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Christopher Reich – A Farsa

1. O nome original era Eva Kruger mas o convidado era homem Estava agendado para entregar um sed Mercedes Benz a Parvez Jinn membro da delega o iraniana Jinn o fan tico iraniano Von Daniken lembrou se do bilhete anexado transfer ncia banc ria de 100 mil francos su os para Gottfried Blitz tamb m conhecido como Mahmoud Quitab Presente para P J Agora sabia quase com certeza para quem era aquele dinheiro embora ainda precisasse descobrir a natureza do v nculo entre os dois homens A mente de Von Daniken fixou se nos artigos de jornal que ele havia lido sobre os assassinatos do criminoso de guerra b snio e do inspetor de pol cia liban s Ser que Ransom estava planejando outro assassinato Caso est ivesse por que dera sua futura v tima 100 mil francos e um carro novo que valia o dobro dessa quantia Onde est Evan Kruger Um segundo senhor Preciso verificar Enquanto esperava Von Daniken soltou um palavr o entre os dentes Est dentro da zona vermelha Passou pela rea do Hotel Belvedere oito minutos atr s Mande seus homens para o hotel disse Von Daniken Quero o pr dio cercado quanto antes N o se preocupem em ser discretos Voc s t m a minha autoriza o Vou aterrissar no heliponto sul daqui a quatro minutos Mande um dos seus homens me buscar 66 CONSTITU DA EM 1291 a na o da Su a se considera a democracia mais antiga em funcionamento no mundo O
2. Mas voc morreu Em um acidente de carro dois dias antes de a gente sair do Kosovo Hoffmann deu de ombros como quem diz outra m scara caiu Como voc pode ver eu n o morri Quem voc cacete perguntou Jonathan Eu sou quem preciso ser Hoffmann pulou de tr s da escrivaninha Jonathan tentou soltar a pistola mas foi lento demais Inexperiente Um bra o passou zunindo derrubando a pistola de sua m o Uma l mina curta de fio duplo despontou entre os dedos m dio e anular da outra m o de Hoffmann Ele golpeou Jonathan A l mina passou a cent metros do pesco o cortando a lapela de seu casaco Jonathan deu um salto para tr s derrubando uma cadeira Sua vez disse Hoffmann dando a volta na escrivaninha V l Pode gritar Voc queria chamar a pol cia Tudo bem Pode chamar Estou me protegendo de um assassino Jonathan agarrou a cadeira e posicionou a na frente do corpo bloqueando o homem mais pesado Hoffmann avan ou a l mina pouco mais do que um borr o Jonathan ergueu a cadeira esquivando se do golpe Olhou na dire o da escrivaninha A caixa de v lvulas de a o inox que trouxera consigo estava na beirada Cada v lvula tinha o tamanho de um copo d gua e pesava quase um quilo Ele deu um passo frente for ando Hoffmann a recuar e arrebatou uma das v lvulas Com apenas uma das m os segurando a cadeira ficou vulner vel Hoffmann constatou isso no mesmo instante Se
3. Sei disso falou Von Daniken Voc est falando em mais de 100 v os contando s a noite de hoje Faz alguma id ia do impacto que isso teria em toda a grade de v os da Europa Eu n o estaria fazendo esse pedido a menos que fosse absolutamente necess rio Fez se uma pausa e Von Daniken p de sentir a ang stia do outro homem Vou precisar da autoriza o da presidente para isso disse o diretor de avia o civil A presidente est fora do pa s Ela n o pode ser contactada agora E o vice presidente Falei com ele N o tomar nenhuma decis o antes de falar com ela Falou com o Servi o de Seguran a Federal Eles cuidam de toda a seguran a a bordo das aeronaves dentro das nossas fronteiras Acabei de falar com eles N o adianta O m ximo que conseguem transmitir um aviso a todos os pilotos Avisar n o vai ajudar A gente acha que o ataque vai ser feito com um avi o teleguiado armado Avi es de carreira n o foram feitos para manobras de evas o N o concordou o chefe da avia o civil N o foram E o Ex rcito O ministro da Defesa autorizou o posicionamento de baterias de m sseis Stinger ar terra em torno dos aeroportos de Zurique de Genebra e de Lugano Infelizmente eles s v o estar l amanh de manh Von Daniken n o acrescentou o que o general encarregado da defesa a rea havia lhe dito O problema dissera ele que o Stinger tem
4. Ent o mais alto falou Teria prazer em lev lo para um curto test drive do seu carro novo Sr Jinn Na mesma hora o seguran a chegou perto do ombro de Jinn e despejou uma s rie de alertas em farsi Jonathan s entendeu metade mas captou a ess ncia O ministro da Tecnologia n o deveria entrar no carro nem ir a lugar nenhum sem escolta Parvez Jinn n o lhe deu ouvidos Ningu m lhe dizia o que fazer Com um aceno de desd m ele deu a volta no carro e sentou se no banco do carona Vamos Jonathan aquiesceu e abriu a porta do motorista Tudo fazia sentido O encontro deveria ocorrer dentro do ve culo Qualquer troca de informa o precisava de um local sigiloso O carro era uma solu o engenhosa ao mesmo tempo um passaporte que permitia a Eva Kruger entrar em Davos e um disfarce atr s do qual Jinn podia se esconder para transmitir suas informa es de traidor para o outro lado Quando estava entrando Jonathan viu Hannes Hoffmann subindo a ladeira Hoffmann osten tava uma sutura em forma de borboleta acima de um dos olhos e usava um chap u bem en terrado na cabe a para esconder o hematoma Os dois cruzaram olhares Hoffmann come ou a subir correndo o aclive coberto de gelo Jonathan bateu a porta com for a O motor ganhou vida e Jinn se sobressaltou no assento da mesma forma que acontecera com Jonathan alguns dias antes Igni o autom tica explicou Jonathan representando seu papel nos m nimos det
5. N o tem consci ncia do pr prio destino Despedindo se de forma casual o assassino levantou se e andou at o in cio da rua Olhou por cima do ombro e viu que Blitz seguira na dire o oposta O encontro o deixou abalado O sujeito podia at estar nervoso mas n o desconfiara de que sua vida estava no fim Sua alma sequer pensara nisso O Fantasma reprimiu uma onda de medo Nada o deixava mais aterrorizado do que a id ia de morrer de repente e sem aviso Dobrando a esquina subiu correndo uma colina baixa Cinquenta metros mais adiante uma estradinha de terra chegava rua pela direita Seguiu por ela contando as casas conforme avan ava Ao chegar quarta pulou a cerca baixa e caminhou sem pressa at a porta dos fundos da vila Olhou para a esquerda e para a direita verificando se havia algu m por perto Conven cido de que ningu m o vira bateu duas vezes com for a Segurava a arma na palma da m o uma bala no tambor e mais tr s outras para garantir que a primeira fizesse o seu trabalho Obser vou que a casa n o tinha sistema de alarme Uma atitude arrogante mas mesmo assim dava um toque especial Pressionou a porta com a ponta dos dedos tentando sentir alguma vibra o A casa estava silenciosa Blitz ainda n o voltara do passeio Segundos depois o Fantasma estava do lado de dentro 26 MILLI BRANDT N O CONSEGUIA DORMIR Revirando se na cama em sua casa de Josefstadt bairro vienense da moda n o pensav
6. S um instante R pido por favor foi a resposta Ou vamos entrar for a S um momento gritou ele de volta Fechou a porta de correr da cozinha e entrou depressa no escrit rio Encontrou uma folha de papel em cima da escrivaninha e enrolou a em forma de cone No banheiro encheu o cone de papel higi nico Deixou o de lado pegou uma toalha de banho grande e encharcou a de gua fria Torceu dobrou e levou a at a sala pendurada em um dos bra os Encontrou uma caixa de f sforos dentro de um cinzeiro Os socos recome aram Atrav s da porta p de ouvir o som de vozes saindo dos r dios dos policiais A essa altura o g s j estava vazando por baixo da porta Uma nica fungada foi suficiente para faz lo recuar Ele se posicionou do lado de fora da cozinha com as costas contra a parede enrolou a toalha em volta da cabe a e dos ombros acendeu um f sforo e o levou ao cone de papel Esperou segurando o cone afastado do corpo at este se acender como uma tocha Agora disse a si mesmo Abriu a porta de correr jogou a tocha para dentro da cozinha e atirou se ao ch o Uma imensa bola de fogo explodiu dentro do pequeno c modo jogando no ch o a lou a empil hada sobre as bancadas estilha ando vidro quebrando janelas e rugindo qual um trem expresso pela porta at a sala antes de ser novamente sugada para dentro da cozinha Jonathan rastejou pelo ch o at a entrada e escondeu se dentro d
7. um MVA respondeu a Dra Menz Um microve culo a reo Posso pediu gesticulando na dire o do MVA Menz assentiu e ele o pegou O objeto pesava menos de um quilo As asas eram ao mesmo tempo muito firmes e estranhamente flexi veis Isto aqui voa mesmo Claro respondeu ela empertigando se como se tivesse sido insultada Tem uma autonomia de 50 quil metros e pode alcan ar uma velocidade m xima de 400 quil metros por hora Guiado por controle remoto Imposs vel exclamou Von Daniken bancando o caipira E ele construiu isto aqui mesmo Com ar de aprova o Menz assentiu Com as pr prias m os no nosso laborat rio de pesquisa e desenvolvimento E o menor que ele j produziu Theo tinha grande orgulho desse a Von Daniken memorizou cada palavra da mulher Autonomia 50 quil metros Velocidade 400 quil metros por hora Constru do com as pr prias m os o menor que ele j produziu Isso significava que havia outros Estudou o estranho ve culo Ele era sem d vida guiado por um sistema de navega o cuja precis o chegava ao n vel dos cent metros Isto aqui um dos seus produtos Os senhores estavam pensando em incluir no cat logo Entrar no ramo dos brinquedos Conforme ele esperava a palavra causou tens o Dando um passo frente Menz tirou o mi crove culo das m os dele O MVA n o um brinquedo E o mais leve ve culo do seu tipo no mund
8. De c coras subiu a encosta depressa N o estava nem ligando para encontrar algum tipo de abrigo Sabia que con stitu a um alvo f cil mas a aus ncia de tiros fazia brotar dentro de si uma confian a irracional A casa avultava sua frente parecendo um bunker de concreto Ent o de repente ele chegou Deixou se cair contra a lateral da caixa ofegante Estava fechada por um cadeado Von Daniken tomou dist ncia mirou e disparou O cadeado foi destru do A caixa de for a se abriu como um marisco Espiou l dentro Um ades ivo o alertava a n o tocar em nada devido ao risco de eletrocu o Um decalque mostrando uma caveira com dois ossos cruzados na frente deixava a quest o bem bvia Ele se viu diante de um emaranhado de fios alguns amarra dos entre si formando tran as densas e multicoloridas outros presos por luvas protetoras de borracha Tudo parecia incrivelmente complexo Esperava que fosse haver algum tipo de chave mestra que pudesse desligar Esticou o pesco o para enxergar melhor A bala o atingiu no ombro e o fez girar Antes de se dar conta do que o havia atingido estava ca do de cara na neve Virou se at nito sem f lego sem saber mais o que estava fazendo Ficou ali deitado por alguns segundos enquanto os circuitos de sua mente tornavam a se organizar For ou se a ajoelhar mirou a pistola na dire o da casa e deu alguns tiros a esmo O tranco da pistola o fez sentir se poderoso e otimista Mirou na caixa
9. Jonathan p s a marcha na posi o drive manobrou e tornou a pegar as ruas laterais at chegar auto estrada Apontou o carro para o norte na dire o de Berna Outros autom veis passavam por ele em fluxo constante Seus olhos n o paravam de checar o retrovisor mas n o viu nada que o deixasse preocupado As montanhas se afastaram e o horizonte adquiriu uma colora o laranja fosca Luzes da cid ade Um carro blindado 100 mil francos e um su ter de cashmere mas para quem seria aquilo tudo 42 MEIA NOITE EM Jerusal m O calor pairava sobre a cidade como um cobertor velho A temperatura inesperada fizera as pessoas sa rem rua Vozes ecoavam dos becos de cal amento de pedra Motoristas buzinavam impacientes As ruas fervilhavam com uma energia exuberante desafiadora que era o retrato de Israel Na resid ncia do primeiro ministro em Balfour Street quatro homens estavam sentados em volta de uma mesa comprida surrada Sem chegar a 12 metros por 15 a sala seria considerada pequena para um chefe de Estado Em bora tivesse sido pintada recentemente ainda guardava um cheiro de mofo e de velhice A linha vermelha havia sido cruzada N o somente os iranianos possu am meios para fabricar ur nio com grada o suficiente para armamentos como j tinham 100 quilos do material N o se tratava mais de uma quest o de preven o por m de leg tima defesa Zvi Hirsch estava em p ao lado de um mapa do Ir e
10. N o posso afirmar com certeza respondeu Von Daniken Mas prov vel que usem ex plosivos pl sticos Bom disse Chabert animando se Ent o pelo menos sabemos para que serve a nacela Imaginei que fosse para abrigar mais equipamentos De que nacela voc est falando Usando uma esferogr fica Chabert apontou para um recipiente em forma de gota que parecia estar pendurado no nariz do avi o O peso m ximo permitido 30 quilos Von Daniken soltou um grunhido reprimido Uns 20 quilos de Semtex tinham sido tirados da garagem de Blitz o suficiente para derrubar um avi o perguntou Marti Mais do que suficiente respondeu Chabert A bomba que derrubou o v o 103 da Pan Am em Lockerbie cabia dentro de um toca fitas Basta menos de meio quilo de C 4 para abrir um rombo de 2 por 4 metros na lateral de um Boeing 747 A 10 mil metros de altitude o avi o n o teve chance Imagine um avi o teleguiado com uma velocidade de 500 quil metros por hora e uma carga 50 vezes maior Marti com o rosto p lido afastou se da mesa Mas isso s metade do nosso problema disse o general de brigada Claude Chabert Von Daniken estreitou os olhos Por qu Com uma carga dessas o avi o teleguiado em si na verdade um m ssil N o precisaria ne cessariamente esperar um avi o estar no ar para matar todos a bordo Poderia facilmente destru ir o alvo em terra A deton
11. O trabalho de Palumbo era bem simples Localizar suspeitos de terrorismo e seguestr los para que fossem inter rogados Para esse fim ele dispunha de uma frota de tr s jatos corporativos de uma equipe de agentes preparada para trabalhar nos quatro cantos do planeta com um sobreaviso de uma hora e da autoriza o n o escrita do almir ante Lafever e por tr s deste do presidente dos Estados Unidos para fazer o que precisasse ser feito S havia um mandamento n o ser pego Era sem d vida uma faca de dois gumes O avi o aterrissara em Damasco 1h55 hor rio local Sua primeira provid ncia foi transferir a cust dia do pri sioneiro para as autoridades s rias Os documentos que ele assinara em tr s vias tornavam o prisioneiro 88891Z responsabilidade do sistema penal s rio Em algum lugar do Mediterr neo Walid Gassan havia deixado de existir Tinha sido dado oficialmente como desaparecido Um oficial esbelto com ar eficiente vestindo um uniforme verde oliva engomado surgiu de um corredor muito iluminado Era o coronel Majid Malouf ou coronel Mike como insistia em ser chamado e iria conduzir o interrogat rio O coronel Mike era um homem pouco atraente de rosto desfigurado as bochechas e o pesco o mar cados por profundas cicatrizes da acne Cumprimentou o americano com um beijo em cada face um abra o e um aperto de m o forte como uma armadilha de urso Os dois entraram em seu escrit rio onde Palumbo fic
12. Divis o Divis o N o senhor nunca N o achei que tivesse Lafever o segurou pelo cotovelo e o guiou na dire o de uma porta de correr que dava para fora da cozinha Vamos l para fora Preciso fumar Palumbo seguiu Lafever at a varanda de tr s e os dois desceram um lance de escada at o p tio dos fundos da casa A noite estava fria o c u escuro e fechado Quando se puseram a an dar por um pequeno bosque de rvores nuas a neve fez barulho sob seus p s aquele Austen Ele o problema disse Lafever tirando um cigarro do ma o de Marlboro Aquele filho da puta daquele crist o maluco ainda vai acabar comigo Com todas aquelas ro das de ora o e aquela bobajada fundamentalista ele n o consegue deixar de se meter na vida dos outros Est falando do brigadeiro John Austen da For a A rea Ele mesmo Isso tudo teve in cio h uns oito anos antes mesmo do 11 de Setembro Os garotos do Pent gono queriam come ar a montar opera es clandestinas em solo estrangeiro Estavam putos com a forma como os terroristas atacavam nossas unidades fora do pa s e tinham come ado a andar por a dizendo que a CIA n o conseguia fazer nada para impedir isso As Torres Khobar na Ar bia Saudita o atentado s nossas embaixadas em Nair bi e Dar es Sa laam os v rios ataques contra multinacionais americanas no estrangeiro Austen foi falar com o presidente e perguntou se podia montar um
13. Mas Jonathan olhou para Emma Era suic dio V logo Ele reduziu a marcha para a terceira e pisou fundo no acelerador O motor rugiu quando o im pulso empurrou o carro para a frente O avi o teleguiado n o dava sinais de levantar v o Vinha em sua dire o em ritmo constante um inseto met lico e malevolente Emma disparava contra a aeronave Jonathan n o sabia se as balas estavam atingindo o alvo Seus olhos se concentravam na sacola em forma de l grima presa fuselagem Era a bomba Vinte quilos de Semtex se gundo ela O equivalente a quase 500 quilos de TNT Uma bomba com poder suficiente para destruir um avi o de passageiros Mais r pido disse Emma pondo a cabe a para dentro O nariz do avi o teleguiado levantou do ch o depois tornou a baixar Jonathan preparou se para o impacto apertando os olhos espera da colis o da incr vel explos o de luz O avi o come ou a decolar O nariz ergueu se no ar As rodas da frente sa ram do asfalto N o adiantava Iriam colidir Todos os seus instintos lhe disseram para frear Ele segurou o volante com mais for a e pisou no acelerador Deu um grito Um clar o prateado passou por cima de suas cabe as Tarde demais A aeronave estava no ar Um segundo depois os pneus dianteiros do carro explodiram O ve culo deu um pinote para a esquerda saindo da rua asfaltada Jonathan girou o volante na dire o oposta mas n o adi antou A neve estava funda
14. Mas essa informa o n o sai daqui Leahy agitou a m o na frente do peito fazendo o sinal da cruz Tinha uma coisa estranha no dossi da tal opera o continuou Palumbo sobre isso que eu preciso falar com voc O neg cio que estava faltando o nome do agente respons vel pela opera o Parecia que o nome tinha sido cortado antes de digitalizarem o dossi Me diga uma coisa Joe qual dos nossos dava as ordens na Opera o Pomba Leahy encarou Palumbo por um instante depois levantou se da mesa Ao passar curvou se e sussurrou duas palavras em seu ouvido O Almirante Palumbo permaneceu sentado at Leahy sair da cafeteria O Almirante era James Lafever Vice diretor de opera es 55 SETENTA E DUAS HORAS disse Von Daniken tirando o sobretudo e jogando o por cima do encosto da cadeira E o tempo que a gente tem Ransom o cara N o tem d vida Ele j fez esse tipo de coisa antes Ele explode bombas J fez isso em Beirute no Kosovo e em Darfur Jonathan mata gente e bom no que faz A for a tarefa havia se reunido no necrot rio uma sala de reuni es sem gra a localizada no subsolo da sede da Fedpol Cinco escrivaninhas tinham sido dispostas em semic rculo Computadores telefones e aparelhos de fax haviam sido providenciados Era um centro nervoso procura de um corpo Naquele momento apenas Seiler e Hardenberg estavam presentes A vis o das escrivaninhas desocupadas
15. disse o chefe de Estado Esse momento j passou h algumas horas comentou Zvi Hirsch pelo canto da boca O primeiro ministro ignorou a provoca o Foi a Ganz que dirigiu sua pergunta seguinte E os nossos avi es T m capacidade de fazer isso Nossos F 151 conseguem fazer a viagem de ida e volta mas os F 16 s o outra hist ria re spondeu Ganz V o precisar se reabastecer no caminho O Ir n o possui uma For a A rea digna desse nome mas tem radares Nos ltimos anos compraram v rios sistemas russos de m sseis terra ar Em Natanz por exemplo h plataformas de lan amento de m sseis no norte no leste e no sul do complexo Para entrar l vamos ter que aceitar uma taxa de mortalidade alta Quanto perguntou Zvi Hirsch Quarenta por cento Ganz cruzou os bra os enquanto um burburinho de ultraje e desap rova o se erguia pela sala Queria ter certeza de que todos os presentes soubessem qual seria o pre o cobrado de seus homens Meu Deus comentou o primeiro ministro E dif cil se esquivar de m sseis e tentar ao mesmo tempo bombardear um alvo disse Ganz E um ataque preliminar para neutralizar parte da defesa a rea sugeriu Hirsch N o temos avi es suficientes Ganz pigarreou e prosseguiu Se quisermos prejudicar os alvos de forma significativa precisar amos atacar v rias vezes E estou falando de atacar bem em cima deles Vou precisar
16. e o monitoramento do que fosse considerado tr fego clandestino de informa es para dentro e para fora do pa s Apenas 30 funcion ri os ficavam encarregados do servi o mais ativo ou seja das investiga es cotidianas e da infiltra o nos grupos extremistas que operavam em solo su o incluindo c lulas terroristas estrangeiras Em todos os sentidos era uma opera o pequena e bem planejada Marcus Von Daniken chegou s 7 horas em ponto e p s se ao trabalho Pegando o telefone digitou um n mero interno Uma mulher atendeu Schmid ISIS Preciso de tudo que temos sobre um indiv duo na nossa lista de aten o chamado Theo Lammers urgente disse Von Daniken se identificando Sim senhor Mando j Um minuto depois seu computador emitiu um bipe indicando que uma mensagem eletr nica havia acabado de chegar Von Daniken ficou satisfeito ao ver que era o dossi do ISIS O relat rio era um resumo das informa es transmitidas pela pol cia belga Theodoor Albrecht Lammers nascera em Roterd em 1961 Depois de completar um doutorado em engenharia mec nica na Universidade de Utrecht teve uma sucess o de empregos em v rias empresas sem renome de Am sterd e Haia Atraiu a aten o das autoridades em 1987 quando trabalhava em Bruxelas como s cio de Gerald Bull o projetista de armamentos americanos Na poca Bull estava ocupado com a cria o de uma superarma para Saddam Hussein Conhecida pe
17. exaust o Emma sempre tivera tend ncia a esfor ar se al m da conta Sua chama brilhava com intensidade excessiva N o seria exagero cham la de Incandescente Era natural que precisasse de um descanso Mas surgiram outros ind cios Dores de cabe a Caminhadas solit rias Sil ncios demorados Ele sentira a dist ncia entre os dois aumentar a cada dia Tudo come ara depois de Paris Jonathan deslizava o envelope de um lado para outro entre os dedos N o pesava nada Ima ginou que tivesse uma nica folha de papel l dentro Virou o e ficou olhando para o espa o em branco onde deveria constar o endere o do remetente Um su o que n o escrevia seu nome em um envelope estava a um passo de ser considerado um traidor Tratava se de uma ofensa nacional t o grave quanto violar o sigilo banc rio ou roubar a receita de chocolate ao leite da Lindt Se aquela pessoa n o fosse uma traidora ent o o que seria O r dio emitiu uma sucess o de quatro bipes sonoros Uma voz brit nica formal anunciou E meio dia no hor rio oficial de Greenwich Este o Servi o Mundial da BBC As not cias lidas por Na mente de Jonathan por m ecoava uma voz diferente Abra dizia a voz Abra agora e acabe logo com isso Se ao menos fosse assim t o simples refletiu O fato era que n o tinha certeza se queria mesmo abrir o envelope Emma estava morta Tudo que restava eram as lembran as que tinha dela N
18. A carteira de motorista falsa Os homens atr s das malas Todo aquele dinheiro Cem mil francos N o foi um ladr o que matou Blitz foi N o respondeu ele N o foi n o A resposta pareceu confirmar as piores suspeitas de Simone Seus ombros ca ram vergados pelo peso de todas as suas acusa es Jonathan escorregou pelo ch o e foi sentar se ao seu lado Eu n o sei no que a Emma estava metida falou Quisera Deus eu soubesse Simone o encarou por alguns instantes mais do que o necess rio N o sei se acredito em voc Jonathan desviou o olhar correndo as m os pelo rosto esfor ando se para decidir o que fazer em seguida Ent o disse por fim O que voc vai fazer Eu j falei A gente vai dar um jeito de chegar at Lugano e comprar umas roupas novas para voc Depois vamos mudar o seu visual E vamos Simone pode parar Voc n o pode ficar comigo Est tudo fora de controle Voc espera que eu v embora Quando descer desta montanha a gente vai se separar Voc vai encontrar o Paul em Davos e vai esquecer que isso um dia aconteceu E voc Jonathan tomou uma decis o Eu vou descobrir o que ela estava fazendo Por qu De que vai adiantar Voc precisa cuidar de si isso que eu estou fazendo Voc n o entende Aquiescendo Simone vasculhou a bolsa procura de um cigarro Acendeu um e soltou uma nuvem de fuma a
19. Emma sacode a cabe a exasperada Ah oui oui continua Ah je t aime Pep le pew Magnifique Voc ama Pep le Pew Agora tenho certeza de que me casei com uma louca Non non Fromage Pato lorange P tisserie Alguma coisa francesa Voc leu o meu exemplar do guia Michelin Emma bate palmas com os olhos brilhando Ele est chegando perto Ahn Croix Rouge Jean Calvin Fondue continua falando alegremente A luzinha se acende dentro da cabe a de Jonathan Ela est falando da carta da M dicos Sem Fronteiras Um bilhete curto de seu chefe perguntando se ele aceitaria um cargo na sede de Genebra Ah isso Ah isso Por favor diz ela deixando se cair na cama ao lado dele Voc n o ia me contar E uma not cia incr vel Vamos aceitar A gente j fez a nossa parte Genebra E um cargo administrativo Eu iria ficar preso atr s de uma mesa E uma promo o Voc ficaria encarregado de organizar todas as miss es para a Africa e o Oriente M dio Eu sou m dico Meu trabalho ficar com os pacientes N o seria para sempre Al m do mais mudar de ritmo vai fazer bem a voc Genebra n o mudar de ritmo E mudar de profiss o Vai poder ver o seu trabalho de outro ngulo s isso Pense no que voc vai aprender Al m do mais vai ficar lindo de terno Lindo de morrer ali s tem tudo a ver comigo Daqui a p
20. Oculos de vis o noturna bvio De que outra forma estariam con seguindo me ver nessa escurid o Des a a encosta correndo disse a Hardenberg Voc tem que avisar os outros Hardenberg estava sentado com as costas apoiadas no p ra choque traseiro o rosto mais azul do que o gelo Est bem respondeu mas n o se mexeu Se ficar atr s do carro eles n o v o conseguir acertar voc continuou Von Daniken Hardenberg se mexeu Engoliu em seco Seus ombros se contra ram com for a Come ou a avan ar rastejando de quatro e de costas rua abaixo Von Daniken ficou olhando o recuar Cinco passos Dez Fique abaixado ordenou em sil ncio Hardenberg rastejou mais alguns metros ent o ergueu a cabe a hesitante Abaixe sussurrou Von Daniken agitando a m o no ar sinalizando para que ele ficasse abaixado Hardenberg interpretou mal o gesto e come ou a se levantar N o gritou Von Daniken o mais alto que p de Abaixe Hardenberg aquiesceu sem ter certeza e come ou a descer a rua andando Uma bala o atingiu na cabe a e ele desabou sobre o ch o de cimento Klaus Von Daniken rolou de costas sentindo repulsa por si mesmo 84 O CAPIT O ELI ZUCKERMAN AJUSTOU a inclina o dos eler es e puxou o acelerador para tr s preparando se para desligar o piloto autom tico Pilotar um avi o de passageiros havia se tornado um processo t o automat izado que um
21. a primeira coisa que v o procurar Seria como migalhas deix adas pelo caminho era esse o seu racioc nio Era preciso guiar a pol cia pelo nariz para ela descobrir alguma coisa E todas as trilhas conduziam a ele Gottfried Blitz Mesmo assim n o conseguia tirar Theo Lammers da cabe a Um servi o profissional Algu m esperando por ele em casa Estremeceu Isso s poderia significar uma coisa A rede fora descoberta Na sala de estar ligou o som Wagner como sempre Em altura suficiente para os vizinhos saberem que ele estava em casa e que aquele era um dia como outro qualquer Amigos e vizinhos conheciam Gottfried Blitz como um rico executivo alem o um dos milhares que haviam fugido para o sul da Su a querendo aproveitar o clima mais ameno e a atmosfera mediterr nea Dirigia o mais recente modelo de Mercedes sed Fazia peregrina es anuais a Bayreuth para assistir ao ciclo de peras de Wagner Nas manh s de domingo o bom Herr Blitz comparecia ao culto luterano como qualquer outro crist o devoto O dis farce era completo Blitz foi at o escrit rio sentou se escrivaninha e tirou a pistola que guardava no c s da cal a Guardou a arma na gaveta de cima virou se para o laptop e repassou a lista de coisas a fazer Su ter Bogner novo P J Cred FEM H H Transf 100 mil Assobiou baixinho Mais 100 mil francos Essa n o iria passar pelos caras do Financeiro Por outro lado n o era nada perto do que j havia sido
22. alada por um anel de borracha colorido Tentou abrir a porta com uma de cada vez A preta n o serviu A vermelha tamb m n o A verde entrou Com um giro do pulso ele soltou o trinco Instantes depois estava dentro da portaria Uma escada bem iluminada subia em espiral dando a volta no elevador Eram tr s apartamen tos por andar dispostos ao redor de um hall art d co com um vaso de planta um aparador e um espelho Segundo o costume su o o nome do morador estava gravado abaixo da campainha Ele achou o apartamento de Eva Kruger no quarto andar Tocou a campainha mas ningu m atendeu Isso remonta a antes do L bano Hoffmann era o McKenna do Kosovo E o Kosovo fora cinco anos antes do L bano Aquilo talvez remontasse a antes do L bano mas o L bano era o m ximo a que Jonathan conseguia chegar Por algum motivo n o conseguia fazer a pr pria mente aceitar as implica es mais gen ricas Talvez n o quisesse faz lo O fato era que n o havia mais escolha Tinha menos a ver com sua seguran a do que com sua necessidade de saber Enfiou a chave na fechadura e abriu a porta do apartamento de Eva Kruger 44 Do outro lado do hall a mulher ficou olhando pelo olho m gico enquanto o homem ferido en trava no apartamento claro que conhecia Eva Kruger N o muito Era imposs vel conhecer mais do que superficialmente uma mulher que viajava tanto Ainda assim as duas haviam con versado em diversas ocasi es e ela a achara
23. da p Christopher R Christopher Reich A FARSA ARQUEIRO O ARQUEIRO GERALDO JORD O PEREIRA 1938 2008 come ou sua carreira aos 17 anos quando foi trabalhar com seu pai o c lebre editor Jos Olympio publicando obras marcantes como O menino do dedo verde de Maurice Druon e Minha vida de Charles Chaplin Em 1976 fundou a Editora Salamandra com o prop sito de formar uma nova gera o de leitores e acabou criando um dos cat logos infantis mais premiados do Brasil Em 1992 fugindo de sua linha editorial lan ou Muitas vidas muitos mestres de Brian Weiss livro que deu origem Editora Sextante F de hist rias de suspense Geraldo descobriu O C digo Da Vinci antes mesmo de ele ser lan ado nos Estados Unidos A aposta em fic o que n o era o foco da Sextante foi certeira o t tulo se transformou em um dos maiores fen menos editoriais de todos os tempos Mas n o foi s aos livros que se dedicou Com seu desejo de ajudar o pr ximo Geraldo desenvolveu diversos projetos so ciais que se tornaram sua grande paix o Com a miss o de publicar hist rias empolgantes tornar os livros cada vez mais acess veis e despertar o amor pela leitura a Editora Arqueiro uma homenagem a esta figura extraordin ria capaz de enxergar mais al m mirar nas coisas ver dadeiramente importantes e n o perder o idealismo e a esperan a diante dos desafios e contratempos da vida Multibrasil Download www multibrasi
24. perguntou Jonathan Um rastreador antifurto turbinado disse Emma Instalei um sinalizador no carro de Von Daniken tr s dias atr s Precisava saber por onde ele andava O sinal do carro dele enviado para um sat lite e transmitido para c Voc n o perdeu tempo Emma deu um sorriso enigm tico Onde ele est Est perto Em Glattbrugg Jonathan estudou o mapa Como que voc sabia Merda Emma pisou fundo no acelerador 81 TR FEGO A REO DE ZURIQUE v o 8851H da El Al come ando a aproxima o inicial Certo El Al 8851 Aproxima o liberada Prossiga at o vetor um sete zero e des a at a altitude de 10 400 Voc o n mero seis da grade Entendido O piloto escutou a comunica o entre o controle a reo de Zurique e o v o 8851 da El Al com um sentimento de expectativa Fechando os olhos sussurrou uma ltima prece Pediu que Ele o guiasse e tornasse sua m o firme Rezou pela coragem para cumprir a miss o N o era um homem mau Diante da perspectiva de p r fim a mais de 600 vidas ele tremia Sabia que Cristo sentira o mesmo ao carregar a cruz nos ombros A morte daquelas pessoas seria t o dolorosa para ele quanto a crucifica o Chegou a hora disse John Austen Entrou na garagem Seus homens tinham retirado as caixas de onde estavam guardadas e posicionado os con t ineres de a o no meio do espa o Com a precis o de uma equi
25. A neve que ca a ofuscava os far is mas ele n o di minuiu a velocidade Conhecia o caminho J o havia percorrido uma vez mais cedo nessa mesma noite Estudara mapas da regi o memorizando acessos e rotas de fuga Uma acelerada brusca o conduziu a um plat Os dois lados da rua eram ocupados por casas grandes bem cuidadas Esse lado leste do lago de Zurique era conhecido como Costa Dourada tanto por causa da exposi o solar con stante quanto pelas resid ncias luxuosas Ele diminuiu a velocidade assim que viu o alvo Constru da nos moldes de uma propriedade rural francesa a casa ficava afastada da rua sobre uma colina margeada dos dois lados por pomares cobertos de neve Vinte metros mais adiante parou o carro na sombra de um pinheiro alto Apagou os far is e ficou sentado escut ando o motor roncar e o vento bater nas janelas Tirou do bolso do casaco uma caixinha de prata de lei Dentro dela havia quatro balas C psulas finas com um X gravado na ponta cor de bronze Dedos esguios as arrumaram em fileira sobre o console central do carro Em seguida ele soltou o frasquinho de cer mica que trazia pendurado no pesco o e desatarraxou a tampa Come ou a entoar um c ntico baixo palavras de uma l ngua antiga e descon hecida Segundo suas pr prias estimativas j havia matado mais de 300 homens mulheres e crian as As palavras formavam uma prece para proteger sua alma dos esp ritos do al m Vinte anos como assassino tinha
26. Debaixo do bra o carregava duas rosas de caules longos envoltas no papel de uma floricultura Cruzou corredores escuros at a cozinha onde havia uma nica luz acesa acima da mesa Largou as flores depois jogou a arma e a carteira sobre a bancada Reprimindo um bocejo abriu a geladeira e pegou uma cerveja Havia um sandu che de presunto um prato de salada de batatas e uma torta de lim o Tudo meticulosamente envolto em papel celofane Um bilhete da arrumadeira lembrava o de guardar os restos de volta no congelador Depois de jogar o casaco no encosto de uma cadeira ele arrega ou as mangas e lavou as m os na pia Comeu o sandu che depois obedientemente devolveu a salada de batatas e a torta de lim o intactas geladeira Von Daniken morava sozinho em um grande chal nas pequenas montanhas nos arredores de Berna A casa era grande demais para um homem solteiro Tinha pertencido ao seu pai e a seu av e assim por diante remontando ao s culo XIX N o gostava de morar sozinho e menos ainda da id ia de se mudar Ao longo dos anos fizera amizade com os corredores cheios de ecos os sil ncios pausados os c modos pouco iluminados Voltando para a mesa desembrulhou o papel da floricultura e retirou as rosas Com cuidado aparou os caules e arrumou as em um vaso de vidro que fazia parte de um par comprado durante sua lua de mel na famosa f brica de Murano Ele j tinha sido casado Tivera uma filha e uma segunda ficara a caminho Ness
27. Ele percebeu que as m os dela n o tremiam mais Pelo menos deixe eu ajud lo com as roupas disse Antes de ir Jonathan passou o bra o em volta de Simone e a abra ou Isso voc pode fazer Agora vamos ver se a gente consegue destrinchar essa papelada que trouxe do escrit rio do Blitz Ele abriu a pasta e come ou a revirar a papelada que catara da escrivaninha Eram na maioria contas e uma miscel nea de pap is in teis Passou os para Simone que olhou rapidamente cada um deles antes de devolv los pasta Nenhum dos dois encontrou nada que revelasse qualquer ind cio sobre quem era Blitz ou para quem ele trabalhava Em um bolso lateral Jonathan achou um Palm um aparelho que conjuga telefone processador de texto e mail e navegador de internet Apertou o bot o de ligar O aparelho acendeu e ativou se na fun o telefone No canto superior um asterisco apareceu e come ou a piscar indicando uma mensagem de voz Jonathan clicou ali Uma senha foi solicitada Ele digitou 1 1 1 1 de pois 7 7 7 7 Acesso negado Disse um palavr o entre os dentes O que isso perguntou Simone escorregando para mais perto dele com os olhos fixos na tela O Palm do Blitz Tudo est protegido por senha N o consigo entrar no programa Nem no e mail nem no Word nem no navegador O que voc usa como senha Depende Tenho uma senha diferente para cada conta Antes usava o anivers rio da minha m e d
28. Em suma estava perfeito Liz Taylor n o falou saindo do banheiro Mas Vince Vaughn eu aceito No m nimo Brad Pitt Brad Pitt louro E da Eu fico com ele qualquer que seja a cor Jonathan entrou no quarto e pegou a sacola com suas roupas novas Colocou a sobre a cama e retirou o terno e o sobretudo azul marinho A televis o estava ligada O apresentador falava italiano e dizia que o segundo policial atacado no dia anterior em Landquart havia morrido e que a ca ada ao m dico americano procurado pelo crime fora ampliada at o cant o de Tessin onde o corpo de um executivo alem o fora encontrado naquela manh Jonathan sentou se e escutou Ouviu seu nome ser citado duas vezes Dottore Jonathan Ransom Felizmente n o mostraram nenhuma foto O apresentador passou previs o do tempo mas Jonathan j deixara de prestar aten o Estava pensando na televis o do lobby do hotel ligada no notici rio da noite na hora em que se regis traram e no concierge cujos olhos pretos estreitos n o perdiam um s detalhe Se a ca ada fora ampliada para o Tessin a pol cia devia ter entrado em contato com todos os hot is da regi o Faxes teriam sido enviados com seu nome e descri o Talvez at soubessem que ele estava viajando na companhia de uma mulher Foi at a varanda abriu a porta e saiu para a chuva L longe na beira do lago viu uma luz piscante azul e branca se aproximando Cem metros atr s vinh
29. Em toda a Su a os primeiros dias de fevereiro eram a semana do esqui tradicional per odo de recesso escolar Fam lias de St Gallen a Genebra seguiam para as montanhas Nesse dia por m as nevascas cont nuas e os ventos fortes haviam interditado todos os telef ricos incluindo o Luftseilbahn As cal adas estavam apinhadas de gente Ningu m subiria Nem Jonathan nem ningu m Ao passar pela Lanz Uhren und Schmuck Boutique ele parou abruptamente Na vitrine central ladeada por rel gios de pulso reluzentes havia uma esta o meteorol gica antiga um tr s em um composto de term metro higr metro e bar metro Estava no mesmo lugar oito anos antes quando estivera ali com Emma em sua primeira viagem s montanhas O conjunto tinha o tamanho de um radioamador e era formado por tr s medidores que registravam as condi es atmosf ricas No centro uma luzinha vermelha acesa indicava que a press o barom trica estava caindo O clima ruim iria durar Ainda nevaria por algum tempo Jonathan inclinou se na dire o da vitrine para estudar os n meros Durante as ltimas 36 horas a temperatura ca ra de um m ximo de 3 C para um m nimo de 11 C A umidade relativa do ar havia disparado enquanto a press o barom trica despencara de 1 000 para 700 milibares o n vel atual Por que o senhor n o verificou a previs o do tempo perguntara lhe o policial na noite anterior Em sua mente Jonathan estava novamente na mo
30. Jonathan viu uma camada de neve cair sobre as pontas de seus esquis Em segundos eles ficaram cobertos As pontas dos esquis come aram a tremer Em poucos instantes Jonath an se esqueceu completamente das fixa es Com cuidado levantou se Acima de seu ombro o Nordwand do Furga um pared o de pedra e gelo erguia se 300 metros at um pico dentado de calc rio Os ventos constantes haviam empilhado neve fofa em volta do sop formando um banco de neve alto e largo que parecia saturado e inst vel Carregado no jarg o dos alpinistas A garganta de Jonathan secou Ele era um montanhista experiente J escalara os Alpes as Rochosas e at mesmo o Himalaia durante uma temporada J tivera seu quinh o de acidentes Sa ra ileso enquanto outros n o haviam conseguido Sabia quando se preocupar Est sentindo perguntou ele Est se preparando para desmoronar Voc ouviu alguma coisa N o Ainda n o Mas Em algum lugar ao longe em algum lugar acima deles um barulho distante de trovoada eco ou pelos cumes A montanha estremeceu Ele pensou na neve acumulada no Furga Dias de frio inclemente a haviam congelado para transform la em uma gigantesca placa de centenas de toneladas N o era uma trovoada que estavam ouvindo mas o barulho da placa rachando e soltando se da neve mais antiga e mais esfarelada que havia embaixo Jonathan ergueu os olhos para a montanha J fora surpreendido por uma avala
31. O gar om chegou e ela pediu um u sque Uno doppelte per favore A bebida veio depressa e ela a tomou de um gole s Ligou para o marido e conversou com ele sobre as novidades do F rum Econ mico Mundial depois lhe disse que chegaria a Davos depois de uma da manh Jonathan vai bem falou Est muito chateado claro coitadinho e guarda tudo para si a cara dele N o ele ainda n o marcou a data do funeral Nesse instante a mesa chacoalhou e um homem p lido e compacto sentou se sua frente Simone ergueu os olhos depressa Infelizmente a mesa est reservada falou abaixando o telefone Mas h muitos outros lugares livres Eu gosto de sentar perto da janela Ela engoliu o coment rio que estava na ponta da l ngua Paul tenho de ir O trem chegou Tchau amor Simone deixou cair o telefone dentro da bolsa Pela primeira vez olhou diretamente para o homem sentado do outro lado da mesa Tinha olhos tristes e a pele t o p lida que chegava a ser transl cida Ela n o conseguiu encar lo por mais de alguns segundos Sim a vista pode ser agrad vel falou Mas prefiro no ver o No ver o eu estou em Zurique Simone fez deslizar pelo tampo da mesa um peda o de papel Ele est num Mercedes preto falou Placas provis rias Est indo para Goppenstein Atravessar a montanha de trem Vai tentar pegar o de 22h20 para Kandersteg O Fantasma estudou o pape
32. Suic dio Jonathan deu um passo para tr s tentando ver uma pistola mas n o havia arma nenhuma Lembrou se da sombra passando no canto do sal o Suic dio n o Assassinato Jonathan olhou para a porta imaginando se o assassino ainda estaria dentro da casa e se ele pr prio estaria correndo perigo Deixou a id ia de lado e come ou a conversar com Blitz dizendo lhe seu nome e que era marido de Emma Disse lhe para ag entar firme e afirmou que iria fazer o poss vel para mant lo vivo Com a maior delicadeza poss vel ergueu Blitz da cadeira e deitou o no ch o tomando cuidado para deixar as vias respirat rias abertas e desobstru das Virou a cabe a de Blitz e estudou o fer imento de sa da J vira muitos assim Calibre grande Balas de ponta oca N o estava otimista quanto s suas chances Mas naquele momento o homem ainda estava vivo Jonathan foi correndo at o sal o pegou o telefone e discou 144 n mero do servi o de emer g ncia Quando o atendente perguntou o que havia acontecido respondeu Ferimento letal na cabe a com grande perda de sangue Ao perceber que estava falando ingl s repetiu as palavras em italiano O que foi Jon O que aconteceu Simone estava em p na porta da sala e seu semblante era de preocupa o Suas m os est o sujas de sangue Tem um banheiro mais adiante no corredor Molhe algumas toalhas com gua quente e traga para mim Toalhas O que aconteceu
33. Von Daniken tinha raz o quanto s lascas de tinta encontradas na casa de Blitz A van tinha estacionado naquela gar agem Ent o Gassan recebe os explosivos em Leipzig entrega para Blitz junto com o autom vel e depois foge para a Su cia Blitz leva o ve culo at Zurique e pega o avi o na f brica de Lam mers Ele estuda as fotografias por mais alguns instantes E isso tudo o que a gente tem sobre a van branca Von Daniken lan ou um olhar para Myer Como assim sobre a van branca Tem alguma outra sobre a qual voc n o me falou A que ele est dirigindo agora preta Ele pintou Como voc sabe A gente n o sabe onde ele conseguiu a van branca originalmente mas sabe que as placas foram roubadas de uma outra id ntica em Schaffhausen A maioria das pessoas nem se d o trabalho de prestar esse tipo de queixa pol cia Acham que uma brincadeira e comunicam o roubo ao Departamento de Tr nsito Gassan e os amiguinhos dele se acham espertos fazendo isso Mas a gente mais Eu pensei se eles roubaram um par de placas poderiam ter roubado outro Fui fechando o cerco e pesquisei todos os informes de placas desaparecidas ou roubadas O dono de uma van preta da Volkswagen em Lausanne comunicou que suas placas sumiram duas semanas atr s N o foi o autom vel dele que sumiu vejam bem foram s as placas Passei os n meros pelo ISIS Olhem s o que encontrei Myer fez circular a ltim
34. a o carro Podemos voltar para buscar N o pararam na estradinha de terra mas continuaram a subir a encosta Ignorando o vento a chuva e a vegeta o altura do peito Jonathan abriu caminho at o topo Simone ofegava chiava e xingava mas deu um jeito de continuar ao seu lado Quando ele finalmente olhou para tr s j haviam ganhado 120 metros de altitude e a vila estava a quase um quil metro de dist n cia N o consigo continuar disse Simone arquejando em busca de ar Preciso descansar Mas foi a voz de Emma que ele escutou e por um instante jurou t la visto usando uma roupa vermelha e preta em p na encosta abaixo deles Agarrou a m o de Simone Vamos disse S h um caminho E segurando a pasta junto ao peito virou se e continuou subindo a montanha 29 MILLI BRANDT PERCORREU DEPRESSA o caminho coberto de neve cercado dos dois lados por sebes altas e bem cuidadas Em tempos melhores gostava de visitar os jardins do Pal cio de Sch nbrunn Estendendo se por quase dois quil metros a cada lado seu terreno impecavelmente conservado era o retrato de uma poca em que realeza significava poder irrestrito Para o bem e para o mal A primeira vez que visitara os jardins do pal cio fora logo depois de chegar de Israel Junto com os pais e a irm passara o dia caminhando de uma ponta a outra do parque e subindo o morro at a Gloriette a imensa colunata constru da em 1775 pelo imperador J
35. a sair do governo mas sob a alega o de um afastamento por motivo de sa de ou algum outro disfarce Ent o ele vai se safar comentou Myer Von Daniken deu de ombros Tenho certeza de que voc e eu vamos dar um jeito de tornar a vida dele mais interessante no futuro Vai ser um enorme prazer Von Daniken encheu uma x cara de caf e sentou se sua escrivaninha N o conseguia parar de pensar em Marti sendo pago pelos norte americanos Licen as de exporta o Mercadorias de uso duplo Tudo isso cheirava a arma o Mas com que objetivo Por que equipar o pr prio inimigo com materiais perigosos Terminou o caf e ent o ligou para Philip Palumbo Estava ansioso para ver se o seu contato na CIA conseguira alguma informa o sobre o assassino que matara Lammers e como con firmavam os ltimos pareceres m dicos Gottfried Blitz tamb m conhecido como Mahmoud Quitab A chamada entrou na caixa postal Von Daniken deixou seu nome e telefone mas n o disse nada sobre o motivo da liga o Palumbo saberia do que se tratava Os americanos Para onde quer que se olhasse l estavam eles A chave de tudo era Ransom Ele havia se encontrado com Blitz e Jinn Era a nica pe a que participara das duas opera es Nesse exato instante viu Hardenberg chegar sala agitado Estava sem palet e a barriga bal an ava descontrolada de um lado para outro como uma bola de boliche Senhor disse ele sem con
36. disse Von Daniken com o tipo de entusiasmo que os americanos associavam sinceridade Palumbo ruminou um pouco aquilo deixando Von Daniken com o chiado da telefonia celular Est bem ent o disse ele por fim Est bem o qu Eu volto a ligar disse Palumbo sem dar detalhes A liga o foi encerrada 51 O N MERO 30 DA WALDHOHEWEG era um pr dio simp tico de cinco andares situado em um pacato bairro residencial de Berna n o muito longe do centro da cidade B tulas esguias sem folhas cresciam em canteiros na cal ada a cada 20 metros mais ou menos parecendo sentinelas esquel ticos Jonathan passou em frente ao edifi cio devagar examinando o procura de qualquer sinal de que estivesse sendo vigiado s 4 da tarde a vizinhan a estava trangj ila a ponto de parecer quase abandonada N o vendo nada fora de lugar ele estacionou o carro tr s quarteir es mais acima na mesma rua Emma real porque Bea real lembrou a si mesmo enquanto descia do autom vel Durante o trajeto que partia de Zug Jonathan havia repassado tudo que sabia sobre Bea Aos 35 anos era arquiteta de profiss o embora nunca tivesse conseguido se estabelecer no ramo J tinha sido artista frustrada fot grafa frustrada e fabricante de vidro artesanal frustrada Era um bicho solto Um esp rito livre com um certo qu de alma perdida mas real Carne e osso vestidos de cal a jeans larga jaqueta de motociclista rasgada e a
37. em p na frente do hospital bra os esticados impedindo a entrada Duas pi capes todas sujas de lama est o estacionadas l perto A m sica sai aos berros de seus alto falantes Uma melodia em tom menor com um compasso de bate estacas Um esquadr o de milicianos armados cerca o rapaz cutucando o com os canos das metralhadoras gritando para que destranque as portas Jonathan se intromete e pergunta em um rabe rudimentar o que eles querem O senhor o respons vel pergunta o l der um jovem de pele amarelada na casa dos 20 anos com uma barba rala e olhos de gato O senhor o m dico Eu sou o m dico responde Jonathan gente precisa de rem dios Diga para esse garoto sair da frente Nunca grita Rashid um garoto de 15 anos revoltado e muito independente Desde a chegada de Jonathan e Emma tem estado constantemente ao lado deles Jonathan seu dolo e mentor seu santo protetor e seu protegido mais sagrado Rashid tem planos de estudar medi cina ao menos para poder cuidar dos numerosos parentes O hospital pertence tanto a ele quanto aos membros do servi o humanit rio Por favor diz Jonathan sorrindo para aplacar os nervos exaltados Deixem me ajudar Voc s est o doentes Algum dos seus homens est ferido o meu pai diz o l der do bando O cora o dele Ele precisa de rem dios Traga o seu pai aqui diz Jonathan Vamos tratar dele com
38. lia Tingeli j fez o suficiente por este pa s Von Daniken desceu os degraus da frente e andou at a cal ada onde seu carro estava estacion ado Durante todo o tempo tivera a sensa o da m o invis vel de algu m naquela investiga o N o era algo que fosse capaz de identificar Era apenas uma sensa o Como a maioria dos policiais sabia que n o deveria ignorar a pr pria intui o A informa o que tinha em m os agora era suficiente para chocar o pa s que dir um policial de meia idade que ainda acreditava na incorruptibilidade do pr prio governo Passou alguns instantes parado pensando em como deveria agir avaliando em quem podia confiar Quando estava abrindo a porta do carro um sed escuro ltimo modelo da Audi subiu a rua com o motor rugindo e freou ao seu lado A janela foi baixada e revelou o rosto afogueado de Kurt Myer gente achou o Ransom Prenderam ele Ainda n o mas temos id ia de onde ele est O que aconteceu Ontem noite dois policiais de Berna atenderam a um chamado sobre um intruso que tinha entrado num apartamento Bateram na porta e um homem respondeu Era o Ransom Parece que sim Antes de ele abrir a porta alguma coisa explodiu dentro do apartamento Os policiais arrombaram a porta e encontraram a cozinha e o quarto em chamas Aparentemente foi uma explos o de g s Um vazamento no forno ou no fog o Uma explos o de g s Von Daniken lem
39. lvula dentro da caixa e bateu com for a na nuca de Hoffmann Ele tentou levantar se mas Jonathan tornou a bater Hoffmann desabou no ch o Sr Hoffmann chamou a secret ria agora batendo na porta Por favor Que barulho esse Posso entrar Atordoado Jonathan cambaleou para tr s tateando em busca da mesa para se equilibrar Viu de relance o pr prio reflexo em uma fotografia emoldurada Estava com uma cara horr vel O corte em sua garganta sangrava Por pouco n o atingira a car tida Ele sacou um len o do bolso e apertou o em cima do ferimento Um segundo disse sorrindo de forma grotesca para imitar a voz alegre de Hoffmann Olhou para a sala em volta Atr s da escrivaninha uma janela se abria para uma altura de quatro andares Dessa vez n o havia canos pelos quais deslizar Ele foi depressa at a porta pegou a pistola e enfiou a no c s da cal a Pode entrar falou A secret ria entrou esbaforida Antes de conseguir interpretar o que via Jonathan fechou a porta atr s dela Nossa mas o que foi que aconteceu indagou ela associando lentamente os diversos ele mentos sua frente Jonathan a imprensou contra a porta imobilizando a com o antebra o Se ficar quieta n o vou machuc la Entendeu A secret ria aquiesceu vigorosamente Mas Shhh disse ele Voc vai ficar bem Eu prometo melhor relaxar Os olhos da mulher se arregalaram aterrori
40. nimo nada era previs vel Por fim seus olhos tornaram a pousar na pontinha de tecido azul beb que aparecia debaixo do travesseiro Sentando se na cama pegou a camisola de Emma e levou a ao rosto A l estava usada macia e recendia a baunilha e s ndalo Uma onda de sensa es o submergiu A sensa o dos m sculos firmes e arredondados que acompanhavam sua coluna vertebral O calor que irra diava da base do seu pesco o O desejo causado por seu sorriso provocante espiando o por tr s da cortina de cabelos O qu perguntaria Emma pronunciando as palavras como se fossem um desafio Jonathan baixou a camisola at o colo Tudo aquilo j n o existia Uma corrente de saudade varou seu corpo Uma corrente t o poderosa que amea ava se transformar em p nico P nico diante da perda permanente inconsol vel Olhou para a camisola de Emma e respirou com mais tranquilidade N o estava pronto para dizer adeus Dobrou a e tornou a coloc la debaixo do travesseiro Durante algum tempo ainda queria manter a mulher consigo 7 A SEDE DO SERVI O DE AN LISE E PREVEN O ficava em um pr dio moderno de a o e vidro na Nuss baumstrasse em Berna A equipe do servi o de contra espionagem su o contava com menos de 200 funcion ri os Suas tarefas giravam principalmente em torno da coleta e an lise de informa es e envolviam o controle dos agentes registrados de governos estrangeiros a maioria dos quais morava em Berna
41. o de qualquer atividade ilegal Von Daniken absorveu as informa es E o nome Pode me dizer para quem a carta estava endere ada Ora claro O policial lhe disse o nome Tinha de ser pensou Von Daniken N o existiam coincid ncias naquele jogo Marcus est a perguntou Palumbo Estou Pode falar Aparentemente esse tal de Quitab tem uma casa pelas suas bandas disse Palumbo Tele fonei para deixar voc informado eu sei Como assim sabe Palumbo parecia irritado Achei que nunca tivesse ouvido falar nele Na verdade estou na casa dele neste exato momento Est querendo dizer que sabe sobre essa opera o mais complicado do que isso Quitab est morto Morto Quitab Como Quer dizer timo Meu Deus que boa not cia Fiquei preocupado por um instante Achei que voc s estivessem com uma situa o complicada nas m os Encon traram os explosivos tamb m Encontramos Os 50 quilos Gra as a Deus Voc s desviaram uma bala e tanto Von Daniken entrou correndo na garagem Contou os tijolos de explosivo Seis feixes de cinco tijolos Trinta quilos no m ximo Como assim a gente desviou uma bala Phil Voc s t m id ia do que o Quitab estava plane jando Achei que voc s O sinal enfraqueceu e a voz de Palumbo desapareceu em um mar de es t tica porra de maluco do cacete Est fal
42. o queria conspurc las Aproximou a carta do rosto e seus pensamentos divagaram para o nico lugar que nunca mais queria visitar Paris onde Emma fora passar um fim de semana entre amigas para tomar um banho de cultura croissants e visitar a nova exposi o de Chagall Paris onde Emma havia desaparecido durante dois dias e duas noites e nem sequer os seus recados mais urgentes conseguiram localiz la Paris Jonathan est dormindo em sua barraca de campanha deitado na cama de cueca samba can o e nada mais s 3 da manh o calor ainda opressivo Foi um ver o quente at mesmo para os altos padr es do Oriente M dio Durante os meses que passou morando e trabalhando no vale do Bekaa ele aprendeu a dormir e suar ao mesmo tempo A cama ao seu lado est vazia Emma viajou para passar uma semana na Europa Quatro dias na sede da ag ncia em Genebra depois tr s dias em Paris onde vai encontrar a melhor amiga Simone para um tour rel mpago pela Cidade Luz Elas ir o passar uma tarde no Jeu de Paume uma noite assistindo ao espet culo de som e luz em Versalhes Com sua conhecida exuber n cia Emma fez planos para cada minuto de seus dias O som de motores o desperta A noite ruge com a aproxima o de uma invas o mecanizada Jonathan levanta a cabe a do travesseiro Um tiro corta a escurid o Jonathan desce cambaleando da cama e corre para o lado de fora da barraca Rashid um garoto palestino est
43. passageiros que voltavam para casa O tr fego diminuiu Jonathan entrou na rua virando esquerda para longe da esta o Quatro quarteir es mais adiante encostou e abriu a janela Entre Simone entrou no carro Apertando o casaco em volta do corpo examinou o interior Este carro da Emma perguntou Acho que sim Jonathan entrou na auto estrada em dire o ao leste Uma placa dizia Chur 25 km Simone ficou intrigada Para onde voc est indo Estou voltando para o hotel A gente precisa descobrir quem mandou aquelas malas 18 MAIS QUENTE Um guarda girou o bico que regulava os queimadores de g s butano Chamas azuis cresceram debaixo do enorme tonel de cobre O medidor de temperatura marcava 60 C O ponteiro come ou a subir O nome daquilo era caldeir o e o aparato datava do s culo XVII Com pouco mais de 1 50 metro de altura e quase a mesma largura fazia parte do equipamento da lavanderia p blica de Aleppo na poca em que a S ria era uma prov ncia do Imp rio Otomano O ponteiro atingiu 65 C Mergulhado at os ombros na gua que esquentava rapi damente Gassan come ou a pedalar de forma fren tica N o podia deixar os p s encostarem no fundo com medo de que se queimassem O ponteiro chegou a 68 C Fora uma noite longa Gassan demonstrara uma resist ncia impressionante Havia sofrido mesmo assim n o dis sera uma palavra sobre para quem entregara os 50 quilo
44. precisava ser feito nesse tipo de situa o O engenheiro cortou mais um peda o de vitela espetou v rias batatas fritas e um peda o de br colis com o garfo e enfiou tudo na boca O senhor se importaria em guardar meu lugar um minutinho perguntou lhe Jonathan As palavras sa ram com mais seguran a do que ele esperava Tenho que dar uma olhada no par qu metro Estou estacionado na esquina J volto Claro O engenheiro sequer se deu o trabalho de erguer os olhos Do lado de fora Jonathan levantou a gola para se proteger da neve e caminhou depressa at uma farm cia mais adiante no mesmo quarteir o A cruz verde iluminada em frente porta do estabelecimento era uma vis o conhecida Do seu apartamento em Genebra ele passava por nada menos do que quatro farm cias a caminho da parada do bonde a meros cinco quarteir es de dist ncia Entrou e foi direto at o balc o de atendimento Sem hesitar exibiu sua carteira de m dico internacional por cima do balc o e pediu c psulas de 500 miligramas de triazolam mais conhecido pelo nome fantasia de Halcion Embora consciente de ser alvo de uma persegui o em n vel nacional ele n o achava que os seus riscos de ser descoberto fossem muito altos Em primeiro lugar o Halcion era um sedativo receitado com freq ncia para tratar ins nia Uma receita de 10 c psulas n o chamaria a men or aten o Em segundo lugar ao contr rio do que acontecia nos Estados Un
45. prefeituras e postos diplom ticos belgas mundo afora O pa s perdia passa portes do mesmo jeito que algumas pessoas perdem as chaves de casa A gente pode verificar Conectando se ao computador Seiler inseriu o n mero do pass aporte no Identigate o reposit rio da pol cia su a para mais de dois milh es de documentos roubados e fraudulentos do mundo inteiro Os belgas s o t o escrupulosos para informar o roubo dos passaportes em branco quanto displicentes para perd los disse Se este aqui for roubado vamos saber Depois de alguns instantes seus tra os largos se franziram de descon tentamento Nada No que diz respeito aos belgas este passaporte genu no Tem certeza de que n o foi manipulado Absoluta As fotos s o queimadas no pr prio tecido do passaporte fisicamente imposs vel Lammers ter substitu do a fotografia do detentor original pela dele Posso usar seu telefone vontade Von Daniken fez uma liga o para o departamento de documentos de identifica o da Pol cia Federal Belga Frank estou com um dos seus passaportes em cima da minha mesa Pertence a um homem que foi morto ontem noite primeira vista parece verdadeiro Ele recitou o n mero e o nome correspondente E genu no disse Frank Vincent depois de um ou dois segundos O n mero est no sistema Engra ado Temos registro desse cara como Theo Lammers cidad o ho
46. quetes de bagagem Teve uma vis o de si mesmo abrindo uma matryoshka russa aquelas bonequinhas coloridas que se encaixam umas dentro das outras cada qual contendo uma g mea id ntica em tamanho menor Um resistente cadeado dourado prendia o z per Jonathan olhou para Simone Ela assentiu Ele ent o enfiou a l mina de sua faca no couro e deslizou a por todo o comprimento da bolsa A primeira coisa que viu foi um saco pl stico de congelamento contendo as chaves de um Mercedes Benz e um mapa desenhado m o com um quadrado indicando Bahnhof e um ret ngulo ao lado onde se lia Estacionamento com um X marcado no canto mais afastado Seria a esta o de Landquart Havia muitas Bahnhofs na Su a Debaixo das chaves havia um blazer de crepe azul marinho junto com uma cal a do mesmo pano e uma blusa marfim Era o tipo de terninho estiloso usado por jovens executivas de Frank furt e Londres Mulheres que se podia ver andando apressadas por aeroportos em cima de saltos de 10 cent metros com o celular colado no ouvido e uma bolsa de laptop pendurada no ombro Em seguida havia um conjunto de suti e calcinha de renda preta Aqueles dali n o tinham nada de profissional pensou Jonathan erguendo os com um dedo Tinham sido feitos para impressionar uma clientela inteiramente diferente Depois surgiu um estojo de maquiagem Jonathan o examinou R mel Delineador Batom Base blush hidratante e minha nossa senhora um p
47. sentindo o corpo se anestesiar a mente rejeitar o que seus ol hos lhe diziam O homem morto era Philip Palumbo 44 O que mais voc s sabem sobre o avi o teleguiado perguntou Von Daniken ao voltar para o posto de comando A equipe composta por n o menos de seis homens respondeu Emma Quatro para montar o avi o e ficar de vigia Um para servir de controlador de v o e o outro para pilotar Todos fortemente armados Von Daniken caminhou at a janela a passos largos e olhou para o topo da colina Conhecia aquela rea uma encosta coberta de vegeta o que abrigava as ru nas das antigas muralhas que outrora cercavam a cidadela de Zurique Enquanto seus olhos se ajustavam penumbra um avi o decolou do aeroporto ergueu se no c u e inclinou se acentuadamente para a direita pas sando bem em cima de onde estava Ele olhou para a estrada Os homens de Brandt sa am da casa em fila indiana N o havia tempo para tornar a reuni los Pegue o carro ordenou a Hardenberg Em seguida virou se para Myer Voc est com a grade de v os que eu pedi Myer tirou um ma o de pap is do bolso do casaco Von Daniken estudou a lista de chegadas e partidas Chegando s 20h07 V o 863 da El Al procedente de Tel Aviv Verificou o rel gio Eram sete e meia Olhou para Emma O que mais pode me dizer H dois caminhos para se chegar at a casa disse ela Um pela estrada que vai servir de p
48. 13 de fevereiro Estou ouvindo uma sirene insistiu Simone Por favor Jonathan Vamos sair daqui Um segundo Debaixo do memorando havia diversos envelopes pardos Dentro do primeiro ele encontrou tr s fotografias de Emma do tamanho usado para passaportes parecidas com a da carteira de motorista Um segundo envelope continha outras fotografias de um homem louro de semb lante s rio mais ou menos da idade de Jonathan Hoffmann estava escrito atr s com a mesma caligrafia masculina em letras de forma usadas para endere ar o envelope para Emma Ele encarou a foto Hannes Hoffmann O homem que havia enviado o memorando para Eva Kruger Fachada murmurou Jonathan lembrando se de uma express o lida em algum dos romances de espionagem que ele devorava quando adolescente tudo fachada Emma que n o Emma Anfetaminas disfar adas de balas de hortel Um disfarce para tudo e para todos Olhou para o corpo estendido no ch o E Blitz Quem seria ele medida que a escala da farsa ia ficando mais clara Jonathan estremeceu Aquilo n o era um subterf gio isolado Emma n o estava subornando nenhum ministro da Sa de africano nem comprando rem dios no mercado informal Aquilo era bem maior Tinha uma escala inteira mente diferente Aquilo era um mundo de p lulas energizantes falsas identidades e carteiras de motorista adulteradas com perfei o Jonathan por favor Simone agarrou a cadeira
49. Airbus A380 o novo jumbo de dois andares com capacidade para at 600 passageiros As turbinas rugiam magnificamente en quanto o avi o ganhava altitude Estava pr ximo o suficiente para ele poder identificar a ins gnia na cauda Uma orqu dea roxa com a palavra Thai escrita embaixo O v o de 21h30 para Bangcoc O piloto ficou olhando o avi o desaparecer no meio das nuvens ent o virou se e olhou para tr s Espalhada na plan cie l embaixo havia uma cidade dentro da cidade In meras luzes iluminavam longas faixas de terminais de passageiros e grandes hangares de concreto a o e vidro cercados por campos nevados Aeroporto de Zurique A vista n o poderia ser melhor 37 INCLINE A CABE A PARA TR S disse Simone massageando a tintura nos cabelos limpos e midos dele Primeiro vamos deixar agir em seguida lavar depois cortar Preto siciliano Voc n o vai se reconhecer N o comigo que estou preocupado Sentado em um banquinho Jonathan inclinou a cabe a em dire o pia e fechou os olhos Os dedos fortes de Simone fizeram a tintura penetrar em todos os recantos de seu couro cabeludo massageando lhe as t mporas o cocuruto descendo pela nuca O efeito das anfetaminas j passara havia muito tempo A loucura que o levara a invadir a casa de Blitz e comandara seu di logo com Hannes Hoffmann executivo da ZIAG pertencia a um pas sado nebuloso e distante Sentia se exaurido com a pele ainda formiga
50. Eu tamb m Emma falou erguendo o rosto e dando lhe um beijo Olhe disse ele mais s rio o neg cio aqui est ficando feio Acho que talvez a gente devesse voltar Emma lhe estendeu a garrafa Nem pensar mo o Eu j derrotei voc uma vez nesta montanha Pode prestar aten o que vou derrotar de novo Valendo dinheiro Uma coisa melhor que dinheiro Ah Jonathan tomou um gole d gua pensando em como era bom ouvi la falar besteira de novo Quanto tempo fazia Seis meses Um ano at desde que as dores de cabe a haviam surgido e Emma come ado a desaparecer dentro de quartos escuros por horas a fio Ele n o tinha certeza da data Sabia apenas que fora antes de Paris e que Paris fora em julho Arrega ando a manga do casaco percorreu as fun es de seu rel gio de pulso Suunto Altitude 2 804 metros Temperatura 10 Celsius Bar metro 900 milibares e em queda Encarou os n meros sem acreditar totalmente nos pr prios olhos A press o estava caindo verti ginosamente O que foi perguntou Emma Jonathan enfiou a garrafa d gua dentro da mochila A tempestade vai piorar Temos que deixar umas marcas Tem certeza de que n o quer voltar Emma sacudiu a cabe a Dessa vez n o havia orgulho em seu gesto Apenas decis o Tudo bem ent o disse ele V voc na frente Eu sigo logo atr s Me d s um segundinho para arrumar as fixa es Ajoelhado
51. Gotthard e o congestionamento estendia se por 25 quil metros Um an ncio foi feito para embarcarem no helic ptero Relutante ele saiu do espa o aquecido do terminal seguido por Myer e Krajcek Quanto tempo perguntou ao piloto quando subia a bordo Noventa minutos se o tempo se mantiver A resposta foi acompanhada pela oferta de um saquinho para enj o Von Daniken apertou com firmeza o cinto de seguran a Olhou para o saquinho de papel branco no colo e mur murou uma prece curta 44 O helic ptero aterrissou em um campo de pouso nos arredores de Ascona s 9h06 Durante o v o ventos de frente violentos sacudiram a aeronave como uma bola de pingue pongue em um sorteio de loteria O piloto perguntou duas vezes a Von Daniken se ele queria voltar A cada vez Von Daniken s fazia sacudir a cabe a Pior do que o enj o era a suspeita de que Blitz naquele exato momento estava fazendo as malas e escapulindo pela fronteira italiana O n mero anotado na agenda de Lammers fora identificado como pertencente a um certo Gottfried Blitz morador da Villa Principessa em Ascona Um telefonema havia alertado a pol cia local sobre a chegada iminente de Von Daniken Foram dadas instru es para que ningu m tentasse em nenhuma circunst ncia contactar ou prender o suspeito O motor gemeu e em seguida parou por completo As h lices diminu ram a velocidade e curvaram se sob o pr prio peso Quando Von Daniken pousou os p
52. Hoffmann Imagino que voc s estejam fabricando alguma coisa que n o deveriam e entregando para algu m que n o deveria receber Mas quem era P J E o que ele estava fazendo ao participar do F rum Econ mico Mundial em Davos Jonathan pesquisou e observou que Aguia ficara encarregado de pegar as credenciais dele no Posto de Seguran a 1 na Davosstrasse a rua principal que cruzava o centro da cidade Ele terminou de comer e pagou a conta em dinheiro Saiu do restaurante e parou em um quiosque ali perto para dar uma espiada nos jornais expostos Quase todos tinham uma man chete sobre o F rum Econ mico Mundial Comprou dois jornais su os al m do Herald Tribune e do Financial Times Dobrou os debaixo do bra o e atravessou o estacionamento at o Mercedes Ao entrar na fila onde estava estacionado deu de cara com os far is de um carro que andava devagar Levou alguns instantes para reparar nas sirenes sobre o teto Manteve o passo regular andando reto na dire o do carro de pol cia A viatura avan ava bem lentamente Havia dois policiais dentro dela Uma lanterna de m o iluminava a placa de um carro depois a seguinte Jonathan chegou ao Mercedes e entrou Instantes depois a cabine se encheu de luz Ele esperou a respira o apertada dentro do peito A ilumina o tornava f cil ver o jornal no banco ao seu lado Uma foto na manchete do Neue Ziircher Zeitung mostrava um homem do Oriente M dio rezando fervorosamente A legen
53. Kandersteg encontravam se acesas as luzes de um pequeno quarto de hotel onde um homem magro e musculoso completamente nu tremia violentamente de p em frente ao espelho Parecia uma vis o de um circo dos horrores Grandes manchas de sangue cobriam sua pele ca dav rica Olhos negros febris espiavam de rbitas fundas Mechas de cabelo sem vida colavam se testa suada O Fantasma estava morrendo O veneno estava matando o Uma de suas pr prias balas havia ricocheteado no vidro blindado e penetrado em seu abdome logo acima do f gado O ferimento n o tinha nem o tamanho de uma semente de girassol mas a pele em volta apresentava uma cor marrom amarelada como um hematoma de uma semana A cada batida do cora o pequenos riachos de sangue escorriam por sua barriga chapada e sem p los Podia sentir a bala alojada bem rente superf cie Seu impacto no vidro havia espatifado a ponta oca da c psula Era s um fragmento revestido com poucos microgramas do ven eno De outra forma ele j teria morrido Um espasmo varou seu corpo Ele fechou os olhos esperando passar A respira o estava ficando dif cil a vis o come ava a falhar A ponta de seus dedos formigava como se estivesse sendo espetada por agulhas Nos recantos de sua mente ele olhava para o abismo Via formas l dentro seres monstruosos se contorcendo de dor Via rostos tamb m As v timas que matara gritavam seu nome Esperavam ansiosamente a sua chegada Ele recuou
54. Marti pendeu a cabe a Von Daniken pegou os pap is de sua m o Ent o Alphons o que Jonathan Ransom est fazendo exatamente N o sei N o sabe ou n o quer dizer Tudo que sei que eles o queriam fora do caminho Ele n o faz parte de nada Parte de qu N o minta para mim Em algum lugar por a h um grupo de terroristas com um avi o teleguiado que pretende explodir num avi o de carreira nas pr ximas 48 horas Eu j disse N o sei nada sobre avi o teleguiado Ent o o que voc sabe N o est ganhando 500 mil francos por m s para n o fazer nada Quero saber tudo Quem Por qu Se voc puder me dizer alguma coisa capaz de deter o ataque a hora esta E a nica chance que vai ter de atenuar as acusa es Vou contar disse Marti ap s um longo sil ncio Mas se algu m perguntar eu nego tudo Von Daniken esperou Marti deu um suspiro Eu n o sei nada sobre o ataque O que eles queriam eram licen as de exporta o Como min istro da Justi a sou eu quem supervisiono essa parte Quem queria as licen as John Austen Quem John Austen Um amigo que acredita nas mesmas coisas que eu N o me venha com essa bobajada Quem ele Um brigadeiro da For a A rea norte americana O trabalho dele na verdade chefiar uma se o especial chamada Divis o Dois anos atr s a organiza o dele orquestrou a compra de uma empresa
55. N o estava mais olhando do lado de fora o c njuge em luto tentando esclarecer a vida dupla da esposa Suas atividades clandestinas Ele agora fazia parte daquilo o que quer que aquilo fosse Enfrentando a chuva saiu do carro e examinou o Mercedes em busca de danos O p ra choque dianteiro estava arranhado e amassado na parte inferior direita mas fora isso o carro estava em bom estado Um verdadeiro tanque pensou sentindo uma onda de orgulho Tornou a entrar no autom vel depressa e aumentou a calefa o Pensou no homem que tentara mat lo Tinha certeza de que era o mesmo homem que matara Blitz Devia ter passado o dia in teiro seguindo Jonathan esperando aguardando o momento certo Mas por que esperara tanto Houvera muitas ocasi es tanto na montanha quanto na cidade em que Jonathan estivera vul ner vel N o tinha resposta para essa pergunta Uma coisa era certa o assassino devia ter ficado surpreso com o fato de o carro ser blindado E isso a amig o Uma porra de um tanque Jonathan levou a m o ao pesco o sentindo o S o Crist v o encostado na pele Patrono dos viajantes Sentiu vontade de beijar a medalha O sorriso se desfez dali a alguns segundos apagado por uma sensa o cada vez mais forte de medo N o acreditava nem por um segundo que o assassino fosse desistir Estava l fora em algum lugar e estava chegando perto igualzinho ao incans vel homem de um bra o s das velhas hist rias de fantasma
56. Su a somando uns 26 milh es de francos Dei a ele a minha palavra de que se n o desse informa es sobre as pessoas por tr s dessas contas e qualquer outra que porventura tivesse rela o com elas eu me encarregaria pessoalmente de fazer com que cada ltimo franco do dinheiro dele ficasse congelado pelo resto da sua vida E O Sr Brunswick abriu o bico na hora As duas contas n o identificadas foram abertas por uma empresa fiduci ria que subsidi ria do Banco Tingeli Foi a mesma empresa que efetuou a compra da Villa Principessa em nome da holding de Cura ao Como foi que voc descobriu que Brunswick tinha contas aqui na Su a perguntou Von Daniken Hardenberg fez uma careta e balan ou a cabe a grande redonda e calva V por mim Voc n o quer saber Os homens se permitiram algumas breves risadas Seiler pigarreou Pelo que eu me lembro Marcus voc conhece Tobi Tingeli pessoalmente Foi a vez de Von Daniken fazer uma careta Tobi e eu trabalhamos juntos na Comiss o do Holocausto Voc acha que ele estaria disposto a fazer um favor para voc O Tobi Ele n o sabe o que significa essa palavra Mas voc vai pedir insistiu Seiler Von Daniken pensou em Tobias Tobi Tingeli IV e nos esqueletos que o homem guardava dentro do arm rio Tingeli era rico vaidoso afetado e muitas outras coisas ainda piores Em certo sentido Marcus Von Daniken vinh
57. Unidos sem contar com o Alasca O plano era seus irm os mais velhos sa rem s cinco da manh do portal de Whitney a 2 591 metros de altura e per correrem em um dia os 35 5 quil metros de ida e volta at o pico do Whitney a 4 420 metros Jonathan e o pai iriam segui los durante os primeiros quil metros depois parariam para fazer um piquenique e pescar umas trutas at os meninos voltarem No entanto j naquela poca Jonathan dava mostras de sua veia independente Como todos os meninos que idolatram seus irm os mais velhos n o tinha a menor inten o de ser deixado para tr s Seu pai que tinha 40 anos e nunca perdia a oportunidade de sentar para comer e beber po dia parar Mas ele n o Ent o quando Ned Ransom parou depois de 6 5 quil metros e sugeriu que fizessem um intervalo para almo ar cedo Jonathan saiu correndo na frente sem atender a nenhum dos gritos chamando o de volta S parou quando chegou ao pico 11 quil metros mais adiante e 1 372 metros mais acima Cem metros frente dos irm os A sorte estava lan ada Quando fez 16 anos s pensava em escalar Um teste de equival ncia o liberou do ensino m dio Ele sequer cogitou cursar uma faculdade Passava os ver es escalando o monte McKinley e os invernos percorrendo as encostas como patrulheiro de montanha sobre seus esquis Cada centavo que conseguia poupar servia para custear a expedi o seguinte Ele foi acumulando seu quinh o de nomes importantes o No
58. a mesma probabilidade de derrubar o avi o de passageiros que o teleguiado Sinto muito Marcus mas estou com as m os amarradas Assim que tiver not cias da presidente me avise En quanto isso vou emitir um alerta para o controle de tr fego a reo Boa sorte Obrigado Von Daniken p s o fone no gancho 44 Mapas de Zurique e Genebra estavam abertos sobre duas das mesas Myer estava em p ao lado do mapa de Zurique Com uma caneta dividia a rea em volta de cada aeroporto em quadrantes de busca Von Daniken aproximou se e inclinou se por cima dos mapas Quantos agentes temos trabalhando nisso Cinq enta equipes de dois homens est o trabalhando nas comunidades em volta do aeroporto de Zurique Em Genebra s 35 Est o indo de porta em porta perguntando se algu m viu uma van branca ou preta ou alguma atividade suspeita Ele engoliu a raiva Combinadas as for as policiais das duas maiores cidades do pa s somavam mais de 10 mil homens Cento e setenta era um compromisso insignificante tudo que os chefes est o dispostos a ceder explicou Myer Marti conselheiro federal e ministro da Justi a Eles sabem o que acha disso Sabem mesmo Bom Marti mudou de opini o Temos que ligar para eles e avisar Von Daniken estudou o mapa Quatro comunidades ou gemeindes cercavam o aeroporto de Zurique Glattbrugg Opfikon Oerlikon e Kloten Um total de 60 mil habitantes em cerca de oito m
59. acidente de escalada nas montanhas pr ximas a Davos Se foi Ransom quem ligou disse ele para Myer isso explica as toalhas Ele m dico O tenente Conti que escutava a conversa encostou o queixo no pesco o e levantou a m o em um gesto tipicamente italiano Mas por que Ransom iria atirar em Blitz e depois chamar a ambul ncia para salvar a vida dele Von Daniken trocou olhares com Myer Nenhum dos dois queria responder quela pergunta por enquanto Von Daniken foi at a escrivaninha e digitou algumas teclas no laptop A tela exibia uma mis tura de cores sem nexo Era outra coisa que o estava incomodando Ser que Blitz estava trabal hando em um computador quebrado quando levou o tiro Ou ser que o estragara de prop sito para impedir algu m de descobrir o que havia em seu disco r gido Uma a uma abriu as gavetas da escrivaninha As duas de cima estavam vazias com exce o de alguns peda os de papel el sticos e canetas A de baixo trancada mas parecia ter sido for ada Ergueu os olhos e reparou em algumas caixas de mudan a encostadas na parede Correu para ver o que tinha dentro e ficou desapontado ao constatar que tamb m estavam vazias Nesse momento os t cnicos de investiga o criminal stica chegaram Solicitaram aos que n o precisavam estar ali que sa ssem do escrit rio Myer passou por Von Daniken no corredor sus surrando que ia pegar o farejador de margaridas que era como chamava o det
60. as fortes luzes do teto davam sua pele um colorido esver deado e p lido deixando o mais parecido do que nunca com um lagarto Sobrepostos ao mapa havia 30 emblemas caracter sticos amarelos e pretos indicando materiais radioativos armazenados em centrais nucleares conhecidas Os iranianos t m 10 f bricas capazes de produzir ur nio enriquecido disse usando um sinalizador a laser para indicar os diversos locais E mais quatro em que o ur nio pode ser acoplado a uma ogiva Os locais mais im portantes para suas atividades s o Natanz Esfahan e Bushehr E claro a rec m descoberta instala o de Chalus Para que um primeiro ataque tenha sucesso precisamos destruir todos eles Quatro n o bastam disse uma voz baixa Desculpe Danny disse Hirsch Vai precisar falar mais alto Quatro n o bastam O general Danny Ganz chefe de estado maior da For a A rea e l der do rec m criado Comando do Ir encarregado de todo o planejamento e opera es relativos a um ataque Rep blica Isl mica levantou se da cadeira Ganz era um homem magro e musculoso irrequieto com nariz aquilino olhos castanhos e sobrancelhas fartas Anos de combate e conflito fizeram surgir rugas profundas ao redor de seus olhos e na testa Ele se aproximou do mapa Se quisermos deter as atividades nucleares do Ir vamos ter que destruir pelo menos 20 incluindo as instala es de Chalus N o vai ser f cil Os alvos
61. at Davos para sair da encrenca em que estava metido Para conseguir provas Jonathan n o disse nada Por que est tornando isso t o dif cil perguntou ela Voc n o precisa fazer isso Simone Tem raz o N o preciso Mas Ricardo precisa Ricardo o assassino farejou o ar Por favor se voc tiver alguma informa o hora de entregar para a Sra Noiret Que jogo esse perguntou Jonathan ignorando o homem que tentara atirar nele e depois apunhal lo dentro do t nel Voc mandou este cara matar Blitz tamb m Estou jogando o mesmo jogo que todo mundo deste ramo Aqui n o se trata de brincar de m dico Jonathan tirou o flash drive do bolso e segurou o na palma da m o Todo o programa nuclear iraniano est dentro deste negocinho Jinn acha que basta para come ar uma guerra Simone olhou de relance para o flash drive Ele acha Eu n o me preocupo com essas quest es Diga me para quem voc trabalha e por que queria tanto encontrar Emma e ele seu Eu trabalho para a Ag ncia Central de Intelig ncia Sou sua amiga Acredite em mim Amiga Jonathan sacudiu a cabe a Girando o corpo dobrou o bra o para tr s e jogou o flash drive pelo precip cio Merde Simone pulou na dire o do precip cio Furiosa olhou para Jonathan e em seguida para o homem chamado Ricardo Ele todo seu Jonathan fitou o c u e respirou fundo O ar
62. atingido o vidro mas sem atravess lo O vidro era blindado N o teve tempo de reagir Nesse exato instante a porta do carro se abriu e um bra o apareceu pela fresta Tudo que Jonathan enxergou foi a pistola apontada para sua bochecha Por instinto jogou a cabe a para tr s e segurou o pulso for ando o para cima e para longe de seu rosto antes de o cano cuspir alguma coisa que estra alhou o teto Agarrou o pulso com as duas m os e fez for a para baixo Olhou para a porta e de relance viu um rosto Sobrancelhas fartas Uma express o de concentra o fria Nesse instante o trem entrou na parte mais larga do t nel A parede sua direita desapareceu e ele teve a impress o de estar olhando para uma caverna subterr nea Bem frente viu uma luz tremeluzindo A esta o de Kandersteg O assassino soltou o bra o com um pux o Jonathan fechou a porta do carro e trancou a A som bra se dissolveu na escurid o Ele deu partida no motor Mas para onde ir N o podia avan ar nem recuar e n o podia ficar sentado ali esperando para levar um tiro Colou a m o na buzina depois acendeu os far is no m ximo Os feixes de Xenon iluminaram os carros sua frente como reflexos azuis de um diamante Pela primeira vez percebeu que n o havia grade de se guran a entre os dois vag es Uma grossa corrente de dois metros de comprimento se estendia pelo v o Ent o o trem saiu do t nel Os trilhos dobraram esquerda alinhando o t
63. bastante simp tica Mas n o era tola a ponto de rev elar isso a um desconhecido Certamente n o a um homem que estava se esvaindo em sangue N o era a primeira vez naquela semana que desconhecidos vinham procurar Fr ulein Kruger Na antev spera noite ela vira dois homens agindo de forma estranha em frente ao pr dio Entrara sem lhes dirigir a palavra Mais tarde ouvira ru dos no patamar da escada e espiara pelo olho m gico a ponto de v los entrar no apartamento de Eva Ainda se sentia mal por n o ter avisado pol cia E agora aparecia um homem com um ferimento no pesco o praticamente pingando sangue no ch o N o iria cometer o mesmo erro duas vezes Voltou para a sala pegou o telefone e ligou para a pol cia Sim seu guarda falou Eu gostaria de denunciar um N o tinha certeza do que era aquilo Afinal de contas o homem tinha a chave do apartamento P s de lado as preocupa es Ele era um intruso Gostaria de denunciar uma invas o no n mero 30 da Waldhoheweg Por favor venham agora mesmo Ele est l dentro 44 Eles j tinham passado por ali Dessa vez n o se deram sequer o trabalho de esconder sua presen a observou Jonathan O que ele estava vendo eram os ind cios de uma busca meticu losa e met dica conduzida por algu m que n o tinha medo de ser descoberto A sala de estar era ampla e pouco mobiliada iluminada por l mpadas dispostas em trilho Bem na sua frente
64. cada vez que o g s passava pela centr fuga era mais enriquecido Para acelerar o processo as centr fugas eram conectadas entre si de modo que o g s cascateava de uma para outra O caminho rumo ao sucesso era bem direto quanto mais centr fugas mais r pido o ur nio poderia ser enriquecido Para ser usado em centrais de energia nuclear o mineral radioativo precisava ser enriquecido a 30 Como material de fiss o ou seja para ser capaz de gerar uma rea o nuclear precis ava alcan ar um n vel de 93 O papel sob os olhos de ElBaradei indicava marcadores de raios gama de impressionantes 96 A borboleta passou sete dias sobrevoando a rea continuou Pekkonen Durante esse tempo enviou milhares de medi es atmosf ricas E improv vel que estejam todas erradas Mas essas leituras s o astron micas protestou ElBaradei Como que eles poderiam ter escondido isso de n s durante tanto tempo A nova instala o ficava sob o solo disfar ada de reservat rio subterr neo Se est t o bem disfar ada como foi que descobrimos Pekkonen inclinou se para a frente e a mecha de cabelos louros de sua franja contrastou com sua pele avermelhada Um boato sobre a localiza o foi transmitido por um membro da delega o norte americana Junto s Na es Unidas Vinha de uma fonte muit ssimo bem posicionada no governo iraniano Os americanos acharam que poder amos confirmar ou desmentir
65. cima na rua respondeu ela Ent o boa sorte Von Daniken entrou no banco de tr s do Audi Kurt Myer segurando uma submetralhadora Heckler amp Koch sentou se no banco do carona Para dizer a verdade faz algum tempo que disparei uma destas disse olhando por cima do ombro Quanto tempo perguntou Von Daniken Nunca Me d aqui Myer entregou a submetralhadora a Von Daniken e este p s um pente na c mara e selecionou a fun o totalmente autom tica Mire e puxe o gatilho Vai acertar alguma coisa com certeza S preste aten o para n o ser um dos nossos Myer tornou a pegar a arma e a p s no colo Programe a Lenkstrasse no seu GPS disse Von Daniken enquanto o carro ganhava velocid ade Hardenberg carregou o endere o Um mapa surgiu na tela A Lenkstrasse era uma rua total mente reta que margeava o parque municipal A casa em quest o ficava na extremidade norte em um ponto onde a rua dava a volta no lado mais afastado do parque V por tr s disse Von Daniken O carro percorreu as ruas de Glattbrugg passando por baixo da auto estrada antes de iniciar uma subida ngreme e cheia de curvas pelo flanco da colina Von Daniken ligou para o aero porto Levou quatro minutos para ser transferido para a torre Identificou se Qual o status do El Al 863 Est 20 minutos adiantado respondeu o controlador de v o Informou a chegada s 19h45 Von Dani
66. cio esperando algo mais Um minuto se passou Na rua um c o come ou a ladrar De repente a voz de Brandt irrompeu do r dio Marcus venha aqui Von Daniken apontou para Emma e Jonathan Fiquem aqui 44 Ele avan ou decidido pelo meio da rua Queria correr mas era chefe de divis o da Pol cia Federal e sabia que fazer isso poderia parecer pouco profissional Os procedimentos eram a n ica coisa a que ainda podia agarrar se Subiu de dois em dois os degraus da escada que conduzia porta da frente passando por solda dos que sa am Um cheiro de cordite enchia o ar fazendo arder seus olhos Ele entrou A elet ricidade da casa fora cortada antes do ataque Os corredores estavam escuros e enfuma ados Von Daniken acendeu sua lanterna Brandt surgiu de um c modo lateral com o rosto enegre cido Eles sabiam que ir amos atacar disse andando na frente em dire o sala de estar Estava tudo armado O que estava armado D uma olhada Von Daniken apontou o facho da lanterna para a forma esparramada no meio do ch o Virado de lado um homem estava amarrado a uma cadeira de espaldar baixo Tinha a boca fechada com fita adesiva Outro peda o de fita prendia uma pistola sua m o O sangue de seu peito formava uma po a que ainda avan ava pelo ch o de madeira Seus olhos estavam arregalados Somos treinados para atirar se virmos uma arma disse Brandt Von Daniken chegou mais perto
67. com esmero que foram roubados de pessoas que moravam ou visitavam o Oriente M dio Essa parte n o conjectura A embaixada da Nova Zel ndia na Fran a havia retornado a liga o minutos antes de Von Daniken chegar sala de Marti informando que o passaporte encontrado no carro de Lammers fora roubado de um hospital em Istambul O verdadeiro titular do passaporte era na verdade um tetrapl gico que morava havia tr s anos em uma casa de repouso O homem sequer percebe ra que seu passaporte fora roubado Lammers usara o mesmo estratagema da Jord nia fingindo ser um executivo que havia perdido o passaporte S existe um motivo para algu m querer roubar um passaporte belga e outro neozeland s continuou Von Daniken Entrar e sair com facilidade do Oriente M dio Sobretudo pa ses com acesso restrito I men Ir Iraque Esse tipo de opera o n o requer somente fundos mas tamb m infra estrutura e um trabalho de formiga meticuloso Lammers estava assustado Tinha previsto o que ia acontecer A opera o estava ativa Conjectura repetiu Marti Lammers n o tinha motivo para emitir um mandado de busca em uma empresa su a registrada Estamos falando de uma corpora o n o de um indiv duo Von Daniken contou at cinco A prop sito senhor o nome oficial do aparelho microve culo a reo Tamb m conhecido como avi o teleguiado Pode chamar de mosquito anabolizado se qu
68. com seu v cio pelo risco Descobriu se desafiando homens mais fortes aventurando se em bares sabidamente perigosos Come ou a perder Mesmo assim n o conseguiu curar esse seu tra o Durante as escaladas procurava caminhos sem demarca o Ansiava pelo pared o imposs vel Queria ir mais alto mais longe mais depressa Ent o um dia tudo acabou As brigas O desejo de dominar um peda o de granito vertical A necessidade de arriscar a vida para sentir se vivo Desapareceu sem explica o Ele pendurou seu material e decidiu que aquela parte de sua vida havia chegado ao fim As pessoas comentavam que era por causa da avalanche Diziam que tinha perdido a coragem Estavam erradas Ele n o desistira Simplesmente encontrara uma emo o maior E fora em uma auto estrada de concreto n o em um pared o vertical Tinha 21 anos Era domingo noite e ele estava voltando para Aspen depois de um fim de se mana praticando escalada livre em Angels Landing uma montanha de pedra vermelha de 609 metros de altura no Parque Nacional de Zion Como sempre o tr fego na rea das montan has estava um pesadelo Um Ford Bronco na sua frente tentou ultrapassar uma carreta de nove eixos que estava alguns carros mais adiante O Bronco era velho e fraco terrivelmente lento e colidiu com uma carreta ainda maior vinda no sentido contr rio O motorista morreu na hora A passageira estava viva quando Jonathan chegou at ela Uma menina de no m ximo 14 a
69. complexos de institui es gover namentais constru das por l ONU GATT Organiza o Mundial da Sa de O endere o que procurava ficava em uma parte menos grandiosa da cidade Jonathan estacionou na Rue de Lausanne em frente a um restaurante chin s e a um alfaiate turco Era meio dia e cinco Estava atrasado A pessoa que havia marcado de encontrar teria de esperar mais alguns minutos Percorreu a lista de contatos de seu telefone at chegar letra P Um chiado distante encheu seu ouvido enquanto o sinal passava pelas torres de transmiss o que o conectavam com s Deus sabe que canto do mundo Oi Marcus respondeu uma voz com sotaque americano Von Daniken sabia que era in til perguntar onde Philip Palumbo estava Eu acho que esta liga o ultrapassa as fronteiras do nosso relacionamento formal come ou ele j descartando qualquer pre mbulo sem significado E sobre a not cia que dei a voc ontem Preciso saber se voc tem alguma outra informa o sobre Quitab que n o est me dizendo sobre o homem que a gente conhece como Gottfried Blitz S isso amigo A primeira vez que ouvi falar nele foi dois dias atr s pelo Gassan Isso vale para o plano tamb m Nenhuma indica o anterior de que uma c lula na Su a estava planejando um ataque Nada sobre os associados dele Um homem chamado Lammers por exemplo Voc est me deixando nervoso Marcus O que quer saber exata
70. con seguira afast la Um passo depois da linha de chegada desabou no ch o e foi transportado na mesma hora para o hospital Alguns o consideraram um her i Outros tinham uma opini o diferente e sussurravam sobre um amador se fingindo de profissional Nada de erros agora continuou Marti segurando com for a o bra o de Von Daniken E a nossa reputa o que est em jogo A Su a n o permite esse tipo de coisa N s somos um pa s neutro J hora de tomarmos postura e provarmos isso N o concorda Von Daniken tinha idade e sabedoria suficientes para n o responder Levou o r dio boca Ningu m acende os far is antes de eu dar a ordem disse A uns 30 metros de dist ncia escondida atr s de uma barreira uma pequena frota de carros de pol cia esperava o sinal para se aproximar Von Daniken olhou para a sua esquerda Outra barricada ocultava um transporte de tropas blindado com 10 guardas de fronteira fortemente ar mados Ele era contra aquela exibi o de for a mas Marti n o queria nem saber O ministro da Justi a havia esperado muito por esse dia O piloto est pedindo autoriza o para desembarcar disse o major da Guarda de Fronteira A torre o est direcionando para a rampa da alf ndega Von Daniken e Marti subiram em um sed civil e foram at o local designado para o estaciona mento do avi o Os outros seguiram em um segundo ve culo O jato Gulfstream virou para sair da pista e
71. contatos para conseguir moradia barata para a miss o que era como os agentes humanit rios chamavam suas unidades operacionais Esse ato de gentileza havia con solidado a lealdade de Emma para sempre A nomea o de Jonathan para a sede da MSF em Genebra foi recebida com alegria pelo menos pelas mulheres Jonathan tivera medo da mudan a e com toda raz o conforme reve lado depois Paul Noiret estava programado para voltar para Genebra duas semanas antes Os Noiret novamente haviam sa do em seu socorro ajudando Jonathan e Emma a encontrar um apartamento de pre o razo vel em seu condom nio de classe alta em Cologny Os dois casais jantavam juntos sempre que suas agendas permitiam Hamb rgueres na casa dos Ransom em um m s Coq au vin na casa dos Noiret no m s seguinte Como Emma gostava de assinalar n o era exatamente uma troca justa Jonathan pegou a bolsa de viagem de Simone do ch o Venha comigo disse descendo a encosta Mas eu achei que o hotel fosse para l E A gente est indo para a esta o Simone se apressou para alcan lo J est querendo se livrar de mim N o Preciso verificar uma coisa Ele ergueu os dois t quetes para mostrar a ela O que isso perguntou Simone Acho que s o t quetes de bagagem Chegaram ontem dentro de uma carta para Emma A nica coisa dentro do envelope era um peda o de papel em branco Sem assinatura Sem bilhete S e
72. contra n s N o se trata de uma situa o em que podemos esperar sermos atacados O primeiro ataque ser fatal Entendo mas acho que cedo demais para agir Primeiro temos de consultar as Na es Unidas Se o senhor soubesse que os 19 segiiestradores estavam planejando assumir o controle dos seus avi es e arremess los contra o World Trade Center n o teria tomado medidas preventivas Atacar uma na o n o o mesmo que eliminar um bando de terroristas disse o presidente com um tom de voz cuidadosamente calculado Qualquer men o ao 11 de Setembro o deixava de orelha em p A data fat dica bem como o imediato chamado s armas que ela suscitava tinha se tornado o ataque ao Forte Alamo de nossa poca E uma arma nuclear n o o mesmo que um avi o retrucou o primeiro ministro Qualquer bomba vai matar milh es de israelenses O presidente respirou fundo O que posso fazer por voc Avi Solicitamos a sua permiss o para usar o espa o a reo iraquiano disse o primeiro ministro israelense Se e quando o Estado de Israel for atacado ter essa permiss o Com todo o respeito Sr Presidente a essa altura j ser tarde demais Os iranianos v o retaliar Talvez Mas h combates que n o podem ser adiados Houve uma pausa e o primeiro ministro p de ouvir o presidente norte americano conversando com seus assessores Um minuto depois o americano to
73. da id ia de que algu m pensasse que Jonathan estava trabalhando com ele De qualquer forma n o posso ajudar o senhor aqui Agrade o sua honestidade disse Jonathan Infelizmente ela n o contribuiu muito para re solver o meu problema Hoffmann afastou a cadeira da escrivaninha Levou as m os nuca e inclinou se para tr s como quem d a entender que a etapa formal do encontro havia terminado Agora podiam con versar como amigos Tenho empatia pelo senhor Dr Ransom N o saber a pior parte O meu casamento n o dur ou nem tr s anos O senhor chegou a oito Eu diria que se saiu melhor do que a maioria Enquanto ele falava seus olhos tornaram a piscar rapidamente Gagueira ocular Era um caco ete estranho e algo nele fez Jonathan se lembrar de algu m que conhecera muito tempo atr s Repito a sugest o que fiz prosseguiu Hoffmann Saia desta sala Deixe o pa s quanto antes N o desejamos que nada de ruim lhe aconte a Na nossa cartilha o senhor do bem J nos ajudou muit ssimo quer tenha sabido disso ou n o Se me der a sua palavra de que n o vai mais tentar descobrir nada sobre as nossas atividades eu mando prender os cachorros E o senhor me d a sua palavra Dou Ao dizer isso Hoffmann piscou e seus olhos tremeram durante quase dois segundos Foi ent o que Jonathan ligou um nome quele rosto Fazia cinco anos talvez mais mas ele teve certeza Foi antes
74. da sala de Theo Lammers Por mais que se mostrasse cooperativa a seguradora n o podia fornecer algo que n o tinha e o escrit rio do principal executivo da empresa estava al m do seu alcance Myer abriu no ch o um rolo de camur a contendo seus p s de cabra e matrizes e p s se a trabalhar Antigo in strutor da academia de pol cia do cant o ele precisou de apenas 30 segundos para abrir a fechadura Von Daniken varreu a sala com a lanterna O MVA estava em cima da mesa onde o vira da ltima vez Ele o pegou examinando o de v rios ngulos Incr vel um aparelho t o pequeno poder viajar a velocidades t o grandes O que o interessava mais era sua finalidade fosse ela pac fica ou n o Largou o MVA tirou v rias fotos dele com a c mera digital e passou ent o mesa de Lammers Surpreendente mente as gavetas estavam destrancadas Uma depois da outra foi retirando as pastas do executivo espalhando os documentos sobre a mesa e fotografando os A maioria parecia ser correspond ncia de clientes e memorandos in ternos N o viu nada que indicasse por que um homem acharia necess rio ter em casa tr s passaportes e uma Uzi carregada Esta a vida p blica dele pensou Von Daniken O lado sorridente do espelho Doze minutos sussurrou Krajcek enfiando a cabe a dentro da sala Krajcek era o bra o armado e a submetral hadora Heckler amp Koch MP 5 com silenciador que trazia nas m os confirmava isso A agenda Vo
75. da verdade Ainda n o sei direito respondeu ele depois de alguns instantes Simone se endireitou na cadeira Quantos irm os voc tem A pergunta o pegou desprevenido Dois E uma irm Por qu Se isto aqui estivesse acontecendo com algum deles voc iria para casa N o respondeu Jonathan N o iria Eu n o tenho irm os continuou Simone Sou casada com um homem que trata o trabalho como se fosse uma amante Tenho meus alunos no col gio e tenho Emma Estou t o confusa quanto voc em rela o ao que ela estava aprontando Se eu puder ajudar a descobrir seja como for quero tentar Entendo a sua preocupa o comigo e fico grata Amanh vou encontrar Paul em Davos Tenho certeza de que at l isso tudo j vai estar esclarecido Mas se a gente tiver de confrontar a pol cia quero estar ao seu lado Jonathan viu que n o havia como dissuadi la N o podia negar que a sua presen a seria til quando ele estivesse diante de um capit o de pol cia Simone era professora ligada a uma prestigiosa escola de Genebra seu marido um economista respeitado Ele estendeu a m o e tirou o cigarro da boca de Simone Est bem voc venceu Mas se ficar tem que parar de fumar esses tro os Vai me fazer vomitar Simone tirou outro cigarro da bolsa no mesmo instante e enfiou o no canto da boca Allez Espero voc aqui Inclinou se e deu lhe um beijo na bochecha Tome cuid
76. das coordenadas de GPS exatas das unidades de produ o Sei o que todos voc est o pensando J fizemos isso uma vez Podemos fazer de novo Desculpem senhores Mas isso n o vai ser uma repeti o da pera Ganz estava se referindo Opera o pera o ataque a reo surpresa de 7 de junho de 1981 con tra a usina nuclear de Osirak perto de Bagd Nesse dia 15 avi es israelenses decolaram da base rea de Etzion atravessaram a Jord nia e a Ar bia Saudita e destru ram a central nuclear ainda n o inaugurada de Saddam Hussein Todos voltaram para casa s os e salvos Os avi es tinham sido auxiliados por um agente americano que colocara transmissores ao longo de todo o percurso permitindo aos avi es israelenses voarem com a ajuda de instrumentos por baixo dos radares jordanianos e sauditas O mesmo agente estivera do outro lado assinalando o alvo com laser para que as bombas n o errassem O que nos traz ltima quest o continuou o general Muni o Imaginando que con sigamos levar 20 jatos a 1 600 quil metros de dist ncia at cada alvo e que pelo menos 12 deles consigam passar pelas defesas a reas o que vamos usar para atac los O melhor que temos a Paveway II A bomba anti bunker Quase 1 000 quilos de explosivos com uma ogiva capaz de penetrar 2 5 metros de concreto Com certeza uma pot ncia e tanto mas e se a usina estiver a oito metros do ch o Ou 15 Ou at 30 E a As Paveway v o fazer um
77. de pequenas flechas letais que destruiriam por completo a fuselagem do avi o alvo O objetivo era destruir tanto o avi o teleguiado como o de passageiros Nenhum vest gio do mecanismo usado para lan ar a bomba deveria ser encontrado Assim que a nacela foi acoplada e a fia o ligada ao painel de instrumentos principal o piloto puxou a maca de baixo da aeronave e disse Tempo Leu o cron metro Quatro minutos e 27 segundos Os homens n o comemoraram nem demonstraram nenhuma satisfa o Com a mesma rapidez com que haviam come ado desmontaram o avi o teleguiado N o podiam correr o risco de que uma inspe o aleat ria encontrasse a aeronave montada na garagem e pronta para decolar Em poucos minutos os tr s caix es foram carregados e guardados em arm rios trancados dentro da casa Depois de supervisionar todos os aspectos da simula o o piloto foi at a sala onde uma grande janela dava para o Aeroporto de Zurique s 8 horas viu as luzes de aterrissagem de um avi o vindo do norte que fazia sua aproxim a o Ficou feliz em constatar que estava exatamente no hor rio Mas afinal aquele v o espec fico tinha um dos melhores recordes de chegada pontual do mundo Acompanhou as luzes at o Airbus A380 aterrissar Mesmo a quatro quil metros de dist ncia o avi o parecia su perdimensionado Ele conhecia de cor as especifica es da aeronave 73 metros de comprimento 24 metros de altura envergadura de qua
78. de Theodor A Lammers pres idente da Rob tica AG cidad o holand s suspeito de ser agente secreto a servi o de um pa s desconhecido e v tima de um assassino profissional foi transferido para o necrot rio do Hospital Universit rio e submetido a uma aut psia completa executada pelo Dr Erwin Rohde m dico legista chefe do cant o de Zurique Rohde tinha 60 anos e era um homem baixinho como um gnomo de olhos azuis e cabelos grisalhos N o h d vida quanto causa mortis daquele ali pensou em p ao lado do corpo examinando os ferimentos no rosto e no pesco o Se os tiros na cabe a n o tivessem matado a v tima o tiro no peito completaria o servi o O buraco de bala preto e redondo estava posicionado logo acima do cora o Assassinatos eram relativamente raros em Zurique e na Su a como um todo O pa s tinha registrado um total de 67 homic dios no ano anterior Menos do que na cidade norte americana de San Diego que com pouco mais de um milh o de habitantes tinha um s timo da popula o da Su a Desses 67 20 morreram nas m os do crime or ganizado e quase todos eram criminosos Mas h anos ele n o via nada como aquilo Depois de escolher um bisturi Rohde fez uma incis o no alto da testa e continuou seguindo a circunfer ncia da cabe a Ap s afastar a pele metade no rosto metade na nuca usou uma serra el trica para remover o topo do cr nio de Lammers Foi um trabalho sujo Os tiros haviam prat
79. de armamento devemos supor que eles t m hoje Nervoso Pekkonen olhou para o chefe Senhor n s conclu mos que a Rep blica do Ir possui atualmente n o menos de 100 quilos de ur nio 235 enriquecido Cem quilos E quantas bombas eles podem fazer com isso O finland s engoliu em seco Quatro Talvez cinco Mohamed ElBaradei tornou a p r os culos Quatro Talvez cinco Seria a mesma coisa se ele tivesse dito mil At recebermos uma avalia o independente desse material ningu m nesta sala deve repetir nada sobre essas descobertas Mas n o devemos compartilhar come ou Milli Brandt a austr aca Nenhuma palavra vociferou ElBaradei Nem com os americanos Nem com nossos cole gas em Viena Quero sil ncio absoluto A ltima coisa de que precisamos de um incidente antes de conseguirmos confirmar as informa es Mas senhor n s temos responsabilidade insistiu ela Tenho total consci ncia das nossas responsabilidades Estou sendo claro Milli Brandt balan ou a cabe a mas seus olhos sugeriam uma decis o diferente A sess o est encerrada Enquanto esperava os outros sa rem ElBaradei ficou sentado escutando o vento sacudir as janelas atormentado pelos pr prios pensamentos Por fim a porta bateu As vozes silenciaram Estava sozinho Unindo as m os olhou para o c u noturno N o era um homem religioso mas se viu entre la ando os dedos em uma prece Se
80. de celular pertencentes a empresas estrangeiras de telecomunica es Seria preciso passar pelas embaixadas da Fran a da Espanha e da Holanda felizmente n o pela da Alemanha para conseguir intim a es que lhes possibilitassem acessar os registros Krajcek estava em Zurique conversando com v rios informantes e ainda n o havia feito contato Somente Hardenberg ficara frustrado No que dizia respeito a localizar a van at agora s conseguira reduzir a lista para 18 654 propriet rios de vans da Volkswagen no pa s Estava esperando informa es das locadoras e das autoridades policiais do cant o sobre autom veis roubados que correspondessem quela descri o E o ISIS perguntou Von Daniken sentando se na beirada de sua mesa de trabalho J fiz o meu pedido disse Hardenberg Van branca da Volkswagen com placa da Su a Vamos ver o que chega Tente centralizar a busca primeiro na Alemanha J tentei Indiquei Leipzig como alvo prim rio e como alvo secund rio todas as cidades num raio de 50 quil metros Devemos conseguir alguma coisa Catalogar todos os mandados e manter uma base de dados sobre os indiv duos considerados de interesse para o governo era apenas uma parte do sistema ISIS Outra estava conectada a milhares de c meras de vigil ncia espalha das por toda a Europa A cada minuto de cada dia essas c meras tiravam fotos de qualquer ve culo e pessoa que por acaso passasse na f
81. demais Seguiu em frente com a velocidade reduzindo depressa Bateu em um trecho de gelo sob a neve e derrapou de lado imobilizando se em uma depress o no meio de v rios carvalhos a cerca de 20 metros da casa Emma colocou a pistola na m o direita de Jonathan O homem que voc quer est dentro da casa Ache os controles e l que vai estar N o perca tempo conversando com ele O sujeito s vai parar depois que terminar o que planejou fazer Voc tem oito balas E voc Vou ficar aqui disse ela Quando eu come ar a atirar corra para a floresta e d a volta na casa Pode chegar varanda escalando os pilares cravados na encosta De l vai ter que achar um jeito de entrar Foi ent o que Jonathan viu que ela levara um tiro Seu ombro estava estranhamente ca do e o sangue se espalhava por seu casaco Voc est ferida V disse Emma desdenhando com os olhos a preocupa o do marido Antes que o vejam Jonathan hesitou por uma fra o de segundo ent o partiu Atr s dele Emma levantou se e come ou a disparar na dire o da casa 87 O PODER Von Daniken estava deitado na neve j sem sentir frio sem sentir nada Durante o briefing que tivera dois dias antes aprendera que o aparato necess rio para controlar um avi o teleguiado consumia uma quantidade imensa de energia el trica Se ele cortasse o fornecimento de energia da casa o avi o ficaria sem rumo Mais cedo ou
82. dentro daquele avi o Era uma oportunidade perfeita para mostrar ao mundo o que a Su a representa E o que a Su a representa Um obst culo na guerra contra o terror Guerra contra o terror Voc n o faz id ia do quanto eu desprezo essa express o N o na verdade eu estava me referindo dec ncia honestidade e aos direitos do cidad o comum Acho que essas coisas s o da responsab ilidade das democracias mais antigas do mundo Voc n o acha Von Daniken estremeceu de repulsa N o vou fingir que acredito que algu m ligue para o que eu acho sobre esse tipo de coisa Tudo que eu sei que foi Gassan quem avisou CIA sobre o plano de ataque em nosso territ rio E ent o Voc est mais perto de encontrar o avi o teleguiado Consideravelmente A resposta deixou Marti surpreso mesmo van usada para transportar o ve culo a reo n o tripulado foi fotografada por uma das nossas c meras de vi gil ncia que passou por Zurique ontem noite Neste exato instante a for a policial de Zurique est passando o pente fino por todas as localidades em volta do aeroporto procurando algum sinal dele Isso contraria as minhas ordens Exato disse Von Daniken Eu deveria ter mandado o senhor ir se foder duas noites atr s Eu j sabia que estava tramando alguma coisa N o sabia claro que tipo de traidor realmente era Traidor Marti enrubesceu N o
83. derrapar para a esquerda mas sem diminuir em nada a velocid ade Colou a m o na buzina O casal olhou para tr s aterrorizado e come ou a correr Uma das crian as olhou por cima do ombro sorriu e acenou Jonathan tornou a pisar no freio o que s fez aumentar o descontrole do ve culo N o havia como par lo O Mercedes percorreu rapidamente a dist ncia que havia entre eles Vinte metros separavam o carro da fam lia Quinze Dez A m e escorregou e caiu Sua boca se abriu em um grito mudo Uma trilha surgiu direita Jonathan girou o volante A traseira do Mercedes derrapou Ele tocou de leve o acelerador e o carro tornou a se estabilizar Os pneus aderiram ao ch o e a dianteira se projetou para a frente Mas somente por poucos instantes Diante dele a trilha prosseguia montanha abaixo mas agora banhada pelas sombras de uma profus o de pinheiros A neve se transformou em gelo Os pneus perderam toda a ader ncia Ele estava escorregando inteiramente descontrolado A traseira do carro deslizou para a direita depois para a esquerda seguindo em um ngulo de 45 graus en quanto eles se precipitavam de costas ladeira abaixo cada vez mais depressa Jinn continuava sentado com os olhos arregalados e uma das m os colada no teto aos berros O carro deu um pulo ao passar por cima da borda da trilha Colidiu contra um objeto duro e ricocheteou nele como uma bola de bilhar na borda da mesa Jonathan viu passar o clar o de uma ca
84. desista N o era preciso ser nenhum fen meno Bastava seguir em frente Quando ele era jovem e impetuoso e um pouco arrogante demais costumava dizer que era contra bater em retirada por princ pio A tenacidade lhe permitira se formar na faculdade e na escola de medicina em sete anos e o levara a continuar na profiss o mesmo depois de seus cole gas um por um desistirem da carreira Eles amarelaram s isso costumava dizer Emma depois de uma ou duas doses de Jack Daniels Covardes todos eles T m o cora o do tamanho do de um camundongo e os docu mentos n o muito maiores Ouviu a voz dela dizendo aquelas palavras com a mesma clareza como se estivesse sentada ao seu lado De repente sentiu os olhos quentes irritados Queria segurar as m os dela Ansiava pela sua for a Simone olhou para Jonathan por baixo do emaranhado de cabelos molhados Que hist ria toda essa caramba perguntou Como assim Em que a nossa menina estava metida Sei l Ela nunca disse nada para voc Como que conseguiu guardar segredo sobre um neg cio as sim Voc deve ter percebido E por isso que n o quer parar agora n o quer parar de perseguir o fantasma de Emma Diga me a verdade Jonathan Voc estava nisso com ela Uma dupla J ouvi falar em casais que fazem esse tipo de coisa juntos Que tipo de coisa N o sei como chamar Espionagem Isso de ser agente E disso que se trata n o
85. destacou se da multid o sua frente Tinha olheiras debaixo dos olhos mas a energia em seu passo era inconfund vel bem como a raiva que ele mal conseguia esconder Era o mesmo policial que coman dara a invas o da entrada de garagem da Villa Principessa dois dias antes Para quem voc trabalha perguntou Jinn CIA MI6 Mossad Um homem tem o direito de saber quem vai mat lo N o trabalho para nenhum deles Como assim Sou o marido dela Marido de quem Jonathan lan ou um r pido olhar de relance para Jinn De Eva Kruger Mas Os tra os de Jinn se encobriram Me d isso exigiu Me d o flash drive Desculpe disse Jonathan N o vai ser poss vel negociar isso Mas a pol cia vai encontrar todo mundo vai saber que fui eu quem lhe dei Preciso recuperar isso Sinto muito Jonathan olhou para a falange de policiais e soldados que se movia na sua dire o O tempo inteiro seu plano era entregar se uma vez que dispusesse de provas Agora no entanto tinha em seu poder um flash drive contendo todo o programa nuclear iraniano e ao seu lado um espi o que poderia confirmar todas as suas alega es em rela o aos acontecimentos dos ltimos dias ainda assim percebeu que isso tudo n o bastava A pol cia iria confiscar o flash drive Jinn voltaria para junto de sua delega o e seria conduzido para fora do pa s Mas e Jonathan Ele seria abandona
86. do rel gio da esta o de trem em Landquart Jonathan e Simone percorreram toda a plataforma de cabe a baixa por causa do vento forte Um grupo de esquiadores se amontoava junto ao balc o de bagagens verificando o equipamento com ar desanimado Ningu m iria esquiar nesse dia Jonathan foi para o final da fila tamborilando nervosamente na pr pria perna j com os t quetes na m o J avisou aos parentes da Emma Simone o cutucou com o ombro S tem a irm Beatrice Ela mora em Berna A arquiteta Achei que Emma n o gostasse dela N o gostava mas Bea sua nica parente Sabe como Ela foi um dos motivos pelos quais Emma quis vir morar na Su a Tentei ligar para ela hoje de manh mas s caiu na secret ria N o consegui deixar recado dizendo que Emma tinha n o consegui mesmo E com rela o a um funeral Vamos fazer um quando o corpo for resgatado Quando vai ser isso Dif cil dizer Daqui a alguns dias talvez Tudo depende de quando for poss vel tornar a subir a montanha Vai ser aqui ou na Inglaterra Na Inglaterra eu acho Era a casa dela A fila andou um pouco E os seus irm os perguntou Simone Vou ligar para eles quando tiver alguma coisa a dizer N o estou com nimo para demonstra es de pesar A fila andou e Jonathan se viu diante do balc o de bagagens Entregou os recibos O funcion rio voltou trazendo uma bolsa de viagem preta e um
87. ele andava fazendo que justificasse ter v rios passaportes e guardar uma Uzi na oficina Ou que necessitasse o envio de um assassino profissional para esperar sua chegada atr s do de p sito de lenha Von Daniken voltou para sua escrivaninha Sobre ela estavam espalhadas v rias pastas com as etiquetas Aeropor tos e Imigra o Contraterrorismo Dom stico Contraterrorismo Estrangeiro e Tr fico Ele folheou o conte do de cada uma deixando Contraterrorismo Estrangeiro para o final A pasta continha um resumo dos grampos de servi os de seguran a estrangeiros Em 1971 o chefe da intelig ncia su a alarmado com a amea a de atos de viol ncia com motiva o pol tica ajudou a criar uma confedera o de profissionais da rea de seguran a p blica da Europa Ocidental encarregada de garantir a se guran a interna de seu pa s O grupo se tornou conhecido como Clube de Berna Depois do 11 de Setembro este formalizou sua rela o e adotou o nome Grupo Contraterror ou GCT O relat rio mais importante vinha de seu equivalente sueco e afirmava que Walid Gassan sus peito de extremismo a Su cia n o incentivava o uso da palavra terrorista fora visto em Estocolmo Prosseguia dizendo que Gassan era considerado um suspeito priorit rio do bom bardeio ao Hotel Sheraton de Am na Jord nia bem como de v rios ataques abortados e exigia que qualquer informa o relacionada a Gassan ou a seus c mplices fosse encaminhada ime
88. ele recolheu seus esquis e cravou os atr s dela na neve formando um X de modo a poder enxerg la de longe Despiu o casaco de patrulheiro e estendeu o sobre seu peito Tirou seu gorro e colocou o por cima do gorro de Emma puxando o para baixo de modo que lhe cobrisse o pesco o Por fim tirou o cobertor isolante da mochila e passou o delicadamente por baixo de suas costas e em volta do peito A palavra SOCORRO estava escrita no tecido em grandes letras fluorescentes na cor laranja para ajudar em caso de resgate a reo Mas nenhum helic ptero iria at ali em um dia como aquele Tome um pouco de ch a cada 15 minutos disse Jonathan segurando sua m o N o pare de comer e principalmente n o durma Emma assentiu e apertou a m o do marido como um torno Lembre se do ch continuou ele A cada 15 Cale a boca e v embora daqui disse ela Apertou a m o dele uma ltima vez e soltou a V embora antes de me matar de medo Volto assim que puder Emma prendeu o olhar no dele E Jonathan n o fa a essa cara de inseguro Voc nunca deixou de cumprir uma promessa 2 TREZENTOS QUIL METROS a oeste de Davos no aeroporto de Bern Belp perto da capital su a vinha nevando desde cedo Removedores de neve assustadores percorriam as pistas de um lado para outro formando mor rinhos brancos feias par dias dos Alpes e depositando os na cabeceira da pista de manobra Na extremid
89. em Zug chamada ZIAG que fabrica produtos de engenharia de ltima gera o A ZIAG estava enviando mercadorias para Parvez Jinn no Ir Meu trabalho era liberar essas mercadorias Mas agora tudo acabou Que tipo de mercadorias Marti olhou para Von Daniken como se a pergunta fosse uma ofensa pessoal O que voc acha Eu sou policial Prefiro que os bandidos confessem Centr fugas Ligas de a o Esse tipo de coisa Eu garantia que toda a documenta o passasse pelos canais certos e que ningu m na alf ndega se interessasse muito pelas mercadorias Est falando das m quinas necess rias para processar ur nio para armas nucleares Marti aquiesceu O que eles v o fazer com elas n o da minha conta E o ataque J disse N o sei nada sobre ataque algum Quero deter esse avi o teleguiado tanto quanto voc Von Daniken pensou no que acabara de ouvir semicerrando os olhos enquanto tentava com preender tudo Por que os Estados Unidos iriam contra os pr prios esfor os para impedir os iranianos de adquirirem a tecnologia para fabricar armas nucleares Rememorou os aconteci mentos dos ltimos dias os assassinatos de Blitz e Lammers a descoberta do avi o teleguiado e dos explosivos e agora a revela o de que uma empresa su a que na verdade pertencia aos norte americanos vinha fornecendo ao Ir uma tecnologia de ponta para a produ o de armas nucleares Aos poucos uma id ia fo
90. embaixo Recuou apoiando o queixo no peito Quer saber disse meio a contragosto A gente j est aqui mesmo Vamos l E s uma pequena descida uma curva r pida e pronto Como eu disse a gente j viu piores Emma aquiesceu agora com mais certeza E durante alguns instantes deu a impress o de que n o havia nada de errado de que n o estavam lutando contra a gangrena e de que estava ansi ando desde o come o por testar suas habilidades naquele declive quase suicida Tudo bem ent o Jonathan tirou os esquis e removeu a pel cula que os recobria Empunhando um deles como uma picareta recortou um bloco de um metro quadrado de neve e atirou o pela beirada O gelo bateu na encosta e saiu rolando montanha abaixo Trilhas de neve solta escorreram vag arosamente em alguns pontos da pista mas a encosta resistiu bem Venha atr s de mim disse ele Vou abrir a trilha Emma chegou ao seu lado com as pontas dos esquis suspensas acima do vazio Para tr s falou Jonathan apressando se em cal ar seus esquis Ela estava com aquela express o N o precisou olhar para saber P de sentir Deixe que eu vou primeiro N o posso deixar todo o trabalho pesado nas suas costas Nem pense nisso O ltimo a chegar mulher do padre lembra Ei n o Emma deu impulso ficou alguns instantes suspensa no ar em seguida caiu sobre a pista e seus esquis bateram no gelo fazendo
91. embrulho retangular de tamanho m dio envolto em papel marrom A bolsa preta era feita de couro de novilho e tinha um z per comprido preso por um cadeado dourado N o havia d vida de que era cara Uma bolsa para se levar numa viagem de fim de semana para sua casa de campo Uma bolsa para se colocar no banco da frente do seu Range Rover N o havia etiqueta de identifica o Apenas um recibo preso al a Ele voltou sua aten o para o embrulho Uma caixa de camisa pensou distra do Estava amarrada com barbante mas tampouco tinha qualquer outra marca externa com exce o do recibo Ao segur la ficou surpreso com a leveza Sacou o canivete ansioso para cortar o barbante grosso E isso que voc esperava perguntou Simone Quero dizer s o da Emma Devem ser disse Jonathan sucinto Algu m mandou para ela Pr ximo por favor chamou o funcion rio por cima da sua cabe a A fila andou mais um pouco O homem atr s de Jonathan abriu caminho at o balc o empurrando com o ombro Belo exemplo de educa o su a Jonathan guardou o canivete tirou as bagagens do balc o e come ou a descer a plataforma olhando para a esquerda e para a direita em busca de um lugar onde pudesse abri las Ficou surpreso ao encontrar o restaurante da esta o lotado e uma fila de gente esperando mesa que serpenteava porta afora O pr ximo trem para Chur sai daqui a 40 minutos anunciou Simone examinand
92. era humanamente poss vel para avis lo Mesmo assim n o conseguiu convenc lo a mudar de id ia Ele era um homem bom N o merecia as consequ ncias do comportamento da mul her Simone perguntou se se o seu marido faria tanto por ela Duvidava disso Paul n o era um homem bom Fora por isso que se casara com ele Com uma rajada de ar o trem de 20h06 entrou na esta o Era um expresso regional de dois motores e cerca de 20 vag es indo de Locarno at Regenburg na fronteira alem Os freios guincharam e o trem parou Passageir os come aram a descer Simone ficou olhando de um lado para outro da plataforma enquanto as pessoas em barcavam Por fim subiu no trem O compartimento de fumantes estava com metade da lota o No entanto ela preferiu seguir at o compartimento de n o fumantes Ali tamb m havia diversos lugares vazios Ela os ignorou Seus olhos estavam fixos na plataforma N o viu sinal de Jonathan Quando chegou ao final do vag o adentrou a divis ria que o separava do seguinte abriu a porta externa e saltou para a plataforma Sozinha viu o trem deixar a esta o Depois de as luzes traseiras terem sumido na escurid o desceu a plataforma at o restaurante self service Dec orado ao estilo de uma cervejaria o lugar estava bem movimentado frequentado sobretudo por executivos que bebiam uma cerveja ou um caf ristretto a caminho de casa vindos do trabalho Escolheu uma mesa junto janela e acendeu um cigarro
93. es Emma fazia tudo Oficialmente o cargo dela era na log stica Ela montava a miss o cuidava para que os rem dios chegassem a tempo coordenava os funcion rios locais e pagava os capan gas para que eles nos deixassem em paz Administrava tudo para Jonathan poder salvar vidas Uma Emma valia por cinco mortais comuns O que aconteceu com essa mulher uma trag dia J estamos sentindo a sua falta Uma esposa que se envolvia no trabalho do marido Uma mulher competente Uma mulher que fazia perguntas Von Daniken imaginou se ela teria feito perguntas demais E no que o Dr Ransom est trabalhando no momento perguntou Antes de come ar a matar policiais o senhor diz A somaliana lan ou lhe outro sorriso sarc stico para mostrar o que pensava daquela investiga o Ele est supervisionando uma campanha antimal ria que estamos montando em parceria com a Funda o Bates N o acho que esteja l muito feliz um trabalho administrativo e ele prefere estar no campo E quanto tempo vai durar essa miss o Normalmente esse tipo de coisa n o tem prazo para terminar Ele ficaria nesse cargo at o programa ser implementado depois formaria um sucessor e passaria as r deas Infelizmente recebi h pouco tempo uma reclama o sobre o comportamento dele Parece que tem sido um pouco brusco com o lado americano deste com o lado do dinheiro sussurrou ela A Sra Bates n o gosta de Jonathan
94. es e passar adiante N o cabe a n s fazer o papel de juiz jurado e executor Isso assunto de pol tica nacional e at onde eu sei quem de cide a Casa Branca Enfim pelo amor de Deus Phil depois de um tempo a minha paci ncia acabou Mas senhor s o agentes americanos Eles n o s o americanos Quitab iraniano Lammers holand s Nascidos e criados no ex terior Mesmo assim senhor por que n o foi falar com o presidente Para dizer o qu Eu iria parecer um namorado ciumento s isso Foi o presidente quem auto rizou isso tudo S ele pode puxar o freio N o acho que ele fosse autorizar agentes americanos a trabalharem junto com um ilegal ira niano para derrubar um avi o de carreira Concordo mas ele tamb m n o iria me autorizar a infiltrar algu m na rede de Austen Com todas aquelas cren as que ele alardeia e com todas aquelas medalhas reluzindo no peito John Austen quase um santo na Pennsylvania Avenue Ele est na luta desde o come o Quando digo luta estou falando da nossa guerra santa contra a Jihad Cia Ltda Foi Austen quem bolou o plano para resgatar nossos ref ns no Ir nos idos de 1980 Foi ele quem organizou as primeiras equipes de opera es especiais E assim como o nosso comandante supremo ele um adepto fervoroso de Cristo O que um pag o bebedor de u sque como eu posso fazer Mas essa tentativa de resgate no Ir foi um fracasso disse Palum
95. escrit rios na cidade Apesar disso e do p ssimo hist rico da S ria em direitos humanos o governo norte americano considerava os s rios parceiros na guerra contra o terror Depois do 11 de Setembro o presid ente s rio havia compartilhado com os Estados Unidos informa es de intelig ncia relacionadas ao paradeiro de determinados agentes da Al Qaeda e condenado os ataques Durante a Guerra do Iraque as for as armadas s rias tinham se esfor ado para conter o fluxo fronteiri o de in surgentes para o Iraque Como ditadura secular a S ria n o queria participar da revolu o fun damentalista isl mica que assolava o mundo rabe Tudo que ela precisava fazer era olhar para o oeste onde a guerra civil castigava o Iraque para abra ar uma pol tica da mais r gida lei e ordem O extremismo n o era tolerado A cela de interrogat rios era um c modo estreito mido com uma janela gradeada bem no alto na parede e um ralo no meio do ch o Um guarda conduziu o prisioneiro at l Instantes de pois um segundo guarda chegou arrastando uma carteira escolar do tipo em que a cadeira e a mesa s o presas uma outra Obrigaram Gassan a se sentar Um dos guardas retirou o capuz preto que lhe cobria a cabe a Ent o Sr Gassan come ou o coronel Mike falando em rabe Bem vindo a Damasco Se cooperar e responder s nossas perguntas a sua estada aqui ser breve e n s transferiremos o senhor de volta para a cust dia do
96. esse projeto at o dia 10 Desculpe Sr Schmid mas n o temos o h bito de discutir neg cios com desconhecidos N o sou um desconhecido J disse que sou amigo de Eva S acho que voc s tamb m n o deveriam confiar em Gottfried Blitz Jonathan esperou outra reprimenda sobre n o discutir neg cios com desconhecidos mas tudo que recebeu como resposta foi sil ncio O senhor o conhece n o Pelo menos o nome dele est em um memorando que o senhor recebeu Sim A resposta era hesitante O que tem o Sr Blitz Ele morreu Do que o senhor est falando Foi pego hoje de manh Entraram na casa dele e deram lhe um tiro na cabe a Quem est falando perguntou Hoffmann J disse Meu nome Schmid Como o senhor sabe sobre o Sr Blitz Eu estava l Eu vi Imposs vel Hoffmann disse isso de forma casual como se Jonathan estivesse se referindo a uma brincadeira que n o poderia continuar Mande algu m casa dele se n o acreditar A pol cia j est l Ligue para ele e vai descobrir Vou fazer isso Imediatamente Agora diga me quem est falando na verdade Olhe para o n mero no seu bina Houve uma pausa seguida por um arquejo r pido Quem est falando O que voc fez com Blitz Jonathan desligou Dali em diante quem faria as perguntas seria ele 34 DE ACORDO COM O REGULAMENTO aplicado a todos os homic dios o corpo
97. est o espalhados por todo o pa s Tamb m n o estamos falando de pr dios isolados S o verdadeiros complexos Natanz por exemplo aqui no centro do pa s Ganz bateu no mapa com o n dos dedos O complexo estende se por 10 quil metros quadrados D zias de pr dios f bricas e armaz ns Mas o tamanho s metade do problema A maioria das principais instala es de produ o foram constru das pelo menos oito metros abaixo da superf cie do solo debaixo de camadas e camadas de concreto refor ado Mas poss vel perguntou o primeiro ministro Ganz lutou para esconder o desprezo que sentia N o fazia tanto tempo assim que o primeiro ministro era um de fensor ferrenho da paz insurgindo se contra qualquer nova ocupa o da Cisjord nia Na sua opini o tratava se de um vira casaca quase um traidor Era bem verdade que tinha a mesma opini o sobre a maioria dos pol ticos Antes de falar em atacar o alvo precisamos decidir como vamos chegar l continuou Das nossas bases mais ao sul at Natanz s o 800 quil metros e at Chalus 1 000 Para chegar a qualquer um dos dois lugares n s ter amos de sobrevoar a Jord nia a Ar bia Saudita ou o Iraque N o acho que os dois primeiros pa ses v o nos dar permiss o para violar seu espa o a reo ent o s nos resta o Iraque Ganz olhou para o primeiro ministro espera de algum coment rio Vou conversar com os americanos no momento adequado
98. estendeu a para a mulher Como est se sentindo Semimorta respondeu ela curvando se por cima dos bast es Hora de chamar os sherpas Voc errou de pa s Eles aqui t m gnomos mais espertos mas com metade da for a Estamos sozinhos Tem certeza Jonathan confirmou Voc est superaquecida s isso Tire o gorro um instante e beba o m ximo de gua que conseguir Sim doutor Agora mesmo Emma retirou o gorro de l e bebeu avidamente da garrafa Em sua mente Jonathan via uma imagem dela na mesma montanha oito anos antes Era a primeira vez que esca lavam juntos Ele o cirurgi o rec m formado que acabara de voltar de seu primeiro posto na Africa trabalhando para a M dicos Sem Fronteiras ela a decidida enfermeira inglesa que ele trouxera de volta como esposa Antes de come arem Jonathan perguntara se estava acostumada a escalar Um pouco respondera Nada s rio Logo depois arrasara o na subida demonstrando a habilidade de uma esquiadora experiente Assim melhor disse Emma correndo uma das m os pelos cabelos ruivos revoltos Tem certeza Desculpe Emma falou sorrindo mas seus olhos cor de avel estavam cheios de cansa o Desculpe por qu Por n o estar t o em forma quanto deveria Por diminuir o nosso ritmo Por n o ter escalado com voc nesses ltimos anos Deixe de bobagem Estou feliz por voc estar aqui s isso
99. estilosos Aquele homem podia ignorar a lei o quanto quisesse Ele estava sendo resist ente de prop sito como repres lia pela revista fracassada do jato da CIA E a Uzi perguntou Von Daniken E os passaportes Eles n o contam Voc mesmo disse Ele estava assustado fugindo Esses fatos por si s s n o nos permitem violar a sua privacidade O homem morreu Ele n o tem mais privacidade N o fa a joguinhos comigo N o vou ficar discutindo sem ntica Deus nos livre de irritar algu m Von Daniken respeitava tanto a constitui o quanto qualquer outra pessoa Nunca em toda a sua carreira havia se desviado de seu texto ou de sua inten o Mas o trabalho de policial mudara drasticamente nos ltimos 10 anos Como contra terrorista ele precisava deter um crime antes de este ocorrer N o podia mais se dar ao luxo de recolher os ind cios depois do fato ocorrido e apresent los a um magistrado Muitas vezes os nicos ind cios eram suas pr prias experi ncia e intui o Foi at a janela e olhou para o rio Aare l embaixo O crep sculo havia transformado o c u em uma paleta de v rios tons de cinza que se digladiavam logo acima dos telhados da cidade A neve que diminu ra mais cedo ca a novamente com for a Um vento forte agitava os flocos em um turbilh o rebelde N o se importe com o mandado disse por fim Marti se levantou deu a volta na mesa e apertou sua m o Fico f
100. estrada cortava a cidade alpina de Davos Uma das entradas era pelo norte A outra pelo sul A presen a militar se intensificava conforme a auto estrada ia penetrando no vale Jipes Transportes de tropas blindados Bar reiras no acostamento prontas para serem movidas para o lugar em poucos segundos Uma armadilha prestes a ser fechada A qualquer momento Jonathan esperava que um soldado ou policial pulasse para o meio da estrada agi tasse os bra os e gesticulasse mandando o encostar mas o Mercedes n o atraiu nenhuma aten o especial As 11 horas da manh ele passou pela cidade de Klosters A neve dera uma tr gua e o c u estava com um tom mais claro Uma ou duas vezes ele chegou a ver uma r pida nesga azul Quando sinos de igreja marcaram as horas seu timbre melanc lico fez um arrepio percorrer lhe a espinha A estrada iniciou uma s rie de curvas fechadas pela encosta da montanha e ele ouviu o ronco de um helic ptero no c u Pegou a credencial do F rum Econ mico Mundial e colocou a em volta do pesco o O nome impresso em mai sculas pretas n o dizia mais Eva Kruger Uma das letras fora alterada para transform lo em Evan Kruger A fotografia tamb m havia sido substitu da por uma foto de passaporte tirada mais cedo naquela mesma manh em uma copiadora de Ziegelbriicke Ele havia levado uma hora para terminar o servi o O n fora tirado de um decalque que ele havia adulterado para tornar parecido com a fonte
101. foi se aproximando da rampa Von Daniken esperou at o avi o parar por completo Todas as unidades Em frente disse Estrobosc pios azuis e brancos iluminaram o c u cinzento Os carros de pol cia sa ram de seu esconderijo em alta velocidade e cercaram o avi o O transporte de tropas assumiu sua posi o pesadamente e um soldado mirou o canh o calibre 50 que sa a da vigia Soldados vestindo uni formes de combate saltaram dos ve culos e formaram um semic rculo em volta do avi o com as submetralhadoras erguidas at o peito e apontadas para a porta Todo esse circo por causa de um simples fax pensou Von Daniken saltando do sed e veri ficando a pistola para se certificar de que n o havia balas no tambor e de que a seguran a estava travada Tr s horas antes o nix sistema de vigil ncia por sat lite exclusivo da Su a interceptara um fax enviado pela embaixada s ria em Estocolmo para a de Damasco com a lista de passageiros de uma certa aeronave com destino ao Oriente M dio Havia quatro pessoas a bordo o piloto o co piloto e dois passageiros Um deles era agente do governo norte americano o outro um terrorista procurado pelas autoridades de 12 na es ocidentais Minutos depois de recebida a not cia galgou a escala de comando Uma c pia do fax foi enviada para Von Daniken e outra para Marti E a coisa parou por a Mais uma informa o de intelig ncia a ser processada e classificada como Sem
102. gasto Duzentos milh es de francos para assumir o controle da empresa em Zug Outros 60 milh es para financiar o transporte de equipamentos S o pagamento de P J chegava a 20 milh es de francos e isso sem contar o Mercedes e todo o equipamento especial do carro Terminou de digitar a solicita o da transfer ncia banc ria e mandou um e mail para o Departamento Financeiro Nesse exato instante Blitz inclinou a cabe a na dire o da porta Os p los de seu antebra o estavam arrepiados Ol chamou Tem algu m a N o houve resposta A casa estava silenciosa demais E onde estavam os latidos que acompan havam a chegada de um h spede Gretel Isolde disse ele chamando as cadelas Empertigou se na cadeira tentando escutar o arranhar de suas patas no ch o de m rmore A m sica de Wagner flutuava vinda do sal o O rufar dos timpanos como um trov o distante o lamento de uma donzela teutoa a chorar pela perda de seu pr ncipe derrotado Onde estavam as cadelas Alguma coisa no ar atr s dele se mexeu Uma presen a escura e fria Um forte alarme disparou dentro de si Blitz olhou para a gaveta onde estava sua arma e em seguida para o computador Escolha um Trinta anos de treinamento tomaram a dianteira A miss o vinha em primeiro lugar Levou os dedos ao teclado e digitou o comando de destruir zerando o disco r gido do laptop Sentiu o ar atr s de si farfalhar Sentiu algo frio e du
103. havia um sof de couro preto com as almofadas removidas encostadas ao lado como se estivessem aguardando para serem limpas Livros tinham sido retirados das prateleiras e empilhados no ch o O mesmo acontecera com as revistas Um tapete persa fora enrolado e desenrolado pela metade Havia uma cadeira Eames Uma mesa de centro alongada com uma quantidade excessiva de metal cromado e polido Um fino peda o de metal retorcido que fazia as vezes de escultura Algu m morara ali mas n o tinha sido Emma Ele tirou a carteira de motorista do bolso e encarou a fotografia da pr pria mulher A mob lia combinava com os culos estilosos o penteado austero o batom berrante Era a mob lia de Eva Kruger Jonathan for ou se a dar uma volta pelo apartamento A cozinha era t o limpa que chegava a ser ass ptica Os arm rios estavam abertos Os pratos tinham sido retirados e empilhados sobre a bancada O mesmo acontecera com os copos Ele abriu a geladeira Suco de laranja Vinho branco Champanhe Uma lata de caviar beluga Uma cebola Um pacote de p o de forma preto Um vidro de picles Era um apartamento para receber convidados durante um de seus saf ris rel mpago O congelador continha uma garrafa de vodca polonesa envolta por um anel de gelo Jonathan verificou a marca Zubrowka Aromatizada com a chamada erva de bisonte Na prateleira de cima encontravam se dois copinhos gelados Ele abriu a garrafa e serviu se de uma dose A v
104. intruso No instante seguinte uma confus o j estava armada Uma enxurrada de homens morenos de terno preto irrompeu das portas girat rias Era dif cil contar quantos havia no grupo Jonathan parou no n mero sete A essa altura j o tinha visto Alto refinado elegante uma leve barba Um homem que se destacava em um patamar acima dos demais Ao mesmo tempo afastado e pr ximo dos outros Mas foi a express o de raiva indignada estampada nos tra os orgulhosos que Jonathan identificou e comparou com a fotografia que vira na noite anterior Parvez Jinn De repente ouviu se um grito Por um instante Jonathan pensou que algu m tivesse dado o alarme Mas n o era um grito de medo Nenhum assassino ou terrorista suicida fora localizado no radar Muito pelo contr rio Era um grito de alegria Parvez Jinn estava ao p da escada com as m os bem cuidadas junto ao rosto a raiva destilada por sua express o encoberta por um ar de beat fica devo o Meu carro disse em ingl s com sotaque americano O S600 Mas que obra de arte V8 indagou algu m V12 disse Jinn No mesmo instante a horda se precipitou na dire o do carro rodeando o com os olhos ar regalados as m os se agitando acima do chassi sem se atreverem a toc lo Jinn margeou o autom vel do cap at a traseira N o poderia haver cliente com olhar mais cr tico Jonathan abaixou a janela para garantir que ningu m visse as tr s marcas dei
105. j lucro Acho que tem alguma coisa a ver com isso S rio olhe s para esta casa Deve ter custado uma nota Imagino que o Blitz seja executivo de alguma grande far mac utica Os dois estavam tramando alguma coisa juntos Subornando algu m Em troca de ajuda Emma sempre achou que n o estava fazendo o suficiente E voc espera que Blitz converse com voc sobre isso Cem mil francos podem comprar bastante coopera o Ou bastante sil ncio Parece que voc est esquecendo uma coisa J pensou que talvez tenha sido Blitz quem mandou os policiais N o faz sentido Em primeiro lugar ele precisaria saber sobre o acidente de Emma e isso imposs vel O que voc acha Que ele mandou as malas para Emma depois colocou dois policiais corruptos na cola dela para pegar as malas de volta assim que ela fosse buscar De jeito nenhum N o foi Blitz Foi alguma outra pessoa Algu m que sabia sobre o acidente de Emma Ou algu m que estava esperando as malas desde o in cio Jonathan saiu do carro e atravessou o port o de ferro fundido Simone chegou instantes depois Gottfried Blitz dizia a plaquinha abaixo da campainha Jonathan apertou o bot o e a campainha tocou Ningu m veio atender En fiando a m o no bolso ele achou as balas de hortel que tirara da bolsa de viagem de Eva Kruger e p s uma delas na boca Quer uma Simone fez que n o com a cabe a Jonathan apertou o ouvido contra a por
106. lago cobria o p ra brisa Mais al m envoltos em nuvens erguiam se os picos nevados da regi o francesa de Haute Savoie Quando j estava quase chegando a Nyon nos arredores de Genebra o celular tocou Ele acionou o bot o de atender Aqui Rohde do escrit rio do legista de Zurique Sim doutor Von Daniken se lembrou de ter ignorado o telefonema de Rohde na v spera sobre a aut psia de Lammers Encontramos uma coisa esquisita Rohde passou v rios minutos resumindo suas descobertas sobre a batracotoxina ou veneno de sapo que revestia as balas Um colega meu o Dr Wickes da New Scotland Yard est convencido de que quem matou Theo Lammers j trabalhou para a Ag ncia Central de Intelig ncia Von Daniken n o respondeu CIA Fazia sentido Depois de ter ficado claro que Blitz n o era alem o e sim ira niano e ainda por cima ex oficial militar ele j desconfiava de que as mortes fossem obra de uma ag ncia inter nacional de intelig ncia Pensara em Philip Palumbo Ou a ag ncia norte americana n o estava por tr s daquela opera o ou ent o Palumbo havia lhe escondido as informa es deliberadamente Depois de agradecer Von Daniken desligou A auto estrada ficou mais estreita na entrada da cidade O asfalto descia e passava a acompanhar os contornos do lago sua esquerda estendia se uma ampla rea verde com as encostas cobertas de neve descendo at a margem Ele passou por uma s rie de
107. lan ava um jato de ar quente sobre seu corpo mas mesmo assim ele n o conseguia parar de tremer A cena do policial tentando arrancar a antena espetada em seu cr nio se repetia sem parar na sua mente Mas voc tem que saber insistiu Simone Eles queriam as malas E tudo em que eu consigo pensar Quando reagi o cara perdeu a calma As malas S isso Deve ter alguma outra coisa Com certeza O que voc quer que eu diga protestou Jonathan virando se de frente para ela Eu nunca vi aqueles homens na vida Estou com tanto medo quanto voc Bater boca n o vai adiantar nada A gente precisa decidir o que fazer Diante daquele desabafo Simone se retraiu Desculpe disse acomodando se no assento Tem raz o N s dois estamos com medo Eu n o quis sugerir Eu sei que n o Vamos s ficar sentados aqui alguns minutos esfriar a cabe a e resolver o que a gente vai fazer Eles tinham estacionado o carro em um bosque de pinheiros bem no alto da montanha com vista para a cidade Abaixo a pouco mais de 3 quil metros um enxame de luzes piscantes havia convergido para a esta o de trem Jonathan contou 10 viaturas de pol cia e duas ambul ncias Logo depois enfiou o indicador no buraco perfeitamente redondo que a bala havia aberto no painel Aqueles homens l um deles est morto o outro no m nimo gravemente ferido N o posso simplesmente ficar sentado aqui Preciso explicar o
108. loja Eram saqueadores operando atr s de linhas inimigas Os inimigos eram os vaidosos e ricos Aqueles que ignoravam o pr prio dever de intervir Jonathan apontou para um su ter grafite de gola careca Vou ficar com este aqui J pode consider lo seu E mesmo indagou ele entrando na brincadeira Fica bem em voc Vamos levar disse ela para a vendedora que estava por perto Vamos repetiu Jonathan alto o suficiente para arriscar denunci los Emma aquiesceu passando um bra o pelo seu Eu tenho recursos secretos sussurrou no seu ouvido mas s depois de ter lhe dado uma mordidinha Madame por acaso tem uma fortuna de Banco Imobili rio escondida dentro de uma caixa de sapato Emma n o respondeu Em vez disso continuou falando com a vendedora como se ele n o est ivesse presente Extragrande E pode embrulhar por favor E um presente para o meu marido O seu tom n o era mais discreto nem conspirat rio E o mesmo valia para a express o nos seus olhos Emma s rio disse ele J chega Vamos embora daqui N o insistiu ela Voc mereceu uma compensa o Pelo qu N o vou dizer Nessa hora Jonathan vira o pre o na etiqueta e depois de quase desmaiar puxara a para fora da loja Na rua riram do comportamento impetuoso de Emma Mas mesmo assim ela lhe lan ara um olhar g lido dando a entender que ele havia co
109. m m sseis teleguiados Boatos s isso Esperemos que sim disse Hirsch E qual a precis o do Shahab Um representante de A o Pol tica e Intermedia o tomou a palavra Precis o algo para a Alemanha a Fran a e os Estados Unidos se preocuparem No nosso caso n o faz diferen a Qualquer coisa a menos de 80 quil metros do alvo fatal Se eles con seguiram contrabandear 50 mil centr fugas para dentro do pa s debaixo dos nossos narizes e construir uma esta o de enriquecimento de ur nio de ponta sem ningu m ficar sabendo eu n o ficaria surpreso se tivessem avan ado tamb m no quesito precis o Ent o disse Hirsch esfregando os antebra os grossos e pelados O que fazer colocar as m os para cima e nos render isso que os nossos amigos persas querem Ser que eles es peram que fiquemos parados enquanto eles armam os foguetes com ogivas capazes de destruir nossas cidades Ex general da For a de Defesa de Israel ele sabia muito bem o que poderia acontecer no caso de um ataque nuclear ao solo israelense Israel ocupava um territ rio de pouco menos de 500 quil metros de comprimento e uns 250 de largura No entanto 90 da popula o vivia nos arredores de Jerusal m e Tel Aviv cidades separadas por apenas 50 quil metros Um ataque nuclear em uma das duas n o apenas mataria uma porcentagem significativa da popula o como arrasaria a infra estrutura industrial do pa s A radioativi
110. mais tarde a gasolina iria terminar Havia chances de que ca sse e explodisse na zona rural sem causar danos Independ entemente de onde despencasse n o iria acabar com 600 vidas Rolando de bru os levantou a cabe a e vasculhou a encosta da colina Balas ricocheteavam no ch o sua frente fazendo espirrar gelo e terra em seus olhos Ele se encolheu comendo um bocado de neve mas n o antes de ver a caixa de metal retangular que regulava o fornecimento de energia da vizinhan a A caixa de for a ficava a alguns metros de onde ele estava em uma plataforma plana escavada na encosta Um trecho da antiga muralha da cidadela ocupava o ch o logo acima dela Os grandes blocos de pedra proporcionariam alguma prote o Ele foi se i ando encosta acima afundando na neve espessa Tremia descontroladamente Depois de alguns metros descansou e levantou a cabe a pronto para tornar a se jogar no ch o a qualquer momento O tiroteio era mais ou menos constante mas os tiros n o estavam mais apontados para ele Vinham do outro lado da colina De outro calibre Eram Ransom e sua mulher O barulho de um motor de jato ganhou vida Ele achou imposs vel uma aeronave pequena conseguir produzir um som t o ensurdecedor O barulho mudou de tom e ficou mais agudo esgani ado O avi o teleguiado estava de colando Von Daniken virou se de lado e olhou para o c u Por um instante p de ver uma l mina prateada pas sando por cima das copas das rvores
111. mais provid ncias Pelo menos at o v o em quest o enviar um r dio para o con trole de tr fego a reo su o informando sobre uma pane no motor e solicitando autoriza o para um pouso de emerg ncia A porta da frente do jato se abriu e uma escada se soltou da fuselagem Marti subiu os degraus depressa com Von Daniken logo atr s O piloto apareceu no v o da porta O Justizminister sacou um mandado e estendeu o para ser examinado Temos informa es indicando que os senhores est o transportando um prisioneiro em desa cordo com a Conven o de Genebra dos Direitos Humanos O piloto mal olhou para o documento oficial O senhor est enganado falou N o temos ningu m a bordo exceto meu co piloto e o Sr Palumbo N o h engano nenhum disse Marti esquivando se do piloto com um movimento de ombro e entrando no avi o O solo su o n o vai ser usado para a pr tica da rendi o extraordin ria Inspetor chefe Von Daniken reviste o avi o Von Daniken percorreu o corredor da aeronave Havia um nico passageiro sentado em uma das largas poltronas de couro Um homem branco de mais ou menos 40 anos cabe a raspada ombros de touro e frios olhos cinzentos A primeira vista parecia um homem experiente al gu m capaz de se virar sozinho Da sua janela tinha uma vista desimpedida das tropas de choque que rodeavam o avi o N o parecia particularmente preocupado Boa tarde disse Von Dani
112. mala levou a at a cama e a abriu Outra surpresa O tecido que forrava o interior da tampa fora afastado em toda a extens o como as folhas de pl stico transparentes usadas para prender fotografias em um lbum N o fora cortada nem danificada de forma alguma Ele examinou mais de perto e descobriu um fecho muito parecido com o de um saco de congelamento meia luz da lua distinguiu um rebaixo retangular do tamanho e do formato de uma pasta Era um compartimento para esconder pap is ou documentos de modo a burlar o controle de um fiscal da alf ndega Fechou a mala e devolveu a ao seu lugar A mala de m o de Emma estava debaixo da escrivan inha Ela n o era de couro preto de novilho e sim de lona grossa manchada por anos de uso Ele abriu a divis ria externa e ficou aliviado ao encontrar a carteira onde ela costumava guard la Sua carteira de identidade estava intacta o dinheiro tamb m 87 francos Seus cart es de cr dito estavam perfeitos Ele abriu o moedeiro Alguns francos Um grampo de cabelo Uma caixinha de Tic Tac Fechou a mala depois correu a m o pelo fundo Seus dedos esbarraram em uma pulseira Reconheceu como uma que Emma usava de vez em quando Era azul clara e feita de borracha prensada parecida com as pulseiras Livestrong popularizadas por Lance Arm strong sete vezes campe o do Tour de France Tr s quartos da pulseira eram finos mas no ponto onde descansava debaixo do pulso era perceptivelmente mais gr
113. muito provavelmente n o havia cancelado a primeira credencial emitida em nome de Eva Kruger Jonathan aplicou a mesma l gica implac vel de antes O desejo de n o chamar aten o para si Se o nome de Eva Kruger ainda estivesse no sistema ele tinha certeza de que junto com o nome haveria um recado dizendo que ela deveria entregar o Mercedes para o ministro iraniano Port anto o passaporte para sua entrada seria o carro em si Era dif cil discutir com um autom vel de 200 mil d lares O primeiro bloqueio estava a dois quil metros de Davos Era um posto de inspe o de ve culos situado em um local plano de terreno De ambos os lados havia casas de fazenda maltratadas Uma barreira bloqueava o trecho da estrada que conduzia para o leste Ele diminuiu a velocid ade e esperou na fila de quatro carros Apertou a gravata e endireitou as costas Estava com a carteira de motorista a postos assim como os documentos do carro A credencial do F rum es tava pendurada em volta do pesco o Mesmo assim sua boca estava seca e seu cora o saltava pela garganta Avan ou para mais perto da barreira Reparou nos soldados que rodeavam cada ve culo Seus dedos formigaram e ele percebeu que estava ofegante Emma como foi que voc conseguiu passar oito anos fazendo isso Senhor Um policial bateu no seu vidro Avance Jonathan fez o carro avan ar alguns metros at o p ra choque quase encostar na barreira Pediram lhe para saltar do car
114. n o Mas conversar com os moradores e perguntar se repararam em alguma atividade suspeita Vamos disfar ar a opera o dizendo ser uma busca por uma crian a desaparecida Policiais discretos Investiga o amig vel Amanh de manh metade do pa s j vai estar sabendo do que se trata e amanh noite eu vou estar no notici rio noturno explicando para a outra metade que n s achamos que existe uma c lula terrorista operando nas nossas fronteir as com a inten o de derrubar um avi o de passageiros e que n o existe nenhuma porcaria de provid ncia que possamos tomar Exatamente disse Von Daniken N s acreditamos de fato que existe uma c lula terrorista operando dentro das nossas fronteiras justamente com essa inten o Ele estava perdendo Podia sentir que a argumenta o fugia ao seu controle como areia escor rendo por entre os dedos Marti lan ou lhe um olhar de avalia o recriminadora Voc tem alguma id ia do p nico que vai causar indagou Pode ser at que feche toda a malha a rea da Europa Central Isso n o uma bomba na bagagem de algu m O custo econ mico por si s sem falar na reputa o do nosso pa s Vamos ter de estacionar equipes com m sseis Stinger nos telhados dos aeroportos e posicionar baterias antia reas em volta das pistas Von Daniken esperou Marti protestar mas o ministro da Justi a permaneceu calado Sentou se e uniu as m os atr s da c
115. nascimento 1 de janeiro de 1955 Qual a finalidade da sua visita Sr Blake Neg cios Comparou o homem com a fotografia Cabelos grisalhos curtos Pele bronzeada Um bigode bem aparado culos de sol caros Um Rolex de ouro E um conjunto esportivo de cal a e casaco de poli ster Quando que os amer icanos v o aprender a se vestir Quanto tempo vai ficar S um ou dois dias O agente verificou o monitor O nome de Blake n o produzira nenhum aviso Apenas mais um americano rico vestido sem o m nimo bom gosto Ele bateu o carimbo com for a Tenha uma boa estada Danke sch n O sotaque do homem fez o agente do controle de passaportes esbo ar um movimento de recuo Ele acenou para a mulher no come o da fila Pr ximo O Sr Leonard Blake recolheu sua bagagem e em seguida encaminhou se para o balc o de aluguel de autom veis onde havia reservado um sed de tamanho m dio Depois de preencher a papelada necess ria foi at o estaciona mento e localizou o carro P s suas malas no banco de tr s e sentou se ao volante Passou alguns instantes arru mando os espelhos e o banco Durante todo o tempo ficou vigiando o local Estava calmo feito um t mulo Desceu o z per do agasalho e retirou o enchimento que acrescentava 10 quilos ao seu peso e 20 cent metros sua barriga P s o enchimento no banco de tr s deu a partida no motor e saiu da garagem Tomou a dire o sul na auto est
116. o de um pai paciente refreando uma crian a impetuosa Von Daniken lhe correspondeu de forma perfeita Gassan pode ter sido coagido mas o que ele disse se mostrou exato N o estava mentindo quando disse que entregou 50 quilos de Semtex para Gottfried Blitz tamb m conhecido como Mahmoud Quitab Al m disso temos uma foto que mostra que Blitz era ou foi no passado um oficial militar no Ir Acho razo vel supor que Lammers construiu um avi o teleguiado e entregou a Blitz Diria que somado confiss o de Gassan de que o alvo de Blitz era um avi o na Su a isso mais do que suficiente para comunicarmos s autoridades Certo mas tanto Lammers quanto Blitz est o mortos N o seria razo vel supor que os outros membros do seu grupo como que se diz mesmo da sua c lula possam estar mortos tam b m Se voc me perguntasse eu diria que algu m est fazendo nosso trabalho Von Daniken pensou nos fragmentos de tinta branca encontrados na pilastra da garagem de Bl itz nos 20 quilos de explosivos pl sticos desaparecidos nas marcas de pneu que correspondiam s da van da Volkswagen supostamente usada para transportar os explosivos Tem mais gente A opera o maior e requer mais de dois homens Talvez at tenha Marcus N o vou negar o fato de que h alguma coisa acontecendo Mas voc n o est me dando muita muni o Eu aviso os chefes da avia o civil e depois Voc espera que eles cancele
117. os esquis e prender Jonathan no seu pr prio suporte N o queremos perder voc tamb m Jonathan girou para ficar de frente para o homem mais baixo Ela ainda n o est perdida No in cio as gotas eram dif ceis de encontrar parecendo cabe as de alfinete Ent o foram ficando maiores e menos espa adas at o sangue come ar a tra ar uma linha cont nua como se algu m tivesse furado uma lata de xarope de rom e despejado na neve A nica diferen a era que aquele xarope tinha a cor brilhante do sangue arterial rico em oxig nio Quando Emma teria passado por ali perguntou se Jonathan Cinco minutos atr s Dez Curvando se mais p de ver onde ela havia apoiado o p s o e onde havia arrastado o outro Mais frente havia uma depress o na neve e no centro um grande buraco Jogando se no ch o de bru os ele rastejou e dirigiu a lanterna para dentro do buraco A luz revelou uma galeria de gelo e pedra com 10 metros de di metro e aparentemente sem fundo Rolando para um dos lados verificou o sinalizador O mostrador digital piscou e o n mero 98 apareceu O est mago de Jonathan revirou Noventa e oito metros de profundidade Conseguiu algum sinal perguntou Steiner Ela est a dentro Est respondeu Jonathan mas recusou se a dar mais detalhes Eu vou descer Me segure Est seguro confirmou Steiner Jonathan aumentou o buraco com a picareta Um bloco de gelo se
118. paradeiro do Ransom A gente passou o nome da Eva Kruger pelos sistemas estaduais e nacionais disse Myer O chefe da seguran a do F rum Econ mico Mundial que vai acontecer em Davos entrou em contato Ele me disse que uma semana atr s autorizou a mesma Eva Kruger domiciliada em Berna e deu a ela uma credencial para o evento O passe tinha validade de um dia Hoje Myer aquiesceu com a express o s ria E um passe VIP Ela tem acesso a qualquer lugar que quiser inclusive pr pria Kon gresshaus Qual a agenda de hoje V rios pain is ao longo do dia Figur es do mundo inteiro O principal pronunciamento desta noite vai ser feito por Parvez Jinn um iraniano J alertou a seguran a Ainda n o Fa a isso imediatamente Diga para invalidarem a credencial dela Passe para eles a ltima descri o do Ransom Ele pode estar armado S isso N o disse Von Daniken Diga a eles que eu chego l daqui a uma hora 64 JONATHAN VIU OS PRIMEIROS CAMINH ES na entrada do vale Dois ve culos de transporte militares com uma d zia de soldados posicionados por perto Cinco quil metros mais adiante viu outro par de caminh es Dessa vez os soldados n o estavam apenas posicionados toa Eram tropas de choque vestidas com uniformes camufla dos impec veis e submetralhadoras presas ao peito por uma correia Todos os carros que passavam eram revista dos Uma nica
119. pegar o carro Vamos cruzar a fronteira Eles deixam todo mundo passar N o v o parar um banqueiro em um Mercedes Eu vou com voc Enquanto falava ela n o tirava os olhos dele Meu Deus pensou Jonathan se eu estiver com uma cara t o as sustada quanto a dela vamos ter problemas E depois perguntou Jonathan Continuar fugindo Pondo se de p ele apontou para a paisagem de montanha na dire o da vila de Blitz Olhe para l A pol cia sabe tudo o que eu fiz na esta o de trem O es crit rio de Blitz est coalhado com as minhas digitais Simone o assassino sou eu Fui eu quem estourei a cabe a do Blitz Qualquer chance que existisse de convencer a pol cia de que o que aconteceu ontem foi em leg tima defesa j era por isso que voc tem que sair do pa s Isso n o vai resolver nada Mas vai deix lo vivo E em seguran a Por quanto tempo Eles n o v o parar de me procurar s porque cruzei a fronteira V o man dar a minha foto para todos os pa ses da Europa Jonathan cruzou os bra os tentando imaginar o que aconteceria se sa sse do pa s Sempre es barrava em um impasse N o conseguia visualizar direito em parte porque sua mente n o es tava condicionada para fugir Ele passara anos lutando para subir encostas imposs veis em con di es imposs veis Depois de um certo tempo come ara a pensar que poss vel fazer qualquer coisa contanto que n o se
120. poderoso Tirou a pistola com silenciador do casaco e concentrou se na rua no ponto em que o carro do alvo um modelo recente de Audi 8 despontaria no alto do declive Far is surgiram e ficaram mais fortes Seu polegar tocou a trava de seguran a De repente avistou o carro Quando passou debaixo de um poste ele conferiu o modelo e a placa O autom vel diminuiu fez uma curva e parou bem em frente garagem A porta do mo torista se abriu O alvo desceu Era um homem alto corpulento de cabelos ruivos e bochechas gordas Um engenheiro de algum renome Um homem de fam lia Uma pessoa de r gida discip lina A essa altura o Fantasma j se aproximava Em tr s passos cobriu sem nenhum esfor o a dis t ncia que o separava do alvo O sujeito olhou para ele confuso Por que o controle remoto n o estava funcionando Quem era aquele desconhecido que surgira como que sa do do nada O Fantasma viu tudo isso em seus olhos enquanto erguia o bra o e apertava o gatilho Tr s tiros atingiram em cheio o seu rosto As c psulas foram projetadas para dentro da sacola O corpo desabou em frente garagem O Fantasma inclinou se sobre ele Pressionando o silenciador no peito do homem desferiu lhe um tiro no cora o O corpo deu um pulo Foi ent o que percebeu uma coisa engra ada em sua lapela Alguma esp cie de broche Inclinou se para ver melhor Uma borboleta 5 MARCUS VON DANIKEN voltou para casa pouco depois das 23 horas
121. pr prio colo O que voc espera conseguir se a gente se separar Jonathan n o respondeu Ela levantou a cabe a e olhou para ele Pelo menos aceite o meu conselho e saia do pa s enquanto pode Arrume um advogado Depois se precisar volte Ele segurou sua m o Diga a Paul que eu mandei um abra o Entro em contato com voc s quando chegar a Genebra Estou preocupada com voc Reze N o sei se vai ser suficiente Ent o me deseje sorte Seu bobo Simone balan ou a cabe a exasperada e em seguida inclinou se para a frente e deu lhe um abra o bem apertado Fique com isto aqui Vai proteger voc Tirou do pesco o uma medalha presa em uma corrente de couro e entregou a a ele S o Crist v o Patrono dos viajantes Mas ele n o mais santo Somos dois ent o disse Simone Jonathan olhou para a medalha e colocou a em volta do pesco o Tchau Adieu Observou a atravessar o estacionamento Quando ela chegou esta o pensou t la visto levar a m o ao rosto para enxugar uma l grima 38 SIMONE NOIRET AJEITOU A BOLSA no ombro e entrou na esta o Espalhadas de um lado a outro da plata forma umas 12 pessoas esperavam o trem Um vento sibilante assobiava por entre os caibros congelando a at os ossos Ela enfiou as m os nos bolsos e andou at os monitores que exibiam as chegadas e partidas Tentei disse a si mesma Fizera tudo que
122. prazer Ele repara nos olhos vidrados do rapaz em seu sorriso sonhador Ser que est b bado Doid o De qu Raki Haxixe Algum tipo de anfetamina Ele n o tem tempo J tentou o hospital de El Ain Se o seu pai tem uma doen a card aca recomendo que v para Beirute Mas Beirute fica a oito horas de carro e a estrada para El Ain est interditada por causa das enchentes Saia da frente diz o l der empurrando Rashid Rashid o empurra de volta Antes de Jonathan conseguir reagir e avisar ao menino para parar de resistir o l der levanta a metralhadora e dis para no rosto de Rashid O meu pai precisa de nitroglicerina para o cora o dele diz o l der passando por cima do corpo E a gente Ele gesticula para os outros A gente precisa de alguma coisa para a nossa alma Basta um olhar para Rashid e Jonathan entende que n o h nada a fazer Conduz os milicianos at o dispens rio Aquele bando veio para saquear M os vidas limpam as prateleiras de morfina analg sicos Vicodin code na Em poucos minutos o dispens rio est vazio Tudo ter mina t o depressa quanto come ou Desejando a Jonathan a b n o do profeta os milicianos sobem em suas picapes e v o embora Um minuto depois Jonathan j est com o telefone colado ao ouvido tentando freneticamente falar com Paris Emma precisa pegar um avi o at Genebra e ir direto para a sede da M dicos Sem Fronteiras Ele v
123. que aconteceu Preciso dizer a eles que isso tudo algum tipo de erro Que eles estavam atr s da pessoa errada Olhe para esse buraco de bala Jon Foi o seu policial quem fez isso E agora voc quer se entregar Simone lan ou as m os para o alto exasperada Que outra escolha eu tenho A esta altura a pol cia inteira deste kanton e provavelmente do pa s inteiro j tem a nossa descri o Americano alto de cabelos grisalhos acompanhado por uma mulher morena em um BMW s rie 5 prata Daqui a uma hora v o descobrir os nossos nomes ou pelo menos o meu N o vai ser dif cil achar a gente E a o que voc vai dizer Que foi leg tima defesa Eles n o v o acreditar sequer em uma palavra Simone vasculhou a bolsa em busca de um cigarro Pourris Jon Sabe o que isso quer dizer Podre Corrupto Aqueles policiais n o prestavam Ela precisou das duas m os para firmar o isqueiro Jonathan abriu o porta documentos de couro A identidade pertencia a Oskar Studer Wachtmeister Gr ubunden Kantonspolizei Foi ent o que ele percebeu que o carro n o estava equipado como as outras viaturas de pol cia N o havia r dio Nem computador de bordo Nem suporte para arma O carro estava impecavelmente limpo N o havia uma poeira nos carpetes Nenhuma x cara de caf vazia O hod metro marcava dois mil quil metros Havia alguns documentos no compartimento lateral Comprovantes de loca o de ve culo em nome de
124. que se apresente em algum posto de controle usando esse nome ou qualquer outro parecido deve ser impedida de entrar no per metro do F rum Deve ser considerada armada e perigosa Usem a for a que for ne cess ria Quero ela presa imediatamente Entendido Sim senhor Entendido Abaixo de si podia ver a auto estrada de pista dupla que cortava o ch o do vale e atravessava a cidade de Klosters Os postos de controle tamb m estavam claramente vis veis aglomerados de homens e equipamentos dispostos a intervalos fixos dos dois lados da estrada Dez quil metros para cima do vale teve a primeira vis o da cidade Da vos Popula o 5 500 habitantes Altitude 1 800 metros O vilarejo alpino ocupava uma faixa comprida e larga na encosta da montanha Um raio de sol se refletia no domo da igreja protestante No alto da montanha p de ver a g ndola azul vivo do Jakobshornbahn O r dio ganhou vida fazendo um chiado Inspetor Von Daniken aqui do quartel general de seguran a O que houve Um Kruger j chegou Primeiro nome Evan Passou pelo posto de controle do vale s 10h07 Uma nova creden cial foi emitida s 10h31 no posto de seguran a principal Voc disse que emitiram uma credencial nova para o homem Segundo o relat rio do agente que estava no local a credencial do Kruger estava com defeito A causa especi ficada foi chip com problema Tamb m havia alguns dados errados O que isso quer dizer
125. que tempor rio era palp vel O Estado de Israel n o precisava mais se preocupar em ser aniquilado sem aviso A amea a sua exist ncia fora eliminada suas fronteiras garanti das Por ora No rastro do ataque foram divulgados ind cios da verdadeira natureza do programa iraniano de enriquecimento nuclear L deres mundiais condenaram veementemente a Rep blica Isl mica e exigiram uma interrup o imediata de seu programa Os Estados Unidos foram um passo al m e emitiram um ultimato ordenando a Teer que entre gasse em 72 horas todo o seu ur nio com grau de armamento sob a amea a de repres lias militares O governo de Teer resistiu mas finalmente cedeu s demandas sem querer correr o risco de um constrangimento reiterado Somente Zvi Hirsch conhecia a identidade da pessoa que dera a seu pa s informa es detalhadas sobre o programa nuclear iraniano e fizera o ataque ser desviado de Chalus para Karshun E ele n o iria revel la a ningu m Enquanto atravessava a rua depois de sair da casa do primeiro ministro manuseou o pequeno flash drive em sua m o Incr vel o que aqueles magos da inform tica eram capazes de fazer CONHE A OUTROS T TULOS DA EDITORA ARQUEIRO Queda de gigantes de Ken Follett N o conte a ningu m Desaparecido para sempre Confie em mim e Cilada de Harlan Coben A cabana de William P Young A farsa de Christopher Reich gua para elefantes de Sara Gruen O S mbolo Perdido O C digo Da V
126. r spida tornou a falar Hans vai encontr la no Gloriette no Pal cio de Sch nbrunn s 10 horas Leve um exemplar do Wiener Tagblatt e certifique se de que o nome do jornal esteja vis vel Certo respondeu ela Claro Mas o telefone j estava mudo Milli Brandt desligou Pronto estava feito Havia mantido sua promessa Era oficialmente uma sayyan Uma amiga 27 GOTTFRIED BLITZ P S AS TR S CADELAS dentro de casa Depois de fechar a porta atr s de si imobilizou se com os ouvidos atentos para algum grito de alerta Os narizes bem treinados dos animais eram mais eficazes do que qualquer sistema de seguran a eletr nico A casa continuou silenciosa Ele entrou na sala As cadelas estavam deitadas no ch o de m rmore ofegando depois do exerc cio matinal Blitz foi at a janela afastou a cortina e olhou para a rua Estava vazia N o havia sinal do sujeito com quem tinha conversado mais cedo Blitz tinha o costume de memorizar rostos e sabia que aquele homem p lido e magro n o era um vizinho Seu italiano era fluente mas n o era o de um nativo Quem seria ent o Um turista explorando as colinas pr ximas Mas com esse tempo E por que n o estava indo na dire o das trilhas que come avam logo depois do final da rua Blitz espiou o c u que escurecia Ainda n o eram nem 9 horas e o dia j estava no fim Come ou a chover Ele escutou os pingos ficando mais fortes e come ando a bater na vidra a Tr
127. revidarem Acontecer com o qu perguntou Emma A gente forneceu a eles equipamento para fab ricar um pouquinho de ur nio enriquecido Agora vamos tomar de volta Jinn disse que eles tinham m sseis teleguiados Se algu m atacar as f bricas de enriqueci mento deles n o v o hesitar em usar esses m sseis O presidente deles est planejando anunciar tudo isso ao mundo na semana que vem Jinn estava mentindo disse Emma com a mesma seguran a inabal vel mas seu rosto em palidecera O Ir n o tem m sseis teleguiados Ele os chamou de KH 55 Disse que tinham arrumado quatro um ano atr s e que estavam na base de Karshun no golfo P rsico De jeito nenhum Ele estava blefando Voc s podem correr esse risco Se os Estados Unidos ou Israel bombardearem o Ir os mul s de Teer imediatamente v o bombardear Jerusal m e os campos de petr leo sauditas A o que voc acha que vai acontecer Meu Deus Emma franziu o cenho e os m sculos de seu maxilar se contra ram furiosamente M sseis KH 55 Tem certeza Voc sabe o que s o Os russos chamavam esses m sseis de Granate ou rom s S o m sseis teleguiados subs ni cos de longo alcance capazes de transportar uma ogiva nuclear S o velhos como Matusal m e os sistemas de rastreamento est o ultrapassados mas funcionam Isso n o bom comentou Jonathan Jinn mencionou que tinha uma surp
128. rua Simone se remexeu no assento ajeitando os cabelos atr s da orelha Mas a Emma n o tinha amigo nenhum l A gente n o faz id ia de por onde come ar a pro curar O que espera descobrir Jonathan apontou a frente do carro para baixo da encosta e pisou no acelerador Eu sei como descobrir quem mandou essas malas para Emma 20 S CINCO PARA A MEIA NOITE uma van sem identifica o vis vel encostou na plataforma de entregas nos fundos da sede da Rob tica AG no bairro industrial de Zurique Quatro homens saltaram Todos vestiam roupas escuras e usavam gorros abaixados at quase cobrir os olhos luvas cir rgicas e sapatos de sola de borracha O l der quase 10 cent metros mais baixo do que os outros tr s arranhou de leve a porta do carona e a van foi embora Subindo na plataforma ele passou pela cortina de a o corrugado que protegia o local das entregas Trazia na m o duas chaves A primeira desarmou o circuito de seguran a A segunda abriu a entrada de servi o Os homens en traram no pr dio s escuras em fila indiana A gente tem 17 minutos at a pr xima ronda do vigia disse o inspetor chefe Markus Von Daniken enquanto fechava a porta atr s deles Sejam r pidos cuidado com o que tocarem e sob nenhuma hip tese n o tirem nada do local Lembrem se n o estamos aqui Os homens sacaram lanternas dos casacos e come aram a descer o corredor Junto com Von Daniken estavam My er do seto
129. s o esses Von Daniken lhe falou sobre as balas mergulhadas em veneno de sapo e disse como essa pr tica vinha dos ndios que haviam feito parte dos esquadr es salvadorenhos liderados pela CIA Parece que talvez voc esteja exagerando respondeu Palumbo Indios supersticiosos es quadr es da morte veneno voc est falando de coisas que aconteceram quase 30 anos atr s Isso hist ria antiga Eu n o acho que nenhum de n s dois acredite em coincid ncias Nisso voc tem raz o disse Palumbo sem oferecer mais nenhum esclarecimento Phil estou perguntando claramente a voc esse cara est na folha de pagamento da Ag ncia ou um freelancer a mando de alguma outra pessoa N o sei dizer Voc est falando de coisas que ficariam fora do escopo do Departamento de Opera es Isso com o sexto andar Muito acima da minha faixa salarial N o acho que o vice diretor iria gostar se eu me intrometesse onde n o fui chamado Entendo disse Von Daniken Mas algu m est pagando esse homem Algu m est apont ando para ele a dire o certa Me parece que ele sabe mais sobre o que est acontecendo do que voc ou eu Eu pelo menos acho isso assustador Pensei que voc pudesse dar uma sondada por a Quem sabe extra oficialmente Extra oficialmente Qualquer coisa que voc descobrir Veneno de sapo A a gente estaria quite Completamente quites
130. s no ch o por pouco n o caiu de joelhos e beijou o asfalto Chovesse ou fizesse sol iria voltar para casa de carro O tenente Mario Conti chefe de pol cia de Tessin esperava na beira do heliporto O senhor vai comigo at a casa de Blitz disse ele Acho que seu assistente j est l Von Daniken caminhou at o carro estacionado O barulho do motor do helic ptero ainda ecoava em seus ouvidos Meu assistente Meus homens s o estes aqui Sr Myer e Sr Krajcek Ningu m mais do meu escrit rio est tra balhando neste caso Mas hoje de manh eu recebi uma liga o do Sr Orsini chefe da esta o ferrovi ria dizendo que tinha recebido a visita de um policial perguntando sobre as malas Imaginei que estivesse trabalhando no mesmo caso que o sen hor O senhor est falando de que malas exatamente perguntou Von Daniken parando de modo abrupto As que foram enviadas para Landquart explicou Conti O policial informou ao Sr Orsini que elas pertenciam ao suspeito do assassinato do policial de ontem N o estou investigando a morte do policial de Landquart N o mandei ningu m falar com o chefe da esta o Conti balan ou a cabe a e suas faces perderam a palidez Mas esse policial ele mostrou a credencial Tem certeza de que voc s n o est o trabalhando juntos Von Daniken ignorou a pergunta e foi direto ao ponto O que esse homem queria exatamente O nome e o
131. satisfeito em comunicar que gra as a um vento de cauda consider vel seu tempo de v o seria reduzido Seu novo hor rio de chegada estava previsto para as 19h50 Dezes sete minutos antes do planejado Desejou a todos a bordo um v o agrad vel e antes de encerrar afirmou que tornaria a falar com os passageiros um pouco antes da aterrissagem 78 N O DISSE VON DANIKEN AO TELEFONE N o temos nenhum detalhe sobre uma amea a espec fica Tudo que sabemos que existe uma c lula terrorista operando no pa s cujo objetivo destruir um avi o de carreira no nosso territ rio N o sabemos quem s o nem onde est o agora Mas repito sabemos que est o aqui mais provavelmente em Zurique ou Genebra Todos os nossos ind cios apontam para uma tentativa de abater uma aer onave durante o v o ou no terminal nas pr ximas 48 horas Von Daniken estava falando com o diretor do Escrit rio Federal de Avia o Civil a organiza o que tinha a pa lavra final em todas as quest es relativas a v os decolando e aterrissando em aeroportos su os Era um amigo seu antigo companheiro do Ex rcito mas em assuntos desse porte amizades n o contavam Deixe eu entender bem Marcus Voc quer que a gente feche todos os aeroportos importantes do pa s at segunda ordem Exatamente Mas isso significa cancelar todos os v os em decolagem e desviar as aeronaves que chegarem aos aeroportos da Fran a da Alemanha e da It lia
132. seguinte bem cedo O que planejava fazer nesse intervalo era o que aterrorizava Palumbo Ele escutou meia d zia de conversas antes de encontrar algu m falando ingl s Estamos saindo Tudo pronto Reconheceu no mesmo instante o sotaque texano carregado de Austen Tudo pronto senhor foi a resposta Estamos preparados esperando Chego em meia hora A liga o foi encerrada Palumbo mapeou as coordenadas GPS das transmiss es interceptadas Um ponto vermelho sobreposto a um mapa de Zurique indicou o local da liga o prim ria ou seja de quem fizera a liga o no n mero 47 da Dufourstrasse endere o do consulado norte americano A liga o secund ria ou quem recebera a chamada estava em Glattbrugg cidade cont gua a Zurique Mais interessante do que o endere o era sua localiza o O ponto vermelho ficava a 100 metros do limite sul do aeroporto de Zurique Bingo Ele olhou pelo retrovisor e viu uma fila de homens sair do pr dio e entrar nos Mercedes que aguardavam A visita do diretor da Ag ncia de Intelig ncia Humana da Defesa havia terminado Os carros entraram na rua e passaram chispando por Palumbo Tinha consci ncia de que n o adiantava tentar segui los pelo tr fego congestionado e pelas ruas de m o nica de uma cidade europ ia que n o conhecia Das duas uma ou iria perd los ou ent o seria visto Arrumou o laptop no banco do passageiro e deu partida no motor Sabia exatamente para onde Aus
133. seu est mago vai inchar dentro de voc e os seus pulm es v o come ar a ferver Olhe para os seus bra os A pele est se soltando O triste que isso pode durar muito tempo Os olhos de Gassan se esbugalharam enquanto ele seguia gritando improp rios sobre a injusti a da sua situa o Qual era o nome do seu contato Como eles v o usar os explosivos Temperatura 95 C Est bem berrou Gassan Eu falo Me tirem daqui Por favor Fala o qu Tudo Tudo que eu sei O nome dele Agora me tirem daqui O coronel Mike ergueu uma das m os para o guarda que controlava o bico Chegou mais perto do tonel de modo que o calor fez brotar suor em sua testa Quem o usu rio final Gassan deu um nome que Palumbo nunca tinha escutado antes Entreguei a ele pessoalmente Ele me pagou 20 mil d lares Onde voc entregou os explosivos Genebra Uma garagem no aeroporto Quarto andar A comporta havia se rompido Gassan come ou a falar despejando informa es como se fosse gua de um cano furado Nomes Codinomes Esconderijos Senhas N o conseguia falar de pressa o suficiente Palumbo gravou tudo Saiu da sala para verificar as informa es Cinco minutos depois voltou Alguns dos nomes conferem mas ainda temos muito ch o pela frente Ent o perguntou o coronel Mike Mais alguma pergunta para o nosso ilustre convidado Ah sim disse Palumbo O Sr Gassa
134. significara qualquer coisa para Emma Foi ent o que a ficha caiu Aquela n o era a alian a de casamento de Emma Era a alian a de Eva Kruger Ele estava lendo a data de forma errada Os americanos escrevem datas no formato m s dia ano Mas Eva Kruger era su a Teria escrito a data do seu casamento no formato europeu Dia m s ano 2 8 01 Enquanto olhava para aqueles n meros um frio desagrad vel tomou conta de sua barriga No dia 2 de agosto de 2001 ele e Emma Everett Rose haviam se casado em uma cerim nia particular simples em Cortina na It lia Sem parentes Ela insistira Nem da fam lia dele nem da dela Ningu m do trabalho tampouco Este o nosso dia Jonathan dissera ela O dia em que dou a voc meu verdadeiro eu No bolso externo Jonathan carregava o Palm que encontrara na casa de Blitz O flash drive de Emma ainda estava conectado ao aparelho Com uma calma deliberada ele ligou o computador de bolso O cone chamado Thor apareceu na tela Jonathan clicou nele e a tela foi tomada pelo prompt pedindo uma senha Di gitou os n meros do anel A tela piscou e as palavras Senha aceita apareceram Estava dentro do arquivo A tela adquiriu um brilho azulado Apareceu uma nica janela centralizada no alto onde se lia Intelink A palavra piscava cada vez mais forte como um cartaz em n on anunciando vagas em um hotel Jonathan clicou nela Por alguns instantes nada aconteceu Sua barrig
135. sobretudo novos Jonathan parou e for ou se a cumpriment lo Com um sorriso e a m o levantada acenou para ele O policial o encarou fixa e demoradamente antes de responder e depois tornou a entrar no carro Jonathan continuou o que estava fazendo O controle remoto da chave emitiu um bipe Ele se sentou no banco do motorista e o motor ganhou vida Afastando se do meio fio passou pelo policial e virou direita na rua seguinte Parou dois quarteir es mais adiante para pegar sua passageira Ent o perguntou Simone entrando no carro Tinha um policial estacionado na frente da casa Acenei para ele Voc fez o qu Meu Deus acho que voc nasceu para esta vida Est enganada Seguiram pela rua sinuosa entraram na cidade e pegaram a sa da na dire o da esta o de trem Em duas ocasi es ele reparou nos far is baixos de Xenon acompanhando os de longe Pediu a Simone para verificar se estavam sendo seguidos Ela olhou pela janela traseira e disse que n o via vivalma Jonathan tornou a checar antes de chegar esta o mas os far is n o estavam mais l Parou na sombra nos fundos do estacionamento gente tem que se separar disse ele A pol cia est procurando um casal Voc est exagerando N o pode ter certeza de que eles sabem da minha exist ncia Simone Ele suspirou e baixou a voz N o posso fazer o que tenho a fazer se voc estiver comigo Ela olhou para o
136. tanto por Lammers mas por causa da empresa e de quem iria administr la agora que ele estava morto Os senhores acham que o respons vel foi algum colega perguntou ela com um tom de lamento entusiasmado Algu m no estrangeiro talvez Eu n o saberia dizer por enquanto Temos uma pol tica de n o fazer coment rios sobre as investiga es Talvez possamos come ar com a empresa O que voc s fazem exatamente A executiva aproximou da mesa a cadeira onde estava sentada Sistemas de navega o Acima do solo debaixo d gua posicionamento m vel final Ao ver a express o confusa nos olhos de Von Daniken acrescentou N s fabricamos instrumentos que localizam a posi o exata de avi es barcos e carros Tipo GPS Um franzir de cenho indicou que ele estava longe da resposta correta N o gostamos de confiar em sat lites Recentemente patenteamos um novo sistema de navega o de terreno para aeronaves usando uma tecnologia chamada fus o de sensor O nosso mecanismo combina medidas de sistemas de navega o inerciais com mapas digitais e um alt metro por radar Medindo as varia es de altitude do terreno na rota de v o da aeronave e comparando essas varia es com um mapa digital do terreno conseguimos estabelecer a posi o exata da aeronave com uma precis o milim trica E quem compra esse tipo de aparelho Temos muitos clientes Boeing General Electric e Airbus s o algu
137. terceiro perdeu os dois bra os e um quarto ficou parapl gico Na verdade o n mero de mortos foi maior Ningu m contou a nova vida que crescia dentro do ventre de Tovah Srta Brandt Milli se virou ao escutar a voz grave com forte sotaque Um homem magro com ares de intelectual estava poucos metros atr s dela sorrindo Ela n o o ouvira chegar Sr Katz Estou vendo que est com o jornal Obrigada por seguir nossas instru es O homem lhe deu o bra o e sa ram passeando pelos jardins desertos Enquanto andavam Milli o informou sobre a reuni o de emerg ncia no bosque de Viena na noite anterior e sobre as descobertas reveladas por Mohamed ElBaradei Enriquecido a 96 Tem certeza Milli respondeu que sim E quais s o as chances de a medi o estar errada Seria a primeira vez Desculpe dar essa not cia Achei que fosse o meu dever O dever de todo s dito o dever do rei mas a alma de cada s dito s sua Acho que sou o nico mas estou convencido de que Shakespeare era judeu Parando e virando se para ela o homem deu um sorriso t mido Ningu m gosta de trair a confian a de outra pessoa Milli ficou olhando a figura alta e magra desaparecer entre as topiarias cobertas de neve Um vento frio soprou enchendo seus ouvidos com um chiado de desola o Ela esperava ouvir que fizera a coisa certa Queria um discurso sobre como iria tomar provid ncias imediatas e como
138. um chiado Aterrissou de mau jeito e atravessou o tobog a uma velocidade alt ssima com o esqui levemente torto pressionado com for a na neve Suas m os estavam exageradamente erguidas e o corpo muito curvado para a frente Toda a sua sil hueta parecia desgovernada fora de controle Os olhos de Jonathan voaram para as pedras que margeavam o tobog Vire gritou uma voz dentro dele Tr s metros a separavam das pedras Um e meio No instante seguinte ela deu um salto perfeito e inverteu a dire o Jonathan relaxou Emma desceu zunindo pelo tobog e fez outra curva perfeita Abaixou as m os nas laterais do corpo Flexionou os joelhos para amortecer qualquer lombada escondida Qualquer sinal de cansa o havia desaparecido Ele ergueu um punho cerrado em gesto de triunfo Emma tinha conseguido Dali a meia hora estariam os dois sentados em um cub culo reservado no Restaurante Staffelalp em Frauenkirch com dois caf s Lutz fumegantes sua frente rindo das perip cias do dia e fingindo que nunca haviam corrido qualquer perigo N o de verdade Mais tarde voltariam para o hotel cairiam na cama e Emma caiu fazendo a terceira curva Esbarrou em algum obst culo sob a neve ou ent o demor ou meio segundo a mais para virar e seus esquis se chocaram contra as pedras A barriga de Jonathan se contraiu Horrorizado ele a viu cavar uma cicatriz bem no centro do tobog Suas m os se agarraram neve mas o declive era acentuad
139. uma coisa disse Emma Tenho lido a sua correspond ncia agosto Manh de domingo Eles est o em Sanaya cidade perdida na fronteira oriental da Jord nia com o Iraque E um trabalho tempor rio Tr s dias substituindo um dos colegas de Emma que est com apendicite O trabalho agrad vel e f cil Resfriados Infec es Cortes e hematomas leves cedo e eles est o deitados lado a lado em meio a um emaranhado de len is embolados Uma janela aberta deixa entrar uma brisa morna irregular e o canto do muezim conclamando os fi is para a prece Sozinhos sem ningu m para atrapalhar os dois redescobriram os h bitos de quando eram namorados fazendo amor todo dia de manh tornando a dormir depois fazendo amor novamente Paris ficou para tr s Nada de dores de cabe a Nada de olhares vazios Lido a minha correspond ncia pergunta Jonathan Achou alguma coisa interessante Diga me voc Uma carta da minha namorada finlandesa Voc nunca foi Finl ndia Uma Playboy N o diz ela montando em cima dele e sentando se Voc n o precisa de nenhuma revista de sacanagem Desisto diz Jonathan correndo as m os pelos quadris e seios da mulher sentindo a excita o aumentar O que voc achou Vou dar uma pista Voulez vous coucher avec moi O sotaque dela terr vel Paris com escala em Penzance gente acabou de fazer isso Pelo menos eu acho
140. uma unha hipercomprida e cuidadosamente pintada Por que a lista n o estaria completa indagou a mulher passando lhe o dossi de Jonathan Ransom Estou com cara de quem tem alguma coisa a esconder Isso rid culo estou lhe dizendo Essa coisa toda Jonathan Ransom um assassino Que loucura Von Daniken n o se deu o trabalho de responder A pol cia de Gr ubunden estivera ali um dia antes dele e era evidente que havia ofendido alguns brios Era melhor ter uma conversa com a pol cia do que tentar discutir com aquela mulher Aceitou o dossi de Ransom e folheou os pap is sem pressa Beirute L bano Chefe de equipe de um programa de imuniza o vacina o Darfur Sud o Diretor Opera es de Refugiados Kosovo S rvia M dico chefe encarregado da iniciativa de construir unidades locais de trauma Ilha de Sulawesi Indon sia Mon r via Lib ria Era uma lista de todos os piores buracos do mundo do ponto de vista pol tico E normal um m dico de voc s passar tanto tempo em pa ses estrangeiros perguntou ele erguendo os olhos da pasta Estou vendo aqui que o Dr Ransom passou dois anos em alguns desses lugares E esse o nosso trabalho Um suspiro de desd m Olhos virados para o teto Jonathan prefere as miss es mais desafiadoras Ele um dos nossos m dicos mais dedicados Como assim As condi es muitas vezes s o rduas O m dico tende a perder de vista a perspectiva glo
141. urgente come ou Tenho que pedir que tudo que for conversado aqui fique entre n s Sei que posso contar com a sua discri o Tingeli assentiu s rio Os dois se sentaram frente a frente em cadeiras de couro id nticas Von Daniken explicou os rudimentos de sua investiga o sobre Lammers e Blitz os assassinatos os explosivos pl sticos encontrados na garagem de Blitz e suas liga es com o terrorista Walid Gassan Tomou cuidado para n o mencionar a amea a avia o civil Conseguimos rastrear as finan as dos dois homens e chegamos a uma empresa aberta pela sua subsidi ria no Liechtenstein Uma institui o chamada Truste Excelsior Voc faz alguma id ia de quantas leis eu estaria burlando se divulgasse as informa es dos meus clientes Se voc quiser posso pedir para Alphons Marti expedir um mandado Tobi dispensou a sugest o com um aceno Esque a as regras Aposto que o truste est em nome de advogados S o eles que sabem tudo V atr s deles E s voc me dar o nome deles e irei Segundo me lembro um truste precisa ter um determ inado n mero de diretores Os nomes deles constam da documenta o Tingeli fez brilhar seu sorriso ofuscante Eu gostaria de ajudar mas se a not cia de que estamos trabalhando com o governo se espal har vai ser o fim da nossa carreira Von Daniken examinou a decora o da sala Os m veis eram minimalistas esparsos Toda a aten o e
142. 59 JONATHAN DIRIGIU AT FICAR EXAUSTO Saiu da auto estrada em Rapperswil no extremo sul do lago de Zurique atravessou a cidade e subiu as colinas que ficavam depois dela Depois de passar 10 minutos sem ver nenhuma casa nem far is de outro carro parou no acostamento e desligou o motor Davos ficava 100 quil metros mais frente Usando a lanterna de emerg ncia presa parede interna do porta luvas leu os jornais que havia comprado Pouco sabia sobre o F rum Econ mico Mundial a n o ser o que vira de relance no notici rio da TV O FEM era uma confer ncia anual que reunia cerca de mil l deres pol ticos e empresariais do mundo inteiro para compartilhar informa es sobre algum assunto considerado crucial para o bem estar mundial O assunto desse ano era a prolifera o de armas nucleares Uma das mat rias afirmava que 18 chefes de Estado 200 autoridades de n vel ministerial e 47 presidentes das 100 maiores empresas da revista Fortune estar o presentes Os convidados do ano inclu am dois ex presidentes norte americanos o primeiro ministro brit nico o sult o de Brunei o rei da Jord nia e os presidentes das empresas Shell Oil Intel e Deutsche Bank para citar apenas alguns Um artigo no Financial Times discutia as quest es relativas seguran a do evento Cerca de 300 soldados iriam refor ar o policiamento feito pelos agentes de seguran a p blica locais para proteger o F rum Econ mico Mundi al Ningu m podia en
143. A medalha de honra de Austen Palumbo deu partida no carro e seguiu o Mercedes Este dobrou em uma entrada de garagem 100 metros adiante Palumbo parou logo atr s impedindo a sa da de Austen Saltou rapida mente do autom vel precipitando se na dire o da porta do motorista e pregando a credencial no vidro A credencial era falsa mas o faria ganhar alguns segundos O motorista abriu a porta erguendo os bra os para mostrar que n o tinha inten o de reagir Palumbo o colocou de p e encostou a Taser em seu pesco o Dez mil volts transformaram os joelhos do motorista em gelatina Ele caiu no ch o inconsciente Palumbo sentou se no banco do motorista e bateu a porta Ol brigadeiro disse Quem diabos voc indagou John Austen Palumbo n o tinha tempo para explica es Acabou disse Vamos terminar esta opera o agora mesmo Do que voc est falando Palumbo largou a Taser e tirou a pistola Walther de dentro do casaco Qual o seu alvo qual avi o perguntou N o sei quem diabos voc mas melhor ter uma desculpa muito boa para atacar meu as sistente Que v o voc s v o atacar Saia do meu carro Palumbo enfiou o polegar no vinco entre o maxilar e a orelha de Austen e manteve a press o A boca do brigadeiro se congelou em um grito silencioso paralisado a sensa o semelhante de ter uma espada enfiada no topo da cabe a Que avi
144. ESPERAR E OBSERVAR O Fantasma espiava o restaurante do outro lado da rua Sua posi o era um quiosque que vendia os jornais e revis tas habituais Ele se demorou folheando v rias publica es sobre futebol Quando viu o dono lan ar lhe um olhar contrariado comprou um pacote de chicletes um ma o de cigarros embora n o fumasse e um exemplar do Cor riere della Sera o jornal di rio italiano Segurando o jornal debaixo de um dos bra os andou at o final do quarteir o O longo combate travado durante a noite o deixara exaurido e ele precisou de todas as suas for as apenas para transpor aquela curta dist ncia Mesmo assim continuou certificando se de que ningu m pudesse constatar sua fragilidade Estava usando uma capa imperme vel com a gola levantada um terno de l cinza que mandara fazer em N poles e um par de sapatos feitos m o cor de u sque Hoje era um executivo italiano Ontem tinha sido um montanhista su o No dia anterior um turista alem o A nica pessoa que n o tinha permiss o para ser era ele mesmo N o ligava para isso Depois de 20 anos na sua profiss o quanto menos tempo passasse na companhia de si pr prio melhor Encontrara Ransom de madrugada saindo do estacionamento de uma revendedora autorizada de autom veis onde havia passado a noite O americano era desajeitado e amador em suas tentativas de verificar se estava sendo seguido Dirigia devagar demais quando deveria ter pisado fundo no acelerad
145. Era grande o suficiente para conter uma bola daquelas usadas para fisioterapia Talvez cinco c psulas n o tivessem sido suficientes Mas ent o O senhor faz muitos neg cios com a Africa do Sul perguntou Jonathan esfor ando se para alongar a conversa de modo a impedir que o engenheiro fosse embora S o os pioresss N o d pra acreditar na burocracia E mesmo O rem dio finalmente estava come ando a fazer efeito Fazzz parte Nada que seja motivo para preocupa o Suas p lpebras se fecharam e s tor naram a abrir depois de um intervalo excessivamente longo Ent o ele estremeceu e seus olhos se arregalaram A menos claro que voc nos confie um trrrabalho Seus olhos tornaram a se fechar e sua cabe a pendeu como a de uma boneca de pesco o de mola em cima de um brinquedo velho Lllicen a Tenho que ir ao banheiro Depois tenho que voltar para a fff brica Ao ficar de p ele se apoiou no bar com as duas m os tentando se equilibrar Um dos joelhos cedeu Quando ia cair Jonathan o segurou Opa amig o Deixe eu ajudar voc Com o m ximo de delicadeza poss vel ele conduziu o engenheiro at os fundos do restaurante e desceu a escada que levava ao toalete masculino Quando subiu os degraus correndo um minuto depois trazia no bolso um crach branco da ZIAG O Sr Walter Keller iria passar a tarde dormindo dentro do ltimo cub culo do banheiro masculino 47
146. Est bem falou Estou pronta Os dois evitaram o elevador e a escada principal encaminhando se em vez disso para o final do corredor onde por tr s de portas altas e cortinas de renda uma varanda se abria para o esta cionamento nos fundos do hotel As portas estavam destrancadas Jonathan saiu para a varanda jogou a pasta de Blitz no ch o l embaixo e depois desceu escorregando por um cano N o consigo disse Simone l de cima E s um andar Estou bem aqui embaixo E se eu cair Voc consegue Vamos N o d pra esperar Mais merde Simone pulou o parapeito da varanda e sem precisar de mais nenhum in centivo segurou o cano e escorregou at o ch o Demorou s tr s segundos Foi t o ruim assim perguntou ele Foi respondeu ela Pegando a pela m o Jonathan conduziu a at a rua principal O instinto lhe dizia que casais despertavam menos suspeita do que pessoas sozinhas As luzes da It lia piscavam do outro lado do lago Pequenos barcos a vela e lanchas se balan avam ancorados Seguran a pensou ele olhando para o outro lado O primeiro carro de pol cia passou por eles segundos depois 44 Na cidade pegaram um t xi e pediram ao motorista para lev los at a Via della Nonna em Ascona L Jonathan lhe disse para parar a dois quarteir es da casa de Blitz Chovera havia pouco e o bairro estava trang ilo Luzes c lidas brilhavam atr s de cortinas de r
147. Ficou decidido que ele vai ser retirado do cargo Von Daniken aquiesceu mas l dentro dele um alarme soou e ele soube que havia localizado a m o invis vel que guiava o percurso de Ransom de um pa s para outro Tudo come ava com uma reclama o feita junto diretora de recursos humanos Uma sugest o Quem sabe algo mais forte mas a mulher entenderia a dica Jonathan Ransom tem de ir para Beirute Ele deve ser enviado para Darfur Alguma id ia de para onde ele vai agora Eu estava torcendo para ele ir para o Paquist o Estamos com uma vaga na nova miss o em Lahore O diretor morreu fulminado por um infarto Tinha s 50 anos coitado Ele tinha agendado para ter a feira uma reuni o importante com o ministro da Sa de e do Bem Estar So cial Eu esperava conseguir convencer Jonathan a pegar um v o neste domingo para chegar a tempo Domingo agora Sim Um v o noturno Sei que pedir muito para um homem que acabou de perder a mulher mas conhecendo Jonathan acho que iria ser bom para ele Domingo repetiu Von Daniken enquanto tudo come ava a fazer sentido Setenta e duas horas 44 A teoria de Von Daniken era simples Ransom era um agente treinado e pago por um governo estrangeiro O seu cargo na M dicos Sem Fronteiras proporcionava um disfarce ideal para ir de um pa s a outro sem atrair aten o indesejada A forma de saber para quem Ransom trabalhava era descobrir o que ele j havia feito Er
148. Jonathan N o faz parte do Thor Vou interfonar para ele disse a mulher N o precisa disse Jonathan Ele est me esperando Sem pensar nas consegii ncias movido apenas por um desejo de saber a verdade sobre Emma sobre Thor sobre tudo ele abriu a porta e entrou na sala de Hannes Hoffmann 49 HANNES HOFFMANN VICE PRESIDENTE de engenharia segundo a placa na porta de sua sala estava sen tado atr s de uma escrivaninha de madeira clara com um telefone colado orelha martelando na agenda com um l pis como se fosse um tambor Era corpulento e ap tico tinha cabelos louros ralos lambidos para tr s e uma cara rechonchuda satisfeita com os olhos azuis um pouco separados demais Era o rosto da fotografia na escrivaninha de Blitz Um rosto que Jonathan j vira centenas de vezes conhecido mas ao mesmo tempo totalmente descon hecido Ao ver Jonathan Hannes se retesou Seus olhos o encararam como fachos de laser Ser ele A pergunta estava praticamente estampada em n on na sua testa Jonathan sequer titubeou Exibindo um sorriso subalterno pergun tou onde deveria colocar a caixa de v lvulas Hoffmann o examinou de cima a baixo por mais alguns instantes depois apontou para o canto da mesa e voltou ao telefonema O carregamento tem de estar no armaz m da alf ndega amanh de manh s 10 horas dizia ele Os inspetores n o v o mais estender o prazo Ligue para mim se tiver algu
149. Mas os sistemas de dire o tamb m n o eram usados para m sseis e foguetes Jonathan se conteve na quest o Estava me perguntando se o senhor conheceria uma mulher chamada Eva Kruger Em que departamento ela trabalha Acho que vendas ou ent o marketing N o engenheira Isso eu sei Ruiva Olhos verdes Muito bonita O homem sacudiu a cabe a N o desculpe Ela trabalhava com Hannes Hoffmann Ele eu conhe o O cara novo da Alemanha Veio junto com os novos donos Est tocando seu pr prio projeto no ch o da f brica Dizem que alguma coisa revolucion ria Dizem que ele sabe o que est fazendo um homem sagaz mas n o aparece muito Se a sua amiga trabalha com ele ent o ela bem relacionada tudo que eu sei De minha parte tenho 10 imbecis para supervisionar S o mais do que suficientes Se essa tal de Kruger trabalha com vendas ou mar keting deve estar no pr dio principal l que deve procurar por ela Uma gar onete chegou e depositou sobre o balc o um prato de Wiener schnitzel com pommes frites O engenheiro enfiou um guardanapo no colarinho da camisa pediu mais uma cerveja e atacou a comida com avidez Jonathan olhou de vi s para o crach pendurado no pesco o do homem Sabia que tinha que peg lo mas n o tinha certeza de ter coragem para tanto Pensou no assassino que encostara sua arma na janela do carro na noite anterior Um homem assim n o hesitaria em fazer o que
150. Na verdade n o se aventurou sequer uma vez do lado de fora do per metro de um quil metro quadrado tra ado com precis o pela cerca Satisfeita em pairar acima dos campos coloridos ficou voando de um lado para outro dia ap s dia noite ap s noite sem parar para comer beber ou descansar Depois de sete dias um vento brutal o nashi chegou do norte Desceu os desfiladeiros rugindo e projetou se pelas plan cies ganhando velocidade e impacto e fustigando tudo que encontrava pela frente A borboleta n o p de lut ar contra as incans veis correntes Suas voltas pelo interior do per metro a haviam deixado cansada e vulner vel Uma rajada em espiral a colheu girou e lan ou a no ch o despeda ando seu corpo fr gil Um guarda que patrulhava a estrada reparou na mancha amarela e preta sobre a terra batida e parou seu jipe Aproximou se com cautela e ajoelhou na grama que chegava altura de seus tornozelos Aquela borboleta era diferente de todas as que tinha visto Em primeiro lugar era maior Suas asas eram r gidas com pedacinhos serril hados de um metal fino como papel projetando se da superf cie sedosa O corpo coberto de penugem era dividido em duas partes conectadas por um fio verde Intrigado pegou a para examinar Como todos os que trabalhavam ali era em primeiro lugar um engenheiro e com relut ncia um soldado Ficou abalado com o que viu Dentro do corpo da borboleta havia uma bateria de alum nio do tamanho de um gr
151. Oskar Studer O carro fora retirado naquela mesma manh s 10 horas e deveria ser devolvido dali a 24 horas Pourris Ele sabia exatamente o que a palavra queria dizer Qualquer inclina o a apresentar se pol cia desapareceu Tornou a guardar os documentos Eles sabiam que eu era americano falou Estavam me esperando Simone aquiesceu e cruzou olhares com ele compartilhando sua afli o Ele olhou de relance para a bolsa de couro e para o pacote cuidadosamente embrulhado Abra isso disse ela Vamos descobrir essa hist ria toda 44 Jonathan decidiu come ar pelo embrulho Usando o canivete su o cortou o barbante O papel se desprendeu com facilidade revelando uma caixa preta lustrosa Um adesivo dourado com a grava o de uma marca decorava o canto superior direito Bogner disse Simone Deve ser um presente Parece disse Jonathan pouco convencido enquanto cortava a fita amarrada em torno da caixa A Bogner fabricava roupas de luxo destinadas a manter os ricos e famosos aquecidos e alinha dos durante suas estadas nos Alpes De brincadeira ele e Emma haviam entrado em uma das lojas da marca durante uma escapada a Chamonix no ltimo outubro Ele se lembrava de que o dia estava ensolarado um fim de semana entre o outono e o inverno quando a textura do ar parece alfinetar a pele Qual deles voc quer perguntara Emma em voz baixa enquanto percorriam os corredores da
152. Por que Agora Jonathan voltou para o escrit rio e ajoelhou se ao lado de Blitz Havia pouco a fazer at os param dicos chegarem a n o ser garantir que o cora o do homem continuasse a bater As pu pilas de Blitz estavam dilatadas e sua respira o era superficial Jonathan segurou seu pulso mas n o conseguiu encontrar pulsa o Come ou a ressuscit lo Tr s compress es duas res pira es boca a boca Simone entrou correndo na sala Ao ver Blitz soltou um grito e deixou as toalhas ca rem no ch o J liguei para a emerg ncia disse ele Devem chegar aqui a qualquer momento Ponha as toalhas ao lado da cabe a dele Mas por qu Relutante ela recolheu as toalhas e colocou as no ch o ao lado de Jonathan Levantou se depressa cambaleando ao ver o sangue que se espalhava pelo tapete Ele mor reu N o ainda n o Se eu conseguir manter o cora o dele batendo at os param dicos chegarem ele tem chance Ele levou um tiro na cabe a N o adianta Jonathan levou a cabe a ao peito de Blitz O cora o n o estava batendo N o havia mais res pira o Ergueu os olhos para Simone e balan ou a cabe a Quem fez isso perguntou ela Eu pensei ter visto alguma coisa uma sombra ouvi uma porta bater O assassino deve ter fugido A pol cia vai chegar a qualquer minuto A gente tem de sair daqui Jonathan p s se de p De repente a luz pareceu es
153. Ser que a pol cia havia fechado a auto estrada por completo Preocupado Jonathan percorreu as fun es de seu rel gio de pulso O alt metro indicou 1 950 metros de altitude e dali a um minuto 1 960 Ele tinha raz o Estavam subindo Passou para a fun o b ssola O carro se dirigia para o leste pela auto estrada que levava a Tienfecastel e a St Moritz Em vez de rumar para Zurique e o consulado norte americano de l Simone gritou ele batendo no teto do porta malas Pare o carro Alguns instantes depois o carro parou no acostamento da estrada Jonathan se ergueu sobre um dos cotovelos e sua cabe a ro ou o chassi Sentia se claustrof bico e cada vez mais assustado Passos rangiam na neve do lado de fora do carro Uma voz masculina disse algumas palavras Seria a pol cia Ser que tinham sido parados em um posto de controle Jonathan reteve a respira o esfor ando se para ouvir a conversa Nesse instante uma porta se abriu e o carro balan ou quando um passageiro entrou A porta bateu com for a e o carro tornou a entrar na auto estrada Simone Quem est a com voc Ele bateu com mais for a Simone Responda Quem O r dio come ou a tocar e os alto falantes posicionados acima de sua cabe a pulsavam alto no mesmo ritmo dos graves O carro acelerou e ele rolou de lado De olhos abertos Jonathan se deitou de costas e rememorou os acontecimentos dos ltimos dias a chegada r pida demais
154. a o iria incendiar o combust vel nos tanques das asas A bola de fogo e os estilha os iniciariam uma rea o em cadeia Qualquer avi o estacionado a menos de 20 metros iria explodir como muni o superaquecida Com uma careta Chabert passou uma das m os pela nuca Senhores melhor fechar o aeroporto inteiro 44 Fazia cinco minutos que Chabert tinha ido embora Von Daniken estava sentado na extremidade da mesa de reuni o de bra os cruzados enquanto Alphons Marti andava de um lado para outro S restavam os dois na sala Precisamos alertar as autoridades competentes disse Von Daniken Acho que o telefonema deveria partir do seu escrit rio A lista era longa e inclu a o Escrit rio Federal de Avia o Civil o Servi o de Seguran a Feder al os Departamentos de Pol cia de Zurique Berna Basil ia e Lugano e tamb m as ag ncias irm s na Fran a Alemanha e It lia em cujo espa o a reo o avi o teleguiado poderia entrar Caberia a eles avisar s companhias a reas Concordo mas acho que cedo ainda Quer dizer de que tipo de ataque exatamente estamos falando Achei que j tiv ssemos conversado sobre isso Sim sim mas e quanto aos detalhes Temos uma data uma hora ou mesmo um local Tudo que sabemos at agora tem por base as palavras de um terrorista que deu as informa es em uma situa o que s posso imaginar ter sido de extrema coa o O tom de Marti era ponderado como
155. a poca a casa n o era muito grande Mesmo assim no in cio de seu casamento sua mulher havia insistido com ele para que a vendesse Era uma advogada de Genebra animada e impetuosa brilhante em sua carreira Via a casa como uma rel quia t o r gida e mentalmente estreita quanto a sociedade que a havia constru do Ele discordava Nunca tiveram oportunid ade de resolver a disc rdia Von Daniken acendeu a luz da sala Em cima da lareira havia uma fotografia da esposa com a filha Duas louras Marie France e St phanie que perdera 15 anos antes num acidente a reo Substituiu as rosas da v spera pelas novas depois sentou se em uma velha chaise longe e terminou a cerveja Pegou o controle remoto e ligou a tele vis o Felizmente o notici rio da noite nada dizia sobre a pris o fracassada daquela tarde Ele mudou de canal parando para assistir a um programa franc s sobre literatura N o ligava muito para literatura fosse ela francesa ou n o mas adorava a apresentadora uma linda morena de meia idade Tirou o som do aparelho e ficou olhando para a tela Perfeito Agora tinha companhia A televis o era mais segura do que a vida real Ao longo dos anos ele tivera v rios primeiros encontros alguns se gundos e apenas dois relacionamentos com mais de seis meses de dura o Ambas as mulheres eram atraentes in teligentes e talentosas na cama Nenhuma das duas por m chegava aos p s de sua esposa Depois que Von Danik en percebia iss
156. a o farol de demo cracia para o mundo inteiro E Israel era seu aliado mais pr ximo a ser defendido a todo custo A ascens o de Austen foi mete rica Coronel aos 40 general de brigada aos 43 e uma segunda estrela no uniforme antes do quadrag simo sexto anivers rio Aparecia nos programas domini cais matutinos ao lado dos evang licos mais conhecidos do pa s Era conhecido como guerreiro de Deus e piloto de Jesus Tornou se o retrato da retid o religiosa Ent o sua carreira pareceu empacar Ele nunca recebeu uma terceira estrela nem o comando de divis o que a acompanhava Parou de aparecer na televis o Encontrou ref gio no Pent gono como chefe da Ag ncia de Intelig ncia Humana da Defesa um verdadeiro necrot rio para a carreira e praticamente desapareceu da face da Terra Por m dentro das For as Armadas sua presen a ainda se fazia sentir Centenas de Austen Ranges haviam obtido patentes altas e eram generais do Ex rcito e almirantes da Marinha Todos ainda tinham grande devo o a John Austen Foi ent o percebeu Palumbo que Austen devia ter iniciado a Divis o Ele n o desaparecera da face da Terra Pelo contr rio Ascendera a um lugar mais glorioso Palumbo percorreu mais 100 metros at passar o consulado Quando encontrou uma vaga disse a si mesmo que a sorte estava sorrindo para ele Sua mente febril procurava ansiosa qualquer sinal de que n o havia arriscado a carreira e desprezado as necessidades de sua mul
157. a ouvir suas vozes Amigos companheiros Irm os Ent o de repente o haboob uma imensa nuvem de areia girando furiosamente sa da do ch o do deserto e subindo quase dois quil metros pelo c u envolvendo a todos criando caos tumulto e coisas ainda piores A miss o terminou em chamas Oito homens morreram queimados Outros cinco ficaram gravemente feridos entre os quais ele com queimaduras de terceiro grau cobrindo 70 do corpo Nos dias seguintes longos dias pontuados pela dor e pela d vida ocorreu lhe que havia sido poupado por um motivo Recebera uma segunda chance As cicatrizes que carregava serviam para lembr lo disso para assegurar sua obedi ncia a Ele Embora o Todo Poderoso tivesse roubado seus dotes f sicos presenteara o com um despertar espiritual Puxara o para perto de Si e falara com ele Para torn lo um de Seus servidores particulares Um eleito Tudo tinha um prop sito e esse prop sito estava pr ximo O piloto ardia pelo susto Vivia apenas para o seu retorno Dentro da pequena sala reuniu os membros da equipe Todos se deram as m os O Senhor cheio de poder rezo para que apresse a vinda do seu derradeiro emiss rio o Prometido o ser humano perfeito e puro Aquele que ir encher este mundo de justi a e paz O c rculo se desfez Cada um dos homens ocupou sua posi o O piloto se aproximou com apreens o dos controles do avi o Muita coisa havia mudado desde a ltima vez que voara e
158. a al ada a um plano superior Ajeitou se ajustou o assento os espelhos p s o cinto de seguran a Deslizou a alavanca autom tica para a posi o de r e saiu da vaga O carro se movia com um sil ncio abafado rodando sobre o asfalto coberto de gelo como se estivesse flutuando em uma nuvem Sentiu uma onda s bita e irracional de dio por aquele ve culo n o apenas por ser a prova da farsa de Emma mas por representar a vida que ele jamais quisera ter Muitos dos residentes do Sloan Kettering tinham sonhado em voz alta com consult rios na Park Avenue e casas nos Hamptons Que ficassem com seus trof us e bugigangas Deus sabia que haviam trabalhado duro para consegui los Para ele por m a medicina n o era um meio que justificava um fim Era o fim em si Recusava se a ser definido pelas coisas que possu a Por carros como aquele Eram as a es que importavam O Dr Jonathan Ransom cuidava dos outros Saiu da vaga de r e avan ou at a sa da Na rua principal o tr fego passava veloz em ambos os sentidos Pedestres aproveitaram a brecha e atravessaram na frente do Mercedes Um homem se aproximou e parou na luz de seus far is Protegendo os olhos olhou para Jonathan atrav s do p ra brisa Era da pol cia Jonathan teve certeza Tirou as m os do volante e esperou o homem sacar a pistola e gritar Saia do carro Voc est preso Instantes depois por m o sujeito desapareceu mais uma cabe a entrando e saindo do mar de
159. a cinco quil metros de dist ncia mas o ar estava t o parado que ele p de contar os vag es que passavam sacolejando pela estrutura da ponte Um avi o teleguiado Sabia que aquele seria o caso que iria definir a sua carreira Sabia disso porque coisas assim n o aconteciam com frequ ncia na pequena e apraz vel Su a e sentiu orgulho desse fato Imaginou a aeronave n o tripulada cortando o c u carregando sua nacela cheia de explosivos pl sticos Imaginou quais seriam os alvos poss veis O terrorista Gassan dissera que Quitab queria derrubar um avi o mas ali em sua cama na escurid o da noite Von Daniken imaginou mais uma dezena de outras possibilidades de uma barragem nos Alpes a uma usina nuclear em G sgen Um avi o teleguiado como aquele poderia ir a qualquer lugar Na sua imagina o a aeronave branca cresceu de tamanho e mudou de forma at deixar de ser um avi o teleguiado carregando 20 quilos de explosivos pl sticos e transformar se em um DC 9 da Alitalia carregando 40 passageiros e seis tripulantes de Mil o a Zurique entre os quais sua mulher seu beb ainda por nascer e sua filha de 3 anos Estava sonhando sabia disso mas essa consci ncia nada fez para mitigar o horror que viria a seguir Viu o avi o furando as nuvens o trem de pouso baixar da fuselagem em prepara o para a aterrissagem N o era fevereiro mas novembro Uma noite bem parecida com essa Temperatura glacial Neblina baixa No sonho el
160. a depois de receber um pedido oficial Tenho certeza de que n o vai ser problema mas agora eu s preciso confirmar se voc s t m o documento original O nome dela era Emma Rose Nascida em 12 de novembro de 1975 Um instante disse a mulher Jonathan prendeu o telefone entre a orelha e o ombro Estava segurando a alian a de Eva Kruger Ocorreu lhe que n o havia sinal de nenhum Sr Kruger no apartamento Por que aquela alian a Todo o resto era t o meticuloso Toda uma vida dupla incluindo at os c lios falsos Senhor aqui a enfermeira Poole Encontramos um registro de Emma Rose timo Quer dizer obrigado A not cia interrompeu seus devaneios Foi dif cil dizer qualquer coisa Das duas uma ou ele estava beira de ter um colapso ou come ando a se curar N o sabia Em sua mente viu a imagem de si pr prio e Emma passando de carro em frente ao hospital em Penzance um pr dio baixo de tijolinhos vermelhos no centro da cidade Fora sua nica visita cidade natal dela um ano depois de se casarem E foi aqui que tudo come ou dizia Emma orgulhosa Eu vim a este mundo s 7 da manh em ponto gritando que nem uma diabinha N o calei a boca desde ent o Foi aqui que mam e morreu O ciclo da vida essas coisas A enfermeira continuava a falar S tem um problema O senhor tem certeza de que ela nasceu em 19759 Claro muito estranho entende O nome do meio da sua
161. a em nada a n o ser no terr vel veredicto dado por Mohamed ElBaradei durante a reuni o de emerg ncia seis horas antes Noventa e seis por cento de concentra o 100 quilos o bastante para quatro ou cinco bombas As palavras assombravam na como a lembran a de um acidente grave Mas a express o no rosto de ElBaradei era ainda pior Ang stia raiva frustra o todas facetas do que ela considerava uma rendi o O fu turo era inevit vel O mundo iria entrar em guerra de novo Sentou se abruptamente na cama Estava ofegante e precisou beber com calma o copo d gua ao seu lado Sem fazer barulho levantou se olhou de relance para o marido e desceu o corredor na ponta dos p s at chegar ao escrit rio Trancou a porta por dentro e aproximou se da escrivaninha Uma sensa o de determina o agitou se dentro dela N o estava mais imaginando e sim agindo Isto o meu dever pensou Foi com a m o firme que tirou o fone do gancho Por incr vel que pare a lembrou se do n mero que fora obrigada a decorar tantos anos antes para ser usado apenas em emerg ncias O telefone tocou uma vez duas Enquanto es perava percebeu que sua vida havia mudado drasticamente em rela o ao que era apenas um minuto antes Ela n o era mais a vice diretora de Coopera o T cnica da Ag ncia Internacional de Energia At mica A partir daquele momento era uma patriota e de certa forma uma espi Nunca se sentira t o segura de si na
162. a esperando esse dia havia 10 longos anos A id ia de conseguir sua vingan a n o lhe proporcionou nenhum prazer Vou Max disse ele baixinho Vou pedir 56 OS FAR IS O ESTAVAM MATANDO Acontecera um acidente do lado oposto da auto estrada Uma fileira de carros parados se estendia at o horizonte Jonathan apertou os olhos e virou os para o acostamento tentando n o ficar t o ofuscado Em algum lugar bem no fundo do seu cr nio um tambor rufava sem cessar Desista dizia lhe o tambor Isso demais para voc Voc um amador competindo com profissionais O Reno era 100 quil metros mais ao norte Depois dele ficava a Alemanha Havia v rias formas de atravessar a fronteira A Fran a localizava se quase mesma dist ncia Ele poderia passar por Genebra depois cruzar em An necy Dali a tr s horas poderia estar comendo fondue em Chamonix Conhecia bem a cidade Fez uma lista mental das pens es e hot is de esqui onde poderia passar alguns dias escondido Mas a id ia de refugiar se n o lhe parecia atraente Ref gio era uma solu o tempor ria Ele precisava encontrar um jeito de sair Pegou a sa da da auto estrada em Egerkingen onde esta se bifurcava Ao norte ficava Basil ia Ao leste Zurique Junto sa da havia um restaurante da cadeia M venpick um hotel de beira de estrada e uma galeria comercial para turistas Ele estacionou e entrou no restaurante Pediu depressa Schnipo und ein Cola bitte Wien
163. a foto Era uma amplia o 20 x 25cm de uma van Volkswagen preta passando depressa por um cruzamento Ao fundo havia um outdoor de chocolate Lindt e a placa de uma conhecida loja de decora o A foto foi tirada s 5 horas da tarde de ontem perto de Zurique Mas como que a gente pode ter certeza de que a mesma van Comparem o p ra choque dianteiro das duas Os dois t m uma mossa vis vel abaixo do farol E as duas t m um aromatizador de ambiente em forma de pinheiro pendurado no retrovisor tra seiro Uma das coisas pode at ser coincid ncia Mas as duas Jamais Liguem para a pol cia municipal disse Von Daniken Pe am para eles emitirem um mandado de busca para o ve culo Verifiquem todas as fotos de autom veis tiradas na metade oriental do pa s nas ltimas 24 horas Pode deixar Von Daniken examinou a fotografia mais de perto Quem est dirigindo esta aqui N o pode ser Blitz Ele j estava morto Mostrou a fotografia para Myer que franziu o cenho e p s um par de culos de lentes bifocais Tem alguma coisa errada aqui Ele n o parece normal Vamos levar a foto para o laborat rio de criminal stica Eles podem ampliar e mandar In terpol para eles verificarem no programa de reconhecimento facial Myer saiu da sala com seu passo desajeitado Von Daniken girou na cadeira e focalizou sua aten o nos dois homens que ainda estavam na sala isso na frente o
164. a informa o T nhamos uma equipe de inspe o em um pa s 160 quil metros mais para o sul Conseguimos lan ar e monit orar a borboleta de l sem atrair aten o E voc s fizeram isso sem a minha aprova o em total viola o nossa regra de inspecionar os locais com a permiss o e a coopera o de nossos anfitri es Pekkonen aquiesceu Muito bem disse ElBaradei Os americanos j sabem o que descobrimos N o senhor Que continue assim ElBaradei olhou para os rostos em volta da mesa Um ano atr s chegamos ao consenso de que o Ir tinha 500 centr fugas e n o conseguiria enriquecer mais de meio quilo de ur nio a 60 Nem perto do grau necess rio para armamento Agora isso De quantas centr fugas precisamos exatamente para gerar esse tipo de leitura Mais de 50 mil disse Oniguchi da Ci ncia Nuclear E onde que devemos supor que eles conseguiram essas centr fugas N o se trata de um caixote de iPods falsificados E um avi o inteiro lotado com as m quinas mais monitoradas e mais regulamentadas do mundo Evidentemente foram contrabandeadas disse Pekkonen Evidentemente repetiu ElBaradei Mas por quem De onde Eu tenho 400 inspetores cuja fun o ficar de olho nesse tipo de coisa At cinco minutos atr s achava que eles fossem muito competentes Ele tirou os culos e colocou os sobre a mesa Ent o Que quantidade de ur nio em grau
165. a luta que era arrancar m seros 10 d lares de suas malditas m os chegava a suar Alistara se no ex rcito aos 18 anos porque o irm o se alistara antes dela Suas habilidades ling sticas a fizeram entrar para a Intelig ncia Al m de franc s rabe e ingl s tamb m falava farsi Fez seu treinamento no Forte Huachuca no Arizona e no Instituto de L nguas de Defesa do Ex rcito em Monterrey e depois foi enviada para a Alemanha Antes de sair foi promovida faixa salarial E 5 Com o dinheiro que havia economizado e a ajuda do ex rcito para pagar o curso estudou na Universidade de Princeton e graduou se com louvor em Estudos do Oriente M dio Menos de um m s depois recebeu um telefonema pedindo lhe que comparecesse a uma reuni o com um repres entante da CIA em Manhattan Ele logo vendeu seu peixe A diretoria de opera es estava de olho nela desde a sua poca no Ex rcito Estavam lhe oferecendo um posto no estrangeiro Tratava se pura e simplesmente de espion agem N o do tipo que se v no cinema mas espionagem para valer Ela faria um curso no centro de treinamento da CIA perto de Williamsburg Virg nia conhecido como The Farm ou A Fazenda Caso fosse aprovada seguiria para um treinamento mais avan ado como agente clandestina Ele precisava de uma resposta em 24 horas Simone disse sim no ato Isso fazia 11 anos Fora o almirante Lafever vice diretor de opera es quem a chamara para fazer parte de sua
166. a me no que estou me metendo Ele n o podia Eu estava no lugar errado na hora errada Vamos R pido Simone pensou um pouco depois gesticulou indicando que ele entrasse Instantes depois abriu o porta malas Pare em Landquart e me deixe sair falou ele A explico tudo a voc Com isso andou apressado at a traseira do carro acomodou se dentro do porta malas e fechou o 71 ESTOU COM ELE disse Simone Noiret baixinho no celular Pego voc onde a gente combinou Ela desligou em seguida abaixou o volume do r dio do carro Como voc est a atr s gritou por cima do ombro Est me ouvindo Uma voz abafada e duas batidas foram a resposta O porta malas podia ser apertado mas havia oxig nio mais do que suficiente para a curta viagem Afinal de contas ela n o planejava levar Ransom at Zurique Simone Noiret passara mais de dois anos trabalhando para se infiltrar na Divis o Era estranho pensar em voltar se contra o pr prio pa s mas o mundo decididamente era um lugar estranho nos ltimos tempos As rivalidades eram t o acirradas entre organiza es quanto entre na es inimigas Nascida Fatima Fran oise Nasser no Queens em Nova York ela era filha de m e argelina de origem francesa e pai eg pcio Suas lembran as mais antigas eram sobre dinheiro ou mais especificamente sobre discuss es em rela o falta de dinheiro Seu pai era um p o duro nato Quando ela pensava n
167. a mesma coisa que uma cabe a de porco em Hamburgo Para se mudar para l preciso ter muito dinheiro Seria tarefa sua descobrir quem alugara a vila havia quanto tempo e de onde vinham os pagamentos A chave seria descobrir onde Blitz fazia suas opera es banc rias De todas as linhas investigativas essa era a que tinha mais potencial Uma vez descoberto onde ele conduzia seus neg cios do dia a dia Von Daniken poderia andar para tr s e tra ar a origem do dinheiro transferido para a conta T o importante quanto isso poderia ver para onde o dinheiro era transferido depois Em uma dire o a trilha do dinheiro levaria aos financiadores de Blitz a organiza o ou o governo que bancava suas aventuras Na outra levaria a seus c mplices Klaus Hardenberg ficaria respons vel pela segunda linha investigativa concentrando se nas quest es de cr dito Von Daniken disse que queria todos os hist ricos relativos a Blitz Lammers e Ransom dos ltimos 12 meses O acesso a essas despesas traria informa es inestim veis sobre as atividades di rias de cada um e forneceria um mapa de seu paradeiro no ltimo ano Lammers seria o mais f cil dos tr s Cinco cart es de cr dito tinham sido encontrados em sua carteira Para n o ser deportada sua mulher estava colaborando com a investiga o Blitz j era outra hist ria Em sua casa n o fora encontrada nenhuma carteira ou identifica o No entanto por um golpe de sorte uma p gina
168. a miss o que lhe fora confiada Israel legalmente de posse da Terra Sagrada se preparava para atacar O pr prio Ir estava adequadamente armado As For as de Gogue e Magogue prestes a travar sua batalha nas plan cies de Armagedom Com v vidos detalhes imaginou como o conflito iria se desenrolar tudo segundo o plano de Deus O bombardeio de Israel fracassaria O Ir retaliaria com os m sseis teleguiados KH 55 de seu arsenal m sseis cuja venda ele pr prio havia interme diado As armas nucleares portando ogivas de 10 quilotons cairiam sobre Tel Aviv mas n o sobre Jerusal m O Senhor em Seu poder protegeria a mais sagrada das Suas cidades Os norte americanos por sua vez atacariam o Ir A Rep blica Isl mica Fundamentalista deixaria de existir Tudo estava preparado para o retorno do Senhor E para o Extase que viria a seguir Austen desviou a mente do barulho do tiroteio cada vez mais intenso focalizando a concentra o no monitor sua frente As rvores iam passando cada vez mais depressa As luzes da pista eram borr es O veloc metro indicava 100 n s 110 ele puxou o manche para tr s O nariz da aeronave come ou a subir Foi ent o que ele viu um par de far is avan ando em dire o ao avi o teleguiado Um carro onde n o deveria haver carro nenhum Agarrou o manche com o punho e puxou o para tr s ao mesmo tempo que pressionava o acelerador Voe 86 OUVIU ISSO perguntou Jonathan ala
169. a nadar e mesmo nesses casos nem sempre A id ia de deixar a alian a dentro de uma bolsa de viagem quase sem nenhuma seguran a dentro de um trem comum era bem era impens vel A carteira continha um Eurocard um cart o de saque do Cr dit Suisse um American Express e um cart o que dava ao titular o direito de usar o transporte p blico do cant o de Zug durante um ano Eva Kruger disse ele lendo o nome impresso no cart o E A K J ouviu falar nela Simone balan ou a cabe a Deve ser um dos contatos de Emma Que bom que voc quem vai ter que ligar para ela contando o que fez com esta linda bolsa e n o eu Mas Jonathan n o reagiu Nem ao coment rio nem ao seu humor impl cito Come ara a fazer um invent rio da carteira que continha 1 000 francos su os e 500 euros em dinheiro No moedeiro ele encontrou 4 francos e 50 rappen Abruptamente empertigou se no assento Ocorreu lhe que faltava uma coisa Uma coisa sem a qual a Sra Eva Kruger cumpridora da lei e propriet ria de um Mercedes Benz jamais sairia de casa Com os pensamentos a mil abriu a carteira de crocodilo Foram as m os firmes de um cirurgi o que desafiaram seu cora o disparado e percorreram os cart es de cr ditos e notas vasculhando cada compartimento e cada dobra Descobriu a carteira de motorista de Eva Kruger enfiada no espa o debaixo dos cart es de cr dito Abriu a e estudou a foto colorida do lado de dentro Uma mulh
170. a not cia do relat rio sa sse daquela sala as consequ ncias seriam imediatas e devastadoras Deus nos ajude sussurrou ele Vai ser guerra 22 O PILOTO CORREU A M O PELAS ASAS da aeronave enquanto completava a verifica o pr decolagem Tanques de combust vel cheios L quido anticongelante no n vel m ximo A aeronave estava pronta para levantar v o Ele saiu andando pela pista de pouso chutando pedrinhas soltas no ch o Nessa noite faria o ltimo teste de v o Era imprescind vel que tudo fosse ensaiado exatamente como no dia de verdade Repeti o gerava precis o e precis o gerava sucesso Tinha aprendido essas regras pelo caminho mais dif cil Seu corpo exibia as cicatrizes de sua ignor ncia Caminhando de volta na dire o do avi o deu duas batid inhas na asa para dar sorte e em seguida entrou Muitos anos haviam se passado desde a sua ltima miss o de combate Nessa poca ele era jovem inconseqiiente e bonito Beberr o Conquistador Um homem que desprezava a Trilha dos Justos Olhou para sua imagem no es pelho N o era mais jovem nem inconseqiente tampouco bonito N o conseguia olhar para o pr prio rosto sem se lembrar As recorda es daquele lugar perdido nunca estiveram enterradas a fundo eram um fantasma sempre presente envolto em medo culpa e fogo Lembrou se da noite no deserto A anima o a promessa de vit ria a certeza de que Deus lutava do seu lado Do lado dos fi is Podi
171. a o acesso De ambos os lados havia uma cerca tempor ria de tr s metros de altura encimada por espirais de fita cortante Ele viu que a cerca subia a colina e dava a volta no hotel e em seu terreno Bem vindo zona vermelha Jonathan freou o carro Um guarda armado se aproximou e passou sua credencial por uma leit ora port til A cancela levantou Ele continuou aclive acima e passou em frente s portas gir at rias De cada lado das portas havia um grupo de soldados com submetralhadoras penduradas ao peito por uma correia Viu pelo retrovisor a cancela sendo abaixada Aos seus ouvidos ela pareceu se fechar hermeticamente como o cofre de um banco Ficou sentado ao volante perguntando se qual deveria ser o seu pr ximo movimento Ser que o encontro era dentro do hotel Deveria ligar para Jinn ou simplesmente esperar Era exata mente meio dia Nem mesmo um banqueiro su o teria sido mais pontual Jonathan olhou para o largo lance de tr s degraus acarpetados que conduzia a uma imensa porta girat ria Os guar das que ladeavam a porta curvaram se para examin lo mais de perto Um deles come ou a se aproximar Jonathan engoliu em seco consciente do suor brotando em sua testa Fingiu es tar inspecionando as pr prias unhas tornou a verificar a gravata O guarda havia retomado seu posto e olhava para quem chegava ao hotel como se apenas o seu olhar e n o a cerca de arame farpado de tr s metros fosse capaz de manter afastado qualquer
172. a os escrit rios do Banco Tingeli em Vaduz em agosto do ano anteri or visita se encaixava perfeitamente com a volta de Ransom do Oriente M dio Mais interessantes eram os documentos que vinham a seguir Extratos mensais enviados do banco de Bahamas e arquivados pelo Banco Tingeli em nome do Truste Excelsior Os extratos especificavam todas as atividades das duas contas numeradas que tinham enviado dinheiro para Lammers e Blitz bem como de uma terceira conta usada para comprar a Villa Principessa A quest o de quem fizera o dep sito inicial no banco das Bahamas continuava sem resposta Von Daniken folheou a papelada As duas contas numeradas tinham sido abertas com cheques administrativos Encontrou c pias deles e leu o nome do banco emissor impresso no canto superior direito Seu cora o deu um pulo Era um dos nomes mais respeit veis da comunidade financeira norte americana Ent o perguntou Tingeli Ele havia desligado o telefone e dado a volta na escrivaninha N o o que voc esperava Von Daniken lembrou se de sua conversa com Philip Palumbo Imaginou se teria posto seu colega da CIA em perigo Nenhum pio sobre isto aqui Tobi Tingeli pegou a pasta das m os de Von Daniken N o gostei da forma como a nossa reuni o de ontem terminou Posso viver a minha vida como eu quiser sem vo c olhando por cima do meu ombro Ent o fiz um trabalhinho extra por minha conta V vender essas informa es para
173. a outra Passou alguns instantes com os olhos fixos nas luzes Poderiam estar indo para qualquer lugar O concierge n o tinha motivos para desconfiar dele As luzes piscaram na chuva e ele soube que n o estavam indo para qualquer lugar e sim rumando para o Albergo del Lago Vinham atr s dele Simone a gente tem que sair daqui falou A pol cia est chegando Simone p s a cabe a para fora do banheiro O que foi que voc disse sobre a pol cia Saiu uma reportagem no notici rio o concierge l embaixo ele chamou a pol cia Jonathan calma o que foi Eles sabem sobre a gente que estamos viajando juntos A pol cia vai chegar daqui a poucos minutos Temos que sair daqui Ele vestiu s pressas as roupas que Simone comprara naquela tarde Camisa social branca terno azul marinho sobretudo de cashmere e sapatos de amarrar Deu uma olhada de relance no es pelho O terno Os cabelos muito pretos cortados acima das orelhas e repartidos com uma risca perfeita E Emma O que ela iria pensar Ele era o inimigo O diabo de terno azul Detestou a vis o de si mesmo Voltou varanda As luzes com certeza estavam rumando para l Faltava menos de um quil metro agora P de ouvir o apito indistinto das sirenes ficando mais alto Vamos Jonathan atravessou o quarto e abriu a porta que dava para o corredor Atr s dele Simone cal ava os sapatos Agarrou o sobretudo e esbarrou nele
174. a paisagem dura e rida Mas n o se anime demais Um grupo de homens se re ne em frente mesquita para a prece da manh Eles se cumprimentam moda rabe com um beijo em cada bochecha Vai levantar pergunta ele por cima do ombro Se quiser posso sair e buscar caf para voc E ent o que ele v o carro Um sed branco cantando pneus na rua de terra batida Um carro onde n o deveria haver carros Nuvens de poeira esguicham de seus pneus quando ele avan a e sacoleja pela superf cie esburacada Atr s do p ra brisa duas silhuetas Saiam da grita ele para os homens mas sua voz sai apenas como um sussurro Ent o ele grita mais alto Saiam da frente Saiam da R pido Impotente v o carro arremeter contra a multid o fazendo corpos voarem Gritos Tiros O carro bate em uma das paredes da mesquita e tijolos e cimento despencam sobre o cap Por um instante faz se sil ncio Mentalmente ele come a a contar Um clar o Um estouro ofuscante que lhe queima a retina Uma fra o de segundo depois o barulho chega Uma trovoada que repercute em seus timpanos com for a suficiente para faz lo encolher se N o uma explos o mas tr s sucessivas Jonathan se joga na cama cobrindo o corpo de Emma com o seu enquanto a onda da detona o faz explodir as janelas salpicando o quarto de cacos de vidro arremessando o pau da cortina como se fosse a lan a de um cruzado liberando uma
175. a para as provas serem catalogadas e s depois liberadas Explos ivos pl sticos n o eram passaportes Checou o carro perguntou Von Daniken S o porta malas Limpo Von Daniken entrou no Mercedes e vasculhou seu interior Os documentos estavam em nome de Blitz A carteira de motorista estava guardada no compartimento lateral da porta Quando a pegou um peda o de papel azul caiu em seu colo Um envelope Um daqueles envelopes antiquados de papel fininho com os dizeres Air Mail correio a reo Ele viu a caligrafia e seu cora o deu um pulo Estava escrito em rabe com a tinta azul desbotada de uma caneta tinteiro O carimbo postal dizia Dubai E A U 10 12 85 Von Daniken o abriu A carta tamb m estava escrita em rabe Uma p gina s a letra bonita e precisa Uma im pressora a laser mal seria capaz de fazer melhor N o conseguiu ler nenhuma palavra mas pouco importava A fotografia desbotada dentro da carta lhe disse tudo o que precisava saber Um jovem soldado encarava a c mera vestido com um uniforme verde completo com direito a cinto de correia cruzado na frente do peito e uma boina de oficial grande demais para sua cabe a Estava ladeado pela m e e pelo pai Sorrisos de orgulho eram iguais no mundo todo Von Daniken nunca estivera no Ir mas reconheceria um re trato do aiatol Ruhollah Khomeini se o visse O painel gigante com o retrato pintado do religioso que dominava o fundo da fotograf
176. a poeirinha cair do teto e s Existem armas mais potentes sugeriu Hirsch olhando para o primeiro ministro Bombas Paveway N com ogivas B61 disse Ganz Uma anti bunker com pot ncia de algu mas centenas de quilotons o que equivale a mais ou menos um d cimo da bomba de Hiroshi ma Os americanos fizeram um teste de penetra o ano passado Um teste de penetra o se referia ao processo pelo qual um m ssil detonado contra uma parede de concreto para medir sua for a destrutiva Conseguiram uma penetra o de at 30 metros A cratera ficou com 500 metros de circunfer ncia Justo a for a suficiente para destruir a f brica acrescentou Hirsch cauteloso Afinal de contas n s n o somos b rbaros Todos os olhos reca ram no primeiro ministro Ele era um homem mais velho de quase 70 anos e estava no final de uma carreira pol tica turbulenta Sua reputa o o definia como um homem que selava acordos um negociador Seus inimigos questionavam lhe os princ pios Seus amigos o chamavam de oportunista O primeiro ministro sacudiu a cabe a contrariado A nossa filosofia sempre foi a de que n o podemos permitir que os iranianos tenham meios para produzir ur nio enriquecido Infelizmente eles ultrapassaram essa barreira tarde demais para recuar N o estou certo quanto a um ataque Minha primeira responsabilidade o bem es tar da popula o Mas n o posso correr nenhum risc
177. a por isso que Von Daniken estava sentado diante de um computador na sala de m dia da pol cia de Genebra na Rue Gauthier encarando a fotografia de uma mulher gravemente ferida sendo resgatada de uma pilha de destro os num hospital bom bardeado A foto era da manchete do Daily Star o jornal liban s de l ngua inglesa e a data era 31 de julho do ano anterior A mat ria intitulava se Explos o mata investigador de pol cia e falava sobre uma bomba que matara 17 pessoas inclusive um importante investigador da pol cia que chefiava um inqu rito sobre o assassinato do ex primeiro ministro liban s Na poca da explos o o investigador tinha de fazer di lise diariamente para tratar uma insufici ncia renal Outro policial presente na cena do crime disse desconfiar que a bomba fora colocada debaixo do ch o da cl nica durante uma reforma conclu da tr s meses antes Segundo suas estimativas a explos o equivalia a quase 50 quilos de TNT O artigo afirmava ainda que ningu m havia assumido a responsabilidade pelo ataque e que a pol cia estava investigando relatos de que agentes s rios tinham sido vistos no hospital antes da explos o Von Daniken ergueu os olhos do computador Uma bomba plantada durante uma reforma tr s meses antes do atentado Cinquenta quilos de TNT O tamanho do atentado fez um calafrio per correr sua espinha Aquilo exigia a participa o de dezenas de pessoas Construtores fornece dores funcion rios municip
178. a preta dentro do carro Olhou para Jonathan com o desd m dos vencedores e disparou um chute baixo mirando o rosto Dessa vez por m Jonathan previu o golpe Desviando a bota com uma das m os agarrou o p do homem e torceu o com viol ncia partindo o tornozelo e derrubando o agressor O homem mal havia tocado o ch o antes de Jonathan partir para cima dele socando o em volta dos olhos e do nariz com o punho cerrado A cartilagem se rompeu O sangue esguichou das narinas A essa altura o outro brutamontes j dera quase a volta inteira no carro Era uns 15 cent metros mais baixo com os ombros ca dos e o pesco o grotescamente alargado de um zagueiro Partiu para cima de Jonathan como um touro Pondo se de p com dificuldade Jonathan ergueu as m os em uma posi o de boxeador O agressor chegou mais perto Jonathan desferiu um murro depois outro O agressor se esqui vou dos dois golpes com facilidade Agarrando Jonathan pelo casaco jogou o em cima do cap do sed imobilizando um dos bra os com a m o e segurando a garganta com a outra Afundou os dedos no pesco o de Jonathan esmagando a laringe Com a m o livre Jonathan golpeou o homem repetidas vezes mas os golpes foram fracos e tiveram pouco efeito Desistiu Envolvendo a antena do carro com os dedos esfor ou se para se desprender do agressor A antena cedeu e ele se viu segurando a na m o solta De repente uma sombra surgiu acima dele Simone ergueu a m o bem alt
179. a se con traiu Mais um beco sem sa da Ent o a tela ficou fosca e v rias linhas de texto come aram a desfilar por ela O texto estava escrito em uma esp cie de c digo cada item precedido por uma data hora e codinome identificando o remetente O item mais recente era 8 2 08 15 16 hor rio centro europeu Cormor o Data de hoje Enviado s 15h16 por algu m chamado Cormor o Gralha infiltrou Thor Tentativa conclus o fracassou Gralha ferida e foragida Solicito reuni o para informar detalhes A mensagem anterior fora enviada tr s horas antes s 12h10 no hor rio centro europeu por Gavi o Assunto disponibilidade novo sed Mercedes blindado Contactei sede Daimler Benz Nen hum ve culo novo dispon vel at fim mar o Um usado cor preta Couro cinza 100 km roda dos Pre o 275 mil euros Aguardo sua conf Era um log da internet pensou Jonathan enquanto seus olhos corriam pela tela Um site din mico onde os agentes se comunicavam para dar detalhes sobre suas miss es Espionagem em tempo real Percorreu a tela em busca de um endere o da web mas n o encontrou nada Acessou a pasta de arquivos depois verificou o browser O endere o padr o era http international resources net N o significava nada para ele Voltou p gina principal do Intelink Mais mensagens 7 2 08 13 11 HCE Falc o Uma mensagem enviada na v spera por Falc o Confirmando Pisco comprometido Cessar todas as comunica e
180. a uma boca decidida e bochechas speras com uma barba de dois dias Usava seu velho casaco de patrulheiro florestal de esqui Nunca escalava sem ele Logo abaixo sua mulher Emma subia com dificuldade a encosta da montanha usando uma parca vermelha e cal a preta Seu ritmo era irregular Dava tr s passos para cima depois descansava Dois passos e descansava Tinham acabado de passar da metade da subida e ela j parecia exausta Jonathan virou os esquis de modo a deix los perpendiculares ao declive e fincou os bast es na neve Agiente firme gritou com as m os em concha Esperou um sinal em resposta mas a mulher n o o escutara por causa dos uivos do vento De cabe a baixa prosseguia sua subida Desceu um pouco a encosta dando passos de lado Era acentuada e estreita margeada de um lado por um pared o de pedra e do outro por uma greta profunda Bem l embaixo encarapitada em uma encosta suave via se de forma intermitente a cidadezinha de Arosa no cant o su o oriental de Graubiinden piscando sob a camada de nuvens que se movia depressa Sempre foi dif cil assim perguntou Emma quando ele chegou ao seu lado Da ltima vez voc chegou ao topo antes de mim ltima vez foi oito anos atr s Estou ficando velha 32 Um verdadeiro dinossauro Espere s at ter a minha idade a que a derrocada vai ser para valer Ele p s a m o dentro da mochila para pegar uma garrafa d gua e
181. a uma vis o e tanto Jonathan como fantoche Jonath an como boneco Jonathan como uma marionete ignorante entusiasmada de algum governo Quem seria pensou Quem a havia levado a fazer isso Ele deu o terceiro ponto A linha ardia fazendo seus olhos lacrimejarem Puxou a agulha e ar rematou o ponto Raiva Era isso que estava sentindo Raiva de Emma Raiva de Hoffmann Raiva de qualquer um que houvesse contribu do para roubar dele a sua vida e mold la para servir a seus pr prios prop sitos Era um roubo de uma dimens o imperdo vel E o resto A parte da vida de Jonathan onde eram s os dois Ser que aquilo tamb m fora uma encena o Sentiu se tentado a imbuir seus momentos ntimos de uma aura especial distinta das obriga es maiores de Emma Quando faziam amor Quando trocavam olhares em segredo Quando ela segurava sua m o nos instantes de cumplicidade muda Oito anos como era poss vel Abaixou a agulha segurando se na pia com uma das m os para se equilibrar Ergueu os olhos para o espelho Voc n o est entendendo Ela nunca lhe disse o seu ver dadeiro nome Ela providenciava para que percorressem a frica a Europa e o Oriente M dio de modo a poder fazer seu trabalho Tinha toda uma vida secreta Bastava olhar para aquele apartamento Bastava olhar para aquele vestido decotado Ela recebia homens ali Bebia vodca com eles Seduzia os Encarou fundo os pr prios olhos e enfrentou a ve
182. a vez que os computadores de bordo estejam programados com os dados de um v o espec fico destino altitude de cruzeiro velocidade m xima permitida em solo a aeronave era praticamente capaz de voar sozinha Os nicos momentos em que Zuckerman se sentia totalmente no controle eram durante a decolagem e o pouso um total de 30 minutos por v o Durante o resto do tempo era basicamente um t cnico encarregado de monitorar todos os instrumentos e certificar se de que seu co piloto mantivesse a comunica o com o solo N o era exatamente o emprego com que sonhara ao deixar a for a a rea tantos anos atr s como piloto de ca a cheio de energia com 21 mortes contabilizadas durante tr s guerras Zuckerman apertou o bot o para desligar o piloto autom tico O avi o estremeceu e come ou a descer enquanto ele assumia o controle manual Moveu o manche para a esquerda e o A 380 iniciou uma curva leve para o sul A noite estava clara um tempo ideal para voar Ao longe ele via as luzes da cidade e mais adiante um grande vazio negro onde ficavam os Alpes Ajustou os flapes e a aeronave come ou sua lenta descida rumo ao Zurich Flughafen Dezesseis minutos para o pouso disse o co piloto Zuckerman reprimiu um bocejo Como esperado fora um v o sem incidentes Checou o rel gio 15 minutos para o pouso e em seguida olhou para o co piloto Ent o Benny disse Em que est pensando para o jantar Wienerschnitzel ou f
183. abe a com o olhar perdido Depois de alguns instantes sacudiu a cabe a e Von Daniken soube que era o fim Havia perdido a briga Pior sabia que Marti n o estava totalmente errado por preconizar calma Sinto muito Marcus disse Marti Antes de fazermos qualquer dessas coisas precisamos corroborar esse compl Se esse tal de Blitz Quitab ou sei l qual o nome dele tinha c m plices voc vai encontr los junto com os 20 quilos de explosivos pl sticos e a van branca Se quiser que eu interrompa o tr fego a reo do pa s inteiro vai ter de me apresentar provas con cretas de um compl para derrubar um avi o de carreira em solo su o N o vou paralisar o pa s com base em uma confiss o extra da pelos nossos amiguinhos da CIA E Ransom O que tem ele perguntou Marti sem prestar muita aten o enquanto se levantava e encaminhava se para a porta Ele suspeito de assassinato Deixe as autoridades cantonais cuidarem dele Estou esperando o policial ferido sair do coma Espero que ele possa esclarecer algumas coisas sobre o Ransom e as tais malas N o precisa se preocupar com isso Fiquei sabendo que o policial sucumbiu aos ferimentos uma hora atr s Agora Ransom est sendo procurado por dois assassinatos Von Daniken teve a sensa o de que algu m o apunhalara pelas costas Mas ele a chave A p lpebra de Marti estremeceu e uma leve colora o ruborizou lhe as faces A ra
184. acabou de destruir a encosta atr s da gente A montanha inteira pode desabar a qualquer momento Jonathan olhou na dire o da luz A mancha vermelha entrou em foco Moveu a lanterna dois cent metros mais para a direita Era a cruz do seu casaco de patrulheiro O lampejo cor de cobre eram os cabelos de sua mulher Emma O nome dela entalou na sua garganta Agora podia v la ou pelo menos o seu contorno Estava deitada de bru os com um dos bra os esticado acima da cabe a como se chamasse ajuda Mas havia algo errado o gelo sua volta n o estava branco mas escuro Ela estava deitada em uma po a do pr prio sangue Ela est l embaixo disse ele teimoso D para chegar Ela caiu 100 metros argumentou Steiner E imposs vel ter sobrevivido Voc tem que sair N o vou arriscar a vida de quatro homens Emma gritou Jonathan Sou eu Jonathan Se voc estiver bem mexa a m o A forma da mulher continuou im vel enquanto sua voz ecoava na greta Quieto disse Steiner a raiva contra da como um punho cerrado Voc vai matar todos n s A corda deu um pux o Jonathan quicou na parede e subiu alguns metros Steiner o estava pux ando Irado ele enterrou as travas dianteiras no gelo em seguida sacou a faca e pressionou a l mina na corda a cent metros do pr prio rosto Tinha os grampons Tinha uma picareta de gelo Desceria aquela parede para chegar at ela Manteve o
185. ada de cabelos ruivos que lhe cobria o rosto Seus p s tocaram a terra Estou no ch o disse ele por r dio sua equipe luz fraca ela parecia fr gil e trang ila O sangue havia congelado formando po as em volta de suas pernas e de sua cabe a Steiner tirou a mochila das costas pegou um suporte corporal v rios mosquet es e um gorro fechado para cobrir lhe a cabe a e evitar arranh es ou contus es durante a subida Disp s o equipamento em uma linha ao lado do corpo Ent o como era o seu costume ajoelhou se e rezou uma prece pelos mortos Passando as duas m os por baixo do torso da mulher ergueu o cad ver e virou o de costas Assim seria mais f cil prender o suporte Mas na mesma hora sentiu que havia alguma coisa errada Os cabelos compridos e emaranhados se soltaram Um punhado de pedras e neve se derramou no ch o Ele se levantou segurando na m o a parca vazia com os olhos fixos na cal a ainda no ch o Um arquejo escapou da boca de Steiner N o havia corpo nenhum 74 ESTAVAM INDO NA dire o errada Fazia 10 minutos que ele estava trancado no porta malas Sentira a primeira curva fechada na sa da da cidade mas ainda esperava a rampa que vinha logo antes de entrar na auto estrada principal Se n o estava enganado o carro estava subindo n o descendo Estava certo de que Simone tinha um motivo para desobedecer s suas instru es Mas qual seria Ser que ela vira algum bloqueio na estrada
186. ada segundo que passava aumentava ainda mais o ultraje em seu cora o natural mente inseguro De repente uma mulher atendeu O presidente dos Estados Unidos Antes de o primeiro ministro conseguir reagir uma voz fria de tecnocrata saiu do fone Al Avi que prazer em ouvi lo Sr Presidente Gostaria que a ocasi o fosse mais agrad vel Queria lhe transmitir meus agradecimentos por nos ter consultado disse o presidente americano Esses desdo bramentos nos pegaram desprevenidos N o imagin vamos que isso fosse acontecer t o cedo N s dois fomos pegos desprevenidos Tenho certeza de que o senhor entende a nossa posi o N o podemos tolerar a presen a de armas nucleares nas m os de um regime que deixou bem claro o seu compromisso de riscar Israel do mapa Declara es s o uma coisa A es s o outra Basta olhar os registros para constatar as a es do Ir Durante anos eles t m financiado as atividades terroristas do Hamas da Jihad isl mica da Brigada dos M rtires de Al Aqsa A participa o deles n o se limita a Israel N o preciso lhe dizer o caos que eles criaram no Iraque Eles t m dois objetivos obter o controle efetivo do Oriente M dio e destruir o meu pa s Est o bem adiantados para conseguir o primeiro N o vou deixar que alcancem o segundo Os Estados Unidos sempre afirmaram que qualquer ato de viol ncia contra Israel ser considerado um ato de viol ncia
187. ade ocidental da pista 14 havia um grupo de homens reunido com os olhos fixos no c u Eram policiais e estavam aguardando o pouso de um avi o Tinham ido at l efetuar uma pris o Um homem estava ligeiramente afastado dos outros Marcus Von Daniken tinha 50 anos era baixo de nariz aquilino cabelos pretos quase totalmente raspados e uma boca taciturna curvada para baixo Fazia seis anos que era o chefe do Servi o de An lise e Preven o mais conhecido pela sigla SAP Seu trabalho era garantir a seguran a interna do pa s contra extremistas terroristas e espi es A mesma tarefa realizada nos Estados Unidos pelo FBI e no Reino Unido pelo MI5 Naquele momento Von Daniken tremia Esperava que o avi o fosse aterrissar logo Como est o as condi es de v o perguntou para o sujeito ao seu lado um major da Guarda de Fronteira Mais 10 minutos e eles v o fechar a pista N o d pra ver porra nenhuma Qual o status do avi o Uma das turbinas em pane respondeu o major A outra superaquecida A aeronave acabou de se posicionar para a descida Von Daniken vasculhou o c u Logo acima da pista um conjunto de luzes amarelas de aterrissagem piscava en trando e saindo da bruma Instantes depois o avi o saiu de uma nuvem e apareceu Era um Gulfstream IV vindo de Estocolmo Su cia Seu n mero N415GB era conhecido pelas ag ncias de intelig ncia de qualquer pa s ocidental A mesma aeronave havia transporta
188. ado 44 De cabe a baixa Jonathan desceu a rua apressado O vento levantava a neve do ch o e a lan ava contra seu rosto com tanta viol ncia que ele precisava proteger os olhos para enxergar apenas tr s metros diante do nariz Seguiu uma bifurca o que sa a da Poststrasse depois en trou em uma trilha que cortava a Arlenwald a floresta que cobria a parte mais baixa da encosta da montanha O vento ali estava mais calmo e ele come ou a acelerar o passo Depois da constela o de luzes da cidade a trilha ficou mais escura cercada por altos pinheiros e b tulas r gidas como pil es sua direita a colina descia de forma abrupta Depois de alguns minutos Jonathan chegou aos fundos do hotel e foi descendo o declive em meio neve que lhe chegava at os joelhos Parou na borda da floresta localizando seu quarto Quarto andar Canto da frente Um pinheiro centen rio se erguia na encosta junto ao pr dio e seus galhos superiores se estendiam at bem perto das sacadas do terceiro e do quarto andares Foi ent o que ele sentiu os cabelos da nuca se eri arem Virou se de supet o certo de que havia algu m a observ lo Vasculhou a encosta atr s de si Uma coruja encarapitada bem no alto de uma rvore piou Aquele chamado rouco grave o fez estremecer Ficou olhando por mais um segundo mas n o viu ningu m Cinco passos o levaram at o pinheiro grande Depois de escolher um galho i ou se para cima da rvore e foi subindo D
189. ado mas seriam muito teis para rastrear os financiadores do ataque planejado Von Daniken afastou sua cadeira da mesa Hora de trabalhar 41 GOPPENSTEIN ALTITUDE 1 500 METROS popula o tr s mil habitantes fica aninhada no colo do vale de L tsch A cidade n o tem nenhum atrativo hist rico ou paisag stico Quando algu m a conhece por ser o ponto final mais ao sul de um t nel ferrovi rio de 12 5 quil metros que atravessa a montanha de L tschberg e conecta o cant o de Berna ou seja o Norte da Su a ao cant o de Valais no Sul Constru do em 1911 o t nel uma rel quia Somente um trem pode atra vess lo de cada vez N o h t nel de escape como o costume nas constru es modernas Apenas nas duas extremidades o t nel se abre o suficiente para comportar dois trilhos e s por um quil metro Mas uma rel quia fundamental A cada dia o trem transporta mais de dois mil carros caminh es e motocicletas pela montanha Depois de pagar a passagem de 26 francos o Fantasma guiou seu carro at a rea de estacionamento O asfalto estava marcado com linhas divis rias que delimitavam faixas numeradas de 1 a 6 As duas primeiras estavam ocu padas por uma mistura de carros de passeio e caminh es de transporte internacional de nove eixos Um homem de colete laranja fluorescente sinalizou para ele entrar na faixa 3 O trem ficava logo depois do estacionamento Em vez de vag es de passageiros era formado por
190. ado seu ser eleito l der religioso su premo do pa s Seis meses atr s as ambi es do presidente podiam ter sido neutralizadas pelos cl rigos mais importantes Agora n o mais Esse cara novo o aiatol Razdi um louco Fala com Maom no telefone todos os dias Definitivamente n o um sujeito racional Voc queria saber se eles v o puxar o gatilho disse Metsada Acho que j temos a resposta Converg ncia aquiesceu O presidente est levando o Ir de volta idade de Maom Em v rias ocasi es afirmou pub licamente que o profeta em pessoa tinha falado com ele e informado que a sua volta iria aconte cer daqui a apenas dois anos Est com uma das m os no Alcor o e a outra no gatilho Ele n o vai conseguir manter o programa em segredo por muito mais tempo A voz de Met sada tinha adquirido um tom venenoso Quando a not cia se espalhar sabe que vamos agir A menos que ele aja primeiro Hirsch despencou na cadeira fazendo um rangido Parece mar o de 1936 se repetindo Como assim Quando Hitler mandou as tropas entrarem na Ren nia para recuperar o territ rio anexado pela Fran a depois da Primeira Guerra Os soldados n o tinham treinamento e suas armas eram pat ticas Alguns n o tinham nem balas para os fuzis O comandante levou duas ordens difer entes no bolso Uma para seguir se os franceses reagissem e outra em caso contr rio Os franceses deixaram os boc
191. agero dizer que ele a amava loucamente Loucamente que palavra assustadora Sugeria descuido perigo entrega Nada a ver com o que sentia por Emma O seu amor por Emma tinha como base uma aus ncia absoluta de d vida Ele a viu e soube O sorriso meio torto que dizia Pode tentar que eu estou disposta A juba de cabelos ruivos que ela se recusava a domar Os jeans rasgados que gritavam por conserto Jonathan existem coisas mais importantes do que fazer tran as nos ca belos e usar roupas limpas O olhar desafiador que exigia o melhor que Jonathan tinha para dar Era como se ela tivesse sido inventada e feita especialmente para ele Jonathan se entregara totalmente porque ela tamb m o fizera Sim amava a loucamente Mas o seu amor n o era cego Ao longo dos ltimos meses Emma passara a demonstrar um desinteresse cada vez maior pelo trabalho Jornadas que antes tinham 14 horas de dura o foram encurtadas para 12 depois para oito Como diretora regional de log stica da M dicos Sem Fronteiras ela era encarregada de coordenar as opera es humanit rias no Oriente M dio Isso significava que supervisionava a contrata o e o treinamento de equipes e volunt rios controlava o envio de suprimentos fazia a liga o com as ag ncias dos governos locais e gerenciava as finan as necess rias para manter a opera o funcionando Era um trabalho no m nimo agitado No in cio ele atribu ra aquela diminui o de ritmo
192. agir Vou transmitir a informa o Ent o indagou Jinn Onde est o as fotos Onde est o meu passaporte Preciso saber que posso sair Cansei de ser o seu capacho Eva prometeu me entregar tudo Jonathan lhe entregou o passaporte franc s Vai ter que esperar pelas fotografias Estavam com Eva Mas n o precisa se preocupar A op era o termina aqui Ningu m vai mais incomod lo Foi ent o que ele percebeu a confus o sua frente Um grupo de soldados ocupou o centro da rua posicionando barreiras de controle de multid o nas duas pistas Policiais encheram a cal ada bradando instru es para os pedestres Algumas pessoas correram na outra dire o Outras se encolheram junto parede em atitude de p nico Algumas chegaram a se jogar no ch o e cobrir a cabe a com as m os O telefone de Jinn tocou Ele atendeu com um grunhido Seus olhos se voltaram depressa para Jonathan Depois de 10 segundos agonizantes desligou pol cia cercou o hotel disse Parvez Jinn Est o procurando o homem que entregou o Mercedes Parece meu amigo que voc me matou 68 JONATHAN MANTEVE OS OLHOS FIXOS FRENTE Um grupo de policiais avan ava pelo meio da rua as armas em punho apontadas para o Mercedes Olhando pelo retrovisor viu mais policiais se aproximando pela re taguarda Ouviu o rugido do motor de um helic ptero acima do carro Um homem compacto de ar determinado usando terno e sobretudo
193. ai ligar para l antes e providenciar uma ordem de pagamento que ela ter de levar consigo para poder reabastecer o hospital S o 3h30 no L bano Uma hora a menos em Paris Ele liga para o hotel Trois Couronnes mas ela n o atende O celular est fora de rea Ele torna a ligar para o hotel e pede para deixar em um recado no seu quarto Mas Emma n o liga de volta N o nessa noite Nem na manh seguinte Nem mesmo na tarde seguinte depois de Jonathan ir de carro at Beirute e usar suas ltimas economias para comprar no mercado negro os rem dios necess rios Sua mulher sumiu A paci ncia de qualquer homem tem limites Com tristeza ele descobre que a f n o um artigo inesgot vel As 6 horas da manh seguinte liga de novo para o hotel e pede para falar com o gerente O senhor tem certeza de que deixou os recados no quarto certo pergunta Tenho certeza monsieur Ransom Eu mesmo entreguei o ltimo recado Poderia verificar por favor se minha mulher est no quarto Mas claro Vou transferir a liga o para o meu celular Se eu encontr la o senhor poder falar com ela imediatamente Como um fantasma Jonathan acompanha o gerente at o terceiro andar Do outro lado da linha escuta o baque da porta do elevador antiquado se fechando escuta os passos dos sapatos no corredor acarpetado e a batida seca na porta Bonjour madame Henri Gauthier o gerente Queria saber se est tudo bem com a
194. ais para emitir as autoriza es algu m no consult rio do m dico para transmitir detalhes sobre as consultas da v tima Como policial estava impressionado Como pessoa horrorizado Antes do L bano Darfur Um avi o C 141 das Na es Unidas levando l deres da mil cia mu ulmana janjaweed e morad ores do Sud o at Cartum para uma negocia o de cessar fogo patrocinada pelo governo ex plode durante o v o N o h sobreviventes S o encontrados ind cios de que uma bomba havia sido plantada em um dos motores Um lado acusa o outro de ser respons vel pela calamidade A guerra civil se acirra E antes de Darfur Kosovo P gina dois da National Gazette Uma explos o matou o general aposentado Vladimir Drakic mais conhecido como Drako al m de outras 28 pessoas Na ocasi o Drakic de 55 anos participava de uma reuni o do Partido dos Patriotas organiza o de direita proibida por lei da qual supostamente era o principal l der Perseguido internacion almente por mais de 10 anos Drakic era procurado pela Comiss o de Crimes de Guerra das Na es Unidas por envolvimento no massacre de dois mil homens mulheres e crian as perto da cidade de Srebrenica em julho de 1995 Ind cios na cena da trag dia indicam uma tubula o de g s rompida como causa da explos o A pol cia est investigando alega es de que uma or ganiza o albanesa rival participou do ataque Dois homens foram detidos Os tr s ataqu
195. al A arma disparou duas vezes As balas atingiram Palumbo no peito e o derrubaram Ele ficou deitado no ch o por alguns instantes de olhos arregalados sem ar Lafever deu um passo frente e postou se ao seu lado sacudindo a cabe a Ent o Palumbo tossiu e Lafever percebeu que ele estava usando um colete prova de balas O vice diretor de opera es da Ag ncia Cent ral de Intelig ncia tornou apressadamente a apontar a arma Dessa vez por m foi lento demais O tiro de Palumbo o atingiu na testa O almirante James Lafever morreu antes de cair no ch o 61 VINTE E QUATRO HORAS HAVIAM passado desde a reuni o do conselho de guerra em Balfour Street Durante esse tempo os telefonemas n o pararam de circular de um lado para o outro do Atl ntico com a mesma selvageria de uma tempestade de primavera Minist rio das Rela es Exteriores para Departamento de Estado dos Estados Unidos Comando do Ir para quartel general da Centcom Mossad para CIA As 23 horas o primeiro ministro de Israel estava em sua sala com uma das m os nas costas e a outra segurando o telefone com for a junto orelha Assim como qualquer outro cortes o aguardando na fila para ser recebido pelo imperador disseram lhe para esperar a sua vez O presidente dos Estados Unidos falaria com ele dali a poucos instantes Zvi Hirsch estava ao lado do primeiro ministro fervendo de impaci ncia Os poucos instantes tinham se es gotado cinco minutos antes C
196. alguma coisa a ver com a morte dele Nesse est gio tudo poss vel Entendo Menz desviou os olhos e p de ver que ela estava refletindo sobre essa id ia Sua express o se suavizou Cobrindo o rosto ela reprimiu um solu o Por favor me perdoe A morte de Theo me deixou muito abalada Von Daniken se entreteve tomando notas N o era nenhum comiss rio Maigret mas parecia evidente que Michaela Menz estava dizendo a verdade Ou que pelo menos se Lammers est ivesse envolvido em algum neg cio escuso ela n o sabia Esperou a mulher se acalmar e ent o perguntou O Sr Lammers viajava muito a trabalho Menz ergueu a cabe a Se ele viajava Meu Deus viajava sim respondeu enxugando os olhos Estava sempre viajando Verificando instala es Recebendo encomendas Fazendo um pouco de rela es p blicas E que pa ses ele visitava principalmente Noventa por cento das nossas vendas s o na Europa Ele vivia na ponte a rea entre Diissel dorf Paris Mil o e Londres Os centros industriais principalmente E ele chegava a ir ao Oriente M dio S ria Dubai Nunca Nenhum neg cio com Israel ou o Egito De jeito nenhum E quem organizava as viagens dele Ele mesmo imagino Est me dizendo que o Sr Lammers n o tinha uma secret ria para fazer as reservas Avi es hot is loca o de carros hoje em dia viajar a trabalho requer muitas provid nc
197. alhes O senhor pode programar para manual se quiser Que maravilha Cheio de orgulho Jinn correu os olhos pelo interior bem acabado Estou com os presentes que Eva prometeu ao senhor disse Jonathan enquanto punha o carro na posi o drive e tocava o acelerador com o p O su ter e claro seus honor rios em es p cie Espere disse Jinn gesticulando para que ele mantivesse o dinheiro escondido at se afastar em do hotel Jonathan subiu as janelas e o vidro escurecido ocultou o interior do carro Hoffmann tentou for lo a parar o Mercedes postando se no meio da passagem mas Jonathan n o tinha a menor inten o de diminuir Apertando o acelerador imprimiu um pouco de velocidade Hoffmann deu um pulo para o lado e caiu sobre a neve Parvez Jinn estava ocupado demais admirando o sistema de navega o do painel para perceber 65 O HELIC PTERO SIKORSKY ATRAVESSOU o vale estreito na velocidade m xima Ao contr rio da viagem de dois dias antes o tempo estava calmo quase sem qualquer brisa para balan ar a aeronave O c u clareava rapida mente Trechos de azul surgiam e desapareciam O sol apareceu por um instante com seus raios fortes e ofuscantes ap s dias de sombra incessante Apertando os olhos Marcus Von Daniken falou no r dio O nome Kruger disse ele ao agente de plant o no quartel general de seguran a do F rum Econ mico Mundial em Chur Qualquer pessoa
198. amente o pr prio tamanho do lugar contribu a para abafar o som ambiente emprestando f brica uma atmosfera sobrenat ural Mais perto de onde ele estava v rias fileiras de tanques pressurizados de a o inox aguardavam para ser inspecion ados Jonathan os rodeou e seguiu em frente parando sempre que via algo de interesse para perguntar o que estava sendo fabricado Em sua maioria os oper rios se mostravam educados corteses e profissionais Ele foi informado por exemplo de que os tanques pressurizados eram na verdade misturadores encomendados por uma grande far mac utica su a Em outras partes do ch o de f brica equipes de oper rios manejavam autoclaves transferidores de calor ex trusores O leque de m quinas fabricadas parecia bem amplo para uma s empresa Como dissera o homem do restaurante a Zug Industriewerk realmente n o trabalhava mais no ramo de armamentos Quando chegou ao final do estabelecimento Jonathan viu um sagu o cont guo por onde algumas pessoas entravam e sa am Observou que a entrada era controlada por um scan biom trico dos olhos Um cartaz pregado ao lado da porta dizia THOR Thermal Heating and Operations Research Pesquisa em Aquecimento T rmico e Opera es Somente pessoal autorizado THOR A mesma palavra que aparecia no flash drive de Emma A palavra no memorando que encontrara sobre a mesa de Blitz Finaliza o planejada para o primeiro trimestre de 200 Carregamento final pa
199. ando se de modo a ficar cara a cara com Gassan No dia 10 de janeiro voc estava em Leipzig na Alemanha L encontrou Dimitri Shevchenko negociante de armas que transportava 50 quilos de explosivos pl sticos Ah voc est surpreso N o fique meu amigo N s sabemos do que estamos falando Os seus colegas na Alemanha foram muito generosos com as informa es deles im til continuar calado Tanto sobressalto Tanta dor Voc sabe o que dizem No final voc acaba falando de qualquer maneira Vamos habibi sejamos civilizados Gassan fez uma careta com os olhos cravados na m o mutilada O coronel Mike deu um suspiro e continuou Voc pagou 10 mil d lares a Shevchenko e transferiu tr s caixas contendo a mercadoria para uma van branca da marca Volkswagen At a n s sabemos Voc vai contar o resto Ou seja para quem entregou os explosivos e o que est o planejando fazer com eles Posso prometer que n o vai sair daqui enquanto n o der essas informa es E se achar que pode mentir devo acres centar que vamos esperar para saber se verdade Vamos come ar Fale sobre os explosivos Para quem voc entregou Palumbo observava os sapatos de Gassan Era nesse ponto que descobriam o tamanho da fibra de um homem Gassan cuspiu no rosto de seu interrogador Um lutador ent o Palumbo saiu da sala Estava na hora de ir buscar um caf A noite seria longa 13 PEDA OS DE GELO PENDIAM FEITO PINGENTES
200. apertou com toda a for a Seus dedos escorregaram do metal Tentou de novo mas n o conseguiu O carro diminuiu a velocidade e fez uma curva abrupta para a direita saindo do asfalto Eles come aram uma trilha em uma s rie de vaiv ns fechados subindo e Jonathan se segurou para n o ser arremessado contra o chassi O chiado do motor confirmava o ngulo da subida As viradas abruptas e a acelera o e desacelera o constantes o deixaram enjoado Por fim as curvas terminaram Ele respirou fundo mas isso n o o fez sentir se melhor Escorregando at o fundo do porta malas Jonathan levantou o revestimento acarpetado que o forrava e soltou o macaco e a chave de roda guardados sob o estepe O melhor que conseguiu encontrar foi a chave de roda Tentou bater na fechadura esperando que fosse quebrar e soltar o trinco Mas n o teve sorte O carro parou e o motor foi desligado Continuou segurando a chave de roda com a m o direita A ferramenta parecia leve e rid cula Mesmo assim ele se preparou da melhor forma poss vel para pular do porta malas Ouviu uma chave ser inserida na fechadura A mala se abriu e o sol da tarde o atingiu em cheio no rosto cegando o Por reflexo Jonathan fechou os olhos e ergueu uma das m os para evitar a luminosidade Saia disse Simone Ao seu lado estava um homem compacto de cabelos pretos p lido e de olhos mort feros se gurando uma pistola ao lado do corpo Jonathan nem precisava ser apresenta
201. ar Vamos voltar ao come o disse o coronel Mike com uma calma irritante No dia 10 de janeiro voc se encon trou com Dimitri Shevchenko em Leipzig Transferiu os explosivos pl sticos para uma van branca da Volkswagen Para onde voc foi depois disso Tinha que passar os explosivos para algu m N o imagino que quisesse ficar com eles mais tempo do que o necess rio Voc um garoto esperto Muito experiente Me diga o que aconteceu depois Vou at ajud lo Voc entregou os explosivos para o usu rio final Quero o nome dele Fale comigo e vamos parar com essas coisas desagrad veis Para dizer a verdade eu n o durmo muito bem depois desse tipo de coisa Dez horas depois as perguntas eram as mesmas Do lado de fora podia se ouvir c es uivando para a lua cheia Um ve culo grande passou roncando fazendo tremer as paredes Gassan come ou a falar em seguida franziu os l bios e enfiou o queixo no peito Um grito gutural se formou na sua garganta e irrompeu pelo aposento Mais quente disse o coronel Mike As chamas cresceram O ponteiro alcan ou 80 C Quais s o os planos deles Me diga qual o alvo Quero lugar data hora O coronel Mike n o desistia nunca Ou um homem nascia para aquele tipo de coisa ou n o Mike nascera para a tortura como um j quei nasce para montar Temperatura 90 C primeira coisa a cair o seu pau Explode que nem uma salsicha cozida al m da conta A o
202. ar de c lios falsos Havia perfume tamb m Tender Poison da Dior E Emma perguntou se Jonathan Ela s usava Tender Touch da Burberry Uma rosa inglesa no nome e na atitude Debaixo dos tubos frascos e estojos achou uma bolsinha de cetim presa por uma elegante cordinha dourada Com um deselegante pux o soltou a e abriu a bolsinha Dentro dela en controu o tesouro de um pirata uma pulseira escrava Cartier um anel quadrado de esmeralda brincos de diamante e um colar de trama de ouro N o entendia nada de j ias mas sabia recon hecer qualidade e aquilo ali era de grande valor Ergueu os olhos e viu Simone o encarando Jonathan sentiu uma estranha comunh o entre os dois A sua Emma n o vestia terninhos de superexecutiva A sua Emma n o usava batom vermelho sangue N o colocava c lios falsos nem passava Tender Poison atr s da orelha cer tamente n o possu a tampouco as j ias de uma herdeira Jonathan tinha a impress o de estar examinando os pertences de outra mulher Simone estudava um anel que havia tirado da bolsinha E A K disse Conhece algu m com essas iniciais Por qu D uma olhada no lado de dentro do anel Era uma alian a de casamento gravada com os dizeres E A K 2 8 01 Essa a dona da bolsa disse Simone A Sra E A K que se casou no dia 8 de fevereiro de 2001 Deve ser uma amiga de Emma Jonathan lembrou se de seus conhecidos cujos nomes
203. ara Jonathan E um Volkswagen azul Deixei nos fundos da casa de comando Peguem o carro e saiam da qui Obrigada disse Emma Voc s ficam me devendo essa O su o se virou e andou em dire o casa com um passo vacilante A cada segundo chegavam mais carros de pol cia Um helic ptero desceu at bem rente ao solo e ficou pairando acima deles com os holofotes apontados para a casa Jonathan esticou os bra os para dentro do carro e ergueu a esposa no colo Meu nome Jonathan disse Meu nome Cary Muito prazer Ele se virou e carregou a encosta abaixo Epilogo OS AVI ES DO ESQUADR O 69 israelense atacaram de madrugada Chegaram voando baixo por sobre a gua abaixo do alcance dos radares iranianos Os sistemas antiaeronaves rec m instalados s tiveram poucos segun dos para detectar sua presen a Quando os primeiros m sseis foram disparados j era tarde demais As bombas atingiram o alvo com uma exatid o mortal Em poucos minutos 16 m sseis anti bunker armados de forma conven cional haviam completado trabalho O local onde ficavam armazenados os m sseis em Kashun no golfo P rsico foi riscado do mapa Bem no fundo de um dep sito de armas 10 metros abaixo do n vel do solo os quatro m sseis teleguiados KH 55 cada qual equipado com uma ogiva nuclear de 10 quilotons foram destru dos A Opera o Rouxinol foi um sucesso Dentro da sala do primeiro ministro o al vio mesmo
204. ara tr s e fechou os olhos com os pensamentos disparando S dormiu muito depois quando a primeira luz da aurora veio descendo do horizonte e acendeu o c u com um cinza morto embaciado 60 N O DA SUA CONTA Desista Isso s pode lhe trazer problemas Philip Palumbo refletiu sobre essas palavras depois inclinou se por cima do banco dianteiro do carro e tirou do porta luvas sua arma oficial Se o mundo estava em t o m s condi es era porque ningu m tomava partido A pistola era uma Beretta 9mm heran a de seus dias na 82 a Aerotransportada Ele havia dedicado 14 anos s For as Armadas incluindo o tempo de cadete em West Point e chegara patente de major antes de desistir As oportunidades na iniciativa privada eram in meras para um homem com a sua experi ncia mas ele nunca se in teressara muito em ganhar dinheiro Sete semanas depois de assinar a rescis o do ex rcito escrevera seu nome em um contrato com a Ag ncia Central de Intelig ncia E apesar de tudo que vira e de tudo que fizera ainda consid erava essa a melhor decis o de sua vida N o gostava da id ia de abrir m o de tudo Verificou que o pente estava cheio carregou uma bala e destravou a seguran a A casa era uma constru o colonial de dois andares com persianas verde escuras e um telhado de telhas sobrepos tas Subiu os degraus da frente de dois em dois e tocou a campainha Um homem magro sem nenhuma carac ter stica marcante usando um car
205. art e at mesmo o fato de frequentar um grupo mensal de estudos b blicos No final do jantar ele perguntou se estaria disposta a lhe fazer um favor Os sinais de alarme de Milli dispararam na mesma hora Ele tocou lhe o bra o imediatamente para acalmar seus temores Ela estava entendendo errado Ele n o queria nada de imediato Nada impr prio Com certeza nada que fosse p r em risco seu emprego Pelo contr rio era vital que ela continuasse na posi o em que estava Tudo que lhe pedia era que ficasse atenta para defender seus melhores interesses Que prometesse avis lo caso ficasse sabendo de alguma coisa que pudesse amea ar a seguran a de seu lar de ado o Ele lhe deu um telefone e uma frase que deveria repetir se algum dia sentisse necessidade de telefonar lhe Pediu para decorar os dois e insistiu em test la at ela ser capaz de repetir o n mero de 10 algarismos e a frase sem errar Depois dessa combina o recuperou a atitude af vel Abra ou a e agradeceu lhe de cora o Ao subir no t xi que a levaria de volta para casa Millicent Brandt nascida Ludmilla Nilskova sentiu uma pal pita o desconhecida no peito Era em parte medo em parte apreens o em parte empolga o Tinha se juntado a incont veis outros executivos militares burocratas e profissionais de todas as reas que haviam jurado fidelid ade ao Estado de Israel e prometido ajudar o pa s da forma que este julgasse conveniente Ao telefone a voz
206. as Podemos descartar um executivo corrupto Parece que voc est lidando com um ilegal Um ilegal era um agente governamental treinado operando clandestinamente em solo es trangeiro sem a prote o de seu pa s Um espi o muito bem infiltrado Von Daniken aquiesceu Perturbado voltou para sua sala Fazia sete anos desde que algo sequer parecido com aquele caso havia ca do em sua mesa Tinha apenas duas perguntas para quem Lammers estava trabalhando E o que estava fazendo na Su a que o levara a ser assassinado 8 SOMENTE S SETE DA MANH a turbina do Gulfstream IV foi finalmente consertada e o jato preparado para decolar do aeroporto de Bern Belp Apesar da oferta de hospedagem de Marcus Von Daniken Philip Palumbo havia permanecido a bordo preferindo dormir em um sof nos fundos do compartimento de passageiros Quando o jato come ou a se afastar do terminal Palumbo se levantou da cadeira e se abaixou para passar pela abertura que conduzia ao comparti mento de carga Era um espa o apertado com teto inclinado sem janelas Tr s malas estavam empilhadas em um canto Empurrando as para o lado ele se ajoelhou e deslizou um painel no ch o que escondia uma al a de a o inoxid vel resistente Com um pux o soltou uma parte do piso revelando um com partimento de 2 metros por 1 20 equipado com um colchonete e correias de imobiliza o Deitado dentro do compartimento estava um homem magro de pele morena usando um maca
207. as atr s Tiradas perto da Bayerischer Platz ao lado da esta o de trem N s encontramos a van Gra as a Deus disse Von Daniken levantando se para examinar a foto Com not vel clareza a imagem mostrava uma van branca da Volkswagen com placas su as guiada por um homem de barba e culos de arma o met lica E o Gassan dirigindo Com a placa consegui fazer uma busca avan ada O mesmo autom vel apareceu em Zurique sete dias atr s Outra fotografia passou de m o em m o Dessa vez quem est dirigindo Blitz Onde exatamente estava essa c mera perguntou Von Daniken Na esquina da Badenerstrasse com a Hardplatz Isso fica perto do endere o da empresa do Lammers n o N o fica muito longe disse Myer Alguns quil metros de dist ncia Olhem s os vidros traseiros Tem alguma coisa bem volumosa dentro do ve culo A gente analisou as imagens e chegou conclus o de que s o umas caixas grandes feitas de a o O avi o teleguiado N o fa o id ia Mas seja o que for grande e pesado Olhem como o chassi est baixo em cima dos amortecedores Comparem esta foto aqui com as outras Segundo as nossas estim ativas na segunda foto a van est transportando uma carga de pelo menos 600 quilos Myer selecionou outra foto da pilha e a fez circular Esta ltima foi tirada em Lugano no s bado Lugano a meros 30 quil metros de Ascona onde Blitz morava
208. assassinato N o de uma bolsa roubada Arrume esse nome para mim Ele bateu com a m o espalmada na mesa Orsini se retraiu mas instantes depois teclava como um maluco As passagens foram compradas em dinheiro vivo tive de preencher um recibo espere um pouco Ele se levantou e passou por Jonathan at uma fileira de arquivos Nervoso e murmurando con sigo mesmo foi puxando ma o ap s ma o de recibos examinando cada um antes de jog los sobre a mesa ao seu lado De repente bateu com os dedos em um recibo espec fico Achei Jonathan postou se ao seu lado Quem Blitz Gottfried Blitz Villa Principessa Via della Nonna A voz de Orsini era vitoriosa en quanto ele estudava os recibos Ent o est feliz agora Quando se virou por m viu que a sala estava vazia Jonathan j tinha ido embora 24 MARCUS VON DANIKEN ANDAVA de um lado para outro pelo terminal de passageiros do aeroporto de Bern Belp Um helic ptero Sikorsky estava na pista enquanto uma equipe terminava de descongelar as h lices A torre havia sido alertada de que o tempo sobre os Alpes estava abrindo e que tinham uma janela de 60 minutos para subir as montanhas e chegar ao Tessin antes de a frente fria seguinte chegar e novamente dividir o pa s entre norte e sul Voar n o era a atividade preferida de Von Daniken mas nessa manh n o havia escolha Um caminh o de nove eixos tinha capotado na entrada norte do t nel de
209. assou a m o pela cabe a A ltima hora fora para ele uma li o e tanto sobre desenvolvimento e uso de avi es teleguiados como armas militares Na d cada de 1990 a For a A rea Israelense tinha sido a pioneira no uso de ve culos a reos n o tripulados para sobrevoar a fronteira norte com o L bano Na poca um avi o teleguiado n o passava de um brinquedo controlado por r dio com uma c mera presa base que tirava fotos do inimigo Os ltimos modelos tinham envergaduras que chegavam a 15 metros carregavam m sseis ar terra Hellfire debaixo das asas e eram pilotados via sat lite por operadores dentro de bunkers fortifica dos a milhares de quil metros de dist ncia Alguma id ia de qual vai ser o alvo perguntou Chabert Um avi o disse Von Daniken Muito provavelmente aqui na Su a Alguma id ia de onde Zurique Genebra Basil ia Mulhouse Nenhuma Von Daniken pigarreou O estresse e o cansa o dos ltimos dias estavam cobrando seu pre o Fundas olheiras rodeavam seus olhos e mesmo sentado sua postura era curvada Diga me uma coisa general de que tipo de pista essa coisa precisa para decolar Duzentos metros de terreno aberto disse Chabert Um avi o teleguiado desse porte pode ser retirado da em balagem de transporte e colocado no ar em cinco minutos Von Daniken se lembrou de sua ida Rob tica AG a empresa de Lammers E da descri o orgulhosa da tecnologia de f
210. athan engatou a marcha e acelerou encosta acima Mal haviam percorrido 10 metros seus far is iluminaram uma barreira anti rebeli o atravessada na rua Fa a o que quiser disse Emma S n o pare O carro ganhou velocidade precipitando se em dire o barreira Apague os far is disse ela Jonathan desligou os far is A escurid o envolveu a rua Ele aproximou o rosto do p ra brisa Quase n o era pos s vel discernir o alto da barreira uma linha branca que cortava o breu da noite Pisou fundo no acelerador O carro atropelou a barreira fazendo farpas de madeira voarem para todos os lados A rua ficou plana Luzes posicionadas a intervalos regulares de ambos os lados iluminavam o trajeto O barulho do tiroteio intensificou se assustadoramente pr ximo Uma saraivada de balas atingiu o autom vel como chuva de granizo sobre um barraco de zinco Um dos proj teis espatifou o p ra brisa deixando um grande buraco e uma placa de vidro desabada O vento entrou zunindo Jonathan viu v rias figuras ajoelhadas na neve as silhuetas tremeluzindo por causa da fuma a da detona o de suas armas Continue Emma projetou se pela janela atirando nas sombras Foi ent o que ele viu Um animal feito de a o com asas imensas e uma grande sacola pen durada no ventre Emma O avi o teleguiado estava vindo na sua dire o avan ando da outra extremidade da rua Mais r pido disse ela Atropele
211. ax 11 3862 5818 E mail atendimento Weditoraarqueiro com br www editoraarqueiro com br Para minhas filhas Noelle e Katja que me d o alegria Pr logo A BRISA FRIA VARREU A PLAN CIE carregando a borboleta em suas correntes O curioso inseto voou de um lado para outro subindo mergulhando planando para cima e para baixo Era um lindo esp cime com as asas pintadas de um amarelo vivo coberto por uma renda preta e n o se parecia com nenhum outro da regi o Seu nome tamb m era incomum Papilio panoptes A borboleta sobrevoou a estrada vigiada passou pelos rolos de arame farpado e pela cerca de seguran a eletri ficada Do outro lado havia um campo de flores silvestres impressionantes por sua variedade e cor N o se via con stru o alguma nenhuma casa paiol ou pr dio de qualquer tipo Somente os montes de solo rec m compactado quase indiscern veis debaixo das flores davam mostras do trabalho que acabara de ser conclu do Apesar da longa viagem a borboleta ignorou as flores N o buscou seu p len de cheiro forte nem se deleitou com seu doce n ctar Em vez disso decidiu voar mais alto aparentemente obtendo sustenta o com o pr prio ar E ali ficou uma bandeira amarela tremeluzente suspensa no c u p lido de inverno N o aterrissou em nenhum arbusto de lavanda para descansar N o bebeu de nenhum dos velozes riachos que desciam das montanhas escarpa das e majestosas e corriam pelas f rteis plan cies de grama
212. bal e se deixar envolver pelo sofrimento A futilidade do nosso trabalho pode ser destruidora Temos v rios casos de estresse p s traum tico parecidos com a exaust o que acomete os soldados Mas Jonathan nunca se esquivava das miss es mais dif ceis Aqui h quem pense que era por causa de Emma Emma A senhora quer dizer a mulher dele Na nossa opini o a tend ncia dela era se identificar de forma um pouco excessiva com a popula o Virar nativa de certa forma fregiente marido e mulher trabalharem juntos Ningu m quer se casar para deixar o outro a milhares de quil metros de dist ncia Von Daniken refletiu sobre isso por alguns instantes Estava come ando a ver como aquilo poderia ter funcionado As miss es em pa ses estrangeiros As viagens constantes E como se decide para onde os m dicos v o ser mandados N s comparamos a for a deles com as nossas necessidades H muito tempo tentamos atrair o Dr Ransom para nossa sede na Su a A experi ncia dele poderia contribuir para os nossos projetos com uma dose de sensatez muito necess ria Entendo mas quem decide exatamente para onde o Dr Ransom vai ser enviado N s decidimos juntos N s tr s Jonathan Emma e eu Olhamos a lista de vagas e decidimos onde eles ser o mais teis Von Daniken n o sabia que a mulher de Ransom estava t o intimamente envolvida no trabalho humanit rio Perguntou sobre sua fun o nessas miss
213. balas Von Daniken recolheu mais neve Dessa vez por m empurrou a contra os fios expostos e aper tou Ouviu se um estalo breve depois mais nada Por alguns instantes teve certeza de que havia fracassado mas em seguida uma onda subiu por seus bra os e invadiu seu peito Suas costas se arquearam com um espasmo Ele abriu a boca para gritar mas sua garganta foi paralisada pela voltagem que lhe percorria o corpo Com um ltimo esfor o arrancou as m os da neve Algo explodiu em seu peito e ele foi lan ado viol entamente para tr s pelos ares 44 Jonathan correu em uma trajet ria perpendicular ao carro esquivando se por entre as rvores A neve era funda e irregular o que tornava dif cil avan ar Duas vezes ele afundou de joelhos e teve de se esfor ar para soltar se Cingiienta metros mais adiante virou direita em um cam inho paralelo estrada Logo encontrou os vest gios da muralha da poca romana que outrora protegia a cidade Pulou por cima dela e agachado margeou a at os fundos da casa A constru o se apoiava na encosta Dois pilares de a o ancorados no flanco da colina se er guiam em um ngulo de 45 graus para sustentar a estrutura Quando chegou aos pilares ele parou e inclinou a cabe a O tiroteio havia cessado O sil ncio que tomou seu lugar era igual mente assustador Do topo da colina ouviu v rios motores girando e pelo menos um carro can tando pneus no asfalto Os pilares estavam escorregadio
214. bana Tudo se movia depressa demais Ele agarrou o volante com for a e se segurou A traseira do carro quicou violentamente e de repente o terreno se nivelou O barulho de colis o cessou e fez se sil ncio Jonathan percebeu que haviam levantado v o A parte de tr s do carro come ou a despencar O cap se ergueu como uma onda negra sua frente e ele piscou quando o sol bateu em seus olhos Com um baque terr vel o carro aterrissou virou de lado capotou uma duas vezes e depois parou de cabe a para baixo Jinn estava desmaiado de olhos fechados Havia mordido o l bio e sua boca sangrava mas fora isso n o parecia ferido Jonathan for ou a porta com o ombro para abri la e rolou at o ch o Seus ouvidos zumbiam e o bra o esquerdo estava dormente Tr mulo ele se ajoelhou O Mercedes havia despencado de uma plataforma rolado por um curto declive e ido parar em um pequeno pasto O ar estava coalhado com o som de vaiv m de dezenas de sirenes todas rumando na sua dire o Podia ver suas luzes azuis piscando na trilha da floresta acima dele Piscou os olhos e percebeu que estava vendo dobrado Sinal claro de concuss o Apertou os olhos e sua vis o se normalizou Olhando para baixo da montanha p de ver alguns trechos da Davosstrasse entre os fundos de lojas e pr dios Esfor ou se para ficar em p e cambaleou na dire o das lojas Tonto e ator doado ainda teve presen a de esp rito suficiente para tatear procura do flas
215. baralho S a mala perguntou Simone O que eles estavam procurando N o sei Pense Jon O que poderia haver l dentro Jonathan n o deu ouvidos pergunta N o fazia a menor id ia Ligue o carro Eles podem estar chegando Calma disse Simone trangj ila Ningu m est chegando Olhe Jonathan olhou pelo p ra brisa traseiro A rua estava deserta A tempestade de neve havia man tido todos os habitantes da cidade dentro de casa Ele se recostou e fechou os olhos Tudo bem murmurou Est tudo bem claro que est tudo bem disse Simone Eu ouvi vozes no corredor Acho que o gerente do hotel estava com a pol cia Estavam falando sobre o policial de Landquart Eles sabem que fui eu Voc est seguro por enquanto E isso que importa Simone indicou o livro em seu colo O que isso O caderno de endere os de Emma A gente precisa descobrir quem ela conhecia em Ascona Se uma de suas amigas mandou as coisas o nome vai estar aqui dentro Posso Jonathan lhe entregou o volume encadernado em couro Era grosso como uma B blia e duas vezes mais pesado Emma gostava de dizer que sua vida estava ali dentro simplesmente Si mone p s o livro no colo e abriu o solenemente como se fosse um texto religioso O nome de Emma estava escrito na folha de rosto Havia uma sucess o de endere os anotada embaixo O mais recente era Avenue de Collonges Gene
216. bo N s demos com os burros n gua Perdemos oito homens Isso n o tem import ncia Phil John Austen um her i E como se ele tivesse presenciado a crucifica o de Cristo no monte Calv rio Tudo que ele diz se escreve at prova em contr rio Com todo o respeito almirante n o posso simplesmente ficar parado e deixar que ele derrube um avi o N o tem outro jeito Phil O nosso pa s n o pode ter dois servi os de espionagem diferentes conduzindo opera es sem se comunicar Os garotos l da Defesa est o fora de controle h muito tempo Quando essa hist ria estourar na m o deles isso tudo vai acabar John Austen nunca mais vai conseguir autoriza o para montar nenhuma equipe O Pent gono vai sair do ramo da espionagem para sempre Ent o o senhor soltou Reyes para p r um fim na hist ria toda Soltei Ricardo Reyes para mostrar que n o estamos simplesmente sentados chupando o dedo enquanto isso tudo est acontecendo Se formos pegos desprevenidos em uma hist ria s ria como essa isso s vai servir para provar que tudo que Austen vem dizendo sobre a CIA para o presidente verdade Mas se conseguirmos chegar bem perto de derrubar esse avi o teleguiado se conseguirmos eliminar alguns membros do compl vamos sair como her is na foto Lafever apagou o cigarro com a sola do sapato O Sr Reyes n o vai conseguir deter o ataque e sinceramente eu n o espero que consiga Depois qu
217. bora pensou Viu a luz da raz o e deu o fora daqui enquanto ainda podia Jonathan se apoiou no painel do carro recuperando o f lego Seus olhos dispararam para a igni o As chaves n o estavam ali Com um susto ele virou o corpo e olhou para o banco de tr s Nem a mala de Emma nem a caixa do su ter es tavam l Simone fora embora e levara tudo consigo Recostou se no assento confuso cansado Olhou para o grosso livro em seu colo Abriu o e passou a ler os nomes endere os e telefones E um come o pensou Nesse instante a porta do carona se abriu Simone Noiret entrou no carro Onde voc estava perguntou ele Simone se retraiu Fui dar uma volta at o alto do morro Se quiser mesmo saber fui fumar um cigarro Cad as coisas da Emma Coloquei dentro da mala para se algum de n s dois quisesse deitar no banco Jonathan aquiesceu acalmando se Desculpe N o quis ser r spido com voc Mas que eles foram l No nosso quarto de hotel quero dizer Revistaram tudo De alto a baixo Mas foram bons Muito discretos Isso tenho que reconhecer Quase conseguiram ser perfeitos E nesse caso eu nunca teria descoberto Simone o encarava e seu susto se refletia nos olhos dela Do que voc est falando Quem foi l A pol cia N o Pelo menos n o a pol cia de verdade Ele explicou a estranha forma como algu m havia cortado a mala e o estranho buraco do tamanho de um
218. bra Antes disso havia Rue St Jean em Beirute Campo de Refugiados da ONU em Darfur Sud o etc A lista prosseguia um mapa da vida passada e futura de Jonathan Quantos nomes ela deve ter aqui perguntou Simone Todo mundo que ela conheceu na vida Emma nunca esquecia ningu m Juntos examinaram cada p gina de A a Z Estavam procurando algum endere o no cant o de Tessin Ascona Locarno Lugano Qualquer telefone com o c digo de rea 078 Acharam nomes de todos os cantos do globo Tasm nia Patag nia Lap nia Groenl ndia Cingapura e Sib ria Mas em nenhum lugar encontraram qualquer refer ncia a Ascona Meia hora mais tarde Simone pousou o caderno de endere os sobre o console central Emma n o tinha um nico amigo que morasse na prov ncia mais ao sul da Su a Ascona n o existia Examinando os bolsos ele pescou os t quetes de bagagem de Emma Ainda temos estes aqui falou O cara do guich de passagens disse que o nome do remet ente estava registrado na esta o de partida N o acho que os su os v o liberar informa es assim t o f cil Voc vai ter que mostrar um documento de identidade E prov vel que voc tenha raz o Jonathan entregou os recibos para Simone e em seguida deu partida no motor Para onde a gente est indo Para onde voc acha perguntou ele com a cabe a virada por cima do ombro enquanto dava r para entrar com o carro na
219. brou se da tubula o de g s rompida respons vel pela morte de Drako o criminoso de guerra b snio Myer prosseguiu No in cio os agentes pensaram que ele tivesse sido arremessado para fora do pr dio mas n o encontraram nenhum sangue e uma revista nos arredores n o deu em nada A mulher que denunciou o intruso disse que ele tinha se identificado como m dico Parece que estava com um ferimento no pesco o e sangrando Ela achou que ele tivesse levado uma facada Um dos agentes pensou que o homem talvez fosse um fugitivo e ent o deu a descri o dele ao departa mento que administra os mandados de captura O nome do Ransom apareceu Eles imprimiram uma foto e mostraram para a mulher Ela confirmou a identifica o mas disse que os cabelos dele estavam pretos e muito curtos O que ele estava fazendo em Berna Disse que tinha ido visitar a cunhada O nome dela Eva Kruger O que a gente sabe sobre ela Absolutamente nada como um fantasma N o tem n mero de identidade Nem carteira de trabalho Segundo a vizinha ela mal parava em casa Mas a vizinha j viu essa mulher Em carne e osso o que diz Segundo ela essa tal de Eva Kruger viaja o tempo todo E claro que viaja Sem d vida para lugares ex ticos como Darfur Beirute e Kosovo Pura e simplesmente a mulher era outro membro da rede de Ransom pensou Von Daniken Achei que voc tivesse dito que tinha uma pista sobre o
220. c o branco com as m os e os p s atados com algemas de pl stico e presos por uma corrente Sua barba tinha sido raspada Seus ca belos pretos tinham o corte padr o do ex rcito A fralda que ele usava tamb m era padr o Todas essas medidas tinham por objetivo despersonalizar o prisioneiro e faz lo sentir se impotente e vulner vel Ele parecia jovem Com seus culos de arma o de metal poderia ter passado por estudante universit rio ou pro gramador de computa o Seu nome era Walid Gassan Tinha 31 anos e era um terrorista confesso que j fora ligado Jihad isl mica ao Hezbollah e como todo fan tico mu ulmano que se preza Al Qaeda Palumbo p s o prisioneiro de p com um tranco e guiou o at o compartimento de passageiros onde o empurrou para um assento e prendeu o cinto de seguran a bem apertado em torno de sua cintura Demorou se alguns instantes passando mercurocromo nos dedos machucados de Gassan Ele perdera tr s unhas antes de Palumbo desistir Para onde voc est me levando perguntou Gassan Palumbo n o respondeu Abaixando se soltou a corrente que prendia os p s do homem e passou alguns instantes massageando lhe os tornozelos para manter a circula o ativada N o queria que Gassan morresse de trombose venosa profunda antes de terem arrancado dele algumas informa es Eu sou cidad o americano continuou Gassan desafiador Tenho direitos Para onde voc est me levando Exijo
221. cado que nem o Banco Nacional murmurou Voc consegue abrir perguntou Von Daniken Myer lhe lan ou um olhar hostil Tenho quase certeza que sim Desembalou as ferramentas e come ou a enfi las dentro da fechadura uma ap s outra Von Daniken ficou parado junto dele com o cora o batendo t o forte que poderia ter sido ouvido na Austr lia N o fora feito para esse tipo de coisa Primeiro invas o de estabelecimento sem mandado e agora viola o de propriedade particular Que bicho o havia mordido Nunca fora muito chegado quelas hist rias de espionagem A verdade que ele era um burocrata e tinha orgulho disso Cinquenta anos era um pouco tarde para participar da primeira opera o clandes tina Nove minutos disse Krajcek cuja voz impass vel ecoou no fone de ouvido de Von Daniken A essa altura K bler e seu detector de radia o j tinham chegado ao andar da f brica Ele moveu o detector para a direita e o histograma indicou outra coisa A tela exibia a f rmula C3H6N606 e ao seu lado a palavra ciclotrimetilenotrinitramina Reconheceu o nome mas estava mais acostumado a chamar aquilo pela marca RDX Talvez no final das contas aquela busca n o fosse se revelar totalmente in til Oito minutos disse Krajcek Ajoelhado no ch o da f brica Myer manipulava dois p s de cabra como um m gico Pronto disse quando os cilindros se encaixaram e a porta se abriu Von Daniken e
222. carro com os culos escuros pendurados em uma das orel has Girando em c rculos arquejou desesperadamente em busca de ar Metade da antena sa a pela sua orelha Tentou v rias vezes pegar a haste mas seus dedos erraram em todas elas Tonto Jonathan deslizou para fora do cap sem tirar os olhos de seu agressor Uma voz cl nica o informou que depois de perfurar o t mpano a antena havia penetrado o cerebelo onde dani ficara os reflexos motores o sistema nervoso autom tico e Deus sabia o que mais O agressor caiu de joelhos Seu queixo pendeu de encontro ao peito De olhos abertos ele se imobilizou como um brinquedo sem pilha Simone p s se de p A lateral de seu rosto estava vermelha e inchada Ele morreu Jonathan levou os dedos garganta do agressor Assentiu Levantou se soltou um peda o de gelo do ch o e pressionou o contra a bochecha dela Quem ele perguntou Simone N o fa o id ia Nunca vi nenhum dos dois na minha vida O casaco do agressor tinha ca do Era poss vel ver um distintivo prateado no cinto e ao lado uma pistola Jonathan se ajoelhou para examinar o distintivo No alto estavam gravadas as pa lavras Gr ubunden Kantonspolizei Seu est mago se contraiu Enfiou a m o dentro do casaco do homem e sacou um porta documentos Sargento Oskar Studer A fotografia mostrava o mesmo rosto Pol cia Jonathan lan ou a identidade para Simone Vamos sussurrou ela Saia
223. certeza n o foi o Sr Blitz Myer apalpou o monte de toalhas empilhadas junto ao corpo Ainda est o mornas Os homens trocaram um olhar desconfort vel Da rua o som de outra sirene se aproximava Portas bateram Houve uma confus o no hall Dois param dicos en traram no escrit rio Que rapidez disse Von Daniken referindo se chegada quase instant nea dos t cnicos de salvamento Foi o senhor quem ligou perguntou um dos param dicos A mesa disse que foi um americano Americano Von Daniken trocou olhares com Myer Quanto tempo faz que o americano ligou perguntou lhe Doze minutos Nove horas e seis minutos E ele disse Myer Ransom Von Daniken assentiu e em seguida olhou para o rel gio Durante o trajeto de carro partindo da pista de pouso havia telefonado para o Sr Orsini chefe da esta o para obter uma descri o do homem que aparecera sua porta naquela manh bem cedo fazendo se passar por policial e perguntando quem havia mandado um determinado par de bagagens para Landquart Em seguida telefonara para a pol cia de Graubiinden para pedir detalhes sobre o as sassinato de um de seus homens na v spera tamb m em Landquart A descri o de Orsini correspondia perfeita mente fornecida por uma testemunha ocular do crime A pol cia de Landquart tinha at um nome Dr Jonathan Ransom Um americano E mais A mulher de Ransom morrera dois dias antes em um
224. ch ontem noite Que hist ria essa de mandado de busca Von Daniken hesitou esperando que Marti o convidasse a se sentar Quando ficou evidente que isso n o aconteceria come ou a fazer um resumo do que havia descoberto sobre Lammers in cluindo o seu hist rico de projetista de pe as de artilharia e o seu interesse recente pelos MVA Terminou com a sua suspeita de que o holand s fazia parte de uma rede mais ampla e com o pedido de um mandado para revistar a sede da Rob tica AG S isso perguntou Marti N o posso colocar avi o em miniatura suspeito em um mandado E um documento legal Preciso de um motivo leg timo Na minha opini o Lammers representava uma amea a para a seguran a nacional Como O homem est morto S porque voc viu um aeromodelo n o era nem um aero modelo um par de asas com sabe l o qu Von Daniken tentou sorrir para esconder sua raiva que aumentava cada vez mais N o s o avi o senhor o esquema todo Lammers estava aqui h muito tempo Tinha um hist rico de brincar com os meninos maus e a um belo dia do nada executado em frente porta da pr pria casa Tenho certeza de que alguma coisa est acontecendo Ou est sendo tramada ou ent o est desmoronando As provas podem estar l na sala dele Conjectura vociferou Marti O cara tinha uma Uzi escondida na oficina de casa junto com um monte de passaportes falsi ficados
225. co Faltavam 38 quil metros para o seu destino A direita viu uma placa com a palavra L tschberg e ao lado o s mbolo de um carro em cima de um trem Emma cuidara da promo o N o Emma pessoalmente claro mas as pessoas para quem ela trabalhava Seus superiores A implica o disso era clara Tinham algum contato dentro da M dicos Sem Fronteiras Quem seria Algu m da Recursos Humanos Um dos vice diretores A pr pria diretora Ele contou um chileno um japon s um zimbabuano dois brit nicos e um sueco Teria sido mais f cil se um deles fosse americano Jonathan pensou sobre isso Ser que assim ele consideraria resolvido o problema da fidelidade de Emma Incluir os Estados Unidos na equa o s faria aumentar a confus o Emma era uma cr tica ferrenha da maior democracia do mundo N o acreditava em constru o de na es esferas de influ ncia doutrinas de qualquer esp cie nem em realpolitik Mas se ela n o estava trabalhando para os Estados Unidos ent o para quem seria Para os brit nicos Para os israelenses Como era mesmo que os franceses chamavam seu n cleo de es pionagem aqueles doidos que tinham tentado afundar o Rainbow Warrior no porto de Auck land um tempo atr s Com um susto percebeu que ela poderia estar trabalhando para qualquer um O pa s n o tinha import ncia Apenas os ideais Emma e seu dever de intervir Enquanto o p ra brisa se cobria de branco e a noite congelada se ade
226. co de onde o senhor tiver sa do Ele esfregou os olhos um gesto de cansa o que mostrava estar vontade e conformado com a pr pria situa o Mas afinal onde foi que voc s a encontraram perguntou Ela produto de alguma escola de doentes que voc s montaram para tirar vantagem de homens como eu isso Era outra pergunta ret rica Jinn j sabia todas as respostas Havia pensado nos mais cruciantes detalhes da pr pria situa o e parecia aliviado por poder compartilh las com outro homem Sabe o que mais engra ado continuou sem sorrir que at hoje parte de minha pessoa acha que ela gostava de mim Apesar de tudo Apesar das amea as As fotos contam como chant agem ou como extors o Ou ter o sido os extratos banc rios Todos aqueles subornos que ela insistiu para eu aceitar Morreu durante uma escalada n o N o acho que poderia ter sido de outra maneira Jonathan n o tinha resposta para aquilo Sentiu como se tivesse falado diretamente para ele O sinal ficou verde e ele seguiu pela principal via da cidade chamada Promenade passando por uma entrada que conduzia esta o de trem Jinn parecia ter conseguido se controlar Empertigou se no assento e sentou se com a postura do fan tico pelo qual se fazia passar Voltemos ao que interessa disse O dinheiro Sr Kruger por favor Jonathan lhe passou o envelope Havia reposto o dinheiro que gastara com fundos tirad
227. come avam com E Havia um Ed um Ernie e um tienne mas n o achava que a calcinha fio dental fosse caber em nenhum deles A lista feminina era mais curta e limitava se a um nico nome Evangeline Larsen uma m dica dinamarquesa com quem ele havia trabalhado quatro anos antes Havia um ltimo objeto dentro da bolsinha de j ias Um Rolex de pulso feminino de a o e ouro com a borda do mostrador cravejada de diamantes Para Jonathan era a prova mais cabal de que a sua mulher n o tinha nada a ver com aquela bolsa Um Rolex era o s mbolo de tudo que eles consideravam errado no mundo Status venda por 5 mil d lares E qual era o rel gio preferido de Emma Um G Force da Casio usado por jogadores de h quei fuzileiros navais norte americanos e profissionais humanit rios com dever de intervir Tinha mais coisa dentro da bolsa Um par de sapatos tamanho 35 O mesmo de Emma Ele sabia disso porque seus p s eram pequenos e ela sempre reclamava de como era dif cil achar sapatos que coubessem neles Uma caixa de balas de hortel Um estojo contendo um par de culos estilosos de arma o de tartaruga Jonathan correu as m os pelo interior da bolsa Sentiu algo firme e retangular guardado na later al Uma carteira sup s Por m ao mesmo tempo que abria o compartimento e retirava a carteira de crocodilo que estava l dentro uma coisa o incomodava A alian a Uma mulher casada n o tirava a alian a a n o ser no banho ou quando i
228. como para impedir a si pr pria de sair cor rendo Sirenes Duas pelo menos Ele ergueu a cabe a e nesse nico instante p de ver que estavam chegando perto que n o estavam muito distantes e que se aproximavam com grande velocid ade Varrendo a escrivaninha com o bra o recolheu todos os pap is e enfiou os dentro de uma pasta de couro ao lado do aparador V na frente falou Estou logo atr s de voc R pido J estou indo disse ele empurrando a para fora do quarto Saia pelos fundos Simone saiu correndo do escrit rio Jonathan ficou parado na soleira da porta As sirenes estavam logo do lado de fora Distinguiu vozes agitadas em meio ao murm rio incessante da chuva Em vez de ir embora correu at a escrivaninha de Blitz e abriu a gaveta de cima Olhou para a pistola pegou a e enfiou a no c s da cal a No hall deteve se por tempo suficiente para ver os carros de pol cia junto ao meio fio e polici ais correndo em dire o casa de armas em punho Um homem baixo e decidido de sobretudo preto conduzia os pelo caminho de cascalho Pol cia Onde estava a ambul ncia que ele havia chamado Perguntas Perguntas demais Jonathan atravessou a casa correndo e alcan ou Simone na porta dos fundos Agarrando lhe a m o puxou a pelo jardim Para onde a gente est indo perguntou ela esfor ando se para acompanhar o ritmo dele O carro est do outro lado Esque
229. convertida situada na beira de um mangue Dezenas de mulheres e cri an as est o deitadas na grama e na lama vermelha e crestada que cerca a feia constru o E bvio que muitas est o feridas algumas gravemente Seu sil ncio uma afronta A gente recebe um grupo assim a cada poucos dias diz Emma parando o jipe atr s do pr dio Ataques de morteiro Felizmente a maioria dos ferimentos superficial Jonathan v um menino com um estilha o de bomba do tamanho de um punho fechado es petado em seu tornozelo Superficial quer dizer que ele n o vai morrer de hemorragia Um homem baixo e barbudo de olhos injetados cumprimenta Ransom calorosamente o Dr Delacroix de Lyon Que bom que o avi o chegou na hora diz ele limpando as m os em uma camiseta toda suja de sangue A menina na sala de cirurgia 2 toda sua Ela cortou a m o direita Cortou Sabe como Delacroix faz um gesto como uma guilhotina caindo Com uma machadinha Onde que desinfeto as m os pergunta Jonathan Desinfetar O Dr Delacroix troca um olhar cansado com Emma Pode lavar as m os no banheiro Vai encontrar umas luvas l tamb m E bom guardar A gente tenta usar cada par pelo menos tr s vezes 44 Depois Jonathan sai para o quintal de terra rida do lado de fora do hospital de campanha usado como varanda recep o e rea de triagem A meia noite o ar est mido de ca
230. costas tinha a cabe a enterrada entre as pernas de uma mulher E bem verdade que n o se via seu rosto mas o grande anel de ouro gravado com o bras o de sua fam lia que ele usava na m o direita estava claramente vis vel Aquilo garantira a divers o dos policiais da unidade de infiltrados durante muitos meses N o exatamente uma vis o inspiradora para os acionistas n o Imagino que os tabl ides iriam adorar p r as m os nessas fotos Se eu quisesse poderia forrar muito bem o ninho da minha aposentadoria Quanto voc acha que eles pagariam Cem mil Duzentos Tingeli jogou as fotos em cima de uma mesa de centro Seu escroto N o tenha d vida de que farei isso Tingeli levantou se Amanh de manh voc vai ter os nomes Mas quero essas fotos Fechado Von Daniken foi sozinho at a porta da frente Lembre que eu sempre posso conseguir outras 58 ALPHONS MARTI ENFIOU A CABE A pela porta da sala vazia de Von Daniken As luzes do teto estavam apagadas Uma nica lumin ria de mesa estava acesa lan ando um halo sobre os pap is que cobriam a escrivan inha Eram 8 da noite e ele fora se informar sobre o progresso feito durante o dia Desceu o corredor at encontrar uma sala ainda ocupada Com licen a disse depois de bater na porta Estou procurando o Sr Von Daniken Um homem atarracado e careca levantou se da cadeira com um pulo Hardenberg senhor Infelizmente o i
231. crot rio e ele con seguiu confirmar que os cad veres dentro do jipe tinham sido seus h spedes Reconheceu a camisa do homem Segundo ele era Gaye Mas nunca ficou provado Ficou sim A fam lia pediu um teste de DNA Levou tr s meses mas o gerente do hotel es tava certo Era mesmo Gaye Voc est dizendo que foi Lammers quem fez o pedido da segunda via do passaporte N o sei me diga voc Lammers tinha 1 80 metro de altura pesava 85 quilos tinha cabelos claros quase grisalhos e olhos azuis Von Daniken formou uma imagem mental do cad ver prostrado na neve Mais ou menos isso Sabe o que eu estou pensando Marcus Aquele servi o l no deserto aquilo tamb m foi profissional Um detalhe continuava incomodando Von Daniken Mas isso j faz um ano Com certeza voc s bloquearam o passaporte Claro que sim Imediatamente Ent o qual o problema Por que voc est me ligando de um telefone p blico Porque um m s depois algu m desbloqueou o passaporte Quem quis saber Von Daniken Houve alguns instantes de sil ncio Ao longe numa avenida movimentada de Bruxelas um caminh o buzinou Algu m de cima Marcus Bem l de cima 15 BABACAS ESP CE DE SALOPARDS A cada xingamento Simone Noiret dava um tapa no painel do carro Ele estava tentando matar voc Por qu N o sei retrucou Jonathan com uma voz distante A calefa o
232. cruzada pessoal contra a Divis o N o era um pedido que se pudesse recusar e de toda forma ela estava ansiosa por um novo desafio Todos os registros de seu trabalho para a CIA foram expurgados Uma lenda se criou na qual lhe foi atribu da a identidade de uma professora itinerante parte de um grupo de europeus desenraizados que corre de pa s em pa s ocupando vagas dispon veis em alguma escola americana O trabalho de seu marido no Banco Mundial funcionava como disfarce natural Simone chegou a Beirute um m s antes de Emma Para que ficassem amigas ajudou Emma a arranjar uma sede para a miss o da M dicos Sem Fronteiras que lhe servia de disfarce A amizade aconteceu naturalmente Afinal as duas tinham muita coisa em comum Eram por assim dizer farinha do mesmo saco N o demorou muito para que come assem a se falar diariamente Durante todo esse tempo Simone observou Um a um foi identificando os membros da rede de Emma embora n o a tempo de evitar o bombardeio ao hospital que tirara a vida de um inspetor de pol cia liban s envolvido na investiga o do assassinato do ex primeiro minis tro Em Genebra Simone continuou seu trabalho mas fazia apenas um m s que identificara Theo Lammers como membro da nova rede de Emma Dessa vez Lafever n o hesitou em agir Ela sempre havia imaginado que em algum momento assassinatos poderiam vir a fazer parte daquele trabalho Em suas miss es an teriores geralmente faziam Simo
233. culo e deu partida no motor Simone aterrissou no banco do carona e bateu a porta com um olhar febril Menos de um segundo depois o vidro traseiro explodiu fazendo chover cacos de vidro nas suas costas e no pesco o Simone gritou Jonathan engatou a r do carro e pisou fundo no acelerador O autom vel atingiu o atirador e ouviu se uma pancada forte quando ele caiu na cal ada Jonathan deu uma freada forte e engatou a primeira com f ria Soltou a embreagem depressa demais e o carro deu um pinote antes de sair desabalado pela rua Um minuto depois j estavam fora da cidade a 180 quil metros por hora pela auto estrada 14 MARCUS VON DANIKEN ESTAVA em p debaixo do toldo do Caf Sterngold na Bellevueplatz com um ce lular colado ao ouvido Oi Frank disse falando alto para abafar as vozes dos clientes sua volta Conseguiu alguma coisa sobre o passaporte Uma da tarde Um vento insidioso assobiava por cima do lago arrancando pedacinhos de espuma das crestas bran cas fazendo os rodopiar pelo ar e arremessando os contra o rosto de Von Daniken Pergunta interessante respondeu Frank Vincent da Pol cia Federal Belga Me diga uma coisa Marcus voc n o se esqueceu de mencionar nada sobre o tal Lammers Quer dizer nenhum v nculo com a gente Que tipo de v nculo quis saber Von Daniken Com o nosso pa s Com a B lgica N o Lammers trabalhou em Bruxelas durante um ou dois a
234. da faltava descobrir como a pol cia soube que a bagagem estava em Landquart e mais importante ainda pelo menos para Jonathan por que Emma recebeu tamanha quantia de dinheiro vivo Uma brisa sacudiu os galhos derrubando no ch o alguns flocos de neve Tremendo ele vestiu o su ter por cima da cabe a O pul ver de cashmere ficou apertado no peito e nos ombros As mangas sequer chegavam a seus pulsos Era o su ter de outro homem 16 J VIU ISTO AQUI perguntou o ministro da Justi a Alphons Marti quando Von Daniken entrou em sua sala NZZ Tribune de Gen ve Tages Anzeiger Ele recolheu os recados telef nicos e amassou os na palma da m o Todos os jornais do pa s querem saber o que aconteceu no aeroporto ontem Von Daniken tirou o sobretudo e dobrou o por cima do bra o O que o senhor disse a eles Marti jogou a bola de papel no lixo Nada a declarar O que voc acha que eu disse a eles A sala no quarto andar da Bundeshaus poderia ser descrita como suntuosa Tetos altos decorados com folha de ouro e uma pintura em trompe oeil mostrando Cristo subindo aos c us tapetes orientais enfeitando um piso de t buas enceradas e uma escrivaninha de mogno grande como o altar da igreja de S o Pedro Um crucifixo de madeira gasto pendurado na parede mostrava que Marti era na verdade apenas um homem simples Ent o come ou Marti Quando eles decolaram O avi o partiu hoje assim qu
235. da o identificava como Parvez Jinn ministro iraniano da Tecnologia e informava que ele faria um pronunciamento no F rum Econ mico Mundial em Davos na noite de sexta feira no qual detalharia as inten es nucleares de seu pa s Parvez Jinn Jonathan n o deixou passar aquelas iniciais Havia encontrado P J Ent o a cabine tornou a ficar escura A lanterna passou ao carro seguinte Imaginou se aquilo fora uma inspe o de rotina ou teria sido ele o alvo Deu partida no motor e saiu da vaga Iria voltar para as montanhas Iria para Davos 57 TOBIAS TINGELI MORAVA EM uma imponente mans o vitoriana bem no alto de Zurichberg perto do Hotel Dolder Grand A estrutura de pedra de quatro andares tinha pertencido a seu pai e antes disso ao pai de seu pai re montando a 1870 quando o primeiro Tobias Tingeli fizera fortuna financiando o c iser Guilherme I em sua guerra contra Napole o III As rela es entre a Alemanha e o banco particular haviam se mantido estreitas ao longo dos anos Durante a Se gunda Guerra Mundial o Banco Tingeli servira de porto seguro n o apenas para os nacional socialistas que ne gociaram a maioria de suas vendas de ouro pela institui o mas tamb m para os americanos brit nicos e russos cujos servi os de espionagem consideravam no igualmente prestativo Desde ent o o banco se contentara com uma clientela particular mas os boatos sobre atividades question veis nunca cessaram por completo P
236. dade tornaria o lugar inabit vel durante anos Falando em termos claros a popula o n o teria para onde ir a n o ser para fora do pa s Uma nova di spora Nenhum de seus chefes de se o respondeu Tenho uma reuni o com o primeiro ministro daqui a uma hora continuou Hirsch Gostaria de poder mostrar que n o fomos pegos de cal as curtas Imagino que ele v estar interessado em uma s pergunta Eles v o nos atacar Converg ncia franziu os l bios O presidente iraniano acredita no fim dos tempos apocal pticos pregado pelo Alcor o Con sidera que miss o pessoal sua apressar a chegada do d cimo segundo im conhecido como Mahdi descendente leg timo do profeta Maom Est escrito que a sua volta ser precedida por um confronto entre as for as do bem e do mal que ir prenunciar um per odo prolongado de guerra turbul ncia pol tica e carnificina Ao final desse per odo o Mahdi guiar o mundo para uma era de paz universal Antes por m precisa destruir Israel Maravilha disse Hirsch Lembre me de n o pedir boas not cias a voc no futuro Tem mais As medidas do presidente para assumir o controle de todos os n veis de poder do pa s tiveram um sucesso incr vel Ele demitiu centenas de l deres iranianos que n o compartil havam das suas cren as nas reas de educa o medicina e diplomacia e substituiu os por cor religion rios da Guarda Republicana Pior ainda fez um ali
237. de Simone a Arosa suas s plicas para que ele sa sse do pa s sua relut ncia em ir atr s da pessoa que envi ara as malas para Emma sua frustra o quando ele tentara salvar a vida de Blitz Tudo isso tinha sido para despist lo Quando ele n o dera ouvidos aos seus avisos ela o havia entregue aos carrascos Ele arrancou do pesco o a medalha de S o Crist v o Aquilo devia ser algum tipo de sinalizador N o havia outra forma de explicar como o assassino conseguira segui lo at Davos No entanto a medalha n o explicava o fato de ele ter conseguido uma credencial para entrar na zona verde Assim como Emma Simone tinha aliados A claridade do sol entrava pelas frestas do porta malas Com a ajuda da luz do mostrador do rel gio Jonathan encontrou a fechadura escondida atr s de um compartimento de fibra de vidro Usando as chaves de Emma cavu cou a fibra abrindo uma fenda depois um buraco Quando o buraco ficou grande o suficiente enfiou um dedo e come ou a arrebentar o compartimento Por fim conseguiu alcan ar a fechadura Entendia de carros e tinha certeza de que havia um bot o que podia pres sionar para soltar o trinco N o tinha tanta certeza do que faria depois de abrir o porta malas Pular de um carro a 150 quil metros por hora n o seria mais sensato do que esperar um assassino profissional disparar uma bala em seu cr nio queima roupa Correu os dedos pelo trinco em forma de anzol posicionou o polegar na lateral e
238. de for a e esvaziou o pente inteiro nela Nada aconteceu Cambaleou e com a mente confusa decidiu que aquela situa o era absurda Pela primeira vez em 37 anos dis parava sua arma e fazia o contra uma caixa de metal gigante Deixou se cair no ch o A neve a seus p s estava vermelha Tentou mexer o bra o esquerdo mas o membro estava gelado e sem nenhuma sensa o De repente descobriu se fascinado pela neve Agua pensou N o precisava de uma arma para aquele servi o Estendeu as duas m os na dire o da caixa agarrou um punhado de fios e soltou os com um pux o Uma profus o de centelhas faiscou at o ch o Um dos fios em especial emitia uma fa sca azul regular pulsante Pegou um punhado de neve com a m o intacta e jogou a dentro da caixa de for a O fio chiou depois continuou a faiscar Ele n o sabia o que esperar mas com certeza n o era aquilo Tateou dentro da caixa at suas m os encontrarem um feixe mais grosso um tubo do di metro de um cassetete da pol cia Deu v rios pux es nele Por fim conseguiu solt lo expondo uma cascata de fios de cobre espetados Enquanto encarava os fios pensou no avi o teleguiado e na aeronave que vinha de Israel Sabia que o avi o de passageiros n o tinha como escapar do teleguiado da mesma forma que um homem por mais apavorado que estivesse era incapaz de nadar mais depressa do que um tubar o Ent o pensou em Philip Palumbo deitado l no escuro crivado de
239. desprendeu e a greta se es cancarou sua frente De bru os com as botas dependuradas na beirada foi se arrastando para tr s at a neve desabar sob seu peito Mergulhou no breu batendo em uma parede de gelo antes de a corda se retesar e segur lo Entrei Chutando a parede para ganhar espa o deixou a corda correr por entre seus dedos e caiu mais fundo dentro do buraco A lanterna revelou uma paisagem primitiva e selvagem um pal cio eterno de uma rainha do gelo Era uma ilus o Gretas como aquela estavam em constante muta o alargando se estreitando se merc das for as em constante movimento das cama das de rocha subjacentes Dez metros mais abaixo viu uma mancha preto e branca sobre um parapeito de gelo bem pr x imo Era o gorro de Emma Como um p ndulo Jonathan se balan ou para a frente e para tr s chutando a parede de gelo para ganhar impulso Na terceira vez inclinou o corpo quase na ho rizontal esticou o bra o e o pegou Com o gorro na m o endireitou se e mirou a lanterna no parapeito A neve ali estava remexida e tingida de sangue Dessa vez n o era uma trilha mas uma mancha quase do tamanho de um mel o N o podia mais mentir para si mesmo sobre o que havia acontecido Emma tinha tentado descer a montanha a p Seu movimento fizera o osso partido romper a art ria femoral Essa art ria era a principal passagem do sangue bombeado pelo cora o para os membros inferiores pernas e p s Como cir
240. di atamente ao Servi o de Intelig ncia Sueco O relat rio era exato embora incompleto Walid Gassan havia passado pela Su a em janeiro Trabalhando a partir de uma dica de um de seus informantes na Grande Mesquita de Genebra Von Daniken mandara uma equipe para localiz lo e prend lo Embora ele n o fosse procurado na Su a o mandado de bandeira ver melha emitido pela Interpol autorizava Von Daniken a det lo Mas a sorte acabou revelando estar do lado do terrorista que cruzou a fronteira antes de Von Daniken conseguir fazer mais do que simplesmente emitir um alerta sobre o seu paradeiro Pensou na unha que havia encon trado dentro do avi o Talvez os seus relatos sobre a movimenta o de Gassan tivessem surtido efeito Mas n o sabia se o terrorista havia sido raptado nas ruas de Estocolmo ou em outra cid ade europ ia Deixaria para Philip Palumbo chefe da Unidade de Remo o Especial da CIA a tarefa de informar aos suecos seu atual paradeiro se e quando julgasse oportuno Von Daniken desceu de escada para o segundo andar seguindo por um corredor frio com ch o de carpete cinza at a ltima porta direita KILA 2 8 dizia a plaquinha da sala KILA era a Unidade de Coordena o de Documentos de Identifica o Sua tarefa era manter uma cole o de documentos de identifica o de cada pa s do mundo Em algum lugar de seus volumosos arquivos havia pelo menos um exemplar de cada passaporte carteira de mot
241. diatamente Uma en trevista com Palumbo n o seria uma prioridade Em determinado momento por m o esquadr o de investiga o criminal stica e forense do De partamento de Pol cia da Virg nia descobriria vest gios dos miolos de Lafever no quintal dos fundos e concluiria que o corpo fora movido Nesse ponto as coisas iriam ficar inteiramente descontroladas Trinta e seis horas eram o m ximo Palumbo tirou de dentro da caixa um segundo envelope grande Era consideravelmente mais pesado do que o primeiro Abriu o e despejou o conte do sobre a mesa Fazia tr s anos que nin gu m tocava na Walther PPK Verificou o pente e a trava e ficou satisfeito em ver que estavam em perfeitas condi es O envelope continha tamb m um silenciador mas ele n o achava que fosse precisar dele naquele dia Fechou a caixa trancou a e chamou o banqueiro Cinco minutos depois estava novamente na rua J passava das 2 da tarde hor rio local quando atravessou a Limmatbrucke e entrou no movi mentado bairro de Seefeld Seu destino era um pr dio comercial sem maiores atrativos a um quarteir o do lago Soldados de uniforme de combate verde oliva e coletes prova de balas portando a t pica metralhadora M16A1 do Ex rcito norte americano patrulhavam a rua em frente ao n mero 47 da Dufourstrasse sede do consulado dos Estados Unidos Dois policiais da cidade uniformizados lhes faziam companhia Tr s Mercedes sed pretos ocupavam a cal ada em
242. dig cinza e culos de lentes bifocais pendurados em uma corrente em volta do pesco o veio abrir a porta Voc chegou Phil disse o almirante James Lafever vice diretor de Opera es da Ag ncia Central de Intelig n cia O assunto meio urgente pelo que entendi Palumbo entrou Obrigado por me receber assim de ltima hora N o tem problema nenhum Lafever foi andando na frente at chegar a um hall espa oso Ele morava sozinho Aceita um caf Palumbo recusou Lafever entrou na cozinha e serviu se uma caneca de caf fumegante Ouvi dizer que voc conseguiu arrancar do Walid Gassan informa es importantes que ajudaram a evitar um ataque Ele sabe pensou Palumbo Algu m o avisou Na verdade foi por isso que vim aqui Lafever p s a car no caf depois gesticulou para Palumbo prosseguir Quando estava voltando da S ria recebi um telefonema de Marcus Von Daniken chefe do servi o su o de contra intelig ncia Ele estava investigando o assassinato em Zurique de um homem chamado Theo Lammers cidad o holand s que levou um tiro na porta de casa Foi um servi o de profissional Limpo Sem testemunhas Lammers tinha uma empresa que projetava e fabricava sistemas de rastreamento sofisticados Por debaixo dos panos ele fazia avi es teleguiados Ve culos a reos n o tripulados Pequenos grandes de todo tipo Von Daniken estava investigando isso quando
243. dizemos recursos humanos O engenheiro lhe deu o nome e Jonathan demorou se abrindo a caneta e fazendo um floreio exagerado com o pulso Com o mesmo tipo de encena o elaborada largou a caneta de modo a faz la cair do outro lado dos p s do homem Como esperava o engenheiro desceu do banco para procur la Assim que a sua cabe a desapareceu sob o bar Jonathan ergueu a m o esquerda por cima da cerveja e despejou o conte do de cinco c psulas de Halcion dentro da caneca Instantes depois o sujeito reapare ceu e Jonathan ergueu seu copo Danke Mais um brinde Dali a 10 minutos a caneca j estava mais seca do que o deserto de Gobi e o prato do homem mais limpo do que lou a de festa O engenheiro pescou da cestinha o ltimo peda o de p o e devorou o em duas bocadas Ansioso Jonathan imaginou se a enorme quantidade de comida em sua barriga poderia retardar o efeito do rem dio A essa altura o engenheiro j falava sem parar sobre seu trabalho discorrendo sobre ex porta es para a frica e para o Oriente M dio sobre toda a burocracia que elas exigiam autoriza es licen as Jonathan olhou discretamente para o rel gio no pulso O rem dio j deveria ter surtido efeito O lcool multiplicava o efeito do Halcion Vinte e cinco miligramas bastavam para derrubar um elefante As pupilas do homem estavam dilatadas mas a sua dic o n o dava sinais de estar comprometida Desviou os olhos para a barriga do sujeito
244. do Por favor disse o sujeito gesticulando rapidamente com sua pistola Voc n o precisa disso que est segurando Jonathan largou a chave de roda e saiu do carro Estavam estacionados em um patamar a alguns metros do topo da montanha A vista era deslumbrante um panorama de imensos p eres de granito em todas as dire es Imagino que seja tarde demais para dizer que eu quero sair do pa s De repente Jonathan sentiu a garganta seca Ele precisava beber gua Eu tentei lhe avisar para ir embora disse Simone Por que voc n o me disse que trabalhava com Emma Isso teria bastado Eu n o trabalhava com ela Na verdade estou t o interessada quanto voc em descobrir o que ela estava fazendo Ent o para quem voc trabalha Simone s fez encar lo Ele deu um passo em dire o borda do patamar e viu um pared o de rocha muito ngreme Calculou que fosse uma queda de mil metros at o ch o do vale Simone esticou a m o Preciso de todas as informa es que Parvez Jinn lhe deu Ele n o me deu nada disse Jonathan Voc veio at aqui encontrar Jinn e nem perguntou a ele o que tinha contrabandeado para fora do Ir Achei que ele fosse praticamente jogar no seu colo Fui encontrar Jinn para perguntar se ele sabia para quem Emma estava trabalhando e para ver se talvez minha mulher tivesse dito a ele o seu nome verdadeiro N o foi n o Voc veio
245. do pr pria sorte com uma pena variando entre 20 anos e pris o perp tua S havia uma forma de escapar Jonathan precisava sair da cidade Precisava entregar o flash drive para as nicas pessoas que saberiam o que fazer com ele Engatando a marcha a r come ou a recuar esquivando se da fileira de carros parados Depois de 20 metros freou p s a alavanca na posi o drive girou as rodas e acelerou por uma rua lateral Instantes depois sirenes come aram a soar P de ver v rios soldados se ajoelhando na rua de tr s com as metralhadoras apoiadas no ombro Era um tiro f cil 30 metros de dist ncia sem obst culos frente reto como uma flecha Mas ningu m disparou N o havia necessidade A cidade estava toda cercada Jonathan pressionou o acelerador e o Mercedes subiu a toda a ladeira acentuada Virou esquerda no alto da en costa Seguiu em paralelo Promenade passando por chal s e apartamentos Era apenas uma quest o de tempo para fazerem no parar Ainda assim o que precisava era justamente de tempo Tempo para pensar Planejar Con spirar Ele agora era um deles Um membro da equipe de Emma Um profissional Pare gritou Jinn Vai matar n s dois Jonathan olhou para ele com o rabo do olho N o com voc que estou preocupado Um carro de pol cia entrou na rua atr s deles e manteve dist ncia contentando se em fechar um dos lados da armadilha Jonathan virou na esquina seguinte A via se
246. do Abu Omar o cl rigo mu ulmano radical capturado nas ruas de Mil o em fevereiro de 2003 da It lia Alemanha e finalmente at o Egito onde ele seria interrogado por seus conterr neos Transportara tamb m um cidad o alem o de descend ncia libanesa chamado Khaled El Masri capturado na Maced nia at a pris o da Mina de Sal na base da For a A rea norte americana de Bagram pr xima a Cabul no Afeganist o onde acabou se descobrindo que ele na verdade n o era o mesmo Khaled El Masri procurado por envolvimento em atividades terroristas Um sucesso Um fracasso E essa a propor o ultimamente pensou Von Daniken O importante continuar na mesa e seguir jogando A aeronave bateu com for a no asfalto da pista Os pneus fizeram esguichar gelo e gua O motor rugiu enquanto os reversores eram acionados Idiotas arrogantes disse um homem magro quase esquel tico de cabelos ruivos longos com culos redondos de professor Mal posso esperar para ver a cara deles J hora de ensinarmos uma li o a esses sujeitos Seu nome era Alphons Marti ministro da Justi a su o Marti havia representado a Su a como maratonista nos Jogos Ol mpicos de Seul em 1988 Fora o ltimo corredor a chegar ao est dio com as pernas bambas por causa do calor cambaleando e trope ando como um b bado que passou tr s dias de porre A equipe do atendimento de emerg ncia tentara det lo mas ele de alguma forma
247. do L bano Eu conhe o voc Hoffmann n o disse nada mas seu rosto cobriu se repentinamente de pontinhos vermelho vivos Jonathan continuou O seu nome McKenna Divis o Pessoal da Rainha operando junto com a for a de paz da ONU no Kosovo Major n o Hoffmann deu uma risadinha sarc stica como se tivesse sido desmascarado em alguma brin cadeira Tornou a endireitar a cadeira com a express o de surpresa patente no rosto e quando falou o alem o r gido de berlinense havia desaparecido e sido substitu do por um sotaque afetado do bairro chique londrino de Belgravia Demorou bastante hein Jonny Tem raz o Foi no Kosovo Na noite de ano novo se n o me engano A gente tomou umas e outras nessa noite Voc eu e Em Eu engordei um pouco desde essa poca mas quem n o engordou Tirando voc claro Apesar de tudo est em excelente forma Era ele Era McKenna Quase 20 quilos mais gordo com alguns cabelos a menos e um bigode de vassourinha a mais mas era ele mesmo O mesmo tique nos olhos A mania irritante de cham lo de Jonny Jonathan sentiu um forte latejamento fazer press o em suas t mporas Kosovo A festa de ano novo no alojamento dos brit nicos O major John McKenna vestido com seu kilt escoc s marchando com sua gaita de foles e tocando Auld Lang Syne quando soou meia noite Ent o lembrou se da ltima parte O motivo que o fizera demorar tanto para reconhecer McKenna
248. do extrato de seu Eurocard do m s de dezem bro escorregara para tr s do aparador do escrit rio O cart o trazia um hist rico de cr dito junto com refer ncias banc rias e algum tipo de n mero de identifica o nacional Quanto a Ransom ainda pairavam d vidas O Departamento de Imigra o acabara de fornecer as informa es que tinha sobre ele Naquele exato momento o passaporte de Ransom e seu n mero de previd ncia social nos Estados Unidos estavam sendo verificados pela Interpol e en caminhados ao Sistema Nacional de Informa es sobre Crimes do FBI Kurt Myer cuidaria da comunica o Come ara a trabalhar desde que chegara de Ascona A Swisscom vai mandar uma lista de todas as liga es feitas da casa de Blitz nos ltimos seis meses informou J conseguimos a lista de Lammers para o mesmo per odo Primeiro va mos cruzar as duas e ver se os dois t m algum amigo em comum Depois desceremos um n vel e daremos uma olhada nas liga es feitas por e para seus correspondentes Devemos receber os primeiros relat rios l pelas 7 horas da manh timo disse Von Daniken Cinco anos antes ele tivera um papel importante na aprova o de uma lei exigindo que as companhias telef nicas mantivessem um registro de seis meses de todos os n meros cadastrados Depois de cruzar as duas listas separe as liga es para celu lares e veja se d para encontrar algum nome parecido Se estiverem usando chips d
249. do no nariz do avi o Depois de soltar o trem de pouso a primeira equipe instalou a fuselagem no ch o Os respons veis pela montagem das asas prenderam as se es umas s outras depois fixaram cada uma delas fuselagem com pinh es de tung st nio Enquanto isso o piloto veio arrastando uma maca pelo ch o envolvendo uma nacela met lica em forma de gota do tamanho de um mel o grande pesando 30 quilos A nacela continha uma potente carga de explosivos O desenho da pe a era parecido com o da ogiva usada para os m sseis Sidewinder Na verdade o projeto era assinado pela Raytheon fornecedora da rea de defesa respons vel pelos m sseis ar ar criados mais de 30 anos antes Pouca coisa mudara desde ent o Somente os explosivos haviam se tornado mais poderosos A nacela era formada por um corpo uma carga de 20 quilos de explosivos pl sticos Semtex um detonador e 500 part culas de fragmenta o feitas de tit nio Quando o sensor de proximidade detectasse o alvo nesse caso um avi o de carreira transportando passageiros ativaria um mecanismo de fus vel que causaria a igni o das particu las explosivas ao redor do Semtex Essas part culas por sua vez provocariam a igni o dos 20 quilos de explosivo de alta pot ncia fazendo o liberar uma imensa quantidade de g s quente em um intervalo de tempo muito curto A for a da expans o do g s faria as part culas de tit nio explodirem para fora fragmentando as em centenas
250. do os t quetes de bagagem Tudo virou uma loucura depois que peguei as malas Depois que matei os policiais tive que continuar Era o nico jeito de me inocentar Simone tentou me convencer a sair do pa s mas quando vi o que havia dentro das malas n o consegui fugir Eu precisava saber Que diazinho para o trem deixar de entregar a correspond ncia disse ela com um meneio de cabe a casual Acho que estava errada pensando que voc iria para as montanhas Vou perdoar voc disse ele Desta vez Isso a fez rir mas foi um riso for ado superficial Ent o disse ele Sua vez Vou facilitar as coisas para voc Pode come ar com a montanha O que foi exatamente que eu vi Uma sombra cobriu os tra os de Emma Sua mudan a de humor foi como uma queda acentuada de temperatura O seu casaco de patrulheiro claro Uma peruca Uma cal a de esqui Sangue cenogr fico Como foi que voc conseguiu descer a greta sozinha Era perigoso demais Eu n o desci Como assim n o desceu indagou ele r spido Eu entrei andando por baixo Voc me mostrou o caminho uma vez no ver o seguinte ao nosso casamento Jonathan fechou os olhos e tudo lhe voltou mem ria Tinham ido passar o fim de semana em Davos para fazer caminhadas e ficaram uma tarde inteira explorando o labirinto de cavernas e corredores que existia dentro da geleira Mas essas cavernas s ficam acess veis du
251. do pelas autoridades su as praticamente implorava para ser falsificado Um estilete e um pouco de solvente deram conta de descolar a foto grafia de Emma do papel Uma segunda foto de passaporte foi colada em seu lugar Ele tomara cuidado para mudar ligeiramente a pr pria apar ncia Em vez do terno e gravata ficou de jaqueta com o colarinho abotoado at em cima e os cabelos despenteados Embora tiradas a poucos instantes de intervalo as duas pareciam ser de dias difer entes Ali tamb m mudou o nome de Eva para Evan A altura de Emma estava especificada como 1 68 metro Ele mudou para 1 88 metro Na verdade era quatro cent metros mais baixo Da mesma forma aumentou o peso de 50 para 80 quilos Sabia muito bem que nem a carteira de motorista nem a credencial do F rum resistiriam a uma verifica o mais minuciosa Caso fossem examinadas com rigor logo revelariam seus segredos e seriam desmascaradas como fraudes Mas a sua carta na manga era a documenta o do Mer cedes emitida em nome de Parvez Jinn do Teer que lhe dava a legitimidade que um simples documento de identidade n o chegava nem perto de proporcionar At agora ningu m podia saber que ele tinha os detalhes do encontro planejado de Eva Kruger com Parvez Jinn Jonathan tamb m sabia que n o haveria um segundo Mercedes entregue a Jinn Portanto embora Falc o pudesse tomar provid ncias para o substituto de Emma bus car sua credencial no Posto de Seguran a 1 ele
252. do precip cio e abriu os olhos Ainda n o disse a si mesmo N o estava pronto para ir para o outro lado Com uma das m os segurou a faca Com a outra um curativo de gaze embebido em lcool Com a ponta dos dedos localizou o pedacinho de chumbo e posicionou a l mina acima dele Esperou a m o parar de tremer e ent o fez um corte certeiro e r pido liberando o metal O curativo ardeu terrivelmente Em seguida for ou se a beber um ch sentado na cama Ficou assim por tr s horas lutando com o veneno Por fim os espasmos cessaram O suor diminuiu e a respira o voltou ao normal Tinha ganhado a batalha Iria viver mas a vit ria o deixara enfraquecido tanto mental quanto fisicamente Embora exausto n o podia se permitir dormir Tomou uma chuveirada para limpar o sangue do corpo Secou se e ent o montou seu altar no peitoril da janela Este consistia em alguns gravetos de figueira um torr o de solo do terreno pr ximo a sua casa e gotas d gua da nascente sagrada do rio Lempa Rezou para Hanhau deus do mundo subterr neo e para Cacoch o criador Pediu que lhe fosse concedido encontrar e matar o homem que escapara da morte mais cedo naquela noite Ao terminar salpicou a gua em volta do p da cama para proteger se dos maus esp ritos Somente ent o o Fantasma se deitou entre os len is Durante o sono uma voz lhe avisou que ele nunca mais veria seu lar Disse lhe que n o iria matar o americano mas que Ransom ir
253. dom nio decente do que chamava de franc s de col gio era uma imbecil confessa quando se tratava de l nguas que n o fossem o ingl s da rainha Jonathan teclou estrela Queria falar com Barbara Hug Queria perguntar se aquele era o seu nome de verdade ou se ela o usava apenas para transa es envolvendo c lios falsos e roupas de baixo sensuais sem falar em envelopes abarrotados de dinheiro vivo Instantes depois por m a caixa de voz de Fr ulein Hug repetiu um curto recado e ele desligou Tornou a discar o n mero na mesma hora Quando a telefonista atendeu tornou a dar o nome Schmid Agora ele tamb m tinha um pseud nimo Eu gostaria de falar com o superior da Sra Kruger disse lembrando se da alian a com a data de casamento gravada E uma emerg ncia Infelizmente ele est ocupado no momento Claro que est zombou Jonathan Perd o senhor Jonathan havia achado o envelope com as fotografias de passaporte de Emma e de um homem chamado Hoffmann Quero falar com o sr Hoffmann Um instante por favor Uma voz masculina atendeu Sr Schmid Aqui Hannes Hoffmann A Sra Kruger est fora do pa s Sobre o que desejava falar com ela Sobre o Thor Sil ncio Obviamente Jonathan tamb m n o tinha a senha para passar por Hoffmann Ent o surpreendentemente Hoffmann disse Sim o que tem o Thor Acho que voc s v o ter um problema para finalizar
254. dor se abriu e o funcion rio conduziu Blake at um cofre que ocupava todo o p direito do recinto cuja porta aberta era vigiada por dois guardas armados Blake foi levado at uma salinha reservada onde entregou sua chave ao funcion rio Um minuto depois o sujeito voltou trazendo uma caixa grande Mande me chamar quando tiver terminado Blake fechou a porta Embora n o fosse necess rio trancou a em seguida tirou os culos escuros e sentou se Cuidado nunca demais pensou Philip Palumbo enquanto abria a caixa forte Retirou l de dentro um envelope pardo contendo passaportes brasileiros v lidos para ele e cada membro de sua fam lia identificada pelo sobrenome Pereira Na caixa havia tamb m ma os de francos su os d lares norte americanos e euros totalizando 100 mil d lares O montante fora ganho de forma leg tima e devidamente tributado Era seu dinheiro para fugir Um homem na sua profiss o fazia inimigos importantes Um dia tinha certeza esses inimigos viriam atr s dele E quando viessem estaria preparado Pegou um ma o de 10 mil d lares Podia pegar o dinheiro e sumir Tinha esconderijos em cinco lugares diferentes pelo mundo afora onde podia desapare cer Eles levariam anos para encontr lo Tornou a p r o dinheiro dentro da caixa N o fora feito para fugir Pelos seus c lculos tinha 36 horas para cumprir sua miss o e voltar para casa Dali a uma hora aproximadamente s 7 da noite hor
255. e Austen tentou pegar a pistola Palumbo lhe deu uma cotovelada no rosto tornando a jog lo no banco Em seguida ergueu a arma Quando o fez algu m segurou sua gola e puxou o para tr s Ele disparou A bala explodiu a janela do carona Um punho golpeou sua t mpora e ele largou a pistola A porta foi aberta e ele sentiu quando foi arrastado do carro para o ch o do lado de fora N o pode terminar desse jeito pensou chutando e se debatendo O avi o algu m precisa avisar Ent o uma bota o atingiu na cabe a e o mundo escureceu 77 O V O 8851 DA EL AL direto de Tel Aviv para Zurique decolou do Aeroporto Internacional Ben Gurion pontu almente s 16h12 hor rio local O piloto capit o Eli Zuckerman h 26 anos funcion rio da companhia e ex piloto de ca a com um hist rico de v o que somava sete mil horas no comando anunciou que o tempo de v o do Air bus A380 estava estimado em tr s horas e 55 minutos O tempo na rota estava previsto para ser calmo com pouca ou nenhuma turbul ncia O avi o sobrevoaria Chipre Atenas Maced nia e Viena antes de aterrissar em Zurique s 20h07 hor rio centro europeu Zuckerman f de hist ria nas horas vagas poderia ter acrescentado que esses importantes locais tinham sido palco de batalhas travadas por homens chamados Alexandre C sar Tamerl o e Napole o Batalhas que haviam determinado o curso da civiliza o por muitos s culos depois delas O v o noturno estava l
256. e a turbina foi consertada respondeu Von Daniken Em algum momento depois das 7 horas O piloto declarou que seu destino era Atenas Outro monte de merda que os americanos querem que a gente engula rindo Eu elegi como principal pol tica deste escrit rio a tarefa de acabar com a pr tica da rendi o extraordin ria em solo europeu Mais cedo ou mais tarde algu m vai falar com a imprensa e eu vou ficar com cara de bobo Marti sacudiu a cabe a contrariado O prisioneiro estava no avi o Tenho certeza O nix n o mente Usando 300 antenas conjugadas com controle de fase posicionadas bem no alto de uma encosta de montanha acima da cidade de Leuk no vale do R dano o nix era capaz de interceptar todas as comunica es civis e mil itares transmitidas entre um n mero equivalente de sat lites pr identificados em rbitas geoss ncronas Um pro grama de computador baseado em algoritmos vasculhava as transmiss es em busca de palavras chave que indi cassem informa es de valor imediato Algumas dessas palavras chave eram Federal Bureau of Investigation in telig ncia e prisioneiro s 4h55 da v spera o nix havia interceptado informa es valiosas Eu reli a transmiss o interceptada ontem noite continuou Marti Nomes itiner rio Est tudo l Ele em purrou uma pasta de papel pardo por cima da mesa Von Daniken a pegou e examinou o conte do A pasta continha c pia de um fax enviado pelo c
257. e alto a baixo Fora o Sr Palumbo n o tem mais nenhum passageiro a bordo Imposs vel Marti lan ou um olhar acusador para Von Daniken Temos provas de que o prisioneiro est a bordo E que provas s o essas perguntou Palumbo N o fa a joguinhos comigo disse Marti Sabemos quem o senhor e para quem trabalha Sabem mesmo Ent o eu acho que posso contar para os senhores Contar o qu perguntou Marti O cara que voc s est o procurando jogamos ele do avi o meia hora atr s naquelas suas imensas montanhas Ele disse que sempre tinha sonhado em ver os Alpes Os olhos de Marti se arregalaram N o Quem sabe foi isso que travou a turbina Ou isso ou um ganso Palumbo olhou pela janela balan ando a cabe a divertindo se Von Daniken puxou Marti de lado Parece que as nossas informa es estavam equivocadas Herr Justizminister N o h nenhum prisioneiro a bordo Marti devolveu seu olhar l vido de raiva Uma corrente el trica varou seu corpo fazendo es tremecer os ombros Com um meneio de cabe a para o passageiro ele desceu do avi o Um nico soldado de choque continuava na porta Von Daniken acenou para que descesse Es perou o soldado desaparecer escada abaixo para tornar a virar se para Palumbo Tenho certeza de que os nossos mec nicos v o conseguir consertar a sua turbina o quanto antes Caso o tempo continue ruim e o aeroporto f
258. e dizer se eram por causa da dor ou de alguma no o pervertida de sacrif cio Obrigado disse Austen Por qu Cristo teve sua prova o Ele perseverou e foi libertado Agora minha vez Cristo n o era assassino Ser que voc n o entende Todas as condi es foram profetizadas no Apocalipse Os is raelitas controlam Jerusal m O Senhor est pronto para voltar Voc n o pode fazer nada para impedir isso Nenhum de n s pode S podemos acelerar o processo Ele est delirando pensou Palumbo Que v o voc s v o atacar Sei que hoje noite Mas Austen n o estava mais escutando nada exceto a pr pria voz O Senhor falou comigo Ele me disse que eu sou o instrumento da Sua vontade Voc n o pode me deter Ele n o vai permitir Isso n o vontade de ningu m a n o ser a sua Do lado de fora uma porta bateu Dois homens apareceram no alto da escada que conduzia casa Palumbo levou a m o igni o mas a chave n o estava l Olhou para Austen que lhe retribuiu o olhar mais desafiador do que nunca Palumbo soube ent o que era o homem Era ele quem iria pilotar o avi o teleguiado Palumbo levou a arma t mpora de Austen N o posso permitir que voc mate toda aquela gente Uma sombra sua esquerda escondeu o sol O vidro se espatifou coalhando a cabine de cacos A m o de algu m se projetou para dentro e o agarrou Palumbo a empurrou para long
259. e do nada e passasse correndo por ele subindo a encosta A coluna de fuma a preta parecia um farol As equipes de seguran ase precipitavam na dire o da zona vermelha como se ela fosse um campo de batalha Ele passou por v rias casas por uma oficina de carros e por um ateli de eletricista Era dif cil caminhar de forma casual Metade de si desejava correr feito um louco e a outra metade queria rastejar para dentro de um por o encolher se e ficar escondida O pior era um desejo quase incontrol vel de olhar para tr s para ver se estava sendo seguido V rias vezes tivera certeza de que havia algu m atr s dele mas ao vasculhar a cal ada n o conseguira ver ningu m Atravessou a rua e desceu um caminho de pedestres ngreme que passava entre v rios chal s No p da ladeira o caminho se alargava A esquerda se erguia um est dio de h quei no gelo ao ar livre A direita uma rua que con duzia esta o de trem V rios carros de pol cia estavam estacionados junto aos trilhos Ele n o sairia de Davos de trem Pensou para onde deveria ir Quanto mais movimentada a estrada mais probabilidade de esbarrar com a pol cia Precisava de calma Precisava pensar Pulou uma cerca baixa que margeava uma cabana de madeira comprida de telhado baixo O cheiro forte de estrume emanava atrav s das paredes r sticas feitas de toras de madeira Es cutando o leve ru do das vacas no interior seguiu at os fundos Estacou abruptamente De
260. e esse avi o cair vou procurar o presidente com provas de quem fez isso e mostrar a ele a que ponto as coisas se descontro laram Posso mostrar tamb m que tentei impedir O presidente n o vai ter outra escolha a n o ser me dar apoio integral A Divis o vai ser fechada em um segundo Quando isso tudo termin ar aqueles babacas da Defesa v o ficar com a cara no ch o e a Ag ncia vai voltar a ditar as regras Palumbo n o tinha nada a dizer Estava paralisado at nito e triste Lafever chegou mais perto dele N o posso ter nenhum funcion rio meu chamando a aten o e abrindo o bico sobre o que pensa que descobriu Preciso da sua palavra de que n o vai dizer nada sobre isso tudo Mas senhor o avi o todos os passageiros Preciso da sua palavra Mas almirante Chega de mas disse Lafever um pre o pequeno a pagar para garantir que Austen n o tome nenhuma atitude ainda mais idiota Palumbo deu um suspiro Entendeu ent o como aquilo iria terminar Desculpe Simplesmente n o posso permitir isso Lafever olhou para ele como se fosse um pobre matuto idiota rec m chegado da fazenda Nem eu Em seguida ergueu o bra o apontando para o peito de Palumbo um rev lver compacto ban hado a n quel Era uma arma de segunda m o com o n mero de registro lixado e carregada com muni o que Lafever provavelmente pegara no dep sito da CIA As t cnicas dele seguiam risca o manu
261. e est dio que margeia a pista Bem de perto o ra t t de tiros de metral hadora pipoca no ar N o h com que se preocupar prometeram eles durante a orienta o Os combates s acontecem na zona rural Ele caminha na dire o do pr dio da imigra o e passa por dois cad veres inchados encostados na cerca M e e filha a julgar pelo modo como est o abra adas embora seja dif cil dizer por causa das moscas Ransom Um jipe militar surrado anda ao seu lado devagar Uma mulher jovem bronzeada com uma cabeleira ruiva revolta presa em um rabo de cavalo segura o imenso volante Ei voc grita ela para ser ouvida em meio ao rugido de um avi o que decola Voc o Dr Ransom Entre Vou resgat lo deste circo Jonathan joga a mala na traseira do jipe Achei que os combates fossem na zona rural diz ele Isto n o combate di logo N o tem lido os jornais Ela estende a m o Emma Rose Prazer Sim diz Jonathan O prazer meu Os dois passam pelas piores favelas que ele j viu um muro de pobreza de oito quil metros de extens o e 10 andares de altura A cidade termina abruptamente A zona rural come a t o tranquila e luxuriante quanto a cidade barulhenta e rida Primeira miss o n o pergunta ela Eles sempre mandam os novatos Por qu Emma n o diz nada Um sorriso de Mona Lisa sua resposta O hospital uma fossa
262. e estava em p dentro da cabine dando um serm o no piloto e dizendo que ele n o deveria voar naquelas condi es O piloto por m estava ocupado falando com uma aeromo a mais interessado em conseguir o telefone dela do que em prestar aten o ao alt metro defeituoso que o fazia voar 300 metros abaixo de onde deveria estar Ent o com a precis o impiedosa de todo sonho Von Daniken viu a filha e a mulher sentadas na parte de tr s do avi o quando este se espatifou contra a encosta da montanha Como sempre fazia sentou se ao lado delas e cobriu lhes delicadamente os olhos fechando suas p lpebras e guiando as para um sono profundo e sem dor Tinha certeza de que a cabe a da pequena St phanie estava recostada no ombro da m e s 19 horas 11 minutos e 18 segundos do dia 14 de novembro de 1990 o v o 404 da Alitalia chocou se de frente contra o Stadeberg 400 metros acima do n vel do mar a apenas 15 minutos do Aeroporto de Zurique A velocid ade na hora da colis o era de 400 n s Segundo os relat rios sobre o acidente quando o alarme de colis o em solo disparou o piloto teve menos de 10 segundos para evitar o choque com a montanha Von Daniken deu um pulo e sentou se na cama assustado antes ver o avi o explodir De novo n o disse para si mesmo com a respira o r pida e superficial Nenhum outro avi o cairia sob sua vigil ncia Ele n o iria permitir 44 SESSENTA QUIL METROS MAIS AO SUL na aldeia de
263. e explica o voc tem em mente Ela fez uma pausa pensando Eu n o quero dizer n o sei Jonathan baixou os olhos para o pr prio casaco e viu que havia nele uma mancha de sangue seco N o sabia se era seu ou de algum dos policiais De toda forma ver aquilo lhe causou n useas Ele se desvencilhou do casaco e jogou o em cima do cap do carro O frio o atingiu no mesmo instante Me d o su ter por favor Simone foi buscar o su ter de cashmere dentro do carro Tome Um envelope escorregou de dentro das dobras da roupa e caiu na neve Jonathan trocou olhares com Simone e em seguida o recolheu N o havia nada escrito no envelope mas era pesado Ele soube imediatamente o que continha Tinha o peso certo o formato certo Abriu o com um rasg o Dinheiro Muito dinheiro Em notas de 1 000 francos Rec m emitidas e firmes como papel manteiga Meu Deus disse Simone com os olhos esbugalhados Quanto tem a Cem disse ele depois de contar o bolo Cem o qu Cem mil francos su os Eu tenho recursos secretos dissera Emma Voc deve estar brincando Simone ria uma risada aguda hist rica a um mil metro da perda de controle total Agora a gente sabe disse Jonathan enfeiti ado pelo bolo de notas Sabe o qu perguntou Simone O que a pol cia queria com a bolsa Ele tornou a colocar as notas dentro do envelope e o enfiou no bolso Ain
264. e gasolina Sua for a o fizera pensar em um disparo de artilharia Algu m plantara uma bomba no carro Ele n o sabia o que a detonara nem por que a pol cia no posto de controle n o conseguira achar os explosivos Tudo que sabia era que a explos o havia feito o motor de um carro blindado ser lan ado para fora e torcera o cap at deix lo do formato de uma barraca de acampamento Voc est querendo dizer que sabe alguma coisa sobre isso perguntou Simone Eu estava no carro 30 segundos antes de ele explodir Escute Simone preciso da sua ajuda Paul veio de carro Veio mas Escute um instante Se n o puder fazer o que estou pedindo eu vou entender Jonathan se for ou a falar devagar Preciso que voc me tire da cidade Preciso de uma carona at Zurique Se voc sair agora pode estar de volta a tempo do pronunciamento do Paul O que vou dizer a ele Diga a verdade Mas eu n o sei qual a verdade Eu conto tudo para voc no carro Jon voc est me colocando em uma posi o dif cil Eu disse a voc para sair do pa s Vou sair assim que chegar ao consulado americano Consulado americano Mas por qu Tudo que eles v o fazer entregar voc para a pol cia su a Talvez sim Talvez n o Tenho uma coisa que me proporcionar um pouco de tempo Que coisa Finalmente conseguiu sua prova N o importa disparou ele perdendo a paci nc
265. e matou estavam obedecendo a ordens nossas Eles atacaram meu marido para pegar determinados objetos que pertenciam a mim Jonathan agiu em leg tima defesa N o posso dar mais detalhes a n o ser para dizer que a pessoa que o senhor est procurando sou eu N o meu marido O senhor tem que me ouvir Voc s est o errando de casa Est o planejando atacar o alvo de mentira Alvo de mentira repetiu Von Daniken c tico Sim Como pode ter tanta certeza Porque eu sei onde fica a casa certa Precisamos agir depressa disse Jonathan Anule o ataque Von Daniken ostentava a express o imp vida impass vel de um lutador exausto que re ne energias para um l timo combate Seus l bios se moveram e Jonathan sup s que ele estivesse selecionando uma entre as dezenas de perguntas que tinha em mente Sabia que eram as mesmas que o haviam atormentado Onde est o avi o perguntou Von Daniken Est guardado em uma casa no alto da colina Lenkstrasse n 4 Emma apontou para as montanhas baixas que se erguiam cinco quil metros atr s de onde estavam E est marcado para hoje noite No v o da El Al chegando de Tel Aviv respondeu ela Em uma pista distante uma aeronave se preparava para decolar O assobio agudo dos motores potentes encheu o c u Ent o de algum lugar mais pr ximo veio um barulho diferente uma frequ ncia mais baixa Seus rostos se voltaram para cima no in
266. e mesmo veneno ser usado em El Salvador no in cio da d cada de 1980 Parece que era uma pr tica comum entre os ndios salvadorenhos Algum tipo de vodu local para afastar os maus esp ritos O ingl s disse acreditar que n s t nhamos treinado esses n dios Segundo ele quem matou Lammers e o parceiro j tinha em algum momento trabalhado para a CIA Von Daniken quer saber se temos alguma opera o em curso no territ rio dele Senhor se n s temos informa es fidedignas sobre uma c lula que planeja derrubar um avi o de carreira em espa o a reo su o nosso dever compartilhar informa es com eles E o que voc disse perguntou Lafever Disse que ia averiguar Quer dizer que n o falou com ele desde ent o Palumbo fez que n o com a cabe a O senhor chefiava o n cleo de El Salvador nessa poca A Pomba n o foi uma das suas oper a es Essa informa o confidencial Eu tenho acesso a informa es confidenciais Um dos moradores locais recebeu re comenda o para ser recrutado O nome dele Ricardo Reyes Sua m e era uma ndia mesti a Ele fez um pouco de treinamento em Camp Peary e depois foi mandado para o exterior Ainda trabalha para a CIA Andou pesquisando Imagino que tenha sido ele quem puxou o gatilho O almirante Lafever chegou mais perto e Palumbo sentiu o cheiro de caf em seu h lito O que voc tem a ver com uma das minhas opera es Pa
267. e que verificou tudo Tente o balc o de emiss o de passagens O chefe da esta o pode informar ao senhor se as malas est o no sistema O balc o de emiss o de passagens tamb m estava s moscas Jonathan se aproximou e passou os t quetes por baixo do vidro Aqui n o informou o chefe da esta o com os olhos colados no monitor As malas est o em Landquart Chegaram h dois dias Landquart era uma cidadezinha na linha entre Zurique e Chur mais conhecida como ponto final para se chegar a Klosters local de predile o da monarquia brit nica e a Davos a esta o de esqui da moda O senhor sabe de onde elas foram enviadas perguntou Jonathan Os dois volumes foram despachados de Ascona Fizeram parte do nosso Programa Largue e Despache Viajaram no trem de 13h57 at Zurique Depois foram transferidos at Landquart Ascona ficava na fronteira da Su a com a It lia Era uma das cidadezinhas cercadas de pal meiras s margens do Lago Maggiore Ele n o tinha nenhum amigo que morasse l Aparente mente Emma sim Simone inclinou a cabe a na dire o do vidro Pode nos dizer quem exatamente enviou as malas O chefe da esta o sacudiu a cabe a N o tenho autoriza o para acessar essa informa o deste terminal Quem tem perguntou ela Somente a esta o emissora em Ascona Jonathan estendeu a m o para pegar a carteira mas Simone foi mais r pida Deslizou
268. e sabia que n o era para sempre Podia senti lo por perto espreita Levantou se e andou at a janela A neve continuava a cair pesada e a luz d bil da aurora lan ava sobre as nuvens baixas e vagarosas um matiz de funeral A vista revelava colinas baixas coalhadas de chal s Quase um quil metro mais adiante uma floresta galgava a encosta dos picos imponentes que rodeavam a cidade Ele abriu a porta da varanda e saiu O frio havia deixado o ar sem cheiro nenhum e as primeiras respira es fizeram arder sua garganta e seus pulm es Apoiou se na grade estudando o caminho da v spera Seus olhos seguiram a trilha que entrava bem fundo na montanha em meio a nuvens e bruma at o pico escondido do Furga E mais al m at a pista de Roman Eu conhe o essa montanha e n o fiz nada para proteger voc Eu conhe o essa montanha e deixei voc sozinha Eu conhe o essa montanha e deixei que ela matasse voc Quando seus tremores se tornaram incontrol veis Jonathan voltou para dentro Ficou espantado ao ver como o quarto parecia arrumado Sabia que era uma besteira achar que deveria parecer diferente agora que ela n o estava mais ali No entanto n o p de evitar sentir se tra do por aquela normalidade quando nada mais estava normal Sentou se diante da mesa e abriu a gaveta Filtro solar canivete mapas hidratante labial bandana sinalizador e o r dio estavam espalhados l dentro Pegou o r dio ligou e desligou N o
269. e um arm rio ao lado da porta principal Menos de um segundo depois ouviu se um tiro A porta foi empurrada para dentro com for a Dois policiais entraram no apartamento de arma em punho correndo at o local da explos o Jonathan assistiu a tudo isso pela fresta da porta do arm rio Um dos policiais aproximou se das chamas Ele saiu pela janela O outro passou por cima de m veis destru dos e esticou a cabe a para dentro da cozinha N o est mais aqui Jonathan saiu de fininho de dentro do arm rio esgueirou se pela porta da frente e desceu a es cada correndo Dali a um minuto estava longe do pr dio Cinco minutos depois disso dentro do Mercedes ligando o motor e tomando o rumo da auto estrada 54 QUANDO VOLTAVA AOS ESTADOS UNIDOS da Am rica depois de uma ca ada no estrangeiro Philip Palumbo cumpria uma rotina espec fica Do aeroporto ia direto para sua academia de gin stica em Alexandria Virg nia Passava duas horas pedalando em uma bicicleta ergom trica levantando pesos e nadando Por fim depois de suar o suficiente para limpar o organismo de toda aquela comida ruim de toda aquela sujeira e de todo aquele ar t xico seguia para a sauna onde se livrava de toda a corrup o Da culpa insistente que crescia como um tumor nos recantos escuros da alma Chamava isso de confessar se Somente ent o ia para casa cumprimentar a mulher e os tr s filhos Nesse dia esqueceu se por completo de pu
270. e um indiv duo Inclinando se de lado Seiler tirou uma pilha de pap is de uma cadeira pr xima Uma olhada r pida revelou carteiras de habilita o italianas cart es de seguro sa de alem es certid es de nascimento inglesas Tudo falso Jules Gaye nascido em 1962 em Bruxelas leu Seiler em voz alta depois de abrir o passa porte belga Folheou as p ginas estudando os carimbos de imigra o depois voltou p gina principal e segurou a debaixo de um tubo comprido e curvo de luz ultravioleta Uma imagem t nue do pal cio real belga apareceu tinta reativa parece verdadeira disse Von Daniken Os novos passaportes belgas s o bem precisos Este aqui tem os cinco mecanismos de se guran a para deter as falsifica es Uma foto recortada a laser do detentor do passaporte uma marca d gua de Alberto II um furta cor da B lgica que muda de verde para azul dependendo do ngulo de vis o e dois marcadores primeira vista eu diria que leg timo Voc se refere ao que est em branco N o s ao que est em branco Quero dizer leg timo no sentido de oficial Emitido por uma autoridade legal Tem certeza O ceticismo de Von Daniken era fruto da experi ncia Passaportes belgas eram os Volkswagen do com rcio de documentos falsos baratos confi veis e f ceis de obter Desde 1990 mais de 19 mil passaportes leg timos em branco haviam sido roubados de consu lados embaixadas
271. e um metro de altura coloridas de azul brilhante Segundo seu dossi Theo Lammers havia fundado a empresa em 1994 e era seu nico s cio e executivo principal A atividade era referida de forma vaga como partes de m quinas Uma mulher robusta com ar de enxerida aguardava na recep o com as m os unidas nas costas como se estivesse esperando a passagem de um general em algum desfile Michaela Menz anunciou aproximando se com dois passos largos de soldado Vestia um terninho de cor s bria tinha os cabelos castanhos cortados curtos e repartidos ao meio Seu cart o de visitas informava que ela era doutora em engenharia mec nica Com louvor Em troca Von Daniken ofereceu lhe uma espiada na credencial dele e um sorriso duro Agora estavam quites Ainda estamos todos chocados disse Menz enquanto seguia na frente at seu escrit rio Nenhum de n s con segue pensar em ningu m que pudesse querer fazer mal ao Sr Lammers Ele era um homem maravilhoso N o tenho motivos para duvidar disso disse Von Daniken Na verdade por isso que estou aqui Estamos t o ansiosos quanto voc s para encontrar o assassino Qualquer coisa que a senhora puder me dizer ser de grande valia A sala de Menz era pequena e mobiliada de forma pr tica N o havia retratos de fam lia namorados ou amigos Ele a imaginou como uma mulher casada com o trabalho e percebeu que ela estava provavelmente muito angustiada N o
272. ea norte americana em Lakenheath Foi ele quem levou voc a se meter nisso No come o acho que foi por causa da fam lia Por papai ser das for as armadas e tal Mas eu fiquei porque era boa Porque estou contribuindo para uma coisa em que acredito Porque gosto Continuo fazendo isso pelo mesmo motivo que voc continua a ser m dico Porque o nosso trabalho o que a gente e pouco mais importa Foi por isso que voc me escolheu No come o sim Quer dizer que alguma coisa mudou Voc sabe o que mudou A gente se apaixonou Eu me apaixonei disse Jonathan N o tenho certeza se voc tamb m Emma lan ou lhe um olhar incisivo Eu n o precisava ficar com voc Ningu m me for ou a me casar com voc Mas ningu m tampouco impediu Quem melhor para p r voc em posi o para suas miss es do que um m dico que gostava de postos arriscados O que voc fez exatamente em todos aqueles lugares Matou gente Voc uma assassina como aquele sujeito que matou l em cima Claro que n o Emma descartou a sugest o como se nunca tivesse disparado uma arma muito menos matado duas pessoas a tiros na ltima meia hora Ent o o que N o posso dizer Voc Blitz e Hoffmann estavam vendendo ao Ir equipamento para enriquecer ur nio Jinn achava que o seu objetivo era come ar uma guerra Disse que a gente tinha errado ao entrar no Iraque sem provas de q
273. ector de explos ivos e radia o Enquanto os t cnicos enchiam a casa Von Daniken subiu ao andar de cima e foi at o quarto de Gottfried Blitz N o estava pensando na v tima e sim no homem que poderia t la matado Estava procurando uma pista Por que o assassino de um policial cuja mulher morrera em um acidente de alpinismo estava com tanta pressa de visitar Blitz 44 A busca no quarto de Blitz n o deu em nada A mesa de cabeceira tinha pilhas de revistas alem s de fofoca sobre celebridades a c moda estava cheia de roupas cuidadosamente dobra das e o banheiro lotado de um estoque fenomenal de gua de col nia produtos para cabelos e diversos rem dios vendidos com receita Mas em nenhum lugar ele encontrou qualquer coisa que ligasse Blitz ao avi o teleguiado ou que indicasse como ele planejava us lo Von Daniken sentou se na cama e olhou pela janela Ocorreu lhe que havia dois grupos de al guma forma em conflito um com o outro De um lado havia Lammers e Blitz de outro aqueles que queriam v los mortos A qualidade das mortes aliada descoberta do avi o teleguiado e do RDX indicava que se tratava de uma opera o de intelig ncia Aquela id ia o deixou irritado Se uma ag ncia de intelig ncia sabia o suficiente sobre um com pl envolvendo RDX e um avi o teleguiado para tomar medidas para det lo por que n o o haviam procurado para compartilhar essa informa o Pensou no Dr Jonathan Ransom que aparent
274. ela salvara milhares de vidas mas ele n o disse nada disso Ao despedir se simplesmente pediu que telefonasse para o n mero que lhe dera caso soubesse mais alguma coisa importante N o disse nem mesmo obrigado 30 ELE Von Daniken comparou o retrato de Gottfried Blitz em p ao lado do avi o teleguiado com o rosto destro ado Jogado a seus p s Me diga voc falou entregando a fotografia para Kurt Myer e virando se antes que a b lis lhe subisse mais ainda pela garganta Mesmo su ter Mesmos olhos ele De c coras Myer examinou o cad ver com o olhar atento de um espe cialista Ele foi morto quando estava sentado na cadeira depois transferido para o ch o O tiro deve ter sido dado de cima para baixo de modo a ter espalhado os miolos de Blitz por toda a escrivaninha e a parede Usando uma caneta tinteiro apontou para a mancha de p lvora tatuada na pele Olhe para o anel de abras o em volta do buraco da bala e para as marcas de p lvora O atirador estava a menos de meio metro de dist ncia quando disparou Blitz nem sabia que ele estava aqui Ficou trabalhando no laptop at o momento em que levou o tiro Mas Von Daniken estava interessado em outra coisa que Myer tinha dito Espere a um segundo Kurt Como assim transferido para o ch o Est dizendo que o assassino atirou nele e depois o deitou em cima do tapete Foi ele quem trouxe as toalhas tamb m Algu m trouxe Com
275. ele de seu t rax est esfolada e toda queimada Mas a sua perna que chama a aten o de Jonathan Um osso estilha ado salta para fora da cal a Fratura exposta do f mur N o se mexa ordena Jonathan ao rapaz em rabe Fique parado Ent o fala com Emma Vou p r uma tala Ele tem que ficar parado sen o vai perfurar a art ria femoral Emma segura os ombros do rapaz e tenta impedir que ele se debata enquanto Jonathan p e a tala Jonathan levanta a cabe a e conta mais uma d zia de pessoas que precisam de tratamento ur gente Sua decis o sobre quem atender ir determinar quem vai viver e quem vai morrer Est bem diz ele olhando Emma nos olhos Est bem o qu Genebra Vamos S rio Aquelas toalhas brancas parecem timas agora 44 Jonathan seguiu a descida sinuosa em dire o a Brig Eram 21h45 A temperatura externa es tava g lida 3 C Ao fazer uma curva bem fechada sentiu os pneus traseiros escorregarem mas eles recuperaram a tra o um segundo depois A pista cobria se de gelo Apesar do tempo inclemente viajara bem Como esperado havia pouco tr fego na estrada alpina Contara seis ve culos passando por ele na dire o contr ria Nenhum da pol cia Em v rias ocasi es percebera o brilho de far is atr s de si mas ou o motorista sa ra da estrada al gum tempo antes ou ent o n o conseguira acompanh lo O hod metro parcial avan ou mais um pou
276. eliz em ver que voc est sendo mais sensato Von Daniken virou se e se encaminhou para a porta Tenho que ir Espere um instante Sim O que voc vai fazer em rela o ao avi ozinho O MVA Von Daniken deu de ombros como se o assunto n o o interessasse mais N o vou fazer nada respondeu Era mentira 17 JONATHAN CRAVOU OS OLHOS na entrada da esta o de Landquart e no estacionamento do outro lado da rua onde um sed Mercedes ltimo modelo ocupava o centro da terceira fileira no lugar exato onde o mapa da bolsa de Eva Kruger dizia que iria estar O seu mirante era a soleira de um restaurante fechado 50 metros mais adiante na rua Ele passara os ltimos 90 minutos rodeando a esta o Trens chegavam a cada meia hora de Chur e Zurique Durante alguns minutos antes e depois das chegadas a cal ada se enchia de passageiros Carros entravam e sa am do estacionamento Ent o a atividade cessava at a chegada do trem seguinte N o viu sequer um policial durante todo esse tempo Ainda assim era imposs vel dizer se algu m estava vigiando o estacionamento Qualquer que fosse o caso ele havia decidido que Simone tinha raz o Os policiais que queriam roubar as bagagens de Emma eram corruptos s 17h55 o tr fego noturno estava no auge Far is passavam em um desfile ofuscante Ele bateu com as botas no ch o movimentando se para manter a circula o ativada Deixara Simone na entrada da cidade ap
277. elos pretos encaracolados e um bi godinho fino de jogador Ele se chamava Michael Brandt Era capit o da tropa de assalto especial do Departamento de Pol cia de Zurique Brandt iria na frente quando invadissem a casa Quem estiver l dentro vai nos ver chegando a 100 metros Quantas pessoas voc s acham que est o l N o temos certeza mas imaginamos pelo menos cinco Pode ser que sejam mais Armadas Pode apostar S o profissionais Algumas semanas atr s eles pegaram 20 quilos de explosivos pl sticos Semtex que certamente est o no avi o teleguiado Brandt meneou a cabe a taciturno calculando com os olhos suas chances de sucesso e sobreviv ncia Vamos entrar pelo ar Dois helic pteros Nossa equipe vai descer com cordas Calcularemos o hor rio para co incidir com a decolagem de um jato de passageiros Os helic pteros s o equipados com abafadores de motor que tornam o v o quase totalmente silencioso Vamos mandar uma segunda equipe pela rua principal e atacar a casa pela frente Os seus amigos n o v o escutar um pio at derrubarmos as portas A opera o toda deve levar menos de 60 segundos Von Daniken estudou os desenhos demoradamente Quantas vezes voc s j fizeram isso Brandt apertou os olhos Nunca Mas nos treinos tudo corre muito bem Von Daniken p de apenas aquiescer Vamos estar prontos daqui a 40 minutos disse Brandt Sete e vinte digamos Os homens sincro
278. em mais o que fazer Vamos dar uma palavrinha com esse cavalheiro Ele por acaso lhe disse como se chamava A mulher franziu o cenho Fique aqui senhora Jonathan estava em p no banheiro com o queixo bem levantado examinando o pesco o O talho havia come ado a coagular e a pele rasgada ia se consolidando devagar Ele via ferimentos como aquele todos os dias A nica forma de trat los sem deixar cicatrizes permanentes era tornar a abrir a ferida e fech la com pontos enquanto ainda estava recente mas nesse dia essa n o era uma alternativa vi vel Serviu se de uma dose da vodca aromatizada e bebeu a para tomar coragem Parado sussurrou para si mesmo aproximando a agulha e a linha da garganta Respirando fundo p s se a trabalhar A agulha n o era ruim considerando que a encontrara dentro de um kit de costura Razoavelmente afiada Razoavelmente desinfetada J havia tra balhado com coisa bem pior Usando os dedos da m o esquerda para aproximar as duas bordas do corte come ou a dar os pontos Era tudo mentira desde o come o Emma n o era Emma At certo ponto toda a sua vida tinha sido uma farsa Uma pe a de teatro encenada por um diretor invis vel Surpreendentemente ele se sentia mais aliviado do que decepcionado Seus olhos agora estavam abertos e pela primeira vez ele conseguia ver as coisas como eram de verdade N o apenas o que estava na sua frente mas tamb m os elementos perif ricos Er
279. emendo deixou a cortina de renda voltar para o lugar A morte de Lammers o deixara assustado Os jornais indicavam que o assassino o esperara em casa Havia sug est es de que fora um servi o profissional e de que Lammers talvez estivesse envolvido com o crime organizado Blitz sabia que n o era bem assim Se Lammers havia sido desmascarado n o iria demorar muito para que ele tamb m o fosse Em qualquer outro momento iria embora e desistiria de tudo Gottfried Blitz corria grande perigo Mas aquele n o era um momento qualquer A final do jogo j havia come ado O piloto estava no pa s O ltimo teste com o avi o teleguiado fora um sucesso retumbante A opera o j havia sido disparada Estava tudo pronto Para todos os efeitos o ataque tinha iniciado E agora aquela confus o em Landquart Um homem morto outro ferido Blitz mordeu o l bio Havia questionado a decis o de enviar as malas por trem mas no final das contas n o tivera outra alternativa N o era apenas uma quest o de pessoal a Divis o tinha apenas sete agentes no pa s mas de risco Nesse est gio era perigoso demais entregar as malas pessoalmente Usar o sistema postal su o n o o pre ocupara embora visse agora que p r seu nome no recibo havia sido um erro Fora uma insist ncia do Departamento Financeiro N o queriam perder o dinheiro se alguma coisa desse errado O Departamento de Opera es tamb m concordara O dinheiro era fundamental disseram
280. emente telefonara para os param dicos Segundo o chefe da esta o Ransom estava decidido a descobrir quem enviara as malas para Landquart no in cio da semana A suposi o l gica era que ele n o conhecia Blitz Como ent o Ransom podia estar com os canhotos das bagagens Se no entanto Von Daniken supusesse que Ransom e Blitz estavam trabalhando juntos que se conheciam sim as pe as se encaixavam Detido pela pol cia depois de coletar as malas Ransom havia entrado em p nico matado o policial que tentava prend lo e depois atropelado o parceiro deste em sua fuga do local Com seu disfarce comprometido Ransom fora correndo at Ascona pedir instru es ao seu superior O fato de ele desconhecer o endere o de Blitz po dia ser atribu do a uma regra fundamental da espionagem compartimentalizar informa es ou na linguagem corrente informar apenas o necess rio Da sua necessidade de falar com Orsini E a mulher A inglesa morta em um terr vel acidente de escalada Ser que Ransom poderia t la matado depois de ela descobrir que o marido era agente Von Daniken fez uma careta de desgosto Estava dando tiros a esmo Criando fantasias sem base nenhuma Levantou se e foi at a escada Queria saber o que havia nas tais malas para fazer Ransom achar que valia a pena matar por elas Havia poucas chances de descobrir pelo menos a curto prazo O policial que Ransom atropelara estava em coma O progn stico n o era bom O telefo
281. en olhou por cima do ombro Aquela voz conhecia aquela voz Estudou os homens com aten o Nunca vira nenhum deles antes Fique onde est disse a voz conhecida Temos um mandado para sua pris o Von Daniken n o acreditou nos pr prios ouvidos Essas palavras s o minhas pensou ao mesmo tempo que iden tificava a voz Viu a figura magra emergir do meio dos carros A tez p lida Os cabelos compridos demais para um homem da sua idade A acusa o de conspirar com um servi o de intelig ncia estrangeiro disse Alphons Marti mais acima na en costa Volte para o carro Marcus para eu n o ter que mandar meus homens algemarem voc Von Daniken continuou a avan ar pela neve Um mandado para minha pris o Que rid culo Mesmo assim no fundo estava esperando por isso N o apenas por causa do que Tobi Tingeli lhe revelara naquela manh embora isso tivesse sido a gota d gua J tinha entendido tudo duas noites antes quando Marti se recusara a deix lo chamar a pol cia para procurar o avi o teleguiado Olhou para Kurt Myer mas Myer tamb m estava sendo levado e for ado a entrar no banco de tr s da viatura de pol cia Est me acusando de ser um espi o perguntou Von Daniken Eu deixo a lei acusar Meu trabalho apenas cumpri la Von Daniken olhou para Ransom e depois para Marti A essa altura v rios homens de Marti j estavam descendo a encosta Um deles inclusive de arma e
282. encontrou o dinheiro na casa dele Confirmei com o tenente Conti N o apareceu nada Quem transferiu os 100 mil para Blitz Ah disse Hardenberg a que as coisas come am a ficar interessantes O dinheiro veio de uma conta numerada do Royal Trust and Credit Bank nas Bahamas Ag ncia de Freetown Nunca ouvi falar disse Von Daniken cuja experi ncia o fizera entrar em contato com a maioria das institui es financeiras importantes do mundo E um banco pequeno com um patrim nio de pouco menos de um bilh o O banco n o tem sede f sica E uma empresa de papel Mas se voc me permitir eu gostaria de deixar Blitz de lado um pouco e passar para Lammers Todos aquiesceram Hardenberg tomou coragem bebendo meia latinha de Red Bull e acend endo um Gauloise Como eu estava dizendo nossa aten o agora recai sobre Theo Lammers continuou ele A empresa dele estava indo muito bem Todas as contas est o no USB um dos melhores ban cos da pra a Eu verifiquei os extratos Nove meses atr s ele recebeu uma transfer ncia de dois milh es de francos de ningu m menos do que o Royal Trust and Credit das Bahamas Dois milh es do mesmo banco Von Daniken deslizou at a beirada da cadeira Se o din heiro veio das mesmas pessoas que mandaram os 100 mil para Blitz a gente vai saber exata mente quem est financiando esse golpe Para que era esse dinheiro Tomei a liberdade de li
283. enda Um cheiro de pinho vinha da encosta da montanha Um c o latiu ali perto Deixe que eu pego o carro falou Simone estendendo a m o aberta E arriscado demais disse ele Pelo que a pol cia sabe voc n o existe Melhor que fique assim Espere mais embaixo na rua Eu chego em 10 minutos Jonathan subiu a rua em dire o ao Mercedes Uma fita amarela fora estendida em frente ao port o da Villa Principessa e outra na porta principal Uma solit ria viatura de pol cia parara no caminho de cascalho A calma e a seguran a que sentira no hotel haviam desaparecido Seu corpo estava tenso de preocupa o Ele era novamente um fugitivo Esperava o momento em que seus nervos iriam se acalmar em que ele se acostumaria quela condi o Mas na verdade estava cada vez mais tenso Era como se pudesse sentir a corda sendo passada em volta do seu pesco o o material resistente e spero arranhando o e o calombo duro do n pressionando lhe a nuca Ser que Emma se sentia assim perguntou se olhando para a lament vel fachada da vila e para o roseiral bem cuidado Ser que vivia com um medo constante de ser descoberta achando que a qualquer momento um al ap o poderia abrir se aos seus p s O Mercedes estava estacionado no mesmo lugar onde ele o deixara 30 metros mais abaixo da casa de Blitz Jonathan desceu da cal ada e atravessou a rua Com o canto do olho viu o poli cial sair da viatura De terno e
284. endere o da pessoa que tinha enviado as malas originalmente Von Daniken se encaminhava para o carro Quando come ou a entender apressou o passo E o nome da pessoa era Blitz disse o chefe de pol cia quase correndo para acompanh lo O homem que o senhor est procurando claro Ele mora em Ascona Alguma coisa errada Von Daniken abriu a porta de passageiros Quanto tempo leva daqui at a casa dele Vinte minutos Temos que chegar l em 10 25 A BRUMA DESCIA PELA ENCOSTA DA MONTANHA enroscando se em volta dos pr dios centen rios e ser penteando por becos estreitos de paralelep pedo O homem conhecido profissionalmente como Fantasma cruzou de carro a trangj ila cidadezinha tur stica de Ascona Em v rias ocasi es ele foi for ado a diminuir a velocidade at quase parar o carro por causa da n voa espessa que engolia a rua N voa ela o seguia por toda parte Havia n voa no dia em que os comandos chegaram recordou ele enquanto prosseguia pelas colinas ao redor da cidade passando por ruazinhas buc licas margeadas de casas r sticas e jardins bem cuidados N o uma n voa como aquela Mas uma n voa noturna do alto vale de montanha onde sua fam lia plantava caf uma bruma dissim ulada e serpenteante como uma cobra venenosa Fora obrigado a ficar olhando enquanto os soldados arrancavam os pais da cama arrastavam nos at o lado de fora despiam nos e for avam nos a
285. epois das opera es ele foi levado para uma escola particular onde se revelou um aluno dedicado Tudo isso financiado pelo governo Era um investimento em um projeto muito especial Na escola o menino era bom em todas as mat rias Aprendeu a falar franc s ingl s e alem o al m da l ngua ma terna Nas modalidades esportivas do atletismo revelou se r pido e elegante N o gostava de esportes de equipe e concentrava se em competi es solit rias nata o t nis e corrida O comandante ia visit lo toda semana Os dois bebiam ch e comiam doces em um caf pr ximo No in cio o menino reclamava dos pesadelos Todas as noites enquanto dormia ele encontrava a m e e o pai que lhe im ploravam para salvar suas vidas As imagens eram t o v vidas t o reais que o acompanhavam mesmo depois de ele acordar O comandante lhe disse para n o se preocupar Todos os soldados tinham pesadelos assim Com o tempo desenvolveu se um la o entre os dois O menino passou a se referir ao comandante como se este fosse seu pai Passou a ter afeto pelo homem Mas os pesadelos n o acabaram Ele come ou a ter problemas na escola O primeiro deles se deveu sua falta de sociabilidade Quer por incapacidade ou por falta de vontade ele se re cusava a interagir normalmente com os colegas Era cort s Era sol cito at certo ponto Mas nunca se desfazia do verniz de frieza distante Fazia as refei es sozinho Depois de treinar no est d
286. epois o endere o da casa em Alexandria onde fui criada Hoje em dia tenho usado 1 2 3 4 E mais f cil E Jonathan Ele s tinha uma senha O anivers rio de Emma 11 12 77 De repente lembrou se da pulseira com o flash drive que encontrara dentro da bolsa de viagem dela Tirou a do pulso abriu a e inseriu o flash drive na entrada USB do Palm Um cone cha mado Thor apareceu na tela Deu um duplo clique em cima dele e uma tela apareceu pedindo uma senha Que se dane tudo isso Esse negocinho seu perguntou Simone estendendo a m o para tocar o flash drive Era da Emma Encontrei na bagagem dela quando voltei para o hotel Tamb m est pedindo uma senha Tentou o anivers rio de Emma depois o seu Tentou a nova senha do cart o do banco de sua conta conjunta depois a senha antiga Tentou seu anivers rio de casamento Nen huma delas funcionou Jonathan desistiu Thor Ele apontou para o cone Eu vi esse nome num memorando para Eva Kruger Algo sobre suspender ou derrubar Remexendo nos pap is ele encontrou o memorando endere ado a Eva Kruger no papel de carta da ZIAG relacionado ao Projeto Thor Vou ligar para l e perguntar Para quem Para a ZIAG ou qualquer que seja o nome da empresa onde Blitz trabalhava Simone fez uma tentativa malsucedida de tirar lhe o Palm das m os N o Jonathan n o fa a isso S vai causar mais problemas para voc Mais prob
287. er bonita de cabelos castanhos lisos puxados para tr s em um penteado s brio culos chiques de aro de tartaruga escondendo grandes olhos cor de mbar e uma boca carnuda encarava a c mera O que foi perguntou Simone Parece que voc viu um fantasma Mas Jonathan n o conseguia falar Sentia uma enorme press o no peito que estava deixando o sem ar Tornou a olhar para a carteira de motorista Por tr s do r mel de atriz de cinema e do batom de vadia Emma o encarava de volta Ele abriu a porta do carro com um safan o e saiu Depois de dar alguns passos parou para se apoiar em uma rvore Era dif cil continuar se movendo agir como se a terra n o tivesse acabado de tremer sob os seus p s For ou se a olhar para a imagem da mulher austera de ca belos escorridos e culos estilosos que fitava a c mera com ar desafiador Eva Kruger Bastou uma olhada naquela fotografia para a id ia de Emma ter tido um caso parecer um mero detalhe desagrad vel Mais ou menos como uma mosca no rabo de um cavalo Mas aquilo ali uma carteira de motorista falsa um nome falso toda uma vida dupla aquilo era um buraco negro Simone deu a volta pela frente do carro e postou se ao seu lado Tenho certeza de que existe alguma explica o Espere a gente voltar para Genebra A vamos descobrir Aquele rel gio custou 10 mil francos E as outras j ias As roupas A maquiagem Me diga Simone exatamente que tipo d
288. er certeza de que ningu m ouvisse a conversa Ele recebeu informa es da intelig ncia que indicam um ataque a interesses nossos nas pr ximas 12 horas Onde Em algum lugar da Europa respondeu Ganz Em seguida encarou os olhos esbugalhados de Hirsch N o acho que vamos ter de esperar muito 80 COMO VAMOS ENCONTR LO perguntou Jonathan Olhe no banco de tr s e pegue meu laptop respondeu Emma Jonathan achou o computador e ligou o Mesma senha Mesma senha Voc sabia que deixou todo mundo apavorado quando quebrou esse c digo Eles v o ter que re desenhar todo o sistema da Intelink por sua causa N o sei se isso bom ou ruim Eles estavam seguindo pela lateral do lago de Zurique Eram 6 da tarde As luzes cintilavam pela colina como uma paisagem de conto de fadas Durante a descida das montanhas Emma finalmente se abrira e come ara a falar Mesmo sem querer contar lhe tudo que fizera no passado mostrou se mais disposta a falar sobre como o encon trara e sobre o plano de John Austen para derrubar o avi o Era o primeiro passo para diminuir a dist ncia entre eles Emma lhe mostrou como abrir o programa de computador O monitor do laptop foi ocupado por um mapa detal hado da Su a Ela pediu que digitasse as letras VD Um pontinho vermelho piscante surgiu perto dos arredores de Zurique O mapa foi se aproximando at chegar ao n vel das ruas O que isso
289. erschnitzel batatas fritas e Coca O prato preferido de todo menino su o Enquanto esperava n o conseguia tirar da cabe a imagens do apartamento de Berna O apartamento de Eva Kruger Pensou no cuidado que fora dedicado a decor lo de acordo com a sua personalidade no tempo e no es for o envolvidos para construir um artif cio t o elaborado Uma vez superada a decep o o que o espantava era a disciplina Ele n o desconfiara sequer uma vez que ela fosse algum tipo de agente Uma espi contratada pelo aparato de intelig ncia de algum pa s Como um tolo imaginara que estava tendo um caso Imaginou o treinamento necess rio para enganar um marido durante oito anos Enfiando a m o no bolso apalpou a alian a Depois de alguns instantes tirou a de l e examinou a Algo nela o incomodava Imaginava que fosse porque ela n o se encaixava no resto O anel denunciava o disfarce portanto devia significar alguma coisa Uma mensagem Um lembrete a ela mesma Eva Kruger n o era casada ent o por que a alian a A comida chegou Dez minutos antes ele estava faminto De repente perdera o apetite Bebericou o refrigerante depois afastou o prato A alian a Estudou os n meros gravados do lado de dentro 2 8 01 Oito de fevereiro de 2001 Onde ele estava nesse dia No Sud o Fora durante a esta o da seca quando as moscas estavam insuport veis Mas a data n o tinha nenhum significado especial para ele e at onde sabia tampouco
290. erta com um material leve ten sionado pintado de amarelo vivo e estampado com desenhos pretos conhecidos Myer tornou a entrar na sala Porra cara o que voc est fazendo A gente tem que sair daqui Von Daniken ergueu o MVA Olhe para isto Deixe isso a disparou Myer em resposta Que diabo voc vai querer com uma borboleta de brinquedo 21 DO LADO DE FORA DA CIDADE DE VIENA na aldeia de constru es de madeira de Sebastiansdorf as luzes ardiam nas janelas do Flimelen um tradicional retiro austr aco de ca adores Constru da para acolher o imperador Francisco Jos a extensa propriedade tinha ido cova com seu dono ap s a Primeira Guerra Mundial Durante 40 anos ficara abandonada sem ningu m para cuidar dela Janelas quebradas portas arrancadas para servir de lenha as pedras dos alicerces retiradas para construir outras casas menos majestosas o lugar parecia ter sido totalmente engolido pela pr pria floresta Ent o em 1965 ele renasceu De um dia para outro oper rios chegaram e come aram a restaurar o edif cio de cr pito Novas janelas foram colocadas Portas resistentes instaladas Mais adiante na estrada constru ram uma guarita Necessitada de um ref gio isolado onde pudesse discutir suas quest es mais confidenciais outra organiz a o havia tomado Flimelen para si N o era um governo mas uma cria o de muitos governos preocupados em evitar trag dias ou guerra Quatro home
291. erto em n o procurar a pol cia Teria passado o resto da vida na pris o Matar os policiais foi o de menos Voc sabia coisa demais sobre a Thor sobre a Divis o A gente tem uns amigos que teriam cuidado disso Enfim foi por isso que eu precisei desaparecer Resolvi impedir isso tudo J tenho sangue suficiente nas m os mas at agora ele nunca veio de inocentes Ent o voc sabe quando o ataque vai acontecer Daqui a algumas horas mais ou menos Ent o o que que est fazendo aqui Pela primeira vez Emma o encarou nos olhos Eu ainda sou sua mulher Ela estendeu a m o e Jonathan entrela ou os dedos nos dela gente precisa avisar Von Daniken disse ele Emma olhou para Jonathan com os olhos molhados de l grimas Infelizmente acho que n o assim t o simples 76 O AGENTE DO CONTROLE DE PASSAPORTES do Aeroporto de Kloten em Zurique olhou para a longa fila de rec m chegados O v o de Washington Dulles acabara de aterrissar Ele verificou seu monitor em busca de al gum alerta de passageiro A tela estava vazia Correu os olhos pela prociss o de rostos bem alimentados e cinturas generosas N o havia um s elemento suspeito no grupo Pr ximo chamou Um senhor alto bem apessoado aproximou se da cabine e depositou seu passaporte sobre o balc o O agente abriu o documento e passou o c digo de barras pela leitura Nome Leonard Blake Resid ncia Palm Beach Data de
292. es apresentavam caracter sticas semelhantes Todos tinham por alvo uma pessoa importante muito bem protegida Todos eram fruto de planejamento meticuloso informa es de intelig ncia extraordin rias e organiza o demorada E em todos os casos haviam sido en contrados ind cios apontando para algum outro respons vel Mas o que finalmente convenceu Von Daniken da participa o de Ransom foi a data dos tr s incidentes A bomba em Beirute explodiu quatro dias antes de Ransom deixar o L bano e ir para a Jord nia O jato sudan s caiu dois dias antes de Ransom sair do pa s E o atentado no Kosovo ocorreu na v spera de Ransom voltar para Genebra Ainda assim Von Daniken continuava sem entender quem iria se beneficiar com aqueles ataques Cui bono Quem lucraria A motiva o era o elemento primordial de qualquer invest iga o e n o havia nenhuma motiva o aparente Von Daniken afastou a cadeira do computador com as palavras da diretora ecoando dentro da cabe a Estamos com uma vaga em Lahore Eu estava esperando que ele pudesse pegar um v o neste domingo 53 UMA PATRULHA DE DOIS HOMENS respondeu ao chamado sobre um intruso no n mero 30 da Waldhoheweg Os policiais tocaram a campainha e entraram no pr dio N o estavam muito preocupados Uma an lise estat stica sobre criminalidade classificava aquela rua e aquele bairro entre os mais seguros da cidade Somente dois roubos haviam sido registrados nos ltimos tr s m
293. es infiltrados de Genebra Basil ia e Zurique amanh n o Na primeira hora Durante os tr s anos anteriores o Servi o de An lise e Preven o tinha agentes infiltrados den tro das mesquitas mais importantes do pa s A maioria era composta de volunt rios mu ul manos revoltados pela forma como sua religi o fora sequestrada pelos fundamentalistas Outros se mostravam mais relutantes e precisavam ser for ados a operar por meio de amea as de de porta o para o seu pa s de origem A opera o fornecera informa es fundamentais sobre con trabando de lan a foguetes e metralhadoras AK 47 e sobre uma rede de agentes de hawala ou transfer ncia banc ria usada por uma c lula de terroristas argelinos com ramifica es na Fran a na Su a e no Norte da It lia Concentre se em achar algu m que tenha encontrado Gassan durante a sua recente passagem por Genebra disse Von Daniken Quero contatos lugares visitados o local onde ele se hospedou e qualquer pista sobre suas inten es Krajcek anotou tudo rapidamente em um bloquinho Von Daniken voltou a aten o para o pr ximo da fila Quanto ao senhor Sr Hardenberg Hardenberg tentou sorrir mas s conseguiu fazer uma cara de quem estava expelindo um c l culo renal Era gordo de meia idade e tinha um rosto fl cido emoldurado por pesados culos de arma o de tartaruga que envolviam olhos castanhos e um cr nio calvo como um cubo de ge
294. esar de seus protestos estridentes Havia uma hora para o trabalho em equipe e uma hora para operar sozinho N o restava d vida de que aquela era uma tarefa para uma pessoa s Encolhendo se dentro do casaco manteve os olhos fixos no Mercedes Receber a carta Mostrar os t quetes Pegar as malas Consultar o mapa para saber a localiza o do carro estacionado Trocar de roupa Puxar os cabelos para tr s N o se esquecer da alian a Trocar de vida Entregar o su ter com o envelope contendo 100 mil francos Mas onde Quando Para quem E o mais enlouquecedor de tudo Por qu Ele correu os dedos pela chave do carro pensando em Emma Pergunta quando sua mulher a sua mulher E quando ela n o sua mulher quem ela 44 O Dr Jonathan Ransom formado pela Universidade do Colorado em Boulder Faculdade de Medicina do Sudoeste residente chefe de cirurgia no Centro de Oncologia Sloan Kettering de Nova York e bolsista da Dewes no Hospital Redcliffe em Oxford com especializa o em cirurgia reconstrutiva est em p sobre o asfalto do Aeroporto Monrovia Roberts na Lib ria vendo os ltimos passageiros desembarcarem e passar por ele As 8 horas o sol est baixo em um c u flamejante cor de laranja O dia j se anuncia quente e mido o ar saturado com o cheiro de combust vel de jato e sal marinho e entrecortado por gritos vindos da horda de rostos negros apinhada do outro lado da cerca da altura de uma barreira d
295. esceu do carro e abriu a porta traseira Inclinou se para dentro e puxou uma ling eta no centro do estofado O assento se levantou No espa o debaixo dele encontrou uma caixa preta de a o fosco Ele pressionou o fecho Dentro do cofre havia um envelope pardo com o nome Eva Kruger impresso na frente Abriu o com um rasgo Uma credencial de pl stico presa a uma correia de tecido caiu em sua m o A credencial fora emitida pelo F rum Econ mico Mundial e exibia a mesma foto da carteira de motorista E tinha mais um passaporte franc s com a fotografia de Parvez Jinn e um telefone celular Al m dos 100 mil francos su os e do Mercedes sed blindado um passaporte Tudo sup s Jonathan em troca de Ouro a ser entregue por Parvez Jinn ministro da Tecnologia da Rep blica Isl mica Fundamentalista do Ir Jonathan pegou o celular Era um dos modelos mais baratos Ligou o aparelho e viu que o mesmo fora carregado com um cr dito de 50 francos su os Por que deixar um telefone com Emma a menos que ela devesse ligar para algu m algu m que s quisesse receber tele fonemas em um n mero espec fico Parvez Jinn Percorreu a lista de contatos mas n o encon trou nenhum n mero armazenado Imaginou se talvez Jinn ligaria para ela Fazia mais sentido O ministro da Tecnologia teria de encontrar um momento prop cio quando pudesse se livrar dos seguran as Jonathan come ou a ter uma no o do que estava acontecendo N o conse
296. escubra o lugar onde foram comprados Posso garantir que a gente vai encontrar uns nomes parecidos disse Myer s uma quest o de quanto cuidado eles tomaram Todo mundo comete erros Vamos cruzar os dedos para eles n o terem se registrado em companhias telef nicas es trangeiras disse Von Daniken Krajcek revirou os olhos Por favor os alem es n o Ningu m protegia a privacidade de seus cidad os com mais determina o do que a Rep blica Federativa da Alemanha Finan as e comunica o trabalhavam juntos Quando as investiga es de Von Daniken sobre as finan as dos suspeitos come assem a dar resultados todos os n meros de telefone relacion ados seriam comunicados a Myer Toda e qualquer informa o seria inserida em um programa de computador que as usaria para mapear uma rede de relacionamentos ilustrando de forma clara a vida socioecon mica de Blitz e Lammers Von Daniken foi pegar um caf expresso do lado de fora da sala duas pedras de a car uma raspa de lim o e tomou o em dois goles Eram 10 horas da noite e ele estava acordado havia 38 horas Seu cansa o por m fora substitu do por um otimismo discreto No in cio de uma in vestiga o tudo sempre poss vel Olhou para a x cara vazia Talvez fosse apenas a cafe na que lhe dava aquele nimo Bateu com a m o espalmada na mesa para chamar a aten o de todos O Sr Krajcek ir visitar os nossos agent
297. eses No ltimo ano n o houvera nenhuma den ncia de assalto m o armada estupro ou assassinato Ele est l dentro disse a moradora que fizera a liga o depois de receber os policiais em seu apartamento Fiquei olhando desde a hora em que telefonei Ele n o saiu de l E por que a senhora acha que ele um ladr o Eu n o disse que ele era ladr o Disse que era um intruso Ele n o deveria estar aqui no pr dio Primeiro disse que estava esperando Eva Kruger Queria entrar no hall Mas ele estava sangrando aqui Ela apontou para o pr prio pesco o Eu disse que como n o o conhecia achava melhor esperar a cunhada do lado de fora Um minuto de pois ouvi ele chegar aqui no andar Ele estava com a chave do apartamento Vi quando entrou l Srta Kruger cunhada dele Foi o que ele disse Talvez tenha mentido Nunca vi esse homem por aqui antes Os policiais se revezaram fazendo lhe perguntas A senhora viu a mulher que mora no apartamento essa tal Srta Kruger N o Perguntou a ele sobre o ferimento Ele disse que tinha sido um acidente que era m dico e ia se tratar quando entrasse no apartamento Os rostos dos policiais exibiam sinais claros de irrita o Esse m dico lhe fez alguma amea a N o Ele foi educado mas n o deveria estar aqui sem a Srta Kruger Eu nunca o vi antes Ele me assustou Os policiais se entreolharam Outra enxerida s
298. esta o poderia v lo com clareza Um homem branco de 1 90 metro usando um casaco azul marinho rec m comprado um gorro de esqui tamb m azul puxado at bem junto dos olhos para esconder os cabelos grossos e ondulados que haviam come ado a ficar grisalhos aos 23 anos de idade N o se apresse disse a si mesmo lutando para se controlar Tirou as chaves do bolso e ativou o controle remoto Teve a sensa o de que as coisas ali es tavam bem organizadas Emma sempre fora man aca por organiza o O carro emitiu um bipe N o olhe em volta aconselhou a si pr prio O carro de Emma o que significa que seu Um S600 Preto diamante O carro que toda mulher de cirurgi o nasceu para dirigir Jonathan sentou se no banco do motorista e fechou a porta Tocou a alavanca de marchas e o motor rugiu ganhando vida Ele deu um pulo no assento batendo com a cabe a no teto Es bravejou antes de perceber que havia apertado o bot o da igni o em cima da alavanca de marchas Era a ltima novidade em fun es autom ticas Acomodou se recuperando o f lego Em breve os carros estar o dirigindo sozinhos pensou Foi ent o que olhou melhor o in terior do ve culo O cheiro de couro novo intocado Uma sensa o de que estava estalando de novo N o apenas um Mercedes mas um sed novinho em folha tope de linha Custo es tratosf rico N o era propriamente um autom vel e sim um templo ao luxo engenharia auto motiv
299. estava funcionando Um fio um fio solto Depois de descer da montanha Jonathan tinha sido levado delegacia examinado por um m dico e depois tivera de responder a uma saraivada de perguntas Nome completo Jonathan Hobart Ransom Natural de Annapolis Maryland Profiss o cirurgi o certificado Em pregador MSF M dicos Sem Fronteiras Nacionalidade norte americana Domiciliado em Genebra E depois as perguntas sobre Emma Natural de Penzance Inglaterra Pais falecidos Irm os uma irm Beatrice Profiss o enfermeira Administradora Ser humano dotado de uma con sci ncia maior do que o normal e de um dever de intervir Esposa Melhor amiga Ancora Houve outras perguntas Sobre sua experi ncia como alpinista como ele havia deixado de mon itorar o tempo a queda de Emma e o fato de ela estar ou n o sangrando quando a deixou l o fato de ele n o ter reparado no defeito do r dio antes de subir Por fim sobre a sua decis o de continuar subindo depois de perceber que a tempestade estava ficando mais forte N o fora uma decis o sua Jonathan quis dizer Fora dela Emma nunca voltava atr s Depois de largar o r dio em cima da escrivaninha deixou os olhos passearem at as montanhas Jonathan podia identificar o in cio de seu caso de amor com o alpinismo em uma ida da fam lia Ransom Calif rnia quando ele tinha 9 anos de idade Seu objetivo era subir o monte Whit ney o ponto mais alto dos Estados
300. estava maravilhosamente frio Em breve estaria com Emma Nesse exato instante ouviu se um baque como a m o de algu m batendo em costas nuas Jonathan se encolheu esperando sentir algo afiado e definitivo Inspirou Nada o havia atingido O assassino desabou de joelhos no ch o Seu peito se manchou de vermelho Ele arquejou e quando caiu para a frente sobre a neve o sangue esguichou de sua boca Simone girou para olhar para tr s vasculhando o terreno escarpado acima deles Uma figura se destacou sobre uma borda rochosa Uma pessoa vestida de preto e cinza com um gorro de l bem apertado na cabe a e os olhos escondidos atr s de culos escuros tipo m scara Uma das m os retirou o gorro e uma cascata de cabelos ruivos se soltou Quando estava a alguns metros a mulher tirou os culos Voc come ou Simone Mas como Emma Ransom ergueu a pistola e disparou uma bala na testa de Simone Noiret Simone titubeou e recuou um passo at nita e incr dula Emma lhe deu um violento chute no peito Si mone despencou pelo precip cio Emma se aproximou da borda para v la cair 15 ELA ESTAVA A UNS 3 METROS DE DIST NCIA segurando nos bra os uma arma de aspecto estranho algum tipo de pistola com um silenciador e um suporte remov vel N o dava sinal de nenhuma perna quebrada Tampouco exibia quaisquer ferimentos que pudessem ter sido causados por uma queda de 100 metros de altura Olhou para Jonathan como se ele fosse u
301. estava postado no meio da rua direcionando o tr fego O que houve com ela Por que ela n o p de vir Jonathan olhou para Jinn Ela morreu A not cia atingiu o outro homem como o golpe de um martelo Morreu Quando Como N o acredito Segunda feira Ela estava fazendo uma escalada com o marido Foi um acidente Marido Claro Ela era casada Frau Kruger Ele fitou o pr prio colo e Jonathan viu que estava pressionando os l bios com for a um no outro O senhor est se sentindo bem Jinn ergueu os olhos depressa Estou claro N o sei por que estou triste depois do que ela fez comigo O iraniano olhou para a frente Seus l bios se moveram por alguns instantes mas nenhuma palavra saiu Sua m o apertava o bra o do assento com uma for a descomunal os n s dos dedos brancos feito osso Estava em leve es tado de choque Jonathan ficou encarando o sentindo dio por ele Tinha uma vontade enorme de dar lhe um soco na cara e arremessar seu rosto contra a vidra a Ele n o tinha o direito de chorar a morte de Emma Jonathan desviou os olhos conseguindo n o se sabe como controlar as pr prias emo es Era fundamental desviar a aten o de Jinn de Eva Kruger de Emma antes que aquilo o fizesse ter um colapso Lembrou se da informa o que descobrira no sistema Intelink Faturas Declara es de conte do Documentos alfandeg rios Recebeu os ltimos carregamentos pergu
302. estreitava at virar pratica mente pista nica Pinheiros cresciam mais acima N o estava mais na rea oficial do F rum Naquela parte do vilarejo a neve n o fora retirada O gelo cobria o asfalto que se curvava aclive acima na dire o de uma floresta sombreada antes de terminar abruptamente Uma parede de neve impedia a passagem Jonathan pisou firme no freio e o carro deu uma rabeada antes de parar Jinn tentou abrir a porta para fugir Jonathan fechou a tranca central e empurrou o iraniano para junto do banco com o bra o direito Fique a Deu r pela rua a tempo de ver um carro de pol cia impedindo a manobra sua direita havia um pasto sua esquerda uma trilha de caminhada Jonathan deu um tranco com o volante para a esquerda e acelerou pela trilha Cercas de madeira margeavam os dois lados O caminho descia tornava se plano em seguida mergulhava encosta abaixo O carro ricocheteava para a esquerda e para a direita batendo nas cercas Por incr vel que parecesse sua respira o estava calma as batidas do cora o mal se alteraram A neve era o seu elemento Em vez de entrar em p nico entregou se a um impass vel autocontrole Segurava o volante sem for a guiando a frente do carro para a esquerda e para a direita sem fazer movimentos mais bruscos Cuidado gritou Jinn Bem sua frente m e e pai arrastavam os filhos pequenos pela trilha em dois tren s Jonathan pisou no freio fazendo o carro
303. everia receber O que seria Armas M sseis Foguetes Que outro motivo voc s teriam para montar a opera o em um lugar como este Eu vi a rea reservada para o Thor na f brica Afinal o que quer dizer opera es de aquecimento t rmico Hoffmann inclinou se para a frente deixando de lado a atitude cordial O senhor n o faz id ia de onde foi se meter Fa o alguma id ia sim Sei que voc s pegaram Emma na sua rede no ano passado quando est vamos no L bano Imagino que tamb m tenham algu m na M dicos Sem Fronteiras que ajudou a me transferir para c Foi antes do L bano disse Hoffmann N o retrucou Jonathan Tudo come ou em Beirute Eu estava l quando ela tomou a de cis o Tinha de ter sido ali Por isso as dores de cabe a de Emma sua depress o Ela estava decidindo Ela foi para Paris encontrar se com o senhor Ah sim Paris Lembro me disso Todas aquelas liga es suas quando n o conseguiu falar com Emma no hotel Dever amos t las encaminhado para ela mas houve algum problema t c nico Uma fatalidade Emma me disse que arrumou uma amiga para confirmar sua hist ria Disse que o senhor tinha acreditado nela Parece que estava errada Jonathan ignorou a provoca o Para quem o senhor trabalha Basta dizer que somos um grupo poderoso Olhe em volta O senhor est com o Mercedes Imagino que esteja com o dinheiro tamb m Viu a casa de Blitz e um pouc
304. evestidas Mas por qu Em vez de responder pergunta Wickes fez outra Voc s j t m uma id ia de quem possa ser o assassino N o o prenderam ainda n o N o Imaginei Tenho certeza de que um profissional Rohde lhe disse que a pol cia acreditava que o crime de fato fora cometido por um profissional Wickes pigarreou e quando tornou a falar sua voz havia assumido um tom conspirat rio Isso me lembra uma coisa que vi quando estava na Marinha Real Foi em El Salvador e j faz um tempo em 1981 ou 1982 Est vamos chegando de Belize fazendo um treinamento conjunto com os americanos Na poca o pa s estava um caos Todo mundo disputava o poder Comunis tas fascistas at alguns democratas O governo mandava esquadr es da morte para a zona rural para matar todo mundo da oposi o Na verdade eram assassinatos puros e simples Alguns dos soldados eram ind genas e n o ficaram nada contentes com o que estavam sendo obri gados a fazer Eram uma gente cheia de supersti o Acreditavam em fantasmas e no mundo dos esp ritos Xam s Seres imagin rios Essas coisas Eles tinham um ritual para se proteger dos fantasmas dos homens e mulheres que matavam Para impedir que os esp ritos das v timas os assombrassem mergulhavam as balas em veneno Para matar a alma antes de ela deixar o corpo Que horror disse Rohde Voc sabe quem treinava esses esquadr es da morte n o sabe pergunto
305. ez metros mais alto esgueirou se por um dos galhos menores A sacada estava bem perto quase ao alcance do bra o e a inclina o do declive era tanta que caso ele ca sse aterrissaria na neve tr s metros abaixo Pendurou se no galho e balan ou as per nas at alcan ar o parapeito Transferiu o peso do corpo e pulou para a sacada Atr s das cortinas fechadas as luzes estavam acesas Havia uma fresta aberta na porta Ele avan ou pisando na ponta dos p s Nesse instante as cortinas se afastaram A porta se abriu para dentro Viu de relance a imagem de um homem de terno a segurando de forma a mant la aberta e falando com uma mulher Jonathan recuou e pulou para fora Pendurando se com a ponta dos dedos o que os escaladores chamam de usar os apoios naturais da rocha foi se movendo pela divis ria que separava as sacadas O muro estava congelado Olhou para baixo Eram 18 metros at a entrada da garagem e caso errasse outros 18 at a rua l embaixo Seus dedos ficaram dormentes Tentou se convencer de que aquilo era igualzinho a se pendurar em uma sali ncia num pared o de granito Mas ele n o fazia escalada livre de fachadas de granito em pleno inverno Cent metro por cent metro atravessou a sacada pelo lado de fora Com um grunhido i ou se pelo parapeito Recuperando o f lego tentou a porta Estava destrancada exatamente como ele a deixara naquela manh Do lado de dentro as luzes estavam apagadas Entrou no
306. ficou bem chateada Devo pedir desculpas O senhor conversou com Emma sobre isto Sim No s bado noite antes do jantar Ent o ela estava esperando esta carta Ela mencionou alguma coisa sobre um anivers rio Me fez prometer que eu guardaria a carta para ela Anivers rio Ele s faria 38 anos em 13 de mar o dali a mais de um m s Deve ser esta mesma Obrigado Fechando a porta ele andou at o quarto virando o envelope nas m os Emma Ransom Hotel Bellevue Post strasse Arosa O carimbo do correio estava borrado Embora a data continuasse leg vel o nome da cidade onde a carta fora postada era indecifr vel A primeira letra era um A a menos claro que fosse um R A segunda SR cn era um c ou ent o um o ou quem sabe um OR ces e A terceira era um 1 ou um i Ele desistiu Era in til Sentando se na beirada da cama passou um polegar debaixo da aba Intrigado com o carimbo azul do servi o ex presso parou Isso significava que a carta fora postada na sexta feira para ser entregue no dia seguinte Virou novamente o envelope Nenhum endere o de remetente Quanto tempo fazia que estava desconfiado Seis meses Um ano Teria sido apenas depois da viagem de Emma a Paris ou ser que houvera alguma indica o anterior Ind cios nos quais ele deveria ter prestado aten o mas que estivera ocupado demais para perceber N o era ex
307. final jogou uma mochila por cima do ombro Os su os eram loucos por caminhadas Fechando o porta malas guardou a arma no c s da cal a e come ou a descer Tinha percorrido uns 100 metros quando viu um homem de cabelos escuros precedido por tr s cadelas rasteiras emergir da porta da frente da Villa Principessa e subir a rua Tinha 50 e pou cos anos olhos azuis e usava um su ter azul marinho Era ele O Fantasma aproximou se com um sorriso de boas vindas Bom dia disse simp tico Nem sempre tinha a oportunidade de falar com aqueles que devia assassinar A oportunidade lhe agradou Ao longo dos anos desenvolvera determinadas cren as em rela o mortalidade e ao destino e estava curioso para ver se aquele homem tinha no o de que o seu tempo na Terra estava no fim Bom dia respondeu Gottfried Blitz Posso O Fantasma se curvou para afagar os cachorros que lamberam suas m os animados Blitz se agachou e co ou a cabe a e o pesco o dos c es Minhas filhas disse Gretel Isolde e Eloise Tr s filhas Elas cuidam bem do pai Muito bem Elas me mant m saud vel O que mais os filhos devem fazer Poucos cent metros separavam os dois O Fantasma olhou Blitz nos olhos Sentiu uma corrente de inquieta o emanando daquele homem N o era medo mas cautela Encarou o por tempo suficiente para convenc lo de que n o era uma amea a Ele n o v pensou o Fantasma
308. flexo na porta de vidro ele viu que a gaze estava encharcada de vermelho O senhor est bem perguntou ela n o propriamente gentil Um acidente N o t o ruim quanto parece Deveria procurar um m dico Eu sou m dico disse Jonathan estampando um sorriso no rosto e tentando descontrair a situa o Posso me tratar l dentro A senhora certamente conhece a Eva Ela tem mais ou menos esta altura Cabelos ruivos Olhos cor de avel Usa culos A mulher fez que n o com a cabe a absorvendo todas aquelas informa es Desculpe disse depois de alguns instantes N o conhe o a Srta Kruger Acho melhor o senhor esperar do lado de fora Claro Com o sorriso firme no lugar ele virou as costas e contou at cinco Quando olhou por cima do ombro n o havia mais ningu m na portaria A porta se fechava em c mara lenta Faltavam dois cent metros e meio para que trancasse Jonathan precipitou se para a frente e enfiou o ded o do p no v o da porta Tarde mais O trinco j havia fechado Deu meia volta maldizendo a m sorte Pensou em tocar todos os interfones para ver se algu m abriria mas era arriscado demais J tinha sido visto por um dos moradores N o queria que chamassem a pol cia Enfiou as m os nos bolsos Seus dedos tocaram o chaveiro de Emma Talvez ele tivesse a chave Sacou o chaveiro de Eva Kruger Al m da chave do carro havia tr s outras cada qual assin
309. frente ao pr dio Todos os carros tinham placa diplom tica com pequeninas bandeiras norte americanas coladas ao canto superior direito Eram prova suficiente para que ele pudesse ter certeza de que o brigadeiro John Austen criador e chefe da ag ncia de espionagem clandestina conhecida como Divis o estava no con sulado Austen era uma lenda em todos os departamentos da organiza o Tinha o hist rico que todos queriam ter Era o encrenqueiro regenerado Ou para usar sua pr pria linguagem o Anjo Ca do ressuscitado para ficar ao lado direito do Senhor o Senhor nesse caso sendo o presidente dos Estados Unidos Formado com louvor pela Academia da For a A rea na turma de 1967 Austen treinara para ser piloto de jato e fora mandado para o Vietn onde voara em mais de 120 mis s es pilotando um F 4 Phantom e derrubara nove MiGs norte vietnamitas Terminara a guerra como s da avia o e major antes dos 30 anos Mas havia alguns arranh es em sua armadura Quando n o estava voando ele estava na esb r nia Noite ap s noite liderava seu bando de aviadores festeiros pelos bord is depravados de Saigon bebendo at cair e trepando com tudo que passasse pela frente Apresentavam se como os Austen Rangers em homenagem for a de saqueadores da Segunda Guerra de nome parecido Havia tamb m boatos de uso de drogas estupro e em uma ocasi o assassinato Mas os boatos foram abafados ningu m queria prejudicar macular ou causa
310. fui eu que entrei em contato com a CIA N o respondeu Von Daniken O senhor fez pior Eu acho que j ouvi o bastante Voc est acabado Marcus Traiu a minha confian a deliberadamente Passou informa es secretas para um governo estrangeiro Entregue sua arma aos meus homens Marti estava ladeado por dois oficiais do Servi o de Seguran a Federal encarregados de sua prote o Ele se virou para um deles Ponha algemas nele Na minha avalia o ele apresenta um risco de fuga Tornou a olhar para Von Daniken Por que n o liga para o seu amigo Palumbo e v se ele consegue tirar voc desta encrenca S um instante Alguma coisa no tom de voz de Von Daniken fez os homens hesitarem Eles ficaram onde estavam meros observadores na guerra entre seus dois superiores Vamos algemem no disse Marti Von Daniken deu um passo frente e p s a m o no bra o de Marti firme Venha comigo Precisamos conversar Que diabos voc pensa que est fazendo Von Daniken apertou com mais for a Confie em mim O senhor vai querer que isto fique entre n s dois Um dos seguran as fez um movimento em sua dire o mas Marti sacudiu a cabe a Von Daniken o conduziu colina abaixo para longe dos oficiais reunidos van n o foi nossa nica descoberta disse ele depois de percorrerem 20 metros Con seguimos rastrear o dinheiro entregue a Lammers e a Blitz atrav s de um trus
311. gar Como n o ouviu o port o da garagem abrir foi procurar o marido Ela jura que foram s dois minutos Eu fiz as perguntas de praxe Seu marido tem al gum inimigo Vinha recebendo alguma amea a recentemente Alguma coisa estranha aconte ceu nos ltimos dias Ela disse que estava tudo bem Voc acredita nela Eu n o acredito em ningu m respondeu Widmer Ser que o Sr Lammers conhecia o assassino E por isso n o abriu a garagem Um encontro marcado Pouco prov vel Encontramos umas pegadas perto da pilha de lenha Eu arriscaria um palpite de que o assassino ficou escondido ali espera Conseguiu alguma informa o no caminho para c S que em 1987 ele era vigiado pela pol cia belga durante a semana em Bruxelas Quando Lammers mudou se para a Su a mandaram os dossi s para c Ele foi colocado no ISIS auto maticamente Tem mais coisa mas est arquivado e s vou conseguir ver amanh de manh O que posso dizer que desde que se mudou para Zurique ele tem sido um residente que an da dentro da lei Paga seu imposto N o cria problemas O ISIS est lotado de gente como ele Voc sabe gente que ainda n o culpada de nada De alguma coisa ele era culpado Entre aqui Widmer foi na frente e entrou na casa Dentro do sagu o deu uma virada brusca e desceu um lance de degraus que conduzia a uma sequ ncia de c modos saindo da garagem Um dos meus agentes precisou u
312. gar para Michaela Menz da Rob tica O dinheiro caiu na conta de pagamentos Ou seja os dois milh es eram por servi os prestados O problema era que a trans fer ncia n o estava acompanhada por nenhum n mero de fatura Ela n o sabe para que era esse dinheiro Myer olhou para Von Daniken Para o avi o teleguiado Von Daniken assentiu Agora sim estavam avan ando O dinheiro veio da mesma conta do Royal Trust and Credit Hardenberg fez que n o com a cabe a Teria simplificado demais a nossa vida O dinheiro veio de uma outra conta numerada sem rela o com a primeira Pelo menos sem rela o aparente A chance de Blitz e Lammers estar em fazendo neg cio com o mesmo banco desconhecido nas Bahamas era de uma em um mil h o Eu disse isso ao Sr Davis Brunswick diretor do banco Ele n o se mostrou cooperativo No in cio tentei usar o charme Depois disse que se n o me desse algumas informa es sobre os titulares dessas contas o banco dele seria inclu do em uma lista negra distribu da para mais de tr s mil institui es por toda a Su a e compartilhada com todas as ag ncias de seguran a p blica do mundo ocidental E funcionou Hardenberg deu de ombros Claro que n o reconheceu Hoje em dia todo mundo dur o Tive de recorrer ao plano B Felizmente eu tinha feito um deverzinho de casa sobre o Sr Brunswick antes da nossa con versa Descobri que tinha v rias contas pessoais aqui na
313. gentes de seguran a p blica mais graduados do pa s parou onde estava e esperou a chegada dos policiais como um criminoso comum Tudo bem disse ofegante Um minuto s Marcus Von Daniken endireitou se e olhou para o campo coberto de neve Em meio ao branco ofuscante o contorno de uma pessoa de preto escura como as asas de uma gralha se destacava Em seguida desapareceu Ransom havia escapado 70 JONATHAN FOI SE ESGUEIRANDO de sombra em sombra escondendo se em cantos escuros e recuos de porta em becos midos e passagens desertas Sua cabe a do a por causa da explos o e tinha certeza de que havia machu cado algumas costelas Mas estava livre e a liberdade era um t nico energizante Ele tinha apenas um objetivo sair da cidade Deixando para tr s Jinn e o carro em chamas Jonathan se perdera no meio da multid o de espectadores atra dos pela detona o Passara por uma dezena de policiais Nenhum deles lhe deu uma segunda olhada Era a explos o claro Correra a not cia de que o suspeito estava num Mercedes preto o qual se encontrava deformado e pegando fogo Todos os olhos se dirigiam para o fogar u crepitante e os pobres imbecis encurralados l dentro Foi seguindo por uma rua lateral escorregadia de gelo escuro Estava ansioso para se distanciar do centro da cidade Havia ainda mais policiais patrulhando as cal adas do que quando ele chegara Nenhum minuto se passava sem que um soldado ou policial surgiss
314. gora estava verde A energia fora desligada Ele levou a m o porta e girou a ma aneta A porta se abriu Com a pistola erguida na frente do corpo entrou no que s podia ser chamado de centro de op era es sua esquerda uma janela grande e quadrada dava para o aeroporto de Zurique Logo sua frente uma profus o de instrumentos e monitores ocupava a parede do ch o at o teto Um homem estava sentado em uma cadeira de costas para ele segurando um manche Seria John Austen A alguns metros outro homem mexia em um painel de controle fren tico For a auxiliar ligada afirmou o segundo homem que segundo lhe dissera Emma devia ser o controlador de v o Conex o por sat lite restabelecida Temos imagem Em seguida ergueu os olhos viu Jonathan e apontou uma pistola para ele Jonathan lhe deu dois tiros O homem caiu contra a parede Jonathan aproximou se do piloto Afaste se dos controles O piloto n o respondeu A m o que controlava o manche moveu se para a direita A tela sua frente emitia um brilho verde fantasmag rico No in cio Jonathan n o conseguiu distinguir nada Quando olhou mais de perto p de ver uma forma cinzenta ao longe A forma foi gan hando defini o Ele ent o p de ver um nariz uma cauda e um punhado de luzinhas das janelas de passageiros Era o jato visto por uma c mera infravermelha Os olhos de Jonathan moveram se para a tela do radar Os dois pontos piscantes em
315. governo tem por base a tradi o parlamentar bicameral e fortemente inspirado nas Constitui es norte amer icana e brit nica A c mara baixa ou Conselho Nacional formada por 200 representantes eleitos proporcional mente nos 26 cant es do pa s A c mara alta chamada Conselho dos Cant es tem dois membros de 20 dos cant es e um membro de cada um dos seis meio cant es restantes Em vez de eleger um primeiro ministro do partido de maior representa o no governo para chefiar o executivo membros das duas casas se re nem a cada quatro anos para eleger um conselho federal com sete componentes cujos assentos s o repartidos proporcionalmente conforme a representa o pol tica de cada partido Cada conselheiro recebe um departamento ou minist rio para administrar e o presidente nomeado de forma rotativa a cada ano Embora aos 45 anos Alphons Marti fosse o membro mais jovem do Conselho Federal n o tinha a menor inten o de esperar seis anos para ocupar o cargo de presidente Constru ra para si uma reputa o de cruzado primeiro em seu cant o natal de Genebra onde erradicara o que havia de crime organizado e mais recentemente em n vel in ternacional fazendo campanha contra a pr tica norte americana de rendi o extraordin ria Sentado diante da ampla escrivaninha naquela gelada manh de sexta feira olhou para os documentos que tinha em m os e soube sem sombra de d vida que a informa o que eles continham repre
316. gra adinho Agora fique quieto para a cor pegar Ela dobrou uma toalha e ajeitou a por cima dos olhos dele para evitar que a tintura escorresse Quando Jonathan se deu conta Simone estava sacudindo seu ombro dizendo lhe para acordar Hora de enxaguar A toalha foi retirada de seus olhos Ele piscou com a luz forte que vinha do teto Eu dormi por um minuto Mais ou menos 20 Simone abriu a torneira e quando a gua ficou morna retirou a tintura Usando uma tesoura rec m comprada aparou lhe os cabelos at todos os cachos sumirem e os fios ficarem retos ao serem penteados Levante Deixe eu ver como ficou Jonathan se levantou S mais um pouco Com os dedos apoiados em seu maxilar ela segurou lhe a cabe a enquanto ajeitava o corte Por fim p s as m os em seus ombros e virou o para que ele pudesse ver o resultado no espelho Pronto falou Est reconhecendo este cara Assustador N o era bem essa a rea o que eu esperava O homem que o encarava parecia 10 anos mais jovem Era o diplomata que seu pai sempre quisera que ele fosse preparado e disposto a roubar direitos de explora o de min rios de um pa s do Terceiro Mundo O cirurgi o da Park Avenue com especializa o em elogios fajutos Teve de se conter para n o bagun ar a risca que repartia os cabelos Sorriu e seus dentes quase cintilaram sob as luzes fortes Eu n o compraria um carro usado desse homem pensou
317. grupo de agentes e tentar agir O presidente n o precisou de muita persuas o Estava fazendo enorme press o para a CIA descobrir quem estava por tr s do ataque ao USS Cole e n s n o est vamos conseguindo ajudar O grupo de Austen encontrou os culpados em um piscar de olhos Um m s depois o presidente assinou uma diret riz presidencial de seguran a nacional autorizando o Departamento de Defesa a operar unidades no estrangeiro Lafever fez uma pausa e depois continuou Esse grupo foi batizado de Divis o Austen administrava tudo a partir de um escrit rio pou co conhecido chamado Servi o de Intelig ncia Humana da Defesa cuja atribui o oficial ad ministrar adidos militares em nossas embaixadas estrangeiras Em um ano tinha cinco equipes operando Estamos falando das mais escusas das opera es escusas Clandestinas mesmo Pass veis de serem negadas Agindo sem nenhuma supervis o do Congresso ou mesmo do presidente O tipo de autoriza o irrestrita que qualquer agente seria capaz de matar para con seguir Inclusive eu mesmo Eles fizeram alguns bons trabalhos N o posso negar Apagaram aquele louco assassino na B snia Drako e um ou dois chef es de guerra no Sud o Os sucessos subiram cabe a de Austen Ele come ou a passar dos limites Sujou as m os naquela hist ria com o primeiro ministro do L bano Envolveu se com rebeldes no Iraque N s somos agentes de intelig ncia Nosso trabalho reunir informa
318. guia imaginar tudo s o essencial Carregamentos em troca de informa es Ouro como chamavam S exis tia um tipo de produto que ele supunha que os iranianos cobi assem Produtos que o mundo ocidental os havia proibido de obter Com o cora o aos pulos ele se endireitou no assento Entrou no site da Intelig e come ou a reler as listas de carregamentos Centr fugas aparelhos de GPS tubos a v cuo Foi recuando no tempo dezembro novembro outubro Extrusores de carbono Ligas de a o Sistemas de es friamento Recuou mais ainda Setembro agosto An is magnetizados Transferidores de calor N o tinha d vida de que a identifica o das mercadorias fora adulterada Mas n o fazia difer en a se conhecia ou n o suas fun es exatas Sabia do seu prop sito e isso bastava De repente foi dominado por uma necessidade de sair do carro Cambaleou para fora e come ou a subir a estrada Seus passos foram ficando mais largos e ele come ou a correr aclive acima for ando se deliciando se com o ardor nas pernas com as batidas aceleradas do cora o a res pira o ofegante Sua mente voou para longe e ele se imaginou no alto das montanhas bem no fundo da floresta naquele instante de uma expedi o de poucos dias em que voc finalmente se dava conta de que pelo menos naquele momento por um instante bem definido ofuscante tinha deix ado tudo para tr s seu passado seu presente seu futuro Era um mundo novo dist
319. gurou uma das pernas da cadeira e puxou a com for a para o lado Ao mesmo tempo trans feriu o peso do corpo para o p do lado oposto e atacou Jonathan demorou demais a recuar Um zunido prateado cortou o ar Dessa vez a l mina varou o casaco e cortou lhe o peito No mesmo instante Jonathan abaixou a v lvula O golpe atingiu de rasp o o superc lio de Hoff mann abrindo um talho acima de seu olho Hoffmann soltou um grunhido afastou a v lvula e avan ou arremetendo seu peso contra a cadeira como um zagueiro de futebol americano em purrando um obst culo fixo durante o treino Jonathan largou a v lvula e agarrou a cadeira com as duas m os Hoffmann chegou mais perto Era mais pesado e apesar da apar ncia inexpres siva incrivelmente forte A l mina voou e Jonathan sentiu uma ard ncia na lateral da garganta Nesse exato instante algu m bateu na porta Est tudo bem Sr Hoffmann Tudo perfeito respondeu Hoffmann com uma voz ridiculamente jovial Apoiando todo o seu peso na cadeira o seu rosto estava vermelho vivo com got culas de suor a cobrir lhe a testa Menos de um metro separava os dois Ele ergueu o bra o preparando se para golpear Ao mesmo tempo que se abaixava apoiado sobre um dos joelhos Jonathan empurrou a cadeira para a sua esquerda Pego desprevenido Hoffmann perdeu o equil brio e foi na mesma dire o Caiu para a frente e abaixou se sobre um dos joelhos Jonathan deu a volta nele pegou outra v
320. h drive Felizmente estava l Um sopro c lido de ar tocou lhe as costas e de repente ele foi suspenso no ar Aterrissou de bru os com o rosto enterrado na neve Ergueu se sobre um dos cotovelos e olhou por cima do ombro O Mercedes estava envolto em chamas com as janelas estouradas e o cap vergado em forma de A Jonathan n o sabia o que acontecera se o tanque de gasolina havia explodido ou se fora alguma coisa mais sinistra Atr s do carro em chamas na encosta que dava para a campina um carro de pol cia parou Um homem saltou Dr Ransom gritou Parado O senhor n o tem para onde ir Era o agente de Ascona o mesmo policial grisalho que ele vira na rua poucos minutos antes Jonathan saiu correndo 69 VON DANIKEN COME OU A DESCER A ENCOSTA A neve estava na altura dos joelhos mida e cobria inteiramente seus sapatos de couro Ele nem ligou Cobraria um novo par na conta do departamento Levou a m o pistola depois tirou a Em 30 anos de servi o nunca puxara a arma e n o via motivo para come ar a faz lo agora Um segundo carro de pol cia parou na estrada atr s dele V rios agentes paisana saltaram Todos de terno N o reconheceu nenhum deles Sem d vida eram da pol cia local Virou se para Myer Mande um r dio pedindo um cord o de isolamento na Davosstrasse para garantir que Ransom n o volte para a rua principal Inspetor chefe Von Daniken chamou algu m Von Danik
321. han come a a se desculpar E claro que n o No in cio n o soube dizer se voc era inglesa ou n o O seu sotaque quero dizer Achei que fosse escoc s ou londrino passando pela Europa Central Praga alguma coisa assim Eu Eu sou do Sudoeste Cornualha por ali A gente fala esquisito por l Perto de Land s End Penzance Conhece Penzance De certa forma Ele respira fundo como se soubesse que vai passar por bobo estufa o peito e recita com uma voz melodiosa Conhe o muito bem todas as quest es matem ticas Sei muito de equa es sejam simples ou quadr ticas Dos teoremas binomiais trago muitas not cias E do quadrado da hipotenusa muitas anedotas Como ela n o disse nada ele acrescentou Gilbert e Sullivan Os Piratas de Penzance N o v me dizer que n o conhece a vers o mod erna da can o do major general De repente Emma explodiu em uma gargalhada E claro que conhe o S n o estou acostumada a ouvir isso nas selvas da Africa Meu Deus Um f Eu n o Meu pai Ele era diplomata A gente morou no mundo inteiro Su a It lia Espanha Para onde se mudava virava membro da opereta Sabia cantar essa m sica em ingl s alem o e franc s Um ritmo animado chega at eles pelo ar pesado da noite A batida eletr nica de um baixo Emma inclina a cabe a nessa dire o Clube Muthaiga timo lugar para dan ar S que infelizmente eles n o t
322. hando Posso ligar para voc de um telefone fixo N o d Estou em tr nsito Esperando conseguir um sinal melhor Von Daniken saiu da garagem e ficou em p debaixo da chuva O que voc quis dizer quando falou que a gente desviou uma bala Eu disse que o Gassan contou que o filho da puta do Quitab esse iraniano maluco estava a caminho da Su a para derrubar um avi o 32 O HOR RIO EM ISRAEL ESTAVA TR S HORAS frente do su o Em vez de chuva e neve um sol escaldante brilhava no c u O term metro marcava quase 38 C e o litoral do Mediterr neo derretia sob a onda de calor do in cio da primavera Dezesseis quil metros ao norte de Tel Aviv na cidade costeira encarapitada no alto das colinas chamada Herzliya uma reuni o de emerg ncia transcorria no segundo andar do Instituto de Intelig ncia e Opera es Especiais mais conhecido como Mossad o servi o israelense de intelig ncia internacional Estavam presentes os chefes das di vis es mais importantes da organiza o Converg ncia que cuidava da coleta de informa es A o Pol tica e In termedia o respons vel por tratar com os servi os de intelig ncia de pa ses estrangeiros E Opera es Especiais ou Metsada que supervisionava o lado sombrio do neg cio assassinatos encomendados sabotagem e seq estros entre outros Desde quando eles t m um estabelecimento em Chalus indagou o homem gordo e feio por m altivo que an da
323. has Digitou o nome da cidade para onde estava indo no sis tema de GPS do carro A rota apareceu no monitor Uma voz lhe disse para virar esquerda dali a 500 metros 500 metros depois ele virou esquerda A estrada de quatro pistas se transformou em duas foi se afastando da gua subindo o vale Versazca e iniciando uma s rie de ziguezagues montanha acima Nuvens prateadas cascateavam pelas encostas Come ou a chover mais forte e logo a chuva congelou atingindo o p ra brisa como punhados de pregos A pasta de Blitz estava no ch o ao seu lado Pensou no memorando para Eva Kruger sobre o fim do Projeto Thor O documento parecia in cuo n o fosse pela palavra Thor no flash drive de Emma Quem est falando pergun tara Hoffmann n o propriamente zangado mas com um medo palp vel Era uma pergunta que o pr prio Jonathan tinha vontade de fazer O que mais o incomodava era o subterf gio Os planos O fingimento O engodo Tinha vontade de perguntar a Emma havia quanto tempo aquilo estava aconte cendo quando come ara e quantas vezes mentira para ele E finalmente como ele n o percebera Ele ligou a calefa o Um ar quente rodopiou pelo carro emanando um cheiro conhecido Baunilha e s ndalo Por reflexo olhou para o banco do carona Cada poro do seu corpo fremia de ansiedade O banco estava vazio claro mas por um segundo ele tivera certeza da presen a de Emma Sentira o cheiro dos seus cabelos 44 Preciso confessar
324. hava que tinha matado Lammers Qual era a liga o entre Lammers e Blitz Quitab Se Quitab era um oficial iraniano n o deveriam mandar seu nome para todas as ag ncias aliadas e verificar se existia alguma informa o anterior Al m da confiss o do terrorista foi encontrada alguma prova que ligasse Walid Gassan a Blitz Quitab e Lammers Tinham alguma id ia das atividades de Gassan durante sua passagem pela Su a no m s anterior Qual aeroporto seria o alvo mais prov vel E o americano Ransom Onde ele se encaixava O que achavam do fato de ter matado dois policiais em Landquart Ser que poderia ter tido tempo de matar Lammers no mesmo dia em que sua mulher morreu Por fim uma mesma pergunta feita de v rias maneiras por todos os homens presentes Por que Marti se recusava a tomar provid ncias Von Daniken foi incapaz de responder a qualquer quest o e sua ignor ncia sublinhou a falha que marcava o cerne da investiga o Na verdade eles nada sabiam sobre os conspiradores e o compl Tudo se resumia a um nico fato havia coisas demais e tempo de menos para faz las Von Daniken dividiu a investiga o em quatro reas finan as comunica o investiga o de campo e transportes Ele ficaria com as finan as Sua experi ncia como membro da Comiss o do Holocausto lhe proporcionara muitos conhecimentos e contatos bem como alguns amigos no sistema banc rio Vamos come ar com a Villa Principessa falou N o
325. her e de sua fam lia por nada Ele estacionou e puxou a mala de trabalho para o colo Nela havia dois ce lulares uma arma el trica Taser e um dispositivo de intercepta o celular GSM disfar ado de laptop Ativou o interceptador e sintonizou o para buscar frequ ncias de n meros come ando com o prefixo 455 o prefixo atribu do aos telefones entregues pela embaixada norte amer icana a seus funcion rios tanto os permanentes quanto os visitantes Encaixando o fone de ouvido foi pulando de uma conversa para outra N o fora dif cil localizar John Austen Como todos os bons espi es Austen vivia seu disfarce Como brigadeiro e diretor da Ag ncia de Intelig ncia Humana da Defesa seu paradeiro era conhecido o tempo inteiro Uma liga o do escrit rio de Palumbo na CIA para o escrit rio de Austen no Pent gono revelara que Austen estava fazendo uma turn por capitais europ ias para se comunicar com os adidos militares sob sua supervis o Naquela mesma semana j tinha vis itado a embaixada de Berna e feito viagens curtas a Paris e Roma s 2 da tarde de sexta feira tinha uma visita agendada ao consulado norte americano em Zurique O fato de consulados n o terem adidos militares parecia ter sido ignorado por todos menos por Palumbo Ele sabia que Austen viera a Zurique por um motivo espec fico e que esse motivo era o avi o teleguiado Sa bia tamb m que Austen estava com v o de volta para os Estados Unidos marcado para a manh
326. hes entrar sem resist ncia e chegaram at a trat los como liber tadores O comandante abriu a primeira ordem Esta lhe dizia para ocupar o territ rio e dis tribuir bandeiras alem s para os cidad os Isso foi um divisor de guas At esse dia Hitler era s emp fia e papo furado Depois de recuperar a Ren nia come ou a se levar mais a s rio Assim como o resto do mundo Desculpe Zvi interrompeu Converg ncia O que a segunda ordem dizia A segunda ordem Zvi deu um sorriso triste Se encontrasse resist ncia o comandante deveria recuar imediatamente e voltar para a caserna com os soldados Em suma dizia para sair correndo ao primeiro sinal de conflito A vergonha seria demais para o pa s suportar O governo teria ca do Bastaria um tiro para tirar Hitler do poder Voc est dizendo que temos que enfrentar o presidente Hirsch se virou e olhou pela janela N o acho que v ser f cil desta vez 33 JONATHAN ESTAVA SENTADO com os joelhos junto ao peito costas apoiadas na parede Um nicho no canto sua frente abrigava um vaso de flores frescas Logo acima havia um crucifixo de ferro grosseiro pendurado O ab rigo fora constru do no flanco da colina pelo Clube Alpino Su o e era parecido com uma gruta com o ch o e as paredes feitas de pedra e cimento De onde estava sentado ele podia ver todos os caminhos que conduziam at ali Um vinha do leste uma trilha plana que acompanhava o co
327. i lhe ocorrendo Uma id ia monstruosa Olhou para Marti com um dio renovado e intenso Por qu Mas Alphons Marti n o respondeu Uniu as m os e abaixou a cabe a como em uma prece 73 S 13 HORAS SEPP STEINER chefe da Davos Resgate de Emerg ncia deixou seu escrit rio no cume do Jakob shorn 2 950 metros acima do n vel do mar e saiu para o ar livre A meteorologia previa a chegada de um an ticiclone vindo do sul mas at agora o c u continuava t o carregado e amea ador quanto antes Afastou se um pouco mais de seu escrit rio e verificou o bar metro A agulha estava presa em 880 milibares Temperatura 4 Celsius Bateu no vidro de leve com o dedo e a agulha pulou para 950 Voltando o rosto para o c u observou as nuvens Durante os tr s ltimos dias o c u parecia um mar em calmaria Nessa manh houvera uma mudan a Em vez do horizonte cinza ele p de discernir nuvens individuais O ar estava perceptivelmente mais seco A brisa estava mais forte mas havia mudado de dire o Vinha do sul Steiner correu de volta para o escrit rio e pegou um bin culo um Nikon 8 x 50 que segundo a brincadeira de seus colegas deixava o parecido com o comandante de um tanque Levando o bin culo aos olhos ele vasculhou as montanhas de leste a oeste Pela primeira vez em uma semana conseguiu distinguir os picos acima de Frauen kirchen Parou no Furga com o bin culo apontado para a pista de Roman o pared o quase vertica
328. ia Voc pode N o posso contar ao Paul Ele n o vai deixar Onde ele est agora Com os colegas preparando o pronunciamento Fa a isso por Emma Onde voc est Des a a Davosstrasse at passar pelo escrit rio de turismo Vire esquerda e des a at o p da ladeira Vai ver um celeiro velho no final da rua sua esquerda com uma manjedoura na frente e um trator enferrujado nos fundos Vou estar esperando a Simone hesitou Est bem ent o Me d cinco minutos 44 Um Renault prata parou ao lado do celeiro pontualmente Simone abaixou o vidro da janela Jonathan chamou Voc est a Jonathan esperou alguns segundos com os olhos grudados na rua atr s dela esperando para ver se algu m a seguira Depois de ver que nenhum carro se aproximava esperou mais um pouco Tinha certeza de que o assassino estava por perto Por fim saiu abaixado de tr s da cabana do outro lado da rua e correu at o carro Abra o porta malas disse batendo no vidro do carona com o n dos dedos Simone se sobressaltou R pido disse ele Tem algu m me seguindo Quem Onde Est vendo algu m N o sei exatamente onde mas ele est por perto Est o dizendo que tinha um ministro iraniano dentro do carro na hora da explos o Parvez Jinn Ele ia fazer o pronunciamento de abertura hoje noite Jonathan aquiesceu A mala repetiu Dig
329. ia mat lo Implorou lhe para acabar com a pr pria vida ali mesmo Era Hanhau tentando atra lo para o mundo das sombras No sonho ele riu para mostrar a Hanhau que n o lhe dava aten o Acordou de madrugada com um nico objetivo em mente Matar Ransom 45 S 10 HORAS DAQUELA MANH a for a tarefa j havia obtido suas primeiras vit rias f ceis Von Daniken identificara a Banca Popolare del Ticino como a institui o onde Blitz fazia suas opera es C pias de todas as transa es da conta dep sitos retiradas pagamentos transfer ncias recebidas e enviadas iriam chegar dali a uma hora Al m disso descobrira que a Villa Principessa n o fora alugada nem submetida a leasing como desconfiava mas comprada dois anos antes por tr s milh es de francos por um misterioso truste de inves timentos domiciliado nas Antilhas Holandesas Toda a papelada fora administrada por um agente fiduci rio em Liechtenstein Von Daniken despachara emiss rios para Vaduz capital do pequeno principado de montanha para interrogar os executivos que haviam conduzido a transa o Myer tamb m tirara a sorte grande e j tinha uma lista de 12 n meros de telefone usados regularmente tanto por Blitz quanto por Lammers V rios pertenciam a empresas de manufatura com a qual a Rob tica mantinha neg cios Intima es estavam sendo emitidas para for ar as empresas a divulgar os nomes de quem recebera as liga es Os outros eram n meros
330. ia s poderia ter sido tirado em Teer Mesmo assim sua aten o n o parava de se fixar no rosto do militar e em seus estranhos olhos azuis Olhos de fan tico pensou Nesse exato instante seu celular tocou Ele verificou a tela N mero confidencial Von Daniken Marcus o seu primo americano Von Daniken entregou a carta a Myer e lhe disse para encontrar algu m que falasse rabe Ent o saiu da garagem e retomou a conversa Nenhum outro problema de motor espero Tudo resolvido Que bom Falamos com Walid Gassan J imaginava Von Daniken se perguntou onde o haviam escondido dentro do avi o Quando foi que o prenderam Cinco dias atr s em Estocolmo Um dos nossos informantes ficou sabendo que Gassan tinha aceitado fazer a entrega de uns explosivos pl sticos em Leipzig Arrumamos uma equipe rel mpago para pegar o cara mas ele j tinha se livrado da carga antes de conseguirmos prend lo Semtex Como que voc sabia Comprado daquele ucraniano nojento o Shevchenko Tem certeza Vamos dizer que tivemos uma conversa franca e ele decidiu abra ar Jesus Von Daniken n o precisava de mais detalhes Gassan estava agindo como facilitador continuou Palumbo Ele entregou os explosivos para um sujeito chamado Mahmoud Quitab Verificamos o nome em Langley e na Interpol mas n o achamos nada Enfim o tal de Quitab recebeu a carga em uma va
331. ias Ele n o queria nem ouvir falar nisso Theo era um gerente que punha a m o na massa Ele mesmo reservava suas viagens pela internet Von Daniken anotou essa informa o no bloquinho N o acreditava tratar se de um gerente que punha a m o na massa Lammers era um homem discreto N o queria ningu m olhando por cima do seu ombro quando reservava v os em nome de Jules Gaye ou alguma outra de suas identidades Dra Menz perguntou ele com uma promessa de sorriso eu poderia dar uma olhada na sala dele Isso me ajudaria a entender melhor quem ele era N o tenho certeza se uma boa id ia Na verdade Von Daniken j estava passando dos limites do que podia fazer N o tivera tempo para solicitar um mandado Aos olhos da lei ele n o tinha o menor direito de bisbilhotar o es tabelecimento Quero fazer todo o poss vel para pegar o homem que matou o Sr Lammers disse ele desafiando a com o olhar A senhora n o Michaela Menz levantou se detr s da escrivaninha e acenou para Von Daniken segui la O es crit rio de Lammers ficava logo ao lado do seu Os dois tinham o mesmo tamanho e os m veis eram igualmente utilit rios Os olhos de Von Daniken foram imediatamente atra dos por um objeto intrigante pousado sobre o aparador A engenhoca tinha meio metro de altura era feita de uma esp cie de pl stico transl cido e tinha um formato de V E isto aqui um dos seus produtos perguntou
332. icamente destru do o c rebro Rohde pescou v rios peda os de chumbo deformado e largou os na bacia sua direita As balas eram do tipo dun dum ou balas de ponta oca que se abriam com o impacto Soltou mais um peda o de metal e fez uma pausa Que estranho pensou Em vez do cor de rosa saud vel e normal a rea em volta do peda o de bala apresentava um colorido marrom desagrad vel Normalmente uma cor daquelas indicava necrose a morte inesperada de algum te cido devido a um fator externo infec o inflama o ou envenenamento Rohde removeu um peda o do cerebelo e depositou o dentro de um saco pl stico Deixando ao assistente a tarefa de fechar o cr nio come ou a examinar o ferimento do t rax A bala havia parado ao atingir o cora o mas fora isso estava intacta Remov la foi r pido Ajustando as l mpadas sobre a bancada o legista se curvou para ex aminar o rg o O cora o apresentava uma cor escura bord e saud vel Todo ele exceto o tecido em volta do ferimento Ali o m sculo tinha o mesmo marrom fecal que ele observara no c rebro Rohde removeu um pedacinho de tecido e segurou o perto da luz N o havia d vida de que o que estava observ ando era um caso avan ado de necrose Guardou esse peda o em um saco tamb m Recolheu os dois sacos pl sticos tirou o jaleco e saiu apressado da sala de aut psia Dois minutos depois chegou ao laborat rio de criminal stica Preciso usar o espect
333. icionado haviam penetrado na ZIAG da mesma forma que car rapatos penetram na pele Um parasita se alimentando do sangue de seu hospedeiro Um disfarce Mas por que eles haviam escolhido a ZIAG A sopa de Jonathan chegou O homem barbado sentado ao seu lado lan ou lhe um olhar e desejou lhe um En guete sem convic o Jonathan agradeceu e concentrou se no prato N o queria parecer muito ansioso Terminou a sopa e ent o encarou o homem nos olhos Desculpe disse com a defer ncia que se fazia necess ria O senhor acha que a empresa est contratando O funcion rio avaliou o traje formal de Jonathan Ela est sempre procurando gente mas no escrit rio do diretor n o estou t o certo Enterro disse Jonathan dando uma explica o sobre o terno escuro e a gravata Eu sou maquinista E o senhor Engenheiro el trico O homem tinha mais forma o do que aparentava Engenharia el trica era terreno exclusivo dos f s de an lise quantitativa dos cientistas malucos para quem solucionar equa es diferen ciais era uma simples brincadeira Achei que a ZIAG estivesse no ramo das armas Isso faz tempo Agora fabricamos material sob encomenda O senhor se importa se eu perguntar em que tipo de projeto est trabalhando agora Num campo chamado fus o de sensor Algo usado nos sistemas de dire o Parece ter rela o com armas N o S o para aeronaves
334. idiota Quando trabalhava em um hospital de campanha na Lib ria acabara indo parar na terra de ningu m entre duas fac es inimigas Estava no meio de uma cirurgia quando come ou o tiroteio Era uma amputa o um ferimento de machadinha que havia gangrenado At hoje sete anos depois podia se ver empunhando a serra quando as balas de repente come aram a at ingir as paredes de cimento caiado Do lado de fora vinham os lamentos e gemidos de sempre Lembrava se da voz de um homem em especial gritando Cachez vous Ils vont tous nous tuer Escondam se V o matar todos n s Mas ningu m na sala de cirurgia se mexeu Nem mesmo depois de uma bala explodir a sonda intravenosa Jonathan virou se e examinou a janela do motorista N o havia rachaduras Nem fraturas Apen as arranh es em forma de estrela no vidro Correu os dedos pela superf cie N o estava sequer marcada Incr vel pensou imaginando como um peda o de vidro poderia deter uma bala dis parada queima roupa Concluiu que n o era vidro e sim algum tipo de pl stico O que quer que fosse estava gostando Estava gostando muito Enfiou o dedo dentro do rasg o no tecido do teto procura da bala mas n o encontrou nada Recostou se no banco sentindo a gravidade da pr pria situa o Em algum ponto cruzara uma linha sem volta N o tinha certeza se fora quando fugira da pol cia em Landquart ou quando decidira ir atr s de Gottfried Blitz Pouco importava
335. idos as farm cias su as eram estabelecimentos independentes administrados por pequenos propriet rios N o existia nenhuma base de dados nacional que monitorasse as receitas tampouco um sistema de computadores que as cruzasse de modo a permitir s autoridades alertar os farmac uticos para ficarem atentos caso ele aparecesse A menos que a pol cia tivesse enviado um fax com seu nome e descri o f sica para todas as farm cias do pa s possibilidade que descartava tanto por causa do curto tempo transcorrido desde o incidente de Landquart quanto pela in rcia iner ente a qualquer grande organiza o governamental Jonathan n o tinha nada a temer O farmac utico lhe entregou o frasco de son feros Jonathan saiu da farm cia depois parou em um v o de porta para esvaziar metade das c psulas dentro de uma nota de 10 francos cuida dosamente dobrada Segurou a nota na palma da m o esquerda e voltou apressado para o res taurante Em nove minutos j estava de volta ao bar Mais uma perguntou ao homem sentado ao seu lado O homem sorriu feliz com sua sorte Por que n o Jonathan pediu uma cerveja dessa vez uma caneca e um schnapps para si Prosit disse quando as bebidas chegaram O lcool forte queimou seu est mago Ele estalou os l bios e tirou uma caneta do bolso O senhor me ajudou muito Ser que posso lhe pedir o nome do diretor de pessoal nossa empresa p blica Aqui
336. il casas e apartamentos Myer marcou os bairros que j haviam sido revistados com uma caneta cor de rosa A faixa em forma de fatia de torta cobria menos de 10 da rea total Ent o perguntou Von Daniken Quais a ltimas not cias Mais ou menos umas 12 pessoas viram uma van preta da Volkswagen invariavelmente de algum vizinho Nada de suspeito a relatar exceto o de sempre Algu m olhando pela janela durante a noite indiv duo roubando gasolina de um carro dois adolescentes b bados cantando alto demais Mas nenhum terrorista com um avi o teleguiado de ltima gera o Sem falar em uma aeronave em miniatura com envergadura de oito metros passando em frente sua casa n o Nada disse Myer Von Daniken sentou se na beirada da mesa E Marti Ele vai se dar mal Von Daniken sacudiu a cabe a Explicou que na atual situa o Alphons Marti jamais iria para a pris o Tobi Tingeli violara os estatutos banc rios su os quando mostrara a Von Daniken a correspond ncia de um cliente A prova das transfer ncias mensais das contas do Departa mento de Defesa norte americano para a de Marti nunca poderiam ser usadas em um tribunal Da mesma forma Von Daniken n o podia obter um mandado para revistar as instala es da ZIAG a menos que Marti prestasse testemunho jurado diante de um magistrado encarregado da investiga o dizendo que a empresa exportava material de contrabando Marti seria for ado
337. inci Anjos e Dem nios Ponto de Impacto e Fortaleza Digital de Dan Brown Julieta de Anne Fortier O guardi o de mem rias de Bob Nelson O guia do mochileiro das gal xias O restaurante no fim do universo A vida o universo e tudo mais At mais e obrigado pelos peixes e Praticamente inofensiva de Douglas Adams O nome do vento de Patrick Rothfuss A passagem de Justin Cronin A revolta de Atlas de Ayn Rand A conspira o franciscana de John Sack INFORMA ES SOBRE OS PR XIMOS LAN AMENTOS Para receber informa es sobre os lan amentos da Editora Arqueiro basta cadastrar se diretamente no site www editoraarqueiro com br Para saber mais sobre nossos t tulos e autores e enviar seus coment rios sobre este livro visite o site www editoraarqueiro com br ou mande um e mail para atendimento Weditoraarqueiro com br EDITORA ARQUEIRO Rua Cl lia 550 salas 71 e 73 Lapa 05042 000 S o Paulo SP Telefone 11 3868 4412 Fax 11 3862 5818 E mail atendimento Deditoraarqueiro com br Multibrasil Download www multibrasil net
338. into de tudo que viera antes sem amarras para prend lo nem expectativas para faz lo avan ar Voc era apenas um homem solit rio sozinho com as pedras as rvores os riachos velozes Um cor a o batendo cercado por um mundo que j estava ali muito antes de a humanidade come ar a estrag lo Naquele momento voc se sentia pleno e gloriosamente vivo Dez minutos depois ele chegou ao cume da colina Algu m havia erguido um monte de pedras no topo Ele deu a volta no monte com os pulm es queimando os olhos ardendo por causa do frio Ao norte a mancha comprida e curva do lago de Zurique desaparecia na dist ncia como uma foice margeada por j ias cintilantes Ao sul o vale era longo e escuro iluminado em inter valos variados por aglomera es de luz Menos de um quil metro mais adiante as montanhas mais baixas dos Alpes surgiam na plan cie irrompendo da terra plana e f rtil como imensas escarpas de granito que se erguiam em planos verticais de mil metros ou mais coroados por cumes serrilhados Por qu Emma indagou em sil ncio Como ela havia sido capaz de mandar aqueles mater iais para o pa s mais perigoso do planeta Eles servem para fabricar bombas E n o qualquer bomba A bomba Depois de algum tempo come ou a descer a colina Em 10 minutos chegou ao Mercedes En trou no carro e ligou a calefa o Uma pergunta em especial n o lhe sa a da cabe a Para quem ela estava trabalhando Jogou a cabe a p
339. io de atletismo voltava para o quarto onde trabalhava diligentemente nas tarefas escolares Nos finais de semana ia jogar golfe com algum de seus v rios conhecidos recusando sempre qualquer convite para sair com eles depois do jogo ou ent o ficava no quarto estudando idiomas Isso era ainda mais estranho porque o menino tinha se transformado em um rapaz bonito Tinha os tra os finos bem definidos e totalmente aristocr ticos e mal dava mostras de ter uma gota sequer do sangue ndio da m e Al m disso tinha a aura carism tica dos l deres natos Os meninos mais benquistos da escola procuravam sempre a sua companhia Ele sempre recus ava Os convites recusados logo se transformaram em provoca es Chamavam no de bicha de filho bastardo de esquisito Ele reagia com uma selvageria rara para um menino t o jovem Descobriu que era bom de briga e que gostava de tirar sangue dos advers rios A not cia n o demorou a se espalhar Ele era um solit rio e n o gostava que o incomodassem O segundo pecado muito mais grave aos olhos da escola era a recusa do menino em participar dos servi os religiosos Era uma escola cat lica que exigia dos alunos o comparecimento di rio missa Embora ele fosse ocupar seu lugar nos bancos da igreja nunca rezava nem participava dos c nticos Quando se ajoelhava no altar recusava o corpo e o sangue do Senhor Jesus Cristo Certa vez quando o padre tentou faz lo engolir o sacramento for a ele mo
340. ique fechado o senhor poder se hospedar no Hotel Rossli um pouco mais abaixo nesta mesma rua e bastante confort vel Queira aceitar as nossas desculpas por qualquer inc modo Desculpas aceitas disse Palumbo Ah a prop sito disse Von Daniken Eu por acaso encontrei isto aqui no ch o Chegando mais perto deixou cair um objeto pequeno e duro na palma da m o do agente da CIA Confio no senhor para nos transmitir qualquer informa o relevante Palumbo esperou Von Daniken descer da aeronave antes de abrir a m o Em sua palma havia uma unha humana arrancada e ensangiientada 3 ELA SUMIU Jonathan estava em p no cume de um morro baixo a 200 metros do sop da pista de Roman O vento uivava em jatos e rajadas cobrindo o de branco em um minuto e acalmava se no minuto seguinte Com um bin culo colado aos olhos p de ver os esquis cruzados as letras SOC se destacando no cobertor isolante e mais esquerda a p de emerg ncia na cor laranja Mas n o viu Emma Jonathan separou se dos tr s membros do esquadr o da Davos Resgate e subiu a ltima encosta Fazia quatro horas desde que descera a montanha esquiando para buscar ajuda A neve havia enterrado os esquis cruzados at o alto das correias mas apenas uma camada de um dedo de grossura cobria a mochila dela Ele a abriu e viu que os san du ches e barrinhas energ ticas haviam desaparecido A garrafa t rmica estava vazia Deixou cair a
341. iser estou pouco ligando retorquiu Marti Mesmo assim n o vou assinar o mandado Se quiser tanto assim revistar a sede da empresa abra um dossi com um juiz de investiga o de Zurique Se ele achar que voc tem provas su ficientes para justificar um mandado n o vai mais precisar de mim Isso vai levar pelo menos uma semana E da E se houver uma amea a iminente ao solo su o Ah meu Deus sem histeria Atr s da mesa de Marti havia uma foto dele entrando no est dio ol mpico depois de sua de sastrosa maratona Mesmo na imagem parada ele parecia cambalear Estava claro que havia vomitado sobre si mesmo mais cedo durante a corrida Von Daniken se perguntou que tipo de homem exibiria uma imagem de si pr prio no momento mais baixo mais humilhante de sua vida Se voc acha mesmo que a amea a iminente ent o me d algo concreto disse Marti Voc disse que Lammers costumava projetar pe as de artilharia Tudo bem Ent o me mostre uma arma grande Esse mandado n o vai simplesmente desaparecer dentro de um dossi na minha ficha que ele vai estar se eu agir como seu fantoche N o vou mesmo deixar voc sair por a descontrolado mobilizando todos os recursos em nome de um palpite sem fundamento Palpite sem fundamento Era isso que significavam 30 anos de experi ncia Von Daniken estudou Marti As bochechas encovadas Os cabelos compridos tingidos com uma hena sofist icada
342. isso Jonathan prosseguiu como se n o desse a m nima para quem havia ou n o telefonado Algumas horas atr s descobrimos que umas malas pertencentes ao suspeito foram enviadas em um trem que partiu da sua esta o Temos os canhotos Precisamos do nome da pessoa que as deixou com o senhor O senhor tem uma autoriza o escrita perguntou Orsini Claro que n o N o houve tempo O assassino est vindo para c A not cia n o afetou Orsini em nada Onde est Mario O tenente Conti Ele me pediu para ir direto para a esta o Orsini pensou um pouco enquanto fungava e puxava a cal a do pijama para cima Me d um minuto A porta se fechou Orsini tornou a surgir cinco minutos depois com os cabelos bem penteados o rosto lavado vestido para trabalhar com uma cal a cinza e uma jaqueta azul grossa de carregador Jonathan o seguiu pela lateral do pr dio at o escrit rio onde eram emitidas as passagens Um minuto depois Orsini estava sentado sua escrivaninha digitando os n meros dos t quetes de bagagem no computador Vejamos enviadas para Landquart recolhidas ontem tarde Basta Tarde demais Depois que as malas s o recolhidas o arquivo deletado automaticamente N o posso ajud lo A express o resignada de Orsini enfureceu Jonathan Existe algum outro registro da transa o perguntou ele Talvez quando o cliente comprou a passagem Estamos falando de
343. ista de decolagem o outro por tr s Sugiro duas equipes Eu vou pela frente Von Daniken olhou para aquela mulher arrogante segura de si dando lhe ordens em seu pr prio pa s O rancor subiu do fundo de sua garganta quente Era o rancor de um homem mais jovem impr prio para um inspetor chefe Muito bem Precisa de uma arma Emma inclinou a cabe a na dire o de Jonathan S para ele Esperou Von Daniken entregar ao seu marido uma pistola e dois pentes de muni o depois prosseguiu Haver homens de guarda em volta da casa Aproximem se o m ximo poss vel depois lancem as luzes e as sirenes para cima deles Isso deve espant los Depois do ataque ao alvo de mentira n o v o estar nos esperando O sujeito que est no comando O nome dele Austen Emma n o respondeu Pode falar com ele continuou Von Daniken Ele vai escut la se disser que o local est cercado N o respondeu Emma Ele s ouve uma voz Como assim S estou dizendo que ele n o vai parar N o agora Von Daniken mandou uma mensagem por r dio para o capit o da tropa de choque dizendo lhe para levar seus homens at a Lenkstrasse pelos fundos o mais r pido poss vel e esperar uma resist ncia armada Nesse instante Hardenberg apareceu ao volante de um Audi branco da pol cia Von Daniken abriu a porta A senhora tem carro perguntou a Emma Ransom Est l nos fundos mais em
344. itar Obri gado Muito agradecido De vez em quando esses probleminhas t cnicos acontecem S tinha uma discrep ncia Sim O senhor n o se chama Eva n o Jonathan respondeu que n o e o policial devolveu lhe a credencial V at o Posto de Controle Principal em Davosstrasse na entrada da cidade L eles v o tirar outra foto sua e emitir uma segunda via da credencial Preste aten o para deix la o tempo inteiro vista Alles klar Ele deu uma batidinha leve na porta depois se empertigou e cam inhou em dire o ao carro seguinte Vamos l N o temos o dia inteiro 44 No Posto de Controle Principal Jonathan recebeu uma nova credencial e uma lista da pro grama o do dia junto com um mapa da cidade e passes para poder usar os dois telef ricos da cidade o Jakobshorn e o Parsenn Um policial o acompanhou de volta at o Mercedes e indicou o caminho at o Hotel Belvedere vis vel na encosta da montanha 300 metros adiante Jonathan manteve a velocidade abaixo de 10 quil metros por hora As cal adas estavam abar rotadas de gente Soldados vigiavam cada esquina verificando credenciais aleatoriamente Policiais com c es pastores alem es presos a coleiras curtas patrulhavam as ruas A via ser penteava pela cidade passando por joalherias e lojas de esqui hot is antiquados e caf s Uma ladeira ngreme conduzia porte coch re que servia de entrada ao Belvedere Uma cancela controlav
345. iva estivera ali o tempo todo Simplesmente fora mantida bem escondida N o inspetor chefe a chave desta investiga o encontrar a tal van e os homens que querem derrubar um jato em solo su o Esque a Ransom E uma ordem 36 A VAN ANDAVA DEVAGAR PELAS RUAS adormecidas do bairro N o estava mais branca Dias antes fora pintada de preto fosco e na lataria fora impresso o nome de uma empresa de catering falsa O n mero de telefone anunciado existia e seria atendido profissionalmente As placas su as tamb m haviam sido substitu das por placas alem s que come avam com as letras ST de Stuttgart grande cidade industrial pr xima fronteira O piloto estava ao volante Tomava cuidado para manter a velocidade abaixo do limite legal Em cada parada obrigat ria imobilizava a van por completo Havia verificado que todos os far is estavam em perfeitas condi es Diante de um sinal amarelo diminu a e n o se importava em aguardar Em nenhuma circunst ncia poderia correr o risco de chamar a aten o da pol cia Se revistassem os caixotes de a o inoxid vel na ca amba seria um desastre O nico elo fraco do plano era este a necessidade de transportar o avi o teleguiado em via p blica sem seguran a A van passou por Oerlikon Glattbrugg e Opfikon nos arredores de Zurique Logo deixou para tr s as ruelas ocupa das por apartamentos e casas e adentrou uma floresta de pinheiros esparsos A estrada subia em aclive pron
346. j daqui N o posso sair Preciso contar pol cia o que aconteceu Eles s o a pol cia Jonathan estava achando dif cil aceitar aquilo O que eles estavam fazendo Eles nem disseram nada N o sei e n o estou nem a disse Simone Fui criada em um pa s onde n o se podia confiar na pol cia A pol cia levou meu pai E tamb m meu tio Nunca deu nenhuma explica o Eu sei do que as autoridades s o capazes S rio Aqui n o o Egito Simone olhou como se ele fosse um imbecil E da Esse distintivo por acaso falso N o sei quero dizer n o faz diferen a Eu n o posso fugir O cara morreu Eu o matei N o posso simplesmente Ei voc Amerikaner Parado a A tr s metros o louro mais pesado se ergueu de quatro Mesmo tr pego tinha a voz firme Uma das m os segurava uma pistola apontada na sua dire o Amerikaner pensou Jonathan incr dulo Nunca tinha visto aquele homem na vida Como que ele podia saber alguma coisa a seu respeito O louro mirou e puxou o gatilho Nada aconteceu Fitando a arma sem entender esfor ou se para soltar a trava de seguran a Jonathan olhou para Simone depois para o cad ver na rua e por ltimo para o homem en sangiientado que se levantava com dificuldade com a pistola apontada para ele Entre no carro gritou R pido Agora A porta do motorista estava aberta Jonathan se jogou dentro do ve
347. ken em bom ingl s apesar do sotaque Sr Palumbo E o senhor Von Daniken se apresentou e mostrou sua credencial Temos motivos para desconfiar de que o senhor esteja transportando neste v o um passageiro chamado Walid Gassan Estou certo N o senhor n o est Palumbo cruzou as pernas e Von Daniken reparou que ele cal ava botas com uma ponteira resistente Nesse caso o senhor se importa se revistarmos a aeronave Estamos em solo su o Os senhores podem fazer o que quiserem Von Daniken instruiu o passageiro a permanecer sentado at a busca terminar em seguida prosseguiu at os fundos da aeronave Havia pratos e copos empilhados na pia da cozinha Ele contou quatro couverts Piloto co piloto Palumbo Faltava uma pessoa Verificou o banheiro em seguida passou pela abertura dos fundos e inspecionou o compartimento de bagagens Ningu m informou por r dio a Marti Nada no compartimento de passageiros nem no de carga Como assim nada indagou Marti N o pode ser A menos que tenham enfiado o cara dentro de uma mala ele n o est no avi o Continue procurando Von Daniken fez uma segunda busca na rea de carga checando se existiam compartimentos camuflados Sem encontrar nada fechou o al ap o traseiro e voltou para a cabine de passageir os J revistou o avi o inteiro perguntou Marti de bra os cruzados ao lado do piloto D
348. ken espiou o rel gio do painel eram 19h36 Entre em contato com o piloto e diga a ele para abortar o pouso Temos uma amea a confir mada contra a aeronave Ele est a 60 quil metros da aproxima o inicial N o relatou nenhum problema Tem cer teza Temos todos os motivos para acreditar que haver um ataque partindo do solo ao v o da El Al 863 Mas eu n o recebi nenhuma notifica o do escrit rio central Fa a o que estou mandando disse Von Daniken com uma voz que n o admitia contesta o Sim senhor Von Daniken desligou Sessenta quil metros Se o pequeno avi o teleguiado que ele vira na sala de Lammers tinha um alcance de 50 quil metros um daquele tamanho poderia voar at 10 vezes mais longe Caso n o conseguissem deter o ve culo a reo n o tripulado antes da decol agem seria tarde demais Barragem na estrada adiante disse Hardenberg Contorne Tem espa o no acostamento Ligo a sirene Espere at chegarmos mais perto Hardenberg guiou o Audi para fora da estrada por cima da neve e do mato que a margeavam O carro balan ou de leve Calma calma Sem problemas disse Myer quando o Audi tornou a entrar no asfalto Eu disse O p ra brisa explodiu fazendo chover vidro dentro da cabine Balas arranharam a lataria Um pneu estourou e o Audi emborcou para um dos lados O radiador explodiu com um sibilar de vapor Abaixem se g
349. l na ag ncia de Berna do United Swiss Bank O senhor tem conta l n o tem N mero 517 62 ahn ser que pode me ajudar O rosto de Marti perdeu a cor Von Daniken prosseguiu Durante os ltimos dois anos o senhor vem recebendo 500 mil francos su os por m s do Departamento de Defesa dos Estados Unidos N o venha me falar em trai o O senhor um agente pago por um pa s estrangeiro Isso um absurdo Aquela sua conversa sobre incriminar a CIA e mostrar aos Estados Unidos quem manda era tudo hist ria O senhor queria tirar Gassan do avi o em Berna para impedir que ele fosse inter rogado pela CIA N o queria que ele revelasse a Palumbo nenhuma informa o sobre o ataque N o fa o id ia sobre o que voc est falando Que ataque esse Marti virou em dire o aos seus homens e come ou a cham los Nem pense em fazer isso disse Von Daniken tirando do bolso um ma o de pap is Est tudo aqui Conta n mero 517 623 AA Numerada mas nem mesmo essas contas s o an nimas hoje em dia Pode dar uma olhada se n o estiver acreditando Marti correu os olhos pelos documentos Isso n o se sustenta no tribunal inadmiss vel Tudo inadmiss vel Quem falou em tribunal J mandei uma c pia por e mail para a presidente com um bilhete explicando nossa atual investiga o Eu n o acho que ela v querer servir ao pa s ao lado de um espi o O que o senhor acha Exaurido
350. l net T tulo original Rules of Deception Copyright O 2008 por Christopher Reich Copyright da tradu o O 2008 por Editora Arqueiro Ltda Todos os direitos reservados Publicado originalmente pela Doubleday um selo da Doubleday Broadway Publishing Group uma divis o da Ran dom House Inc Nova York Este livro uma obra de fic o Os personagens e os di logos foram criados a partir da imagina o do autor e n o s o baseados em fatos reais Qualquer semelhan a com acontecimentos ou pessoas vivas ou mortas mera coin cid ncia tradu o Fernanda Abreu preparo de originais Cl udia Pessoa revis o Diogo Henriques S rgio Bellinello Soares e Sonia Pe anha capa Raul Fernandes projeto gr fico diagrama o e gera o de ePub Val ria Teixeira CIP BRASIL CATALOGA O NA FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS RJ R276f Reich Christopher 1961 A farsa recurso eletr nico Christopher Reich tradu o de Fernanda Abreu S o Paulo Arqueiro 2011 recurso digital Tradu o de Rules of deception Formato ePub Requisitos do sistema Multiplataforma ISBN 978 85 8041 013 6 recurso eletr nico 1 Fic o americana 2 Livros eletr nicos I Abreu Fernanda II T tulo CDD 813 CDU 821 111 73 3 Todos os direitos reservados no Brasil por Editora Arqueiro Ltda Rua Cl lia 550 salas 71 e 73 Lapa 05042 000 S o Paulo SP Tel 11 3868 4412 F
351. l onde seu irm o mais velho morrera muito tempo antes A mulher continuava l enterrada bem no fundo da greta Steiner n o iria querer abandonar a pr pria mulher a um sono eterno no gelo Nesse exato instante a brisa amainou Uma fenda se abriu nas nuvens logo acima de sua cabe a e um c u de anil apareceu Ele percorreu rapidamente os poucos passos que o separavam da esta o meteorol gica A temperatura era 2 C O anticiclone havia chegado Steiner correu at sua sala ligou o r dio e alertou seus homens Era o momento de voltar pista de Roman Tr s horas mais tarde a equipe de Steiner chegou ao cume onde Emma Ransom fora vista pela ltima vez Haviam encontrado uma estrada secund ria usada apenas quando o tempo estava bom que era o caminho preferido de alpinistas e praticantes de escalada no gelo Era uma caminhada mais curta mas muito mais ngreme com duas quedas verticais de 20 metros cada uma Os ltimos vest gios do ciclo de tempestade que atingira o pa s inteiro nos cinco dias anteriores se dissiparam O azul reinava no c u e o sol do meio dia brilhava com intensidade Um vasto campo de neve cintilava com os se gredos de mil diamantes n o lapidados Steiner ergueu os olhos para a montanha N o havia sinal da luta de vida ou morte que ocorrera ali Da mesma forma era imposs vel identificar a localiza o da greta Ele ordenou a seus homens que se dispusessem em uma fileira Cada um deles carregava
352. l por um instante depois rasgou o ao meio e jogou o no cinzeiro E de l De l ele vai para Zug Voc n o dever ter problemas para segui lo Ele est usando um rastreador em volta do pesco o Isso vai facilitar as coisas O Fantasma acendeu um f sforo e queimou os pedacinhos de papel O que voc vai fazer perguntou ela Ele n o respondeu e Simone se sentiu tola e irritada por ter deixado transparecer a preocu pa o Ele est carregando uma pasta continuou ela com a voz mais dura Pegue E n o deixe de encontrar o flash drive Est escondido em uma pulseira que ele usa no bra o direito E cuidado com o carro quando o estiver seguindo acrescentou Vi voc o caminho todo desde a casa do Blitz N o era eu Eu estava esperando no estacionamento Tem certeza Os olhos negros encontraram os seus Segui as suas instru es disse ele com a voz mais baixa Otimo Simone aquiesceu Ah e mais uma coisa ele est armado O Fantasma levantou se N o faz mal Simone afundou mais na cadeira e acendeu outro cigarro Olhou pela janela para a escurid o l fora 39 DEPOIS DE SAIR DE ASCONA Jonathan n o seguiu as placas rumo ao norte em dire o a Lugano Airolo e ao t nel de St Gotthard que poderiam gui lo por baixo do viaduto e faz lo chegar ao destino em seguran a dali a tr s horas Como na noite anterior subiu as montan
353. la janela As revela es n o paravam Tive que passar um tempinho em Davos para garantir que tudo corresse conforme o plane jado Escutei os telefonemas e transmiss es de r dio dele N o fa a essa cara de surpresa E mole interceptar liga es de celular E depois Voc n o sabia que eu iria checar os t quetes de bagagem Eu esperava que voc n o fosse at l Eu mesma queria ir buscar as malas em Landquart mas era arriscado demais Depois que eu j tinha morrido precisava continuar morta Jonathan virou se no assento Voc estava l Viu o que aconteceu com a pol cia na esta o de trem Viu o que fizeram comigo Emma fez que sim com a cabe a Desculpe Jonathan Eu quis ajudar Ele tornou a afundar no assento sem palavras Ela prosseguiu Depois segui voc de volta at o hotel mas cheguei tarde demais Algu m da nossa equipe j tinha revistado o quarto Voc chegou logo depois de a pessoa sair N o tive tempo de entrar Uma vez achei que voc pudesse ter me visto No bosque atr s do hotel Jonathan se lembrou de ter sentido uma presen a pr xima de ter olhado para as rvores mas sem ver nada De repente ele perdeu a paci ncia N o estava interessado em quem o qu e quando Aquilo tudo era s fachada Ele queria saber por qu Que hist ria toda essa Em perguntou baixinho No que voc est metida No de sempre respondeu ela sem tira
354. land s Fa a me um favor passe o pente fino nesse tal de Jules Gaye At l atr s Veja se ele existe de verdade ou se um fantasma Vou precisar de um tempo Hoje no final do dia est bom Antes do almo o seria melhor E mais uma coisa diga me para que endere o voc s man daram o passaporte Von Daniken desligou Max Seiler estava examinando o passaporte neozeland s Mais uma vez o documento passou no exame com louvor N o tinha sido adulterado e seu n mero n o apare ceu em nenhuma das bases de dados de pap is roubados Von Daniken olhou para o rel gio Eram 17h30 em Auckland J passara do expediente Ele decidiu ent o ligar para a embaixada em Paris Devido diferen a de 10 horas no fuso hor rio os neozelandeses tinham uma em baixada refor ada em Paris capaz de lidar com a maioria das solicita es oficiais Von Danik en deu o telefonema e foi informado de que o passaporte era aut ntico Segundo as autoridades neozelandesas o detentor Michael Carrington residente Victoria Lane 24 em Christchurch era um cidad o id neo Oficialmente era um NC Nada consta Ele solicitou uma revis o dos documentos de emiss o e foi informado de que abririam uma investiga o O que voc acha perguntou depois de desligar Seiler deu de ombros Dois passaportes v lidos com a foto da sua v tima e dois nomes diferentes S tem uma res posta poss vel n o Gaye e Carrington s o lend
355. lemas Jonathan se levantou e foi para o outro lado da gruta Dizia quando 10 de fevereiro segunda feira O que voc est fazendo perguntou Simone Ele ativou o telefone e ouviu um sinal de discagem Pelo menos aquilo funcionava sem senha Com o memorando na m o digitou o n mero impresso no alto da p gina O telefone tocou duas vezes antes de atenderem Zug Industriewerk boa tarde Com quem deseja falar A voz era jovem feminina e totalmente profissional Eva Kruger por favor Quem devo anunciar O marido dela na verdade pensou Jonathan N o havia preparado uma resposta porque n o esperava que a empresa existisse Um amigo disse depois de alguns instantes Seu nome senhor Schmid respondeu Jonathan Foi o mais pr ximo de Smith em que conseguiu pensar Um instante Um bipe neutro soou quando a liga o foi transferida Uma caixa postal de voz atendeu Aqui Eva N o estou na sala no momento Deixe seu nome e telefone que ligarei em seguida Para maiores informa es tecle estrela para falar com minha assistente Barbara Hug A l ngua era alem o su o fluente com um leve sotaque de Berna N o havia d vida de que Eva Kruger era su a de nascimento O problema que aquela era a voz de Emma Emma que titubeava ao dizer gr ezi e n o conseguia pronunciar chuechikaestli mesmo que sua vida de pendesse disso Emma que al m de um
356. lo E era sem sombra de d vida o investigador mais cruel e tenaz que Von Daniken jamais havia encontrado Seu apelido era Rottweiler O senhor vai encontrar a van da Volkswagen que Gassan usou para receber os explosivos pl sticos em Leipzig Aposto todo o meu dinheiro que ela tamb m est sendo usada para trans portar o avi o teleguiado Achando a encontramos nossos homens Era uma instru o breve que disfar ava uma tarefa gigantesca Hardenberg pigarreou e meneou a cabe a assentindo Sem mais nenhuma palavra levantou se e saiu da sala Ningu m acredit ou sequer por um segundo que estivesse indo para casa Como era noite todas as empresas de loca o de autom veis revendas de carros e ag ncias governamentais estavam fechadas mas Hardenberg ficaria sentado sua mesa at amanhecer bolando a melhor maneira de come ar seu ataque quando todas abrissem as portas na manh seguinte Por ltimo mas n o menos importante vinha Max Seiler A sua tarefa tinha duas frentes Primeiro usando os passaportes de Lammers como ponto de partida teria de anotar todos os carimbos de entrada e sa da para reconstruir suas viagens frequentes Ao mesmo tempo eles pediriam s principais companhias a reas para vasculhar as listas de passageiros de suas aeronaves procura de Lammers Blitz Ransom e de todos os supostos nomes conhecidos ao longo do ltimo ano As descobertas de Seiler poderiam n o ajudar a encontrar o avi o telegui
357. lo bra o e atravessou seu corpo Ele foi cercado de luz Dessa vez n o eram chamas mas uma luz de cura Nesse instante Austen O viu Viu o Senhor seu Salvador Escutou Suas palavras e prometeu obedecer a elas Soube que iria viver Tinha recebido uma miss o para cumprir Ele John Austen que n o pisava em uma igreja desde a crisma aos 13 anos usu rio de lcool um homem prom scuo que desprezava os votos sagrados do matrim nio um jogador que dizia o nome do Senhor em v o um pag o em todos os sentidos da palavra tinha sido escolhido para abrir caminho para o Segundo Advento de seu todo poderoso Senhor Jesus Cristo Austen realizou a verifica o pr v o Eler es Flapes Gasolina Aditivo anticongelamento A c mera do nariz ganhou vida Uma imagem da rua em frente sua casa surgiu diante dele Uma s rie de luzinhas fora disposta dos dois lados da pista de decolagem para servir de demarca o Ele pressionou o acelerador e o avi o come ou a avan ar O Mahdi I estava pronto para levantar v o 82 DENTRO DO CENTRO DE COMANDO Von Daniken levou o bin culo aos olhos e estudou a resid ncia pro tegido atr s das cortinas rendadas A casa comprada pelo Truste Excelsior ficava no n mero 33 da Holzwegstrasse Era uma constru o s lida de dois pavimentos planejada sem a menor imagina o Uma caixa de estuque cor de marfim com telhado de ard sia Um jardim a rodeava Uma varanda se projetava de um dos quartos de dormi
358. lo codinome Babil nia era na verdade uma gigantesca pe a de artilharia capaz de lan ar um proj til a centenas de quil metros com precis o mortal O seu trabalho para o potentado m dio ori ental era p blico e not rio Mesmo assim Bull e seus associados incluindo Theo Lammers eram considerados pessoas de interesse pela pol cia belga O pr prio Von Daniken conhecia o resto da hist ria Gerald Bull fora assassinado em 1990 com cinco tiros na nuca por um atirador que estava sua espera no sagu o de seu apartamento de Bruxelas No in cio especulou se que o respons vel tivesse sido o Mossad servi o de intelig ncia israelense A especula o estava incorreta Na poca os israelenses mantinham com o cientista uma rela o distante por m cordial Como clientes em poten cial estavam ansiosos para saber exatamente o que ele andava fazendo Era justamente por esse motivo que os iraquianos o haviam matado Depois que a arma Babil nia estivesse pronta Saddam Hussein n o queria que Bull sa sse por a compartilhando segredos com ningu m especialmente com os israelenses Von Daniken fechou o e mail depois levantou se e andou at a janela A manh estava cinza e escura com neve mida caindo de uma camada de nuvens baixas A vista dava para um estacionamento e mais al m para um arranha c u de escrit rios ainda em constru o coalhado de oper rios apesar do tempo E Lammers ele se perguntou O que
359. lor cheio de gritos de macacos e de detona es de pequenas armas de fogo Caf Emma lhe estende uma x cara Ela parece diferente de quando ele a viu pela primeira vez Mais magra ainda mais baixa n o t o cheia de energia como antes N o tem sangue O positivo diz Jonathan A gente perdeu dois pacientes porque n o tinha sangue suficiente Voc salvou alguns E mas Ele sacode a cabe a desolado E sempre assim S dia sim dia n o E a vez de Jonathan n o responder Emma olha para ele pensativa Os mais velhos n o v m diz ela depois de alguns instantes Como Voc queria saber por que eles s mandavam os novatos E por isso Depois de algum tempo fica dif cil demais Isso tudo afeta a pessoa Vai minando Os mais velhos n o agientam o tranco Dizem que s poss vel olhar para um n mero limitado de pessoas mortas antes de come ar a se sentir morto tamb m D para entender N o como na Inglaterra n o continua Emma em tom de empatia de igual para igual Vi que voc morou em Oxford Eu estudei em St Hilda s Sistemas Pol ticos Comparativos Quer dizer que voc n o m dica Meu Deus n o Tenho treinamento de enfermagem mas o meu neg cio administra o Lo g stica essas coisas Se a gente um dia tiver O positivo suficiente a mim que voc vai ter que agradecer Eu n o quis Jonat
360. lumbo passou o peso do corpo de uma perna para outra e sentiu a pistola pressionando suas costas Nada Estou andando no escuro Mas consegui encontrar umas informa es sobre Lammers o homem que morreu baleado em Zurique E Senhor n s temos um dossi de 20 cent metros de grossura sobre o cara Ele trabalhou para a CIA por 10 anos Fez espionagem industrial e respondia nossa subesta o de Londres Su miu dos registros em 2003 Fiquei me perguntando por que cargas d gua Walid Gassan estava passando explosivos para homens que tinham uma rela o com o governo norte americano por mais t nue que ela fosse Alguma coisa estava me cheirando mal na hist ria toda Dei uns tele fonemas para perguntar se Lammers tinha passado para o outro lado O que voc descobriu Ah ele tinha passado para o outro lado com certeza Dois anos atr s Lammers foi rastreado pelo Departamento de Defesa Quando morreu estava trabalhando como consultor para a Ag ncia de Intelig ncia de Defesa Almirante ser que o senhor pode me dizer por que pelo amor de Deus estamos eliminando agentes americanos Achei que voc estaria mais preocupado em saber por que o Pent gono est tentando derrubar um avi o de carreira Essa minha pr xima pergunta Palumbo esperava alguma tirada bem humorada Em vez disso Lafever pousou a caneca de caf na mesa e deu um sorriso cansado J ouviu falar em uma unidade chamada
361. m Myer Os dois continuaram a busca Myer re virou as caixas enquanto Von Daniken examinava os pap is sobre as pranchetas Dois minutos avisou Krajcek Nesse instante Von Daniken lembrou se das iniciais da agenda de Lammers G B Tornou a olhar o verso da fotografia As iniciais n o eram C E mas G B Localizou a foto que havia tirado e usou o zoom embutido na c mera para ler o telefone escrito ao lado das iniciais G B C digo de rea 078 Tessin o cant o mais ao sul da Su a onde ficavam as cidades de Lugano Locarno e Ascona Era sua primeira pista de verdade Foi ent o que viu Kiibler em p no v o da porta O homem n o disse nada mas andou na dire o dos outros dois feito um rob com os olhos pregados no detector de radia o RDX falou Isto aqui est impregnado N o era preciso explicar as iniciais RDX sigla de Royal Demolition Explosive ou Explosivo Real de Demoli o era um velho conhecido de qualquer funcion rio de seguran a p blica en volvido com contraterrorismo Inicialmente desenvolvido pelos brit nicos antes da Segunda Guerra Mundial o RDX era o principal componente de v rios tipos de explosivos pl sticos e a carga detonadora usada em todas as armas nucleares Von Daniken se sentiu completamente sem f lego Um avi o teleguiado uma empresa que fab ricava sistemas de rastreamento hiperprecisos e agora explosivos pl sticos Mas n o estou vendo nada a
362. m a programa o vespertina da TV Diminuiu o passo o suficiente para ver que a crian a mais nova era um menino de cabelos pretos e p lido como ele com os bra os em volta da m e Seu cora o bateu mais depressa Lembran as dan aram atr s de seus olhos como um p ssaro encurralado que bate as asas contra uma janela Ele desviou o olhar Depois de verificar que n o vinham carros de nenhuma das duas dire es passou por cima da cerca de arame que demarcava a parte da frente do terreno e tomou posi o atr s de uma pilha de lenha apoiada na lateral da casa Ali agachado na neve esperou Ele j havia feito parte de uma equipe numa poca embora nunca tivesse sido o l der Sabia que deveria ter uma dupla de homens para vigiar o alvo no restaurante um carro para segui lo at em casa e uma equipe de retirada esperando para conduzir o atirador at o aeroporto ou es ta o de trem mais pr ximos e de l para fora do pa s Tudo isso fazia parte do procedimento padr o Mas preferia daquele jeito Sozinho no escuro Um agente da morte De um bolso lateral retirou uma caixinha met lica ativou o interruptor depois tornou a guard la A caixa emitia um sinal de interfer ncia que impedia o controle remoto do port o da gar agem de funcionar O alvo seria obrigado a sair do carro para abrir o port o manualmente ou talvez para entrar por uma porta lateral e abri lo por dentro Ao longe detectou o rugido suave de um motor
363. m estranho sem dar qualquer indica o de que desejava abra lo ou beij lo ou de que estava sequer feliz em v lo de novo Mas eu a vi disse ele No fundo da greta Voc pensou que me viu O sangue a trilha na neve a sua perna estava quebrada Eu vi a fratura N o era o meu osso Foi tudo superimprovisado Tive que agir r pido Quando eu descobri Emma disse ele que estava tudo marcado para este fim de semana comecei a Emma gritou ele E esse mesmo o seu nome Sem responder ela se virou e come ou a descer a colina a passo acelerado Imobilizado onde estava Jonathan foi tomado por uma profus o de emo es estupefa o raiva empolga o e amargura todos se digladiando entre si Levou um ou dois segundos para dominar as pr prias sensa es Ainda at nito seguiu a pela estrada at onde ela deixara seu carro duas curvas mais abaixo Era um Golf da Volkswagen j bastante usado Jonathan se encamin hou para o lado do motorista mas ela j estava l abrindo a porta e se abaixando para entrar Quando ele se sentou no banco do carona o motor j estava ligado a marcha engatada e o carro come ou a andar Eu liguei para o hospital disse ele A enfermeira me disse que a Emma Everett Rose que nasceu l morreu em um acidente de carro duas semanas depois Depois disse ela Depois eu conto tudo a voc N o quero tudo S quer
364. m feito dele um homem superst cioso Uma a uma mergulhou as balas no frasco cobrindo as com um l quido viscoso de cheiro amargo Era o seu ritual Primeiro a prece depois o l quido Como profissional sabia que precau es nunca eram demais Neste mundo ou no outro Deu uma soprada em cada bala depois inseriu as no pente Ao terminar pegou a pistola encaixou o pente no cabo e p s uma das balas no tambor Verificou se a trava de seguran a estava presa depois tirou do outro bolso uma resistente sacola de tecido grosso e prendeu a em um ponto acima do buraco por onde sairia a c psula Desceu do carro Seus olhos de sobrancelhas grossas examinaram a rua de um lado e de outro N o viu ningu m Nessa noite o tempo era seu aliado Ningu m se aventurava a sair de casa As 21h30 a rua estava deserta Abotoando o casaco p s se a subir com passos apressados Era um homem atl tico de estatura m dia ombros estreitos e cabelos pretos lisos que chegavam gola da roupa Tinha faces encovadas um nariz fino e aristocr tico e a tez t o p lida que quase chegava a ser cadav rica De longe n o parecia andar mas deslizar pela cal ada Era a combina o da palidez mortal com a presen a et rea que lhe valera seu apelido profissional Fantasma Ao passar pelo alvo p de ter uma vis o desobstru da da casa por uma janela alta adjacente porta de entrada Uma mulher e tr s crian as estavam sentadas lado a lado em um sof entretidas co
365. m miss o de combate No lugar de uma profus o de mostradores e instrumentos encarou uma parede de seis monitores de tela plana exibindo as fun es cruciais da aeronave Sentou em seu lugar e orientou se Segurou o manete e passou alguns instantes familiarizando se com ele Verifica o dos sistemas finalizada disse um dos t cnicos Conex o com o solo estabelecida Liga o com sat lite estabelecida V deo funcionando Afirmativo O piloto deu a partida no motor As luzes verdes do painel de controle se acenderam A nica tur bina Williams girou emitindo um ronco regular enquanto ele executava a prepara o para a decolagem Eram 2 horas da manh Do lado de fora da cabine do piloto a noite estava escura como breu Nem uma nica luz brilhava no vale alpino onde seria feito o teste Ele manteve os olhos cravados na tela posicionada no centro do painel de controle onde uma c mera infravermelha montada no nariz do avi o proporcionava uma imagem verde fosforescente e granulada da pista Era como ver o mundo atrav s de um canudo de refrigerante Requisitando permiss o para decolar Permiss o concedida Tenha um bom v o Allahu akbar Deus grande O piloto empurrou o acelerador para a frente soltou o freio e o avi o come ou a percorrer a pista Quando atingiu a velocidade de 100 n s puxou o manche e o avi o ergueu se no ar Ele estudou o radar do solo Aquele vale era cercado de montanhas alg
366. m problema Hoffmann desligou o telefone e lan ou um olhar contrariado para o visitante E o senhor quem Conversamos ontem pelo telefone Hoffmann tensionou o corpo Sr Schmid Isso Jonathan pousou a caixa sobre a escrivaninha Grite falou Agora a sua chance Vamos l Grite pela sua secret ria Hoffmann permaneceu im vel como uma pedra N o disse nada N o pode gritar n o continuou Jonathan N o pode correr o risco de a pol cia vir correndo e eu contar a ela tudo que sei sobre a opera o na qual voc estava envolvido junto com Eva Kruger Nisso o senhor tem raz o disse Hoffmann com a voz neutra Mas uma estrada de m o dupla Eu n o posso gritar e o senhor n o pode fazer nada para me for ar a falar Eu s quero saber no que ela estava metida Hoffmann cruzou os bra os na frente do peito Sente se Dr Ransom Sugiro que deixemos os joguinhos de lado Jonathan aproximou se da escrivaninha com cautela Sentou se na beirada da cadeira fazendo uma careta quando a SIG Sauer enfiada no c s da sua cal a beliscou lhe as costas Como que funciona essa arma o Uma empresa dentro da empresa Um projeto interno secreto E isso Hoffmann deu de ombros indicando que aquele caminho era in til Pare de tentar adivinhar Imagino que voc s estejam fabricando alguma coisa que n o deveriam e entregando para algu m que n o d
367. m punho O americano corria na dire o oposta para longe do carro N o vai det lo E ele que n s queremos Hoje n o Marcus Hoje o nosso suspeito n mero um voc Uma pequena multid o j havia se reunido pelos arredores do campo V rias pessoas corriam na dire o do carro inclusive um homem com um extintor de inc ndio Ransom se esquivava entre elas diminuindo o passo at come ar a andar cada vez mais perto da liberdade Von Daniken come ou a atravessar o campo apressando o passo prestes a correr Ransom chamou Pare Est me ouvindo A cada segundo mais soldados e policiais chegavam cena N o menos de 10 homens uni formizados vinham subindo pelo lado oeste da campina espalhando se para cercar o ve culo em chamas Von Daniken acenou para eles Ele est ali gritou apontando na dire o de Ransom De terno escuro O homem alto de cabelos pretos Os olhos dos policiais iam de Von Daniken a Marti Todos conheciam de vista os membros do Bundesrat Como um dos sete indiv duos que compunham o Conselho Federal respons vel por governar o pa s Marti era uma importante figura nacional Os policiais n o podiam desobedecer lhe Marti bradou um comando para um dos ajudantes que mandou uma mensagem por r dio em seu walkie talkie O grupo de soldados ignorou Ransom e convergiu para Von Daniken Levando as m os aos joelhos o chefe do Servi o de An lise e Preven o um dos a
368. m todos os v os V o desviar todos os avi es a caminho da Su a para Munique Stuttgart ou Mil o e mandar todo mundo para c de trem e de nibus E se rece b ssemos amea a a um t nel Dever amos fechar o San Bernardino e o Gotthard claro que n o Von Daniken encarou Marti Vamos precisar da coopera o estreita da pol cia local disse depois de alguns instantes fin gindo n o ter escutado uma palavra do que Marti dissera Vamos vasculhar todas as casas em um raio de 10 quil metros do aeroporto Depois vamos Voc n o ouviu o general interrompeu Marti com o mesmo tom sensato O avi o teleguiado poderia ser lan ado de qualquer lugar Poderia derrubar um avi o na Fran a na Ale manha ou na Africa at onde sabemos Por favor Marcus Von Daniken enterrou uma das unhas na palma da m o Isto n o est acontecendo disse para si mesmo Marti n o estava subestimando a amea a Como eu estava dizendo vamos come ar com uma revista de casa em casa Prometo que vai ser discreta Vamos come ar em Zurique e Genebra E quantos policiais voc acha que ser o necess rios para isso V rias centenas Ah V rias centenas de policiais discretos que v o andar na pontinha dos p s sem dar um pio sobre o motivo que os obrigou a deixar mulheres e filhos no meio da noite para sair batendo de porta em porta procura de um m ssil armado Para procurar um m ssil
369. mente Preciso saber se voc s est o com uma equipe trabalhando no meu pa s Que tipo de equipe Sei l como voc s chamam isso Wet work Liquida o San es uma senhora pergunta sim e acho que voc me deve uma resposta Eu diria que j paguei essa d vida ontem Ontem foi tudo nos conformes Deter Gassan e os cupinchas dele s o tanto do interesse de voc s quanto do nosso A vit ria tamb m entra no seu border Pode ser reconheceu Palumbo Mesmo assim preciso de mais informa es para trabalhar Von Daniken deu um suspiro perguntando se quanta informa o deveria divulgar Na verdade n o tinha muita escolha Esse era o pre o de se trabalhar com uma superpot ncia Ou melhor ultimamente a superpot ncia N o podia pedir a confian a de Palumbo sem demonstrar a sua Estamos investigando Blitz tamb m mas de outro ngulo Esse homem sobre quem perguntei a voc Theo Lammers trabalhava com Blitz Os dois se encontraram quatro noites atr s A gente acha que Lammers entregou a Blitz um avi o teleguiado de ltima gera o capaz de voar a 500 quil metros por hora e de carregar uma nacela abarrotada com 20 quilos de explosivos pl sticos Lammers foi morto na noite seguinte a esse encontro Foi um trabalho de profission al A gente est imaginando que foi o mesmo homem que matou Blitz Alguns ind cios sugerem que o assassino um dos seus Que ind cios
370. metido um pecado e seria privado dos seus favores at segunda ordem Jonathan lembrou se da express o da mulher ao remover a tampa da caixa Um papel de seda escondia uma pe a de roupa escura Depois de soltar o papel ergueu a um tiquinho para fora da caixa Havia se esquecido de como a l era macia Que lindo disse Simone Era o su ter de Chamonix Um su ter simples grafite de gola careca Bem cortado e elegante mas primeira vista nada fora do comum o que era exatamente o seu estilo Ele passou os dedos pela gola Cashmere de quatro fios N o havia nada mais macio no mundo Custara 1 600 d lares Metade do sal rio do m s Eu tenho recursos secretos Seria aquele o presente de anivers rio que ela mencionara para o gerente do Bellevue Jonathan tornou a guardar o su ter na caixa O extrato banc rio do Dr Ransom e sua esposa agora exibia um saldo de pouco mais de 15 mil francos su os Mais ou menos 12 mil d lares Isso antes de pagar a conta do hotel Deixando a caixa de lado ele p s no colo a bolsa de viagem de couro Teve a perturbadora sensa o de que n o deveria ver o que ela continha assim como jamais deveria ter aberto a carta de Emma Quem escuta atr s da porta raramente ouve o que quer alertara o sua m e quando ele era adolescente Mas para Jonathan n o existia mais certo nem errado Havia apen as verdade ou farsa Era t o incapaz de descartar aquela bolsa quanto de ignorar os t
371. mochila aos seus p s A marca de onde Emma estivera deitada ainda estava ligeiramente vis vel N o fazia muito tempo que ela sa ra dali Jonathan ligou o sinalizador de avalanche que trazia preso ao peito e deu um giro completo procurando em todas as dire es O sinalizador era teleguiado por um mecanismo que funcionava a dist ncias de at 100 metros O in strumento emitiu um bipe longo prova de que estava funcionando e em seguida silenciou O vum vum da neve se acomodando distante como tambores de guerra ind genas flutuava pelo ar da montanha Est captando algum sinal perguntou Sepp Steiner chefe da equipe de resgate quando chegou ao lado de Jonathan Steiner era um homem baixo magro com as faces encovadas e olhos que pareciam duas fendas Nada Foi ent o que ele viu uma p tala vermelha no meio da neve Jonathan se curvou para tocar a gota de sangue Havia outra alguns cent metros mais adiante e mais uma depois Por aqui disse acenando com o bra o para chamar os outros Pare a alertou Steiner Tem uma greta alguns metros mais frente Uma greta Profunda Vai at a base da geleira Jonathan apertou os olhos tentando distingui la mas n o viu nada al m de um pared o branco impenetr vel Passem uma corda em mim Tirou os esquis depois vestiu um suporte em forma de cadeira e prendeu a corda cintura Cuidado disse Steiner depois de tirar
372. mulher por acaso era Everett Era Mais uma prova de que era ela Aquela n o era Eva Kruger Aquela era Emma A sua Emma Na verdade encontrei uma Emma Rose nos nossos registros disse a enfermeira com a voz agora mais s ria Ela tamb m nasceu em 12 de novembro mas um ano antes esse o prob lema Deve ser algum erro de digita o do documento Tem que ser ela Acho que n o disse a enfermeira N o sei muito bem como dizer isso Jonathan escorregou at a beirada da cama Dizer o qu Eu sinto muito senhor mas Emma Everett Rose nascida em 12 de novembro de 1974 no Hospital St Mary j morreu Morreu em um acidente de carro duas semanas depois de nascer no dia 26 de novembro 52 ESTA UMA LISTA COMPLETA dos postos que ele ocupou Marcus Von Daniken estava sentado em uma salinha entulhada e sem janelas bem escondida no labirinto de corredores da sede da MSF O calor era intenso e a cada minuto que passava ali ele sentia mais uma parcela de sua paci ncia desaparecer A diretora da organiza o m dica estava sentada escrivaninha na sua frente Era uma somaliana de 52 anos que emigrara para a Su a 20 anos antes Tinha a cabe a raspada usava argolas de ouro nas orelhas e n o se esfor ava nem um pouco em esconder a hostilidade enquanto se inclinava por cima da bagun a de pap is que cobria sua mesa e passava um serm o em Von Daniken apontando lhe o dedo com
373. n voa de poeira e cimento Um carro bomba diz ele enquanto o barulho vai diminuindo Bateu em cheio na mesquita Tonto ele se levanta e sacode a sujeira dos cabelos Emma sai da cama e caminha na ponta dos p s em meio aos cacos de vidro at a c moda onde veste as roupas depressa Jonathan procura seu kit m dico mas Emma j o pegou e o est enchendo de gaze curativos e len os antiss pticos tirados de seu arm rio de suprimentos port til Ele chega ao lado dela e come a a recitar os medicamentos de que precisa Em 90 segundos sua maleta est cheia Uma fuma a preta sobe em dire o ao c u A mesquita n o existe mais A explos o destruiu a estrutura Sobrou apenas a base do edif cio com paredes desfalcadas parecendo dentes quebra dos De cima chovem pap is e detritos Jonathan diminui a velocidade ao se aproximar do carro destro ado Olha para baixo e v um par de botas fumegantes Ali perto um bra o se ergue para o c u segurando com firmeza um Alcor o Em algum outro lugar est a metade superior de um ser humano Tudo carbonizado e sujo de sangue sua volta sobreviventes se levantam cambaleando sem rumo Outros correm na sua dire o atendendo aos chamados desesperados dos feridos O cheiro de leo queimado e carne cauterizada fort ssimo Aqui diz Emma Sua voz firme como pedra Ela est em p ao lado de um rapaz deitado de costas O rosto dele uma ma aroca de sangue e a p
374. n Daniken a viu quase por acidente em cima do aparador ao lado de um retrato de Lammers com a mulher e os filhos Pegou o volume encadernado em couro e folheou as p ginas As an ota es eram sucintas quase codificadas a maioria delas lembretes de reuni es com nomes de alguma empresa e seu representante Olhou a ltima anota o feita no dia de sua morte Jantar s 19 horas no Ristorante Emilio com um tal de G B Ao lado estava escrito um n mero de telefone Von Daniken fotografou a p gina Depois de terminar no escrit rio ele e Myer passaram pela recep o e atravessaram duas portas de vaiv m at o andar onde ficava a f brica Onde a oficina dele perguntou Myer enquanto os dois serpenteavam entre v rias es ta es de trabalho m veis Como que eu vou saber S me disseram que Lammers constru a os MVAs aqui Myer parou e segurou o pelo bra o Mas tem certeza de que aqui Quase Von Daniken se lembrou de que a assistente de Lammers n o havia mencionado especificamente que a oficina ficava na sede da empresa Quase repetiu Myer Estou pondo a minha aposentadoria em risco por um quase Uma baia fechada ocupava o canto mais afastado do aposento Entrava se l por uma porta de a o onde havia uma placa dizendo Privado Tenho quase certeza de que ali disse Von Daniken Myer ajoelhou se e usou a lanterna para examinar a fechadura Tran
375. n Volkswagen com placa da Su a N o temos o n mero da placa Von Daniken havia feito a curva para sair da garagem Enquanto escutava percebeu que um pedacinho de concreto estava lascado na pilastra que separava as duas vagas Uma pequena mancha de tinta branca era vis vel a olho nu Uma van branca Tem certeza da cor O cara disse que era branca O nome Quitab significa alguma coisa para voc Nada Von Daniken esfor ou se para n o deixar transparecer ansiedade na voz Alguma outra coisa sobre esse Quitab telefone endere o descri o O telefone dele era de chip com prefixo da Fran a J solicitamos France Telecom para verificar Estamos fazendo a mesma coisa com todas as liga es feitas e recebidas no telefone de Gassan At agora nada sobre o endere o ou o paradeiro desse Quitab mas a gente con seguiu uma descri o Cinq enta anos mais ou menos Cabelos escuros Magro Altura medi ana Sofisticado Bem vestido Um deles por m com olhos azuis Um deles ou seja um rabe Von Daniken olhou para a foto de Blitz Altura mediana Um ar sofisticado E claro os olhos azuis de diamante Nesse instante Myer voltou seguido por um policial Von Daniken pediu a Palumbo para es perar um instante e dirigiu se ao policial Leu a carta perguntou O policial assentiu e explicou que se tratava de uma carta para os pais sobre a vida cotidiana Acrescentou que n o havia men
376. n est no ramo h muito tempo Estamos apenas come ando O coronel Mike meneou a cabe a para o guarda Mais quente 19 JONATHAN LEVOU 90 MINUTOS para chegar a Arosa Depois de subir toda a Poststrasse estacionou do outro lado da rua em frente ao Kulm Hotel a 300 metros do Bellevue Simone estava afundada no banco do carona fumando Voc n o tem por que ficar disse ele melhor a gente se separar Posso assumir a partir daqui Eu quero ficar respondeu ela espiando pela janela V para casa Voc j cumpriu o seu dever Me ajudou quando eu precisei N o posso ser respons vel por voc Ficou bvio que essa insinua o a irritou Ningu m est lhe pedindo isso disparou ela Eu at hoje tenho cuidado de mim mesma muito bem obrigada O que vai dizer ao Paul Que estava ajudando um amigo Vai ser lindo ouvir isso quando voc telefonar para ele da cadeia Tudo que est fazendo se afundar mais ainda em problemas Simone se remexeu no assento dirigindo o olhar na sua dire o Sua bochecha estava roxa onde o policial lhe dera o soco O hematoma contrastava muito com seu aspecto geralmente impec vel E voc est fazendo o qu Me diga Jon Jonathan dissera a si mesmo que iria fazer as coisas dando um passo de cada vez Tecnicamente sabia que era um fugitivo mas n o era da pol cia que tinha medo nem da pol cia honesta nem da do outro tipo Era
377. na sala vazia n o contribuiu para anim lo Calma Marcus disse Max Seiler Como assim 72 horas Von Daniken pegou uma cadeira e contou aos dois outros homens o que havia descoberto Ele d o fora do pa s imediatamente depois do atentado disse depois de detalhar os crimes do Dr Ransom Aparentemente o nosso Dr Ransom est pronto para partir para o Paquist o no domingo noite Ele pode at fin gir que n o sabe que vai ser transferido mas sabe sim Os cupinchas dele provavelmente mataram o pobre homem que ele est indo substituir A gente tem que localizar o Ransom e tem que ser agora Mas o que n s conseguimos sobre a van Algu m a deve ter visto Algu m queria dizer uma c mera de vigil ncia em algum lugar do continente europeu entre Dublin e Dubrovnik Nem sinal dela disse Hardenberg O Myer est l no ISIS para ver se consegue dar um g s neles Dois milh es de c meras todas cegas Qual a probabilidade de isso acontecer Revoltado Von Daniken sacu diu a cabe a Nesse instante a porta se abriu e Kurt Myer entrou com seu passo desajeitado puxando o cinto da cal a por cima do barrig o Ah voc chegou disse Von Daniken A gente estava mesmo falando de voc O que conseguiu Myer correu os olhos pelos rostos ansiosos Podia ver que alguma coisa havia mudado mas n o tinha certeza do que era Ergueu uma pilha de fotografias Leipzig 10 di
378. nando as coisas terr veis que aquele rapaz j tinha feito as mortes que tinha causado as fam lias que havia destru do Depois pensou no que ele iria enfrentar depois de pousarem Dali a quatro horas o Sr Walid Gassan teria o que merecia 9 ALGU M BATEU NA PORTA Moment bitte Jonathan vestiu um su ter listrado meio velho por cima do jeans e enfiou um par de mocassins enquanto se encaminhava at a porta Pois n o O gerente do hotel o aguardava no corredor Em nome de todos os funcion rios queria oferecer ao senhor as nossas mais sinceras condol ncias disse Se houver alguma coisa que eu ou qualquer membro da minha equipe possamos fazer Obrigado agradeceu Jonathan Mas estou bem por enquanto O gerente aquiesceu mas n o foi embora Em vez disso tirou de dentro do casaco um envelope pardo e estendeu o na dire o de Jonathan Correspond ncia Para sua esposa Jonathan pegou o envelope e segurou o sob a luz Estava endere ado a Emma Ransom Hotel Bellevue Post strasse Arosa As letras eram grandes decididas e meticulosas Uma caligrafia masculina pensou ele automat icamente Virou o envelope N o havia nome nem endere o do remetente Com um dia de atraso infelizmente explicou o hoteleiro A equipe que est alargando o t nel ferrovi rio perto de St Peter Molinas causou uma avalanche sobre os trilhos Eu expliquei tudo Sra Ransom Ela
379. nche uma vez Passara 11 minutos abaixo da superf cie enterrado na escurid o incapaz de mover a m o ou sequer o dedo sentindo frio demais para perceber que a perna fora deslocada da articula o e estava virada para tr s deixando o joelho a poucos cent metros da orelha No final das contas sobrevivera porque um amigo tinha visto a cruz do seu casaco de patrulheiro segundos antes de ele ser soterrado Dez segundos se passaram O rugido cessou O vento amainou e um sil ncio soturno se abateu sobre a encosta Sem dizer uma palavra ele desenrolou a corda que trazia em volta do tronco e amarrou uma das pontas na cintura de Emma Recuar n o era mais uma alternativa Tinham de sair do caminho da avalanche iminente Gesticulando com as m os Jonathan informou que iriam pegar uma trilha que subia o pared o e que ela deveria segui lo Tudo bem Tudo bem ela respondeu Apontando os esquis para cima da encosta Jonathan recome ou a andar O pared o era muito ngreme e acompanhava a lateral da montanha Ele manteve um ritmo puxado A cada poucos passos olhava por cima do ombro e via Emma onde deveria estar n o mais de cinco passos atr s O vento aumentou e mudou o curso para o leste A neve os fustigava em rajadas hori zontais puxando as dobras de suas roupas Jonathan perdeu toda a sensa o nos dedos dos p s Os das m os ficaram dormentes e r gidos A visibilidade caiu de sete para tr s metros e depois disso ele passo
380. ndo depois da chuveirada quente As m os de Simone massagearam os tend es na base de seu cr nio Jonathan suspirou e pela primeira vez em 24 horas permitiu se relaxar Eles tinham ficado nas montanhas at o in cio da tarde depois descido at a auto estrada e pegado um nibus para Lugano cidade de 100 mil habitantes espalhada pelas margens do lago de mesmo nome 30 quil metros a oeste Enquanto Jonathan se escondia dentro de um cinema Simone fora de loja em loja comprar roupas novas para am bos Depois sa ram para os arredores da cidade procura de um lugar para passar a noite O hotel se chamava Albergo del Lago Era um estabelecimento pequeno familiar situado na periferia de Lugano Um pr dio com fachada de terracota 20 quartos com vista para o lago e uma pizzaria no t rreo para justificar as duas estrelas no guia Usando o passaporte e o cart o de cr dito de Simone os dois se registraram como Sr e Sra Paul Noiret Em vez de malas levavam sacolas de compras cheias de roupas produtos de beleza e uma quentinha contendo frango assado e pommes frites comprados em uma delicatessen de comida proven al Para quem quer que os visse eram dois amantes se recolhendo ao hotel depois de um dia na cidade Prontinho disse Simone descal ando as luvas de l tex Daqui a 15 minutos seu cabelo vai estar t o preto como o da Elizabeth Taylor N o sabia que ela era siciliana Simone deu lhe um tapinha no ombro En
381. ndo por cima do rosto Estava esperando voc diz levando uma das m os at seu cinto e puxando o na sua dire o Jonathan tamb m estava esperando por ela N o h semanas nem meses mas h mais tempo Em um nico dia ela o conquistou Ele a beija e ela retribui o beijo Ele corre uma das m os por baixo da camiseta dela sentindo a pele firme mida e subindo mais at tocar um seio Ela morde seu l bio e se aperta de encontro a ele Eu sou uma mo a de fam lia Jonathan Pra voc ficar logo sabendo Emma desabotoa a camisa dele e a faz deslizar pelos ombros Esfrega seu peito com a palma de uma das m os depois vai descendo Dando um passo para tr s puxa a camiseta por cima da cabe a e tira a cal a jeans Absorve seu olhar vido Como que voc pode ter certeza perguntou Jonathan enquanto ela envolvia seu corpo no dele Do mesmo jeito que voc Ele se deita na grama e Emma se ajeita por cima O luar passeia por seus cabelos cor de cobre As rvores balan am Em algum lugar um grito corta o c u 44 O trem de Chur entrou na plataforma e no minuto seguinte na dire o contr ria o de Zurique tamb m chegou Passageiros lotavam a cal ada em frente esta o Era agora ou nunca Jonathan saiu do v o da porta do restaurante e atravessou a rua depressa Pulou por cima da mureta que cercava o estacionamento e come ou a descer o corredor central Se algu m est ivesse vigiando a
382. ndo um banqueiro de Wall Street Tentava disfar ar o sotaque anasalado da Filad lfia O que voc manda perguntou ele Preciso fazer algumas perguntas sobre uma coisa que aconteceu muito tempo atr s Aceita um caf Palumbo foi na frente at a cantina e pagou por dois pingados duplos Escolheram uma mesa em um canto afastado Voc serviu em El Salvador n o foi Faz tempo disse Leahy Voc ainda devia estar pegando calouras em Yale Tentando e n o conseguindo mais provavelmente respondeu Palumbo O que pode me dizer sobre a Pomba Esse nome saiu do fundo do ba Por que a pergunta Est fazendo algum tipo de auditoria Palumbo sacudiu a cabe a Nada desse tipo S quero me informar Faz muito tempo isso Eu era novato GS 7 Um pirralho N o nada desse tipo Joe Dou minha palavra Isso fica entre n s dois Tipo Las Vegas n tipo Las Vegas Palumbo inclinou se para a frente fechando o espa o entre eles Oper a o Pomba Joe Me fale sobre ela Leahy aproximou se ainda mais e disse Come ou como uma temporada de treinamento Um jeito de fazer com que alguns recrutas entrassem em forma Eram todos amadores Metade tinha acabado de sair das fraldas Man damos vir uns boinas verdes l de Fort Bragg Armas tamb m A id ia era dar a eles um trein amento b sico de soldados Ajudar a consolidar a democracia na regi o O mesmo papo f
383. ne de Von Daniken tocou interrompendo seus pensamentos Era Myer e parecia preocupado Na garagem Venha depressa 31 A GARAGEM ERA SEPARADA DA CASA PRINCIPAL e acess vel por uma entrada lateral Um Mercedes sed ltimo modelo ocupava uma das vagas A outra estava vazia mas uma mancha fresca de leo e marcas de pneu enlameadas indicavam que um carro pela largura do eixo uma picape ou uma van estivera estacionado ali re centemente Myer deu a volta no Mercedes e foi at um arm rio embutido na parede de tr s Abriu as portas e recuou para Von Daniken poder ver bem o que estou pensando perguntou Von Daniken Empilhados nas prateleiras havia tijolos envoltos em pl stico branco e presos de cinco em cinco com fita adesiva Trinta quilos de Semtex ainda na embalagem de f brica disse Myer N o vai ser dif cil descobrir de onde veio isso Explosivos pl sticos eram marcados com um produto qu mico especial que identificava n o apenas o fabricante como o n mero do lote A pr tica permitia que fossem rastreados e pelo menos em teoria servia para evitar a venda e o tr fico ilegais Pegue um disse Von Daniken Myer n o titubeou pegou um dos tijolos e lan ou o para Krajcek que o guardou no casaco Como evid ncia ma terial os explosivos pertenciam oficialmente pol cia de Tessin mas Von Daniken n o estava com vontade de preencher uma requisi o e esperar uma seman
384. ne passou pelos dois postos de controle sem incidentes Em cada um deles parou e mostrou a credencial Em cada um deles certificou se de encarar o guarda nos olhos embora n o exatamente de forma respeitosa E em cada um deles foi rapidamente liberada Em vez de virar direita quando chegou ao cruzamento com a auto estrada que seguia para oeste rumo a Landquart e depois a Zurique ela guiou o carro para leste entrando mais no vale A estrada era suficientemente sinuosa para convenc la de que Jonathan n o tinha como saber em que dire o estavam viajando Mesmo que soubesse n o importava O porta malas estava trancado Ele n o iria a lugar nenhum 72 ALPHONS MARTI ESTAVA EM P no alto da colina que dava para a campina com as m os no bolso do casaco como um general vitorioso Voc achou que eu n o fosse verificar quem avisou CIA Sabe como eu queria pegar os americanos J faz tempo demais que eles est o usando o nosso espa o a reo para levar suspeitos at suas pris es secretas Fico doente s de pensar nos inocentes que j capturaram nas vidas que destru ram Desde quando eles s o inocentes perguntou Von Daniken Os americanos impediram um n mero significat ivo de ataques O sistema deles funciona E nisso que eles querem nos fazer acreditar T o importantes t o poderosos nunca hesitam em passar por cima de alguma regra que se aplique a eles Dessa vez n s os pegamos Gassan estava
385. niken ajoelhou se e enfiou a cabe a no espa o sob a bancada Presa parede havia uma submetralhadora Uzi Ele sentiu a pulsa o acelerar Tente descobrir quem vendeu isso para ele disse pondo se de p e recolhendo os passapor tes Espero que n o se importe se eu ficar com estes aqui Preciso de um recibo disse Widmer Von Daniken escreveu um recibo pelos passaportes e arrancou o do bloco de anota es Tudo nos conformes Agora voc tem assunto para interrogar a Sra Lammers Informe que vamos deport la e os tr s filhos em 24 horas a menos que conte tudo o que sabe sobre as m l tiplas identidades do marido Vamos ver se vai continuar de boca fechada Isso meio dr stico n o indagou Widmer Afinal de contas o marido dela foi a v tima Von Daniken abotoou o casaco e saiu pela porta V tima Sua express o ficou mais dura Algu m com tr s passaportes e uma Uzi car regada n o v tima de nada Ou ele criminoso ou espi o 6 A ESCURID O O CERCAVA POR TODOS OS LADOS Jonathan piscou Estava de olhos abertos mas o breu permanecia absoluto Tentou levantar a cabe a por m descobriu que estava presa Suas pernas e bra os tamb m estavam imobilizados A neve envolvia seu corpo como se ele estivesse deitado em um banho de concreto N o conseguia levantar a m o nem o dedo O tempo inteiro uma voz lhe dizia constantemente para manter a calma que n o era t o fri
386. nizaram os rel gios Von Daniken andou at a janela da frente onde Myer assumira posi o com o bin culo Algu m na vizinhan a viu ou escutou alguma coisa Aparentemente tem havido bastante atividade na casa nos ltimos dias Homens entrando e saindo Carros correndo para l e para c na rua estacionando em frente casa Algum sinal da van Tudo menos isso Da porta dos fundos o capit o Brandt fez sinal indicando que estava na hora de sair Von Daniken juntou se a ele Os dois caminharam a passo acelerado at uma van que aguardava O corpo de bombeiros onde os homens de Brandt estavam esperando ficava a dois minutos de carro Dois helic pteros A rospatiale Ecueril estavam pousados em um campo de futebol anexo com as h lices girando lentamente Dentro do estabelecimento a tens o era palp vel enquanto os policiais vestiam macac es azul escuros e coletes prova de balas seguidos por correias de nylon para segurar seu equipa mento r dio granadas muni o Aquilo n o era um treino Ao todo eram 25 soldados de choque O grupo n o era t o jovem quanto Von Daniken esperava e ele observou mais de um soldado lutando para fechar o colete prova de balas por cima de uma pan a consider vel O armamento padr o era uma submetralhadora compacta a Heckler amp Koch HP 47 Dois homens portavam fuzis grandes e desajeitados chamados Wingmaster usados para derrubar portas O r dio de Von Daniken chi
387. nos Jonathan conseguiu tir la do carro e deit la no ch o A alavanca de marchas havia perfurado seu peito e o sangue esguichava do ferimento como gua de um hidrante Como s tinha seu treinamento de patrulheiro e sabia apenas vagamente o que deveria fazer enfiou o punho in teiro dentro da perfura o mantendo a press o sobre a art ria rompida e detendo a hemorragia A menina permaneceu consciente o tempo todo N o disse uma palavra Simplesmente ficou olhando para ele com a m o enterrada no meio de suas costelas at a ambul ncia chegar Durante esse tempo todo Jonathan p de sentir seu cora o batendo realmente sentir o rg o em si bombeando contra a sua m o A maior emo o de todas Na semana seguinte pediu demiss o do emprego e inscreveu se na faculdade de medicina Seus pensamentos se voltaram para o aqui e agora Virando as costas para a janela os olhos reca ram sobre a mesa de cabeceira de Emma Estava do mesmo jeito que ela havia deixado Uma garrafa aberta de gua mineral culos de leitura equilibrados sobre uma pilha de ro mances baratos Voc n o entende dissera ela certa vez tentando explicar por que tinha pre dile o por hist rias de escoceses vigorosos e bucaneiros viajantes que resgatavam donzelas em perigo e viviam em castelos beira de um lago Gostava deles porque eram previs veis Final feliz garantido Era um ant doto para o seu trabalho onde quase nada terminava bem ou no m
388. nos mas isso foi em 1987 20 anos atr s O que voc descobriu Vincent soltou um grunhido decepcionado gente rastreou o detentor original do passaporte entende o tal de Jules Gaye O pedido dele foi localizado e n s checamos o endere o residencial a certid o de nascimento inclusive o hist rico fiscal Ele um executivo in ternacional caso possa interessar Tem uma meia d zia de empresas espalhadas pelo mundo no ramo do vestu rio Viajava bastante Dubai D li Hong Kong Von Daniken pensou em todos os carimbos nos passaportes de Lammers Ele tamb m viajava com freq ncia Ent o ele existe mesmo Ah sim respondeu Vincent com um tom convicto Mulher Filhos Casa na Avenida Tervuren Ele existe sim O que voc est dizendo Que Lammers levava uma vida dupla Uma fam lia em Zurique outra em Bruxelas N o Isso a gente pode descartar Com certeza Lammers e Gaye s o duas pessoas diferentes S ent o Von Daniken percebeu o barulho de um carro buzinando do outro lado da linha Frank onde voc est Em um telefone p blico respondeu Vincent O ltimo que existe em Bruxelas Telefone p blico Que diabo est fazendo a Voc vai saber daqui a um segundo Frank voc encontrou Gaye ou n o Claro que encontrei Vincent fez uma pausa e sua voz perdeu o tom spero O passaporte de Gaye era uma segunda via Ele perdeu o antigo enquanto e
389. novo a mesma coceira na nuca Tinha certeza de estar sendo observado De costas para a parede esticou a cabe a pela quina da cabana e olhou para o caminho que acabara de percorrer Mais uma vez n o viu ningu m Recostou se na madeira dizendo a si mesmo para se acalmar Tirou o flash drive do bolso Era sua chave para a liberdade Mas ainda havia uma pergunta sem resposta quem tinha a fechadura Controlou se decidindo os pr ximos passos Encontraria algum lugar para abastecer se esperaria anoitecer e en t o subiria a montanha A maioria dos pronunciamentos ocorria depois das seis da tarde Com tantos visitantes para a Kongresshaus a cidade estaria mais calma e com sorte a presen a policial reduzida Depois de passar pela Promenade o resto do caminho seria mais f cil A cerca externa ao redor da cidade quase n o chegava a dois metros de altura Poderia pul la em 10 segundos Sairia do vale pelas montanhas Na manh seguinte estaria em Landquart onde tudo aquilo havia come ado De l pegaria um trem ou uma carona at Zurique Jonathan congelou certo de estar sendo observado Virando se na dire o da rua viu se face a face com um homem compacto bem mais baixo que ele Usava uma roupa de esqui escura mas Jonathan p de ver que n o era esquiador Os olhos negros o fitavam com um ar intri gado como se algu m lhe devesse uma explica o Jonathan reconheceu o rosto na mesma hora Era o sujeito do trem O assassino p
390. ns deles Von Daniken arqueou as sobrancelhas impressionado Ent o se o meu avi o de carreira n o se espatifar contra nenhuma montanha a voc s que devo agradecer N o somente a n s mas de certa forma sim Ele chegou mais perto como se quisesse compartilhar um segredo Imagino que esse tipo de trabalho tenha aplica es militares Voc s t m clientes na ind stria da defesa Fabricantes de aeronaves Muni es teleguiadas por laser Esse tipo de coisa N o Mas algumas das empresas que a senhora citou t m neg cios bem grandes relacionados rea da defesa n o Podem at ter mas n o s o nossos clientes Existem outras empresas que fabricam sistemas militares de navega o Para os ouvidos de Von Daniken essas respostas foram um tanto quanto bruscas Afinal de contas Lammers fora posto na lista de aten o por causa do seu envolvimento na fabrica o de grandes pe as de artilharia incluindo a superarma que estava sendo feita para Saddam Hus sein A senhora ficaria surpresa em saber que o Sr Lammers projetava pe as de artilharia quando era mais jovem indagou Ele era um homem brilhante disse Menz Imagino que tivesse muitos interesses que n o compartilhava comigo Tudo que posso afirmar que como empresa nunca tivemos nenhum envolvimento com qualquer tipo de arma Suas sobrancelhas se juntaram Por qu O sen hor achar que isso tem
391. ns e uma mulher se sentavam em volta de uma mesa comprida no Sal o Principal A cabeceira era presidida por um homem r gido e carrancudo do Oriente M dio com uma franja grisalha e um bigode bem aparado Usava uns culos estreitos de intelectual e de fato era formado em Direito e Diplomacia pelas Universid ades do Cairo e de Nova York Embora fosse quase meia noite e os outros j tivessem tirado as gravatas e afroux ado os colarinhos havia muito tempo ele ainda estava de palet com a gravata impec vel Considerava sua posi o com tremenda seriedade Pelos seus esfor os tinha recebido o Pr mio Nobel da Paz Poucas pessoas podiam se gabar de que o destino do mundo dependia delas sem serem tachadas de mentirosas arrogantes e deslavadas Ele era uma delas Seu nome era Mohamed ElBaradei Era presidente da AIEA Ag ncia Internacional de Energia At mica N o pode ser disse ElBaradei correndo o dedo pelo relat rio Infelizmente n o h d vida disse o homem ao seu lado Yuri Kulikov um russo com o rosto impass vel de um Jogador de p quer que chefiava o Departamento de Energia Nuclear da AIEA Mas como ElBaradei olhou para os rostos reunidos em volta da mesa Se for mesmo verdade n s cometemos uma falha terr vel Um programa de farsa institucionalizada disse Kulikov Uma fraude Durante anos concentramos nossas in spe es em um s local enquanto eles trabalhavam secretamente em o
392. nsava sua volta a mente de Jonathan n o parava de pensar na bola de fogo que consumira a mesquita O clar o cegante que surgira um mil simo de segundo antes de a explos o agredir seus ouvidos Ser que o carro bomba tamb m fazia parte daquilo tudo A gota d gua para faz lo aceitar Ele implorou a Emma pela resposta Mas perdera contato com ela Desiludido escutou apenas o sil ncio 40 MARCUS VON DANIKEN JOGOU UM DOSSI em cima da mesa N o exatamente o contingente que eu esperava falou Mas voc s v o dar conta Olhou para os quatro homens sentados em volta da mesa Nenhum deles havia pregado o olho nas ltimas 36 horas Uma profus o de canecas de caf vazias era a prova de seu estado As luzes fortes no teto tamb m n o ajudavam muito Al m dos habituais Myer Krajcek e Seiler chamara tamb m Klaus Hardenberg investigador da Divis o de Crimes Financeiros Depois de alguns minutos de discuss es decidiram batizar a si mesmos de for a tarefa apesar de ser em pouco numerosos Isso tornaria mais f cil explicar as longas jornadas s suas respectivas mulheres mesmo que n o pudessem falar sobre o teor do trabalho Von Daniken n o se preocupou em lisonje los dizendo que eram os melhores homens de seu departamento Vamos come ar com as perguntas falou sentando se Se alguma coisa estiver incomodando voc s quero que falem As vozes se sucederam r pidas e exaltadas Quem ele ac
393. nspetor chefe Von Daniken no momento n o est Estou vendo Ele devia me atualizar sobre as atividades do dia Ele n o costuma faltar a reuni es Isso estava marcado Marti n o respondeu pergunta A visita n o era programada Ele n o quisera dar a Von Daniken tempo de filtrar o que havia descoberto Onde ele est Zurique Seguindo uma pista relacionada ao financiamento da opera o E mesmo Os bancos n o est o fechados a esta hora Ele n o foi a um banco Foi visitar Tobias Tingeli Eles se conhecem da Comiss o do Holocausto O senhor con segue falar com ele pelo celular Marti ponderou o que acabara de ouvir N o precisa disse depois de alguns instantes Tenho certeza de que voc pode me colocar a par das coisas Voc disse que a investiga o descobriu uma pista sobre o financiamento dessa opera o Tem alguma id ia do grupo que est por tr s do compl Guarda Revolucion ria Al Qaeda Jihad isl mica Ou ser alguma organiza o da qual nunca ouvimos falar Ainda n o temos certeza respondeu Hardenberg Tudo que sabemos que a casa de Blitz foi comprada por uma empresa offshore com sede em Cura ao Quando descobrirmos quem pagava as contas dele vamos estar bem mais perto de saber quem est por tr s desse ataque O que est emperrando seu caminho lei senhor As exig ncias de sigilo banc rio vigentes atualmente tornam dif cil consegui
394. ntanha junto com a neve o vento e o frio amea ador Podia sentir o bra o em volta da cintura de Emma quando ela alcan ou aquele ltimo cume e desabou em cima dele Lembrou se da express o de dever cumprido nos olhos dela da onda de orgulho e da certeza arrebatada de que poderiam fazer qualquer coisa juntos Jonathan Ao longe algu m chamava o seu nome Uma voz rascante com sotaque franc s Ele n o lhe deu aten o Continu ou encarando a luzinha vermelha at esta queimar lhe a retina Emma tinha verificado a previs o do tempo Como estava determinada demais a fazer a escalada n o o avisou de que a previs o n o era boa Nesse instante a m o de algu m agarrou o seu ombro Que hist ria essa perguntou a voz de sotaque franc s Sou eu quem tenho que correr atr s do meu comit de boas vindas Jonathan girou nos calcanhares e deparou com o rosto de uma mulher alta bonita de cabelos pretos ondulados Simone voc veio Simone Noiret largou a bolsa de viagem no ch o e deu lhe um abra o apertado Eu sinto muito Jonathan retribuiu o abra o fechando os olhos e contraindo o maxilar Por mais que se esfor asse n o teve o menor controle sobre a emo o causada pela vis o de um rosto conhecido Depois de alguns instantes perguntou Ent o como voc est Bem disse ele N o bem n o Eu n o sei Mais anestesiado do que qualquer outra coisa Voc est com uma ca
395. ntorno da colina Outro subia do lago ziguezaguecando em uma s rie de curvas fechadas Um terceiro vinha do oeste Depois dos morros baixos de declive abrupto atrav s da chuva torrencial o crescente cinza agitado do lago Maggiore enchia o horizonte Simone estava deitada de costas no ch o duro com as roupas encharcadas o peito arfante Est vendo algu m perguntou ofegante Qualquer um Est o seguindo a gente N o respondeu Jonathan N o tem ningu m l fora Tem certeza Tenho Gra as a Deus Com um gemido ela se ergueu at ficar sentada E demais disse segurando a cabe a com as m os Estou apavorada Aquele homem Blitz Nunca vi algu m levar um tiro daquele jeito O que que a gente vai fazer Ainda n o sei direito De repente como se tivesse lhe ocorrido uma id ia Simone levantou a cabe a Vou dizer o que a gente vai fazer falou Vamos descer desta montanha pegar um nibus at Lugano e en contrar um lugar para nos secarmos Depois vamos comprar roupas novas para voc Um terno Alguma coisa profissional Em seguida cortar e tingir seu cabelo e coloc lo em um trem para Mil o E isso o que a gente vai fazer Primeiro eu preciso de um passaporte disse Jonathan De prefer ncia sem o meu nome ou a minha foto Simone fez um gesto descartando o plano inicial Certo esque a o trem Vamos esperar um pouco depois voltar e
396. ntou Jinn aquiesceu mas levou mais alguns instantes para recuperar a voz O estabelecimento em Chalus est a todo vapor disse com a voz d bil Quatrocentas cascatas Cinquenta e cinco centr fugas N s fechamos todos os outros estabele cimentos e transferimos tudo para l para alcan ar nosso objetivo Cascatas Centr fugas Um estabelecimento totalmente operacional As desconfian as de Jonathan estavam certas A ZIAG estava exportando ilegalmente equipamentos usados para completar o ciclo de enriquecimento de ur nio Mas por que a empresa faria isso E em nome de quem Se soubesse isso estaria muito mais perto de descobrir a identidade do patr o de Emma Lembrou se dos artigos que lera no ltimo ano sobre o desejo do Ir de tornar se uma pot ncia nuclear Qual a sua produ o perguntou Quatro quilos por m s enriquecidos a 96 Est o satisfeitos com isso N o conseguem chegar a 100 Jinn lan ou lhe um olhar de desd m Noventa e seis j muito mais do que o necess rio Achei que fosse ficar impressionado Estou quero dizer estamos Jonathan tinha a sensa o de estar andando por uma casa desconhecida no escuro sempre a meio passo de esbarrar em algum m vel ou derrubar um vaso no ch o Precisava tomar mais cuidado Caso Jinn desconfiasse de que ele n o trabalhava com Eva Kruger n o poderia imaginar o que seria capaz de fazer E a outra parte Que out
397. ntrou O facho de sua lanterna recaiu sobre uma bancada de trabalho coalhada de ferramentas alicates parafusos fios e peda os de metal Bastou uma olhada para saber que a tinham encontrado A oficina de Theo Lammers Von Daniken acendeu a luz Era uma vers o maior do que vira na noite anterior em Erlenbach Havia pranchetas de um lado e de outro da sala Ambas estavam cobertas com desenhos mec nicos e plantas esquem ticas No ch o havia todo tipo de caixa Ele reconheceu os nomes impressos nelas como fabricantes de equipamento el trico Preso parede mais pr xima um desenho de algum tipo de aeronave Na ponta dos p s ele estudou as especifica es Comprimento 2 metros Envergadura 4 5 metros Aquilo n o era um MVA Aquilo era de verdade Os desenhos identificavam o objeto como um avi o teleguiado as aeronaves movidas a controle remoto usadas para sobrevoar territ rio inimigo e se n o estava enganado para disparar m sseis de vez em quando A id ia arrepiou os p los de sua nuca Ali pregada ao lado do desenho estava uma fotografia da aeronave em si Era grande mesmo Do tamanho de um condor Um homem estava em p ao seu lado Cabelos escuros Moreno Ele aproximou a fotografia A indica o da data mostrava que fora tirada na semana anterior Virou a No verso estava escrito T L e C E e uma data T L era Lammers Quem era C E Quatro minutos disse Krajcek Von Daniken trocou olhares preocupados co
398. o disse Emma Mude de canal Jonathan passou para o canal seguinte Anos antes ele trabalhara como instrutor e patrulheiro de esqui nos Alpes e programara o r dio com as frequ ncias de todos os servi os de resgate de emerg ncia da regi o Davos Arosa e Lenzerheide assim como as de Kantonspolizei o Clube Alpino Su o e REGA o servi o de resgate por helic ptero conhecido pelos esquiadores e alpinistas como vag o de carne Arosa Resgate Esquiadora ferida na encosta sul do Furga Necessita ajuda imediata Mais uma vez n o houve resposta Jonathan aproximou mais o r dio A luz de funcionamento piscava debilmente Bateu com o aparelho na perna A luz piscou e se apagou Pifou Pifou O r dio Como assim Voc testou ontem noite eu vi Ontem noite estava legal Jonathan ligou e desligou o instrumento v rias vezes mas a luz se recusava a acender Ser que a pilha N o entendo como poderia ser Troquei as pilhas ontem Depois de tirar as luvas examinou o interior do r dio N o a pilha E a fia o A fonte de energia n o est ligada ao transmissor Ent o ligue N o consigo N o aqui N o sei se conseguiria mesmo se tivesse as ferramentas necess rias Em seguida jogou o r dio dentro da mochila E o celular perguntou Emma O que que tem o celular Aqui em cima n o tem sinal nenhum Tente ordenou ela O c
399. o disse Von Daniken A guerra coisa antiga Estou falando de coisas mais re centes Em seguida tirou um envelope do bolso e o entregou ao banqueiro Tobi Tingeli o abriu Dentro havia algumas fotografias N o eram imagens de nazistas sa das de uma poca remota Mas eram igualmente chocantes Onde conseguiu isto O rosto de Tingeli perdeu a cor Meu trabalho investigar extremistas Eu diria que a atividade retratada nessas fotos entra nessa categoria N o um extremismo pol tico mas mesmo assim um comportamento bastante embara oso Veja bem Tobi eu n o gosto de voc Tamb m n o gosto do seu pai H muito tempo que voc vem conseguindo comprar sua boa consci ncia Tenho ficado de olho Sempre soube que voc era uma pessoa estranha S n o sabia quanto Eram apenas duas fotos mas duas j bastavam A primeira mostrava Tobi Tingeli em p diante de um bar numa sala escura usando o casaco SS do pai com a boina de ins gnia de caveira lascivamente enviesada na cabe a N o estava usando mais nada Nem cal a Nem meias Nem sapatos Segurava o p nis ereto em uma das m os e um chicote na outra com o qual a oitava a bunda branca cabeluda de um homem curvado ao seu lado A segunda foto era ainda mais bizarra at onde isso era poss vel Nela Tingeli estava ajoel hado vestido da cabe a aos p s com uma roupa de l tex preta com fendas para os olhos nariz e boca Com as m os algemadas nas
400. o O policial vociferou algumas instru es para seus homens Cinco outros policiais se precipit aram para dentro do carro vasculhando o porta luvas os compartimentos laterais levantando o banco traseiro pedindo que Jonathan abrisse o cofre passando detectores de explosivos pela cabine Feche todos os vidros Jonathan deslizou at o banco do motorista e fechou todos os vidros O policial apontou para as marcas deixadas pelas balas do assassino O que houve aqui Algu m atirou no senhor Pedras respondeu Jonathan Uns arruaceiros em Zurique Nesse exato instante o policial mais graduado aproximou se de Jonathan batendo com a cre dencial na palma da m o aberta Onde foi que o senhor conseguiu esta credencial perguntou Como assim Jonathan teve dificuldade para manter um tom de voz normal Foi peg la no quartel general da pol cia em Chur Recebi pelo correio Algum problema O chip de mem ria est com defeito Eu nem sabia que essa credencial tinha chip de mem ria disse Jonathan contrito Pode ligar para o meu patr o por favor O senhor n o est entendendo continuou o policial Eu queria me desculpar pelo defeito Toda a sua informa o confere O carro est sendo esperado Vou avisar sobre a sua credencial defeituosa para garantir que eles emitam outra Outra credencial Jonathan estava sorrindo como um idiota N o conseguia ev
401. o Para sua inform a o n s o constru mos para um cliente muito importante disse ela Posso saber quem Infelizmente confidencial mas posso garantir ao senhor que ele n o tem nada a ver com as for as armadas Muito pelo contr rio ali s O senhor iria reconhecer o nome em um segundo Consideramos o trabalho uma grande honra Seria uma tremenda ajuda se a senhora me dissesse o nome desse cliente Menz sacudiu a cabe a N o vejo como isso pode ajudar a encontrar o assassino de Theo Von Daniken cortesmente retirou se Agradeceu lhe pelo tempo concedido e pediu que lhe telefonasse caso quisesse acrescentar mais alguma coisa No caminho de volta at o carro n o pensava em rob s e sim no MVA Michaela Menz tinha raz o Aquilo n o era um brinquedo Era uma arma disfar ada 11 JONATHAN MARCHOU ENCOSTA ABAIXO abrindo caminho entre as pessoas que andavam mais devagar Manteve as m os nos bolsos os dedos manuseando os tiquetes Seriam recibos de bagagem Esquis e botas Roupas de frio sobressalentes Depois de encontr los ele telefonara para o escrit rio de Emma mas ningu m l se lembrava de ter lhe mandado nada Se n o foram eles quem foi Por que n o havia nenhum bilhete nem mesmo um endere o do remetente E por que Emma quisera esconder isso de mim A Poststrasse serpenteava agradavelmente conforme ia descendo a montanha Lojas caf s e hot is margeavam os dois lados da rua
402. o as rela es iam esfriando Liga es ficavam sem retorno Os encontros iam rareando Na maioria das vezes eram cancelados na ltima hora devido a algum caso N o demorara muito para as duas entenderem o recado Estranhamente a separa o fora dif cil e mais dolorosa do que ele gostava de admitir Seu celular tocou Al Widmer Kantonspolizei de Zurique Estamos com um problema Assassinato em Erlenbach Costa Dourada Servi o de profissional Von Daniken levantou se da chaise e desligou a TV Por que eu Isso parece um assunto para a Criminal Mas ele j estava em movimento Entrou na cozinha e despejou a cerveja gelada na pia Prendeu o coldre no cinto vestiu o casaco e pegou a carteira A v tima apareceu no ISIS explicou Widmer O dossi estava classificado de secreto com um bilhete dizendo que h 20 anos o homem tinha sido objeto de uma investiga o ISIS era o Sistema de Informa o de Seguran a Interna a base de dados da pol cia federal que continha dossi s sobre mais de 50 mil pessoas suspeitas de terrorismo extremismo ou de per tencerem a algum rg o de intelig ncia estrangeiro aliado ou inimigo Quem o sortudo perguntou Von Daniken recolhendo as chaves do carro Chama se Lammers Holand s Carteira de estrangeiro categoria C Mora aqui h 15 anos Widmer fez uma pausa e sua voz ficou mais firme Tem mais uma coisa Acho que vai querer ver pess
403. o a verdade A verdade disse ela Agora eu preciso que voc me diga uma coisa O flash drive de Jinn Ainda est com voc n o est Quer dizer voc n o jogou no precip cio de verdade Jonathan tirou do bolso o segundo flash drive N o respondeu Joguei o seu Ela o arrancou de sua m o Vou perdoar voc falou Desta vez Emma abordou a descida da colina como se fosse uma pista de corrida pisando firme nas retas freando nas curvas reduzindo as marchas de forma brusca Emma incapaz de dirigir um carro com c mbio manual nem mesmo se a sua vida dependesse disso At aquele momento ele mantivera as suas duas identidades separadas Havia Emma Ransom sua mulher e havia Eva Kruger a agente Convencera se de que Emma era sua verdadeira faceta a faceta aut ntica e Eva o dis farce Ao v la dirigir percebeu que estava errado Pela primeira vez estava diante da verdadeira Emma da mulher que ela nunca lhe permitira ver Foi ent o que lhe ocorreu que n o conhecia essa pessoa Teria que reaprender tudo sobre ela N o esperava que voc fosse ser t o bom nisso disse quando chegaram ao fundo do vale e tomaram o rumo oeste em dire o a Davos e Zurique O que voc esperava Tive medo de que voc jogasse tudo para o alto e desaparecesse nas montanhas por alguns anos Que desse uma de explorador solit rio Eu poderia ter feito isso se n o tivesse recebi
404. o capaz de provocar um ataque nuclear ao nosso territ rio S queria que soub ssemos mais sobre a capacidade deles O senhor est se esquecendo de uma coisa disse Hirsch N s conhecemos a capacidade deles Eles t m uma bomba e v o lan la O primeiro ministro recostou se na cadeira com as m os unidas por cima do nariz e da boca Por fim suspirou com for a e levantou se Ao longo da nossa hist ria uma vez n s demos ao inimigo o benef cio da d vida N o po demos nos dar a esse luxo outra vez Quero um plano de ataque na minha mesa em 24 horas Vou ligar para os americanos e ver o que consigo em termos de permiss o para usar o espa o a reo iraquiano Ele olhou para Ganz Quanto ao outro que Deus me ajude Devagar os homens em volta da mesa come aram a se levantar Zvi Hirsch foi o primeiro a aplaudir Os outros logo o imitaram Adiantaram se um a um para apertar a m o do primeiro ministro Todos disseram as mesmas palavras Vida longa a Israel 43 EM CASA MARCUS VON DANIKEN n o conseguia dormir Deitado na cama olhava para o teto escutando os sons habituais da noite marcarem a passagem das horas meia noite ouviu a calefa o desligar se A velha casa de madeira come ou a estremecer liberando seu calor armazenado em ru dos estalos e vozes fracas queixosas que pareciam lamentar se eternamente s 2 horas o trem de carga noturno cruzou a Ponte Rumweg Os trilhos ficavam
405. o cart o de cr dito pelo balc o Duas passagens para Landquart pediu Primeira classe 12 O COMPLEXO SE CHAMAVA AL AZABAR e pertencia ao bra o palestino da Far Falestin uma divis o do ser vi o de intelig ncia militar s rio Philip Palumbo entrou no pr dio e fez uma careta ao sentir o cheiro de am nia que permeava o sagu o principal N o era sua primeira visita nem tampouco a d cima mas aquele cheiro que o fazia lacrimejar e o ambiente frio ainda o afetavam Ch o de concreto Paredes de concreto Retratos do presidente Bashir Al Assad conhecido entre seus conterr neos como o Doutor por causa de sua forma o em oftalmolo gia e de seu falecido pai o poderoso Hafez Al Assad eram os nicos adornos vista Uma escrivaninha com um oficial solit rio ocupava o centro do sagu o Um pastor alem o dormia a seus p s Ao ver Palumbo o oficial se levantou e bateu contin ncia Bem vindo senhor Palumbo passou por ele sem responder Oficialmente n o estava ali Caso algu m pressionasse seria poss vel fornecer provas de que ele jamais pusera os p s em solo s rio Philip Palumbo dirigia a Unidade de Remo es Especiais da CIA No papel a Unidade de Remo es Especiais pertencia ao Centro de Comando Contraterrorista Na verdade a URE funcionava como uma unidade aut noma e Palumbo se reportava diretamente ao vice diretor de opera es almirante James Lafever segundo homem mais importante da CIA
406. o de arroz e presa a ela um transmissor de microondas Usando a unha do polegar ele afastou a pele que recobria as antenas e revelou um feixe de cabos de fibra tica finos como cabelo humano N o disse para si mesmo N o pode ser N o t o cedo De repente j estava correndo de volta para o jipe Palavras percorriam sua mente em turbilh o Explica es Te orias Nenhuma delas fazia sentido Seu p esbarrou em uma pedra solta e ele se estatelou no ch o Levantando se aos trope os andou apressado at o jipe Cada minuto era vital Suas m os tremiam quando passou um r dio para seus superiores Fomos encontrados 1 JONATHAN RANSOM LIMPOU o gelo dos culos e ergueu os olhos para o c u Se o tempo piorar pensou vamos ter problemas A neve ca a com mais for a Um vento rugia e fazia chover gelo e cascalho em seu rosto Os picos escarpados e conhecidos que rodeavam o vale alpino haviam desaparecido atr s de um esquadr o de nuvens amea adoras Ele ergueu um dos esquis depois o outro inclinando se para a frente enquanto ia subindo a encosta Pel culas de n ilon presas parte inferior dos esquis faziam nos aderir neve Fixa es de caminhada nas botas permitiam lhe andar com desenvoltura Era um homem alto de 37 anos quadris estreitos e ombros largos Um gorro de l justo escondia os cabelos fartos e prematuramente grisalhos culos de neve protegiam os olhos negros Tudo que se via er
407. o demais E estava congelado Emma foi descendo cada vez mais r pido Ao bater em uma lombada seu corpo foi arremessado no ar como uma boneca de pano Aterrissou com uma das pernas dobrada para tr s Houve uma ex plos o de neve Seus esquis foram lan ados para cima como se tivessem sido disparados por um canh o Ela come ou a despencar com os bra os e pernas abertos girando sem parar Emma gritou Jonathan tomando impulso e descendo pelo tobog Esquiou sem pensar com os bra os bem abertos para manter o equil brio o corpo retesado deslizando pela encosta Um v u de bruma cruzou o declive e por um instante ele se perdeu em um vazio branco e sem visibilidade nenhuma sem saber onde era em cima e onde era embaixo Endireitou os esquis e varou a nuvem como um raio Emma estava ca da bem mais abaixo na encosta de bru os com a cabe a mais baixa do que os p s e o rosto enterrado na neve Ele parou a tr s metros dela Tirando os esquis caminhou pela neve fofa com passos altos as pernas arqueadas os olhos atentos a qualquer nfimo movi mento Emma disse com firmeza Est me ouvindo Tirando a mochila ajoelhou se e limpou a neve da boca e do nariz da mulher Apoiando uma das m os em suas costas sentiu o peito subir e descer Sua pulsa o estava forte e regular Den tro da mochila havia uma sacola de n ilon com um gorro sobressalente luvas culos e uma camiseta t rmica Ele enrolou a camiseta e acomodo
408. o do que montamos aqui Hoffmann uniu as m os e pousou as sobre a escrivaninha Parecia t o inofensivo quanto um corretor de seguros tentando vender uma ap lice de vida Infelizmente acho que isso vai ter de bastar Hoje n o vai ser poss vel D meia volta Dr Ransom disse Hoffmann s rio Saia desta sala Saia do pa s Posso fazer com que a pol cia esque a os mandados de pris o que tem contra o senhor Fa a o que fizer n o olhe para tr s Ainda tem tempo de sair dessa sinuca Isso quer dizer que o senhor tamb m vai ligar para o sujeito que atirou em mim na noite pas sada N o sei nada sobre isso E os policiais que tentaram roubar as malas de Emma Ou ser que o senhor tamb m n o sabe nada sobre isso Os policiais foram terceirizados Eles se mostraram excessivamente entusiasmados Pe o des culpas Ainda assim eu diria que o senhor ficou com a melhor parte do bolo Ent o quem matou Blitz Hoffmann pensou por alguns instantes Pessoas com interesses diferentes dos nossos Pessoas que n o acham que o Thor uma id ia t o boa assim E se elas n o quiserem me deixar ir embora N o posso falar em nome delas Se tentaram atentar contra a sua vida imagino que seja porque acharam que o senhor trabalhava junto com a sua mulher Est querendo dizer que eles acharam que eu trabalho com o senhor Hoffmann franziu o cenho Era bvio que n o gostava
409. o e bateu no homem com uma pedra Pare com isso gritou Solte ele O agressor soltou uma das m os e esbofeteou Simone Ela caiu no ch o e sua cabe a bateu na cal ada com um baque ressonante Um segundo depois a m o j tinha voltado ao pesco o de Jonathan seu aperto mais forte do que nunca O campo de vis o de Jonathan diminuiu at limitar se ao rosto furioso a poucos cent metros do seu Um cheiro de cerveja cebola e cigarro invadiu lhe as narinas O agressor o fez deslizar pelo cap e cravou a outra m o em seu pesco o apertando os dedos como se fossem garras de a o A press o aumentou e Jonathan sentiu que o es fago come ava a ratear Ocorreu lhe que n o se tratava apenas de escapar mas de sobreviver Teria de matar aquele homem que estava em cima dele Sua consci ncia come ou a fraquejar e ele pensou em Emma Viu sua forma inerte ca da no gelo Sozinha Abandonada Sabia que era culpa sua e que n o podia deix la ali Algu m precisava traz la de volta da montanha Essa id ia varou seu corpo como uma corrente el trica Seus dedos apertaram mais a antena Ele vasculhou o rosto do homem olhos nariz boca procura do ponto certo Reunindo toda a energia que lhe restava sentou se No mesmo movi mento enterrou a antena na cabe a do sujeito com um violento movimento em arco As m os fraquejaram no mesmo instante Jonathan cravou a antena mais fundo O agressor cambaleou para longe do
410. o em voc disse ela com a voz mais forte Era novamente uma agente falando Fora treinada para isso V o desconfiar que voc teve ajuda Voc n o tinha como encontrar o avi o teleguiado sozinho Mais cedo ou mais tarde v o descobrir o que realmente aconteceu Algu m vai subir a montanha e descobrir que eu na verdade n o sofri nenhum acidente Eu cometi erros Deixei rastros Eu vou com voc Sinto muito mas n o assim que funciona Jonathan a encarou sem piscar incapaz de dizer qualquer coisa Emma ergueu a m o e tocou lhe a face Ainda temos alguns dias antes de come arem a procurar Da encosta mais abaixo ouviu se o sobe e desce das sirenes Jonathan virou se e viu as luzes azuis piscando na floresta conforme os carros se aproximavam da casa Um carro de pol cia parou em frente garagem Marcus Von Daniken desceu com o bra o direito em uma tip ia Andou at onde eles estavam Voc impediu o ataque Sim respondeu Jonathan Gra as a Deus Jonathan fez um gesto em dire o casa Tem dois homens l dentro Mortos Jonathan fez que sim com a cabe a Von Daniken pensou na quest o Olhou para Emma Quem a senhora O senhor logo vai descobrir respondeu ela Vou chamar uma ambul ncia disse o policial Eu cuido dela disse Jonathan Von Daniken correu uma das m os pelos buracos de bala no cap Lan ou um molho de chaves p
411. o menos estava come ando o dia minimamente revigorado Passara a manh rodeando a f brica primeiro de carro depois a p Sua visita n o era inesperada Hoffmann levara o telefonema a s rio Jonathan n o precisava de outra prova disso al m do carro modelo compacto onde se lia Securitas estacionado junto entrada da sede A Securitas era uma empresa de seguran a conhecida Um ve culo parecido se posicionara em um local discreto junto entrada da f brica Os guardas uniformizados se contentavam em ficar dentro dos carros espiando de longe os funcion rios que entravam Tudo sem alarde Muito discreto A presen a deles n o tinha a inten o de perturbar apenas de ser percebida O problema era que aquilo era sem alarde demais ponderou Jonathan Se um amigo meu tivesse sido assas sinado na v spera e o meu nome pudesse ser o pr ximo da lista eu contrataria a firma de seguran a inteira para ir se aboletar em frente ao meu local de trabalho pensou N o haveria nada de discreto Ent o deu se conta do motivo N o havia como ser diferente A ZIAG era uma empresa leg tima Existia havia mais de 100 anos Tinha uma renda anual de 90 milh es de fran cos su os Empregava 500 pessoas Hannes Hoffmann Gottfried Blitz e Eva Kruger eram intrusos N o faziam parte da organiza o em si Da empresa de verdade Faziam parte da empresa fantasma Da empresa dentro da empresa Com a cumplicidade de algu m bem pos
412. o os mon itores que exibiam informa es sobre partidas e chegadas Tem uma casa de ch do outro lado da rua Vamos tomar um caf Por que n o respondeu Jonathan Talvez l a gente consiga um pouco de privacidade Esperaram uma brecha no tr fego e atravessaram rapidamente a rua Quando estavam chegando cal ada oposta um sed prateado surgiu fazendo a curva depressa Cuidado Jonathan agarrou Simone e arrastou a at a cal ada O carro entrou na rua secund ria subindo no meio fio Cantando pneu parou com o p ra choque a menos de meio metro de dist ncia deles As portas se abriram Um homem saltou de cada lado e os dois partiram na sua dire o Jonathan olhou para um dos homens depois para o outro O que vinha do lado do motorista era baixo e musculoso vestia um casaco de couro usava culos escuros que lhe cobriam a lateral do rosto e tinha os cabelos quase inteiramente raspados O outro era mais alto e mais pesado vestia jeans e um su ter de gola rul e tinha cabelos platinados e olhos estreitos demais para se poder distinguir a cor Os homens se moviam com agilidade em uma evidente atitude de agress o Estava igualmente evidente que seu alvo era ele Jonathan Ransom Antes de con seguir reagir antes de conseguir alertar Simone ou erguer uma das m os para se proteger o louro de su ter de pescador lhe deu um soco na cara Os n s dos seus dedos o atingiram na bochecha Jonathan caiu
413. o quanto ele imaginava Mas era bastante escuro sim Ningu m falava sobre a escurid o Sua respir a o ia ficando mais dif cil O ar se esgotava depressa Ele percebeu que estava enterrado bem abaixo da superf cie e que seria imposs vel algu m encontr lo a tempo O medo foi brotando l do fundo de seu corpo subindo pela barriga ganhando velocidade e for a enfraquecendo sua disciplina e estrangulando a voz calma e ponderada O breu A press o O ar quase no fim Ele foi dominado por um terror indescrit vel Abriu a boca para gritar e engoliu um jato de neve e gelo Sentou se na cama com um pulo Emma arquejou e vasculhou com as m os o colch o ao seu lado Tivera o mesmo sonho outra vez Precisava ouvir a voz dela sentir sua m o no ombro Acendeu a luz O lado de Emma na cama estava intacto O edredom branco e engomado continuava perfeitamente dobrado para baixo Uma pontinha da sua camisola aparecia por baixo do travesseiro Ela se foi Aquilo se abateu sobre ele devagar como uma tempestade que se aproxima Sua respira o acelerou Seus dedos come aram a latejar Alguma coisa intensa e fria varou lhe a barriga e obrigou o a dobrar o corpo ao meio Jonath an solu ou Ela se foi As palavras se repetiam em sua mente enquanto imagens do corpo da mulher sozinho e abandonado na escurid o gelada o atormentavam Por fim recuperou uma certa calma A respira o se normalizou O p nico passou mas el
414. o voc s est o planejando derrubar repetiu Palumbo Em seguida soltou a press o e o brigadeiro dobrou o corpo Quem mandou voc perguntou Austen arfante Lafever Foi voc quem matou Lammers e Blitz Palumbo pressionou a pistola na bochecha do homem De perto seu rosto tinha o mesmo brilho de ch o encerado na v spera e era retesado como um tambor Onde est o avi o teleguiado Vou enfiar uma bala na sua cabe a se n o me disser Voc n o se atreveria Tem certeza disso V em frente N o vai mudar nada Vai sim Voc vai estar morto e aquele avi o teleguiado n o vai explodir um avi o cheio de gente inocente Ningu m inocente Nascemos todos em pecado Fale por voc Onde fica a casa principal Ouvi voc s dizerem que estavam indo para a casa principal Austen fechou os olhos Ah a alegria de n o ter nada e de n o ser nada recitou N o ver nada a n o ser um Cristo Vivo em gl ria e n o cuidar de nada a n o ser de Seus interesses aqui embaixo Palumbo olhou pela janela O motorista continuava desacordado Houve algum movimento at r s das cortinas de uma grande janela acima da garagem Tornou a encontrar o ponto certo e pressionou o dessa vez por mais tempo Onde est o avi o teleguiado Est aqui Esta a casa principal Em seguida soltou a press o Austen o fitou Tinha os olhos cheios de l grimas mas Palumbo n o soub
415. oalmente Me d uma hora e meia Von Daniken precisou apenas de pouco mais de uma hora para fazer a viagem de 110 quil metros Ao descer do carro caminhou com cuidado pela cal ada coberta de gelo e abaixou se para passar pela fita da policia que oscilava ao vento Um agente da Kantonspolizei distinguiu o rosto de Von Daniken e assumiu uma postura de alerta Boa noite senhor 44 L em cima disse o oficial apontando para a garagem Von Daniken subiu a entrada da garagem at uma fileira de luzes port teis montada para de marcar o per metro da cena do crime A profus o de l mpadas de mil watts iluminava a v tima como se ela estivesse se bronzeando na Plage Tahiti em Saint Tropez Ele olhou para o corpo depois desviou os olhos Um trabalho e tanto murmurou Um homem calvo de ombros largos ajoelhado ao lado do corpo ergueu os olhos Tr s na cabe a um no peito disse Walter Widmer chefe da divis o de crimes capitais da Kantonspolizei de Zurique Calibre pequeno Pelo estrago as balas deviam ser dundum Quem fez isso n o queria correr riscos Voc ainda acha que foi encomendado N o encontramos c psulas Nenhuma testemunha Widmer se levantou franzindo o cenho Estamos imaginando que o atirador interferiu eletronicamente no port o da garagem para obrigar Lammers a descer do carro Veja o que acha Von Daniken voltou depressa para a rua A vis o da fisi
416. ocam operetas c micas O Clube Muthaiga fica em Nair bi Eu j vi Entre dois amores Eu tamb m sussurra ela ficando na ponta dos p s N o conte para ningu m que eu roubei o nome Vamos Dan ar Ele sacode a cabe a J faz tempo demais que estou acordado Estou morto E da Emma o pega pela m o e o conduz na dire o da m sica pulsante Jonathan resiste Obrigado mas eu preciso mesmo descansar Isso quem est dizendo o seu antigo eu Meu antigo eu O residente chefe Aquele chato que ganha todos os pr mios e bolsas de estudo Ela puxa sua m o N o me olhe assim Eu disse que era da administra o Li a sua papelada Quer um conselho O antigo voc aquele que trabalha demais Esque a ele N o vai durar uma semana aqui Emma abaixa a voz e ele n o consegue saber se ela est falando s rio ou brincando Isso a Africa Todo mundo aqui ganha uma nova vida 44 Mais tarde depois da dan a da aguardente feita em casa e da cantoria desenfreada e alegre ela o conduz para fora do clube para longe dos tambores retumbantes e dos corpos apinhados para o meio do mato Cruzam um bosque de casuarinas seguindo uma trilha um arranh o na escurid o da noite at chegarem a uma clareira Acima deles um macaco solta um grito e sai pulando de galho em galho Ela se vira para Jonathan com o olhar cravado no seu os cabelos desgrenhados cai
417. odca era amarelo clara e tinha a consist ncia de um xarope Levou a aos l bios e jogou a cabe a para tr s Para Emma disse em voz alta Quem quer que voc fosse de verdade O l quido deslizou garganta abaixo como seda pegando fogo Uma profunda tristeza abateu se sobre ele Um peso vergava seus ombros e tornou os 10 passos at o escrit rio uma jornada pica Outro pequeno c modo Impec vel Uma escrivaninha de metal e a cadeira Aeron que Emma cobi ava mas que nunca teve dinheiro para comprar O computador havia sido retirado mas os fios estavam no ch o ao lado de uma impressora a laser Nenhum papel Nenhuma anota o Ele entrou no quarto Os len is tinham sido retirados da cama e embolados em um canto Os travesseiros estavam cortados Os arm rios continham algumas roupas Uma sinfonia em preto Armani Dior Gucci Sapatos no mesmo estilo Tamanho 35 O mesmo de Emma Por que ele n o parava de verificar quando j sabia E um vestido de festa tamb m preto um modelo capaz de provocar a admira o do mais c nico dos convidados Contra a pr pria vontade imaginou Emma entrando na sala com aquele vestido Seus olhos subiram pelas pernas compridas parando para admirar o decote e em seguida apreciando os cabelos ruivos que ca am em ondas at os ombros Sim decidiu o vestido cumpria seu papel Ela havia escolhido a roupa perfeita para servir vodca e caviar para duas pessoas Duas pessoas Duas pers
418. ode entrar Marcus disse efusivamente Tobias Tingeli Fiquei surpreso com a sua liga o Von Daniken sorriu Muito surpreso sem d vida pensou Oi Tobi Tudo bem Espero n o estar incomodando De jeito nenhum N o fique a parado congelando Deixe eu pegar seu casaco Tobias Tingeli IV Tobi para os ntimos era a nova ra a de banqueiro Ele era um homem jovem 10 anos mais novo que Von Daniken Quando veio atender a porta vestindo jeans desbotado su ter preto de gola rul com os fartos cabelos estilosamente despenteados parecia mais um artista do que um executivo Von Daniken lhe entregou seu casaco Em sua ltima visita 10 anos antes havia na casa uma legi o de empregadas e mordomos uniformizados a postos para recolher casacos e servir aperitivos Imaginou se Tingeli teria aberto m o daquele luxo ou se dispensara os empregados antes de ele chegar Os dois tinham o que se poderia chamar de hist ria pregressa Uma hist ria muito secreta e os modos esfuziantes de Tobi Tingeli enfatizavam o fato de que ele n o gostava de receber Von Daniken em sua casa Venha comigo Marcus Voc se lembra do caminho n o Tingeli foi na frente at o sal o onde uma janela que ocupava toda a parede parecia devorar o lago de Zurique Alguma coisa para beber perguntou ele retir ando a tampa de um decantador de vidro bisotado Von Daniken recusou Como eu disse a quest o um pouco
419. oficial Colar a foto na credencial fora mais complicado e ele precisara plastificar o documento novamente Eu estava em treinamento sem sequer saber Fui o fantoche de Emma o tempo todo Um diploma de m dico n o fora a nica exig ncia para uma carreira de sucesso na M dicos Sem Fronteiras Um gosto por pequenos roubos e uma boa dose de imagina o tamb m eram muito teis N o conseguia contar quantas vezes havia falsificado documentos de importa o e exporta o para facilitar a passagem de rem dios por alguma fronteira ou igualmente importante para evitar ter de subornar funcion rios p blicos corruptos Sim Simone ele sabia o que significava pourri Se a penicilina era proibida eles alteravam os pap is para ampicilina subst ncia ainda mais forte por m ainda desconhecida Quando descobriam guardas de fronteira saqueando carregamentos de morfina mudavam o documento de embarque para morazina Eles que consultassem o Manual de Refer ncia M dica para descobrir que essa subst ncia n o existia A nica parte da credencial do F rum Econ mico Mundial que ele n o podia mudar era o chip de mem ria Sua solu o foi passar um m por cima apagando por completo os dados Estava disposto a apostar que durante a verifica o de milhares de credenciais os seguran as encontrariam um ou dois outros chips com o mesmo defeito A carteira de motorista de Eva Kruger foi mais f cil de adulterar O papel cartonado usa
420. ois assumiram seu tamanho normal Pela primeira vez Jonathan reparou em um link no p da p gina que dizia Refer ncia Clicou nele e obteve uma lista de hyperlinks Mais c digos A data seguida por um nome que ele j conhecia bem ZIAG Zug Industriewerk Ele abriu o primeiro link Era um conhecimento de embarque detalhando o conte do de um carregamento da ZIAG para a Xanthus Instrumentos M dicos em Atenas Duzentos sistemas de GPS port teis de ltima gera o Especifica es t cnicas conforme detalhe Pre o 20 mil francos su os por unidade A serem despachados de Zurique para Atenas na sexta feira 9 de fevereiro a bordo do v o Swissair das 19 horas Seria essa a confirma o de envio mencionada por Falc o em sua instru o anterior para Aguia Ele clicou nos outros hyperlinks Mais informa es do mesmo tipo Faturas detalhadas N o de sistemas de GPS mas de bombas de insulina tubos a v cuo extrusores de carbono Envi ados em 10 de dezembro de Zurique para o Cairo via Nice Enviados em 20 de novembro de Zurique para Dubai Enviados em 21 de outubro de Genebra para Am via Roma O destino final era sempre o Oriente M dio Os carregamentos remontavam a v rios meses O primeiro fora enviado em 12 de outubro pou co mais de seis semanas depois de ele e Emma voltarem do Oriente M dio Enquanto relia a lista de mercadorias Jonathan percebeu que estava certo quando havia exter nado suas suspeitas para
421. om Acho que o senhor est me procurando 83 JONATHAN APROXIMOU SE DO POLICIAL mantendo as m os afastadas do corpo para mostrar que n o es tava armado exatamente como Emma o instru ra a fazer Voc precisa parar os seus homens disse ele As pessoas que est o procurando n o est o naquela casa N o indagou Von Daniken desconfiado N o Nem o avi o teleguiado Por que est me dizendo isso Porque eu tamb m quero impedir o que eles est o fazendo O senhor cometeu um erro Eu n o sou a pessoa que estava procurando Quem ent o Sou eu disse Emma saindo de um arco de sombra atr s do policial O Sr Blitz e o Sr Lammers eram colegas meus n o de Jonathan N o sei se estou entendendo senhorita Sra Ransom disse ela Von Daniken pensou um pouco Seus olhos passavam velozes de um para o outro e por alguns instantes pareceu que ele havia compreendido o desespero que sentiam A senhora Emma Ransom disse apontando um dedo para ela como quem n o est convencido A mulher que morreu em um acidente de escalada na segunda feira passada N o houve acidente nenhum Aparentemente n o Emma o encarou Comunicaram se com a linguagem muda de um profissional se dirigindo a outro Ela lhe deu alguns instantes para entender o que estava acontecendo e ent o disse Jonathan n o tem nada a ver com isso tudo Os policiais que el
422. omente tinham foto como tamb m chips de mem ria com informa es relevantes sobre a pessoa As pessoas autorizadas a circular pela zona vermelha recebiam suas pr prias leitoras de credencial personalizadas As leitoras escaneavam uma rea de 10 metros quadrados em volta delas para captar sinais de outros participantes da confer n cia exibindo nome fotografia e dados biogr ficos em seus monitores Embora ningu m fosse deixar de reconhecer Bill Gates ou Tony Blair o ministro do Petr leo da Ar bia Saudita era outra hist ria Jonathan espalhou todo o conte do do porta luvas no banco ao seu lado Segundo seu racioc nio se Emma tinha de entregar o carro para P J em Davos deveria ter recebido uma credencial de acesso zona vermelha Vasculhou o manual do propriet rio do autom vel um livreto de servi os autorizados e documentos de alf ndega em seguida inclinou se e correu a m o pela superf cie interna do porta luvas Nada ali Tornou a se recostar no assento pensando Se a credencial n o estava nas malas que Blitz mandara para Landquart tinha de estar no carro Mas onde O manual do propriet rio explicava que a blindagem n o era a nica caracter stica exclusiva do ve culo O carro tamb m estava equipado com pneus tipo run flat freios antider rapagem e estacionamento automatizado Achou o que estava procurando no cap tulo Especifica es Solicitadas pelo Cliente um cofre escondido debaixo do banco traseiro D
423. onalidades Mas qual delas era real Como ele poderia saber a difer en a entre a verdade e a fic o E se ele n o conseguisse saber ser que Emma havia con seguido Ocorreu lhe ent o que tamb m fazia parte daquilo Dr Jonathan Ransom m dico viajante do mundo convenientemente empregado nos cantos mais interessantes do planeta Afinal de con tas fora transferido para Genebra para que Emma pudesse cuidar daquilo do Thor o que quer que fosse Por que isso n o poderia ter acontecido antes Jonathan era um fantoche N o fantoche n o Um disfarce Ele se sentou na beirada da cama e pegou o telefone O tom de discagem encheu seu ouvido Ligou para a telefonista internacional e pediu o telefone do Hospital St Mary em Penzance Inglaterra H quanto tempo isso est acontecendo perguntou a si mesmo Antes de Beirute houvera Darfur E antes de Darfur Indon sia Kosovo e Lib ria onde Emma o recepcionara em um jipe surrado na pista de pouso do aeroporto Onde Emma havia tra ado o limite Ou mais importante quando Jonathan anotou o telefone do hospital e teclou Uma voz inglesa agrad vel atendeu e ele pediu para ser transferido para o Departamento de Registros Uma mulher respondeu Registros Estou ligando da Su a Minha esposa morreu recentemente e preciso conseguir uma c pia da certid o de nascimento dela para as autoridades Ela nasceu no seu hospital Terei prazer em mandar uma c pi
424. ondue El Al 863 aqui o tr fego a reo de Zurique Temos uma emerg ncia C digo 33 Desvie a rota para Basil ia Mulhouse vetor dois sete nove Aumente a altitude para 30 mil p s Aconselhamos o m ximo de pressa poss vel C digo 33 Ataque terra ar Roger C digo 33 El Al 863 dirigindo se ao vetor dois sete nove Subindo para 30 mil p s J acharam essa amea a no radar Negativo El Al 863 Ainda n o fizemos contato por radar Obrigado Zurique Eli Zuckerman apertou o cinto que lhe cingia os ombros e lan ou um olhar preocupado para o co piloto Agarrando o manche com firmeza fez a aeronave inclinar se com for a para a esquerda e empurrou o acelerador para a frente O avi o ganhou velocidade Estava na hora de ver do que aquele nen m era capaz 85 MAHDI I TUDO CERTO Est liberado para decolar Que Deus o acompanhe O brigadeiro John Austen acelerou As rota es do motor turbo Williams foram aumentando regularmente Ele soltou o freio e o avi o teleguiado come ou a avan ar pela pista Pelos fones de ouvido escutou o espocar de fogos de artificio Na tela sua esquerda viu fa scas voarem N o fa scas n o Eram as detona es das armas de seus homens Uma voz surgiu no fone Policia N o deixem que cheguem perto Enquanto Austen aumentava a acelera o e o avi o come ava a correr pela pista sentiu uma onda de orgulho e realiza o Ele conseguira Cumprira
425. one do sinal no celular de Jonathan exibia uma parab lica atravessada por uma linha s lida Mesmo assim ele digitou o n mero do REGA A liga o n o se completou Nada um buraco negro Emma passou alguns instantes encarando o e ele percebeu que ela estava se esfor ando muito para se controlar Mas a gente tem que falar com algu m N o tem ningu m com quem falar Tente o r dio de novo Para qu J falei que est quebrado Tente assim mesmo Jonathan se ajoelhou ao seu lado Escute vai ficar tudo bem disse ele com a voz mais calma poss vel Eu des o esquiando e volto com ajuda Contanto que voc fique com seu transmissor de avalanche n o vou ter di ficuldade para encontr la Voc n o pode me deixar aqui Nunca vai conseguir voltar mesmo com o sinalizador N o d para ver nem tr s metros em qualquer dire o Eu vou congelar A gente n o vai conseguir eu n o vou conseguir Suas palavras silenciaram Ela deixou a cabe a cair sobre a neve e virou o rosto para que ele n o a visse chorar Eu quase consegui sabe aquela ltima curva s cheguei um pouquinho atrasada Escute aqui Voc vai ficar bem Emma ergueu os olhos para ele Vou Jonathan enxugou lhe as l grimas do rosto Eu prometo falou Ele enfiou a m o dentro da mochila pegou uma garrafa t rmica e serviu uma x cara de ch quente para a mulher Enquanto bebia
426. onomia deformada da v tima iria acompanh lo por dias Marcus Von Daniken n o era um policial da divis o de homic dios Na verdade tinha pouca ex peri ncia com crimes violentos Seu caminho fora outro Depois de quatro anos como oficial de infantaria entrara para a divis o de crimes financeiros da Pol cia Federal A subida fora lenta Anos como investigador de terreno correndo atr s de fraudes falsifica es e lavagem de din heiro a sant ssima trindade do sistema banc rio su o Ent o 10 anos atr s tivera sua grande chance uma vaga como representante da Federal na for a tarefa su a para investigar bens de v timas nazistas Trabalhando lado a lado com diretores dos maiores bancos diplomatas de uma d zia de pa ses e representantes de um n mero de organiza es lesadas maior do que seria poss vel citar tivera um papel importante na elabora o de uma solu o aceit vel para todas as partes interessadas o governo os bancos su os o Congresso Judaico Mundial a Casa Branca o governo alem o e por ltimo as partes prejudicadas em si Sua recompensa fora a nomea o para o Servi o de An lise e Preven o a divis o de elite da Pol cia Federal E a mulher perguntou apontando para a ampla janela que dava para a garagem Viu al guma coisa Widmer fez que n o Ela osso duro de roer Nasceu nas Molucas Diz que ela e as crian as estavam vendo tele vis o na hora Viu o carro che
427. onsulado s rio em Estocolmo para a Diretoria de Intelig ncia S ria em Damasco in titulado Lista de Passageiros Transporte de Prisioneiro n 767 A lista indicava o nome do piloto e do co piloto bem como dois outros nomes mais conhecidos Philip Palumbo e Walid Gassan Verifique o carimbo da hora Marcus A lista de passageiros foi transmitida depois da decolagem do avi o Gas san estava a bordo N o acredito nem por um segundo que Palumbo o tenha jogado do avi o Voc sabe o que eu acho Acho que algu m avisou o Sr Palumbo que n s pretend amos revistar a aeronave Gostaria que voc ini ciasse uma investiga o a esse respeito Poucas pessoas receberam c pias dessa lista O senhor eu nossos vices e claro os t cnicos de Leuk Exatamente N s revistamos a aeronave de cima a baixo disse Von Daniken enquanto tornava a pousar a pasta sobre a mesa N o havia sinal do prisioneiro Voc revistou quer dizer Os olhos azuis estavam cravados nele Acho que o senhor tamb m estava presente Ent o podemos descartar n s dois disse Marti com um sorriso que exibia sua denti o ruim Isso j vai facilitar a sua investiga o Quero relat rios di rios Ele deu duas batidinhas na pasta com o n dos dedos indicando que o assunto estava encerrado Ent o O que houve A sua secret ria me disse que voc tinha descoberto alguma coisa sobre o assassinato de Erlen ba
428. op aberto sobre a escrivaninha e a tela era uma confus o de pixels Ele digitou algumas teclas mas a imagem n o se definiu Ent o voltou a aten o para a escrivaninha e seu conte do Abriu a gaveta de cima e deu de cara com uma pistola semi autom tica Conhecia o suficiente sobre as armas de fogo para saber que era uma SIG Sauer a preferida dos oficiais militares do Terceiro Mundo O resto da gaveta continha uma balb rdia de pap is canetas e l pis Ele a esvaziou sobre a escrivaninha e vasculhou o conte do Bilhetinhos com nomes e n meros de telefone Contas diversas Caixas de f sforo A gaveta de pastas suspensas estava trancada Jonathan partiu um abridor de cartas ao meio tentando for la antes de desistir Voltou a aten o para as bandejas de correspond ncia re cebida e coisas a fazer sobre o aparador atr s da escrivaninha Folheou os pap is ZIAG dizia o cabe alho de um memorando interno e abaixo da sigla podia se ler o nome completo da empresa Zug Industriewerk AG O memorando era de um tal Hannes Hoffmann para Eva Kruger com c pia para Gottfried Blitz Assunto Projeto Thor Eva Kruger Pronto era a prova preto no branco Como se n o bastasse o cad ver com uma bala na cabe a O memorando dizia Finaliza o planejada para o primeiro trimestre de 200 Carregamento final para o cliente a ser feito em 10 de fevereiro Desmantelamento de todo o aparato de mont agem a ser completado at
429. or Parava o tempo todo para espiar por cima do pr prio ombro Estacionava muito perto do lugar de destino As suas a es eram in teis Qualquer tentativa de fuga era frustrada pelo sinalizador implantado na medalha que pendia de seu pesco o O Fantasma se contentava em esperar e observar Sua especialidade era matar bem de perto Havia constru do sua carreira com base em cautela e planejamento transformando em regra o fato de jamais tentar um ataque casual Sua pol tica era identificar o local preparar uma armadilha e em seguida aguardar O caso Lammers fora um mod elo de planejamento e execu o O caso de Blitz nem tanto j que dispusera de t o pouco tempo de prepara o A s bita chegada de Ransom era uma prova dos riscos inerentes ao trabalho apressado Al m disso claro tinha o sonho Ransom iria mat lo O Fantasma tentou n o ser supersticioso Sonhos pertenciam ao mundo dos ndios que cultivavam a fazenda de caf de sua fam lia N o ao de um homem instru do Mesmo assim Nesse exato instante viu Ransom sair do restaurante Observou o americano atravessar a rua e desaparecer no meio de um grupo de pessoas junto aos port es da f brica Por ora bastava lhe manter dist ncia Saberia reconhecer a oportunidade quando esta surgisse At l iria observar e esperar E iria rezar 48 JONATHAN ESPEROU O AFLUXO de funcion rios da uma da tarde e ent o juntou se a um grupo de uns 10 oper rios que se re
430. ora maior e mais agressivo Emma era Rouxinol E Aguia Outro integrante que ele desconhecia Jonathan seguiu devorando cada linha de texto remontando os acontecimentos dos ltimos dias conforme vistos do outro lado Encontrou Blitz confirmando que o carro estava esperando em Landquart e que os t quetes de bagagem haviam sido enviados para o hotel de Emma En controu a resposta de Emma dizendo que o correio havia atrasado por causa de uma avalanche sobre os trilhos do trem e que iria pegar as malas no dia seguinte As mensagens tinham sido enviadas s 18h30 na v spera de sa rem para escalar Jonathan ergueu os olhos O restaurante movimentado girava sua volta As luzes estavam for tes demais As vozes muito altas Emma estava o tempo inteiro em contato com sua rede Nesse instante uma nova linha surgiu na tela As letras piscavam para garantir que atrairiam a aten o do leitor Uma postagem em tempo real 7 2 08 21 56 HCE Falc o PJ aterrissou 20 16 ZRH A caminho hotel Reuni o confirmada 9 2 08 12 00 Belvedere Levar confirma o de envio Trocar por Ouro Amanh 9 de fevereiro 14 horas Ele conhecia o Hotel Belvedere de Davos Um hotel cinco estrelas para os ricos e famosos Mas quem era P J E o que era o Ouro que ele planejava tro car pela confirma o de envio Ent o quase instantaneamente chegou uma resposta do Cormor o Confirma o recebida As letras piscaram por mais cinco segundos dep
431. ordar no mesmo instante Ele assentiu O senhor tem a minha palavra Em meu nome e em nome do povo de Israel eu lhe agrade o O telefonema foi encerrado Zvi Hirsch p s o fone no gancho Ouviu o que ele disse Claro disse o primeiro ministro Por que essa anima o toda Ele disse que podemos usar as bombas se e quando houver provoca o direta por parte deles E da Zvi Hirsch estava t o exaltado que mal conseguiu pronunciar as palavras N o entendeu perguntou Eles n o precisam bombardear a gente Pode ser qualquer coisa um ato qualquer contanto que a gente consiga provar que veio de Teer Eles s pre cisam levantar um dedo contra a gente 62 O PILOTO SEGUROU O CRON METRO na m o direita Cinco minutos Podem ir Os homens sa ram rapidamente mas sem pressa de suas posi es na entrada da garagem Repartindo se em tr s grupos de dois aproximaram se de cada um dos tr s caixotes de a o inox do tamanho de uma pessoa chamados de caix es encostados na parede Dois deles continham as asas convexas de uma aeronave cada qual dividida em duas se es de 1 20 metro de comprimento O terceiro continha a fuselagem que constitu a o interior opera cional da aeronave sistema de navega o inercial processador de comunica o por sat lite operando em banda Ku tanque de combust vel m dulo de controle principal motor turbo e m dulo de c mera a ser instala
432. orista certid o de nascimento e qualquer outro documento de identifica o normalmente produzido e em circula o em mais de 200 pa ses mundo afora Von Daniken passou a cabe a pela porta Max est ocupado Max Seiler dirigia a KILA Era um homem baixo de peito largo olhos azuis e cabelos louros ralos Achei mesmo que voc fosse aparecer disse erguendo os olhos do que estava fazendo Ouvi dizer que teve uma noite e tanto Von Daniken deu os detalhes a Seiler Estes aqui foram encontrados na casa da v tima disse jogando sobre a mesa os tr s passa portes Seiler examinou os documentos Agente Agente Traficante Escroque Algum desses Seiler se concentrou em um passaporte vermelho com um bras o real e as palavras Europese Unie Koninkrijk der Nederlanden gravadas na frente Este aqui o verdadeiro At onde eu sei Lammers era o seu nome verdadeiro Ele tinha uma carteira categoria C onde a nacionalidade indicada era holandesa O ISIS conseguiu rastrear seus passos at uma universidade na Holanda Duvido que ele tenha entrado clandestinamente antes de completar 18 anos Mesmo assim quero uma verifica o completa Queria que voc passasse todos esses passaportes pelo Identigate depois procurasse os documentos de origem Documentos de origem inclu am carteiras de identidade e certid es de nascimento os pap is governamentais que validavam a identifica o d
433. os e sua mulher Maria Teresa Mesmo ent o as duas meninas eram ambicio sas Milli sonhava em ser uma importante ju za Tovah planejava uma carreira de diplomata Das duas Tovah foi a primeira a alcan ar seus objetivos Aos 25 anos j tinha se mudado de volta para Jerusal m e conseguido um cargo de porta voz no Minist rio das Rela es Exteriores israelense Casada e com uma filha pequena era presen a con stante no notici rio da noite Certa noite Tovah e o marido tinham ido a Tel Aviv para jantar frutos do mar em um dos melhores restaurantes do litoral Ela estava em clima de festa No in cio daquela semana o m dico havia informado que ela estava gr vida do segundo filho Percebendo que aquela talvez fosse a sua ltima oportunidade em muito tempo decidiram ir dan ar no Teddy Z uma discoteca ao ar livre Em algum momento por volta da meia noite um rapaz bonito e bronzeado chamado Nasser Brimm entrou na discoteca e abriu caminho at o meio da pista Quando algu m percebeu que os seus trajes formais e o palet de l n o combinavam com uma quente noite de primavera j era tarde demais Depois a pol cia concluiu que Tovah estava bem ao lado do homem bomba quando ele detonou sua carga de ex plosivo pl stico C 4 recheada com milhares de pregos porcas e parafusos A cabe a estranhamente intacta foi a nica parte de seu corpo que encontraram Dezesseis rapazes e mo as morreram no atentado Dois outros ficaram cegos Um
434. os Sem Fronteiras Pela primeira vez foi for ado a avaliar suas a es por uma outra tica Ser que ela realmente planejava ir Dinamarca Ou ser que tinha outros planos Algo organ izado por Blitz ou Hoffmann ou algum outro personagem desconhecido de sua vida dupla Voltou a aten o para o folheto da empresa impresso em papel cuch Uma fotografia na con tracapa mostrava um pr dio s brio de tr s andares sede da empresa e uma f brica conectada a ele Passou por fotos de equipamentos prateados impressionantes e de colegas entretidos em conversas animadas A Zug Industriewerk foi fundada em 1911 por Werner Stutz como uma f brica de canos de precis o para armas de fogo dizia um breve hist rico da firma No in cio dos anos 1930 o Sr Stutz j havia expandido a linha de produ o da empresa para abarcar armamentos leves e pesados bem como as primeiras asas de a o para aeronaves de fabrica o em massa Bem na hora pensou Jonathan Na poca metade do mundo estava prestes a precisar de tantos canos de armas quanto pudesse encontrar A mesma hist ria de sucesso se repetira in meras vezes ao longo do sangrento s culo XX At agora as coisas estavam se encaminhando para uma re peti o no s culo XXI Virou as p ginas at o final do folheto e deu uma olhada nas contas da empresa Renda 55 milh es Lucro 6 milh es Funcion rios 478 Os n meros tinham um peso que as palavras n o conseguiam acom
435. os de sua pr pria conta Cem mil francos su os A transfer ncia foi feita para minha conta em Zurique Claro respondeu Jonathan embora n o soubesse a que transfer ncia Jinn estava se refer indo Os 20 milh es Sim S o para meus filhos sabe explicou Jinn S posso mexer nesse dinheiro quando eu sair do pa s O iraniano tirou um flash drive do bolso do palet e pousou o sobre o console do carro Est tudo a dentro A localiza o dos nossos foguetes As centrais de armamento Estabele cimentos de produ o Uma planta da nossa esta o nuclear de A a Z Sei o que v o fazer com isso Voc s erraram no Iraque N o v o repetir o mesmo erro J t m a sua prova Desta vez ningu m vai poder dizer que n o tiveram um bom motivo Nossa prova Sim quem quer que sejam voc s Americanos brit nicos israelenses pouco importa Voc s todos querem a mesma coisa Guerra Jonathan tinha lido o suficiente sobre Jinn nos jornais para ter uma id ia de como ele devia ter sido recrutado Tudo come ara durante uma das viagens de Jinn ao Ocidente Como oficial J nior do Minist rio da Tecnologia seu trabalho era reunir se com empres rios ansiosos para estabelecer rela es comerciais com o Ir Teria o primeiro encontro acontecido em Beirute ou em Genebra Ou em algum lugar que Jonathan ainda iria descobrir N o fazia diferen a No in cio devia ter sido apenas uma suge
436. os seus superiores como um helv cio leal cumprindo seu dever de patriota Quer que eu fique de bico calado Claro Sem problemas Meu trabalho esse n o Mas em troca quero que voc me deixe em paz de uma vez por todas Posso ser esquisito mas a escolha minha N o estou burlando nenhuma lei Von Daniken ouviu aquele apelo com ceticismo At agora n o estou vendo nada que mere a uma promessa da minha parte N o custou nada a voc conseguir essas informa es para mim Estava tudo nos arquivos Em uma semana eu poderia ter posto uma intima o na sua mesa e conseguido exatamente o que voc me deu Imaginei que voc diria isso Tingeli lhe devolveu a pasta marcando uma das p ginas com o polegar Aqui tem uma coisa que originalmente n o estava nos arquivos Precisei dar alguns telefonemas para conseguir isso Custou me caro A pasta estava aberta na confirma o de uma transfer ncia de 500 mil francos feita pelo banco das Bahamas O dinheiro fora mandado por uma das contas numeradas para uma conta em um dos maiores bancos da Su a Abaixo estava escrito o nome do titular dessa conta Von Daniken arquejou Tem certeza disso Tingeli aquiesceu Estamos entendidos Von Daniken segurou a m o estendida e sacudiu a Estamos Tingeli o puxou para a frente fazendo os ficar desconfortavelmente pr ximos um do outro Ent o d o fora daqui E diga aos seus amiguinhos em Berna que a fam
437. ossa Ele correu um dedo por essa protuber ncia Havia algo duro e retangular l dentro Manuseou a pulseira por alguns instantes antes de perceber que podia desmont la Ela se abriu e revelou um flash drive com entrada USB Era um dispositivo usado para transferir arquivos de um computador para outro Nunca o vira antes Emma fazia mis ria com o BlackBerry mas raramente tirava o laptop do escrit rio Jonathan tornou a montar a pul seira e colocou a ao redor do pulso Nesse exato instante ouviu passos avan ando pelo corredor Largou a mala e vasculhou a es crivaninha Mapas Postais Sua b ssola Canetas Os passos chegaram mais perto ecoando bem alto Por aqui seu guarda o quarto no final do corredor Jonathan reconheceu a voz do gerente do hotel A chave entrou na fechadura Ele abriu a gaveta do meio e viu um livro marrom encadernado em couro Segurando a mala de lona de Emma com uma das m os jogou o livro l dentro e saiu correndo na dire o da sacada A porta se abriu A luz do corredor iluminou o quarto O policial morreu perguntava o gerente Sem olhar para tr s Jonathan saiu voando do quarto e pulou da sacada para a encosta do morro 44 Eles vieram aqui arquejou Jonathan enquanto se jogava dentro do Mercedes Algu m revistou o Olhou para o banco do carona Simone n o estava dentro do carro Olhou para baixo em busca de sua bolsa e viu que esta tamb m havia sumido Ela foi em
438. ostar amos de lhe falar sobre a sua cunhada Srta Kruger Jonathan j fora longe demais para desistir agora Se estava metido naquilo devia ir at o fim Correu at o quarto e abriu as portas altas que davam para a varanda Olhou para um lado para outro para cima e para baixo A outra varanda mais pr xima ficava dois pavimentos mais abaixo A parede era lisa sem ornamentos N o havia como descer Os socos na porta foram ficando mais fortes Ele voltou para a sala em seguida correu at o escrit rio novamente para o quarto e depois para a cozinha Parou irritado com a futilidade daquilo tudo N o havia nada a encontrar A nica sa da era pela porta da frente Se n o conseguia sair tinha de for los a entrar Andou at a cozinha J n o estava com pressa N o olhou para tr s sequer uma vez nem co gitou responder s batidas cada vez mais fortes Foi direto at o forno Era um forno el trico com exterior de a o inox e painel digital De nada servia Mas o fog o era a g s Ele retirou as bocas Pegou uma faca na gaveta e afundou o bot o da chama piloto Depois abriu o g s de todas as bocas at o m ximo O g s saiu chiando dos dutos e um cheiro leve e enjoativo encheu a cozinha Os socos haviam cessado Do corredor vinha o som de vozes exaltadas A ma aneta se mexeu Instantes depois ouviu se o atrito de metal contra metal A pol cia estava tentando arrombar a fechadura J vou gritou Jonathan
439. otado Setecentos e trinta e quatro nomes ocupavam a lista de passageiros Entre eles Dahlia Borer de Jerusal m diretora da Cruz Vermelha israelense Abner Parker de Boca Raton Fl rida aposentado norte americano que perdera as duas pernas no Vietn Zane Cassidy de Edmond Oklahoma pastor da Igreja da B blia Messi nica e l der de um grupo de turismo de 77 crist os evang licos Meyer Cohen l der do Partido Re ligioso Nacional a caminho de Washington para fazer lobby junto ao Congresso norte americano a favor da ex pans o dos assentamentos israelenses nos territ rios ocupados e Yasser Mohammed israelense de origem rabe membro do Knesset tamb m a caminho de Washington para fazer lobby junto ao Congresso norte americano con tra a expans o dos assentamentos israelenses nos territ rios ocupados Os dois ltimos estavam sentados lado a lado Depois de uma conversa preliminar e de exporem seus pontos de vista pol ticos um deles sacou um tabuleiro de xadrez Os dois passaram o resto do v o em um sil ncio c mplice curvados sobre seus cavaleiros e pe es Trezentos e setenta homens 300 mulheres e 64 crian as Mais uma tripula o de 18 pessoas Depois de o avi o alcan ar sua velocidade de cruzeiro de 37 mil p s Zuckerman falou aos passageiros pela se gunda vez anunciando que estava desligando o aviso de apertar cintos e que todos podiam andar pelos dois andares da cabine do avi o o mais novo da frota da El Al Estava
440. ou Era Myer Acabaram de acender as luzes dentro da casa Luzes acesas dentro da casa bradou Brandt para sua equipe O ambiente recendia a suor e nervosismo Alguma conversa perguntou Von Daniken Uma das equipes de tecnologia havia posicionado um microfone a laser mirado para as janelas do alvo O aparelho conseguia detectar vibra es no vidro provocadas por algu m falando den tro da casa e traduzi las para algo semelhante ao som original televis o est ligada respondeu Myer Vamos torcer para eles manterem o volume bem alto Brandt repartiu seus homens em dois grupos de oito com mais oito na reserva Preciso de um sinal verde oficial Est dado Von Daniken estendeu a m o e desejou lhe sorte Brandt virou se e voltou para junto de seus homens Cinco minutos e entramos avisou Von Daniken encaminhou se para o posto de comando em uma trilha que margeava a floresta Olhou para o c u A noite estava linda uma cortina de veludo perfurada de estrelas com uma lua crescente dependurada junto ao horizonte Eram 19h16 J estava escuro Atr s de si ouviu Berger ordenar a seus homens para entrarem nos helic pteros Enfiou as m os nos bolsos e apressou o passo Von Daniken Estacou depois girou o corpo no eixo tentando localizar quem o chamara Mas n o havia nin gu m ali Um homem alto de ombros largos emergiu das sombras Meu nome Jonathan Rans
441. ou uma hora repassando os detalhes do caso concentrando se nas lacunas que precisavam ser preenchidas por Gassan O s rio acendeu um cigarro e estudou suas anota es Qual o horizonte de tempo N s achamos que a amea a iminente respondeu Palumbo Dias talvez Uma ou duas semanas no m ximo Um trabalho urgente ent o Infelizmente sim O s rio recolheu da l ngua um peda o solto de tabaco Vamos ter tempo de trazer algum parente Uma t cnica consagrada de interroga o envolvia trazer a m e ou a irm de um suspeito A simples amea a de agress o f sica a qualquer uma das duas em geral bastava para garantir uma confiss o integral De jeito nenhum disse Palumbo Precisamos de alguma coisa que seja execut vel agora O s rio deu de ombros Entendido amigo Oficialmente a S ria ainda fazia parte da lista norte americana de estados que patrocinam o terrorismo Embora o pa s n o tivesse nenhuma liga o direta com qualquer opera o ter rorista desde 1986 e proibisse ativamente qualquer grupo dom stico de lan ar ataques de seu pr prio solo ou ataques que tivessem por alvo os ocidentais era conhecido por fornecer apoio passivo a v rios grupos linha dura que lutavam pela independ ncia palestina A Jihad isl mica tinha seu quartel general em Damasco e tanto o Hamas quanto a Frente Popular para a Liber ta o da Palestina de orienta o esquerdista tinham
442. ouco voc vai me pedir para virar s cio de um country club e jogar golfe M dicos n o adoram jogar golfe Jonathan a encara com um olhar s rio Sabe que tem alguma outra coisa Emma se ap ia em um dos cotovelos Tem outra coisa tamb m O qu Eu quero ir Para mim chega disto aqui por um tempo Quero comer em restaurante com toal has brancas nas mesas Beber vinho em ta as limpas Ta as de vinho Quero usar maquiagem e vestido Parece t o estranho assim Voc De vestido N o pode ser Jonathan joga longe o len ol e sai da cama N o uma conversa que ele queira ter Nem agora nem nunca Sinto muito eu n o fa o trabalho admin istrativo Por favor pede Emma Pense no assunto s isso Ele se vira e olha para a mulher enrolada no len ol branco Suas faces est o coradas e bronzea das castigadas pela exposi o constante ao sol e ao vento Seus cabelos ruivos passaram de despenteados a embara ados e agora est o simplesmente um lixo O corte em seu queixo est demorando demais para cicatrizar Pense no assunto s isso Em Genebra teriam muitas manh s como aquela Tempo para relaxar N o apenas para falar em ter filhos mas para tomar alguma provid ncia E claro havia tamb m a escalada Chamonix duas horas de carro para o norte Berner Oberland duas horas para o leste As Dolomitas ao sul Talvez diz ele afastando uma cortina e olhando para
443. pa mentos para auxiliar o ciclo de enriquecimento do ur nio Centr fugas de alta rota o vendidas para empresas de latic nios para fabricar iogurte que tamb m podem ser usadas para separar o g s hexafluoreto de ur nio Trans missores de calor feitos para sider rgicas que podem ser usados para resfriar reatores Esses produtos n o precisam de licen a de exporta o nem de certificados de uso Opera es disfar adas em suma Disfar adas Achei que domin ssemos esse nicho de mercado Hirsch cruzou os bra os sobre o peito largo Muito bem ent o eles t m a bomba Conseguem faz la chegar aqui Eles fizeram testes bem sucedidos com o m ssil de longo alcance Shahab 4 dois meses atr s informou a Con verg ncia Quanto tempo leva depois do lan amento para chegar aqui Uma hora no m ximo Conseguiremos derrubar perguntou Hirsch Teoricamente estamos seguros como um beb no colo da m e Israel dispunha de uma estrutura de defesa a rea em dois n veis para destruir m sseis de longo alcance O primeiro consistia no m ssil terra ar Flecha II e o segundo no sistema de m sseis de ltima gera o chamado Patriota Ambos tinham o mesmo problema s podiam ser acionados quando o m ssil inimigo estivesse a pelo menos 100 quil metros do alvo ou seja a poucos minutos de atingi lo E nenhum dos dois nunca fora testado em combate E alguma coisa que passe pelo radar Eles t
444. panhar Dinheiro era uma coisa real Fisicamente real Dinheiro n o mentia Quanto mais Jonathan lia com mais raiva ficava N o havia d vida de que a ZIAG era uma empresa leg tima Ent o como uma mulher que n o existia conseguira virar sua funcion ria Foi ent o que escutou alguma coisa batendo no seu vidro Alguma coisa dura Deu um pulo no banco e virou se em dire o ao barulho 44 Tudo o que precisava era de uma toalha O Fantasma n o havia previsto uma escurid o t o completa O brilho do silenciador seria vis vel 10 carros mais atr s Vasculhou a bolsa que trazia no carro e encontrou uma camiseta preta Rasgou um peda o de tecido e enrolou o em volta do silenciador Seu ltimo ato antes de descer do autom vel foi prender na arma a sacola que iria recolher as c psulas disparadas Em seguida abriu a porta com cuidado deixando a entreaberta para quando voltasse Muito pouco espa o separava o seu ve culo da grade de seguran a Mantendo se abaixado foi avan ando rente ao chassi O ar dentro do t nel era mido e gelado O muro de pedra passava correndo quase ao alcance do bra o Viu o carro de Ransom tr s lugares atr s do seu A luz in terna dos que os separavam estavam apagadas os motoristas provavelmente descansando Mas a de Ransom estava acesa Ele estava sentado lendo uns documentos iluminado como se est ivesse em um palco Mantendo se agachado o Fantasma foi chegando mais perto Passou por um carro depoi
445. para todos os ref ns resgatados de Teer A mis s o foi cancelada Quando um dos helic pteros tornou a decolar a for a de sua h lice fez a fina neve do deserto virar um redemoinho Cego o piloto perdeu a dire o e chocou se contra o C 130 de Austen estacionado a 50 metros As p s da h lice perfuraram o principal estabilizador do H r cules Desequilibrado o helic ptero ent o caiu por cima do avi o esguichando combust vel e fazendo o transformar se num inferno em chamas Austen se lembrava do choque inesperado contra sua aeronave de sua explos o de raiva e in compreens o Qual o problema agora droga dos pensamentos varados por um clar o ofuscante e cauterizados por uma golfada de calor intenso que em um piscar de olhos engolira o por inteiro Preso no assento pelo cinto de seguran a com as chamas a lamber lhe a pele ele s fazia repetir as palavras Eu morri eu morri Mas n o havia morrido Soltando se do cinto Austen abriu caminho para fora do inferno Afastou se dos destro os com o uniforme de piloto os cabelos todo o seu ser tomado pelas chamas V rios soldados o derrubaram no ch o e o fizeram rolar pela areia do deserto apagando o fogo Acordou dentro de um helic ptero que o levava para o USS Enterprise Um oficial m dico da Marinha se debru ava sobre ele Austen levantou o bra o e agarrou a cruz que pendia do pesco o do homem Uma corrente el trica de salva o lhe subiu pe
446. pe de F rmula 1 montaram o avi o Primeiro os suportes das rodas foram posicionados e presos fuselagem As compridas e flex veis se es das asas foram con ectadas uma outra depois tamb m presas fuselagem Austen empurrou o compartimento contendo a nacela e sua carga de 20 quilos de explosivo pl stico Semtex at debaixo da aeronave e afixou o barriga do ve culo a reo n o tripulado Voe bem disse ele ro ando os dedos no a o do avi o Em seguida voltou para a sala com vista para o aeroporto Uma das paredes estava ocupada pelos seus instrumen tos Monitores para o radar e para a c mera do nariz da aeronave Um painel de telas planas informava velocidade altitude e posi o em rela o ao solo No centro um teclado ladeado por dois joysticks Ele sentou na cadeira e passou alguns instantes se ajeitando Motores ligados disse ao acionar o bot o da igni o Uma luz vermelha piscou cinco vezes antes de estabilizar se Embora n o estivesse dentro do avi o p de senti lo estremecer ao ganhar vida Uma onda de empolga o subiu pela sua coluna Havia esperado 28 anos por esse momento A data estava gravada em sua mente como a placa comemorativa de um s tio hist rico Dia 24 de abril de 1980 Opera o Garra de guia Ele John Austen ent o major da For a A rea dos Estados Unidos fora escolhido para pilotar o H rcules C 130 em dire o ao deserto iraniano na primeira etapa de um plano de
447. quarto parando por alguns instantes para deixar os olhos se acostumarem escurid o O trabalho da arrumadeira era vis vel A cama estava feita O cheiro agrad vel de lustra m vel pairava no ar Ainda assim ele n o p de evitar a sensa o de que algo n o estava como deveria estar Chegou perto da cama A camisola de Emma estava debaixo do travesseiro Seus livros de bolso empilhados direitinho na mesa de cabeceira Ele pegou o primeiro da pilha Deslizes do passado O t tulo era bem adequado mas Jonathan estava relativamente certo de que esse ela ainda n o tinha come ado a ler Encontrou o que Emma estava lendo no final da pilha Andou at o hall do quarto e abriu o arm rio Gaveta por gaveta examinou seus pertences Deveria estar procurando pistas das atividades dela Mas que tipo de pistas Se n o sabia o que ela vinha fazendo como poderia saber o que procurar Fechou o arm rio e examinou a parte de cima onde havia guardado as malas Na ponta dos p s retirou a maior das duas Era a mala de Emma uma Samsonite dura do mesmo tipo das usadas por aeromo as Pousou a no ch o em seguida congelou Ele nunca punha a mala de Emma por cima Sempre punha a sua que era menor e mais fina Algu m estivera no quarto Por um minuto n o se moveu Com a cabe a inclinada ficou escutando Cada batida do seu cora o cravava um prego no seu peito Por m com exce o dos nervos em polvorosa n o es cutou nada Por fim pegou a
448. qui reclamou Onde poderia estar escondido N o est aqui agora S estou captando rastos Mas as indica es s o recentes Qu o recentes Kiibler estudou a tela Pela taxa de decomposi o eu diria 24 horas Antes do jantar de Lammers com G B Sessenta segundos disse Krajcek O carro do vigia est a tr s quarteir es daqui e se aprox ima Fora daqui disse Von Daniken enquanto fotografava freneticamente os desenhos K bler saiu correndo da oficina Myer foi atr s Von Daniken partiu em dire o porta Foi quando ia apagar a luz que o viu Um irm o menor No outro canto da sala recuada sobre uma prateleira debaixo da bancada estava uma vers o menor do MVA no escrit rio de Lammers com metade do tamanho talvez n o mais de 20 cent metros de comprimento e outros 20 de altura As asas por m estavam cortadas em um formato diferente e eram quase triangulares Observou que estavam afixadas a um eixo central e que subiam e desciam como as asas de um p ssaro Sem saber se ficava ou se ia embora correu at l e pegou a aeronave em miniatura O conjunto n o pesava mais de meio quilo N o era exatamente leve como uma pluma mas quase isso Isto aqui voa mesmo perguntara ele a Michaela Menz mais cedo naquela tarde Claro fora a resposta indignada Eles s o lan ados da plataforma de carga Von Daniken observou que a parte de baixo das asas estava cob
449. r no segundo andar Mas o que mais interessava a Von Daniken era a rua que passava em sua frente Com a neve retirada o asfalto corria reto e plano por 500 metros Aos seus olhos era uma pista de decolagem perfeita Ele moveu o bin culo para a esquerda Um barrac o isolado ocupava um dos cantos do terreno N o parecia grande o suficiente para abrigar o avi o teleguiado mas afinal de contas o general de brigada Chabert lhes dissera que o avi o podia ser montado rapidamente De modo geral a casa parecia trang ila sem dar nenhuma pista das ativid ades que ocorriam l dentro A cerca de seguran a do aeroporto come ava a menos de 10 metros de dist ncia Em uma das dire es subia um leve aclive depois virava para o norte e seguia reta por tr s quil metros margeando uma exuberante floresta verde Na outra dire o cortava uma campina extensa coberta de neve Mais adiante a campina cedia lugar a uma grande extens o de concreto iluminada por luzes altas ofuscantes o ponto mais ao sul do aeroporto de Zurique Em algum lugar um avi o decolava O barulho foi aumentando de volume medida que a aeronave se aproximava Em segundos o rugido dos motores j abafava todos os outros ru dos Von Daniken abaixou o bin culo e voltou para a sala de jantar Eles escolheram bem Nenhum vizinho Uma boa vista do aeroporto Linha de vis o desobstru da E n o s do aeroporto acrescentou um homem baixo atarracado com cab
450. r metro cromatogr fico disse referindo se ao aparelho que combinava as fun es de es pectr metro de massa e cromatogr fico a g s Alguma coisa na bala estava matando o tecido C31 H42 N2 06 Erwin Rohde olhou fixamente para a f rmula exibida no mostrador do espectr metro de massa esperando a m quina traduzi la em uma subst ncia identific vel Dez segundos se passaram sem nenhuma palavra aparecer Capaz de identificar mais de 64 mil subst ncias o espectr metro n o tinha resposta Um segundo pedido para analisar a subst ncia produziu o mesmo resultado Rohde sacudiu a cabe a Em 20 anos era a primeira vez que a m quina o decepcionava Anotou a f rmula e voltou apressado para sua sala Tratava se de uma toxina ou veneno tinha certeza A quest o era que tipo de toxina Rohde tentou inserir a f rmula no computador Novamente nada Perplexo deslizou com a cadeira para tr s Havia um homem em quem podia confiar para lhe dar a resposta Depois de consultar seu caderno de telefones Rohde discou um n mero internacional 44 para a Inglaterra 20 para Londres O prefixo de quatro algarismos pertencia New Scotland Yard Wickes atendeu uma voz inglesa seca Rohde se apresentou dizendo que havia assistido ao semin rio de Wickes no ver o anterior chamado Novas Tecnologias Criminal sticas e Forenses Wickes era um homem ocupado que dava pouco cr dito a gentilezas sociais O que houve Rohde resumiu a a
451. r a informa o que queremos Mesmo assim o Sr Von Daniken est confiante de que vai conseguir encontrar uma brecha Ele tem v nculos estreitos com v rios banqueiros Sim sim claro disse Marti tentando parecer satisfeito Continuem com o bom trabalho Hardenberg o acompanhou at a porta Vou avisar ao Sr Von Daniken que o senhor esteve aqui Tenho certeza de que ele n o teve a inten o de faltar reuni o Marti desceu a escada correndo um homem com uma miss o a cumprir De volta a sua sala na Bundeshaus Marti vasculhou as pastas at encontrar os documentos re lativos ao pedido do governo Swisscom autoridade nacional da rea de telecomunica es solicitando um registro de todos os telefonemas dados por Blitz Lammers e Ransom Com os pap is nas m os ligou para o executivo da Swisscom encarregado de rela es jur dicas Preciso de um registro completo dos telefonemas recebidos e efetuados por esse n mero disse depois de ter se apresentado Deu os n meros do trabalho de casa e do celular de Von Daniken Certamente Est interessado em algum per odo espec fico Segunda feira passada das 8 da manh s quatro da tarde S a segunda passada S disse Marti Quando consegue as informa es Amanh ao meio dia Preciso delas s 8 da manh Sem problemas Marti desligou Em menos de 12 horas teria as provas de que precisava
452. r atr s dele Simone gritou para que parasse mas Jonathan mal es cutou A porta dos fundos estava aberta Uma m sica sa a do aparelho de som A cavalgada das valqu rias Ele entrou na casa e se viu dentro de uma cozinha estreita Seguiu em frente fazendo uma careta a cada gemido das t buas do assoalho Teve a sensa o de um desequil brio no ar mas em vez de se assustar sentia se alerta e cheio de energia Pronto para a batalha Saiu da cozinha e atravessou a sala at onde os c es jaziam deitados junto porta da frente Nenhum deles ergueu a cabe a quando chamou Agachou se para examin los Estavam mor tos os pesco os quebrados P s se de p consciente da respira o pesada e das contra es fort ssimas do cora o Logo em frente um lance de escada conduzia ao primeiro andar Ouviu alguma coisa alguma coisa bem sua frente e continuou a descer o corredor Abriu a porta sua esquerda com um safan o Era o lavabo vazio O som foi ficando mais n tido Um chiado esfor ado descompassado Foi ent o que sentiu cheiro de cordite e seus olhos come aram a lacrimejar Chegou ao escrit rio Ai meu Deus disse precipitando se para dentro Um homem estava sentado diante da escrivaninha afundado na cadeira Tinha a boca aberta e seu peito arfava enquanto ele se esfor ava para respirar Blitz Imaginou que sim Havia um ferimento de entrada na t mpora um buraco perfeito rodeado de marcas de p lvora
453. r de Log stica Apoio K bler dos Servi os Especiais e Krajcek do Batalh o de Choque Todos tinham sido postos a par das circunst ncias relativas opera o Todos sabiam que se fossem pegos seria o fim de suas carreiras e tinham chance de ir para a cadeia A lealdade a Von Daniken superava todos esses riscos Myer da Log stica era quem havia entrado em contato com a seguradora para conseguir os hor rios do vigia bem como as chaves para entrar no pr dio em seguran a A ind stria su a tinha um longo hist rico de coopera o com a Pol cia Federal Deixando os outros passarem na frente K bler tirou da bolsa um dispositivo retangular parecido com um celular grande e volumoso e segurou o na frente do corpo Caminhou devagar at o corredor com os olhos grudados no histograma que pulsava no monitor de cristal l quido De repente parou e apertou o bot o vermelho sob o polegar O histograma desapareceu Em seu lugar surgiu escrito Am 21 Ele ergueu os olhos Bem acima de sua cabe a havia um detector de fuma a O aparelho em sua m o era um sensor manual de explosivos e radia o O Am 21 ou americium 21 n o o preocupava era um mineral usado em detectores de fuma a Estava procurando alguma coisa um pouco mais in stigante Continuou a descer o corredor acenando com o sensor de radia o frente do corpo como se fosse uma varinha de cond o O lugar parecia limpo At agora Von Daniken n o tinha a chave
454. r os olhos da estrada Voc est abastecendo Parvez Jinn com equipamentos de venda restrita para enriquecimento de ur nio N o acho que isso seja o de sempre Nada que ele n o fosse arrumar mais cedo ou mais tarde N o aja assim Assim como Com cinismo Como se n o estivesse ligando S estou fazendo o que fa o porque eu ligo Mas o que voc est fazendo Para quem voc trabalha Para a CIA Para os brit nicos Para a CIA Meu Deus n o Trabalho para a Defesa Pent gono Uma se o chamada Divis o Ent o para quem Simone trabalhava Para o KGB Emma pensou nisso ro ando os dedos na face Na verdade eu s descobri sobre Simone hoje Pelo visto ela s podia estar ligada CIA Por que a CIA iria querer matar algu m que trabalha para o Pent gono Estamos todos do mesmo lado n o Poder Eles querem N s temos O cabo de guerra j dura alguns anos Mas eu pensei que voc odiasse o governo norte americano Um leve sorriso lhe informou que ele estava muito longe da verdade Mais uma ilus o ca da por terra Ent o voc americana perguntou ele Ai Deus eu queria esperar antes de entrar nesse assunto E t o complicado Ela passou uma das m os pelos cabelos Sim Jonathan eu sou americana Se estiver em d vida quanto ao sotaque ele de verdade Fui criada nos arredores de Londres Meu pai trabalhava na base da For a A r
455. r qualquer tipo de dano ao seu halo de her i leg timo Ent o chegou 1979 e a crise dos ref ns no Ir Austen era um candidato natural para a equipe re unida pelo coronel Charlie Beckwith Instrutor e piloto de testes depois da guerra ele passou a pilotar os imensos avi es de transporte Hercules C 130 que levariam os comandos at o deserto iraniano Pela primeira vez na vida sua sorte o abandonou Com queimaduras medonhas cau sadas pelo acidente que tirou a vida de oito soldados ele saiu do deserto um outro homem Recusou a aposentadoria por invalidez e lutou para recuperar a sa de e um cargo de dire o no rec m criado Comando de Opera es Especiais situado na base da For a A rea McDill em Tampa na Fl rida Atribuiu a pr pria sobreviv ncia a um milagre e dedicou a vida a Jesus Cristo Em vez de cair na esb rnia Austen organizava sess es de estudos b blicos e correntes de ora o em sua casa Todas as ter as e sextas a resid ncia dos Austen em Orange Lane se enchia de pecadores soldados e qualquer oficial em busca de um caminho mais r pido rumo promo o e gl ria Austen n o demorou para formar um grupo leal segundo alguns servil de ofi ciais que tinha ramifica es nos quatro setores do servi o Eles tamb m se autodenominavam Austen Rangers mas dessa vez pregavam a palavra de Cristo e as opini es pol ticas ultra linha dura de seu fundador e patrono Os Estados Unidos eram a cidade na colin
456. ra levada a se concentrar nas paredes sua direita estava pendurado um gigantesco leo um daqueles pesadelos psicol gicos abstratos sem d vida no valor de 10 ou 20 milh es de francos Era uma pechincha comparado ao Paul Klee sua frente No ano anterior um Klee fora vendido pelo maior pre o j obtido em um leil o Cerca de 130 milh es de d lares Tingeli podia se dar ao luxo de perder um ou dois clientes e ainda assim continuaria sendo um dos homens mais ricos da Europa Infelizmente eu n o estou pedindo a sua ajuda Estou dando uma ordem Amanh de manh na primeira hora quero ver toda a documenta o que voc tiver sobre o truste que controla es sas empresas de Cura ao Os nomes dos advogados dos diretores tudo O governo n o tem o direito de me dar ordem nenhuma Quem falou em governo Ora Marcus ningu m mais est ligando para toda aquela hist ria antiga A guerra acabou h 70 anos As pessoas j mal se lembram de Hitler que dir dos nazistas Al m do mais j pagamos nossas d vidas Um bilh o de d lares compra bastante compreens o Como parte de seu trabalho na Comiss o do Holocausto Von Daniken recebera ordens para averiguar o n vel de colabora o entre os bancos su os e o Escrit rio Econ mico e Adminis trativo Central da SS ag ncia encarregada de administrar os neg cios financeiros do Terceiro Reich Embora os bancos su os tivessem se mostrado negligentes em sua condu
457. ra o cliente a ser feito em 10 de fevereiro Desmantelamento de todo o aparato de montagem a ser completado at 13 de fevereiro Jonathan sabia que n o adiantava nada tentar entrar na rea restrita Deu meia volta e come ou a andar em outra dire o Teria de encontrar as respostas para suas perguntas em outro lugar No pr dio principal Havia uma prancheta de controle de qualidade pendurada na parede e pr xima a ela uma caixa com meia d zia de v lvulas reluzentes Ele pegou as duas Seguindo as placas afixadas pelas paredes encontrou o caminho at o pr dio principal da administra o da empresa Bastou um meneio de cabe a educado para passar pelo recepcionista e entrar no elevador mais adiante Os andares estavam repartidos por fun o Primeiro Recep o Segundo Contabilidade Terceiro Vendas e Mar keting Quarto Dire o Ele apertou o bot o do terceiro Uma vez l observou que as salas eram numeradas de forma sequencial 3 1 3 2 etc Embaixo de cada n mero havia o nome ou os nomes dos executivos que ocupavam a sala A de Hannes Hoffmann era a ltima esquerda Uma secret ria meticulosamente penteada estava sentada na ante sala Para o Sr Hoffmann disse Jonathan erguendo a caixa como se fosse um presente de Natal Quem devo anunciar Jonathan deu o nome do homem cujo crach havia roubado Amostras para inspe o A recepcionista sequer olhou para o crach Ela n o sabe percebeu
458. ra p ssima Parou de fazer a barba de tomar banho e de comer Isso n o nada bom Ele for ou um sorriso esfregando a bochecha Acho que estou sem fome gente vai ter que fazer alguma coisa para melhorar isso Acho que sim disse ele Simone o for ou a encar la Voc acha que sim Jonathan se controlou Sim Simone vamos fazer alguma coisa para melhorar isso Melhor assim Ela cruzou os bra os e sacudiu a cabe a como se estivesse ralhando com um de seus alunos do prim rio Simone Noiret era eg pcia de nascimento francesa por matrim nio e professora por profiss o Com 40 anos rec m completados parecia 10 anos mais nova fato que atribu a heran a gen t ica rabe Seu sangue levantino era evidente nos cabelos negros e grossos como a palha do Nilo cascateando elegantemente at os ombros e nos olhos escuros desconfiados e ainda mais imponentes gra as ao uso generoso do r mel Pendurada em um dos ombros trazia uma bolsa de m o de couro cara Vasculhou l dentro em busca de um cigarro um Gauloise um dos quase 60 que fumava por dia At ali os cigarros haviam limitado o estrago sua voz t o arranhada quanto um dos velhos discos de Brel que ela carregava consigo de uma cidade para outra Obrigado por ter vindo disse ele Eu precisava de algu m por perto algu m que conhe cesse Emma Simone abriu a boca para falar mas em seguida mudo
459. ra parte Jinn estava ficando nervoso Seus olhos j n o viam Jonathan com a mesma simpatia O instinto dizia a Jonathan que a finalidade daquele encontro n o era conversar sobre o status atual do Ir Aquilo fora organizado por outro motivo Imaginou que fosse algum suborno O dinheiro e o carro em troca de Ouro E Ouro tinha de ser alguma informa o Jinn n o tinha mais nada a oferecer O senhor sabe disse Jonathan sugestivo Se est perguntando se eu consegui o que voc s pediram pode ficar tranquilo Que escolha voc s me deram Jonathan olhou de vi s Todos n s temos um trabalho a fazer Jinn deu um riso sem alegria O senhor sabia que eles obrigam os ministros a verem os espi es serem executados Os franceses chamam isso de pour encourager les autres Para incentivar os outros N o esperou resposta Estava embalado e Jonathan tomou cuidado para n o atrapalhar seu ritmo Se voc for pego eles come am com a sua fam lia Pegam primeiro o mais novo Uma pr tica bastante clemente se voc estiver descrevendo uma patrulha de fuzilamento Pasha est com 8 anos A pr xima vai ser Yasmin Ela fez 13 na semana passada Segundo a nova lei vai ter de come ar a usar um xador sempre que aparecer em p blico A ltima moda s o os len os pretos da Her m s em Paris N o se esque a de informar isso aos seus analistas da Virg nia de Londres de Tel Aviv ou de qualquer outro bura
460. rada Em 20 minutos estava no centro da cidade Achou uma vaga na Talstrasse e percorreu a p os dois quarteir es at a Bahnhofstrasse famosa rua que ligava o lago de Zurique esta o central de trem No caminho passou por v rias lojas elegantes Chanel Cartier Louis Vuitton Dizia se que os dois quil metros da Bahnhofstrasse de Zurique eram o metro quadrado mais caro da Terra Mas Leonard Blake n o tinha ido a Zurique fazer compras Continuou na dire o sul andando rumo ao lago depois virou em uma rua estreita Aproveitou bem as in meras vitrines de lojas diminuindo o ritmo o suficiente para observar nos reflexos de seus vidros os pedestres atr s de si N o vendo nada de preocupante apressou o passo Parou na terceira entrada direita As portas de madeira barrocas n o tinham nenhuma in dica o exceto uma plaquinha discreta gravada com um G e um B entrela ados Eram as iniciais do Gessler Bank Do lado de dentro um porteiro de uniforme verde o cumprimentou Blake anotou seu nome e n mero de conta em um pedacinho de papel O porteiro deu um telefonema em voz baixa Um minuto se passou e um funcion rio do banco surgiu de um longo corredor Bom dia Sr Blake disse em um ingl s impec vel Como podemos ajud lo Gostaria de acessar minha caixa no cofre Queira por favor me acompanhar Os dois homens entraram em um elevador e desceram tr s andares abaixo do n vel da rua O eleva
461. rante o ver o N o d para entrar l no inverno muito menos durante uma tempestade Emma inclinou a cabe a seu jeito de dizer que ele estava errado N o fui quela reuni o em Amsterd na sexta feira passada Eu vim aqui ver se o meu plano era fact vel Fact vel Isso g ria de espi o Emma ignorou o coment rio Na verdade se voc conseguir encontrar o ponto certo na base da geleira poss vel entrar nas cavernas Programei um GPS de bolso e marquei o caminho de subida e descida para n o me perder caso nevasse E foi por isso que voc insistiu para a gente vir a Arosa em vez de ir para Zermatt disse ele sentindo se de certa forma seu c mplice Eu tive bons motivos Era nosso anivers rio de casamento Nossa primeira escalada juntos foi aqui oito anos atr s Nosso anivers rio de casamento T certo Ele percebeu ent o que ela tamb m mentira em rela o previs o do tempo e que sabotara seu r dio Como voc sabia que a gente n o iria descer para peg la Na verdade eu n o sabia reconheceu ela Apostei no fato de que Steiner e sua equipe iriam subir a montanha para resgatar uma mulher de perna quebrada n o ca da em uma greta de 100 metros de profundidade Corda pesa N o imaginei que fossem trazer mais do que o necess rio Fiquei at surpresa quando vi que tinham dois peda os Steiner voc sabe o nome dele Jonathan olhou pe
462. rdade Imune dor acabou o servi o com rapidez e aplica o amarrando a linha e cortando a com a tesourinha que encontrara no kit de costura Levando em considera o a situa o o trabalho estava bem feito Passou lcool nos pontos depois cobriu o ferimento com um esparadrapo Pegou a camisa foi at a cozinha e serviu se mais uma dose de vodca Fez uma anota o mental para se lembrar de procurar aquela marca no futuro Zubrowka Em polon s babaca cr dulo e idiota Vestiu o sobretudo e p s as m os nos bolsos forrados de cashmere Sua m o direita encontrou a alian a Prometeu a si mesmo carreg la sempre consigo como lembrete Apagou as luzes da cozinha e entrou na sala Deu uma volta completa estudando o apartamento Era tudo uma ilus o Aquilo n o passava de um palco Nesse exato instante um punho socou a porta Pol cia Queremos falar com o senhor Jonathan congelou A mulher da portaria Ela deve ter dado o alarme Imaginou como os acontecimentos iriam se suceder Iriam pedir um documento de identidade Fariam uma busca rotineira por antecedentes A resposta seria imediata Dr Jonathan Ransom procurado pelo as sassinato de dois policiais Suspeito deve ser considerado armado e perigoso Bastaria um pis car de olhos para que o algemassem e fizessem no deitar no ch o de bru os com as pernas abertas Mais socos na porta Pol cia Por favor Herr Doktor sabemos que o senhor est a dentro G
463. rdeu seus dedos com tanta viol ncia que chegou a tirar sangue Pior ainda as autoridades da escola perceberam que ele estava aprendendo por conta pr pria a l ngua dos antepassados da m e e que adquirira o h bito de murmurar preces para uma divindade pag nas palavras esquecidas O comandante foi avisado de tudo isso Em vez de desanimar com a evolu o do seu projeto ficou satisfeito Era vantajoso para ele pessoas cuja consci ncia tivesse sido totalmente lavada de artif cios Sobretudo um homem cuja apar ncia e educa o tinham todas as qualidades de um cavalheiro Um homem assim poderia frequentar os mais altos c rculos da sociedade Seria aceito nas reuni es mais reservadas Em resumo era um assassino perfeito 44 Em um minuto o assassino perfeito atravessou a cidade e entrou nas colinas pr ximas Virou na Via della Nonna e encontrou a Villa Principessa com bastante facilidade Prosseguiu por um quil metro e estacionou o carro no final de uma rua sombreada sem sa da Ali realizou seu ritual Pegou o frasco que trazia em volta do pesco o e mergulhou as balas no l quido cor de mbar soprando cada uma delas de leve Enquanto fazia isso rezou sua prece Ao terminar desceu do carro e abriu o porta malas Vestiu um su ter de l uma capa de chuva e um bon da Ferrari vermelho vivo As pessoas viam o bon nunca o rosto Tirou os sapa tos sociais Em seu lugar cal ou um par de botas de escalada Como toque
464. rdwand do Eiger o Aconc gua o K 2 pela Linha M gica sem um grama de oxig nio em garrafa Tudo em nome da emo o Esticar a sorte at onde se atrevia e depois recolh la no ltimo segundo Foi nessa poca que ele tomou consci ncia de uma falha no seu car ter A falha era conseq n cia de sua for a quase antinatural e de seu totalmente natural esp rito rebelde e envolvia uma inclina o crescente e pronunciada para as brigas Os bares dos resorts de montanha estavam sempre cheios de valent es e imbecis Ele era seletivo e sempre fazia quest o de escolher o mais escandaloso de todos Algu m que merecesse ser posto no seu devido lugar Algu m com pinta de que fosse entrar na briga Ele pedia uma dose de bourbon para ficar animado na me dida certa A partir da era apenas uma quest o de fazer os coment rios adequados Com sorte em cinco minutos conseguia estar em um beco nos fundos do bar As brigas eram brutais e curtas Jonathan era um lutador astuto que percebia depressa as fraquezas do advers rio Passava um ou dois minutos rodeando o oponente evitando os abra os suados e os embates desengon ados que eram a marca registrada das brigas de porta de bar Ent o atacava Um murro no maxilar um soco no est mago e um chute na lateral da cabe a Raramente durava mais do que isso Orgulhava se da pr pria economia Sabia que essa era uma caracter stica perigosa e pior ainda autodestrutiva Sabia tamb m que tinha a ver
465. rece que molhou as balas em veneno de sapo porque achou que isso impedia as almas das v timas de irem atr s dele no mundo dos vivos J ouviu falar nesse tipo de palha ada Leahy sacudia a cabe a as lembran as praticamente brilhando em seus olhos Voc por acaso n o saberia alguma coisa sobre isso n o Joe Isso a papo de magia negra disse Leahy Se voc souber o que bom para a sua linda mulher e os tr s moleques que tem em casa vai deixar essa hist ria quieta Palumbo era t o arrogante quanto qualquer agente O alerta s serviu para instig lo ainda mais Os caras apagados estavam metidos no compl com Walid Gassan Eles iam derrubar um avi o de carreira Era uma opera o sofisticada A gente est falando de um avi o teleguiado que viaja a mais de 600 quil metros por hora levando 20 quilos de Semtex Na minha opini o isso um m ssil teleguiado N o tem como um filho da puta mu ulmano organizar um tro o desses Parece que o tal cara est fazendo a coisa certa Sem d vida Ent o se isso n o coisa do pessoal de pano na cabe a quem voc acha que est puxando as cordinhas perguntou Leahy N o vou citar nomes Mas fa o uma id ia Na boa pensando bem quanta gente existe com esse tipo de recurso disposi o Voc acha que algum governo est bancando a parada Ah com certeza Palumbo tamborilou na mesa com o n dos dedos
466. rem junto plataforma de desembarque Jonathan colocou a alavanca do c mbio autom tico na posi o drive girou o volante e pisou fundo no acelerador O motor de 12 cilindros impulsionou o carro para a frente rompendo a corrente de prote o e levando o at a plataforma Uma mistura de chuva e neve salpicou o p ra brisa Ele tentou ligar o limpador enquanto aproximava o rosto do vidro Al guma coisa baixa e escura se erguia sua frente Por fim encontrou o controle e ligou as p s Havia um quiosque a apenas 10 metros do autom vel Jonathan deu um safan o no volante e desviou do obst culo por poucos cent metros Seguiu pela rampa de desembarque e atravessou o estacionamento parando em um sinal ver melho que regulava o acesso auto estrada Atr s dele o trem ia parando com as rodas met licas guinchando e gemendo Nenhum carro havia come ado a desembarcar O sinal ficou verde Jonathan entrou na auto estrada e seguiu no limite m ximo de velocidade durante 10 minutos antes de pegar a sa da seguinte e guiar por uma s rie de vias mais estreitas que conduziam para o mais longe poss vel da pista Depois de verificar que n o havia sido seguido parou o carro no acostamento e desligou o motor Olhou se no retrovisor Tinha os olhos de um fugitivo Sua respira o vinha como golfadas que o deixavam tonto e quase enjoado N o era a primeira vez que atiravam nele J fora alvo de disparos ao l u ao estilo abaixe se seu
467. rente de suas lentes As placas de todos os carros fotografados entravam automaticamente em um sistema que ligava as bases de dados das ag ncias de intelig ncia de mais de 30 pa ses Era uma esp cie de internet do crime Cada base de dados comparava ent o o n mero das placas com qualquer ve culo roubado ou suspeito daquele pa s Em toda a Europa constantemente eram disparados avisos de que um carro roubado na Espanha fora visto em Paris ou de que uma van usada em um assalto a uma joalheria em Nice fora localizada em Roma Era um trabalho de pol cia sem policiais que resultava em milhares de pris es por ano O lado negativo era que o processo era dolorosamente lento A quantidade de fotografias por si s milh es delas por dia impedia qualquer resultado instant neo Continue tentando disse Von Daniken Avise me assim que alguma coisa surgir Voc tem meu telefone Hardenberg fez que sim com a cabe a e p s se ao trabalho Convencido de que tudo estava come ando com o p direito Von Daniken pegou o elevador at o t rreo e saiu do pr dio Uma vez no carro foi direto para a auto estrada onde pegou a Al em dire o a Genebra Precisava apressar se caso quisesse chegar sede da M dicos Sem Fronteiras antes do meio dia 46 O GASTHOF R SSLI FICAVA do outro lado da rua em frente aos port es da f brica da Zug Industriewerk O restaurante era um beiz moda antiga estabelecimento familiar com parede
468. resa para mim quando o encontrei em Davos Traidor Jonathan viu que havia tocado um ponto fraco Se voc est t o segura por que precisou desaparecer Segura Meu Deus voc acredita mesmo nisso Emma olhou para ele Sabe o que um avi o teleguiado Mais ou menos Um daqueles avi dezinhos de controle remoto que ficam tirando fotos en quanto voam Sei que tamb m podem disparar m sseis Existe um na Su a agora mesmo sendo preparado para um ataque Eu n o deveria saber disso mas Blitz deixou escapar Ele era o meu controlador o nico que tinha permiss o para saber de tudo Disse que seria a coisa mais importante que a gente jamais fez Era a miss o pessoal do chefe Voc quer dizer que s o voc s que a Divis o que est planejando destruir algu m com ele Algu m n o Alguma coisa Um jato de passageiros Eles v o lan ar isso aqui Na Su a Ai meu Deus Emma a gente precisa avisar a pol cia A pol cia j sabe Pelo menos uma parte dela O homem que tentou pegar voc l em Davos est chefiando a investiga o O nome dele Marcus Von Daniken Ele dirige o Servi o de An lise e Preven o o servi o su o de contra intelig ncia Est convencido de que voc o mentor do compl Eu Basicamente isso se deve ao fato de Von Daniken achar que voc sou eu Porque eu estava na casa de Blitz Entre outras coisas sim Voc foi esp
469. rgar os pr prios pecados e virou o carro na dire o de Langley onde rapidamente chegou aos arquivos da Ag ncia Central de Intelig ncia Uma vez l acessou um dossi digitalizado da se o latino americana que detalhava as atividades da companhia em El Salvador na d cada de 1980 Dentro do dossi encontrou um documento que discutia a necessidade de se estabelecer a democracia na regi o para servir de anteparo contra o regime comunista sandinista que havia se enraizado na vizinha Nicar gua e amea ava os governos da Guatemala e de El Salvador Mais adiante encontrou documentos referentes a uma certa Opera o Pomba iniciada pela embaixada em San Salvador na primavera de 1984 O dossi classificava esses documentos como Acesso Privilegiado e exigia uma assinatura do vice diretor para acess los Nenhuma outra opera o estava acima da classifica o Secreto Palumbo voltou atr s e consultou uma lista dos funcion rios da ag ncia que trabalhavam na embaixada na poca Reconheceu o nome de um colega com quem trabalhara no Centro de Comando Antiterrorista um descendente de irlandeses magro e extrovertido chamado Joe Leahy Palumbo encontrou Leahy em uma sala de paredes envidra adas com vista para v rias baias na se o de opera es do CCAT Joe tem um segundo Como de h bito Leahy estava impecavelmente vestido com um terno azul marinho e sapatos engraxados os ca belos penteados para tr s com gel parece
470. riental E na ocidental algum avan o Foi a vez de Klaus Hardenberg falar Hardenberg o investigador de rosto rechonchudo e p lido que abandonara uma lucrativa carreira de contabilidade internacional em Zurique para abra ar as agruras da seguran a p blica Blitz fazia as opera es banc rias na Banca Popolare del Ticino Conseguimos o nome do banco com a Eurocard que tamb m identificou a conta de Blitz nesse banco O saldo m dio mensal da conta era de 12 mil francos Quanto aos pagamentos mais ou menos o de sempre Objetos de casa Contas de cart o de cr dito G s Luz O homem fazia um saque de 500 francos por semana sempre no mesmo caixa autom tico em Ascona De modo geral parece um estilo de vida modesto para um homem que dirigia um Mercedes e morava em uma vila no valor de v rios milh es de francos A menos que a vila n o fosse dele disse Von Daniken Foi exatamente o que eu pensei Hardenberg deu um leve sorriso A primeira coisa que chamou minha aten o foi uma transfer ncia que caiu na conta uma semana atr s no valor exato de 100 mil francos As instru es de pagamento diziam Presente para P J No dia seguinte Blitz sacou a quantia toda em esp cie na boca do caixa de sua ag ncia em Lugano Tudo por cima dos panos Ele ligou com anteced ncia falou pessoalmente com o gerente do banco e explicou que aquilo era o sinal de um barco que estava construindo em Antibes Algu m
471. rio da costa leste dos Estados Unidos o corpo do almir ante Lafever seria encontrado por seu motorista Este encontraria a casa assaltada e o almirante morto no escrit rio com um tiro depois de reagir ao assalto A pol cia viria logo depois A not cia chegaria a Langley mais ou menos s 9 A informa o sobre o assassinato seria abafada at o diretor poder confirmar todos os fatos e inventar uma hist ria plaus vel Palumbo sabia muito bem que apesar de todos os seus esfor os ningu m iria acreditar na hist ria do assalto Seriam necess rias mais tr s horas para uma declara o oficial ser emitida Meio dia em Wash ington 6 da tarde em Zurique A investiga o come aria imediatamente a agenda de Lafever seria vasculhada de alto a baixo suas rela es mais pr ximas interrogadas Em algum momento provavelmente s no final da tarde ou mesmo no dia seguinte Joe Leahy se apresentar ia e mencionaria a conversa que tivera com Palumbo no refeit rio na v spera O interesse de Palumbo por Lafever e pela Opera o Pomba seria devidamente registrado Ainda assim haver ia muitas outras pistas semelhantes a seguir Um homem n o virava vice diretor de opera es o principal espi o do pa s por assim dizer sem acumular rivais tanto dentro quanto fora da Ag ncia Caso a Ag ncia telefonasse para sua casa a mulher de Palumbo sabia o que dizer Entraria em contato com o marido pelo celular e ele ligaria de volta ime
472. ritou Von Daniken Instantes depois foi atingido por algo quente e mido Limpou o rosto e suas m os sa ram sujas de sangue Kurt Myer estava retorcido entre os ban cos e seu rosto era uma massa disforme de osso e cartilagem Hardenberg abriu a porta com um safan o e rastejou at a traseira do carro Von Daniken abriu a porta devagar contou at tr s depois saiu correndo em dire o floresta Jogou se no ch o com o rosto enterrado na neve O tiroteio cessou e s um tiro ou outro fazia a neve ricochetear no ar Ligue para o capit o Brandt gritou para Hardenberg Meu telefone est dentro do carro Von Daniken apalpou os bolsos Deixara cair seu pr prio telefone em algum lugar durante a sa da precipitada Sacou sua pistola de servi o e manejou a desajeitadamente at conseguir en fiar um pente no tambor e se certificar de que a seguran a estava destravada Soltou um pa lavr o entre os dentes Seu rel gio indicava 19h42 Detectou um outro barulho vindo do alto da colina Era o motor do avi o teleguiado sendo ligado Olhou em volta A casa estava 30 metros diretamente acima dele no monte Era uma con stru o moderna apoiada na encosta da colina sustentada por grandes pilares de a o As janelas estavam escuras o que lhe dava um ar de abandono Ele sabia que essa impress o era falsa Levantou a cabe a para ver melhor Uma bala atingiu uma rvore a 10 cent metros de seu rosto Enfiou a cara na neve
473. rmado Emma olhou em sua dire o O qu Ele abaixou o vidro da janela e espichou o pesco o para fora N o tenho certeza mas Um estouro ecoou no ar seguido por outro Os sons eram met licos fracos como as armas de brinquedo com as quais ele costumava brincar em crian a Tiros Est ouvindo Emma parou o autom vel no acostamento a meio caminho da subida da colina Uma floresta medieval cobria a en costa Resqu cios de uma antiga muralha apareciam junto estrada blocos de basalto erodidos cobertos de l quen Bem no meio das rvores os tiros cintilavam como vaga lumes Von Daniken Assim eles ficam ocupados Ela se remexeu no assento e encarou o com os olhos firmes Tem certeza de que est preparado para fazer isso Jonathan fez que sim com a cabe a J havia tomado a decis o dias antes Troque de lugar comigo disse Emma Voc dirige A menos que saiba disparar uma arma Jonathan parou com metade do corpo para fora do carro Eu ia dizer que voc odeia armas E odeio mesmo Os dois cruzaram se na frente do carro ro ando no ombro um do outro Jonathan acomodou se no banco do mo torista e ajustou o para sua altura Emma fechou a porta e lhe disse para seguir em frente Ele percebeu que ela n o estava mais com um ar t o profissional assim Seu rosto perdera o verniz de confian a e sua respira o estava acelerada e profunda Com tanto medo quanto ele Jon
474. rnou a falar Pelo que entendo o senhor tem um segundo pedido Tamb m gostar amos de solicitar quatro unidades das suas armas de destrui o de bunkers B6l l1 um pedido e tanto Estamos falando em armas nucleares verdade O presidente americano j estava ciente do pedido antes do telefonema e havia preparado a re sposta de forma bem precisa Escute atentamente o que vou dizer Sob nenhuma circunst ncia os Estados Unidos iniciar o o uso de armas nucleares No entanto n s acreditamos no direito de Israel de ter uma defesa forte e arrasadora Para tanto e em respeito aos nossos muitos anos de amizade ordenei a meus homens que transferissem quatro unidades da B61 11 para o general Ganz Mas preciso da sua palavra de que n o vai usar essas armas a n o ser em caso de provoca o direta N o sei se posso lhe dar minha palavra quanto a isso N o um ponto pass vel de negocia o Vou repetir o que eu disse Se aquele filho da puta iraniano encostar um dedo sequer em qualquer um dos seus interesses o senhor tem minha per miss o para usar essas bombas como lhe aprouver Poder sobrevoar o Iraque vontade Mas at isso acontecer quero a sua palavra de que vai guardar as armas trancadas a sete chaves Zvi Hirsch que estava escutando em outra extens o lan ou um olhar chocado para o primeiro ministro Come ou a menear a cabe a violentamente indicando que o primeiro ministro devia conc
475. ro do grande hangar Um milagre concordou Hirsch Ali perto uma equipe de manuten o de aeronaves fazia uma das armas anti bunker rolar sobre as rodinhas pelo ch o de concreto polido Posicionando a debaixo do compartimento de carga do avi o ergueram o suporte e pren deram o proj til bandeja interna de bombas Hirsch e Ganz ficaram observando a equipe prender uma segunda bomba depois uma terceira Ao ver aquilo Ganz suspirou Estava cansado de lutar Cansado da vigil ncia con stante Imaginou se Israel um dia poderia se dar ao luxo de ter paz primeira onda do ataque vai se concentrar no estabelecimento de enriquecimento rec m descoberto em Chalus disse ele Depois disso iremos atr s de seus disparadores de m sseis e de suas f bricas de ogivas Algumas for as de reconhecimento da Sayeret est o indo para l hoje noite para pintar os alvos antes de os nossos avi es chegarem Vamos lev las com os helic pteros de nossos navios que est o no golfo Hoje noite perguntou Zvi Hirsch bastante confuso N o um pouco precipitado Lembre se de que o presidente falou que n o podemos queimar a largada Precisamos de um motivo Ganz cruzou os bra os Recebi um telefonema h poucos minutos de um amigo no Pent gono Um colega piloto na verdade Quem Brigadeiro John Austen O evangelizador Prefiro pensar nele como amigo de Israel Ganz chegou mais perto para t
476. ro e mostrar a carteira de motorista Seu destino Davos Vou participar do F rum O senhor convidado oficial Vou entregar este carro a um h spede do Hotel Belvedere Sr Parvez Jinn Preciso dar uma olhada na sua credencial Jonathan tirou o crach plastificado do pesco o O policial inseriu a credencial em uma leitora parecida com a que Jonathan vira no jornal Com o canto do olho ele viu o policial retirar a credencial e tornar a coloc la na leitora Enquanto ele esperava uma equipe de soldados manejava espelhos debaixo do chassi procura de explosivos Um deles gritou alguma coisa e o que estava verificando a credencial de Jonath an se aproximou Os homens trocaram algumas palavras e o mais graduado dos dois voltou apressado Este ve culo blindado E respondeu Jonathan Como eu disse estou indo entregar o carro para Parvez Jinn min istro da Tecnologia do Ir Ele vai exportar o carro para o Ir For ou se a sorrir Ouvi dizer que as coisas por l podem ser meio violentas Espere aqui O policial mais graduado afastou se alguns passos e passou um r dio para seu controle Jonath an ouviu o informar seu nome e perguntar se havia alguma anota o sobre a entrega de um Mercedes Um minuto se passou Por fim o policial meneou a cabe a e tornou a dirigir se a Jonathan Tudo certo Vou ter de pedir ao senhor para revistarmos o interior do ve culo Clar
477. ro encostado em sua t mpora Ent o fez se a luz Um rel mpago com as cores do inferno que durou um segundo e depois se foi 28 A VILLA PRINCIPESSA FICAVA NO final de uma estrada de cascalho uma constru o restaurada do s culo XVIII com hera subindo por paredes esburacadas e jardineiras cheias de ger nios decorando as janelas do andar de cima Um muro baixo de pedra e cimento cercava o roseiral adormecido na frente da casa s 9 horas a chuva ca a em uma cortina espessa pesada e incans vel como uma cachoeira Simone abotoou o casaco e ajeitou os cabelos atr s das orelhas Ent o a gente vai simplesmente confrontar o cara E se ele disser que n o mandou as malas O que que n s vamos fazer Por que ele iria negar indagou Jonathan Quando souber que Emma morreu vai ficar feliz em recuperar o carro E o dinheiro E o dinheiro Jonathan abriu o porta luvas e tirou de l o envelope cheio de notas Pensei nisso a noite in teira no que Emma estaria fazendo Os olhos de Simone lhe diziam para prosseguir Rem dios disse Jonathan Emma estava sempre falando sobre como a ajuda nunca chega ao destino certo Isso a deixava maluca Voc sabe como a gente funciona Na metade das vezes os carregamentos s o confiscados pelo governo ou roubados por oficiais da alf ndega que depois tentam vender de volta pra gente pelo dobro do pre o Quando 70 do esperado chegam s nossas m os
478. rojetou o bra o para a frente com um punhal na m o Jonathan se esquivou para a direita empurrando o homem com for a para o lado Uma faca Mas claro Ningu m poderia passar pela seguran a com uma arma de fogo O assassino chocou se contra a parede e caiu ajoelhado Jonathan sabia que n o podia lutar J havia arriscado a sorte duas vezes nos ltimos dias e nas duas vezes sa ra machucado Na sua opini o tinha dois pontos contra ele Saiu correndo Margeou a cabana de vacas no sentido do comprimento cortando caminho entre ela e o celeiro anexo Logo estava novamente em uma rua asfaltada correndo o mais r pido que podia Dali a 100 metros chegou a uma bifurca o Decidiu escolher o caminho que subia a colina A sua frente podia ver os carros e pedestres que enchiam a Davosstrasse Olhou por cima do ombro A rua estava vazia O assassino tinha desaparecido Jonathan parou de correr e passou a andar Dois carros de pol cia estavam parados no final do quarteir o Atr s deles erguia se uma cerca de seguran a coberta de arame farpado Era um posto de seguran a que controlava o acesso da zona verde zona vermelha Jonathan esgueirou se para tr s da garagem de uma empresa distribuidora de bebidas Barris de chope estavam empilhados de quatro em quatro fileira sobre fileira Ele se abaixou e entrou no labirinto de caixotes e barris serpenteando para l e para c at chegar a um beco sem sa da Sem ter para onde ir soltou
479. rupo de homens em volta da aeronave come ou a desmont la Ele baixou os olhos e agradeceu Da pr xima vez seria para valer 23 O REL GIO MOSTRAVA 4H41 quando Jonathan parou o carro no acostamento e desligou o motor A chuva batia no p ra brisa A sua frente encoberto na bruma havia um pr dio de tr s andares feito de pedra e terracota Mas ainda nem abriu disse Simone N o tem ningu m a Jonathan apontou para dois varais amarrados na janela do segundo andar O chefe da esta o mora em cima do escrit rio Estendeu a m o espalmada Est com voc Simone tirou da bolsa a credencial do sargento Oskar Studer E se ele n o acreditar S o 5 horas da manh A ltima coisa que ele vai fazer questionar um policial que aparecer na sua porta Al m do mais n o posso chegar mostrando essa credencial luz do dia a menos que engorde 20 quilos raspe a cabe a e quebre o nariz umas duas vezes D uma olhada O que voc v Jonathan segurou a credencial ao lado do rosto Simone moveu a cabe a para a frente e para tr s apertando os olhos para se concentrar na fotografia tr s por quatro Jonathan lhe deu tr s segundos em seguida fechou a carteira de couro Ent o Est escuro demais N o consegui ver nada Justamente Mas Simone n o se deixou convencer t o facilmente Mas como que voc sabe que vai encontrar alguma coisa Jonathan tirou os t quetes do bol
480. s Aguardar instru es QG 7 2 10 55 HCE Cormor o Gralha entrou em contato Ref Thor Gralha est com Palm de Pisco Afirma que Pisco morreu Confirmar 7 2 09 55 HCE Falc o Transfer ncia aprovada 7 2 08 45 HCE Pisco Solicito transfer ncia 100 mil CHF conta BPT Substitui o quantia perdida Jonathan releu o texto Cormor o era Hoffmann Gavi o era algu m desconhecido Falc o a pessoa que aprovara a transfer ncia e confirmara para seus agentes que Pisco estava morto parecia ser o chefe Pisco era Gottfried Blitz E Emma Onde estava Emma Continuou a leitura 6 2 08 19 55 HCE Falc o Credenciais no Posto de Seguran a 1 Davosstrasse 6 2 08 18 07 HCE guia A caminho Davos Detalhes o k Credenciais 6 2 08 16 22 HCE Falc o guia para substituir Rouxinol Rouxinol Era esse o codinome de Emma Jonathan foi passando as in meras mensagens procura de um hor rio de uma data espec fica Encontrou Ter a feira Dia seguinte ao acidente de Emma 5 2 08 07 45 HCE guia Rouxinol desaparecida em acidente escalada Gralha vivo Jonathan era Gralha ou Rook em ingl s a mesma palavra usada para designar a torre no jogo de xadrez Ou seria rook no sentido de impostor de engodo Faz mais sentido pensou zangado Ent o percebeu que estava errado nos dois casos Se todos os agentes haviam rece bido nomes de aves ent o n o seria diferente com ele Gralha Primo brit nico do corvo emb
481. s molhados e muito frios Eram duros demais at para servirem de apoio que dir para serem escalados Envolvendo um deles com os bra os ele foi se contor cendo aclive acima Quando chegou no alto suas m os queimavam de frio e as roupas estavam ensopadas Encaixando o joelho no v o entre a constru o e o pilar ficou em p e estendeu a m o at a varanda Respirando fundo e dizendo uma prece tomou impulso e estendeu a outra m o i ando se at a varanda A porta de correr estava trancada Recuou alguns passos e atirou na porta de vidro que se estilha ou Um caco atingiu seu tornozelo entrando na carne Com uma careta retirou o O sangue brotou e encheu lhe o sap ato A casa estava silenciosa Nenhuma luz acesa em qualquer lugar Se houvera algum guarda to dos tinham abandonado o barco Jonathan podia ouvir um ronco de baixa fregii ncia emitido por algum tipo de corrente el trica Atravessou o aposento e entrou em um corredor Uma porta no final deste impedia sua passagem Um painel num rico controlava sua abertura Ele atirou na fechadura N o adiantou Tanto a fechadura quanto a porta eram feitas de a o Colocando o ouvido na porta distinguiu um zumbido baixo e p de sentir uma vibra o contra a face De repente o zumbido cessou A vibra o diminuiu A estrutura inteira se imobilizou como se tivesse sido desconectada Os olhos de Jonathan correram para o painel num rico Uma luzinha piscante antes vermelha a
482. s por outro Parou para verificar o rel gio Fazia nove minutos que o trem entrara no t nel O atendente no guich de passagens havia lhe informado que a travessia durava 15 minutos Seus olhos se fixaram em Ransom A luz interna era um problema N o queria que ningu m visse o corpo dele antes de chegarem a Kandersteg Os celulares funcionavam dentro do t nel N o era imposs vel que algu m chamasse a pol cia Esperou um pouco de c coras Um minuto se passou Depois outro Por fim ele entrou em a o Saindo de tr s do carro locomoveu se de um vag o para outro O Mercedes estava estacionado na dianteira Ali n o havia grades e o Fantasma teve de tomar cuidado para o seu p n o resvalar pela beirada Deu outro passo frente estendendo a m o para tocar o p ra choque do Mer cedes Chegou porta do motorista Desarmando a trava da pistola p s se de p e bateu com ela no vidro Jonathan Ransom se virou para ele O Fantasma puxou o gatilho 44 Jonathan olhou pela janela Tinha alguma coisa ali Uma sombra Uma forma Observou mais de perto Seus olhos se arregalaram Havia uma arma apontada para sua testa De repente um clar o surgiu ofuscando sua vis o Ele se retraiu e virou a cabe a de lado Ouviu um barulho de areia sendo pisada De novo o mesmo barulho Olhou para tr s na hora em que uma fa sca iluminou a vidra a A janela fez press o para dentro Viu as rachaduras em forma de estrela onde as balas haviam
483. s de explosivos pl sticos O coronel Mike n o tinha mais o mesmo aspecto limpo e arrumado Seu bigode estava ca do devido ao suor causado pelo esfor o O mal que im pregnava aquele lugar tinha se entranhado em seus poros Mais Bolhas passaram a se formar na beirada do caldeir o Gassan come ou a gritar Nada de preces Nada de clamar por Al Somente uma s rie de obscenidades amaldi oando o Ocidente o presidente dos Estados Unidos o FBI e a CIA Ele n o era nenhum fan tico religioso Era daquele outro tipo Um terrorista definido por suas a es O rebelde sem outra causa que n o destruir Philip Palumbo estava sentado em uma cadeira no canto J fazia muito tempo que se cansara dos gritos lament veis Sua empatia em rela o a excrementos como Gassan se esgotara na poca em que ele trabalhara nos bom bardeios a B li Vinte corpos Homens mulheres e crian as tirando f rias beira mar nos tr picos Todos mortos Mais uma centena de feridos Vidas exterminadas Vidas arruinadas E para qu Apenas pela baboseira habitual de atacar o Ocidente Na opini o de Palumbo todos n s t nhamos um contrato com a sociedade para tratar nossos semelhantes de forma justa e obedecer s leis Quando algu m quebrava esse contrato ou ultrapassava as fronteiras do fair play n o havia mais regras Gassan queria matar gente inocente Palumbo tinha a inten o de det lo A temperatura estava aumentando era hora de a festa come
484. s de pinheiro ch o de tacos de madeira e um bando de chifres de ant lope fixados na parede Ao meio dia o sal o estava aquecido e entupido de gente Jonathan passou entre as mesas prestando aten o na profus o de jalecos azuis de trabalho com o nome da empresa bordado em caligrafia g tica no bolso esquerdo da frente O mesmo nome com a mesma caligrafia tamb m era vis vel nos crach s em volta do pesco o de quase metade dos clientes ZIAG Estava bvio que o Gasthof R ssli era uma alternativa bem popular ao refeit rio da empresa No bar clientes se sentavam segurando canecas de cerveja e almo ando Havia v rios bancos livres e ele se aco modou em um ao lado de um homem corpulento barbado cuja barriga generosa e nariz crivado de veias n o escondiam sua predile o pelo lcool Assim como a maioria dos outros usava um crach branco pendurado em um cord o azul em volta do pesco o Jonathan tinha 30 minutos para conseguir aquele crach Ele se sentou e deu uma olhada no card pio Teve consci ncia de que o homem o observava Em um canto no alto uma TV exibia o notici rio sem som Era dif cil evitar erguer os olhos para ela Pediu uma sopa e uma cerveja e aguardou sua oportunidade Jonathan chegara a Zug s 11 da manh depois de passar a noite no banco traseiro do carro no estacionamento de uma revenda da Mercedes perto de Berna Era o primeiro descanso em 36 horas e embora tivesse dormido mais do que gostaria pel
485. s de vodca polonesa e o que quer que tenha vindo depois Era o truque mais antigo do mundo Depois de conseguir em fotografias passaram tamb m a subornar Jinn Transfer ncias para a conta de Zurique At mesmo os aiatol s poderiam compreender que um homem sucumbisse a uma mulher como Eva No entanto jamais aprovariam o fato de ele ter aceitado suborno Jinn estava condenado Jonathan olhou para o funcion rio p blico iraniano sentado ao seu lado que contava ansio samente seu dinheiro Seu filho de uma puta coitado de voc pensou com um dio ainda mais intenso pelo homem Voc n o era p reo para a minha mulher S isso perguntou Jonathan pegando o flash drive S o as plantas do programa nuclear do meu pa s Acho que deve bastar N o est deixando nada de fora Podemos parar para verificar Tenho todo o tempo do mundo Tem mais uma coisa disse Jinn Um ano atr s n s conseguimos quatro m sseis teleguia dos de fabrica o russa KH 55 Os m sseis est o armazenados na Base A rea de Karshun no golfo Cada um tem uma ogiva de 10 quilotons Se os nossos estabelecimentos de enriqueci mento de ur nio forem atacados n o vamos hesitar em usar esses m sseis O plano bom bardear Jerusal m e as plataformas de petr leo de Ghawar Nosso presidente deve fazer um an ncio na semana que vem Estou aqui para preparar o terreno Diga aos seus l deres para pensarem duas vezes antes de
486. s iluminavam o espa o confinado e ele teve a impress o de mergulhar dentro do cano de um fuzil Parou o Mercedes na frente do vag o a mais ou menos dois metros do ve culo sua frente De cabo a rabo motoristas desligavam seus motores Minutos se passaram Por fim o trem deu um salto e come ou a se mover ganhando vida como um animal ad ormecido As batidas ritmadas das engrenagens de metal foram se acelerando As montanhas chegaram mais perto cercando os trilhos Seus ouvidos estalaram por causa da mudan a na press o atmosf rica O trem pareceu projetar se para a frente quando adentrou a escurid o Os olhos de Jonathan estavam abertos mas ele n o via nada Passou algum tempo assim e no escuro viu o rosto de Emma A mulher olhava para ele por cima do ombro Venha comigo disse e sua voz ecoou dentro dele O queixo de Jonathan quicou contra o peito e ele acordou sobressaltado Olhou para o rel gio Os ponteiros de tit nio indicavam que tinha cochilado por cinco minutos Ele espantou o sono e acendeu a luz interna Retirou da pasta a documenta o sobre a empresa Zug Industriewerk Primeiro releu o memorando de Hoffmann para Eva Kruger sobre o Projeto Thor carregamento final para o cliente a ser feito em 10 de fevereiro Alguma coisa naquela data o incomodava Faltavam tr s dias para o dia 10 Ent o percebeu Emma es tava com uma viagem de dois dias marcada para Copenhague para uma reuni o regional da M dic
487. s nossos amigos americanos Est entendendo Gassan n o respondeu Gostaria de um cigarro Um pouco d gua Alguma coisa V se foder grunhiu Gassan mas a sua atitude de enfrentamento foi arruinada pelos olhares nervosos que ele n o parava de lan ar por cima dos ombros O coronel Mike deu um sinal e os guardas se jogaram em cima de Gassan Um deles prendeu seu bra o esquerdo nas costas enquanto o outro estendeu o direito apoiando um joelho sobre o antebra o e espalmando a m o sobre a mesa Os dedos se agitaram como que percorridos por uma corrente el trica Eu sou cidad o americano gritou Gassan enquanto se contorcia e tentava se libertar Eu tenho direitos Voc s t m que me soltar agora mesmo Quero ligar para um advogado Exijo ser repatriado O coronel Mike tirou do bolso um canivete com cabo de madrep rola e soltou a l mina Com cuidado separou o mindinho de Gassan dos outros dedos enfiando uma rolha de vinho no v o para impedir o dedo de se mover Eu exijo a presen a do embaixador Voc s n o t m autoridade Eu sou cidad o americano Voc s n o t m o direito O coronel Mike posicionou a l mina na base do dedo e decepou o como se estivesse cortando uma cenoura Gassan gritou depois gritou mais alto quando Mike aplicou no coto uma gaze umedecida com desinfetante Palumbo observava sem demonstrar nenhuma emo o Ent o meu amigo vamos l disse o coronel Mike agach
488. s olhos fixos no corpo que j parecia menor desconhecido de certa forma N o de tectou nenhum sinal de movimento Pouco importava se Steiner estava ou n o certo em rela o queda se esta fora excessivamente grande ou se houvera algum obst culo para diminuir a velocidade de sua descida Simplesmente havia sangue demais Ele afastou a faca da corda e libertou os grampos do gelo A corda deu outro pux o e Jonathan ficou suspenso mais um metro para fora da greta Dirigiu o facho da lanterna para a mancha vermelha que havia visto mas n o conseguiu mais distingui la Perdera sua mulher de vista Emma gritou com l grimas escorrendo pela face Mas apenas a sua pr pria voz lhe respondeu ecoando sem parar 4 O LAND ROVER DESCEU CORRENDO a Seestrasse na sa da de Zurique Um homem solit rio sentava se ao volante Uma barba de v rios dias cobria seu rosto Olheiras escuras rodeavam seus olhos Fazia 24 horas que ele estava em atividade Precisava de uma refei o de um chuveiro e de uma cama A hora de tudo isso iria chegar Primeiro tinha um trabalho a terminar Abriu o porta luvas retirou uma pistola com silenciador e depositou a no assento ao seu lado Pela janela olhou para o lago Pontinhos de espuma branca cintilavam no escuro Ao longe as luzes de sinaliza o de um barco grande oscilavam perigosamente N o era uma boa noite para se estar na gua No sinal seguinte virou o carro e subiu uma estradinha sinuosa
489. saber Havia uma m xima sobre a rendi o extraordin ria Se a CIA quisesse interrogar algu m mandava a pessoa para a Jord nia Se quisesse torturar algu m enviava para a S ria Se quisesse fazer algu m desaparecer da face da Terra mandava para o Egito Pode considerar isso uma surpresa Haji Meu nome n o Haji Tem raz o disse Palumbo amea ador Sabe de uma coisa Voc n o tem mais nome No que diz respeito ao resto do mundo voc n o existe mais Ele estalou os dedos a dois cent metros do nariz do prisioneiro Acabou de desaparecer no ar Palumbo prendeu o pr prio cinto de seguran a enquanto o jato subia no ar Uma tela na dianteira da cabine mostrava o avan o do avi o em um mapa m ndi junto com informa es sobre velocidade temperatura externa e tempo para o destino Depois de alguns minutos voando em dire o ao norte o Gulfstream virou esquerda at seu nariz apontar na dire o sul sudeste Rumo ao Mediterr neo Vou lhe dar mais uma chance disse Palumbo Falar agora ou depois Acho que a primeira op o a que voc deve escolher Os olhos castanhos t midos de Gassan chisparam na sua dire o N o tenho nada a dizer Palumbo deu um suspiro balan ando a cabe a Outro caso dif cil E os explosivos que voc foi buscar na Alemanha Vamos come ar por a N o sei do que voc est falando Claro que n o Olhou para Gassan imagi
490. sar o toalete A dona da casa mandou ele descer para n o levar sujeira para dentro Ele se confundiu e entrou na oficina por acidente Von Daniken passou pelo banheiro cuja porta estava aberta e as luzes acesas e seguiu des cendo o corredor Entendo que ele tenha ficado confuso Widmer acendeu a luz de um c modo no final do corredor A oficina era um deslumbre de a o inox Bancada de a o inox suporte para ferramentas de a o inox tudo t o brilhante como no dia em que tinha sa do da f brica Mas aquilo n o era uma oficina de bricolagem de fim de se mana Nada de serra ou martelo Em vez disso o que havia era uma cole o de instrumentos de alta tecnologia coisa de engenheiro profissional Em uma mesa pr xima havia um saco cheio de passaportes O que isso perguntou Von Daniken Meu agente encontrou na gaveta de cima Estava procurando papel higi nico por acaso Widmer fungou e arqueou uma das sobrancelhas Von Daniken teve sua resposta O policial havia realizado uma busca r pida e extra oficial no local Aquelas provas n o tinham valor leg al mas e da Lammers n o seria julgado em nenhum futuro pr ximo Holanda B lgica Nova Zel ndia Folheou os passaportes um a um Um viajante do mundo O seu oficial por acaso encontrou mais alguma coisa Debaixo da bancada disse Widmer Parece que o Sr Lammers sabia que tinha inimigos Ah e cuidado Est carregada Von Da
491. se 80 metros quase metade de um campo de futebol Era sob todos os aspectos o maior jato comercial do mundo Fora concebido para transportar de 555 a 845 passageiros Nessa noite a lista mencionava pouco menos de 500 No dia seguinte o jato estaria quase com lota o m xima A aeronave avan ou pesadamente at o local de estacionamento Era t o grande que um finger especial tivera de ser constru do para ser acoplado a suas portas Foi ent o que ele finalmente conseguiu distinguir a estrela de davi pintada na cauda O v o El Al 863 procedente de Tel Aviv havia chegado 63 VON DANIKEN ESTAVA DE VOLTA porta da casa de Tobi Tingeli s 9 horas da manh em ponto Uma empregada o conduziu at o escrit rio Tingeli estava sentado atr s de uma grande escrivaninha de mogno falando ao telefone O jeans e o su ter de gola rul tinham sido deixados de lado Ele usava um terno escuro e uma gravata cinza clara com os cabelos alisados com gel Cumprimentou Von Daniken com um olhar furioso lan ando uma pasta fechada por cima da mesa em sua dire o Von Daniken a pegou Estava cheia de documentos relacionados cria o do Truste Excelsior com sede em Cur a ao nas Antilhas Holandesas A empresa fora constitu da com um capital de 50 mil francos su os Tr s diretores estavam listados dois dos quais trabalhavam no banco O ltimo nome n o lhe soava familiar Achou interessante no entanto descobrir que esse cliente visitar
492. se deitar nus na lama Depois pegaram suas irm s inclusive Teresa que n o tinha nem 5 anos Ele fechou os olhos mas n o conseguiu deixar de ouvir seus gritos o lamento de seus esp ritos lutando at as ltimas for as Depois de terminarem os soldados mataram as meninas com tiros na barriga Alguns entraram na casa e encontraram o precioso u sque escoc s de seu pai Foram para a varanda bebendo e fazendo piadas enquanto as suas irm s iam embora deste mundo Ele era um menino tinha s 7 anos e estava aterrorizado O comandante enfiou uma pistola em sua m o e marchou junto com ele at seus pais que foram obrigados a se ajoelhar O sujeito segurou a m o dele com a sua ergueu a e guiou seu dedo at o gatilho Ent o sussurrou em seu ouvido que se o menino quisesse viver teria de matar os pais Dois tiros ecoaram em r pida sucess o Seu pai e sua m e ca ram lado a lado na lama Fora o menino quem havia puxado o gatilho Em seguida sem demonstrar nem medo nem hesita o voltou a arma contra si mesmo Milagrosamente n o morreu Impressionado com aquela exibi o de coragem resoluta o comandante tomou uma decis o Em vez de deix lo ali com o pai a m e as quatro irm s e o cachorro para servir de exemplo aos camponeses em rela o sabedoria de exercer o direito de voto levou o menino embora das montanhas Cirurgi es retiraram a bala que havia destru do sua mand bula Dentistas consertaram seus dentes quebrados D
493. seguir esperar at se aproximar Descobri uma coisa Primeiro tome ar E sobre o Truste Excelsior continuou Hardenberg arfando Pensei que se o truste era pro priet rio de um im vel poderia muito bem ser propriet rio de outro N o participei da reuni o com o general Chabert mas soube que ele tinha certeza de que o avi o teleguiado precisava de algum tipo de base de opera es que proporcionasse ao piloto uma vis o direta da aeronave alvo Isso mesmo Com base nesse racioc nio entrei em contato com o agente do fisco e pedi a ele para cruzar o nome do truste com alguma venda recente de im veis em todas as comunidades ao redor dos aeroportos de Zurique e de Genebra E Von Daniken uniu as m os atr s das costas esperando n o parecer ansioso demais At agora apenas duas das sete comunidades responderam mas parece que o Truste Excelsi or comprou uma casa em Glattbrugg Von Daniken engoliu em seco e a esperan a faiscou dentro de sua barriga como gravetos pegando fogo Glattbrugg era a comunidade imediatamente adjacente ao aeroporto de Zurique Onde exatamente em Glattbrugg casa fica a menos de um quil metro da extremidade sul da pista de pouso 79 A MISS O FOI CONFIADA AO Esquadr o 69 da For a A rea israelense tamb m conhecida como Opera o Martelo Operando a partir da base da For a A rea de Tel Nof a sudoeste de Tel Aviv em pleno deserto do Negev o E
494. senhora N o h resposta O tempo passa Gauthier entra no quarto Monsieur Ransom diz a voz francesa calejada Os recados est o todos aqui Como assim Est o aqui no ch o Nenhum deles foi aberto Na verdade n o parece que a sua mulher esteve aqui N o sei se estou entendendo Ningu m dormiu na cama N o estou vendo malas nem pertences de qualquer tipo Gauthier fez uma pausa e Jonathan p de visualizar o dar de ombros derrotado do gerente como se fosse seu O quarto est intacto 44 Abra pensou Jonathan deslizou um dedo sob a aba e abriu o envelope L dentro uma nica folha de papel Em branco Nenhum nome Nenhum cabe alho Nem sequer uma marca Virou o envelope de cabe a para baixo e sacudiu o Dois pedacinhos de papel o ca ram em sua palma Eram id nti cos no formato e no tamanho Uma das laterais estava perfurada como se tivesse sido destacada de outro peda o Um n mero de seis algarismos impresso em tinta vermelha ocupava o centro de cada um primeira vista eram recibos Um canhoto parecido com o que costumava ser en tregue em chapelarias Havia letrinhas impressas em corpo min sculo no canto inferior direito SBB Schweizerische Bundesbahn Ferrovia Nacional Su a Os pap is eram recibos de bagagem 10 PELA SEGUNDA VEZ EM 12 HORAS Marcus Von Daniken estava de volta a Zurique O letreiro acima da en trada dizia Rob tica AG em letras d
495. sentava seu ingresso na presid n cia Os pap is tinham sido enviados pela Swisscom 10 minutos antes e continham uma lista de todas as liga es rece bidas e feitas por n meros pertencentes a Marcus Von Daniken Eram 38 chamadas no total A maioria dos outros n meros pertencia a colegas de Von Daniken na Pol cia Federal Marti identificou seu pr prio n mero em tr s ocasi es s 8h50 hor rio em que foi distribu da a informa o interceptada pelo nix com a lista de passageiros do avi o fretado pela CIA s 12h15 quando o jato norte americano pedira permiss o para aterrissar em solo su o e s 13h50 quando Von Daniken lhe telefonou para combinar a ida ao aeroporto Correndo um dedo pela lista de n meros parou diante do c digo internacional 001 Estados Unidos C digo de rea 703 Langley na Virg nia O n mero pertencia Ag ncia Central de Intelig ncia dos Estados Unidos Era a prova que Marti buscava Largando os documentos sobre a mesa ligou para Hardenberg o investigador com quem falara na noite anterior Onde est Von Daniken Preciso falar com ele Um helic ptero foi busc lo em Zurique h 15 minutos respondeu Hardenberg Ele est indo para Davos en contrar Kurt Myer Davos A express o de Marti se desfez Para qu Conseguimos uma pista sobre Jonathan Ransom Parece que ele est entregando um carro a Parvez Jinn ministro da Tecnologia do Ir Marti belisco
496. sesperado excessivamente ambicioso para resgatar 53 ref ns da Embaixada dos Estados Unidos em Teer A bordo 74 membros da rec m criada Divis o de Oper a es Especiais treinada pelo coronel Charlie Beckwith e liderada pelo tenente coronel William Jerry Boykin O v o rumo ao deserto correra conforme o planejado o nico incidente fora um per odo de sete minutos durante o qual o avi o passara no meio de uma haboob uma tempestade de areia que reduziu a visibilidade a zero no meio do Dasht e Kariv o Grande Deserto de Sal que se estendia por 650 quil metros na ponta sudoeste do pa s O avi o passou bastante bem pela tempestade Seus motores turbo resistiram apesar do ataque da areia e do sal Aterrissou sem problemas em um ponto predeterminado batizado de Deserto Um Em seu encal o seguiram oito helic pteros Sea Stallion que partiram do porta avi es USS Nimitz no Mar da Ar bia Os helic pteros deveriam transportar os soldados de elite at Teer onde libertariam os diplomatas e os levariam at o avi o de Austen para atravessarem o golfo P rsico at a Ar bia Saudita A trag dia n o demorou a acontecer Um dos helic pteros pousou avariado com o sistema hidr ulico gravemente danificado pela mesma tempestade que Austen havia atravessado Outro voltara no meio da rota perdido e temendo uma pane nos sistemas Com apenas seis helic pteros em condi es de v o em vez dos oito previstos n o haveria lugar suficiente
497. seu centro estavam incrivelmente pr ximos um do outro As letrinhas abaixo de um deles diziam El Al 863 H O outro ponto piscante n o tinha nome Eu disse para se afastar dos controles Voc chegou tarde demais respondeu John Austen Ele s vai parar depois que terminar o que planejou fazer dissera Emma Acredite em mim eu conhe o ele Jonathan se aproximou do homem levou a arma sua nuca e puxou o gatilho O piloto desabou para a frente Jonathan empurrou seu corpo para fora da cadeira A imagem do avi o agora estava mais pr xima Ele conseguiu distinguir uma asa e o contorno da fuselagem bem como o trem de pouso piscando Tudo assustadoramente pr ximo Jonathan empurrou o manche para a frente A imagem do avi o chegou ainda mais perto Ele chegara tarde demais O avi o teleguiado iria bater no de passageiros Uma luz vermelha piscava no console Fus vel de proximidade armado Olhou para o radar Os dois pontos piscantes se encontraram Em seguida tornou a olhar para a c mera O avi o ocupava o monitor inteiro Por reflexo retesou se em prepara o para o impacto Nesse exato instante o avi o sumiu de vista O monitor ficou preto Jonathan virou para o radar O ponto El Al 863H continuava ali Instantes depois o segundo ponto reapareceu A dist ncia entre as duas aeronaves estava maior Ele manteve o manche apontado para baixo enquanto o avi o teleguiado desaparecia na escur id o Localizo
498. so e guardou os na carteira junto com a credencial Ningu m manda essa quantidade de dinheiro sem um jeito de pegar de volta Simone sacudiu a cabe a De bra os cruzados j sem a coragem de antes ela parecia menor mais velha e n o mais sua c mplice volunt ria S rio Jon eu acho que a gente deveria esperar Sente no banco do motorista Se eu n o voltar em 15 minutos v embora Ele abriu a porta e saiu para a chuva Si Um homem com a barba por fazer usando um pijama de flanela encarou o com olhos cheios de sono por uma fresta da porta Jonathan ergueu a credencial do sargento para poder lhe mostrar Signor Orsini come ou em um italiano eficiente Kantonspolize de Gr ubunden Precisamos da sua ajuda Orsini arrancou a credencial da m o de Jonathan e aproximou a do rosto Focou o olhar Que hist ria essa que n o pode esperar at de manh perguntou deslocando os olhos da credencial para o homem em p sua frente e vice versa J est de manh disse Jonathan arrancando a credencial de volta Ele se postou bem no v o da porta for ando o superintendente a recuar para dentro de casa Houve um assassinato Um colega meu Meu parceiro na verdade Talvez o senhor tenha visto no notici rio Esperou Orsini fazer algum coment rio sobre a fotografia mas este parecia apenas irritado N o vi n o respondeu Ningu m me ligou para falar sobre
499. sobre um dos joelhos soltando a caixa e a bolsa Jonathan meu Deus Simone pronunciou as palavras com uma voz fraca dando um passo para tr s O louro se curvou por cima de Jonathan e recolheu a bolsa de couro e o embrulho de papel marrom de Emma Los disse para o parceiro com um meneio de cabe a Se eles tivessem ido embora nessa hora Jonathan n o teria feito nada Seu rosto latejava muito Sua vis o estava emba ada sua boca amarga com o gosto de sangue Ele j havia participado de muitas brigas e provoca es Sabia quando reagir e quando ficar quieto Mas em seguida o homem da cabe a quase raspada empurrou Simone no ch o Ela deu um grito E alguma coisa nesse grito reviveu dentro dele todos os horrores das ltimas 24 horas a chegada da tempestade a queda de Emma a descoberta de seu corpo na greta tornando os cortantes e sens veis e de alguma forma mais dolorosos do que nunca Antes de perceber o que estava fazendo j estava em p correndo na dire o do louro Somente uma coisa importava ele havia roubado os pertences de Emma e Jonathan os queria de volta Com um grito jogou se em cima das costas do ladr o Passando um bra o pelo pesco o imobilizou sua cabe a e tentou derrub lo no ch o Um cotovelo se projetou imediatamente contra as costelas de Jonathan Seguido um segundo depois por um cruzado na mand bula Jonathan desabou no ch o ofegante e abalado O louro jogou a bols
500. squadr o 69 era formado por 27 avi es F 151 Thunder fabricados pela McDonnell Douglas Movido por dois motores turbo Pratt amp Whitney o F 151 chegava a velocidades de at Mach 2 5 ou 3 018 quil metros por hora e tinha um alcance de duas mil milhas n uticas Seria capaz de bombardear 70 dos alvos desejados dentro do Ir sem precisar reabastecer Mais importante ainda o F 151 era o nico avi o da For a A rea israelense capaz de transportar as bombas B61 11 Os m sseis anti bunker com ogivas nucleares ocupavam o ch o de concreto reluzente apoiados em seus suportes Bastava olhar para eles para sentir se intimidado Com oito metros de comprimento as bombas tinham quatro nadadeiras atr s de um nariz pontudo e quatro outras na traseira A B61 11 era esguia para um m ssil Seu di metro de 70 cent metros correspondia exatamente ao cano de artilharia de 20 cent metros do morteiro M110 desativado usado para sua fabrica o Equipado com um fus vel de a o retardada atingiria a terra a uma velocidade de 60 metros por segundo e perfuraria quase 18 metros de granito ou concreto refor ado antes de explodir Armada com uma ogiva nuclear de 10 quilotons a bomba e o choque s smico por ela gerado eram capazes de destruir qualquer estrutura a at 76 metros de profundidade A bomba tamb m lan aria mais de 60 mil toneladas de lixo radioativo na atmosfera Bem a tempo disse o general Danny Ganz caminhando ao lado de Zvi Hirsch dent
501. st o Uma observa o discreta passada durante alguma reuni o Por um pre o a ZIAG podia providenciar a exporta o de determinadas tecnologias controladas claro que fora Eva quem mencionara a quest o A atra o devia ter sido irres ist vel para um homem como Jinn Desde o in cio ele provavelmente vislumbrara as possibil idades Uma chance de subir de posto De tornar se um patriota do mesmo gabarito de A Q Khan o engenheiro paquistan s que dera a bomba a seu pa s Um her i nacional at Tudo isso aliado aos favores de uma mulher diferente de qualquer outra que ele j conhecera Ele aceitou a oferta sem pestanejar No in cio seu relacionamento devia ter se mantido profissional Eva Hoffmann e Blitz se cer tificavam de que os carregamentos chegassem sem percal os Era fundamental consolidar a reputa o de Jinn junto a seus superiores Fora uma ascens o mete rica sob todos os aspectos Em seis meses Parvez Jinn se tornou ministro da Tecnologia Como ministro tinha mais liber dade para viajar Sem d vida visitou a f brica da ZIAG na Su a Visitas que coincidiam com os saf ris rel mpago de Emma suas viagens de ltima hora para obter suprimentos em lugares desconhecidos Foi durante uma dessas visitas f brica que Eva Kruger atacou Talvez ela tenha sugerido uma ida a Berna para continuar sua conversa em um ambiente mais reser vado Conversa que incluiu uma visita ao seu apartamento copinhos gelado
502. stante em que duas formas cin zentas e opacas passaram voando bem baixo Impe a o ataque disse Emma Como que vou saber se posso confiar na senhora Porque eu estou aqui Von Daniken sacou o walkie talkie do casaco e levou o boca Antes de conseguir pronunciar uma palavra a noite irrompeu em um clar o de explos es ofuscantes vidro estilha ado e o barulho de tiros de metralhadora Um sinalizador estourou no c u e irradiou um brilho intenso e ent o eles viram silhuetas de gente correndo para os fundos da casa Von Daniken come ou a correr pela trilha Jonathan e Emma seguiram logo atr s Chegaram ao posto de comando e entraram pela porta dos fundos Uma d zia de homens estava reunida na sala de estar olhando pela janela da frente enquanto a frequ ncia do r dio usada pela pol cia bradava enlouquecida Escrit rio Nada Cozinha Nada Quarto de dormir Nada As vozes eram controladas telegr ficas Ouviram outra rajada de metralhadora Homem atingido O controle foi por gua abaixo Vozes come aram a se sobrepor em louca disparada Quem Um malfeitor Esperem a mas que diabo Ele est amarrado Mas estava armado V o chamar o chefe Agora Von Daniken olhou para Emma com raiva mas ela n o demonstrou nada Seus olhos estavam fixos no r dio A confus o cessou t o rapidamente quanto havia come ado Ficaram os tr s parados em sil n
503. stava viajando e precisou de outro na hora O pedido foi feito no nosso consulado de Am Am O que ele estava fazendo l Visitando uma f brica t xtil Tudo por cima dos panos Liguei para o nosso pessoal de l e eles se lembravam do caso Na verdade poss vel dizer que eles nunca v o se esquecer Von Daniken apertou o celular contra o ouvido esfor ando se para escutar Vincent com todo o barulho de tr fego ao fundo Ele se perguntava o que haveria de t o memor vel no fato de emitir um novo passaporte para um turista Foi h uns dois anos em agosto continuou Vincent Gaye apareceu com uma hist ria de que o passaporte dele tinha sido roubado no seu quarto de hotel junto com a carteira e alguns outros pertences Mostrou a carteira de motorista como documento de identidade Segundo to dos os relatos um cavalheiro respeit vel O passaporte foi emitido na mesma hora Duas se manas depois os corpos de um casal europeu foram encontrados em um barranco no meio do nada A pol cia local disse que o casal tinha sido morto por bandidos mas que era dif cil afirm ar Estavam mortos havia muito tempo Semanas Meses talvez Voc pode imaginar o estado dos corpos naquele calor sem falar nos chacais do deserto nas moscas Os ladr es levaram tudo que eles tinham por isso foi imposs vel identificar os corpos A pol cia acabou rastreando o carro alugado at chegar a um pequeno hotel Levaram o gerente at o ne
504. stes dois t quetes Simone os arrancou de seus dedos SBB Ou seja Schweizerische Bundesbahn Est faltando alguma bagagem da Emma E isso que eu quero descobrir Quem mandou estes t quetes N o fa o id ia N o tem um nome em lugar nenhum Ele pegou os t quetes de volta Voc acha que pode ser de algum amigo dela N o sei dizer Voc estava com ela em Paris Estava E da Jonathan hesitou Houve uma emerg ncia no trabalho enquanto voc s duas estavam l Eu passei dois dias tent ando falar com ela Como n o consegui fiquei chateado Ela disse que ficou acampada no seu quarto de hotel e nem chegou a ir para o que tinha reservado Pronto ali estavam suas desconfian as articuladas de maneira simples Inseguran as claras A luz do dia pareciam mesquinhas e pequenas E voc n o acreditou nela Simone pousou a m o em seu bra o e apertou de leve Mas verdade A gente passou o tempo inteiro juntas Era o nosso fim de semana das meninas A gente nem come ou a conversar antes da meia noite Foi a que a coisa animou Era assim a nossa Emma Ou tudo ou nada Voc sabe disso Ela riu sonhadora nem tanto por se lembrar do passado mas para dissipar a preocupa o dele Emma n o estava traindo voc N o fazia o tipo dela Mas e essas malas Ela algum dia comentou alguma coisa com voc Uma viagem que est ivesse planejando Algum tipo de s
505. strasse Eram quase 5 da tarde Chabert engenheiro el trico de forma o e piloto de F A 18 Hornet com seis mil horas de v o computadas havia sido chamado s pressas de sua base em Payerne para dar uma aula rel mpago sobre destrui o de ve culos a reos n o tripulados Esbelto e louro com os olhos azuis apertados ainda vestido com o uniforme de piloto era o retrato de um aviador consumado Uma assinatura t rmica n o basta explicou Chabert paciente Voc s precisam lembrar que se trata de um Jato pequeno A envergadura de 4 metros A fuselagem mal chega a 2 5 por 50 cent metros N o um bom alvo se estiver voando a 500 quil metros por hora Os sensores dos radares tradicionais usados pelo controle a reo s o ajustados de prop sito para evitar captar pequenos objetos como p ssaros e gansos E esse da bem discreto Tem poucas superf cies retas Os canos de exaust o s o montados ao lado dos aerof lios verticais da cauda Se fosse para apostar eu diria que esse revestimento prateado no corpo RAM O que RAM perguntou Marti como se fosse algo inventado apenas para chate lo Radar Absorbent Material material absorvente de radar A cor met lica serve para dificultar a vis o pelo olho humano Chabert terminou de examinar os desenhos e virou se para Von Daniken Desculpe Marcus mas um radar civil nunca detectaria isto Voc est sem sorte Von Daniken sentou se em uma cadeira e p
506. ta Acordes de m sica cl ssica vinham l de dentro Tornou a apertar a cam painha Quando ningu m atendeu passou uma das pernas por cima da cerca e esticou o pesco o para olhar pela janela da frente Tr s cachorros dormiam no ch o de m rmore De relance detectou uma som bra na periferia de seu campo de vis o Sr Blitz chamou Preciso falar com o senhor Por favor abra Tornou a olhar para os c es Sua vis o parecia mais agu ada do que o normal Observou como os animais estavam parados Parados demais na opini o de um m dico Estudou suas caixas tor cicas N o parecia que nenhum deles estava respirando Um deles em especial estava deit ado com a cabe a pendendo em um ngulo muito fechado a l ngua pendurada pelo canto da boca Jonathan tentou a porta mas estava trancada O que voc est fazendo perguntou Simone N o pode simplesmente ir entrando Jonathan bateu na porta Sr Blitz Meu nome Ransom Acho que conhece a minha mulher Emma Por favor abra E sobre as malas Estou com elas aqui E com o dinheiro Nesse momento uma porta bateu dentro da casa Continue batendo disse ele virando se e descendo a escada s carreiras Aonde voc vai perguntou Simone atr s dele Entrar pelos fundos Tem alguma coisa errada aqui Mas espere Ele deu a volta correndo pela lateral da casa e chegou ao caminho dos fundos que atravessava o jardim Em algum luga
507. ta para com os sobreviventes depois da guerra a grande maioria podia alegar em s consci ncia que s fizera respeitar regras ancestrais para garantir a privacidade e seguran a dos dep sitos de seus clientes As mesmas regras que haviam impedido os herdeiros de seus falecidos clientes de acessar o dinheiro tamb m impediram o acesso de for as menos escrupulosas a saber um des file incessante de oficiais alem es enviados a Zurique Basil ia e Genebra com ordens de tirar o dinheiro de judeus presos e que em breve estariam mortos das m os gananciosas dos ban queiros Um dos bancos por m n o havia mostrado o mesmo rigor dos outros na aplica o dessas re gras N o somente o Banco Tingeli tinha cooperado com os alem es e transferido milh es de francos de seus leg timos donos judeus para o Terceiro Reich como a institui o chegara a abrir uma filial interna para oficiais da SS poderem saquear sistematicamente dinheiro dessas contas Von Daniken descobrira tudo isso e muito mais durante suas pesquisas incluindo uma foto grafia do av de Tobias Tingeli Tobias II ao lado de Hermann Goering Joseph Goebbels e do Reichsf hrer Adolf Hitler Na foto Tingeli usava um uniforme preto da SS com a patente de Standartenf hrer ou coronel A not cia dessa descoberta foi abafada por completo Em troca do sil ncio da Comiss o o Banco Tingeli doara 100 milh es de d lares ao fundo dos sobreviventes Caso encerrado Tem raz
508. tar forte demais e ele teve de piscar Respirou fundo esperando a compaix o que acompanhava inevitavelmente a morte Mas a compaix o n o veio Pelo contr rio sentia se disposto quase feliz e com muita energia para al gu m que havia passado a noite inteira em claro Correu a m o pelos cabelos Sentiu a aspereza dos fios na ponta dos dedos Todas as suas sensa es estavam intensificadas Vis o Tato Audi o Mas sua boca estava seca e pastosa Olhou se no espelho pendurado na parede Seus olhos o encararam de volta desnorteados e acusadores com as pupilas quase completamente dilatadas A sensa o agora estava mais forte e ele reconheceu o que era anfetamina de alta qualidade sem mistura com algum aditivo especial para agu ar os sentidos Tirou a caixinha de balas de hortel do bolso Quantas havia comido na ltima hora Duas Tr s Vamos Jonathan Agora Simone agarrou seu bra o e tentou gui lo na dire o da porta mas Jonathan se desvencilhou Me d um minuto falou tentando avaliar a situa o N o vou embora antes de descobrir alguma coisa sobre esse cara Mas Jonathan Ouviu bem disparou ele Voc acha que para a gente ficar fugindo e pronto Respirou fundo acalmando se lutando contra a voz descontrolada que ecoava em sua cabe a Blitz conhecia Emma falou Estavam trabalhando juntos Isso a nossa chance de descobrir em qu Havia um lapt
509. te offshore aberto pelo Banco Tingeli Acho que o senhor conhece Tobi n o Voc s n o estudaram juntos na universidade Os dois se formaram em Direito se bem me lembro No in cio Tobi n o quis cooperar Precisei lembrar a ele seus deveres de cidad o su o Passando por cima de outras leis n o duvido declarou Marti libertando o bra o com um pux o Von Daniken ignorou o coment rio Como o senhor sabe uma pr tica padr o do banco onde o truste criado arquivar todos os extratos de conta em nome de seus clientes Tobi teve a gentileza de me entregar c pias dos ex tratos mensais do truste em nome do bem comum N s dois ficamos surpresos ao descobrir que o dinheiro que financiava o truste n o vinha de Teer e sim de Washington D C Washington Isso rid culo De uma conta em nome do Departamento de Defesa Mas Mahmoud Quitab era oficial iraniano Voc mesmo me disse isso Quando Marti viu que isso n o estava adiantando mudou de t tica De qualquer forma Tobi n o tinha o direito de revelar esse tipo de informa o Isso vai contra todas as leis de sigilo banc rio que existem Pode ser disse Von Daniken Ainda assim tenho certeza de que os seus colegas do Con selho Federal v o ficar interessados em conhecer a identidade dos outros indiv duos que o truste estava financiando Na verdade conseguimos identificar alguns dos pagamentos destinados a uma conta pessoa
510. ten es tava indo O problema n o era a estrat gia mas a execu o Palumbo tinha de chegar primeiro Dirigiu de forma agressiva esquivando se de bondes passando em sinais amarelos acelerando o carro at 180 quil metros por hora na pista Durante todo esse tempo ficou escutando uma sequ ncia constante de liga es feitas do aparelho de Austen A maioria das chamadas era ofi cial e dizia respeito a problemas encontrados pelos adidos sob sua supervis o V rias delas entretanto eram de natureza mais enigm tica Nenhum nome era pronunciado As conversas se limitavam a interjei es breves relativas a limitar as opera es do centro de comando dirigir se casa principal e a mais assustadora de todas o convidado chegou bem na hora Palumbo levou 18 minutos para chegar a Glattbrugg O endere o ficava em um bairro residen cial tranquilo com muitas rvores e casas com 20 metros de espa o entre uma e outra Ele esta cionou atr s de uma fila de carros populares Mal havia desligado o motor quando viu pelo ret rovisor o Mercedes preto com placas diplom ticas aproximar se Conforme previsto o carro es tava sozinho Austen abandonara seu disfarce Estava agindo na condi o de diretor da Divis o Quando o Mercedes passou Palumbo viu de relance o homem sentado no banco de tr s Ca belos grisalhos bem ralos um perfil elegante a pele do rosto retesada demais estranhamente reluzente e sulcada A queimadura
511. titude correspondente ao visual Ao longo dos anos Jonathan s a encontrara duas ou talvez tr s vezes A ltima fazia um ano e meio durante um almo o em Chamonix quando ele e Emma estavam de licen a do trabalho no Oriente M dio Teria sido no mesmo fim de semana em que Emma sugerira comprar o su ter Bogner para ele Desde que haviam se mudado para a Su a Emma j visitara a irm em Berna v rias vezes mas ele nunca tivera oportunidade de acompanh la Jonathan aproximou se do pr dio pelo lado oposto da rua Ainda nenhum sinal de qualquer pessoa por perto Cor reu os olhos pelos carros estacionados N o havia ningu m sentado ao volante Atravessou a rua com uma corrid inha segurando o curativo com uma das m os Do lado de fora da porta estavam listados os nomes dos moradores Strasser Rutli Kruger Zehnder Ele parou e voltou um nome para tr s Sentiu uma pontada de frio na barriga N o havia nenhuma Beatrice Rose mas E A Kruger morava no apartamento 4A Come ou a tremer O que estava esperando ent o Tocou o interfone Um minuto se passou Recuou e ergueu os olhos para o pr dio O movimento fez o talho em seu pesco o tornar a se abrir Nesse exato instante uma mulher chegou e usou a chave para entrar no edif cio Vim visitar a Srta Kruger disse ele Ela minha cunhada A senhora se importa se eu esperar na portaria Os olhos da mulher cravaram se em seu pesco o alarmados Olhando para o pr prio re
512. trar sem autoriza o pr via Havia fotos de altas cercas cortando campos cobertos de neve imensos holofotes sentinelas armados com pastores alem es Com base naquelas fotografias Davos mais parecia um campo de concentra o do que um resort de esqui No Tages Anzeiger Jonathan encontrou um artigo de opini o sobre uma empresa su a respons vel pela fabrica o das leitoras de credenciais utilizadas pelas autoridades de seguran a p blica para controlar o acesso ao evento O presidente da empresa gabava se de que ningu m conseguiria burl las Observou que havia tr s n veis de segur an a A zona verde era de livre acesso para residentes e visitantes que ainda assim precisavam apresentar um formul rio de identifica o em um dos tr s postos de controle de seguran a antes de receberem uma credencial oficial do F rum a qual teriam de usar em volta do pesco o o tempo todo A zona amarela compreendia a parte da cidade mais pr xima da Kongresshaus onde o F rum propriamente dito iria ocorrer bem como as reas comuns junto aos hot is que hospedariam os convidados VIPs do evento Para entrar na zona amarela eram necess rios um convite oficial do evento e uma autoriza o pr via da Pol cia Federal Su a A zona vermelha inclu a a Kongresshaus palco de todos os discursos em plen rio e grupos de discuss o al m do Hotel Belvedere onde muitos dos VIPs ficariam hospedados As credenciais que davam acesso a essas reas n o s
513. u em espir al Seus olhos pulavam de um monitor para outro Confie nos seus instrumentos Era a regra de ouro dos pilotos Lembrou se da colis o O combust vel de jato se derramando sobre seu corpo incinerando seu co piloto O cheiro medonho de carne queimada A sua carne Confie nos seus instrumentos Dessa vez era outra voz que lhe falava Uma voz calma imposs vel de conter Confie em mim dizia Ele puxou o manche na sua dire o e empurrou o acelerador para a frente Velocidade 300 n s O nariz subiu De repente saiu da nuvem As estrelas reluziram acima dele Sua pulsa o desacelerou mas ele podia sentir o suor escorrendo pelas costas Posicionou se novamente atr s do alvo Quando estava a 500 metros armou a nacela O alvo surgiu em seu campo de vis o aproximando se como uma imensa baleia Ele aumentou a ve locidade e aproximou se para o ataque Tr s Dois Um A aeronave bateu no objeto No monitor o pontinho batizado de Alfa 1 desapareceu Disparo certeiro Alvo destru do anunciou o controle de solo Teste finalizado A equipe deu vivas Dessa vez o alvo fora uma simula o gerada pelo computador O piloto deu uma volta pelo vale e aterrissou a aeronave sem percal os Ao sair da cabine at ravessou a sala de controle e afastou as cortinas de uma grande janela de vidro Do lado de fora na estrada o avi o teleguiado que ele havia pilotado por controle remoto estava sobre o asfalto Um g
514. u Wickes Como assim treinava Quem ensinava tudo a eles Quem os punha para lutar Quem os mandava fazer o que faziam N o fa o id ia disse Rohde Os americanos A Companhia Era assim que eles se faziam chamar na poca Se quiserem encontrar o assassino l que devem come ar a procurar Na Companhia Est querendo dizer na CIA Isso Bando de escrotos Wickes desligou sem se despedir Erwin Rohde sentou se Precisava de um tempinho para digerir o que havia acabado de descobrir Balas envenenadas Assassinos Coisas assim simplesmente n o existiam na Su a Quase relutante ele pegou o telefone e discou o n mero pessoal do inspetor chefe Marcus Von Daniken 35 VOC S NUNCA V O CONSEGUIR DERRUBAR ISTO disse o general de brigada Claude Chabert comandante da 3 Esquadra de Ca a da For a A rea Su a As aeronaves com turbina a g s j s o dif ceis E elas s voam a 200 quil metros por hora mas esse negocinho tem um jato na cauda Podem esquecer N o d para lan ar um m ssil resmungou Alphons Marti empurrando para abrir caminho at mais perto do centro da mesa para poder ver melhor os desenhos do avi o teleguiado ou ve culo a reo n o tripulado segundo Chabert Seria Stinger Como o senhor disse um jato Deve deixar uma assinatura t rmica Chabert Marti e Von Daniken estavam em p junto a uma mesa na sala deste ltimo em Nussbaum
515. u a debaixo da bochecha de Emma Nesse exato instante ela se mexeu Ai merda murmurou Fique quieta ordenou Jonathan com a mesma voz que usava no pronto socorro Correu uma das m os por cima de sua cal a come ando na coxa e descendo De repente o rosto dela se contorceu de agonia N o pare gritou Ele afastou as m os Alguns cent metros acima do joelho alguma coisa fazia press o por dentro no tecido da cal a Ficou olhando para aquela protuber ncia grotesca Somente uma coisa no mundo tinha aquele aspecto Quebrou n o foi Emma estava com os olhos arregalados piscando depressa N o con sigo mexer os dedos do p Parece que est tudo solto l embaixo Est doendo Jonathan De verdade Calma deixe eu dar uma olhada Usando o canivete su o ele abriu uma fenda na cal a de esqui da mulher e afastou o tecido delicadamente Um osso espatifado furava sua roupa t rmica de baixo O tecido em volta estava ensopado de sangue Fratura exposta do f mur muito grave perguntou Emma Grave o suficiente respondeu Jonathan como se fosse uma simples fissura Sacudiu cinco analg sicos de um frasco e ajudou a a tomar um gole d gua Ent o usando a fita adesiva do kit de primeiros socorros fechou o rasgo da cal a Precisamos deitar voc de costas e virada para a descida Tudo bem Emma aquiesceu Primeiro vou p r uma tala na sua perna N o quero q
516. u a n o conseguir ver nada al m da ponta do nariz Somente a queima o em suas coxas lhe informava que estava subindo e se afastando da greta Uma hora depois chegou ao cume Exausto escorou os esquis na neve e ajudou Emma nos l timos metros puxando a Erguendo os esquis pela lateral ela desabou em seus bra os Seus arquejos vinham em golfadas espasm dicas Ele a segurou bem apertado at ela recuperar o f lego e conseguir ficar em p sozinha Ali entre dois cumes o vento os castigava com a for a de um motor de jato O c u por m havia clareado um pouco e Jonathan p de ver de relance o vale mais abaixo que conduzia cidadezinha de Frauenkirch e depois a Davos Esquiou at a outra ponta do cume e olhou pela beirada protuberante Sete metros mais abaixo um tobog de neve descia como um v o de elevador por entre sali ncias de rocha a pista de Roman Se a gente conseguir descer por aqui vai ficar tudo bem A pista de Roman fazia parte do folclore da regi o e devia seu nome a um guia morto por uma avalanche durante uma descida de esquis Emma arregalou os olhos Encarou Jonathan e sacu diu a cabe a fazendo que n o ngreme demais J vimos piores N o Jonathan olhe s para essa descida N o tem outro jeito Hoje n o Mas Querida ou a gente desce daqui ou vai morrer congelado Ela chegou mais perto da borda esticando o pesco o para ver melhor o que havia l
517. u de id ia dando lhe as costas e jogando o cigarro no ch o Durante toda a viagem de trem prometi a mim mesma que n o iria chorar falou Disse a mim mesma que voc precisava de algu m forte capaz de anim lo De cuidar de voc Mas o forte claro voc mesmo O nosso Jonathan Olhe s para mim Pare o um beb L grimas escorriam do canto dos seus olhos borrando suas bochechas de r mel Jonathan tirou do bolso um len o de papel e limpou as manchas Paul mandou p sames ela conseguiu dizer entre duas fungadas Ele est passando a sem ana em Davos O Dr Poderoso vai ter que fazer um discurso sobre a corrup o na Africa Que assunto mais original Ele queria que voc soubesse que ficou arrasado por n o poder vir O marido de Simone Paul era um economista franc s burocrata do alto escal o do Banco Mundial Tudo bem Sei que ele teria vindo se pudesse Tudo bem nada e eu disse isso a ele Ultimamente todo mundo escravo das pr prias am bi es Simone viu seu reflexo na vitrine da loja e fez uma careta Mais merde Agora eu tamb m estou p ssima A gente est formando um par e tanto Os Ransom e os Noiret haviam se conhecido dois anos antes em Beirute onde eram vizinhos de pr dio durante a temporada de Jonathan na M dicos Sem Fronteiras Na poca Simone dava aulas na Escola Americana de Beirute Ao descobrir que Emma trabalhava com ajuda hu manit ria usou seus
518. u o alt metro no console e viu os n meros ca rem de 27 mil p s at 20 10 e depois zero A imagem dissolveu se numa tempestade de chiados 88 JONATHAN ENCONTROU EMMA afundada no banco do carona Estava consciente por m com dificuldade Tentei faz lo parar disse Mas ele n o quis escutar Ela aquiesceu e acenou para ele chegar mais perto Austen nunca escutou ningu m sussurrou Jonathan olhou para a floresta abandonada Para onde foram todos eles Eles s o fantasmas N o existem Ele segurou sua m o Estava fraca e gelada Preciso lev la para um hospital O mundo acha que eu morri N o posso ir para um hospital Voc precisa de uma cirurgia para extrair essa bala Voc m dico Pode cuidar de mim n o pode Jonathan deitou o banco do carro e examinou o ferimento A bala havia atravessado seu bra o e se alojado na parte carnuda abaixo da clav cula Voc impediu o ataque Pode se entregar agora Emma fez que n o com a cabe a e seus l bios esbo aram um sorriso desolado Eu desrespeitei a hierarquia S existe uma puni o para isso Mas Austen estava agindo sozinho N o tenho tanta certeza Emma se remexeu no assento De toda forma pouco importa A Divis o como a Medusa Voc corta uma cabe a e 10 outras nascem no lugar Eles v o ter que dar algum exemplo Jonathan apertou sua m o com mais for a V o ficar de olh
519. u o osso do nariz at doer J avisaram a seguran a em Davos Acho que sim Se souber de mais alguma coisa ligue para mim imediatamente Marti desligou depois discou o n mero do chefe da Pol cia Federal do outro lado da cidade Sim Herr Direktor come ou Estamos com um problema grave Um homem muito graduado na sua organiza o foi identificado agindo em nome de uma pot ncia estrangeira O homem que estamos procurando Markus Von Daniken Sim tamb m fiquei surpreso Nunca se sabe em quem se pode confiar Ele ergueu os olhos da lista incriminadora e voltou os para a janela A vista se abria para o leste na dire o das montanhas Em quanto tempo o senhor consegue fazer os seus homens chegarem a Davos 67 QUEM O SENHOR Parvez Jinn estava sentado no banco do carona com as costas contra das acusando Jonathan com os olhos como se ele o tivesse amea ado de morte em vez de oferecer lhe um test drive Era um homem poderoso acostumado a conseguir tudo o que desejava O ultraje de Emma n o estar presente encheu o ambiente de palp vel tens o Sou amigo de Eva Voc s trabalham juntos H oito anos Ah disse Jinn tentando disfar ar o desconforto provocado por aquela s bita mudan a de planos Ent o a con hece bem Pode se dizer que sim Era tudo que Jonathan podia dizer sem revelar a pr pria ignor ncia Cingienta metros adiante um policial
520. ue eles tinham armas de destrui o em massa e que n o ia repetir o erro Parvez disse tudo isso Ele que queime no inferno para sempre Que jeito simp tico de se referir a um homem com quem voc trepou V se foder Jonathan N o justo N o justo Voc mentiu para mim durante oito anos Fingiu ser minha mulher N o venha me dizer o que justo Eu sou sua mulher Como pode dizer isso quando eu sequer sei o seu nome Emma desviou os olhos Se ele esperava uma l grima ficou desapontado A express o dela es tava dura como pedra Ent o perguntou ele E verdade Voc s est o tentando come ar uma guerra gente est tentando impedir uma guerra Entregando armas nucleares gente s est apressando as coisas para poder controlar a forma como a situa o vai evoluir Vamos fornecer ao Ir a tecnologia que eles desejam t o desesperadamente e depois expor ao mundo as suas opera es Isso ser proativo A gente n o pode se dar ao luxo de ser pego desprevenido N o dessa vez Al m disso n o vai haver guerra Vai ser uma campanha exclu sivamente a rea Isso deve fazer eu me sentir melhor Deixe de ser ing nuo droga Algumas pessoas n o podem ser autorizadas a possuir armas nucleares Se o Ir conseguir isso pode apostar que o pessoal mau de verdade tamb m vai con seguir em pouco tempo E simples assim E o que vai acontecer quando eles
521. ue esse osso se mexa Por enquanto apenas fique quieta Pelo amor de Deus Jonathan por acaso estou com cara de quem vai a algum lugar Jonathan tornou a subir a encosta para pegar os esquis e bast es de Emma Posicionando um bast o de cada lado da perna cortou uma medida de corda de escalada amarrou uma das pontas e enrolou a v rias vezes em volta da coxa e do tornozelo Ajoelhado ao seu lado entregou lhe sua carteira de couro Tome Ela segurou a carteira com for a entre os dentes Aos poucos Jonathan foi apertando a corda at os bast es se ajustarem perna quebrada Emma gemeu de dor Ele amarrou a outra ponta da corda em seguida colocou a de costas e girou lhe o corpo para que a cabe a ficasse acima dos p s Depois disso passou alguns minutos fazendo um montinho atr s de suas costas para ela poder se sentar Melhorou perguntou Emma fez uma careta enquanto uma l grima escorria por sua face Bom vamos providenciar ajuda disse tocando em seu o ombro Pegou o r dio do bolso do casaco Davos Resgate disse virando de costas para o vento Preciso informar uma emer g ncia Esquiadora ferida na encosta sul do Furga sop da pista de Roman C mbio Apenas o sil ncio respondeu sua chamada Davos Resgate repetiu Emerg ncia necessitando ajuda imediata C mbio Um chiado de est tica foi a resposta Ele tentou novamente Mais uma vez n o obteve resposta E o temp
522. um bast o de dois metros Avan avam passo a passo tateando a neve com seus bast es para testar a firmeza do solo Foi Steiner quem descobriu a greta ao enfiar o bast o na neve e este continuar afundando at ajoelhar se no ch o Dali a 15 minutos seus homens haviam limpado um trecho de 10 metros que lhes dava acesso livre fissura Bandeirolas foram fincadas na neve para demarcar os limites da greta enquanto Steiner supervisionava a fixa o das cordas Seria ele quem desceria at l embaixo para resgatar o corpo Depois de uma ltima verifica o em seu suporte e em todos os n s ele acendeu sua vela de mineiro e come ou a descer Deixando a corda correr por entre os dedos foi deslizando de costas para dentro da terra Dentro da greta o ar estava mais frio Conforme ia descendo as paredes de gelo se transformaram em granito es triado Toda a luz vinda de cima foi diminuindo Steiner logo se viu imerso em um para so escuro com os olhos fixos no halo de luz emitido pela l mpada hal gena Depois de descer um comprimento de corda exatamente 40 metros ele viu o corpo A mul her estava deitada de bru os com um dos bra os esticado acima da cabe a como quem chama por socorro As paredes se afastaram e Steiner desceu pela corda mais depressa uma queda regular e sem obst culos como uma pedra caindo dentro de um lago Quando chegou perto do ch o da greta p de distinguir a cruz de patrulheiro nas costas do casaco e a cam
523. um colega desse Lammers tamb m foi assassinado um iraniano chamado Mah moud Quitab que morava na Su a e se fazia chamar Gottfried Blitz Alguma coisa soa conhecida Deveria Com todo o respeito senhor acho que talvez pudesse avivar alguma lembran a Lafever acrescentou um pouco de leite ao caf Quando tornou a voltar a aten o para Palumbo sua express o n o era mais a mesma A parte social da visita estava oficialmente encerrada Continue Phil Vamos deixar a minha parte para o final Palumbo sabia reconhecer uma ordem quando a escutava Liguei para Marcus para passar a ele os detalhes do interrogat rio de Gassan Est falando da participa o de Gassan em um compl para derrubar um avi o de carreira Isso mesmo O m nimo que se pode dizer que Von Daniken ficou surpreso Na verdade os dois cavalheiros falecidos que ele estava investigando eram c mplices de Gassan Uma coincid ncia e tanto A voz de Lafever deixava claro que ele sabia que aquilo era tudo menos coincid ncia Palumbo continuou No dia seguinte Von Daniken recebeu um relat rio do legista dizendo que as duas v timas tinham sido mortas por algu m que gostava de molhar suas balas em veneno O legista per guntou se algu m j tinha visto algum caso parecido Um de seus colegas da New Scotland Yard sabia exatamente do que ele estava falando Esse homem serviu como fuzileiro naval brit nico e tinha visto ess
524. um dos caixotes e sentou se Por enquanto estava seguro Apertou o casaco em volta do corpo e pensou nas alternativas de que dispunha A lista era t o curta que o deixava deprimido N o podia mais esperar at escurecer Se o assassino o encon trara uma vez tornaria a faz lo Esconder se n o era uma op o Mergulhado em sombras Jonathan come ou a tremer Se ao menos pudesse esperar escurecer aguardar a hora dos pronunciamentos Paul Noiret tinha uma palestra sobre corrup o no Terceiro Mundo marcada para aquela noite Se Paul estava na cidade Simone tamb m estava Deixando de lado o pessimismo Jonathan tirou do bolso o telefone de Blitz e fez a liga o Allo Simone disse ele ofegante Jonathan Meu Deus onde voc est Em Davos Estou com problemas Onde voc est Tamb m estou aqui claro Com Paul Voc est bem Por enquanto estou Mas tenho que sair daqui Por qu O que houve Voc parece assustado Est vendo aquela nuvem de fuma a para os lados do Belvedere Est bem do outro lado da rua em frente ao meu hotel Voc ouviu a explos o Paul e eu achamos que foi uma bomba Ele n o me deixa sair do quarto Talvez tenha sido mesmo uma bomba Ao pensar na explos o ele percebeu que n o havia motivo para o tanque de gasolina ter explo dido e que a detona o foi muitas vezes maior do que a que poderia ter sido provocada por meio tanque d
525. umas cuja altura chegava a 4 mil metros A localiza o n o era ideal mas proporcionava um elemento funda mental privacidade Aumentou a velocidade para 250 n s e baixou os flapes A aeronave re spondeu muito bem reagindo a seus comandos com apenas um pequeno atraso Em seguida caiu para a direita e seu corpo se inclinou junto com o avi o Executando Teste Um falou depois de completar um circuito pelo vale Estudou seu radar Instantes se passaram e um ponto apareceu piscando O alvo estava a seis quil metros de dist ncia ganhando altitude Ele apertou um bot o e batizou aquele ponto de Alfa 1 O computador de bordo tra ou um caminho direto at o alvo Iniciando persegui o do alvo Contato em dois minutos e dez segundos Dois minutos e dez respondeu o controle de solo Ele alinhou a aeronave atr s do alvo O ponto se aproximou mais do centro do monitor Estava a apenas um quil metro de dist ncia e 200 metros abaixo dele Nesse exato momento o avi o entrou numa nuvem Sua vis o foi reduzida a zero Verificou um segundo monitor de imagem infravermelha N o havia sinal de calor Uma rajada violenta empurrou o nariz do avi o para baixo Um alarme disparou O alerta de ngulo cr tico Um raio de p nico varou sua espinha Era como a noite no deserto tantos anos atr s Sentiu que estava novamente preso no haboob o redemoinho de poeira que se erguia do ch o do deserto e subia v rios metros no c
526. unciado por entre rvores Depois de alguns minutos a floresta terminou a van chegou ao cume do morro e deparou com um parque amplo todo coberto de neve A estrada acabava ali e o piloto guiou a van at uma estrada asfaltada que margeava o parque com aproximadamente um quil metro de comprimento Um gelo escuro cobria o asfalto P de sentir os pneus perderem a ader ncia mesmo quela velocidade baixa N o se preocupou muito com isso O loc al correspondia s especifica es necess rias A estrada ou pista de decolagem como preferia pensar era reta como uma r gua N o havia rvores em volta para interferir Dali a alguns dias o gelo teria derretido A previs o do tempo anunciava a chegada de um anticiclone na regi o para sexta feira trazendo sol e um aumento brusco de temperatura Seguindo at o final da estrada guiou a van para uma entrada particular de garagem A porta estava aberta e a neve e o gelo tinham sido removidos da cal ada Segundos depois de entrar no abrigo a porta se fechou atr s dele Saiu da garagem por uma porta lateral e foi at o lado de fora ansioso para esticar as pernas depois da longa viagem No caminho at o parque um rugido surgiu no ar um assobio agudo e ensurdecedor que agrediu seus ouvidos O barulho foi ficando mais alto Ele ergueu os olhos para o c u noturno no mesmo instante em que a bar riga de um avi o de carreira passava a menos de 300 metros acima de sua cabe a O avi o era um
527. uniu em frente aos port es da f brica passando pelo nico guarda no carro da seguran a Ele havia tirado a gravata e levantado a gola do sobretudo Trazia o crach roubado em volta do pesco o com a foto grafia virada de prop sito para o peito N o tinha guardas do lado de dentro do pr dio apenas uma catraca eletr nica que regulava a entrada do sagu o Jonathan passou o crach pelo leitor tico e entrou Os homens iam em uma dire o As mulheres em outra Ele entrou em um vesti rio Na parede mais pr xima havia um rel gio de ponto Esperou junto com os outros na fila com os olhos cravados no ch o sua frente de modo a n o atrair a aten o de ningu m Quando chegou a sua vez escolheu qualquer cart o aleatoriamente Por sorte o que escolheu n o pertencia a nenhum dos seis ou sete homens atr s dele Ao lado do toalete havia um arm rio cheio de jalecos passados a ferro Jonathan escolheu um do seu tamanho e depois atravessou uma porta de vaiv m que conduzia ao n vel da f brica O ch o de f brica dava a sensa o aberta e arejada de um est dio esportivo coberto inclusive no detalhe das vigas de alum nio aparente que sustentavam o teto Um pequeno ex rcito de oper rios zanzava atarefado de um lado para outro alguns a p outros operando empilhadeiras e outros ainda dirigindo carrinhos el tricos O amplo espa o era dividido em intervalos regulares por pilhas de estoque que se erguiam 10 metros acima do ch o Curios
528. urado de sempre Pensei que para isso a gente tivesse a Escola das Am ricas em Fort Benning E temos claro Mas l o neg cio oficial Isso de que estou falando era por baixo dos panos Enfim el presidente gostou do que a gente estava fazendo ent o convocou algumas dessas unidades para fazer parte da sua pr pria guarda pessoal A gente fazia o trabalho sujo Voc deve se lembrar de como eram as coisas nessa poca o Ortega comendo a Bianca Jagger os sandinistas tocando fogo em tudo por l No m s comunista Pelo menos era essa a id ia Tudo fugiu do controle quase desde o in cio N o foi nada pensado Mas funcionou Todo mundo ficou apavorado Em 1984 j estava tudo terminado O presidente foi reeleito A gente juntou nossas tralhas e voltou para casa E os caras que voc s treinaram Algum deles voltou com voc s o 9 A Como assim voltou Sei l Vai ver voc s acharam algu m com talento e trouxeram para c para trabalhar com a Companhia O tom descontra do de Leahy desapareceu Agora voc est passando dos limites Est entrando em um terreno muito pantanoso Entre n s dois Joe um irland s da Filad lfia e um mafioso italiano do Sul de Boston Isso fez Leahy rir mas ele n o disse nada Palumbo prosseguiu O neg cio o seguinte eu acho que encontrei um deles operando na minha seara Ele apagou dois sujeitos importantes e deixou um rastro de vodu para tr s Pa
529. urgi o ele conhecia as consequ ncias Sem um torniquete ela ficaria exangue em poucos minutos Em termos leigos sangraria at morrer Verificou o sinalizador A leitura indicava 89 metros O ponteiro de dire o apontava para baixo Mirou o facho da lanterna na dire o do fundo da fissura Um vazio infinito Mais corda pediu Posso dar mais 25 metros tudo que a gente tem Jonathan olhou para cima A abertura pela qual ele havia passado parecia brilhante como um rasgo no c u noturno Esperou a segunda corda ser amarrada primeira Steiner deu um pux o e ele recome ou a descer Foi soltando a corda devagar parando a cada tr s metros para vas culhar em volta com a lanterna verificar a presen a de obst culos e procurar por Emma Os n meros no sinalizador foram diminuindo 85 80 75 A luz do mundo l em cima foi su mindo devagar As paredes de gelo reluziam com um azul fantasmag rico 70 68 64 De repente a corda se retesou Acabou disse Steiner Jonathan dirigiu a lanterna lentamente para um lado e para outro colorindo o gelo l embaixo com um fraco facho de luz Encontrou uma mancha vermelha Seu casaco de patrulheiro Moveu o facho alguns cent metros para a esquerda e viu um lampejo cor de cobre Os cabelos de Emma Seu cora o deu um pulo Preciso de mais corda Mais 25 metros N o tem mais V o buscar ordenou ele N o d tempo Uma pequena avalanche
530. urpresa Um saf ri rel mpago Alguma coisa assim Saf ri rel mpago era o apelido que eles tinham dado s excurs es de Emma para buscar suprimentos Pelo menos uma vez por m s ela fazia viagens de ltima hora para lugares pr x imos e distantes para conseguir sangue tipo A penicilina ou at mesmo simples vitamina C Todo tipo de coisa da mais mundana mais milagrosa Simone sacudiu a cabe a Deve ter sido alguma coisa que ela encomendou J ligou para o trabalho dela Jonathan respondeu que sim e que eles disseram de imediato que n o haviam mandado nada para Emma Bom eu n o ficaria preocupado se fosse voc disse Simone passando o bra o pelo dele enquanto desciam at o sop do morro Na ag ncia principal dos correios viraram esquerda margeando o pequeno lago de Obersee agora congelado e isolado por cordas para dar tempo de a neve fresca acomodar se A Bahnhof estava deserta Chegavam dois trens por hora a Arosa O primeiro que descia a montanha com passageiros de Chur sa a aos tr s minutos de cada hora O segundo que subia chegava aos oito minutos Jonathan se encaminhou para o balc o de bagagens O atendente pegou os t quetes e voltou dali a um minuto sacudindo a cabe a N o est aqui disse Jonathan ficou olhando para os recantos da rea de dep sito de bagagens onde d zias de malas estavam empilhadas em um labirinto de prateleiras de metal Tem certeza d
531. us o de sensores que integrava dados de v rias fontes At onde ele sabia o piloto ou operador poderia estar no Brasil ou em qualquer outro lugar do mundo ali s Alguma chance de interferir no sinal Melhor tentar descobrir onde fica a esta o em terra O avi o teleguiado funciona com base em tr s princ pios a esta o em terra o sat lite e o avi o em si e os sinais v o sendo trans mitidos permanentemente entre os tr s De que tamanho a esta o em terra Depende Mas se o piloto estiver pilotando a aeronave sem vis o direta ou seja se estiver confiando nas c meras contidas dentro do avi o ent o vai precisar de monitores de v deo uma fonte de energia est vel e recep o de sat lite constante esta o poderia ser m vel perguntou Von Daniken Alguma coisa que caiba na traseira de uma van por exemplo Com certeza n o respondeu Chabert O operador precisa estar em algum tipo de in stala o fixa De outra forma n o vai ter energia suficiente para enviar o sinal a grande dist n cia Voc disse que a inten o derrubar um avi o Esse ve culo a reo n o tripulado n o tem tamanho para carregar m sseis ar ar Voc s acreditam que quem quer que esteja por tr s disso pretende lan lo em cima de outra aeronave Se for o caso eles v o querer ter vis o direta do alvo muito arriscado pilotar essas coisas s com c meras e radares
532. ut psia de Lammers e contou como o espectr metro de massa havia fracas sado em identificar o composto respons vel por necrosar o tecido do c rebro e do cora o Me d apenas a composi o interrompeu Wickes Do resto cuido eu Rohde leu a lista de componentes Quando Wickes tornou a atender falou com um tom bem menos arrogante Onde disse que encontrou esse tecido Em volta de ferimentos a bala na cabe a e no peito Interessante disse Wickes O senhor quer dizer que achou a subst ncia claro que achei A f rmula que o senhor me deu a da batracotoxina Rohde admitiu que nunca tinha ouvido falar naquela toxina N o teria motivo para ter ouvido falar nela disse Wickes Afinal esse tipo de coisa n o existe pelas suas bandas Vem do grego batrachos que quer dizer sapo Veneno de sapo G nero Dendrobates Dendrobat deos para ser mais exato Os diabinhos s o do tamanho do seu polegar Vivem nas florestas da Am rica Central e do Oeste da Col mbia Nicar gua El Salvador Costa Rica A batracotoxina um dos venenos mais letais do mundo Cem microgra mas mais ou menos o peso de dois gr os de sal bastam para matar um homem de 70 quilos O nico uso registrado do veneno exceto a prote o dos pr prios sapos por ind genas locais que revestem suas lan as com a gosma deles quando saem para ca ar macacos e outros animais Ent o as balas foram r
533. utro Os homens e a mulher sentados ao seu lado eram os membros mais importantes do corpo de profissionais que ad ministrava a ATEA Oniguchi japon s chefiava a Ci ncia Nuclear e Aplica es Brandt austr aca e nica mulher na sala administrava a Coopera o T cnica Kulikov e Pekkonen o corpulento finland s era chefe do Departa mento de Preven o e Verifica o o mais conhecido da AIEA N o h como questionar a exatid o dos dados disse Pekkonen O sensor estava equipado com um chip de ltima gera o capaz de identificar marcadores de emiss es de raios gama com 10 vezes mais precis o do que o modelo anterior ElBaradei n o tinha forma o cient fica mas 20 anos de trabalho na AIEA de Viena haviam lhe ensinado os princ pios da f sica nuclear Emiss es de materiais radioativos como ur nio ou plut nio produzem marcadores nicos Quando medidos com exatid o esses marcadores indicam a idade e o grau de enriquecimento do material radioat ivo e mais importante ainda no que dizia respeito a ele e aos outros indiv duos sentados em volta daquela mesa tamb m o uso pretendido Em sua forma natural o ur nio n o poderia ser usado para produzir uma rea o nuclear Precisava ser enriquecido ou injetado com um is topo espec fico o ur nio 235 A forma mais usual de fazer isso era processar hexafluoreto de ur nio gasoso atrav s de uma centr fuga um tambor de metal em rota o r pida A
534. va de um lado para outro na frente da sala Que eu saiba eles concentravam as opera es de enriquecimento em Natanz e Esfahan Usando uma camisa de mangas curtas com cabelos pretos ralos um rosto sem rugas e os olhos saltados de um r ptil poderia tanto ter 40 quanto 70 anos Ineg vel por m era o seu ar decidido e bravo Chamava se Zvi Hirsch e h sete anos era chefe do Mossad N o conseguimos achar nada nos mapas Nenhuma imagem de sat lite Nada disse o respons vel pela Conver g ncia Eles foram muito espertos Conseguiram manter o lugar secreto Secreto mesmo disse Zvi Hirsch De quantas centr fugas eles precisam para processar tanto ur nio assim Estamos falando de 100 quilos em menos de dois anos Em t o pouco tempo assim Pelo menos umas 50 mil E quantas empresas fabricam o equipamento necess rio para esse tipo de opera o Menos de 100 respondeu a Converg ncia As exporta es s o rigidamente controladas e monitoradas Estou vendo retrucou Hirsch seco E evidente que eles receberam o equipamento fora dos canais habituais disse Metsada Ele era moreno e magro como um fiapo e falava com uma voz mansa que parecia incapaz de fazer mal a uma mosca Muito provavel mente de fabricantes de artigos de dupla utilidade Traduza por favor Produtos fabricados para fins civis que podem ser usados pela ind stria da defesa Nesse caso seriam equi
535. vag es planos protegidos das intemp ries por um fino toldo de a o Uma sucess o sem fim desses vag es passava pelo terminal e adentrava a escurid o do t nel Aquilo o fez pensar em uma cobra com a cabe a para fora de uma caverna Uma cobra imensa enferrujada e segmentada Ele verificou o rel gio Faltavam nove minutos para a partida Pelo retrovisor o Fantasma viu Ransom entrar na mesma faixa onde ele estava tr s carros mais atr s Batucou no volante com a palma da m o Tudo estava em ordem Abriu o porta luvas tirou a pistola colocou nela um silenciador e um supressor de ru do depois pousou a no banco ao seu lado Soltou o frasco preso em volta do pesco o Recitou a prece devagar e de forma arrebatada escutando o som de tambores distantes rufando na floresta Uma ap s outra molhou as balas no veneno Certo de que a alma de sua v tima n o poderia segui lo neste mundo o Fantasma acabou de carregar a arma P s se a esperar 44 Uma luz verde piscou Motores rugiram Luzes de freio se apagaram Uma prociss o de ve culos come ou a subir no trem As faixas sua direita se esvaziaram O carro logo sua frente avan ou Jonathan subiu um leve declive Avan ou pela plataforma estreita passando de um vag o a outro em dire o dianteira do trem De cada lado havia uma barreira baixa e acima desta uma grade com cartazes instruindo os motoristas a puxar o freio de m o e avisando que era proibido sair do carro Far i
536. vida Al atendeu uma voz brusca autorit ria Aqui Milli Brandt Preciso falar com Hans sobre os cavalos do rei Espere na linha Praticamente p de ouvir o homem do outro lado consultar seus pap is registros ou qualquer outra coisa que os profissionais de intelig ncia verificam ao receber contatos de agentes Agente claro n o era a palavra correta Mas Millicent Brandt tamb m n o era seu verdadeiro nome Registrada como Ludmilla Nilskova em Kiev onde nasceu era a terceira filha de um qu mico judeu de id ias ousadas sem permiss o para emigrar que havia se mudado clandestinamente para Jerusal m e em seguida para a ustria cerca de 30 anos antes Embora criada falando alem o frequentando escolas austr acas e viajando com um passaporte tamb m austr aco ela nunca esquecera o pa s que garantira a libera o de sua fam lia da Uni o Sovi tica Pouco depois de come ar a trabalhar na AIEA recebera um telefonema de um homem que dizia ser um velho amigo da fam lia Embora n o tivesse se lembrado do nome reconheceu o sotaque Encontraram se em um restaurante discreto perto do Belvedere bem longe do lado da cidade onde ela trabalhava Fora um jantar amig vel e a conversa nunca se demorou em um nico assunto Um pouco de pol tica um pouco de cultura O interessante era que o conhecido que na verdade ela nunca havia encontrado sabia tudo sobre sua paix o pela equita o seu amor por Moz
537. xadas pelas balas do assassino Ele pr prio havia desamassado as mossas do p ra choque Um frentista do posto de gasolina encontrara uma tinta preta do mesmo tom N o estava perfeito mas era preciso estar deitado de costas debaixo do chassi para notar a diferen a Em seguida o carro passara por uma lavagem e um polimento e o pr prio Jonathan aplicara uma camada de lustrador nos pneus antes de entrar em Davos Com exce o da janela o Mercedes parecia rec m sa do da f brica Jonathan desceu do autom vel O chefe da seguran a do ministro o abordou imediatamente mas sem animosidade Inclinou se em uma mesura e fez quest o de apertar sua m o e elogiar a beleza do carro Com seu quase 1 90m de altura os cabelos rec m tingidos de preto penteados e repartidos meticulosamente o terno impec vel Jonathan era o retrato de um vendedor de carros alem o O pa s da Mercedes Benz era um antigo aliado da Rep blica Isl mica do Ir Jinn chegou um passo atr s do se guran a Se ficou surpreso por encontrar um homem no lugar de Eva Kruger n o demonstrou Estendeu a m o fl cida para cumprimentar Jonathan e dirigiu se a ele em ingl s Ol amigo Evan Kruger disse Jonathan segurando a m o estendida e sentindo o choque que a per correu quando Jinn registrou o nome O iraniano chegou mais perto com um grande sorriso retesando os tra os bonitos e Jonathan sussurrou Eva teve um acidente Mandaram me em seu lugar
538. zados Ele pressionou os dedos contra a sua car tida interrompendo o fluxo de sangue at o c rebro A secret ria teve um nico espasmo em seus bra os e cinco segundos depois desmaiou Jonathan a deitou no carpete Imaginava que fosse recuperar os sentidos cerca de 10 minutos mais tarde Hoffmann demoraria um pouco mais para acordar Jonathan examinou a sala N o podia ir embora com aquele aspecto Tirou o jaleco azul de oper rio achou o sobretudo de Hoffmann e vestiu o tomando cuidado para aboto lo at em cima Desceu o corredor devagar com a cabe a baixa e a m o apertando o len o de encontro ao pesco o Seguiu pela escada at o t rreo e saiu pela entrada principal A um quarteir o dali seu passo r gido se transformou em um leve trote e depois em corrida Encontrou o Mercedes estacionado na garagem da Zentralstrasse do outro lado da rua em frente esta o Arrancou o kit de primeiros socorros sob o banco da frente e vasculhou o em busca de gaze e esparadrapo Pouco adiantou Precisava levar pontos Com uma das m os pressionando o pesco o guiou o carro lentamente para fora da cidade en trou na auto estrada e tomou a dire o de Berna S conseguia pensar em um lugar para onde ir 50 VON DANIKEN MANTEVE O CARRO na faixa de ultrapassagem com o veloc metro marcando quase 180 quil metros por hora A auto estrada cortava vinhedos no alto das encostas em volta do lago de Genebra A imensa tela azul do

Christopher Reich – A Farsa

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