncia e se encontra dispon vel atrav s do URL www ff up pt toxicologia monografias ano0708 g2rohypnol index htm Salvaterra Refer ncia comunidade terap utica do Desafio Jovem de Salvaterra de Magos Somnium Comprimido que cont m Lorazepam uma benzodiazepina de dura o de ac o curta m dia com efeitos essencialmente ansiol ticos cujo potencial aditivo elevado Speeds Droga psicoanal ptica SPTT Servi o de Preven o e Tratamento da Toxicodepend ncia a cargo do IDT 165 Subutex Medicamento agonista antagonista ha base de buprenorfina utilizado para realizar a desabitua o f sica de dependentes de hero na em programas de substitui o opiacea Taipas Refer ncia CAT das Taipas 166 Anexo G An lise de conte do Nota As an lises de conte do das entrevistas foram realizadas atrav s da leitura repetida das mesmas grupo a grupo e da elabora o de tabelas que resumem as informa es contidas nas respostas dadas pelos entrevistados a cada quest o colocada Nem todas as tabelas que se apresentam de seguida correspondem a uma nica quest o porque por motivos de conveni ncia para a apresenta o dos dados algumas tabelas englobam informa es referentes a mais do que uma pergunta Tamb m se salie
290. rupo no qual pronto ramos um grupo todos da mesma zona e ent o n o existia regras existia regras mas praticamente a gente que fazia as regras e and vamos com aquilo nossa maneira Aprendi algumas coisas n o vou dizer que n o mas a se calhar se n o formos a fazer as coisas pela nossa iniciativa de querermos mudar complicado Temos que cair na realidade e dizer p estou farto disto ainda quero ter uma vida nova pedi mesmo a Deus que me ajude e tem me ajudado E Hum hum Onde vai buscar for as para ganhar esta luta contra as drogas F Tem sido atrav s de Deus das pessoas que Ele usa ou seja Deus e Desafio Jovem o pessoal que aqui trabalha esta fam lia que tem sido mesmo qualquer coisa de extraordin rio para mim Tem sido mesmo mesmo posso agradecer a Deus e a eles Primeiro Deus depois eles por me darem o que eu realmente precisava amor carinho tem sido mesmo qualquer coisa que me tem tocado muito que me tem ajudado a eu abrir o meu cora o e a renov lo e restaur lo era o que eu precisava tinha um cora o um bocado j congelado j mesmo de pedra Dificilmente me tocavam ou dificilmente algu m me dizia alguma coisa e Deus e estas pessoas t m sido mesmo importantes para mim estou muito grato pelo que eles me t m feito E O que que considera que o est a ajudar mais para seguir o programa Naquelas alturas em que eu n o sei se alguma vez
291. s sempre um dilema muito grande porque se n s esticamos muito a corda n o a querer responsabilizar muito as pessoas est o t o descomprometidas com elas n o s toxicodependentes mas estamos a falar destes agora qualquer esfor o que n s lhe pedimos ou compromisso ou responsabiliza o implica sofrimento e dor e as pessoas n o est o para a viradas porque n s vivemos nesta altura num paradigma que viva o momento agora intensamente ent o n o sei se haver muito mais que se possa fazer quer dizer verdade n s poder amos ter se calhar h utentes que n o podemos alcan ar que s o duplos diagn sticos h adolescentes se calhar pod amos ter equipas que podiam intervir melhor num ou noutro contexto mas isso depois implicava mudan as muito grandes ao n vel da institui o que punha em causa at outras reas que seria um bocado complicado agora ao n vel pessoal da rela o com eles eu n o sei muito mais o que que possa fazer honestamente Em consci ncia nesta altura estou ham estou no limite a tentar fazer a perceber a ler os sinais e a condi o das pessoas e o contexto e a fazer o melhor Certamente haver mas para j ainda n o consigo perceber melhor E Caso tivesse tr s desejos que fossem concedidos o que pedia para o futuro do Desafio Jovem de todos os que c est o ou ir o passar FC O que eu pedia para o Desafio Jovem olha pedia para o Des
292. s percebes Eu gostava muito de m sica gostava de aprender m sica ham curtia entrar no louvor de uma igreja uma coisa qualquer p o futuro a Deus pertence Yah E E como que pensa atingir esses objectivos apesar de que ainda sejam pouco espec ficos mas JE E p eu como que eu vou buscar cada vez mais a Deus est s a ver eu acho que sO assim porque eu tenho uma rea de trabalho definida pronto que a rea da jardinagem agora no que diz respeito ao espiritual servir a Deus pa eu vou buscando cada vez mais a Deus para que esteja sensivel 4 sua voz ao seu querer percebes Pa e vou busca Lo cada vez mais para tamb m ser obediente e confiar Nele porque Ele como nosso melhor amigo n s temos que fortalecer a nossa amizade com Ele n o isso que eu quero fazer e o que que Ele quer de mim Percebes Portanto busc Lo cada vez mais n o para ter direc o da parte Dele Yah E Imagina se a manter contacto com a igreja at quando JE Desde sempre quero continuar quero continuar na igreja eu quando sair daqui quero frequentar a minha igreja ali s eu j tinha frequentado tamb m e quando sair daqui vou frequentar a igreja da minha localidade e quero me inserir n o na minha igreja Quero fazer trabalho no Caf Conv vio quero como eu fui servido poder servir hoje tamb m a ajud los percebes Encontrar uma resposta para a vida deles est s a ver e
293. s o muslims s o mu ulmanos Portanto h ali um conflito de ideologia E depois tenho sul africanos canadianos portugueses e tal eu vou tentar sei l da melhor maneira manter o meu seguir como eu estou agora o melhor que posso que poderei fazer n o Tamb m n o vou fazer daquilo agora um sei l um pav o uma coisa n o um emprego como outro qualquer a minha situa o profissional o que n o quer dizer que possa acontecer uma outra situa o de um momento para o outro n o enquanto aqui estou at mesmo depois de sair daqui falei disso ao meu conselheiro eu disse p eu estou sempre pronto a sugest es e a aconselhamentos e ainda por cima de pessoas s bias e de pessoas com uma experi ncia e com uma f que n o tem nada a ver com a minha porque pessoas com muitos anos j de f e bom a gente ouvir bom a gente ouvir aconselhamentos desses para nos encaminharmos E Ent o e o que que lhe d esperan a num futuro bom AM p o que que eu digo esperan a A esperan a tenho a esperan a que eu tenho mesmo esperan a ali s eu estou mesmo s lido na esperan a a esperan a deixou de ser esperan a eu estou convicto que vai ser bom Porque mesmo mesmo assim Eu agora vou este fim de semana vou a casa e estou assim um bocadinho coiso porque ir a casa e tal vou ter com o meu pastor e h um evento qualquer na minha igreja S bado noite n o s
294. s e pol ticas sociais mais do que ajudar pessoas verdadeiramente E essas pol ticas t m levado a que as pessoas na rua estejam muito acomodadas e resignadas e conformadas Olhe e depois se calhar at por uma quest o de coer ncia gostava muito que estes homens e mulheres que est o nas ruas ham n o se entregassem condi o em que est o Que sonhassem e que 197 estivessem dispostos a lutar pela vida isso era isso era uma maravilha isso era iamos ter problemas s rios n o ir amos ter hip tese de dar resposta a toda a gente porque n o ter amos se calhar m os a medir mas ainda assim eu preferia isso Entrevista 7 p 145 Anexo F O outro t cnico que respondeu a esta quest o R C indicou um desejo de car cter espiritual para a institui o e para os seus actuais ou futuros utentes desejou que encontrassem uma sa da para os seus problemas e que recome assem sonhar que aquilo que s o as convic es desta casa que uma casa que promove a presen a de Deus e a vida de Deus naqueles que passam por aqui ham eu pediria acima de tudo cada vez mais ousadia e un o de Deus para que isto pudesse ser uma realidade para todos aqueles que precisem conseguirem abrir a porta que outrora na vida nunca conseguiram ainda n o conseguiram abrir isto aqui que essa porta se abra e os sonhos aconte am e as coisas aconte am ham no fundo aquilo que pediria aquilo que eu te
295. s energia coragem e for a para conseguir esta transforma o positiva na sua vida 1 Atingiu o que pretendia atingir ao completar o programa 2 Imaginava manter contacto com a Igreja enquanto estava no programa 3 4 5 O que lhe faz dar valor ao seu presente O que lhe d esperan a num futuro bom Se Ihe fossem concedidos 3 desejos o que pedia para o futuro do DJ e de todos os que c est o ou v o passar 1 O que faz com que os utentes do Desafio Jovem que completam os seus programas n o desistam prematuramente 2 Que sinais se algum considera indicar que um utente tem maior ou menor probabilidade de ter sucesso com o programa l Numa escala de um a dez qu o satisfeito a est na forma como ajuda os utentes a lutarem contra as drogas continua o da Tabela 6 2 Porque n o escolheu o n mero abaixo O que tem que acontecer para subir meio ponto 3 Como que pessoalmente tenta fomentar que os utentes concluam o tratamento O que p e de melhor de si na recupera o destas pessoas Onde vai buscar for as para ajudar na luta contra as drogas 4 Que papel desempenha a espiritualidade na conclus o pelos utentes do vosso programa 5 Quais os factores que lhe parecem ser centrais para que uma pessoa conclua com sucesso o tratamento aqui no DJ 6 O que ainda quer melhorar no futuro na forma como apoia os utentes para que cada vez haja mais a terem sucesso 57 58
296. s ex utentes relacionava se com o que estes indiv duos consideram que lhes faz dar valor ao seu presente que ao trazer a sua aten o para as coisas que mais valorizam na vida permite tamb m ter uma no o mais concreta do significado que estes indiv duos atribuem s suas vidas As respostas a esta quest o encontram se resumidas na Tabela 34 Os tr s participantes responderam que a espiritualidade lhes faz dar valor ao seu presente Exemplo saber que no fundo n o tendo muito na minha vida ham pela gra a de Deus agora posso contribuir para vida de algu m ou seja isso para mim muito valioso Entrevista 4 p 110 Anexo F Neste exemplo J A tamb m demonstra que poder ajudar outras pessoas algo que lhe faz dar valor ao seu presente Outro factor indicado por este graduado foi o facto de agora ter valores diferentes dos que tinha anteriormente tudo o que foi colocado na minha vida tudo o que foi colocado no meu cora o isso d me valor para o meu presente Entrevistado 4 p 110 Anexo F Dois dos tr s entrevistados indicaram tamb m o desenvolvimento de relacionamentos familiares e sociais significativos 194 na velha vida se tu tivesses eram todos teus amigos se nao tivesses as pessoas escorra avam te Tu n o davas valor amizade e hoje n o Hoje tu d s muito valor a amizade E eu dou Entrevista 5 p 123 Anexo F Como marido p d me um gozo incr vel saber que
297. s pessoas que l estavam dos conselheiros de mesa das pessoas que l estavam lembro me mas ham eu acho que eu devo ter sido das entradas mais r pidas do Caf Conv vio estive l cinco dias Devo ter sido mesmo porque a minha atitude era mesmo de pedir ajuda eu estava mesmo convicto daquilo que queria mesmo era mesmo aquilo que eu queria E E frequentou outros programas antes do Desafio Jovem RL N o E Se n o indiscri o que drogas consumia antes de entrar RL suspira Eu era hero na cocaina n o era muito dado coca na Era mesmo mais hero na consumi de tudo mas era mesmo mais hero na Eu era mesmo viciado era na hero na Estive tr s anos nas drogas leves cerca de dois com drogas das ditas duras mistura e estive dezanove anos a consumir drogas duras Vinte e dois anos ao todo mas n o foram seguidos havia daquelas paragens muito curtas que a gente at se ilude mas depois voltamos l na mesma 115 E Quais as maiores complica es que pensa terem sido fruto dos seus consumos RL O meu casamento foi por gua abaixo ficou desfeito de facto uma coisa boa porque surgiu dele tive um fruto muito bom que a minha filha mas durou muito pouco tempo porque as drogas n o n o larguei as drogas e a minha ex mulher nunca esteve numa atitude de me ajudar e ent o o casamento durou muito pouco durou sete anos o fruto foi a minha filha que eu ainda hoj
298. se consumia Raz es para reten o se consumia Expectativas que tinha para o futuro Factores relacionados com a conclus o dos utentes Formas de fomentar a conclus o 1 Sexo Habilita es Onde vivia antes de colaborar no DJ Como tomou contacto com o Desafio Jovem Porque entrou para o programa do Desafio Jovem Como come ou a frequentar os Caf s Convivio Quanto tempo frequentou os Caf s Convivio Que drogas consumia antes de entrar H quanto tempo consumia Quais as maiores complica es na sua vida que pensa ABWNR NRK BORN Idade terem sido fruto dos seus consumos 6 O que considera ter aprendido na sua experi ncia de consumo de drogas 7 Frequentou outros programas de tratamento Quantos e quais Porque n o resultaram porque recaiu 1 Onde foi buscar for as para ganhar a luta contra as drogas 2 O que o ajudou mais para conseguir concluir o programa 3 4 O que teve que acontecer para que o concluisse A f e a espiritualidade que viveu neste programa ajudaram no a de alguma forma 5 6 Ik Alguma vez recaiu desde que deixou o Desafio Jovem Como conseguiu recuperar a vontade de n o consumir Onde foi buscar for as para conseguir completar o programa 8 9 Porque conseguiu permanecer at ao fim no programa Quais as qualidades pessoais que colocou no seu tratamento para ganhar s drogas 10 O que lhe deu mai
299. se sentido a espiritualidade que viveu aqui tem no ajudado de alguma forma F Sim sim sim Claro que sim claro que sim E Quer desenvolver F E um bocado como eu te estava a dizer Se a gente estamos com ideias de mudar e acreditarmos na B blia na Palavra de Deus e acreditarmos no que Deus capaz de fazer por n s se abrirmos a porta para que ele possa trabalhar na nossa vida abrirmos o nosso cora o a sim e arrependermos do que fizemos e do que fazemos l est em ora o ao ler a Palavra meditarmos para cairmos em n s que algo superior Vermos o outro superior a 65 n s amarmo nos uns aos outros ajudar as pessoas porque sem ter a tal paz tal gozo qualquer coisa extraordin ria para quem experimenta isso e acho que vale a pena e a at esquecemos a culpa J n o pomos em causa se vamos consumir ou se n o vamos agora ponho em causa o meu caminhar o meu caminhar E tentar melhorar nos meus erros se acho que isto n o est bem feito vou tentar melhorar nesta rea tentar ser mais perfeito como eu estava a dizer ningu m perfeito mas tentarmos sermos homens dignos honestos p acho que se o mundo fosse um pouco assim n o se passavam metade das coisas que se passam Quem est um pouco atento ao mundo a pobreza que h a fome as guerras tudo porqu Porque n s homens somos realmente muito ego stas e pensamos muito em n s em valores materiais Esquecem
300. se torna necess rio apoiar esses outros significativos de forma a que consigam lidar com a nova pessoa que se est a transformar atrav s do tratamento e que consigam ajud la a estruturar se e a crescer Simpson 2004 De facto as estrat gias de coping que a espiritualidade religiosidade podem fornecer aos indiv duos poder o representar uma das formas atrav s das quais esses componentes do programa do Desafio Jovem influenciam a reten o dos seus utentes visto que o processo de convers o pode fornecer aos utentes importantes formas de lidar com o stress e com situa es dif ceis de enfrentar No entanto tamb m poss vel que essas estrat gias de coping tomem uma forma negativa ou prejudicial pelo que este t pico deve ser estudado neste contexto para uma melhor compreens o das altera es que o programa do Desafio Jovem implica para quais dos seus utentes Para al m disto e em adi o ao melhoramento social que decorre naturalmente da espiritualidade religiosidade crist o programa focaliza especificamente essa rea ao longo da maioria das suas fases ajudando os seus utentes a restabelecer contacto com o mundo social com familiares e amigos antigos etc ver cap tulo II 2 Anexo C4 Anexo D2 Aspectos relevantes para a discuss o da espiritualidade religiosidade A espiritualidade e a religiosidade constituem dimens es inquestion veis da vida humana o que as torna em objectos leg timos para o estudo cient fico
301. sente mas principalmente eu acho que a amizade conquista se e n o se conquista de um p para a m o nem de um momento para o outro mas temos que trabalhar muito para conquistar os amigos e eu tenho feito isso e eu dou muito valor a isso E tamb m dou muito valor porque Deus deu me discernimento para conquistar a minha filha que era uma coisa que eu o tal um dos grandes objectivos que eu tinha Deus tem posto homens e mulheres que me t m ensinado a conquistar a minha filha e eu dou muito valor a isso Acho que n o tenho assim muito mais para te dizer mas olha que os amigos um dos grandes um dos meus grandes objectivos e eu quando sou amigo sou amigo a s rio Eu n o sou s amigo pela metade eu sou mesmo sou mesmo um amigo a s rio Eu s vezes quando estou a falar disto emociono me um bocado porque era uma coisa que eu n o pensava na velha vida o que isso amigos na velha vida se tu tivesses eram todos teus amigos se n o tivesses as pessoas escorra avam te Tu n o davas valor amizade e hoje n o Hoje tu d s muito valor amizade E eu dou 123 E E o que que lhe d esperan a num futuro bom RL Ham constituir uma fam lia Eu tenho em mente constituir uma fam lia ter a minha mulher e um filho constituir fam lia Pelo menos eu n o me considero um homem velho nem usado Como eu te disse ainda h bocadinho eu s comecei a viver depois dos quarenta e ham eu ac
302. ser o digamos assim porque aconselhado pelo meu conselheiro que o director aqui do centro neste caso agora que o V e era outro conselheiro ele agora n o est c que o S foi para o Lourel foi transferido que me aconselharam a eu tentar a minha empresa se era isso que estava no meu cora o Por mais engra ado que pare a h coisa agora de relativamente pouco tempo eu fui l pronto fui a casa passei o fim de semana em casa tamb m j estou na fase em que tenho fins de semana ham n o vou mais como o que quereria porque financeiramente n o estou bem Tenho casa ainda tenho um apartamento foi o que me restou tenho um apartamento na margem Sul todo mobilado n o estou a usufruir dele ham ent o fui l e por mais incr vel eu at dizia aqui e partilhava aqui com o conselheiro e com os colegas e com os alunos que se aquilo acontecesse era um milagre E fui l e a companhia aceitou me outra vez portanto eu estou numa situa o de stand by digamos assim Estou em fase de 84 espera para poder embarcar outra vez Portanto mais ou menos assim que a cena se proporcionou n o e estamos c E Quais que foram as maiores complica es na sua vida que pensa terem sido fruto dos seus consumos AM Eu penso que n o foram complica es p eu n o acho que foi mais a atrac o pelo que ilegal do que propriamente E A quest o n o era bem no sentido de porque
303. ser e de estar no mundo e na rela o com as pessoas E Falou me portanto da f deles da parte espiritual fale me um pouco mais disso de uma forma um pouco mais concreta o que acha que os ensinamentos que lhe s o transmitidos a esse n vel I N s somos crist os evang licos e a base digamos a base das nossas atitudes dos nossos comportamentos da forma como n s encaramos as pessoas o mundo em si a forma como organizamos a nossa pr pria vida fundamentam se nos fundamentos ham crist os da B blia e estes jovens estes s o jovens que v m da rua a maior parte das vezes ou que v m de fam lias desestruturadas ham muitas vezes os seus valores est o t o deturpados que acabam por encontrar aqui novos valores novos princ pios de vida uma nova postura de ser e de estar n o fundamentada na Biblia que os ajuda a reconstruirem se a si pr prios n o a reconstru rem o seu car cter as suas atitudes a reposicionarem se no mundo em que est o e face s situa es face s pessoas de uma outra forma ham o que os ajuda claro a corrigirem digamos atitudes e valores menos saud veis que tinham no passado e em que agora podem encontrar uma nova forma de estar no mundo mais saud vel mais ajustada Hum sempre com l est com aquela ideia de que n o est o sozinhos h algu m que os vai ajudar diariamente uma f relacional di ria e um estilo de vida E A n vel dos utentes
304. ser uma b n o para outras pessoas Agradecer especialmente ao Desafio Jovem pela oportunidade que me deu de estar aqui e atrav s do Desafio Jovem vir a conhecer Deus Foi nesta fam lia que me tem acolhido que a minha fam lia pelo amor que me deram por tudo o que me t m feito a minha verdadeira fam lia E o meu verdadeiro Pai que Deus Acho que n o h palavras para explicar tudo o que Deus tem feito por mim Todas as oportunidades que me tem dado Acho que cabe me a mim agora ser testemunho disso poder incentivar outros a vir a ter e a conseguir alcan ar objectivos novos Terem uma vida digna de viver Penso que tudo o que tenho a dizer Entrevista 2 Actual utente sete meses de programa JE O meu nome J E ham eu antes de entrar para o Desafio Jovem eu j conhecia Jesus at antes de entrar para o Desafio Jovem eu fui criado na Escola Dominical ham depois na 70 minha adolesc ncia eu tinha ideia que Deus era para os velhos e para os fracos e n o assim mas a minha ideia na altura era assim e como eu pensava assim afastei me um pouco de Deus fui me afastando ao ponto de pronto cair no mundo das drogas e tudo mais tive tr s anos de consumo de hero na ham depois consegui me curar nessa altura j estava j devia ter para a sei l vinte e poucos anos ham consegui me curar da hero na gra as a Deus nunca mais peguei na hero na mas como me afastei de Deus ham n o t
305. ses e meio Na altura era assim agora a entrada esta mais facilitada E Isso foi h quanto tempo atr s se n o indiscri o RC Foi h oito anos E E o que que o ajudou mais para completar o programa RC Oh p foi eu come ar a sonhar acima de tudo Foi as pessoas come arem a acreditar e eu perceber que Deus ainda com tinha eu mais ou menos uns seis meses de programa cinco seis meses ham a partir dos tr s meses e meio quatro meses eu j come ava eu entreguei mesmo a minha vida a Deus Tive mesmo um encontro com Deus ao ponto de eu 154 come ar ham quando o director ia eu ia sempre as igrejas come ava a dar testemunho etc e a por volta dos cinco meses seis meses come ou a crescer um desejo um sonho de servir a Deus de ser uma b n o de ter projectos de ter fam lia de vir a ter ham construir fam lia ter um filho pronto eu idealizava isso tudo e isso era mais forte do que tudo aquilo que estava a acontecer e levou me a superar todas as outras coisas Eu creio que foi por a o facto de ter caminho para olhar E O que que faz na sua opini o com que os utentes do Desafio Jovem n o desistam prematuramente RC Oh p eu sou uma pessoa espiritual n o e eu creio que a presen a de Deus a presen a de algu m que serve a Deus muito importante numa altura espec fica mas ela deve promover acima de tudo um mover de Deus ham e a
306. seu capital de recupera o e g apoios familiares ou seja atrav s da auto ajuda e este fen meno que aparenta ser a via mais comum para a recupera o tem sido descrito de v rias formas e g remiss o espont nea recupera o natural A auto ajuda representa um caminho para a recupera o que n o depende do envolvimento em algum tipo de assist ncia espec fica White amp Kurtz 2006 A recupera o natural especialmente vi vel para pessoas com menor vulnerabilidade pessoal menores taxas de comorbilidade que sofrem de problemas de gravidade menor e que usufruem de capitais de recupera o maiores incluindo n veis mais elevados de apoio familiar e social e existem dois padr es de recupera o natural um que corresponde a um processo de matura o associado ao assumir de responsabilidades e pap is de adulto no in cio desta idade e outro que corresponde normalmente a idades mais elevadas e se relaciona com a acumula o de consequ ncias negativas devido aos consumos A preval ncia da recupera o atrav s da auto ajuda decresce na proporcionalidade inversa da dura o e gravidade dos problemas de consumo Laudet 2007 Simpson 2004 White amp Kurtz 2006 Enquadrando se num dos tipos de assist ncia espec fica os tratamentos oferecidos por organiza es de ajuda m tua encontram se bem disseminados Este tipo de associa o que actualmente desempenha um papel importante no tratamento para o abuso de subst
307. smo que me marcasse negativamente ou doen as ou alguma coisa Agora foi s a hero na e gra as a Deus Deus curou me disso Yah E O que considera ter aprendido na sua experi ncia com o consumo de drogas JE Muitas li es de vida Muitas li es de vida porque n s quando levamos a ver se eu me consigo explicar n s quando acima de tudo eu acho que as pessoas quando come am a consumir algo ou umas para se afirmarem perante as outras ou para preencher alguma coisa na nossa vida algum vazio alguma coisa e eu tive um pouco dessas duas e o consumo como que eu hei de explicar isto a ver se eu me consigo explicar o que que leva as pessoas a consumirem n o E N o a pergunta mais no sentido de o que considera que aprendeu portanto o que que de positivo pode tirar da sua experi ncia 74 JE Ora positivo que eu possa tirar que n s n o somos nada e que isto deu para ver uma coisa que n o d para viver sem Deus N s fazendo as coisas nossa maneira muitas das vezes embora possamos ser pessoas com capacidades ham p sem Deus n o vale a pena Positivo positivo n o tenho tirado assim muita coisa a n o ser as li es de vida um gajo aprende com os erros n o Mas enquanto vida de consumos p uma vida de desgra a uma vida de nsia uma vida de uma pris o ao fim e ao cabo percebes Portanto eu n o vejo at assim assim
308. sobre as consequ ncias da intoxica o lutas f sicas B Os sintomas nunca preencheram os crit rios de Depend ncia de Subst ncias para esta classe de subst ncias Tabela elaborada com base no Mini DSM IV APA 1994 1996 10 Tabela 2 Crit rios de Diagn stico para Depend ncia de Subst ncias DSM IV Padr o desadaptativo da utiliza o de subst ncias levando a d fice ou sofrimento clinicamente significativo manifestado por tr s ou mais dos seguintes sintomas ocorrendo em qualquer ocasi o no mesmo per odo de 12 meses 1 2 3 4 5 6 7 Tolerancia definida por qualquer dos seguintes a Necessidade de quantidades crescentes de subst ncia para atingir a intoxica o ou o efeito desejado b Diminui o acentuada do efeito com a utiliza o continuada da mesma quantidade de subst ncia Abstin ncia manifestada por qualquer dos seguintes a S ndrome de abstin ncia caracter stica da subst ncia refer ncia aos crit rios A e B para abstin ncia de subst ncias espec ficas constantes no Mini DSM IV b A mesma subst ncia ou outra relacionada consumida para aliviar ou evitar os sintomas de abstin ncia A subst ncia frequentemente consumida em quantidades superiores ou por um per odo mais longo do que se pretendia Existe desejo persistente ou esfor os sem xito para diminuir ou controlar a utiliza o da subst ncia dispendida gra
309. som se espalhava assim pela casa de banho percebes e isto est claro que em palavras n o se consegue descrever bem uma sensa o e eu vou repetir sempre dif cil conseguir descrever uma sensa o mas cheguei conclus o que as drogas alteram o estado ps quico visual auditivo de mem ria percebes aquilo ham faltam palavras para descrever as coisas n o mas s o experi ncias que elas nos d o a n vel de experi ncias em que n o as arranjas noutra coisa qualquer n o por muito que tu te embrenhes num estudo sei l numa ci ncia numa engenharia numa inform tica porque tudo em que tu te embrenhes n o vais ter aquela experi ncia porque ela entra te dentro do c rebro e o que est c dentro a gente n o sabe altera a percep o de uma maneira incr vel n o uma coisa impressionante talvez o mais positivo tenha sido isso por isso que n o h d vida que alguns cientistas para perceber e tentar evoluir um bocado a ci ncia e e saber quais s o os efeitos daquilo nesse sentido porque de resto sempre degradativo De resto ham as coisas tornaram se t o negras t o podres t o sem jeito t o miser veis que de positivo n o se tira nada dali E E antes de ser o tratamento com o Desafio Jovem frequentou outros programas de tratamento JA N o Nunca tinha tinha ido uma vez s Taipas mais a velhota j em estado mesmo ham tentar acabar com o problema
310. ssim n o ham hero na a droga que enquanto a coca na arrasa muito percebes a hero na uma droga que cativa doce melosa percebes Basicamente a hero na foi a mais a mais agressiva a mais destrutiva E Hum hum portanto a raz o de entrar para o centro JA Sim sim prontos o entrar n o tem a ver s com droga tem a ver j com um estilo de vida que est completamente perdido percebes e n s temos que optar por ou continuamos aqui e demoramos mais cinco ou dez anos e acabou se ou ent o optamos por mudar de vida e esquecer aquele namoro todo e partir para uma nova aventura n o tem s a ver com drogas porque por exemplo h drogas que nem sequer d para viciar por exemplo um alucinog nico uma droga que n o d para viciar porque quando est s viciado est s internado no J lio de Matos com um trauma irrevers vel percebes que uma droga que causa disfun es nas c lulas cerebrais que n o d para viciar pronto quando chegas ao ponto de estar viciado acabou pronto e ficas ficas a pedir num sinal tipo no J lio de Matos ou assim uma coisa qualquer tipo aqueles vegetais mas a hero na foi talvez a droga mais dif cil de combater E Quais que foram as maiores complica es que pensa terem ocorrido na sua vida por causa do consumo de drogas 99 JA Eu acho que n o querendo espiritualizar isto eu acho que sempre Deus teve
311. sso que me fez vir trabalhar para c e ajudar gente Entrevista 7 p 196 Anexo F Tabela 38 Desejos para a institui o t cnicos Categoria Frequ ncia Desejos para o Desafio Espirituais n 1 Jovem i Mais cooperadores n 1 Que o Governo se sensibilize pelo seu trabalho n 1 Desejos para os actuais Que encontrem uma sa da e recomecem a sonhar n 1 ou futuros utentes S bee ste o Que n o se conformem com a sua situa o n 1 A Tabela 38 resume a an lise das respostas dos t cnicos quest o Se lhe fossem concedidos tr s desejos que pedia para o futuro do Desafio Jovem e de todos os que c est o ou ir o passar importante referir que a quest o n o foi colocada a um dos t cnicos por lapso da entrevistadora Um dos t cnicos F C indicou o desejo de que mais pessoas se disponibilizem para trabalhar no Desafio Jovem que o Governo se sensibilize pelo trabalho do Desafio Jovem e tamb m que os futuros utentes do programa n o se conformem com a sua situa o actual eu gostaria muito de ter gente que tem um desejo grande forte de ajudar pessoas e que estaria disposto a gastar se Desejava tamb m se calhar as pol ticas algum olhar que o governo tem para esta problem tica que quer ajudar pessoas e quer organiz las mas mais no mbito social que n o apare a que h muitos problemas mais do que ajudar pessoas em si portanto estamos mais preocupados com estruturas e com din micas sociai
312. stamos porque fazemos o que queremos fazer o que devemos fazer o que devemos aprender em que j n o tem muito a ver com drogas tem a ver com uma mudan a e um novo nascimento se que a gente pode falar assim e ir buscar alguma coisa B blia em que tudo mudou Entrevista 4 p 102 Anexo F O apoio social recebido no centro foi indicado por um graduado como importante nesse processo a grande ajuda foi sempre encostar me aqueles que estavam firmes e procurar a sabedoria deles a experi ncia deles e que eles me tentassem ajudar no sentido de eu conseguir ver na B blia que foi aquilo que me deram o manual o que realmente era bom para mim e o que me dava for a Foi assim dessa forma que eu consegui ir at ao fim Entrevista 6 p 129 Anexo F Um dos entrevistados indicou ainda que ter o prop sito de concluir e querer reconquistar o que perdeu devido aos consumos mais uma forma de motiva o foi fundamental para permanecer no programa at ao fim tinha um objectivo que era a conquista da minha filha n o e eu fui tra ando porque eu acho que eu para ter a minha filha bem eu para fazer a minha filha feliz e estar com ela 187 tenho que ficar bem primeiro n o se n o n o valia a pena e depois o objectivo de acabar o programa De acabar alguma coisa na vida que eu at ali risos nunca tinha acabado nada Aprendi que tinha que de facto ter objectivos na vida e que tinha
313. ste exemplo tamb m demonstra a indica o deste graduado acerca da coer o familiar n o ter alternativa foi importante para a sua reten o at um determinado ponto do seu tratamento Os dois outros participantes relataram novamente que tiveram de ter determina o para permanecer no programa Exemplo sou uma pessoa que quando ponho uma coisa gosto de terminar n o p em v rias reas da minha vida n o gosto de deixar as coisas a meio e decidi que quando entrasse iria permanecer at ao fim Entrevista 4 p 103 Anexo F Um destes ex utentes indicou ainda o papel desempenhado pelo aconselhamento 188 penso que foi isso talvez nalgumas conversas assim com o conselheiro que ele tenha mostrado por A mais B que era mais positivo ficar do que abandonar Entrevista 4 p 103 Anexo F enquanto o outro mencionou tamb m o facto de n o querer regressar aos consumos eu j naquela altura sabia o que eu n o queria e o que eu n o queria mesmo era voltar s drogas Entrevista 5 p 117 Anexo F Tabela 27 Objectivos durante o programa utentes graduados Categoria Frequ ncia Atingidos Completar o programa n 2 Deixar as drogas n 1 N o atingidos Espirituais n 3 A Tabela 27 resume as respostas dos ex utentes quest o Atingiu o que pretendia atingir ao completar o programa Dois participantes indicaram que conseguiram completar o programa e um destes tamb m referiu te
314. sua conclus o do programa do Desafio Jovem refor ando as quest es anteriores que tamb m abordavam esta quest o explicitamente de notar que todos os ex utentes referiram factores relacionados com a espiritualidade com ter ocorrido uma mudan a interior com a determina o em mudar e com a identifica o com os objectivos do programa Tabela 32 Satisfa o na forma como lutou contra as drogas utentes graduados Categoria Frequ ncia Classifica o 10 n 3 Porque valoriza a forma A mudan a j alcan ada n 2 como tem lutado Inexist ncia do desejo de consumir em situa es n 1 nas quais a subst ncia est dispon vel Porque luta n 1 O que ainda pode melhorar N o sabe n o pode melhorar n A Tabela 32 demonstra que os tr s graduados entrevistados se encontram extremamente satisfeitos com a forma como lutaram contra as drogas De facto nenhum deles recaiu desde que saiu do programa do Desafio Jovem No que diz respeito s raz es pelas quais valorizam a forma como lutaram dois em tr s dos inquiridos referiram a mudan a que j alcan aram Outros factores mencionados foram a inexist ncia do desejo de consumir mesmo em situa es nas quais a subst ncia est dispon vel e o facto de lutar ainda Nenhum graduado conseguiu indicar algo que ainda tivesse que melhorar nessa luta 192 Tabela 33 Desejos para a institui o utentes graduados Categoria Frequ ncia Desejos para o Desafio Crescimento
315. suas respostas a esta quest o encontram se resumidas na Tabela 40 Os t cnicos referiram diversos factores e somente um destes foi mencionado por mais do que um dos entrevistados 199 Tabela 40 Sinais de sucesso potencial t cnicos Categoria Frequ ncia Crescimento pessoal n 1 Espiritualidade n 1 Honestidade sinceridade n 2 Iniciativa empenho n 1 Melhorias a n vel relacional n 1 Motiva o n 1 Responsabilidade n 1 De acordo com dois dos t cnicos entrevistados os utentes come arem a demonstrar maior honestidade sinceridade um dos sinais que indica probabilidades de sucesso mais elevadas As outras categorias mencionadas incluem o crescimento pessoal a responsabilidade e melhorias a n vel relacional entre outros Tabela 41 Satisfa o com a ajuda que presta t cnicos Categoria Frequ ncia Classifica o 8 n 2 5 n 1 Porque valoriza o apoio Empenho seriedade n 1 que tem prestado Procurar melhorar se n 2 Satisfa o espiritual n 1 O que ainda pode Condi es da organiza o n 1 melhorar Ani Desenvolver compet ncias n 1 N o haver desist ncias n 1 A Tabela 41 demonstra que dois dos t cnicos entrevistados se encontram bastante satisfeitos com a forma como t m ajudado os utentes a lutar contra as drogas enquanto o outro t cnico demonstrou sentir que ainda pode melhorar bastante No que diz respeito s raz es pelas quais valorizam o apoio que t m prestado os t cnicos mencionaram o e
316. t ria da hero na e das subst ncias a partir das quais esta se deriva o pio e a morfina cumpre prop sitos ilustrativos para ideias que s o comuns utiliza o de drogas no seu sentido mais geral Apresenta se a hero na dada a sua relev ncia actual a n vel da toxicodepend ncia no nosso pa s Instituto da Droga e da Toxicodepend ncia IDT 2007a A extens o da utiliza o da cannabis e dos seus derivados poderia constituir um motivo para se argumentar a favor da sua inclus o nesta apresenta o no entanto a preval ncia do consumo da cannabis como droga prim ria pelos indiv duos que buscam tratamento no nosso pa s relativamente baixa pelo que no sentido deste trabalho esta droga toma um car cter de menor import ncia Feij o 2004 IDT 2007a De forma semelhante tamb m para a coca na cujo consumo actual extremamente preocupante em pa ses como os EUA Cornish amp O Brien 1996 e cujas tend ncias de consumo na Europa e em Portugal se encontram numa fase crescente Feij o 2004 se poderia justificar uma exposi o hist rica deste g nero Assim e tendo em conta que relativamente aos consumos problem ticos recentes em Portugal a coca na surge muitas vezes associada hero na IDT 2007a ser o tamb m introduzidos alguns coment rios relativos hist ria da coca na A hero na sintetiza se a partir da morfina que por sua vez se deriva do pio A extrac o do pio realiza se por segrega o di
317. ta o 2007a Relat rio Anual 2006 A situa o do pa s em mat ria de drogas e toxicodepend ncias Lisboa Instituito da Droga e da Toxicodepend ncia I P Instituto da Droga e da Toxicodepend ncia I P Departamento de Monitoriza o Forma o e Rela es Internacionais N cleo de Estat stica N cleo de Publica es e Documenta o 2007b Relat rio Anual 2006 A situa o do pais em mat ria de drogas e toxicodepend ncias Anexo Parte A Caracteriza o e evolu o da situa o Parte B Respostas e interven es Lisboa Instituto da Droga e da Toxicodepend ncia I P 210 Joe G W Broome K M Rowan Szal G A amp Simpson D D 2002 Measuring patient attributes and engagement in treatment Journal of Substance Abuse Treatment 22 183 196 Joe G W Simpson D D amp Broome K M 1998 Effects of readiness for drug abuse treatment on client retention and assessment of process Addiction 93 8 1177 1190 Joseph S Linley P A amp Maltby J 2006 Positive psychology religion and spirituality Mental Health Religion amp Culture 9 3 209 212 Laudet A B 2003 Attitudes and beliefs about 12 step groups among addiction treatment clients and clinicians Toward identifying obstacles to participation Substance Use amp Misuse 38 14 2017 2047 Laudet A B 2007 What does recovery mean to you Lessons from the recovery experience for research and
318. tamento aqui no Desafio Jovem somente no final da entrevista teve o objectivo de permitir aos t cnicos entrevistados resumir os factores que tinham mencionado ao longo de toda a entrevista possivelmente indicando quaisquer factores que n o tivessem ainda referido A Tabela 45 resume as respostas dadas pelos t cnicos que inclu ram a motiva o para a vida a espiritualidade o desejo de uma vida abstinente e o apoio familiar Exemplos estarem com uma perspectiva positiva face a si pr prios face sua sa de e face vida H bitos mais saud veis comportamentos mais saud veis atitudes mais ajustadas realidade Um encontro com Deus fundamental Tabela 46 A melhorar no futuro t cnicos Entrevista 8 p 150 Anexo F Entrevista 9 p 158 Anexo F Categoria Existir um psic logo por comunidade Fortalecer se espiritualmente Neste momento n o sabe Frequ ncia n 1 n 1 n 1 206 Por ultimo as respostas dos t cnicos quest o O que ainda quer melhorar no futuro na forma como apoia os utentes para que cada vez haja mais a terem sucesso encontram se resumidas na Tabela 46 Um dos t cnicos indicou a exist ncia de um psic logo por comunidade enquanto outro referiu fortalecer se espiritualmente eu preciso de me chegar mais perto de Deus mais perto da sua voz mais disponivel para saber o que dizer como fazer mas isso tem tudo a ver com uma presen a n o
319. te a ser o bacalhau espiritual como a gente tinha este termo l no centro mas acho que ele a base de tudo claro que tenho sonhos e um dos sonhos que eu tenho servir a Deus a tempo inteiro dentro do Desafio Jovem ou num futuro projecto que a igreja possa ter Ham isso um grande sonho que eu tenho Depois da v m muitas coisas E o grande sonho que eu revelo e tudo 134 Entrevista 7 Director dos Caf s Convivio F C Pronto eu trabalho no Desafio Jovem ha vinte anos mais coisa menos coisa faz agora este ano em Setembro creio eu Eu era quadro superior de uma empresa ali na Malveira a minha esposa trabalhava no tribunal de instru o criminal em Lisboa e quando viemos na altura essas eram as nossas fun es Tenho quarenta e seis anos sou casado tenho tr s filhos Dentro da institui o j fiz v rias coisas j fiz parte da equipa de evangelismo ou seja volunt rios que andavam com a tenda depois estive um ano a depois estive cerca de quatro anos tr s anos e pouco como monitor e respons vel de toda a rea de trabalho aqui nesta comunidade em Fanh es que a sede na altura recebia se aqui toda a gente Depois fui para Salvaterra de Magos de 92 a 98 para assumir a direc o do centro de recupera o feminino depois em 98 fui para o Norte para come ar a comunidade terap utica l Cucuj es Em 2000 vim para baixo de novo para assumir toda a rea dos servi os e da angar
320. te e foca os assuntos relacionais problem ticos que este aborda cujas dificuldades se devem aos seus consumos Shearer 2007 Um dado a favor deste ltimo conjunto de t cnicas como a TCC consiste nos melhores resultados que obt m neste tipo de tratamento os pacientes que sofrem de outras perturba es com rbidas com as suas perturba es de consumo Woody 2003 26 Anexo C Acerca do Desafio Jovem Anexo C1 Apresenta o do Desafio Jovem O Desafio Jovem uma institui o sem fins lucrativos que nasceu nos EUA inicialmente atrav s do trabalho desenvolvido desde 1958 pelo Pastor David Wilkerson nos guetos de Nova Iorque cujo objectivo era orientar a recupera o e reinser o social de jovens toxicodependentes e que resultou na cria o do Teen Challenge Os servi os e a filosofia dessa organiza o crist alargaram se a outras cidades e tamb m a outros pa ses com o apoio de diversas associa es independentes pelo que actualmente o Teen Challenge representa uma organiza o reconhecida pelos governos de diversos pa ses devido ao seu xito no tratamento da toxicodepend ncia Desafio Jovem s d A Origem do Desafio Jovem Em Portugal o Desafio Jovem foi legalmente constitu do em 1981 e surgiu no nosso pa s em 1978 atrav s da compra de uma quinta em Fanh es que viria a ser a sua primeira comunidade terap utica Desafio Jovem s d O Desafio Jovem em Portugal De forma a alcan ar os seus obje
321. titui o ou se atingir o final do per odo de internamento Ao longo de todo o programa de reabilita o o residente reconquista progressivamente os seus privil gios culminando com o t rmino do programa Nesta altura o Desafio Jovem considera que o utente conquistou a sua confian a e o seu respeito esperando assim que com um m nimo de vigil ncia este saiba assumir as suas responsabilidades com maturidade e gerir o seu tempo Est gio Com a dura o m nima de um ano o est gio tem como principal objectivo o apoio reinser o socioprofissional do ex toxicodependente indiv duo agora reabilitado Inicia se em simult neo com a altura em que dado por terminado com sucesso o programa de internamento e caracterizado pela celebra o de um compromisso personalizado para com a institui o atrav s do qual o residente define as suas principais responsabilidades na prossecu o dos objectivos anteriormente especificados no seu projecto pessoal de vida Nos casos em que se justifique poder passar a residir num apartamento terap utico O estagi rio dever frequentar as reuni es de reencontro cuja periodicidade mensal e at ao sexto m s de est gio dever ainda estar presente em todas as reuni es realizadas na comunidade para as quais for solicitado Esta fase distingue se de todas as outras pelo facto de o estagi rio viver de forma aut noma sem contudo quebrar a sua interdepend ncia em rela o a
322. to que estes homens e mulheres que est o nas ruas ham n o se entregassem condi o em que est o Que sonhassem e que estivessem dispostos a lutar pela vida isso era isso era uma maravilha isso era amos ter problemas s rios n o ir amos ter hip tese de dar resposta a toda a gente porque n o ter amos se calhar m os a medir mas ainda assim eu preferia isso do que nesta altura n s fazemos um esfor o muito grande para alcan ar pessoas A iniciativa de vir pedir ajuda capaz de ser nesta altura eu n o quero exagerar 30 talvez e e dos que v m Todo o resto das pessoas que v m 70 um investimento muito forte do Desafio Jovem e das equipas dos Caf s Conv vio que est o ligadas a igrejas locais por todo o pa s um esfor o muito grande de ir ao encontro das pessoas e motivar e trabalhar e motivar e trabalhar e eu estou a dizer 30 e estou a ser mesmo muito simp tico porque talvez nem metade disso capaz de ser a realidade 15 20 que as pessoas t m iniciativa de ir pedir ajuda o resto e isso revela o estado em que as coisas est o Eram esses tr s desejos mais ou menos porque o dinheiro mais claro que o dinheiro faz falta claro que o apoio governamental faz falta mas isso a gente vai tendo Deus tem sido fiel n s vamos tamb m sendo criativos mas isso acho que uma coisa que viria naturalmente Entrevista 8 Psic loga Cl nica do Desafio Jovem I Eu sou licen
323. tos intimamente ligados a algumas das mais difundidas religi es do mundo Apesar de ser imposs vel discutir de forma cient fica a exist ncia real do sagrado uma vez que n o existem instrumentos para medir Deus podemos no entanto aprender de que formas as pessoas se relacionam com o mesmo e que impactos isso tem nas suas vidas Pargament amp Mahoney 2002 Pargament e Mahoney 2002 capturaram bem a possibilidade e a import ncia do estudo da espiritualidade e da religiosidade indicando que enquanto os esfor os da Psicologia convergem fundamentalmente sobre a tentativa de aumentar o controlo individual das pessoas sobre as suas pr prias vidas continuam a existir aspectos da vida humana que v o para l do controlo pessoal Nesse sentido uma vez que a espiritualidade religiosidade permitem encontrar formas de dar sentido e de lidar com esse tipo de impot ncia a integra o das perspectivas dos m todos e dos valores da Psicologia e da espiritualidade religiosidade poder o ajudar a melhorar os servi os prestados por ambos os campos que essencialmente se preocupam com o bem estar das pessoas com quem contactam Este tipo de integra o poder preparar o terreno para o desenvolvimento de uma psicologia positiva enriquecida pela espiritualidade religiosidade A partir do ltimo quarto do s culo passado o interesse pela espiritualidade religiosidade come ou a ressurgir em todos os campos da ci ncia e at no p blico em ger
324. tro olha queria ser aviador como o meu pai pronto uma coisa assim do g nero Porque aquilo fascinava me a maneira como ele conseguia entrar no meu cora o n o e eu sabia que n o entrava s no meu mas entrava em todos os que estavam ali de uma maneira ou de outra ele ia l n o era ele que ia l mas era a Palavra de Deus falada pela boca dele que ia l aquilo fascinava aquilo dava uma sensa o de respeito perante aquela gente Percebes Dava uma sensa o assim p esta gente ham s o psic logos s o m dicos s o pastores s o doutores p ra mim esta gente tudo porque eles conseguiam desmembrar eles n o mas a Palavra de Deus falada pela boca deles conseguiam desmembrar me todo percebes Eu ficava nu praticamente fogo como que este gajo nunca me conhece de lado nenhum consegue entrar ali e coiso e tal e conseguia respeitar isso Para mim o facto de ter um respeito muito grande por eles por uma s rie de gente ali fez com que tamb m tivesse uma ambi o de ser como eles ou de tentar imit los se que a gente pode imitar algu m porque ningu m imita ningu m ningu m substitui ningu m Deu me essa vontade percebes e tudo isso contribuiu E Numa escala de 1 a 10 qu o satisfeito est consigo mesmo na maneira como lutou contra as drogas em que 1 seria nada satisfeito e 10 seria o m ximo JA Se o objectivo da pergunta for s responder em rela o
325. u continuo a dizer que o programa para toda a vida As pessoas n o se podem iludir que o programa um ano ou quinze meses n o o programa toda a vida N s temos uma luta mesmo depois de acabar o programa do Desafio Jovem que acaba por ser um discipulado para mim pelo menos foi um discipulado eu aprendi muito da Palavra de Deus n o sou uma pessoa que mencione assim vers culos a torto e a direito 122 como menciona um pastor mas sei muita coisa da Biblia Pronto e e assim Acho que n o tenho mais nada para dizer quanto a isso E OK Imaginava se a manter o contacto com a igreja enquanto estava no programa RL Sim um dos meus grandes objectivos era vir a frequentar uma igreja E Desde o in cio desde que entrou RL N o desde aquela altura em que eu recebi o Esp rito Santo como eu te disse eu n o fui logo daquelas pessoas que tive aquele espa o de tempo para o receber e para perceber de facto se era aquilo mesmo que eu queria para a minha vida Mas eu por exemplo hoje sou colaborador do CRC frequento a igreja desde que sa do programa estive aquele tempo no Alentejo cada vez que vinha a Lisboa era ao CRC que eu ia porque foi l que de facto eu recebi a ajuda pronto e era e hoje estou congrego aquela igreja e sou uma pessoa que frequento os cultos E O que que lhe faz dar valor ao seu presente RL Os amigos Deus d me um grande valor ao meu pre
326. ua profundidade pode ser parcial total ou enriquecida As dimens es de estabilidade durabilidade e de t rmino da recupera o dizem respeito respectivamente rela o entre a quantidade de tempo que necess rio um indiv duo passar em recupera o para se poder afirmar que prov vel que v continuar nesse estado e poss vel passagem para um estado recuperado Relativamente a este t pico alguns autores consideram que o indiv duo est recuperado ao fim de cinco anos de recupera o cont nua uma vez que as percentagens de reca da a partir dessa marca temporal equivalem ao risco que pessoas que nunca tiveram perturba es relacionadas com o consumo correm de as virem a desenvolver para uma discuss o aprofundada das diversas dimens es da recupera o ver White amp Kurtz 2006 Anexo B3 Diversos contextos para a recupera o Este anexo desenvolve se com base na tipologia indicada por White e Kurtz 2006 relativamente aos contextos nos quais a recupera o se pode processar que exemplifica a 19 exist ncia de diversos caminhos para a recupera o Descrevem se os contextos de auto ajuda ajuda m tua ou entreajuda e tratamentos profissionais necess rio referir inicialmente que o desenrolar da recupera o e os tratamentos aplic veis dependem muitas vezes da subst ncia que o indiv duo consome Recentemente tem se vindo a notar o n mero elevado de pessoas que recuperam utilizando exclusivamente o
327. uais Porque n o resultaram porque recaiu 1 Onde foi buscar for as para ganhar a luta contra as drogas 2 O que o ajudou mais para conseguir concluir o programa 3 O que teve que acontecer para que permanecesse nele at ao fim 4 A f e a espiritualidade que viveu neste programa ajudaram no a de alguma forma 5 Alguma vez recaiu desde que deixou o Desafio Jovem 6 Como conseguiu recuperar a vontade de n o consumir 7 Onde foi buscar for as para conseguir completar o programa 8 Porque conseguiu permanecer at ao fim no programa 9 Quais as qualidades pessoais que colocou no seu tratamento para ganhar s drogas 10 O que lhe deu mais energia coragem e for a para conseguir esta transforma o positiva na sua vida 11 Numa escala de 1 a 10 qu o satisfeito a est consigo mesmo na maneira como lutou contra as drogas Porque n o escolheu o n mero abaixo O que teria de ter acontecido para subir meio ponto 1 Se Ihe fossem concedidos 3 desejos o que pedia para o futuro do DJ e de todos os que l est o ou v o passar 2 Atingiu o que pretendia atingir ao completar o programa 3 Imaginava manter contacto com a Igreja enquanto estava no programa 4 O que lhe faz dar valor ao seu presente 5 O que lhe d esperan a num futuro bom WNrRWNR WN Tabela 6 56 Guido da Entrevista Realizada a Amostra de T cnicos do Desafio Jovem Dados demograficos Razoes para adesao Passado de consumos
328. uatro anos antes de entrar Tabela 12 Factores relacionados com a perman ncia no programa actuais utentes Categorias Frequ ncia Fontes de for a Apoio social familiar n 2 Espiritualidade n 3 Modelagem aprendizagem vicariante n 1 Factores que apoiam a Apoio social familiar n 1 perman ncia no programa Espiritualidade E N o querer voltar a consumir n 2 Ter o prop sito de concluir n 2 Ver progresso e querer mais n 1 Factores que dificultam a Intensidade relacional n 1 per mangapa programa Rotina e regras do centro n 1 A Tabela 12 refere se aos dados extra dos das respostas dos participantes s quest es Onde vai buscar for as para ganhar esta luta contra as drogas e O que est a ajudar mais para conseguir seguir o programa Os tr s inquiridos referiram a espiritualidade como uma fonte de for a e de forma relacionada tamb m foram referidos o apoio social e familiar os relacionamentos e a aprendizagem vicariante que extra ram de testemunhos de outras pessoas com as quais se identificaram em condi es semelhantes Pode extrair se que a espiritualidade e a sua rela o com o apoio social s o fortes fontes de for a para lutar contra as drogas eu encontro for as em Deus e refugio me a Entrevista 3 p 86 Anexo F 171 o pessoal que aqui trabalha esta familia que tem sido mesmo qualquer coisa de extraordinario para mim Tem sido mesmo mesmo tem sido mesmo qualquer coisa que
329. uco n o sei se chegou aos tr s foi assim uma coisa mas foi algo que eu como n o era uma 12 droga que eu que me aliciasse muito pronto eu at foi derivado a pronto sem culpar ningu m n o mas na altura no emprego que eu tinha havia duas pessoas que consumiam heroina e eu olha pronto deixei me ir por culpa minha n o deixei me ir e ent o foi at eles deixarem de trabalhar comigo Na altura pedia ajuda tamb m mas curei me em casa heroina e foi uma coisa que desde sempre gra as a Deus n o como se costuma dizer na g ria n o era muito a minha pra a risos n o gostava muito da hero na Coca na por sua vez uma droga semelhante droga semelhante quelas subst ncias que eu gostava que eu sempre gostei dos speeds n o das anfetaminas e a droga assemelhava se muito a esse tipo de subst ncia e ent o foi a minha desgra a foi a coca na E S para perceber um bocadinho melhor portanto a forma de consumo era injectavel era JE Nunca injectei nada gra as a Deus nem coca na nem hero na ham sempre tive gra as a Deus eu acho que Deus j nessa altura me ajudava nesse aspecto sempre tive n o sei se poderei dizer controle n o mas pronto nunca me injectei Eu ao princ pio a hero na sempre a fumei a coca na comecei por cheirar e depois fum la tamb m n o fumar a coca Mas n o na rua sempre cheirei Quando saia quando ia trabalha
330. udo o que eu fiz fam lia s pessoas de fora a todas as pessoas ham complicado Da v se o amor de Deus por n s por n s todos Entrevista 1 p 61 Anexo F eu n o vou dizer que na altura n o fosse bom eu tirei partido disso n o e na altura deu me gozo e situa es que n o que eu n o v esquecer mas deu me situa es que eu sei que foram boas agora revendo essa fase toda da minha vida reconhe o que aquilo no fundo n o passou tudo de uma ilus o n o foi um perder de tempo possivelmente Entrevista 3 pp 84 85 Anexo F Tabela 10 Experi ncias pr vias de tratamento actuais utentes Categoria Frequ ncia Outros programas Desabitua o f sica n 1 frequentados Domus Fraternitas n l Raz es para o fracasso Coer o n 1 Como se pode ver atrav s da Tabela 10 dois dos utentes estiveram em outro tratamento antes do Desafio Jovem dos quais um indica que a coer o e a falta de motiva o pr pria foram as raz es deste falhar assim conforme estava eu estava um grupo de jovens tamb m todos obrigatoriamente Ningu m estava ali de livre vontade foi nos imposto Ou vais para ali ou vais para a cadeia optei por l ir eu e mais um grupo existia regras mas praticamente a gente que fazia as regras e and vamos com aquilo nossa maneira Aprendi algumas coisas n o vou dizer que n o mas se n
331. ue aquilo que me d a certeza de um amanh a presen a 159 de Deus a certeza que a presen a de Deus e a presen a de algumas pessoas muito especiais que me levam a acreditar num amanh inclusiva ham hoje tenho a minha fam lia constru da tenho sonhos tenho projectos e isso leva me a acreditar que de facto o amanh poss vel E Se lhe fosses concedidos tr s desejos o que pedia para o futuro do Desafio Jovem de todos os que c est o e de todos os que ainda c ir o passar RC Do Desafio Jovem dos que c est o mas a trabalhar ou no programa E Todas as pessoas que fazem parte portanto que v m c e todas que ainda c ir o passar portanto tendo tr s desejos o que pedia RC Oh p eu pedia que acima de tudo que aquilo que s o as convic es desta casa que uma casa que promove a presen a de Deus e a vida de Deus naqueles que passam por aqui ham eu pediria acima de tudo cada vez mais ousadia e un o de Deus para que isto pudesse ser uma realidade n o Uma realidade para todos aqueles que precisem n o e o ideal seria que n o precisassem mas j que precisam que eles encontrem aqui de facto uma porta a porta do c u n o a porta quando digo a porta do c u a porta que outrora na vida nunca conseguiram ainda n o conseguiram abrir isto aqui que essa porta se abra e os sonhos aconte am e as coisas aconte am ham no fundo
332. ue acontecer para permanecer no programa at ao fim Factores que dificultam que se conclua o programa Categoria Frequ ncia Cansa o da vida como era n 1 Coer o familiar n 1 Determina o n 1 Espiritualidade n 3 Apoio social familiar n 1 Espiritualidade n 2 Querer reconquistar o que perdera n 1 Ter o prop sito de concluir n 1 Aconselhamento n 1 Crescimento espiritual n 3 N o querer voltar vida de consumos n 1 N o ter alternativa coer o familiar n 1 Ter tido determina o n 2 Pensar prematuramente que j se est n 1 curado 185 A Tabela 26 resume as respostas dos ex utentes s quest es Onde foi buscar for as para ganhar esta luta contra as drogas O que o ajudou mais para conseguir concluir o programa e O que teve que acontecer para que permanecesse nele at ao fim Como fonte de for a os tr s graduados mencionam a espiritualidade como atesta J A Lembro me de estar a chorar de estar com dores nos rins de estar a pingar do nariz de estar com um sistema nervoso muito alterado de estar deitado at no ch o da capela de Fanh es noite sozinho e pedia para que Deus me ajudasse n o s numa noite mas v rias noites seguidas Isso lembro me claramente e creio que toda a for a de vontade que houve a foi Deus que pegou em mim e me foi levantando a pouco e pouco Entrevista 4 p 101 Anexo F Um dos participantes tamb m indicou a coer o fam
333. ue cr em porque n o h diferen a 23 Porque todos pecaram e destitu dos est o da gl ria de Deus 24 Sendo justificados gratuitamente pela sua gra a pela reden o que h em Cristo Jesus 25 Ao qual Deus prop s para propicia o pela f no seu sangue para demonstrar a sua justi a pela remiss o dos pecados dantes cometidos sob a paci ncia de Deus 26 Para demonstra o da sua justi a neste tempo presente para que ele seja justo e justificador daquele que tem f em Jesus 27 Onde est logo a jact ncia exclu da Por qual lei Das obras N o mas pela lei da f 28 Conclu mos pois que o homem justificado pela f sem as obras da lei 29 porventura Deus somente dos judeus E n o o tamb m dos gentios Tamb m dos gentios certamente 30 Se Deus um s que justifica pela f a circuncis o e por meio da f a incircuncis o 31 Anulamos pois a lei pela f De maneira nenhuma antes estabelecemos a lei Romanos 5 1 11 1 Sendo pois justificados pela f temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo 2 Pelo qual tamb m temos entrada pela f a esta gra a na qual estamos firmes e nos gloriamos na esperan a da gl ria de Deus 3 E n o somente isto mas tamb m nos gloriamos nas tribula es sabendo que a tribula o produz a paci ncia 4 E a paci ncia a experi ncia e a experi ncia a esperan a 5 E a esperan a n o traz confus o porquanto o
334. ue fosse capaz de nunca mais se meter nas drogas o tabaco podiam fumar vontade mas que tivessem Deus e que nunca mais se metessem na droga era uma satisfa o enorme para mim Todo esse pessoal que fez o programa eu acho que o tabaco um mal menor no meio disto tudo mas que n o largassem Deus da m o que permanecessem em Cristo Jesus e que nunca se metessem mais na droga eu acho que iriam ter uma vida muito mais saud vel muito mais paz a maneira como eu vejo as coisas e era assim ali s o meu desejo principal esse um dos meus desejos tamb m que Deus cada vez mais aben oe aquela casa porque aquilo de facto mesmo a solu o para a vida das pessoas Quer dizer que Ele continue a aben o los e que a un o de Deus caia sobre todos aqueles l deres o pastor J M o C D todos os directores dos centros que Deus os aben oe e d cada vez mais discernimento e for as para continuar frente porque de facto eles s o mesmo homens de Deus e valentes Tamb m esse um grande desejo que eu tenho Falta um e agora H de certeza mas agora n o me est a ressaltar nada E Se mais tarde se lembrar pode sempre continuar a resposta atingiu o que pretendia ao completar o programa RL Atingi aquele objectivo que era acabar o programa mas n o atingi aquilo que eu queria aquilo que eu queria era muito mais n o Era ter uma vida com Cristo Jesus permanecer com Cristo o programa e
335. ue o apoio familiar foi um factor importante para a sua ades o ao programa como as palavras de J A comprovam 184 O factor determinante e decisivo foi a minha m e nunca me ter abandonado no Caf Conv vio se era Ter a ela ia comigo se era ao S bado ela ia comigo se eu n o aparecia para ir ela ia minha procura para ir e depois l me encontrava e l amos lembro claramente que se houve algum dia em que eu faltei foi precisamente porque ela tamb m n o 299 foi Entrevista 4 p 101 Anexo F Em conjunto com os resultados obtidos para os actuais utentes dos quais dois tamb m indicaram o apoio familiar como importante o outro actual utente n o tem fam lia nas palavras do pr prio n o tem ningu m estes dados parecem indicar que um aspecto fundamental para a ades o ao programa o apoio familiar nesse sentido apesar da an lise da entrevista com J G indicar que este tamb m mencionou a press o familiar como um factor determinante para a ades o Dois participantes indicaram o cansa o acumulado e o desejo de ter uma vida diferente possivelmente indicando motiva o introjectada ou identificada como um factor importante para a sua ades o ao programa Nas palavras de J A eu acreditava que tinha que viver um outro estilo de vida n o eu n o podia andar a viver com os bra os completamente picados n o podia andar a viver com dois dias do m s com o sal rio depois
336. uito muito leve uma coisa muito ia por mais uma mais uma tentativa Foi nessa base que eu comecei a frequentar o Caf Conv vio e conheci o Caf Conv vio E Se n o indiscri o que drogas consumia antes de entrar para o Desafio Jovem JG Antes de entrar para o Desafio Jovem O percurso Dos doze para os treze anos ham comecei a fumar umas ganzas p uma coisa muito porque tamb m pensei em largar a escola uma coisa muito frequente naquela altura o pessoal novo pensar em trabalhar e arranjar um trabalhito e n o sei qu porque como era de fam lias pouco abastadas via os outros com dinheiro e queria acompanh los Dos doze para os treze treze para os catorze andei ali nas ganzas e tal Depois das ganzas deixarem de ser aos fins de semana passou a ser todo o dia a toda a hora at que chegou a uma altura que me foi oferecido dentro do grupo em que eu estava inserido dentro daquele grupo com que a gente se identifica e que p a droga para sermos iguais a eles s assim que nos conseguimos relacionar H algu m dentro do grupo mais espevitado h sempre um que nos apresenta uma coisa diferente que a gente depois passamos a dar o nome do padrinho que nos baptizou e tal e o padrinho E essa coisa diferente foi a hero na p e a hero na podem me chamar louco 125 mas se calhar ham a heroina boa E claro que bom a verdade passou a ser uma vez
337. um bocado prontos as coisas j passaram e tal mas na altura estavam frescas e eu parecia a minha mulher uma Maria Madalena a chorar e tal percebes isto para mim extremamente valioso no meu presente estas coisinhas d o me um nimo incr vel Uma vez eu lembro me de estar no centro eu estava de servi o e s onze da noite estava a fazer a papelada que a gente todos os dias tem que fazer a papelada do dia o relat rio do dia tal e coiso p e eu estava desanimado com aquilo estava cansado do centro estava uma s rie de situa es que n o estava a compreender e recebo um telefonema 111 aquela hora de uma m e de um mo o aconselhado meu que era do Algarve n o a dizer que era sO para agradecer oh senhor J A muito obrigado por aquilo que fez do meu filho ele esta t o bom e tal e coiso p aquela hora e aquilo foi uma chapada de Deus incr vel assim e caneco fogo um gajo queixa se queixa se queixa se e este telefonema aparece me aqui a esta hora assim daquela maneira p e eu fiquei ali sozinho talvez com as l grimas nos olhos e tal mas aquilo foi de tal maneira importante na minha vida que me deu para avan ar mais um bocadinho Se calhar no dia a seguir era capaz de desistir do minist rio percebes mas aquilo veio ou seja foi como se Deus reparasse nisso percebes foi como se eu soubesse p Deus n o t distra do tamb m s minhas preocupa es e aos meus s
338. um pouco a sua m o na minha vida percebes Nunca fui preso nunca estive assim beira de uma overdose ham o mais complicado na minha vida foi talvez o relacionamento familiar que se criou n o Ham eu vi a minha velhota muita vez ham quase a ficar se com nervos e princ pio de ataque card aco o ambiente em casa tornou se frio insuport vel n o N s tornamo nos aquele tipo de pessoas que se vamos num lado do passeio a fam lia os vizinhos e passam todos para o outro lado porque n o se querem cruzar connosco isso talvez foi o que mais me marcou Tornamo nos um bicho no meio de uma sociedade talvez tenha sido isso E Ent o e o que que considera ter aprendido na sua experi ncia de consumo de drogas O que que de positivo pensa que pode tirar JA N s aprendemos sempre mesmo com as coisas m s n s aprendemos n o De positivo Ham sei l se eu fosse um pintor famoso ou se eu fosse um escritor famoso talvez a experi ncia com os cidos tivesse uma coisa muito bonita para relatar se bem que as sensa es n o se conseguem relatar n o elas acontecem no imagin rio n o conseguimos retratar isso numa tela pintura nem num livro n o mas por exemplo a n vel de drogas as drogas alucinog nicas transp em nos para um mundo irreal que uma coisa impressionante n o N o sei se consigo dar uma ideia n o foi o meu caso mas h casos em que algu m se manda
339. undamentos da institui o demonstram que os seus t cnicos empenhando se em ajudar o seu pr ximo se esfor am para cumprir estes procedimentos tratando os com amor dignidade e respeito este procedimento da institui o baseia se em determinados princ pios b blicos Sociedade B blica de Portugal 1968 Tiago 2 1 13 ver Anexo C3 Este tema encontra se ligado necessidade de que se apoie a autonomia do toxicodependente acautelando acerca do equil brio muito refinado que deve existir entre a compreens o emp tica dos conflitos internos do indiv duo e o apoio que lhe deve ser oferecido no processo de ajustamento sua nova realidade mantendo a sua liberdade de escolha inquestion vel Simoneau amp Bergeron 2003 Neste processo torna se tamb m relevante ser se directivo mas n o confrontativo e fomentar se a auto efic cia uma vez que a adapta o a um programa estruturado que tem as suas caracter sticas e regras pr prias representa um percurso necess rio para uma futura inser o num mundo repleto de regras limites responsabilidades dissabores e tenta es No sentido de aumentar a auto efic cia e a percep o de compet ncia dos utentes os conselheiros devem acreditar genuinamente que o utente consegue ter sucesso exacerbando as for as deste refor ando os pequenos passos que v o sendo por ele dados e quaisquer mudan as positivas que efectue levando o a reconhecer o que j fez e o que ainda necessita de fazer
340. untas que eu coloquei gostava de mencionar mais alguma coisa JA Queria desejar as maiores felicidades ao Desafio Jovem se isto fizer parte de alguma estat stica e se contribuir para ser aprovado em or amento de estado queria desejar as maiores felicidades e dizer que o pa s conta com eles 113 Entrevista 5 Ex utente graduado ha sete anos R L Chamo me R L tenho o segundo ano ou seja o segundo ano do preparat rio antigo era casado hoje sou divorciado tenho uma filha com doze anos ham tive um passado com drogas comecei com drogas leves n o muitos anos para ai de vinte e dois anos portanto tr s para os vinte e dois E s o dezassete dezanove anos de drogas duras Com quarenta anos vi me numa situa o sem sa da praticamente onde recorri ajuda de pessoas e onde me surgiu o Desafio Jovem e eu dei um passo e comecei o programa do Desafio Jovem onde estive quinze meses estive mais um ano em est gio quatro anos a servir a Deus em Fanh es na rea laboral a trabalhar com as m os que o que eu sei fazer Eu acredito que h um tempo para tudo e ent o depois sa vim c para fora fazer uma vida secular trabalhar com um crente tamb m com pessoas crentes O meu patr o crente e os meus colegas somos todos pessoas que pass mos pelo programa e tenho ali grandes amigos Tenho quarenta e sete anos de idade Antes de entrar vivia com o meu pai e mais dois toxicodependentes que eram os meus irm
341. utentes ao grupo e de resto pode ser utilizada da forma que o grupo quiser existindo a liberdade para que se apresentem sugest es e pedidos espec ficos e servindo para a resolu o de problemas e como um term metro do ambiente no centro quando necess rio nestas reuni es existe sempre um moderador geralmente o director do centro s sextas feiras este tempo livre ou ent o reservado para o estudo 30 ao segundo domingo de cada m s efectuado um dia de jejum Este inicia se na quarta feira anterior s 21h00m altura na qual realizada a ceia Nesses dias especiais s 22h30m inicia se uma vig lia na qual todos os residentes da comunidade permanecem em ora o em conjunto at s 00h00m 00h30m No dia seguinte a alvorada as 08h00m altura na qual se faz um primeiro culto que normalmente conta com a participa o de membros da Opera o Josu uma interven o evangelista do Desafio Jovem Segue se um intervalo de cerca de trinta minutos que antecede o segundo culto o qual costuma contar com a presen a do actual director do Desafio Jovem s 12h00m servido um ch quente e feita nova pausa que quebrada s 13h00m altura na qual os utentes fazem um culto na capela sem a presen a de qualquer dos cooperadores da comunidade apesar de esse culto ser preparado previamente com a assist ncia e orienta o do director da comunidade Enquanto se desenrola o culto dos alunos como designado a
342. va a meter o p na argola N s temos tido aqui exemplos desses at p amigos meus que cri mos aqui la os de amizade aqui no programa p e o que eu at tinha acreditei e acreditava neles e eles falharam n o Falharam 94 prontos falharam no aspecto de n o acabarem o programa e de se iludirem com pa com promessas pa n o eu vou l para fora que j tenho trabalho p j nem estou a ressacar j estou bem p coiso e p fulano vai me dar trabalho e fulano at tenho onde ir dormir e eu at tenho casa eu por exemplo at tenho casa tenho um apartamento ali na margem Sul est fechado Eu chego ali abro a porta e entro tenho l tudo meu Percebes portanto eu nesse aspecto at poderei ser um privilegiado digamos assim apesar de n o ter dinheiro apesar de ter d vidas eu estou aqui h um ano nunca tive um tost o de ningu m Nem da Seguran a Social nem de ningu m Nunca me faltou nada Nunca me faltou nada e aquilo que eu costumo dizer ao pessoal n o tenho aquilo que eu quero mas tenho aquilo que preciso Estou aqui quase um ano n o tenho nada da Seguran a Social a Seguran a Social falhou comigo porque vieram com uns argumentos que eu devia ter entrado pelo CAT e que o CAT que devia ter me encaminhado n o sei qu n o sei qu p eu sinceramente n o sei porque eu a primeira vez que estou neste programa a primeira vez que venho para aqui
343. ve dia a dia que renove a sabedoria deles dia a dia para nos poderem encaminhar porque porque atrav s deles que Deus n o vai fazendo a obra em n s Porque eu tenho a felicidade de j ter conhecido Deus mas h muita gente que conhece Deus desde o momento em que vem para aqui n o e conhece Deus atrav s destas fam lias E ent o esse o meu desejo tamb m o meu terceiro desejo que Deus lhes d muita sabedoria a eles n o para para que continuem este grande trabalho que eu estou muito grato a eles Yah Eles t m ganho muitas pessoas para Deus eles pala de darem as suas vidas neste trabalho t m servido muita gente e eu creio que Deus n o se ir esquecer deles Tanto eles como o pessoal do Caf Conv vio a minha gratid o toda para eles porque n o h 80 d vida que fazem um excelente trabalho e o meu desejo esse para que Deus supra todas as suas necessidades Yah E O que que pretende atingir ao completar o programa JE O que que eu pretendo atingir Em primeiro lugar quero completar o programa e a seguir fico espera do que que Deus quer de mim percebes Eu tenho uma rea profissional n o mas eu n o sei se a vou exercer quando sair daqui tinha uma empresa de Jardinagem paisagista e tudo o mais mas eu n o sei se irei exercer isso n o Os meus planos e coisa p eu deixo isso tudo na m o de Deus porque eu gostava de servir a Deu
344. venho encaminhado pelo pastor e entrei portanto n o sei de nada mandei os pap is para a Seguran a Social diz que n o paga e que n o paga e que n o paga e n o paga E n o me pagou Portanto eu estou aqui sem um tost o percebes e nunca me faltou nada Portanto a situa o n o f cil n o Mas l est onde eu queria chegar que eu tenho casa e eu saio daqui vou para casa p mas dormir na rua n o durmo n o E depois o dia a dia o come e n o come talvez depois se oriente mas orientas te como Se n o tiveres trabalho se n o tiveres nada Qual a tend ncia para quem j andou no submundo A tend ncia ires l outra vez p n o tens a nada para um gajo fazer a umas curvas e coiso e a coisa at surge n o E ent o tu come as a fazer dinheiro o dinheiro que para tu comeres mas depois come as a possivelmente quando come as a lidar outra vez com as cenas e come as a coiso est s a ir por um mau caminho quer dizer n o te vai levar a nada de certeza absoluta Vai te levar outra vez aquela hist ria do costume Prontos e ent o o que que acontece Eu s vezes via aqui a malta e a malta iludia se um bocado com isso j tenho emprego tenho isto tenho aquilo e depois entretanto era tudo tanga quer dizer acabavam por ir e afinal n o era bem isso era mais aquela vontade outra vez de voltar ao que era e o que prontos o que eu j te disse e t
345. ver com drogas tem a ver com uma mudan a e um novo nascimento se que a gente pode falar assim e ir buscar alguma coisa B blia em que tudo mudou eu vou te dar um exemplo percebes s vezes pedem me para dar testemunho numa igreja e eu vejo me aflito para dar testemunho e tenho testemunho para dar tenho fogo eu tenho eu lembro me de estar a destilar suposit rios para picar se calhar um toxicodependente hoje em dia n o sabe destilar um suposit rio para picar e eu lembro me disso n o eu lembro me de estar em barracas luz duma vela a fazer um caldo eu lembro me de estar por exemplo procura de agulhas porque a minha seringa tinha a agulha torta ou partia se e precisava de arranjar uma agulha num lado qualquer eu lembro perfeitamente tenho testemunho para dar percebes Mas como tudo mudou t o radicalmente e como o cora o fica t o cheio do Esp rito de Deus e como h uma necessidade t o grande de falar a Palavra de Deus eu n o consigo dar bem um testemunho porque depressa come o a ministrar come o a pregar porque pronto porque assim as coisas mudaram de tal maneira que ham a grande for a que me ajudou a vencer no programa conforme tu disseste foi mesmo uma nova identidade E Ent o e o que que teve que acontecer para que permanecesse at ao fim Houve alguma situa o algo que a partir daquele momento p eu n o vou desistir JA Isto a gente pod
346. veram o primeiro contacto Em ltima an lise o Desafio Jovem um dia sair da vida deles e ser a igreja local e esses amigos que um dia tiveram o primeiro contacto com eles e fizeram nos acreditar ser o eles eles ser o novamente devolvidos igreja local e o pastor local ir trabalhar com eles e eles ir o ali sim fomentar o cristianismo e a reinser o deve ser feita juntamente com essa igreja local Para n s fundamental Os resultados que a gente temos visto em pessoal que est bem foi pessoal que teve uma boa integra o na igreja local com o pessoal do Caf Conv vio e a se tornarem participantes de alguma coisa que fa a sentido E OK e o que que lhe faz dar valor ao seu presente RC O que me faz perceber acima de tudo que donde vim e quem sou hoje n o Porque nunca me esque o de onde estava antes de ter tido esta oportunidade para recome ar e isso para mim tudo n o perceber que acima de tudo isso saber de onde vim e que ja estive mesmo muito mal e a gratid o que tenho por aquilo que por esta oportunidade de Deus e de algumas pessoas E O que que lhe d esperan a num futuro bom RC O que me d esperan a E Num futuro bom RC O que me d esperan a a certeza e a convic o que eu tenho que tive uma experi ncia para al m de mim mesmo A certeza de que que n o tinha antes Antes eu estava por minha conta agora percebi claramente q
347. verdade hoje j amanh j n o era era mentira isso uma vida que s por pena que s vezes me davam trabalho ou diziam olha anda ali comer qualquer coisa ou anda ali beber um copo que era mesmo assim n o duvides 114 Entrevistadora Antes de frequentar o Desafio Jovem foi aos Caf s Conv vio Como que entrou para l RL Como j disse o C o meu irm o C que era o meu irm o dos tr s era o do meio eu era o mais velho era o C depois era o N ele foi para a Castanheira ham entretanto o meu pai faleceu que n s viv amos todos com o meu pai l em casa ham eu vi me assim um bocado num beco sem sa da depois na altura comuniquei para o centro para dar a not cia que o meu pai tinha falecido para o meu irm o C saber n o porque a gente era essa a comunica o que t nhamos com ele Acho que isto foi mesmo obra de Deus quem me atendeu o telefone foi o V V o director eu l eu dei a not cia sim senhor mas ele a seguir perguntou me como que eu estava eu disse que estava a consumir que a minha vida estava no fundo do po o ele perguntou me se eu podia comparecer na igreja antigamente o CRC o Centro de Renova o Crist era na igreja da Encarna o ah e tal para a gente falar um pouco n o eu fui l fui pedir ajuda e ele encaminhou me para o Caf Conv vio da Marques da Silva Praticamente estive muito pouco tempo l lembro me da
348. z com que eu levasse o programa at ao fim al m do objectivo de come ar e acabar uma coisa Mas depois o trajecto eu vi que de facto era aquilo que eu queria e isso fez com que eu permanecesse apesar daquelas coisas que tu h bocado mencionaste e com muita perspic cia porque h alturas que n s estamos mesmo numa de ir embora porque aquilo uma coisa forte muito forte mesmo derivado vida que n s lev mos Falta sempre coisas vem sempre coisas mente mesmo que tu n o queiras elas aparecem e tu tens que ter muita for a para permanecer Isso de eu querer mudar de vida e ter uma realidade de vida diferente ter objectivos foi o que me fez permanecer Deu me essa for a para eu continuar E Que qualidades pessoais que empregou no seu tratamento para ganhar s drogas RL P eu sempre se calhar capaz de ser um bocado risos as pessoas s vezes riem se porque eu digo que sou simp tico eu sou uma pessoa simp tica eu sei as minhas qualidades ham sou uma pessoa simp tica e al m disso eu gosto de ajudar Depois de eu ter passado aquele per odo muito mau que foi o per odo da ressaca e pronto e fisicamente eu estava muito debilitado e depois comecei a ganhar for as eu era uma pessoa muito pronta para ajudar uma grande qualidade que eu tenho Pronto e as pessoas viam em mim essa qualidade e fez com que eu tamb m cada vez mais andasse e e permanecesse Era um dos grandes objectivos era

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