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Revista de Informação Legislativa – nº 203

1. 2 Art 18 A 1 Para os efeitos desta Lei Complemen tar considera se MEI o empres rio individual a que se refere o art 966 da Lei n 10 406 de 10 de janeiro de 2002 C digo Civil que tenha auferido receita bruta no ano calend rio anterior de at R 60 000 00 sessenta mil reais optante pelo Simples Nacional e que n o esteja impedido de optar pela sistem tica prevista neste artigo BRASIL 2006 2 Dispon vel em lt http www portaldoempreendedor gov br gt Acesso em 3 jun 2013 Art 968 4 O processo de abertura registro al tera o e baixa do microempreendedor individual de que trata o art 18 A da Lei Complementar n 123 de 14 de dezembro de 2006 bem como qualquer exig ncia para o in cio do seu funcionamento dever o ter tr mite especial e simplificado preferentemente eletr nico opcional para o empreendedor na forma a ser disciplinada pelo Comit para Gest o da Rede Nacional para a Simplifica o do Re gistro e da Legaliza o de Empresas e Neg cios CGSIM de que trata o inciso III do art 2 da mesma Lei 5 Para fins do disposto no 4 poder o ser dispensados o uso da firma com a respectiva assinatura aut grafa o capital requerimento demais assinaturas informa es relativas nacionalidade estado civil e regime de bens bem como remessa de documentos na forma estabelecida pelo CGSIM BRASIL 2002 2 As inscri es do microempreendedor individual por exemplo
2. Revista de Informac o Legislativa n2 203 Bras lia julho setembro 2014 Ano 51 Cia f E gt EN Sa oy SENADO FEDERAL E Revista de Informac o Legislativa SENADO FEDERAL Mesa Bi nio 2013 2014 Senador Renan Calheiros PRESIDENTE Senador Jorge Viana PRIMEIRO VICE PRESIDENTE Senador Romero Juc SEGUNDO VICE PRESIDENTE Senador Flexa Ribeiro PRIMEIRO SECRETARIO Senadora ngela Portela SEGUNDA SECRETARIA Senador Ciro Nogueira TERCEIRO SECRETARIO Senador Jo o Vicente Claudino QUARTO SECRETARIO SUPLENTES DE SECRET RIO Senador Magno Malta Senador Jayme Campos Senador Jo o Durval Senador Casildo Maldaner Revista de Informac o Legislativa Bras lia ano 51 n2203 julho setembro 2014 Revista de Informac o Legislativa FUNDADORES Senador Auro Moura Andrade Presidente do Senado Federal 1961 1967 Isaac Brown Secret rio Geral da Presid ncia 1946 1967 Leyla Castello Branco Rangel Diretora 1964 1988 Direror GeraL Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho SECRET RIO GERAL DA Mesa Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho IMPRESSO NA SECRETARIA DE EDITORA O E PUBLICA ES Direror Florian Augusto Coutinho Madruga PRoDUZIDO NA COORDENAC O DE EDI ES T CNICAS COORDENADORA Anna Maria de Lucena Rodrigues CHeria DE Propu o EDITORIAL Raphael Melleiro Revis o DE Oricinais Kilpatrick Campelo e Walfrido Vianna Revis o DE Rerer n
3. o seu sentido como procedimento que atende ao interesse p blico e ao mesmo tempo o ajusta aos interesses privados que toda medida administrativa tem de levar em conta Por isso exprime um ju zo com parativo Compreende os aspectos nem sempre de f cil percep o atinentes ao acerto justi a utilidade equidade razoabilidade moralidade etc de cada procedimento administrativo N o aparece com posi o pr pria ao lado dos elementos essenciais manifesta o de vontade motivo objeto finalidade e forma Surge em conex o com o motivo e o objeto Relaciona se com eles um aspecto que lhes diz respeito uma maneira de consider los na pr tica do ato em suma o conte do discricion rio deste Portanto consoante Seabra Fagundes o m rito n o constituiria um sexto elemento dos atos administrativos at porque n o estaria presente nos atos vinculados mas consistiria num aspecto relacionado com o motivo e o objeto do ato discricion rio Traduzir se ia num ju zo com parativo de fei o pol tica discricion ria que poderia ser sinteticamente definido como um ju zo de conveni ncia e oportunidade Por seu turno Renato Alessi 1949 p 134 135 real a os aspectos positivo e negativo do conceito de m rito administrativo O conceito de m rito pode ser considerado sob dois aspectos sob o aspecto meramente negativo como limite ao poder de cogni o do juiz de mera legitimidade em sen
4. Ano 51 N mero 203 jul set 2014 19 pessoais e seguir regulamentos com a firmeza e a convic o de se estar seguindo padr es de conduta convencionados e pactuados em gru po Na leitura tamb m concordante de Jess de Souza na pessoalidade dos lagos sociais brasileiros desenvolve se a impossibilidade da compreens o da impessoalidade e da abstra o valorativa o que se traduz no fato de que o outro cidad o inexiste como possibilidade pois todo outro digno ser sempre o outro pr ximo ou o outro amigo mas n o um outro socialmen te reconhecido Sem a exist ncia do outro cidad o o v u da cidadania pode ser rompido a todo tempo ex cepcionado ou desconsiderado pois a emo o predomina na a o social Se a emo o aparece socialmente como um componente favor vel a costumes mais abertos e plurais tamb m abre flanco para possibilidades fartas em outras dimens es para o bem e para o mal onde as m scaras sociais s o rapidamente quebradas em fun o de qualquer emo o gerando um caldo social em que o descontrole da conduta e as manifesta es de irracionalidades apenas acentuam o crescimento n o somente dos ndices mas das formas das pr ticas das mo dalidades e das manifesta es das viol ncias Assim raramente se tem podido chegar na esfera dos neg cios a uma adequada racionaliza o o fregu s ou cliente h de assumir de prefer ncia a posi o do amigo N o h
5. O presente Protocolo se aplicar s rela es que decorram dos respectivos Acordos de Integra o vigentes entre os Estados Partes do presente protocolo no caso de ruptura da ordem democr tica em algum deles MERCOSUL 1998 O Protocolo prev medidas que podem ser adotadas pelos pactuantes quando se verificar a quebra do compromisso firmado Nessa si tua o os demais Estados Partes promover o consultas entre si e com o Estado afetado e poder o adotar as medidas previstas levando em conta a gravidade da situa o existente Entre as medidas descritas no pacto pos s vel citar os artigos 4 e 5 que disp em No caso de ruptura da ordem democr tica em um Estado Parte do presente Protocolo os demais Estados Partes promover o as consultas pertinentes entre si e com o Estado afetado Quando as consultas mencionadas no artigo anterior resultarem infrut feras os demais Estados Partes do presente Protocolo no mbito espec fico dos Acor dos de Integra o vigentes entre eles considerar o a natureza e o alcance das medidas a serem aplicadas levando em conta a gravidade da situa o existente Tais medidas compreender o desde a suspens o do direito de participar nos di ferentes rg os dos respectivos processos de integra o at a suspens o dos direitos e obrigac es resultantes destes processos MERCOSUL 1998 Um ponto interessante na fala de Garcia a percep o do Paraguai com
6. determinado por certos ideais princ pios crit rios valores pol ticos Claramente falando os membros da sociedade reconhecem a necessidade de um conjunto espec fico de princ pios crit rios para atribui o de direitos e deveres b sicos e para a determina o do que se entende ser a distribui o adequada dos encargos e benef cios da coopera o social Justamente por se tratar de uma sociedade expressa por uma con cep o pol tica de justi a e portanto bem ordenada significa dizer que A teoria da justi a de Rawls deita suas ra zes em seus escritos intitulados Justice as Fairness publicados no ano de 1958 no The Journal of Philosophy seguida pelas obras Constitutional Liberty 1963 The Sense of Justice 1963 Civil Disobedience 1966 Distributive Justice 1967 Distributive Justice Some Addenda 1968 e a pr pria A Theory of Justice publicada em 1971 como sendo uma das mais importantes obras de filosofia pol tica da ltima metade do s culo XX Ano 51 N mero 203 jul set 2014 237 existe uma articula o razo vel e um alinhamento do ju zo da raz o das mais firmes convic es refletidas e organizadas coerentemente sobre a justi a pol tica em todos os n veis de generalidade entre os cidad os que reconhecem e afirmam essa concep o portanto em pleno equil brio reflexivo A sociedade segundo Rawls 2003 p 8 9 como sistema eq
7. empres rio O empres rio individual irregular n o tem legitimidade para pedir a sua recupera o judicial pois a Lei de Fal ncias obriga a instru o da peti o inicial com a certid o de regularidade do devedor no registro de empresas Os livros do empres rio individual irregular tampouco podem ser autenticados na junta comercial n o se valendo da efic cia probat ria prevista na lei processual Esses efeitos s o desfavor veis ao empres rio individual n o se justificando a obrigatoriedade de registro empresarial por esses motivos A fal ncia do empres rio individual irregular implica sua incurs o em crime falimentar O dispositivo excessivo em rela o ao empres rio individual n o havendo motivos para incriminar a conduta de deixar de autenticar na junta comercial os documentos de escritura o Al m disso caso o empres rio individual incorra no tipo penal o Minist rio P blico pode propor a suspens o do processo sem aplica o de qualquer pena s O empres rio individual uma pessoa natural e sua personalidade jur dica adquirida com o seu nascimento Ao obter o registro e atuar como empres rio individual a pessoa natural n o adquire nova perso nalidade jur dica mas atua em seu pr prio nome A inscri o do empre endedor individual no registro de empresas depende de requerimento que contenha o seu nome nacionalidade domic lio estado civil e se casado o regime de bens a firma
8. Dicion rio de admi nistra o de risco financeiro S o Paulo Bolsa de Mercadorias e Futuro 2000 GOMES Orlando Contratos Rio de Janeiro Forense 2009 GON ALVES Carlos Roberto Direito civil brasileiro 3 ed rev e atual S o Paulo Saraiva 2007 v 3 JUSTEN FILHO Mar al Curso de direito administrativo S o Paulo Saraiva 2005 KELSEN Hans A democracia 2 ed Tradu o de Vera Barkow S o Paulo Martins Fontes 2000 LAHORGUE Maria Alice P los parques e incubadoras instrumentos de desenvolvimento do s culo XXI Bras lia ANPROTEC 2004 LISBOA Roberto Senise Manual de Direito Civil 3 v S o Paulo Saraiva 2009 MARTINS Fran Contratos e obriga es comerciais Rio de Janeiro Forense 1999 MEDAUAR Odete Direito administrativo moderno 8 ed rev e atual S o Paulo Revista dos Tribunais 2004 MELLO Celso Ant nio Bandeira de Curso de Direito Administrativo 27 ed S o Paulo Malheiros 2010 MIRANDA Francisco Cavalcanti Pontes de Coment rios Constitui o de 1967 com a Emenda Constitucional n 1 1969 S o Paulo Revista dos Tribunais 1973 t 3 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 71 NEVES Rubia Carneiro LETRA Lu s Henrique Vasconcelos da Silva O acordo de parceria para a promo o da inova o pode contribuir para a efetiva o da democracia brasileira In XX CONGRESSO NACIONAL DO CONPEDI 10 2011 Vit ria Anais Florian polis Funda o Boiteux v
9. Os n veis diferenciados s o Novo Mercado N vel I N vel II e Bovespa Mais O n mero de companhias listadas em cada segmento o seguinte Novo Mercado 130 N vel I 32 N vel II 21 Bovespa Mais 5 Tradicional 258 BDR Patrocinado 12 e Balc o Organizado 67 As cinco companhias listadas no Bovespa Mais s o as seguintes Companhia de guas do Brasil Cab Ambiental Desenvix Energias Renov veis S A Nortec Qu mica S A Nutriplant Ind stria e Com rcio S A e Senior Solution S A majorit ria 4 controle minorit rio controle fundado em n mero de a es inferior metade do capital votante e 5 controle administra tivo controle pelos administradores em face da extrema dispers o acion ria Os quatro ltimos tipos apresentam problemas quanto separa o entre controle e propriedade Em sociedades an nimas cujo capital pulveri zado em milhares de acionistas a tend ncia a legisla o aumentar as responsabilidades dos administradores contrabalan ando a grande dispers o acion ria A separa o entre propriedade e controle tamb m causa proble mas se o controlador que elege a maioria dos administradores puder com maior facilidade extrair benef cios privados em detrimento da companhia private benefits of control gerando seu enriquecimento e dos administradores em detrimento dos demais investidores A modalidade de controle interno de cada companhia influencia cada um dos
10. ______ Mensagem n 1 807 de 3 de dezembro de 1999 Presid ncia da Rep blica Bras lia 3 dez 1999 Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil_03 leis Mensa gem_Veto 1999 Mv1807 99 htm gt Acesso em 9 set 2014 Lei n 9 868 de 10 de novembro de 1999 Disp e sobre o processo e julgamento da a o direta de inconstitucionalidade e da a o declarat ria de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal Di rio Oficial da Uni o Bras lia 11 nov 1999 Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil_03 leis 19868 htm gt Acesso em 16 jul 2014 Supremo Tribunal Federal Ac o direta de inconstitucionalidade n 4 874 Rela tor Rosa Weber Bras lia DJe 27 ago 2013 Dispon vel em lt http stf jusbrasil com br jurisprudencia 24116218 acao direta de inconstitucionalidade adi 4874 df stf gt Acesso em 16 jul 2014 CANOTILHO J J Gomes Direito constitucional e teoria da constitui o Coimbra Livraria Almedina 1997 CAPPELLETTI Mauro O Controle judicial de constitucionalidade das leis no direito com parado Tradu o Aroldo Pl nio Gon alves Porto Alegre Fabris 1984 COLOMBIA Acto legislativo n 3 Reformatorio de la constituci n nacional Asamblea Nacional de Colombia 31 de octubre de 1910 Demanda de inconstitucionalidad titularidad derechos politicos titularidad Sentencia C 003 93 Magistrado Ponente Alejandro Martinez Caballero DJe 14 jan 1993 Santa Fe de Bo
11. dessa forma que o behaviorismo responde pergunta como algo que ocorre depois pode ter efeito sobre o comportamento Al m da rela o entre comportamento e consequ ncia o paradigma formulado por Skinner inclui a ideia de contexto As consequ ncias resultantes de um contexto acontecido no passado tendem a governar o comportamento do indiv duo quando o contexto se repete Os contextos s o formados pelo que o behaviorismo chama de est mulos discrimi nativos O sinal vermelho um est mulo discriminativo assim como o fato de estar dirigindo o carro O comportamento modifica se conforme muda o contexto O sinal vermelho controla o motorista que para ao passo que o sinal verde faz com que ou torna mais prov vel que ele siga em frente BAUM 2006 p 116 Como se sabe a maior parte dos motoris tas segue essa regra de tr nsito quase sempre por isso que o contexto indica uma probabilidade e n o uma certeza de que um determinado comportamento ser adotado MICHAEL 1982 A aus ncia de puni o s infra es e o tr fego ca tico podem alterar essa probabilidade A ltima vari vel desse modelo a motiva o As vari veis motivado ras funcionam como eventos antecedentes que alteram temporariamente a efetividade da consequ ncia refor adora MICHAEL 1982 Skinner fala nesse sentido em tr s vari veis ambientais relacionadas ideia de motiva o priva o sacia o e estimula o aversiva Como e
12. dos controles sobre a atividade das inst ncias ordin rias pelas inst ncias superiores deve se ter em mente tanto o mbito jurisdicional quanto o administrativo de forma direta O maior exemplo a suspens o de liminares contra o poder p blico Por fim a exist ncia de prerrogativas institucionais disposi o do controlador da agenda da Corte segue o mesmo esquema quanto probabilidade de centraliza o se total o custo 0 se dispersa o custo 1 Exemplo o presidente de um tribunal pode trancar recursos manifestamente inadmiss veis sem que tal quest o seja decidida por um cole giado SILVA COSTA J NIOR 2009 Silva e Costa Jr tamb m estabeleceram atributos das decis es que dizem respeito pre fer ncia dos magistrados e das cortes dos quais ser o adotados os seguintes i possibilidade e o grau de interfer ncia do Judici rio no contrato de concess o ou seja o grau de ativismo ii inclina o do juiz pela possibilidade de altera o do contrato motivado pela necessidade de realiza o de redistribui o de recursos iii inclina o do juiz a levar em conta aspectos econ micos em sua decis o SILVA COSTA J NIOR 2009 Como sugest o pode ser adotada a seguinte quantifica o quando da an lise da decis o ju dicial custo de transa o O quando o juiz adota a posi o de impossibilidade de interven o no contrato de concess o em rela o parte t cnica e custo de tr
13. e VII da Constitui o Federal em considera o ao princ pio da subsidia 44 Revista de Informa o Legislativa riedade e da supletividade inerentes ao modelo federativo a compet ncia do rg o federal de gest o ambiental exerce se de forma complementar atua o do rg o estadual e municipal cong nere na fiscaliza o e na concess o de licen as e autoriza es ambientais N o seria exagero afirmar que um dos princ pios fundamentais do funcionamento do sistema legal de tutela do meio ambiente no Brasil o da atua o supletiva do rg o federal No caso do IBAMA ali s tal princ pio est claramente consagrado no diploma mater da Pol tica Am biental Brasileira a Lei n 6938 81 conforme transcri o j efetuada do art 10 do referido dispositivo legal N o poderia ademais ser diferente Em consequ ncia da observ ncia dos princ pios federativo e repu blicano bem como em aten o norma constitucional que consagra o sistema de gest o comum ao rg o federal s poderia caber no exerc cio da coopera o atua o complementar em que pese n o conflitiva com a dos rg os estadual e municipal E tal atua o supletiva que repita se n o pode ser superposta simult nea e conflitiva exerce se mediante a caracteriza o de determinadas situa es Como o pr prio nome sugere implica exerc cio condicional e subsidi rio de compet ncia material Visa em aspecto ordin rio a
14. o de fundamental import ncia na medida em que ajuda as crian as a terem conhecimento de seus direitos constitucionais e c vicos a saberem que a liberdade de consci ncia existe em sua sociedade Rawls 2002a torna claro que a educa o ajuda a preparar as crian as para serem mem bros plenamente cooperativos da sociedade bem como permite que adquiram seus pr prios meios de subsist ncia Al m disso serve para encorajar as virtudes pol ticas para o cumpri mento dos termos equitativos da coopera o social Dessa forma observa Mas o liberalismo pol tico tem um objetivo diferente e exige bem menos Ele exigiria que a educa o das crian as inclu sse coisas como o conhecimento de seus direitos constitucio nais e c vicos de forma que por exemplo elas saibam que a liberdade de consci ncia existe em sua sociedade e que a apostasia n o um crime legal tudo isso para garantir que a continuidade de sua filia o religiosa quando atingem a maturidade n o esteja baseada simplesmente na ignor ncia de seus direitos b sicos ou no medo da puni o por ofensas que s s o assim consideradas dentro de sua seita religiosa A educa o das crian as tamb m deveria prepar las para serem membros plenamente cooperativos da sociedade e permitir que provejam seu pr prio sustento tamb m deveria estimular as virtudes pol ticas para que queiram honrar os termos equitativos de coopera o social em suas rela
15. o Legislativa contrar nenhum v cio a macul lo n o haver me 4 e o anula o substitui o ou corre o a ser determinada se ao rev s depois de sindicar o ato administrativo o juiz deparar algum v cio no ato poder ent o anul lo substitu lo corrigi lo atividade decis ria A essa luz quando se diz que o m rito do ato administrativo insindic vel pelo Poder Judici rio quer se significar no mais das vezes que o m rito do ato n o pode ser substitu do pelo juiz isto que o juiz n o pode substituir o ju zo de m rito do administrador ju zo de conveni ncia e oportunidade pelo seu pr prio ju zo de m rito atividade decis ria Contudo tal express o n o pode jamais significar que o m rito do ato administrativo n o possa ser analisado apreciado investi gado examinado judicialmente atividade meramente cognitiva Nenhum aspecto do ato administrativo discricion rio ou vinculado escapa ao controle judicial at mesmo o m rito do ato administrativo discricion rio conveni ncia e oportunidade est sujeito ao controle aprecia o sindic ncia ao exame judicial atividade meramente cognitiva A cogni o judicial sobre o ato administrativo no sistema jur dico positivo brasileiro a mais ampla poss vel incide sobre todos os aspectos do ato administrativo sem exce o Ademais n o h
16. o do espa o p blico simultaneamente ao fortalecimento das for as de participa o social democracia pluralismo e cidadania ativa A falta de modernidade pol tica torna ainda mais dif cil o processo reconhecidamente desafiador de revers o da modernidade econ mica que po lariza discrimina e exclui como se constata nos estudos cl ssicos de Darcy Ribeiro e ainda mais recentes de Jess de Souza No espa o p blico no entanto maculado pelo castigo que mutilava o corpo do escravo negro ensanguentado pelas v timas da viol ncia urbana e desordenado pela massiva ocupa o urbanizada dos centros de desenvolvimento do Pa s tamb m se desenvolve a cultura da festa onde toda a privacidade posta a p blico e para onde afluem toda a castidade protegida todo o remorso consumido e todo o dio social Na an lise de Sergio Buarque de Holanda n o poss vel imaginar a vit ria da democracia enquanto entre n s vigorar o personalismo como um tra o da vida pol tica Essa vit ria nunca se consumar enquanto n o se liquidem por sua vez os fundamentos personalistas e por menos que o pare am aristocr ticos onde ainda assenta nossa vida social HOLANDA 2004 p 180 lt A redu o dessas diferen as constitui o mais antigo dos desafios que reptam a sociedade brasileira a promover uma reordena o social que enseje a integra o de todo o povo no sistema produtivo e por essa via nas diversa
17. o e a venda de energia do Paraguai passar a vender de forma gradual o seu excedente energ tico de forma direta no mercado livre brasileiro O ponto fulcral da instabilidade do governo despontou em 15 de junho de 2012 quando 11 camponeses e 6 policiais morreram em um conflito que ocorreu em uma fazenda em Curuguaty no nordeste do pa s a 350 km de Assun o A fazenda Campos Morombi cuja propriedade era alegada pelo ex senador colo rado Blas Riquelme fora invadida por 150 ma nifestantes sem terra os quais argumentaram que as terras tinham sido tomadas ilegalmente durante a ditadura de Alfredo Stroessner l der do Partido Colorado O evento deixou 17 mortos e oitenta feridos e levou ren ncia do ministro do Interior do Partido Liberal Radical Aut ntico no dia 16 de junho for a pol tica de apoio ao Presidente Lugo no Congresso no dia 19 de junho ficou confirmado que o t tulo da propriedade n o pertencia a Riquelme Com a ren ncia do Ministro do Interior o Presidente na busca de aproxima o com a bancada do Partido Colorado ofereceu lhe a pasta vaga e acabou perdendo o apoio do Partido Liberal Radical Aut ntico Nesse nterim o processo de impeachment foi deflagrado a pedido do deputado Luis Gnei ting do Partido Colorado oposicionista no No governo de Fernando Lugo foi criada em 2009 uma comiss o para investigar crimes da ditadura Stroessner ocorridos entre os anos de 1954 e 1989 A
18. o fundamental na concep o de Rawls um ve culo que habilita o indiv duo a adquirir senso moral e virtudes pol ticas como a toler ncia o respeito m tuo o senso de equidade e de civilidade aprendendo a pensar raciocinar e a ter uma concep o pol tica na medida em que fortalece sua capacidade para assumir responsabilidades por seus objetivos fazer reivindica es junto s suas institui es e de exercer o direito de ser independente justamente no mbito das institui es pol ticas e sociais na estrutura b sica da sociedade que o objeto prim rio da justi a pol tica que Rawls inclui a fam lia a educa o a sa de a previd ncia cujos efeitos sobre o car ter a personalidade o senso de equidade e de justi a s o profundos e se fazem presentes no decorrer de toda a vida dos cidad os E assim porque sendo a estrutura b sica da sociedade o seu objeto prim rio o est gio inicial justo e dos acordos equitativos mas tamb m das condi es sociais justas sob as quais acordos dever o ser selados os efeitos acumulados subsequentemente dever o sustentar as condi es de fundo necess rias para acordos livres equitativos e justos A preserva o dessas condi es iniciais sociais justas deve ser ga rantida segundo Rawls por leis que denomina normas de justi a de fundo para propiciar a igualdade equitativa de oportunidades como a educa o sa de trabalho moradia e outros direito
19. pessoas de pele avermelhada todos tamb m alvo de injusto preconceito da maioria utilizando assim um dos elementos de efic cia apontados por Rosenfeld quando diz que o pensamento metaf rico conduz a um n vel abstrato no qual cada indiv duo igual a qualquer outro indiv duo 2003 p 67 Nova met fora de aproxima o entre heterossexuais e homossexuais dessa vez sob o pano de fundo do direito busca da felicidade utili zada no item 34 do Voto se as pessoas de prefer ncia heterossexual s podem se realizar ou ser felizes heterossexualmente as de prefer ncia homossexual seguem na mesma toada s podem se realizar ou ser feli zes homossexualmente E atendendo assertiva de Rosenfeld de que a atrav s dessa intera o entre nega o met fora e meton mia que o discurso constitucional adquire um sentido determinado 2003 p 50 traz o item 32 uma meton mia ao afirmar que a prote o da dimens o sexual implica prote o do pr prio ser humano como um todo em seu aspecto psicossom tico e espiritual No item 38 subitem II reiterada essa meton mia lan ando a prote o da prefer ncia sexual como pro te o do pr prio indiv duo O Voto atesta ao final do item 32 e tamb m no item 38 subitem III que a sexualidade e o sexo entre adultos s o protegidos pelo direito intimidade e privacidade No mesmo item 38 subitem V cria se uma similitude entre as diversas m
20. 1 Nesse sentido ver a doutrina de TEPSICH 2008 p 162 166 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 261 fase probat ria advirta as partes sobre a possibilidade de aplica o da teoria da dinamiza o da carga probat ria no caso concreto PERYANO 2008 p 88 92 quando for proferir a senten a importante ressaltar que a advert ncia judicial sobre a possibilidade de aplica o da teoria tem a finalidade de evitar qualquer surpresa para as partes com a solu o final a ser proferida Implicitamente ainda tem o cond o de convocar as partes para adotarem uma conduta processual cooperativa leal baseada na boa f processual e na busca da verdade real processualmente ating vel para o caso concreto tornando a esfera ambiental do processo a mais prop cia poss vel para um julgamento justo ou equ nime A manifesta o judicial de advert ncia da possibilidade de aplica o da teoria n o tem o poder de antever de forma definitiva qual das partes est em melhores condi es de realizar a prova fato que essa conclus o somente ser poss vel ap s a instru o processual e somente ser necess ria diante do n o convencimento do magistrado sobre a verdade dos fatos controvertidos Por isso durante a advert ncia nenhum ju zo de valor pelo rg o julgador deve ser realizado sobre a capacidade probat ria das partes A advert ncia realizada portanto de forma simples e gen rica Basta enunciar a teoria De outro
21. COLOMBIA 1910 Por conseguinte o controle jurisdicional de constitucionalidade na Col mbia nasceu com a Constitui o de 1910 ao consignar que a Corte Suprema de Justiga decidiria sobre a constitucionalidade de ato legislativo questionado pelo Governo e a constitucionalidade de leis ou decretos impugnados por qualquer cidad o Assim h mais de um s culo o cida d o colombiano ostenta o direito pol tico de provocar o Poder Judici rio a fim de prevalecer o que determina a Constitui o sin embargo tambi n de car cter difuso ya que adem s de los pronunciamientos que realiza la Corte Constitucional ao Consejo de Estado m ximo tribunal de la jurisdicci n contencioso administrativa se le ha atribuido dentro de la llamada acci n de nulidad por inconstitucionalidad el pronunciamiento acerca de los decretos dictados por el Gobierno nacional cuya competencia no sea asignada a la Corte Constitucional y tambi m un juez o inclusive una autoridad administrativa pueden mediante la denominada excepci n de inconstitucionalidad abstenerse de aplicar una norma en un caso concreto y con efectos inter partes en aquellos eventos en que sta contradiga en forma flagrante el texto de la Carla Pol tica REGUERA 2006 1 Pelo contr rio houve momento na hist ria constitucional colombiana em que havia a supremacia da legisla o em detrimento da pr pria Constitui o pois nos termos do antigo art 6 da Lei 153 de 18
22. LOBATO G MEZ Jes s Miguel A aplicabilidade do C digo de Defesa do Consumidor ao contrato de servi os m dicos e responsabilidade civil dele decorrente Jus Navegandi Teresina ano 9 n 387 jul 2004 Dispon vel em lt www jus com br revista texto 5507 gt Acesso em 5 de mar 2012 L BO Paulo Luiz Netto Responsabilidade civil dos profissionais liberais e o nus da prova In NERY J NIOR Nelson NERY Rosa Maria Andrade Coord Doutrinas essenciais responsabilidade civil direito fundamental sa de S o Paulo Editora Revista dos Tribu nais 2010 p 389 398 v 5 LOPES Teresa Ancona Responsabilidade civil dos m dicos In CAHALI Yussef Coord Responsabilidade civil 2 ed S o Paulo Editora Saraiva 1988 O dano est tico Responsabilidade Civil 3 ed rev ampl e atual com o C digo Civil de 2002 S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 2004 MARINONI Luiz Guilherme ARENHART S rgio Cruz Prova S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 2009 Forma o da convic o e invers o do nus das provas segundo as peculiaridades do caso concreto In NEVES Daniel Amorim Assump o Coord Provas aspectos atuais do direito probat rio S o Paulo Editora M todo 2009 p 255 268 MARQUES Silvina Pereira La carga de la prueba de la culpa profesional m dica In WHITE In s L pori Coord Cargas probatorias din micas Santa F Editora Rubinzal Culzoni 2008 p 479 505 MAR
23. d vida que desse comportamento social em que o sistema de rela es se edifica essencialmente sobre la os diretos de pessoa a pessoa procedam os principais obs t culos que na Espanha e em todos os pa ses hisp nicos Portugal e Brasil inclusive se erigem contra a r gida aplica o das normas de justi a e de quaisquer prescri es legais HOLANDA 2004 p 134 N o existe a possibilidade de abstra o valorativa que pudesse permitir pensar se em termos de valores uni versalistas ou impessoais Estado lei autoridade impessoal s o conceitos estranhos e literalmente incompreens veis enquanto tais SOUZA 2006 p 126 5 A aus ncia de limita es externas de qualquer tipo engendra rela es sociais nas quais as inclina es emotivas da pessoa do patriarca joga o papel principal SOUZA 2006 p 119 20 Revista de Informa o Legislativa Da mera disputa de tr nsito disputa dos jogos em est dios a f ria vem tona com a mesma facilidade com a qual se manifesta o dio de classes em express es da m dia apontando se para o fato de que a cultura de respeito aos di reitos ainda n o est presente entre n s Sem media es e meios termos os conflitos exacerbam se para se tornarem a linguagem violenta de um tempo nas m os da pol cia que mata nas periferias dos centros urbanos nas m os de jovens que num desentendimento de bar iniciam trag dias familiares nas m os de h
24. mesmo de uma grande mudan a econ mica e social A Proclama o da Rep blica no Brasil de 1889 n o constituiu uma ruptura com as estruturas arcaicas mas no m ximo um glissement A express o de Gl ucio Veiga que considerava que a grande burguesia oitocentista n o desprezava ou desejava abolir os h bitos da nobreza na verdade buscava imit la na vida em sociedade A literatura da poca foi bastante eficaz em registrar a preserva o do status quo estamental que termina por ceder seus espa os aos novos espa os conquistados pelas classes sociais por m aos poucos T o lentamente que o Imp rio Brasileiro encerrou se definitivamente em outubro de 1930 VEIGA 1993 p 29 Uma evid ncia disso pode ser extra da da trajet ria de Coelho Rodrigues na hist ria da codifica o do direito civil brasileiro Com o insucesso das tentativas empreendidas por Teixeira de Freitas e Nabuco de Ara jo o Senador Joaquim Fel cio dos Santos apresentou se ao Ministro da Justi a para a tarefa de redigir um projeto de C digo Civil Devido a isso formou se uma comiss o para a avalia o do referido projeto O Ministro Sousa Dantas titular da pasta da Justi a comp s a mencionada comiss o com os seguintes nomes Antonio Joaquim Ribas Francisco Justino Gon alves de Andrade Antonio Coelho Rodrigues e Antonio Ferreira Viana VAMPR 1916 p 16 A tentativa de Fel cio dos Santos n o alcan ou melhor sorte do que as anteriores d
25. o at noventa dias ap s aquela liquida o BRASIL 2002 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 287 O C digo Civil permitiu que a sociedade limitada detenha quotas desiguais A possibilidade de existirem quotas desiguais aproxima o regime jur dico da sociedade limitada do regime da sociedade por a es que permite a exist ncia de a es preferenciais importante definir no contrato social quais s o os direitos e deveres diferenciados uma vez que a lei n o explicita esse ponto MOREIRA 2004 p 41 Caso sejam estipuladas quotas desiguais as delibera es sociais passam a ser feitas de acordo com o percentual do capital social que elas representam e n o de acordo com o n mero de quotas Tabela 5 Capital social Sociedade an nima de capital fechado Sociedade limitada A es Quotas desiguais O capital da sociedade limitada pode ser integralizado por bens e di reitos destacados do patrim nio dos s cios Caso a contribui o do s cio se d por meio de bens n o h um procedimento criterioso de avalia o desses bens assim como ocorre em rela o sociedade por a es Todos os s cios respondem contudo pela exata estima o dos bens conferidos ao capital social da sociedade limitada O procedimento de avalia o dos bens na sociedade an nima assim mais rigoroso Na sociedade limitada o s cio respons vel pela falta global de integraliza o do capital o que n o oc
26. o que credores e parceiros comerciais devem obter para indicar a capacidade da sociedade de honrar seus compromissos MOREIRA 2004 p 43 amp Art 1 080 As delibera es infringentes do contrato ou da lei tornam ilimitada a responsabilidade dos que expressamente as aprovaram BRASIL 2002 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 289 a compet ncia e o modo de convoca o para o qu rum de instala o para o funcionamento da reuni o e seu registro No caso de omiss o do contrato social aplicam se reuni o as regras previstas no C digo Civil para a assembleia A sociedade limitada com at dez s cios conta assim com ampla autonomia organizacional O C digo Civil tra ou regras para a assem bleia de s cios na sociedade limitada de forma semelhante com as vigentes para as sociedades an nimas H necessidade de convoca o da assembleia nos primeiros quatro meses ap s o fim do exerc cio social para apreciar as contas dos administradores e outras mat rias inclu das pelos s cios A convoca o para a assembleia d se pelos administradores existindo casos em que o conselho fiscal se houver ou os s cios podem convoc la A ci ncia dos s cios sobre data hora local e rela o das mat rias a serem apreciadas feita por meio de publica o no rg o oficial da Uni o ou do Estado e em jor nal de grande circula o conforme dispositivo inclu do em artigo constante do cap tulo que trata do registro em
27. superior a outros modos vi veis de governo em pelo menos tr s pontos Em primeiro lugar ele promove a liberdade como nenhuma outra alternativa vi vel consegue fazer liberdade sob a forma de autodetermina o Ano 51 N mero 203 jul set 2014 31 significar um divisor de guas na hist ria brasileira tendo por isso distinto valor para o incremento e institucionaliza o da participa o social por diversos mecanismos inst ncias e entradas colaborativas dado o largo processo hist rico de exclus o e aus ncia do povo no exerc cio do poder Os objetivos democr ticos do Decreto est o tra ados pelo art 4 incs Ia IX e podem ser sintetizados consolida o da participa o social no governo promo o da aproxima o e articula o de inst ncias e dos mecanismos de participa o social aprimoramento da rela o Estado e sociedade civil promo o da participa o social nas pol ticas de Estado desenvolvimento da participa o social em todas as etapas de formula o planejamento e or amento incentivo ao uso da tecnologia para a participa o virtual desenvolvimento de meios acess veis de participa o aos grupos sociais vulner veis o apoio para forma o de agentes em par ticipa o social incentivo exemplar aos demais membros da federa o ao desenvolvimento de mecanismos de participa o social integrando e aproximando a popula o da gest o p blica Eis aqui uma outra forma de se pensar
28. 2003 p 39 n o nem a vontade do indiv duo nem a da maioria e sim a soma das diferen as 208 Revista de Informa o Legislativa entre as vontades individuais ou o acordo de todos os interesses que produzido pela oposi o rec proca de cada um com os demais A prop sito do suposto dilema destaque se o que disse o Prof Meneli ck de Carvalho Netto na apresenta o do texto de Rosenfeld 2003 p 15 A doutrina e os textos constitucionais atuais como o da Constitui o da Rep blica de 1988 aprenderam a lidar racionalmente com esse risco As cl ssicas dicotomias que marcaram toda a constru o e as distintas viv ncias constitucionais nos ltimos dois s culos e meio de consti tucionalismo n o mais podem ser vistas como constitu das por polos antag nicos e excludentes entre si Vale dizer que a tese vencida no julgamento do STF n o se opunha ao menos na ponta aparente ao reconhecimento pleiteado pelos autores das a es constitucionais Limitava se quest o da compet ncia deliberativa defendendo que a mat ria deveria ser tratada exclusivamente pelo Congresso Nacional uma vez que a Constitui o brasileira utiliza expressamente os termos homem e mulher na conceitua o de fam lia A tese vencedora por sua vez apresentou a constata o nas palavras do Ministro Relator de que a Constitui o brasileira opera por um intencional sil ncio Que j um modo de atua
29. 2013 p 35 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 33 sexual religi o e condi o social econ mica ou de defici ncia para a constru o de valores de cidadania e de inclus o social IV direito informa o transpar ncia e ao controle social nas a es p blicas com uso de linguagem simples e objetiva consideradas as caracter sticas e o idioma da popula o a que se dirige V valoriza o da educa o para a cidadania ativa VI autonomia livre funcionamento e independ ncia das organiza es da sociedade civil VII amplia o dos mecanismos de controle social BRASIL 2014 As t cnicas e as formas de participa o s o muitas todas reconheci das no modo de inovar o teor das pr ticas democr ticas envolvendo os m ltiplos atores sociais e inst ncias e mecanismos m ltiplos a exem plo dos conselhos de pol ticas p blicas inst ncia colegiada tem tica permanente institu da por ato normativo de di logo entre a sociedade civil e o governo para promover a participa o no processo decis rio e na gest o de pol ticas p blicas art 2 II e disciplina espec fica do art 10 das comiss es de pol ticas p blicas inst ncia colegiada tem tica institu da por ato normativo criada para o di logo entre a sociedade civil e o governo em torno de objetivo espec fico com prazo de funcio namento vinculado ao cumprimento de suas finalidades art 2 II e art 11 das confer ncias nacio
30. 23 abr 2013 Dispon vel em lt http www1 folha uol com br fsp mundo 105385 pais quer ficar no bloco afirma presidente eleito shtml gt Acesso em 21 ago 2014 DEPUTADOS acusam Lugo de trazer caos ao Paraguai Terra not cias S o Paulo 21 de jun 2012 Dispon vel em lt http noticias terra com br mundo america latina deputados acusam lugo de trazer caos ao paraguai 562a9c01358da310VgnCLD200000bbcceb0aR CRD html gt Acesso em 1 set 2013 ENTENDA os reflexos da crise pol tica no Paraguai BBC Brasil Bras lia 26 jun 2012 Dispon vel em lt http www bbc co uk portuguese noticias 2012 06 120625_qa_para guai jp shtml gt Acesso em 7 set 2013 FERNANDO Lugo convoca un gabinete por la restauraci n democr tica EITB S I 24 jun 2012 Dispon vel em lt http www eitb com es noticias internacional detalle 912349 crisis politica paraguay lugo llama gabinete restauracion gt Acesso em 1 set 2013 FRANCO Frederico Mercosul hip crita diz l der paraguaio Folha de S Paulo s l s d Entrevista concedida a Isabel Fleck Dispon vel em lt http www1 folha uol com br fsp mundo 104631 mercosul e hipocrita diz lider paraguaio shtml gt Acesso em 22 jul 2014 GARCIA Marco Aur lio Paraguai Brasil e o Mercosul Revista de Pol tica Externa vol 21 n 3 jan mar 2013 Dispon vel em lt http www ieei unesp com br portal wp content uploads 2013 03 Politica Externa 21 03 Marco Aurelio G
31. 85 a denominada representa o interventiva prevista na Constitui o de 1934 correspondeu a uma esp cie de controle por via principal e concentrado de constitucionalidade Na vis o de Gilmar Ferreira Mendes 1996 p 60 referida representa o interventiva consistiu numa antecessora do controle abstrato de normas no direito brasileiro Para Dirley da Cunha J nior 2007 p 159 o controle con centrado come ou de maneira t mida com a representa o interventiva de 1934 2 A prop sito comenta Barroso 2011 p 182 que o Procurador geral da Rep blica ocupava cargo de confian a do Presidente da Rep blica do qual era exoner vel ad nutum Assim o controle de constitucionalidade por via de representa o ficava confinado s hip teses que n o trouxessem maior embara o ao Poder Executivo 2 H quem te a bons coment rios e mesmo avan os significativos relacionados ao controle abstrato naquele per odo nebuloso da hist ria nacional quando diversos direitos fundamentais eram tolhidos sem uma nica Corte que os defendesse Para tanto conferir Gilmar Ferreira Mendes 1996 p 64 81 198 Revista de Informa o Legislativa a ser provocado exclusivamente pelos autores previstos no art 103 da Constitui o Federal de 1988 Paulo Bonavides 2007 p 327 a prop sito do tema relacionado introdu o da via de a o no controle de constitucionalidade brasileiro registra que ele ocorreu com enorme a
32. BRASIL 2002 286 Revista de Informa o Legislativa inferior a dez Tamb m s o mat rias inseridas no mbito do contrato social as diversas mo dalidades de dissolu o parcial da sociedade limitada bem como os crit rios para apura o dos haveres do s cio Em um sistema de liberdade contratual as regras padr o previstas na lei buscam regular o conte do do contrato tentando prever ex ante o que as partes assumiriam explicitamente As regras padr o podem ser afastadas pelas partes mas elas facilitam a forma o dos contratos porque elas fornecem um ponto inicial de ne gociac o Ela reduz custos de transa o tanto no caso em que se aproxima da situa o hipot tica da vontade das partes contratantes quanto no caso no qual as partes iniciam de um ponto mais avan ado as negocia es de cl usulas especiais SCH FER OTT 2005 p 277 et seq Tra adas as caracter sticas principais da sociedade limitada abordamos adiante o re gramento legislativo da sociedade limitada A ideia realizar uma compara o entre o perfil da sociedade limitada e a sociedade an nima de capital fechado O C digo Civil revogou as regras vigen tes em 1919 para a sociedade por quotas de responsabilidade limitada e segundo Ricardo Guimar es Moreira disciplinou a sociedade limitada de forma extremamente mais minu ciosa e complexa do que a legisla o anterior perdendo esse tipo jur dico a extrema liberdade e informal
33. Doratioto CANTANH DE 2012 os que o depuseram foram eleitos da mesma forma que Lugo democraticamente e dessa forma o depuseram A democracia nesse caso pode ser vista como a representatividade dos parlamentares em uma decis o quase un nime acerca do futuro da na o paraguaia Lafer 2013 explica que A consulta um mecanismo cl ssico do Direito Internacional e tem como objetivo a troca de opini es no caso do art 4 do Protocolo de Ushuaia entre o Paraguai e a Argentina o Brasil e o Uruguai sobre uma controv rsia em torno da exist ncia de ruptura da ordem democr tica A fun o da consulta em geral e neste caso espec fico tem como objetivo embasar uma avalia o jur dica sobre a exist ncia ou n o de uma ruptura da ordem democr tica atrav s da intelligence gathering seja por meio da organiza o e sele o de informa o pertinente seja pela possibilidade de aprender o relevante para compreender a situa o que levou ao impe achment no mbito do ordenamento jur dico paraguaio Erecha a de forma inconteste que houve maior celeridade na posi o dos membros do Mercosul em suspender o Paraguai e que o formato adotado para sancionar o Paraguai feriu o devido processo legal inerente aos Direitos Humanos no plano internacional e mais que houve um desrespeito espec fico ao princ pio da n o interven o A pondera o que permeia este artigo corrobora o entendimento de que n o houve uma ruptura ant
34. Na verdade o substituto processual Ano 51 N mero 203 jul set 2014 223 apenas a parte formal A parte material comp em se do conjunto de substitu dos DINAMARCO 2005 p 213 Em virtude disso a identidade das partes seria irrelevante para a an lise da litispend ncia entre a es civis p blicas Como veremos tal assertiva n o absolutamente correta Caso as nicas normas aplic veis ao regime jur dico da conex o contin ncia e litispend ncia entre a es civis p blicas fossem essas n o ter amos d vida em afirmar que o fen meno da litispend ncia entre tais a es se rege pelo C digo de Processo Civil como qualquer outra demanda como sustenta Carlos Henrique Bezerra Leite 2008 p 49 51 Entretanto a jurisprud ncia tem aplicado o disposto no par grafo nico do artigo 2 da Lei n 7 347 1985 tamb m aos casos de litispen d ncia entre a es civis p blicas Vejamos o teor de tal norma Art 2 As a es previstas nesta Lei ser o propostas no foro do local onde ocorrer o dano cujo ju zo ter compet ncia funcional para processar e julgar a causa Par grafo nico A propositura da a o prevenir a jurisdi o do ju zo para todas as a es posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto Inclu do pela Medida Provis ria n 2 180 35 de 2001 BRASIL 1985 Mesmo sem refer ncia expressa ao dispositivo acima transcrito o STJ tem se orientado
35. Paraguai ao Mercosul A suspens o do Paraguai findou se no dia 15 de agosto de 2013 com a cerim nia de posse do novo presidente eleito Horacio Cartes Entretanto apesar de a suspens o ser tornada sem efeito o discurso do Paraguai n o denota uma volta imediata Assim em que medida o fim da suspens o do Paraguai no bloco do Mercosul e o discurso do novo presidente eleito indicam rejei o volta imediata do pa s ao bloco O Senado paraguaio n o aprovou a entrada da Venezuela rejeitando o Protocolo de Ades o enviado pelo Presidente Franco em 31 de julho de 2012 mas devido suspens o do Paraguai tal decis o n o teve efic cia perante o Mercosul e a Venezuela foi incorporada ao bloco Em Montevid u em 12 de julho de 2013 o Mercosul resolveu sobre o fim da suspens o do Paraguai em uma decis o que valorizou a celebra o de elei es gerais naquele pa s ocorridas em 21 de abril e a previs o da posse para o dia 15 de agosto de 2013 e considerou cumpridos os requisi tos do art 7 do Protocolo de Ushuaia sobre Compromisso Democr tico MERCOSUL 2011 Ocorre que o Paraguai se manteve na retaguarda quanto ao retorno ao Mercosul Hor cio Cartes indicou que o processo de retorno do Paraguai ao Mercosul e Unasul n o seria autom tico como esperavam os mem bros Mercosulinos principalmente porque a suspens o interpretada pelos paraguaios como irregular e injusta GIRALDI 2013a O discurso de posse do Presiden
36. Renovar 2002 OLIVEIRA Euclides Benedito de Direito sa de garantia e prote o pelo poder judici rio Revista de Direito Sanit rio v 2 n 3 nov 2001 PIOVESAN Fl via Justiciabilidade dos direitos sociais e econ micos no Brasil desafios e perspectivas Revista de Direito do Estado a 1 n 2 abr jun 2006 RAWLS John Justi a como equidade uma reformula o Tradu o de Claudia Berliner S o Paulo Martins Fontes 2003 Uma teoria da justi a Tradu o de Almiro Pisetta Lenita Maria Rimoli Esteves S o Paulo Martins Fontes 2002a Justi a e democracia Tradu o de Irene A Paternot S o Paulo Martins Fontes 2002b O liberalismo pol tico Tradu o de Dinah de Abreu Azevedo S o Paulo Editora tica 2000 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 247 Responsabilidade civil m dica Distribui o do nus da prova e a teoria da carga probat ria din mica Alessandro Carlo Meliso Rodrigues mestrando em Ci ncias Jur dicas pela Faculdade Cl ssica de Direito da Universidade de Lisboa Portugal P s graduado em Direito Civil Juiz de Direito no Estado de Mato Grosso do Sul ALESSANDRO CARLO MELISO RODRIGUES Sum rio 1 Introdu o 2 Conceito de prova Verdade material Vis o publicista do processo 3 nus da prova nus subjetivo e objetivo Distribui o do nus da prova 4 Teoria da invers o do nus da prova com base no C digo de Defesa do Consumidor 5
37. Teoria da carga probat ria din mica Defini o Caracteriza o Incid ncia Efeitos 5 1 Sistema de aplicabilidade da teoria da carga probat ria din mica Vantagem Fundamento jur dico Advert ncia de procedimento e regra de julgamento Limites para sua aplicabilidade 5 2 Aplicabilidade no ordenamento jur dico brasileiro 1 Introdu o As a es de indeniza o por culpa m dica s o entranhadas por quest es complexas de direito material e processual de dif cil supera o e solu o O desafio maior dos operadores do Direito nessa esp cie de demanda operacionalizar um ju zo valorativo que tem como substrato de atua o a conduta profissional do m dico no caso concreto A quest o tormentosa porque envolve necessariamente uma an lise apurada do comportamento profissional do m dico e os efeitos da decorrentes luz da ci ncia m dica bem como o fator reacional de cada paciente diante do tratamento ministrado Nesse contexto problem tico apresentam se em ju zo as partes litigantes De um lado o paciente lesado que muitas vezes n o tem conhecimen to sequer da t cnica empregada pelo m dico para o tratamento realizado tamb m leigo na ci ncia m dica ainda fragilizado pela doen a ou pelas consequ ncias do tratamento dispensado Seus meios probat rios s o normalmente insuficientes para a comprova o efetiva da ilicitude Ano 51 N mero 203 jul set 2014 249 do comportamento do profiss
38. V o dever de prote o e guarda e a consequente responsabilidade n o apenas do Estado mas tamb m da pr pria Uni o inclu das na compet ncia comum dos entes da Federa o que substantiva incumb ncia de natureza qualificadamente irrenunci vel A inclus o de determinada fun o administrativa no m bito da compet ncia comum n o imp e que cada tarefa compreendida no seu dom nio por menos expressiva que seja haja de ser objeto de a es simult neas das tr s entidades federativas donde a previs o no par grafo nico do art 23 CE de lei complementar que fixe normas de coopera o v sobre monumentos arqueol gicos e pr hist ricos a Lei 3 924 1961 cuja edi o por m da compet ncia da Uni o e de qualquer modo n o abrange o poder de demitirem se a Uni o ou os Estados dos encargos constitucionais de prote o dos bens de valor arqueol gico para descarreg los ilimitadamente sobre os Munic pios BRASIL 2006 grifo nosso Nesse aspecto a Lei Complementar n 140 2011 estabelece em seu art 4 que os entes federativos podem estabelecer coopera o insti tucional por diferentes instrumentos tais como cons rcios p blicos conv nios acordos de coopera o t cnica e outros instrumentos simi lares com rg os e entidades do Poder P blico por meio de comiss es tripartites nacional estaduais e municipais formadas paritariamente por representantes de todos os entes federativos por mei
39. a seja sua inconstitucionalidade Como consequ n cia a jurisprud ncia vacilou por tempo razo vel antes de fixar posi o N o cabe aqui pormenorizar todos os conhecidos argumentos em prol dessas posi es A inconstitucionalidade do dispositivo foi recha ada pelo Supremo Tribunal Federal ao negar liminar requerida em sede de A o Direta de Inconstitucionalidade Eis trecho relevante do voto do Min Relator A alus o efic cia erga omnes sempre esteve ligada ultrapassagem dos limites subjetivos da a o tendo em conta at mesmo o interesse em jogo difuso ou coletivo n o alcan ando portanto situa es concretas quer sob o ngulo objetivo quer subjetivo notadas al m das fronteiras fixadoras do ju zo Por isso tenho a mudan a de reda o pedag gica a revelar o surgimento de efeitos erga omnes na rea de atua o do Ju zo e portanto o respeito compet ncia geogr fica delimitada pelas leis de reg ncia Isso n o implica esvaziamento da a o civil p blica nem tampouco inger ncia do Poder Executivo no Judici rio BRASIL 2003 Mesmo ap s tal julgamento muitos foram os Recursos Extraordi n rios aviados perante a Suprema Corte discutindo a quest o Por m mantendo o entendimento aviado na qual a a o direta de inconstitucio nalidade o STF tem decidido que se trata de quest o infraconstituciona Em 18 6 2013 transitou em julgado o Ac rd o que julgou prejudicada tal a
40. a definitivamente sobre la exequibilidad de los actos legislativos objetados como inconstiucionales por el govierno sino tambi m sobre todas las leyes o decretos acusados ante ella por cualquier ciudadano como inconstitucionales previa audiencia del Procurador General de la Naci n As pues todo ciudadano pod a recurrir ante el m ximo tribunal para demandar cualquier ley o decreto por motivos de inconstitucionalidad populariz ndose de este modo la iniciativa en ma teria de control constitucional Dicho avance del constituinte colombiano fue posteriormente plasmado en otras constituciones latinoamericanas MESA 1998 p 602 603 Em 1945 nova reforma parcelou a compet ncia da Corte Suprema Pelo Ato Legislativo 1 delegou se parte da jurisdig o constitucional ao Conselho de Estado a fim de que exercesse o controle de constituciona lidade dos atos administrativos ZULUAGA 2007 p 81 Com isso toda a jurisdig o do contencioso administrativo na qual poderia surgir uma demanda de inconstitucionalidade relativamente aos decretos governamentais que n o tivessem for a de lei seriam examinados pelo Conselho de Estado cabendo os casos residuais Suprema Corte 1 Seg n el art culo 40 de la C P La Constitucion es norma de normas En todo caso de incompatibilidad entre la Constituci n y la ley u otra norma jur dica se aplicar n las disposiciones constitucionales En virtud de la norma citada las autoridades j
41. a mudan a hist rico social cristalizada principalmente em princ pios constitucionais tem rela o na delimita o do conceito de ativismo judicial CONTINENTINO 2012 p 147 Outro exemplo do que n o ser abordado est na discuss o sobre como os ju zes brasileiros se apropriaram erroneamente de teorias estrangeiras para erigir novos modelos de an lise em face da Constitui o de 1988 principalmente as ligadas jurisprud ncia dos valores e teoria da argumenta o de Robert Alexy na qual uma pondera o de princ pios utilizada meramente para que o juiz d sua opini o pessoal sobre o problema STRECK 2011 p 8 10 84 Revista de Informa o Legislativa Tamb m n o ser o abordadas as teorias de hermen utica jur dica tema muito amplo e essencial para a teoria do Direito mas de pouca relev ncia para o presente estudo Essa ressalva deve ser feita porque a maior ou me nor interfer ncia do poder Judici rio nos atos administrativos depende dos objetivos que s o atribu dos interpreta o jur dica definida em linhas muito gerais como o descobrimento ou determina o do significado e amplitude das normas e atos jur dicos OLIVEIRA 2012 p 12 Tampouco deve ser abordado o tema relacionado ao problema da interpreta o em termos da sua verdade ou falsidade enfrentado por exemplo entre subjetivistas e objetivistas PESS A 2010 p 43 Apenas importa para este artigo o estabelecimento de
42. ao processo justo equitativo encontra base constitucional no artigo 5 XXXV LIV e LV Aliado ao direito fundamental de acesso a um processo justo ainda na seara constitucio nal importante destacar o valor do direito fundamental do contradit rio e da igualdade substancial entre as partes como suped neo de aplicabilidade da teoria da carga probat ria din mica no sistema jur dico brasileiro Nessa esteira acolhe se a concep o mo derna de contradit rio processual entendida consoante Jos Lebre de Freitas 2009 p 108 109 como garantia da participa o efetiva das partes no desenvolvimento de todo o lit gio com a possibilidade real de influenciarem amplamente todos os elementos fatos provas quest es de direito que tenham liga o com o objeto da causa e que sejam em qualquer fase do processo potencialmente relevantes para a decis o final O escopo principal do contradit rio deixa de ser a defesa no sentido de resist ncia pretens o alheia para passar a ser a influ ncia no sentido positivo do direito de incidir ativamente no desenvolvimento e no xito do processo Esse sentido mais lato de contrariedade representado pelo princ pio do contradit rio que expressa participa o efetiva dos litigantes no desenvolvimento do processo tamb m campo de apoio para a sustenta o da teoria da carga probat ria din mica Basta perceber que a advert ncia judicial s partes sobre a teoria t
43. apreens vel pelo homem sendo lhe incognos c vel por natureza Conquanto n o se negue a pr pria exist ncia da verdade absoluta o que o ser humano pode fazer em face de sua natureza limitada e fal vel descortinar alguns aspectos ou facetas da verdade e aproximar se dela at certo ponto sem nunca conseguir apreend la por inteiro Nesse sentido enfatiza com propriedade S rgio Guerra secundando S nchez Mor n Nem sempre fact vel assegurar com total exatid o qual seria a nica solu o justa fato este que est exigindo que os ju zes resol vam essa d vida sob seus pr prios valores Assim prevalecendo a tese de que existe apenas uma solu o justa na interpreta o dos conceitos jur dicos indeterminados ter se ia que apoiar essa id ia em um conceito transcendental de justi a e de verdade e em uma f absoluta na possibilidade de discer nimento humano idealismo esse de dif cil aceita o Parece ser acertada a corrente doutrin ria que admite mais de uma solu o justa na integra o dos conceitos jur dicos indeter minados Isto porque a solu o justa somente poder existir num plano da filosofia pura n o se sustentando diante de todos os casos concretos MOR N 1994 apud GUERRA 2006 p 881 884 grifo nosso Dessarte poss vel que em alguns casos espec ficos se possa chegar com um razo vel grau de certeza conclus o de que s existe uma nica so
44. as sociais como estopim o Decreto surge como resultado da a o organizada da sociedade ao modo dos caras pintadas alterando o rumo da hist ria Sa da se com isso entre n s um sinal de for a de uma gera o jovem urbana escolarizada que soube con frontar o status de estagna o e desmotiva o para a vida pol tica para afirmar a necessidade de que novos avan os aconte am exigindo os ao seu modo pelo grito das ruas o que significa e aponta para a necessidade de aprimoramento das formas e dos meios da pol tica pois a pol tica institucionalizada foi na verdade pega de assalto e de surpresa restando at nita por alguns dias enquanto as manifesta es desdobravam se por toda a parte na valoriza o da voz dos cidad os no aprofundamento da democracia e na luta por consagra o de formas de di logo e integra o entre governo e popula o que possibilitem mais r pido e eficiente modo de tratamento de demandas socialmente relevantes Nesses termos o documento legal ao delinear a pol tica de parti cipa o social valoriza a articula o do Estado com a sociedade civil fazendo coincidir os esfor os convergentes de democracia existentes a democracia representativa a democracia participativa e a democracia direta pois as pr prias diretrizes gerais do plano nacional de partici pa o social est o voltadas para art 3 I reconhecimento da participa o social como dir
45. bilidade est sendo observado zona de razoabilidade h casos em que se poder ter certeza de que o princ pio da razoabilidade n o est sendo cumprido zona de irrazoabilidade e h casos em que n o h como ter certeza de que o princ pio da razoabilidade est ou n o sendo obedecido satisfatoriamente zona interm dia Conquanto a proporcionalidade e a razoabilidade sejam elas mes mas conceitos jur dicos indeterminados ambas atuam na interpreta o desses conceitos e na redu o da indetermina o imprecis o vagueza ambiguidade que caracteriza os conceitos jur dicos determinados Com efeito os princ pios da proporcionalidade e da razoabilidade excluem as interpreta es irrazo veis e desproporcionais estreitando dessarte o halo conceitual zona de incerteza que envolve tais conceitos indeterminados e colaborando para a redu o do grau de indetermina o desses conceitos De fato a plurivocidade interpretativa ocorre s e unicamente entre interpreta es razo veis e proporcionais n o h possibilidade de escolha entre interpreta es razo veis e proporcionais e interpreta es irrazo veis Com absoluta propriedade pontifica Maria Sylvia Zanella Di Pietro curioso que o princ pio da razoabilidade embora considerado como limite discricionariedade quer do legislador quer do administrador p blico encerra ele mesmo um conceito indeterminado uma vez que n o h crit rios ob
46. conflitos de compet ncia s o prevenidos e solucionados com mecanismos de alta efic cia e presteza as conhecidas exce es e conflitos estes ltimos em sentido t cnico processual as anomalias detectadas no campo da presta o da atividade administrativa em mat ria ambiental t m se tornado cada vez mais comuns sem que solu es imediatas e eficazes sejam alcan adas em tempo h bil para evitar graves e irrepar veis les es de direitos e interesses 40 Revista de Informa o Legislativa N o raro os administrados s o submetidos a intermin veis embargos e interdi es provocadas por mal resolvidos conflitos de compet ncia admi nistrativa com indesej veis reflexos patrimoniais e n o patrimoniais para a coletividade como um todo Na raiz de tais problemas frequentemente encontra se em questionamento determinada atividade antr pica permitida e licenciada por um rg o a princ pio competente para tanto e censurada por outro O fulcro de tais conflitos em regra est circunscrito adequada intelig n cia do conceito da compet ncia comum e ao uso prevalente que se reconhece ao princ pio da su pletividade ou subsidiariedade no que concerne aos conflitos ocorrentes entre Estados e Uni o Verifica se que com esse tipo de compet n cia desejou o constituinte que fosse ele instru mento de ordem constitucional destinado a dar efetividade ao federalismo cooperativo uma vez que o par grafo nico
47. d no bojo de um caso concreto Como se ver pelo fato de a demonstra o de inadequa o de uma norma a um caso n o prejudicar a validade da norma ou a sua aplicabilidade a futuros casos a colis o chamada de externa A colis o interna de outra sorte a que afeta a validade da norma prejudicando a manuten o da norma inv lida no conjunto do ordenamento jur dico Afeta a em termos abstratos prejudicando sua aplica o a todas as futuras situa es situadas em sua hip tese de incid ncia 2 G nther 1995 p 292 explica que n o h desrespeito mas ao final do procedimento de aplica o a mera cons tata o de que uma das normas n o era aplic vel Assim seu comando n o descumprido ele simplesmente n o aplicado o que ao contr rio de um eventual desrespeito n o lesa uma de suas caracter sticas fundamentais como norma jur dica a imperatividade porque a norma quando estabelecida n o pode especificar as vicissitudes de todas as diversas situa es concretas de aplica o Limita se a descrever situa es padr o as chamadas con di es inalteradas de aplica o unchanging circumstances GUNTHER 1993 p 236 que seriam aquelas pass veis de descri o pela norma geral e abstrata que n o se reproduzem integralmente no caso concreto SORIANO 1998 p 196 O exemplo facilita o entendimento a nor ma que estabelece o dever de manuten o das promessas n o pode prever
48. da Igreja Cat lica Apost lica Romana insatisfeita com os rumos da mo narquia Depois a influ ncia soberana tamb m tocou me por casa no projecto do casamento civil e na quest o dos frades cuja propriedade est esbulhando sem reservar sequer o usufructo que a lei havia respeitado RODRIGUES 1884 p 39 Ora se o casamento civil serviu de mote para a cr tica ao Governo nos tempos da Monarquia imputou se a ele a responsabilidade de redigir a Lei do Casamento Civil com o advento da Rep blica Veja se pois que a transi o da cr tica aceita o d se sem maiores problemas para Coelho Rodrigues O que era abomin vel no projeto dos liberais no poder poca do Imperador Pedro II ganhar concretude com a colabora o do outrora s dito fiel e l der do Partido Conservador Coelho Rodrigues Ele mes mo confessa sua vis o relativista em rela o a tais diferen as ideol gicas Apezar por m das doutrinas do meu autor predilecto cedo verifiquei que isso de conservadores e liberaes no Brazil eram modos de dizer ou methodo de opposi o ao governo e como os meus parentes j andavam mettidos com os primeiros reuni me a elles e fiz me conservador mesmo porque tinha alguma cousa que perder e a gente s p de ser liberal sem restric es quando tem o p o certo sem trabalho como os altos funccio narios ou chega condi o de prolet rio RODRIGUES 1884 p 11 12 Fazendo uso de uma fina ironi
49. de e torn la mais efetiva e acess vel Contudo em que pese a cobertura dos PSFs em Ouro Preto superar a m dia nacional 96 7 a falta de infraestrutura dos mesmos ainda uma constante Segundo a m dica de fam lia e comunidade Mirian Santana Barbosa 2013 a infraestrutura da Unidade do Programa de Sa de da Fam lia Andorinhas Morro Santana Ouro Preto MG inadequada e pequena e a equipe diariamente lida com o problema de falta de salas para os profissionais S o tr s consult rios m dicos uma sala de enfermagem uma sala de vacina uma sala de curativos um expurgo e uma copa As paredes de toda estrutura est o mofadas algumas macas est o quebradas os arm rios est o em estado ruim de conserva o as salas n o t m lavat rios n o h sala de reuni es ou espa o para grupos operativos e capacita es a sala de espera desconfort vel e pequena n o comportando o n mero suficiente de pacientes BARBOSA 2013 N o bastassem os problemas estruturais recorrentes em outras uni dades do Programa de Sa de da Fam lia principalmente nos distritos do Munic pio h ainda a quest o do acesso a medicamentos e tratamentos m dicos que muitas vezes s o recusados pela Administra o P blica local sob a justificativa de que a sua presta o comprometeria o seu or amento 2 Para mais detalhes ver Thaline Alves de Oliveira e Francisco Carlos F lix Lana 2009 Segundo dados do Minist rio d
50. dificuldade para o despontar e a consolida o da cidadania tem na hip tese de Gilberto Velho ra zes bem definidas pela combina o de individualismo sociedade e autoritarismo Estado sabendo se que cidadania requer para florescer exatamente o oposto ou seja solidariedade sociedade e liberdades demo cr ticas Estado Assim a quest o econ mica importante decisiva e constitutiva mas n o fator nico e exclusivo do jogo de resist ncia afirma o da cultura da legalidade da cidadania e dos direitos Em toda a hist ria brasileira o capitalismo surgido de fora descarnado de contexto ideais liberais ou institui es sempre jogou a favor de regras econ micas despidas de cidadania e direitos o que nos faz ver a subcidadania de hoje como efeito das aus ncias hist ricas em cap tu los essenciais vida dos indiv duos e vida dos grupos Na perspectiva dessa avalia o o sis 2 O exerc cio da cidadania constantemente identifi cado com subvers o Este no meu entender de uma forma muito resumida o ponto fundamental para discutir o problema da viol ncia A ambiguidade hierarquia indivi dualismo e o autoritarismo do Estado combinam se para impedir o florescimento da no o de cidad o VELHO 2004 p 148 A importa o do capitalismo de fora para dentro e atrav s antes de tudo de suas pr ticas institucionais sem o contexto ideacional de fundo moral religio
51. do n o acolhimento e por consequ ncia do n o lugar Local onde ningu m nos respeita como gente ou pessoa como entidade moral dotado de rosto e vontade A rua compensa a casa e a casa equilibra a rua No Brasil casa e rua s o como os dois lados de uma mesma moeda O que se perde de um lado ganha se do outro DAMATTA 1986 p 30 Mas na rua temos apenas grupos desarticulados de indiv duos a massa humana que povoa as nossas cidades e que remete sempre explora o e a uma concep o de cidadania e de trabalho que nitidamente negativa De fato falamos da rua como um lugar de luta de batalha espa o cuja crueldade se d no fato de contrariar frontalmente todas as nossas vontades DAMATTA 1986 p 29 40 A x m Um universo ou abismo que passa pela constru o do espa o da casa com seu aconchego e sua rede imperativa de rela es calorosas e o espa o da rua com seu anonimato e sua inseguran a suas leis e sua pol cia DAMATTA 1986 p 31 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 17 da cidadania No vazio de cidadania fica claro que o espa o do comum rudemente brutaliza do por um cotidiano de desrespeitos viola es e n o reconhecimento do outro Nesse sentido a necessidade de valoriza o das institui es da autoridade p blica e de fortalecimento dos poderes democr ticos independente da garantia de personalismos necess ria para a afirma
52. duos possibilitando uma igualiza o moment nea que a todos mistura num caldo festivo igualit rio e passageiro Da mesma forma como ocorre no carnaval os brasileiros tamb m se fazem no lenitivo do futebol e no jogo esporte que s o representa das na es paralelas na o classes sociais que se toleram e vit rias que n o se encon tram no cotidiano sofrido das incongru ncias nacionais em cada vit ria do jogador dolo tornado showman ou ainda nas desventuras e derrotas nos jogos que tamb m se manifestam massivas manifesta es de intoler ncia e viol n cia ignor ncia e estupidez para expressarmos tracos das incongru ncias e autoritarismos que tornam poss vel que iguais se vejam destrutiva mente como diferentes Nos jogos a viol ncia lt A transforma o do carnaval brasileiro pois aquela da hierarquia cotidiana na igualdade m gica de um momento passageiro DAMATTA 1997 p 171 Por tudo isso o carnaval a possibilidade ut pica de mudar de lugar de trocar de posi o na estrutura social De realmente inverter o mundo em dire o alegria abund ncia liberdade e sobretudo igualdade de todos da competic o e da luta pela sobressal ncia do personagem vitorioso s o matizadas pela ide ologia do futebol como arte nacional A partir desses tragos a an lise antropol gica da festa e do jogo como lugares de revela o de signi
53. e Klaus G nther 1993 que buscam explicar o fen meno e fornecer ferramentas te ricas para seu equacionamento As normas de direitos fundamentais recorrente dizer podem ser expressas por enunciados normativos que contemplam regras ou prin c pios Parte se aqui do pressuposto h muito assentado na literatura sobre o tema de que regras e princ pios s o esp cies do g nero norma jur dica mas com diferen as que impactam a forma como se d a sua Entendidos os princ pios em sentido estrito tratados por Dworkin 1978 p 22 tra du o nossa n o englobadas as pol ticas esp cies dos princ pios em sentido amplo mas que n o veiculam comandos de dever ser Veja se Eu acabo de falar de princ pios pol ticas e outras esp cies de padr es Geralmente eu usarei o termo principio genericamente para referir me a um conjunto integral de padr es diversos das regras ocasionalmente no entanto eu serei mais preciso e distinguirei entre princ pios e pol ticas Eu chamo de pol tica aquela esp cie de padr o que estabelece um objetivo a ser alcan ado geralmente uma melhoria em algum aspecto econ mico pol tico ou social da comunidade apesar de que alguns objetivos s o negativos no sentido de que estabelecem que algum aspecto atual deve ser protegido contra mudan as adversas Chamo de princ pio um padr o que deve ser observado n o porque ele ajudar a realizar ou assegura
54. e em homenagem presun o de legitimidade dos atos administrativos e presun o de cons titucionalidade das leis Se n o h par metros emp ricos e jur dicos seguros de controle a invalida o do ato impli caria a mera substitui o da discricionariedade do administrador pela discricionariedade do juiz Nessas circunst ncias espec ficas n o h nenhuma garantia de que a decis o judicial seja qualitativamente superior do administrador Havendo portanto um desacordo moral razo vel deve ser prestigiada a liberdade de conforma o do legislador e a discriciona riedade do administrador Consoante adverte Maria Sylvia Zanella Di Pietro 2012 p 145 o Judici rio somente pode atuar em zonas de certeza positiva ou negativa Conquanto seja absolutamente excepcional a redu o a zero da discricionariedade adminis trativa por for a dos princ pios da proporciona lidade e da razoabilidade n o h negar que estes 9 O cognominado desacordo moral razo vel imp e o prest gio da manifesta o leg tima do legislador democrati camente eleito acerca do conceito jur dico indeterminado de vida pregressa constante do art 14 9 0 da Constitui o Federal BRASIL 2012b podem reduzi la significativamente De fato at mesmo a conveni ncia e a oportunidade do ato administrativo m rito submetem se aos princ pios da proporcionalidade e da razoabi lidade Contemporaneamente assim co
55. ed S o Paulo Companhia das Letras 2004 HONNETH Axel Sofrimento de indetermina o uma reatualiza o da filosofia do direito de Hegel Tradu o de R rion Soares Melo S o Paulo Editora Singular Esfera P blica 2007 Luta por reconhecimento gram tica moral dos conflitos sociais Tradu o Luiz Repa S o Paulo Editora 34 2003 Reconhecimento ou redistribui o A mudan a de perspectivas na ordem moral da sociedade In SOUZA Jess MATTOS Patr cia Org Teoria cr tica no s culo XXI S o Paulo Annablume p 79 111 2007 Democracy as a reflexive cooperation John Dewey and the Theory of Democracy Today Disrispect the normative foundations of critical theory Polity Press Cambridge p 218 239 2008 Cr tica del agravio moral patologias de la sociedad contempor nea Traducci n de Peter Storandt Diller Revis n de la traducci n edici n e introducci n Gustavo Leyva Buenos Aires Fondo de Cultura Econ mica 2009 Recognition between States on the moral substrate of international relations In SIMP SIO INTERNACIONAL JUSTICE AND RECOGNITION in honor of Axel Hon neth IV Pontif cia Universidade Cat lica do Rio Grande do Sul 2009 Disrispect the normative foundations of critical theory Cambridge Polity Press 2008 Justi a e liberdade comunicativa reflex es em conex o com Hegel Revista Bra sileira de Estudos Pol ticos Belo Horizonte Universidade Federal de Minas Ge
56. esclarecer quais s o as exi g ncias e os custos mais elevados de explora o da atividade econ mica por meio de uma sociedade an nima de capital aberto em rela o a uma sociedade an nima de capital fechado A Lei das Sociedades An nimas prev dois modos de constitui o da companhia por meio de subscri o p blica ou por subscri o parti cular Atualmente encontra se em desuso a constitui o da companhia por subscri o p blica Nos pa ses da common law n o h a op o de constitui o da companhia por essa modalidade A companhia formada por algumas pessoas e se houver interesse em acessar o mercado de va lores mobili rios s o feitos os registros no rg o regulador do mercado e nas bolsas de valores A compreens o da legisla o que regula a sociedade an nima difi cultada pela exist ncia de duas leis que tratam da mat ria a Lei n 6 404 de 15 de dezembro de 1976 que disp e sobre a sociedade an nima de capital fechado e sobre a sociedade an nima de capital aberto e a Lei n 6 385 de 7 de dezembro de 1976 que disp e sobre o mercado de valores mobili rios e a cria o da Comiss o de Valores Mobili rios Al m disso a Lei n 6 404 1976 cont m dispositivos que est o mais relacionados ao mercado de valores mobili rios do que regula o dos aspectos orga nizacionais da sociedade an nima de capital aberto Os arts 4 e 4 A modificado e inclu do pela Lei n 10 303 de 31
57. fico na doutrina autorizada que a aplica o da teoria da carga probat ria din mica realizada de forma excepcional em apenas alguns casos espec ficos e sua interpreta o sempre restritiva A responsabilidade civil do m dico por certo na grande maioria dos casos encaixa se perfeitamente nessa situa o especial Apesar de gozar de certa autonomia a teoria da carga probat ria din mica n o existe por si s N o se aplica a carga din mica da prova de forma isolada Para sua aplicabilidade n o se exclui a regra legal vi gente no ordenamento jur dico sobre distribui o do nus da prova Ao contr rio a teoria da carga probat ria din mica convive e complementa a teoria legal da distribui o do nus da prova sendo na verdade um comando subsidi rio que altera a solu o final empregada fundamen 1 Por todos ver BARACAT 2008 p 272 258 Revista de Informa o Legislativa tada na busca de um valor de justiga para o caso concreto e da igualdade processual entre as partes A teoria da carga probat ria din mica funciona ontologicamente como uma regra de ju zo indicativa de como deve decidir o julgador quando n o encontre a prova dos fatos sobre os quais deve basear sua decis o permitindo o julgamento do m rito e evitando o non liquet Apoiado sobre todo o conjunto probat rio realizado pelas partes durante o curso da instru o processual e permanecendo o estado de d vida sobre a verac
58. lise econ mica do controle judicial dos contratos de concessao e sua importancia para o desenvolvimento Felipe Tadeu Ribeiro Morettini mestre em Direito Econ mico e Socioambiental pela Pontif cia Universidade Cat lica do Paran especialista em Direito Administrativo pela Universidade Estadual de Londrina e procurador federal AGU Oksandro Osdival Goncalves advogado mestre em Direito Econ mico e doutor em Direito Comercial Professor da Pontif cia Universidade Cat lica do Paran FELIPE TADEU RIBEIRO MORETTINI OKSANDRO OSDIVAL GON ALVES Sum rio 1 Introdu o 2 Direito Economia e institui es 3 Desenvolvimento econ mico e contratos de concess o 4 An lise econ mica do direito e alguns custos de transa o envolvidos nos contratos de concess o de servi o p blico 4 1 Controle judicial como custo de transa o dos contratos de concess o de servi o p blico 4 2 T cnica sugerida para a an lise do controle judicial 5 Conclus o 1 Introdu o O desenvolvimento econ mico como processo de modifica o de ordem qualitativa e quantitativa da estrutura econ mica e da sociedade NUSDEO 2001 p 349 sob o enfoque da An lise Econ mica do Direito AED passa necessariamente pela afirma o das institui es garanti doras dos contratos celebrados pela Administra o Nesse contexto uma an lise relativa tanto possibilidade quanto ao modo de interven o do Poder Judici
59. m dico bem como que referida teoria tem amparo normativo no sistema processual civil brasileiro por raz es constitucionais ou infraconstitu cionais sendo perfeitamente poss vel e desej vel sua incid ncia e aplica bilidade para os casos de responsabilidade civil por erro m dico desde que preenchidos os pressupostos dogm ticos anteriormente expostos no desenvolvimento do presente trabalho A teoria da carga probat ria din mica representa uma eficaz alterna tiva dogm tica para solucionar a problem tica quest o da distribui o do nus da prova nas demandas de responsabilidade civil do profissional m dico pois sua aplicabilidade tem o cond o de conferir um tratamento equ nime entre as partes litigantes e proporcionar um maior potencial de capta o de elementos probat rios aptos a formar o convencimento do magistrado Por conseguinte tem como efeito fomentar a justa solu o do lit gio Refer ncias AIRASCA Ivana Mar a Reflexiones sobre la doctrina de las cargas probatorias din micas In WHITE In s L pori Coord Cargas probatorias din micas Santa F Editora Rubinzal Culzoni 2008 p 125 152 ALEGRE Juan Carlos Las cargas probatorias din micas en el derecho de danos In In Santa F Editora Rubinzal Culzoni 2008 p 441 454 266 Revista de Informac o Legislativa ARENHART S rgio Cruz nus da prova e sua modifica o no processo civil brasileiro In NEVES Daniel Amorim Assump o Coor
60. na continuidade da domina o latifundi ria no campo Eis um adiamento no plano dos direitos especialmente sociais que torna explosiva a dimens o da cidadania contempor nea Por isso na releitura do passado necess rio vincular tamb m ao arb trio do governo de exce o o conjunto de pol ticas inconsequentes que geraram ao contr rio do milagre econ mico cifrado um processo de moderniza o catastr fica que deixa sequelas irrevers veis no contexto de desenvolvimento atual uma vez que a modernidade entendida como projeto de urbaniza o e industrializa o foi a aposta desconcertada que desacompanhada de quaisquer demais preocupa es haveria de trazer o Pa s equa o das impossibilidades que atualmente desgastam o papel da recupera o democr tica p s 85 N o somente a democracia de hoje se estabelece sobre os escombros da ditadura de ontem convivendo com ndices de viol ncia aterradores mas tamb m lega desta um peso de apura o com o passado que torna o processo de consolida o e afirma o ainda mais denso e complexo do que se poderia projetar A partir da fica mais claro pensar que o desafio da lei e da democracia n o se basta na pura postura de cultivo da impessoalidade da legisla o e na universalidade dos valores liberais o saldo que se colhe dessa an lise cobra um esfor o maior de recupera o dos fatores que nos afastam da plenifica o da democracia Percebe se que se est diante d
61. o s hip teses de aplica o Alexy 2008 p 106 parece priorizar as regras em detrimento dos princ pios definindo aquelas como mandamentos definitivos e os ltimos como raz es prima facie ou seja que n o definem o direito do caso concreto Esse diverso car ter que apresentam regras e princ pios para dizer com outras pala vras indica que aquilo que os princ pios determinam para um caso pode n o ser o que efetivamente definitivamente ser aplicado para a sua regula o visto que se submetem pondera o com princ pios opos tos e elementos da realidade de outra sorte para essa teoria as regras veiculam mandamentos que sendo a regra v lida e encontrando se o caso sob o seu suposto de fato em geral s o aplicados integralmente Assim as regras atribuem direitos definitivos aos particulares enquanto os princ pios lhes atribuem apenas direitos prima facie Essas diferen as estruturais repercutem diretamente sobre as hip teses de composi o dos casos de conflito No caso do conflito de regras a nfase na exclus o m tua que duas regras contradit rias produzem uma na outra em caso de conflito a quest o resolvida por uma cl usula de exce o ou pela ado o de algum crit rio que soluciona antinomias 2 A Hd As reflex es levadas a cabo at agora demonstram que regras e princ pios s o raz es de naturezas distintas Princ pios s o sempre raz es prima facie e regras s
62. o sa ram da sala antes da vota o Mas a decis o trouxe legalidade ao processo pois a situa o anterior j esbarrava em negocia es com a Uni o Europeia por exemplo Na realidade a Venezuela j fazia parte do Mercosul inclusive ao exercer a presid ncia tempor ria do bloco mas em uma situa o de licada em virtude dos questionamentos decorrentes principalmente porque as normativas do Mercosul dispunham que os legislativos de todos os pa ses membros devem aprovar a entrada de um novo parceiro membro E isso ainda n o tinha sido feito pelo Paraguai na sua volta como membro do bloco Cartes n o anunciou o retorno imediato do pa s ao bloco pois era preciso uma decis o pol tica que validasse a norma O governo do Pa raguai n o participou de reuni o alguma at que fossem aprovadas as medidas tomadas durante o processo de suspens o Em 27 de dezembro o Presidente do Paraguai promulgou a ades o da Venezuela ao Mercosul normalizando a situa o da Venezuela no Merco sul A promulga o permitiu a volta do Paraguai como membro pleno do bloco participando das negocia es comerciais com parceiros comerciais estrat gicos como a Uni o Europeia Dessa forma a rela o entre os pa Ano 51 N mero 203 jul set 2014 107 ses do bloco normaliza se e o Paraguai supera os entraves pol ticos que o impediam de voltar integralmente ao Mercosul ap s sua suspens o 5 Conclus o O artigo relatou o processo
63. o da representa o n o envolve apenas a crise dos partidos e da pol tica e portanto a necessidade de uma reforma pol tica uma das principais agendas das ruas ROLNIK 2013 p 11 As revoltas de junho de 2013 desencadeadas pela luta organizada pelo MPL SP contra o aumento das tarifas n o s o algo inteiramente novo MARICATO etal 2013 p 14 os direitos pol ticos conquistados art 14 caput CF 88 a representa o e os foros de di logo nem mesmo de menosprezar o potencial da democracia virtual mas compartilhar novos espa os de produ o pol tica inovando no sentido e na extens o da democracia que se tem fazendo do Brasil o espelho de uma inventivi dade protagonista de um modelo democr tico de vanguarda capaz de unir a representa o e a for a da organiza o popular realizando com plenitude a express o todo o poder emana do povo constante do par grafo nico do art 1 da Constitui o Cidad Ao reagir democraticamente onda de protestos criando a pol tica nacional de partici pa o social o Decreto n 8 243 2014 um sinal de que se inaugura no Pa s com claros funda mentos constitucionais e pol tico democr ticos seguindo as linhas da teoria da democracia de Robert Dahl um marco normativo que pode A democracia virtual foi diretamente contemplada na disciplina que a mat ria recebe no Decreto n 8 243 2014 Sobre os ambientes virtuais de participa o s
64. o do legislador Igualmente flex vel h de ser a aplica o do direito processual constitucional pela Corte Constitucional tendo em vista a quest o jur dica material e as partes materialmente afetadas atingidos A ntima rela o contextual existente entre Constitui o material e direito constitucional processual faz se evidente tamb m aqui H BERLE 1997 p 48 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 199 na Suprema Corte desde que relevante dis cuss o Decerto essa participa o pluraliza o debate constitucional por isso mesmo merece ser ampliada e aprimorada Assim seria interessante a participa o direta do cidad o na Corte na condi o de amicus curiae Por enquanto o Supremo Tribu nal Federal n o admite essa possiblidade Nos respectivos precedentes mostra se contr rio a qualquer redu o das exig ncias previstas naquele 2 de modo que s entidades com personalidade jur dica podem peticionar ad miss o na qualidade de friend of the Court Pode se ainda considerar a realiza o de audi ncias p blicas como hip tese de partici pac o no processo constitucional de controle concentrado de constitucionalidade no Brasil prevista expressamente no art 9 1 da Lei n 9 868 1999 Nesse caso o relator poder convocar uma audi ncia p blica a fim de ouvir experts e autoridades na mat ria de maneira a melhor subsidiar o ministro na elabora o do seu voto de conseguinte na s
65. o grande que n o funciona mais como devia Ano 51 N mero 203 jul set 2014 49 Na defesa do federalismo cooperativo como mecanismo de diminui o da tend ncia de centraliza o de poderes no Governo Central em pa ses como a Argentina Quintana 1950 p 89 ensina La verdadera soluci n que ha de preconizarse al grav simo problema planteado por la creciente centralizaci n del gobierno central en los pa ses federativos como el nuestro no es por cierto destacando la separaci n o rivalidad entre poder central y poderes locales y erigiendo a stos en rivales o enemigos sino por el contrario coordinando y armonizando la acci n de uno y otros sobre un pie de rec proco respeto de sus facultades y jurisdicciones y por medio de una bien entendida cooperaci n Pero ello sin abandonar el verdadero federalismo A nova constitui o brasileira atendeu sugest o da doutrina no que atina mat ria ambiental quanto ao modo mais eficiente de tra ar a reparti o da compet ncia comum atribuindo Uni o aos Estados ao Distrito Federal e aos Munic pios a compet ncia para atuar no licen ciamento de forma sin rgica Refer ncias BARROSO Lu s Roberto A prote o do meio ambiente na constitui o brasileira Cadernos de Direito Constitucional e Ci ncia Pol tica S o Paulo v 1 n 1 p 118 119 out dez 1992 BARACHO Jos Alfredo de Oliveira Teoria geral do federalismo Belo Horizonte FU MAR
66. o pode ser rigoroso sob pena de engessar o procedimento que o direito substancial prevalece sobre o formal no af de permitir o acesso justi a e a participa o democr tica considerando o car ter cidad o dessa t cnica jur dica REGUERA 2006 Esse entendimento concernente ao direito substancial de participa o pol tica prevaleceu na acci n p blica de inconstitucionalidad proposta Nessa dire o comenta Em lia Gir n 2006 para a qual se trata de una acci n informal que no est sometida a complicadas exigencias en la medida de que cuantos m s formalismos se le imprima y m s se especialice el lenguaje para interponerla menor ser el n mero de ciudadanos habilitados para accionar en defensa del texto fundamental lo que se afirma restringir a ileg timamente el car ter democr tico de este medio de control constituiconal 196 Revista de Informac o Legislativa por Luis Camilo Osorio Izasa por meio da qual impugna o art 90 da Lei n 617 de 2000 Na Sentencia C 802 2002 proclamou a Corte que basta a condi o de cidad o para propor a a o p blica de inconstitu cionalidade COLOMBIA 2002 Em mais de um pronunciamento o Tribunal asseverou a import ncia desse instrumento no desenvolvimento da participa o popular na jurisdi o constitucional consoante se ob serva na Sentencia C 032 08 segundo a qual a a o p blica de incons titucionalidade desenvolve os direitos dos cidad os de p
67. o simples fato de Coelho Rodri gues haver sido incumbido da tarefa de formular a Lei do Casamento Civil j o coloca em uma posi o de destaque entre os reformadores do direito civil brasileiro Essa a altera o mais substancial que se operou em rela o legisla o anterior causando impactos sociais e pol ticos que n o foram calculados pelo governo e pelo projetista da lei em comento Tome se por exemplo o fato de que a Revolta de Canudos liderada por Ant nio Conselheiro propunha se a manifestar o extremo descontentamento da popula o com a introdu o do casamento civil entre outros motivos Jos Gomes Bezerra C mara 1967 p 74 assinala que a d cada iniciada com a Procla ma o da Rep blica n o trouxe altera es significativas em mat ria de direito privado mas faz quest o de ressaltar a relevante alte ra o ocorrida no direito de fam lia a Lei do Casamento Civil como exce o dentro daquele quadro geral Pode se afirmar contudo que a inser o de Cl vis Bevil qua na gera o 70 se d em vir tude de sua ades o s ideias de Tobias Barreto e n o sua atitude conservadora ou vanguar dista Coelho Rodrigues por outro lado n o se alinhava ideologicamente com os seguidores de Tobias Barreto Ele combatia vigorosamen te as ideias pregadas por Tobias Barreto e seus disc pulos chegando a protagonizar o conhecido epis dio da reprova o de S lvio Romero Tal repr
68. peia como tem ocorrido no direito ingl s com o princ pio da razoabilidade Sen o vejamos diferen a do princ pio da proporciona lidade cujos elementos foram notavelmente desenvolvidos pelo Bundesverfassungsgericht do Estado nos mais diferentes aspectos de sua atua o SILVA 2008 p 540 7 PROCESSUAL CIVIL ADMINISTRATIVO CART RIO EXTRAJUDICIAL SERVI O NOTARIAL E DE REGISTRO PERDA SUPERVENIENTE DE OBJETO DO MANDAMUS INEXIST NCIA IMPERATIVOS DE BOA F OBJETIVA APLICABILIDADE ADMI NISTRA O P BLICA TEORIA DA ENCAMPA O INAPLICABILIDADE AO CASO PROPOSI O DE LEI QUE TRATA DE EXTIN O DE DELEGA O COMPETENTE O PODER LEGISLATIVO TEORIA DA CAUSA MADURA POSSIBILIDADE DE JULGAMEN TO FINALIDADE P BLICA DA DELEGA O APO SENTADORIA VOLUNT RIA ENSEJA A EXTIN O DA DELEGA O 1 N o h perda de objeto em mandado de seguran a quando a Administra o P blica por meio de autoridade incompetente edita ato administrativo e depois a autori dade competente o ratifica A alega o de perda de objeto neste caso venire contra factum proprium conduta vedada ao agente p blico em face do princ pio da boa f objetiva na seara p blica na forma do inciso IV do par grafo nico do artigo 2 da Lei n 9 784 99 BRASIL 2009b Ano 51 N mero 203 jul set 2014 151 Tribunal Constitucional alem o ap s a 2 Guerra Mundial o princ pio da razo
69. pois ofensiva ao princ pio da razoabilidade Portanto os princ pios da razoabilidade e da isonomia complementam se 1152 Revista de Informa o Legislativa Destarte para Lord Greene h tr s sentidos para irrazoabilidade a levar em considera o elementos estranhos ao caso b deixar de con siderar os elementos relevantes para a solu o do caso e c comportar se de maneira que nenhuma outra autoridade p blica se compor taria isto de modo t o absurdo e irrazo vel que convizinhasse da m f Desde ent o tais premissas ficaram conhe cidas como a irrazoabilidade de Wednesbury Wednesbury unreasonableness e passaram a servir de refer ncia obrigat ria para os julgados posteriores legitimando o Wednesbury test Todavia hodiernamente h uma forte ten d ncia de abandono do conceito restritivo de irrazoabilidade perfilhado no caso Wednesbury nomeadamente na terceira premissa segundo a qual irrazo vel a conduta que nenhuma outra autoridade p blica adotaria salvo se estivesse de m f que a prevalecer a concep o de irra zoabilidade plasmada no caso Wednesbury o pr prio princ pio brit nico da irrazoabilidade corre o s rio risco de ser relegado a obl vio pela sua reduzid ssima utilidade s serviria para controlar atos extremamente irrazo veis e pela Nomeadamente ap s o Human Rights Act 1998 1 Segundo Paul Craig o precedente Wednesbury s vez
70. por uma repolitiza o da legitimidade S o Paulo Malheiros 2001 BRASIL Constitui o 1988 Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil Bras lia Senado Federal Subsecretaria de Edi es T cnicas 1988 Dispon vel em lt http www pla nalto gov br ccivil 03 constituicao constituicaocompilado htm gt Acesso em 22 ago 2014 Secretaria de Pol ticas de Sa de Departamento de aten o b sica Aten o b sica e a sa de da fam lia Dispon vel em lt http dab saude gov br atencaobasica phpgsaudedafamilia gt Acesso em 21 ago 2014 Supremo Tribunal Federal A o direta de inconstitucionalidade 3 112 1 Relator Ministro Ricardo Lewandowski DJ 2 maio 2006 Di rio da Justi a Eletr nico 26 out 2007a Dispon vel em lt http www portaldeperiodicos idp edu br index php observatorio article viewFile 112 84 gt Acesso em 21 ago 2014 Supremo Tribunal Federal Suspens o de Tutela Antecipada n 185 DF Relator Ministra Ellen Gracie DJ 10 dez 2007b Dispon vel em lt www stf jus br arquivo cms noticiaNoticiastf anexo STA185 pdf gt Acesso em 22 ago 2014 Supremo Tribunal Federal Suspens o de Tutela Antecipada n 175 DF Agravo regimental CE Relator Ministro Gilmar Mendes DJ 17 mar 2010 Di rio da Justi a Eletr nico 30 abr 2010 Minist rio da Sa de Sa de da Fam lia ser ampliado em 16 estados Portal Brasil 29 jan 2013a Dispon vel em lt http www brasil gov
71. prio e independente Em seguida o magistrado sustanciador decide sobre sua admissibi lidade no prazo de dez dias ao receb la permitir pelo mesmo prazo que qualquer cidad o a impugne ou a defenda Depois disso o processo segue para o Procurador Geral da Na o emitir parecer no prazo de trinta dias Encerrado o prazo o magistrado prop e o projeto de senten a nos trinta dias seguintes cabendo ao Pleno Sala Plena pronunciar a senten a no prazo de sessenta dias REGUERA 2006 En reiteradas oportunidades esta Corporaci n ha recordado que la acci n p blica de inconstitucionalidad desarrolla los derechos de los ciudadanos a participar en la con formaci n ejercicio y control del poder pol tico art culos 40 y 229 de la Carta por lo que su ejercicio no puede estar sometido a estrictas formalidades ni a requisitos especiales que dificulten el acceso a la justicia para defender la Constituci n y hacer eficaz la democracia participativa COLOMBIA 2008 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 197 Percebe se por conseguinte que a a o p blica de inconstitucionali dade no sistema colombiano representa um singular modelo de partici pa o cidad na condu o do controle de constitucionalidade por via da a o singela a possiblidade de qualquer cidad o acionar diretamente o controle concentrado de constitucionalidade Ali s como bem ressaltou Em lia Gir n Reguera 2006 nos demais processos de c
72. pro fissional t cnica ou econ mica para a produ o da prova Como constitui crit rio valorativo para o resultado do julgamento da causa essa decis o est submetida a um regime de efetivo duplo grau de jurisdi o e pass vel pois de reaprecia o pelo rg o jurisdicional ad quem por for a do efeito devolutivo do recurso ade quado a ser interposto Diante disso importante mencionar ain da que a teoria da carga probat ria din mica n o se confunde ou guarda rela o com a teoria da invers o do nus da prova absolutamente necess rio afirmar que teoria da carga probat ria din mica n o invers o do nus da prova Na invers o do nus da prova como j exposto a lei para os casos expressamente previstos ou o juiz para quem defende a possibilidade de ocorr ncia com base na mera dificuldade probat ria opera se uma presun o em favor da parte beneficiada consistente na veracidade do fato alegado desobrigando a do encargo de fazer qualquer prova em rela o ao fato ou pressuposto da norma presumido Dessa forma incumbe exclusivamente parte advers ria fazer a contraprova para desconside rara presun o estabelecida Assim na invers o do nus da prova da culpa do m dico a parte lesada credora da rela o fica desobrigada de provar que o profissional agiu com neglig ncia imprud ncia ou imper cia no caso contr rio Presume se a culpa nus do m dico deman dado por
73. rio serviu corretamente para evidenciar a total incompatibilidade da postura antiga com os no vos tempos No mesmo item 26 o Voto associa o pluralismo ao bem Tratamento discriminat rio ou desigualit rio sem causa que se intentado pelo comum das pessoas ou pelo pr prio Estado passa a colidir frontalmente com o objetivo constitucional de promover o bem de todos este o expl cito objetivo que se l no inciso em foco Bem de todos portanto constitucionalmente versado como uma situa o jur dica ativa a que se chega pela elimina o do preconceito de sexo Se se prefere bem de todos enquanto valor objetivamente posto pela Constitui o para dar sentido e prop sito ainda mais adensados vida de cada ser humano em particular com reflexos positivos no equil brio da sociedade E nisso novamente se aproxima de Rosenfeld 2003 p 54 no trecho em que este preconiza a implanta o do pluralismo como uma concep o abrangente comprehensive do bem afirmando ainda que em termos mais amplos o pluralismo busca promover a maior diversidade poss vel de concep es de bem como meio para a maximiza o da autonomia e dignidade humanas Outro t pico de interessante correla o entre os dois textos revela se quando no mesmo item 26 o Voto afirma que o pluralismo serve de elemento conceitual da pr pria democracia material ou de subst ncia desde que se inclua no conceito da democracia dita substanc
74. seja a apatia da esfera p blica sempre reativa ao estado an rquico e violento dos poderes paralelos que ocupam espa os simb licos e reais relevantes para a nervura da vida social s o revela es de que a identidade da cultura pol tica democr tica contempor nea ainda carece de incentivos claros para que possam vicejar alternativas medianas entre a explos o de viol ncia no espa o p blico ou a aus ncia completa de espa o para a ocupa o do espa o p blico em torno de agendas de relev ncia social 6 Democracia lei e participa o social H um inc modo na atmosfera social contempor nea e ele tem a ver com um conjunto de irrealiza es que se reportam ao plano dos direitos e dos deveres sociais Assim h um sonho a ser sonhado relacionado com a realiza o do interesse p blico n o muito long nquo da possibilidade de significar a realiza o dos interesses sociais mais profundos normal mente ocultados do conhecimento p blico mais geral Nesse sentido as manifesta es iniciadas em junho de 2013 revelam algo de estonteante interesse para o estudo do estado da consci ncia pol tica brasileira con tempor nea uma espont nea erup o de for as massivas de jovens que acorrem a ocupar o espa o p blico reclamando o fim da corrup o a reforma pol tica a aten o causas sociais o combate impunidade o fim da viol ncia policial a melhoria dos servi os p blicos em geral o atendimento a
75. uma esp cie de contrato relacional de longo prazo e incompleto A sociedade limitada de simples constitui o e permite a limita o da responsabilidade dos s cios A liberdade contratual propicia a descoberta de novos arranjos societ rios com vistas ao aumento dos resultados propiciando o incremento do bem estar da sociedade em geral A fei o privada e contratual da sociedade limitada est prevista no desenho jur dico do C digo Civil boa parte das regras societ rias decidida no contrato social A disposi o em lei de regras contratuais padronizadas diminui os custos de transa o das partes contratantes que n o conseguem prever e regular antecipadamente todas as eventualidades que possam ocorrer ap s a celebra o do contrato A sociedade an nima de capital aberto permite a exist ncia de tran sa es econ micas entre pessoas que n o se conhecem mediante a cap ta o de recursos da economia popular As regras da sociedade an nima de capital aberto s o r gidas detalhadas e complexas deixando pouco espa o para preenchimento pelos acionistas A regula o do mercado de valores mobili rios pela Comiss o de Valores Mobili rios colabora para a redu o do custo de obten o de informa es relevantes pelos s cios 298 Revista de Informa o Legislativa assim como a exist ncia de um conselho de administra o e a obriga o de uma auditoria independente Refer ncias ACEMOGLU Daron ROBINSO
76. vel isto por aqueles que est o o mais pr ximo poss vel das decis es que s o definidas efetuadas e executadas Est assim o princ pio em tela relacionado com o Ano 51 N mero 203 jul set 2014 43 processo de descentraliza o pol tica e administrativa em outras palavras associado ao fortalecimento do poder local Nesse sentido L ssing 1995 p 50 grifo nosso refere se subsidia riedade ao tratar da autonomia municipal alem verbis A posi o jur dica dos Munic pios garantida tanto pela Rep blica Federal da Alemanha como tamb m pelas Constitui es de cada Estado Elas regulamentam todas as quest es relativas comunidade local que dentro de sua rea s o mandat rias das obriga es p blicas O par grafo da Constitui o Alem que trata da regulamenta o municipal estabelece expressamente que os munic pios em seus territ rios administram por si e sob responsabilidade pr pria todas as fun es p blicas Como parte integrante dos Estados os Munic pios det m um setor da autonomia que tem que ser respeitado pelo Estado Esta uma marca do princ pio subsidi rio que vale de forma geral para a Europa e na verdade um dos pilares do sistema do nosso Governo Isto pode ser justificado principalmente pelo fato de que solu es locais est o mais pr ximas do problema e tamb m fato que medidas locais reduzem a carga de trabalho de inst ncias superiores As solu
77. zona de certeza do conceito do direito fundamental em quest o para justificar uma interven o judicial indevida no m rito das pol ticas p blicas O que ocorreu foi uma sens vel redu o do m rito do ato administrativo Aspectos que eram considerados de m rito insuscet veis de controle judicial passaram a ser vistos como de legalidade em sentido amplo Ser que com isto deixou de existir uma esfera que possa ser reconhecida como de m rito do ato administrativo Ser que nada restou de op o discricion ria para a Administra o P blica A resposta a ambas as perguntas s pode ser negativa sob pena de transformar se a Administra o P blica em mero rob de aplica o da lei e ter se de concluir que a separa o de poderes foi abolida do direito brasileiro n o obstante sua previs o constitucional DI PIETRO 2012 p 135 grifo nosso Ano 51 N mero 203 jul set 2014 159 L A 1 De feito se n o h par metros emp ricos e jur dicos seguros de contro le a invalida o do ato implicaria a mera substitui o da discricionariedade do administrador pela discricionariedade do juiz Nessas circunst ncias espec ficas n o h nenhuma garantia de que a decis o judicial seja qua litativamente superior do administrador pelo que deve ser prestigiada a escolha administrativa em aten o ao princ pio da separa o de Poderes e em homenagem presun o de legitimidade dos atos administra
78. 2006 MARTINS COSTA Judith Culturalismo e experi ncia no novo c digo civil Revista dos Tribunais S o Paulo a 93 v 819 jan 2004 MIRANDA Pontes de Fontes e evolu o do direito civil brasileiro Rio de Janeiro Pimenta de Mello 1928 NEDER Gizlene CERQUEIRA FILHO Gis lio Os filhos da lei Revista Brasileira de Ci ncias Sociais v 16 n 45 fev 2001 Dispon vel em lt http www scielo br scielo php pid S0102 69092001000100006 amp script sci arttext gt Acesso em 23 set 2014 NEVES Geraldo Uma bibliografia comentada de fontes diretas e indiretas para o estudo do esbo o apontamento anteprojetos projetos e c digo civil brasileiro de 1855 a 2001 In UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Anu rio dos cursos de p s gradua o em direito 11 Recife 2000 RODRIGUES Antonio Coelho Manual do s dito fiel ou cartas de um lavrador sua Magestade o Imperador sobre a quest o do elemento servil Rio de Janeiro Typ e Lith de Moreira Maximino amp C 1884 VAMPR Spencer O que o c digo civil confer ncias realizadas na Universidade de S o Paulo S o Paulo Magalh es 1916 VEIGA Gl ucio Estamentos e espa os In Hist ria das id ias da faculdade de direito do Recife Recife Artegrafi 1993 v 6 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 61 Parcerias na Lei de Inovac o Tecnol gica O caso das Sociedades de Prop sito Espec fico SPE Luciano Ferraz Advogado Doutor e me
79. 55 A nosso ver o Projeto de Lei n 1 572 2011 que prop e a cria o de um novo C digo Comercial deveria optar por regular dentro do C digo a sociedade an nima de capital fechado deixando as normas que tratam da sociedade an nima de capital aberto para a legislac o especial A atua o da Comiss o de Valores Mobili rios tem por objetivo reduzir custos de transa o nas rela es entre a sociedade an nima e o mercado O custo de obten o de informa es relevantes reduzido pela atua o da Comiss o de Valores Mobili rios ao expedir normas de conduta destinadas s sociedades an nimas A obrigatoriedade de revela o de informa es relevantes diminui a assimetria de informa es entre as partes na rela o jur dica prevenindo a ocorr ncia de lit gios entre elas Al m disso fica mais f cil para o investidor escolher as em presas mais diligentes diferenciando se as boas empresas das ruins por meio da sinaliza o da qualidade No mbito do arranjo institucional do mercado brasileiro de valores mobili rios compete CVM o papel de administrar o registro das companhias abertas e fiscalizar a emiss o de a es no mercado de valores mobili rios Ela tem a miss o de emitir regula o espec fica sobre os temas de interesse do mercado de valores mobili rios visando manuten o de um mercado saud vel e de menor risco para os investidores nacionais e estrangeiros O estudo da evolu o da Economi
80. CDC foi previsto pela Constitui o Federal para a atua o na defesa da ordem econ mica no mbito do mercado de consumo que se caracteriza por quest es de car ter meramente econ mico em que se pressup e a bus ca do lucro amparado em pressuposto de resultado exato e seguro O empreendedor do livre mercado de consumo assume riscos porque sua atividade vantajosa Quem aufere lucros de uma atividade vantajosa assume em contrapartida todos os riscos dessa atividade respondendo integralmente pelos danos eventualmente causados raz o pela qual L BO 2010 p 389 398 ZULIANI 2010 p 399 432 SANSEVERINO 2010 p 203 Tribunal de Justi a do Rio Grande do Sul TJRS Apela o 70009752353 de 14 09 2004 Relator Jorge Alberto Schreiner Pestana Tribunal de Justi a de Pernambuco TJPE Agravo 0183584 9 02 de 26 08 2009 Relator Desembargador Jovaldo Nunes Gomes Tribunal de Justi a do Paran TJPR Apela o 0703438 0 de 07 04 2011 Relatora Rosana Amara Girardi Fachin Agravo 0746104 3 de 12 05 2011 Relator Desembargador Arquelau Ara jo Ribas Tribunal de Justi a de Santa Catarina TJSC Agravo 2010 009755 4 de 30 09 2010 Relator Luiz Carlos Freyesleben 254 Revista de Informa o Legislativa toda a estrutura da responsabilidade civil no arcabou o jur dico do CDC est centrada na responsabilidade objetiva O m dico em contrapartida um profis sional da sa de O mercado de atua o assis t
81. DAS ENTIDADES PROMOTORAS DE EMPREENDIMEN TOS DE TECNOLOGIA AVAN ADA Perguntas e respostas Dispon vel em lt http www anprotec org br publicacao php idpublicacao 117 gt Acesso em 11 set 2010 BARBOSA Denis Borges O direito da inova o 2 ed Rio de Janeiro L men J ris 2011 BOCCHINO Leslie de Oliveira et al Propriedade intelectual conceitos e procedimentos Bras lia Publica es da Escola da Advocacia Geral da Uni o 2010 BRASIL Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil de 1988 Bras lia Senado Federal 1988 Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil 03 constituicao constituiwC3 A7ao htm gt Acesso em 10 de ago 2011 Decreto Lei n 200 de 25 de fevereiro de 1967 Disp e s bre a organiza o da Administra o Federal estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o Bras lia 27 fev 1967 Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil decreto lei Del0200 htm gt Acesso em 26 abr 2011 Lei n 8 666 de 21 de junho de 1993 Regulamenta o art 37 inciso XXI da Cons titui o Federal institui normas para licita es e contratos da Administra o P blica e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o Bras lia 22 jun 1993 Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil_03 Leis L8666cons htm gt Acesso em 15 fev 2011 Lei n 9 279 de 14 de maio 1996 Regula direitos e obriga es relati
82. DUARTE 2011 p 36 De fato a teoria das dimens es dos direitos fundamentais tem sido alvo de in meras cr ticas por transmitir a falsa ideia de que uma gera o de direitos substitui a outra quando na realida de o que h uma complementa o entre elas Pode se dizer inclusive que in meros direitos fundamentais em sua ess ncia est o presentes nas tr s dimens es por m com roupagem di ferente conforme a necessidade do momento hist rico o que demonstra tal complementa riedade Contudo em que pesem tais cr ticas n o podemos olvidar de seu valor did tico j que facilita o estudo dos direitos fundamentais Ver Stephen Holmes e Cass Sustein 1999 The cost of rights why liberty depends on taxes 8 Al m dessas tr s dimens es dos direitos fundamentais j disseminadas pela doutrina p tria h autores sobretudo Paulo Bonavides que defendem uma quarta dimens o dos direitos fundamentais que traz baila quest es ligadas democracia ao direito informa o ao pluralismo etc Para mais informa es ver BONAVIDES 2001 p 216 229 Ao tratarmos por exemplo do direito vida primeira gera o percebemos que ele perpassa a segunda gera o como direito sa de e a terceira gera o como direito prote o ao meio ambiente Ano 51 N mero 203 jul set 2014 129 e simb lico pois induz ideia de historicidade desses direitos LIMA 2003 p 3 Luciana Gaspa
83. EUA Destacam se nesse ponto os casos Dred Scott v Stanford em que se debateu se um ex escravo afroamericano liberto pela entrada em territ rio federal poderia voltar a ser escra vizado ao retornar para o Estado onde residia o antigo dono Plessy v Ferguson referente a uma lei estadual que separava brancos e negros no transporte p blico Brown v Board of Education que tratava de segrega o escolar entre brancos e negros Roe v Wade em que se reconheceu pela primeira vez um direito constitucional ao aborto Bowers v Hardwi ck no qual se pedia que o sexo homossexual entre adultos fosse considerado protegido pelo direito constitucional privacidade Griswold v Connecticut em que se questionava a veda o estatal ao uso de contraceptivos e Michael H v Gerald D que trazia o pedido de um pai biol gico contra quem era o pai presumido em decorr ncia de rela o matrimonial contempo r nea concep o da crian a Com maestria Rosenfeld 2003 identifica o instrumental do discurso constitucional em tr s elementos pilares nega o met fora e meton mia A nega o consistiria inicialmente na rejei o e rep dio de identidades ou concep es an tecedentes e tradicionais com vistas ao alcance de uma identidade pr pria da nova ordem cons titucional seja ela nova pelo tempo seja ela nova pela mudan a de interpreta o Tal nega o segundo o autor passa depois
84. Esse ambiente que produz o repert rio comportamental dos indiv duos que por eles adquirido compor tamento operante no jarg o skinneriano em fun o de puni es ou refor os que sucedem cada comportamento Assim o repert rio comportamental adquirido pelo indiv duo em raz o das consequ ncias que produz e por tal raz o as pr prias consequ ncias s o chamadas de refor os SKINNER 2006 p 38 Uma recente reportagem televisiva explicava aos criadores de gado Nelore como amansar o rebanho para fins de transporte O gado Nelore conhecido por produzir carne de qualidade e por sua agressividade Basicamente o que se ensinou que o importante seria dar alguma recompensa ao fim do transporte como sal ou outro alimento Ao verbalizar esse ensino o especialista disse que a reitera o da recom pensa daria uma mem ria boa ao animal Note se como essa nomenclatura mem ria boa n o relevante e poderia ser substitu da por qualquer outra express o mentalista calma mansid o confian a O fundamental n o o nome que se d mas a verifica o das conse qu ncias que v o refor ar ou extinguir padr es comportamentais Para que esse ponto seja bem compreen dido vale assinalar que os analistas do com portamento fazem uma importante distin o entre comportamento respondente e com portamento operante O primeiro tamb m chamado de reflexos como piscar em
85. Jurisdi o constitucional S o Paulo Saraiva 1996 327 p Direitos fundamentais e controle de constitucionalidade 2 ed S o Paulo Celso Bastos Editor IBDC 1999 518 p O princ pio da proporcionalidade na jurisprud ncia do Supremo Tribunal Federal novas leituras Revista Di logo Jur dico Salvador CAJ Centro de Atualiza o Jur dica v 1 n 5 ago 2001 MARRARA Thiago Org Princ pios de direito administrativo S o Paulo Atlas 2012 488 p MORAES Alexandre de Direito constitucional 16 ed S o Paulo Atlas 2004a 863 p MORAES Germana de Oliveira Controle jurisdicional da administra o p blica 2 ed S o Paulo Dial tica 2004b NETO Diogo de Figueiredo Moreira Direito regulat rio a alternativa participativa e flex vel para a administra o p blica de rela es setoriais complexas no estado democr tico Rio de Janeiro Renovar 2003 OS RIO F bio Medina SOUTO Marcos Juruena Villela Coord Direito Administrativo es tudos em homenagem a Diogo de Figueiredo Moreira Neto Rio de Janeiro Lumen Juris 2006 PHILIPPE Xavier Le contr le de proportionnalit dans les jurisprudences constitutionnelles et administratives fran aises Paris Economica 1990 541 p PIRES Luis Manuel Fonseca Controle judicial da discricionariedade administrativa dos conceitos jur dicos indeterminados s pol ticas p blicas Rio de Janeiro Elsevier 2009 341p QUEIROZ Cristina O princ pio da
86. Na determina o de resultados no est gio decisivo essas escolhas e somente essas dever o ser levadas em considera o DAHL 2012 p 172 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 35 Confer ncias nacionais ampliando e redefinindo os padr es de participa o social no Brasil IPEA Rio de Janeiro maio 2012 Dispon vel em lt http repositorio ipea gov br bitstream 11058 1137 1 TD_1739 pdf gt Acesso em 04 jan 2014 BAZ LIO Luiz Cavalieri KRAMER Sonia Inf ncia educa o e direitos humanos 4 ed S o Paulo Cortez 2011 BAUMAN Zygmunt Legisladores e int rpretes sobre modernidade p s modernidade e intelectuais Tradug o de Renato Aguiar Rio de Janeiro Zahar 2010 O mal estar da p s modernidade Tradu o de Mauro Gama Cl udia Martinelli Gama Rio de Janeiro Jorge Zahar 1998 BAYNES Kenneth Deliberative democracy and public reason Veritas PUCRS Porto Alegre v 55 jan abr p 135 163 2010 BAZ LIO Luiz Cavalieri KRAMER Sonia Inf ncia educa o e direitos humanos 4 ed S o Paulo Cortez 2011 BECK Ulrich Org Hijos de la libertad contra las lamentaciones por el derrumbre de los valorestad M xico Fondo de Cultura Econ mica 2006 BENOIST Alain de The current crisis of democracy Telos New York n 156 p 7 23 2011 BERCOVICI Gilberto Soberania e constitui o para uma cr tica do constitucionalismo S o Paulo Quartier Latin 2008 BERMAN Russel
87. Protocolo os Presidentes das demais Partes ou na falta destes seus Ministros das Rela es Exteriores em sess o ampliada do Conselho do Mercado Comum poder o estabelecer dentre outras as medidas que se detalham a seguir a Suspender o direito de participar nos diferentes rg os da estrutura institucional do Mercosul b Fechar de forma total ou parcial as fronteiras terrestres Suspender ou limitar o com rcio o tr fico a reo e mar timo as comunica es e o fornecimento de energia servi os e abastecimento c Suspender a Parte afetada do gozo dos direitos e benef cios emergentes do Tratado de Assun o e seus Protocolos e dos Acordos de integra o celebrados entre as Partes conforme couber d Promover a suspens o da Parte afetada no mbito de outras organi za es regionais e internacionais Promover junto a terceiros pa ses ou grupos de pa ses a suspens o Parte afetada de direitos e ou benef cios derivados dos acordos de coopera o dos que for parte e Respaldar os esfor os regionais e internacionais em particular no mbito das Na es Unidas encaminhados a resolver e a encontrar uma solu o pac fica e democr tica para a situa o ocorrida na Parte afetada f Adotar san es pol ticas e diplom ticas adicionais As medidas guardar o a devida proporcionalidade com a gravidade da situa o existente n o dever o p r em risco o bem estar da popula o e o gozo efetivo dos direitos
88. Valerio de Oliveira Mazzuoli Revista de Informa o Legislativa Senado Federal Subsecretaria de Edi es T cnicas Ano 1 n 1 mar 1964 Bras lia Senado Federal Subsecretaria de Edi es T cnicas 1964 Trimestral Ano 1 3 n 1 10 publicada pelo Servi o de Informa o Legislativa ano 3 9 n 11 33 publicada pela Diretoria de Informa o Legislativa ano 9 50 n 34 198 publicada pela Subsecretaria de Edi es T cnicas ano 50 n 199 publicada pela Coordena o de Edi es T cnicas ISSN 0034 835x 1 Direito Peri dico Brasil Congresso Senado Federal Coordena o de Edi es T cnicas CDD 340 05 CDU 34 05 Publica o trimestral da Coordena o de Edi es T cnicas Senado Federal Via N 2 Unidade de Apoio III Pra a dos Tr s Poderes CEP 70 165 900 Bras lia DF Telefones 61 3303 3575 3576 e 3579 Fax 61 3303 4258 E Mail livrososenado leg br O Todos os direitos reservados A reprodu o ou tradu o de qualquer parte desta publica o ser permitida com a pr via permiss o escrita do Editor Solicita se permuta P dese canje On demande l change Si richiede lo scambio We ask for exchange Wir bitten um Austausch Sum rio 39 53 63 73 91 111 127 O Decreto n 8 243 2014 e os desafios da consolida o democr tica brasileira Eduardo C B Bittar Compet ncia comum e o federalismo cooperativo na subsidiariedade do licenc
89. Valores Mobili rios Di rio Oficial da Uni o Bras lia 9 dez 1976 Lei n 6 404 de 15 de Dezembro de 1976 Lei das S As Disp e sobre as sociedades por a es Di rio Oficial da Uni o Bras lia 17 dez 1976b Lei n 9 099 de 26 de setembro de 1995 Lei dos juizados especiais Disp e sobre os Juizados Especiais Civis e Criminais e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o Bras lia 27 set 1995 Lei n 10 406 de 10 de janeiro de 2002 Institui o C digo Civil Di rio Oficial da Uni o Bras lia 11 jan 2002 Lei n 11 101 de 9 de fevereiro de 2005 Lei de fal ncias Regula a recupera o judicial a extrajudicial e a fal ncia do empres rio e da sociedade empres ria Di rio Oficial da Unido Bras lia 9 fev 2005 Lei Complementar n 123 de 14 de dezembro de 2006 Super simples Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte altera dispositivos das Leis n 8 212 e 8 213 ambas de 24 de julho de 1991 da Consolida o das Leis do Tra balho CLT aprovada pelo Decreto Lei n 5 452 de 1 de maio de 1943 da Lei n 10 189 de 14 de fevereiro de 2001 da Lei Complementar n 63 de 11 de janeiro de 1990 e revoga as Leis n 9 317 de 5 de dezembro de 1996 e 9 841 de 5 de outubro de 1999 Di rio Oficial da Uni o Bras lia 15 dez 2006 CAMINHA Uinie CARVALHO Lucas de Lima Formalidades exigidas para o registro de companhias abertas nos Estados Unidos
90. a fazer a prova Entretanto a consequ ncia da falta da prova a desconsidera o pelo julgador no momento de proferir a senten a do fato afirmado pela parte que n o o comprovou O risco portanto da parte que tem o interesse na realiza o da prova As regras sobre o nus ou carga da prova est o dirigidas tanto para as partes nus da prova subjetivo quanto para o juiz nus da prova objetivo Como regra de conduta para as partes o nus probat rio imp e a faculdade de que as Ano 51 N mero 203 jul set 2014 251 partes disp em de provar os pressupostos f ticos que invocam como fundamento de suas respectivas pretens es defesas ou exce es Em outras palavras deve fazer a prova do fato controvertido alegado em ju zo para n o sofrer o risco de um resultado desfavor vel em caso de n o forma o da convic o do julgador como consequ ncia da prova frustrada ou n o realizada o aspecto subjetivo concreto do nus da prova logo direito processual ligado atividade probat ria das partes No tocante ao nus probat rio como regra de julgamento para o juiz aplica se a medida como solu o para o deslinde da lide nas hi p teses em que o julgador transcorrida toda a instru o probat ria realizada n o se conven cer sobre a veracidade dos fatos alegados pelas partes ante a aus ncia de produ o de provas sobre determinado fato relevante e controverti do ou por sua obscuridade impond
91. a norma v lida deve ser considerada apenas uma forte raz o prima facie da decis o Somente ap s o t rmino do processo de aplica o normativa que se dar a identifica o da norma adequada ao caso Ou seja n o porque a norma aplic vel ao contr rio do que afir ma Alexy 2008 que ela ser definitivamente aplicada E isso mesmo sem a necessidade de cria o de qualquer cl usula de restri o ou outro instrumento legislado porque ser a descri o completa da situa o de aplica o inclusive dos princ pios incidentes sobre o caso que per mitir identificar qual ser a raz o definitiva de decidir a reger o caso 2 A teoria da separa o entre ju zos de adequa o e ju zos de justifica o de normas Obviamente o que se apresentou acima uma simplifica o dos argumentos tratados por Alexy 2008 em sua teoria axiol gica Da mesma forma as cr ticas postas s o tamb m sint ticas visto que o trabalho se prop e a apresentar em linhas muito gerais uma alternativa pondera o como ferramenta t cnica e te rica para a solu o de casos controversos de aplica o de normas jur dicas contradit rias incidentes sobre casos concretos Nessa linha um caminho que se cr melhor para tratar do tema o da teoria da argumenta o de G nther 1993 que situa a distin o entre regras e princ pios nas condi es discursivas de aplica o e n o numa pretensa estrutura diversifica
92. administra o p blica de interesses ambientais n o implica nem se pode conceber que implique superposi o de poderes de modo a propiciar manifesta es conflitantes ou contradit rias das diferentes pessoas pol ticas em face de um mesmo assunto Sem qualquer d vida um dos principais objetivos da ordem constitucional o da seguran a e certeza jur dicas circunst ncia que se deve ter em mente ao interpretar o dispositivo em apre o Igualmente se o art 23 da Constitui o Federal estabelece compet ncia comum da Uni o Estados membros Distrito Federal e Munic pios colocando na mesma linha de compet ncia pessoas pol ticas que administram a quest o ambiental art 23 VI VII e par grafo nico tamb m certo que o pr prio par grafo nico do mencionado art 23 ressalta que a linha de compet ncias comum deve harmonizar se pela coopera o tendo em vista o equil brio do desenvolvimento e do bem estar em mbito nacional Id ntica consequ ncia extrai se da exegese do art 225 da Constitui o Federal quando este imputa ao Poder P blico o dever de defender e preservar o meio ambiente para as presentes e futuras gera es Obviamente que este Poder P blico mencionado pela letra constitucional abrange todas as pessoas pol ticas que segundo o art 23 titularizam a compet ncia comum Entretanto se no campo da jurisdi o para seguir id ntica analogia tra ada de in cio os
93. administrativas de rg os entre si aut nomos mas que todos sob a gide da lei devem agir de maneira harmoniosa e cooperativa o que significa em s ntese para os poderes locais regionais e nacionais limitar o exerc cio da sua pr pria compet ncia em fun o de regras de interliga o e de coexist ncia com igual compet ncia de outras esferas de poder estatal e at mesmo subordinar se adminis tra o org nica ou sist mica sob o comando de um ou mais rg os 2 Conflitos administrativos de gest o ambiental e o princ pio da subsidiariedade Na acep o da chamada regra de ouro do Federalismo pode se vislumbrar o mecanismo de resolu o de muitos problemas federativos Para realiza o do princ pio democr tico na Federa o Bastos 1988 p 416 grifo nosso afirma que A regra de ouro poderia ser a seguinte nada ser exercido por um poder de n vel superior desde que possa ser cumprido pelo inferior Isto significa dizer que s ser o atribu das ao governo federal e ao estadual aquelas tarefas que n o possam ser executadas sen o a partir de um governo com esse n vel de amplitude e generaliza o Em outras palavras o Muni c pio prefere ao Estado e Uni o O Estado por sua vez prefere Uni o Este princ pio estruturante da Federa o est intimamente ligado ao princ pio da sub sidiariedade supletividade o qual viabiliza mecanismos adequados para a solu o dos 4
94. adquirem suas respectivas pretens es Para essa teoria imprescind vel a classifica o dos fatos para a distribui o do nus da prova O autor tem a incumb ncia de fazer a prova dos fatos constitutivos do seu direito O r u tem o encargo de provar os fatos impeditivos modificativos e extintivos No mbito da responsabilidade civil m di ca e segundo a distribui o do nus da prova estampada pela regra do artigo 333 do C digo de Processo Civil de incumb ncia do paciente lesado a prova de todos os pressupostos f ticos necess rios para configura o do dever de in denizar ou seja fato ilicitude culpabilidade dano e nexo de causalidade Esse encargo penoso e muitas vezes conduz improced ncia do pedido Logo o modelo legal para a distribui o do nus da prova adotado pelo sistema jur dico brasileiro baseado na natureza dos fatos ale gados como qualquer outro dos crit rios legais existentes mostra se insuficiente para abarcar adequadamente todos os casos submetidos a julgamento especialmente na quest o da res ponsabilidade civil m dica 4 Teoria da invers o do nus da prova com base no C digo de Defesa do Consumidor A regra da distribui o do nus da prova em geral est tica Assim sendo disciplinada pela lei a distribui o do encargo probat rio aos litigantes imp e se s partes obedi ncia ao comando legal sob pena de sofrer as con sequ ncias desfavor veis q
95. apatia da desmobiliza o e da descren a na tradi o das institui es conferindo uma tend ncia do Brasil contempor neo em superar a desgastada e deslegitimada concep o de democracia liberal formal e representativa para dar passos em dire o aos fundamentos mais amplos da democracia como democracia delibe rativa inclusive nos termos de seus melhores acenos filos fico pol ticos tais quais os definidos por Robert Dahl Refer ncias ADORNO Sergio Hist ria e desventura o 3 programa nacional de direitos humanos Novos Estud CEBRAP S o Paulo n 86 p 05 20 mar 2010 AVRITZER Leonardo Sociedad civil espacio p blico y poder local um an lisis del presu puesto participativo em Belo Horizonte y Porto Alegre In DAGNINO Evelina Coord Sociedad civil esfera p blica y democratizaci n em Am rica Latina Brasil M xico D F Fondo de Cultura Econ mica UNICAMP 2002 p 120 153 Entrevista com Leonardo Avritzer Revista do Minist rio P blico Democr tico S o Paulo ano 8 n 41 p 14 15 2014 Entrevista concedida a Sandra Oliveira Monteiro A moralidade da democracia ensaios em teoria habermasiana e teoria demo cr tica S o Paulo Perspectiva Belo Horizonte UFMG 1996 No est gio decisivo das decis es coletivas cada cidad o deve ter assegurada uma oportunidade igual de expressar uma escolha que ser contada como igual em peso escolha expressa por qualquer outro cidad o
96. ativida des do organismo aquela parte do funcionamento de um organismo envolvido em agir sobre ou em intera o com o mundo externo SKIN NER 1938 p 6 Trata se de uma defini o muito ampla e que envolve uma s rie de situa es tem por m como eixo comum a ideia de que o comportamento governado pelas consequ ncias Nesse modelo poss vel enquadrar a interpreta o ou aplica o do Direito na no o de comportamento A Hermen utica Jur dica ali s j tem consolidada a ideia de que mesmo para dizer que um texto legal b vio e claro o int rprete precisa elucidar um problema MAXIMILIANO 2007 p 30 31 Assim mais precisamente a intepreta o e a aplica o do Direito enquadram se naquilo que o behaviorismo designa como comportamento destinado resolu o de problemas Na resolu o de problemas a tend ncia utilizar solu es semelhan tes desde que essas solu es continuem a proporcionar as devidas com pensa es BAUM 2006 p 180 Para resolver problemas o indiv duo seleciona comportamentos em fun o das consequ ncias refor adoras ou punidoras que esses comportamentos geraram no passado A solu o exatamente o refor o que mant m os padr es comportamentais destina dos resolu o no indiv duo O ponto fundamental aqui desmistificar a ideia de que as solu es encontradas pelos indiv duos sejam um produto da criatividade u
97. atos em que a motiva o obrigat ria como aos em que a motiva o facultativa Tal teoria de origem francesa tem obtido ampla aceita o na dou trina e na jurisprud ncia brasileiras Nesse sentido confira se o seguinte aresto recente do STJ 6 No caso como a exonera o do impetrante deveu se exclusivamente ao fato de ter mais de 70 anos POR FOR A DA TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES deve ser anulado o ato impugnado no mandamus NADA IMPEDINDO TODAVIA QUE A AUTORIDADE IMPETRADA PROMOVA NOVA EXONERA O AD NUTUM BRASIL 2013 A partir da teoria dos motivos determinantes passou se a exercer um controle sobre o motivo do ato administrativo De feito ao vincular a Administra o aos motivos determinantes invocados mesmo nos atos em que a motiva o seria dispens vel a teoria dos motivos determinantes reduziu a margem de discricionariedade da Administra o e possibilitou o controle desses motivos determinantes com fulcro nos princ pios da proporcionalidade e da razoabilidade colaborando para a retra o do conceito de m rito administrativo De outra parte a teoria dos conceitos jur dicos indeterminados tam b m serviu para a redu o da discricionariedade da Administra o e Conquanto a doutrina pugne pela motiva o de todos os atos administrativos a ju risprud ncia e a legisla o admitem a exist ncia de alguns atos que dispensam motiva o ou permitem que essa seja feita a posterio
98. autorit ria Na era dos descobrimentos a sociedade nova criada por Portugal trouxe consigo tudo o que tinha de continuidade e tradi o o que con figura at hoje um de nossos fundamentais tra os de uma sociedade que oscila entre a modernidade e a tradi o como se pode constatar a partir da contribui o das an lises hist ricas de Francisco Weffort Da mesma forma nas an lises antropol gicas de Roberto DaMatta o Pa s A conquista criou aqui uma sociedade nova mas desde o in cio marcada pela conti nuidade de algumas tradi es da velha sociedade ib rica e medieval Embora tenha custado na pr tica algumas rupturas com a tradi o a nova sociedade se apoiou na convic o da continuidade dos valores Essa continuidade um dos tra os constitutivos uma das marcas Ano 51 N mero 203 jul set 2014 9 est constitu do por for as contradit rias de um lado de modernidade de outro lado ao que h de mais antigo e defasado e isso caracteriza e singulariza o Brasil A partir da a marca original reproduz se em diversas manifesta es da hist ria brasileira sabendo se que a identidade recente e ainda em constru o de suas institui es n o permite falar em matrizes con solidadas em quaisquer n veis Os paradoxos de um Brasil que avan a por etapas de consolida o de sua modernidade pol tica jur dica eco n mica social e cultural convivendo com fortes heran as hist ric
99. autoritarismo e da opini o pol tica antiliberal para que o Pa s possa avan ar na consolida o da democracia Atualmente quando dos 50 anos corridos de rememora o do golpe vale afirmar que os restos da ditadura est o por toda parte entranhados na forma como nos constitu mos seres de socializa o prec ria seres sem cidadania e ainda infensos capacidade de nos entendermos part cipes do poder e por isso correspons veis pelo que comum respirando o tempo todo na forma truculenta do agir o modo de se socializar Certamente um povo que conquista a democracia dela n o abre m o Um povo que a percebe de significativa import ncia tamb m n o se de sabriga do que lhe fundamental por meio do debate sobre os direitos humanos que lhe s o coadjuvantes A democracia vale pelo que dela se afirma e vale pelo que capaz de afirmar em seu sistema pol tico Por m a democracia tamb m vale por sua nega o na sua falta sente se o seu valor pr prio O conjunto de press es decorrentes do autoritarismo de Estado sob a Ditadura Civil Militar tamb m provocou o aparecimento da rea o popular que lhe afeta com efeitos positivos no que tange organiza o da sociedade civil cria o de partidos pol ticos de mati zes democr ticos e de amplia o dos horizontes de participa o social democr tica Ap s a luta pela redemocratiza o ainda restam legados diretos e indiretos dos autoritarismos do s
100. behaviorismo onde est o as regras Na vis o dos juristas as regras est o topograficamente localizadas em um t tulo em uma subse o em um artigo da lei O behaviorismo localiza as regras em outro lugar Baum 2006 p 177 178 diz o seguinte Ano 51 N mero 203 jul set 2014 117 As explica es tradicionais do seguimento de regras s o mentalistas Como na gram tica fala se de regras como se elas fossem coisas possu das como se as pessoas as possu ssem Psic logos dizem s vezes que as regras s o internalizadas Como outras formas de mentalismo as regras que controlam nosso comportamento est o supostamente em algum lugar interno como se cada um de n s tivesse um caderno de regras interno onde as regras estivessem de alguma forma gravadas e pudessem ser localizadas na ocasi o prop cia Se faz algum sentido falar em regras como localizadas em algum lugar os behavioristas as colocam no ambiente Elas se apresentam n o apenas figurativamente mas concretamente sob a forma de sons e sinais Elas s o est mulos discriminativos lis Quando meus filhos s o atenciosos como seus primos seus primos tamb m s o em contrapartida atenciosos com eles o que resulta em meus filhos continuarem a ser atenciosos Meus filhos n o internalizaram a regra sobre tratar bem seus primos em vez disso as conseq ncias naturais e de longo prazo mant m agora seu comportamento Como se v o fato de os
101. br saude 2013 01 saude da familia sera ampliado em 16 estados gt Acesso em 22 ago 2014 Supremo Tribunal Federal Agravo regimental no recurso extraordin rio com agravo n 685 230 MS Relator Ministro Celso de Mello DJ 5 mar 2013 Di rio da Justi a Eletr nico 25 mar 2013b Dispon vel em lt http redir stf jus br paginadorpub paginador jsp docTP TPS docID 3542167 gt Acesso em 25 ago 2014 CANOTILHO J J Gomes Direito Constitucional 6 ed Coimbra Livraria Almedina 1993 Estudo sobre direitos fundamentais S o Paulo Portugal Revista dos Tribunais Coimbra Editora 2008 Pol tica p blica n o pode ser decidida por tribunal Consultor Jur dico 23 out 2011 Entrevista concedida a Rog rio Barbosa Dispon vel em lt http www conjur com br 2011 out 23 entrevista gomes canotilho constitucionalista portuguesttauthor gt Acesso em 22 ago 2014 CAVALCANTE FILHO Jo o Trindade Teoria geral dos direitos fundamentais online Dispon vel em lt http www stf jus br repositorio cms portalTvJustica portalTvJustica Noticia anexo Joao Trindadade Teoria Geral dos direitos fundamentais pdf gt Acesso em 22 ago 2014 DUARTE Bernardo Augusto Ferreira Em busca da legitimidade dos discursos jurisdicionais relativos ao direito sa de uma an lise a partir da reviravolta hermen utico lingu stico pragm tica Belo Horizonte Arraes 2012 482 p DWORKIN Ronald Levando os direitos a s r
102. cadas republicanas reafirmaram as cr tica feitas a uma Rep blica controlada ora por militares ora por um pacto de elites que manteve a cidadania restrita ao poder econ mico reduzin do os espa os de representa o a propriet rios de terras e a contribuintes do fisco um pequeno universo de n o mais de 5 da popula o Viola 2008 p 71 A partir de 1930 num espa o de 60 anos o pa s foi submetido a duas ditaduras a de Vargas de 1930 a 1945 e a imposta pelo golpe de Estado de 1964 que durou at entre a vontade do detentor senhor do poder pol tico e o franco poder de disposi o sobre os comandados s ditos Os estudos mais detidos sobre o tema demonstram que a apar ncia de legalidade era suficiente para manter todo o sistema e todo o aparato em pleno funciona mento como se nada estivesse substancialmente alterado na rotina de revezamento e desmando no poder A rela o de isonomia entre deten tores do poder e destinat rios do poder ainda precariamente constitu da em nossa hist ria o que faz com que a l gica de outrora escravos e ndios tenha hist rias de continuidade cida d os e cidad s O importante papel desempenhado pelos movimentos sociais na redemocratiza o bati zou o potencial de um per odo hist rico no qual a conquista e a realiza o de patamares liberais de conv vio s o por si mesmos considerando o legado hist rico permeado em pr ticas e ins tituig es um imens
103. comportamento dos ouvintes do juiz que apita da torcida que comemora dos advers rios que aceitam a derrota refor a a verbaliza o da regra Assim chutar em dire o ao gol torna mais prov vel a ocorr ncia dessas consequ ncias Portanto luz desse modelo as t cnicas hermen uticas assim como a jurisprud ncia e as leis s o mesmo regras capazes de governar o compor tamento tamb m para o behaviorismo Todavia como j dito a express o regra abrange um maior n mero de verbaliza es que t m como tra o comum as rela es de refor o Assim a pr pria leitura que se faz de um artigo da lei n o se limitar quilo que se capta nas palavras do texto As consequ ncias derivadas das variadas formas de se compreender o texto rela es de refor o determinar o a forma como se entende e aplica o artigo da lei Note se por exemplo como a interpreta o do Direito varia de um julgador para outro Mesmo os integrantes de um mesmo colegiado divergem entre si Essa multiplicidade de compreens es da mesma norma muit ssimo frequente inclusive nos livros doutrin rios Isso ocorre porque um determinado tipo de interpreta o tende a manter se quando produz consequ ncias refor adoras Quando as consequ ncias s o punidoras ou quando o refor o deixa de existir outra interpreta o tende a prevalecer BAUM 2006 p 173 Uma possibilidade de se compreender esse ponto est em uma das quest es formuladas pelo
104. culo XX e em especial da Ditadura Civil Militar entre e em n s Restam no entanto somadas s mazelas legais institucionais aos m rtires do passado tr gico dos desmandos e abusos daquele per odo as sequelas nos corpos mentes e esp ritos nas 1 A pr pria reconquista da democracia veio aos poucos pela legitimidade do discurso dos direitos humanos A reorganiza o do povo oprimido ocorreu ainda em plena dita dura por meio das lutas em defesa dos direitos humanos Aproveitando as contradi es do pr prio sistema a sociedade civil foi lentamente se reorganizando e criando comit de luta contra a carestia milhares deles se pondo em defesa da anistia a ponto de em consequ ncia conseguirem organizar manifesta es em favor das elei es diretas e da constituinte nacional soberana VIOLA 2008 p 75 Sobre a efervesc ncia social de resist ncia e perda de legitimidade do autoritarismo brasileiro A mediados de los a os setenta comienza a darse en Brasil lo que se denomin surgimento de una sociedad civil aut noma y democr tica AVRITZER 2002 p 121 La resistencia al r gimen militar y la lucha por la democratizaci n durante los a os setenta y ochenta son absolutamente fundamentales para el an lisis de la sociedade civil em Brasil pues fue precisamente durante este per odo que la sociedade civil revel m s acentuadamente formas de participaci n muy particulares en relaci n con los
105. de colis o que criam regras num processo de aplica o de princ pios e podem dar ensejo sua reprodu o em situa es de aplica o completamente diversas Apesar de enfatizar a necessidade de se considerar a situa o de aplica o em verdade ao buscar a cria o de normas generaliz veis Alexy 2008 en vereda por um caminho que mistura discursos de justifica o e aplica o Outro ponto critic vel a tentativa de indicar que regras e princ pios seriam normas com diferen as estruturais Regras teriam um car ter definitivo princ pios todavia seriam meros mandados de otimiza o cumpridos na propor o das possibilidades f ticas e jur dicas O que G nther 1993 tenta demonstrar que essa concep o falha porque parece sugerir que as duas modalidades normativas passariam por processos discursivos de aplica o distintos as regras seriam de ante m o definitivamente aplic veis a todas as situa es que se enquadrassem sob sua hip tese de incid ncia verdadeira subsun o ao passo que os princ pios passariam por um processo argumentativo de identifica o da raz o de decidir no caso Ver se que em verdade qualquer norma jur dica passa pelo discurso de aplica o de normas visto que sua validade inclusive das regras obtida nos processos discursivos de justifica o n o esgota as etapas argumentativas necess rias para que se demonstre a adequa o appropriateness da norma ao caso c
106. de direitos que n o podem ser afastados pelas partes assim como o fez em rela o s sociedades an nimas Com pete ao contrato social dispor sobre a cess o das quotas pelo s cio aplicando se a regra do art 1 057 somente no caso em que o contrato for omisso No contrato social cabe aos s cios ainda decidir pela institui o de um conselho fiscal e pela forma de delibera o em reuni o ou assembleia caso o n mero de s cios seja para determinar o conte do do contrato SCH FER OTT 2005 p 273 16 Na sociedade limitada a autonomia privada deve prevalecer sobre o car ter tutelar da lei CATEB PIMENTA 2012 p 235 A sociedade limitada tem car ter privado porque n o capta recursos da poupan a popular A sociedade limitada tem car ter contratual porque apresenta flexibilidade estrutural e organizacional dife rentemente do car ter estatut rio cuja fei o institucional r gida e vinculada lei limitando a vontade dos s cios GONTIJO 2003 p 29 Podemos destacar que o contrato social fonte prim ria das regras aplic veis s rela es entre os s cios e estrutura organizacional da sociedade limitada CATEB PIMENTA 2012 p 237 Art 1 057 Na omiss o do contrato o s cio pode ceder sua quota total ou parcialmente a quem seja s cio independentemente da anu ncia dos outros ou a estranho se n o houver oposi o de titulares de mais de um quarto do capital social
107. de interpretar e obrigar sua execu o princi palmente em um ambiente de imprevisibilidade econ mica jur dica e pol tica do pa s Bem discutida por Coase 1961 a realoca o de direitos ou neg cio somente ocorrer quando o aumento na produ o por ela gerado for maior que os custos incorridos para implement la custos de transa o A vis o econ mica por meio dos custos de transa o inclusive faz parte da tradi o da Nova Economia Institucional Segundo Williamson 1985 p 20 21 inovando a teoria de Coase o problema da organiza o econ mica estaria na realidade diretamente ligado dificuldade de se contratar e aos custos envolvidos nisto prin cipalmente nos mecanismos de adapta o dos agentes a eventos n o antecip veis O autor divide tais custos contratuais em ex ante e ex post Os primeiros seriam ligados estrutura contratual pr pria negocia o e ao estabelecimento das salvaguardas ao passo que os outros se referem ao monitoramento do acordo e renegocia o em caso de descumprimento principalmente quanto s estruturas contingentes e de corre o para isto al m da execu o das salvaguardas estabelecidas anteriormente Ambos os custos s o interdependentes e dif ceis de ser quantificados Mais recentemente outros autores estabeleceram divis es seme lhantes mas que merecem ser citadas pelo seu car ter did tico Cooter e Ulen 1998 p 120 124 dividem nos em tr s esp cies cust
108. de listagem organizada por ela mostrando a import ncia de uma lei que contenha regras de governan a no mbito do mercado de valores mobili rios Entre as companhias especificadas nos diversos segmentos as que mais poderiam se aproximar do perfil normativo de uma sociedade an nima simplificada o segmento Bovespa Mais Berle e Means utilizando dados estat sti cos de 1929 chegaram conclus o de que h possibilidade de separa o entre propriedade acion ria e poder de controle empresarial Eles classificaram o controle interno em cinco tipos BERLE MEANS 1988 p 85 e segs 1 contro le atrav s da propriedade quase total controle unipessoal 2 controle majorit rio 3 controle por meio de mecanismo legal sem propriedade 76 Art 17 As Bolsas de Valores as Bolsas de Mercado rias e Futuros as entidades do balc o organizado e as entida des de compensa o e liquida o de opera es com valores mobili rios ter o autonomia administrativa financeira e patrimonial operando sob a supervis o da Comiss o de Valores Mobili rios 12 As Bolsas de Valores s Bolsas de Mercadorias e Futuros s entidades do mercado de balc o organizado e s entidades de compensa o e liquida o de opera es com valores mobili rios incumbe como rg os auxiliares da Comiss o de Valores Mobili rios fiscalizar os respectivos membros e as opera es com valores mobili rios nelas realizadas BRASIL 1976
109. de suspens o do Paraguai do Mercosul eo di logo com Brasil na tentativa traz lo de volta ao bloco e sob esse prima vislumbraram se tr s principais conjunturas que encadearam os argumentos dispostos no presente texto Em primeiro plano o Mercosul nasceu em um clima de democracia que indicava a mudan a de per odos ditatoriais revelando preocupa o com o compromisso democr tico estrito em seus Estados Partes pre sentes nos Protocolos de Ushuaia I e II Em segundo o impacto da suspens o do Paraguai foi al m da pr pria situa o jur dica de n o estar participando do grupo mas se deu prin cipalmente porque ele era o nico Estado Parte do Mercosul que ainda n o havia aprovado o protocolo de ades o da Venezuela ao Mercosul de julho de 2006 empecilho que com sua suspens o propiciou a acelera o da entrada da Venezuela ao Mercosul Frisa se a parceria econ mica estrat gica para o Brasil principalmente no tocante energia tanto com a Venezuela quanto com o Paraguai motiva o que circundou a atua o do Brasil tanto na suspens o do Paraguai quanto no ingresso da Venezuela e tamb m nas estrat gias pol ticas e diplom ticas que deram sinais na pol tica externa do Brasil para a volta do Paraguai ao bloco A volta do Paraguai ocorreu de forma plena no dia 27 de dezembro quando da promulga o permissiva ades o da Venezuela Atitude pol tica que refletiu no aspecto jur dico de legitimidade de todos os membr
110. decidiu aderir ao pedido do autor popular Em outras o demandante requereu o chamamento ao processo dos pr prios conselheiros do CARF KNO PFELMACHER s d Exatamente esse fato foi o que gerou a paraliza o acima noticiada Isso pode dar as primeiras pistas sobre o porqu dos membros do CARE muitas vezes prestigiarem uma interpreta o mais estrita das normas tribut rias do que os membros do Poder Judici rio Se um juiz decide errado o m ximo que pode acontecer a sua deci Disse o conselheiro que emplacou a tese vencedora Precedentes do Supremo Tribunal Federal informam que a invas o de terras particulares por sem terra constitui for a maior que justifica o descumprimento das obriga es fiscais do ITR 122 Revista de Informa o Legislativa s o ser mudada Se um agente administrativo aplica mal o Direito as consequ ncias podem ser bem diferentes O fato acima noticiado pode ser visto como refor o a um comporta mento interpreta o literal que se tornar prov vel quando o contexto julgamento de um caso em que h duas interpreta es poss veis ocorrer novamente Tal esquema reproduz exatamente o mecanismo de aquisi o do repert rio comportamental descrito pelo behaviorismo Tais exemplos parecem indicar que pesam de fato outras conting n cias que n o somente a leitura de artigos legais e livros doutrin rios sobre o comportamento de quem interpreta normas Esse peso j foi int
111. demandado sobretudo quando se encontra no polo passivo da a o Munic pios de pequeno e m dio portes como o caso de Ouro Preto Por fim ressalte se que a atua o do Judici rio e do Minist rio P blico tem sido crucial na efetiva o do direito sa de atua o esta que deve ser mantida Contudo importante deixar claro que um Estado que se pretende verdadeiramente Democr tico de Direito como o caso do Brasil o ideal n o apostar todas as suas esperan as em um super Judici rio com respostas prontas e acabadas para todas as quest es que s o levadas a ele Como salienta Bernardo Augusto Ferreira Duarte 2012 p 255 quanto efetiva o dos direitos sociais nada melhor do que uma participa o efetiva da sociedade civil nos rumos das decis es pol ticas Refer ncias ALEXY Robert Teoria dos Direitos Fundamentais Tradu o de Virg lio Afonso da Silva S o Paulo Malheiros 2008 ARANGO Rodolfo Los derechos sociales em ibero am rica estado de la cuesti n y perspec tivas de futuro Cuaderno Eletr nico n 5 2009 Dispon vel em lt http www portalfio org inicio archivos cuadernos electronicos numero 5 1 20Los 20derechos 20sociales w20 en 20Iberoam C3 AYrica pdf gt Acesso em 25 ago 2014 ARA JO Samuel Pedrosa Aleixo de Judicializac o da sa de no mbito da assist ncia farmac utica em Ouro Preto MG 2011 50 p Monografia Gradua o Departamento de Farm cia Universidade Fed
112. demandas de direitos sociais como os direitos sa de e ao transporte entre muitas bandeiras levantadas Com toda a sua for a ocupando in meras cidades de todo o Pa s o movimento irrompeu cooptando energias estagnadas e indignadas que se uniram formando uma onda espont nea refor ada pelo v nculo virtual e viral da internet aparecendo aos olhos de todos expectadores e interessados como um terremoto social Se as atitudes irreverentes lembram um pouco o Maio de 68 e se a evoca o dos protestos juvenis demonstra a criticidade e a radicalidade de uma gera o deve se perceber De fato a ideia de terremoto na interpreta o de Raquel Rolnik bem evidencia o sentido do processo social vivenciado naquele contexto Podemos pensar essas manifes ta es como um terremoto uma met fora mais adequada do que o trov o mencionado no editorial do seman rio franc s que perturbou a ordem de um pa s que parecia viver uma esp cie de vertigem benfazeja de prosperidade e paz e fez emergir n o uma mas uma infinidade de agendas mal resolvidas contradi es e paradoxos ROLNIK 2013 p 8 30 Revista de Informa o Legislativa que as vozes que afirmavam a impot ncia como caracter stica da juventude destes tempos j devem soar mais fracas O bord o Esquegam Maio de 68 deixou de ter presen a e o fluxo dos movimentos que ocupam ruas cidades estradas monumentos torna poss vel percebe
113. dir o que a di Ano 51 N mero 203 jul set 2014 119 feren a vem da hist ria de cada um dos refor os e puni es a que se expuseram e do ambiente em que est o E quanto ao que cada um diz comportamento meramente verbal que justo ou injusto bom ou mau isso j depender do que cada um foi refor ado a dizer que bom e a dizer que mau independentemente do que efetivamente fa a A regra pr tica de Skinner que considera o refor o como bom e puni o como m importa em uma regra sobre julgamentos de valor o comportamento verbal envolvendo bom mau certo e errado A verbaliza o Mentir errado ocorre porque verbaliza es desse tipo foram refor adas por pais e profes sores Assim uma pessoa que nunca recebeu aprova o por tais verbaliza es jamais dir que mentir errado embora talvez nunca venha a mentir se sua hist ria incluiu o refor o da honestidade e a puni o da men tira Outra pessoa poder dizer que mentir errado e no entanto mentir frequentemente BAUM 2006 p 245 6 A interpreta o do Direito como um produto de conting ncias refor adoras e punidoras A hip tese deste cap tulo a da possibili dade de que outras conting ncias al m do seguimento de regras doutrin rias do tipo as exce es se interpretam estritamente estejam atuando sobre o aplicador da lei quando ele escolhe uma determinada interpreta o das normas ju
114. dispo sitivo foi vetado de maneira que somente os legitimados para ajuizarem a es de inconstitucionalidade podem propor ADPF Entre os argumentos expostos pela Presid ncia est o de que a exten s o dos autores emperraria o Supremo pelo excesso de demandas muitas das quais sequer pertinentes e ainda os legitimados previstos no art No caso portugu s Canotilho 1997 p 979 anota que nada obsta os cidad os peticionarem aos org os legitimados para que possam acionar o respectivo controle de constitucionalidade 2 Eis guisa de ilustra o quais as raz es do mencionado veto A disposi o insere um mecanismo de acesso direto irrestrito e individual ao Supremo Tribunal Federal sob a alega o de descumprimento de preceito fundamental por qualquer pessoa lesada ou amea ada por ato do Poder P blico A admiss o de um acesso individual e irrestrito incompat vel com o controle concentrado de legitimidade dos atos estatais modalidade em que se insere o instituto regulado pelo projeto de lei sob exame A inexist ncia de qualquer requisito espec fico a ser ostentado pelo proponente da argui o e a generalidade do objeto da impugna o fazem presumir a eleva o excessiva do n mero de feitos a re clamar aprecia o pelo Supremo Tribunal Federal sem a correlata exig ncia de relev ncia social e consist ncia jur dica das argui es propostas D vida n o h de que a viabilidade funcional do Supremo Tribun
115. do Estado de garantia da conviv ncia e da coopera o entre os homens como mecanismo que o justifica verbis A unidade estatal n o parece de fato nem como org nica nem como fict cia mas como unidade de a o humana organizada de natureza especial A lei da organiza o a lei b sica de forma o do Estado cf acima p 114 e segs A sua unidade a unidade real de uma estrutura ativa cuja exist ncia como coopera o humana torna se poss vel gra as a o de org os especiais conscientemente dirigida para a forma o eficaz de unidade De m xima import ncia para o nascimento e conserva o da unidade estatal s o sem d vida os v nculos vitais e impulsivos os la os da psicologia coletiva e da imita o os geogr ficos nacionais econ micos e mesmo jur dicos todas as comunidades naturais e hist ricas todos os fatores de integra o reais e funcionais O Ministro do STE Lu s Roberto Barroso ao tratar da compet ncia comum ambiental ressalta a necessidade de evitar se a superposi o de atribui es verbis Ao falar em compet ncias comuns quer a Constitui o significar que determinadas mat rias s o da responsabilidade tanto da Uni o como dos Estados e dos Munic pios cabendo a todos eles atuar Para os fins que nos interessam neste estudo cabe observar que se inserem nesta categoria consoante o elenco do art 23 da Constitui o as compet ncias de Proteger o meio ambient
116. do art 23 reza que lei complementar fixar normas para a coopera o entre a Uni o e os Estados o Distrito Federal e os Munic pios tendo em vista o equil brio do desen volvimento e do bem estar em mbito nacional Nesse sentido a Lei n 6 938 de 31 de agosto de 1981 que disp e sobre a Pol tica Nacional do Meio Ambiente conquanto o preceda adequa va se perfeitamente ao ordenamento jur dico da Constitui o de 1988 ao indicar na sua reda o dada pela Lei n 7 804 de 1989 verbis Art 10 A constru o instala o amplia o e funcionamento de estabelecimentos e atividade utilizadoras de recursos ambientais considerados efetiva e potencialmente polui dores bem como os capazes sob qualquer forma de causar degrada o ambiental de pender o de pr vio licenciamento do rg o estadual competente integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente SISNAMA e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov veis IBAMA em car ter supletivo sem preju zo de outras li cen as exig veis BRASIL 1981 grifo nosso Logo a coopera o e a coordena o entre a administra o federal estadual e municipal resultam necessariamente da interdepend ncia de tarefas dos entes federados devendo se harmonizar tais tarefas Nesse sentido importante trazer cola o o pensamento de Heller 1968 p 274 jurista e cientista pol tico alem o que aborda a fun o social
117. e as sociedades nas quais ao menos um s cio responde pelas obriga es de forma pessoal e ilimitada PIMENTA 2008 p 249 A cria o de uma sociedade limitada ade quada aos pequenos e m dios empreendedores que desejam unir recursos para a realiza o de uma atividade econ mica com o objetivo de partilhar os resultados entre si A constitui o de uma sociedade an nima n o convinha a boa parte dos comerciantes pois sua constitui o dif cil dispendiosa e extremamente burocr tica tornando se ideal um tipo que vedasse a cessi bilidade das quotas a estranhos de constitui o simplificada e fundamentada na dire o pessoal dos neg cios sociais LUCENA 2005 p 4 Existem sociedades limitadas de grande porte mas elas s o poucas em rela o ao n mero total de sociedades limitadas em funcionamento A sociedade limitada o tipo societ rio mais utilizado no Pa s conforme destacado na intro du o deste trabalho j que sua constitui o simples e garante a separa o patrimonial dos bens pessoais dos s cios dos bens da socieda de Ela um dos melhores exemplos de ins tituto jur dico desenvolvido com o objetivo de atender maximiza o da riqueza PIMENTA 2008 p 250 A liberdade contratual implica liberdade do indiv duo de determinar o conte do do contra to social que ele escolheu constituir Ela um 4O princ pio da autonomia patrimonial das socieda des empres rias limi
118. e conceber o processo de produ o de normas e de pol ticas p blicas que ter o efeitos sobre os cidad os e seus interesses comuns Assim as instabilidades sociais s o drenadas para dentro de um processo democr tico que apenas pode favorecer o rejuvenescimento das formas pelas quais a hist ria do Pa s encontrou sentido no termo democracia em seu limitado sentido de democracia representativa Por isso a resposta da democracia brasileira a inova o legal que permite integrar o cidad o ao processo de delibera o pol tica institucionalizando formas e m todos instrumentos e mecanismos regras e procedimentos inst ncias e organismos para viabilizarem a aproxima o soberana do individual e coletiva liberdade no grau de autonomia moral que ele encoraja e permite al m disso ele promove um amplo espectro de outras liberdades mais espec ficas que s o inerentes ao processo democr tico constituem pr requisitos necess rios de sua exist ncia ou existem porque como a hist ria demonstra claramente as pessoas que apoiam a ideia e a pr tica do processo democr tico tendem a apoiar generosamente outras liberdades tamb m Em segundo lugar o processo democr tico promove o desenvolvimento humano acima de tudo na capacidade de exercer a autodetermina o a autonomia moral e a responsabilidade pelas pr prias escolhas Finalmente ele o meio mais certo ainda que n o seja perfeito em absoluto para que os sere
119. e no Brasil In POMPEU Gina Vidal Marc lio Ano 51 N mero 203 jul set 2014 299 Atores do desenvolvimento econ mico e social do s culo XXI Fortaleza Universidade de Fortaleza 2009 p 335 377 CATEB Alexandre Bueno An lise Econ mica da Lei de Sociedades Direito amp Economia Porto Alegre Livraria do Advogado 2008 p 263 271 CHILE Ministerio de economia Ley n 19 857 del 24 de enero de 2003 Autoriza el esta blecimiento de empresas individuales de responsabilidad limitada Santiago Subsecretaria de economia fomento y reconstruccion Santiago 24 jan 2003 PIMENTA Eduardo Goulart An lise Econ mica do Direito Societ rio In TIMM Luciano Benetti Direito e Economia no Brasil S o Paulo Atlas 2012 p 225 245 COELHO F bio Ulhoa Curso de Direito Comercial 5 ed S o Paulo Saraiva 2002 3v O Futuro do Direito Comercial S o Paulo Saraiva 2011 COOTER Robert ULEN Thomas Direito e Economia Tradu o de Luis Marcos Sander e Francisco Ara jo da Costa 5 ed Porto Alegre Bookman 2010 GONTIJO Vin cius Jos Marques A regulamenta o das sociedades limitadas Revista dos Tribunais S o Paulo v 92 n 810 p 21 32 abr 2003 GORGA rica Direito Societ rio Atual Rio de Janeiro Elsevier 2013 JORNADA DE DIREITO COMERCIAL I 23 24 de outubro de 2012 Bras lia Conselho da Justi a Federal Centro de Estudos Judici rios 2013 Dispon vel em lt http www cjfjus br c
120. econ mico Na constitui o da sociedade os s cios t m interesses antag nicos no que se refere por exemplo avalia o das contribui es participa o de cada um na administra o e distribui o dos lucros e das perdas mas todos eles t m interesse na melhor realiza o da finalidade para a qual criada a sociedade ASCARELLI 2001 p 276 Por esse motivo a doutrina majorit ria considera o contrato de sociedade um contrato plurilateral de acordo com o qual as vontades criadoras n o se encontram em interesses opostos mas voltadas para a consecu o de um objetivo comum PIMENTA 2010 p 2 A situa o pode ser exemplificada no chamado jogo de ca a ao cervo Dois homens necessitam de coopera o para ca ar um cervo de 60 kg mas poderiam mais facilmente abater uma lebre de 10 kg Caso coope rassem os dois poderiam dividir o cervo em duas partes iguais de 30 kg para cada um Caso optassem pela n o coopera o cada um receberia apenas 10 kg pelo abatimento da lebre Uma situa o semelhante o jogo de coopera o na sociedade Seus resultados dependem da coopera o dos s cios dificultando se condutas oportunistas Vamos explicar melhor Os s cios em um contrato de longo prazo t m interesse na elabora o de um contrato que maximize o resultado para eles Cada um dos s cios no entanto tem um interesse ego sta em atingir uma maior parcela individual ainda que esse comportamento reduza o r
121. emotiva como a conhecemos das rela es amo rosas e das amizades s o diferenciados o reconhecimento jur dico e o assentimento solid rio como modos separados de reconhecimento J em Hegel s o atribu dos respecti vamente a esses tr s padr es de reciprocidade conceitos especiais de pessoa no sentido de que a autonomia subjetiva do indiv duo aumenta tamb m com cada etapa de respeito rec proco mas s em Mead dada intui o inscrita nisso a vers o sistem tica de uma hip tese emp rica segundo a qual o grau de rela o positiva da pessoa consigo mesma se intensifica passo a passo na sequ ncia das tr s formas de reconhecimento HONNETH 2003 p 160 Honneth vai al m e sustenta que o n vel do reco nhecimento do amor o n cleo fundamental de toda a moralidade SAAVEDRA 2007 p 104 amp Para Hegel o amor representa a primeira etapa de reconhecimento rec proco porque em sua efetiva o os sujeitos se confirmam mutuamente na natureza concreta de suas car ncias reconhecendo se assim como seres carentes HONNETH 2003 p 160 O direito ent o deve ser geral o suficiente para levar em considera o todos interesses de todos os participantes da comunidade SAAVEDRA 2007 p 104 lt A solidariedade est vinculada na sociedade moder na condi o de rela es sociais sim tricas de estima entre indiv duos aut nomos e possibilidade de os indiv duos desenvolvere
122. garante a liberdade igual para todos o que para Rawls tem prioridade sobre o segundo princ pio J o segundo princ pio relaciona se ao aspecto da justi a distributiva como ordenar as institui es para a estrutura b sica num esque ma unificado de coopera o social equitativo eficiente e produtivo que possa se manter no transcurso do tempo e cujas condi es para a prossecu o desses misteres est o a cargo da etapa legislativa mediante a promulga o de leis Portanto o tema dos aspectos materiais da dignidade humana dentre os quais se inserem as quest es como a sa de a educa o a segu ran a relaciona se com este segundo princ pio No que concerne quest o da igualdade Rawls entende ser poss vel a desigualdade econ mico social entre as pessoas da por que busca com a sua teoria da justi a por meio de um tratamento legislativo compatibilizar tais diferen as insertas no segundo princ pio com a seguinte proposi o que as desigualdades sociais e econ micas devam estar ligadas a cargos e posi es abertos a todos em condi es de igualdade efetiva de oportunidades e devam proporcionar o maior benef cio aos membros mais desfavorecidos da sociedade Dessa maneira Rawls pretende estabelecer um procedimento equitativo que conduza a um resultado justo racional imparcial numa sociedade em que cada cidad o tenha o mesmo direito sobre as liberdades b sicas iguais em que haja um conjunto m
123. grave saldo social a superar Nesse plano n o se pode esquecer que a Constitui o Cidad recente 1988 cujo papel na rede mocratiza o foi de fundamental import ncia abrindo campo para uma s rie de conquistas no plano dos direitos humanos O 1 PNDH 1996 seguido do 2 PNDH 2002 e do 3 PNDH 2009 deixam registrados o galopar do tratamento evolutivo da mat ria registran do que a cultura dos direitos humanos passa a tornar se linguagem que identifica o perfil de governo tra a di logos com a sociedade civil e demarca campos de atua o cada vez mais extensos Nesse sentido a documentaliza o jur dica dos direitos humanos tem evolu do no Pa s ainda que se deva considerar seu car ter Tem se por base o 4 Relat rio Nacional sobre os Direitos Humanos no Brasil 2010 Sobre o per odo consulte se MOTA 2010 p 112 138 7 Vide ADORNO 2010 p 5 20 recente entre n s Essa condi o atual faz com que em alguns setores as conquistas sejam expressivas e devam ser comemoradas e que em outros setores haja in meras modifica es a serem implementadas e que em outros ainda haja largas tarefas de rememora o do passado a serem trabalhadas Pelo que se percebe os desafios s o muitos e podem ser qualificados pelo conjunto das pesquisas emp ricas que revelam os ndices de pobreza desigualdade mis ria e falta de acesso aos direitos sociais b sicos ao lado dos ndices que comp
124. inser o de normas 2 A pessoa do empres rio pode ser tanto a f sica que emprega seu dinheiro e organiza a empresa individualmente quanto a jur dica criada pela uni o de esfor os de seus inte grantes COELHO 2002 p 63 Os ltimos dados dispon veis de abrang ncia nacional s o referentes ao ano de 2005 e ser o apresentados mais adiante 274 Revista de Informa o Legislativa Tabela 1 Constitui o por tipo jur dico Rio Grande do Sul 2012 Tipo Empres rio Sociedade Sociedade Sociedade jur dico individual limitada an nima cooperativa Ad los g ne 18 831 20 539 89 81 1 605 48 41 193 46 71 49 86 0 21 0 19 3 89 0 11 100 Dados obtidos em JUCEMG 2013 Tabela 2 Constitui o por tipo jur dico Minas Gerais 2012 Tipo Empres rio Sociedade Sociedade Sociedade jur dico individual limitada an nima cooperativa AINEs donos ni ne 19 309 28 712 249 54 2 608 65 50 997 37 86 56 30 0 48 0 10 5 11 0 12 100 Dados obtidos em JUCEMG 2013 Tipo Tabela 3 Constitui o por tipo jur dico Pernambuco 2012 Empres rio Sociedade Sociedade Sociedade jur dico individual limitada an nima cooperativa OS Total ne 8 830 7 367 53 36 1 165 42 17 493 50 47 42 11 0 30 0 20 6 65 0 24 100 Dados obtidos em JUCEMG 2013 simplificadoras das sociedades po
125. int rpretes analisarem os mesmos artigos da lei de estudarem as mesmas regras hermen uticas e mesmo assim haver diverg ncias n o surpreende a an lise comportamental As leis e os livros s o os mesmos mas o ambiente com o qual cada int rprete entra em contato e a sua hist ria como aplicador do Direito que modelam e mant m seu comportamento interpretativo 5 Comportamento governado por regras versus comportamento governado por conting ncias Dentro dessa ideia de governo do comportamento faz se uma distin o entre comportamento governado por regras e por conting n cias Para falar deste ltimo Baum usa outra terminologia modelado implicitamente O comportamento modelado por regras depende do comportamento verbal de outra pessoa o falante enquanto o comporta mento modelado implicitamente n o requer outra pessoa requer somente intera o com refor o n o social BAUM 2006 p 166 Portanto na compreens o e aplica o do Direito o comportamento do jurista n o governado apenas pelos artigos legais pelos dispositivos constitucionais ou pelas recomenda es da doutrina mas tamb m por outras conting ncias que n o s o t o facilmente verbaliz veis ii e E A rigor a categoria conting ncias abrangeria tamb m as regras que na verdade seriam um tipo especial de conting ncia que se caracteriza pelo fato de ser verbaliz vel 118 Revista de Informa o Legislat
126. j sido julgado em primeira inst ncia e aguardando julgamento no tribunal sua reuni o com outro ainda n o sentenciado em primeira inst ncia imposs vel por evidentes raz es de ordem pr tica Referida impossibilidade apresenta se com a mesma intensidade na hip tese de reuni o de a es civis p blicas motivo pelo qual a S mula n 235 do STJ igualmente aplic vel Precisamente a surge a perplexidade pois abre se caminho para provimentos jurisdicionais contradit rios entre a es civis p blicas dirigidas obten o do mesmo resultado pr tico Tendo em vista que a influ ncia rec proca entre o resultado de uma demanda coletiva sobre a outra ineg vel a rigor obtido um provimento jurisdicional sequer haveria interesse processual quanto ao outro cabe reconhecer a exist n cia de uma rela o de prejudicialidade externa entre as duas demandas o A regular precisamente esta sorte de situa o o artigo 265 IV a do C digo de Processo Civil prescreve que Art 265 Suspende se o processo es 232 Revista de Informa o Legislativa IV quando a senten a de m rito a depender do julgamento de outra causa ou da declara o da exist ncia ou inexist ncia da rela o jur dica que constitua o objeto principal de outro processo pendente BRASIL 1973 Caso a extens o territorial dos pedidos constantes nas diferentes a es civis p blicas voltadas obten o d
127. lado ap s a realiza o de toda a instru o processual e co lhida toda a prova produzida em ju zo pelas partes litigantes persistindo a d vida sobre a veracidade dos fatos relevantes controvertidos e n o formada a convic o do julgador para a prola o da senten a a efetiva aplicabilidade da teoria da carga probat ria din mica tem a natureza jur dica de regra de julgamento Assim na senten a que o julgador dever efetivar sua aplicabilidade no caso concreto valendo se de seus termos para adjudicar os efeitos negativos da falta ou defici ncia da prova em desfavor da parte que estava em melhores condi es para a sua realiza o n o acolhendo sua pretens o deduzida em ju zo Logo a teoria da carga probat ria din mica como procedimento mera advert ncia judicial e como base para o julgamento da demanda uma regra de valora o dos efeitos da falta ou defici ncia da prova Como a aplicabilidade da teoria da carga probat ria din mica em termos dogm ticos tem efeitos de grande repercuss o no mbito do direito material e processual e por inexistir uma disposi o legal auto rizadora de sua incid ncia no caso concreto h necessidade de limites 2 Em sentido contr rio dizendo que advert ncia sobre a aplicabilidade da teoria da carga probat ria din mica n o pode ser antecipada pelo rg o julgador BARACAT 2008 p 280 281 262 Revista de Informa o Legislativa objetivos que tenham co
128. livres e iguais em todos os aspectos relevantes ou seja em grau suficiente s necess rias faculdades da personalidade mo ral e outras capacidades que lhes permitam ser membros normais e plenamente cooperativos da sociedade Esclare a se dessa forma que a posi o ori ginal segundo aduz Rawls 2003 p 21 22 deve ser entendida como uma condi o necess ria para situar de modo equitativo as partes livres e iguais e n o permitir que algumas tenham posi es de negocia es mais privilegiadas mais vantajosas que outras Tamb m evita o recurso da for a da coa o de artif cios ou ma nobras ardilosas Igualmente busca abstrair as conting ncias do mundo social ao impedir que as partes conhe am sob o v u de ignor ncia as posi es sociais ou as doutrinas abrangentes espec ficas das pessoas que cada uma delas representa Assim as partes ignoram a ra a e o grupo tnico o sexo ou outros dons naturais como a for a e a intelig ncia das pessoas 240 Revista de Informa o Legislativa Importante assinalar que a posi o original hipot tica na medida em que se pergunta o que as partes poderiam acordar ou acordariam e n o o que acordaram tamb m n o hist ri ca na medida em que n o sup e que o acordo tenha sido concertado alguma vez ou venha a ser celebrado E mesmo que o fosse isso n o faria nenhuma diferen a Na posi o original que as partes racionais e morais escolhem e
129. lt http www planalto gov br ccivil_03 leis 19494 htm gt Acesso em 18 ago 2014 BRASIL Lei n 10 406 de 10 de Janeiro de 2002 Institui o C digo Civil Di rio Oficial da Uni o Bras lia 11 jan 2002 BRASIL Lei n 11 280 de 16 de fevereiro de 2006 Altera os arts 112 114 154 219 253 305 322 338 489 e 555 da Lei n 5 869 de 11 de janeiro de 1973 C digo de Processo Civil relativos incompet ncia relativa meios eletr nicos prescri o distribui o por depend ncia exce o de incompet ncia revelia carta precat ria e rogat ria a o rescis ria e vista dos autos e revoga o art 194 da Lei n 10 406 de 10 de janeiro de 2002 C digo Civil Di rio Oficial da Uni o Bras lia 17 fev 2006 Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil 03 Ato2004 2006 2006 Lei L11280 htm gt Acesso em 18 jul 2014 BRASIL Supremo Tribunal Federal Tutela antecipada servidores vencimentos e vanta gens suspens o da medida presta o jurisdicional Ao primeiro exame inexiste relev ncia jur dica suficiente a respaldar concess o de liminar afastando se a efic cia do artigo 1 da Medida Provis ria n 1 570 97 no que limita o cabimento da tutela antecipada empresta duplo efeito ao recurso cab vel e viabiliza a suspens o do ato que a tenha formalizado pelo Presidente do Tribunal a quem competir o julgamento deste ltimo Liminar presta o jurisdicional antecipada cau o garantia re
130. mais bem examinada no t pico a seguir 3 A acci n p blica de inconstitucionalidad perante a Corte Constitucional da Col mbia Divisam se diversos procedimentos relacionados ao controle de constitucionalidade perante a Corte Constitucional da Col mbia O art 40 6 da Carta Pol tica de 1991 enuncia que todo o cidad o pode interpor a es p blicas em defesa da Lei e da Constitui o Assim tem se a a o p blica de inconstitucionalidade por meio da qual todo cidad o pode demandar diretamente sem a necessidade de demonstrar interesse particular e sem v nculo processual qualquer lei ou decreto com for a de lei que entenda ser inconstitucional REGUE RA 2006 Nas palavras de Naranjo Mesa cuida se de signficativo mecanismo de controle constitucional popular inaugurado na pret rita Constitui o de 1910 En orden a instituir la Constituci n como primer fundamento del sistema jur dico colombiano el art culo 4 de la Carta dispone que la constituci n es norma de normas y que en caso de que exista incompatibilidad entre la Constituci n y la ley u otra norma jur dica se aplicaran las disposiciones constitucionales La consecuencia obvia al principio de que la ley debe estar subordinada a la Constituci n y por tanto a que su contenido material se encuentre acorde con el texto superior es precisamente el establecimiento de mecanismos de control que permitan garantizar la operancia de ese fun damento de Estado la s
131. menos ostensible intenta preservar una semblanza institucional m nima por ejemplo con el Congreso en funcionamiento y o la Corte Suprema temporalmente intacta no siempre involucra a una gran potencia por ejemplo Estados Unidos y aspira m s a resolver un impasse social o pol tico potencialmente ruinoso que a fundar un orden novedoso Ocorre que dentro de um regime democr tico e em uma interpre ta o sistem tica da pr pria Constitui o do Paraguai a decis o sobre o tempo recai sobre o Senado n o havendo uma limita o temporal sendo aquela adequada no entendimento da casa legislativa Ora sa bido que o n mero de parlamentares que concordaram com a deposi o foi expressivo al m disso tais parlamentares j se haviam posicionado e Lugo n o tinha a for a necess ria no Congresso Se houvesse um tempo maior os parlamentares decidiriam de forma diferente Pro vavelmente n o De todo modo levando em conta a fraqueza institucional do gover no de Lugo fica claro mesmo que as acusa es contra Lugo n o sejam substantivas e care am de uma robustez jur dica que o processo n o pode ser visto pelos outros Estados como legalmente v lido A validade Ano 51 N mero 203 jul set 2014 101 do processo interno est inscrita nas leis internas e na Constitui o da quele que o deflagrou O processo de impeachment foi v lido pelas leis paraguaias e pela Constitui o de seu pa s E nos dizeres do professor
132. mental ser desrespeitado em seu n cleo essencial CAVALCANTE FILHO 2013 p 25 18A express o reserva do poss vel Vorbehalt des m glichen foi utilizada pela primeira vez pelo Tribunal Constitucional Federal Alem o em julgamento proferido em 18 de julho de 1972 Trata se da decis o BVerfGE 33 303 numerus clausus na qual se analisou a Ano 51 N mero 203 jul set 2014 131 Levando em considera o o objeto deste trabalho os limites do Judici rio ao intervir para garantir a efetividade do direito sa de necess rio delimitar o n cleo essencial do direito social sa de uma vez que quando desrespeitado tal n cleo pela Administra o P blica o Judici rio estar legitimado a intervir nas pol ticas p blicas Luciana Gaspar Melqu ades 2011 p 160 161 defende que o n cleo essencial do direito sa de a preserva o do direito vida demandas de sa de de primeira necessidade partindo do premissa de que a garantia do direita vida seria o pressuposto l gico para a frui o de todas as manifesta es do direito sa de considerado como a segunda dimens o do direito vida Este tem sido o entendimento perfilhado pelo Supremo Tribunal Federal como por exemplo no Agravo Regimental no Recurso Extraordin rio com Agravo n 685 230 MS quando foi submetido aprecia o do Supremo constitucionalidade em controle concreto de normas de direito estadual que re
133. micas de longo prazo por lhes retirar previsibilidade Especificamente o estudo trata sobre mercado de cr dito e chega conclus o de que o fato es timularia a cobran a de juros mais altos do que os ndices oficiais devido eleva o dos riscos A incerteza jurisdicional tamb m pode levar a casos de sele o adversa Segundo essa teoria a parte envolvida h mais tempo no neg cio tem mais informa es sobre suas particularidades que as novas partes que procuram o mesmo neg cio o que a leva atua o oportunista que antecederia a celebra o do contrato George Akerlof 1970 p 488 490 tratou do caso com rela o ao mercado de carros usados nos Esta dos Unidos em que buscava uma raz o para a queda do pre o desses autom veis em rela o Ano 51 N mero 203 jul set 2014 81 aos novos A conclus o foi a de que haveria assimetria de informa o entre vendedores e compradores j que os primeiros det m as reais informa es sobre o produto e os outros apenas as adquiriam ap s a compra Esta por sua vez lhes proporcionaria o conhecimento de eventuais defeitos o que os levaria a vender os carros causando diminui o dos pre os O efeito final no mercado seria que os detentores de carros de melhor qualidade por m usados n o os venderiam a pre os baixos causando uma queda na venda dos carros usados pois s os propriet rios de carros defeituosos se interessariam em vend los Assim a assimetria de
134. mutualismo Para al m do aspecto macroecon mico exis tem no desenvolvimento de atividades de pes quisa e desenvolvimento P amp D vantagens para os pactuantes entidades privadas institui es de ensino organismos estatais fundamentalmente pela uni o de recursos t cnicos humanos e fi nanceiros pela maximiza o das chances pela divis o dos riscos pela mitiga o dos custos do empreendimento BRISOLA et al 1997 p 2 Com efeito para as organiza es empre sariais do setor produtivo vantajoso empar ceirar se com institui es de ensino superior detentoras de extrato humano qualificado e conhecimento cient fico Para estas por sua vez participar do processo de Pesquisa e Desenvol vimento P amp D em conjunto com organiza es privadas constitui forma de capta o de recur sos financeiros f sicos e humanos adicionais e complementares Nesse passo a Lei n 10 973 2004 previu em seu art 5 Art 5 Ficam a Uni o e suas entidades autorizadas a participar minoritariamente do capital de empresa privada de prop sito espec fico que vise ao desenvolvimento de projetos cient ficos ou tecnol gicos para obten o de produto ou processo inovadores Par grafo nico A propriedade intelectual sobre os resultados obtidos pertencer s institui es detentoras do capital social na propor o da respectiva participa o BRASIL 2004 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 65 O Decr
135. n o deveria valer para qualquer um deles A discuss o parece nos pertinente poss vel introdu o no nosso orde namento da sociedade an nima simplificada caso se cogite a inser o de um capital m nimo no seu regramento jur dico Desse modo o le gislador deveria estender o requisito do capital m nimo aos demais tipos jur dicos incluindo a sociedade an nima simplificada ou deveria revog lo para todos eles o que nos parece a solu o mais adequada 3 Sociedade empres ria prefer vel em muitos casos a explora o da atividade econ mica por meio de uma pessoa jur dica em vez de um empres rio individual especialmente quando a empresa envolve a necessidade de agrega o de bens ou servi os suficientes para o empreendimento desejado A sociedade empres ria n o se confunde com S o as sociedades empres rias que agrupam dife rentes quantidades de pessoas e capitais para viabilizar e maximizar o exerc cio de atividades de produ o ou distribui o de bens ou de servi os com intuito lucrativo PIMENTA 2008 p 247 A defini o de sociedade est prevista no art 981 do C digo Civil Art 981 Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou servi os para o exerc cio de atividade econ mica e a partilha entre si dos resultados BRASIL 2002 282 Revista de Informa o Legislativa o titular ou com os s cios que a c
136. n o h qualquer constitui o de afeta o patrimonial de parte dos bens do empres rio individual para a atividade empre sarial que justifique a forma o de um capital de forma destacada O art 973 do Projeto de Lei n 634 1975 C digo Civil dispensava o pequeno em pres rio conforme definido em decreto de inscri o e das restri es e deveres impostos aos demais empres rios O projeto original foi elaborado com base na previs o de tratamento favorecido ao pequeno comerciante inclusive com a dispensa da exig ncia de manter escri tura o Cabe destacar que o projeto original foi modificado conforme emenda apresentada durante a sua tramita o legislativa O art 973 correspondente ao art 970 do C digo Civil vigente passou a n o mais dispensar o pequeno firma com a respectiva assinatura aut grafa TI o capital IV o objeto e a sede da empresa BRASIL 2002 2 Art 1 Todo comerciante obrigado a seguir ordem uniforme de escritura o mecanizada ou n o utilizando os livros e pap is adequados cujo n mero e esp cie ficam a seu crit rio Par grafo nico Fica dispensado desta obriga o o pequeno comerciante tal como definido em regulamento vista dos seguintes elementos considerados isoladamente ou em conjunto a natureza artesanal da atividade b predomin ncia do trabalho pr prio e de familiares ainda que organizada a atividade c capital efetivamente em pregado d renda br
137. n ser sometidos a juicio pol tico por mal desempe o de sus funcio nes por delitos cometidos en el ejercicio de sus cargos o por delitos comunes La acusaci n ser formulada por la C mara de Diputados por mayor a de dos tercios Corresponder a la C mara de Senadores por mayor a abso luta de dos tercios juzgar en juicio p blico a los acusados por la C mara de Diputados y en caso declararlos culpables al s lo efecto de separarlos de sus cargos En los casos de supuesta comisi n de delitos se pasar n los antecedentes a la justicia ordinaria PARAGUAL 1992 As autoridades do Paraguai n o participaram da reuni o presidencial de Mendoza tampouco do Conselho do Mercado Comum integrado pelos ministros de Rela es Exteriores e da Economia rg o superior do Mercosul habilitado a adotar decis es obrigat rias para os Estados Partes de acordo com o Tratado de Assun o 1991 em seu artigo 10 Celso Lafer 2013 no artigo Descaminhos do Mercosul avalia a suspens o do Paraguai como uma decis o ilegal e reveste do mesmo ca r ter a incorpora o da Venezuela ao bloco assunto que ser abordado adiante Para Lafer 2013 a aplica o da cl usula democr tica requer uma verifica o de que teria efetivamente ocorrido uma ruptura de or 1100 Revista de Informa o Legislativa dem democr tica no Paraguai Um golpe de estado requer a aus ncia do t tulo democr tico na governabilidade do pa s fato que
138. ncias ARA JO N dia de Direito internacional privado teoria e pr tica brasileira 5 ed Rio de Janeiro Renovar 2011 2 STJ RESP 200702311836 Rel Min Eliana Calmon DJE Data 4 8 2009 233 A C n 0008072 51 2008 4 03 6183 SP Nona Turma Rel Des Fed Marisa Santos D J 8 9 2011 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 233 BRASIL Lei n Lei n 5 869 de 11 de Janeiro de 1973 Institui o C digo de Processo Civil Di rio Oficial da Uni o Bras lia 17 jan 1973 BRASIL Lei n 7 347 de 24 de julho de 1985 Disciplina a a o civil p blica de responsa bilidade por danos causados ao meio ambiente ao consumidor a bens e direitos de valor art stico est tico hist rico tur stico e paisag stico vetado e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o Bras lia 25 jul 1985 Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil_03 leis 173470rig htm gt Acesso em 18 jul 2014 BRASIL Lei n 8 078 de 11 de setembro de 1990 Disp e sobre a prote o do consumidor e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o Bras lia 12 set 1990 Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil_03 leis 18078 htm gt Acesso em 18 jul 2014 BRASIL Lei n 9 494 de 10 de setembro de 1997 Disciplina a aplica o da tutela anteci pada contra a Fazenda P blica altera a Lei n 7 347 de 24 de julho de 1985 e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o Bras lia 24 dez 1997 Dispon vel em
139. ncias que nos parecem for ar de forma arbitr ria e com objetivo meramente arrecadat rio o registro do empres rio individual importante esclarecer nossa posi o Somos favor veis inscri o facultativa do empres rio individual no registro mercantil Aqueles que quiserem se cadastrar podem faz lo mas somos contra a imposi o estatal Vejamos algumas consequ n cias da aus ncia de inscri o O empres rio in dividual sem registro e credor de outro empre s rio n o tem legitimidade ativa para requerer a fal ncia do empres rio devedor Essa exig ncia n o nos parece razo vel haja vista que per mitido a qualquer credor requerer a fal ncia de A natureza da inscri o do empres rio tem car ter meramente cadastral sem qualquer interesse pr tico para o empreendedor individual 10 N o vislumbramos raz es de ordem t cnica por exemplo para condicionar o registro do empres rio in dividual no Cadastro Nacional da Pessoa Jur dica CNPJ ou no Instituto Nacional do Seguro Social INSS ao seu cadastramento pr vio no registro mercantil A Lei de Fal ncias exige que o credor empres rio apresente certid o do registro de empresas que comprove a regularidade de suas atividades Art 97 Podem requerer a fal ncia do devedor IV qualquer credor 1 O credor empres rio apresentar certid o do Registro P blico de Empresas que comprove a regularidade de suas atividades BRASIL 2005
140. nessas premissas consequentemente segundo parte da doutrina e da jurisprud ncia brasileira poss vel compatibilizar a re gra da responsabilidade civil subjetiva do m dico consubstanciada no pressuposto da culpa artigo 14 4 com a regra da invers o do nus da prova artigo 6 inciso VIII presentes os requisitos legais necess rios verossimilhan a da alega o ou hipossufici ncia t cnico econ mica Nesse quadro o paciente lesado autor da a o indenizat ria fica exclu do do encargo de provar a culpa do m dico no caso concreto ou seja presume se que o m dico agiu com culpa para a produ o do dano objeto de indeniza o Durante a instru o processual o paciente n o tem o nus de produzir prova da culpa do m dico nada contribuindo nesse sentido para a forma o da convic o do julgador De outro lado o encargo probat rio da contraprova exclusivo do profissional m dico Cabe a ele portanto demonstrar durante a instru o que n o agiu com culpa para a produ o do resultado danoso ou que o evento lesivo teve como causa um fator estranho sua conduta profissional A quest o que se levanta nessa mat ria analisar de forma isenta e sem os arroubos de paix o que o CDC provoca na doutrina e jurisprud ncia brasileira se o paciente pode realmente ser equiparado a um consumidor para fins de incid ncia do referido C digo E nessa importante problem tica entende se que n o O
141. nimo de condi es materiais para todos que maximize o bem estar dos menos favorecidos em que todos possam ter acesso aos seus benef cios de toda ordem e que todos indistintamente possam desfrutar de um sistema equitativo de oportunidades Com essa breve e singela aprecia o da teoria da justi a de Rawls observa se que por essa concep o filos fica e pol tica lidar com quest es relacionadas com a justi a social o que ocorre principalmente no segundo princ pio o da Igualdade Equitativa de Oportunidades equivale a tratar de quest es como a igual dade desigualdade entre pessoas grupos em diferentes dimens es distribui o de recursos materiais e acesso educa o sa de princi palmente para os menos favorecidos Portanto na cidadania igual os cidad os t m direito a disputar oportunidades de forma equitativa cargos p blicos e pol ticos sem pre Ano 51 N mero 203 jul set 2014 241 conceitos de origem ra a cor sexo idade posi o social e quaisquer outras formas de discrimina o ainda que se respeitem as desigualdades na me dida em que representem o maior benef cio poss vel aos cidad os menos favorecidos da sociedade Nesse sentido afirma Rawls 2003 p 61 62 Para tanto diz se que a igualdade equitativa de oportunidades exige n o s que cargos p blicos e posi es sociais estejam abertos no sentido formal mas que todos tenham uma chance equitativa de ter acesso a eles
142. normas v lidas podem mostrar se aplic veis concomi tantemente G nther 1995 p 230 oferece um exemplo simples h uma norma que prescreve que as promessas s o feitas para serem cumpri das Outra norma especifica que se deve prestar aux lio a quem necessita Ambas s o v lidas em termos morais espelham interesses gerais e n o lesam outros interesses gerais com seu se contentam com qualquer procedimento de cria o de direito simplesmente previsto por normas secund rias Ela se diferencia tamb m das teorias que no lugar de princ pios materiais ou procedimentos formais baseiam se na pessoa e suas aptid es e caracter sticas especialmente na raz o em que todas as pessoas se igualam G NTHER 2006 p 223 Tal caracter stica torna o discurso jur dico n o neces sariamente rec proco ao contr rio do discurso pr tico geral de justifica o de normas Ora normas morais pressup em que todos os afetados adotar o uma posi o discursiva para demonstrar sua aceita o condi o de validade o que absolutamente prescind vel no campo jur dico em que uma argumenta o n o dial gica que comprove a compatibilida de da norma com o ordenamento e a exist ncia de condi es suficientes para participa o dos cidad os nos processos deliberativos j ser suficiente Para mais aprofundamentos inclusive com refer ncia posi o contr ria adotada por Alexy ver G nther 1995 p 295 300 seguim
143. o se n o houver o estabelecimento de alguma exce o raz es definitivas ALEXY 2008 p 106 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 167 especialidade temporalidade entre outros Ao final caso o conflito n o seja apenas aparente e as regras sejam efetivamente contradit rias deve se proceder declara o de invalidade de uma das regras incidentes sobre a situa o ALEXY 2008 p 92 93 A colis o de princ pios por sua vez permite que se fuja l gica da invalidade sendo resol vida pela aplica o da lei de colis o na qual se determina que princ pio ganha maior peso na rela o de preced ncia condicionada e que por conseguinte deve regular o fato ALEXY 2008 p 95 A partir do princ pio de maior peso ou precedente extrai se por uma opera o l gico hermen utica uma regra que vai decidir a situa o As teses principais dessa teoria s o siste matizadas por Canotilho 2003 p 1161 1162 Os princ pios s o normas jur dicas imposi tivas de uma optimiza o compat veis com v rios graus de concretiza o consoante os condicionalismos f cticos e jur dicos as regras s o normas que prescrevem imperati vamente uma exig ncia imp em permitem ou pro bem que ou n o cumprida nos termos de Dworkin aplicable in all or no thing fashion a conviv ncia dos princ pios conflitual Zagrebelsky a conviv ncia das regras antin mica os princ pios coexistem as
144. o conflito entre as reas atinge a pr pria estrutura do sistema capi talista pois as normas gerais e abstratas devem ensejar condi es de certeza jur dica possibilitando que os agentes econ micos conhe am antecipadamente os resultados jur dicos de suas a es e decis es Esse c lculo econ mico requer previsibilidade sob v rios aspectos inclusive os relativos aos comportamentos dos agentes e s decis es das autoridades na aplica o do direito O Direito faz parte das condi es sociais neces s rias para tanto WEBER 1964 apud MELLO 2006 p 45 66 Alguns autores v o al m disso e estabelecem uma rela o direta entre Direito e Estado na qual a economia encontra guarida Nesse sentido pol ticas p blicas principalmente de natureza econ mica s o introduzidas no ordenamento jur dico Assim em casos de crise como a ocorrida nos EUA em 2008 e que devido globaliza o se alastrou para o restante do mundo o Direito chamado para produzir meios de solu o que muitas vezes n o condizem com o pensamento econ mico dominante do per odo hist rico SHWARTZ PRATES DA SILVA 2012 p 313 Situa es de colis o entre Direito e Economia assim gerariam incertezas que afetariam a pr pria racionalidade econ mica Apesar desses conflitos entre Direito e Economia diversos estudos de senvolvidos na d cada de 90 demonstraram empiricamente a import ncia das institui es na organiza o da atividade econ m
145. o do Decreto n 510 de 22 de Julho de 1890 que trazia o pr prio texto da vindoura Constitui o de 1891 o que se mant m em linhas gerais at a presente data inclusive no tocante efic cia da palavra final do Poder Judici rio Ano 51 N mero 203 jul set 2014 207 sobre diversas quest es nacionais relevantes tanto na seara pol tica quanto no campo social Ademais o texto de Rosenfeld n o se limita a um detalhamento concreto de decis es judici rias norte americanas e sim trespassa sua an lise com conceitos capitais de direito constitucional ocidental in cluindo democracia pluralismo e miss o das cortes constitucionais o que permite inferir seu car ter universal ou universalizante autorizando a an lise ora pretendida 2 natureza e o resultado pr tico da decis o do STF curioso notar que a decis o proferida pelo STF no caso da uni o homoafetiva traz em si mesma e desde a ideia inicial uma concep o de compara o metaf rica A causa de pedir em ambas as a es con juntamente julgadas foi respaldada no pleito de fixa o e confer ncia de efic cia s similitudes entre as uni es ali chamadas heteroafetivas ou seja laceadas entre pessoas de sexo oposto e as homoafetivas engen dradas no plano f tico entre pessoas do mesmo sexo O resultado final foi o reconhecimento por unanimidade a partir do voto do Ministro Relator Ayres Britto de exist ncia e validade jur dica un
146. o jurisdicional e n o atendeu s expectativas de uma das partes Fica claro por conseguinte que a pr tica de ajuizar novamente perante outro ju zo a o civil p blica cujo pedido de atribui o de efeitos nacionais j havia sido indeferido por ju zo com compet ncia territorial diferente equivale mesmo que n o propositalmente quilo que o Direito Interna cional Privado e a doutrina estrangeira denominam de forum shopping Talt tica amplamente repudiada mundo afora consiste em procurar o ju zo mais favor vel a uma determinada lide ajuizando demandas at encontr lo ou ainda formatar a lide de forma a atrair a compet ncia de determinado Ju zo pelo qual a parte autora tem prefer ncia A situa o mostra se mais preocupante nas hip teses em que ancorado no precedente gen rico de que a litispend ncia entre a es civis p blicas n o tem o efeito de extinguir uma delas e na S mula 235 do STJ cujo teor veda a reuni o de processos se um deles j foi julgado o mesmo substituto processual aju za a mesma a o civil p blica com pedido de efeitos nacio nais perante ju zos diferentes at encontrar um que a defira integralmente Explica N dia de Ara jo 2011 p 241 que no mbito do Direito Internacional Privado o forum shopping ocorre principalmente em busca de jurisdi es propensas a atribuir indeniza es milion rias em casos de N o h confundir negativa de presta o jurisdicional com deci
147. o representa ne cessariamente uma fiscaliza o constitucional mas uma fun o constitucional aut noma que tendencialmente se pode caracterizar como fun o de legisla o negativa Para Jorge Miranda 2005 p 117 o Tribunal Constitucional repre sentaria um tertium genus na medida em que En general se ha adoptado en los casos mencio nados el llamado modelo europeu cuya paternidad es abiertamente reconocida al eminente jurista austro norteamericano Hans Kelsen Pero su influencia como me propongo demostrarlo en este trabajo no se limit al viejo Continente sino se extendi a otras partes del mundo y en el caso que nos interesa tambi m a Colombia al acoger un nuevo sistema de control constitucional en la Carta de 1991 hoy vigente Esto de ninguna manera demerita la larga tradici n colombiana en esta materia sino se ala un notable progreso que a pesar de las manifestaciones iniciales de escepticismo y la resistencia y desconfianza que acompa an todo cambio se ha hecho palpable por labor de la Corte en su funci n esencial de guardi n de la Constituci n BORDA 2000 p 17 190 Revista de Informa o Legislativa possui caracter sticas de rg o jurisdicional po r m n o era um Tribunal como os outros por ser especializado na jurisdi o constitucional No contraponto portanto ao modelo norte americano que permite o exame incidental da compatibilidade normativa constitucion
148. ola de Derecho Constitucional Madrid a 9 n 27 p 93 110 sept dic 1989 VILA Humberto Teoria dos princ pios da defini o aplica o dos princ pios jur dicos 5 ed S o Paulo Malheiros 2006 176 p BARBOSA Rui Os atos inconstitucionais do Congresso e do Executivo ante a Justi a Federal Rio de Janeiro Companhia Impressora 1893 249 p BARROS Suzana de Toledo O princ pio da proporcionalidade e o controle de constitucio nalidade das leis restritivas de direitos fundamentais 2 ed Bras lia Bras lia Jur dica 2000 BARROSO Lu s Roberto O controle de constitucionalidade no direito brasileiro exposi o sistem tica da doutrina e an lise cr tica da jurisprud ncia S o Paulo Saraiva 2004 299 p A nova interpreta o constitucional pondera o direitos fundamentais e rela es privadas 2 ed Rio de Janeiro Renovar 2006 419 p BINENBOJM Gustavo A nova jurisdi o constitucional brasileira legitimidade democr tica e instrumentos de realiza o 2 ed Rio de Janeiro Renovar 2004 282 p BRAGA Valeschka e Silva Princ pios da proporcionalidade e razoabilidade Curitiba Juru 2004 BRANCO Paulo Gustavo Gonet COELHO Inoc ncio M rtires MENDES Gilmar Fer reira Hermen utica constitucional e direitos fundamentais Bras lia Bras lia Jur dica 2002 Curso de direito constitucional S o Paulo Saraiva IDP 2007 BRASIL Lein 221 de 20 de novembro de 1894 Compl
149. os custos de transa o que impactam a rela o no contrato de concess o de servi o p blico ao atrair mais investimento pelo setor privado e gerar desenvolvimento econ mico Refer ncias AKERLOF George A The market for lemons quality uncertainty and the market mecha nism Quarterly Journal of Economics Oxford v 84 n 3 p 488 500 ago 1970 ARIDA Persio BACHA Edmar Lisboa LARA RESENDE Andr Credit Interests and Jurisdictional Uncertainty Conjectures on the Case of Brazil In GIAVAZZI Francesco GOLDFAJN Ilan HERRERA Santiago Ed Inflation Targeting Debt and the Brazilian Experience 1999 to 2003 London Cambridge MA The MIT Press 2005 BARRAL Welber Desenvolvimento e sistema jur dico a busca de um modelo te rico In PIMENTEL Luiz Ot vio Org Teoria jur dica e desenvolvimento Florian polis Funda o Boiteux 2006 BARROSO Lu s Roberto A judicializa o ativismo judicial e legitimidade democr tica Revista Atualidade Jur dica revista eletr nica do Conselho Federal da OAB s 1 n 4 jan fev 2009 COASE Ronald The problem of social cost Journal of Law and Economics Chicago v 3 p 1 44 out 1961 CONTINENTINO Marcelo Casseb Ativismo judicial proposta para uma discuss o con ceitual Revista de Informa o Legislativa Bras lia v 49 n 193 jan mar 2012 COOTER Robert ULEN Thomas Derecho y economia M xico Fondo de Cultura Eco n mica 1998 GICO J
150. para si um mbito de soberania e a o maior do que aqueles que est o dispostos a transferir ao ente federal estava se referindo ao princ pio da subsidiariedade CUNHA 1995 p 422 Baracho 1995 p 51 ressalta a import ncia desse princ pio verbis O princ pio de subsidiariedade tem sido objeto de diversos estudos em v rias partes do mundo German J Bidart Campos afirma que oriundo da doutrina social da Igreja no s culo XX o princ pio da subsidiariedade preconiza que injusto e il cito adjudicar a uma sociedade maior o que ainda capaz de fazer com efic cia uma sociedade menor Entende ainda o publicista argentino tratar se de princ pio de justi a de liberdade de pluralismo e de distribui o de compet ncias atrav s do qual o Estado n o deve assumir por si as atividades que a iniciativa privada e grupos podem desenvolver por eles pr prios devendo auxili los estimul los e promov los No mesmo sentido s deve supri las ou substitu las quando s o impo tentes e ineficientes para realizar suas tarefas Objetivando igual efic cia deve se dar prefer ncia unidade social menor em lugar da maior do mesmo modo privilegiar o n vel social inferior a um n vel social superior ou mais amplo Para fins do nosso trabalho a defini o de Baracho 1995 mostra se perfeita A subsidiariedade deve ser vista como princ pio pelo qual as decis es ser o tomadas ao n vel pol tico mais baixo poss
151. patrimonial de heran a e de ado o de crian Ano 51 N mero 203 jul set 2014 209 cas e adolescentes itens 19 40 44 48 e 49 do Voto al m de deixar impl cita a possibilidade de convers o em casamento na parte dispositiva do ac rd o adiante transcrita Ali s no item 47 subitem II 1 o Voto expressamente nega a tradi o de casamento civil entre homem e mu lher afirmando que a Constitui o n o usa tais substantivos ao tratar do instituto Considerou se como um dos pressupostos para a decis o que a defini o de fam lia na Constitui o n o se afigura excludente ou numerus clausus de modo a admitir como consect rio l gico da aus ncia de proibi o a formata o de novos modelos derivados da autonomia da vontade Rosenfeld sobre isso transcreve funda mentos do voto do Justice Brennan no caso Michel H v Gerald D no mesmo sentido de que o conceito de fam lia no sistema jur dico realmente n o pode ser visto como taxativo Ainda que concordemos que a familia seja parte da boa vida absurdo presu mir que possamos concordar acerca do con te do desses termos e destrutivo pretender que estamos de acordo sobre esse conte do 2003 p 101 No ac rd o o Ministro Ayres Britto BRA SIL 2011 precisamente no item 44 do Voto retoma o tema ao usar a met fora de considerar a fam lia como um continente apto a abarcar outras esp cies n o expressam
152. por duas outras 206 Revista de Informa o Legislativa fases inicialmente buscando uma identidade positiva inclusive com readmiss o ponderada de posturas outrora simplesmente negadas seguindo se um est gio de autoafirma o no qual o sujeito constitucional se compreende como gerente da sua pr pria moldura num ato de refinamento dos valores e concep es que lhe parecem interessantes A met fora consistiria na ado o de simi laridades e equival ncias para forjar v nculos de identidade ROSENFELD 2003 p 61 refor ando no campo discursivo o aspecto da identidade com consequente redu o do peso da diferen a A utiliza o exatamente meta f rica pelo autor do verbo forjar inventar maquinar coaduna se com sua afirma o subsequente de que a argumenta o jur dica repousa destacadamente sobre o estabelecimen to de analogias e similaridades ROSENFELD 2003 p 63 Ou seja o uso da met fora serve para conferir conectividade ao discurso permi tindo o trato de uma situa o a partir de pontos referenciais de conex o com outra situa o mais conhecida e pacificada E a meton mia trabalha a quest o do contex to servindo para evocar as diferen as e alcan ar a especificidade de cada situa o submetida an lise constitucional Enquanto a met fora tra balha com a similaridade a meton mia promove a an lise a partir da contiguidade vizinhan a O uso da meton mia con
153. primeira virtude das institui es sociais como a verdade o dos sistemas de pensamento Com essa formula o Rawls concede justi a um papel fundamental no sentido de atribuir direitos e deveres b sicos na sociedade bem como a distribui o apropriada dos benef cios e encargos da coopera o social Assim sendo considera a justi a assim como a verdade vigas mestras de sua teoria no sentido de a justi a negar que a perda da liberdade de alguns se justifique por um bem maior partilhado por outros Rawls entende que uma teoria por mais requintada que seja deva ser rejeitada ou alterada se n o for verdadeira da mesma forma as leis e as institui es mesmo sendo eficazes e bem concebidas devem ser reformadas ou abolidas se forem injustas Al m disso pensa que numa sociedade justa as liberdades da cidadania igual devam ser consideradas inviol veis e os direitos assegurados pela justi a n o devam se sujeitar a negocia es pol ticas nem a c lculo de interesses escusos 238 Revista de Informa o Legislativa Todas essas proposi es parecem expressar que uma sociedade bem ordenada e regida por uma concep o pol tica e p blica busca uma identidade de interesses no aspecto de a coopera o social possibilitar a que todos os integrantes tenham uma vida melhor do que teriam se cada um dependesse de seus pr prios esfor os Assim dir se que a teoria da justi a de Rawls est assentada na ideia de uma so
154. processo de forma o do texto legislativo Por outro lado na opini o de Edilson Nobre depois da sa da do Presidente Charles de Gaule do cen rio pol tico 1971 transformou se o Conseil em intransigente defensor dos direitos fundamentais sendo de destacar a constru o da teoria do bloco de constitucionalidade passando a ser reconhecido pela doutrina entre os quais o pr prio Louis Favoreu como verdadeiro Tribunal Constitucional Nos demais pa ses sobretudo na era do p s guerra prevalece o controle jurisdicional das leis e dos atos normativos promovido pelo Judici rio ou Corte Constitucional conquanto na esteira do pensamento de Meirelles Teixeira convenha creditar ao povo o esperado protago nismo na preserva o da integridade constitucional Por oportuno em homenagem ao saudoso e prestigiado constitucionalista paulista conv m reproduzir sua precisa cr tica Evidentemente a pr pria Na o soberana sempre em ltima inst ncia a defensora suprema da Constitui o e tal asser o n o constitui mera figura de ret rica democr tico liberal Num pa s onde existam tradi es pol ticas aprimorado civismo onde o povo compreenda o imenso valor da liberdade das institui es livres e do Estado de Direito a opini o p blica exercer realmente uma tal press o constante e efetiva sobre o gover no e parlamentos que estes dificilmente ousar o violar a Constitui o mesmo que esta se apresent
155. promovem comportamentos por meio de regras e de acordo com seu ambiente de aplica o RIBEIRO GALESKI JUNIOR 2009 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 75 As leis seriam determinantes para minimizar o impacto dos custos nas rela es econ micas seja pela distribui o do direito de propriedade seja pela defini o da redistribui o da renda os contratos facilitariam a troca de bens dentro do mercado e n o da empresa al m de distribuir riscos e o Judici rio arbitraria disputas no caso de situa es n o previstas no contrato PINHEIRO SADDI 2005 p 14 Os contratos inclusive seriam na vis o de Max Weber pe as chaves para as rela es econ mi cas j que propiciariam liberdade substantiva para negociar e ao mesmo tempo permitiriam garantir a execu o do acordado WEBER 1964 apud MELLO 2006 p 62 Douglas North 1994 p 359 360 afirma que as institui es formam as estruturas de incentivo da sociedade sendo que as institui es pol ticas e econ micas determinam a performance econ mica e portanto o desenvolvimento Al m disso o autor acredita ser o fator tempo fundamental para a sua determina o sendo ele a dimens o em que o processo de aprendizagem dos seres humanos as formatam de acordo com as mudan as sociais e n o apenas de acordo com a vontade de um nico indiv duo As institui es desse modo s o limita es humanamente projetadas s intera es sociais podendo ser
156. que no que toca ao direito do cidad o sa de e integridade f sica a responsabilidade do Munic pio conjunta e solid ria com a dos Estados e da Uni o Ademais o Sistema nico de Sa de uma institui o descentralizada n o se podendo estabelecer para sua atua o n cleos com compet ncias diferenciadas nos diversos entes federativos sob pena de obstar a con cretiza o do direito sa de mormente nos casos de urg ncia dizer o Sistema nico de Sa de tendo em vista o seu car ter de descentraliza o torna solid ria a responsa bilidade pela sa de alcan ando a Uni o os Estados e os Munic pios MINAS GERAIS 2012 p 5 Tais decis es consistem em importantes precedentes em rela o s demandas afetas rea da sa de em Ouro Preto pois servem para amadurecer as discuss es a respeito da efetiva o do direito sa de no Munic pio Nas referidas a es foram levantados pela Ad ministra o P blica a cl usula da reserva do poss vel o princ pio da separa o dos poderes entre outros argumentos contudo o tribunal priorizou a preserva o do direito vida uma vez que nem o Munic pio de Ouro Preto no primeiro recurso e nem o Estado de Minas Ge rais no segundo recurso conseguiram provar a exist ncia de alternativas vi veis para atender s demandas dos pacientes 5 Conclus o Este trabalho teve como objetivo principal realizar uma breve an lise do fen
157. que concerne s suas fun es prec puas isto se deve limitar se tarefa de assegurar um patamar m nimo em presta es materiais destinadas a promover a igualdade material no sentido de uma igualdade de oportunidades ajuda para a autoajuda ou se deve a despeito da efetiva possibilidade de alcan ar tal objetivo almejar um padr o que seja timo nesta seara SARLET MARINONI MITIDIERO 2012 p 577 578 A classifica o do porte do munic pio definida pelo tamanho de sua popula o de acordo com estimativas feitas pelo senso do IBGE Munic pios de at 20 000 hab s o considerados de pequeno porte I de 20 001 a 50 000 hab s o considerados munic pios de pequeno porte II de 50 001 a 100 000 hab s o considerados munic pios de m dio porte como o caso de Ouro Preto de 100 001 a 900 000 hab s o considerados munic pios de grande porte acima de 900 000 hab s o considerados metr poles IBGE 2010 128 Revista de Informa o Legislativa bastante t mida refletindo o pensamento indi vidualista do liberalismo burgu s demarcando uma esfera de autonomia individual e de aus n cia de interven o do Estado DUARTE 2011 p 34 isto um non facere estatal nesse rol encontramos os direitos liberdade pol tica de express o religiosa comercial o direito vida etc BAHIA 2004 Esta a primeira dimens o ou mesmo gera o dos direitos fundamentais e ressalte se que apesar de r
158. que n o conta com maior op o de instrumentos jur dico financeiros para obten o de recursos A express o da vontade da sociedade limitada ocorre entre outros modos por meio de delibera es dos s cios em reuni es ou assembleias H uma hip tese espec fica de responsabilidade ilimitada do s cio na so ciedade limitada quando ele delibera expressamente de forma a infringir o contrato social ou a lei Nesse caso o C digo Civil prev a responsabi lidade ilimitada daqueles que expressamente assim deliberaram sem que seja prevista na Lei das Sociedades An nimas uma norma semelhante O C digo Civil facilita o funcionamento da sociedade limitada em que a quantidade de s cios n o for superior a dez O contrato social pode estabelecer regras pr prias para a periodicidade das reuni es para Art 1 058 N o integralizada a quota do s cio remisso os outros s cios podem sem preju zo do disposto no art 1 004 e seu par grafo nico tom la para si ou transferi la a terceiros excluindo o primitivo titular e devolvendo lhe o que houver pago deduzidos os juros da mora as presta es estabelecidas no contrato mais as despesas BRASIL 2002 Art 1 059 Os s cios ser o obrigados reposi o dos lucros e das quantias retiradas a qualquer t tulo ainda que autorizados pelo contrato quando tais lucros ou quantia se distribu rem com preju zo do capital BRASIL 2002 0 capital social a primeira informa
159. que veda o retrocesso em ma t ria de direitos a presta es positivas do Estado como o direito educa o o direito sa de ou o direito seguran a p blica v g traduz no processo de efetiva o desses di reitos fundamentais individuais ou coletivos obst culo a que os n veis de concretiza o de tais prerrogativas uma vez atingidos venham a ser ulteriormente reduzidos ou suprimidos pelo Estado Doutrina Em con segii ncia desse princ pio o Estado ap s haver reconhecido os direitos prestacionais assume o dever n o s de torn los efetivos mas tam b m se obriga sob pena de transgress o ao texto constitucional a preserv los abstendo se de frustrar mediante supress o total ou parcial os direitos sociais j concretizados BRASIL 2011 grifo nosso De outra parte o princ pio da seguran a jur dica tamb m vem sendo reinterpretado passou a contemplar uma dimens o objetiva es tabilidade das rela es sociais e uma subjetiva prote o da confian a leg tima Entrela ados com ele est o a boa f objetiva e a proibi o de A seguran a jur dica entendida como sendo um conceito ou um princ pio jur dico que se ramifica em duas partes uma de natureza objetiva e outra de natureza subje tiva A primeira de natureza objetiva aquela que envolve a quest o dos limites retroatividade dos atos do Estado at mesmo quando estes se qualifiquem como atos legislat
160. realiza o no ho rizonte da tradi o cultural HONNETH 2003 p 217 2A este respeito leia se CRETTIEZ 2011 p 12 25 Para esclarecer as formas de desrespeito Honneth adota o conceito psicanal tico de patologia Todas essas for mas de desrespeito s o portanto uma forma de patologia SAAVEDRA 2007 p 109 que se torna poss vel caminhar em dire o a vis es mais universalistas de mundo pelas di mens es do amor do direito e da solidariedade como se pode perceber pela an lise elaborada a partir de Mead e Hegel j no c lebre texto Luta por reconhecimento Kampf um Anerkennung Nesta obra o amor o n cleo central de acolhimento do sujeito em desenvolvimento e pode ser visto como o ponto de apoio para su jeitos incompletos e carentes uns dos outros que se realiza nas fam lias O direito tem a ver com integridade social e reconhecimento por meio das institui es na regulamenta o racional das formas de intera o seus limites suas liberda des e seus respaldos universalizando condi es parit rias de intera o social A solidariedade uma forma de estima social relativa dignidade desenvolvida como etapa de reconhecimento Embora n o se tenha encontrado nos escritos de Mead um substituto adequado para o conceito rom ntico de amor sua teoria como a de Hegel desemboca tamb m na distin o de tr s formas de reconhecimento rec proco da dedica o
161. rela o com outras normas v lidas numa situa o Essa a raz o pela qual a coer ncia de normas v lidas que perten am a uma determinada forma de vida n o pode ser determinada independentemente de uma situa o concreta Por isso ser necess rio um discurso ar gumenta o que trate da aplicabilidade das normas abstratas s situa es concretas cuja necessidade avulta em caso de colis es exter nas entre normas v lidas Para G nther 1995 p 283 essa argumenta o deve primar pela imparcialidade o que ser garantido quando no ato de aplica o o int rprete levar em con sidera o todos os aspectos da situa o concreta a ser decidida complete description of the situa tion Dessa forma o aplicador complementar a descri o gen rica da situa o prevista na norma com os aspectos concretos do momento de aplica o Nesse ato poder ser demonstrada a aplica o da regra adequada e coerente para regulamentar a situa o Essa atividade necess ria porque uma norma aplic vel est inserida num ordenamen to complexo de princ pios equiprimordiais e necess rios Essa norma um argumento em favor de determinada decis o que deve ser avaliada na mesma medida em que argu mentos em sentido contr rio tamb m o s o GUNTHER 1993 p 236 Por isso as normas v lidas independentemente de se tratarem de regras ou princ pios s o chamadas pelo autor germ nico de raz es prima fac
162. rio no que tange aos contratos de concess o de servi o p blico principalmente se considerado o arcabou o institucional do sistema de Justi a e a posi o dos magistrados e das cortes quando instados a solucionar problemas causados por incompletudes contratuais pode gerar maior previsibilidade diminuir os custos de transa o e atrair maiores investimentos do agente econ mico privado gerando maior crescimento parte do desenvolvimento Para essa an lise necess rio abordar a conex o entre o Direito e a Economia por meio do entrela amento dos fatos econ micos e das Ano 51 N mero 203 jul set 2014 73 institui es na medida em que se procura exa tamente abordar o impacto do poder Judici rio sobre os custos de transa o que envolvem todo neg cio jur dico N o apenas a previsibilidade do seu cum primento mas o tipo contratual utilizado pela Administrac o relevante na busca pelo desen volvimento econ mico em que se nota a im port ncia do contrato de concess o de servi o p blico para o Pa s Os custos envolvidos nesse contrato s o tamb m essenciais para que possa ser elaborada uma an lise espec fica quanto ao custo relativo ao seu controle judicial Al m disso uma tentativa de quantifica o daquele custo ainda que simplificada imprescind vel para possibilitar a mensura o do impacto da institui o em quest o 2 Direito Economia e institui es Direito e Economia devem ser vis
163. se trouxerem vantagens para as mulheres e para os menos qualificados profissionalmente e se forem aceit veis do ponto de vista destes porquanto numa sociedade justa o menor n mero de posi es relevantes seria em geral suficiente Assim no tocante import ncia da educa o e da participa o da pessoa em programas de incentivo qualifica o profissional o pr prio Rawls assevera que mesmo talentos e aptid es naturais como a intelig n cia inata n o s o dons fixos e constantes e por si s s n o bastam para desenvolver a pessoa que necessita ao menos de educa o b sica de cur sos profissionalizantes de treinamentos t cnicos para adestramento das habilidades de apoio e est mulo precoce por institui es governamentais enfim de condi es sociais para se desenvolverem se potencializarem Nesse sentido na sociedade Rawlseana a educa o fundamental o instrumento que potencializa o conhecimento humano e proporciona a autonomia do indiv duo fazendo dissipar a ignor ncia ajudando o 242 Revista de Informa o Legislativa a avaliar e ponderar melhor as ideias nas suas rela es sociais econ micas e morais no seio da sociedade Portanto razo vel afirmar que na sociedade idealizada por Rawls cada pessoa deve ter uma educa o fundamental para ajud la a decidir com racionalidade e com prud ncia para poder discernir o que deva ser considerado justo ou injusto Dessa forma a educa
164. secund ria e por outro lado incluindo o art 3 b que expressamente eleva o princ pio da subsidiariedade a princ pio fundamental no ordenamento jur dico comunit rio O art 3 b do Tratado da Uni o Europeia define pois a subsidiariedade nos seguintes termos A comunidade atuar nos limites das atribuig es que lhe s o conferidas e dos objetivos que lhe s o cometidos pelo presente Tratado Nos dom nios que n o sejam das suas atribui es exclusivas a Comu nidade interv m apenas de acordo com o princ pio da subsidiariedade se e na medida em que os objetivos da a o encarada n o possam ser suficientemente realizados pelos Estados membros e possam pois devido dimens o ou aos efeitos da a o prevista ser melhor alcan ados ao n vel comunit rio A a o da comunidade n o deve exceder o necess rio para atingir os objetivos do presente Tratado COMISS O DAS COMUNIDADES EUROPEIAS 1992 grifo nosso Assim a a o do rg o comunit rio supranacional n o deve retirar o poder de decis o dos rg os estatais mais pr ximos do cidad o O respeito compet ncia das estruturas nacionais em contraste com a supranacional visto sob o prisma do princ pio da subsidiariedade consenso entre os doutrinadores que o princ pio da subsidiariedade deflui diretamente do sistema federativo Proudhon no s culo XIX quando definia o federalismo como contrato em que as partes reservam
165. seu encargo legal A teoria da carga probat ria din mica tinha a inten o de deslocar a rigidez do nus probando na sua vers o objetiva para casos espec ficos e concretos que se destacam pela peculiar dificuldade de produ o de provas pela parte onerada por raz es alheias a sua vontade Portanto tem incid ncia nas situa es em que a parte encarregada de produzir a prova de fato empenhe todo o esfor o necess rio poss vel para sua realiza o que ao cabo se mostra in til pela dificuldade t cnica e f tica apresentada Essa teoria prega portanto para sua caracteriza o que diante da situa o de d vida instaurada pela n o forma o da convic o do ma gistrado sobre a veracidade dos fatos controvertidos alegados a valora o do encargo probat rio deve recair sobre a parte que disponha das melhores condi es t cnicas f ticas profissionais ou econ micas para a realiza o da prova independentemente da posi o assumida na rela o jur dica processual autor ou r u e independentemente da natureza dos fatos alegados constitutivos impeditivos modificativos ou extintivos Portanto a incid ncia aplica o da teoria da carga probat ria din mica s tem justificativa em casos extremos ou seja para aquelas situa es em que a tradicional reparti o legal do nus da prova gera consequ ncias claramente inconvenientes in cuas injustas para a parte incumbida do encargo Logo amplamente pac
166. seu trabalho ao Esbo o de Teixeira de Freitas e ao Projecto do Dr Coelho Rodrigues Afirma tamb m que retirou mais contribui es do Projecto de Coelho Rodrigues do que do Esbo o de Teixeira de Freitas para a elabora o de seu pr prio Projeto de C digo Civil A escolha de Coelho Rodrigues para a fun o de projetista do C digo Civil tamb m foi uma dura trai o aos republicanos convictos Escra vagista e monarquista o s dito fiel Coelho Rodrigues n o parecia ser a pessoa mais alinhada com os ideais de um regime que pretendia ser a ant tese de tudo isso 60 Revista de Informa o Legislativa Refer ncias AGUIAR Cl udio Franklin T vora e seu tempo S o Caetano do Sul Ateli Editorial 1997 BEVIL QUA Cl vis Resumo das li es de legisla o comparada sobre direito privado 2 ed Bahia Livraria Magalh es 1897 BEVIL QUA Cl vis Em defeza do projecto de c digo civil brazileiro Rio de Janeiro Livraria Francisco Alves 1906 BEVIL QUA Cl vis Hist ria da faculdade de direito do Recife Recife Editora Universi t ria da UFPE 2012 BRASIL Decreto n 181 de 24 de janeiro de 1890 Promulga a lei sobre o casamento civil Cole o de Leis do Brasil dez 1890 C MARA Jos Gomes Bezerra Subs dios para a hist ria do direito p trio Tomo I 1889 1930 Rio de Janeiro Livraria Brasiliana 1967 LOBO Abelardo Saraiva da Cunha Curso de direito romano Bras lia Senado Federal
167. suprir ou suplementar eventuais omiss es falhas ou funcionamento defeituoso da presta o administrativa que originariamente compete aos rg os estadual e municipal Confira se mais uma vez a elei o do princ pio da supletividade pelo legislador brasileiro em outro dispositivo da Lei n 6 938 81 mantido pela Lei Complementar n 140 2011 Lei n 6 938 de 31 de agosto de 1981 Disp e sobre a Pol tica Nacional do Meio Ambiente seus afins e mecanismos de formula o e aplica o e d outras provid ncias Art 6 1 Os Estados na esfera de suas compet ncias e nas reas de sua jurisdi o elaborar o normas supletivas e complementares e padr es relacionados com o meio ambiente observados os que forem estabele cidos pelo CONAMA BRASIL 1981 grifo nosso Como j demonstrado a supletividade n o pressup e simultaneidade muito menos hierarquia Pressup e coopera o e harmonia dentro de sistema concatenado de reparti o de atribui es que n o pode ser sub vertido art 23 par grafo nico da Constitui o Federal Est prevista justamente para evitar o conflito e ordenar l gica e cronologicamente a atua o de cada centro de exerc cio de poder O racioc nio que parte de premissas contr rias apegadas vis o concorrencial e simult nea do sistema de gest o ambiental comum equivocado e n o se sustenta l gica etimol gica e juridicamente Al m Ano 51 N mero 203 jul se
168. t m sua utilidade em quest es de ordenamento vista que a facilita o do registro chega ao ponto de quase significar uma dispensa de inscri o A facilidade do processo de formaliza o dos neg cios permite que todos participem das oportunidades econ micas criando se uma l gica do c rculo virtuoso A facilita o do registro dos microempreendedores individuais teve efeitos sobre a diminui o do n mero de registros iniciais do empres rio individual ao longo dos ltimos anos mostrando que medidas simpli ficadoras favorecem a atividade empresarial e a redu o dos custos de formaliza o A informatiza o do registro do microempreendedor indi vidual serve de exemplo para a constru o do perfil jur dico da sociedade an nima simplificada cuja constitui o deve ser simples barata e r pida Uma compara o do n mero de registros do empres rio individual e do microempreendedor individual nos ltimos anos pode ser obtida com base em dados divulgados pela Junta Comercial do Rio Grande do Sul de acordo com os quais o n mero de empreendedores individuais tem diminu do ao passo que o n mero de microempreendedores individuais tem crescido A nosso ver um dos fatores principais para esse fen meno a facilita o do registro proporcionada pela informatiza o do procedi mento Vejamos os n meros referentes aos empreendedores individuais do Rio Grande do Sul Tabela 4 Empreendedores individuais Rio Grande
169. tempo As faltas de estabilidade e de garantias consolidam se como tra os da vida con tempor nea Entretanto s o propriamente as experi ncias socialmente somadas de desrespeito sistem tico a direitos humanos fundamentais insatisfa o social viol ncias desigualdades degrada o do conv vio que geram um sentimento de rep dio compartilhado por alguns por muitos ou por todos a ponto de gerar o estopim ou o ac mulo sociol gico necess rio para que um determinado tipo de experi ncia de conflito ou querela social apare a na forma de uma coletiviza o intencionada no mapa das tens es geossituadas no espa o da pr tica pol tica Nesse sentido a injusti a pode ser vista como motor da hist ria E assim En todos estos desarrollos es posible discernir como se va formando una nueva tica a partir de las inestables relaciones del presente No puede por ello sorprender que la transici n sea dolorosa que haya muchas heridas y que el cambio generacional sea ju zgado de forma tan dis mil No obstante es igualmente evidente que esta generaci n que se ha hecho cargo tanto de las ventajas como de los costos de una mayor libertad est a la b squeda de puntos de enlace con la sociedad para poder as vivir su individualidade y hacerla valer WILKINSON 2006 p 117 78 As rea es provocadas pelo sentimento de injusti a devem ser vistas como o estopim par excellence da luta por reconhecimento SAAV
170. termina o trabalho de interpreta o Na express o de Maria Sylvia Zanella Di Pietro 2010 p 134 grifo nosso pela motiva o que se verifica se o ato est ou n o em conson ncia com a lei e com os princ pios a que se submete a Administra o P blica Verificada essa conformidade a escolha feita pela Administra o insere se no campo do m rito O que n o pode mais o Judici rio fazer alegar a priori que o termo indeterminado utilizado na lei en volve mat ria de m rito e portanto aspecto discricion rio vedado ao exame judicial O juiz tem primeiro que interpretar a norma diante do caso concreto a ele submetido S ap s essa interpreta o que poder concluir se a norma outorgou ou n o diferentes op es Administra o P blica A exist ncia de diferentes op es v lidas perante o direito afasta a possibilidade de corre o do ato ad ministrativo que tenha adotado uma delas O m rito do ato administrativo discricio n rio ju zo de conveni ncia e oportunidade integralmente sindic vel analis vel no sentido de cognosc vel pelo Judici rio Todavia se se adota o conceito de m rito como ju zo de con veni ncia e oportunidade razo vel proporcio nal moral etc ou seja m rito como ju zo de conveni ncia e oportunidade que n o vulnera nenhuma regra ou princ pio que n o extrapola os limites da discricionariedade o m rito n o ser por defini o mesmo p
171. texto a partir da exposi o das teorias de Klaus G nther e Robert Alexy a respeito de regras e princ pios jur dicos e dos procedimentos de solu o de conflitos normativos identificar o procedimento discursivo adequado para o tratamento de situa es em que direitos fundamentais vertidos em normas principiol gicas possam entrar em colis o O trabalho ainda que de forma breve e com o uso de argumentos bas tante sint ticos tentou explorar as defici ncias da concep o axiol gica de Alexy 2008 enfatizando como a aproxima o de princ pios ju zos de dever ser e valores ju zos axiol gicos pode mostrar se problem tica fruto de uma concep o de racionalidade integradora que ignora a separa o necess ria entre aplica o normativa e justifica o de normas e que viola o car ter deontol gico das normas de princ pio Procurou se estabelecer uma cr tica pontual pondera o ou sopesamento que pressup e a aplica o gradual de princ pios contr rios ao mesmo caso procedendo se restri o de uns proporcionalmente import ncia que se atribui ao princ pio de maior peso no caso que entende poss vel aplicar a um caso concomitantemente normas jur dicas com comandos contradit rios sem que isso signifique les o a seu car ter imperativo Como alternativa buscou se apresentar a teoria que cr se cumpre um papel mais adequado no tratamento na explica o e na resolu o desses conflit
172. the criteria for judging the degree of impor tance of conflicting values follow from the existing order of priority in each case What that means can be made clear by Alexy s proposal to give up the distinction between principles and policies which was introduced by Dworkin This does indeed correctly characterize the de facto state of adjudication in constitutional courts but its characteristic confounding of principles and the administrative or economic systems functional imperatives is also taken over at the same time For a procedural theory of justification and application on the other hand values as collective need interpretations would have to remain criticizable However this can only be achieved if particular types of adjudication and application are not already predetermined by a particular norm structure Ano 51 N mero 203 jul set 2014 173 sistemas administrativos ou econ micos tamb m aparece Para uma teoria procedimental de justifica o e aplica o de normas por outro lado valores como interpreta es de necessidades coletivas deveriam permanecer critic veis Entretanto isso s pode ser alcan ado se tipos particulares de justifica o e aplica o n o s o pr determinados por uma particular estrutura normativa O excerto pontua n o apenas a falta de controle democr tico dos crit rios de prefer ncia mas tamb m as poss veis generaliza es ad mitidas por Alexy 2008 em sua explica o da lei
173. tica ainda que ut pica com a ideia de uma sociedade bem ordenada gerida por um sistema equitativo de coopera o social e efetivamente regulada por uma concep o p blica e pol tica de justi a onde cada participante aceita e sabe que os demais tamb m aceitam a mesma concep o pol tica de justi a O ponto de partida da teoria de Rawls ocorre com a celebra o hipot tica do contrato na posi o original ou seja um status quo inicial adequado para garantir que os acordos b sicos nele firmado sejam equitativos de tal modo que pessoas racionais iguais e livres de forma consensual escolham e justifiquem sob o v u da ignor ncia os dois princ pios da justi a para reger a estrutura b sica da sociedade de modo a realizar os valores de liberdade e igualdade O contrato na vis o Rawls 2002a p 18 busca em um plano abstrato estabelecer atendidas as premissas racionais consensuais e morais par metros adequados para os dois princ pios de justi a Portanto a terminolo gia do contrato transmite a ideia de que os princ pios da justi a podem ser concebidos por pessoas que atendam a um senso de ra cionalidade Tamb m sugere o acordo sobre as reivindica es conflitantes dos benef cios conquistados atrav s da colabora o social bem como a condi o de que a divis o apropriada de benef cios aconte a de acordo com os princ pios aceit veis pelas partes contratantes Ainda na vis o de Rawl
174. tomada de decis o de sua exist ncia ocorre em detrimento da legisla o internacional e revelia das institui es criadas para estabelecer o di logo entre os povos a reflex o do que fazer de que modo resistir tarefa a que n o podemos nos furtar BAZ LIO KRAMER 2011 p 137 7 A esse respeito consulte se BITTAR 2008 Sobre as sequelas da viol ncia sobre a dimens o da confian a leia se Os maus tratos f sicos de um sujeito representam um tipo de desrespeito que fere duradouramente a confian a aprendida atrav s do amor na capacidade de coordena o aut noma do pr prio corpo HONNETH 2003 p 215 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 21 das viol ncias n o prejudica e condiciona ao retrocesso o processo de produ o e fomento alteriza o e esfera p blica democr tica Diante do cen rio de acumulado estado de viol ncia na realidade bra sileira contempor nea de se considerar a import ncia de se pensar que a democracia somente desempenha sua plena tarefa na medida em que capaz de promover um estado mais elevado de reconhecimento justi a social igualdade liberdade di logo e entendimento do que outros regi mes pol ticos Se a democracia for entendida como m todo de conv vio e forma de socializa o de alto n vel ela deve apontar para a qualidade da integra o social e a partir da pode ser avaliada e medida pela abertura justi a equil brio social e pelo reconhe
175. tomou o lugar das demais sociedades nas quais pelo menos um dos s cios tinha responsabilidade ilimitada Os n meros mostram agora que permanece significativo o n mero de empres rios individuais sem a limitag o de responsabilidade que se registram nas juntas comerciais A nosso ver a figura do empres rio individual atende a parcela significativa do empresariado brasileiro em virtude de sua simplicidade apresentando aspectos positivos quanto aos argumentos desfavor veis limita o da responsabilidade A aus ncia de limita o da responsabilidade significa que n o h externaliza o de custos aos credores involunt rios risco moral da atividade desenvolvida e nem um privil gio da limita o perante os riscos da vida Essa simplicidade da regula o jur dica do empres rio individual sem a limita o de responsabilidade vai de encontro ao enten dimento firmado na Primeira Jornada de Direito Comercial segundo o qual os bens do empres rio individual vinculados atividade econ mica t m prefer ncia para o pagamento das d vidas contra das por ele Essa subsidiariedade das obriga es interpretada pela doutrina sem qualquer fundamento legal burocratiza a execu o das d vidas contra o empres rio individual prejudicando o pois aumenta a dificuldade na obten o de cr dito N o havendo qualquer separa o patrimonial entre os bens pessoais do empres rio individual e os bens destinados atividade em presarial recen
176. uma secretaria direcionada aos problemas das micro e pequenas empresas reduzindo se a nfase nas situa es peculiares s grandes empresas SHARP J NIOR 2013 A edi o de normas regulat rias por dois sistemas distintos muitas vezes de forma contradit ria prejudica a seguran a jur dica poss vel aprimorar o arranjo institucional do mercado de capitais dispensando se o registro das sociedades an nimas de capital aberto nas juntas comerciais e exigindo se o seu registro t o somente na CVM A sociedade an nima de capital aberto administrada por uma di retoria e por um conselho de administra o H uma raz o de natureza econ mica para a constitui o de um conselho de administra o nas sociedades an nimas que contam com grande n mero de acionistas A hip tese de todos os acionistas participarem de cada decis o da sociedade 8 A minuta que resultou no Projeto de Lei n 1 572 2011 que tramita na C mara dos Deputados com o objetivo de criar um novo C digo Comercial prev atribuir Comiss o de Valores Mobili rios um mbito mais amplo de regula o das normas espec ficas da sociedade an nima aberta mediante a edi o de atos normativos Alega se que o mercado de valores mobili rios mais din mico do que a atualiza o legislativa recomendando se que a lei contenha apenas normas gerais COELHO 2011 p 11 No mbito da junta comercial os custos de transa o encontrados s o a falta de
177. vari veis li gadas s decis es que influenciam contratos inclusive as institucionais sendo que a herme n utica trata do processo decis rio em si n o da mera constata o de uma posi o determinada Partindo se dessas premissas um modelo que sintetiza os objetivos propostos apesar de revelar alguma simplificac o foi o adotado por Rafael Silveira e Silva e lvaro Pereira S Costa Jr 2009 Para os autores quando se trata dos custos de transa o ligados ao ambiente institu cional pode se estabelecer quatro atributos i quantidade de inst ncias decis rias no sistema judicial ii for a dos mecanismos de refor o de precedentes iii for a dos controles sobre a atividade jurisdicional das inst ncias ordin rias pelas inst ncias superiores iv e a exist ncia de prerrogativas institucionais disposi o do controlador da agenda da Corte Em rela o quantidade de inst ncias decis rias no sistema judicial o impacto sobre os custos de transa o not rio uma vez que quanto mais tomadores de decis o haja sobre determinado assunto maior a probabilidade de surgir uma decis o que altere o contrato de concess o substancialmente A for a dos mecanismos de refor o de precedentes tamb m n o oferece maior esfor o interpretativo j que funcionam como um sistema de regras inter pretativas coercitivas aos tomadores de decis o gerando maior previsibilidade Quanto for a
178. 014 231 serem ajuizadas perante ju zos com mbitos de compet ncias territoriais diferentes 6 A perplexidade gerada pela aplica o da S mula 235 do STJ litispend ncia entre a es civis p blicas O cerne dessa quest o j foi aqui exposto A S mula n 235 do STJ BRASIL 2012 assevera que a conex o n o determina a reuni o dos processos se um deles j foi julgado Certo n o tratamos aqui de hip tese de conex o mas de litispend ncia Por m ao contr rio do que ocorre no sistema do C digo de Processo Civil que determina a extin o de uma das demandas no que respeita s a es civis p blicas o efeito da litispend ncia a reuni o dos processos em virtude de preven o na forma do par grafo nico do artigo 2 da Lei n 7 347 1985 Exceto claro se as a es civis p blicas em quest o tiverem sido ajuizadas pelo mesmo substituto processual O verbete sumular trata toda evid ncia da reuni o de processos No direito brasileiro a conex o sem d vida alguma o principal fundamento para a reuni o de processos e por isso a s mula a ela se refere Mas de tal premissa n o se pode logicamente chegar conclus o de que apenas a reuni o de processos em virtude da conex o imposs vel se um deles j houver sido julgado A l gica subjacente a tal S mula encontra se presente tamb m nos de mais casos de reuni o de processos para a prola o conjunta de senten a Tendo um processo
179. 03 jul set 2014 201 103 da Carta de 1988 cumprem o prop sito da representa o social e da assist ncia cidadania N o parece por m consistente a limita o dos legitimados fundada na consequente sobrecarga do Tribunal Em verdade conv m pr pria Corte Constitucional estabelecer qual plexo de mat rias constitucionais merece pronunciamento do Tribunal Maior Assim evitar se ia a explo s o de mat rias espera de pronunciamento do Supremo Mais uma vez observa se um apego demasiado ao procedimentalismo que permeou o s culo passado em vez de concentrar esfor os no mago material das demandas constitucionais Em poucas palavras n o a forma mas o conte do que importa Paulo Bonavides 2004 p 32 quando prop e a necess ria regenera o dos Poderes enuncia que ela s ocorrer por meio de uma reviravolta tica que depende de uma revolu o da legitimidade que s a democracia direta pode provocar Na Col mbia o controle de constitucionalidade percorre um caminho participativo no qual o cidad o tem efetivo acesso justiga e partici pa o pol tica por meio da acci n p blica de inconstitucionalidad diante da Corte Constitucional No Brasil h de se esperar que para quem sabe num encruzamento latino americano se possa despertar para uma cir cunst ncia a toda evid ncia enunciada na pr pria Constitui o Federal todo poder emana do povo que o exerce por meio de representantes ou
180. 06 p 29 O desenvolvimento adquiriu for a nor mativa no Brasil ao ser al ado condi o de objetivo fundamental da Rep blica segundo o artigo 3 inciso II da Constitui o Federal Tal inciso deve ser interpretado em conjunto com os outros do mesmo artigo j que a ideia de desenvolvimento deve envolver n o apenas uma garantia mas tamb m a sua promo o pelo Estado brasileiro Assim analisando o caput do artigo 170 poder se ia alegar que o desenvolvimento nacional seria alcan ado por meio da ordem econ mica brasileira fundada na valoriza o do trabalho humano e na livre iniciativa ambos tamb m previstos como fun damento do Estado brasileiro artigo 1 IV com a finalidade ltima de assegurar a todos exist ncia digna associada essencialmente com os direitos sociais da Constitui o Federal Ainda existe o direito ao desenvolvimento decorrente do artigo 5 par grafo 2 da Cons titui o Federal sendo o Brasilincorporador da legisla o de Direito P blico Internacional que trata do desenvolvimento sustent vel como a Agenda 21 oriunda do relat rio Brundtland e que culminou com a segunda Confer ncia das Na es Unidas para o Meio Ambiente e De senvolvimento mais conhecida como Eco 92 Outros autores reconhecem o direito ao desen volvimento de forma impl cita na Constitui o Federal como estreitamente ligado a valores democr ticos ali albergados cujos direitos sociais est o consagrado
181. 1 p 13288 13318 2011 NEVES Rubia Carneiro Os limites da autonomia privada na regula o dos neg cios In FI ZA C sar NEVES Rubia Carneiro Org Iniciativa privada e neg cios 1 ed Belo Horizonte Del Rey v 1 p 13 29 2012 PEREIRA Caio M rio da Silva Institui es de Direito Civil Rio de Janeiro Forense 3 v 2006 PEREIRA L lian Barros MUNIZ Reynaldo Maia Obst culos inova o um estudo sobre a gera o de spin offs universit rias na realidade brasileira In XXVI SIMP SIO DE GES T O DA INOVA O TECNOL GICA 16 17 a 20 de outubro de 2006 Gramado p 1 Dispon vel em lt http inventta net wp content uploads 2010 07 Obstaculos a Inovacao um estudo sobre a geracao de spin offs universitarias no Brasil lilian_reynaldo pdf gt Acesso em 17 jul 2014 ROCHA Jo o Luiz Coelho Conta de participa o cons rcio e parceria formas associativas n o personalizadas Revista de Direito Mercantil Industrial Econ mico e Financeiro S o Paulo n 105 p 37 41 1997 SALOM O FILHO Calixto Regula o e desenvolvimento S o Paulo Malheiros Editores 2002 SANTOS Rob rio Ferreira dos KOURI Joffre SANTOS Jos Wellingthon O agroneg cio do algod o crise e recupera o no mercado brasileiro da mat ria prima agr cola In BELTR O Napole o E M AZEVEDO Dem stenes M P Coord O agroneg cio do algod o no Brasil 2 ed rev ampl Bras lia Empraba Algod o 2008 S
182. 1 Di rio da Justi a Bras lia 26 abr 2011 BUENO Cassio Scarpinella Conex o e contin ncia entre a es de improbidade adminis trativa In BUENO Cassio Scarpinella PORTO FILHO Pedro Paulo de Rezende Coord Improbidade Administrativa quest es pol micas e atuais 2 ed S o Paulo Malheiros 2003 C MARA Alexandre de Freitas Li es de Direito Processual Civil 23 ed S o Paulo Atlas 2012 v 1 CARBONELL Miguel Pr logo Zagrebelsky y el uso de la historia por el derecho consti tucional In ZAGREBELSKY Gustavo Historia y Constituci n 2 ed Madrid Trotta 2011 DIAS Jorge de Figueiredo Direito processual penal Coimbra Coimbra 1974 DIDIER JUNIOR Fredie ZANETI JUNIOR Hermes Curso de direito processual civil processo coletivo 4 ed Salvador Juspodium 2009 DINAMARCO C ndido Rangel Institui es de direito processual civil 4 ed S o Paulo Malheiros 2004 v 2 Institui es de Direito Processual Civil 3 ed S o Paulo Malheiros 2003 v 3 DINAMARCO Pedro da Silva Compet ncia conex o e preven o nas a es coletivas In MILAR Edis Coord A a o civil p blica ap s 20 anos efetividade e desafios S o Paulo Revista dos Tribunais 2005 p 513 ESTADOS UNIDOS Supreme Court Standard Fire Insurance Co V Knowles DJ 19 mar 2013 Dispon vel em lt http www law cornell edu supremecourt text 11 1450 gt Acesso em 20 ago 2014 GOL transportes a re
183. 124 modus de socializac o A viol ncia descontrolada incontida e desagre gadora tornou se por isso um fator a mais na dificuldade de consoli da o e legitima o da melhoria e do bem estar dos cidad os apesar da constru o das institui es democr ticas da universaliza o do voto dos avan os em termos de legisla o de direitos humanos e no exerc cio mais ampliado de v rias modalidades de liberdades e garantias sociais A quest o da viol ncia torna se assim um desafio para a democracia na medida em que exp e a credibilidade do Estado Democr tico de Direito a legitimidade da legisla o al m de disseminar o medo diluir os la os de confian a que estabilizam potenciais de socializa o aniquilar a qualidade da conviv ncia das intera es sociais e dos la os de confian a Contudo a viol ncia mais sintoma do que a doen a em si Ao de teriorar o est mulo ao lugar do outro instrumentalizando se o outro a partir da sua raiva do seu preconceito dos seus interesses materiais do seu interesse criminoso e ilegal do seu dio de classe da sua indigna o em suma de suas raz es o pr prio espa o p blico que se vai aniquilando pois sua constitui o est baseada na trama comunicativa das rela es no feixe delicado e sens vel do compartilhamento das viv ncias comuns e das pr ticas que se consolidam na base da humaniza o do conv vio e dos m ltiplos atores envolvidos no esp
184. 172 Revista de Informa o Legislativa pria capacidade para integrar diferentes raz es pr ticas para estabelecer rela es preferenciais entre elas Fundamentalmente o muro entre cria o e aplica o do direito que G nther Dworkin e Habermas t o ferozmente tentam preservar em suas teorias no que se refere ao problema da inde termina o do direito em sociedades p s convencionais torna se uma refer ncia meramente abstrata Ao enfatizar que o processo de pondera o visa ao estabelecimento de prefer ncias condicionadas que determinar o o princ pio de maior peso no caso e ao admitir que a pondera o se d com a ado o de crit rios f ticos valorativos e normativos Alexy 2008 parece admitir a cria o de crit rios de prefer ncia que a um s tempo n o s o em absoluto control veis democraticamente e igualmente ignoram a irrepetibilidade das situa es existenciais Ele d ensejo segundo argumenta G nther 1993 constru o de crit rios materiais pr determinados que n o levam a s rio as circunst ncias nicas e irrepet veis de cada caso concreto misturando ademais argumentos de valor de pol tica e de princ pios Veja se G NTHER 1993 p 219 tradu o nossa Com sua defini o baseada na estrutura da norma e requerendo a pondera o de valores em situa es concretas Alexy de fato evita o risco de ser reprovado por falar em uma tirania de valores Com isso no entan
185. 2 Revista de Informa o Legislativa conflitos administrativos das diferentes esferas federativas concretizados na Lei Complemen tar n 140 2011 que fixa normas nos termos nos termos dos incisos II VI e VII do caput e do par grafo nico do art 23 da Constitui o Federal para a coopera o entre a Uni o os Estados o Distrito Federal e os Munic pios nas a es administrativas decorrentes do exerc cio da compet ncia comum relativas prote o das paisagens naturais not veis prote o do meio ambiente ao combate polui o em qualquer de suas formas e preserva o das florestas da fauna e da flora 2 1 Conceito e fundamentos do princ pio da subsidiariedade Ao tratar do princ pio da subsidiariedade na Uni o Europeia Cunha 1995 p 421 esclarece o significado e a concretiza o no art 3 b do Tratado da Uni o Europeia verbis Os idealizadores do Tratado de Maastrich da Uni o Europ ia est o entre os primeiros que tentaram objetivamente frear o r pido e constante processo de agigantamento do poder comunit rio verificado principal mente com o alargamento de compet ncias impl citas em favor da Comunidade O Tratado de Maastrich que entrou em vigor em 1 11 93 tentou atenuar essa circuns t ncia de denega o democr tica por um lado com procedimento de codecis o que ampliou a participa o do Parlamento Europeu em algumas mat rias ainda que de import ncia
186. 2 08 htm gt Acesso em 15 jul 2014 CUNHA J NIOR Dirley da Controle de Constitucionalidade teoria e pr tica 2 ed rev ampl e atual Salvador JusPODVIM 2007 GARC A HERRERO Orlando Apuntes de derecho constitucional colombiano Bogot Universidad Sergio Arboleta 2007 HARBERLE Peter Hermen utica constitucional a sociedade aberta dos int rpretes da Constitui o contribui o para a interpreta o pluralista e procedimental da Constitui o Tradu o Gilmar Mendes Porto Alegre Fabris 1997 MARTINS Ives Gandra MENDES Gilmar Controle concentrado de constitucionalidade S o Paulo Saraiva 2001 MENDES Gilmar Jurisdi o constitucional S o Paulo Saraiva 1996 MESA Vladimiro Naranjo La nueva jurisdicci n constitucional colombiana In V Congreso Iberoamericano de Derecho Constitucional M xico Universidad Nacional Aut noma de M xico 1998 MIRANDA Jorge Manual de direito constitucional tomo VI Coimbra Coimbra Editora 2005 MU OZ Eduardo Cifuentes Informe sobre la jurisdicci n constituicional en Colombia lus Et Praxis Talca Universidade de Talca 2000 NOBRE J NIOR Edilson Pereira O Triunfo de Siey s Revista CEJ Bras lia 2010 Controle de Constitucionalidade modelos brasileiro e italiano breve an lise comparativa Revista de Direito Administrativo Rio de Janeiro Renovar 2000 TEIXEIRA Jos Hor cio Meirelles Curso de Direito Constitucional S o Paulo F
187. 4 p 09 18 dez 2006 CAVALIERI FILHO S rgio Programa de responsabilidade civil 9 ed rev e ampl S o Paulo Editora Atlas 2010 FARAH Elias Contrato profissional m dico paciente reflex es sobre obriga es b sicas In NERY J NIOR Nelson ANDRADE NERY Rosa Maria de Coord Doutrinas essen ciais responsabilidade civil direito fundamental sa de S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 2010 p 349 387 FARIA Jorge Ribeiro de A prova na responsabilidade civil m dica reflexos em torno do direito alem o Revista da FDUP Porto Coimbra Editora 2004 p 115 195 FAURE Miryam Balestro La din mica de las cargas probatorias Una proyecci n del principio que proh be abusar de los derechos procesales In WHITE In s L pori Coord Cargas probatorias din micas Santa F Editora Rubinzal Culzoni 2008 p 321 365 FERREYRA Roberto Antonio V zquez Prueba de la culpa m dica 2 ed Buenos Aires Editora Hammulabi 1993 La responsabilidad civil de los m dicos Artigo doutrin rio retirado do s tio jur dico da Sociedad Iberoamericana de Derecho M dico SIDEME Dispon vel em lt www sideme org gt Acesso 8 ago 2014 FREITAS Jos Lebre de A confiss o no direito probat rio Coimbra Coimbra Editora 1991 A a o declarativa comum luz do c digo revisto Coimbra Editora Coimbra 2010 Reimpress o Introdu o ao processo civil conceito e princ pios gerais 2 ed C
188. 70 Ainda na mesma linha argumentativa torna se imperioso ressaltar como refor o que o legislador ao definir a figura do fornecedor nos termos do artigo 3 do C digo o concei tuou como qualquer pessoa f sica ou jur dica que de forma habitual e mediante desempenho de atividade mercantil ou civil realiza atos de coloca o de produtos ou servi os disposi o do consumidor Tamb m nessa linha no 2 do artigo 3 o legislador foi mais longe em rela o a certos tipos de servi os representativos de atividades espec ficas para expressamente nomin los como inseridos no mercado de consumo e portanto sob a gide de incid ncia do CDC Nesse sentido considerou expressamente como Ano 51 N mero 203 jul set 2014 255 servi o qualquer atividade fornecida no mercado de consumo inclusi ve as de natureza banc ria financeira de cr dito e securit ria salvo as decorrentes das rela es de car ter trabalhista Quer isso dizer portanto que o CDC considerou como servi o de forma gen rica qualquer atividade fornecida no mercado de consumo mediante remunera o Al m disso de forma espec fica o C digo considerou inseridas no mercado de consumo as atividades de natureza banc ria financeira credit cia e securit ria Em rela o atividade do profissional liberal em especial para o m dico o legislador foi totalmente silente na defini o legal E foi silente justamente porque n o consi
189. 8 p 93 94 de sope samento n o oferece uma resposta satisfat ria para explicar a tarefa interpretativa realizada pelo aplicador quando identifica a norma de reg ncia de sorte que a defesa procedimentalista de Giinther 1993 da separa o dos discursos principles policies and other sorts of standards Most often I shall use the term principle generically to refer to the whole set of these standards other than rules occasionally however I shall be more precise and distinguish between principles and policies I call a policy that kind of standard that sets out a goal to be reached generally an improvement in some economic political or social feature of the community though some goals are negative in that they stipulate that some present feature is to be protected from adverse change I call a principle a standard that is to be observed not because it will advance or secure an economic political or social situation deemed desirable but because it is a requirement of justice or fairness or some other dimension of morality 166 Revista de Informa o Legislativa pr ticos sobre normas em discursos de funda menta o e de aplica o com vistas a possibilitar o ju zo de adequa o normativa ou noutros termos a identifica o da norma adequada para o caso seria a ferramenta correta para o tema 1 A teoria do sopesamento ou pondera o de Alexy exposi o e cr tica N o
190. 82 em obra sobre o tema Para o autor o artigo 16 da Lei n 7 347 1985 deve ser objeto de in terpreta o hist rica e sistem tica com o disposto no artigo 2 A da Lei n 9 494 1997 Este dispositivo limita a efic cia subjetiva da senten a proferida em a o coletiva ajuizada por entidade associativa na defesa dos direitos de seus associados queles substitu dos domiciliados no mbito da compet ncia territorial do ju zo prolator na data da proposi tura da a o Nessa ptica a restri o dos limites subjetivos da coisa julgada ao mbito de compet ncia do ju zo prolator diz respeito apenas s a es coletivas que veiculem interesses individuais homog neos por natureza direitos perfeitamente divis veis e individualiz veis agrupados em uma s a o coletiva em raz o de sua origem comum da qual decorre a ho mogeneidade O C digo de Defesa do Consumidor e a Lei da A o Civil P blica formam o que a doutrina tem denominado de microssistema de processo civil coletivo Ambos os diplomas legais complementam se e devem ser aplicados e interpretados de maneira conjunta por for a do disposto no artigo 90 da Lei n 8 078 1990 e no artigo 21 da Lei n 7 347 1985 Art 93 Ressalvada a compet ncia da Justi a Federal competente para a causa a justi a local I no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano quando de mbito local II no foro da Capital do Estado ou no do Distrito Federal pa
191. 87 una disposici n expressa de la ley posterior a la Constitu ci n se reputa constitucional y se aplicar aun cuando parezca contraria la Constituci n 2 Informe sobre La Jurisdicci n Constitucional en Colombia lus et Praxis Talca Universidad de Talca 2000 p 63 Para Luis Vilar Borda s a partir da reforma de 1910 a Col mbia realmente passou a ter um sistema de controle de constitucionalidade BORDA 2000 p 17 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 191 Al m disso incorporou se o modelo difuso de controle por meio da excepci n de inconstitucionalidad cujos efeitos da senten a tocavam apenas s partes Pela mesma reforma coube Corte Suprema de Justi a solucionar os conflitos entre as leis ordin rias e a Constitui o prota gonizando desde ent o a guarda da integridade constitucional MESA 1998 p 602 Entre as principais inova es destaque se a acci n p blica de incons titucionalidad manejada por qualquer cidad o contra decretos ou leis contr rias Lei Maior MU OZ 2000 p 63 De acordo com Vladimiro Naranjo Mesa tal mecanismo de participa o cidad no controle con centrado de constitucionalidade consistiu num marco mundial no que diz respeito jurisdi o constitucional Pero el Constituyente de 1910 fue m s lejos a n consagr por primeira vez en el mundo la llamada acci n p blica de inconstitucionalidad al disponer que la Corte Suprema de Justicia no s lo decidir
192. 89 Nos crimes em que a pena m nima cominada for igual ou inferior a um ano abrangidos ou n o por esta Lei o Minist rio P blico ao oferecer a den ncia poder propor a suspens o do processo por dois a quatro anos desde que o acusado n o esteja sendo processado ou n o tenha sido condenado por outro crime presentes os demais requisitos que autorizariam a suspens o condicional da pena art 77 do C digo Penal BRASIL 1995 17 Art 2 A personalidade civil da pessoa come a do nascimento com vida mas a lei p e a salvo desde a concep o os direitos do nascituro BRASIL 2002 18 Art 968 A inscri o do empres rio far se mediante requerimento que contenha I o seu nome nacionalidade domic lio estado civil e se casado o regime de bens II a Ano 51 N mero 203 jul set 2014 277 exigidas no registro dificulta a implanta o de medidas que facilitem a utiliza o da inform tica na inscri o A exig ncia de firma com a respectiva assinatura aut grafa torna complexo o registro do empres rio individual De acordo com a regra atual a assinatura aut grafa deve ser firmada em formul rio impresso em papel j que o empres rio individual geralmente n o disp e de uma assinatura eletr nica ou de meios computacionais que lhe permitam digitalizar a assinatura e envi la ao registro mercantil A exig ncia de informa o do capital tem efei to meramente de forma o de um cadastro haja vista que
193. 985 Ricardo Quartim de Moraes graduado em Direito pela Universidade de S o Paulo USP Procurador Federal em S o Paulo SP RICARDO QUARTIM DE MORAES Sum rio 1 A discuss o doutrin ria e jurisprudencial em torno do artigo 16 da Lei n 7 347 1985 1 1 Sobre o entendimento jurisprudencial o papel do jurista 2 O regime jur dico da litispend ncia entre a es civis p blicas conforme o artigo 2 par grafo nico da Lei n 7 347 1985 3 Litispend ncia entre a es civis p blicas ajuizadas pelo mesmo legitimado 3 1 A interpreta o conjunta dos artigos 2 e 16 da Lei n 7 347 1985 4 Natureza e fundamento constitucional da litispend ncia 5 O princ pio do juiz natural e a litispend ncia como forma de impedir o forum shopping 6 A perplexidade gerada pela aplica o da S mula 235 do STJ litispend ncia entre a es civis p blicas 1 A discuss o doutrin ria e jurisprudencial em torno do artigo 16 da Lei n 7 347 1985 Gra as sua crescente utiliza o o tema da tutela coletiva tem ganha do cada vez mais import ncia nos meios acad micos De fato o aumento no volume de a es civis p blicas fez com que tanto a doutrina como o legislador tivessem de enfrentar problemas que primeiro se revelaram na pr tica forense Assim o legislador deparou se com duas quest es que nos concernem a primeira relaciona se com os limites subjetivos da coisa julgada formada em demandas coletivas A segunda
194. Am rica Latina Brasil M xico D F Fondo de Cultura Econ mica UNICAMP 2002 p 21 76 TELES Edson SAFATLE Vladimir Org O que resta da ditadura a exce o brasileira S o Paulo Boitempo 2010 VAINER Carlos Quando a cidade vai s ruas In MARICATO Erm nia et al Cidades rebeldes passe livre e as manifesta es que tomaram as ruas do Brasil S o Paulo Boitempo Carta Maior 2013 VELHO Gilberto Individualismo e cultura nota para uma antropologia da sociedade contempor nea 7 ed Rio de Janeiro Jorge Zahar 2004 VIOLA S lon Eduardo Annes Direitos humanos e democracia no Brasil Rio Grande do Sul Unisinos 2008 WEFFORI Francisco Espada cobi a e f as origens do Brasil Rio de janeiro Civiliza o Brasileira 2012 WILKINSON Helen Hijos de la libertad Surge una nueva tica de la responsabilidade individual y social In BECK Ulrich Org Hijos de la libertad contra las lamentaciones por el derrumbre de los valorestad M xico Fondo de Cultura Econ mica 2006 38 Revista de Informa o Legislativa Compet ncia comum e o federalismo cooperativo na subsidiariedade do licenciamento ambiental Avan os da Lei Complementar n 140 2012 na prote o do meio ambiente Paulo Jos Leite Farias promotor de justi a mestre em Direito e Estado pela UnB doutor em Direito pela UFPE p s doutor na Universidade de Boston EUA professor do IDP e IESB em Bras lia DF PAULO
195. C UCMG 1982 O princ pio da subsidiariedade conceito e evolu o Revista de Direito Adminis trativo v 1 n 200 abr jun 1995 BASTOS Celso A Federa o no Brasil Bras lia Instituto dos Advogados de S o Paulo 1985 Coment rios Constitui o do Brasil S o Paulo Saraiva 1988 v 1 BOTHE Michael Federalismo um conceito em transforma o hist rica In SPERBER S C Trad O federalismo na Alemanha S o Paulo Funda o Konrad Adenauer 1995 S rie tradu es 7 BRASIL Lei n 6 938 de 31 de agosto de 1981 Disp e sobre a Pol tica Nacional do Meio Ambiente seus fins e mecanismos de formula o e aplica o e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o Bras lia 2 set 1981 Constitui o 1988 Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil de 1988 Bras lia Senado Federal Subsecretaria de Edi es T cnicas 1988 Supremo Tribunal Federal A o direta de inconstitucionalidade n 2 554 9 Relator Ministro Sep lveda Pertence DJ 28 jun 2006 Di rio da Justi a Bras lia 17 out 2006 BRASIL Agravo de Instrumento n 2006 01 00 047135 0 PA Relator Desembargador Federal Daniel Paes Ribeiro DJ 20 out 2008 Di rio da Justi a Federal da Primeira Regi o 9 fev 2009 Lei Complementar n 140 de 8 de dezembro de 2011 Fixa normas nos termos dos incisos HI VI e VII do caput e do par grafo nico do art 23 da Constitui o Federal TN 150 Revista de In
196. EDRA 2007 p 109 Ora nem todas as tr s esferas de reconhecimento cont m em si de modo geral o tipo de senso moral que pode estar em condi es de p r em marcha conflitos ou querelas sociais uma luta s pode ser caracterizada de social na medida em que seus objetivos se deixam generalizar para al m do horizonte das inten es individuais chegando a um ponto em que eles podem se tornar a base de um movimento coletivo HONNETH 2003 p 256 Nos coment rios de Saavedra Honneth entende que necess ria a articula o pol tica de um movimento social para que o sentimento de injusti a do indiv duo passe a ter relev ncia pol tica SAAVEDRA 2007 p 109 Leia se nestes dois trechos expressivas contribui es a respeito do tema de um lado Honneth est preocupado em reconstruir a Teoria Cr tica a partir do conceito habermasiano de intera o comunicativa por outro lado Honneth n o est interessado em abrir m o de tr s intui es fundamentais do materialismo hist rico 1 todas as re la es sociais tem o potencial de se tornarem rela es de poder 2 o motor da hist ria a luta social 3 o est mulo que leva os seres humanos revolta social est ancorado na sua estrutura antropol gica SAAVEDRA 2007 p 97 O sentimento de injusti a ocupa um papel importante na an lise que Honneth faz do direito SAAVEDRA 2007 p 108 26 Revista de Informa o Legislativa d
197. EMIN RIO EMPREENDEDORISMO CI NCIA E INOVA O L Recife MELFI Adolfo Apoio a parcerias universidade empresas pol ticas de incentivo podem auxiliar pesquisas conjuntas UFPE Portal Universia 12 de maio de 2008 Dispon vel em lt http www universia com br rue materia jsp materia 15909 gt Acesso em 15 fev 2010 SILVA Evando Mirra de Paula A ci ncia que sonha e o verso que investiga ensaios sobre inova o poesia tecnologia e futebol S o Paulo Papagaio 2009 STUBER Walter Douglas Natureza jur dica das subsidi rias de sociedade de economia mista Revista de direito administrativo v 150 out dez 1982 T CITO Caio As empresas estatais no direito brasileiro In TELLES Ant nio A Queiroz ARA JO Edimir Netto de Coord Direito administrativo na d cada de 90 estudos jur dicos em homenagem ao prof Jos Cretella J nior S o Paulo Revista dos Tribunais 1997 VIEIRA Vin cius Guilherme Rodrigues O papel do Estado na economia do conhecimento o fortalecimento da democracia atrav s das novas tecnologias In A REVOLU O tecnol gica a economia do conhecimento e a democracia Democracia o espa o da paz Imp rio e ditadura a geopol tica da guerra Bras lia Instituto Tancredo Neves 2004 Cole o Pr mio Lu s Eduardo Magalh es v 6 WALD Arnold O direito de parceria e a nova lei de concess es S o Paulo Revista dos Tribunais 1996 72 Revista de Informa o Legislativa An
198. Fux DJ 16 fev 2012 Di rio da Justi a Eletr nico 29 jun 2012b Superior Tribunal de Justi a Recurso ordin rio em mandado de seguran a n 36 950 RO 2012 0012576 1 Relator Ministro Castro Almeida DJ 16 abr 2013 Di rio da Justi a Eletr nico 26 abr 2013 CANOTILHO J J Gomes Direito constitucional e teoria da Constitui o 7 ed Coimbra Almedina 2006 1522 p CARVALHO FILHO Jos dos Santos Manual de direito administrativo 15 ed Rio de Janeiro Lumen Juris 2006 1008 p CASSAGNE Juan Carlos El principio de legalidad y el control judicial de la discrecionalidad administrativa Marcial Pons Buenos Sires 2009 240 p CHAPUS Ren Droit administratif general 13e ed Paris Montchrestien 1999 Tome 1 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Discricionariedade administrativa na Constitui o de 1988 3 ed S o Paulo Atlas 2012 296 p Direito administrativo 26 ed S o Paulo Atlas 2013 984 p DIPIETRO Maria Sylvia Zanella RIBEIRO Carlos Vin cius Alves Coord Supremacia do in teresse p blico e outros temas relevantes do direito administrativo S o Paulo Atlas 2010 424 p DUHAMEL Olivier M NY Yves Dictionnaire constitutionnel Paris PUF 1992 1112 p ENTERR A Eduardo Garc a de As transforma es da justi a administrativa da sindica bilidade restrita plenitude jurisdicional uma mudan a de paradigma Belo Horizonte Forum 2010 107 p FAGUNDES Miguel Seabra C
199. JOS LEITE FARIAS Sum rio 1 Da compet ncia administrativa ambiental compet ncia comum e da prote o do meio ambiente na Constitui o de 1988 2 Conflitos administrativos de gest o ambiental e o princ pio da subsidiariedade 2 1 Conceito e fundamentos do princ pio da subsidiariedade 2 2 O princ pio da subisidiariedade e da supletividade como solu o para os conflitos de atua o administrativa dos entes federados nos termos da Lei Complementar n 140 2011 3 Racionalidade do licenciamento ambiental na coopera o sin rgica da Uni o dos Estados do DF e dos Munic pios 1 Da compet ncia administrativa ambiental compet ncia comum e da prote o do meio ambiente na Constitui o de 1988 Assim como ocorre com o conceito de jurisdi o que em tese e por excel ncia uno e indivis vel o conceito de administra o nota distintiva da autonomia que caracteriza os entes integrantes do pacto federativo tamb m n o admite divis es Aceita se o que diferente a reparti o do exerc cio de compet ncias administrativas para que na pr tica seja vi vel a sua presta o Nesse contexto deve ser entendida a previs o do art 23 incisos VI e VII bem como seu par grafo nico na Constitui o Federal de 1988 Com efeito a circunst ncia de o Estado membro juntamente com o Munic pio a Uni o e o Distrito Federal comporem nico e indivis vel Ano 51 N mero 203 jul set 2014 39 sistema de
200. LEO DE ESTUDOS DA VIOL NCIA Relat rio Nacional sobre os Direitos Humanos no Brasil 4 Viol ncia NEV Universidade de S o Paulo S o Paulo 2010 PINHEIRO Paulo S rgio ALMEIDA Guilherme Assis de Viol ncia urbana S o Paulo PubliFolha 2003 RIBEIRO Darcy O povo brasileiro a forma o e o sentido do Brasil S o Paulo Companhia das letras 1995 ROLNIK Raquel As vozes das ruas as revoltas de junho e suas interpreta es In MARI CATO Erm nia et al Cidades rebeldes passe livre e as manifesta es que tomaram as ruas do Brasil S o Paulo Boitempo Carta Maior 2013 SAAVEDRA Giovani Agostini A teoria cr tica de Axel Honneth In SOUZA Jess MAT TOS Patr cia Org Teoria cr tica no s culo XXI S o Paulo Annablume 2007 p 95 111 SECCO Lincoln As jornadas de junho In MARICATO Erm nia et al Cidades rebeldes passe livre e as manifesta es que tomaram as ruas do Brasil S o Paulo Boitempo Carta Maior 2013 SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS HUMANOS DA PRESID NCIA DA RE P BLICA Programa Nacional de Direitos Humanos PNDH 3 Bras lia SEDH PR 2010 SOUZA Jess A constru o social da subcidadania para uma sociologia pol tica da mo dernidade perif rica Rio de Janeiro IUPERJ UFMG 2006 TEIXEIRA Ana DAGNINO Evelina SILVA Carla Almeida La constituci n de la so ciedade civil em Brasil In DAGNINO Evelina Coord Sociedad civil esfera p blica y democratizaci n em
201. Lumen Juris 2006 p 869 907 O princ pio da proporcionalidade na p s modernidade Revista Eletr nica de Direito do Estado Salvador Instituto de Direito P blico da Bahia n 2 abr jun 2005 JORGE NETO Nagibe de Melo O controle jurisdicional das pol ticas p blicas concreti zando a democracia e os direitos fundamentais Salvador Editora JusPodivm 2008 180 p KELSEN Hans La giustizia costituzionale Milano Giuffr 1981 315 p LAUBADERE Andr de VENEZIA Jean Claude GAUDEMET Yves Trait de droit administratif 15e ed Paris LGDj 1999 Tome 1 LE SUEUR Andrew The rise and ruin of unreasonableness Judical Review n 10 2005 Dis pon vel em lt http heinonline org HOL Page handle hein journals judirel0 amp div 8 amp g sent 1 amp collection journals gt Acesso em 24 set 2014 LUCHAIRE Fran ois Le conseil constitutionnel Paris Economica 1980 435 p MARTINS Leonardo Proporcionalidade como crit rio do controle de constitucionalidade problemas de sua recep o pelo direito e jurisdi o constitucional brasileiros Revista da Ajuris Porto Alegre n 101 p 193 233 mar 2006 MEIRELLES Hely Lopes Direito administrativo brasileiro 28 ed S o Paulo Malheiros 2003 MELLO Celso Ant nio Bandeira de Curso de direito administrativo 15 ed S o Paulo Malheiros 2003 936 p Discricionariedade e controle jurisdicional 2 ed S o Paulo Malheiros 2007 MENDES Gilmar Ferreira
202. N James Por que as na es fracassam as origens do poder da prosperidade e da pobreza Tradu o de Cristiana Sena Rio de Janeiro Elsevier 2012 AGUILAR FILHO H lio Afonso FONSECA Pedro Cezar Dutra Institui es e coope ra o social em Douglas North e nos int rpretes weberianos do atraso brasileiro Estudos Econ micos S o Paulo v 41 n 3 p 551 571 jul set 2011 ALCHIAN Armen DEMSETZ Harold Produ o Custos de informa o e organiza o econ mica 1972 Revista de Administra o de Empresas S o Paulo v 45 n 3 p 92 108 jul set 2005 ARRUDA Maria Clara da Silveira Villasboas Companhia Aberta x Companhia Fechada Revista de Direito Mercantil Industrial Econ mico e Financeiro Nova s rie S o Paulo v 26 n 65 p 42 63 jan mar 1987 ASCARELLI Tullio Problemas das sociedades an nimas e direito comparado Campinas Bookseller 2001 BERLE Adolf Augustus MEANS Gardiner Coit A moderna sociedade an nima e a pro priedade privada S o Paulo Nova Cultural 1988 BRASIL Decreto Lei n 486 de 3 de mar o de 1969 Disp e sobre escritura o e livros mercantis e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o Bras lia 3 mar 1969 Lei n 5 869 de 11 de janeiro de 1973 Institui o C digo de Processo Civil Di rio Oficial da Uni o Bras lia 17 jan 1973 Lei n 6 385 de 7 de dezembro de 1976 Disp e sobre o mercado de valores mobili rios e cria a Comiss o de
203. NEAU KRITZMAN 2000 p 9 Segundo Giovani Clark e Nizete Lacerda Ara jo 2010 p 189 o Brasil assim como outras na es tem um triplo desafio isto gerar novos conhecimentos transform los em tecnologias competitivas e faz lo em meio recente crise econ mica internacional Para eles em virtude da contida atua o estatal no dom nio econ mico instalou se uma aguda crise socioecon mica mundial iniciada nos setores imobili rio e financeiro dos Estados Unidos Isso reflexo de irresponsabilidade e inefic cia das pol ticas econ micas reguladoras Da por que reconhecem que uma das formas de alavancar o desenvolvimento econ mico no micro e no macroambiente atrav s do est mulo inova o e ressaltam a import ncia do seu incentivo por meio de pol ticas p blicas estimuladoras e sedimentadoras de um sistema criativo nacional possibilitador de empregabilidade e gerador de renda interna empres rias institui es de ensino superior e o Estado nos setores de ci ncia e tecnologia E cabe ao ltimo fomentar principalmente por suas ag ncias de fomento e g FAPESP CNPq etc a integra o entre o setor produtivo e o acad mico mediante acordos e parcerias que criem ambiente favor vel participa o de orga niza es empresariais em atividades de pesquisa realizadas primordialmente em departamentos do setor produtivo e nas institui es de ensino superior p blicas e privadas em
204. Na o Edward Coke entre outras coisas susten tava que a atividade jurisdicional n o poderia ser realizada pelo monarca porquanto somente os ju zes tinham condi es para resolver as quest es considerando que eram instru dos na ci ncia do direito para a qual se exige muito estudo e experi ncia para construir o conhe cimento Assim pontuava Edward Coke que somente os ju zes poderiam decidir impasses entre o common law o Soberano e o Parlamento CAPPELLETI 1984 p 59 Da n o obstante a pertin ncia hist rica do caso Marbury v Madison de 1803 importa sobremaneira reconhecer a doutrina de Edward Coke segundo a qual os ju zes portanto um org o jurisdicional detinham a compet ncia para declarar por ltimo a validade de uma norma caso contr ria ao common law No seu mais famoso caso envolvendo o Dr Thomas Bonham Bonhams Case 1606 declarou Sir Coke que os atos do parlamento ser o controlados pelo common law julgados nulos algumas vezes pois quando um ato do parlamento contr rio raz o e ao direito comum ou repugnante ou imposs vel de ser apresentado ser controlado pelo common law e sentenciado como nulo O modelo norte ame ricano marcado pela doutrina Coke e sobretudo pelo caso Marbury v Madison de 1803 confere ao judici rio a compet ncia para a an lise das controv rsias normativas constitucionais Hans Kelsen por sua vez teorizou a exist n cia de um Tribunal Consti
205. Para especificar a ideia de chance equitativa dizemos supondo que haja uma distribui o de dons naturais aqueles que t m o mesmo n vel de talento e habilidade e a mesma disposi o para usar esses dons deveriam ter as mesmas perspectivas de sucesso independentemente de sua classe social de origem a classe em que nasceram e se desenvolveram at a idade da raz o Em todos os mbitos da sociedade deve haver praticamente as mesmas perspectivas de cultura e realiza o para aqueles com motiva o e dotes similares Dessa forma tratando se de uma teoria liberal admite e aceita desi gualdades sociais e econ micas condicionadas a posi es abertas a todos em condi es de igualdade equitativa de oportunidades e a um maior benef cio aos membros mais desfavorecidos da sociedade Portanto ainda que se parta da posi o de cidadania igual poss vel que ocorram direitos b sicos desiguais em decorr ncia de caracter sticas f sicas naturais em que determinada tarefa s possa ser exercida por homens em detrimento das mulheres ou que determinado servi o s possa ser exercido por uma par cela da popula o que detenha um conhecimento cient fico especializado Nesse caso explica Rawls 2002a p 105 que n o havendo a possibi lidade de mudan a dessas caracter sticas as posi es definidas por elas contam como lugares de partida na estrutura b sica sendo tais desigual dades justificadas pelo princ pio da diferen a
206. Peculiaridades do caso concreto Interesse de agir configurado Relator Ministro Mauro Campbell Marques Ac rd o 23 ago 2011 Di rio da Justi a Eletr nico Bras lia 13 abr 2012 Lei n 9 605 de 12 de fevereiro de 1998 Disp e sobre as san es penais e ad ministrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o Bras lia 13 fev 1998 Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil 03 Leis L9605 htm gt Acesso em 22 ago 2012 Lei n 5 172 de 25 de outubro de 1966 C digo Tribut rio Nacional Disp e sobre o Sistema Tribut rio Nacional e institui normas gerais de direito tribut rio aplic veis Uni o Estados e Munic pios Di rio do Congresso Nacional Bras lia 15 set 1966 Superior Tribunal de Justi a Recurso especial n 192494 PR Tribut rio IPI Importa o de Pe as para Substitui o no Equipamento Principal Isen o Ajustamento ao Princ pio da Legalidade CTN artigos 97 109 110 111 e 176 Decreto Lei 1 726 79 art 2 IV f 5 Lei 8 191 91 Decreto 151 91 Relator Ministro Jos Salgado Ac rd o 23 mar 1999 Di rio da Justi a Bras lia 16 nov 1999 1124 Revista de Informa o Legislativa CAN RIO Pedro Carf para atividades devido a a es populares Revista Consultor Jur dico 5 fev 2013 Dispon vel em lt http www conjur com br 2013 fev 05 carf atividades nesta terca causa dezenas ac
207. Quando houver abusos nos limites legais entram os freios do pr prio sistema legal constitucional e democr tico Porque uns abusam mais e com mais veem ncia outros n o s o obrigados a se curvar ou a recuar diante das infra es por isso o campo da democracia deve parar de ser comparado a um campo de batalha para ser pensado a partir da ideia de uma arena de compartilhamento de valores republicanos e cidad os onde a constitui o do espa o p blico se faz pela pr pria exemplaridade social do processo democr tico A opini o p blica desconcertada e autorit ria explora a ideia gene ralista e infundada de que a culpa pelas instabilidades que sempre se procura n o encontra sen o na democracia a sua respons vel Assim vincular o insucesso da democracia necessidade da repress o do recurso incontido ao poder das autoridades institucionais ao desenvolvimento de formas e m todos de controle social s o t ticas de avan o e reconquista de terreno que devem ser desvencilhadas com facilidade pela opini o p blica democr tica E em contramarcha a esse tipo de argumento pode se dizer que a culpa se refere s aus ncias e lacunas de democracia no passado e no presente pois isso sim pode ser considerado o v cuo que exp e e compromete a riscos de realiza o o estado atual da democracia Emerge no Brasil contempor neo um cen rio de agonia em torno dos direitos e das condi es de vida ao mesmo temp
208. RES N O OPONIBILIDADE DA RESERVA DO POSS VEL AO M NIMO EXISTENCIAL 3 A partir da consolida o constitucional dos direitos sociais a fun o estatal foi profundamente modificada deixando de ser eminentemente legisladora em pr das liberdades p blicas para se tornar mais ativa com a miss o de transformar a realidade social Em decorr ncia n o s a administra o p blica recebeu a incumb ncia de criar e implementar pol ticas p blicas necess rias satisfa o dos fins constitucionalmente delineados como tamb m o Poder Judici rio teve sua margem de atua o ampliada como forma de fiscalizar e velar pelo fiel cumprimento dos objetivos constitucionais 4 Seria uma distor o pensar que o princ pio da separa o dos poderes originalmente concebido com o escopo de garantia dos direitos fundamen Ano 51 N mero 203 jul set 2014 149 tais pudesse ser utilizado justamente como bice realiza o dos direitos sociais igualmente fundamentais Com efeito a correta interpreta o do referido princ pio em mat ria de pol ticas p blicas deve ser a de utiliz lo apenas para limitar a atua o do judici rio quando a administra o p blica atua dentro dos limites concedidos pela lei Em casos excepcionais quando a administra o extrapola os limites da compet ncia que lhe fora atribu da e age sem raz o ou fugindo da finalidade a qual estava vinculada auto rizado se encontra o Poder Judici r
209. Rezende Ativismo judicial pragmatismo e capacidades institucio nais as novas tend ncias do controle judicial dos atos administrativos Revista Brasileira de Direito P blico Belo Horizonte a 10 n 39 p 9 36 out dez 2012 PESS A Leonel Cesarino Teoria pragm tica e teoria da interpreta o Revista de Infor ma o Legislativa Brasilia v 47 n 188 out dez 2010 PINHEIRO Armando Castelar SADDI Jairo Direito economia e mercados Rio de Janeiro Elsevier 2005 PINHEIRO Armando Castelar Judici rio e economia no Brasil S o Paulo Sumar 2000 RIBEIRO M rcia Carla Pereira GALESKI JUNIOR Irineu Teoria geral dos contratos Rio de Janeiro Elsevier 2009 SALOM O FILHO Calixto Regula o e desenvolvimento In SALOM O FILHO Calixto Coord Regula o e desenvolvimento S o Paulo Malheiros 2002 Regula o da atividade econ mica 2 ed S o Paulo Malheiros 2008 SANTOS Rodolfo Torres dos An lise econ mica de contratos elementos para discuss o no setor de infraestrutura Revista do BNDES Rio de Janeiro v 11 n 21 p 236 239 jun 2004 SCHAPIRO Mario Gomes Amarrando as pr prias botas do desenvolvimento a nova economia global e a relev ncia de um desenho jur dico institucional adequado Rev direito GV S o Paulo v 7 n 1 p 341 352 jan jun 2011 Repensando a rela o entre estado direito e desenvolvimento os limites do para digma Rule of Law e a relev ncia d
210. TF n o apenas no sentido de proibi o de excesso mas talqualmente no de proibi o de insufici ncia Untermaf8verbot o que amplia o seu alcance e conseguintemente importa na redug o da liberdade de conforma o do legislador e da discricionariedade administrativa 4 Razoabilidade e proporcionalidade como conceitos jur dicos indeterminados limites imanentes ao controle judicial com base nesses princ pios Os princ pios da proporcionalidade e da razoabilidade n o s o capazes de levar o int r prete aplicador em todos os casos a uma nica solu o justa Em alguns casos extraordin rios poder o faz lo mas na maioria dos casos tal Embora ainda haja certa resist ncia ao emprego do princ pio da proporcionalidade pelas Cortes brit nicas h uma n tida evolu o no sentido de aplic lo tamb m aos casos em que n o estejam envolvidas normas comunit rias europ ias mas apenas a domestic law 2 lt O Tribunal deve sempre levar em conta que a Constitui o confere ao legislador amplas margens de a o para eleger os bens jur dicos penais e avaliar as medidas adequadas e necess rias para a efetiva prote o desses bens Por m uma vez que se ateste que as medidas legislativas adotadas transbordam os limites impostos pela Constitui o o que poder ser verificado com base no princ pio da pro porcionalidade como proibi o de excesso Ubermassverbot e como proibi o de prote o
211. TINS Joana Graeff Cirurgia pl stica est tica natureza da obriga o do cirurgi o Revista de Direito Privado ano 10 n 37 jan mar 2009 p 115 MENDES Jo o de Castro Do conceito de prova em processo civil Lisboa Editora Lisboa 1961 MIRAGEM Bruno Responsabilidade civil m dica no direito brasileiro In NERY J NIOR Nelson NERY Rosa Maria Andrade Coord Doutrinas essenciais responsabilidade civil direito fundamental sa de S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 2010 p 677 724 v 5 MONTERO AROCA Juan La prueba en el proceso civil 6 ed Pamplona Editora Civitas Thompson Reuters 2011 M RIAS Pedro Ferreira Por uma distribui o fundamentada do nus da prova Lisboa Editora Lex Lisboa 2000 NUNES Manuel Ros rio O nus da prova nas ac es de responsabilidade civil por actos m dicos 2 ed Coimbra Editora Almedina 2005 7N 1268 Revista de Informac o Legislativa Da responsabilidade civil por atos m dicos alguns aspectos Lisboa Editora Lisboa 2001 NUNES Luiz Antonio Rizzato Coment rios ao c digo de defesa do consumidor 3 ed S o Paulo Editora Saraiva 2007 PEDRO Rute Teixeira A responsabilidade civil do m dico reflex es sobre a no o da perda de chance e a tutela do doente lesado Coimbra Coimbra Editora Centro de Direito Biom dico 2008 PEYRANO Jorge Walter Lineamentos de las cargas probatorias din micas In WHITE In s L pori C
212. UNIOR Ivo Teixeira A trag dia do Judici rio subinvestimento em capital jur dico e sobreutiliza o do Judici rio 2012 146 f Tese Doutorado Universidade de Bras lia Facul dade de Economia Administra o Contabilidade e Ci ncia da Informa o e Documenta o Departamento de Economia Programa de P s Gradua o em Economia Bras lia 2012 GUIMAR ES Fernando Vernalha Concess o de servi o p blico S o Paulo Saraiva 2012 LOPES Jos Reinaldo de Lima Direito e Economia os caminhos do debate In LIMA Maria L cia L M Padua Coord Agenda contempor nea direito e economia 30 anos de Brasil S o Paulo Saraiva 2012 S rie GV Law t 1 MACEDO Bernardo Gouthier Economia e Direito um di logo entre iguais In LIMA Maria L cia L M Padua Coord Agenda contempor nea direito e economia 30 anos de Brasil S o Paulo Saraiva 2012 S rie GV Law t 1 MELLO Maria Tereza Leopardi Direito e Economia em Weber Rev direito GV S o Paulo v 2 n 2 jul dez 2006 NORTH Douglas Cecil Institutions institutional change and economic performance Cam bridge Cambridge University Press 1990 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 87 Economic Performance Through Time The American Economic Review Pittsburgh v 84 n 3 p 359 368 jun 1994 NUSDEO F bio Curso de Economia introdu o ao direito econ mico 3 ed S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 2001 OLIVEIRA Rafael C
213. Uma outra leitura do papel dos princ pios jur dicos feita por Robert Alexy principal representante da teoria axiol gica dos direitos fundamentais na Alemanha com grande reper cuss o acad mica e institucional no Brasil Valendo se da distin o proposta por Dworkin entre regras e princ pios Alexy promove uma leitura dessa dicotomia como sendo inerente estrutura das normas jur dicas mantendo as regras como precedentes aos princ pios na tarefa de apli ca o A teoria dos princ pios n o diz que o cat logo dos direitos fundamentais n o cont m regras isto que ela n o cont m defini es precisas Ela afirma n o apenas que os direitos fundamentais enquanto balizadores de defini es precisas e definitivas t m estrutura de regras como tamb m acentua que o n vel das regras precede prima facie ao n vel dos princ pios O seu ponto decisivo o de que atr s e ao lado das regras existem princ pios CARVALHO NETTO SCOTTI 2011 p 115 116 grifo do autor C pressuposto do suporte f tico de uma regra Esse duplo car ter de C decorre necessariamente da estrutura do enunciado de prefer ncia Isso porque a preced ncia de P1 ou seja do princ pio estabelecido no art 2 2 1 em face dos princ pios que com ele colidem sob as condi es C significa que a consequ ncia jur dica que resulta de P1 aplic vel se estiverem presentes as condi es C Por con seguinte de um enunciado de prefer
214. VIOLA 2008 p 50 7 Abordar a viol ncia ao lado da quest o da desigual dade e da exclus o e de seus riscos maiores a escravid o e a eliminag o ou o exterm nio significa levar em conta os complexos processos de socializa o vividos na hist ria passada e na contempor nea BAZ LIO KRAMER 2011 p 123 28 lt importante chamar aten o de que n o se trata de um problema que possa ser explicado apenas em fun o da pobreza mis ria m distribui o de renda etc Sem d vida os membros das camadas de baixa renda vivenciam com mais const ncia e dramaticidade a aus ncia de direitos e garantias Mas em termos de um sistema cultural de um universo de representa es h que salientar que a n o ser nos exemplos mais bvios e ostensivos de demonstra o de poder indiv duos de diferentes estratos est o sujeitos a serem violentados nos direitos definidos na letra da lei VELHO 2004 p 146 147 fiscaliza o cumprimento e aplica o das leis Assim considerada a gravidade da situa o bra sileira de interesse comum de todas as classes a implementa o de uma cidadania fortalecida e comprometida com a cultura de respeito aos direitos de todos e de cada um Em sua genu na e inteira concep o a ci dadania n o um privil gio de classe mas um fator de isonomia que transpassa as rela es de classe para afirmar se na impessoalidade e na universalidade dos sujeitos de direitos A grave
215. a O objetivo do presente trabalho portanto analisar a quest o da distribui o do nus da prova nas a es de responsabilidade civil por culpa do m dico 2 Conceito de prova Verdade material Vis o publicista do processo Provar demonstrar a veracidade de um fato controvertido afirmado previamente por qualquer das partes a fim de influenciar na forma o da convic o do juiz para a solu o do caso concreto e assim ver atendida a pretens o ou a resist ncia formulada em ju zo processo Constitui portanto nos termos da doutrina de Rui Manuel de Freitas Rangel a qual se acolhe um conjunto de atividades destinadas a demonstrar a realidade dos fatos controvertidos que foram trazidos para o processo pelas partes e que tem como finalidade a forma o da convic o ntima do julgador portanto com capacidade de influenciar o julgamento da causa RANGEL 2006 p 20 No curso do processo a prova ganha import ncia porque a atividade processual destinada a buscar a verdade material dos fatos controvertidos alegados pelas partes No espa o da responsabilidade civil m dica s o 250 Revista de Informa o Legislativa objeto de prova todos os fatos alegados pelas partes que guardam pertin ncia com os pres supostos legais necess rios para a configura o do dever de indenizar ou seja com o fato a ilicitude a culpabilidade o nexo de causalidade eo dano bem como todos os fatos alegados para excluir
216. a o disciplinadora da com pet ncia comum ambiental racionaliza o 48 Revista de Informa o Legislativa licenciamento ambiental em uma coopera o de tal sorte que o seu efeito maior do que a soma dos efeitos de cada um dos entes fede rados atuando isoladamente Manter parceria para obter resultados mais expressivos do que se trabalhando em separado implica adotar a sinergia como forma de agir no federalismo ambiental o verdadeiro sentido da no o de Poder P blico como aquele que torna efetiva a prote o do meio ambiente ecologicamente equilibrado junto com a coletividade caput do art 225 da Constitui o Federal A regulamenta o do par grafo nico do art 23 da Constitui o Federal consagrando a subsidiariedade e supletividade harmoniza as pol ticas e a es administrativas para evi tar a sobreposi o de atua o entre os entes federados de modo a garantir uma atua o administrativa eficiente Machado 1994 p 139 afirma A raz o ltima da distribui o do poder entre seus distintos n veis n o deve ser outra que a de facilitar seu mais adequado e eficaz exerc cio As f rmulas que se adotem como todas as f rmulas pol ticas devem legitimar se pelos seus rendimentos sociais efetivos E Garcia de Enterr a Da a necessidade de ser considerado o melhor n vel de gest o dos servi os e a maior aten o s necessidades concretas e reais dos cidad os e da pr pria sociedad
217. a o sopesamento No julgamento da ADPF n 54 BRASIL 2013 a Ministra Rosa Weber a partir da p 36 de seu voto p 134 do Ac rd o faz uma longa abor dagem a respeito da pondera o entre a vida do feto anenc falo e a dignidade a integridade a liberdade e a sa de da gestante para ao final votar juntamente com a maioria da Corte no sentido de interpretar que a interrup o de gravidez de feto anenc falo n o constitui crime Entendemos que a pondera o usada pelo STF se constituiu em t cnica decis ria deficiente O caso resolve se pela identifica o daquilo que chamaremos adiante de norma adequada que protegia as v timas do racismo Segundo julgamos n o havia naquelas circunst ncias uma manifesta o leg tima de pensamento pelo agente mas a dissemina o de discurso odioso e discriminat rio caso em que n o se pode defender o sopesamento de dois direitos pois em verdade havia um nico direito em jogo o direito das v timas de exigir do Estado o cumprimento de seu dever de proteg las contra a veicula o de discursos discriminat rios Praticando crime n o age o paciente sob o manto da liberdade de express o n o havendo sopesa mento poss vel 2 Outra vez mais entendemos quanto a esse caso que n o h pondera o a ser feita mas a aplica o do nico direi to com incid ncia no caso que garante os direitos reprodu tivos da m e diante da impossibilidade de prosseguim
218. a afirma que os brasileiros geralmente desejam um t tulo cient fico e um emprego p blico Com a conquista do emprego p blico passam a desejar uma cadeira na C mara dos Deputados ap s isto uma cama no Senado em seguida uma poltrona no Conselho de Estado e por fim uma rede de dormir no Conselho de Estado RODRIGUES 1884 p 32 Ademais critica a possibilidade de aboli o da pena de morte que apesar de ser do desejo da maioria dos fil sofos deve ficar fora das cogita es do Imperador Isso porque enquanto o fil sofo deve ser o ap stolo da igualdade considera o Rei como a incarna o suprema da desigualdade pol tica RODRIGUES 1884 p 78 A quest o central da obra em apre o a escravid o que considerada por Coelho Rodrigues 1884 p 108 como a irm g mea da Monarquia no continente americano Assim insinua que a aboli o da escravid o entre n s levaria supress o da monarquia O que de fato terminou por 58 Revista de Informa o Legislativa ocorrer De qualquer forma ainda com o intuito de persuadir o Imperador a n o ceder aos abolicionistas invoca o argumento da tradi o ou dos costumes bem ao gosto dos historicistas Eu n o creio que institui es seculares possam ser reformadas e transfor madas de improviso a golpes de decretos pelo contrario attrib o a esse preconceito os resultados negativos das grandes aspira es da revolu o de 1789 e receio mui
219. a conforme destacado anteriormente mostra o deslocamento de boa parte da riqueza da propriedade individual para a propriedade de empresas de grande porte financiadas pela poupan a popular Cada vez mais h um predom nio da sociedade an nima de capital aberto com um poder de decis o maior para os administradores no caso de capital pulverizado e uma postura mais passiva dos acionistas detentores de pequena parcela do capital social implicando uma separa o entre A Comiss o de Valores Mobili rios tem o papel principal de expedir normas de conduta com o objetivo de prevenir os lit gios CATEB 2008 p 269 S atribui o da Comiss o de Valores Mobili rios desestimular o uso indevido de informa es privilegiadas no mercado estabelecendo puni es administrativas no caso do seu descumprimento CATEB 2008 p 270 S dever dos administradores da sociedade an nima aberta revelar as informa es relevantes ao p blico investidor Art 157 4 Os administradores da companhia aberta s o obrigados a comunicar imediatamente bolsa de valores e a divulgar pela imprensa qualquer delibera o da assembleia geral ou dos rg os de administra o da companhia ou fato relevante ocorrido nos seus neg cios que possa influir de modo ponder vel na decis o dos investidores do mercado de vender ou comprar valores mobili rios emitidos pela companhia BRASIL 1976b 70 ordenamento jur dico brasileiro ao co
220. a o p blico Onde a viol ncia impera a desagrega o dos la os promove a deteriora o do conv vio a ponto de a desconfian a tornar se um elemento decisivo do jogo das intera es sociais A viol ncia deixa um esp lio de sequelas em corpos pessoas pr ticas institui es e pol ticas mas um de seus nefastos efeitos na din mica dos processos de socializa o a marca da desconfian a como regra e padr o de conduta O que importa avaliar o quanto o ac mulo A respeito as pesquisas do NEV USP sobre as taxas de viol ncia Dispon vel em lt www nevusp org br gt Acesso em 3 jun 2014 Consulte se tamb m PINHEIRO AL MEIDA 2003 5 Na linha hist rica internacional o cen rio o do p s guerra e na linha hist rica nacional o cen rio p s CF88 Assim est desenhado o Estado Social no p s guerra com a supervaloriza o do constitucionalismo marcado sob o modelo do neoconstitucionalismo na cren a profunda de que com isso poderia construir uma sociedade justa e solid ria com a erradica o da pobreza e marcada pela ideia da fun o social MORAIS 2007 p 575 0 trecho a seguir transcrito converge plenamente com a percep o de que a situa o de guerra social n o declarada destr i la os fundamentais de confian a que afirmam a possibilidade da cidadania Se a guerra destr i rela es e contamina princ pios de confian a de forma privilegiada num conflito armado onde a
221. a os anteriores TEIXEIRA DAGNINO SILVA 2002 p 46 2 Sobre o relato sobre a rdua tarefa de resist ncia e luta dos movimentos sociais leia se J no segundo per odo no decorrer da liberaliza o a sociedade civil j estava articulada e os movimentos sociais encontraram bandeiras pol ticas como a luta pela anistia e pelo fim da lei de seguran a nacional Por fim no terceiro per odo a sociedade civil j se encontrava reorganizada e lutava pela redemocratiza o assumindo as bandeiras das elei es diretas e da constituinte soberana VIOLA 2008 p 107 NA respeito vide TELES SAFATLE 2010 12 Revista de Informa o Legislativa pr ticas nas institui es nas impunidades e nas distor es nos medos e nos desmandos de hoje na cultura do grito e da ordem nas aus ncias e nas presen as n o revistas e n o ressignificadas que uma justi a de transi o ainda ter a tarefa de expurgar aos poucos A ditadura deixa seu legado de autoritarismo devasta o pol tico institucional da democracia e saldos humanos t tricos mas um dos piores legados deixados por ela o tr gico projeto de desenvolvimentismo que apenas adiou repressivamente o atendimento das demandas sociais e achatou a conquista de direitos por parte significativa da popula o alijada gerando uma bomba de efeito retardado que estoura na atualidade das impossibilidades urbanas na devasta o ambiental na educa o treinamento
222. a Sa de a cobertura dos programas de sa de da fam lia PSFs no Brasil hoje de 96 7 beneficiando 193 2 milh es de pessoas em 5 297 munic pios por meio de 257 265 2012 agentes comunit rios de sa de que atuam nas 33 404 equipes de sa de da fam lia Minist rio da Sa de 2012 BRASIL 2013a Os atendimentos m dicos em Ouro Preto do n vel secund rio ocorrem na Po licl nica e nos ambulat rios da UFOP que atuam em parceria com a prefeitura H ainda uma Unidade de Pronto Atendimento o Centro Viva Vida em Itabirito que referencia pacientes de alto risco do Hiperdia e pr natal e o Hospital Santa Casa de Miseric rdia que possui conv nio para servi os de obstetr cia cirurgia e leitos de interna o e CTI Exames complementares s o realizados por um laborat rio municipal mas a grande parte por conveniados H um Conselho Municipal de Sa de com composi o padr o que se re ne quinzenalmente para discutir e encaminhar demandas locais BARBOSA 2013 134 Revista de Informa o Legislativa argumento da reserva do poss vel Nesse sentido vale a pena trazer alguns dados acerca do tema obtidos por meio de interessante pesquisa emp rica realizada a partir da an lise documental dos of cios emitidos pelo Minist rio P blico de Minas Gerais e as respectivas respostas da Secretaria Municipal de Sa de de Ouro Preto SMS OP entre os anos de 2010 e 2011 Foi realizada uma pesquisa document
223. a legal das pessoas jur di cas de direito privado com a inscri o do ato constitutivo no respectivo registro precedida quando necess rio de autoriza o ou aprova o do Poder Executivo averbando se no registro todas as altera es por que passar o ato constitutivo BRASIL 2002 Na forma do art 990 do C digo Civil que trata da sociedade em comum Art 990 Todos os s cios respondem solid ria e ilimitadamente pelas obriga es sociais exclu do do benef cio de ordem previsto no art 1 024 aquele que contratou pela sociedade BRASIL 2002 Mas o par grafo nico do art 981 do C digo Civil permite a constitui o de sociedade para apenas um ou mais neg cios determinados como nas sociedades de prop sito espec fico Art 981 Par grafo nico A atividade pode restringir se realiza o de um ou mais neg cios BRASIL 2002 Ela permite a agregac o de recursos entre duas ou mais pessoas para a consecu o de empreendimentos em que h vantagens na coopera o m tua Cada s cio tem mais a ganhar ingressando na sociedade se guindo seus deveres legais e contratuais e cooperando para o exerc cio do objeto social CATEB PIMENTA 2012 p 231 Caso n o houvesse um mecanismo jur dico de coopera o entre eles haveria em maior quantidade empreendimentos individuais na sociedade por meio de empreendimentos informais ou de sociedades de fato sem forte v nculo jur dico o que reduziria o resultado
224. a medida em que se prop e a representar uma forma de rea o ao modelo de sociedade que consente o conv vio com a barb rie desbarbarizada do quotidiano 3 Democracia lei e assimetrias sociais Ainda que restaurada a democracia a ordem constitucional e a inte gralidade do princ pio da legalidade convive se com a cidadania inteira a meia cidadania e a n o cidadania Ainda pior poss vel que essas inst ncias sejam naturalizadas e se degradem de uma hora para outra por uma ordem de cidadania inst vel merc da revoga o abrupta das formas de cidadania inteira a meia cidadania de meia cidadania a n o cidadania considerando se vari veis pol tico econ micas Em seu estudo Individualismo e cultura o antrop logo Gilberto Velho constata e descreve a exist ncia de um tra o de hierarquia na matriz cultural brasileira que torna deplor vel a capacidade de fazer valer na pr tica a cidadania formal e ison mica a todos A explica o mais corriqueira e comum para a quest o da aus ncia de lei regra e direitos ison micos para todos normalmente decorre do racioc nio segundo o qual os direitos acompanham o status econ mico do indiv duo de modo que as classes mais precarizadas seriam as mais vulner veis e quase que exclusivamente atingidas pela aus ncia de direitos ou pelo n o acesso a eles Todavia a situa o do Brasil ainda mais dram tica do que a j inadmiss vel relativiza o da efic cia dos direitos confo
225. a para a regulamenta o do caso Ao aplicador do direito dado realizar o segundo discurso aplica o ao int rprete do direito cumpre o papel de realizar a aplica o das normas ao caso concreto mediante o exame dos fatos que envolvem a situa o e a partir de ent o identificar a raz o definitiva norma aplic vel do caso pela interpreta o Afastam se aqui concep es de princ pios como mandamentos que possam ser mais ou menos cumpridos e de regras como ju zos definiti vos per se Regras e princ pios podem igualmente estabelecer a raz o de decidir do caso basta para tanto que ao final do discurso de aplica o o resultado encontrado pelo int rprete considerada a descri o completa da situa o e do quadro das normas aplic veis seja nesse sentido Refutam se igualmente concep es que defendem que princ pios se submetem a distintos graus de cumprimento isso porque apenas a situa o concreta de aplica o que permitir identificar qual ser o mandamento do princ pio para aquele caso Se no ju zo de adequa o aquele mandamento for considerado definitivo ele ser integralmente aplicado se n o for o adequado ele simplesmente ser afastado Prin c pio como toda norma jur dica obedece ao c digo bin rio direito n o direito LUHMANN 1996 n o se submetendo a cumprimento em graus distintos 180 Revista de Informa o Legislativa Conclus o Procurou se ao longo do
226. a prova em situa es previstas em lei A invers o do nus da prova n o uma medida aleat ria do ju zo Seu mbito de incid ncia limitado em casos ou hip teses tamb m pre vistos pela lei No Brasil a nica regra do C digo de Processo Civil BRASIL 1990 que autoriza a invers o do nus da prova a que disp e sobre a conven o v lida entre as partes nos termos do par grafo nico do artigo 333 Sistematicamen te existe tamb m a invers o do nus da prova por for a do artigo 6 inciso VIII do C digo de Defesa do Consumidor CDC Partilha se do entendimento de que a mera dificuldade do encargo probat rio por maior que seja para a parte onerada por si s n o justifica a invers o do nus da prova por determina o judicial Em face desse enquadramento da inver s o do nus da prova pode se dizer que no ordenamento jur dico brasileiro existe um sedimentado entendimento doutrin rio e jurisprudencial que sustentar a aplicabilidade do CDC na rela o jur dica mantida entre o m dico e o paciente Para tanto considera se o CDC como o regime jur dico matriz da responsabilidade civil m dica Para essa ila o o racioc nio singelo o m dico prestador de servi o e o paciente um destinat rio final A rela o jur dica entre ambos portanto de consumo Ainda existe uma refer ncia em rela o responsabilidade civil pessoal do profissional liberal expressa nos termo
227. a que parecia haver e determinou o envio de uma miss o de monitoramento para acompanhar a elei o e o pleito que aconteceria em 2013 Fernando Franco afirmou em entrevista revista Veja N o houve golpe absolutamente O que aconteceu foi uma mudan a de governo que respeitou a Constitui o O governo Lugo era um governo invi vel respons vel por um massacre no qual morreram dezessete pessoas sendo seis oficiais da pol cia e onze civis Uma s rie de circunst ncias levou ao desgosto popular generalizado e ao evidente mau exerc cio do cargo Em face disso so mente um deputado de um total de 77 e quatro senadores de 43 votaram contra o impeachment de Lugo Estamos falando de quase unanimidade PEREIRA 2013 Enquanto a deposi o do Presidente Lugo parece legalmente v lida aos autores do presente artigo a suspens o do Paraguai como membro do Mercosul pareceu oportunista por usar da mesma arma da qual acusou o uso pelo Parla mento paraguaio o cerceamento de defesa Ora a alega o do governo de Franco contr ria suspens o n o foi rebatida em seus termos pelo contr rio os demais membros do Mercosul j haviam decidido pela suspens o O Paraguai foi impedido de participar das reuni es at que se normalizasse a situa o democr tica No dia 30 de novembro de 2012 os presiden tes dos pa ses da Unasul ratificaram a suspens o do Paraguai do Mercosul e a manuten o do isolamento foi direc
228. a sociedade brasileira di zendo Urge pois renovar esse mesmo esp rito emancipat rio e nesta quadra hist rica esten der a garantia institucional da fam lia tamb m s uni es homoafetivas p g 681 do ac rd o E nisso igualmente segue Rosenfeld 2003 p 92 quando este afirma que a Constitui o a um s tempo coercitiva e emancipat ria A decis o de fato significou renova o ou reinven o sociocultural o que apesar de ter 216 Revista de Informac o Legislativa sofrido cr tica de alguns setores conservadores da sociedade perfeitamente legitimado por Rosenfeld 2003 p 93 94 Como a identidade constitucional deve pro mover a reconciliac o ou o equil brio entre o self e o outro a identidade e a diferen a a imposi o coercitiva e a emancipa o a heran a s cio cultural e a renova o ou reinven o s cio cultural os aspectos mais privilegiados ao longo da via metaf rica e da meton mica ser o mais provavelmente os mais adequados nos termos das cir cunst ncias espec ficas envolvidas para se alcan ar a maioria sen o a totalidade desses objetivos 4 Conclus es O Supremo Tribunal Federal no julgamento sobre a uni o homoafetiva lidou de modo patente com o necess rio papel contramajo rit rio inerente ao direito constitucional Tal circunst ncia estava presente na consci ncia do colegiado e o seu conte do nesse particular foi muito bem defi
229. abilidade floresceu e desenvolveu se no sistema da Common Law Contudo nesse sistema alude se n o ao princ pio da razoabilidade mas ao da irrazoabilidade unreasonableness embora n o haja refer ncia ao princ pio da desproporcionalidade mas apenas ao da proporcionalidade proportionality Tal fato j diz algo sobre o papel desempenhado pelo princ pio da irrazoabilidade no sistema da Common Law trata se de um instrumen to para controlar a absurdez da lei e da atividade administrativa sob o prisma eminentemente negativo ou seja o controle judicial com base no princ pio da irrazoabilidade cingir se ia a declarar a nulidade de ato legal ou administrativo manifestamente absurdo irrazo vel unreasonable Essa concep o restritiva do controle judicial com base na razoabili dade alcan ou sua m xima express o no julgamento do caso Associated Provincial Picture Houses v Wednesbury Corporation mais conhecido como Wednesbury case realizado em 1948 pelo Tribunal de Apela o brit nico Nesse hist rico julgamento o Presidente do Tribunal Master of the Rolls Lord Greene assentou as seguintes premissas It is true the discretion must be exercised reasonably Now what does that mean Lawyers familiar with the phraseology commonly used in relation to exercise of statutory discretions often use the word unrea sonable in a rather comprehensive sense It has frequently been used and is frequently used as a general de
230. ada e adotada por Axel Honneth a morte ps quica a morte social e a vexa o apenas refor am Por isso a particularidade nas formas de desrespeito como as existentes na priva o de direito ou na exclus o social n o representa somente a limita o violenta da autonomia pessoal mas tamb m sua associa o com o sen timento de n o possuir status de um parceiro da intera o com igual valor moralmente em p de igualdade para o indiv duo a denega o de pretens es jur dicas socialmente vigentes significa ser lesado na expectativa intersubjetiva de ser reconhecido como sujeito capaz de formas ju zo moral HONNETH 2003 p 216 7 Ora t pico dos tr s grupos de experi ncias de desrespeito que se distinguem analiticamente dessa maneira o fato de suas consequ ncias individuais serem sempre descritas com met foras que remetem a estados de abatimento do corpo humano nos estudos psicol gicos que investigam as sequelas pessoais da experi ncia de tor 24 Revista de Informa o Legislativa a import ncia de considerar que inexistindo ambi ncia democr tica cultura de respeito aos direitos humanos integra o social pela uni versaliza o dos par metros legais equaliza o das condi es de igualdade social e econ mi ca fraternidade antropol gica solidariedade social di logo e participa o democr tica a tend ncia do conv vio o seu empobrecimento e a sua det
231. ado dessas instabilidades foi uma onda de forte press o social decorrentes das manifesta es de 2013 e 2014 por sobre as classes pol ticas em todo o Pa s Elas n o devem no entanto abalar a convic o de que a democracia o nico regime pol tico capaz de promover direitos conviver com instabili dades e disso fazer a s ntese necess ria para continuar operando Todavia n o s o poucos os desafios O cen rio de crise econ mico financeira e segue carreira do breve otimismo de 2011 quando se considerava que o Brasil passaria ileso onda global de depress o econ mica Assim n o somente o ano de 2013 foi marcado pelas Jornadas de Ju nho com manifesta es populares e jovens em todo o Pa s mas o ano de 2014 se encontra marcado por instabilidades econ micas perdas salariais e empresariais greves e paralisa es do transporte p blico incertezas de cen rio global embates entre movimentos sociais e for as de seguran a Portanto com a inclus o da psicologia social de Mead a ideia que o jovem Hegel tra ou em seus escritos de Jena com rudimentos geniais pode se tornar o fio condutor de uma teoria social de teor normativo seu prop sito esclarecer os processos de mudan a social reportando se s pretens es normativas estruturalmente inscritas na rela o de reconhecimento rec proco HONNETH 2003 p 155 Os direitos humanos resultaram de lutas por reconhecimento violentas e s vezes
232. ado a limita o pode subtrair a efic cia do controle abstrato de normas por outro uma legitima o ampla importaria inevitavelmente numa sobrecarga de trabalho para o Tribunal com queda da qualidade de seus julgados e a obriga o de ocupar se de quest es de impor t ncia menor MENDES 1996 p 87 Na ustria de 1920 s o Governo Federal poderia desencadear o controle perante o Tri bunal Em 1975 permitiu se minoria parlamentar Na experi ncia por tuguesa pela reda o do art 281 da Constitui o de 1976 MIRANDA 2005 p 117 h um plexo de legitimados modelo semelhante seguido pela Espanha e pelo Brasil Na Alemanha existe tamb m uma limita o pois a Lei Fundamental de Bonn fixa expressamente os rg os autori zadores que prop em o controle abstrato de normas art 93 19 n 2 MENDES loc cit A prop sito conv m enaltecer que houve uma tentativa de permitir uma participa o ativa do cidad o na jurisdi o constitucional perante o Supremo Tribunal Federal No projeto encaminhado e aprovado pelo Congresso Nacional que resultou na edi o da Lei n 9 882 1999 disciplinando a argui o do des cumprimento de preceito fundamental ADPF exposto no art 102 2 da Constitui o Federal de 1988 permitia se a qualquer pessoa lesada ou amea ada por ato do Poder P blico propor a respectiva ADPF nos precisos termos do art 2 inciso II da Lei n 9 882 1999 Mas esse
233. ados para tanto TREBILCOOK DAVIS 2009 p 218 A discuss o j se inicia pelo pr prio conceito de desenvolvimento como meramente econ mi co ou tamb m incorporador de aspectos sociais que demandariam institui es diferentes para o seu alcance Especificamente os adeptos da Nova Economia Institucional acreditam que as prioridades das institui es devem estar ligadas a fatores como direitos de propriedade bem de finidos e transmiss veis facilitados pelo sistema formal de direito contratual TREBILCOOK DAVIS 2009 p 224 Os cr ticos dessa corrente alegam que tais institui es nos moldes dos pa ses desenvolvidos ocidentais estariam fadadas ao fracasso quando de sua mera transposi o para pa ses em desenvolvimento pois n o existiriam as mesmas precondi es para implementa o do mesmo modelo TREBILCOOK DAVIS 2009 p 233 E v o al m questionando a Ano 51 N mero 203 jul set 2014 77 pr pria efetividade das normas e institui es jur dicas em contraposi o s normas e institui es associadas tribo ao cl e comunidade quest o inclusive j tratada por Douglas North TREBILCOOK DAVIS 2009 p 244 246 Mais uma cr tica a esse movimento oriunda principalmente do paradigma desenvolvimen tista estaria no fato de considerar o papel do Di reito extremamente restrito unicamente ligado garantia dos interesses privados SHAPIRO 2010 p 215 o que o incapacita a lidar com d
234. adurecimento das quest es de fato imprescind vel para a prola o da decis o final pelo magistrado Diante disso o aspecto central da atividade probat ria nas a es de responsabilidade civil por culpa m dica guarda pertin ncia l gica com a quest o de saber qual das partes respons vel pela produ o da prova de um determinado fato e qual a consequ ncia da falta da prova para o julgamento final da querela Surge ent o a necessidade de se analisar o instituto jur dico do nus da prova na a o de responsabilidade civil por culpa m dica 3 nus da prova nus subjetivo e objetivo Distribui o do nus da prova O nus consiste num imperativo imposto ao pr prio interesse da parte VALLEJOS 2008 p 455 um poder que atua dentro da esfera de liberdade do indiv duo cujo exerc cio uma faculdade imposta como condi o para a obten o de uma determinada vantagem processual Em termos de Direito Probat rio nus tem o mesmo significado de carga da prova Para Ivana Maria Airasca 2008 p 129 a carga da prova pode ser definida como a faculdade que se concede s partes de provar em seu pr prio interesse os fatos que fundamentam sua pre tens o ou exce o o poder ou a faculdade de executar livremente um ato previsto em uma norma jur dica em benef cio pr prio sem coa o mas cuja inexecu o acarreta a perda de um benef cio ou de uma chance Assim n o se pode obrigar ningu m
235. afirmar que quase sempre temer rio o dissenso para a estabilidade da vida coletiva item 16 do Voto E reitera Em suma estamos a lidar com um tipo de dissenso judicial que reflete o fato hist rico de que nada incomoda mais as pessoas do que a prefer ncia sexual alheia quando tal prefer ncia j n o corresponde ao padr o social da heterossexualidade a velha postura de rea o conservadora BRASIL 2011 H aqui a identifica o de uma tradi o o dissenso sobre a prefe r ncia sexual do outro quando difere do padr o social de heterossexu alidade e em seguida uma nega o tradi o a partir da cr tica de temerariedade para a estabilidade social vetustez e conservadorismo A repreens o cr tica a essa tradi o retomada no item 27 do Voto em que se coloca o preconceito reinante como ju zo de valor n o autorizado pela realidade mas imposto a ela a ferro e fogo de wa mente voluntarista ou sect ria ou supersticiosa ou obscurantista ou industriada quando n o voluntarista sect ria supersticiosa obscurantista e industriada ao mesmo tempo e novamente frisada no item 32 ao falar de barreiras artificial e raivosamente erguidas embara amento de neur nios e pe quenez mental dos homens No in cio do voto do Ministro Marco Aur lio tamb m se verifica essa nega o da tradi o quando citando Hart afirma que vis es imputadas moralidade com
236. ais Jus Navigandi Teresina ano 8 n 173 26 dez 2003 Dispon vel em lt http www georgemlima xpg com br geracoes pdf gt Acesso em 18 jun 2013 MELQUIADES DUARTE L G Possibilidades e limites do controle judicial sobre as pol ticas p blicas de sa de um contributo para a dogm tica do direito sa de Belo Horizonte Forum 2011 v 1 392p MENDES Gilmar Ferreira COELHO Inoc ncio M rtires BRANCO Paulo Gustavo Gonet Curso de Direito Constitucional S o Paulo Saraiva 2007 MOREIRA Orlando Soares SGRECCIA Elio Manual de Bio tica S o Paulo Loyola 1988 MINAS GERAIS A o civil p blica Apela o c vel n 1 0461 04 014806 0 001 Relator Ed gard Penna Amorim DJ 18 set 2008 Tribunal de Justi a de Minas Gerais 12 nov 2008 Dis pon vel em lt http tj mg jusbrasil com br jurisprudencia 5974021 104610401480600011 mg 1046104014806 0 001 1 gt Acesso em 22 ago 2013 MINAS GERAIS Agravo de instrumento n 1 0461 11 004841 4 001 Relator Heloisa Combat DJ 21 jun 2012 Tribunal de Justi a de Minas Gerais 13 jul 2012 Dispon vel em lt http www5 timg jus br jurisprudencia pesquisaNumeroCNJEspelhoAcordao do numeroRegistro 1 amp totalLinhas 1 amp linhasPorPagina 10 amp numeroUnico 1 0461 11 0 04841 4 2F001 amp pesquisaNumeroCNJ Pesquisar gt Acesso em 22 ago 2014 OLIVEIRA Thaline Alves de LANA Carlos F lix Lana Hansen ase no munic pio de Ouro Preto Minas Gerais aspectos epi
237. al tem se o modelo concentrado de constitucio nalidade qualificado sobretudo pela exist ncia de uma Corte Constitucional Ocorre que muitos pa ses exercem ambos os controles jurisdicionais de constitucionalidade reconhecidos como sistema de jurisdi o cons titucional mista Assim preservam a compet n cia difusa outorgada aos ju zes que conhecem incidentalmente da controv rsia constitucional bem como o modelo europeu concernente ao controle concentrado capitaneado por uma Corte Constitucional Encerradas as no es preliminares con cernentes jurisdi o constitucional marcada por um controle de constitucionalidade em que uma Corte Constitucional concentrado ou qualquer inst ncia do Poder Judici rio difuso d o a derradeira posi o sobre o sentido da Constitui o segue se ao exame dos tra os pri meiros e essenciais da jurisdi o constitucional realizada na Col mbia 2 Rasgos essenciais da jurisdi o constitucional na Col mbia Na Col mbia com a Constitui o Pol tica de 1991 h um sistema misto de controle ju risdicional de constitucionalidade porquanto combina elementos do modelo difuso norte americano e do concentrado austr aco Po 10 F sistema de control jurisdicional de constitucio nalidad dise ado en la Constituci n Pol tica de Colombia de 1991 en adelante CP es mixto en la medida que combina elementos del modelo difuso y del concentra do La opci n del con
238. al Belo Horizonte n 13 p 157 179 jan jun 2010 ROMERO Ana Paula Berhnes As restri es verticais e a an lise econ mica do direito Revista Direito GV S o Paulo v 2 n 1 p 11 35 jan jun 2006 SCHAFER Hans Bernd OTT Claus The Economic Analysis of Civil Law Northampton Elgar 2005 SHARP JUNIOR Ronald A problem tica extin o do DNRC Valor Econ mico S o Paulo 18 de jun de 2013 1300 Revista de Informac o Legislativa SZTAJN Rachel VER OSA Haroldo M D A incompletude do contrato de sociedade Re vista de Direito Mercantil Industrial Econ mico e Financeiro S o Paulo v 131 p 7 20 2003 TIMM Luciano Benetti A junta comercial e seu papel no desenvolvimento da economia 2010 Dispon vel em lt http www abde com br gt Acesso em 17 maio 2013 VERA Fl via Santinoni Consequ ncias do Direito Brasileiro para o Empreendedorismo Agenda Legislativa para o Desenvolvimento Nacional Bras lia Senado Federal 2011 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 301 Conheca outras obras publicadas pela Coordena o de Edi es T cnicas www senado leg br livraria
239. al com abordagem metodol gica qualitativa Foram analisados of cios emitidos pelo Minist rio P blico e as respostas emitidas pela Secretaria Municipal de Sa de de Ouro Preto SMSOP referentes ao fornecimentos de medicamentos durante os anos de 2010 e 2011 No per odo estudado foram analisados 116 of cios emitidos pelo Minis t rio P blico de Ouro Preto relativos a 71 pacientes Foram solicitados 23 itens diferentes de medicamentos dos quais 13 56 5 n o pertenciam aos programas de assist ncia farmac utica do SUS A porcentagem de of cios que foi encaminhado ao Programa Complementar de Medicamentos foi de 50 4 Dos itens fornecidos regularmente pelo SUS 29 4 do total de itens 29 20 3 pertenciam ao Programa de Medicamentos de Alto Custo Observa se que o atraso no recebimento do medicamento solicitado foi a maior causa de envio de of cios 4 SMS OP Foi verificado que dos 34 of cios relacionados ao atraso na entrega de medicamentos 38 2 estavam ligados a problemas licitat rios o que refor a a ideia de Gandin et al 2008 na qual muitas vezes os recursos or ament rios at existem por m n o h previs o or ament ria que os destine consecu o daquele interesse ou licita o que legitime a aquisi o de determinados insumos Quanto ao deferimento dos produtos solicitados 53 4 dos pedidos foram atendidos positivamente 24 6 ficaram pendentes uma vez que estavam em pro
240. al Federal consubstancia um objetivo ou princ pio impl cito da ordem constitucional para cuja m xima efic cia devem zelar os demais poderes e as normas infraconstitucionais De resto o amplo rol de entes legitimados para a promo o do controle abstrato de normas inscrito no art 103 da Constitui o Federal assegura a veicula o e a sele o qualificada das quest es constitucionais de maior relev ncia e consist ncia atuando como verdadeiros agentes de representa o social e de assist ncia cidadania Cabe igualmente ao Procurador Geral da Rep blica em sua fun o prec pua de Advogado da Constitui o a formaliza o das quest es constitucionais carentes de decis o e socialmente relevantes Afigura se correto supor portanto que a exist ncia de uma pluralidade de entes social e juridicamente legitimados para a promo o de controle de constitucionalidade sem preju zo do acesso individual ao controle difuso torna desnecess rio e pouco eficiente admitir se o excesso de feitos a processar e julgar certa mente decorrentes de um acesso irrestrito e individual ao Supremo Tribunal Federal Na medida em que se multiplicam os feitos a examinar sem que se assegure sua relev ncia e transcend ncia social o comprometimento adicional da capacidade funcional do Supremo Tribunal Federal constitui inequ voca ofensa ao interesse p blico Imp e se portanto seja vetada a disposi o em comento BRASIL 1999 Ano 51 N mero 2
241. al ou fidejuss ria Na dic o da ilustrada maioria concor rem a relev ncia e o risco no que o artigo 2 da Medida Provis ria n 1 570 97 condicionou a concess o da liminar ou de qualquer medida de car ter antecipat rio cau o isso se do ato puder resultar dano a pessoa jur dica de direito p blico Senten a efic cia a o civil p blica Em princ pio n o se tem relev ncia jur dica suficiente concess o de liminar no que mediante o artigo 3 da Medida Provis ria n 1 570 97 a efic cia erga omnes da senten a na a o civil p blica fica restrita aos limites da compet ncia territorial do rg o prolator ADI 1576 1 Relator Ministro Marco Aur lio DJ 16 abr 1997 Di rio da Justi a Bras lia 6 jun 2003 BRASIL Superior Tribunal de Justi a Embargos de diverg ncia A o civil p blica Efic cia Limites Jurisdi o do rg o prolator 1 Consoante entendimento consignado nesta Corte a senten a proferida em a o civil p blica far coisa julgada erga omnes nos limites da compet ncia do rg o prolator da decis o nos termos do art 16 da Lei n 7 347 85 alterado pela Lei n 9 494 97 Precedentes 2 Embargos de diverg ncia acolhidos EREsp 411529 SP Relator Ministro Fernando Gon alves DJ 10 mar 2010 Di rio da Justi a Eletr nico Bras lia 24 mar 2010 BRASIL Superior Tribunal de Justi a Conflito de compet ncia A o civil p blica postu lando reserva de vagas aos por
242. an a hoje uma regra que agrava as rela es sociais e atrasa a possibilidade de n veis mais consolidados de justi a social a supera Com isso a ideia de uma teoria da justi a segundo a qual em sociedades modernas todos os sujeitos devem manter a chance de participar dessas esferas de intera o est ligada emancipa o precedente de um processo de forma o erroneamente conduzido sem a presentifica o libertadora uma vez que sofrem de indetermina o porque aceitaram despercebidamente concep es unilaterais de liberdade os sujeitos n o poderiam chegar quele conceito de justi a ligado a uma teoria da intersubjetividade o qual consiste na ideia de uma eticidade moderna HONNETH 2007 p 103 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 25 o de sua tend ncia a corroer o tecido social deve ser considerada um caminho concreto de realiza o da vida democr tica contempor nea a coroar os esfor os pelo reconhecimento dos sujeitos na integralidade de seus direitos e no respeito simples condi o de cada um como pessoa humana 5 Democracia lei e instabilidades O caos multissintom tico da sociedade contempor nea choca qual quer possibilidade de previs o e descri o Os perigos da vida moderna multiplicam se os riscos estendem se al m dos limites do controle enquanto os alarmes permanecem em constante est gio de aten o n o h tempo para a exce o pois a exce o todo o
243. anifesta es de sexualidade absente smo onanismo intercurso emparceiramento igualando as sob o mesmo manto da liberdade sexual e concluindo subitem VI que todos s o iguais em raz o da esp cie humana de que fa am parte e das tend ncias ou prefer ncias sexuais que lhes ditar com exclusividade a pr pria na tureza qualificada pela nossa Constitui o como autonomia de vontade Interessante observar que quando a Suprema Corte dos EUA julgou o caso Bowers v Hardwick chegou a conclus o exatamente oposta tendo decidido que o sexo homossexual entre adultos n o integraria o direito privacidade mantendo se na poca a intoler ncia que a legisla o norte americana estampava sobre o assunto E como lembra Rosenfeld 2003 p 72 para combater a met fora do indiv duo aut nomo que decide por si s com plena responsabilidade e dignidade acerca de suas 212 Revista de Informa o Legislativa associa es ntimas os ministros da maioria recorreram essencialmente contextualiza o meton mica Ali s em ambos os julgamentos o da Suprema Corte norte ame ricana e o da brasileira foi rememorado o hist rico da criminaliza o do sexo homossexual L por m isso serviu segundo Rosenfeld para apresentar o sexo homossexual como um desvio ou uma anormalida de e assim torn lo discern vel do tipo de sexo merecedor da prote o constitucional 2003 p 73 Aqui ao contr
244. ansa o 1 quando o juiz adota entendimento contr rio Outro modelo de an lise que permite a mensura o das decis es judiciais relativas aos contratos de concess o de servi o p blico o proposto por Luciana Yeung A autora realiza Ano 51 N mero 203 jul set 2014 85 a an lise quantitativa da efici ncia e do vi s do Judici rio brasileiro esta ltima tamb m denominada an lise da qualidade do Judici rio Para tanto utiliza para o caso da efici ncia um modelo n o estat stico n o param trico e n o estoc stico denominado An lise Envolt ria de Dados DEA embasada em c lculos de fronteiras de produ o e com origem na teoria microecon mica tradicional A DEA difere de m todos param tricos porque n o assume um conhecimento a priori da fun o de produ o especialmente importante quando se analisam setores n o tradicionais economia como no presente caso e da regress o estat stica por permitir identificar o melhor desempenho das unidades observadas criando diferentes avalia es de efici ncia e diferentes recomenda es para melhorias Em rela o ao caso da an lise do vi s do Judici rio brasileiro a autora buscou responder s hip teses de que as decis es s o pr devedor pr hipossuficiente e de que os Ministros do STJ reformam as decis es dos tribunais inferiores utilizando se do modelo econom trico de distribui o log stica ou logit por envolver os resultados das deci
245. anter a higidez desse ju zo declarando que n o pode anul lo corrigi lo ou substitu lo por que legitimamente exercido pela Administra o caso em que julgar improcedente o pedido de anula o corre o ou substitui o com resolu o do m rito processual em vez de extinguir o processo sem resolu o do m rito processual por impossibilidade jur dica do pedido 6 Conclus o luz do exposto dessume se que subsiste o conceito de m rito administrativo como li mite negativo ao controle judicial ou seja como um n cleo cognosc vel mas imodific vel pelo Judici rio Apesar de ter experimentado uma significativa redu o ap s a CF 88 em virtude do incremento dos par metros de controle judicial desig nadamente em raz o da constitucionaliza o de novos princ pios e da subsequente releitura jurisprudencial doutrin ria de v rios princ pios constitucionais o conceito de m rito do ato administrativo sobrevive Al m de juridicamente insustent vel a elimina o do conceito de m rito administrativo faticamente invi vel visto que o legislador n o dotado de onisci ncia que o habilite a prever todas as situa es poss veis de ocorrer nem ainda que isso fosse fact vel a linguagem humana t o precisa que possa abranger num nico enunciado todas as poss veis exce es regra que intenta estabelecer Cabe pois Administra o amoldar o comando gen rico e abstrato da lei s peculia
246. arcia pdf gt Acesso em 12 set 2013 GIRALDI Renata Futuro chanceler do Paraguai faz mist rio sobre retorno ao Mercosul e Unasul Ag ncia Brasil 13 jun 2013a Dispon vel em lt http memoria ebc com br agenciabrasil noticia 2013 08 13 futuro chanceler do paraguai faz misterio sobre retorno ao mercosul e unasul gt Acesso em 21 ago 2014 GIRALDI Renata Paraguai anuncia que vai combater guerrilha EPP EBC Bras lia 21 ago 2013b Dispon vel em lt http agenciabrasil ebc com br noticia 2013 08 21 paraguai anuncia que vai combater guerrilha epp gt Acesso em 15 set 2013 LAFER Celso Descaminhos do Mercosul a suspens o da participa o do Paraguai e a incorpora o da Venezuela uma avalia o cr tica da posi o brasileira Pol tica externa v 21 n 3 jan mar 2013 Dispon vel em lt http www ieei unesp com br portal wp content uploads 2013 03 Politica Externa 21 03 Celso Lafer pdf gt Acesso em 22 jul 2014 M NDEZ GRIMALDI Idilio Monsanto golpea en Paraguay los muertos de Curuguaty y el juicio pol tico a Lugo Otramerica S 1 23 jun 2012 Dispon vel em lt http otramerica com solo texto radar monsanto golpea en paraguay los muertos de curuguaty y el juicio politico a lugo 2082 gt Acesso em 22 jun 2012 MERCOSUL Protocolo de Ushuaia sobre compromisso democr tico no Mercosul Bol via e Chile Rep blica da Argentina Cidade de Ushuaia 24 jul 1998 Dispon vel em lt http
247. articiparem da conforma o do exerc cio e do controle do poder pol tico nos termos do art 40 e 229 da Constitui o de 1991 Por isso mesmo seu exerc cio n o pode sucumbir diante de estritas formalidades nem de requisitos que emperrem o acesso justi a para defender a Constitui o e tornar eficaz a democracia participativa N o obstante o reconhecimento do direito substancial participa o pol tica o Tribunal tendo como exequ vel o art 2 do Decreto 2 067 1991 fixou determinadas condi es m nimas para o processamento da acci n de inconstitucionalidad Nos termos da Sentencia C 131 03 estabeleceu se que essa demanda seria processada caso contivesse i las normas que se acusan como inconstitucionales ii las normas superiores que se consideran vulneradas iii las razones por las que la Corte Constitucional es competente para conocer la demanda y iv los motivos por los cuales se estima que las disposiciones constitucionales han sido infringidas COLOMBIA 2003 Por todas as caracter sticas expostas imp e se frisar que o controle desencadeado pela ac o p blica de constitucionalidade consiste num controle abstrato de constitucionalidade Isso porque n o reclama a exposi o de um caso concreto Basta t o somente ao cidad o propor perante a Corte consoante os m nimos requisitos acima comentados a impugna o direta do dispositivo normativo Da a a o d lugar a um processo constitucional pr
248. as alternativas institucionais Rev direito GV S o Paulo v 6 n 1 p 213 252 jan jun 2010 SCHIRATO Vitor Rhein A regula o dos servi os p blicos como instrumento para o desenvolvimento Interesse P blico Porto Alegre v 6 n 30 p 77 97 mar abr 2005 SCHWARTZ Germano Andr Doederlein SILVA J natas Prates da Bail out quem ser o ltimo a saltar o direito ou a economia Revista de Informa o Legislativa Bras lia v 49 n 195 jul set 2012 SILVA Rafael Silveira COSTA J NIOR lvaro P S Como medir o impacto do Judici rio sobre a implementac o da pol tica regulat ria Caderno de Finangas P blicas Bras lia n 9 dez 2009 SOARES In s Virg nia Prado Direito ao desenvolvimento e justi a de transi o conex es e alguns dilemas In PIOVESAN Fl via SOARES In s Virg nia Prado Coord Direito ao Desenvolvimento Belo Horizonte F rum 2010 SOUZA Alexandre Campos Gomes Ensaios sobre regula o monet ria e financeira 2009 205 f Tese Doutorado Universidade Federal do Paran Curitiba 2009 STRECK Lenio Luiz As recep es te ricas inadequadas em terrae brasilis Revista de Direitos Fundamentais e Democracia Curitiba v 10 n 10 p 2 37 jul dez 2011 p 8 10 Dispon vel em lt http revistaeletronicardfd unibrasil com br index php rdfd article view 53 gt Acesso em 22 fev 2013 BARRETO Vicente de Paulo OLIVEIRA Rafael Tomaz Ulisses e o canto das ser
249. as de pr modernidade leva a um cen rio de dificuldades acerbas na gest o democr tica contempor nea A cultura do n o direito da vacuidade ou inexpressividade da lei uma dessas heran as Num r pido relance a autonomia da lei brasileira recente e data do per odo imperial quando a independ ncia permitiu o in cio do processo de constru o da legisla o p tria At ent o a legisla o era basicamente portuguesa tamb m considerada a franca anomia legal das terras colonizadas decorrente de um processo de feitoriza o e n o propriamente de coloniza o conforme analisa S rgio Buarque de Holanda e a miscigena o de valores costumes e pr ticas dist ncia da metr pole Ainda assim em todo o seu per odo hist rico constituinte d se como express o de domina o e n o como express o de luta ou conquista popular Sob essas condi es a lei uma forma de revestimento para rela es sociais de domina o em que senhor e escravo colonizador e ind gena mission rio e pros lito civilizado e bugre dominador e dominado se encon tram em polos opostos e codependentes amenizados pela pessoalidade do destino comum em terras distantes e in spitas onde se dar a fermenta o de um processo sociocultural econ mico e pol tico de singular express o A lei concede direitos ao senhor plenipotenci rio e imp e deveres e rigores a dependentes s ditos e escravos O patriarcalismo e o hiperi
250. asil em virtude da Proclama o da Rep blica parece n o haver impactado as es truturas de poder de maneira significativa Os mesmos homens de confian a do Imperador continuavam ocupando posi es de destaque na rep blica rec m instalada Coelho Rodrigues um excelente exemplo desse esp rito conciliador que n s herdamos da metr pole Apesar da rup tura com a monarquia permaneciam a servi o do Brasil os mesmos homens que outrora eram fi is s ditos do Imperador Dom Pedro II 2 Coelho Rodrigues e a gera o 70 Coelho Rodrigues obteve o t tulo de bacha rel pela Faculdade de Direito do Recife em 1866 No ano de 1870 recebeu o t tulo de doutor em Direito pela mesma faculdade Isso poderia servir de argumento para inseri lo naquilo que se convencionou chamar de gera o 70 Entretanto vincula se a Escola do Recife chamada gera o 70 ou seja queles ju ristas que conclu ram o curso de bacharelado em Direito ao longo da d cada de 1870 no ambiente da Faculdade de Direito do Recife Ap s subsequentes gera es fortemente in fluenciadas por ideais rom nticos a chamada gera o 70 apresentar se como aquele grupo de pessoas que cuidar de matar o velho de modo a preparar a chegada do novo O novo ent o era identificado com o materialismo o cientificismo o anticlericalismo etc de modo a recepcionar algumas das doutrinas em voga na poca quais sejam o positiv
251. ass vel de anula o corre o ou substitui o pelo Judici rio ativi dade decis ria reformadora N o h pois no ato administrativo discri cion rio um n cleo incognosc vel pelo Judici rio 158 Revista de Informa o Legislativa o que h um n cleo imodific vel pelo Judici rio a saber aquele n cleo que n o tenha desbordado dos limites da proporcionalidade e da razoabi lidade n cleo proporcional e razo vel e das demais normas aplic veis N o outra a conclus o de Maria Sylvia Zanella Di Pietro 2012 p 134 grifo nosso A conclus o nica poss vel a de que o Ju dici rio pode examinar o m rito do ato admi nistrativo No entanto o que n o poss vel o Judici rio substituir a decis o discricion ria adotada validamente Ele est limitado pela legalidade em sentido amplo abrangendo n o s os atos normativos como tamb m os princ pios e valores adotados de forma expressa ou impl cita pela Constitui o Assim o ju zo administrativo de oportuni dade e conveni ncia ser em primeiro lugar amplamente sindicado analisado perquirido ju zo cognitivo pelo magistrado luz das nor mas jur dicas designadamente dos princ pios da proporcionalidade e da razoabilidade em seguida verificando o magistrado que o ju zo administrativo de conveni ncia e oportunidade se conteve dentro dos lindes da razoabilidade da proporcionalidade e das demais normas inciden tes m
252. assa a compreender a lei formal e esses princ pios e valores constitucionais expl citos ou inexpl citos bem como atos normativos do Executivo e do Legislativo que n o se subsumem ao conceito de lei formal legalidade lato sensu ou bloco de legalidade O controle judicial se expande pois j n o se adstringe mera legali dade stricto sensu abrangendo todo o direito controle de juridicidade de legalidade lato sensu Portanto o Estado Legal sucedido pelo Estado de Direito revalorizando se o conte do material da lei ou seja o seu aspecto axiol gico tico justo que havia sido menosprezado pelo juspositivismo mais radical A ideia de vincula o negativa lei a Administra o pode fazer tudo o que n o proibido pela lei t pica do liberalismo substitu da pela no o de vincula o positiva lei a Administra o s pode fazer o que permitido pela lei e a discricionariedade j n o vista como poder pol tico como no Estado de Pol cia sen o como poder jur dico balizado pelo Direito O controle judicial j n o meramente formal porquanto leva em considera o os aspectos materiais de justi a e tica positivados nos princ pios constitucionais expl citos e impl citos bem de ver que o controle judicial dos atos discricion rios se expan de n o s pela positiva o de novos princ pios e valores constitucionais sen o tamb m pela releitura dos princ pios e va
253. ativos s o rec pro cos e a vantagem de cada participante racional mesmo porque os seus integrantes s o pessoas livres e iguais substantivamente que impl cita e coerentemente aderem a uma concep o p blica e pol tica de justi a em que as desigualdades devem proporcionar o maior benef cio aos membros menos favorecidos da sociedade ao passo que na realidade brasileira a situa o de desigualdade encarada com naturalidade com a consequente aus ncia do Poder P blico dada a falta de escolas de condi es dignas de sa de de salubridade p blica de moradia de transporte p blico de qualidade seguran a previd ncia social etc ainda que tais direitos estejam previstos na Constitui o e nas leis Assim a nossa produ o legislativa n o tem correspond ncia na vida do cidad o brasileiro comum N o h uma disposi o coerente e refletida entre a produ o e o emprego dos direitos fundamentais sociais N o h uma rela o aut ntica entre os princ pios os crit rios previstos na Constitui o e o reconhecimento da igualdade de valores Significa dizer por via oposta teoria de Rawls que h uma incoer ncia uma inautenticidade entre a doutrina abrangente e a concep o pol tica Refer ncias ABREU Luiz Eduardo de Lacerda Qual sentido de rawls para n s Revista de Informa o Legislativa Bras lia v 43 n 172 out dez 2006 VILA Humberto Teoria dos princ pios 8 ed S o Paulo Malhei
254. ato de que a propositura da a o torna prevento o ju zo e n o ter o ju zo despachado em primeiro lugar em caso de ju zos com a mesma compet ncia territorial art 106 ou a data da cita o na hip tese de ju zos com compet ncias territoriais diferentes art 219 Poder se ia concordar com a posi o juris prudencial a respeito dos efeitos da litispend n cia entre a es civis p blicas tendo em vista que sendo concorrente e disjuntiva a legitimidade 1 CC 113 788 STJ 1 Se o Rel Min Arnaldo Esteves Lima DJE Data 23 11 2012 pouco adiantaria extinguir um dos processos uma vez que qualquer um dos colegitimados poderia muito bem intervir no processo ajui zado pelo outro colegitimado como assistente litisconsorcial art 5 2 da Lei n 7 347 1985 Da a op o pela reuni o dos processos Bem vista a quest o o pressuposto desse fundamento que cada a o coletiva distinta tenha sido ajuizada por um legitimado diferente dada a disjuntividade da legitima o Vejamos a li o de Fredie Didier Jr e Her mes Zaneti Jr 2009 p 172 Normalmente costuma se atribuir litis pend ncia o efeito de extinguir o segundo processo sem exame do m rito p ex art 267 V CPC brasileiro Muito embora a nossa legisla o seja omissa a respeito essa ser a consequ ncia quando houver litispend ncia entre causas coletivas com tr plice identidade dos elementos da demanda Trata se de
255. atos administrativos que por sua natureza sejam insuscet veis de controle de exame de aprecia o pelo Poder Judici rio Com efeito em nosso sistema por imposi o constitucional nenhuma les o ou amea a de les o poder ser subtra da da aprecia o judicial A lei n o excluir da aprecia o do Poder Judi ci rio les o ou amea a a direito reza a Consti tui o no art 5 XXXV estatuindo o princ pio da inafastabilidade do acesso ao Poder Judi ci rio Assim sendo todos os aspectos do ato administrativo podem e devem ser apreciados pelo Judici rio atividade cognitiva o que n o implica dizer que o Judici rio esteja autorizado a corrigir emendar subs tituir ou anular todos esses aspectos atividade decis ria reformadora Os principios da proporcionalidade e da razoabilidade imp em a an lise de todos os aspectos do ato administrativo pois nenhum desses aspectos pode subsistir validamente se ultrapassar as fronteiras da propor cionalidade e da razoabilidade tais princ pios constitucionais aplicam se a toda a atividade administrativa Consoante j salientado at mesmo a conveni ncia e a oportunidade do ato administrativo m rito submetem se aos princ pios da proporcio nalidade e da razoabilidade Contemporaneamente assim como j n o se pode falar em mera reserva legal que foi substitu da pela reserva legal proporcional e razo vel tamb m j n o se pode falar em mera co
256. ave fator de comprometimento dos direitos a situa o do Brasil ainda mais dram tica na medida em que n o apenas a pobreza que atingida pela falta de direitos mas tamb m a riqueza certo que a riqueza tem os recursos para buscar alternativas e solu es para se furtar das consequ ncias da aus ncia de direitos ou para minor las desviando se de vivenciar e padecer os efeitos da perversidade dos indiv duos da inefic cia das institui es e da inefetividade dos direitos A pobreza mais rudemente castigada pela aus ncia direta de acesso a direitos o que significa estar exposta car ncia ao abandono ao desprovimento de informa es e conheci mentos at a submiss o qualidade de servi os p blicos prec rios como transporte e sa de at a vulnerabilidade perante o poder de disposi o da pol cia No entanto deve se frisar que todas as classes sociais padecem os efeitos negativos da semivig ncia da ordem jur dica na realidade brasileira o que apenas acentua a voca o para as distor es no processo de implementa o 2 Uma vez consolidados os direitos civis e pol ticos as lutas pela redemocratiza o n o foram suficientes para a supera o das pol ticas de exclus o social que ao contr rio em raz o da mundializa o da economia e do crescimen to das desigualdades entre pa ses ricos e pa ses pobres dificultam a efetiva o dos direitos sociais e econ micos
257. beas Corpus n 82 424 RS Relator Ministro Moreira Alves Relator para o ac rd o Ministro Maur cio Corr a DJ 17 set 2003 Di rio da Justi a Bras lia 19 mar 2004 CANOTILHO Jos Joaquim Gomes Direito constitucional e teoria da constitui o 7 ed Coimbra Almedina 2003 CARVALHO NETTO Menelick de A hermen utica constitucional sob o paradigma do estado democr tico de direito In CATTONI Marcelo Coord Jurisdi o e hermen utica constitucional Belo Horizonte Mandamentos 2004 p 25 44 CARVALHO NETTO Menelick SCOTTI Guilherme Os direitos fundamentais e a in certeza do direito a produtividade das tens es principiol gicas e a supera o do sistema de regras Belo Horizonte F rum 2011 CATTONI Marcelo Direito constitucional Belo Horizonte Mandamentos 2002 DWORKIN Ronald A Matter of Principle Cambridge MA EUA Harvard University Press 1985 Laws Empire Cambridge MA EUA Harvard University Press 1986 Taking Rights Seriously Cambridge MA EUA Harvard University Press 1978 The concept of unenumerated rights University of Chicago Law Review Chicago EUA n 59 p 381 432 1992 GUNTHER Klaus Qual o Conceito de Pessoa de que Necessita a Teoria do Discurso do Direito Revista Direito GV 3 S o Paulo v 2 n 1 p 223 240 jan jun 2006 The Sense of Appropriateness Application discourses in Morality and Law Tradu o John Farrell Albany State University of Ne
258. bora prevale a na pr tica efeitos para o futuro Por m em certos casos de maneira a evitar a consolida o de situa es arbitr rias empresta efeitos temporais s suas decis es MUNOZ 2000 p 74 Todavia ressalta Naranjo Mesa que a decla ra o de constitucionalidade de uma norma n o obsta o juiz de pronunciar se contr rio a ela por circunst ncias particulares que o caso concreto reclame quando necess rio para proteger um direito constitucional n o considerado pela Corte Por conseguinte o magistrado poder ex officio consultar o Tribunal para esclarecer o alcance da decis o proclamada pela Corte MESA 1998 p 621 E ainda conv m destacar que o Tribunal poder em vez de declarar inconstitucional o dispositivo vergastado propor uma interpre ta o constitucionalmente sustent vel Assim Art 243 Los fallos que la Corte dicte en ejercicio del control jurisdiccional hacen tr nsito a cosa juzgada consti tucional Ninguna autoridad podr reproducir el contenido material del acto jur dico declarado inexequible por razones de fondo mientras subsistan en la Carta las disposiciones que sirvieron para hacer la confrontaci n entre la norma ordinaria y la Constituci n 194 Revista de Informa o Legislativa nas circunst ncias em que subsistem diversos sentidos prefere se emprestar uma senten a interpretativa Em rela o aos direitos tutelados pela ac ci n p blica de inconstitucional
259. bui ao aplicador a tarefa de encontrar a norma adequada ao caso o que faz por aquilo que chama discurso de aplica o de normas Essa aplica o parte de uma justifica o j elaborada anteriormente pelas autoridades respons veis por sua con fec o amparados a sim em crit rios os mais diversos e heterog neos poss veis O legislador efetivamente pondera entre m ltiplos crit rios para a constru o do direito Mas o aplicador n o o faz Ele aplica normas sem que aqui caiamos na falsa dicotomia positivista entre cria o e aplica o do direito j combatida no primeiro cap tulo da obra Laws Empire por Dworkin 1986 cuja validade pressuposta pela fundamenta o que lhe foi dada pelo legislador dado que se puder dispor de argumentos para novamente fundament las exercer um ju zo para o qual n o est legitimado Benvindo 2010 p 305 306 tradu o nossa escreve o seguinte a respeito Como fatos e normas s o confundidos uns com os outros por meio da pondera o afinal pelo pensamento integrativo de Alexy n o h necessidade pr tica de distin o entre fundamenta o e justifica o de normas o juiz em ltima inst ncia pode apoiar se apenas em sua pr into and shaped by the values and social interests Inasmuch as this translation or shaping undermines the priority of the system of rights over axiological viewpoints and anyhow cannot be justified but by customary standar
260. c o de Cristina Queiroz 2006 p 116 117 grifo nosso Uma vez consagradas legalmente as presta es sociais o legislador e o administrador n o poder depois elimin las sem alternativas ou com pensa es Uma vez dimanada pelo Estado a legisla o concretizadora do direito fundamental social a ac o do Estado que se consubstanciava num dever de legislar transforma se num dever mais abrangente o de n o eliminar ou revogar essa lei O que resulta protegido n o o direito qua tale mas a situa o normativa isto o direito enquanto aplicado a uma dada situa o concreta de vida Tal princ pio vem sendo invocado em algumas decis es recentes do STF m xime no tocante aos lindes da discricionariedade quanto s pol ticas p blicas Assim vem sendo invocado pelo STF tanto em face do legislador para restringir lhe a liberdade de conforma o como em face do administrador p blico para limitar lhe a discricionariedade A t tulo ilustrativo confira se 1150 Revista de Informa o Legislativa A PROIBI O DO RETROCESSO SOCIAL COMO OBST CULO CONSTITUCIONAL FRUSTRA O E AO INADIMPLEMENTO PELO PODER P BLICO DE DIREITOS PRESTACIONAIS O princ pio da proibi o do retrocesso impede em tema de direitos fundamentais de car ter social que sejam desconstitu das as conquistas j alcan adas pelo cidad o ou pela forma o social em que ele vive A cl usula
261. cados necess rios para ser indicado magistrado da Corte Constitucional conv m ressaltar a possibilidade de o professor universit rio titular de c tedra ser indicado como tal assim ensina Emilia Gir n Reguera Para ser magistrado de la Corte Constitucional se requiere ser colombiano de nascimiento y abogado no hacer sido condenado por sentencia judicial a pena privativa delibertad excepto por delitos pol ticos o culposos y haber desempe ado durante diez a os cargos en la rama judi cial o en el ministerio p blico o haber ejercido con buen cr dito la profesi n de abogado o la c tedra universit ria en disciplinas jur dicas REGUERA 2006 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 193 e princ pios constitucionais de maneira que era determinante el papel de juez en la construcci n del Estado social democr tico y de derecho no af de estabelecer naquele pa s uma justiga distributiva ZULUAGA 2007 p 85 Por for a do art 243 da Constitui o de 1991 conferiu se s decis es da Corte Cons titucional o atributo da coisa julgada cons titucional de maneira que nenhuma outra autoridade poder reproduzir o conte do material de um ato declarado inexequ vel pelo Tribunal enquanto permanecer o par metro contitucional na Carta Pol tica HERREROS 2007 p 208 Em rela o aos efeitos decidiu a Corte na Sentencia C 113 03 que eles n o s o exclusi vamente ex nunc Pode todavia modul los em
262. caiba aos princ pios pol ticos prescrever Com efeito cumpre salientar que os pais ficam proibidos em rela o aos filhos de co meter abusos e trat los negligentemente no que diz respeito sua educa o pois o direito dos filhos constitui uma parte vital do direito familiar Al m do mais os princ pios de jus ti a tamb m imp em restri es fam lia em nome dos filhos que s o os futuros cidad os da sociedade e como tais titulares de direitos inalien veis Portanto tal direito elementar educa o n o pode ser negligenciado pois de modo geral uma das causas b sicas quando n o a principal das desigualdades sociais o desleixo dos pais no seio da fam lia na cria o e educa o dos filhos sendo pois preciso que sejam tomadas provid ncias para igualar esse encargo ou compens los Nesse cen rio qualquer desvio da norma ou diretriz desse encargo exige uma justificativa especial e clara Acerca da cidadania e da busca da autonomia da crian a por meio da educa o Rawls destaca o valor da fam lia bem educada para a garantia da produ o e reprodu o ordenadas da sociedade e da cultura de uma gera o para a seguinte Portanto numa sociedade democr tica e justa a educa o tem o valor de cultivar e estimular atitudes e virtudes para sustentar a igualdade das crian as como futuros cidad os Ainda em rela o estrutura b sica da sociedade no que se refere aplica o do seg
263. caram margem da teoriza o feita pelos estudiosos do Direito A comunidade jur dica demonstra perplexidade com algumas quest es alusivas interpreta o mas essas quest es permanecem sem resposta como o verdadeiro motivo pelo qual os ju zes decidem como decidem Todavia o que mais inquieta nesse campo n o o fato de ainda n o existirem respostas para essas perguntas mas a circunst ncia de que n o se saberia como estudar as poss veis causas de fen menos como esses Ano 51 N mero 203 jul set 2014 123 Desse modo a an lise comportamental do fen meno pode suprir uma lacuna at ent o aberta Pode apontar causas at ent o ignoradas que est o por tr s da interpreta o jur dica que afetam e dirigem a aplica o do Direito sem que delas se d conta Refer ncias VILA Humberto Teoria dos princ pios da defini o aplica o dos princ pios jur dicos 10 ed S o Paulo Malheiros 2009 BAUM W M Compreender o behaviorismo comportamento cultura e evolu o Tradu o Maria Teresa Ara jo Silva et al 2 ed rev e ampl Porto Alegre Artmed 2006 BRASIL Minist rio da Fazenda Conselho Administrativo de Recursos Fiscais Processo n 10715 007718 2008 90 Relator Francisco Jos Barroso Rios DJ n 3802 000 969 25 abr 2012 Dispon vel em lt https carf fazenda gov br sincon public pages ConsultarInforma coesProcessuais consultarInformacoesProcessuais jsf gt Acesso em 2 j
264. cas sujeitas ao capital m nimo seja a melhor solu o para o problema da prote o dos credores decorrentes da limita o da responsabilidade A decis o sobre essa ma t ria demanda conhecimentos espec ficos e monitoramento constante da realidade para a atualiza o das atividades que muitas vezes faltam ao legislador Outro fator a ser levado em conta que as atividades econ micas de maior porte e que demandam capital m nimo superior ao valor estabelecido na norma legal n o ser o atingidos pela restri o mas as atividades econ micas que demandam menor capital ser o atingidas e n o ser o exercidas pelos empres rios que n o contam com a disponibilidade econ mica dos valores A medida atinge assim os empre s rios mais pobres e de menor express o mas que poderiam ter potencial para desenvolver Ano 51 N mero 203 jul set 2014 281 uma atividade econ mica com a seguranga da limita o da responsabilidade Al m disso a restri o do capital m nimo no Brasil aplica se somente s empresas individuais de responsabilidade limitada sem que igual exig ncia seja extensiva a sociedades limitadas incentivando a cria o e manuten o de socie dades limitadas em que um s cio detentor de quase todo o capital social enquanto o outro detentor de parcela inexpressiva A imposi o de capital m nimo deveria ser aplicada a todos os tipos jur dicos que contam com o atributo da responsabilidade limitada ou
265. cativa de natureza econ mica que fundamente a obrigatoriedade de sua inscri o no registro mercantil A facilidade no registro e a simplicidade da disciplina do empreen dedor individual colaboram para tornar o sistema de direito empresarial brasileiro menos dif cil e complexo tendo reflexo nos demais tipos jur dicos empresariais facilitando a formata o jur dica da sociedade an nima simplificada A aus ncia de limita o da responsabilidade do empres rio individual significa que n o h externaliza o de custos aos credores involunt rios risco moral da atividade desenvolvida ou privi l gio perante os riscos da vida A empresa individual de responsabilidade limitada separa o patrim nio pessoal do seu titular daquele destinado explora o da atividade econ mica A legisla o exige a integraliza o de um capital m nimo de cem sal rios m nimos para a constitui o da empresa A obriga o de capital m nimo contraproducente em rela o ao empreendedorismo j que o capital n o se confunde com o patrim nio e n o se consideram as diferen as no risco de cada atividade empresarial Al m disso a obriga o afeta somente as atividades de menor porte e n o se aplica aos demais tipos jur dicos previstos na legisla o A constitui o de uma sociedade agrega recursos de duas ou mais pessoas para o desenvolvimento de uma atividade econ mica em que h vantagens na coopera o m tua O contrato de sociedade
266. cesso de analise pelas comiss es respons veis pelo seu deferimento 16 1 foram indeferidos e 5 9 se relacionavam assist ncia farmac utica mas n o necessitavam de deferimento No que se refere s patologias apresentadas nos documentos analisados pode se perceber que as do Sistema Nervoso 14 7 s o a de maior representatividade Em seguida encontram se as doen as M sculo Esquel ticas 12 1 seguidas de Neoplasias 7 76 Cardiovascular 6 03 e doen as que envolvem os olhos 6 03 ARA JO 2011 p 25 34 Diante desses dados percebe se em primeiro lugar o importante papel desempenhado pelo Minist rio P blico na efetiva o do direito sa de no Munic pio de Ouro Preto seja por meio de encaminhamento de of cios Secretaria Municipal de Sa de seja pela via judicial quando tais of cios n o s o atendidos Uma parcela significativa da popula o ouro pretana certamente n o teria condi es de ingressar com a es aut nomas no Judici rio para requerer tratamentos m dicos por serem Ano 51 N mero 203 jul set 2014 135 pessoas em geral de baixa renda e pouca escolaridade portanto sem mui tos recursos para demandar Em vista disso o MP desempenha em Ouro Preto um importante papel social ao contribuir para a democratiza o do acesso sa de no Munic pio Cabe ressaltar tamb m a importante atua o da Defensoria P blica e do N cleo de Pr ticas Jur dicas do curso de Direito
267. cesso de deposi o do governo o povo manteve se ao lado de Lugo desencadeando diversos tumultos pelo pa s Ap s a decis o do Congresso milhares de partid rios de Lugo que se encontravam na Pra a das Armas espera do resultado do julgamento foram dispersos pela pol cia montada que disparou g s lacrimog neo e jatos de gua contra os partid rios Al m disso houve manifesta es pac ficas em frente TV P blica do Paraguai protestando contra o novo governo que ordenou n o serem transmitidas 339 senadores votaram a favor do impeachment 4 declararam se contra e 2 ficaram ausentes SE AGUAR DA 2012 as imagens dos manifestantes que apoiavam Lugo considerando tratar se tal manifesta o de ato atentat rio cidadania FERNANDO 2012 Os partidos de esquerda movimentos sociais centrais sindicais e os trabalhadores rurais formaram uma Frente pela Defesa da Democracia pedindo o retorno de Fernando Lugo ao poder e n o reconheceram o novo governo de Federico Franco Para alguns os movimentos de esquerda tacharam a a o como um golpe da ditadura dos ricos que pleiteariam com isso a volta ao poder da ditadura que havia pouco fora expurgada do governo Nas palavras de Pablo Ojeda Diretor do Movimento Campesino Paraguaio Houve um golpe de estado que atenta contra um espa o democr tico que v nhamos conquistando STOCHERO GUILHERME 2012 A defesa de Lugo apontou uma s rie de viola es no
268. ciAs Bianca Rossi Revis o DE Provas Larissa Fernandes Stella Tavares e Maria Jos Franco Ebirorac o ELETR NICA Angelina Almeida e Let cia T rres Proseto Gr rico Lucas Santos Cara Gustavo Magalh es Foro DA Cara Sandra Bethlem Corro T cnico Alessandro Hirata Antonio Jos Barbosa Ana Carla Bliacheriene Ana Lucia Romero Novelli Ant nio Fl vio Testa Arlindo Fernandes de Oliveira Benedito Cerezzo Pereira Filho Bruno Dantas Camilo Zufelato Carlos Fernando Mathias de Souza Carlos Henrique Rubens Tom Silva Cl udio Ara jo Reis Cynthia Carneiro Danilo Augusto Barboza de Aguiar Eduardo Saad Diniz Fabiana Severi Fabiano Augusto Martins Silveira Fernando Boarato Meneguin Fl via Santinoni Vera Guilherme Adolfo Mendes Gustavo Saad Diniz Ivan Dutra Faria Jair Aparecido Cardoso Jo o Henrique Pederiva Jo o Trindade Cavalcanti Filho Jos Carlos Evangelista Ara jo Leany Barreiro de Sousa Lemos Luiz Renato Vieira Lydia Neves Bastos Telles Nunes Marcio de Oliveira Junior Marcos Magalh es de Aguiar Marcos Paulo da Rocha Eirado Nuno M M Coelho Paulo Ricardo dos Santos Meira Paulo Lopo Saraiva Pedro Braga Rafael Silveira e Silva Renato Monteiro de Rezende Ronaldo Costa Fernandes Ronaldo Jorge Ara jo Vieira J nior Tarciso Dal Maso Jardim Tatiana Lacerda Prazeres Thiago Marrara Tiago Ivo Odon
269. cia ou inj ria grave 22 abandono volunt rio do lar conjugal e pro longado por dois anos cont nuos 3 ou em virtude do m tuo consentimento dos c njuges se fossem casados h mais de dois anos 49 Tal possibilidade deferida pela Lei do Casamento Civil de 1890 restar obstada com o advento do C digo Civil de 1916 projetado por Cl vis Bevil qua BRASIL 1890 N o h que se falar portanto que tenha havido inova o jur dica digna de nota no Projeto de C digo Civil de Cl vis Bevil qua Isso porque as contribui es mais significativas e numerosas s o de Teixeira de Freitas e Coelho Rodrigues Breve estat stica poderia dizer nos que foi ainda em 1900 1915 Teixeira de Frei tas o codificador de 1860 quem mais criou no Codigo depois Coelho Rodrigues Bevil qua a 56 Revista de Informa o Legislativa Commiss o revisora e o Senado MIRANDA 1928 p 118 Ainda de acordo com Pontes de Miranda 1928 p 112 isso talvez se deva ao fato de Cl vis Bevil qua ser pouco afeito pr xis jur dica poca por exercer exclusivamente a doc ncia diversamente de advogados experientes como Teixeira de Freitas e Coelho Rodrigues de modo que O Codigo Civil brasileiro pelo que deve a Cl vis Bevil qua uma codifica o para as Fa culdades de Direito mais do que para a vida O que nelle vae morder digamos a realidade v m de Teixeira de Freitas ou de Coelho Rodrigues Sem d vida
270. cialmente na Alemanha ustria ou It lia depois em Espanha Portugal B lgica e enfim multiplicaram se ap s a queda do muro de Berlim nos pa ses da Europa central e oriental Apresenta as mesmas caracter sticas quanto sua composi o e ao modo de recrutamento de seus membros NOBRE J NIOR 2010 p 7 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 187 1991 p 401 da por que se atribuiu aos org os jurisdicionais dada a vocac o institucional de solucionar controv rsias o poder dever de fis calizar a constitucionalidade das disposig es normativas H por conseguinte dois modelos jurisdicionais de controle o norte americano difuso e o austr aco concentrado Neste o exerc cio do controle realizado pelo Tribunal Constitucional naquele qualquer membro do Judici rio pode declarar nulo ato normativo contr rio Constitui o O mais comentado precedente do judicial review o hist rico caso Marbury v Madison de 1803 Com a contribui o de John Marshall assinalou se que qualquer ato ou lei congressual que contrarie a Cons titui o deve ser declarado nulo NOBRE J NIOR 2000 p 147 Para Lu s Roberto Barroso 2011 p 27 trata se da primeira decis o na qual a Suprema Corte dos Estados Unidos reconheceu seu poder de exercer o controle de constitucionalidade negando aplica o a leis que de acordo com sua interpreta o fossem inconstitucionais Apesar do exame dos contornos hist ricos
271. cie dade em que um conjunto de princ pios atribui a seus integrantes pessoas racionais e livres direitos e deveres b sicos bem como especifi ca um sistema de coopera o com encargos e benef cios para que obtenham afinal de contas vantagens m tuas A vis o contratualista segundo Rawls 2002a p 12 15 remonta a Locke Rousseau e Kant Por m o autor em apre o procura levar a um plano superior de abstra o a conhecida teoria do contrato social n o por meio de uma sociedade particular ou de uma forma particu lar de governo mas por meio de um consenso original equivalente ao estado de natureza na teoria tradicional como forma de nessa etapa as pessoas racionais livres e desinteressadas designarem princ pios de justi a de forma consensual e equitativa o que justifica o nome da sua teoria da justi a como equidade Com efeito o objetivo de Rawls 2002a p 32 elaborar uma teoria contratualista que represente uma alternativa ao pensamento utilitarista intuicionista e perfeccionista uma vez que n o busca de forma ego sta o prazer ou a felicidade individual nem se trata de uma teoria teleol gica como querem os utilitaristas mas de uma teoria deontol gica Conv m enfatizar que Rawls busca com sua teoria compatibilizar o antagonismo da liberdade com a igualdade melhor dizendo minimizar as disparidades entre a liberdade e a igualdade substantiva ordenando as por meio de uma filosofia pol
272. cimento do outro como chaves de significa o para a compreens o do processo de constru o do conv vio Dessa forma abre se para realizar a justi a e igualdade social em n veis cada vez mais profundos Na aus ncia de efetivas pr ticas de cidadania a viol ncia passa a ocupar o lugar do comum inviabilizando a manuten o a sedimenta o ou a constru o da esfera p blica como lugar de trocas simb licas que geram pol tica e democracia que realizam liberdade e pluralismo que promovem di logo e troca social Na obra de Axel Honneth intitulada Sofrimento de indetermina o Leiden an Unbestimmtheit no cap tulo O v nculo entre teoria da justi a e diagn stico de poca fica claro que o v nculo cidad o dos parceiros do direito passa a ser o grande trunfo da modernidade e da democracia na medida em que cria as condi es de uma solidariedade racional apesar da individualiza o das diferen as e das disjun es da vida moderna da teoria de Hegel que Honneth extrai a raiz desta discuss o e ela merece ser aprofundada na medida em que o sofrimento de indetermina o uma patologia social da modernidade que aliena o sujeito da possibilidade apropriar se de si mesmo e de integrar se na condi o de pessoa em seu sentido integral elemento que agrava enormemente a tend ncia desagrega o social Na realidade brasileira esse desafio de grande latitude e conside radas as distor es do conv vio contemp
273. cios empreendedorismo como alternativa pequena produ o rural s l Infobiblios 2007 Dispon vel em lt http www infobibos com Artigos 2007_3 incubadora index htm gt Acesso em 17 jul 2014 F RES Marcelo Andrade As sociedades de prop sito espec fico SPE no mbito das parcerias p blico privadas PPP Jus Navigandi Teresina ano 9 n 694 30 maio 2005 Dis pon vel em lt http jus2 uol com br doutrina texto asp id 6804 gt Acesso em 09 ago 2010 FERRAZ Luciano Principais apontamentos acerca das sociedades de economia mista Separata da Revista do Tribunal de Contas de Portugal n 26 jul dez 1996 FERREIRA S rio Andr a Sociedade de economia mista e sociedade subsidi ria regime jur dico dos contratos por ela celebrados alterag o contratual consequ ncias Revista forense ano 97 v 358 p 201 220 nov dez 2001 FUND Rockefeller Brotheres O poder da ideia democr tica Tradu o de Luiz Fernandes 2 ed Rio de Janeiro Record 1964 GARNICA Leonardo Augusto JUGEND Daniel Contribui es e limita es da Lei da Inova o Federal para a gest o da inova o em pequenas empresas de base tecnol gica estudo de caso In XXVI Encontro Nacional de Engenharia de Produ o Fortaleza Cear Brasil 9 a 11 de outubro de 2006 Dispon vel em lt http www abepro org br biblioteca ENEGEP2006_TR530350_8241 pdf gt Acesso em 17 jul 2014 GASTINEAU Gary L KRITZMAN Mark P Pref cio In
274. civil p blica perante ju zos com compet ncias territorias diferentes pedindo em todas que o provimento jurisdicio nal seja estendido a todo o territ rio nacional A t tica bastante compreens vel No pior dos casos os limites subjetivos da coisa julgada em cada a o civil p blica extender se o ape nas rea de compet ncia territorial do ju zo prolator Caso em alguma delas seja deferido o pedido de extens o nacional desses limites tanto melhor Tais a es s o ajuizadas ao mesmo tempo ou espa adas entre si O mais comum que ap s a pretens o de atribui o de efeitos nacionais ser negada em uma a o civil p blica outra id nti ca ou bastante semelhante seja ajuizada perante ju zo com compet ncia territorial diferente Todavia no momento em que est o em curso duas a es civis p blicas de efeitos na cionais com pedidos e causa de pedir semelhan tes a ponto de culminar no mesmo resultado pr tico na hip tese de proced ncia do pedido haver litispend ncia Diga se desde j que as condi es da a o e os pressupostos processuais s o aferidos in status assertionis ou seja em conformidade com a exposi o e o pedido feitos na peti o inicial Como decorr ncia haver litispend n A amplitude da legitimidade ativa da Defensoria P blica ainda est em discuss o perante o STF na Adin 3 493 cujo objeto o teor do artigo 5 inciso II da Lei n 7 347 1985 com a r
275. com a respectiva assinatura aut gra fa o capital o objeto e a sede da empresa O excesso de informa es 2 Art 51 A peti o inicial de recupera o judicial ser instru da com V certid o de regularidade do devedor no Registro P blico de Empresas o ato constitutivo atualizado e as atas de nomea o dos atuais administradores BRASIL 2005 Essa consequ ncia n o se aplica ao empres rio individual enquadrado como micro empresa cuja receita bruta anual n o ultrapasse sessenta mil reais j que ele dispensado de escritura o BRASIL 2006 Art 68 Considera se pequeno empres rio para efeito de aplica o do disposto nos arts 970 e 1 179 da Lei n 10 406 de 10 de janeiro de 2002 C digo Civil o empres rio individual caracterizado como microempresa na forma desta Lei Complementar que aufira receita bruta anual at o limite previsto no 1 do art 18 A BRASIL 2002 1 Art 379 Os livros comerciais que preencham os requisitos exigidos por lei provam tamb m a favor do seu autor no lit gio entre comerciantes BRASIL 1973 1 Art 178 Deixar de elaborar escriturar ou autenticar antes ou depois da senten a que decretar a fal ncia conceder a recupera o judicial ou homologar o plano de recupera o extrajudicial os documentos de escritura o cont bil obrigat rios Pena deten o de um a dois anos e multa se o fato n o constitui crime mais grave BRASIL 2005 16 Art
276. compet ncia territorial do rg o prolator da decis o nos termos do art 16 da Lei n 7 347 85 alterado pela Lei n 9 494 97 De outra banda cumpre assinalar em conson ncia com os ven ac rd os paradigmas que na atualidade legem habemus qual seja o art 2 da Lei 9 494 97 MP 2 180 35 2001 dando nova reda o ao art 16 da Lei 7 347 de 24 de julho de 1985 verbis BRASIL 2010 grifo nosso Ano 51 N mero 203 jul set 2014 221 Desse modo n o podemos desconsiderar o disposto no artigo 93 da Lei n 8 078 1990 De acordo com tal dispositivo em caso de a o civil p blica ajuizada em raz o de dano local competente ser o foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano Por outro lado na hip tese de nos depararmos com a o civil p blica que verse a respeito de dano regional ou nacional competente ser o foro da Capital do Estado ou do Distrito Federal No momento em que o inciso II do artigo 93 da Lei n 8 078 1990 admite expressamente a exist ncia de dano nacional a ser judicializado mediante a o civil p blica e fixa o foro competente para apreci lo surge inequ voca uma aparente antinomia entre tal dispositivo e o artigo 16 da Lei n 7 347 1985 Tendo em vista que o sistema jur dico n o admite antinomias reais cabe ao int rprete buscar uma solu o que harmonize ambos os dispositi vos A melhor solu o parece nos aquela dada pelo Min Teori Albino Zavascki 2007 p 79
277. comportamento humano efetivamente se modela por aquilo que ocorre fora SKINNER 2006 p 23 32 Portanto quando a Hermen utica Jur dica atribui as diverg ncias na interpreta o do Di reito subjetividade o que ocorre com isso na tica behaviorista na verdade o encerramen to do debate d se um nome a determinado fen meno sem o explicar Da a proposta deste trabalho de seguir com o debate enquadrando a interpreta o o Direito na concep o behavio rista de comportamento 2 abordagem behaviorista e o paradigma das quatro vari veis contexto motiva o comportamento e consequ ncias A ideia fundamental do behaviorismo a de que o comportamento pode ser estuda do cientificamente Embora o senso comum normalmente associe a ideia de uma ci ncia comportamental Psicologia a constru o te rica de Burrhus E Skinner o maior difusor do chamado behaviorismo radical que conta com quase 80 anos de exist ncia foi feita com uma confessada aplica o multidisciplinar Hoje um ponto de consenso entre aqueles que lidam com o tema que o behaviorismo n o propriamente uma ci ncia mas uma filosofia da ci ncia BAUM 2006 p 17 O modelo anal tico comportamental tra ado por Skinner parte da ideia de que o com portamento animal governado pelo ambiente que o cerca Isso se estende para o comporta mento humano para o qual particularmente importante o ambiente social
278. cultural em outras palavras fazendo uma confronta o entre a tradi o pol tica brasileira em rela o problem tica da igualdade dos direitos sociais econ micos e culturais frente a uma concep o pol tica de justi a social econ mica e cultural observa Abreu 2006 p 18 26 que a teoria de Rawls se funda menta numa raz o p blica e pol tica de justi a no sentido de possibilitar uma igualdade substantiva aos cidad os e cuja distribui o dos direitos e deveres seja feita de forma racional criteriosa e justa a partir dos dois Ano 51 N mero 203 jul set 2014 245 princ pios j mencionados No universo pol tico e jur dico brasileiro v se que n o h uma correspond ncia entre a produ o legislativa ordin ria e a sua aplica o e at mesmo de certos preceitos constitucionais com os interesses individualmente considerados tendo pois um car ter negativo Melhor dizendo a produ o legislativa ordin ria e at mesmo o regramento constitucional para usar a express o de Rawls n o se faz sentir na vida das pessoas Nesse sentido afirma Abreu 2006 p 22 que enquanto a proposta de organiza o social de Rawls est ligada a uma tradi o do individua lismo europeu emp rico racional a nossa tradi o ib rica que prega desde Rui Barbosa em sua Ora o aos Mo os a desigualdade entre os desiguais sendo portanto hier rquica Portanto na sociedade de Rawls os termos equit
279. d Provas aspectos atuais do direito probat rio S o Paulo Editora M todo 2009 p 329 365 BARACAT Edgar J Estado actual de la teoria de la carga din mica de la prueba con especial referencia a antecedentes jurisprudenciales y la materia juzgada In WHITE In s L pori Coord Cargas probatorias din micas Santa F Editora Rubinzal Culzoni 2008 p 267 319 BARBERIO Sergio Jos Cargas probatorias din micas Qu debe probar el que no puede probar In Santa F Editora Rubinzal Culzoni 2008 p 99 107 BARBOZA Heloisa Helena Responsabilidade civil m dica no Brasil In Respon sabilidade Civil do M dico Coimbra Coimbra Editora 2005 v 11 BRASIL Lei n Lei n 5 869 de 11 de Janeiro de 1973 Institui o C digo de Processo Civil Di rio Oficial da Uni o Bras lia 17 jan 1973 BRASIL Constitui o 1988 Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil de 1988 Bras lia Senado Federal Subsecretaria de Edi es T cnicas 1988 Lei n 8 078 de 11 de setembro de 1990 Disp e sobre a prote o do consumidor e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o Bras lia 12 set 1990 Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil_03 leis 18078 htm gt Acesso em 6 ago 2014 CARPES Artur nus din mico da prova Porto Alegre Editora Livraria do Advogado 2010 A distribui o din mica do nus da prova no formalismo valorativo Revista Ajuris Porto Alegre v 33 n 10
280. da de duas normas com comandos contradit rios no mesmo caso A ferramenta do peso aqui tamb m servir para identificar aquela que prevalece na situa o e que por isso mesmo ser a norma adequada para o caso G nther 1993 p 245 1995 p 295 n o ignora entretanto que seria extremamente dif cil que a cada situa o concreta de colis o ex terna os aplicadores da lei fossem obrigados a retomar todo o caminho da aplica o normativa Afinal de contas argumenta a aplica o das normas d se em condi es reais de tempo escasso e conhecimento limitado por parte do int rprete Por isso mesmo defende que ao longo dos processos de aplica o se formam paradigmas de pr compreens o que auxiliam na interpreta o das situa es e do significado das normas jur dicas que devem ser alvo de exame cr tico e releitura tratando se de um instrumento de ineg vel serventia para a operacionaliza o da aplica o das normas Ambos os discursos assim s o imprescind veis o discurso de justifi ca o necess rio porque as normas s se consideram aplic veis prima facie se primeiro se submeterem argumenta o que comprove a sua validade normas inv lidas nem sequer integram o discurso de aplica o a seu turno a aplica o fundamental porque a validade n o cont m a adequa o ou seja apenas se realiza a incid ncia em concreto de uma norma v lida quando se comprovar tratar se da norma adequad
281. da Argentina Sua sistematiza o dogm tica ficou a cargo do processualista Jorge Walter Peyrano reconhe cido no meio acad mico portenho como o mentor da teoria Pode ser definida a teoria da seguinte forma instrumento processual destinado a dinamizar a regra processual da distribui o do nus da prova para casos excepcionais de dif cil solu o probat ria em que o magistrado atua sem a forma o efetiva da convic o da verdade dos fatos controversos constituindo se em uma pauta de valora o do julgador sobre o material probat rio coletado ao longo da instru o processual atribuindo em desfavor da parte que tinha as melhores condi es f ticas profissionais t cnicas e econ micas o encargo de suportar a falta da prova ou a prova deficiente desacolhendo sua pretens o a carga da prova din mica portanto o meio processual que fundamenta um ju zo valorativo de desloca o e de flexibiliza o dos efeitos da distribui o do nus probat rio na hip tese de aus ncia ou insufici ncia da prova necess ria para o deslinde da querela O efeito da 7No mesmo sentido de inaplicabilidade do CDC na rela o m dico paciente ver o seguinte ac rd o do Tribunal de Justi a do Estado do Amap TJAP Agravo Regimental 1557 05 de 13 de dezembro de 2005 Relator Desembargador Luiz Carlos Fonte www tjap jus br tO primeiro caso relatado pela doutrina refere se a um julgamento da Corte Suprema de Justi a n
282. da UFOP na efetiva o de tal direito no Munic pio Em segundo lugar evidente que o principal motivo do encaminha mento de of cios SMS OP seja o atraso no fornecimento dos medica mentos devido a problemas licitat rios Tal fato demonstra a falta de organiza o do Munic pio na implementa o de suas pol ticas p blicas o que algo mais indefens vel ainda que o argumento da reserva do poss vel pois no caso os recursos existem por m n o est o sendo uti lizados Por ltimo outro dado que merece ser colocado em evid ncia o grande n mero de pedidos que foram indeferidos 16 1 que t m grandes chances de se transformarem em demandas judiciais quando poderiam ter sido resolvidos administrativamente Em 2008 o Tribunal de Justi a de Minas Gerais TJ MG julgou a Apela o C vel n 1 0461 04 014806 0 001 MINAS GERAIS 2008 ajui zada em a o civil p blica proposta pelo Minist rio P blico em face do Munic pio de Ouro Preto devido recusa deste em realizar as cirurgias de prostectomia e colecistectomia em tr s pacientes cuja necessidade se encontrava atestada em receitu rio m dico subscrito por agente p blico municipal Em sua defesa o Munic pio alegou que a senten a violaria os procedimentos administrativos e a discricionariedade administrativa do Munic pio para a gest o dos limitados recursos destinados s des pesas daquele ente p blico Os desembargadores decidiram por negar provimen
283. da que conduziria necessidade de um racionalismo metodol gico Ao focar a distin o entre regras e a estrutura mesma da norma jur dica Se A deve ser B Ora os princ pios s o tamb m normas jur dicas muito embora n o apresentem essa estrutura Operam ativamente no ordenamento ao condicionarem a leitura das regras suas contextualiza es e inter rela es e ao possibilitarem a integra o construtiva da decis o adequada de um hard case Os princ pios ao contr rio das regras como demonstra Dworkin podem ser contr rios sem ser contradit rios sem se eliminarem reciprocamente E assim subsistem no ordenamento princ pios contr rios que est o sempre em concorr ncia entre si para reger uma determinada situa o CARVALHO NETTO 2004 p 38 39 18 N o se pretende aqui relativizar a for a das regras Veremos adiante que Dworkin 1985 p 16 reconhece que a exist ncia de uma disposi o normativa clara sobre determi nado caso ser uma raz o bastante forte para decidir na linha do que aquela regra estatui No entanto o autor adverte que casos dif ceis podem n o ser adequadamente resolvidos com uma aplica o que bastaria para aquilo que chama de casos f ceis Ano 51 N mero 203 jul set 2014 175 princ pios na esfera argumentativa regula o ou n o das condi es de aplica o e enfatizar a necessidade de se proceder identifica o da norma definitiva do caso submetendo tanto p
284. das na Bolsa de Valores de S o Paulo Dispon vel em lt http www bmfbovespa com br gt Acesso em 18 ago 2013 De acordo com o modelo de Douglass North nas sociedades menos complexas nas quais h um reduzido n mero de jogadores e de intera es o interc mbio personalizado e a ordem pode ser mantida por meio de san es pessoais que demandam reduzidos custos de transa o AGUILAR FILHO FONSECA 2011 p 561 Nas sociedades mais complexas necess ria a exist ncia de institui es Ano 51 N mero 203 jul set 2014 291 e primitivas do que as rela es que se observam na presen a de uma legisla o que protege a confian a nas rela es acion rias Um aspecto positivo da sociedade an nima de capital aberto a possibilidade de transfer ncia facilitada das a es O acionista adquire ou transfere suas a es a outras pessoas interessadas sem que se levem em conta motivos de ordem pessoal especialmente quanto ao patrim nio pessoal do adquirente ou do transferidor Esse mecanismo salutar para o desenvolvimento econ mico do Pa s As companhias passam a ter o mercado de capitais como base do seu financiamento por meio da emiss o de valores mobili rios como a es e deb ntures A alternativa a esse modelo de desenvolvimento a intermedia o financeira baseada em empr stimos e financiamentos banc rios A sociedade an nima de capital aberto possibilita ao investidor re alizar investimentos
285. de an nima de capital aberto A sociedade an nima Podemos ter uma melhor compreens o sobre os custos de oportunidade com o seguinte exemplo se um empres rio investe seu dinheiro a vinte por cento ao ano em uma institui o financeira em vez de investir em um determinado neg cio que lhe renderia cinquenta por cento ao ano o custo de oportunidade de trinta por cento ao ano MOREIRA 2005 p 33 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 273 de capital fechado ser estudada de forma comparativa com os demais tipos jur dicos citados A atividade empresarial pode ser exercida tanto por um empres rio individual quanto por uma sociedade empres ria como detalhamos a seguir interessante destacarmos primeiramente a distribui o do n mero de empres rios registrados no ano de 2012 de acordo com os dados apurados em tr s juntas comerciais do Pa s Na Junta Comercial do Rio Grande do Sul constata se que as sociedades limitadas lideraram o n mero de sociedades constitu das no per odo O n mero de empres rios individuais registrados foi um pouco menor do que o n mero de sociedades limitadas Esses dois tipos jur dicos foram acentuadamente os dois tipos jur dicos escolhidos pelo empres rio para o exerc cio da atividade empresarial Apresentamos os dados na Tabela 1 Na Junta Comercial de Minas Gerais os dados revelam que houve uma diferen a mais significativa no n mero de sociedades limitadas constitu das no per odo em
286. de outubro de 2001 dizem respeito por exemplo ao mercado de valores mobili rios mas eles constam na lei societ ria A dificuldade agravada pelo tratamento em conjunto na Lei n 6 404 1976 de duas realidades distintas a sociedade an nima de capital fechado e a sociedade an nima de capital aberto A previs o de estrutura id ntica para as pequenas e as grandes sociedades ainda que adotando o crit rio de somente considerar fechadas aquelas que n o t m os seus A constitui o da sociedade an nima por subscri o p blica implica submiss o dos atos de oferta de a es ao p blico a formas solenes normas imperativas e regula o estrita e fiscaliza o governamental LAMY FILHO BULH ES PEDREIRA 2009 p 663 Embora em desuso a Lei da Sociedade por A es e boa parte da doutrina colocam em primeiro lugar na sua abordagem as regras de constitui o da companhia por subscri o p blica LAMY FILHO BULH ES PEDREIRA 2009 p 664 Afirma se que a lei brasileira ao prever uma lei nica para companhias fechadas e abertas tem como premissa diminuir os custos de transa o com eventuais altera es estruturais CATEB PIMENTA 2012 p 238 mas a nosso ver se trata de duas realidades distintas 294 Revista de Informa o Legislativa valores negociados em bolsa ou mercado de balc o significa embaragar o funcionamento das pequenas sociedades quando a lei deveria simplific lo ARRUDA 1987 p
287. decis o proferida pelo Supremo Tribunal Federal STE nas a es constitucionais ADPF Argui o de Descumprimento de Preceito Fundamental n 132 e ADI A o Direta de Inconstitucionali dade n 4 277 em ac rd o de 5 de maio de 2011 na qual se reconheceu a exist ncia e validade jur dica no Brasil da uni o est vel entre pessoas do mesmo sexo uni o homoafetiva verdade que numa abordagem preliminar observa se que em pare lha com a percep o teor tica Rosenfeld avalia situa es do cotidiano do discurso constitucional mediante an lise concreta de casos julgados pela Suprema Corte dos EUA Essa circunst ncia a aproxima o contextual de Rosenfeld com a viv ncia e a hist ria da sociedade norte americana poderia em tese inviabilizar uma an lise de julgado da Suprema Corte brasileira sob os par metros da doutrina estrangeira Entretanto est se diante de duas na es que guardam interessantes similitudes hist ricas e tamb m institucionais S o duas na es ame ricanas de dimens es continentais inauguradas por europeus Ambas apresentam popula o multi tnica e multirracial desenhada pela forte imigra o e dentro delas convivem milh es de pessoas com diferentes credos e vis es de mundo o que sobreleva a import ncia da considera o do pluralismo na tomada de decis es Acres a se que a estrutura republicana brasileira adotou o modelo norte americano no aspecto institucional desde a edi
288. deficiente Untermassverbot dever o Tribunal exercer um r gido controle sobre a atividade legislativa declarando a inconstitucionalidade de leis penais transgressoras de princ pios constitucionais BRASIL 2012a Os demais princ pios constitucionais isonomia moralidade efici ncia etc ou legais tamb m n o s o h beis a tanto Ano 51 N mero 203 jul set 2014 153 n o ocorre at mesmo porque a proporcionalidade e a razoabilidade tamb m s o conceitos jur dicos indeterminados semelhan a do princ pio da proporcionalidade poss vel portanto falar em maior ou menor cumprimento do princ pio da razoabilidade entre os meios considerados razo veis que atendem o princ pio da razo abilidade fact vel ao menos em tese identificar meios mais razo veis do que outros que concretizam e atendem melhor o princ pio da razo abilidade Embora se possa afirmar que o princ pio da razoabilidade cumprido meio razo vel ou n o o meio irrazo vel n o h negar a exist ncia de meios mais ou menos razo veis dentro da primeira categoria de meios razo veis Outrossim igualmente imperioso reconhecer a exist ncia de uma zona de razoabilidade rea de certeza positiva de uma zona de irrazo abilidade rea de certeza negativa e de uma zona intermedi ria rea de incerteza conforme gr fico em ap ndice H casos em que se poder ter certeza de que o princ pio da razoa
289. demiol gicos e operacionais Rev Min Enferm v 3 p 407 415 jan mar 2009 Dispon vel em lt http www reme org br artigo detalhes 206 gt Acesso em 22 ago 2014 OURO PRETO Secretaria Municipal de Sa de Guia do Usu rio do Sistema nico de Sa de SUS Dispon vel em lt http www ouropreto mg gov br veja 12 25 guia do usuario do sistema unico de saude sus gt Acesso em 22 ago 2014 POSNER Richard A A epistemologia do direito legitimidade na decis o judicial In Problemas de filosofia do direito Tradu o de Jefferson Luiz Camargo S o Paulo Martins Fontes 2007 p 166 205 SARLET Info Wolfgang A efic cia dos direitos fundamentais 3 ed Porto Alegre Livraria do Advogado 2003 416 p Constitui o e proporcionalidade Revista de Estudos Criminais Porto Alegre v 3 n 12 p 111 2003 140 Revista de Informa o Legislativa SARLET Ingo Wolfgang FIGUEIREDO Mariana Reserva do poss vel m nimo existencial e direito sa de algumas aproxima es Direitos Fundamentais e Justi a ano 1 n 1 Porto Alegre HS Editora 2007 SARLET Ingo Wolfgang MARINONI Luiz Guilherme MITIDIERO Daniel Curso de Direito Constitucional S o Paulo RT 2012 SILVA Virg lio Afonso O conte do essencial dos direitos fundamentais e a efic cia das normas constitucionais Revista de direito do Estado v 1 n 4 out dez 2006 Dispon vel em lt http teoriaedireitopublico com br pdf 2006 RDE4 Cont
290. dens que se torna penosa aos sujeitos a constru o de espa os de sociabilidade requeridos pela vida aut noma e saud vel A fadiga social provoca da pela sensa o de inseguran a e desconfian a amplia as formas de dissocia o mais do que os la os de socializa o e provoca uma ambi ncia desfavor vel afirma o de outros requisitos fundamentais democracia Da a import ncia de se pensar a moderniza o social e o combate sistem tico s formas da viol ncia ao desrespeito e s patologias sociais da derivadas como desafios da democracia E esse processo pode ser inspirado na fecunda preocupa o de Axel Honneth de demonstrar que os la os sociais s o constru dos nas din micas das fam lias da sociedade e do Estado sabendo se que n o poss vel construir uma genu na democracia sem o reconhecimento interpessoal como pr tica social Isso porque o sujeito vai brotando para a vida social por eta pas e do ac mulo de bem sucedidas etapas na verdade s com essas formas de certo modo valorativas de desrespeito de deprecia o de modos de vida individuais ou coletivos que se alcan a a forma de compor tamento que a l ngua corrente designa hoje sobretudo com termos como ofensa ou degrada o A honra a dignidade ou falando em termos modernos o status de uma pessoa refere se como hav amos visto medida de estima social que concedida sua maneira de auto
291. derou aatividade espec fica do m dico como inserida no mercado de consumo Por todas as raz es anteriormente expostas acrescidas pelo fato de que conforme exposto por Miguel Kfouri Neto 2010 p 43 em ne nhuma outra atividade profissional o xito estar sujeito a tantos fatores que fogem por inteiro do controle quanto na medicina entende se que o CDC n o se aplica rela o jur dica entre o m dico profissional liberal e o paciente Esse entendimento de inaplicabilidade do CDC na rela o m dico paciente tamb m comungado por Rui Stoco 2011 p 625 que apre senta um argumento interpretativo l gico de ordem formal portanto de significativo valor no seguinte sentido o legislador ao dispor no artigo 14 4 do CDC que a responsabilidade pessoal do profissional liberal apurada mediante culpa e ao mesmo tempo no caput do artigo 14 prever que o fornecedor de servi o responde independentemente da exist ncia de culpa pela repara o dos danos causados teve o prop sito deliberado de retirar da reg ncia do C digo os profissionais liberais Segundo esse entendimento o qual se acolhe integralmente a cabe a do artigo estabeleceu a regra geral a ser seguida no estabelecimento da responsabilidade civil ou seja a responsabilidade civil do fornecedor prestador de servi o objetiva O par grafo quarto entretanto excluiu dessa regra geral os profissionais liberais de forma deliberada ao dispor que a
292. desse precedente observa se que o caso a bem da verdade tratou de uma quest o mais pol tica envolvendo os federalistas de John Adams e os republicanos de Thomas Jefferson vitoriosos nas elei es de 1800 do que propriamente uma controv rsia constitucional De acordo com Lu s Roberto Barroso Nas elei es realizadas no final de 1800 nos Estados Unidos o Presidente John Adams e seus aliados federalistas foram derrotados pela oposi o republicana tanto para o Legislativo como para o Executivo Thomas Jefferson viria a ser o novo Presidente No apagar das luzes de seu governo John Adams e o Con gresso no qual os federalistas ainda detinham maioria articularam se para conservar sua influ ncia pol tica atrav s do Poder Judici rio Assim em 13 de fevereiro de 1801 fizeram aprovar uma lei de reorganiza o do Judici rio federal The Circuit Court Act por via da qual entre outras provid ncias a reduzia se o n mero de Ministros da Suprema Corte para impedir uma nova nomea o pelo Presidente que entrava b criavam se dezesseis novos cargos de juiz federal todos preenchidos com federalistas aliados do Presidente derrotado Logo frente em 27 de fevereiro de 1801 uma nova lei The Organic Act of the District of Columbia autorizou o Presidente a nomear quarenta e dois ju zes de paz tendo os nomes indicados sido confirmados pelo Senado em 3 de mar o v spera da posse de Thomas Jefferson John Adams assim a
293. dicas II denomina o objeto sede e prazo da sociedade III capital da sociedade expresso em moeda corrente podendo compreender qualquer esp cie de bens suscet veis de avalia o pecuni ria IV a quota de cada s cio no capital social e o modo de realiz la V as presta es a que se obriga o s cio cuja contribui o consista em servi os VI as pessoas naturais incumbidas da administra o da sociedade e seus poderes e atribui es VII a participa o de cada s cio nos lucros e nas perdas VIII se os s cios respondem ou n o subsidiariamente pelas obriga es sociais BRASIL 2002 Quanto penhora de quotas o C digo Civil permite ao credor do s cio satisfazer seu cr dito sobre os lucros que a este couber na sociedade ou requerer a liquida o da quota do devedor Nesse ponto a sociedade limitada revela um aspecto de sociedade de pessoas Ao credor particular do s cio n o permitido ingressar na sociedade mas somente requerer a liquida o da quota ou obter os lucros Art 1 026 O credor particular do s cio pode na insufici ncia de outros bens do devedor fazer recair a execu o sobre o que a este couber nos lucros da sociedade ou na parte que lhe tocar em liquida o Par grafo nico Se a sociedade n o estiver dissolvida pode o credor requerer a liquida o da quota do deve dor cujo valor apurado na forma do art 1 031 ser depositado em dinheiro no ju zo da execu
294. dici rio brasileiro 2010 242 f Tese Doutorado Escola de Economia de S o Paulo da Funda ao Get lio Vargas S o Paulo 2010 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 89 Integrac o e democracia Os interesses pol ticos locais que distorcem o direito internacional e a crise pol tica resultante da suspens o do Paraguai do Mercosul Wilson Almeida p s doutor pela University of Wisconsin Madison Georgetown University diretor da Escola de Direito da Universidade Cat lica de Bras lia e professor do Mestrado em Direito da Universidade Cat lica de Bras lia Hadassah La s Santana mestranda em Direito pela Universidade Cat lica de Bras lia professora da p s graduac o em Direito Tribut rio e Financas P blicas no Instituto Brasiliense de Direito P blico e professora no curso de Direito do Centro Universit rio Euro Americano Unieuro WILSON ALMEIDA HADASSAH LA S SANTANA Sum rio 1 Introdu o 2 Os aspectos pol ticos na destitui o do presidente Lugo e o reflexo na pol tica do Mercosul 3 Aspectos jur dicos na suspens o do Paraguai e a viabilidade jur dica da entrada da Venezuela no bloco 4 A atuac o do Brasil na viabilidade pol tica do retorno do Paraguai ao Mercosul 5 Conclus o 1 Introdu o O Paraguai um parceiro estrat gico para o Brasil Nos ltimos sessenta anos os dois pa ses optaram por construir uma rela o de in terdepend ncia que os tornou irremediav
295. dicial o poder Judici rio diminui sua interfer ncia por meio por exemplo da espera pela a o do legislador quando n o existe mat ria prevista em lei ou na absten o de interfer ncia em pol ticas p blicas BARROSO 2009 p 6 7 Apesar da diverg ncia e da falta de clareza nas defini es de ativismo mesmo porque n o h um par metro ou crit rio que defina satisfato riamente a dimens o sem ntica do conceito CONTINENTINO 2012 p 141 o que pode dificultar o estabelecimento de posi es adotadas pelo magistrado em suas decis es ao final pode se a partir da considera o de certos elementos constantes nas decis es definir se o juiz adotou uma posi o ativista na senten a analisada E ser esse dado que ir compor um banco de dados para an lise Para o presente artigo alguns assuntos que podem ser encontrados sobre ativismo autoconten o judicial n o devem ser considerados j que desnecess rios para se estabelecerem as vari veis ligadas s decis es que influenciam contratos pois v o al m da constata o de uma posi o e tratam mais do processo decis rio em si Um primeiro exemplo seria o das cr ticas interven o judicial dado seu risco para a legitimidade democr tica para a politiza o da Justi a ou para os limites da capacidade institucional do poder Judici rio BARROSO 2009 p 10 15 Importante apenas notar que sem entrar na quest o de uma maior supremacia do Judici rio
296. direito da letra da lei o direito dos cart rios parece existir numa perspectiva dissociada de um conjunto de demais pr ticas sociais que espontaneamente se multiplicam revelia e com destemor da universalidade dos mandamentos da ordem constitucional dissocia o que est no contraste de origem do processo de forma o brasileiro Na dimens o de cotidiano a cultura de pessoalidade predomina sobre a cultura da impessoalidade sabendo se que esta ltima seria aquela mais favor vel universaliza o de preceitos e princ pios afeitos propaga o da cultura dos direitos A cultura da pessoalidade aquela que decorre diretamente do espa o da casa da amizade do privado e aquela que acostuma aquele que lhe pr ximo sua prote o e ao contr rio aquele que lhe distante a 23 lt pela delega o da tarefa a particulares antes estimulando do que coibindo o privatismo e a nsia de posse Para Gilberto de fundamental import ncia para a compreens o da singularidade do personalismo brasileiro a influ ncia continuada e marcante dessa semente original Souza 2006 p 117 34 Na dimens o social as rivalidades entre vizinhos tomam por completo tamb m todos os seres que se identi ficam em linha vertical com os respectivos senhores Nesse sentido uma espessa rede de intrigas invejas dios e afetos contradit rios percebido como cong nito a esse tipo de organiza o social Estamo
297. direito pro cura expressar de modo preciso duas intui es acerca da legitimidade do direito que s o os pr prios cidad os que decidem sobre o direito posto e que o procedimento jur dico de decis o racional ou seja permite o exame de propostas de normas por meio de cr tica argumentativa Com essas caracter sticas a teoria do discurso do direito distingue se tanto das teorias que buscam um princ pio absoluto de moral ou de tica pol tica como fundamento material de legitima o do direito quanto das teorias formais que 176 Revista de Informa o Legislativa N o este o momento de abordar maiores especificidades mas exatamente porque a pretens o de corre o das normas jur dicas conformidade com o ordenamento n o a mesma das normas morais aceita o pelos interessados G nther 1995 p 300 de fende que a argumenta o jur dica um caso especial do discurso moral de aplica o e n o de justifica o das normas A fundamenta o das normas seria tarefa do legislador mas ao aplicador do direito que lida com a argumen ta o jur dica propriamente dita seria cab vel desempenhar apenas o discurso de aplica o das normas cuja validade em termos morais de aceita o racional pressuposta justamente porque elaborada em conformidade com o ordenamento jur dico tempo ent o de examinar o que seria o discurso de aplica o de normas Numa determinada situa o concreta duas
298. diretamente nos termos desta Constitui o BRASIL 1988 Refer ncias BARROSO Luis Roberto O Controle de constitucionalidade no direito brasileiro S o Paulo Saraiva 2011 BEARD Charles A A suprema c rte e a Constitui o Tradu o Paulo Moreira da Silva Rio de Janeiro Forense 1965 BONAVIDES Paulo Curso de direito constitucional S o Paulo Saraiva 2007 A constitui o aberta temas pol ticos e constitucionais da atualidade com nfase no federalismo das regi es 3 ed S o Paulo Malheiros 2004 Para o autor cearense A democracia como a liberdade que ali s constitui o seu pressuposto b sico n o sobrevive sem o oxig nio do debate que os pulm es do homem pol tico respiram Isto quer dizer que ela precisa exercitar se e para que o exerc cio se fa a exeq vel que seja posta de p imediatamente de modo a dar os primeiros passos e iniciar aquela caminhada que faz livres os homens e fortes as institui es BONAVIDES 2004 p 32 Art 1 par grafo nico da CF 88 202 Revista de Informac o Legislativa BORDA Luis Villar Influencia de Kelsen en el actual sistema colombiano de control juris diccional de La Constituici n Revista Derecho del Estado Bogot Universidad Externato da Colombia n 9 2000 BRASIL Constitui o 1988 Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil de 1988 Bras lia Senado Federal Subsecretaria de Edi es T cnicas 1988
299. dirigentes da entidade conforme sua natu Ano 51 N mero 203 jul set 2014 67 Uma vez constitu da a SPE sua contrata o por qualquer rg o ou entidade da Administra o P blica at mesmo pela ICT instituidora seria precedida de licita o dispens vel nos termos do art 24 XXXI da Lei n 8 666 1993 recentemente inclu do pela Lei n 12 349 2010 desenvolvimento nacional sustent vel O preceito prev a contrata o direta sem licita o nos ajustes que visem ao cumprimento do disposto nos arts 3 4 5 e 20 da Lei n 10 973 2004 Logo a constitui o da SPE se coloca como alternativa juridicamente vi vel a ser considerada com vagar pelas ICT notadamente para o de senvolvimento de projetos de parcerias com as entidades privadas que pretendam viabilizar a cria o transfer ncia e explora o de tecnologias e inova o em regime de m tua colabora o uni o de escopo 3 Conclus o A SPE prevista no art 5 da lei de inova o tecnol gica BRASIL 2004 uma das formas de estabelecimento de parcerias entre as ICTs e o mercado para a partilha de experi ncias conhecimentos know how geradores de tecnologias e inova o com imenso potencial de viabilizar recursos e novos investimentos nesse importante campo do desenvolvi mento econ mico brasileiro A referida possibilidade jur dica se explica a partir de interpreta o sistem tica da Constitui o da Rep blica de 1988 da lei de in
300. dispositivos legais devem ser interpretados dentro da esfera de seu sentido literal poss vel e de sua finalidade de modo a eliminar contradi es LARENZ 2012 p 472 Estabelecido que a exist ncia de litispen d ncia ou conex o se faz mediante a an lise in status assertionis da peti o inicial verificar se a ocorr ncia desses fen menos processuais apenas em uma situa o na qual a extens o territorial dos pedidos se sobreponham Tal sobreposi o pode dar se porque em todas as peti es iniciais consta pedido de atribui o de efeitos nacionais senten a ou porque os pedidos se referem total ou parcialmente mesma por o do territ rio nacional Contudo na eventualidade de a extens o territorial dos pedidos constantes da peti o inicial n o se referirem mesma por o do territ rio nacional n o haver litispend ncia conex o ou contin ncia Eventuais discrep n cias quanto ao m rito entre decis es tomadas por diferentes ju zos ser dirimida e unificada pelos Tribunais superiores os quais exercem jurisdi o sobre todo o territ rio nacional Limitado o pedido ao mbito de compe t ncia territorial do ju zo na forma do artigo 16 da Lei n 7 347 1985 n o haver preven o com outra a o civil p blica cujo pedido esteja limitado ao mbito de compet ncia territorial de outro ju zo MEIRELLES WALD MEN DES 2012 p 232 233 Na esfera das distintas compet ncias terr
301. do Direito Empresarial e do Direito Administrativo Econ mico A pesquisa realizada foi explorat ria descri tiva e explicativa fundada em legisla o dou trina e jurisprud ncia Duas vertentes te ricas metodol gicas balizaram o trabalho Primeiro a vertente social cient fica ungida transfor ma o do pensamento jur dico em tecnologia notadamente para proporcionar alternativa econ mica e socialmente til remunera o da ICT nos processos de transfer ncia de co nhecimento e know how Segundo a vertente jur dico dogm tica que estudou o tema sob o enfoque estritamente normativo quer dizer interpretou o ordenamento jur dico brasileiro para determinar o porqu da vantagem compe titiva da sociedade de prop sito espec fico para a promo o da inova o 64 Revista de Informa o Legislativa Seguem se para al m desta introdu o da conclus o e da bibliografia o desenvolvimento e a an lise dos seguintes temas parcerias na inova o incuba o Sociedades de Prop sito Espec fico SPE vantagem competitiva da constitui o da SPE para a ICT 2 Desenvolvimento parcerias na inova o sociedades de prop sito espec fico SPE vantagem competitiva da SPE para as ICTs A Constitui o da Rep blica arrola o desenvolvimento nacional entre os objetivos fundamentais do Estado Brasileiro art 3 ID e oart 174 prescreve lhe o papel de agente nor mativo e regulador da econo
302. do Sul 2008 2012 Tipo ano 2008 2009 2010 2011 2012 Empres rio individual 25 364 25 742 23 851 22 700 18 831 Microempreendedor individual 0 4 705 27 340 35 420 51 627 A facilidade no registro e a simplicidade da disciplina do empreen dedor individual colaboram para tornar o sistema de direito empresarial brasileiro menos dif cil e complexo Isso se reflete nos demais tipos jur dicos empresariais inclusive no que se refere convers o da sociedade empres ria em empres rio individual facilitando a formata o jur dica da sociedade an nima simplificada Por ocasi o da tramita o do projeto de lei que resultou na aprova o da empresa individual de responsabilidade limitada imaginamos que ela territorial e de formula o de pol ticas p blicas espec ficas REIS 2010 p 177 O c rculo virtuoso n o nasce somente da l gica inerente ao pluralismo e do estado de direito isso porque institui es pol ticas inclusivas tendem a sustentar institui es econ micas inclusivas tornando mais igualit ria a distribui o de renda conferindo mais poder e autonomia a mais segmentos da sociedade e propiciando condi es de participa o no jogo pol tico ACEMOGLU ROBINSON 2012 p 240 EON Ano 51 N mero 203 jul set 2014 279 substituiria completamente a figura do empres rio individual sem respon sabilidade limitada O processo seria semelhante ao da sociedade limitada que
303. do capital social devidamente integralizado que n o ser inferior a 100 cem vezes o maior sal rio m nimo vigente no Pa s BRASIL 2002 No Direito Comparado podemos citar como exem plo de legisla o que dispensa a obrigatoriedade de capital m nimo alei chilena que autoriza a constitui o da empresa individual de responsabilidade limitada sem previs o de capital m nimo CHILE 2003 O capital m nimo usado logo ap s o mo mento em que cumprida a exig ncia legal dificilmente restando algum valor quando da eventual fal ncia da empresa individual Vale destacar que o capital n o se confunde com o patrim nio O capital um valor lan ado no ato constitutivo ao passo que o patrim nio definido como o conjunto de bens direitos e obriga es da empresa individual O capital social como garantia aos credores tem perdido for a na doutrina mais recente que considera o patrim nio l quido a verdadeira garantia das obriga es MOREIRA 2004 p 43 nota 37 Havendo lucro o patrim nio cresce havendo preju zo o patrim nio diminui Ademais a rigidez da exig ncia de capital m nimo n o leva em considera o as diferen as no risco de cada atividade empresarial Seria defens vel alegar que a exig ncia de capital m nimo compat vel com o grau de risco da atividade deveria incidir sobre as atividades de maior risco Contudo n o nos parece que a eventual listagem pelo regulador de atividades econ mi
304. ds a serious problem of rationality arises 1 A apropria o da persecu o de interesses sociais de processos de forma o da vontade pol tica e dos discursos morais por parte da mais alta corte alcan ada mediante uma profunda transforma o do conceito de Constitui o esta deixa de ser compreendida tal qual nos tempos da fundamenta o racional jusnaturalista da democracia como documento da institucionaliza o de garantias fundamentais das esferas de liberdade nos processos pol ticos e sociais tornando se um texto fundamental a partir do qual a exemplo da B blia e do Cor o os s bios deduziriam diretamente todos os valores e comportamentos corretos O TFC em muitos de seus votos de maioria pratica uma teologia constitucional MAUS 2000 p 192 Tradu o livre do seguinte excerto For facts and norms are confounded with each other by way of balancing after all with Alexy s integrative thinking there is practically no need for a distinction between justification and application of norms the judge can ultimately rely solely on her own capacity to integrate the diferente practical reasons by establishing preference relations among them Fundamentally the firewall between law making and decision making that Giinther Dworkin and Habermas so fiercely attempted to preserve in their theories for the problem of indeterminacy of law in post conventional societies becomes a mere abstract reference
305. e A determina o dos mbitos que possam corresponder aos distintos n veis de Poder assim com a forma em que deve ser exercido haver de fundamentar se de modo inequ voco no princ pio de como se exercem melhor as compet ncias que aqueles n veis recebem como atribui es Junto a isso deve se considerar tamb m o custo econ mico que representa o exerc cio dessas fun es algo que se olvida com frequ ncia Na medida em que h coordena o e coo pera o na Federa o temos v rias formas de interdepend ncia entre os agentes nos diver sos mbitos e nos diferentes planos de a o Assim o moderno conceito de federalismo cooperativo mostrar se ia de certo modo redundante pois est impl cito no conceito de federalismo Entretanto tal n o ocorria na filosofia do federalismo cl ssico que procurava separar de forma plena e exaustiva as atividades das diferentes rbitas de governo esquecendo se da necessidade de estabelecimento de pol ticas gerais comuns que racionalizassem a m quina estatal Assim o federalismo cooperativo que se materializa na reparti o de compet ncias verti cais fundamenta se no fato de os entes parciais governo central governos regionais e governo local terem o objetivo de desempenhar tarefa estatal a benef cio dos cidad os a necessidade de coopera o e coordena o surge por conse guinte como conditio sine qua non para a efetiva realiza o das a
306. e de previs es legislativas de id ntico conte do v g art 20 da Lei n 8 987 1995 a primeira refer ncia legislativa sobre as SPE veio a lume com a Lei n 11 079 2004 art 9 Ap s a edi o da Lei Complementar n 128 2008 o art 56 a Lei Complementar n 123 2006 Estatuto da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte tamb m passou a aludir figura da SPE 66 Revista de Informa o Legislativa a Participa o privada majorit ria na cons tituic o da entidade b Participa o minorit ria da ICT na cons titui o da entidade c Objeto social da SPE voltado para o desenvolvimento de projetos cient ficos ou tecnol gicos e para a obten o de produtos ou processos inovadores d Participa o dos detentores do capital social nos resultados da propriedade intelectual gerada na propor o da respectiva participa o Note se que o Decreto n 5 563 2005 art 5 BRASIL 2005 foi al m do que previu a lei de inova o tecnol gica ao disciplinar a constitui o da SPE passando a exigir outros dois requisitos a Previs o or ament ria b Autoriza o do Presidente da Rep blica A regra regulamentar deve ser interpretada luz da Constitui o da Rep blica e das leis que regem a rela o entre a Administra o Direta e as entidades da Administra o Indireta Com efeito nos termos do art 84 IV da Constitui o da Rep blica a edi o de regula mentos pelo Chefe do Poder Executi
307. e demonstrado que a circunst ncia concreta est sob sua hip tese de incid ncia A segregac o das esp cies normativas fica mais bem explicitada quando se avaliam suas condi es de aplica o e seus conflitos a que nos dedicaremos adiante Segundo argumenta Alexy 2008 p 93 as regras conflitantes excluem se mutuamente ao passo que os princ pios dotados da dimens o de peso permitem o que chama de sopesamento em que a restri o de um princ pio ser tanto maior quanto mais destacada for a import ncia relativa do princ pio contradit rio Trata se da necessidade de estabelecimento de rela es condicio nadas de preced ncia que ao final resultam na lei de colis o em que se constroem determina es definitivas de dever ser tal qual regras jur dicas que permitir o ao int rprete clareza na aplica o ponderada dos princ pios contradit rios quando se verificarem certas condi es ALEXY 2008 p 99 Noutros termos pela lei de colis o o exame dos princ pios em jogo e da situa o de aplica o permite que se encontre indutivamente uma regra jur dica que determina as condi es por meio das quais um prin c pio ter preced ncia em rela o a outro que lhe contr rio regra essa que teria conte do generaliz vel permitindo portanto que as situa es futuras sejam racionalmente equacionadas pela aplica o dessa regra que produto da opera o da lei de colis o Ainda fazendo remiss
308. e duradoura e ao mesmo tempo modific vel pelos usos e costumes e pelas necessidades das partes ROMERO 2006 p 11 Outra caracter stica dos contratos sociais o seu car ter incompleto Uma quest o importante da an lise econ mica do direito a regra que disciplina o uso da propriedade pelos indiv duos e de que forma os bens podem ser transferidos de um indiv duo para outro por meio do con trato Os custos de transa o como vimos no primeiro item diminuem as chances de os s cios virem a celebrar um contrato social As partes procuram prever todas as circunst ncias e eventos que possam ocorrer durante a execu o do contrato e dar lhes uma solu o mas essa previs o sempre se apresenta lacunosa visto que a racionalidade limitada impede as partes de antever e disciplinar todas as eventualidades que possam ocorrer durante a execu o do contrato PIMENTA 2008 p 253 Nos contratos de longo termo ou relacionais a assimetria de informa es entre as partes contratantes e os custos de comprova o das informa es relevantes para a elabora o dos contratos colaboram para que os contratos sejam incompletos Dito de outra forma o contrato societ rio completamente preenchido tem como premissa que as partes t m um comportamento racional e informa o completa Todas as quest es relevantes foram tratadas pelas partes e elas s o conscientes de todas as conting ncias e podem racio nalmente avaliar cada um dos risco
309. e e combater a polui o em qualquer de suas formas inciso VI e Preservar as florestas a fauna e a flora inciso VII Note se que embora as compet ncias sejam comuns em princ pio n o h superposi o de atribui es S o esferas distintas aut nomas de atua o Frequentemente o exerc cio do poder de pol cia em mat ria ambiental vir associado com o poder de pol cia j exercido pela entidade em outra rea afim como prote o sa de urbanismo navega o etc A omiss o da entidade em tese competente poder ensejar a atua o de outra N o h d vida todavia que o risco de conflitos de atribui es existe e caso venham a ocorrer caber ao Judici rio dirimi los pela interpreta o siste m tica da Constitui o Averbe se que o par grafo nico do art 23 prev a edi o da lei complementar federal naturalmente para harmonizar a atua o de cada um dos entes estatais BARROSO 1992 grifo nosso Na compet ncia comum a pr pria Constitui o determina que lei complementar federal fixe normas para a coopera o entre as diversas Ano 51 N mero 203 jul set 2014 41 esferas de poder tendo em vista o equil brio do desenvolvimento e do bem estar em mbito nacional art 23 par grafo nico o que evi dencia que essa rea de administra o comum n o deve estar sujeita a desperd cios de esfor os e superposi o de atividades muito menos ao entrechoque de a es
310. e fevereiro de 2006 Di rio Oficial da Uni o Bras lia 16 dez 2010 Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil 03 Ato2007 2010 2010 Lei L12349 htm gt Acesso em 15 fev 2011 Minist rio da Ci ncia e Tecnologia Manual para a implanta o de incubadoras Secretaria de Pol tica Tecnol gica Empresarial SEPTE nov 2000 33p Dispon vel em lt http www ufal edu br empreendedorismo downloads manual para implantacao de incubadoras de empresas mct pni gt Acesso em 16 jul 2014 Supremo Tribunal Federal A o direta de inconstitucionalidade Lei n 9478 97 Autoriza o Petrobr s para constituir subsidi rias Ofensa aos artigos 2 e 37 xix e xx da Constitui o Federal Inexist ncia Alega o improcedente A o direta de inconstitucio nalidade n 1649 DF Relator Ministro Maur cio Correa ADI 1 649 DF DJ 24 mar 2004 Di rio Oficial da Uni o Bras lia 28 maio 2004 Supremo Tribunal Federal Plen rio Constitucional Sociedade de economia mista cria o Telebr s reestrutura o societ ria cis o Lei n 9 472 de 16 07 97 art 189 inciso I Decreto n 2 546 de 14 04 98 art 3 anexo C f art 37 xix I a lei n 9 472 de 16 07 97 autorizando o poder executivo para a reestrutura o da telebr s art 187 a adotar a cis o satisfaz ao que est exigido no art 37 xix da c f Ii indeferimento do pedido de suspens o cautelar da express o cis o no inc
311. e flex vel como o caso da Inglarerra Aqui o povo verdadeiramente o defensor m ximo e real da Constitui o TEIXEIRA GARCIA 1991 p 402 Por m consoante reconhece o mencionado doutrinador paulista a grande maioria das comunidades pol ticas ainda n o atingiu esse elevado grau de educa o de cultura c vica e de civismo TEIXEIRA GARCIA Esse papel ativo na tutela dos direitos e liberdades fundamentais ocasionou mudan a no modo de vis o que lhe reserva a doutrina a qual passou a obscurecer lhe o cariz de rg o pol tico equiparando o pelo m todo desenvolvido em sua atividade a um aut ntico tribunal ou corte constitucional Tanto assim que Fran ois Luchaire LUCHAIRE 1997 p 48 53 chegou a apontar ao apagar das luzes da cent ria pret rita que na doutrina vicejam pontos de vista ora assentando o car ter jurisdicional ora o pol tico ora o institucional part cipe do processo de cria o das leis do Conselho Constitucional muito embora relate que a maioria dos autores se tem posicionado favoravelmente primeira corrente Por seu turno Louis Favoreu 2005 em escrito comemorativo de quarenta anos da Constitui o de 1958 apresentou se dentre aqueles que categoricamente acentuam a indiscut vel na tureza jurisdicional do rg o O Conselho Constitucional faz parte da fam lia das Cortes e tribunais constitucionais que foram criados na Europa ap s a segunda guerra mundial ini
312. e junho e julho de 2013 pode se ler MPD Mas isso mostra que os partidos passam por uma crise de representatividade Avritzer Acho que sim mas essa crise de representatividade uma crise mundial porque na verdade os partidos tamb m s o parte de um momento da hist ria da modernidade da democracia An tes a democracia era dividida em tr s partes e os partidos representavam essas tr s partes Ent o voc poderia chegar na Fran a at segunda metade do s culo XX identificar os socialistas comunistas e democratas por exemplo Ou seja a sociedade era dividida entre aqueles elementos A mesma coisa no Chile dos anos 50 e 60 onde os times de futebol era do partido comunista do partido socialista da democracia etc Os partidos enfim expressavam os ideais sociais N s estamos vivendo a decad ncia em todos os lugares mesmo at na Escandin via a identifica o das pessoas com parti dos declinante Ent o essa crise de representatividade o que n o significa que nas democracias contempor neas va mos superar a crise dos partidos e que vamos conseguir ter democracias sem partidos MONTEIRO 2014 p 14 15 8 Nessa linha sobre o direito democracia Revela se plaus vel e sob v rios aspectos inadi vel reinventar a democracia j em sua arquitetura conceitual j em sua pr tica de modo a nela fazer preponderar a participa o 28 Revista de Informa o Legislativa Esta uma dimens o importa
313. e modo que o Gabinete de 6 de junho de 1889 sob alideran a do Visconde de Ouro Preto constituiu uma nova comiss o encarregada da reda o do C digo Civil Dessa vez foram nomeadas as seguintes pes soas para a Comiss o Oleg rio de Aquino e Castro Jos da Silva Costa Affonso Augusto Moreira Penna Manuel Pinto de Souza Dantas Antonio Coelho Rodrigues e Jos Julio Albuquerque Barros O pr prio Imperador Dom Pedro II presidiu de fato a primeira reuni o dessa comiss o em 12 de julho de 1889 que era presidida de direito pelo Ministro da Justi a o Conselheiro C ndido de Oliveira VAMPR 1916 p 18 Proclamada a Rep blica em 15 de novembro daquele ano tamb m os trabalhos daquela comiss o n o foram levados a efeito Mas o Ministro da Justi a do Governo Provis rio Manuel Ferraz de Campos Salles resolve encarregar o professor Antonio Coelho Rodrigues dessa tarefa n o ape nas por haver integrado as comiss es anteriores mas tamb m por ser o 54 Revista de Informa o Legislativa respons vel pela reda o da Lei do Casamento Civil Ele solicitou a concess o do prazo de tr s anos para a reda o do anteprojeto Contudo quando finalmente o apresentou em 1893 ao Marechal Floriano n o foi bem acolhido pelo Governo momentaneamente interessado em apoiar o projecto de Felicio dos Santos sob o patroc nio de Saldanha Marinho VAMPR 1916 p 19 Assim verifica se que a expuls o da fam lia real do Br
314. e na seguinte ementa de recente ac rd o do STF MEDIDA CAUTELAR EM A O DIRETA DE INCONSTITU CIONALIDADE MEDIDA PROVIS RIA 2 226 DE 04 09 2001 2 Esta Suprema Corte somente admite o EXAME jurisdicional do m rito dos requisitos de relev ncia e urg ncia na edi o de medida provis ria em casos excepcional ssimos em que a aus ncia desses pressupos tos seja evidente No presente caso a sobrecarga causada pelos in meros recursos repetitivos em tramita o no TST e a imperiosa necessidade de uma c lere e qualificada presta o jurisdicional aguardada por milhares de trabalhadores parecem afastar a plausibilidade da alega o de ofensa ao art 62 da Constitui o BRASIL 2007 grifo nosso No caso como poderia o STF concluir pela evidente aus ncia dos pressupostos de relev ncia e urg ncia da MP sem antes examinar se est o ou n o presentes O exame jurisdicional acerca da exist ncia ou n o desses pressupostos que pode conduzir conclus o sobre a sua exist ncia ou inexist ncia e n o o contr rio pois n o se pode concluir sem antes examinar Ano 51 N mero 203 jul set 2014 157 Portanto o juiz tem de analisar todos os aspectos do ato discricion rio incluindo o m rito para verificar sea Administra o exor bitou ou n o dos limites da discricionariedade conferida pelo ordenamento jur dico Da a afirmac o de que a discricionariedade admi nistrativa comega quando
315. e um caldo 2 La lucha por la democratizaci n en Brasil se desarroll sobre todo a n vel local ya que las ciudades brasile as fueron el lugar central en la construcci n del proyecto de modernizaci n cuyos ejes principales fueron la industrializaci n y la urbanizaci n La mayor parte de las grandes ciudades brasile as creci dramaticamente entre 1950 y 1980 AVRITZER 2002 p 120 23 A viol ncia e a criminalidade t m demonstrado ndices cada vez maiores na maior parte da Am rica Latina especialmente no Brasil que desde os anos 1980 apresenta a terceira maior taxa de homic dio das Am ricas Nos grandes centros urbanos brasileiros os n veis de viol ncia alcan aram ndices superiores aos daqueles que viveram ou vivem em guerra declarada conforme demonstram as estat sticas comparadas de mortes nas me tr poles brasileiras mais de quarenta mortes por arma de fogo por dia com as de regi es como o Oriente M dio os B lc s e a Col mbia VIOLA 2008 p 45 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 13 hist rico complexo que envolve autoritarismo desigualdade e viol ncia e que deve ser enfrentado com democracia igualdade e solidariedade para o que o cultivo de valores que potencializam novos patamares de socia liza o A educa o para o n o retorno tem a colaborar nessa dimens o e tem a afirmar a import ncia da consci ncia cr tica e hist rica cheia de mem ria da aus ncia de cidadania n
316. eal de integrar todas as diferen as embora inalcan vel fornece uma til finalidade cr tica que opera como um contrafactual pensado para nos recordar que todas as identidades constitucionais s o falhas insuficientes e sempre em constante car ncia de maior aperfei oamento e finaliza o Refer ncias ROSENFELD Michel A identidade do sujeito constitucional Tradu o de Menelick de Carvalho Netto Belo Horizonte Mandamentos 2003 BRASIL Supremo Tribunal Federal Encampa o dos fundamentos da ADPF n 132 RJ pela ADI n 4 277 DF com a finalidade de conferir interpreta o conforme Constitui o ao art 1 723 do C digo Civil Atendimento das condi es da a o A o direta de inconstitu cionalidade n 4 277 Relator Ministro Carlos Ayres Britto DJe 13 dez 2011 Dispon vel em lt http redir stf jus br paginadorpub paginador jsp docTP AC amp docID 628635 gt Acesso em 12 ago 2013 Lei n 10406 de 10 de janeiro de 2002 C digo Civil Di rio Oficial da Uni o Bras lia 11 jan 2002 BRASIL Constitui o 1988 Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil Bras lia 5 out 1988 Bras lia Senado Federal Coordena o de Edi es T cnicas 2008 Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil 03 constituicao constituicao htm gt Acesso em 25 jun 2014 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 217 Litispend ncia entre a es civis p blicas a luz do artigo 16 da Lei n 7 347 1
317. ear what the legislature has granted them then it i salso clear what they have a moral right to receive in court But though the rights model concedes that the rule book is in this way a source of moral rights in court it denies that the rule book is the exclusive source of such rights If therefore some case arises as to which the rule book is silente or if the words in the rule book are subject to competing interpretations then it is right to ask which of the two possible decisions in the case best fits the background moral rights of the parties DWORKIN 1985 p 16 2 A tradu o optou por usar a express o direitos fundamentais em vez da tradu o direitos morais para retratar o termo ingl s moral rights usado por Dworkin 1985 Isso porque o sentido que o autor emprega na obra de evidente juridicidade desses direitos o que poderia ser equivocadamente apreendido pelo uso de direitos morais N o se nega contudo que Dworkin 1985 usa a express o moral rights para expressar direitos que existiram at mesmo antes de reconhecimento normativo pelo Estado conforme expres samente anotado no texto DWORKIN 1985 p 11 12 o que se afasta do uso tradicional da express o direitos fundamentais no direito brasileiro No entanto entendendo funda mental compreender a inser o dos moral rights no mbito jur dico a escolha feita para a tradu o cr se justificada Ano 51 N mero 203 jul set 2014 179 pondera
318. eda o dada pela Lei n 11 448 2007 15 A partir da propositura da segunda a o para ser mais exato nos precisos termos do artigo 2 par grafo nico da Lei n 7 347 1985 16 de ter presente que as condi es da a o s o inicialmente aferidas in status assertionis com base na alega o feita pelo demandante na inicial sem depender do exame das circunst ncias e dos elementos probat rios contidos nos autos STJ AGARESP 201200559457 DJE Data 2 8 2012 Rel Min Sidnei Beneti Sobre o tema ver ainda a li o de Alexandre Freitas C mara 2012 p 155 156 cia quando o pedido e a causa de pedir de duas ou mais a es conduzam ao mesmo resultado pr tico pouco importando se em julgamento ainda n o definitivo ele foi acolhido apenas parcialmente Afere se a litispend ncia a conex o ou a contin ncia de acordo com o pedido e a causa de pedir postos na peti o inicial Para tal efeito eventual proced ncia parcial de uma das a es ainda em fase de an lise recursal art 301 3 do C digo de Processo Civil irrelevante Em outras palavras n o existe litispend ncia moment nea ou passageira 3 1 A interpreta o conjunta dos artigos 2 e 16 da Lei n 7 347 1985 O regime de conex o e litispend ncia en tre a es civis p blicas criado pelo par grafo nico do artigo 2 da Lei n 7 347 1985 deve ser interpretado em conjunto com o artigo 16 da mesma lei Afinal os
319. efinida a estrat gia de busca por justiga por meios democr ticos apenas deve convergir para fortalecer os lagos entre os cidad os Na perspectiva da Escola de Frankfurt o estudo a respeito dos ciclos de convers o de injusti as acumuladas em justi a consolidada e reco nhecida quando se trata de observar na dial tica hist rica os processos sociais e as lutas por direitos pode ser feito a partir de dois importantes atuais e convergentes textos De um lado em Luta por reconhecimento Kampf um Anerkennung na perspectiva de Axel Honneth fica claro que a falta de reconhecimento se torna o combust vel necess rio para a correla o de sofrimentos compartilhados tornar se o modo de apari o de formas de luta que realizar o o potencial da erup o de novas moda lidades de direitos que comparecer o no horizonte social como formas normativas de reconhecimento institucionalizadas De outro lado e em sentido concordante com as conclus es de Honneth na perspectiva de J rgen Habermas no recente ensaio intitulado O conceito de dignidade humana e a utopia realista dos direitos humanos Sobre a Constitui o da Europa em que se constata que o sofrimento foi a forja hist rica da qual resultaram as conquistas hist ricas dos direitos humanos muitas vezes pelas m os e a es revolucion rias Do ponto de vista mais concreto e menos te rico h que se considerar que as instabilidades do cen rio contempor neo s o muitas O result
320. eias sobre ativismos judiciais e os perigos da instaura o de um terceiro turno da constituinte Revista de Estudos Constitucionais Hermen utica e Teoria do Direito S o Leopoldo v 1 n 2 p 75 83 jul dez 2009 TREBILCOOK Michael J DAVIS Kevin E A rela o entre direito e desenvolvimento otimistas versus c ticos Rev direito GV S o Paulo v 5 n 1 p 217 268 jan jun 2009 88 Revista de Informa o Legislativa VEIGA Jos Eli da A emerg ncia socioambiental S o Paulo SENAC 2007 VIEIRA Oscar Vilhena DIMOULIS Dimitri Constitui o e desenvolvimento In LIMA Maria L cia L M Padua Coord Agenda contempor nea direito e economia 30 anos de Brasil S o Paulo Saraiva 2012 S rie GVLaw t 1 WANG Daniel W L PALMA Juliana Bonacorsi de COLOMBO Daniel Gama Revis o judicial dos atos das ag ncias reguladoras uma an lise da jurisprud ncia brasileira In SHAPIRO M rio Gomes Coord Direito Econ mico Regulat rio S o Paulo Saraiva 2010 p 269 330 WILLIAMSON Oliver E The Economic Institutions of Capitalism New York The Free Press 1985 YEUNG Luciana AZEVEDO Paulo Furquim Uma an lise econ mica e uma mensura o quantitativa da qualidade das decis es judiciais brasileiras In ENCONTRO NACIONAL DE ECONOMIA n 38 2010 Salvador Anais Salvador 2010 Al m dos achismos do senso comum e das evid ncias aned ticas uma an lise econ mica do ju
321. eito do cidad o e express o de sua autonomia II complementaridade transversalidade e integra o de mecanismos e inst ncias da democracia representa tiva participativa e direta III solidariedade coopera o e respeito diversidade de etnia ra a cultura gera o origem sexo orienta o Sem participa o n o h controle popular efetivo por isso o demos deve poder de mocraticamente controlar a agenda de assuntos p blicos atinentes aos interesses comuns O demos deve ter a oportunidade exclusiva de decidir como as quest es ser o colocadas na agenda de assuntos a serem decididos mediante o processo democr tico DAHL 2012 p 179 Segundo a Folha de S Paulo 84 dos manifestantes paulistanos dia 17 de junho n o tinham prefer ncia partid ria 71 participavam pela primeira vez de um protesto e 53 tinham menos de 25 anos Pessoas com ensino superior eram 77 Alguns n meros revelam o bvio desde 1992 n o havia protestos amplos e generalizados no pa s logo s poderia ser a primeira vez dos jovens manifestantes Al m disso a prefer ncia partid ria sempre foi baixa no Brasil embora tenha se revelado ainda menor na pesquisa citada SECCO 2013 p 71 Governantes pol ticos de todos os partidos imprensa cronistas pol ticos e at mes mo cientistas sociais foram pegos de surpresa pelas manifesta es de massa que mudaram a face e o cotidiano de nossas cidades em junho VAINER
322. elemento essencial democracia gradualmente cerceada pela cria o de leis que criminalizam o protesto pol tico e de restri es a greves no setor p blico A revista Veja em uma reportagem datada de 7 de julho de 2012 p ginas 74 78 descreve a tentativa da Venezuela de impedir a deposi o de Lugo interferindo sem xito no processo No tocante entrada da Venezuela no bloco em artigo de Edson Pereira LAFER 2012 apud PEREIRA 2013 Celso Lafer pontua os fatos de Ano 51 N mero 203 jul set 2014 103 forma elucidativa quando cita como exig ncia indiscut vel a presenga de todos os Estados Partes em cumprimento ao artigo 37 do Protocolo de Ouro Preto e ao artigo 20 do Tratado de Assun o que prev ades es desde que seja objeto de decis o un nime dos Estados Partes Ora o Paraguai n o perdeu a qualidade de membro apenas foi suspenso das reuni es at que voltasse no entendimento da c pula do Mercosul normalidade democr tica o que ocorreria com a elei o de 2013 Portanto seria irrefut vel a necessidade de aprova o do Paraguai incorpora o da Venezuela Jos Mujica Presidente do Uruguai afirmou que a entrada da Vene zuela no Mercosul sem a concord ncia do Paraguai por estar suspenso foi tomada com base em consenso pelos demais membros e a afirma o clara que o fator pol tico superou longamente o jur dico Para o Pre sidente do Uruguai O Senado que h cinco anos vem zo
323. elmente pr ximos e com fortes interesses em comum A rela o entre os dois pa ses complexa e marcada por acordos normais entre dois pa ses lim trofes como a produ o de energia da binacional Itaipu e a propor o de uso dessa energia por cada um dos dois pa ses assim como outras situa es pouco convencionais e sem nenhum tipo de acordo como a presen a de mais de 300 mil brasi leiros chamados brasiguaios no territ rio do Paraguai a entrada ilegal no Brasil de produtos provenientes do Paraguai em volume importante para a economia daquele pa s e o grande volume de maconha traficada do Paraguai para o Brasil e que financia em grande parte o crime orga nizado de cidades como Rio de Janeiro e S o Paulo Nesse contexto a crise que se instalou a partir do impeachment do Presidente Fernando Lugo eleito com um discurso contra o imperialismo brasileiro reveste se de grande import ncia e de certa forma compromete Ano 51 N mero 203 jul set 2014 91 as rela es entre os dois pa ses O Brasil liderou o processo da suspens o tempor ria do Paraguai do Mercosul e da Unasul como retalia o pela deposi o de Lugo Este fato o coloca em confronto com a opini o p blica e importantes segmentos pol ticos paraguaios que ap s a elei o do presidente Horacio Cartes resistem em aceitar as condi es para o retorno do Paraguai aos dois blocos regionais Considerando essas premissas este artigo pretende discuti
324. em exigindo para sua constitui o um arranjo institucional no quala legisla o extremamente r gida detalhada e complexa deixando poucas lacunas para preenchimento pelas partes PIMENTA 2008 p 255 7 Em geral as sociedades an nimas de capital aberto s o constitu das para empreen dimentos de maior porte mas essa caracter stica n o impede que seja viabilizada a cria o de pequenas ou m dias empresas de capital aberto 7 Ao reduzir a ado o de institutos e estruturas desenvolvidas pela mente criativa do empres rio as sociedades an nimas reduzem os custos de transa o para o investidor CATEB PIMENTA 2012 p 234 Facilitando a aplica o dos recursos na atividade econ mica e conferindo prote o e seguran a ao investidor a Lei das Sociedades An nimas permite uma forma de investi mento saud vel segura e eficiente possibilitando a aplica o em a es como alternativa manuten o de recursos financeiros em dep sitos banc rios CATEB 2008 p 264 292 Revista de Informa o Legislativa realizadas Atribui se assim bolsa de valores uma elevada capacidade de autorregula o e de poder de pol cia No mbito da governan a corporativa a BM amp F Bovespa organizou n veis diferenciados de listagem do mercado de a es contendo regras mais r gidas que as previstas na Lei das Sociedades por A es A maioria das companhias relacionadas na Bolsa n o participa de qualquer segmento
325. em o efeito indireto de proporcionar um comportamento probat rio ativo da parte litigiosa que disp e das melhores condi es para a produ o da prova No Brasil o princ pio contradit rio est positivado na Constitui o Federal artigo 5 LV 1 Artigo 5 caput da Constitui o Federal No campo da responsabilidade civil m dica assente pelo sistema tradicional do nus probat rio que o profissional pode assumir uma estrat gia processual passiva permanecendo inerte no tocante pro du o da prova j que em princ pio o encargo probat rio da ilicitude culpabilidade e nexo de causalidade do paciente autor Assim n o obstante portar as melhores condi es para o esclareci mento dos fatos por dispor dos meios probat rios necess rios para a demonstra o dos fatos que consubstanciam sua defesa o profissional m dico simples e comodamente pode assumir a estrat gia defensiva de omitir qualquer meio probat rio que lhe apto realizar no aguardo de que a parte contr ria fa a a prova necess ria dos pressupostos f ticos para o acolhimento do seu pedido Esta conduta n o obstante leg tima processualmente nociva para a busca da verdade material e por con sequ ncia para o alcance de um resultado substancial justo e equ nime para a boa solu o do lit gio Contrariamente uma vez realizada a advert ncia sobre a teoria em momento processual anterior efetiva produ o probat ria
326. empresa de cerveja A causa de pedir id ntica em ambas as de mandas Os pedidos por sua vez s o extrema mente semelhantes com uma nica diferen a em cada uma delas expressamente se requer que os efeitos da coisa julgada sejam limitados ao Estado membro no qual a a o foi ajuizada Foi justamente esse o fundamento para que o Superior Tribunal de Justi a acertadamente 228 Revista de Informa o Legislativa afastasse a litispend ncia entre as a es como se v do seguinte trecho do voto do Min Relator Da leitura dos trechos acima transcritos observa se que efetivamente as partes s o as mesmas assim com os pedidos e as causas de pedir sendo que a nica diferen a entre as duas demandas a delimita o territorial no Estado do Rio Grande do Sul e no Estado de S o Paulo Em face dessa diferen a territorial sustenta a recorrente n o estar caracterizada a litis pend ncia Adianto que merece acolhimento a sua pre tens o na linha de precedente jurispruden cial espec fico da Segunda Se o desta Corte no julgamento dos Embargos de Diverg ncia em Recurso Especial n 411 529 SP em 10 de mar o de 2010 BRASIL 2011 O julgado em an lise revela que i n o exis te precedente do STJ no sentido da inexist ncia de litispend ncia entre a es civis p blicas com pedidos de efeito nacionais ii o STJ entende incab vel a reuni o a es civis p blicas na for ma do par grafo
327. en Su a 1906 2 ed Manual do s dito fiel e outros escritos menores BEVIL QUA 1912 p p 497 Atente se pois para a sequ ncia dos acontecimentos I em 1 de junho de 1889 Coelho Rodrigues nomeado pelo Imperador Dom Pedro II membro da Comiss o incumbida da reda o do C digo Civil brasileiro II em 21 de novembro de 1889 a comiss o outrora nomea da pelo Imperador dissolvida pelo Minist rio da Justi a do Governo Provis rio da Rep blica III em 24 de janeiro de 1890 o Decreto n 181 redigido por Coelho Rodrigues institui o Casamento Civil IV em 2 de julho de 1890 Coelho Rodrigues contratado para a elabora o do Projeto de C digo Civil O fato de Coelho Rodrigues haver sido incumbido da tarefa de ela borar o projeto da Lei do Casamento Civil contudo n o deixa de ser uma grande ironia Em 1884 Coelho Rodrigues publica sob pseud nimo o seu Manual do s bdito fiel no qual vai expressar sua insatisfa o em rela o s po Ano 51 N mero 203 jul set 2014 57 l ticas desenvolvidas pelo Gabinete liberal poca Coelho Rodrigues era um destacado membro do Partido Conservador e teceu uma s rie de cr ticas s pol ticas levadas a efeito pelo Governo especialmente no que tocava ao chamado elemento servil Mas entre diversas cr ticas dirigidas ao Governo ainda mon rquico cria uma situa o hipot tica e coloca a seguinte frase na boca de um Padre que ir representar a ala
328. encial ou seja labora em favor do paciente tendo em vista a garantia de um direito absoluto sa de O servi o m dico n o se confunde com presta o econ mica em sentido estrito O exer c cio da medicina n o tem como fim central a busca do lucro mas sim a cura da doen a ou sua preven o O risco da atividade m dica decorr ncia do estado natural e pessoal do paciente inerente sua condi o de pessoa humana carente de tratamento profissional O risco da atividade n o se reverte em favor do m dico ao contr rio torna sua atua o muito mais complexa porque especializada e sujeita a fatos que naturalmente s o impre vis veis e incontrol veis O objeto sobre o qual recai a atividade m dica o pr prio corpo das pessoas Por consequ ncia a responsabilidade decorrente da atua o do m dico dependente de seu comportamento profissional de sua conduta Da a import ncia do pressuposto da culpa caracterizada pelo dolo ou neglig ncia A responsabilidade portanto subjetiva O mercado de consumo existe entre agentes econ micos que est o subordinados s leis de mercado O regime jur dico o do disposto nos artigos 170 a 192 da Constitui o Federal sob o t tulo Da Ordem Econ mica e Financeira O profissional m dico est sujeito ao mercado assistencial subordinado s regras ditadas pelos artigos 196 a 200 da Constitui o Federal que t m rela o com a Ordem Social Mercad
329. ente contem pladas na Constitui o desde que verificada a comunh o de valores entre os seus componen tes Em termos objetivos o STE no uso de sua prerrogativa de guardi o da Constitui o e mediante a t cnica de interpreta o conforme produziu leitura constitucional do art 1 723 do C digo Civil no sentido de Cf art 12 caput da CF 88 2 Art 1 723 reconhecida como entidade familiar a uni o est vel entre o homem e a mulher configurada na 210 Revista de Informa o Legislativa excluir do dispositivo em causa qualquer significado que impe a o reconhecimento da uni o cont nua p blica e duradoura entre pessoas do mesmo sexo como fam lia Reconhecimento que de ser feito segundo as mesmas regras e com as mesmas conse qu ncias da uni o est vel heteroafetiva BRASIL 2002 grifo nosso A decis o da Corte que teve imediato efeito vinculante em face da Administra o P blica federal estadual e municipal e dos demais r g os do Poder Judici rio efetivamente trouxe novos rumos ao tema como bem vaticinado no voto do Ministro Celso de Mello Na realidade Senhor Presidente o jul gamento que hoje se realiza certamente marcar a vida deste Pa s e imprimir novos rumos causa da comunidade homossexual BRASIL 2011 3 As conex es dial gicas espec ficas entre Rosenfeld e o STF Os tr s elementos informados por Rosenfeld como ferramentas de recons
330. ente porque n o recobre todas as mat rias que ele deveria idealmente contemplar mas porque al m do mais ele n o capaz de contemplar exaustivamente todas as quest es conceb veis que podem ser levantadas a partir das mat rias que ele acolhe Mais ainda precisamente em raz o da incompletude do texto constitucional as constitui es devem permanecer abertas interpreta o e isso no mais das vezes significa estarem abertas s interpreta es conflitantes que pare am igualmente defens veis O voto do Ministro Celso de Mello traz profunda abordagem hist rica com aspectos f ticos e legislativos narrando a repress o o preconceito a intoler ncia e a incompreens o que os grupos dominantes dirigiam contra os homossexuais Essa percep o de que o passado pr moderno estampa casos em que a op o da maioria se dava mais pela supress o ou subordina o e menos pela toler ncia ou acomoda o tamb m n o escapou a Rosenfeld 2003 p 30 N o se pretende dizer com isso que o mundo pr moderno n o experi mentou sua dose pr pria de dissenso e de conflito interno mas que ele tendia muito mais a suprimir ou subordinar os dissidentes do que a tolerar ou a acomodar aqueles que n o se submetiam ao sistema normativo de valores endossado oficialmente E adiante prossegue no tema o autor que afirma antes da constitucio naliza o esses interesses eram presas f ceis das tradi es religiosas dos cos
331. ento da vida do anenc falo Para uma abordagem aprofundada sobre direitos reprodutivos ver Dworkin 1992 170 Revista de Informa o Legislativa Outro ponto relevante para entendermos a estrutura o dos princ pios na teoria de Alexy 2008 a semelhan a por ele indicada entre princ pios e valores o que tamb m encontra aceita o ampla da literatura jur dica e da juris prud ncia brasileira Seu ponto de separa o seria a operatividade em campos diversos j que ao passo em que os princ pios seriam comandos deontol gicos e definiriam o que prima facie devido convivendo com as regras ju zos definitivos de dever ser os valores como ju zos axiol gicos definiriam aquilo que pri ma facie melhor ao lado das regras de valo ra o ju zos axiol gicos definitivos Mas para al m dessa diferencia o valores e princ pios seriam em tudo identific veis sendo poss vel inclusive dizer que algo que bom ser numa convers o jur dica tamb m devido H problemas que podem ser apontados em tal teoria a despeito de serem respeit veis as opini es em contr rio largamente majorit rias Toda colisi n entre principios puede expresarse como una colisi n entre valores y viceversa La nica dife rencia consiste en que en la colisi n entre principios se trata de la cuesti n de qu es debido de manera definitiva mien tras que la soluci n a una colisi n e
332. ento e portanto prestam se a regular situa es concretas Num determinado caso contudo os comandos podem incidir ao mesmo tempo e apresentar determina es contradit rias a chamada colis o de normas v lidas ou colis o externa que justifica a exist ncia do discurso de aplica o normativa Essa colis o ocorreria no seguinte caso hipot tico eu prometo a meu amigo A que irei a uma festa por ele organizada mas durante o transcurso encontro meu amigo B necessitado de aux lio imediato o qual uma vez prestado impedir o comparecimento festa As duas normas dever de veracidade e manuten o das promessas e dever de presta o de aux lio chamadas aqui de N1 e N2 s o aplic veis ao caso Ocorre que ambas cont m comandos contradit rios na situa o dado que a aplica o de uma leva ao desrespeito ao comando da outra O discurso de aplica o o que lida com tais tipos de situa es Soriano 1998 p 193 explica que toda norma moral ou jur dica cont m uma refer ncia em abstrato sua situa o de aplica o descreve em que casos se aplica e quais efeitos sua aplica o produz Mas essa refer ncia n o perfeita exatamente 2 G nther 1995 p 279 282 explica que a colis o externa se diferencia da colis o interna porque naquela n o se questiona a validade das normas conflituosas mas a sua adequa o situa o referida A colis o externa sempre se
333. entre o ativismo judicial e a autoconten o judicial principalmente quando se fala em aspectos t cnicos contratuais WANG DE PALMA COLOMBO 2010 p 274 283 surgem decis es judiciais que ultra passam certos limites institucionais do poder Judici rio com a utiliza o err nea de m todos de hermen utica judicial como o proposto por Alexy ou que extrapolem os limites do controle judicial dos atos administrativos discricion rios quest o esta posteriormente debatida em preju zo da efici ncia econ mica e contribuindo para criar um ambiente de incertezas PINHEI RO SADDI 2005 p 6 Quanto ao assunto im portante anotar algumas cr ticas sobre como os ju zes brasileiros se apropriaram erroneamente de teorias estrangeiras para erigir novos mode los de an lise em face da Constitui o de 1988 principalmente as ligadas jurisprud ncia dos valores e teoria da argumenta o de Robert Alexy na qual uma pondera o de princ pios utilizada meramente para que o juiz d sua opi ni o pessoal sobre o problema STRECK 2011 p 8 10 Outro apontamento o fato de o poder Judici rio n o poder substituir o constituinte origin rio criando uma Constitui o paralela por meio de interpreta es subjetivas diante da lacuna legislativa STRECK BARRETO OLIVEIRA 2009 p 81 Todas essas posi es adotadas pelos membros do Poder Judici rio elevam sobremaneira a incerteza jur dica Para Max Weber
334. ependentemente desse debate j que n o se est tratando de reformas jur dicas mas de controle judicial dentro das normas j postas dentro do ordenamento jur dico brasileiro importante verificar a rela o entre Constitui o e desenvolvimento Essa rela o de dif cil apreens o pois implica algumas dificuldades como a reciprocidade das poss veis rela es de causalidade entre ambas no es a falta de universalidade do conceito de Constitui o dada sua mutabilidade ao longo da Hist ria ou ainda sua efic cia vari vel Entretanto aspectos da Constitui o certamente influem no desenvolvimento tanto por regular direitos e propriedade quanto as formas de governo e direitos fundamentais VIEIRA DIMOULIS 2012 p 382 383 Apesar dessa dificuldade a ideia por tr s desses conceitos positiva j que tanto a Cons titui o quanto o desenvolvimento conotam no es de emancipa es da pr pria Humanidade a primeira ligada restri o da arbitrariedade do poder pol tico e a outra satisfa o das ne cessidades materiais e espirituais dos indiv duos VIEIRA DIMOULIS 2012 p 386 Isto nada tem a ver com a cr tica de alguns autores quando falam na necessidade de redu o da expectativa quanto influ ncia do pr prio Direito como componente do desenvolvimento em si dada a complexidade do sistema jur dico e a dificul dade de sua modifica o por meio de conceitos simplistas BARRAL 20
335. er oportunidades iguais e adequadas de descobrir e validar dentro do prazo permitido pela necessidade de uma decis o a escolha acerca da quest o a ser decidida que melhor sirva aos interesses do cidad o DAHL 2012 p 176 34 Revista de Informa o Legislativa presencial consultivo aberto a qualquer interessado com a possibili dade de manifesta o oral dos participantes cujo objetivo subsidiar decis es governamentais art 2 VIII e art 16 das consultas p blicas mecanismo participativo a se realizar em prazo definido de car ter consultivo aberto a qualquer interessado que visa a receber contribui es por escrito da sociedade civil sobre determinado assunto na forma definida no seu ato de convoca o art 2 IX e art 17 dos ambientes virtuais de participa o social mecanismo de intera o social que uti liza tecnologias de informa o e de comunica o em especial a internet para promover o di logo entre administra o p blica federal e sociedade civil art 2 X e art 18 Fica claro pelos esfor os de sistematiza o de pr ticas de organiza o de conceitos e crit rios de participa o pela explicita o da institucio nalidade da participa o que o Decreto vai aproximando o Pa s das mais inovadoras e arrojadas concep es de democracia predominantes em todo o mundo no debate filos fico pol tico em torno do tema res pondendo exig ncia popular em torno da
336. eral de Ouro Preto 2011 ASSOCIA O DOS PRA AS DO ESTADO DO AMAZONAS Reserva do poss vel como aquilo que razo vel se exigir do Estado Manaus APEAM 2012 p 2 4 Dispon vel em lt http www apeam org br 2012 controlsites imgeditor File Arquivo_tese 2028 pdf gt Acesso em 22 ago 2014 BAHIA Alexandre Gustavo Melo Franco A interpreta o Jur dica no Estado Democr tico de Direito contribui o a partir da teoria do discurso de J rgen Habermas In CATTONI DE OLIVEIRA Marcelo Coord Jurisdi o e Hermen utica Constitucional Belo Horizonte Mandamentos 2004 p 301 357 BARBOSA Mirian Santana Formula o de Diagn stico Situacional da rea de abrang ncia do PSF Andorinhas Morro Santana Ouro Preto MG como estrat gia para planejamento de 138 Revista de Informa o Legislativa a es em sa de 2013 Dispon vel em lt http www atencaobasica org br comunidades iv mostra eixo tematico12 formulacao de diagnostico situacional da area de abrangencia gt Acessado em 01 de setembro de 2013 BARCELLOS Ana Paula Costa Neoconstitucionalismo direitos fundamentais e controle ju dicial das pol ticas p blicas In SARMENTO Daniel GALDINO Fl vio Direitos fundamen tais estudos em homenagem ao Professor Ricardo Lobo Torres Rio de Janeiro Renovar 2006 BONAVIDES Paulo Teoria constitucional da democracia participativa por um direito constitucional de luta e resist ncia por uma nova hermen utica
337. eriora o em assimetrias que levam predisposi o por desagrega o social pato l gica afetando as rela es de trabalho a livre intera o nas ruas nas fam lias e tamb m nas rela es entre a sociedade civil e o Estado Nessa perspectiva de an lise portanto o reconhecimento n o um aspecto sublime ou elevado da personalidade humana mas cons titutivo de sua forma de existir e coexistir pois considera se que toda pessoa como ser em desenvolvimento depende desde a mais tenra idade de sua valoriza o e acolhimento na correla o com o outro e o mundo exterior Nessa medida os direitos s o considerados estruturantes para o conv vio social pois ga rantem de modo firmado e pactuado coleti vamente os limites as formas de intera o e o modus de considera o de ego e alter entre si O sujeito em desenvolvimento pode e deve fiar se numa ordem institucional normativa sobre a qual apoia suas pretens es de reconhecimento tura e viola o frequente falar de morte ps quica nesse meio tempo no campo de pesquisa que se ocupa no caso da escravid o com a elabora o coletiva da priva o de direitos e da exclus o social ganhou cidadania o conceito de morte social e em rela o ao tipo de desrespeito que se encontra na degrada o cultural de uma forma de vida a categoria da vexa o que recebe um emprego preferencial HONNETH 2003 p 218 2 lt A raz o disso pode se
338. erminado pelos valores e interesses sociais Na medida em que essa tradu o ou determina o reduz a prioridade do sistema de direitos sobre pontos de vista axiol gicos e de qualquer forma n o pode ser justificado a n o ser por padr es costumeiros um s rio problema de racionalidade aparece tradu o livre do seguinte excerto After all legal norms cannot rely on more or less observance of their contents given that they have a binarily coded obligation character of behavioral expectations that will correspond to one s compliance or not with the law and not a gradual duty as though each context could originate a relative obligation to the legal prescription Ifwe subvert this normative character of legal norms than law loses its enforceable character and its priority over axiological points of view Itis not the values and social interests that are then translated into and shaped by the system of rights but rather itis the system of rights that is translated Ano 51 N mero 203 jul set 2014 171 Ademais na teoria axiol gica sendo poss vel argumentar a respeito de princ pios e direitos da mesma forma como se argumenta a respeito de valores o aplicador reconduzido tarefa de fundamentar normas por meio de crit rios pol ticos teleol gicos valorativos etc incomuns sua atividade concentrando em suas m os tarefas de justifica o e de aplica o de normas Como veremos a seguir G nther 1993 atri
339. es Otis atuando no caso Paxton em 1761 invocou uma lei mais alta a lei divina ou a lei da natureza para afirmar que anularia um ato legislativo que lhe fosse contr rio 4 Oito precedentes existem do exerc cio deste po der por tribunais estaduais contra as respectivas legislaturas todos anteriores a 1787 5 Os membros mais destacados da Conven o Constituinte conheciam este poder advogavam a outorga do mesmo e tinham a convic o de o haver ou torgado 6 Entre 1789 e 1803 quando pela primeira vez a Suprema Corte utilizou o contra o Congresso 10 tribunais estaduais o exerceram contra as respectivas legislaturas 7 Durante esse per odo alguns membros da Suprema Corte reclamaram o poder para o Judici rio Federal e valeram se dele em outras inst ncias BEARO 1965 p 14 7 De fato como os conquistadores por sua tradi o n o eram dados a legislar tanto que a pr pria Magna Carta s surge num momento bem posterior os tribunais exerce ram um papel fundamental na cria o e desenvolvimento do common law Com o passar do tempo as decis es dos ju zes e tribunais criaram um verdadeiro Direito jurisprudencial Aquilo que foi dito pelos tribunais era tido por Direito Evolui se do costume incerto e de dif cil aplicabilidade para o precedente judicial como revela o do Direito e sua fonte por excel ncia SOUZA 2006 p 37 pelos Acts Assim o juiz exercia a fun o de rbitro entre o Rei e a
340. es chega a ser distorcido para n o se admitir sua supe ra o por amor ao sistema de vincula o aos precedentes binding precedents system vigente no regime da Commom Law A insatisfa o com a excessiva estreiteza do conceito de irrazoabilidade cristalizado no caso Wednesbury bem retratada nesta passagem de Lord Cooke And I think that the day will come when it will be more widely recognised that Associated Provincial Picture Houses Ltd v Wednesbury Corporation 1948 1 KB 223 was an unfortunately retro gressive decision in English administrative law insofar as it suggested that there are degrees of unreasonableness and that only a very extreme degree can bring an administrative decision within the legitimate scope of judicial invalidation The depth of judicial review and the deference due to ad ministrative discretion vary with the subject matter It may well be however that the law can never be satisfied in any administrative field merely by a finding that the decision under review is not capricious or absurd COOKE s d apud LE SEUR 2005 grfio nosso inevit vel e crescente utiliza o do princ pio da proporcionalidade no direito ingl s em virtu de da integra o ainda que parcial do Reino Unido Uni o Europeia onde o princ pio da proporcionalidade intensamente aplicado Por fim por influ ncia alem Claus Wi lhelm Canaris o princ pio da proporcionalida de vem sendo invocado em decis es do S
341. es com o resto da sociedade Rawls 2002a p 221 grifo nosso A import ncia dispensada pelo liberalismo pol tico educa o da crian a baseia se no papel que as mesmas desempenhar o como 244 Revista de Informa o Legislativa futuros cidad os em valores essenciais como a capacidade de compreender e cultivar a pol tica como o interesse de participar de suas institui es e como a disposi o de serem membros economicamente independentes da sociedade Outro ponto que merece ser destacado na estrutura b sica da sociedade o papel da fam lia na cria o e educa o dos filhos pois sendo a fam lia a cellula mater sua fun o central propiciar de forma razo vel a forma o do car ter o cuidado dos filhos garantindo lhes o pleno desenvolvimento das capacidades morais ou seja a capacidade para desenvolver ideais princ pios crit rios valores pol ticos Assevera ainda Rawls 2002a p 234 que muito embora os princ pios pol ticos n o se apliquem diretamente fam lia garantem os direitos e liberdades b sicas e oportunidades equitativas a todos os seus membros Assim a fam lia parte da estrutura b sica dentro do qual n o se podem violar os direitos liberdades b sicas e oportunidades equitativas para a ga rantia da igualdade e independ ncia dos filhos Melhor esclarecendo os pais devem numa concep o de justi a ter o devido respeito pelos seus filhos embora isso n o
342. es ficam mais pr ximas do cidad o e re presentam melhor os seus interesses enquanto a dist ncia entre os Estados e a Uni o maior o que faz com que as solu es encontradas em n vel federal sejam n o s mais abstratas como muitas vezes tamb m mais ideol gicas Deve se ressaltar que tamb m encontramos presente tal princ pio da subsidiariedade na Doutrina Social da Igreja Cat lica com a Enc clica Quadrag simo Ano 1931 princ pio important ssimo da filosofia social que como il cito tolher dos indiv duos aquilo que esses podem realizar com as for as e ind stria pr pria para confiar comunidade assim injusto remeter a uma maior e mais alta sociedade aquilo que nas menores e inferiores comunidades pode se fazer CUNHA 1995 p 421 Assim o princ pio da subsidiariedade organiza a rela o entre o cidad o a fam lia os entes estatais de direito p blico interno Uni o Estado membro e Munic pio e os entes supranacionais Uni o Europeia Mercosul disciplinando que a unidade social ou estatal de n vel superior s pode intervir para ajudar se as for as da unidade inferior n o forem suficientes para o cumprimento da tarefa 2 2 O princ pio da subsidiariedade e da supletividade como solu o para os conflitos de atua o administrativa dos entes federados nos termos da Lei Complementar n 140 2011 Em face da compet ncia comum ambiental prevista no art 23 III VI
343. es ordinarios 2 Si todas las interpretaciones de la disposici n legal acusada desconocen la Constituci n entonces debe la Corte simplemente retirar la norma del ordenamiento jur dico 3 Si la disposici n legal admite varias interpretaciones de las cuales algunas violan la Carta pero otras se adec an a ella entonces corresponde a la Corte proferir una constitucionalidad condicionada o sentencia interpretativa que establezca cu les sentidos de la disposici n acusada se mantienen dentro del ordenamiento jur dico y cu les no son leg timos constitucionalmente En este caso la Corte analiza la disposici n acusada como una proposici n normativa compleja que est integrada por otras proposiciones normativas simples de las cu les algunas individualmente no son admisibles por lo cual ellas son retiradas del ordenamiento COLOMBIA 1997 titucionalidad controle concreto c control previo revis o pr via dos projetos pertinentes a Estatutos e exame das obje es presidenciais de projetos de leis por raz es de inconstitucionalidade d controle oficioso de constitucionalidad tratados internacionais e leis que os aprovam e decretos expedidos no Estado de Exce o Esses portanto s o os tipos de procedimento adotados na jurisdi o constitucional da Col mbia Por m para o presente estudo considerando a peculiaridade de poder ser manejada pelo cidad o colombiano a acci n p blica de inconstitucio nalidad ser
344. es t m o dever processual de colaborar entre si para retirar a verdade dos fatos bem como cooperar com o rg o jurisdicional para que seja proferida uma senten a justa no caso concreto Logo a teoria est amparada tamb m pela boa f processual que deve nortear as condutas das partes durante todo o curso procedimental Da mesma forma aproxima os litigantes para uma poss vel situa o de igual dade processual tornando o equilibrado embate instaurado e o processo justo e equ nime sem a desproporcionalidade de for as origin rias que seriam capazes de culminar em um processo formalmente v lido entre tanto com a produ o de uma senten a materialmente injusta O entendimento da teoria ora desenvolvida est relacionado com a quest o do momento lan ado pelo julgador para o reconhecimento da aplicabilidade da teoria da carga probat ria din mica no caso concreto Como a solu o ventilada pela teoria da carga probat ria din mica n o tem suped neo legal aliado ao fato de que sua aplicabilidade restrita a casos excepcionais pressupondo de um lado conforme Luis Eduardo Boaventura Pac fico 2011 p 228 que a parte ordinariamente onerada n o tenha condi es de produzir a prova de determinado fato ou tenha extrema dificuldade para tanto e de outro que a parte adversa tenha relativa facilidade para desincumbir se de seu encargo probat rio imprescind vel que o rg o julgador necessariamente antes do in cio da
345. ess ria quando a participa o societ ria se realizar com a integraliza o de capital em servi os transfer ncia de tecnologia e know how Se gundo porque a autoriza o do Presidente da Rep blica n o tem sentido jur dico no mbito das entidades da Administra o Indireta cuja autonomia administrativa financeira e or ament ria note se que n o se refere aqui autonomia universit ria prevista no art 207 da Constitui o e o v nculo de supervis o e tutela e n o de hierarquia com o Poder Central afastam a necessidade dessa autoriza o Veja se nesse passo a disciplina objetiva da supervis o ministerial na Administra o Indireta pela dic o do art 26 do Decreto lei n 200 1967 7Ressalvada essa possibilidade no caso da sociedade limitada conforme o 2 do art 1 055 do C digo Civil de 2002 Art 26 No que se refere Administra o Indireta a supervis o ministerial visar a assegurar essencialmente I A realiza o dos objetivos fixados nos atos de constitui o da entidade II A harmonia com a pol tica e a programa o do Gov rno no setor de atua o da entidade III A efici ncia administrativa IV A autonomia administrativa operacional e financeira da entidade Par grafo nico A supervis o exercer se mediante ado o das seguintes medidas al m de outras estabelecidas em regulamento a indica o ou nomea o pelo Ministro ou se f r o caso elei o dos
346. estrita aos ideais liberais consistiu em um grande avan o naquele momento hist rico Com o passar do tempo percebeu se que a simples garantia de absten o do Estado n o seria suficiente para garantir condi es m ni mas de dignidade da pessoa humana Assim surgiram os direitos sociais ou de segunda dimens o direitos positivos que visam a criar para o Estado a obriga o de prestar servi os p blicos essenciais que preconizam a igualdade material CANOTILHO 1993 p 509 Incluem se nesse grupo de garantias entre outras os direitos educa o igualdade moradia e o direito sa de sendo que este l timo na perspectiva do controle judicial do importante lembrar que o mundo havia acabado de passar pela Revolu o Francesa respons vel por ferir de morte o absolutismo mon rquico logo o que mais se queria era liberdade frente ao intervencionismo estatal portanto compreens vel a ado o das ideias liberalistas nessa primeira dimens o dos direitos fundamentais Neste sentido verifica se desde logo e na esteira do que j tem sido afirmado h algum tempo entre n s que tamb m os direitos sociais abrangem tanto direitos posi es ou poderes a presta es positivos quanto direitos de defesa direitos negativos ou a a es negativas partindo se aqui do crit rio da natureza da posi o jur dico subjetiva re conhecida ao titular do direito bem como da circunst ncia de q
347. esultado de forma global Boa parte da estrutura dos contratos assim reflete a tentativa dos s cios de diminuir comportamentos n o Nas sociedades modernas imperativa a presen a de institui es que estimulem a coopera o social e a diminui o do seu custo AGUILAR FILHO FONSECA 2011 p 565 incentivando a atividade econ mica est vel e ordinariamente lucrativa e desincentivando a n o coopera o e o oportunismo Contratos n o s o um jogo de soma zero nos quais o ganho de uma parte sempre a perda do outro SCHAFER OTT 2005 p 273 28 importante destacar tamb m o conceito de comunidade c vica que se caracteriza por cidad os atuantes e imbu dos de esp rito p blico por rela es pol ticas igualit rias e por uma estrutura social firmada na confian a e na colabora o Nos locais onde n o h uma comunidade c vica atuante a vida social caracterizada pela fragmenta o e pelo isolamento e a cultura dominada pela desconfian a PUTNAM 1996 p 31 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 283 cooperativos a fim de aumentar o resultado total GOLDBERG ERI CKSON 1987 apud PIMENTA 2008 p 251 O contrato de sociedade uma esp cie de contrato relacional o qual um acordo complexo de longa dura o no qual a confian a a solidariedade e a coopera o s o mais relevantes que os v nculos contratuais expressos tratando se de um contrato aberto que representa uma rela o cont nua
348. eta a organiza o da Justi a Federal da Rep blica Cole o de Leis do Brasil 31 dez 1894 Supremo Tribunal Federal Mandado de seguran a n 21170 DF Relator Ministro Octavio Gallotti DJ 11 nov 1996 Di rio da Justi a Bras lia 21 fev 1997 Lei n 9 784 de 29 de Janeiro de 1999 Regula o processo administrativo no mbito da Administra o P blica Federal Di rio Oficial da Uni o Bras lia 1 fev 1999 Supremo Tribunal Federal Medida cautelar em a o direta de inconstituciona lidade n 2 226 DF Relatora Ministra Ellen Gracie DJ 16 ago 2007 Di rio da Justi a 23 nov 2007 Recurso especial n 1 041 197 MS 2008 0059830 7 Relator Ministro Humberto Martins DJ 25 ago 2009 Di rio da Justi a Eletr nico 16 set 2009a Ano 51 N mero 203 jul set 2014 161 Superior Tribunal de Justi a Recurso ordin rio em mandado de seguran a n 29 493 MS 2009 0089419 1 Relator Ministro Humberto Martins DJ 23 jun 2009b Supremo Tribunal Federal Agravo regimental no recurso extraordin rio com agravo n 639 337 SP Relator Ministro Celso de Mello DJ 23 ago 2011 Di rio da Justi a Eletr nico 15 set 2011 Di rio da Justi a Eletr nico 1 set 2011 Supremo Tribunal Federal Habeas Corpus n 104410 RS Relator Ministro Gilmar Mendes DJ 6 mar 2012 Di rio da Justi a Eletr nico 26 mar 2012a A o declarat ria de constitucionalidade n 29 DF Relator Ministro Luiz
349. etendo se a regime privado entidade que Luciano Ferraz um dos autores deste artigo denomina entidades participadas o que lhe garantir maior flexibilidade e vantagem competitiva em compara o com as demais entidades pertencentes Administra o Indireta De acordo com o art 5 da Lei n 10 973 2004 BRASIL 2004 os requisitos para que a ICT possa constituir a SPE s o De acordo com a ANPROTEC Associa o Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores a incubadora um local especialmente criado para abrigar empresas oferecendo uma estrutura configurada para estimular agilizar ou favorecer a transfer ncia de resultados de pesquisa para atividades produtivas Para isso a Incubadora oferece apoio gerencial e t cnico servi os de recep o e secretaria salas de reuni o internet telefone etc e uma gama de servi os que propiciam excelentes oportunidades de neg cios e parcerias para que voc desenvolva seu projeto empresa As sociedades de prop sitos espec ficos SPE n o se constituem propriamente em tipo societ rio distinto sen o em esp cie evolu da das formas organizacionais existen tes e previstas no C digo Civil brasileiro Sua concep o aproxima se dos cons rcios empresariais regidos pelo art 278 e 279 da Lei n 6 404 1976 mas deles se distingue em basicamente um aspecto central o da personifica o jur dica A despeito do seu uso di fundido nas pr ticas de mercado
350. eto n 5 563 2005 art 5 por sua vez a prop sito de regu lamentar este preceito disp s Art 5 A Uni o e suas entidades poder o participar minoritariamente do capital de empresa privada de prop sito espec fico que vise ao de senvolvimento de projetos cient ficos ou tecnol gicos para obten o de produto ou processo inovadores desde que haja previs o or ament ria e autoriza o do Presidente da Rep blica Par grafo nico A propriedade intelectual sobre os resultados obtidos pertencer s institui es detentoras do capital social na propor o da respectiva participa o BRASIL 2005 Vislumbra se a aplica o do preceito legal com vistas a iniciativas de P amp D no mbito das ICT fundamentalmente como forma de institu cionaliza o da experi ncia adquirida com projetos de incubadoras de empresas A autoriza o legal mencionada atende exig ncia do art 37 XX da Constitui o da Rep blica e respalda a participa o da Uni o e de enti dades de sua Administra o Indireta entre elas as ICTs federais na cons titui o de SPE com vistas ao desenvolvimento de novas tecnologias e inova o assegurando o necess rio retorno econ mico aos constituintes A SPE a ser constitu da pela ICT em parceria com o setor privado a despeito da participa o da entidade federal que ser minorit ria ter natureza jur dica de direito privado n o integrante da Administra o Indireta subm
351. etr nica do Departamento Nacional de Registro do Com rcio Dispon vel em lt http www dnrc gov br gt Acesso em 6 nov 2013 O n mero de sociedades limitadas registradas foi de 246 722 Os outros tipos somaram 3 510 Est o exclu dos os dados do Microempreendedor Individual e da Empresa Individual de Responsabilidade Limitada 7 Os dados discriminados por tipo jur dico referentes ao ano de 2012 n o est o dispon veis na p gina eletr nica do Departamento Nacional de Registro do Com rcio Art 967 obrigat ria a inscri o do empres rio no Registro P blico de Empresas Mercantis da respectiva sede antes do in cio de sua atividade BRASIL 2002 276 Revista de Informa o Legislativa m nio pessoal do empres rio ou limita o da responsabilidade pelas obriga es decorrentes da atividade empresarial Ausente a separa o do patrim nio n o h uma justificativa econ mica que fundamente a obrigatoriedade de inscri o Poderia ser argumentado que a legisla o empresarial tem por objetivo fomen tar a formaliza o da atividade empresarial com o objetivo de formular pol ticas p blicas espec ficas para o segmento dos empres rios individuais mas esse argumento n o pode ser utilizado com o objetivo de burocratizar em demasia o procedimento do registro A falta da inscri o do empres rio individu al no registro de empresas torna o empres rio irregular acarretando algumas consequ
352. eudo_essencial pdf gt Acesso em 22 ago 2008 TIMM Luciano Benetti Qual a maneira mais eficiente de prover direitos fundamentais uma perspectiva de direito e economia In SARLET Ingo Wolfgang TIMM Luciano Benetti Org Direitos Fundamentais or amento e reserva do poss vel Porto Alegre Livraria do Advogado 2008 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 141 A constitucionaliza o do Direito Administrativo e o controle judicial do m rito do ato administrativo Andr Dias Fernandes Juiz Federal doutorando em Direito do Estado pela USP mestre em Direito pela UFC MBA em Poder Judici rio pela FGV Direito Rio e professor da Faculdade 7 de Setembro ANDR DIAS FERNANDES Sum rio 1 Introito 2 O m rito do ato administrativo na vis o de Seabra Fagundes e Alessi 3 Evolug o do conceito de m rito do ato administrativo 4 Razoabilidade e proporcionalidade como conceitos jur dicos indeterminados limites imanentes ao controle judicial com base nesses princ pios 5 Controle do m rito ju zo cognitivo e ju zo decis rio 6 Conclus o 1 Introito Com o advento da CF 88 novos princ pios foram constitucionaliza dos o que veio a ampliar o controle da atividade administrativa Mais recentemente tem se verificado uma amplia o ainda maior do controle judicial dos atos administrativos com base numa releitura daqueles mesmos princ pios acarretando uma redu o t o significativa na discri ciona
353. euni o dos processos se um deles j foi julga do BRASIL 2012 Esse enunciado tem sido aplicado tamb m quando se trata de reuni o de a es civis p bli cas id nticas ajuizadas perante ju zos diferentes hip tese que o CPC trataria como litispend n cia e n o como conex o pois o fundamento para o impedimento reuni o dos processos o mesma em termos pr ticos imposs vel reunir um processo que est em primeira inst ncia e outro que j se encontra em fase recursal Posta a quest o apenas nesses termos bas taria aguardar o julgamento da a o civil p blica em primeira inst ncia para ser poss vel o ajuizamento de outra a o civil p blica id ntica pelo mesmo substituto processual Voltaremos ao tema mais frente 3 Litispend ncia entre a es civis p blicas ajuizadas pelo mesmo legitimado A despeito da posi o jurisprudencial con solidada permanece o inconformismo com o artigo 16 da Lei n 7 347 1985 Como conse qu ncia continuam sendo ajuizadas in meras a es civis p blicas contendo o expresso pedido de que o provimento jurisdicional a ser prestado tenha efeitos nacionais Mais que isso cientes do entendimento dos Tribunais a respeito da mat ria os principais legitimados ativos para a propositura de a es 226 Revista de Informa o Legislativa civis p blicas Minist rio P blico e Defensoria P blica t m adotado a pr tica de ajuizar exatamente a mesma a o
354. eve ser criado a fim de se atingir a maior efici ncia econ mica A AED deve necessariamente levar 76 Revista de Informa o Legislativa em considera o a quest o da escolha racional dos agentes a efici ncia as falhas de mercado e os custos de transa o como temas econ micos na interpreta o do Direito No que se refere especificamente aos contra tos a mesma autora alerta sobre a import ncia n o apenas da an lise econ mica de sua estrutu ra mas tamb m da sua prote o e as consequ n cias do descumprimento O cumprimento dos contratos assim essencial para o desenvolvi mento pois a confian a nele e na possibilidade de obrigar o seu cumprimento gera ganhos de efici ncia dependentes da vontade das partes em faz lo e do pr prio ambiente institucio nal motivo pelo qual a An lise Econ mica do Direito se ocupara intensamente dele sendo fundamental o papel dos Tribunais RIBEIRO GALESKI JUNIOR 2009 p 129 130 3 Desenvolvimento econ mico e contratos de concess o A vis o mais comum sobre desenvolvimento estaria ligada apenas ao seu aspecto quantitativo chamado de crescimento econ mico e enten dido como aumento do Produto Interno Bruto PIB ELI DA VEIGA 2007 p 92 ideia esta incompleta por estar mais pr xima de um ciclo do que de um processo que atinge a estrutura da economia O desenvolvimento na vis o de Calixto Salom o 2002 p 32 33 deve caracterizar se como um processo de c
355. evela um maior grau de coer ncia Em linhas gerais o m nimo essencial dos direitos fundamentais tem o cond o de fixar at onde o Poder P blico pode ir quando pre tende limitar direitos dotados de fundamentalidade al m de vincular a Administra o de forma positiva quanto realiza o daquele direito DUARTE 2011 p 81 82 mesmo quando se traz baila o argumento da reserva do poss vel se quer dizer quando se afirma que nos casos concretos os princ pios t m pesos diferentes e que os princ pios com maior peso t m preced ncia Conflitos entre regras ocorrem na dimens o da validade enquanto as colis es entre princ pios visto que s princ pios v lidos podem colidir ocorrem para al m dessa dimens o na dimens o do peso Importante ressaltar que no caso de colis o entre princ pios o princ pio que tem a sua aplica o restringida no caso concreto por quest es f ticas e ou jur dicas n o tem a sua validade ou extens o comprometida SILVA 2006 p 20 16 Ver ADI n 3 112 1 em especial voto proferido pelo Ministro Gilmar Ferreira Men des que trata das diversas fei es do princ pio da proporcionalidade BRASIL 2007b A prote o ao n cleo essencial dos direitos fundamentais n o citada expressamente na Constitui o brasileira ao contr rio do que se v por exemplo na Grundgesetz Lei Fundamental alem cujo art 19 2 disp e que Em nenhum caso pode um direito funda
356. fica dos sociais e culturais de intensa import ncia para a percep o daquilo que se revoga entre n s a lei sem que ainda a tenhamos alcan ado em sentidos m nimos para todos A exce o carnaval e a exce o jogo servem de apoio aos processos de manuten o das interrup es e adiamentos pol ticos sociais econ micos culturais e morais A lei autoridade imperiosa austera e r gida a revelar se como uma esp cie de compensa o alegria efusivi dade e espontaneidade dos personagens sociais no Pa s mas a lei democracia sempre retar dada fragmentada enfraquecida e ineficiente Ent o na verticalidade das rela es sociais a lei autoridade o simb lico da hierarquia e h de funcionar como demonstra o ostensiva de comando for a ordem e imposi o mas a lei democracia o simb lico da esmaecida vontade popular organiza o da sociedade civil presen a do povo no exerc cio das fun es e atividades dos poderes socialmente relevantes sempre titubeante em aparecer ante o temor viol ncia que decorre das rela es sociais perante a sociedade Pena que tudo isso s sirva para revelar o seu justo e exato oposto DAMATTA 1986 p 79 16 Por tudo isso somos um pa s onde a lei sempre significa o n o pode formal capaz de tirar todos os prazeres e desmanchar todos os projetos e iniciativas De fato alarmante constatar que a legisla o di ria do Brasil
357. forma o Legislativa para a coopera o entre a Uni o os Estados o Distrito Federal e os Munic pios nas a es administrativas decorrentes do exerc cio da compet ncia comum relativas prote o das paisagens naturais not veis prote o do meio ambiente ao combate polui o em qualquer de suas formas e preserva o das florestas da fauna e da flora e altera a Lei n 6 938 de 31 de agosto de 1981 Di rio Oficial da Uni o Bras lia 9 dez 2011 COMISS O DAS COMUNIDADES EUROPEIAS Tratado da Uni o Europ ia Luxembur go Servi o das Publica es Oficiais das Comunidades Europeias 1992 CUNHA Marcus Siqueira O princ pio da subsidiariedade na Uni o Europ ia Revista Forense v 332 out dez 1995 GOODE Stephen The new federalism states rights in american history New York Franklin Watts 1983 HELLER Hermann Teoria do Estado Tradu o de Lycurgo Gomes da Motta S o Paulo Mestre Jou 1968 HESSE Joachin Jens Rep blica Federal na Alemanha do federalismo cooperativo ela bora o de pol tica conjunta In SPERBER S C Trad O Federalismo na Alemanha S o Paulo Funda o Konrad Adenauer 1995 S rie tradu es 7 KATZ Eliz Aspectos legais e judiciais do federalismo americano Revista de Direito P blico v 15 n 64 p 103 130 out dez 1982 L SSING Horst O papel da esfera municipal no modelo federativo alem o In SUBSI DIARIEDADE e fortalecimento do poder loca
358. forma distinta o conflito administrativo e o conflito legislativo ambiental Assim extrai se da nova legisla o uma s rie de institutos capazes de assegurar a per manente coopera o entre os rg os ambientais apesar do licenciamento nico dentre os quais se destacam a conceitua o de atua o supletiva e subsidi ria art 2 Art 2 Para os fins desta Lei Complementar consideram se II atua o supletiva a o do ente da Fe dera o que se substitui ao ente federativo originariamente detentor das atribui es nas hip teses definidas nesta Lei Complementar III atua o subsidi ria a o do ente da Federa o que visa a auxiliar no desempenho das atribui es decorrentes das compet ncias comuns quando solicitado pelo ente federa tivo originariamente detentor das atribui es definidas nesta Lei Complementar BRA SIL 2011 grifo nosso As referidas atua es devem ser vistas de forma sist mica como diferentes faces da no o lato sensu de subsidiariedade j analisada Em outros termos deve atuar aquele ente federado que se encontra mais pr ximo do problema salvo se n o tiver condi es de faz lo pois nesse caso ser substitu do supletivamente ou auxiliado subsidiariamente caso o que det m a compet ncia origin ria assim o deseje 3 Racionalidade do licenciamento ambiental na coopera o sin rgica da Uni o dos Estados do DF e dos Munic pios A nova legisl
359. formais como as leis ou informais como as normas de comportamento Seria exatamente a conjun o dessas limita es adicionadas s caracter sticas de sua coercibilidade providas pelo sistema judicial que determinaria os custos de transa o e transforma o adicionados ao custo de produ o NORTH 1994 p 360 O autor relaciona as ainda ao sistema cognitivo humano no qual elas representariam o mecanismo individual mental externo criado para estruturar e ordenar o ambiente onde se pode perceber a real influ ncia da cria o dos limites formais ou informais e de sua mudan a no decorrer do tempo O Direito portanto est umbilicalmente associado Economia na medida em que n o existem fatos econ micos n o influenciados pelas institui es criadas e asseguradas por ele Partindo se desta premissa te rica M rcia Carla Pereira Ribeiro e Irineu Galeski J nior 2009 enfocam juridicamente a rela o entre a Economia e o Direito por meio da An lise Econ mica do Direito AED um m todo de interpreta o do fen meno jur dico no qual s o utilizadas as metodologias criadas na ci ncia social econ mica especialmente com a incorpora o dos elementos valor utili dade e efici ncia Esse m todo est baseado em dois enfoques na an lise positiva do Direito relativo aos efeitos econ micos que ocorrem com um determinado enquadramento jur dico e na an lise normativa do Direito que determina qual enquadramento jur dico d
360. gais a sua melhor compreens o a fim de que que o Direito seja aplicado de forma justa O behaviorismo que se prop e a formular uma ci ncia do comportamento tamb m pode ria tratar da interpreta o jur dica atividade enquadr vel no modelo anal tico comportamental de Skinner No entanto quest es diferentes seriam levantadas Enfatizar se ia por exemplo a import ncia das con sequ ncias para a aprendizagem e a manuten o dos comportamentos inclusive interpretativos Nessa perspectiva a interpreta o jur dica mais uma forma de comportamento e por isso tamb m pode ser analisada luz da filosofia behaviorista de Skinner cuja ideia fundamental a de que os maiores problemas enfrentados hoje pelo mundo s poder o ser resolvidos se melhorarmos nossa compreens o sobre o comportamento humano SKINNER 2006 p 11 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 111 Se a interpreta o do Direito pode ser um dos objetos do behaviorismo essa atividade poder ser estudada sob novas perspectivas centradas sobretudo no sistema de puni es e recompensas a que se exp e o int rprete Este trabalho prop e essa abordagem interdisciplinar apresentando algumas possi bilidades de teoriza o metajur dica sobre a interpreta o do Direito 1 Mentalismo Uma coloca o comum nos tratados de Hermen utica Jur dica a de que na interpre ta o do Direito sempre haver margem para a subjetividade do int rp
361. got Corte Constitucional de la Rep blica de Colombia 1993 Dispo n vel em lt http www corteconstitucional gov co relatoria 1993 c 003 93 htm gt Acesso em 15 jul 2014 Acci n de inconstitucionalidad contra los art culos 8 parcial y 23 parcial del Decreto 1214 de 1990 Carrera Administrativa Traslado Obligatorio Personal civil del Ministerio de Defensa y la Polic a Nacional Sentencia C 356 94 Magistrado Ponente Dr Fabio Moron Diaz DJe 11 ago 1994 Santafe de Bogot Corte Constitucional de la Rep blica de Colombia 1994 Dispon vel em lt http www corteconstitucional gov co relatoria 1994 C 356 94 htm gt Acesso em 15 jul 2014 Acci n de reintegro o indemnizacion a criterio del juez juez laboral facultades de apreciaci n Sentencia C 594 97 Demandante Jorge Luis Pabon Apicella Magistrado Ponente Dr Alejandro Mar nez Caballero DJe 20 nov 1997 Santa Fe de Bogot Corte Constitucional de la Rep blica de Colombia 1997 Dispon vel em lt http www cortecons titucional gov co relatoria 1997 c 594 97 htm gt Acesso em 15 jul 2014 Acci n p blica de inconstitucionalidad contra los art culos 29 40 41 42 43 44 46 47 y 48 parciales de la Ley 141 de 1994 Sentencia C 562 00 Magistrado Ponente Vladimiro Naranjo Mesa DJe 17 maio 2000 Santafe de Bogot Corte Constitucional de la Rep blica de Colombia 2000 Dispon vel em lt http www corteconstitucional gov co relat
362. guai Portal Administradores s l 15 de jul 2013 Dispon vel em lt http www administradores com br artigos economia e financas mercosul o erro da suspensao do paraguai 71738 gt Acesso em 21 set 2013 SE AGUARDA juramento de Franco y Lugo brindo su ltimo mensage La nacion Paraguai 22 jun 2012 Dispon vel em lt http www lanacion com py articulo 77557 destituyen a lugo y franco asumira la presidencia html gt Acesso em 30 ago 2013 SENADO paraguaio inicia an lise de pedido de impeachment de Lugo Terra not cias S 1 21 de jun de 2012 Dispon vel em lt http noticias terra com br mundo america latina senado paraguaio inicia analise de pedido de impeachment de lugo 5ee997c1068da310 VgnCLD200000bbcceb0aRCRD html gt Acesso em 4 set 2013 STOCHERO Tahiane GUILHERME Paulo Camponeses veem golpe de estado no Paraguai e preparam resist ncia Globo S o Paulo 23 jun 2012 Dispon vel em lt http gl globo com mundo noticia 2012 06 camponeses veem golpe de estado no paraguai e preparam resistencia html gt Acesso em 2 set 2013 STURARO George Wilson FROTA Andr Francisco A suspens o do Paraguaiea entrada da Venezuela implica es para o regime de defesa coletiva da democracia do Mercosul Re vista Conjuntura Austral Rio Grande do Sul v 3 n 13 p 45 53 ago set 2012 Dispon vel em lt http www google com br url sa t amp rct j amp q amp esrc s amp frm 1 amp source web amp cd 1 a
363. gulamentavam a admiss o aos cursos superiores de medicina nas universidades de Hamburgo e da Baviera nos anos de 1969 e 1970 Em raz o do exaurimento da capacidade de ensino dos cursos de medicina foram estabelecidas limita es absolutas de admiss o numerus clausus n o poss vel conceder aos indiv duos tudo o que pretendem pois h pleitos cuja exig ncia n o ra zo vel a ideia de reserva do poss vel para o Tribunal Federal Alem o n o se relaciona necessariamente com as possibilidades f ticas em termos de disponibilidade financeira mas com o que racional ao indiv duo exigir do Estado e consequentemente da sociedade Caberia ent o sociedade determinar a razoabilidade ou n o da pretens o APEAM 2012 p 2 4 No Brasil a express o virou sin nimo daquilo que financeiramente poss vel 19 lt o direito sa de existir em car ter definitivo e permitir portanto a inger ncia judicial ante a omiss o do Poder P blico DUARTE 2011 p 156 2 Para a professora Luciana Gaspar Melqu ades 2011 p 167 169 s o demandas de sa de de primeira necessidade todas aquelas presta es que se podem esperar do Estado e que s o indispens veis para a manuten o da vida J de mandas de sa de de segunda necessidade s o todas aquelas que promovem o bem estar mas que n o s o indispens veis para a garantia do direito de frui o da vida 2 Nesse mesmo sentido o p
364. hores condi es acaba por ser normalmente intuitiva natural not ria e de f cil constatac o Para tanto basta o magistrado valer se das regras das m ximas de experi ncia que o caso requer 5 1 Sistema de aplicabilidade da teoria da carga probat ria din mica Vantagem Fundamento jur dico Advert ncia de procedimento e regra de julgamento Limites para sua aplicabilidade A aplicabilidade da teoria no caso concreto deve ser realizada conjuntamente com a norma do sistema respons vel pela repartig o do nus da prova e sua sistematiza o ocorre em duas etapas Instaurada a demanda quanto ao aspecto subjetivo do nus da prova cada parte dever alegar os fatos e produzir a prova dos pres supostos f ticos que embasam a norma legal invocada em seu benef cio Logo durante toda a realiza o da instru o probat ria vige a regra tradicional do nus subjetivo da prova Cada parte dever fornecer a prova suficiente dos pressupostos f ticos que corresponde ao seu interesse sua necessidade sob pena de supor tar o risco de sua frustra o perdendo a a o 260 Revista de Informa o Legislativa Ao curso de toda a regular instru o proces sual existindo prova suficiente para a forma o da convic o do julgador proferida a senten a em conformidade com a prova efetivamente produzida pelas partes Da mesma forma exis tindo um comportamento passivo de qualquer das partes que simplesmente dei
365. humanos e liberdades fundamentais na Parte afetada respeitar o a soberania e integridade territorial da Parte Ano 51 N mero 203 jul set 2014 99 afetada a situa o dos pa ses sem litoral mar timo e os tratados vigentes MERCOSUL 2011 O Paraguai reagiu suspens o dos dois organismos de integra o regional afirmando que apesar de n o ter causado surpresa pela pr pria movimenta o dos chanceleres e chefe dos Estados Partes seria uma persegui o sistem tica do bloco regional Ocorre que uma an lise com certa perspic cia deve partir n o dos documentos internos mas da base legal para a deposi o de Fernando Lugo e se esta teve um processo legalmente v lido Doratioto historiador e professor em entrevista Folha de S Paulo afirma que houve ruptura pol tica e definitivamente n o um golpe de estado Lugo foi constitucionalmente eleito e constitucionalmente de posto N o s ele foi eleito os deputados e os senadores tamb m foram CANTANH DE 2012 A base para o impeachment est na Constitui o do Paraguai que afirma JUICIO POLITICO Art culo 225 DEL PROCEDIMIENTO El Presidente de la Rep blica el Vicepresidente los ministros del Poder Ejecutivo los ministros de la Corte Suprema de Justicia el Fiscal General del Estado el Defensor del Pueblo el Contralor General de la Rep blica el Subcontralor y los integrantes del Tribunal Superior de Justicia Electoral s lo podr
366. i o est vel entre pessoas do mesmo sexo desde que obervados os mes mos requisitos legais para a configura o da uni o est vel entre homem e mulher durabilidade conhecimento do p blico n o clandestinidade portanto e continuidade al m do prop sito ou verdadeiro anseio de constitui o de uma fam lia BRASIL 2011 O embate filos fico e tamb m filol gico entre vis es de mundos igual mente presentes na sociedade brasileira bem reflete e aqui a primeira conex o com o texto acad mico estudado a quest o da dicotomia e a necessidade de concilia o de posi es entre o eu e o outro Para Rosenfeld a quest o do sujeito emerge da necessidade do confronto com o outro 2003 p 29 e obviamente a concilia o tende a ser perfeita apenas no campo da ret rica j que segundo o mesmo autor n o h como superar a separa o entre o eu self e o outro e isso explica o desejo de uma comunidade pol tica de se tornar envolta por uma identidade constitucional compartilhada por todos 2003 p 111 Assim deve se considerar que tanto a tese vencedora quanto a tese vencida no julgamento do STF poderiam em abstrato ser deduzidas do texto constitucional e defendidas dentro dele Tal perspectiva aumentou a necessidade de a Corte extrair uma constru o nova que em vez de real ar os antagonismos produzisse a aplica o da vontade geral a qual na vis o de Rousseau 1762 apud ROSENFELD
367. ialista a res peitosa conviv ncia dos contr rios o que corroborado por Rosenfeld 2003 p 74 a dizer que ao constitucionalismo importa o pluralismo e a heterogeneidade O voto do Ministro Marco Aur lio reiterou com clareza a quest o da laicidade do Estado brasileiro BRASIL 2011 p 813 As garantias de liberdade religiosa e do Estado Laico impedem que concep es morais religiosas guiem o tratamento estatal dispensado a direitos fundamentais tais como o direito dignidade da pessoa humana o direito autodetermina o o direito privacidade e o direito liberdade de orienta o sexual 5 Cf Voto do Ministro Celso De Mello BRASIL 2011 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 213 E para Rosenfeld 2003 p 21 essa postura altamente recomend vel em um pa s com um forte compromisso constitucional com o pluralismo religioso a identidade constitucional n o somente deve se discernir de qualquer identidade religiosa mas deve se colocar como uma barreira contra a possibilidade de a identidade nacional tornar se subserviente aos dogmas fundamentais de qualquer religi o Quanto afirma o no Voto do Ministro Ayres Britto j mencionada no in cio deste artigo de que a Constitui o brasileira nada disse sobre o tema em debate Rosenfeld 2003 p 18 19 j anunciava que tal incom pletude do texto constitucional at mesmo intr nseca sua natureza Ele incompleto n o som
368. iamento ambiental Avan os da Lei Complementar n 140 2012 na prote o do meio ambiente Paulo Jos Leite Farias Ant nio Coelho Rodrigues um s dito fiel Ruptura e continuidade na transi o da monarquia para a rep blica no Brasil Venceslau Tavares Costa Filho Parcerias na Lei de Inova o Tecnol gica O caso das Sociedades de Prop sito Espec fico SPE Luciano Ferraz Rubia Carneiro Neves An lise econ mica do controle judicial dos contratos de concess o e sua import ncia para o desenvolvimento Felipe Tadeu Ribeiro Morettini Oksandro Osdival Gon alves Integra o e democracia Os interesses pol ticos locais que distorcem o direito internacional e a crise pol tica resultante da suspens o do Paraguai do Mercosul Wilson Almeida Hadassah La s Santana Interpretac o do Direito e comportamento humano Julio Cesar de Aguiar Jo o Marcelo Torres Chinelato O Estado Democr tico de Direito e a efetivac o dos direitos sociais O fen meno da judicializa o da sa de Alexandre Gustavo Melo Franco Bahia J nior Ananias Castro Os conceitos emitidos em artigos de colaborac o s o de responsabilidade de seus autores 143 165 185 205 219 237 249 A constitucionalizac o do Direito Administrativo e o controle judicial do m rito do ato administrativo Andr Dias Fernandes Colis o de normas Distin o entre pondera o e ju zo de adequa o Fernando Jos Gon alves Acunha Jurisdi
369. ica principalmente da lei dos contratos e do sistema judicial PINHEIRO SADDI 2005 p 11 12 Antes disso a Teoria da Regula o Econ mica TRE n o conside rava tais elementos institucionais tampouco o papel ativo que os agentes desenvolvem mesmo que de modo negativo como ludibriar e confiscar SOUZA 2009 p 31 34 Para a tradicional escola da Law and Economics cujo maior expoente Posner bastaria a an lise de uma norma isolada de seu ambiente institucional para interpretarmos economicamente o Direito Por esse motivo desenvolveu se uma teoria institucionalista represen tada pela Nova Economia Institucional NEI onde custos de transa o s o inclu dos nos fen menos econ micos e decorrem essencialmente das institui es e da Hist ria MACEDO 2012 p 219 220 Essa abordagem portanto aponta para inclus o das diversas institui es sejam formais ou informais e sua atua o no ambiente econ mico Analisa se a intera o entre os agentes econ micos de acordo com as institui es entre elas o poder Judici rio e a partir da compreende se o processo regulat rio para sanar as falhas do mercado que estariam relacionadas s poss veis fragilidades das institui es SOUZA 2009 p 31 34 Dessa no o por tanto a nova economia institucional busca o melhor funcionamento do mercado pela diminui o dos custos de transa o SALOM O FILHO 2002 p 30 sendo estes afetados por aquelas institui es que
370. ica da litispend ncia d se na forma de defesa processual mas essa n o sua natureza Da mesma forma a ess ncia da coisa julgada n o ser uma defesa processual apesar de ser usualmente utilizada como tal Poderia o legislador atribuir ao estado de li tispend ncia um outro efeito que n o a extin o da ltima demanda ajuizada Isso n o elide o fato de que ainda sim teremos duas a es civis p blicas em curso voltadas a obter o mesmo resultado pr tico No microssistema de processo civil coletivo nacional o efeito da exce o de litispend ncia segundo a jurisprud ncia di verso daquele previsto no C digo de Processo Civil Analisaremos tal posicionamento logo abaixo Antes vale relembrar o conhecido conceito de litispend ncia adotado pelo C digo de Pro cesso Civil CPC BRASIL 2002 Segundo os 1 2 e 3 do artigo 301 do CPC h litispen d ncia quando se reproduz a o anteriormente ajuizada que ainda esteja em curso Haver identidade entre as a es caso as partes a causa de pedir e o pedido sejam os mesmos Tratando se de a es civis p blicas ou a es coletivas em geral pouco importa quem o legitimado que efetivamente prop s as a es A legitimidade ativa para essa esp cie de a o concorrente disjuntiva e aut noma MAZZILI 2004 p 289 de modo que cada legitimado pode requerer em ju zo a tutela de um bem da coletividade sem a anu ncia ou ci ncia de qual quer outro
371. idad todos os que est o previstos na Carta Pol tica de 1991 especialmente os que versam sobre direitos e garantias fundamentais do cidad o A prop sito mencione se a Sentencia C 356 94 do Magistrado Ponente Fabio Diaz por meio da qual os cidad os Luz Bernal Jos Picon e Luis Uribe impugnaram o art 8 do Decreto 1 214 1990 que exclu a da carreira da administra o p blica empregados civis do Minist rio da Defesa Na decis o a Corte declarou inexequ vel aquele dispositivo por entender que a qualidade de servidor civil por si s n o justificava sua exclus o da respectiva carreira administrativa mesmo no mbito mi litar COLOMBIA 1994 Igualmente subsistem diversos mecanismos reservados ao controle de constitucionalidade no mbito da Corte Constitucional a acci n de inconstitucionalidad b excepci n de incons 16 Se pueden establecer algunos criterios sobre la manera como la Corte Constitucional debe en ejercicio de su funci n de guarda de la integridad y supremac a de la Carta avocar los debates hermen uticos sobre normas legales 1 Si una disposici n legal est sujeta a diversas interpretaciones por los operadores jur dicos pero todas ellas se adec an a la Carta debe la Corte limitarse a esta blecer la exequibilidad de la disposici n controlada sin que pueda establecer con fuerza de cosa juzgada constitucional el sentido de la norma legal ya que tal tarea corresponde a los juec
372. idade dos fatos controvertidos apresentados o magistrado prolata sua decis o em desfavor da parte que estava em melhores condi es para a realiza o da prova e mesmo assim n o foi capaz de demonstrar satisfatoriamente a veracidade dos fatos afirmados em ju zo Portanto a solu o apresentada independe da posi o processual das partes e da natureza dos fatos alegados Tamb m n o guarda nenhuma rela o com a invers o ou altera o do nus da prova impondo a cola bora o efetiva do autor e do r u na instru o processual e na busca da verdade material poss vel Esse ponto fulcral para a compreens o da teoria da carga proba t ria din mica A ado o da teoria n o significa que a parte autora da demanda indenizat ria esteja isenta do encargo de produzir prova sobre a culpa do m dico ou nexo de causalidade ou seja n o lhe confere a vantagem de alegar os fatos que consubstanciam sua pretens o e esperar comodamente que a parte devedora o profissional m dico ou hospital comprove o fato contr rio A teoria da carga probat ria din mica imp e a efetiva contribui o das partes para a busca da verdade real exigindo um comportamento probat rio ativo sob pena de sofrer os efeitos da falta ou insufici ncia da prova com a sucumb ncia da pretens o Somente ser o efetivados os efeitos da teoria da carga probat ria din mica na estrita e excepcional situa o de persistir d vida sobre a veracidade de algum p
373. idade para os s cios conduzirem e SI exce o ao car ter dispositivo das regras societ rias o disposto no art 1 008 do C digo Civil que pro be a cl usula que exclua o s cio de participar dos lucros e das perdas mas essa exce o justifica se porque a busca pelo lucro e sua divis o a pr pria raz o de exist ncia das so ciedades CATEB PIMENTA 2012 p 237 Art 1 008 nula a estipula o contratual que exclua qualquer s cio de participar dos lucros e das perdas BRASIL 2002 N o abordaremos no presente trabalho a aplica o subsidi ria das regras da sociedade simples ou da sociedade an nima s sociedades limitadas Restringiremos nosso exame s regras espec ficas das sociedades limitadas regerem seu neg cio MOREIRA 2004 p 33 O autor citado chega a prever que os s cios passar o a considerar qual o tipo societ rio melhor para o seu neg cio se a sociedade limitada ou a sociedade an nima de capital fechado MOREIRA 2004 p 33 Conforme vimos na introdu o deste trabalho a sociedade limitada continua a ser a op o preferida dos s cios e abrange quase a totalidade dos tipos societ rios constitu dos no Pa s A constitui o de uma sociedade limitada n o demanda a elabora o de uma escritura p blica bastando que os s cios preparem um contrato social escrito que contenha as informa es principais da sociedade A constitui o de uma sociedade limitada envolve menos forma
374. idar modificar corrigir substituir alterar A jurisprud ncia p tria tamb m procede a essa associa o Todavia numa acep o mais restrita e lite ral apreciar um ato administrativo n o o mesmo que anular esse ato Da aprecia o do ato administrativo pode resultar ou n o a sua anula o a anula o do ato uma poss vel consequ ncia da atividade de aprecia o Da mesma forma numa acep o mais restrita controlar judicialmente o ato admi nistrativo n o equivale a invalid lo nem a corrigir lhe os eventuais defeitos controlar judicialmente o ato administrativo simples mente analis lo perscrut lo examin lo judicialmente Como decorr ncia desse controle poder eventualmente advir a anula o a cor re o a substitui o ou a modifica o do ato administrativo A atividade decis ria qualitativamente diversa e necessariamente posterior ativida de cognitiva Anular declarar a nulidade corrigir invalidar substituir modificar alterar s o atividades de natureza decis ria que podem ou n o subseguir se an lise ao estudo aprecia o do ato administrativo Se ap s o controle do ato administrativo no sentido de atividade de cogni o o juiz n o en 156 Revista de Informa
375. idemocr tica no governo de Lugo A deposi o foi ajustada lei e tomada por uma maioria com represen tatividade assegurada pelo pr prio Estado Democr tico de Direito O tempo concedido foi ex guo certamente mas n o foi a motiva o para a deposi o ao contr rio refletia uma decis o que j pairava sobre a instabilidade de governo do pr prio Lugo Doratioto na citada entrevista afirma N o houve uso de viol ncia persiste a ordem n o h estado de s tio a liberdade de imprensa a mesma de antes maior que em muitos pa ses da regi o Os procedimentos seguiram as leis e a Constitui o paraguaia que prev em impeachment por mau desempenho das fun es e n o falam em prazos Poderia ter sido em meia hora um m s quem determina o Senado Foi um julgamento pol tico CANTANH DE 2012 Ressalta se a posi o da OEA que por meio do secret rio geral Jos Miguel Insulza concluiu que o impeachment sum rio de Lugo respeitou a Constitui o local e que as institui es democr ticas foram preservadas De acordo com o relat rio apresentado pelo Conselho Permanente 102 Revista de Informa o Legislativa o julgamento pol tico foi feito estritamente conforme o procedimento constitucional Ainda assim h opini es divergentes sobre se os prazos concedidos permitiram o exerc cio da leg tima defesa do acusado PEREIRA 2013 A postura da OEA foi coerente com a insta bilidade pol tic
376. ido ao asseverar que As garantias constitucionais do direito de peti o e da inafastabilidade da aprecia o do Poder Judici rio quando se trata de les o ou amea a a direito reclamam para o seu exerc cio a observ ncia do que preceitua o direito processual art 5 XXXIV a e XXXV da CF 88 Permitir o ajuizamento sem freios da mesma demanda perante o Poder Judici rio repetidas vezes seria ferir o direito de todo o resto da popula o razo vel dura o do processo art 5 LXXVIII da CF 88 bem como admitir uma poss vel burla ao princ pio do juiz natural art 5 XXXVII da CF 88 J vimos os motivos pelos quais a jurisprud ncia entendeu por atribuir litispend ncia entre a es civis p blicas o efeito de reunir os processos perante o ju zo no qual a primeira a o foi proposta Por m esses motivos n o prevalecem caso as a es civis p blicas pendentes tenham sido ajuizadas pelo mesmo substituto processual E isso n o s pela impossibilidade de assun o da ltima demanda pelo colegitimado autor da primeira com fundamento no art 5 2 da Lei n 7 347 1985 5 O princ pio do juiz natural e a litispend ncia como forma de impedir o forum shopping A litispend ncia exig ncia que decorre n o s do direito razo vel dura o do processo art 5 LXXVIIL da CF 88 mas tamb m do prin c pio do juiz natural art 5 LIII e XXXVII da CF 88 O princ pio do juiz natural com
377. ie aplic veis mas n o necessariamente aplicadas que induzem o processo decis rio para determinada dire o mas que n o se constituem nas raz es defini is its relation to other valid norms in a situation That is why the coherence of valid norms belonging to a form of life cannot be determined independently of the concrete situation 178 Revista de Informa o Legislativa tivas de um caso Apenas ao final do ju zo de aplica o considerados os aspectos relevantes da situa o e a complexidade do direito que se indicar a norma adequada a qual ser a seu turno a raz o definitiva do caso Carvalho Netto e Scotti 2011 p 125 127 133 assim pontuam a quest o Contudo ainda que uma norma passe por esse crivo isso n o mais significa que ela deva ser aplicada a todos os casos em que aparentemente poderia se aplicar segundo a alega o dos pr prios envolvidos Ao contr rio como veremos a legitimidade ou a constitucionalidade de uma norma n o significa por si s que pretens es abusivas n o possam ser levantadas em rela o sua aplica o aos casos concretos ssl que na modernidade a edig o de normas gerais hoje sabemos bem n o elimina o pro blema do Direito tal como ansiado nos dois paradigmas anteriores e neles vivencialmente negado mas pelo contr rio o inaugura O problema do Direito moderno agora clara mente vis vel gra as viv ncia acumulada exata
378. iet rio A aus ncia de uma limita o da responsabilidade do Ano 51 N mero 203 jul set 2014 empres rio individual favorece a constitui o de maior n mero de sociedades limitadas em que um dos s cios det m quase a totalidade do capital social colaborando para que se d maior destaque a essas pessoas jur dicas 2 1 Empres rio individual O empres rio individual exerce atividade econ mica como pessoa natural e em regra n o tem grande express o econ mica Em 2005 nas juntas comerciais de todo o Pa s foram registrados 240 306 empres rios individuais aproximadamente a metade dos registros de empres rios efetivados no Brasil naquele ano correspondente a 490 538 registros O n mero total de empres rios registrados em 2012 foi de 538 685 Supondo que em 2012 foram os mes mos 50 de empres rios individuais de 2005 tivemos aproximadamente mais 269 mil empre s rios individuais registrados no ano de 2012 A inscri o do empres rio antes do in cio da sua atividade no registro de empresas da sua sede obrigat ria A obrigatoriedade de inscri o burocratiza o exerc cio de atividades econ micas pelas pessoas naturais Vale des tacar que n o h qualquer separa o do patri Asatividades econ micas de alguma relev ncia ainda que de menor porte s o desenvolvidas em sua maioria por pessoas jur dicas sociedades empres rias COELHO 2002 p 63 Dados obtidos na p gina el
379. iferentes arranjos institucionais esculpidos ao longo de trajet rias hist ricas e materializadas em um complexo legal e valores culturais que d o base organiza o econ mica e social dos pa ses em desenvolvimento SHAPIRO 2010 p 238 Outro problema estaria ligado cren a irrestrita no potencial transformador das mu dan as institucionais Exemplifica se Como os pa ses pobres apresentam falhas estruturais em suas economias muitas vezes a rentabilidade dos investimentos n o atrativa ao setor pri vado que por tal raz o deixa de aplicar seus recursos nesses setores motivo pelo qual uma trajet ria de crescimento deve ter institui es capazes de articular artificialmente ganhos eco n micos por meio da a o direta do Estado para investimentos relevantes conforme ocorrido em pa ses como Coreia do Sule China Portanto a mera transposi o de institui es de pa ses de senvolvidos ocidentais que determinam apenas a garantia contratual e os direitos de proprie dade com a menor interven o estatal poss vel conforme preconizado pela Rule of Law n o capaz de ser transplantada diretamente para pa ses em desenvolvimento SHAPIRO 2011 p 348 349 A melhor conclus o a que se poderia chegar para o alcance do desenvolvimento que as institui es s o importantes mas devem ser adaptadas ao contexto econ mico social e cultural em que ser o insertas 78 Revista de Informa o Legislativa Ind
380. ilidade inconst ncia e indetermina o Essa leitura reporta ao pensamento de Ulrich Beck quando afirma que todo o processo so ciol gico contempor neo apenas revela a liber dade transformadora de valores e que o v cuo deixado sobre a sociedade corresponde a uma transforma o na superf cie das cren as pr ticas costumes e padr es de comportamento discordando desse diagn stico que se afirma que a crise mais ampla mais larga e mais bem dimensionada se compreendida na perspectiva da crise da modernidade como modelo ou como projeto o que incendeia a consci ncia das ci ncias humanas contempor neas levando necessidade de revis o de debate a que se tem procedido nos ltimos anos As consequ ncias seja do processo de mo derniza o seja dos d ficits vividos em seu interior inclusive e sobretudo em choque entre si constituem os grandes desafios da consolida o democr tica no Brasil contem por neo tornando a sensa o de que a utopia perdeu o seu lugar seja no discurso seja na pr tica das a es sociais Do ponto de vista da realidade brasileira para a qual sequer os ideais liberais foram plenamente absorvidos atual mente ocupando a 79 posi o no IDH com marcas da baixa credibilidade das institui es e das fun es essenciais justi a da pobreza de altas desigualdades sociais clivagem classista discrimina o graves viola es de direitos hu manos elevados
381. inexistente presente somente como puni o a falta de revela o da aposta e constru o que marcou todo o per odo hist rico da coloniza o predat ria e explorat ria Nas ra zes do patriarcalismo e do personalismo brasileiros est o muitas das mazelas do mundo dade efetivo infra e ultrajur dico teve no Brasil um outro destino SOUZA 2006 p 185 A explora o econ mica desenvolve se portanto dentro do capitalismo brasileiro associada a uma vis o hie rarquizante da sociedade que n o se limita a legitimar mas na realidade criou e predeterminou as diferen as que s o a condi o da pr pria explora o VELHO 2004 p 148 Remetendo leitura de Casa grande e senzala de Gilberto Freire De certa forma Gilberto retira todas as consequ ncias do fato de que a fam lia a unidade b sica dada a dist ncia do Estado portugu s e de suas institui es da forma o brasileira e interpreta o drama social da poca sob a gide de um conceito psicoanal tico o de sadomaso quismo SOUZA 2006 p 114 16 Revista de Informac o Legislativa contempor neo sabendo se que a organizac o social mantida com base nos la os privados tende a fomentar uma forma o distorcida de sociedade em que o sadomasoquismo ainda hoje pode se manifestar como patologia social a impossibilitar o resguardo adequado do con ceito de cidadania O direito do papel o direito do c digo o
382. informa o levaria redu o da qualidade dos produtos em determinado mercado e tamb m do seu pr prio tamanho Aplicando se a teoria da sele o adversa em rela o especifica mente ao mercado de servi o do poder Judici rio Ivo Teixeira Gico J nior 2012 p 123 explica que a deprecia o do capital jur dico gera inseguran a jur dica aumentando os n veis de litig ncia e gerando a sobreutiliza o do Judici rio tornando o moroso Isso pode constituir um mecanismo por meio do qual detentores leg timos de direitos s o afastados do Judici rio enquanto os agentes ileg timos s o levados a litigar justamente por causa desta morosidade para postergar o adimple mento de suas obriga es Ora o mesmo caso n o se aplicaria quando houvesse inseguran a jur dica gerada por aus ncia de previsibilidade das decis es judiciais acerca dos contratos de concess o Certamente essa inseguran a estimularia o uso do poder Judici rio oportunisticamente por uma das partes Especificamente em rela o ao contrato de concess o de servi o p blico a previsibilidade passa pela an lise das decis es judiciais em rela o garantia ou n o das cl usulas contratuais e dos motivos que levaram resposta dada compostos principalmente por aspectos orga nizacionais e legais O problema surge quando questionado de que modo se pode efetuar essa an lise para que seja gerada a previsibilidade almejada Armando Castellar Pinhe
383. inistrativo i principi 6 ed Milano Giuffr 2001 v 1 WIKIPEDIA The free encyclopedia Associated Provincial Picture Houses v Wednesbury Corporation 14 may 2014 Dispon vel em lt http en wikipedia org w index php title Associated Provincial Picture Houses v Wednesbury Corporation amp oldid 608516723 gt Acesso em 24 set 2014 ZANCANER Weida Da convalida o e da invalida o dos atos administrativos 2 ed S o Paulo Malheiros 2001 107 p 64 Revista de Informa o Legislativa Colis o de normas Distinc o entre ponderac o e ju zo de adequac o Fernando Jos Goncalves Acunha advogado Doutorando e mestre em Direito Estado e Constitui o pela Universidade de Bras lia UnB Especialista em Direito Administrativo e Gest o P blica pelo Centro Universit rio de Bras lia UniCEUB Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Paran UFPR Professor do Centro Universit rio de Bras lia UniCEUB FERNANDO JOS GON ALVES ACUNHA Sum rio Introdu o 1 A teoria do sopesamento ou pondera o de Alexy exposi o e cr tica 2 A teoria da separa o entre ju zos de adequa o e ju zos de justifica o de normas Conclus o Introdu o O presente artigo tem como foco central examinar os conflitos de direitos fundamentais veiculados por normas jur dicas principiol gicas e expor as distintas teorias especialmente aquelas apresentadas por Robert Alexy 2008
384. io Tradu o de Nelson Boeira S o Paulo Martins Fontes 2002 O imp rio do direito Tradu o de Jefferson Luiz Camargo S o Paulo Martins Fontes 2003 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 139 FRATTARI Rafhael Aspectos B sicos da Constru o de Projetos de Pesquisa em Direito Belo Horizonte P s Gradua o em Direito PUC Minas 2006 GORCZEVSKI Clovis Direitos humanos conhecer educar praticar Santa Cruz do Sul Edunisc 2009 GUSTIN Miracy de Sousa Barbosa DIAS Maria Tereza Fonseca Re pensando a pesquisa jur dica Belo Horizonte Del Rey 2002 HOLMES Stephen SUNSTEIN Cass The cost ofrights why liberty depends on taxes New York W W Norton and Company 1999 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTAT STICA IBGE Quadro de delegados municipais para a VIII confer ncia estadual de assist ncia social 2010 Dispo n vel em lt https www google com br url sa t amp rct amp q amp esrc s amp source web amp cd 1 amp ved 0CB8QF AA amp url http 3A 2F 2Fwww fecam org br 2Farquivosbd 2Fpag avulsas 2F0 618252001305893435 quadro delegados doc amp ei B2YPVKG3L5HxgwSDn 4GICAKusg AFQGCNFQM_AbdMZYmy8UZ8HFqpgUtEWiDw sig2 0rY9IYotjcoCa YH6mbWNVA gt Acesso em 11 set 2014 KOZICKI Katya Levando a justi a a s rio interpreta o do direito e responsabilidade judicial Belo Horizonte Arraes 2012 LIMA George Marmelstein Cr tica teoria da gera es ou mesmo dimens es dos direitos fundament
385. io a corrigir tal distor o restaurando a ordem jur dica violada 5 O indiv duo n o pode exigir do estado presta es sup rfluas pois isto escaparia do limite do razo vel n o sendo exig vel que a sociedade arque com esse nus Eis a correta compreens o do princ pio da reserva do poss vel tal como foi formulado pela jurisprud ncia germ nica Por outro lado qualquer pleito que vise a fomentar uma exist ncia minima mente decente n o pode ser encarado como sem motivos pois garantir a dignidade humana um dos objetivos principais do Estado Democr tico de Direito Por este motivo o princ pio da reserva do poss vel n o pode ser oposto ao princ pio do m nimo existencial 6 Assegurar um m nimo de dignidade humana por meio de servi os p bli cos essenciais dentre os quais a educa o e a sa de escopo da Rep blica Federativa do Brasil que n o pode ser condicionado conveni ncia pol tica do administrador p blico A omiss o injustificada da administra o em efetivar as pol ticas p blicas constitucionalmente definidas e essenciais para a promo o da dignidade humana n o deve ser assistida passivamente pelo Poder Judici rio BRASIL 2009a grifo nosso Nessa ordem de ideias com apoio da doutrina lusa a jurisprud ncia do Tribunal Constitucional portugu s aplica o denominado princ pio da veda o de retrocesso social ou da n o reversibilidade dos direitos fundamentais sociais Na di
386. io da diferen a Tal ordena o significa que as liberdades b sicas t m um mbito central de aplica o dentro do qual s podem ser limitadas ou ser objeto de compromisso quando entrarem em conflito com outras liberdades b sicas bem assim que as viola es das liberdades b sicas protegidas pelo primeiro princ pio n o podem ser justifi cadas ou compensadas por maiores vantagens econ micas e sociais As liberdades b sicas como demonstra o pr prio Rawls 2003 p 145 compreendem a liberdade de pensamento a liberdade de cons ci ncia a liberdade de associa o as liberdades pol ticas as liberdades inclu das na no o de liberdade e de integridade da pessoa os direitos e liberdades protegidos pelo Estado de Direito Os princ pios s o adotados e aplicados numa sequ ncia de quatro est gios Num pri meiro as partes adotam os princ pios de justi a por tr s de um v u de ignor ncia total Nas etapas seguintes o v u vai progressivamente se descortinando Assim na etapa subsequente ou seja na etapa da conven o constitucional aplica se o primeiro princ pio na terceira eta pa de car ter legislativo aplica se o segundo princ pio bem como se fazem as leis de acordo com a constitui o e conforme os princ pios de justi a e na ltima etapa aplicam se as normas pelos governantes e a constitui o e as leis s o interpretadas por membros do judici rio Como j asseverado o primeiro princ pio
387. ionada at a poss vel regu lariza o ap s a elei o presidencial em 2013 Enquanto isso a cl usula democr tica pareceu ser el stica para diante da suspens o de um pa s acusado de ferir a democracia inserir outro pa s cujos elementos constitutivos n o revelavam ser o regime desse pa s plenamente democr tico No artigo A suspens o do Paraguai e a en trada da Venezuela implica es para o regime de defesa coletiva da democracia do Mercosul George Wilson dos Santos Sturaro e Andr Fran cisco Mastuno da Frota afirmam que o regime da Venezuela corresponderia parcialmente a uma defini o m nima de democracia e adotam a po si o de Freedom House que em 2009 afirmava Embora se realizem elei es competitivas universais e razoavelmente livres e limpas os direitos pol ticos e civis b sicos n o est o ampla e efetivamente protegidos nesse pa s O que sucede com a liberdade de express o um bom exemplo Somente em 2008 foram reportadas 186 viola es dentre elas 52 casos de agress o f sica e 47 de intimida o STURARO FROTA 2012 E pondera tamb m sobre o controle go vernamental do governo sobre r dio e TV formalmente estabelecido em 2004 assim como a lei de 2010 que permite sancionar qualquer organiza o pol tica que receba fundos de es trangeiros que critiquem o governo ou esteja a eles associada de alguma forma A doutrina majorit ria fala da liberdade de reuni o como
388. ional m dico e da sua culpabilidade Al m disso o paciente a parte processual encarregada legalmente pelo sistema nos termos do artigo 333 do C digo de Processo Civil de comprovar todos os pressupostos f ticos necess rios para o acolhimento da sua pretens o indenizat ria tornando a instru o probat ria um calv rio destinado quase sempre ao insucesso Do outro lado da rela o processual o profissional m dico tem contra si a imputa o de ter provocado um dano no paciente lesado por seu comportamento il cito e culposo no exerc cio desta atividade Ocorre que o m dico tem como objeto de atua o profissional o corpo humano e toda a sua decorrente complexidade Sua atividade sempre est sujeita a riscos que escapam de seu controle por mais perfeita que seja sua atu a o O resultado de qualquer tratamento sempre dependente do fator reacional e pessoal do paciente Diante disso injusta a imputa o de culpa pela n o obten o do resultado esperado ou almejado Nesse quadro ganha grande destaque a quest o do sistema probat rio nas a es de responsabilidade civil m dica Por ser a responsabilidade civil por culpa m dica um regime especial de repara o dos danos pela complexidade do direito material litigioso existe tamb m como conse qu ncia inevit vel um reflexo dessa dificuldade no campo processual notadamente durante a fase de instru o probat ria e sobretudo na distribui o do nus da prov
389. ireito vida tal tare fa fica um pouco mais f cil pois o direito vida faz parte do grupo de direitos fundamentais n o apenas prima facie mas tamb m definitivos ALEXY 2002 apud DUARTE 2011 p 160 Isso traz como consequ ncia que os atos da Ad ministra o P blica ligados a quest es de sa de mesmo quando devidamente fundamentados n o ser o leg timos quando colocarem em risco a frui o do direito vida justificando portanto a interven o do Judici rio 2 Ver tamb mSTA 185 DF BRASIL 2007b STA 175 AgRg CE BRASIL 2010 Por bvio este ainda um ponto bastante controvertido havendo disson ncia n o s na doutrina mas tamb m em nossos tribunais A principal bandeira levantada por aqueles que n o concordam com a ideia de que em certos casos a presta o sa de deve prevalecer independente de seu custo o argumento da reserva do poss vel abalizado pelo princ pio da separa o dos poderes Lu s Roberto Bar roso 2008 p 2 por exemplo defende que a inger ncia do Judici rio fere frontalmente a separa o dos poderes uma vez que cabe ao Executivo determinar onde ser o alocados os recursos p blicos al m do Judici rio n o ter a legitimidade democr tica dos outros dois poderes N o procedem os argumentos levantados pelo constitucionalista uma vez que o direito vida n cleo duro do direito sa de tem preced ncia sobre os demais direitos portanto o fornecime
390. ireito Empresarial Curitiba Juru n 14 p 187 201 jul dez 2010 CONFEDERA O NACIONAL DAS IND STRIAS Inova o a constru o do futuro Bras lia CNI 2009 Dispon vel em lt http www cni org br portal data fi les 00 FF80808123651CCB012370A9AD7460A8 Inova4C3 A7 C3 A3 20 20 constru C3 A7 C3 A3 20d0 20futuro pdf gt Acesso em 17 jul 2014 V 170 J Revista de Informa o Legislativa CONSELHO MONET RIO NACIONAL Disp e sobre a constitui o e o funcionamento de ag ncias de fomento Resolu o n 2 828 de 30 de mar o de 2001 Di rio Oficial da Uni o Bras lia 02 abr 2001 Dispon vel em lt http www fiscosoft com br g 1z45 resolucao conselho monetario nacional cmn bacen n 2828 de 30032001 gt Acesso em 10 ago 2011 CONTRIM NETO A B Da natureza jur dica das subsidi rias de empresas estatais Revista de direito administrativo Rio de Janeiro Imprensa Oficial n 128 p 675 689 abr jun 1976 CRETELLA JUNIOR Jos Coment rios Constitui o brasileira de 1988 2 ed Rio de Janeiro Forense Universit ria 1991 v IV DINIZ Maria Helena Tratado te rico e pr tico dos contratos S o Paulo Saraiva 2006 ETZKOWITZ H Academic industry relations a sociological paradigm for economic development In LEYDERSDORFE L VAN DEN BESSLAAR P Evolutionary economics and chaos theory new directions in technology studies London Pinter 1994 FACHINI Cristina et al Incubadora de agroneg
391. iro inicia o assunto refor ando que apesar de o papel da legisla o ser fundamental para uma economia de mercado ela precisa ter pilares em institui es s lidas que garantam sua aplica o e resolvam os conflitos surgidos ao longo do tempo papel eminentemente desem penhado pelos tribunais PINHEIRO 2000 p 21 N o apenas este mas o alcance de outros objetivos muitas vezes inconcili veis como Justi a e efici ncia torna extremamente dif cil o estabelecimento de uma medida para determinar a qualidade do sistema judicial por meio da an lise de suas decis es Al m de a capacidade do sistema judici rio eficiente depender da clareza do sistema legal existe depend ncia relativa pr pria elabora o dos contratos Ambas as raz es adicionadas aos 82 Revista de Informa o Legislativa princ pios abertos erigidos pela sociedade e albergados pela Constitui o tornam mais dif cil ainda a cria o de um meio objetivo de mensura o amplamente aceito Pode se estabelecer todavia que a previsibilidade deve ser direcionada para a necessidade de baixa vari ncia do resultado da decis o judicial em si seguindo uma l gica do perde 0 quando a cl usula contratual alterada ou ganha 1 caso ocorra o contr rio e diminui o do tempo envolvido no processo decis rio Portanto adotando a concep o de que as decis es judiciais s o um custo de transa o para os contratos de concess o de servi o p blico s
392. is Comegamos pela apontada seme lhan a entre normas e valores que na linha do defendido por Habermas 2004 acaba por conferir s normas a transitividade e a subjetividade caracter sticas dos valores Valores no dizer de Habermas 2004 p 368 dependem de nossas avalia es tico pol ticas O agrad vel o belo o me lhor etc s o ju zos mut veis de acordo com os sabores do indiv duo ou do grupo que os articula Se normas possu ssem essa mesma conota o poder amos ent o se assim nos aprouvesse em determinado contexto suprimir certo direito que deveria servir tamb m para prote o contra inflex es que tais por conta de mudan as no humor pol tico da socie dade Nesse diapas o princ pios e direitos perdem sua pretens o estabilidade e estabiliza o e tornam se somente argumentos iguais a valores e vis es pol ticas ponder veis Ora o risco enorme Direitos devem servir como trunfos como freios por exemplo contra maiorias de ocasi o que queiram impor coercitivamente sua vis o Com direitos que semelhan a de valores podem ser transigidos de acordo com a situa o desde que se mude a concep o da maioria a respeito do que bom perde se uma das garantias que o sistema oferece estabilidade pol tica e especialmente aos cidad os Se os valores n o s o lidos luz dos direitos ou seja se os direitos fundamentais n o se constituem em testes que se
393. isla o r gida detalhada e complexa 3 2 Sociedade an nima de capital aberto A sociedade an nima de capital aberto o tipo societ rio de capital dividido em a es cujos valores mobili rios de sua emiss o s o admitidos negocia o em bolsa ou no mercado de balc o Ela imaginada para grandes empreendimentos que necessitam de elevado volume de capital e para isso deve contar com elevado n mero de s cios muitas vezes espalhados no Pa s inteiro e no exterior O desenho jur dico da sociedade an nima de capital aberto implica diversas exig ncias que ser o exami nadas neste item e que n o s o extensivas sociedade an nima de capital fechado categoria na qual est inclu da a sociedade an nima simplificada A legisla o da sociedade an nima de capital aberto permite a exis t ncia de transa es an nimas entre pessoas que n o se conhecem e requer algum mecanismo por meio do qual se constr i confian a A consequ ncia de deixar rela es contratuais societ rias serem regidas por normas sociais que demandam alto grau de conhecimento da outra parte seria menos rela o de troca As rela es seriam mais limitadas 6 Art 4 Para os efeitos desta Lei a companhia aberta ou fechada conforme os valores mobili rios de sua emiss o estejam ou n o admitidos negocia o no mercado de valores mobili rios BRASIL 1976b Existem 525 quinhentas e vinte e cinco companhias lista
394. ismo de Comte e de Littr o evolucionismo de Haeckel e Spencer etc AGUIAR 1997 p 244 Coelho Rodrigues contudo foi um ferre nho defensor da manuten o da escravid o durante a monarquia e s se manifesta clara e publicamente em prol da rep blica ap s a sua proclama o e a expuls o da fam lia real do Brasil Isso n o significa todavia que Coelho Rodrigues pode ser simplesmente rotulado como conservador e que os membros da Escola do Recife devem ser considerados a vanguarda daquele tempo Cl vis Bevil qua por exemplo constan temente referido como um dos mais not veis componentes da Escola do Recife mas tamb m pode ser apontado como agente da manuten o das velhas estruturas jur dicas e sociais Esse suposto conservadorismo jur dico de Cl vis Bevil qua pode ser notado em rela o ao seu projeto de C digo Civil em contraste com os projetos anteriores de Teixeira de Freitas e Coelho Rodrigues Se muitos dos egressos da Faculdade de Direito do Recife presentes aos debates no Con gresso Nacional eram favor veis inser o do div rcio no C digo Civil em vista da influ ncia das concep es materialistas hauridas no am biente da Faculdade pernambucana a atitude de Cl vis Bevil qua foi a de se integrar ao coro dos cat licos e dos positivistas comteanos Apesar de sua posi o comteana moderada Cl vis Bevil qua relacionado por Pontes de Miran da 1928 p 24 25 no grupo dos positivis
395. iso i do art 189 da lei n 9 472 de 1997 bem assim das express es que fica autorizada a constituir doze empresas que a suceder o como controladoras contidas no art 3 anexo do decreto n 2 546 de 14 04 98 Medida cautelar na a o direta de inconstitucionalidade n 1840 DF Relator Ministro Carlos Velloso DJ 25 jun 1998 Di rio da Justi a Bras lia 11 set 1998 BRISOLA Sandra et al As rela es universidade empresa governo um estudo sobre a Universidade Estadual de Campinas UNICAMP Educ Soc S o Paulo Campinas v 18 n 61 dez 1997 Dispon vel em lt http www scielo br scielo php script sci arttext amp pid S0101 73301997000400009 gt Acesso em 16 jul 2014 CALDAS Roberto C S Gomes NEVES Rubia Carneiro Administra o p blica consen sual uma nova tend ncia nos acordos de parceria para promover tecnologia e inova o In Org Atua o Empresarial no Estado Democr tico de Direito 1 ed Rio de Janeiro Editora Cl ssica 2013 v 1 p 331 359 CAMPILONGO Celso Fernandes O Direito na sociedade complexa S o Paulo Max Limonad 2000 CARVALHO FILHO Jos dos Santos Manual de Direito Administrativo 23 ed Rio de Janeiro Lumen Juris 2010 CASSIOLATO Jos Eduardo ALBUQUERQUE Eduardo da Motta Intera o Universidade Empresa Bras lia Instituto Euvaldo Lode IEL 1998 CLARK Giovani ARA JO Nizete Lacerda Incubadora de empresas e o direito econ mico Revista de D
396. istinci n entre aplicaci n y justificaci n en la teor a del discurso pr ctico general DOXA Publicaciones Peri dicas Alicante Espanha n 21 v I p 193 208 1998 Dispon vel em lt http www cervantesvirtual com servlet SirveObras 23582844322570740087891 cuaderno21 vollI Doxa21_11 pdf gt Acesso em 13 ago 2013 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 183 Jurisdic o constitucional na Col mbia e o poder pol tico do cidad o diante da Corte Constitucional Paulo Maycon Costa da Silva defensor p blico do Estado do Rio Grande do Norte Mestre em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRN Professor substituto da Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRN Professor da Universidade Potiguar UNP PAULO MAYCON COSTA DA SILVA Sum rio 1 Controle de constitucionalidade jurisdicional ou pol tico 2 Rasgos essenciais da jurisdi o constitucional na Col mbia 3 A acci n p blica de inconstitucionalidad perante a Corte Constitucional da Col mbia 4 Participa o na jurisdi o constitucional compara o entre os sistemas colombiano e brasileiro 1 Controle de constitucionalidade jurisdicional ou pol tico Busca se com o controle de constitucionalidade assegurar a supre macia da Constitui o e a rigidez constitucional Por meio dela nenhuma disposi o normativa leis ou demais regras jur dicas do sistema norma tivo permanecem v lidas quando contr rias s
397. itorar se os demais integralizaram suas quotas Art 1 052 Na sociedade limitada a responsabilidade de cada s cio restrita ao valor de suas quotas mas todos respondem solidariamente pela integraliza o do capital social BRASIL 2002 288 Revista de Informa o Legislativa considerado remisso e os demais s cios podem tom la para si ou transferirem a quota para terceiro devolvendo lhe o que houver pago Tabela 6 Responsabilidade dos s cios Sociedade an nima de capital Sociedade limitada fechado Responde at o valor investido Responde solidariamente pela integraliza o O capital social da sociedade limitada n o pode ser distribu do aos s cios que recebem apenas uma parcela dos lucros Na sociedade limitada os s cios devem repor os lucros recebidos em detrimento do capital social enquanto na sociedade an nima os administradores s o os respons veis pela reposi o se os acionistas estiverem de boa f As sociedades limitadas n o contam com as mesmas possibilidades de emiss o de t tulos que as sociedades an nimas As sociedades limi tadas n o podem por exemplo emitir deb ntures por falta de previs o legal Esse um ponto interessante na compara o entre os dois modelos societ rios quanto escolha dos s cios Caso a sociedade necessite de recursos de terceiros para a consecu o do seu objeto social a sociedade limitada n o a melhor op o j
398. itoriais dos ju zos aos quais se limitam as diferentes a es civis p blicas n o h possibilidade de decis es contradit rias N o incomum encontrar quem diga n o admitir o Superior Tribunal de Justi a em vir tude do teor do artigo 16 da Lei n 7 347 1985 a reuni o ou extin o de a es civis p blicas com pedido de efeitos nacionais propostas perante ju zos com compet ncias territoriais distintas Um dos exemplos mais citados em prol desse argumento o RE 942 435 RS BRASIL 2011 O racioc nio seria o seguinte como a coisa julgada erga omnes est limitada ao mbito de compet ncia do rg o prolator pouco importa o pedido de efeitos nacionais Proibida a for ma o de coisa julgada para al m do mbito de compet ncia territorial do ju zo n o h possibilidade de superposi o de provimentos jurisdicionais Uma an lise mais detida dos precedentes do Superior Tribunal de Justi a no entanto demonstra que n o essa a jurisprud ncia da Corte A ementa do Ac rd o proferido no RE 942 435 RS realmente d a impress o de que a limita o coisa julgada imposta pelo artigo O STJ j decidia nesse sentido mesmo antes do ad vento do artigo 2 par grafo nico e da nova reda o do artigo 16 ambos da Lei n 7 347 1985 como se v do CC 2 478 PA Rel Min Garcia Vieira DJU Data 11 5 1992 e do CC 971 DE Rel Min Luiz Vicente Cernichiario DJU Data 23 4 1990 Ano 51 N mero 203 j
399. iva A pr pria ideia bastante prestigiada nos tratados de Hermen utica Jur dica de que in terpretar o Direito algo indissoci vel da sua aplica o confirma a import ncia da hist ria do indiv duo e das rela es de refor o na compre ens o dos textos legais Quando um professor discorre em sala de aula sobre a interpreta o de um texto normativo sempre o faz ainda que n o se d conta disso supondo a sua aplica o a um caso real ou fict cio GRAU 2002 p 19 Uma grande vantagem dos comportamentos precorrentes o fato de que podem ser verbali zados SKINNER 1980 p 275 Facilmente lembrada e pass vel de ser executada em qualquer lugar uma respos ta verbal um tipo especialmente til de marca de giz Muitos enunciados de fato simplesmente exprimem rela es entre os est mulos e as consequ ncias refor adoras das respostas a eles Os est mulos que um homem constr i ao resolver problemas podem ser teis a outras pessoas precisamente porque as vari veis manipuladas no autocontrole s o as que controlam o comportamento dos homens em geral Ao construir est mulos externos para suplementar ou substituir mudan as privadas em seu comportamento o homem automaticamente prepara a transmiss o do que ele aprende Suas constru es verbais tornam se propriedade p blica e suas discri mina es privadas n o o poderiam O que ele diz ao descrever seu pr prio comportamento bem s
400. iva Baum 2006 p 166 define o comportamento governado por con ting ncias como aquele que modelado diretamente por consequ ncias relativamente imediatas que n o depende de ouvir ou ler uma regra Se for perguntado a uma pessoa como ela consegue se colocar na posi o vertical ao andar de bicicleta a resposta ser via de regra n o sei explicar s sei fazer dif cil compreender por que um professor quando exp e em sala de aula gesticula mais do que outro fala em tom mais enf tico do que outro mais tolerante com ideias diferentes do que outro muito mais f cil identificar as regras que s o enunciados verbais e assim s o conhecidas por serem escritas ou faladas Por m quando se fala nas conting ncias a identifica o torna se bem mais dif cil Como disse Baum normalmente as pessoas n o conseguem descrever as conting ncias que est o na base do seu comportamento N o obstante essas diferen as o fato que todo comportamento operante inclusive o controlado por regras modelado por refor o e puni o BAUM 2006 p 166 Como exemplo pode se fazer uma compara o entre as decis es do Judici rio e as dos conselhos que julgam processos administrativos Essa compara o revela que muito frequentemente essas duas inst ncias decis rias apresentam interpreta es completamente d spares sobre o mesmo texto legal Veja se o caso das normas que isentam o contribuinte de pagar i
401. iva ao crit rio do controle judicial da discricionariedade t cnica da Administra o O ativismo uma atitude de escolha interpretativa expandindo se o sentido e alcance da norma principalmente da constitucional Ele se manifestaria em condutas que por exemplo apliquem as normas constitucionais diretamente em situa es n o expressas pelo legislador al m da j citada imposi o de condutas ou absten es Administra o BARROSO 2009 p 7 8 De forma oposta tamb m se encontra a defini o do oposto do ativismo a autoconten o judicial ou defer ncia Ano 51 N mero 203 jul set 2014 83 judicial Com efeito a amplia o do controle de legalidade que passou a ser realizado por meio de princ pios deixou muito t nue a linha que separa a divis o de atos vinculados e discricion rios o que gerou v rios graus de vincula o dos atos juridicidade surgindo diferentes escalas de controle disposi o do poder Judici rio Por esse entendimento a estipula o de crit rios permitiria uma maior ou menor interfer ncia quando presentes Um desses crit rios por exemplo seria a tecnicidade envolvida no ato ou a participa o dos atingidos pelos efeitos no processo administrativo que gerou a decis o discricion ria A defer ncia judicial portanto decorre de uma vis o mais cr tica sobre a n o limita o do controle judicial dos atos administrativos WANG et al 2010 p 279 280 Na autoconten o ju
402. ivos Diz respeito portanto prote o ao direito adquirido ao ato jur dico perfeito e coisa julgada Diferentemente do que acontece em outros pa ses cujos ordenamentos jur dicos frequentemente t m servido de inspira o ao direito brasileiro tal prote o est h muito incorporada nossa tradi o constitucional e dela expressamente cogita a Constitui o de 1988 no art 5 inciso XXXVI A outra de natureza subjetiva concerne prote o confian a das pessoas no pertinente aos atos procedimentos e condutas venire contra factum proprium havida como uma decorr ncia daquela A redu o da dis cricionariedade tamb m tribut ria desses princ pios Essa releitura dos princ pios constitucionais conducente redu o da discricionariedade e consequente amplia o do controle judicial que cobrou for a ap s a CF 88 n o um fen meno exclusivamente brasileiro Em ver dade a principal fonte de inspira o o direito comparado Com efeito a ideia de sujei o da Administra o lei e ao direito fora positiva da na Lei Fundamental de Bonn em 1949 art 20 3 tendo ao depois sido incorporada s Constituig es portuguesa 1976 e espanhola 1978 No direito franc s tamb m se acentua essa soumission au droit O direito comunit rio europeu tamb m tem influ do nessa releitura dos princ pios incluidamente no pertencente ao direito interno dos pa ses da Uni o Euro
403. jetivos que permitam diferenciar uma lei ou ato adminis trativo razo vel de uma lei ou ato administrativo irrazo vel certo no entanto que em pontos extremos poss vel afirmar se o que constitui medida razo vel ou n o mas em uma faixa intermedi ria permanece uma zona cinzenta de incerteza em que a mesma conclus o n o poss vel Vale dizer que a mesma imprecis o e flexibilidade que existe nos chamados conceitos legais indeterminados utilizados pelo legislador dificultando a demarca o dos confins da discricionariedade administrativa est presente no princ pio da razoabilidade DI PIETRO 2012 p 192 grifo nosso 154 Revista de Informa o Legislativa e desproporcionais Assim ao reduzir o leque de interpretac es poss veis por meio da exclus o das interpretac es irrazo veis e desproporcio nais os princ pios da proporcionalidade e da razoabilidade restringem o grau de indetermi na o dos conceitos jur dicos indeterminados A exist ncia dessas tr s zonas suscita uma relevante quest o como o Poder Judici rio deve agir quando instado a sindicar a infring ncia proporcionalidade e ou razoabilidade quando o ato impugnado se insere dentro da zona inter medi ria de incerteza Antolha se nos que deve prestigiar a escolha administrativa ou legislativa diante da aus ncia de par metros emp ricos e jur dicos seguros de controle bem como em aten o ao princ pio da separa o de Poderes
404. jf CEJ Coedi jornadas cej LIVRETO 20 201 20JORNADA 20DE 20DIREITO 20 COMERCIAL pdf gt Acesso em 11 ago 2014 JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS Dispon vel em lt http www jucemg mg gov br ibr gt Acesso em 8 ago 2013 LAMY FILHO Alfredo BULHOES PEDREIRA Jos Luiz Coord Direito das Companhias Rio de Janeiro Forense 2009 LUCENA Jos Waldecy Das sociedades limitadas Rio de Janeiro Renovar 2005 MOREIRA Ricardo Guimar es Sociedade limitada ou an nima fechada o novo dilema dos empreendedores nacionais Revista de Direito Mercantil Industrial Econ mico e Financeiro Rio de Janeiro ano 43 n 133 jan mar 2004 PIMENTA Eduardo Goulart A disciplina legal das sociedades empresariais sob uma pers pectiva de direito e economia Direito amp Economia Porto Alegre Livraria do Advogado p 247 261 2008 Direito Societ rio Rio de Janeiro Elsevier 2010 POLINSKY Mitchell SHAVELL Steven Economic Analysis of Law Stanford Law and Economics Olin Working Paper n 316 nov 2005 Dispon vel em lt http ssrn com abs tract 859406 gt Acesso em 26 de ago 2013 POSNER Richard Economic Analysis of Law 6 ed Nova Iorque Aspen Publishers 2003 PUTNAM Robert Comunidade e democracia a experi ncia da It lia moderna Rio de Janeiro Editora Funda o Get lio Vargas 1996 REIS Marcelo Sim es dos O desenho jur dico do microempreendedor individual Revista de Direito Empresari
405. jur com br dl decisao eua acidente tam pdf gt Acesso em 20 ago 2014 ZAVASCKI Teori Albino Processo Coletivo 2 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 2007 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 235 Os Direitos Sociais e a Teoria da Justica de John Rawls Dilmanoel de Araujo Soares escritor mestre em Direito pelo UNICEUB DF p s graduado pelo ICAT DF especialista em Direito Civil pelo ICAT DF professor universit rio DILMANOEL DE ARAUJO SOARES A quest o do antagonismo entre a igualdade e a liberdade um problema que Rawls assim como tantos outros fil sofos tentaram compatibilizar Desse modo o referido fil sofo do liberalismo busca fazer por sua teoria da justi a uma corre o das injusti as sociais no seio do capitalismo tardio antes por meio de uma concep o moral posteriormente reformulada para uma concep o pol tica de justi a apta a especificar os termos equitativos de coopera o social entre cidad os livres e iguais e membros plenamente cooperativos de uma sociedade democr tica bem ordenada Assim pode se sintetizar a teoria de Rawls como sendo constitu da por uma sociedade bem ordenada formada por pessoas livres e iguais regulada por uma concep o pol tica de justi a e que tem por objetivo um sistema equitativo de coopera o social Para Rawls a concep o pol tica de justi a a regra fundamental de qualquer associa o humana bem ordenada sendo que o seu conte do
406. justificam sob o v u da ignor ncia os dois princ pios de justi a para reger a estrutura b sica da sociedade que Ra wls entende como sendo o objeto prim rio da justi a pol tica e representativa das principais institui es pol ticas sociais e econ micas de uma sociedade democr tico constitucional e a maneira pela qual se combinam ou se harmo nizam em um sistema unificado de coopera o social Para Rawls a concep o de justi a nasce com os dois princ pios fundamentais o das liberdades b sicas e o das desigualdades sociais e econ micas Este ltimo biparte na igualdade equitativa de oportunidades e no princ pio da diferen a Assim nas palavras de Rawls 2003 p 60 verbis a cada pessoa tem o mesmo direito irrevo g vel a um esquema plenamente adequado de liberdades b sicas iguais que seja compa t vel com o mesmo esquema de liberdades para todos e b as desigualdades sociais e econ micas devem satisfazer duas condi es primeiro devem estar vinculadas a cargos e posi es acess veis a todos em condi es de igualdade equitativa de oportunidades e em segun do lugar t m de beneficiar ao m ximo os membros menos favorecidos da sociedade o princ pio de diferen a Os princ pios s o ordenados em s rie tendo o primeiro princ pio prioridade sobre o segun do da mesma forma no segundo princ pio a igualdade equitativa de oportunidades tem preced ncia sobre o princ p
407. l Cartes dono de empresas de cigarro e bebidas alco licas que entram no Brasil como contrabando Constam informa es de que 1 em cada 13 cigarros vendidos no Brasil prov m do Paraguai O Brasil que defendia o rein gresso imediato do Paraguai ao Mercosul altera sua posi o e agrega o fato de que o Paraguai deve concordar com o desenho atual que reveste o Mercosul E sobre esse ponto Cartes declarou em entrevista coletiva que preciso trabalhar com o Brasil e n o contra o Brasil porque de acordo com ele Nos restam dois caminhos agora ou olhamos para tr s e alguns querem recordar a guerra da Tr plice Alian a ou buscamos a solu o e os benef cios para os habitantes de um pa s Se sa ssemos do bloco deixariam o pa s as ind strias brasileiras que est o dando exatamente o rem dio para a nossa enfermidade a falta de emprego e de capacita o hora de trabalhar com o Brasil e n o contra o Brasil CARTES 2013 Uma posi o interessante tomada por Cartes foi proposta em Madri com vistas a que o Paraguai assumisse a lideran a do Mercosul e impedisse a Venezuela de estar na presid ncia quando da posse que caracterizaria o fim da suspens o do Paraguai Mas n o foi o que ocorreu a Venezuela assumiu a lideran a do bloco e o Paraguai se recusou a voltar pelo menos at dezembro de 2013 106 Revista de Informa o Legislativa Outro relevante fato noticiado que nos nove primeiros meses de suspe
408. l S o Paulo Funda o Konrad Adenauer 1995 S rie Debates 6 LINARES QUINTANA Segundo V El poder impositivo y la libertad individual Buenos Aires Alfa 1950 MACHADO Paulo Affonso Leme Direito Ambiental Brasileiro 5 ed S o Paulo Malhei ros 1994 REAGAN Ronald State of the Union Address 26 jan 1982 Dispon vel em lt http www notable quotes com r reagan_ronald_ii html gt Acesso em 26 ago 2014 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 51 Ant nio Coelho Rodrigues um s dito fiel Ruptura e continuidade na transi o da monarquia para a rep blica no Brasil Venceslau Tavares Costa Filho advogado doutor mestre e especialista em Direito Civil pela UFPE pesquisador do Centro Universit rio do Vale do Ipojuca UNIFAVIP secret rio geral da Escola Superior de Advocacia Professor Ruy Antunes da Ordem dos Advogados do Brasil Sec o Pernambuco VENCESLAU TAVARES COSTA FILHO Sum rio 1 O discurso da ruptura e a continuidade na tradi o jur dica brasileira 2 Coelho Rodrigues e a gera o 70 3 Um s dito fiel ao Imperador 4 O projeto de C digo Civil de Coelho Rodrigues 1 O discurso da ruptura e a continuidade na tradi o jur dica brasileira Nenhuma constitui o c digo ou lei gerada a partir do nada nem muito menos obt m a sua mat ria prima do vazio Eles sempre repre sentam uma reflex o e uma forma de enfrentamento dos problemas do mundo o
409. l A Humanities and the public sphere Telos New York n 159 p 171 186 2012 BITTAR Eduardo C B Viol ncia e realidade brasileira Revista Kat lysis Florian polis v 11 n 2 p 214 234 jul dez 2008 O direito na p s modernidade e reflex es frankfurtianas 2 ed Rio de Janeiro Forense Universit ria 2009 Democracia justi a e direitos humanos estudos de teoria cr tica e filosofia do direito S o Paulo Saraiva 2011 Democracia justi a e emancipa o social reflex es jusfilos ficas a partir do pensamento de J rgen Habermas S o Paulo Quartier Latin 2013 BOHMAN James REHG William Deliberative Democracy essays on reason and politics EUA MIT Press 1997 BRASIL Decreto n 8 243 de 23 de maio de 2014 Institui a Pol tica Nacional de Participa o Social PNPS e o Sistema Nacional de Participa o Social SNPS e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o Bras lia 26 maio 2014 COMPARATO F bio Konder A civiliza o capitalista S o Paulo Saraiva 2013 CRETTIEZ Xavier As formas de viol ncia S o Paulo Edi es Loyola 2011 DAHL Robert A A democracia e seus cr ticos Tradu o de Patr cia de Freitas Ribeiro S o Paulo Martins Fontes 2012 DAHRENDORE Ralf Despu s de la democracia Traducci n de Luciano Padilla L pez Buenos Aires Fondo de Cultura Econ mica 2003 DAMATTA Roberto O que faz o brasil Brasil Rio de Janeiro Rocco 1986 Carna
410. la usina binacional de Itaipu A justi a do Paraguai despejou os donos de terra brasileiros acusando os de irregularidade e os brasiguaios acusaram o governo de estimular invas es gerando mais um ponto de instabili dade na lideran a do pa s Quanto ao valor pago pela usina binacional de Itaipu importante esclarecer que de acordo com o Tratado de Itaipu assinado em 1973 cada pa s teria direito metade da energia produzi da e o Brasil teria direito a comprar a energia excedente at 2023 a pre o de custo e que o Paraguai usa 10 da energia a que tem direito A constru o da usina teve financiamento 100 brasileiro e a tarifa de energia leva em conta a d vida absorvida pela Itaipu Binacional em sua constru o sendo que a maior parte do que o Brasil paga fica na usina para pagar a d vida que deve ser quitada em 2023 Al m disso o tratado estabelece um pr mio pela energia de um s cio ao outro e o valor de pende de um fator de multiplica o por gigawatt cedido No governo do Presidente Lula o Brasil concordou em triplicar o valor repassado de US 120 milh es para US 360 milh es acordo que foi aprovado pelo Congresso Nacional em 2011 O Paraguai recebeu US 8 4 por mega watt hora cedido e nos leil es de energia no Brasil entre 2004 e 2011 o valor m dio foi US 6 1 Conforme acordo firmado pelos dois pa ses em 2009 o Brasil aceitou discutir a possibilidade de a empresa p blica que controla a produ
411. lei Se est claro o que o legislativo outorgou s pessoas ent o tamb m claro o que seu direito fundamental receber dos Tribunais ess Todavia ainda que o modelo dos direitos reconhe a que o texto da lei uma fonte de direitos fundamentais nesse sentido em relac o aos Tri bunais ele nega que esse texto seja a fonte exclusiva desses direitos Se portanto em alguns casos o texto da norma silente ou suas palavras s o sujeitas a interpreta es contr rias ent o correto inquirir qual das duas poss veis decis es no caso melhor se adequam aos direitos funda mentais das partes Essa norma adequada a que segundo o modelo te rico proposto realizar o ideal da norma perfeita um ju zo decis rio que contempla todos os aspectos e vicissitudes de um caso concreto e aplica a norma adequada para a boa regulamenta o do caso GUNTHER 1995 p 283 284 Usar inclusive a dimens o de peso para avalia o dos prin c pios exatamente como defendido por Dworkin 1978 p 26 que no entanto contrariamente a Alexy 2008 jamais propugna a aplica o Tradu o livre do seguinte excerto The rule book is relevant to that ultimate ques tion In a democracy people have at least a strong prima facie moral right that courts enforce the rights that a representative legislature has enacted That is why some cases are easy cases on the rights model as well as on the rule book model Ifit is cl
412. lidades e menores custos do que a constitui o de uma sociedade an nima N o permitida a constitui o de uma sociedade limitada unipessoal Caso a unipessoalidade se d de forma superveniente obrigat ria a recom posi o da pluralidade dos s cios ou a convers o para empres rio indi vidual sem a limita o de responsabilidade ou para empresa individual de responsabilidade limitada O capital da sociedade limitada formado por quotas O termo quo tas indica um car ter predominantemente pessoal da sociedade limitada em contraposi o a um car ter de capital das sociedades por a es Na sociedade de pessoas os atributos pessoais do s cio s o predominantes no seu ingresso no quadro societ rio Nas sociedades de capital n o se d import ncia s qualidades do s cio mas sua contribui o financeira para a forma o do capital social A sociedade limitada revela car ter mis to dependendo do disposto no contrato social ela pode ser considerada de pessoas ou de capital Art 1 054 O contrato mencionar no que couber as indica es do art 997 e se for o caso a firma social Art 997 A sociedade constitui se mediante contrato escrito parti cular ou p blico que al m de cl usulas estipuladas pelas partes mencionar I nome nacionalidade estado civil profiss o e resid ncia dos s cios se pessoas naturais e a firma ou a denomina o nacionalidade e sede dos s cios se jur
413. lores constitucionais j positivados Nessa linha postula se a aplica o direta e imediata dos princ pios constitucionais e o reconhecimento de uma efic cia m nima s normas constitucionais assecurat rias dos direitos fundamentais com a consequen te possibilidade de judicializa o dos direitos subjetivos delas emanados Mesmo na hip tese de normas de efic cia contida ou limitada h que Numa poca 1990 em que os princ pios constitucionais plasmados na CF 88 eram frequentemente encarados como meramente normas program ticas carecedoras de in termedia o legislativa para ser aplicadas a autora j advogava a possibilidade de controle jurisdicional dos atos discricion rios com base neles 148 Revista de Informa o Legislativa reconhecer um m nimo de efic cia a esses princ pios constitucionais Essa reinter preta o acerca da efetividade dos princ pios constitucionais acarreta uma sens vel diminui o da discricionariedade Na lapidar express o de Maria Sylvia Zanella Di Pietro 2012 p 42 outro fator que contribuiu para essa redu o da discricionariedade a supera o da ideia de que o cap tulo da ordem social da Constitui o constitu do apenas por normas program ticas dependentes para sua aplica o de medidas legislativas e administrativas Os direitos sociais foram inseridos no T tulo dos direitos e garantias fundamentais Dentre eles o artigo 6 inclui a educa o a sa de
414. los com as explica es dadas por antigas tradi es supersticiosas para a ocorr ncia de fen menos naturais SKINNER 2007 p 29 30 Baum 2006 p 15 anota que todas as ci ncias avan aram quando substitu ram essas causas imagin rias que supostamente estariam por tr s dos fen menos da natureza Sobre o mentalismo Skinner 2006 p 177 178 diz o seguinte de acordo com a concep o mentalista tradicional uma pessoa um membro da esp cie humana que se comporta como se comporta devido a in meras caracter sticas ou possess es internas entre as quais sensa es h bitos intelig ncia opini es sonhos personalidades disposi es decis es fan tasias talentos percep es pensamentos virtudes inten es habilidades instintos devaneios incentivos Ningu m jamais modificou diretamente qualquer das atividades mentais ou tra os acima arrolados N o h maneira de se poder estabelecer contato com eles As condi es corp reas sentidas como tal podem ser modi ficadas cirurgicamente eletricamente ou por meio de drogas mas para quase todos os fins pr ticos s est o alteradas atrav s do meio O comportamento n o deveria ser atri bu do por exemplo aos sentimentos mas s conting ncias respons veis por aquilo que se sente N o que o behaviorismo negue a exist n cia de um mundo dentro da pele N o nega a exist ncia dos sentimentos Apenas acredita que o
415. lu o justa mas n o se pode obumbrar o fato de que em in meros casos remanescer mais de uma solu o justa De qualquer sorte ao eliminar v rias solu es inadmiss veis a teoria dos conceitos jur dicos indeterminados j reduz o grau de discricionariedade e restringe o m rito administrativo Por outro lado a denominada constitucio naliza o do direito administrativo o fator que mais tem contribu do para a redu o da discricionariedade e do m rito administrativo De feito a constitucionaliza o do direito administrativo que no Brasil adquiriu for a com o advento da CF 88 veio a propiciar um Ano 51 N mero 203 jul set 2014 147 consider vel incremento no controle judicial dos atos discricion rios por variegadas raz es assinaladamente por viabilizar o controle juris dicional com fulcro nos princ pios e valores constitucionais expl citos ou impl citos Na sua pioneira tese de titularidade Maria Sylvia Zanella Di Pietro defendeu com brilho a possibilidade de controle jurisdicional com esteio n o apenas na legalidade em sentido estrito mas tamb m nos princ pios e valores constitucionais expl citos ou inexpl citos designadamente os princ pios da moralidade razoabilidade supremacia do interesse p blico al m dos princ pios gerais de direito Uma das principais consequ ncias da constitucionaliza o do direito administrativo foi justamente a amplia o do conceito de legalidade a qual p
416. m posto comum que os conselhos que processam o contencioso admi nistrativo fiscal decidam no sentido de que a outorga da isen o decorre de expressa previs o legal e sua interpreta o se realiza de forma literal BRASIL 2011 De seu lado o Judici rio apresenta posi es diferentes a isen o deve ajustar se uma realidade valor de modo que n o se elimine o alcance da lei isencional quanto a sua justa e razo vel finalidade prejudicando superiores interesses sociais BRASIL 1999 Mas se o Direito o mesmo como poss vel haver diverg ncias Quando verificamos o quadro de puni es e recompensas a que os membros de cada uma dessas institui es se sujeita as coisas parecem ficar mais claras se um juiz faz uma interpreta o errada sua decis o mudada pela inst ncia superior e nada mais se o agente administrativo se equivoca na leitura do direito as consequ ncias podem ser bem diferentes inclusive com possibilidade de responsabiliza o pessoal Como se v tamb m nas inst ncias do poder o m todo interpretativo varia conforme as consequ ncias que produzam para o int rprete Antes de adotar a solu o do problema hermen utico o int rprete sempre se pergunta o que vir depois Os juristas dir o que a diferen a entre os entendimentos decorre da subjetividade do int rprete que livre para compreender um mesmo princ pio sua maneira Os analistas do comportamento
417. m a sua auto realiza o Selbstverwirklichung SAAVEDRA 2007 p 107 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 23 na medida em que se expressa no pr prio con v vio social independente dos la os anteriores que vinculam sujeitos em fam lia ou sujeitos em rela es jur dicas de rec proca depend ncia A limita o da autonomia da pessoa huma na a repress o s formas de vida a degrada o da imagem p blica do indiv duo a exclus o e a marginaliza o social a integra o social seletiva segundo crit rios de classe social a deprecia o das escolhas subjetivas de cada indiv duo o menosprezo do trabalho e dos sentimentos alheios o desrespeito integridade f sica moral e psicol gica a tend ncia invas o da privacidade e ao desrespeito s esferas de subjetividade do indiv duo o desnudamento e a invasividade da tecnologia a tend ncia espeta culariza o midi tica do esc ndalo e do repente jornal stico o sistem tico desrespeito aos direi tos humanos fundamentais s o todas formas de nega o de reconhecimento nas rela es sociais que apenas refor am o modelo de autoritarismo social contribuindo para diluir os espa os de subjetividade com consequ ncias graves para as possibilidades de intersubjetividades sime tricamente reconhecidas e amparadas por um c digo comum coagulado na l ngua direito As tr s descri es arquet picas de desres peito ao sujeito na classifica o observ
418. m boa f inciso II O poder instrut rio do juiz de intervir na pro du o das provas para a busca da verdade real tem apoio legal na norma do artigo 131 do C digo de Processo Civil Ano 51 N mero 203 jul set 2014 265 Como a dinamiza o do nus probat rio somente ocorre no mo mento de se proferir a senten a diante da n o forma o da convic o do juiz sobre a realidade dos fatos e ainda por ser um ju zo axiol gico de apura o da conduta das partes durante a fase instrut ria realizada imprescind vel que as partes sejam advertidas sobre essa dinamiza o antes da realiza o da fase processual de instru o do feito Por conse guinte no sistema brasileiro a advert ncia dever ser feita no momento da realiza o da audi ncia preliminar para saneamento do feito nos termos do artigo 331 par grafo segundo do C digo de Processo Civil com a convoca o das partes para um comportamento probat rio ativo e cooperativo que busque a efetiva o da melhor justi a diante do caso apresentado Como regra de julgamento da mesma forma a dinamiza o se opera no momento de prola o da senten a e desde que persista a d vida sobre a veracidade do fato controvertido imprescind vel para a solu o da lide Em conclus o perfilha se do entendimento salvo melhor ju zo de que a teoria da carga probat ria din mica a que melhor enquadra a quest o da prova nas demandas de responsabilidade civil por culpa do
419. m n veis compat veis com os crit rios de opera o econ mica das despesas de pessoal e de adminis tra o g fixa o de crit rios para gastos de publicidade divulga o e rela es p blicas h realiza o de auditoria e avalia o peri dica de rendimento e produtividade i interven o por motivo de inter sse p blico BRASIL 1967 68 Revista de Informa o Legislativa Constitui o t m sufici ncia jur dica na autoriza o legal do art 5 da Lei n 10 973 2004 para alicer ar a decis o de suas inst ncias diretivas m ximas sobre constitui o da SPE Demonstra se portanto que a SPE criada a partir de alian a entre a ICT e a iniciativa privada al m de poss vel e vi vel sob o ponto de vista jur dico tem vantagens advindas do regime jur dico de direito privado que lhes reger a atividade derivado da participa o minorit ria do Po der P blico na conforma o da entidade Com isso constitui se a SPE importante instrumento para propiciar o necess rio retorno financeiro a todos os instituidores e investidores estabelecendo um ciclo virtuoso de pesquisa ci ncia extens o e desenvolvimento econ mico Refer ncias ABREU FILHO Jos O neg cio jur dico e sua teoria geral 5 ed S o Paulo Saraiva 2003 ALVIM Paulo C sar de Rezende de Carvalho Inteira o universidade empresa Bras lia Instituto Brasileiro de Informa o em Ci ncia e Tecnologia 1998 ASSOCIA O NACIONAL
420. ma revela o um racioc nio original ou qualquer outro conceito mentalista Skinner 1980 p 273 apresenta um exemplo de resolu o de pro blemas algu m precisa apanhar a mala de um amigo no bagageiro do aeroporto sendo que essa mala nunca foi vista por essa pessoa que se encontra sozinha diante de um porta bagagem rotativo com centenas de malas O problema complica se pela grande quantidade de objetos que precisam ser analisados e pela velocidade com que se deslocam Isso vai requerer algum tipo de aprendizagem A pessoa come ar a evitar as malas 1A an lise comportamental confessadamente conflita com a ideia de livre arb trio SKINNER 1971 BAUM 2006 e enfeixa se nas teorias deterministas A sustenta o da tese determinista pelo behaviorismo extremamente sofisticada e inclusive desfaz mui tos equ vocos quanto ao que significa nesse campo ser determinista de modo que a sua descri o pormenorizada n o cabe neste trabalho Ano 51 N mero 203 jul set 2014 115 que ela j analisou e que n o tinham o nome de seu amigo Imagine se que todas as malas s o muito parecidas no tamanho e na cor Uma boa estrat gia ser marcar com um giz as malas que j foram examinadas Assim nenhuma delas ser examinada duas vezes A pessoa ganhar tempo e alcangar seu objetivo de forma mais f cil A resolu o do problema o encontro da mala E o uso do giz foi um passo importante que antecipo
421. ma gistrado pode convocar uma audi ncia p blica com o escopo de ouvir qualquer um que tenha concorrido na elabora o da norma e ainda ouvir respostas do pr prio demandante sobre os argumentos expostos na impugna o per mitindo esclarecer melhor os fatos que possam ser relevantes para a decis o a ser proferida pela Corte Constitucional Poder tamb m convidar para sustenta o oral qualquer pessoa que tenha intervindo ora sindicando ora defendendo as normas subme tidas ao controle Al m disso o magistrado que presidir a audi ncia p blica poder convidar autoridade p blica organiza es privadas e peritos na mat ria relacionada ao processo MESA 1998 p 620 Com efeito observa se que a jurisdi o constitucional colombiana cont m desde a primeira reforma constitucional promovida em 1910 um dos mecanismos mais vanguardistas no controle de constitucionalidade consistente na acci n p blica de inconstitucionalidad Por meio desse instrumento qualquer cidad o pode questionar diante da Corte Constitucional a va lidade de uma norma Isso significa em ltima an lise o verdadeiro exerc cio da democracia di reta onde a soberania popular se encontra com a cidadania na sua mais significativa express o De acordo com Gilmar Ferreira Mendes de pende de quem ostenta o direito de propositura ou legitima o para agir in abstrato a garantia e efetividade da jurisdig o constitucional pois se por um l
422. mado o t tulo com o tr nsito em julgado da decis o n o caberia mais discutir a restri o dos limites subjetivos da coisa julgada ao mbito de compet ncia do Ju zo prolator sob pena de afronta coisa julgada O voto do Min Teori Zavascki no Resp 1 243 887 bastante claro a respeito dos limites da discuss o submetida ao STJ no caso 1 1 Sobre o entendimento jurisprudencial o papel do jurista O pressuposto de nossa exposi o a posi o jurisprudencial que parece ter se consolidado no tocante aplica o do artigo 16 da Lei n 7 347 1985 Todavia isso n o significa que a doutrina e os operadores do direito devem acomodar se com tal solu o se tiverem fundados motivos para contrap la Nos tempos atuais a ci ncia jur dica assume um importante papel de meta garantia CARBONELL 2011 p 22 denunciando equ vocos abusos e contradi es entre normas ou interpreta es jurisdicionais Ou seja ci ncia jur dica doutrina n o incumbe apenas descrever assepti camente seu objeto de estudo valendo se do paradigma de conhecimento e pesquisa das ci ncias exatas mas tamb m contribuir criticamente para a pr pria configura o do direito seja ele atual ou futuro Com efeito no julgamento do EREsp n 293 407 SP Rel Ministro JO O OT VIO DE NORONHA foi pacificado pela Corte Especial o entendimento de que a senten a proferida em a o civil p blica far coisa julgada erga omnes nos limites da
423. mbando de n s negando a entrada da Venezuela com argumentos imorais agora tira o presidente Por isso decidimos n o mais validar essa manipula o MIJUCA 2012 apud PEREIRA 2013 A Venezuela uma entrada estrat gica para o Mercosul pois eleva o bloco a uma pot ncia militar e energ tica e de acordo com Edson Pereira 2013 citando uma reportagem da Folha de S Paulo o interesse do Brasil pode ser resumido com os seguintes dados os embarques de produtos b sicos para a Venezuela subiram 29 no primeiro semestre de 2012 De US 616 milh es as exporta es de manufaturados aumentaram 54 para US 1 26 bilh o Desde 2007 o Brasil tem super vit na balan a comercial com a Venezuela 2007 exporta es de US 4 723 bilh es e importa es de US 346 milh es super vit de US 4 378 bilh es 2008 5 150 e 539 super vit de 4 611 bilh es 2009 3 610 e 582 super vit de 3 028 bilh es 2010 3 854 e 833 super vit de 3 021 bilh es e 2011 4 591 e 1 266 super vit de 3 325 bilh es A Venezuela tem 28 8 milh es de habitantes e um PIB de US 392 bilh es um com rcio internacional de pouco mais de US 105 bilh es em 2010 e segundo estat sticas da OMC em 2010 95 3 de suas expor ta es referiam se a combust veis e 81 1 do total importado referiam se a produtos manufaturados dos quais apenas 9 8 do Brasil portanto o potencial de crescimento do com rcio com o Brasil grande E para finalizar a ponde
424. meno da judicializa o das pol ticas p blicas referentes sa de O Brasil tem passado por um mo mento de crescimento do Judici rio em que a resolu o de in meros conflitos sociais e econ micos que antes cabiam estritamente esfera pol tica est o sendo entregues aos ju zes tendo em vista a ina o do Poder P blico em garantir a efetividade de in meros direitos com destaque para o direito social sa de Sabe se que a Administra o P blica lida com recursos escassos previamente definidos em suas leis or ament rias portanto decis es judiciais que condenam os entes da Administra o Direta a arcar com tratamentos m dicos de alto custo podem levar a um desequil brio nas contas do er rio pois em muitas ocasi es recursos pre viamente estabelecidos para serem aplicados em determinados setores precisam ser realocados para atender a decis es judiciais Ficou evidenciado que quando o Judici rio for provocado para intervir nas decis es da Ad ministra o P blica indispens vel quando tal interven o ocorrer a an lise f tica e jur dica da situa o para que possa ser tomada a decis o menos onerosa e com os melhores resultados Outro elemento que serve para balizar a inter ven o do Judici rio nas pol ticas p blicas que envolvem direitos fundamentais o respeito ao n cleo essencial de tais direitos Com rela o ao direito social sa de foi adotado neste trabalho o entendime
425. mentais tenham preced ncia sobre os de mais sem que isso implique a perda da validade do direito que teve a sua aplica o restringida ALEXY 2008 p 90 91 Em linhas gerais Como aduz Canotilho na moderna constitucional s tica riqueza de formas da constitui o corresponde a multifuncionalidade das normas constitucionais CA NOTILHO 1993 p 166 divididas em regras e princ pios 2 Acerca da teoria dos princ pios ver tamb m as obras de Ronald Dworkin Levando os direitos a s rio 2002 e O imp rio do Direito 2003 Por uma quest o de espa o a distin o entre regras e princ pios n o ser aprofundada Para mais detalhes ver Robert Alexy Teoria dos direitos fundamentais 2008 p 85 etseq 14 Alexy 2008 p 93 94 consigna que Se dois princ pios colidem o que ocorre por exemplo quando algo proibido de acordo com um princ pio e de acordo com o outro permitido um dos princ pios ter que ceder Isto n o significa contudo nem que o princ pio cedente deva ser declarado inv lido nem que nele deva ser intro duzida uma cl usula de exce o Na verdade o que ocorre que um dos princ pios tem preced ncia em face do outro sob determinadas condi es Sob outras condi es a quest o da preced ncia pode ser resolvida de forma oposta Isso o que o princ pio da proporcionalidade significa que o Estado n o deve agir com demasia tam
426. mente o enfrentamento consistente do desafio de se aplicar adequadamente normas gerais e abstratas a situa es de vida sempre individualizadas e concretas denominada situa o de aplica o sempre nica e irrepe t vel por defini o ss apenas no campo dos discursos de aplica o ao se levar a s rio as pretens es a direito nele levantadas mediante o escrut nio das especificidades daquele caso concreto que essas pretens es poder o ser qualificadas como leg timas ou abusivas inclusive aquelas calcadas em previs es legais literais Obviamente bom que n o se relativize em excesso a for a normativa de uma regra clara que trate da situa o analisada Dworkin 1985 p 16 diz que a exist ncia de uma regra clara que defina sua aplica o servir na maior parte dos casos para a resolu o de casos f ceis visto que o discurso de aplica o levar em considera o uma consider vel for a daquela norma para a situa o concreta examinada O problema surgir quando se estiver diante de um caso dif cil em que a aplica o do direito ser controversa Veja se O texto da lei relevante para a quest o definitiva Numa democracia as pessoas t m ao menos um forte direito fundamental prima facie de que os Tribunais deem cumprimento aos direitos que a legislatura re presentativa editou Esse o porqu alguns casos s o f ceis no modelo dos direitos assim como no modelo do texto da
427. mia a quem cabe o desempenho na forma da lei das tarefas de fiscaliza o fomento e planejamento sendo este determinante para o setor p blico e indicativo para o setor privado Em dias atuais nas economias emergidas ou emergentes mundo afora liberais reguladas ou socializadas indiscut vel a tarefa reser vada s inova es tecnol gicas a ponto de se reconhecer que entre os maiores patrim nios dos Estados na atualidade est a sua capacidade de gerar conhecimento e produzir inova o nas diversas reas Bem por isso o art 218 da Constitui o da Rep blica incumbe ao Estado brasileiro em todos os n veis a tarefa de incentivar o desen volvimento cient fico a pesquisa e a capacita o tecnol gicas cumprindo s entidades pol ticas realizar investimentos na forma o de recursos humanos meios e condi es especiais de traba lho 2 para valorizar o mercado interno e al can ar a autonomia tecnol gica art 219 CR Sem embargo disso o modelo de Estado constitucionalmente assentado admite como fundamental para o alcance desse desiderato a forma o de alian as entre entidades p blicas e privadas cabendo lei entre tantas medidas estimular empresas que invistam em pesquisa e cria o de tecnologia adequada ao Pa s Com efeito para promover ci ncia tecnolo gia e inova o o Estado necessita da iniciativa privada lato sensu que por sua vez depende do est mulo e
428. mo de posse no livro de atas da administra o A nomea o do administrador deve ser averbada no registro mercantil com a finalidade de dar conhecimento do fato a terceiros O C digo Civil n o cont m normas que digam respeito aos deveres e responsabilidades dos ad ministradores da sociedade limitada Desde que previsto no contrato social pode ser entendido que o administrador da sociedade limitada tem os mesmos deveres de dilig ncia e lealdade dos administradores da sociedade an nima Conforme destacado anteriormente o s cio na sociedade limitada pode ceder suas quotas Para a modifica o do contrato social a fus o a incorpora o da sociedade a dissolu o ou a cessa o do estado de liquida o necess ria a aprova o de tr s quartos do capital social Para a nomea o destitui o ou fixa o da remunera o dos administradores ou o pedido de recupera o judicial exige se mais da metade do capital social Para a nomea o de administrador n o s cio se o capital n o estiver totalmente integralizado necess ria a aprova o da unanimidade dos s cios Para a nomea o de administrador n o s cio se o capital estiver totalmente integralizado exige se a aprova o de dois ter os dos s cios Para a aprova o dos demais assuntos previstos em lei ou no contrato se o contrato social n o exigir maioria mais elevada necess ria a aprova o da maioria dos votos dos presentes O
429. mo finalidade evitar o uso indiscriminado da solu o aventada e impe dir qualquer arbitrariedade do rg o julgador Como consequ ncia a aplicabilidade da teo ria da carga probat ria din mica jamais poder ser realizada de forma indiscriminada pelo jul gador e sem crit rio de incid ncia Como j ex posto seu mbito de vig ncia restrito Somente para casos de dif cil solu o probat ria em que uma das partes se encontra em posi o de superioridade em termos f ticos profissionais t cnicos e econ micos para a produ o da prova em detrimento da outra parte que se legiti ma sua aplicabilidade pelo operador jur dico Tamb m seu campo de atua o restrito para aquele caso em que a regra tradicional objetiva da distribui o do nus da prova provoque uma situa o de patente injusti a no caso concreto diante das suas particularidades Tamb m como elemento delimitante do uso indiscriminado da teoria imprescind vel que o rg o julgador expressamente justifique na senten a prolatada fundamentadamente as raz es f ticas e de direito que o levaram a imputar as melhores condi es probat rias em desfavor de parte que ser sucumbente em detrimento da outra que ter por via indireta acolhida sua pretens o A efetividade dos efeitos da teoria da carga probat ria din mica incide no resultado do julgamento da demanda acolhendo a pretens o da parte que estava em pior situa o f tica
430. mo j n o se pode falar em mera reserva legal que foi substitu da pela reserva legal proporcional e razo vel tamb m j n o se pode falar em mera conveni ncia e oportunidade mas em conveni ncia e oportunidade proporcionais e razo veis porquanto o ju zo irrazo vel ou desproporcional de conveni ncia ou de opor tunidade inconstitucional Dessarte todos os aspectos do ato adminis trativo incluidamente os ju zos de conveni ncia e de oportunidade que comp em o m rito do ato discricion rio devem passar pelos testes da proporcionalidade e da razoabilidade 5 Controle do m rito ju zo cognitivo e ju zo decis rio Preambularmente cumpre observar que as express es controle do m rito sindicabili dade do m rito revis o do m rito possuem duas acep es distintas Num sentido mais 16 A reserva de lei determinada pelo princ pio da reserva legal ao receber o influxo dos princ pios da proporcionalidade e da razoabilidade transmuda se em reserva de lei proporcional e razo vel pois n o basta que a mat ria seja versada exclusivamente por meio de lei indispens vel que esta lei seja proporcional e razo vel sob pena de inconstitucionalidade Nesse diapas o Portanto a doutrina constitucional mais moderna enfatiza que em se tratando de imposi o de restri es a determinados di reitos deve se indagar n o apenas sobre a admi
431. momento em que o Poder Judici rio tenta decidir de acordo com o que as partes teriam honesta e razoavelmente acordado se tivessem examinado determinadas circunst ncias SCH FER OTT 2005 p 299 Tra adas as caracter sticas do contrato de sociedade no pr ximo item tecemos conside ra es sobre o perfil jur dico e econ mico da sociedade limitada Ela pode ser considerada uma esp cie de sociedade an nima simplifica da pois suas caracter sticas se assemelham s propostas sugeridas em rela o simplifica o do tratamento da sociedade an nima de capital fechado 3 1 Sociedade limitada O perfil jur dico da sociedade limitada surgiu por meio de uma cria o legislativa com o objetivo de promover a efici ncia do Direito CATEB PIMENTA 2012 p 230 As outras esp cies de sociedade foram concebidas pela pr tica reiterada de comerciantes medievais que posteriormente foram reguladas pela legisla o mas a sociedade limitada partiu da legisla o para o mercado PIMENTA 2008 p 248 Ela foi pensada como uma sociedade intermedi ria entre a sociedade an nima cuja legisla o Note se que as pr prias partes muitas vezes confiam no adequado preenchimento do contrato pelo juiz PO LINSKY SHAVELL 2005 p 17 2A sociedade limitada n o surge de um direito dos comerciantes margem das regras formais mas resultado de um arranjo institucional formulado pelo Estado formalista e rigorosa
432. mp ved 0CCsQFjAA amp url http 3 A 2F 2Fseer ufrgs br W2FConjuntura AustralW2Fartic le W2Fdownload 2F31261 2F20275 amp ei 1ykyUrOBE4nA9QTErY HYCw amp usg AFQjC NFUgYTPWeg5IslucV4jdER3pERHKA amp sig2 K4vMEjynl 9 gt Acesso em 12 set 2013 UNASUL alerta que Paraguai pode ter golpe de estado Revista Exame 22 jul 2012b Dispon vel em lt http exame abril com br mundo noticias unasul alerta que paraguai pode ter golpe de estado gt Acesso em 4 set 2013 110 Revista de Informa o Legislativa Interpreta o do Direito e comportamento humano Julio Cesar de Aguiar PhD em direito pela University of Aberdeen UK Professor do Curso de Mestrado em Direito da Universidade Cat lica de Bras lia Jo o Marcelo Torres Chinelato mestrando em Direito na Universidade Cat lica de Bras lia JULIO CESAR DE AGUIAR JO O MARCELO TORRES CHINELATO Sum rio Introdu o 1 Mentalismo 2 A abordagem behaviorista e o paradigma das quatro vari veis contexto motiva o comportamento e consequ ncias 3 A interpreta o do Direito como objeto da an lise comportamental 4 Onde est o as regras 5 Comportamento governado por regras versus comportamento governado por conting ncias 6 A interpreta o do Direito como um produto de conting ncias refor adoras e punidoras Considera es finais Introdu o A interpreta o jur dica sempre foi concebida como uma atividade destinada a extrair dos textos le
433. n as como a disponer de copias medios y plazos indispensables para la preparaci n de su defensa en libre comunicaci n A organizac o Rep rteres Sem Fronteiras RSF em uma reportagem para o portal Terra afirmou que o governo de Franco monopolizou os meios de comunica o no pa s em um clima de tens o e intimida es imprensa de oposi o al m de manobras para destituir funcion rios que discordassem da destitui o de Fernando Lugo PARAGUAL 2012 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 95 a aparente tr gua imposta pela visita do secret rio geral da Or ganiza o dos Estados Americanos OEA Jos Miguel Insulza em 2 e 3 de julho passado n o durou e acrescentou que inevitavelmente a liberdade de informa o sofrer com as press es contra jornalistas e especialmente um nicho da categoria conhecido por sua oposi o ofensiva parlamentar de 22 de junho Para demonstrar a for a do governo contra os opositores RSF res saltou ainda a suspens o de um programa denominado Ape ha pepe de uma r dio nacional no qual participavam paraguaios que viviam no exterior demonstrando que o governo n o queria uma vis o externa do que estava acontecendo no pa s A fala da RSF acerca da oposi o imprensa discordante da destitui o de Lugo pode ser resumida da seguinte maneira Os fatos que chegam a n s demonstram infelizmente a inten o de tomar o controle do se
434. n o claramente aconteceu A aplica o do Protocolo de Ushuaia estipula consultas perti nentes com o Estado afetado e Lafer pondera que a Miss o dos Ministros da Unasul ao Paraguai em 21 e 22 de julho n o pode ser revestida dessa natureza porque h uma personalidade pr pria de cada organismo e o Mercosul n o se confunde com a Unasul Ademais as visitas antecederam o julgamento que instigou a decis o da suspens o Portanto n o houve consultas no mbito do Mercosul o que levaria bancarrota o devido processo legal do bloco na suspens o do Paraguai O argumento preponderante acerca da ruptura democr tica foi a celeridade no processo de impeachment pois de acordo com a defesa do pr prio Lugo e os que defendem tal posicionamento o tempo para recorrer de uma multa maior do que o tempo dado ao Presidente Lugo para sua defesa Para alguns estudiosos houve no Paraguai n o um golpe de estado mas um denominado neogolpismo termo referenciado no artigo de George Wilson dos Santos Sturaro e Andr Francisco Matsuno da Frota que aborda a suspens o do Paraguai e a entrada da Venezuela em que de acordo Juan Gabriel Tokatlian apud STURARO FROTA 2012 a diferencia del golpe de Estado tradicional el nuevo golpismo est encabezado m s abiertamente por civiles y cuenta con el apoyo t cito pasivo o la complicidad expl cita activa de las Fuerzas Armadas pre tende violar la constituci n del Estado con una violencia
435. n o reversibilidade dos direitos fundamentais princ pios dogm ticos e pr tica jurisprudencial Coimbra Coimbra Editora 2006 159 p RAMOS Elival da Silva Ativismo judicial par metros dogm ticos S o Paulo Saraiva 2013 RIVERO Jean Droit administratif 13e ed Paris Dalloz 1990 ROUSSEAU Dominique La justice constitutionnelle en Europe Paris Montchrestien 1992 160 p Collection Clefs Politique Ano 51 N mero 203 jul set 2014 163 SARMENTO Daniel Os princ pios constitucionais e a pondera o de bens In TORRES Roberto Lobo Org Teoria dos direitos fundamentais 2 ed Rio de Janeiro Renovar p 35 98 2001 SILVA Almiro do Couto O princ pio da seguran a jur dica prote o confian a no Direito Brasileiro e o direito da Administra o P blica de anular seus pr prios atos ad ministrativos o prazo decadencial do art 54 da Lei do Processo Administrativo da Uni o Lei n 9 784 99 In DIAS Jorge de Figueiredo COSTA Jos de Faria CANOTILHO Jos Joaquim Gomes Org Ars ivdicandi estudos em homenagem ao Prof Doutor Castanheira Neves Coimbra Coimbra Editora v 3 2008 p 540 593 SILVA Lu s Virg lio Afonso da O proporcional e o razo vel Revista dos Tribunais S o Paulo a 91 v 798 p 23 50 abr 2002 STUMM Raquel Denize Princ pio da proporcionalidade no direito constitucional brasileiro Porto Alegre Livraria do Advogado Editora 1995 VIRGA Pietro Diritto amm
436. nais inst ncia peri dica de debate de formula o e de avalia o sobre temas espec ficos e de interesse p blico com a participa o de representantes do governo e da sociedade civil podendo contemplar etapas estaduais distrital municipais ou regionais para propor diretrizes e a es acerca do tema tratado art 2 IV e art 12 das ouvidorias p blicas inst ncia de controle e participa o social respons vel pelo tratamento das reclama es solicita es den ncias sugest es e elogios relativos s pol ticas e aos servi os p blicos pres tados sob qualquer forma ou regime com vistas ao aprimoramento da gest o p blica art 2 V e art 13 das mesas de di logo mecanismo de debate e de negocia o com a participa o dos setores da sociedade civil e do governo diretamente envolvidos no intuito de prevenir mediar e solucionar conflitos sociais art 2 VI e art 14 dos f runs intercon selhos mecanismo para o di logo entre representantes dos conselhos e comiss es de pol ticas p blicas no intuito de acompanhar as pol ticas p blicas e os programas governamentais formulando recomenda es para aprimorar sua intersetorialidade e transversalidade art 2 VII e art 15 das audi ncias p blicas mecanismo participativo de car ter Esses tra os fundamentais est o de acordo com os grandes centros de for a da concep o de democracia deliberativa Cada cidad o deve t
437. ncia acerca de uma Nas palavras do Alexy 2008 p 108 O caminho que vai do princ pio isto do direito prima facie at o direito definitivo passa pela defini o de uma rela o de prefer ncia Mas a defini o de uma rela o de prefer ncia segundo a lei de colis o a defini o de uma regra Nesse sentido pos s vel afirmar que sempre que um princ pio for em ltima an lise uma raz o decisiva para um ju zo concreto de dever ser est o esse princ pio o fundamento de uma regra que representa uma raz o definitiva para esse ju zo concreto Em si mesmos princ pios nunca s o raz es definitivas Essa tese encontra grande aceita o no Pa s Em especial a jurisprud ncia do Supremo Tribunal Federal est repleta de julgados em que a t cnica decis ria se valeu da aplica o de pondera o sopesamento para que se decidisse a quest o A t tulo de exemplo cite se o HC 82 424 RS BRASIL 2004 caso Ellwanger em que a ado o do procedimento da pondera o foi expressamente defendida por julgadores como crit rio para a corre o racional dos argumentos empregados Como exemplo veja se o que escreveu o relator do ac rd o Min Maur cio Corr a E nesses casos h necessidade de proceder se a uma pondera o jur dico consti tucional a fim de que se tutele o direito prevalente Cabe ao int rprete harmonizar os bens jur dicos em oposi o como forma de garanti
438. ndices de viol ncia conv vio Sufrimos pues de libertad y no de crisis BECK 2006 p 10 O crime organizado e armado que tamb m conta com o envolvimento de adolescentes a omiss o prolon gada do Estado e a situa o de pobreza da maior parte da nossa popula o parecem compor um cen rio pouco favo r vel para se trabalhar com e a partir da utopia BAZ LIO KRAMER 2011 p 120 A respeito vide o estudo historiogr fico de MOTA 2008 p 339 395 8 Revista de Informa o Legislativa diuturno com casos de tortura e d ficits sociais profundos tem se de considerar que esses fatores t m de traduzir a capacidade anal tica de identificar que na realidade brasileira se colhem os ind cios da falta de consolida o de uma consci ncia sobre o valor do respeito dignidade da pessoa humana aos direitos e igualdade encontrando se a elementos que tra am o prec rio est gio de consolida o dos valores contidos nas normas de direitos humanos Por isso os desafios consolida o democr tica e cultura dos direitos humanos s o in meros Nessa medida o diagn stico hist rico e em p rico permite identificar evid ncias a respeito da incompletude do processo de moderniza o na realidade brasileira Apesar do tema dos direitos humanos vir ganhando for a e com preens o enfrentar desafios e alcan ar maior relev ncia no desenho de in meras institui es sociais h
439. ndividualismo dos dominantes s o autoriza es para a ocupa o de terras extensas e para as quais se procura produtividade lucro e controle e cicatrizes do nosso car ter com sua peculiar capacidade de conviver em meio a tend n cias diferentes e mesmo contradit rias de comportamento WEFFORT 2012 p 216 De um lado ela moderna e eletr nica mas de outro uma chave antiga e trabalhada pelos anos DAMATTA 1986 p 19 10 Mesmo em seus melhores momentos a obra realizada no Brasil pelos portugueses teve um car ter mais acentuado de feitoriza o do que de coloniza o HOLANDA 2004 p 107 HA respeito vide FONSECA SEELANDER 2008 2 Os dois trechos seguintes s o significativos a respeito que patriarcalismo para ele tem a ver com o fato de que n o existem limites autoridade pessoal do senhor de terras e escravos N o existe justi a superior a ele como em Portugal era o caso da justi a da 10 Revista de Informa o Legislativa A hist ria do republicanismo n o foi capaz de construir cidadania em suas origens e a pr pria hist ria da democracia de recente significa o entre n s e n o soma mais do que um punhado de d cadas Seu car ter recente e ainda t mido fortalece a tese de que a democra cia pol tica apesar de ser importante conquista insuficiente elemento para fazer face a todos os demais d ficits acumulados por uma hist ria marcada por gen
440. nfigura um limite sindicabilidade judicial No entanto a dificuldade maior n o est na defini o in abstracto do m rito administrativo mas sim naquilo que in concreto se subsumiria ou n o no referido conceito nessa ambitude que medram as principais controv rsias e as sucessivas tentativas de estreitamento do conceito de m rito administrativo Em outras palavras h um consider vel con senso no sentido de que o m rito administrativo consiste num ju zo de conveni ncia e oportunidade mas aquilo que se considera conveniente e oportuno tem variado ao longo do tempo em face do incremento dos par metros de controle Analisemos portanto os fatores que t m contribu do para a redu o da discricionariedade administrativa e o consequente estreitamento do conceito de m rito do ato administrativo 3 Evolu o do conceito de m rito do ato administrativo A teoria do desvio de poder d tournement de pouvoir elaborada pelo Conseil d tat franc s foi um dos primeiros fatores de redu o da discricionariedade administrativa pois a partir dela passou se a admitir um controle sobre a finalidade do ato Nesse exame busca se verificar se a autoridade administrativa usou legitimamente de sua compet ncia ou se o fez com o intuito de beneficiar ou prejudicar algu m A essa luz a Administra o n o pode escudar se na alega o de conveni ncia e oportunidade para praticar atos que desbordam da finalidade de aten dime
441. nico do artigo 2 da Lei n 7 347 1985 caso os pedidos estejam limitados s diferentes compet ncias territoriais dos respec tivos ju zos e iii que poss vel a litispend ncia entre a es civis p blicas ajuizadas pelo mesmo substituto processual Uma interpreta o teleol gica do instituto da litispend ncia em conson ncia com os valo res consagrados pela Constitui o Federal n o permite outra conclus o 4 Natureza e fundamento constitucional da litispend ncia Julgado o m rito de determinada demanda sua repeti o torna se vedada pelo ordenamen to N o s para evitar julgamentos antag nicos mas tamb m porque repetir diversas vezes a mesma lide abusar do direito de acesso ao Poder Judici rio e ao mesmo tempo violar frontalmente o princ pio do juiz natural art 5 LIII e XXXVII da CF 88 caso a repetida demanda seja ajuizada perante ju zo diverso O direito de acesso justi a ou princ pio da inafastabilidade da jurisdi o direito de cunho marcadamente institucional e normativo Institucional porque para ser efetivado requer a cria o e manuten o de institui es pr prias para sua aplica o o Poder Judici rio e norma tivo porque sua realiza o ocorre por meio da lei Essa mesma lei pode limit lo quando entrar em conflito com outros princ pios constitucionais SILVA 2011 p 52 A jurisprud ncia do Supremo Tribunal Federal posiciona se exata mente nesse sent
442. nido no Voto do Ministro Celso de Mello Examino agora Senhor Presidente tema que intimamente associado ao presente debate constitucional concerne ao rele vant ssimo papel que incumbe ao Supremo Tribunal Federal desempenhar no plano da jurisdi o das liberdades o de rg o investido do poder e da responsabilidade institucional de proteger as minorias contra eventuais excessos da maioria ou ainda contra omiss es que imput veis aos grupos majorit rios tornem se lesivas em face da in rcia do Estado aos direitos daqueles que sofrem os efeitos perversos do preconceito da discrimina o e da exclus o jur dica BRASIL 2011 p 845 Ao conferir ao art 1 723 do C digo Civil uma esp cie de interpreta o ativa conforme Constitui o a Corte mediante um Voto condutor racional e com discurso inteligentemente mesclado de negac es met foras e meton mias lan ou novas luzes democracia brasileira com o realce da necess ria observ ncia do pluralismo A releitura da Constitui o respaldada nos novos tempos obviamente n o cria uma identidade constitucional definitiva porquanto perduram as diferen as de entendimento e vis o de mundo na sociedade brasileira mas evidencia que o aperfei oamento de escolhas tarefa beneficamente aberta e ininterrupta Isto enfim o que foi brilhantemente alcan ado pelo STF e tamb m a seu turno pelo mestre Michel Rosenfeld 2003 p 114 O id
443. no 51 N mero 203 jul set 2014 93 dia 20 de junho que alegou a responsabilidade pol tica do Presidente Lugo pelos acontecimen tos na fazenda Campos Morombi tendo 76 votos a 1 na C mara e 42 a 3 no Senado com apoio das bancadas parlamentares dos partidos P tria Querida e Liberal Radical Aut ntico A acusa o feita pela C mara dos Depu tados descreveu os atos do governo de Lugo como negligente e irrespons vel e alegou mau desempenho das fun es do cargo o que esta ria levando ao caos e instabilidade pol tica a Rep blica do Paraguai O documento de acusa o pontuou que a perman ncia de Lugo na Presid ncia colocava em grave risco a conviv ncia pac fica do povo paraguaio e a vig ncia dos direitos e das garan tias constitucionais DEPUTADOS 2012 A acusa o ao Presidente Lugo pode ser descrita em alguns pontos determinantes STOCHERO GUILHERME 2012 1 Ter v nculos com movimentos sociais 2 Autorizar o uso das depend ncias do Co mando de Engenharia das For as Armadas da Na o em 2009 para um ato pol tico 3 Autorizar o uso de for as militares contra colonos em um conflito de terras localizadas em Nacunday departamento do Alto Paran 4 N o colocar em pr tica uma pol tica eficaz para diminuir a viol ncia 5 Falta de rea o diante da morte dos 11 camponeses e seis policiais no enfrentamento de Curuguaty 6 Apoiar o protocolo regional sobre o com promisso com a dem
444. normas constitucionais O art 4 da Constitui o da Col mbia reflete com precis o esse postulado ao enunciar que la Constituci n es normas de normas En todo caso de incompatibilidad entre la Constituci n y la ley u otra norma jur dica se aplicar n las disposiciones constitucionales Assim os atos normativos mormente os oriundos do Parlamento est o sujeitos compatibilidade normativa constitucional sob pena de Para Lu s Roberto Barroso 2011 p 23 duas premissas s o normalmente identifi cadas como necess rias exist ncia do controle de constitucionalidade a supremacia e a rigidez constitucionais A supremacia da Constitui o revela sua posi o hier rquica mais elevada dentro do sistema que se estrutura de forma escalonada em diferentes n veis ela o fundamento de validade de todas as demais normas Por for a dessa supremacia nenhuma lei ou ato normativo na verdade nenhum ato jur dico poder subsistir validamente se estiver em desconformidade com a Constitui o Ano 51 N mero 203 jul set 2014 185 serem declarados void nulos na express o de John Marshall Para tanto subsistem dois modelos no que tange responsabilidade pelo controle de constitucionalidade o pol tico supremacia pol tica e o jurisdicional supremacia judicial No controle pol tico basta pensar que a fiscaliza o constitucional deve repousar sobre um rg o pol tico Foi na Franga com efeit
445. ns o do Paraguai de julho de 2012 a mar o de 2013 as exporta es do pa s para o Mercosul aumentaram em 28 para US 1 bilh o Para o Brasil o crescimento foi de 30 As exporta es totais do Paraguai no mesmo per odo aumentaram 1 2 e as exporta es do Paraguai para o Mercosul representam 26 do total PEREIRA 2013 E de outro modo as rela es bilaterais da Venezuela com o Brasil tamb m afetam o ingresso visivelmente irrevers vel apesar das cr ticas e da oposi o do Paraguai Com o fim da suspens o do Paraguai no Mercosul o Brasil retomou para si a viabiliza o diplom tica de retorno do pa s ao bloco ainda que a rejei o indicada no discurso do novo presidente eleito demonstrasse a necessidade de rodadas maiores de negocia o e algumas concess es a serem feitas com o objetivo de parceria estrat gica A entrada da Venezuela no bloco representa uma amplia o da ca pacidade de influ ncia dos pa ses da regi o sobre parceiros comerciais como os Estados Unidos e a Uni o Europeia A instabilidade gerada pela crise da suspens o do Paraguai e pela entrada da Venezuela no bloco normalizou se no dia 18 de dezembro quando a C mara dos Deputados do Paraguai aprovou majoritariamente com 48 votos do Partido do Colorado do Presidente Horacio Cartes o protocolo de ades o da Venezuela no Mercosul j sancionado pelo Senado Importante ressaltar que os legisladores do Partido Liberal principal grupo de oposi
446. nte aplic vel 2 O regime jur dico da litispend ncia entre a es civis p blicas conforme o artigo 2 par grafo nico da Lei n 7 347 1985 A litispend ncia nada mais do que o estado de pend ncia litis pendentia no latim de uma lide ainda n o definitivamente resolvida pelo Poder Judici rio DINAMARCO 2004 p 49 Uma vez julgada definitivamente a demanda o estado de lide pendente esvanece se e surge a coisa julgada A veda o ao ajuizamento de nova lide id ntica na verdade um efeito atribu do litispend ncia pelo direito positivo com o prop sito de racionalizar e otimizar a presta o 8STJ 3 se o Rel Min Napole o Nunes Maia DJE Data 15 12 2010 Por lide id ntica referimos nos uma nova deman da com o fim de produzir os mesmos resultados pr ticos de outra anteriormente ajuizada A finalidade do instituto da litispend ncia evitar o bis in idem o julgamento repetido a respeito do mesmo bem da vida e assim deve ser inter pretado DINAMARCO 2004 p 62 jurisdicional evitando a exist ncia de julga mentos antag nicos acerca do mesmo bem jur dico litigioso Por isso n o a litispend ncia como afirmam alguns primordialmente uma defesa processual A pend ncia simult nea de lides que visem ao mesmo resultado pr tico levou o legislador a instituir a exce o de litispend ncia no intuito de racionalizar o sistema A principal aplica o pr t
447. nte da an lise mas tamb m necess rio afirmar que a demo cracia n o deve confundir se com o vandalis mo a desordem e os epis dios mais funestos do confronto do Estado com manifestantes de rua Nas ocasi es em que duas linguagens completamente opostas se encontram na rua n o h media o poss vel no processo de de senvolvimento e fortalecimento dos la os de mocr ticos No entanto a luta pela democracia atualiza se na considera o de que superando o individualismo e a despolitiza o que se avan a na constru o da cidadania mas n o o vandalismo nem o descontrole an rquico e violento que tornam poss vel a constru o de novos horizontes de possibilidades pol ticas A democracia tem a ver n o somente com a exist ncia de oposi o e com a altern ncia de poder nas institui es democr ticas como tamb m tem a ver com a possibilidade da mo biliza o social e da participa o cidad na conforma o da l gica do conv vio deliberativo onde todos e cada um se sintam integrados ao processo de constru o do que de interesse comum por isso a democracia n o algo 186 apenas formal Assim mais que revezamento social o mais diretamente poss vel sem preju zo das compet ncias constitucionais no processo das escolhas p blicas e na execu o das prioridades eleitas FREITAS TEIXEIRA 2011 p 11 adem s el hincapi en la constituci n del inter s p blico al i
448. nterior de los espacios de formulaci n de las pol ticas p blicas y fuera de ellos puede contribuir a combatir uma tend ncia hoy not ria en Brasil referida a la creciente despolitizaci n de la participaci n de la sociedad civil De esta manera su involucramiento en las pol ticas p blicas en el cuadro de la confluencia perversa mencio nada anteriormente tende a hacer que las tareas de gesti n del Estado pasen a tomar el lugar y agotar el significado de la pol tica Rescatar y reforzar ese significado en la disputa en el debate y en la deliberaci n en torno a la constituci n del inter s p blico es la tarea fundamental de la sociedad civil DAGNINO 2002 p 393 86 cc Les nc gt O processo democr tico n o meramente processo nem meramente formal O processo democr tico n o meramente processo porque tamb m um tipo importante de justi a distributiva uma vez que ajuda a determinar a entre grupos pol ticos legendas ou partidos a vida democr tica pres sup e abertura do debate p blico democr tico qualificado e seu exer c cio por meios e canais existentes desde que leg timos e limitados possibilidade de realiza o de pr ticas violentas O protesto pac fico e a passeata nas ruas a delibera o p blica a publica o da cr tica s o os meios pelos quais se exerce a possibilidade da liberdade democr tica que certamente porque democr tica n o ilimitada nem irrestrita
449. ntido estrito Resultam da concep o social do Estado S o tidos como direitos sociais por excel ncia Est o concebidos com o prop sito de atenuar desigualdades de fatos na sociedade visando ensejar que a liberta o das necessidades aproveite ao gozo da liberdade efetiva por um maior n mero de indiv duos O seu objeto consiste numa utilidade concreta bem ou servi o MENDES COELHO BRANCO 2007 p 249 2 A respeito da legitimidade das decis es judiciais ver A epistemologia do direito Le gitimidade na decis o judicial T tulo original The problems of jurisprudence POSNER 2007 p 166 205 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 127 o deslocamento de recursos para atender a demandas individuais algumas extremamente onerosas para o er rio como tratamentos m dicos ou o fornecimento de determinados medicamentos Apesar de as considera es de pol ticas or ament rias serem essenciais na defini o das pol ticas p blicas elas n o podem afastar a normativida de do direito fundamental sa de H uma obriga o positiva do Poder P blico e quando este se furta de garantir sua realiza o tal atitude abre espa o para a interven o do Judici rio Como veremos as interven es do Poder Judici rio s o determinan tes para a realiza o do direito sa de por m essa interven o por meio das decis es judiciais apresenta limites cujos par metros ainda n o foram fixados principalmente quand
450. nto ao interesse p blico o que veio a subtrair tais atos do conceito de m rito administrativo A teoria dos motivos determinantes representou mais um passo rele vante na redu o da discricionariedade administrativa Consoante a cl ssica defini o de Hely Lopes Meirelles 2003 p 193 grifo nosso 2 O conceito de m rito no Direito Administrativo reveste a maior import ncia de vez que permite pela discrimina o de um elemento integrante de certos atos administrativos e isento do controle jurisdicional delimitar a determinado ngulo o mbito desse controle sobre a Administra o P blica FAGUNDES 1951 p 1 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 145 a teoria dos motivos determinantes funda se na considera o de que os atos administrativos quando tiverem sua pr tica motivada ficam vincu lados aos motivos expostos para todos os efeitos jur dicos Tais motivos que determinam e justificam a realiza o do ato e por isso mesmo deve haver perfeita correspond ncia entre eles e a realidade Mesmo os atos discricion rios se forem motivados ficam vinculados a esses motivos como causa determinante de seu cometimento e se sujeitam ao confronto da exist ncia e legitimidade dos motivos indicados Havendo desconfor midade entre os motivos determinantes e a realidade o ato inv lido A essa luz a teoria dos motivos determinantes aplica se assim aos atos discricion rios como aos vinculados e tanto aos
451. nto de medicamentos tratamentos m dicos ou qualquer outro tipo de insumo des tinado manuten o da vida mesmo quando n o se encontre presente na lista de medicamen tos disponibilizados pelo SUS independente de seu custo possibilitar a interven o do Judici rio sem que isso caracterize ofensa ao princ pio da separa o dos poderes Intricado problema surge quando h con flito entre demandas de sa de de primeira necessidade de um nico indiv duo e deman das de sa de de primeira necessidade de uma coletividade Sabe se que a reserva do poss vel n o fala apenas da limita o de recursos mas tamb m do fato de que h um or amento que finito e que a obten o de um rem dio por um pode inviabilizar que outras centenas tenham acesso a tratamentos indispens veis manuten o de suas vidas Isso tamb m viola o direito sa de e vida desses outros O ideal seria que a Administra o P blica disponibilizasse recursos suficientes para salvaguardar todas as vidas todavia sabe se que isto n o poss vel Por conseguinte em situa es limites como esta o Judici rio deve no caso a caso verifi car as condi es f ticas e jur dicas abalizado pelos princ pios do m nimo existencial e da veda o do retrocesso e mediante ju zo de pondera o escolher entre uma e outra op o 4 A assist ncia sa de em Ouro Preto O Sistema nico de Sa de SUS em Ouro Pret
452. nto perfilha do pela professora Luciana Gaspar Melqu ades 2011 segundo a qual o conte do essencial do 2 pode se perceber claramente uma n tida ten d ncia das sociedades contempor neas juridiciza o em um momento em que cada vez mais a resolu o de conflitos se transfere ao judici rio com a diminui o do espa o do judici rio em sociedades claramente confrontadas com cada vez mais conflitos na esfera econ mica e social e tamb m conflitos respeitantes vis es particulares de mundo a aus ncia de canais democr ticos de express o das diferen as implica a supervaloriza o do jur dico como meio de organiza o das rela es sociais e de solu o de conflitos KOZICKI 2012 p 78 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 137 direito sa de a preserva o do direito vida portanto sempre que esta for colocada em risco devido recusa da Administra o P blica em prestar assist ncia m dica o Judici rio estar legitimado a intervir para garantir a sua efetividade independentemente dos custos para os cofres p blicos e sem que tal interven o importe em ofensa ao princ pio da separa o dos poderes J em rela o s demandas de sa de de segunda necessidade quando houver conflito com outras garantias caber ao Judi ci rio ponderar quanto a sua preced ncia em rela o aos demais direitos bem como a capacidade f tica e jur dica do ente p blico em disponibilizar o bem
453. ntr rio do norte americano concede Comiss o de Valores Mobili rios por o maior de compet ncia regulamentar CAMINHA CARVALHO 2009 p 374 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 295 propriedade e controle Esse fen meno justifica a cria o de pol ticas adotadas pelo Estado incluindo a manuten o de uma Comiss o de Valores Mobili rios Tabela 7 Fiscaliza o pela Comiss o de Valores Mobili rios Sociedade an nima de capital fechado Sociedade an nima aberta Sem fiscaliza o Com fiscaliza o A cria o de uma sociedade an nima de capital aberto se d por meio de uma escritura p blica a qual submetida aprecia o da junta comercial antes de ser encaminhada junto com extenso rol de docu mentos para a bolsa de valores sob a supervis o da CVM A exig ncia de cumprimento de etapas burocr ticas na junta comercial a nosso ver n o estritamente necess ria O registro da sociedade an nima em dois rg os distintos representa duplicidade de obriga es que poderiam ser evitadas se houvesse uma maior racionalidade administrativa Refor a esse entendimento a extin o do Departamento Nacional do Registro do Com rcio DNRC e sua substitui o pelo Departamento de Registro Empresarial e Integra o DREI rg o vinculado Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presid ncia da Rep blica A supervis o das jun tas comerciais a partir de agora ser feita por rg o de
454. ntre valores contesta a qu es de manera definitiva mejor Principios y valores son por tanto lo mismo contemplado en un caso bajo un aspecto deontol gico y en otro caso bajo un aspecto axiol gico Esto muestra con claridad que el problema de las relaciones de prioridad entre principios se corresponde con el problema de una jerarqu a de valores ALEXY 1988 p 145 1 O que se acabou de afirmar corresponde exatamente ao modelo de princ pios A diferen a entre princ pios e valo res reduzida assim a um ponto Aquilo que no modelo de valores prima facie o melhor no modelo de princ pios prima facie devido e aquilo que no modelo de valores definitivamente o melhor no modelo de princ pios de finitivamente devido Princ pios e valores diferenciam se portanto somente em virtude de seu car ter deontol gico no primeiro caso e axiol gico no segundo No direito o que importa o que deve ser Isso milita a favor do modelo de princ pios Al m disso n o h nenhuma dificuldade em se passar da constata o de que determinada solu o melhor do ponto de vista do direito constitucional para a constata o de que ela constitucionalmente devida Se se pressup e a possibilidade dessa transi o ent o perfeitamente poss vel na argumenta o jur dica partir de um modelo de valores em vez de partir de um modelo de princ pios ALEXY 2008 p 153 no Brasil em especial nos Tribuna
455. ntrole constitucional Lembra Mu oz inclusive que a Corte Constitucional reconheceu essa legitimidade tamb m pessoa jur dica conforme a Sentencia C 003 93 do Magistrado Ponente Alejandro Caballero MUNOZ 2000 p 72 Por m o que realmente caracteriza a a o p blica de inconstitucionali dade que a qualidade de cidad o requisito suficiente para manej la COLOMBIA 2000 Traduz na vis o de Em lia Reguera 2006 un derecho de participa ci n pol tica como una de las herramientas m s preciadas para realizaci n del principio de democracia participativa uma medida pr tica dado que n o requer tantas formalidades at porque dificultaria o objetivo da faculdade normativa consistente em permitir maior participa o dos cidad os na defesa da Constituic o Nos termos do art 2 do Decreto n 2 067 de 1991 a a o p blica de inconstitucionalidade pode ser apresentada por escrito necessitando para o seu processamento declinar o objeto demandado ou seja as normas consideradas inconstitucionais e transcrev las na ntegra os preceitos que est o sendo transgredidos expor o conte do das disposi es constitu cionais que contendem com as normas demandadas apresentar as raz es pelas quais a Corte Constitucional competente para examinar a quest o Assim poder a a o p blica de inconstitucionalidade ser examinada pelo Tribunal Constitucional Em todo caso o exame desses pressupostos n
456. nveni ncia e oportunidade mas em conveni ncia e oportunidade pro porcionais e razo veis porquanto o ju zo irrazo vel ou desproporcional de conveni ncia ou de oportunidade inconstitucional Dessarte todos os aspectos do ato administrativo incluidamente os ju zos de conveni ncia e de oportunidade que comp em o m rito do ato discricion rio devem passar pelos testes da proporcionalidade e da razoabilidade Na pr tica o que s vezes irrefletidamente costuma fazer o julgador embora afirme ao final da an lise global de todos os aspectos do ato admi nistrativo que n o pode sindicar a conveni ncia e a oportunidade do ato administrativo visto que o m rito deste insindic vel pelo Judici rio Com efeito s depois de uma an lise global completa e irrestrita de todos os aspectos do ato administrativo inclusivamente a conveni ncia e a oportunidade que o juiz pode afirmar se o ato ou n o razo vel e proporcional e por conseguinte o que pode e o que n o pode modificar no ato administrativo Como se poderia afirmar que o m rito do ato insindic vel pelo Judici rio que o controle da razoabilidade e da pro porcionalidade n o incide sobre o m rito conveni ncia e oportunidade se o juiz tem de examinar primeiro o ato como um todo para s ent o dizer se ele ou n o proporcional e razo vel 1 Esse v cio l gico ou terminol gico aparece bem evident
457. o Editora Renovar 2006 TEPSICH Mar a Bel n Cargas probatorias din micas In WHITE In s L pori Coord Cargas probatorias din micas Santa F Editora Rubinzal Culzoni 2008 p 153 167 THEODORO J NIOR Humberto Aspectos processuais da a o de responsabilidade por erro m dico Revista dos Tribunais n 760 fev 1999 S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 1999 p 40 48 VALLEJOS Juan Carlos Cargas probatorias din micas aproximaciones conceptuales especial referencia a la culpa m dica In WHITE In s L pori Coord Cargas probatorias din micas Santa F Editora Rubinzal Culzoni 2008 p 455 478 V ZQUEZ BARROS S rgio Responsabilidad civil de los m dicos Val ncia Editora Tirant to Blanc 2009 VENOSA S lvio de Salvo Direito civil responsabilidade civil 3 ed S o Paulo Editora Atlas 2003 v 4 WHITE In s L pori Cargas probatorias din micas In WHITE In s L pori Coord Cargas probatorias din micas Santa F Editora Rubinzal Culzoni 2008 p 35 73 ZULIANI nio Santarelli Invers o do nus da prova na a o de responsabilidade civil fundada em erro m dico In NERY J NIOR Nelson NERY Rosa Maria Andrade Co ord Doutrinas essenciais responsabilidade civil direito fundamental sa de S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 2010 p 399 432 v 5 PTN 270 Revista de Informa o Legislativa Resenha Legislativa da Consultoria Legislativa do Senado Fede
458. o que o controle pol tico mais se desenvolveu BONAVIDES 2007 p 299 Tendo em conta a hist rica desconfian a em rela o aos ju zes resolveu se outorgar ao Senado o papel de guardi o da Constitui o malgrado tenha Siey s proposto a cria o desde o in cio da Jurie Constitutionnaire Sobre esse ponto Edilson Nobre 2010 p 9 ensina que essa cautela em rela o ao judici rio franc s se deu por dois motivos primeiro porque havia uma tens o entre os Estados Gerais e o Parlamento o que significava um obst culo s reformas de Lu s XVI segundo porque a concep o da doutrina de separa o dos poderes na Fran a diferenciava se da norte americana na medida em que se entendia que o judici rio n o poderia julgar os demais poderes exatamente por causa da independ ncia Posteriormente criou se o Comit Constitucional com a Lei M xima de 1946 At que em 1958 nasceu o Conseil Constitutionnel incumbido de preservar de maneira preventiva a constitucionalidade das normas O Conselho Constitucional era composto por nove membros mais os ex presidentes da Rep blica sendo tr s nomeados pelo Presidente outros tr s pela Assembleia Nacional e os ltimos tr s pelo Presidente do Senado O controle seria exercido perante as elei es presidenciais e parlamentares bem como de maneira preventiva promulga o de um texto legislativo ou de um tratado internacional mediante o envio do diploma normativo pelo Presiden
459. o a responder algumas cr ticas feitas s class actions Mais recentemente foi promulgado o Class Ac tion Fairness Act de fevereiro de 2005 Esta recente lei sem alterar as Federal Rules of Civil Procedure promoveu severas altera es no tocante s a es de classe em mat ria de consumo limitando as possibilidades de escolha da corte na qual a a o seria proposta situa o conhecida como forum shopping e criou mecanismos tendentes a garantir satisfa o concreta do consumidor lesado individualmente O Class Action Fairness Act dadas as espe cificadades da Federa o norte americana e da arquitetura legal das class actions limitou a possibilidade de forum shopping transferindo s cortes federais a compet ncia para julgar as class actions propostas contra r us domiciliados fora do Estado Membro no quala a o foi proposta A Suprema Corte norte americana julgou constitucional e aplicou a legisla o citada na 2 GOL 2008 TAM 2009 forma acima descrita no caso Standard Fire Ins Co v Knowles ESTADOS UNIDOS 2013 Pensando justamente em impedir o forum shopping o legislador alterou o artigo 253 inciso II do C digo de Processo Civil por interm dio da Lei n 11 280 2006 passando tal dispositivo a asseverar que o processo ser distribu do por depend ncia quando tendo sido extinto o pro cesso sem julgamento de m rito for reiterado o pedido ainda que em litiscons rcio com outros aut
460. o ano de 1957 referente a uma a o de enriquecimento il cito de um funcion rio p blico conhecido como caso Per n Juan Domingo WHITE 2008 p 71 A doutrina da carga probat ria din mica foi lan ada pelo autor no artigo Lineamentos de las cargas probatorias din micas republicado na obra coletiva Cargas probatorias din micas PEYRANO WHITE 2008 A doutrina de Pac fico 2011 p 222 231 sustenta que doutrinas antigas entre as quais a de Bentham e Demogue j utilizavam essa t cnica para regular a distribuig o do nus probat rio No mesmo sentido o entendimento de Grande 2005 p 45 Em termos de responsabilidade civil por culpa m dica segundo Airasca 2008 p 135 o primeiro caso de aplicabilidade prov m de um julgamento em primeira inst ncia do Distrito da cidade de Rosario confirmado pela C mara de Apela o em 1978 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 257 n o realiza o da prova ou da sua insufici ncia deixa de recair sobre a parte legalmente destinada a realizar a prova mas que assim n o o fez no curso da instru o de forma satisfat ria por absoluta impossibilidade de faz lo para incidir sobre a outra parte que estava em melhores con di es f ticas profissionais t cnicas ou econ micas para sua produ o portanto com possibilidade de realiz la entretanto assim n o o fez por mera estrat gia processual in rcia enquanto a parte contr ria n o se desincumbe de
461. o constitucional na Col mbia e o poder pol tico do cidad o diante da Corte Constitucional Paulo Maycon Costa da Silva Rosenfeld e a decis o do STF sobre a uni o homoafetiva Leonardo Mundim Litispend ncia entre a es civis p blicas luz do artigo 16 da Lei n 7 347 1985 Ricardo Quartim de Moraes Os Direitos Sociais e a Teoria da Justi a de John Rawls Dilmanoel de Araujo Soares Responsabilidade civil m dica Distribui o do nus da prova e a teoria da carga probat ria din mica Alessandro Carlo Meliso Rodrigues Resenha Legislativa da Consultoria Legislativa do Senado Federal 273 Op es e custos do exerc cio da atividade econ mica Leonardo Garcia Barbosa O Decreto n 8 243 2014 e os desafios da consolida o democr tica brasileira Eduardo C B Bittar livre docente e doutor professor associado do Departamento de Filosofia e Teoria Geral do Direito da Faculdade de Direito da Universidade de S o Paulo Foi Presidente da Associa o Nacional de Direitos Humanos ANDHEP 2009 2010 pesquisador e 2 vice presidente da Associa o Brasileira de Filosofia do Direito e Sociologia do Direito ABRAFI EDUARDO C B BITTAR Sum rio 1 Democracia lei e modernidade incompleta 2 Democracia lei e tradi o autorit ria 3 Democracia lei e assimetrias sociais 4 Democracia lei e desconfian a social 5 Democracia lei e instabilidades sociais 6 Democracia lei e partici
462. o de consumo n o se confunde com mercado assistencial S o ontol gica e axiolo gicamente distintos Na rela o de mercado de consumo o fornecedor n o pode por raz es legais e situa es l citas negar a efetua o do neg cio na eventualidade de o consumidor aceitar a oferta do produto ou do servi o ofe recido e disponibilizar a retribui o necess ria pagamento Ou seja o fornecedor n o pode negar a venda do produto ou servi o oferecido ao mercado Na rela o de assist ncia m dico paciente o profissional est autorizado com exce o de casos de urg ncia e iminente perigo de morte a negar atendimento por quest es de ordem pessoal e profissional No mercado assistencial assim pode ser leg tima a negativa do profissional liberal m dico em realizar o atendimento por raz es ticas ou por n o do minar determinada especialidade por exemplo Tamb m n o se confundem pacientes com consumidores por terem realidades objetivas distintas os servi os m dicos s o prestados por necessidade doen a ou preven o ou conveni ncia est tica gerando obriga o intuitu personae que se diferenciam caso a caso pelos riscos particularizados dos pacientes pelas distintas expectativas de resultado e pelas circunst ncias subjetivas de cada paciente O consumidor ao contr rio adquire o bem ou o servi o por conveni ncia de forma volunt ria para satisfa o de uma expectativa pessoal FARAH 2010 p 3
463. o de fundos p blicos e privados e outros instrumentos econ micos e por fim por meio da delega o de atribui es e de a es administrativas de um ente federativo a outro A Lei Complementar n 140 11 determina que o licenciamento ambien tal seja realizado em nica esfera federativa art 13 A Resolu o do CO NAMA n 237 97 ao contr rio exigia que a realiza o do licenciamento ambiental pelo rg o competente fosse precedida do exame t cnico dos demais entes interessados Com efeito o significado do adjetivo comum na Constitui o Federal inconfund vel com as conota es que se reconhecem aos vo c bulos concorrente e simult neo Por outro lado a analogia entre as compet ncias legislativas do art 24 CF e as administrativas do art 23 CE n o se justifica por qualquer crit rio cient fico ou acad mico de que possa partir o eventual int rprete por serem ontologicamente distintas Observe se que a prote o do meio ambiente ao mesmo tempo mat ria da compet ncia concorrente art 24 inciso VI e mat ria de com pet ncia comum art 23 inciso VI Entretanto o significado do adjetivo comum na Constitui o Federal inconfund vel com as conota es que Ano 51 N mero 203 jul set 2014 47 se reconhecem aos voc bulos concorrente e simult neo por serem a compet ncia comum ea concorrente ontologicamente distintas por essa raz o deve se tratar de
464. o desafio Nesse sentido a supera o da tradi o autorit ria passa pela dilui o do resto de for as ainda consentidas e abertas aos ventos retr grados do passado antiliberal truculento e perverso que decorre do legado moribundo mas ativo da rec m desvanecida Ditadura Civil Militar brasileira 1984 completando 35 anos de ditadura que serviram para consolidar uma nova forma de domina o VIOLA 2008 p 73 74 5 evemos em conta uma das caracter sticas mais decisivas da ditadura brasileira sua legalidade aparente ou para ser mais preciso sua capacidade de reduzir a legalidade dimens o da apar ncia Uma ditadura que se servia da legalidade para transformar seu poder soberano de suspen der a lei de designar terroristas de assassinar opositores em um arb trio absolutamente traum tico TELES SAFATLE VLADIMIR 2010 p 251 16 No caso do Brasil os direitos humanos s o tratados como conquistas dos movimentos sociais em suas lutas contra a sociedade pol tico militar e suas diferentes mani festa es de autoritarismo Seus defensores traziam consigo como meta ut pica uma democracia compreendida como uma cultura socialmente compartilhada pela sociedade e voltada para a produ o da igualdade e da justi a social ou seja os direitos humanos em sua dimens o indivis vel VIOLA 2008 p 67 68 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 11 preciso vencer os resqu cios do
465. o dinamizador do SUS con dicionada pela evolu o hist rica e organiza o do sistema de sa de no Brasil A velocidade de expans o da Sa de da Fam lia comprova a ades o de gestores estaduais e muni cipais aos seus princ pios Iniciado em 1994 apresentou um crescimento expressivo nos ltimos anos A consoli da o dessa estrat gia precisa entretanto ser sustentada por um processo que permita a real substitui o da rede b sica de servi os tradicionais no mbito dos munic pios e pela capacidade de produ o de resultados positivos nos indicadores de sa de e de qualidade de vida da popula o assistida BRASIL s d Ano 51 N mero 203 jul set 2014 133 um enfermeiro um t cnico em enfermagem e um agente comunit rio de sa de para cada 150 fam lias O Munic pio de Ouro Preto conta hoje com 9 nove equipes de sa de na sede do Munic pio e 10 dez equipes nos seus 13 treze Distritos OURO PRETO s d com cobertura de 100 da popula o OLIVEIRA LANA 2013 O PSF tem se mostrado de grande utilidade uma vez que tem pro piciado um uso mais efetivo dos demais modelos de assist ncia sa de no Munic pio pois resolve aqueles casos de menor gravidade sem que o paciente tenha que procurar a Unidade de Pronto Atendimento UPA ou o Hospital da Santa Casa de Miseric rdia Al m disso atua na preven o de in meras doen as o que pode ser entendido como uma forma de racionalizar os investimentos na sa
466. o direta de inconstitucionalidade por falta de aditamento da peti o inicial No informativo de jurisprud ncia n 721 do Supremo Tribunal Federal per odo de 23 a 27 de setembro de 2013 foi veiculado o julgamento do RE 468 140 PE Rel Min Ricardo Lewandowski que se orientou precisamente nesta linha 220 Revista de Informa o Legislativa A corrente que sustenta a inaplicabilidade da nova reda o do artigo 16 da Lei n 7 347 1985 por ser imposs vel desenhar os limites subjetivos da coisa julgada de acordo com a compet ncia do rg o prolator tamb m n o tem prosperado Desde o julgamento do Recurso Especial n 293 407 SP posteriormente ratificado em diversas ocasi es mormente nos Em bargos de Diverg ncia no Recurso Especial n 411 529 SP o Superior Tribunal de Justi a tem sistematicamente recha ado a tese A propalada not cia de que a posi o do Superior Tribunal de Justi a teria se alterado no julgamento do Recurso Especial n 1 243 887 PR n o condiz com o conte do da decis o da Corte e mais parece ser sintoma de uma leitura apressada do julgado De fato nele n o se discutiu a aplicabilidade em tese do artigo 16 da Lei n 7 347 1985 mas apenas a interpreta o de t tulo executivo forma do em sede de a o civil p blica ajuizada em benef cio de correntistas no qual ficou expressamente afastada a aplica o de tal dispositivo proclamando se a ocorr ncia de efeitos nacionais Nesse caso j for
467. o do CARE sobre a vin cula o do rg o legalidade estrita pode ser estudada sob o prisma jur dico h fundamento jur dico para isso mas tamb m pode ser objeto de exame da an lise comportamental Em 5 de fevereiro de 2013 o site Conjur em not cia intitulada CARF para atividades devido a a es populares informou o seguinte Os julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais o Carf do Minist rio da Fazenda est o parados nesta ter a feira 5 2 O rg o ltima inst ncia administrativa para disputas com o fisco federal alvo de dezenas de a es populares ajuizadas por um ex procurador federal da Advocacia Geral da Uni o contra a Uni o e empresas que foram ab solvidas no colegiado da Fazenda Pede se nas a es inclusive a cita o pessoal de conselheiros do Carf Nesta ter a os conselheiros se reuniram e decidiram suspender os julga mentos Houve a decis o de retirar os processos de pauta por causa da inseguran a existente explica o auditor fiscal e conselheiro do Carf Paulo Jakson Ele conta que o receio que julgando novos casos os conselheiros deem mais muni o para novas a es CAN RIO 2013 Nessas a es populares questionavam se os fundamentos t cnicos de decis es proferidas pelo CARE alegava se omiss o arrecadat ria e pedia se a anula o dos julgamentos Em algumas dessas a es a Procuradoria da Fazenda Nacional ao oferecer contesta o
468. o e a pol mica decorreu do fato de que o regramento do imposto era claro Ficaram vencidos tr s dos conselheiros que parti ciparam do julgamento inclusive a conselheira relatora que baseou seu voto no princ pio da legalidade nos seguintes termos N o se pode olvidar outrossim que a Administra o Tribut ria se sub mete ao princ pio da estrita legalidade e em existindo lei ou legisla o Criado pela Medida Provis ria n 449 de 2008 convertida na Lei n 11 941 de 27 de maio de 2009 e instalado pelo Ministro de Estado da Fazenda em 15 2 2009 mediante a Portaria MF n 41 de 2009 Esse rg o sucedeu o Conselho de Contribuintes do Minist rio da Fazenda criado pelo Decreto 16 580 de 4 de setembro de 1924 gt A primeira composta pelas Delegacias da Receita Federal de Julgamento Ano 51 N mero 203 jul set 2014 121 complementar que disponha sobre determinado tributo e contribui es n o h como afast la pois a atividade de lan amento vinculada e obrigat ria sob pena de responsabilidade funcional art 142 par grafo nico CTN A fun o deste Colegiado verificar se a exig ncia tribut ria foi efetuada nos termos da lei BRASIL 2006 A corrente majorit ria no entanto rejeitou essa argumenta o com fundamento na circunst ncia de que o Supremo Tribunal Federal estaria consolidado no sentido de afastar a cobran a nesses casos Essas frequent ssimas discuss es no mbit
469. o em que desponta o indicador de uma juventude alerta para os ndices de insatisfa o social e desejos de realiza o de compromissos democr ticos em torno de direitos A aus ncia de democracia tem promovido os excessos que impedem o fortalecimento da esfera p blica em seu sentido mais aut ntico pois uma esfera p blica ainda marcada pela excessiva presen a do com rcio do marketing pela l gica da intersubjetividade estrat gica e instrumen tal apenas favorece o enfraquecimento de a possibilidade da a o social distribui o dos recursos cruciais do poder e da autoridade e dessa forma influencia a distribui o de todos os outros recursos cruciais DAHL 2012 p 277 7 O cen rio de incertezas vem colhendo de perto inclusive todo o debate sobre o constitucionalismo contempor neo Estas circunst ncias apontam para o desfazimento de certezas iluministas modernas institucionais apontando para a fragmenta o do locus tradicional do que se convencionou chamar Estado nacional da sua pol tica e de suas estrat gias de atua o MORAIS 2007 p 580 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 29 politicamente relevante ter impacto na vida social Ainda uma esfera p blica marcada pela viol ncia atenta contra a possibilidade de entradas integradoras e fortalecedoras de v nculos e a es convergentes Nesse sentido seja a reifica o da esfera p blica pelos instrumentos do dinheiro e do poder econ mico
470. o est estruturado no modelo assistencial do Programa de Sa de da Fam lia PSF que consiste na distribui o de equipes respons veis pelo acompanhamento de um determinado n mero de fam lias em regi es estrategica mente divididas O n mero de pessoas sob a responsabilidade de cada equipe varia entre 2 400 e 4 000 usu rios sendo que cada uma delas composta por no m nimo um m dico 3 Ver posicionamento de Canotilho quanto aos di reitos sociais e o dever correlato do Estado em Estudo sobre direitos fundamentais 2008 e a entrevista dada ao consultor jur dico Pol tica p blica n o pode ser decidida por tribunal 2011 2 A Sa de da Fam lia entendida como uma estrat gia de reorienta o do modelo assistencial operacionalizada mediante a implanta o de equipes multiprofissionais em unidades b sicas de sa de Estas equipes s o respons veis pelo acompanhamento de um n mero definido de fam lias localizadas em uma rea geogr fica delimitada As equipes atuam com a es de promo o da sa de preven o recu pera o reabilita o de doen as e agravos mais frequentes e na manuten o da sa de desta comunidade A respon sabilidade pelo acompanhamento das fam lias coloca para as equipes sa de da fam lia a necessidade de ultrapassar os limites classicamente definidos para a aten o b sica no Brasil especialmente no contexto do SUS A estrat gia de Sa de da Fam lia um projet
471. o mesmo resultado pr tico se sobrepo nha haver risco de decis es conflitantes Tal risco continua existindo na hip tese de uma das demandas j ter sido julgada em primeira inst ncia Como ensina C ndido Rangel Dinamarco 2004 p 172 a suspens o do processo por prejudicialidade externa tamb m uma forma de evitar decis es conflitantes Havendo rela o de prejudicialidade suspende se o processo que vei cula a causa prejudicada ou seja aquele no qual o julgamento dependa do que no outro se decidir Por esse modo quer a lei evitar decis es conflitantes e poss veis questionamentos da senten a que julgar a causa prejudicial cujo conte do decis rio deve prevalecer como premissa para o julgamento da prejudicada Tal dispositivo plenamente aplic vel a es civis p blicas na esteira da jurisprud ncia do Superior Tribunal de Justi a Igualmente o TRF3 j determinou a suspens o de a o civil p blica exatamente na forma aqui proposta Uma delas j havia sido julgada em primeira inst ncia e a outra n o O Tribunal determinou a suspens o da ltima at que a primeira transite em julgado Interessante notar nesse julgado que a suspens o n o ficou limitada a um ano na forma do 5 do art 265 do CPC BRASIL 1973 Aparentemente o princ pio da razo vel dura o do processo cede em face da necessidade de evitar decis es contradit rias em a es civis p blicas Temos de concordar Refer
472. o profissional m dico adquire a incumb ncia de participar efetivamente da busca da verdade material poss vel aportando para os autos todos os elementos probat rios de que disp e para demonstrar a veracidade das afirma es contidas na sua peti o de defesa contribuindo efetivamente por meio de uma conduta probat ria ativa que seja capaz de influenciar decisivamente na solu o justa da causa sob pena de sofrer os efeitos da sucumb ncia diante do estado de d vida do julgador acerca da verdade dos fatos Em termos infraconstitucionais o sistema processual n o diverge e tamb m encontra substrato normativo apto a acolher a teoria da carga probat ria din mica O artigo 125 inciso I do C digo de Processo Civil expresso em determinar que no desenvolvimento do processo compete ao juiz assegurar s partes igualdade de tratamento BRASIL 1973 Como j exposto um dos pilares da teoria da carga probat ria din mica justamente a busca pela igualdade substancial entre as partes litigantes Nos mesmos termos relacionados aos poderes conferidos ao juiz para o desenvolvimento do processo curial consignar tamb m a positiva o do princ pio da livre aprecia o das provas conforme o exposto no artigo 131 Ainda imprescind vel mencionar que o C digo de Processo Civil considera nos termos do artigo 14 como deveres das partes expor os fatos em ju zo conforme a verdade inciso I e proceder com lealdade e co
473. o que li mita a discricionariedade do agente e possibilita o controle judicial Mesmo que a interpreta o desses conceitos jur dicos indeterminados normalmente n o conduza a uma nica solu o aceit vel perante o Direito ela tem o cond o de eliminar v rias solu es inadmiss veis o que j reduz o grau de discricionariedade A esse prop sito existem duas concep es b sicas uma corrente origin ria da Alemanha e encampada pela doutrina e jurisprud ncia espanhola gra as sobretudo ades o de Garc a de Enterr a e Tom s Ram n Fern ndez susten ta que os conceitos jur dicos indeterminados conduzem sempre a uma nica interpreta o correta enquanto outra advoga a possibilidade de mais de uma interpreta o correta ao cabo do processo interpretativo de clarifica o dos conceitos jur dicos indeterminados A teoria da solu o nica se aceita condu ziria possibilidade de substitui o da decis o administrativa pela decis o judicial proferida ap s o controle do ato administrativo pois assim como nos casos de redu o da discricio nariedade a zero haveria sempre uma nica decis o juridicamente correta Tal teoria no entanto juridicamente inaceit vel Com efeito a teoria da solu o nica parte da falsa premissa de que a verdade absoluta ating vel pela raz o humana e pelo Direito Nada obstante desde a Gr cia antiga moeda corrente na filosofia que a verdade absoluta n o
474. o se ao juiz o dever de solucionar a lide segundo uma regra de julgamento pr determinada Assim como ao juiz n o permitido escusa no julgamento da causa non liquet ou seja o julgador n o pode se abster do julgamento por n o forma o de sua convic o pessoal restar como medida subsidi ria o dever de aplica o da regra abstra ta legalmente prevista para solucionar o entrave em desfavor da parte que tinha o encargo da prova do fato alegado e n o o fez a contento com o consequente acolhimento da pretens o da parte contr ria que estava desincumbida do nus probat rio necess rio o aspecto obje tivo abstrato do nus da prova assim direito p blico ligado atividade jurisdicional estatal No regime jur dico brasileiro a distribui o do nus da prova est regulamentada pela regra legal estampada no artigo 333 do C digo de Processo Civil Trata se do acolhimento da teoria de Giuseppe Chiovenda segundo a qual o autor deve provar os fatos que constituem o direito por ele afirmado ao passo que a parte 252 Revista de Informa o Legislativa demandada tem o encargo de provar os fatos impeditivos modificativos ou extintivos do direito do autor Desse modo a distribui o do nus da prova entre autor e demandado realizada segundo a natureza dos fatos invocados e tem como subs trato o princ pio da igualdade pois o encargo de alegar e provar distribui se entre as partes na medida em que estas
475. o se trata de Munic pios de pequeno ou m dio porte onde as restri es financeiras e estruturais s o ainda maiores Este trabalho objetiva debater como se d a concretiza o do direi to sa de no Brasil com foco no caso espec fico de Ouro Preto com seus 70 227 habitantes IBGE 2011 sendo portanto um munic pio de m dio porte que tem caracter sticas capazes de torn lo padr o para o estudo da efetiva o de tal direito em in meros outros Munic pios no Pa s Pretende se por meio deste trabalho contribuir para os pol micos debates que giram em torno do direito social sa de pautando todo o discurso utilizado aqui numa perspectiva que n o trata justi a e efici ncia como express es contradit rias 2 Uma breve abordagem acerca dos direitos fundamentais Os direitos fundamentais s o b sicos podendo se afirmar at mesmo que independem da legisla o estatal para terem efetividade GORCZE VSKI 2009 p 28 Quando tais direitos come aram a ser contemplados pelas Constitui es nos s culos XVIII e XIX foram no de maneira 3 Ademais ser o Estado obrigado a prestar sa de de acordo com padr es m nimos suficiente em qualquer caso para assegurar a efic cia das presta es ou ter o os particulares direito a servi os gratuitos da melhor qualidade equipamento de ltima gera o quarto privativo em hospitais etc Cuida se tamb m neste particular do cl ssico dilema do Es tado social no
476. o trabalho a moradia o lazer a seguran a a previd ncia social a prote o maternidade e inf ncia Em consequ ncia o dever do Estado de garantir tais direitos n o pode ficar indefinidamente dependendo de leis e provid ncias administrativas Da o entendimento de que as normas constitucionais que garantem esses direitos t m que ter um m nimo de efic cia decorrente diretamente da Constitui o Esse outro aspecto da constitucionaliza o do direito administrativo a concretiza o dos direitos sociais deixou de depender inteiramente do direito administrativo leis e atos administrativos podendo ser garantida por decis es judiciais tomadas em casos concretos Nessa linha verifica se atualmente uma intensifica o do controle judicial das omiss es estatais e das pol ticas p blicas migrando do origi nal passivismo ao ativismo O Judici rio assume assim um protagonismo decorrente da necessidade de dar concre o aos direitos sociais agora visualizados como derivantes de normas constitucionais cogentes diante de omiss es prolongadas e antijur dicas da Administra o P blica Nesse sentido confira se ADMINISTRATIVO A O CIVIL P BLICA CONTROLE JU DICIAL DE POL TICAS P BLICAS POSSIBILIDADE EM CASOS EXCEPCIONAIS DIREITO SA DE FORNECIMENTO DE EQUIPAMENTOS A HOSPITAL UNIVERSIT RIO MANIFESTA NECESSIDADE OBRIGA O DO ESTADO AUS NCIA DE VIOLA O DO PRINC PIO DA SEPARA O DOS PODE
477. o um instrumento de hegemonia na regi o e de conten o da Argentina acerca disso ele exemplifica com a constru o da Itaipu Binacional ou mesmo da rela o mais estreita no governo Lula afinando o acordo sobre Itaipu e concedendo maior facilidade na ponte da amizade Para Garcia a crise paraguaia fortaleceu o bloco e aumentou o poder de atra o sobre outros pa ses al m de ressaltar a democracia como tema central A 43 reuni o de C pula do Mercosul realizada em Mendoza Argentina em 28 e 29 de junho de 2012 com objetivo de aperfei oar a integra o entre os pa ses constituintes do bloco emitiu um comunicado conjunto em nome dos presidentes dos Estados Partes para a suspens o do Paraguai mas a decis o se pautou no art 5 do Protocolo de Ushuaia I de forma gen rica nos considerandos da decis o O governo de Federico Franco alegou que o Protocolo de Ushuaia II n o havia sido aprovado pelo Senado paraguaio e portanto n o poderia embasar a decis o do Mercosul Mas o Tribunal Permanente de Revis o do Mercosul argumentou que a base normativa para a decis o de suspens o do Paraguai foi o Protocolo de Ushuaia I Apesar da resist ncia do Congresso no Paraguai ao Protocolo de Ushuaia II poss vel citar as san es descritas no art 5 desse pacto que tamb m serviram de guia para a a o de suspens o do Paraguai Em caso de ruptura ou amea a de ruptura da ordem democr tica em uma Parte do presente
478. oc dio ind gena escravid o da m o de obra negra imperialismo autoritarismo e interrup es da ordem democr tica N o por outra via percebe se que a lei e a democracia assumem ainda sentido banal na determina o dos coeficientes de conv vio dado que nossas matrizes sociais culturais e econ micas est o sedimentadas sobre outros pilares A lei assim fica merc dos desmandos do poder pol tico e pode ser institu da ou cassada conforme a oportunidade pol tica Acima de tudo percebe se que nos fluxos e refluxos dos diversos per odos hist ricos brasileiros mais re centes a despeito da lei que se exerce o poder na Era Vargas 1930 1945 e na Ditadura Civil Militar 1964 1985 num curto per odo de 60 anos o autoritarismo apenas restaura a rela o Igreja que decidia em ltima inst ncia querelas seculares n o existia tamb m poder policial independente que lhe pudesse exigir cumprimentos do contrato SOUZA 2006 p 117 O senhor de terras e escravos era um hi perindiv duo n o o super homem futurista nietzschiano que obedece aos pr prios valores que supostamente cria mas o super homem do passado o b rbaro sem qualquer no o internalizada de limites em rela o aos seus impulsos prim rios SOUZA 2006 p 118 A pr pria proclama o da Rep blica n o significou o estabelecimento de uma pol tica de defesa da cidadania ao contr rio as lutas sociais das duas primeiras d
479. ocial leia se o disposto no at 18 Na cria o de ambientes virtuais de participa o social devem ser observadas no m nimo as seguintes diretrizes I promo o da participa o de forma direta da sociedade civil nos debates e decis es do governo II fornecimento s pessoas com defici ncia de todas as informa es destinadas ao p blico em geral em formatos acess veis e tecnologias apropriadas aos diferentes tipos de defici ncia III disponibiliza o de acesso aos termos de uso do ambiente no momento do cadastro IV explicita o de objetivos metodologias e produtos esperados V garan tia da diversidade dos sujeitos participantes VI defini o de estrat gias de comunica o e mobiliza o e disponi biliza o de subs dios para o di logo VII utiliza o de ambientes e ferramentas de redes sociais quando for o caso VII prioriza o da exporta o de dados em formatos abertos e leg veis por m quinas IX sistematiza o e publi cidade das contribui es recebidas X utiliza o priorit ria de softwares e licen as livres como estrat gia de est mulo participa o na constru o das ferramentas tecnol gicas de participa o social e XI fomento integra o com inst ncias e mecanismos presenciais como transmiss o de debates e oferta de oportunidade para participa o remota BRASIL 2014 Nas palavras de Robert Dahl Defendi a ideia de que o processo democr tico
480. ocracia no MERCOSUL sem ratifica o parlamentar o protocolo de Ushuaia I1 Conforme artigo 225 da Constitui o do Pa raguai de 1992 o julgamento pol tico do Chefe tO Protocolo de Ushuaia 2 prev san es a pa ses em que haja amea as democracia 94 Revista de Informa o Legislativa de Estado feito pelo Senado e o Presidente Lugo confirmou sua submiss o ao julgamento pol tico afirmando que n o iria apresentar sua demiss o antecipadamente mas recorreu ao Supremo Tribunal de Justi a do Paraguai ale gando inconstitucionalidade do procedimento por n o terem sido respeitados os tr mites processuais comuns inclusive quanto ao tempo de prepara o para a defesa Entretanto com dura o de pouco mais de 24 horas Fernando Lugo foi deposto do cargo com 39 votos dos 45 dos senadores no dia 22 de junho de 2012 pelo tribunal de julgamento constitu do no Senado sob a presid ncia de Jorge Oviedo Matto declarando o Presidente Fernando Lugo culpado das acusa es apre sentadas na C mara Assumiu o governo o Vice Presidente poca Federico Franco empossado como novo presidente da Rep blica do Paraguai na mesma noite do dia 22 de junho de 2012 Coloca se em realce que o liberal Federico Franco que assumiu o poder tinha rela o tensa com o pr prio Presidente e assumiu a Presid ncia at agosto de 2013 al m disso ape sar do apoio do Parlamento e do comando das For as Armadas para o pro
481. oes populares gt Acesso em 1 jul 2014 GADAMER Hans Georg Verdade e m todo tra os fundamentais de uma hermen utica filos fica Tradu o de E P Meurer Petr polis Vozes 1999 GRAU Eros Roberto Ensaio e discurso sobre a interpreta o aplica o do direito S o Paulo Malheiros 2002 KNOPFELMACHER Marcelo A tentativa de intimida o ao Carf Movimento de Defesa da Advocacia Dispon vel em lt http www mda org br artigos a tentativa de intimidacao ao carf 43 htm gt Acesso em 1 jul 2014 MAXIMILIANO Carlos Hermen utica e aplica o do direito 19 ed Rio de Janeiro Forense 2007 MICHAEL Jack Distinguishing between discriminative and motivating functions of stimuli Journal of the Experimental Analysis of Behavior v 37 n 1 p 149 155 1982 RACHLIN H Introduction to modern behaviorism 3 ed New York W H Freeman 1991 SKINNER Burrhus Frederic Ci ncia e comportamento humano Tradu o de J C Todorov amp R Azzi 11 ed S o Paulo Martins Fontes 2007 SKINNER Burrhus Frederic Conting ncias de refor o Tradu o de Rachel Moreno S o Paulo Abril Cultural 1980 SKINNER Burrhus Frederic Sobre o behaviorismo Tradu o de Maria da Penha Villalobos 10 ed S o Paulo Cultrix 2006 SKINNER Burrhus Frederic The Behavior of Organisms New York Appleton Century Crofts 1938 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 125 O Estado Democr tico de Direito e a efeti
482. oimbra Editora Coimbra 2009 Reimpress o C digo de processo civil anotado 2 ed Coimbra Editora Coimbra 2008 2v GAGLIANO Pablo Stolze PAMPLONA FILHO Rodolfo Novo curso de direito civil res ponsabilidade civil S o Paulo Editora Saraiva 2003 v 3 GAL N CORT S Julio C sar Responsabilidad civil m dica 3 ed Pamplona Editora Civitas Thomson Reuters 2011 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 267 GON ALVES Carlos Roberto Direito civil responsabilidade civil 5 ed S o Paulo Editora Saraiva 2010 v 4 Responsabilidade civil 8 ed S o Paulo Editora Saraiva 2003 GRANDE Maximiliano Garc a Las cargas probatorias din micas Inaplicabilidad Rosario Editorial Juris 2005 KFOURI NETO Miguel Responsabilidade civil do m dico 7 ed S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 2010 Responsabilidade civil dos hospitais S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 2010 Culpa m dica e nus da prova S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 2002 A responsabilidade civil do m dico In NERY J NIOR Nelson NERY Rosa Maria Andrade Coord Doutrinas essenciais responsabilidade civil direito fundamental sa de S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 2010 p 607 644 v 5 LEGUISAM N H ctor E La necesaria madurez de las cargas probatorias din micas In WHITE In s L pori Coord Cargas probatorias din micas Santa F Editora Rubinzal Culzoni 2008 p 109 124
483. omens que ceifam vidas de mulheres nas m os de justiceiros que praticam o exterm nio socialmente consentido em sa das de jogos de futebol em que torcidas se procuram para embates fatais nas regras do crime organizado que pratica justi a paralela nas carceragens que vivem por regras pr prias nas m os de criminosos que violentam e praticam a desor dem social 4 Democracia lei e desconfian a social A partir da constata o de que nas ltimas tr s d cadas as taxas de viol ncia por 100 mil habitantes apenas vieram evoluindo no Pa s de se considerar que a democracia n o conse guiu consolidar um modelo de conv vio sufi cientemente capaz de impregnar no cotidiano o respeito dignidade da pessoa humana como 2a condi o atual dos direitos humanos ao contr rio dos discursos oficiais revela se mais como car ncia e conflito do que como efetividade mais como pot ncia do que ato mais como promessa do que pol tica p blica VIOLA 2008 p 56 Aqui os conflitos tendem a tomar a forma total e lutas de exterm nio pela impossibilidade de negocia o que poderia limit lo a propor es parciais Deste modo n o apenas a pobreza material e a escassez que se constitui como fator explicativo b sico do horizonte moral do dependente mas especialmente a sua pobreza espiritual moral e simb lica em sentido amplo que transforma a viol ncia no nico c digo leg timo SOUZA 2006 p
484. omp em tendo personalidade jur dica pr pria inclusive patrim nio distinto e nome empresarial Na sociedade limitada por exemplo os s cios respondem de forma limitada pelas obriga es sociais A limita o da responsabilidade favore ce o empreendedorismo gerando um benef cio maior sociedade em geral que o eventual custo suportado por credores de determinada sociedade falida A exist ncia legal do empres rio pessoa jur dica tem in cio com a inscri o do ato cons titutivo no registro de empresas averbando se todas as suas altera es Nesse caso conside ramos imprescind vel o registro em virtude de seus efeitos perante terceiros Al m das citadas consequ ncias previstas para o empres rio indi vidual irregular a irregularidade do empres rio pessoa jur dica implica a responsabilidade ili mitada do titular ou dos s cios pelas obriga es da pessoa jur dica A constitui o de uma sociedade um jogo de confian a entre os s cios de car ter cont nuo e duradouro PIMENTA 2008 p 250 2 A sociedade empres ria assume atualmente duas das cinco formas admitidas pelo Direito Comercial a de uma sociedade limitada ou a de uma sociedade an nima COELHO 2002 p 64 primordial para o economista e para o jurista o estudo das sociedades limitadas e das socie dades an nimas principais expoentes do direito societ rio brasileiro PIMENTA 2008 p 247 33 Art 45 Come a a exist nci
485. onceito de m rito no direito administrativo Revista de Direito Administrativo Rio de Janeiro v 23 p 1 19 jan mar 1951 O controle dos atos administrativos pelo Poder Judici rio 3 ed Rio de Janeiro Forense 1957 FARIA Edimur Ferreira de Controle do m rito do ato administrativo pelo Judici rio Belo Horizonte Forum 2011 297 p FARIA Luiz Alberto Gurgel de Controle da constitucionalidade na omiss o legislativa instrumentos de prote o judicial e seus efeitos Curitiba Juru 2001 173 p FILGUEIRAS J NIOR Marcus Vin cius Conceitos jur dicos indeterminados e discriciona riedade administrativa Rio de Janeiro Lumen Juris 2007 FREITAS Juarez Discricionariedade administrativa e o direito fundamental boa adminis tra o p blica S o Paulo Malheiros 2007 143 p GORDILLO Agust n Tratado de derecho administrativo 7 ed Belo Horizonte Buenos Aires Fundaci n de Derecho Administrativo Del Rey 2003 Tomo 1 GRAU Eros O direito posto e o direito pressuposto S o Paulo Malheiros 2002 GUERRA S rgio Controle judicial dos atos regulat rios Rio de Janeiro Lumen Juris 2005 Discricionariedade t cnica e ag ncias reguladoras uma abordagem em sede doutrin ria e pretoriana In OS RIO F bio Medina SOUTO Marcos Juruena Villela FONS 162 Revista de Informa o Legislativa Coord Direito administrativo estudos em homenagem a Diogo de Figueiredo Moreira Neto Rio de Janeiro
486. oncess o de servi os de telefonia fixa comutada grifo nosso 12 STJ 32 Se o Rel Min Og Fernandes DJE Data 4 6 2009 224 Revista de Informa o Legislativa Entretanto n o h como desconsiderar o fato de que essa n o tem sido a posi o dos Tribunais Superiores a respeito da litispend n cia entre a es civis p blicas Podemos criticar e discordar de tal linha hermen utica mas n o ignor la N o h prop sito em uma ci ncia do direito processual instrumental por natureza que n o considere a aplicag o pr tica do direito pelos tribunais mesmo que seja para criticar tal aplica o Antes de tal cr tica fixemos a seguinte pre missa para a jurisprud ncia p tria o artigo 2 par grafo nico da LACP aplica se tamb m s hip teses de litispend ncia entre a es civis p blicas Disso conclu mos que o regime jur dico da conex o e da litispend ncia entre a es civis p blicas parcialmente distinto daquele pre visto no C digo de Processo Civil BUENO 2003 p 135 145 A primeira diferen a patente que apesar de a compet ncia para processo e julgamento de a es civis p blicas ser absoluta confor me decorre do caput do artigo 2 da Lei n 7 347 19852 o par grafo nico desse disposi tivo permite a modifica o de compet ncia em virtude de conex o e segundo a jurisprud ncia de litispend ncia Outra importante diferen a quanto ao regime codificado refere se ao f
487. oncreto Regras e princ pios igual mente devem ser submetidos a uma avalia o argumentativa que leve o ordenamento jur dico a s rio e permita identificar qual norma entre aquelas aplic veis ser aplicada ao final Regras e princ pios igualmente apresentam car ter prima facie e podem constituir se ao final da argu menta o na raz o de decidir O crit rio proposto para distinguir regras e princ pios portanto discursivo Regras e princ pios diferenciam se na medida em que estes Y Para tanto fundamental que o decisor saiba que a pr pria composi o estrutural do ordenamento jur dico mais complexa que a de um mero conjunto hierarquizado de regras em que acreditava o positivismo jur dico ordenamento de regras ou seja de normas aplic veis maneira do tudo ou nada porque capazes de regular as suas pr prias condi es de aplica o na medida em que portadoras daquela estrutura descrita por Kelsen como 174 Revista de Informa o Legislativa possuem m ltiplas possibilidades de aplica o a situa es indetermina das quer dizer princ pios n o regulam suas condi es de aplica o Em contrapartida regras tendem a indicar sobre que casos concretos incidir o DWORKIN 1978 p 22 28 Evidentemente ao se indicar que as regras procuram regular suas condi es de aplica o n o se adota aqui a postura criticada ver se que ao descrever abstratamente a situa o de aplica o
488. onhecimento social gerador de maior inclus o poss vel o que ele denominou democracia econ mica Explica se Como o dom nio pol tico estatal est cada vez mais distante do campo econ mico j que deixa de transmitir ao mercado as prefer ncias dos eleitores seria necess rio cogitar valores que permitam controlar a esfera econ mica independentemente dos influxos pol ticos Isto apenas seria alcan ado caso a esfera eco n mica pudesse por si mesma identificar seus problemas e mudar seus destinos por meio da democracia econ mica na qual todo cidad o teria o direito de se fazer ouvir em tal campo Em ltima an lise tratar se ia da necessidade de uma regula o econ mica preocupada com a preserva o de valores econ micos pr prios daquela sociedade Outra vis o aquela colocada pela nova economia institucional onde desenvolvimento econ mico significa desenvolvimento das ins titui es NORTH 1990 mas que hoje sofre um grande debate entre os te ricos ligados ao assunto principalmente em rela o i ao pa pel do Direito em contraposi o aos m todos informais de controle social como fator deter minante de resultados sociais e econ micos em Estados em desenvolvimento ii exist ncia de barreiras culturais pol ticas e econ micas implementa o de reformas institucionais que levem ao desenvolvimento naquelas na es iii ao tipo de reforma que deveria ser levada a cabo e iv aos atores capacit
489. onstitucionalida de que tramitam no Tribunal existe um similar procedimento configu rado pela admiss o do tr mite o pronunciamento do Procurador Geral a interven o dos cidad os registro do pronunciamento do magistrado propositor e expedi o da senten a 4 Participa o na jurisdi o constitucional compara o entre os sistemas colombiano e brasileiro No Brasil o cidad o n o participa e nunca participou diretamente do controle abstrato de constitucionalidade Desde a proclama o da independ ncia em 1822 at a promulga o da Constitui o Federal de 1988 n o havia o que dizer sobre o efetivo controle concentrado de constitucionalidade brasileiro verdade po r m que com a Emenda Constitui o 16 de 26 de novembro de 1965 se introduziu a a o gen rica de inconstitucionalidade No entanto s o Procurador Geral da Rep blica poderia prop la E mais cabia ao mesmo com ampla discricionariedade examinar a pertin ncia do seu ajuizamento BARROSO 2011 p 182 Percebe se consequentemente que pouco se avan ou em rela o jurisdi o constitucional nesse per odo marcado pelo cerceamento da cidadania perpetrada pela ditadura militar Agora com a Constitui o Federal de 1988 rompeu se o monop lio do Procurador Geral da Rep blica Da o controle concentrado de constitucionalidade realizado perante o Supremo Tribunal Federal passou 2 Para Lu s Roberto Barroso 2011 p
490. onstitutivo da UNA SUL sobre Compromisso com a Democracia configurando uma amea a de ruptura or dem democr tica ao n o respeitar o devido processo legal Os governos da UNASUL avaliar o em que medida ser poss vel continuar a coopera o no marco da integra o sul americana ARRAIS 2012 Marco Aur lio Garcia 2013 traz em seu artigo Paraguai Brasil e o Mercosul que a evo lu o do processo de integra o sul americana adotou cl usulas democr ticas para enfrentar situa es cr ticas passadas pela regi o Garcia era assessor especial de Assuntos Internacionais da Presid ncia do Brasil poca A Declara o de Las Le as de 27 de junho de 1992 explicitou que a plena vig ncia das institui es democr ticas indispens vel para o desenvolvimento do Mercosul O Protocolo de Ushuaia L assinado em 1998 no mbito no Mercosul tem por finalidade a manuten o das institui es democr ticas como condi o indis pens vel para a exist ncia e desenvolvimento do bloco Importante salientar que o Protocolo foi assinado por outros pa ses latino americanos que de alguma forma participam desse processo de integra o O Paraguai como membro do Mercosul assinou junto com os demais membros al m da 98 Revista de Informa o Legislativa Bol via e da Rep blica do Chile o Protocolo de Ushuaia I que de forma a reiterar a Declara o Presidencial de Las Le as afirma em seu art 2
491. oord Cargas probatorias din micas Santa F Editora Rubinzal Culzoni 2008 p 13 18 Nuevos lineamentos de las cargas probatorias din micas In Santa F Editora Rubinzal Culzoni 2008 p 19 24 La doctrina de las cargas probatorias din micas y la m quina de impedir em materia jur dica In Santa F Editora Rubinzal Culzoni 2008 p 75 97 Dela carga probatoria din mica embozada a su consagraci n legislativa In Santa F Editora Rubinzal Culzoni 2008 p 169 173 RAMBALDO Juan Alberto Cargas probat rias din micas um giro epistemol gico In Santa F Editora Rubinzal Culzoni 2008 p 25 34 RANGEL Rui Manuel de Freitas O nus da prova no processo civil 3 ed Coimbra Editora Almedina 2006 A repara o judicial dos danos na responsabilidade civil um olhar sobre a jurispru d ncia 3 ed Coimbra Editora Almedina 2006 RIZZARDO Arnaldo Responsabilidade Civil responsabilidade m dica Cap tulo XXVII Rio de Janeiro Editora Forense 2005 RODRIGUES Silvio Direito Civil responsabilidade civil 13 ed S o Paulo Editora Saraiva 1993 v 4 RUZAFA Beatriz S Las cargas probatorias din micas en juicio ejecutivo In WHITE In s L pori Coord Cargas probatorias din micas Santa F Editora Rubinzal Culzoni 2008 p 367 403 SANSEVERINO Paulo de Tarso Vieira Responsabilidade civil no c digo do consumidor e a defesa do fornecedor 2 ed S o Paulo Editora Sarai
492. or neo devem estar na pauta de discuss o dos processos de socializa o democr ticos E isso porque Honneth afirma se a liberdade individual designa primeiramente e sobretudo o ser consigo mesmo no outro ent o a justi a das sociedades modernas se mede pelo grau de sua capacidade de assegurar a todos os seus membros em igual medida as condi es dessa experi ncia comunicativa e portanto de possibilitar a cada indiv duo a participa o nas rela es da intera o n o desfigurada HONNETH 2007 p 78 79 Sobre o preciso conceito de sofrimento de indetermina o Honneth afirma e os conceitos com os quais ele procura caracterizar tais patologias sociais s o express es do diagn stico da poca tais como solid o vacuidade ou abatimento que podem ser colocadas conjuntamente sob o denominador comum de sofrimento de indetermina o HONNETH 2007 p 74 22 Revista de Informa o Legislativa apesar de a atual quadra hist rica favorecer um cen rio de profundas instabilidades agrava se entre n s a situa o de que nos situamos numa sociedade agressiva autorit ria desigual injusta onde as m ltiplas formas de ofensas e abusos nos n veis moral psicol gico patri monial social e cultural tornam imposs vel a progressiva constru o de uma esfera p blica organizada pujante e livre al m de plural pois os desest mulos ao conv vio s o de tantas or
493. orense Universit ria 1991 SHEPPARD Steve The Selected Writings and Speecher of Sir Edward Coke Indianapolis Liberty Fund 2003 v 1 SOUZA Marcelo Alves Dias de Do precedente judicial s mula vinculante Curitiba Juru 2006 REGUERA Em lia Gir n El control de constitucionalidad en Colombia Cizur Menor Thomson Aranzadi 2006 ZULUAGA Luis Ociel Casta o Anotaciones sobre la jurisdicci n constituicional co lombianca en la carta pol tica de 1991 Dikaion Chia Universidade de La Sabana 2007 WERKMEISTER Christian H Jurisdicci n constitucional y derechos fundamentales en Alemania y Colombia una comparaci n Tese de gradua o Universidad Santo Tom s Bogot 2006 TN 204 Revista de Informa o Legislativa Rosenfeld e a decis o do STF sobre a uni o homoafetiva Leonardo Mundim advogado e conselheiro da OAB DF Professor titular do Centro Universit rio de Bras lia UniCEUB Especialista em An lise da Constitucionalidade UnB UNILEGIS LEONARDO MUNDIM Sum rio 1 Introdu o 1 1 A tem tica de Michel Rosenfeld 1 2 A possibilidade de avalia o da decis o do Supremo Tribunal Federal luz do texto de Rosenfeld 2 A natureza e o resultado pr tico da decis o do STF 3 As conex es dial gicas espec ficas entre Rosenfeld e o STF 4 Conclus es 1 Introdu o 1 1 A tem tica de Michel Rosenfeld No brilhante ensaio intitulado A Identidade do Sujeito Consti
494. ores ou que sejam parcialmente alterados os r us da demanda BRASIL 2006 Voltando ao nosso espec fico tema n tido que uma coisa seria ajuizar a mesma ac o em localidades diferentes com pedido de efeitos limitados compet ncia do Ju zo prolator em respeito ao quanto previsto no artigo 16 da LACP Outra muito diferente ajuizar a mesma a o em foros diferentes requerendo em todas a concess o de efeitos nacionais Como visto nesta segunda hip tese n o est o os presentes os fundamentos para a apli ca o do artigo 2 par grafo nico da Lei n 7 347 1985 Por m est presente uma abund n cia de motivos aptos a justificar a incid ncia do C digo de Processo Civile a extin o sem reso lu o de m rito da segunda a o civil p blica Em s ntese segundo o ordenamento ju r dico vigente n o pode o mesmo substituto processual ajuizar diversas a es civis p blicas de efeitos nacionais id nticas em ju zos dife rentes at lograr convencer algum a deferir integralmente seu pedido Nesta linha o TRF da 5 Regi o j expressamente proibiu a repeti o de a es civis p blicas id nticas Ao contr rio nada impede diversas a es civis p blicas que busquem o mesmo resul tado pr tico cujos efeitos estejam limitados compet ncia territorial do ju zo prolator de 21 TRES REO 200881000126907 DJE Data 29 9 2011 Rel Des Fed Niliane Meira Lima Ano 51 N mero 203 jul set 2
495. oria 2000 C 562 00 htm gt Acesso em 15 jul 2014 Control de constitucionalidad de decreto declaratorio de conmocion interior etapas en la historia del derecho constitucional colombiano sobre la competencia Sentencia C 802 02 Magistrado Ponente Dr Jaime C rdoba Trivi o DJe 2 out 2002 Bogot Corte Constitucional de la Rep blica de Colombia 2002 Dispon vel em lt http www cortecons titucional gov co relatoria 2002 c 802 02 htm gt Acesso em 15 jul 2014 Proceso de responsabilidad fiscal demanda de inconstitucionalidad contra el art culo 19 de la ley 610 de 2000 por la cual se establece el tr mite de los procesos de responsabilidad fiscal de competencia de las contralor as Sentencia C 131 03 Magistrado Ano 51 N mero 203 jul set 2014 203 ponente Dr Manuel Jose Cepeda Espinosa DJe 18 fev 2003 Bogot Corte Constitucional de la Rep blica de Colombia 2003 Dispon vel em lt http www corteconstitucional gov co relatoria 2003 C 131 03 htm gt Acesso em 15 jul 2014 Accion publica de inconstitucionalidad ineptitud del cargo por afectaci n de la autonom a universitaria Sentencia C 032 08 Demanda de inconstitucionalidad contra el art culo 131 parcial de la Ley 100 de 1993 Magistrado Ponente Dr Marco Gerardo Monroy Cabra DJe 23 jan 2008 Bogot Corte Constitucional de la Rep blica de Colombia 2008 Dispon vel em lt http www corteconstitucional gov co relatoria 2008 C 03
496. orre na sociedade an nima Um aspecto interessante do regramento jur dico da sociedade limitada que o s cio respons vel pela integraliza o de todo o capital social incluindo as quotas n o integralizadas pelos demais s cios Essa caracter stica implica maior custo de monitoramento do patrim nio dos demais s cios pois o s cio ter que arcar com a integraliza o de parcelas do capital devidas pelos outros s cios Caso o s cio n o integralize a quota ele 5 Art 1 055 O capital social divide se em quotas iguais ou desiguais cabendo uma ou diversas a cada s cio BRASIL 2002 Art 1 076 Ressalvado o disposto no art 1 061 e no 1 do art 1 063 as delibera es dos s cios ser o tomadas I pelos votos correspondentes no m nimo a tr s quartos do capital social nos casos previstos nos incisos V e VI do art 1 071 II pelos votos corres pondentes a mais da metade do capital social nos casos previstos nos incisos II III IV e VIII do art 1 071 BRASIL 2002 7 Art 1 055 1 Pela exata estima o dos bens conferidos ao capital social res pondem solidariamente todos os s cios at o prazo de cinco anos da data do registro da sociedade BRASIL 2002 Na sociedade an nima a responsabilidade limitada permite que os s cios invistam na sociedade sem monitorar ou controlar os atos dela t o de perto COOTER ULEN 2010 p 155 No caso em tela o s cio tem que mon
497. os rg os ou entidades representativas podem opinar sobre a mat ria examinada Desse modo podem ajuizar a o direta de inconstitucionalidade e a o direta de constitucionalidade a Presidente da Rep blica b Mesa do Senado Federal c Mesa da C mara dos Deputados d Mesa das Assembleias Legislativas ou da C mara Legislativa do Distrito Federal e Governador f Procurador Geral da Rep blica g Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil h Partido Pol tico com representa o no Congresso i Confedera o sindical ou entidade de classe Para a conforma o e a aplica o do direito processual resultam consequ ncias especiais Os instrumentos de informa o dos ju zes constitucionais n o apesar mas em raz o da pr pria vincula o lei devem ser ampliados e aperfei oados especialmente no que se refere s formas gradativas de participa o e pr pria possibilidade de participa o no processo constitucional especialmente nas audi ncias e nas interven es Devem ser desenvolvidas novas formas de participa o das pot ncias p blicas pluralistas enquanto int rpretes em sentido amplo da Constitui o O direito processual constitucional torna se parte do direito de participa o democr tica A interpreta o constitucional realizada pelos ju zes pode se tornar correspondentemente mais el stica e ampliativa sem que se deva ou possa chegar a uma identidade de posi es com a interpreta
498. os In Re Aircrash Near Peixoto de Azevedo Eastern District Court of New York Case 1 07 md 01844 BMC JO DJ 28 mar 2008 Dispon vel em lt http s conjur com br dl Decisao EUA Gol pdf gt Acesso em 20 ago 2014 LARENZ Karl Metodologia da Ci ncia do Direito 6 ed Lisboa Funda o Calouste Gulbenkian 2012 LEITE Carlos Henrique Bezerra Inexist ncia de litispend ncia entre a o coletiva para tutela de interesses individuais homog neos substitui o processual e a o individual Revista TST Bras lia v 74 n 3 jul set 2008 GRINOVER Ada Pellegrini Da Coisa Julgada In GRINOVER Ada Pellegrini et al C digo brasileiro de defesa do consumidor comentado pelos autores do anteprojeto 7 ed Rio de Janeiro Forense 2001 MAZZILLI Hugo Nigro A defesa dos interesses difusos em ju zo 17 ed S o Paulo Saraiva 2004 MEIRELLES Hely Lopes WALD Arnold MENDES Gilmar Ferreira Mandado de segu ran a e a es constitucionais 34 ed S o Paulo Malheiros 2012 SALLES Carlos Roberto Class Actions algumas premissas para compara o Revista de Processo S o Paulo ano 34 n 174 p 215 236 ago 2009 SILVA Virg lio Afonso da Direitos fundamentais conte do essencial restri es e efic cia 2 ed S o Paulo Malheiros 2011 TAM Linhas A reas Ricardo Tazoe v Tam Airlines District Court Southern District of Florida Case 1 07 cv 21941 MGC DJ 21 ago 2009 Dispon vel em lt http s con
499. os do bloco e ltimo obst culo para a plena integra o da Venezuela e a reinser o plena do Paraguai A posi o ora assumida uma possibildiade de novas discuss es para um acordo de livre com rcio entre o Mercosul e a Uni o Europeia al m de novas parcerias comerciais importantes que fortalecem o Mercosul Refer ncias ARRAIS Amauri Julgamento de Lugo amea a ordem democr tica no Paraguai diz Una sul Globo 22 jun 2012 Dispon vel em lt http g1 globo com mundo noticia 2012 06 julgamento de lugo ameaca ordem democratica no paraguai diz unasul html gt Acesso em 20 ago 2014 108 Revista de Informa o Legislativa BRASIL Decreto n 7 225 de 01 de julho de 2010 Promulga o Protocolo de Assun o sobre Compromisso com a Promo o e a Prote o dos Direitos Humanos do Mercosul assinado em Assun o em 20 de junho de 2005 Di rio Oficial da Uni o Bras lia 2 jul 2010 Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil_03 _Ato2007 2010 2010 Decreto D7225 htm gt Acesso em 22 jul 2014 CANTANH DE Eliane O que houve no Paraguai foi ruptura pol tica e n o golpe diz es pecialista Folha de S Paulo S o Paulo 1 jul 2012 Dispon vel em lt http www1 folha uol com br mundo 2012 07 1113402 o que houve no paraguai foi ruptura politica e nao golpe diz especialista shtml gt Acesso em 22 jul 2014 CARTES Horacio Pa s quer ficar no bloco afirma presidente eleito Folha de S Paulo
500. os no sentido de estabelecer um nico Tribunal Constitucional cujo escopo seria realizar exclusivamente a jurisdi o constitucional Ent o por meio da Constitui o Pol tica de 1991 instituiu se a Corte Constitucional qual a Lei M xima confiou la guarda de la integridad y supremac a de la Constituci n nos precisos termos do art 239 da vigente Carta Pol tica Dessa maneira na presente quadra da hist ria compete Corte Constitucional predominantemente o exerc cio da jurisdig o constitucional Isso porque tanto a Suprema Corte quanto o Conselho de Estado permanecem funcionando como ju zes constitucionais Assim o controle segue sendo difuso uma vez que as a es de inconstitucionalidades con tra os decretos norma secund ria produzidos pelo Governo Nacional s o examinadas pelo Conselho de Estado Do mesmo modo todos os ju zes consoante disp e o art 86 da Carta Pol tica sentenciam tutelas que desafiam in constitucionalidades participando ativamente do sistema de controle de constitucionalidade WERKMEISTER 2006 p 68 paralelamente Corte Constitucional Instalada em 17 de fevereiro de 1992 come ou com quatro membros Contudo com a Lei n 5 de 1992 passou a ter nova configura o ZULUAGA 2007 p 83 hoje composta por nove membros eleitos pelo Senado da Rep blica para um mandato de oito anos tr s nomes s o indicados pelo Presidente da Rep blica tr s s o indicad
501. os que respeita os pap is democraticamente assinalados aos distintos discursos justifica o e aplica o sobre normas jur dicas e que n o confunde validade com adequa o Partindo do reconhecimento da complexidade do ordenamento e da equiprimordialidade dos princ pios contradit rios que se requerem trata se de postura que se abre situa o de aplica o sem a constru o de hierarquiza es pr determinadas sem generaliza es que fecham os olhos para a import ncia da descri o completa das situa es de aplica o e que assim adotando um vi s procedimentalista n o trata o ordenamento jur dico como a fixa o de uma ordem concreta de valores constru da sem controle democr tico Esse m todo ao contr rio da pondera o prev que a identifica o da norma adequada a partir de uma descri o completa da situa o de aplica o e do tratamento do conjunto de normas jur dicas prima facie aplic veis levar sua incid ncia sobre a situa o permitindo que produza os efeitos jur dicos que ser o determin veis apenas na situa o concreta de aplica o Com isso respeita se o car ter deontol gico das normas ao se levar a s rio um discurso de aplica o que reconhece que apenas na situa o existencial de incid ncia se pode identificar qual norma incidir e quais efeitos produzir sem discriminar entre regras Ano 51 N mero 203 jul set 2014 181 1 e princ pios como se a
502. os de busca custos de arranjo e custos de execu o Outra sistematiza o a adotada por Pinheiro e Saadi 2005 p 62 segundo a qual se encontram cinco atividades busca de informa o negocia o formaliza o do contrato monitoramento e por ltimo a atividade de cumprir o contrato cobrar pelo seu descumprimento ou recuperar direitos de propriedade violados De qualquer forma importante notar nessas divis es que boa parte dos custos de transa o est ligada s incertezas e necessidade de se fazer cumprir o contrato celebrado ou buscar ressarcimento pelo des cumprimento quando a interven o judicial contribui enormemente para o aumento da previsibilidade destas atividades j que atua primor dialmente como institui o garantidora das regras jur dicas e contratuais preestabelecidas As incertezas envolvidas nos neg cios por sua vez podem estar re lacionadas ao ambiente como a escassez de determinado produto ou ao comportamento dos contraentes que podem agir de forma oportunista prejudicando o outro part cipe e at mesmo o pr prio neg cio O formato do contrato determinar a distribui o dessas incertezas na forma de assun o de riscos pelas partes principalmente pela inclus o de cl usulas 80 Revista de Informa o Legislativa de esfor o que monitorem ou criem incentivos aos contraentes funcionando como fator de redu o das a es oportunistas chamadas de hold ups ap s a sua celeb
503. os efeitos desta Lei considera se V Institui o Cient fica e Tecnol gica ICT rg o ou entidade da administra o p blica que tenha por miss o institucional dentre outras executar atividades de pesquisa b sica ou aplicada de car ter cient fico ou tecnol gico Ano 51 N mero 203 jul set 2014 63 Isto porque diferentemente da transfe r ncia de tecnologia geradora de royalties a transfer ncia de conhecimentos e know how nem sempre capaz de gerar produtos e servi os mensur veis do ponto de vista econ mico finan ceiro raz o pela quala participa o societ ria da ICT incubadora na entidade incubada SPE apresenta se como alternativa til garantia de participa o nos lucros e dividendos gerados como base nos aludidos conhecimentos A import ncia desse retorno financeiro de ve se necessidade de estabelecer um ciclo vir tuoso tendente a promover de forma cont nua e permanente o investimento na produ o de conhecimento ci ncia e tecnologia que certa mente ser incrementada com a participa o da ICT nos resultados das incubadas em especial pela sua condi o de s cia minorit ria na SPE Para confirmar ou refutar a hip tese pro posta analisou se a forma de organiza o empresarial SPE conforme previs o da Lei n 10 973 04 art 5 e seu regulamento art 5 Decreto n 5 563 2005 bem como as inter faces respectivas no mbito do Direito Consti tucional
504. os pela Corte Suprema de Justi a e tr s pelo Conselho de Estado Assim a Corte Constitucional passa a conter em sua forma o uma representa o mais heterog nea cujos representados s o oriundos dos principais poderes da Rep blica o que significou um crescimento qualitativo e quantitativo da atu a o da Corte Comenta Naranjo Mesa relativamente nova maneira de composi o do Tribunal Cons titucional da Col mbia malgrado submeta ao crivo do Senado a elei o das indica es que n o houve uma politiza o do rg o uma vez que dos noves magistrados seis prov m direta mente dos tribunais judiciais os quais por sua vez s o recrutados por crit rios estritamente t cnicos e jur dicos MESA 1998 p 612 De acordo com Zuluaga a Corte passou a ser um rg o de vanguarda no Pa s proporcio nando um avan o significativo no pensamento constitucional colombiano De fei o ativista o Tribunal Constitucional da Col mbia lan ou arrojadas teses jur dicas dado o dinanismo independ ncia e autonomia que alcan ou Entre os expoentes est o magistrado Ciro Angarita Bar n que na Sentencia de Tutela 406 de 1992 defendia a necessidade de um novo constitucionalismo para a Am rica Latina fundado numa nova maneira de interpretar o Direito deixando se de lado o culto ao texto legal e preocupando se muito mais com a justi a material de modo a dar mais nfase aos valores Em rela o aos predi
505. osicionamento dos pro fessores Ana Paula Costa Barcellos 2006 p 49 Orlando Soares Moreira e Elio Sgreccia 1988 p 159 132 Revista de Informa o Legislativa um pedido de fornecimento de medicamentos a paciente com diabetes melitus ante a recusa do estado do Mato Grosso do sul em fornec los Segundo o rel o Min Celso de Mello O direito sa de al m de qualificar se como direito fundamental que assiste a todas as pessoas representa consequ ncia constitucional indissoci vel do direito vida O Poder P blico qualquer que seja a esfera institucional de sua atua o no plano da organiza o federativa brasileira n o pode mostrar se indiferente ao problema da sa de da popula o sob pena de incidir ainda que por censur vel omiss o em grave comporta mento inconstitucional BRASIL 2013b Como salientado no in cio deste trabalho n o poss vel fugir das limita es f ticas re serva do poss vel e jur dicas ao se efetivar os direitos fundamentais em especial o direito sa de A escassez de recursos de que a Admi nistra o P blica disp e para implementar suas pol ticas algo constantemente lembrado pelos defensores da an lise estritamente econ mica do direito TIMM 2008 A todo momento os representantes do Poder P blico encontram se em posi o de fazer escolhas tr gicas devido a essa limita o de recursos contudo ao associar o direito social sa de ao d
506. ou limitar a responsabilidade civil do m dico N o se olvida que a fase instru o pro bat ria de uma a o de indeniza o por culpa m dica por excel ncia complexa e de dif cil realiza o Normalmente os fatos alegados s o extremamente t cnicos alheios ao mbito de conhecimento comum Conforme a doutrina de Rute Teixeira Pedro 2008 p 152 160 os termos e a linguagem utili zada na seara m dica s o espec ficos e pr prios e seu conhecimento restrito normalmente aos profissionais da sa de A comprova o da infra o das regras da ci ncia m dica pelo pro fissional de dif cil caracteriza o A conduta culposa do m dico por viola o do dever obje tivo de cuidado caracterizadora do pressuposto da culpa necess ria para configura o do dano depende na grande maioria dos casos da prova pericial cuja realiza o tamb m problem tica dada a falta de profissionais dispon veis para a realiza o do servi o o custo de sua realiza o e o esp rito corporativo que impera no mbito das entidades profissionais de classe Toda essa complexidade probat ria tem como consequ ncia inevit vel a constata o irrefut vel de que as a es de responsabilida de civil por culpa m dica s o demandas que normalmente se prolongam no tempo por exigir uma s rie de atividades instrut rias para a comprova o dos fatos t cnicos alegados tornando espinhoso o caminho tra ado at o necess rio am
507. ova o inclusive ensejou a publica o por Tobias Barreto em 1875 de um ensaio denominado A metaf sica deve ser considerada morta no intuito de se contrapor atitude de Coelho Rodrigues como examinador 3 Um s dito fiel ao Imperador A artificialidade da implanta o do regime republicano entre n s pode ser evidenciada n o apenas na manuten o das estruturas eco n micas jur dicas e sociais mas tamb m no amplo aproveitamento de pessoas de confian a do Imperador no preenchimento de cargos na fase republicana Exemplo disso o do Professor Antonio Coelho Rodrigues que fez parte das duas ltimas comiss es formadas ao tempo da monarquia em prol da feitura de um C digo Civil quais sejam a Comiss o de 1881 para revisar o Projeto de Fel cio dos Santos e a Comiss o de 1889 que foi presidida de fato pelo Imperador Dom Pedro II e dissolvida logo ap s a Proclama o da Rep blica Com a Rep blica foi Senador e Prefeito do Distrito Federal al m de ser o respons vel pela elabora o da Lei do Casamento Civil Decreto n 181 de 24 de janeiro de 1890 cabendo lhe tamb m um Projeto de C digo Civil encomendado pelo Governo o qual saiu a lume em 1893 e depois reeditado com introdu o hist rica exposi o de motivos e discuss o em 1897 Destacam se na sua produ o bibliogr fica al m do Projeto de C digo Civil as seguintes obras Da Rep blica na Am rica do Sul Einsield
508. ova o tecnol gica e seu regulamento e das regras regentes da rela o entre Administra o Direta e Indireta donde ser poss vel concluir que o Decreto n 5 563 2005 art 5 estabelece restri o indevida consti tui o de SPE no seio das ICTs Com efeito a necessidade de previs o or ament ria somente se justificaria se a constitui o da SPE exigisse subscri o de capital que gerasse despesa p blica Uni o ou ICT e a autoriza o do Presidente da Rep blica deve ser vista como direcionada Administra o Direta porquanto as entidades da Administra o Indireta merc da autonomia administrativa e financeira que as tipifica note se que n o se refere aqui autonomia universit ria prevista no art 207 da reza jur dica b designa o pelo Ministro dos representantes do Gov rno Federal nas Assembl ias Gerais e rg os de administra o ou contr le da entidade c recebimento sistem tico de relat rios boletins balancetes balan os e informa es que permitam ao Ministro acompanhar as atividades da entidade e a execu o do or amento programa e da programa o financeira aprovados pelo Gov rno d aprova o anual da proposta de or amento programa e da programa o financeira da entidade no caso de autarquia e aprova o de contas relat rios e balan os diretamente ou atrav s dos representantes ministeriais nas Assembl ias e rg os de administra o ou contr le f fixa o e
509. overnamentais Costumava se dizer que o federalismo era caracterizado por uma deteriora o da governabilidade em sistemas de tomada de decis o conjunta por uma queda geral da capacidade de solu o de problemas e uma decad ncia da efici ncia e capacidade de inova o Do mesmo modo Bothe 1995 p 4 10 grifo nosso aponta como pontos altos do federalis mo a ser um meio de preservar a diversidade b possibilitar a prote o de minorias c con sagrar o princ pio da subsidiariedade d ser um meio para assegurar a liberdade e promover a democracia e f possibilitar um ordenamento estatal mais eficiente uma vez que a resolu o de problemas ocorre de forma mais eficiente em unidades menores grifo nosso A mesma preocupa o de efici ncia do modelo federal surge nos Estados Unidos mais vivamente na administra o Reagan quando em 1982 o ent o Presidente Americano concla mou o Congresso Americano a respaldar novo programa destinado a diminuir a atua o do poder central devolvendo poderes aos gover nos regionais e locais Nesse pronunciamento Reagan 1982 afirmou A maze of interlocking jurisdictions confronts average citizens in trying to solve even the simplest of problems They do not know where to turn for answers who to hold accountable who to praise who to blame who to vote for or against Nesse aspecto Goode 1983 p 3 assinala que segundo Reagan o governo central ficou t
510. p blico sob o aspecto da garantia ou n o das cl usulas inicialmente acordadas bem como todos os aspectos que envolva a quest o tem o cond o de tornar clara a vari ncia do enforcement da sua institui o garantidora no caso o poder Judici rio A determina o dessa vari ncia por sua vez leva diminui o do custo de transa o ex post ligado necessidade de obrigar execu o do contrato judicialmente o que contribui para gerar maior seguran a e previsibilidade aumentando o fluxo das transa es econ micas 4 1 Controle judicial como custo de transa o dos contratos de concess o de servi o p blico Um bom sistema judicial influi de forma substancial na Economia tanto por gerar previsibilidade para as decis es econ micas diminuindo custos de transa o ex post quanto para definir as regras do jogo e os mecanismos pelos quais elas s o garantidas Ao contr rio um sistema que gere inseguran a jur dica cria um ambiente de neg cios com altos riscos e desincentiva os investimentos Arida Bacha e Lara Rezende 2005 p 274 275 tratam desse tema da inseguran a jur dica por meio da constata o de que os magistrados t m atua o pol tica pr devedora quando instados a julgar alguma causa relativa ao cumprimento dos contratos Para os autores com essas de cis es os direitos de propriedade privada n o encontrariam guarida nas decis es judiciais o que desestimularia as rela es econ
511. pa o social 1 Democracia lei e modernidade incompleta H muitas formas de se constru rem narrativas a respeito da realidade brasileira Aquela que vimos ensaiando nestes ltimos anos especial mente considerada a situa o do direito brasileiro desde a publica o de O direito na p s modernidade revela que chegamos p s modernidade sem nunca termos encerrado nosso ciclo de moderniza o o que nos diz que nossa modernidade acima de tudo uma modernidade incompleta Admitir que a modernidade brasileira uma modernidade incompleta em tempos p s modernos traz s rias implica es na medida em que nos faz perceber o conjunto de d ficits n o superados no processo de desenvolvimento social pol tico econ mico cultural e moral A modernidade em crise tamb m gera todo tipo de abordagem e perspectiva de compreens o inclusive do ponto de vista sociol gico Se o processo de moderniza o implica destradicionaliza o e indivi dualiza o segundo alguns diagn sticos o que se vive hodiernamente estaria no registro do pr prio exerc cio da liberdade e n o no registro da 14 Se se vai tratar da realidade brasileira necess rio destacar o problema do subdesen volvimento como caracter stica determinante da simultaneidade entre pr modernidade modernidade e p s modernidade BITTAR 2009 p 220 221 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 7 crise visto que liberdade implica certo n vel de instab
512. pa ses que integram o bloco e seus s cios nove pa ses da Am rica do Sul decidi ram suspender a participa o do Paraguai na reuni o de presidentes que ocorreu no dia 29 de junho de 2012 Argentina Brasil Uruguai Venezuela Bol via Chile Col mbia Equador e Peru A decis o do Mercosul foi manter a sus pens o at a posse do novo presidente o que aconteceu em agosto de 2013 Na 43 C pula dos Chefes e Estado do Mercosul realizada em Mendoza a postura dos integrantes do Mercosul que contou com a voz ativa da Pre sidente da Argentina e a do Brasil retirou do Paraguai o t tulo de membro pleno do Mercosul e da Unasul suspendendo o temporariamente desses blocos ENTENDA 2012 O processo de impeachment de Lugo teve dois desdobramentos relevantes para a pol tica externa O primeiro foi a decis o de suspens o do Paraguai pelos pa ses integrantes do Merco sul O segundo foi a aprova o pelos mesmos membros que suspenderam o Paraguai por um governo antidemocr tico do ingresso da Venezuela Foi um fato in dito a suspens o de um membro no bloco do Mercosul e o motivo que levou decis o apesar de j demonstrado apoiado por pa ses latino americanos n o foi referendado pelos representantes de v rios pa ses desenvolvidos como Canad e Estados Unidos A falta de referendo deu se princi palmente por considerarem incoerente com a pol tica de ingresso da Venezuela no bloco poss vel somente com a sus
513. pela reuni o de a es civis p blicas que cont m o mesmo pedido inclusa no pedido a extens o territorial dos efeitos da tutela jur dica pretendida e causa de pedir ao inv s de sua extin o em raz o da litispend ncia v g CC 57 558 DF e CC 64 732 A princ pio o par grafo nico do artigo 2 da Lei n 7 347 1985 n o trata do fen meno da litispend ncia mas apenas da conex o e da litispend ncia Com efeito a identidade ainda que parcial de causa de pedir ou de objeto pedido hip tese de conex o segundo o artigo 105 do C digo de Processo Civil A litispend ncia reclamaria cumulativamente identidade de pedido causa de pedir e de partes exclu da esta ltima no caso de a es civis p blicas 1 Ao contr rio caso os pedidos nas a es civis p blicas se refiram extens es territoriais diferentes n o haver litispend ncia conex o ou contin ncia STJ 1 Se o Rel Min Luiz Fux Julg em 12 9 2007 Apesar de decidir pela reuni o das causas em virtude de conex o afirmou o Min Relator em seu voto que O presente conflito de compet ncia conexo a outro suscitado pela Anatel CC 57 559 DF tem por escopo a reuni o no ju zo prevento de in meras demandas conexas algumas delas abso lutamente id ntica ajuizadas em quatro diferentes estados por entidades que se arrogam a defesa de direitos do consumidor todas tendo por objeto a assinatura da prorroga o dos contratos de c
514. penas uma das esp cies normativas tivesse que passar pelo procedimento em quest o Refer ncias ALEXY Robert Sistema jur dico principios jur dicos y raz n pr ctica Tradu o Manuel Atien za Doxa publicaciones peri dicas Alicante Espanha v 5 p 139 151 1988 Dispon vel em lt http rua ua es dspace bitstream 10045 10871 1 Doxa5_07 pdf gt Acesso em 13 out 2013 Teoria dos direitos fundamentais Tradu o de Virg lio Afonso da Silva S o Paulo Malheiros 2008 Cole o teoria amp direito p blico BENVINDO Juliano Zaiden On the limits of constitutional adjudication deconstructing balancing and judicial activism Heidelberg Springer 2010 BRASIL Supremo Tribunal Federal Estado laicidade O Brasil uma rep blica laica sur gindo absolutamente neutro quanto s religi es Considera es Feto Anenc falo Pol tica Judici ria Macroprocesso Mostra se inconstitucional interpreta o de a interrup o da gravidez de feto anenc falo ser conduta tipificada nos artigos 124 126 e 128 incisos I e II do C digo Penal Argui o de Descumprimento de Preceito Fundamental n 54 DF Relator Ministro Marco Aur lio DJe 27 abr 2004 Di rio da Justi a Eletr nico Bras lia 30 abr 2013 Supremo Tribunal Federal Habeas corpus Publica o de livros anti semitismo Racismo Crime imprescrit vel Conceitua o Abrang ncia constitucional Liberdade de express o Limites Ordem denegada Ha
515. pens o do Paraguai O governo de Franco n o reconheceu como leg timo o processo de suspens o do Paraguai do Mercosul e pediu para que tornasse sem efeito a decis o o que n o foi acatado pelo Tribunal Permanente do Mercosul No pr ximo item ser o analisadas as nor mativas do Mercosul para a suspens o do Para guai e a viabilidade da entrada da Venezuela no bloco por meio de uma an lise da legalidade 3 Aspectos jur dicos na suspens o do Paraguai e a viabilidade jur dica da entrada da Venezuela no bloco Os principais l deres do Mercosul entende ram n o ter sido em termos legais e pol ticos democr tica a deposi o do Presidente Lugo O Brasil juntamente com a Argentina teve papel preponderante na suspens o do Paraguai apesar da rea o negativa das autoridades pa raguaias alegando irregularidade ou ilegalidade no processo Ano 51 N mero 203 jul set 2014 97 A posi o dos governos da Am rica Latina de apoio a suspens o do Paraguai das duas ins t ncias de integra o que seriam a Unasul e o Mercosul teve por base a cl usula democr tica inscrita no protocolo de Ushuaia I e no Protoco lo Adicional ao Tratado Constitutivo da Unasul Em 22 de junho de 2012 a Unasul afirman do solidariedade ao povo paraguaio e respaldo ao Presidente Lugo emite um comunicado em que diz as a es em curso poderiam ser compre endidas nos artigos 1 5 e 6 do Protocolo Adicional ao Tratado C
516. pequenos reduzir o risco de fracasso por meio da diversifica o dos investimentos e liquidar seus investimentos de forma r pida e barata POSNER 2003 p 410 Os s cios em sua maioria n o pretendem dedicar uma grande parte do seu tempo para acompanhar as atividades societ rias ou para obter informa es mais detalhadas sobre a gest o da companhia A rigidez da legisla o explicada pela fun o econ mica da sociedade an nima de capital aberto a capta o de re cursos da poupan a popular com o objetivo de aplic los na atividade empresarial Apesar da rigidez da legisla o por meio da bolsa de valores os pr prios empreendedores criaram normas de governan a corporativa ainda mais r gidas do que a prevista na lei societ ria com o objetivo de sinalizar confiabilidade ao p blico investidor A abertura de uma sociedade an nima de capital aberto tem forte participa o da bolsa de valores pois incumbe a ela como rg o auxiliar da Comiss o de Valores Mobili rios CVM fiscalizar as opera es nela 7 As diferen as nas leis fazem com que os mercados de capitais sejam organizados de maneira diferente no Jap o na Alemanha e nos Estados Unidos contribuindo para pro duzir diferen as no desempenho econ mico desses pa ses COOTER ULEN 2010 p 33 Conforme j frisado os acionistas de uma sociedade an nima de grande porte cujo ca pital est pulverizado em milhares de a es n o se conhec
517. pouco de modo insuficiente na consecu o de seus objetivos Exageros para mais excessos ou para menos defici ncia configuram irretorqu veis viola es ao princ pio SARLET 2003 p 111 Como salienta Virg lio Afonso da Silva 2006 p 16 um modelo constitucional como o brasileiro que amplia o mbito de prote o dos direitos fundamentais naturalmente levar colis o entre esses direitos fazendo com que em determinados momentos seja necess ria a restri o de uns em rela o a outros por meio do princ pio da proporcionalidade Em que pese essa possibilidade de restri o dos direitos fundamentais pela proporcionalidade ressalte se que todo direito fundamental apresenta um conte do essencial que representa um limite s a es do legislativo e do Judici rio Desse modo o n cleo essencial agiria como um limite aos limites dos direitos fundamentais CAVALCANTE FILHO 2013 p 24 H duas teorias acerca do n cleo essencial a teoria absoluta e a teoria relativa SILVA 2006 p 22 24 A primeira afirma que o n cleo essencial tem natureza absoluta n o podendo ser violado em hip tese alguma ao passo que a segunda trata o n cleo essencial a partir da ideia de ponde ra o no caso concreto O grande problema dessa ltima teoria o risco de uma relativiza o exagerada que torne sem efeito a pr pria no o de conte do essencial dos direitos fundamentais portanto a primeira teoria r
518. preende n o s a proibi o de cria o de rg os jurisdicionais ex post facto como tamb m o postulado de que entre os ju zes pr constitu dos h uma ordem taxativa de compet ncias absolutamente imune a qualquer discricionariedade das partes DIAS 18 Pet 4 556 AgR Rel Min Eros Grau julgamento em 25 6 2009 Plen rio DJE de 21 8 2009 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 229 1974 p 322 323 Afinal ningu m ser processado nem sentenciado sen o pela autoridade competente art 5 LIII da CF 88 Distribu do o processo a um juiz n o pode o autor ou o r u por meio de seja qual for o artif cio substituir esse juiz ou ju zo por outro A imparcialidade inerente ao julgamento e nsita no o de juiz natural o pro be N o outra a compreens o do STF a respeito do tema Princ pio do juiz natural Relator substitu do por juiz convocado sem observ ncia de nova distribui o Precedentes da Corte O princ pio do juiz natural n o apenas veda a institui o de tribunais e ju zos de exce o como tamb m imp e que as causas sejam processadas e julgadas pelo rg o jurisdicional previamente determinado a partir de crit rios constitucionais de reparti o taxativa de compet ncia exclu da qualquer alternativa discricionariedade BRASIL 2007 vedada portanto qualquer tentativa de submeter a rg o jurisdicio nal aquilo que j foi ou est sendo apreciado por outro rg
519. presarial N o est pre vista a convoca o por via postal ou de forma pessoal Essa obrigatoriedade de publica o da convoca o eleva os custos de funcionamento da sociedade limitada que tenha mais de dez s cios Ap s a convoca o a assembleia poder ser instalada se contar com a presen a de titula res de no m nimo tr s quartos do capital social em primeira convoca o Caso n o seja atingido esse qu rum feita nova convoca o com an teced ncia m nima de cinco dias contados da primeira convoca o podendo a assembleia ser instalada com qualquer qu rum A delibera o Art 1 152 320 an ncio de convoca o da as sembleia de s cios ser publicado por tr s vezes ao menos devendo mediar entre a data da primeira inser o e a da realiza o da assembleia o prazo m nimo de oito dias para a primeira convoca o e de cinco dias para as posteriores BRASIL 2002 290 Revista de Informa o Legislativa social feita de acordo com os qu runs diversi ficados previstos no C digo Civil Verifica se um extenso rol de qu runs diferenciados para aprova o das mat rias na sociedade limitada complicando a sua gest o e aproximando a da sociedade an nima A sociedade limitada administrada por uma ou mais pessoas permitindo se a no mea o de administradores n o s cios Os administradores devem ser pessoas naturais e sua investidura ocorre mediante assinatura de ter
520. previsi bilidade o pequeno n mero e a baixa qualidade do corpo t cnico a insuficiente informatiza o e a inseguran a quanto aos limites do papel desempenhado pelo rg o TIMM 2010 p 16 0 arranjo institucional o regramento espec fico de uma atividade econ mica 296 Revista de Informa o Legislativa geraria grandes custos burocr ticos al m de eles terem menor incentivo para cumprir adequadamente suas tarefas j que as perdas associadas s decis es ruins seriam partilhadas com a grande quantidade de acionistas Um controle mais eficiente obtido com a cria o de um conselho de administra o a quem incumbe de forma remunerada acompanhar as decis es da diretoria e a situa o geral da sociedade Nesse arranjo os acionistas permanecem com o direito de avaliar a perman ncia dos ad ministradores ALCHIAN DEMSETZ 1972 p 101 mas n o precisam participar do dia a dia da sociedade Tabela 8 Conselho de administra o Sociedade an nima de capital fechado Sociedade an nima aberta Dispensado Obrigat rio Al m da obriga o de contar com um conselho de administra o a sociedade an nima de capital aberto necessita custear a auditoria de suas demonstra es financeiras por auditores independentes A lei considera que o custo de auditar as contas das sociedades an nimas de capital aberto por profissionais independentes menor do que os gastos individuais que os acionistas incor
521. procedimento jur dico de impeachment inclusive o tempo ex guo para a defesa que esbarraria no devido processo legal princ pio de clara nobreza presente nos ordenamentos que privilegiam a ordem democr tica O Secret rio Geral da Uni o de Na es Sul Americanas Unasul Al Rodrigues considerou o procedimento um poss vel golpe de estado e num pronunciamento aos chanceleres da Unasul entre os quais estava o brasileiro Antonio Patriota afirmou que o procedimento n o s violava o devido processo legal como tamb m se enquadrava nos artigos 1 5 e 6 do Protocolo Adicional do Tratado Constitutivo da Unasul sobre o Compromisso com a Democracia Al m disso reafirmou sua solidarieda de ao povo paraguaio respaldando o Presidente constitucional Fernando Lugo UNASUL 2012 A Organiza o dos Estados Americanos OEA questionou a rapidez no processo e alegou o procedimento uma afronta ao direito de defesa previsto na Constitui o do Paraguai PARAGUAI 1992 En el proceso penal o en cualquier otro del cual pudiera derivarse pena o sanci n toda persona tiene derecho a 1 que sea presumida su inocencia 2 que se le juzgue en juicio p blico 3 que no se le condene sin juicio previo fundado en una ley anterior al hecho del proceso ni que se le juzgue por tribunales especiales 5 que se defienda por s misma o sea asistida por defensores de su elecci n 7 la comunicaci n previa y detallada de la imputaci
522. que como acor do e democracia mais como dever e imposi o do que como direito e cidadania Afinal fincou se entre n s desde o processo de coloniza o como constatam os estudos de Sergio Buarque de Holanda que aponta para a primazia do elo de pessoalidade sobre o elo de cidadania de modo que a no o de pol tica entre n s se distorceu em forma de amizade privilegiada amizade vantajosa apenas uma forma de aproxima o negocial e estrat gica visando a interesses particulares S o ra zes hist ricas e culturais deixadas pelos portugueses no caldo que seguimos irrefletidamente at hoje com efeitos bem conhecidos e mais do que discutidos entre n s e que nos impedem de praticar regras abstratas institui es im No sistema social brasileiro ent o a lei universa lizante e igualit ria utilizada frequentemente para servir como elemento fundamental de sujei o e diferencia o pol tica e social EM outras palavras as leis s se aplicam aos indiv duos e nunca s pessoas ou melhor ainda rece ber a letra fria e dura da lei tornar se imediatamente um indiv duo DAMATTA 1997 p 237 A f rmula sabe com quem est falando assim uma fun o da dimens o hierarquizadora e da patronagem que permeia nossa rela es diferenciais e permite em consequ ncia o estabelecimento de elos personalizados em atividades basicamente impessoais DAMATTA 1997 p 195
523. quest o por sua vez decorre direta mente da solu o legislativa dada primeira Trata se do ajuizamento de a es civis p blicas com os mesmos pedidos e causas de pedir perante ju zos com compet ncias territoriais diferentes Ano 51 N mero 203 jul set 2014 219 Surge ent o a problem tica da litispend ncia entre a es civis p bli cas objeto de nosso estudo Mais especificamente o regime jur dico da litispend ncia entre a es civis p blicas com pedido de efeitos nacionais ajuizadas em busca do mesmo bem da vida perante ju zos com compe t ncias territoriais diferentes Antes por m recordaremos os contornos da j bastante debatida quest o dos limites subjetivos da coisa julgada em a es coletivas Inicialmente o artigo 16 da Lei n 7 347 1985 rezava apenas que a senten a civil far coisa julgada erga omnes nada dispondo acerca de even tual limita o da coisa julgada A Lei n 9 494 1997 fruto de convers o da Medida Provis ria n 2 180 35 alterou tal panorama ao modificar a reda o do mencionado artigo 16 da Lei n 7 347 1985 acrescentando que a coisa julgada erga omnes se dar nos limites da compet ncia territorial do rg o prolator BRASIL 1985 In meras foram as vozes que se levantaram contra o dispositivo ar guindo seja sua inutilidade pr tica face ao j assentado conceito de limites subjetivos da coisa julgada e sua fundamental diferen a do conceito de efic cia da senten
524. r dicas Essa an lise parte da filosofia behaviorista de Skinner que enfatiza a impor t ncia das consequ ncias para a aprendizagem e manuten o dos comportamentos Parte se de um exemplo real Em um imen so n mero de demandas judiciais o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov veis Ibama defende a tese de que n o teria o poder de demolir constru es que violem a lei ambiental sem pr via provoca 120 Revista de Informa o Legislativa o do Poder Judici rio Em geral os tribunais ordin rios adotam o entendimento de que n o h necessidade de provocar o Judici rio para essa demoli o pois poderia ser aplicada pe nalidade administrativa pela pr pria autarquia sem necessidade do referido ajuizamento Curiosamente o Ibama sempre recorre desse tipo de decis o rejeitando o poder de autoexecutoriedade que lhe reconhecido pelos tribunais de segundo grau e isso levou o Superior Tribunal de Justi a a acolher a preten s o da autarquia em sua jurisprud ncia que se consolidou no sentido de que revestida ou n o a san o do referido atributo autoexecutorie dade a qualquer das partes Poder P blico e particular dado recorrer tutela jurisdicional porque assim lhe garante a Constitui o da Re p blica art 5 inc XXXV BRASIL 2012 O fato de uma autarquia defender at as ltimas inst ncias judiciais a tese de que n o tem deter minado poder j revela
525. r uma efervesc ncia indefinida inquieta move di a mas de toda forma insatisfeita rebelde e carente de respostas O curioso do movimento o seu car ter livre e independente o que revela que as institui es est o tamanhamente em quest o que nenhuma bandeira de partido nenhum nome de lideran a pol tica e nenhuma identidade pol tico ideol gica em espec fico foram invocados ao longo das manifesta es Uma sociedade excludente violenta desi gual e desorientada geradora da rea o nas ruas buscando rumo norte inclus o partici pa o vida fora da pris o das telas e dos atos de consumo constituindo o tecido das viv ncias e express es concretas de democracia e inter subjetividade pol tico comunicativa Assim o que o Movimento do Passe Livre MPL SP iniciou apenas catalisou for as que j estavam preparadas para um processo de contesta o social desenvolvendo se da forma como se expressaram as jornadas de junho e seus atos subsequentes que praticamente ocuparam o ano de 2013 inteiro Deve se felicitar o fato da passividade ter deixado de existir sendo o desabrochar da cidadania ativa um indiscut vel passo no sentido da democracia direta e de ruas Mas n o se trata de abandonar as institui es e Havia certo clima de insatisfa o generalizado que trouxe diversos e plurais atores ao espa o p blico es pecialmente evidenciando a crise da pol tica institucional A quest
526. r Melqu ades 2011 p 37 39 afirma que os direitos fundamentais surgiram como direitos naturais inalien veis anteriores ao pr prio Estado consistindo em um dos ele mentos do n cleo material das constitui es Dessa forma pode se afirmar que tais direitos figuram como uma limitag o natural do poder estatal e est o portanto fortemente ligados no o de democracia e Estado de Direito Como consequ ncia tais direitos t m recebido grande destaque nas mais modernas constitui es Nesse sentido aduz Rodolfo Arango En la ltima d cada los derechos sociales a saber los derechos a la alimentaci n a la salud a la educaci n a la vivienda a la edu caci n al trabajo a la seguridad social han tenido un creciente protagonismo en los pa ses iberoamericanos en la doctrina de tratadistas y organismos de derechos humanos as como tambi n aunque en menor medida en la jurisprudencia de la Corte Interamericana de Derechos Humanos Corte IDH Los derechos sociales han adquirido importancia tanto en el discurso pol tico como en la pr ctica de los movimientos sociales hasta el punto de obtener un creciente reconocimiento en los estratos judiciales ARANGO 2009 p 1 2 Seguindo esta tend ncia dos pa ses ibero americanos o poder constituinte brasileiro foi pr digo ao tratar dos direitos fundamentais na Carta de 1988 CF trazendo um conjunto he terog neo e abrangente de direitos fundamen tai
527. r a es de capital fechado Para abordar a tem tica aqui introduzida organizamos este cap tulo em tr s itens No item 2 tratamos do empres rio individual e da empresa individual de responsabilidade limitada inclusive quanto imposi o le gal de um capital m nimo para a cria o da empresa individual No item 3 abordamos a constitui o de uma sociedade empres ria o que envolve a participa o de dois ou mais s cios S o destacadas as duas principais socie dades empres rias utilizadas no ordenamento jur dico brasileiro a sociedade limitada e a sociedade an nima Quanto ltima o exame neste item centrado na sociedade an nima de capital aberto No item 4 apresentamos as considera es finais 2 Empres rio e empresa individual Neste item abordamos o empres rio indivi dual e a empresa individual de responsabilidade limitada Optamos por examinar de forma con junta esses dois tipos jur dicos com o objetivo de diferenci los dos tipos societ rios da sociedade limitada e da sociedade an nima Dessa forma mantemos a distin o entre sociedade na qual dois ou mais s cios se obrigam a contribuir para o exerc cio da atividade econ mica e empres rio individual no qual uma s pessoa natural de forma isolada exerce a empresa O empres rio individual pouco abordado pelos estudiosos do Direito Empresarial que prefe rem concentrar suas observa es nos problemas relacionados ao Direito Soc
528. r auto respeito HONNETH 2003 p 196 na medida em que n o h democracia sem eles e tamb m que a efetividade desses direitos torna poss vel o aprofundamento de formas democr ticas de intera o em que a confian a social possa ser estabelecida como patamar de conv vio dado que sujeitos n o s o objetifica dos nas rela es sociais mas reputados como pessoas N o por outro motivo o controle do sofrimento de indetermina o deve pertencer ao conjunto das preocupa es por realiza o da democracia j que a priva o das condi es de socializa o de alto n vel impede a possibilidade de sujeitos presentificarem suas qualidades e express es tornando a vida social empobrecida dos potenciais nela mesma abrigados A genu na democracia deve portanto pro mover v rias formas de reconhecimento que apenas se consolidam por pr ticas cotidianas de valoriza o do lugar do outro e da con firma o do elo de alteriza o nas intera es sociais saud veis e n o patol gicas Isso porque a democracia deve confirmar a humanidade dos atos e formas de socializa o e ao mesmo tempo desconfirmar a desumanidade dos atos e formas de socializa o O conv vio cotidiano com inumer veis formas de viol ncia ape nas faz progredir em sociedade a sensa o de descontrole inseguran a e indetermina o tornando se a desconfian a uma regra impl cita indesejada mas presente no conv vio Se a desconfi
529. r mediante o saque da kelseniana norma geral negativa segundo a qual tudo que n o estiver juridicamente proibido ou obrigado est juridicamente permitido regra de clausura ou fechamento herm tico do Direito que a nossa Constitui o houve por bem positivar no inciso II do seu art 5 debaixo da altissonante f rmula verbal de que ningu m ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa sen o em virtude de lei e que me parece consagradora do que se poderia chamar de direito de n o ter dever BRASIL 2011 A Constitui o portanto segundo a tese vencedora delegou esse aspecto para a vida privada do cidad o Mas tamb m constitu ram funda mento da tese alguns relevantes e autoaplic veis princ pios constitucionais expl citos e impl citos como a dignidade da pessoa humana direito busca da felicidade pluralismo e proibi o de discrimina o injustificada Apesar da unanimidade verificada houve diverg ncia parcial no tocante fundamenta o do ac rd o j que tr s Ministros delegavam ao Congresso Nacional a conforma o legislativa posterior da decis o judicial para a defini o dos direitos que seriam compartilhados pela nova forma de uni o rec m reconhecida A maioria da Corte por m endossou o voto do Ministro Relator Ayres Britto que igualava em todos os aspectos as uni es est veis entre pessoas independentemente do sexo inclusive mencionando expressamente em cinco trechos a quest o
530. r o processo de suspens o do Paraguai do Mercosul e o di logo com o Brasil na tenta tiva de traz lo de volta ao bloco Para isso ser analisado em que medida do ponto de vista do direito comunit rio do Mercosul a deposi o do Presidente Fernando Lugo foi v lida com base no Direito Internacional materializado nos acordos de Assun o Ushuaia e Las Le as Importante ressaltar que o artigo tem por base a an lise de entrevistas e de reportagens dispon veis em diversos s tios eletr nicos 2 Os aspectos pol ticos na destitui o do presidente Lugo e o reflexo na pol tica do Mercosul Neste item ser analisado em que medida foram pol ticos os motivos que levaram o Brasil e a Argentina a suspenderem de forma intempestiva o Paraguai do Mercosul e da Unasul O ent o Presidente do Paraguai Fernando Lugo foi deposto em 22 de junho de 2012 por meio de um impeachment processo deflagrado em 20 de junho do mesmo ano a pedido de um deputado do Partido Colorado opositor ao governo de Lugo De tal circunst ncia irrompeu uma crise diplom tica em que os pa ses sul americanos da Unasul e os membros do Mercosul se recusaram a reconhecer a legitimidade do impeachment Os pontos alegados para fundamentar a recusa em reconhecer a legi timidade jur dica e pol tica do impeachment podem ser tr s a falibilidade das acusa es e a afronta direta ao devido processo legal e ao amplo direito de defesa Quanto a este o argumento firmo
531. r o verdadeiro significado da norma rela o condicionada de prefer ncia decorre uma regra que diante da presen a da condi o de preced ncia prescreve a consequ ncia jur dica do princ pio prevalente ALEXY 2008 p 98 99 Trecho do voto do relator contido na p 30 do Ac rd o Na mesma linha o Min Celso de Mello diz BRASIL 2004 Isso significa em um contexto de liberdades aparente mente em conflito que a colis o dele resultante h de ser equacionada utilizando se esta Corte do m todo que apropriado e racional da pondera o de bens e valores grifo nosso Ano 51 N mero 203 jul set 2014 169 e a conforma o sim trica da Constitui o para que se possa operar a chamada concor d ncia pr tica a que se refere a doutrina BRASIL 2004 No caso o STF estabeleceu uma pondera o entre os princ pios supostamente incidentes na esp cie quais sejam de um lado a dignidade da pessoa humana representada pela prote o ao povo judeu e de outro a liberdade de express o representada pela prote o livre manifesta o do pensamento do paciente Ao final da opera o decidiu se que o direito com preval ncia seria a dignidade da pessoa humana cujo peso seria suficiente para caracterizar a atua o do paciente como pr tica do crime de racismo O caso n o excepcional mas ilustra a posi o amplamente majorit ria da Corte em rela o ao uso de ponder
532. r uma situa o econ mica pol tica ou social considerada desej vel mas porque se trata de uma exig ncia de justi a ou certeza do direito ou alguma outra dimens o da moralidade tradu o livre de I just spoke of Ano 51 N mero 203 jul set 2014 165 aplica o e o que de especial interesse para o objeto aqui discutido os m todos de resolu o de seu conflito quando o aplicador do direito se depara com uma situa o em que normas com comandos contradit rios s o aplic veis de forma simult nea a uma mesma situa o Exemplos n o faltam na jurisprud ncia brasilei ra discutida a t tulo exemplificativo no artigo dada a larga preval ncia da teoria axiol gica de Alexy 2008 no trato da quest o de que a ado o de uma das perspectivas te ricas aqui examinadas impacta decisivamente a forma de resposta que o Judici rio d aos casos de conflitos de normas principiol gicas Neste estudo buscar se expor brevemen te os crit rios concorrentes utilizados para a diferencia o entre regras e princ pios assim como apresentar os m todos diversos preconi zados pelas teorias de Alexy 2008 e Giinther 1993 para a solu o dos conflitos originados pela possibilidade de aplica o concomitante de princ pios que no caso concreto indicam solu es contradit rias ao int rprete Ao final a partir dos dados expostos preten de se demonstrar que o m todo da pondera o chamado por Alexy 200
533. r vista por sua vez na depen d ncia constitutiva do ser humano em rela o experi ncia do reconhecimento para chegar a uma auto rela o bem sucedida ele depende do reconhecimento intersubjetivo de suas capacidades e de suas realiza es se uma tal forma de assentimento social n o ocorre em alguma etapa de seu desenvolvimento abre se na personalidade como que uma lacuna ps quica na qual entram as rela es emocionais nega tivas como a vergonha ou a ira HONNETH 2003 p 220 como pessoa ante viol ncia ao desrespeito e degrada o social que apenas fazem por pro mover a vulnerabiliza o dos sujeitos o que gera a fragiliza o dos la os de integra o social Desse modo a qualidade da esfera p blica democr tica garantida pela possibilidade do encontro e do di logo em que reconhecimento respeito e paridade presidem as rela es de troca entre os cidad os A viol ncia e a aus ncia do reconhecimento amortecem a possibilidade da coexist ncia e s o formas de desrespeito que aniquilam o lugar de sujeitos em rela es de reci procidade Nessa equa o insere se o desafio de aprofundar a democracia mediante uma cultura de direitos como cultura de reconhecimento ju r dico do outro tornando poss vel a integra o social e a igualdade no tratamento perante um patamar de exig ncias dadas por uma mesma ordem institucional qual todos os sujeitos pertencem e para a qual todos os sujei
534. ra o As alternativas para a solu o do problema de hold up s o cen trais para os custos de transa o j que levam compara o entre as formas de coordena o das partes para se chegar a uma maior efici ncia TORRES DOS SANTOS 2004 p 236 239 Tais alternativas que obrigam execu o do contrato s o chamadas de enforcement e podem envolver o aparato jur dico ou san es contra tuais internas self enforcing sendo a fun o do primeiro criar condi es previs veis para a distribui o de direitos essencialmente Neste artigo o foco est em analisar exata mente o enforcement ligado ao aparato jur dico como um custo de transa o ex post motivo pelo qual o self enforcing n o ser tratado es pecificamente Essa an lise de grande impor t ncia para os contratos de concess o de servi o p blico pois as grandes aplica es de capital e ativos espec ficos presta o do servi o geram fortes riscos de hold up TORRES DOS SAN TOS 2004 p 251 que normalmente levam necessidade de interven o judicial Por meio da AED portanto pode se utilizar esse conceito de custos de transa o pr prio da ci ncia econ mica para analisar o fen meno ju r dico externado nas decis es judiciais relativas aos contratos de concess o de servi o p blico e chegar conclus o quanto sua previsibilidade Assim uma an lise das decis es judiciais relati vas ao contrato de concess o de servi o
535. ra o acerca dos aspectos jur dicos da sus pens o do Paraguai reporta se decis o do Tribunal Permanente de Re vis o TPR do Mercosul sediado no Paraguai que em sua p gina oficial disponibilizou o Laudo n 1 de 21 de julho de 2012 MERCOSUL 2012 1 Por unanimidade em conformidade com as considera es anteriores o Tribunal Permanente de Revis o decide em rela o ao requerimento 104 Revista de Informa o Legislativa dos demandados relacionado incompet ncia ratione materiae que a jurisdi o do sistema de solu o de controv rsias do Mercosul abarca o exame de legalidade da aplica o do Protocolo de Ushuaia a 3 Por maioria o Tribunal Permanente de Revis o decide que nas condi es da atual demanda se faz inadmiss vel a interven o direta do TPR sem o consentimento expresso dos demais Estados Parte Pela mesma raz o considera o TPR inadmiss vel nesta inst ncia a medida provisional solicitada no marco da demanda 4 Por unanimidade ao adotar esta decis o sem ingressar na an lise de m rito da demanda o Tribunal Permanente de Revis o n o se pronuncia sobre cumprimento ou viola o da normativa Mercosul relacionada demanda apresentada neste procedimento A presente decis o n o inibe outros meios aos quais possam recorrer os Estados Partes no marco do sistema de solu o de controv rsias do Mercosul 4 A atua o do Brasil na viabilidade pol tica do retorno do
536. ra jo e de Fel cio dos Santos Segundo Cl vis Bevil qua Coelho Rodrigues teria sido mais feliz na escolha de seus referenciais te ricos pois estaria mais atualizado em rela o ao panorama legislativo e doutrin rio mas que apesar disso o projeto n o obteve a aprova o das autoridades competentes Coelho Rodrigues assim como Teixeira de Freitas tamb m era um romanista e foi influenciado pela Pandect stica alem O seu Projeto de C digo Civil tamb m era estruturado em uma Parte Geral e em uma Parte Especial o que evidencia a sua concep o sistem tica de direito civil Chegou a traduzir as Institutas de Justiniano para o portugu s obra publicada em dois volumes o primeiro em 1879 e o segundo em 1881 sob o t tulo Institutas do Imperador Justiniano vertidas do latim para o portugu s com perto de cincoenta notas extra das do Corpus Juris e um appendice contendo a integra do texto e da tradu o das Novellas 118 127 A precis o conceitual e o car ter sistem tico do seu Projeto de C digo Civil frutos da influ ncia da civil stica alem renderam a Coelho Rodrigues refer ncias elogiosas de Spencer Vampr e Cl vis Bevil qua O primeiro professor da Faculdade de Direito de S o Paulo afirma que Coelho Rodrigues era detentor das mais promissoras credenciaes para a realiza o da tarefa da reda o do C digo Civil VAMPR 1916 p 19 J Cl vis Bevil qua 1906 p 26 confessa que desejava vincular o
537. ra o fluxo de negocia es principalmente por legitimar a transmiss o da propriedade e criar seguran a para os acordos celebrados ap s a tomada das referidas decis es Especificamente o contrato de concess o de servi o p blico de extrema import ncia para o desenvolvimento nacional pois viabiliza a concretiza o de pol ticas p bli cas em quaisquer setores principalmente nos ligados infraestrutura O poder Judici rio desempenha o papel ins titucional de garantidor final desses contratos sendo determinante para gerar sua seguran a e previsibilidade Suas decis es funcionam assim como um custo de transa o ex post motivo pelo qual uma an lise jurisprudencial tem o poder de gerar um par metro para o dimensionamento desse custo o que acarreta sua diminui o j que torna previs veis alguns caminhos a serem seguidos no caso de des cumprimento contratual entre v rias hip teses poss veis Um problema que se nota a escolha da t cnica a ser empregada nessa an lise pois quase imposs vel atender a todos os crit rios envolvidos em interpreta es subjetivas To davia uma t cnica que considere o arcabou o institucional do sistema de Justi a e a prefer ncia dos magistrados e das cortes pode auxiliar na compreens o das decis es analisadas Assim a an lise jurisprudencial objetiva que torne a posi o do poder Judici rio quanto quest o da revis o contratual mais previs vel diminuiria
538. ra os danos de mbito nacional ou regional aplicando se as regras do C digo de Processo Civil aos casos de compet ncia concorrente BRASIL 1990 Cabe lembrar que o artigo 16 da Lei n 9 494 1997 teve sua atual reda o dada pelo artigo 2 da Lei n 9 494 1997 de modo que ambos os dispositivos surgiram no mesmo contexto e pela pena de legislador imbu do de uma mesma finalidade 7 Ada Pellegrini Grinover 2001 p 844 852 sustenta justamente o contr rio ou seja que o disposto no artigo 16 da LACP se aplica aos interesses difusos e coletivos mas n o aos interesses individuais homog neos 222 Revista de Informac o Legislativa Os interesses coletivos e os interesses di fusos por sua vez por serem indivis veis art 81 incisos I e II da Lei n 8 078 1990 n o se submetem ao regime do artigo 16 da Lei n 7 347 1985 No caso deles cabe apenas verificar a extens o do dano para fins de verifica o do ju zo competente a rigor do artigo 93 da Lei n 8 078 1990 A Terceira Se o do Superior Tribunal de Justi a encampou tal posi o ao julgar o Conflito de Compet ncia n 109 435 BRASIL 2010 Mesmo que essa posi o fosse unanima mente consagrada pela jurisprud ncia o regime jur dico da conex o e da litispend ncia seria problem tico no tocante s a es civis p blicas cujo m rito se constitui de interesses individuais homog neos aos quais o artigo 16 da Lei n 7 347 1985 indubitavelme
539. rais n 89 p 101 120 jan jun 2004 KELSEN Hans A democracia Tradu o de Ivone Castilho Benedetti Jefferson Luiz Ca margo Marcelo Brand o Cipolla Vera Varkow S o Paulo Martins Fontes 2000 MARICATO Erm nia et al Cidades rebeldes passe livre e as manifesta es que tomaram as ruas do Brasil S o Paulo Boitempo Carta Maior 2013 MAUS Ingeborg O direito e a pol tica teoria da democracia Tradu o de Elisete Antoniuk Belo Horizonte Del Rey 2009 MONTEIRO Geraldo Tadeu Democracia Deliberativa In BARRETTO Vicente de Paulo Org Dicion rio de Filosofia do Direito S o Leopoldo Unisinos Rio de Janeiro Renovar p 195 198 2006 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 37 MORAIS Jos Luis Bolzan de Reflex es acerca das condi es e possibilidades para uma ordem jur dica democr tica no s culo XXI In NUNES Ant nio Jos A COUTINHO Jacinto Nelson de M C Org O direito e o futuro o futuro do direito Coimbra Almedina 2008 p 445 469 O Estado e seus limites reflex es iniciais sobre a profana o do estado social e a dessacraliza o da modernidade Boletim da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra Portugal Coimbra 2007 v LXXXIII p 569 590 MOTA Carlos Guilherme A ideia de revolug o no Brasil e outras ideias S o Paulo Globo 2008 SALINAS Natasha S C Coord Os juristas na forma o do Estado Nag o bra sileiro S o Paulo Saraiva 2010 N C
540. ral Op es e custos do exerc cio da atividade econ mica Leonardo Garcia Barbosa Consultor Legislativo do Senado Federal LEONARDO GARCIA BARBOSA Sum rio 1 Introdu o 2 Empres rio e empresa individual 2 1 Empres rio individual 2 2 Empresa individual de responsabilidade limitada 3 Sociedade empres ria 3 1 Sociedade limitada 3 2 Sociedade an nima de capital aberto 4 Considera es finais 1 Introdu o O objetivo deste trabalho examinar e comparar as op es e os custos associados a cada tipo jur dico dispon vel para o empreendedor participar da atividade empresarial O empreendedor faz uma an lise do custo e do eventual retorno de cada op o sua disposi o para desenvolver o objeto pretendido De acordo com as caracter sticas da atividade os meios de produ o envolvidos se intensivos em capital ou em trabalho poss vel escolher o tipo jur dico que melhor se adapte a cada empreendimento A decis o a respeito do tipo jur dico implica custos de oportunidade os quais significam o custo a ser incorrido por adotar determinada conduta em vez de outra O estudo sobre os tipos jur dicos existentes ajudar a entender melhor a viabilidade de uma sociedade an nima simplificada e sua inser o no sistema societ rio brasileiro Abordamos neste trabalho as caracter sticas do empres rio indivi dual da empresa individual de responsabilidade limitada da sociedade limitada e da socieda
541. raz o de um cisco no olho ou espirrar Conforme demonstrado primeiramente por Pavlov se um determinado est mulo por exemplo o som de uma campainha sempre sucedido por um est mulo capaz de eliciar um comportamento reflexo por exemplo o sabor de lim o na boca de um animal o est mulo precedente pode ad quirir a capacidade de eliciar o comportamento reflexo no caso a saliva o A saliva o decor rente da estimula o pelo som da campainha denominada ent o comportamento reflexo condicionado RACHLIN 1991 O segundo denominado por Skinner comportamento ope rante em raz o de o indiv duo necessarimente atuar no ambiente operar aquele adquirido e mantido em raz o das consequ ncias por exemplo parar o carro quando o sinal fica vermelho BAUM 2006 p 116 O comporta mento operante se forma pelas consequ ncias pelo que vem depois ao passo que os reflexos condicionados ou incondicionados decorrem do est mulo antecedente daquilo que veio antes Ano 51 N mero 203 jul set 2014 113 O comportamento operante de parar o carro no sinal por exemplo uma aprendizagem que decorre de refor os do tipo o pai elogiou o filho que disse ser errado atravessar o sinal vermelho esse indiv duo viu algu m ser xingado ao desrespeitar o sem foro marcou um ponto na prova do departamento de tr nsito quando assinalou que se deve parar no sinal vermelho descumpriu a regra como motorista e foi multado
542. regras antin micas excluem se Conse quentemente os princ pios ao constitu rem exig ncias de optimiza o permitem o balanceamento de valores e interesses n o obedecem como as regras l gica do tudo ou nada consoante o seu peso e a ponde ra o de outros princ pios eventualmente conflitantes as regras n o deixam espa o Alexy 2008 p 509 511 cita o direito ao trabalho que garantido pelo Estado pode conflitar tanto com a liberdade do particular detentor dos meios de produ o de dispor de sua propriedade e organizar a sua produ o da forma que melhor lhe aprouver quanto com a pr pria liberdade do indiv duo que tem o trabalho assegurado de n o querer trabalhar Todas as tr s posi es s o posi es prima facie mas a norma definitiva que vai reger o caso apenas ser extra da da pondera o 168 Revista de Informa o Legislativa para qualquer outra solu o pois se uma regra vale tem validade deve cumprir se na exacta medida das suas prescri es nem mais nem menos Como se ver mais adiante em caso de conflito entre princ pios estes podem ser objecto de pondera o e de har moniza o pois eles cont m apenas exig n cias ou standards que em primeira linha prima facie devem ser realizados as regras cont m fixa es normativas definitivas sendo insustent vel a validade simult nea de regras contradit rias Real a se tamb m que os princ pios susci
543. rela o ao n mero de empres rios indivi duais registrados mostrando uma maior procura pelo tipo jur dico da sociedade limitada Apresentamos os dados na Tabela 2 Na Junta Comercial de Pernambuco as informa es mostram que o n mero de empres rios individuais registrados supera o n mero de sociedades limitadas constitu das no per odo demonstrando uma pre fer ncia pouco significativa pelo registro como empres rio individual Seguem os dados obtidos na Tabela 3 Os n meros mostram que os dois tipos jur dicos preferidos pelos empres rios s o o empres rio individual sem responsabilidade limitada ea sociedade limitada A altera o do C digo Civil que permite a cria o de uma empresa individual de responsabilidade limitada n o foi suficiente para alterar de forma significativa o quantitativo dos dois tipos jur dicos citados Os empres rios continuam a cadastrar se como empres rios individuais sem a limita o da responsabilidade em vez de optarem pela empresa individual de responsabilidade limitada Verifica se ainda uma forte constitui o de sociedades limitadas sem que o n mero de sociedades desse tipo diminu sse em virtude da empresa individual de responsabilidade limitada Constata se tamb m que baixo o n mero de sociedades an nimas sinalizando que esse tipo jur dico na sua atual conforma o n o atrai o empresariado brasileiro o que mostra haver um espa o relevante no atual cen rio empresarial para a
544. reriam para monitorar os administradores caso n o houvesse a previs o de auditoria independente Tabela 9 Auditoria independente Sociedade an nima de capital fechado Sociedade an nima aberta Dispensada Obrigat ria 4 Considera es finais Apresentam se a seguir as linhas conclusivas assumidas no presente trabalho A op o do empreendedor pelo tipo jur dico escolhido para o exerc cio da atividade econ mica implica custos econ micos que os economistas chamam de custos de oportunidade Os tipos jur dicos preferidos pelos empres rios s o o empres rio individual sem a limita o de responsabilidade e a sociedade limitada O empres rio individual sem a limita o de responsabilidade res ponde por suas obriga es sem qualquer separa o do seu patrim nio Art 177 3 As demonstra es financeiras das companhias abertas observar o ainda as normas expedidas pela Comiss o de Valores Mobili rios e ser o obrigatoriamente submetidas a auditoria por auditores independentes nela registrados BRASIL 1976b Ao criar demonstra es financeiras obrigat rias para toda companhia reduz se a as simetria de informa es entre os seus v rios investidores CATEB PIMENTA 2012 p 241 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 297 pessoal ou limita o da responsabilidade pelas obriga es decorrentes da atividade empresarial N o havendo separa o patrimonial n o h justifi
545. responsabilidade civil nesse caso subjetiva de modo a remet los a outro sistema normativo que tamb m adote como regra geral a responsabilidade subjetiva ou seja o pr prio C digo Civil No mesmo sentido o entendimento de Jes s Miguel Lobato G mez 2004 que ainda acrescenta o car ter intuitu personae da responsabi lidade civil m dica gerada na confian a pessoal e segundo o qual a atividade m dica n o se compadece e se compreende com o tr fico de massa consumerista em que todas as presta es s o sempre uniformes e impessoais 6 Nesse sentido o esc lio de LOBATO G MEZ 2004 256 Revista de Informa o Legislativa Enfim diante de tudo o que foi apresentado a conclus o extra da que definitivamente o paciente n o pode ser equiparado ao consumidor O C digo de Defesa do Consumidor n o pode ser o regime legal matriz da responsabilidade civil do m dico consequentemente n o se aplica a regra da invers o do nus probat rio em favor do paciente nos termos do artigo 6 inciso VIT A solu o portanto para a quest o da distribui o do nus da prova nas demandas de responsabilidade civil do m dico passa necessariamen te pela aplica o da teoria da carga probat ria din mica 5 Teoria da carga probat ria din mica Defini o Caracteriza o Incid ncia Efeitos A teoria da carga probat ria din mica foi inspirada e reconhecida originariamente pela jurisprud ncia
546. ressuposto f tico necess rio para a solu o do lit gio n o obstante os esfor os probat rios de ambas as partes para a comprova o dos fatos pois se alguma parte assumir um comportamento passivo na instru o processual n o se desincumbindo do encargo de provar os fatos do modo que lhe for poss vel sua pretens o n o ser acolhida por for a da regra tradicional do nus da prova Como os efeitos da falta ou insufici ncia da prova dos fatos contro vertidos alegados em ju zo recaem sobre a parte que se encontre em melhores condi es de provar a quest o que surge saber qualo crit rio para definir justamente qual das partes est beneficiada por esta posi o de superioridade probat ria Ano 51 N mero 203 jul set 2014 259 Est em melhores condi es de fazer a prova de um determinado fato controvertido quem disp e da prova dos fatos por raz es t cnicas profissionais econ micas ou jur dicas Quer dizer apresenta melhores condi es de provar quem det m os meios id neos para produzir a prova seja por ter o conhecimento t cnico e f tico necess rio para o esclarecimento dos fatos seja por ter intervindo de forma direta no fato danoso BARBERIO 2008 p 99 102 Como sua incid ncia restringida para ca sos especiais em que evidente a supremacia de uma das partes no tocante a possibilidade de re alizac o da prova dos fatos afirmados em ju zo a defini o de qual das partes est em mel
547. rete Gadamer 1999 p 587 por exemplo diz que o int rprete n o sabe que em sua interpreta o traz consigo a si mes mo com seus pr prios conceitos Maximiliano 2007 p 62 chamou esse elemento subjetivo da interpreta o de coeficiente pessoal A justi a das decis es depende sempre do coeficiente pessoal da cultura e perspic cia do magistrado suas prefer ncias filos ficas pendores jur dicos orienta o sociol gica bondade retid o Em geral essa a raz o consensualmente aceita como explica o para o fato de os apli cadores da lei formados pelas mesmas uni versidades e vinculados pelo mesmo sistema legal terem diverg ncias na interpreta o dos mesmos textos legais Mas isso uma explica o A ideia de que a interpreta o composta por algo que o int r prete traz de si ou por um coeficiente pessoal n o esclarece como a subjetividade opera e que peso tem A Hermen utica Jur dica admite a exist ncia da subjetividade do int rprete mas n o a analisa Sabe que essa subjetividade atua mas n o sabe como Um dos eixos fundamentais do behavioris mo a cr tica ao que Skinner chamou de men talismo Essa pr tica seria aquela que recorre 112 Revista de Informa o Legislativa a categorias como mente vontade ego escolha e outros conceitos que apenas no meiam fen menos reais mas n o os explicam O mentalismo teria v ncu
548. revolucion rias HABERMAS 2012 p 28 E em outro trecho Direitos humanos sempre surgiram primeiro a partir da oposi o arbitrariedade opress o e humilha o HABERMAS 2012 p 11 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 27 protestos de rua renova o de pr ticas de vio l ncia e crueldade descren a generalizada em valores republicanos perda de significa o as legendas pol ticas fazendo crescer o sentimento de fal ncia dos mecanismos pr ticas e institui es conhecidos para tornar poss vel o operar concreto e di rio da democracia importante destacar o papel de significa o que os protestos e manifesta es de rua t m etiveram contextualmente em expressar e fazer falar a voz do povo a democracia de ruas um sinal de alerta democracia das institui es e torna poss vel a geografia das insatisfa es especialmente quando os canais institucionais n o significam para todos n o representam o suficiente n o referem interesses gerais e n o t m o sentido que se conheceu no respeito s tradi es pol ticas A participa o social corri ge permanentemente e redireciona priorida des escolhas poderes rela es e pol ticas da sua necessidade estrat gica a import ncia da decis o nas arenas deliberativas e participati vas na constitui o do espa o p blico plural e democr tica 8 Na entrevista concedida por Leonardo Avritzer sobre as manifesta es d
549. ri Nesse contexto s o dignos de nota os arts 2 e 50 da Lei n 9 784 99 que regulamenta o processo administrativo federal Art 2 A Administra o P blica obedecer dentre outros aos princ pios da legalidade finalidade motiva o razoabilidade proporcionalidade moralidade ampla defesa contradit rio seguran a jur dica interesse p blico e efici ncia Art 50 Os atos administrativos dever o ser motivados com indica o dos fatos e dos fundamentos jur dicos QUANDO I neguem limitem ou afetem direitos ou interesses II imponham ou agravem deveres encargos ou san es II decidam processos administrativos de concurso ou sele o p blica IV dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitat rio V decidam recursos administrativos VI decorram de reexame de of cio VII deixem de aplicar jurisprud ncia firmada sobre a quest o ou discrepem de pareceres laudos propostas e relat rios oficiais VII importem anula o revoga o suspens o ou convalida o de ato administrativo Brasil 1999 Na mesma linha j decidiu o STF BRASIL 1997 1146 Revista de Informa o Legislativa consequente redu o do conceito de m rito administrativo Uma vez que os conceitos empregados pela lei sejam jur dicos estar o como tais sujeitos interpreta o jur dica a qual pode eventualmente conduzir a uma nica solu o admiss vel ou a algumas delas
550. ridades do caso concreto sobretudo em face dos novos desafios e das novas exig ncias de um mundo globalizado em acelerada muta o Com efeito qualquer leguleio e at mesmo um computador capaz de fazer uma opera o simples de subsun o de uma situa o f tica a uma situa o prevista normativamente mas a complexidade da vida moderna exige muito mais do administrador p blico para que cumpra sua miss o constitucional de consecu o do interesse p blico Ademais o conceito de m rito preserva sua utilidade porquanto serve para delimitar aquela zona de discricionariedade conferida pelo ordenamento jur dico Administra o insuscet vel de modifica o pelo Judici rio mesmo ap s o contraste de todos os aspectos do ato adminis trativo com os par metros normativos existentes Todavia o conceito de m rito n o pode ser manipulado seja pela Administra o seja pelo Judici rio para o fim de subtrair da aprecia o judicial atos contravenientes ao bloco de legalidade sob pena de ofensa ao art 5 XXXV da CF 88 A jurisprud ncia defensiva de antanho muitas vezes preocupada com a possibilidade de assoberbamento processual deve ser completamente superada preservando se por m o aut ntico m rito do ato administrativo de interfer ncias judiciais indevidas Assim tamb m deve ser evitada a manipula o de conceitos como o de n cleo essencial do direito fundamental o qual em tese corresponderia
551. riedade administrativa que muitos doutrinadores v m sustentando que j n o subsiste mais o conceito de m rito administrativo como limite ao controle judicial dos atos administrativos Nessa ordem de ideias defende se uma postura mais ativista do Ju dici rio no tocante ao controle das pol ticas p blicas ainda quando haja necessidade de intermedia o do legislador infraconstitucional De outra parte alguns doutrinadores advogam uma maior autocon ten o selfrestraint do Judici rio por variegadas raz es entre as quais a aus ncia de legitimidade democr tica do juiz os impactos sist micos nefastos na governan a a falta de capacidade institucional do Judici rio as limita es ing nitas dial tica processual aus ncia de vis o global e as limita es impostas pelo princ pio da separa o de Poderes Ano 51 N mero 203 jul set 2014 143 Impende pois analisar a evolu o do conceito de m rito do ato ad ministrativo e verificar se ainda desfruta de serventia na hodiernidade 2 O m rito do ato administrativo na vis o de Seabra Fagundes e Alessi Sob o influxo dos administrativistas italianos Seabra Fagundes 1957 p 167 168 desenvolveu com profundidade na doutrina p tria o conceito de m rito do ato administrativo Eis a sua concep o a este respeito O m rito est no sentido pol tico do ato administrativo o sentido dele em fun o das normas de boa administra o ou noutras palavras
552. rinc pios quanto regras avalia o discursiva G nther livra se das amarras estruturais da teoria axiol gica A tarefa empreendida a partir da distin o entre os ju zos discursos de justifica o e de aplica o de normas Os primeiros corres pondem a ju zos elaborados para identificar a validade de uma determinada norma jur dica ou moral Explica Soriano 1998 p 193 194 que segundo Giinther a validade de uma norma moral estar configurada quando se puder produzir uma aceita o racional dos resultados por aqueles que ser o afetados pela sua incid ncia Gunther 1995 p 278 afirma que a validade expressa um interesse geral de seguir a norma decorrente da considera o do interesse dos afetados No campo do direito a justifica o das normas d se nos limites do ordenamento jur dico G nther 1995 p 298 explica que diferen a da argumenta o moral em que a validade dada pela aceita o racional dos efeitos de uma norma por seus potenciais afe tados a validade da norma jur dica vem de sua estipula o em respeito aos limites e requisitos do ordenamento jur dico o qual se pressup e agora semelhan a das normas morais como aceito genericamente pelos afetados 1 Noutro texto o autor defende que a possibilidade de os indiv duos reconhecerem se como coautores das normas jur dicas um dos fundamentos basilares da legitimidade do direito Veja se A teoria do discurso do
553. rme a condi o econ mica do indiv duo e sua posi o na sociedade de classes o que acaba sempre produzindo a fragiliza o das partes da sociedade que mais care Na perspectiva da educa o em direitos humanos n o se trata de ignorar a viol ncia do cotidiano mas conscientizar para a historicidade do seu fato presente E a solu o do problema s pode ser encontrada se admitirmos que a viol ncia est arraigada na nossa tradi o e sobretudo s ser combatida quando o uso da viol ncia contra qualquer cidad o brasileiro se tornar inaceit vel BAZ LIO KRAMER 2011 p 123 3 lt embora n o seja exclusivo o modelo hierarquizante atua de maneira decisiva na sociedade brasileira Somando se a isso a onipresen a do Estado encontramos os limites do indiv duo enquanto sujeito moral e pol tico Essas s o algumas das raz es para a fragi lidade da no o de cidadania no nosso pa s Embora na lei tenhamos de um modo geral definidos direitos e liberdades extensivos a todos os membros da sociedade brasileira na pr tica temos cidad os de primeira segunda e terceira classes e mesmo n o cidad os isto indiv duos sem voz sem espa o e sem nenhum respaldo real nas institui es vigentes Os exemplos s o tantos que seria ma ante enunci los VELHO 2004 p 146 14 Revista de Informa o Legislativa cem da implementac o dos direitos econ micos e sociais Se a exclus o social um gr
554. rmos da lei de colis o J as m ximas da necessidade e da adequa o decorrem da natureza dos princ pios como mandamentos de otimiza o em face das possibilidades f ticas ALEXY 2008 p 117 118 axiol gica por ele proposta O processo de pondera o sopesamento permitir que pelo estabelecimento das preced ncias condicio nadas luz do caso seja extra da uma regra jur dica que ter a seguinte estrutura ALEXY 2008 p 97 P1 PP2 C gt R Considerando se P1 e P2 como princ pios contradit rios C como as circunst ncias de aplica o e P como o v nculo de prefer ncia de um princ pio sobre outro R ser uma regra que o produto da lei de colis o e estabelecer que todas as vezes em que se estiver diante das con di es C P1 ter preced ncia em rela o a P2 A aplica o do princ pio portanto feita pela extra o de uma regra a qual para Alexy 2008 p 98 99 tem possibilidade de generali za o j que ainda que argumente que a rela o de preced ncia n o ter car ter absoluto defen de que essa regra pode ser extens vel a todos os casos em que a condi o C for encontrada Sem pretender antecipar um argumento adiante tra balhado uma leitura cr tica da centralidade que as regras ocupam na teoria de Alexy encontrada na avalia o que Carvalho Netto e Scotti 2011 fazem De forma sint tica essa centralidade assim retratada pelos autores
555. rno de Floriano Peixoto tem um componente pol tico o Go verno estava temporariamente interessado em apoiar o Projeto de Fel cio dos Santos que havia obtido o patroc nio de Saldanha Marinho A rejei o do Projeto pelo Poder Executivo levou Coelho Rodrigues a apresent lo diretamente ao Poder Legislativo Cl vis Bevil qua 1897 p 114 assinalou poca que O senado j deu parecer favor vel a respeito do projecto Coelho Rodri gues por m mandando o submetter revis o de uma commiss o de juristas Si a procrastina o trouxer maior perfei o que seja bem aco lhida mas si f r para desfazer ainda uma vez esperan as j arraigadas de obtermos afinal um c digo civil digno de n s devemos lastimal a Ano 51 N mero 203 jul set 2014 59 Abelardo Saraiva da Cunha Lobo 2006 p 613 outra testemunha dos fatos relatados assinala que a provoca o do Senador Coelho Rodrigues para que o Senado pressionasse o Governo n o produziu bons frutos o que fez com que ele chegasse at s portas dos tribunais em memor vel ac o que prop s contra a Uni o sem resultado ali s O registro feito por Cl vis Bevil qua 1906 p 25 ocorreu em um momento que antecede a sua contrata o para a realiza o do Projeto de C digo Civil Mais adiante j na posi o de projetista do C digo Civil assinala o seu elogio ao Projeto apresentado por Coelho Rodrigues ap s tecer cr ticas aos Projetos de Nabuco de A
556. ropriedade Mauro Cappelletti ad verte que por tr s da decis o de John Marshall existia uma tradi o do judicial review no sentido de que os ju zes por vezes julgavam a validade de determinados atos normativos Escreve Cappelletti que no s culo XVII havia uma tradi o inglesa teorizada e defendida por Sir Edward Coke na qual o soberano n o criava lei contrario sensu poderia declarar ou afirmar a regra Isso porque o common law revelado nas decis es dos tribunais ingleses prevalecia como o aut ntico Direito diante do statutory law Em s ntese ao legislador competia n o mais que complementar as normas consuetudin rias vale dizer prevalecia o direito costumeiro reconhecido pelos tribunais e complementado Charles A Beard traz baila os argumentos sistema tizados pelo professor Percy Fenn mediante os quais seria poss vel sustentar a decis o de John Marshall considerando que o Chief Justice n o mencionou nenhum precedente na decis o Marbury v Madison de 1803 Assim eram argumentos em prol do judicial review na tica de Penn 1 A subordina o dos atos do Parlamento a uma lei mais alta n o estranha jurisprud ncia inglesa no caso do Dr Bonham em 1610 Sir Edward Coke declarou que um ato do Parlamento contr rio lei comum era nulo pelo menos s vezes 2 O Conselho Privado tinha o poder de apreciar judicialmente os atos das legislaturas coloniais e consider los nulos 3 Jam
557. ros 2008 BONAVIDES Paulo Curso de direito constitucional 15 ed S o Paulo Malheiros 2004 Do estado liberal ao estado social 7 ed S o Paulo Malheiros 2001 BORNHOLDT Rodrigo Meyer M todos para resolu o do conflito entre direitos fundamen tais S o Paulo Revista dos Tribunais 2005 246 Revista de Informa o Legislativa Do estado liberal ao estado social 4 ed Rio de Janeiro Forense 1980 CUNHA S rgio S rvulo da Direito moradia Revista de Informa o Legislativa Bras lia a 32 n 127 jul set 1995 CURY leda Tatiana Direito fundamental sa de Rio de Janeiro L men J ris 2005 DWORKIN Ronald Levando os direitos a s rio S o Paulo Martins Fontes 2002 FIGUEIREDO Mariana Filchtiner Direito fundamental sa de Porto Alegre Livraria do Advogado Editora 2007 KANT Immanuel Doutrina do direito Tradu o de Edson Bini 3 ed S o Paulo cone 1993 Cr tica da raz o pura Tradu o de Alex Marins S o Paulo Martin Claret 2006 LEITE Flamarion Tavares Manual de filosofia geral e jur dica das origens a Kant Rio de Janeiro Forense 2006 LIMA Maria Cristina de Brito A educa o como direito fundamental Rio de Janeiro L men J ris 2003 MILANEZ Daniela O direto sa de uma an lise comparativa da interven o judicial Revista de Direito Administrativo v 237 jul set 2004 MUNIZ Regina Maria Fonseca O direito educa o Rio de Janeiro
558. rovam simultaneamente os dados decorrentes da corrup o do desmando do abuso de poder de impunidade do uso desmedido da for a de viol ncia policial de crescimento das taxas de homic dio doloso e das pr ticas criminosas organizadas O embruteci mento e a trucul ncia o cinismo e a irritabilidade as intoler ncias como caracter sticas do conv vio social na realidade brasileira s o not rias fazendo com que a viol ncia venha permeando as rela es diluindo as por dentro tornando o conv vio social degradado exasperado desonesto e cada vez mais desconstru do como possibilidade Em ambas as fronteiras nas quais se procure pensar os desafios da democracia na realidade brasileira encontra se a incapacidade de fixa o comportamental e institucional de ison micos par metros legais comuns Vive se um estado de coisas em que a lei n o impregna o cotidiano e por isso remanesce como letra da lei enquanto as rela es se fazem apesar da lei exatamente isso que nos faz ter de recuar na an lise em dire o a fatores constitutivos dessa realidade dada como uma realidade constru da sobre um jogo de condi es hist ricas que n o permite alcan ar outra condi o sen o aquela na qual se est imerso A modernidade perif rica brasileira est constitu da por tra os que encobrem na inca pacidade de fazer valer sua legisla o e suas institui es suas matrizes reais e hist ricas 2 Democracia lei e tradi o
559. rvem para verificar a legitimidade das op es valorativas de cada um os princ pios jur dicos perdem justamente seu car ter deontol gico e impositivo que caracter stico de todas as normas jur dicas 2 lt A maneira de avaliar nossos valores e a maneira de decidir o que bom para n s e o que h de melhor caso a caso tudo isso se altera de um dia para o outro T o logo pass ssemos a considerar o princ pio da igualdade jur dica meramente como um bem entre outros os direitos individuais poderiam ser sacrificados caso a caso em favor de fins coletivos HABERMAS 2004 p 368 BO ponto assim tratado por Benvindo 2010 p 308 tradu o nossa Depois de tudo normas jur dicas n o podem depender de maior ou menor observ ncia de seu con te do dado que possuem um c digo de obriga o bin rio caracter stico das expectativas normativas de comportamento que corresponder obedi ncia ou n o do sujeito ao direito e n o a um dever gradual como se cada contexto pudesse dar origem a uma obriga o ape nas relativa de observ ncia da prescri o jur dica Se subvertemos esse car ter normativo das normas jur dicas ent o o direito perde seu car ter imperativo e sua prioridade sobre pontos de vista axiol gicos N o ser o os valores e interesses sociais que ser o traduzidos no e determinados pelo sistema de direitos mas ao contr rio ser o sistema de direitos que ser traduzido nos e det
560. rvi o p blico de comunica o com um objetivo claro minimizar ao m ximo as condi es e consequ ncias da destitui o de Lugo PARAGUAL 2012 Idilio M ndez M NDEZ GRIMALDI 2012 membro da Sociedade de Economia Pol tica do Paraguai SEPPY e autor do livro Os Herdeiros de Strossner em um artigo ao portal Radar analisou o julgamento po l tico de Lugo e os mortos em Curuguaty como um golpe da Monsanto grupo industrial de for a no Paraguai A quest o inicial proposta por Idilio est em saber quem se encontra por tr s de uma trama t o sinistra Ele revela que as organiza es sociais e campesinas s o acusadas pelas oligarquias da terra de forjarem perse gui es aos grupos menores tomando suas terras visando ao avan o do agroneg cio extrativista Para o autor do artigo o golpe seria a instala o de uma situa o pol tica confort vel para que os oligarcas retornassem ao poder em 2013 Entretanto apesar de todo o exposto o Tribunal Superior Eleitoral do pa s considerou o processo leg timo em discord ncia Comiss o Interamericana de Direitos Humanos gerando uma severa crise diplo m tica internacional com os pa ses sul americanos SENADO 2012 em especial com os pa ses do bloco do Mercosul O processo de impeachment do Presidente Lugo teve rea es contr rias sua validade na maior parte dos pa ses da Am rica do Sul Considerado por alguns como um golpe de estado mesmo que re
561. s SCH FER OTT 2005 p 297 A elabora o de um contrato completamente preenchido implica custos de transa o despendidos pelas partes Elas precisam empreender esfor os para obter informa o sobre a outra parte negociar os termos do contrato e posteriormente fazer cumprir o que foi acordado Na pr tica as partes n o conseguem prever e regular antecipadamente todas as eventualidades que possam ocorrer ap s a celebra o do contrato SCH FER OTT 2005 p 278 et seq Desse modo um mecanismo eficiente de corre o dos erros e de pre enchimento das omiss es e das lacunas constantes dos contratos sociais A ideia de custo de transa o mostra se importante nos contratos societ rios de longa dura o e de execu o continuada que se destinam a facilitar a organiza o da atividade econ mica SZTAJN VER OSA 2003 p 8 Os economistas entendem que pessoas racionais deixar o vagos ou imprecisos certos eventos para reduzir custos de transa o SZTAJN VER OSA 2003 p 8 284 Revista de Informa o Legislativa das sociedades deve ser preocupa o central da legisla o e do juiz PIMENTA 2008 p 255 O juiz tem uma participa o extremamente relevante nos contratos relacionais pois a in completude do contrato pelas partes envolve necessariamente o seu preenchimento por ele Ele respons vel por transformar um contrato incompleto em um contrato completamente preenchido e isso ocorre no
562. s es que s o vari veis dependentes das vari veis explicativas ou independentes que seriam os motivos que afetam as decis es YEUNG 2010 p 131 169 Em outra oportunidade quando tratou da an lise da qualidade do Judici rio Luciana Yeung e Paulo Furquim Azevedo tamb m uti lizaram um m todo estat stico para a base de dados composta pelas decis es judiciais crian do primeiramente um proxy para a pr pria qualidade que foi a taxa de reforma das decis es tomadas por um tribunal e confirmando sua signific ncia econom trica pelo mesmo modelo logit o que permitiu autora fazer estima es de probabilidades YEUNG AZEVEDO 2010 Portanto ambas as t cnicas apresentadas para a an lise das decis es judiciais podem con tribuir sobremaneira para o levantamento dos 86 Revista de Informa o Legislativa custos de transa o dos contratos de concess o por elas gerados pois dizem respeito tanto aos atributos institucionais quanto prefer ncia dos magistrados e das cortes seja utilizando um m todo estat stico ou n o 5 Conclus o Os agentes econ micos desenvolvem seus neg cios em um ambiente regulado por insti tui es que portanto influenciam diretamente nas decis es de mercado Nesse contexto duas institui es s o principalmente relevantes os contratos e o poder Judici rio Os contratos em geral funcionam como intermediadores diretos das transa es eco n micas sendo essenciais pa
563. s esferas da vida social e cultural do pa s RIBEIRO 1995 p 235 Como o princ pio b sico do consenso transclassista o princ pio do desempenho e da disciplina a fonte moral do self pontual para Taylor passa a ser a aceita o e inter naliza o generalizada deste princ pio que faz com que a inadapta o e a marginaliza o destes setores possam ser percebidas tanto pela sociedade inclu da como tamb m pelas pr prias v timas como um fracasso pessoal SOU ZA 2006 p 171 18 Revista de Informa o Legislativa acumulado na esfera do privado Diante da ino per ncia da lei na aus ncia das institui es na prec ria seriedade do que p blico ainda nos vemos retratados na festa e no jogo compensa es sociais que nos desviam o olhar do que n o funciona para o que funciona O lenitivo festivo do carnaval renovado a todo ano apenas exa cerba a possibilidade de relaxa o dos rigores morais dos espinhos sociais da dureza do labor e do trabalho dos privil gios econ micos das penas da lei da aus ncia de alternativas pol ti cas Enquanto experi ncia de anima o social o carnaval chave de compreens o antropol gica do Pa s e por isso significa o lugar da invers o das hierarquias dos lugares determinados das preocupa es excessivas dos pap is sociais tachados da opress o econ mica da opacidade social da falta de voz e democracia da invisi bilidade dos indiv
564. s o contrato um poderoso argumento para seus princ pios por que incorpora princ pios filos ficos que aceita mos ou aceitar amos se sobre eles reflet ssemos muito embora no entender de Dworkin 2002 p 262 grifo do autor n o possa o contrato ser tomado como premissa fundamental mas como ponto intermedi rio de um argumento mais amplo como se ele pr prio fosse o produto de uma teoria pol tica mais profunda que defende os dois princ pios atrav s e n o a partir do contrato Ano 51 N mero 203 jul set 2014 239 Importante destacar que para Rawls a justiga como equidade n o uma teoria com pletamente contratualista mas que pode ser estendida escolha de um sistema tico mais ou menos completo que inclui princ pios para todas as virtudes e n o apenas para a justi a Retomando a ideia da posi o original esta introduzida por Rawls para especificar os princ pios mais adequados para a realiza o da igualdade e da liberdade melhor esclarecendo de quais princ pios seriam racionalmente ado tados dada a situa o contratual no sentido de associar a quest o da justi a teoria da escolha racional A posi o original no entender de Rawls 2003 p 25 apenas um artif cio de repre senta o an logo a um experimento mental no sentido de as partes se encontrarem situadas simetricamente em condi es equitativas e dispostas a representarem os interesses funda mentais dos cidad os
565. s o jurisdicional contr ria pretens o da parte AI 135 850 AgR Rel Min Carlos Velloso julgamento em 23 4 1991 Segunda Turma DJ de 24 5 1991 No mesmo sentido AI 811 144 AgR Rel Min Rosa Weber julgamento em 28 2 2012 Primeira Turma DJE de 15 3 2012 AI 791 441 AgR Rel Min Ellen Gracie julgamento em 3 8 2010 Segunda Turma DJE de 20 8 2010 RE 547 022 AgR Rel Min Joaquim Barbosa julgamento em 16 10 2007 Segunda Turma DJE de 1 2 2008 HC 70 600 Rel Min Celso de Mello julgamento em 19 4 1994 Primeira Turma DJE de 21 8 2009 230 Revista de Informa o Legislativa responsabilidade civil Para evitar tal pr tica surgiu o instituto do forum non conveniens ou seja aquele foro que por serinconveniente dada a tentativa de fuga da jurisdi o competente implica a absten o da Justi a procurada para julgar a causa H dois precedentes relevantes nos quais a justi a norte americana aplicou tal instituto a 1 ambos relacionados casos ocorridos no Brasi a acidentes a reos casos Gol e TAM Relata Carlos Alberto Salles 2011 DTR120091498 que o sistema das class actions do direito norte americano passou por recente altera o com a promulga o do Class Action Fairness Act de 2005 visando justamente a impedir o forum shopping Cito Seguindo se algumas altera es trazidas luz em 1998 novas mudan as foram in troduzidas na Regra 23 das Federal Rules of Civil Procedure visand
566. s o poucos os crit rios que distintos autores usam para separar regras de princ pios Alexy 2008 p 90 91 vale se de um crit rio por ele explicado nos seguintes termos O ponto decisivo na distin o entre regras e princ pios que princ pios s o normas que ordenam que algo seja realizado na maior medida poss vel dentro das possibilidades jur dicas e f ticas existentes Princ pios s o por conseguinte mandamentos de otimiza o que s o caracterizados por poderem ser satisfeitos em graus variados e pelo fato de que a medida devida de sua satisfa o n o depende somente das possibilidades f ticas mas tamb m das possibilidades jur dicas O mbito das possibilidades jur dicas deter minado pelos princ pios e regras colidentes J as regras s o normas que s o sempre ou satisfeitas ou n o satisfeitas Se uma regra vale ent o deve se fazer exatamente aquilo que ela exige nem mais nem menos Regras cont m portanto determina es no mbito daquilo que f tica e juridicamente poss vel Isso significa que a distin o entre regras e princ pios uma distin o qualitativa e n o uma distin o de grau Toda norma ou uma regra ou um princ pio A diferen a entre regras e princ pios na teo ria de Alexy 2008 estaria no plano da estrutura da norma Segundo aduz uns princ pios ad mitem cumprimento em graus diversos outras regras devem ser cumpridas de forma direta desde qu
567. s sociais SARLET FIGUEIREDO 2007 p 4 Por fim importante ressaltar que apesar de certas diverg ncias predomina o entendimento de que todos os direitos sociais encontrados na CE n o apenas aqueles dispostos no seu T tulo 1 A classifica o de quais direitos fazem parte de cada gera o n o algo un nime entre os autores Gomes Cano tilho 2002 p 386 por exemplo considera que os direitos sociais fazem parte da terceira gera o e n o da segunda 130 Revista de Informa o Legislativa II s o dotados de fundamentalidade devendo portanto ser protegidos de eventuais supress es do texto constitucional por for a do art 60 4 IV da CF al m de terem plena efic cia por isso s o de aplicabilidade direta e n o progra m tica Entre eles destaca se o direito social sa de art 196 CF 3 Limites dos direitos fundamentais Os direitos fundamentais incluindo os direitos sociais em geral t m a natureza norma tiva de princ pios sendo que estes compor tam a sua materializa o em diferentes n veis ALEXY 2002 apud DUARTE 2011 p 77 uma vez que fixam direitos em geral prima facie enquanto as regras fixam direitos defi nitivos A grande consequ ncia disso que os direitos fundamentais como princ pios podem sofrer certas restri es mediante a aplica o do princ pio da proporcionalidade fazendo com que a depender do caso concreto certos direitos funda
568. s do 4 do artigo 14 ao dispor que ser apurada mediante a verifica o de culpa 1No Brasil existe um movimento doutrin rio e ju risprudencial assentado na ideia de invers o do nus da prova sem autoriza o legal amparada pela dificuldade do encargo para a parte onerada Nesse sentido ver MARI NONI 2009 Tamb m ARENHART 2009 Em Portugal amplamente dominante o entendimento doutrin rio e jurisprudencial de que a simples dificuldade probat ria n o suficiente para justificar a invers o do nus da prova TEPEDINO 2006 p 117 SANSEVERINO 2007 p 201 NUNES 2007 p 222 233 CAVALIERI FILHO 2010 p 391 VENOSA 2003 p 92 GON ALVES 2010 p 257 GAGLIANO PAMPLONA FILHO 2003 p 233 RIZZARDO 2005 p 337 LOPES 2004 p 111 BARBOZA 2005 p 79 83 Entre outras Superior Tribunal de Justi a STJ Re curso Especial n 1 216 424 MT julgamento em 09 08 2011 3 Turma Relatora Ministra Nancy Andrighi e Recurso Especial n 986 648 PR julgamento em 10 05 2011 3 Tur ma Relator Ministro Paulo de Tarso Sanseverino Fonte www stj jus br Ano 51 N mero 203 jul set 2014 253 Logo nos termos do CDC a responsabilidade pessoal do profissional liberal subjetiva Em rela o distribui o do nus da prova o CDC disp e como medida de prote o a tutela geral da invers o do nus da prova como direito b sico do consumidor nos termos do artigo 6 inciso VIII Com base
569. s humanos possam proteger e promover os interesses e bens que compartilham entre si DAHL 2012 p 495 extenso o rol de mecanismos de participa o social conforme o teor do art 6 do Decreto n 8 243 2014 S o inst ncias e mecanismos de participa o social sem preju zo da cria o e do reconhecimento de outras formas de di logo entre administra o p blica federal e sociedade civil I conselho de pol ticas p blicas II comiss o de pol ticas p blicas III confer ncia nacional IV ouvidoria p blica federal V mesa de di logo VI f rum interconselhos VII audi ncia p blica VII consulta p blica e IX ambiente virtual de participa o social BRASIL 2014 Ao longo de todo o processo de tomada de decis es vinculativas os cidad os devem ter uma oportunidade adequada e igual de expressar suas prefer ncias quanto ao resultado final Devem ter oportunidades adequadas e iguais de colocar quest es na agenda e de expressar seus motivos para endossar um resultado e n o outro DAHL 2012 p 171 32 Revista de Informa o Legislativa povo do exerc cio efetivo do poder O Decreto n 8 243 2014 n o cria mas fortalece e articula os mecanismos e as inst ncias de di logo tornando institucional a correla o entre Estado e sociedade civil revelando a von tade do poder p blico de colocar o controle social no seio dos processos democr ticos art 1 Mediante cobran
570. s lidando no caso brasileiro na verdade com um conceito limite de sociedade onde a au s ncia de institui es intermedi rias faz com que o elemento famil stico seja seu componente principal Da que o drama espec fico dessa forma societ ria possa ser descrito a partir de categorias social psicol gicas cuja g nese aponta para as rela es sociais ditas prim rias precisamente como uma sociedade constitutiva e estruturalmente sadomasoquista no sentido de uma patologia social espec fica em que a dor alheia o n o reconhecimento da alteridade e a pervers o do prazer transforma se em objetivo m ximo das rela es interpessoais que Gilberto Freyre interpreta a semente es sencial do patriarcalismo brasileiro SOUZA 2006 p 115 indiferen a ou no limite o dio a desconfian a estrangeira o desprezo a indiferen a ou a lei A cultura da pessoalidade propriamente um tra o cultural que favorece a burla do direito que con cede espa o para a negocia o nas entrelinhas da lei que negocia os termos da lei que escapa lei que samba e rebola na frente da lei e das institui es Trata se de um modo de fazer as coisas em que se evidencia o jeitinho brasileiro como uma caracter stica marcante do povo brasileiro sendo a personagem do malandro o seu melhor revestimento que segundo a li o de Roberto DaMatta nos faz ver aquilo que somos pela forma como se d o os nossos v n culos a es h bitos
571. s no artigo 6 e sua concretiza o o maior exemplo SOARES 2010 p 469 O mesmo ocorreria em rela o finalida de da ordem econ mica estipulada no caput do artigo 170 da Constitui o Federal e os servi os p blicos em que existiria o dever do Estado de atuar como regulador artigo 174 da Constitui o Federal ou como prestador de servi o p blico artigo 175 da Constitui o Federal Sem entrar no m rito da defini o de servi o p blico poder se ia afirmar que ele se relaciona s atividades ligadas ao desenvolvi mento nacional sustentado pois sua efetiva o est intimamente ligada aos direitos sociais principalmente a infraestrutura necess ria a sua realiza o SHIRATO 2005 p 2 A efetiva o dos servi os p blicos imperati vo para o alcance do desenvolvimento portanto necessariamente se atrela atividade regulat ria do Estado que organiza a atividade econ mi ca seja intervindo por meio da concess o de servi o p blico ao particular e regulando sua utiliza o seja pelo exerc cio de poder de pol cia edi o de regras e fiscaliza o SALOM O FILHO 2008 p 21 A utiliza o deste tipo contratual parece ser no Brasil a institui o que mais se adequou realidade e cultura nacionais pois constitui um instrumento extremamente male vel em sua confec o permitindo maior flexibilidade na rela o entre Estado e particular em face da constante mudan a do ordenamen
572. s sociais Ainda dentro da estrutura b sica mais especificamente no segundo princ pio de justi a o da igualdade equitativa de oportunidades Rawls demonstra a preocupa o com a excessiva domina o econ mica que possa levar domina o pol tica em detrimento das condi es sociais econ micas e culturais como as oportunidades de educa o propriedade e de treinamento profissional para as pessoas independentemente da sua classe social verbis A Igualdade equitativa de oportunidades significa aqui igualdade liberal Para alcan ar seus objetivos preciso impor certas exig ncias estrutura b sica al m daquelas do sistema de liberdade natural preciso estabe lecer um sistema de mercado livre no contexto de institui es pol ticas e legais que ajuste as tend ncias de longo prazo das for as econ micas a fim de impedir a concentra o excessiva da propriedade e da riqueza sobretudo aquela que leva domina o pol tica A sociedade tamb m tem de estabelecer entre outras coisas oportunidades iguais de educa o para todos independentemente da renda familiar 15 Rawls 2002a p 62 grifo nosso Ano 51 N mero 203 jul set 2014 243 Tamb m considera que o liberalismo pol tico inclui dentro da estrutura b sica de uma sociedade bem ordenada a educa o das crian as para a promo o da autonomia priva da como valores que governam toda a vida das pessoas Assim leva em conta que a educa
573. scription of the things that must not be done For instance a person entrusted with a discretion must so to speak direct himself properly in law He must call his own attention to the matters which he is bound to consider He must exclude from his consideration matters which are irrelevant to what he has to consider If he does not obey those rules he may truly be said and often is said to be acting unreasonably Similarly there may be something so absurd that no sensible person could ever dream that it lay within the powers of the authority Warrington L J in Short v Poole Corporation 1926 Ch 66 90 91 gave the example of the red haired teacher dismissed because she had red hair That is unreasonable in one sense8 In another sense it is taking into consideration extraneous matters It is so unreasonable that it might almost be described as being done in bad faith and in fact all these things run into one another GREENE s d apud WI KIPEDIA 2014 Esse exemplo de irrazoabilidade mencionado por Lord Greene da professora demitida por ter cabelo vermelho evidencia a estreita rela o da razoabilidade com o princ pio da isonomia a utiliza o de elementos impertinentes como crit rio de discr men na aplica o do princ pio da isonomia material tratar desigualmente os desiguais irrazo vel em face do v cio de racioc nio consistente na falta de correla o l gica entre o crit rio eleito e o fim visado sendo
574. so e cognitivo que na Europa transformou se em fermento revolucion rio o qualacompanhou a entroniza o da l gica econ mica do capitalismo e logrou modificar e generalizar por conta de ideias morais religiosas e pol ticas um patamar de igual Ano 51 N mero 203 jul set 2014 15 tema econ mico capitalista a explora o entre classes as desigualdades n o caminham como condi es nicas para a quest o do desrespeito lei ou para a constru o de uma cultura so cialmente comum de cidadania entre n s Estas se somam a precedentes hist rico culturais decorrentes do processo de coloniza o que constru ram o solo sobre o qual as demais distor es do capitalismo nacional passaram a fomentar desigualdades e assimetrias que s o o avesso da cultura dos direitos Assim quando se recorre a outras concep es te ricas como a de Jess de Souza anali sando a obra de Gilberto Freire percebe se a mesma preocupa o em torno do processo de forma o brasileira a partir da qual transpare cem fatores que n o podem ser obscurecidos quando se quer ver no passado a semente do presente Na origem do Brasil depreende se a superposi o de uma dimens o do privado fortalecido plenipotenci rio autorit rio de fensivo ego sta explorador diante do amplo saldo de s culos de dist ncia e abandono no que tange ao colonizador em face de uma outra dimens o de um p blico enfraquecido distante ausente
575. solu o geral cuja aplica o n o incompat vel no mbito da tutela coletiva Quando ocorrer litispend ncia com partes diversas por m a solu o n o poder ser a extin o de um dos processos mas sim a reuni o deles para processamento simult neo que de nada adiantaria extinguir um dos processos pois a parte autora como co legiti mada poderia intervir no processo sup rstite na qualidade de assistente litisconsorcial Correta a li o dos ilustres professores Ve rificando se a tr plice identidade dos elementos da demanda o fundamento para a aplica o do artigo 2 par grafo nico da Lei n 7 347 1985 desaparece de modo que a extin o do segundo processo se torna necess ria Ajuizadas diferentes a es civis p blicas pelo mesmo legitimado no mbito de com pet ncia territorial do mesmo ju zo ou com pedido de efeitos nacionais e visando ao mesmo resultado pr tico n o h que se falar em reuni o de processos Ano 51 N mero 203 jul set 2014 225 Ali s a reuni o dos processos inadequada n o s quando as diferentes a es civis p blicas s o ajuizadas pelo mesmo substituto processual mas tamb m quando uma das a es civis p blicas j houver sido julgada e esteja em grau de recurso Nesse ltimo caso a reuni o de processos mostra se imposs vel em vista do teor da S mula n 235 do Superior Tribunal de Justi a segundo a qual A conex o n o determina a r
576. ssibilidade constitucional da restri o eventualmente fixada reserva legal mas tamb m sobre a compatibilidade das restri es estabelecidas com o princ pio da proporcionalidade Essa orienta o que permitiu converter o princ pio da reser va legal Gesetzesvorbehalt no princ pio da reserva legal proporcional Vorbehalt des verhiiltnismissigen Gesetzes pressup e n o s a legitimidade dos meios utilizados e dos fins perseguidos pelo legislador mas tamb m a adequa o desses meios para consecu o dos objetivos pretendidos Geeignetheit e a necessidade de sua utiliza o Notwen digkeit oder Erforderlichkeit MENDES 2001 grifo do autor Ver STUMM 1995 p 108 110 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 155 restrito significariam mera an lise do m rito ju zo cognitivo Numa acep o mais lata abrangeriam tanto a an lise do m rito ju zo cognitivo como a atividade decis ria de anu la o invalida o ou modifica o do m rito do ato administrativo ju zo cognitivo decis rio Com efeito os tratadistas de modo geral tanto os nacionais como os estrangeiros soem empregar os termos sindicar controlar fis calizar apreciar rever revisar examinar investigar e termos quejandos em rela o ao ato administrativo especialmente no que toca ao m rito administrativo como sin nimos D e de anular declarar a nulidade inval
577. ssinou os atos de investidura commissions dos novos ju zes no ltimo dia de governo ficando seu Secret rio de Estado John Marshall encarregado de entreg lo aos nomeados Cabe o registro de que o pr prio Marshall havia sido indicado pelo Presidente que sa a para ocupar o cargo de Presidente da Suprema Corte Chief Justice E embora seu nome tivesse sido aprovado pelo Senado e ele j tivesse prestado compromisso desde 4 de fevereiro de 1801 permaneceu no cargo de Secret rio de Estado at o ltimo dia do mandato de Adams Pois bem tendo um nico dia para entregar os atos de investidura a todos os novos ju zes de paz Marshall n o teve tempo de concluir a tarefa antes de se encerrar o governo e alguns dos nomeados ficaram sem receb los Thomas Jefferson tomou posse e seu Secret rio de Estado James Madison seguindo orienta o do Presidente recusou se a entregar os atos de investidura queles que n o os haviam recebido Entre os ju zes de paz nomeados e n o empossados estava William Marbury que prop s a o judicial writ of mandamus em dezembro de 1801 para ver reconhecido seu direito ao cargo O pedido foi formulado com base em uma lei de 1789 The Judiciary Act que havia atribu do Suprema Corte compet ncia origin ria para processar e julgar a es daquela natureza A Corte designou a sess o de 1802 1802 term para apreciar o caso BARROSO 2011 p 25 26 1188 Revista de Informa o Legislativa Com p
578. statal fomento para o aprimora mento de seus processos produtivos e produtos aumentando com isso sua capacidade de competir interna e externamente A firma o dessas parcerias contribui significativamente na reparti o dos riscos envolvidos nesse pro cesso de transforma o da ci ncia em inova o tecnol gica De acordo com a teoria da h lice tr plice proposta por Etzkowitz em 1994 ETZKOWITZ 1994 p 141 o desenvolvimento de um pa s resultante da a o conjunta de organiza es Consoante Arnold Wald 1996 p 27 a formula o atual do direito do desenvolvimento est vinculada a uma ideia que ao mesmo tempo antiga e nova Antiga na sua concep o nova na sua densidade e nas dimens es que est alcan ando a ideia de parceria Parceria entre na es parceria entre o Estado e a iniciativa privada parceria entre moradores do mesmo bairro parceria entre produ tor e consumidor parceria entre acionistas e dirigentes da empresa Por administra o de risco tamb m dita exposure management ou risk management tem se a aplica o de an lise financeira e utiliza o de diversos instrumentos financeiros no controle e na redu o de determinados tipos de risco GASTINEAU KRITZMAN 2000 p 342 Admi nistrar risco financeiro significa avaliar e tentar controlar o equil brio entre risco e retorno em empresas voltadas ao lucro e em organiza es sem fins lucrativos GASTI
579. stituyente de 1991 de crear una Corte Constitucional fortaleci de forma significativa la dimensi n concentrada del sistema que sigue siendo r m nem sempre o controle se comportou dessa forma na hist ria constitucional colombiana Diferentemente no come o do seu constitucionalismo preconizado pela Carta de 1886 havia apenas uma previs o art 151 4 no sentido de que competia Corte Suprema de Justiga decidir de maneira definitiva sobre a constitucionalidade de projeto de lei rejeitado pelo Governo Na verdade esclarece Eduardo Cifuentes Mu oz n o havia nenhuma esp cie de controle a posteriori de constitucionalidade no Pa s Doravante com a reforma constitucional de 1910 Ato Legislativo 3 introduziu se um sistema completo de controle de constitucionali dade De acordo com o art 40 em todo caso de incompatibilidade com a Constitui o prefere se as disposi es constitucionais E ainda nos termos do art 40 da Carta de 1910 A La Corte Suprema de Justicia se le confia la guarda de la integridad de la Constituci n En consecuencia ademas de las facultades que le confieren sta y las leyes tendr la seguinte Definir definitivamente sobre la exequi bilidad de los actos legislativos que hayan sido objetados por inconstitu cionalidad por el gobierno o sobre todas las leyes o decretos acuados ante ella por cualquier ciudadano por inconstitucionales previa audiencia del Procurador General de la naci n
580. stre em Direito pela UFMG Professor Adjunto de Direito Administrativo na UFMG Professor de Direito Financeiro e Financas P blicas da PUC Minas Membro da Comiss o Nacional de Estudos Constitucionais da OAB Rubia Carneiro Neves Professora Adjunta de Direito Empresarial da Faculdade na UFMG Doutora e mestre em Direito pela UFMG LUCIANO FERRAZ RUBIA CARNEIRO NEVES Sum rio 1 Introdu o 2 Desenvolvimento parcerias na inova o incuba o sociedade de prop sito espec fico SPE vantagem competitiva da SPE para as ICTs 3 Conclus o 1 Introdu o O estudo que ora se apresenta objetiva investigar a partir da Lei de Inova o Tecnol gica e da Constitui o da Rep blica a possibilidade de institui o pelas ICTs Institui es Cient ficas e Tecnol gicas de Sociedades de Prop sito Espec fico SPE em regime de colabora o com a iniciativa privada com vistas obten o de produtos ou processos inovadores e respectivas vantagens competitivas A ideia central o tratamento da ICT como unidade incubadora detentora de conhecimentos e know how com potencial para fomentar e partilhar com o mercado o nascimento e a cria o de entidades incu badas pessoas jur dicas de direito privado organizadas sob a forma de sociedade personificada com atua o na rea do desenvolvimento tecnol gico e da inova o Lei n 10 973 2004 Lei de Inova o T cnol gica Art 2 Para
581. sua identidade E nesse aspecto ao fazer refer ncia ao caso norte americano Roe v Wade em que como dito se reconheceu um direito constitucional ao aborto Rosenfeld afirma expressamente que envolveu constru o criativa judicial 2003 p 45 manifestando assim concord ncia com a prerrogativa das cortes constitucionais de verdadeiramente inovar na proje o de imagem da identidade constitucional A diverg ncia havida no ac rd o do STE como dito no in cio deste artigo partiu exata mente da compreens o de qual seria a for a das restri es normativas e factuais centrando se o debate nos limites de atua o da Corte ou seja se poderia ou n o promover constru o criativa O voto do Ministro Ricardo Lewandowski ob jetivando o estabelecimento de uma identidade constitucional referente ao tema para o respaldo de seu ponto de vista igualmente respeit vel obviamente tentou resgatar os debates hist ri cos dos parlamentares constituintes quando da aprova o do art 226 3 da Constitui o E o fez inclusive com a transcri o literal de trecho das manifestac es de poca buscando assim o entrelacamento mencionado por Rosenfeld 2003 p 17 Para se estabelecer aidentidade constitucio nal atrav s dos tempos necess rio fabricar a tessitura de um entrela amento do passado dos constituintes com o pr prio presente e ainda com o futuro das gera es vindouras O desidera
582. t 2014 45 disso atenta contra o princ pio federativo e republicano fere a sem ntica constitucional e viola o texto expresso do art 23 da CF N o obstante devam ser evitados os conflitos de compet ncia na esfera administrativa reclamam muitas vezes a interven o do poder judici rio BARROSO 1992 p 81 A jurisprud ncia abaixo colacionada em aresto paradigm tico indica a ado o tamb m pelos Tribunais do princ pio da supletividade como crit rio para a solu o de conflitos de compet ncia entre rg os estadual e federal verbis Relator a Desembargador Federal Daniel Paes Ribeiro Agravante Estado do Par Procurador Jos Aloysio Cavalcante Campos Agravado Minist rio P blico Federal Procurador Rafael Ribeiro Rayol Ementa CONSTITUCIONAL ADMINISTRATIVO E AMBIENTAL PRE TENS O DE CRIA O PELO ESTADO DO PAR DE REA DE PROTE O E FLORESTA ESTADUAL E PELO IBAMA DE RESERVA EXTRATIVISTA RESEX CONFLITO DE INTERESSES ENTRE O ESTADO E O IBAMA DECIS O QUE SUSPENDE A CRIA O DA UNIDADE DE CONSERVA O ESTADUAL 1 A compet ncia para a cria o de unidade de conserva o segundo disposto na Constitui o comum e concorrente entre a Uni o Estados Munic pios e Distrito Federal Constitui o Federal de 1988 art 23 incisos VI e VID 2 Decis o que visando a uma melhor an lise da situa o f tica dos autos determinou a suspens o da cria o de unidade de conser
583. ta a responsabilidade dos s cios ao montante que est o dispostos a investir em determinada empreitada econ mica VERA 2011 p 3 Y Aos interessados em empreender a lei n o pode deixar de conceder os incentivos adequados para investir pois o risco inerente a qualquer empreendimento a produ o dos bens e servi os de que necessitamos cabe aos empre s rios uma retra o nos investimentos prejudica toda a sociedade e a lei decorre da ordem econ mica prescrita na Constitui o VERA 2011 p 3 Quando se fala em liberdade contratual mencionam se duas coisas distintas a liberdade do indiv duo de assinar ou n o um contrato b liberdade do indiv duo Ano 51 N mero 203 jul set 2014 285 incentivo para que os indiv duos descubram novos arranjos societ rios aumentando o bem estar da sociedade em geral A caracteriza o do contrato livre e justo no qual n o h fraude extors o fixa o de pre o e poder de monop lio significa que os indiv duos podem aumentar suas utilidades pela celebra o do contrato social H expectativa de vantagens m tuas no momento da assinatura do contrato social SCH FER OTT 2005 p 273 A fei o privada e contratual da socieda de limitada PIMENTA 2008 p 248 est pre sente em diversos dispositivos da Lei n 10 406 de 10 de janeiro de 2002 C digo Civil O legislador n o inseriu entre as disposi es das sociedades limitadas um rol
584. tadores de defici ncia Concurso de mbito nacional Direito coletivo stricto sensu Inaplicabilidade da limita o territorial prevista no art 16 da Lei 7 374 85 Direito indivis vel Efeitos estendidos integralidade da coletividade atingida Efic cia preclusiva da coisa julgada Compet ncia do juiz federal prevento para conhecer da integralidade da causa Conflito de compet ncia n 109 435 PR 2009 0240560 8 Relator Napole o Nunes Maia Filho DJ 22 set 2010 Di rio Oficial da Uni o Bras lia 15 dez 2010 BRASIL Superior Tribunal de Justi a Administrativo Conflito de compet ncia A o civil p blica ajuizada pelo minist rio p blico federal Legitimidade passiva do ibama interesse da uni o Compet ncia da justi a federal para examinar aquest o S mula 150 STJ Conex o 1234 Revista de Informa o Legislativa com outras a es j julgadas pela justi a estadual S mula 235 STJ Conflito n o conhecido Conflito de compet ncia CC 117637 CE 2011 0136751 0 Relator Arnaldo Esteves Lima DJ 9 maio 2012 Di rio da Justi a Eletr nico Bras lia 16 maio 2012 BRASIL Superior Tribunal de Justi a Recurso especial Processo civil A o civil p bli ca Litispend ncia Extin o sem resolu o do m rito Ofensa ao art 16 da lei da a o civil p blica Precedente da segunda se o do STJ Recurso especial n 942 435 RS 2007 0086322 2 Relator Ministro Paulo De Tarso Sanseverino DJ 19 abr 201
585. tam problemas de validade e peso import ncia pondera o valia as regras colocam apenas quest es de validade se elas n o s o correctas devem ser alteradas Explicaremos de forma mais pormenoriza da centrando nossa aten o na opera o dos princ pios Como mandamentos de otimiza o eles apenas permitir o a formula o de ju zos concretos ap s passarem pelo processo de sopesamento proporcionalidade em sentido estrito qual se somam a adequa o e a ne cessidade em que se estabelecem as rela es de prefer ncia e em que se fixa pela lei de colis o o ju zo definitivo do caso que ser uma regra com tend ncia generaliza o para todas as situa es em que se repetirem as condi es f ticas e jur dicas estudadas no momento da pondera o Isso relevante para Alexy o que ser aplicado ao caso sempre uma regra esp cie normativa que ocupa papel central na teoria Princ pios s o mandamentos de otimiza o em face das possibilidades jur dicas e f ticas A m xima da propor cionalidade em sentido estrito ou seja exig ncia do sopesa mento decorre da relativiza o em face das possibilidades jur dicas Quando uma norma de direito fundamental com car ter de princ pio colide com um princ pio antag nico a possibilidade jur dica para a realiza o dessa norma depende do princ pio antag nico Para se chegar a uma decis o necess rio um sopesamento nos te
586. tanto a exclusiva atividade probat ria para demonstrar que n o agiu com culpa no caso A forma o da convic o da veracidade dos fatos alegados assim feita com amparo em uma nica base probat ria a do m dico No caso quem assume uma posi o de in rcia e passividade probat ria o paciente lesado Enquanto o m dico n o se desincumbir do encargo de demonstrar que n o agiu com culpa o paciente lesado n o precisa fazer nenhuma prova dessa culpa Na teoria da carga probat ria din mica o encargo de realizar a prova partilhado entre os litigantes Como inexiste invers o do nus da prova e incide a advert ncia de acolhimento da teoria ao paciente lesado incumbir o nus da alega o e da prova de todos os elementos f ticos necess rios para o acolhimento de sua pretens o naquilo que for poss vel ou pelo menos ind cio e ao m dico demandado o nus de demonstrar a contraprova desses fatos Ano 51 N mero 203 jul set 2014 263 A forma o da convic o da veracidade dos fatos alegados controvertidos desse modo feita com amparo em duas bases probat rias a do autor lesado e a do m dico demandado Por isso fala se em coopera o e partilha do encargo probat rio Por consequ ncia um prisma melhor para a busca da verdade real O juiz assim tem mais subs dios probat rios para formar sua convic o sobre os fatos e decidir a lide Somente em ltima raz o e diante do n o convencimen
587. tas comteanos que se uniram aos cat licos a fim combater renhidamente a proposta favor vel ao div rcio Termina por ser mais conservador do que o Imperador em rela o a quem fez uma acirrada oposi o A ltima Comiss o incumbida da tarefa de elaborar o C digo Civil ao tempo do Ano 51 N mero 203 jul set 2014 55 Imp rio que era presidida de fato pelo Impe rador Dom Pedro II chegou a deliberar pela aprova o da proposta de admiss o entre n s do div rcio mas somente em caso de adult rio LOBO 2006 p 609 Em sentido contr rio para Cl vis Bevil qua 1906 p 96 Sobre esta tormentosa quest o do divorcio n o pareceu licito ao auctor do Projecto avan ar uma linha A atitude de Cl vis Bevil qua em rela o ao div rcio tamb m termina por ser mais conservadora que a legisla o vigente poca O Decreto n 181 de janeiro de 1890 Lei do Casamento Civil admitia a possibilidade do di v rcio O div rcio contudo n o tinha o cond o de dissolver o v nculo conjugal prestando se apenas para permitir a separa o indefinida dos corpos e a cessa o do regime de bens art 88 Trata se da altera o mais significativa no direito civil brasileiro em muito tempo O autor do projeto da Lei do Casamento Civil foi justamente Coelho Rodrigues O art 82 da Lei do Casamento Civil estabelecia que o pedido de div rcio s poderia ter por causa a pr tica do adult rio 1 sev
588. te pelo Primeiro Ministro ou pelo Presidente de uma das Casas do Congresso Al m disso tornou se obrigat rio o envio das leis org nicas que trata vam da organiza o dos poderes ao Conselho Constitucional para exame pr vio de sua constitucionalidade E se o pronunciamento do Conseil Constitutionnel for no sentido da inconstitucionalidade a lei n o poder ser promulgada nem poder por conseguinte entrar em vigor sen o de pois da revis o da Constitui o registra Mauro Cappelletti 1984 p 28 Todavia segundo Cappelletti 1984 numerosos estudiosos como Louis Favoreu n o emprestavam natureza jurisdicional ao rg o quer Depois da Lei Constitucional 724 de 23 de julho de 2008 o Conselho Constitucional deixou de lado o controle exclusivamente preventivo para adotar um controle incidental exce o porquanto compete a ele dada a reda o do novo art 61 1 da Lei Fundamental de 1958 conhecer de controv rsia constitucional remetida pelo Conselho de Estado ou Corte de Cassa o que surgir no bojo de um processo jurisdicional NOBRE J NIOR 2010 p 8 3 Colliard Batailler Eisenmann e Hamon Buerstedde Favoreu e E Massart 186 Revista de Informac o Legislativa em raz o de sua forma o quer porque n o previa recurso ou qualquer impugna o pela parte interessada Em verdade o pronunciamento do Conselho Constitucional traduzia na pr tica em um parecer vinculativo no bojo do pr prio
589. te Hor cio Cartes indicou a pers pectiva do Paraguai com rela o a organismos subregionais regionais e mundiais mas n o ponderou explicitamente sobre a volta ao Mercosul Ano 51 N mero 203 jul set 2014 105 O discurso foi marcado pela inten o em rela es bilaterais e de forma expressa foram citados o Brasil e a Argentina mas n o foram mencio nados o Uruguai e a Venezuela A posig o econ mica do Brasil diante do Paraguai sublinha os interesses que circundam a pol tica de boa vizinhan a que impeliram a volta do Paraguai ao bloco Em uma entrevista Folha de S Paulo Franco afirmou A san o foi desmerecida mas foi uma decis o pol tica que agora a hipocrisia do Mercosul n o permite tomar com a Venezuela Houve uma situa o diametralmente diferente da nossa dif cil e complicada e no entanto a posi o do Mercosul foi de dar um jeitinho Com a gente foi desproporcional FRANCO s d A decis o de suspens o do Paraguai usou um racioc nio que confronta com a ades o da Venezuela e mais que isso ap s a vit ria de Maduro o processo eleitoral pareceu fr gil e a democracia na Venezuela tamb m pareceu estar em desconformidade com o compromisso democr tico utilizado para a suspens o do Paraguai Cartes eleito em 21 de abril de 2013 colocou o Partido Colorado de volta ao poder mas a caracter stica de Cartes traz uma peculiaridade ao discurso que circunda a rela o do Paraguai com o Brasi
590. te e reproduzidos coti dianamente pela ideologia simb lica subpol tica incrustada nas pr ticas do dia a dia que determinam agora seu lugar social SOUZA 2006 p 182 mos organizados em nossa desorganiza o No mbito privado evidencia se a dimens o do que h de melhor no mbito p blico evidencia se o que h de pior Sintom tico portanto que a pol tica e o p blico oscilem de um lado entre o abandono o desprezo a apatia a opini o escarrada da popula o e de outro lado a corrup o o autoritarismo o patrimonialismo o desmando e a revolta violenta Constitu do nos extremos o Pa s ainda busca o seu eixo e n o h sa da enquanto a equa o de exacerbada preval ncia do privado sobre o p blico e de pri vatismo no p blico n o for revertida O espa o p blico como tarefa em constru o na vida democr tica contempor nea seja na di mens o do conv vio social seja na possibilidade do lazer seja no usufruto de servi os p blicos de qualidade seja no investimento em infra estrutura para o desenvolvimento econ mico do mercado seja na possibilidade de exprimir liberdades democr ticas seja na capacidade de receber express es cotidianas de considera o e respeito s o exig ncias de aprimoramento que apontam para a supera o da no o acrisolada de espa o p blico como espa o de abandono como espa o de ningu m como coisa sem dono e portanto como dimens o do in spito
591. temas afetos ao Direito Societ rio dificultando a imposi o de uma regra geral na lei societ ria para todas as companhias abertas De qualquer forma a manuten o de um mercado de capitais de manda a exist ncia de uma administra o da companhia respons vel de um sistema eficiente de divulga o das informa es e de controle e de uma autoridade reguladora que proteja o p blico investidor e puna os infratores ARRU DA 1987 p 49 A seguran a e a qualidade das informa es prestadas pelas companhias s o fundamentais para a valoriza o e a liquidez das a es O direcionamento de parte da poupan a popular para a atividade produtiva depende da confian a dos investidores e da a o das autori Podem ser citados sete aspectos relevantes na atualidade sobre a Lei das Sociedades An nimas a es preferenciais n o votantes elei o de membros do conselho de administra o por acionistas minorit rios direitos na aliena o de controle acordos de acionistas cancelamento de registro direito de recesso e conselho fiscal GORGA 2013 p 137 et seq Ano 51 N mero 203 jul set 2014 293 dades na tarefa de disciplinar os mercados e de fiscalizar os gestores dos fundos e os administradores das companhias abertas Tra adas as caracter sticas principais da sociedade an nima de capital aberto abordamos adiante as diferen as entre a sociedade an nima de capital aberto e a de capital fechado A ideia
592. temente foi criada a figura jur dica da empresa individual de responsabilidade limitada com o objetivo justamente de possibilitar essa separa o o que veremos no pr ximo item 2 2 Empresa individual de responsabilidade limitada A constitui o de uma empresa individual de responsabilidade li mitada mais complexa do que o registro do empres rio individual A complexidade decorrente da separa o do patrim nio da empresa do patrim nio pessoal do seu titular A cria o de uma empresa individual requer o preenchimento de um ato constitutivo e de um requerimento na junta comercial sem a necessidade de elabora o de um contrato social O objetivo da cria o da empresa individual de responsabilidade limitada diminuir o n mero de sociedades limitadas fict cias constitu das com a finalidade de limitar a responsabilidade do s cio que det m a quase totalidade das quotas do capital social mediante a inclus o no 7 Enunciado n 5 Quanto s obriga es decorrentes de sua atividade o empres rio individual tipificado no art 966 do C digo Civil responder primeiramente com os bens vinculados explora o de sua atividade econ mica nos termos do art 1 024 do C digo Civil JORNADA 2013 280 Revista de Informa o Legislativa contrato social de um s cio de palha que det m quota insignificante do capital social A cria o de sociedades fict cias gera burocracia torna complexo o exame dos a
593. termo de posse deve conter o nome do administra dor sua nacionalidade estado civil resid ncia com exibi o do documento de identidade o ato e a data da nomea o e o prazo de gest o Uma vez nomeado o administrador pode afastar se da fun o por meio da ren ncia pelo t rmino do prazo da gest o e pela destitui o Em todos os casos deve ser averbada a cessa o do exerc cio do cargo de administrador no registro mercantil a quem seja s cio sem anu ncia dos demais s cios ou a quem n o seja s cio desde que n o haja oposi o de titulares de mais de um quarto do capital social Compete ao contrato social estabelecer restri es cess o das quotas caso seja do interesse dos s cios caracterizando a sociedade limitada como de pessoas Se houver essa previs o contratual e for ne gada a cess o das quotas a sa da para o s cio que deseja ced las pedir a dissolug o parcial da sociedade liquidando se o valor da sua quota Essa uma diferen a importante em rela o sociedade an nima Na sociedade an nima n o h a possibilidade de se restringir a aliena o da a o raz o pela qual a companhia tampouco devolver o valor da a o ao acionista em virtude do simples desejo de ele sair da sociedade No pr ximo item abordaremos um tipo societ rio mais complexo do que a sociedade limitada Enquanto nesta as regras s o menos formalistas e rigorosas na sociedade an nima de capital aberto a sua leg
594. tidade do sujeito cons titucional gerado pela dist ncia que separa a autoimagem pr pria dos constituintes daquela da forma pol tica constitucional pluralista certo por m que a decis o do STF n o impede a eventual atividade legislativa futura sobre o mesmo tema o pr prio Ministro Ayres Britto cuidou de ressalvar que nossa decis o um abrir de portas para a comunidade homoafetiva mas n o um fechar de portas para o Poder Legislativo BRASIL 2011 p 877 E Rosenfeld 2003 p 23 ensina que a identidade constitucional o produto de um processo din mico sempre aberto maior ela bora o e revis o concluindo que A tomada de decis o constitucional sempre se d sob condi es que excluem a possibi lidade de uma determina o plena o que torna a constru o necess ria De fato a tomada de decis o constitucional envolve a constru o na medida em que as quest es constitucionais sempre requerem escolhas entre duas ou mais alternativas plaus veis ROSENFELD 2003 p 44 Por m cabe ressalvar que nessa situa o especificamente considerada a futura atividade legislativa dever observar os par metros cons titucionais indelevelmente definidos pela Corte como aplic veis ao caso sob pena de incidir em tese no v cio de inconstitucionalidade material Enfim o Voto do Ministro Luiz Fux reco nhece decis o do STF um car ter de eman cipa o de op es d
595. tido estrito e sob o aspecto positivo para indicar o pleno e perfeito ajustamento da medida norma jur dica ou seja sua correspond ncia ao concreto interesse p blico segundo um crit rio de efetiva oportunidade e conveni ncia Sob o primeiro aspecto 1O conceito de m rito ou merecimento como limite ao controle judicial dos atos administrativos j constava na legisla o p tria desde 1894 Com efeito dispunha a Lei n 221 1894 no seu art 13 9 a Consideram se ilegais os atos ou decis es administrativas em raz o da n o aplica o ou indevida aplica o do direito vigente A autoridade judici ria fundar se em raz es jur dicas abstendo se de apreciar o merecimento dos atos adminis trativos sob o ponto de vista de sua conveni ncia ou oportunidade BRASIL 1984 grifo nosso Tal Lei versava sobre a organiza o da Justi a Federal 144 Revista de Informa o Legislativa o conceito de m rito se p e em ant tese com o de legitimidade em sen tido estrito adquirindo um e outro um valor meramente processual enquanto sob o aspecto positivo o conceito de m rito est compreendido no conceito de legalidade ou legitimidade em sentido lato da medida adquirindo ambos valor substancial relativo adequa o efetiva plena e perfeita norma jur dica Na concep o de Alessi e de Seabra Fagundes o conceito de m rito do ato administrativo conexiona se com o de discricionariedade e co
596. tividades p blicas Assim o governo federal os governos estaduais o governo distrital e os governos municipais devem procurar coordenar as pol ticas visando correta administra o das diferentes mas interdependentes tarefas esta tais Nesse sentido Hesse 1995 p 117 afirma categoricamente a import ncia da elabora o de pol ticas conjuntas para tornar eficiente o sistema federal verbis A evolu o mais importante do federalis mo alem o ocidental durante as primeiras d cadas da Segunda Guerra Mundial tem 1O conceito prov m dos EUA onde foi cunhado em contraponto ao conceito do federalismo dual Katz 1982 p 104 106 ao tratar do novo federalismo americano afirma que at o New Deal prevalecia o federalismo dual um siste ma no qual o Governo Federal e o Governo Estadual tinham um conjunto de responsabilidades distintas e separadas J com o New Deal de Franklin Delano Roosevelt surge o federalismo cooperativo um Sistema no qual o Governo federal e o Estadual devem cooperar entre si para a solu o dos problemas sociais e econ micos sido a crescente interdepend ncia dos v rios n veis de governo Os cientistas pol ticos da Rep blica Federal da Alemanha t m dedicado aten o especial a este assunto produzindo in meros estudos de casos sob o termo chave Politikverflechtung elabora o de pol tica conjunta e desenvolvendo uma nova perspectiva te rica sobre o estudo das rela es interg
597. tivos bem como eventualmente presun o de constitucionalidade das leis em que se lastreia o ato administrativo Ap ndice Zona de proporcionalidade Zona intermedi ria de incerteza Zona de desproporcionalidade Zona de desproporcionalidade Zona de razoabilidade Zona intermedi ria de incerteza a e Zona de irrazoabilidade Zona de irrazoabilidade 60 Revista de Informa o Legislativa Refer ncias ALESSI Renato Diritto amministrativo Mil o Giuffr 1949 ALEXY Robert Colis o de direitos fundamentais e realiza o de direitos fundamentais no estado de direito democr tico Revista de Direito Administrativo n 217 Rio de Janeiro p 67 79 jul set 1999 V cios no exerc cio do poder discricion rio Revista dos Tribunais S o Paulo n 779 p 11 46 set 2000 Teor a de los derechos fundamentales Madrid Centro de Estudios Pol ticos y Constitucionales 2002 607 p 3 reimpress o Constitucionalismo discursivo Tradu o de Lu s Afonso Heck Porto Alegre Livraria do Advogado 2007 ANDRADE Jos Carlos Vieira de O dever de fundamenta o expressa de actos adminis trativos Coimbra Almedina 1992 ATIENZA Manuel Para una razonable definici n de razonable Doxa n 4 1987 Dispon vel em lt http www cervantesvirtual com servlet SirveObras 01338341924540495698802 cuaderno4 Doxa4_13 pdf gt Acesso em 24 set 2014 Sobre lo razonable en el Derecho Revista Espa
598. to ele afasta a possibilidade de ser capaz de criticar os valores luz de princ pios ou em procedimentos discursivos De acordo com o seu modelo tudo o que aparece como um valor num caso espec fico deveria ser tratado por meio de um procedimento de pondera o sem a possibilidade de se questionar o valor em si Isso leva conclus o de que na pondera o o crit rio para julgar o grau de import ncia de valores em conflito adv m de uma ordem j determinada de prioridades em cada caso O que isso significa pode ser esclarecido pela proposta de Alexy de se abrir m o da diferencia o entre princ pios e pol ticas introduzida por Dworkin o que caracteriza corretamente a realidade f tica dos jul gamentos realizados pelas cortes constitucionais mas ao mesmo tempo sua caracter stica confus o entre princ pios e imperativos funcionais de 1 Tradu o livre do seguinte excerto With this definition based on norm structure and requiring a weighing of values in situations Alexy does indeed avoid the reproach of speaking in favor of a tiranny of values With it however he rules out the possibility of being able to criticize values themselves in the light of principles or in discursive procedures According to his model everything that appears as value in a specific instance would have to be put through a weighing procedure without it being possible to question this value itself This leads one to conclude that in weighing
599. to por m n o foi atingido a tese da necessidade de uma posterior conforma o legislativa da decis o judicial foi superada E o motivo desta supera o tamb m fornecido por Rosenfeld 2003 p 17 18 O problema no entanto que tanto o pas sado quando o futuro s o incertos e abertos a possibilidades de reconstru o conflitantes tornando assim imensamente complexa a tarefa de se revelar linhas de continuidade Ainda que a real inten o dos constituintes fosse plena e claramente acess vel perma neceria em discuss o o quanto e em qual medida e extens o ela deveria ser relevante ou vinculante para uma determinada gera o subsequente E dado que a inten o dos constituintes sempre poder ser apreendida em diversos n veis de abstra o sempre haver a possibilidade de a identidade cons titucional ser reinterpretada e reconstru da Em nota de rodap prossegue o autor n o bvio que seja recomend vel congelar a identidade constitucional no momento de seu nascimento Mas ainda que esse congelamento seja considerado desej vel seria autocontradit rio pois os pr prios constituintes tinham a inten o de criar o delineamento de uma moldura capaz de sa tisfazer as necessidades das gera es futuras ROSENFELD 2003 p 18 Rosenfeld 2003 p 36 novamente volta ao tema adiante no texto ao mencionar o vazio Ano 51 N mero 203 jul set 2014 215 a aus ncia lack da iden
600. to ao recurso uma vez que o demandado n o se desincumbiu do nus de provar que as mol stias sofridas pelos pacientes poderiam ser tratadas de maneira eficaz por outros meios n o havendo portanto viola o da cl usula da reserva do poss vel No mesmo sentido o TJ MG decidiu o agravo de instrumento n 1 0461 11 004841 4 001 MINAS GERAIS 2012 proposto pelo Mi nist rio P blico em face do Estado de Minas Gerais e do Munic pio de Ouro Preto pleiteando o fornecimento do medicamento Fumarato de Quetiapina para paciente acometido de mal de Alzheimer A Ju za da 2 Vara C vel da Comarca de Ouro Preto condenou o Estado a fornecer o f rmaco no prazo de dez dias e este ingressou com o recurso alegando a impossibilidade de se pleitear ao mesmo tempo o referido medicamento 28 A esse respeito pode se citar pesquisa realizada envolvendo cinco estados brasileiros Bahia Goi s Pernambuco Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul segundo a qual h uma correla o entre renda n veis de educa o e litigiosidade HOFFMANN BENTES 2008 p 384 385 apud DUARTE 2012 p 253 254 136 Revista de Informa o Legislativa em face da municipalidade e do Estado o que poderia gerar gastos desnecess rios Al m disso a decis o proferida em primeiro grau feriria o princ pio da separa o dos poderes Os desembargadores negaram provimento ao recurso ressaltando a relatora do ac rd o Des a Heloisa Combat que N o se ignora
601. to jur dico p trio Assim uma das principais institui es envolvidas na busca pelo desenvolvimento econ mico seria o contrato que viabiliza a concess o de servi o p blico Quando se trata de contrato e desenvolvimento portanto im poss vel n o tratar do contrato de concess o de servi o p blico cujo valor instrumental de extrema import ncia na realiza o das escolhas pol ticas do Estado GUIMAR ES 2012 p 58 4 An lise econ mica do direito e alguns custos de transa o envolvidos nos contratos de concess o de servi o p blico Os contratos de concess o ligam se dire tamente ao investimento em infraestrutura e expans o da presta o de servi os p blicos principalmente daqueles efetuados em parceria com o setor privado Para atrair esse investi mento privado que participaria indiretamente ou diretamente por meio das referidas conces s es comuns ou especiais parcerias p blico privadas em que h insuficiente aloca o de recursos necess rio um ambiente favor vel com a menor quantidade de risco poss vel e que contenha institui es s lidas Esses contratos t m investimentos vultosos e s o de longa dura o sendo os chamados custos de transa o o custo gerado por uma Ano 51 N mero 203 jul set 2014 79 transa o em uma troca no mercado aberto COASE 1961 p 9 15 determinantes para as decis es econ micas tendo em vista os preju zos advindos da dificuldade
602. to que a escravid o supprimida por esse processo de sobre a nossa ra a africana resurja no dia seguinte por sobre a branca e a mesti a que constituem a maioria do paiz RODRIGUES 1884 p 127 Registre se ainda que Coelho Rodrigues 1884 p 35 faz uma cr tica pontual aus ncia de C digo Civil ainda ao tempo da Monarquia ao afirmar que o governo conserva a linguagem das Ordena es ou fala um dialecto mixto que n o bem o francez nem o portuguez e que s elle entende se que o entende 4 O projeto de C digo Civil de Coelho Rodrigues O C digo Civil serviria justamente para p r fim a essa confus o pois seria dotado de um texto claro e conciso capaz de ser compreendido com mais facilidade A tarefa de traduzir aquele dialecto mixto isto de tornar o direito civil intelig vel caber inicialmente a Coelho Rodrigues a partir da Rep blica A fim de se afastar da agita o da atividade pol tica e da advocacia Coelho Rodrigues resolveu realizar esse trabalho de formula o do Pro jeto na Su a e o entregou ao Governo em 1893 BEVIL QUA 2012 p 497 Geraldo Neves 2000 p 373 assinala que o contrato firmado entre Coelho Rodrigues e o Governo poca concedia apenas tr s anos para a conclus o do Projeto Entregue o Projeto em 1893 ele foi pomposamente recha ado poca do Governo de Floriano Peixoto De acordo com Spencer Vampr 1916 p 19 a rejei o do projeto pelo Gove
603. to sobre a verdade dos fatos que ser lan ada a teoria da dinamiza o do nus probat rio como regra de decis o 5 2 Aplicabilidade no ordenamento jur dico brasileiro Toda a estrutura da teoria da carga proba t ria din mica est centralizada na justi a do caso concreto a busca constante portanto de um processo justo e equitativo A concep o da teoria da carga din mica da prova sedimentada portanto pela efetiva o dos direitos fundamentais no mbito processu al O direito de acesso aos Tribunais representa tivo da efetiva o da jurisdi o somente estar configurado com a adequada tutela do direito material O direito jurisdi o n o se restringe ao mbito formal mas se estende tamb m ao direito fundamental a um processo equitativo que na verdade o direito a uma jurisdi o efetiva que conduza a resultados individual e socialmente justos Por consequ ncia a teoria da carga pro bat ria din mica encontra guarida no direito fundamental ao processo justo Assim diante da excepcionalidade do caso concreto e da injusti a da t cnica normativa prevista em lei para a solu o do resultado material almejado o juiz dimensiona o dispositivo legal inadequado luz dos direitos fundamentais para suprimir ou atenuar sua aplicabilidade impondo uma 264 Revista de Informa o Legislativa nova t cnica que garanta s partes a observ n cia do processo justo O direito fundamental
604. todos os casos em que tal obriga o ser invocada N o pode pre ver por exemplo a complicada decis o entre a manuten o de uma promessa e a ajuda a um amigo as quais se excluem mutuamente num caso concreto Portanto reconhecer uma norma como v lida n o importa em dizer tamb m que ela ser aplic vel todas as vezes em que ao menos aparentemente ocorra sua hip tese de incid n cia Esse racioc nio sustentado por Alexy 2008 em rela o s regras omite o fundamental papel que o discurso de aplica o normativa tem A tarefa da justifica o termina com a validade que como vimos no direito est dada pela conformidade da norma com o ordenamento jur dico A partir da o problema est na apli ca o que diferindo da justifica o tem como primeira indica o a ideia de que as normas v lidas princ pios ou regras s o aplic veis apenas prima facie existindo ainda toda uma complexa tarefa para se determinar quais delas ser o ao final aplicadas por quais mecanismos podem ser afastadas as normas aplic veis e qual discurso e com quais argumentos essas tarefas podem ser realizadas Sobre isso aduz G nther 1993 p 244 tradu o nossa Tradu o livre do seguinte excerto This validity no longer determines the manner of a norm s application that Ano 51 N mero 203 jul set 2014 177 Essa validade n o mais determina a maneira por meio da qual uma norma aplicada ou seja a
605. tos como um todo indiviso apesar de terem objetivos diferentes o primeiro com foco na Justi a como reguladora das a es humanas e o segundo com enfoque na efici ncia baseada na racionalidade dos agentes PINHEIRO SADDI 2005 p 4 Em outra abordagem pode se dizer que o Direi to como disciplina rege as atividades humanas do ponto de vista do proibido do permitido e do obrigat rio mas que n o dizem respeito internalidade subjetiva Por sua vez a discipli na Economia refere se s atividades humanas abertas s escolhas na troca de valores ou coi sas realizadas segundo normas que se podem entender e explicar A intersec o de ambas se daria pela voluntariedade das a es humanas constrangidas ora pelos deveres jur dicos ora pelas necessidades materiais LOPES 2012 p 232 234 A rela o entre as duas reas tamb m ocorre porque os fatos econ micos dependem diretamente das institui es entendidas estas como a jun o do conjunto de regras que as 74 Revista de Informa o Legislativa regem leis e contratos e do sistema que as ga rante poder Judici rio NUSDEO 2001 p 30 A rela o pode ser encarada de maneira ainda mais conturbada caso se considere que o sistema judicial atualmente vai al m da l gica legal versus ilegal quando provocado a solu cionar disputas o que gera inseguran a para o pr prio sistema econ mico capitalista baseado na previsibilidade Do embate te rico
606. tos constitutivos pela junta comercial e leva a disputas judiciais entre os s cios Um problema verificado no desenho jur dico da empresa individual que a legisla o exige a integraliza o de um capital m nimo de 100 sal rios m nimos para a constitui o de uma empresa individual de responsabilidade limitada A exig ncia de formaliza o de capital m nimo no momento do registro visa proteger os credores da empresa individual Al m disso para se iniciar um empreendimento ou introdu zir uma novidade no mercado s o necess rios pesquisa e capital inicial O primeiro desafio do empres rio unir uma ideia inovadora com o capital pr prio ou de terceiro VERA 2011 p 4 sendo natural portanto que o empres rio possua um capital para iniciar a atividade econ mica O objetivo da fixa o de um ca pital m nimo evitar o exerc cio de atividades econ micas por empres rios subcapitalizados que n o possam pagar as obriga es assumidas Al m disso a imposi o de um capital m nimo diminui o efeito de eventual risco moral desen cadeado pela falta de cuidado do empres rio pois a menor capitaliza o incentiva o a adotar condutas mais arriscadas Alguns argumentos mostram contudo que a obriga o de capital m nimo contraproducente em rela o ao empreendedorismo 2 Art 980 A A empresa individual de responsabilidade limitada ser constitu da por uma nica pessoa titular da totalidade
607. tos s o igualmente estimados como iguais em direitos Esse tipo de abordagem vincula a efetividade da democracia justi a social e realiza o dos direitos especialmente dos direitos humanos Da nossa linguagem cotidiana conter refer ncias emp ricas acerca do nexo indissol vel existente entre a incolumidade e a integridade dos seres humanos e o assen timento por parte do outro do entrela amento interno de individualiza o e reconhecimento esclarecido por Hegel e Mead que resulta aquela vulnerabilidade particular dos seres humanos identificada com o conceito de desrespeito HONNETH 2003 p 213 A psicologia social de Mead havia mostrado que o conceito de reconhecimento jur dico designa antes de tudo apenas a rela o na qual o Alter e o Ego se respeitam mutuamente como sujeitos de direito porque eles sabem em comum as normas sociais por meio das quais os direitos e os deveres s o legitimamente distribu dos na comunidade HONNETH 2003 p 180 De in cio podemos conceber como direitos grosso modo aquelas pretens es individuais com cuja satisfa o social uma pessoa pode contar de maneira leg tima j que ela como membro de igual valor em uma coletividade participa em p de igualdade de sua ordem institucional HONNETH 2003 p 216 Viver sem direitos individuais significa para o mem bro individual da sociedade n o possuir chance alguma de constitui
608. tradi es manifesta es E dessa forma manifestam se as nossas mais sutis diferen as como organiza o social em nossas melhores potencialidades e em nossas piores distor es Nessa linha a casa como constru o priva da e protegida revela o do nosso desfor o hist rico cultural met fora adequada para falar de como a rua a dimens o do vazio do aban dono e do in spito Por isso essas dimens es precisam ser olhadas com aten o para que se possam compreender os polos nos quais esta Para essa perspectiva o Brasil deve ser procurado nos rituais nobres dos pal cios de justi a dos f runs das c maras e das pretorias onde a letra clara da lei define suas institui es mais importantes mas tamb m no jeitinho malandro que soma a lei com a pessoa na sua vontade escusa de ganhar embora a regra fria e dura como o m rmore da Justi a n o a tenha tomado em considera o DAMATTA 1986 p 13 360 malandro ent o conforme tenho acentuado em meus estudos uma personagem nacional um papel social que est nossa disposi o para ser vivido no mo mento em que acharmos que a lei pode ser esquecida ou at mesmo burlada com certa classe ou jeito DAMATTA 1986 p 105 7 No contexto impessoal moderno tamb m no perif rico s o redes invis veis de cren as compartilhadas pr reflexivamente acerca do valor relativo de indiv duos e grupos ancorados institucionalmen
609. traso e lentid o E ainda podemos dizer de maneira restrita sem embargo da legitimidade dos partidos pol ticos e das associa es o que de maneira positiva permite mais cidadania perante a Corte Suprema De qualquer sorte n o h espa o para o cidad o propor diretamente uma a o de inconstitucionalidade a exemplo do que ocorre na Col mbia Todavia na perspectiva da sociedade aberta todos os cidad os s o considerados int rpretes potenciais da Constitui o A par disso conso ante adverte Peter H berle os tribunais devem ser extremamente caute losos na aferi o da legitimidade das decis es do legislador democr tico HABERLE 1997 p 44 sob pena de mitigar a legitima o democr tica das decis es legislativas H regras produzidas pelo Parlamento que nascem sob controle rigoroso da opini o p blica Por isso o processo constitucional deve permitir maior participa o por meio de instrumen tos plurais que democratizem a interpreta o constitucional De maneira a democratizar o debate instituiu se no processo cons titucional brasileiro o amicus curiae que na conceitua o de C ssio Scarpinella Bueno 2005 p 125 corresponde ao terceiro que interv m no processo por convoca o judicial ou por livre iniciativa para fornecer ao ju zo elementos reputados como importantes qui indispens veis para o julgamento da causa Nos termos do art 7 2 da Lei n 9 868 1999 determinad
610. tru o do discurso constitucional e identificados em julgamentos da Suprema Corte do EUA nega o met fo ra e meton mia est o igualmente presentes no julgamento do STF sobre a uni o est vel homoafetiva No presente t pico a an lise estar centrada prioritariamente no Voto do Ministro Ayres Britto relator do processo judicial e cujas opi ni es foram basicamente reprisadas pelos de conviv ncia p blica cont nua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constitui o de fam lia 2 Cf parte final da ementa do Ac rd o BRASIL 2011 A respeito do trecho por n s destacado a Constitui o Federal prev expressamente entre as consequ ncias da uni o est vel heteroafetiva a facilita o estatal para sua convers o em casamento o que tamb m consta da Lei n 9 278 1996 como um dos direitos dos conviventes Cf art 102 2 da CF 88 mais que o acompanharam destacando se pontualmente o conte do de algumas manifesta es relevantes ou inovadoras dos demais julgadores Para evitar repeti es dispens veis a refer ncia ao Voto do Ministro Ayres Britto ser feita doravante apenas como Voto bem como sua respectiva numera o por itens conforme organiza o adotada pelo Ministro Relator Logo no in cio de seu Voto o Ministro Relator refere se ao dissenso que se abre em todo tempo e lugar sobre a liberdade da inclina o sexual das pessoas para em seguida
611. tucio nal traduzido no Brasil pelo Prof Menelick de Carvalho Netto Michel Rosenfeld 2003 busca desenvolver uma doutrina de concilia o e re concilia o de valores e paradigmas manejando aspectos de sociedade e constitucionalismo e o faz por uma an lise desconstrutiva e em seguida reconstrutiva do discurso constitucional Essa an lise parte da percep o do vazio e da incompletude do que ele chama de sujeito constitucional e o seu resultado como bem destacado na apresenta o feita pelo tradutor a din mica incorpora o de uma tens o permanente imprescind vel atual abordagem constitucional entre um enfoque sociol gico e des construtivo cr tico das possibilidades de abuso sempre permanentes no Direito Constitucional e a perspectiva interna e reconstrutiva capaz de garantir a inafastabilidade dos princ pios da igualdade da liberdade reciprocamente reconhecidos por todos os membros da comunidade pol tica a si mesmos ROSENFELD 2003 p 14 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 205 De fato a necessidade de enxergar ou construir meios de liga o ou de intera o e pac fica conviv ncia ou ao menos de toler n cia rec proca entre o eu e o outro um dos s mbolos aparentes do rico texto que encontra pices de racionalidade na avalia o inclusive sob o ponto de vista do contexto sociocultural de poca de julgados historicamente relevan tes da Suprema Corte dos Estados Unidos da Am rica
612. tucional unicamente respons vel pela guarda da Constitui o De 8 The common law will control Acts of Parliament and sometimes adjudge them utterly void for when an Act of Parliament is against common right and reason or repugnant or impossible to be performed the common law will control it and adjudge such Act to be void Cf SHEPPARD 2003 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 189 conseguinte sua teoria propugnou a cria o do Tribunal Constitucional da ustria em 1920 Para o mestre austr aco somente um rg o especializado poderia impor o controle de constitucionalidade das leis Para Kelsen era ing nuo acreditar que um rg o respons vel pela elabora o da regra Parlamento pudesse declarar qualquer ato inconstitucional O que significa dizer que o controle de constitucionalidade pol tico n o prosperaria Em resumo o Tribunal Consti tucional reflete um sistema concentrado de controle de constitucionalidade protagonizado pela Justi a Constitucional Na vis o de Luis Villar Borda 2000 essa proposta te rica teria influenciado o sistema colombiano de controle de constitucionalida de na medida em que o constituinte de 1991 subtraiu o controle concentrado da Suprema Corte de Justi a passando o para as m os da Corte Constitucional especificamente criada para exercer a jurisdi o constitucional con centrada no Pa s De acordo com Canotilho 1997 p 871 o controle constitucional n
613. tudo exige redobrada aten o tendo em vista o risco adequadamente mencionado por Rosenfeld 2003 p 70 de que a excessiva contextualiza o tornaria a situa o nica e portanto insol vel pelas concep es normativas existentes as quais por natureza na verdade se apegam mais a uma abrang ncia abstrata ou abstratizante do que a um foco casu stico A eventual concretiza o dessa unicidade absoluta seria tamb m potencialmente detur pante porque segundo Rosenfeld 2003 p 72 nota de rodap as exatas limita es da contextualiza o meton mica em um dado caso tendem a ser determinadas pelos objetivos e interesses de seus proponentes Enfim os tr s elementos mencionados nega o met fora e meton mia n o aparecem isolados no discurso constitucional e nem servem organizadamente a um nico lado do debate Pelo contr rio A intera o entre os aparatos da nega o da met fora e da meton mia ocorre em v rios n veis distintos resultando em m ltiplas combina es e interse es que t m que ser integradas com sucesso para apresentar uma avalia o exaustiva da forma o da evolu o e da dissolu o re construtivas das identidades constitucionais ROSENFELD 2003 p 82 1 2 A possibilidade de avalia o da decis o do Supremo Tribunal Federal luz do texto de Rosenfeld O objetivo deste artigo analisar luz do mencionado texto de Rosenfeld 2003 a
614. tumes historicamente enraizados da vontade das maiorias pol ticas dos editos de um monarca 2003 p 99 Faltava encontrar o motivo das repetidas men es do texto constitucional expressa homem e mulher Neste ponto ap s an lise concreta o Voto do Ministro Ayres Britto recor re contextualiza o para definir que a ideia do legislador de poca foi atestar em definitivo a emancipa o da mulher na sociedade brasileira repudiando cabalmente o preconceito e a descabida pecha de inferiori 214 Revista de Informa o Legislativa za o de que a mulher era v tima Do mesmo modo afirma o Voto que numa nova met fora n o se pode fazer rolar a cabe a do artigo 226 no pat bulo do seu par grafo terceiro pois esse tipo acanhado ou reducionista de interpreta o jur dica seria o modo mais eficaz de tornar a Constitui o ineficaz BRASIL 2011 p 653 Taltipo de avalia o contextualizada encon tra resson ncia em Rosenfeld 2003 p 40 ao lembrar que o discurso constitucional deve ser constru do sobretudo a partir de um texto constitucional que deve ser localizado em seu contexto pr prio levando em conta as restri es normativas e factuais relevantes Como o texto dependente do contexto e como o contexto aberto a finalidades open ended e sujeito a trans forma es ao longo do tempo o sujeito constitucional precisa recorrer ao discurso constitucional para inventar e reinventar a
615. u do na distin o feita pela Hermen utica Jur dica entre texto legal e a norma jur dica A norma seria o texto interpretado isto seria o resultado de uma constru o do int rprete normas n o s o textos nem o conjunto deles mas os sentidos constru dos a partir da interpreta o sistem tica de textos normativos VILA 2009 p 30 O behaviorismo possibilita o desenvolvimento dessa constata o feita pela Hermen utica Jur dica Por m em vez que colocar o peso das conting ncias estranhas ao texto sob o r tulo de termos mentalistas como ideologia ou subjetividade do int rprete a an lise comportamental pode focar se nas rela es de refor o e puni o que concretamente modelam o comportamento daquele que aplica a lei Considera es finais A interpreta o do Direito um comportamento e assim pode ser objeto de exame da an lise comportamental A diverg ncia entre os int rpretes mesmo quando analisam o mesmo texto legal e disp em dos mesmos instrumentos hermen uticos uma realidade not ria e demonstra que h algo a mais por detr s da interpreta o O quadro de refor os e puni es a que est o expostos os int rpretes um elemento que geralmente n o se discute na Hermen utica Jur dica a n o ser acidentalmente e de forma sempre rasa como um coment rio a latere Assim a proposta de abordagem interdisciplinar do tema pode apontar incont veis novos aspectos que at aqui fi
616. u o refor o seguinte ao reduzir o n mero de malas que seria necess rio analisar para se encontrar a mala correta Esse passo que no caso consistiu em marcar com um giz o que Skinner 1980 p 273 chamou de com portamento precorrente Posso nunca ter me perdido nessa regi o mas tenho uma hist ria de consultar ma pas e derivar possibilidades de caminhos eu me comporto de maneiras que foram bem sucedidas refor adas no passado O comportamento precorrente envolvido frequentemente chamado de racioc nio imagina o formula o de hip teses e assim por diante Todos esses comportamentos t m em comum a propriedade de gerar est mulos discriminativos que alteram a probabilidade de atividades subsequentes Nessa perspectiva a interpreta o do direito pode ser entendida como uma modalidade de resolu o de problemas O advogado precisa encontrar no sistema jur dico o amparo ao seu cliente O parecerista precisa responder uma pergunta O juiz precisa decidir um lit gio Os comportamentos precorrentes dos ju ristas ou seja os comportamentos destinados a gerar os contextos est mulos discrimina tivos complexos que tornem mais prov vel a solu o tamb m s o conhecidos pesquisar a jurisprud ncia do tribunal em que se est liti gando consultar a doutrina especializada que costume ter posi es alinhadas com a tese que se est defendendo 116 Revista de Informa o Legislat
617. u pedindo indeniza o podem explicar muito mais o cauteloso comportamento interpretativo adotado pela autarquia quanto extens o do seu poder de pol cia Outro exemplo pode ser dado desta vez sobre o Conselho Adminis trativo de Recursos Fiscais do Minist rio da Fazenda CARE que a segunda inst ncia do processo administrativo fiscal e funciona estru turalmente como os tribunais apreciando as raz es de litigantes que se colocam em posi o de contradit rio comum verificar se nos votos dos conselheiros do CARF a defesa da legalidade estrita como eixo in terpretativo fundamental do rg o como se nota no precedente abaixo Sobre a defendida ofensa ao princ pio da proporcionalidade da razoabili dade dentre outros estes s o dirigidos ao legislador e n o ao aplicador da lei o qual diante da norma existente no mundo jur dico dever aplica la obrigatoriamente por for a do art 116 inciso III da Lei 8 112 90 preceito o qual se repete no artigo 41 inciso IV do Anexo II do atual Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais aprovado pela Portaria MF n 256 de 22 06 2009 BRASIL 2012 No Processo n 10980 002215 2001 11 por exemplo o CARF apreciou a legitimidade da cobran a de imposto sobre a propriedade rural ITR de propriet rio cujo im vel fora invadido por sem terras Prevaleceu o entendimento de que a cobran a seria ileg tima mas o julgamento foi bastante pol mic
618. u se no pouco tempo dado defesa de Lugo que teve apenas duas horas para posicionar se perante as acusa es Lugo bispo cat lico l der da Alian a Patri tica para a Mudan a em coaliz o com um partido opositor Partido Liberal Radical Aut ntico e tendo a presen a de Federico Franco foi eleito em abril de 2008 com 42 3 Neste artigo as refer ncias suspens o do Paraguai do Mercosul e da Unasul ser o simplificados citando se somente a suspens o do Mercosul 20 Presidente Fernando Lugo um ex bispo eleito com um discurso contra o imperia lismo brasileiro no Cone Sul 92 Revista de Informa o Legislativa dos votos pondo fim aos 61 anos de hegemonia do Partido Colorado E uma das promessas relacionadas ao governo seria a reforma agr ria sem processos traum ticos ou violentos Mas n o foi o que aconteceu durante o governo de Lugo o que desgastou sua imagem no Congresso e perante a base pol tica que sustentava o governo E um dos fatos ligados deposi o relaciona se com as invas es de terras e com a inseguran a jur dica decorrente delas em 2010 quando o governo Lugo decretou estado de exce o no norte do pa s por conta dos ataques do grupo guerrilheiro denominado Ex rcito do Povo Paraguaio EPP ligados s Farc da Col mbia GIRALDI 2013b Outro fato que necess rio mencionar deu se em 2011 quando o governo Lugo fez um acordo com o Brasil e triplicou o valor pago ao Paraguai pe
619. u seja apresentam se como uma filosofia MARTINS COSTA 2004 p 23 A Constitui o Republicana de 1891 o C digo Civil de 1916 o C digo de Processo Civil de 1939 sem d vida expressam uma vis o de mundo particular Essa vontade de constitui o ou de codifica o entretanto n o est circunscrita passagem do s culo XIX para o s culo XX mas remete justamente passagem do s culo XVII para o s culo XIX Trata se de um fen meno que se insere em um contexto mais amplo de moderniza o das institui es seja em Portugal seja no Brasil no intuito de estabelecer liga es com o pensamento do resto da Europa nesse contexto que o modelo legalista que se volta ao primado da lei enquanto vetor pol tico e ideol gico comunicava na virada do s culo XVIII para o s culo XIX o qu o necess ria era a ado o de modernos c digos civil e criminal o que ultrapassa bastante a mera enuncia o de Ano 51 N mero 203 jul set 2014 53 preceitos constitucionais em prol da limita o das prerrogativas abso lutistas dos monarcas europeus o que guarda rela o com o processo de seculariza o ent o em andamento Em raz o dessa conjuntura em Portugal e no Brasil existiram discursos favor veis reforma na legisla o NEDER CERQUEIRA FILHO 2001 p 114 interessante notar que os reclamos mais espec ficos em prol da codifica o civil por exemplo n o s o produtos de uma revolu o pol tica ou at
620. ua an lise teria o cond o de orientar o planejamento do investimento pelo agente econ mico por gerar justamente previsibilidade diminuindo significativamente os custos de transa o ligados a elas e envolvidos no neg cio 4 2 T cnica sugerida para a an lise do controle judicial Para a realiza o da an lise relativa s decis es judiciais torna se imperativo o desenvolvimento de uma t cnica que para ser efetiva deve levar em considera o o arcabou o institucional do sistema de Justi a e a prefer ncia dos magistrados e das cortes pois ambos os fatores justifi cariam em grande parte a decis o analisada O ltimo fator inclusive de extrema import ncia j que o comportamento dos agentes que fazem parte do sistema muitas vezes mais determinante para os resultados do que ele mesmo Antes de adentrarmos o desenvolvimento de um modelo heur stico necess rio ressaltar que no presente caso como os objetos do modelo s o as decis es judiciais relativas aos contratos de concess o de servi o p blico deve se simplificar as quest es envolvidas no processo de modo a tornar as respostas mais objetivas e portanto pass veis de mensura o Julga se portanto pertinente um modelo que diga respeito aos atributos institucionais e prefer ncia dos magistrados e das cortes envolvendo o embate te rico entre o ativismo judicial e a autoconten o judicial na supress o de vazios contratuais bem como a quest o relat
621. ua decis o Cf BRASIL 2013 Na experi ncia jur dica norte americana entre in meros exemplos tem se a presen a do amicus curiae no caso Webster v Reproductive Health Services 492 U S 490 1989 em que se discutia a permiss o do aborto no af de rever o entendimento fixado no case Roe v Wade Nesse julgamento noticia Dworkin 1996 apud MARTINS MENDES 2001 p 182 a Corte Suprema recebeu al m do memorial apresentado pelo Governo 77 outros memoriais briefs sobre os mais variados aspectos da controv rsia possivelmente o n mero mais expressivo j registrado por parte de 25 senadores de 115 deputados federais da Associa o de M dicos e de outros grupos m dicos de 281 historiadores de 885 professores de Direito e de um grande n mero de organiza es contra o aborto Art 9 Vencidos os prazos do artigo anterior o relator lan ar o relat rio com c pia a todos os Ministros e pedir dia para julgamento 1 Em caso de necessidade de esclarecimento de mat ria ou circunst ncia de fato ou de not ria insufici ncia das informa es existentes nos autos poder o relator requisitar informa es adicionais designar perito ou comiss o de peritos para que emita parecer sobre a quest o ou fixar data para em audi ncia p blica ouvir depoimentos de pessoas com experi ncia e autoridade na mat ria 200 Revista de Informa o Legislativa Na experi ncia colombiana qualquer
622. ucedido segurei a base firmemente em minha m o esquerda e girei o topo para a direita pode ser transformada numa ins tru o til segure a base firmemente com a m o esquerda e gire o topo para a direita As mesmas vari veis estar o sendo manipuladas e com alguns dos mesmos efeitos sobre o comportamento Portanto quando o int rprete descreve ver balmente os passos que deu para resolver um problema hermen utico na fundamenta o da decis o nas raz es do parecer ou nas alega es do recurso ele est descrevendo f rmulas que anteciparam o conjunto de refor os conse quentes e que culminaram na resolu o Assim se comportamento a interpreta o jur dica pode ser objeto da an lise behaviorista 4 Onde est o as regras Se a interpreta o pode ser objeto do behaviorismo uma abordagem behaviorista poderia come ar por aquilo que o objeto da intepreta o as regras Como regras o behaviorismo entende quaisquer instru es que descrevam o comportamento capaz de gerar uma consequ ncia como o manual de um carro um conselho dos pais ou um artigo da lei Tratam se de est mulos discriminativos verbais que indicam uma rela o de refor o BAUM 2006 p 168 No futebol por exemplo eu ou o que se a bola cruzar a linha sob a trave marca se um gol Quem fez essa verbaliza o est sob o controle de sua experi ncia de ter balan ado as redes da trave e ver isso chamado de gol O
623. udiciales sin importar la jurisdicci n a la que pertenezcan y sin elevar a la Corte Constitucional incidente alguno de inconstitucionalidad que no se contempla en la Constituci n est n obligadas como consecuencia de la excepci n de inconstitucionalidad que invoque una de las partes o de oficio a inaplicar la ley que viole la Constituci n Si bien los jueces en sus providencias s lo est n sumetidos al imperio de la ley C P art 230 se ha entendido que el vocablo ley en virtud del valor normativo de la Constituci n compreende a sta y con primacia sobre las restantes fuentes del ordenamiento Desde luego s lo a trav s de los recursos ju diciales puede controvertirse la validez de la apreciaci n que el juez del proceso haya hecho de la Constituci n y de la ley en particular Naturalmente la intepretaci n eventual de la ley por razones constitucionales s lo tendr efectos inter partes MU OZ 2000 p 70 1192 Revista de Informa o Legislativa de Justi a Houve ainda em 1968 uma reforma que criou dentro da Corte Suprema uma Sala Constitucional ou seja uma c mara encar regada especificamente de analisar a mat ria constitucional n o obstante Carlos Restrepo Piedrahita ent o Senador tivesse proposto na quela ocasi o a cria o da Corte Constitucional MESA 1998 p 606 Segundo Zuluaga 2007 p 82 sempre persistiu um anseio doutrin rio entre os cons titucionalistas colombian
624. ue os direitos negativos notadamente os direitos n o interven o na liberdade pessoal e nos bens fundamentais tutelados pela constitui o apresentam uma dimens o positiva j que sua efetiva o reclama uma atua o positiva do Estado e da sociedade ao passo que os direitos a presta o positivos fundamentam tamb m posi es subjetivas negativas notadamente quando se cuida de sua prote o contra inger ncias indevidas por parte dos rg os estatais de entidades de entidades sociais e tamb m de particulares SARLET FIGUEIREDO 2007 p 4 argumento da reserva do poss vel e da normati vidade dos direitos fundamentais consiste no objeto deste trabalho Desse modo os direitos positivos apresentam se como um importante instrumento na valoriza o da dignidade da pessoa humana e da justi a social Seguindo tal mudan a nas ltimas d cadas surgiram os direitos fundamentais de terceira dimens o que visam prote o dos direitos hu manos coletivos e difusos logo tais direitos n o se destinam prote o direta dos direitos indi viduais Enquadram se nesse grupo os direitos ao desenvolvimento ao meio ambiente sadio ao patrim nio hist rico e cultural defesa do consumidor etc S o direitos que para a sua efe tividade necessitam de um esfor o conjunto de todaa coletividade exigindo na maior parte dos casos o empenho de v rios pa ses por meio de tratados internacionais
625. ue surgem pela falta ou insufici ncia de prova para o julgamento da demanda em especial o n o acolhimento da pretens o pelo ju zo Ocorre que por alguma disposi o legal essa regra geral da distribui o do nus probat rio pode ser alterada modificada a chamada e conhecida invers o do nus da prova que ocorre quando n o recai sobre a parte tradi cionalmente onerada com a prova do fato o nus de demonstrar a verdade mas sim sobre a contraparte que ent o ter a incumb ncia de provar o fato contr rio RANGEL 2006 p 188 A invers o do nus da prova implica ne cessariamente uma presun o legal Invertido o nus da prova presume se provado o fato que sustenta o pressuposto f tico favor vel parte beneficiada pela invers o Logo a parte que em tese pela regra geral tinha o nus da prova fica desonerada dispensada desse encargo De outro lado a parte que pela regra geral n o tinha qualquer nus probat rio em rela o a esse pressuposto agora tem o encargo exclusivo de provar o fato contr rio Segundo Manuel Ros rio Nunes 2007 p 34 35 a invers o do nus da prova mais que facilitar o nus probat rio cuja incumb ncia do lesado paciente acarreta uma verdadeira dispensa do encargo de demonstrar a culpa do lesante recaindo sobre este lesante a demons tra o de que agiu sem culpa cabendo fazer a prova do contr rio S existe legitimidade para invers o do nus d
626. uitativo de coopera o social significa que a colabora o entre os cidad os guia se por regras e procedimentos p blicos reconhecidos que cada participante aceita a ideia de coopera o num sentido de reciprocidade ou mutuali dade consistente em que cada cidad o que contribua para a sociedade deve se beneficiar da coopera o segundo as regras e procedimentos estabelecidos Repita se dita sociedade na tese de Rawls 2003 p 11 12 carac teriza se por ser uma sociedade bem ordenada isto uma sociedade efetivamente regulada por uma concep o pol tica e p blica de justi a Noutros termos uma sociedade na qual todos os seus membros aceitam os mesmos princ pios de justi a onde todos os participantes sabem e acreditam que a estrutura b sica da sociedade suas principais institui es pol ticas e sociais e a maneira como essas institui es agem mutuamente respeita os princ pios de justi a Por sua vez a estrutura b sica da sociedade para Rawls 2003 p 13 16 seria organizada por um princ pio de coopera o em que as principais institui es pol ticas sociais e econ micas da sociedade se articulariam para formar um sistema nico de coopera o social Assim atuariam de forma concertada para distribu rem direitos e deveres b sicos bem como determinariam a divis o das vantagens provenientes da coopera o social no transcorrer de uma gera o at a seguinte Para Rawls 2002 p 3 4 a justi a a
627. ul 2014 BRASIL Minist rio da Fazenda Conselho Administrativo de Recursos Fiscais Processo n 11080 007968 2008 04 Relator Tania Mara Paschoalin DJ n 2801 001 705 29 jul 2011 Dispon vel em lt https carf fazenda gov br sincon public pages ConsultarInformacoes Processuais consultarInformacoesProcessuais jsf gt Acesso em 2 jul 2014 BRASIL Minist rio da Fazenda Conselho Administrativo de Recursos Fiscais Processo n 10980 002215 2001 11 Relator Judith do Amaral Marcondes Arnando DJ n 302 37534 25 maio 2006 Dispon vel em lt https carf fazenda gov br sincon public pages Consul tarInformacoesProcessuais consultarInformacoesProcessuais jsf gt Acesso em 2 jul 2014 Superior Tribunal de Justi a Agravo Regimental no Recurso especial n 1312668 PB Administrativo ambiental e processual civil Agravo regimental no recurso especial A o civil p blica ajuizada pelo IBAMA com a finalidade de demoli o de im vel cons tru do em rea de preserva o ambiental bem como de ressarcimento dos danos causados N tido interesse de agir Precedentes do STJ Relator Ministro Benedito Gon alves Dje 3 set 2013 Di rio da Justi a Eletr nico Bras lia 11 set 2013 Superior Tribunal de Justi a Recurso especial n 1246443 PR Ambiental e admi nistrativo Infra o administrativa Demoli o de edif cio irregular Auto executoriedade da medida Art 72 inc VIII da lei n 9 605 98 demoli o de obra
628. ul set 2014 227 16 da Lei n 7 347 1985 o motivo pelo qual n o h litispend ncia entre as duas a es civis p blicas Vejamos RECURSO ESPECIAL PROCESSO CIVIL A O CIVIL P BLICA LITISPEND N CIA EXTIN O SEM RESOLU O DO M RITO OFENSA AO ART 16 DA LEIDA A O CIVIL P BLICA PRECEDENTE DA SEGUNDA SE O DO STJ 1 Ajuizamento pela mesma associa o de defesa do consumidor de duas a es civis p blicas semelhantes contra a mesma empresa nos Estados de S o Paulo e Rio Grande do Sul buscando a suspens o dacomercializa o de cerveja com r tulo enganoso cerveja sem lcool 2 A Segunda Se o do STJ no julgamento do EREsp n 411 529 SP firmou entendimento no sentido que a senten a proferida em a o civil p blica faz coisa julgada erga omnes nos limites da compet ncia do rg o prolator o da decis o nos termos do art 16 da Lei n 7 347 85 alterado pela Lei n 9 494 97 3 Seguindo essa orienta o jurisprudencial deve prosseguir a a o civil p blica ajuizada no Rio Grande do Sul pois eventual coisa julgada da demanda ajuizada em S o Paulo n o aproveitar os consumidores ga chos BRASIL 2011 Em que pese a m reda o da ementa o caso concreto versava sobre duas a es civis p blicas ajuizadas pelo mesmo substituto processual nos Estados de S o Paulo e Rio Grande do Sul nas quais se alegava a exist ncia de propaganda enganosa em r tulos de grande
629. um comportamento por si s bastante at pico e interessante do ponto de vista behaviorista No entanto o detalhe mais instigante est no argumento apresentado pelo Ibama em seus recursos Esse argumento exatamente uma leitura literal do art 72 inc VIII da Lei n 9 605 98 que estabelece a possibilidade de punir administrativamente uma infra o ambiental por meio da demoli o de obra O Ibama sustenta que a palavra obra signi fica algo em constru o e nunca edif cios j constru dos No Recurso Especial n 1 312 668 a autarquia impugnou decis o que lhe dava o poder de demolir com o seguinte argumento Deixou de considerar e de levar em conta to davia o ac rd o embargado o fato de que no presente caso o que se teria que demolir n o seria mais uma obra 3 Art 5 inc XXXV da CF 88 Uma an lise puramente hermen utica dessa quest o dificilmente explicaria a raz o por que o Ibama sustenta essa tese Por outro lado uma an lise comportamental do caso partiria do pressuposto de que as regras seguidas pelo int rprete n o est o localizadas em algum lugar nele internalizado mas no ambiente BAUM 2006 p 177 178 A observ ncia dos dispositivos da lei certamente modela o comportamento do int r prete mas outras conting ncias tamb m modelam Eventuais problemas enfrentados pelos agentes p blicos que ordenaram a demolig o nesses casos como a es judiciais questionando o ato o
630. um n o passavam de preconceito resultante da igno r ncia do medo e da incompreens o sentimentos incompat veis com a racionalidade que deve ser inerente ci ncia jur dica BRASIL 2011 p 810 811 Disso tudo emerge naturalmente no discurso constitucio nal o desejo e a justifica o para o banimento daquilo que foi negado repreendido abrindo espa o para o posterior preenchimento da aus ncia lack criada A postura do Voto em iniciar com a nega o coerente com a manifesta o de Rosenfeld no sentido de que citando Hegel a nega o que fornece o v nculo fundamental entre o est gio inicial no qual emerge o sujeito como uma mera car ncia como uma aus ncia um hiato e o est gio final no qual o sujeito se torna subst ncia 2003 p 51 E como lembra Rosenfeld Ano 51 N mero 203 jul set 2014 211 os direitos constitucionais liberdade s o fundamentalmente contra tradicionais pois enquanto pretens es liberdade em uma comunidade pol tica democr tica polity consubstanciam afirma es do direito de discordar das normas e valores sustentados pela maioria 2003 p 97 No item 26 do Voto fala se expressamente em similitude e promove uma met fora ao comparar a situa o dos homossexuais para o fim de assegurar a igualdade civil moral situa o dos negros ndios mulhe res portadores de defici ncia f sica e ou mental acrescentando no item 28 o nordestino e
631. uma regulamenta o do n o pode a palavra n o que submete o cidad o ao Estado sendo usada de forma geral e constante Ora precisamente por tudo isso que conse guimos descobrir e aperfei oar um modo um jeito um estilo de navega o social que passa sempre nas entrelinhas desses perempt rios e autorit rios n o pode Assim entre o pode e o n o pode escolhemos de modo chocantemente antil gico mas singularmente brasileiro a jun o do pode com o n o pode Pois bem essa jun o que produz todos os tipos de jeitinhos e arranjos que fazem com que possamos operar um sistema legal que quase sempre nada tem a ver com a realidade social DAMATTA 1986 p 101 Oscilando entre os excessos da lei autoridade e as aus ncias da lei democracia viemos nos fa zendo ao longo de nossa hist ria de conquistas mas tamb m de infort nios pol ticos A lei universal por sua dist ncia frieza uni versalidade e abstra o n o algo da dimens o do carnal do presente do pr ximo do real do concreto da cordialidade do la o de amizade e aproxima o por troca de interesses Ent o tem de ser imposta de cima para baixo Para romper os elos cristalizados na dimens o da pessoalidade da proximidade do v nculo do la o social da amizade da vassalagem patriar cal precisa impor se da sua alta dosagem de rigor suor e dor Assim a lei ordem aparece mais como for a e viol ncia do
632. undo princ pio da justi a e da igualdade equitativa de oportunidades Rawls 2002a p 103 enfatiza a preocupa o com as quest es de pol tica social no sentido de os cidad os serem tratados de forma igualit ria nos setores de sa de e previd ncia social Assim regras sensatas para manter a ordem p blica e a seguran a ou medidas eficientes no setor de sa de e previd ncia social promovem o interesse p blico nesse sentido Quando trata das institui es b sicas da justi a distributiva relacio nadas estrutura b sica da sociedade Rawls 2002a p 303 307 observa que o princ pio da igualdade equitativa de oportunidades deve nortear o governo de modo a assegurar educa o cultura e emprego dentro de uma igualdade material n o simplesmente formal aos cidad os Tamb m suponho que h uma igualdade de oportunidades que equi tativa em oposi o a uma igualdade formal Isso significa que al m de manter as formas habituais de despesas b sicas o governo tenta assegurar oportunidades iguais de educa o e cultura O setor de estabiliza o por seu turno luta para criar um pleno emprego razo vel no sentido de que aqueles que querem trabalho possam encontr lo e a livre escolha de ocupa o e o desenvolvimento das finan as sejam assegurados por uma forte demanda efetiva Trazendo a teoria de Rawls para a realidade brasileira mais especi ficamente para a nossa realidade socioecon mica e
633. upralegalidad de la Constituci n frente al derecho interno En Colombia el control de constitucionalidad se ejerce por los ciudadanos a trav s de una acci n p blica de car cter jurisdiccional cuya finalidad es retirar o mantener en el ordenamiento una norma seg n sta sea o no exequible por medio de una decisi n que tiene efectos erga omnes Esta acci n que representa una conquista propia de las democracias partici pativas se consagr por primera vez en la Ley 2 de 1904 para los decretos De acordo com Eduardo Mu oz 2000 p 70 tendo em conta o disposto no art 4 da Carta Pol tica de 1991 supremacia das normas constitucionais as autoridades judiciais independente do tipo de jurisdi o n o poder o aplicar lei que contrarie a Constitui o Ano 51 N mero 203 jul set 2014 195 leyes y posteriormente en el Acto legislativo No 3 de 1910 para las leyes en sentido formal y material Actualmente el art culo 40 de la Constituci n de 1991 al reconocerle a todo ciudadano el derecho participar en la conforma ci n ejercicio y control del poder pol tico lo faculta para Interponer acciones p blicas en defensa de la Constituci n y de la ley COLOMBIA 2000 Ou seja todo cidad o pode propor uma a o p blica de inconstitu cionalidade Trata se de uma a o popular e de car ter pol tico Por meio dela os cidad os participam com o objetivo de impugnar ou defender norma ou projeto sujeito ao co
634. uta anual e condi es peculiares da atividade reveladoras da exiguidade do com rcio exercido BRASIL 1969 278 Revista de Informa o Legislativa empres rio de inscri o mas a prometer um tratamento favorecido diferenciado e simplifi cado O pequeno empres rio foi dispensado de manter escritura o Atualmente considera se pequeno empres rio o Microempreendedor In dividual MEI 2 sendo admitida sua inscri o por meio de endere o eletr nico na rede mun dial de computadores A legisla o empresarial dispensa a informa o sobre a firma com a respectiva assinatura aut grafa o capital a na cionalidade o estado civil e o regime de bens importante a ado o de medidas que permitam a utiliza o de procedimentos eletr nicos para o registro do empreendedor individual haja 2 Art 970 A lei assegurar tratamento favorecido di ferenciado e simplificado ao empres rio rural e ao pequeno empres rio quanto inscri o e aos efeitos da decorrentes BRASIL 2002 2 Art 1 179 O empres rio e a sociedade empres ria s o obrigados a seguir um sistema de contabilidade mecanizado ou n o com base na escritura o uniforme de seus livros em correspond ncia com a documenta o respectiva e a levantar anualmente o balan o patrimonial e o de resulta do econ mico 2 dispensado das exig ncias deste artigo o pequeno empres rio a que se refere o art 970 BRASIL 2002
635. va o de interesse estadual ante o interesse federal de cria o de outra tamb m de conserva o mas de caracter stica e objetivo diversos 3 Em raz o da exist ncia de conflitos envolvendo os interesses de ma deireiros e da populac o tradicional que habita a regi o recomenda se a manuten o do status quo at que se identifique qual a unidade de conserva o que melhor atende aos interesses das popula es locais e da preserva o do meio ambiente 4 Agravo desprovido BRASIL 2009 grifo nosso Por outro lado decis o do STF de relatoria do Min Sep lveda Per tence no bojo da ADI n 2 544 em expressa men o regulamenta o do par grafo nico do art 23 assinala que a prote o do meio ambiente cultural exige coopera o racional entre os rg os federativos n o poden do entretanto tal implicar em negativa total de colabora o entre os entes federativos verbis 46 Revista de Informa o Legislativa Federa o compet ncia comum prote o do patrim nio comum inclu do o dos s tios de valor arqueol gico CE arts 23 III e 216 V encargo que n o comporta demiss o unilateral Lei estadual 11 380 de 1999 do Es tado do Rio Grande do Sul confere aos Munic pios em que se localizam a prote o a guarda e a responsabilidade pelos s tios arqueol gicos e seus acervos no Estado o que vale por excluir a prop sito de tais bens do patrim nio cultural brasileiro CF art 216
636. va o dos direitos sociais O fen meno da judicializac o da sa de Alexandre Gustavo Melo Franco Bahia Professor de Direito Constitucional da Universidade Federal de Ouro Preto e do IBMEC BH Mestre e Doutor em Direito Constitucional pela Universidade Federal de Minas Gerais J nior Ananias Castro Graduando em Direito pela Universidade Federal de Ouro Preto ALEXANDRE GUSTAVO MELO FRANCO BAHIA J NIOR ANANIAS CASTRO Sum rio 1 Introdu o 2 Uma breve abordagem acerca dos direitos fundamentais 3 Limites dos direitos fundamentais 4 A assist ncia sa de em Ouro Preto 5 Conclus o 1 Introdu o Nos ltimos anos tem se destacado no Brasil o fen meno da judi cializa o da sa de em vista da in rcia do Poder P blico em garantir a efetividade desse direito fundamental principalmente quando se pensa na atua o do Poder Executivo O grande problema est em definir os limites do Judici rio ao intervir para garantir a efetividade deste direito principalmente se levarmos em considera o que os direitos de cunho prestacional acarretam custos financeiros e que o Estado trabalha com recursos limitados j definidos por suas leis or ament rias Em face disso como racionalizar os or amentos p blicos dos Munic pios e Estados quando decis es judiciais determinam a todo o momento 14 Os chamados direitos a presta es materiais recebem o r tulo de direitos a presta o em se
637. va 2007 SOUSA Lu s Filipe Pires de Prova por presun o no direito civil Coimbra Editora Al medina 2012 SOUSA Miguel Teixeira de Sobre o nus da prova na responsabilidade civil m dica In DIREITO da Sa de e Bio tica Lisboa Associa o Acad mica da Faculdade de Direito de Lisboa Editora Lex 1996 p 121 143 STOCO Rui Tratado de Responsabilidade Civil 8 ed S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 2010 latrogenia e responsabilidade civil do m dico In NERY J NIOR Nelson NERY Rosa Maria Andrade Coord Doutrinas essenciais responsabilidade civil direito funda mental sa de S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 2010 p 645 654 v 5 Responsabilidade civil dos hospitais sanat rios cl nicas casas de sa de e similares em face do C digo de Defesa do Consumidor In NERY J NIOR Nelson NERY Rosa Maria Andrade Coord Doutrinas essenciais responsabilidade civil direito fundamental sa de S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 2010 p 815 826 TARTUCE Fl vio Direito civil Direito das obriga es e responsabilidade civil S o Paulo Editora M todo 2005 v 2 TARUFFO Michele La prueba Madrid Editora Marcial Pons 2008 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 269 La prueba de los hechos Bologna Editorial Trotta 2002 TEPEDINO Gustavo A responsabilidade m dica na experi ncia brasileira contempor nea temas de direito civil Tomo II Rio de Janeir
638. vais malandros e her is para uma sociologia do dilema brasileiro 6 ed Rio de Janeiro Rocco 1997 ELEY Geoff Forjando a democracia Tradu o de Paulo C zar Castanheira S o Paulo Funda o Perseu Abramo 2005 ELSTER Jon Deliberative democracy Cambridge University Press 1998 36 Revista de Informa o Legislativa ESTEVES Jo o Pissarra Espa o p blico e democracia comunica o processo de sentido e identidade social Porto Alegre Editora UniSINOS 2003 FONSECA Ricardo Marcelo SEELAENDER Airton Cerqueira Leite Org Hist ria do direito em perspectiva do antigo regime modernidade Curitiba Juru 2008 FREITAS Juarez TEIXEIRA Anderson V Direito constitucional democracia In Org Direito democracia ensaios transdisciplinares S o Paulo Con ceito Editorial 2011 GOYARD FABRE Simone O que democracia Tradu o de Claudia Berliner S o Paulo Martins Fontes 2003 HABERMAS J rgen Tr s modelos normativos de democracia Lua Nova S o Paulo n 36 p 39 53 1995 Direito e democracia entre facticidade e validade 2 ed Tradu o de Fl vio Beno Siebeneichler Rio de Janeiro Tempo Brasileiro 2003 2v O conceito de dignidade humana e a utopia realista dos direitos humanos In Sobre a Constitui o da Europa Tradu o de Denilson Luis Werle Luiz Repa R rion Melo S o Paulo Editora UNESP 2012 HOLANDA S rgio Buarque de Ra zes do Brasil 26
639. vestido de elementos legais o procedimento resultou no cumprimento do Protocolo de Ushuaia Equador Argentina Bol via e Venezuela afirmaram n o reconhecer o governo de Franco porque consideraram ileg timo o processo de impeachment 96 Revista de Informa o Legislativa que enfatiza a democracia como condi o de manuten o dos membros no bloco O procedimento acarretou uma incerteza pol tica por causa do n o reconhecimento do governo de Franco sucessor de Lugo inclusive com a retirada de embaixadores ou no caso do Brasil que chamou o embaixador poca Eduardo Santos para consultas O Brasil por meio da sua diplomacia considerou que o pro cedimento comprometeria o pilar fundamental da democracia como condi o essencial para a integra o regional As san es adotadas contra o Paraguai ti veram in cio com a suspens o tempor ria das reuni es do Mercosul e da Unasul at que se reconhecesse a normalidade democr tica no pa s Houve uma medida econ mica tomada pela Venezuela que suspendeu exporta es de petr leo para o Paraguai Uma das san es poss veis seria a sua expuls o do Mercosul o que traria preju zos no campo da redu o tarif ria al m da perda dos investimentos do Fundo de Converg ncia Estrutural do Mercosul criado em 2006 com a finalidade de equalizar a economia do Paraguai e do Uruguai na integra o com a economia do Brasil e Argentina ENTENDA 2012 Dentre os
640. vo limi tada fiel execu o das leis de modo que sua edi o s imprescind vel quando vindicada pelo conte do da lei a regular Leciona Pontes de Miranda que O poder regulamentar o que se exerce sem cria o de regras jur dicas que alterem as leis existentes e sem altera o da pr pria lei a regular Regulamentar editar regras que se limitem a adaptar a atividade humana ao texto e n o o texto a atividade humana MIRANDA 1973 p 312 314 Isso significa que o art 5 do Decreto n 5 563 2005 inovou indevidamente no orde namento jur dico estabelecendo condi es n o previstas pelo legislador para que haja a institui o da SPE em an lise Em se tratando da Uni o Administra o Direta a pr pria institui o da SPE dependeria de ato do Presidente da Rep blica e qualquer despesa p blica exigiria de previs o or amen t ria pelo que se torna poss vel compreender a raz o de ser do dispositivo regulamentar Por outro lado relativamente s entidades da Administra o Indireta notadamente as ICTs a quest o deve ser analisada cum granus sallis Primeiro porque a previs o or ament ria somente ser necess ria se a participa o da ICT implicar a gera o de despesas p blicas em virtude do conte do t pico da lei or ament ria que basicamente restrito previs o de receitas e despesas art 165 8 da Constitui o essa previs o or ament ria ser desnec
641. vos propriedade industrial Di rio Oficial da Uni o Bras lia 15 maio 1966 Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil_03 leis 19279 htm gt Acesso em 10 ago 2011 Lei n 10 406 de 10 de janeiro de 2002 Institui o C digo Civil Di rio Oficial da Uni o Bras lia 11 jan 2002 Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil_03 leis 2002 110406 htm gt Acesso em 15 fev 2011 Lei n 10 973 de 02 de dezembro de 2004 Lei de Inova o Tecnol gica Disp e sobre incentivos inova o e pesquisa cient fica e tecnol gica no ambiente produtivo e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o Bras lia 03 dez 2004 Dispon vel em Ano 51 N mero 203 jul set 2014 69 lt http www planalto gov br ccivil_03 _ato2004 2006 2004 Lei L10 973 htm gt Acesso em 15 fev 2011 Decreto n 5 563 de 11 de outubro de 2005 Regulamenta a Lei n 10 973 de 2 de dezembro de 2004 que disp e sobre incentivos inova o e pesquisa cient fica e tecno l gica no ambiente produtivo e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o Bras lia 13 out 2005 Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil 03 ato2004 2006 2005 decreto d5563 htm gt Acesso em 17 jul 2014 Lei n 12 349 de 15 de dezembro de 2010 Altera as Leis n 8 666 de 21 de junho de 1993 8 958 de 20 de dezembro de 1994 e 10 973 de 2 de dezembro de 2004 e revoga o 1 do art 2 da Lei n 11 273 de 6 d
642. w York Press 1993 Un concepto normativo de coherencia para una teor a de la argumentaci n jur dica Tradu o Juan Carlos Velasco Arroyo DOXA Publicaciones Peri dicas Alicante Espanha 82 Revista de Informa o Legislativa n 17 18 1995 p 271 302 Dispon vel em lt http www cervantesvirtual com servlet Sirve Obras 01371630344505945212257 cuaderno17 doxa17_12 pdf gt Acesso em 13 out 2013 HABERMAS J rgen Direito e democracia entre facticidade e validade Tradu o Fl vio Beno Siebeneichler 2 ed Rio de Janeiro Tempo Brasileiro 2003 Biblioteca Tempo Uni versit rio 101 v I A inclus o do outro estudos de teoria pol tica Tradu o George Sperber Paulo Astor Soethe e Milton Camargo Mota 2 ed S o Paulo Loyola 2004 Human stica n 3 LUHMANN Niklas A Constitui o como aquisi o evolutiva Tradu o Menelick de Carvalho Netto Giancarlo Corsi Raffaele de Giorgi e Paulo S vio Peixoto Maia S l s n 1996 Tradu o para uso acad mico n o revisada MAUS Ingeborg Judici rio como superego da sociedade o papel da atividade jurispruden cial na sociedade orf Tradu o Martonio Lima e Paulo Albuquerque Novos Estudos n 58 novembro de 2000 Dispon vel em lt http novosestudos uol com br v1 files uploads contents 92 20080627 judiciario como superego pdf gt Acesso em 13 out 2013 p 183 202 SORIANO Leonor M Moral Qu Discurso para la Moral Sobre la d
643. www mercosur int innovaportal file 110 1 1998_protocolo_de_ushuaia compromiso_de mocratico_port pdf gt Acesso em 22 jul 2014 MERCOSUL Protocolo de Montevid u sobre compromisso com a democracia no Mercosul Ushuaia II Rep blica Oriental do Uruguai Montevid u 20 dez 2011 Dispon vel em lt http www mercosur int innovaportal file 2486 1 ushuaia_ii pdf gt Acesso em 22 jul 2014 Ano 51 N mero 203 jul set 2014 109 MERCOSUL Laudo n 1 de 9 de julho de 2012 Laudo do tribunal permanente de revis o no procedimento excepcional de urg ncia solicitado pela rep blica do Paraguai em rela o suspens o de sua participa o nos rg os do mercado comum do sul Mercosul e incor pora o da Venezuela como membro pleno Tribunal permanente de revis o Asunci n 2012 Dispon vel em lt http www tprmercosur org pt docum laudos Laudo 01 2012 pt pdf gt Acesso em 25 set 2013 PARAGUAI Constituci n de la Rep blica del Paraguay Asunci n 20 jun 1992 Dispon vel em lt http jme gov py transito leyes 1992 html gt Acesso em 22 jul 2014 PARAGUAI rep rteres sem fronteiras denuncia clima de intimida o Terra not cias Brasil 12 jul 2012 Dispon vel em lt http noticias terra com br mundo america latina paraguai reporteres sem fronteiras denuncia clima de intimidacao b04a97c1068da310V gnCLD200000bbcceb0aRCRD html gt Acesso em 27 jul 2014 PEREIRA Edson Mercosul o erro da suspens o do para
644. xemplo da primeira tem se que a priva o de gua aumenta a frequ ncia de ocor r ncia de todos os comportamentos condicionados e incondicionados relacionados ingest o de gua SKINNER 2007 p 156 De forma inversa a sacia o diminuir momentamente qualquer comportamento destinado a obter comida ou sexo por exemplo A ltima vari vel moti vadora a estimula o aversiva que funciona tamb m como punidor SKINNER 2006 O exemplo t pico o frio que entra no quarto e leva o indiv duo a fechar a janela MICHAEL 1982 Em conclus o as quatro vari veis acima descritas s o o que determina o comportamento das pessoas A prop sito para Skinner pessoas s o repert rios comportamentais adquiridos pelo organismo que o indiv duo A altera o dessas vari veis altera o comportamento Um juiz pode ser literalmente outra pessoa quando est jogando futebol adotando um comportamento completamente diferente daquele que adota quando est sob a toga Diz Skinner 2006 p 145 conting ncias complexas de refor 114 Revista de Informa o Legislativa o criam repert rios complexos e como vimos diferentes conting ncias criam diferentes pessoas dentro da mesma pele das quais as chamadas personalidades m ltiplas s o apenas uma manifesta o extrema 3 interpreta o do Direito como objeto da an lise comportamental Para Skinner o comportamento n o mais do que uma das
645. xou de fazer qualquer prova dos fatos que lhe sejam favor veis n o obstante a possibilidade de realiz la durante a instru o processual sua pretens o ser desacolhida com base na regra tradicional do nus da prova Do contr rio ao final de toda a instru o processual pode ocorrer que as partes n o tenham produzido suficientemente as provas necess rias para ilidir qualquer d vida do julgador e formar sua convic o sobre a vera cidade dos fatos Surge ent o a necessidade de decidir com base em algum crit rio axiol gico normativo Como consequ ncia tem in cio a segunda etapa do procedimento de aplicabilidade da teoria para incidir no caso concreto a carga probat ria din mica que consiste em afastar deslocar aliviar flexibilizar aperfei oar com plementar express es usadas pela doutrina espec fica sobre a mat ria a regra de julga mento objetiva do nus probat rio tradicional para ent o valorar os efeitos da falta da prova em desfavor da parte que tinha as melhores condi es no caso concreto de produzi la e assim n o o fez Por isso un nime o entendimento na doutrina argentina no sentido de que a teoria da carga probat ria din mica representativa do aspecto objetivo do nus da prova Na ver dade a teoria tem como efeito pr tico servir de norte valorativo sobre os efeitos da falta da prova no caso concreto ao apontar ou indicar a parte que teve as melhores condi es de reali
646. zar a prova como a prejudicada na resolu o final do processo com o n o acolhimento de sua pretens o deduzida em ju zo A grande vantagem da teoria da carga probat ria din mica impedir que a parte que tenha as melhores condi es para realiza o da prova por possuir o conhecimento f tico e t cnico para comprova o da verdade real dos fatos controvertidos assuma durante o transcurso da instru o processual uma atividade passiva e inerte em termos probat rios Isso n o incomum nas lides de responsabilidade civil por culpa m dica submetidas e regidas pelo sistema tradicional do nus da prova em que o profissional demandado designadamente em melhores condi es probat rias que o paciente lesado simples e comodamente aguarda todo o desfecho probat rio de um caso de dif cil solu o sem nada contribuir para o esclarecimento da verdade dos fatos uma vez que em princ pio o encargo probat rio de todos os requisitos legais necess rios para o dever de indenizar fato il cito culpa nexo causal e dano de incumb ncia do paciente lesado autor da a o recaindo sobre si as consequ ncias da n o realiza o da prova A teoria da carga probat ria din mica assim tem o cond o de proporcionar um esfor o probat rio rec proco entre as partes para o esclarecimento da verdade real dos fatos Sua base de fundamenta o est assentada no princ pio da solidariedade e da coopera o processual As part

Revista de Informação Legislativa – nº 203

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