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- Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

1. IS SSI na SN SS SISI POSSAS NY Sa KS N Figura 113 Sistema de proporc es 4 2 6 Subsistemas O sistema espec fico desenvolvido formado por v rios tipos de m dulos desde os m dulos estruturais dos tipos principal e secund rio m dulos de servicos m dulos de preenchimento etc A articulac o estrat gica destes m dulos ferramenta de concepc o do sistema obt m a formaliza o final do edif cio que se pretender A diversidade conseguida pela multiplicidade de possibilidades de articulac o permitida pelo sistema O quadro seguinte n 1 descreve em articulagao com o anexo 4 de desenhos os principais m dulos constituintes do sistema QUADRO N 1 M dulo Exemplo M dulo estrutural principal ou portante Gaiola executada pela articulag o por soldadura e aparafusamento de perfis 162 tubulares em a o de secc o quadrada ou rectangular conforme detalhe Anexo 4 1 M dulo estrutural secundario ou de suporte e de adequac o ao terreno Mesa executada em perfis I de 0 15mx0 15m na horizontal articulados com perfis tubulares de sec o circular conforme detalhe Anexo 4 2 Parede exterior Painel P1 e P2 P1 opaco P2 com v o incorporado conforme detalhe Anexo 4 3 Pain is de forro interior Pain is modulados em contraplacado de madeira ou
2. n sovb Carazo ExTE n 109 229 230 Esbo os dos poss veis modos de encaixe dos v rios elementos constituintes da estrutura do m dulo base e esquema de montagem 231 232 Modo de adequabilidade a casos concretos oo Pep Fic 9 Jeane v yle vii vtt ape Quezilipare P TELNATA CSA Tv le ge Alora Jo SiSTINA y 9Af c O po 50 233 234 Esbo os de soluc es tipol gicas distintas e de aplicac o do princ pio de Escala de modula o e uso de n veis para elabora o de plano de conjunto geminado a mm lt E god TR Y HP MA I Seia oon i Il po q 4 235 236 Soluc es formais de objectos arquitect nicos distintas 237 238 ANEXO 4 DESENHOS DOS M DULOS DO SISTEMA 239 240 ANEXO4 1 M DULO A ESC 1 50 3 00 0 60 y 0 60 y 0 60 y 0 60 y 0 60 HE H mi 3 00 IHH EE ms m m mi VISTA DE CIMA 3 00 3 36 AL ADO TIPO t t t t pr t t t t AL A A A A A Xs Soo doo poo o gt gt CORTE A Mr e umama HE CORTE B 241 242 ANEXO4 1 M DULO B ESC 1 50 3 00 0 60 0 60 y 0 60 y 0 60 FER HEOR VISTA DE CIMA gt 7 3 00 k 3 00 CORTE 2 k 3 00 k AL ADOS FRONTAL E TARDOZ AL ADOLATERAL 1 ALGADO LATERAL 2 243 244 ANEXO4 1 MODULO C
3. Regionalismo cr tico Regionalismo cr tico 41 a designac o dada ao movimento que alberga os descontentes que se reuniram contra a incapacidade do modernismo de evoluir face r pida evoluc o industrial 61 A sua implementa o levou recupera o de muitas das tradi es que o modernismo esquecera levando a que este n o se articulasse com a natureza preferindo impor se mesma resultando deste facto que os modelos edificados modernistas tivessem que sobreviver artificialmente como o atestam os formid veis pavilh es habitacionais de a o e vidro que necessitavam do tratamento mec nico de ar para a sua climatiza o O que os tornou incomport veis ap s a crise petrol fera dos anos 70 do s c XX A reac o do Regionalismo cr tico que se afirma fundamentalmente a partir dos primeiros anos da d cada de 1960 surge da articula o de alguns dos princ pios do modernismo com os valores mais arraigados aos locais e humanizados dos v rios arquitectos que o defendiam Arquitectos como Louis Kahn Alvar Aalto Gunar Asplund e outros escandinavos fundamentaram a sua obra no questionamento do modernismo Fizeram no ao interrogarem se quanto ao modo como se constru a um edif cio recorrendo s mais antigas ra zes do passado para encontrar a melhor forma de proteger iluminar cobrir enfim de erigir e dar vida a um edif cio Tornaram a arquitectura dom stica anti dogm tica potenciando uma maior
4. Sistema modular espec fico met lico 160 4 2 4 Sistema fechado 161 4 2 5 Sistemas de proporc es 161 4 2 6 Subsistemas 162 4 3 Software de apoio utiliza o do sistema 4 4 Modo de aplicac o do sistema com m dulos pr fabricados CAPITULO 5 Apresentac o do Sistema 5 1 Objectivos 5 2 Apresenta o do sistema a Descri o geral b Componentes c Instru es de fabrico d Exemplo de solu o urbana CAPITULO 6 Valida o do Sistema 6 1 An lise e Valida o do sistema 6 1 1 Arquitectura Diversidade Funciona Forma Inser o urbana Inser o em meios n o urbanos 6 1 2 Exig ncias Seguran a Habitabilidade Durabilidade 6 1 3 Vantagens Montagem Rapidez Transporte Econ micas Desmontagem 165 168 171 171 179 181 181 182 184 CAPITULO 7 Conclusao 187 BIBLIOGRAFIA 193 ANEXOS Anexo 1 Definic es gerais 197 Desenho Param trico Industrializac o da construc o Pr fabricac o Pr fabricac o em ciclo fechado Pr fabricac o em ciclo aberto Racionalizac o da construc o Mecanizac o da construc o CSTB Centre Scientifique et Technique du Batiment Advocacy Planing S cio Psicologia S cio Geografia S cio Ec nomia S cio Cultura Anexo 2 201 Cita es Anexo 3 205 Esbo os da concep o Anexo 4 239 Desenhos Anexo 5 267 Exemplo de so
5. 30 A Lozonczi 1976 O homem e a casa Defini o individual e social da qualidade da habita o Ant nio M Reis Cabrita Edi es LNEC 31 Garfunkel 1967 R Bogdan e S Taylor 1975 O homem e a casa Defini o individual e social da qualidade da habita o Ant nio M Reis Cabrita Edi es LNEC 32 Anatxu Zabalbeascoa As casas do s culo Editora BLAU 202 33 Louis Sulivan Form ever follows function and this is the law no artigo The tall Office building artistically considered Lippincott s Magazine Marco 1896 Ainda a este respeito afirmou mais tarde Se a forma segue a func o ent o o trabalho deve ser org nico 34 William Morris citado por Anatxu Zabalbeascoa em As casas do s culo Editora BLAU 35 Adolf Loos Ornamento e Crime ensaio te rico de 1908 36 Le Corbusier Vers une architecture compilac o de artigos publicados de 1920 a 1922 A arquitectura o jogo sabio correcto e magnifico dos volumes reunidos sob a luz Le Corbusier Por uma arquitectura 38 edi o Sao Paulo Editora Perspectiva S A 1981 37 Le Corbusier e Pierre Jeanneret Revista L Esprit Nouveau 1926 1 Planta Livre 2 Fachada livre 3 Pilotis 4 Terraco jardim 5 Janela continua 38 Bruno Taut Arbeitsrat Fur Kunst 1918 39 Afirmagao de F L Wright 40 Mies Van Der R
6. 63 Craig Ellwood citac o de Alfonso P rez Mendez no texto In the Spirit of the Time Craig Ellwood 15 Houses revista 2G n 12 1999 IV 64 Craig Ellwood citac o de Alfonso P rez Mendez no texto In the Spirit of the Time Craig Ellwood 15 Houses revista 2G n 12 1999 IV 65 Christopher Alexander Notes on the Synthesis of Form Harvard 1964 66 Serge Chermayeff e Christopher Alexander Community and Privacy Double day 1963 67 Ant nio M Reis Cabrita O homem e a casa Defini o individual e social da qualidade da habitac o Edic es LNEC 204 ANEXO 3 ESBOCOS DA CONCEPC O O presente anexo destina se apresenta o dos esbo os da concep o do Sistema Industrializado leve para a constru o de habita o e ou servi os A 1 fase a solu o pensada correspondia um sistema modular paralelepip dico do tipo lado B 2x lado A O sistema j estava pensado para poder produzir v rias solu es tipol gicas em fun o da soma de v rios m dulos e rege Sase X Mo ses VE t gs a os 490 2 2 A es mie aces 44 ske pz AF nes a 2 Teilen do Z Z A a LxZA Gs PRA a yer oe A A 2x 2 ab 2 janie Ja aee po cobol AM ZA Fu Ar in a 2 ARCA A f great pez nn i pr 2 4 Be 23 777 129 Dea
7. a Relativamente aos m dulos b Relativamente s c lulas Para garantir o rigor destas combinag es entre ritmos altern ncias compassos etc e a real dimens o dos espa os pretendidos sao criadas malhas espaciais ou m dulos os quais estao de acordo com o crescimento organico Fig 77 Figura 77 Crescimento org nico com base na organiza o por m dulos ou por malhas espaciais Estas organiza es proporcionam grande variedade de express es aos espa os e aos objectos arquitect nicos pretendidos podendo orient los mediante a posi o que se quiser mas sempre articulados com a referida malha tridimensional Deste modo as c lulas e os m dulos s o os caracteres de um c digo ao qual se aplicam os princ pios orientadores que se pretender em fun o das caracter sticas espec ficas de abordagem de cada projecto criando no entanto uma est tica claramente ligada ao sentido da industrializa o da constru o Esta est tica corresponde imagem da normaliza o derivada que das opera es de adi o subtrac o aplica o de mudan as de direc o ou cria o de irregularidades que s o efectuadas sobre a malha tridimensional Fig 78 98 Figura 78 Opera es de adi o subtrac o com aplica o de mudan as de direc o a 1 O movimento de m dulos e a cria o de espa os O sistema de composi o espacial com m dulos orientados produz pontos de intercep
8. industrializada de habitagao nos Estados Unidos da Am rica Figura 30 Casa do bairro Torten Dessau Alemanha Arquitecto W Gr pius 1927 Por sua vez Le Corbusier cria o sistema Dom Ino de m dulos tridimensionais de Bet o standardizados produzidos industrialmente Este sistema permitia a constru o de casas de dois pisos nao necessitando de paredes mestras podendo os seus utilizadores decidir livremente a sua distribui o interna Fig 31 Figura 31 Sistema Dom Ino Arquitecto Le Corbusier 1914 17 Standardizac o e Pr fabricac o eram os termos chave para o desenvolvimento e criac o da arquitectura moderna dom stica O modernismo parecia ser uma boa resposta para a constru o de habita es devido ao modo econ mico como geria a construc o e rapidez com que executava as suas pequenas mas eficientes c lulas de habitar Assim apresentou se como o estilo do mundo livre e as suas caracter sticas facilitaram a sua aplicac o para a reconstruc o das cidades destru das pelos bombardeamentos da 2 guerra mundial Fig 32 57 Figura 32 Modo de composic o da Unidade de habitac o de Marselha Arquitecto Le Corbusier 1952 Com a ascens o do Nazismo na Alemanha d se um grande xodo de arquitectos alem es para a Uni o Sovi tica e para os Estados Unidos da Am rica e estes ao chegar ao continente americano nomeadamente W Gr pius Marcel Breuer e fundamentalmente Mie
9. o na arquitectura No s c XIX a revolu o industrial levanta uma s rie de problemas arquitectura 65 O intenso afluxo de gente cidade destr i o equil brio entre o meio natural e o edificado obrigando a alojar um n mero crescente de indiv duos num prazo relativamente curto e num territ rio com cada vez menos espa o O custo o prazo e o espa o passaram a ser os factores que os arquitectos e os t cnicos da construc o passaram a ter em conta para a produc o de habitac o No entanto as primeiras abordagens ao problema da produc o em s rie tardaram e caracterizaram se pela transic o da produc o artesanal para a produ o industrial resultando na repetic o mon tona e exagerada dos bairros de alojamento de trabalhadores industriais desse per odo Embora executados com t cnicas construtivas artesanais estes bairros reflectiam na sua execuc o uma busca intencional de processos racionalizados atrav s da repetic o sistem tica da sua organizac o espacial e das suas soluc es construtivas Fig 44 Figura 44 Bairro Industrial em Harrisonburg USA O fim do s c XIX mostra a capacidade da ind stria fornecer uma quantidade elevada de elementos arquitect nicos e construtivos produzidos em s rie e postos disposig o do p blico em geral e dos construtores Foram executados manuais e cat logos que explicitavam como estes materiais podiam ser incorporados na composi o de um edif cio
10. realiza o de edif cios industriais Fig 49 69 Figura 49 Esta o de Sao Bento Porto Portugal Arquitecto Marques da Silva 1915 Ainda assim em muitos casos imperou a l gica racional da estrutura met lica tornando os edificios mais leves e estaticamente mais faceis de calcular principalmente a partir do momento em que substituiu o ferro fundido pelo aco laminado utilizando tamb m a chapa met lica e ligac es rebitadas Fig 50 Figura 50 ligag es por rebitagem sobre chapa met lica Ponte Lu s Porto Portugal Engenheiro Seyrig 1886 Os estaleiros de construc o transformaram se em linhas de montagem com a utilizagao de elementos prefabricados perfeitamente desenhados e calculados que apenas exigiam algum trabalho de acabamento no local Assistia se introduc o de uma l gica de clara modernidade com grande influ ncia na formac o dos princ pios b sicos inerentes industrializac o da construc o com o recurso pr fabricac o de elementos de construc o met licos assistindo se mesmo s primeiras experiencias dos sistemas precursores das estruturas espaciais em p rticos do tipo Pilar Viga asna de base modular Foi uma arquitectura executada fundamentalmente por engenheiros apresentando se ela como um movimento precursor do movimento moderno j latente na sua atitude racional de aplica o de tecnologias avan adas de constru o e do uso de novos materiais 70 O inicio d
11. ser orientado para uma cada vez maior 188 preocupac o com a identificac o do individuo e com a articulac o deste com o meio em que se integra Pelo que a promo o da personaliza o da oferta a sua flexibilizac o interna e a potencialidade de esta poder quando for necess rio absorver variac es tipol gicas em fung o da evoluc o da vida do indiv duo deverao tornar se aspectos predominantes do mesmo Pelo que se deva dar particular relevancia estruturac o e estabelecimento de uma plataforma de entendimento entre os agentes que participam no processo de construc o de habitac o fomentando a participac o do utente final na concepc o da sua pr pria habitac o imprimindo se uma nova din mica na relac o entre o promotor e o utilizador a qual estabelecida poder optimizar a utilizac o dos recursos possibilitando o aumento da rentabilidade ao promotor como resultado de uma melhor adaptac o da produc o procura O aparecimento dos sistemas de linha de montagem invertida que se centram fundamentalmente na ideia de desenvolvimento de sistemas modulares do tipo KITS OF PARTS leva a que a oferta de constru o de habita o seja definida a partir do nivel inferior do sistema de produc o passando a ser o utente a personalizar o seu espaco habitacional com o jogo dos m dulos constituintes do ou dos sistemas produzido s Procura se atrav s destes a personalizac o da oferta A pr fabricac o apli
12. trabalhada a partir de dois aspectos importantes 1 Proporcionar aos futuros utentes a manipula o numa fase embrion ria do processo produtivo de cria o de habita o de ferramentas de projecto no sentido de facilitar a obten o de um grau de qualidade satisfat rio pois o interessado pode criar a sua habita o 23 2 Garantir que a habitac o possa adaptar se s mutac es pr prias da exist ncia do agregado familiar porque o sistema dever permitir a criac o de diversos tipos habitacionais e tamb m possibilitar a evoluc o de uma soluc o para outra dentro do mesmo tipo a partir da adic o de um m dulo base 1 5 M dulos tridimensionais Este aspecto interveio indelevelmente na cria o dos m dulos base do sistema que para serem mais facilmente visualizados e manipulados deveriam ser tridimensionais O utente final poder criar os modelos que explicitar o a sua pretens o a partir da execu o de plantas modulares geridas com a utiliza o de uma grelha podendo inclusive implantar os espacos mais mecanizados e infra estruturados onde pretender em fung o dessa mesma grelha base uma vez que o sistema tem a possibilidade intr nseca de proporcionar e considerar variadas alternativas conjugag o de todos os seus m dulos constituintes Fig 5 Figura 5 O utente final poder criar os modelos a partir da execuc o de plantas modulares podendo inclusive implantar os espacos mais mec
13. 1924 citac o de Christopher Alexander em Func o da arquitectura moderna Biblioteca Salvat de grandes temas 1979 3 Buckminster Fuller cita o de Paul e Percival Goodman em Communitas Vintage Books Nova York 1960 4 M rio Oliveri citac o de Christopher Alexander em Func o da arquitectura moderna 1979 Biblioteca Salvat de grandes temas 5 Christopher Alexander em Func o da arquitectura moderna 1979 Biblioteca Salvat de grandes temas 6 Craig Ellwood citac o de Alfonso P rez Mendez no texto In the Spirit of the Time Craig Ellwood 15 Houses revista 2G n 12 1999 IV 7 V Pereira N Portas 1967 O homem e a casa Definic o individual e social da qualidade da habitac o Ant nio M Reis Cabrita Edicdes LNEC 8 V Pereira 1970 O homem e a casa Definic o individual e social da qualidade da habitac o Ant nio M Reis Cabrita Edic es LNEC 9 Chombard de Lauwe 1965 0 homem e a casa Definic o individual e social da qualidade da habitac o Ant nio M Reis Cabrita Edicdes LNEC 10 W Mangin 1970 A Lozonczi 1976 O homem e a casa Defini o individual e social da qualidade da habitac o Ant nio M Reis Cabrita Edic es LNEC 11 A Rapaport 1973 O homem e a casa Definig o individual e social da qualidade da habitac o Ant nio M Reis Cabrita Edic es LNEC 12 V Perei
14. o alojamento habitac o habitat vizinhanca Figura 17 Habita o uma inter influencia do indiv duo com o habitat A resposta dada pela construc o de habitac o a esta quest o da inter influencia de um modo satisfat rio proporcionada pela capacidade demonstrada pelo edificado face as quest es exig nciais de utilizac o e sua articulac o com o espaco exterior sin nimo de qualidade desde que coadjuvado com a resposta do mesmo quanto s quest es exig nciais construtivas Defini o de qualidade da habita o Para a arquitectura falar de habitagao falar de valores subjectivos e qualitativos apresentando se mesmo quase inexplic vel e inquestion vel uma vez articulada com condicionamentos culturais e est ticos Contudo os arquitectos consideram as implicac es materiais e a necessidade de acompanhar as exig ncias dos utentes que pretendem cada vez mais rigor e compet ncia mesmo na satisfac o das aspira es subjectivas e das necessidades qualitativas e intang veis Verifica se cada vez mais uma converg ncia entre a arquitectura as ci ncias e tecnologias da construc o tendo tamb m estas por sua vez alargado progressivamente o seu conceito de qualidade t cnica para que os seus elementos d em uma ampla satisfac o do seu uso Contudo a arquitectura frequentemente se depara com um problema que interfere sobremaneira na procura da satisfac o da qualidade em habitac o prendendo se este c
15. o do agregado familiar assim como potenci los enquanto elementos importantes da edifica o urbana Apresentando se a generaliza o da utiliza o de sistemas modulares pr fabricados como potenciadora de cria o de monotonia importante assumir que um sistema modular espacial tridimensional poder e dever ser suporte de v rias express es arquitect nicas tendo em conta que a sua capacidade de proporcionar diversidade est limitada Aspecto fundamental e positivo uma vez que ao limitar a cria o de diversidade ilimitada se est a controlar a coer ncia do desenho da cidade do ponto de vista arquitect nico Assim sendo o objectivo m ximo a atingir o de formalizar um sistema modular especifico capaz de oferecer diversidade controladamente podendo responder inten o de produzir habita o personalizada em s rie De seguida podemos ver o modo como a aplica o da metodologia com base no Desenho Param trico concebe o modelo do Sistema construtivo a partir da ideia de Sistema modular tridimensional transformado em sistema modular met lico espec fico parametrizado a partir de um sistema de propor es com base na aplica o da disciplina da coordena o dimensional modular e que pela articula o dos seus m dulos e subm dulos Fig 107 seguindo a ideia de subsistemas com as grelhas organizadoras proporcionar a formaliza o de diversos tipos habitacionais quando estas forem colocadas sobr
16. que contribui para a sua maior ou menor satisfagao residencial e portanto para refor ar ou nao a intensidade e o nivel da sua procura 2 A qualidade da casa imaginada fruto do conceito social de casa e de como as caracter sticas psicol gicas e s ciopsicol gicas individuais e da fam lia se relacionam com esse conceito A Interacc o entre o morador e o meio din mica O morador muda de crit rios porque mudam os conte dos das mensagens que recebe porque evolui social e economicamente porque v o meio mudar ou porque ele pr prio muda de lugar e por consequ ncia de meio Portanto a sua contribui o para a procura residencial tamb m muda dando a esta procura um conte do igualmente din mico Torna se pois fundamental para que a resposta a esta procura seja expedita por parte dos agentes da oferta que sejam abordados m todos que possibilitem optimizar os procedimentos de criac o e promoc o de habitac o dos quais destacamos Os M todos de procura da qualidade na habitac o 1 Psicologia e determinismo arquitect nico A psicologia arquitect nica criada em Inglaterra uma preocupac o pragm tica cujo intuito foi ligar a investigagao sobre os comportamentos pr tica arquitect nica procurando assegurar durante o projecto a satisfa o das necessidades e a adequac o do edif cio s expectativas e usos dos pressupostos utentes A metodologia desenvolveu se nos anos 70 do s c XX partindo dos estudos soc
17. 17 e fundamentalmente a 18 nomeadamente de 1952 53 1954 55 e 1956 58 Com a Case Study House 16 por exemplo simplifica de tal modo o detalhe construtivo de aplicac o do aco na construc o ligeira de habitac o que acaba por promover indelevelmente a sua popularizac o Contudo o tipo de detalhe usado com uma intenc o pragm tica pois eram desenhados com o objectivo de incorporar a estrutura imagem do edif cio a estrutura apresenta se como uma imagem de raio X impressa sobre o edificio 62 Fig 100 Figura 100 Case Study House 16 Los Angeles USA Arquitecto Craig Hellwood 1956 132 Ellwood procurou atrav s destas promover de acordo com o programa uma oferta de habita o moderna ideal para a classe m dia criando casas cujo pre o por m2 n o deveria ultrapassar os 106 25 Dol para profissionais com ordenados moderados que eram chamados progressistas Para tal segundo Ellwood para al m dos aspectos mencionados anteriormente referentes ao m todo de trabalho era tamb m fundamental a ligeireza nomeadamente a procura da soluc o mais ligeira possivel para cada problema A semelhan a de Buckminster Fuller Minha senhora sabe quanto custa a sua casa considerava que os produtos menos pesados reduzem os custos energ ticos Com a criac o da CSH 18 a qual foi projectada com a colaborac o do arq Jerrold Lomax Ellwood concentrou se na criac o de um proc
18. 21 Chombard Lauwe 1957 1959 O homem e a casa Defini o individual e social da qualidade da habita o Ant nio M Reis Cabrita Edi es LNEC 22 R L cuyer 1976 O homem e a casa Defini o individual e social da qualidade da habita o Ant nio M Reis Cabrita Edi es LNEC 23 S Tagg 1973 O homem e a casa Defini o individual e social da qualidade da habita o Ant nio M Reis Cabrita Edi es LNEC 24 V Pereira 1970 O homem e a casa Defini o individual e social da qualidade da habita o Ant nio M Reis Cabrita Edi es LNEC 25 G Bachelard 1967 O homem e a casa Defini o individual e social da qualidade da habita o Ant nio M Reis Cabrita Edi es LNEC 26 A Kirshenbaum 1983 A Coelho e A Cabrita 1986 O homem e a casa Defini o individual e social da qualidade da habita o Ant nio M Reis Cabrita Edi es LNEC 27 A Rasmussen 1964 O homem e a casa Defini o individual e social da qualidade da habita o Ant nio M Reis Cabrita Edi es LNEC 28 Reizenstein 1975 O homem e a casa Defini o individual e social da qualidade da habita o Ant nio M Reis Cabrita Edi es LNEC 29 V Pereira 1976 O homem e a casa Defini o individual e social da qualidade da habita o Ant nio M Reis Cabrita Edi es LNEC
19. Modus Vivendi Levanta se no entanto um problema implementac o destes valores decorrente da crescente especializac o social que tem levado ao div rcio entre o consumidor e o produtor e desintegrac o do segundo em diversos especialistas que o de saber como fazer depender esses valores dos pr prios utilizadores A presente abordagem apresenta um sistema espec fico de constru o que recorre pr fabrica o desenvolvido para a cria o de edif cios de habita o e ou de servicos de um s piso para ser utilizado em zonas urbanas e n o urbanas com uma grande capacidade de adaptac o mediante estudos espec ficos ao meio onde se ir inserir como modelo pass vel de organizar produ o de habita o em s rie com base na aplicac o de tecnologias ligadas ao uso de metais capaz de responder satisfatoriamente implementac o dos referidos valores Para tal o desenvolvimento do sistema tem como raiz a articulac o de dois conceitos o de M dulo e o de Tipo enquanto facetas da mesma realidade Trata se de um Sistema Modular cujo desenvolvimento e aplicac o se fundamentam nos principios metodol gicos derivados do Desenho Param trico com reflexo no modo como a disciplina da Coordenac o Dimensional Modular responde s solicitac es impostas pelas abordagens Celular e Funcional implementadas pela vis o Sist mica de um edif cio resultante dos referidos principios metodol gicos ade
20. articula o com o meio envolvente e executando o programa de modo a que este responda s solicita es e necessidades dos utentes e n o o contr rio S o bons exemplos deste movimento Casa Malaparte desenhada por Adalberto Liberas de 1938 constru da em C pri It lia Casa do Arquitecto em Tacubaya desenhada por Barragan de 1947 constru da no M xico Casa de f rias desenhada por Fernando T vora de 1957 constru da em Ofir Portugal Fig 39 Figura 39 Casa Malaparte Casa do arquitecto em Tacubaya Casa de f rias em Ofir 62 P s Modernismo Muitos dos disc pulos de Louis Kahn procuraram atenuar a rigidez formal moderna incorporando um rico e variado leque de propostas Recorrem hist ria com o objectivo quer de imitar quer de interpretar arquitecturas passadas com recurso a t cnicas e a m todos contempor neos Arquitectos como Robert Venturi Aldo Rossi ou M rio Botta consideravam que uma vez libertada dos espartilhos modernos a arquitectura vivia a oportunidade de ser moderna Libertar se dos espartilhos modernos correspondia segundo Robert Venturi a um desejo Prefiro os elementos h bridos os perversos e redundantes aos simples Prefiro a riqueza de significado clareza Uma arquitectura v lida remete para muitos niveis de conhecimento e de combinac es onde o espaco e os seus elementos podem ler se simultaneamente de muitas maneiras 42 e para Louis Kahn a Para ser vi v
21. as quais se caracterizam do seguinte modo com base na sua descric o feita na tese de Doutoramento do Professor Amorim Faria Normaliza o Geom trica Traduz se na sujei o dos edif cios como um todo e dos seus componentes e elementos de constru o quando considerados individualmente a um sistema geom trico de refer ncia formado por planos planos de refer ncia que se intersectam ortogonalmente formando uma malha tridimensional de refer ncia As dist ncias entre os planos nas 3 direc es principais s o definidas a partir do m dulo base como de multi m dulos e de sub m dulos Os planos de refer ncia definem espa os modulados que servem para orientar a implanta o dos diversos componentes e elementos de constru o do edif cio Na fase de concep o normalmente referenciam se os elementos de constru o aos eixos associados aos planos de refer ncia ou em outras circunst ncias inscrevem se os elementos nos espa os definidos pelos planos de refer ncia Fig 104 Figura 104 Sistema geom trico de refer ncia formado por planos que se intersectam ortogonalmente formando uma malha tridimensional de refer ncia 150 Normalizagao Dimensional Consiste na utilizac o de m dulos retirados de um leque de dimens es pr seleccionadas calculadas a partir de multi m dulos de refer ncia do m dulo base M Estas dimens es resultam dos multim dulos 3m at 60m Paralelamente os subm dulos
22. e colocac o do conjunto dos pavimentos finais interiores e exteriores Rapidez Dado que todo o sistema fornecido e montado com base no principio Kit instru o de montagem em ciclo fechado com as liga es entre elementos por encaixe e aparafusamento as vantagens quanto rapidez da sua montagem s o evidentes pois todos os elementos do sistema est o padronizados pela aplica o da disciplina da coordena o dimensional modular para ocupar o seu local espec fico no conjunto pelo que para a montagem global bastar cerca de um m s podendo haver alguma varia o em fun o do tipo e programa do edif cio final pretendido Transporte Todo o sistema fornecido e montado com base no princ pio Kit instru o de montagem constitu do por elementos para serem montados em obra os quais constituir o depois de montados os v rios m dulos do sistema pelo que para o seu transporte estes v o desmontados optimizando a sua distribui o interna pela volumetria interna do contentor de transporte fundamental para este desempenho a padroniza o dos elementos constituintes com base no multi m dulo 0 60 e seus sub m dulos at uma dimens o m xima de 3 0m Econ micas As vantagens econ micas proporcionadas pelo sistema s o fruto de tr s aspectos fundamentais 185 1 Aplica o do princ pio da economia de escalas para a produc o dos elementos constituintes como vimos facilitada pela di
23. e conclus o com os grandes aeroportos e os shopings Fig 20 48 Figura 20 Habita o Maison de Verre Fran a Arquitecto P Chareau 1932 Gare do Oriente Portugal Arquitecto S Calatrava 1998 O modo de habitar constantemente questionado em fung o quer das melhorias das condic es de vida proporcionadas pelas consequ ncias sociais da revoluc o industrial ou dos retrocessos derivados das crises econ micas nomeadamente a grande depress o de 1929 e a petrol fera da d cada de 1970 politicas como por exemplo as duas guerras mundiais a do Vietname ou as coloniais e o impacto que todas estas situag es provocaram do ponto de vista cultural em cada momento levou a que os arquitectos do s culo impulsionados pelos acontecimentos pelos promotores e pela procura tecessem a sua arquitectura fundamentalmente em torno do espa o dom stico e seus modos de concep o constru o e utiliza o A preocupac o passou a ser a cria o de uma habitac o justa e digna pelo que foi o momento da sua hist ria em que mais se aproximou das necessidades e preocupa es f sicas do indiv duo sendo em simult neo contudo o momento de maior distanciamento entre profissionais e utentes Fig 21 promotor t cnicos promotor E t cnicos Al x d Y utentes E gt utentes hab Figura 21 Habitac o um trabalho de equipa Como resolver esta quest o Ser poss vel Porque existir ela O desenrol
24. hierarquizada A fenomenologia utiliza estruturas espaciais com formas geom tricas as quais funcionam como c lulas que formalizam espa os que se agrupam de um modo regular din mico Cubos s o articulados entre si mediante o uso de uma malha aritm tica criando variadas possibilidades combinat rias em estruturas lineares em L e T etc O desenvolvimento destes espa os parte de dois tipos de estrutura 1 Volumes espaciais poli dricos que se adicionam face a face Fig 84 oq Figura 84 Adi o de volumes espaciais poli dricos 2 Micro volumes espaciais sobrepostos que dao uma imagem real das irregularidades nos quais os ocos t m importancia O espa o exterior interpenetra o objecto arquitect nico A forma final composta deriva do trabalho de sobreposic o a partir do padr o de um poliedro regular Assim o objecto arquitect nico pretendido resulta de um agrupamento de c lulas que se transforma numa composic o de poliedros simples que adquire uma din mica arquitect nica 102 O aparecimento de estudos de arquitectura utilizando o m dulo espacial articulando o standardizac o para a criac o de habitac o individual e colectiva proporcionou aos agrupamentos de construc o o recurso utilizac o de elementos de constru o normalizados com vantagens inerentes ao seu uso aparecendo contudo com diversas combina es e diversos caracteres garantindo que os seus esquemas respondessem eficazmente
25. nao implica a monotonia pois a possibilidade de escolha m ltipla de artefactos de vestu rio produzidos industrialmente articulada com a pan plia de opc es de combinac o sao condic o suficiente para a personaliza o do resultado final Tendo em conta que todos os indiv duos s o diferentes e que se passa este processo com praticamente todos os indiv duos entao podemos atingir a cada momento uma gama quase ilimitada de op es deitando por terra a quest o da monotonia Podemos assim constatar que a produc o industrial de vestu rio com o objectivo de reduzir os custos de produ o com o recurso utiliza o de economias de escala introduz no mercado artefactos de vestu rio com um elevado grau de repeti o mas tamb m com alguma varia o pass vel de ser usada para diferentes combina es em fun o da cria o de crit rios S o assim atingidos tr s objectivos importantes que articulados proporcionam um elevado grau de satisfa o na rela o promotor utente baixo custo de produ o grau satisfat rio de personaliza o e elevado grau de diversifica o O presente estudo parte da aceita o deste ponto de vista e procura desenvolver a sua adequabilidade ao sector da constru o nomeadamente para a industrializa o do mesmo com o recurso pr fabrica o enquanto meio privilegiado para a sua afirma o e consolida o e tamb m de enriquecimento da rela o entre os seus intervenientes nomeadamen
26. o chassis montado atrav s do encaixe e aparafusamento dos seus elementos constituintes Tarefa para a qual n o necess rio m o de obra especializada bastando apenas dois homens para executar Os elementos em perfil tubular de a o galvanizado medem at um m ximo de 3 142m de comprimento medida que foi optimizada com o intuito de facilitar o manuseamento em fase de montagem Como o chassis pode ser montado directamente sobre a base ou M dulo estrutural de suporte e de adequa o ao terreno os mesmos dois homens s o suficientes para a sua montagem no local espec fico n o sendo necess rio sequer equipamento especial para movimentar os elementos 184 Uma vez que os m dulos parede exterior constitu dos pelos pain is P1 e P2 sao tamb m pr abricados aplicados por encaixe e fixados por aparafusamento no seu local espec fico s s o precisos os mesmos dois homens para o desenvolvimento das tarefas para a sua aplicac o passando se o mesmo com os restantes m dulos de cobertura de pavimento base estrutural de acessibilidade elementos de remate de juntas guardas de protecc o arm rios tubos de queda S ser o precisos profissionais com m o de obra especializada para a colocac o do M dulo fundac es instalac o de equipamentos especiais acabamentos de pintura e envernizamento aplicac o de v os V1 e V2 aplicac o dos m dulos de servicos nomeadamente o conjunto dos seus diferentes equipamentos
27. os projectistas e os restantes t cnicos que possam estar envolvidos na participac o podem levantar e resolver da melhor maneira aqueles problemas e atingir as melhores solu es c A participa o liberta a imagina o em apoio concep o e promove a auto regula o al m de impedir fen menos de rejei o e insatisfa o A metodologia assenta em procedimentos pr ticos que integram condu o t cnica da participa o optimizando a sua produtividade Diagn sticos A identifica o das potencialidades ou recursos no sentido amplo mobiliz veis pelos agentes e pelo contexto Integra o das vari veis do processo do empreendimento Ac es de avalia o ajustamento experimenta o que aumentam a fiabilidade e a durabilidade dos resultados Realiza o de empreendimentos de pequena e m dia dimens o Para a psicologia arquitect nica os intervenientes do processo de produ o de habita o durante o processo de projecto s o vistos como um todo Os m todos a aplicar s o pragm ticos e visam a participa o An lises por objectivos tem ticos A formula o geral dos aspectos ligados ao conceito de habitar tem como principais caracter sticas a complexidade e a abstrac o a Complexidade Resulta directamente das implica es sociais culturais psicol gicas t cnicas e econ micas e a sua liga o a estas confere 41 mutabilidade ao conceito de habitar tendo em conta o lu
28. preparada e executada a pr fabricac o dos elementos de construc o o seu armazenamento no estaleiro o modo de aplicac o dos elementos de construc o e de ap s a utilizac o do edif cio para o motivo da sua criac o o processo de desmontagem para a sua destruic o Sao estes pressupostos que est o na base do projecto do Takara Beautilion desenhado pela equipa chefiada pelo arquitecto Kisho Kurokawa para a exposic o de 82 Osaka o qual se apresenta como uma estrutura que consiste numa unidade nica repetida duzentas vezes e constitu da por doze tubos de a o que confluem num c rculo comum 4 a 4 que possui juntas finais que aceitam novas unidades suscept veis de seguirem qualquer direc o pretendida A articula o nas tr s direc es X Y Z destas unidades cria unidade estrutural a qual forma uma grelha tridimensional que no seu interior estrutura e alberga a partir de uma organiza o espacial modular tridimensional os v rios compartimentos equipamentos mec nico e sistemas de circula o Fig 61 Figura 61 Takara Beautilion vistas do exteriores do conjunto e do interior de uma c lula Osaka Jap o Arquitecto Kisho Kurokawa 1970 Todo o edif cio metab lico foi montado em apenas uma semana o que presumivelmente equivaleria tamb m ao tempo necess rio para a sua desmontagem pelo que para o sucesso destas tarefas foi fundamental o modo como foi preparado todo o programa de constru o
29. rio destes dando lhe um cunho social Esta imagem que assume intencionalmente o car cter de articula o de elementos pr fabricados escolhidos em cat logo funciona como pano de fundo viv ncia interna e externa quotidiana A ideia levar ao cidad o e ao seu modo de vida as vantagens da articula o entre o interior e o exterior cont nuo proporcionada pela aplica o da industrializa o da constru o com recurso pr fabrica o neste caso em ciclo aberto Articulando se a forma arquitect nica com o meio e tornando continua a rela o entre o espa o interior e o exterior como no caso da casa Farnsworth de Mies aqui a pureza da forma e o detalhe de constru o s desprez veis apostando se sim na complexidade de leituras assente 111 na ideia de adi o de elementos de cat logo para a leitura da integridade do objecto A tecnologia e o aco na casa Eames sao aplicados enquanto exemplo do servi o sociedade para criar habita es personalizadas para cada indiv duo afastando se no caso da casa Wichita de Fuller do princ pio de que esta um modelo para produ o em massa para execu o de r plicas e que estas devem ser isoladas logo n o tendo em conta o meio nem o indiv duo e no caso da casa Farnsworth de Mies da ideia plat nica de objecto puro ref m da execu o absolutamente perfeita a qual n o aceita a pr fabrica o de elementos tornando se elitista Um outro aspecto distin
30. sociais dos anos da d cada de 1920 tendo desenvolvido o seu modo de actuac o com base nas ideias desenvolvidas na Bauhaus a partir de 1922 de criar casas para todos com base realizac o de objectos objectivos que servissem objectivos especifico Precisamos de M quinas para habitarmos A sua utiliza o da tecnologia e a escolha do material para a execu o de habitac o prende se com o intuito de facilitar o seu transporte e as tarefas de montagem e desmontagem A escolha do aco prende se com a intenc o de criar o objecto arquitect nico bastante leve o que para Fuller era sin nimo de rentabiliza o energ tica mas que tamb m facilita a produ o dos seus elementos constituintes com o recurso pr fabricac o usando para tal os m todos de produc o pr prios da ind stria aeron utica e seu manuseamento em obra durante a montagem e ajustamento dos elementos A escolha dos materiais tamb m est articulada com a intenc o de traduzir atrav s da sua imagem de macieza e potenciando a criac o de curvas de traduzir a imagem dos avi es pr prias dos m todos industriais de produzir a casa Nada tem a ver com o intuito de Mies de atingir a obra perfeita A opini o de Fuller a de que deve ser proporcionada a igualdade a todos atrav s de igual isolamento e dispers o com o objectivo de se conseguir uma maior produtividade sem qualquer conflito ou relacionamento pol tico e social Deste modo n o exist
31. 1 27 Kam des ponens u Habraken 995 Figura 57 llustra o do Sistema Habraken Iniciativa de promoc o Recorria ao sistema que pretendia podendo ser mesmo fechado ou aberto Individuo Recorria a sistemas abertos de Faca voc mesmo Ficavam deste modo articuladas as pretens es da promoc o e da procura A oferta do edif cio colectivo era feita do topo do ciclo de produ o enquanto a personalizac o do espaco individual era feita atrav s de uma iniciativa que vinha do n vel inferior Toda a sua teoria tem por base as noc es de m dulo e de coordenac o dimensional modular assim como de tipo Assim a estrutura e as paredes dos fogos funcionam como um suporte que sustenta o desenvolvimento das habitac es Toda a estruturac o do sistema desenvolve a noc o de modularidade presente a diversos n veis desde a habitac o no seu geral at aos seus equipamentos de uso di rio como por exemplo a banheira 78 Todos n veis de desenvolvimento do edif cio habitacional est o articulados desempenhando para o facto papel fundamental a disciplina da coordenac o dimensional modular a qual fornece as regras base da coordena o dos m dulos e a sua pr fabrica o dentro do sistema desenvolvido por Habraken Por sua vez a sua ideia de habita o tamb m est intimamente ligada de tipo distinguindo tr s modos de encarar os tipos habitacionais 1 Organiza o espacial 2 Sistem
32. 13 43 Problemas culturais ligados s actividades no alojamento 14 Adequag o do alojamento as necessidades familiares identificac o de necessidades n o satisfeitas defini o de standards m nimos 15 Caracterizac o da polival ncia funcional 16 Adequag o geral de um comportamento s actividades que nele podem ocorrer valores de utilidade do espaco adequac o s necessidades quotidianas 17 Determinac o de semelhancas e diferencas da capacidade funcional dos espacos 18 Alterac o de h bitos no tempo de acordo com a din mica social e cultural Determinac o do local de refeic es correntes 19 An lises ergon micas do uso de certos espacos e compartimentos 3 Organizac o e caracterizac o dos espacos De acordo com esta metodologia a procura de qualidade est mais ligada a temas da percepc o e comportamento no ambiente f sico Valoriza se a import ncia da percepc o e quantificac o das qualidades espec ficas dos espacos designadamente valorativas agora que est resolvida a quest o da quantidade de espaco dando se igual import ncia organizac o espacial como procura impl cita de qualidade pelos utentes import ncia que foi mais impl cita pelos meios t cnicos ex optimizac o de circulac es relac es topol gicas entre privado p blico articulac o entre espacos na zona estar da familia tarefas dom sticas tipifica o e modula o dimensional do esp
33. 1967 53 Manfred Giedion Space time and Architecture Harvard Cambridg Massachustes 1967 54 Charles Jencks Movimentos Modernos em Arquitectura Edi es 70 Refer ncia a forma o neo tomista de Mies Van Der Rohe p g 101 55 Charles Jencks Movimentos Modernos em Arquitectura Edi es 70 Refer ncia defesa por parte de Mies Van Der Rohe dos valores escol sticos p g 101 56 Afirmac o de Plat o citada por Mies Van Der Rohe e consequentemente por Charles Jencks em Movimentos Modernos em Arquitectura Edic es 70 Refer ncia ao ideal platonista de Mies Van Der Rohe p g 101 57 Mies Van Der Rohe Texto A Nova Arquitectura introduc o de Mies Van Der Rohe Werner Blaser Estudio Paperback 6 edi o Edi es Gustavo Gili 1987 58 Afirmagao de Pierre Koenig citada por James Steele e David Jenkins em Pierre Koenig Editora PHAIDON 59 Afirmac o de Pierre Koenig citada por James Steele e David Jenkins em Pierre Koenig Editora PHAIDON 60 Afirmac o de Pierre Koenig citada por James Steele e David Jenkins em Pierre Koenig Editora PHAIDON 61 Afirmac o de Pierre Koenig citada por James Steele e David Jenkins em Pierre Koenig Editora PHAIDON 62 Craig Ellwood citac o de Alfonso P rez Mendez no texto In the Spirit of the Time Craig Ellwood 15 Houses revista 2G n 12 1999 IV
34. Exemplo Os Tipos de edif cios os tipos de pra as os tipos de ruas s o os m dulos de cria o do tecido urbano Deste modo preciso ter em conta que para a criac o de modelos de estrutura o de produ o de habita o se torna fundamental considerar ambos os conceitos tendo em conta contudo que para a sua implementag o importante encontrar um sistema de relacionar os processos de articulac o dos m dulos potenciando controladamente a sua capacidade de gerar diferentes tipos e de permitir a evoluc o de um tipo para outro Uma an lise r pida ao trabalho do arquitecto Siza Vieira para a elaborac o do complexo habitacional da Malagueira em vora permite nos perceber este modo de intervenc o 1 Complexo habitacional da Malagueira Siza Vieira em vora Para a elaborac o do complexo habitacional da Malagueira o arquitecto Siza Vieira previu um plano cujo objectivo o seu crescimento ao longo do tempo atrav s do qual se cria estrutura urbana Concebeu para tal v rios tipos base com a possibilidade individual de gerac o de algum grau de varia es garantindo a evolu o de um caso para outro dentro de cada tipo podendo esta ser promovida pelo agregado familiar detentor assim que achar necess rio utilizando para as amplia es a efectuar uma tecnologia tradicional de construc o a qual foi escolhida para facilitar ao utente a execuc o e garantir a unidade do conjunto quando acabada a ampliac o
35. GARAGEM E ARRUMOS x PEE pun 0 I mmm PERFIL PELA RUA NASCENTE A E E PERFIL PELA RUA SUL 277 278
36. Kits of parts a oferta de construc o de habitac o definida praticamente a partir do nivel inferior do sistema de produc o sendo o utente a personalizar o seu espaco habitacional com o jogo de m dulos constituintes dos v rios sistemas produzidos S o sistemas mais virados para o processo de construc o potenciando assim com base na ideia de m dulo personalizac o da oferta Os sistemas tornam se bastante eficazes na sua aplicac o pois permitem a decomposic o do produto final em fase de projecto nos seus diversos m dulos constituintes para a elaborac o do projecto caderno de encargos e encomenda dos diversos elementos a montar sendo f ceis e expeditos os processos de controlo de obra de projecto de montagem e de controlo de custos 2 1 4 A abordagem de problemas O Tipo e o M dulo A abordagem a um determinado problema pode ser efectuada com base em dois aspectos fundamentais do conhecimento opostos mas facetas da mesma 92 realidade que pela sua aplica o indicam dois caminhos os quais se bem utilizados poder o exercer um papel fundamental na criac o de um modelo til para a resoluc o de problemas Assim podemos optar por uma ou pelas duas opc es seguintes 1 A resoluc o de um problema efectuada atrav s da utilizac o de conceitos conhecidos o que implica que o mesmo ficar tipificado 2 Uma dada realidade complexa decomposta em partes mais elementares criando m dulos Estes doi
37. Londres de 1854 Fig 45 Figura 45 Torre Eiffel Paris Franca Engenheiro G Eiffel e Arquitecto Stephen Sauvestre 1889 O controlo t cnico da manipulac o do ferro enquanto material estrutural de construc o torna se poss vel na India na construc o de Templos Hindus com a sua aplicac o como vigas para a execuc o de padeeiras mas o seu uso na Europa inicia se para a construc o civil quando em 1837 o eng Polonceau apresenta uma viga leve mestra que teria no futuro o seu nome Fig 46 eau f r die Bahnh fe der Paris Versailler Bahn linkes Ufer ge 3 Knoten 4 Auflagerschuh 5 Firstlagerschuh z Stade Die Holzkonstruktionen Leipzig 1904 S 280 Figura 46 Viga Polonceau 67 O uso generaliza se com a apropria o pela Engenharia civil da descoberta feita para a execuc o das vias de caminho de ferro das secc es de aco laminado Simultaneamente a ind stria do vidro prosperou repentinamente transformando o seu produto em material de constru o o qual acaba por substituir o papel oleado para a execuc o da mesma func o A construc o com ferro acabou por se popularizar por volta de 1830 devido ao seu peso baixo aos pilares estreitos necess rios e s novas formas de manipular outros materiais que com o ferro se podiam articular para a racionalizac o das estruturas expressivas substancialmente mais leves at do ponto de vista visual tais como a madeira laminada colada e o v
38. MDF hidr fugo articulados com painel r gido de l de vidro conforme detalhe Anexo 4 4 Forro de tecto Painel de contraplacado de madeira ou de MDF hidr fugo articulado com painel r gido de l de vidro conforme detalhe Anexo 4 5 M dulo cobertura Chapa sandwich de aluminio com poleuretano injectado de 4 guas com 7 de inclinac o conforme detalhe Anexo 4 6 M dulo de pavimento Pavimento base estrutural Anexo 4 7 Pavimento final Anexo 4 8 M dulo fundac es Elementos pr fabricados de bet o montados no local Anexo 4 9 M dulo servicos Conjunto de diferentes equipamentos Anexo 4 10 M dulo de preenchimento de v os Para v os exteriores Caixilharia em alum nio com vidro V1 e V2 Anexo 4 11 Para v os interiores Porta em madeira pr fabricada com 0 90mx2 10m Anexo 4 12 163 Outros Elementos de remates de juntas Anexo 4 13 Guardas de protec o Anexo 4 14 Arm rios Anexo 4 15 Tubos de queda Anexo 4 16 Acessibilidades Anexo 4 17 Acabamentos Diferentes tipos e graus de acabamentos Cada um dos m dulos constituintes tem correspond ncia num subsistema espec fico com o seu esquema de funcionamento pr prio estando sujeito a vari veis condicionantes clim ticas urbanas
39. Nikolaas Habraken cria a denominada teoria Habraken Teoria de Habraken Esta teoria defendia que a resoluc o deste impasse passava pela distinc o b sica da oferta em dois aspectos 1 Suportes estruturais usualmente da responsabilidade da oferta p blica sendo que a estrutura e as paredes divis rias dos fogos funcionam como um suporte que sustenta o desenvolvimento das habitac es Nao necessitam de flexiveis a longo prazo Sendo um suporte algo que permite o amontoar de habitac es que de outro modo ficariam confinadas ao solo 2 Unidades destac veis que se apresentam da responsabilidade do mbito privado 77 Querem se male veis a curto prazo Ao colocar a responsabilidade pelos suportes nas m os dos promotores usualmente rg os do estado e seus t cnicos e deixando as unidades destac veis para resoluc o por parte do utilizador o qual recorria ao Fa a voc mesmo Habraken articulava a apet ncia pela utilizagao de sistemas pr fabricados de ciclo fechado para produc o industrial de habita o por parte do promotor os quais Ihe facilitavam a tarefa de desenvolvimento da tarefa de criar estruturas de habitagao para alojamento de populac es com a possibilidade de o utilizador final poder personalizar a sua c lula de habitac o atrav s da utiliza o de elementos de constru o escolhidos em cat logo e produzidos por pr fabricac o em ciclo aberto Fig 57
40. Rohe uma vez que a vulnerabilidade transmitida pela assemblagem enquanto traduc o da sua identidade mec nica equivalia a negar a transcend ncia da construc o defendida pelos Neo Platonistas Para o presente estudo esta fase da obra de Ellwood que interessa analisar pois a posterior mutac o tendo por base a mesma metodologia de trabalho e de controlo de custos altera substancialmente a linguagem arquitect nica indo ao encontro da de Mies e dos seus princ pios ideol gicos que defendiam que a forma n o segue a fun o embora n o alterando a sua posi o quanto cria o de sistemas em ciclo fechado Case Study House 18 Denominada Casa Fields a CSH 18 desenhada e construida por Craig Ellwood com a colabora o do arq Jerrold Lomax em 1956 58 usou uma estrutura de a o pr fabricado modulada e um sistema de paredes de pain is Esta casa foi a tentativa de maior sucesso de Ellwood em termos de integra o da ind stria no processo de cria o de uma habita o 134 O resultado final uma construg o extremamente elegante que conjuga a imagem impressa como um raio X da estrutura em a o pintada de azul a qual funciona como elemento agregador de todo o conjunto fundamental para aguentar o todo que est revestido por pain is ligeiros e vidro segundo o principio da assemblagem com pain is de madeira no interior os quais garantem a estruturagao do espaco interno e sua articulac o com os de revestim
41. a o para a cria o de estruturas de suporte de edif cios e que se montam por meio de gruas ou manualmente at se completar o edif cio Estes sistemas que atingiram um bom desenvolvimento tecnol gico t m tido uma grande implementac o na construc o de naves de grandes dimens es e mesmo em habita es Fig 71 Figura 71 Montagem da estrutura da Case Study House 22 ou Stahl House Los Angeles USA Arquitecto Pierre Koenig 1959 4 Sistemas de Estruturas Espaciais 4 a Sistemas de Estruturas Espaciais Sistemas de pr fabrica o leve montados em obra Consistindo na produ o de elementos de constru o que quando montados formam malhas tridimensionais usualmente compostos por elementos met licos a partir de componentes de aco alum nio etc que formam n s e liga es 91 Estes sistemas que atingiram um bom desenvolvimento tecnol gico t m tido uma grande implementac o na construc o de naves de grandes dimens es articulados com outros materiais Exemplos da sua aplicac o s o as c pulas geod sicas produzidas por Buckminster Fuller ou as estruturas de Frei Otto Fig 72 Figura 72 Estruturas espaciais do complexo Ol mpico Munique Alemanha Arquitecto Gunther Behnisch Engenheiro Frey Otto 1972 Conclus o Com o aparecimento o aparecimento dos sistemas da linha de montagem invertida a qual se centra na ideia de desenvolvimento de sistemas modulares os
42. acabamento dos trabalhos de soldagem que se podem verificar nos exemplos citados de Mies e de Johson aufere Ihe um ar improvisado de f brica em contraste com o refinamento do movimento moderno importado da Europa Segundo a revista Arts and Architecture a Case Study House 21 representa o culminar do desenvolvimento da casa em aco representando o ep teto do refinamento arquitect nico no projecto e execuc o num material at a considerado experimental Fig 97 Figura 97 Case Study House 21 ou Casa Bailey vistas exteriores e a partir do p tio com o lago perif rico e planta Los Angeles USA Arquitecto Pierre Koenig 1958 127 Case Study House 22 Casa Stahl Esta casa desenhada e constru da por Koenig entre 1959 60 dever ser vista como uma primorosa execuc o para um local especifico estando tao bem inserida que se torna impossivel imagina la noutro local qualquer E mesmo dos mais radicais e redutores projectos do programa bem como o que transmite uma suas imagens mais ic nicas A casa um simples pavilh o implantado no topo de um promont rio o qual se assemelha quando observado da casa como um precipicio em Hollywood Hills A sua planta em L esta organizada em torno da piscina para a qual est o voltadas todas as divis es p blicas principais bem como os espa os privados e concilia n o s a extrema exig ncia estrutural resultante da sua localizac o mas tamb m a conex o entre os e
43. and Privacy Serge Chermayeff e Christopher Alexander Double day 1963 Communitas Paul e Percival Goodman Vintage Books Nova York 1960 Craig Ellwood 15 Houses Alfonso P rez Mendez revista 2G n 12 1999 IV O homem e a casa Defini o individual e social da qualidade da habita o Ant nio M Reis Cabrita Edic es LNEC As casas do s culo Anatxu Zabalbeascoa Editora BLAU Artigo The tall Office building artistically considered Louis Sulivan Lippincott s Magazine Margo 1896 Ornamento e Crime Adolf Loos Ensaio te rico de 1908 Por uma arquitectura Le Corbusier 3 edic o Sao Paulo Editora Perspectiva S A 1981 Revista L Esprit Nouveau Le Corbusier e Pierre Jeanneret 1926 Arbeitsrat F r Kunst Bruno Taut 1918 Movimentos Modernos em Arquitectura Charles Jencks Edi es 70 Hist ria cr tica da arquitectura moderna Frampton Kenneth Thames and Hudson London Complexidade e contradi o em arquitectura Robert Venturi Edi es IMFE Arquitectura no S culo XX G ssel Leuthauser Editora Taschen O tipo e o m dulo Jos Pinto Duarte Edi es LNEC On Vitalism Kenzo Tange CIAM 59 em Otterlo Edic o Oscar Newman Alex Tirani Londres 1961 Morfologia da Arquitectura Victor Consiglieri Editorial Estampa Space time and Architecture Manfred Giedion Harvard Cambridge Massachustes 1967 Mies Van De
44. c XX foi um dos primeiros arquitectos a contrapor uma posic o face a estes movimentos defendendo o princ pio O ornamento n o tem ascendentes nem descendentes passado ou futuro Recebem no os incultos para quem a grandeza do nosso tempo um livro fechado 85 e afirmando formas mais modernas livres de adornos distancia se dos mesmos Ao inv s Loos opta por simplificar as formas da habitac o idealizando novas distribuic es Cria o Raumplan o plano de volumes para com este reinterpretar a organiza o interna da habita o aproveitando espa o facilitando as distribui es e preservando a intimidade dos utilizadores As suas casas antecipam a modernidade atrav s da sua nova linguagem abstracta despidas de ornamenta o afirmando a sobriedade do jogo dos seus volumes exteriores e utilizando o plano livre A sua linguagem anuncia os princ pios que alguns anos mais tarde os arquitectos modernistas do movimento holand s De Stijl Le Corbusier e outros ir o desenvolver Fig 27 Figura 27 Casa M ller ustria Arquitecto A Loos 1930 Os arquitectos De Stijl e Le Corbusier por sua vez influenciados pelos novos modos de pensar e interpretar a arte decorrente do fim da 1 guerra mundial prop em uma nova arquitectura definindo a como a constru o capaz de despertar sentidos chegando mesmo o segundo em 1918 juntamente com o pintor Ozenfant atrav s da publica o do manifesto L Espr
45. capacidade de criar e enriquecer as rela es visuais e viv ncias entre os espa os interior e 112 exterior nem nunca escamoteou o seu aspecto tecnol gico no qual contudo o detalhe nao tem o valor ideol gico de Mies Van Der Rohe mas sim o de garantir a efic cia das liga es tendo em conta a assemblagem Fig 91 Figura 91 Casa Eames vista exterior Los Angeles USA Arquitectos Charles Eames 1945 49 4 Casa Ball Eatway a imagem tecnol gica e a tradi o A vontade de fundir a habitagao caracterizada pela sua imagem fortemente delineada pela aplica o de materiais metalicos produzidos industrialmente a partir da pr fabricac o com o meio ambiente onde se inserem foi o que restou ap s a crise do modernismo com inicio nos anos da d cada de 1960 at hoje como heran a dessa poca de ouro Os modelos Norte americanos citados tiveram um grande impacto e influ ncia sobre as gera es britanicas e australianas que alimentam os movimentos High Tech e Regionalismo cr tico destes dois pa ses Exemplo disso mesmo a casa Ball Eastway desenhada pelo arquitecto Glenn Murcutt para o interior da selva australiana Com esta casa o arquitecto procurou acima de tudo abordar o tema da habitagao contempor nea 1983 tendo como ponto de partida os valores formais das culturas e tradi es aut ctones e a sua poss vel reformula o viabilizada pela aplica o das novas t cnicas e materiais desenvolvidos pe
46. da no o de exig ncias de desempenho associadas ao elemento de constru o do edif cio em estudo implica automaticamente a cria o de um conjunto de requisitos que este deve cumprir com vista verifica o das necessidades do utente D se o nome a este conjunto de regras de qualidade De acordo com as Directivas Ueatc quanto s regras de qualidade de um elemento de constru o existem tr s grandes grupos de exig ncias de desempenho 1 Exig ncias de seguran a 2 Exig ncias de habitabilidade 3 Exig ncias de durabilidade Para cada grupo de exig ncias definem se regras de qualidade do elemento de constru o em estudo pelo que o seu cumprimento integral por parte do mesmo verifica a satisfa o das necessidades do utente b rg o An lise funcional Subdivis o funcional que assegura uma ou mais das suas fun es com caracter sticas semelhantes e necess rias satisfa o das necessidades do utente A estas d se o nome de exig ncias funcionais do utente Esta abordagem estabelece a no o de exig ncia funcional aplicada aos rg os do edif cio 145 Exig ncia funcional Necessidades dos utentes do edif cio fundamental para a satisfac o das exig ncias de qualidade por parte dos utentes que os rg os do edificio executem em conjunto as fun es necess rias completa satisfac o das necessidades dos utentes A aplicac o deste conceito a cada rg o estabelece a sua exig
47. do tipo VIROC 88 Estes sistemas s o fundamentalmente usados em ciclo aberto E com diversas t cnicas de aplicac o Fig 67 Figura 67 Ambiente interno da Case Study House 18 modelado com a aplicac o de pain is divis rios de madeira Los Angeles USA Arquitecto Craig Ellwood 1958 2 Sistemas Tridimensionais 2 a Sistemas Tridimensionais de bet o Sistemas de pr fabricac o pesada montados em obra que consistem em caixas de bet o com ou sem tecto e pavimento capazes de conter uma ou v rias habitac es caixas de escadas elevadores etc que se montam por meio de gruas at se completar o edif cio Estes sistemas atingiram um not vel grau de desenvolvimento rapidez e qualidade tecnol gica No entanto a maquinaria necess ria para o fabrico destes elementos o transporte e a montagem sao bastante caros Estes sistemas tridimensionais inserem se nos que globalmente se denominam como Aglomeragao celular e Sistemas de c lulas adaptaveis Plug In Fig 68 Figura 68 C lulas tridimensionais articuladas por Aglomerac o tridimensional no Nakagin Capsule Tower Jap o Arquitecto Kisho Kurokawa 1972 89 2 b C lulas estruturais met licas Sistemas de pr fabricac o leve montados em obra podendo ser de ciclo aberto ou fechado que consistem em estruturas de chassis met licos executados em m dulos com estrutura resistente constitu da por perfis met licos co
48. edif cios onde a carga expressiva estava associada sua natureza estrutural logo sua leveza e proporc o foi tal que o engenheiro M E Schleich a respeito do pavilh o para a exposic o industrial de Munique contempor neo do Palacio de Cristal e no qual se baseou afirmou O que s o a aborrecida pedra antiga e a viga comparadas com o desenvolvimento m gico dessas colunas delgadas O Deus que criou o ferro queria exposic es industriais nao escravos 44 Contudo neste per odo apresentando se os arquitectos com uma forma o fundamentalmente historicista esta express o industrializada dos edificios foi mal aceite notando se muitas vezes que mesmo nos pavilh es de exposic o as estruturas de suporte ficavam impercept veis sob uma enorme massa de decorac o pelo que o uso do ferro teve muito maior aceitac o na engenharia civil sendo utilizado a descoberto e desenvolvido logicamente apenas para a construc o de pontes far is e outras constru es t cnicas O caso das esta es ferrovi rias paradigm tico quanto a este conflito uma vez que tendo que articular as exig ncias da plataforma de embarque com a resolu o da sua articula o com o espa o urbano onde se inseriam resulta em edif cios cuja fachada era resolvida dentro dos princ pios hist ricizantes das Beaux Arts claramente executadas por arquitectos e os seus interiores reflectiam a l gica imponente resultante da engenharia civil aplicada
49. estes intercala os percursos ou restantes elementos axiais da planta dando ao todo da planta um princ pio um meio e um fim A sua malha espacial articula os espa os interiores com os vaos interiores e exteriores a lareira garantindo a uni o do todo Fig 80 C lulas n o conc ntncas F l IF A a 47 In N ir ETAN gt gt E a soc l gt pns gt L Kle E T A EA T A A MA T dd E K br gt B Esquema de funcionamento Figura 80 Utilizac o de malhas por F L Wright para a organizac o de espacos Le Corbusier O seu trabalho com malhas corresponde a uma fase da sua carreira e nao totalidade e reflecte uma relac o de espacos que garante forma um ambiente de conjunto garantido por uma organizac o com base em ritmos de crescimento o qual transmite um dinamismo assim trico por meio de linhas expressas na frontalidade e de claros e escuros Com ele as malhas e os m dulos tanto planim tricos como volum tricos procuram alcan ar mol culas arquitect nicas Fig 81 Figura 81 A utilizac o de malhas para organizac o de espacos por parte de Le Corbusier procura alcancar Mol culas arquitect nicas 100 3 W Gr pius e K Wachmann A casa por eles criada do tipo binuclear e facilmente ampli vel foi desenvolvida utilizando um sistema construtivo denominado The Package House Sistem Todo o sistema assim como o mobili rio es
50. estruturas de suporte para aplica o das chapas de ferro que constituir o a base para os pavimentos finais Aplica o das chapas de ferro com as medidas de 0 599mx0 599m fixadas superiormente estrutura anteriormente citada Coloca o dos pain is de parede interiores mediante projecto espec fico Aplica o sobre a zona superior da estrutura portante do m dulo dos perfis tubulares que constituir o as madres da cobertura Execu o da cobertura de quatro guas com 7 de inclina o atrav s da aplica o das chapas sandwich de alum nio fixadas s madres e aplica o em torno dos quatro lados da cobertura das caleiras em chapa de zinco Coloca o dos pain is pr fabricados de parede exterior para fechamento da constru o mediante projecto especifico Aplica o dos elementos de remate de juntas espec ficos para cada tipo em todas as existentes Execu o das rufagens de cobertura e aplica o dos tubos de queda Coloca o dos pisos finais interiores mediante projecto espec fico D Exemplo de solu o urbana Inclui se no Anexo 5 uma proposta de ocupac o urbana de quatro lotes recorrendo integralmente ao sistema FAVUS com base no principio da Escala de modulac o e uso de n veis 179 180 CAPITULO 6 Validac o do Sistema 6 1 An lise e valida o do Sistema 6 1 1 Arquitectura O presente Sistema pr fabricado leve responde solicita o de
51. executados com base num sistema fechado podiam ser montados em f brica levados para o local previsto e colocados por um guindaste m vel devido s suas grandes dimens es Os sovi ticos aplicaram inclusivamente na construc o civil alguma tecnologia desenvolvida para a aeron utica conseguindo que as unidades criadas tivessem grande resist ncia Contudo as suas propostas de unidades habitacionais de grande dimens o pecavam pela reduzida possibilidade de acompanhar as mudangas na vida familiar e tecnol gica da vida quotidiana Eram demasiado fechadas e inflex veis Fig 54 Figura 54 Colocac o de m dulos tridimensionais de habitac o URSS Os exemplos de programas na sua generalidade p blicos que foram sendo constru dos com base no processo industrial tradicional apresentaram dois problemas fundamentais quando observados como um todo 74 1 Eram usualmente inadequados em tamanho e muito pouco flex veis sendo inclusivamente pouco humanizados 2 Apresentavam se na grande maioria dos casos formalmente mon tonos sendo do ponto de vista da sua oferta modelos bastante paternalistas e fechados A sua aplicac o exemplar proporcionou contudo o desenvolvimento de alguns exemplos bastante interessantes a Constru o de algumas cidades sat lites como Cumbernauld Fig 55 Figura 55 Bairro de Cumbernauld Esc cia Arquitecto Geofrey Copcut 1956 b O sistema CLASP de constru o p
52. exemplos mais satisfat rios deste modo de actuac o o pavilh o principal da Expo 70 de Osaka projectado por Kenzo Tange o qual surge como aperfeicoamento do trabalho de grupo Archigram Plug in city de 1964 e da Cidade espacial de Yona Friedman de 1961 Fig 60 Figura 60 Pavilh o do Jap o EXPO 70 Osaka Arquitecto Kenzo Tange Cidade Espacial de Yona Friedman Plug In City Projecto conceptual Grupo Archigram Apresentando se inicialmente como uma extravag ncia com as suas visdes ut picas de exacerbac o tecnol gica nos anos 60 acabou por se transformar numa disciplina com um modo de actua o racionalizada durante os anos 70 O modo como as equipas chefiadas pelos arquitectos metabolistas actuam na fase de projecto preparac o de obra e construc o de cada uma das suas unidades constru das com o recurso s mais recentes inovac es tecnol gicas e pr fabricac o de elementos um sistem tico processo de planeamento que em nada fica a dever aos processos do programa espacial americano Um outro aspecto a que os metabolistas atribuem uma particular relev ncia o dos ciclos de crescimento mudanca e decad ncia apresentando se mesmo esta como uma das ideias basilares do Metabolismo Japon s Assim para os arquitectos do movimento a racionalizac o do projecto e da efici ncia log stica passa pelo modo de optimizar o transporte das v rias partes para o local de construc o do modo como
53. foi montada no local em dia e meio totalmente constru da com elementos pr fabricados de cat logo incluindo as paredes de aco as traves de a o as janelas e a estrutura em a o os vidros o amianto e as placas de Cemesto todos aplicados segundo um sistema modular que os articula e lhes d o aspecto de conjunto O pr prio Eames comprovou a capacidade de flexibilidade transmitida pelo uso deste tipo de sistemas Ap s ter iniciado a execu o dos trabalhos de a o resolveu juntamente com sua mulher Ray Eames alterar o projecto de modo a optimizar o seu espa o P de refazer a casa trabalhando com a disciplina especificada para cada elemento pilar ou viga assim como com os comprimentos correctos optimizando o volume do edif cio evitando contudo o desperd cio de qualquer material O seu aspecto rectil neo e a afirma o da estrutura s o articulados com o uso de uma grande variedade de texturas cores e materiais ordenados por Ray Eames reflectindo a casa o modo pessoal da viv ncia do casal A tecnologia aplicada com grande per cia do ponto de vista arquitect nico com implica es a n vel dom stico e 122 urbano permitindo que esta se torne o pano de fundo para a viv ncia quotidiana do casal dialogando com os seus objectos pr prios do dia a dia e ganhando deste modo significado arquitect nico Assim as vigas reticuladas em forma de teia aberta condizem com a fronteira parietal exterior aornamentac
54. habitac o unifamiliar A utilizac o do metal enquanto material expressivo do ponto de vista arquitect nico nomeadamente do aco para a construc o de habitac o tem o seu maior impulso com a implantac o do modernismo embora o papel por este desempenhado varie desde estruturas a pain is de revestimento biombos assim como os m todos para a sua aplicac o Estas varia es s o fun o das inten es de projecto e seu modo de visualizar o mundo dos autores de cada casa mais do que das condi es da promo o da oferta o que se ir analisar de seguida partindo da compara o de obras fundamentais enquanto identificadoras de modos de aplicac o dos metais a constru o Casa Farnsworth desenhada por Mies Van Der Rohe 1946 casa Wichita desenhada por Buckminster Fuller 1946 casa Eames desenhada por Charles Eames 1949 e Casa Ball Eastway desenhada por Glenn Murcutt 1983 1 A casa Farnsworth e a procura da perfei o Afirmava Lewis Mumford Mies Van Der Rohe usou as facilidades oferecidas pelo a o e pelo vidro para criar elegantes monumentos vazios Monumentos com o estilo seco e frio das formas mec nicas mas sem conte do O seu pr prio gosto casto deu a essas estruturas de vidro ocas uma forma de uma pureza cristalina Mas elas existiam apenas no mundo plat nico da sua imagina o e n o tinham qualquer rela o com o local clima isolamento fun o ou actividade interna Como bom de ver viravam as
55. humanas e a vari veis dependentes espec ficas de cada sistema como por exemplo o modo de execu o da articula o dos componentes etc Fig 114 Figura 114 Articula o dos m dulos constituintes do sistema A articula o dos v rios m dulos constituintes na sua aplica o a um caso concreto dever estar sujeita a vari veis condicionantes do g nero clim ticas urbanas humanas em articula o com uma intencional aplica o dos valores resultantes da exist ncia de vari veis dependentes do sistema potenciando a cria o de diversidade de produ o de objectos arquitect nicos Fig 115 164 Oo Araras 5 Son GArarfans eylem ge 2 Jo SiSTENA CF 2 AO sob o Perfil 9 gelte fraz yle v1 vta y ape Quezilipare P 2 Figura 115 Modo de adequac o do sistema s condicionantes externas 4 3 Software de apoio utilizac o do sistema Um dos aspectos fundamentais para garantir a satisfa o da exig ncia qualidade do produto a rela o eficaz entre os v rios intervenientes do processo de produ o de habita o Fig 116 promotor produto final t cnicos utente Figura 116 A qualidade do produto como resultado da rela o eficaz entre os intervenientes do processo de produ o de habita o Por esse motivo para que o sistema construtivo industrializado leve para a cria o de edif cio
56. ncia funcional aplicada ao rg o do edificio em fase de utiliza o Exig ncia funcional aplicada ao rg o do edificio Esta estabelece a propriedade do rg o nomeadamente do tipo estanquidade gua estanquidade ao ar isolamento t rmico etc a qual permite efectuar avaliacdes qualitativas e quantitativas ao comportamento do rg o em quest o A decomposic o funcional do edif cio torna se fulcral para a concepc o arquitect nica do mesmo ao permitir a aplica o do conceito de integra o de sistemas em edificios A aplicac o deste conceito proporciona a criac o de um conjunto de ferramentas de sistematizac o e an lise que permitem conceber o edif cio de tal forma que os seus rg os se liguem entre si de modo a que as fun es exercidas por cada um nao sejam afectadas pela presenca de outros e ainda de modo a conseguir a sua perfeita harmonia espacial 3 2 2 O Tipo e o M dulo A abordagem a um determinado problema pode ser efectuada como se viu anteriormente com base em dois aspectos fundamentais do conhecimento opostos mas facetas da mesma realidade que pela sua aplicac o indicam dois caminhos os quais se bem utilizados mediante uma metodologia com base no Desenho Param trico poder o exercer um papel fundamental na criac o de um modelo til para a resoluc o do presente problema As ideias de Tipo e de M dulo respectivamente Assim para a criac o de um modelo de estrut
57. necess rio desenvolver para cada caso de construc o um n vel muito elevado de detalhe pois o sistema tem bases universais Comporta se como um Faca voc mesmo Casa Eames Apresentada anteriormente a prop sito da aplicac o de metais para a criac o de habitac o esta casa de 1945 49 assim como a casa 121 Entenza do mesmo per odo inicialmente concebida em conjunto por Charles Eames e por Eero Saarinen iniciam a fase da utilizac o do a o no Case Study House Program O resultado final constitu do por dois pavilh es adjacentes cada qual com dois pisos de altura sendo utilizado como resid ncia e o outro como atelier Conceptualmente a casa foi pensada como a casa pronta a habitar sendo a demonstrac o das possibilidades dos m todos e materiais de construc o baseados na tecnologia tendo no entanto a preocupac o de transmitir que pelo seu uso em articulac o com as necessidades prementes do dia a dia familiar o modernismo poderia transformar se na corrente principal mantendo uma face humana atractiva revelando assim a intenc o de procurar o sentido social do seu uso Visualmente a casa Eames personifica a imagem da pr fabricac o apresentando se do ponto de vista do projecto fundamental a leitura da estrutura como elemento agregador da sua imagem global Baseando se numa estrutura leve de aco do tipo pilar viga com pilares H de 4 quatro Polegadas e vigas do tipo teia Tucson A estrutura
58. o s necessidades de uma s empresa e a sua combina o deve ser mediante uma 198 grande variedade de modos satisfazendo um largo espectro de exig ncias funcionais e est ticas Os elementos sao expostos em cat logos que definem as suas caracter sticas f sicas de resist ncia peso etc Racionalizac o da construc o Ac es de organiza o planifica o e verifica o de cada uma das v rias actividades elementares que constituem o sector da construc o por forma a garantir o seu aumento de rendimento Mecaniza o da constru o Substitui o da m o de obra humana para a realiza o de tarefas elementares de constru o civil por m quinas com o objectivo de melhorar a produtividade e a qualidade do trabalho realizado CSTB Centre Scientifique et Technique du Batiment Entidade Publica francesa de caracter industrial e comercial tutelada conjuntamente pelos ministros da habitagao e da ecologia e que exerce como tarefas a pesquisa de t cnicas de engenharia inovadoras a an lise da evoluc o da qualidade e a difus o do conhecimento sobre os aspectos construtivos O mbito da sua acc o a abordagem ao edificio e o seu contacto directo com a envolvente Advocacy Planing Planeamento Advocat rio Conceito de advocacia aplicado ao urbanismo A luz da perspectiva deste tipo de planeamento a implementa o do programa devera ter em conta o direito das comunidades de interesses determina
59. onde se situam os diversos compartimentos habitacionais Na Unidade de Habita o a forma celular que alberga espa os habitacionais pode tamb m ser parte integrante de restaurante de um espa o comercial ou de uma escola Le Corbusie parte de 3 c lulas base X Y Z que organiza atrav s de v rias combina es agrupando as em diferentes posi es Umas s o isoladas outras s o agrupadas variando os m dulos agrupados em fun o da rea que pretendia para cada tipo de habita o criando assim 103 2 Habitac o tipo A Habitac o com 2 quartos Habitac o tipo B Habitac o para celibatarios ou casal Habitac o tipo C Habitac o para casal sem filhos Habitac o tipo E Habitac o para familia de 2 a 4 filhos Habitac o tipo E2 Habitac o para familia de 2 a 4 filhos a mais usada Fig 85 LE CORBUSIER Apartamento tipo E2 Figura 85 Unidade de habitac o de Marselha Apartamento do tipo E2 1941 Hospital de Veneza Neste projecto nao construido Le Corbusier utiliza a mesma estrat gia de C lulas espaciais unidas face a face A escolha da estrat gia caracteriza fenomenologicamente a proposta pois pretende enfatizar a horizontalidade do lugar Assim distribui se horizontalmente a volumetria distribuindo todo o programa por apenas 4 pisos evitando que a silhueta do hospital interfira na da cidade alterando Ihe o car cter Foram para tal criados 2 tipos de agrupamento
60. pela crise bolsista de 1929 Na Alemanha a escola Bauhaus impulsionada pela m xima expressa pelo arquitecto alem o Bruno Taut A nova unidade cultural com base na nova arte da construc o agregadora de todas as outras disciplinas 38 enceta um profundo trabalho de criac o do edif cio do futuro tentando articular sob a orientac o do arquitecto Walter Gr pius a arte e a tecnologia Foram desenhados prot tipos de elementos de construc o de habitac es sociais que podiam ser produzidas industrialmente e em s rie Pretenderam construir casas para todos pelo m todo da produc o industrial reduzindo custos e prazos de produc o Em 1926 Gr pius desenha e chefia a construc o de habitac es encomendadas escola pelo municipio de Dessau edificando o Bairro Torten Dessau para o qual utiliza a produc o industrial para o fabrico dos elementos pr fabricados constituintes do seu sistema construtivo Fig 30 Gr pius vir mais tarde nos Estados Unidos a explorar em conjunto com outros arquitectos dos quais se destacam Marcel Breuer e Konrad Wachsmann sistemas semelhantes mas variando os materiais No 56 caso americano ir utilizar fundamentalmente pain is modulares de madeira para revestimento em detrimento dos revestimentos de cobre usados na Alemanha Os exemplos explorados por Gr pius vir o a desempenhar um papel importante para o desenvolvimento dos processos de pr fabrica o aplicada constru o
61. perspectivas de evolu o implicando mudan a de gostos para quem projectar e como quais os valores de espa o capazes de satisfazer necessidades de imagem de utilidade e de po tica 8 Quais as principais necessidades na habita o e qual a import ncia e dimens o de aspectos como espa o funcionalidade bem estar e considera o social no quadro residencial e das rela es sociais 9 Aspectos mais particulares com conota o cultural sociol gica e s cio psicol gica s dimens es culturais ligadas ruralidade urbanidade conservadorismo modernidade etc e sua influencia no conceito de habitar e qual a din mica desse conceito a n vel individual ou de uma comunidade consoante as 42 modifica es sociais econ micas civilizacionais ou pela simples mobilidade 10 Quais as formas e graus de ocupa o apropria o do espa o residencial nos seus v rios n veis f sicos 11 2 An lises funcionais ao uso da habita o Este tipo de an lises serve para identificar as actividades do quotidiano para descrever as caracter sticas dessas mesmas actividades e para perceber o seu valor enquanto resposta s necessidades humanas e da vida quotidiana Os problemas encontrados actualmente que se revelam bastante influentes quanto quest o funcional da habita o s o do foro ps quico e social tendo a ver em parte com o alojamento mas muito mais com os aspectos exteriores com a qu
62. preferenciais s o os que resultam da divis o do m dulo base por 2 ou por 4 A utilizac o de subm dulos essencial para permitir referenciar componentes com dimens es n o coerentes com o sistema modular de refer ncia Com o recurso a esta disciplina normalizando as dimens es utilizadas para a prefabricac o dos componentes a utilizar pelo sistema compatibilizaram se todos os elementos a montar em obra entre si favorecido pelo facto de se tratar de um sistema prefabricado leve em modo fechado ficar favorecida sobremaneira a sua produc o em s rie com recurso s economias de escala e a sua montagem articulada em obra tornando mais econ mica a construc o dos edif cios conseguida pelo sistema e simplificando os seus projectos Num paralelismo directo base da coordena o dimensional modular o sistema criado a partir da criac o de uma dimens o padr o de 0 60mx0 60m o qual multiplicado segundo os eixos do X e do Y proporciona a criac o de uma grelha dimensional horizontal de refer ncia de 3 0mx3 0m A dimens o padr o serviu tamb m para a criac o do m dulo base tridimensional de 3 0m x3 0m x3 362m Este parametrizado em func o de se articular com as dimens es da grelha para que na fase de concep o dos edif cios possa ser aplicado sobre ela Fig 105 z ex x Figura 105 Desenho de m dulo tridimensional com os referenciais X Y Z 151 A sua articulac o com outros semelhantes po
63. que eram talhadas e preparadas em diferentes e por vezes distantes lugares para serem posteriormente montadas na obra segundo um m todo previsto segundo alguns autores um dos meios para a industrializa o da constru o Pr fabrica o em ciclo fechado Caracteriza se pelos factos de os seus sistemas serem integralmente constitu dos por elementos pertencentes unicamente aos pr prios e por estes elementos n o admitirem outras utiliza es para al m das que lhes s o inerentes dentro do sistema a que pertencem Os materiais de constru o os componentes e os processos de constru o a aplicar na defini o de cada sistema s o exaustivamente estudados por forma a atingir a optimiza o da sua utiliza o garantindo que o promotor da sua concep o e comercializa o se possa responsabilizar de uma forma efectiva pela sua aplica o em obra dando garantia da mesma Segundo alguns autores s tem sentido falar de Sistema no caso de sistemas fechados uma vez que s com estes poss vel identificar com rigor a solu o em estudo Pr fabrica o em ciclo aberto O conceito de pr fabrica o de ciclo aberto possui como finalidade a cria o de t cnicas tecnologias e procedimentos de pr fabrica o flex veis e pouco r gidos para produ o de pe as padronizadas as quais devem ser compat veis com diferentes elementos de diversos fabricantes Os componentes produzidos s o destinados ao mercado e n
64. se sobrepor sobre o territ rio onde se implantar o futuro edif cio O utente final poder criar assim modelos que explicitar o a sua pretens o podendo inclusive implantar os espa os mais mecanizados e infra estruturados onde pretender em func o dessa mesma grelha base uma vez que o sistema tem a possibilidade intr nseca de proporcionar e considerar variadas alternativas conjugac o de todos os seus m dulos constituintes Fig 119 sob ape exter 108 Figura 119 Gera o de plantas modulares a partir de uma grelha organizadora 167 Com a criac o do modelo a planta modular serve de base para o controlo por parte dos t cnicos do construtor da organizac o da habitac o do esqueleto estrutural da solu o e para criar a express o geral do edif cio Por sua vez a articula o entre a parte gr fica do software e a tabela da base de dados proporciona o controlo organizativo do processo construtivo quer do ponto de vista quantitativo da mat ria prima quer do aspecto de armazenamento quer dos aspectos preparat rios de fabrico em f brica como de preparac o de montagem em estaleiro Com esta ferramenta o utente final cedo fica com a informac o dada pelo construtor dos aspectos econ micos relativos construc o do edif cio pretendido Fica assim valorizada a relac o entre a procura e a oferta representadas pelos varios intervenientes do processo de construc o de habitac o a pretens o do uten
65. 0 4 0 60 y 0 60 0 60 ESTRADO TIFO A LLL Ade mmm PLANTA 253 254 PAVIMENTO FLUTUANTE 28 PAVIMENTO FLUTUANTE PLANTA FUNDAGAO DE PILAR EM ELEMENTO PRE FABRICADO DE BETAO LINTEL DE TRAVAMENTO EM ELEMENTO PRE FABRICADO DEBET O 2 05 255 256 ANEXO4 10 M DULOS DE SERVICOS COZINHA LAVANDARIA E SANIT RIO ESC 1 50 COZINHA LAVANDARIA EA PLANTA DO ARM RIO SUPERIOR PLANTA DO ARM RIO INFERIOR LAVANDARIA COZINHA ALCADO LAVANDARIA COZINHA VARIA O EMPLANTA DO M DULO SANIT RIO ESTE M DULO N O ESTANQUE PODENDO SER EXECUTADO COMO PRETENDIDO 257 258 ANEXO4 11 CAIXILHARIAS V1 V2 ESC 1 50 E AMBAS AS CAIXILHARIAS SAO EM ALUMINIO COM VIDRO DUPLO ANEXOS 12 PORTA INTERIOR ESC 1 50 VISTA VISTA EXTERIOR INTERIOR 0 91 0 89 PLANTA 259 260 ANEXO4 13 REMATES DE JUNTAS ESC 1 50 E 1 5 IL VERTICAL TIPO T D E DETALHE DETALHE HORIZONTAL DE HORIZONTAL DE REMATE DE CANTO REMATE ENTRE PAIN IS CENTRAIS 261 262 ANEXO4 14 GUARDAS DE PROTECCAO ESC 1 50 PASSA M O DEMADERA BARRA DE AGO 0 04M X 0 01 VERGALHAO DE AGO COM 0 01M DE CALIBRE k Uo k 0 16 1 20 ANEXO4 15 ARMARIO ESC 1 50 AL ADO 210 PLANTA 263 264 ANEXO4 16 TUBO DE QUEDA ESC 1 50 ANEXO4 17 ESCADAS ESC 1 50 ALCADO LATERA
66. 10 A imagem arquitect nica como tradu o do sistema construtivo pr fabricado Posto isto segue se a quest o da imagem dos edif cios isto que tipo de apar ncia dever o ter os edif cios constru dos com recurso a um sistema produzido industrialmente utilizando pr fabrica o met lica Observe se a este respeito as afirma es de M rio Oliveri de Christopher Alexander e Craig Ellwood a respeito da evolu o dos modelos habitacionais constru dos em fun o da evolu o das tecnologias construtivas e do aumento do n vel de exig ncia Hoje constru mos casas de bet o mas na realidade as suas caracter sticas morfol gicas t m uma precisa refer ncia na casa de tijolos tal como os primeiros produtos feitos m quina se referiam exactamente ao objecto artesanal que constitu a o modelo e o seu ponto de partida Fig 9 M rio Oliveri 4 Figura 9 Casa executada com p rticos estruturais de bet o armado com preenchimento em alvenaria de blocos na Areosa e conjunto de casas executadas em alvenaria de tijolo maci o vista de um bairro industrial Norte Americano 27 muito ilustrativo o caso dos 1 s autom veis constru dos por Henry Ford cujo aspecto exterior era quase exactamente igual ao das carruagens puxadas por cavalos que eram o seu precedente como ve culos Hoje em dia o autom vel superou este obst culo formal inicial de modo que os processos e materiais t cnicos sug
67. 21 Caracterizar o lugar atrav s da conjugac o entre estrutura espacial e estrutura social ex espacos centripetos espacos segregados etc 22 Definir a estrutura b sica conceptual que est por detr s dos tipos de espaco 23 Avaliar a polival ncia e a relac o interior exterior de um espaco e da sua habitabilidade dimensional 24 Identificar os valores do espaco capazes de satisfazer as necessidades simb licas ou de imagem al m das po ticas da habitac o 25 Definir e perceber a multifuncionalidade dos espa os e dos edif cios Definir um espaco de vizinhanca e caracterizar os espacos exteriores entendidos como mais adequados para a acessibilidade ou para a interacc o social ou para a habitabilidade no exterior e perceber quais as caracter sticas que facilitam a leitura do espaco e satisfazem os ocupantes normais 26 Definir a relac o entre espacos maiores e maior n de espacos menores e quais os par metros 27 Definir o modo de uso que proporcione a satisfa o do grau de satisfa o quanto posic o relativa da cozinha e da sala ou desta com a entrada ou do quarto de casal em relac o ao conjunto do alojamento al m da posic o de certos equipamentos no espa o como por exemplo a cama ou a TV 45 4 Objectivos pr ticos A presente metodologia defende a criac o de Objectivos pr ticos tendo em considerac o a utilidade da sua aplicac o no desenvolvimento do proj
68. 4 A ze AN 7e Z Y oZ L NA e 4 lt T AS HK A l NJ 4 LA Figura 112 Encaixes Tipo 4 2 4 Sistema fechado A pretens o de se alcan ar a melhor e mais controlada relac o custo qualidade possibilitando o investimento na qualidade e dimens o espacial das habitac es enquanto objecto arquitect nico gerado por um sistema modular recorrendo repetic o coordenac o e racionalizac o dos meios construtivos e componentes da construc o levou opc o pela concepc o de um sistema altamente pr fabricado e fechado Deste modo optimizam se os processos produtivos inerentes execuc o de todos os componentes constituintes do sistema 4 2 5 Sistema de proporc es O sistema de propor es rege e articula as dimens es dos m dulos de grande escala edif cio com as dos m dulos de pequena escala porta janela arm rio etc podendo inclusivamente se antropom rficas relacion las com as do corpo humano Num sistema espec fico modular no qual se pretende que o manuseamento de componentes seja f cil e portanto se evite o uso de meios t cnicos dispendiosos em 161 obra a utilizac o de um sistema de propor es como apoio coordenac o dimensional fundamental Uma grelha base permite articular todos os componentes do sistema desde a estrutura portante at aos revestimentos ceramicos de pisos e paredes sendo estes modulares e submultiplos de 0 60x0 60m Fig 113
69. 61 Este grupo reduzido de arquitectos envolvidos numa s rie de programas para a cria o de modelos modernos de habitac o dos quais se destaca o Case Study House Program promovido pela revista Arts and Architecture confrontou deste modo os preconceitos estabelecidos durante d cadas sobre a construg o de casas nesse pa s criando uma alternativa a produc o industrial de acordo com as tecnologias mais sofisticadas desenvolvidas durante a 28 guerra mundial Esta alternativa provocou na Am rica uma revolu o arquitect nica com implica es fundamentais na sua ind stria de constru o mas tamb m junto de um grupo de arquitectos Europeus e Australianos contempor neos da corrente High Tech fundamentalmente pela influ ncia de arquitectos como Ellwood cujos m todos prefiguram por um lado o uso da assessoria aplicada a fins formais e por outro a ideia de conceber os edificios usando um sistema modular em conex o com detalhes refinados e complexos ambas caracter sticas da arquitectura High Tech Com o recurso a tecnologia sofisticada o objectivo o de atingir a perfeig o cont nua poss vel atrav s da soldagem com arco voltaico fazendo desaparecer as conex es tradicionais as quais passam a ler se como uma continuidade macia agora tamb m articuladas com pain is de materiais sint ticos A imagem produzida tem aspecto irreal plat nica ref m da leitura perfeita do absoluto reflexo de um modo de vida de suces
70. 9 20 CAPITULO 1 Motivac o Pr concepcao A maioria dos cidadaos de um determinado pa s possui necessidades de alojamento e vida similares dif cil portanto entender porque que as habita es que constru mos nao exprimem uma uniformizag o geral parecida por exemplo com as nossas roupas sapatos autom veis etc Fig 3 W Gr pius 1924 1 Figura 3 Uniformiza o da concep o arquitect nica Ter a oferta de habita o produzida industrialmente por pr fabrica o como resultado do seu processo de produ o por repeti o de elementos de constru o para atingir o seu objectivo econ mico e a satisfa o da quest o levantada por Gr pius de produzir a monotonia e a falta de personaliza o do produto final Partamos do principio de que n o A este prop sito j referia tamb m W Gr pius o seguinte O verdadeiro tema da pr fabrica o n o certamente o de multiplicar at ao infinito de olhos fechados um mesmo tipo de casa Os homens sempre se revoltaram contra uma excessiva mecaniza o porque vai contra a vida Fig 4 2 Figura 4 O verdadeiro tema da pr fabrica o n o certamente o de multiplicar at ao infinito de olhos fechados um mesmo tipo de casa 21 1 1 A produc o industrial e a promoc o da diversidade da oferta Atente se tamb m ao facto de que o recurso ao pronto a vestir por parte do indiv duo no seu quotidiano
71. A utiliza o destas tr s varia es por repeti o e articuladamente proporciona m ltiplas combinac es permitindo a criagao e construc o de edif cios de habitac o unifamiliar e ou servigos com p direito interior H 3 0m em estrutura portante met lica e pain is de revestimento exteriores em chapa tamb m met lica de um piso Fig 124 171 r DE M DULOS AB Figura 124 Articulac o dos m dulos constituintes do sistema e formac o de plantas O sistema obedece a uma modelac o horizontal e vertical de 0 60m extremidade dos montantes tubulares utilizados na estrutura portante dos m dulos A B e C Fig 125 M DULO A E k 080 0 60 0 60 0 60 0 60 0 80 0 60 0 50 0 60 0 80 y PLANTA CORTE 0 30 2 80 0 80 0 60 0 60 0 50 Figura 125 Sistema de proporc es aplicado gerac o do m dulo A Planta e corte cotados sendo esta composta por perfis de aco galvanizado de secc o quadrada e rectangular constituindo a base do sistema sobre a qual se executam a cobertura em chapa sandwich de alum nio anodizada cor natural e pain is compostos por l de vidro de 7cm de espessura articulados com chapa de contraplacado de madeira que constituem o tecto o pavimento base em pain is de ferro metalizados de 1cm de 172 espessur
72. ESC 1 50 3 00 EN 2 0 60 0 60 0 60 t A j TE H XH Fn t t PLANTA 00 NA 3 00 VISTA DE CIMA 0 CORTE B e s FRONTAL ALGADO TARDOZ ALCADO LATERAL 1 ALCADO LATERAL 2 245 246 ANEXO4 2 ESTRUTURA DE SUPORTE ESC 1 50 LO bos PLANTA DOS SUPORTES PLANTA 247 ALCADO CORTESAeB 3 00 248 3 08 ANEXOA 3 PAINEIS P1 e P2 ESC 1 50 k 0 71 k 2 92 280 B ES A f PAINEL P1 UJ 3 08 A 144 k 44 I 7 mi k 1 37 7 PAINEL P2 249 250 ANEXO4 4 PAIN IS DIVISORIOS INTERIORES ESC 1 50 ES TRUTURA DE FIXA O EM BARROTES DE MADERA DE 0 08M X 0 08M PAINEL RIGIDO DE LA DE ROCHA DE 0 08M ESPES SURA PAINEL DECONTRAPLACADO DE MADERA A ALCADO ANEXO4 5 PAINEL FORRA DE TECTO ESC 1 50 PAINEL RIGIDO DE LA DE ROCHA DE 0 08M ES PESSURA ESTRUTURA DE FIXA O EM BARROTES DE MADERA DE 0 08M X 0 08M PAINEL DECONTRAPLACADO DEMADERA 251 252 ANEXO4 6 COBERTURA ESC 1 50 PERFIL DA CHAPA 2 84 PLANTA DE COBERTURA AAA ALGADO TIPO ANEXO4 7 PAVIMENTO BASE ESTRUTURAL ESC 1 50 PAINEL DEL DE ROCHA CHAPA QUADRADA DEAGO DE 0 60M X 0 60M X 0 001M PERFL DE SECCAO RECTANGULAR 0 08M X 0 04M PERFIL DE SEC O RECTANGULAR 0 14M X 0 08M CHAPA DE COFRAGEM CORTE TIPO 00 0 60 y 0 6
73. L 1 50 0 304 PLANTA AL ADO FRONTAL 265 266 ANEXO 5 EXEMPLO DE SOLUC O URBANA 267 268 ANEXO 5 PLANTA DA CASA 1 HABITA ES TIPO T3 INDIVIDUAI COM ANEXO PARA GARAGEM E ARRUMOS i1 TRIO DE ENTRADA 12 ZONA DE COMER 8 3 ZONA DE ESTAR 4 ZONA DE COZINHAR 5 LAVANDARIA 6 SANIT RIO i7 QUARTO 8 PATIO 2 5 9 HALL DE DISTRIBUI O EH i 10 PLATAFORMA DE CHEGADA 11 ANEXO GARAGEM JA 270 ANEXO 5 AL ADOS DA CASA 1 HABITACOES TIPO T3 INDIVIDUAI COM ANEXO PARA GARAGEM E ARRUMOS CORTE A A BARENE AL PERFIL PELA RUA NASCENTE E a p a Eum 271 272 ANEXO 5 ALCADOS DA CASA 1 HABITA ES TIPO T3 INDIVIDUAI COM ANEXO PARA GARAGEM E ARRUMOS CORTE BB ETT lt PERFIL PELA RUA SUL AAA Ee 273 274 ANEXO 5 PLANTA DE CONJUNTO HABITA ES DOS TIPOS T3 E T4 INDIVIDUAIS E EM BANDA COM ANEXO PARA GARAGEM E ARRUMOS B 275 276 ANEXO 5 AL ADOS DE CONJUNTO HABITACOES DOS TIPOS T3 E T4 INDIVIDUAIS E EM BANDA COM ANEXO PARA
74. No entanto estes elementos de constru o n o foram usados com a inten o de alterar a estrutura formal da habita o uma vez que esta estava ainda extremamente cerceada por aspectos culturais os quais moldavam bastante o modus vivendi e a busca afincada de um ideal de fam lia e de lar As primeiras realiza es de vulto com a utiliza o de metais nomeadamente o ferro fundido deram se em Inglaterra na d cada de 1890 embora a utiliza o deste material para a constru o civil n o fosse novidade pois j tinha sido usado para a execu o de pequenos elementos auxiliares como tirantes em lint is e cornijas 66 Contudo a sua autonomizac o enquanto material de construc o com express o visual d se com a construg o da primeira ponte de ferro em 1777 perto de Coalbrookdale em Inglaterra No continente europeu a produc o de ferro e o consequente desenvolvimento industrial mais tardio sendo no entanto compensado com a multiplicidade de novas ideias para a sua aplicac o principalmente em Fran a Como afirmava em 1907 o historiador de arte Alfred G Meyer a arquitectura do ferro conferiu constru o uma nova qualidade 43 sendo tal qualidade perceptivel nas proezas realizadas no fim do s c XIX com a aplicac o das t cnicas derivadas do uso deste material traduzidas na sua clareza dimens o e efemeridade Exemplo disso mesmo sao a Torre Eiffel em Paris de 1889 e o Palacio de Cristal de
75. O primeiro caso a destacar trata se da cria o de tabelas de compatibiliza o entre elementos construtivos de sistemas distintos referentes a ordens de trabalho diferentes Assim e respondendo solicita o natural das sociedades de consumo americanas e inglesa as tabelas de m ltiplas entradas articulavam o modo como um determinado sistema de ilumina o jogava com uma determinada estrutura e assim por diante Elas funcionavam como indica o de sistemas de cat logo compat veis tornando poss vel 79 a ideia de que qualquer um poderia ter um sistema aberto e nao fechado ou seja um KIT of Parts capaz de gerar um elevado n mero de edif cios nicos O segundo caso refere se ao sistema Fibershell KIT of Parts Desenhado para o governo americano designado como operac o Breakthrough um sistema de estruturas de fibra de vidro com base nas tecnologias do pl stico sendo um KIT of Parts regras o qual permitia pelo menos a n vel conceptual que cada individuo poderia desenhar o seu proprio abrigo totalmente personalizado ou a sua unidade destac vel dentro de uma estrutura de apoio mais vasta Fig 58 Figura 58 KIT OF PARTS criado pelo Arquitecto Ezra Ehrenkrantz Assistia se ao despontar radical da oferta de construc o de habitac o definida praticamente a partir do nivel inferior do sistema de produc o que o utente tendo por objectivo a personalizac o da ofer
76. UNIVERSIDADE DO PORTO Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto F E U P Joao Lu s de Couto Castelo DESENVOLVIMENTO DE MODELO CONCEPTUAL DE SISTEMA CONSTRUTIVO INDUSTRIALIZADO LEVE DESTINADO A REALIZAC O DE EDIF CIOS MET LICOS Tese de Mestrado MESTRADO EM CONSTRUC O DE EDIF CIOS Trabalho efectuado sob a orientac o do Professor Auxiliar J Amorim Faria GEQUALTEC F E U P Universidade do Porto Abril de 2008 DECLARACAO Autor Joao Luis de Couto Castelo casteloara gmail com 919975313 BI 9501165 de 10 de Outubro de 2003 LX Tese DESENVOLVIMENTO DE MODELO CONCEPTUAL DE SISTEMA CONSTRUTIVO INDUSTRIALIZADO LEVE DESTINADO A REALIZAC O DE EDIFICIOS METALICOS Trabalho efectuado sob a orientac o do Professor Auxiliar J Amorim Faria GEQUALTEC F E U P Universidade do Porto Conclusao Maio de 2008 Mestrado MESTRADO EM CONSTRUC O DE EDIFICIOS autorizada a reproduc o integral desta tese apenas para efeitos de investigac o mediante declarac o escrita do interessado que a tal se compromete UNIVERSIDADE DO PORTO 1 de Abril de 2008 03 30 AGRADECIMENTOS O autor agradece a todas as pessoas que de alguma forma colaboraram na realiza o desta dissertac o Com especial atenc o Pela orientac o Professor J Amorim Faria Pela revisao dos textos Ant nio Matos Coelho Pela modelac o 3D e arranjos gr ficos Rodrigo Couto Pelos coment rios Arq Ru
77. a o a caso concreto 1 II Il Sistema Modular Especifico met lico Sistema Modular Especifico bet o Sistema Modular Geral Sistema Modular Especifico madeira etc A AAA Grau crescente de definig o Figura 109 Desenvolvimento e aplica o do conceito de Sistemas Modulares O presente sistema modular especifico desenvolve um modulo tridimensional tipo gaiola com as varia es estruturais e formais A B e C o qual pode gerar o tipo de solug o que se pretender por adi o segundo as direcc es horizontais x e y das suas varia es A B e C Fig 110 Figura 110 M dulo tridimensional tipo gaiola com as varia es estruturais e formais A B C 4 2 2 Grelhas O sistema espec fico desenvolvido assenta na exist ncia de 3 diferentes malhas Fig 111 159 Malha basica 0 6m x 0 6m Malha estrutural Malha espacial 3 0m X 3 0m Figura 111 Malhas 2 Malha b sica Esta malha o padr o b sico comum do sistema no qual os m dulos s o reunidos e onde se estabelecem as regras de composi o e a sua m trica Neste caso especifico bidimensional ortogonal e com espa amentos de 0 60x0 60m 2 Malha estrutural Esta malha representa a estrutura e no presente sistema espec fico m ltipla da primeira com as dimens es de 3 0x3 0m podendo no entanto haver varia es em fun o do m dulo A B ou C utiliza
78. a o da aten o no projecto acabado a favor da resolu o de problemas com m todos de desenho e com a refer ncia as exig ncias de construc o Pelo que est facilitada a implementac o das regras propostas pela directiva as quais t m de ser respeitadas mas que para o presente trabalho n o ser o aprofundadas apenas citadas A Exig ncias de Seguranca A 1 Riscos correntes A 1 1 Estabilidade das funda es A 1 2 Resist ncia estrutural s solicita es regulamentares Perfis com paredes de espessura maior do que 4mm A 1 3 Resist ncia a ac es de choque de car cter excepcional A 2 Riscos n o correntes A 2 1 Comportamento em caso de inc ndio B Exig ncias de habitabilidade B 1 Estanquidade 183 B 1 1 Ao ar B 1 2 A agua B 2 Conforto T rmico B 3 Isolamento ac stico B 4 Disposi o de acess rios e equipamento B 5 Aspecto C Exig ncias de durabilidade C 1 Conserva o da resist ncia mec nica e dos materiais C 1 1 Protec o dos elementos met licos C 1 2 Resist ncia ao desgaste dos materiais C 1 3 Resist ncia a choques acidentais de car cter habitual C 1 4 Conserva o A resposta positiva quanto ao comportamento do sistema e dos seus elementos constituintes a cada uma das presentes exig ncias considerada como um dos aspectos fundamentais para solicita o qualidade da habita o 6 1 3 Vantagens Montagem O M dulo estrutural portante
79. a gr ficamente aliciante Avaliar como a forma de representa o do espa o em an lises laboratoriais pode afectar a sua percep o 5 Entendimento e caracteriza o do indiv duo e da fam lia A caracteriza o do indiv duo e da fam lia sendo perif rica defini o da qualidade da habita o importante para o enriquecimento dos conhecimentos b sicos que fundamentam a sua defini o De acordo com os estudos de diversos autores importante ter em conta aspectos do tipo 46 Classificagao cultural do agregado familiar e dos seus elementos numa escala tradicional moderno 29 An lise de atitudes na transic o de valores rurais para urbanos 30 An lise dos pressupostos de senso comum b sico e do seu uso individual e familiar no quotidiano 31 Perceber o sujeito no quadro de refer ncias perceber as determinantes do meio e como ele as percepciona interpreta e age em conformidade Conclus o Como se pode observar a tem tica desenvolvida em torno da quest o da procura de observ ncia de qualidade na construc o girou quase sempre volta da caracterizac o do indiv duo das suas necessidades do seu relacionamento com o meio como o meio o pode influenciar e ao seu alojamento e ao modo como a comunicac o entre a promoc o de habitac o nao se articula por falta de conhecimento por parte do promotor e t cnicos de quem o utente final com a procura Pelo que o seu estudo
80. a no contexto s cio econ mico poder colher os benef cios da gest o individual de realizar a propria casa e os beneficios da capacidade t cnica human stica e institucional que os modernos meios podem mobilizar para a produc o dessa casa Tal determinac o derivar da abordagem a uma pan plia bastante ampla de tem ticas que com inicio no n vel f sico referindo se aqui desde o espaco pessoal at ao habitat residencial ou o bairro incluir o tamb m os factores do processo produtivo os materiais a informac o t cnica a construc o analisando e desenvolvendo mesmo os processos t cnicos e administrativos o planeamento de pormenor o programa o projecto os procedimentos de garantia de qualidade a todos os n veis As tem ticas s o complexas uma vez que abordam o homem e os grupos em que este se insere o meio f sico social e institucional e as actividades para al m de inclu rem os valores psicol gicos e culturais no exerc cio do habitar a qualidade arquitect nica e a optimizac o de custo beneficio no quadro do alojamento e do habitat O homem projecta na habita o a satisfa o de muitas das suas necessidades e aspira es contudo o indiv duo n o aut nomo na realiza o da sua casa uma vez que est dependente dos meios t cnicos que a sua sociedade coloca ao seu 38 dispor mesmo que a construa com as suas pr prias m os A grande maioria das pessoas est mesmo
81. a o etc A qualidade da dimens o espacial s existe se for apercebida como tal ou pelo menos recebida positivamente o que envolve sempre a percep o espacial portanto fundamental ter em conta as vari veis caracterizadoras da qualidade tais como Adequada dimens o e propor o dos espa os Hierarquia espacial compartimento alojamento edif cio pra a etc l xicos espaciais passagem recanto sala etc tipologias espaciais espa os servidores espa os servidos etc Organiza o espacial com conte do est tico cultural e de valor residencial sequ ncia estrutura hierarquia valor simb lico simetria centralidade clareza de leitura etc 44 Polival ncia e durabilidade funcionais permitidas pelas dimens es condi es ambientais e eventual equipamento Controlo do equil brio entre interioridade e exterioridade Apresentam se agora poss veis exemplos de objectivos de analise ou caracterizac o da qualidade dos espa os e dos conjuntos dos espa os associados de acordo com os estudos de diversos autores Perceber qual o entendimento e a import ncia de aspectos que caracterizam o espaco sejam t cnicos como a decomposic o ou a articulac o de espa os polival ncia hierarquia sequ ncia etc ou s cio t cnicos como a densifica o a privacidade a rela o interior exterior 20 Dimensionar os compartimentos relacionando os com a densidade de ocupa ao
82. a de aplica o um dos modos fundamentais de caracterizar o objecto arquitect nico e a respectiva inser o no meio Apresentando se como um sistema construtivo modular tridimensional de produ o industrial de edif cios de habita o e de servi os com p direito de tr s metros com recurso pr fabrica o de elementos de constru o e que usa o a o galvanizado como material base para a estrutura do m dulo base o sistema FAVUS que se encontra presentemente em fase de adequa o ao processo de produ o industrial que o colocar no mercado como sistema modular espec fico met lico para ser aplicado em casos concretos segundo um grau crescente de defini o visa atrav s da perspectiva da industrializa o da constru o restabelecer o equil brio 190 tradicional pr revoluc o industrial da evoluc o dos tipos habitacionais em func o das necessidades evolutivas dos agregados familiares que os habitar o proporcionando a participac o activa destes quer na fase de concepc o do tipo inicial quer na fase posterior de evoluc o modular para outro tipo O controlo de custos a facilidade de montagem em obra o modo de controlar o projecto e a preparac o de obra s o aspectos que s o optimizados com a aplicac o de principios metodol gicos derivados do Desenho Param trico sendo os seus m dulos constituintes parametrizados com base na disciplina da Coordenac o Dimensional Modular re
83. a e com as medidas de 0 6m e pain is de l de vidro A resoluc o das paredes exteriores sera feita atrav s de pain is pr fabricados estando previstos dois modelos tendo em vista a sua aplicac o Anexo 4 3 O m dulo ser aplicado sobre uma estrutura suplementar que o sustentar a uma altura em relac o cota do terreno nunca inferior a 0 50m adequando o desta forma ao terreno Anexo 4 1 Esta estrutura estar aplicada sobre uma fundac o constitu da por elementos pr fabricados que ter de ser estudada e executada propositadamente em fun o de cada caso Anexo 4 9 Estar o previstos elementos pr prios para estabelecer as acessibilidades resultantes da diferen a de cota entre a constru o final e o terreno como sejam escadas e rampas Anexo 4 17 Apesar de estar estudado fundamentalmente para a construc o de edif cios de habitac o unifamiliar de um piso pretende se que num futuro pr ximo seja poss vel adicionar mais pisos em altura tendo em conta de que para tal ter que se alterar o sistema estrutural B Componentes B 1 Estrutura base portante dos m dulos A B e C Composta por perfis tubulares em aco galvanizado com sec es quadrada e rectangular com as dimens es de 0 08mx0 08m e 0 08mx0 14m respectivamente e com a espessura de 0 005m Os perfis de secc o quadrada s o utilizados como montantes verticais e como vigas acima destes os de secc o rectangular sao colocados como base de suport
84. a f sico 3 Roupagem f sica Todas estas unidades tipol gicas est o ligadas no o de cultura podendo variar em fun o desta Deste modo 1 acentua o comportamento o 2 a quest o tecnol gica e o 3 os aspectos derivados da decora o apresentando se os tr s sistemas como relativamente independentes entre si Deste modo perfeitamente vi vel imprimir altera es a um dos sistemas pois estas n o implicam altera es aos restantes Contudo Habraken considerava fundamental a organiza o f sica afirmando que ela era essencialmente entendida como a escolha de esp cies de elementos f sicos do tipo viga pilar divis ria etc para serem aplicados com uma forma e dimens o segundo um modo especifico que define como se relacionam quando distribu dos no espa o Deste modo garante se que cada sistema possibilite muitas variantes e interpreta es Cada casa de um tipo foi constru da para um cliente espec fico com prefer ncias e meios espec ficos e um local espec fico Mas todas foram constru das segundo as mesmas regras tipol gicas O tipo faz com que partilhemos os seus valores e portanto a sua cultura enquanto ao mesmo tempo permite que nos expressemos dentro dessa cultura 47 Duas outras experi ncias apresentaram se tamb m como refer ncias entre as correntes de contesta o ao processo industrial tradicional Trataram se de trabalhos desenvolvidos pelas equipas de desenho de Ezra Ehrenkrantz
85. a na tradic o West Coast de Neutra e Soriano Este exemplo ser por sua vez seguido pelas experiencias com aco transcendental de Craig Elwood e de Koenig Fig 96 123 Figura 96 Casa Eames vista interior Pacific Palisades USA Arquitecto Charles Eames 1945 49 Por sua vez Pierre Koenig que defendia a mesma posic o juntou Ihe tamb m a opini o de que e acima de tudo no local tempo dinheiro 58 Para Koenig que acreditava na dimens o social do modernismo tendo por base o principio de que a pr fabricac o envolveria diminuic o de custos em articulac o com a clarificac o estrutural possibilitada pelo aco a qual por sua vez se apresentava para si como o modo ideal de construir sendo o a o o melhor material para o fazer Ainda para mais quando um professor seu Byron Davis afirmara que com o uso da madeira na natureza para a algo criado algo teria de ser destru do Em paralelo com o arquitecto Raphael Soriano para quem trabalhara enquanto estudante Koenig desenvolveu a optimiza o do sistema de estruturas em a o para habitac o aplicando a l gica da aplicac o do tamanho standardizado dos elementos de aco procurando assim a relac o favor vel da estrutura Este torna se um aspecto fundamental da construc o com este material do seu ponto de vista pois este permite tirar partido das suas possibilidades estruturais em termos de esforcos poder alcancar grandes comprimentos e reas de
86. abalho mas tamb m para a definic o da procura de qualidade para este requerida uma vez que esta ser sempre determinada pelos conceitos individual e social de habitar reforcados pela exist ncia de condic es de acesso a essa qualidade pelo desempenho de certas pr ticas individuais e colectivas nomeadamente pelo desempenho dos objectivos referidos nas listas sobre o alojamento e a vizinhan a j referidos realizados nas condi es efectivas de tempo e lugar A procura ser mais ou menos ampla mais ou menos exigente consoante a din mica e a riqueza das pr ticas cultural e social Embora os indiv duos distingam bem entre interioridade privacidade do alojamento e a exterioridade p blica da vizinhanca os factores de qualidade t m em grande parte para estes dois n veis f sicos o mesmo valor e asseguram os mesmos objectivos existindo um cont nuo na satisfa o e na resolu o projectiva de problemas e necessidades pessoais em factores como cosmogenia seguran a afirma o apropria o territorialidade rela es interpessoais funcionalidade etc Existem inter 36 influencias entre as qualidades verificadas no alojamento e as dos espa os exteriores afectando se mutuamente Deve pois ser lido como uma inter influencia uma inserc o da vida social na habitac o devidamente filtrada e uma inserc o da vida individual e ou familiar na vida social perfeitamente codificada pelas normas sociais Fig 17
87. activamente integrando o assim no lugar O espa o simb lico baseando se na ideia de exist ncia na qual o homem participa na natureza do local A sua relac o com o espa o deixa de ser apenas ptico geom trico sendo o elemento horizontal uma estrutura de extens o infinita Assim o espa o habitacional n o apenas funcional pois a fenomenologia proporciona a plena satisfac o do homem face ao espa o de habitar pois tem em conta para a sua formalizac o a natureza cultural politica econ mica psicol gica social etc do lugar Este tem uma ess ncia um car cter logo influencia o indiv duo e o seu modo de habitar o que tem repercuss o no modo de uso da habitac o e sua formalizac o O homem integrado no meio relacionando se com ele influenciando o e influenciando se por ele a todos os n veis considerado pela fenomenologia como um ser individual e n o estereotipado logo o seu modo de habitar e de conviver com o habitat pr prio o que leva a que a sua habitac o deva ser personalizada 97 O espaco fenomenol gico e a lei do crescimento org nico Os espa os fenomenol gicos sao caracterizados pela sua liberdade conceptual em fun o de como a viv ncia dos mesmos se pretender como foi visto Contudo estes devem ser organizados a partir de combinac es que visam harmonias ou disson ncias criando ritmos separac es ou compassos etc atrav s de dois tipos de crescimento organico diferentes
88. ado com grande flexibilidade para futuras evolu es e com uma eficaz optimiza o dos controlos das opera es de projecto de prepara o de obra de montagem e dos custos de obra Aspectos como a leveza a resist ncia a esfor os de flex o e compress o por parte dos perfis a potencialidade de promover grandes v os com o recurso a elementos bastante esbeltos a apar ncia tecnol gica da imagem determinando assim uma forte identidade moderna tornando se deste modo numa resposta bastante favor vel exig ncia motivada pela express o arquitect nica aliados ao seu f cil manuseamento para ac es de transporte quer em f brica quer no estaleiro ou de montagem no estaleiro bem como a facilidade proporcionada em termos de corte de perfis e de execu o de pe as espec ficas utilizadas em liga es entre outras em f brica s o caracter sticas que transformam o a o galvanizado no material de refer ncia para a constru o de habita o com recurso a sistemas industrializados tridimensionais que procura identificar a viv ncia habitacional com a articula o cont nua entre os espa os interior e exterior optimizando a utiliza o da transpar ncia e do controlo da luz atrav s dos v os proeminentes A aplica o deste material em estruturas revestimentos biombos entre outros apesar de tudo n o cerceia a liberdade ao autor de optar por diversas orienta es alternativas de projecto sendo esta op o pelo sistem
89. alidade do habitat e da vida urbana S o problemas a n vel ps quico ex desarmonia do casal mau aproveitamento escolar desinteresse profissional e c vico etc a n vel social ex segrega o auto isolamento consumismo etc Ultrapassados que est o actualmente nos pa ses abrangidos pela cultura cl ssica os problemas relativos ao dimensionamento insuficiente dos espa os falta de infra estrutura o qualidade deficiente dos sistemas construtivos e estando esta problem tica agora muito mais ligada vida individual ou de grupo sua complexidade e diversifica o uma vez que a estrutura familiar se apresenta multiforme havendo maior mobilidade residencial e social ent o torna se importante a focaliza o da aten o do projecto e respectivas an lises em estudos sobre comportamentos em zonas de interac o e de estudos sobre comportamentos em zonas de interac o e de actua o da fam lia s ou com amigos zonas e situa es que s o particularmente cr ticas onde se defrontam fen menos como Intimidade social Privado p blico Trabalho lazer Quotidiano n o quotidiano Jovens adultos A an lise funcional dos alojamentos visa fundamentalmente atingir os seguintes objectivos com base nos estudos efectuados por diversos autores Uso e apropria o do espa o em geral exerc cio de actividade rela es entre actividades 12 Caracteriza o de actividades defini o de tipologias
90. amente com outras semelhantes ou n o a partir de combina es baseadas na teoria dos conjuntos tornando o objecto arquitect nico a formalizar conexo formando um todo com base no rigor proporcionado pela geometria a qual desempenha para rela o arquitectura dois pap is funcionando como ferramenta que estrutura a constru o e como meio de representac o O espaco apoia se na geometria ultrapassando a no entanto pois as necessidades s o agrupadas num dado ambiente sendo tamb m acrescido de percursos com base no movimento dos utentes os quais lhe dao as directrizes eixos e a estrutura Fig 75 Figura 75 Organiza o de c lulas em rela o a eixos formando grelhas 96 Relac o entre espacos interior e exterior A relac o entre os espa os interior e exterior conseguida com base na continuidade directa entre os dois garantindo a sua comunicac o No entanto ao ser criado por unidades e micro unidades funcionais articuladas entre si o espa o interno encerrado estando pois em oposic o face ao espaco exterior o qual cont nuo e aberto Assim sendo a relac o entre os dois caracterizadora tamb m dos sentidos psicol gicos Fig 76 Figura 76 Articula o entre o espa o interior e o espa o exterior Noc o de lugar A fenomenologia arquitect nica com o seu modo de abordar os espa os leva a que o homem integre conscientemente os problemas que o rodeiam neles participando
91. ancos Ainda por cima nas suas tendas Wikiups eles gostavam de se sentar no chao e observar o horizonte A soluc o escolhida era a nica que 129 apresentava um esquema no qual a colocac o do vidro se iniciava junto ao chao pelo que eles poderiam continuar com a sua pr tica As casas apresentavam as suas costas viradas para o vento e os seus vaos virados para a paisagem 61 Tendo produzido o estudo final para 6 casas o sistema possibilitava no entanto mais varia es A variedade surge da separac o entre a zona de estar e a de dormir por um p tio central coberto Todo o esquema foi trabalhado a partir de uma grelha estrutural de 10 por 20 P s com um sistema de estrutura em a o semelhante ao da casa Bailey o que possibilitava a produc o de um n mero bastante elevado de varia es dos projectos quer para a zona de dormir quer para a de estar O sistema proposto para a constru o era facilmente traduz vel em poucos desenhos de detalhes base pois os detalhes construtivos eram poucos como se viu anteriormente devido perspectiva de Koenig face prefabricac o em sistema aberto o que possibilitava que cada casa podia ser constru da a partir de apenas 4 quatro pranchetas de desenhos de trabalho Deste modo a partir da economia de esforco permitida por esta perspectiva ideol gica foi poss vel desenhar o projecto de execuc o sozinho no espaco de um Ver o de 65 casas para o plano numa poca em que n o ex
92. anizados e infra estruturados 1 6 A planta modular e a gestao do processo de produc o Criado o modelo a sua planta modular funciona como base para o controlo por parte do promotor e seus t cnicos do projecto potenciando a clarificac o da organiza o da habita o do esqueleto estrutural da solu o o qual pode ser usado se conscientemente de um modo dial ctico enquanto elemento de expressao arquitect nica ajudando a organizar e a modelar o espaco interno para al m de ajudar a criar a express o geral do edif cio 24 Deste modo valoriza se a pretensao do utente identificando a solugao final com a sua opc o inicial e a identificac o do promotor uma vez que do ponto de vista do processo construtivo o produto acabado se torna reflexo do seu processo de construc o para al m de se poder controlar racionalmente o processo produtivo o qual poder ser assim mais rent vel 1 7 A ideia de chassis a base do sistema A criac o dos m dulos base tridimensionais do sistema fundamenta se numa ideia que desde cedo no s c XX se ligou de industrializac o da construc o identificada com a adaptac o de formas de construir ligadas a outros sectores produtivos industrializados como por exemplo os dos sectores aeron utico ou autom vel Fig 6 Figura 6 Linha de montagem da Ford para produ o do Ford T facultando ao primeiro a introduc o de novos modelos de gest o o acesso a novas tecnologias de ex
93. ao exterior O modo perito como abriu o interior para o exterior natural atribuindo a cada espaco o seu pr prio terraco articulados estes com o desenvolvimento do espelho de gua em torno e sob a casa o qual tamb m permite que o sistema de guas pluviais possa verter sobre si como uma cascata tornou se um dos aspectos respons veis pelo sucesso adquirido pela Case Study House 21 uma vez que e como raramente se vira at ao momento com esta casa arquitectura e natureza constitu ram uma grande unidade A est tica desenvolvida por Koenig que permitia ler a estrutura entre os pain is de revestimento atingiu um grande efeito nesta casa Utilizando o ago j pronto em articulac o cuidada com outros produtos 126 industrializados o objecto arquitect nico final tornou se compar vel a qualquer casa de luxo mas com um custo mais acess vel No entanto e de um ponto de vista formal e de acordo com o que referia Reyner Banham esta casa distinguia se de outras executadas em aco do Case Study House Program e de outras suas contemporaneas nomeadamente da Farnsworth desenhada por Mies Van Der Rohe e da casa de vidro de Philip Johnson ambas localizadas na costa Leste dos Estados Unidos pelo seu caracter Unmonumental Nao monumental De facto a natureza do seu detalhe no qual as soldaduras se apresentam como suficientes para as tarefas que desempenham sem grande primor de execugao em comparag o com o excelente
94. ar com esta da disciplina da coordena o dimensional modular do uso de grelhas de organizac o de uma metodologia de resoluc o de problemas assente na tipificac o dos mesmos e complementarmente na decomposic o de realidades complexas em partes elementares potenciam a criac o de m dulos Ser pelo completo estabelecimento das conex es entre os diversos par metros metodol gicos e suas subsequ ncias que se estabelecer o modelo util o Sistema construtivo industrializado leve destinado realizac o de edif cios met licos como se poder visualizar no cap tulo seguinte 3 2 1 Vis o Sist mica O conceito de Sistema que se aplica a todas as situa es onde pelo menos dois elementos sao usados numa combinac o particular torna o edif cio numa entidade complexa cuja intervenc o criativa humana articula um grande numero de partes de um modo organizado de modo a que este satisfaca as necessidades dos respectivos utentes Pelo que a sua aplicac o torna o estudo concepc o e caracteriza o do edif cio mais f cil tendo por base duas perspectivas de an lise Decomposi o por Subsistemas ou por rg os a Subsistemas Abordagem celular O edif cio dividido em elementos mais simples os quais constituem as c lulas individuais que dever o ser complementares e n o sobrepostos e que em conjunto definem o edif cio Estes s o divididos em rg os principais do tipo a1 Estrutura a2 Envolvente
95. ar do s c XX mostrou que o modo como a resoluc o dos problemas levantados em torno do tema habitac o se vai processando func o da rela o constru da pelas ambi es de um propriet rio dos profissionais t cnicos 49 intervenientes arquitectos e engenheiros e as possibilidades t cnicas de cada poca nomeadamente o controlo das fontes energ ticas A Habitacao e as fontes de energia As quest es energ ticas est o intimamente relacionadas com o modo de habitar e com a sua evoluc o Atente se por exemplo ao modo como o homem se foi relacionando com o seu abrigo em fun o das fontes de energia dom sticas At ao s c XVII a l gica dom stica apresentou se imut vel desde o tempo em que o homem comecou a construir sendo a intimidade e a privacidade conceitos inexplorados nem mesmo durante as quase inexistentes pr ticas de higiene di ria Mesmo a nog o de conforto se foi apresentando bastante limitada estando ligada apenas aos aspectos directamente relacionados com a fonte de calor que at esse momento tamb m funcionava como ilumina o A primeira grande revolu o d se j na segunda metade do s c XIX com o desenvolvimento dos sistemas de ilumina o a g s e sua incorpora o na habita o Com o controlo da ilumina o e do aquecimento a g s Fig 22 apesar do enegrecimento dos espa os pela fuligem abre se a vida dom stica nocturna ao cio e leitura Motivaram se a alfab
96. arquitect nica Abstractiza se a linguagem e optimiza se o aproveitamento do espa o e das distribui es internas Exploram se valores como o da intimidade Resume se o vocabul rio de base para os novos edificios de habitac o produzidos industrialmente a 5 pontos para uma nova arquitectura pilar livre plano aberto janela cont nua fachada cont nua e jardim na cobertura Com a excepc o do contributo de F L Wrigth fundamentada pela perspectiva da afirmac o individual nos Estados Unidos da Am rica que aponta para uma continuac o da personalizac o da oferta e da integrac o com o meio na Europa p s 1 Guerra mundial a opc o recai fundamentalmente sobre a massificac o da oferta e sua generalizac o A casa devia ser til afirmava Le Corbusier As necessidades humanas eram consideradas uniformes e universais logo a oferta deveria ser impessoal Assim o homem teria que se adaptar casa produzida em massa por processos industriais e reduc o do vocabul rio arquitect nico a 5 pontos os quais 136 possibilitando a standardiza o dos elementos produzidos industrialmente ajudam a uniformizar os processos quer de projecto quer de produc o Sao desenhados elementos e sistemas alguns tridimensionais para serem produzidos industrialmente em s rie A pretens o era construir casas para todos pelo m todo da produ o industrial reduzindo custos e prazos de produ o As palavras chave eram Standardiza o pr
97. as produc o em massa automatizac o e alta tecnologia e que dispensem mais tempo lidando com os problemas para que todos possamos desfrutar de um mundo mecanizado melhor 59 As suas obras mais famosas s o tamb m dois dos mais conseguidos exemplos de modelos met licos do Case Study House Program nomeadamente as Case Study House 21 Casa Bailey de 1958 60 e a Case Study House 22 Casa Stahl de 1959 60 A fotografia nocturna da casa Stahl tirada por Julius Shulman continua a ser usada pelos Media para captac o da atenc o do p blico S o propostas com intuitos perfeitamente d spares pois se com a casa Bailey Koenig pretendeu construir uma casa universal para produc o em massa atrav s da produc o industrial passivel de ser montada em qualquer local com a casa Stahl a tecnologia e a industrializac o da construc o posta ao servico da pr fabricac o para que a edificac o se apresente como uma primorosa execuc o para um local espec fico De facto n o poss vel esta casa sem ter a envolvente que a circunda Case Study House 21 Casa Bailey Esta casa representa o culminar das pesquisas de Koenig respeitantes constru o em a o e refinamento dos seus detalhes construtivos enquanto vocabul rio tendo sido desenhada como um pavilh o elegante e austero para um casal sem filhos e montada num local elevado em Hollywood Hills 125 A encomenda apresentava como requisitos b sicos
98. as exig ncias funcionais do espa o Pode se pois verificar que as investiga es em torno do uso da combina es de m dulos espaciais do tipo c lulas e a sua aplica o a partir os anos 30 do sec xx por parte de arquitecto como W Gr pius Le Corbusier F L Wrigth George Candilis Kenzo Tange J L Sert Louis Kahn Paul Rudolph Moshe Safdie etc estao na base da aplicac o da pr fabricac o Pode se perceber tr s tipos distintos de atitude face ao uso de combinac o de c lulas a partir de tr s exemplos a Unidade de Habitac o de Marselha e o Hospital de Veneza n o constru do de Le Corbusier e o Bloco de Apartamentos para Boston de W Gr pius 1 Unidade de Habitac o de Marselha A Unidade de Habitac o de Marselha constituida por 337 c lulas que s o unidas face a face agrupadas numa s rie finita horizontal disposta numa articulac o vertical combinada de microvolumes englobada num paralelep pedo de 18 pisos de altura Possui 23 tipos distintos de habitac o Cada piso composto por 26 m dulos 17 voltados a Nascente Poente e 9 a Sul As c lulas s o dispostas ao longo de uma galeria interna que as articula mediante um movimento de translac o rectilineo ritmado por intervalos onde se encontram os elevadores e as escadas de acesso A estruturac o da c lula parte de um espaco c bico que se multiplica e se transforma em m ltiplos espacos desde o mais simples com uma dimens o de 2 26m a um espaco duplo
99. as levantados em torno do tema habita o fun o da rela o constru da pelas ambi es de um propriet rio dos profissionais t cnicos intervenientes e das possibilidades t cnicas de cada poca sendo necess rio que cada vez mais cada cria o se centre nas necessidades e preocupa es f sicas do indiv duo torna se pois fundamental como resposta aos problemas ainda existentes de crescimento das nossas cidades enquanto reflexo da express o das sociedades contempor neas promover na produ o da habita o e dos espa os urbanos em contacto a Cria o de elevado grau de satisfa o da qualidade do produto final Implementa o de processos de industrializa o da constru o de habita o com o recurso cada vez maior pr fabrica o de elementos de constru o Diminui o dos custos da constru o e sua rentabiliza o Promo o de uma elevada diversidade e personaliza o na oferta Promo o de uma elevada flexibilidade das solu es projectadas A procura da qualidade na habita o est relacionada com a caracteriza o do individuo das suas necessidades do seu relacionamento com o meio da forma como o meio o pode influenciar e ao respectivo alojamento e ao modo como a comunica o entre a promo o de habita o se articula ou n o com a procura Assim e numa perspectiva bastante liberal o pensamento arquitect nico focalizado para a oferta dever ou poder
100. as uma linguagem pr pria a qual est ligada aos princ pios mais elementares das formas onde a regularidade um acto de concep o que pretende valorizar as transpar ncias e as rela es entre interior e exterior em perfeita continuidade Fig 87 Figura 87 O espa o cont nuo como alternativa de composi o ao espa o encerrado por parede limite Pode se perceber a aplicac o deste tipo de espa o a partir da concepc o por parte do arquitecto Mies Van Der Rohe do Crown Hall do IIT em Chicago Crown Hall Desenhado por Mies Van Der Rohe a concepc o deste edificio corresponde ao momento em que a sintaxe do vazio atinge o climax da composic o e onde a grelha da estrutura faz a modulac o formal proporcionando ao edif cio a mutac o cont nua das suas func es A modulac o e articulac o dos espacos efectuada pela contraposic o do mobili rio que se apresenta como esculturas s superficies planas e s transparentes proporcionando diversos ambientes alguns dos quais ultrapassam mesmo o vidro ligando o interior natureza A arquitectura passa a ser assim o vazio sendo o todo a superficie rectilinea na sua exaltac o maxima Fig 88 106 F k E E gt hu Le n L1 e e LE uai E T E Figura 88 Crown Hall espa o interior IIT Chicago USA Arquitecto Mies Van Der Rohe 1950 56 2 1 6 Sistemas met licos Arquitectura e a utilizac o de metais e para a criac o de
101. base atrav s da manipula o dos diversos m dulos do sistema com o recurso da ferramenta inform tica criada especificamente para o efeito B Garantir que a habita o possa adaptar se s muta es pr prias da exist ncia do agregado familiar porque o sistema dever permitir a cria o de diversos tipos habitacionais e tamb m possibilitar a evolu o de uma solu o para outra dentro do mesmo tipo a partir da adi o de m dulos tridimensionais base Fig 118 an Figura 118 Evoluc o de uma soluc o para outra dentro do mesmo Tipo por adic o de m dulos tridimensionais 166 C Partindo da ideia de sistema e da sua subdivis o e elementos de construc o os quais constituem os m dulos do sistema como anteriormente especificado garantir que cada um est perfeitamente descrito e organizado enquanto elemento de uma base de dados D Garantir que manipula o dos m dulos na ferramenta de desenho do presente software para a elaborac o da planta base de trabalho corresponde a manipulac o da base de dados atrav s de uma tabela a qual servir de base gest o do processo de produc o Para a execuc o da planta de trabalho base do projecto o software permite a execuc o de plantas modulares geridas a partir da articulac o dos m dulos tridimensionais base do sistema e restantes m dulos constituintes do mesmo elementos de constru o com uma grelha dimensional padronizada organizadora a qual
102. cada industrializac o da construc o incidindo a sua produc o no elemento de construc o adapta a sua oferta a esta pretens o Assumindo que em arquitectura existe uma relac o intima entre as no es de tipo e de m dulo sendo que um determinado tipo pode ser decomposto em v rios m dulos e que ele mesmo pode ser m dulo do n vel seguinte da escala de modula o a sua implementa o e adequa o metodologia de abordagem ao projecto tender a acentuar a capacidade de crescimento org nico da estrutura a construir por um dado sistema de construc o voltando inclusivamente a possibilitar a implementac o do conceito de habita o evolutiva Os sistemas tornam se bastante eficazes na sua aplicac o pois permitem a decomposic o do produto final em fase de projecto nos seus diversos m dulos constituintes para a elaborac o do projecto caderno de encargos e encomenda dos diversos elementos a montar tornando se f ceis e expeditos processos de controlo da obra de projecto de montagem e controlo de custos 189 A criagao de modelos que explicitam a pretens o de quem procura por parte deste podera funcionar como base para o controlo por parte do promotor e seus t cnicos do projecto potenciando a clarificac o da organizac o da habita o do esqueleto estrutural da solu o A articula o dos ltimos princ pios expostos pode garantir a oferta de habita o diversificada em que o produto personaliz
103. co Como afirmava Mies Van Der Rohe Algumas pessoas est o convencidas de que a arquitectura ser superada pela t cnica Esta convicc o nao se baseia em ideias claras pois ocorre exactamente o contr rio Sempre que a t cnica alcanca a sua verdadeira plenitude eleva se esfera da arquitectura certo que a arquitectura depende de factos mas o seu verdadeiro campo de acc o situa se tamb m no campo da express o No entanto a arquitectura n o a invenc o das formas A arquitectura depende do seu tempo e a cristalizac o da sua estrutura ntima o desenvolvimento gradual da sua forma Essa a causa da estreita relac o entre t cnica e arquitectura 49 Os sistemas t cnicos empregues sao muito numerosos segundo as caracter sticas industriais o tipo de objectivos a alcan ar as possibilidades tecnol gicas etc de cada pa s 86 Por exemplo os sistemas de pr fabricagao pesada de ciclo fechado tiveram uma maior aplicagao nos pa ses cuja economia era ou mais controlada caso do Uniao Sovi tica pois est partida garantida a const ncia das empresas e projectos a longo prazo e a grande escala representando assim a aplicac o destes sistemas uma grande economia Dos pa ses com uma economia mais liberal o caso da Franca contudo singular por ter representado um vasto campo de aplicac o para este tipo de sistemas de pr fabricac o nomeadamente a t cnica de grandes pain is destacando se o sist
104. comenda dos diferentes elementos prontos a montar Um dos mais interessantes programas de aplicac o deste modelo de industrializac o da construc o foi o Case Study House Program desenvolvido na Calif rnia a partir de 1946 at meados da d cada de 1960 e o exemplo mais ilustrativo da sua aplicac o a casa Eames Fig 59 1 ANNOUNCEMENT Figura 59 Capa da revista Arts and Architecture correspondente apresenta o do Case Study House Program Edi o de Janeiro de 1945 Em 1970 inaugurada em Osaka no Jap o a grande exposi o Universal Ela o reflexo e o momento ureo pela traduc o constru da dos seus edif cios e pelo modo processual como os mesmos foram projectados e edificados da filosofia arquitect nica nip nica come ada a desenvolver ap s a reconstruc o da 2 guerra mundial o Metabolismo japon s Este movimento cujos representantes mais ilustres sao os arquitectos Kenzo Tange e Kisho Kurokawa no fundo um descendente do per odo her ico do modernismo europeu 81 O m todo de projecto dos arquitectos metabolistas parte sempre da busca de ideias e de imagens pertencentes a outras fontes com o intuito de procederem ao seu aperfei oamento sistem tico o que executam de tal modo que frequentemente o seu resultado era superior as fontes de inspiragao apresentando se inclusivamente independentes face a estas e perfeitamente identificadas com o movimento Um dos
105. costas a estas realidades da mesma forma que as r gidas cadeiras das suas salas de estar contrariavam abertamente a intimidade e a informalidade necess rias em qualquer conversa Era a apoteose do esp rito compulsivo 107 e burocr tico O seu vazio era mais expressivo do que os seus admiradores alguma vez imaginaram 51 Giedion a integridade da forma 52 Ess ncia da tecnologia moderna 53 Com Mies a articula o entre o a o e o vidro usada para cria o dos edif cios puros id licos perfeitos O erro nao pode existir e portanto o material e as tecnologias para a sua aplica o garantem o rigor e a perfeic o para al m de reflectirem pela sua express o tecnol gica o esp rito da poca Com a casa Farnsworth estando localizada na floresta junto a um lago cujo caudal sobe durante uma fase do ano longe de qualquer meio ambiente perturbador o arquitecto levanta a do solo como as palafitas para resolver problemas de contacto com o solo e defesa das inunda es A solu o ideal conseguida atrav s do contraste visual entre o rigor da aplica o tecnol gica da estrutura em a o pensada com base na simetria quebrada pelos planos de vidro colocados do lado oposto aos terra os entre os dois planos horizontais e a riqueza da natureza envolvente Neste caso o rigor da aplicac o de materiais como o vidro ou das chapas de a o de revestimento dos planos horizontais assim como dos
106. cria o de edif cios cujo programa funcional gen rico habita o ou com rcio e servi os correspondendo deste modo de um de vista funcional possibilidade de variar a sua oferta que pode mesmo assim ser enriquecida atrav s da varia o intr nseca de cada programa Exemplo Habita o composta por um quarto zona de estar e comer zona de cozinhar e sanit rio ou habita o composta por tr s quartos zonas de comer zona de estar zona de cozinhar sanit rio e lavandaria Outro dos preceitos que est o na base da cria o do presente sistema o de potenciar a cria o de diversidade tipol gica e formal que permitam personalizar a oferta da produ o de habita o A este o sistema responde do seguinte modo Recorrendo ao uso do que poderemos denominar Escala de modula o e uso de n veis o presente sistema especifico pode estabelecer caso a caso uma escala de modula o com diferentes graus em que a partir do 1 grau correspondente aos m dulos base os chassis por associa o destes nas suas tr s variantes A B C se atingir o grau seguinte o edif cio ou os edif cios pretendidos Estes por sua vez correspondem s varia es tipol gicas que se pretenderem e a novos m dulos capazes de gerar num n vel seguinte a estrutura em que se integrarem por exemplo o bairro variac es tipol gicas pr prias Assim atrav s da combinac o de m dulos de um determinado n vel pode se dar orige
107. ctindo muitas vezes do ponto de vista da West Coast com a aplicac o da pr fabricac o algumas das mais fundamentais premissas de Mies Van Der Rohe coincide nas suas tr s d cadas de exercicio com o sonho americano Desde cedo procurou fundamentalmente racionalizar a exaltagao dos Norte Americanos pela tecnologia sendo um dos temas mais destacados no seu trabalho o uso dial ctico do esqueleto estrutural enquanto elemento de express o arquitect nica Outro aspecto prende se com o seu processo construtivo m todo tendo para si o valor primordial da habitac o Deste ponto de vista o produto acabado foi um reflexo do seu processo de construc o Craig Ellwood encarava o processo de trabalho do seguinte modo M todo De acordo com diversas empresas de construc o garantia um custo base para a execuc o da obra com base nos dados do projecto base De seguida como passo pr vio para o projecto de execu o final assegurava os melhores precos junto dos subempreiteiros das principais especialidades incluindo op es alternativas Por fim procedia execu o do projecto de execu o passando pela afina o dos requisitos do projecto at express o do detalhe construtivo Consequ ncias O modo de controlar do ponto de vista do projecto todo este processo era o seguinte Todo o processo de projecto era pensado com base em plantas modulares encaradas como mecanismo de controlo e como meio intr nseco de perm
108. desejada Aqui a escolha da tecnologia construtiva desempenha um papel fundamental para a potenciac o da evoluc o tipol gica mantendo a coer ncia do todo Por sua vez a estrutura urbana criada forma se a partir da combinac o dos diferentes tipos e suas variac es articulados com o aqueduto t cnico elemento organizador de todo o conjunto o qual o garante da estruturac o urbana O plano do complexo da Malagueira permite que o crescimento do bairro seja org nico atrav s de um processo de densificac o da malha resultante ligado evolu o da tipologia das habita es Fig 73 94 n vY Figura 73 Bairro da Malagueira esqui os da fase de concep o vora Portugal Arquitecto Siza Vieira 1977 Conclusao Em arquitectura existe uma rela o ntima entre as no es de tipo e de m dulo sendo que um determinado tipo pode ser decomposto em v rios m dulos e que mesmo ele pode ser m dulo do nivel seguinte da escala de modulac o acentuando assim a capacidade de crescimento org nico da estrutura constru da por um dado sistema de construc o em func o da estrat gia de articulac o dos m dulos a qual potencia a criac o controlada de diferentes tipos e mesmo a evoluc o de um tipo para outro Garante se a oferta de habitac o diversificada em que o produto personalizado e com grande flexibilidade para futuras evoluc es 2 1 5 Espaco Fenomenol gico M dulos A abordagem fenom
109. desejada de si mas tamb m pela gest o do territ rio dos espa os e dos objectos 34 O resultado de todas estas possibilidades a definic o da individualidade que est dependente da manutenc o de refer ncias exteriores nomeadamente relac o alojamento vizinhan a que permitem uma salutar identifica o Dever para tal proporcionar Assegurar uma liberta o parcial mas efectiva embora tempor ria da norma social contribuindo para a afirma o da autonomia Ao agregado familiar estabelecer rela es eficazes e criativas e tamb m que as respectivas estruturas se desenvolvam sem constrangimentos Desempenhar as actividades com facilidade flexibilidade e liberdade individualmente ou em grupo familiar designadamente as tarefas quotidianas dom sticas no quadro das transforma es individuais familiares e sociais nomeadamente a possibilidade de 1 Desempenhar as suas necessidades sanit rias nomeadamente a higiene pessoal e mais indirectamente pela sanidade ambiental 2 Assegurar uma recupera o energ tica pessoal f sica e an mica pela alimenta o e repouso 3 Estabelecer rela es sociais selectivas 4 Assegurar o aprovisionamento de bens e o seu consumo privado b Ao n vel do ambiente pr ximo ou da vizinhan a O habitar conseguido pela exist ncia de um quadro f sico e um sistema de interac es sociais com ele relacionado das quais se salienta a no o de int
110. dial A respeito da sua implementa o afirmava Stirat Johnson Marshal respons vel pela cria o do citado prot tipo e sua implementa o para produ o O que necess rio uma equipa de especialistas com o arquitecto respons vel por manter o equil brio entre todos os aspectos garantindo que a contribui o de cada especialista se harmonize no todo esta abordagem e esta pr tica conduzir nos o a uma nova arquitectura que constitui uma express o simples e descomprometida das exig ncias dos tempos actuais 45 nomeadamente a de dotar as cidades com o m ximo de rapidez de estruturas de apoio p blico e de alojamento de massas 73 Esta posic o traduz a tentativa de coordenar o sistema de trabalho do ponto de vista da articulac o dos t cnicos envolvidos nas fases de projecto com o arquitecto enquanto coordenador de todos tendo em vista a aplicac o normalizada de elementos de construc o pr fabricados O sistema criado para o desenvolvimento de escolas com base no modelo do prot tipo Hertfords Hire school baseou se no exemplo dos edificios p blicos Georgeanos anteriores ou nos funcionais para industria para e como estes ser restrito an nimo porque para repetic o e dignificado porque para servicos p blicos e de alojamento 2 Plano Sovi tico de realojamento Os russos lancaram um programa de produc o em massa de alojamentos em larga escala os quais sendo m dulos tridimensionais
111. do do tipo 3 0x1 5m O sistema espec fico apresentado explora uma malha que se comp e pela adi o segundo as direc es horizontais x y de m dulos dos tipos A Be C formalizados por gaiolas estruturais com as anteriormente citadas dimens es de 3 0m x 3 0m x 3 362m nomeadamente segundo os eixos x y e z e Malha espacial Relacionada com as anteriores fornece os m dulos espaciais de composi o Esta malha neste sistema espec fico funciona como subm ltiplo da malha estrutural 4 2 3 Sistema modular espec fico met lico Como j se viu um determinado sistema modular geral poder gerar v rios sistemas modulares espec ficos cada qual com a sua pr pria tecnologia de constru o em fun o dos materiais que o comp em e o seu pr prio grau de pr fabrica o O presente sistema modular especifico apresenta perfis tubulares de sec o quadrada e rectangular em a o galvanizado como o material base de execu o dos m dulos tridimensionais tipo gaiola que funcionam como estrutura b sica do sistema 160 sendo o corte de componentes e a sua uni o por soldadura para o fabrico de elementos de construc o as tecnologias de eleic o em f brica com um elevado grau de pr fabricac o apresentando se o encaixe dos v rios elementos entre si seguido do respectivo aparafusamento como a t cnica de montagem de eleic o no estaleiro Fig 112 UBA r Y ip Aw VE x gt 4 N
112. e de todo o sistema Fig 126 Perfil 0 08m x 0 08m Perfil 0 08m x 0 08m Perfil do m dulo completod Esc 1 50 Figura 126 Detalhes de execuc o 173 Os elementos que comp em esta estrutura s o encaixados e aparafusados entre si Parametrizou se tridimensionalmente a estrutura fazendo a obedecer a uma modelac o horizontal e vertical de 0 60m extremidade exterior dos montantes e vigas tubulares utilizados Poderao ser utilizados montantes verticais suplementares variando o seu n mero consoante a fun o albergada pelo m dulo pela sua posi o face aos restantes que com ele comp em o edif cio e mediante os pain is pr fabricados que constituem as paredes B 2 Pain is pr fabricados de parede B 2 1 Parede Exterior O sistema prev dois tipos de painel parede designados por P1 e P2 Painel P1 Composto por Painel de contraplacado de madeira que Anexo 4 3 constituir a sua face interior com a dimens o de 0 647m x 2 804m com 0 02m de espessura Aplicado sobre estrutura suporte Painel de l de vidro com 0 07m de espessura constituindo o seu revestimento t rmico e ac stico Aplicado no interior do painel Estrutura suporte constitu da por perfis tubulares de a o galvanizado de sec o quadrada e rectangular com 0 04mx0 08m e 0 08mx0 08m respectivamente O perfil de secc o quadrada constituir a base da estrutura sendo os montantes e os travamentos m dio e supe
113. e o territ rio onde o edif cio a construir se implantar para a adequa o do presente sistema espec fico sua fase de aplica o a um caso concreto 156 Figura 107 Articulac o dos m dulos e subm dulos do sistema com base na aplicac o da ideia de subsistemas 4 2 Concepcao 4 2 1 Sistema modular tridimensional O presente sistema construtivo industrializado leve destinado realiza o de edif cios metalicos para habitagao e ou servi os de um s piso com p direito de H 3 0m sendo um sistema modular tem como base o conceito de m dulo apresentando se este desenvolvido neste caso como entidade f sica tridimensional logo componente Este aspecto apresenta se como a caracter stica fundamental do sistema pois tratando se de um sistema pr fabricado existe uma grande identificac o entre os m dulos abstractos elementos do processo de projecto com os m dulos f sicos componentes do processo de constru o Fig 108 157 CONCEITO DE M DULO abstractos elementos do processo de projecto m dulos lt fisicos componentes do processo de construgao elevado grau de PEP E defini o da pre fabrica o gt M DULOS ABSTRACTOS M DULOS F SICOS NO PRESENTE SISTEMA m dulo entidade f sica tridimensional gt componente do processo de construc o Assiste se a uma grande identificac o entre m dulo abstracto do projecto e a en
114. e qualquer intenc o de proporcionar uma articulac o ou combinac o com outras construc es para a formac o de tecido urbano concentrando se toda a atenc o na forma espectacular e totalmente individualista que reflecte isso sim o reexame de todas as exig ncias tradicionais do que habitar uma casa A casa Wichita utiliza a pr fabricac o de elementos especificamente executados para o sistema de montagem o qual n o necessita de exig ncia de acabamento por ser mont vel e desmont vel e para 110 produc o em massa para exaltac o do material como na casa Farnsworth de Mies A exaltac o da tecnologia resulta da sua imagem que se refere aos avides o que tem por sua vez reflexo no facto de ficar totalmente ref m do seu aspecto formal pelo que se torna imposs vel executar qualquer mutac o nem ampliac o apresentando se pois como um sistema totalmente fechado e estanque Fig 90 ern E Figura 90 Casa Wichita USA Arquitecto Buckminster Fuller 1946 3 Casa Eames e a oferta social da tecnologia A casa Eames proclama uma nova forma de ver o uso do a o na constru o e o modo como este pertencendo a um modo de produ o industrial por recurso pr fabrica o sendo articulado em ciclo aberto a outros sistemas tamb m produzidos industrialmente com recurso pr fabrica o permite incorporar a imagem tecnol gica pretendida quer por Mies quer por Fuller pr pria da poca mas ao contr
115. e renovarem a constru o das formas tradicionais ou a aplicac o de materiais j conhecidos O exemplo do arquitecto australiano Glen Murcut o que mais interessa ao presente estudo porque desenvolveu no interior da floresta australiana uma s rie de habita es sobre estacas influenciado directamente pelas tradic es das culturas dos povos austrais de construc o em estacaria para palafitas e com materiais de constru o simples mas de natureza industrial como a chapa met lica ondulada para revestimento exterior que assentavam com naturalidade por entre as rvores A aplicac o dos progressos t cnicos percept vel quer pela aplicac o dos materiais de origem industrial como Fuller quer como demonstrado no caso da casa Ball Eastway atrav s da aplicac o do dispositivo de protecg o anti fogo tecnicamente bastante desenvolvido Fig 41 Figura 41 Casa Ball Eastway Austr lia Arquitecto Glenn Murcut 1983 Formas sem forma No fim do s culo alguns arquitectos optaram por uma ptica vanguardista de investigac o que se afastou dos revisionismos hist ricos ou locais propostos pelos regionalistas cr ticos procurando desenvolver o culto pela originalidade que v rias vezes os faz confundir a experimentac o com a inovac o como modo de reinventar a modernidade ou de pelo menos corrigir alguns aspectos dos quais discordam Frank Gehry e Rem Koolhaas s o aqui destacados pelo modo como desenvolveram as sua
116. e tecto B 10 Elementos de remates de juntas Anexo 4 13 Elementos executados em chapa de a o inoxid vel que ser o aplicados sobre as juntas exteriores resultantes das articula es entre m dulos ou entre pain is de parede exteriores por encaixe de press o vedando as e tornando as estanques C Instru es de fabrico Como se referiu o sistema apresentado um sistema industrializado de constru o sendo apenas a abertura de caboucos e a constru o da rede de saneamento executadas por processos tradicionais 178 C 1 Descric o da sequ ncia de montagem do sistema Limpeza do terreno no local onde se efectuar a abertura dos caboucos Abertura de caboucos Execu o das funda es atrav s da montagem de perfis pr fabricados de bet o pr prios para o efeito e segundo projecto especifico Execu o da rede de esgotos que ter de contemplar caixas de visita fossa s ptica e po o sumidouro em caso de inexist ncia de infra estrutura publica Montagem da estrutura de suporte e de adequa o ao terreno mediante projecto especifico Aplica o e fixa o da s estrutura s portante s do s m dulo s sobre a estrutura de suporte e adequa o ao terreno mediante projecto especifico Aplica o dos pain is de l de vidro sobre a base de chapa met lica da estrutura portante do m dulo Coloca o acima dos pain is de l de vidro e fixada estrutura portante do m dulo das
117. ecanizac o pela utilizac o de materiais como a chapa ondulada de aco 60 Figura 37 Casa Dymaxion USA Arquitecto Buckminster Fuller Fotografia da casa e do modelo motorizado 1927 Tamb m F L Wright utilizou a ind stria recorrendo a ela para a construc o das habitac es Usonianas que foram respons veis pelo estabelecimento de uma s rie de ideias que influenciaram a cria o de algumas das mais importantes cria es da arquitectura dom stica no final do s culo Fig 38 Figura 38 Aplica o de blocos pr fabricados na constru o da casa Storer Arquitecto F L Wright 1923 Este chega ao fim com a arquitectura dom stica a proporcionar Ihe formas caprichosas flex veis brandas e irregulares conseguidas pela ind stria as quais viabilizam uma nova cultura caracterizada pelo facto dos utilizadores terem tend ncia para apreciar as utiliza es mais adequadas aos seus anseios e necessidades aos custos mais competitivos e com maior flexibilidade Tudo proporcionado pelos materiais formas e m dulos de produc o industrial No fim do mesmo s culo totalmente impens vel discutir o papel da industria na construc o e desenvolvimento da arquitectura dom stica Com o desenrolar deste arquitectura e industria foram crescendo em mutua colaborac o passando a discuss o para o modo como ambas poder o articular se em func o da salvaguarda das fontes das mat rias primas e das fontes energ ticas
118. ecto Aspectos pr ticos a ter em conta na definic o dos objectivos Definir m todos que permitam uma melhor recolha das pretens es individual e de grupo sobre a qualidade da habitac o e do habitat em apoio do di logo projectista cliente da participa o interven o dos interessados ou ainda de m todos mais intensos de participac o como por exemplo o Advocacy planing 28 Ter em conta uma grande abertura quanto inova o te rica na abordagem a novos problemas e valores positivos e negativos necess rios forma o da personalidade ao equil brio psicol gico identificac o com o meio f sico etc tais como seguranga stress est tica significado dos elementos do ambiente interesse pelo quotidiano etc para al m dos aspectos ligados ao desenvolvimento do individuo como a privacidade a identidade a interacc o social etc e dos funcionais como seguran a sa de conforto ambiental interior higiene acessibilidade conforto ambiental exterior adequa o efic cia das solu es que s o correctamente expressas pela procura da qualidade Dar a devida aten o quest o s cio econ mica comparando a rela o entre qualidade pretendida as suas implica es econ micas a capacidade de esfor o das fam lias as suas atitudes face ao conhecimento da dist ncia entre os desejos e as possibilidades reais Determinar formas mais eficazes de comunicar forma viva sint tic
119. ecuc o e montagem em alguns casos a importac o de modelos e mesmo de conceitos que levam opc o pelos materiais em que s o produzidos os seus produtos atente se a este respeito na introduc o no pensamento arquitect nico do conceito os produtos menos pesados quase sempre reduzem os custos energ ticos expresso na m xima do Arq Buckminster Fuller Quanto pesa o teu edif cio 3 a qual permitiu explorar para este sistema a formalizac o de chassis semelhanga dos dos autom veis sobre os quais se podem montar pain is de revestimento m dulos sanit rios portas etc Fig 7 25 q wan m A Figura 7 Chassis 1 8 Sistema construtivo met lico em aco galvanizado O recurso aos m dulos tridimensionais influenciou a escolha do material para a sua constituic o optando se pelo aco galvanizado aplicado nos casos de execuc o de elementos em f brica por encaixe e por aparafusamento nas montagens dos mesmos no estaleiro apresentando se este como melhor soluc o devido em primeiro lugar esbelteza dos seus perfis face por exemplo aos proporcionados pela madeira para os mesmos v os exig ncia motivada pela express o arquitect nica pretendida e pelo facto de esta estar mais adequada pelas suas pr prias op es de montagem para sistemas do tipo timber frame e em segundo lugar pelo seu peso inferior ao do bet o este tamb m propicio execuc o de m dulos tridimensionais como o provam os exempl
120. edade em que a estrutura colectiva n o nega a afirma o do indiv duo a exig ncia face oferta de habitac o tende a colocar a sua nfase na personalizac o do produto Individualizac o da habitac o da diversidade Procura de v rias op es Como contestac o ao modo como a aplicac o do processo industrial tradicional o arquitecto austr aco Hundestwasser afirmava S quando o arquitecto o pedreiro e o utilizador s o uma unidade isto uma e a mesma pessoa que podemos falar de arquitectura O resto n o arquitectura mas sim encarna o f sica de um acto criminoso 46 Aparecem v rias correntes de contesta o das quais se destaca a que faz depender do indiv duo utilizador a iniciativa de projectar ficando esta descentralizada o que permite a qualquer um pelo menos em teoria ter a possibilidade de comprar os subsistemas que quiser e puder no mercado Aparece a ind stria do Fa a voc mesmo que se baseia na cria o de elementos de constru o fabricados por entidades industriais distintas e distribu das por cat logo para escolha pelo utilizador numa l gica de industrializa o da constru o pela aplica o da pr fabrica o de elementos em ciclo aberto Esta aparece por volta de 1950 tendo inicialmente sido criada para a assist ncia e fornecimento a trabalhos de que exigiam para a sua execu o pouca qualifica o como por exemplo pintura dec
121. el a arquitectura deve promover a pluralidade Foi exactamente atrav s dessa pluralidade que se rebuscou a hist ria a fim de se alcancar influ ncias semelhantes em interpretac es diferentes O P s modernismo como a pr pria indefinic o do termo atesta engloba variados tipos de abordagem variando quanto ao modo de ver as v rias t cnicas construtivas o vocabul rio etc dos quais se destacam para o presente estudo os que exploraram a aplicac o das novas tecnologias articuladas com a austeridade das linhas modernas e um aspecto mec nico e que acabaram por evoluir para o High Tech brit nico Fig 40 Figura 40 Casa Kawana Jap o Arquitecto N Foster 1987 92 Tradic o local e tecnologia frequente os arquitectos recorrerem a um qualquer elemento da tradic o para de seguida o redefinirem num novo contexto ou para o voltarem a interpretar para o desenvolvimento de outras formas ou materiais Costuma se mesmo afirmar que ningu m inventa nada em arquitectura 63 Muitos dos arquitectos seguidores dos criadores do Regionalismo critico e que se formaram com os fundamentos do modernismo acabaram por se afirmar profissionalmente abordando a construc o das suas casas com base na articulac o dos valores e formas das culturas e tradic es locais com os valores referentes ao individuo e em simult neo incorporando lhes os mais actuais avan os da industria da constru o o que lhes permitia viabilizarem
122. ema Camus Estiot devido aplicac o de uma legislac o propicia construc o dos Grand Ensembles Contudo o ponto de vista dos outros pa ses de economia liberal era bem diferente No Reino Unido e nos Estados Unidos da Am rica por exemplo a exist ncia de um grande n mero de pequenas e m dias empresas para al m de um alto n vel de qualificac o profissional orientam a pr fabricac o para sistemas de pr fabricac o ligeira e fundamentalmente de ciclo aberto Podem se distinguir varios grandes tipos de sistemas pr fabricados os quais variam as suas caracter sticas em func o do material em que s o produzidos e do modo de articulac o entre os seus elementos sendo tais factos preponderantes face ao modo como s o distribu dos em pr fabricac o pesada ou ligeira se em ciclo aberto ou fechado Assim podemos distinguir Sistemas de Pain is planos Sistemas Tridimensionais Sistemas de Estruturas do tipo Pilar Viga Sistemas de Malhas Estruturais e por fim a pr fabrica o de instala es de servico de edif cios 1 Sistemas de Pain is resistentes planos 1 a Sistemas de grandes pain is Sistemas de pr fabrica o pesada compostos por pain is de bet o fabricados fora da obra utilizados para a constru o de edif cios fundamentalmente em ciclo fechado A sua utiliza o pressup e que a constru o do edif cio se efectua com o menor n mero poss vel de pain is os quais s o montados e enca
123. energia el ctrica foi difundida e assimilada universalmente e a revoluc o por si implementada no modo de viver quotidiano foi o verdadeiro motor para a democratizac o da habitac o pois proporcionou a comodidade e privacidade ao homem comum A arquitectura e a habitac o O revivalismo industrial Com o final do s c XIX e o limiar do s c XX assiste se ao fen meno da produc o industrial de bens de consumo dom stico colocando os disposic o da 52 maioria da popula o resultando no aumento de pre o dos objectos artesanais Este aspecto acaba por ter uma import ncia fundamental no desenvolvimento dos modos de conceber e construir a habita o sendo traduzido pela m xima do arquitecto Louis Sulivan A forma segue a fun o 33 O desenhador ingl s William Morris chegou mesmo a afirmar durante a revolu o industrial devemos limpar as nossas casas das superficialidades 34 passando a ser esta uma das bases do modernismo Segundo ele a ind stria entrara no jogo o que possibilitaria o aparecimento de mudan as radicais no entanto seria fundamental equacionar o seu modo de actua o de modo a equilibrar o conflito entre as possibilidades oferecidas pela ind stria emergente e a defesa do espa o do homem Surgem os movimentos revivalistas deste per odo Arts and Crafts Art Nouveau Style Liberty Modernismo Catal o e o Secessionismo austr aco que articulavam as potencialidades das novas t cn
124. enol gica aplicada arquitectura centra a sua atenc o a um modo de percepc o dos espacos como sendo estes espacos de vida produzidos por regi es limites e conex es os quais transmitem conceitos topol gicos Deste modo estes espacos de regi es sao aglomerac es com meios espec ficos consent neos com os fins que pretendem alcancar Exemplo As zonas de dormir e as instalac es sanit rias de uma habitac o sao espacos topol gicos por estarem associados do modo como pensamos a uma articula o de movimento locomo o das necessidades fisiol gicas cozinha e os espa os de comer de uma habita o tamb m s o um conjunto formando uma regi o de um espa o topol gico pois as suas subdivis es funcionais pertencem s mesmas necessidades de alimenta o 95 Trata se assim da cria o de conjuntos de associa es topol gicas e de viv ncias que formam agrupamentos de espacos afins a partir dos quais se formam para cada um m dulos pr prios que ir o dialogar entre si dentro do contexto do objecto arquitect nico a formalizar Fig 74 Figura 74 Planta com articulac o de m dulos construtivos que agrupam espacos afins Malha estruturante geometria A repetic o e articulac o destes m dulos ou de c lulas em certos casos espec ficos origina malhas orientadas mediante percursos ou lugares de viv ncia Assim o m dulo ou a c lula torna se numa unidade que ser organizada junt
125. ento e transpar ncias com exterior organizando o pela utilizac o do principio do espaco fluido Fig 101 Figura 101 Case Study House 18 desenho persp ctico e vista exterior com alpendre para o autom vel Los Angeles USA Arquitecto Craig Hellwood 1956 58 2 1 7 Conclus o A industrializac o da produc o de bens de consumo dom stico com inicio no ltimo quarto do S c XIX teve como consequ ncia o aumento do preco dos produtos artesanais Este aspecto assume uma import ncia decisiva no desenvolvimento dos modos de conceber a habitac o Possibilitando mudancas radicais contudo necessitou constantemente que se procedesse a um processo de questionamento quanto ao seu modo de actuac o Este dever equilibrar o conflito entre as possibilidades oferecidas pela industrializac o e a defesa do espaco do homem O modo como o homem foi interpretando a aplicac o da industrializac o da construc o produc o de habitac o foi diverso ao longo do fim do S c XIX S c XX e mesmo no inicio do S c XXI variando em fun o do modo como se relacionou com o meio social politico econ mico e ambiente Podendo se constatar que se a industrializac o pode assumir e de facto assumiu diversas vezes o car cter de perversidade quanto desumanizac o do processo de produc o de habitac o para o individuo a responsabilidade n o intr nseca ao mesmo mas sim ao modo como perspectivado 135 Os primeiro
126. epudiado a industria tendo de seguida e com a necessidade de se reestruturar convertido a mesma em motor da transformac o arquitect nica que mudaria a organizac o da sociedade e acabando mesmo por amadurec la convivendo e experimentando gracas a ela Na Calif rnia Charles e Ray Eames aproveitam a convers o da ind stria de guerra em ind stria de construc o de habitac o para a utilizar na edificac o da sua casa com os materiais novos desenvolvidos durante a 2 guerra mundial Constroem uma estrutura de aco modulada totalmente pr fabricada que se articula com estes novos materiais e com os quais os arquitectos conseguiram transparecer a apar ncia serena e iluminada da arquitectura tradicional japonesa que sempre se apresentou como uma das principais influencias da arquitectura moderna dom stica Fig 36 Figura 36 Biombo Japon s e Sector da fachada da Casa Eames Arquitecto C Eames 1945 49 O brit nico Buckminster Fuller que desenvolveu o seu trabalho com base nas potencialidades industriais desenvolve a partir de 1927 as suas m quinas habitacionais Um dos exemplos mais marcantes a casa Dymaxion din mica e eficaz n o levava em conta contudo a est tica a partir da qual trabalhavam os arquitectos modernos Fig 37 Fuller tentou motorizar e dotar de servi os mec nicos a m quina de habitar descrita por Le Corbusier para al m de levar s ltimas consequ ncias a express o arquitect nica da m
127. er a sua adequac o ao mesmo Ser a respons vel pela configurac o planim trica da articulac o dos m dulos fixando os combinac o pretendida Ser composta por perfis 0 15m L 0 15m e tubulares de secc o circular com calibre de 0 15m 177 B 6 Fundac es As funda es ser o executadas em elementos pr fabricados de bet o mediante projecto a efectuar para cada caso Os perfis de sec o circular que funcionar o como pilares da estrutura suporte estar o fixados a estes elementos por aparafusamento B 7 Tubos de queda Os m dulos exteriores da composi o poder o receber um tubo de queda em fun o da sua posi o sendo este em chapa de zinco e estando a sua extremidade inferior suspensa n o se prevendo caixas de areia para drenagem de guas pluviais B 8 Saneamento Ter de ser executada em obra uma pequena rede de saneamento uma vez que se trata de um programa de habita o que poder n o ser de car cter sazonal B 9 Distribui o de gua Est prevista a capacidade de recep o de uma pequena rede de distribui o de gua para uso dom stico Existe como acess rio um dep sito para armazenamento e distribui o a ser colocado sobre a cobertura de um dos m dulos que albergue as fun es sanit rio cozinha ou lavandaria sobre apoio especial a inserir dentro do painel parede interior A tubagem correr no espa o contido entre a cobertura e os pain is que constituir o o forro d
128. er totalmente desmont vel torna se uma vantagem importante pois possibilita a utilizac o do sistema em qualquer modo de condicionamento legal 186 CAPITULO 7 Conclusao A industrializac o da construc o possibilitou mudan as radicais face ao modo como o homem perspectivava a sua habitac o e o seu modo de habitar Contudo cedo se percebeu que esta necessitava que se procedesse a um constante questionamento quanto ao seu modo de actuac o Baseado no facto de se adoptarem t cnicas de construc o materiais e tipos habitacionais que iam evoluindo e satisfazendo crescentemente as necessidades que surgiam equilibradamente entre o que faltava e o que se podia construir com os meios ao alcance aplicac o do conceito de habitac o evolutiva a partir da revoluc o industrial com a consequente explos o demogr fica o equil brio anteriormente existente altera se levando ao aparecimento da necessidade de se recorrer produc o em s rie de habitac o donde resultaram diversos problemas quanto qualidade do habitat como o s o por exemplo a formac o de extensas reas urbanas descaracterizadas que reflectem algumas das principais preocupac es inerentes produ o de modelos industrializados de edif cios de habita o dos quais se destacam Desconhecimento quanto caracteriza o do utilizador final Defini o do programa e seu reflexo quanto defini o do padr o de qualidade da oferta Perigo de ocor
129. eria traduzir se na sua imagem e no caso da pr fabricac o esta traduzia se na ideia de assemblagem ideia que ele interpretava formalmente como a 133 manifesta o da qualidade dos seus elementos pr fabricados na imagem final do edif cio Com a CSH 18 a ideia de assemblagem foi levada at as ltimas consequ ncias Foram utilizados pain is ligeiros de 2 45m x 2 45m pass veis de serem montados no local em 2 horas A assemblagem transmite Ihe uma imagem de grande leveza o que naturalmente lhe transmite a sensac o de que tamb m poder ser desmontada A palavra vulnerabilidade utilizada ami de para a descri o destes edif cios funciona aqui como linguagem arquitect nica em fun o da sua grande ligeireza A respeito da assemblagem defendia Ellwood Cada vez mais o custo crescente da mao de obra esta a conduzir a constru o at ao interior da fabrica Com o tempo o engradado sem rigidez Balloon Frame tender a desaparecer e possivelmente dentro de 10 anos ou 15 as casas construir se o com elementos componentes segundo o texto original pr fabricados confeccionados para uma r pida assemblagem entao teremos que desenvolver formas estruturais adequadas a essas novas t cnicas e materiais e encontrar uma chave para novas formas e para uma arquitectura cont nua 64 Contudo este per odo da obra de Ellwood corresponde quele em que mais distanciado se encontra das premissas da obra de Mies Van Der
130. erioridade necess ria ao habitar e definida essencialmente a n vel do alojamento desde que o ambiente envolvente ao mesmo seja entendido mais como um prolongamento deste do que como espa o urbano indiferenciado ou mesmo estranho Conceito de habita o Segundo a Nova Enciclop dia Larrousse a habita o o Lugar onde se mora contudo para este caso espec fico designaria como o Lugar edificado onde se mora Pode ser designada como alojamento fogo casa resid ncia etc 35 Sera a resid ncia enquanto encarada como o local de abrigo se for fixa contudo se for m vel ser apenas o alojamento por ser prec ria Formalizada pela delimitac o constru da f sica de um conjunto racionalmente articulado de espacos cada um destes o territ rio m nimo que acompanha o indiv duo capaz de responder a necessidades especificas de utilizac o devendo ser objecto de cuidados de protecc o A sua exist ncia proporciona ao individuo que a det m o direito de habitac o o qual o qual Ihe garante a faculdade de se servir de uma casa na medida das necessidades quer do titular do direito quer do seu agregado familiar Fig 16 Figura 16 O direito de habitac o do individuo medida das suas necessidades A import ncia da definic o dos conceitos de habitar habitat e de habitac o prende se com a influ ncia directa que estes exercem sobre a definic o concreta do objecto de estudo deste tr
131. esso de pr fabricac o que fosse bem recebido pelo p blico A sua preocupac o foi pois a da criac o de um sistema de pr fabricac o em ciclo fechado o que espelha a sua posic o face pr fabricac o e industrializac o da construc o Em frequentes artigos publicados na revista Arts and Architecture sobre pr fabricac o sobressa ram duas posturas b sicas 1 A defendida por Eames e por Koenig os quais estavam entre os que propunham o uso de elementos pr fabricados soltos escolhidos por cat logo que n o determinassem a imagem final do edif cio Ciclo aberto 2 Ellwood por sua vez contava se entre os que propunham o emprego de sistemas criados especificamente para a pr fabricac o Considerava que um sistema capaz de repetic o em quantidades substanciais permitia aos fabricantes a elaborac o de perfis e pecas especiais Para ele a quest o entrava no campo do desenho industrial E colocou o problema de um modo perfeitamente coerente com o seu programa de construc o comunicativa A sua posic o fica expl cita pela sua afirmac o projectaram se e constru ram se muitas casas pr fabricadas mas o desenho de nenhuma das produzidas para o mercado reflecte com veracidade o sistema utilizado Pelo contr rio os fabricantes de casas pr fabricadas aspiram a que pare am constru das em obra como se na sua constru o se tivessem usado sistemas convencionais 63 Para si a ess ncia do edif cio dev
132. etiza o e os h bitos de higiene das habita es e dos seus utentes Ze Figura 22 Ilumina o a g s na habita o Contudo o pal cio aristocr tico de origem europeia ref m do modo como os seus utentes perspectivavam a vida quotidiana resiste introdu o destes sistemas a 50 gas e por consequ ncia aos melhoramentos por si implementados semelhan a da anterior reacc o introdu o da casa de banho A necessidade de instalar as novas redes de iluminac o de aquecimento de distribuic o de gua e de saneamento para al m de em poucos casos do ascensor mec nico levou alterac o do modo de prever os processos de organizac o da construc o da habitac o passando a ser solicitados para tal v rios tipos de t cnicos para al m dos arquitectos quando havia ou dos mestres construtores pedreiros marceneiros funileiros etc Solicitac o ali s que se foi estendendo at hoje A promoc o do conforto dom stico implementada no s c XIX com base na utilizac o do g s como fonte energ tica demonstrou ser contudo insuficiente a electricidade que vem a tornar poss vel a substituic o do trabalho humano pelo mec nico para a execuc o do trabalho dom stico Esta proporcionou de uma s vez uma fonte de calor substancialmente mais eficaz muito maior intensidade luminosa al m de ser um sistema de energia de dimens o suficientemente reduzida para ser introduzida no comum dos lares nomeadame
133. evitando adaptac es em f brica ou na montagem na obra ficando mesmo as suas opera es de montagem simplificadas O recurso a esta metodologia permitiu em benef cio da fase de projecto quer de concepc o do sistema quer da sua adequabilidade a um caso concreto de construc o de edif cio tratar os seguintes problemas Toler ncias e Juntas construtivas Com a sistematizac o e racionalizac o da sua resoluc o melhorou se a compatibilidade entre os v rios m dulos do sistema elementos e componentes de construc o conduzindo melhoria da qualidade das ligac es e do respectivo desempenho funcional Criar software pr prio de apoio ao sistema sistematizando a utilizac o do desenho assistido por computador visando facilitar a comunicac o entre os intervenientes em todo o processo com base na criac o e aproveitamento integral de uma 152 base de dados modular a qual facilita a compatibilizac o geom trica entre os diversos espacos projectados e os m dulos do sistema que os corporizam O arquitecto articula m dulos volum tricos aos quais atribuir func es que no seu todo formalizam o edificio que pretender Quanto fase de execuc o o recurso coordenac o dimensional modular possibilitou os seguintes benef cios Os benef cios relativos ao processo de fabrico s o a todos os n veis desde a redu o dos custos de produ o dos elementos constituintes do sistema pela redu o a um n mero m nim
134. exterior a3 Compartimentac es exteriores envolvente a4 Compartimentac es interiores envolvente a5 Instalac es e equipamentos diversos Que por sua vez podem ser decompostos em rg os secund rios criando assim uma hierarquia do tipo Componente Elemento de construc o Subsistema de construc o Definamos estes rg os secund rios Componente Produto produzido em unidade industrial a partir de diversos materiais e que se destina a ser incorporado num 143 elemento de construc o de acordo com processos de construc o e montagem bem definidos Elemento de construc o Elemento constituinte de um subsistema de constru o aplicado no seu local de utiliza o e realizado a partir de materiais simples componentes e processos de constru o Subsistema de constru o Conjunto coerente de elementos de constru o que representa uma parte do edif cio com caracter sticas pr prias e que lhe conferem uma certa identidade Exemplo Subsistema Superstrutura Elementos de constru o Pilares vigas paredes lajes e outros Componentes Bet o ferro tijolo vigotas etc Subsistema Elementos de constru o Componentes Elementos de constru o Componentes Sistema Subsistema Elementos de constru o Componentes Elementos de constru o Componentes Subsistema Elementos de constru o Componentes Elementos de constru o Componentes Esta ab
135. fabrica o Produziam se c lulas eficientes despersonalizadas e pequenas para habita o Tratava se de um processo eficiente econ mico e r pido Com a ascens o do Nazismo na Alemanha assistiu se a um xodo de arquitectos alem es para os Estados Unidos da Am rica o qual gerou uma fus o das ideias do modernismo arquitect nico Europeu com a perspectiva explorada por Wright Adaptou se o modernismo inser o no meio Standardizou se explorou se a rela o ininterrupta entre o interior e o exterior articulada com o espa o fluido cont nuo e flex vel concentraram se as zonas de servi os das habita es em n cleos isolados e separaram se os espa os por meio de biombos Com o fim da 2 Guerra mundial nos Estados Unidos este processo de miscigena o enriquecido e levado s ltimas consequ ncias atrav s da convers o de alguns sectores da ind stria de constru o de armamento e de apoio mesma principalmente a de desenvolvimento de materiais especiais em ind stria de apoio industrializa o da constru o Explora se a utiliza o de novos materiais desenvolvidos durante a guerra para a pr fabrica o de elementos de constru o D se continuidade tradi o da utiliza o do a o nas estruturas das edifica es sequ ncia das experiencias p s inc ndio de Chicago em 1874 agora transmitindo lhe uma nova identidade assumindo o como material com express o arquitect nica e n o revestid
136. fende o relevo dado an lise integrac o e harmonizac o de todos os elementos os quais poder o ser denominados os par metros da construc o Esta atitude perante a metodologia do projecto tornou se um importante movimento em todo o mundo desde que se desenvolveu em meados da d cada de 1960 tendo influ ncia como se viu na metodologia dos metabolistas japoneses mas tamb m na que est na base da criac o de sistemas construtivos de Ezra Ehrankrantz e fundamentalmente na da escola Nova Bauhaus 1955 1968 dirigida por arquitectos como Max Bill e Tom s Maldonado Esta escola criou uma linguagem articulada com o seu modo de perspectivar o desenho param trico a qual se apresentava muito suave moderada at descric o anti s ptica acentuando o pormenor e que afirmava as met foras visuais do hospital e do computador enquanto reflexo da abordagem rigorosa da aplicac o da ci ncia e da tecnologia Por seu lado o modo como Ezra Ehrankrantz abordava a aplicac o desta metodologia teve reflexo na criagao do sistema construtivo com base no desenho de 4 elementos construtivos principais que pela sua articula o segundo uma disposi o geral proporcionava a criac o de uma escola A SCSD School Construction Sistem Development Fig 62 Sy SN ANY rompa SAN AY H Figura 62 SCSD School Construction Sistem Development Ezra Ehrankrantz Como estava apenas direccionado para a criac o da dispo
137. gar o momento as popula es para al m das interfer ncias impressas pelo agregado familiar as quais podem alterar o conceito mudando ou n o ambiente f sico ou social O conceito produzido e consumido a v rios n veis que lhe inserem ramifica es conceptuais a 1 Pessoal No sentido s ciopsicol gico a 2 Social No sentido da sociedade e das institui es Estes n veis incluem o habitar no interior do alojamento o habitar no espa o pessoal onde quer que o individuo esteja e ainda o modo de vida quotidiano com relevo para o quadro residencial b Abstrac o Resulta dos aspectos menos objectivos menos funcionais e menos quantitativos do conceito S o os aspectos que qualificam as caracter sticas fundamentais do habitar como a privacidade a intimidade o recolhimento pessoal a seguran a realiza o pessoal etc A formula o geral dos aspectos ligados ao conceito de habitar feita com base nas caracter sticas anteriormente apresentadas propondo se aqui alguns com base em estudos efectuados por diversos autores Conceitos e imagens associadas ao conte do de palavras com habitar e casa Concep o da fam lia da imagem da casa da privacidade qual a polival ncia funcional dos espa os como a realiza o de trabalhos e estudos em casa como a ocupa o dos tempos livres e como s o as tarefas dom sticas 7 Reajustamento dos alojamentos ao modo da vida actual e s suas
138. gue a casa Eames das restantes duas o car cter modular de todo o sistema que permite gerir todo o projecto mas que tamb m lhe proporciona a possibilidade de amplia o podendo inclusivamente produzir um tipo distinto em fun o da pretens o Esta mesmo uma caracter stica muito explorada na produ o de habita o na zona da Calif rnia neste per odo da d cada de 1950 que pretendeu tirar partido do uso de estruturas pr fabricadas de elementos de a o com base numa modula o organizadora com reflexo claro no modo como os seus arquitectos tiraram partido expressivo da estrutura Esta era articulada com outros elementos construtivos pr fabricados nomeadamente pain is de revestimento em chapa ondulada fibras ou vidro segundo o principio da assemblagem ficando impressa nos al ados e nos cortes como se de uma grelha em raio X Esta modula o permitia gerar bastantes variantes tipol gicas desde organiza es lineares casa Eames casas em L formando p tios casa Stahl casa com p tio interior casa Bailey etc Garantia se assim a coer ncia formal do objecto arquitect nico facilitava se o recurso ao uso de elementos produzidos industrialmente por pr fabrica o potenciava se a possibilidade de serem mut veis e ampli veis e acima de tudo a cria o da personaliza o da oferta Em alguns casos era poss vel tamb m produzir o modelo para produ o em massa Esta arquitectura nunca perdeu no entanto a
139. i Lacerda Arq Fernando Correia Arq Carlos Moreira Arq Rodrigo Patricio Arq Guilherme Castro Apoio t cnico NORFER Norberto Ferreira amp C Lda ENGRENAGEM Solu es de imagem Pelo apoio e pela paci ncia minha fam lia Tita Sara Ao Carlos Aos meus Pais Dedicado a A voc s Pai DESENVOLVIMENTO DE MODELO CONCEPTUAL DE SISTEMA CONSTRUTIVO INDUSTRIALIZADO LEVE DESTINADO CRIAGAO DE EDIF CIOS MET LICOS SISTEMA CONSTRUTIVO INDUSTRIALIZADO LEVE PARA A CRIACAO DE EDIFICIOS MET LICOS DE HABITACAO E OU SERVICOS MBITO A Habitac o O que Seu desenvolvimento Exig ncias Habitar Urbano N o Urbano Sustentabilidade B Pr fabricac o O que Como foi e usada para a construc o de habitac o Vis o Sist mica Abordagens Celular Funcional Sistemas Aberto Fechado C Gest o do projecto e obra Desenho Param trico Integrac o de sistemas Tipo M dulo C lulas e Grelha Coordenac o dimensional modular D Descri o do sistema E An lise e Validagao do Sistema 10 IND CE INTRODUCAO Apresentac o do tema Motivacdes para o seu desenvolvimento Breves apontamentos hist ricos Aplicac o de Pr fabricac o Pr fabricac o met lica Conceitos Pr fabrica o Industrializa o da constru o Uniformiza o Diversidade Individualizac o do objecto arquitect nico Mutac o formal Sustentabilidade Pr
140. icas explorando o vocabul rio artesanal remanescente de identidades arquitect nicas anteriores para a formaliza o das suas estruturas Com estes as formas grandiosas do passado os castelos medievais entre outras foram reavivadas para atrav s da potencialidade da industrializa o serem traduzidas sob a forma de grandes esqueletos estruturais met licos ou mirabolantes sistemas de infra estruturas de aquecimento ilumina o etc o que levava os seus arquitectos a ocuparem se individualmente do desenho integral de cada uma das divis es das casas desde os arm rios at ao puxador da porta criando a obra total Atente se aos exemplos de Mackintosch ou de Gaudi Fig 26 5 oa eee Figura 26 Casa da colina Esc cia Arquitecto C R Mackintosh 1903 La Pedrera Espanha Arquitecto Gaudy 1910 Criaram uma arquitectura assente na identifica o local impregnada de valores de afirmac o nacionalista sustentada nas novas potencialidades industriais O principio era o de que a habitac o encararia a novidade da modernidade atrav s das 53 suas ra zes interpoladas das refer ncias do passado local Contudo o seu elevado n vel de desenvolvimento e afirma o acabou por levar ao esgotamento da sua capacidade de promoc o de diversidade tornando se ma ador o que levou a um afastamento do p blico cansado da sua extravagancia O modernismo Adolf Loos arquitecto austr aco do primeiro quarto do s
141. idade do produto final Parta se para tal do princ pio de que aos artefactos de vestu rio correspondem os nossos m dulos s combina es proporcionadas pela sua articula o os nossos tipos e de que a satisfa o da resposta ao problema vestir corresponde a nossa resposta ao problema de criar habita o em fun o de crit rios que devem ser estabelecidos para criar regras de aplica o com base em premissas que partem do exterior ao sistema como o s o a geografia a topografia a fam lia a cultura etc 1 4 A comunica o eficaz entre os intervenientes do processo de produ o de habita o e a qualidade da oferta Apresentando se a quest o da rela o entre os v rios intervenientes do processo de produ o de habita o como central para a obten o do grau pretendido de satisfa o da exig ncia qualidade do produto opta se estrategicamente pela cria o de um meio que facilite e promova o di logo clarificado entre todos promovendo se a possibilidade de o utente final poder participar activamente no processo podendo numa fase embrion ria manipular os diversos m dulos do sistema com o recurso a ferramentas criadas especificamente para o efeito nomeadamente a inform tica com a manipula o de software pr prio que facilitar sobremaneira a capacidade de visualiza o e manuseamento do sistema podendo se reflectir e apresentar propostas concretas quanto ao que se pretende A plataforma de entendimento
142. idro para paramentos verticais e coberturas A utilizac o destes novos materiais com os respectivos sistemas de aplicac o permitiram a realizac o de grandes espacos desde pavilhdes de exposic es a grandes estufas gares ferrovi rias at a hangares de produc o de navios etc Fig 47 Figura 47 Casa das Palmeiras Londres Inglaterra Engenheiros Decimus Burton e Richard Turner 1848 Em 1845 iniciaram se as primeiras construc es utilizando chapa de ferro ondulada Com a construc o das grandes salas de exposic o a t nica foi a construc o r pida com um m nimo de custo em detrimento dos grandes v os dur veis Para a construc o de Pal cio de Cristal de Londres Joseph Paxton utilizou um elevado n mero de elementos montados em s rie O princ pio da grelha que utilizou com m dulos de 7 32m x 7 32m permitiu uma pr fabricac o racional e uma montagem f cil tendo sido na sua maioria mecanizada A m quina de pain is de Paxton fabricava elementos de construc o por m todos industriais As filas aparentemente infind veis de partes iguais davam ao edif cio um aspecto invulgar principalmente a partir do momento em que foi decretado que os 68 elementos semelhantes fossem pintados da mesma cor Pilares amarelos vigas azuis e asnas vermelhas Fig 48 Figura 48 Interior do Pal cio de Cristal Londres Inglaterra Arquitecto Joseph Paxton 1854 O impacto causado na poca por este tipo de
143. inform tica procede se articula o dos m dulos tridimensionais e destes com os restantes subsistemas do sistema tendo em conta os diversos factores em causa para as op es arquitect nicas pessoais do agregado familiar sociais geogr ficos etc que 169 ditar o a formalizag o do tipo de habitac o pretendido a qual ser personalizada para aquele utente As opc es arquitect nicas responder o a cada caso concreto de aplicac o e s o da exclusiva responsabilidade dos seus intervenientes no processo de construc o n o existindo regras para a utilizac o de m dulos com a excepc o das inerentes ao pr prio sistema construtivo Fig 122 TI 1 Figura 122 Diversidade de produc o de objectos arquitect nicos 170 CAPITULO 5 Apresentac o do Sistema 5 1 Objectivos Pretende se formalizar um sistema modular espec fico capaz de oferecer diversidade controladamente podendo responder intenc o de produzir habitac o personalizada em s rie 5 2 Apresentac o do sistema A Descric o geral O sistema tem por base um m dulo que apresenta tr s variac es estruturais A B C com as respectivas medidas a pronto em projec o horizontal de 3 00mx 3 00m e em projecc o vertical de 3 362m de altura Fig 123 M DULO A M DULO B M DULO C B B B MSTADE CINA STADE i MISTA DE CMA Figura 123 Planta Cortes e Al ados dos m dulos A B C
144. iol gicos de psicologia ambiental e s cio psicologia realizados na d cada anterior do mesmo s culo com o objectivo de facilitar a obtenc o por parte das pessoas do que querem e tamb m de transformar um pouco o homem e acomod lo combinac o esta feita a partir de posic es opostas A participa o das popula es na transforma o do habitat uma pol tica antiga com tradic o sendo mesmo em diversos pa ses e locais aplicada como medida social urbana tendo uma efic cia fundamental Funciona porque as medidas s o mais adequadas e bem aceites como resultado da participac o de todos os intervenientes no processo de produc o de habitac o 40 O tratamento cient fico da participac o surge com a experi ncia francesa do grupo de ci ncias humanas do CSTB com uma metodologia aplicada inicialmente a reabilitac o urbana mas com propens o para ser aplicada a projectos de raiz desde que se trabalhe com o utente final A sua designa o oficial Programa o generativa e baseia se nos seguintes pressupostos a Existem problemas mais dificeis de formular e resolver do que a satisfagao das necessidades mais evidentes sendo de natureza sociocultural e s cio psicol gica e tamb m de ordem institucional e t cnico econ mica ou cruzando estes 4 campos b S a discuss o e o espaco de resoluc o alargado a todos os agentes nomeadamente os utentes os promotores as instituic es oficiais os construtores
145. iram formas absolutamente novas para desempenhar a fun o concreta que se lhes exige Passando por cima dos obst culos n o s t cnicos mas tamb m psicol gicos ou pol ticos chegar se possivelmente habitac o completamente industrializada na qual a func o a t cnica e a forma se re nam integralmente na sua satisfac o das necessidades f sicas e espirituais dos homens que nelas tenham de habitar Fig 10 Christopher Alexander 5 Figura 10 Carruagem Ford T G M Firebird lll Projectaram se e construiram se muitas casas pr fabricadas mas o desenho de nenhuma das produzidas para o mercado reflecte com veracidade o sistema utilizado Pelo contr rio os fabricantes de casas pr fabricadas aspiram a que parecam constru das em obra como se na construc o tivessem usado sistemas convencionais Fig 11 Craig Ellwood 6 POST COTTAGE Figura 11 Casa pr fabricada em estrutura de madeira As cita es apresentadas reflectem as principais preocupa es inerentes produ o de modelos industrializados de edif cios de habita o do ponto de vista da 28 evolu o da sua adequa o formal sendo bastante incisivas e elucidativas dos problemas gerais que sempre se apresentaram industrializa o da constru o e evolu o da forma de os interpretar da a sua quase constante inaptid o formal n o podendo no entanto generalizar se Sempre acreditei enquanto arquitect
146. istiam computadores pelo que o seu desenvolvimento foi conseguido com a ajuda de uma tesoura e cola Koenig pode compor rapidamente v rios m dulos criados previamente para a elaborag o de varios tipos de habitac o para o projecto O processo apresentado pois demonstrativo do modo como em arquitectura a pr fabricac o pode reduzir bastante o esforco na elaborac o dos desenhos e economizando o nao espartilhando no entanto a capacidade de composic o do arquitecto Fig 99 Figura 99 Proposta para o Chemehuevi Indian Reservation Planing Program plantas dos v rios tipos e vistas da proposta San Bernardino County USA Arquitecto Pierre Koenig 1971 130 Craig Ellwood frequentou os cursos de engenharia e de arquitectura nao tendo concluido qualquer deles De qualquer modo os conhecimentos adquiridos e as preocupa es que sempre demonstrou quanto ao modo de melhor construir levaram no a atrav s da sua obra de promogao de habitac o nas quais participou activamente nos seus projectos e de que o unico autor de muitas delas ao desenvolvimento de uma pr tica profissional que marcou activamente o modo de ver a pr fabricac o aplicada a construc o de habitac o nos Estados Unidos a partir de da criac o de sistemas em ciclo fechado com base de promoc o de uma est tica na qual o detalhe desempenha o papel fundamental para a leitura do objecto construido final o qual tem que ser perfeito A sua obra refle
147. it Nouveau a apresent la como O jogo s bio correcto e magn fico dos volumes provocado pela luz 36 numa clara alus o ao cubismo Le 54 Corbusier acaba por resumir o vocabul rio de base para os novos edif cios de produc o industrial do p s 1 guerra mundial atrav s de 5 pontos para uma nova arquitectura 37 a Pilar livre b Plano aberto c Janela continua d Fachada continua e Jardim de cobertura apresentando se este como uma restitui o do territ rio subtra do natureza Nos Estados Unidos por sua vez Frank Lloyd Wright que considera a habitac o o tema central da sua obra atenua a rigidez da construg o dissolvendo a visualmente com a paisagem O seu trabalho ter um grande impacto nas gera es futuras de arquitectos americanos e europeus Em 1925 apresentado na exposi o parisiense de Decora o de interiores na qual se exp e o triunfo da decora o Art D co o pavilh o desenhado por Le Corbusier e seu primo Pierre Jeanneret para a apresenta o da sua revista L Esprit Nouveau Este pavilh o tinha a forma de um cubo pintado de branco e no qual se podiam ler as letras EN na fachada Fig 28 Figura 28 Pavilh o L Esprit Nouveau Arquitectos Le Corbusier e Pierre Jeaneret 1925 Foi fundamental a influ ncia que este pequeno edif cio exerceu sobre a arquitectura dom stica percebendo se a mesma ao longo de todo o s c XX Com a escada inte
148. itir a considera o de alternativas a partir da manipula o do m dulo base criando diversidade e tipos distintos de oferta 131 O m dulo base por sua vez era determinado a partir de premissas econ micas Por fim o uso do esqueleto estrutural era encarado como o modo de garantir a unidade do todo constru do podendo variar posteriormente o modo como era pensado todo o inv lucro com aplicac o ou nao da est tica de pain is ou de assemblagem industrial ou at de materiais de construc o mais tradicionais como por exemplo o tijolo Resultado Era deste modo que Ellwood garantia o seu objectivo fundamental o de converter em realidade o princ pio ideol gico de transmitir uma mensagem atrav s do uso expressivo da constru o nomeadamente com a nfase dada clarifica o estrutural dos edificios Para Ellwood a disciplina da produc o industrial baseada no seu car cter t cnico representavam o estandarte da modernidade tendo tal facto uma grande responsabilidade na defini o da sua linguagem arquitect nica Ela representava a liberta o enquanto linguagem da tradi o para a resolu o de problemas arquitect nicos Pode se pois perceber tendo em conta esta perspectiva a import ncia do Case Study House Program para a apresenta o e formaliza o da sua posi o face industrializa o da constru o com base na utiliza o do a o ao p blico em geral atrav s das Case Study House 16
149. ixados no estaleiro como elementos de fachada previstas que dever o estar as devidas aberturas de v os lajes ou pavimentos Dois dos sistemas mais conhecidos s o o franc s Camus Estiot e o dinamarqu s Larsen Nielsen Fig 65 87 Figura 65 Aplica o do Sistema Camus de grandes pain is na constru o de edif cio de habita o colectiva Fran a A sua utiliza o est em retrocesso pelo elevado custo das instala es que requerem o que implica a necessidade de se efectuar um grande investimento inicial e por consequ ncia s com um elevado n mero de habita es se tornam rent veis 1 b Sistemas de pain is de revestimento Sistemas de pr fabrica o leve compostos por pain is de revestimento de fachada resistentes executados em v rios tipos de materiais desde o bet o leve de GRC ou outros de paramentos met licos passando pelo alum nio ou pelo PVC at aos cer micos para utiliza o fundamentalmente em ciclo aberto Fig 66 Figura 66 Aplicac o de pain is leves de aluminio para revestimento exterior de edificio de habitac o colectiva Estes sistemas t m cada vez mais utilizac o com o recurso a diversas t cnicas de aplicac o 1 c Pain is divis rios Sistemas de pr fabricac o leve compostos por pain is planos executados em diversos materiais desde a madeira a pain is met licos do gesso cartonado at ao aglomerado de madeira e cimento
150. l aspecto ligado exig ncia social feita por estes a um produto mais normalizado para facilitar e impor a sua aplicac o Fig 53 72 tn re as iiia ry ni aN Figura 53 Edif cio de Habita o colectiva na Rep blica Checa Tr s aspectos apresentam se mesmo como fundamentais sua implementac o A B C Para as sociedades que se afirmam igualit rias a exig ncia imediata e natural a da habitac o igual para todos os indiv duos Para p r em pr tica esses sistemas eram necess rias profundas altera es na tecnologia processo facilitado com a forma centralizada de governo sendo este mesmo um grande trunfo A afirmac o do Estado perante os cidad os e perante o resto do mundo pela aplicac o de sistemas industrializados que reflectem avancos tecnol gico e grande organizac o Como exemplos de aplicac o do processo industrializado tradicional podemos apresentar os que se inscrevem no que Charles Jencks no seu livro Movimentos modernos em arquitectura apresenta como A tradic o nao consciente 1 Politica oficial do governo brit nico para a implementac o de processos de pr fabrica o aplicada industrializa o da constru o para a edifica o em massa de escolas em 1946 os quais t m por base o prot tipo Hertfords Hireschool durante a reconstru o das suas cidades destru das pela 2 guerra mun
151. la ind stria actual A casa desenvolvida a partir de uma estrutura modulada tipologicamente linear apresentando se comprida e com base nas casas primitivas das culturas ind genas locais nomeadamente as Long houses da Nova Guin e as casas Tambaran para os rituais 113 actividades de educa o e reuni o sobre um p dio de estacas no meio da vegeta o Contudo a sua imagem perfeitamente moderna pela utiliza o abundante dos materiais de origem industrial nomeadamente a estrutura de a o pintada de cinza fosco e os pain is de chapa ondulada de revestimento exterior de paredes e cobertura Glenn Murcutt conseguiu criar uma integra o perfeita entre o objecto constru do e o meio tirando partido do contraste entre a imagem tecnol gica produzida amenizada pela forma com ra zes na tradi o e a vegeta o natural da selva Este exemplo tem a particularidade de apresentar semelhan as no modo como aborda a aplica o dos materiais e seu m todo de aplica o com o recurso a um detalhe normalizado e imagem de assemblagem com a casa Eames mas tamb m com a abordagem tipol gica da casa Farnsworth linear impass vel de sofrer muta es e amplia es apresentando se tamb m como objecto acabado e estanque para al m do recurso s estacas para resolu o do modo como feito o toque no solo apresentando se nos dois casos como palafitas modernas Fig 92 Figura 92 Casa Ball Eastwa
152. lacado para fabrico de produtos para uso militar Estes contactos permitiram lhes o acesso a informa o classificada sobre por exemplo novos adesivos sint ticos levando os cria o das suas s ries de modelos de mobili rio em contraplacado durante as d cadas entre 1940 a 1960 S o ali s as preocupa es e interesses comuns decorrentes da liga o entre o casal Eames e o propriet rio da revista Arts and Architecture John Entenza referentes s suas ambi es sociais face investiga o e cria o da nova vivenda moderna que ficam expressas na revista Atrav s desta divulgam as suas investiga es sobre a experimenta o tecnol gica e experimenta o dos novos materiais e sua promo o Atrav s dela refor am a efic cia dos efeitos do markting e da publicidade para a divulga o da investiga o da nova habita o e sua influ ncia sobre o modo de vida popular com o aumento da influ ncia da nova classe m dia Entenza com a colabora o pontual dos Eames cria o Case Study House Program que ser divulgado nas p ginas da publica o Concebido como uma ideia que articulava a constru o de habita o com a sua publica o pretendia promover e divulgar um modo de vida moderno mais confort vel e menos formal tendo por base o j referido regresso dos veteranos de guerra Permitia se que os arquitectos conseguissem desenhar e constru ssem casas modernas de baixo custo para os seus clientes usand
153. lagoa tornou se um marco bastante influente na hist ria da arquitectura dom stica levando s ltimas consequ ncias as ideias modernas da standardizac o da relac o ininterrupta entre interior e exterior do edif cio do espa o flu do continuo e flex vel Foi ensaiada a concentra o das zonas de servico num nucleo isolado e a separa o de espa os por meio de biombos tendo estas experi ncias influenciado o futuro desenvolvimento da habitac o moderna Ainda a respeito desta casa de referir o modo como o arquitecto se serviu de exemplos antigos de arquitectura tradicional nomeadamente por exemplo das palafitas usadas nas culturas mais tradicionais como modo de defesa quer em relagao a animais ou de adaptac o ao solo como nos casos de construc o sobre a gua ou de declives para efectuar a sua adaptac o s condicionantes do local caracterizado pela frequente subida do n vel das guas do lago Fig 35 Figura 35 Casa Farnsworth Usa Arquitecto Mies Van Der Rohe 1946 Plantas Corte Alcado 59 Camp Non Camp e a fonte industrial Um dos aspectos mais interessantes da arquitectura dom stica no s c XX na Europa o facto de esta resultado da exist ncia da 1 guerra mundial que se desenrolou tendo como beligerantes potencias industrializadas com o objectivo primeiro de controlar e conquistar os locais fontes de mat rias primas para alimentar o seu poderio industrial e comercial ter r
154. lementos Aro de suporte Chapa de Aro de remate Nestes casos de paredes interiores importante referir que a constituic o dos pain is de madeira variar tendo em conta que em alguns casos estar o vista e portanto ser o em contraplacado de madeira e noutros por terem que ser revestidas a material cer mico por estarem em zonas de gua ter o que ser em MDF hidr fugo 175 B 2 3 Painel forro de tecto Anexo 4 5 Painel composto por l de vidro e painel de contraplacado de madeira ou em MDF para pintar consoante se trate de zona seca ou h mida respectivamente B 3 Cobertura Anexo 4 6 A cobertura ter de ser executada em obra sendo executada em chapa sandwich de aluminio de quatro aguas com 7 de inclina o sendo de contemplar a execuc o de todos os trabalhos referentes a instalac o de caleiras em chapa de zinco e todas as rufagens B 4 Pavimento Anexo 4 7 8 O sistema prev dois tipos de pavimentos Pavimento base estrutural Pavimento final B 4 1 Pavimento base estrutural sobre o qual ira ser executado o pavimento final sendo composto por Chapa ondulada de aco metalizado aplicada na parte inferior do modulo e que ira constituir o revestimento inferior do mesmo Com a dimens o de 0 478m x 2 841m por respeito a toler ncias de juntas Ser aplicada no estaleiro Estes elemen tos n o obedecem parametrizac o de 0 60mx0 60m preconizada para todo o sistema por mo
155. lu o urbana 16 INTRODUC O A construc o do habitat humano conheceu ao longo da hist ria desenvolvimentos tecnol gicos e tipol gicos habitacionais distintos enquadrados em dois periodos Do periodo abrangido do Neolitico a Revoluc o Industrial no qual a utiliza o de t cnicas de constru o materiais e a adop o de tipos habitacionais vai evoluindo satisfazendo crescentemente as necessidades que foram surgindo equilibradamente entre o que faltava e o que se podia construir com os meios ao alcance Fig 1 I q Figura 1 Habita o rural em Celorico de Basto A partir da revoluc o industrial com a consequente explos o demogr fica o equil brio altera se levando ao aparecimento da necessidade de se recorrer produc o em s rie de habitac o com os problemas inerentes quanto a qualidade do habitat como o s o por exemplo a formac o de extensas reas urbanas descaracterizadas onde a monotonia norma e a afirmac o da individualidade quase inexistente Fig 2 Da que se torna fundamental como resposta aos problemas ainda existentes do crescimento das nossas cidades enquanto reflexo da express o das sociedades contempor neas promover na produ o da habita o e dos espa os urbanos em 17 contacto a personalizac o a diversidade e a flexibilidade da oferta permitindo ao utente o controlo do objecto constru do e o reflexo da qualidade pretendida para o seu
156. m a m dulos do n vel seguinte Forma atrav s da combinac o de m dulos de um determinado nivel pode se dar origem a m dulos do n vel seguinte Por sua vez a exist ncia de tr s m dulos base distintos cada qual parametrizado propositadamente com a relac o 3 0m x 3 0m x 3 362m garante um n mero de soluc es de adic o destes bastante elevado com reflexo na variedade formal resultante a qual em articulac o com a variedade tipol gica deve responder as solicita es pr prias da sua aplica o a um caso concreto fundamental para este desempenho o formato c bico dos m dulos e a sua dimens o Deste modo fica garantido que o sistema pr fabricado leve pode ser aplicado em casos de aplicac o concreta respondendo a um elevado n mero de solicitac es espec ficas de cada caso respondendo a solicitac es dos mbitos 181 Geogr fico destacando se neste a topografia o clima a incid ncia solar o local nomeadamente se esta numa estrutura urbana ou numa nao urbana Pessoais nomeadamente as solicitac es referentes s ansiedades do utente final Uma soluc o possivel apresentada com a Fig 126 Figura 126 Vistas tridimensionais de uma soluc o de habitac o T2 executada com a aplicac o do sistema proposto Arquitecto Jo o Castelo o autor 6 1 2 Exig ncias O presente sistema pr fabricado leve esta a ser concebido para que a sua aplicac o se possa efectuar em territ rio por
157. m influencia directa na procura da qualidade habitacional tornando se pois fundamental focar a atenc o no planeamento no estudo na investigac o na avaliac o na promoc o da qualidade a todos os n veis quer das hierarquias f sicas quer na satisfac o das necessidades e n o apenas na produ o de um maior numero de fogos tudo em fun o de um mesmo orcamento bem gerido financeiramente A procura social da qualidade da habitac o bem como o conte do das exig ncias dos indiv duos relativamente sua habitac o depende tamb m das condic es existentes no parque habitacional e das suas expectativas face ao comportamento da oferta estando a procura dependente das condi es em que se pode fazer a express o das necessidades e desejos isto dos meios postos disposic o dos interessados nomeadamente dos agentes para a sua produc o Tamb m a percep o por parte dos moradores das condi es econ micas gerais da fam lia atrav s de indicadores como as normas m nimas o ritmo de produ o a qualidade das infra estruturas e dos equipamentos t m influ ncia directa 39 Por fim importa salientar a relev ncia das caracter sticas da realidade pessoal ou familiar como influenciadores da respectiva posi o face sua procura de qualidade residencial salientando se duas refer ncias principais 1 A qualidade da casa actual do morador se existir reas n de pessoas por compartimento equipamentos etc
158. mental ter em conta quer para a gest o dos projectos falamos aqui da concep o do sistema e dos que dizem respeito sua aplica o concreta na produ o de edif cios quer para a sua adequabilidade a aplica o do conceito de coordena o dimensional modular Esta uma das reas de investiga o fundamentais associadas prefabrica o e tem como objectivo fundamental garantir que diferentes componentes e equipamentos possam ser montados em obra de forma racional proporcionando solu es esteticamente aceit veis A concep o do presente sistema tem como base a coordena o dimensional modular enquanto disciplina que com base num m dulo procura a obten o de conjuntos de dimens es para os elementos de constru o de modo a poderem ser empregues em obra sem modifica o posterior das suas dimens es de fabrico para efeitos de montagem a partir da qual se criaram os m dulos construtivos base para a sua montagem para serem usados por repeti o A coordena o dimensional modular uma metodologia que visa criar uma dimens o padr o que racionalize a concep o e a constru o de edif cios o que 149 permite elevar o grau de industrializa o da constru o mantendo no entanto a liberdade de concepc o arquitect nica dentro de valores aceitaveis O seu esfor o de racionalizac o fundamenta se na exist ncia de dois conceitos nomeadamente a normalizac o geom trica e a normalizac o dimensional
159. modelo organizativo e das suas pesquisas de materiais inovadores e a m quina como modelo metaf rico ajudaram a converter as referidas estruturas de produc o para a produc o de bens de consumo Entusiasmados com inova es tecnol gicas criadas para o esfor o de guerra consideram o seu desempenho profissional como especificamente experimental cujo objectivo era a alterac o do modo de habitar quotidiano pelo uso do seu desenho De facto nota se uma influ ncia significativa da arquitectura moderna Norte Americana deste per odo sobre a cultura popular 118 As investigac es passaram por dois itens fundamentais o primeiro dos quais pela criac o e desenvolvimento de modelos tipo de construc o de raiz pass veis de serem adaptados s solicitac es das encomendas para o realojamento dos veteranos de guerra e o segundo pela criac o desenvolvimento de sistemas construtivos novos e pela experimentac o de novos materiais surgidos com o fim da guerra Muitos dos novos materiais de constru o nascem do trabalho de investiga o desenvolvido para o esfor o de guerra O casal Eames e o propriet rio e editor da revista Arts and Architecture John Entenza por exemplo foram co propriet rios de uma empresa que costumava ser contratada pela Marinha dos Estados Unidos e pela For a A rea denominada Ply Formed Wood Company e que na poca estudava a possibilidade de utiliza o de novos materiais de madeira de contrap
160. muito dependente pois necessita de a obter como objecto apto a usar escolhendo a no mercado apresentando se este o mais diferenciado poss vel quanto ao local tipo dimens o gosto etc A articulac o desta necessidade geral ao conceito de qualidade conforme definido demonstra que a sua satisfa o reside na melhor forma de adequar as necessidades e aspira es manifestadas na procura individual e social da qualidade habitacional oferta que os meios t cnicos e institucionais da sociedade sao capazes de oferecer definida esta qualidade em qualidade espec fica variedade durabilidade e pre o compensador Est pois expresso o principal problema da qualidade o qual pressup e o confronto entre a procura e a procura de qualidade na habitagao Se nao vejamos a oferta existe porque existe procura e para subsistir tem que se adequar procura por sua vez esta para se satisfazer tem muitas vezes que se adequar a oferta nao estando tamb m despiciendo o facto de que quer a procura quer a oferta apresentarem uma dimens o conservadora e uma inovadora do que resultam acertos mas tamb m desacertos e contradi es entre elas Tamb m a identifica o do ser individual ou colectivo dos pontos de vista cultural sociol gico psicol gico e mesmo filos fico assim como a apresentac o dos principais tipos de habitat que existem os quais acabam por constituir um importante referencial para as atitudes e necessidades expressas t
161. ndo as solicita es e anseios do modo de habitar da poca termina questionando as suas pr prias bases o que alias aconteceu variadas vezes no seu decurso consequ ncia de crises sociais econ micas e pol ticas as quais tiveram constantemente grande influ ncia no modo como se habita a cada poca e no modo como este acto influenciado por aspectos exteriores A an lise da evoluc o do modo como a arquitectura actuou at aos nossos dias mostra que a oferta proporcionada pelos seus profissionais nos casos mais distintos e caracterizadores do modo de actuar foi efectuada com base no profundo conhecimento do passado depois de viverem estudarem e compreenderem as estruturas de muitos sistemas de habitar e de construir Com base neste facto os arquitectos do s c XX projectaram os seus edif cios para serem constru dos com o emprego do bet o metais fibras de vidro e tamb m com toda uma enorme oferta de materiais que a industria a t cnica e a ci ncia lhes ofereceram Fig 19 Figura 19 Torre constru da em m dulos de bet o Jap o Edificio executado em estrutura de aco Alemanha O s c XX tem sido o s culo das casas sendo o tema habita o a preocupac o principal e constante da actuac o dos arquitectos apesar deste ser o s culo que tem inicio com a constru o dos grandes edif cios industriais e seus complementos de oferta p blica como o s o a gare ferrovi ria ou as pontes met licas
162. nimo que envolve o indiv duo Conforme o ponto de vista da actual ergonomia espa o parcialmente habitado todo aquele em que a pessoa est com um m nimo de perman ncia pelo que quanto mais o transforma e dele se apropria mais o habita 2 mbito cultural As t nues diferen as culturais entre povos de raiz comum n o afectam o conceito de habitar As possibilidades de 31 3 3 1 3 2 contacto actualmente proporcionadas juntamente com a difus o dos media efectuam hoje uma interpenetra o das culturas e uma penetrac o das mais instrumentalizadas sobre as restantes homogeneizando este conceito o qual passa a envolver as m ltiplas diferencas culturais abrangidas pela cultura mais ampla que se designa habitualmente como ocidental e de inspira o cl ssica e crist com diferentes graus de industrializac o Per odo hist rico A pr tica do habitar nesta civilizac o ocidental e de inspirac o cl ssica e crista est dividida em 3 grandes momentos hist ricos os quais correspondem a 3 pr ticas sociais e a 3 conceitos distintos Habitar como mero alojamento o abrigo defensivo num quadro tribal balizado desde a pr hist ria at ao surgimento dos primeiros aglomerados urbanos minimamente consistentes Fig 12 Figura 12 Reprodu o de habita es lacustres pr hist ricas Habitar como o habitar Hist rico no qual os la os familiares se fundem numa seq
163. nte nos urbanos Com ela p de se iluminar congelar alimentos lavar mecanicamente engomar utilizar fornos sem ser a lenha e utilizar ventiladores mec nicos Fig 23 Figura 23 a electricidade favoreceu a introduc o de electrodom sticos facilitando o quotidiano da mulher Os Estados Unidos desempenharam neste campo um papel fundamental pois foi a que desenrolaram a maior parte das experi ncias para o melhoramento das fun es dom sticas em fun o das primeiras reivindica es sobre a igualdade de direitos das mulheres A aparecem os sanit rios que usam em simult neo a banheira e a retrete ou arm rios de embutir para facilitar a limpeza Fig 24 51 Figura 24 Casa Gamble USA Arquitectos Greene amp Greene 1908 A concepc o da habitac o aceita o conceito feminino da mesma tornando a din mica relacionando a com comodidade e com o modo mais c modo de executar o trabalho dom stico Criou se o que se designou como Engenharia dom stica efectuando se todo um trabalho de procura de optimiza o da utiliza o do espa o interno em func o do seu uso e manutenc o di ria que passou pelo desenvolvimento de medi es de tempos consagrados ao trabalho dom stico e aos movimentos executados para o mesmo no interior da casa Fig 25 Figura 25 estudos sobre plantas de distribui es em fun o dos percursos internos relat rio de A Klein 1928 Em 20 anos a utilizagao da
164. nternacional do modernismo na sua rigorosa aplicac o dos m todos e materiais de construc o industrial arquitectura residencial Fig 95 Figura 95 Case Study Houses 8 18 1950 21 Los Angeles USA Arquitectos Charles Eames 1945 49 Craig Ellwood 1956 58 Rafael Soreano 1950 Pierre Koenig 1959 Contudo fundamental esclarecer que dentro do programa nomeadamente na sua 1 fase at 1950 foram desenvolvidos uma s rie de trabalhos substancialmente menos evolu dos tecnologicamente mas n o menos modernos constitu dos por casas de estrutura de madeira de pilar e viga Menos radicais e austeros do que os modelos de aco posteriores estes projectos tamb m usavam 120 sec es modulares padronizadas foram igualmente criados prot tipos para serem produzidas em massa Um dos aspectos mais interessantes da evoluc o do programa o da percepc o da forma como a partir das estruturas moduladas de madeira tradicionais nos m todos de constru o da regi o e dos Estados Unidos no geral se evoluiu para as estruturas moduladas de a o atingindo se com estas dimens es de v os entre os elementos verticais da estrutura substancialmente superiores Contudo ao presente estudo no que diz respeito ao Case Study House Program apenas interessa a an lise dos modelos de estrutura em aco os quais para a sua construc o desenvolveram sistemas construtivos com base na pr fabricagao em ciclos quer abe
165. o que a constru o deve ser comunicativa e que os edif cios dever o reflectir com veracidade o sistema construtivo utilizado citando o arquitecto Siza Vieira Se existe algo que n o tolero a mentira em arquitectura pelo que a pretens o quanto ao modelo proposto a de que este se posicione entre aqueles cuja ess ncia enquanto pr fabricados se traduz na sua imagem No entanto e sem preju zo da manuten o da mesma o sistema dever promover e aceitar as resolu es arquitect nicas derivadas dos problemas de adapta o s condi es locais como por exemplo topogr ficas clim ticas etc atrav s da sua possibilidade de variar a altura ao solo de variar a posi o dos pain is de revestimento exterior para a cria o de sombreamento etc Deste modo garante se que a oferta na forma de edif cios de habita o constru dos seja em primeiro lugar o suporte concreto dos programas para a vida dos agregados familiares contempor neos que os utilizar o e que a sua articula o funcional seja coerente com os valores contempor neos e com as condi es de adapta o aos locais 29 30 CAPITULO 2 Estado da Arte 2 1 Investigac o de raiz arquitect nica 2 1 1 Habitac o Habitar A Nova Enciclop dia Larrousse define habitar como Ter resid ncia num determinado local Contudo falar do conceito de habitar implica ter se a noc o de que o mesmo apreendido empiricamente pelo act
166. o a bet o como era anteriormente utilizado constroem se para as experiencias de cria o do modelo da casa moderna capaz de albergar os veteranos da guerra estruturas de a o moduladas totalmente pr fabricadas as quais em articula o com os elementos de constru o desenvolvidos com a utiliza o dos novos materiais formalizam os novos modelos modernos de arquitectura dom stica com uma imagem serena embora bastante identificada com a aplica o da tecnologia A oferta torna se reflexo da aplica o de sistemas de produ o em ciclo fechado pelo desenvolvimento de sistemas espec ficos ou aberto pela utiliza o para a constru o de elementos de cat logo os quais s o traduzidos na imagem da 137 construc o garantindo se a personalizac o do produto a flexibilidade do seu espa o e a possibilidade de se produzir varia es tipol gicas Contudo esta apontada fundamentalmente para a habita o unifamiliar o que ali s se identifica perfeitamente com a tradi o Norte Americana destas experi ncias de inova o de habita o Na Europa em simult neo a reconstru o das cidades destru das pelos bombardeamentos levou aplica o massificada das caracter sticas b sicas do modernismo arquitect nico Europeu assente na aplica o dos 5 pontos anteriormente citados uma vez que estes facilitavam a aplica o da pr fabrica o industrializa o da constru o atrav s da standardiza o
167. o com as suas caracter sticas e necessidades pessoais e de grupo e com a sua articula o com o meio em que este se integra levam a que se promova a personaliza o da oferta a sua flexibiliza o interna e a potencialidade de poder absorver varia es tipol gicas em fun o da evolu o da vida do individuo Como reflexo desta reorienta o da oferta a pr fabrica o aplicada industrializa o da constru o promove uma diminui o da escala do produto a 138 standardizar para produc o passando este a ser o elemento de construc o quer em ciclo fechado quer em ciclo aberto quer em fabricac o leve quer pesada Torna se para tal nesta perspectiva mais liberal fundamental articular a implementac o dos processos construtivos com base na aplicac o da pr fabricac o de elementos e de sistemas de constru o com a observancia de qualidade de oferta de habitac o que se fundamente nos valores da interacc o do homem com o meio e que levam implementac o de modelos diversos personalizados flex veis produzidos em s rie Considerando contudo que a implementac o de tais valores encontram constantes entraves na falta de relacionamento entre a promoc o da oferta e a procura da mesma n o estando estas de um modo geral articuladas conscientemente dever orientar se o debate da quest o Qualidade da habitac o com todas as suas ferramentas de an lise para a estruturac o do entendimento entre o promoto
168. o de a convicc o de que o acr scimo na efici ncia t cnica tera de ser necessariamente acompanhada por uma melhoria na qualidade de vida O per odo que baliza esta atitude n o duradouro e nos finais dos anos cinquenta a eliminac o das diferencas individuais em reas da produc o colectiva gerou problemas generalizados As revoltas dos anos sessenta e a guerra do Vietname puseram termo ao sonho americano pondo a nu as fragilidades do movimento e acabando mesmo com a sua influ ncia a n vel social O livro de Robert Venturi Complexidade e contradic o em arquitectura serviu como seu carrasco A arquitectura Camp Non Camp tem como exemplo mais representativo do seu contributo para a arquitectura nomeadamente a americana do s c XX o denominado Case Study House Program Case Study House Program At aos anos 40 do s c XX a cidade de L A foi mantendo a identidade de cidade localizada em territ rio fronteira sofrendo uma profunda alterac o com o desenrolar e o final da 2 guerra mundial 117 O crescimento econ mico dos Estados Unidos nesse per odo fundamentado pelo esfor o de guerra pde fim grande depress o remanescente da crise de 1926 abrindo caminho a duas d cadas de grande prosperidade a qual teve um profundo impacto na zona de L A pela instalac o na mesma de uma s rie de industrias nomeadamente a televisiva a aeroespacial a cinematogr fica a fotogr fica de alta tecnologia de comp
169. o de dimens es dos elementos construtivos passando pela encomenda de materiais que fica mais simples pelo n mero de refer ncias dos mesmos tamb m ele simplificado pelos processos de fabrico transporte distribui o armazenamento at ao controlo de qualidade Por fim quanto fase de execu o da obra potencia se A redu o das quebras e desperd cios ao n vel da utiliza o de elementos prefabricados Diminui o do tempo de execu o atrav s da maior facilidade de realizar juntas e controlar toler ncias de fabrico e montagem 153 154 CAPITULO 4 Concepc o do sistema 4 1 Objectivos Partindo do princ pio que a oferta de habita o produzida industrialmente por sistemas de construc o pr fabricados leves nao tera de ser necessariamente semelhante oferta de roupa de pronto a vestir conforme afirmava W Gr pius O homem contemporaneo p s moderno sente necessidades evolutivas em fun o da sua situac o profissional familiar social de se deslocar pelo que se criou um sistema de produ o industrializada de habita o que procura promover a diversidade e a personalizac o da oferta Esta sendo produzida em s rie dever ser executada por medida O Sistema modular pr fabricado leve destinado constru o de edif cios met licos de habitac o e ou servicos com p direito interior H 3 0m de um s piso para edif cios met licos est organizado com o intuito de responder a factore
170. o do seu exerc cio e por influ ncia de outras pr ticas A sua apreens o d se n o s por leitura destas influ ncias externas mas tamb m pela aceitac o dos preceitos a socialmente codificados Ambas as leituras a individual e a social possuem caracter sticas de diferente tipo dogm ticas conscientes est veis podendo estas constituir o seu conte do apresentando se independentes do tempo e do lugar ou variar em func o dos mesmos Os aspectos mais superficiais os folcl ricos ou de representac o de uma dada caracter stica como seja a forma de uma dada lareira enfim os ligados moda ou ao estilo costumam ser mais sujeitos a varia es enquanto os aspectos mais profundos ligados a padr es culturais como a noc o de familia ou a relac o com a natureza se mant m independentes apesar das diferencas que existem consoante as regides No entanto falar de conceito de habitar implica considerar limites amplos e pouco definidos os quais delimitam o campo de acc o do mesmo Esta delimitac o efectua se mediante 3 aspectos fundamentais o mbito s ciogeogr fico a cultura o per odo hist rico 1 Ambito s ciogeogr fico do geral para o particular 1 1 Vizinhan a rea f sica de contornos pouco definidos de dimens o vari vel onde predominam as rela es de conviv ncia social 1 2 Resid ncia um local de abrigo geralmente fixo ou o alojamento se for m vel 1 3 Espa o o territ rio m
171. o dr v D qu Folio T Tubo de queda M dulos tipo e suas fung es Tipos de combinag es poss veis para associa o ira uu de m dulos LE j l 209 210 Desenhos de concepg o de juntas e seus remates quando se adicionam m dulos ainda da 1 fase os estudos sobre a forma como se relacionam os quatro lados de cada m dulo numa proporg o do tipo L1 x e L2 x 2 permitindo o encosto do lado L1 de m dulo com o lado L1 de um outro m dulo mas tamb m L1 com dois L2 Por fim alguns estudos sobre a estrutura portante em um piso ou hip tese de se efectuar associa es em altura e apontamentos sobre aspectos construtivos desde a subdivis o da estrutura portante do m dulo at aspectos de resolug o de pain is de parede exteriores pavimentos e juntas Resoluc o de juntas 211 212 Concep o do modo de montagem da estrutura do m dulo base da 1 fase de sistemas de encaixe Resolug o de juntas 213 214 O princ pio da associa o de m dulos e a rela o entre os seus lados Associag o de m dulos e relag o entre os lados de cada A QUa e Te S ot po 0 A IU 3 UNHA sa to lio f tot tnos sara TettAc o Associa o em altura com outro tipo de estrutura de suporte 215 216 Esbo o axonom trico da montagem dos varios m dulos constituintes do sistema na sua 1 fase Cobertura calcira Estru
172. o materiais doados pela ind stria e fabricantes al m de publicar e publicitar os seus esfor os Os seus criadores acreditavam que o uso dos longos v os proporcionados pelas estruturas met licas cuja utiliza o estava facilitada pelos processos de industrializa o promovidos pelo modernismo faria do estilo a escolha consensual 119 da gerac o que aparecia Os longos v os que proporcionavam o desaparecimento das barreiras entre interior e exterior transformando se em padr o da forma de habitar na Calif rnia eram mais facilmente desenvolvidos em casas que desenvolviam o conceito de Free Flow of Space espaco livre e flu do e n o nas que se encontravam compartimentadas com base na articulac o funcional de compartimentos tendo como pioneiros arquitectos como Mies Van Der Rohe Participaram no programa arquitectos como Charles and Ray Eames Ralph Rapson Eero Saarinen Richard Neutra Raphael Soriano Craig Elwood Koenig entre outros Os Case Study mais famosos acabam por ser as casas de aco e vidro desenhadas por Charles and Ray Eames Craig Elwood Pierre Koenig e Soriano nomeadamente as Case Study House CSH 8 de 1945 1949 CSH 18 de 1956 1958 CSH de 1950 e as duas casas de Koenig as CSH 21 e 22 Esta imortalizada atrav s da fotografia de Julius Shulman Foram estes de todos os variadissimos modelos desenvolvidos dentro do programa os que mais se aproximaram do espirito do Estilo I
173. o met lica exposta condiz com os eucaliptos da mata exterior os caixilhos industriais prontos a usar s o t o significativos como os objectos expostos no interior da habitac o compostos que est o como uma pintura de Mondrien Estes caixilhos s o a caracter stica visual mais influente na imagem fundamental da casa articulando estrategicamente pain is r gidos de fachada pintados de branco ou de cores prim rias com os vidros que predominam na mesma A sua articulac o resolve problemas relacionados com a privacidade mas tamb m de modulac o da grelha das fachadas para al m de controlar a luz e a sombra durante o dia e as vistas do oceano por entre as rvores A sua construc o corresponde segundo a opini o de alguns cr ticos apoteose da pragm tica relac o entre interior e exterior no que ao Case StudY House Program diz respeito A casa deriva e propaga em simult neo uma est tica aberta na qual os elementos utilizados de cat logo para a sua construc o reforcam a sugest o de uma relac o fortuita com o espaco exterior e com os objectos da viv ncia quotidiana que alberga no interior Este exemplo arquitect nico tornou se um paradigma para muitos arquitectos fundamentalmente ingleses sendo os mais famosos o casal Smithson e James Stirling Eames incorpora a mesma linguagem t cnica que Fuller anteriormente esbocara mas afirmando a com grande significado social conseguindo no entanto que a casa se insir
174. o modular cujo objectivo o de organizar o objecto arquitect nico pretendido como um conjunto mediante uma din mica de crescimento articulado a partir de uma malha planim trica introduzida no sistema a qual configurada a partir de quadrados rect ngulos tri ngulos etc A organiza o com m dulos define uni es e diversas orienta es consoante o sentido do crescimento Assim o espa o de viv ncia formalizado pelo conjunto de uma estrutura modular de v rios pontos direccionais a qual constitui a estrutura modular fenomenol gica Esta estrutura evidenciada e constitui o suporte organizativo e o principal valor de tens o do objecto arquitect nico apresentando se como um esqueleto Pode corresponder a uma malha geom trica de pol gonos regulares ou semi regulares tais como cubos paralelepipedos tetraedros etc Assim esta malha geom trica organiza os espa os atrav s de barras vectores por si contidas distribuindo as for as f sicas e guiando as visuais Fig 9 Figura 79 Organiza o de espa os sobre malhas geom tricas 99 Pode se perceber tr s tipos distintos de atitude face ao uso de malhas a partir de tr s exemplos F L Wrigth Le Corbusier e a casa pr fabricada desenhada por W Gr pius e K Wachmann 1 2 F L Wrigth Usa as malhas em planta com um tratamento bidimensional das mesmas configurando deste modo os compartimentos prism ticos dos seus projectos Com
175. o qual se fundamenta na cria o de um sistema espec fico de constru o que articulava elementos de constru o pr fabricados produzidos em ciclo fechado Este xito dos metabolistas que se depreende na frase de Kenzo Tange Enfrentando a realidade temos de nos preparar e trabalhar para uma nova era que ser caracterizada por um novo tipo de revolu o tecnol gica o controlo e o planeamento da produ o e distribui o da energia ao mesmo que criada uma produtividade muito superior do presente num futuro n o muito distante o impacto de uma segunda revolu o tecnol gica mudar a natureza b sica de toda a sociedade 48 s foi poss vel pela articula o de uma r pida inova o tecnol gica do Jap o e da aplica o de uma atitude de projecto assente no planeamento das suas fases e no desenho sistematizado aplicado resolu o de problemas que se baseava na corrente contempor nea do desenho param trico O desenho param trico concentra em si um grupo de atitudes e valores cujo objectivo a resolu o de problemas complexos pela sua aplica o a m todos de desenho sistem tico que actuam sobre a decomposi o do problema base em 83 exig ncias de execu o Este procedimento concentra a aten o dos t cnicos envolvidos nos procedimentos de optimiza o do projecto nas suas v rias fases e nao no objecto acabado Christopher Alexander um dos seus principais mentores de
176. o s c XX assiste nomeadamente ap s o fim da 1 guerra mundial pretens o por parte dos arquitectos de dar uma nova imagem da arquitectura sociedade que reflectisse uma nova imagem do novo mundo industrializado D se nfase ao funcionalismo Agora cada artefacto arquitect nico deve ser nico e pr prio para responder ao problema arquitect nico para que foi criado A forma segue a fun o reflecte claramente a inten o de estabelecer uma rela o de causa efeito entre a necessidade e a forma A via para a industrializa o da arquitectura neste per odo baseia se claramente no exemplo da ind stria autom vel nomeadamente na linha de montagem do Ford T na qual a produ o em s rie foi conseguida com o recurso a um processo muito racionalizado com um elevado n vel de repeti o Este processo levou ao desenvolvimento de um processo de normaliza o com o objectivo de maximizar a repeti o o qual foi levado bastante longe com o objectivo de tornar poss vel a pr fabrica o Assiste se pois a um processo de democratiza o da arquitectura assente na ideia de tornar o produto da arquitectura de qualidade acess vel a todos ao mesmo tempo que se assiste a processo semelhante face a outros produtos de base industrial Podemos traduzir todo este processo com o seguinte diagrama Produto normalizado requer Processo normalizado requer Elementos normalizados A partir deste momento est es
177. ocesso produtivo Habitat Apresentagao da estrutura do trabalho CAPITULO 1 Motivac o Pr concepc o 1 1 A produc o industrial e a promoc o da diversidade da oferta 1 2 Modelo de abordagem produc o industrial de habitac o 1 3 Sistema de construc o modular 1 4 A comunicac o eficaz entre os intervenientes do processo de produc o de habitac o e a qualidade da oferta 1 5 M dulos tridimensionais 1 6 A planta modular e a gest o do processo de produc o 1 7 A ideia de chassis a base do sistema 1 8 Sistema construtivo met lico em aco galvanizado 1 9 O projecto industrial e a optimizac o do processo produtivo 17 21 22 22 23 23 24 24 25 26 27 1 10 A imagem arquitect nica como tradi o do sistema construtivo pr fabricado 27 CAPITULO 2 Estado da Arte 2 1 Investiga o de raiz arquitect nica 31 2 1 1 A habita o 31 Habitar Habitagao Definic o da qualidade da habitac o M todos de procura da qualidade na habitac o 2 1 2 A arquitectura ao longo do S c XX e o modo de conceber a habitag o 47 O S c XX e a criac o de habitac o A habitac o e as fontes de energia A arquitectura e a habitac o 2 1 3 A pr fabrica o e a Arquitectura 65 Apresentac o Tend ncias de utilizac o ao longo do S c xx Desenvolvimento Politico Social Tecnol gico Sistemas Abertos Sistemas Fechados M dulos Planos M dulos Tridimensi
178. ohe Citado por Charles Jencks em Movimentos Modernos em Arquitectura Edic es 70 41 Frampton Kenneth Hist ria cr tica da arquitectura moderna Thames Hudson London 42 Robert Venturi Complexidade e contradi o em arquitectura Edi es IMFE 43 Afirmagao de Alfred G Meyer citada por G ssel Leuth user em Arquitectura no S culo XX Editora Taschen 44 Afirmagao de M E Schleich G ssel Leuth user em Arquitectura no S culo XX Editora Taschen 45 Afirmagao de Stirat Johnson citada por Charles Jencks em Movimentos modernos em arquitectura Edi es 70 46 Afirmac o de Hunderstwasser citada por Charles Jencks em Movimentos modernos em arquitectura Edi es 70 47 Afirmagao de Nikolaas Habraken citada por Jos Pinto Duarte em O tipo e o m dulo Edic es LNEC 48 Afirma o de Kenzo Tange On Vitalism CIAM 59 em Otterlo Edi o Oscar Newman Alex Tirani Londres 1961 Charles Jencks Movimentos modernos em arquitectura Edi es 70 49 Mies Van Der Rohe citac o CHristopher Alexanderpor em Fung o da arquitectura moderna Biblioteca Salvat de grandes temas 1979 203 50 Victor Consiglieri Morfologia da Arquitectura Edic es 70 51 Lewis Mumford O julgamento da Arquitectura Moderna 52 Manfred Giedion Space time and Architecture Harvard Cambridge Massachustes
179. om a identificac o do utente o qual muitas vezes n o corresponde a uma pessoa ou familia identific vel podendo ser um grupo 37 desconhecido sendo apenas conhecido quando muito o seu estrato socioecon mico e a sua regi o geogr fica A criac o do programa torna se nestes casos fundamental Nele sao depositadas pelos seus autores preocupac es que em principio ser o equivalentes s que um utente m dio conhecido apresentaria construindo se para tal uma esp cie de retrato robot no qual v o sendo adicionados objectivos pr prios da sua classe social ou instituic o Cria se uma orientac o para valores de progresso nomeadamente de modernidade solidariedade contacto com a natureza etc podendo no entanto figurar valores negativos de explorac o econ mica conservadorismo cultural encerramento social etc Assim sendo fundamental perceber o que para os sujeitos as fam lias e as comunidades social e culturalmente definidas enfim para o utente final a qualidade da habitac o Como poder o ser questionados tendo como objectivo final a obtenc o de meios para a satisfac o da qualidade A quest o pr tica da determina o no quadro geral de objectivos do limite at ao qual poss vel estabelecer um sistema capaz de assegurar a qualidade enquanto conjunto de medidas e regras para implementar qualidade ao objecto arquitect nico habitacional pretendido torna se fundamental devendo este sistem
180. onais Utilizac o geral Tipos de estruturas e sistemas pr fabricados Sistemas de pain is Sistemas tridimensionais P rticos estruturais Estruturas espaciais 2 1 4 A abordagem resoluc o de problemas 92 O Tipo e o M dulo Ideias de Tipo e de M dulo e sua complementaridade 2 1 5 Espago Fenomenol gico 95 M dulos Malha estruturante geometria Relac o entre espacos interior e exterior Noc o de lugar O espaco fenomenol gico e a lei do crescimento org nico O espa o flu do e sua articula o com espa o exterior 2 1 6 Sistemas met licos 107 Pesquisa da forma A arquitectura e a utilizac o de metais para a criac o de habita o unifamiliar Aplica o do a o atrav s da tecnologia Op es de arquitectura com base na tradic o Palafitas Patios Vaos Varia es tipol gicas Arquitectura Norte Americana do per odo P s 2 guerra Mundial Case Study House Program 2 1 7 Conclus o 135 CAPITULO 3 Metodologia de Concepc o 3 1 O Desenho Param trico 141 3 1 1 Metodologia 141 3 2 Vantagens para a sua utilizac o para o desenvolvimento do projecto 142 3 2 1 Vis o Sist mica 143 3 2 2 O Tipo e o M dulo 146 3 2 3 Malhas e grelhas de organizac o 148 3 2 4 Coordenac o Dimensional Modular 149 CAPITULO 4 Concepc o do Sistema 4 1 Objectivos 155 4 2 Concepc o 157 4 2 1 Sistema Modular Tridimensional 157 4 2 2 Grelhas 159 4 2 3
181. onamento passou para o exterior e desenvolveram se os alpendres para os carros O espaco fluido com o seu plano livre permitiu a interac o entre as actividades familiares e portanto comer brincar estudar passaram a desenvolver se num nico espa o e esta casa demonstra isso mesmo Fig 98 Figura 98 Case Study House 22 ou Casa Stahl vistas a partir do p tio com L A em pano de fundo do alpendre do autom vel e planta Los Angeles USA Arquitecto Pierre Koenig 1959 Em 1971 torna se director do Chemehuevi Indian Reservation Planing Program o que Ihe permitiu explorar novamente em contexto real o desenvolvimento e aplica o de t cnicas de produ o em massa para a execu o de casas as quais haviam sido alvo da sua propria investigac o muitos anos antes adaptando as de modo a darem uma melhoria real do tipo de vida das pessoas A reserva ndia situava se num extenso plano ao longo de um lago denominado Havasu em San Bernardino County na Calif rnia e tinha como caracter sticas ambientais o extremo calor derivado da exposic o solar no Ver o para al m de r pidas mudan as clim ticas e ventos fortes que desciam das encostas das montanhas circundantes A equipa por si liderada criou varias propostas de edificios de habitac o que foram apresentadas aos l deres da comunidade india para que estes escolhessem Segundo palavras de Koenig A ltima coisa que eles pretendiam era uma habita o de br
182. onentes electr nicos e do cio em geral Por sua vez o impacto sobre a imaginac o colectiva que cada uma destas ind strias desempenha enorme transformando a cidade num local simb lico em que se vai forjar a nova Am rica do P s guerra Contudo este per odo levanta um problema important ssimo do ponto de vista social com o fim da guerra e o retorno dos soldados veteranos a escassez de oferta de habitac o provocada pela concentrac o do investimento no esfor o militar pelo que e em consequ ncia a construc o de vivendas passou a desempenhar um papel crucial na criac o da nova Am rica A casa suburbana transforma se num cone da poca como retrato que da vida dom stica da nova classe m dia em ascens o convertendo se numa converg ncia entre os interesses populares e os dos arquitectos Deste modo os arquitectos modernos Norte Americanos passam as d cadas de 1940 a 1950 a desenvolver e a aperfei oar modelos que reflectem a sua perspectiva da casa moderna Desempenham pap is fundamentais neste esfor o investigac es com base em programas como o Designs for post war living competition e o Case Study House Program ambos patrocinados pela revista local Arts and Architecture n o sendo no entanto fen menos nicos Os Designers e os Arquitectos Norte Americanos considerando perfeitamente teis as estruturas militares de produ o herdadas da ind stria de material de guerra serviram se do seu
183. optimizando o controlo da produ o em s rie Esta articulada com uma atitude paternalista nos pa ses com uma economia liberal os quais consideravam numa fase inicial da reconstru o que o que era fundamental era alojar rapidamente e articulada com uma vis o mais autorit ria de outros estados para os quais o facto de defenderem a total igualdade dos indiv duos face ao estado gerou a implementa o da cria o de modelos habitacionais despersonalizados inflex veis sem possibilidade de evolu o tipol gica identificando a atitude modernista com esta oferta Esta situa o implicou a op o por duas perspectivas bastante distintas face aplica o da pr fabrica o na industrializa o da constru o de habita o identificadas com as escalas da sua aplica o face escala do produto a standardizar Nos pa ses com modelos econ micos e pol ticos mais centralizados a perspectiva de igualdade dos indiv duos a qual promove a igualdade da oferta leva standardiza o do produto final a habita o optando se assim pelo desenvolvimento de modelos industrializados completos produzidos em ciclo fechado de pr fabrica o pesada Nos pa ses com um modelo econ mico e politico mais liberal o aparecimento de correntes que criticam e reestruturam o pensamento arquitect nico modernista europeu as quais orientam o foco da oferta agora para uma maior preocupa o com a identifica o do individu
184. or aplica o de elementos pr fabricados para a constru o de escolas Fig 56 m m m aan MEDEA cz O b o sistema CLASP Arquitecto Andrew Derby 1965 o Figura 56 Universidade de York constru da com a utilizac o Pode se pois constatar que se estava na presenca de sistemas de construc o com base na pr fabricac o de elementos construtivos para a produc o de edif cios em ciclo fechado sistemas fechados na sua maioria aplicados de modo mon tono e pouco flex vel utilizados na grande maioria dos casos em programas de actuac o estatal de grande escala Foram aplicados v rios tipos de sistemas pr fabricados desde t cnicas de grandes pain is passando pela de elementos estruturais do tipo pilar viga formando grelhas tridimensionais at s t cnicas mais aplicadas nos pa ses socialistas de t nel ou de grandes m dulos tridimensionais transportados por gruas 75 Todos estes sistemas apresentavam vantagens para a sua aplicac o em programas de grandes dimens es cuja iniciativa do projecto centralizada fundamentalmente devido rapidez da sua aplicac o e pelo f cil controlo do investimento Contudo nos pa ses com sociedades mais liberais ap s os momentos iniciais da reconstruc o cedo se pds em causa a aplicac o do processo industrial tradicional por ser considerado indesej vel uma vez que tendia a negar a afirmac o do indiv duo em detrimento de colectivo Numa soci
185. ora o ou instala es el ctricas Passando rapidamente a todas as reas da constru o 76 Esta l gica de Fa a voc mesmo acabou por se apresentar como uma alternativa perfeitamente aceit vel ao paternalismo inflex vel dos sistemas fechados do processo de industrializa o tradicional no que diz respeito produc o de habitac o para massas Acima de tudo ele pressup e a possibilidade de se poder personalizar os espa os com a grande hip tese de estes serem alterados quando o utilizador quiser Esta oferta industrial permitiu criar um novo esquema de fornecimento no qual o individuo o utilizador sendo o nico capaz de tomar decis es a nivel local quanto quest o da personalizac o formal do seu espa o pode escolher a partir do nivel inferior da cadeia enquanto a oferta paternalista da iniciativa centralizada implicava o fornecimento inflex vel a partir de cima Promotor Produto Sistema fechado Centralizado 1 Sistema aberto Faca voc mesmo Utilizador A coexist ncia destes dois modelos criou em muitos casos um certo antagonismo por indefinic o do mbito de actuac o dos campos p blico ou promocional e do privado ou do utilizador Na Holanda no principio da d cada de 1960 criada uma proposta de articulac o das duas iniciativas a centralizada e a descentralizada com o objectivo de resolver o impasse quanto ao problema da oferta social de habitac o O arquitecto Holand s
186. ordagem sobretudo importante para o estudo e caracteriza o do edif cio do ponto de vista econ mico e tecnol gico e estabelece a no o de exig ncia de desempenho Exig ncia de desempenho Apresentando se estas como as propriedades especificas dos elementos ou dos subsistemas de constru o S o os requisitos que permitem efectuar uma avalia o qualitativa e quantitativa do comportamento dos elementos de constru o em fase de utiliza o A sua aplica o a cada elemento de constru o s til se for complementada pela caracteriza o de formas de averiguar se essas exig ncias s o ou n o cumpridas para cada exig ncia de desempenho De acordo com esta abordagem o desempenho de um elemento de constru o s ficar bem definido se forem completamente caracterizados para cada exig ncia os seguintes quatro par metros 144 1 Definic o 2 Caracter stica 3 Modo de avaliac o da caracter stica 4 Especificac o de desempenho Sendo de acordo com o livro Guides des performances du b timent de 1980 Caracter stica Grandeza que permite avaliar qualitativamente e quantitativamente o comportamento de um dado elemento de construc o em fase de utilizac o Modo de avaliac o da caracter stica Ensaio c lculo ou julgamento de perito Especificagao de desempenho Valor concreto da avaliac o de uma exig ncia de desempenho relativa a um determinado elemento de construc o A aplica o
187. os da sua aplicac o na extinta Uniao Sovi tica em Fran a ou na Dinamarca Fig 8 ou mesmo pelo Arq Israelita Moshe Safdie mas para os quais o peso elevado leva a que a maquinaria para o fabrico dos elementos de montagem o seu transporte e a sua manipulac o em obra sejam muito caros Figura 8 Casa executada em sistema Timber Frame USA Taipei Fine Arts Museum executado por articula o de m dulos tridimensionais de betao Taiwan arquitecto Kao Er Pan 1983 Podemos pois afirmar que o uso do aco faculta arquitectura dom stica o acesso execuc o por sistemas construtivos deste tipo e portanto sua produc o industrial 26 1 9 O projecto industrial e a optimizac o do processo produtivo A utiliza o de sistemas criados especificamente para a constru o recorrendo pr fabrica o principalmente se em modo fechado capazes de repetir em quantidades substanciais permite a rentabiliza o dos custos de produ o mediante a procura da simplifica o do detalhe construtivo sustentada pela obten o do menor n mero poss vel de tipos de n s de liga o estruturais de tipos de juntas etc Esta mesma capacidade de repeti o e o recurso economia de escalas poder tamb m minimizar o impacto negativo referente necessidade pontual de elabora o de perfis e pe as especiais Entrando assim a quest o no campo do projecto industrial e como este poder optimizar o processo produtivo 1
188. para o presente trabalho dever estar na base da estruturac o de uma plataforma de entendimento entre os agentes que participam no processo de constru o de habita o Fig 18 promotor promotor A ER 1 produto produto 1 y final 7 final e Sanss e e mii 2 t cnicos utente t cnicos utente Figura 18 A qualidade da habita o e a rela o entre os agentes do processo de produ o 2 1 2 A arquitectura do longo do s c XX e o modo de conceber a habita o Uma avalia o da arquitectura dom stica do s c XX apresenta este s culo como o s culo da arquitectura Nenhum outro per odo gerou tanta variedade de respostas arquitect nicas ou tamanha diversidades de movimentos como a nossa era 32 O s c XX e a cria o de habita o A hist ria da arquitectura sempre considerou os s culos como uma sequ ncia de estilos caracterizados em fun o da an lise efectuada aos seus edif cios mais 47 significativos O s c XX por m pulverizou esta sequ ncia pela torrente de modos de visualizar e conceber a arquitectura produzindo em catadupa alternativas arquitect nicas a uma velocidade crescente em paralelo com a velocidade impressa pela transformac o da revoluc o industrial na 3 revoluc o industrial Tendo as suas primeiras manifestac es com a afirmac o do per odo industrial construindo com tecnologias e materiais dai decorrentes responde
189. perfis 1 de suporte garantem lhe pela aus ncia de defeitos o sucesso pretendido enquanto express o simb lica a Os planos horizontais pela sua express o afirmada de espessura contra a fragilidade dos suportes levitam no ar b Os perfis apesar da sua imagem afirmadamente t nue contra a das lajes horizontais garantem a organiza o visual vertical da forma e nao permitem tal como o fio do bal o que as lajes se soltem da leitura global No fundo os 1 s o s mbolos da estrutura e garantem que a mesma se torne vis vel esta a sua func o mais do que a de suporte propriamente dita C Os vidros com a sua extensa rea s o ao mesmo tempo janela parede e plano reflectivo A aplicac o da tecnologia e dos materiais nomeadamente e especificamente o aco e o vidro deve ser lida de um modo transcendental pois buscam a cria o da forma arquitect nica perfeita aludindo ao mundo plat nico e aos seus valores eternos 108 Deste modo todos os significados devem ser lidos no todo devendo a forma final identificada no imediato e perfeitamente ser enriquecida de leituras pelo papel desempenhado por cada um dos elementos constituintes Este princ pio traduz a ideia de que os fen menos aparentes deste mundo sao meros s mbolos de uma realidade mais vasta subjacente 54 Deste modo a busca da perfeic o por parte de Mies implica para a sua aceitac o a cren a numa realidade que nao existe fundamen
190. pisos Al m do mais o esforco de standardizac o articulado com o n mero reduzido de detalhes de constru o permitiam lhe executar rapidamente os projectos de execu o assim como efectuar expeditamente a preparac o de obra podendo depois as suas estruturas ser montadas em pouco mais de uma semana no estaleiro Reduzia e controlava deste modo os custos de execuc o face ao valor inicial dos empreiteiros em face da incrementac o da optimizac o da relac o tempo e economia mesmo dependendo esta das condic es do mercado As suas investiga es para a produ o em massa de constru es met licas iniciadas a partir de 1956 levam ao desenvolvimento por exemplo de um sistema de 124 medic es e classificac o para avaliar a economia relativa de uma qualquer estrutura criada a Trave viga 1 0 b Canal 0 5 c Pilar coluna 2 0 Correspondendo a soluc o mais eficiente o somat rio mais baixo O seu ponto de vista quanto tecnologia e industrializac o da construc o com base na aplicac o de sistemas pr fabricados est exemplificado na sua frase A pr fabricac o e a produc o em massa n o produzem por si s beleza ou falta dela Bom ou mau design pode aparecer quer pela manufactura quer pela mecanizac o da produc o O que preciso no nosso mundo moderno que o arquitecto e fundamentalmente o estudante de arquitectura aceitem as premissas e a realidade da pr fabricac o assim como as relativ
191. quando a ideia de tipo e m dulo metodologia de utiliza o do sistema foi associada a cria o de um software inform tico que facilitar o seu manuseamento e comunicac o dada a sua capacidade de manipulac o de dados a v rios n veis Pretende se imprimir uma nova relac o entre o promotor e o utilizador final criando uma plataforma de entendimento possibilitando a participac o do utente no processo produtivo de habitac o e optimizando a utilizac o dos recursos o que possibilitar o aumento da rentabilidade ao promotor seja ele de que tipo for publico ou privado adaptando a sua produ o procura Desenvolveu se pois um sistema construtivo que em articulac o com uma metodologia de projecto adequada a ele permite satisfazer a aplicac o dos valores citados para a oferta A investigac o promoveu um processo de interacc o entre a elaborac o do sistema enquanto modelo e exemplos espec ficos para a sua aplicac o fazendo se 18 v rias tentativas de cria o de diversidade de habita es obtidas a partir da articulac o de m dulos estruturais tridimensionais permitindo s pessoas a individualizac o das suas casas mantendo alguma uniformidade aos conjuntos urbanos criados garantindo assim a resposta abordagem das quest es diversidade em s rie personalizac o em s rie e flexibilidade em s rie tendo por base para a criac o do sistema o conceito de M dulo e de Sistema modular 1
192. que esta fosse pequena com o interior em open plan e que para a sua construg o fossem usados materiais de f cil manutenc o O conceito desenvolvido por Koenig para o desenvolvimento deste projecto foi o da casa universal passivel de ser produzida em massa pelo que foi projectada recorrendo a apenas dois detalhes tipo para colunas e qualquer peca serve 2 3 ou mais fins Extremamente minimalista a sua forma geom trica levada s ltimas consequ ncias atrav s da eliminac o de sali ncias no telhado tendo Koenig recorrido colocac o de biombos sobre as paredes de vidro para controlar a incid ncia solar sobre estes A casa foi executada com o recurso a uma estrutura de aco composta do tipo pilar viga modulada com tramos de 10 por 22 P s sob a qual estavam montadas as paredes de vidro alternadas com pain is de revestimento de aco e gesso sendo o tecto constitu do por plataformas de nervuras de aco expostas Para conseguir atingir a caracter stica economia de meios separou os espacos de cozinhar e de estar p blicos dos privados de quartos de dormir utilizando um corpo compacto contendo dois sanit rios e uma zona mec nica fazendo com que o interior da casa aparente ser maior do que os 1320 p s2 da sua rea real interior Para contrabalancar a frieza do aspecto do aco transmitida pela sua l gica construtiva Koenig rodeou a casa com um espelho de gua atravessado por terracos que articulam os espacos interiores
193. r ncia de monotonia Perigo de ocorr ncia de desumaniza o da oferta reflexo da mecaniza o do processo de produ o de habita o Inaptid o formal da oferta Descaracteriza o das reas urbanas habitacionais Falta de personaliza o da oferta Falta de flexibilidade da oferta O S c XX no per odo globalmente designado por 3 revolu o industrial tem produzido um n mero elevado de alternativas de linguagens arquitect nicas a uma velocidade crescente revelando inclusivamente uma profunda acelera o como resultado do estabelecimento e sedimenta o da globaliza o num processo sem semelhan a ao longo de toda a hist ria da humaniza o 187 A oferta proporcionada pelos arquitectos dos S c XX e in cio do S c XXI tem demonstrado contudo o seu conhecimento profundo da evoluc o das estruturas habitacionais do passado reflectindo em muitos casos a sua releitura com o emprego do bet o metais madeiras fibras de vidro e de uma pan plia de novos materiais que a industria a t cnica e a ci ncia Ihes foi oferecendo Esta atitude revela uma constante abordagem critica ao modo de habitar e consequentemente ao espa o dom stico fun o das influ ncias das altera es das condi es de vida proporcionadas pela evolu o dos acontecimentos ocorridos ao longo deste per odo e o impacto que todos provocaram na vida quotidiana das sociedades Tendo em conta que a evolu o dos problem
194. r Rohe Werner Blaser Estudio Paperback 6 edic o Edic es Gustavo Gili 1987 Pierre Koenig James Steele e David Jenkins Editora PHAID 193 194 ANEXOS 1 2 3 4 195 196 ANEXO 1 DEFINICOES Desenho Param trico M todo que defende que em qualquer problema de desenho existem certas necessidades que podem ser especificadas dentro de limites m ximos e m nimos e a escolha de um modelo l gico que podera variar conforme o tipo e a complexidade do problema a resolver Com ele procura se perceber aquilo que o problema quer ser O m todo consiste em listar primeiro todos os crit rios poss veis de que se possa lembrar e que possam ser relevantes para o problema Nao existe contudo qualquer crit rio indiscut vel para determinar essa relevancia Depois repartem se esses crit rios em entidades f sicas tao pequenas quanto poss vel por forma a que se lhes retire a carga sem ntica e cultural inerentes Evitam se assim categorias pr conceptuais tornando se o desenho mais empirista Este passa a basear se em milhares de necessidades at micas e dados minuciosos em vez de sequ ncias arbitr rias do tipo Rua Aldeia ou Infra estrutura Ap s retirar se aos crit rios todos os seus valores apegados procede se sua sintetizac o em subconjuntos inter relacionados dando a cada um destes uma forma diagrama Por fim inserem se estes subconjuntos numa arvore hierarquica O objectivo do m todo ser a
195. r e o utente final criando se para tal meios de os relacionar entre si bem como aos elementos constituintes dos processos construtivos como meio de promover e proporcionar a qualidade Como pudemos constatar da an lise dos casos apresentados a aplicac o dos metais na arquitectura nomeadamente do a o para a cria o de edif cios de habita o unifamiliar tem a capacidade de determinar e potenciar a apar ncia tecnol gica da sua imagem determinando assim a sua identidade moderna Leveza e potencialidade de promover grandes v os com o recurso a elementos bastante esbeltos s o caracter sticas que o transformam numa ptima op o para a cria o de habita o que procura identificar a viv ncia habitacional com a articula o cont nua entre os espa os interior e exterior optimizada com a utiliza o da transpar ncia e do controlo da luz atrav s dos v os proeminentes Contudo a aplica o do material em estruturas revestimentos biombos etc demonstra n o ser ref m de um determinado sistema de aplica o dando a liberdade ao autor de optar em fun o das suas op es de projecto sendo esta op o pelo sistema de aplica o um dos modos fundamentais de caracterizar o objecto arquitect nico O controlo de custos a facilidade de montagem em obra o modo de controlar o projecto e a prepara o de obra s o aspectos que s o optimizados com a aplica o de m todos que viabilizam a modula o de sistemas constru
196. r sua vez tamb m aplicados sobre a grelha proporciona a cria o dos espa os dos edif cios Este o princ pio fundamental de todo o sistema Todos os elementos e componentes constantes do sistema os m dulos base e os restantes apresentados no capitulo seguinte estao padronizados com base na dimens o padr o o que os torna a todos perfeitamente articul veis entre si Por sua vez a grelha de refer ncia de 3 0x3 0m subdividida em subm dulos de 0 60x0 60m funciona como meio de localizac o dos diversos componentes e elementos de construc o do edif cio a ser projectado e constru do Assim sendo a coordenac o dimensional modular serviu de base fundamental para racionalizac o de todo o sistema e seus modos de aplicac o construc o permitindo a aplicac o com xito de t cnicas de produc o em s rie pr prias de outros tipos de industria Procurou se atrav s da racionalizac o dimensional que conduziu ao incremento da utiliza o de componentes pr fabricados pela diminui o do numero de refer ncias para cada elemento e pela sua facilidade de manuseamento com base na grelha de refer ncia quer na fase de projecto quer na de constru o de edif cios que a cooperac o entre projectistas fabricantes de componentes empresas de construc o e utentes fosse optimizada que com o recurso a uma filosofia modular al m de se facilitar a produ o de elementos de constru o em grande quantidade tal pode ser controlado
197. ra 1974 N Portas e V Pereira 1967 L Malkova 1968 O homem e casa Definic o individual e social da qualidade da habitac o Ant nio M Reis Cabrita Edic es LNEC 13 V Pereira e N Portas 1969 S Tagg 1973 O homem e a casa Defini o individual e social da qualidade da habitac o Ant nio M Reis Cabrita Edic es LNEC 14 Chombard Lauwe 1957 O homem e a casa Definic o individual e social da qualidade da habitac o Ant nio M Reis Cabrita Edic es LNEC 15 N Portas 1967 Chombard Lauwe 1957 O homem e a casa Definic o individual e social da qualidade da habitac o Ant nio M Reis Cabrita Edic es LNEC 201 16 V Pereira 1971 O homem e a casa Definic o individual e social da qualidade da habitac o Ant nio M Reis Cabrita Edi es LNEC 17 C Wedin 1977 O homem e a casa Defini o individual e social da qualidade da habitac o Ant nio M Reis Cabrita Edic es LNEC 18 S Tagg 1977 O homem e a casa Definic o individual e social da qualidade da habita o Ant nio M Reis Cabrita Edi es LNEC 19 Rasmussen 1964 O homem e a casa Defini o individual e social da qualidade da habitac o Ant nio M Reis Cabrita Edic es LNEC 20 S Tagg 1974 O homem e a casa Definic o individual e social da qualidade da habita o Ant nio M Reis Cabrita Edi es LNEC
198. rem as suas necessidades e os seus meios de vida especificos Com o Advocacy Planing pretendeu se ultrapassar a ideia de que um planeador desenhara para a comunidade tomando um ponto de vista desinteressado Ele representava assim um grupo de interesses especifico tal como um advogado no tribunal A confrontac o entre tantos advogados lutando todos pelos interesses de minorias conduzira satisfac o dos diversos interesses 199 S ciopsicologia Abordagem multifacetada da realidade em que se forma a consci ncia na cultura de massas cujas manifesta es se encontram enraizadas em profundas tend ncias sociais e psicol gicas S ciogeografia Considerando o meio f sico como respons vel condicionador da sociedade a S cio Geografia uma abordagem multifacetada da realidade social estabelecendo relac es causais para a an lise S cioeconomia A S cio Ec nomia processa a an lise integral da realidade social considerando que os factores econ micos s o os principais respons veis pelo seu desenvolvimento S ciocultural Processamento da an lise integral multifacetada da realidade social considerando que a cultura e os seus factores constituintes se apresentam como os principais caracterizadores da mesma 200 ANEXO 2 CITACOES 1 W Gr pius 1924 citac o de Christopher Alexander em Func o da arquitectura moderna Biblioteca Salvat de grandes temas 1979 2 W Gr pius
199. rior executada com tubos de a o e os arm rios a confundirem se com as paredes o pavilh o apresentava se sem a decora o dos m veis mas sim equipado com m quinas para prestarem servi os Le Corbusier defendia na poca que a casa deveria ser til e portanto o modelo apresentado no certame propagava essa mesma ideia Para ele as necessidades humanas eram uniformes e universais pelo que as solu es propostas 55 para a cria o de habita o deveriam ser impessoais O indiv duo teria que se adaptar casa produzida em massa por processos industriais Essa imagem de habitar fundamentava para si a formaliza o da casa moderna a qual responderia processualmente aos cinco pontos por si apresentados em 1927 O exemplo por si constru do que se torna o paradigma desta posic o a casa de 1929 denominada Ville Savoye Esta casa muito aplaudida pela cr tica tem da parte dos utentes uma avaliac o negativa o que ali s se tornou uma constante da avaliac o das casas do movimento moderno Contudo este movimento apesar das v rias crises que o foram afectando tornou se a refer ncia da oferta Fig 29 Figura 29 Ville Savoye Franca Arquitecto Le Corbusier 1929 Muito mais do que a sua natureza industrial est tica ou ideol gica o momento hist rico e a situac o socioecon mica t m preponder ncia na r pida aceitac o do modernismo arquitect nico a n vel internacional marcada que estava a sua situac o
200. rior executados pelos de secc o rectangular Chapa ondulada com a onda de 0 05m metalizada que constituir o revestimento exterior do painel Tera a dimensao de 0 708m x 3 060m e ser aplicada sobre aro suporte e de remate da mesma 174 Aro de suporte da chapa de revestimento exterior que ser aplicado sobre a estrutura suporte Aro de remate fixac o da chapa de revestimento exterior ao aro suporte Todos os elementos met licos de suporte serao ligados entre si por soldagem A fixac o do aro de remate chapa de revestimento exterior e desta ao aro de suporte ser efectuada por rebitagem A fixac o do painel de contrapla cado estrutura suporte ser por colagem A dimensao total do painel de 0 720m x 3 080 x 0 160m Painel P2 Composto por Todos os elementos que comp em P1 Anexo 4 3 Caixilharia oscilo batente V1 executado em perfis L de ago inoxid vel com vidro duplo e contendo todos os elementos de vedac o e remate da aplicac o da mesma aos restantes elementos constituintes do painel Portada projectante consequ ncia exterior do v o V1 composta por estrutura de suporte em perfil de sec o quadrado em aco galvanizado com a dimens o de 1 401m x 1 060m A dimens o total de 1 441m x 3 080m x 0 160m B 2 2 Paredes interiores Anexo 4 4 Estes pain is interiores t m como base constitutiva o painel P1 n o constando da composi o destes os seguintes e
201. ropriedades individuais repetem se originando malhas podendo estas ser estruturadas a partir de grelhas organizadoras sobre as quais se efectuar o as combina es que caracterizar o os espa os 148 No sistema a desenvolver cria se um elemento ordenador que a grelha planim trica que organiza a malha originada a partir da aplicac o da lei do crescimento org nico articulac o de m dulos orientados Desenvolve se assim um sistema de articula o dos dois princ pios de organiza o propostos pela lei do crescimento org nico no qual o edif cio composto pela articula o por adi o de c lulas volum tricas os m dulos tridimensionais base caracterizado pela organizac o matem tica da malha resultante efectuada a partir da grelha planim trica modulada a qual parametrizar a totalidade dos elementos do sistema construtivo como se ver desempenhando para tal um papel fundamental a disciplina da coordenac o dimensional modular Desenvolve se assim um m todo de coordenac o da composic o com m dulos tridimensionais que potencia a industrializa o da constru o pois facilita a normaliza o promovendo tamb m por iner ncia e com convic o uma linguagem arquitect nica 3 2 4 Coordenac o dimensional modular Porque se trata de um sistema construtivo industrializado leve para a criac o de edif cios de habitac o e ou servicos com base na pr fabricac o de elementos de constru o funda
202. rrentes ou m dulos com estrutura resistente constitu da por perfis met licos obtidos por enforma o de chapa de a o a frio ou ainda por m dulos com paramentos met licos resistentes para aplica o de tecto pavimento e revestimentos exteriores com a capacidade de conter partes uma ou v rias habita es Estes sistemas s o manipulados e montados facilmente sem necessitar de recorrer a maquinaria complexa Estes sistemas atingiram um not vel grau de desenvolvimento rapidez e qualidade tecnol gica Fig 69 Figura 69 C lulas estruturais met licas colocadas sobre edif cio 3 Sistemas de P rticos 3 a Sistemas de p rticos estruturais do tipo Pilar Viga de bet o Sistemas de pr fabrica o pesada montados em obra que consistem na produ o de elementos de constru o nomeadamente pilares vigas asnas etc em bet o para a cria o de estruturas de suporte de edif cios e que se montam por meio de gruas at se completar o edif cio Estes sistemas que atingiram um bom desenvolvimento tecnol gico t m tido uma grande implementa o na constru o de naves de grandes dimens es Fig 70 90 Figura 70 Montagem de p rtico pr fabricado de bet o 3 b Sistemas de p rticos estruturais do tipo Pilar Viga met licos Sistemas de pr fabricac o leve montados em obra que consistem na produ o de elementos de constru o nomeadamente pilares vigas asnas etc em metal ferro
203. rto quer fechado destacando se de entre os variados arquitectos intervenientes as posic es assumidas na defesa da produc o por uso de elementos de cat logo Ciclo aberto pelo casal Eames e por Pierre Koenig e as assumidas por Craig Elwood na defesa da sua posic o quanto ao desenvolvimento de prot tipos derivados de sistemas especializados em ciclo fechado O casal Eames serve se do exemplo da sua Case Study House 8 cujos clientes sao os pr prios como manifesto da sua posic o quanto utilizac o da produc o de habitac o em ciclo aberto na qual os elementos construtivos utilizados para a sua construc o sao de compra por cat logo Com ela manifestaram a potencialidade de se usar elementos fornecidos por produtores distintos de materiais de construc o com modos de articulac o perfeitamente compat veis com base numa estrutura de produc o em mercado aberto liberalizado Assim cada ind stria com os seus produtores pr prios podia centrar a sua atenc o na optimizac o da qualidade dos seus produtos de construc o servindo a competitividade entre produtores como garante da procura da optimizac o na relac o entre preco e a qualidade da oferta Podia se aproveitar totalmente o car cter de especializac o que a ind stria de elementos especiais de construc o adquirira durante o desenvolvimento dos mesmos no per odo da guerra Ficava assim tamb m garantida a qualidade das articula es entre elementos de construc o sem ser
204. s diversas condicionantes a que estiver submetido variando estas caso a caso Tendo por base a uniformizac o do sistema construtivo mas potenciando a sua capacidade de produzir diversidade de oferta e a individualizac o da mesma torna se fundamental para a fase da sua concep o do sistema implementar a an lise dos m ltiplos factores actuantes sobre o seu desempenho a cada solicitac o tornando o somat rio de todas elas sejam de ndole geogr fica psicol gica cultural social individual do seu desempenho construtivo e em fase de utilizac o etc o case study tendo em conta que t m todas um papel fundamental n o havendo neste nivel hierarquia de influ ncia para a formulac o do problema pelo que o m todo do Desenho Param trico ao tornar abstracta a metodologia de projecto se apresenta como potencialmente ideal para o desenvolvimento do sistema assim como para a sua organiza o Este ao dar fundamentalmente relevo an lise integrac o e harmonizac o de todos os elementos sendo estes denominados os par metros da construc o 66 e ao concentrar a atenc o na resoluc o de problemas com m todos sistem ticos de desenho e com a refer ncia s exig ncias de constru o fundamenta a aplica o da vis o sist mica aplicada constru o de edif cios assim como potencia neste caso a 142 opc o pela sua utilizac o enquanto outros par metros metodol gicos a conectar e a harmoniz
205. s Po tivo Ja e yat Aen f t 7 l uen YA oan A Je 3 0 205 206 Dimens o dos m dulos tipos de m dulos e elementos constituintes 9 Am UNAS ADIA 90 Z ffo AA gt Gane dy 92 ey Topo E pm PEU 35 I IE ETS k ERAT AA TH Le ac gt Cala ds CMA A en fne al 9 280 nel 0 25 posi P do go QIE CASA Z ses s JEn ELADA fe og da p 01279 46 lana s 209 Que CTA E 7 Tivo foa Pi tr c RENT LIA 5 Ga y T z a s EN Tua Se te CGA RA Carne IE mr Z e 2 out ui Gal A 2 Sas Crier De live nana ES Qc LOS crece canina oer E cpa gs JITAS ENN vv E p demuw Da LC A Tops sister qu Fat Sur P pa TA TERRENO Ten Dr a Z 9 e begr AX A DANO 207 208 M dulos tipo e suas fung es na 1 fase 2 Solug o base Neste ponto s o apresentados alguns dos esbogos de concepg o do sistema uma vez que de tal forma se pode ter uma visualiza o bastante global dos princ pios que o geraram Desde a criag o do m dulo base at aos m dulos tipo que albergam programas diferenciados Podem se ver estudos de relacionamento entre m dulos com variadas combina es proporcionando projectos de habita es diferentes Pode se ver tamb m SolecAs BAST a peroo conto wort a prr fot
206. s Van der Rohe sendo ainda na sua fase alem inicialmente influenciados pela obra de F L Wright sendo portadores das ideias modernas revolucion rias da Bauhaus potenciaram a fus o destas com as ideias modernas do seu guru gerando uma nova perspectiva do modernismo potenciando a construg o de habitac es ainda mais adaptadas vida moderna tendo enorme influencia em movimentos localizados como o Case Study House Program ou a formalizac o do International Stile Fig 33 Figura 33 Casa Chamberlain USA Arquitectos W Gr pius e Marcel Breuer 1939 Frank Loyd Wright para muitos cr ticos foi o arquitecto que lancou as bases do modernismo na arquitectura atrav s das suas sete d cadas de obra libertando paredes abrindo planos e dialogando com o contexto Os seus edif cios tinham formas vivas as quais resolviam as fun es vitais das habita es e eram a express o constru da da sua m xima A linha horizontal a do dom nio dom stico 39 Das suas obras destacam se no dom nio da arquitectura dom stica duas a casa Robbie constru da em Chicago em 1909 e a magnifica Fallingwater de 1935 Fig 34 58 Figura 34 Plantas e vista da Casa Robie vista da Fallingwater USA Arquitecto F L Wright 1909 e 1935 Mies Van der Rohe afirmou Menos mais 40 e provou o com a sua casa Farnsworth constru da em 1935 Esta casa constru da no meio de um bosque com uma
207. s caminhos introduzem nos as ideias de Tipo e de M dulo respectivamente Ideias de Tipo e de M dulo e sua complementaridade Se por exemplo analisarmos um determinado tecido urbano ao aplicar a presente metodologia de an lise podemos decompor o referido tecido em v rios conceitos distintos como rua pra a edif cios etc o que ao tipificar o problema o subdivide num certo n mero de elementos constituintes logo m dulos Por sua vez cada um destes m dulos pode ser definido como tipo o qual corresponde a um determinado n vel espec fico de an lise exemplo Tipos de elementos urbanos Pra a residencial rua Avenida edif cios etc M dulo rua M dulo Pra a residencial M dulo Edif cios Ao qual podemos aumentar o seu n vel de especificidade tendo em considerac o cada caso individualmente exemplo M dulo edif cios Tipos edificados Edif cios p blicos edif cios habitacionais etc Tipos de edif cios Habitacionais Casas com p tio Casa sem p tio etc M dulo Casa com p tio Tipo de Casas com p tio Casas com p tio central Tipo de Casas com p tio central Casa com p tio central quadrado Tipo de Casas com p tio central quadrado Casa com p tio centra quadrado coberto Etc Podemos pois verificar que Tipo e M dulo em arquitectura est o intimamente relacionados do seguinte modo Os Tipos de uma dada escala constituem os m dulos da escala seguinte 93
208. s de ordem arquitect nica econ mica e social que promovem as referidas solicita es O desenvolvimento de m dulos espaciais base do sistema apresentando se estes como elementos de construc o fundamentais capazes de albergar elementos funcionais b sicos sanit rios cozinha lavandaria quarto salas etc porque tridimensionais Fig 106 facilita a industrializac o da arquitectura podendo se pois recorrer repetic o racionalizac o e coordenac o do processo produtivo pelo aproveitamento da economia de escalas para alcancar a melhor relac o custo qualidade possibilitando o investimento na qualidade e dimens o espacial da habitac o 67 Figura 106 M dulo tridimensional 155 no entanto fundamental estabelecer um conjunto de regras que estabele am princ pios e organizem a utiliza o dos m dulos satisfazendo as exig ncias internas recorrentes da utilizac o do sistema na aplicac o deste a um caso concreto como tamb m as que orientem os varios modos de combinagao dos mesmos entre si para que mantendo a unidade do sistema se satisfa am as exig ncia externas nomeadamente de ordem geogr fica clima topografia caracter sticas da urbe humanas psicol gicas sociais e econ micas e evolutivas Deste modo a utilizac o de um sistema modular espacial tridimensional permite maximizar a satisfa o poss vel dos utilizadores fundamentalmente percebendo a caracteriza o e evolu
209. s de c lulas paralelepip dicas formando horizontalmente uma solu o compacta a qual pontuada no meio por zonas de patios estruturados axialmente por eixos ortogonais assim tricos Acentua se deste modo a possibilidade de se poder visualizar a proposta em escor o e de cima para baixo e dando muita atenc o iluminag o zenital a qual ao encontrar se em primeiro plano revela as linhas horizontais orientadoras atrav s de clarab ias Com esta proposta o arquitecto pretendeu criar um edif cio que valoriza o local pela sua baixa densidade volum trica vertical acentuando o seu car cter horizontal tirando para tal partido do jogo de ritmos das linhas das clarab ias com as suas mudan as alternadas em articulac o com os 104 vazios dos patios e das zonas de aguas compondo uma unidade horizontal de cheios e vazios Os conjuntos dos dois tipos de c lulas em L e em T encaixam uns nos outros o que torna a composic o din mica e em sintonia de acordo com Victor Consiglieri no seu livro a Morfologia da Arquitectura com as s ries abstractas de Pontos Negros de Richard P Lohse de 1960 65 Estas s ries sistem ticas sao compostas por um agrupamento assim trico proporcionado numa relac o do tipo 4 2 1 3 o que Ihe da imagem movimentada de branco e preto S o s ries universais contendo uma varia o limitada por rela o harm nica apresentando uma adi o uma progress o ou uma flexibilidade de uma c l
210. s investiga es O primeiro demonstrando na sua fase inicial da carreira uma grande preocupac o com a quest o da reciclagem de mat rias abre caminho atrav s da 64 construc o da sua casa aplicac o de uma s rie de materiais de revestimento e estruturais com base em res duos industriais Esta corresponde semelhanga das suas restantes obras a uma escultura na qual os novos materiais originavam novas formas unificando as potencialidades t cnicas e est ticas Fig 42 Figura 42 Casa Schnabel USA Arquitecto F Gehry 1989 O segundo assume se como o arquitecto que entre os desta gerac o tem produzido as mais ricas combina es a partir de formas in ditas As suas ideias centram se nos novos entendimentos do contexto e do conceito arquitect nico levando o a investigar de forma exaustiva o melhor modo de implantar os seus edif cios Os espa os dom sticos por si propostos s o tamb m reflexo dessa atitude de investigac o retomando o tema das relac es dentro do agregado familiar com o objectivo de favorecer a intimidade dos seus membros tendo em conta que esta modifica a relac o entre as necessidades do indiv duo e a hierarquia do espaco dom stico A sua obra nao seria poss vel sem as potencialidades proporcionadas por alguns dos novos materiais de produ o industrial Fig 43 Figura 43 Villa dall Ava Paris Fran a Arquitecto Rem Koolhaas 1991 2 1 3 A Pr fabrica
211. s met licos de habita o e ou servi os possa atingir um grau elevado de satisfa o para a referida exig ncia opta se estrategicamente pela cria o de um meio que facilite e promova o di logo clarificado entre todos o qual promove para al m da participa o dos t cnicos e do promotor na fase de projecto a possibilidade de o utente final tamb m poder participar activamente no processo criativo base da produ o da sua habita o Fig 117 165 promotor qq t cnicos MV utentes habitac o promotor gt procura Figura 117 Promoc o do di logo entre os intervenientes aceitando a participac o do utente final Trata se de um software inform tico espec fico para ser manipulado pelos diversos intervenientes no presente processo de produc o de habitac o que facilitar sobremaneira a capacidade de visualizac o e manuseamento do sistema podendo se reflectir e apresentar propostas concretas quanto ao que se pretende para al m de garantir a efici ncia da gest o e organizac o do sistema A plataforma de entendimento trabalhada a partir de quatro inten es importantes A Proporcionar aos futuros utentes a manipula o numa fase embrion ria do processo produtivo de cria o da sua habita o de ferramentas de projecto no sentido de facilitar a obten o de um grau de qualidade satisfat rio pois o interessado pode participar na defini o da sua habita o ajudando a criar um estudo
212. s modelos aplicados aos revivalismos arquitect nicos afirmam a individualidade do utente como reflexo do seu sucesso fruto do poder econ mico pessoal e para afirmac o social para al m de valores nacionalistas ou locais pr prios do esp rito pr 1 Guerra mundial Assistiu se a v rias op es de explorac o das potencialidades da industrializac o para a formaliza o de esqueletos estruturais os quais exploravam contudo o vocabul rio arquitect nico artesanal remanescente do passado Existe uma identifica o total do arquitecto com a obra pois esta resulta do desenho integral de todas as pecas de execuc o A habita o encarava a modernidade atrav s das suas ra zes locais passadas Assim a opc o pela industrializac o do processo de construc o de habitac o estava direccionado para a total individualizac o e personalizac o do produto final identificando o com o indiv duo com o local e com a tradic o Contudo o formalismo excessivo acabou por resultar em extravag ncia e em incapacidade de criac o de variac o tipol gica Ap s a 1 Guerra mundial uma nova vaga de arquitectos apresenta uma vis o mais social da oferta considerando que a guerra resultara da atitude de afirmac o individual econ mica e nacionalista reestruturando o modo de aplicac o da industrializac o e da oferta Assiste se simplificac o das formas e afirmac o dos volumes que reinterpreta a organizac o interna enquanto linguagem
213. sciplina da coordenac o dimensional modular 2 Racionalidade construtiva proporcionada pela aplicac o da disciplina da coordenac o dimensional modular pela reduc o do numero e tipo de detalhes construtivos e pela sistematizac o do processo construtivo em si tornando expedito o processo de projecto levando a que n o seja precisa m o de obra especializada para a montagem dos principais m dulos constituintes do sistema e a que o processo de montagem seja r pido o que se demonstra claramente vantajoso quando da utilizac o reduzida de m o de obra especializada para a aplicac o dos m dulos de colocac o do M dulo fundac es instalac o de equipamentos especiais acabamentos de pintura e envernizamento aplicac o de v os V1 e V2 aplicac o dos m dulos de servicos nomeadamente o conjunto dos seus diferentes equipamentos e colocac o do conjunto dos pavimentos finais interiores e exteriores reduzindo sobremaneira o valor do investimento para a construc o do edificio pretendido 3 Transporte A optimizac o da distribuic o dos elementos construtivos pelo contentor diminui o n mero de transportes com reflexo na quest o econ mica Desmontagem A grande facilidade de desmontagem proporcionada pelo facto de esta se desenvolver por processo de desaparafusamento e desencaixe dos elementos constituintes do sistema precisando para tal de pouca m o de obra O facto de se conseguir criar um sistema pass vel de s
214. ser o para ser multiplicadas por produc o em s rie e por associac o destas conforme opc o arquitect nica inerente se atingir o n vel seguinte o edif cio ou os edif cios pretendidos Desta forma atrav s da combinac o de m dulos de um determinado n vel pode se dar origem a m dulos do n vel seguinte 168 Assim ao combinar diferentemente os elementos m dulos e restantes subsistemas do sistema obtemos diferentes edif cios e assim por diante se se pretender at ao n vel do quarteir o do bairro da cidade Fig 120 que Figura 120 Escala de modula o Assumindo que o percurso percorrido durante a transforma o de um sistema geral num dado sistema especifico e deste num caso de aplica o implica um crescente grau de defini o que implica a tomada de op es com base em congelamento de vari veis caso a caso torna se claro que a partir de um determinado sistema especifico poder se o desenvolver na aplica o a um caso concreto v rias op es arquitect nicas em fun o dos autores do projecto de aplica o do local onde se construir e do utente que o habitar Fig 121 Figura 121 Exemplos de op es arquitect nicas poss veis Ao aplicar o presente sistema a um caso concreto a grelha organizadora ser aplicada articuladamente com o territ rio onde se processar a implanta o do edif cio a construir e a partir deste momento e com a utiliza o da ferramenta
215. sic o geral criara se a liberdade para que o arquitecto respons vel pela construc o ou o construtor pudessem terminar o edificio do modo que Ihes aprouvesse A decada de 1970 traz o desenvolvimento de novos caminhos experimentais para a industrializa o da constru o de habita o com recurso pr fabrica o os 84 quais sao direccionados para o estudo de complexos de construc o na maioria dos casos baseados na repetic o extensiva de pequenos elementos simples Elementos geralmente tridimensionais pr fabricados que constituem c lulas singulares com diversas formas e fun es que por agregac o segundo diversos esquemas celulares tentam novas configura es de novos edif cios para a cidade do futuro e novos ambientes urbanos A maioria dos exemplos diz respeito a grandes complexos de habitac o que substituem o conceito de habitac o isolado correspondendo pretens o da criac o de novos modos de vida colectiva Estes complexos sao passiveis de serem modific veis com o tempo mediante a adic o sucessiva de novos elementos pr fabricados Estas experimentac es sao levadas a cabo com o recurso a dois modos de abordar a quest o das c lulas e o seu modo de articulac o 1 Aglomerac o celular Estruturalmente elementar corresponde jun o de unidades modulares entre si sem nenhum outro tipo de elementos de suporte de modo que as carrocarias das pr prias c lulas sejam simultaneamente estrut
216. so poca na qual o ideal da viv ncia dom stica se traduz na forma leve como se abre uma porta em folha de vidro para se entrar logo para uma piscina de m rmore ou para uma floresta ou estar se sentado numa sala de paramentos exteriores de vidro e visualizar se a L A que se abre em perspectiva por baixo A op o passa por justapor se a imagem derivada da aplica o da tecnologia absoluta de modo triunfante a uma natureza em estado bruto Fig 94 116 Figura 94 Case Study House 22 ou Casa Stahl 1959 Fotografia tirada por Julius Schulman a partir do patio interior com L A em pano de fundo Los Angeles USA Arquitecto Pierre Koenig O desenvolvimento desta arquitectura com base na escola t cnica e na aplicac o da tecnologia proporciona arquitectura americana duas contribuig es fundamentais sao elas a contribuic o para uma expressividade mais livre por parte dos arquitectos pela aplicagao de uma tecnologia avancada pois ficaram menos presos s restri es utilit rias podendo manipular a forma e o espa o do modo que pretendessem ao aparecimento de um tipo bastante interessante de arquitectura param trica que atribui um grande brilhantismo forma sendo esta subproduto das decis es funcionais nos casos em que o acr scimo de liberdade negado por motivos de efici ncia ou por restrig o asc tica Regista se no entanto um sen o face a esta abordagem arquitect nica residindo este no fact
217. spacos interior e exterior para al m de tirar partido da not vel vista panor mica da cidade que s se revela quando se entra na casa Usando apenas componentes de aco standard para suporte dos m dulos de vidro de 6 metros de largura Koenig conseguiu maximizar o potencial do aco para fechar espacos mostrando que era poss vel oferecer com este material uma harmoniosa relag o com a natureza e contexto pr ximo No interior os quartos ocupam uma ala da planta com o quarto de vestir e a casa de banho principal situados no canto do L adjacente ao n cleo utilit rio da cozinha A ala de estar da casa totalmente aberta com colunas de ago e paredes de vidro apenas interrompida pelos aparelhos e arm rios de cozinha e uma lareira de a o independente que domina a sala de estar Segundo afirmava Koenig como viver ao ar livre se tornara cada vez mais importante sentimos que as casas deveriam reflectir isso O espa o exterior tornou se uma continua o do espa o interior os edif cios passaram a desenvolver se no n vel t rreo para que o exterior se pudesse continuar a desenvolver no interior 60 Deste modo o vidro passou a ser usado para se puder estender a vista a partir do interior e mesmo a disposi o interna do espa o de estar foi alvo de pondera o e revis o face a este modo de estar pelo que as cozinhas foram viradas para que as refei es pudessem ser servidas 128 directamente para o exterior O estaci
218. spondendo s solicita es impostas pelas abordagens Celular e Funcional implementadas pela vis o Sist mica de um edif cio resultante dos referidos princ pios metodol gicos adequando a ideia de tipo e m dulo A sua possibilidade de ser tamb m totalmente desmont vel representa tamb m uma vantagem importante pois possibilita a sua utiliza o sob qualquer forma de condicionamento legal bem como uma solu o adequada para situa es poss veis de deslocaliza o a que est o sujeitos bastantes agregados familiares contempor neos Haver agora que iniciar um processo de valida o t cnica funcional e econ mica da solu o atrav s da sua compara o com solu es correntes tradicionais e prefabricadas base de outros materiais bem como a realiza o de ensaios e c lculos de valida o do desempenho funcional do sistema projectado S o esses os principais desenvolvimentos futuros que se podem antever para este sistema o que se pensa possa vir a ser feito com o apoio de empresas do sector actualmente instaladas no mercado 191 192 BIBLIOGRAFIA Projectar a cidade moderna Leonardo Benevolo Carlo Melograni e Tommaso Giura Longo Colec o Dimens es Editorial Presen a 2 edi o 1987 Func o da arquitectura moderna Christopher Alexander Biblioteca Salvat de grandes temas 1979 Notes on the Synthesis of Form Christopher Alexander Harvard 1964 Community
219. stema por tr s raz0es 1 Potenciac o de criac o de v rios Tipos enquanto resposta exig ncia de qualidade habitacional em func o do habitat Sendo a ideia de Tipo mais interessante do ponto de vista da arquitectura aquela que se baseia no modo como os espacos na habitac o se relacionam em fun o do comportamento dos seus habitantes alterando se o seu comportamento alterar se necessariamente a relac o entre os espa os e portanto o Tipo de habita o 2 Tendo se de encarar problemas de projecto para utentes desconhecidos numa sociedade em que a diversidade grande preciso encontrar um modo de adaptar o projecto aos utentes logo que se saiba quem s o definindo Tipo e a sua varia o apropriados 3 importante que o sistema tenha a capacidade de relacionar os processos de projectar fabricar e construir na produ o dos Tipos pretendidos caso a caso favorecendo o aspecto econ mico da sua produ o fundamental construi los a pre os confort veis Tal favorecido sobremaneira pelo facto de o sistema de constru o industrializado leve a propor se basear no 147 conceito de M dulo e na sua potencialidade de gerar diferentes Tipos e de permitir a evolu o de um Tipo para outro Fig 103 oam h Nn OS er Y N Y lt 1 N L Figura 103 O conceito de M dulo e a sua potencialidade de gerar Tipos diferentes 3 2 3 Malhas e grelhas de organizac o Conforme
220. t standardizado e articulado com uma malha modular a qual facilita a prepara o da montagem da casa Fig 82 Figura 82 Axonometria de casa The Package House Sistem Arquitectos W Gr pius e K Wachmann 1941 a 2 O espa o criado por c lulas A c lula segundo Victor Consiglieri um conjunto de sub regi es internas de espa os que formam uma caixa ou segundo a teoria topol gica uma conex o 50 Para o tratamento de espa os internos atrav s de c lulas recorre se adi o das mesmas atrav s de matem ticas combinat rias A adi o celular expande se e ramifica se de modo rectilineo curvilineo quebrado ou radial a qual garante a totalidade formal compondo figuras regulares relacionando se com cubos paralelep pedos etc A configurac o final dos espa os internos funciona como se de um favo de abelhas se tratasse Pretende se atrav s do uso de c lulas tridimensionais unificar o espa o tratando o como a geometria molecular organiza a vida animal vegetal ou as estruturas minerais garantindo a coes o do objecto arquitect nico pretendido Fig 83 101 27 Figura 83 de espacos internos atrav s da adic o celular No entanto para que tal suceda tratando se este modo organizacional de um modo din mico fundamental sujeit lo a uma s rie de leis organizativas b sicas as quais Ihe proporcionar o uma estrutura que poder ser homog nea coordenada ou
221. ta enquanto reflexo do modus vivendi da sociedade com grande influ ncia nos Estados Unidos da Am rica A assiste se por sua vez ao extremar do modo como se perspectiva a aplicac o de sistemas industrializados em articulac o com a sua organizac o social na qual a afirma o individual preponderante Rapidamente se nota que os elementos normalizados pr fabricados podem ser combinados de v rias maneiras permitindo levar s ultimas consequ ncias o principio de que tamb m aqui e de um modo mais incisivo cada um poder executar a montagem como quiser da sua casa O modelo de produc o industrial centra se na ideia de desenvolvimento de sistemas modulares 80 Criam se os sistemas da linha de montagem invertida aos quais se d o nome de KIT of Parts Como a propria designac o indica a ideia que esta na base da sua criagao centra se no conceito de M dulo abandona se a ideia de tipo habitacional fomentando se a cria o de espa os com base no jogo de m dulos um modelo de industrializac o da construc o que est mais virada para o processo de construc o do que para o produto final estando a sua promoc o dependente da pr pria industria e do mercado em vez de depender da utiliza o por parte de um poder central A casa projectada o produto final separada nas suas diversas componentes durante o processo de instru o obra para a elabora o do caderno de encargos e posterior en
222. tabelecida a revolu o modernista com base no estabelecimento do processo industrial tradicional o qual transforma a casa num bem de consumo afastando se da ideia de artefacto cultural Destacando se para a afirma o desta perspectiva a execu o do Bairro Torten Dessau por W Gr pius Fig 51 71 Figura 51 Axonometria do projecto de habita es do Bairro Torten Dessau Dessau Alemanha Arquitecto W Gr pius 1927 A necessidade de alojar rapidamente as populag es durante os programas de reconstruc o das cidades dos pa ses afectados pelos bombardeamentos no imediato ap s 2 guerra mundial pelos governos Sociais democratas defensores da aplicagao dos modelos de Estado provid ncia levou a uma intensiva aplica o deste processo industrial tradicional o qual se apresentava como boa opc o para a execuc o dos trabalhos de constru o civil com grande rapidez e efic cia No entanto com a posterior utilizac o dos espa os urbanos e privados por si gerados sentindo os seus utilizadores varios aspectos negativos fundamentalmente relacionados com a falta de identificac o personalizada dos mesmos espa os acabou por ser posto em causa Fig 52 Figura 52 Redents Bijimeer Holanda 1968 Contudo nos pa ses de modelo governativo Socialista do mesmo per odo hist rico e fundamentalmente na Europa este processo industrial encontra o seu campo de aplica o e desenvolvimento mais favor vel estando ta
223. tada na articula o entre as ideias de clareza intelectual e identificac o da beleza com a verdade a qual traduzida na maxima a beleza torna a verdade manifesta 55 O mundo ideal aquele em que a realidade subjacente vasta e rica de fen menos aparentes e simb licos mesmo que constru do artificialmente bela manifestando a verdade Desempenhava tamb m um papel fundamental para o xito do objecto arquitect nico enquanto manifestac o do pensamento do arquitecto o desempenho da geometria Plat o afirmava ningu m que ignore a geometria pode entrar nesta casa 56 pois apenas a geometria enquanto bra o da matem tica se abeira dos universais essenciais subjacentes s apar ncias multiformes e transit rias Para Mies os universais b sicos revelam se no tempo de acordo com o espirito da poca sendo para si a ordem econ mica em que vivemos as descobertas da ci ncia e da tecnologia a quest o da sociedade de massas e a constru o 57 A fung o do arquitecto era a de simplificar clarificar e ordenar estes universais em qualquer poca Fig 89 Figura 89 Casa Farnsworth USA Arquitecto Mies Van Der Rohe 1946 e casa tradicional da Papua Nova Guin 109 2 Casa Wichita e a oferta burocr tica de Fuller Buckminster Fuller pertence a um grupo de arquitectos de meados do S c XX que apresentaram uma ades o moral em relac o tecnologia e aos ideais
224. te apontada por si na fase inicial do processo fica consigo identificada servindo de base soluc o final por sua vez fica tamb m identificado o promotor uma vez que do ponto de vista do processo construtivo o produto acabado se torna reflexo do seu processo de construgao para al m de se poder controlar racionalmente o processo produtivo o qual poder ser assim mais rent vel 4 4 Modo de aplicac o do sistema de m dulos pr fabricados Como vimos o presente sistema de constru o um sistema espec fico de pr fabrica o pelo que nos encontramos no 2 est gio do desenvolvimento e aplica o do conceito de sistemas modulares no qual se definem sistemas espec ficos para aplicar a futuros casos concretos n o necessariamente definidos e os princ pios para a sua utilizac o No momento da sua aplicac o a um caso bem definido encontramo nos num n vel de definic o muito elevado logo no 3 est gio do mesmo desenvolvimento assumindo que este compreende tr s est gios sucessivos com grau crescente de definic o Pode se pois considerar que a presente soluc o deriva de um 1 est gio isto de um sistema modular geral substancialmente menos definido Com base na ideia de escala de modulac o e uso de n veis o presente sistema espec fico pode estabelecer caso a caso uma escala de modulac o com diferentes graus em que a partir da gaiola o m dulo base e suas derivac es dos tipos A B C tendo em conta que estas
225. te promotores t cnicos e utentes por ser esta uma das formas de se poder gerar um elevado grau de satisfa o face qualidade do produto final 1 2 Modelo de abordagem produ o industrial de habita o Deste modo d se aten o fundamentalmente abordagem aos processos de projecto e de produ o da habita o com recurso pr fabrica o de elementos de constru o Esta abordagem fundamenta se na ideia de Desenho Param trico o qual atenta a dois aspectos fundamentais do conhecimento O primeiro parte para a resolu o de problemas atrav s do recurso a conceitos conhecidos tipificando o problema O segundo analisa uma dada realidade complexa decompondo a em partes elementares Temos assim as ideias de tipo e de m dulo apresentando se estas como modos diferentes mas ligados de percepcionar a realidade que bem utilizados 22 enquadrando os com a ideia de Desenho Param trico podem levar obtenc o de um modelo util 1 3 Sistema de construc o modular Desenvolve se um sistema construtivo para a execuc o de edif cios de habitac o e ou servicos de um s piso com base na produc o de m dulos com algum grau de diferenciac o entre eles mas com um elevado grau de repeti o o que fazendo um paralelismo com o caso do pronto a vestir e com o seu modo de utiliza o poder baixar o custo de produ o e atingir um satisfat rio grau de personaliza o al m de um elevado grau de divers
226. tes subconjuntos numa rvore que permita um conjunto enriquecido de conex es ao nivel de subsequ ncias O objectivo do m todo ser atingido no momento em que o resultado formal reflicta todos os crit rios sendo assim relevante D se fundamentalmente relevo an lise integrac o e harmonizac o de todos os elementos os quais poderiam ser denominados os par metros da construc o Evita se a concentrac o da atenc o no projecto acabado a favor da resoluc o de problemas complexos com m todos sistem ticos de desenho e com a refer ncia s exig ncias de constru o Fig 102 141 m Figura 102 Diagramas que sintetizam os crit rios escolhidos em subconjuntos inter relacionados os quais s o posteriormente inseridos em rvores que permitem o enriquecimento de conex es ao n vel de subsequ ncias 3 2 Vantagens para a sua utilizac o O presente sistema construtivo industrializado leve para edif cios met licos de habita o e ou servi os sendo ja um sistema espec fico de pr fabrica o como anteriormente referido encontra se no 2 est gio do desenvolvimento e aplicagao do conceito de sistemas modulares no qual se definem princ pios de utilizac o para futuros casos concretos Apresenta pois como objectivo a sua dotac o de capacidade quando montado no 3 est gio num caso concreto de construc o de edificios para responder solicitac o de satisfac o da qualidade de habitac o na
227. tidade f sica tridimensional componente de construc o y Vantagem na adequag o do projecto preparag o da obra Figura 108 Conceito de m dulo apresentado como entidade f sica tridimensional Trata se pois j de um sistema espec fico de pr fabricac o pelo que nos encontramos no 2 est gio do desenvolvimento e aplicac o do conceito de sistemas modulares no qual se definem sistemas espec ficos para casos concretos e os princ pios para a sua utiliza o No momento da sua aplica o a um caso bem definido encontramo nos num nivel de definic o muito elevado logo no 3 estagio do mesmo desenvolvimento assumindo que este compreende tr s est gios sucessivos com grau crescente de definic o Pode se pois considerar que a presente soluc o deriva de um 1 est gio isto de um sistema modular geral substancialmente menos definido Assumindo que o percurso percorrido durante a transformac o de um sistema geral num dado sistema especifico e deste num caso de aplicac o implica um crescente grau de defini o que implica a tomada de op es com base em congelamento de variaveis caso a caso torna se claro que a partir de um determinado sistema especifico poder se 0 desenvolver na aplicac o a um caso concreto varias opc es arquitect nicas em func o dos autores do projecto de aplicac o do local onde se construir e do utente que o habitar Fig 109 158 1 est gio 2 estagio 3 est gio Aplic
228. tingido no momento em que o resultado formal reflicta todos os crit rios sendo assim relevante Com uma maior generalizac o do uso de m todos ligados ao desenho param trico foi se abandonando o principio da utilizagao da arvore hier rquica por metodologias que consistem na determinac o de conjuntos mais ricos de conex es a n vel das subsequ ncias Industrializac o da construc o Conceito insepar vel das ideias de produg o em s rie e de programac o Procura a resolug o de todos os problemas de organizac o desenvolvimento e controlo do processo de construc o atrav s da planificac o do abastecimento dos materiais do financiamento e do estudo dos tempos nas sucessivas fases operacionais com o objectivo de conseguir a maior rapidez de execu o economia de materiais reduc o do emprego de m o de obra e maior qualidade do produto 197 assumindo que a Pr fabrica o Racionaliza o e mecaniza o constituem as vias para a industrializa o da constru o Pr fabrica o Fabrica o dentro ou fora do estaleiro de obra de elementos de constru o fora dos seus locais finais de implanta o para serem montados e ligados no devido local mediante diversas ac es de montagem previstas O simples tijolo um elemento pr fabricado Existem ensaios de pr fabrica o ao longo de toda a hist ria no antigo Egipto os blocos de pedra para a constru o das pir mides ou as colunas dos templos
229. tivos os quais facilitando as tarefas de pr fabrica o de elementos construtivos viabilizam o recurso industrializa o da constru o 139 140 CAPITULO 3 Metodologia de Concepc o 3 1 O Desenho Param trico 3 1 1 Metodologia O Desenho Param trico um m todo que defende que em qualquer problema de projecto ou de desenho existem certas necessidades que podem ser especificadas dentro de limites m ximos e m nimos e que a escolha de um modelo l gico poder variar conforme o tipo e a complexidade do problema a resolver Com ele procura se perceber aquilo que o problema quer ser 65 O m todo consiste em listar primeiro todos os crit rios poss veis de que se possa lembrar e que possam ser relevantes para o problema N o existindo contudo qualquer crit rio indiscutivel para determinar essa relev ncia Depois repartem se esses crit rios em entidades f sicas t o pequenas quanto poss vel para que se lhes retire a carga sem ntica e cultural inerentes Evitam se assim categorias pr conceptuais tornando se o desenho mais empirista Este passa a basear se em milhares de necessidades at micas e dados minuciosos em vez de sequ ncias arbitr rias do tipo Rua Aldeia ou Infra estrutura Ap s retirar se aos crit rios todos os seus valores apegados procede se sua sintetizac o em subconjuntos inter relacionados dando a cada um destes uma forma diagrama Por fim inserem se es
230. tivos de montagem Pain is de l de vidro no interior ter o que ser aplicados na obra Estrutura de suporte para aplicac o de pain is composta por perfis de de secc o rectangular com a dimen s o de 0 04mx0 08m correspon 176 dendo a uma quadr cula que encai xa na estrutura base portante do m dulo na sua parte inferior ter que ser aplicada em obra fig Pain is de chapa de ferro com a dimens o de 0 599mx0 599m por respeito a toler ncias de juntas a aplicar sobre estrutura de suporte Anexo 4 7 B 4 2 Prev em se tr s tipos de pavimento a aplicar como finais sobre o pavimento base estrutural Piso flutuante em r guas de madeira executado em obra e aplicado em todas as zonas interiores que nao estejam em contacto com aguas Piso em r guado de madeira tipo DECK executado no local nos m dulos terraco Piso em azulejo cer mico anti derrapante a aplicar nas zonas interiores em contacto com guas Anexo 4 8 B 5 Estrutura suporte Anexo 4 1 A estrutura de suporte neste ponto mencionado aut noma face ao m dulo proposto mas ser a respons vel pela sua adequac o e fixac o ao terreno Esta estrutura ter que ser montada no local embora os perfis que a constituem venham articulados de f brica O seu projecto ter de responder s solicita es de cada caso A estrutura colocar o m dulo a cota igual ou superior a 0 50m em relac o cota do terreno podendo assim resolv
231. torna se o pano de fundo do modo de viver e dos objectos do quotidiano assumindo significado arquitect nico Defende se a ades o moral a tecnologia pois ela representa o sucesso da forma de vida americano baseada no sucesso da economia e da ind stria no entanto a atitude dos arquitectos muitas vezes univalente n o promovendo a inten o de formar conjuntos n o sendo mesmo percept vel a preocupa o de articular as iniciativas do movimento com o desenvolvimento de tecido urbano Contudo tendo o ideal t cnico como inspira o incentiva se a cria o de modelos pass veis de serem produzidos em massa com o recurso pr fabrica o baseando a sua produ o quer em sistemas abertos utilizando elementos construtivos de cat logo quer em fechados de produ o Os arquitectos Camp Non Camp representantes da arquitectura moderna nos Estados Unidos no imediato p s guerra como Eames Neutra Soriano Koenig Craig Ellwood entre outros exploraram uma certa estiliza o formalista do programa idealista da vanguarda europeia sendo considerada como Estilo Internacional no fundo o fil o que Mies Van Der Rohe potenciou desenvolvendo nomeadamente o planeamento aberto com base no espa o flu do a precis o do pormenor a exactid o a nitidez e a qualidade visual do brilhante do a o e do vidro Fig 93 115 Figura 93 Edificio Bacardi Cidade do M xico M xico Arquitecto Mies Van Der Rohe 19
232. tugu s e nos restantes estados da Uniao Europeia Os elementos constituintes do sistema pr fabricado leve sendo este de base met lico s o na sua maioria de massa inferior a 150 Kg m2 particularmente no que respeita a cobertura e as fachadas apresentando se como processo construtivo nao tradicional portanto sob a alcada do art 17 do R G E U As regras fundamentais a que deve obedecer a concepc o do sistema construtivo prefabricado s o as mesmas que s o aplicadas a todos os sistemas de construc o prefabricados leves e fazem parte do conjunto de regras que t m sido 182 utilizadas pelo L N E C na aprecia o deste tipo de sistemas com vista sua eventual homologac o Este conjunto de regras segue a orientac o proposta pelas Directivas Comuns UEATC para Homologac o de casas leves adoptando a sua divis o em caracter sticas mas que para o presente estudo se traduzem em exig ncias A De Seguranga B De Habitabilidade C De Durabilidade Para a concepc o do sistema tem se recorrido a uma abordagem baseada na aplicac o de uma metodologia ligada ao denominado Desenho Param trico a qual defende que o objectivo final s atingido quando o resultado formal reflectir todos os crit rios sendo assim relevante Assim d se fundamentalmente relevo a an lise integrac o e harmonizac o de todos os elementos os quais poderiam ser denominadas os par metros da construc o Evita se a concentr
233. tura portante do m dulo Estrutura suporte e de Adequag o ao terreno Principio da utilizac o do conceito de Escala de modulac o e uso de n veis 9 Cale 9 dog lo esto pr riers Un Sima La ms hapa AATAS mire Ems m Bodens mero DA Elma e 08719 Che lagina ges pec Qaz 217 218 Reestrutura o do conceito dando inicio solu o final T po SIMA e CX fant efe 2 007 gt l2 219 220 Definic o de malhas estruturantes de dimens es finais dos m dulos aplica o do conceito de coordenac o dimensional modular pages 221 222 Defini o de m dulos do tipo A B e C e seus sistemas de encaixe e montagem CAR zent 5 ay lp 5 h r DEN e gt oT ans mbar e Ilar b RS foa Cn P p dagen l a gt lo gt EM pl 97 A precos 9e Qro La Erin 223 224 Dimensionamento do m dulo C por aplica o do princ pio da coordena o dimensional modular e estudo do modo de articula o entre os m dulos A B e C em fun o de uma malha estruturante 225 226 a mill Us TA A 4 TTL AS rm wes va pol 228 Modo de utilizac o do sistema para produc o de objecto arquitect nico O conceito de Vis o sist mica aplicado ao sistema proposto T wae n 2 6 GaSe EA Y
234. u ncia de rela es de grupo e sociais envolvendo as de vizinhan a mas tamb m as de produ o troca representa o etc tendo marcado a nossa civiliza o pretende se hoje retomar o seu equil brio atrav s da reabilita o urbana Fig 13 32 Figura 13 Habita es do Porto 3 3 Habitar como actividade urbana espec fica ou o habitat definida por um conjunto de necessidades que se exercem exclusivamente numa determinada rea rea residencial Esta forma de habitar caracteriza se assim pela manutenc o de contactos sociais e mesmo participac o social intensa designadamente em equipamentos colectivos programados mas tamb m pelas fracas rela es sociais e de vizinhan a Fig 14 Figura 14 Bairro da Portela Portugal A Nova Enciclop dia Larrousse define Habitat como rea onde vive uma populac o ou Modo de povoamento pelo homem dos locais em que vive ou ainda como o Conjunto das condic es e dos factos relativos habitac o O conceito de habitar que nos interessa est dividido em dois estratos fundamentais o habitar tradicional e o habitat residencial implicando a satisfa o de um conjunto de necessidades humanas individuais e colectivas as quais est o reunidas em 2 n veis s cio geogr ficos onde o habitar tem express o mais significativa o alojamento e a vizinhanca O alojamento habitac o fogo casa resid ncia etc 33 A vizinhanca ambiente en
235. ula onde a regra dos meios a normaliza o e onde a ordem visual est nos ritmos A sua imagem assemelha se pontualiza o de um computador Fig 86 Figura 86 Planta de cobertura do hospital de Veneza 1964 e s ries abstractas de Pontos id de R P Lohse 1960 65 O espaco flu do e sua articulac o com espaco exterior O desmembramento da caixa volum trica que d lugar manipulac o do espaco por meio de planos circundantes efectuado pela arquitectura moderna leva a noc o de espaco flu do o qual permite que o ambiente deixe de ser encerrado para se transformar num espaco cont nuo e numa vis o din mica entre interior e exterior O espaco total decomposto em conjuntos de planos horizontais e verticais ficando o volume geral transformado em formas abertas correspondentes a ritmos definidos cada qual ocupando a sua posic o e individualizando se em elementos funcionais cada qual com a sua mensagem e respondendo s suas exig ncias 105 Este tipo de espa o complexo parecendo utilit rio e definindo uma l gica de fungao est cheio de atitudes no qual as formas que o corporizam se desmultiplicam deixando nos produzindo ambiguidades e incertezas De um modo austero e disciplinado come a se pela descontinuidade dos espa os geom tricos destruindo a tradic o do encerramento dos volumes internos das paredes limites dando no entanto constru o um per metro definido e s plant
236. urac o de produc o de habitac o fundamental que ambas sejam consideradas tendo em conta que para esta disciplina a noc o mais til de Tipo a que se baseia no modo como os espacos 146 se relacionam com ou por influencia do comportamento social o que reflectir sobremaneira a sua relac o com determinadas exig ncias de qualidade da habitac o enquanto parte integrante do habitat A aplica o da presente metodologia ao desenvolvimento de um sistema construtivo industrializado leve deve se opc o por uma din mica de promoc o de habita o assente na sua capacidade de satisfazer as necessidades crescentes dos utentes de flexibilidade diversidade e personalizac o da oferta com base na criac o de varios tipos a partir da articulag o de m dulos tridimensionais b sicos Contudo para que tal aconte a com xito importante ter em conta dois aspectos fundamentais O primeiro o de que um sistema que comporte uma quantidade infinita de elementos mas que nao preveja quaisquer regras para a sua combinac o na promoc o de Tipos um exerc cio de imaginac o incompleto O segundo prende se com o facto de que um sistema que s gere produtos arquitect nicos pelo mero uso da regra de repetic o o qual se apresente apenas como gerador de Modelos e n o de Tipos tamb m se apresentar como uma tarefa incompleta e mon tona Considera se mesmo fundamental a opc o por esta metodologia para o desenvolvimento do presente si
237. uras de suporte e unidades de habitac o O exemplo mais divulgado constru do mas com custos muito elevados foi o Habitat de Montreal para a exposic o projectado pelo arquitecto israelita Moshe Safdie Fig 63 Figura 63 Habitat 67 Montreal Canad Arquitecto Moshe Safdie 1967 2 Sistemas de c lulas adapt veis Plug In Parte de uma certa hierarquia estrutural Consta de um esqueleto que preenche as func es de estrutura e que alberga al m disso as redes de distribuic o saneamento e as comunicac es verticais ao qual se juntam em seguida as c lulas tridimensionais elementares 85 Exemplos deste modo de abordagem sao Plug In city do grupo ingl s Archigram ou as grandes estruturas de desenvolvimento de desenvolvimento urbano projectadas pelos metabolistas japoneses Fig 64 Figura 64 Nakagin Capsul Tower Jap o Arquitecto Kisho Korokawa 1972 Utilizagao geral O desenrolar do s c xx revelou a cada momento uma s rie de linguagens arquitect nicas baseadas em diversos modos de observar o modo de vida contempor neo constru das atrav s de diversos sistemas construtivos dos quais se destacam para o presente estudo os que articulam os diversos sistemas t cnicos de pr fabricac o com o objectivo de implementar a industrializa o da constru o a Aplicada oferta de habitac o por ser este um modo de afirmar a arquitectura do nosso tempo de um ponto de vista tecnol gi
238. visto anteriormente o principio base do presente sistema construtivo consiste na articulac o de v rios m dulos tridimensionais base os quais na presente metodologia que se baseia na fenomenologia arquitect nica se comportam como c lulas para a produc o de varios Tipos de habitac o para satisfazer as exig ncias de satisfac o dos utentes finais caso a caso Ser o mesmo que produzir habitac o recorrendo industrializac o do processo construtivo promovendo a uniformizac o do sistema a sua capacidade de produzir diversidade enquanto oferta e a sua possibilidade de corresponder necessidade de individualizar o objecto arquitect nico em func o do indiv duo Contudo para que tal se processe controladamente fundamental criar procedimentos de organizac o dos m dulos tridimensionais para que estes se articulem correctamente O recurso fenomenologia arquitect nica promove a aplica o da lei do crescimento org nico movimento do espa o no que concerne ao espa o e movimento de m dulos e c lulas o que se apresenta como uma op o totalmente v lida para a presente pretens o pois considera a C lula como uma unidade da estrutura espacial que assume uma dimens o ntima que ser organizada conjuntamente com outras semelhantes ou diferentes segundo combina es baseadas nas teorias dos conjuntos resultando num objecto conexo e que forma um todo Estes m dulos tridimensionais base identificados pelas suas p
239. volvente do alojamento com significado f sico social e funcional pois natural considerar se que o conceito de habitar ser sempre definido em cada lugar e em cada momento pela explorac o pelo homem de um conjunto de objectivos exig ncias e necessidades que quando atingidos desempenham em plenitude a acc o habitar Fig 15 habitar o alojamento habitac o habitat vizinhanca Figura 15 O conceito de habitar a Ao nivel do alojamento O habitar conseguido se proporcionar ao indiv duo a delimitac o constru da de um espaco que Ihe permita Seguran a abrigo e protec o Privacidade intimidade isolamento independ ncia etc Compensa o de insatisfa es do trabalho do meio ambiente Estabelecer uma rela o dial ctica sujeito objecto entre ser e ter entre habitar e habita o de modo que a habita o funcione como objecto de uso funcional de valor social e simb lico ou ainda estabelecer com o alojamento enquanto objecto constru do uma rela o est tica e onde aqueles aspectos s o observados culturalmente Realizar a imagem desejada ideal de si no seu espa o territorial Exprimir territorialidade individual e do agregado familiar bem definida f sica e psicologicamente delimitada Afirmar se apropriar se n o s do territ rio mas dos objectos que coloca nele e do modo como os disp e desenvolver se n o s pela modela o da imagem
240. y Austr lia Arquitecto Glenn Murcut 1983 Casa comunit ria tradicional Tambaran Nova Guin Arquitectura Norte Americana do per odo P s 2 guerra Mundial Arquitectura Camp Non Camp A arquitectura Camp Non Camp movimento sediado fundamentalmente na West Coast no Sul dos Estados Unidos da Am rica desenvolve se com base na influ ncia exercida sobre este por arquitectos exteriores ao movimento os quais 114 possu am como atitude uma ades o moral face tecnologia e os ideais sociais dos anos 20 do s c XX Buckminster Fuller Konrad wachsman Charles Eames Myron Breuer e Mathew Nowicki todos estes arquitectos trabalharam as ideias de identificagao da produgao de habitac o com mecanizac o da produc o desenvolvidas pela Bauhaus tendo desenvolvido mesmo em alguns casos como por exemplo a j apresentada casa Wichita de 1946 de Buckminster Fuller estas ideias ao extremo A arquitectura Camp Non Camp desenvolve se contudo refinando os princ pios desenvolvidos pelos citados arquitectos Deste modo esta defende como princ pios base de um modo afirmativo e consciente o desenvolvimento da imagem formal reflexo da aplicac o da tecnologia de ponta com o intuito de a valorizar e aos modelos tecnol gicos em que se inspiram no entanto e com o exemplo edificado dos modelos do Case Study House Program implementa o uso social da tecnologia com claro impacto dom stico e urbano A t cnica

- Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

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