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Dissertação

1. Por meio da interpreta o da vontade poss vel integrar o conte do do neg cio jur dico com outros deveres que n o emergem diretamente da declara o Em muitos casos dif cil determinar com firmeza o que resultado da aplica o do princ pio da boa f e o que conquista da interpreta o integradora Al m disto o princ pio da boa f revela se como delineador do campo a ser preenchido pela interpreta o integradora pois de perquiri es dos prop sitos e inten es dos contratantes pode manifestar se a contrariedade do ato aos bons costumes ou boa f O Termo de Pol tica de Privacidade mesmo n o emanando necessariamente da vontade de ambas as partes passa a integrar o referido neg cio jur dico pelo menos em face da entidade que o disponibiliza pois representa uma s rie de deveres que decorrem da interpreta o da vontade das partes e outros que s o exig ncia das normas de conduta como eticidade probidade e informa o Assim a categoria de deveres que passa a ter grande import ncia a dos denominados secund rios anexos ou instrumentais SILVA 2006 p 91 sobretudo quando se trata de documentos que n o necessariamente decorrem do instrumento contratual mas dos 4 Silva 2006 p 38 explica que A presta o principal do neg cio jur dico determinada pela vontade Para que a finalidade do neg cio seja atingida necess rio que o devedor realize certos atos preparat rio
2. 1 Toda a pessoa tem o direito de que sejam retificados atualizados e se for o caso suprimidos ou sujeitos a confidencialidade dos dados pessoais referentes a ela que est o inclu dos em um banco de dados 2 O respons vel ou usu rio do banco de dados deve proceder retifica o exclus o ou atualiza o de dados pessoais realizando as opera es necess rias para faz lo em um prazo m ximo de cinco dias teis ap s a recep o do pedido do titular dos dados ou do momento em que tomar conhecimento do erro ou falsidade 3 descumprimento ao prazo constante no item anetrior autorizar o titular a ajuizar de imediato a a o de prote o de dados ou habeas data previstos na presente lei 4 Em caso de cess o ou transfer ncia de dados a pessoa ou o usu rio do banco de dados deve notificar a corre o ou elimina o para o cession rio no prazo de cinco dias teis ap s o tratamento dos dados feitos 5 A exclus o n o se aplica quando poderia causar danos aos leg timos direitos ou interesses de terceiros ou quando h uma obriga o legal de reten o de dados 6 Durante o processo de verifica o e corre o do erro ou falsidade da informa o em quest o a pessoa ou o usu rio do banco de dados deve ou bloquear o arquivo ou consignar que forne a informa es relativas ao fato de que ele est sujeito revis o 7 Os dados pessoais devem ser conservados durante o per odo especificado no contrato entre o respons vel ou usu
3. Embora paregam ser espont neos e estarem inteiramente sob o controle do animal os operantes s o influenciados por suas compet ncias O operante assim como o conceito estudado anteriormente est sujeito a um processo de condicionamento denominado condicionamento operante ou instrumental que ocorre quando as consequ ncias que se seguem a uma operante aumentam ou reduzem a probabilidade de que esse operante seja realizado em situa o semelhante assim DAVIDOFF 1983 p 174 Durante um condicionamento operante a frequ ncia de um ato o operante modificada Se um dado operante for repetidamente acompanhada de resultados agrad veis para o sujeito o ato rem probabilidade de ser repetido menos frequentemente em circunst ncias correspondentes Atrav s da nossa vida cotidiana h constantemente operantes sendo condicionados em geral sem que disso tenhamos consci ncia Os condicionantes operantes foram trabalhados por Burrhus Frederic Skinner psic logo norte americano que estudando o comportamento de ratos de laborat rio e pombos identificou que eles poderiam aprender a pressionar um determinado bot o se recebessem uma recompensa por aquele ato e portanto mesmo sem qualquer racioc nio mais elaborado poderiam ser condicionados a determinada atitude Operante um Termo introduzido por B F Skinner para designar uma forma de condicionamento distinta segundo ele do condicionamento pavloviano ou 2 respon
4. Las condiciones y principios aplicables al archivo original son trasladados al que efectua el tratamiento con particular atenci n en el deber de secreto y confidencialidad GONZAINI 2011 p 272 Por fim o sexto e s timo itens surgem como decorr ncia do direito do titular ao acesso e ao dever de respeito finalidade da capta o quando da utiliza o de dados pessoais previs es que v m a refor ar a aplica o dos princ pios que a legisla o elege como reitores do tratamento l cito de dados pessoais Outra quest o relevante refere se ao consentimento do titular do dado pessoal tratada pela legisla o argentina em seu artigo 5 ARGENTINA 2014 1 El tratamiento de datos personales es il cito cuando el titular no hubiere prestado su consentimiento libre expreso e informado el que deber constar por escrito o por otro medio que permita se le equipare de acuerdo a las circunstancias El referido consentimiento prestado con otras declaraciones deber figurar en forma expresa y destacada previa notificaci n al requerido de datos de la informaci n descrita en el art culo 6 de la presente ley 2 No ser necesario el consentimiento cuando a Los datos se obtengan de fuentes de acceso p blico irrestricto b Se recaben para el ejercicio de funciones propias de los poderes del Estado o en virtud de una obligaci n legal c Se trate de listados cuyos datos se limiten a nombre documento nacional de identidad
5. es pessoais localizados em ambientes virtuais Conforme o art 2 da Lei n 9 507 de 1997 O requerimento ser apresentado ao rg o ou entidade deposit ria do registro ou banco de dados e ser deferido ou indeferido no prazo de quarenta e oito horas E o par grafo nico preleciona decis o ser comunicada ao requerente em vinte e quatro horas BRASIL 2014 c O prazo previsto para a resposta ao requerimento de acesso pela legisla o brasileira utilizando se das previs es do Habeas Data o menor dos pa ses analisados por m a lei n o estabalece as raz es de recusa ao fornecimento Al m disto n o prev consequ ncias ao respons vel pelo banco de dados que se recusa ilicitamente a fornecer tais dados H Neste caso o Habeas Data estaria sendo utilizado para bancos de dados privados o que poderia causar problemas de aplicabilidade especialmente considerando que este instrumento foi concebido para acesso a bancos de dados p blicos e ou de car ter p blico 124 Outro grande problema que este dever de conceder o acesso restringe se ao rg o ou entidade deposit ria por m n o esclarece como garantir tal direito na situag o onde os dados pessoais est o com outra entidade que funciona como uma mera usu ria do banco de dados o que demonstra a inadequa o dessa legisla o para responder aos in ditos problemas derivados do uso das tecnologias da informa o e comunica o Estas dificuldade
6. o a exig ncia de imposi o legal o que a aproximaria mais das previs es da legisla o da Argetina do que da legisla o do Uruguai Quanto exig ncia de consentimento do usu rio para o tratamento dos seus dados pessoais bem como quanto utiliza o de dados pessoais as tr s legisla es de alguma forma tratam da mat ria A legisla o argentina trouxe esta previs o regulamentando inclusive as caracter sticas da informa o que devem ser prestadas ao titular quando do 127 recolhimento dos seus dados Na esteira destas previs es tamb m vinculou a utiliza o do dado pessoal finalidade informada ao usu rio no momento da capta o das informa es pessoais De forma semelhante a legisla o uruguaia contemplou tanto a necessidade de consentimento expresso e informado do titular quando a vincula o do tratamento dos dados pessoais finalidade da capta o como princ pios do seu tratamento A legisla o brasileira conta atualmente com a previs o do 3 do art 9 do Marco Civil da Internet que impede que o tratamento de dados pessoais ou a sua cess o a terceiros pelo respons vel por bancos de dados pessoais ocorra sem o pr vio e expresso consentimento do usu rio titular destes dados O quarto crit rio de an lise refere se qualidade veracidade do dado pessoal registrado onde se buscou constatar se as legisla es preocuparam se com a legitimidade daquelas informa es vinculadas a dete
7. o deve ser considerada confi vel Esta lacuna poderia dificultar o direito ao acesso visto que o repons vel pelo banco de dados pode alegar que a intima o n o foi feita de forma confi vel e negar ao titular o seu exerc cio A limita o temporal para o exerc cio gratuito do direito ao acesso pode configurar se como um obst culo a esta garantia uma vez que em conjuto com a previs o anteriormente referida poderia ocorrer uma determinada situa o onde o respons vel pelo dado entenda que as intima es apresentadas n o s o confi veis at o momento em que transcorra o per odo de seis meses e o exerc cio deste direito deixe de ser gratuito A legisla o prev que tal prazo para o exerc cio gratuito poderia ser desconsiderado no caso de um leg timo interesse do titular por m da mesma forma como n o regulamenta qual o ente dever julgar se determinada intima o confi vel deixa de prever a quem cabe este ju zo de legitimidade Quanto legitimidade dos sucessores trata se de uma previs o correta considerando que mesmo as pessoas falecidas permanecem com alguns direitos tais como a honra a imagem e o nome e quem legitimamente deve defend los s o os sucessores do titular Por m a mera previs o do direito ao acesso como contemplado no dispositivo anteriormente comentado n o seria capaz de garantir por si s o seu exerc cio e atentando se a isto a legisla o argentina regulamentou a forma com que tal
8. Janeiro Zahar 2003 C CASTRO Catarina Sarmento e Direito da inform tica privacidade e dados pessoais Coimbra Edi es Almedina 2005 CGI BR Comit Gestor da Internet no Brasil Atribui es Dispon vel em lt http www cgi br atribuicoes gt Acesso em 29 de Novembro de 2014 o CGI br e o Marco Civil da Internet Dispon vel em lt http www cgi br media docs publicacoes 4 CGl e o Marco Civil pdf gt Acesso em 29 de novembro de 2014 a CETIC BR Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informa o e da Comunica o Resultado da pesquisa TIC Provedores 2011 Dispon vel em lt http op ceptro br cgi bin cetic tic provedores 2011 pdf gt Acesso em 21 de outubro de 2013 CHATELET Fran ois DUHAMEL Olivier PISIER KOUCHNER velyne As Concep es Pol ticas do s culo XX hist ria do pensamento pol tico Traduzido por COUTINHO Carlos Nelson de KONDER Leandro Rio de Janeiro Jorge Zahar 1983 DAPKEVICIUS Rub n Flores La nueva ley de habeas data en Uruguay n 18331 Dispon vel em lt http ijerda bay livefilestore com pdf gt acesso em 23 de Outubro de 2014 DAVIDOFF Linda L Introdu o Psicologia Tradu o Auriphebo Berrance Sim es Maria da Gra a Lustosa S o Paulo McGraw Hill do Brasil 1983 160 DE LUCA Cristina Seis dos 1934 provedores Internet do Brasil concentram 78 das conex es not cia dispon vel em lt http www nic br imprensa clipping 201 1 midial215 htm gt Acesso
9. alterou significativamente a estrutura das empresas e consequentemente a forma das rela es de trabalho que ocasionaram uma modifica o cultural da sociedade e devido a isso surgiram novas formas de rela es interpessoais entre os sujeitos Em face das enormes e ainda inexploradas possibilidades que a nova tecnologia oferece a sua candidatura a nico meio que permitir dominar as infinitas vari veis de uma organiza o social cada vez mais condicionada pelo crescimento das necessidades e a escassez de recursos est o os riscos ligados a um avan o impetuoso que a programa o pol tica e institucional at agora n o foi capaz de acompanhar RODOT 2008 p 38 Com o avan o das novas TIC o aumento das possibilidades sociais de cria o de riquezas potencializa o surgimento de novos riscos sociais equivalentes s possibilidades positivas deste avan o como afirma Urlich Beck 2010 p 23 Consequentemente aos problemas e conflitos distributivos da sociedade da escassez sobrep em se os problemas e conflitos surgidos a partir da produ o defini o e distribui o de riscos cient fico tecnologicamente produzidos Tendo em conta que culturas s o basicamente formas de comunica o surge para Pierre L vy 2005 p 273 uma nova estrutura cultural denominada virtualidade real onde n o h separa o clara entre a realidade entendida como mundo f sico e as representa es simb licas
10. cia de Campos Velho Martel Dr PUC RS Rafael Santos de Oliveira Dr UFSM Santa Maria 09 de Mar o de 2015 AGRADECIMENTOS A Andressa eterno amor da minha vida que me fez entender o sentido do tempo presente fazendo com que eu perceba que o melhor futuro que eu poderia sonhar seria ao seu lado Ao meu pai Rudnei Freitas da Silva exemplo de homem e de trabalhador que me ensinou os valores da honra do respeito e da import ncia de fazer sempre o melhor em todas as minhas atividades e por ter auxiliado de todas as formas os meus primeiros passos no estudo do Direito A minha m e Mari Rubia Stribe da Silva por ter sempre os bra os abertos para um momento de carinho e para me mostrar que todas as dificuldades s o super veis se eu acreditar que consigo e me dedicar e por ter auxiliado de todas as formas os meus primeiros passos no estudo do Direito Ao colega de Assessoria Jur dica e amigo Dr Cl udio Alves Malgarin um verdadeiro mestre na perfeita acep o do termo sempre pronto a aconselhar e auxiliar em minhas escolhas profissionais e acad micas A colega de Assessoria Jur dica e amiga Liana Ara jo pelo apoio e auxilio para cumprir todas as obriga es de meu cargo e ao mesmo tempo dedicar o tempo necess rio aos meus estudos Ao Centro Universit rio Franciscano institui o de renome a qual eu tenho a honra de integrar os quadros funcionais e de quem sempre recebi total apoio nos meus estudos Um
11. e neste caso em nada contribui para a decis o Apesar das diverg ncias doutrin rias entre ambos esta distin o entre regras e princ pios tamb m feita por Robert Alexy 2008 p 85 para quem a compreens o das 14 por interven es cosm ticas se entende aquelas pouco efetivas que s o feitas apenas como forma de satisfazer a opini o p blica servindo como fundamentos para um discurso de seguran a que n o pode ser atingido tendo em conta os riscos socialmente produzidos BECK 2010 IS Dworkin explica que pol tica seria aquele tipo de padr o que estabelece um objetivo a ser alcangado em geral uma melhoria em algum aspecto econ mico pol tico ou social da comunidade ainda que certos objetivos sejam negativos pelo fato de estipularem que algum estado atual deve ser protegido contra mudan as adversas 2011 p 36 Por outro lado princ pio um padr o que deve ser observado n o porque v promover ou assegurar uma situa o econ mica pol tica ou social considerada desej vel mas porque uma exig ncia de Justi a ou equidade ou alguma outra dimens o da moralidade 2011 p 36 l Deste modo Os princ pios possuem uma dimens o que as regras n o t m a dimens o do peso ou import ncia Quando os princ pios se intercruzam aquele que vai resolver o conflito tem de levar em conta a for a relativa de cada um Esta n o pode ser por certo uma mensura o exata e o julgament
12. ia de uma sociedade regida pela informa o est por assim dizer inscrita no c digo gen tico do projeto de sociedade inspirado pela m stica do n mero O pensamento do enumer vel e do mensur vel torna se prot tipo de todo o discurso verdadeiro ao mesmo tempo em que instaura o horizonte da busca da perfectibilidade das rela es humanas 18 Segundo Castells 2003 A p 51 a denominada sociedade informacional pode ser caracterizada como o surgimento de uma estrutura social associada a um novo modo de desenvolvimento o informacionalismo historicamente moldado pela reestrutura o do modo capitalista de produ o Nesse modo de desenvolvimento visualiza se a a o de conhecimentos sobre os pr prios conhecimentos como principal fonte de produtividade pois o processamento da informa o focalizado na melhoria da tecnologia deste pr prio processamentocomo fonte de produtividade em um c rculo virtuoso entre as fontes de conhecimento tecnol gico e a aplica o destas para melhorar a gera o de conhecimento e o processamento da informa o A rela o entre a cultura de uma sociedade e o seu meio de desenvolvimento ocorre na medida em que este molda as rela es comunicacionais que se constituem em um importante substrato da cultura vigente E como o informacionalismo baseia se na tecnologia de conhecimento e informa o h uma ntima liga o entre cultura e as for as produtivas e entre o esp rito e a
13. jur dico a liberdade a justi a a igualdade e o pluralismo pol tico bem como a dignidade na perspectiva do fen meno inform tico e dessa forma a inform tica atuar a servi o do homem e n o como diminuidora dos seus direitos fundamentais 1 1 2 A prote o de dados pessoais como um aprofundamento da prote o privacidade Como a prote o privacidade a grande quest o de princ pio a nortear esta pesquisa e considerando que do seu aprofundamento que surge o referido direito prote o de dados pessoais essencial compreender a fun o dos princ pios no mbito do p s positivismo Nesse sentido Dworkin 2011 p 36 39 afirma que a sua estrat gia ser organizada em torno do fato de que quando os juristas raciocinam ou debatem a respeito de direitos e obriga es jur dicas eles recorrem a padr es que n o funcionam como regras mas operam diferentemente como princ pio pol ticas e outros tipos de padr es A diferen a entre princ pios jur dicos e regras jur dicas de natureza l gica Os dois conjuntos de padr es apontam para decis es particulares acerca da obriga o jur dica em circunst ncias espec ficas mas distinguem se quanto natureza da orienta o que oferecem As regras s o aplic veis maneira do tudo ou nada Dados os fatos que uma regra estipula ent o ou a regra v lida e neste caso a resposta que ela fornece deve ser aceita ou n o v lida
14. m adquiriram outros semelhantes ou mesmo quando os sites possibilitam a avalia o de determinados produtos ou servi os o que pode induzir pela observa o a aquisi o ou contrata o Realmente aqui tamb m h uma vantagem pois possibilita ao indiv duo conhecer o que outras pessoas adquiriram e o que pensam sobre determinados produtos Por m quando alguns destes avaliadores tornam se personalidades respeitadas em determinados segmentos como no caso de jovens que criam blog de beleza e anunciam produtos cosm ticos de determinadas marcas questiona se qual a responsabilidade destas pessoas pelos produtos que elas afirmam utilizar e avaliam positivamente Como esclarece Paula Sibila 2008 p 23 J neste s culo XXI que est ainda come ando as personalidades s o convocadas a se mostrarem A privatiza o dos espa os p blicos outra face de uma crescente publiciza o do privado um solavanco capaz de fazer tremer aquela diferencia o outrora fundamental Em meio a vertiginosos processos de globaliza o dos mercados em uma sociedade altamente midiatizada fascinada pela incita o visibilidade e pelo imp rio das celebridades percebe se um deslocamento daquela subjetividade interiorizada em dire o a novas formas de autoconstru o A autora continua afirmando que a exibi o da intimidade e a espetaculariza o da personalidade s o duas faces de um mesmo fen meno que denota um deslocamento
15. m dados pessoais referentes pessoa interessada Tal defini o n o pode mais ser usada para fundamentar obriga es comuns a todos os que criam e administram arquivos deste g nero sob pena de tornar se in cua pois abarcaria como gestor de dados todo aquele propriet rio de um computador pessoal N o que haja necessariamente uma lacuna jur dica mas como afirma Patr cia Peck 2002 p 37 h sim falta de entendimento quanto aplica o de leis em vigor para quest es relativamente novas que exigem interpreta o da norma e sua adequa o ao caso concreto Conforme ser visto no segundo subcap tulo do cap tulo seguinte existem legisla es em muitos pa ses que regulamentam a prote o de dados pessoais Contudo a grande complexidade surge na in capacidade t cnica dos aplicadores destas legisla es de 67 compreender a nova realidade de uma sociedade profundamente alterada pela massiva utiliza o das TIC Al m disso como ser analisado no terceiro subcap tulo do cap tulo seguinte muitas vezes observa se a falta de vontade das empresas em aplicar as previs es das legisla es que buscam regulamentar tal quest o Tal constata o ocorrer a partir das previs es dos termos de pol tica de privacidade que elas disponibilizam aos seus usu rios o que ser feito na ltima parte desta disserta o 68 2 O TRATAMENTO JUR DICO DOS DADOS PESSOAIS NA INTERNET E OS DEVERES DE CONFIA
16. nimo y no proporcionan por s el nombre y apellidos del Usuario Gracias a las cookies resulta posible que TERRA reconozca a los navegadores de los Usuarios registrados despu s de que stos se hayan registrado por primera vez sin que se tengan que registrarse en cada visita para acceder a las reas y servicios reservados exclusivamente a ellos Las cookies de TERRA no pueden leer datos de los archivos cookie creados por otros proveedores TERRA cifra los datos identificativos del Usuario para mayor seguridad El Usuario tiene la posibilidad de configurar su navegador para ser avisado en pantalla de la recepci n de cookies y para impedir la instalaci n de cookies en su disco duro Por favor consulte las instrucciones y manuales de su navegador para ampliar sta informaci n Para utilizar el Portal no resulta necesario que el Usuario permita la instalaci n de las cookies enviadas por TERRA sin perju cio de que en tal caso ser necesario que el Usuario se registre como usuario de cada uno de los servicios cuya prestaci n requiera el previo registro Las cookies que se utilizan en los sitios y p ginas web del Portal pueden ser servidas por TERRA en cuyo caso se sirven desde los distintos servidores operados por stas o desde los servidores de determinados terceros que nos prestan servicios y sirven las cookies por cuenta de TERRA como por ejemplo las cookies que se emplean para servir la publicidad o determinados contenidos y que hacen
17. o no Artigo 12 referindo expressamente a exig ncia de seguran a de dados no Artigo 10 al m de de forma semelhante legisla o argentina regulamentar uma a o espec fica para fins de acesso e retifica o de dados pessoais nos Artigos 37 a 45 e por fim criando um rg o de controle independente na forma de uma Ag ncia de Regula o de Controle de dados Pessoais AGESIC nos artigos 31 a 35 A Lei Argentina n 25 326 de 2000 recebeu em 30 de junho de 2003 atrav s do Parecer n 4 2002 do Grupo de Prote o de dados Pessoais da Comiss o Europ ia o t tulo de pa s que assegura um n vel adequado de prote o de dados pessoais UNI O EUROPEIA 2014 e Da mesma forma a Lei Uruguaia n 13 331 de 2008 recebeu em 21 de agosto de 2012 atrav s do Parecer n 6 2010 do Grupo de Prote o de dados Pessoais da Comiss o Europ ia 77 UNI O EUROPEIA 2014 f o t tulo de pa s que assegura um n vel adequado de prote o de dados pessoais Ao contr rio dos outros pa ses analisados o Brasil ainda n o disciplinou especificamente a mat ria da prote o de dados pessoais Na realidade a pr pria utiliza o da Internet apenas recentemente foi objeto de previs o legal com a Lei n 12 965 de 23 de Abril de 2014 mais conhecida como Marco Civil da Internet BRASIL 2014 a A Lei 12 965 de 23 de Abril de 2014 Marco Civil da Internet traz algumas previs es referentes prote o de dados pessoais
18. obviamente a resposta ao questionamento Por que utilizar o Database Marketing simples Utiliza se essa estrat gia porque economicamente mais atraente uma vez que de certa forma garante que as ofertas chegar o aqueles indiv duos que ter o uma propens o maior aquisi o dos produtos ou Servi os Al m disso com o acesso possibilitado pelas TIC reduzem se os custos de propaganda o que exige desta forma de marketing um custo inferior ao Marketing tradicional cujo objetivo seria atingir um grande p blico de acesso irrestrito Portanto o Database Marketing ou Marketing Segmentado com base em bancos de dados digitais possibilita s empresas um relacionamento individualizado com os clientes mesmo que estes n o tenham conhecimento disso o que minimiza os investimentos em marketing de vendas permitindo a venda segmentada POSER 2005 p 35 52 Enfim o grande objetivo a pr tica do marketing individualizado com foco no cliente o que al m de reduzir os custos do empreendimento empresarial tende a ser extremamente eficaz Como esclarecem alguns autores como Pizzinato e Zem 2005 p 16 esta estrat gia individualizada o n vel mais espec fico do Marketing uma vez que est concentrado em cada cliente particular pois as diferen as existentes no comportamento deles exigem das empresas a es muito mais espec ficas para atender a suas respectivas necessidades e desejos Um exemplo concreto de como
19. rea como Antonio Enrrique Perez Lu o Stefano Rodot e Manuel Castells eleitos por sua produ o discutir as profundas altera es da sociedade desencadeadas pela massiva utiliza o das Tecnologias da Informa o e da Comunica o TIC Como forma de solucionar a problem tica apontada optou se pela utiliza o de abordagem dedutiva complementada pela ado o do m todo do procedimento comparativo partindo se da compreens o ampla de autodetermina o informativa de sociedade informacional e de segmenta o de comportamentos para a an lise espec fica das legisla es dos pa ses investigados e dos Termos de Pol ticas de Privacidade l utilizados pelo Provedor de Acesso TERRA Tais m todos foram complementados pelas t cnicas de pesquisa bibliogr fica e documental Ap s a an lise constatou se que a exist ncia de legisla o espec fica sobre a prote o de dados pessoais na Internet amplia a prote o do titular dos dados pessoais privilegiando o exerc cio da sua autodetermina o informativa como ocorre com as legisla es da Argentina e do Uruguai e por outro lado a aus ncia de tal regulamenta o tende a dificultar o exerc cio do controle pelo titular da destina o dos seus dados pessoais Como decorr ncia dessa assimetria de prote o verificou se que os intermedi rios do acesso Internet dentre os quais o provedor Terra tendem a documentar a sua pol tica de privacidade de forma diferenciada nestes
20. 1 La demanda deber interponerse por escrito individualizando con la mayor precisi n posible el nombre y domicilio del archivo registro o banco de datos y en su caso el nombre del responsable o usuario del mismo En el caso de los archivos registros o bancos p blicos se procurar establecer el organismo estatal del cual dependen 2 El accionante deber alegar las razones por las cuales entiende que en el archivo registro o banco de datos individualizado obra informaci n referida a su persona los motivos por los cuales considera que la informaci n que le ata e resulta discriminatoria falsa o inexacta y justificar que se han cumplido los recaudos que hacen al ejercicio de los derechos que le reconoce la presente ley 3 El afectado podr solicitar que mientras dure el procedimiento el registro o banco de datos asiente que la informaci n cuestionada est sometida a un proceso judicial 4 El Juez podr disponer el bloqueo provisional del archivo en lo referente al dato personal motivo del juicio cuando sea manifiesto el car cter discriminatorio falso o inexacto de la informaci n de que se trate 5 A los efectos de requerir informaci n al archivo registro o banco de datos involucrado el criterio judicial de apreciaci n de las circunstancias requeridas en los puntos 1 y 2 debe ser amplio Nota se que dentre os requisitos para a demanda de prote o de dados pessoais n o consta necessariamente a submiss o aos procedimentos
21. Datos Personales a las sociedades del Grupo TELEFONICA con las mismas finalidades que se han indicado para la recogida de los Datos Personales por parte de TERRA en relaci n con sus respectivos productos y servicios A los efectos de esta Pol tica de Privacidad se consideran sociedades del Grupo TELEFONICA aquellas sociedades en las que TERRA o la sociedad matriz de dicho grupo Telefonica S A directa o indirectamente En ciertos casos adem s se propone ceder los Datos Personales a terceros Cuando proceda esta circunstancia ser debidamente advertida a los Usuarios en los formularios de recogida de Datos Personales junto con la identificaci n de la sociedad que los ceda y dicho tercero el tipo de actividades a las que se dedica y la finalidad a que responde la cesi n El Usuario podr oponerse en Tradu o do pesquisador TERRA adotou os n veis de prote o de dados pessoais legalmente exigido de seguran a e instala todos os meios e medidas t cnicas ao seu alcance para evitar a perda mau uso altera o acesso n o autorizado e roubo dos dados pessoais fornecidos ao TERRA Em particular TERRA usa Secure Socket Layer sistemas de seguran a SSL atrav s de certificados e sistemas de criptografia que permite examinar a autenticidade do Portal Terra a partir do qual as informa es pessoais s o coletadas bem como a integridade e confidencialidade dos seus dados pessoais durante a transmiss o dos seus dados pessoais Ud po
22. a GVT a OI Virtua a Embratel Giro a CTBC Telecom e a Telef nica propriet ria do provedor de acesso Terra DE LUCA 2013 Considerando a an lise do subcap tulo anterior e tendo em conta que destes seis provedores apenas o Terra de propriedade da Telef nica atua nos pa ses que tiveram as suas leis de prote o de dados analisadas este provedor ser o objeto do presente subcap tulo Por m tal an lise n o poder ocorrer diretamente sobre a forma como o provedor de acesso trata os dados pessoais dos seus usu rios e por isso optou se por pela an lise do seu procedimentos t cnicos operacionais para a Internet no Brasil o estabelecimento de diretrizes estrat gicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da Internet no Brasil a promo o de estudos e padr es t cnicos para a seguran a das redes e servi os no pa s a coordena o da atribui o de endere os Internet IPs e do registro de nomes de dom nios usando lt br gt a coleta organiza o e dissemina o de informa es sobre os servi os Internet incluindo indicadores e estat sticas CGI br 2014 130 Termo de Pol tica de Privacidade considerado a manifestag o mais clara de qual a forma de tratamento a que ser o submetidos os dados pessoais dos internautas Como forma de gerar uma compara o objetiva preferiu se eleger os termos de uma empresa espec fica que estivesse dentre as maiores e cujos servi os fossem de utiliza o mas
23. a liberdade e que honre a autonomia e a privacidade pessoal E devemos come ar agora Com o surgimento da rede mundial de computadores Internet passou se a identificar um espa o n o local chamado de Ciberespaco Dentro deste Ciberespa o o desenvolvimento e o emprego de tecnologias seja no mbito da natureza da sociedade ou da personalidade sobrep e se a quest es pol ticas e cient ficas administra o descoberta integra o preven o acobertamento dos riscos de tecnologias efetiva ou potencialmente empreg veis tendo em vista horizontes de relev ncia BECK 2010 p 24 a serem especificamente definidos Dessa forma a promessa de seguran a avan a com os riscos e precisa ser diante de uma esfera p blica alerta e cr tica continuamente refor ada por meio de interven es cosm ticas ou efetivas no desenvolvimento t cnico econ mico BECK 2010 p 24 E L vy 2005 p 276 explica que o Ciberespa o significa para o homem o pulular das suas comunidades o emaranhado de suas obras como se toda a mem ria dos homens se desdobrasse nesse instante um imenso ato de intelig ncia coletiva sincronizando convergindo para o presente rel mpago silencioso divergente convergindo como uma cabeleira de neur nios 31 Diante destas interven es plenamente poss vel propugnar a releitura dos direitos fundamentais LIMBERGER 2007 p 35 com base nos valores superiores do ordenamento
24. a locales equipos o programas de tratamiento de datos a fin de verificar infracciones al cumplimiento de la presente ley e Solicitar informaci n a las entidades p blicas y privadas las que deber n proporcionar los antecedentes documentos programas u otros elementos relativos al tratamiento de los datos personales que se le requieran En estos casos la autoridad deber garantizar la seguridad y confidencialidad de la informaci n y elementos suministrados f Imponer las sanciones administrativas que en su caso correspondan por violaci n a las normas de la presente ley y de las reglamentaciones que se dicten en su consecuencia g Constituirse en querellante en las acciones penales que se promovieran por violaciones a la presente ley h Controlar el cumplimiento de los requisitos y garant as que deben reunir los archivos o bancos de datos privados destinados a suministrar informes para obtener la correspondiente inscripci n en el Registro creado por esta ley Tal rg o como poss vel visualizar tem diversas atribui es dentre as quais se destacam uma fun o de media o da rela o entre os titulares dos dados e os detentores dos arquivos registros ou bancos que contenham tais dados com o objetivo de garantir os direitos dos primeiros sem inviabilizar as atividades dos segundos uma fun o de fiscaliza o sancionando os entes que descumprem as medidas previstas nesta legisla o tanto no mbito administrativo co
25. a los datos relativos a sus asociados o miembros sin perjuicio que la comunicaci n de dichos datos precisar siempre el previo consentimiento del titular del dato Los datos personales relativos a la comisi n de infracciones penales civiles o administrativas s lo pueden ser objeto de tratamiento por parte de las autoridades p blicas competentes en el marco de las leyes y reglamentaciones respectivas sin perjuicio de las autorizaciones que la ley otorga u outorgare Nada de lo establecido Tradu o do Pesquisador Qualquer pessoa singular ou coletiva tem o direito de solicitar a corre o atualiza o inclus o ou exclus o de dados pessoais que corresponde inclu dos em um banco de dados que foram encontrados erro ou falsidade ou exclus o das informa es que possuem O chefe do banco de dados ou o processador deve proceder a corre o atualiza o ou exclus o incluindo atrav s das opera es necess rias para o efeito no prazo m ximo de cinco dias teis ap s a recep o do pedido por parte do propriet rio dos dados ou se for o caso comunicar as raz es porque n o considera aplic vel Viola o desta obriga o pelo respons vel pelo banco de dados ou o tratamento ou a data de vencimento permitir que o titular dos dados promova a a o de habeas data previstos na presente lei 7 As demais previs es s o semelhante legisla o argentina pelo que os coment rios l feitos se aplicam a legisla o urugu
26. a motiva o das empresas ao praticar a segmenta o de comportamento dos seus clientes e quais as vantagens que elas obt m com tal pr tica Ainda teoricamente essencial estudar quais categorias conceituais fundamentam tal 46 pr tica sob o ponto de vista da Publicidade e Propaganda mais precisamente do Marketing de relacionamento praticado com base em bancos de dados Database Maketing Por outro lado necess rio entender quais os efeitos psicol gicos para os sujeitos que acabam submetidos a tal pr tica e para tanto importante apreender como a Psicologia Comportamental se desenvolveu Da mesma forma preciso compreender a partir de determinadas categorias conceituais respondante operantes aprendizagem por observa o como esta corrente da Psicologia explica as rea es muitas vezes inconscientes daqueles que tem o seu comportamento segmentado Por fim compreendida a segmenta o comportamental sob o ponto de vista do Marketing e da Psicologia ser tratada a base t cnica que permite esta pr tica ou seja a quest o dos chamados dossi s digitais que consistem em grandes bancos de dados pessoais de um n mero indeterminado de pessoas obtidos de formas muitas vezes pouco claras permitindo a ocorr ncia deste modelo de segmenta o 1 2 1 Novas estrat gias empresariais do marketing de massa ao marketing segmentado As empresas s o motivadas por interesses econ micos e os produtos ofertado
27. ar destruir os corpos com a prolifera o de terremotos inunda es furac es deslizamentos secas e ondas de calor ou de outras pessoas prontas como dificilmente antes na mem ria coletiva a devastar lares e empregos e amea ando destruir os corpos com a s bita abund ncia de atrocidades terroristas crimes violentos agress es sexuais comida envenenada gua ou ar polu do As oportunidades de ter medo est o entre as poucas coisas que n o se encontram em falta na atualidade altamente carente em mat ria de certeza seguran a e prote o Os medos s o muitos e variados Pessoas de diferentes categorias sociais et rias e de g nero s o atormentadas por seus pr prios medos BAUMAN 2008 p 31 Em face desta gama quase infind vel de medos a popula o permite a supress o dos seus direitos fundametnais em prol de evitar os riscos que esta mesma sociedade cria para si As informa es pessoais tornam se cada vez mais a grande arma disposi o dos entes de controle para conhecer a todos em todas as suas nuances tanto pelo discurso adotado quanto pelas suas intera es A necessidade de controlar os riscos e ataques acaba se tornando a justificativa para legitimar as a es dos estados e tamb m das empresas no pretenso sentido de evitar os imensos e impens veis riscos a que a sociedade atual esta submetida Na atualidade tem se adquirido consci ncia de que a informa o poder e que esse poder decisivo quando
28. arquivo as informa es individualizadas em banco de dados a respeito de sua pessoa as raz es pelas quais considera que a informa o relevante discriminat ria falsa ou inexata e justificar que eles tenham cumprido as finalidades que fazem o exerc cio dos direitos nos termos desta lei 3 A v tima pode solicitar que durante a dura o do processo no registro em banco de dados conste que aquelas informa es est o submetidas a um processo 4 O juiz pode ordenar o bloqueio provis rio do arquivo em rela o ao julgamento de dados pessoais quando se trate de informa o discriminat ria falsa ou inexata evidente em quest o 5 A fim de solicitar informa es do arquivo registro ou banco de dados envolvidos o crit rio legal para avaliar as circunst ncias exigidas nos pontos 1 e 2 deve ser abrangente 96 tutela inibit ria que significa um avango por romper com a dogm tica tradicional de preval ncia da tutela ressarcit ria baseado no bin mio les o repara o Como esclarece Ricardo Luiz Lorenzetti 1998 p 337 para tratar de direitos fundamentais desenvolveu se a consci ncia de que urgente conceber instrumentos de realiza o efetiva A sa de a intimidade a identidade pessoal as condi es gerais dos contratos s o subjetivados e assistidos de um modo t pico atrav s da tutela civil inibit ria Na realidade a mera repara o ou resasarcimento pela viola o a direitos fundamentais uma respos
29. cada Parte a todas as pessoas singulares seja qual for a sua nacionalidade ou resid ncia o respeito pelos seus direitos e liberdades fundamentais e especialmente pelo seu x direito vida privada face ao tratamento automatizado dos dados de car cter pessoal que lhes digam respeito prote o dos dados Em 1995 com a ado o da Diretiva 1995 46 do Parlamento Europeu e do Conselho da Europa UNI O EUROPEIA 2014 A os pa ses europeus passam a organizar um sistema m nimo de seguran a e de prote o de dados pessoais a n vel comunit rio conforme previa o Artigo 1 1 Os estados membros assegurar o em conformidade com a presente diretiva a prote o das liberdades e dos direitos fundamentais das pessoas singulares nomeadamente do direito vida privada no que diz respeito ao tratamento de dados pessoais Ap s este documento houve a Diretiva 1997 66 UNI O EUROPEIA 2014 B que buscando harmonizar o tratamento da quest o dos dados pessoais pelos estados membros em seu artigo 1 previu a harmoniza o das disposi es dos estados membros necess rias para garantir um n vel equivalente de prote o dos direitos e liberdades fundamentais x nomeadamente o direito privacidade no que respeita ao tratamento de dados pessoais no sector das telecomunica es e para garantir a livre circula o desses dados e de equipamentos e servi os de telecomunica es na Comunidade Posteriormente foi editad
30. da personalidade do cidad o enfraquecendo a sua autodetermina o informativa Deve se referir que a pr pria legisla o do Marco Civil trouxe uma previs o com o intuito de vedar qualquer esp cie de filtro de informa es decorrentes do acesso conforme 118 prev o 3 do art 9 BRASIL 2014 a Na provis o de conex o Internet onerosa ou gratuita bem como na transmiss o comuta o ou roteamento vedado bloquear monitorar filtrar ou analisar o conte do dos pacotes de dados respeitado o disposto neste artigo Esta previs o do par grafo terceiro do art 9 uma das previs es que melhor protege a autodetermina o informativa pois veda ao respons vel pelo tr fego de dados a filtragem de informa es com o intuito de identifica o do acesso do titular Como afirmam JESUS MILAGRE 2014 p 12 N o se tinha garantias at o Marco Civil sobre o que os provedores registravam em rela o aos seus usu rios Com a garantia acima prevista torna se ilegal aos provedores interferirem na navega o dos usu rios ou mesmo conhecer o que os usu rios est o a fazer na Internet Garante se com tal disposi o o sigilo das comunica es virtuais e a privacidade do usu rio da Internet Igualmente assegura ao usu rio que ele n o ter tr fego preterido ou bloqueado pelo provedor de acesso Esta norma pela forma como est prevista visa uma presta o de servi os mais transparente entre os prove
31. da psicologia 2 Esta ci ncia surgiu historicamente a partir de cinco movimentos filos ficos o estruturalismo de Wilhelm Wundt o funcionalismo de William James o behaviorismo de John Watson a Psicologia da Gestalt de Max Wertheimer e a psicanal tica de Sigmund Freud DAVIDOFF 1983 p 9 16 33 A primeira tend ncia a psican lise que consiste no ato de retirar conclus es a partir de infer ncias dos fatos observados formular hip teses compar las com os fatos posteriores que forem encontrados e eventualmente fundir um corpo organizado de material com o fim de verificar a validade das hip teses DAVIDOFF 1983 p 14 Os neobehavioristas investigam os est mulos as respostas observ veis e a aprendizagem Tamb m cada vez mais est o estudando fen menos complicados como o amor a tens o a empatia a confian a e a personalidade DAVIDOFF 1983 p 19 54 E a relag o filos fica entre a inform tica e a tend ncia cognitivista da Psicologia claramente apontada por Roland Doron e Frangois Parot 2001 p 150 Reatando com uma tradi o filos fica de inspira o racionalista que considera o pensamento como um c lculo o cognitivismo estabeleceu uma alian a com a inform tica da qual tomou emprestada a maioria de sua met foras e modelos Essa atitude levou o a construir uma correspond ncia estrita entre as diferentes opera es asseguradas pelos componentes fundamentais dos computadores unidade de c
32. de an ncios personalizados atrav s de smartphones enquanto o usu rio estiver dentro do shopping Trabalho de conclus o de curso de gradua o do curso de Administra o da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Dispon vel 162 em lt http www lume ufrgs br bitstream handle 10183 87825 000911628 pdf sequence 1 gt Acesso em 24 de fevereiro de 2014 MENDES Gilmar BRANCO Paulo Gustavo Gonet Curso de Direito Constitucional 9 Edi o S o Paulo Saraiva 2014 METTELART Armand Hist ria da sociedadeda Informa o S o Paulo Loyola 2002 MOLON Alessandro Comiss o Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei n lei n 5 403 de 2001 do Senado Federal que disp e sobre o acesso a informa es da internet e d outras provid ncias PL 5403 01 2011 Dispon vel em lt http www camara gov br proposicoesWeb prop mostrarintegra jsessionid 50411FFSEE9F 7AA87B17C9052C201B63 proposicoesWeb1 codteor 10121954filename Tramitacao PL 5403 2001 gt Acesso em 19 de novembro de 2014 MORI Michele Keiko Direito Intimidade Versus Inform tica Curitiba Juru 2002 NALIN Paulo Roberto Ribeiro tica e Boa F no Adimplemento Contratual n FACHIN Luiz Edson coord Repensando Fundamentos do Direito Civil Contempor neo Rio de Janeiro Renovar 1998 NEGROPONTE Nicholas A Vida Digital S o Paulo Companhia das Letras 1995 ORWELL Georg 1984 S o Paulo Companhia das Letras 2009 PAL
33. de seus dados pessoais ao t rmino da rela o entre as partes caso entenda conveniente Buscamos mais uma vez explicitar na lei o princ pio da 121 autodeterminac o informativa atribuindo ao usu rio maior controle sobre seus dados pessoais Visualiza se que o princ pio do consentimento livre e informado do titular dos dados pessoais surge pela primeira vez na legislac o por m como n o se trata precisamente de uma legisla o de prote o de dados pessoais a forma e condi es deste consentimento n o constam expressamente neste inciso relegando se este papel futura legisla o de Prote o de Dados Pessoais A dificuldade nesta previs o consiste na forma de prova que o interneuta dever fazer Damasio de Jesus e Antonio Milagre 2014 p 19 esclarecem que a melhor prova seria a per cia t cnica em inform tica mas em qualquer caso como se trata de rela o de consumo imp e se a aplica o da possibilidade de invers o do nus da prova Al m disto outra dificuldade a altera o da pol tica de cookies atualmetne praticada pelos principais sites dentre eles o Portal que ser analisado mais a frente por m com a entrada em vigor da Lei 12 965 de 23 de Abril de 2014 Marco Civil da Internet de acordo com o artigo 7 inciso VI do atual texto essa pol tica dever ser mudada importante destacar que as regras estabelecidas pelo projeto de lei n 2 126 11 dirigida para todos
34. digos Por m com o fen meno da constitucionaliza o do Direito esta forma de interpretar estes direitos merece dar lugar vis o de que a prote o deles traz consigo um car ter de defesa de direitos fundamentais e portanto o int rprete n o pode e nem deve dentro de um Estado Democr tico de Direito limitar se pelas previs es das regras infraconstitucionais E Como esclarece Luiz Roberto Barroso 2009 p 363 Ao aplicar a norma o int rprete dever orientar seu sentido e alcance realiza o dos fins constitucionais Em suma a Constitui o figura hoje no centro do sistema jur dico de onde irradia sua for a normativa dotada de supremacia formal e material Funciona assim n o apenas como par metro de validade mas tamb m como vetor de interpreta o de todas as normas do sistema 20 Deste modo A id ia da constitucionaliza o do Direito aqui explorada est associada a um efeito expansivo das normas constitucionais cujo conte do material axiol gico se irradia com for a normativa por todo o sistema jur dico Os valores fins p blicos e os comportamentos contemplados nos princ pios e regras da Constitui o passam a condicionar a validade e o sentido de todas as normas de direito infraconstitucional BARROSO 2009 p 352 34 Desse modo poss vel estabelecer a revolu o informacional e a sociedade que ela deu origem como cen rio onde a no o de prote o de dados pessoais como um
35. direito fundamental se desenvolve a partir do aprofundamento do princ pio da prote o privacidade Dentro deste cen rio a ideia de prote o privacidade prevista nas conven es internacionais diretivas comunit rias e legisla es nacionais exige que esta privacidade seja preservada por meio de um direito aut nomo denominado prote o de dados O necess rio aprofundamento da privacidade decorre da sua cada vez mais fr gil forma de prote o inicialmente considerada como um mero direito de ser deixado s que decai em prol de defini es cujo centro de gravidade representado pela possibilidade de cada um controlar o uso das informa es que lhe dizem respeito RODOT 2008 p 24 o que significa a compreens o da privacidade a partir do seu aprofundamento como proteg o de dados pessoais Como ensina Rodot 2008 p 32 De discurso fechado nas fronteiras de uma classe a privacidade se projeta sobre a coletividade E o cadastramento de grandes contingentes populacionais fen meno que parece pressupor sua morte est na origem de uma transformag o qualitativa que pode permitir que a privacidade recupere sua carga vital e assuma fun es antes desconhecidas A partir desta realidade podem ser imediatamente extra das duas consequ ncias a primeira relativa possibilidade de um uso democr tico dos computadores que parece evidentemente condicionada n o s qualidade do sujei
36. divide as informa es em pequenos peda os denominados pacotes e ap s a transmiss o o mesmo TCP re ne novamente os pacotes de informa es formando o conte do inicial J o IP adiciona a cada pacote de dados o endere o do destinat rio para que eles atinjam o alcance correto independentemente da quantidade de roteadores e computadores que participem do processo Assim o IP funciona como o nome do destinat rio em uma correspond ncia impossibilita que a informa o seja enviada a um endere o diferente Em raz o disso mesmo que os diferentes pacotes de informa es trafeguem por diferentes caminhos chegam ao destino Como esclarece Marcel Leonardi 2005 p 7 O protocolo TCP IP divide os dados a serem transmitidos em pacotes de dados de tamanho vari vel Cada pacote portanto al m de parte dos dados transmitidos carrega tamb m as informa es necess rias para chegar a seu destino ou seja o endere o de seu remetente o endere o do seu destinat rio o n mero total de pacotes em que tal informa o foi dividida e o n mero daquele pacote espec fico Cada conjunto de informa es enviado ao destinat rio pela melhor rota poss vel a qual pode ou n o ter sido utilizada pelos demais e em raz o disso a Internet eficiente e permite o acesso de milh es de usu rios pois o trafego de dados balanceado entre as rotas 104 x A das Sigla decorrente da express o em ingl s Transmission Control Protocol
37. do banco de dados ou o processador enquanto que a legisla o argentina previu que qualquer usu rio do banco de dados deve proceder retifica o Esta amplitude dos obrigados a cumprir o dever de retifica o torna a legisla o argentina mais protetiva visto que muitas vezes o pedido ou a constata o do equ voco ocorre com outro usu rio que n o necessariamente o chefe ou processador Os dados sens veis tamb m receberam uma especial prote o da legisla o uruguaia conforme previsto no artigo 18 URUGUAI 2014 Ninguna persona puede ser obligada a proporcionar datos sensibles stos s lo podr n ser objeto de tratamiento con el consentimiento expreso y escrito del titular Los datos sensibles s lo pueden ser recolectados y objeto de tratamiento cuando medien razones de inter s general autorizadas por ley o cuando el organismo solicitante tenga mandato legal para hacerlo Tambi n podr n ser tratados con finalidades estad sticas o cient ficas cuando se disocien de sus titulares Queda prohibida la formaci n de bases de datos que almacenen informaci n que directa o indirectamente revele datos sensibles Se except an aquellos que posean los partidos pol ticos sindicatos iglesias confesiones religiosas asociaciones fundaciones y otras entidades sin fines de lucro cuya finalidad sea pol tica religiosa filos fica sindical que hagan referencia al origen racial o tnico a la salud y a la vida sexual en cuanto
38. dos eixos em torno dos quais as subjetividades modernas se constru ram Assim desloca se a estrutura 61 do eu para o exterior abandonando o l cus interior gradativamente incitando os indiv duos a se mostrarem SIBILA 2008 p 115 Da mesma forma Andr Lemos 2002 p 12 afirma A vida comum transforma se em algo espetacular compartilhada por milh es de olhos potenciais E n o se trata de nenhum evento emocionante N o h hist rias aventuras enredos complexos ou desfechos maravilhosos Na realidade nada acontece a n o ser a vida banal elevada ao estado de arte pura A vida privada revelada pelas webcams e di rios pessoais transformada em um espet culo para olhos curiosos e este espet culo a vida vivida na sua banalidade radical Contudo como as empresas adotam estas pr ticas e as direcionam a determinados indiv duos Como elas identificam aqueles indiv duos que estariam vulner veis a estas t cnicas psicol gicas A resposta clara isso ocorre com base nos bancos de dados pessoais que os internautas fornecem ao acessar os sistemas informatizados quando utilizam das tecnologias informacionais e comunicacionais TIC Neste ponto surgem os denominados dossi s digitais que ser o estudados no pr ximo ponto e possibilitar o uma compreens o de como estas t cnicas podem ser utilizadas 1 2 3 A vulnerabilidade dos dados pessoais em face da segmenta o comportamental As TIC computad
39. e deste modo insere se na linha de pesquisa Direitos da sociedade em Rede da rea de concentra o Direitos Emergentes da sociedade Global do 12 Programa de P s Gradua o em Direito PPGD Mestrado em Direito da Universidade Federal de Santa Maria UFSM pretendendo lan ar um olhar humanizador para o uso das TIC de maneira a aliar o desenvolvimento tecnol gico com o respeito aos direitos e dignidade dos internautas A organiza o dos cap tulos foi pensada de forma a possibilitar ao leitor evoluir no entendimento do tema compreendendo quais as categorias conceituais anteriores s o essenciais para o entendimento das posteriores Sen o vejamos No primeiro cap tulo o grande objetivo possibilitar a compreens o do fen meno da segmenta o comportamental por meio dos bancos de dados pessoais digitais e para cumprir este desiderato inicialmente haver um estudo dos cen rios onde esta forma espec fica de segmenta o ocorre Estes cen rios partir o de tr s premissas essenciais A primeira que a sociedade capitalista foi profundamente alterada por uma revolu o tecnol gica ocorrida na d cada de 1970 A segunda que o princ pio constitucional de prote o da privacidade merece que sejam repensados os seus instrumentos jur dicos de prote o dentro desta nova realidade tecnol gica como um direito prote o de dado pessoal aut nomo no o cl ssica de intimidade e vida privada E por
40. eliminaci n inclusi n o supresi n y ste no hubiese procedido a ello o dado razones suficientes por las que no corresponde lo solicitado en el plazo previsto al efecto en la ley Ser n competentes para conocer en las acciones de protecci n de datos personales o habeas data 1 En la capital los Juzgados Letrados de Primera Instancia en lo Contencioso Administrativo cuando la acci n se dirija contra una persona p blica estatal y los Juzgados Letrados de Primera Instancia en lo Civil en los restantes casos 2 Los Juzgados Letrados de Primera Instancia del i P 2 102 Interior a quienes se haya asignado competencia en dichas mat rias O procedimento pr vio e extrajudicial seja de acesso retifica o supress o ou atualiza o aparece como um pressuposto para o ajuizamento da a o judicial o que poderia prejudicar o seu correto exerc cio Por m de forma semelhante lei argentina em caso de o respons vel deixar de obedecer ao pedido dentro do prazo a parte poder diretamente intentar a a o judicial Ainda quanto aos legitimados o artigo 39 URUGUAI 2014 prev La acci n de habeas data podr ser ejercida por el propio afectado titular de los datos o sus representantes ya sean tutores o curadores y en caso de personas fallecidas por sus sucesores universales en l nea directa o colateral hasta el segundo grado por s o por medio de apoderado En el caso de personas jur dicas la acci n deber s
41. em lt http www cnpd pt bin legis internacional Convencao108 htm gt acesso em 15 de maio de 2014 165 Diretiva 24 de 2006 do Parlamento Europeu e do Conselho da Europa relativa conservac o de dados gerados ou tratados no contexto da oferta de servicos de comunicac es electr nicas publicamente dispon veis ou de redes p blicas de comunicac es e que altera a Directiva 2002 58 CE Dispon vel em lt http www anacom pt render jsp contentId 963466v gt Acesso em 15 de maio de 2014 a Diretiva 46 de 1995 do Parlamento Europeu e do Conselho da Europarelativa prote o das pessoas singulares no que diz respeito ao tratamento de dados pessoais e livre circula o desses dados Dispon vel em lt http eur lex europa eu LexUriServ LexUriServ do uri CELEX 31995L0046 pt HTML gt Acesso em 15 de maio de 2014 b Diretiva 58 de 2002 do Parlamento Europeu e do Conselho da Europa relativa ao tratamento de dados pessoais e prote o da privacidade no sector das comunica es electr nicas Directiva relativa privacidade e s comunica es electr nicas Dispon vel em lt http www inst informatica pt legislacao e directivas identidade e seguranca informatica DIRECTIVA pdf view searchterm electr C3 B3nico gt Acesso em 15 de maio de 2014 c Diretiva 66 de 1997 do Parlamento Europeu e do Conselho da Europa relativa ao tratamento de dados pessoais e prote o da privacidade no sector das telecomunica es Dis
42. espec fica acerca la protecci n de datos personales tangencialmente tratado por el Marco Civil de la Internet diferentemente de Estados como Argentina y Uruguay cuya legislaci n fue considerada con un nivel de protecci n adecuado por la Uni n Europea una de las precursoras en el estudio de esa tem tica Delante de esa asimetr a en los ordenamientos jur dicos se cuestion Cu l el grado de protecci n que estas legislaciones conceden al ciudadano internauta Est mayor grado de protecci n legislativa refleja alterando significativamente en las pol ticas empresarias de los intermediarios de la Internet generando T rminos de Pol tica de Privacidad m s protectivos Para responder a esos problemas de investigaci n fue compuesto un marco te rico que re ne las contribuciones de reconocidos autores del rea como Antonio Henrique Perez Lu o Stefano Rodot y Manuel Castells elegidos por su producci n discutir las profundas alteraciones de la sociedad desencadenadas por la masiva utilizaci n de las Tecnolog as de la Informaci n y de la Comunicaci n TIC Como forma de solucionar la problem tica apuntada se opt por la utilizaci n de abordaje deductivo complementada por la adopci n del m todo del procedimiento comparativo parti ndose de la comprensi n amplia de autodeterminaci n informativa de sociedad informacional y de segmentaci n de comportamientos para el an lisis espec fico de las legislaciones de los pa ses inv
43. estat stico ou cient fico pois nestes casos permitida a sua manuten o mesmo ap s a sua finalidade estar desatualizada sendo que a legisla o argentina n o refere nada precisamente quando ao crit rio cronol gico t o pouco a sua exce o Esta previs o de que cronologicamente quando um determinado dado n o cumprir mais a sua finalidade n o mais ser utilizado garante a efic cia da autodetermina o informativa pois o titular quando der o seu consentimento estar tamb m determinando quando aquele dado deve ser eliminado 9 Tradu o do Pesquisador Dados processados n o podem ser utilizados para fins diferentes ou incompat veis com as finalidades para as quais foram obtidos Os dados devem ser removidos quando n o s o mais necess rios ou relevantes para os fins para os quais eles poderiam ter sido recolhidos As regras e procedimentos a determinar os casos em que por exce o e participou do valor hist rico estat sticos ou cient ficos e de acordo com a legisla o espec fica a informa o pessoal mantida mesmo que tal necessidade esteja desatualizada ou irrelevante Tamb m n o pode comunicar dados entre bancos de dados sem que seja lei ou consentimento pr vio informado do propriet rio 103 Como afirma o autor uruguaio Rotondo 2014 p 9 En suma son aplicables los criterios de finalidad y proporcionalidad procede efectuar una apreciaci n de idoneidad de necesidad y de proporcion
44. estrutura da intimidade da vida privada ou da privacidade de forma independente ou na forma de c rculos conc ntricos Tanto por que a estrutura externa de prote o da privacidade carrega um conte do de personalidade interna e portanto de intimidade como pelo fato de que a intimidade atualmente sobretudo tendo em conta as viola es que o avan o das TIC e pode ocasionar tamb m pode ter um conte do externo de prote o e controle sobre informa es ntimas uma autodetermina o informativa Como forma de superar esta estrutura em esferas de prote o surgiram diversas outras constru es te ricas que pretendem possibilitar a prote o da personalidade individual Dentre elas uma estrutura interessante a constru o partir da ideia de um mosaico que se adequa a sociedade informacional onde o elemento mais importante o uso que ser feito dos dados coletados Com base na teoria de Fulg ncia Madrid Conesa Marcel Leonardi 2012 p 74 pondera considerando que na sociedade informacional os espa os p blico e privado s o relativos que a forma de prote o deve ser analisada em fun o de quem o outro sujeito em uma rela o informativa Existem dados irrelevantes do ponto de vista da personalidade individual quando isolados mas que em conex o com outros talvez igualmente irrelevantes quando isoladamente considerados podem servir para tornar totalmente transparente a personalidade de um i
45. exige do indiv duo determinadas condi es econ micas e t cnicas dentre estas exige um provedor de acesso Internet O acesso ao espa o onde ocorrem estes fluxos torna se essencial na maioria das reas da vida dos indiv duos tendo em vista que a contemporaneidade tende a concentrar e mesclar as diferentes rela es econ micas familiares culturais pol ticas e sociais no ciberespa o Considerando se que a rede mundial de computadores Internet opera segundo a l gica do intenso fluxo de dados pessoais empresariais p blicos dentre outros estes dados geralmente n o est o ordenados apresentando se particionados segmentados por categorias N o obstante simples obter determinados dados relacionados a um objetivo espec fico basta intermediar um filtro de acesso Esses filtros trazem vis veis vantagens aos indiv duos pois evitam o acesso de crian as e adolescentes a conte do pornogr fico possibilitam a exclus o de conte dos decorrentes de discurso de dio al m de permitirem s empresas cujo servi o o acesso verificar a qualidade do sinal de conex o e realizar reparos t cnicos para melhor prestar o servi o contratado Mas ao lado dessas vantagens aos usu rios surgem os riscos dentre os quais o de viola o aos seus direitos fundamentais como por exemplo o uso de filtros de acesso para obter dados pessoais destes internautas com a finalidade de a partir das informa es refletir seus comportament
46. fim a terceira premissa que as estruturas de vigil ncia e controle tamb m foram potencializadas por esta realidade informacional Ainda dentro deste primeiro cap tulo essencial compreender os estudos sob o ponto de vista publicit rio psicol gico e t cnico que motivaram esta segmenta o No segundo cap tulo dividido em tr s pontos inicialmente a perspectiva da boa f objetiva confian a e lealdade ser estudada como limitador te rico para evitar a utiliza o il cita dos dados pessoais Ap s haver um estudo comparado entre as legisla es da Argentina do Uruguai e do Brasil como forma de constatar o n vel de prote o e a sua real capacidade de evitar a segmenta o comportamental tratada no cap tulo anterior Por fim neste segundo cap tulo ser feita a an lise dos termos de pol tica de privacidade do provedor de acesso Terra e como ele est disponibilizado nos tr s pa ses cujas legisla es foram analisadas no subcap tulo anterior Esta segunda compara o visa constatar se o grau de prote o daquelas normas surtiu efeitos pr ticos sobre estes termos tornando os mais protetivos com a finalidade de evitar a segmenta o comportamental por bancos de dados pessoais digitais 13 1 A SEGMENTA O COMPORTAMENTAL ATRAV S DO ACESSO A DADOS PESSOAIS NA INTERNET O presente cap tulo ter o objetivo de analisar os cen rios sociais e jur dicos onde se desenvolveu a segmenta o comp
47. h uma exig ncia de que este car ter seja creditado pelo ju zo da declara o de herdeiros que n o prevista na legisla o argentina Este condicionamento consistir em um empecilho ao exerc cio do direito ao acesso pelos herdeiros pois aqueles que ainda n o foram creditados mas desejam acessar dados do de cujus n o poder o faz lo Outra distin o em face da legisla o argentina que o prazo para o fornecimento das informa es ficou reduzido para cinco dias teis o que se mostra uma medida salutar pois a necessidade de acesso para o propriet rio ou titular do dado que intenta este procedimento geralmente n o prescinde de urg ncia Ap s o prazo o titular ficar habilitado para impetrar a a o de Habeas Data por m assim como afirmado quando do coment rio anterior legisla o argentina este procedimento pr vio pode significar um empecilho ao exerc cio do direito ao acesso pois n o se trata de um direito integralmente gratuito no caso do dado arquivado a mais de seis meses As demais previs es quanto ao direito ao acesso s o muito semelhantes legisla o argentina pelo que os coment rios a ela feitos se estendem presente legisla o uruguaia Outra quest o significativa que a legisla o uruguaia prev refere se aos demais direitos decorrentes do acesso aos dados pessoais ou seja as prerrogativas de retifica o atualiza o inclus o ou supress o todos previstos no art 15 URUGU
48. identificaci n tributaria o previsional ocupaci n fecha de nacimiento y domicilio d Deriven de una relaci n contractual cient fica o profesional del titular de los datos y resulten necesarios para su desarrollo o cumplimiento e Se trate de las operaciones que realicen las entidades financieras y Tradu o do pesquisador Trata se de uma etapa t cnica que produz uma inter rela o entre os bancos de dados para obter um perfil melhorado da informa o que eles j contem as condi es e princ pios aplic veis ao arquivo original s o transmitidos aos arquivos resultantes do tratamento com especial aten o ao dever de segredo 82 de las informaciones que reciban de sus clientes conforme las disposiciones del art culo 39 de la Ley 21 526 Este dispositivo prev a regra da necessidade de consentimento livre expresso e informado que deve ser conferido pelo titular para que determinado dado pessoal sobre sua personalidade seja tratado Este consentimento torna se essencial para que exista um efetivo respeito aos princ pios comentados sobretudo ao da finalidade pois sem um consentimento n o h como saber se esta informag o ser utilizada para a finalidade para a qual foi captada e se determinada utiliza o apropriada a esta finalidade Assim la ley requiere un consentimiento expreso el que deber constar por escrito o por medios similares Este consentimiento no puede ser inferido ni por el mero t
49. informa o deve estar disponibilizada conforme previsto no artigo 15 ARGENTINA 2014 1 La informaci n debe ser suministrada en forma clara exenta de codificaciones y en su caso acompafiada de una explicaci n en lenguaje accesible al conocimiento medio de la poblaci n de los t rminos que se utilicen 2 La informaci n debe ser amplia y versar sobre la totalidad del registro perteneciente al titular aun cuando el requerimiento s lo comprenda un aspecto de los datos personales En ning n caso el informe podr revelar datos pertenecientes a terceros aun cuando se vinculen con el interesado 3 La informaci n a opci n del titular podr suministrarse por escrito por medios electr nicos telef nicos de imagen u otro id neo a tal fin Tradu o do pesquisador 1 Devem ser fornecidas as informa es de forma clara livre de codifica es e se for acompanhado de uma explica o em conhecimento leigo da popula o m dia dos termos utilizados 2 A informa o deve ser global e lidar com todo o registro pertencente ao propriet rio mesmo que o nico requisito para compreender um aspecto de dados pessoais Em qualquer caso o relat rio pode divulgar os dados 89 Tal dispositivo evita expressamente que o fornecimento das informa es seja feito atrav s de uma linguagem t o t cnica e espec fica que o titular dos dados n o as compreenda o que tornaria o exerc cio do direito ao acesso evidentemente in cuo Co
50. mail entre outros mas t o somente proporciona a voc uma intera o com o Portal e servi os neste disponibilizados de acordo com suas escolhas de navega o de forma que estas moldar o os servi os e an ncios oferecidos a voc Sendo assim ao acessar as p ginas do Portal e fazer uso dos Servi os do TERRA sem desabilitar tais tecnologias Identificadores An nimos e cookies voc expressamente escolhe este tipo de navega o voltado exclusivamente aos seus interesses e portanto autoriza o armazenamento de informa es por meio destas tecnologias O maior problema que o portal inverte a rela o de exig ncia de pr vio livre e informado consentimento pois ao inv s de exigir este consentimento na realidade possibilita ao usu rio bloquear tal capta o Ao adotar esta pol tica de atua o o portal desconsidera a vulnerabilidade t cnica do consumidor pois o usu rio tradicional n o necessariamente ir ter conhecimentos suficientes para modificar as configura es da sua navega o e principalmente n o deve ter a obriga o de faz lo pois na realidade ele deve consentir para o fornecimento dos seus dados e n o responsabilizar se por n o fornec los A Lei n 8 078 de 11 de setembro de 1990 C digo de Defesa do Consumidor afirma em seu art 39 inciso IV ser uma pr tica abusiva do fornecedor prevalecer se da fraqueza ou ignor ncia do consumidor tendo em vista sua idade sa de conhecimento
51. mas que n o trata especificamente desta mat ria que era objeto do projeto de Lei n 4 060 de 2012 que pretendia normatiz la BRASIL 2014 b Deste modo haver a an lise das previs es do Marco Civil que tratam da prote o de dados pessoais em conjunto quando necess rio com as previs es do projeto de futura lei brasileira de prote o de dados pessoais na Internet Com a finalidade de realizar uma compara o que se sustente cientificamente foram eleitas determinadas categorias conceituais que serviram de crit rios para esta an lise e que tamb m justificaram a sua rela o com a tem tica da segmenta o comportamental tema central do primeiro cap tulo Partindo desse crit rio foram escolhidas delimitadas as seguintes categorias a conceitua o de dados pessoais e sua classifica o suas esp cies b regulamenta o do uso do dado sens vel c consentimento do usu rio para capta o e uso dos dados de acordo com a finalidade prevista d veracidade dos dados pessoais registrados e procedimentos para acesso e retifica o de dados f rg o de controle Com base nestas seis categorias ser feita a an lise da condi o destas legisla es que foram consideradas com um adequado n vel de prote o de dados pessoais pela Uni o Europ ia para proteger tutelar os indiv duos a partir do seu controle sobre os dados pessoais que lhes digam respeito autodetermina o informativa 2 2 1 A Lei n 25 32
52. mat ria no modo de desenvolvimento do informacionalismo A industrializa o permite que a t cnica e a organiza o rimem MATTELART 2002 p 33 sendo poss vel identificar um fio de condu o entre a no o de divis o do trabalho teorizada pela economia pol tica a divis o das opera es mentais que est o na base da mecaniza o do pensamento e a doutrina da gest o cient fica da oficina E assim as utopias da comunidade universal e da sociedade descentralizada pontuam o avan o das redes de comunica o Como pressuposto b sico para compreens o do fen meno informacional tem se a vis o sist mica de que n o poss vel estudar o conjunto das rela es sociais econ micas culturais afetivas e pol ticas transformadas pelas tecnologias separando as mas sim a partir de sua intera o Economia empresas sociedade e cultura s o diferentes elementos de um mesmo sistema interligado e dessa forma uma totalidade integrada de partes diferenciadas formando um todo organizado que propicia a consecu o de algum fim a partir de suas intera es conjuntas O avan o de um capitalismo de mercado causa deste imenso avan o tecnol gico traz uma grande preocupa o no sentido da transforma o da personalidade humana e Importante realizar uma distin o conceitual que o pr prio Castells 2003 A p 64 5 faz ele diferencia sociedade informacional de sociedade da Informa o sendo aquela uma sociedade mo
53. o Uma sociedade hipervigiada pelos entes estatais j foi objeto de diversas obras cl ssicas da literatura internacional As mais famosas e importantes foram 1984 de George Orwell e Admir vel Mundo Novo de Aldous Huxley Nessas duas distopias a sociedade sofre tanto com a vigil ncia que acaba por aceitar esta condi o como algo natural de sua exist ncia ai Conforme not cia publicada no site de not cias G1 O ex t cnico da CIA Edward Snowden de 29 anos acusado de espionagem por vazar informa es sigilosas de seguran a dos estados Unidos e revelar em detalhes alguns dos programas de vigil ncia que o pa s usa para espionar a popula o americana utilizando servidores de empresas como Google Apple e Facebook e v rios pa ses da Europa e da Am rica Latina entre eles o Brasil inclusive fazendo o monitoramento de conversas da presidente Dilma Rousseff com seus principais assessores GLOBO 2014 44 Em 1984 George Orwell 2009 constr i uma sociedade onde todos s o vigilados a todo o instante por um ente denominado Grande Irm o Em absolutamente todas as atividades monitores e c meras passam a habitar a integralidade dos locais como forma de manter o controle sobre a totalidade do comportamento dos habitantes e aqueles que n o se comportam adequadamente acabam exclu dos Por outro lado em Admir vel Mundo Novo Aldous Huxley 2009 estrutura uma sociedade onde a predispo
54. o de dados para um sorteio que nunca se realizar ou a recopila o utilizando se das falhas dos sistemas de seguran a mediante programas bots ou spiders que recorrem rede ou de forma manual Ou como exemplo de meios desleais tem se o suborno de empregados que vendem informa es a terceiros para prejudicar a sua empresa Tradu o do pesquisador Em efeito nenhum arquivo pode coletar dados que n o estejam vinculados com o fim que persegue seu objeto e ao faz lo surge um novo impedimento para a interconex o na medida em que est proibido desviar a informa o de seu prop sito original 81 respons vel por esta verifica o Tal previs o deveria ser mais precisa de forma a contemplar essas lacunas Por sua vez o quinto item vincula os detentores de dados pessoais a manter a integridade de tais informa es tamb m como forma de garantir que os atributos necess rios ao dado a ser captado tamb m sejam respeitados Portanto o questionamento anterior est respondido pela previs o de que os respons veis pelos bancos ser o as entidades que devem corrigir eventual falha Por m o dispositivo permanece com lacunas pois n o prev consequ ncias para os casos em que a corre o n o feita Quanto ao entrecruzamento de dados poss vel afirmar que sta es una etapa t cnica que produce la interrelaci n entre bancos de datos para lograr un perfil mejorado de la informaci n que ellos contienen
55. o seu comportamento Na maioria dos casos as pessoas nem percebem que est o submetidas a estes processos Conforme esclarecem Roland Doron e Fran ois Parot 2001 p 166 o condicionamento um Processo de aprendizagem inicialmente descrito por I Pavlov j em 1902 no qual um est mulo chamado condicionante por exemplo o tilintar de uma campainha associado a um est mulo incondicionado alimento provoca uma resposta condicionada similar a resposta incondicional saliva o Mecanismo de aprendizagem associativa posta em evid ncia por esse processo Os chamados respondantes tamb m conhecidos como reflexos s o eventos desencadeados por outros que lhes s o imediatamente antecedentes sendo que o evento desencadeador conhecido como est mulo elicitante Estes respondantes t m caracter sticas que devem ser analisadas Inicialmente eles s o processos que parecem involunt rios como o som de uma trovoada que gera uma rea o de sobressalto Ainda parecem ser controlados pelos eventos que os precedem ou seja os 35 Linda Davidoff 1983 p 158 esclarece que a aprendizagem muitas vezes definida como uma mudan a relativamente duradoura no comportamento induzida pela experi ncia 36 Eventos elicitantes tais como as c cegas um ru do um odor enfim condi es espaciais que motivam respostas imediatas como a gargalhada ou o ato de cobrir os ouvidos ou o nariz 57 est mulos elicitantes antes refer
56. ocorre esta captura de dados o sistema dos cookies arquivos que ficam armazenados em determinado computador quando o usu rio acessa um site ou clica em uma janela espec fica e servem como uma esp cie de rastro digital de acessos daquele computador e de seu usu rio Dessa forma o cookie BORGESIUS 2014 p 10 um pequeno arquivo de texto que um editor de s tios na Internet armazena no computador ou no smartphone de um usu rio para reconhecer aquele dispositivo Normalmente esses cookies s o relativos sess o pois desaparecem depois que o usu rio fecha o navegador As empresas que atuam na segmenta o comportamental costumam usar cookies persistentes para reconhecer os usu rios em momentos futuros Aquelas que publicam an ncios num s tio como as redes de propaganda podem colocar e ler tamb m esses cookies persistentes Resulta da que uma rede de propaganda pode acompanhar o comportamento de um usu rio da Internet em todos os s tios nos quais ela publica an ncios Atualmente a execu o do Marketing individualizado est facilitada devido aos recursos oferecidos pelas TIC que possibilitam a gest o estrat gica de informa es de cada cliente adotando o Database Marketing Em raz o disso verifica se que existe uma grande probabilidade de que os internautas sejam vigiados e que seus comportamentos acabem sendo segmentados sobretudo considerando o fato de que a segmenta o feita em bancos d
57. ou condi o social para impingir lhe seus produtos ou servi os BRASIL 2014 f Quanto a esta tem tica Claudia Lima Marques 1998 p 147 8 afirma que Na vulnerabilidade t cnica o comprador n o possui conhecimentos espec ficos sobre o objeto que est adquirindo e portanto mais facilmente enganado quanto s caracter sticas do bem ou quanto sua utilidade o mesmo ocorrendo em mat ria de servi os A vulnerabilidade t cnica no sistema do CDC presumida para o consumidor n o profissional mas tamb m pode atingir o profissional destinat rio final f tico do bem Ainda aparentemente o provedor tenta transferir a responsabilidade pela eventual capat o n o consentida dos dados pessoais do internauta a empresa respons vel pelo 142 desenvolvimento e fornecimento dos navegadores de Internet pois cada esp cie de sistema poder ter os procedimentos pr prios para que a navega o an nima seja habilitada Esta transfer ncia de responsabilidades se prevista em uma cl usula contratual esta seja nula de pleno direito na forma do art 51 inciso III da Lei n 8 078 de 11 de setembro de 1990 C digo de Defesa do Consumidor Mais uma vez surge o problema de o termo elencar determinadas informa es como pessoais e sens veis pois ao faz lo deixa de proteger outras informa es que tamb m merecem prote o uma vez que atualmente torna se essencial a percep o de que at as informa es aparente
58. para mais informa es Para utilizar o Portal n o necess rio que o usu rio permita a instala o de cookies enviados por TERRA apesar de que nesses casos exigir que o usu rio se registre como um usu rio de cada um dos servi os que exigem inscri o pr via Os cookies utilizados em sites e p ginas web do Portal podem ser atendidas por TERRA caso em que eles s o dos distintos servidores operados por ele ou a partir dos servidores de terceiros 137 A utiliza o dos cookies traz vantagens aos usu rios pois permite um acesso mais r pido a determinados sites a partir de um navegador espec fico em um computador determinado Geralmente os sistemas que geram estes cookies n o guardam diretamente rela es de nomes e informa es pessoais dos usu rios apenas a quantidade de acesso que aquele determinado terminal realizou em um determinado per odo de tempo Esta utiliza o mesmo sendo considerada an nima n o deixa de potencialmente caracterizar se como uma violac o de dados pessoais pois acaba relacionando interesses de determinado usu rios atrav s de acesso por terminais habitualmente utilizados Os dados pessoais aqui n o s o direta e precisamente relacion veis a um determinado indiv duo mas podem atrav s de m ltiplos cruzamentos de informa es revelar a sua identifica o Sendo assim a utiliza o de cookies um instrumento extremamente eficaz para a segmenta o de comportamentos considerando
59. passou a ocorrer tamb m nas rela es entre entes n o estatais empresas da rea tecnol gica sendo potencializado pela utiliza o das tecnologias informacionais Ap s a compreens o destes cen rios adentrando em um segundo momento do presente cap tulo ser feito um estudo do objeto da pesquisa em si isto da segmenta o comportamental com base em bancos de dados pessoais digitais Inicialmente ser o estudadas as motiva es publicit rias que as empresas que praticam estas segmenta es recebem das teorias contempor neas do chamado Marketing de Relacionamento Ainda para uma compreens o precisa de tal fen meno haver um estudo da tend ncia dentro da Psicologia contempor nea que justifica e explica os efeitos que esta segmenta o tem sobre os indiv duos a ela submetidos 14 Por fim encerrando este segundo momento haver um estudo dos bancos de dados pessoais digitais que s o tecnicamente respons veis por fundamentar a segmentac o comportamental objeto desta pesquisa 1 1 AS TECNOLOGIAS DA INFORMA O E COMUNICA O TIC E A AMPLIA O DA VIGIL NCIA E DO CONTROLE As tecnologias historicamente surgiram como forma de solucionar as necessidades criadas pela sociedade Por m depois de desenvolvidas muitas delas acabaram por modificar ealterar as rela es interpessoais entre os indiv duos Com as Tecnologias da Informa o e da Comunica o TIC tais como os computadores e a rede
60. portcom intercom org br pdfs 109986911192793762783072499970909167230 p df gt Acesso em 30 de junho de 2014 LEONARDI Marcel Responsabilidade civil dos provedores de servicos de Internet S o Paulo Editora Juarez de Oliveira 2005 Tutela e Privacidade na Internet S o Paulo Saraiva 2012 L VY Pierre Cibercultura Lisboa Piaget 2005 LIMBERGER T mis O direito intimidade na era da inform tica a necessidade de prote o dos dados pessoais Porto Alegre Livraria do Advogado 2007 LOBO Paulo Luiz Neto Constitucionaliza o do Direito Civil n FIUZA C sar DE S Maria de F tima Freire NAVES Bruno Torquato de Oliveira Naves coord Direito Civil Atualidades Belo Horizonte Del Rey 2003 LORENZETTI Ricardo Luiz Fundamentos do Direito Privado S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 1998 MARQUES Claudia Lima Contratos no C digo de Defesa do Consumidor O novo regime das rela es contratuais 3 Edi o Revisada Atualizada e Ampliada S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 1998 MARTINS COSTA Judith A boa f no Direito Privado Sistema e t pica no processo obrigacional 1 Edi o 2 Tiragem S o Paulo Rt 2000 Os avatares do Abuso do direito e o rumo indicado pela Boa F Dispon vel em lt http www fd ulisboa pt portals 0 docs institutos icj luscommune costajudith pdf gt acesso em 03 de setembro de 2014 MASINA Renato Hugo An lise da aceita o do recebimento
61. previstos nos artigos 14 e 16 o que demonstra ser poss vel ao internauta o ajuizamento direto e imediato da competente a o Al m disto as exig ncias de precis o narrativa bem como de argumenta o sucinta s o salutares pois possibilitam uma r pida tramita o da demanda al m de garantir que o acesso e seus direitos consequentes sejam exercidos com a maior breviedade poss vel A solicita o por parte da v tima que conste nos dados que as informa es objeto do seu pedido de retifica o est o sujeitas a um processo funciona como uma forma eficaz de evitar que estas informa es possam lhe ocasionar preju zos durante a sua tramita o Outra previs o protetiva consiste na possibilidade de o juiz bloquear o acesso ao arquivo relacionado ao julgamento se este puder ocasionar discrimina o do titular destes dados Trata se de uma medida preventiva que visa proteger o titular do dado pessoal durante o procedimento ajuizado e que se configura como a autoriza o para a concess o de uma 18 Tradu o do pesquisador 1 A reclama o deve ser apresentada por escrito identificando com a maior precis o poss vel o nome e endere o do arquivo registro ou banco de dados e se for o caso o nome da pessoa ou usu rio da mesma No caso de arquivos registros ou bancos p blicos procurar estabelecer a ag ncia estatal de que dependem 2 O autor deve alegar as raz es que entende que estejam gravadas ou reproduzidas no
62. que considera se de car ter p blico todo registro ou banco de dados contendo informa es que sejam ou que possam ser transmitidas a terceiros ou que n o sejam de uso privativo do rg o ou entidade produtora ou deposit ria das informa es 115 apenas Lei n 12 965 2014 no que tange aos dados pessoais e ao arquivado Anteprojeto de Lei de Prote o de Dados forem omissas como no caso do direito ao acesso e do seu decorrente direito retifica o preciso compreender que houve uma iniciativa de normatiza o da prote o de dados pessoais no Brasil por meio do Projeto de Lei n 4 060 de 2012 que segundo sua ementa Disp e sobre o tratamento de dados pessoais e d outras provid ncias BRASIL 2014 b Este projeto de relatoria do Deputado Nelson Marchezan Junior PSDB RS foi remetido em 21 de Agosto de 2013 para a Comiss o de Ci ncia e Tecnologia Comunica o e Inform tica CCTCI da C mara dos Deputados onde aguardou tramita o at 31 de Janeiro de 2015 quando os parlamentares optaram por arquiv lo CAMARA DOS DEPUTADOS 2015 Tal arquivamento deve se a abertura de uma consulta p blica pelo Minist rio da Justi a em 28 de Janeiro de 2015 com o objetivo de regulamentar o Marco Civil da Internet e de produzir um novo Anteprojeto de Lei de Prote o de Dados No mesmo ato foi nomedo o professor Danilo Doneda para compor um grupo de trabalho que ir com o apoio das consultas populares e
63. que el Usuario visualice la publicidad o contenidos en el tiempo n mero de veces y forma predeterminados Siempre que no haya activado la opci n que impide la instalaci n de cookies en su disco duro Ud puede explorar su disco duro siguiendo el manual de instrucciones y ayuda de sus sistema operativo normalmente en sistemas operativos Windows deber consultar la carpeta C o la unidad de disco correspondiente Windows Cookies para conocer con mayor detalle cada servidor desde donde se env an las cookies Tradu o do pesquisador TERRA pode utilizar cookies quando um usu rio navega sites e p ginas do Portal na web Os cookies que podem ser usados nos sites e p ginas web do Portal associam se unicamente com o navegador de um determinado computador usu rio an nimo e n o fornecem o nome completo do usu rio Gra as aos cookies poss vel que TERRA reconhe a os navegadores de usu rios registrados depois de terem se registrado pela primeira vez sem ter que se registrar a cada vez que acessar as reas e servi os reservados exclusivamente para eles Os cookies do TERRA n o podem ler dados de arquivos cookie criados por outros provedores TERRA criptografa os dados que identifiquem o usu rio para maior seguran a Os usu rios t m a possibilidade de configurar seu navegador para serem avisados quando receberem cookies e recusar o uso de cookies no seu disco r gido Por favor consulte as instru es e manuais do seu navegador
64. que habitualmente os indiv duos utilizam se dos mesmos terminais para acessar a rede Desta forma o termo de privacidade do Terra da Argentina apresentou se como protetivo ao prever que a utiliza o desta ferramente t cnica ser feita mas que ao usu rio garantido o direito de ved la ao alterar as configura es do seu navegador Al m disto o termo demonstrou que respeita a autodetermina o dos usu rios ao delegar a eles a possibilidade de bloquear o registro de cookies em seus discos r gidos por m alertou que caso utilizassem desta prerrogativa deveriam se cadastrar em cada acesso aos servi os que exigem este tipo de procedimento Verifica se que o Termo de Pol tica de Privacidade no portal Terra na Argentina reflete muitas previs es da sua legisla o garantido o consentimento pr vio livre e informado do usu rio no momento da capta o dos seus dados e vinculando a utiliza o destes dados pessoais finalidade expressa no momento desta capta o al m de garantir a ele direito ao acesso retifica o dentre outros Por m em alguns aspectos o termo poderia ser aprimorado sobretudo quando se refere possibilidade de utiliza o dos dados para envio de ofertas de servi os de terceiros ou ainda quando vincula o direito ao acesso a um determinado meio espec fico que prestam servi os e servir os cookies em nome de TERRA por exemplo os cookies s o usados para fins publicit rios ou certos co
65. regional e ou comunit rio essencial para os objetivos deste trabalho verificar e posteriormente comparar como as legisla es nacionais dos pa ses do Mercosul com um n vel adequado de prote o reconhecido pela Uni o Europeia regulamentam a mat ria A legisla o Argentina pioneira no tratamento do tema nos pa ses pertencentes ao Mercosul regulamentou a prote o de dados pessoais ainda no ano 2000 com a Lei n 25 326 Esta legisla o adotou em grande parte aquilo que a Uni o Europ ia com a Directiva 95 46 CE previa sobre a quest o Esta lei disp s claramente sobre as defini es de dado pessoal e seu tratamento no Artigo 2 vinculando sua utiliza o finalidade para a qual eles foram captados nos Artigos 4 e 11 al m de regulamentar um procedimento de acesso e retifica o quando necess rio Artigos 16 e 33 a 43 e criar um rg o espec fico de controle dentre outras previs es no Artigo 29 Oito anos depois em 2008 a Rep blica Oriental do Uruguai por meio da Lei n 13 331 tamb m passou a regulamentar especificamente a mat ria tratando de quest es igualmente relevantes por m de forma mais espec fica e direta que a legisla o argentina mas tamb m fortemente influenciada pelas previs es da Directiva 95 46 CE Consta dentre as previs es da lei uruguaia a defini o de destinat rio e processador de dados no Artigo 4 a responsabilidade no caso de viola o da legisla
66. rio do banco de dados e o propriet rio dos dados 91 Depois de garantido o acesso a dados pessoais que lhe digam respeito o titular dever tamb m ter o direito a corrigir tais informa es quando estejam equivocadas atualiz las quando n o correspondem mais a realidade ou ainda suprimi las quando n o deseja que a informa o a seu respeito persista junto aos bancos de dados Verifica se que a lei argentina evidencia seguir a tend ncia da legisla o europ ia mais precisamente da legisla o espanhola ao privilegiar o direito ao esquecimento j antecipando um tema que apenas atualmetne tem sido motivo de preocupa o no ordenamento jur dico brasileiro Esta previs o protege o denominado direito ao esquecimento que corresponde ao derecho al olvido presente no direito espanhol constituindo se em um aspecto das presta es do direito a intimidade Portanto os dados devem ser guardados por um tempo determinado n o podem ser utilizados eternamente LIMBERGUER 2007 p 199 Para compreender este direito ao esquecimento preciso considerar que o direito privacidade e o direito intimidade visam de uma forma geral garantir ao ser humano um c rculo indevass vel sobre o hoje e o agora cada qual com o seu respectivo raio desta forma O indiv duo deve ter a garantia de que n o ser importunado por elementos trazidos do passado Nem sempre o indiv duo pretende participar o
67. se a identificar um direito espec fico decorrente da privacidade na prote o dos dados pessoais sejam ntimos ou n o ntimos frente aos tratamentos inform ticos e telem ticos o que a doutrina ora denomina autodetermina o informativa ora liberdade inform tica PEREIRA 2005 p 145 Dessa forma verifica se que essencial uma releitura do direito prote o da personalidade dentro da perspectiva informacional como forma de possibilitar o desenvolvimento de novos mecanismos de prote o e manuten o da autonomia informativa Essa autonomia informativa PEREIRA 2005 refere se a um direito emergente que veio para ampliar a prote o personalidade individual e que em conjunto com outros direitos como o direito prote o dos dados pessoais passou a fazer parte do rol de direitos fundamentais constitucionalmente consagrados os quais possuem como escopo comum a prote o da dignidade da pessoa humana 66 A Internet KAKU 2000 p 87 est sendo dominada pelo com rcio e isso tem ocorrido com insuficiente regula o o que permite s empresas agir unicamente voltadas para seus interesses econ micos possibilitando a viola o da privacidade dos usu rios que por sua vez tornam se pr ticas normais do com rcio Dessa forma os bancos de dados tornam se um atrativo para o com rcio em geral por sua facilidade de obten o e pela possibilidade de condicionarem as decis es empresar
68. ser armazenadas sob qualquer meio ou forma Na realidade tudo consiste em informa o armazenada independente do tempo e que diga respeito aos atos e fatos do dia a dia dos indiv duos Essa ampla gama de informa es dispon veis e disponibiliz veis traz dados detalhados sobre a particularidade de cada pessoa suas prefer ncias e gostos enfim informa es pertencentes prote o de dados Observa se que a regula o da privacidade primordial tamb m para acabar condicionando as a es presentes e futuras de empresas e de governos frente ao uso da tecnologia da inform tica Deste modo essencial um profundo processo de revis o dos crit rios de classifica o das informa es pessoais segundo uma escala de valores renovada RODOT 2008 p 35 Dentro desta escala deve ser garantido o m ximo de opacidade s informa es suscet veis de originar pr ticas discriminat rias e por outro lado o m ximo de transpar ncia quelas que referindo se esfera econ mica dos sujeitos concorrem para embasar decis es de rela o coletiva Em todo o caso sempre deve ser resguardada a inviolabilidade daquele dado pessoal cuja divulga o possa ocasionar viola o a direitos constitucionais do titular como afirma KAKU 2000 p 91 A inviolabilidade do sigilo de dados ponto capital tamb m para que certas regras sejam seguidas dentro do meio digitalizado tudo que trafega na 23 Esta classifica o de dados entr
69. seu compartilhamento sendo certo que para tanto o TERRA solicitar sua pr via anu ncia Al m disso o TERRA utilizar seus dados cadastrais fornecidos por meio de formul rios eletr nicos disponibilizados no Portal e nos Servi os para melhor direcionar a voc conte do comercial publicit rio ou patrocinado em suas p ginas Quanto s informa es de acesso por voc compartilhadas ao visitar o Portal TERRA e armazenadas por meio de Identificadores An nimos ou de cookies estas tamb m ser o utilizadas com o intuito de aperfei oar o Portal e os servi os de acordo com as suas escolhas de navega o bem como para gerar dados estat sticos gerais com finalidade informativa e comercial Estas informa es igualmente poder o ser compartilhadas com terceiros parceiros no entanto sem que sejam revelados nomes ou dados de sua navega o da mesma forma que caso voc navegue em sites de parceiros os registro de sua navega o nestes sites ser o compartilhados por estes parceiros com o TERRA Em havendo solicita o formal por qualquer autoridade p blica voc est ciente de que o TERRA encaminhar seus dados pessoais independente de notifica o pr via 143 Assim como o portal argentino o portal brasileiro tamb m refere que as principais finalidades da utiliza o dos dados pessoais dos usu rios destinam se a uma correta presta o dos servigos sendo esta a justificativa mais recorrente Todavia nem sempr
70. seu titular Neste caso ele deve ser considerado sens vel e deve receber a prote o concedida pela legisla o A legisla o argentina especifica melhor as qualifica es que esse dado deve ter em seu artigo 4 ARGENTINA 2014 1 Los datos personales que se recojan a los efectos de su tratamiento deben ser ciertos adecuados pertinentes y no excesivos en relaci n al mbito y finalidad para los que se hubieren obtenido 2 La recolecci n de datos no puede hacerse por medios desleales fraudulentos o en forma contraria a las disposiciones de la presente ley 3 Los datos objeto de tratamiento no pueden ser utilizados para finalidades distintas o incompatibles con aquellas que motivaron su obtenci n 4 Los datos deben ser exactos y actualizarse en el caso de que ello fuere necesario 5 Los datos total o parcialmente inexactos o que sean incompletos deben ser suprimidos y sustituidos o en su caso completados por el responsable del archivo o base de datos cuando se tenga conocimiento de la inexactitud o car cter incompleto de la informaci n de que se trate sin perjuicio de los derechos del titular establecidos en el art culo 16 de la presente ley 6 Los datos deben ser almacenados de modo que permitan el ejercicio del derecho de acceso de su titular 7 Los datos deben ser destruidos cuando hayan dejado de ser necesarios o pertinentes a los fines para los cuales hubiesen sido recolectados Assim os dados pessoais captados
71. ticos e ter como pressuposto b sico a proporcionalidade dos preju zos decorrentes da pr pria intercepta o e do il cito que a decis o busca identificar Outro direito do titular que merece uma refer ncia expressa refere se ao n o fornecimento a terceiros de seus dados pessoais inclusive registros de conex o e de acesso a aplica es de Internet salvo mediante consentimento livre expresso e informado ou nas hip teses previstas em lei conforme inciso VII do art 7 BRASIL 2014 a Esta previs o tende a alterar a pol tica de utiliza o dos cookies pois na hip tese dos banners publicit rios o consumidor dever ser informado que as informa o est o sendo coletadas por terceiro de acordo com artigo 7 inciso VI do projeto a p gina dever obter o consentimento do internauta para que seja a transfer ncia realizada SILVA 2014 p 16 N o havia qualquer previs o neste sentido na legisla o brasileira pois n o t nhamos garantia alguma de que dados que fornec amos a algum servi o n o iriam parar nas m os de outras empresas ou grupos econ micos para finalidades diversas JESUS MILAGRE 2014 p 19 Conforme afirma o Deputado Alessandro Molon 2011 p 39 relator do projeto de lei no Senado Federal Tamb m inclu mos dispositivo espec fico inciso VIII do art 7 com a finalidade de permitir ao usu rio o controle sobre suas informa es solicitando a exclus o definitiva
72. todos os computadores que se conectam rede assim todos funcionam como servidores e ao mesmo tempo nenhum deles tem esta fun o espec fica e por isso em termos inform ticos s o chamados de clientes TELLINI 2006 p 62 Quando o usu rio acessa um site seu computador funciona como um cliente que obt m dados do servidor onde est localizado aquele web site computadores cliente sempre acessam os servidores com objetivos determinados e portanto sua solicita o processada automaticamente por um programa espec fico criado para aquele servi o TELLINI 2006 p 56 Cada servidor disponibiliza portas de conex o para cada servi o que presta aos seus clientes Estas portas de conex o s o vias de acesso entre o servidor e os computadores cliente portanto cada computador cliente conecta se a um servidor atrav s de um endere o e IP espec fico e por interm dio de uma porta de conex o que se refere ao servi o que ser prestado KAZMIERCZAK 2011 p 469 Assim torna se poss vel que os dados sejam compartilhados de diversas formas de acordo com o meio de transmiss o utilizado Dentre estas formas o meio mais conhecido a world wide web a teia de escala global que permite aos usu rios buscar e obter informa es armazenadas em servidores de acesso remoto bem como em alguns casos interagir com tais servidores Em termos concretos a web consiste em um vasto numero de informa es documentos e dados a
73. um conte do que a torna uma norma de status superior Conte do este decorrente de sua essencialidade para a forma o da personalidade individual e naturalmente para o gozo dos demais direitos civis e pol ticos 17 Para Alexy 2008 p 91 as regras s o sempre ou satisfeitas ou n o satisfeitas Se uma regra vale ent o deve se fazer exatamente aquilo que ela exige nem mais nem menos Regras cont m portanto determina es no mbito daquilo que f tica e juridicamente poss vel 1 Da mesma forma os princ pios s o normas que ordenam que algo seja realizado na maior medida poss vel dentro das possibilidades jur dicas e f ticas existentes e por conseguinte eles s o mandamentos de otimiza o que s o caracterizados por poderem ser satisfeitos em graus variados e pelo fato de que a medida devida de sua satisfa o n o depende somente das possibilidades f ticas mas tamb m das possibilidades jur dica ALEXY 2008 p 91 33 Como esclarece Ingo Sarlet 2009 p 75 77 quanto a esta referida fundamentalidade dos direitos fundamentais somente a an lise do seu conte do permite a verifica o de sua fundamentalidade material isto da circunst ncia de conterem ou n o decis es fundamentais sobre a estrutura do estado e da sociedade de modo especial por m no que diz com a posi o nestes ocupada pela pessoa humana Direitos fundamentais s o portanto todas aquelas posi es jur d
74. 14 f Al m disto o inciso III estabelece que o usu rio tem direito a informa o adequada e clara sobre os diferentes produtos e servi os com especifica o correta de quantidade caracter sticas composi o qualidade tributos incidentes e pre o bem como sobre os riscos que apresentem BRASIL 2014 f 146 Por fim o art 8 do mesmo diploma legal estabelece que Os produtos e servigos colocados no mercado de consumo n o acarretar o riscos sa de ou seguran a dos consumidores exceto os considerados normais e previs veis em decorr ncia de sua natureza e frui o obrigando se os fornecedores em qualquer hip tese a dar as informa es necess rias e adequadas a seu respeito BRASIL 2014 f Quanto a este dever de seguran a Claudia Lima Marques 1998 p 615 afirma que O consumidor que adquire um produto ou utiliza um servi o oferecido no mercado brasileiro passa a ter no sistema do CDC dois tipos de garantia a garantia legal da adequa o do produto ou do servi o a qual ser concretizada atrav s da utiliza o das novas normas sobre o v cio e garantia de seguran a razo vel do produto imposta pelo CDC nos arts 8 a 17 e que tem por fim a prote o da incolumidade f sica do consumidor e daqueles equiparados a consumidores Contudo estas orienta es n o podem servir como forma de se excluir ou minorar a responsabilidade que deve ter o ente que trata os dados pessoais dos usu rios p
75. 2006 p 05 Cada vez mais o mercado de massa se converte em massa de nichos Essa massa de nichos sempre existiu mas com a queda dos custos de acess la para que consumidores encontrem produtos de nicho e produtos de nicho encontrem consumidores ela de repente se transformou em for a cultural e econ mica a ser considerada O autor afirma que o termo Cauda Longa decorre da estat stica onde se determina atrav s de uma curva de demanda que no decorrer do tempo os produtos com maior vendagem n o necessariamente s o os produtos mais lucrativos Por exemplo no caso do Amazon os livros menos vendidos respondiam por 98 das vendas no per odo analisado enquanto os grandes best sellers correspondiam a apenas 2 ANDERSON 2006 p 08 O referido autor 2006 p 08 ainda esclarece que esses nichos s o um vasto territ rio ainda n o mapeado com enorme variedade de produtos cuja oferta at ent o era antiecon mica Muitos desses produtos estavam l h muito tempo mas n o eram vis veis ou prontamente identific veis Enfim essa teoria pode ser resumida como uma nova din mica do marketing de vendas da seguinte forma 48 Nossa cultura e nossa economia est o cada vez mais se afastando do foco em alguns hits relativamente pouco numerosos produtos e mercados da tend ncia dominante no topo da curva da demanda e avangando em direg o a uma grande quantidade de nichos na parte inferior ou na c
76. 4 d Lei N 10 406 de 10 de janeiro de 2002 Institui o C digo Civil Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil_03 1e1s 2002 110406 htm gt acesso em 29 de setembro de 2014 e Lei N 8 078 de 11 de setembro de 1990 Disp e sobre a prote o do consumidor e d outras provid ncias Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil 03 1eis 18078 htm gt Acesso em 29 de Novembro de 2014 f Supremo Tribunal Federal Direito constitucional e administrativo Habeas data Acesso a informa es Sistema SINCOR De Cadastro Manifesta o pela repercuss o geral Recurso Extraordin rio com Repercuss o Geral Reconhecida n 673 707 origin rio de Minas Gerais dispon vel em lt http www stf jus br portal jurisprudencia listarJurisprudencia asp s1 28RE 24 2ESCL A 2E E 673707 2ENUME 2E 29 0U 28RE 2EPRCR 2E ADJ24 673707 2EP RCR 2E 29 amp base baseRepercussao amp url http tinyurl com ar85nw2 gt acesso em 16 de marco de 2015 Superior Tribunal de Justiga Administrativo e processual civil Habeas data Pretens o de acesso ao registro de procedimento fiscal RPF Inadequac o da via eleita Documento interno de uso privativo da receita federal que cont m o registro das atividades dos auditores fiscais Recurso Especial n 1411585 origin rio de Pernambuco dispon vel em lt http w ww stj jus br SCON jurisprudencia toc jsp tipo visualizacao null amp processo 14115 85 amp b ACOR amp thesaurus JURIDICO g
77. 6 2000 e a prote o de dados pessoais na Argentina Inicialmente preciso ressaltar que a legisla o argentina parte de determinadas classifica es de dados pessoais para dimensionar o seu grau de prote o portanto essencial Atualmente tal projeto de lei foi arquivado em 31 de Janeiro de 2015 conforme informa o constante no site da C mara Federal C MARA DOS DEPUTADOS 2015 O Minist rio da Justi a abriu em 28 de janeiro de 2015 consulta p blica para a elabora o de um anteprojeto de lei sobre a Prote o de Dados Pessoais cujo consultor jur dico ser Danilo Doneda BLOG DO PLANALTO 2015 78 compreender como o sistema argentino de proteg o trata os dados pessoais conforme a sua classifica o A legisla o argentina utiliza se de diversos conceitos essenciais para a compreens o da forma de prote o que pretende garantir Dentre eles tem se a conceitua o do artigo 2 ARGENTINA 2014 onde dado pessoal definido como Informaci n de cualquier tipo A PRA moa gt gt 45 referida a personas f sicas o de existencia ideal determinadas o determinables Conforme Pablo Palazzi 2004 p 11 El eje de la protecci n de datos pasa por proteger la informaci n personal Si no hay datos personales o si estos est n disociados o anonimizados o se trata de datos estat sticos impersonales no cabe recurrir a la proteccion de la ley Algumas legisla es d
78. AI 2014 Toda persona f sica o jur dica tendr derecho a solicitar la rectificaci n actualizaci n inclusi n o supresi n de los datos personales que le corresponda incluidos en una base de datos al constatarse error o falsedad o exclusi n en la informaci n de la que es titular El responsable de la base de datos o del tratamiento deber proceder a realizar la rectificaci n actualizaci n inclusi n o supresi n mediante las operaciones necesarias a tal fin en un plazo m ximo de cinco d as h biles de recibida la solicitud por el titular del dato o en su caso informar de las razones por las que estime no corresponde El incumplimiento de esta obligaci n por parte del responsable de la base de datos o del tratamiento o el vencimiento del 108 plazo habilitar al titular del dato a promover la acci n de habeas data prevista en esta ley A legisla o uruguaia previu de forma muito semelhante legisla o argentina por m ao contr rio desta deixou de contemplar a possibilidade de o titular do dado pessoal atribuir a ele o status de confidencialidade A confidencialidade importante pois muitas vezes o titular n o pretende que determinado dado pessoal seja necessariamente suprimido apenas gostaria que determinadas informa es a seu respeito passassem a ter um grau maior de discri o Outra distin o foi que a legisla o uruguaia atribui a responsabilidade pela retifica o e demais situa es ao chefe
79. AZZI Pablo Andr as La protecc on de datos personales en la Argentina 1 Ed Buenos Aires Errepar 2004 PECK Patr cia Direito Digital S o Paulo Saraiva 2002 PEPPERS Don ROGERS Martha Privacidade e conflito Nos EUA consumidores apelam ao governo para evitar que empresas usem informa es capturadas na Internet not cia dispon vel em lt http epocanegocios globo com Revista Epocanegocios 0 EDR82804 8493 00 html gt Acesso em 24 de fevereivo de 2014 PEREIRA Marcelo Cardoso Direito Intimidade na Internet 1 Edi o 3 Tiragem Curitiba Juru 2005 P REZ LUNO Antonio Enrique Derechos humanos estado de Derecho y Constituci n 9 ed Madri Editorial Tecnos 2005 Internet y los derechos humanos In Anuario de Derechos Humanos Nueva poca Vol 12 2011 p 287 329 Dispon vel em lt http revistas ucm es index php ANDH article view 38107 gt Acesso em 08 mar o 2013 PIZZINATTO Andrea Kassouf ZEM Carlos Alberto PIZZINATTO Nadia Kassouf Do marketing de massa ao foco no cliente In PIZZINATTO Nadia Kassouf org Marketing Focado na cadeia de clientes S o Paulo Atlas p 01 22 2005 163 PORTUGAL Constituic o da Rep blica Portuguesa de 1974 Dispon vel em lt http www fd uc pt CI CEE OI Constituicao Portuguesa htm gt Acesso em 15 de maio de 2014 POULLET Yves P REZ ASINARI Maria Ver nica PALAZZI Pablo Andr as Derecho a La intimidad y a la protecci n de da
80. As principais empresas que atuam neste setor disponibilizam determinados termos pol ticas de privacidade que s o documentos onde o provedor expressa a forma como pretende tratar os dados pessoais dos usu rios obtidos durante a presta o dos seus servi os At o corrente ano o ordenamento jur dico brasileiro tinha uma completa lacuna legislativa sobretudo se comparado aos pa ses vizinhos membros do Mercado Comum do Sul Mercosul Argentina Paraguai e o Uruguai que j regulamentaram o tratamento e a prote o de dados pessoais na Internet na d cada passada Por m com a Lei n 12 965 de 23 de Abril de 2014 Marco Civil da Internet tal tem tica passou a ser tangencialmente regulamentada no Brasil embora a prote o de dados pessoais especificamente ainda n o conte como lei tendo havido somente projeto de lei que visava regulamentar de forma precisa a mat ria mas que j foi arquivado Todos os demais Estados membros iniciais quando da funda o do Mercosul t m legisla o espec fica de prote o de dados a Argentina conta com a Lei n 25 326 2000 o Paraguai por sua vez tem a Lei n 1 969 2002 e por fim o Uruguai regulamenta a mat ria a partir da Lei n 13 331 2008 Destas apenas as Leis da Argentina e do Uruguai receberam respectivamente em 21 de agosto de 2012 e 30 de junho de 2014 da Uni o Europ ia o status de pa ses com prote o de dados adequada motivo pelo qual ser feito o estudo comparado de
81. IP ao usu rio que pode conectar se a este computador e receber as informa es que precisa Caso n o localizem o IP entram em contato com outros servidores DNS e questionam se eles t m registrado o numero de IP que se refere quele dom nio e se estes servidores tamb m n o localizam enviam uma mensagem de erro ao usu rio KAZMIERCZAK 2011 p 469 O sistema DNS funciona pela redund ncia pois existem m ltiplos servidores em cada ponto de transmiss o de forma que se um deles desconhecer a informa o ou falhar outro poder processar a requisi o feita pelo usu rio TELLINI 2006 p 63 Al m disso os servidores DNS t m outra importante fun o o armazenamento tempor rio ou caching que simplesmente significa que o servidor arquiva as informa es pesquisadas por determinado IP tornando desnecess ria a conex o com outros servidores caso o usu rio pretenda novamente acessar aquela informa o evitando assim uma sobrecarga do tr fego de dados na rede 1 q a A Sigla decorrente da express o em ingl s Domain Name System 27 Todo este processo n o vis vel feito automaticamente milhares de vezes por hora por milh es de usu rios que em sua grande maioria desconhecem este funcionamento apenas buscam as informa es a partir dos dom nios que conhecem sem se preocuparem com a forma como este acesso ocorre Os dados que trafegam na rede s o armazenados por servidores que na realidade s o
82. Internet Protocol 26 poss veis e eventualmente caso alguma delas esteja impossibilitada a linguagem do sistema localiza uma rota melhor e redireciona o trafego Como qualquer correspond ncia do mundo f sico cada pacote de dados precisa do endere o do seu remetente e do endere o do seu destinat rio que no caso ser o os seus respectivos Ips Assim toda a vez que um usu rio acessa a uma determinada rede seu computador recebe um n mero de IP que funcionar como o seu endere o de envio e de recep o dos pacotes de dados Antes da massifica o da utiliza o da Internet quando o sistema tinha uma l gica mais rudimentar os usu rios para se comunicarem com determinados computadores precisavam identificar os seus respectivos endere os de IP e decorar tais n meros o que tornava o processo de conex o lento e pouco usual Por m na d cada de 80 desenvolveu se uma tecnologia que possibilitava a substitui o dos endere os num ricos por textos o chamado sistema nome de dom nio DNS que funcionava de forma a vincular determinado texto dom nio aos respectivos endere os de IP Assim bastava conectar se a um servidor DNS que ele iria localizar o respectivo protocolo de Internet do destinat rio TELLINI 2006 p 63 Os servidores de DNS funcionam da seguinte forma ao receber a informa o do dom nio procuram localizar e reconhecer o n mero de IP equivalente quela informa o textual Caso localizem enviam o
83. MA O E COMUNICA O TIC E A AMPLIA O DA VIGIL NCIA E DO CONTE dde 14 1 1 1 Da revolu o informacional Internet entendendo os novos cen rios 16 1 1 2 A prote o de dados pessoais como um aprofundamento da prote o privacidade 31 1 1 3 A amplia o do controle e da vulnerabilidade de direitos na sociedade informacional 39 1 2 DO MARKETING RELACIONAL SEGMENTA O COMPORTAMENTAL UM ESTUDO DAS PR TICAS EMPRESARIAIS QUE UTILIZAM NO ES DE PSICOLOGIA COMPORTAMENTDA Lia E E is 45 1 2 1 Novas estrat gias empresariais do marketing de massa ao marketing segmentado 46 1 2 2 As influ ncias da Psicologia cognitivo Comportamental nas pr ticas empresariais 52 1 2 3 A vulnerabilidade dos dados pessoais em face da segmenta o comportamental 61 2 O TRATAMENTO JUR DICO DOS DADOS PESSOAIS NA INTERNET E OS DEVERES DE CONFIAN A E INFORMA O siii A A 68 2 1 A BOA F OBJETIVA NAS RELA ES COM OS PROVEDORES DE ACESSO INTERNET AN LISE DE TERMOS DE POL TICA DE PRIVACIDADE 69 2 2 A PROTE O DE DADOS NOS ORDENAMENTOS JUR DICOS ARGENTINO URUGUAIO E BRASILEIRO Cuisine aussi non ie tia iras actina 76 2 2 1 A Lei n 25 326 2000 e a prote o de dados pessoais na Argentina cooocnoccnocnnocnnancnnncnnnos 11 2 2 2 Os dados pessoais na ordem jur dica do Uruguai a Lei n 18 331 2008 99 2 2 3 O tratamento do tema no B
84. N A E INFORMA O O cap tulo anterior teve por objetivo construir o significado da segmenta o comportamental atrav s dos dados pessoais registrados em arquivos digitais estabelecer as suas diretrizes te ricas bem como identificar com base em outras reas do conhecimento tais como a Psicologia e o Marketing as causas e consequ ncias de sua ocorr ncia Este cap tulo inicial tamb m teve por objetivo construir a perpectiva te rica da prote o de dados pessoais a partir da autodertemina o informativa como um novo meio de prote o da privacidade do indiv duo que se utiliza das tecnologias informacionais e comunicacionais e sua vulnerabilidade em face da vigil ncia massiva dos indiv duos Tanto o avan o da prote o de dados pessoais como o risco de excessiva vigil ncia foram identificados como cen rios onde o fen meno da segmenta o comportamental com base em dados pessoais ocorre Neste segundo cap tulo tem se o prop sito de apresentar formas de como juridicamente evit la ou ao menos regulament la e este objetivo ser feito atrav s da identifica o e compara o de diferentes experi ncias legislativas Optou se por realizar uma compara o entre as legisla es espec ficas de dois pa ses latino americanos e as previs es at ent o existentes no ordenamento jur dico brasileiro sobre a tem tica da prote o de dados pessoais na Internet A escolha destes pa ses justificou se pelo fato de que ambos fo
85. RA n o se responsabiliza por danos e ou preju zos decorrentes de caso fortuito ou for a maior No mais para que voc saiba como o TERRA trata seus dados pessoais e protege a sua privacidade quando voc acessa o Portal e os servi os neste disponibilizados sugere se a leitura da Pol tica de Privacidade do TERRA 2 Portanto essencial compreender que o Termo de uso remete a um segundo documento respons vel exclusivamente pela Pol tica de Privacidade Essa remiss o tem um aspecto positivo pois um documento espec fico tende a tratar com mais aten o as peculiaridades que o uso dos dados pessoais dos usu rios exige Por m esta remiss o traz como aspecto negativo a dificuldade de acesso pois ao contr rio do Portal da Argentina onde constavam os Termos de usos e a Pol tica de Privacidade em um nico documento aqui o usu rio deve buscar informa es espec ficas em um segundo instrumento A dificuldade consiste no fato de que usualmente o internauta somente acessa l e consente com os documentos essencias para o que ele possa usufruir determinado servi o n o investigando ou se informando especificamente sobre outras tem ticas dispostas em outros documentos Diante disso pode se afirmar que haveria uma maior efic cia da pol tica da empresa de houvesse um nico documento que sintetizasse todas as quest es pertinentes pol tica de uso dos servi os e de prote o de dados pessoais A an lise a partir deste mo
86. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CI NCIAS SOCIAIS E HUMANAS PROGRAMA DE P S GRADUA O EM DIREITO MESTRADO EM DIREITO A PROTE O JUR DICA DOS DADOS PESSOAIS NOS PA SES DO MERCOSUL EM FACE DA SEGMENTA O COMPORTAMENTAL um estudo comparado DISSERTA O DE MESTRADO Felipe Stribe da Silva SANTA MARIA RS BRASIL 2015 A PROTE O JUR DICA DOS DADOS PESSOAIS NOS PAISES DO MERCOSUL EM FACE DA SEGMENTA O COMPORTAMENTAL um estudo comparado Felipe Stribe da Silva Disserta o apresentada ao Curso de Mestrado do Programa de P s gradua o em Direito na rea de Concentra o Direitos Emergentes na Sociedade Global com nfase na Linha de Pesquisa Direitos na Sociedade em Rede da Universidade Federal de Santa Maria UFSM como requisito parcial obten o do grau de Mestre em Direito Orientadora Prof Dr Rosane Leal da Silva SANTA MARIA RS BRASIL 2015 Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ci ncias Sociais e Humanas Programa de P s Graduac o em Direito Mestrado em Direito A Comiss o Examinadora abaixo assinada aprova a Dissertac o de Mestrado A PROTE O JUR DICA DOS DADOS PESSOAIS NOS PA SES DO MERCOSUL EM FACE DA SEGMENTA O COMPORTAMENTAL um estudo comparado elaborada por Felipe Stribe da Silva como requisito parcial para obten o do grau de Mestre em Direito COMISS O EXAMINADORA Rosane Leal da Silva Dr Presidente Orientador Let
87. a es grandes e diversificadas o que acabava de certa forma minorando o grau de vulnerabilidade dos direitos fundamentais individuais dos cidad os que eram objeto deste processo 3 o 2 Tal vis o negativa do avango das TIC defendia por autores como Ulrich Beck em sua obra a sociedade de risco rumo outra modernidade e Paul Virilio na obra Bomba inform tica 15 Atualmente estas tecnologias permitem n o s a capta o mas o armazenamento o tratamento e o compartilhamento entre rg os das informa es pessoais de um grande n mero de indiv duos de forma praticamente instant nea o que dificulta a prote o dos direitos desta popula o dentre eles o direito privacidade Considerando que o avan o das TIC geralmente surge a partir do investimento de empresas privadas e tendo em conta que essas atualmente s o as maiores prestadoras de servi os aos estados o maior risco de viola o dos direitos fundamentais tais como a prote o de dados pessoais encontra se na atua o das grandes empresas do setor tecnol gico A id ia de prote o privacidade como um princ pio constitucional fundamental exigiu uma reformula o dos seus mecanismos de prote o inicialmente nos ordenamentos comunit rios e nacionais dos pa ses da Uni o Europeia e ap s nos ordenamentos nacionais de diversos outros pa ses DONEDA 2006 dentre os quais aqueles que ser o analisados no segundo cap tulo A prot
88. a distin o seria a refer ncia aos dados sens veis afirmando que o car ter das respostas se obrigat rio ou facultativo ser informado especialmente quanto a eles o que demonstra uma preocupa o com a especial prote o que os dados desta natureza exigem Para Rub n Flores Dapkevicius 2014 esta refer ncia ao dado sens vel seria completamente desnecess ria pois quando se informa ao titular a respeito da possibilidade de ele negar se a responder verifica se claramente esta situa o Por m tal exig ncia seria conveniente pois refor a a necessidade de que os dados desta categoria recebam uma maior prote o Outra previs o seria o direito ao acesso previsto no art 14 URUGUAI 2014 Todo titular de datos personales que previamente acredite su identificaci n con el documento de identidad o poder respectivo tendr derecho a obtener toda la informaci n que sobre s mismo se halle en bases de datos p blicas o privadas Este derecho de acceso s lo podr ser ejercido en forma gratuita a intervalos de seis meses salvo que se hubiere suscitado nuevamente un inter s leg timo de acuerdo con el ordenamiento jur dico Cuando se trate de datos de personas fallecidas el ejercicio del derecho al cual refiere este art culo corresponder a cualesquiera de sus sucesores universales cuyo car cter se acreditar por la sentencia de declaratoria de herederos La informaci n debe ser proporcionada dentro de los cinco d as h b
89. a a Diretiva 2002 58 relativa ao tratamento de dados pessoais e prote o da privacidade no setor das comunica es eletr nicas UNI O EUROPEIA 2014 C que estabeleceu em seu artigo 1 A presente directiva harmoniza as disposi es dos estados Membros necess rias para garantir um n vel equivalente de prote o dos direitos e liberdades fundamentais nomeadamente o direito privacidade no que respeita ao tratamento de dados pessoais no sector das comunica es electr nicas e para garantir a livre circula o desses dados e de equipamentos e servi os de comunica es electr nicas na Comunidade Por fim sobreveio a Diretiva 2006 24 UNI O EUROPEIA 2014 D relativa conserva o de dados gerados ou tratados no contexto da oferta de servi os de comunica es eletr nicas publicamente dispon veis ou de redes p blicas de comunica es que altera a Diretiva 2002 58 CE prevendo no Artigo 1 que 37 1 A presente directiva visa harmonizar as disposi es dos estados Membros relativas s obriga es dos fornecedores de servi os de comunica es electr nicas publicamente dispon veis ou de uma rede p blica de comunica es em mat ria de conserva o de determinados dados por eles gerados ou tratados tendo em vista garantir a disponibilidade desses dados para efeitos de investiga o de detec o e de repress o de crimes graves tal como definidos no direito nacional de cada estado Membro Observa s
90. a adquici n pro medios desleales tiene lugar en la situaci n tan comun de soborno a empleados infieles que venden la informaci n a terceros ajenos a la empresa O terceiro item deste dispositivo contempla de forma objetiva o princ pio da finalidade no tratamento de dados pessoais como forma de deixar claro que a finalidade informada no momento da capta o macula e vincula toda e qualquer utiliza o posterior deste dado pessoal Osvaldo Alfredo Goza ni 2011 p 196 afirma que En efecto ning n archivo puede colectar datos que no est n vinculados con el fin que persigue su objeto y de serlo surge um nuevo impedimiento para la interconexi n en la medida que est prohibido desviar la informaci n de su prop sito original O quarto item traz uma facultatividade preocupante pois afirma que a atualidade e precis o dos dados ocorrer o quando necess rio por m esta previs o mant m a d vida de quais s o os crit rios objetivos para se averiguar esta necessidade e qual a autoridade l Tradu o do pesquisador relevante na medida em que a desaten o de um aspecto pode gerar preju zo ao titular dos dados Por exemplo se for uma base de dados para publicidade o erro ou desatualiza o dos dados n o prejudicar somente o interesse de quem pretenda utiliz los para tal fim Tradu o do pesquisador O roubo de informa es ou a obten o atrav s de falsas expectativas por exemplo a recopila
91. a cadeia de prote o e tratamento dos dados pessoais 7 Tradu o do Pesquisador Os dados pessoais recolhidos para o tratamento devem ser precisos adequados equilibrados e n o excessivos em rela o finalidade para a qual eles foram obtidos A coleta de dados pode n o n o pode occorer por meio desleal fraudulento abusivo ou obtido atrav s de viola o das disposi es desta lei Os dados devem ser precisos e atualizados caso seja necess rio Quando a inexatid o ou falsidade das informa es for encontrada o controlador ao tomar conhecimento de tais circunst ncias dever excluir substituir ou suplementar os arquivos para que os dados permane am precisos verdadeiros e atualizados Al m disso devem ser eliminados dados cujo uso para o qual foram captados j expirou de acordo com as disposi es da presente lei la Tradu o do pesquisador estes princ pios conjuntamente com a regula o constitucional e com o direito internacional dos direitos humanos configuram um bloqueio de juridicidade de maior hierarquia 102 A legislag o uruguaia no referido dispositivo n o refere nada quanto ao direito do usu rio ao acesso aos seus dados pessoais bem como o seu direito a retifica o supress o ou atualiza o diferente do que consta expressamente prevista na legisla o argentina Neste ponto a legisla o uruguaia acaba tornando mais vulner vel a personalidade individual dos titulares dos dados pesso
92. a de forma clara direta e verdadeira todas as informa es pertinentes ao neg cio jur dico estabelecido entre as partes os termos de pol tica de privacidade Obviamente n o poss vel tipificar exaustivamente o conte do destes deveres MARTINS COSTA 2000 p 395 determinar abstrata e aprioristicamente a situa o em que os mesmos se revelam sua intensidade que variar por exemplo quer se trate de uma rela o em que as partes s o fundamentalmente desiguais quer se trate de uma rela o substancialmente parit ria Paulo Nalin 1998 p 190 entende que Tomando como v rtice da dignidade do homem este sim como valor princ pio fundamental da ordem constitucional se n o diretamente elevada aquela esfera superior parece produzir a boa f algum reflexo de cunho constitucional enquanto realizador o princ pio da boa f para a execu o do contrato da justi a social e in casu da justi a contratual Como decorr ncia desta justi a contratual surgem os deveres de informa o que t m mesma fonte mediata respeito da ordem jur dica estabelecida entre todos os cidad os que os deveres tradicionalmente decorrentes da vontade por m n o t m a mesma fonte imediata boa f objetiva e n o declara o da vontade Assim ap s a incid ncia da boa f objetiva nas rela es jur dicas obrigacionais sobretudo vistas como uma totalidade um processo percebe se a agrega o aos deveres 74 c
93. a honestidade na retid o na lealdade e principalmente na considera o para com os interesses do alter visto como um membro do conjunto social que juridicamente tutelado MARTINS COSTA 2000 p 403 Deste modo o grande desafio dos civilistas para Paulo Luiz L bo Neto 2003 p 206 passa a ser a visualiza o das pessoas em toda a sua dimens o ontol gica e atrav s dela o seu patrim nio sendo essencial a materializa o dos sujeitos de direito que s o mais que apenas titulares de bens restaurando se a primazia da pessoa humana nas rela es civis Outra perspectiva interessante para o tratamento do presente tema a compreens o do abuso de direito a partir do princ pio da boa f objetiva como baliza para a averigua o da licitude no modo de exerc cio de direitos vedando por exemplo o comportamento contradit rio ou desleal que no presente tema pode ocorrer quando o provedor que produz determinado Termo de Pol tica de Privacidade descumpre as suas previs es Para Paulo Luiz L bo Neto 2003 p 215 o juridicamente importante deixa de ser a exig ncia cega de cumprimento do contrato da forma como foi assinado ou celebrado mas se Neste ponto deve ser referido o vi s eminentemente econ mico da interpreta o dos institutos jur dicos como trabalhado por Rodot 2008 75 a sua execu o n o acarreta vantagem excessiva para uma das partes ou desvantagem excessiva para a outra a
94. a ley son el bloque esencial del instituto de protecci n de datos Por ser principios generales sus excepciones deben surgir de texto expreso y son de 2a 3 E E E die a E 3 interpretaci n estricta que no admite interpretaciones anal gicas ni extensivas Assim o mbito dom stico previsto da referida exceg o deve necessariamente receber uma interpreta o restritiva pois esta a nica forma de garantir a efetividade do princ pio da necessidade de pr vio consentimento livre e informado para o tratamento de dados pessoais O conte do da informa o que deve ser fornecido ao usu rio no momento do seu consentimento encontra se na previs o no art 13 URUGUAI 2014 Cuando se recaben datos personales se deber informar previamente a sus titulares en forma expresa precisa e inequ voca A La finalidad para la que ser n tratados y qui nes pueden ser sus destinatarios o clase de destinat rios B La existencia de la base de datos electr nico o de cualquier otro tipo de que se trate y la identidad y domicilio de su responsable C El car cter obligatorio o facultativo de las respuestas al cuestionario que se le proponga en especial en cuanto a los datos sensibles D Las consecuencias de proporcionar los datos y de la negativa a hacerlo o su inexactitud E La posibilidad del titular de ejercer los derechos de acceso rectificaci n y supresi n de los datos 2 Tradu o do pesquisador Seria interessante perg
95. aci n de los proyectos de ley que refieran total o parcialmente a protecci n de datos personales 105 Tradu o do Pesquisador Os legitimados ativos s o os titulares dos dados e caso falecidos por seus sucessores E os legitimados passivos ser o os respons veis pela base de dados por m esta legitimidade deve ser estendida como garantia aos titulares a qualquer outro ente possivelmente respons vel como os cession rios gerentes e usu rios dentre outros 1 Tradu o do Pesquisador Fica criado uma Ag ncia de Controle descentralizada para o Desenvolvimento do Governo Eletr nico e Sociedade da Informa o e do Conhecimento AGESIC dotado com o corpo mais completa autonomia t cnica a Unidade de Regula o e Controle Dados Pessoais 113 H Informar a cualquier persona sobre la existencia de bases de datos personales sus finalidades y la identidad de sus responsables en forma gratuita Este rg o de controle tem fun es semelhantes ao rg o constante na legisla o argentina por m com algumas distin es de relev ncia como o fato de ser respons vel por ajudar o Poder Executivo na cria o de projetos de lei sobre a prote o de dados pessoais considerando que ele seria rg o com maior experi ncia neste assunto Al m desta fun o este rg o tem a prerrogativa de gratuitamente informar a qualquer pessoa sobre a exist ncia de seus dados em bases de dados pessoais sua finalidade e
96. adas pelos meios eletr nicos como a Internet que permitem a qualquer um ser visto lido ou ouvido por milh es de pessoas mesmo que n o se tenha nada espec fico a dizer talvez esteja dando conta dessa falta de sentido que marca as experi ncias subjetivas contempor neas uma car ncia que consegue dotar de valor ao mero fato de se exibir de ser vis vel mesmo que seja na fugacidade de um instante de luz virtual Afinal essa rela o de confian a capta o de dados com estas empresas n o regulamentada por meio de um contrato Portanto n o haveria o exerc cio de uma liberalidade por parte do usu rio que solicita os servicos destes entes e em contrapartida disponibiliza seus dados Sim h uma atua o volunt ria do indiv duo ao disponibilizar seus dados pessoais a estas empresas e a vontade do indiv duo no exerc cio do direito intimidade tem um papel decisivo e incontest vel pois o interessado pode livremente optar por deixar de exercer o seu direito ou ainda decidir em que medida exerc lo Todavia adverte Keiko Mori 2002 p 56 esta disposig o de vontade no ambiente virtual dentre outras quest es essenciais encontra solu o na diferen a de car ter temporal ou seja no caso do consentimento do interessado no ambiente f sico o indiv duo opta por temporariamente deixar de exercer o seu direito enquanto a ren ncia como ocorre com os dados virtuais que podem ficar praticamente acess veis pa
97. ade civil sem fins lucrativos que desde dezembro de 2005 implementa as decis es e projetos do Comit Gestor da Internet no Brasil Em 2011 o CETIC br 2011 p 15 realizou uma pesquisa focada nos provedores de acesso Internet no Brasil onde constatou que A inclus o digital no Brasil depende fundamentalmente da infraestrutura f sica dos servi os de Internet Os provedores de servi o de Internet PSI institui es que se conectam a nternet por meio de um ou mais acessos dedicados e tornam o acesso dispon vel a terceiros a partir de suas instala es s o os pilares de sustenta o do sistema por deixarem a rede mundial de computadores ao alcance dos cidad os Pode se inferir que o acesso est diretamente relacionado aos servi os 4 oferecidos pelos PSI A contribui o maior dessa pesquisa mapear os provedores de servi os de acesso Tal pesquisa verificou que apesar de existirem 1 934 provedores de Internet no Brasil 78 setenta e oito por cento das conex es dos brasileiros com a Internet CETIC BR 2011 p 28 feito por apenas 06 seis provedores pertencentes a um n mero pequeno de empresas Estes provedores s o considerados provedores de grande porte pois contam com mais de 900 novecentos mil clientes A pesquisa n o afirma textualmente por m conforme noticiado pelo Clipping do N cleo de Informa o e de Coordena o do Ponto BR as maiores empresas neste setor s o a Net Virtual
98. ados exclusivamente para uso pessoal sequer afirmou se esta transmiss o tamb m dever ser consentida pelo titular Quanto a esta exce o do uso exclusivamente pessoal Rub n Flores Dapkevicius 2014 alerta que cient fica ou profissional o titular dos dados e sejam necess rios para o seu desenvolvimento ou implementa o E O tratamento feito por ente singular ou coletivo p blico ou privado exclusivamente para seu uso pessoal ou dom stico 105 Ser a interesante preguntarse la finalidad de la base dom stica que supo poseer el fundador del F B I Por ello toda base personal dom stica debe adecuarse a la finalidad y pertinencia No se nos escapa que lo sancionable es la utilizaci n indebida con fines no dom sticos exclusivamente y que es el uso p blico el que i 492 puede ocasionar la lesi n Exce es extremamente amplas acabam por reduzir o mbito de aplica o do princ pio da exig ncia de consentimento e da mesma forma tendem a abrir brechas ao controle por parte dos usu rios o que enfraquece a sua autodetermina o informativa A prote o de dados pessoais constitui se em um direito fundamental dos indiv duos e os princ pios que visam subsidiar a prote o desse direito devem ser respeitados Isto somente poder ocorrer quando as exce es forem interpretadas de forma estrita Como afirma Rub n Flores Dapkevicius 2014 Los principios enumerados como principios generales seg n l
99. agradecimento especial s irm s Irani Rupolo reitora e Inacir Pederiva pr reitora de administra o pelo exemplo de dedica o empreendedorismo e respeito aos valores humanos e franciscanos no tratamento de seus funcion rios A minha orientadora Prof Dr Rosane Leal da Silva exemplo de acad mica e de profissional sempre encontrando tempo e paci ncia para revisar os meus escritos e debater as id ias centrais deste trabalho ensinando que assim como as atividades docentes tradicionais a orienta o acad mica exige al m de conhecimento t cnico e cient fico talento para compreender e respeitar as id ias do outro Ao programa de p s gradua o em Direito Mestrado em Direito e a todos os docentes que auxliaram a amplia o dos meus horizontes acad micos com suas disciplinas e artigos al m de ensinar que a carreira acad mica exige extrema dedica o E a todos os meus colegas da primeira turma pela amizade e respeito no debate e na troca de id ias este ltimo pressuposto essencial para o desenvolvimento da ci ncia jur dica RESUMO Dissertag o de Mestrado Mestrado em Direito Programa de P s Gradua o em Direito Universidade Federal de Santa Maria A PROTE O JUR DICA DOS DADOS PESSOAIS NOS PA SES DO MERCOSUL EM FACE DA SEGMENTA O COMPORTAMENTAL um estudo comparado AUTOR FELIPE STRIBE DA SILVA ORIENTADORA ROSANE LEAL DA SILVA Data e Local da Defesa Santa Maria de Mar o de 2015 O presente
100. aia tamb m 109 en esta ley impedir a las autoridades p blicas comunicar o hacer p blica la identidad de las personas f sicas o jur dicas que est n siendo investigadas por o hayan cometido infracciones a la normativa vigente en los casos en que otras normas lo impongan o en los que lo consideren conveniente O tratamento dos dados sens veis apresenta se muito semelhante da legisla o argentina ou seja em regra veda o recolhimento e o tratamento dos dados desta natureza sem o pr vio consentimento por escrito livre e informado do seu titular Uma distin o que a legisla o argentina trata apenas da quest o do interesse geral autorizado por lei como exce o a esta veda o o que j critic vel pela imprecis o do significado do termo interesse geral enquanto que a legisla o uruguaia refere que tamb m pode haver recolhimento e tratamento de dados sens veis quando a organiza o requerente tem um mandato legal para faz lo o que amplia excessivamente esta exce o tornando esta regra praticamente in cua A legisla o uruguaia n o foi capaz de delimitar o significado do termo interesse geral autorizado por lei o que j enfraquece a prote o aos dados pessoais dos usu rios Por m esta garantia torna se praticamente ineficiente quando esta possibilita que determinados rg os recebam um mandato legal para recolher e tratar dados pessoais sens veis sem referir a finalidade Esta
101. ais pois n o refere no mesmo dispositivo onde elege as caracter sticas que os dados arquivados dever o ter que estes dever o ser retificados suprimidos ou atualizados conforme requerimento do titular Outro dispositivo o artigo 8 URUGUAI 2014 referente finalidade da capta o e estabelece Los datos objeto de tratamiento no podr n ser utilizados para finalidades distintas o incompatibles con aquellas que motivaron su obtenci n Los datos deber n ser eliminados cuando hayan dejado de ser necesarios o pertinentes a los fines para los cuales hubieren sido recolectados La reglamentaci n determinar los casos y procedimientos en los que por excepci n y atendidos los valores hist ricos estad sticos o cient ficos y de acuerdo con la legislaci n espec fica se conserven datos personales aun cuando haya permitido tal necesidad o pertinencia Tampoco podr n comunicarse datos entre bases de datos sin que medie ley o previo consentimiento informado del titular Aqui a preocupa o da legisla o uruguaia cinge se ao crit rio temporal ou seja exige do respons vel que verifique se a finalidade para qual foi captado o dado pessoal ainda persiste Deste modo a lei demonstra claramente que o dado pessoal pode pelo transcurso de um determinado tempo perder a sua finalidade quando dever ser imediatamente removido dos bancos de dados Por m a legisla o traz uma exce o para dados que tenham valor hist rico
102. ais pa ses pois al m de tamb m restrigir o conceito de dado pessoal sens vel com o Projeto de Lei de Prote o de Dados Pessoais pretendia restrigir excessivamente o pr prio conceito de dado pessoal ao afirmar que seria aquele precisa e exatamente referente a uma pessoa determinada No que pertine segunda categoria que se preocupa com tratamento concedido aos dados pessoais sens veis como forma de verificar se as legisla es distinguem corretamente os dados segundo a possibilidade de viola o da personalidade do usu rio Argentina e Uruguai possuem legisla es cujas regras s o protetivas pois vedam em regra geral o tratamento de dados pessoais sens veis por m a grande dificuldade surge das exce es a esta regra sobretudo considerando o alto grau de amplitude conceitual destas No caso a legisla o argentina prev exce es um pouco mais restritas podendo ser avaliada como tendo um grau de protetividade maior em favor do internauta pois autoriza o tratametno destes dados no caso de intereses geral previsto em lei Por outro lado a legisla o uruguaia autoriza este tratamento quando a autoridade p blica tiver um mandato legal para faz lo mesmo no caso da aus ncia de caracteriza o legal deste dado como sens vel No mesmo sentido a legisla o brasileira pelo projeto de lei que pretendia regulamentar a mat ria tamb m traria como regra a veda o do tratamento de dados sens veis por m teria como exce
103. ales comerciales o publicitarios o permitan establecer h bitos de consumo cuando stos figuren en documentos accesibles al p blico o hayan sido facilitados por los propios titulares u obtenidos con su consentimiento 2 En los supuestos contemplados en el presente art culo el titular de los datos podr ejercer el derecho de acceso sin cargo alguno 3 El titular podr en cualquier momento solicitar el retiro o bloqueo de su nombre de los bancos de datos a los que se refiere el presente art culo Assim a legisla o argentina trouxe a previs o de que a utiliza o de dados pessoais para fins publicit rios poss vel desde que condicionadas a sua pr via disponibiliza o p blica ou que o titular tenha concedido o seu livre expresso e informado consentimento Por m mesmo nesta hip tese o titular n o perde a sua autodetermina o informativa visto que sempre dever ter o direito ao acesso gratuito a tais dados bem como sua posterior retifica o supress o ou atualiza o Como esclarece Rosane Leal da Silva 2010 p 3914 No que tange aos dados recolhidos com a finalidade de posteriormente serem empregados para fins publicit rios algo bastante comum no Brasil a lei argentina disp e no artigo 27 que na publicidade de venda direta e atividades an logas permitido tratar dados que sejam aptos a estabelecer o perfil do consumidor de forma que a partir deles se estabele am h bitos de consumo desde que esses
104. alidad este ltimo en el sentido estricto de ponderaci n para legitimar la comunicaci n lo que importa especialmente cuando esta se hace en base a norma legal que se dicte por razones de inter s general Aqui h uma previs o de que n o pode haver comunicag o de dados entre diferentes bancos sem previs o legal ou consentimento pr vio e informado do titular do dado o que evita uma eventual segmenta o il cita a partir de tais dados Contudo h uma exce o concernente na possibilidade de haver comunica o de dados pessoais entre diferentes entes mesmo sem o consentimento quando autorizado por lei por m neste ponto a legisla o uruguaia padece da mesma omiss o que a legisla o argentina pois n o fixa limites ou objeto desta lei que possibilitar a transfer ncia entre diferentes bancos de dados Al m da veracidade e da finalidade a legisla o uruguaia tamb m refere um princ pio denominado de consentimento pr vio informado no artigo 9 URUGUAI 2014 El tratamiento de datos personales es l cito cuando el titular hubiere prestado su consentimiento libre previo expreso e informado el que deber documentarse El referido consentimiento prestado con otras declaraciones deber figurar en forma expresa y destacada previa notificaci n al requerido de datos de la informaci n descrita en el art culo 12 de la presente ley No ser necesario el previo consentimiento cuando A Los datos provengan de fuen
105. alidad de sus Datos Personales durante la transmisi n de sus Datos Personales Ud Puede comprobar la implementaci n del SSL al registrarse dado que la p gina de registro comienza con htpps en lugar del http de entornos no seguros y le aparecer un peque o candado cerrado en la parte inferior de su navegador Ello no obstante el Usuario debe ser consciente de que las medidas de seguridad en Internet no son inexpugnables TERRA ARGENTINA 2014 Estas previs es s o reflexos dos deveres de seguran a e integridade dos sistemas informatizados que tratam de dados pessoais O respons vel pelo tratamento de dados pessoais deve tecnicamente tomar todas as medidas pertinentes prote o do seu sistema pois ele cont m informa es que n o lhe pertencem mas que recebeu a autoriza o de uso do titular para finalidades espec ficas O termo orienta o usu rio a contribuir com estas medidas t cnicas visualizando por exemplo no seu navegador se o site que est acessando realmente vinculado ao Terra antes de prestar qualquer informa o que esteja sendo solicitada Por m todo o sistema informatizado corre o risco de sofrer ataques e invas es Em decorr ncia desta realidade o pr prio termo alerta que o titular deve estar consciente de que na Internet n o h sistema informatizado completamente inexpugn vel Quanto possibilidade de cess o de dados o termo refere que TERRA podr ceder en su caso los
106. alta de resposta implica uma diminuig o da qualidade ou quantidade dos servi os salvo indica o em contr rio 122 Tradu o do pesquisador O usu rio garante que os dados pessoais fornecidos ao TERRA s o verdadeiros e respons vel por comunicar qualquer altera o nos mesmos A recolha e tratamento de dados pessoais visa a manuten o da rela o contratual estabelecida com TERRA gest o administra o presta o amplia o e melhoria dos servi os em que o usu rio decide se inscrever registrar ou usar a adequa o desses servi os s prefer ncias e gostos dos usu rios o estudo da utiliza o dos servi os pelos usu rios o desenho de novos servi os relacionados a estes servi os o envio de atualiza es de servi o transporte por meios tradicionais e eletr nicos de informa es t cnicas operacionais e comerciais sobre produtos e servi os oferecidos por terceiros TERRA e agora e no futuro A finalidade da recolha e tratamento de dados pessoais tamb m inclui o envio de formul rios de pesquisas que o usu rio n o obrigado a responder 133 dados este respeito Para tanto o termo deveria ter estabelecido que usu rio e os servi os vinculados ao Terra se comprometem com a veracidade dos dados arquivados pois a exig ncia de qualidade dos dados n o se constitui em uma obriga o exclusiva do titular de tais informa es Ap s nesta previs o consta que o recolhimento e o tratamento dos dado
107. am a ter o direito de exercer controle direto sobre aqueles sujeitos aos quais as informa es fornecidas atribuir o um crescente aumento de poder Uma das grandes caracter sticas da nossa poca sem d vida a progressiva publiciza o da vida As sociedades atuais cada vez mais deixam menos resqu cios para a exist ncia privada solit ria subtra da da inger ncia e da indiscri o do p blico Enfim os sinais do tempo presente parecem destinados exposi o e a intensas visualiza es ao contr rio do sil ncio e da solid o das pocas anteriores Se considerados aspectos qualitativos da vida nestas condi es o reduto do privado fica paulatinamente mais vulner vel e se obriga a repensar se e tornar se ex guo ante a invas o do p blico PEREZ LUNO 2005 p 351 Como esclarece Kaminsk 2000 p 100 101 A tecnologia n o neutra a jun o entre ci ncia mercado e sociedade Mas a tecnologia por si s n o viola a privacidade e sim as pessoas que utilizam essa tecnologia criada para suprir necessidades e a pol tica por detr s da tecnologia Pode ser usada para invadir a privacidade e pode ser usada para proteg la Em suma a tecnologia deve garantir aos indiv duos o direito privacidade na Internet E a privacidade das informa es deve ser valorizada por todos aqueles que valorizam a liberdade Devemos mudar nossa forma de pensar nossas leis e nossa sociedade Devemos criar um futuro que preze
108. an a e as criptografias utilizadas em seus servidores e nos dados trafegados Apesar dos esfor os empreendidos pelo TERRA a fim de garantir a seguran a dos seus dados a utiliza o de servi os e o acesso a conte dos da Internet envolve alguns riscos e exposi es Assim imprescind vel voc tamb m fa a a sua parte tomando as seguintes medidas que podem reduzir os riscos envolvidos Esta previs o privilegia o princ pio da seguran a dos dados pessoais o que deve ser entendido como uma obriga o do ente que capta e trata dados pessoais de terceiros pois estes jamais ser o de sua exclusiva propriedade Por m se o usu rio realmente contribuir para esta prote o estar auxiliando na defesa dos seus pr prios direitos fundamentais e a utiliza o do Aviso legal como um documento educativo e de orienta o neste sentido algo elogi vel N o obstante esta previs o constitui se em uma obriga o da empresa que presta tal servi o pois ela explora e lucra com esta atividade econ mica e portanto deve prestar a garantia de que este fornecimento ocorrer de forma segura Este dever de seguran a encontra previs o na Lei n 8 078 de 11 de setembro de 1990 C digo de Defesa do Consumidor que prev em seu art 6 inciso I ser direito do consumidor a prote o da vida sa de e seguran a contra os riscos provocados por pr ticas no fornecimento de produtos e servi os considerados perigosos ou nocivos BRASIL 20
109. aquele que por ora apresenta o menor grau de prote o aos internautas o Brasil pois ele ainda n o tem uma legisla o espec fica regulamentando o acesso aos dados pessoais digitais e tampouco havia men o no Projeto de 128 Lei arquivado em 31 de janeiro de normatizar o acesso dos sucessores relegando as suas previs es legisla o que regulamenta a garantia constitucional do Habeas Data Devendo se considerar que a Lei n 9 507 de 1997 foi pensada para outro contexto e outra realidade hist rica que n o tem a possibilidade de comtemplar satisfatoriamente os dados pessoais arquivados em bancos de dados pessoais digitais E por fim a caracter stica final que justificou a an lise tratou da exist ncia atribui es e compet ncias de um rg o de controle e de prote o de dados pessoais autoridade administrativa que dentre as suas finalidades exclusivas dever exigir dos gestores de bancos de dados o respeito s previs es das legisla es em an lise bem como e principalmente proteger os titulares dos dados pessoais Neste ponto as legisla es da Argentina e do Uruguai previram estes rg os concendendo a eles uma s rie de atribui es tanto de car ter conciliat rio entre os titulares dos dados pessoais e os usu rios e respons veis pelos bancos arquivos ou registros como de car ter sancionat rio e punitivo sendo que a legisla o argentina inclusive concedeu ao seu rg o de controle compet ncia pa
110. ar o mbito da compet ncia para a a o a lei argentina facilita o seu exerc cio ao internauta pois torna desnecess rio o seu declocamento ao local sede do respons vel pelo banco de dados E em segundo lugar auxiliar na aplicabilidade da pr pria legisla o pois muitas vezes os respons veis pelo registro est o localizados em outros pa ses n o abrangidos pelas mesmas prerrogativas da lei de prote o de dados argentina e podem utilizar se disso para se eximir de cumprir suas previs es As previs es dos polos da a o tanto ativo como passivo bem como do ju zo competente s o extremamente salutares pois estendem ao ente que se utiliza de bancos de dados o dever de garantir o direito ao acesso e os seus consect rios ao titular destas informa es Tal demanda dever preencher os requisitos previstos no artigo 38 Tradu o do pesquisador A a o para a prote o de dados pessoais ou habeas data pode ser exercida pelo afetado ou respons veis e seus sucessores dos indiv duos seja em linha retaou colateral at o segundo grau por si ou atrav s de procura o Tradu o do pesquisador habilita um procedimento para a prote o dos dados pessoais por meio do qual se destaca a amplitude prevista para a legitima o ativa o direito a tutelar os dados n o se visualiza como um direito subjetivo individual e personal ssimo Parecendo tornar se o dado um problema de propriedade a defender 95
111. arco Civil da Internet Por fim e visando promover a aproxima o entre o campo te rico e normativo com a realidade realizou se o estudo dos termos de pol ticas de privacidade do principal provedor de acesso Internet que atua nestes pa ses Terra especificamente no que tange segmenta o comportamental Concomitante abordagem de fei o dedutiva foi utilizado o m todo de procedimento comparativo empregado para aferir o grau de prote o entre as leis j existentes bem como contrap las com a legisla o que visa regulamentar parcialmente a mat ria no Brasil a Lei n 12 965 de 23 de Abril de 2014 Marco Civil da Internet e o projeto de lei espec fico que pretendia tratar estritamente desta tem tica arquivado no final do m s de janeiro de 2015 Tamb m se recorreu ao m todo comparativo para realizar a an lise das previs es dos diferentes termos de privacidade do referido provedor de acesso Internet Aliado a esse m todo de procedimento foi realizada pesquisa de natureza monogr fica empregada para a identifica o e an lise do fen meno da segmenta o comportamental no ambiente virtual o que se concretizar especialmente pela an lise dos termos de privacidade selecionados Inicialmente foi utilizada a t cnica de pesquisa bibliogr fica em livros peri dicos disserta es e teses sobre o tema da prote o de dados pessoais al m de estudo na literatura acad mica da Psicologia Comunica o Social mark
112. arece P rez Lu o 2005 p 336 baseado se na estrutura concebida por Georg Jellinek em nossa poca resulta insuficiente conceber a intimidade como um direito garantia status negativo de defesa frente a qualquer invas o indevida a esfera privada sem contempl la ao mesmo tempo como um direito ativo de controle status positivo sobre o fluxo de informa es que afetam cada sujeito Com isso verifica se que a autodetermina o constitui se em uma garantia de prote o personalidade do indiv duo internauta na sociedade informatizada Nesse contexto a autodetermina o caracteriza se como uma garantia de que o titular de determinado dado dever ter um conhecimento razo vel sobre as utiliza es que ser o feitas por tal informa o Esta amplia o de conte do do valor intimidade tem ocasionado uma reconstru o do seu significado e da sua carga valorativa e dessa forma Em nossos dias junto a sua conex o tradicional j comentada com o valor dignidade identifica se a intimidade com a pr pria no o de liberdade pois ela define as possibilidades reais de autonomia e de participa o na sociedade contempor nea inclusive quando concebida como faculdade de controle das informa es que lhes concernem por parte dos indiv duos e dos grupos aparece como uma condi o para uma conviv ncia pol tica democr tica que se confunde com a defesa da igualdade de direitos PEREZ LUNO 2005 p 336 Assim passa
113. arketing direcionadas a ele Aqui as tecnologias informacionais surgem como uma sa da extremamente interessante sobretudo em uma realidade onde a autoexposi o e o fornecimento de dados pessoais torna se algo cada vez mais arraigado culturalmente Surge ent o a segmenta o comportamental que para Frederik Zuiderveen Borgesius 2014 p 2 significa o monitoramento que se faz do comportamento das pessoas na Internet ao longo do tempo para usar as informa es recolhidas com o intuito de dirigir lhes publicidade conforme as infer ncias a respeito de seus interesses Essa forma de diferencia o dos comportamentos tem uma clara rela o com a Psicologia social e com recentes evolu es do marketing como afirmam Regina Gon alves Vieira Bueno e Ana Akemi Ikeda 2014 p 3 A partir da perspectiva segundo a qual a compreens o do comportamento do consumidor se d a partir de suas principais vari veis de influ ncia uma das primeiras defini es de envolvimento data do final da d cada de 40 estando fortemente associada Psicologia social Portanto o marketing de relacionamento esteve desde seu princ pio vinculado Psicologia social mais precisamente a uma forma de Psicologia behaviorista e atualmente pode se dizer Cognitivista Comportamental Assim as teorias comunicacionais que fundamentaram estas novas formas de marketing buscaram nos estudos psicol gicos compreender os efeitos do sujeito submetido a esta for
114. as Data ou mesmo algumas previs es de car ter geral constantes no Marco Civil da Internet n o s o suficientes para prote o jur dica dos dados pessoais digitais e n o geram pol ticas de privacidade mais protetivas Verifica se que o mesmo provedor em determinado ordenamento que regulamenta especificamente a mat ria garante ao usu rio um servi o adequado e de qualidade independente da sua disposi o em autorizar o tratamento dos seus dados pessoais Em outros pa ses cuja regulamenta o espec fica inexiste tendem a condicionar a qualidade do servi o prestado disponibiliza o dos dados pessoais O avan o da utiliza o massiva das TIC um fen meno que traz consigo duas caracter sticas essenciais que se refletem nos resultados do presente trabalho Em primeiro 155 lugar trata se de uma profunda transformag o social cujos efeitos ainda n o foram completamente compreendidos e portanto os resultados desta dissertac o ainda s o parciais sob o aspecto temporal pois ainda se vivencia um momento de transi o nos temas que envolvem fen menos da sociedade informacional Destaque se que estes resultados n o refletem qualquer ju zo positivo ou negativo da massificag o do uso das tecnologias e tampouco pretenderam oferecer respostas exatas ou abordar o conte do de maneira exaustiva pois se sabe que temas permeados de complexidade e ditados pela instantaneidade como o caso da prote o de dados pessoais no ambi
115. as atrav s de um discurso racional fundamentado na l gica cient fica Desta forma a perspectiva da evolu o cient fica e tecnol gica une se necessidade de vigil ncia da sociedade pois dentro desta concep o pol tica estatal se existissem tecnologias capazes de obter armazenar organizar e compartilhar informa es pessoais sobre a popula o n o haveria l gica racional em n o utiliz las Portanto as principais concep es pol ticas do s culo XX de uma forma ou de outra praticaram a vigil ncia massiva da popula o A grande quest o que a l gica do Estado Cientista se utiliza do funcionamento das TIC como forma de potencializar essa vigil ncia Toda a revolu o pol tica um drama mas a revolu o t cnica que se anuncia sem d vida mais que um drama uma trag dia do conhecimento a confus o babeliana dos saberes Como l ngua de escopo a Internet ao mesmo tempo a melhor e a pior coisa do mundo O progresso de uma comunica o sem limites ou quase sem limites e o desastre a colis o mais dia menos dia deste Titanic com um iceberg VIRILIO 1999 p 105 E portanto ap s a bomba at mica capaz de desintegrar a mat ria pela energia da radioatividade surge ao fim do mil nio passado o espectro da segunda bomba a bomba inform tica que para Paul Virilio 1999 p 65 te rico sabidamente tecnof bico capaz de desintegrar a paz das na es pela interatividade da informa
116. auda da curva de demanda Numa era sem as limita es do espa o f sico nas prateleiras e de outros pontos de estrangulamento da distribuig o bens e servigos com alvos estreitos podem ser t o atraentes em termos econ micos quanto os destinados ao grande p blico ANDERSON 2006 p 50 Deste modo constata se que a cl ssica produg o em massa de produtos id nticos com a amplia o do acesso propiciada pelas TIC passou a dividir espa o com a produ o segmentada de determinados produtos e servigos direcionados a determinadas classes de mercado Estes nichos por sua vez tornaram se cada vez mais espec ficos e variados pois as tecnologias possibilitaram uma constru o de identidades e personalidades igualmente variadas e por que n o dizer vari veis Assim o caminho tradicional do marketing seria tornar se segmentado isto abandonar a perspectiva de um marketing direcionado grande popula o para tornar se um marketing de pequenos grupos consumidores Nesta perspectiva seguem os ensinamentos de Pizzinato e Zem 2005 p 18 que oferecem interessante no o sobre a evolu o dessas estrat gias Analisando algumas das fases da evolu o do marketing pode se observar que o marketing de segmentos uma abordagem que fica entre o marketing de massa e o marketing individual Com ele as empresas projetam seus produtos e servi os para um ou mais segmentos espec ficos ao inv s de faz lo de maneira massificada vi
117. ava impregnado Por m nas rela es obrigacionais esta vis o de possibilidade de surgimento de deveres decorrente das leg timas expectativas de comportamento se operou em grande parte de forma n o conscientizada sob o manto da interpreta o integradora ou da constru o jurisprudencial SILVA 2006 p 35 12 Como a grande maioria dos princ pios normativos a boa f acaba por produzir efeitos nos mais diversos contextos e situa es e a sua exig ncia b sica e geral de conduta correta e leal ramifica se em normas de conduta mais particularizadas moldadas pela configura o e valora o dos interesses em jogo em cada dom nio RIBEIRO 2003 p 147 At a vis o da obriga o como um processo din mico que deve ser interpretado a partir de sua totalidade concreta a manifesta o de vontade era o grande paradigma que estabelecia os deveres e obriga es decorrentes de um neg cio jur dico No caso do presente tema a base do relacionamento entre usu rio e provedor de acesso seria o contrato estabelecido entre as partes Por m o sistema jur dico afasta se do modelo tradicional do direito das obriga es fundado na valoriza o jur dica da vontade humana e caminha no sentido de inaugurar um novo paradigma para o direito obrigacional n o mais baseado exclusivamente no dogma da vontade mas na boa f objetiva MARTINS COSTA 2000 p 394 Ou como esclarece Cl vis do Couto e Silva 2006 p 36
118. avegar no Portal ao contratar os servi os neste disponibilizados ao enviar formul rios promocionais ao postar conte dos e em outras situa es voc preenche cadastros informando nome endere o CEP n mero do registro junto ao Cadastro de Contribuintes CPF n mero do registro geral RG telefone para contato nacionalidade dados financeiros que s o armazenadas pelo TERRA Assim a veracidade dos dados fornecidos de suma import ncia tendo em vista ser por meio destes que o TERRA realizar qualquer contato com voc o que o torna respons vel pelas declara es que prestar e que vierem a causar preju zos a si mesmo ao TERRA e ou a terceiros Ao compartilhar informa es de acesso durante a sua navega o Ao navegar no Portal TERRA sem desabilitar cookies O aviso legal estabelece que o usu rio possa fornecer suas informa es pessoais ao Terra de duas formas distintas atrav s do preeenchimetno de cadastros ou por interm dio da sua pr pria navega o Quanto primeira hip tese o que permite maiores coment rios o fato de o termo n o trazer refer ncia ao teor destes cadastros ou seja n o estabelece se este fornecimento de informa es ser feito de forma informada pelo usu rio Haver um efetivo exerc cio de autodetermina o informativa PEREZ LUNO 2005 para al m do exerc cio de uma mera autonomia privada quando o usu rio ao preencher tais documentos for informado das finalidades para as q
119. bilitar a conex o dos usu rios Internet atribuindo a eles um endere o de IP atrav s do qual poder o receber os pacotes de dados referentes s informa es que pretendem obter Al m disto respons vel por direcionar o usu rio a uma rede de cabos de fibra tica backbone que vai possibilitar a transmiss o e a recep o das informa es que estes indiv duos desejam CARVALHO 2001 p 168 Realmente muitos provedores de acesso passam a prestar diversos outros servi os por m o mais importante deles possibilitar o acesso dos seus clientes Internet e para tanto recolhem e transmitem informa es dos usu rios Essa forma de atua o explica como o uso destas tecnologias possibilita viola es privacidade uma vez que se torna poss vel relacionar indiv duos com processos pr prios de comunica o em contextos institucionais espec ficos Assim todas as formas tradicionais de controle pol tico e organizacional podem ser lan adas sobre o indiv duo em rede CASTELLS 2003 C p 139 140 Esta nova realidade determinada pelo uso de computadores no tratamento das informa es pessoais torna cada vez mais dif cil considerar o cidad o como um simples fornecedor de dados sem que a ele caiba algum poder de controle 30 As informac es coletadas RODOT 2008 p 36 7 permitem o surgimento de novas concentra es de poder ou o fortalecimento de poderes j existentes e consequentemente os cidad os pass
120. ca o atualiza o supress o ou atribui o de confidencialidade sobre determinado dado uma medida salutar para a prote o dos indiv duos titulares pois de nada adiantaria garantir o direito a esta solicita o se n o houvesse um prazo para o seu cumprimento conforme o segundo item Na forma estabelecida no terceiro item o descumprimento do pedido ou o seu cumprimento fora do prazo de cinco dias possibilita ao titular o ajuizamento da competente a o de prote o de dados pessoais e ou habeas data na forma desta mesma legisla o argentina A exclus o de dados pessoais n o ocorrer quando houver a possibilidade de ocasionar danos a terceiros ou quando houver alguma obriga o legal de reten o de dados Quanto a esta previs o obviamente tal limitador uma decorr ncia da autodetermina o informativa visto que estes terceiros tamb m t m o direito de ser informados sobre a poss vel exclus o dos seus dados Nesta situa o h uma colis o de direitos fundamentais pertencentes a diferentes indiv duos pois a supress o de um determinado dado pessoal de um ind viduo apesar de privilegiar a sua autodetermina o pode ocasionar a exclus o de informa es pessoais titularizadas por outros cujas informa es est o vinculadas quelas realizando um tratamento de dados pessoais sem o consentimento deste segundo titular Para solucionar o referido conflito deve se recorrer a partir de par mentros objetivam
121. ca de forma semelhante a legisla a brasileira como ser tratado mais a frente ARGENTINA 2014 a 90 formas pois o titular n o precisar aguardar o retorno de uma comunica o escrita para ter acesso aos dados arquivados a seu respeito Esta previs o tem um importante papel pois tampouco o internauta precisar realizar deslocamento f sico o que dificultaria o acesso pois poder utilizar outros meios para poder ter acesso aos dados de forma r pida com reduzido custo e maior efici ncia Por m h o problema da forma oral de solicita o que ele ficar apenas com um protocolo ou com p gt o 6 meios de prova por vezes discut veis quando ao conte do da sua solicita o a Outro ponto forte da lei refere se possibilidade de retifica o atualiza o ou supress o de dados pessoais que decorrem naturalmente do direito ao acesso a tais informa es o que est previsto no artigo 16 da legisla o argentina ARGENTINA 2014 1 Toda persona tiene derecho a que sean rectificados actualizados y cuando corresponda suprimidos o sometidos a confidencialidad los datos personales de los que sea titular que est n incluidos en un banco de datos 2 El responsable o usuario del banco de datos debe proceder a la rectificaci n supresi n o actualizaci n de los datos personales del afectado realizando las operaciones necesarias a tal fin en el plazo m ximo de cinco d as h biles de recibido el rec
122. caci n inclusi n supresi n o lo que entienda corresponder Cuando se trate de datos personales cuyo registro est amparado por una norma legal que consagre el secreto a su respecto el Juez apreciar el levantamiento del mismo en atenci n a las circunstancias del caso A a o de forma semelhante lei argentina dever ser intentada pelo titular do dado pessoal em face do ente que det m a referida informa o Esta a o poder ter como objetivo tanto garantir o acesso como possibilitar a retifica o daqueles dados pessoais em caso de erros ou falhas Assim esta a o se trata de DAPKEVICIUS 2014 un proceso contencioso y sumario ya que su objeto es la defensa de derechos que pueden ser destruidos en cuesti n de horas Por ello se estructur un juicio brev simo donde se dilucide con la mayor profundidad posible el derecho cuestionado O que a lei uruguaia refere ao contr rio da lei argentina que silencia quanto mat ria que em determinados casos em que a norma legal determine que tal dado deva ser mantido em segredo o juiz dever levar esta condi o em conta quando da aprecia o da a o Tal situa o ocorre por exemplo com os registros banc rios e fiscais que t m leis espec ficas que os regulamentam e que determinam o seu segredo 100 Tradu o do Pesquisador Toda a pessoa ter direito a intentar uma a o judicial efetiva para tomar conhecimento dos dados referentes sua p
123. ceder ao portal de Internet seus dados pessoais O problema n o somente condicionar a presta o adequada dos servi os ao compartilhamento de dados pessoais pelo usu rio mas tratar de forma desigual usu rios que optem por n o compartilhar as suas informa es pessoais O compartilhamento das informa es deve ser uma faculdade do usu rio Ele deve ter liberdade de escolher se pretende disponibilizar ou n o as suas informa es pessoais quela empresa exercendo assim uma efetiva autodetermina o informativa e esta faculdade deve ser exercida sem qualquer nus para o invid duo Portanto o exerc cio dessa faculdade n o 128 Tal previs o afronta o art 6 incisos II e IV BRASIL 2014 f que afirmam ser direito do consumidor a educa o e divulga o sobre o consumo adequado dos produtos e servi os assegurados liberdade de escolha e a igualdade nas contrata es e a prote o contra a publicidade enganosa e abusiva m todos comerciais coercitivos ou desleais bem como contra pr ticas e cl usulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e servi os Al m disto esta previs o na forma do art 39 incisos V BRASIL 2014 f pode ser considerada uma pr tica abusiva pois o fornecedor esta exigindo do consumidor vantagem manifestamente excessiva Caso esta previs o conste do contrato de fornecimento ela ser nula de pleno direito na forma do art 51 incisos IV IX e XIII BRASIL 2014 f poi
124. cia que as TIC trazem acaba justificando interven es liberdade individual aceitas como parte da atua o dos entes respons veis pela seguran a da sociedade Tal fen meno de massifica aS dos medos exemplificado por Bauman 2008 p 11 2 P rez Lu o apresenta dois exemplos destes sistemas O sistema Echelon que um sistema de intercep o de comunica es mundiais desenvolvido em conjunto pelos estados Unidos Reino Unido Canad Austr lia e Nova Zel ndia Sua principal caracter stica em compara o com outros sistemas de vigil ncia a sua capacidade de exercer controle simult neo de todas as comunica es E o sistema Carnivore que um sistema de hardware e software com a capacidade de localizar e processar comunica o de um usu rio da Internet O sistema de comunica o envolvido em ponto estrat gico como um provedor de servi os de Internet 2011 p 107 41 Na realidade o que mais amedronta a sociedade a ubiquidade dos medos eles podem vazar de qualquer canto ou fresta de lares e do planeta Das ruas escuras ou das telas luminosas dos televisores Dos quartos e das cozinhas Dos locais de trabalho e do metr tomado para ir e voltar De pessoas que s o encontradas e de pessoas que n o o s o De algo que ingerido e de algo com o qual os corpos entraram em contato Da natureza pronta como dificilmente antes na mem ria coletiva a devastar lares e empregos e amea
125. clara es devem aparecer de forma expl cita e em circula o mediante aviso aos dados necess rios as informa es descritas no artigo 12 desta lei A anu ncia pr via n o necess ria quando A Os dados prov m de fontes p blicas tais como registros ou publica es em m dia de massa B Foram coletados para o exerc cio das fun es pr prias de ag ncias de governo ou em decorr ncia de uma s rie de obriga es legais C No caso de listagens onde os dados s o limitados no caso de indiv duos com nome identidade nacionalidade endere o e data de nascimento No caso de pessoas coletivas o nome da empresa marca registro nico contribuinte endere o telefone e identidade das pessoas respons veis por isso D decorrentes de uma rela o contratual 104 Surge a necessidade do consentimento pr vio livre e informado Assim como na legisla o argentina este consentimento necessariamente deve ser documentado e da mesma forma como naquele sistema deve estar dispon vel de maneira expl cita e em circulac o portanto ligado ao dado pessoal Esta previs o privilegia os deveres da informa o da confian a e da lealdade decorrentes da boa f objetiva pois o internauta dever confiar que o consentimento documentado expressamente ser respeitado quando do tratametno dos seus dados pessoais As exce es s o muito semelhantes quelas da legisla o argentina por m com algumas distin es Na Argentina os dados obti
126. conex o retirada de conte do e neutralidade da rede No fim de 2012 foram realizadas uma nova rodada de debates online promovidos no site www edemocracia camara gov br e diversas audi ncias p blicas com o objetivo de x discutir os temas do Marco Civil junto comunidade cient fica representantes da sociedade civil e empresas do setor FERREIRA 2014 p 9 Inicialmente assim como a Constitui o Federal o Marco Civil da Internet estabeleceu diversos fundamentos para a disciplina do uso da Internet Dentre este fundamentos se destacam a liberdade de express o prevista no caput do art 2 A legisla o tamb m estabelece como fundamento os direitos humanos o desenvolvimento da personalidade e o exerc cio da cidadania em meios digitais constante do inciso II ambos do art 2 BRASIL 2014 a Esta previs o assim como os fundamentos da rep blica previstos na Constitui o pretende esclarecer quais os valores que o sistema de prote o estabelecido pelas legisla es sobre a tem tica da Internet ter por objetivo resguardar Nestas previs es visualiza se que a autodetemina o informativa que decorre dos direitos liberdade e dignidade da pessoa humana tamb m deve ser contemplada pelas legisla es assim de certa forma esta previs o visa que as futuras legisla es sobre a tem tica concedam ao titular do dado pessoal maior controle sobre as finalidades de sua aplica o Ap s esta previs
127. da percep o de que at mesmo as informa es aparentemente in cuas podem integradas a outras provocar dano ao interessado Efetivo exemplo de capta o de dados que possibilita viola es personalidade do indiv duo atrav s da combina o destes o sistema da empresa Google como afirma Siva Vidhyanathan 2011 p 98 Quanto mais o GOOGLE souber sobre n s mais eficientes ser o seus servi os de propaganda Entender a natureza desse armazenamento de perfis e da segmenta o do consumidor o primeiro passo para entender a googleliza o de n s Nossa f cega no Google deu empresa condi es de afirmar que oferece aos usu rios um controle substancial sobre o modo como suas a es e prefer ncias s o coletadas e utilizadas E conclui 2011 p 113 afirmando que A vigil ncia maci a est presente na vida humana desde o s culo XVIII As ferramentas digitais simplesmente tornaram mais f cil coletar misturar e vender bases de dados Paul Virilio 1999 p 61 esclarece que a quest o da autoexposi o na atual sociedade tem uma explica o psicol gica Com esse voyeurismo a tele vigil ncia adquire um novo sentido n o se trata mais de se prevenir contra uma intrus o criminosa mas de partilhar suas ang stias seus fantasmas com toda uma rede gra as superexposi o de um lugar da vida Como afirma Paula Sibila in LEMOS CUNHA 2003 p 150 64 As possibilidades inaugur
128. dados figurem em documentos acess veis ao p blico ou tenham sido facilitados pelos pr prios titulares ou seja que o titular voluntariamente tenha autorizado o acesso aos seus dados Mesmo no caso de autoriza o expressa para a obten o e uso dos dados o titular poder em qualquer tempo ter acesso ao que foi recolhido bem como solicitar que as informa es referentes a sua pessoa sejam retiradas daquele banco de dados Viasualiza se portanto que a legisla o argentina n o optou por vedar o Database Marketing somente limitou o seu exerc cio o que para aquele pa s mostrou se a melhor solu o para aliar os interesses econ micos dos detentores de bancos de dados com os direitos fundamentais dos titulares Para o exerc cio dos direitos ao acesso e as consequentes possibilidade de retifica o supress o atribui o de confidencialidade dentre outros a legisla o argentina estabelece uma a o espec fica em seu artigo 34 ARGENTINA 2014 La acci n de protecci n de los 15 Tradu o do pesquisador 1 Na cole o de domic lios compartilhamento de documentos publicidade ou vendas diretas e atividades similares podem ser processados dados adequados para estabelecer determinados perfis com fins promocionais comerciais ou de publicidade ou para estabelecer h bitos quando aparecem em documentos publicamente dispon veis ou foram fornecidas pelo titular com o seu consentimento 2 Nos casos referidos no caput dest
129. datos no podr hacerse por medios desleales fraudulentos abusivos extorsivos o en forma contraria a las disposiciones a la presente ley Los datos deber n ser exactos y actualizarse en el caso en que ello fuere necesario Cuando se constate la inexactitud o falsedad de los Tradu o do pesquisador qualquer informa o relativa a pessoas f sicas ou jur dicas identificadas ou identific veis 5 Tradu o do Pesquisador Os dados pessoais que revelem a origem racial ou tnica opini es pol ticas cren as religiosas ou morais filia o sindical e dados relativos sa de ou vida sexual i Tradu o do Pesquisador um direito do titular do dado ser informado do car ter sens vel deste dado sendo este car ter determinante para se identificar a obrigatoriedade ou faculdade de fornecimento do dado 101 datos el responsable del tratamiento en cuanto tenga conocimiento de dichas circunstancias deber suprimirlos sustituirlos o completarlos por datos exactos veraces y actualizados Asimismo deber n ser eliminados aquellos datos que hayan caducado de acuerdo a lo previsto en la presente ley Aqui de forma semelhante legisla o argentina a legisla o uruguaia tamb m refere qualidades que os dados devem ter determinando que eles devem ser precisos adequados equilibrados e n o excessivos em rela o finalidade de sua capta o Al m disto veda claramente a utiliza o de meios fraudule
130. de contribui o tem tica aqui tratada por isso estas previs es n o ser o objeto de coment rios 112 Los sujetos legitimados activos en la acci n son el titular de los datos a n fallecido y sus representantes El legitimado pasivo lo ser el responsable de la base de datos m s all de los eventuales citados en garant a y otros posibles responsables como los cesionarios y encargados de datos ete Por fim a ltima quest o relevante a ser tratada ser a do rg o de controle previsto na lei uruguaia no art 31 URUGUAI 2014 Cr ase como rgano desconcentrado de la Agencia para el Desarrollo del Gobierno de Gesti n Electr nica y la Sociedad de la Informaci n y del Conocimiento AGESIC dotado de la m s amplia autonom a t cnica la Unidad Reguladora y de Control de Datos Personales Esta ag ncia funcionar assistida por um conselho consultivo formado por cinco membros provenientes do Poder Judici rio do Minist rio P blico da rea acad mica do setor privado e pelo pr prio presidente da AGESIC que ser o seu presidente tudo conforme previs o do art 32 URUGUAI 2014 Por m a previs o mais relevante da legisla o uruguaia quanto a este rg o de controle se refere a suas atribui es e compet ncias que est o previstas no art 34 URUGUAI 2014 El rgano de control deber realizar todas las acciones necesarias para el cumplimiento de los objetivos y dem s disposiciones de la
131. de prote o privacidade enquanto que l ele determina que estes termos possam ter documentos espec ficos mas que n o necessariamente ir o excepci n los da aplicabilidade do termo geral Em continuidade o documento TERRA BRASIL 2014 a determina que Listamos abaixo informa es essenciais para uma navega o livre e consciente Por favor leia com aten o pois estas disposi es regulam a sua rela o com o portal TERRA O in cio do termo j reflete a realidade jur dica de um pa s que n o conta com uma legisla o espec ficia 140 de prote o de dados pessoais pois n o refere expressamente sobre a exist ncia ou a efic cia de um n vel legal m nimo de prote o de dados pessoais Ao afirmar que as previs es do termo ir o regular a rela o entre o usu rio e o provedor de acesso Internet o documento reconhece que atualmente esta rela o n o conta com qualquer previs o legal espec fica que ampare os direitos fundamentais do cidad o internauta O termo deveria ser adaptado ap s a publica o do Marco Civil da Internet pois atualmente a prote o de dados pessoais passou a ter algumas previs es em normas infraconstitucionais que a amparam O referido documento TERRA BRASIL 2014 a esclarece como o usu rio ir compartilhar as informa es com o Terra que acontecer das seguintes formas Ao fornecer informa es pessoais por meio de cadastros Ao criar uma conta pr pria para n
132. de verificar a implementa o de SSL para registrar porque a p gina de inscri o come a com https em vez de http ambientes inseguros e um pequeno cadeado fechado aparecer na inferior do seu navegador N o obstante o usu rio deve estar ciente de que as medidas de seguran a na Internet n o s o inexpugn veis 135 todo momento a cualquiera o todas las cesiones precitadas mediante el ejercicio de sus derechos seg n se detalla m s abajo TERRA ARGENTINA 2014 Portanto o termo autoriza a cess o de dados pessoais a empresas pertencentes ao mesmo grupo econ mico do Terra a Telef nica S A por m vincula esta utiliza o quelas finalidades constantes no presente termo Esta previs o traz um car ter positivo pois estende a estas empresas todas as obriga es constantes no termo tornando as tamb m respons veis pelo cumprimento das finalidades expressas quando da capta o dos dados pessoais o que estende um m nimo de prote o a todo e qualquer tratamento que tais informa es venham a submeter Por m esta previs o assim como a possibilidade de utiliza o dos dados para ofertas de servi os de terceiros tamb m enfraquece o sistema de prote o pois amplia excessivamente um dos polos vinculados pelo termo de consentimento livre e informado fornecido pelo titular dos dados Quanto os direitos de acesso cancelamento retifica o ou oposi o o Termo refere que Los Usuarios tienen reconoci
133. dente O condicionamento operante essencialmente caracterizado pela liga o entre uma resposta operante e o refor o sendo a primeira a condi o do segundo DORON PAROT 2001 p 554 Dentro da quest o do condicionamento operante poss vel identificar aquilo que na Psicologia denomina se biofeedback que decorreu do termo feedback desenvolvido pelo matem tico Norbert Weiner apud DAVIDOFF 1983 p 163 que significa o m todo de controlar um sistema reinserindo nele os resultados de seu desempenho anterior No caso o biofeedback significa uma forma de ensinar os indiv duos a controlar os processos corporais fornecendo uma informa o sistem tica sobre o que uma determinada 59 parte est fazendo sendo esta t cnica utilizada no tratamento de diversos tipos de enfermidades Pode se dizer que a terapia cognitiva baseia se no modelo cognitivo que levanta a hip tese de que as emo es e comportamentos das pessoas s o influenciadas por sua percep o dos eventos BECK 1997 p 29 Como esclarece Judith T Beck 1997 p 29 O modo como s pessoas se sentem est associado ao modo como elas interpretam e pensam sobre uma situa o A situa o em si n o determina diretamente como elas se sentem sua resposta emocional intermediada por sua percep o da situa o Por fim o terceiro processo de aprendizagem denominado pela Psicologia de aprendizagem por observa o e oc
134. der os direitos nele garantidos B A emitir regras e regulamentos a serem observados no desenvolvimento das atividades abrangidas pela presente lei C Realizar um banco de dados do censo feito pela lei e manter um registro permanente deles D Monitorar o cumprimento das regras sobre a integridade precis o e seguran a dos dados por parte dos respons veis dos bancos de dados tais efeitos podem tomar as a es de inspec o em causa E Pedir mais informa es a entidades p blicas e privadas que por sua vez devem fornecer os registros documentos programas ou outros itens relativos ao tratamento de dados pessoais Nesses casos a autoridade deve garantir a seguran a e confidencialidade dos elementos de informa o fornecida F Emitir parecer sempre que for solicitado pelas autoridades competentes incluindo os pedidos de emiss o de san es administrativas em caso de viola o das disposi es da presente lei os regulamentos ou resolu es que regulam o tratamento de dados pessoais inclu da na mesma G Conforme exigido assessorar o Executivo sobre a aprecia o dos projetos de lei que se relacionam no todo ou em parte para a prote o dos dados pessoais H Informar qualquer pessoa sobre a exist ncia de bases de dados pessoais a sua finalidade e a identidade dos respons veis de forma gratuita Tradu o do pesquisador Este rg o criado pela lei 18 331 tem se pronunciado sobre casos de comunica o de dados entre entes
135. devem ter as seguintes caracter sticas devem corresponder realidade serem adequados pertinentes e n o excessivos em rela o ao mbito e prop sito para o qual foram adquiridos Esta previs o revela se extremamente salutar pois homenageia diversos princ pios de prote o de dados pessoais surgidos na Diretiva 95 64 da Uni o Europ ia como a veracidade a pertin ncia e a finalidade Na realidade a exig ncia de qualidade dos dados ser relevante en la medida en que la desatenci n de ese aspecto pueda generar perjuicios a los titulares de los datos Si se trata Tradu o do Pesquisador 1 Os dados pessoais recolhidos para fins de tratamento devem ser verdadeiros adequados pertinentes e n o excessivos em rela o ao mbito e prop sito para o qual foram recolhidos 2 A coleta de dados n o pode ser feita por meio injusto fraudulento ou contr rio s disposi es desta lei 3 Os dados processados n o podem ser utilizados para fins diferentes ou incompat vel com as finalidades para as quais foram obtidos 4 Os dados devem ser precisos e atualizados se tal for necess rio 5 Informa es total ou parcialmente imprecisas ou incompletas devem ser imediatamente removidas e substitu das pelo respons vel pelo arquivo ou banco de dados quando este receber o conhecimento da imprecis o ou imperfei o das informa es que precisa o caso sem preju zo dos direitos do titular referidos no artigo 16 desta lei 6 Os dad
136. didade ao gestor desses dados mas sim para possibilitar o tratamento destas informa es de forma autom tica Al m disto estas TIC tentavam abarcar todo o acumulo cultural produzido pela humanidade at ent o na forma de informa es e dados ao mesmo tempo em que eram desenvolvidas dentro que uma perspectiva cultural altamente vinculada s circunst ncias de tempo e de espa o de seu desenvolvimento inicial Dentre as inven es surgidas durante a revolu o informacional est a rede mundial de computadores Internet que trouxe uma possibilidade de comunica o simult nea jamais presenciada pela humanidade A Internet baseada em uma linguagem determinada em bits e desta forma duas consequ ncias imediatas podem ser observadas por Nicholas Negroponte 1995 p 23 Em primeiro os bits misturam se sem qualquer esfor o Come am a mesclar se e podem ser utilizados e reutilizados em seu conjunto ou separadamente Em segundo lugar nasce um novo tipo de bit um bit que conta sobre outros bits informa o para organiza o de informa o Inicialmente a Internet prenunciava uma nova era onde a liberdade de express o poderia se difundir atrav s do planeta sem depender da m dia de massa uma vez que muitas pessoas podiam interagir com outras tantas de maneira irrestrita Da mesma forma a privacidade era protegida pelo anonimato da comunica o e pela dificuldade de investigar as origens e identificar o conte do d
137. do efetivo controle de suas informa es pessoais que ele verdadeiramente poder exercer a sua autodetermina o informativa e fortalecer a prote o a sua privacidade mesmo em face da sociedade informacional pois somente desta forma a premissa de respeito autodetermina o informativa tratada no primeiro cap tulo ser efetivamente respeitada Devido a esta distin o entre os n veis de prote o constatou se na parte final do segundo cap tulo que os termos de pol tica de privacidade nos pa ses analisados tendem a refletir um desn vel na prote o dos direitos do usu rio internauta Nos pa ses que contam com legisla es espec ficas sobre a mat ria e que trazem uma previs o clara do direito ao acesso e seus consect rios os termos tendem a ter um car ter de maior oficialidade e a gerar obriga es tamb m ao provedor que os produziu Dessa forma os termos se mostram mais protetivos ao titular como ocorre com a Argentina e com o Uruguai 154 conforme se verificou pela analise da Pol tica de Privacidad disponibilizada pelo portal Terra em ambos os pa ses Contudo quando se visualiza uma legisla o esparsa quanto mat ria e que prev de forma pouco clara o acesso s informac es pessoais os termos de pol tica de privacidade tendem a ser pouco protetivos e n o estabelecer responsabilidades muito claras aos provedores esfor ando se mais em delegar obriga es aos pr prios usu rios como no ca
138. dores e os usu rios por m n o objetiva precisamente a prote o privacidade Essa constata o poss vel a partir das suas lacunas pois n o veda por exemplo a cess o destes mesmos dados de conex o a outros entes cingindo se aparentemente a uma correta rela o contratual mas n o necessariamente a uma precisa prote o de direitos fundamentais Outra quest o que o Projeto de Lei n 4 060 de 2012 tamb m pretendia definir o conceito de dado pessoal sens vel Ele afirma que esta categoria seria pertinente s informa es relativas origem social e tnica informa o gen tica orienta o sexual e s convic es pol ticas religiosas e filos ficas do titular conforme art 7 incico II BRASIL 2014 b Da mesma forma que o conceito de dado pessoal a previs o que definiria dado pessoal sens vel tamb m limitou excessivamente o alcance da prote o pois nada refere suscetibilidade desta esp cie de dados causarem discrimina o ou n o 2 A raz o de existir uma categoria de dados pessoais que recebem um grau de prote o mais elevado e s o considerados dados sens veis a sua suscetibilidade de causar discrimina o Por m identifica se um problema quando a conceitua o de dados pessoais sens veis elenca uma s rie de exemplos sem referir que estes n o excluem quaisquer outros suscet veis de causar discrimina o Por exemplo a legisla o n o refere nada a respeito dos padr
139. dos que em conjunto ou isoladamente a depender da forma de tratamento por exemplo o n mero de acessos em determinados sites ir o possibilitar que ocorra a viola o aos dados pessoais sens veis A garantia da autodetermina o informativa foi um dos objetivos primordiais da Lei n 12 965 de 23 de Abril de 2014 Marco Civil da Internet tal constata o decorre do rol de direitos dos usu rios previstos no art 7 BRASIL 2014 a cujo caput determina que acesso Internet essencial ao exerc cio da cidadania e ao usu rio s o assegurados os seguinte s direitos Conforme o inciso I o primeiro direito seria a inviolabilidade da intimidade e da vida privada sua prote o e indeniza o pelo dano material ou moral decorrente de sua viola o Desta forma Embora a prote o intimidade e vida privada esteja prevista na Constitui o Federal em seu art 5 inc X o Marco a primeira lei infraconstitucional que regulamenta o tema e bem esclarece ser cab vel indeniza o por dano moral ou material decorrente de viola es intimidade e vida privada no mbito da Internet JESUS MILAGRE 2014 p 18 A referida previs o tem a sua import ncia visto que as indeniza es por viola o de direitos fundamentais ocorridas no ambitente virtual ainda encontram resist ncia na comunidade jur dica brasileira sobretudo pelas dificuldades que existem na localiza o dos 113 E essencial referir qu
140. dos pessoais Em conseguinte o Terra brasileiro divide o termo em dois documentos referindo que pretende proteger a privacidade dos seus usu rios no denominado Termo de Uso e remetendo as peculiaridades desta prote o a um segundo documento denominado Aviso Legal Os principais problemas surgem na forma como foi redigido este segundo documento visto que se visualiza que foi produzido unilateralmente com o intuito exclusivo de gerar obriga es ao usu rio e isentar ou minorar as responsabilidades do pr prio portal quando do compartilhamento de informa es pessoais Extrai se do texto do Aviso Legal que ele n o faz qualquer refer ncia expressa ao direito do usu rio acessar os seus dados pessoais e consequentemente deixa de prever os direitos do titular retific los atualiz los ou simplemente suprimi los quando entender pertinente Com isso o internauta n o consegue exercer de forma aut noma o controle sobre eles O teor do documento argentino permite que o usu rio efetivamente demande do portal o respeito sua autodetermina o informativa o que n o ocorre no termo do mesmo portal no Brasil Quanto tem tica da presente pesquisa a maior distin o entre os referidos documentos que o termo disponibilizado na Argentina e no Uruguai em decorr ncia das pr prias legisla es protetivas destes pa ses n o visa convencer o usu rio a submeter se segmenta o comportamental de modo que n o i
141. dos por fontes de livre acesso n o necessitam de consentimento por m no Uruguai esta exce o exige que os dados estejam em m dias de massa o que reduz o mbito de aplica o desta exce o Outra distin o refere se a ltima exce o constante na legisla o uruguaia que afirma ser desnecess rio o pr vio consentimento quando o tratamento feito por ente singular ou coletivo exclusivamente para o seu uso pessoal ou dom stico Nesta previs o a lei uruguaia estendeu excessivamente o mbito de aplica o da exce o referente ao uso dom stico N o se est a afirmar que necesariamente a legisla o deveria adentrar em previs es minuciosas sobre todas as hip teses poss veis de aplica o visto que isto prejudicaria a sua pr pria efetividade para tratar de um tema em constante evolu o e que ainda sofre um momento de transi o com o desenvolvimenteo de novas TIC Por m como se trata de uma exce o a uma regra que protege direitos fundamentais exige se que o int rprete n o amplie excessivamente o seu alcance sob pena de tornar a regra geral que veda o tratamento n o consentido de tais dados uma exce o Portanto seria salutar que a legisla o ao menos quando traz esta exce o especificasse o conceito do uso dom stico ou definisse este termo no dispositivo anterior que trata das defini es o que n o o fez Ainda esta ltima exce o n o referiu como funcionaria a transmiss o de dados utiliz
142. dos y podr n ejercitar los derechos de acceso cancelaci n rectificaci n y oposici n as como tienen reconocido el derecho a ser informados de las cesiones realizadas contactando con TERRA a trav s del correo electr nico http www terra com ar mensajes app formulario Esta previs o um reflexo claro da legisla o argentina pois garante expressamente o direito ao acesso e os seus consect rios retifica o atualiza o supress o Por outro lado o termo erra ao vincular um meio espec fico para o exerc cio destes direitos quando a pr pria legisla o daquele pa s estabelece que o acesso deve ser concedido ao titular atrav s do meio que ele escolher e n o atrav s da forma estabelecida unilateralmente pelo Termo de Pol tica de Privacidade Tradu o do pesquisador TERRA poder ceder se for o caso os dados pessoais a empresas do Grupo Telef nica com os mesmos fins que os indicados para a coleta de dados pessoais do TERRA em rela o aos seus produtos e servi os Para os efeitos desta Pol tica de Privacidade s o consideradas empresas do grupo TELEFONICA as empresas em que a empresa m e TERRA ou aquele grupo Telef nica SA direta ou indiretamente Em alguns casos al m disso prop e se a transfer ncia de dados pessoais a terceiros Se for o caso isto ser devidamente informado aos usu rios nas formas de recolha de dados pessoais juntamente com a identifica o da empresa atribuir e tal te
143. e Internet diretamente atrav s dos provedores de backbone por m como os custos para este tipo de estrutura ultrapassam a casa dos milh es de reais n o uma tecnologia utilizada de pela grande maioria da popula o 29 Diante disso o internauta comum precisa contar com um ente que intermedia esta rela o entre a estrutura da Internet contratando um provedor de backbone para que este acesso ocorra a um pre o razo vel O provedor de acesso um varejista de conectividade Internet e como tal opera em diversas escalas possibilitando o acesso a um ou poucos computadores at tornando poss vel a conex o de uma ampla rede formada por centenas de m quinas CARVALHO 2001 p 158 Estes provedores de acesso podem livremente estabelecer os pre os pela intermedia o desta conex o e tal liberdade fundamental para possibilitar que uma amplitude cada vez maior de sujeitos tenham acesso a tal servi o e consequentemente possam tornar se usu rios da Internet Esta diversidade no acesso decorre de uma realidade onde o uso de tais tecnologias varia entre os indiv duos Alguns utilizam a rede como instrumento de trabalho outros como forma de socializarem se outros como meio de entretenimento enfim para as mais diversas finalidades Todos t m o direito de que seja cobrado um pre o justo levando se em considera o a utiliza o que d para a Internet Portanto o papel primordial do provedor de acesso possi
144. e o da privacidade passou a ser caracterizada para al m de um mero direito n o interven o na esfera ntima da personalidade como o tradicional direito de ser deixado s tamb m um direito de interven o no tratamento dado tanto a n vel f sico como digital s informa es de car ter pessoal RODOTA 2008 Deste modo a antiga no o de princ pio da prote o privacidade como um mero impedimento de viola es indevidas uma aplica o negativa com o aprofundamento deste princ pio decorrente do avan o das tecnologias informacionais ganhou a sua autonomia como direito fundamental pr prio referindo se prote o de dados pessoais O presente cap tulo trata do embate entre uma realidade que tende cada vez mais vigil ncia e ao controle por entes p blicos e privados justificando se sempre na necessidade de uma maior seguran a em face da defesa de um novo direito surgido da evolu o do princ pio da privacidade o direito prote o de dados pessoais 16 1 1 1 Da revolu o informacional Internet entendendo os novos cen rios Tecnologia e humanidade retratam uma rela o que se estende h muitos s culos e que gera muita teoriza o ou seja surgem novas teorias sobre essa rela o e essas s o superadas na mesma velocidade com que s o desenvolvidas as TIC Todavia h algo em comum em todas essas teoriza es as tecnologias s o desenvolvidas pelo homem imerso em uma soci
145. e evitar eventuais oposi es pol ticas ideologia que a fundamentava o socialismo Assim os estados que adotavam esta concep o vigiavam indiv duos e organiza es que poderiam se contrapor ao regime socialista impedindo qualquer oposi o ideologia pol tica que estava no poder Uma terceira concep o pol tica a perspectiva de Estado Na o Defende a atua o estatal voltada para a comunidade internacional em uma tica imperialista CHATELET KOUCHER 1983 p 293 E nesta concep o o vigilantismo estatal ganha contornos de pol tica institucional estabelecida que para al m de garantia da seguran a coletiva e individual e de manuten o do discurso pol tico ideol gico adotado pelo Estado torna se uma forma de garantir a continuidade das interven es internacionais praticadas pelos estados dominantes 43 Tal vigilantismo aliado vis o colonialista tornou se mundialmente reconhecido ap s as revela es da espionagem interestatal realizada pelas ag ncias de intelig ncia norte americanas que segundo relatos de um ex agente do servi o secreto daquele pa s espionavam governos pessoas e empresas localizadas em outros pa ses em desenvolvimento Por fim a ltima concep o identificada constitui se em um Estado Cientista CHATELET KOUCHER 1983 p 447 Surge de uma evolu o das concep es anteriores e principalmente da tentativa de solucionar as lacunas existentes nas mesm
146. e a legisla o brasileira nos arts 20 186 e 187 do Codigo Civil BRASIL 2014 e j previa a possibilidade de indeniza es por m n o especificamente quest es envolvendo as TIC como o fez o Marco Civil da Internet 120 x respons veis Por m a prote o privacidade somente ocorrer se a autodetermina o informativa for garantida aos titulares dos dados pessoais como decorr ncia da nova fei o assumida pela privacidade na sociedade informacional RODOT 2008 Outros direitos fundamentais dos usu rios consistem na inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunica es pela Internet salvo por ordem judicial na forma da lei conforme inciso II e na inviolabilidade e sigilo de suas comunica es privadas armazenadas salvo por ordem judicial conforme inciso III ambos do referido art 7 BRASIL 2014 a Tais previs es s o de suma import ncia pois evitam que as comunica es sofram interfer ncia ou ainda que os seus registros sejam violados sem pr via ordem judicial sobretudo considerando que essas comunica es tamb m consistem em dados pessoais dos seus interlocutores Portanto estas inviolabilidades tamb m podem ser identificadas como exemplos de prote o aos dados pessoais Esta ordem judicial que dever ocorrer nos termos do art 22 da mesma legisla o BRASIL 2014 a seria semelhante decis o que autoriza a intercepta o das comunica es telef nicas ou por meios telem
147. e artigo o titular dos dados pode exercer o direito de acesso sem custos adicionais 3 O titular poder a qualquer momento solicitar a remo o ou o bloqueio do nome dos bancos de dados a que se refere este artigo 94 datos personales o de h beas data podr ser ejercida por el afectado sus tutores o curadores y los sucesores de las personas f sicas sean en l nea directa o colateral hasta el segundo grado por s o por intermedio de apoderado Osvaldo Alfredo Goza ni 2011 p 401 afirma que a lei argentina habilita un procedimiento para la proteccion de los datos personales por el que se destaca la amplitude prevista para la legitimaci n activa El derecho a tutelar los datos no se visualiza como un derecho subjetivo individual y personal simo Pareciera plantearse al dato como un problema de propriedade a defender O polo passivo desta demanda ser composto pelos respons veis e usu rios de bancos de dados p blicos e privados conforme artigo 35 ARGENTINA 2014 sendo que a compet ncia ser concorrente entre o ju zo do requerente o domic lio do requerido o lugar onde o ato ou fato ocorreu e ser de livre escolha do autor conforme o artigo 36 ARGENTINA 2014 A compet ncia ser concorrente entre o domicilio do requerido e o lugar onde o ato ou fato ocorreu tem duas implica es importantes para a prote o do direito do cidad o titular dos dados pessoais Em primeiro lugar pois ao ampli
148. e consentimento para a capta o do dado pessoal distingue o tratamento de dados conforme a sua natureza sens vel e n o sens vel al m de prever o direito ao acesso retifica o atualiza o e atribui o de confidencialidade e os instrumentos para o seu exerc cio e por fim traz a previs o da cria o de um rg o estatal de controle espec fico para tratar das quest es pertinentes a referida lei 2 2 2 Os dados pessoais na ordem jur dica do Uruguai a Lei n 18 331 2008 Inicialmente essencial referir que a legisla o uruguaia est sustentada em uma gama de principios de prote o dos dados pessoais a partir dos quais o sistema foi constru do e opta por nomear expressamente estes princ pios em seu art 5 URUGUAI 2014 ao contr rio da legisla o argentina onde a principiologia decorre das previs es legais Z Isso se deve pr pria natureza eminentemente principiol gica daquele sistema jur dico como afirma Hector Delpiano 2003 p 415 Uruguay cuenta con un coherente sistema de protecci n de los derechos fundamentales sustentado en una estructura jur dica cuyo principal pilar est dado por un grupo normativo constituido por los princ pios generales de derecho puedan estos haber tenido reconocimento escrito o no en el marco positivo Sin perjuicio de lo cual la ratificaci n de las convenciones internacionales sobre derechos humanos as como el reconocimiento de los derechos hu
149. e dados uma pr tica empresarial extremamente vantajosa para as empresas e altamente estimulada pelas obras sobre marketing relacional Tal probabilidade decorre de que em uma sociedade capitalista onde existe um real ganho econ mico as empresas tendem a colocar a vigil ncia como um valor acima dos direitos humanos e constitucionais que protegem os dados do cidad o internauta 1 2 2 As influ ncias da Psicologia cognitivo Comportamental nas pr ticas empresariais Para que seja poss vel a compreens o das influ ncias psicol gicas que a segmenta o comportamental submete aos internautas por ela monitorados torna se primordial analisar a 53 tend ncia da psicologia que explica os efeitos desta atua o empresarial ou seja a Psicologia Cognitivo Comportamental E como forma de compreender esta tend ncia s o essenciais os seguintes passos O in cio do estudo deve iniciar se pela interpreta o da Psicologia ap s deve haver o estudo das principais correntes de pensamento que fundaram a Psicologia e por fim uma an lise das suas atuais tend ncias no estudo do comportamento humano Quando se fala em Psicologia deve se consider la um conhecimento poli drico pens la na forma de um calidosc pio Esta ci ncia tem um objetivo est interessada no estudo do comportamento humano portanto tem um m todo pr prio e obedece a um rigor cient fico Ap s todos os movimentos hist ricos que formaram a P
150. e efeito TERRA oferece ao usu rio os recursos t cnicos adequados para que antes pode acessar 132 Verifica se que as disposi es da legisla o argentina influenciaram o referido documento em dois pontos O primeiro refere se exig ncia de consentimento informado quando o termo previamente possibilita ao internauta o acesso a ele compreendendo qual a pol tica a que ficar o submetidos os seus dados Um segundo ponto refere se propriamente s dimens es deste direito de informa o quando afirma que o usu rio ter direito de entender se os questionamentos s o volunt rios ou obrigat rios sendo que no caso os sistemas vinculados ao Terra preferem obter informa es dos usu rios de forma volunt ria A terceira previs o claramente protetiva do referido documento afirma que o usu rio n o poder sofrer perda na qualidade do servi o caso voluntariamente opte por n o ceder seus dados pessoais assim o termo privilegia o controle das informa es pessoais pelo titular RODOTA 2008 uma autodetermina o informativa Em continuidade quanto qualidade dos dados pessoais o documento refere El usuario garantiza que los Datos Personales facilitados a TERRA son veraces y se hace responsable de comunicar a sta cualquier modificaci n en los mismos La recogida y tratamiento automatizado de los Datos Personales tiene como finalidad el mantenimiento de la relaci n contractual en su caso establecida con TERRA la gesti
151. e ela verdadeira pois n o se pode esperar que os provedores de acesso internet revelem ao consumidor o real objetivo da capta o dos dados pessoais j que o pr prio termo afirma que estas informa es pessoais tamb m poder o servir para o desenvolvimento e oferta de outros servi os A refer ncia de que a possibilidade de o usu rio moldar a sua navega o em rela o aos dados que lhe s o relevantes bem como que a utiliza o das informa es compartilhadas concede a ele uma autodetermina o do uso de suas informa es n o estando completamente correta pois na realidade a nica escolha que cabe ao usu rio a navega o an nima ou n o N o h qualquer previs o de que o usu rio poder acessar livremente as informa es registradas tampouco que ele poder retific las Portanto efetivamente ele n o molda a sua navega o apenas opta por ela ser an nima ou n o Tamb m aparece a previs o de que o Terra poder ceder os dados dos usu rios a outras empresas pertencentes ao mesmo grupo econ mico ou a terceiros por m refere que sempre dever ser respeitada a finalidade estrita do compartilhamento bem como dever ser recolhida anu ncia expressa do usu rio Contudo em momento algum o documento traz a defini o destes terceiros ou seja s informa es pessoais do internauta poder o se submetidas a tratamento por empresas sem que ele consinta e tampouco tenha conhecimento o que atinge a autod
152. e mensagens transmitidas com o uso de protocolos da Internet O fen meno da inform tica PEREZ LUNO 2005 p 343 possibilitou uma verdadeira revolu o no mbito dos m todos tradicionais para a organiza o registro e utiliza o das informa es A dimens o quantitativa das informa es que podem ser armazenadas e transmitidas de tal magnitude que chegou a um patamar que obriga relacionar os problemas entre a privacidade e a inform tica a partir de um novo prisma isto as quest es jur dicas e pol ticas devem ser respondidas de forma a respeitar a realidade do tr nsito dessa quantidade de informa es reconstruindo direitos e conceitos Os j afirmados fundamentos de liberdade na Internet tamb m t m sido desafiados pelas TIC e regula es visto que a aplica o de software pode ser sobreposta em camadas 23 nos protocolos da Internet tornando poss vel identificar rotas de comunica o e conte do controlando e vigiando o que os indiv duos acessam e afirmam na rede Essa nova tecnologia comporta a atua o de novos atores que ir o intermediar dos computadores dos indiv duos visto que ela pode ser compreendida como uma rede internacional de computadores conectados entre si hoje um meio de comunica o que possibilita o interc mbio de informa es de toda a natureza em escala global com um n vel de interatividade jamais visto anteriormente LEONARDI 2005 P 1 Inicialmente a Ag ncia Naci
153. e nestas Diretivas a necessidade de harmoniza o das legisla es dos Estados Partes necessidade que vai ao encontro da prote o de dados pessoais dentro do ambiente virtual na medida em que perante a rede mundial de computadores de pouco valem as fronteiras nacionais Desse modo qualquer tentativa em mbito nacional de estabelecer um marco regulat rio capaz de proteger os dados pessoais individuais dos internautas deve estar adequada s legisla es dos demais pa ses sob pena de ser juridicamente ineficaz considerando que os dados podem instantaneamente transitar dentro do espa o virtual que n o est localizado necessariamente dentro do territ rio de qualquer dos estados nacionais Al m disto os maiores intermedi rios do acesso Internet geralmente est o concentrados em determinados estados nacionais e como intermedi rios dentre os quais os provedores de acesso essenciais para o presente trabalho acabam captando e manejando uma imensa quantidade de dados pessoais de indiv duos que n o necessariamente est o dentro destas mesmas fronteiras nacionais Ent o a prote o de dados necessita essencialmente de uma harmoniza o de tratamento normativo Tal harmoniza o de tratamento consiste em uma das principais justificativas do presente estudo comparado que objetiva analisar a condi o de prote o do internauta latino americano nos pa ses analisados integrantes do Mercosul Al m disto dentro de um m
154. e princ pio promove uma despatrimonializa o e uma repersonaliza o do direito civil com nfase em valores existenciais e do esp rito bem como o reconhecimento e desenvolvimento dos direitos da personalidade tanto na sua dimens o f sica como ps quica Dentre os princ pios gerais previstos constitucionalmente e decorrentes deste princ pio fundamental est a id ia de boa f objetiva significando aquelas regras de comportamento Dentre os autores que seguem esta tend ncia poss vel citar Gustavo Tepedino 2001 Paulo Luiz L bo Neto 2003 e Judith Martins Costa 2000 dentre outros 71 referentes eticidade probidade informa o que surgem antes durante e mesmo ap s qualquer neg cio jur dico para al m da tradicional vis o da boa f subjetiva Como esclarece Judith Martins Costa 2000 p 411 A express o boa f subjetiva denota estado de consci ncia ou convencimento individual de obrar a parte em conformidade ao direito sendo aplic vel em regra ao campo dos direitos reais especialmente em mat ria possess ria Por outro lado a boa f objetiva significa modelo de conduta social arqu tipo ou standart jur dico segundo o qual cada pessoa deve ajustar sua conduta a este arqu tipo obrando como obraria um homem reto com honestidade lealdade probidade MARTINS COSTA 2000 p 411 Esta vis o de boa f objetiva como um princ pio capaz de criar deveres que n
155. e relevante tendo em vista que a Uni o Europ ia foi pioneira ao estabelecer uma nova perspectiva de prote o da privacidade a partir da garantia da autodetermina o informativa ou seja por meio do controle pelo usu rio de seus dados pessoais na capta o recolhimento ou tratamento Esta disparidade nos n veis de prote o reflete se nos Termos de Pol tica de Privacidade analisados Enquanto o portal Terra na Argentina e no Uruguai disciplina por meio de um documento formal diversas regras e assume responsabilidades para a prote o da privacidade dos seus usu rios este mesmo ente n o demonstra o mesmo esmero em face do internauta brasileiro O Termo de Pol tica de Privacidade do Terra argentino traz em um nico documento diversas obriga es a ambos os polos da rela o jur dica de compartilhamento de 129 E Eo Como exemplo destas quest es que deveriam receber uma reformulag o poss vel citar o direito ao acesso que no ordenamento jur dico brasileiro ainda persiste sendo regulamentado a n vel infraconstitucional pela lei do habeas data ou seja pela Lei n 9 507 de 1997 uma legisla o estabelecida para o acesso aos bancos de dados f sicos tanto que traz previs es extremamente restritivas quanto identifica o do repons vel pelo banco de dados 149 informa es pessoais Al m disto s o garantidos aos usu rios os direitos ao acesso retifica o supress o dos da
156. e sens veis ou pessoais e n o sens veis essencial para o presente trabalho como esclarece Gon alves 2003 p 90 O conte do dos pr prios dados tamb m suscet vel de determinar um maior ou menor grau de risco para os indiv duos a que os dados dizem respeito A Conven o estabelece que os dados de car ter pessoal que revelem origem racial as opini es pol ticas as convic es religiosas ou outras convic es assim como os dados pessoais relativos sa de ou a vida sexual n o podem ser tratados automaticamente a menos que o direito interno preveja garantias apropriadas O mesmo regime aplica se aos dados de car ter pessoal relativos a condena es penais artigo 2 24 Tais como as condi es de vulnerabilidade econ mica e social capazes de possibilitar a identifica o da necessidade de uma efetiva interven o para garantia de um m nimo de direitos sociais econ micos e culturais seja atrav s de pol ticas p blicas ou mesmo por meio de programas de assist ncias que partam da iniciativa privada 39 Internet dado O direito constitucional garantidor de tais direitos individuais est disposi o da sociedade a fim de coibir que as pr ticas p blicas e privadas na esfera do manuseio da tecnologia da inform tica sejam abusivas atrav s de circunst ncias e par metros mais humanamente civilizados em detrimento do economicamente liberalizado Para T mis Limberger 2007 p 58 a inf
157. eclara o de herdeiros As informa es devem ser fornecidas no prazo de cinco dias teis ap s ter sido solicitado Ap s esse per odo sem a ordem estar satisfeita ou se negada por raz es n o justificadas nos termos desta Lei ser habilitado habeas data As informa es devem ser fornecidas de forma clara livre de codifica es e se for acompanhado de uma explica o em conhecimento leigo da popula o m dia dos termos utilizados A informa o deve ser abrangente e lidar com todo o registro pertencente ao propriet rio mesmo que o nico requisito para compreender um aspecto de dados pessoais Em qualquer caso o relat rio pode divulgar os dados pertencentes a terceiros mesmo quando ligado a essa pessoa A informa o escolha do titular pode ser prestada por escrito por telefone imagem eletr nica ou outro adequado para este fim 107 Nota se que a previs o do direito ao acesso na legisla o uruguaia ao contr rio da legisla o argentina autoriza expressamente que o titular outorgue uma procura o para terceiro ter acesso aos seus dados pessoais que estejam arquivados em bancos de dados p blicos ou privados Assim como na legisla o argentina a legisla o uruguaia tamb m estabelece um limite temporal de seis meses para o exerc cio gratuito do acesso aos dados pessoais pelo que persiste a cr tica sobre tal procedimento j feita anteriormente Quanto transmiss o do direito ao acesso aos herdeiros
158. edade mas tamb m ocasionam o desenvolvimento desse homem e portanto dessa sociedade No momento em que a primeira pedra foi entalhada at ganhar um formato circular e foi utilizada como forma de facilitar a tra o e o transporte os indiv duos que obtiveram essa tecnologia passaram a sofrer altera es em suas no es de espa o que passou a ser percorrido com maior facilidade e de tempo pois esse espa o passou a ser percorrido em menor tempo o que influenciou as suas rela es interpessoais Portanto a evolu o da sociedade a partir de avan os tecnol gicos n o privilegio da atualidade uma vez que a hist ria da humanidade experimentou importantes mudan as devido a descobertas que permitiram o desenvolvimento da civiliza o dentre elas a escrita que propiciou s pessoas evoluir da comunica o oral a uma comunica o gr fica LIMBERGER 2007 p 51 Evolu es sociais decorrentes de avan os tecnol gicos n o constituem uma exclusividade do tempo atual Al m da escrita a m quina vapor ou eletricidade quando do seu surgimento tamb m impulsionaram diversas altera es na sociedade Sem adentrar em abordagens ing nuas e simplistas sobre o poder do desenvolvimento tecnol gico uma obviedade que ao longo do processo evolutivo da humanidade o desenvolvimento cient fico foi uma resposta hist rica a problemas sucessivos de cada poca e contexto hist rico Deste modo a tecnologia corren
159. em 21 de outubro de 2013 DELPIANO Hector Actualidad de La Protecci n de Los datos personales Y del habeas Data em El Uruguay In PALAZZI Pablo A Director Derechos y nuevas tecnolog as Derechos Personal ssimos Buenos Aires Ad Hoc 2003 p 403 580 DONEDA Danilo Da privacidade prote o de dados pessoais S o Paulo Renovar 2006 DORON Roland PAROT Fran oise Dicion rio de Psicologia S o Paulo Ed tica 2001 DWORKIN Ronald Levando os Direitos a S rio Tradu o Nelson Boeira S o Paulo Martins Fontes 2011 ESPANHA Constituci n Espa ola de 1978 Dispon vel em lt http www congreso es consti constitucion indice titulos articulos jsp ini 15 amp fin 29 amp tipo 2 gt Acesso em 15 de maio de 2014 F RNANDES DELPECH Hor cio Internet e su problem tica juridica 2 Edi o Buenos Aires Abeledo Perrot 2004 FERREIRA Jo o Gabriel Lemos Os Direitos da Personalidade em evolu o o direito ao esquecimento In Direito Civil Publica o do XXII Congresso Nacional do CONPEDI UNICURITIBA Dispon vel em lt http www publicadireito com br artigos cod 4a46fbfca3f1465a gt Acesso em 29 de Novembro de 2014 p 94 120 GLOBO Entenda o caso de Edward Snowden que revelou espionagem dos EUA dispon vel em lt http g1 globo com mundo noticia 2013 07 entenda o caso de edward snowden que revelou espionagem dos eua html gt Acesso em 30 de junho de 2014 GON ALVES Maria Eduarda D
160. em raz o do avan o da inform tica converte informa es parciais e dispersas em informa es em massa e organizadas E nestas situa es n o seria aceit vel para este discurso negar aos poderes p blicos o emprego das TIC quando a inten o desses poderes a prote o da coletividade dos mais diversos medos socialmente produzidos O enorme aumento da quantidade de informa es pessoais RODOT 2008 p 28 coletadas por institui es p blicas e privadas visa sobretudo a dois objetivos a aquisi o dos elementos necess rios prepara o e gest o de programas de interven o social por parte dos poderes p blicos e o desenvolvimento de estrat gias empresariais privadas Nas sociedades avan adas e complexas do presente PEREZ LUNO 2005 p 361 a efic cia da gest o administrativa a erradica o de atividades antissociais e delitivas cada vez mais sofisticadas e a pr pria moraliza o da vida c vica exigem contar com um amplo e organizado sistema informativo Nas palavras de Jos Afonso da Silva 2007 p 209 O perigo t o maior quanto mais a utiliza o da inform tica facilita a interconex o de fich rios com a possibilidade de 42 formar grandes bancos de dados que desvendem a vida dos indiv duos sem sua autoriza o e at sem seu conhecimento A vigil ncia mais eficaz aquela que ocorre independente da consci ncia do cidad o o que tornou se mais acess vel com o uso das tecnologias i
161. ente estabelecidos a pondera o de bens e valores para que seja possivel constar se em determinado caso concreto o direito daquele que pretende suprimir os seus dados deve ou n o prevalecer sobre os direitos daqueles titulares dos dados vinculados Por fim tem se a previs o de que os dados devem ser conservados pelo per odo acordado em contrato entre o titular desses direitos e o detentor do banco de dados o que evita que mesmo ap s o fim de determinada contrata o a empresa persista com os dados pessoais de diversos titulares e coibe que ele pratique a segmenta o comportamental il cita Outra previs o pertinente para a tem tica da segmenta o comportamental consta do artigo 27 ARGENTINA 2014 que trata dos arquivos registros ou bancos de dados para a publicidade Por outro lado o quarto tem estende aos cession rios que eventualmente recebam determinado dado pessoal a obriga o de cumprir os pedidos de retifica o de dados pessoais que estejam sob sua guarda 74 Esta podera o deve ser feita apartir dos crit rios da necessidade da adequa o e da proporcionalidade em sentido estrito ALEXY 2008 sempre considerando as peculiaridades do caso concreto como j estudado no capitulo anterior 93 1 En la recopilaci n de domicilios reparto de documentos publicidad o venta directa y otras actividades an logas se podr n tratar datos que sean aptos para establecer perfiles determinados con fines promocion
162. ente virtual exigem constante acompanhamento e debate cujos resultados s o respostas provis rias e sem pretens o de generaliza es Espera se que com vistas a estas conclus es pa ses que ainda n o regulamentaram especificamente a mat ria a exemplo do Brasil optem por faz lo sendo que o recente arquivamento do Projeto de Lei de Prote o de Dados analisado e a cria o de um grupo de estudos proposto pelo Minist rio da Justi a com o objetivo de produzir um novo anteprojeto de lei surgem como demonstrativos de que talvez este caminho seja seguido Nesse contexto entende se que observadas as peculiaridades do Brasil e consideradas as contribui es dos atores sociais na produ o desse novo anteprojeto a regula o dos dados pessoais no Brasil n o pode ignorar as experi ncias dos pa ses parceiros do MERCOSUL em especial aqueles que j foram considerados pela Uni o Europ ia como tendo uma prote o de dados pessoais adequada analisados no presente trabalho Defende se a posi o de que conste no anteprojeto uma previs o expressa que garanta ao titular o direito ao acesso retifica o atualiza o e exclus o de seus dados respeitando se a autodetermina o informativa dos titulares assim como seja prevista uma inst ncia administrativa respons vel tanto pela fiscaliza o da atua o dos provedores quanto pelo recebimento e processamento de reclama es por parte do titular cujos dados foram violados Esse p
163. entendida como o mundo virtual Para uma compreens o deste cen rio onde se estabeleceu a Revolug o Informacional importante identificar a denominada cultura universal sem totalidade Esta vis o de universal sem totalidade importante para a compreens o do fen meno informacional pois assim como as tecnologias surgidas neste per odo buscavam ter um alcance global elas tentavam auxiliar o seu pr prio desenvolvimento sendo autorreflexivas E a import ncia da compreens o deste cen rio justifica se pela quest o de que nunca antes na hist ria da humanidade CASTELLS 2003 A tecnologias foram desenvolvidas de uma forma massiva n o com o objetivo de utilizac o direta pelo homem mas sim para o desenvolvimento de outras tecnologias 6 Nesta proposi o o universal significa a presen a virtual da humanidade em si pr pria O universal inclui o aqui e agora da esp cie o seu ponto de encontro um aqui e agora paradoxal sem lugar nem tempo claramente assinal veis O que ent o totalidade Trata se da unidade estabilizada do sentido de uma diversidade Que esta unidade ou esta identidade sejam org nicas dial ticas ou complexas mais do que simples ou mec nicas n o altera nada trata se sempre de uma totalidade isto uma compartimenta o sem ntica englobante L VY 2005 p 273 274 22 Na quest o dos dados esta percep o essencial pois muitos sistemas surgiram n o para facilitar ou trazer alguma como
164. entina e visam subsidiar o int rprete na compreens o do restante da legisla o visualizando se que a norma uruguaia tamb m parte da distin o entre dados sens veis e n o sens veis para regulamentar esta quest o c Constitui se em un derecho del titular del dato que se le informe el car cter de sensible del mismo Ello determinar la obligatoriedad o facultad para responder al interrogatorio DAPKEVICIUS 2014 A carateriza o em dados sens veis ir ocasionar uma distin o no tratamento destas informa es que influenciar diretamente no grau de autonomia que ser concedido ao respons vel pelo banco onde aquela informa o pessoal ficar registrada portanto o titular deve ter conhecimento de que o dado cujo tratamento esta consentindo considerado ou n o sens vel nos termos da legisla o E este conte do espec fico da informa o concedida pelo usu rio se o dado ou n o sens vel ser apresentada a partir da obrigatoriedade ou n o do question rio de obten o da informa o ou da exist ncia de san o pela recusa Outra disposi o que merece refer ncia a que trata da qualidade do dado ou como afirma o art 7 URUGUAI 2014 do princ pio da veracidade do dado Los datos personales que se recogieren a los efectos de su tratamiento deber n ser veraces adecuados ecu nimes y no excesivos en relaci n con la finalidad para la cual se hubieren obtenido La recolecci n de
165. entre as quais a argentina incluyen expresamente en la definici n de datos personales no s lo a los registrados en documentos escritos o soportes inform ticos sino tambi n a los constituidos por im genes y sonidos CARBO 2001 p 65 Dado sens vel conforme o mesmo dispositivo significa Datos personales que revelan origen racial y tnico opiniones pol ticas convicciones religiosas filos ficas o morales afiliaci n sindical e informaci n referente a la salud o a la vida sexual ARGENTINA 2014 Hor cio Fern ndez Delpech 2004 p 294 afirma que Para la ley argentina son unicamente datos sensibles los que revelan origen racial y tnico opiniones politicas convicciones religiosas filos ficas o morales afiliaci n sindical e informaci n referente a la salud e a la vida sexual El texto de la ley nos indica que se trata de una enumeraci n taxativa de los datos que se consideran sensibles No se trata de una enumeraci n meramente enunciativa 4 Tradu o do pesquisador qualquer informa o determinada ou determinavel relativa a pessoas f sicas ou de exist ncia ideal Traduc o do pesquisador o eixo de prote o de dados passa pela prote o da informa o pessoal Se n o h dado pessoal ou se estes dados est o dissociados ou s o considerados an nimos ou se tratam de estat sticas impessoais n o cabe invocar a prote o da lei para isto Tradu o do pesquisador incl
166. er interpuesta por sus representantes legales o los apoderados designados a tales efectos 2 Quanto a estas regras de legitimidade Rub n Flores Dapkevicius 2014 afirma que 102 Tradu o do Pesquisador O titular dos dados pessoais pode ajuizar a o para a prote o de dados pessoais ou habeas data contra todos respons veis por uma base de dados p blica ou privada obedecendo as seguintes premissas A Quando quiser saber os seus dados pessoais que est o registrados em um banco de dados ou as informac es de como e tal foi negado ou n o tenha sido fornecido pelo respons vel pelo banco de dados conforme as previs es e limites desta lei B Quando solicitado ao chefe do banco de dados retifica o atualiza o elimina o adi o ou remo o e este n o o tenha feito no prazo legal ou tenha apresentado raz es insuficientes para deixar de faz lo 10 Tradu o do Pesquisador A a o de habeas data poder ser exercida pelo propriet rio dos dados em quest o seus representantes ou encarregados de educa o e se pessoas mortas por seus sucessores universais em linha reta ou colateral at o segundo grau pessoalmente ou por procura o No caso de pessoas coletivas a a o deve ser apresentado por seus representantes legais ou respons veis designados para o efeito 104 Outras quest es processuais previstas nos arts 40 a 45 da lei uruguaia n o diferem da legisla o argentina al m de n o trazerem gran
167. eram diferentes servi os aos seus clientes tais como hospedagem de web sites manuten o de contas de e mail conte do exclusivo servidores para fins espec ficos etc Os backbones representam o n vel m ximo na hierarquia t cnica de uma rede de computadores s o na realidade estruturas f sicas formadas por cabos de fibra tica de alta velocidade por onde trafegam a quase totalidade dos dados transmitidos atrav s da Internet VOGAS NEUMARY 2009 p 3966 Estes backbones s o administrados por pessoas jur dicas que efetivamente det m a propriedade da estrutura f sica capaz de manipular grandes volumes de dados atrav s de roteadores de tr fego interligados por circuitos de alta velocidade e que disponibilizam a t tulo oneroso tais estruturas aos provedores de acesso e de hospedagem Geralmente as conex es Internet ocorrem atrav s de provedores de backbone que n o s o de conhecimento do usu rio final Estas estruturas s o negociadas com os provedores de acesso respons veis por manter os usu rios conectados ao sistema Conforme a Rede Nacional de Pesquisa RNP este provedor uma Entidade mantenedora de rede de longa dist ncia W AN de mbito multiregional ou nacional com o objetivo b sico de repassar conectividade rede atrav s de v rios pontos de presen a judiciosamente distribu dos pela regi o a ser coberta BRASIL 2014 A p 7 As pessoas f sicas ou empresas obviamente podem conectar s
168. erizando como um mero sistema linear de comunica o Portanto n o existe uma rede de Internet mas sim diversas teias que se conectam entre si atrav s dos chamados pontos de acesso NAPs que t m a fung o primordial de possibilitar a conex o de computadores que n o est o integrados na mesma rede CARVALHO 2001 p 160 Os diferentes provedores precisam de diversos POPs localizados nas principais regi es do pa s locais onde h uma grande quantidade de computadores com uma alta capacidade de processamento que s o respons veis pelas conex es dos usu rios daquelas localidades Na realidade os provedores de backbone t m o papel fundamental de possibilitar tecnicamente a conex o entre computadores seja pela estrutura de cabos de fibra tica ou pelos supercomputadores que possuem a conex o entre diferentes provedores de acesso VOGAS NEUMARY 2009 p 3966 Na rede mundial de computadores centenas de provedores s o conectados a pontos de acesso rede em diversas cidades com enorme quantidade de dados trafegando entre as redes em tais pontos Assim a Internet representa um grande conjunto de redes de computador as quais se comunicam por interm dio de pontos de acesso permitindo assim que cada computador na rede se conecte a qualquer outro LEONARDI 2005 p 6 Al m dos backbones que servem como estruturas de conex o para o controle do tr fego de informa es entre diferentes computadores s o necess rias estrut
169. ermina o informativa PEREZ LUNO 2005 como tamb m uma forma de vincular aquele que capta estes dados a garantir a efetividade dessas prerrogativas Outro ponto de destaque da legisla o argentina a preocupa o com os dados sens veis pois na forma das previs es do artigo 7 ARGENTINA 2014 1 Ninguna persona puede ser obligada a proporcionar datos sensibles 2 Los datos sensibles s lo pueden ser recolectados y objeto de tratamiento cuando medien razones de inter s general autorizadas por ley Tambi n podr n ser tratados con finalidades estad sticas o cient ficas cuando no puedan ser identificados sus titulares 3 Queda prohibida la formaci n de archivos bancos o registros que almacenen informaci n que directa o indirectamente revele datos sensibles Sin perjuicio de ello la Iglesia Cat lica las asociaciones religiosas y las organizaciones pol ticas y sindicales podr n llevar un registro de sus miembros 4 Los datos relativos a antecedentes penales o contravencionales s lo pueden ser objeto de tratamiento por parte de las autoridades p blicas competentes en el marco de las leyes y reglamentaciones respectivas Tradu o do pesquisador 1 Ningu m pode ser obrigado a fornecer dados sens veis 2 Os dados sens veis s podem ser recolhidos e tratados por raz es imperiosas de interesse geral autorizado por lei Eles tamb m podem ser tratados com fins estat sticos ou cient ficos quando os seus titular
170. ero Con este objeto TERRA le proporciona a los Usuarios los recursos t cnicos adecuados para que con car cter previo puedan acceder a este aviso sobre la Pol tica de Privacidad o a cualquier otra informaci n relevante y puedan prestar su consentimiento a fin de que TERRA proceda al tratamiento automatizado de sus Datos Personales Salvo en los campos en que se indique lo contrario las respuestas a las preguntas sobre Datos Personales son voluntarias sin que la falta de contestaci n implique una merma en la calidad o cantidad de los servicios correspondientes a menos que se indique otra cosa e voluntariamente se desejam fornecer dados pessoais ao TERRA que possam ser obtidos com os usu rios para assinatura ou registro para quaisquer servi os oferecidos por TERRA no Portal ou atrav s dele O TERRA se reserva o direito de alterar esta pol tica para se adaptar nova legisla o ou jurisprud ncia bem como as pr ticas da ind stria Nesses casos TERRA anunciar nesta p gina as mudan as com anteced ncia razo vel antes da implementa o Traduc o do pesquisador Alguns servi os oferecidos no site podem conter condi es com disposi es espec ficas sobre a prote o de dados pessoais 12 Tradu o do pesqusiador Os dados pessoais ser o processados automaticamente e incorporados nos arquivos relevantes de dados pessoais doravante denominado Arquivo dos quais ser o dono e respons vel TERRA Para est
171. es es e viola es ocasionadas pelo uso de TIC o que exige o seu tratamento como um direito aut nomo e em um segundo momento pela forma de atua o que se espera para a prote o deste direito espec fico Enquanto o direito privacidade como direito de ser deixado s sempre exigiu mera prote o negativa a prote o de dados necessita de uma a o positiva isto de defesa deste direito por meio de regulamenta o das formas de interven o e pela garantia de autodetermina o informativa e n o simplesmente impossibilitando que esta ocorra Nesta nova realidade utilizar estrat gias n o equilibradas para solucionar a quest o da privacidade dadas as suas peculiares caracter sticas j tratadas n o contribui para uma maior prote o do sujeito como esclarece St fano Rodot 2008 p 25 N o mais poss vel considerar os problemas da privacidade somente por meio do p ndulo entre recolhimento e divulga o entre o homem prisioneiro de seus segredos e o homem que nada tem a esconder entre a casa fortaleza que glorifica a privacidade e favorece o egocentrismo e a casa vitrine que privilegia as trocas sociais assim por diante A evolu o do conceito de privacidade a partir da d cada de 1960 passou a relacionar se diretamente com a prote o de informa es pessoais exigindo se uma presta o positiva para sua prote o Na Europa a prote o de dados pessoai
172. es pois do contr rio a sua atua o ser em princ pio il cita portanto o crit rio estabelecido na exce o seria demasiadamente generalista A previs o seria melhor delimitada se a legisla o tivesse estabelecido que no caso de interesse p blico devidamente justificado e que evidentemente impe a o exerc cio do consentimento livre e informado do titular dos dados poderia haver o seu recolhimento Mais um ponto que merece refer ncia a quest o da informa o pr via que deve ser fornecida quando da capta o do dado pessoal contemplada no artigo 6 ARGENTINA 2014 Cuando se recaben datos personales se deber informar previamente a sus titulares en forma expresa y clara a La finalidad para la que ser n tratados y qui nes pueden ser sus destinatarios o clase de destinatarios b La existencia del archivo registro banco de datos electr nico o de cualquier otro tipo de que se trate y la identidad y domicilio de su responsable c El car cter obligatorio o facultativo de las respuestas al cuestionario que se le proponga en especial en cuanto a los datos referidos en el art culo siguiente d Las consecuencias de proporcionar los datos de la negativa a hacerlo o de la inexactitud de los mismos e La posibilidad del interesado de ejercer los derechos de acceso rectificaci n y supresi n de los datos Tal dispositivo pretende em primeiro lugar possibilitar que o consentimento conferido pelo titular do dado pes
173. es de consumo informa es que tamb m s o suscet veis de causar discrimina o do 112 e A gi 209 P Poderia ocorrer interpreta o ampliativa desta previs o por m isto dependeria de uma discricionariedade do int rprete que poderia ou n o tender prote o aos direitos do internauta 119 titular se ele consome produtos vegetarianos ou com um baixo grau de reponsabilidade ambiental na sua produ o estas informa es podem prejudicar determinados indiv duos Outro exemplo n o contemplado no rol refere se s informa es pertinentes a procedimentos jurisdicionais que podem prejudicar os titulares das mais diversas formas Na realidade a necessidade de uma prote o especial aos dados pessoais sens veis encontra a sua raz o de ser na suscetibilidade destes dados causarem discrimina o do seu titular portanto sempre que a legisla o elenca ou determina especificamente quais s o estes dados sem referir expressamente que a sua escolha decorre da suscetibilidade de causarem discrimina o acaba abrindo uma brecha a sua viola o pois limita o int rprete as esp cies de dados l constantes A capta o e tratamento il cito dos dados sens veis certamente n o ir o ocorrer sobre origem tnica posi o pol tica ou mesmo orienta o sexual categorias que potencialmente podem causar discrimina o e cuja prote o consta em outras leis Na realidade esta coleta ir ocorrer sobre outros da
174. es n o puderem ser identificados 3 Bancos Ou registros que armazenam informac es que revelem direta ou indiretamente dados sens veis s o proibidos No entanto a Igreja Cat lica associa es religiosas e organiza es pol ticas e sindicatos podem manter um registro de seus usu rios 4 Dados de contraven es ou hist rico criminal s podem ser processados pelas autoridades p blicas competentes nos termos das respectivas leis e regulamentos 85 Palazzi 2004 p 63 afirma que la definici n de datos sensibles de la ley es clara quedan inclu dos dentro de este concepto todos los datos que de alguna manera puedan causar E E rd 60 discriminaci n Quanto ao uso do dado sens vel a legisla o optou por exigir sempre que esta utiliza o ocorra somente da imperiosa necessidade decorrente de interesse geral e autorizada por lei permitindo se o seu recolhimento com a finalidade estat stica ou cient fica quando n o houver identifica o dos seus titulares Tais conceitos apresentam imprecis o pois n o h uma defini o clara do significado da express o interesse geral Para tentar elucidar essa quest o Aljandra M Gils Carb 2001 p 89 explica En situaciones excepcionales en las que prevalezca el inter s general sobre el particular de los individuos ya sea por necessidade de la salud p blica defensa nacional seguridad p blica o social para la protecci n de un inter ss vital de lo in
175. esmo bloco econ mico como o caso do Mercosul a harmoniza o na regulamenta o da prote o de dados pessoais ganha um elevado grau de import ncia se considerar que estes pa ses tendem integra o econ mica e pol tica e portanto a um tr mite cada vez mais intenso de dados pessoais dos seus cidad os Quanto ao conceito de dados Catarina Sarmento e Castro 2005 p 74 entende que os dados pessoais podem ser assim denominados quando permitem identificar uma pessoa desde logo se surgem associados a um nome as suas classifica es escolares curriculum a sua hist ria cl nica as suas d vidas e cr ditos as compras que efetua o registro dos meios de pagamento que utiliza 38 Maria Eduarda Goncalves 2003 p 89 define dados pessoais em conformidade com a Conveng o do Conselho da Europa como sendo qualquer informag o relativa a uma pessoa f sica identificada ou identific vel artigo 2 Uma pessoa f sica n o considerada identific vel se a sua identifica o requer tempo custos ou atividades exageradas Ainda estes dados podem ser classificados como sendo sens veis ou de car ter pessoal ou n o sens veis e a depender desta classifica o o n vel de prote o ser diverso Enfim absolutamente tudo KAKU 2000 p 90 que trafega na Internet dado N o importa que seja uma simples pesquisa ou cadastro que se aceita fazer atrav s da rede ou ainda imagens que possam
176. essoa e a finalidade de sua capta o e tratamento que constem em bases de dados p blicas ou privadas e em caso de erro falsidade proibi o de tratamento discrimina o ou desatualiza o exigir sua retifica o inclus o ou supress o ou que entender pertinente Quando se trate de dado pessoal cujo registro est amparado por uma norma legal que consagre o respeito ao segredo o juiz apreciar o tratamento dele em aten o s circunst ncias do caso concreto 19 Tradu o do Pesquisador processo contencioso e sum rio j que seu objeto ser exclusivamente a prote o de um direito que poder ser destru do em quest o de horas Por isso se estruturou um ju zo sum rio onde se decide com a maior brevidade poss vel o direito questionado 111 A lei uruguaia ainda afirma quanto aos polos da referida a o nos artigo 38 URUGUAI 2014 El titular de datos personales podr entablar la acci n de protecci n de datos personales o habeas data contra todo responsable de una base de datos p blica o privada en los siguientes supuestos A Cuando quiera conocer sus datos personales que se encuentran registrados en una base de datos o similar y dicha informaci n le haya sido denegada o no le hubiese sido proporcionada por el responsable de la base de datos en las oportunidades y plazos previstos por la ley B Cuando haya solicitado al responsable de la base de datos o tratamiento su rectificaci n actualizaci n
177. est vinculado Internet parte de uma rede pr pria que se agrega a uma malha de um provedor de acesso que tem o seu pr prio servidor e que por sua vez une se a um backbone respons vel por possibilitar a conex o e a troca de informa es entre os demais servidores de acesso e consequentemente entre os computadores a eles interligados Todo este sistema intermediado por empresas prestadoras 7 A Sega Dat A Internet funciona atrav s de camadas de c digos que podem ser sobrepostos por outros c digos que significam termos ou nomes espec ficos que passam a filtrar a informa o que transita na rede e dessa forma localizar os indiv duos que tenham referido tais termos CASTELLS 2003 C p 140 24 de servi o que possibilitam tanto a conex o do usu rio final provedores de acesso quanto o funcionamento dos provedores provedores de backbone Estas empresas independentemente de sua esp cie de provedores de acesso ou de backbone em determinado locais chamados de pontos de presen a POP s o os locais onde est o os equipamentos grandes computadores servidores que possibilitam a conex o de m ltiplos usu rios a rede Na realidade n o h um centro ou um ponto de presen a central que controle e determine a conex o de todos os servidores isso seria il gico considerando que a Internet assim como uma rede foi pensada em uma arquitetura n o hier rquica ou centralizadora n o se caract
178. estatais especificamente a respeito de projetos de conv nios ou de normas sobre a tem tica Tem como uma finalidade a melhora da gest o dos entes intervenientes motivo pelo qual destacou que os dados n o devem ser utilizados para fins distintos daqueles para os quais foram recolhidos de modo que as bases de informa o originais n o podem ser de livre uso como j se prop s em um conv nio 114 A legisla o uruguaia em muitos aspectos consegue ser mais protetiva que a legisla o argentina talvez por ser uma legisla o posterior que j teve a oportunidade de recolher diversas experi ncias daquela legisla o Dentre estes pontos sem d vida o que merece uma refer ncia expressa a predisposi o em elencar quais s o os princ pios que formam o n cleo duro de prote o dos dados pessoais ao contr rio da legisla o argentina onde estes princ pios s o extra dos das disposi es Contudo a legisla o do Uruguai tornou se menos protetiva em muitos outros aspectos como na quest o da atribui o de responsabilidade para retifica es onde limita esta responsabilidade apenas ao chefe ou controlador Outra quest o o acr scimo de uma exce o extremamente vaga e amb gua ao princ pio da exig ncia de pr vio consentimento na hip tese da utiliza o de bancos de dados para uso dom stico 2 2 3 O tratamento do tema no Brasil o Marco Civil da Internet e o Projeto de Lei da Prote o de Dados Pessoais A
179. estigados y de los T rminos de Pol ticas de Privacidad all utilizados por el Proveedor de Acceso TIERRA Tales m todos fueron complementados por las t cnicas de investigaci n bibliogr fica y documental Despu s del an lisis se constat que la existencia de legislaci n espec fica sobre la protecci n de datos personales en internet ampl a la protecci n del titular de los datos personales privilegiando el ejercicio de su autodeterminaci n informativa como ocurre con las legislaciones de la Argentina y de Uruguay y por otro lado la ausencia de tal reglamentaci n tiende a dificultar el ejercicio del control por el titular de la destinaci n de sus datos personales Como decorrencia de esa asimetr a de protecci n se verific que los intermediarios del acceso a la Internet de entre los cuales el proveedor Tierra tienden a documentar su pol tica de privacidad de forma diferenciada en estos locales hecho que apunta para la mayor vulnerabilidad de los internautas brasile os y corrobora la necesidad de edici n de legislaci n espec fica sobre el tema en Brasil PALABRAS CLAVE Autodeterminaci n Informativa Datos Personales Segmentaci n de Comportamientos Tecnologias de la Informaci n y Comunicaci n T rminos de Pol tica de Privacidad SUM RIO INTRODU O aaa Erro Indicador n o definido 1 A SEGMENTA O COMPORTAMENTAL ATRAV S DO ACESSO A DADOS PESSOAIS NA INTERNET sindicar dade 13 1 1 AS TECNOLOGIAS DA INFOR
180. etermina o informativa pois reduz o seu controle sobre estes seus dados O documento TERRA BRASIL 2014 a ainda excepciona do seu tratamento determinadas informa es ao afirmar que Esta Pol tica de Privacidade n o se aplica aos conte dos referentes a an ncios e links publicados por parceiros do TERRA Nesses casos imprescind vel que voc ao acessar tais publica es procure e leia a Pol tica de Privacidade vinculada ao conte do por voc acessado O Aviso sobre a prote o privacidade TERRA BRASIL 2014 a determina que o usu rio tenha a sua disposi o as seguintes op es quanto ao armazenatmento dos seus dados pelo Terra O compartilhamento dos seus dados sempre uma escolha feita por voc Lembre se que voc pode desabilitar cookies antes da navega o ou mesmo realizar a navega o an nima O TERRA adverte no entanto que alguns servi os poder o ser significativamente prejudicados ou at mesmo se tornarem inacess veis se voc escolher n o compartilhar seus dados de acesso ou informa es pessoais Quanto ao compartilhamento de informa es de acesso por Identificadores An nimos ou cookies caso este n o seja de seu interesse basta ajustar a 144 configura o de seu navegador ou de seu dispositivo de acesso Internet Desta forma ser necess rio que voc efetue novo registro a cada vez que acessar um servigo que requeira um cadastro pr vio j que t
181. eting sobre a quest o da segmenta o comportamental E em um segundo momento foi utilizada a t cnica de pesquisa documental 11 onde investigou se as legisla es da Argentina do Uruguai e do Brasil e os termos de pol tica de privacidade do portal e provedor de acesso Terra nestes pa ses O presente trabalho adotou como marco te rico a obra do professor Antonio Enrique P rez Lu o denominada Derechos humanos estado de Derecho y Constituci n elegida como forma decompreender uma estrutura de direitos humanos institu dosdentro de um estado de Direito e que confrontada com os problemas derivados da sociedade informacional Tal escolha justifica se pela import ncia do autor no que tange ao tema dos direitos humanos em face das rela es com as TIC j que defende um arcabou o m nimo de direitos ao cidad o internauta algo que se alia aos objetivos desta disserta o A essas justificativas soma se o fato de este autor estar inserido dentro uma tradi o constitucional que se assemelha tradi o constitucional brasileira e dos pa ses que ser o comparativamente analisados o que permite um olhar sobre a quest o da prote o de dados a partir de um paradigma constitucional dirigente e garantista Este marco te rico ainda foi composto pelas contribui es de St fano Rodot em sua obra A vida na sociedade da Vigil ncia a privacidade hoje pois a partir da perspectiva da vigil ncia constante q
182. fano Rodot 2008 p 41 A ru na da ideia de um progresso sempre e de qualquer forma positivo chama a aten o para o fato de que o mundo pode ser melhor somente se os homens o quiserem Dessa consci ncia nasce imagem que acompanhar habitualmente daqui por diante os discursos sobre os efeitos sociais das tecnologias a do deus bifronte Janos O avan o da Inform tica nas ltimas d cadas do s culo passado n o significou simplesmente uma evolu o social mas sim a transforma o nos mais diversos n veis de sociabilidade dentre os quais as rela es familiares comunit rias profissionais e por que n o pol ticas Neste per odo in meros acontecimentos de import ncia hist rica mpar transformaram o cen rio social da vida humana dentre eles uma revolu o tecnol gica concentrada nas tecnologias da informa o e da comunica o come ou a remodelar a base da sociedade em ritmo extremamente acelerado CASTELLS 2003 A p 39 Quando se utiliza o termo tecnologias informacionais o que se est a tratar dos chamados instrumentos que utilizam a informa o como forma de manejo e obten o de mais informa o Esta categoria conceitual sociedade informacional n o tem qualquer cond o de limitar a compreens o o seu grande objetivo exatamente o contr rio isto ampliar a percep o das rela es que s o alteradas por essas TIC Como esclarece Armand Mattelart 2002 p 11 A id
183. fer vel objetivamente pelos crit rios de experi ncia ordin ria O abuso de direito pode ser compreendido a partir do artigo 187 do C digo Civil Brasileiro como afirma Judith Martins Costa 2014 p 34 Com efeito para al m de sustentar o que se poderia denominar de casos tradicionais de abuso inclusive os decorrentes de desequil brio de posi es jur dicas em que o princ pio impl cito do equil brio conecta se tanto ao princ pio da boa f quanto no o de fim econ mico ou social do direito a boa f do artigo 187 enseja por conta de sua voca o sistematizadora um virtuoso leque de possibilidades ao Direito brasileiro Assim a vis o de boa f objetiva essencial para a compreens o do que um comportamento tico probo e honesto o que se espera no tratamento dos dados pessoais fornecidos pelos usu rios aos provedores de acesso Internet E este tratamento como decorr ncia do dever de informa o tem que estar claro preciso e dispon vel atrav s dos Termos de Pol tica de Privacidade Desta forma estes termos podem ser juridicamente exigidos pois apesar de n o decorrerem expressamente da declara o de vontade objeto principal do contrato de presta o de servi os entre usu rio e provedor decorrem dos deveres de informa o que se originam da boa f objetiva Como esclarece Paulo Luiz L bo Neto 2003 p 215 a boa f equidade entre as presta es constitui se em um macro pr
184. fonso da Curso de Direito Constitucional Positivo 28 Edi o S o Paulo Malheiros 2007 STRATTON Peter HAYES Nicky Dicion rio de Psicologia S o Paulo Ed Pioneira Psicologia 1994 SUNSTEIN Cass Republic com Princeton University Press 2001 KAZMIERCZAK Luiz Fernando Responsabilidade Civil dos Provedores De Internet In Anais do XIX Encontro Nacional do CONPEDI FUMEC Belo Horizonte 2011 p 467 486 Dispon vel em lt http www conpedi org br manaus arquivos anais bh luiz fernando kazmierczak pdf gt Acesso em 29 de Novembro de 2014 TEPEDINO Gustavo Problemas de Direito Civil Constitucional Rio de Janeiro Renovar 2001 TELLINI Denise Estrella Regime de direito internacional privado na responsabilidade dos provedores de internet Porto Alegre Sergio Ant nio Fabris 2006 TERRA ARGENTINA Pol tica de Privacidade Dispon vel em lt http www terra com ar avisolegal privacidad htm gt acesso em 29 de setembro de 2014 TERRA BRASIL Termo de uso do portal TERRA Dispon vel lt http www terra com br avisolegal gt acesso em 29 de setembro de 2014 Aviso Legal Sua Privacidade muito importante para o TERRA Dispon vel lt http www terra com br avisolegal privacidade html gt acesso em 29 de setembro de 2014 a UNIAO EUROPEIA Convenc o para protec o para a protec o das pessoas relativamente ao tratamento automatizado de dados de car cter pessoal Diretiva 108 de 1980 Dispon vel
185. gualmente importantes para sociedade como a seguran a individual e coletiva sob pena de uma vulnera o de direitos civis que n o pode ser constitucionalmente aceita 1 1 3 A amplia o do controle e da vulnerabilidade de direitos na sociedade informacional A prote o de dados pessoais que est fundada nas no es de dignidade da pessoa humana e de liberdade individual tem sido contraposta ideia de vigil ncia e controle que justificada partir da no o de seguran a coletiva e individual 25 as n i ira Tal situa o considerando a realidade brasileira que convive com diversos programas governamentais assitencialistas torna se preocupante visto que o governo acaba por captar a condi o social e econ mica de um n mero indeterminado de ind v duos 40 Com Castells 2003 C p 141 verifica se que TIC de liberdade est o sendo opostas tecnologias de controle a sociedade civil chega s trincheiras de novas batalhas pela liberdade Esta no o de seguran a coletiva em uma realidade que vivencia o aumento gradativo da criminalidade e do terrorismo transnacional acaba recebendo uma import ncia excessiva o que passa a justificar a atua o de vigil ncia e controle por parte do Estado e por que n o dizer de empresas privadas que prestam servi os na rea de seguran a a este Estado Como afirma P rez Lu o 2011 p 107 para combater as novas formas de criminalidade aprim
186. iais na busca do m ximo lucro Assim a obten o de tais informa es permite o manuseio f cil e barato dos dados com a finalidade de tra ar estrat gias que possam favorecer os neg cios de quem a obtiver KAKU 2000 p 89 Com muita frequ ncia percebe se a r pida obsolesc ncia das solu es jur dicas que se referem a um nico e isolado problema que envolva quest es tecnol gicas Portanto adverte se para a necessidade de individualizar princ pios e de associ los a tend ncias de longo prazo como forma de instrumentalizar a atua o dos juristas na solu o destas quest es RODOT 2008 p 42 No in cio das discuss es sobre os riscos para a privacidade as primeiras hip teses legislativas sobre a prote o das informa es pessoais faziam refer ncia a uma realidade tecnol gica na qual os computadores que ent o estavam em opera o na qual o funcionamento se inspirava a leitura do problema equivaliam em sua pot ncia de c lculo aos atuais computadores pessoais RODOT 2008 p 43 Atualmente se tornaram inutiliz veis as defini es legislativas concebidas com vistas a sistemas inform ticos constru dos em torno dos grandes computadores os chamados Mainframes Como exemplo desta inutiliza o St fano Rodot 2008 p 43 refere sea quest o da defini o de arquivo de dados pessoais na Lei Sueca de 1998 como registro obtido mediante um sistema de elabora o autom tica de dados que cont
187. icas concernentes s pessoas que do ponto de vista do direito constitucional positivo foram por seu conte do e import ncia fundamentalidade material integradas ao texto da constitui o e portanto retiradas da esfera de disponibilidade dos poderes constitu dos fundamentalidade formal Em decorr ncia desta fundamentalidade material surge a exig ncia de aprofundamento deste princ pio de prote o privacidade sobretudo se considerado o risco que o desenvolvimento e a utiliza o massiva das TIC trouxeram e portanto evidencia se a necessidade de se repensar os mecanismos de sua prote o Para al m desta fundamentalidade importante referir ainda que os princ pios t m uma efic cia interpretativa que consiste em que o sentido e alcance das normas jur dicas em geral devem ser fixados tendo em conta os valores e fins abrigados nos princ pios constitucionais BARROSO 2009 p 319 Desta forma a aus ncia de uma previs o normativa espec fica n o deve impedir que a interpreta o de determinado princ pio seja aprofundada sobretudo quando em confronto com uma nova realidade que tende a fragilizar tal norma Para os autores civilistas tradicionais a prote o aos direitos de personalidade historicamente esteve atrelada a uma vis o de direito privado desvinculada do papel constitucional que estes direitos possuem como se a sua for a normativa decorresse exclusivamente de previs es positivas nos c
188. idade desde a d cada de 80 a Uni o Europeia tem investido em a es visando prote o da privacidade do cidad o em suas comunica es procurando garantir que o titular possa ter o controle das suas informa es concedendo acesso a terceiros somente quando lhe forem oportunizadas todas as informa es pertinentes ao tratamento a que estes dados pessoais ser o submetidos Essa preocupa o inicial da Uni o Europeia se justifica porque embora se saiba que a vigil ncia e o controle pelos entes estatais sobre os seus cidad os a partir de bancos de dados arquivos ou registros n o uma exclusividade da sociedade informacional a utiliza o das TIC ampliou o rol de sujeitos capazes de realiz lo tornando a sua pr tica algo acess vel inclusive a empresas privadas com destaque para os provedores de acesso e portais de Internet como o Terra que dentre os grandes provedores de acesso Internet no Brasil tem abrang ncia nos pa ses mercosulinos analisados 152 Dentro deste contexto surge a segmenta o de comportamentos atrav s de dados pessoais digitais A segmenta o dos indiv duos com base na capta o dos seus dados pessoais como se verificou no primeiro cap tulo inerente sociedade informacional e origina se em primeiro lugar de uma nova forma de Marketing denominado Marketing de relacionamento onde o vendedor consegue reduzir seus custos com publicidade ao estabelecer uma rela o com os individuos
189. identidade dos respons veis atribui o que n o aparece expressa na lei argentina Por outro lado a lei argentina concedeu ao rg o de controle inclusive compet ncia em mat ria criminal algo que a legisla o uruguaia n o o fez expressamente A atribui o de tal compet ncia geraria um maior poder de coer o deste rg o em face dos entes que realizam o tratamento de dados pessoais Como afirma Felipe Rotondo 2014 p 10 exemplificando as fun es deste importante rg o Este rgano creado por la ley 13 331 se ha pronunciado sobre casos de comunicaci n de datos entre entes estatales especificamiente respecto de proyetos de conv nios o de norma sobre dicha tem tica Tuvo en cuenta la finalidade de la mejora de la gesti n de los entes intervenientes y la aplicaci n del princ pio de finalidade motivo por el cual destaco que los datos no se deben utilizar para fines distintos de aquellos para los que fueron recabados de manera tal que las bases de la informaci n orignales intercambiadas no pueden ser de libre uso como se 7 108 proponia en el convenio 107 Tradu o do Pesquisador O rg o de fiscaliza o realizar todas as a es necess rias para cumprir os objetivos e outras disposi es da presente lei Para este efeito ter as seguintes fun es e compet ncias A Para ajudar e aconselhar as pessoas que necessitam sobre o escopo da presente lei e os meios legais dispon veis para defen
190. idos Por fim n o s o apreendidos incialmente e portanto necessitam de certo grau de desenvolvimento do indiv duo em an lise Al m disto existe um processo de transfer ncia que pode ocorrer quando um destes transferido de uma situa o para outra e ocorre o chamado condicionamento Tal condicionamento pode ser compreendido com base em determinados elementos de an lise DAVIDOFF 1983 p 163 O primeiro elemento o est mulo incondicionado EI ou seja aquele est mulo elicitante que ocasiona um respondante autom tico e funciona como uma esp cie de resposta autom tica do organismo ao est mulo recebido Por exemplo uma comida levada a boca ocasiona o salivamento O segundo elemento a resposta incondicionada RI que pode ser definida como o evento objeto ou experi ncia que n o elicita a resposta incondicionada no in cio O est mulo neutro tem que ser combinado com o est mulo incondicionado Por exemplo uma campainha que toca todos os dias no hor rio da refei o pode igualmente ocasionar o salivamento DAVIDOFF 1983 p 163 O terceiro elemento o est mulo neutro EN que consiste em um evento objeto ou experi ncia que n o gera no in cio uma resposta incondicionada Por exemplo o som da campainha em princ pio n o ocasiona o salivamento portanto este ru do funciona como est mulo neutro Por fim o quarto elemento para a compreens o deste condicionamento respondante o resultado deste processo p
191. ien reciba tal pedido O mesmo doutrinador PALAZZI 2008 p 111 aponta um problema no fato de que a lei argentina lamentablemente no contempla la posibilidad de pr rroga de plazos para la entrega de la informaci n Esto tiene relevancia en el caso de pedidos masivos donde el titular de la base de datos no puede responder a una grande cantidad de pedidos o cuando se necessita m s tiempo para realizar una investigaci n interna a fin de encontrar la informaci n A legisla o fixa um prazo para a efetiva o deste direito ap s o qual ser ajuizada uma a o espec fica para a obten o dos dados pessoais e para a efetiva frui o do direito ao acesso Analisando esta previs o percebe se que se por um lado a fixa o de prazo ex guo pode ser salutar por permitir o efetivo acesso por outro lado tal procedimento pode caracterizar se como um entrave futura eventual a o pois a legisla o aparentemente exige amp Tradu o do pesquisador 1 O propriet rio dos dados com a prova de sua identidade tem o direito de solicitar e obter informa es sobre os seus dados pessoais nas bases de dados p blicas ou privadas destinadas a relat rios 2 O controlador ou usu rio deve fornecer as informa es solicitadas no prazo de dez dias corridos ap s ser intimado de forma confi vel Ap s esse per odo se n o satisfeita a ordem ou se a satisfa o for considerada insuficiente ser ajuizada a a o
192. iles de haber sido solicitada Vencido el plazo sin que el pedido sea satisfecho o si fuera denegado por razones no justificadas de acuerdo con esta ley quedar habilitada la acci n de habeas data La informaci n debe ser suministrada en forma clara exenta de codificaciones y en su caso acompafiada de una explicaci n en lenguaje accesible al conocimiento medio de la poblaci n de los t rminos que se utilicen La informaci n debe ser amplia y versar sobre la totalidad del registro perteneciente al titular aun cuando el requerimiento s lo comprenda un aspecto de los datos personales En ning n caso el informe podr revelar datos pertenecientes a terceros aun cuando se vinculen con el interesado La informaci n a opci n del titular podr suministrarse por escrito por medios electr nicos telef nicos de imagen u otro id neo a tal fin 2 Tradu o do Pesquisador Os titulares ter o direito de obter de cada detentor dos dados pessoais com identifica o pr via atrav s da identidade ou procura o todas as informa es sobre si mesmo em bancos de dados p blicos ou privados O direito de acesso pode ser exercido gratuitamente no intervalos de seis meses a menos que seja levantado um interesse leg timo em conformidade com a lei No caso de dados de pessoas falecidas o exerc cio dos direitos a que se refere este artigo ser atribu do a qualquer dos seus sucessores universais cujo car ter creditado pelo ju zo da d
193. inc pio da justi a contratual que por sua vez abrange a boa f objetiva a revis o contratual o princ pio do venire contra factum proprio o princ pio que veda a les o nos contratos a cl usula rebus sic standibus a invalidade das cl usulas abusivas a regra da interpretatio contra stipulatorem Assim estes documentos Termos ou Pol ticas de Privacidade t m um papel primordial na garantia dos deveres de informa o entre as partes pois expressam a forma como os provedores pretendem proteger um importante direito fundamental dos seus usu rios a prote o sua privacidade e dos seus dados pessoais De acordo com Martins Costa 2014 p 36 o princ pio da boa f por seu significado primacial de corre o e lealdade por sua inscri o em uma tradi o sistematizadora pela relativa vagueza sem ntica que o caracteriza permitindo em seu entorno uma rea de franja h bil a captar novas hip teses n o ainda tipificadas legal ou socialmente mostra se um instrumento da maior utilidade para resolver o dilema do abuso a saber o de demarcar no caso concreto a extens o dos direitos e faculdades que n o foram objeto de maior precis o legislativa 76 2 2 A PROTE O DE DADOS NOS ORDENAMENTOS JUR DICOS ARGENTINO URUGUAIO E BRASILEIRO Compreendido que a prote o de dados pessoais uma preocupa o que perpassa os mais diversos graus de regulamenta o seja no n vel internacional
194. incurrir el demandante 4 En cualquier caso la sentencia deber ser comunicada al organismo de control que deber llevar un registro al efecto Assim o juiz decidir se realmente as informa es devem ser retificadas removidas atualizadas ou ainda se a elas deve ser atribu da confidencialidade conforme a inten o do titular o que n o exclui a possibilidade de uma a o de responsabilidade civil para repara o de quaisquer outros danos que ele possa ter sofrido Verifica se que h uma interface entre a via administrativa e a via judicial de exerc cio dos direitos concedidos pela legisla o se por um lado o rg o de controle pode ingressar em ju zo para fazer valer as previs es da legisla o em determinadas situa es por outro quando da decis o final o ju zo tamb m dever comunicar ao rg o qualquer que seja o resultado do julgamento Por fim a ltima previs o legal que merece uma refer ncia aquela que regulamenta a entidade governamental criada com a fun o espec fica de exigir o cumprimento destas normas conforme prev o artigo 29 ARGENTINA 2014 1 El rgano de control deber realizar todas las acciones necesarias para el cumplimiento de los objetivos y dem s disposiciones de la presente ley A tales efectos tendr las siguientes funciones y atribuciones a Asistir y asesorar a las personas que lo requieran acerca de los alcances de la presente y de los medios legales de que dis
195. ional seguran a p lica ou social para a prote o de um interesse vital do pr prio interessado etc torna se poss vel o tratamento de um dado sens vel O procedimento deliberativo que se sup e garantiria na inten o do legislador o respeito aos direitos dos cidad os 62 a i ia E A o Tradu o do pesquisador n o estamos aqui frente ao caso do dado sens vel voluntariamente recolhido sen o perante quele que se considera imprescind vel para resolver um fin ou destino que favorece a um interesse geral Este interesse decorre da lei e n o da interpreta o do titular ou respons vel pelo arquivo registro base ou banco de dados 86 O exame detalhado da legisla o conduz a uma s rie de d vidas decorrentes da excessiva abertura da redac o dos dispositivos legais carecendo de melhor explicitag o sobre os limites que devem ser obedecidos pela legisla o que excepcionar a regra da impossibilidade de capta o de dados sens veis n o definindo se estes limites constaram da Constitui o Argentina dos princ pios e das normas internacionais de prote o de dados pessoais etc Outra veda o que a legisla o argentina apresenta a manuten o de bancos de dados que possam revelar direta ou indiretamente informa es sens veis e aqui tamb m prev uma exce o pouco delimitada que n o est tratada especificamente no regulamento A exce o refere se a determinados detentores de dados pes
196. ireito da informa o novos direitos e formas de regula o na sociedade da informa o Coimbra Almedina 2003 GONZALINI Osvaldo Alfredo Derecho Procesal Constitucional Habeas Data Protecc on de datos personales douctrina y jurisprud ncia 2 Edicion revisada e ampliada Santa F Rubinzal Culzoni 2011 HESSE Konrad A For a Normativa da Constitui o tradu o MENDES Gilmar Ferreira Porto Alegre S rgio Fabris 1999 HUXLEY Aldous Admir vel mundo novo S o Paulo Globo 2009 JESUS Dam sio de MILAGRE Jos Ant nio Marco Civil da Internet Coment rios Lei n 12 965 de 23 de abril de 2014 S o Paulo Saraiva 2014 161 JUSTICA FEDERAL Enunciados aprovados na VI Jornada de Direito Civil Dispon vel em lt http www jf jus br cjf CEJ Coedi jornadas cej VI 20JORNADAI pdf gt Acesso em 29 de novembro de 2014 KAKU William Smith Internet e com rcio eletr nico pequena abordagem sobre a regula o da privacidade In ROVER Aires Jos Direito sociedadee Inform tica Limites e perspectivas da vida digital Florian polis Funda o Boiteux p 81 93 2000 KAMINSKI Omar Privacidade na Internet In ROVER Aires Jos Direito sociedadee Inform tica Limites e perspectivas da vida digital Florian polis Funda o Boiteux p 94 103 2000 LEMOS Andr A arte da vida di rios pessoais e web cams na Internet XI COMPOS Rio de Janeiro ECO UFRJ 2002 Dispon vel em lt http www
197. is constituindo se em esp cie de manifesta o de inten es do portal concretizados em um documento unilateral mas que deve comprometer a atua o deste provedor e dos servi os a ele vinculados a partir da no o de boa f objetiva Portanto essencial compreender como esta no o contratual capaz de vincular o portal a cumprir as previs es do seu termo de pol tica de privacidade e assim justificar como efetivamente a concretiza o da ideia de prote o de dados a partir das previs es dos termos ir ocorrer nos pa ses analisados 2 1 A BOA F OBJETIVA NAS RELA ES COM OS PROVEDORES DE ACESSO INTERNET AN LISE DE TERMOS DE POL TICA DE PRIVACIDADE Os provedores de servi os de Internet como o caso dos provedores de acesso conte dos etc s o prestadores de servi o que t m sua rela o com o usu rio regulamentada por um contrato onde precisamente constam as obriga es seja disponibiliza o de um conte do seja acesso rede mundial de computadores Internet entre outras finalidades que ser remunerado por um valor contratado Al m disto para esta presta o se efetive essencial que o usu rio seja corretamente identificado Portanto exige se a disponibiliza o de dados pessoais a qual geralmente aparece nos contratos de presta o de servi os como uma obriga o do usu rio Por m estes contratos n o preveem a forma e a finalidade de utiliza o destes dados o
198. is n o h no Marco Civil qualquer previs o que lhe garanta o direito ao acesso instrumento por meio do qual pode efetivamente controlar o uso e o tratamento a que seus dados est o submetidos e verificar se correspondem aos consentidos O Projeto de Lei n 4 060 de 2012 previa em seu artigo 19 que o titular poderia em qualquer momento requerer o bloqueio do tratamento de seus dados pessoais salvo se a manuten o do tratamento for necess ria execu o de obriga es legais ou contratuais BRASIL 2014 b Por m esta medida era insuficiente pois o mero bloqueio n o garantiria o acesso efetivo aos dados pessoais registrados visto que a autodetermina o informativa exige que o titular possa ter uma atua o consciente e capaz de compreender qual o tratamento que ele consentiu e de entender precisamente em que momento aquele seu dado foi submetido a tratamento diverso A nica previs o que a legisla o infraconstitucional traz referente ao direito ao acesso aquela pertinente Lei n 9 507 de 12 de novembro de 1997 que segundo sua ementa Regula o direito de acesso a informa es e disciplina o rito processual do habeas data BRASIL 2014 c Sabendo se foi muito anterior a qualquer previs o legal pertinente utiliza o da Internet no Brasil a Lei n 9 507 de 12 de novembro de 1997 Lei do Habeas Data dever ser analisada sob a tica de ser o instrumento que possibilita ao titular acessar suas informa
199. itular para ter a possibilidade l cita de manejar os seus dados 122 O art 7 inciso VIII prev ser direito do usu rio da Internet obter informa es claras e completas sobre coleta uso armazenamento tratamento e prote o de seus dados pessoais que somente poder o ser utilizados para finalidades que a justifiquem sua coleta b n o sejam vedadas pela legisla o e c estejam especificadas nos contratos de presta o de servi os ou em termos de uso de aplica es de Internet BRASIL 2014 a Portanto claramente a legisla o brasileira avan ou ao limitar a utiliza o dos dados pessoais a finalidades que cumpram uma s rie de requisitos dentre eles a justificativa da sua coleta bem como a necessidade de previs o de sua explicita o nos contratos de presta o de servi o e termos de uso que s o exemplos de previs es legais que garantem uma efetiva autodetermina o informativa Como esclarece Paulo Molon 2009 p 38 Ademais tem se tornado pr tica usual na Internet a coleta de dados pessoais outorgando aos provedores de tais servi os o gerenciamento de um conjunto significativo de dados sobre os usu rios Na aus ncia de uma lei de prote o de dados pessoais no ordenamento jur dico nacional capaz de garantir ao cidad o a adequada tutela de tais informa es faz se necess rio antecipar no Marco Civil da Internet algumas regras relativas ao registro e tratamento de tais dados Isto ocorre
200. l deve ser que sempre o acesso a dados pessoais de uma determinada pessoa ou que possam identificar uma determinada pessoa somente poder o ser captados recolhidos ou tratados com o seu pr vio livre e informado consentimento sendo excepcional o acesso a estes dados sem esta condi o Portanto n o usu rio que tem a obriga o de desabilitar eventual forma de navega o mas os entes que operam os sistemas que devem buscar estrat gias de informar aos usu rios qual ser o tratamento a que os seus dados ficar o submetidos O dever de informa o que precisa condicionar a capta o dos dados e n o um procedimento t cnico de responsabilidade do usu rio titular 2 4 COTEJO DA EFETIVIDADE DAS LEGISLA ES PARA EVITAR A SEGMENTA O COMPORTAMENTAL NOS DOCUMENTOS INVESTIGADOS No decorrer da an lise de cada um dos termos constatou se que eles apresentam previs es muito semelhantes apesar de que a efic cia de cada um deles ficar adstrita a ordenamentos jur dicos que tratam de forma diferente a prote o de dados pessoais no ambiente virtual Por um lado tanto Argentina quanto o Uruguai criaram legisla es espec ficas que tratam da mat ria da prote o de dados pessoais Por outro lado o Brasil at o Marco Civil da Internet contava com uma grande lacuna no tratamento da mat ria Por m mesmo com a Lei n 12 965 de 2014 persistem diversas quest es pertinentes prote o dos dados que n o 148 fo
201. laborar um novo texto Portanto atualmente no Brasil as nicas previs es de prote o de dados pessoais no ambiente virtual que efetivamente est o em vigor constam da Lei n 12 965 de 23 de Abril de 2014 que segundo sua ementa Estabelece princ pios garantias direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil BRASIL 2014 a Tal legisla o ficou conhecida como o Marco Civil da Internet pois foi a primeira previs o de car ter geral que especificamente pretendeu regulamentar a utiliza o destas tecnologias no territ rio nacional Para que os objetivos e raz es que motivaram a cria o do Marco Civil fiquem corretamente delimitados essencial compreender A import ncia do espa o virtual na interliga o entre as pessoas possibilitando o exerc cio dos seus direitos imp e a necessidade de uma disciplina jur dica aplic vel a esta plataforma mundial estabelecendo igualmente os deveres existentes nesse espa o AZEVEDO 2014 p 90 110 Como j informado em nota anterior tal projeto de lei foi arquivado em 31 de Janeiro de 2015 conforme informa o constante no dite da C mara Federal C MARA DOS DEPUTADOS 2015 e como j visto o Minist rio da Justi a abriu em 28 de janeiro de 2015 consulta p blica para a elabora o de um novo anteprojeto BLOG DO PLANALTO 2015 H1 O ordenamento jur dico brasileiro j vivenciou esta experi ncia com o Marco Civil da Internet cujo anteprojeto de lei tamb m
202. lamo del titular de los datos o advertido el error o falsedad 3 El incumplimiento de esta obligaci n dentro del t rmino acordado en el inciso precedente habilitar al interesado a promover sin m s la acci n de protecci n de los datos personales o de corpus data prevista en la presente ley 4 En el supuesto de cesi n o transferencia de datos el responsable o usuario del banco de datos debe notificar la rectificaci n o supresi n al cesionario dentro del quinto d a h bil de efectuado el tratamiento del dato 5 La supresi n no procede cuando pudiese causar perju cios a derechos o intereses leg timos de terceros o cuando existiera una obligaci n legal de conservar los datos 6 Durante el proceso de verificaci n y rectificaci n del error o falsedad de la informaci n que se trate el responsable o usuario del banco de datos deber o bien bloquear el archivo o consignar al proveer informaci n relativa al mismo la circunstancia de que se encuentra sometida a revisi n 7 Los datos personales deben ser conservados durante los plazos previstos en las disposiciones aplicables o en su caso en las contractuales entre el responsable o usuario del banco de datos y el titular de los datos No caso do Brasil com a possibilidade de invers o do nus da prova franqueada pelo art 6 VII da Lei n 8 078 1990 C digo de Prote o e Defesa do Consumidor este problema poderia ter os seus efeitos minorados 7 Tradu o do pesquisador
203. ldada pelas TIC Informacionais e Comunicacionais que surgiram da chamada 3 Revolu o Industrial historicamente localizada na d cada de 70 do s culo passado enquanto que esta se caracteriza como toda a sociedade mesmo antes do desenvolvimento das TIC na d cada de 770 onde a informa o ganhou um papel primordial 19 consequentemente dos dados que expressam esta personalidade em um produto ou fator de produ o como exp e Jeremy Rifkin 2005 p 09 Estamos viajando para um novo per odo em que um n mero crescente de experi ncias humanas comprado na forma de acesso a redes multifacetadas no ciberespa o Essas redes eletr nicas dentro das quais um n mero crescente de pessoas gasta grande parte de seu dia a dia s o controladas por algumas poderosas empresas transnacionais da m dia que possuem as linhas de comunica o entre elas e que controlam grande parte do conte do cultural que comp e as experi ncias pagas em um mundo p s moderno Assim chega se denominada era do acesso que pode ser bem definida pela crescente transforma o em commodity de toda a experi ncia humana Redes comerciais de todos os tipos e formas navegam pela Web em torno da totalidade da vida humana reduzindo todo o momento de experi ncia vivida em status RIFKIN 2005 p 79 Nesta era do acesso as novas formas de coleta e tratamento de informa es pessoais RODOT 2008 p 24 possibilitadas sobretudo pelo recurs
204. lidade de desabilita o A personaliza o vantajosa pois permite disponibilizar a voc uma plataforma que apesar de conter conte dos de interesse geral modulada de forma a aproximar se ao m ximo de seus interesses e prefer ncias Em mais uma oportunidade o Termo de Pol tica de Privacidade demonstra que a segmenta o comportamental ocorre pois reafirma que os conte dos dos servi os do Portal Terra dentre os quais os servi os de provedor de acesso podem ser personalizados Ele o faz de forma a motivar os usu rios a consentir com esta pr tica evidenciando as vantagens de 147 submeter se a este tratamento pessoalizado por m desconsidera que os usu rios podem optar por n o participar desta forma de presta o dos servi os Contudo a refer ncia de que mesmo publicidades externas ao Terra poder o ser direcionadas aos usu rios preocupante pois esta previs o enfraquece a aplicabilidade dos princ pios da finalidade e do consentimento pr vio e informado e principalmente submete obrigatoriamente ao usu rio geral que n o desabilita a navega o atrav s de cookies a uma infinidade de a es de marketing n o consentidas poss vel a compreens o de que o usu rio estaria exercendo a sua autodetermina o informativa quando desabilita a navega o atrav s dos cookies ou realiza uma navega o an nima por m estes procedimentos invertem a rela o que deve ser estabelecida A regra gera
205. locais fato que aponta para a maior vulnerabilidade dos internautas brasileiros e corrobora a necessidade de edi o de legisla o espec fica sobre o tema no Brasil PALAVRAS CHAVE Autodetermina o Informativa Dados Pessoais Segmenta o de Comportamentos Tenologias da Informa o e Comunica o Termos de Pol tica de Privacidade RESUMEN Disertaci n de Maestr a Maestr a en Derecho Posgrado en Derecho Universidad Federal de Santa Maria LA PROTECCI N JUR DICA DE LOS DATOS PERSONALES EN LOS PA SES DEL MERCOSUR EN FACE DE LA SEGMENTACI N COMPORTAMENTAL un estudio comparado AUTOR FELIPE STRIBE DA SILVA ORIENTADORA ROSANE LEAL DA SILVA Fecha y lugar de la defensa Santa Maria de Marzo de 2015 El presente estudio ten como objetivo investigar el tratamiento jur dico conferido a los datos personales en los ordenamientos jur dicos de la Argentina Uruguay y Brasil discutiendo si sus legislaciones son eficaces para evitar la pr ctica de la segmentaci n comportamental ocurrida en internet Esta estrategia de marketing es utilizada por muchas empresas y presenta fuerte potencial ofensivo a los derechos fundamentales de los internautas especialmente el derecho a la privacidad lo que suscita nuevos conflictos emergentes de la sociedad en red A pesar de esas nuevas situaciones de vulnerabilidad al derecho a la privacidad el Brasil es el nico pa s del Mercado Com n del Sur MERCOSUR que a n no cuenta con legislaci n
206. lucrativos cujo objetivo pol tico religioso filos fico associa o referindo se origem racial ou tnica sa de e sexualidade como para os detalhes de seus parceiros ou membros sem preju zo da divulga o dos dados que requerem sempre o consentimento pr vio dos usu rios Dentre estes rg o poss vel exemplificar as for as armadas de uma determinada na o ou mesmo as for as respons veis por seguran a p blica dentre outras 110 Al m disto a legislag o uruguaia afirma expressamente que esta exceg o aplica se somente a entidades sem fins lucrativos refer ncia n o existente na legislac o argentina Outra quest o que mesmo no caso desta exce o a divulga o dos dados por estas entidades sempre ir exigir consentimento pr vio e informado dos titulares destes dados Contudo a mera garantia do direito ao acesso e dos conseguintes direitos dele decorrentes ao titular por si s n o garante que ele possa realmente fazer valer tais direitos Para tanto se torna necess ria a previs o de uma a o espec fica com tal finalidade como faz a lei uruguaia no artigo 37 URUGUAI 2014 Toda persona tendr derecho a entablar una acci n judicial efectiva para tomar conocimiento de los datos referidos a su persona y de su finalidad y uso que consten en bases de datos p blicos o privados y en caso de error falsedad prohibici n de tratamiento discriminaci n o desactualizaci n a exigir su rectifi
207. m projetos de m quinas movidas a mecanismos chamados processadores de informa o os 20 denominados computadores e em redes de comunicac o entre estas m quinas inicialmente limitadas a poucos pontos de conex o e posteriormente pensadas de forma global como a Internet CASTELLS 2003 A Em um primeiro momento estes projetos obtiveram apoio financeiro e pol tico do ex rcito americano pois estas m quinas e principalmente suas redes de conex o eram consideradas um mecanismo de defesa extremamente interessante Este interesse militar era justificado pelo fato de que as TIC adotavam uma l gica de descentralizag o da informag o e da comunica o o que poderia na eventualidade de um ataque de um inimigo estrangeiro reorganizar as defesas do pa s a tempo de um contra ataque CASTELES 2003 C p 13 Ap s o financiamento militar as universidades e institui es de ensino da poca viram no desenvolvimento de computadores e redes de conex o uma forma de facilitar a comunica o e a troca de experi ncias algo essencial a qualquer pesquisa cient fica Com o envolvimento das Institui es de Ensino muitos jovens estudantes universit rios que na poca estavam fortemente influenciados pela cultura comunit ria hippie dos campi universit rios passaram a dedicar o seu tempo a projetos que envolviam TIC alterando o perfil dos respons veis pelo desenvolvimento e aprimoramento destes mecanismos o que fez co
208. m que estas tecnologias al m de informacionais passassem a ser altamente comunicacionais L VY 2004 p 32 Deste modo essas tecnologias se desenvolveram num ambiente seguro propiciado por recursos p blicos e pesquisa orientada para uma miss o mas que n o sufocava a liberdade de pensamento e inova o CASTELES 2003 C p 24 Ap s ser direcionada e influenciada pela cultura militar e pelas no es cient ficas provenientes das Institui es de Ensino a Revolu o Informacional foi fortemente influenciada pelo sistema capitalista pois a utiliza o massiva de tecnologias e redes de comunica o passou a ser considerado um neg cio altamente rent vel Assim compreendido que o informacionalismo um modo de desenvolvimento de um determinado modo de produ o capitalismo pode se afirmar que ele est ligado expans o e ao rejuvenescimento deste como o industrialismo esteve ligado a sua constitui o como modo de produ o As condi es de espa o e tempo da Revolu o Informacional influenciaramo desenvolvimento da sociedade que a partir dela se estabeleceu seja pela no o libert ria da sociedade americana espa o onde iniciou essa revolu o seja pelo incessante ambiente de disputa ocasionado pela Guerra Fria per odo de tempo onde ela se desenvolveu 21 Portanto entende se que a sociedade informacional adotou a forma econ mica do local onde surgiu capitalismo americano o que por sua vez
209. ma de publicidade Deste modo N o por acaso que o termo segmenta o est fortemente relacionado a conceitos como diferencia o satisfa o de diferentes nichos e vantagem competitiva j que todos objetivam cada um sua maneira o atendimento s necessidades dos consumidores BUENO IKEDA 2014 p 7 A segmenta o comportamental pode beneficiar empresas e consumidores mas tamb m traz baila preocupa es acerca da privacidade As empresas podem compilar perfis detalhados dos usu rios da Internet com base no que eles leem que v deos assistem que buscas fazem etc BORGESIUS 2014 p 3 Conforme not cia publicada no site da revista poca Neg cios PEPPERS ROGERS 2014 Com a evolu o das tecnologias e das t cnicas de segmenta o comportamental centradas na veicula o de an ncios capazes de atrair a aten o do consumidor digital era inevit vel que surgissem quest es relacionadas privacidade 50 desse consumidor Dois grupos de defesa do consumidor o Grupo de Pesquisas do Interesse P blico Americano e o Centro de Democracia Digital levaram a quest o Comiss o Federal do Com rcio FTC Em uma pe a acusat ria de 50 p ginas ambos os grupos pedem FTC que investigue a exist ncia de pr ticas de segmenta o comportamental por parte de grandes empresas que veiculam an ncios em seus sites Microsoft Yahoo e Google Como se percebe a segmenta o de comportamento preocupa di
210. manos por su Carta Magna y dem s disposiciones jer rquicamente inferiores proveen de un elace r pido y tangible con aquellos princ pios rectores del ordenamiento jur dico Tradu o do pesquisador O Uruguai conta com um coerente sistema de prote o dos direitos fundamentais sustentado em uma estrutura jur dica cujo principal pilar est dado por um grupo normativo constitu do pelos principios gerais do direito podem eles ter recebido reconhecimento escrito ou n o Sem preju zo do qual a ratifica o das conven es internacionais sobre direitos humanos assim como o reconhecimento da Carta Magna e demais disposi esa ela hierarquicamente inferiores prov m de um enlace r pido e tang vel com aqueles princ pios reitores do ordenamento jur dico 100 A legisla o uruguaia assim como a legisla o argentina traz dispositivos com as defini es legais Dentre estas defini es afirma em seu artigo 4 URUGUAI 2014 que dado pessoal significa informaci n de cualquier tipo referida a personas f sicas o jur dicas determinadas o determinables Por outro lado este mesmo dispositivo prev que dado sens vel significa Datos personales que revelen origen racial y tnico preferencias pol ticas convicciones religiosas o morales afiliaci n sindical e informaciones referentes a la salud o a la vida sexual gt URUGUAI 2014 Estas defini es s o muito semelhantes quelas previstas na lei arg
211. mente mais in cuas podem se integradas a outras provocar danos ao interessado RODOTA 2009 p 36 Esta tend ncia de conceber e elencar determinadas informa es como pessoais excluindo outras tantas de prote o acabou por influenciar o Projeto de Lei n 4 060 de 2012 que como j visto exclui do conceito de dado pessoal informa es que possam potencialmente identificar determinado indiv duo Dentro deste trecho ainda poss vel visualizar que o portal trabalha com a ideia de segmenta o de comportamentos pois afirma que as informa es prestadas quando o usu rio optar por n o realizar uma navega o an nima ser o utilizadas para moldar os servi os e an ncios oferecidos a ele Ap s estas previs es o Aviso Legal TERRA BRASIL 2014 a prev que o Terra utilizar as informa es pessoais que o usu rio compartilhar As informa es que voc compartilha com o TERRA t m como finalidade a gest o administra o presta o amplia o e melhoramento do Portal e dos Servi os Al m disso considerando a possibilidade de o usu rio moldar a sua navega o em rela o aos dados que lhe s o relevantes a utiliza o das informa es compartilhadas permite a autodetermina o de uso de informa o pelo usu rio O TERRA poder compartilhar os dados por voc fornecidos com outras empresas do grupo TERRA ou terceiros parceiros no Brasil ou exterior sempre respeitando s finalidades adstritas ao
212. mento ir focar se no referido documento denominado Sua Privacidade muito importante para o TERRA TERRA BRASIL 2014 a que ao contr rio 127 ui A En 3 5 Desta forma o consentimento deste usu rio ficaria prejudicado pela incompletude das informa es imediatamente postas a sua disposi o 139 do Portal Argentino caracteriza se muito mais como uma s rie de orienta es ao usu rio do que propriamente como uma pol tica efetiva de prote o de dados pessoais Inicialmente o aviso legal TERRA BRASIL 2014 a prev Ao utilizar os servi os do TERRA voc compartilha in meras informa es Isso muito importante para que os servi os sejam aprimorados e para que voc tenha uma experi ncia online nica e personalizada Al m disso ao conhecer a pol tica de privacidade do TERRA voc poder contribuir para a modula o da sua experi ncia no Portal de acordo com as suas escolhas de navega o tornando o TERRA cada vez mais seu Para se adaptar s expectativas dos usu rios o TERRA poder modificar a sua Pol tica de Privacidade Assim importante que voc consulte nossa pol tica regularmente e caso n o concorde com as altera es promovidas entre em contato com nossos canais de relacionamento ou descontinue o uso do seu servi o Esta Pol tica se aplica a todos os Servi os oferecidos e fornecidos pelo TERRA NETWORKS BRASIL S A com exce o daqueles que possuam Pol ticas de Privacidades espec fica
213. mo esclarece Palazzi 2004 p 115 En la pr ctica los bancos de datos utilizan codificaciones que les permiten ahorrar memoria inform tica agilizar las b squedas y a la vez intercambiar y entrecruzar datos em forma mas r pida y eficiente Estos c digos se justifican desde un punto de vista t cnico en el ahorro de mem ria dado que miliones de datos hacen pelas bases de datos Por eso la norma en coment rio aclara que el acceso a estos datos debe tener lugar com una explicaci n del significado de los mismos Ainda tal dispositivo evita que a informac o seja fornecida de forma fragmentada o que tamb m tornaria a compreens o de tais dados mais complexa por aquele titular que pretende acess los Este cuidado evita que no pr prio processo de acesso a dados pessoais ocorra uma segmenta o de informa es de forma a possibilitar que o titular acesse os seus dados mas n o tenha a compreens o da magnitude de informa es arquivadas a seu respeito Estes cuidados com a condi o em que os dados ser o disponibilizados s o necess rios em face da excessiva vulnerabilidade t cnica do consumidor visto que caso n o houvesse esta previs o expressa ele teria somente uma vis o fragmentada de todas as informa es que s o extra das dos seus dados E deste modo o usu rio consumidor deveria ter conhecimentos t cnicos para compreender a totalidade das informa es considerando a qualidade n o integral de sua di
214. mo no mbito penal titularizando eventuais a es penais o rg o tamb m funciona como um instrumento de registro realizando um recenseamento dos bancos de dados existentes e dos seus titulares e respons veis o que uma atividade extremamente til pois subsidia os titulares no exerc cio do seu direito ao acesso e consect rios Considerando as crises decorrentes da excessiva burocratiza o dos procedimentos e da situa o de sobrecarga de processos enfrentada pelos rg os do Poder Judici rio nos mais diversos pa ses a exist ncia de um rg o administrativo surge como uma forma de efetivar as previs es da legisla o 2 Tradu o do pesquisador 1 O rg o de fiscaliza o realizar todas as a es necess rias para cumprir os objetivos e outras disposi es da presente lei Para este efeito ter as seguintes fun es e compet ncias a Ajudar e aconselhar as pessoas que necessitam dele no mbito desta lei e os meios legais dispon veis para defender os direitos nela garantidos b Emitir normas e regulamentos a serem observados no desenvolvimento das atividades abrangidas pela lei c Realizar um recenseamento de arquivos registros ou bancos de dados feitos pela lei e manter um registro permanente dos mesmos d Acompanhar o cumprimento das regras de seguran a de dados arquivos registros ou bancos de dados Para efeito pode solicitar autoriza o judicial para entrar nas instala es equipamentos ou programa
215. mundial Internet que surgiram a partir da d cada de 70 do s culo passado n o foi diferente Elas trouxeram diversas vantagens aos indiv duos em suas rela es na vida moderna maior conforto e comodidade velocidade nos processos de tomada de decis o acesso a um grande volume de informa es nos mais diversos lugares No entanto as TIC tamb m trouxeram novos riscos e problemas sociedade como maior grau de isolamento f sico entre os indiv duos falta de organiza o das informa es disponibilizadas e sobretudo uma acelera o que provoca muitas vezes decis es precipitadas Um dos maiores riscos que a evolu o tecnol gica potencializou foi vulnerabilidade dos direitos fundamentais dentre eles a viola o daquilo que classicamente se denominou privacidade por meio de uma pol tica institucional de controle e vigil ncia cada vez maior especialmente em face de uma realidade que vivencia amea as como o crescimento da viol ncia e do terrorismo Sempre houve um grande interesse dos Estados por informa es que digam respeito aos seus cidad os seja no intuito de manter o poder pol tico estabelecido em Estados n o democr ticos seja com a finalidade de com certo grau de previsibilidade compreender como agem e pensam os leg timos detentores do poder em Estados Democr ticos ou seja o povo Antes do avan o das TIC a vigil ncia e o controle estatal encontravam muitas dificuldades pr ticas sobretudo em popul
216. n administraci n prestaci n ampliaci n y mejora de los servicios en los que el Usuario decida suscribirse darse de alta o utilizar la adecuaci n de dichos servicios a las preferencias y gustos de los Usuarios el estudio de la utilizaci n de los servicios por parte de los Usuarios el dise o de nuevos servicios relacionados con dichos servicios el env o de actualizaciones de los servicios el env o por medios tradicionales y electr nicos de informaci n t cnica operativa y comercial acerca de productos y servicios ofrecidos por TERRA y por terceros actualmente y en el futuro La finalidad de la recogida y tratamiento automatizado de los Datos Personales incluye igualmente el env o de formularios de encuestas que el Usuario no queda obligado a contestar TERRA ARGENTINA 2014 Verifica se que h uma influ ncia da exig ncia de qualidade dos dados pessoais o que privilegia o princ pio da veracidade previsto nas legisla es do Uruguai e da Argentina por m esta exig ncia de qualidade repassada exclusivamente ao internauta sendo que a legislag o desses pa ses exige de todos os polos da relag o de recolhimento e tratamento dos este aviso sobre a Pol tica de Privacidade ou qualquer outra informa o relevante e dar o seu consentimento para TERRA realizar o processamento autom tico seus dados pessoais Exceto nas reas onde indicado o contr rio as respostas s perguntas sobre dados pessoais s o volunt rias sem a f
217. nam estas finalidades ir o utilizar estes dados O termo n o garante um m nimo de prote o de dados pessoais dos usu rios quando as finalidades elencadas possibilitam a sua utiliza o por terceiros A efic cia das regras de prote o aos dados pessoais dos internautas pressup e um respeito aos polos da rela o jur dica que se estabelece entre quem o titular de tais informa es e quem se responsabiliza por trat las Assim se estes polos s o flexibilizados autorizando terceiros a ter acesso a estes dados estas regras n o s o mais capazes de garantir um m nimo de prote o aos usu rios pois estes terceiros n o participam do principal ato jur dico que torna esta utiliza o de dados pessoais l cita o consentimento pr vio e informado do titular Quanto aos n veis de seguran a e prote o o Termo de Pol tica de Privacidade expressamente prev 134 TERRA ha adoptado los niveles de seguridad de protecci n de los Datos Personales legalmente requeridos y procura instalar aquellos otros medios y medidas t cnicas adicionales a su alcance para evitar la p rdida mal uso alteraci n acceso no autorizado y robo de los Datos Personales facilitados a TERRA En particular TERRA utiliza sistemas de seguridad SSL Secure Socket Layer que a trav s de sistemas de certificados y cifrado permiten comprobar la autenticidad del Portal Terra desde donde se recaban sus Datos Personales as como la integridad y confidenci
218. narmente conscientes da presen a de pensamentos autom ticos normalmente essas cogni es n o est o sujeitas a an lise racional cuidadosa Um grande n mero dos pensamentos que temos a cada dia faz parte de um fluxo de processamento cognitivo que se encontra logo abaixo da superf cie da mente totalmente consciente WIGHT BASCO THASE 2008 p 19 56 Para a presente disserta o esta terceira tend ncia assume grande import ncia visto que o Maketing a partir da segmenta o comportamental fundamenta se basicamente nas teorias cognitivas de impulsos e condicionamentos e nas no es psicol gicas de aprendizagem Para uma compreens o de como a segmenta o comportamental atinge psicologicamente a subjetividade do indiv duo sujeito ao Marketing Segmentado essencial discutir os tr s m todos que d o forma s rea es dos seres humanos o condicionamento respondante os reflexos o condicionamento operante e a aprendizagem por observa o O condicionamento um termo empregado para descrever um processo de aprendizagem entendida pelos psic logos behavioristas como o processo de aquisi o e reprodu o de respostas comportamentais espec ficas sob condi es espec ficas da o termo condicionamento STRATTON HAYES 1994 p 44 Importante referir que esses processos fundamentais de aprendizagem 5 DAVIDOFF 1983 p 156 atingem o indiv duo sem que haja uma tentativa deliberada de mudar
219. nautas que as previs es que regulamentam a mat ria no Brasil que atualmente conta apenas com algumas previs es dispersas no Marco Civil da Internet e na Lei do Habeas Data Constatou se tamb m que o ordenamento jur dico brasileiro pretendia regulamentar especificamente a mat ria atrav s do Projeto de Lei n 4 060 de 2012 Por m esse projeto em vista das previs es que constam em sua minuta deveria ser aprimorado para que n o reduzisse excessivamente o grau de prote o do titular dos dados pessoais O Projeto de Lei n 4 060 foi arquivado em 31 de Janeiro de 2015 conforme informa o constante no site da C mara Federal e o Minist rio da Justi a abriu em 28 de janeiro de 2015 consulta p blica para a elabora o de um novo anteprojeto Espera se que esta iniciativa solucione as vicissitudes e problemas apontados no projeto de lei anterior trazendo um n vel de prote o adequado aos dados pessoais dos internautas O principal obst culo como se constatou no decorrer da an lise comparativa entre os ordenamentos jur dicos para uma prote o adequada no sistema brasileiro a falta de uma previs o espec fica que garanta ao titular a efetiva frui o do acesso a suas informa es que constem em bancos registros ou arquivos digitais al m de regulamentar as possibilidades de retifica o supress o atualiza o e imposi o de confidencialidade Somente garantido ao titular de forma ampla precisa e clara o exerc cio
220. ndiv duo atrav s do cruzamento desses dados 63 Outro autor tamb m citado por Leonardi 2012 p 74 Daniel J Solove que estuda a cria o dos chamados dossi s digitais a partir do fluxo de informa es entre bancos de dados e cadastros mantidos por entidades privadas governos e indiv duos Enfim a principal consequ ncia a ser evitada com a regulamenta o destes dossi s digitais surgidos da combina o de dados pessoais e que possibilitam a cria o de um perfil do Internauta que eles possibilitem a pr tica de Datavigilance As informa es fornecidas pelas pessoas para que obtenham determinados servi os s o tais em quantidade e qualidade que possibilitam uma s rie de usos secund rios especialmente lucrativos para os gestores dos sistemas interativos RODOT 2008 p 46 Estes gestores armazenando filtrando e segmentado as informa es obtidas quando do fornecimento dos servi os podem criar informa es novas perfis de consumo individual e familiar an lises de prefer ncia informa es estat sticas etc que interessam a outros sujeitos a quem estas informa es podem ser vendidas Por isso torna se dif cil individualizar algum tipo de informa o da qual o cidad o poderia despir se completamente RODOT 2008 p 36 no sentido de renunciar definitivamente ao controle das modalidades de seu tratamento e das atividades dos sujeitos que as utilizam Isto decorre
221. nform ticas pela sua complexidade de funcionamento e facilidade de obten o tratamento e transmiss o de informa es Para uma compreens o precisa de onde surge esta perspectiva de estado vigilante de tudo e de todos como forma de manuten o da seguran a p blica necess rio referenciar as concep es pol ticas que surgiram no ltimo s culo e que de certa forma moldaram esta forma de agir Em um primeiro momento poss vel observar nos estados liberais e capitalistas a concep o pol tica de um Estado Gerente CHATELET KOUCHER 1983 p 80 que tem a inten o de justificar a sua atua o ou aus ncia de a o atrav s de um discurso de prote o de determinados valores que dificilmente s o questionados tais como o humanismo o pluralismo o reformismo e por que n o afirmar da seguran a coletiva e individual atrav s do vigilantismo que com base nessas justificativas legitimam seu controle sobre os fluxos de dados e informa es produzidas pelos indiv duos Outra concep o pol tica que o s culo XX desvelou foi a concep o de Estado Partido CHATELET E KOUCHER 1983 p 198 9 que surge como rea o concep o anterior e os problemas sociais que ela ocasionou sobretudo pela m distribui o das riquezas e pelo predom nio nos espa os pol ticos pelas classes economicamente dominantes Esta forma de estado por quest es pol ticas adotou uma perspectiva de vigil ncia como forma d
222. nida como aquela fun o que envolve dedu es sobre nossas experi ncias e sobre a ocorr ncia e o controle de eventos futuros A tend ncia da Psicologia cognitiva tamb m chamada de Cognitiva Comportamental considerada uma abordagem de senso comum que se baseia em dois princ pios centrais 1 Nossas cogni es t m uma influ ncia controladora sobre nossas emo es e comportamento e 2 O modo como agimos ou nos comportamos pode afetar profundamente nossos padr es de pensamento e nossas emo es WIGHT BASCO THASE 2008 p 14 55 Os principais elementos do modelo cognitivo Comportamental s o o evento a avalia o cognitiva a emo o e o comportamento Dentre eles o principal a avalia o cognitiva essencial para a compreens o da Segmenta o comportamental WIGHT BASCO THASE 2008 p 17 Assim seguindo as li es de Beck e Alford 2000 p 21 poss vel dizer que a teoria cognitiva articula a maneira atrav s da qual os processos cognitivos est o envolvidos na psicopatologia e na psicoterapia efetiva Na teoria cognitiva a natureza e a fun o do processamento de informa o constitui a chave para entender o comportamento mal adaptativo e os processos terap uticos positivos O processamento ou avalia o cognitiva recebe um papel fundamental neste modelo porque o ser humano continuamente avalia a relev ncia dos acontecimentos no ambiente que o circunda por exemplo evento
223. nos demais Estados mercosulinos De outro lado e tomando em considera o a implementa o da legisla o j existente nos demais Estados do Mercosul poss vel afirmar que a exist ncia de normatiza o ampliou a prote o dos dados pessoais dos internautas resultando em termos de pol ticas de privacidade mais protetivos em um dos maiores provedores de acesso que atua diretamente no Brasil e indiretamente nestes pa ses Terra de forma a coibir a pr tica de segmenta o comportamental por bancos de dados Portanto o objetivo central desta disserta o investigar o tratamento jur dico de dados pessoais nos Estados do Mercosul em face da segmenta o comportamental utilizada pelas empresas que atuam no ambiente virtual E especificamente com base nos termos de pol tica de privacidade constatar se a exist ncia de legisla o sobre o tema da prote o de dados surte efeitos positivos no sentido de proteger os dados pessoais do cidad o internauta Para tanto s o objetivos parciais desta pesquisa realizar inicialmente um estudo te rico sobre o tema da segmenta o comportamental que pretende identificar quais s o os principais motivadores de tal pr tica com base em categorias conceituais provenientes da Psicologia da Publicidade e Propaganda e da Comunica o Social Ainda analisar o tratamento jur dico destinado aos dados pessoais nos pa ses integrantes do Mercosul que receberam o t tulo de pa ses com uma pr
224. nsiste na oferta de servi os personalizados tampouco relaciona as suas vantagens Nestes pa ses n o h veda o ao usu rio de submeter se a segmenta o comportamental por m esta possibilidade n o traz a mesma carga persuasiva que aquela constante no termo de privacidade brasileiro No termo de privacidade argentino n o h qualquer condicionamento da qualidade dos servi os prestados ao compartilhamento dos dados pessoias Pelo contr rio garantido ao usu rio que a cess o das suas informa es pessoais ser sempre volunt ria e n o prejudicar a presta o adequada dos servi os contratados Por outro lado de forma inclusive abusiva sob o ponto de vista das normas consumeristas o termo de privacidade brasileiro afirma que caso o usu rio opte por n o compartilhar os seus dados poder sofrer significativos preju zos aos seus servi os Ap s a an lise dos tr s ordenamentos jur dicos que trazem diferentes graus de prote o aos dados pessoais do internauta verifica se que uma legisla o espec fica e eficaz de prote o de dados pode influenciar as empresas a adotarem pol ticas de prote o 150 privacidade mais precisas honestas e leais ao usu rio primando pelo respeito boa f objetiva nas rela es virtuais 151 CONCLUS O A sociedade informacional como estudada surgida da reformula o e potencializa o do sistema de produ o capitalista caraterizada principalmente pelo avan o d
225. nte dos e fazer o usu rio visualizar a publicidade ou conte dos em tempo n mero de vezes por padr o Sempre que voc n o tiver ativado a op o de impedir a instala o de cookies no seu disco r gido voc pode explorar seu disco r gido seguindo as instru es e ajuda de seu sistema operacional normalmente os sistemas operacionais Windows devem consultar o C pasta conduzir ou disco Windows cookies para obter mais detalhes sobre cada servidor a partir do qual os cookies s o enviados 138 2 3 2 As estrat gias de informac o sobre Dados Pessoais utilizadas pelo Provedor Terra Brasil E preciso referir que o Termo de uso do Portal Terra que se estende a todos os servi os oferecidos atrav s deste portal dentre os quais o de provedor de acesso Internet refere que Este Termo regulamenta o uso do Portal TERRA bem como os servi os produtos neste oferecidos e fornecidos pelo TERRA NETWORKS BRASIL S A aos usu rios de Internet A utiliza o do Portal por voc implica na aceita o integral e plena deste Termo e Pol tica de Privacidade TERRA BRASIL 2014 No referido termo TERRA BRASIL 2014 consta que O TERRA preza pela seguran a sigilo e inviolabilidade de todos os dados cadastrais fornecidos por voc No entanto voc deve estar ciente que as medidas de seguran a na Internet n o s o infal veis principalmente em raz o da r pida evolu o do ambiente virtual Deste modo o TER
226. ntes de adentrar propriamente na an lise das previs es do Marco civil em conjunto com as poss veis previs es do projeto de prote o de dados pessoais torna se essencial delimitar objetivamente a abordagem que ser feita N o haver especificamente o estudo da garantia fundamental do Habeas Data que nos outros pa ses analisados foi objeto da mesma lei de prote o de dados pessoais e que no Brasil foi regulamentada inicialmente em n vel constitucional com o art 5 inciso LXXII da Constitui o Federal de 1988 BRASIL 2014 e ap s atrav s da Lei 9 507 de 12 de novembro de 1997 Estas previs es n o visam ao acesso aos bancos de dados digitais Na realidade a garantia constitucional do Habeas Data no Brasil surgiu como resposta a um per odo de ditadura militar que praticou in meros il citos contra os direitos humanos e onde as v timas e seus familiares pretendiam o acesso aos bancos de dados p blicos para ter conhecimento dos autores destes il citos MENDES BRANCO 2014 p 564 Esta vis o corroborada pela pr pria delimita o constitucional de que o acesso que se pretende obter com tal medida judicial objetiva o banco de dados p blico ou de car ter p blico Portanto pela delimita o espec fica bem como pelo contexto hist rico de seu surgimento esta a o constitucional n o ser objeto espec fico de an lise que se limitar 1 A Lei n 9 507 de 1997 estabelece em seu art 1 par grafo nico
227. ntos ou desleais para a capta o do dado pessoal o que salutar especialmente considerando o dever de observar a boa f objetiva Estas adjetiva es representam princ pios que regem o sistema de prote o de dados pessoais dentre os quais a finalidade a pertin ncia tamb m devem ser respeitados pois essas informa es integram o direito de privacidade do titular Conforme afirma Felipe Rotondo Estos princ pios conjuntamente con la regulaci n el bloque de juridicidade de mayor jerarqu a entre los derechos de la personalidad basados en este haz normativo est el de privacidad y el de la citada protecci n ROTONDO 2014 p 9 Por m a legislag o argentina acaba sendo mais abrangente quando refere que a obrigatoriedade de retirar ou corrigir dados imprecisos ou inexatos deve ser estendida a todo e qualquer respons vel pelo banco de dados enquanto que a legislac o uruguaia afirma apenas que o controlador ter esta obriga o preciso evidenciar ainda que se trata de uma pr tica empresarial corriqueira a atua o conjunta de diferentes empresas e nestas situa es geralmente apenas uma destas empresas recolhe o consentimento expresso do titular por m o tratamento dos dados acaba ocorrendo pelas outras Deste modo importante que a legisla o seja abrangente e imponha deveres de cuidado e respeito s finalidades expressas inicialmente no momento da capta o a todas as pessoas jur dicas incorporadas
228. o desenvolvimento e pela utiliza o massiva das Tecnologias Informacionais e Comunicacionais TIC ap s a revolu o informacional da d cada de 70 do s culo XX tem diversas caracter sticas essenciais Dentre elas se destaca uma tend ncia exposi o da personalidade individual por interm dio da capta o e do tratamento de dados pessoais digitais Esta sociedade tem outra caracter stica que consiste na necessidade individual de integrar se em redes de relacionamento sejam redes eminentemente privadas como as redes sociais ou mesmo redes de car ter p blico privadas como aquelas provenientes dos servi os de Internet Para integrar se nessas redes o sujeito deve ser identificado ou ao menos identific vel e portanto deve ceder em alguma medida informa es pessoais a respeito da sua personalidade As solu es apontadas pelo sistema jur dico tradicional para a prote o dos direitos fundamentais em especial para a prote o da privacidade tradicionalmente consistiram em uma atua o negativa ou seja no impedimento da viola o Por m com o avan o da revolu o informacional estas barreiras jur dicas tornam se ineficazes pois de um lado o indiv duo influenciado culturalmente autoexposi o e de outro lado a ele exigido que compartilhe suas informa es pessoais para integrar se em redes e usufruir das vantagens oferecidas pelas tecnologias como visto no primeiro cap tulo Para responder a essa real
229. o em seu art 3 a legisla o estabelece os princ pios para a disciplina do uso da Internet dentre os quais s o relevantes para a tem tica da prote o de dados pessoais a prote o da privacidade no inciso II e a prote o dos dados pessoais na forma da lei no inciso HI BRASIL 2014 a 117 Conforme destacam comentaristas desta legislac o JESUS MILAGRE 2014 p 12 Al m de proteger a privacidade em geral o Marco Civil d nfase prote o dos dados pessoais informa es que podem identificar uma pessoa e que comumente s o utilizadas ou requeridas pelos provedores de acesso Internet ou provedores de servi os no Brasil Nesta previs o princiol gica destacam se dois pontos negativos Inicialmente cinde a prote o privacidade da prote o aos dados pessoais o que pode enfraquecer este segundo valor considerando que ele na realidade seria uma nova forma de prote o da privacidade portanto melhor seria uma previs o que afirmasse que um princ pio prote o da privacidade por interm dio da prote o aos dados pessoais Em um segundo momento a previs o aparentemente condiciona a prote o espec fica dos dados pessoais exist ncia de uma Legisla o sobre a tem tica quando na realidade ela poderia ter elencado como princ pio a mera prote o aos dados pessoais Visualiza se claramente que o Marco Civil pretendeu ter um papel semelhante a uma Constitui o para trata
230. o necessariamente decorrem do neg cio jur dico ou da contrata o objeto principal da rela o jur dica foi primeiramente pensada por Cl vis do Couto e Silva na cl ssica obra A obriga o como um processo At esta obra o pensamento majorit rio da doutrina visualizava a exist ncia da boa f como princ pio geral de qualquer neg cio jur dico Por m a grande inova o foi que antes dela os autores que no Brasil versaram a mat ria n o procuraram visualizar a boa f como elemento criador de novos deveres dentro da rela o obrigacional deveres conv m frisar que podem nascer e desenvolver se independentemente da vontade SILVA 2006 p 35 Como esclarece Joaquim de Sousa Ribeiro 2003 p 147 Na cultura jur dica continental e em particular na germanista a boa f tem como sabido uma enorme amplitude e diversidade aplicativas n o regulando apenas a interpreta o e execu o de um contrato validamente constitu do com vista cabal realiza o dos seus fins A boa f tamb m fonte de deveres de conduta em todas as fases da vida da rela o E da observ ncia desses deveres pode depender entre outras consequ ncias a efic cia vinculativa do contrato Antes desta nova constru o doutrin ria a id ia de boa f era uma preocupa o adstrita a temas envolvendo direitos reais o que decorria naturalmente da vis o eminentemente patrimonialista que o direito privado da poca est
231. o a computadores adicionam se crescente necessidade de dados por parte das institui es p blicas e privadas N o poss vel imaginar uma a o que v de encontro a esta tend ncia comum a grande maioria das organiza es sociais preciso considerar como ocorre tal situa o e acima de tudo analisar as transforma es que ela causa na distribui o e no uso do poder por estas estruturas Portanto a imensa necessidade de dados pelas institui es acaba transformando a estrutura destas como forma de possibilitar a obten o de um n mero maior destas informa es interligando diferentes setores e transferindo as a uma velocidade cada vez maior entre eles Como afirma Armand Mattelart 2002 p 81 a futurologia t cnica planta o cen rio que preside a constru o das id ias encarregadas de anunciar se n o de explicar que a humanidade est no limiar de uma nova era da informa o e portanto de um novo universalismo Afinal qual foi o grande momento de ruptura em que poss vel identificar o surgimento da sociedade informacional E quando se iniciou esta nova era Como j dito ela surgiu em meados da d cada de 70 in cio da d cada de 80 na Calif rnia nos Estados Unidos da Am rica mais precisamente na regi o atualmente conhecida como Vale do Sil cio onde ocorreu a Revolu o Informacional CASTELLS 2003 A p 39 Neste local uma nova gera o de cientistas e engenheiros passou a trabalhar e
232. o direito do titular de negar se a fornecer seus dados pessoais este direito de oposi o est impl cito no art 6 d quando disp e que a pessoa requerida deve ser informada sobre as consegu ncias de fornecer os seus dados e da negativa de faz lo 84 do tratamento destas informa esa esta finalidade conforme j visto quando do coment rio ao artigo 4 A legisla o argentina ainda exige o detalhamento da destina o ao titular de direitos devendo se cientific lo se os dados obtidos ser o direcionados a algum banco de dados arquivo ou registro e quem ser o seu detentor Esta previs o uma forma de possibilitar que haja um efetivo controle da finalidade da utiliza o do dado pessoal al m de evitar eventual segmenta o il cita dos dados pois somente tendo informa es suficientes sobre o tratamento que haver um adequado exerc cio de autodetermina o informativa tema tratado por P rez Lu o 2005 um dos marcos te ricos dessa disserta o As informa es referentes obrigatoriedade das respostas que obtiveram os dados bem como da exist ncia de consequ ncias para o internauta que deixa de fornec los s o importantes para a verifica o e comprova o de que a capta o foi feita de forma l cita Pelas previs es da lei argentina o internauta deve ter a possibilidade de acessar retificar ou suprimir determinadas informa es Essa garantia n o s contribui para o exerc cio da autodet
233. o que determina que um princ pio ou uma pol tica particular mais importante que outra frequentemente ser objeto de controv rsia DWORKIN 2011 p 42 Por outro lado As regras n o t m essa dimens o Podemos dizer que as regras s o funcionalmente importantes ou desimportantes Se duas regras entram em conflito uma delas n o pode ser v lida A decis o de saber qual delas v lida e qual deve ser abandonada ou reformulada deve ser tomada recorrendo se a considera o que est o al m das pr prias regras Um sistema jur dico pode regular esses conflitos atrav s de outras regras que n o preced ncia regra formulada por uma autoridade de grau superior regra promulgada mais recentemente regra mais espec fica ou outra coisa do g nero DWORKIN 2011 p 43 32 normas que tratam de direitos fundamentais como o caso da prote o privacidade deve partir da distin o dentro do g nero normas de duas esp cies as regras e os princ pios Consideradas estas distin es feitas pelos autores pode se afirmar que a prote o privacidade uma norma que essencialmente trata de um direito fundamental decorrente da dignidade da pessoa humana Possui car ter de garantia do exerc cio dos demais direitos civis e pol ticos pois possibilita a constru o livre da personalidade individual Assim ela tem um conte do amplo e portanto tem a natureza de princ pio tanto para Dworkin
234. odos os Identificadores An nimos e n o apenas os do TERRA ser o desabilitados do seu navegador Voc pode desabilitar o armazenamento de dados de duas formas desabilitando os cookies o que pode limitar a sua navega o ou realizando navega o an nima os cookies e identificares an nimos ser o exclu dos ap s sua visita ao site Neste trecho fica clara uma sens vel diferen a entre o tratamento dado pelo mesmo Portal de Internet em pa ses que t m uma legisla o espec fica de prote o de dados pessoais e aqueles que n o legislaram especificamente quanto mat ria Enquanto na Argentina o termo afirma expressamernte que n o poder haver qualquer distin o na presta o dos servi os decorrente da negativa do usu rio em compartilhar os seus dados pessoais no Brasil a previs o apresenta se em sentido completamente oposto afirmando que os servi os poder o ficar significativamente prejudicados caso o usu rio n o deseje compartilhar suas informa es pessoais Esta exig ncia al m de violar regras de direito do consumidor pois afeta o objeto de uma contrata o consistente na presta o adequada e eficaz de um servi o tamb m viola o princ pio de que o consentimento para o compartilhamento de dados pessoais deve ser livre N o h que se falar em pr vio e livre consentimento quando o usu rio alertado que os servi os remunerados que contratou poder o ser prejudicados caso opte por n o
235. ois ap s o est mulo neutro ter sido associado ao est mulo incondicionado este pode vir a evocar uma rea o semelhante resposta incondicionada denominada resposta condicionada que no exemplo citado seria a situa o do salivamento pelo toque da campainha Esta estrutura de condicionamento respondante foi desenvolvida por Ivan Petrovick Pavlov um fisiologista russo que em seu laborat rio fez experi ncias com animais e constatou que esta associa o entre o est mulo neutro e o est mulo incondicionado ocorria com animais que eram alimentados DORON PAROT 2001 p 166 Aqui se visualiza o condicionamento operante que consiste em Um processo de aprendizagem est mulo resposta do comportamento volunt rio que ocorre como um resultado da consequ ncia das a es produzidas pro um organismo animal ou humano A id ia de que a aprendizagem de uma consequ ncia de uma a o apropriada ou operante pode ser refor ada fortalecida se a a o for seguida de uma consequ ncia agrad vel Isso aumenta a probabilidade da a o ocorrer novamente STRATTON HAYES 1994 p 45 58 Dessa forma era poss vel a transfer ncia de um est mulo elicitante de determinado respondante para outro pois era natural o processo de associac o Ainda outro processo de aprendizagem que a Psicologia estuda o condicionamento operante Linda Davidoff 1983 p 173 explica que os operantes s o atos iniciados pelos pr prios animais
236. ois o documento surge de uma fonte unilateral e n o pode sob pena de viola o do princ pio da boa f objetiva e dos deveres de lealdade e probidade ser utilizado para afastar responsabilidades legais do ente que o produziu Quanto possibilidade de personaliza o dos servi os prestados pelo Terra o Aviso Legal TERRA BRASIL 2014 a preleciona que Praticamente todo conte do que voc acessa nos servi os do TERRA pode ser personalizados muito embora o TERRA disponibilize tamb m a voc servi os e not cias de interesse geral Isso significa que ao inv s de mostrar o mesmo conte do para todos os usu rios o TERRA pode construir um perfil baseado no seu hist rico de acesso de aplica es apresentando lhe al m dos conte dos e servi os de interesse geral conte dos e servi os mais pr ximos aos seus interesses Isso ocorre em in meras situa es nas p ginas do Portal em comunica es eletr nicas e em an ncios e publicidade apresentada a voc Em rela o s publicidades personalizadas caso voc n o opte por desabilitar cookies ou navegar de forma an nima estas ser o direcionadas a voc em raz o de produtos observados em visitas a outros sites Nesta situa o caso n o seja de seu interesse receb las voc poder desabilitar o banner da publicidade clicando no cone localizado no canto direito deste Vale lembrar que somente as publicidades personalizadas conter o este cone e esta possibi
237. omo paradigma para um sistema jur dico brasileiro Direitos Fundamentais e Justi a n 11 abr jun 2010 SARLET Ingo Wolfgang A efic cia dos Direitos Fundamentais Uma Teoria Geral dos Direitos Fundamentais na Perspectiva Constitucional 10 Edi o Porto Alegre Livraria do Advogado 2009 SIBILA Paula O show do eu a intimidade como espet culo Rio de Janeiro Nova Fronteira 2008 Os di rios ntimos na Internet e a Crise da Interioridade Psicol gica In LEMOS Andr CUNHA Paula orgs Olhares sobre a Cibercultura Porto Alegre Sulina p 139 152 2003 SILVA Beronalda Messias da Marco civil da internet o que muda com rela o aos cookies de internet In Direito e Novas Tecnologias Publica o XXII Congresso Nacional do 164 CONPEDI UNINOVE Dispon vel em lt http www publicadireito com br artigos cod 7d806dddbe08d7be gt Acesso em 29 de Novembro de 2014 p 250 265 SILVA Cl vis do Couto A obriga o como um processo Reimpress o Rio de Janeiro Editora FGV 2006 SILVA Edson Ferreira da Direito Intimidade de acordo com a doutrina o direito comparado a Constitui o de 1988 e o C digo Civil de2002 2 Ed rev atual ampliada S o Paulo Juarez de Oliveira 2003 SILVA Rosane Leal As tecnologias da informa o e comunica o e a prote o de dados pessoais In Anais do XIX Encontro Nacional do CONPEDI 2010 Fortaleza Anais Fortaleza 2010 p 3907 3918 SILVA Jos A
238. omo n o tendo car ter p blico mas em conjunto com outras ou isoladamente em determinadas condi es podem ser prejudiciais ao titular Por fim outra grande falha da legisla o brasileira a aus ncia de regulamenta o para a cria o de um rg o espec fico de controle de dados pessoais com compet ncia e atribui es semelhantes queles criados na legisla o uruguaia e na legisla o argentina A exist ncia de um rg o com compet ncia espec fica nesta mat ria essencial pois permite um controle das rela es jur dicas entre usu rios de arquivos e titulares destas informa es e que ao mesmo tempo n o impede o exerc cio das atividades daqueles protege os direitos destes 2 2 4 Os contrastes legislativos possibilidades e desafios hamoniza o da prote o de dados pessoais nos estados analisados Com base nas tr s legisla es at o momento investigadas verifica se que o n vel de prote o muito semelhante na Argentina e no Uruguai e menos protetivo no Brasil Tal situa o n o deveria ocorrer considerando que este Estado foi o ltimo a legislar sobre o uso da Internet e poderia coletar experi ncia de duas d cadas de regulamenta o da utiliza o dos dados pessoais nos seus pa ses vizinhos A principal raz o para este desn vel entre os dois primeiros pa ses e o terceiro deve se ao fato de ele n o ter especificamente regulamentado a mat ria da prote o de dados pessoais mantendo
239. onal de telecomunica es ANATEL estabeleceu no item 3 a al nea a da Nota T cnica n 004 de 1995 que a Internet um nome gen rico que designa o conjunto de redes os meios de transmiss o e comuta o roteadores equipamentos e protocolos necess rios comunica o entre computadores bem como o software e os dados contidos nestes computadores ANATEL 2014 Atualmente no Brasil o conceito de Internet tem previs o na Lei do Marco Civil da Internet comentada no cap tulo anterior que em seu artigo 5 estabelece ser a Internet o sistema constitu do do conjunto de protocolos l gicos estruturado em escala mundial para uso p blico e irrestrito com a finalidade de possibilitar a comunica o de dados entre terminais por meio de diferentes redes BRASIL 2014 Mas como funciona esta rede Isto qual a l gica de funcionamento desta tecnologia A Internet funciona a partir da conex o entre computadores que esquematicamente formam uma grande rvore onde os maiores galhos s o as espinhas dorsais do sistema denominado backbones estruturas constitu das de roteadores de tr fico interligados por circuitos de alta velocidade Estas estruturas s o capazes de manipular grandes quantidades de informa es Para a conex o com estas estruturas essencial os servi os de provedores de informa es ou de acesso que ser o respons veis pela conex o do usu rio com o sistema Cada um dos computadores que
240. onstitucional Alem o 62 p blica eram c rculos conc ntricos e distintos onde a violag o seria mais grave quanto mais atingisse a menor das esferas Por m essa vis o atualmente tem sido abandonada em favor de um tratamento mais unit rio de tal direito como afirma P rez Lu o 2005 p 338 9 O reconhecimento das diferentes formas de agress o intimidade a imagem e a honra n o podem de modo algum reduzir a import ncia do car ter unit rio da estrutura deste direito JA doutrina tradicional havia tra ado determinados crit rios de distin o entre os direitos a honra a fama e a reputa o considerados como um interesse pr prio da vida nas rela es sociais e o direito a intimidade entendido como aspira o do indiv duo a tranquilidade do espirito e ao isolamento Por m as dificuldades que este esquema diferenciador p em em evid ncia quando se adverte que De um lado a defini o de honra junto a sua dimens o externa consiste em uma consagra o social em reconhecimento que os outros lhe outorgam ou tributam possui uma dimens o ntima de patrim nio da alma que afeta o mbito mais interno da personalidade e o mais pr prio e intransfer vel do indiv duo e de outro que a intimidade tal como se tem estudado para al m de uma possibilidade de isolamento implica um direito de participa o e de controle das informa es que concernem a cada pessoa Desta forma n o poss vel compreender a
241. ontratuais propriamente ditos de outros deveres que ser o denominados instrumentais ou funcionais MARTINS COSTA 2000 p 403 Estes deveres funcionais no caso os deveres de informa o derivam dos princ pios e da fun o social e da boa f sempre presente a finalidade objetiva do contrato MARTINS COSTA 2000 p 403 Como esclarece Paulo Nalin 1998 p 195 N o dada possibilidade de frustra o das leg timas expectativas contratuais formuladas na esfera jur dica de qualquer dos contratantes devendo ambos proceder conduta objetiva comportamentalmente de boa f Mais uma vez poss vel visualizar o papel da centralidade constitucional considerando sobretudo que as ideias de boa f e fun o social s o princ pios gerais decorrentes da estrutura de direitos fundamentais estabelecida pela Constitui o Federal Como afirma Paulo Luiz L bo Neto 2003 p 206 A patrimonializa o das rela es civis que persiste nos c digos incompat vel com os valores fundados na dignidade da pessoa humana adotado pelas Constitui es modernas inclusive pela brasileira artigo 1 ID A repersonaliza o reencontra a trajet ria da longa hist ria da emancipa o humana no sentido de reposta a pessoa humana como centro do direito civil passando o patrim nio ao papel de coadjuvante nem sempre necess rio A 66 Assim o que se pretende definir a vis o de boa f como regra de conduta fundada n
242. ontrole unidade de c lculo mem ria Como visto os psic logos desta terceira tend ncia adotam as seguintes teses DAVIDOFF 1983 p 21 Inicialmente entendem que devem estudar os processos mentais tais como o pensamento a percep o a mem ria a aten o a resolu o de problemas e a linguagem Visam aquisi o de conhecimentos precisos sobre como esses processos funcionam e como s o aplicados na vida cotidiana verificando por exemplo os acessos e cliques que determinado indiv duo faz em algum site ou o seu tempo de acesso informa es que podem facilmente ser verificadas atrav s do sistema de cookies Por fim para a Psicologia cognitiva deve se utilizar a introspec o informal sobretudo para desenvolver intui es enquanto os m todos objetivos s o preferidos para confirmar estas intui es Como afirma Judith S Beck 1997 p 17 8 a teoria cognitiva conforme desenvolvida por Aaron Beck singular no sentido de que um sistema de psicoterapia com uma terapia da personalidade e da psicopatologia unificadas apoiadas por evid ncias emp ricas substanciais Ela tem uma terapia operacionalizada com uma ampla gama de aplica es tamb m apoiada por dados emp ricos O pr prio Aron Beck em obra conjunta com Brad Alford 2000 p 23 afirma que a teoria cognitiva da psicopatologia e psicoterapia considera a cogni o a chave para os transtornos psicol gicos Cogni o defi
243. orados atrav s da x i i 26 Internet t m sido criados poderosos sistemas de seguran a do estado Estes sistemas projetaram mecanismos de pesquisa e intelig ncia para enfrentar os novos desafios No entanto o pr prio autor lembra que estes sistemas constituem se em uma amea a preocupante para as liberdades civis tornando se mecanismos de controle social e de viola o da privacidade Al m disso a opera o desses sistemas nem sempre cumpre as exig ncias das sociedades democr ticas uma vez que na pr tica para levar seguran a aos cidad os exige se deles a aceita o da intrus o em seus direitos P REZ LUNO 2011 p 107 Com Bauman 2008 10 11 poss vel afirmar que O estado por exemplo tendo encontrado sua raison d tre e seu direito obedi ncia dos cidad os na promessa de proteg los das amea as exist ncia por m n o mais capaz de cumpri la nem de reafirm la responsavelmente em vista da r pida globaliza o e dos mercados crescentemente extraterritoriais obrigado a mudar a nfase da prote o contra o medo dos perigos seguran a social para os perigos seguran a pessoal O estado ent o rebaixa a luta contra os medos para o dom nio da pol tica de vida dirigida e administrada individualmente ao mesmo tempo em que adquire o suprimento de armas de combate no mercado de consumo O medo de atos de viol ncia e terrorismo em conjunto com a possibilidade de controle e vigil n
244. ores e Internet viabilizam a coleta o processamento e a utiliza o de informa es pessoais para fins espec ficos a ponto de permitir que o nome de determinado indiv duo seja impresso em uma oferta individualizada e remetida para a sua resid ncia e isso poder ocorrer com milh es de pessoas que o sistema considerar parte do mesmo nicho social Tradicionalmente a estrutura de prote o da privacidade da vida privada e da intimidade como esferas circunscritas de prote o contribui para a manuten o deste status quo no sentido de que a viola o personalidade individual aparentemente pode ser justificada com base no fato de que n o se adentrou em determinada esfera Convencionalmente a privacidade foi pensada a partir da denominada teoria da pessoa como 237 uma casca de cebola Tal teoria entendia que as no es de intimidade vida privada e vida E Como esclarece o Danilo Doneda 2006 p 67 esta doutrina de Hubmann constantemente referida que utiliza um esquema de esferas conc ntricas para representar os diferentes graus do sentimento de privacidade a esfera da intimidade ou do segredo a esfera privada e em torno delas a esfera pessoal que abrangia a vida p blica Tal teoria que hoje chega a ser referida pela doutrina alem como a teoria da pessoa como uma cebola passiva foi desenvolvida e posteriormente abandonada em c lebre senten a de 1983 pelo Tribunal C
245. orma o atualmente uma riqueza fundamental da sociedade e os programas interativos criam uma nova mercadoria Dessa forma o sujeito fornece os dados de maneira s bita e espont nea e por conseguinte depois que estas s o armazenadas esquece se de que os relatou Assim a caracteriza o da sociedade como cada vez mais baseada sobre acumula o e a circula o das informa es comporta o nascimento de um novo e verdadeiro recurso de base ao qual se coliga ao estabelecimento de novas situa es de poder RODOT 2008 p 35 Por exemplo sustenta se que a coleta de dados utilizada pelos poderes p blicos para tomar decis es que dizem respeito a programas de desenvolvimento contendo exclusivamente dados agregados n o perigosa para a privacidade j que para esses dados n o seriam necess rios controles especiais ou o reconhecimento aos indiv duos de um direito de acesso RODOT 2008 p 32 Por m mesmo as colet neas de dados an nimos podem ser manipuladas de forma gravemente lesiva aos direitos dos indiv duos tenha se em mente o uso que pode ser feito dos dados agregados que digam respeito a uma minoria racial ou lingu stica ou s consequ ncias de uma decis o pol tica ou econ mica tomada justamente com base na an lise dos dados an nimos Dessa forma dentro da sociedade informacional a prote o de dados pessoais considerada um direito fundamental e deve ser ponderada em face de outros valores i
246. orre quando o comportamento de um indiv duo muda de modo permanente como resultado da observa o dos atos de outros indiv duos Esta aprendizagem por observa o ocorre a partir dos seguintes processos em primeiro lugar a aquisi o que ocorre quando o indiv duo observa um modelo que se comporta de determinado modo e reconhece os tra os distintivos da conduta do modelo em segundo lugar a reten o que ocorre quando a atividade do modelo armazenada ativamente na mem ria do indiv duo observador em terceiro lugar o desempenho que se manifesta quando o indiv duo analisa se o comportamento do modelo observado tende a levar a consequ ncias positivas suscet vel de ser reproduzido por fim as consequ ncias que ocorrem quando o indiv duo se defronta com os efeitos da reprodu o do comportamento do modelo ocorrendo ent o o condicionamento operante Linda Davidoff 1983 p 202 afirma que a aprendizagem por observa o muito mais complicada do que o condicionamento operante ou o respondante Observe que sempre implica atividades cognitivas e costuma ser tamb m muito demorada Como o condicionamento operante e respondante a aprendizagem por observa o pode ser usada deliberadamente na modifica o do comportamento Dessa forma poss vel identificar que a segmenta o comportamental e as estrat gias de Marketing que nela s o baseadas psicologicamente est o fundamentadas na teoria cognitiva Comportamental onde a
247. ortamental com base em bancos de dados pessoais digitais que deve ser entendida como o grande objeto de pesquisa do presente trabalho Como forma de cumprir esse objetivo ser essencial recorrer a teorias e categorias conceituais que n o necessariamente foram feitas para utiliza o na rea jur dica por m tendo em conta a necess ria interdisciplinaridade que toda e qualquer pesquisa pensada dentro da rea de concentra o Direitos da Sociedade Global deve ter acredita se que este desafio uma exig ncia Em um primeiro momento ser o tra ados os cen rios onde se situa a segmenta o comportamental feita com base em bancos de dados pessoais sendo utilizadas as no es da comunica o social e das ci ncias sociais essenciais para esta analise Esses cen rios ser o constru dos com base em tr s realidades distintas A primeira delas a chamada Revolu o Informacional ocorrida na d cada de 1970 com o desenvolvimento e a utiliza o massiva das Tecnologias da Informa o e da Comunica o TIC e da sociedade informacional que ela acabou originando A segunda realidade o aprofundamento que o princ pio da prote o privacidade sofreu no ltimo quarto de s culo passando a exigir o desenvolvimento de um novo direito dele decorrente qual seja a prote o de dados pessoais Por fim a terceira ser a busca por vigil ncia e controle algo que sempre esteve presente na atua o estatal mas que atualmente
248. orto Alegre Artmed 2008
249. os devem ser armazenados de forma a permitir o exerc cio do direito de acesso do propriet rio 7 Os dados devem ser destru dos quando n o forem mais necess rios ou relevantes para os fins para os quais foram recolhidos 80 de una base de datos para la publicidad en principio el error o vetustes de los datos no s lo perjudicar el inter s o lucro de quien pretenda valer se de ellos para tal fin CARBO 2001 p 73 por exemplo imputando uma oferta n o desejada a um determinado indiv duo Outra quest o importante constante no segundo item refere se ao impedimento de capta o de dados pessoais por meio fraudulento injusto ou contr rio legisla o Esta previs o impede que um dado pessoal obtido de forma a ludibriar o titular venha a ser recolhido em um banco e ap s passe a identificar esta pessoa Portanto um eventual falso recadastramento para determinado servi o n o pode servir como forma de obten o de uma gama de informa es de indiv duos para direcion los uma posterior publicidade Pablo Palazzi 2004 p 31 cita como exemplos destes meios il citos El robo de infomaci n o la obtenci n bajo falsas excusas por ejemplo la recopilaci n de datos en formularios para un sorteo que nunca se realizar o la recopilaci n de datos en Internet utilizando las fallas de seguridad en los sistemas inform ticos o su recogida mediante programa bots o spiders que recorren la red o la forma manual L
250. os dados para que se crie um perfil dos usu rios Em decorr ncia deste perfil dos gestores no caso os editores do site os dados podem ser usados para criar segmentos de p blico definidos com base em visitantes que t m perfis semelhantes para ofertas espec ficas de produtos com caracter sticas que possam interessar a este nicho de mercado 2 Como o autor Cass Sisteins trabalha na obra Rep blic com 2001 e Conforme o Guia do usu rio da Internet organizado pela Rede Nacional de Pesquisa o provedor de acesso aquele que se conecta a um provedor de backbone atrav s de uma linha de boa qualidade e revende conectividade na sua rea de atua o a outros provedores usualmente menores institui es e especialmente a usu rios individuais atrav s de linhas dedicadas ou mesmo atrav s de linhas telef nicas discadas BRASIL 2014 p 7 Enfim como esclarece Leonardi 2005 p 22 os provedores de acesso s o pessoas jur dicas que possibilitam o acesso dos seus clientes consumidores Internet elas normalmente devem dispor de uma conex o a um backbone se dentro de sua pr pria infraestrutura ou atrav s de uma contrata o onerosa 51 Desta forma a Segmenta o comportamental possibilita uma forma de marketing o chamado Marketing Relacional ou Comportamental especificado como um marketing por banco de dados Database Marketing E como tal marketing direcionado a um pequeno grupo de indiv duos pre
251. os e criar perfis que reflitam suas personalidades para lhes direcionar uma publicidade Essas e outras situa es de vulnerabilidade aos Direitos Fundamentais somadas ao avan o das TIC tamb m exigiu que o princ pio da prote o privacidade tivesse o seu sistema de regulamenta o repensado a partir de um direito espec fico a prote o de dados pessoais Express o inicialmente cunhada por Manuel Castells na obra Sociedade em Rede 2003 A Considerando esse novo contexto prop e se a discuss o da tem tica da prote o dos dados pessoais em face da segmenta o comportamental situa o muito comum e por vezes invis vel ao titular de direitos Essas estrat gias empresariais ocorrem porque a comercializa o de produtos e a presta o de servi os referentes s tecnologias informacionais considerada um interessante setor da economia sendo que as empresas de telecomunica es se interessam sobre este campo destacando se as empresas que atuam para promover o acesso Internet Todavia a necessidade de atualiza o constante das tecnologias na presta o destes servi os bem como a exig ncia de amplia o dos pontos de conex o acabou por concentrar a atua o nesse segmento em algumas poucas grandes empresas Para ingressar no mundo virtual os indiv duos disponibilizam os seus dados pessoais a estes grandes provedores de acesso Internet que atuam em um setor cada vez mais concentrador de poder
252. os usu rios da rede n o importando em que lado ele se encontra ou sua natureza jur dica seja esta particular e p blica SILVA 2014 p 12 Contudo o antigo Projeto de Lei n 4 060 de 2012 n o previa especificamente a forma e condi es deste consentimento o que sem d vida uma falha grave visto que um dos princ pios mais essenciais para que se garanta efetivamente a autodetermina o informativa o princ pio da necessidade de consentimento livre expresso e informado Espera se que tal omiss o seja resolvida no novo processo de elabora o da legisla o que ora se inicia com a consulta p blica pois atualmente a autodetermina o informativa s consta no texto do Marco Civil da Internet que expressamente refere forma e condi es deste consentimento que tamb m devem ser aplic veis veda o do inciso VII Assim como as legisla es uruguaia e argentina o Marco Civil trouxe uma previs o de conte do do referido consentimento para que possa ser caracterizado como um consentimento efetivamente informado 1 Poderia ser propugnada uma analogia com o C digo de Defesa do Consumidor Lei n 8 078 de 1990 e aos deveres de informa o l constantes por m nestas situa es a rela o ficaria limitada ao reconhecimento da rela o de consumo entre o detentor dos dados e o seu titular 15 E isso exige uma previs o clara e precisa sobre a necessidade e o conte do do consentimento m nimo que se exige do t
253. osicionamento n o significa por outro lado que se atribua a solu o de todos os problemas no tratamento dos dados pessoais simples edi o da legisla o espec fica Por certo a lei ser um dos instrumentos que poder o contribuir para maior prote o da privacidade dos internautas mas a maior efetividade da prote o exige que sejam conjugadas com outras a es de sensibiliza o dos atores sociais para este importante tema Nesse sentido mostra se imperioso que os internautas tenham conhecimento que s o objeto de segmenta o comportamental e em respeito ao princ pio da boa f objetiva possam optar em permanecer ou n o na rela o jur dica contratual pois o desenvolvimento das tecnologias da informa o e comunica o e as vantagens advindas de seu uso n o podem 156 servir de justificativa para a viola o de direitos fundamentais t o caros aos cidad os como o seu direito privacidade e autodetermina o informativa 157 REFER NCIAS ANATEL Norma 004 95 aprovada pela Portaria n 148 de 31 de mar o de 1995 do Minist rio das Comunica es Dispon vel em lt http www anatel gov br hotsites Direito Telecomunicacoes TextoIntegral ANE prt minico m 19950531 148 pdf gt Acesso em 15 de junho de 2014 ANDERSON Chris A cauda longa do mercado de massa para o mercado de nicho Trad SERRA Afonso Celso da Cunha 7 Edi o Rio de Janeiro Elsevier 2006 ALEXY Robert Teoria dos Direitos F
254. ote o de dados adequada Argentina e Uruguai reconhecendo a sua prote o como uma nova categoria de direito fundamental que foi por sua vez a quest o de princ pio essencial da presente disserta o 10 Por outro lado comparar as legisla es da Argentina e do Uruguai e as previs es da Lei n 12 965 de 23 de Abril de 2014 Marco Civil da Internet a fim de verificar se o n vel de prote o de dados pessoais recentemente conferido ao tema no Brasil adequado e suficiente para proteger os internautas em face da segmenta o comportamental realizada na Internet Por fim verificar como ocorre a prote o de dados pessoais do usu rio por um dos principais provedores de acesso Internet no Brasil que tamb m atua nos demais pa ses comparativamente analisados com base nas previs es dos termos de pol ticas de privacidade deste provedor de acesso nestes pa ses A presente disserta o adotou uma abordagem dedutiva portanto sua elabora o partiu das novas estrat gias empresariais empregadas na sociedade informacional destacando a vulnerabilidade de dados pessoais ocorridas a partir dessas pr ticas Uma vez assentadas as bases conceituais avan ando para o objeto espec fico esta disserta o investigou as legisla es de pa ses do Mercosul que det m o selo de prote o de dados adequada concedido pela Uni o Europeia contrastando seus termos com as disposi es da Lei n 12 965 de 23 de Abril de 2014 M
255. para a prote o de dados pessoais ou habeasdata previstos na presente lei 3 O direito de acesso a que se refere o presente artigo s pode ser exercido sem qualquer custo em um prazo n o inferior a seis meses a menos que um interesse leg timo justifique que se desconsidere este intervalo 4 O direito a que se refere este artigo no caso de dados relativos a pessoas mortas ser garantido aos seus sucessores universais Tradu o do pesquisador a lei n o disse a quem se deve apresentar o pedido de acesso por m se entende que deve ser quem tenha a seu cargo o banco de dados em certas empresas existe um empregado dedicado a tratar os temas pertinentes privacidade que pode ser quem deve receber o pedido Tradu o do pesquisador lamentavelmente n o ter previsto a possibilidade de prorroga o do prazo para o fornecimento o que pode prejudicar determinados detentores de bancos de dados que recebam pedidos em grande quantidade ou quando for necess rio um tempo maior para que se realize uma investiga o interna para a obten o do dado solicitado 88 que um procedimento anterior ocorra o que poderia ficar prejudicado em face do reduzido prazo previsto O procedimento previsto por este dispositivo refere que o direito ao acesso ocorrer ap s a intima o de forma confi vel por m este mesmo dispositivo n o esclarece de forma objetiva qual o rg o dever determinar no caso concreto se a intima
256. penas quando ao usu rio garantida a possibilidade de consentir de forma informada ou seja tendo conhecimento do tratamento que ser dado aos seus dados que ser respeitada a sua autodetermina o informativa P REZ LUNO 2005 Este termo ainda esclarece que Ciertos servicios prestados en el Portal pueden contener condiciones particulares con previsiones espec ficas en materia de protecci n de Datos Personales TERRA ARGENTINA 2014 Portanto os servi os de provedores de acesso vinculados ao Terra poder o disponibilizar documentos semelhantes a este termo por m estes documentos n o poder o claramente reduzir o grau de prote o do internauta A refer ncia exist ncia de termos espec ficos para determinados servi os tem a sua 2 relev ncia pois essencial compreender que para cada ente que interv m no acesso do usu rio Internet deve ser atribu do um grau diferente de prote o Por exemplo um provedor de acesso tem uma responsabilidade maior na prote o de dados do usu rio do que um provedor de backbone pois enquanto este possibilita a conex o entre sistemas aquele vincula e relaciona usu rios a rede Ainda o referido documento prev TERRA ARGENTINA 2014 Los Datos Personales ser n objeto de tratamiento automatizado e incorporados a los correspondientes ficheros automatizados de datos de car cter personal de los que TERRA ser titular y responsable en adelante el Fich
257. poliTICs14_frederik_borgesius pdf gt Acesso em 24 de fevereiro de 2014 BRASIL Assembl ia Nacional Constituinte da rep blica Federativa do Constituic o da Rep blica Federativa do Brasil de 05 de Outubro de 1988 Dispon vel em lt 158 http www planalto gov br ccivil 03 constituicao constituicaocompilado htm gt Acesso em 15 de junho de 2014 Lei n 12 965 de 23 de Abril de 2014 Estabelece princ pios garantias direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil_03 _ato2011 2014 2014 1e1 112965 htm gt Acesso em 29 de setembro de 2014 a Projeto de Lei n 4 060 de 13 de junho de 2012 Disp e sobre o tratamento de dados pessoais e d outras provid ncias Dispon vel em lt http www camara gov br proposicoesWeb prop_mostrarintegra jsessionid 3AC548E2DA5 5C77B90137A50E27027F8 proposicoesWeb2 codteor 1001750 amp filename PL 4060 2012 gt Acesso em 26 de setembro de 2014 b Lei N 9 507 de 12 de novembro de 1997 Regula o direito de acesso a informa es e disciplina o rito processual do habeas data Dispon vel em lt http www planalto gov br ccivil_03 leis 19507 htm gt Acesso em 29 de setembro de 2014 c Rede Nacional de Pesquisa Guia do Usu rio Internet Brasil vers o 2 0 abril de 1996 Documento N RNP RPU 0013 D C digo CI 005 Dispon vel em lt http w ww rnp br arquivo documentos rpu0013d pdf gt Acesso em 15 de junho de 201
258. pon vel em lt http www anacom pt render jsp contentId 972449 gt Acesso em 15 de maio de 2014 d Comiss o da Grupo de Prote o de Dados Pessoais Parecer n 4 2002 Dispon vel em lt http ec europa eu justice policies privacy docs wpdocs 2002 wp63_pt pdf gt acessado em 23 de outubro de 2014 e Comiss o Grupo de Prote o de Dados Pessoais Parecer n 6 2010 Dispon vel em lt http ec europa eu justice policies privacy docs wpdocs 2010 wp177_pt pdf gt acessado em 23 de outubro de 2014 f URUGUAI Congresso Nacional da Rep blica Oriental do Lei n 18 331 de 11 de Agosto de 2008 Prote o de dados pessoais e a o de habeas data Dispon vel lt http www parlamento gub uy leyes AccesoTextoLey asp Ley 18331 amp Anchor gt acesso em 29 de setembro de 2014 VIDHYANATHAN Siva A googleliza o de tudo S o Paulo Cultrix 2011 VIRILIO Paul A bomba inform tica Traduzido por Luciano Vieira Machado S o Paulo SP Esta o Liberdade 1999 VOGAS Ros ris Paula Cerizze NEUMAYR Rafael A responsabilidade civil dos provedores de hospedagem por perfis falsos na internet In Anais do XVIII Encontro Nacional do CONPEDI CESUMAR Maring 2009 p 3959 3982 Dispon vel em lt http www conpedi org br anais 36 13_1210 pdf gt Acesso em 29 de Novembro de 2014 166 WRIGHT Jesse H BASCO Monica R THASE Michael E Aprendendo a Terapia Cognitivo Comportamental Tradug o Monica Giglio Armando P
259. ponen para la defensa de los derechos que sta garantiza b Dictar las normas y reglamentaciones que se deben observar en el desarrollo de las 80 E A a o a qe PR Tradu o do pesquisador mbito de aplica o solicitando exclus o retifica o confidencialidade ou atualiza o dos seus dados pessoais nos casos decorrentes nos termos desta lei oferecendo o mesmo ato as provas pertinentes 81 E E a E Tradu o do pesquisador 1 Expirado o prazo para resposta ou apresentada a contesta o ou ainda no caso do artigo 42 ap s o alargamento e tendo se produzido a prova o juiz ir sentenciar 2 Em sendo julgada procedente a a o o juiz dever especificar se as informa es devem ser removidas retificadas atualizadas ou declaradas confidenciais estabelecendo um prazo para o cumprimento 3 No caso de julgamento improcedente da a o esta n o constitui caso prima facie de responsabilidade que podem ser efetuadas pela recorrente 4 Em qualquer caso a decis o deve ser comunicada ao rg o de controle que deve registrar o seu efeito 98 actividades comprendidas por esta ley c Realizar un censo de archivos registros o bancos de datos alcanzados por la ley y mantener el registro permanente de los mismos d Controlar la observancia de las normas sobre integridad y seguridad de datos por parte de los archivos registros o bancos de datos A tal efecto podr solicitar autorizaci n judicial para acceder
260. porque somente ao se vincular a finalidade quela prevista no momento da coleta do dado pessoal bem como defini la em um documento expresso e escrito fornecido ao titular que este usu rio estar efetivamente cedendo de forma consentida e informada o seu dado pessoal Desta forma Jesus e Milagre 2014 p 19 Em s ntese com o Marco Civil o usu rio tem o controle de seus dados e ser informado nos contratos de forma destacada sobre como ser o protegidos os dados fornecidos espontaneamente ou coletados automaticamente Mais ter a garantia de que somente os dados necess rios ser o coletados e especificamente para a finalidade destinada Por exemplo o usu rio que fornece dados para ingressar em uma rede social n o o fez para receber mensagens publicit rias ou marketing direcionado A autodetermina o informativa efetiva est prevista pelo Marco Civil da Internet quando prev no art 7 inciso IV que o usu rio tem direito ao consentimento expresso sobre coleta uso armazenamento e tratamento de dados pessoais que dever ocorrer de forma destacada das demais cl usulas contratuais BRASIL 2014 a 123 Apesar desta previs o clara de que deve ser garantido ao titular dos dados o direito de consentir com a sua utilizag o a sua mera definig o n o concede efetivamente ao usu rio a autonomia que seria desej vel Mesmo que o usu rio consinta expressamente com determinado tratamento de seus dados pessoa
261. possibilidade de tratamento de dados sens veis sem o consentimento do titular quando o respons vel est no exerc cio de um mandato legal denota a situa es de vigil ncia e controle alertadas por Stefano Rodot 2008 Contudo a legisla o uruguaia demonstra uma precis o maior que a legisla o argentina quando refere a exce o veda o baseada em alguns detentores espec ficos dos dados partidos pol ticos associa es Igreja Cat lica dentre outros pois afirma que a obten o dos dados sens veis nestes casos deve ocorrer por motivos pol ticos religiosos associativos dentre outros que se relacionam s atividades essenciais dessas pessoas jur dicas 2 Tradu o do Pesquisador Nenhuma pessoa pode ser obrigada a fornecer dados sens veis Estes s podem ser processados com o expresso consentimento por escrito do propriet rio Os dados sens veis s podem ser recolhidos e tratados por raz es imperiosas de interesse geral autorizadas por lei ou quando a organiza o requerente tem um mandato legal para faz lo Eles tamb m podem ser tratados com fins estat sticos ou cient ficos quando desassociar dos seus titulares proibida a forma o debanco de dados para armazenar informa es que revelem direta ou indiretamente os dados sens veis As exce es s o aqueles que det m os partidos pol ticos sindicatos igrejas denomina es associa es funda es e outras organiza es sem fins
262. presente ley A tales efectos tendr las siguientes funciones y atribuciones A Asistir y asesorar a las personas que lo requieran acerca de los alcances de la presente ley y de los medios legales de que disponen para la defensa de los derechos que sta garantiza B Dictar las normas y reglamentaciones que se deben observar en el desarrollo de las actividades comprendidas por esta ley C Realizar un censo de las bases de datos alcanzados por la ley y mantener el registro permanente de los mismos D Controlar la observancia de las normas sobre integridad veracidad y seguridad de datos por parte de los responsables de las bases de datos pudiendo a tales efectos realizar las actuaciones de inspecci n pertinentes E Solicitar informaci n a las entidades p blicas y privadas las que deber n proporcionar los antecedentes documentos programas u otros elementos relativos al tratamiento de los datos personales que se le requieran En estos casos la autoridad deber garantizar la seguridad y confidencialidad de la informaci n y elementos suministrados F Emitir opini n toda vez que le sea requerida por las autoridades competentes incluyendo solicitudes relacionadas con el dictado de sanciones administrativas que correspondan por la violaci n a las disposiciones de esta ley de los reglamentos o de las resoluciones que regulan el tratamiento de datos personales comprendidos en sta G Asesorar en forma necesaria al Poder Ejecutivo en la consider
263. quanto para Alexy J a id ia de prote o aos dados pessoais surge como uma norma decorrente do aprofundamento do direito fundamental defesa e promo o da privacidade sem perder a prote o aos dados a natureza de princ pio Desse modo este princ pio n o pode ser compreendido como algo complemente aut nomo pois a for a dentro da moralidade pol tica e da historicidade jur dica que a privacidade tem decorreu de s culos de constru o jur dica que n o podem e nem devem ser desconsiderados Da mesma forma necess rio classificar os princ pios constitucionais BARROSO 2009 p 318 como princ pios fundamentais quando expressam decis es pol ticas essenciais do constituinte princ pios gerais que seriam pressupostos ou especifica es dos princ pios fundamentais e por fim os princ pios setoriais que incidir o sobre determinadas situa es espec ficas No caso concreto a prote o privacidade apresenta um car ter de princ pio geral que decorre do princ pio fundamental da dignidade da pessoa humana expresso no artigo 1 par grafo nico da Constitui o Federal Nessa linha de racioc nio e seguindo os ensinamentos de Barroso 2009 a prote o de dados pessoais pode ser entendia como um princ pio setorial decorrente do princ pio geral da prote o da privacidade Ainda a prote o privacidade caracteriza se como tendo uma fundamentalidade material isto tem
264. que muitos autores denominam de direito civil constitucional Esta forma de visualizar o Direito Civil retira o foco de aten o do pr prio C digo centrando a interpreta o a partir das escolhas pol ticas princ pios direitos e garantias previstas na Constitui o Federal Uma constitui o em um Estado Democr tico de Direito para que tenha de fato for a normativa deve pautar e disciplinar a interpreta o da realidade jur dica e pol tica de sua sociedade A id ia de for a normativa foi pensada inicialmente por Konrad Hesse 1991 p 24 e sintetizada de modo a comprovar que a Constitui o jur dica est condicionada pela realidade concreta do seu tempo Por m a pretens o de efic cia da Constitui o jur dica n o configura apenas a express o de uma dada realidade pois devido ao elemento normativo ela tamb m ordena e conforma a realidade pol tica e social As possibilidades mas tamb m os limites da for a normativa resultam da correla o entre ser e dever ser Assim a Constitui o logra conferir forma e modificar a realidade despertando a for a que reside na natureza das coisas tornando a ativa Desse modo ela pr pria se converte em for a ativa que influi e determina a realidade pol tica e social No caso dos Direitos de Personalidade esta vis o e for a normativa colocam no centro do sistema o princ pio fundamental da dignidade da pessoa humana Como afirma Barroso 2009 p 369 est
265. que potencialmente t m uma grande possibilidade de consumir os seus produtos e servi os Portanto constatou se que as empresas tentam vincular se a uma determinada clientela atrav s do acesso personalidade dos seus potenciais consumidores e este acesso facilitado pelos dados pessoais dos indiv duos constantes em bancos registros ou arquivos digitais Esta estrat gia al m de reunir uma s rie de dados dos internautas ainda se justifica sob o ponto de vista psicol gico pois tende a utilizar se de mecanismos provenientes da Psicologia cognitivo comportamental para induzir os consumidores atrav s do acesso incessante a ofertas vinculadas a sua personalidade Desta forma a segmenta o comportamental conforme se verificou no segundo item do primeiro cap tulo fundamenta se tanto no marketing de relacionamento quanto na Psicologia cognitivo comportamental e n o necessariamente seria il cita inclusive podendo trazer algumas vantagens ao indiv duo As dificuldades surgem quando este usu rio submetido de forma inconsciente a estas pr ticas perdendo o controle sobre o tratamento dos seus dados pessoais e fragilizando o seu direito fundamental prote o da privacidade o que suscita in meros problemas jur dicos Diante dessa nova realidade e considerando que ao contr rio do Brasil outros dois parceiros do Mercado Comum do Sul MERCOSUL j possuem legisla o espec fica sobre a prote o de dados pessoais questionou se
266. r de quest es jur dicas envolvendo a Internet pois quando trata destas quest es remete a legisla es espec ficas dentre as quais algumas que ainda n o existem como o caso da lei de prote o de dados pessoais A experi ncia mais pr xima de uma regulamenta o espec fica da mat ria foi o Projeto de Lei n 4 060 de 2012 em seu art 7 inciso I BRASIL 2014 b definia dado pessoal como qualquer informa o que permita a identifica o exata e precisa de uma pessoa determinada Tal previs o ao contr rio das legisla es argentina e uruguaia pretendia restringir o alcance do termo dado pessoal Enquanto que nas legisla es estrangeiras estudadas havia a previs o de que mesmo informa es pertinentes a pessoas determin veis seriam consideradas dado pessoal no caso brasileiro o rec m arquivado projeto previa que somente aquela informa o que permitisse a identifica o exata de uma pessoa teria esta qualifica o Esta restri o se fosse mantida tornaria prejudicial aos direitos fundamentais do titular dos dados pessoais pois muitas vezes uma determinada informa o por si s n o permite a identifica o de determinado indiv duo por m em conjunto com outros dados como ocorre no caso da segmenta o por cruzamento de dados permite que aquele indiv duo seja identificado Deste modo a manuten o dessa defini o retiraria do mbito de controle os dados que indiretamente podem revelar detalhes
267. ra a es penais Por outro lado tanto a legisla o brasileira existente Marco Civil da Internet e Lei do Habeas Data quanto experi ncia da proposta de regulamenta o Projeto de Lei de Prote o de Dados Pessoais agora arquivado n o contemplam a cria o de um rg o espec fico para tratar da mat ria o que sem d vida uma das maiores falhas do sistema de prote o brasileiro 2 3 OS REFLEXOS DA LEGISLA O NA PR TICA DOS PROVEDORES DE ACESSO DESAFIOS PROTE O DE DADOS PESSOAIS EM FACE DA SEGMENTA O COMPORTAMENTAL No Brasil a implementa o da Internet regulamentada pelo Comit gestor da Internet no Brasil CGL br um rg o criado pela Portaria Interministerial n 147 entre o Minist rio da Ci ncias e Tecnologia e o Minist rio das Comunica es 118 ed q a Conforme previsto em seu site destacam se dentre suas atribui es e responsabilidade a proposi o de normas e procedimentos relativos regulamenta o das atividades na Internet a recomenda o de padr es e 129 Tal comit tem como uma das suas principais atribui es a coleta a organiza o e a dissemina o de informa es sobre os servi os de Internet incluindo indicadores e estat sticas Para exercer esta fun o foi criado em 2005 o Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informa o e da Comunica o CETIC br vinculado ao N cleo de Informa o e Coordena o do Ponto BR nic br uma entid
268. ra toda a eternidade duradoura e portanto inaceit vel Al m desta concess o perp tua para a utiliza o dos dados ainda ocorre a perda da autodetermina o informativa pois o internauta que fornece os seus dados perde completamente a possibilidade de controlar a utiliza o que feita destes dados Dessa forma considerando que os dados pessoais armazenados em sistemas informacionais podem ser mantidos por longos per odos de tempo inclusive por toda a vida do titular destes dados e mesmo posterior a sua morte a liberalidade consistiria em uma verdadeira ren ncia ao direito fundamental Ainda h de se considerar que o cidad o em regra incapaz de perceber o sentido que a coleta de determinadas informa es pode assumir em organiza es complexas e dotadas de meios sofisticados para o tratamento de dados RODOT 2008 p 37 Como forma de evitar este tipo de alega o de que o indiv duo cede voluntariamente os seus dados pessoais e que portanto a utiliza o destes dados pela empresa que recebe estas informa es teria sido consentida no momento da contrata o desenvolveu se uma nova forma de garantia a autodetermina o informativa 65 Da contraposi o existente entre a prote o de dados e a inform tica surge a autodetermina o informativa LIMBERGER 2007 p 232 e atrav s dela o indiv duo estabelece os limites das invas es das tecnologias informacionais na sua personalidade Como escl
269. ram declarados como tendo uma prote o de dados adequada para os padr es da Uni o Europ ia considerando que a id ia de prote o de dados pessoais surgiu dentro daquele bloco de na es Por m somente o estudo comparativo das legisla es n o seria capaz de possibilitar a verifica o da efic cia destas experi ncias para a redu o da pr tica il cita da segmenta o comportamental ou ao menos para vincul la vontade do titular dos dados pessoais tornando a l cita e protegendo o indiv duo submetido a estas pr ticas Desta forma optou se por buscar identificar como um intermedi rio espec fico de acesso Internet o provedor de acesso declara o tratamento que dar aos dados pessoais Dentre os provedores optou se pelo Terra considerando ser um dos maiores portais de servi os de Internet do Brasil que tamb m funciona como um provedor de acesso e que por sua vez funciona como um portal de conte do vinculado a provedores de acesso nos pa ses estudados 69 Ap s o estudo comparativo das legisla es de prote o de dados pessoais da Argentina do Uruguai e do Brasil haver uma an lise dos Termos de Privacidade do Portal Terra no Brasil e na Argentina visto que o portal argentino tamb m veiculado no Uruguai e oferece todos os servi os vinculados a esta marca espec fica dentre os quais os provedores de acesso Registre se que os termos de pol tica de privacidade n o s o documentos bilatera
270. ram regulamentadas ou cujas previs es legais deveriam receber uma reformula o para adequar se realidade informacional A mera exist ncia de legisla o espec fica n o necessariamente gera termos de pol tica mais protetivos ao usu rio internauta dado que em muitas ocasi es esta legisla o pode flexibilizar de forma indevida princ pios essenciais para um efetivo resguardo da privacidade do titular dos dados pessoais tais como o da finalidade ou o da exig ncia de pr vio consentimento No ordenamento brasileiro tramitava junto C mara dos Deputados o Projeto de Lei n 4 060 de 2012 que pelas suas previs es em diversos pontos iria tornar o sistema brasileiro menos protetivo Dentre estes poss vel citar a restritiva defini o legal de dado pessoal e a completa aus ncia de regulamenta o do direito ao acesso para internauta s informa es constantes em arquivos no ambiente virtual motivo pelo qual concorda se com o seu arquivamento e com a abertura de novo processo de consulta popular para a elabora o da legisla o espec fica para a prote o de dados pessoais BLOG DO PLANALTO 2015 sua maneira as legisla es do Uruguai e da Argentina trazem um completo sistema para o tratamento dos dados pessoais em arquivos bancos ou registros digitais e estas legisla es inclusive s o consideradas como tendo um sistema de prote o adequado no mbito da Uni o Europ ia Esta qualifica o extremament
271. ranscurso del tiempo ni por el silencio del titular de los datos PALAZZI 2004 p 41 42 A legisla o argentina acertadamente exigiu que o consentimento fosse autorizado de forma expl cita e em circula o ou seja al m de ser obrigat rio deve manter se integrado aquele determinado dado para evitar a sua utiliza o indevida O item seguinte refere se s exce es regra da exig ncia de consentimento dentre as quais se tem tr s exce es l gicas uma prevista na al nea a que decorre do local onde determinado dado foi captado no caso em uma fonte de acesso p blico e outras previstas nas al neas d e e que decorrem da autonomia privada como no caso do dado fornecido em decorr ncia de uma rela o contratual em favor de determinada institui o financeira Preocupante a exce o prevista na al nea b ou seja que abre uma brecha excessivamente ampla atua o dos poderes p blicos na capta o de dados pessoais dos seus cidad os Para contornar esse problema seria interessante se a legisla o tivesse delimitado de forma mais precisa esta previs o uma vez que autoriza os rg os p blicos a acessar os dados pessoais sem o pr vio consentimento do titular mesmo fora das hip teses legalmente autorizadas 55 Tradu o do pesquisador 1 O tratamento de dados pessoais ilegal quando o titular n o tenha dado o seu consentimento livre expresso e informado que dever ser por escri
272. rasil o Marco Civil da Internet e o Projeto de Lei da Prote o de Dados PeSs aIs it A AN Ea AE 114 2 2 4 Os contrastes legislativos possibilidades e desafios hamoniza o da prote o de dados pessoais nos estados analisados seeseeeeeseeeeeseseessesrtsserersstestsstestestessestesserresseertsseentestessesesss 125 2 3 OS REFLEXOS DA LEGISLA O NA PR TICA DOS PROVEDORES DE ACESSO DESAFIOS PROTE O DE DADOS PESSOAIS EM FACE DA SEGMENTA O COMPORTAMENTAL e ena RE E Eea E E EAEE E E AR EA ER di 128 2 3 1 Pol tica de Privacidad acess vel no Portal Terra da Argentina e do Uruguai 130 2 3 2 As estrat gias de informa o sobre Dados Pessoais utilizadas pelo Provedor Terra Brasil A A O E O NE A 138 2 4 COTEJO DA EFETIVIDADE DAS LEGISLA ES PARA EVITAR A SEGMENTA O COMPORTAMENTAL NOS DOCUMENTOS INVESTIGADOS 147 CONCLUS O add a a R 151 REFERENCIAS ra e e A e e 157 INTRODU O A estrutura social do sistema capitalista ap s a d cada de 70 do s culo XX foi profundamente alterada pelo desenvolvimento e utiliza o massiva das Tecnologias da Informa o e da Comunica o TIC e passou a ser identificada como uma sociedade informacional Tal sociedade al m de prezar pela informa o passou a tornar o fluxo desta algo essencial para os processos de comunica o Este fluxo ocorre em um ambiente n o f sico denominado ciberespa o contudo o acesso a este local
273. rceiro o tipo de atividades que realiza e o prop sito por tr s da atribui o Os usu rios podem opor se a qualquer momento para qualquer ou todas as atribui es acima mencionadas atrav s do exerc cio de seus direitos conforme detalhado abaixo Tradu o do pesquisador Usu rios reconhecem e poder o exercer os seus direitos de acesso cancelamento retifica o e oposi o e tamb m t m o direito de serem informados sobre as transfer ncias feitas contatando TERRA via e mail http www terra com ar posts app form 136 Ainda o termo omite se quanto possibilidade do titular atribuir a confidencialidade a determinadas informa es pessoais direito que a ele expressamente garantido pela lei argentina de prote o de dados pessoais Essa atribui o de confidencialidade o direito decorrente do acesso aos dados pessoais pr prios que melhor privilegia a autodetermina o informativa PEREZ LUNO 2005 pois permite ao titular de dados pessoais a classifica o das suas informa es de forma a determinar os n veis de prote o que pretende que elas recebam Por fim o documento refere que o Terra poder utilizar se de cookies estabelecendo que TERRA puede utilizar cookies cuando un Usuario navega por los sitios y p ginas web del Portal Las cookies que se pueden utilizar en los sitios y p ginas web del Portal se asocian nicamente con el navegador de un ordenador determinado Usuario an
274. rmazenados em diferentes computadores ao redor do planeta Para acessar a web basta o indiv duo ter conhecimento do seu endere o e digit lo em um campo espec fico e assim poder acessar o conte do que aquela p gina de Internet cont m Na realidade a web funciona como uma grande biblioteca com uma gama praticamente infind vel de informa es sobre os mais diversos assuntos e que est o disponibilizadas de forma rizom tica por meio de um sistema de links variando se o grau de acesso aos mais diferentes indiv duos e Ou simplesmente Web 28 Todo este processo de funcionamento exige a execu o de diversos servi os que s o prestados por entes denominados provedores mas precisamente provedores de servigos de Internet Provedores de servicos de Internet caracterizam um g nero do qual s o esp cies os provedores de backbone de acesso de correio eletr nico de hospedagem e de conte do Basicamente esta disting o tende a perder a sua raz o de existir em virtude de que cada vez mais os principais provedores de servi os de Internet acabam exercendo diferentes fun es Como esclarece Marcel Leonardi 2005 p 19 a raz o desta perda de import ncia da diferencia o decorre do fato de que a fun o dos provedores de acesso disponibilizam conex o de seus usu rios a Internet evoluiu em raz o do tempo e do crescimento da utiliza o da rede Atualmente comum que os provedores de acesso tamb m oferec
275. rminado indiv duo As legisla es do Uruguai e da Argentina comparativamente investigadas contemplam a quest o da qualidade dos dados pessoais recolhidos em bancos registros ou arquivos referindo que devem ser verdadeiros corretos precisos e vinculados finalidade expressa ao titular quando de sua capta o Por outro lado a legisla o brasileira n o conta com previs es semelhantes no Marco Civil da Internet tampouco havia uma previs o expressa no projeto de lei que pretendia regulamentar especificamente a prote o de dados pessoais A quinta caracter stica que serviu como par metro para a an lise comparativa foi se estas legisla es concedem ao titular as possibilidades de acesso retifica o supress o e demais direitos a eles pertinentes quest es essenciais para viabilizar que este usu rio possa controlar a utiliza o e eventualmente motivar retifica o do conte do de tais informa es Neste aspecto a legisla o argentina mostrou se menos retritiva ao exerc cio destes direitos que a legisla o uruguaia exigindo que o titular apenas prove a sua identidade e no caso da titularidade dos sucessores garantiu a eles incondicionalmente o exerc cio destas prerrogativas em face dos dados do titular J a legisla o uruguaia exigiu que os sucessores fossem declarados com tal condi o pelo juiz da partilha algo que dificulta o exerc cio de tais prerrogativas Dentre as legisla es dos pa ses analisados
276. s A presente Pol tica de Privacidade igualmente n o se aplica a servi os e produtos oferecidos por empresas parceiras por meio de an ncios ou links no Portal TERRA Claramente o Terra admite a pr tica da segmenta o comportamental pois logo no in cio do seu documento de prote o privacidade afirma que um dos seus grandes objetivos prestar uma experi ncia personalizada ou seja adequada a cada usu rio espec fico Para que este usu rio seja determinado haver uma an lise dos seus dados pessoais e ele ser elencado a um nicho de indiv duos ligados pelo seu comportamento Uma distin o do termo argentino que enquanto l as possibilidades de altera o da Pol tica de Privacidade ficam condicionadas exist ncia de modifica es no tratamento concedido pela legisla o ou de modifica es de entendimentos jurisprudenciais Por m as transforma es no teor do termo no Brasil poder o ser feitas por mera conveni ncia e oportunidade do portal para se adaptar ou sob o pretexto de faz lo s expectativas dos usu rios como ele mesmo afirma Por m o termo n o especifica como estas expectativas ser o analisadas para basear tais altera es se partir o de escolhas volunt rias e conscientes dos usu rios ou da an lise dos seus dados de acesso e conex o Ainda aqui ao contr rio do afirmado no termo argentino o documento excepciona de aplicabilidade os outros servi os que tenham termos espec ficos
277. s destinados a satisfazer a pretens o do credor Outros por m surgem desvinculados da vontade n cleo do neg cio jur dico por vezes ligados aos deveres principais e deles dependentes por vezes possuindo vida aut noma Os deveres desta ultima categoria chamados independentes podem perdurar mesmo depois de adimplida a obriga o principal 73 comportamentos consistentes em expectivas leg timas de qualquer contratante como o caso dos referidos Termos de Pol tica de Privacidade A rela o jur dica foi tradicionalmente estabelecida a partir de determinados elementos externos sujeitos objeto v nculo jur dico fonte deste v nculo e cada esp cie de contratag o passou a contar com estes elementos Por m para al m deste aspecto externo necess rio compreender um aspecto interno Para uma melhor compreens o essencial garantir que esta relac o tamb m seja integrada por fatores e circunst ncias que n o necessariamente decorrem do estabelecido na 13 legisla o ou que emanem da manifesta o de vontade mas por igual fatores extravoluntar sticos atinentes a concre o de princ pios e standart de cunho social e constitucional MARTINS COSTA 2000 p 394 O significado desses elementos internos est intimamente relacionado aos deveres de informa o Estes deveres consistem na exig ncia de que o sujeito da rela o obrigacional no presente caso o provedor de acesso forne
278. s endere os e dados demogr ficos para uma futura utiliza o econ mica destas informa es Atualmente visualiza se uma nova realidade onde cada compra feita cada lugar visitado cada palavra dita e tudo que lido ou escrito est rotineiramente sendo gravado e armazenado para posterior an lise KAMINSK 2000 p 97 Existe uma tecnologia desenvolvida especificamente para captura destes dados e a grande maioria das entidades n o tem conhecimento t cnico suficiente para saber como gerenci los de forma leal e justa Assim parte da vida das pessoas pode ser monitorada e outra parte investigada Identificando esta realidade e fazendo uma refer ncia obra de Orwell Castells 2003 B p 350 afirma que atualmente em vez do Grande Irm o opressor tem se uma 45 s rie de Irm zinhas que procuram ser simp ticas estabelecendo uma relag o pessoal com os indiv duos por saberem quem eles s o invadindo suas vidas das mais variadas formas e aspectos Dessa forma ele consegue visualizar o grande paradoxo da rela o estas irm zinhas empresas que proveem acesso a conte dos atrav s do monitoramento dos gostos e prefer ncias tra am o perfil dos seus usu rios e utilizam se deste conhecimento para estabelecer uma rela o de confian a onde este pr prio usu rio se sente vontade em manter esta rela o e inclusive fornece uma quantidade cada vez mais expressiva dos seus dados conforme ser e
279. s de processamento de dados a fim de verificar as viola es em conformidade com este Estatuto Social e Solicitar informa es a entidades p blicas e privadas que devem fornecer os registros documentos programas ou outros itens relativos ao tratamento de dados pessoais Nesses casos a autoridade deve garantir a seguran a e confidencialidade dos elementos de informa o fornecidos f Impor san es administrativas aplic veis no caso de viola o desta lei e dos regulamentos a serem emitidas em sua consequ ncia g Tornar se autor da den ncia em a o penal por viola es promovidas na formadessa Lei h Fiscalizar o cumprimento das exig ncias e garantias a serem cumpridas por arquivos privados ou bancos que fornecem dados para relat rios para obter a entrada correspondente no registo estabelecido por essa lei 99 Sobretudo pois de nada adiantaria legislar sobre os dados pessoais sem ter uma estrutura compat vel para assegurar o cumprimento da lei o que deve ser feito na via administrativa num primeiro plano especiamente considerando que o Poder Judici rio est sempre t o sobrecarregado Com isto verifica se que a legisla o argentina apresenta um grau de prote o razo vel apesar de em muitos aspectos trazer previs es excessivamente generalistas sobretudo quando trata de exce es a determinados princ pios fundamentais como o do consentimento ou da finalidade Essa legisla o regulamenta a necessidade d
280. s ela estabelece obriga o considerada in qua abusiva que coloca o consumidor em desvantagem exagerada sendo incompat vel com a boa f ou a equidade e ainda deixa ao fornecedor a op o de concluir ou n o o contrato embora obrigando o consumidor Por fim ela autoriza o fornecedor a modificar unilateralmente o conte do ou a qualidade do contrato ap s sua celebra o 145 pode condicionar ou prejudicar a prestag o dos servigos que for contratada pois na realidade os nicos dados que o internauta tem obriga o de fornecer s o aqueles pertinentes ao contrato ou cadastro para O servi o Esta previs o do termo n o se refere somente a estes dados pois disciplina a quest o da possibilidade de obten o de informa es pessoais atrav s do sistema de cookies e o compartilhamento das informa es de navega o n o pode ser considerado uma obriga o do usu rio dos servi os de Internet Dentro da perpectiva de seguran a dos dados pessoais o portal TERRA BRASIL 2014 a se posiciona perante o usu rio no sentido de que O TERRA se preocupa com a seguran a das suas informa es e por isso adota os n veis elevados de seguran a de prote o de dados baseados nas melhores pr ticas adotadas pelo mercado tomando todas as medidas necess rias para evitar a perda mau uso altera o acesso n o autorizado ou subtra o indevida dos seus dados pessoais Alguns destes meios s o as senhas de segur
281. s estressantes coment rios ou aus ncia deles mem ria de eventos tarefas a serem feitas sensa es corporais e estas cogni es est o frequentemente associadas a rea es emocionais Segundo as li es de Beck 1997 p 21 24 a terapia cognitiva funciona a partir de determinados princ pios pois se baseia em uma formula o em cont nuo desenvolvimento do paciente e de seus problemas cognitivos 1 princ pio Ainda esta terapia requer uma alian a cognitiva segura 2 princ pio enfatiza a colabora o e participa o ativa 3 princ pio orientada em meta e focalizada em problemas 4 princ pio inicialmente enfatiza o presente 5 princ pio E educativa visa ensinar o paciente a ser seu pr prio terapeuta e enfatiza preven o de reca das 6 princ pio visa ter um tempo ilimitado 7 princ pio as suas sess es s o estruturadas 8 princ pio ensina o seu paciente a identificar avaliar e responder a seus pensamentos e cren as disfuncionais 9 princ pio E por fim utiliza uma variedade de t cnicas para mudar pensamento humor e comportamento 10 princ pio Na Psicologia cognitiva Comportamental estudam se os chamados pensamentos autom ticos que s o cogni es que passam rapidamente por nossas mentes quando estamos em meio a situa es ou relembrando acontecimentos Embora possamos sublimi
282. s pessoais funcionar o para algumas finalidades a grande maioria vinculada correta e adequada presta o dos servi os pelos entes vinculados ao portal Terra por m alguns s o preocupantes Destaca se a quest o do desenvolvimento e oferta de novos servi os relacionados a estes Esta previs o acaba por se configurar em uma forma de burlar os princ pios da finalidade e do pr vio consentimento pois os dados pessoais do usu rio s o cedidos para um determinado e espec fico servi o e n o para possibilitar o desenvolvimento de outros Os novos servi os que eventualmente venham a ser desenvolvidos n o podem partir da utiliza o dos dados pessoais dos usu rios sem que estes tenham a oportunidade de consentir com tal utiliza o caso contr rio a autodetermina o informativa deste ind viduo estar sendo violada e portanto o consentimento deveria ser individualizado para cada servi o Outra previs o preocupante aquela que se refere possibilidade de utiliza o dos dados pessoais dos usu rios para oferta de servi os disponibilizados pelos entes vinculados ao Terra ou por terceiros Tal previs o esvasia completamente a efic cia de diversas previs es estabelecidas na legisla o argentina bem como enfraquece os princ pios elencados pela legisla o uruguaia N o h como garantir que os dados ser o tratados exclusivamente para a finalidade a qual foram captados nem mesmo quando os sujeitos que determi
283. s recebeu status constitucional com o artigo 35 da Constitui o Portuguesa de 1974 PORTUGAL 2014 onde foi estabelecido que todos os cidad os t m o direito de acesso aos dados informatizados que lhes digam respeito podendo exigir a sua retifica o e atualiza o e o direito de conhecer a finalidade a que se destinam nos termos da lei Da mesma forma o artigo 18 4 da Constitui o Espanhola de 1978 ESPANHA 2014 previu que A lei limita o uso da tecnologia da informa o para garantir a honra e a intimidade pessoal e familiar dos cidad os e o pleno exerc cio dos seus direitos ei Conceito essencial para o presente tema que tratado por autores como P rez Lu o 2011 T mis Limberger 2007 e St fano Rodot 2008 e que significa uma garantia de que o titular de determinado dado dever ter um conhecimento razo vel sobre as utiliza es que ser o feitas com tal informa o como tratado com mais profundidade mais a frente quando do tratamento da vulnerabilidade de dados pessoais em face da segmenta o no ponto 1 3 36 Ainda no n vel da Comunidade Europeia na d cada de 80 com a Conven o n 108 do Conselho da Europa UNI O EUROPEIA 2014 que se inicia o reconhecimento e um direito fundamental prote o da privacidade a partir da prote o de dados pessoais No artigo 1 do referido documento h a previs o de que A presente Conven o destina se a garantir no territ rio de
284. s s o direcionados venda Portanto logicamente quanto mais um determinado produto capaz de ser vendido a uma gama ilimitada de indiv duos maior quantidade deste produto estar disposi o dos consumidores Tal realidade sempre foi inquestion vel sobretudo na era industrial pois as empresas produzem os seus produtos e servi os para um grande p blico e o seu interesse que estes produtos estejam dispon veis para um n mero indeterminado e crescente de pessoas A Revolu o Industrial possibilitou uma produ o em s rie de produtos com as mesmas funcionalidades para atender a um consumidor m dio isto o consumidor em geral independentemente de suas convic es pessoais pol ticas religiosas afetivas ou nicho social O marketing entendido como estrat gia para a venda destes produtos tamb m foi pensado inicialmente como t cnica de persuas o do grande p blico Para esta forma tradicional de marketing n o importava o sujeito que se busca persuadir mas o grande objetivo era convencer todo e qualquer indiv duo que aquele produto era capaz de satisfazer todas as suas mais variadas e genu nas necessidades e desejos como decorr ncia da pesquisa de Pizzinato e Zem 2005 p 18 Obviamente como esclarecem os mesmos autores 2005 p 19 este marketing admitia segmenta es de mercado ora poderia direcionar se s crian as ora mulher ora aos homens de certa idade mas sempre tinha uma cono
285. s surgem pelo fato de que as previs es que visam instrumentalizar o direito ao acesso foram estabelecidas em momento muito anterior realidade dos bancos de dados digitais portanto aquelas previs es deveriam ser atualizadas e adapatadas a esta nova realidade Mais uma lacuna constante no Marco Civil e que n o seria resolvida pelo texto agora arquivado projeto de Lei de Prote o de Dados refere se ao direito do titular retificar informa es a seu respeito que entende estarem equivocadas Conforme prev o art 4 da lei do Habeas Data Constatada a inexatid o de qualquer dado a seu respeito o interessado em peti o acompanhada de documentos comprobat rios poder requerer sua retifica o BRASIL 2014 c Nesta quest o a legisla o brasileira ficou muito aqu m das previs es dos seus pa ses vizinhos visto que previu somente a possibilidade de retifica o das inexatid es constantes nos bancos de dados silenciando quanto faculdade de atualiza o supress o ou mesmo como o fez a legisla o argentina de atribui o de confidencialidade Estas outras possibilidades envolvendo os bancos de dados s o previs es que priorizam a autodetermina o informativa pois concedem ao titular dos dados pessoais um grau mais elevado de controle sobre as suas informa es pessoais estejam em bancos de dado p blicos ou privados Quanto a o espec fica para prote o de dados pessoais pelas previs es da legisla o bra
286. s t cnicas de aprendizagem estudadas atuam inconscientemente sobre os internautas submetidos a estas estrat gias O condicionamento respondante ocorre em situa es como quando determinado anuncio enviado a determinado indiv duo em um momento espec fico em que este an ncio serviria como um est mulo elicitante a um ato inconsciente de aquisi o de determinada 60 mercadoria ou contrata o de algum determinado servi o Por exemplo um site que possibilite ao indiv duo ter conhecimento do valor l quido que receber de seu sal rio descontados os encargos sociais ao anunciar determinado produto que este indiv duo tenha anteriormente acessado pode funcionar como um motivador para uma aquisi o n o consciente Ou ainda este Marketing Segmentado pode ocasionar um condicionamento operante quando por exemplo durante um processo de compra em algum determinado site o sistema possibilite ao indiv duo realizar a compra de outros produtos que n o escolheu inicialmente mas que podem ser de seu interesse em vista daquilo que ele est adquirindo simplesmente anexando estes produtos ao seu pedido Algo que pode trazer vantagens mas que de certa forma pode motiv lo a agir de forma inconsciente apenas clicando em determinada ferramenta Por fim a aprendizagem por observa o tamb m ocorre com o Marketing Segmentado naquelas situa es em que os sites indicam por exemplo que as pessoas que adquiriram determinado produto tamb
287. se en la que se encontraba dicha informaci n por lo que pod a evitar el correo no deseado Com base nesta resposta do respons vel pelo banco de dados o autor da demanda titular do dado pessoal poder ampliar el objeto de la demanda solicitando la supresi n rectificaci n confidencialidad o actualizaci n de sus datos personales en los casos que Tradu o do pesquisador Em 2003 no denominado caso spam o julgador interveniente disp s por via cautelar com base na Lei 25 326 que a v tima teria direito de acessar os seus dados e solicitar que fossem removidos da base em que se encontravam determinadas informa es como forma de evitar o correio indesejado 97 resulte procedente a tenor de la presente ley ofreciendo en el mismo acto la prueba pertinente conforme artigo 42 ARGENTINA 2014 Por fim quando do julgamento o ju zo decidir na forma do artigo 43 ARGENTINA 2014 1 Vencido el plazo para la contestaci n del informe o contestado el mismo y en el supuesto del art culo 42 luego de contestada la ampliaci n y habiendo sido producida en su caso la prueba el juez dictar sentencia 2 En el caso de estimarse procedente la acci n se especificar si la informaci n debe ser suprimida rectificada actualizada o declarada confidencial estableciendo un plazo para su cumplimiento 3 El rechazo de la acci n no constituye presunci n respecto de la responsabilidad en que hubiera podido
288. se o Marco Civil da Internet recentemente aprovado no Brasil e o Projeto de Lei de Prote o de Dados Pessoais analisado possuem mecanismos adequados se comparados com aqueles j desenvolvidos pela Argentina e pelo Uruguai Em desdobramento desse problema de pesquisa questionou se se a exist ncia da legisla o espec fica reflete satisfatoriamente na reda o dos Termos de Pol tica de Privacidade adotados pelo provedor de acesso Terra nos pa ses investigados Para responder juridicamente de forma adequada a estas quest es optou se no segundo cap tulo por realizar a an lise comparativa das legisla es de prote o de dados pessoais da Argentina do Uruguai e do Brasil cotejando as com dois Termos de Pol tica de Privacidade provenientes da mesma empresa e disponibilizados nesses pa ses Para subsidiar a compara o entre as diferentes legisla es houve a elei o de seis categorias conceituais a saber a conceitua o de dados pessoais e sua classifica o suas 153 esp cies b regulamentac o do uso do dado sens vel c consentimento do usu rio para capta o e uso dos dados de acordo com a finalidade prevista d veracidade dos dados pessoais registrados e procedimentos para acesso e retifica o de dados f rg o de controle Ap s a aplica o destas categorias sobre os textos legislativos chegou se conclus o de que as leis de dados pessoais do Uruguai e da Argentina s o mais protetivas aos inter
289. si o gen tica e os condicionamentos psicol gicos determinam qual o comportamento esperado de cada indiv duo que passa a ser organizada em castas sociais que n o se comunicam Para mant la sob controle a sociedade constantemente vigiada Virilio 1999 p 118 alerta que essa vis o liter ria n o estaria t o distante da realidade como se poderia crer Assim depois do desenvolvimento das redes de transportes no s culo XIX e mais tarde no s culo XX logo teremos com a rede das redes a Internet as verdadeiras redes de transmiss o da vis o do mundo infovias do udio visual dessas c meras on line que contribuir o no s culo XXI para desenvolver a televigil ncia PAN PTICA e permanente dos lugares e das atividades planet rias que certamente conduzir para a utiliza o das redes de realidade virtual Por m o grande risco atualmente n o a vigil ncia estatal pois pode ter o seu controle submetido aos princ pios decorrentes da transpar ncia administrativa dentro de estados democr ticos mas sim a vigil ncia feita por empresas privadas Como afirma Castells 2003 B p 350 a verdadeira quest o outra se trata do levantamento de informa es sobre as pessoas pelas empresas comerciais e organiza es de todos os tipos e na cria o de um mercado para essas informa es Na rede mundial de computadores coexistem empresas especializadas em coletar e distribuir informa es pessoais tais como nome
290. sicologia poss vel identificar na Psicologia atual quatro tend ncias de pensamento que correspondem a diferentes metodologias de an lise que os profissionais desta rea adotam a psicanal tica a neobehaviorista a cognitivista comportamental e a humanista A principal caracter stica dos profissionais da segunda tend ncia a insist ncia em fazer perguntas precisas e bem delineadas utilizando m todos objetivos e realizando pesquisas meticulosas Tal necessidade considerando a an lise de dados que os sistemas informatizados possibilitam pode ser uma das principais raz es da influ ncia desta forma de Psicologia para a segmenta o de dados pessoais Assim surge o cognitivismo e designa se com esse nome um conjunto de concep es psicol gicas cujo objeto principal o estudo dos processos de aquisi o dos conhecimentos e de tratamento da informa o DORON PAROT 2001 p 150 Tal como uma an lise de dados o cognitivismo atribui aos comportamentos observ veis um valor de signos cujo estudo permite a infer ncia de estruturas subjacentes que constituem os verdadeiros objetos dessa psicologia DORON PAROT 2001 p 150 30 os E E gt Derivada de palavras gregas que significam estudo da mente ou da alma 31 Instrumento onde determinada imagem esta constantemente mudando de formato e de cor utilizado como met fora do estudo de ci ncias din micas que est o em constante altera o como o caso
291. sileira resta ao titular a utiliza o do Habeas Data por m tal garantia constitucional foi pensada para o controle de dados em arquivos f sicos e de car ter p blico condi es que podem servir como obst culos ao efetivo exerc cio da autodetermina o informativa Por ter sido regulamentado para arquivos f sicos a legisla o do Habeas Data n o teve qualquer dificuldade ao estabelecer como sujeito passivo apenas o respons vel pelo banco de dados visto que o acesso a estas informa es por terceiros ocorreria em situa es extremamente excepcionais Por m os arquivos digitais s o tecnicamente de amplo e irrestrito 117 Os tribunais superiores t m entendimentos sistem ticos limitando a utiliza o deste instrumento a exemplo do Supremo Tribunal Federal no Recurso Extraordin rio com Repercus o Geral reconhecida n 673 707 MG BRASIL 2015 e no Superior Tribunal de Justi a com o Recurso Especial n 1 411 585 PE BRASIL 2015 A 125 acesso portanto podem ser direcionados a diversos usu rios que n o o respons vel por estes dados que por sua vez podem utilizar se deles de forma indiscriminada dificultando o controle do titular No mesmo sentido por limitar se a arquivos de car ter p blico Constituig o Federal de 1988 e a legisla o do Habeas Data acaba por condicionar o efetivo direito ao acesso o que cria um bice ao seu exerc cio pois determinadas informa es pessoais podem ser compreendidas c
292. siva nestas na es Portanto houve a escolha pelo Provedor de Acesso vinculado ao portal Terra N o haveria como realizar uma efetiva compara o diante de termos produzidos por diferentes entes visto que como empresas multinacionais aut nomas as previs es de uma delas n o necessariamente devem ser reproduzidas pelas demais Consequentemente as influ ncias da legisla o de cada pa s sobre os documentos emanados n o seriam identific veis Desta forma a partir dos Termos de Pol ticas de Privacidade do portal Terra que mant m diretamente ou est vinculado a provedores de acesso nos pa ses analisados poss vel verificar o tratamento que destinado aos dados pessoais dos internautas dados que s o obtidos a partir de sua navega o na Internet 2 3 1 Pol tica de Privacidad acess vel no Portal Terra da Argentina e do Uruguai Em um primeiro momento preciso esclarecer que o Termo de Pol tica de Privacidade constante do portal Terra na Argentina bem como dos demais servi os a ele vinculados o mesmo termo utilizado no Uruguai pois inclusive n o h a atua o do portal Terra com o dom nio correspondente ao Uruguai O referido documento TERRA ARGENTINA 2014 denominado Pol tica de Privacidad preceitua que Mediante este aviso Terra Networks Argentina S A en adelante TERRA informa a los usuarios de los distintos portales de Internet de su propiedad en adelante los U
293. slumbrando todo o mercado Para o marketing de segmentos a motiva o de algumas pessoas para comprar bem diferente de outras motivo pelo qual a padroniza o absoluta tende a n o funcionar adequadamente Na assun o deste enfoque produtos e servi os passam por processos de adapta o para atendimento de necessidade e desejos espec ficos de dado perfil de clientes selecionados dentro de um mercado maior Mas como produzir um instrumento de persuas o que pudesse atingir os nichos e segmentos cada vez mais espec ficos e individualiz veis que surgem na sociedade contempor nea E como oferecer produtos que n o necessariamente s o destinados a uma grande massa de indiv duos produtos espec ficos para determinados nichos e ao mesmo tempo oferecer os produtos tradicionais geralmente produzidos para a grande popula o A solu o bvia conhecer os gostos de cada indiv duo entender suas prefer ncias culturais afetivas pol ticas se est inclu do em algum nicho de contracultura etc e direcionar a ele uma publicidade marketing espec fica pois assim aquele produto independentemente de ser um produto geral ou um produto espec fico ir atrair o seu interesse 49 Tal solu o teoricamente simples por m a sua efetiva o pr tica extremamente complexa pois como conhecer cada indiv duo cada nicho o que ele pensa sente gosta n o gosta ouve l e como pensar em estrat gias de m
294. so do Brasil conforme averiguado no texto do documento A sua privacidade importante para 299 o Terra disponibilizado pelo portal Terra no Brasil Visualiza se ainda que os termos de pol tica de privacidade em pa ses que regulamentam especificamente a prote o de dados pessoais n o tentam persuadir o usu rio a submeter se segmenta o de comportamentos de forma t o incisiva quanto aqueles termos disponibilizados em ordenamentos que n o regulamentam especificamente a mat ria como constatado no caso brasileiro Desta forma poss vel concluir que a exist ncia de uma legisla o adequada e espec fica quanto aos dados pessoais tende a gerar termos de pol tica de privacidade mais protetivos ao usu rio e portanto protegem e fortalecem de forma mais eficaz os seus direitos fundamentais dentre os quais a sua privacidade Na realidade pela an lise dos documentos selecionados constatou se que a autorregulamenta o das empresas que intermediam os servi os de Internet tendem a realizar acaba por refletir no grau de prote o que as legisla es estatais concedem ao cidad o internauta Portanto a exist ncia de uma legisla o espec fica que trate respeitando as suas peculiaridades os dados pessoais em arquivos digitais essencial como forma de proteger os cidad os que usufruem destes direitos A exist ncia de uma legisla o pensada em outro contexto e para outras finalidades como a Lei do Habe
295. soais que poderiam manter bancos de dados sens veis autoriza o conferida de maneira ampla e que suscita alguns questionamentos tais como a estas entidades somente podem manter dados pertinentes as suas finalidades b estas entidades n o poder o trocar informa es entre seus bancos de dados sens veis Estas perguntas n o s o claramente enfrentadas no texto legal o que indica que esta legisla o poderia ter delimitado melhor esta exce o veda o da manuten o de bancos de dados pessoais sens veis Conforme explicitado por Hor cio F rnandez Delpech 2004 infere se da interpreta o em conjunto dos artigos 5 e 7 da legisla o que mesmo que haja a concord ncia do titular dos dados sens veis sua capta o n o pode ocorrer em determinados casos previstos nas exce es do artigo 7 norma particular que excepciona a regra geral do artigo 5 As previs es at ent o referidas e comentadas t m por finalidade garantir ao titular dos dados o exerc cio de um direito fundamental ao acesso aos seus registros al m das possibilidades de retific los e at mesmo suprimi los se assim lhe convier Para que o titular possa efetivamente exigir o respeito e cumprimento dos princ pios e regras at ent o estabelecidos a legisla o argentina lhe concede o acesso aos seus dados pessoais no Artigo 14 ARGENTINA 2014 1 El titular de los datos previa acreditaci n de su identidad tiene derecho a solicitar y ob
296. soal efetivamente seja informado isto que ele tenha as no es pertinentes e necess rias para consentir com a capta o Alejandra M Gils Carb 2001 p 81 afirma que a exig ncia de consentimento imposta pela lei tiene su contrapartida en el derecho de oposici n est impl cito en la menci n del art 6 inc d cuando dispones que la persona requerida debe ser informada sobre 58 las consecuencias de proporcionar los datos y de la negativa a hacerlo Dentre os elementos que devem constar desta informac o essencial expressar a finalidade para qual ser o tratados os dados pessoais o que remete previs o da vincula o 7 Tradu o do pesquisador Quando s o recolhidos dados pessoais devem ser previamente informados de forma expl cita e clara a A finalidade para a qual ser o tratados e quem podem ser os destinat rios ou categorias de destinat rios b A exist ncia do arquivo registro banco de dados eletr nico ou n o em quest o a identidade e o endere o do respons vel c O car cter obrigat rio ou facultativo das respostas ao question rio que proposto especialmente no que diz respeito aos dados reportados no artigo seguinte d As consequ ncias de fornecer a informa o a recusa em faz lo ou inexatid o dos mesmos e A capacidade da pessoa em causa de exercer os direitos de acesso retifica o e supress o de dados Tradu o do pesquisador tem sua contrapartida n
297. somente algumas previs es no Marco Civil da Internet e outras na lei do Habeas Data Tal desn vel de prote o reflete se nos crit rios escolhidos para a an lise sendo eles a conceitua o de dados pessoais e sua classifica o suas esp cies b regulamenta o do uso do dado sens vel c consentimento do usu rio para capta o e uso dos dados de acordo com a finalidade prevista d veracidade dos dados pessoais registrados e procedimentos para acesso e retifica o de dados f exist ncia e fun e do rg o de controle 126 Quando da primeira categoria conceitual que tratou das defini es que as legisla es apresentam para os termos dados pessoais e dados sens veis verifica se que tanto Argentina como Uruguai utilizaram defini es semelhantes sendo que elas apresentaram um aspecto negativo pelo fato de n o referirem a principal caracter stica do dado sens vel isto potencialidade de causar discrimina o do titular denotando se portanto que o rol de dados considerados sens veis poderiam ser taxativos e n o meramente exemplificativos Por outro lado ambas tiveram o aspecto positivo de estenderem a defini o de dados pessoais queles que potencialmente possam identificar determinado ind viduo quando estabelecem que dado pessoal sera aquele referente pessoa determinada ou determin vel J a legisla o do Brasil claramente quando das defini es apresentou um n vel aqu m dos dem
298. sponibiliza o O terceiro dispositivo refere se propriamente forma como a informa o ser prestada na configura o como o titular solicitar seja por escrito atrav s de um telefonema por uma comunica o eletr nica dentre outras modalidades Tal amplitude vantajosa das pertencentes a terceiros mesmo quando ligado a essa pessoa 3 Informa es por op o do titular podem ser prestadas por escrito por telefone imagem eletr nica ou outro meio adequado para este fim Tradu o do pesquisador Na pr tica os bancos de dados utilizam codifica es que lhes permite utilizar a mem ria inform tica agilizar as buscas e cruzar dados de forma mais r pida e eficiente Estes c digos se justificam do ponto de vista t cnico para auxiliar a mem ria visto que milh es de dados passam pelas bases de dados Por esta norma quando do acesso a estes dados deve ocorrer uma explica o do significado destes c digos A Constitucion De La Nacion Argentina preleciona em seu Articulo 42 que Los consumidores y usuarios de bienes y servicios tienen derecho en la relaci n de consumo a la protecci n de su salud seguridad e intereses econ micos a una informaci n adecuada y veraz a la libertad de elecci n y a condiciones de trato equitativo y digno e esta previs o constitucional regulamentada pela Ley de Defensa Del Consumidor a Lei n 24 240 de 1993 que contempla a id ia de vulnerabilidade t cni
299. ssas legisla es Atualmente este Bloco Econ mico conta com 05 cinco membros efetivos os quatro membros originais da poca da sua funda o Brasil Argentina Uruguai Paraguai e a Venezuela que ingressou no bloco posteriormente aos quais se agregaram 03 tr s pa ses associados Bol via Chile e Equador Portanto poss vel delimitar a tem tica desta dissertag o de forma que pretende discorrer sobre o tratamento jur dico dos dados pessoais na legislag o de dois dos pa ses do Mercosul que s o considerados como garantidores de uma prote o adequada de dados pessoais contrastando esse tratamento com as previs es recentemente incorporadas no ordenamento jur dico brasileiro a partir do Marco Civil da Internet E por fim considerando que dentre os 06 seis maiores provedores de acesso Internet no Brasil segundo a Pesquisa TIC Provedores de 2011 que det m em conjunto 78 setenta e oito por cento das conex es CETIC BR 2011 p 28 o provedor de acesso Terra o nico que tem expressiva atua o nos tr s pa ses que ser o analisados Brasil Argentina e Uruguai o que suscita o seguinte problema de pesquisa Tendo como base o n vel de prote o j alcan ado por dois dos quatro parceiros do Mercosul poss vel afirmar que as previs es do Marco Civil da Internet bem como o que est previsto na minuta do Projeto de Prote o de Dados Pessoais suficiente e compat vel com o n vel j obtido
300. suarios y el Portal acerca de su pol tica de protecci n de datos de car cter personal en adelante los Datos Personales para que los Usuarios determinen libre y voluntariamente si desean facilitar a TERRA los Datos Personales que se les puedan requerir o que se puedan obtener de los Usuarios con ocasi n de la suscripci n o alta en algunos de los servicios ofrecidos por TERRA en el Portal o a trav s del Portal TERRA se reserva el derecho a modificar la presente pol tica para adaptarla a novedades legislativas o jurisprudenciales as como a pr cticas de la industria En dichos supuestos TERRA anunciar en esta p gina los cambios introducidos con razonable antelaci n a su puesta en pr ctica Tradu o do pesquisador Mediante este aviso Terra Networks Argentina SA TERRA informa aos usu rios de v rios portais de Internet de sua propriedade doravante denominados Usu rios e Website sobre a sua pol tica de prote o de dados pessoais doravante dados Pessoais para que os usu rios determinem livre 131 O documento analisado ir obrigar qualquer servigo oferecido pelos sites vinculados ao portal Terra dentre os quais o de provedor de acesso Internet Al m disso este trecho prev que o usu rio dever livre e voluntariamente consentir com a disposi o dos seus dados pessoais por m n o cientifica que esta autoriza o tamb m dever ser informada Esta omiss o relevante no sentido de que a
301. surgiu a partir de uma consulta p blica que al m de tratar se de uma metodologia legislativa mais democr tica tem o m rito de qualitativamente produzir um texto mais adequado realidade social sobretudo uma realidade com um alto n vel de transforma o como no caso da sociedade informacional 116 O Marco Civil buscou delimitar o tratamento jur dico da Internet e al m de prever uma s rie de princ pios gerais estabeleceu diversos direitos e deveres dos envolvidos com a rede e tratou de tem ticas de naturezas diversas partindo da quest o da relag o entre o Estado e os usu rios da rede regulamentando as obriga es dos provedores de acessos e referindo a prote o de dados pessoais Para entender esta legisla o essencial compreender o seu hist rico Em 2009 a Secretaria de Assuntos Legislativos do Minist rio da Justi a em parceria com o Centro de Tecnologia e Sociedade da Funda o Get lio Vargas iniciou uma s rie de discuss es p blicas para a apresenta o de um projeto colaborativo de lei que pudesse regular o uso da Internet no Brasil estabelecendo princ pios e garantias dos usu rios da rede e delimitando a atua o do Estado nesse setor iniciativa esta que se tornou conhecida como Marco Civil da Internet Em 2011 o Marco Civil foi apresentado C mara dos Deputados como o Projeto de Lei n 2 126 2011 contendo 25 artigos que tratam de temas como responsabilidade civil guarda de registros de
302. t acesso em 16 de mar o de 2015 A BLOG PLANALTO Marco Civil da Internet e prote o de dados ser o debatidos pela sociedade Dispon vel em lt http blog planalto gov br assunto ministerio da justica gt acesso em 04 de fevereiro de 2015 159 BUENO Regiane Goncalves Vieira IKEDA Ana Akemi An lise do comportamento e segmentac o de consumidores de produtos e servicos banc rios Um estudo explorat rio Dispon vel em lt http www ead fea usp br tcc trabalhos Artigo 20 20Regiane 206 20V 20Bueno pdf gt Acesso em 24 de fevereiro de 2014 CAMARA DOS DEPUTADOS Projeto de Leis e Outras Proposi es PL 4060 2015 Dispon vel em lt http www2 camara leg br proposicoes Web fichadetramitacao idProposicao 548066 gt acesso em 04 de fevereiro de 2015 CARB Alejandra M Gils R gimen Legal de las Bases de Datos y H beas Data Buenos Aires La Ley 2001 CARVALHO Manuel da Cunha O Conceito de Servidor em inform tica e suas implica es jur dicas In Revista de Direito do Consumidor S o Paulo revista dos Tribunais n 39 lul set 2001 p 158 179 CASTELLS Manuel A Era da Informa o Economia sociedade e Cultura V 01 sociedade em Rede 14 Reimpress o com novo Pref cio Rio de Janeiro Zahar 2003 A A Era da Informa o Economia sociedade e Cultura V 02 O Poder da Identidade Rio de Janeiro Zahar 2003 B A Gal xia da Internet reflex es sobre a Internet os neg cios e a sociedade Rio de
303. ta o geral isto ou direcionava se para 47 as crian as ou para as mulheres em geral dentre outros Assim esta forma de marketing de massa n o necessariamente objetivava crian as do sexo masculino de fam lias de origem orientais altamente religiosas ou para mulheres com elevado grau de vaidade com empregos no setor de vendas propensas pol tica de esquerda Os nichos que se apresentavam n o eram muito espec ficos Isto dentre outras raz es era decorr ncia de que os produtos disposi o n o eram muito variados Portanto o marketing que se desenvolvia por tentar abarcar uma gama extremamente complexa e variada de indiv duos acabava sendo pouco persuasivo Com a amplia o do acesso que a revolu o das TIC permitiu esta realidade inquestion vel de que quanto maior a quantidade de produtos id nticos disposi o dos consumidores em geral maior seria o lucro obtido com a venda come ou a transformar se e este efeito na vis o de autores como Chris Anderson 2006 passou a ser chamada de efeito da Cauda Longa Chris Anderson 2006 cunhou esta express o ao estudar o mercado do entretenimento junto aos sistemas do Itunes do Amazon do Netflix entre outros onde constatou que os maiores lucros destas empresas n o necessariamente provinham de poucos produtos com um n mero alto de vendas mas sim de diversos produtos com um n mero pequeno por m constante de vendas Segundo Chris Anderson
304. ta geralmente tardia que privilegia uma vis o patrimonialista do direito privado em lugar de proteger a dignidade da pessoa humana do titular do direito violado Portanto esta previs o da legisla o argentina salutar pois autoriza o ju zo a inibir preventivamente o acesso a dados pessoais que possam ser prejudiciais ao titular Como esclarece Ricardo Luiz Lorenzetti 1998 p 337 Nos direitos fundamentais h um tempo pr prios e distintos daquele previsto nas tradicionais formas de a o e da prote o substantiva est o vinculados a situa o existencial do indiv duo A prote o ressarcit ria colide com a situa o contextual e n o a modificando distorcido o resultado definitivo do processo Ap s o ajuizamento da demanda conforme artigo 41 ARGENTINA 2014 haver a resposta ou defesa do detentor do banco de dados pessoais que por sua vez deve indicar as raz es pelas quais incluiu a informa o questionada ou ainda porque n o a retirou do arquivo conforme o pedido formulado pelo requerente em conformidade com o disposto nos artigos 13 a 15 necess rio identificar que o valor que esta legisla o busca proteger a privacidade dos individuos como afirma Orlando Pulvirenti 2013 p 51 En 2003 en la denominada causa spam el juzgado interveniente dispuso por v a cautelar sobre la base de la ley 25 326 que el afectado ten a derecho a acceder a sus datos y a solicitar ser removido de la ba
305. te n o mais que o esfor o da ci ncia para responder nem sempre de forma adequada s quest es levantadas por novas formas de conviv ncia e expans o implac vel das aspira es e necessidades sociais PEREZ LUNO 2014 A p 51 Com as TIC desenvolvidas na d cada de 70 do s culo XX n o foi diferente Assim que passaram a tornar se parte integrante da vida do homem elas o desenvolveram de alguma 4 Teoriza es que tentam tratar do avan o das tecnologias e da sua vincula o com as rela es interpessoais dos indiv duos ora visualizando que elas trazem in meras vantagens a estas rela es s o os chamados ciberotimistas dos quais o maior defensor Pierre L vy 2005 ora visualizando os in meros riscos e problemas que elas causam neste caso os chamados ciberpessimistas como Paul Virilio 1999 17 forma pois ele passou a exercer suas atividades com maior conforto e comodidade detendo um grau de informa o maior No entanto passou a estar sujeito a uma nova gama de riscos antes desconhecidos No final do s culo XIX e o in cio do s culo XX as utopias positivas deram lugar s negativas As utopias de desejo foram substitu das por aquelas de ang stia RODOT 2008 Por m a ang stia do futuro n o implica na sua recusa visto que ao lado da percep o cada vez maior dos riscos do progresso tecnol gico est a consci ncia da impossibilidade de deter tal progresso Desta forma para St
306. tener informaci n de sus datos personales incluidos en los bancos de datos p blicos o privados destinados a proveer informes 2 El responsable o usuario debe proporcionar la informaci n solicitada dentro de los diez d as corridos de haber sido intimado fehacientemente Vencido el plazo sin que se satisfaga el pedido o si evacuado el informe ste se estimara insuficiente quedar expedita la acci n de protecci n de los datos personales o de h beas data prevista en esta ley 3 El 87 derecho de acceso a que se refiere este art culo s lo puede ser ejercido en forma gratuita a intervalos no inferiores a seis meses salvo que se acredite un inter s leg timo al efecto 4 El ejercicio del derecho al cual se refiere este art culo en el caso de datos de personas fallecidas le corresponder a sus sucesores universales Aqui se tem a previs o do direito ao acesso aos dados pessoais pelo titular condicionando este acesso apenas comprova o da sua pr pria identidade n o exigindo qualquer exposi o de motivos ou raz es para o exerc cio deste direito o que demonstra que a regra geral ser sempre o livre acesso aos dados disponibilizados Como esclarece Pablo Palazzi 2004 p 111 la ley no dice qui n deve presentarse el pedido de acceso pero se entende que debe serlo antes quien tenga a sua cargo el banco de datos En cierta emplesa existe un empleado dedicado a tratar los temas de privacidad que puede ser qu
307. teressado etc se permite el tratamiento del dato sensible El procedimiento deliberativo que esta supone garantizar a en la intenci n del legislador el respeto a los derechos de los ciudadanos E possivel compreeender que no estamos aqu frente al caso del dato sensible voluntariamente aportado sino de aquel que se considera til e imprescind vel para resolver un fin o destino que favorece al inter ss general Est inter s se colige de la ley no de la interpretaci n del titular o responsable del archivo registro base o banco de datos GONZAINI 2011 p 257 A pr pria legisla o refere como exemplos de dados sens veis aqueles relativos sa de a antecedentes criminais A an lise dessas previs es permite afirmar que a prote o neste ponto foi aqu m da necess ria j que h informa es como as educacionais e as familiares que deveriam ter o seu tratamento melhor delimitado pois efetivamente configuram restri es a direitos fundamentais 60 A 2 E gt Tradug o do pesquisador a definig o de dado sens vel na lei clara e inclui dentro deste conceito todos os dados que de alguma forma podem causar discrimina o basta que com este potencialmente seja poss vel que esta discrimina o ocorra 61 Er Es Tradu o do pesquisador Em situa es excepcionais onde prevale a o interesse geral sobre o interesse particular seja por raz es de sa de p blica defesa nac
308. tes p blicas de informaci n tales como registros o publicaciones en medios masivos de comunicaci n B Se recaben para el ejercicio de funciones propias de los poderes del Estado o en virtud de una obligaci n legal C Se trate de listados cuyos datos se limiten en el caso de personas f sicas a nombres y apellidos documento de identidad nacionalidad domicilio y fecha de nacimiento En el caso de personas jur dicas raz n social nombre de fantas a registro nico de contribuyentes domicilio tel fono e identidad de las personas a cargo de la misma D Deriven de una relaci n contractual cient fica o profesional del titular de los datos y sean necesarios para su desarrollo o cumplimiento E Se realice por personas f sicas o jur dicas privadas o p blicas para su uso exclusivo personal o dom stico Tradu o do pesquisador Em suma s o aplic veis os crit rios de finalidade e proporcionalidade e assim se deve proceder a uma aprecia o de idoneidade de necessidade e de proporcionalidade esta ltima em sentido estrito de pondera o para legitimar a comunica o Estes crit rios s o importantes especialmente quando se est em face de uma norma legal criada por raz es de interesse geral 1 Tradu o do pesquisador O tratamento de dados pessoais l cito desde que o titular tenha dado o seu pr vio consentimento livre e informado que deve ser documentado O referido consentimento dado com outras de
309. to gestor mas tamb m amplitude do controle coletivo exercido sobre tais gest es e em um segundo momento outra referente necessidade imediata de realizar uma reforma radical das institui es que controlam as informa es RODOT 2008 p 33 A primeira para o presente tema refere se ao avan o das regras relativas ao acesso s informa es p blicas o que pode gerar uma maior fiscaliza o sobre os sujeitos gestores dos bancos de dados pessoais fazendo com que a privacidade dos titulares de tais informa es seja protegida de forma mais efetiva J a segunda dentro desta tem tica refere se necessidade de uma reestrutura o das pr prias institui es que tratam da utiliza o e do tratamento destes dados para que esta di O direito prote o de dados como um direito aut nomo em rela o privacidade inicialmente esteve previsto no artigo 35 da Constitui o Portuguesa de 1974 e no artigo 18 4 da Constitui o Espanhola de 1978 posteriormente na Conven o n 108 do Conselho da Europa e nas Diretivas 1995 46 1997 66 2002 58 e 2006 24 do Parlamento Europeu e do Conselho da Europa 35 atividade se torne mais democr tica e leg tima o que resultar na prote o da privacidade das pessoas que integram toda a coletividade Esta forma de compreens o de prote o de dados como aprofundamento do princ pio da privacidade est motivada em um primeiro momento pelo n mero e pelo grau das l
310. to ou por outros meios que ser o equacionados de acordo com as circunst ncias O referido consentimento dado com outras declara es devem aparecer de forma expl cita e em circula o mediante refer ncia nos dados das informa es descritas no artigo 6 desta lei 2 O consentimento n o necess rio quando a Os dados forem obtidos a partir de fontes de acesso p blico sem restri es b Recolhidos para o exerc cio de suas fun es pr prias dos poderes do Estado ou em virtude de obriga es legais c No caso de itens em que os dados s o limitados a nome identidade nacional da seguran a social ou de identifica o fiscal ocupa o data de nascimento e endere o d decorrentes de uma rela o contratual propriet rio dos dados cient fico ou profissional e s o necess rios para o seu desenvolvimento e implementa o e o caso de opera es realizadas por institui es financeiras e as informa es que recebem de seus clientes de acordo com as disposi es do artigo 39 da Lei 21 526 Tradu o do pesquisador a lei exige um consentimento expresso que deve constar por escrito ou por meios similares Este consentimento n o pode ser inferido pelo transcurso do tempo nem pelo sil ncio do titular dos dados 83 Esta lacuna poderia possibilitar o avan o daquilo que alguns autores identificam como um Estado Vigilante RODOT 2008 na medida em que os rg os sempre alegam agir no exerc cio de suas fun
311. tos personales Buenos Aires Heliasta 2009 POSER Denise Von Marketing de Relacionamento maior lucratividade para empresas vencedoras Barueri SP Manoele 2005 PULVIRENTI Orlando D Derechos Humanos e Internet Buenos Aires Errepar 2013 RAMOS Pedro Henrique Soares Uma quest o de escolhas o debate sobre a regula o da neutralidade da rede no marco civil da internet In Direito e Novas Tecnologias Publica o XXII Congresso Nacional do CONPEDI UNINOVE Dispon vel em lt http www publicadireito com br artigos cod b750 74544cb00c1 gt Acesso em 29 de Novembro de 2014 p 266 291 RIBEIRO Joaquim de Sousa O imperativo de transpar ncia no Direito Europeu dos Contratos In FIUZA C sar DE SA Maria de F tima Freire NAVES Bruno Torquato de Oliveira Naves coord Direito Civil Atualidades Belo Horizonte Del Rey 2003 RIFKIN Jeremy A Era do Acesso 2 Edi o S o Paulo Makron 2005 RODOT Stefano MORAES Maria Cec lia Bodin de A vida na sociedade da vigil ncia a privacidade hoje S o Paulo Renovar 2008 ROTONDO Felipe Flujo de informaci n y sus limitaciones Dispon vel em lt http www redipd org actividades seminario 2010 common ponencias Seminario junio 201 O Felipe Rotondo pdf gt acesso em 23 de Outubro de 2014 RUARO Regina Linden RODRIGUEZ Daniel Pifieiro O direito prote o dos dados pessoais uma leitura do sistema europeu e a necess ria tutela dos dados sens veis c
312. trabalho tem como objetivo investigar o tratamento jur dico conferido aos dados pessoais nos ordenamentos jur dicos da Argentina Uruguai e Brasil discutindo se suas legisla es s o eficazes para evitar a pr tica da segmenta o comportamental ocorrida na Internet Esta estrat gia de marketing utilizada por muitas empresas e apresenta forte potencial ofensivo aos direitos fundamentais dos internautas especialmente o direito privacidade o que suscita novos conflitos emergentes da sociedade em rede Apesar dessas novas situa es de vulnerabilidade ao direito privacidade o Brasil o nico pa s do Mercado Comum do Sul MERCOSUL que ainda n o conta com legisla o espec fica sobre a prote o de dados pessoais tangencialmente tratado pelo Marco Civil da Internet diferentemente de Estados como Argentina e Uruguai cuja legisla o foi considerada com um n vel de prote o adequado pela Uni o Europeia uma das precursoras no estudo dessa tem tica Diante dessa assimetria nos ordenamentos jur dicos questionou se Qual o grau de prote o que estas legisla es concedem ao cidad o internauta Este maior grau de prote o legislativa surte um relfexo alterando significativamente nas pol ticas empresarias dos intermedi rios da Internet gerando Termos de Pol tica de Privacidade mais protetivos Para responder a esses problemas de pesquisa foi composto um marco te rico que re ne as contribui es de reconhecidos autores da
313. u continuar participando da vida como personagem principal do interesse alheio Trata se pois de um dever de absten o em rela o pessoa que deve ser preservada tamb m nesse aspecto Vale destacar que o objetivo dessa prote o o esquecimento enquanto fato jur dico ou seja deve haver relev ncia para o universo do direito RAMOS 2014 p 12 Registre se tamb m que a lei contempla a possibilidade de imposi o de confidencialidade a determinados dados pessoais Essa previs o entrega a classifica o destas informa es pessoais ao seu titular o que tamb m pode ser caracterizado como um efetivo exerc cio de autodetermina o informativa PEREZ LUNO 2005 A possibilidade de atribui o de confidencialidade importante na medida em que determinado titular pode n o se opor a perman ncia de algumas informa es a seu respeito em um arquivo por m tenha a inten o de que tal dado n o fique disponibilizado a um n mero indeterminado de entes 7 Tal direito encontra previs o no art 27 2 da LO 5 92 da Espanha LIMBERGUER 2007 p 54 72 Atualmente o ordenamento jur dico brasileiro passou a tratar do direito ao esquecimento no Enunciado n 531 da IV Jornada de Direito Civil que previu A tutela da dignidade da pessoa humana na sociedade da informa o inclui o direito ao esquecimento JUSTI A FEDERAL 2014 92 A imposi o de um prazo para respons vel pelo banco de dados proceder retifi
314. u seja se servir o apenas para identificar o usu rio que utilizar o servi o ou para outros objetivos n o declarados Como a prote o aos dados pessoais cada vez mais aparece como uma releitura e um aprofundamento de um Direito fundamental privacidade as empresas acabaram por demonstrar o seu intuito de proteger estes direitos atrav s de documentos unilateralmente produzidos e disponibilizados denominados Termos de Pol tica de Privacidade 38 3 z z E a Sia Inclusive os pr prios contratos de presta o de servi os s o considerados contratos de ades o onde n o h uma constru o bilateral das condi es pacutadas por partes em situa o equivalente 70 Para al m da denominag o poss vel juridicamente exigir que os provedores de acesso Internet cumpram o que determinam os seus Termos de Pol tica de Privacidade considerando que eles n o est o inclu dos como objeto principal da contrata o de tal servi o Ou ainda qual o papel destes documentos considerando tratarem se de instrumentos de autorregula o estabelecidos pelas pr prias empresas A resposta para estes questionamentos passa necessariamente pela compreens o do Direito Civil a partir de uma abordagem constitucionalizada isto uma forma de interpreta o dos atos e neg cios jur dicos para al m de uma vis o meramente privat stica que atente para a realidade constitucional Esta vis o exige a compreens o daquilo
315. uais os dados ser o captados e tratados para que o este possa posteriormente ter acesso a eles caso estas previs es sejam desrespeitadas Outro ponto desta previs o refere se ao fato de que o termo pretende elencar determinadas informa es como pessoais forma de atua o que torna ineficaz qualquer tentativa de prote o da personalidade e da privacidade considerando que a grande maiora de informa es pessoais que podem ser utilizadas n o s o diretamente fornecidas pelos usu rios mas sim decorrentes do cruzamento de dados pessoais RODOTA 2005 p 35 141 J quanto segunda hip tese a utiliza o de cookies para a navega o o Termo TERRA BRASIL 2014 a prev que Os cookies s o utilizados pelo TERRA para assegurar que as p ginas da web funcionem corretamente para guardar as suas prefer ncias como linguagem ou tamanho da fonte selecionado por voc para conhecer a sua experi ncia de navega o e para compilar informa es estat sticas an nimas fonte http www terra es aviso legal politica cookies htm ou sem optar por uma navega o an nima voc compartilha com o TERRA o seu hist rico de acesso de aplica es sendo este armazenado por meio do emprego de tecnologias espec ficas para coleta de informa es Identificadores An nimos e cookies Este compartilhamento entretanto n o abrange o armazenamento de dados ou informa es pessoais suas tais como nome endere o e
316. ue se analisou a segmenta o comportamental Tal op o de marco te rico justifica se por ser um autor que apresenta uma vis o da atual sociedade e sobretudo do valor privacidade cuja an lise perpassa por quest es sociais pol ticas e comunicacionais as quais s o imprescind veis para o enfrentamento dos problemas envolvendo a viola o de dados pessoais A import ncia social desta disserta o revela se na essencialidade que atualmente o acesso Internet tem na conviv ncia dos indiv duos produzindo reflexos nos mais variados segmentos de suas vidas o que importa tamb m na necessidade de identificar os riscos existentes aos seus direitos fundamentais quando deste acesso Da mesma forma trata dos mecanismos de preven o e promo o que s o desej veis sobretudo diante da pr tica de segmenta o comportamental atrav s de bancos de dados pessoais digitais Aliado a isso destaque se sua not vel import ncia pol tica visto que pretende tra ar comparativamente o perfil de como ocorre a prote o jur dica de dados pessoais nos pa ses membros do Mercosul que j obtiveram o grau de pa ses com prote o de dados pessoais adequada concedida pela Uni o Europeia e assim refletir sobre eventuais formas de harmoniza o desses mecanismos o que possibilitaria um m nimo de prote o jur dica aos internautas Esta disserta o trata de um tema juridicamente relevante que envolve a rede mundial de computadores Internet
317. uem expressamente na defini o de dados pessoais n o s os registrados em documentos escritos ou suportes inform ticos sen o tamb m os constitu dos por imagens e sons 48 Tradu o do pesquisador dados pessoais que revelem a origem racial ou tnica opini es pol ticas cren as religiosas filos ficas ou morais a filia o sindical e dados relativos sa de ou vida sexual Tradu o do pesquisador Para a lei argentina s o unicamente dados sens veis os que revelam origem racial e tnica opini es pol ticas conven es religiosas filos ficas ou morais afilia o sindical e informa es referentes sa de e vida sexual O texto da lei indica que se trata de uma enumera o taxativa dos dados que se consideram sens veis N o se trata de uma enumera o enunciativa e esta caracter stica da lei n o permite incluir outros que n o sejam especificamente mencionados 79 Por outro lado para Pablo Palazzi 2004 p 16 esta previs o n o deve ser considerada taxativa pois n o necess rio que determinado dado seja diretamente sens vel sendo que basta que potencialmente por meio dele seja possivel que se revelem informa es desta mesma categoria para que passe a ser considerado um dado sens vel Nesta quest o Pablo Palazzi 2004 aparentemente tem raz o pois na realidade o crit rio por excel ncia a potencialidade de ocasionar discrimina o que determinado dado possa gerar ao
318. undamentais Tradu o por Virg lio Afonso da Silva S o Paulo Malheiros 2008 ARGENTINA Congresso da Na o Lei n 25 326 de 04 de Outubro de 2000 Lei da Prote o de Dados Pessoais os direitos de habeas data e garantias constitucionais Dispon vel em lt http www infojus gob ar documentDisplay jsp guid 123456789 0abc defg 299 44000scanyel amp title ley de proteccion de los datos personales gt acesso em 29 de setembro de 2014 ARGENTINA Constituci n Nacional Dispon vel em lt http www senado gov ar deInteres gt acesso em 20 de dezembro de 2014 a AZEVEDO Ana Marco Civil da Internet no Brasil Rio de Janeiro Alta Books 2014 BARROSO Lu s Roberto Curso de Direito Constitucional Contempor neo Os conceitos fundamentais e a constru o do novo modelo 1 Edi o 3 Tiragem S o Paulo Saraiva 2009 BAUMAN Zygmunt Medo l quido S o Paulo Jorge Zahar 2008 BECK Aaron T ALFORD Brad A O Poder Integrador da Terapia Cognitiva Tradu o Maria Cristina Monteiro Porto Alegre Artes M dicas Sul 2000 BECK Judith S Terapia Cognitiva Teoria e Pr tica Tradu o Sandra Costa Porto Alegre Artes M dicas Sul 1997 BECK Urlrich sociedadede Risco Rumo outra modernidade S o Paulo Editora 34 2010 BORGESIUS Frederik Zuiderveen Segmenta o comportamental Do Not Track e o desenvolvimento jur dico europeu e holand s Dispon vel em lt http www politics org br sites default files
319. untar o objetivo da base dom stica que conhecia o pr prio fundador do FBI Portanto toda base pessoal dom stica deve ser adequada finalidade e relev ncia N o se escapa de tratar e sancionar a utiliza o indevida com fins n o dom sticos exclusivamente pois o uso p blico que poder ocasionar les es aos titulares Tradu o do pesquisador Os princ pios listados como gerais de acordo com a lei constituem se em um Instituto essencial de prote o de dados Como princ pios gerais as exce es devem surgir a partir de linguagem expl cita e s o de interpreta o estrita que n o suporta interpreta es anal gicas ou extensas Tradu o do pesquisador Quando dados pessoais s o coletados os titulares devem ser previamente informados de forma expl cita precisa e inequ voca A A finalidade para a qual ser o tratados e que podem ser os destinat rios ou categorias de destinat rios B A exist ncia do banco de dados eletr nico ou n o em quest o a identidade e o endere o do respons vel C O car cter obrigat rio ou facultativo das respostas ao question rio que proposto especialmente no que diz respeito a dados sens veis D As consequ ncias do fornecimento dos dados e da recusa a faz lo ou imprecis o E A capacidade do titular para exercer os direitos de acesso retifica o e supress o de dados 106 As previs es s o muito semelhantes legisla o argentina sendo que a nic
320. uras denominadas roteadores que determinam para onde as informa es devem ser enviadas e de que forma isto ser feito TELLINI 2006 p 62 Basicamente os roteadores exercem duas importantes fun es inicialmente asseguram que determinas informa es cheguem ao destino que se objetiva e em segundo lugar E Sigla decorrente da express o em ingl s point of presence Sigla decorrente da express o em ingl s network access point 25 impedem que estas informa es trafeguem onde n o devam e portanto que outros dados desnecess rios atrapalhem a conex o entre usu rios Assim a fun o b sica do roteador possibilitar o fluxo de dados entre diferentes redes de conex es considerando que a Internet um grande sistema que viabiliza a conex o de milhares de computadores e a transmiss o das mais diversas esp cies de informa es entre eles Como qualquer forma de comunica o mesmo aquelas de car ter interpessoal estas conex es e transmiss es de dados somente s o poss veis se nos p los deste processo comunicativo existam computadores que dialoguem a partir dos mesmos c digos comunicacionais A Internet tem sua linguagem universal que possibilita a comunica o entre os mais diversos pontos do globo Esta linguagem denominada Protocolo de Controle e Transmiss o Protocolo de Internet TCP P 9 que funciona atrav s da transmiss o de pacotes de dados VOGAS NEUMARY 2009 p 3966 De forma simples o TCP
321. versas entidades protetoras de direitos civis e consumeristas o que denota a grande possibilidade de que estas pr ticas acabem por motivar uma publicidade abusiva que tenta motivar o inconsciente do indiv duo a determinada a o que conscientemente talvez ele n o praticasse Ao analisar a pr tica do envio de an ncios personalizados atrav s de smartphones enquanto o usu rio estiver dentro de um Shopping Center Renato Hugo Masina 2014 p 19 oferece uma defini o muito clara sobre a Segmenta o comportamental afirmando que ela se refere a uma gama de tecnologias e t cnicas utilizadas por editores de siteson line e anunciantes que buscam aumentar a efic cia de suas campanhas por captura de dados gerados pelo site e pelos visitantes da p gina O cuidado que se deve ter se esta captura de dados feita com o conhecimento e consentimento informado do indiv duo titular de tais informa es pois quando realizada sem esses requisitos pode ser considerada uma quebra de seguran a do navegador ou mesmo do provedor de acesso sendo ilegal por viola o aos direitos fundamentais deste usu rio sobretudo a prote o de dados Dessa forma Masina 2014 p 21 explica o funcionamento destes sistemas Quando se visita um site as p ginas a quantidade de tempo que cada p gina visualizada os links clicados as buscas feitas e as intera es realizadas ficam armazenadas possibilitando que sites coletem
322. viamente selecionados pelos seus gostos e prefer ncias pode ser muito mais ostensivo que o tradicional marketing de massa que existia at ent o O database marketing como esclarece Denise Von Poser 2005 p 36 um conjunto de dados organizados e abrangentes sobre todos os clientes da empresa incluindo os atuais os potenciais e at mesmo os n o clientes Esses dados devem estar atualizados e precisam ser de f cil acesso confi veis e com alto grau de praticidade a fim de serem utilizados pelas empresas em suas atividades de relacionamento sejam elas de vendas marketing ou call center ou ainda qualquer ponto de acesso que o cliente utilize para se comunicar com a empresa Nesta forma de marketing qualquer informa o inclu da no banco de dados requer o maior grau de precis o poss vel principalmente as de car ter pessoal POSER 2005 p 40 sendo pratic vel recorrer a subgrupos cujo objetivo conhecer as caracter sticas os gostos e at as peculiaridades de cada cliente Com base nesta divis o as recomenda es s empresas que pratiquem o que denominado individualiza o em massa isto a partir de algumas caracter sticas individuais dos atuais ou potenciais clientes agrup los em segmentos de mercado direcionando a eles um marketing espec fico Considerando que o presente cap tulo visa analisar as pr ticas empresarias e tendo em vista de que o principal interesse das empreses o lucro
323. videnciado na sequ ncia 1 2 DO MARKETING RELACIONAL SEGMENTA O COMPORTAMENTAL UM ESTUDO DAS PR TICAS EMPRESARIAIS QUE UTILIZAM NO ES DE PSICOLOGIA COMPORTAMENTAL Levando se em conta os cen rios sociais formados pela Revolu o Informacional bem como as transforma es jur dicas do conceito de privacidade tratadas anteriormente essencial passar an lise do objeto deste cap tulo isto a segmenta o comportamental Tal tema tratado de forma t mida pela a ci ncia jur dica ao contr rio das demais reas das ci ncias humanas e sociais como a Comunica o Social e a Psicologia tendo em vista a sua ocorr ncia cada vez mais corriqueira em uma sociedade profundamente alterada pela utiliza o massiva das TIC e a sua possibilidade de motivar uma viola o cada vez mais intensa dos dados pessoais Deste modo para possibilitar a compreens o deste fen meno ser necess rio o estudo da tem tica utilizando premissas te ricas e categorias conceituais de outras reas dentre elas a Publicidade e Propaganda em espec fico o Marketing relacional e a Psicologia dentro da tend ncia Cognitivo Comportamental A divis o do presente subcap tulo justifica se pela necessidade de que tal fen meno seja estudado considerando os sujeitos que o praticam ou seja as empresas que segmentam comportamentos e os indiv duos usu rios da Internet que t m seu comportamento segmentado Por um lado essencial compreender

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