Home

Reabilitação, Demolição com Reconstrução de Edifícios, nos

1.
2. as Coco a m rea HH MUUL n L 3 E Sn EF E C o lt o i n bs l B mM o E fam Ea 0 E elo Lamas Em
3. ns pp pap pe e E D z a A TLB2ma 7 270 ROUP na ESA 7 E Ff K 5 ROUPEIRD j Ia i i A Ene D 34 BSim VEST BUL D A 3 42m2 Asi time E 04m E 7 QE A 20 18m2 Q O O E OZINH A 7 33m2 SALA O To A 32 00m2 Q 7 TA Eni VARANDA A 0 42m2 Bl Figura 3 28 Planta do terceiro piso T2 duplex No terceiro piso localiza se um apartamento de tipologia T2 duplex cuja organiza o e disposi o dos compartimentos permite a interliga o entre os diversos espa os quer ao n vel do piso inferior quer entre os dois pisos 23 90 acesso cobertura A 2 00m2 7 2 m ROUPEIRO A 1 69m2 ARRUMOS A 2 20m2 REA DO S T O COM P DIREITO REGULAMENTAR Figura 3 29 Planta do quarto piso T2 duplex Aproveitamento do desn vel da cobertura 23 Figura 3 30 Cozinha T1B e T2 duplex Entre os arm rios superiores e o tecto
4. A 27 06 cobertura ATAN 25 74 a YA E Ea em y IEF JO di A A 23 75 ESSE SS E Ta Do e e F 23 37 i Lo E ARANA DE T y KZ N pe y PERPEN Tm mim Zi Es AN A BN FAN me Wi JIN Ti j EE 20 70 im piso 3 na En Lea TE Tv Fr Ni dh Ny E oeren Lu Ee E ENI TA AN IE Boinas DGD E II a DE am o nm Em o piso 2 ai Em M Y Ao g tm Y A PE AN E ei Dm y mim m mim AN 1 RTN 15 36 M E EESC piso 1 O o A Lo E a ER E EE Ed OEEO m m 55 Sl N k dt WII gt 1199 II SE CAL ADINHA DE ST ESTEV O 22 CAL ADINHA DE ST ESTEV O 18 20 CAL ADINHA DE ST ESTEV O 10 16 t S RCEA DE 11 90m E 11 49m oo e EN DA OTA DADAS AS CARACTER STICAS DO EDIF CIO OPTOU SE POR INDICAR A C RCEA DOS DOIS VOLUMES EDIFICADOS RREO EE Figura 3 34 Al ados Sudoeste e Sudeste Sistema tipo ETICS protegido com revestimento em pedra ao n vel do piso t rreo 23 Nos pavimentos prop e se a aplica o de soalho em madeira de pinho envernizado e nas zonas h midas revestimento cer mico No que diz respeito manuten o destes pavimentos apenas dever ficar prevista a manuten o do reve
5. 19 LA ALA al Po a piy EE a lalla 3 gt Po JUI NAAA 3 o pone E HH JUUL TE f ALL EA KLL LL LL L cngaonmnos sroesrevio 14 16 cngaonmnos sreesevo 10 12 alo LEVANTAMENTO ESQUEMA CORTE 1 1 E 2 2 ES UOOA CAL ADINHA DEST srsestev o 18 20 CAL ADINHA DE ST ESTEVO 14 16 CALGADINHA DESTA ESTEV O 10 12 AMEI ESTE pa a esrsesrev o 10 12 AL ADIN Figura 3 18 Levantamento A caracteriza o dos edif cios o levantamento e as fotografias do existente proporcionam uma vis o do estado actual do edif cio 23 Quadro 3 3 Quadro sin ptico Deste emparcelamento aplicar se o os seguintes valores READOLOTE 650002 SUPERF CIE DE IMPLANTA O 6500M SUPERF CIE DE PAVIMENTO 32500 SUPERF CIE DE PAVIMENTO HABITA O 260 00m SUPERF CIE DE PAVIMENTO COM RCIO 6500mM VOLUMETRIA DE CONSTRU O TTAOM N PISOS ACIMA DO SOLO gt 5PISOS 1COM 4 HABIT C RCEA M XIMA 96m N DE FRAC ES 4 FRAC ES 1com 2T1 1T2 83 O conjunto das pe as desenhadas a apresentar nesta fase constitu do pelo levantamento das fachadas dos edif cios existentes e a sua caracteriza o patrimonial e tamb m por elementos que caracterizam a nova proposta dos quais se destacam os al ados e o desenvolvimento das tipologias propostas
6. Figura 3 20 Planta do piso t rreo Com rcio 23 85 O acesso aos fogos faz se pelo n mero 16 Atrav s desta entrada tem se acesso a um pequeno vest bulo onde se localizam as reas t cnicas dos contadores da gua do g s de electricidade e telecomunica es A partir deste vest bulo acede se ao primeiro patim de entrada para um fogo de tipologia T1A Esta porta de acesso ao edif cio disp e de entrada de luz natural efectuada atrav s de um v o localizado sobre a porta na zona de entrada dos edif cios que se localizam as entradas das concession rias sendo de referir que os regulamentos da EPAL EDP e G s se encontram desarticulados com o edificado localizado em zonas hist ricas na medida em que as exig ncias dos regulamentos e normas muito r gidas nem sempre se adequam a estes casos No primeiro piso localiza se um apartamento de tipologia T1A cuja organiza o e disposi o dos compartimentos permite a interliga o entre os diversos espa os Figura 3 21 SS R OUP A 11 82m2 A 0 9 m2 N NA W 11 12 S 0 T 3 N Hi ESP la 8 A J 3 4 No Z a A 0 56mp 7 pl 7 ARM RIO E 5 qe A 07m2 A 17 92m2
7. VEST BULO A 2 20m2 o T o co D fas 3 IS o e COZINHA A 6 55m2 W Figura 3 21 Planta do primeiro piso T1A 23 A organiza o desta tipologia cujos compartimentos por si s apresentam reas reduzidas permite atrav s da poss vel abertura e liga o entre os v rios espa os dar maior desafogo a estes fogos permitindo que os espa os sejam utilizados de uma forma menos convencional A zona da sala poder deste modo estar ligada zona de dormir sendo apenas necess rio fazer recolher os pain is amov veis que fazem a separa o entre os espa os Sempre que se pretenda o encerramento da zona mais privada basta fechar os pain is e esta tipologia passa a dispor de um quarto com uma instala o sanit ria privativa e zona de vestir com roupeiro 86 Estando o v o a Sudeste na zona do quarto localizado no primeiro andar de um edif cio cuja proximidade ao edif cio fronteiro bastante reduzida a possibilidade de se usufruir dos restantes v os atrav s da abertura dos espa os al m da quest o da flexibilidade permite igualmente a melhoria das condi es de salubridade e funcionalidade uma vez que medida que aumenta a profundidade da inter
8. y Largo Figura 3 16 Localiza o Planta s ntese do emparcelamento 23 Segundo o Artigo 31 ponto 1 do PDM e Artigo 11 ponto 2 do PUNHACC na constru o de um novo edif cio em lote vago ou em substitui o de um demolido autorizado o nivelamento da c rcea e da altura total pelas m dias respectivas dos edif cios da frente edificada do lado do arruamento onde se integra o novo edif cio no tro o entre duas transversais ou no tro o de rua que apresente caracter sticas morfol gicas homog neas No entanto na presente proposta pretende se apenas a subida da c rcea da zona do actual edif cio com os n meros 14 16 em cerca de 10cm e da altura total cumeeira em 18cm A c rcea e a altura total do edif cio na zona do actual edif cio com os n meros 10 12 manter se ms dO No que diz respeito ao ponto 4 al nea a e d do Artigo 31 do PDM e ao Artigo 11 ponto 1 al nea a e d do PUNHACC cumpre se a manuten o do alinhamento edificado assim como a profundidade das empenas cujo valor nunca atinge os 15 metros uma vez que o edif cio se encontra em gaveto confinando com dois edif cios existentes 80 Uma vez que se trata de um edif cio cujo acesso feito atrav s de arruamentos pedonais com acesso por escadas isso determina a impossibilidade de cumprimento do Artigo 11 ponto 1 al nea b do PUNHACC estando a inclus o de reas
9. 7 5 lt 7p7m A 10 27m2 A Eai ROUPEIRC 5 o O A 8 52m TRABAL C w AN q ES ROUPEIRD l 2 24 29 Er r A 0 60mZ7 2 B Y au Z 20 19 RR A 20 43m2 VESTIBULO A 1 12m2 6 04m Tb VN E MLR z ORS 7 Q 0000 000 AE g nm E i i i VARANDA A 0 42m2 Figura 3 25 Planta do segundo piso T1B No segundo piso localiza se um apartamento de tipologia T1 cuja organiza o e disposi o dos compartimentos permite a interliga o entre os diversos espa os 23 7 E AS L SS 20 70 E ii Na piso 3 Ler 18 03 PT Ro piso 2 Figura 3 26 Corte CD segundo piso T1B Pain is m veis entre a zona da sala e a zona mais privada 23 No que diz respeit
10. Qualquer revestimento de fachada exposto s solicita es clim ticas precisa de manuten o A manuten o corrente do sistema inclui a remo o de micro organismos e de outras manchas do revestimento e a conserva o e limpeza dos capeamentos e rufos rede de drenagem de guas pluviais e de outros elementos que contribuam para a estanquicidade das fachadas Pode ser necess rio renovar o revestimento do sistema ao fim de 10 anos Este tempo varia em fun o da textura e da qualidade do revestimento final do ambiente e da exposi o da fachada muito importante que na sequ ncia de opera es de manuten o e ou repara o a permeabilidade ao vapor do revestimento n o seja reduzida Em situa es correntes bastar a lavagem com gua a baixa press o Nos pavimentos dos edif cios prop e se a aplica o de soalho em madeira de pinho envernizado e nas zonas h midas revestimento cer mico Nos tectos das zonas h midas prop e se a aplica o de placas de gesso cartonado hidr fugo suportadas por estrutura em alum nio suspensa com ilumina o embutida e pintados com tinta de gua Os restantes tectos ser o rebocados estucados e pintados com tinta de gua As paredes interiores que fazem a separa o entre os fogos e as reas comuns n cleo de acessos ser o executadas com tijolo de 0 22m e rebocadas estucadas e pintadas com tinta de gua As paredes de compartimenta o ser o em gesso cartonado com
11. resist ncia s trocas de calor com o exterior Deste modo assegura se partida A realiza o de economias de energia ao diminuir as perdas de calor perdas t rmicas atrav s das paredes A protec o do edif cio reduzindo os riscos de condensa o humidade em alguns casos e melhorando as suas qualidades t rmicas noutros 45 O aumento de conforto ao reduzir a troca de calor por radia o entre as paredes e os ocupantes do edif cio que ocorre geralmente nas paredes exteriores A ponte t rmica toda e qualquer zona da envolvente dos edif cios em que a resist ncia t rmica significativamente alterada em rela o zona corrente Essa altera o pode ser causada pela exist ncia localizada de materiais de diferentes condutibilidades t rmicas e ou por uma modifica o na geometria da envolvente como o caso das liga es entre diferentes elementos construtivos Num edif cio o isolamento das fachadas da cobertura e da liga o entre o subsolo e o piso t rreo representam pontos d beis ou descontinuidades inerentes ao processo construtivo V rias medidas permitem limitar as perdas t rmicas na fase de projecto Resolver as uni es entre as paredes verticais lajes vigas e coberturas Isolar exteriormente os elementos construtivos Dever respeitar se o Regulamento dos Requisitos Ac sticos dos Edif cios D L n 129 2002 e que no caso de edif cios de habita o e com rcio e
12. Nowadays the rehabilitation of buildings in historic districis of Lisbon raises great public interest and there is a growing recognition of the importance of cultural economic social and environmental rehabilitation of this heritage It is possible to rehabilitate old buildings introducing in them changes that meet current regulations However it is necessary to distinguish beforehand between buildings that justify rehabilitation and those that can be replaced through partial or total demolition followed by careful reconstruction This work is structured in two main paris Firstly a framework addressing the issues of deteriorated old buildings in historic districts of Lisbon and the characterization of the Bairro Alto Alfama and Mouraria quarters as well as old buildings with structural timber frames is presented divided in Pr Pombalino Pombalino and Gaioleiro types Questions about the conditions of the conservation status and security of these buildings are addressed According to the levels of conservation an old building can be either rehabilitated or demolished if it presents a risk to public safety and or because its recovery is not technically feasible Interventions in historical quarters envolve specific constraints which should be taken into consideration in the partial demolition and reconstruction processes incorporating the building life cycle analysis The second part presenis a case study of two adjacent old
13. es sanit rias nas mesmas prumadas 44 Tirar partido de cada orienta o Figura 2 22 Esquema da orienta o de um edif cio Fachadas Norte Os locais orientados a Norte praticamente n o beneficiam de sol mas a ilumina o natural que entra pelos v os virados a Norte pode reduzir o consumo de energia devido ilumina o artificial Fachadas Sul Os vidros orientados a Sul beneficiam de uma exposi o solar m xima no Inverno devendo ser aproveitados para aumentar os ganhos t rmicos durante a esta o fria Fachadas Nascente e Poente Os vidros orientados a Nascente ou a Poente recebem no Ver o a energia m xima Se necess rio conveniente equipar os v os envidra ados com uma protec o solar para reduzir os riscos de sobreaquecimento e de encadeamento S o ainda factores essenciais o comportamento t rmico e ac stico o isolamento t rmico as pontes t rmicas a ventila o natural a ilumina o natural a escolha dos materiais e as solu es construtivas a utilizar b Comportamento T rmico e Ac stico Os elementos construtivos mais importantes para o estudo do comportamento t rmico de um edif cio s o as paredes exteriores a cobertura e os envidra ados as paredes e pavimentos interiores 11 O isolamento t rmico consiste na utiliza o de materiais na constitui o das paredes coberturas e pavimentos que pelas suas caracter sticas permitem aumentar a sua
14. o prop e se que se comece por analisar a possibilidade de coloca o de andaimes no interior e no exterior garantindo se as necess rias condi es de seguran a e a montagem de estruturas auxiliares como plataformas andaimes e caleiras A demoli o dever ser conduzida gradualmente de cima para baixo de andar para andar e dos elementos suportados para os elementos suporiantes no entanto importante referir que dentro do poss vel o escoramento met lico previsto entre contrafortes dever ser colocado antes da demoli o da laje de piso que lhe fica imediatamente abaixo A dimens o dos contrafortes deve ser definida tendo em linha de conta a zona que se prev seja utilizada como contraventamento em fase definitiva No al ado Sudoeste no caso de os resultados da monitoriza o assim o indicarem poder ser utilizado um contraforte adicional ligado ao 1 contraforte por duas escoras horizontais Dever pois ser esse o ltimo tro o de parede a demolir O coroamento das paredes de empena e dos contrafortes dever ser objecto de tratamento no sentido de evitar a sua futura degrada o decorrente da ac o da gua das chuvas 76 Em especial as empenas dever o ser rebocadas e as zonas de fronteira com as empenas dos edif cios vizinhos tratadas com o objectivo de obstar a patologias nos edif cios confinantes decorrentes das humidades As paredes a demolir devem ser primeiramente desem
15. o que visa uma melhor inser o da nova constru o e requalifica o de todo o conjunto urbano em que se insere melhorando a imagem do n cleo hist rico e revitalizando o tecido urbano Nesta rea de interven o as redes de infraestruturas encontram se executadas e consolidadas devendo os projectos de instala es t cnicas correspondentes ao edif cio ser objecto de projectos espec ficos 3 6 3 Concep o Conceitos a Enquadramento A integra o das quest es energ ticas desde o in cio do projecto assume um papel fundamental assim como a versatilidade e adaptabilidade na concep o dos espa os Foram considerados como factores essenciais o comportamento t rmico e ac stico a ventila o natural a ilumina o natural e a escolha dos materiais e solu es construtivas a utilizar b Concep o Global dos Espa os No que diz respeito concep o global dos espa os relativamente ao piso t rreo mant m se a ocupa o funcional inicial propondo se a exist ncia de um espa o comercial que ocupa a totalidade da rea do lote 65 00m e cuja entrada se faz pelo n mero 10 da Cal adinha de Santo Est v o Este espa o amplo disp e de uma instala o sanit ria uma zona de arrumos e uma zona com conduta para extrac o de fumos Figura 3 20 O fd Ea S R
16. o conserva o ou demoli o de im veis situados em zonas de protec o de im veis classificados bem como dos im veis integrados em conjuntos ou s tios classificados ou em reas sujeitas a servid o administrativa ou restri o de utilidade p blica Este diploma re ne o regime jur dico de opera es urban sticas de licenciamento municipal e opera es de loteamento das obras de urbaniza o e das obras particulares 1 2 Objectivos O presente trabalho final de Mestrado tem como objectivos Investigar e analisar um conjunto de quest es sobre a problem tica dos edif cios antigos degradados integrados no conjunto urbano dos Bairros Hist ricos de Lisboa O estudo foi particularizado para os seguintes bairros hist ricos Bairro Alto Mouraria e Alfama Analisar as especificidades da reabilita o em fun o do estado de conserva o e de seguran a dos edif cios e os condicionamentos legais levantados pelos organismos nacionais intervenientes Estudar um modelo de actua o Demoli o parcial reconstru o e manuten o numa ptica de reflex o sobre o ciclo de vida dos edif cios Elaborar o invent rio hist rico e morfol gico dos edif cios antigos que se pretende que constitua um elemento ordenador de futuras interven es apresentado sob a forma de ficha t cnica de identifica o Apresentar um caso de estudo de dois edif cios antigos confinantes localizados no bairro de Al
17. e 0 50m no ltimo piso Estas paredes disp em se na fachada principal e posterior dos edif cios O edif cio constitu do em toda a sua envolv ncia por paredes resistentes de pedra rija e argamassa de cal que apresentam uma grande espessura sendo esta uma das caracter sticas da poca de constru o de modo a serem mais resistentes aos esfor os Para al m da resist ncia aos esfor os a grande espessura das paredes cria benef cios em termos de isolamento ac stico e t rmico Paredes resistentes de tijolo maci o com espessuras entre 0 15m e 0 30m dispostas a meia ou a uma vez nas empenas e num ou noutro local no interior do edif cio Paredes interiores de tabique com espessura m dia de 0 08m Ao n vel do r s do ch o quase todas as paredes interiores s o resistentes mas nos andares superiores v o dando lugar a divis rias leves sem resist ncia Uma solidariza o parcial das paredes era conseguida sempre que uma prancha da periferia do pavimento embebia na parede de alvenaria As funda es s o constitu das por caboucos cheios com alvenaria de pedra rija com uma largura praticamente dupla das paredes que suportam e a altura necess ria para encontrar terreno firme Os pavimentos s o de madeira com estrutura constitu da por barrotes assentes directamente sobre as paredes com alguns cent metros de entrega e dispostos na direc o do menor v o Contraventamento deficiente
18. stico Em todo o edif cio dever respeitar se o Regulamento Geral dos Requisitos Ac sticos dos Edif cios D L n 129 2002 que para os edif cios mistos habita o e com rcio exige a verifica o dos requisitos ac sticos para as paredes exteriores paredes e pavimentos entre fogos e paredes e pavimentos entre fogos e zonas comuns comerciais d Ventila o natural A ventila o natural garantida ao permitir a possibilidade de liga o entre os v rios compartimentos favorecendo a entrada e a sa da do ar atrav s dos v os localizados nas fachadas sudeste e sudoeste 92 Nas instala es sanit rias prop e se a instala o de um exaustor mec nico e silencioso que far a extrac o do ar viciado e da eventual humidade produzida devido utiliza o e fun o dos equipamentos deste tipo de espa os e Ilumina o natural No edif cio em estudo a distribui o e organiza o dos espa os permite que a luz natural seja distribu da de forma uniforme por todos os compartimentos incluindo as instala es sanit rias e as escadas comuns Trata se de facto de um edif cio que poder ser utilizado durante o dia sem o recurso ilumina o artificial Assim para a zona de acessos comuns n cleo das escadas prop e se uma abertura zenital na cobertura uma abertura na zona superior da porta de entrada e duas aberturas ao n vel do segundo e terceiro pisos localizadas na parte superior da par
19. cidade de Lisboa em 2001 eee Figura 2 5 Bairro de Alfama Foto disponibilizada no site http www google pt 2009 Figura 2 6 Bairro da Mouraria Foto disponibilizada no site http www google pt 2009 Figura 2 7 Bairro Alto e Ponte 25 de Abril Foto disponibilizada no site http www google pt DO o EEE T ANA E A T E AA E A ETTE EO E Figura 2 8 Bairro da Mouraria Foto disponibilizada no site http www google pt 2009 Figura 2 9 Edif cios da Rua da Atalaia do Bairro AIO sssrinin Figura 2 10 Mapa do Baino AO ssrioa sora ad a a Figura 2 11 Mouraria Foto disponibilizada no site http www google pt 2009 acns Figura 2 12 Fotografia a rea localizando a rea da Mouraria Figura 2 13 Alfama Foto disponibilizada no site http www google pt 2009 erer Figura 2 14 Fotografia a rea localizando a rea de Alfama Figura 2 15 Edif cios antigos do bairro de Alfama ssississisirsinsisrisirsinrininsinrinsinrinriniinininrininnrnnnnn Figura 2 16 A Edif cio Pombalino B Edif cios Pr Pombalinos C Edif cio Gaioleiro sses Figura 2 17 Gaiola pombalina Fonte AMLISDOA s sssssssresrsrsrnrnrnnnunnrnnnnnnnnnrnrnnrnrnrnrnnnnrnrnrnrnrerererernrnns Figura 2 18 Esquerda Edif cio da Travessa de Santa Catarina 17 a 21 Bairro Alto Centro Edificio do Largo do Terreirinho 31 a 33 Mouraria Direita Edif cios da Cal adinha de Santo Estev o 10 a 16 AfaMAa s sussssssrsrssrs
20. da informa o sobre o princ pio e a evolu o da doen a at data da observa o que dever conduzir ao diagn stico ou identifica o da doen a a segunda o estudo das suas causas e a terceira os tratamentos destinados a corrigir ou eliminar a doen a as quais designou por respectivamente sintomatologia etiologia e terap utica i 5 As patologias a abordar suas causas e efeitos s o aquelas que se encontram normalmente nos edif cios antigos e que s o de dois tipos a degrada o estrutural e o envelhecimento dos materiais A degrada o estrutural dos edif cios ocorre principalmente devido a assentamentos diferenciais das funda es ou por interac es de vizinhan a estas devido a obras e que provocam altera es s caracter sticas e ao equil brio dos solos O envelhecimento dos materiais devido ac o dos agentes atmosf ricos e presen a de humidades TTi w Assentamentos Causas Constru es fundadas sobre aterros Movimenta o de solos que implicam altera o do posicionamento e equil brio das funda es directas semi directas e indirectas Lavagem dos terrenos envolventes ao edif cio ou desloca o de veios de gua mpermeabiliza o de terrenos pr ximos com consequentes altera es nos sistemas de drenagem 27 Composi o dos solos brandos argilosos aluvianares sujeitos a deslizamentos Aumento de n mero de pisos A
21. de frio Pelo interior a alvenaria dever ser rebocada e pintada com tinta de gua Para a protec o da zona mais exposta ao n vel do piso t rreo prop e se a execu o de uma solu o bastante comum nesta rea de interven o revestindo se a parede exterior do espa o destinado a com rcio com pedra Deste modo a zona mais exposta fica protegida de eventuais acidentes ou mesmo de vandalismos Figura 3 33 Figura 3 33 Edif cio revestido com pedra ao n vel do piso t rreo Largo do Chafariz de Dentro e Rua do Terreiro do Trigo 95
22. do a um im vel um n vel de classifica o mau ou p ssimo a CAM determina se o pr dio pode ser reabilitado ou se deve ser demolido por apresentar riscos para a seguran a ou sa de p blica e n o ser tecnicamente vi vel a sua recupera o 23 Quando a CAM entenda que o pr dio deve ser recuperado ou demolido transmite essa informa o aos servi os municipais com compet ncia em mat ria de urbanismo A avalia o do estado de conserva o de um edif cio essencial para a realiza o de um diagn stico adequado permitindo p r em pr tica um programa de interven o Para fixar os n veis de conserva o essencial Fazer a observa o directa do edif cio registando as suas caracter sticas construtivas e as anomalias que o afectam Fazer o registo cuidado e tanto quanto poss vel exaustivo das anomalias com o seu mapeamento em plantas al ados e cortes e o registo das mesmas em fotografia ou filme Avaliar a forma como se relacionam entre si as patologias observadas interpretando a sua distribui o em planta e em altura Recorrer a campanhas de prospec es inspec es e ensaios nos elementos n o identific veis por observa o directa nomeadamente as estruturas As prospec es s o sempre solu es intrusivas o que limita a sua aplicabilidade em casos pontuais por exemplo quando se est perante elementos decorativos de elevado valor Interpretar os resultados da observa
23. ecopontos e ecocentros Em Alfama est implementado um sistema de recolha porta a porta A CML distribui pelos moradores desta zona sacos com cores diferenciadas para a recolha selectiva dos res duos s lidos urbanos Este caso de estudo pretende mostrar que a educa o ambiental dos utilizadores e a qualidade dos servi os s o da responsabilidade de todos 100 4 Conclus es Gerais 4 1 Conclus o e Considera es Finais As medidas previstas nas diversas fases do presente trabalho t m como base e ponto de partida reas de interven o localizadas nos Bairros Hist ricos com as suas caracter sticas muito pr prias Considera se que os objectivos propostos foram substancialmente alcan ados A reabilita o dos edif cios nestas zonas defrontam se com dificuldades e limita es pois localizam se em ruas escadas e becos o que dificulta e condiciona a metodologia de interven o Estas interven es exigem um maior rigor e min cia de execu o n o esquecendo uma adequada qualifica o do corpo t cnico e de m o de obra especializada e sensibilizada para este tipo de obras Foi poss vel aplicar a abordagem enunciada no cap tulo 2 ao caso de estudo As solu es encontradas visaram a manuten o da imagem dos edif cios tanto no que concerne sua volumetria como sua morfologia respeitando o enquadramento urbano Na fase de demoli o parcial tornou se claro que a gest o dos res duos dev
24. express o que a reabilita o tem na actividade do sector 32 Maior dificuldade de licenciamento Para al m da regulamenta o gen rica da constru o existem condicionantes de ordem patrimonial muitas vezes de interpreta o subjectiva Impossibilidade de cumprimento do RGEU As condicionantes dos edif cios s o muitas vezes incompat veis com o cumprimento do RGEU As solu es de compromisso entre o respeito pelo edificado e a melhoria das condi es de habitabilidade conduzem a interpreta es subjectivas Edif cios objecto de interven o A maior parte dos edif cios apresentam elevado estado de degrada o Entidades licenciadores O seu papel fundamental no sentido de facilitar o processo de licenciamento em conjuga o com o IGESPAR investindo mais nos meios de fiscaliza o devidamente preparados para a reabilita o Devem garantir a aplica o de procedimentos adequados perante a constata o de viola es das regras aplic veis da tica e do rigor profissional atrav s de promotores engenheiros e arquitectos projectistas e construtores e ainda garantir a exist ncia no munic pio de equipas pluridisciplinares competentes capazes de fazer a avalia o objectiva das implica es efectivas das opera es de reabilita o propostas Devem assegurar uma maior objectividade das regras do licenciamento quer atrav s do PDM quer atrav s dos planos de urbaniza o e
25. expressar o meu reconhecimento a todos os que de alguma forma contribuiram para a sua realiza o Ao Sr Eng Braz o Farinha meu professor e meu orientador acad mico pelo apoio e disponibilidade sempre demonstrados apresentando as suas sugest es e conduzindo me por um caminho que me deixava livre para seguir as minhas pr prias op es Ao meu marido e s minhas filhas In s e Margarida os amores da minha vida pelo seu amor carinho e por acreditarem em mim apoiando me incondicionalmente Sempre souberam compreender e aceitar as minhas aus ncias e suportar a minha impaci ncia e ansiedade nos momentos mais dif ceis Aos meus pais pelo modo como me transmitiram os seus valores a sua concep o de vida na fam lia e na profiss o minha m e pelo seu amor e carinho Ao meu pai por constituir uma refer ncia de profissionalismo e por me ter transmitido e partilhado as suas ideias fazendo com que a minha vis o sobre a Engenharia fosse mais completa Aos pais do meu marido pelo carinho confian a e apoio incondicional s minhas amigas pela forma como compreenderam o meu sil ncio e a minha aus ncia e sobretudo pela for a e energia que me deram tempo e a tranquilidade necess rias para prosseguir e terminar esta tese O meu reconhecimento aos meus colegas do Departamento de Projectos pela disponibilidade pela experi ncia conhecimentos e qualidade da informa o que me proporcionaram em especial
26. maior parte da massa das paredes se encontra pelo interior da camada de isolamento t rmico Economia de energia devido redu o das necessidades de aquecimento e de arrefecimento do ambiente interior Diminui o da espessura das paredes exteriores com consequente aumento da rea habit vel Redu o do peso das paredes e das cargas permanentes sobre a estrutura Aumento da protec o conferida ao tosco das paredes face s solicita es dos agentes atmosf ricos choque t rmico gua l quida radia o solar Diminui o da varia o de temperaturas a que est o sujeitas as camadas interiores das paredes ESUESUS C3 O ar Figura 2 23 A Reboco t rmico pelo exterior sistema ETICS B Alvenaria 52 No que diz respeito humidade pode se afirmar que o sistema tipo ETICS resiste humidade proveniente do exterior e evita as condensa es superficiais e internas Deste modo as paredes impedem que a humidade do solo e a precipita o penetrem na constru o e se propaguem a outros elementos construtivos promovendo a sua degrada o Importa referir ainda que algumas das anomalias detectadas nos sistemas ETICS como por exemplo a fissura o a eventual queda de placas a descolagem parcial do sistema o destacamento e ou empolamento do reboco ou do revestimento final resultam de erros associados a uma incorrecta execu o
27. o os custos de inspec o os custos de manuten o os custos de reabilita o os custos de explora o energia gua emiss o de polui o e os custos de demoli o desconstru o custos directos e indirectos impactes ambientais e energ ticos de n o reutilizar reciclar 48 Quando os edif cios actuais atingirem o fim da sua vida til a op o de os demolir e enviar os produtos dessa demoli o para aterro poder j n o existir As realidades econ micas e ecol gicas poder o impor que eles sejam preservados remodelados reutilizados ou quando nenhuma destas op es for poss vel que os seus materiais e componentes sejam reciclados Neste contexto os edif cios feitos com materiais dur veis bem identificados com um m nimo de constituintes t xicos e capazes de serem desmantelados facilmente ser o os de maior valor 14 f Versatilidade e adaptabilidade A versatilidade e adaptabilidade poder o ser consideradas como uma inova o ao n vel do conceito uma vez que a flexibilidade e adaptabilidade dos espa os s agora come a a ser uma preocupa o significativa dos utilizadores De acordo com o estudo com o t tulo O Futuro da Habita o apresentado por Jorge Alves et al no Encontro Nacional Sobre Qualidade e Inova o na Constru o realizado em Novembro de 2006 no LNEC a emerg ncia de novas tecnologias as novas tend ncias demogr ficas e ambientais e os novos p
28. o e das campanhas de prospec es inspec es e ensaios encontrando uma explica o t cnica para a gera o e desenvolvimento de anomalias A observa o directa exige uma s lida forma o generalista nas reas tecnol gicas conhecimentos sedimentados em termos de hist ria da constru o capacidade e experi ncia de observa o 2 4 2 Levantamento de Edif cios Antigos Qualquer interven o que se pretenda levar a efeito em edif cios antigos carece de um levantamento que constitui o primeiro elemento de trabalho Deve ser executado segundo o grau de classifica o patrimonial do edif cio e deve ser suficientemente abrangente para se constituir como um conjunto de informa es as quais indiciam a futura interven o 24 Sobre o edificado constru do importa observar Y Valor patrimonial do todo ou de elementos Y Condicionamentos legais a ter em conta na interven o Y Enquadramento urbano Y Geometria da constru o Y Desvios geometria base 4 Identifica o das patologias y Avalia o das condi es de salubridade Sobre os valores simb licos e sociais importa salientar Y Valor hist rico Y Valor simb lico que o edif cio ou o conjunto tem para a sociedade y Caracteriza o socioecon mica da popula o utente e o da futura popula o a que se destina Y Conhecimento dos usos e fun es que o edif cio preencheu ao longo da sua hist ria Os dados recolhidos e regi
29. o levantamento e as fotografias do existente proporcionam uma vis o do estado actual do edif cio 23 83 Figura 3 19 Antes e Depois Simula o 23 s ssssresrresrnresrnrnnnnrnnrnrnnnnrnnrnnnnrnnnnrnnnnnnnnnrnnrnrnnrenrerenrerens 84 Figura 3 20 Planta do piso t rreo Com rcio 23 s ssssresrrsrrssrnsrnrnnrnurnnrnurnnrnnrnnrnnnrnnrnnrnnrnnrnrrnrrnrrnrrnnns 85 Figura 3 21 Planta do primeiro piso T1A 23 iii iii a 86 Figura 3 22 Cozinha T1A Abertura em vidro entre a zona da bancada de trabalho e os arm rios superiores Atrav s desta abertura o vest bulo de entrada beneficia da entada de Uzias 87 Figura 3 23 Instala o sanit ria Abertura em tijolo de vidro na parede que faz a separa o com a zona das escadas comuns Revestimento em azulejo apenas nas zonas onde h poss vel contacto com gua 23 rara renan 88 Figura 3 24 Cozinha T1B Abertura em vidro entre a zona da bancada de trabalho e os armarios Superiores 23 nor 88 Figura 3 25 Planta do segundo piso T1B No segundo piso localiza se um apartamento de tipologia T1 cuja organiza o e disposi o dos compartimentos permite a interliga o entre os diversos espa os 23 s ss sssssssrsrensrnrnnrnsnnrnnrnnnnnnnnnnrnnrnnrnnrnnrnrenrnnns 89 Figura 3 26 Corte CD segundo piso T1B Pain is m veis entre a zona da sala e a zona mais CAPE PRA A RR PR RR RP 89 Figura 3 27 Corte CD 3 piso e 4 piso T2 duplex Escadas met li
30. o segundo quarto uma instala o sanit ria e uma zona em mezzanine aberta para a zona de estar da sala permitindo se assim uma utiliza o deste espa o de uma forma menos convencional dando se simultaneamente uma maior dimens o ao fogo Os diferentes fogos s o servidos por um n cleo de acesso comum com ilumina o zenital e v o sobre a poria de entrada do edif cio as quais possibilitam a ilumina o natural atrav s de paredes de tijolo de vidro das instala es sanit rias dos pisos superiores O acesso cobertura garantido atrav s de escadas verticais localizadas no ltimo patamar do edif cio 81 EDIF CIO CONFINANTE EDIF CIO CONFINANTE EDIF CIO CONFINANTE Planta do piso t rreo Planta do piso 1 Planta do piso 2 EDIF CIO CONFINANTE EDIF CIO CONFINANTE EDIF CIO CONFINANTE Planta da cobertura Planta do piso 3 Ed SIRI Corte A B Figura 3 17 Distribui o funcional Plantas do piso t rreo dos pisos 1 a 4 da cobertura e corte A B 23 Do ponto
31. os edif cios envolventes a fim de reduzir ou de prefer ncia evitar danos nos respectivos revestimentos e estruturas Com esse objectivo dever ser feita a manuten o das paredes que encostam nas empenas vizinhas e de tro os das fachadas e da parede que separa os dois edif cios em estudo Deve ser previsto um escoramento met lico que apoiando e contraventando esses elementos permite garantir em simult neo a substitui o das lajes no seu efeito de impedimento aos deslocamentos horizontais dos edif cios vizinhos Nesses tro os de parede com fun o resistente dever ainda proceder se ao enchimento dos pain is vazios dos v os com alvenaria de tijolo bem travada Esses contrafortes e elementos de escoramento ser o demolidos ou retirados j em fase de reconstru o quando a estrutura definitiva poder garantir o referido contraventamento De qualquer forma medida que for decorrendo a demoli o e em face dos resultados obtidos da monitoriza o dos alvos topogr ficos poder haver a necessidade de ajustes Considera se interdita a utiliza o de explosivos pelo que o transporte em cami es de produtos perigosos ser id ntico ao dos cami es da obra O transporte dever obedecer a medidas de seguran a para evitar eventuais contamina es Dada a exiguidade do espa o dispon vel e tamb m devido necessidade de reduzir ao m ximo o n vel de ru do e das vibra es introduzidas em obr
32. paredes interiores dispostas segundo direc es ortogonais conferindo um travamento vertical que em conjunto com os pisos de madeira conferem maior rigidez estrutura Existem tamb m paredes interiores em tabique Em muitos casos o edif cio assenta sobre um andar t rreo com arcaria em parede ou ab bada de tijolo Paredes me s entre edif cios acima dos telhados com vista redu o dos riscos de passagem de fogo de uns edif cios para outros Rigor do detalhe construtivo da liga o da gaiola ao r s do ch o essencialmente por pernos met licos chumbados nas paredes ferrolhos com vista ao bom comportamento estrutural perante sismos 20 RTRM arii iii A iir Em nd pi MAS Figura 2 17 Gaiola pombalina Fonte A M Lisboa Relativamente s funda es deste tipo de edif cios a sua execu o caracteriza se igualmente por uma rigorosa metodologia Quando necess rio as funda es eram constitu das por estacas de madeira cravadas em verde numa plataforma de terreno previamente compactado com um ma o Sobre o cabe o das estacas eram colocadas longarinas e travessas que constitu am uma grade de distribui o em madeira Esta grade era envolvida com um massame ficando preparada para receber as paredes de alvenaria assim como os pilares de cantaria de apoio das ab badas sobre as quais era assente o sobrado do 1 andar A parte superior das ab badas era preenchid
33. pelas obras de altera o a que foram sujeitas ao longo dos anos 19 2 3 2 Edif cios Pombalinos Dando in cio caracteriza o deste tipo de edif cios apresenta se uma breve resenha hist rica desta tipologia de constru o Na sequ ncia da destrui o pelo terramoto maremoto e inc ndio que durou seis dias ocorridos no dia de Todos os Santos do ano de 1755 na cidade de Lisboa e para a sua reconstru o houve a preocupa o de dotar os edif cios de caracter sticas que lhes permitissem resistir aos sismos e ao fogo O ent o Primeiro Ministro do reino Sebasti o Jos de Carvalho e Melo o Marqu s de Pombal liderou a equipa formada pelos Arquitectos Eug nio dos Santos e Carlos Mardel e o Engenheiro Manuel da Maia que implementaram um processo construtivo completamente novo na poca Tiveram assim aten o a diversos aspectos que at ent o n o tinham sido contemplados como a estabilidade dos edif cios perante as ac es s smicas a seguran a contra inc ndios e a standardiza o dos elementos construtivos Esta foi a g nese dos Edif cios Pombalinos Estes edif cios caracterizam se pelos seguintes aspectos Geometria regular Grandes paredes mestras de alvenaria de pedra de razo vel qualidade de uma ou duas folhas presas a um p rtico tridimensional interior em madeira com a fun o de solidarizar os diferentes elementos estruturais Gaiola de madeira ou frontal pombalino nas
34. quadrados e de dimens es reduzidas apresentam na grande maioria um piso ou dois A organiza o espacial dos fogos simples seguindo um modelo em cruz n o dispondo de ilumina o e ventila o naturais nos compartimentos que se situam na parte traseira do edif cio Um outro tipo de edif cios talvez o mais generalizado caracteriza se pela sua influ ncia g tica de forma rectangular e de fachadas estreitas albergando apenas um fogo por piso e direccionado para fins exclusivamente habitacionais Ocupa lotes estreitos e profundos estando a sua fachada principal voltada para as ruas principais Em altura pode ter tr s pisos acima do piso t rreo O espa o interior divide se em duas reas Podemos encontrar um primeiro espa o a sala de fora voltada para a rua principal com varanda e janela de sacada Um segundo espa o destinado s fun es dom sticas que se localiza na parte traseira do lote junto ao logradouro a que d acesso O edif cio de andar de ressalto um outro tipo de edif cios pr pombalinos Caracteriza se por ser implantado em lotes estreitos com dois andares de ressalto e telhado de duas guas Com o piso t rreo constitu do por paredes de alvenaria de pedra os pisos superiores s o suportados por arcos tamb m de alvenaria As paredes de fachada dos pisos superiores s o constitu das por alvenaria mista com elementos de madeira A maioria destes edif cios encontra se adulterada
35. sua globalidade O valor adv m essencialmente do factor urban stico pelo facto de pertencer a uma frente de rua Trata se de edif cios de habita o da primeira metade do s culo XIX que se encontram em harmonia com o conjunto urbano envolvente onde o n mero de pisos de v os a tipologia dos materiais utilizados e o modelo construtivo se repete Estes edif cios encontram se sob a interven o da Unidade de Projecto de Alfama Ao longo dos anos foram realizadas v rias vistorias destacando se as efectuadas em 19 de Maio de 1986 26 de Agosto de 1987 26 de Junho e 4 de Julho de 2003 Anexo As informa es relativas ao seu interior s o muito limitadas recorrendo se analogia com outros edif cios de constru o semelhante N o tendo sido encontrada informa o relativa ao historial dos edif cios n o poss vel estabelecer qualquer sequ ncia da evolu o construtiva 3 1 2 Caracteriza o dos Edif cios Edif cio com os n meros 10 a 12 O edif cio composto por quatro pisos constituindo um 5 piso no aproveitamento do desn vel da cobertura e com uma rea bruta de constru o de 136m2 ocupando um lote de 34m2 Relativamente sua composi o trata se de um edif cio misto de gaveto com uso habitacional nos pisos 1 2 e 3 e comercial no piso O Edif cio com os n meros 14 a 16 O edif cio composto por 5 pisos tem uma rea bruta de constru o de 155m2 ocupando um lote de 31m2 Apre
36. uma interven o do Estado tendente a intervir a respectiva evolu o a par das reas cr ticas de recupera o e reconvers o urban stica merecem uma aten o particular as zonas urbanas hist ricas cuja conserva o recupera o e readapta o constituem um verdadeiro imperativo nacional entende se por reabilita o urbana o processo de transforma o do solo urbanizado compreendendo a execu o de obras de constru o reconstru o altera o amplia o demoli o e conserva o de edif cios A CML tem vindo ao longo dos ltimos anos a realizar esfor os no sentido de fomentar a capacidade de atrac o de novos grupos populacionais quer atrav s de ac es de sensibiliza o junto dos propriet rios dos im veis degradados atrav s de programas subsidiados e espec ficos para as reas hist ricas quer efectuando obras municipais e por vezes at coercivas ou ainda procedendo a intima es utilizando para tal o Decreto Lei 555 99 de 16 de Dezembro na sua redac o actual pela Lei 60 2007 de 4 de Setembro Nos ltimos anos foram os seguintes os Programas a explorar no mbito da pol tica urbana municipal de apoio e incentivo reabilita o urbana 4 RECRIA que apoia a recupera o dos fogos arrendados A REHABITA que apoia as C maras Municipais na recupera o dos seus centros hist ricos 4 RECRIPH que tem como finalidade a recupera o de pr dios habitacionais antig
37. vel fazer circular o calor desde as zonas expostas ao sol at s zonas n o expostas O ar quente realiza um movimento ascendente dando lugar ao ar mais frio d Ilumina o natural O principal objectivo da ilumina o nos edif cios o de criar um ambiente visual agrad vel satisfazendo as condi es de ilumina o natural e artificial tendo como pressuposto a satisfa o das necessidades de conforto visual para os ocupantes e a utiliza o racional da energia para ilumina o pelo que esta constitui um dos principais factores condicionantes do ambiente interior nos edif cios 13 Os edif cios devem ser projectados e constru dos de modo a proporcionarem condi es de ilumina o natural e artificial adequadas para que as tarefas e actividades visuais que nelas ocorrem possam ser efectuadas em seguran a de modo preciso em conforto sem fadiga visual para os ocupantes e em condi es de efici ncia energ tica EN 12665 As aberturas al m de proporcionarem uma ilumina o adequada contribuem para a exist ncia de condi es adequadas de salubridade conforto e bem estar dos utilizadores atrav s da promo o do contacto visual com o exterior A ilumina o natural um aspecto fundamental tanto a n vel do consumo energ tico como ao n vel do conforto visual A utiliza o de cores claras nas paredes e nos tectos contribui de modo positivo para a distribui o da luz de real ar
38. vista morfol gico pretende se manter na ess ncia a apar ncia do existente a sua escala e impacto no tecido urbano onde se insere traduzindo a proposta agora apresentada a contemporaneidade em formas e t cnicas arquitect nicas respeitando as condi es de uso de volumetria e est tica do conjunto nomeadamente o ritmo a escala dos v os e a configura o dos telhados conforme Artigo 11 ponto 3 do PUNHACC 82 Prev se manter o desenho da cobertura nomeadamente no que diz respeito aos materiais aplicados Mant m se a trapeira inicial embora com um ajuste de posicionamento e um desenho mais contempor neo e simplificado A utiliza o de cantarias na moldura dos v os o soco e a imagem do cunhal em pedra que caracterizam actualmente os edif cios ser o reconstru dos de forma a garantirem uma melhor integra o da proposta e a manuten o da mem ria do lugar
39. 00 000 400 000 200 000 0 1981 1991 2001 Figura 2 1 Evolu o da popula o residente 1981 2001 Fonte INE Recenseamentos Gerais da popula o Tratamento CML Poder se afirmar que actualmente a popula o que reside em Lisboa aproximada da popula o que residia em Lisboa em 1930 sendo das capitais da Europa com maior percentagem de redu o de popula o ndice de Envelhecimento 250 200 150 100 50 Lisboa 1991 Lisboa 2001 Portugal UE 15 Figura 2 2 Envelhecimento da popula o Fonte INE Recenseamentos Gerais da popula o Tratamento CML De um modo id ntico em 2001 23 da popula o residente na cidade de Lisboa correspondia a idosos com mais de 65 anos Figura 2 3 Estrutura Et ria da Popula o Residente em Lisboa em 2001 S Popula o 0 14 11 5 Popula o 65 e 23 0 Popula o 15 64 b4 8 Figura 2 3 Estrutura et ria da popula o residente em Lisboa em 2001 Fonte INE Recenseamentos Gerais da popula o Tratamento CML Relativamente localiza o a zona de Lisboa que apresenta a percentagem mais elevada de alojamentos vagos na zona hist rica oriental destacando se o Castelo Na zona ocidental destaca se o Bairro Alto Figura 2 4 DD 415 a20 Norte E me 20 a 39 Camide Su 4 Percentagem de alojamentos vagos Charneca Censos 2001 12 0 a 9 Aeroporto 9 a 15 Camide 0 Olivais 6 O
40. 23 Uma vez que n o existem antecedentes desenhados no processo da CML e o levantamento do interior dos edif cios impossibilitado dadas as condi es de degrada o acentuada do edif cio o processo de encarnados e amarelos dos al ados s poder ser efectuado sobre o levantamento das fachadas Relativamente quest o do levantamento importa referir que este deve ter o m ximo rigor uma vez que ap s a demoli o este registo torna se juntamente com o levantamento fotogr fico num documento imprescind vel para a manuten o da mem ria visual e hist ria do lugar A simula o do edif cio antecipa a apar ncia que se pretende com a presente interven o Figura 3 19 E Figura 3 19 Antes e Depois Simula o 23 Tendo em vista a especificidade do bairro de Alfama e a preserva o da sua identidade e dos edif cios que o constituem consideram se fundamentais a verifica o dos crit rios adoptados anteriormente cumprir a linha m dia de c rcea dos edif cios na frente de rua respeitar a morfologia tanto das coberturas como das fachadas m trica geometria dos v os definidores da frente de rua caixilharias cantarias tendo obviamente o bom senso de que a inser o de uma interven o de qualidade num conjunto antigo n o ter que ser minucioso 84 Salienta se neste caso de estudo a necessidade do emparcelamento destas duas parcelas de forma a garantir uma solu o de interven
41. Arquitecta Joana Pinto que me facultou o Estudo Pr vio do Projecto de Arquitectura do Edif cio Caso de Estudo de que autora Ao Eng Carlos Bento meu amigo pela ajuda na defini o do aspecto gr fico Aos meus colegas de Mestrado em especial Ana Murteira Paulo Ferreira e Pedro F lix pela partilha das suas opini es e conhecimentos Finalmente uma vez mais s minhas filhas Margarida e In s pela ajuda na defini o do aspecto gr fico pelas resenhas hist ricas pelo incentivo e presteza no aux lio com a pesquisa e por terem partilhado comigo as suas ideias no desenvolvimento desta disserta o de Mestrado Resumo A reabilita o do edificado nos bairros hist ricos de Lisboa desperta actualmente um grande interesse e cresce o reconhecimento da import ncia cultural econ mica social e ambiental da reabilita o do seu patrim nio edificado poss vel reabilitar as constru es mais antigas introduzindo lhes altera es que respondam s exig ncias actuais no entanto necess rio distinguir entre o edificado que justifica a reabilita o e o que pode ser substitu do por demoli o parcial ou total seguida de reconstru o criteriosa de novos edif cios Este trabalho est estruturado em duas partes fundamentais Na primeira apresenta se um enquadramento onde se aborda a problem tica dos edif cios antigos degradados nos bairros hist ricos de Lisboa e se faz a caracteriza
42. EIGA M Ros rio PINA SANTOS Carlos Avalia o da aptid o ao uso de sistemas de isolamento t rmico para paredes do tipo ETICS LNEC QIC Novembro 2006 18 VEIGA M Ros rio PINA SANTOS Carlos Avalia o da aptid o ao uso de sistemas de isolamento t rmico para paredes do tipo ETICS LNEC QIC Novembro 2006 19 PINHEIRO Manuel Duarte Sistema de Avalia o da Sustentabilidade As Oportunidades da Constru o Sustent vel Centro de Congressos do IST Maio 2009 20 PINHEIRO Manuel Duarte Pinheiro Sistema Volunt rio para Avalia o da Constru o Sustent vel http www lidera info 2009 21 21 RIBEIRO Tiago Vicente C IAS V tor Metodologia para Maximizar a Qualidade na Constru o Nova e na Reabilita o LNEC QIC Novembro 2006 22 Regulamento do Plano de Urbaniza o do N cleo Hist rico de Alfama e Colina do Castelo Publicado no Di rio da Rep blica Il S rie de 15 10 1997 23 Estudo Pr vio do Projecto de Arquitectura da Cal adinha de Santo Est v o n 10 a 12 e 14 a16 da autoria da Arquitecta Joana Pinto 2009 106
43. INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA Departamento de Engenharia Civil ISEL Mm F Er E EL a a E ted o x i a f aro E m Er E En ki Pa i pi 3 i Sair f N nam 7 E J H k y a pa a E ami d Reabilita o Demoli o com Reconstru o de Edif cios nos Bairros Hist ricos de Lisboa LUC LIA CORREIA VIT RIA M GUERREIRO Licenciada em Engenharia Civil Disserta o para obten o do grau de Mestre em Engenharia Civil na rea de Especializa o de Edifica es Documento Definitivo Orientador Mestre Manuel Braz o de Castro Farinha Prof Adjunto ISEL J ri Presidente Doutor Jo o Alfredo Ferreira dos Santos Prof Coordenador ISEL Orientador Mestre Manuel Braz o de Castro Farinha Prof Adjunto ISEL Arguente Mestre Paulo Alexandre Malta da Silveira Ribeiro Prof Adjunto ISEL Dezembro de 2010 Agradecimentos Esta foi a ltima p gina escrita para esta tese e tamb m uma das mais dif ceis pois trata se de traduzir em palavras a import ncia e significado de ao longo dos anos ter podido contar com os t cnicos de reconhecido m rito que comigo partilharam conhecimento experi ncia confian a que me deram apoio e sobretudo me transmitiram bom senso quer na minha forma o acad mica quer no exerc cio da minha actividade profissional Agora que conclu a disserta o espero que o seu resultado seja merecedor de todo o tempo que me dedicaram Quero por isso
44. Morters Constru es SA Promoter rea torta de consir o 32020 m Foar Sea Localiza o nides Portugal Loca Tipo de Cort re o Residencial Des ttoto are Fase Pesjucio Prec hase Assess do LOA Eng La Somos rochoce LOA itest Vadede do cotfuado 2010 04 0 Vaotaa Figura 2 24 Certificado do Sistema de Avalia o LIDERA 20 2 7 3 Utiliza o e Manuten o de Edif cios Uma eficaz utiliza o e manuten o dos edif cios representam um papel fundamental na medida em que a preven o a detec o e a resolu o dos problemas s o fundamentais para a longevidade das constru es O plano de manuten o conserva o de um edif cio deve definir a periodicidade das inspec es e a manuten o necess ria prevenindo se deste modo a degrada o dos elementos construtivos das instala es e dos sistemas assegurando se assim as melhores condi es de utiliza o e a seguran a dos utilizadores pelo menor custo ao longo da vida til do edif cio 21 57 No processo dos edif cios dever incluir se um manual de utiliza o e a elabora o e implementa o de planos de manuten o Na medida em que os sistemas prediais de distribui o e drenagem de guas residuais s o muitas vezes respons veis pelo aparecimento de anomalias nas edifica es uma das preocupa es em termos de op es t cnicas ser a cria o de um sistema que possibilite um f cil acesso s zonas t cn
45. a selectiva dos res duos s lidos urbanos Este exemplo pretende mostrar que a educa o ambiental dos moradores e a qualidade dos servi os s o da responsabilidade de todos 58 3 Demoli o com Reconstru o de Edif cios Caso de Estudo 3 1 Localiza o e Caracteriza o dos Edif cios Os edif cios objecto de estudo localizam se na Cal adinha de Santo Estev o n meros 10 a 12 e 14 a 16 na freguesia de Santo Estev o do Bairro de Alfama em Lisboa Figura 3 1 e 3 2 Figura 3 2 Fotografia a rea dos edif cios em estudo Google Earth 59 j Figura 3 3 Fachadas principais dos edif cios n s 14 16 e 10 12 a partir do Largo da Cal adinha de Santo Estev o Em rela o envolvente o edif cio n 10 a 12 encontra se inserido no gaveto do quarteir o confinando a Sul e Poente com a via p blica e a Norte e Nascente com edif cios de habita o O edif cio n 14 a 16 confina com edif cios de habita o e a Sul com arruamento constitu do por escadas Cal adinha de Santo Est v o Quadro 3 1 Caracteriza o dos edif cios Edif cio de gaveto 10 12 Edif cio confinante 14 16 Habita o pisos 1 a 3 Habita o pisos 1 a 4 4 pisos o pisos Com rcio piso t rreo Com rcio piso t rreo rea implanta o 34 00 m rea implanta o 31 00 m 60 3 1 1 Enquadramento Hist rico Os edif cios possuem algumas qualidades est ticas em termos de conjunto edificado na
46. a com material de enchimento para tornar a superf cie horizontal No que respeita aos pavimentos dos andares superiores estes eram constitu dos por soalho e respectivo vigamento em madeira assentes sobre elementos estruturais igualmente em madeira os frechais Alguns destes edif cios encontram se adulterados pelas altera es que sofreram ao longo dos anos 2 3 3 Edif cios Gaioleiros Trata se de edif cios constru dos no per odo gaioleiro cuja constru o com estrutura de alvenaria a que corresponde quase por completo uma perda do anterior rigor construtivo da gaiola pombalina em que alguns elementos de solidariza o horizontal das paredes mestras pura e simplesmente desapareceram Acresce a circunst ncia de a m o de obra e os materiais empregues serem na maioria dos casos de qualidade inferior aos usados no per odo anterior 21 Associado a este per odo est o aumento no porte dos edif cios agravado pela deteriora o das pr ticas construtivas no fabrico das paredes de alvenaria acompanhada da sistem tica redu o da sua espessura ao longo da altura do edif cio No edif cio gaioleiro as paredes de alvenaria utilizadas podem classificar se em tr s categorias Paredes mestras geralmente de alvenaria de pedra irregular que varia desde a pedra rija at aos calc rios relativamente brandos argamassada com argila As espessuras variam entre os 0 90m no r s do ch o
47. a de ruas estreitas e empedradas adjacentes s zonas do Carmo e do Chiado O bairro sendo delimitado a Oeste pela Rua do S culo a Este pela Rua da Miseric rdia a Norte pela Rua D Pedro V e a Sul pela Rua do Loreto e Largo do Calhariz divide se pelas freguesias da Encarna o e de Santa Catarina Constru do em finais do s culo XVI foi um bairro residencial da aristocracia onde ainda se encontram algumas casas quinhentistas e vest gios de mans es nobres setecentistas e oitocentistas Actualmente um bairro t pico habitado por populares com os seus antiqu rios restaurantes e tasquinhas t picas casas de fado e uma vida nocturna muito caracter stica Figura 2 10 Mapa do Bairro Alto 12 Durante o S culo XIX e at ao terceiro quartel do S culo XX o bairro abrigava as sedes dos principais jornais e tipografias do pa s Ainda hoje poss vel encontrar ecos desse tempo em nomes de ruas como a Rua Di rio de Not cias ou a Rua do S culo O edif cio onde nasceu o jornal Di rio de Not cias foi mais tarde ocupado por A Capital di rio extinto em 2005 sendo hoje mais conhecido por Edif cio a Capital Junto ao Bairro Alto o Chiado a zona dos caf s emblem ticos como A Brasileira das escolas de arte dos teatros e da hist ria viva A zona do Carmo vizinha do Chiado tem alguns pontos fascinantes da hist ria da cidade como o Convento e a Igreja do Carmo q
48. a dever o apenas ser realizadas as demoli es e carregados os cami es Toda a actividade de tratamento de res duos e reciclagem dever ser realizada em local exterior obra 75 O Plano de Estaleiro o Plano de Gest o Ambiental e o Plano de Seguran a e Sa de s o fundamentais para a correcta planifica o e gest o da obra Assim a opera o de demoli o dever come ar pela montagem de estaleiro e veda o espec fica para os trabalhos de demoli o Seguidamente dever proceder se ao corte e protec o dos servi os envolvidos passando se ent o desmontagem e selec o e transporte dos produtos perigosos e dos produtos comerci veis para o seu destino Finalmente passa se para a demoli o dos elementos estruturais incluindo quando necess rio as funda es terminando se com a limpeza de toda a zona envolvente Relativamente solu o a adoptar dever o utilizar se essencialmente equipamentos ligeiros como sejam martelos pneum ticos para as paredes e revestimentos e corte com disco ou fio adiamantado para eventuais elementos mais resistentes tendo se especial cuidado em n o danificar os edif cios confinantes Qualquer solu o de implos o n o aceit vel uma vez que as vibra es associadas implos o quer do solo quer do ru do e o pr prio rebentamento colapso poderiam originar danos irremedi veis nas habita es vizinhas Como metodologia poss vel para esta demoli
49. a do edif cio com o n 10 a 12 2 Bacias das varandas das janelas de sacada e gradeamentos em ferro forjado 70 Edif cio com os n meros 14 a 16 Conservar os elementos de constru o e decora o a saber a m trica dos v os as cantarias de pedra muitas delas j ausentes ou s com vest gios e outras com vest gios de cimento o que deve ser considerado dissonante e a corrigir as bacias das varandas das janelas de sacada do 2 e 3 andares os gradeamentos em ferro forjado o soco em pedra a porta de entrada do n mero 16 com as respectivas ferragens e o beirado duplo de telha de canudo Neste contexto a proposta de interven o a apresentar consiste na reconstru o de um novo edif cio que ocupar a totalidade do lote Este caracterizar se pela manuten o do desenho da antiga fachada preservando a imagem do edif cio e recuperando o seu aspecio original considerando a reposi o de todos os elementos arquitect nicos e decorativos A volumetria dever ser mantida sendo considerados em termos de nova ocupa o um espa o comercial ao n vel do piso t rreo dois fogos de tipologia T1 e um de tipologia T2 correspondendo este ltimo a um duplex A cobertura dever ser morfologicamente inserida no local n o sendo alterado substancialmente o seu desenho inicial Deste modo ser o mantidas as caracter sticas morfol gicas e arquitect nicas do local 3 2 5 Ficha T cnica de Identifica o dos Edif ci
50. a estruturas s necessidades da popula o residente e de novos utentes cuja capta o e fixa o se considera fundamental As reas hist ricas s o constitu das por categorias destacando se as reas hist ricas habitacionais estando assim sujeitas ao disposto nos artigos 31 a 34 A demoli o para substitui o dos edif cios existentes s autorizada nos seguintes casos depois de licenciada a obra de constru o para o local v Em caso de ru na iminente do edif cio comprovada por vistoria municipal v Quando a C mara Municipal com base em parecer considerar que o edif cio existente n o representa um elemento com interesse urban stico arquitect nico e que o projecto apresentado contribui para a valoriza o arquitect nica urban stica e ambiental da rea e do conjunto em que se integra representando a substitui o total ou parcial do edif cio existente uma vantagem cultural e urban stica evidente 35 Quando o estado do edif cio existente ponha em risco a seguran a de pessoas e bens a demoli o n o fica condicionada ao licenciamento pr vio da obra de constru o para o local As obras de constru o de edif cios em substitui o dos demolidos ficam sujeitas aos seguintes condicionamentos v Manuten o do alinhamento edificado v Limite da possibilidade de constru o de caves nas reas hist ricas Ainda de acordo com o disposto no artigo 15 do PDM na planta do in
51. adr es de vida das popula es t m conduzido a profundas altera es nas viv ncias dom sticas e no uso dos espa os habitacionais Segundo os autores uma nova abordagem mais abrangente que encare a casa como uma entidade sist mica baseada na integra o cuidadosa e harmoniosa de v rias disciplinas e componentes fundamental para o surgimento de novas funcionalidades e de solu es criativas que satisfa am as exig ncias e anseios dos ocupantes O conceito de casa tem vindo a alterar se consideravelmente como resposta a mudan as demogr ficas e de transforma es na estrutura familiar e no estilo de vida mas tamb m como resultado de not veis avan os na ci ncia na engenharia e na tecnologia que alteram a nossa forma de viver de trabalhar e de estar o que pressup e que no actual quadro social e cultural faz sentido conceber fogos que possam acomodar facilmente ambientes familiares mut veis e novas formas de concep o ou seja que se adaptem s altera es que se t m vindo a desenvolver nas sociedades actuais Neste sentido a flexibilidade ser assim um requisito fundamental Os componentes de uma casa ser o facilmente alterados incorporados e substitu dos sempre que as fun es da habita o se alterem ou renovem 49 Tamb m a no o de adaptabilidade ser cada vez mais valorizada Aqui a altera o conceptual profunda Hoje os utilizadores t m de se adaptar casa onde
52. ais recicl veis reutiliz veis Desconstru o e Life Cycle Cost Ordem dos Engenheiros Julho 2006 PINHEIRO Manuel Duarte Sistema de Gest o Ambiental para a Constru o Sustent vel Que caracter sticas considerar caso do sistema LiderA LNEC QIC Novembro 2006 LNEC Aprecia o t cnica de solu es inovadoras A experi ncia do LNEC C IAS Victor A aplica o de novos materiais na reabilita o de edif cios Ordem dos Engenheiros Instituto Nacional da Habita o RIBEIRO Tiago C IAS Victor Metodologia para maximizar a qualidade na constru o nova e na reabilita o AGUIAR Jos CABRITA Reis APPLETON Jo o Gui o de apoio reabilita o de edif cios habitacionais Lisboa 19983 103 CABRITA Reis AGUIAR Jos Monografia portuguesa sobre inova o e reabilita o de edif cios Lisboa 1988 Plano Director Municipal Publicado no Di rio da Rep blica S rie B de 29 09 1994 Regulamento do Plano de Urbaniza o do N cleo Hist rico de Alfama e Colina do Castelo Publicado no Di rio da Rep blica Il S rie de 15 10 1997 Decreto Lei n 78 2006 de 4 de Abril SCE Sistema Nacional de Certifica o Energ tica e da Qualidade do Ar Interior Decreto Lei n 79 2006 de 4 de Abril RSECE Regulamento dos Sistemas Energ ticos de Climatiza o em Edif cios Decreto Lei n 80 2006 de 4 de Abril RCCTE Regulamento das Caracter sticas de Comp
53. aredes mestras meeiras criando uma descontinuidade de tens es na estrutura dos paramentos verticais com consequ ncias na estrutura dos pavimentos Altera o da composi o das alvenarias de enchimento em paredes estruturais Introdu o e substitui o de rebocos com argamassas de cimento Pinturas com tintas pl sticas texturadas ou but licas das paredes Substitui o de caixilharias de madeira por outras de alum nio Inadequada instala o de cozinhas e casa de banho Inadequada instala o de rede el ctrica Inadequada instala o de rede de abastecimento de guas Inadequada instala o de rede de esgotos de guas pluviais Inadequada instala o de rede de esgotos de guas residuais Altera es de uso 2 4 4 Fichas T cnicas de Identifica o de Edif cios Antigos Com o objectivo de criar e desenvolver um invent rio hist rico e morfol gico dos edif cios antigos a reabilitar foi concebida uma ficha t cnica de identifica o atrav s da an lise de uma amostra representativa de edif cios de habita o e com rcio Para tal foram utilizados os seguintes crit rios na pesquisa dos edif cios 4 Localiza o do edif cio Bairro Alto Mouraria e Alfama Y Edif cios antigos de habita o e com rcio degradados propriedade da CML y Tipologias dos edif cios 30 Y Estado de conserva o y Condi es de seguran a incluindo a estrutural y Situa o actual Y Dados do estudo
54. as a considerar em termos ambientais contemplar o a interac o com as zonas circundantes o controle dos n veis de ru do e vibra o e a redu o dos empoeiramentos atrav s da utiliza o de cortinas e da rega de produtos transportados 2 6 2 Res duos de Constru o e Demoli o Os Res duos da Constru o e Demoli o RCD s o os res duos provenientes das opera es de constru o reconstru o amplia o altera o conserva o limpeza restauro adapta o beneficia o demoli o e derrocada de bens im veis Neste sentido e segundo o Instituto dos Res duos os Res duos da Constru o e Demoli o incluem as tr s seguintes categorias 5 Inertes Es Res duos n o perigosos Res duos perigosos Relativamente ao tipo de materiais podemos classific los da seguinte forma gt Materiais org nicos destacando se o papel a madeira e os pl sticos E Materiais comp sitos onde se incluem as madeiras prensadas as madeiras envernizadas as paredes em gesso e o material el ctrico Materiais inertes o bet o as alvenarias o vidro as telhas cer micas as pedras as terras e os metais A deposi o destes res duos realiza se geralmente em aterros devendo por isso a sua gest o ser encarada segundo o princ pio dos tr s R s Reduzir Reutilizar e Reciclar De acordo com a Lista Europeia de Res duos os Res duos da Constru o e Demoli o est
55. as e na demoli o de paredes com vigas embebidas Na execu o das descidas adoptar se um sistema adequado de sinaliza o e ser o empregues se necess rio cabos de cauda Quando a demoli o de um elemento da constru o for efectuada por meio de press es ou choques devem ser tomadas as medidas necess rias para impedir que a queda desse elemento se processe para o lado onde se encontram os trabalhadores Uma vez que n o se pretende a destrui o em obra dos elementos demolidos os mesmos ser o conduzidos ao solo em pe as com dimens es compat veis com os meios de eleva o e de transporte dispon veis para o efeito Os produtos resultantes da demoli o ter o um dos seguintes destinos produtos a reutilizar produtos a comercializar para reciclar res duos para eliminar sendo que os procedimentos e o respectivo manuseamento dever o ser realizados respeitando as normas aplic veis Uma vez que se pretende sempre que poss vel realizar a reciclagem dos materiais recomend vel uma demoli o com separa o selectiva A Figura 2 21 ilustra as importantes fases a considerar Reutiliza o de Materiais Reciclagem de Materiais Residuos de Constru o RCD Demoli o Selectiva Figura 2 21 Demoli o selectiva reciclagem e reutiliza o de materiais 40 Os trabalhos de demoli o implicam que se adopte um conjunto de recomenda es de modo a minimizar o impacto ambiental As medid
56. bara adas de todas as pe as salientes de madeira ou ferro quando essa sali ncia for superior a dois metros As escadas e as balaustradas ser o mantidas nos seus lugares durante o maior per odo de tempo poss vel Os elementos a demolir particularmente paredes e chamin s n o podem ser abandonados em posi o que torne poss vel o seu derrubamento por ac es eventuais e devem ser apeados por partes Sempre que em resultado da demoli o de alguns elementos de uma obra o equil brio das partes restantes ou das constru es vizinhas fique comprometido devem ser tomadas precau es tais como coloca o de espias contraventamentos escoras ou outras medidas adequadas com vista a colocar os trabalhadores ao abrigo de qualquer risco de desmoronamento Os produtos da demoli o dever o ser imediatamente retirados para fora do edif cio Estes n o dever o ser atirados ou lan ados de uma altura que possa causar danos aos trabalhadores ou s pessoas que se encontram perto do local de constru o Os trabalhos de demoli o implicam que se adopte um conjunto de recomenda es de modo a minimizar o impacto ambiental A rvore existente na envolvente Largo dever ser protegida de empoeiramento e periodicamente regada limpeza da copa se a demoli o ocorrer em per odo seco Antes de come arem os trabalhos de demoli o um corpo t cnico com forma o especializada sensibilizado para este tipo de
57. buildings which show a high state of degradation located in Alfama quarter and addresses the practical application of the issues discussed and developed in the first part of this study We live in an era in which energy problems are also strongly emphasized and therefore in the proposed building reconstruction an adequate response to the needs of the end users while not compromising the interests of future generations is provided Keywords Old buildings Historic Lisbon neighbourhoods diagnosis degradation pathology rehabilitation demolition reconstruction li ndice DO SO E E E A LI GOm dern er GE aa i R 1 P ODEVU a 2 1 3 Sintese da Disserta o saio 3 2 Enquadramento e An lise Estrat gica para Reabilitar o Edificado Dedra a 2 1 Breves Observa es de Contexto assi rig 5 2 1 1 A Problem tica dos Edif cios Antigos DegradadoS s ssssssssesresririnsrnsrnsrnrrnrrnrrnrrnrrerrenrenn 5 2 1 2 Reabilita o Urbana pr 8 2 2 Caracteriza o do Bairro Alto Bairro da Mouraria e Bairro de Alfama 11 2a Oa ii 11 2 2 2 Caracteriza o do Bairro AlO sai guide resida di 12 2 2 3 Caracteriza o do Bairro daN ATA 13 2 2 4 Caracteriza o do Bairro de AlfaMAa s ss ssssssrsrsrnrnsrnnnnrnnnrnrnurnrnrnnrnrnrnnrnnnnrnrnrnnrernrnrnrrnrnrns 15 2 3 Caracteriza o dos Edif cios antigos s sssssessessrnsrnsresrnnrnnrnrnnrnnrnnrnnrunurnurnnrnnrnnrnnrnnrnnrnnrnnrnnrrnnns 17 2 el ENIO S Pre POMBAS ca a
58. ca o a procura da sustentabilidade na reconstru o vem fomentar o aparecimento de sistemas volunt rios de avalia o e certifica o ambiental sendo o sistema Lidera a proposta a n vel nacional 55 Entre os sistemas volunt rios mais conhecidos internacionalmente para o edificado destacam se no Reino Unido o sistema BREEAM Building Research Establishment Environmental Assessment Method em Fran a o HQE Haute Qualit Environnementale d s B timents nos Estados Unidos da Am rica o LEED Leadership in Energy amp Environmental Design e na Austr lia o NABERS National Australian Building Environmental Rating System Estes instrumentos permitem que se identifiquem quais os crit rios a serem considerados na fase estruturante que a concep o levando a que as medidas adoptadas atinjam n veis de desempenho ambiental com vista certifica o 19 O Lidera a designa o do sistema de avalia o e reconhecimento volunt rio da constru o sustent vel e ambiente constru do O Lidera consiste num sistema de n veis de desempenho ambiental da constru o numa ptica de sustentabilidade que se comparam com diferentes valores de desempenho os quais devem ser melhores que as pr ticas existentes fornecendo uma avalia o final da sustentabilidade da constru o e ambientes constru dos Assim disp e de tr s n veis princ pios orientadores estrat gico requisitos para a sustentabilidade
59. cas para acesso ao piso SUPERIOR GO UDN asian 90 Figura 3 28 Planta do terceiro piso T2 duplex No terceiro piso localiza se um apartamento de tipologia T2 duplex cuja organiza o e disposi o dos compartimentos permite a interliga o entre os diversos espa os quer ao n vel do piso inferior quer entre os aaea E e o A PAS PNR APRE DERA RR RR RR RCE NR AR 90 Figura 3 29 Planta do quarto piso T2 duplex Aproveitamento do desn vel da cobertura 23 91 vi Figura 3 30 Cozinha T1B e T2 duplex Entre os arm rios superiores e o tecto prop e se uma bandeira em vidro que permite a entrada e distribui o da luz natural at zona mais interior do edif cio 23 eee Figura 3 31 Corte A B e Corte C D Zi Figura 3 32 Corte A B As aberturas na cobertura na zona da porta de entrada principal do edificio e ainda na zona superior da parede entre a cozinha e n cleo de escadas possibilitam a distribui o da luz natural nas zonas comuns e nas instala es sanit rias dos fogos contribuindo se deste modo para uma poupan a energ tica Pe a O E E E E I T E S Figura 3 33 Edif cio revestido com pedra ao n vel do piso t rreo Largo do Chafariz de Dentro e Rua do Terreiro do TrigO rango Figura 3 34 Al ados Sudoeste e Sudeste Sistema tipo ETICS protegido com revestimento em pedra ao nivel do piso t rreo 2 eso Figura 3 35 Simula o dos espa os interiores Cria o de aberturas possibilitando a j
60. ciclados sendo por vezes integrados nos circuitos de reciclagem atrav s de sucatas A madeira poder ser triturada e utilizada como material de aterro limpa e transformada em adubo compostagem e transformada para utiliza o em produtos derivados da madeira aglomerados e os elementos de maior dimens o poder o ser reutilizados em novos elementos construtivos 2 7 Reconstru o H uma certa vis o de muitos arquitectos em rela o s obras de reabilita o segundo a qual estas n o permitem um uso pleno da criatividade por parte do seu autor Ora isto n o verdade O que n o falta s o casos de reabilita es em que a criatividade est presente muitas vezes de um modo not vel Arg Nuno Teot nio Pereira 2 1 1 Emparcelamento O emparcelamento n o mais do que a anexa o de parcelas de terreno para execu o de uma nica obra sempre que se justifique Tratando se de reas classificadas na Planta de Classifica o do Espa o Urbano do PDM como reas Hist ricas Habitacionais importa salientar que as parcelas onde se encontram implantados edif cios confinantes em estado de obsolesc ncia sujeitos a demoli o constituem uma opera o urban stica de loteamento que permite a constitui o de um lote nico no mbito do qual se prev a reconstru o de um edif cio mantendo a apar ncia 43 exterior e volumetria determinantes para o interesse urban stico do conjunto edifica
61. cios dever ser avaliado tendo em considera o o seu ciclo de vida fabrico utiliza o eventual reciclagem e dep sito al m das emiss es de CO2 para a atmosfera do potencial de destrui o da camada de ozono da contamina o dos recursos e da presen a de metais pesados A aplica o de um sistema de isolamento t rmico pelo exterior tipo ETICS External Thermal Insulation Systems poder igualmente ser considerado como uma inova o ao n vel de solu o a adoptar pois permite minimizar as trocas de calor com o exterior com a consequente redu o das necessidades de aquecimento arrefecimento e diminui o dos riscos de ocorr ncia de condensa es na composi o das paredes exteriores de fachada Segundo J Raimundo e Jorge Falorca de acordo com a an lise que efectuaram sobre a evolu o e o comportamento de um ETICS pode afirmar se que o sistema ETICS bastante usado em diversos pa ses europeus constituindo uma ptima solu o em termos energ ticos e construtivos Em Portugal apresenta ainda um car cter inovador dada a forte implementa o dos revestimentos tradicionais No entanto face s crescentes exig ncias relacionadas com a poupan a energ tica nos edif cios bem como s necessidades de economia e de moderniza o das constru es este sistema poder afirmar se num curto per odo de tempo como um forte concorrente aos revestimentos mais comuns 16 Este sistema compacto de reve
62. cumento no qual se refere dever ser determinado a demoli o do edif cio devido ao facto de existir permanentemente risco de derrocadas parciais para a via p blica Anexo Aliada necessidade de demoli o e reconstru o constata se a necessidade de se proceder a uma reorganiza o espacial dando cumprimento s regulamenta es actuais 3 6 2 Emparcelamento No sentido de se obter um emparcelamento das parcelas onde se encontram implantados os edif cios em estudo requer se uma opera o de loteamento para constitui o de um lote nico no mbito do qual se prev a constru o de um s edif cio mantendo se a apar ncia e volumetria dos existentes Quadro 3 2 Quadro 3 2 Caracteriza o patrimonial das parcelas edif cios Local Ficha Artigo S F rea Natureza Situa o Patrimonial Cal S Est v o 10 12 84 Santo Est v o 15 1 34 00m Pr dio Urbano Registado Cal S Est v o 14 16 80 Santo Est v o 16 1 31 00m Pr dio Urbano Registado O lote de terreno a constituir com uma rea de 65 00m tem os limites definidos na planta de localiza o e ser objecto de uma obra de reconstru o construindo se um edif cio nico composto por quatro frac es uma comercial dois fogos de tipologia T1 e um fogo de tipologia T2 duplex Figura 3 16 79 Esc St Est v o Q 15 gt Eu a v E kel o o q O E Ac 9 14 59 r EEE ha Santo Est v Carneiro
63. de encontro de gentes de diferentes culturas e simultaneamente um local que mant m vivas as suas antigas tradi es populares como se pode confirmar pela exist ncia de v rias casas de fado bares tabernas e colectividades culturais e desportivas a par de estabelecimentos comerciais de origem chinesa e indiana Do Po o do Borrat m sobe se pelas escadas do Beco dos Surradores nada com feitio de beco deixando se esquerda logo ao in cio a Rua de S o Pedro de M rtir de onde saem mais escadas reunindo se e conjugando se acabando por se reunir no Largo dos Trigueiros Este s tio da Achada arrabalde da cidade mu ulmana deve o seu nome muito antigo e Figura 2 12 Fotografia a rea localizando a rea da caracter sticas ao facto de aqui se encontrar Mouraria uma pequena plan cie ou descanso da encosta achada Com efeito uma contrac o de achaada terra ch 1554 Como se pode verificar aqui h casas curiosas interessantes na sua constru o de alguns s culos por exemplo estas da esquina n 17 a 19 de feitio setecentista com o primeiro piso de ressalto e tr s andares e na reentr ncia da Achada defronte do Largo este prediozinho n 6 com porta ogival simples e janelas do mesmo tipo 2 Consta que este arrabalde da cidade sucessivamente romana mu ulmana e crist desempenhou durante longos tempos um papel importante nas trocas comercias entre a cidade e o que fica
64. dif cios com reas de constru o reduzidas e falta de espa o para estaleiro Processo moroso Cada interven o carece das mesmas especialidades e tr mites burocr ticos da constru o nova muitas vezes com pareceres de maior n mero de entidades Uma interven o conjunta em dois edif cios pode implicar um processo de loteamento seguido dos projectos de arquitectura e de todas as especialidades provocando desgaste nos intervenientes devido ao tempo do processo O trabalho de fiscaliza o mais intenso devido inevit vel ocorr ncia de mais imprevistos e d vidas durante a execu o da obra Complexidade das interven es Decorrentes da aplica o dos normativos espec ficos dos diversos bairros hist ricos e outras entidades e da necessidade frequente de recorrer a emparcelamentos ou loteamentos Condicionantes e entidades a consultar PDM RGEU IGESPAR CML IHRU RSB Especificidade das interven es Cada edif cio tem especificidades pr prias definidas em fun o de um diagn stico das suas patologias no sentido de determinar a interven o mais adequada ao n vel da salvaguarda do patrim nio das solu es construtivas das condi es de habitabilidade e do custo da obra o que pressup e uma maior especializa o t cnica com dom nio das t cnicas construtivas e n o intrusivas Verifica se no entanto uma escassez de recursos mais vocacionado para constru o nova devido pouca
65. do permitindo desenvolver uma solu o de organiza o interna de um fogo por piso por exemplo com ocupa o da rea total de implanta o 2 1 2 Concep o Conceitos A interliga o entre a Constru o e a Ecologia hoje incontorn vel A Constru o Sustent vel deve cada vez mais ser uma aposta no momento de reabilitar um edif cio pois contribui para um melhor desempenho t rmico das frac es habitacionais atrav s de interven es na envolvente opaca nas caixilharias nos equipamentos de produ o de guas quentes sanit rias Eng Manuel Braz o Farinha a Reconstru o Sustent vel As quest es energ ticas assumem um papel fundamental na reconstru o dos edif cios Para uma habita o de baixo consumo energ tico as propostas incidem sobre os seguintes pontos Integra o das quest es energ ticas desde o inicio do projecto Isolamento t rmico Controlo das pontes t rmicas Estanquicidade ao ar Utiliza o eficaz da energia solar Instala es t cnicas eficientes e f ceis de utilizar Sanit rios de baixo consumo de gua Equipamentos el ctricos de baixo consumo energ tico Escolha de materiais de constru o cuja fabrica o e coloca o em obra necessite de pouca energia A uniformiza o de alguns elementos da constru o O poss vel acesso a todas as paredes onde passam as tubagens das instala es sanit rias Todos os n cleos verticais das instala
66. e dos produtos perigosos e dos produtos comerci veis para o seu destino Finalmente passa se para a demoli o dos elementos estruturais incluindo quando necess rio as funda es terminando se com a limpeza de toda a zona envolvente 38 Relativamente solu o a adoptar dever o utilizar se essencialmente equipamentos ligeiros como sejam martelos pneum ticos para as paredes e revestimentos e corte com disco ou fio adiamantado para eventuais elementos mais resistentes Qualquer solu o de implos o n o aceit vel uma vez que as vibra es associadas implos o quer do sol quer de ru do e o pr prio rebentamento colapso poderiam originar danos irremedi veis nas habita es vizinhas Os trabalhos de demoli o t m riscos acrescidos pelo que se torna necess rio adoptar medidas excepcionais de seguran a Em Portugal a regulamenta o espec fica reduzida estando essencialmente associada ao Regulamento de Seguran a no Trabalho da Constru o Civil Como metodologia poss vel para a demoli o prop e se que se comece por analisar a possibilidade de coloca o de andaimes no interior e no exterior garantindo se as necess rias condi es de seguran a e a montagem de estruturas auxiliares como plataformas andaimes e caleiras A demoli o dever ser conduzida gradualmente de cima para baixo de andar para andar e dos elementos suportados para os elementos suportantes As paredes a de
67. e encontro e de lazer alguns com chafarizes desactivados e pavimentados com cal adas irregulares 2 2 4 Caracteriza o do Bairro de Alfama Figura 2 13 Alfama Foto disponibilizada no site htip Awww google pt 2009 Alfama um dos mais tradicionais bairros da cidade de Lisboa e o seu nome deriva do rabe al namma I que significa banhos ou fontes A raz o de ser do nome Alfama confirmada pela carta geol gica do concelho de Lisboa que mostra um grupo de nascentes minero medicinais associadas a uma falha geol gica que corta as camadas do Mioc nico Ao longo da hist ria estas nascentes serviram para alimenta o de chafarizes Gra as a este conjunto de nascentes com um caudal significativo Alfama era antes da constru o do Aqueduto das guas Livres a zona de Lisboa com menos problemas de falta de gua As guas de Alfama ou guas Orientais foram introduzidas em 1868 na rede de abastecimento p blico de Lisboa com a constru o no local do antigo Chafariz da Praia que consistia numa cisterna que recolhia a gua e de uma esta o elevat ria movida a vapor que a elevava at ao reservat rio da Ver nica 1862 O Museu do Fado est actualmente instalado sobre a cisterna a qual pode ser visitada 15 Alfama com sua arquitectura de cidade rabe e medieval com ruas estreitas sendo uma das zonas da cidade de Lisboa que sobreviveu ao terramoto de Lisboa de 1755 Em Alfama distinguem s
68. e o Castelo de S o Jorge na colina mais alta do centro da cidade a S de Lisboa o Pante o Nacional a Feira da Ladra e o Miradouro de Santa Luzia As vistas mais espectaculares sobre Alfama obt m se do passeio p blico formado pelos miradouros das Portas do Sol e de Santa Luzia Por cima envolvendo Alfama ficam a colina do Castelo de S o Jorge fortaleza e pal cio real at ao s culo XVI e a colina de S o Vicente Para al m do Castelo os principais monumentos da zona s o a S a Igreja de Santo Est v o e a Igreja de S o Vicente de Fora Figura 2 14 Fotografia a rea localizando a rea de Alfama Alfama bairro popular do n cleo hist rico situado na vertente sul da encosta do Castelo de S o Jorge junto ao Tejo j era ocupado nos tempos romanos e visig ticos Foi no per odo de domina o rabe em que constitu a o arrabalde exterior da muralha que se consolidou o actual tipo de malha urbana e o pr prio nome do bairro Ap s o terramoto de 1755 reconstru do por popula es sem grandes recursos ligadas actividade mar tima e portu ria mantendo se o mesmo tra ado apertado de becos vielas e escadinhas 16 Apesar de n o corresponder hoje em dia a uma designa o administrativa Alfama o nome pelo qual o bairro correntemente conhecido dentro e fora dele O n cleo de Alfama constitu do pelas freguesias de Santo Est v o e S o Miguel Habitada por uma popula o nela fo
69. eabilita o do edif cio dever o ser sujeitas a sondagens 67 Do ponto de vista patrimonial a fachada tardoz n o apresenta nenhum interesse em particular sendo a sua demoli o e reconstru o uma oportunidade para melhorar a habitabilidade dos fogos As empenas dever o caso poss vel ser consolidadas se o seu estado de conserva o assim o permitir Apresentam se ent o dois cen rios poss veis v Cen rio 1 Demoli o parcial dos edif cios com a consolida o e recupera o da fachada principal e das empenas sondagens ao estado das fachadas e empenas v Cen rio 2 Demoli o parcial com manuten o de fachadas Esta interven o estabelece a necessidade de se proceder ao emparcelamento dos dois edif cios com a finalidade de criar uma nica edifica o enquadrando se no mbito de obras de reconstru o Sondagens ao estado das fachadas e empenas 3 2 4 Proposta de Interven o Cen rio 2 Perante o estado de degrada o dos edif cios e dada a necessidade da sua reorganiza o espacial adequando as tipologias admite se a sua demoli o com reconstru o Esta tomada de decis o apoia se nos pareceres dos Autos de Vistoria de 2003 Anexo e 2008 que determinam por unanimidade da comiss o a necessidade de se proceder a trabalhos de demoli o dos edif cios devido ao facto de existir permanente risco de derrocadas para a via p blica pondo em perigo as pessoas os edif cios cont guo
70. ede que faz a separa o entre a cozinha e o patim das escadas Este conjunto de aberturas ao permitirem a exist ncia de ilumina o natural nas escadas comuns permite igualmente a possibilidade de exist ncia de ilumina o natural em todas as instala es sanit rias dos tr s fogos deste edif cio contribuindo se deste modo para a poupan a energ tica e aproveitamento dos recursos naturais Figura 3 32 93 23 37 piso 4 z 20 70 sn v piso 3 18 03 piso 2 ij N N N N y 15 36 N eN on piso 1 11 99 INHA DE STS ESTEV O 0 1 6 Figura 3 32 Corte A B As aberturas na cobertura na zona da porta de entrada principal do edif cio e ainda na zona superior da parede entre a cozinha e n cleo de escadas possibilitam a distribui o da luz natural nas zonas comuns e nas instala es sanit rias dos fogos contribuindo se deste modo para uma poupan a energ tica 23 Em rela o compartimenta o a possibilidade de liga o f sica entre a zona do quarto que disp e de v os localizados na fachada sud
71. er ser muito rigorosa procurando se sempre que poss vel a reutiliza o e a reciclagem de materiais ou componentes evitando se a deposi o dos res duos em aterros com os consequentes danos ambientais Os grandes objectivos da solu o proposta para o novo ciclo de vida do edif cio reconstru do prendem se com a promo o de uma constru o sustent vel tendo em conta as quest es energ ticas nomeadamente a redu o do consumo de CO2 e energia el ctrica conseguindo desta forma um bom desempenho em termos de certifica o energ tica Importa referir ainda que as op es tomadas relativamente s solu es construtivas e materiais a aplicar foram pensadas em fun o de um ciclo de vida e numa ptica de Reduzir Reutilizar e Reciclar todos os materiais Nesta perspectiva n o se pode deixar de referir que a qualidade de vida e as expectativas dos utilizadores foram uma prioridade 101 4 2 Desenvolvimentos Futuros Numa perspectiva de futuro fundamental mobilizar com a interven o de uma opera o de reabilita o respeitando o seu valor patrimonial no que concerne ao edif cio ao bairro que seja cont nuo diversificado assumido pelas institui es p blicas e munido de instrumentos de aplica o efectiva dotada de poderes de licenciamento e fiscaliza o para agilizar o processo Urge a realiza o de mais estudos sobre este assunto nomeadamente a elabora o de legisla o e
72. ertura em tijolo de vidro na parede que faz a separa o entre este compartimento e as escadas do edif cio permitindo deste modo a entrada de luz natural atrav s dos acessos comuns Figura 3 23 87 fil E E E E T e NA Yo Y AZULEJO 10X10 ESPELHO AZULEJO 10X10 PORTA DE CORRER TIJOLO DE VIDRO PORTA DE CORRER PINTURA COM TINTA DE GUA sas BANCADA BANCADA HI T O Di E AUTOCLISMO W PINTURA COM TINTADE GUA EMA VISTA 1 VISTA 2 VISTA 3 ENTRADA DE LUZ NATURAL AZULEJO 10X10 AZULEJO 10X10 LUZ NATURAL 2 l AR o TIJOLO E eee 5 AN 5 ENTRADA LUZ NATURAL G j 7 BANCADA EM AGLOMERADO DE PEDRA i 5 y i j REA T CNICA 3 RO E JA VISTA 4 VISTA 5 Figura 3 23 Instala o sanit ria Abertura em tijolo de vidro na parede que faz a separa o com a zona das escadas comuns Revestimento em azulejo apenas nas zonas onde h poss vel contacto com gua 23 Ainda relativamente distribui o funcional prop e se a cria o de um espa o localizado num dos lados do arm
73. este numa zona do edif cio cuja proximidade ao edif cio fronteiro n o permite uma situa o muito desafogada e a zona da sala possibilita que o n vel de ilumina o natural seja satisfat rio f Materiais e Solu es Construtivas Na medida em que necess rio isolar termicamente a envolvente dos edif cios de modo a minimizar as trocas de calor com o exterior com a consequente redu o das necessidades de aquecimento arrefecimento e diminui o dos riscos de ocorr ncia de condensa es na composi o das paredes exteriores de fachada prop e se a aplica o do sistema de isolamento t rmico pelo exterior tipo ETICS External Thermal Insulation Systems Este sistema compacto de revestimento exterior de paredes constitu do por v rias camadas As paredes exteriores ser o constitu das por alvenaria revestido pelo exterior de forma cont nua por uma camada de poliestireno expandido EPS a espessura do isolamento a aplicar dever ser confirmada atrav s de c lculo t rmico revestidas com reboco delgado aplicado em v rias camadas armado com uma ou mais redes de fibra de vidro No que diz 94 respeito ao acabamento final prop e se a aplica o de pintura com tintas perme veis ao vapor e n o peliculares Assim estas paredes ficam perme veis ao vapor de gua mas imperme veis gua deixando deste modo que a casa respire n o permitindo a entrada de humidade e evitando os extremos de calor e
74. eu se sistematicamente aos mesmos materiais naturais a madeira a pedra a areia o barro e a cal 4 17 Podemos classificar os edif cios antigos e a poca de constru o da seguinte forma e Edif cios pr pombalinos anteriores ao sismo de 1755 e Edif cios pombalinos constru dos na sequ ncia do sismo e Edif cios gaioleiros 1880 a 1940 Figura 2 16 A Edif cio Pombalino B Edif cios Pr Pombalinos C Edif cio Gaioleiro 2 3 1 Edif cios Pr Pombalinos Neste grupo enquadram se os edif cios constru dos antes do grande terramoto de 1755 que devastou a cidade de Lisboa Encontram se localizados nos bairros hist ricos e s o v rios os tipos de edif cios pr pombalinos variando de acordo com a sua evolu o ao longo do tempo 18 Caracterizam se por terem uma geometria muito irregular e serem de reduzidas dimens es com frentes estreitas baixo porte paredes de alvenaria de pedra em geral de m qualidade onde se apoiam os pavimentos de madeira Dentro da tipologia de edif cio pr pombalino existem diferen as substanciais quer ao n vel da ocupa o do lote de implanta o quer da distribui o espacial interna das habita es da qualidade da constru o ou da sua localiza o no bairro Um primeiro tipo consiste em edif cios humildes situados no topo dos quarteir es e com frentes viradas para as travessas na poca de menor import ncia Implantados em lotes
75. fama com elevado estado de degrada o e que se pretenda que sirva de base inicia o de um modelo de actua o noutros edif cios degradados Para os edif cios escolhidos foram dados os passos tecnicamente necess rios desde o diagn stico sobre o estado de conserva o dos mesmos envolvendo a execu o de levantamentos e reconhecimentos geom tricos e construtivos e a an lise de solu es de interven o No mbito do presente trabalho e face ao seu car cter espec fico e detalhado n o foram abordados e desenvolvidos um conjunto de temas igualmente importantes entre os quais se destacam reabilita o estrutural refor o de funda es t cnicas de manuten o de fachadas e empenas patologias e suas causas anomalias construtivas e funcionais e respectivos m todos de repara o 1 3 S ntese da Disserta o O presente trabalho encontra se dividido em quatro cap tulos O cap tulo 1 de car cter introdut rio permite enquadrar e contextualizar o estudo desenvolvido o tema da disserta o os seus principais objectivos e a organiza o deste documento O cap tulo 2 apresenta um estudo de uma an lise estrat gica para reabilitar o edificado degradado incluindo a caracteriza o dos bairros hist ricos Bairro Alto Mouraria e Alfama a caracteriza o dos edif cios antigos Pr Pombalinos Pombalinos e Gaioleiros e o estado de conserva o dos edif cios Faz ainda refer ncia forma como a
76. ga ern nET 18 2 3 2 Edif cios ROMANOS arg iaiaes Gigi 20 SS AEE Sc 21 2 4 Estado de Conserva o de Edif cios Antigos serasa ra rararararararao 23 2 4 1 N veis do Estado de Conserva o teresa 23 2 4 2 Levantamento de Edificios ARGOS saspmas cansada doi a 24 2 4 3 Patologias de Edif cios Antigos sseeresereasereaaaerererererereraraarra aeee raras 2 2 4 4 Fichas T cnicas de Identifica o de Edif cios Antigos eeren 30 2 Especificidades da RGE CO sssniniissnisnnnainn 32 2 5 1 Aspectos Cr ticos da Interven o sssssesresresrennrnsrnrnnrnurnnrnurnnrnrnrnrnnnrnnrnnrnrinrrnrrnrrnrrenens 32 2 5 2 Enquadramento Urbano e Condicionamentos Legais 35 25 3 Acessibilidades E Stale O aiii A 37 2 6 Demoli o com Manuten o de Fachadas tierra raiar 38 ZOOM CRIADOS ao 38 2 6 2 Res duos de Constru o e Demoli o sssssisirsinsissrnsinuisinuinrrnriinsinrrnrinirnrrniininrrnrnnnnns 41 2 6 3 Reutilza o e Reciclagem de Materiais eetetteeeeereraeeerererareeeererererarereere sarro 42 LA RECO O io a O E E AEE 43 2 7 1 Emparcelamento siena mirar iii 43 2 12 CON CD aO CONCEITOS ont 44 2 71 3 Utiliza o e Manuten o dE ONCIOS sacniiniiarsianaiaa dios 57 lii 3 Demoli o com Reconstru o de Edif cios Caso de Estudo sima 59 3 1 Localiza o e Caracteriza o dos Edificios sais dad 59 3 1 1 Enquadramento H St T CO s sssssissrsrnsrnurnninuinunnnnunnunnnnnnnnnnunnunnunnnnninanninninninein
77. hist ricas e de reas cr ticas de recupera o e reconvers o urban stica 1 Importa real ar que os instrumentos p blicos mencionados anteriormente constituem factores que por si s n o produziram ainda altera es significativas no peso relativo dos numerosos edif cios degradados 10 2 2 Caracteriza o do Bairro Alto Bairro da Mouraria e Bairro de Alfama 2 2 1 Introdu o Os bairros hist ricos caracterizam se pela cultura pela hist ria pela arquitectura e pelas pessoas A defini o da malha urbana nas zonas hist ricas da cidade procurou atrav s da implanta o de edif cios muros escadas e ruas minimizar os declives muito acentuados Nestas reas em estudo observam se constru es datadas do final da Idade M dia constru es pr pombalinas um n mero pouco significativo da poca pombalina e edif cios galoleiros Figura 2 5 Bairro de Alfama Foto disponibilizada no site http www google pt 2009 Figura 2 6 Bairro da Mouraria Foto disponibilizada no site http www google pt 2009 Figura 2 7 Bairro Alto e Ponte 25 de Abril Foto disponibilizada no site hitp www google pt 2009 Figura 2 8 Bairro da Mouraria Foto disponibilizada no site http www google pt 2009 11 2 2 2 Caracteriza o do Bairro Alto Figura 2 9 Edif cios da Rua da Atalaia do Bairro Alto O Bairro Alto outrora conhecido como Vila Nova dos Andrades uma zona de Lisbo
78. icas onde se localizam as prumadas e respectivas ventila es cozinha e instala es sanit rias Nestas zonas ser de considerar um sistema com acesso facilitado atrav s de pain is amov veis que possibilitam a eventual repara o manuten o das redes de guas dom sticas assim como da rede de guas residuais em pontos estrat gicos Esta facilidade para al m de traduzir uma redu o de eventuais custos contribui para a redu o do tempo necess rio para a resolu o de eventuais anomalias com agrado que se registam alguns avan os na consci ncia ambiental n o s na perspectiva da conserva o do edificado mas tamb m na educa o ambiental dos moradores dos bairros de que um bom exemplo a recolha dos res duos s lidos urbanos sendo de sublinhar que n o obstante as caracter sticas muito particulares destas zonas hist ricas em que os acessos s o por vezes muito condicionados foi poss vel encontrar solu es pr ticas e eficientes Neste sentido e no que diz respeito recolha selectiva de res duos s lidos urbanos sempre que poss vel tem se optado por implementar sistemas de separa o e valoriza o separando se o vidro o papel as embalagens de pl stico e as pilhas e utilizando se os chamados ecopontos e ecocentros Nos bairros hist ricos est implementado um sistema de recolha porta a porta A CML distribui pelos moradores destas zonas sacos com cores diferenciadas para a recolh
79. influ ncia socioecon mica e cultural aliada actual legisla o conduziram ao mau estado geral dos mesmos Analisam se as quest es urbanas e condicionamentos legais as acessibilidades e o espa o dispon vel para estaleiro feita a caracteriza o dos res duos de constru o e demoli o a demoli o selectiva a reutiliza o e reciclagem de alguns materiais e os respectivos processos de demoli o Na reconstru o mais f cil realizar o emparcelamento a concep o global dos espa os associada funcionalidade e adaptabilidade numa perspectiva de constru o sustent vel Explanam se assim as quest es energ ticas a avalia o e certifica o no mbito do Sistema Lidera e a utiliza o e manuten o dos edif cios O cap tulo 3 apresenta um caso de estudo com o qual se pretende ilustrar uma reabilita o especial nomeadamente a reconstru o integral da estrutura interior de dois edif cios com preserva o de fachadas Inclui a descri o dos edif cios tanto em termos geogr ficos como construtivos Apresenta se tamb m uma proposta de reconstru o do novo edif cio composto pelo emparcelamento e onde se aplicam as quest es analisadas e desenvolvidas no cap tulo anterior O cap tulo 4 constitu do pelas considera es finais e faz refer ncia aos principais benef cios decorrentes de toda a experi ncia que sobre esta mat ria se adquiriu bem como a futuros desenvo
80. infravermelhos nas escadas comuns Poupan a de gua poupan a energ tica adaptabilidade e versatilidade ilumina o natural em todo o edif cio incluindo as zonas mais interiores possibilidade de acesso s zonas t cnicas atrav s de pain is amov veis localizados em pontos estrat gicos nas cozinhas e instala es sanit rias para eventuais repara es uniformiza o nos componentes e acabamentos utiliza o de materiais reutiliz veis ou recicl veis apresenta o de manual do utilizador e plano de manuten o do edif cio Possibilidade de futura desconstru o Na reconstru o do edif cio dever o aplicar se materiais e produtos certificados 98 g Versatilidade e adaptabilidade No presente estudo a solu o prev a possibilidade de aumentar a rea da sala atrav s da abertura e liga o dos v rios compartimentos zona mais privada quarto zona da sala e ainda zona da cozinha Esta percep o de espa o torna se ainda mais importante sempre que estamos perante apartamentos de dimens es reduzidas Figura 3 35 Figura 3 35 Simula o dos espa os interiores Cria o de aberturas possibilitando a jun o dos v rios compartimentos atrav s da aplica o de sistemas de paredes reposicion veis e ou amov veis 23 3 6 4 Utiliza o e Manuten o No presente estudo como j foi referido no cap tulo da demoli o verificou se que o facto das an lises e avalia es feitas a
81. irninninninines 61 3 1 2 Caracteriza o dos EdIf ICIOS aii fa iai aid Eai 61 3 2 Estado de Conserva o dos EQIMCIOS sinais siiiviisas sito ia 63 Jal ANGMAIAS raro r 64 dez COUSOS aii E E 67 Bo DIGNOS NICO li 67 3 2 4 Proposta de Interven o O enanio A sinos in 68 3 2 5 Ficha T cnica de Identifica o dos E dif CIOS sssrinin 11 3 3 Enquadramento Urbano e Condicionamentos Legais 11 3 4 Acessibilidades e ESTICITO ci t il 13 3 5 Demoli o dos EdiflCOS aiii n 14 3 5 1 Res duos de Constru o e Demoli o sisters 18 393 2 DEIOlC O S CICV im e a aan 18 3 5 3 Reutiliza o e Reciclagem de Materiais s s sssssssrsrnsrsrnsnnrnrnrnrnrnnrnnnnrnnrnrnnrnrnnrennrrerens 18 5 0 PECON TU AO iee r a A E E E E E E E E A 19 DO de E TIN GUGA PINS NO nd 19 3 6 2 TEM Da ICU LL ipa a 19 36 3 CONCEDC O FCONC ILOS aiii eA i EEN arin 85 30 4 U liza ao e MANIAC ismena ai 99 4 Conclus es CG OTAN iiuniisiadinaioroninaiiaddii nada Dinida o uai nda sit nisi dd dd a 101 4 1 Conclus o e Considera es FiNa S ago ani dn 101 42 Desenvolvimentos FUtUTOS srt aSa Aaaa ERATA 102 e A E E E A A E E Refer ncias Bibliograficas sssini L05 Lista de Figuras Figura 2 1 Evolu o da popula o residente 1981 2001 s ssssserssrsrnsrnrnsrnsrrrnrrsrnnrnrnnrnrnnrnrnnrnrnerenenns Figura 2 2 Envelhecimento da DODUIA O in Figura 2 3 Estrutura et ria da popula o residente em Lisboa em 2001 Figura 2 4 Alojamentos vagos na
82. iro piso 65 Figura 3 7 Amea a de queda n o controlada de fragmentos da cimalha do beirado e da E EN o ra E AAE E 65 Figura 3 8 J anela de guilhotina no primeiro andar vis vel na fachada lateral do edificio com o AE O SENE A A T E A E ANTE E E EE E 66 Figura 3 9 Trapeiras revestidas a zinco na cobertura do edif cio com 0 n 10 sassen 66 Figura 3 10 Cantarias de pedra que limitam os v os do edif cio com 0 n 10 12 sesser 10 Figura 3 11 1 Cunhal em pedra at ao n vel do primeiro piso 2 Pormenor da bandeira da porta com o n 10 separada por elemento p treo e com gradeamento s 70 Figura 3 12 1 Beirado de telha de canudo com cornija moldurada do edif cio com o n 2 10 a 12 2 Bacias das varandas das janelas de sacada e gradeamentos em ferro TO GO na 10 Figura 3 13 1 e 2 Acessibilidades pela Cal adinha de Santo Estev o s sssssssesssresrresrerrsrererrrrerrerrerens 13 Figura 3 14 1 e 2 Acessibilidades pela Escadinhas de Santo Estev o 13 Figura 3 15 Estaleiro mant m se a circula o pedonal e desenvolvem se plataformas verticais para a circula o na envolvente exterior do edificio s s ssessessrssrssrnrrnsrnrrnrrnrrnrrrnrrnrinrrerrnrens 14 Figura 3 16 Localiza o Planta s ntese do emparcelamento 23 80 Figura 3 17 Distribui o funcional Plantas do piso t rreo dos pisos 1 a 4 da cobertura e corte E PA PRN RR RR RR OR RT 82 Figura 3 18 Levantamento A caracteriza o dos edificios
83. isolamento em l de rocha de 50mm e pintadas com tinta de gua Deste modo os sistemas de compartimenta o ser o leves limpos mais r pidos de construir e compostos por materiais que asseguram os requisitos de isolamento t rmico e ac stico Apenas as zonas das paredes expostas a um poss vel contacto com gua nas instala es sanit rias e na cozinha ser o revestidas com azulejo 53 Nos v os prop e se a aplica o de caixilharia em madeira pintada e vidro duplo Apresenta se de seguida um quadro s ntese das solu es construtivas e de alguns materiais acabamentos e equipamentos a aplicar na reconstru o dos edif cios com vista a uma baixa manuten o um m ximo desempenho e um longo ciclo de vida Quadro 2 3 54 Quadro 2 3 Paredes exteriores Paredes interiores zonas comuns Paredes interiores divis rias Pavimentos Cobertura V os Acabamentos Equipamentos Vantagens S ntese dos acabamentos e materiais Descri o da solu o Alvenaria reboco t rmico pelo exterior Sistema ETICS Tijolo 0 22 rebocadas e estucadas Gesso cartonado com isolamento em l de rocha com 50mm e pain is amov veis em madeira envernizada Estrutura met lica e de madeira Telha cer mica com isolamento t rmico Janelas de peito e de sacada em madeira pintada com vidro duplo e portadas interiores em madeira pintada Portas interiores em madeira envernizada Paredes pintada
84. lfama em 19 de Maio de 1986 e em 26 de Agosto de 1987 Anexo 3 2 2 Causas Da leitura e an lise dos dois Autos de Vistoria supra mencionados efectuados na d cada de oitenta constata se que para al m do envelhecimento natural dos materiais constituintes do edificado as principais causas da profunda deteriora o dos edif cios se prendem fundamentalmente com defici ncias estruturas e presume se serem devidas a assentamentos diferenciais com fendilha o e fractura das paredes Naturalmente estas anomalias s o acompanhadas de outras n o estruturais com fracturas nas cantarias e empeno das caixilharias As humidades devidas a precipita o a ascens o capilar no piso t rreo e interven es inadequadas ao longo do tempo s o outros factores a ter em conta 3 2 3 Diagn stico Da an lise feita estrutura do edificado pode se concluir o seguinte v A demoli o e reconstru o por inviabilidade de recupera o Paredes interiores pavimentos e cobertura v A efectuar sondagens para garantia estrutural Paredes resistentes fachadas e empenas Ou seja cerca de dois ter os dos edif cios n o se encontra em condi es pass veis de recupera o n o oferecendo o restante ter o garantias quanto sua viabilidade Quanto s paredes resistentes devemos separar tr s tipos a fachada principal a fachada tardoz e as empenas As fachadas de acordo com os objectivos gerais e preconizados para a r
85. lha do beirado e da fachada 65 Figura 3 8 Janela de guilhotina no primeiro andar vis vel na fachada lateral do edif cio com o n 10 b Coberturas As coberturas apresentam se em avan ado estado de degrada o Edif cio com os n meros 10 a 12 Composta por duas guas apresenta uma cimalha associada a um beirado simples onde vis vel tamb m o colapso de parte significativa da cimalha e cobertura Observa se a exist ncia de duas trapeiras revestidas em zinco com desenho simples que se julga terem sido acrescentadas no decorrer da utiliza o deste edif cio A cobertura provis ria que se observa foi instalada para evitar a infiltra o de guas pluviais vis vel a falta de telhas apresentando se os beirados com algumas telhas partidas A estrutura encontra se com grandes deforma es e em muito mau estado o que possibilita infiltra es no s t o Figura 3 9 Figura 3 9 Trapeiras revestidas a zinco na cobertura do edif cio com o n 10 66 Edif cio com os n meros 14 a 16 Composta por duas guas apresenta um beirado duplo a portuguesa n o se registando presen a de uma cimalha Dada a impossibilidade de acesso ao interior destes dois edif cios e para uma an lise mais profunda das anomalias existentes foram recolhidas informa es do estado do edif cio atrav s dos Autos de Vistoria referentes ao edif cio com os n meros 14 a 16 elaborados pela Unidade de Projecto de A
86. ltera o do uso de que resulte excesso de peso ou de distribui o de cargas Abertura de v os ao n vel do r s do ch o cortando a continuidade estrutural pr existente Introdu o de betonilhas em zonas h midas da habita o Introdu o de elementos estruturais incompat veis com o sistema estrutural existente Efeitos Rota o de cunhais Descolamento de frontais Quebra de cantarias dos v os Quebra de cantarias das bacias das varandas Distor o dos quadros dos v os tanto exteriores como interiores Quebra de caleiras e tubos de queda Quebra e destrui o de beirados cornijas platibandas e cimalhas Infiltra es Causas Deforma o com consequente perda de estanquicidade da cobertura Anomalias em paredes de alvenaria lavagem de argamassas Algerozes deslocados ou rotos Tubos de queda deslocados descont nuos ou rotos Introdu o e altera o de cozinhas e casas de banho com m localiza o de canaliza es e esgotos em prumadas de percursos sinuosos Perda de estanquicidade das caixilharias 28 Efeitos Apodrecimento da estrutura da cobertura com o consequente agravamento das deforma es das guas do telhado Infilra o em paredes de alvenaria provocando desagrega o de argamassas esmagamento e fendilha o Apodrecimento das entregas dos barrotes ao frechal ou noutros pontos com consequente assentamento de pavimentos altera o do
87. lvimentos a realizar No Anexo l apresentam se as transcri es de Autos de Vistoria da Unidade de Projecto de Alfama referentes aos Edif cios Caso de Estudo No Anexo Il apresentam se as Fichas T cnicas de Identifica o de Edif cios Antigos dos Bairros Hist ricos em estudo 2 Enquadramento e An lise Estrat gica para Reabilitar o Edificado Degradado 2 1 Breves Observa es de Contexto Com o objectivo de abordar a problem tica dos edif cios a reabilitar centra se o estudo nos seguintes Bairros Hist ricos Bairro Alto Mouraria e Alfama O parque edificado actualmente constitu do por edif cios antigos pertencentes a pocas e tipologias construtivas variadas A interven o nos edif cios antigos permite a cria o de habita o capaz de constituir um modelo habitacional adaptado s actuais exig ncias de modernidade 2 1 1 A Problem tica dos Edif cios Antigos Degradados Nos ltimos anos o parque habitacional da cidade em geral e dos bairros hist ricos em particular sofreu transforma es significativas que contribu ram para a desloca o da popula o para a periferia onde o pre o da habita o mais baixo com o consequente aumento da aquisi o de habita o pr pria fortemente condicionado pela redu o das taxas de juro a falta de dinamiza o do mercado de arrendamento e o pre o elevado das habita es no centro da cidade Estas transforma es aliadas ao envelheci
88. m vigor 33 Fases fundamentais a respeitar O Quadro 2 2 ressalta a import ncia dos elementos a considerar em cada uma das fases da interven o Quadro 2 2 Fases fundamentais a respeitar numa interven o de reabilita o 6569 Usos dos edif cios Fundamental Reabilita o s Arquitectura Valor patrimonial para definir o de estruturas e o programa de funda es Especialidades Condicionamentos interven o legais Consolida o Mem ria descritiva ou de refor o Condi es T cnicas de elementos g Tipologias dos edificios Ee Mapa de quantidades Identifica o das Demoli o patologias com conten o Pe as Desenhadas de fachadas Levantamento Constitui o primeiro elemento de trabalho e deve ser suficientemente abrangente Os dados recolhidos e registados no levantamento v o permitir a elabora o do diagn stico Diagn stico Fundamental para definir o programa de interven o Programa Equacionar alternativas de solu o Deve ter em considera o o diagn stico do edif cio assim como as quest es de natureza patrimonial que podem condicionar o sucesso da opera o Projecto A qualidade do projecto ao n vel da pormenoriza o mapa de quantidades e condi es t cnicas especiais fundamental para o cumprimento de prazos e custos em obra 34 2 5 2 Enquadramento Urbano e Condicionamentos Legais O Plano Director Municipal PDM de Li
89. mento da popula o perda de vitalidade dos bairros e ao consequente abandono e degrada o contribu ram para o aumento da percentagem dos edif cios degradados Popula o residente v Lisboa perdeu nas ltimas d cadas cerca de 300 000 habitantes para os concelhos lim trofes v A cidade possu a no in cio da presente d cada 564 657 habitantes Censos de 2001 tendo este n mero descido para 499 709 habitantes em 2007 Estrutura demogr fica v Lisboa apresenta uma estrutura et ria envelhecida 24 da popula o tem mais de 65 anos em 1981 tinha 14 53 situa se na faixa entre os 25 e os 64 anos 9 entre os 15 e os 24 anos e 13 com menos de 15 anos Estrutura social v Da popula o da cidade de Lisboa 38 7 pertence classe alta e m dia alta 25 7 classe m dia e 35 6 classe baixa e m dia baixa Elevado n mero de edif cios degradados e devolutos v Dos cerca de 55 000 edif cios existentes em Lisboa 6 369 est o em mau ou muito mau estado de conserva o ou seja 21 dos edif cios encontram se degradados v Actualmente 9 dos edif cios de Lisboa cerca de 4 681 encontram se devolutos De real ar que segundo dados do Instituto Nacional de Estat stica entre 1981 e 2001 Lisboa perdeu mais de 240 mil habitantes 17 8 da popula o residente na d cada de 80 e 14 9 na d cada de 90 Figura 2 1 Evolu o da Popula o 1981 2001 Habitantes 1 000 000 800 000 6
90. mentos da envolvente mais sens vel aos consumos energ ticos podendo ser respons veis por perdas t rmicas substancialmente superiores s das envolventes opacas Por outro lado em termos de ilumina o contribuem decididamente para redu es nos consumos e Inova o e Qualidade Na escolha das solu es conceptuais e construtivas importa privilegiar as solu es de car cter inovador numa perspectiva de procura de novas formas de construir que satisfa am as actuais exig ncias regulamentares assim como as expectativas e preocupa es que os utilizadores do nosso tempo mais valorizam Um edif cio sustent vel se consumir a menor quantidade poss vel de energia no decurso do seu ciclo de vida utilizar materiais amigos do ambiente renov veis ou com pouca energia incorporada gerar a menor quantidade poss vel de res duos e polui o no decurso do seu ciclo de vida utilizar materiais reutiliz veis ou reciclados no pr prio local e cumprir as necessidades dos utilizadores no presente e no futuro Nesta perspectiva dever sempre que poss vel aumentar o per odo de vida til da constru o utilizando se os materiais mais adequados e mais dur veis A quantifica o de todos os custos e benef cios associados ao ciclo de vida das constru es desde a sua concep o at sua demoli o ou desconstru o Life Cycle Cost abrange os custos iniciais associados s fases de concep o e de constru
91. molir devem ser primeiramente desembara adas de todas as pe as salientes de madeira ou ferro quando essa sali ncia for superior a dois metros As escadas e as balaustradas ser o mantidas nos seus lugares durante o maior per odo de tempo poss vel Os elementos a demolir particularmente paredes e chamin s n o podem ser abandonados em posi o que torne poss vel o seu derrubamento por ac es eventuais e por isso devem ser apeados por partes Sempre que em resultado da demoli o de alguns elementos de uma obra o equil brio das partes restantes ou das constru es vizinhas fique comprometido devem ser tomadas precau es tais como coloca o de espias contraventamentos escoras ou outras medidas adequadas com vista a colocar os trabalhadores ao abrigo de qualquer risco de desmoronamento Os produtos da demoli o dever o ser imediatamente retirados para fora do edif cio Estes n o dever o ser atirados ou lan ados de uma altura que possa causar danos aos trabalhadores ou s pessoas que se encontram perto do local de constru o 39 Os produtos de demoli o sobretudo quando constitu dos por grandes quantidades ou por volumes pesados ser o arreados por meio de cordas cabos roldanas guinchos ou outros processos apropriados para zonas vedadas perman ncia ou circula o do pessoal Dever ainda haver cuidados especiais no manejo de coberturas de chapas met licas no apeamento de cornij
92. ndo se na sua proximidade a exist ncia de fendas nas paredes As cantarias encontram se fracturadas Os v os encontram se emparedados verificando se a exist ncia de vest gios de caixilharia em madeira Edif cio com os n meros 14 a 16 Exist ncia de fissuras e fendas na fachada principal Os rebocos das paredes das fachadas encontram se em desagrega o As cantarias dos v os encontram se de um modo geral fracturadas Na fachada principal visualiza se ao n vel do 2 andar uma grande parte da parede que se encontra desaprumada e junto bacia da varanda verifica se uma intensifica o das fendas diagonais Destaque para a aus ncia de cantarias nos pisos superiores para o desenho das guardas em ferro forjado e para as duas bacias da varanda Os v os encontram se emparedados Figura 3 5 Figura 3 5 1 Fendas junto da porta com o n 10 2 Degrada o dos rebocos 3 Deforma o das fachadas 4 V os emparedados das fachadas e aus ncia de cantarias 64 A protec o colocada na via p blica entre o piso t rreo e o primeiro piso ladeando as duas frentes dos edif cios foi motivada pela amea a de queda n o controlada de fragmentos cimalha beirado e fachada para a via p blica de forma a salvaguardar as pessoas que circulam Figuras 3 6 e 3 7 Figura 3 6 Protec o colocada na via p blica entre o piso t rreo e o primeiro piso Figura 3 7 Amea a de queda n o controlada de fragmentos da cima
93. no interior do edif cio para estacionamento completamente inviabilizada aplicando se o Artigo 116 ponto 1 al nea b do PDM e Artigo 12 ponto 2 al nea b do PUNHACC No que diz respeito ao afastamento entre edifica es estabelecido no RGEU designadamente no artigo 59 e 60 os mesmos s o cumpridos na zona do edif cio que d para o Largo a sudoeste Relativamente fachada a sudeste a proposta baseia se no disposto no artigo 59 ponto 2 do RGEU uma vez que se trata de um edif cio de gaveto Ainda relativamente fachada sudeste o n o cumprimento do Artigo 60 do RGEU baseia se no disposto no Artigo 64 o qual admite excep es o que se justifica dado tratar se de uma reconstru o cuja natureza e car cter arquitect nico requer a aplica o deste regime excepcional uma vez que se situa numa rea hist rica habitacional onde o objectivo fundamental a manuten o da imagem do edificado existente os alinhamentos anteriormente definidos e as volumetrias pr existentes No que se refere distribui o funcional do novo edif cio pretende se manter os usos actualmente existentes com rcio no piso O e habita o nos restantes 211 e 1T2 Duplex num total de 3 fogos aproveitando se neste ltimo a zona esconsa da cobertura Figura 3 13 A tipologia T2 que ocupa os ltimos dois pisos tem no piso inferior a sala a cozinha uma instala o sanit ria e um quarto e no piso superior
94. nomeadamente Y Levantamento f sico e detalhado do edificado que inclui e Levantamento geom trico Constitu do por plantas al ados e cortes onde devem ser registadas as deforma es que possam existir e Levantamento dos materiais de constru o Materiais estruturais prim rios secund rios composi o de argamassas de liga o materiais de revestimento e de acabamento e Levantamento de patologias Devidas humidade a assentamentos fogo sismos e outros agentes naturais e Levantamento estrutural Compreens o e registo do sistema estrutural e suas componentes e Levantamento fotogr fico e Levantamento das t cnicas usadas na constru o e Levantamento dos valores arquitect nicos not veis Os definidores do estilo do edif cio 26 e Levantamento das pe as e elementos decorativos Pinturas esculturas baixos relevos e azulejaria entre outros 2 4 3 Patologias de Edif cios Antigos A palavra patologia tem origem em duas palavras gregas pathos doen a e logos ci ncia podendo assim definir se patologia da constru o como sendo a ci ncia que estuda as anomalias e respectivas causas que surgem numa constru o ap s a sua execu o Segundo Victor C ias conhecida a analogia entre a forma como a engenharia aborda os problemas na constru o e a forma como a medicina aborda as doen as Ambos os processos s o constitu dos por tr s fases sendo a primeira a recolha
95. o organiza o da tipologia T2 duplex esta apresenta no piso inferior uma distribui o id ntica ao T1B sendo a instala o sanit ria e cozinha exactamente iguais as do 2 piso O acesso ao piso superior faz se pela sala atrav s de escadas met licas Figuras 3 27 e 3 28 89 No ltimo piso localiza se um quarto uma instala o sanit ria e uma zona de escrit rio com liga o f sica e visual com a sala Este espa o disp e de uma trapeira orientada a Sudeste e que dada a sua posi o e envolvente disp e de uma vista panor mica sobre o rio Tejo A rea na zona esconsa da cobertura que n o disp e de p direito regulamentar aproveitada para arrumos No patim entre o 2 piso e o 3 piso localiza se o acesso cobertura que se faz atrav s de escadas verticais e al ap o localizado na zona onde tamb m se verifica a entrada de luz para as escadas comuns dm 7 O O O O e cobertura IRRARARARARARARRA A AFA PAFADAVADAVADACAPADAVADANANA ras e 23 37 sa NM piso 4 20 70 Es 8 71 o piso 3 l Figura 3 27 Corte CD 3 piso e 4 piso T2 duplex Escadas met licas para acesso ao piso superior do duplex
96. o representados na classe n mero 17 Segundo o Manual Europeu de Res duos da Constru o elaborado a partir do projecto de coopera o para a investiga o WAMBUCO 10 Waste Manual for Building Constructions os passos para uma gest o de res duos de constru o e demoli o optimizada podem ser estruturados do seguinte modo 41 Estudos iniciais e planeamento da gest o dos res duos em obra Contrato para recolha e tratamento de res duos 5 Gest o de res duos durante o per odo de constru o gt Documenta o de tratamento de res duos A utiliza o de Res duos de Constru o e Demoli o como material de constru o est sujeita directiva dos produtos de constru o DPC 89 106 CEE segundo a qual todos os produtos que ser o incorporados numa obra dever o satisfazer as seis exig ncias essenciais Resist ncia Mec nica e Estabilidade a Seguran a em Caso de Inc ndio Higiene Sa de e Ambiente B3 3 Seguran a na Utiliza o End Protec o Contra o Ru do gt Economia de Energia e Reten o de Calor Estes requisitos devem ser satisfeitos durante um per odo de vida til economicamente razo vel A demoli o selectiva sendo um m todo faseado de demoli o permite a triagem no local contribuindo tamb m para o aumento da utiliza o de materiais reutiliz veis promovendo igualmente a reciclagem ou outras formas de valoriza
97. o do Bairro Alto Mouraria e Alfama e dos edif cios antigos Pr Pombalinos Pombalinos e Gaioleiros Nela se abordam quest es acerca das condi es do estado de conserva o e de seguran a destes edif cios De acordo com os n veis de conserva o um edif cio antigo corrente poder ser reabilitado ou demolido por apresentar riscos para a seguran a p blica e ou pelo facto de a sua recupera o n o ser tecnicamente vi vel Quanto s interven es nos bairros hist ricos estas apresentam condicionalismos espec ficos os quais dever o ser tidos em conta na fase de demoli o parcial e de reconstru o enquadrando o ciclo de vida dos edif cios Na segunda parte apresentado um caso de estudo de dois edif cios antigos confinantes localizados em Alfama que evidenciam elevado estado de degrada o no qual se aborda a aplica o pr tica das quest es analisadas e desenvolvidas na primeira parte do trabalho Vivemos numa poca em que os problemas energ ticos se colocam com crescente acuidade e por isso na proposta de reconstru o dos edif cios o trabalho desenvolvido procura constituir uma resposta adequada satisfa o das necessidades dos utilizadores a que se destina mas que n o comprometa os interesses das gera es futuras Palavras chave Edif cios antigos bairros hist ricos de Lisboa diagn stico degrada o patologia reabilita o demoli o reconstru o ABSTRACT
98. o dos res duos Os res duos perigosos dever o ser separados dos restantes uma vez que o seu contacto inviabiliza as capacidades de reutiliza o ou reciclagem destes ltimos 2 6 3 Reutiliza o e Reciclagem de Materiais A reutiliza o de materiais de constru o traduz se na sua reintrodu o sem altera es significativas no circuito de produ o ou de consumo evitando se deste modo a extrac o ou produ o de outros materiais ou produtos novos contribuindo se igualmente para a redu o da produ o de res duos O processo de reciclagem envolve a separa o recolha e transforma o de res duos de modo a que estes sejam novamente utilizados para o mesmo fim ou outro 42 Os materiais cer micos provenientes da demoli o poder o ser utilizados como materiais de enchimento ou como agregados para bet o Os res duos de pedra poder o ser triturados e utilizados como sub base de pavimentos ou como agregados de bei o As cantarias das molduras dos v os poder o ser limpas e reutilizadas na nova constru o ou em reabilita es de outros edif cios O vidro sendo um material recicl vel com um mercado bem implementado poder facilmente ser integrado no processo de fabrico de vidro novo Os metais s o os materiais que mais facilmente poder o ser recuperados Neste grupo destacam se o a o o cobre o ferro o lat o e o zinco O ferro e o a o s o os materiais mais separados e re
99. o e por conjunto estando abrangidas pela Categoria de Protec o pelo que nas interven es de conjunto decorrentes de ac es de planeamento justificadas por opera es de reabilita o e com car cter excepcional permitido o emparcelamento e novas solu es construtivas mantendo se as condicionantes patrimoniais recorrendo a um desenho contextual integrado num estudo de conjunto configurado na volumetria no vocabul rio arquitect nico e na rela o com a rua e com os espa os envolventes RPUNHACC artigo 5 ponto 1 1 al nea b 22 No caso de se proceder a trabalhos de escava o ou remeximento do subsolo o terreno onde se alicer a o conjunto edificado dever ser objecto de um parecer arqueol gico e acautelado como reserva arqueol gica de acordo com o artigo 15 do Plano Director Municipal de Lisboa e artigo 22 do Regulamento do Plano de Urbaniza o do N cleo Hist rico de Alfama e da Colina do Castelo dado que est o integrados em rea de Potencial Valor Arqueol gico n vel 1 72 3 4 Acessibilidades e Estaleiro As acessibilidades aos edif cios s o exclusivamente pedonais pelo que haver a necessidade de criar mecanismos de transporte do material de demoli o at aos ve culos Figuras 3 13 e 3 14 Figura 3 13 1 e 2 Acessibilidades pela Cal adinha de Santo Estev o Figura 3 14 1 e 2 Acessibilidades pela Escadinhas de Santo Estev o As circula es act
100. o maci o ou de pedra irregular argamassada Os revestimentos e acabamentos das paredes de alvenaria s o geralmente constitu dos base de v rias camadas de rebocos de argamassas fracas de areia e cal Nos pavimentos entre os pisos utiliza se a madeira como elemento estrutural e de revestimento A estrutura organiza se de forma simples com vigamentos em madeira colocados paralelamente com afastamentos entre os 0 20m e os 0 40m Relativamente ao piso t rreo estes s o geralmente constitu dos por terra batida ou enrocamentos de pedra arrumada m o sobre o qual se coloca o revestimento final geralmente em madeira em pedra ou com tijoleiras cer micas No revestimento dos pavimentos utilizam se as t buas de madeira com espessuras entre os 20 e os 30mm colocadas lado a lado com sobreposi o ou encaixe O revestimento inferior dos pavimentos tectos dos pisos geralmente constitu do por forros em madeira ou em estuque sobre fasquiado de madeira Para ilustrar a an lise interior do edif cio s o apresentadas fotografias de forma a retratar as caracter sticas dos materiais e solu es construtivas Figura 3 4 62 Figura 3 4 1 Parede interior em tabique 2 Zona junto a v o exterior com madeiras apodrecidas 3 V o com revestimento exterior em zinco 4 Elementos em madeiras 5 Alvenaria de pedra irregular com acrescento lateral em tijolo envolvidas com argamassas 6 Zona das escadas em madeira 7 Pavimento
101. obras dever assegurar se da resist ncia e estabilidade de cada uma das partes dessa obra a fim de se tomarem as provid ncias necess rias para garantir com efic cia a seguran a dos trabalhadores Dever o ainda ser observadas todas as normas para preven o dos acidentes nos locais de trabalho em particular as que estabelecem as prescri es m nimas de Seguran a e Sa de 77 3 5 1 Res duos de Constru o e Demoli o O projecto de reconstru o do edif cio em estudo dever considerar quer na fase de constru o quer na fase de utiliza o e manuten o medidas de preven o e redu o da produ o de res duos Para isso dever recorrer se especifica o sempre que poss vel de materiais que possam ser facilmente reutilizados utiliza o de estruturas que possam ser desmanteladas em vez de demolidas promo o da flexibilidade e adaptabilidade da constru o de modo a que os espa os sejam flex veis e adaptados s necessidades dos utilizadores adop o de solu es construtivas que minimizem os desperd cios de materiais e ainda elabora o de um plano de manuten o do edif cio que dever prever as necessidades de manuten o com vista preven o de anomalias e consequente necessidade de substitui o de elementos construtivos 3 5 2 Demoli o Selectiva Os res duos resultantes desta demoli o ser o constitu dos por materiais cer micos tais como
102. ortamento T rmico dos Edif cios Decreto Lei n 104 2004 de 7 de Maio Regime Jur dico Excepcional da Reabilita o Urbana Decreto Lei n 156 2006 de 8 de Agosto N veis de Conserva o de Im veis Decreto Lei n 178 2006 de 5 de Setembro Regime Jur dico da Gest o de Res duos Decreto Lei n 347 93 de 1 de Outubro e a Portaria 987 93 de 6 de Outubro que estabelecem as prescri es m nimas de Seguran a e Sa de 104 Refer ncias Bibliogr ficas M Instituto da Habita o e da Reabilita o Urbana Reabilita o Urbana http www portaldahabita o pt 2009 2 Peregrina es em Lisboa descritas por Norberto Ara jo Livros III 12 edi o 1992 3 Caderno de Reabilita o Urbana referente Caracteriza o Sociol gica da Popula o de Alfama editado pela C mara Municipal de Lisboa em 1991 4 APPLETON Jo o Reabilita o de Edif cios Antigos Patologias e Tecnologias de Interven o 1 edi o Edi es Orion Setembro de 2003 Amadora 5 C IAS Victor Inspec es e Ensaios na Reabilita o de Edif cios Edi o Instituto Superior T cnico Outubro 2006 6 Plano Director Municipal Publicado no Di rio da Rep blica S rie B de 29 09 1994 7 COELHO Ant nio Le a RODRIGUES Jo o Paulo Correia CHARREAU Geraldine FERNANDES Ana Margarida Seguran a ao Inc ndio em Centros Urbanos Antigos Metodologias de an lise LNEC QIC Novemb
103. os y SOLARH que visa o apoio dos agregados familiares ou senhorios com recursos fracos na realiza o de obras nas suas habita es Actualmente o Instituto de Habita o e Reabilita o Urbana gere tamb m um novo programa o PROREABILITA que integra os quatro anteriores Este novo programa tenta colmatar todas as dificuldades e complexidade dos anteriores e destina se a ser um incentivo reabilita o de edif cios seguindo um plano estrat gico de interven o Muito embora a exist ncia destes programas Portugal cont nua a ser o pa s da Uni o Europeia com a percentagem de investimento mais baixa no sector de reabilita o Em 2001 de acordo com os censos a reabilita o em Portugal representava 6 do investimento enquanto a m dia europeia era de 33 INE 2001 A evolu o do mercado de reabilita o depende das seguintes condicionantes A evolu o da economia com o consequente impacto negativo na disponibilidade financeira das fam lias Y Escassez de medidas p blicas de apoio reabilita o de edif cios Y Diversidade de entidades envolvidas no processo de reabilita o de um edif cio Y Exist ncia de pouca m o de obra especializada Y Dificuldades de licenciamento morosidade e complexidade Em 2004 o Estado Portugu s aprovou a cria o das Sociedades de Reabilita o Urbana nos termos do Decreto Lei n 104 2004 de 7 Maio para promover a reabilita o de zonas
104. os Os dois edif cios encontram se identificados na Ficha T cnica que se apresenta no Anexo ll 3 3 Enquadramento Urbano e Condicionamentos Legais Os edif cios integram o n cleo hist rico da Cal adinha de Santo Estev o e encontram se na Zona de Protec o da Igreja de Santo Estev o e Ermida da Nossa Senhora dos Rem dios na Zona de Interven o da Unidade de Projecto de Alfama Ao abrigo do Plano Director Municipal de Lisboa a rea em estudo est caracterizada na classifica o do espa o urbano como rea Hist rica Habitacional estando sujeita ao disposto nos artigos 31 a 34 De acordo com o definido no Plano de Urbaniza o do N cleo Hist rico de Alfama e Colina do Castelo PUNHACC trata se de uma rea hist rica habitacional com infraestruturas urban sticas consolidadas de forma o pr pombalina em geral consolidada at finais do s culo XVIII sendo o seu edificado agrupado em quatro tipos de zonas com caracter sticas homog neas 71 Os edif cios em estudo inserem se na Zona Homog nea Habitacional ZHH que se caracteriza pela exist ncia de um tecido urbano de malha apertada com quarteir es fechados e de pequena dimens o lotes pequenos com frentes de rua reduzida edif cios reconstru dos ap s o terramoto de tipologia construtiva semelhante pr pombalina de alvenaria pobre frontal e tabique de tipo popular Nesta Zona est o previstas interven es por edif ci
105. os Nos seus diferentes e variados bairros reafirma condi es nicas para a qualidade de vida urbana onde os valores de identidade de cultura e de sociedade t m de ser preservados Nos ltimos anos os bairros hist ricos perderam muitos habitantes Essa perda aliada ao envelhecimento da popula o residente e com a profunda altera o demogr fica influenciou bastante o patrim nio edificado A deteriora o e a degrada o dos edif cios foram inevit veis fundamental dar uma nova vida a estas zonas atrav s de Pol ticas Programas e Ac es que conduzam regenera o destes bairros de forma a trazer mais pessoas e investimentos num ciclo desejavelmente virtuoso de desenvolvimento sustent vel tendo em conta duas novas circunst ncias e A import ncia reconhecida no que diz respeito ao investimento na reabilita o e A altera o da legisla o nas reas de interven o em bairros hist ricos nomeadamente o Decreto Lei 555 99 de 16 de Dezembro na sua redac o actual pela Lei 60 2007 de 4 de Setembro A obriga o ao licenciamento no seu artigo 4 al nea d A realiza o de opera es urban sticas depende de pr via licen a nos termos e com as excep es constantes da presente sec o As obras de reconstru o amplia o altera o conserva o ou demoli o de im veis classificados ou em vias de classifica o e as obras de constru o reconstru o amplia o altera
106. os edif cios em causa e ainda numa fase em que era poss vel intervir nunca terem conduzido s ac es de repara o e de manuten o teve como consequ ncia a necessidade da demoli o dos dois edif cios Assim na proposta para o novo edif cio dever incluir se um manual de utiliza o e a elabora o e implementa o de planos de manuten o Na medida em que os sistemas prediais de distribui o e drenagem de guas residuais s o muitas vezes respons veis pelo aparecimento de anomalias nas edifica es uma das preocupa es em termos de op es t cnicas foi a cria o de um sistema que possibilite um 99 f cil acesso s zonas t cnicas onde se localizam as prumadas e respectivas ventila es uma na cozinha e outra na instala o sanit ria Estas zonas disp em de um sistema com acesso facilitado atrav s de pain is amov veis que possibilitam a eventual repara o manuten o das redes de guas dom sticas assim como da rede de guas residuais em pontos estrat gicos Esta facilidade para al m de traduzir uma redu o de eventuais custos contribui para a redu o do tempo necess rio para a resolu o de eventuais anomalias No que diz respeito recolha selectiva de res duos s lidos urbanos sempre que poss vel tem se optado por implementar sistemas de separa o e valoriza o separando se o vidro o papel as embalagens de pl stico e as pilhas e utilizando se os chamados
107. os espec ficos nomeadamente de degrada o estrutural generalizada e muito grave ou perante situa es de extrema desadequa o ao uso ou subvers o da unidade original por sucess es de interven es desadequadas Por outro lado preciso n o esquecer que a seguran a de todo o edif cio das pessoas e bens depende em primeira linha das condi es de seguran a das respectivas funda es e estruturas A demoli o com manuten o das fachadas exige um projecto de execu o de demoli o e reconstru o muito pormenorizado onde a componente seguran a tem um papel fundamental Antes da opera o de demoli o imp e se em primeiro lugar fazer se um levantamento e identifica o de todas as redes existentes interiores e exteriores um plano detalhado das demoli es com indica o das tecnologias e equipamentos a utilizar e ainda descri o dos materiais a reciclar ou a eliminar assim como os poss veis materiais comerci veis e os produtos perigosos Importa real ar que o Plano de Estaleiro o Plano de Gest o Ambiental e o Plano de Seguran a e Sa de s o fundamentais para uma correcta planifica o e gest o da obra Assim a opera o de demoli o dever come ar pela montagem de estaleiro e veda o espec fica para os trabalhos de demoli o Seguidamente dever proceder se ao corte e protec o dos servi os envolvidos passando se ent o desmontagem e selec o e transport
108. os hist ricos os efeitos negativos dos estaleiros tornam se ainda mais relevantes na medida em que as reas de interven o apresentam caracter sticas particulares O espa o dispon vel para a montagem e funcionamento dos estaleiros bastante diminuta al m das acessibilidades que na maior parte das vezes se apresentam condicionadas na zona da obra Estes factores levam necessidade de se tomarem medidas espec ficas no sentido de minimizar os impactos negativos promovendo se uma gest o ambiental que oriente as actividades desenvolvidas nos estaleiros Alguns dos impactos que os estaleiros de constru o provocam na sua rea de implanta o e imedia es prendem se com a ocupa o da via p blica com a danifica o do espa o p blico e por vezes da vegeta o existente com a produ o de res duos de lamas e poeiras nos arruamentos com a polui o do solo da gua e a danifica o das redes de drenagem assim como com a produ o de ru do e com o impacto visual 8 37 2 6 Demoli o com Manuten o de Fachadas 2 6 1 Generalidades importante referir que reabilita o n o sin nimo de demoli o com reconstru o com uma concess o preserva o das fachadas embora possa considerar se integrada na defini o de reabilita o especial 9 A reconstru o integral das estruturas interiores de um edif cio com preserva o de fachadas deve ser justific vel apenas em cas
109. os sistemas de travamento lateral das paredes s o por vezes conseguidos por interm dio de ferrolhos met licos 22 2 4 Estado de Conserva o de Edif cios Antigos A avalia o do estado de conserva o permite a defini o dos tipos de interven o a efectuar Repara o Reabilita o Demoli o parcial com Reconstru o 2 4 1 N veis do Estado de Conserva o A determina o do n vel de conserva o dos edif cios um instrumento valioso de conhecimento acerca da realidade do patrim nio Para esse efeito o Decreto Lei n 156 2006 de 8 de Agosto cria um m todo de avalia o de forma objectiva e de aplica o simples do estado de conserva o dos edif cios e da exist ncia de infra estruturas b sicas nos mesmos Os aspectos t cnicos e procedimentais do m todo de avalia o do estado de conserva o dos edif cios constam de portaria dada a sua natureza A determina o do n vel de conserva o requerida s Comiss es Arbitrais Municipais CAM que se encontram reguladas pelo Decreto Lei n 161 2006 de 8 de Agosto e s o realizadas por t cnicos habilitados para o efeito O decreto lei supra referido no seu artigo 5 estabelece o modo de fixa o dos n veis de conserva o Os n veis do estado de conserva o apresentam se no Quadro 2 1 Quadro 2 1 N veis do estado de conserva o N vel Estado de Conserva o Excelente 1 P ssimo Sendo atribu
110. pr vio valores aproximados Dos 46 edif cios inspeccionados por observa o visual e processual dos quais se recolheu toda a informa o poss vel verificou se posteriormente que o assunto se tornou demasiado repetitivo e exaustivo Os edif cios da Figura 2 18 foram os seleccionados como amostra representativa e que se consideram num estado de conserva o interessante para a elabora o das fichas t cnicas 73 ep D ae Bairro Alto Travessa de SE Largo do Cal adinha de SE Catarina 17 21 Terreirinho 31 33 Estev o 10 16 Figura 2 18 Esquerda Edif cio da Travessa de Santa Catarina 17 a 21 Bairro Alto Centro Edif cio do Largo do Terreirinho 31 a 33 Mouraria Direita Edif cios da Cal adinha de Santo Estev o 10 a 16 Alfama Pretende se que a ficha t cnica de identifica o de cada um dos edif cios seja um elemento ordenador de futuras interven es a realizar nos mesmos Anexo Il 31 A informa o recolhida na ficha t cnica do edif cio localizado em Alfama serviu de ponto de partida para o Caso de Estudo desta disserta o a desenvolver no cap tulo 3 tendo em conta a circunst ncia dos edif cios serem confinantes o que permite desenvolver uma proposta com recurso ao emparcelamento 2 5 Especificidades da Reabilita o 2 5 1 Aspectos Cr ticos da Interven o Apresentam se de seguida os aspectos cr ticos referentes reabilita o Falta de escala E
111. prop e se uma bandeira em vidro que permite a entrada e distribui o da luz natural at zona mais interior do edif cio 23 91 27 06 7 27 06 UE o Ez A cobertura im e sopentra FAAARARARARAARARAI ITITI HH nl A TTTTTITTTT Ss Ea ona pe srsestev o 10 16 ca annmapesrsestev o 10 16 CORTE AB CORTE AB Figura 3 31 Corte A B e Corte C D 23 c Comportamento T rmico e Ac stico Para o edif cio caso de estudo prop e se a aplica o nas paredes exteriores de isolamento t rmico cont nuo pelo exterior nas paredes entre zonas comuns e zonas privadas a execu o com tijolo rebocado e estucado aplicando se revestimento em gesso cartonado no lado da habita o A cobertura ser revestida a telha cer mica com aplica o de isolamento t rmico Os pavimentos ser o em madeira com isolamento t rmico e ac
112. que o projecto solar passivo ou bioclim tico tem por objectivo conseguir uma adapta o dos recursos de constru o ao clima atrav s de meios naturais evitando meios mec nicos que utilizam processos consumidores de energias convencionais com o objectivo de tornar o edif cio confort vel Atrav s da escolha dos materiais e da utiliza o de sistemas que utilizem processos naturais o projecto pretende conseguir esse conforto minimizando o recurso a meios mec nicos que implicam elevados consumos de energia Deste modo consegue se um maior benef cio para o ambiente para a qualidade de vida dos utilizadores dos edif cios e para a economia 47 O projecto solar passivo come a por tirar partido da orienta o do edif cio sendo ent o desenvolvidas solu es que promovam uma melhor adapta o ao clima A escolha dos materiais e t cnicas de constru o considera tamb m quest es como a massa t rmica para o armazenamento e distribui o do calor promovendo desta forma o controlo de incid ncia de radia o e circula o solar e ainda o arrefecimento do ar sempre que este seja ben fico para o bom desempenho energ tico do edif cio Assim existem dois elementos b sicos a ter em conta A superf cie envidra ada preferencialmente virada a Sul para capta o da radia o solar A massa t rmica para capta o armazenamento e distribui o de calor As superf cies envidra adas constituem um dos ele
113. riente 9 x ARIE Alvalade E e atri Benfi gt Campo Grande is S Domingos os q Chelas Benfica a P l 8 o W gt Marvila 12 Areeiro Monsanto Benfica 10 0 Avenidas Novas 14 Campolide 13 13 Monsanto 14 avenida Mara e Campo de Ourique 18 18 os INES 15 Bairo Ato NO J Monsanto Sul S Francisco de Xavier Ar Pa ARI p pea o 14 We i 14 Restelo i a 7 e ANT A Caste 8 29 Baixa 2 BA Je em Cais Sodr TEA o P Samos 27 Alcantara Junqueira gs gt 12 Bel m Figura 2 4 Alojamentos vagos na cidade de Lisboa em 2001 Fonte INE Tratamento TIS 2001 2 1 2 Reabilita o Urbana Nesta disserta o o conceito de reabilita o urbana est associado reutiliza o dos edif cios degradados como uma das condi es que mais potencia as din micas de reabilita o A reabilita o urbana consiste numa interven o no tecido urbano de forma a promover a conserva o e recupera o dos seus edif cios A reabilita o de um edif cio antigo num bairro hist rico pode ser uma interven o a n vel de seguran a estrutural ou de outra natureza como seja o desempenho energ tico De acordo com o Decreto Lei n 104 2004 de 7 de Maio A degrada o das condi es de habitabilidade de salubridade de est tica e de seguran a de significativas reas urbanas do Pa s imp e
114. rio do quarto onde se possa adaptar um espa o de trabalho Este espa o dever dispor das infraestruturas necess rias para a eventual liga o de equipamentos inform ticos No que se refere organiza o da tipologia T1B esta apresenta uma distribui o id ntica anterior registando se apenas um ligeiro aumento da rea privativa deste fogo e a diferen a apresentada na zona da cozinha que disp e de uma abertura em vidro entre a laje e o limite dos arm rios superiores Figuras 3 24 e 3 25 EA j j II ff VIDRO o E PORTA DE CORRER EINE AMON l REA T CNICA 7 ARM RIOS SUPERIORES ARM RIOS r La LUZ NATURAL o AZULEJO 10X10 ESQ AZULEJO 10X10 al BANCADA E 7 7 A VE q 2 ARM RIOS INFERIORES E a k Pi 7 7 x MR FRIG Don Figura 3 24 Cozinha T1B Abertura em vidro entre a zona da bancada de trabalho e os arm rios superiores 23 88 Atrav s desta abertura o vest bulo de entrada beneficia da entrada de luz natural
115. ro 2006 8 8 COUTO Armanda Maria Ferreira Bastos COUTO Jo o Pedro Gest o Ambiental dos Estaleiros de Constru o e da sua Envolvente Impacto ambiental dos estaleiros de constru o LNEC QIC Novembro 2006 9 APPLETON Jo o Projectos de Reabilita o Funda es e Estruturas Appleton Square Mar o 2008 1 10 Projecto financiado pela Uni o Europeia no mbito do Programa Crescimento Competitivo e Sustent vel 1998 2002 11 BRIGA S Ana PAIVA Anabela Comportamento T rmico de edif cios de Habita o An lise dos principais problemas na fase de projecto LNEC QIC Novembro 2006 105 2 12 PINTO Armando Qualidade do Ar nos Edif cios de Habita o recomenda es para caudais de ventila o LNEC QIC Novembro 2006 13 SANTOS Ant nio Costa Avalia o das consequ ncias energ ticas decorrentes do aproveitamento da ilumina o natural nos edif cios em climas quentes LNEC QIC Novembro 2006 14 14 BRITO Jorge Materiais recicl veis reutiliz veis Desconstru o e Life Cycle Cost Ordem dos Engenheiros Julho 2006 gt 15 ALVES Jorge MARQUES Maria Jos MIRANDA Carla AMARAL Paulo O Futuro da Habita o da concep o constru o LNEC QIC Novembro 2006 6 16 SILVA J A Raimundo Mendes FALORCA Jorge G F An lise da Evolu o do Comportamento de um ETICS Consequ ncias no planeamento da sua manuten o LNEC QIC Novembro 2006 17 V
116. rsrnursrsrninrrnrnrnrrnrnrrnrnrerrnrnrns Figura 2 19 Acessos condicionados na freguesia de Santo Estev o Alfama Figura 2 20 Proximidade entre edif cios na freguesia de Santo Estev o Alfama Figura 2 21 Demoli o selectiva reciclagem e reutiliza o de materiais Figura 2 22 Esquema da orienta o de um edifici ss ssssresrrsrinsresrernnrnurnnrnnrnnrnnrnrennrnnrnnrnnrnrrnrrnrrnns Figura 2 23 A Reboco t rmico pelo exterior sistema ETICS B Alvenaria Figura 2 24 Certificado do Sistema de Avalia o LIDERA DO sister Figura 3 1 Fotografia a rea da zona envolvente 3D http maps live com iiteteeeeeeeriseas Figura 3 2 Fotografia a rea dos edif cios em estudo Google Earth sesta Figura 3 3 Fachadas principais dos edif cios n s 14 16 e 10 12 a partir do Largo da Cal adinha de Santo Estev o sinistro misiiiaa pd d Figura 3 4 1 Parede interior em tabique 2 Zona junto a v o exterior com madeiras apodrecidas 3 V o com revestimento exterior em zinco 4 Elementos em madeiras 5 Alvenaria de pedra irregular com acrescento lateral em tijolo envolvidas com argamassas 6 Zona das escadas em madeira 7 Pavimentos em madeira 8 Parede com Cruz de Santo Andr aeee Figura 3 5 1 Fendas junto da porta com o n 10 2 Degrada o dos rebocos 3 Deforma o DAS TOCADAS E E AAE EEE E E EE E E AE ES EE A E E Figura 3 6 Protec o colocada na via publica entre o piso t rreo e o prime
117. rtemente enraizada com um tecido social em que se entrela am fortes rela es de vizinhan a Alfama tem sido indissociavelmente um espa o e uma popula o a qual se apropria intensamente esse espa o e com ele se identifica produzindo formas muito pr prias de cultura Entretanto Alfama tornou se um bairro envelhecido padecendo de n veis preocupantes de degrada o habitacional sofrendo amea as de terceariza o desertificadora carente de equipamentos e com espa os p blicos mal cuidados 3 2 3 Caracteriza o dos Edif cios antigos Lj gr a DA T AUY A e PE a 1448 om TIT TEF qu a i e i lt gt a 4 o wo e b a o A 1446 s pee pon sa r E 44 Vs a ed TINA W N 7 QS HPA H b RNA AMANTES f 7 i 4 POA ANAN 1 pa db ltd vd y Ta qa 1 MARTE perre cesto f Tee E o X NY A ATO A m T Figura 2 15 Edif cios antigos do bairro de Alfama Nesta disserta o o conceito de edif cio antigo aquele que foi constru do antes do advento bet o armado como material estrutural dominante recorrendo a materiais e tecnologias tradicionais para a constru o dos diferentes elementos constitutivos A raz o de ser desta defini o limitadora relaciona se com o facto de ter sido o bet o armado o respons vel por r pidas e profundas altera es nos procedimentos habituais de constru o de edif cios Durante s culos recorr
118. s com tintas de gua e revestidas a azulejo nas zonas h midas Pavimentos com revestimento em madeira nas zonas secas e mosaico cer mico nas zonas h midas Tectos pintados com tinta Cozinhas equipadas com electrodom sticos de classe energ tica A caixote do lixo com separa o selectiva de lixos autoclismos de dupla descarga torneiras com redutores de fluxo de gua ilumina o de baixo consumo interruptores passivos de infravermelhos nas escadas comuns Poupan a de gua poupan a energ tica adaptabilidade e versatilidade ilumina o natural em todo o edif cio incluindo as zonas mais interiores possibilidade de acesso s zonas t cnicas atrav s de pain is amov veis localizados em pontos estrat gicos nas cozinhas e instala es sanit rias para eventuais repara es uniformiza o nos componentes e acabamentos utiliza o de materiais reutiliz veis ou recicl veis apresenta o de manual do utilizador e plano de manuten o do edif cio Possibilidade de futura desconstru o O deficiente desempenho de alguns produtos e materiais utilizados na constru o reflecte frequentemente o desconhecimento de um conjunto de documentos e instrumentos normas europeias e marca o CE de apoio correcta especifica o de produtos na constru o pelo que na reconstru o dos edif cios apenas se dever o aplicar materiais e produtos certificados h Avalia o e Certifica o No que respeita certifi
119. s e os seus ocupantes e bens estabelecendo ainda que dever o ser recuperados e repostos em caso de reconstru o todos os elementos arquitect nicos e decorativos considerados como dignos de preserva o e determinantes na manuten o da imagem e enquadramento urbano Edif cio com os n meros 10 a 12 Neste edif cio assinalam se os seguintes elementos com interesse a preservar a m trica dos v os as cantarias de pedra que os limitam sendo de destacar a bandeira da porta com o n 10 separada por elemento p treo e com gradeamento a bacia da pequena varanda da janela de sacada do 1 andar o gradeamento trabalhado em ferro forjado de formas geometrizantes da mesma janela de sacada o soco em pedra o cunhal igualmente em pedra at ao n vel do primeiro piso com pequeno elemento p treo saliente o beirado simples de telha de canudo com cornija moldurada O pequeno azulejo localizado entre o piso t rreo e o primeiro andar que referencia o edif cio com os n meros 10 a 12 como tendo sido o terceiro classificado no concurso de janelas 68 floridas em 1987 De real ar um candeeiro de ilumina o p blica no cunhal em pedra ao n vel do primeiro andar que dever ser mantido 69 Figura 3 11 1 Cunhal em pedra at ao n vel do primeiro piso 2 Pormenor da bandeira da porta com o n 10 separada por elemento p treo e com gradeamento Figura 3 12 1 Beirado de telha de canudo com cornija moldurad
120. s em madeira 8 Parede com Cruz de Santo Andr As escadas s o de madeira de largura reduzida e com inclina o muito acentuada e localizam se junto empena 3 2 Estado de Conserva o dos Edif cios Exteriormente os dois edif cios evidenciam um avan ado estado de degrada o correspondendo a um mau estado geral do interior Nas vistorias efectuadas em 2003 e em 18 de Abril de 2008 embora n o tenha sido poss vel o acesso ao interior os membros das Comiss es de Vistoria determinaram o estado dos dois edif cios atrav s da an lise do seu exterior Apresentavam um mau estado de conserva o e encontravam se devolutos situa o que actualmente se mant m 63 3 2 1 Anomalias a Fachadas As fachadas principais dos edif cios est o de um modo geral em mau estado de conserva o e constataram se as seguintes anomalias deforma es de fachadas apresentando ced ncia para a via p blica fendas e fissuras degrada o dos rebocos assim como a corros o das estruturas met licas pressupondo o deficiente estado em que se encontra a estrutura Referem se os seguintes aspectos mais relevantes nos edif cios Edif cio com os n meros 10 a 12 vis vel a deforma o acentuada da fachada principal do edif cio fendas fissuras e desagrega o de rebocos O cunhal em cantaria maci a apresenta se bastante desaprumado aparentando um deslocamento de rota o sobre a base para Sul via p blica detecta
121. s quadros dos v os e em ltimo grau a queda total ou parcial dos pavimentos Apodrecimento das caixilharias com consequente apodrecimento das t buas de peito dos v os e infiltra es nos paramentos das paredes entrada de gua nos pavimentos Aparecimento de fungos com consequente altera o na composi o qu mica das argamassas descasque das tintas e apodrecimento dos rebocos Lavagem de argamassas implicando desagrega o de rebocos e dissolu o dos materiais componentes conduzindo ao descasque das tintas forma o de salitres e fissura es Por interven es inadequadas ao longo do tempo Introdu o de elementos estruturais incompat veis com o sistema original Corte de vigamento dos pavimentos para betonagem de lajes Destrui o das paredes de frontal para atravessamento de canaliza es Introdu o de vigas de ferro sem o cuidado de equilibrar o sistema Substitui o total do pavimento por laje de bet o num ou mais pisos Supress o de paredes Abertura de v os de grandes dimens es normalmente no r s do ch o Execu o de nova cobertura em bet o 29 Execu o de rebocos base de cimento incompat veis com as alvenarias existentes em vez de serem aplicadas argamassas bastardas pobres que aderem melhor ao bruado esp cie de cali a componente das alvenarias antigas Liga o clandestina de lotes atrav s da abertura de v os nas p
122. sboa tem por objectivo estabelecer as regras a que deve obedecer a ocupa o uso e transforma o do territ rio municipal e constitu do pelos seguintes elementos fundamentais Regulamento Planta de Ordenamento e Planta de Condicionantes Todo o concelho de Lisboa considerado no PDM e abrangido por uma nica classe de espa o o espa o urbano O espa o urbano subdivide se em reas em fun o do seu estatuto urban stico destacando se as seguintes Hist ricas e Consolidadas Para as reas hist ricas edificadas e para as reas consolidadas habitacionais e mistas s o definidas regras detalhadas que permitem fazer a gest o urban stica edif cio a edif cio ou lote a lote remetendo para planos de pormenor ou regulamentos municipais de interven es especiais Considera se que as reas hist ricas devem ser preservadas nas suas caracter sticas morfol gicas e de ambiente e imagem urbana mas simultaneamente sujeitas a um processo de revitaliza o social e funcional e geridas atrav s de regras que estabelecem as condi es de uso e de edificabilidade aplic veis a edif cios e a parcelas de terreno Atrav s destas regras o PDM pretende conter e controlar o processo de altera o das tipologias urbanas e a substitui o de habita o por outros usos bem como melhorar as condi es de salubridade seguran a e conforto dos edif cios e do tecido urbano e adequar o n vel de servi o dos equipamentos e infr
123. senta se um quadro s ntese das solu es construtivas e de alguns materiais acabamentos e equipamentos a aplicar no edif cio em estudo com vista a uma baixa manuten o um m ximo desempenho e um longo ciclo de vida Quadro 3 4 97 Quadro 3 4 S ntese dos acabamentos e materiais solu es propostas Paredes exteriores Paredes interiores zonas comuns Paredes interiores divis rias Pavimentos Cobertura V os Acabamentos Equipamentos Vantagens Descri o da solu o Sistema ETICS Alvenaria isolamento t rmico poliestireno expandido reboco delgado armado Tijolo 0 22 rebocadas e estucadas Gesso cartonado com isolamento em l de rocha com 50mm e pain is amov veis em madeira envernizada Estrutura met lica e de madeira Telha cer mica com isolamento t rmico Janelas de peito e de sacada em madeira pintada de branco com vidro duplo e portadas interiores em madeira pintada de branco Portas interiores em madeira envernizada Paredes pintadas com tintas de gua e revestidas a azulejo nas zonas h midas Pavimentos com revestimento em madeira nas zonas secas e mosaico cer mico nas zonas h midas Tectos pintados com tinta de gua branca Cozinhas equipadas com electrodom sticos de classe energ tica A caixote do lixo com separa o selectiva de lixos autoclismos de dupla descarga torneiras com redutores de fluxo de gua ilumina o de baixo consumo interruptores passivos de
124. senta uma composi o semelhante a do edif cio anterior com com rcio ao n vel do piso t rreo e habita o nos restantes O segundo e terceiro andares apresentam v os de sacada e varandas com gradeamentos em ferro fundido Os edif cios encontram se devolutos Caracteriza o exterior Do ponto de vista construtivo do edif cio assinala se que as paredes principais s o em alvenaria de pedra irregular argamassada Caracteriza o interior deste tipo de constru o Dada a impossibilidade de acesso ao interior dos edif cios em estudo e atendendo a que este tipo arquitectura corrente apresenta geralmente caracter sticas comuns apresenta se uma an lise do interior de um edif cio 61 actualmente em reabilita o localizado nas imedia es no Beco da Lapa n 7 a 11 e cujas caracter sticas se passam a descrever No tocante s paredes divis rias interiores estas s o em tabique de madeira compostos por um fasquiado de madeira disposto sobre t buas de madeira colocadas ao alto sendo o conjunto revestido em ambas as faces com barro ou com rebocos de argamassas de cal e saibro Neste edif cio podemos observar tamb m exemplos de paredes divis rias com a designada Cruz de Santo Andr Nestes casos as paredes s o compostas por um conjunto de pe as de madeira verticais horizontais e inclinadas entalhadas umas nas outras e que formam uma estrutura que posteriormente preenchida com alvenaria de tijol
125. spec fica aplic vel cada vez mais urgente na resposta ao avan ado estado de degrada o dos edif cios Como desenvolvimentos futuros prev se desenvolver uma proposta de actua o para a reabilita o dos edif cios antigos degradados e formula o de uma metodologia que permita a extens o da an lise a outros edif cios degradados e a outras zonas de estudo 102 Bibliografia FARINHA Manuel Braz o Apontamentos da unidade curricular de Reabilita o de Edif cios e Monumentos leccionada no Instituto Superior de Lisboa 2008 APPLETON Jo o Reabilita o de Edif cios Antigos Patologias e Tecnologias de Interven o 1 edi o Edi es Urino Setembro de 2003 Amadora FARINHA Manuel Braz o e v rios autores Reabilita o e Manuten o de Edif cios Verlag Dash fer Lisboa C IAS Victor Inspec es e Ensaios na Reabilita o de Edif cios IST Press 2006 C IAS Victor Reabilita o Estrutural de Edif cios Antigos Argumentum GECORPA QIC 2006 Encontro Nacional sobre Qualidade e Inova o na Constru o Volumes e II Edi es LNEC Lisboa RIBEIRO Manuel Jo o Morais COSTA Ant nio Firmino da GUERREIRO Maria das Dores e VALENTE Isabel 1991 Alfama Caracteriza o Sociol gica da Popula o Cadernos de Reabilita o Urbana Direc o Municipal de Reabilita o Urbana Edi o C mara Municipal de Lisboa BRITO Jorge Materi
126. stados de forma sint tica no levantamento v o permitir a elabora o de um diagn stico abrangente que por sua vez ir constituir o ponto de partida para o equacionamento de alternativas de solu o O valor patrimonial do edif cio influencia tamb m o tipo de levantamento a elaborar A classifica o definida pelo IGESPAR estabelece os seguintes graus de classifica o dos im veis Monumentos religiosos civis ou militares Im veis de interesse p blico Im vel de valor concelhio Im vel de valor ambiental 25 Enunciam se de seguida as v rias an lises que podem em maior ou menor grau contribuir para o levantamento global e consequentemente para o conhecimento t o profundo quanto necess rio do edificado em estudo s Levantamento hist rico Y Levantamento arqueol gico pode ser feito por exig ncia do IGESPAR ou por indica o do Plano Director Y Levantamento geol gico Incide sobre a rea constru da Tem como objectivo o conhecimento do subsolo para a avalia o da seguran a das funda es Consiste na recolha de carotes em pontos estrat gicos sob o ponto de vista estrutural Y Levantamento higi nico sanit rio Incide sobre as condi es de salubridade do edif cio Y Levantamento socioecon mico Por outro lado antes de se efectuar qualquer interven o num edif cio deve pressupor se o conhecimento adequado que permitir ter algum rigor na interven o do mesmo
127. stimento em madeira que dever ser afagado e envernizado com um verniz com baixa toxicidade em intervalos de 10 em 10 anos Nos tectos das zonas h midas prop e se a aplica o de placas de gesso cartonado hidr fugo suportadas por estrutura em alum nio suspensa com ilumina o embutida e pintados com tinta de gua Os restantes tectos ser o rebocados estucados e pintados com tinta de gua As paredes interiores que fazem a separa o entre os fogos e as reas comuns n cleo de acessos ser o executadas com tijolo de 0 22 e rebocadas estucadas e pintadas com tinta de gua As paredes de compartimenta o ser o em gesso cartonado com isolamento em l de rocha de 50mm e pintadas com tinta de gua Deste modo os sistemas de compartimenta o ser o leves limpos mais r pidos de construir e compostos por materiais que asseguram os requisitos de isolamento t rmico e ac stico 96 Apenas as zonas das paredes expostas a um poss vel contacto com gua nas instala es sanit rias e na cozinha ser o revestidas com azulejo Nos v os prop e se a aplica o de caixilharia em madeira pintada e vidro duplo Pelo interior colocar se o portadas em madeira pintadas A selec o dos materiais a aplicar dever ter em considera o a sua durabilidade reutiliza o potencial reciclagem e impacte sobre a qualidade do ar interior ou seja tendo presente o seu ciclo de vida e grau de toxicidade Apre
128. stimento exterior de paredes constitu do por v rias camadas sendo ainda considerado inovador pelo que a marca o CE lhe atribu da com base n o em normas mas numa Aprova o T cnica Europeia European Technical Approval ou ETA concedida por um organismo europeu membro da EOTA European Organization for Technical Approval 17 A partir do estudo da Aptid o ao Uso de Sistemas de Isolamento T rmico para Paredes do tipo ETICS de Ros rio Veiga e Pina Santos conclui se que no que diz respeito ao comportamento ao fogo o desempenho deste sistema de isolamento t rmico pelo exterior depende das caracter sticas do revestimento exterior do isolamento t rmico e da integridade do conjunto durante uma situa o de inc ndio Uma das quest es fundamentais a ter em considera o a sua permeabilidade ao vapor de gua na medida em que o sistema deve manter um grau de permeabilidade mesmo que permita as normais trocas entre o interior e o exterior e evite as condensa es no interior uma vez que este tipo de anomalia conduziria sua r pida degrada o 18 51 Enumeram se algumas das vantagens deste sistema S o elas Redu o das pontes t rmicas o que se traduz por uma espessura de isolamento t rmico mais reduzida para a obten o de um mesmo coeficiente de transmiss o t rmica global da envolvente Diminui o do risco de condensa es Aumento da in rcia t rmica dos edif cios uma vez que a
129. t ctico e aplica o operacional e gest o do ciclo de vida todos eles com base em princ pios que resultam na defini o de uma pol tica ambiental tendo em vista permitir o acompanhamento das diferentes fases de desenvolvimento do ciclo de vida do edif cio Os seis princ pios para uma pol tica ambiental s o P1 Respeitar a din mica local e potenciar os impactos positivos P2 Efici ncia no consumo dos recursos gua energia e materiais P3 Reduzir o impacte das cargas efluentes emiss es e res duos P4 Assegurar a qualidade do ambiente interior qualidade do ar interior conforto t rmico ac stica e ilumina o P5 Assegurar a qualidade do servi o numa perspectiva ambiental durabilidade acessibilidade gest o ambiental e a inova o P6 Assegurar a gest o ambiental e a inova o informa o ambiental melhoria continua e dar saltos qualitativos 56 Os sistemas de gest o ambiental t m na norma ISO 14001 certifica o de sistema de gest o ambiental o referencial adoptado internacionalmente e tamb m o mais utilizado quer no sector da constru o obras quer no seu produto ambiente constru do edificado 20 Apresenta se um exemplo do certificado Lidera que reconhece a um projecto um bom n vel de desempenho Figura 2 24 Ay Sistema de Avalia o da Sustentabilidade UConstru o Sustent vel KIL L Eis renata t Mkiency Livets Ed a DD XX Pronotor
130. tijolos telhas e azulejos alvenaria de pedra pedra das cantarias dos v os do soco e do cunhal vidro ferro e madeira da estrutura do soalho das janelas e das portas Os res duos perigosos dever o ser separados dos restantes uma vez que o seu contacto inviabiliza as capacidades de reutiliza o ou reciclagem destes ltimos 3 5 3 Reutiliza o e Reciclagem de Materiais Para a proposta do novo edif cio alguns dos princ pios a ter em considera o na concep o para uma futura reutiliza o s o a minimiza o do n mero de tipos de componentes diferentes a utiliza o de edif cio de concep o modular utilizando tecnologias de montagem compat veis com as pr ticas correntes e garantindo se o f cil acesso a todas as partes do edif cio e das suas componentes Quanto aos materiais provenientes da demoli o dos dois edif cios em estudo sugere se a utiliza o dos materiais cer micos como materiais de enchimento as cantarias das molduras dos v os poder o ser limpas e reutilizadas na reconstru o ou em reabilita es de outros edif cios 78 3 6 Reconstru o 3 6 1 Enquadramento O elevado estado de degrada o dos edif cios inviabiliza a sua manuten o atrav s de um processo de recupera o requerendo se a sua demoli o e reconstru o conforme artigo 31 n 2 al nea a do PDM De resto a situa o de ru na iminente encontra se comprovada por vistoria municipal conforme do
131. uais est o limitadas Rua dos Rem dios e via que lhe transversal Rua da Regueira a qual a liga ao Largo a Sudoeste dos edif cios em estudo O estacionamento dos ve culos verificar se sempre a uma dist ncia significativa dos edif cios Com o objectivo de minimizar os impactos negativos dever ser elaborado um plano de estaleiro onde ser o inclu das todas as medidas de protec o que se julguem apropriadas 73 Na rea de interven o em estudo verifica se a exist ncia de estaleiros a uma dist ncia consider vel dos edif cios em reabilita o optando se em muitas situa es por se manterem operacionais as ruas e zonas de circula o pedonal colocando se andaimes a partir do primeiro piso fazendo se deste modo uma gest o do espa o em altura Figura 3 15 Estaleiro mant m se a circula o pedonal e desenvolvem se plataformas verticais para a circula o na envolvente exterior do edif cio 3 5 Demoli o dos Edif cios Antes de se iniciar a demoli o necess rio conhecer todas as interfer ncias com as redes de servi os nomeadamente as redes de guas dom sticas de guas residuais de g s de electricidade e de telefones Alguns dos revestimentos e equipamentos existentes poder o ser considerados res duos perigosos pelo que o seu transporte manuseamento acondicionamento e deposi o no destino final dever ser realizado de acordo com a legisla o em vigor De
132. ue mant m a eleg ncia e a impon ncia e o Museu Arqueol gico do Carmo que inclui um esp lio de pe as pr hist ricas romanas medievais manuelinas renascentistas e barrocas O Largo do Carmo tamb m um local emblem tico da hist ria nacional recente tendo sido palco privilegiado da revolu o dos cravos em 25 de Abril de 1974 2 2 3 Caracteriza o do Bairro da Mouraria A Mouraria um dos mais tradicionais bairros da cidade de Lisboa que deve o seu nome ao facto de D Afonso Henriques ap s a conquista de Lisboa ter confinado uma zona da cidade para os mu ulmanos Foi neste bairro que permaneceram os mouros ap s a Reconquista Crist assim como os judeus que tamb m foram confinados aos bairros do Castelo O termo Mouraria designa hoje uma vasta rea com declive acentuado que se implanta na encosta norte da Colina do Castelo e se desenvolve entre a Pra a do Martim Moniz a Gra a e o Castelo Do passado herdou uma urbaniza o irregular marcada por ruelas e becos cujos nomes conservam ainda muito desta heran a como Mouraria Borrat m Figura 2 11 Mouraria Foto disponibilizada no site Amendoeira e Oleiras htto www google pt 2009 Ocupando as vertentes poentes e norte da Colina do Castelo a hist ria da Mouraria est intimamente ligada da pr pria cidade pois at segunda metade do s culo XVI tinha aqui o seu n cleo principal 13 Actualmente um ponto
133. un o dos v rios compartimentos atrav s da aplica o de sistemas de paredes reposicion veis e ou amoviveis 23 inimigas iefragaia ie gdi vil ro Lista de Quadros Quadro 2 1 N veis do estado de cons era Ca O said 23 Quadro 2 1 Fases fundamentais a respeitar numa interven o de reabilita o sessao 34 Quadro 2 3 Sintese dos acabamentos e materiais solu es propostas eeeeeeeeerererererererereres 55 Quadro 3 1 Caracteriza o dos edif cios seen aeee 60 Quadro 3 2 Caracteriza o patrimonial das parcelas edif CIOS eee 19 Quadro 3 3 O Ga PosS UNO MICO jd 83 Quadro 3 4 Sintese dos acabamentos e materiais solu es propostas meeeeeeeeererererererereeres 98 viii Siglas e Abreviaturas IGESPAR Instituto de Gest o do Patrim nio Arquitect nico e Arqueol gico Resulta da fus o de antigas entidades como o IPPAR IPA e DGEMN PUNHACC Plano de Urbaniza o do N cleo Hist rico de Alfama e Colina do Castelo CML C mara Municipal de Lisboa CAM Comiss o Arbitral Municipal SRU Sociedade de Reabilita o Urbana INE Instituto Nacional de Estat stica IHRU Instituto da Habita o e da Reabilita o Urbana PDM Plano Director Municipal PSS Plano de Seguran a e Sa de PPGR Plano de Preven o e Gest o de Res duos POVP Plano de Ocupa o da Via P blica 1 Introdu o 1 1 Considera es Gerais A cidade de Lisboa enfrenta neste novo s culo uma s rie de importantes desafi
134. va para l das muralhas Ap s 1496 com a expuls o dos judeus e mouros os seus bens transitaram para o Hospital de Todos os Santos excep o da maior Mesquita da Mouraria onde se instalaram as Freiras da Anunciada Foi ainda na Mouraria entre 1542 e 1549 que o mission rio S o Francisco Xavier instalou a primeira casa de Jesus no mundo O Col gio de Jesu tas foi instalado no Convento de Santo Ant o o Velho At ao s culo XVIII muitos dos pal cios conventos e igrejas mandados construir tornaram se p los dinamizadores desta zona da cidade definindo assim a organiza o espacial do 14 bairro Pal cio do Marqu s do Alegrete do Marqu s de Ponte de Lima Col gio dos Meninos rf os e de Santo Ant o o Velho Com um parque habitacional muito degradado sem condi es m nimas de conforto este bairro entrou num progressivo abandono existindo zonas quase desertas No entanto a morfologia urbana mourisca conservou se at hoje quase inalterada patente no tra ado das ruas Um conjunto de pequenas ruas becos e escadarias favorecidas pelo terreno acidentado chegam a compor uma esp cie de labirinto Por outro lado no s culo XX assistiu se s demoli es dos im veis no Arco do Marqu s do Alegrete e posteriores constru es de centros comercias no Martim Moniz Os espa os p blicos largos e arruamentos serpenteados por escadinhas por toda a encosta at Costa do Castelo s o espa os d
135. ven o maior o respeito pelas exig ncias actuais para as constru es novas A zona da cozinha disp e de um envidra ado entre a zona da bancada de trabalho e os arm rios superiores refor ando se deste modo a liga o f sica e visual entre este compartimento e o vest bulo de entrada passando este espa o a beneficiar igualmente da entrada de luz natural atrav s do v o da cozinha Figura 3 22 VIDRO vidro PORTA DE CORRER I PAINEL AMOVIVEL RE REA T CNICA 1 4 ARM RIOS SUPERIORES ARM RIOS rt na ed F Ea AZULEJO 10X10 Faro ESQ AZULEJO 10X10 BANCADA Pa ARM RIOS INFERIORES W FRIG pa Figura 3 22 Cozinha T1A Abertura em vidro entre a zona da bancada de trabalho e os arm rios superiores Atrav s desta abertura o vest bulo de entrada beneficia da entrada de luz natural 23 A quest o da ilumina o natural uma preocupa o presente nesta proposta de interven o podendo afirmar se que todos os compartimentos e at as zonas mais interiores deste edif cio disp em de ilumina o natural A instala o sanit ria disp e de um v o ab
136. vent rio municipal do patrim nio s o delimitadas reas de potencial valor arqueol gico as quais se classificam em v rea de n vel 1 de interven o delimitada pela muralha fernandina e incluindo o Bairro da Mouraria v reas de n vel 2 de interven o restante rea urbana condicionada 6 Por outro lado nas reas hist ricas os acessos s o na maioria dos casos de reduzida largura o que facilita a propaga o em caso de inc ndio aos edif cios fronteiros Figuras 2 19 e 2 20 Para minimizar estes riscos a escolha dos materiais dever ser criteriosa na medida em que determinados materiais t m um comportamento face ao fogo que favorece o in cio e o desenvolvimento dos inc ndios 7 gt j a E a Y Err Pe z a E A T as EA z e a 4 p e Figura 2 19 Acessos condicionados na freguesia de Santo Estev o Alfama 36 Figura 2 20 Proximidade entre edif cios na freguesia de Santo Estev o Alfama Assim os acessos muito condicionados e por vezes com obst culos dif ceis de contornar e a grande proximidade entre os edif cios s o factores determinantes que condicionam a escolha das melhores solu es de interven o nestas zonas 2 5 3 Acessibilidades e Estaleiro A actividade dos estaleiros de constru o em meios urbanos causa agress es ao meio ambiente na medida em que interfere com a rotina di ria dos cidad os Nos bairr
137. ver o ser retirados e se poss vel recuperados ou reutilizados todos os elementos arquitect nicos e decorativos considerados dignos de preserva o Da an lise destes elementos conclui se que as cantarias das molduras dos v os a bacia em pedra da varanda do 3 andar assim como os elementos do cunhal e do soco em pedra est o de um modo geral em muito mau estado sugerindo se o seu desmonte e rean lise para eventual reutiliza o No caso da reutiliza o destes elementos n o se apresentar vi vel 74 na reconstru o estes elementos dever o ser guardados para uma poss vel utiliza o noutra edifica o em reabilita o As guardas em ferro aparentam um elevado estado de degrada o pelo que a sua reutiliza o n o se afigura vi vel e pelo a nica solu o poss vel dever ser a sua reciclagem O pequeno azulejo dever ser preservado e reintegrado na nova constru o em local a definir ficando como uma mem ria hist rica do lugar Antes do in cio dos trabalhos de demoli o dever ser feita uma inspec o documentada atrav s de fotos e v deo em todos os edif cios envolventes para permitir avaliar eventuais futuras anomalias Para isso tamb m se dever o colocar alvos topogr ficos nos edif cios confinantes com o objectivo de os monitorizar durante o processo de demoli o Al m disso dever haver um cuidado especial na demoli o dos elementos que ficam nas zonas de vizinhan a com
138. vivem Um novo paradigma ditar que a casa que passar a adaptar se aos habitantes 15 g Materiais e Solu es Construtivas A escolha dos materiais tem repercuss es tanto sobre o meio natural e o ambiente interior dos edif cios como sobre a sa de dos utilizadores O balan o ecol gico dos materiais de constru o tem em conta a quantidade de mat ria de energia e de gua necess rias nas diferentes etapas do seu ciclo de vida e Extrac o da mat ria prima e transporte para a f brica e Fabrica o e transporte para a obra e Coloca o montagem em obra e Uso e manuten o e Demoli o e Elimina o de res duos Na escolha dos materiais a preocupa o recai para a sustentabilidade e o impacte ambiental dos materiais a sua energia incorporada as emiss es t xicas e a facilidade da sua reciclagem ou reutiliza o O revestimento das fachadas pode respeitar e Acabamentos e V os exteriores e A rela o entre as propor es dos envidra ados e das superf cies opacas da fachada tem em vista a distribui o da luz natural o aquecimento e o arrefecimento Assim a selec o dos materiais e acabamentos a aplicar pode ter em considera o a sua durabilidade reutiliza o potencial reciclagem e impacte sobre a qualidade do ar interior ou seja tem sempre presente o seu ciclo de vida e grau de toxicidade 50 O impacte ambiental dos materiais utilizados na constru o dos edif
139. xige a verifica o dos requisitos ac sticos para as paredes exteriores paredes e pavimentos entre fogos e paredes e pavimentos entre fogos e zonas comuns e comerciais sabido que os revestimentos exteriores de um edif cio com um ptimo desempenho energ tico ambiental dever o ser aplicados de forma a permitir que o seu isolamento t rmico tenha uma presen a cont nua pelo exterior da sua estrutura Desta forma s o eliminadas as pontes t rmicas e aumentada a efici ncia energ tica e o conforto t rmico do edif cio c Ventila o natural A renova o do ar interior dos edif cios imprescind vel para assegurar a qualidade do ar interior para diluir e remover os poluentes gerados no interior dos edif cios para fornecer ar para os aparelhos de combust o e para controlar a humidade relativa do ar interior de forma a minimizar a ocorr ncia de condensa es superficiais e o desenvolvimento de micro organismos Para uma boa ventila o das habita es deve promover se a admiss o de ar novo nos compartimentos principais e a extrac o de ar nos compartimentos de servi o 12 46 Sendo uma das principais fun es da ventila o natural o facto de garantir a qualidade do ar interior o tema do arrefecimento dever igualmente estar presente pelo que dever o ser consideradas aberturas em al ados com orienta es diferentes Para garantir um conforto natural dos utilizadores no Ver o aconselh

Reabilitação, Demolição com Reconstrução de Edifícios, nos

Contents

Download Pdf Manuals

Related Search

Related Contents

Reabilita&ccedil;&atilde;o, Demoli&ccedil;&atilde;o com Reconstru&ccedil;&atilde;o de Edif&iacute;cios, nos

Contents

Download Pdf Manuals

Related Search

Related Contents

Reabilitação, Demolição com Reconstrução de Edifícios, nos